Jornal NewsFarma - Associação de Estudos Respiratórios

Transcrição

Jornal NewsFarma - Associação de Estudos Respiratórios
EDIÇÃO
Distribuição gratuita no congresso
CPC inova com
introdução de
casos clínicos
paradigmáticos e
apresentação de
hot topics
Congregar a energia,
a vontade e o saber da
nossa região, sempre com
o “Pulmão no Centro"
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
O Pulmão no Centro de regresso a Viseu
Prof. Doutor
Carlos
Robalo
Cordeiro*
Dr. Simões
Torres*
Passados que são 5 anos após a realização do 1.º Congresso de Pneumologia do Centro podemos hoje dizer
com segurança que o passo então
dado valeu a pena, como demons-
tram de forma cabal o número de
participantes e a dinâmica que o
Congresso adquiriu.
Com a participação de todos os
serviços de Pneumologia da zona
centro e de serviços da vizinha Espanha, bem como de colegas de outras
zonas do país, pretende-se, com o
programa deste ano, manter o elevado nível científico já alcançado
em anteriores edições, congregando
assim a energia, a vontade e o saber
da nossa Região, sempre com o "Pulmão no Centro".
O programa foi desenhado para permitir o debate de temas da atualidade pneumológica, contribuindo
para a renovação de conhecimentos
em diversas áreas da patologia respiratória.
Esperamos que vá ao encontro das
expectativas dos colegas.
O momento de homenagem protagonizado pela “Conferência António
Robalo Cordeiro” é também uma
forma de consagrar a história do
Caramulo na rota da Tuberculose,
aproveitando a proximidade geográfica e o conhecimento profundo da
matéria pela distinta personalidade
que a vai proferir.
A inovação está presente no programa deste ano, não apenas com a
introdução de casos clínicos paradigmáticos, como forma de debater
as patologias infecciosa, pleural e
obstrutiva, mas igualmente com a
apresentação de hot topics, que discutirão temas da maior atualidade
como as novas e perigosas alternativas no tabagismo, o rastreio no
cancro do pulmão e a produção
otimizada de boa investigação.
Serão igualmente abordados aspetos
tão relevantes e fundamentais como
a terapêutica antibiótica inalatória, a
fibrose pulmonar idiopática ou associada a doenças do tecido conjuntivo, a cirurgia do cancro do pulmão
e a asma brônquica.
Temos este ano três simpósios patrocinados pela indústria farmacêutica,
onde se divulgarão os avanços que
vêm permitindo o desenvolvimento
de novas moléculas, da DPOC à
fibrose pulmonar idiopática.
E serão ainda apresentados 73 trabalhos, sob a forma de poster ou de
A inovação está
presente no programa
deste ano, não apenas
com a introdução
de casos clínicos
paradigmáticos (...)
mas igualmente com
a apresentação de
hot topics
comunicação oral, representando,
de forma significativa, o panorama
da patologia respiratória, não apenas
do centro, mas também de norte a
sul do país.
O programa social servirá de novo
para aprofundar laços de amizade,
num ambiente descontraído e onde
a gastronomia terá obrigatoriamente
um papel de relevo.
Contamos convosco e com a vossa
participação ativa.
Bem-vindos a Viseu!
* Presidência do Congresso
A cidade da diversidade
Monte do Crasto ou de Santa Luzia,
ou mesmo o Parque Aquilino Ribeiro, vulgarmente chamado Parque da
Cidade, são ótimas opções para um
intervalo mais intimista e de deslumbramento paisagístico ou, em alternativa, de reunião social e convívio.
O artesanato é também um traço
identitário da cidade. Por toda a
região há núcleos de artesãos, oficinas em atividade onde é possível
adquirir objetos manufaturados, seja
em cestaria, olaria, tecelagem ou
bordados, ferros forjados e trabalhos
em madeira, mobiliário rústico ou
curiosas flores de papel que outrora
alindavam os andores das procissões.
De resto, Viseu dispõe ainda de uma
riqueza e diversidade gastronómica
bem conhecida. Lampreia, Leite-creme, presunto... Só por aqui, já não
faltam bons motivos para visitar Viseu.
Dos bolinhos aos queijos, da Vitela
ao Bacalhau, são várias as ofertas.
JORNAL DO CONGRESSO
de São Francisco, uma construção
barroca do século XVIII; e a CasaMuseu Almeida Moreira, antiga Casa
do Soar de Cima.
É inegável o valor patrimonial de
Viseu. No entanto, a riqueza natural que envolve a cidade e que se
espalha pelo concelho é igualmente
digna de nota, proporcionando bons
momentos ao ar livre. Tanto os Jardins Tomás Ribeiro, das Mães, de
Santa Cristina, de Santo António, o
|
Considerada como uma das cidades europeias com mais qualidade
de vida, a cidade de Viseu oferece
diversidade paisagística, cultural, climatérica e gastronómica.
Profundamente marcada pela história de Portugal, não faltam à cidade
de Viseu monumentos para visitar
ou locais típicos de passagem. A
começar pela Praça do Rossio, o
chamado “salão de visitas da cidade”; a imperdível Igreja dos Terceiros
3
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
O Caramulo na Rota da Tuberculose
Dr. António
Ramalho de
Almeida*
Os anos 20 do século passado foram
marcados por verdadeiras calamidades que trouxeram à Humanidade
um clima de catástrofe e feridas que
demoraram muito tempo a cicatrizar.
A Grande Guerra entre 1914/18, e a
Pneumónica em 1919, só por si contabilizaram mais de 50 milhões de
mortes, mas a tuberculose que já por
si era por esses anos um mal incontornável, viu o seu caudal aumentado sobretudo como consequência da
fome e da miséria que essas pragas
deixaram no terreno.
Jerónimo Lacerda, um jovem médico de Tondela, mobilizado para o
conflito, regressou com a imagem
de muitos sanatórios que em França
vinham sendo moda e aproveitou
O quadro médico da
Estância incluiu os
maiores nomes da
Tisiologia da época, e
muito para além disso
formou dezenas de
médicos
o seu lado empresarial para criar
no Caramulo um empreendimento
formidável, com o objetivo de minimizar e tratar a tuberculose que em
Portugal era responsável por cerca
de 15 a 20 mil mortes por ano.
Em 1920 criou as estruturas para
a construção de um hotel, já que
no início o objetivo passava por
oferecer condições para repouso e
bons ares para pessoas em perigo de
tuberculizar, mas em pouco mais de
15 anos conseguiu um verdadeiro
império, aproveitando as condições
excelentes de um clima favorável, e
de um êxito assinalável com a sua
experiência empresarial.
O Grande Hotel do Caramulo deu
origem poucos anos depois a que
fosse chamado Grande Hotel Sanatório, permitindo doentes e hóspedes, mas algum tempo depois a
escolha foi decisiva e o imóvel passou a ser o Grande Sanatório.
O empreendimento, no seu auge,
por volta dos anos 40, foi designado
como Estância Sanatorial e Climática
do Caramulo existindo aí 19 Sanatórios com uma oferta máxima de
2.300 camas.
Em 1937 chega ao Caramulo em
condições deveras inesperadas o
Dr. Manuel Tapia Martinez famoso
médico espanhol para integrar o
corpo clínico da Estância, e a partir
daí o Caramulo vai ser conhecido no
mundo inteiro.
O Dr. Manuel Tapia era na altura considerado a maior autoridade mundial em Tisiologia, autor de
vários trabalhos extraordinários que
o elevaram a esse estatuto, produ-
zidos no Sanatório de Fuenfria em
Madrid onde era diretor e investigador principal.
Embora sem paixões políticas, foi
considerado indesejável pelo regime
franquista, e a fuga para Portugal foi
a solução encontrada na altura.
Com Manuel Tapia como cérebro
da organização clínica do Caramulo, aqui chegam doentes de todo o
mundo, onde encontram as melhores condições para o tratamento possível por esses anos, onde as ações
cirúrgicas eram dominantes.
O grande ensaio clínico com a
estreptomicina realizado por Tapia
e colaboradores em 1946 teria um
significado paradoxal. Por um lado,
o prestígio de mostrar ao mundo a
eficácia do fármaco, embora com as
limitações conhecidas em monoterapia, e por outro, o principio da era
antibiótica que viria a ditar o fim do
Caramulo.
O quadro médico da Estância incluiu
os maiores nomes da Tisiologia da
época, e muito para além disso
formou dezenas de médicos que
viriam a dar o seu melhor ao país a
ponto de ser reconhecida a enorme
competência de médicos portugueses que deixaram uma marca muito
positiva e inesquecível no combate à
tuberculose em Portugal.
De qualquer forma temos de reconhecer a enorme capacidade do seu
criador, o Dr. Jerónimo de Lacerda,
cuja morte precoce em 1945 criou
momentos de apreensão numa altura
em que o Caramulo estava no auge.
Alguma indefinição na altura em
que a direção da Estância esteve
O Caramulo foi
a grande escola da
Tisiologia em Portugal,
e que viria, com o andar
dos tempos e as reformas
da política da saúde, a
ser a grande percursora
da Pneumologia
portuguesa
em causa foi bem solucionada com
a ascensão de seu filho Abel de
Lacerda, e mais tarde o irmão João
de Lacerda, que viriam a manter
e a ampliar a empresa, até que a
introdução dos novos antibióticos,
veio colocar um ponto final no internamento dos doentes, desde aí preferencialmente tratados em regime
ambulatório.
