Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil

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Lista comentada dos vírus de plantas descritos no Brasil
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FAPESP
PROGRAMA BIOTA/MICRO-ORGANISMOS
LISTA COMENTADA DOS VÍRUS DE PLANTAS DESCRITOS NO BRASIL
(1911-2013)
Coordenação: E. W. KITAJIMA
Dept. Fitopatologia e Nematologia, Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, Universidade de São Paulo
INTRODUÇÃO
Esta listagem tenta arrolar todos os vírus e viróides detectados e descritos
no país, em plantas cultivadas e/ou da vegetação espontânea, e foi baseada nas
publicações disponíveis sobre o assunto, em periódicos ou relatos feitos em
congressos, no país e no exterior, por pesquisadores nacionais ou estrangeiros. Ela
não é permanente e deverá sofrer contínuas alterações (adições, deleções, edições,
etc.), quando necessárias, contando com informações fornecidas pelos especialistas
do país. Estará à disposição da comunidade científica on line no site do Programa
Biota. A listagem básica foi feita em ordem alfabética da espécie ou gênero das
plantas, nas quais os vírus foram encontrados naturalmente infetando-as. Em cada
caso, faz-se um pequeno comentário sobre sintomas, local de ocorrência e outras
informações que foram julgadas pertinentes, além de referências de onde os dados
foram extraídos. Para viroses das espécies cultivadas mais importantes, contou-se
com apoio de especialistas para sua edição. Não são consideradas plantas
experimentalmente infectadas. Acham-se à disposição dos interessados também
listagens auxiliares: (a) Sobre a ocorrência destes vírus por unidades da federação;
(b) Por vírus, seguindo a mais recente taxonomia dos vírus, de acôrdo com o
International Committee of Taxonomy of Viruses (ICTV); (c) Listagem dos
virologistas brasileiros e suas instituições, incluindo os aposentados e falecidos; (d)
E last but not least, uma listagem das publicações sobre vírus de plantas, ano por
ano, a partir de 1911 até 2013. Obviamente estas listagens não são perfeitas e
devem haver omissões e equívocos, que este coordenador espera sejam reparados,
contando com a ajuda da comunidade para indicar as correções necessárias, que
serão introduzidas na medida que forem sendo recebidas. Deve-se mencionar que
muitas destas informações foram revisadas por colegas virologistas especializados
em determinadas culturas.
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1. LISTAGEM POR ESPÉCIE DA PLANTA HOSPEDEIRA
As plantas acham-se dispostas em ordem alfabética por espécies ou gêneros.
Incluem-se o nome científico completo com autoridades, nome vulgar (quando
disponível) e família botânica. Para a correta menção dos nomes científicos, aqueles
indicados nas publicações foram confrontados com os nomes do site “International
Plant Name Index” e outros índices. Dentro de cada espécie citada, os vírus acham-se
listados pelo gênero, em ordem alfabética, e dentro do gênero pelo nome da espécie em
inglês (nomeclatura oficial- grafado em itálico, quando o vírus acha-se incluído na lista
oficial do International Committee on Taxonomy of Viruses- ICTV, e grafia normal,
quando ainda aguarda este fato). A sequência dos gêneros/espécies de vírus dentro de
cada espécie botânica segue a da listagem dos vírus feita pelo ICTV em 2011. Os nomes
dos vírus, sempre que factível, encontram-se seguidos da sua tradução para o portugês,
visando à divulgação das viroses pelos extensionistas aos produtores. Há também
muitos casos em que o vírus não se acha identificado, sendo considerado possível
integrante de um gênero (p.ex. Potyvirus, Tospovirus, etc.), e neste caso encontram-se
listados como “sem identificação”. Incluem-se casos mais antigos, em que há suspeitas
de viroses, sem trabalhos complementares para confirmação, e que se acham incluídos,
como “possível virose” para fins de registro histórico, aguardando novos registros e
identificações.
A
Abelmoschus esculentus Moench (quiabo) Malvaceae
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon
Sintomas de mosaico amarelo em folhas de quiabeiro, foram identificados como
causados pelo AbMBV. Esta virose está comumente presente nesta cultura, mas em
baixa incidência em SP (1). A cv. Chifre de Veado, seleção Sta. Cruz 47 desenvolvida
na UFRRJ mostrou alta resistência a AbMV (2). Constatado em Manaus, AM (3).
Ref.: (1) Costa, A.S. Phytopathol.Zeit. 24: 97. 1955; (2) Sudo, S. et al. Fitopatologia 9: 72;
1974; (3) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9: 633. 1979
Sida micrantha mosaic virus (SimMV); vírus do mosaico de Sida micrantha
Detectado em GO e DF em quiabeiros com sintomas de mosaico em quiabeiro.
Agente causal caracterizado como SimMV (1)
Ref.: (1) Aranha, A.S. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 14. 2011.
Abutilon striatum Dicks (Lanterninha-japonesa, sininho, campainha) Malvaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV) vírus do mosaico do abutilon
A primeira descrição da clorose infecciosa foi feita em S.Paulo, SP, por
Silberschmidt (1), mas acha-se disseminada praticamente em todo país. O agente causal
foi referido como vírus do mosaico do abutilon. Verificou sua não-transmissibilidade
por sementes e obteve-se transmissão por enxertia (de Abutilon para Abutilon e para
Sida spp.) concluindo que os vírus que infetam estes gêneros seriam essencialmente os
mesmos. Demonstrou-se experimentalmente que a mosca branca Bemisia tabaci
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transmite este vírus (2, 3). AbMBV tem sido encontrado infetando naturalmente várias
outras espécies de malváceas e de outras famílias, incluindo plantas de interesse
econômico como feijoeiro, e soja e tomateiro. Foi transmitido mecanicamente com
dificuldade. O sequenciamento completo do genoma mostrou que o isolado brasileiro
(da BA) é diferente do isolado das Índias Ocidentais, tendo sido designado mosaico do
abutilon do Brasil (Abution mosaic Brazil virus- AbMBV) (4).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 14: 105. 1943; (2) Orlando, A. & Silberschmidt, K.
Arq.Inst.Biol. 16: 1. 1946; (3) Flores, E. & Silberschmidt, K. Phytopath.Z. 60:181-195.1967;
(4)
Paprotka, T. et al. Arch.Virol. 155:813. 2010.
Obs.: há muitas viroses em várias plantas, descritas como sendo causadas pelo AbMBV. Muitos
destes casos devem ser revistos, se possível, pois podem ser causadas por outros begomovirus.
As descrições foram feitas quando não existiam ferramentas que permitiam a detecção e
discriminação molecular, baseando-se principalmente em sintomatologia e transmissão pela
mosca branca Bemisia tabaci. Contudo, para fins de registro foram respeitadas as identificações
originais.
Acanthospermum hispidum DC (Carrapicho-de-carneiro) Asteraceae
Curtovirus, possível
Brazilian tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomateiro
Plantas de carrapicho-de-carneiro infectadas mostram enfezamento, clorose,
clareamento das nervuras. Serve como reservatório natural do vírus que pode infectar
culturas como tomateiro e fumo (1, 2). Descrito em SP.
Ref.: (1) Bennett, C.W. & Costa, A.S. J. Agric. Res. 78: 675. 1949; (2) Costa, A.S. III
Sem.Bras.Herbicidas e Ervas Daninhas p. 69. 1960
Obs.: Este é um caso que para uma identificação precisa deste vírus, uma revisão a nível molecular é
necessária. É possível que BrCTV represente um isolado do Beet curly top virus (BrTCTV), Curtovirus,
descrito nos EUA.
Aeschynanthus pulmer (Blume) G. Don. (Flor batom) Gesneriaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
O CMV foi encontrdo em SP induzindo em flor batom, manchas cloróticas foliares. Não há
informações sobre danos (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al (ed). Plantas Ornamentais: Doenças e Pragas. 319pp. 2008.
Allamanda cathartica Schott. (Alamanda) Apocynaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Dichorhavirus
Dichorhavirus não identificado
Plantas de alamanda foram encontradas em jardim residencial de Manaus, AM,
exibindo sintomas de manchas cloróticas. Exames ao microscópio eletrônico mostraram
efeitos citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1).
Ref.: (1) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop. Plant Pathol 33: 12. 2008.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Manchas anulares locais e sistêmicas causadas por um isolado do CMV, em folhas de
alamanda. Plantas afetadas tendem a derrubar as flores prematuramente.
Experimentalmente, ocorre transmissão mecânica e por afídeos. Não há informações
sobre eventuais prejuízos. Descrito em SP (1, 2) e no DF (3).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Herbas, R. Zentralbl. Bakt. Parasit.Infektionskrank.Hygiene 123: 330-335.
1969; (2) Alexandre, M.A.V. et al (ed). Plantas Ornamentais: Doenças e Pragas. 319pp. 2008.(3)
Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol.Bras. 9: 151-155. 1984.
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Allium ascalonicum Baker (Cebolinha) Liliaceae
Carlavirus e Potyvirus
Carlavirus e Potyvirus não identificados
Carlavírus e potyvírusforam detectados em cebolinha, em SP com sintomas de
faixas cloróticas, sem identificação dos vírus (1).
Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Virus Rev.& Res. (Res. VII ENV p. 281). 1996
Allium cepa L. (Cebola) Liliaceae
Tospovirus
Iris yellow spot virus (IYSV); vírus da mancha amarela da Iris
A primeira constatação foi feita em amostra de plantas de cebola, cv. ‘Pêra Baia’
procedente de Rio Grande, RS, em amostras com sintomas de lesões elípticas e centro
clorótico e bordos necróticos deprimidos, referido como “sapeca” pelos produtores. O
agente causal foi identificado como um tospovirus (1). Condição similar foi constatada
em cebolais em Petrolina, PE, localmente conhecida como “sapeca”. Estudos detalhados
mostraram que este tospovirus era distinto dos demais conhecidos no Brasil e idêntico a
uma nova espécie descrita em Iris, referida como IYSV (2, 3), tendo o vetor
identificado como o trips Thrips tabaci (4).
Ref.: (1) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 535. 1981; (2) Pozzer, L. et al. Fitopatol. Bras. 19: 321,
1994; (3) Plant Dis.83: 345. 1999; (4) Nagata, T. et al. Plant Dis. 83: 399. 1999.
Potyvirus
Onion yellow dwarf virus (OYDV); vírus do nanismo amarelo da cebola
Sintomas de mosaico em faixas amarelas ao longo da folha e redução de porte,
em plantas de cebola. Referido pelos produtores como crespeira. Primeiras constataçoes
em cebolais, na região de Piedade e Sta.Cruz do Rio Pardo, SP e B.Horizonte, MG (1).
O agente causal é o OYDV disseminado por pulgões, mas não pelas sementes. Tem sido
rara sua ocorrência e em baixa incidência. Além da cultura da cebola o OYDV, foi
constatado em cebolinha-de-cheiro e deve fazer também parte do complexo de vírus do
alho. Tem sido detectado por métodos sorológicos e moleculares (3, 4). Há relatos de
comportameno varietal distinto face à infecção pelo OYDV, em cebola (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Olericult. 3: 67. 1966; (2) Assis, M.I.T. et al. Fitopatol. Bras. 18: 287.
1993 ;(3) Fitopatol.Bras. 20: 469.1995; (4) Muller,N.T.G. & Daniels, J. Fitopatol.Bras. 25: 445. 2000.
Allium fistulosum L. (Cebolinha-de-cheiro) Liliaceae
Potyvirus
Onion yellow dwarf virus (OYDV); vírus do nanismo amarelo da cebola
Mosaico em faixa em cebolinha-de-cheiro, menos severo que em cebola
ficando as plantas mais cloróticas e menos vigorosas. As folhas podem se curvar para
baixo. Em ataques severos a touceira pode morrer. Constatado inicialmente em amostras
colhidas em Campinas, SP, o vírus foi identificado como isolado do OYDV.
Transmissão por afideos e perpetuação por mudas infectadas. Pode servir como fonte de
inóculo do OYDV para cebola (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. O Biológico 37: 158. 1971.
Allium sativum L. (Alho) Liliaceae
(revisado por Renate Krause-Sakate e Thor V.M. Fajardo)
Allexivirus
Garlic virus A (GarV-A); vírus A do alho
Garlic virus B (GarV-B); vírus B do alho
Garlic virus C (GarV-C); vírus C do alho
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Garlic virus D (GarV-D); vírus D do alho
Garlic virus X (GarV-X); vírus X do alho
Garlic mite-borne filamentous virus (GarMbFV); Vírus filamentoso transmitido pelo
ácaro do alho
Parte do complexo de vírus encontrado em alho, no DF (1), e em GO, BA, MG e
RS (2,3).
Ref.: (1) Melo Fo, PA et al. Fitopatol.Bras. 26: 535. 2001; (2) Fayad-André, MS. et al. Trop.Plant Pathol.
36: 341. 2011; (3) Oliveira, M.L. et al. Trop.Plt.Pathol. 38supl 532-1. 2013.
Carlavirus
Garlic common latent virus (GarCLV); virus latente comum do alho
Dusi et al. (1) relatam no DF a ocorrência de um carlavirus em cerca de 60% em
levantamentos feitos por sorologia em várias cultivares de alho assintomático. Este
vírus seria GarCLV, que é sorologicamente relacionado ao GarV-C e que foi
confirmado molecularmente (2). É parte dos virus que formam o complexo viral do alho
e detectado no DF (3). Sua ocorrência foi verificada nos estados de BA e MG (4), PR e
SP (5)..
Ref.: (1) (1) Dusi, A.N. et al. Fitopatol.Bras. 19:298. 1994; (2) Fajardo, T.V.M. et al. Virus Rev. & Res.
2: 191. 1997 ; (3) Fitopatol.Bras. 26: 619. 2001; (4) Fayad-André, MS. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 341.
2011; (5) Mituti, T. Diss.Mestrado, IAC. 2009.
Shallot latent virus (SLV); vírus latente da chalota
Registro de sua primeira detecção no Brasil foi feita em amostras de alho coletadas nos
estados de SP e PR, por ensaios de RT-PCR (1).
Ref.: (1) Mituti, T et al. Plant Dis. 95: 227. 2011..
Potyvirus
Onion yellow dwarf virus (OYDV); virus do nanismo amarelo da cebola
Leek yellow stripe virus (LYSV); virus da faixa amarela do alho porró
Sintomas de faixa amarela em folhas de cebola causados pelo OYDV e/ou
LYDV, transmitidos por afídeos. Sintomas de faixa amarelas nas folhas de plantas de
alho. Ocorre usualmente como parte de um complexo (potyvirus, carlavirus,
allexyvirus) que reduzem drasticamente a produtrividade. Detectado no RS (1). Cultura
de meristemas produziram plantas livres de vírus de produtividade significativamente
melhor qualitativa e quantitivamente. Detectado em MG (2). Sua identificação tem sido
feita por métodos imunológicos (3, 4) ou moleculares no DF (5). O isolado do OYDV
de alho aparentemente não se transmite para cebola e vice-versa. LYSV foi detectado
em amostras coletadas em diferentes regiões do país (6). OYDV e LYSV foram
constatados na BA e GO (7), PR, MG e SP (8).
Ref.: (1) Daniels, J. et al. Fitopatol.Bras. 2: 82. 1978; (2) Carvalho, M.G. Inf. Agropec. 12: 41. 1986; (3)
Assis, M.I.T. et al. Fitopatol.Bras. 18: 288. 1993; (4) Dusi, A.N. et al. Fitopatol.Bras. 29: 298. 1994; (5)
Fajardo, T.V.B. et al. Fitopatol.Bras. 26: 619.2001; (6) Fayad-André,MS et al. Virus Rev&Res
14(supl):60. 2009; (7) Fayad-André, MS. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 341. 2011; (8) Mituti, T.
Diss.Mestrado, IAC. 2009.
Alocasia sp. (Taioba, Taioba verde), Alocasia macrorhiza (L.) Schott. (Taioba
gigante) Araceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Potyvirus
Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro
6
Levantamentos feitos no DF mostraram que plantas de taioba, taioba verde e taioba
gigante com sintomas de mosaico estavam infectadas pelo DsMV. Identificação feita
por ensaios biológicos e microscopia eletrônica (1).
Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol.Bras. 9: 291. 1984.
Alstroemeria sp. (Alstroeméria) Alstroemeriaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Carlavirus
Carlavirus não identificado
Folhas de alstroemeria com faixas cloróticas foram associadas à infecção por
Carlavirus, em SP (1)
Ref.: (1) Seabra , P.V. et al. Arq. Inst. Biol. (supl.) 64: 61. 1997.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Infecção natural de alstroeméria pelo CMV causando sintomas de mosaico, manchas e
faixas cloróticas e afilamento foliar, em SP (1, 2, 3).
Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 39. 1983; (2) Duarte, L.M.L. et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 5:
24-33.1999; (3) Tombolato, A.F.C. et al. Cultivo comercial de plantas ornamentais, 1-22. 2004.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Plantas com clorose, manchas e riscas necróticas foram associadas ao TSV em
SP, por meio de testes sorológicos (1).
Ref.: (1) Duarte L.M.L. et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 5: 24-33.1999.
Tospovirus
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Infecções detectadas em SP, em plantas de alstroméria com linhas e anéis
necróticos (1, 2).
Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 5: 24-33.1999; (2) Duarte, L.M.L. Virus Rev. Res. 6:
50. 2001.
Potyvirus
Alstroemelia mosaic vírus (AlsMV); vírus do mosaico de Alstroemeria
Amostras de plantios comerciais de alstroeméria com sintomas de possível
virose foram analisadas para presença de vírus. Ensaios de RT-PCR detectaram
potyvirus que foi identificado como AlsMV (1).
Ref.: (1) Rivas,E.B. et al. Summa Phytopathol. 39 supl. CDRom. 2013.
Potyvirus não identificado
Espécie não identificada de Potyvirus foi detectada em plantas apresentando
afilamento foliar, faixa de nervuras e color breaking nas flores, em SP (1, 2).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Res. X Cong. Bras. Floric. Plant. Ornam. 69. 1995; (2) Duarte, L.M.L.
et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 5: 24-33. 1999.
Althaea rosea Cav. (Malva rosa) Malvaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon
Mosaico amarelo em malva rosa, causado pelo AbMBV, transmitido por mosca branca
Bemisia tabaci. Relatado em SP (1, 2).
Ref.: (1) Costa, A.S. Phytopathol. Zeit. 24: 97. 1955; (2) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann. Acad.
Bras. Cien. 27: 195-214. 1955.
