índice - Casa da Imprensa

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ÍNDICE
NOTA ANÚNCIO VENDEDORES 1
7 anos de Prémio Stuart...
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NOTA DE IMPRENSA LIVRO
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BIOGRAFIA VENCEDORES
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STUART CARVALHAIS
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PRÉMIO STUART DE DESENHO DE IMPRENSA
EL CORTE INGLÉS/CASA DA IMPRENSA ATRIBUÍDO A
“A LITERATURA PORTUGUESA É MÁ NA CAMA?”,
DE NUNO SARAIVA
A sétima edição do PRÉMIO STUART DE DESENHO DE IMPRENSA EL CORTE INGLÉS/ CASA DE
IM P R E N S A disting u i u co m o Grande P rém io , no valor pec u niário de €10.000,
a ilustração “A Literatura Portuguesa é Má na Cama?”, que Nuno Saraiva publicou
no Ipsilon, suplemento do jornal Público, de 12 de Fevereiro de 2010.
Na categoria de Cartoon/Caricatura foi premiado o trabalho “O Último a Sair”, de
Cristina Sampaio, publicado no jornal Expresso a 27 de Fevereiro de 2010. O prémio
tem o valor pecuniário de €5.000.
Na categoria de Tira Cómica foi premiado o trabalho “Sismo Sentido em Arraiolos”,
de José Bandeira, publicado no jornal Diário de Notícias, na edição de 07 de Agosto
de 2009. O prémio tem o valor pecuniário de €5.000.
Composto por Alex Gozblau, vencedor da edição do ano passado, pelo convidado
especial, João Soares, além de Susana Santos e João Paulo Cotrim, em representação
do El Corte Inglés, e Jaime Almeida, em representação da Casa da Imprensa, o júri
decidiu de entre um universo de cerca de 500 trabalhos, assinados por 60 autores,
provenientes dos principais títulos da imprensa nacional.
Para quaisquer esclarecimentos ou informações adicionais, rogamos o
contacto através do telefone n.º 21 371 17 01, fax n.º 21 383 21 42 ou e-mails: susana.
[email protected] e [email protected].
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7 anos de Prémio Stuart de Desenho
de Imprensa El Corte Inglés/Casa da
Imprensa
O Prémio Stuart de Desenho de Imprensa El Corte Inglés/Casa da Imprensa, cumpre
este ano a sua sétima edição, continuando a orientar-se pelo princípio que levou à
sua criação: prestar tributo a Stuart Carvalhais e estimular a excelência nacional,
premiando a força das opiniões expressas com humor e riqueza plástica, que todos
os dias enriquecem as páginas da imprensa portuguesa.
Desde a segunda edição, em paralelo com o concurso para atribuição dos prémios,
tem lugar a publicação de um novo livro da Colecção Prémio Stuart, que vai tecendo
uma teia de cumplicidade artística entre autores actuais e a memória da obra
daqueles que, pela sua excelência, gravaram o seu lugar na história do desenho de
imprensa.
“O El Corte Inglés entende, por herança do seu fundador, que será sempre devedor
de um contributo à sociedade em que se insere. Daí a consciência social e o esforço
de preservação do património que o El Corte Inglés mantém, e no qual se insere a
criação do Prémio Stuart e desta colecção. O seu objectivo é dignificar a obra dos
clássicos do desenho de imprensa recuperando-a ao esquecimento. O desenho de
imprensa espelha muito do que somos e merece, portanto, uma atenção crescente”.
Seguindo este princípio, já foram publicadas cinco obras:
- “Stuart -A Rua e o Riso”
- “Rafael Bordalo Pinheiro - Fotobiografia”
- “André Carrilho – O Rosto do Alpinista”
- “João Abel Manta – Caprichos e Desastres”
- “Combo – João Fazenda”
Este ano será editado o sexto livro, “Cid”, uma antologia da autoria de João Paulo
Cotrim que, à semelhança dos anos anteriores, é uma co-edição da Assírio & Alvim e
do El Corte Inglés.