O Caramulo foi, sem qualquer sombra de dúvida, a grande escola da
Tisiologia em Portugal, e que viria,
com o andar dos tempos e as reformas da política da saúde, a ser a
grande percursora da Pneumologia
portuguesa.
* Ex-diretor de Serviço de Pneumologia
do Centro Hospitalar de Gaia
Quinta-feira,
25 de junho - 10h00
Apresentação de casos clínicos
Patologia Infecciosa
|
JORNAL DO CONGRESSO
Dr.ª Marta
Sousa*
4
A patologia infecciosa ocupa um
papel de relevo nos internamentos e
consultas da Pneumologia, destacando-se, entre outros, a pneumonia/
/traqueobronquite em doentes com
doença pulmonar estrutural, abcesso
pulmonar, empiema e tuberculose. A
apresentação clínica destes doentes
é, muitas vezes, inespecífica, e o
diagnóstico diferencial extenso, tornando desafiante o estabelecimento
do diagnóstico definitivo.
Nesta palestra será apresentada a
marcha diagnóstica de um caso de
patologia infecciosa, cuja evolução
clínica não foi linear, e cujo diagnóstico final foi de tuberculose miliar.
A tuberculose, apesar dos avanços
em termos de exames complementares e de técnicas de identificação
do mycobacterium tuberculosis,
mantém-se, ainda, como um desafio
diagnóstico e como o great pretender da patologia infecciosa, pelas
suas diferentes formas de apresentação.
Este caso clínico destaca, portanto,
uma patologia que continua atual e
a merecer enfoco nos congressos de
Pneumologia.
* Interna de Pneumologia do Centro
Hospitalar Tondela Viseu
Quinta-feira,
25 de junho - 09h00
Patologia Obstrutiva
Dr.ª Rita
Gomes*
A DPOC é a 4.ª causa de morte a
nível mundial, representando um
importante desafio de saúde pública
por ser prevenível e tratável. O diagnóstico precoce da DPOC e o seu
tratamento são imprescindíveis para
uma correta abordagem e eficácia na
melhoria dos sintomas, diminuição
das exacerbações e atraso no declínio da função pulmonar.
Nesta comunicação será apresentado um caso clínico de patologia
obstrutiva – DPOC com foco na
sua evolução temporal e escalada
terapêutica desde a cessação tabágica, terapêutica broncodilatadora
maximizada, reabilitação respiratória, instituição de OLD e de VMNI,
culminando com a referenciação
para transplante pulmonar.
A DPOC continua a ser uma causa
importante de morbilidade e mortalidade a nível mundial, estimando-se que irá aumentar nas próximas
décadas pela exposição continuada
aos fatores de risco e pelo envelhecimento da população, motivo por
que continua a merecer a atenção da
comunidade médica.
* Interna de Pneumologia do Hospital
Sousa Martins, ULS - Guarda
Quinta-feira,
25 de junho - 09h00
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
Terapêutica antibiótica inalatória
Dr.ª Fernanda Gamboa
A 6.ª edição do Congresso de
Pneumologia do Centro irá dedicar
uma sessão à terapêutica antibiótica
inalatória. Nesta conferência, a Dr.ª
Fernanda Gamboa, assistente hospitalar do Serviço de Pneumologia do
Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra fará uma revisão das opções
terapêuticas aprovadas em Portugal,
esclarecendo em que situações e de
que forma devem ser utilizadas, finalizando com uma abordagem aos
novos fármacos em desenvolvimento.
Em Portugal, as únicas opções aprovadas para terapêutica antibiótica
inalatória são a tobramicina, a colistina e o aztreonam. “Estes são os
únicos fármacos com indicação para
terapêutica inalatória, sendo a fibrose
quística a única situação em que o
seu uso está aprovado”, esclareceu a
Dr.ª Fernanda Gamboa.
Sobre as mais-valias oferecidas por
estas opções terapêuticas, a especialista avançou que “permitem ter uma
alta dose de fármaco no local da infeção, que é a via respiratória, atingindo
maior eficácia e, por outro lado, a
maior parte dos fármacos utilizados
têm escassos efeitos sistémicos dada a
sua baixa absorção, o que é sem dúvida uma vantagem”. Como salientou a
especialista, trata-se de “terapêuticas
prolongadas para uso em ambulatório”. No entanto, como principal contrapartida, a oradora referiu que “os
sistemas de nebulização podem ser
complicados de utilizar, pois requerem muito tempo aos doentes e cuidados de manutenção e higiene, o que
compromete a adesão terapêutica;
existem, no entanto, algumas formulações em pó seco com dispositivos que
minimizam estas situações”.
A oradora apresentará alguns fármacos em desenvolvimento para administração para via inalatória, “não
só para a fibrose quística, mas com
ensaios clínicos em curso também
para outras patologias”, acrescentou.
experiência já que a técnica exige
diferenciação), tendo valor na identificação de doentes respondedores aos
corticóides e a biológicos (anti IL-5).
- A contagem dos eosinófilos no sangue, por seu lado, apesar de poder
falhar na inflamação eosinofílica local
da via aérea, tem valor como marcador
de resposta a terapêutica com anti-IL5.
- Finalmente, a periostina é um biomarcador promissor cujos níveis
elevados se relacionam com piores
valores de FEV1, má resposta a corticoterapia mas resposta a anti-IL-13.
Uma vez que a asma eosinofílica encerra em si mesma várias vias
imunológicas, alguns trabalhos têm
apontado para o preferível uso de
biomarcadores combinados, em
vez de um biomarcador isolado.
Paralelamente aos mecanismos imunitários a importância do stress oxidativo
no desenvolvimento da asma tem vindo
a ganhar lugar, podendo contribuir
para alguns endótipos Th2-Lo. Novas
ciências como a metabolómica têm
surgido na identificação de assinaturas
desses fenótipos. Num trabalho por
nós realizado, identificámos um con-
junto de metabolitos relacionados com
a peroxidação lipídica discriminativos
de estado de exacerbação em relação à fase de estabilidade da doença.
Conseguimos ainda, num outro estudo
translacional e com base em assinaturas metabolómicas relacionadas
com a mesma via de peroxidação,
estabelecer modelos de predição de
gravidade da doença, função respiratória (FEV1) e inflamação (FeNO).
Concluindo, se na asma leve a moderada a abordagem da asma e da sua
titulação terapêutica com base na
avaliação dos sintomas não é inferior a uma estratégia com uso de
biomarcadores, nos fenótipos que se
associam a maior gravidade, a nossa
actuação deve ser auxiliada pelos
vários biomarcadores existentes, consoante o intuito de diagnóstico, monitorização ou titulação terapêutica.
Quinta-feira,
25 de junho - 11h30
Biomarcadores na asma
Cláudia
Chaves
Loureiro,
MD, PhD*
A asma, como doença inflamatória
heterogénea que encerra nos seus
mecanismos patogénicos diversas
respostas imunitárias e metabólicas,
torna-se de difícil abordagem, particularmente nos doentes mais graves. A
metodologia de análise cluster permitiu a identificação de vários fenótipos
havendo grande investimento científico
atual para entender os endótipos que
lhes estão subjacentes. Nesse sentido,
conhecer os biomarcadores (características objetivamente mensuráveis indicadoras de processo biológico normal
ou patológico e/ou de resposta a intervenção terapêutica) é um passo importante para avançar nesse entendimento.
Até ao momento, apenas estão identificados dois endótipos: o Th2-Hi,
que se relaciona com inflamação
eosinofílica, com reposta à corticoterapia e a alguns tratamentos biológicos, e o Th2-Lo, de caracterização molecular mais deficiente.
Assim, os biomarcadores atualmente
disponíveis na clínica são os relacionados com a inflamação eosinofílica:
- A IgE total, molécula chave na
inflamação imuno-alergénica, é biomarcador de doentes elegíveis para
tratamento com o omalizumabe.
- O FeNO é marcador direto de inflamação Th2 (com suprarregulação pelas
IL-4 e IL-13), mas a sua relação com a
eosinofilia não é consistente. Foi, aliás,
a partir desta evidência que se prosseguiu no entendimento dos mecanismos de eosinofilia na asma e se
identificou o grupo celular das células
linfóides inatas tipo 2. É marcador do
fenótipo reativo e exacerbador e do
fenótipo respondedor a corticoterapia.
- A contagem de eosinófilos na expetoração é preconizada pelas guidelines da ERS/ATS para orientar terapêuticas (mas apenas nos centros com
* Serviço de Pneumologia A, HUC-CHUC
Faculdade de Medicina da UC
Sexta-feira,
26 de junho - 15h15
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
LAMA: Quando, Qual e Porquê?
Dr. Joaquim
Moita*
É consensual que a primeira linha de
tratamento da DPOC seja feita com
medicação broncodilatadora anticolinérgica (LAMA)1.
O seu mecanismo assenta no bloqueio competitivo para a acetilcolina nos recetores muscarínicos M3,
responsável pelo aumento do tónus
colinérgico brônquico.
O tónus colinérgico – ou parassimpático – em condições normais e
basais regula a ventilação e a produção de muco. Na DPOC, em resposta a agentes nocivos – tipicamente, o
tabaco – o aumento do tónus leva à
obstrução, à hipersecreção brônquica e à insuflação pulmonar.