Alternanthera tenella Colla (Apaga-fogo) Amaranthaceae
Potyvirus
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Potyvirus não identificado
Sintomas de mosaico em apaga-fogo, no Est. Paraná,foram observados
associados a um potyvirus não caracterizado que causa lesões locais em Chenopodium
amaranticolor e C. quinoa (1). Tem relação sorológica com PVY mas difere na
seqüência da CP com PVY e outros poytvirus (2)
Ref.: (1) Fukushigue, C.Y. et al., Fitopatol.Bras. 17: 209. 1992; (2) Fitopatol.Bras. 25: 441. 2000.
Amaranthus sp. (Caruru) Amaranthaceae
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Arqueamento, rugosidade, palidez das nervuras, pintas cloróticas e grandes áreas
amarelas e anéis necróticos nas folhas e curvatura de topoeme caruru associado à
infecção por um tospovirus não identificado (1). Possivelmente serve como reservatório
natural de Tospovirus para plantas cultivadas. Relatado em SP.
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942.
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Infecção natural de caruru pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no
Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitopatol.Bras. 21: 427. 1996.
Ambrosia elatior L. (Losna-selvagem) Asteraceae
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); Vírus do enrolamento das folhas da batata
Infecção natural de losna-selvagem pelo PLRV, sem menção da sintomatologia,
constatada no Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitopatol.Bras. 21: 427. 1996
Ambrosia polystachya DC (Cavorana) Asteraceae
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV) isolado brasileiro; vírus da necrose branca do fumo
Infecção natural de cavorana pelo TSV causando mosaico nas folhas de
cavorana, em SP. Foi com esta planta que se registrou o único caso de transmissão do
TSV no Brasil, com o tripes Frankliniella sp., coletado da inflorescência de cavorana
infetada, que experimentalmente transmitiu TSV para fumo e soja (1, 2).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Lima No., V.C. Fitopatologia 11: 11. 1976; (2) Lima No., V.C. et al. Rev. Setor
Cien.Agr.UFPr 4:1. 1982.
Amorphophallus konjac K. Koch (Konjac) Araceae
Potyvirus
Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro
Mosaico, amarelecimento e reduzido desenvolvimento das raízes foi constatado
em A.konjac em SP. A enfermidade foi atribuída à infecção pelo DsMV por sorologia e
microscopia eletrônica (1).
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 18: 551. 1993.
Ananas comosus (L.) Merr. (Abacaxi-gigante) Bromeliaceae
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Faixas clorotricas em folhas de abacaxi-gigante foram associadas a um
Nucleorhabdovirus não caracterizado, por microscopia eletrônica. A enfermidade foi
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observada em Tarauacá, Estado do Acre, sem informações adicionais sobre incidência e
perdas. Não houve experimentos de transmissão mecânica. Vetor desconhecido (1).
Ref. (1) Kitajima, E.W. et al. Phytopahtol. Zeit. 82: 83. 1975.
Ananas sativus Schult. (Abacaxi) Bromeliaceae
(revisado por P.E.Meissner Fo.)
Ampelovirus
Pineapple mealybug associated wilt virus (PMWaV 1, 2, 3); vírus associado com a
murcha do abacaxi 1, 2, 3
A infecção de abacaxizeiro pelo PMWaV 1 e 2 causa sintomas avermelhamento
das folhas, margens das folhas ficam amareladas, ocorrendo enrolamento dos bordos
das folhas para baixo, com secamento das pontas. As plantas apresentam poucas raízes e
são arrancadas com facilidade. Ocorre a murcha e eventualmente a morte das plantas
(3). PMWaV é transmitido por cochonilhas, mas não é transmissível mecanicamente ou
pelas sementes, sendo o abacaxizeiro seu único hospedeiro. Identificação baseada em
sintomatologia e microscopia eletrônica na BA (1). Ocorrência generalizada onde se
cultiva abacaxi. O combate às cochonilhas e das formigas associadas às cochonilhas e a
seleção e produção de mudas sadias constituem-se nas medidas de controle da
enfermidade. Detecção do PMWaV-1 e 2 no ES (2), PB, PR (5) PMWaV-2 e 3 no RS
(5) PMWaV-1, 2, 3 na BA, MG, MS e PA (5). Este vírus foi inicialmente classificado
como Closerovirus, mas foi recentemente transferido para o gênero Ampelovirus (4).
Ref.: (1) Nickel, O. et al. Fitopat’ol.Bras. 25: 200. 2000 (2) Peron, FN et al. Trop Plat Pathol 34(supl):
S267. 2009; (3) Sanches et al. Murcha associada a cochonilha. In Reinhard, D.H. et al. (Ed.) Abacaxi
produção- aspectos técicos. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Comumicação para transferência de
ecnologia. Pp.62-65. 2000; (4) Mayo, M.A. Arch. Virol. 147. 2002; (5) Santos, K.C. Diss.MS
Univ.Fed.Rec.Bahiano 60p. 2013.
Angelonia sp. (Angelônia) Plantaginaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Potexvirus
Althernanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico de Althernanthera
Detectado em São José do Rio Preto, SP, em plantas de angelônia com mosaico (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Trop.Plant Pathol. 33 (supl): S291. 2008.
Anonna muricata L. (Graviola) Anonnacea
Cytorhabdovirus
Cytorhabdovirus, não caracterizado
Soursop yellow blotch virus (SYBV); vírus da mancha amarela da gravioleira
Gravioleiras com sintomas de manchas amarelas nas folhas foram encontradas
no município de Pacajus, CE. Demonstrou-se ser causado por um Cytorhabdovirus
transmissível mecanicamente a várias outras anonáceas (1), que foi purificado tendo
sido parcialmente caracterizado do ponto de vista molecular (2). Tem havido estudos
sobre alterações fisiológicas e perdas de produtividade (3).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Plant Dis. 72: 276. 1993; (2) Martins, C.R.F. et al. Fitopatol. Bras. 24: 410.
1999; (3) Santos, A.A. et al. Fitopatol. Bras. 28 (supl.): S252. 2003.
Dichorhavirus
Clerodendrum chlorotic spot virus (ClCSV); vírus da mancha clorótica do
Clerodendrum
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Folhas de gravioleira, exibindo manchas anelares foram encontradas em um
pomar em Catanduva, SP, associadas à infestação com ácaros Brevipalpus. Exames ao
microscópio eletrônico revelaram efeitos citopáticos do tipo nuclear, de vírus
transmitido por Brevipalpus (2). Bitancourt, em 1955, já mencionava sintomas
semelhantes a leprose dos citros em gravioleira (1). Estes sintomas foram reproduzidos
pela infecção natural e experimental pelo vírus da mancha clorótica do Clerodendrum
(Clerodendrum chlorotic spot virus), um vírus transmitido por Brevipalpus, do tipo
nuclear (3).
Ref.: (1) Bitancourt, A.A. Arq.Inst.Biol. 22: 161. 1955; (2) Kitajima, E.W. et al. Exp.Appl.Acarol. 30:
135. 2003; (3) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 63: 36. 2008
Anthurium sp., A. andreanum Lind., A. scherzerianum Schott. (Antúrio) Araceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV detectado associado a sintomas de mosaico em folhas de antúrios procedentes de
Mogi das Cruzes, SP (1).
Ref: (1) Miura, NS et al. Summa Phytopathol 35:(supl) res. 043 CDRom 2009.
Potyvirus
Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro
DsMV foi constatado em antúrios procedentes de plantios comerciais em SP, por
ELISA, em material com sintomas de deformação foliar, manchas cloróticas, manchas
anelares, riscas necróticas (1, 2, 3, 4).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Virus Rev.Res. 2: 192. 1997. (2) Lima et al. Fitopatol.Bras. 29: 105. 2004; (3)
Tombolato, A.F.C. et al. Boletim Técnico, 194,2002. 47pp. (4) Tombolato, A.F.C. et al. (Ed.) Cultivo
comercial de plantas ornamentais. 61-94. 2004.
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Amostras de antúrios, procedentes de Cruz das Almas, BA, com manchas anulares nas
folhas, examinadas ao microscópio eletrônico mostraram estar infectadas com vírus do
tipo citoplasmático, transmitidos por ácaros tenuipalpídeos Brevipalpus. Nas amostras
examinadas, não se constatou a presença do ácaro (1).
Ref.: (1) Ferreira, P.T.O. et al. Virus Rev. Res. 9: 249. 2004.
Apium graveolens L. (Aipo, salsão) Apiaceae
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Plantas de salsão cv. ‘Americano Dourado’, com sintomas de amarelecimento
generalizado e pintas amarelas nas folhas foram encontradas em Mogi das Cruzes, SP.
O amarelecimento aparentemente era característica varietal, mas as pintas amarelas
foram atribuídas à infecção pelo TSV. Em ensaios comparativos houve variação na
suscetibilidade ao vírus dentre os diferentes cultivares analisados (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 14: 57. 1988
Potyvirus
Celery mosaic virus (CeMV); vírus do mosaico do salsão
Sintomas de mosaico amarelo, redução de porte em salsão cultivado. Relatado
em SP. Exames ao microscópio eletrônico detectaram partículas do tipo potyvirus e uma
10
inclusão intranuclear fibrosa característica, além das inclusões lamelares típicas de
potyvirus, tendo sido designado de vírus do mosaico amarelo do salsão (1).
Disseminado por afídeos; infecta experimentalmente algumas outras umbelíferas (2,3).
Foi constatado também no DF e RJ (4) e no PR (5). É sorologicamente relacionado ao
CeMV descrito na Europa do qual seria um isolado (6). Estudos de comparação dos
genomas com outros vírus de apiáceas mostraram similaridade deste vírus com um vírus
de Daucus silvestre da Austrália, referido como mosaico do salsão (Celery mosaic
vírus) que também induz inclusão fibrosa intranuclear (8). Encontrado também
infetando naturalmente a salsa (7).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia 27: VII; IX. 1968; (2) Oliveira, M.L. & Kitajima, E.W.
Fitopatol. Bras. 6: 35. 1981; (3) Oliveira, M.L. et al. Fitopatol.Bras. 6: 57. 1981; (4) 6: 105. 1981; (5)
Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (7) Novaes, Q.S. et al. Summa Phytopathol. 26:
250- 252. 2000; (8) Moran, J. et al. Arch. Virology 147: 1855-1867 2002.
Arachis hypogea L. (Amendoim) Fabaceae
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Sintomas de necrose de topo, formação de roseta na extremidade das hastes,
porte reduzido das plantas,mosaico e manchas anulares nas folhas de plantas de
amendoim. Primeira constatação em um plantio experimental em Campinas, SP. e
demonstrado ser causado por um Tospovirus (1). Posteriormente este vírus foi
identificado como Tomato spotted wilt tospovirus (TSWV) (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. O Biológico 7: 248. 1941; Bragantia 10: 67. 1950: (2) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.
Bras. 21: 421. 1996
Potyvirus
Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro
De amendoim com sintomas de mosaico fraco foram recuperados isolados de
BYMV, severos em feijoeiro, em SP.
Ref.: Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972;
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV);vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Sintomas de mosaico foram descritos na PB em amendoim. Inicialmente tida
como sendo causada por Peanut stripe virus (estirpe do Bean common mosaic vírus)
(1), mas o vírus causal foi identificado como CABMV (2).
Ref.: (1) Pio Ribeiro, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 19: 329. 1994; (2) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 24:
261. 1999.
Peanut mottle virus (PeMoV); vírus do mosqueado do amendoim
Sintomas de mosaico/mosqueado em folhas de amendoim. Potyvirus
transmssível por afídeos e mecanicamente. Descrição nos estados de SP (1, 3) e PB (2).
Provavelmente um isolado do PeMoV.
Ref.: (1) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Fitopatologia 9: 48. 1974; (2) Pio Ribeiro, G.P. et al.
Fitopatol.brás. 19: 329. 1994; (3) Andrade, G.P. et al. Fitopatol. Bras. 21: 421. 1996
Arachis piontoi Krapov &Gregory (Amendoim forrageiro)- Fabaceae
Potyvirus
Peanut mottle virus (PeMoV); virus do mosqueado do amendoim
11
Plantas de amendoim forrageiro do campo experimental da Embrapa Cerrados
(DF) mostraram sintomas de manchas anelares cloróticas. Ensaios biológicos,
sorológicos, moleculares e de microscopia eletrônica identificaram o agente causal
como um isolado do PeMoV (1).
Ref.: (1) Anjos, J.R.N. et al. Fitopatol.Bras. 23: 71. 1998
Arachis repens Handro (Amendoim rasteiro) Fabaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosiaco do pepino
Plantas de amendoim ornamental com sintomas de mosaico/manchas anulares
foram encontradas no DF. CMV foi identificado como agente causal através de ensaios
biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletrônica (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 29. 2003.
Arachis sp. - Fabaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Tospovirus
Groundnut ringspot virus (GRSV); virus da mancha anular do amendoim
GRSV foi detectado sorologicamente em acessos de Arachis sp., usado em
cobertura verde, na Estação Experimental da UFRPe (Carpina, PE) (1).
Ref.: (1) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 28: S246. 2003.
Armoracia rusticana G. Gaertn., B. Mey.& Scherb. (Raiz forte) Brassicaceae
Carlavirus
Cole latent virus-(CoLV); vírus latente da couve
CoLV detectado em raiz forte com sintomas de mosaico de Divinolândia, SP,
juntamente com TuMV (1).
Ref.:(1) Eiras,M. et al. Trop.Plant Pahol. 33(supl): S250. 2008.
Potyvirus
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Encontrada em Divinolândia, SP em plantas de raiz forte com sintomas de
mosaico (1).
Ref.: (1) Eiras, M. et al. Summa Phytopathol. 33 (supl): S45. 2007.
Arracacia xanthorhiza Bancoft (Mandioquinha salsa) Apiaceae
Potyvirus
Arracacha mottle virus (ArMoV); vírus do mosqueado da mandioquinha salsa
Mosaico em plantas de mandioquinha-salsa econtrado em campo experimental
da Embrapa Hortaliças, DF, causado por um novo potyvirus (1). Genoma completo
conhecido (2).
Ref. (1) Orílio, AF et al. Fitopatol.Bras. 32 (supl): S194. 2007. Olíerio, AF et al. Arch.Virol. 158:291.
2013.
Bidens mosaic virus- BiMV; vírus do mosaico do picão
Infecção natural da mandioquinha salsa pelo BiMV no DF, causando sintomas
de mosaico (1).
Ref.: (1) Orílio, A.F. et al. Trop Plt Pathol 33(supl):S297. 2008.
Asclepias curassavica L. (Oficial-de-sala, erva-de-rato) Apocynaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus- CMV; vírus do mosaico do pepino
12
Sintomas de manchas e bandas cloróticas nas folhas de oficial-de-sala. Primeira
descrição em material coletado em Itaquera, SP. Agente causal identificado como CMV
(1).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. Plant Dis.Reptr. 39: 555. 1955.
Avena sativa L. (Aveia) Poaceae
Luteovirus
Turnip yellows vírus (TuYV) (=Barley yellow dwarf virus- BYDV); vírus do nanismo
amarelo da cevada
Sintomas de clorose e nanismo em aveia causados pelo BYDV, transmitido por
afídeos. Ocorrência em aveia no PR (3) e RS (1,2). Há estudos sobre perdas no RS (4)..
Ref.: (1) Deslandes, J. Agros 2(2): 88. 1949; (2) Caetano, V.R. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 2: 53. 1968; Tese
Doutorado, ESALQ/USP, 75p. 1972; (3) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol.Bras. 18: 292. 1993; (4) Nicolini,
F. et al. Fitopatol.Bras.27: S210.2002.
B
Bambusa vulgaris Schrad. (Bambu) Poaceae
Potexvirus
Bamboo mosaic virus (BaMV); vírus do mosaico do bambu
Sintomas de manchas cloróticas/mosaico em folhas de bambu, sem aparente
danos à planta, em campo experimental da Univ.Brasília, no DF. BaMV transmite-se
mecanicamente a indicadoras como Chenopodium quinoa, C. amaranticolor e
Gomphrena globosa nas quais causa lesões locais e foi identificado como um
Potexvirus (1). Foi purificado, tendo-se produzido um anti-soro (2). Foi posteriormente
encontrado e caracterizado molecularmente, em Taiwan onde causa problemas na
produção de brotos.
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Phytopathol.Zeit. 90: 180. 1977; (2) Lin, M.T. et al. Phytopathology 67:
1439. 1977.
Beaucarnea recurvata Lem. (Pata-de-elefante) Dracenaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Vírus isométrico não identificado
Vírus não identificado
Observação ao microscópio eletrônico de vírus isométrico, em SP, associado a sintomas
de mosaico em pata-de-elefante (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95. 2010.
Beaumontia grandifolia Wall. (Trombeta-de-arauto) Apocynaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Manchas verdes em folhas senescentes de trombeteira-d-arauto, associadas à
presença de vírus transmitido por ácaros Brevipalpus (VTB), tipo citoplasmático.
Encontradas nos jardins do campus da ESALQ, Piracicaba, SP (1)
Ref. Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 32 (supl): 11. 2006.
Benincasia híspida Cogn. (abóbora d’agua), Cucurbitaceae
Potyvirus
13
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV), vírus do mosaico da abobrinha zucchni
ZYMV detectado em plantas de abóbora d’agua no campo experimental da
UFMG, com sintomas de mosaico, bolhosidade foliar. Identificação feita através de
ensaios de transmissão e sorologia (1).
Ref.: (1) Ref.: (1) Rocha, F.D.S. et al. Trop.PltPathol. 38 supl.376-1. 2013.
Beta vulgaris L. var. cicla (Acelga) Chenopodiaceae
Cytorhabdovirus
Cytohabdovirus não identificado
Caulimovirus
Caulimovirus não identificado
Acelgas com sintomas de nanismo, clareamento das nervuras, folhas
encrespadas com áreas necróticas foram notadas em plantio comercial em Piedade, SP.
Microscopia eletrônica revelou dupla infecção por um caulimovirus e cytorhabdovirus,
os quais não foram identificados (1).
Ref. : (1) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 24: 466. 1999
Bidens pilosa L. (Picão) Asteraceae
Nucleorhabdovirus
Sowthistle yellow vein virus (SYVV); possível
No DF, foi recuperado de picão com nanismo e folhas largas, um vírus
transmissível mecanicamente a varias plantas-teste, inclusive alface, com um círculo de
hospedeiros e sintomatologia similar ao do SYVV (1). Sorologia e imunomicroscopia
eletrônica demonsstraram reação com anti-soro contra SYVV (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 16: 141. 1991; (2) Res. 13 o Coloq. Soc. Bras. Mic.Elet.
p.59. 1991.
Dichorhavirus
Dichorhavirus não identificado
Efeitos citopáticos típicos daqueles causados por vírus transmitido por ácaros
Brevipalpus, do tipo citoplasmático foram observados em plantas de picão com
manchas cloróticas encontradas em Manaus,AM (1).
Ref.: (1) Rodrigues, J.C.V. et al., Trop.Plant Pathol. 33: 12. 2008.