Em 2004 o júri do Prémio Stuart de Desenho de Imprensa, que teve como convidado
especial Miguel Sousa Tavares, atribuiu o Grande Prémio a José Bandeira, pelo
trabalho “Miss Outro Universo”, publicado no Diário de Notícias em Junho de 2003.
Em 2005, o júri, que integrou José Pacheco Pereira como convidado especial,
distinguiu António Antunes com o Grande Prémio, pelo cartoon “SantanismoLopismo”, publicado em Julho de 2004 no semanário Expresso.
Em 2006, o grande vencedor foi André Carrilho, com a ilustração “O Tradutor
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de Clássicos”, publicado em Fevereiro do mesmo ano no Diário de Notícias. O júri
contou com o convidado especial António Barreto.
Em 2007, Mário Soares foi o convidado especial do júri, que atribuiu o Grande Prémio
a João Fazenda, pela ilustração “Plágio Literário”, publicado no suplemento Ípsilon
do jornal Público, em Fevereiro do mesmo ano.
Em 2008, o júri, que teve como convidado especial José Miguel Júdice, atribuiu o
Grande prémio a Gonçalo Viana, pela ilustração “Ponta do Iceberg”, publicada em
Janeiro do mesmo ano na revista Visão.
Em 2009 o vencedor do Grande Prémio Stuart foi Alex Gozblau, com a ilustração
“Porque nos apaixonamos pelas pessoas erradas”, publicada em Setembro de 2008
na revista Única, suplemento do semanário Expresso. O convidado especial do júri
foi Mário Bettencourt Resendes.
Na actual edição o convidado especial do júri é João Soares e a apresentação do
novo livro da Colecção Prémio Stuart, “Cid”, será feita por Paulo Portas.
Paulo Portas, que a propósito deste prémio e da colecção de obras que lhe está
associada, escreveu o seguinte:
Como antigo jornalista e director de um semanário – e como actual “sujeito” de
desenho e caricatura política – tenho bem presente a importância, para quem
escreve e para quem lê, do desenho de imprensa.
Este prémio, da feliz associação entre o El Corte Inglés e a centenária Casa da
Imprensa, tem a honrada responsabilidade do nome de Stuart Carvalhais – a honra
para quem o recebe e a responsabilidade de quem o atribui. Este ano, mais uma vez,
estão de parabéns, os homenageados e o júri.
E a todos nós, que temos o privilégio de ver mais um livro desta colecção, com
o trabalho de Augusto Cid – o “Cavaleiro do Cartoon”- resta-nos dizer-lhe duas
palavras: muito obrigado!.
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Cid
JOÃO PAULO COTRIM
EL CORTE INGLÉS/ASSÍRIO & ALVIM
O El Corte Inglés, por ocasião da cerimónia de entrega dos PRÉMIOS STUART DE
DESENHO DE IMPRENSA EL CORTE INGLÉS/CASA DA IMPRENSA, lança o sexto volume da
Colecção Prémio Stuart.
Augusto Cid (Faial, 1941) completa 50 anos
de uma carreira que fez dele o cartoonista
mais politicamente incorrecto. Foi mesmo
o primeiro desenhador de humor do pós25 de Abril a ver livros seus apreendidos,
sofreu processos e retaliações, mas
também foi dos únicos que leu a guerra
colonial através da lente do humor e
que melhor retratou a política nacional
dos anos da democracia, sobretudo nas
páginas de O Diabo. Desde o começo, em
publicações como Parada da Paródia, Vida
Mundial ou Diário de Lisboa, foi criando um
conjunto de personagens memoráveis,
como o Cão Traste, que ainda mantém
no Sol, depois de ter sido criada para O
Independente.
«O cartoonista não tem por obrigação
construir seja o que for. Se vemos que
alguma coisa está mal, o nosso papel é destruir. Depois há gente que vem atrás e
constrói sobre os escombros, mas não é nossa missão fazer crítica construtiva,
isso cabe a outros, pensadores, políticos…» Talvez escombros seja exagero, mas a
obra de Augusto Cid alguns estragos cometeu numa ou noutra figura da política
nacional.» Segundo João Paulo Cotrim, «em país de coitadinhos sempre prontos a
vestir o papel da vítima, preferindo os ademanes da simpatia à simples frontalidade,
presos algures entre o cacique e o sabujo, Cid foi malcriado e panfletário,
obsessivo e impiedoso, mas acima de tudo lúcido, acutilante e divertido. Cid, como
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bom cartoonista, ignora a culpa e aspira à mais absoluta liberdade.»