Os LAMA devem ser iniciados precocemente. Nem sempre o doente
(e médico!) tem a perceção da limitação imposta pela doença, mas
está bem documentado que a intolerância ao exercício e a insuflação
dinâmica surgem precocemente na
história natural da DPOC2,3.
O estudo UPLIFT mostrou, inclusive,
que o tiotrópio pode evitar o declínio da função pulmonar (o grande
marcador da doença) nas formas
iniciais, moderadas da DPOC4.
Brometo de aclidínio 400 g BID
Tiotrópio 18 g QD
21:00
9:00
Placebo
9:00
Alteração a partir da linha de base
FEV1 (ml)
400
*p<0.05
300
**
** *
***
*
*
**
200
***
**p<0.01
***p<0.001
aclidínio vs tiotrópio
**
*
*
100
Evening
dose
0
-100
0
6
12
18
Fig. 1 - Broncodilatação eficaz durante 24 horas com aclidínio
24
Tempo (h)
persistente ação broncodilatadora.
A título de exemplo, refira-se que,
relativamente ao placebo, os valores
de FEV1 Pico e Vale foram, às 24
semanas, de 209 ml e 128 ml respetivamente7.
Como seria de esperar, esta broncodilatação tem tradução clinica. O
Bretaris® melhora significativamente
a dispneia, avaliada pelo Índice de
Dispneia Transitório7.
Aclidínio e glicopirrónio têm um início de ação significativamente mais
rápido que o tiotrópio, particularidade que poderá ser útil quando se
inicia o tratamento no doente muito
dispneico e que assim irá sentir
alivio rápido de sintomas, facto que
poderá contribuir para melhorar a
adesão futura.
Mas, o que é verdadeiramente inovador no aclidínio é a maior broncodilatação durante o sono (fig. 1) e a
consequente melhoria dos sintomas
noturnos (fig. 2). Ou seja, o Bretaris®
é clinicamente superior no conjunto
das 24 horas.
Sabe-se hoje que, na DPOC, existe
uma grande variabilidade de sintomas ao longo das 24 horas do dia
e entre cada dia, sendo as manifestações noturnas e matinais extremamente frequentes8. Este benefício
está certamente associado à maior
broncodilatação obtida com a dose
noturna9.
Importa salientar que a má broncodilatação e a acumulação de secreções
durante a noite, justifica em grande
parte os sintomas matinais intensos
que muitos doentes têm.
O aclidínio melhora a tolerância ao
Alteração na Semana 12 a partir da
linha de base
Numa análise atenta das recomendações GOLD verificamos que os
LAMAs são a única classe farmacológica que pode ser tentada em
todos os graus da doença: do A ao
D. Naturalmente que em doentes
persistentemente muito sintomáticos (depois de verificada a técnica
inalatória) ou exacerbadores frequentes o LAMA deve ser associado
a outros fármacos.
Em Portugal estão disponíveis quatro moléculas: tiotrópio, aclidínio comercializado pela Menarini com a
designação Bretaris® -, glicopirrónio
e umeclidínio (associado ao vilanterol). O tiotrópio surgiu em 2004
e é inevitavelmente o fármaco de
referência com o qual os outros se
podem comparar.
O brometo de aclidínio tem relativamente ao tiotrópio um bloqueio mais
eletivo dos recetores M3. Pelo contrário têm uma dissociação relativamente rápida dos recetores M2 que
atuam como barreira à ação da acetilcolina. Ou seja tem uma excelente
relação M3/M25, índice associado a
uma maior capacidade broncodilatadora. Um padrão M3/M2 com estas
características observa-se também
com o glicopirrónio.
Uma característica peculiar no universo dos LAMAs, é a rápida hidrólise do brometo de aclidínio no
plasma (2,4 min.) com uma exposição sistémica extremamente baixa
e transitória, o que explica a quase
nula ocorrência de efeitos sistémicos
anticolinérgicos ou toxicidade cardiovascular6.
O aclidínio tem uma potente e
O que é verdadeiramente
inovador no aclidínio é
a maior broncodilatação
durante o sono
exercício, diminui os indicadores de
exacerbação (sintomas, medicação
de alívio e recursos de saúde) e,
naturalmente, melhora a qualidade
de vida.
O dispositivo do Bretaris® - Genuair
- é extremamente rápido, simples
de usar e eficaz. Simples porque à
famosa tríade do “ver, ouvir e sentir” alia o facto de a fármaco estar
incorporado no dispositivo. Eficaz,
porque tem uma baixa resistência ao
fluxo e uma deposição homogénea,
orientada para as zonas do pulmão
com maior densidade de recetores:
as vias de áreas de maior calibre.
Em resumo. Numa época em que o
graal da inovação terapêutica é de
dispor de soluções para os diversos
grupos de doentes, podemos afirmar
que o Bretaris® não só é tão eficaz
como os outros LAMA nos principais
outcomes, como tem a vantagem
adicional da maior eficácia broncodilatadora e sintomática noturna. Nenhum doente irá hesitar em
perder alguns segundos com uma
segunda inalação para obter uma
noite de sono repousante.
* Serviço de Pneumologia B do CHUC
Quinta-feira,
25 de junho - 12h00
Placebo
Brometo de aclidínio 400 g BID
0.2
0.0
**p<0.01,
***p<0.001 vs placebo
-0.2
-0.4
***
***
**
-0.6
Dispneia
Tosse
Expectoração
***
Sibilos
A frequência de cada variável foi
avaliada diariamente deste modo:
0 = Nunca,
1 = 1-2 vezes,
2 = 3-4 vezes,
3 = 5-6 vezes,
4 = 7 vezes;
Analisaram-se médias semanais
Adaptado de Kerwin EM, D’Urzo A, Gelb AF et al. Efficacy and safety of a 12-week treatment with twice-daily aclidinium
bromide in COPD patients. COPD 2012; 9: 90-101
Fig. 2 - Melhoria dos sintomas noturnos com aclidínio
|
JORNAL DO CONGRESSO
Referências
6
1. Miravitlles M, Anzueto A. Insights into interventions in managing COPD patients: lessons from the TORCH and UPLIFT studies. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis
2009;4:185-201
2. Babb TG, Rodarte JR. Lung volumes during low-intensity steady-state cycling. J Appl Physiol. 1991; 70:934-7
3. O'Donnell DE. Impacting patient-centred outcomes in COPD: breathlessness and exercise tolerance. Eur Respir Rev 2006; 15:37-41
4. Effect of tiotropium on outcomes in patients with moderate chronic obstructive pulmonary disease (UPLIFT): a prespecified subgroup analysis of a randomised controlled
trial, 1171-1178
5. Gavaldà A, Miralpeix M, Ramos I et al. Characterization of aclidinium bromide, a novel inhaled muscarinic antagonist, with long duration of action and a favorable
pharmacological profile. J Pharmacol Exp Ther 2009; 331: 740–751.
6. Sentellas S, Ramos I, Albertí J et al. Aclidinium bromide, a new, long-acting, inhaled muscarinic antagonist: in vitro plasma inactivation and pharmacological activity of
its main metabolites. Eur J Pharm Sci 2010; 39: 283–290.
7. Jones PW, Agusti A, Bateman ED et al. Aclidinium bromide in patients with chronic obstructive pulmonary disease: efficacy and safety results from ATTAIN. Eur Respir
J 2012; 40:830-6.
8. Price D, Small M, Milligan G, Higgins V, Gil EG, Estruch J. Impact of night-time symptoms in COPD: a real-world study in five European countries. Int J Chron Obstruct
Pulmon Dis 2013;8:595-603.
9. Fuhr R, Magnussen H, Sarem K et al. Efficacy of aclidinium bromide 400 μg twice daily compared with placebo and tiotropium in patients with moderate-to-severe
COPD. Chest 2012; 141: 745-752.
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
DPOC e FPI
Das vias aéreas ao parênquima pulmonar
Dr. António
Reis*
O simpósio intitulado “Das vias
aéreas ao parênquima pulmonar – DPOC e FPI”, integrado no
programa do 6.º CPC, este ano
a decorrer em Viseu, tem como
oradores ilustres pneumologistas
por todos nós conhecidos: o Prof.
Doutor António Jorge Ferreira que
abordará o tema “O parceiro ideal
do tiotrópio: olodaterol” e o Prof.
Doutor Carlos Robalo Cordeiro, que
abordará o tema “FPI: do diagnóstico às novas opções terapêuticas”.
Neste simpósio, pelo Prof. Doutor
António Jorge Ferreira, vai ser apresentado, pela primeira vez numa
reunião de âmbito nacional, um dos
mais recentes fármacos disponíveis
na terapêutica da DPOC. Este fármaco - olodaterol/Striverdi® - é um
novo LABA (B2 agonista de longa
duração de ação) com indicação na
terapêutica da DPOC, de forma isolada ou em associação a um LAMA
(de forma livre, pelo menos para já),
Richeldi L., et al. N. Engl J Med 2014; 370: 2071-2082.
|
JORNAL DO CONGRESSO
Fig. 1 - Nintedanib diminuiu a taxa anual de declínio de FVC em 50% vs placebo
8
Será também
abordada a
terapêutica,
nomeadamente
a utilização de
nintedanib na FPI:
o seu mecanismo
de ação (potente
inibidor da
tirosina quinase)
e os resultados
principais
de eficácia e
segurança dos
ensaios clínicos
num dispositivo de última geração Respimat®. Este dispositivo apresenta uma comodidade de utilização
reconhecida e benefícios clínicos já
comprovados: deposição pulmonar
> 50%, débito inspiratório mais
baixo de todos os dispositivos existentes e menor exposição sistémica.