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Relato de infecção natural de picão por Tospovirus, sem descrição da
sintomatologia, em SP (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942.
Polerovirus
Potato leaf roll virus- PLRV; vírus do enrolamento das folhas da batata
Infecção natural de plantas de picão pelo PLRV, sem menção da sintomatologia,
constatada no Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitopatol.Bras. 21: 427. 1996.
Potyvirus
Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão
Plantas de picão crescendo espontaneamente frequentemente ostentam sintomas
de mosaico, causado pelo potyvirus BiMV (1), que seria distinto de um similar descrito
na Flórida (Bidens mottle potyvirus- BiMoV) com o qual não compartilha antígenos.
Pode eventualmente infectar plantas cultivadas e ornamentais. Relatado em SP. É
disseminado por pulgões e experimentalmente, por vias mecânicas. Encontrado no DF
(3). Estudos da seqüência da CP de um isolado de ervilha indicam que BiMV seria um
isolado do PVY (4).
14
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 20: 503. 1961; (2) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 5: 39. 1980;
(3) 7: 185. 1982; (4) Dutra, S.L. et al. Vírus Rev.& Res. 9: 252. 2004.
Potato virus Y- PVY; vírus Y da batata
Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no Est.M.
Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
TNV recuperado de raízes de plantas de picão assintomáticas, mantidas na estufa
do IAC, SP (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.
Blainvillea rhomoboidea Cass. (Erva palha) Asteraceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Mosaico dourado em folhas e redução de porte em planas de erva palha, causado
por um provável begomovirus, não identificado (1). Constatado em PE (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 4: 13. 1978; (2) Lima, G.S.A. et al. Virus Rev.& Res. 6: 158.
2001
Blainvillea yellow spot virus (BlYSV); vírus da mancha amarela de Blainvillea
Um begomovíus, tentativamente identificado como o da mancha amarela, foi
isolado de B. rhomboidea em Coimbra, MG (1), e que seria distinto de outros
begomovírus descritos.
Ref.: (1) Castillo Urquiza, GP et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.
Boerhavia coccinea Mill. (Pega-pinto) Nyctaginaceae
Tospovirus
Groundnut ringspot virus- GRSV; vírus da mancha anular do amenodoim
Amostras da invasora pega-pinto, nas proximidades de campo de amendoim em
Campina Grande, PB, foram encontradas com sintomas de clareamento de nervuras,
mosaico e deformação foliar. Ensaios sorológicos indicaram estar infectadas pelo
GRSV, podendo assim servir como reservatório deste vírus (1).
Ref.: (1) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 24: 358. 1999.
Bougainvillea glabra Choisy; B. spectabilis Willd. (Primavera) Nyctaginaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Badnavirus
Bougainvillea spectabilis chlorotic vein banding virus (BsCVBV); vírus da faixa
clorótica das nervures da primavera
Partículas do tipo badnavirus foram detectadas em amostras procedentes de Campinas,
SP, por microscopia eletrônica (1). A partir de DNA total extraído da planta infectada
amplificou-se fragmento com 465 nt usando primers para badnavirus, cuja análise
indicou tratar-se de um novo vírus deste gênero e designado de BCVBV (2, 3). Vírus
similar foi detectado em Piracicaba, SP (4) tendo sido transmitido pela cochonilha
Planococcus citri (5). Estudos moleculares feitos com isolados de SP (Campinas e
S.Paulo) são distintas de isolados de Andradas e Uberlândia,MG e Brasília, DF (6). Há
relato de sua presença em Seropédica, RJ e Ourinhos, SP (7).
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Virus Rev. Res. 6: 153. 2001; (2) Alexandre, M.A.V. et al.
Fitopatol.Bras. 29 (supl.): S150. 2004. (3) Rivas, E.B. et al. J. Gen.Plant Pathol 71: 438.2005; (4)
Yamashita, S. et al. Summa Phytopathol. 30: 68. 2004; (5) Kuniyuki, H. et al. Summa Phytopathol. 32
(supl.): S20. 2006; (6) Alexandre et al. Summa Phytopathol 38 (supl.) CDRom 2012; (7) Brioso, PST
Vírus Rev.&Res. 17 (supl.).2012.
15
Bouvardia sp. (Bouvardia) Rubiaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Tospovirus
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste de cristântemo
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Em plantas de bouvardia com mosaico clorótico foi identificada infecção mista por dois
tospovírus: TSWV e CSNV. A identificação foi feita por testes biológicos, sorológicos
e microscopia eletrônica (1). O TCSV foi encontrado em plantas com mosaico suave,
em SP (2).
Ref.: (1) Seabra, P.V. et al. Virus Rev. Res. 5: 197. 2000.; (2) Rivas, E.B. et al. Virus Rev.& Res. 7: 2230. 2002 .
Brassica carinata A.Br. (Couve-da-Etiópia) Brassicaceae
Potyvirus
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Algumas plantas de couve-da-Etiópia em ensaios para sua introdução na
Univ.Fed. Uberlândia, MG, pelo seu alto teor em vitamina A, exibiram sintomas de
mosaico. Ensaios de transmissão e microscopia eletrônica indicaram que os sintomas
foram causados por um isolado do TuMV (1).
Ref.: (1) Rodrigues, F.A. et al. Fitopatol. Bras. 20: 338. 1995
Brassica rapa L. (Canola) Brassicaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaico virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Caulimovirus
Cauliflower mosaic virus (CaMV); vírus do mosaico da couve flor
Potyvirus
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Estes três vírus (CMV, TuMV e CaMV) foram constatados infetando
naturalmente culturas de canola no PR, associads a sintomas de mosaico..
Ref.: (1) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol. Bras. 20: 286. 1995.
Brassica oleracea L. var. botrytis L. (couve flor); var. italica Plenck (brocolo);
var. gemmifera DC (couve); B. rapa L. (nabo); var. pekinense (couve chinesa)
Brassicaceae
Carlavirus
Cole latent virus (CoLV); vírus latente da couve
Vírus alongado 13 nm x 650 nm, transmitido por afídeos. Causa infecção latente,
e sua primeira descrição foi feita em plantas de couve, no Est. S. Paulo, após sua
detecção por microscopia eletrônica (1, 2). Foi detectado em MG (2) e DF (3, 4) Sua
posição taxonômica como Carlavirus foi comprovada por ensaios moleculares (4).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 29:181. 1970; (2) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 82.1972; (3)
Costa, C.L. et al. Fitopatologia 9: 49. 1974; (4) Mello, S.C.M. et al. Fitopatol.Bras. 12: 352. 1987; (4)
Belintani, P. et al. J. Phytopathology 150: 330. 2002.
Caulimovirus
Cauliflower mosaic virus (CaMV); vírus do mosaico da couve flor
Vírus isométrico com ca. 50 nm em diâmetro, transmitido por afídeos. Seu
genoma é dsDNA circular. Induz inclusão citoplasmática (viroplasma) característico.
Descrito inicialmente como faixa-das-nervuras em couve, no Est.S.Paulo (2). Há um
relato de 1963, da ocorrência do CaMV em diversas crucíferas cultivadas, mas baseado
apenas em sintomatologia (1). Identificado também nos Est. do PR (4), ES (6) e DF (5).
16
Em outras Brassica spp. e no RS, na ornamental goivo (Matthiola incana) (3).
Ocorrência comum em Brassica spp. cultivadas, mas usualmente causa perdas
limitadas. Um isolado obtido de couve-flor, procedente de Venda Nova, ES foi
caracterizado molecularmente (7). Sua transmissão por afídeos (Myzus persicae e
Brevicoryne brassicae) foi demonstrada (8).
Ref.: (1) Tokeshi, H. et al. Rev.Olericultura 3: 175; 1963; (2) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 24: 219.
1965; (3) Siqueira, O. & Dionelo, S.B. Fitopatologia (Lima): 8: 19. 1973; (4) Lima, M.L.R.Z.C. et al.
Rev.Setor Cien.Agr., UFPR, 2: 12. 1980; (5) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 11:394. 1986; (6)
Costa, H. et al. Fitopatol.Bras. 16: XXVIII. 1991; (7) Zerbini, F.M. et al. Fitopatol.Bras. 17:326. 1992;
(8) Ambrozibivus, L.P. Fitopatol.Bras.22: 330. 1997.
Potyvirus
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Os primeiros relatos foram feitos em amostras de repolho colhidos em S.Paulo,
SP e em couve chinesa, procedente de Viçosa, MG e mais tarde em várias Brassica spp.
de outras regiões do Brasil (DF, PR) (1-5). É um potyvirus transmitido por afídeos e
mecanicamente. Uma hospedeira diferencial adequada é o fumo, no qual inoculação
mecânica induz lesões necróticas. Foi constatada infecção natural em B. carinata (6)
Foram encontrados no Est.S.Paulo os tipos I e II do TuMV (7).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Roston, E. Cien.Cult. 5: 211. 1953; (2) Tokeshi, H. et al. Rev.Olericult. 3:
175. 1963; (3) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 82. 1972; (4) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Rev.Setor
Cien.Agr.,UFPR 2: 12.1980; (5) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 5:311. 1980; (6) Rodríguez, F.A. et
al. Fitopatol. Bras. 20: 376. 1995; (7) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 25: 35. 1999.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
Recuperado de raízes de plantas de couve assintomáticas, mantidas em estufa, no
IAC, SP (1).
Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.
Brugmansia suaveolens (Willd.) Bercht. & J. Presl. (Saia-branca, zabumba-branca)
Solanaceae
Potyviru
Brugmansia suaveolens mottle virus (BsMoV); vírus do mosqueado de Brugmansia
suaveolens
Constatado em plantas de saia-branca, da coleção de plantas medicinais do
Inst.Agron.Campinas, SP. Transmissível mecanicamente e por afideos a varias outras
solanáceas. Microscopia eletrônica indicou ser um potyvirus que mostrou-se
distantemente relacionado com PVY (1). Seu genoma foi sequenciado constatando ser
um novo potyvirus (2).
Ref.: (1) Habe, M.H. et al. Fitopatol.Bras. 18: 286. 1993; (2) Lucinda, N et al. Arch.Virol. 153: 1971.
2008.
Brunfelsia uniflora D.Don. (Manacá) Solanaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Plantas de um jardim em Águas de S. Pedro, SP, exibiam manchas e anéis
verdes em folhas senescentes associadas a infestação por ácaros tenuipalídeos
Brevipalpus. Exames ao microscópio eletrônico revelaram efeito citopático do tipo
citoplasmático, dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Transmissão por B.
phoenicis comprovada (2).
Ref.: (1) Nogueira, N.L. et al. Summa Phytopathol. 29: 278. 2003; (2) Ferreira, P.T.O. et al.
Fitopatol.Bras. 28: S250. 2003.
17
C
Cactus bahiensis Rose & Russell; Cereus triangularis Haw; C. hexagonus (L.)
Miller; C. triangularis Haw; Hylocereus undatus (Haworth) Button & Rose;
Nopalea cochenillifera (L.) Salm.Dick.; Mamillaria sp.; Opuntia vulgaris Miller; O.
leucotricha De Candolle; O. tuna Mill., Echinocereus sp.; Lobivia sp.; Pereskia
aculeata (L.) Kaarsten; P. bleo (HBK) De Candolle (Cactus) Cactaceae
Cactaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Potexvirus
Cactus virus X (CVX); vírus X do cactus
Infecção assintomática pelo CVX, identificado através de ensaios de transmissão
para plantas-teste (Gomphrena globosa, Chenopodium amaranticolor e C. quinoa),
sorologia e microscopia eletrônica em SP e DF, em várias espécies de cactus analisadas.
O vírus foi purificado usando uma metodologia inédita tendo-se produzido um anti-soro
(1). Foram realizados diversos estudos com o potexvirus isolado em H. undatus com
manchas cloróticas, necróticas e mosaico, coletada em S. Paulo (2), incluindo aspectos
moleculares (3,4).
Ref.: (1) Aragão, F.J.L. et al. Fitopatol.Bras. 18: 112. 1993. (2) Tozetto, A.R.P. et al. Arq.Inst.Biol 72
(supl): 77. 2005; (3) Duarte, L.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 27(supl.): S203. 2002. (4) Duarte, L.M.L. et al.
Journal Plant Pathol. 90: 545. 2008.
Tobamovirus
Tobamovirus não identificado
Espécie de tobamovírus não identificada, detectada em SP sem descrição dos sintomas
associados(1)
Ref. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95. 2010.
Caladium bicolor Vent. (caládio, tinhorão) Araceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Potexvirus
Caladium vírus X(CalVX); vírus X de Caladium
Potyvirus
Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro
Plantas de caládio, com manchas cloróticas e necróticas nas folhas, estavam
duplamente infectadas pelo potyvirus DsMV e um potexvirus em SP (1). O potexvirus
foi transmitido mecanicamente para algumas aráceas e Nicotiana benthamiana que se
infectaram sistemicamente. Gomphrena globosa reagiu com lesões locais. Não reagiu
com anti-soro contra outros potexvirus. Fragmento de 740 nt amplificado por RT-PCR
tinha menos de 75% de similaridade com outros potexvirus, devendo assim representar
ele uma nova espécie de potexvírus (2). Inclusões cilíndricas induzidas pelo DsMV,
bem como partículas dispersas no citoplasma ou formando massas induzidas pelo
CalVX foram observadas ao microscópio eletrônico. Inclusões também foram
visualizadas ao microscópio de luz (3).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol.Bras. 29:150-151. 2004 (2) Rivas, E.B. et al. Plant Pathol. 87:109114. 2005 (3) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst. Biol. 7: 457.2004.
Calibrachoa sp. (Calibrachoa) - Solanaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Tobamovirus
Tobamovirus não identificado
Detectacção de um tobamovírus em calibrachoa, sem descrição de sintomas, em
SP (1).
18
Ref (1) Alexandre, MAV et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95.2010.
Callistephus chinensis L. (Rainha margarida) Asteraceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cytorhabdovirus
Cytorhabdovirus não identificado
Plantas de rainha margarida, com clorose generalizada e distorção foliar, foram
encontradas no campo experimental do IAC, Campinas, SP. Exames ao microscópio
eletrônico revelaram a presença de um Cytorhabdovirus (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 4: 55. 1979
Tospovirus
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
Plantas de rainha margarida, apresentando folhas com áreas cloróticas, foram
positivas para o CSNV, detectado por sorologia, em SP (1).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Res. 13º Cong. Bras. Floricultura e Plantas Ornamentais. 138. 2001.
Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
Plantas de rainha margarida com sintomas de mosaico e bolhosidades nas folhas
foram encontradas em Holambra, SP. Ensaios biológicos e sorológicos mostraram que
as amostras estavam infectadas pelo GRSV e CSNV (1).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol.Bras. 21: 428.1996.
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
Infecção natural simultânea, de Callistephus sp., pelo TCSV e CSNV em
Holambra, SP, resultando em sintomas de mosaico, deformação e bronzeamento nas
folhas e necrose nas hastes (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Summa Phytopathol. 25: 353. 1999
Calopogonium mucunoides Desvaux (Calopogônio) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Foi constatada ocorrência natural do CPSMV sorotipo I em calopogônio,
causando sintomas de mosaico no Brasil Central-DF (1).
Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); virus do mosaico do pepino
Foi constatada no PR a ocorrência de plantas de C. mucunoides com sintomas de
mosaico. O agente causal foi identificado como um isolado do CMV (1).
Ref.: (1) Almeida, A.M.R. et al. Virus Rev. & Res. 2: 194. 1997.
Begomovirus
Macroptilium yellow spot virus (MaYSV), virus da mancha amarela de Macroptilium
Detectado em AL (1).
Ref.: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.
Campanula medium L. (Campânula) Campanulaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Verificou-se a ocorrência de mosaico, necrose, manchas anelares nas folhas e flores
manchadas em campânulas, em um plantio comercial em Atibaia, SP. O agente causal
foi identificado como TSWV (1).
Ref.:(1) Gioria, R. et al. Summa Phytopathol. 36: 176. 2010.
19
Canavalia ensiformes D.C. (Feijão-de-porco) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Mosaico severo e bolhosidades, causados por um isolado do CPSMV, no CE (1).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Souza, C.A.V. Fitopatol.Bras. 5: 417. 1980.
Potyvirus
Canavalia mosaic virus (CanMV); vírus do mosaico da Canavalia
Mosaico associado a um Potyvirus não identificado no DF, transmissível por
afídeos; infecta experimentalmente outras leguminosas. Foi também constatado no RJ
(2), tendo sido caracterizado biologicamente. Infeta sistemicamente (mecanicamente e
por afídeos) algumas leguminosas causando lesões locais em Chenopodium
amaranticolor. Foi purificado tendo sido produzido anti-soro. Tem relações sorológicas
com CABMV, PWV, BCMV e SMV (3). Possivelmente representa um isolado do
CABMV.
Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatol.Bras.9: 400. 1984; (2) Santos, O.R. et al. Fitopatol.Bras. 15:
132.1990; Santos, O.R. Diss.Mest.,UnB, 78 p. 1991.
Potyvirus não identificado
Mosaico de presumível etiologia viral descrita no Est.S.Paulo. Transmitido
mecanicamente para Canavalia ensiformes, Glycine max, Lathyrus odoratus e Pisum
sativum, mas não a feijoeiro e caupi, entre outros (1). Outro potyvirus não identificado
foi encontrado em feijoeiro-de-porco procedente de PE (2, 3).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Nobrega, N.R. O Biológico 8: 129. 1943; (2) Costa, C.L. et al.
Fitopatol.Bras. 14: 115. 1989; (3) Santos, O.R. et al. Fitopatol.Bras. 16: XXVII. 1991.
Canavalia rosea (Sw.) DC (C. MARITIMA Thouars) (Feijão-de-praia) Fabaceae
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Plantas exibindo mosaico e manchas cloróticas nas folhas foram encontradas em
algumas praias de Caraguatatuba, SP, associadas à infecção por um potyvírus com
características similares ao Canavalia maritima mosaic virus (CaMMV), descritoem
Porto Rico (1). Estudos subsequentes indicaram que se tratava de um isolado co
CABMV (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al.Virus Rev&Res9: 252. 2004; (2) Madureira, P.M. et al. Arch. Virol. 153:
743. 2008.
Canavalia sp.
Begomovirus
Macroptilium yellow spot virus (MaYSV), virus da mancha amarela de Macroptilium
Detectado em AL (1).
Ref..: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.
Capsicum annuum L. (Pimentão) Solanaceae
(Viroses de Capsicum foram editadas por L.S. Boiteux e Mirtes F. Lima)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Primeira descrição em material procedente de Embú, SP. Sintomas de mosaico
nas folhas do pimentão (1). RNA satélite foi detectado em amostras infectadas pelo
CMV em MG (2). Amostras procedentes de várias regiões do Est. S. Paulo estavam
infectadas com CMV subgrupo I (3).