Mais um volume de uma colecção de referência, saudada pela crítica e acolhida
extraordinariamente pelos leitores atentos.
O El Corte Inglés entende, por herança do seu fundador, que será sempre devedor
de um contributo à sociedade em que se insere. Daí a consciência social e o esforço
de preservação do património que o El Corte Inglés mantém, e no qual se insere
a criação do Prémio Stuart e esta colecção, cujos primeiros volumes foram
dedicados a Rafael Bordalo Pinheiro e Stuart de Carvalhais. Trata-se de dignificar
a obra de autores clássicos, mas também dos contemporâneos, recuperando-a
ao esquecimento. O desenho de imprensa espelha muito do que somos e merece,
portanto, uma atenção crescente.
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BIOGRAFIA VENCEDORES
NUNO SARAIVA
Nasce em Lisboa a 27 de Agosto de 1969, onde vive, trabalha e se diverte. Desde há
cerca de dez anos que tem colaborado em praticamente toda a imprensa escrita
portuguesa, com destaque para os semanários O Independente, Expresso, Sol e
jornal Público. Foi autor, com Júlio Pinto, de Filosofia de Ponta e da Guarda Abília, e a
solo de Zé Inocêncio, as aventuras Extra Ordinárias de Um Falo Barato. Actualmente
publica duas páginas semanais no semanário Sol, com o título genérico “Na Terra
Como No Céu”. Sobre presenças e colaborações exteriores, esteve representado
nas exposições Perdus dans l’Océan, Festival internacional de BD de Angoulême,
1998, Para lá dos Olivais, colectivo que comissariou, Forum Cap Mag, Paris, 1999; Le
Portugal et la BD, Bruxelles, Centre Belge de la Bande Dessinée, 2000, e colaborou
com seis desenhos para o aclamado filme Fados, mais recente obra do do realizador
espanhol Carlos Saura. Faz os storyboards para o canal Q das Produções Fictícias.
Para relaxar um pouco, dá aulas de cartoon político e banda desenhada na escola
de artes de Lisboa Ar.Co, onde recentemente introduziu o primeiro workshop de
banda desenhada erótica em Portugal. É
o sócio número 22 da Associação Renovar
a Mouraria, onde entre marteladas e
imperiais gere a imagem a par de uma amiga
designer. Segundo João Paulo Cotrim, o seu
biógrafo não autorizado, «leva demasiado
a sério o não se levar a sério»...
A Literatura Portuguesa é Má na Cama?
Nuno Saraiva
Suplemento Ipsílon do Público
A 12 de Fevereiro de 2010
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BIOGRAFIA VENCEDORES
CRISTINA SAMPAIO
Nasceu em Lisboa, em 1960. Tem o curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes
de Lisboa. O seu trabalho tem-se repartido entre cartoon, ilustração, animação e
multimédia. De 1990 a 1999 foi responsável pela secção de infografia do Público. É
membro do projecto Spam Cartoon e da Association Cartooning for Peace.
É colaboradora permanente de Público, Expresso, CTT-Aposta (Portugal); África
21 (Angola); Kleine Zeitung (Áustria), mas colabora ou colaborou com Combate,
Rua Sésamo, Independente, Courrier International, New York Times, Wall Street
Journal, Boston Globe, Parenting Magazine, National Law Journal, Today’s Parent,
Puls Biznesu, Die Presse.
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS: “O Desenho dos Dias”, Bedeteca de Lisboa, 2001; “Na Ponta
da Linha”, Cartoon Xira 2003; “Cartoon Cristina Sampaio”, Pithiviers 2006; “Ilustrace
Cristiny Sampaiové”, Praga, Brno e Vsetín, República Checa, 2007 e 2008.
PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES COLECTIVAS: “Colectivo Ilustre”, Galeria Arcada, Estoril 1988;
“Jornal Combate Ilustrações 89/90”, Assírio & Alvim, Lisboa 1990; “Por Timor”, Padrão
dos Descobrimento, Lisboa 1992; “Cores para o Futuro - Ilustração infantil e juvenil
portuguesa”, Zentralen Kinder- und Jugendbibliothek, Frankfurt 1997 e CCB, Lisboa
1998; “25 Bandas Desenhadas comemorativas do 25 de Abril”, Cordoaria Nacional,
Lisboa 1999; “Mostra de humor luso-brasileiro – 500 anos de Brasil”, Casino Estoril/
Museu da Imagem e do som do Rio de Janeiro 2000;; “Os meus Monstros”, Bedeteca/
Oceanário de Lisboa 2002; “Coisas que acontecem” Bedetca / Cordoaria Nacional,
Lisboa 2004; “Animalaminute”, Farol de Sonhos, São Domingos de Rana 2006; “World
Press Cartoon”, Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra, 2005 a 2009; “Ilustração
Portuguesa”, Bedeteca de Lisboa, de 1998 a 2004; “World Press Cartoon - Prix 20052008”, Fundação Calouste Gulbenkian, Paris 2008; “Cartoons from the 27 Countries
of the European Union”, Zappeion Megaron, Atenas 2008; “Cartoons do Ano 2008”,
Celeiro da Patriarcal, Vila Franca de Xira 2009; “Expressions - International Cartoon
Exhibition”, Global Forum on Fredom of Expression, Drøbak 2009; “Dessine-moi la
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BIOGRAFIA VENCEDORES
Paix en Méditerranée”, Marseille 2009; “Um Século, Dez Lápis, Cem Desenhos - Viarco
Express”, Museu da Presidência da República, Lisboa 2009; “O Combate Ilustrado
- De 1986 a 2007”, Casa da Achada, Lisboa 2010; “Taches d’Opinion”, Mémorial Cité de
l’Histoire, Caen 2010; “Cartoons do Ano 2009”, Celeiro da Patriarcal, Vila Franca de
Xira 2010.
PRÉMIOS E DISTINÇÕES: Representou Portugal no calendário ilustrado editado
Comunidade Europeia, Bruxelas, 1994; Society of News Design (USA) - Award of
Exellence, 2002; Society of News Design (USA), Award of Exellence, 2005; Prémio Stuart
de Desenho de Imprensa, categoria Cartoon/Caricatura, El Corte Inglés / Casa da
Imprensa, 2006; 1º Prémio do World Press Cartoon 2007, categoria Cartoon Editorial;
Menção Honrosa World Press Cartoon 2009, categoria Caricatura; Society of News
Design (USA), Award of Exellence, 2009; World Press Cartoon 2009, Menção Honrosa,
Categoria Caricatura; Prémio “Melhor Ilustração para Literatura Infantil” por
“Canta o Galo Gordo” - Festival de BD da Amadora; Society of News Design (Pamplona),
Medalha de Prata na categoria Ilustração.
PRINCIPAIS LIVROS PUBLICADOS: Ilustração infanto-juvenil : “História do João Grilo”
e “A Galinha Tonta” de Glória Bastos, Editorial Caminho, 1987 e 1989; “A Herança” e
“A Malta do 2ºC” de Catarina da Fonseca, Editorial Caminho, 1987 e 1988; “Salpico”
de Manuela Alves, Editorial Caminho 1989; “Os Olhos de Ana Marta” de Alice Vieira,
Editorial Caminho 1990; “Bom dia Benjamim” de Nuno Artur Silva, Rui Cardoso Martins
e José Peixoto, entre outros, Movieplay / Texto Editora, 1995; “Canta o Galo Gordo”
de Inês Pupo e Gonçalo Pratas, Editorial Caminho, 2009; Cartoon: “Cristina Sampaio Ilustrações”, Edição do Autor distribuída pela Assírio & Alvim, 1993; “O Desenho dos
Dias”, Bedeteca de Lisboa, 2001; “Cartoons do Ano 2008”, (com António, Cid, Gonçalves
e Maia), Assírio & Alvim 2009; “Cartoons do Ano 2009”, (com António, Carrilho, Cid,
Gonçalves e Maia), Assírio & Alvim 2010.