Serão apresentados dados de eficácia do olodaterol na broncodilatação, os benefícios sintomáticos na dispneia e na qualidade
de vida relacionada com a saúde,
efeitos na melhoria da limitação
do débito aéreo e no aumento da tolerância ao exercício.
Como seria expectável, também
vão ser reveladas evidências sobre
a melhoria da função pulmonar
e da qualidade de vida quando
o olodaterol é utilizado em associação com tiotrópio, o primeiro
de todos os LAMA utilizados na
terapêutica da DPOC, antecipando
certamente o lançamento em breve
Vão ser reveladas
evidências sobre a
melhoria da função
pulmonar e da qualidade
de vida quando o
olodaterol é utilizado em
associação com tiotrópio
da associação fixa num mesmo
inalador de olodaterol/tiotrópio.
O outro tema deste simpósio é
a FPI (Fibrose Pulmonar Idiopática), uma doença pulmonar crónica,
rara, caracterizada por dispneia progressiva e perda gradual da função
pulmonar. Neste contexto, serão
apresentados dados de incidência
e prevalência da FPI, que variam
de forma significativa dependendo
dos critérios de diagnóstico e da
população estudada, estimando-se
que o número de doentes aumente de forma substancial no futuro.
A FPI tem um impacto muito importante na qualidade de vida dos
doentes, com repercussão clínica
relevante e sobrevida muito reduzida, consubstanciado pelo facto
de não existirem na Europa, até
há pouco tempo, fármacos eficazes na terapêutica desta entidade.
Ao Prof. Doutor Carlos Robalo
Cordeiro cabe abordar a FPI apresentando dados sobre epidemiologia, diagnóstico e prognóstico da
doença. Será também abordada a
terapêutica, nomeadamente a utilização de nintedanib na FPI: o
seu mecanismo de ação (potente
inibidor da tirosina quinase) e os
resultados principais de eficácia
e segurança dos ensaios clínicos
TOMORROW e INPULSIS, bem
como os resultados mais recentes
de análises de subgrupos do ensaio
clínico INPULSIS. Esta nova proposta terapêutica para a FPI parece ser uma mais-valia importante,
pois proporciona uma redução do
declínio da função pulmonar, uma
redução das exacerbações agudas e
a preservação da qualidade de vida.
Serão ainda avançadas algumas informações sobre a investigação futura da Boehringer
Ingelheim na área respiratória,
nomeadamente na asma, DPOC,
FPI e neoplasia do pulmão.
Constitui, sem dúvida, um simpósio
importante, na medida em que serão
abordados temas de atualidade e
relevância indiscutíveis no paradigma atual da patologia respiratória
* Assistente de Pneumologia do Centro
Hospitalar Tondela-Viseu EPE
Fig. 2
Sexta-feira,
26 de junho - 12h00
9264 Striverdi Imprensa Striverdi_220x280mm.pdf
1
29/04/15
18:31
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
Tabagismo: novas e perigosas alternativas
|
JORNAL DO CONGRESSO
Dr.ª Ana
Figueiredo*
10
O cigarro tem sofrido
modificações ao longo
do tempo, passando
pela estrutura do filtro,
tamanho e espessura
do cigarro, pesticidas
usados nas culturas,
métodos de secagem
e aditivos utilizados.
Isto explica que neste
momento existam já cerca
de 7000 componentes
identificados no
fumo do tabaco, e
a lista de doenças
comprovadamente
associadas ao tabagismo
passivo e ativo não pare
de crescer
Se durante muitos anos a indústria tabaqueira escondeu e negou
os efeitos nefastos do tabagismo
ativo e passivo na saúde, à luz dos
conhecimentos atuais é impossível
negar esta evidência. Um hábito
que fez moda e se tornou normal
no nosso quotidiano começou a
ser percebido como uma dependência e uma epidemia nefasta
para a saúde pública, levando à
criação pela OMS, há 10 anos, da
Convenção Quadro para Controlo
do Tabagismo, atualmente ratificada por 179 países e cobrindo 90%
da população mundial, unindo os
governos na implementação de leis
que têm por fim último proteger
pela estrutura do filtro, tamanho
e espessura do cigarro, pesticidas
usados nas culturas, métodos de
secagem e aditivos utilizados. Isto
explica que neste momento existam já cerca de 7000 componentes
identificados no fumo do tabaco,
e a lista de doenças comprovadamente associadas ao tabagismo
passivo e ativo não pare de crescer.
Também a crise económica e o
aumento de produção e consumo
de cigarros de contrafação, produzidos em condições precárias
e com materiais não controlados
contribuem para colocar ainda
mais em risco a saúde do fumador.
Sabemos que todas as formas de
a saúde pública. É neste contexto
que as grandes indústrias do tabaco, a par do “aperfeiçoamento”
dos cigarros, que continuam a ser a
forma preferencial de consumo do
tabaco, vão desenvolvendo novas
formas alternativas de consumo de
tabaco ou derivados, publicitadas
como menos nocivas: o tão falado
harm-reduction!
A British American Tobacco escreve: “We aspire to reduce the harm
caused by tobacco use by evolving our products to a portfolio of
commercially successful lower risk
products, to meet consumer and
societal expectations. We recognise that we will only be able to
succeed if others support this aspiration. The potential reduced exposure products are modified combustible products, heat-not-burn,
smokeless tobacco and nicotine
products”.
O cigarro tem sofrido modificações ao longo do tempo, passando
consumir tabaco sujeito a combustão são comprovadamente nocivas.
Segundo dados do Eurobarómetro, em Portugal os charutos e
o cachimbo continuam a ter um
número estável e relativamente
baixo de adeptos. Está no entanto
a aumentar o número de jovens
que experimentam o cachimbo de
água, pelo que é importante passar a mensagem que um puf no
cachimbo de água equivale ao
volume de fumo de um cigarro
inteiro, e que a “lavagem” do fumo
remove só uma quantidade muito
pequena de condensado e de nicotina. Outros produtos comprovadamente nocivos são os produtos de
tabaco sem fumo como o tabaco
de mascar e o snuff, com teores
de nicotina muito elevados. A sua
comercialização em Portugal está
proibida, mas é necessário controlar o contrabando e as vendas pela
internet.
Existe por fim um grupo de novos
Deixamos por isso de
novo uma mensagem:
“A única forma segura
de fumar é não fumar!”
produtos, que surgiram e foram
comercializados por ausência de
legislação que os controlasse, e
para os quais não existe ainda evidência científica que afirme cabalmente a sua perigosidade. Inócuos
não serão!
Neste grupo incluem-se os produtos solúveis, os cigarros eletrónicos
e o tabaco aquecido.
Os produtos solúveis (sticks, strips
e orbs), são como o nome indica
destinados a ser absorvidos pela
mucosa oral. Contêm na sua composição produtos do tabaco e aditivos, e é suposto serem utilizados
em situações em que o fumador
não pode ou não quer fumar.
O cigarro eletrónico, inventado
em 2003 pelo chinês Hon Lik, teve
uma implementação no Ocidente
exponencial nos últimos anos. Inicialmente publicitado como uma
forma saudável de fumar, em que
não se inala fumo mas tão somente vapor de água, tem visto a sua
implementação mais dificultada
nos últimos anos, pela evidência
crescentes da sua não-inocuidade.
À medida que se vão acumulando
estas evidências da presença de
substâncias tóxicas no vapor e da
sua utilização pelos mais jovens,
a discussão centra-se na necessidade de legislar estes dispositivos,
de proibir a sua publicidade e a
utilização nos locais em que é
proibido fumar.
Mais recentemente surge uma
nova vaga: o tabaco aquecido.
Desenvolvido pelas grandes indústrias, pretende ser uma alternativa
menos nociva ao cigarro convencional, mas mais apetecível que
o cigarro eletrónico, uma vez que
não usa nicotina dissolvida num
líquido, mas sim tabaco, mantendo
por isso o sabor a que o fumador
está habituado.
Que o tabagismo é uma dependência e por isso em si mesmo uma
doença crónica, já sabemos.
Que o tabagismo ativo e passivo
provoca doenças, já sabemos.
Que as novas alternativas ao tabaco fumado não são inócuas, já
sabemos.
Deixamos por isso de novo uma
mensagem: “A única forma segura
de fumar é não fumar!”.
* Coordenadora da Comissão de
Tabagismo da SPP
Sexta-feira,
26 de junho - 09h30
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
DPOC: uma perspetiva conversada
entre MGF e Pneumologia
|
JORNAL DO CONGRESSO
Dr.ª Cidália
Rodrigues*
12
A espirometria
determina a presença
de obstrução ao fluxo
aéreo e avalia a sua
gravidade, pelo valor
de FEV1, importante
na avaliação e
acompanhamento
do doente
A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença crónica,
com elevada prevalência. Estima-se
800 mil doentes com DPOC em
Portugal, baseado na prevalência de
14,2% encontrada no projeto BOLD,
em indivíduos com mais 40 anos.
No entanto subdiagnosticada, consequentemente subtratada, contribuindo para o aumento da incapacidade
e mortalidade da doença.
Ao nível dos Cuidados de Saúde
Primários a problemática do subdiagnóstico ainda é mais notória.