Ref.: (1) Mallozzi, P. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4: 101. 1971; (2) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 25: 143.
2000; (3) Frangioni, D.S.S. et al. Summa Phytopathol. 29: 19. 2003
20
Tospovirus
Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Tospovírus não identificado
Plantas de pimentão com mosaico e deformação foliar foram encontradas em
Manaus, AM, e identificadas como estando infectadas por um Tospovirus (1). Foi
também constatado no DF (2). Diversidade dos tospovirus havia sido observada em
infecções em pimentão, verificando-se que há isolados em SP que induzem lesões
cloróticas e outras, necróticas em feijoeiro manteiga (3). No DF foi constatada a
infecção natural de pimentão pelo TSWV e no Est. Sta. Catarina, pelo TCSV (4). Há
relato da presença do GRSV em Janaúba, MG (5). No Est. S. Paulo foi constatada
infecção de pimentão pelo TCSV (6) e GRSV (8). Em um levantamento feito no vale do
S. Francisco (PE) constatou-se alto nível de infecção pelo GRSV (7).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9: 633. 1979; (2) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol. Bras. 5:
395. 1980; (3) Costa, A.S. & Gaspar, J.O. Summa Phytopathol. 7: 5. 1981; (4) Boiteux, L.S. et al.
Capsicum and Eggplant Newsletter 12: 75. 1993; (5) Fitopatol. Bras. 19: 285. 1994; (6) Colariccio, A. et
al. Fitopatol.Bras. 20: 347. 1995; (7) de Avila, A.C. et al. Fitopatol. Bras. 21: 503. 1996; (8) Colariccio,
A. et al. Summa Phytopathol. 27: 323. 2001.
Crinivirus
Tomato chlorosis virus – ToCV; vírus da clorose do tomateiro
ToCV detectado em pimentão em S. Miguel Arcanjo, SP, causando sintomas de
clorose internerval e epinastia (1).
Ref. (1) Barbosa, J.C. et al. Plant Dis. 94: 374. 2010.
Begomovirus
Tomato rugose mosaic virus (ToRMV); vírus do mosaico rugoso do tomateiro
Amostras de pimentão cultivado em estufa mostrando sintomas de
encarquilhamento foliar e nanismo, procedentes de Marília, SP, estariam infectadas com
ToRMV, segundo ensaios moleculares, mas não há evidências biológicas para
comprovar que o vírus é o agente causal (1).
Ref.: (1) Cotrim, M.A.A. et al. Summa Phytopathol. 30: 100. 2004.
Tomato golden vein virus (ToGVV); vírus da nervura dourada do tomateiro
Tomato severe rugose virus (ToSRV); vírus do encrespamento severo do tomate
Amostras de pimentão oriundas de várias regiões de SP estavam naturalmente
infectadas com os begomovírus: Encrespameto severo do tomate (Tomato severe
rugose- ToSRV) (1,2) e nervura dourada do tomate (Tomato golden vein- ToGVV).(1).
Encrespamento severo do tomate (ToSRV) detectado em pimentão, em MG (3)
Ref: (1) Nozaki, D.N. et al. Fitopatol.Bras.31:321.2006; (2) Paula, D.F. et al. Vírus Ver&Res 11(supl):
189. 2006. (3) Nozaki, D.N. et al. Virus Rev&Res 15(supl) 114.2010.
Curtovirus, possível
Brazilian tomato curly top virus (BrCTV)
Sintomas de amarelecimento das folhas, porte reduzido com redução dos
entrenós, achatamento dos frutos do pimentão. Relato inicial em SP. A causa foi
identificada como sendo o mesmo que causa broto crespo em tomateiro, transmitido por
cigarrinhas. Carrapicho-de-carneiro deve servir como fonte-de-inóculo (1). Também
constatado em Manaus, AM, baseado em sintomas (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Nagai, H. Rev.Oleric. 6: 83. 1966; (2) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9:
633. 1979.
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento das folhas da batata
21
Isolado do PLRV, em SP, que causa topo amar)elo em tomateiro foi recuperado
de plantas de pimentão com sintomas de clorose. Pode servir como fonte de inóculo
para tomateiro (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62,p.34.
Potyvirus
Pepper yellow mosaic virus (PepYMV); vírus do mosaico amarelo do pimentão
Dois isolados de potyvirus obtidos de pimentão com sintomas de mosaico em Bragança
Paulista, SP e Brasília, DF foram identificados por ensaios biológicos, serológicos e
moleculares com uma nova espécies, designada de PepYMV, infetando cultivares
resistentes aos isolados de PVY (1). Em pimentão acha-se registrado nos estados de
AM, PE, BA, MG, ES e SP (2). Seu genoma foi inteiramente sequenciado (3).
Ref.: (1) Inoue-Nagata, A.K. et al. Arch. Virol. 147: 840. 2002; (2) Virus Rev. & Res. 8: 186. 2003; (3)
Lucinda, N et al. Arch.Virol. 157.: 1397.2012.
Potato virus Y ( PVY); vírus Y da batata
Sintomas de redução acentuada de porte, mosaico em folhas do tipo faixa das
nervuras; encrespamento das folhas e mosaico em bolhas, malformação dos frutos em
pimentão relatados em SP. Agente causal identificado como isolado do PVY
transmitido por pulgões (1). Foram criadas variedades resistentes (2). Ocorre em outras
regiões produtoras de pimentão: RJ (3, 4), MG, DF e ES (5).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Alves, S. Bragantia 10: 95. 1950; (2) Nagai, H. Braglantia 27: 311. 1968; (3)
Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado,
Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978; (4) Brioso, P (.S.T. et al. Fitopatol. Bras. 18: 274. 1993; (5) Truta,
A.A.C. Vírus Rev.& Res. 5: 193. 2000.
Tobamovirus
Pepper mild mottle virus (PMMoV); vírus do mosqueado suave do pimentão Tomato
mosaic tobamovirus – ToMV; vírus do mosaico do fumo
Detectados em amostras de pimentão com sintomas de mosaico procedentes de
Salto e Bragança Paulista, SP. Identificação por ensaios biológicos (1,2). Foi
posteriormente identificada por RT-PCR (3).
Ref.: (1) Kobori, R.F. et al. Fitopatol. Bras. 26: 516. 2001; (2) Cezar, M.A. et al.
Summa Phytopathol. 29: 359. 2003.(3) Cezar, MA et al. Summa Phytopathol. 32 (supl): S37.2006.
Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo
Tomato mosaic virus (ToMV); vírus do mosaico do tomateiro
Detectados em amostras de pimentão com sintomas de mosaico procedentes de
Salto e Bragança Paulista, SP. Identificação por ensaios biológicos (1,2). Foi
posteriormente identificada por RT-PCR (3).
Ref.: (1) Kobori, R.F. et al. Fitopatol. Bras. 26: 516. 2001; (2) Cezar, M.A. et al.
Summa Phytopathol. 29: 359. 2003.(3) Cezar, MA et al. Summa Phytopathol. 32 (supl): S37. 2006.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão
Plantas de pimentão com sintomas de linhas e anéis cloróticos nas folhas foi
encontrada em S. Carlos, SP, e sua natureza viral comprovada, tendo sido designada
vírus do anel do pimentão (3). Estudos posteriores indicaram ter similaridades com o
Tobacco rattle tobravirus, mas considerado distinto (6). Os virions associam-se
caracteristicamente com mitocôndria (5). A faixa-das-nervuras do tomateiro (1,2) seria
causado pelo mesmo vírus. Pode ser transmitido mecanicamente a um grande número
de espécies de plantas. É transmissível por sementes (3) e foi constatada a presença do
vírus em pólen (4). Demonstrou-se a transmissão pelo solo (7) provavelmente por
nematóides do gênero Trichodorus e/ou Paratrichodorus. Foi constatado em pimentão
no PR (8).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. Phytopathol.Zeit. 46: 209. 1962; (2) Silberschmidt, K. Phytopathol.Zeit. 46:
209. 1962; (3) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Rev Soc.Bras. Fitopatol. 2: 25. 1968; (4) Camargo, I.J.B. et
al. Phytopathol.Zeit. 64: 282. 1969; (5) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. J. Gen.Virol. 4: 177. 1969; (6)
22
Kitajima, E.W. et al. Bragantia 28: 1. 1969; (7) Salomão, T.A. et al. Arq. Inst. Biol.. 42: 133. 1975; (8)
Lima, M.L.R.Z.C. et al. Rev.Setor Cien.Agr.UFPR 5:91. 1983.
Capsicum baccatum L (Pimenteira Chili), C. baccatum var. praetermissum
(Pimenteira Cumari) Solanaceae
Tospovirus
Groundnut ringspot virus(GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); Vírus da mancha clorótica do tomateiro
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Detecção destes vírus em um levantamento no banco de germoplasma de C.
baccatum da Embrapa Hortaliças, DF (1-5)
Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Euphytica 67: 89. 1993; (2) Nagata, T. et al. Fitopatol.Bras. 18: 425.
1993;(3) Lima, M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) 917: 285. 2010; (4) Lima, M.F. et al Trop Plt Pathol
35(supl) S175. 2010; (5) Lima, M.F. et. Journal of Plant Pathology 92:122. 2010.
Begomovirus
Tomato rugose mosaic virus (ToRMV); vírus do mosaico rugoso do tomateiro
Amostras de pimenteira Chili procedentes de Petrolina de Goiás, GO, com
sintomas de mosaico e deformação foilar estariam infectadas por um isolado do
ToRMV, segundo ensaios moleculares, mas não havia provas de que o vírus seja o
agente causal da doença (1). A comprovação foi feita posteriormente via biobalistica
(2). Plantas de C. annuum também foram experimentalmente infectadas.
Ref.: (1) Ferreira, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 29: S202. 2004; (2) Bezerra-Agasie et al. Plant Disease 90:
114, 2006.
Potyvirus
Pepper yellow mosaic iírus (PepYMV); vírus do mosaico amarelo do pimentão
Potato virus Y (PVY); Vírus Y da batata
Tobamovirus
Pepper mild mottle virus (PMMoV); vírus do mosqueado suave do pimentão
Capsicum chinense Jacq. (pimenta cumari) Solanaceae
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Sintomas de lesões locais seguidas de sintomas sistêmicos, anéis cloróticos,
mosaico, nanismo observados em C. chinense em casa de vegetação (1, 2) e em campo
em Brasilia, DF (3). Fonte de resistência ao TSWV de C. chinense foi quebrada por
isolados de GRSV e TCSV (4).
Ref.: (1)Nagata T. et al. Fitopatol. Bras. 18: 425-430, 1993. (2) Boiteux, L.S. & Nagata, T. Plant Dis 77:
210. 1993; (3) Boiteux, L.S. et al. Euphytica 67: 89. 1993.
Begomovirus
Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha
Detectado de SmMV em pimenteira coletada em Campo Florido, MG (1).
Ref.: (1) Teixeira, E.C. et al. Trop.Plt Pathol. 33(supl): S289. 2008.
Capsicum frutescens L. (Pimenteira) Solanaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaic vírus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Foram observadas plantas de pimenta com sintomas de mosaico e deformação
foliar, no PA. Associação de partículas isométricas em extratos purificados e a
amplificação de vDNA por RT-PCR usando primers específicos, indicam que os
sintomas seriam causados por um isolado do CMV (1).
Ref.: (1) Carvalho, T.P. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.) 286-1.2013.
Tospovirus
23
Tomato spotted wilt virus- TSWV
TSWV foi constatado em pimenteira, causando sintomas de aneis cloroticos em
diferentes acessos avaliados em condições de campo em Brasília-DF (1). Detectado
também em amostras coletadas de plantas de diferentes genótipos em ensaio em campo,
exibindo aneis cloróticos, redução no tamanho de folhas e no desenvolvimento da planta
(2, 3)
(1) Boiteux, L.S. et al. Euphytica 67: 89. 1993; (2) Lima, M.F. et al. Hort.Brás. 28: S1187. 2010; (3)
Lima, M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) 917: 285. 2010
Potyvirus
Pepper mottle virus (PeMV); vírus do mosqueado do pimentão
PeMV encontrado infetando C. frutescens no Ceará e identificado por ensaios
biológicos e sorológicos(1).
Ref.: (1) Torres Fo..J. et al. Vírus Rev.& Res. 5: 197. 2000.
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
PVY identificado em MG através de ensaios biológicos e sorológicos (1).
Detectado em plantas de diversos genótipos coletadas no Estado de Goiás e no DF, por
meio de sorologia (2, 3).
Ref.: (1) Truta, A.A.C. et al. Virus Rev. & Res. 5: 193. 2000. (2) Lima, M.F. et al. Hort. Bras. 28: S1187.
2010; (3) Lima, M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) 917: 285. 2010.
Tobamovirus
Pepper mild mottle virus (PMMoV); vírus do mosqueado suave do pimentão
Encontrado em sementes provenientes de S.Paulo, SP através de ensaios
biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletronica (1). Detectado em Goiás e
no Distrito Federal em plantas de diversos genótipos, por sorologia (2, 3, 4).
Ref.: (1) Eiras, M. et al. Summa Phytopathol. 29: 60. 2003. (2) Lima, M.F. et al. Horticultura Brasileira,
28: S1187-S1194, 2010. (3) Lima, M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) 917: 285-290, 2010. (4) Lima, M.F. et al.
Acta Hort. (ISHS) 917: 285. 2010.
Carica papaya L. (Mamoeiro) Caricaceae
(viroses de mamoeiro foram revisadas por J.A.M. Rezende, ESALQ/USP
Nucleorhabdovirus
Nuclerhabdovirus não identificado
Mamoeiros Solo do projeto de colonização Humaitá, nos arredores de Rio
Branco, AC, exibiam mosaico severo, epinastia, distorção foliar, amarelecimento. Não
se logrou transmissão mecânica. Exames ao microscópio eletrônico revelaram a
presença de nucleorhabdovirus, o que faz sugerir que a anomalia tenha relação com a
necrose apical descrita na Venezuela (1, 2).
Ref.: (1) Ritzinger, C.H.S.P. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 12: 146. 1987; (2) Kitajima, E.W. et al.
Fitopatol.Bras. 16: 141. 1991.
Alfamovirus
Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa
Caso de infecção natural do mamoeiro pelo AMV registrado em Piracicaba, SP
(1).
Ref. (1) Moreira, A.G. et al. J. Gen. Plt. Pathol . 76: 172. 2010.
Potyvirus
Papaya ringspot virus type P (PRSV-P); vírus do mosaico do mamoeiro*
Aparentemente a primeira constatação teria sido feita por Bitancourt (1) mas os
sintomas observados teriam sido causados por ácaros (2). É a moléstia mais devastadora
da cultura e caracteriza-se por sintomas de mosaico, bolhas e deformações nas folhas,
estrias oleosas na haste e pecíolos e manchas anelares nos frutos. Foi identificado como
PRSV-P, mas é referido no Brasil como “mosaico” pela sintomatologia foliar. Sua
primeira descrição formal foi feita em 1969, após um surto na região de Monte Alto, SP
24
(3,4). É disseminado por pulgões, embora estes insetos não colonizem mamoeiros.
Acha-se disseminado em todo o país (CE, RN, PE, BA, ES, MG, DF, GO), exceto na
região amazônica (5-9). Não há resistência varietal e a medida de controle utilizada é a
de eliminação sistemática de plantas atacadas (Inicialmente aplicada no ES, Portaria
Ministerial N° 175, 1994, estendida em 2009 aos estados produtores e exportadores de
mamão, Instrução Normativa N° 2). Tentativas de usar premunização com isolados
fracos não logrou êxito devido à distribuição irregular do vírus. Foram criadas plantas
transgênicas, expressando parte do genoma viral, resistentes a isolados brasileiros de
PRSV-P mas aguardam liberação oficial para seu uso em condições de campo (10). O
gene da proteína capsidial de diversos isolados brasileiros do PRSV-P acha-se
sequenciado (11). No ES aparentemente houve seleção para a presença de um isolado
fraco, que contudo, não mostrou efeito protetor contra isolados severos (12). Detectado
em AM (13).
* O nome em português desta moléstia tem suscitado controvérsias. Contudo, a primeira menção, como
mosaico do mamoeiro foi feita por A.S. Costa, na descrição original da moléstia no Brasil, em função dos
sintomas foliares, e respeitando a prioridade deveríamos assim se referir, e não pela tradução do nome em
inglês (Papaya ringspot vírus- P) que seria vírus da mancha anular do mamão, sintomas observados apenas nos
frutos. O assunto foi discutido no artigo de J.A.M. Rezende em Fitopatol.Bras. 9:455. 1984.
Ref.: (1) Bitancourt, A.A. O Biológico 1: 41. 1935; (2) Costa, A.S. O Biologico 7: 248. 1941;
(3) Costa, A.S. et al. O Agronomico 21: 38. 1969; (4) Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 55. 1969; (5)
Lima, J.A.A. et al. Fitossanidade 1: 56. 1975; (6) Almeida, A.M.R. & Carvalho, S.L.C.
Fitopatol.Bras. 3: 65. 1978; (7) Barbosa, F.R. & Paguio, O.R. Fitopatol.Bras. 7: 37. 1982; (8)
Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 9:607. 1984; (9) 12: 106. 1987; (10) Nickel, O. et al.
Fitopatol. Bras. 29: 305. 1995; (11) Souza Jr., M.T. & Gonsalves, D. Fitopatol.Bras. 24: 362.
1999; (12) Moreira, A.G. et al. Vírus Ver&Res 11 (supl): 48. 2006; Brioso, P.S.T. et al.
Trop.Plt. Pathol. 38: 196. 2013.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
Recuperado de raízes de plantas assintomáticas, mantidas nas estufas do IAC,
SP.
Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.
Sobemovirus
Solo papaya lethal yellowing virus- (SPLYV): vírus do amarelo letal do mamoeiro
Solo
Primeiro relato em Vertentes e Pombos, PE. Sintomas de amarelecimento das
folhas parcialmente desenvolvidas do terço superior da copa, que podem cair
posteriormente. Os ponteiros ficam distorcidos e cloro)ticos, murchando em seguida
resultando na morte da planta. Os frutos murcham, geralmente seguida de intensa
exsudação do látex. Transmite-se mecanicamente de mamoeiro a mamoeiro.
Microscopia eletrônica revelou alta concentração de partículas isométricas, ca. 30 nm,
nos tecidos das plantas infectadas (1). Foi constatado a seguir na BA (2), RN (3), CE
(6), PB (7). O isolado do RN foipurificado tendo-se produzido um anti-soro (4) e
confirmado como sendo idêntico ao vírus originalmente descrito em PE (5). Análise da
sequência do genoma sugere que à família Tombusviridae (8). Há evidências de sua
transmissão pelo solo (9). Estudos moleculares indicam maior homologia com
Sobemovirus (10,11,12).