www.cristinasampaio.com
www.adrawingaday.cristinasampaio.com
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BIOGRAFIA VENCEDORES
O Último a Sair
Cristina Sampaio
Expresso a 27 de Fevereiro de 2010
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BIOGRAFIA VENCEDORES
JOSÉ BANDEIRA
Iniciou a sua carreira de cartoonista político, em 1983, no Diário de Notícias, onde
passou a publicar, a partir de 1990, a série diária Cravo & Ferradura. Trabalhou em
simultâneo para vários outros jornais e revistas, nomeadamente Diário de Lisboa,
Tal & Qual, Diário Popular, O Século e Focus. Também faz BD, área em que conquistou
diversos primeiros prémios, ilustração para livros e fotografia. Em 2002, publica o
álbum Namoros, Casamentos e Outros Desencontros (Gradiva), distinguido com o
prémio Melhor Álbum de Tiras Humorísticas 2003 do Salão de Banda Desenhada da
Amadora. Foi por várias vezes galardoado no Salão Nacional de Caricatura, cujo
Grande Prémio lhe foi atribuído em 2004. Ainda em 2004 recebeu o Prémio Stuart.
Tem participado em inúmeras exposições colectivas em Portugal e no estrangeiro
(Brasil, Croácia, Costa Rica, Dinamarca, Espanha, China, Turquia). Está representado
no Sammlung Karikaturen & Cartoon Basel (na Suíça) e na antologia Os Melhores
Cartoons Políticos da Actualidade (vol. 1992). Actualmente publica no Diário de
Notícias (Cravo & Ferradura) e no Jornal de Notícias (Bandeira de Canto).
Nas suas próprias palavras, «nada se conhece de José Bandeira a não ser
praticamente tudo. Que nasceu em Lisboa nos idos de sessenta, nenhum maori o
sabe; que trabalhou como cartoonista para jornais como o Popular, o Lisboa ou o
Século, eis o que é desconhecido pela totalidade da população da ilha de Norfolk;
que desde 1990 publica no Diário de Notícias a tira cómica Cravo & Ferradura e desde
2003 Bandeira de Canto, no JN, nem as estátuas da Ilha da Páscoa imaginam, menos
ainda que assinou dois álbuns de tiras cómicas e que foi por variadíssimas vezes
premiado, nem ele compreende porquê. Supõe-se que escreve. Tudo o mais é mistério,
arcano, enigma irresolúvel.»
Prémios
1988 - Prémio Humor e Ambiente do I Salão Livre de Humor Nacional – Porto de Mós;
1990 - Prémio de Ilustração de Imprensa do IV Salão Nacional Humor de Imprensa –
Porto de Mós;
1991 - Prémio de Caricatura de Imprensa do V Salão Nacional de Humor de Imprensa
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BIOGRAFIA VENCEDORES
– Oeiras;
1992 - Prémio de Humor de Imprensa do VI Salão Nacional de Humor de Imprensa –
Oeiras;
1994 - Prémio de BD de Imprensa do VIII Salão Nacional de Humor de Imprensa – Oeiras;
1995 - Prémio de BD de Imprensa do IX Salão Nacional de Humor de Imprensa – Oeiras;
2001 - Prémio de Humor de Imprensa do XV Salão Nacional de Humor de Imprensa –
Oeiras;
2003 - Prémio de Cartoon de Imprensa do XVII Salão Nacional de Humor de Imprensa –
Oeiras;
2003 - Prémio de Melhor Álbum de Tiras Humorísticas Festival Internacional de BD da
Amadora com o livro Namoros, Casamentos e Outros Desencontros;
2004 - Grande Prémio do XVIII Salão Nacional de Humor de Imprensa - Oeiras;
2004 - Prémio Stuart de Desenho de Imprensa El Corte Inglès/Casa da Imprensa;
2006 - Prémio Stuart de Desenho de Imprensa El Corte Inglès/Casa da Imprensa - Tira
Cómica;
2006 - 1º Prémio do X Salão Luso-Galaico de Caricatura de Vila Real;
2007 - Prémio Stuart de Desenho de Imprensa El Corte Inglès/Casa da Imprensa - Tira
Cómica;
2008 - 1º Prémio do XII Salão Luso-Galaico de Caricatura de Vila Real;
2009 - Prémio Stuart de Desenho de Imprensa El Corte Inglès/Casa da Imprensa - Tira
Cómica.