Apesar do aumento significativo no
número de inscritos nos centros de
saúde com diagnóstico de DPOC
entre 2011 e 2013 (+ 84,5%), o
número continua a ser muito baixo
em relação ao expectável. Em 2013
havia apenas 101.028 inscritos com
diagnóstico de DPOC.
Vários têm sido os motivos apontados como responsáveis pelo subdiagnóstico:
a) relacionados com a doença,
sendo esta assintomática durante a
maior parte da sua evolução, os sintomas surgem frequentemente numa
fase tardia;
b) relacionados com o doente, que
desvaloriza ou nega os sintomas;
c) relacionados com os profissionais
de saúde, pois não procuram ativamente a doença.
Desta forma, a mudança desta situação pode passar pela maior intervenção do médico de família, com o
apoio do pneumologista.
Os médicos devem procurar identificar precocemente doentes com
DPOC, nomeadamente indivíduos
com mais de 40 anos, com história
de tabagismo ou exposição inalatória a poluentes ambientais ou ocupacionais, com queixas de dispneia,
tosse ou expetoração crónica.
A dispneia é o principal sintoma percecionado pelo doente no momento
do diagnóstico, aumenta com a gravidade da doença, é considerado o
mais problemático para o doente,
constituindo objetivo primário do
tratamento. A escala de avaliação
da dispneia mMRC demonstrou ser
uma ferramenta simples, de fácil
compreensão e aplicabilidade.
Perante a sintomatologia característica em doente com fatores de risco
é mandatório a realização de uma
espirometria para a confirmação
diagnóstica.
Algumas questões têm surgido relativamente à realização das espirometrias, nomeadamente o rastreio
espirométrico. Estes rastreios, na
população geral não são suportados pela evidência, pois consomem
recursos e tem baixa taxa de identificação de quadros obstrutivos. No
entanto, poderá realizar-se uma espirometria com objetivo de efetuar um
diagnóstico precoce, num indivíduo
com mais de 40 anos e exposição a
fatores de risco.
O acesso às espirometrias deve ser
facilitado, não só ao médico de
Fig. 1 - Tratamento da DPOC - GOLD 2015
Desde 2011 que a
iniciativa GOLD classifica
a DPOC em classes
A, B, C e D, com base
na combinação dos
sintomas, grau de
obstrução e história de
exacerbações
família que as solicita, mas também
ao doente, para que estas possam ser
realizadas fora do âmbito hospitalar,
desde que seja assegurada a sua
qualidade.
Perante o acesso à informação clínica do doente, o pneumologista,
na elaboração do relatório, deve ter
em conta o resultado do exame, de
forma que seja claro e integrado no
contexto clínico.
A espirometria determina a presença
de obstrução ao fluxo aéreo e avalia
a sua gravidade, pelo valor de FEV1,
importante na avaliação e acompanhamento do doente. Desde 2011
que a iniciativa GOLD classifica a
DPOC em classes A, B, C e D, com
base na combinação dos sintomas,
grau de obstrução e história de exacerbações.
O papel do médico de família não
termina no diagnóstico, deve acompanhar a evolução do doente e o
tratamento, referenciando quando
indicado ou julgado necessário.
A estratégia terapêutica atual recomenda os broncodilatadores de
longa duração de ação como base
da terapêutica e a introdução de
corticoides inalados na doença mais
grave e nos exacerbadores frequentes.
Das medidas não farmacológicas,
deve ser dada prioridade à cessação
tabágica, bem como a instituição de
programas educacionais de autogestão da doença e de exercício físico,
instituídos em primeira mão junto da
comunidade e dos centros de saúde
locais.
As comorbilidades da DPOC são
frequentes, aumentam a gravidade
da doença e devem ser ativamente
identificadas e tratadas.
Relativamente aos outcomes (resultados), há uma crescente ênfase nos
outcomes centrados no paciente
(patient-centered outcomes), valorizando o controlo dos sintomas, a
melhoria da qualidade de vida e a
prevenção de exacerbações.
Em suma, a Medicina Geral e Familiar e a Pneumologia devem unir
esforços para diagnosticar e tratar
precocemente estes doentes, diminuindo a incapacidade e a mortalidade por DPOC.
* Pneumologista.
Coordenadora da Comissão de
Reabilitação Respiratoria da SPP
Sexta-feira,
26 de junho - 14h30
ULTIBRO
BREEZHALER
®
®
MÁXIMA EFICÁCIA para VIRAR A PÁGINA
no tratamento da DPOC
1-4
glicopirrónio pó para inalação, cápsulas
Seebri Breezhaler 44 microgramas pó para inalação, cápsulas (glicopirrónio)
Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de nova
informação de segurança. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas.
Nota Importante: Antes de prescrever consulte o Resumo das Características do Medicamento APRESENTAÇÃO:
Pó para inalação, cápsulas contendo brometo de glicopirrónio equivalente a 50 microgramas de glicopirrónio.
INDICAÇÕES: Seebri Breezhaler é indicado como tratamento broncodilatador de manutenção, para alívio dos
sintomas em doentes adultos com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). POSOLOGIA E MODO DE
ADMINISTRAÇÃO Adultos: A dose recomendada é a inalação do conteúdo de uma cápsula de 50 microgramas
uma vez por dia, usando o inalador Seebri Breezhaler. Crianças (< 18 anos): não deve ser usado em doentes
com menos de 18 anos. Populações especiais de doentes: não é necessário ajuste de dose em doentes idosos
ou em doentes com compromisso ligeiro a moderado da função renal. Modo de administração: As cápsulas
de Seebri Breezhaler apenas devem ser administradas por via inalatória e apenas usando o inalador Seebri
Breezhaler. As cápsulas não devem ser engolidas. Os doentes devem ser instruídos sobre como administrar o
medicamento corretamente. Os doentes que não sentiram melhorias na respiração devem ser questionados se
estão a engolir o medicamento em vez de o inalar. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade à substância ativa
ou a qualquer um dos outros excipientes. ADVERTÊNCIAS/PRECAUÇÕES: ♦ utilização aguda: não deve ser
usado como terapêutica de recurso ♦ hipersensibilidade: se ocorrerem sinais sugestivos de reações alérgicas,
em particular, angioedema, Seebri Breezhaler deve ser imediatamente descontinuado e instituída terapêutica
alternativa. ♦ broncospasmo paradoxal: tal como outras terapêuticas inalatórias, a administração pode resultar
em broncospasmo paradoxal que pode por em risco a vida. Se ocorrer broncospasmo paradoxal, Seebri Breezhaler
deve ser descontinuado imediatamente e substituído por terapêutica alternativa ♦ efeito anticolinérgico: deve
ser usado com precaução em doentes com glaucoma de ângulo estreito ou com retenção urinária ♦ compromisso
renal: deve apenas ser utilizado se o benefício esperado superar o risco potencial em doentes com compromisso
renal grave incluindo os com doença renal terminal necessitando de diálise ♦ doença cardiovascular: deve
ser usado com precaução em doentes com doença cardíaca isquémica instável, falência ventricular esquerda,
história de enfarte do miocárdio, arritmia (excluindo fibrilhação auricular estável crónica), história de síndrome
de prolongamento do intervalo QT ou cujo QTc foi prolongado. GRAVIDEZ: apenas deve ser usado durante a
gravidez se os benefícios esperados para o doente compensarem os potenciais riscos para o feto. ALEITAMENTO:
apenas deve ser considerado se os benefícios esperados para a mulher compensarem qualquer potencial risco
para a criança. FERTILIDADE: os estudos de reprodução e outros dados em animais não levantam preocupações
no que respeita a fertilidade quer em machos quer em fêmeas INTERAÇÕES: ♦ a administração concomitante
com outros medicamentos contendo anticolinérgicos não foi estudada e como tal não é recomendada. REAÇÕES
ADVERSAS: ♦ Frequentes (≥1 a <10%): xerostomia, insónia, gastroenterite ♦ Pouco frequentes (≥0,1
a <1%): hipersensibilidade, angioedema, dispepsia, cáries dentárias, dor nas extremidades, dor torácica
musculoesquelética, erupção cutânea, fadiga, astenia, sinusite, tosse produtiva, irritação da garganta,
epistaxis, rinite, cistite, hiperglicemia, disúria, retenção urinária, fibrilhação auricular, palpitações, hipoestesia.
♦ Outras reações adversas: nasofaringite, dor musculoesquelética. ♦ Apenas em doentes idosos: cefaleias,
infeção do trato urinário. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Novartis Europharm Limited
Wimblehurst Road Horsham West Sussex, RH12 5AB Reino Unido REPRESENTANTE LOCAL Novartis Farma –
Produtos Farmacêuticos, S.A., Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E, Taguspark, 2740-255 Porto Salvo
Escalão de comparticipação: B (69%; 84%) Medicamento sujeito a receita médica. Para mais informações
deverá contactar o titular da AIM/representante local do titular da AIM. SEE_RCM201406_IEC_V06
Ultibro Breezhaler 85 microgramas/43 microgramas, pó para inalação, cápsulas (indacaterol/glicopirrónio)
Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de nova informação de segurança. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas.