Ref.: (1) Loreto, T.J.G. et al. O Biológico 49: 275. 1983; (2) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras. 13: 147. 1988;
(3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 17: 282. 1992; (4) Oliveira, C.R.B. et al. Fitopatol.brás. 14:
114.1989; (5) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 17: 336. 1992; (6) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras.
19: 437. 1994; (7) Camarço, R.F.E.A. et al. Fitopatol. Bras. 21: 413. 1996; (8) Silva, A.M.R. et al.
Fitopatol.Bras. 22: 529. 1997; (9) Camarço, R.F.E.A. et al. Fitopatol.Bras. 23: 453. 1998; (10) Silva,
A.M.R. et al. Vírus Rev.& Res. 5: 196. 2000; (11) Amaral, P.P.R. et al. Virus Rev. & Res. 7? 154. 2002;
(12) Pereira,A.J. et al. Virus Rev.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011.
25
Totivirus possível
Papaya sticky disease vírus (PapSDV); vírus da meleira do mamoeiro
Sintomas de exsudação espontânea de látex de consistência aquosa nos frutos,
folhas e ramos de mamoeiro foram observados em plantios comerciais de mamoeiro da
região de Linhares, ES. Os frutos ficam manchados externamente quando o látex seca e
ficam insossos, sem valor comercial. Estudos epidemiológicos sugeriram etiologia viral
tendo sido transmitido por injeção de látex (1). A enfermidade também foi associada à
presença de partículas de ca. 50 nm de diâmetro associadas a doença, e dsRNA de ca. 6
x 106 Da (2). Sua presença foi constatada também na BA (3), no submédio S.Francisco,
PE (4), CE (6), Jaíba, MG (8). Há relatos de sua transmissão mecânica com macerados
de mosca branca (5). O vírus foi purificado e constatado como tendo um genoma de
dsRNA de 12 kpb (7).
Ref.: (1) Rodrigues, C.H. et al. Fitopatol. Bras. 14: 118. 1989; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 18:
118. 1993; (3) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol. Bras. 22: 331. 1997; (4) Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 24;
365.1999; (5) Habibe, T.C. et al. Fitopatol.Bras. 26: 526. 2001; (6) Lima, R.C.A. et al. Fitopatol.Bras. 26:
522. 2000; (7) Maciel-Zambolin, E. et al. Plant Pathology 52:389. 2003; (8) Boari, A.J. et al.
Fitopatol.Bras. 29: S73. 2004.
Caryocar brasiliense Camb. (Pequi) Caryocaraceae
Vírus isométrico não identificado
Planta de pequi exibindo mosaico e clorose internerval e eventualmente manchas
necróticas foi encontrado no DF. Inoculação mecânica do extrato foliar da planta doente
causou reações em algumas plantas-teste leguminosa. Exames ao microscópio
eletrônico revelaram presença de partículas isométricas. Não se logrou reinfectar pequi.
Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatol.Bras. 14: 115. 1989.
Cassia hoffmannseggii Mart ex Benth (Lava prato) Fabaceae
Tymovirus
Cassia yellow mosaic associated virus (CaYMaV); virus associado ao mosaico
amarelo da cássia
Um tymovírus distinto dos anteriormente descritos (pela sequencia da proteína da capa,
o mais próximo seria o Kennedya yellow mosaic vírus) foi encontrado co-infetando
CABMV em algumas plantas de lava-prato em PE (1).
Ref.: (1) Nicolini et al. Vírus Genes 42:28. 2012.
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Plantas com sintomas de mosaico ocorrem com frequência em alguns
municípios de PE. O agente causal foi identificado como um potyvirus, que infeta
experimentalmente algumas outras leguminosas, o gergelim (Sesamum indicumPedaliaceae) e induz lesões locais em Chenopodium amaranticolor (1, 2). É transmitido
de maneira estiletar por afídeos (2). Estudos sorológicos mostram relacionamento
próximo ao subgrupo do BCMV (3). O vírus referido como manchas amarelas do lava
prato foi identificado como um isolado do CABMV.
Ref.: (1) Paguio, O.R. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 6: 187. 1981; (2) Souto, E.R. & Kitajima, E.W.
Fitopatol.Bras. 16: 256. 1991; (3) 17: 292. 1992.
Cassia macranthera DC (fedegoso) Fabaceae
Cassia sylvestris Wilkstrom (ponçada)
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Carlavirus
Cassia mild mosaic vírus (CasMMoV); vírus do mosaico suave da cássia
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No DF, um mosaico suave em C. sylvestris foi identificado como sendo causado
por um carlavirus (1), que também foi associado a um “dieback” em C. macranthera
(2). No Estado do Paraná há evidências de um vetor aéreo para a disseminação da virose
(3), que também foi constatada no Est. São Paulo, causando necrose nas vagens (4).
Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Plant Dis.Reptr. 63: 501. 1979; (2) Lin, M.T. 64: 587. 1980; (3) Lima N, V.C. et
al. Fitopatol.Bras. 16: LII. 1991; (4) Seabra, P.V. et al. Virus Rev. Res. 3: 143. 1998, 2001.
Possível membro da ordem Tymovirales
Senna virus X (SeVX); vírus X de Senna
Potyvirus
Senna virus Y (SeVY); vírus Y de Senna
Presumível vírus alongado foi encontrado em fedegoso com manchas cloróticas
nas folhas em Viçosa, MG. Análise das sequências de nucleotídeos obtidas de extratos
foliares indicaram a presença de dois vírus distintos, um potyvirus (SeVY) e outro,
representante da ordem Tymovirales, mas de família/gênero incerto, referido como
SeVX (1).
Ref.: (1) Beserra Jr., J.E. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 115. 2011.
Catharanthus roseus (L.) G.Don. (Boa noite, vinca) Apocynaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
É comum a ocorrência desta ornamental com sintomas de mosaico. O agente
causal foi identificado no Est.S.Paulo como CMV (1, 2, 3, 4, 5). Estudos de genealogia
mostraram que o vírus isolado em vinca agrupou-se no mesmo clado dos demais
isolados brasileiros (6).
Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 39. 1983; (2) Duarte, L.M.L. et al. 1992ª; (3) Alexandre et
al. 1995;(4) Espinha, L.M. et al. Fitopatol.Bras. 19(supl.): 307. 1994; (5) Duarte et al. 2001; (6) Duarte,
L.M.L. et al. Tropical Plant Pathol. 33(supl.): S290. 2008.
Potyvirus
Catharanthus mosaic virus (CatMV); vírus do mosaico de Catharanthus
Mosaico e distorção foliar de vinca, proveniente de Pirassununga, SP, foram
associados a Potyvirus. A identificação foi realizada através de teste biológico e
microscopia eletrônica, tendo sido observadas inclusões do sub-grupo I de acordo com a
classificação de Edwardson. Mosaico e deformação foliar causados por uma nova
espécie de potyvirus, em SP (2).
Ref. (1). Seabra, P.V. et al. Arq.Inst. Biol. (supl.) 66: 116.1999;(2) Maciel, S.C. et al. Sci.Agric. 68: 687.
2011.
Cayaponia tibiricae (Naud.) Cogn. Cucurbitaceae
(revisado por J.A.M. Rezende)
Potyvirus
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha de
moita
Plantas com sintomas de mosaico constatadas em Atibaia, SP. Ensaios
demonstraram que o agente causal era o ZYMV, servindo possivelmente como
reservatório natural do vírus (1).
Ref.: (1) Yuki, V.A. et al. Plant Dis. 83: 486. 1999.
Centrosema brasilianum L. (Cunha) Fabaceae
Begomovirus
Centrosema yellow spot virus (CeYSV); virus da mancha amarela de Centrosema
Detectado e descrito em PE (1).
Ref.: (1) Silva, JCV et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.
27
Centrosema pubescens Benth. (Jetirana) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Foi constatada em jetirana a ocorrência natural do CPSMV, sorotipo I, no Brasil
Central- DF (1).
Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Um potyvirus não identificado foi encontrado em jetirana, associado à presença
de fitoplasma em um ensaio no Embrapa/Gado de Corte, Campo Grande, MS. A
detecção foi feita por microscopia eletrônica (1). Um potyvirus isolado de C. pubescens
foi purificado a partir de feijoeiro, tendo-se produzido um anti-soro específico (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 16: XXV.1991; (2) Batista, M.F. et al. Fitopatol. Bras. 20:
339. 1995.
Cestrum nocturnum L. (Dama-da-noite) Solanaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Dichorhavirus
Dichorhavirus não identificado
Plantas exibindo sintomas de manchas cloróticas/anelares em folhas verdes e
manchas verdes em folhas senescentes de dama-da-noite foram encontradas em Atibaia,
SP, associadas à infestação com ácaro tenuipalídeo Brevipalpus sp. Exames ao
microscópio eletrônico revelaram a presença de efeito citopático causado pelos vírus do
tipo nuclear, dos transmitidos por ácaros Brevipalpus (1). Os sintomas foram
transmitidos pelos ácaros B. phoenicis e B. obovatus (2).
Ref.: (1) Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras. (supl.) 27: 205. 2002; (2) Summa Phytopathol. 30: 80.
2004
Chenopodium album L. (Erva-de-Sta.Maria) Chenopodiaceae
Begomovirus
Tomato severe rugose virus (ToSRV); vírus do encarquilhamento severo do tomate
Infecção natural de erva-de-Sta.Maria pelo ToRSV constatada em Sumaré,SP
(1).
Ref. (1) Barbosa, J.C. et al. Trop.Plant Pathol. 33(supl): S286. 2008.
Chenopodium murale L. (Pé-de-ganso) Chenopodiaceae
Sobemovirus
Sowbane mosaic virus (SoMV); vírus do mosaico do quenopódio
Encontrado originalmente em plantas de Chenopodium murale com sintomas de
mosqueado, em Riverside, CA, EUA (3). SoMV causa sintomas de mosaico em
quenopódio sendo transmissível pelas sementes; tem partículas isométricas ocorrendo
em alta concentração nos tecidos infetados. Foi transmitido por cigarrinhas (Circulifer
tenellus (Baker), Halticus citri Ashmead), mosca minadora (Liriomyza langei Frick).
Foi o primeiro vírus de planta purificado no Brasil, em SP, onde foi constatada sua
ocorrência, e do qual se produziu anti-soro (1,2).
Ref.: (1) Silva, D.M. et al. Rev.Agricultura, Piracicaba, 32: 189. 1957;(2) Bragantia 17: 167. 1958; (3)
Bennett, C.W. & Costa, A.S. Phytopathology 51: 546. 1961.
Chrysantemum frutescens L. (Margarida-dos-floristas) Asteraceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Potyvirus
28
Potyvirus não identificado
Um potyvírus, parcialmente caracterizado e purificado, foi detectado em
margarida em SP (1)
Ref.: (1) Paiva, F.A. & Desjardins, P.R. Fitopatol. Bras. 7: 542, 1982.
Chrysantemum leucanthemum L. (Margarida-olga) Asteraceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Plantas de margarida branca com manchas necroticas nas folhas foram
encontradas em um jardim do Hotel Nacional em Brasília, DF, em alta incidência.
Estudos posteriores indicaram que o agente causal era um tospovírus (1).
Ref.: Oliveira, C.R.B. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 14: 89. 1989.
Chrysantemum morifolium Ramat. (Crisântemo) Asteraceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Detectado em plantas de margarida com faixas amarelas nas folhas, coletadas
em Capão Bonito, SP. Exames ao microscópio eletrônico demonstraram a presença de
um nucleorhabdovirus (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol. Bras. 4: 55. 1979
Ilarvirus
Ilarvirus não identificado
Detecção de um ilarvírus não identificado em crisântemo, em SP, sem menção a
sintomas (1).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol. Bras. 19: 311. 1994
Tospovirus
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
Tospovirus, distinto dos demais conhecidos, identificado como agente causal de
uma virose caracterizada por necrose nas hastes e folhas de crisântemo procedente de
Atibaia, SP (1). Posteriormente foi identificado também em Cotia, Ibiuna, Vargem
Grande Paulista, (SP) em crisântemos do cv. Polaris, principalmente ( 2). CSNV foi
encontrado também infetando naturalmente tomateiro em MG (3). Foi definitivamente
considerado como uma nova espécie de tospovirus (4). Acha-se descrito em crisântemo
no RJ (5).
Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. J. Phytopathol. 143: 569. 1995; (2) Alexandre, M.A.V. et al. Fitopatol.
Bras. 21: 80. 1996; (3) Resende, R.O. et al. Fitopatol. Bras. 20: 299. 1995; (4) Bezerra, I.C. et al.
Fitopatol. Bras. 21: 430. 1996; (5) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol. Bras. 29: S140. 2004.
Viróide
Pospiviroid
Chrysantemum stunt viroid (CSVd); viróide do nanismo do crisântemo
Detectado em crisântemo por R-PAGE em SP (1). Detectado, identificado e
caracterizado por sPAGE, RT-PCR, RT-qPCR e sequenciamento em SP (2).
Ref.: (1) Dusi et al., Plant Pathology 39: 636. 1993;(2) Gobatto,D. et al. Trop.Plant Pathol. 37 (supl).
CDRom. 2012.
Cicer arietinum L. (Grão-de-bico) Fabaceae
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Plantas com sintomas de clorose e malformação das folhas apicais foram
constatadas em Brasília, DF. O agente causal foi identificado como um isolado do
TSWV (1).
29
Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Fitopatol.Bras. 19: 278. 1994.
Tobamovirus
Sunn hemp mosaic virus (SHM), possível
Foi isolado um tobamovirus de plantas de grão-de-bico com sintomas de
amarelecimento e morte em um campo experimental do Inst. Agron. Campinas, SP (1).
É possível que este tobamovirus esteja relacionado com o vírus do mosaico de crotalaria
(Sunn hemp mosaic tobamovirus- SHMV), especializado em leguminosas (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 14: 42. 1988; (2) Fitopatol.Bras. 13: 115. 1988
Cichorium endivia L. (Chicória/Escarola) Asteraceae
(vírus de Chicorium revisados por Renate Krause-Sakate)
Tospovirus
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro
Sintomas de necrose sistêmica em folhas de chicória, observados no SP. O
agente causal foi identificado como TCSV (1,2).
Ref.: (1) Pedrazzoli, D.S. et al. Summa Phytopathol. 26: 132. 2000; (2) Colariccio, A. et al. Summa
Phytopathol. 27: 325. 2001.
Potyvirus
Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface
Durante um levantamento de viroses de plantas no RJ foram encontradas, em
baixa incidência, plantas de chicória com sintomas de mosaico. Estudos subsequentes
identificaram o agente causal como LMV (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984.
Cichorium intybus L. (Almeirão) Asteraceae
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Sintomas de mosaico e manchas amarelas em folhas de almeirão são conhecidos
desde 1938 em várias regiões do SP. O agente causal foi identificado como um isolado
de tospovírus (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Costa, C.L. Rev.Oleric. 11: 33. 1971.
Citrullus lanatus (Thumb.) Matsui & Nakai (Melancia) Cucurbitaceae
(revisado por J.A.M. Rezende)
Comovirus
Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora
SqMV foi constatado em melancia, em infecção dupla com PRSV-W, no PI (1),
MA (2). RJ (3), TO (4).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5: 417. 1980; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537.
1982; (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (4) Alencar, N.E. et al. J. Biotechnol. Biodiv.
3: 32. 2011.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV detectado em melancia no submédio S. Francisco, PE (1).
Ref.: (1) Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 22: 337. 1997
Tospovirus
Zucchini lethal chlorosis vírus (ZLCV); vírus da clorose letal da abobrinha zucchini
Foi detectado um tospovirus em melância em área irrigada de Guadalupe, PI,em
plantas de melância com mosaico e deformação foliar. Detectaram-se partículas de
tospovirus por microscopia eletrônica. Presume-se infecção pelo ZLCV, embora
necessite confirmação (1).
Ref.: (1) Beserra Jr., J.E.A. et al. Summa Phytopathol. 39 (supl) CDRom. 2013.
Potyvirus
30
Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W
Mosaico, causado pelo PRSV-W, constatado em culturas de melancia no DF (1),
CE (2), SP (3), MA (4), PE (5), RJ (6), MG (7), RO (8). Em SC (9) e PI (10).
Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 51. 1974; (2) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5:
414. 1980; (3) Lin, M.T. et al. Res.20o Cong.Bras.Oleric.: 144. 1980: (4) Kitajima, E.W. et al.
Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982; (5) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 113. 1984; (6) Kitajima, E.W. et
al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (7) Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 10: 301. 1985; (8) Ferreira, M.A. et
al. Fitopatol.Bras. 28: S249. 2003; (9) Colariccio,A. et al. Fitopatol.Bras. 32 (supl):S306. 2007; (10)
Beserra Jr., J.E.A. et al. Summa Phytopathol. 39 (supl) CDRom. 2013.
Watermelon mosaic virus (WMV); vírus do mosaico da melancia
WMV detectado em melancia em levantamento feito no submédio S.Francisco,
PE (1).
Ref.: Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 22: 337. 1997.
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha-demoita
ZYMV foi constatado pela 1ª vez no Brasil, em melancia, em amostras
procedentes de Votuporanga, SP, por ensaios biológicos, sorologia e imunomicroscopia
eletrônica (1). Detectado em melancia no PA (2), RO (3), SC (4), TO (5), PI (6).
Ref.: (1) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras. 20: 72. 1995; (2) Poltronieri, L.S. et al. Fitopatol. Bras. 25: 669.
2000; (3) Ferreira, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 28: S249. 2003. (4) Colariccio,A et al. Fitopatol.Bras. 32
(supl):S306. 2007; (5) Alencar, N.E .et al. J. Biotechnol. Biodiv. 3: 32. 2011.(6) Beserra Jr., J.E.A. et al.
Summa Phytopathol. 39 (supl) CDRom. 2013.
Citrus spp. Rutaceae
(revisado por Juliana Freitas-Astúa)
Ver revisão em Muller, G.W. et al. in Citros (Mattos Jr. et al. Eds.) p.569. 2005.
Citrus aurantifolia Christm. (lima ácida), C. aurantium L. (laranja azeda), C. grandis
(L) Osbeck, C. limon (L) Burm.f.(limão verdadeiro), Citrus medica L. (cidra), C.
paradisi Macf. (pomelo), C. sinensis Osbeck (laranjeira), C. reticulata Blanco
(mandarina)
Dichorhavirus
Citrus leprosis vírus N (CiLV-N); vírus da leprose do citros N
Existe outro vírus distinto, CiLV-N, causando sintomas de leprose e também
transmitido por ácaros Brevipalpus, possivelmente de maneira circulativa/propagativa,
ainda não adequadamente caracterizada e que seria um representante de vírus
transmitidos por Brevipalpus do tipo nuclear (3). Constatado nos Estados de SP, MG e
RS (1). Fora do Brasil acha-se constatado no Panamá e Mexico. Um isolado do México
foi inteiramente seqüenciado mostrando-se muito próximo ao vírus da mancha da
orquídea (Orchid fleck vírus- OFV) (2).