Bibliografia
Namoros, Casamentos e Outros Desencontros, 2002, Gradiva;
Cravo & Ferradura, 2004, Gradiva;
Frases Para Ter na Carteira (colectivo), 2006, Livramento;
Contos de Algibeira (colectivo), 2007, Casa Verde;
E Outros Belos Contos de Natal (colectivo), 2009, Escritório.
bandeiraaovento.blogspot.com
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BIOGRAFIA VENCEDORES
Sismo Sentido em Arraiolos
José Bandeira
Diário de Notícias a 7 de Agosto de 2009
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STUART CARVALHAIS
Stuart Carvalhais, de seu nome completo, José Herculano Stuart Torrie de Almeida
Carvalhais, foi um dos mais geniais e boémios artistas do humor português, tendo
deixado o seu nome inscrito de forma indelével na imprensa portuguesa, onde
colaborou durante mais de 50 anos.
Considerado o “pai da banda desenhada” em Portugal, Stuart Carvalhais, que
nasceu em Vila Real de Trás-os-Montes em 1887, filho de pai português e mãe inglesa,
foi desenhador, ilustrador, realizador de cinema, actor, cenógrafo, figurinista e
designer gráfico.
De família abastada, rumou à capital para estudar no Real Instituto de Lisboa, mas
em 1903, com apenas 17 anos, deu por acabada a vida de estudante, tendo em 1906
publicado no jornal “O Século”, o seu primeiro trabalho, “Cenas de Rua”.
Em 1912 viajou para Paris, onde colaborou como ilustrador no jornal “Gil Blas” e
em 1915, no suplemento humorístico do jornal “O Século”, publicou a sua primeira
banda desenhada, “Aventuras do Quim e do Manecas”, que manteve até 1953.
Rebelde e boémio, apaixonado por Lisboa, desde sempre não poupou a crítica social
e política nos seus desenhos, a sátira aos vícios e poses das classes dominantes,
a que contrapunha a miséria dos que pouco ou nada tinham, numa cidade e numa
sociedade recheadas de contrastes e disparidades.
Por dificuldades económicas ou para marcar a diferença que lhe era natural,
Stuart Carvalhais fez muitos dos seus desenhos utilizando papeis usados, tampas
de caixas de cartão, onde os traços nasciam de restos de fósforos queimados.
No entanto, nunca integrou o movimento modernista liderado por Almada Negreiros,
Guilherme Santa Rita, Amadeo de Souza-Cardoso, entre outros, mantendo-se um
artista isolado, aperfeiçoando o seu traço numa linha de continuidade da caricatura
deixada por Bordalo Pinheiro.
Ao longo da sua vida, Stuart Carvalhais publicou os seus trabalhos nos mais
diversos jornais e revistas, de que se destacam o “Papagaio Real”, “A Batalha”, o “Diário
de Notícias”, o “Diário Popular”, “O Século”, “A Bola”, “ABC”, “Os Ridículos”, “Sempre
Fixe”, a “Sátira”, “Repórter X”, “Ilustração Bertrand”, “Ilustração Portuguesa”,
“Kino”, “Pica-Pau” e “Cara Alegre”, entre outras publicações.
O artista teve paralelamente um papel de destaque no teatro, como figurinista e
cenógrafo, desenhando ainda cartazes publicitários e capas de muitos livros, como
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STUART CARVALHAIS
é o caso da obra “Memórias do Cárcere”, de Camilo Castelo Branco.
Ao cinema, como actor e realizador, levou as aventuras do Quim e do Manecas,
personagens da banda desenhada que publicava no jornal “O Século”.
A 2 de Março de 1961, em Lisboa, morreu Stuart Carvalhais, a cinco dias de completar
74 anos.
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