Nota Importante: Antes de prescrever consulte o Resumo das Características do Medicamento. APRESENTAÇÃO: Pó para inalação, cápsulas contendo 143 microgramas de maleato de indacaterol equivalente a 110 μg de
indacaterol e 63 μg de brometo de glicopirrónio equivalente a 50 μg de glicopirrónio. Cada dose libertada (a dose libertada do aplicador bucal do inalador) contém 110 g de maleato de indacaterol equivalente a 85 μg de
indacaterol e 54 μg de brometo de glicopirrónio equivalente a 43 μg de glicopirrónio. INDICAÇÕES: Ultibro Breezhaler é indicado como tratamento broncodilatador de manutenção para alívio dos sintomas em doentes adultos
com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO Adultos: A dose recomendada é a inalação do conteúdo de uma cápsula uma vez por dia, usando o inalador Ultibro Breezhaler.
Populações especiais de doentes: Compromisso renal: pode ser usado na dose recomendada em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado. Em doentes com compromisso renal grave ou com doença renal terminal
que necessitem de diálise, este deve ser usado se o benefício esperado superar o risco potencial. Compromisso hepático: pode ser utilizado na dose recomendada em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
Não estão disponíveis dados para a utilização em doentes com compromisso grave da função hepática. População idosa: pode ser utilizado na dose recomendada em doentes idosos (idade igual ou superior a 75 anos). População pediátrica (<18 anos): a segurança e eficácia não foram estabelecidas. Não existem dados disponíveis. Modo de administração: As cápsulas de Ultibro Breezhaler devem ser administradas pela via inalatória oral e
apenas com a utilização do inalador Ultibro Breezhaler. As cápsulas não devem ser engolidas. Ultibro Breezhaler deve ser administrado à mesma hora do dia todos os dias. Se for omitida uma dose, esta deve ser tomada assim
que possível no mesmo dia. Os doentes devem ser instruídos a não tomarem mais do que uma dose por dia. As cápsulas devem ser sempre conservadas no blister de origem para proteger da humidade, e apenas retiradas
imediatamente antes da utilização. Os doentes devem ser instruídos sobre como administrar o medicamento corretamente. Os doentes que não sentiram melhorias na respiração devem ser questionados se estão a engolir o
medicamento em vez de o inalar. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes de Ultibro Breezhaler. ADVERTÊNCIAS/PRECAUÇÕES: • Ultibro Breezhaler não deve ser
administrado concomitantemente com medicamentos contendo agonistas beta-adrenérgicos de longa duração ou antagonistas muscarínicos de longa duração • asma: não deve ser usado no tratamento da asma, os agonistas beta2-adrenérgicos de longa duração podem aumentar o risco de acontecimentos adversos graves relacionados com a asma, incluindo mortes relacionadas com a asma, quando utilizados no tratamento da asma •
utilização aguda: não está indicado para o tratamento de episódios agudos de broncospasmo. • hipersensibilidade: se ocorrerem reações de hipersensibilidade, em particular angioedema, urticária ou erupção cutânea, o
tratamento com Ultibro Breezhaler deve ser descontinuado e deverá ser instituída. terapêutica alternativa • broncospasmo paradoxal: tal como com outras terapêuticas de inalação, a administração pode resultar em broncospasmo paradoxal, o que pode pôr em risco a vida. Se tal ocorrer, o tratamento com Ultibro Breezhaler deve ser interrompido imediatamente e deverá ser instituída terapêutica alternativa • efeitos anticolinérgicos relacionados com glicopirrónio: utilizar com precaução em doentes com glaucoma de ângulo estreito e retenção urinária • efeitos sistémicos de beta-agonistas: tal como com outros agonistas beta2-adrenérgicos, deve ser
utilizado com precaução em doentes com perturbações cardiovasculares (doença arterial coronária, enfarte agudo do miocárdio, arritmias cardíacas, hipertensão); em doentes com perturbações convulsivas ou tirotoxicose,
e em doentes com resposta aumentada aos agonistas beta2-adrenérgicos • doentes com compromisso renal grave: apenas deve ser utilizado se o benefício esperado superar o risco potencial em doentes com compromisso
renal grave, incluindo os com doença renal terminal necessitando de diálise • efeitos cardiovasculares de beta-agonistas: tal como com outros agonistas beta2 adrenérgicos, pode causar efeitos cardiovasculares clinicamente significativos em alguns doentes, evidenciados pelo aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e/ou sintomas, alterações no eletrocardiograma (ECG) • hipocaliémia com beta-agonistas: os agonistas beta2-adrenérgicos podem produzir hipocaliemia significativa em alguns doentes, o que potencialmente pode levar a reações adversas cardiovasculares. A diminuição do potássio sérico é usualmente transitória, não requerendo
suplementação. Em doentes com DPOC grave, a hipocaliemia pode ser potenciada pela hipoxia e pela terapêutica concomitante, o que pode aumentar a suscetibilidade a arritmias cardíacas • hiperglicemia com beta-agonistas: Ultibro Breezhaler não foi estudado em doentes com diabetes mellitus que não estava bem controlada. GRAVIDEZ: apenas deve ser usado durante a gravidez se os benefícios esperados para o doente compensarem os
potenciais riscos para o feto. TRABALHO DE PARTO: Informação relacionada com indacaterol – tal como com outros medicamentos contendo agonistas beta2-adrenérgicos, Ultibro Breezhaler pode inibir o trabalho de parto
devido ao efeito relaxante no músculo liso uterino. ALEITAMENTO: apenas deve ser considerado se os benefícios esperados para a mulher compensarem qualquer potencial risco para a criança. FERTILIDADE: os estudos de
reprodução e outros dados em animais não levantam preocupações no que respeita a fertilidade quer em machos quer em fêmeas. INTERAÇÕES: • Não foram conduzidos estudos de interação específicos com Ultibro Breezhaler. A informação sobre o potencial de interações é baseada no potencial para cada um dos seus dois componentes. • não deve ser administrado conjuntamente com bloqueadores beta-adrenérgicos (incluindo colírios)
exceto se existirem razões imperiosas para a sua utilização • Os fármacos conhecidos por prolongar o intervalo QT podem aumentar o risco de arritmia ventricular • a administração concomitante de outros agentes simpaticomiméticos pode potenciar os efeitos indesejáveis • o tratamento concomitante com derivados da metilxantina, corticosteroides ou diuréticos não-poupadores de potássio pode potenciar o possível efeito hipocaliémico
dos agonistas beta2-adrenérgicos • A inibição dos principais contribuidores para a depuração do indacaterol, CYP3A4 e glicoproteína P (P-gp) não tem impacto na segurança das doses terapêuticas • a coadministração
com outros medicamentos que contêm anticolinérgicos não foi estudada e portanto não é recomendada • não se esperam interações medicamentosas relevantes quando glicopirrónio é coadministrado com cimetidina ou
outros inibidores do transporte de catiões orgânicos. REAÇÕES ADVERSAS: Reações adversas de Ultibro Breezhaler: • Muito frequentes (≥1/10): infeção do trato respiratório superior • Frequentes (≥1/100, <1/10): Nasofaringite, infeção do trato urinário, sinusite, rinite, tonturas, cefaleias, tosse, dor orofaríngea incluindo irritação da garganta, dispepsia, cáries dentárias, dor musculosquelética, pirexia, dor torácica • Pouco frequentes
(≥1/1.000, <1/100): hipersensibilidade, angioedema, diabetes mellitus e hiperglicemia, insónia, parestesias, glaucoma, doença cardíaca isquémica, fibrilhação auricular, taquicardia, palpitações, epistaxis, xerostomia,
prurido/enxantema, espasmos musculares, mialgias, obstrução da bexiga e retenção urinária, edema periférico e fadiga. Reações adversas observadas com pelo menos um dos componentes individuais mas não com Ultibro
Breezhaler: • Pouco frequentes: broncospasmo paradoxal, dor nas extremidades. • Frequentes: gastroenterite. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Novartis Europharm Limited, Frimley Business
Park, Camberley GU16 7SR, Reino Unido. REPRESENTANTE LOCAL Novartis Farma - Produtos Farmacêuticos S.A. Sede social: Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E, Taguspark, 2740-255 Porto Salvo; Contribuinte
PT Nº 500 063 524; Sociedade Anónima Capital Social: EUR 2.400.000; C. R. C. S. N.º 11910/970429; www.novartis.pt. Escalão de comparticipação: Escalão B (69%; 84%). Medicamento sujeito a receita médica. Para
mais informações deverá contactar o titular da AIM/representante local do titular da AIM. ULT_RCM201501_IEC_V04
Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos S.A.
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E, Taguspark • 2740-255 Porto Salvo
NIPC 500 063 524 C.R.Com Cascais • Sociedade Anónima Capital Social: € 2.400.000
www.novartis.pt
Bibliografia:
1. Ultibro Breezhaler RCM http://www.ema.europa.eu/ema. January 2015. 2. Vogelmeier CF, Bateman ED, Pallante J, et al. Efficacy and safety of once-daily QVA149 compared with twice-daily salmeterol-fluticasone in patients with chronic obstructive
pulmonary disease (ILLUMINATE): a randomised, double-blind, parallel group study. Lancet Respir Med. 2013;1:51-60. 3. Bateman ED, Ferguson GT, Barnes N, et al. Dual bronchodilation with QVA149 versus single bronchodilator therapy: the SHINE
study. Eur Respir J. Published online May 2013 as doi: 10.1183/09031936.00200212. 4. Wedzicha JA, Decramer M, Ficker JH, et al. Analysis of chronic obstructive pulmonary disease exacerbations with the dual bronchodilator QVA149 compared with
glycopyrronium and tiotropium (SPARK): a randomised, double-blind, parallel-group study. Lancet Respir Med. 2013;1:199-209.