Ref.: (1) Rodrigues, J.V.R. et al. Exp.Appl.Acarol. 30: 161. 2003; (2) Roy,A. et al.,Virus Genome
Announcements 1(4) e00519-13. 2013.
Capillovirus
Apple stem grooving virus (ASGV); vírus da canelura do ramo da macieira
Foram encontradas em SP plantas da tangerina Cleópatra com intumescências
dos frutos. Ensaios de transmissão e moleculares e microscopia eletrônica detectaram o
ASGV que causa a condição conhecida como “citrus tatter leaf” (1).
Ref.: (1) Lovisolo, O. et al. Fitopatol.Bras. 28: 54. 2003.
Marafivirus
Citrus sudden death associated virus (CSDaV); vírus associado à morte súbita dos
citros
Descrita por volta de março de 2001 no sul do Triângulo Mineiro, MG,
rapidamente se dissemnou em vários pomares comerciais da região (1) e a seguir, para
os plantios do norte de SP, sempre afetando laranjeiras doces enxertadas sobre limão
31
Cravo e Volkameirana. Estudos epidemiológicos indicaram a existência de um vetor
alado, possivelmente afideos (2). A doença se caracteriza inicialmente por alterações na
coloração da folhagem, que se torna mais fosca. Em poucos meses a planta morre. E
mais notório no inicio da época das chuvas, quando o desenvolvimento vegetativo da
planta e mais intenso. Um sintoma característico e a coloração amarelada no tronco, na
altura do enxerto. Estudos anatômicos mostram degeneração do floema na zona do
enxerto (3). A situação lembra o caso da tristeza em laranjeiras enxertadas sobre laranja
azeda. As suspeitas ficaram na possibilidade de ser uma variante da tristeza e/ou um
vírus desconhecido. Trabalhos desenvolvidos por técnicos da Alellyx demonstraram
haver um vírus isométrico, da família Tymoviridae, possivelmente um Maculavirus
associado a MSC, tendo sido designado de vírus associado à morte súbita do citros
(CSDaV) (4) fato confirmado por outros autores (5,6). Este vírus tem sido também
encontrado em plantas assintomaticas (laranja doce sobre tangerina Cleópatra), e em
plantas sintomáticas obtidas por transmissão por enxertia (que levou cerca de 2 anos
para expressar os sintomas); foi também detectado em afideos que se alimentaram em
plantas doentes e naquelas inoculadas com estes afídeos (7).
Ref.: (1) Gimenes-Fernandes, N. et al. Summa Phytopathol. 27: 93. 2001; (2) Bassanezi et al.
Phytopathology 93: 502. 2003; (3) Román, M.P. et al. Plant Dis. 88: 453, 2004; (4) Maccheroni, W. et al.
Abst.15th Conf.IOCV p. 63. 2004; (5) Barros, C.C.P. et al. Fitopatol.Bras. 29: S278. 2004: (6) Harakawa,
R. Summa Phytopathol. 30: 101. 2004; (7) Yamamoto, P.T. et al. Plant Dis. 95: 104. 2011.
Closterovirus
Citrus tristeza virus (CTV); vírus da tristeza do citros
Foi a doença mais devastadora que afetou a citricultura brasileira, tendo
destruído cerca de 10 milhões de laranjeiras, enxertadas sobre laranja azeda, nos anos
1940, mas a mudança de porta-enxerto permitiu sobrepujá-la. É causado pelo CTV.
Levantamentos feitos em várias regiões de SP indicaram que o mal ocorre em
laranjeiras enxertadas sobre laranja azeda. Presume-se que as infecções iniciais teriam
ocorrido no Vale do Paraíba (1-3). Webber (4) comenta a similaridade da tristeza com
doenças similares na África do Sul e Java e sustentou sua etiologia viral. Estudos
epidemiológicos indicaram a existência de um vetor alado que foi confirmado como
sendo o pulgão preto Toxoptera citricidus Kirk. (originalmente identificado como Aphis
tavaresi Del Guercio) (5). Nas plantas afetadas ocorre o declínio geral, redução do
limbo foliar, sintomas de deficiência, em especial de Zn, podridão das raízes seguida de
morte. Há alterações significativas na região do floema na zona de enxerto. A
enfermidade seria resultado do colapso do floema na zona do enxerto (sintomas
primários), com a conseqüente degeneraçao do sistema radicular (sintomas secundários
nas folhas) e morte da planta (6-8). O receio da introdução do CTV nos EUA criaram
fundos que apoiaram as pesquisas como este vírus no Brasil, com a vinda de
virologistas como C.W. Bennett e T.J. Grant nos anos 50 e posteriormente o apoio
financeiro ao projeto de premunização (16). Certos isolados causam sintomas
conhecidos como caneluras (stem pitting) com depressões lineares no lenho. Isolados
brandos do CTV foram reconhecidos em 1951. Partículas virais, alongados, do tipo
closterovirus visualizadas pela primeira vez em 1964 (9) e foram também detectados in
situ apenas no floema, confirmando ser um vírus restrito a esse tecido (11). A ideia de
proteção cruzada para o controle de CTV do tipo canelura havia sido sugerida por
Giacometti & Araújo (10), e levada a cabo por Muller & Costa, em especial tendo em
vista a ameaça representada por uma variante muito severa, causando caneluras
conhecida como tristeza Capão Bonito (12, 13, 16). Isto permitiu o ressurgimento das
laranjas Pêra e do limão galego. A transmissão do CTV é também possível através de
lâminas cortantes em ramos (15). Clones livres de CTV foram obtidos por
microenxertia (18). Ensaios com anticorpos monoclonais e técnicas moleculares tem
32
demonstrado a existência de um complexo de isolados numa planta infetada (19). Parte
do genoma de estirpes severas e protetivos foram sequenciados (20). No Brasil, assim
como em todo continente americano, CTV está presente onde se cultiva plantas cítricas.
Ref.: (1) Bitancourt, A.A. O Biológico 6: 268. 1940; (2) Moreira, S. O Biológico 8: 269. 1942; (3)
Bitancourt, A.A. & Rodrigues Fo., A.J. Arq.Inst.Biol. 18: 313. 1948; (4) Webber, H.J. O Biológico 9:
345. 1943; (5) Meneghini, M. O Biológico 14: 115. 1948; (6) Bennett, C.W. & Costa, A.S. J.Agric.Res.
78: 207. 1949; (7) Moreira, S. et al. Rev.Agricultura (Piracicaba) 24: 335. 1949; (8) Grant, T.J. & Costa,
A.S. Phytopathology 41: 114. 1951; (9) Kitajima, E.W. et al. Nature 201: 1011. 1964; (10) Giacometti,
D.C. & Araújo, C.M. Proc.3rd Conf. IOCV: 14. 1965; (11) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Proc.4th
Conf.IOCV p. 59. 1968; (12) Muller, G.W. et al. Rev Soc.Bras.Fitopatol. 2: 33. 1968; (13) Muller, G.W.
& Costa, A. Rev. Soc. Bras. Fitopatol. 5:117. 1972; (14) Muller, G.W. Summa Phytopath. 2: 245. 1976;
(15) Garnsey, S.M. & Muller, G.W. Proc.10 th Conf. IOCVÇ46.. 1988; (16) Costa, A.S. & Muller, G.W.
Plant Dis. 64: 538. 1980; (17) Muller,G.W. & Costa, A.S. Proc.Workshop of Citrus Tristeza and
T.citridus in Central America: Development of management strategies and use of biotechnology for
control (Maracay): 126-131. 1992; (18) Baptista, C.R. et al. Fitopatol.Bras. 20: 288. 1995; (19) CorazzaNunes, M.J. et al. Res. 14 Conf. IOCV: 133 1998/ (20) Targon, M.L.P.N. et al. Fitopatol.Bras. 24: 362.
1999.
Ophiovirus
Citrus psorosis virus (CPsV); vírus da sorose dos citros
Clorose e padrão “oak leaf” em folhas novas, escamamento da casca no tronco e
galhos; gomose concava e “blind pockets” em plantas com mais de 12 anos. Encontrado
em laranjeiras doces em várias regiões do Est. de SP (1,2) e também na BA (onde
ocorre ausência de sintomas em folhas novas) (3). Presume-se que a sorose encontrada
na Bahia (tBA) seja distinta da convencional (5). Há relato de transmissão da sorose
pela semente em Poncirus trifoliata (4). Há evidências da existência de vetor para tBA
em ensaios de campo com plantas protegidas e não protegidas (6).
Ref.: (1) Rossetti, V. & Salibe, A.A. O Biologico 27: 29. 1961; (2) Rossetti, V. & Salibe, A.A. Bragantia
21: 107. 1962; (3) Passos, O.S. et al. Proc.6 th Conf.IOCV p. 135. 1974; (4) Salibe, A.A. Fitopatologia
(Lima) 11: 30. 1976; (5) Nickel, O. Fitopatol.Bras. 196. 1997; (6) Barbosa, C.J. et al. Res. 14 Conf.
IOCV: 143. 1998.
Cilevirus
Citrus leprosis virus C (CiLV-C); vírus da leprose do citros C
A leprose do citros é uma virose que se caracteriza por lesões localizadas em
folhas, frutos e ramos. Pode ocorrer intensa queda de folhas e frutos. As lesões nos
ramos podem confluir e resultar em uma morte descendente da planta, com sua perda
em poucos anos. É transmitido, possivlemente d emaneira circulativa, pelo ácaro
tenuipalpídeo Brevipalpus phoenicis. A natureza viral foi constatada por enxertia de
lesões de ramos, visualização de partículas virais, transmissão mecânica e o
sequenciamento completo do genoma do vírus. Este foi considerado um vírus distinto
dos conhecidos, sendo designado oficilamente CiLV-C, pertencente a um novo gênero
Cilevirus. É uma das enfermidades mais importantes dos citros e seu controle pela
aplicação de acaricidas contra seu vetor representa uma parcela considerável nos custos
de produção (1, 3). A leprose foi detectada, baseada em sintomas, em vários estados do
Brasil, em um levantamento feito por Bitancourt & Fawcett nos anos 1930 (2) e
confirmado nos anos recentes por técnicas moleculares [estados de RS, PR, SP, RJ,
MG, GO, DF, MS, BA, SE, PE, PA, AM, RO, RR, AC (1). Foi constatada a infecção
natural de trapoeraba (Commelina benghalensis L.) pelo CiLV-C (4) e
experimentalmente o vírus foi transmitida por ácaros a um grande número de
hospedeiras (5,6). O feijoeiro mostrou-se excelente planta indicadora, reagindo com
lesões locais necróticas à inoculação do vírus com ácaros (7).
Ref. (1) Bastianel, M. et al. Plant Dis. 94: 284. 2010; (2) Bitancourt, A.A. Arq.Inst.Biol. 22: 161. 1955;
(3) Rodrigues, J.V.R. et al. Exp.Appl.Acarol. 30: 161. 2003; (4) Nunes et al., Plant Dis. 2012; (5)
Nunes et al., Plant Dis. 96: 968. 2011; (6) Garita et al. Trop.Plant Pathol. 2013; (7) Garita et atl., Plant
Dis. 97:1346. 2013
33
Possíveis viroses
Clorose zonada
A clorose zonada foi descrita inicialmente na década dos 30 em laranjas doce,
limão, pomelo, nos Estados do RJ e SP (vale do Paraíba e litoral norte). Há materiais
suspeitos oriundos da BA, PR, RS e MG. Clorose em folhas alternando zonas paralelas
ou faixas cloróticas e verdes, formando anéis elípticos ou linhas irregulares
simetricamente dispostas ao longo da nervura principal da folha. Há sintomas também
nos frutos- nos verdes, áreas cloróticas circulares ou elípticas e nas maduras, arcos ou
anéis pardos, ligeiramente deprimidas. Foi sugerida possível etiologia viral e apontadas
certas similaridades com a leprose e “concentric ring blotch”(1,2). Não se transmite
mecanicamente ou por enxertia. Ensaios de campo sugeriam ácaros como vetores e
experimentos em casa-de-vegetação demonstraram que o ácaro tenuipalpídeo
Brevipalpus phoenicis transmite a doença (3,4). Exames ao microscópio eletrônico não
revelaram a presença de presumíveis vírus até o momento (Chagas, C.M. & Kitajima,
E.W. dados não publicados). Constatado no SE (5). Um caso suspeito foi encontrado em
Teresina,PI (6).
Ref.: (1) Bitancourt, A.A & Grillo, H.V.S. Arch.Inst.Biol. 5: 247. 1934; (2) Bitancourt, A.A. O Biológico
1: 255. 1935; (3) Rossetti, V. et al. Arq.Inst.Biol. 32: 111. 1965; (4) O Biológico 31: 113. 1965; (5) Boari,
A.J. et al. Summa Phytopathol. 31: 35. 2005; (6) Beserra Jr., J.E.A. et al. Summa Phytopathol. 39 (supl)
CDRom. 2013.
Cristacortis
Cristacortis foi observada em Mogi Guaçú, SP pela primeira vez, em pomar de
mandarina Clementina importada da Espanha. Os sintomas foram notados em troncos
de Hamlin, sobre o qual a mandarina havia sido enxertada. Sintomas de invaginações
estreitas nos galhos, ramos e troncos de 1-2 anos, formando concavidades. Retirando-se
a casca observa-se uma “crista” na parte interna da casca que penetra no lenho, daí o
nome da doença. A crista é formada por tecido cortical. A termoterapia tem sido
utilizada para sua eliminação. Presumível virose, mas o agente causal permanece
desconhecido (1). Há relato de sua ocorrência em cidreira no sul de MG (2).
Ref.: (1) Rossetti, V. Anais III Cong.Bras.Frutic. vol.1:117. 1975;
Pesq.Agropec.Bras. 26: 2075. 1991.
(2) Botrel, N. et al.
“Rumple”
Uma anomalia que afeta frutos de certos clones de limões verdadeiros.
Conhecido na Flórida (EUA), Etiópia, Chipre, Líbano, Itália e Turquia. Há um relato no
Brasil, na Est. Exp. Limeira do IAC, SP em limão Lisboa (depressões irregulares na
casca, que de verde amarelada evolui para marrom e marrom-negro/necrótico). Afeta
apenas a casca e não há outros sintomas nas plantas e é conhecida como “rumple” (1).
Há menção da ocorrência desta anomalia em pomares do RS, mas sua etiologia ainda
não foi esclarecida (2).
Ref.: (1) Salibe, A.A. Cien.Cult. 23 (supl.): 221. 1971; (2) Rossetti, V. et al. Proc. 9th Conf. IOCV p. 180.
1984.
Viróides
(doenças de viróides revisado por M. Eiras)
Apscaviroid
Citrus dwarfing viroid (CDVd); viróide do nanismo do citros
Este viróide, conhecido anteriormente como viróide do citros III, foi detectado
em citros em 2001 em SP (1,2). A infecção resulta em redução de porte da planta.
Recentemente, isolados de CDVd em associação com HSVd-Ca (que causa xIloporose)
foram identificados e caracterizados em plantas de laranjeira doce ‘Navelina’ (3).
Ref.: (1) Targon, M.L.P.N. et al., Laranja 22: 243. 2001; (2) Eiras, M. et al., Trop. Plant Pathol. 35: 303.
2010.
Pospiviroid
34
Citrus exocortis viroid (CEVd); viróide da exocorte dos citros
A exocortis era conhecida como falsa gomose desde 1947, mas foi identificada
como virose em 1954 em SP (1), embora nos anos 1970 tenha sido descoberta a
etiologia viroidal. A infecção resulta em fendilhamento e descamação da casca dos
troncos. Há isolados que causam nanismo. O uso de clones nucelares eliminou o
patógeno na maioria dos citros cultivados, remanescendo apenas em poucos clones do
limão Tahiti. A caracterização molecular do CEVd foi feita no Brasil pela primeira vez
por Fonseca et al. (2). Este viróide foi também detecatado em videira ( 3).
Ref.: (1) Moreira, S. O Agronômico 6:10. 1954; (2) Fonseca, M.E.N. et al. Fitopatol.Bras. 13: 145. 1988;
(3) Eiras, M. et al. Summa Phythopathol. 36 (supl.) CDRom. 2010.
Hostuviroid
Hop stunt viroid (HSVd); viróide do nanismo do lúpulo
Uma enfermidade de plantas cítricas, caracterizada por produzir caneluras no
câmbio e projeções na casca, tem sido referida como cachexia ou xiloporose. O agente
causal foi identificado como um viróide, inicialmente referido como o da cachexia dos
citros, em SP, mas análises moleculares revelaram que seria um isolado do HSVd. Sua
detecção molecular no Brasil foi feita em 1989 (1), e recentemente isolados de HSVd
foram caracterizados em limão Tahiti e laranjeira doce ‘Navalina’ (2,3).
Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. & Kitajima, E.E. Fitopatol.Bras. 14: 164. 1989; (2) Eiras,M. et al. Trop. Plant
Pathol. 35: 303. 2010; (3) Trop.Plt.Pathol. 38:58. 2013.
Vírus não caracterizados
Citrus vein enation virus (CVEV); vírus da enação da nervura do citros
Primeiro relato no país em limoeiros enxertados sobre limão Volkameriano em
pomares comerciais de SP. Foram notadas galhas lenhosas no porta-enxerto sugerindo
agente infeccioso, presumido como sendo o vírus da enação das nervuras, um vírus
ainda não devidamente caracterizado, provavelmente isométrico. A| anomalia é referida
como “Woody gall”. A identificação foi feita usando como indicadora o limão rugoso
Florida enxertado sobre limão cravo (2). Há evidências de transmissão pelo pulgão
Toxoptera citricidus (1).
Ref.: (1) Carvalho, S.A. et al. Fitopatol.Bras. 28:95. 2001;(2) Jacomino, A.P. & Salibe, A.A. Proc.12
Conf. IOCV :357. 1993.
Citrus leaf curl virus; vírus do enrolamento das folhas de citros
Anomalia em citros caracterizada por enrolamento das folhas e morte
descendente nos ramos e conhecida como crespeira. Transmissível por enxertia.
Relatado em SP. Vírus ainda não caracterizado (1,2).
Ref.: (1) Salibe, A.A. Plant Dis.Reptr. 43: 1081. 1959; (2) Proc.3 rd Conf. IOCV: 175. 1965.
Cleome affinis DC. (Mussambé) Capparaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Infecção natural de mussambé pelo CMV foi relatada na Zona da Mata de PE (1)
Ref: (1) Nicolini, C et al. Trop.Plt Pathol. 34(supl):S271. 2009.