RES 01/03/2015
Seletivo a Broncodilatar, rápido a atuar
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
Cirurgia no cancro do pulmão
Dr. Fernando
Barata*
Os últimos anos caraterizaram-se
por um entusiasmo generalizado em
torno das novas terapêuticas biológicas e mais recentemente da Imuno-Oncologia. Também a Radio-Oncologia com toda uma moderna tecnologia associada a decisivos resultados em vários estádios do cancro do
pulmão tornou-se apelativa e muito
atual. E a cirurgia torácica?
A cirurgia continua a ter um papel
marcante, fulcral na abordagem multidisciplinar do cancro do pulmão.
Do diagnóstico à terapêutica paliativa, passando pelo estadiamento e
terapêutica com intenção curativa, a
cirurgia faz parte intrínseca de quem
aborda e trata esta patologia.
Do diagnóstico à
terapêutica paliativa,
passando pelo
estadiamento e
terapêutica com intenção
curativa, a cirurgia faz
parte intrínseca de quem
aborda e trata esta
patologia
elevada segurança e rentabilidade
aos restantes gânglios mediastínicos com importância prognóstica.
Mais recentemente a vídeo mediastinoscopia permitiu a evolução para
novas abordagens como a linfadenectomia mediastínica vídeo assistida ou a linfadenectomia transcervical mediastínica.
Após um adequado estadiamento
fisiológico e anatómico a resseção
cirúrgica radical para a doença precoce está associada a um longo controlo da doença e mesmo a esperança de cura. Na doença mais precoce
(estádio Ia) a cirurgia de resseção
associa-se a taxas de cura superiores
aos 80%. Para Ib, IIa, IIb e IIIa, a
cirurgia é parte integrante da abordagem multimodal com quimioterapia e radioterapia administrados de
modo neoadjuvante (antes da cirurgia) ou adjuvante (após a cirurgia).
A lobectomia é a terapêutica de
eleição para toda a doença precoce
(I a IIIa). Nos últimos anos assistimos ao relançar da segmentectomia com resultados muito interessantes mas não suficientemente
consistentes para passar a ser a
cirurgia de eleição.
À lobectomia deve estar associada
a disseção sistemática do mediasti-
Hoje, em conjunto com
opções terapêuticas
cirúrgicas conservadoras
ou económicas,
a radioterapia
desempenha um papel
crescente condutor
a resultados globais
excelentes
no e a linfadenectomia. Esta dupla
abordagem é angular para um estadiamento patológico e uma decisão
terapêutica correta e fundamentada.
Para doentes incapazes para uma
pneumectomia mas capazes de
uma amputação funcional menor,
a lobectomia sleeve, poupadora de
parênquima pulmonar, demonstra já
resultados similares à resseção equivalente com taxa de morbilidade
(eventos cardíacos e respiratórios) e
mortalidade menor.
A esperança de vida aumenta e com
ela a maior probabilidade de surgir
uma doença oncológica nomeadamente o cancro do pulmão. Também com o aumento da esperança
de vida surgem-nos doentes com
mais comorbilidades condicionadoras da abordagem cirúrgica como
a lobectomia. Hoje, em conjunto
com opções terapêuticas cirúrgicas
conservadoras ou económicas, a
radioterapia desempenha um papel
crescente condutor a resultados globais excelentes.
A segmentectomia videotoracoscópica associada a menor morbilidade,
surge hoje como apelativa, já executada em múltiplos centros. Múltiplos
estudos parecem demonstrar equivalente rigor oncológico traduzido em
sobrevivências e taxas de recidiva
comparáveis. Terapêuticas adjuvantes de início precoce parecem consolidar bons resultados.
Ontem, como amanhã, a cirurgia
torácica permanecerá como abordagem atual numa visão multidisciplinar desta patologia de elevada prevalência, morbilidade, degradação
de qualidade de vida e mortalidade.
* Diretor de Serviço da Pneumologia
B do CHUC-HG
Presidente do Grupo de Estudos
do Cancro do Pulmão
Sexta-feira,
26 de junho -11h30
No diagnóstico e estadiamento, técnicas cirúrgicas como a mediastinoscopia, a mediastinotomia ou a
videotoracoscopia continuam com
importância crescente. Com estas
técnicas, o cirurgião pode aceder
aos múltiplos territórios ganglionares mediastínicos com decisiva
implicação na decisão terapêutica.
A mediastinoscopia continua a ser
o gold standard pela sua elevada
sensibilidade e especificidade na
abordagem dos gânglios paratraqueais e subcarinais. A videotoracoscopia, largamente difundida na
última década permite o acesso com
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6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
Doença do tecido conjuntivo
com envolvimento intersticial pulmonar
Dr.ª Maria
João
Salvador*
As doenças do interstício pulmonar
(ILD) são um grupo heterogéneo de
patologias agrupadas pela sua similaridade clínica e imagiológica. É
importante, porém, na sua avaliação,
identificar qual a etiologia que está
por detrás desta manifestação e qual
o seu grau de severidade. De entre
as múltiplas causas, este tipo de
envolvimento pulmonar pode complicar quase todas as doenças do
tecido conjuntivo (ex. esclerose sistémica, miosites, artrite reumatoide,
LES, DMTC).
No seguimento destes doentes é
importante estar sempre atento às
alterações clínicas ou imagiológicas que nos podem alertar para o
envolvimento intersticial pulmonar:
dispneia de novo, tosse seca, rx de
torax com infiltrado reticular, entre
outras. Na esclerose sistémica, dada
O tratamento que depois
iremos orientar será
específico à patologia
em causa, diferindo
obviamente de outras
causas possíveis de ILD
* Assistente Hospitalar de Reumatologia,
a elevada prevalência destas alterações e a sua gravidade, é mesmo
recomendado fazer rastreio anual
pulmonar, incluindo a realização de
provas de função ventilatória.
Por outro lado, num doente com ILD,
é importante despistar as doenças do
Quando pensar
em Doença do
Tecido Conjuntivo?
> Poliartrite
> Eritema malar;
Fotossensibilidade
> Fenómeno de Raynaud
> Úlceras digitais
> Diminuição da força
muscular proximal
> Capilaroscopia
> Autoimunidade – ANAs
(Ds DNA, anti-Sm, anti-RNP),
anti-ScL70, ANCA, anti-JO1;
Factor Reumatóide
> Laboratório – Função
hepática e renal, CK –­
Hemograma com leucograma
- Urina II
|
JORNAL DO CONGRESSO
Fig. 1
16
De entre as múltiplas
causas, este tipo de
envolvimento pulmonar
pode complicar quase
todas as doenças do
tecido conjuntivo (ex.
esclerose sistémica,
miosites, artrite
reumatoide, LES, DMTC)
tecido conjuntivo, quer com a história clínica, quer com um conjunto de
exames laboratoriais e imagiológicos
mínimos, que nos pode pôr na pista
destas patologias (ver figura 2).
O tratamento que depois iremos
orientar será específico à patologia
em causa, diferindo obviamente de
outras causas possíveis de ILD (infecciosas, exposição ambiental, toxicidade medicamentosa, por exemplo)
pelo que a identificação da causa
subjacente é crucial nestes doentes.
Fonte: Atlas of Capillaroscopy 2004 – EDRA – Walter Grassi, Patrizia Del Medico, pág 227
Fig. 2 - Capilaroscopia de doente com dermatomiosite
CHUC-HUC Coimbra
Quinta-feira,
25 de junho - 14h30
6º CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO CENTRO
O que mudou no último ano
Cuidados Respiratórios Domiciliários
só excecionalmente tem interesse. A
situação atual é radicalmente diferente, mas a história dos CRD tem 25
anos. Passou pela elaboração de normas (oxigenoterapia em 1990; ventiloterapia em 1999, aerossolterapia
em 2000) pela SPP, posteriormente incorporadas nas NOC da DGS.
Em 2010 a Comissão Nacional de
CRD teve um papel fundamental no
levantamento da situação dos CRD
em Portugal e na definição de boas
práticas médicas e administrativas.
Foi nesta Comissão que a necessidade da Prescrição Eletrónica Médica (PEM) de CRD ganhou corpo,
como ferramenta indispensável para
o cumprimento das normas e observatório nacional do que se vai fazen-
do em CRD. Este é o custo que a
gratuitidade tem. Fazer bem, pelo
preço justo.
A implementação da PEM não foi
fácil e não cabe neste texto a descrição dos problemas que tiveram
que ser ultrapassados. Nos próximos
meses sairá a 3.ª versão da PEM,
que irá corrigir definitivamente as
imprecisões que ainda existem, muitas delas resultantes da dissonância
temporal entre as NOC (2011) e o
AQ (2014) numa área de grande
evolução tecnológica.
Uma palavra final para as empresas
fornecedoras de serviços. À luz do
concurso e das NOC têm um papel
de stakeholders do SNS. Todas, sem
exceção, acarinharam o procedimento. Prestam cuidados de qualidade e
têm tido um papel decisivo no esclarecimento dos profissionais de saúde.
O processo foi longo e ainda há
muito que fazer mas podemos afirmar que Portugal tem nos CRD um
nível de assistência absolutamente
invejável em termos internacionais.