Begomovirus
Cleome leaf crumple virus (ClLCrV)
Foi constatada a ocorrência de mosaico dourado em mussambé em Campinas,
SP, provavelmente causada por vírus transmitido por mosca branca do complexo
clorose infecciosa das malváceas (1). Encontrado em PE (2). Um isolado de PE foi
sequenciado mas a identificação não foi completada (3). Outro isolado foi encontrado
em AL e PE (4). Vários isolados de begomovírus foram obtidos em amostras coletadas
nos estados de AM, TO, MT, GO PE e BA. Estes isolados se dividiram em 3 grupos
apresentando similaridades com alguns begomovírus conhecidos (SmMV, ToYS,
SiYLCV) mas dentro dos critérios atuais podem ser consideradas espécies novas.
35
Análise molecular de amostras coletadas no NE do Brasil indicaram que todos seriam
essencialmente idênticos ao ClLCrV isolado em MT (6).
Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 6: 3. 1980; (2) Lima, G.S.A. et al. Virus Rev.& Res. 6: 158.
2001 (3) Listik, AF et al. Summa Phytopathol. 32:397. 2006; (4) Assunção, LP et al. Planta Daninha 24:
239.2006; (5) Fernandes, N.A.N. Tese Dr. UnB. 2010; (6) Silva , S.J. et al. Arch.Virol. 156: 2205. 2011.
Clerodendrum x speciosum Tiejism.& Binn. (Coração-sangrento),
C. thomsonae BALF. (Lágrima-de-Cristo)
C. splendens G. Don. (Clerodendro vermelho). Lamiaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Dichorhavirus
Clerodendrum chlorotic spot virus (ClCSV); vírus da mancha clorótica de
Clerodendrum
Manchas cloróticas em C. x speciosum associadas à infestação pelo ácaro
tenuipalpídeo Brevipalpus phoenicis, em Piracicaba, SP. Posteriormente, foram
observadas também em C. thomsonae e C. splendens. Constataram-se efeitos citopáticos
do tipo nuclear dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Demonstrou-se a
transmissão experimental pelo vetor com reprodução dos sintomas. Há evidencias de
transmissão natural, pelo vetor, para diversas outras espécies, nas quais foram
constatadas a presença do vírus por microscopia eletrônica (2). Há evidências de que o
vírus se replica no ácaro vetor (3). Há anti-soro disponível (4). Relatado, também no
estado do Amazonas (5). O vírus foi detectado por RT-PCR também no vetor (6)
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 63: 36. 2008; (2) Ferreira, P.T.O. et al. Fitopatol. Bras. 29
(supl):78. 2004; (3) Kitajima, E.W. et al. Virus Rev. Res. 11 (supl): 188. 2006. (4) Kubo, K.S. et al.
Fitopatol. Bras. 31 (supl): S184. 2006; (5) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop. Plant Pathol. 33: 12. 2008; (6)
Kubo, K.S. et al. Summa Phytopathol. 34(supl.): S97. 2008.
Rhabdoviridae
Rhabdovirus não identificado
Um rhabdovirus foi encontrado em tecidos foliares de lágrima-de-Cristo com
sintomas de clareamento das nervuras. Teria havido transmissão por enxertia para fumo
e Nicotiana glutinosa, além de Clerodendron (1).
Ref.: (1) Schutta, L.R. et al. Summa Phytopathol. 23: 54. 1997
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Manchas verdes em folhas senescentes de C. thomsonae associadas à infestação
por ácaros Brevipalpus phoenicis. Houve transmissão experimental dos sintomas pelo
ácaro. Microscopia eletrônica mostrou efeitos citopáticos do tipo citoplasmático dos
vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Em raras amostras foi encontrado numa mesma
célula efeitos citopáticos do tipo nuclear e citoplasmático, sugerindo que houve coinfecção com o vírus da mancha clorótica (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 63: 36. 2008; (2) Kitajima, E.W. et al. Exp.Appl.Acarol.
30: 135. 2003.
Clitoria ternatea L. (Cunha) Fabaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Infecção natural causando mosaico em cunha, atribuída a um Potyvirus,
possivelmente relacionado ao BCMV. O vírus, relatado no CE, foi purificado e se
produziu um anti-soro (1, 2, 3).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 6: 523. 1989; (2) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol Bras.18: 213.
1993; (3)19: 312, 1994.
36
Cnidoscolus urens (l.) Arthur (Cansação) Euphorbiaceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Plantas de cansação com sintomas de mosaico dourado, associado a um
begomovirus não identificado, foram detectadas em AL (1)
Ref. (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006.
Coffea arabica L. (Cafeeiro) Rubiace
(revisado por Juliana Freitas-Astúa e Alessandra J. Boari)
Dichorhavirus
Coffee ringspot virus (CoRSV); vírus da mancha anular do cafeeiro
Manchas anulares em folhas e frutos de cafeeiro foram descritas pela primeira
vez em um plantio de Caçapava, SP, tendo sido sugerida uma causa viral (1). Sua
etiologia viral foi reforçada com a detecção ao microscópio eletrônico de partículas
baciliformes e inclusões nucleares (2), pela transmissão pelo ácaro Brevipalpus
phoenicis Geijskes (3) e por meios mecânicos (4), inclusive a outras espécies de plantas.
Foi tida como de importância marginal, mas na década dos 90 constataram-se altas
incidências no Triângulo Mineiro e Sul de Minas, MG, com queda de folhas (6, 7). Há
evidências de perdas quantitativas e qualitativas na produção dos grãos (9). Sua
inoculação mecânica induz lesões locais em várias plantas-teste, mas em algumas
hospedeiras constatou-se infecção sistêmica induzida por altas temperaturas (10). Foi
purificado tendo sido produzido um anti-soro (11) e parcialmente sequenciado (13).
Suas propriedades indicam similaridades com o Orchid fleck virus (OFV) embora as
relações sorológicas pareçam ser distantes (12). Além de SP e MG, acha-se relatada sua
presença no DF (5) e PR (8). Há evidências de que frutos afetados pelas manchas
produzem bebidas de qualidade inferior (12). No exterior há apenas um relato
confirmado na Costa Rica. Outras espécies e híbridos de Coffea foram encontrados
naturalmente infectadospelo CoRSV (14). Detectado na BA (15).
Ref.: (1) Bitancourt, A.A. O Biológico 4: 405. 1938; 5: 33. 1939; (2) Kitajima, E.W.. & Costa, A.S.
Ciência e Cultura 24: 542. 1972; (3) Chagas, C.M. O Biológico 39: 229. 1973; (4) Chagas, C.M. et al.
Phytopathol.Zeit.102: 100. 1981; (5) Branquinho, W.G. et al. Fitopatol.Bras. 12: 140. 1988; (6) Juliati,
F.C. et al. Fitopatol.Bras. 20: 337.1995; (7) Figueira, A.R. et al. 20: 299. 1995; (8) Rodrigues, J.C.V. &
Nogueira, N.L. Fitopatol.Bras. 26: 513. 2001; (9) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 28: S246.2003; (10)
S247. 2003; (11) Summa Phytopathol. 30.453. 2004; (12) Boari, AJ et al. Summa Phytopathol. 32: 192.
2006; (13) Locali, E.C. et al. Fitopatol.Bras. CDRom. 2008; (14) Kitajima,EW et al. Sci.Agric. 68:503.
2012; (15) Almeida, J.E.M., Figueira, A.R. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) 199-200. 2013.
Coffea spp. (C. kapakata Brdison, C. dewevrei (De Wild. & T. Duran) cv. Excelsa,
C. canephora Pierre ex. A. Froehner cv. Robusta)
Híbridos (C. arabica x C. racemosa Lour.; C. arabica x C. dewevrei, C. arábica x C.
canephora)
Dichorhavirus
Coffee ringspot virus (CoRSV); vírus da mancha anular do cafeeiro
Levantamento feito na coleção de germoplasma do Centro Café (IAC),
Campinas,SP mostrou que algumas outras espécies de Coffea e híbridos encontravam-se
naturalmente infectados pelo CoRSV (1).
Ref.: (1) Kitajima,EW et al. Sci.Agric. 68:503. 2012.
Coleus blumei Benth. (Coleus) Lamiaceae
(revisado por M. Eiras e Maria Amelia V. Alexandre)
Viróide
37
Coleviroid
Coleus blumei viroid 1 (CbVd 1); viróide 1 de Coleus blumei
Durante procura de outras espécies de planta suscetíveis ao viróide da exocortis
do citros (CEVd), constatou-se que C. blumei estava naturalmente infetada por um
viróide distinto dos conhecidos (1, 2), e que foi também posteriormente detectado em
outros países.
Ref.: (1) Fonseca, M.E.F. et al. Plant Dis. 74: 80. 1990; (2) Fonseca, M.E.N. et al., J Gen.Virol. 75: 1447.
1994.
Colocasia esculenta (L) Schott. (Taro)* Aracae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Potyvirus
Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro
Mosaico em taro no DF, causado por um isolado do DsMV. Este vírus também
foi encontrado em outras aráceas comestíveis e ornamentais (1). Há relato deste vírus
em taro, no RJ (2).
Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol. Bras. 9: 291. 1984; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras.
9: 607. 1984;
*Segundo proposta aprovada durante o I Simp. de Inhame e Cará (Venda Nova, ES) em 2001, deve-se usar em
publicações formais, o termo “inhame” para Dioscorea, e “taro” para Colocasia (Pedralli, G. et al. Hort.Bras. 20 (4):
530. 2002).
Commelina spp., C. benghalensis L. (Trapoeraba) Commelinaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
A primeira referência à infecção natural de trapoeraba pelo CMV foi feita por
Silberschmidt & Nóbrega, nas proximidades de culturas de bananeira (1). Brioso (2)
usou um isolado de CMV obtido de C. agraria ao comparar isolados de CMV de
diferentes procedências. C. benghalensis L. e C. erecta L. com sintomas de mosaico,
procedentes de três localidades do Est. S. Paulo mostraram-se estar infectadas pelo
CMV, conforme resultados dos ensaios biológicos, sorológicos e de microscopia
eletrônica (3).
Ref.: (1) Silbershcmidt, K. & Nóbrega, N.L. O Biológico 7: 216. 1941; (2) Brioso, P.S.T. Tese Dr., UnB.,
1986; (3) Duarte, L.M. et al. Fitopatol. Bras. 19: 248. 1994.
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Constatada infecção natural de tospovírus em trapoeraba, em SP, causando
sintomas de finas linhas cloróticas causando figuras simétricas em relação às nervuras
(1).
Ref.: (1) Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 17: 186. 1992.
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Infecção por um potyvirus, associado a sintomas de mosaico em trapoeraba foi
relatada no RN (1).
Ref.: (1) Pinheiro, C.S.R. et al. Fitopatol. Bras. 18: 319. 1993.
Cilevirus
Citrus leprosis virus C (CiLV-C); virus da leprose dos citros C
Ocorrência de infecção natural de trapoeraba (C. benghalensis) em pomar
organico de laranjeira no Estado de São Paulo, associada à infestação com ácaros B.
phoenicis (1).
Ref.: (1) Nunes, M.A et al. Plant Dis. 96: 770. 2012.
38
Conyza canadensis (L.) Cronquist (Voadeira) Asteraceae
Polerovirus
Potato leaf roll virus- PLRV; vírus do enrolamento das folhas da batata
Infecção natural de voadeira pelo PLRV, sem menção da sitnomatologia,
constatada em MG (1).
Ref.: Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Infecção natural de voadeira, pelo PVY, sem menção da sintomatologia,
constatada em MG (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Corchorus hirtus L. (Juta-do-campo) Malvaceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Plantas de juta-do-campo com sintomas de mosaico amarelo foram encontrados
na PB, infectadas por um possível begomovírus novo. Houve transmissião por métodos
biobalísticos para algumas espécies de Sida e Nicotiana benthamiana, sem relato de
transmissão por mosca branca (1).
Ref.: (1) Fontenelle, RS et al. Virus Rev.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011.
Cordyline terminalis (L.) Kunth. (Dracena vermelha) Agavaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Plantas exibindo manchas anulares nas folhas foram constatadas no campus da
ESALQ, Piracicaba, SP, associadas à infestação com B. phoenicis. Exames ao
microscópio eletrônico revelaram a presença de efeitos citopáticos do tipo
citoplasmático, de vírus transmitidos por Brevipalpus. Como se achava junto a plantas
de hibisco com sintomas de mancha verde é possível que se trate de uma infecção pelo
HGSV (1).
Ref.: (1) Ferreira, P.T.O. et al. Virus Rev. Res. 9: 249. 2004.
Coreopsis lanceolata L. (Margarida amarela) Asteraceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Um nucleorhabdovirus foi encontrado em um jardim do DF, em plantas de
margarida amarela, co-infetada pelo BiMV (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 16: 141.1991.
Potyvirus
Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão
Sintomas de mosaico em folhas da margarida amarela, associados à redução do
limbo foliar e de porte, foram constatados no DF. O agente causal identificado como um
isolado do BiMV (1, 2).
Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol.Bras.16: 114-117. 1991. (2) Rodrigues, M.G.R. et al.
Fitopatol.Bras. 10: 306. 1985.
Corchurus hirtus L. Malvaceae
Begomovirus
Corchorus mottle vírus (CoMV), vírus do mosqueado de Corchorus
39
Foi isolado de plantas de C. hirtus com sintomas de mosqueado em PE, um
begomovirus, molecularmante distinto de outros conhecidos, estando mais próximo de
AbMBV. Foi transmitido biolisticamente para a mesma planta, reproduzindo os
sintomas,(1).
Ref. (1) Blawid, R. et al. Arch.Virol. 158:2603. 2013.
Coriandrum sativum L. (Coentro) Apiaceae
Tospovirus
Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Plantas com anéis cloróticos, malformação de folhas apicais e paralização de
crescimento foram observadas em Petrolina, PE. Ensaios biológicos e sorológicos
identificaram o agente causal como GRSV (1).
Ref.: (1) Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 25: 443. 2000.
Cosmos sulphureus CAV. (= Bidens sulphureus (CAV.) SCH.BIP. (Cosmosamarelo) Asteraceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Um nucleorhabdovírus foi detectado por microscopia eletrônica em plantas de
cosmos em um jardim residencial do DF, exibindo leve mosqueado (1).
Ref.: (1) Sá, P. et al. Fitopatol.Bras. 16: 141. 1991.
Cotyledon orbiculata L (Pau-de-Bálsamo) Crassulaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Nucleorhabdovirus
Sonchus yellow net nucleorhabdovirus (SYNV)
Partículas de potyvírus e nucleorhabdovírus foram observadas em tecidos de
plantas de pau-de-bálsamo, procedentes de SP. Os vírus foram separados
respectivamente em Chenopodium amaranticolor e Datura stramonium. Ensaios
sorológicos revelaram relacionamento do nucleorhabdovirus com Sonchus yellow net
vírus. O potyvirus parece ser distinto dos conhecidos (1,2).
Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 29: S150. 2004; (2) Duarte, L.M.L. et al. Summa
Phytopathol. 31: 63. 2005.
Potyvirus
Cotyledon virus Y (CotYV); vírus Y do Cotyledon
O potyvírus presente, em infecção mista com SYNV em pau-de-bálsamo em SP,
foi identificado como um vírus novo pela análise da sequencia de nucleótideos (1).
Ref: (1) Duarte, L.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 31(supl):S145. 2006.
Crinum sp. (Açucena-gigante) Amaryllidaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Em Londrina, PR, detectaram-se plantas de açucena-gigante com sintomas de
mosaico nas quais foram encontradas, por microscopia eletrônica e RT-PCR, partículas
semelhantes a um potyvirus, ainda não identificado (1)
Ref.: Barboza, A.L. et al. Fitopatol. Bras. 31: 212. 2006.
Crotalaria juncea L. (Crotalária juncea) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
40
Sintomas de mosaico, deformação foliar em C. juncea causado pelos sorotipos I
II do CPSMV, no DF (1).
Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982.
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Mosaico em C. juncea, causado pelo CABMV, em um campo experimental de
maracujazeiro, no DF. Identificação do vírus feita por ensaios biológicos e sorológicos
(1).
Ref.: (1) Maciel, S.C. et al. Summa Phytopathol. 30: 110. 2004.
Potyvirus não identificado
Um potyvírus foi encontrado causando mosaico em Crotalaria sp. em
Campinas, SP. O vírus foi transmitido mecanicamente e por afídios a várias outras
espécies de leguminosas (1).
Ref.: (1) Freitas, D.S. et al. Fitopatol.Bras. 23: 317. 1998.
Tobamovirus
Sunn hemp mosaic virus (SHMV); vírus do mosaico da crotalaria
Foi observada uma epifitia de mosaico em C. juncea em uma área experimental
do IAC, SP, e que foi atribuída a um tobamovirus, possivelmente SHMV, havendo
indícios da existência de um vetor (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Fitopatol.Bras. 13: 115. 1988.
Crotalaria paulinea Schrank. (Manduvira-grande) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CpSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Plantas de C. paulinea com sintomas de mosaico, foram encontradas em S.Luiz,
MA. Elas se mostraram estar infectadas com CpSMV. A identificação foi feita mediante
ensaios biológicos e sorológicos (1).
Ref.: (1) Nascimento, A.K.Q. et al. Fitopatol.Bras. 29: S49. 2004.
Crotalaria spectabilis Roth (Crotalária-chocalho) Fabaceae
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Infecção natural, com sintomas de mosaico, em C. spectabilis crescendo junto a
maracujazais em Planaltina, DF, causado pelo CABMV. Identificação do vírus feita por
ensaios biológicos, sorológicos e microscopia eletrônica (1).
Ref.: (1) Maciel, S.C. et al. Summa Phytopathol. 30: 110. 2004.
Cucumis anguria L. (Maxixe) Cucurbitaceae
(vírus de Cucumis revisado por J.A.M. Rezende)
Comovirus
Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora
SqMV detectado em plantas com sintomas de mosaico, coletadas nos arredores
de Manaus, AM (1,2) e MA (3).
Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras. 2: 86. 1977; (2) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9: 633.
1979 (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV, causando sintomas de mosaico em maxixe foi detectado em SP e RJ (2).
Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Res.XX Cong.Bras.Oleric. p.144. 1980; (2) Pozzer, L. & Brioso, P.S.T. Vírus
Rev.& Res. 4: 149. 1999.
41
Potyvirus
Papaya ringspot virus-W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W
Alta incidência de uma clorose generalizada em plantas de maxixe observada no
DF e identificada como sendo causada pelo PRSV-W (1). Constatado também nos
estados de AM (2). MA (3), RJ (4) MG (5).
Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 50. 1973; (2) Kitajima, E.W. et al. Acta
Amazonica 9: 633. 1979; (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982; (4) Kitajima,
E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984 (5) Lima, MF et al. Trop.Plt Pathol 35 (supl)S284. 2010.