* Serviço de Pneumologia
B do CHUC
Quinta-feira,
25 de junho - 12h00
JORNAL DO CONGRESSO
Foi no último Congresso de Pneumologia do Centro que pela primeira vez anunciámos a publicação
do Acordo Quadro (AQ) 2014/100,
documento que estabelece o conjunto de equipamentos e serviços
que compõem os Cuidados Respiratórios Domiciliários (CRD), bem
como as empresas aptas a disponibilizá-los aos doentes.
Estamos pois a comemorar um ano
da dispensa universal e gratuita das
diferentes formas de oxigenoterapia, ventiloterapia, aerossolterapia e
equipamentos complementares destas terapias.
O documento em si foi inovador
no alinhamento jurídico dos concursos públicos portugueses e europeus. Tem, aliás, o potencial de criar
jurisprudência. Permite que todas
as empresas selecionadas de acor-
Nos próximos meses
sairá a 3.ª versão da
PEM, que irá corrigir
definitivamente as
imprecisões que
ainda existem, muitas
delas resultantes da
dissonância temporal
entre as NOC (2011)
e o AQ (2014)
|
Dr. Joaquim
Moita*
do com um caderno de encargos
altamente exigente e à volta de um
preço único para cada terapia possam prestar os seus serviços. Basta
olhar para a vizinha Espanha, onde
é escolhida a empresa com o preço
mais barato. O nosso sistema promove a concorrência e consequentemente beneficia o doente.
E porque estamos no congresso da
região centro, convém lembrar o
passado recente em que os doentes
com insuficiência respiratória não
tinham acesso a oxigénio líquido; as
crianças e jovens com fibrose quística não dispunham dos modernos sistemas de aerossolização; os doentes
neuromusculares não tinham ventiladores adequados e muito menos
in-exsufladores; os doentes com síndromes de apneia do sono complicados (altas pressões, por exemplo)
não beneficiavam de dispositivos de
pressão positiva apropriados.
Todos tinham má qualidade de vida
e muitos morriam precocemente.
Em paralelo com a má assistência
aos doentes, observava-se um despesismo inqualificável, má prática
médica e ausência de controlo clinico. Basta dizer que um quarto do
dinheiro gasto em 2009 se destinava
a aerossolterapia com broncodilatadores, ou seja, a uma terapia que
17
::: programa
25 DE JUNHO
26 DE JUNHO
09h00
CASOS CLÍNICOS EM DISCUSSÃO
PATOLOGIA INFECIOSA
COMENTÁRIOS Salete Valente
Marta Sousa
09h30
HOT TOPICS
MODERADORES Mário Loureiro | Lurdes Barradas
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA
TABAGISMO: NOVAS E PERIGOSAS ALTERNATIVAS
Ana Maria Figueiredo
PATOLOGIA PLEURAL
COMENTÁRIOS Luís Ferreira
Mariana Saldanha Mendes
RASTREIO NO CANCRO DO PULMÃO
Ana Luísa Fonseca
PATOLOGIA OBSTRUTIVA
COMENTÁRIOS Gilberto Teixeira
Rita Gomes
COMO PRODUZIR UMA BOA INVESTIGAÇÃO
António Jorge Ferreira
10h00
CONFERÊNCIA António Robalo Cordeiro
PRESIDENTE António Simões Torres
11h00
INTERVALO
CARAMULO NA ROTA DA TUBERCULOSE
António Ramalho de Almeida
11h30
CONFERÊNCIA CIRURGIA E CANCRO DO PULMÃO
PRESIDENTE Fernando Barata
Rita Pancas
10h30
SESSÃO DE ABERTURA
12h00
SIMPÓSIO
DAS VIAS AÉREAS AO PARÊNQUIMA
PULMONAR - DPOC E IPF
MODERADOR António Reis
Carlos Robalo Cordeiro | António Jorge Ferreira
(patrocínio Boehringer Ingelheim)
11h00
INTERVALO
11h30
CONFERÊNCIA
TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA INALATÓRIA
PRESIDENTE Alcide Marques
Fernanda Gamboa
13h00
ALMOÇO
12H00
SIMPÓSIO
LAMAs: QUANDO? QUAL? E PORQUÊ?
MODERADOR Agostinho Marques
Joaquim Moita
(patrocínio Menarini)
14.30
SIMPÓSIO
DPOC - À CONVERSA COM MGF E PNEUMOLOGIA
Carlos Robalo Cordeiro | Cidália Rodrigues | Ivo Reis
(patrocínio Novartis)
13h00
ALMOÇO
14h30
MESA - REDONDA LIMITES DA PATOLOGIA INTERSTICIAL
E DO TECIDO CONJUNTIVO
MODERADORES Carlos Robalo Cordeiro | Sofia Furtado
FIBROSE PULMONAR: IDIOPÁTICA OU ASSOCIADA
A DOENÇA DO TECIDO CONJUNTIVO?
Sara Freitas
DOENÇA DO TECIDO CONJUNTIVO
COM ENVOLVIMENTO INTERSTICIAL PULMONAR
Maria João Salvador
15h15
MESA-REDONDA ASMA BRÔNQUICA
MODERADORES: Ana Todo Bom | António Reis
BIOMARCADORES NA ASMA BRÔNQUICA
Cláudia Loureiro
IMUNOTERAPIA
Jorge Ferreira
ASMA GRAVE
Ana Maria Arrobas
16h00
POSTERS APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO
16h45
COMUNICAÇÕES SELECIONADAS
Entrega do Prémio CPC/Novartis para a melhor Comunicação
MODERDORES
SALA A Gonçalo Salvado | Manuela Lopes
SALA B Yvette Martins | Ana Campos
SALA C Alcina Tavares | Barbara Rodrigues
JÚRI: António Antunes|Paula Pinto|A. Moreira da Silva
17h00 SUNSET VITAL
Cocktail patrocinado pela VitalAire (no bar esplanada)
agradece o apoio de todos os que contribuiram
para a realização deste Jornal, nomeadamente:
comissão organizadora do
6.º congresso de pneumologia do centro
COORDENAÇÃO: PATRÍCIA REBELO | [email protected]
Edição:
Avenida Infante D. Henrique, n.º 333 H,
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Tel.: 218 504 065 \\ Fax: 210 435 935
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SECRETARIADO:
Associação de Estudos Respiratórios (AER)
HUC - 2.º piso,
3000-075, Lisboa
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APRESENTAÇÃO: Pó para inalação, cápsulas contendo brometo de glicopirrónio equivalentea 50
microgramas de glicopirrónio. INDICAÇÕES: Tovanor Breezhaler é indicado como tratamento
broncodilatador de manutenção, para alívio dos sintomas em doentes adultos com doença
pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO: Adultos:
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dia, usando o inalador Tovanor Breezhaler. Crianças (< 18 anos): não deve ser usado em doentes
com menos de 18 anos. Populações especiais de doentes: não é necessário ajuste de dose em
doentes idosos ou em doentes com compromisso ligeiro a moderado da função renal. Modo de
administração: As cápsulas de Tovanor Breezhaler apenas devem ser administradas por via
inalatória e apenas usando o inalador Tovanor Breezhaler. As cápsulas não devem ser engolidas. Os
doentes devem ser instruídos sobre como administrar o medicamento corretamente. Os doentes que
não sentiram melhorias na respiração devem ser questionados se estão a engolir o medicamento
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ser usado como terapêutica de recurso ♦hipersensibilidade: se ocorrerem sinais sugestivos de
reações alérgicas, em particular, angioedema, Tovanor Breezhaler deve ser imediatamente descontinuado e instituída terapêutica alternativa ♦broncospasmo paradoxal: tal como outras terapêuticas
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Tovanor-2014-09-FL-32 elaborado em julho de 2014
caução em doentes com glaucoma de ângulo estreito ou com retenção urinária ♦compromisso
renal: deve apenas ser utilizado se o benefício esperado superar o risco potencial e doentes com
compromisso renal grave incluindo os com doença renal terminal necessitando de diálise ♦doença
cardiovascular: deve ser usado com precaução em doentes com doença cardíaca isquémica
instável, falência ventricular esquerda, história de enfarte do miocárdio, arritmia (excluindo fibrilhação
auricular estável crónica), história de síndrome de prolongamento do intervalo QT ou cujo QTc foi
prolongado. GRAVIDEZ: apenas deve ser usado durante a gravidez se os benefícios esperados
para o doente compensarem os potenciais riscos para o feto. ALEITAMENTO: apenas deve ser
considerado se os benefícios esperados para a mulher compensarem qualquer potencial risco para
a criança. FERTILIDADE: os estudos de reprodução e outros dados em animais não levantam
preocupações no que respeita a fertilidade quer em machos quer em fêmeas. INTERAÇÕES:
♦a administração concomitante com outros medicamentos contendo anticolinérgicos não foi
estudada e como tal não é recomendada. REAÇÕES ADVERSAS: ♦Frequentes (≥1 a <10%):
xerostomia, insónia, gastroenterite ♦Pouco frequentes (≥0,1 a <1%): hipersensibilidade, angioedema, dispepsia, cáries dentárias, dor nas extremidades, dor torácica musculoesquelética, erupção
cutânea, fadiga, astenia, sinusite, tosse produtiva, irritação da garganta, epistaxis, rinite, cistite, hiperglicemia, disúria, retenção urinária, fibrilhação auricular, palpitações, hipoestesia ♦Outras reações
adversas: nasofaringite, dor musculoesquelética ♦Apenas em doentes idosos: cefaleias,
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representante local do titular da AIM. TOV_RCM201406_IEC_V05

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