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha-demoita
Sintomas de mosaico amarelo em maxixe foram observados em MG. Verificouse resultar da infecção pelo ZYMV (1)
Ref.: (1) Lima, MF et al. Trop.Plt Pathol 35 (supl)S284. 2010.
Cucumis melo L. (Melão) Cucurbitacae
Comovirus
Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora
Levantamento sorlógico em meloais de Mossoró, RN, resultaram na detecção do
SqMV em plantas com sintomas de mosaico (1). Há relato de sua presença no CE (2).
Ref.: (1) Rocha, H.G.C. et al. Fitopatol.Bras. 22: 341. 1997; (2) Silva, E.R. et al. Trop.Plt.Pathol. 38
(supl) :190. 2013.
Carlavirus
Melon yellows associated virus (MYaV); vírus associado ao amarelecimento do melão
Anomalia caracterizada pelo amarelecimento das folhas e a perda de brix dos
frutos foi observada em plantios comerciais de Mossoró, RN, e referida localmente
como “amarelão”. Comprovou-se sua transmissão por mosca branca (1). Ensaios
preliminares sugeriram a presença de um Crinivirus (2), mas o fato não foi confirmado.
Estudos subsequentes mostraram a associação da enfermidade com um possível
Carlavirus, transmissível por enxertia (3, 4). Análises moleculares sugerem que se trata
de um dos vírus mais divergentes entre Carlavirus e talvez representante de um possível
novo gênero de Flexiviridae (6). Detectado também em PE e BA (4).
Ref.: (1) Santos, A.A. et al. Fitopatol.Bras. 27: S 211. 2002; (2) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 27: S
207. 2002; (3) Nagata, T. et al. Plant Pathology 52: 797.2003; (4) Virus Rev& Res.9: 29. 2004.(5) Lima,
MF et al. Trop Plt Pathol 34(supl) S278. 2009.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV detectado, causando sintomas de mosaico, em meloais de Mossoró, RN
(1), e RO (2).
Ref. (1) Rocha, H.G.C. et al. Fitopatol.Bras. 22: 341. 1997: (2) Gonçalves, M.F.B. et al. Fitopatol.Bras.
29: S91. 2004.
Potyvirus
Papaya ringspot virus-W (PRSV-W); vírus da mosaico do mamoeiro W
Primeiro relato do PRSV-W em melão feita no PA (1). Sintomas de mosaico e
malformação foliar, paralização no desenvolvimento da planta, redução da produção.
Disseminação por afídeos. Constatado no CE (2), SP (3), PE (4), RN (6), BA (7).
Descritas fontes de resistência (5).
Ref.: (1) Albuquerque, F.C. et al. Rev Oleric. 12: 94. 1972; (2) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5: 414. 1980; (3)
Lin, M.T. et al. Res.20o Cong.Bras.Oleric.: 144. 1980; (4) Choudhury, M.M. & Lin, M.T. EMBRAPA/CPTSA
Pesq.And. 3p. 1982; (5) della Vecchia, P. & de Ávila, A.C. Fitopatol.bras 10: 467. 1985; (6) Rocha, H.G.C. et al.
Fitopatol.Bras. 22: 341. 1997; (7) Cruz, E.S. et al. Summa Phytopathol. 25: 21. 1999
Watermelon mosaic virus (WMV); .vírus do mosaico da melancia
WMV constatado em meloais, causando sintomas de mosaico, em um
levantamento sorológico, feito no submédio S. Francisco (PE e BA) (1).
42
Ref.: (1) Cruz, E.S. et al. Summa Phytopathol. 25: 21. 1999.
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha-demoita
ZYMV detectado sorologicamente em meloeiros com mosaico, no RN (1).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol. Bras. 21: 426. 1996.
Cucumis metuliferus E. Mey (pepino africano) Cucurbitaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Potyvirus
Papaya ringspot virus-W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro-W
Durante levantamento sorológico de vírus em plantas espontâneas na Zona da
Mata, PE, constatou-se infecção natural de pepino africano, pelo CMV e PRSV-W (1).
Ref: (1) Nicolini, C et al. Trop.Plt Pathol. 34(supl):S271. 2009.
Cucumis sativus L. (Pepino) Cucurbitaceae
Revisão: Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972.
Comovirus
Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora
Primeiro relato em material procedente de Colômbia, SP (1). É um vírus
isométrico de alta concentração e disseminado por besouros crisomelídeos.
Ref.: (1) Chagas, C.M. O Biológico 35: 326. 1970.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Encontrado esporadicamente em SP causando sintomas de mosaico (1). Foi
registrado no PR (2), MG (3), SE (5). Um estudo comparativo da sequência do genoma
de diferentes isolados do CMV, coletados em diferentes regiões, demonstrou que há
uma prevalência de vírus do subgrupo IA, um caso de IB, e ausência de isolados do
subgrupo II (4).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972; (2) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403.
1984; (3) Carvalho, M.G. et al. Fitopatol.Bras. 12: 148. 1987; (4) Eiras, M. et al. Fitopatol. Bras. 29: S42.
2004; (5) Almeida, A.C.O. et al. Fitopatol.Bras. 31: S322. 2006.
Potyvirus
Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W
PRSV-W tem sido o vírus mais comumente encontrado em SP infetando pepino.
Causa forte mosaico e malformação foliar (1). Descrito também no RJ (3), MA (4), MG
(5). Herança da resistência seria do tipo poligênico (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972; (2) Silva, N. & Costa, C.P. Rev. Oleric. 15: 12.
1975; (3) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado,
Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978: (4) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982; (5) Pavan, M.A. et
al. Fitopatol.Bras. 9: 309. 1985.
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico da abobrinha-de-moita
Pepino, procedente de Indaial, SC, exibindo sintomas de forte mosaico e
deformação foliar mostrou estar infectado pelo ZYMV, através de ensaios de
transmissão e sorologia (1).
Ref.: (1) Caner, J. et al. Res. VI Enc.Nac.Virol. p.180. 1992.
Cucurbita maxima Duch. (Abóbora-menina, abóbora-grande) Cucurbitaceae
(vírus de Cucurbita revisado por J.A.M. Rezende)
Tospovirus
Zucchini lethal chlorosis virus (ZLCV); vírus da clorose letal da aboborinha de moita
Infecção de pepino por isolados de tospovirus causa mosaico amarelo ao longo
das nervuras, acompanhado de encarquilhamento forte e mosaico. Descrito pela 1a vez
43
em SP (1). Foi também encontrado no DF, onde foi identificado como um isolado do
ZLCV (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972; (2) Nagata, T. et al. Plant Dis. 82: 1403. 1998.
Potyvirus
Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W
Nagai & Ikuta (1) relatam bom nível de resistência a PRSV-W em aboboramenina (1). Há estudos sobre a genética da resistência (2). Relatos em SP.
Ref.: (1) Nagai, H. & Ikuta, H. Res. Cong. An. Soc. Amer. Cien. Hort.-Reg.Tropical 19 (Campinas).p.13.
1981; (2) Maluf, W. & Sousa, E.L.S. Hort.Bras. 2: 22. 1984.
Cucurbita moschata L. (Abóbora, jerimum) Cucurbitaceae
Tospovirus
Zucchini lethal chlorosis virus (ZLCV); vírus da clorose letal da abobrinha de moita
ZLCV causa sintomas de mosaico severo, distorção foliar, mosqueado amarelo,
porte reduzido podendo causar a morte das plantas. Ocorrência de tospovirus em
cucurbitáceas era conhecida desde a década dos 60, mas sua identificação como uma
nova espécie foi feita na década dos 90 em SP (1).
Ref.: (1) Rezende, J.A.M. et al. Fitopatol.Bras. 22: 92. 1997.
Potyvirus
Papaya ringspot virus- W (PRSV-W); vírus da mosaico do mamoeiro W
Relato de mosaico em aboboreira, causado pelo PRSV-W, no CE (1), RJ (2).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5: 414. 1980; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607.
1984.
Watermelon mosaic virus (WMV); vírus do mosaico da melancia
Infecção natural de aboboreira pelo WMV-2 constatado no RJ, por sorodiagnose
(1).
Ref.: (1) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol. Bras. 2: 190. 1997.
Cucurbita mosachata Duchesne X C. maxima Dchesne (Abobora híbrida,
Tetsukabuto) Cucurbitaceae
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Exames de microscopia eletrônica de amostras foliares de aboboreira
Tetsukabuto coletada em Sta.Izabel, PA, com sintomas de mosaico, revelaram a
presença de nucleorhabdovírus (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 16: 141. 1991.
Comovirus
Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora
Folhas de abobora Tetsukabuto, com clareamento das nervuras, mosaico, bolhas,
coletadas no DF, estavam infectadas pelo SqMV. Identificação sorológica e microscopia
eletrônica. Transmissão pelo besouro crisomelídeo Diabrotica bivittula (Kirk.) (1).
Ref.: (1) Batista, M.F. Diss.MS, PG Fitop., UnB, 59p. 1979.
Cucurbita pepo L. (Abóbora, moranga) Cucurbitaceae
Comovirus
Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora
SqMV detectado em aboboreiras com sintomas de mosaico no DF (1).
Constatado também no RS em alta incidência (2).
Ref.: Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia 9: 51. 1974; Siqueira, O. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 72. 1974.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV detectado sorologicamente, infetando abóbora, em RO (1).
44
Ref.: (1) Gonçalves, M.F.B. et al. Fitopatol.Bras. 29: S91. 2004.
Necrovirus
Squash necrosis vírus (SqNV), vírus da necrose da abóbora- posição taxonômica
indeterminada, possivelmente Necrovirus)
Um vírus isométrico co-infetando uma aboboreira com sintomas de mosaico foi
isolado no DF. Em transmissões mecânicas experimentais causou apenas lesões locais
em várias hospedeiras. Ocorre em alta concentração nos tecidos, sendo bastante estável.
Foi purificado tendo sido produzido um antissoro. Não reage com antissoro contra o
vírus da necrose do fumo (TNV) (1). Foi transmitido pelo fungo Olpidium radicale, que
também transmite Melon necrotic spot carmovirus (MNSV) no Japão e
Cucumber necrosis tombusvirus (CuNV) no Canada, mas sem relações sorológicas com
o presente vírus.
Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras. 8: 622. 1983; (2) Lin, M.T & Palagi, P.M. Fitopatol.Bras. 8: 622.
1983.
Cucurbita pepo L. var. Caserta (Abobrinha-de-moita, abobrinha Caserta ou
Zucchini) Cucurbitaceae
Comovirus
Squash mosaic virus (SqMV); vírus do mosaico da abóbora
SqMV detectado em abobora-de-moita em Tocantins (1)
Ref: (1) Alencar, NE et al. J. Biotechnol. Biodiv. 3: 32. 2011.
Nepovirus
Tobacco ringspot virus (TRSV); virus da mancha anular do fumo
TRSV foi encontrado infetando naturalmente abobrinha-de-moita em Campinas,
SP (1).
Ref.: (1) Cupertino, F.P. & Costa, A.S. Bragantia 29: IX. 1969.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Registro de mosaico causado pelo CMV na abobrinha-de-moita, no PR (1), MG
(2).
Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (2) Carvalho, M.G. et al.
Fitopatol.Bras. 12: 148. 1987.
Tospovirus
Zucchini lethal chlorosis virus (ZLCV); vírus da clorose letal da abobrinha de moita
A presença de tospovirus em cucurbitacea havia sido referida por Costa et al. (1)
em pepino em SP, e confirmada por microscopia eletrônica (2) e é particularmente
comum em aboborinha-de-moita. Descrito também no DF (3) e PR (4). A partir da
década dos 90, notou-se uma elevação na incidência de tospovirose em abobrinha-demoita e outras similares. O tospovirus causal foi considerado distinto dos demais através
de métodos moleculares e sorológicos. Este tospovirus tem sido designado ZLCV (4-6).
Tripes vetor identificado como Frankliniella zucchini (7).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 12: 100. 1972; (2) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Rev
Soc.Bras.Fitopatol. 5: 180. 1972; (3) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 51. 1974; (4) Lima,
M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (4) Rezende, J.A.M. et al. Fitopatol.Bras. 22: 92. 1997; (5)
Pozzer, L. et al. Fitopatol. Bras. 21: 432. 1996; (6) Pozzer, L. Tese de Dr., UnB. 104p. 1998 (7) Nakahara
S & Monteiro RC Proc. Entom. Soc. Wash. 101: 290. 1999.
Potyvirus
Papaya ringspot virus-W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W
A primeira menção no Brasil do PRSV-W, antes conhecido como mosaico da
melancia, tipo 1 (WMV-1), ocorreu em SP, em um trabalho de controle do vetor
usando superfícies refletivas e tem sido constatado em outras regiões do país onde a
aboborinha e outras cucurbitáceas são cultivadas (1). Os sintomas são de mosaico e
45
embolhamento nas folhas, deformação e afilamento das extremidades das folhas,
redução de porte da planta, frutos com mosaico e embolhamento, redução de tamanho e
produção. Afeta quase todas cucurbitáceas cultivadas. Foi constatado no DF (2), RJ (3),
PR (4),MG (5) É disseminado por pulgões. Foram encontrados isolados fracos com
efeito protetor que podem ser usados para o controle do PRSV-W por premunização
(6).
Ref.: (1) Costa, C.L. & Costa, A.S. Rev. Oleric. 11: 24. 1971; (2) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia
(Lima) 9: 61. 1974; (3) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das Cult.Econo.
do Estado, Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978; (4) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (5)
Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 10: 309. 1985; (6) Rezende, J.A.M. et al. Fitopatol.Bras. 19: 55. 1994.
Potyvirus não identificado
Abobrinha-de-moita com sintomas de mosaico foi coletada no campus da
UFCe, CE, e constatada como estando infectado por um potyvirus que não tinha
relações sorológicas com PRSV-W, ZYMV e WMV-2. Transmitido por afídeos e gama
de hospedeiras restrita a cucurbitáceas (1). O vírus foi purificado tendo-se produzido
antissoro (2).
Ref.: (1) Santos, C.D.G. et al. Summa Phytopathol. 16: XXVIII. 1991; (2) Lima, J.A.A.
Fitopatol.Bras. 19: 294. 1994.
Watermelon mosaic virus (WMV); vírus do mosaico da melancia
Durante um screening foi isolado de abobrinha-da-moita, um potyvirus distinto
do PRSV-W em Campinas, SP e sugerido como WMV (1). Isto foi confirmado através
de ensaios biológicos e sorológicos (2). Foi constatado no sub-médio S. Francisco- PE
(3).
Ref.: (1) Crestani, O. et al. Res. Virológica 87 (Maceio, AL). 1987; (2) de Sa, P.l et al. Fitopatol.Bras. 16:
217. 1991; (3) Dusi, A.N. et al. Fitopatol.Bras. 15: XXVI. 1999.
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha de
moita
Identificação e caracterização de um isolado do ZYMV infetando abobrinha-damoita em SP (1) e em TO (2).
Ref.: (1) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras. 20: 72. 1995; (2) Alencar, NE et al. J. Biotechnol. Biodiv. 3: 32.
2011.
Cyamopsis tetragonolobus (L) Taub (GUAR) Fabaceae
Potyvirus
Bean common mosaic virus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeiro
Plantas de guar, procedentes de um campo de multiplicação em Cambé, PR,
apresentavam mosaico e enrolamento foliar. Ensaios de transmissão, microscopia
eletrônica e sorologia indicaram que o agente causal seria um isolado do BCMV (1).
Ref.: (1) Faria, M.L. et al. Fitopatol.Bras. 15: 127. 1990.
Cyclanthera pedata (L.) Schrad. var. edulis (Maxixe-do-reino) Cucurbitaceae
(revisado por J.A.M. Fezende)
Cucumovirus
Cucumber mosaic vírus (CMV), vírus do mosaico do pepino
Detecção de CMV em C. pedatan da coleção de germoplasma da Embrapa
Hortaliça, em DF (1).
Ref.: (1) Lima, M.F. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.): 208. 2013.
Potyvirus
Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W
Planta com sintomas de mosaico encontrado em Anhembi, SP, estando infectado
por um isolado do PRSV-W (1). Foi também encontrado no DF (2).
Ref.: (1) Rezende, J.A.M. Plant Dis. 84: 1155. 2000; (2) Lima, M.F. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl.) 208.
2013.
46
Cydonia oblonga MILL. (Marmeleiro) Rosaceae
Vírus não identificado
Manchas anulares em folhas de marmeleiro, de possível etiologia viral, descrita
em SP (1).
Ref.: (1) Issa, E.O Biológico 25: 80. 1959.
Cymbopogon winterianus Jowitt (Citronela) Poaceae
Potyvirus
Sugar cane mosaic virus- SCMV; vírus do mosaico da cana-de-açucar
SCMV detectado, infetando citronela, em uma coleçao do IAC, SP. Sintomas de
mosaico nas folhas e redução de porte. Transmissível mecanicamente (1).
Ref. (1) Costa, A.S. et al. Bragantia 10: 301. 1950.
Cynara scolymus L. (Alcachofra) Asteraceae
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Sintomas de enfezamento e malformação foliar em alcachofra, observados na
região de Piedade, SP, em baixa incidência, causado pelo TSV. Identificação do vírus
feita por ensaios de transmissão e círculo de hospedeiras (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Tasaka, H. O Biológico37: 176. 1971.
Potyvirus
Artichoke latent virus (ArLV); vírus latente da alcachofra
Um vírus, de características similares ao ArLV da Califórnia, foi encontrado em
amostras de alcachofra, com sintomas de necrose das nervuras, procedente de São
Roque, SP Aparentemente a presença do vírus não tem relações com os sintomas
observados (1).
Ref.: (1) Costa,A.S. & Camargo, I.J.B. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 3: 53. 1969.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão
Alcachofras exibindo faixas amarelas nas folhas foram encontradas em
plantações de Ibiúna e Piedade, SP, em baixa incidência. Microscopia eletrônica
evidenciou a presença de vírus similar ao Tobacco rattle vírus, tendo sido identificado
como um isolado do PepRSV. O vírus infetou número limitado de plantas-teste (1,2).
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. O Biológico 35: 13. 1969; 38: 35. 1972; (2) Camargo, I.J.B. et al.
Rev.Soc.Brás.Fitopatol. 4: 59. 1971.
D
x
Dahlia variabilis Desf. (Dália) Assteraceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Foram observados anéis cloróticos em folhas de dália, causados por um isolado
do TSV em SP (1, 2).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol. Zeit. 42: 113. 1961; (2) Roberti, R. et al.
Fitopatol. Bras. 17: 194. 1992.
Caulimovirus
Dahlia mosaic virus (DMV); vírus do mosaico da dália
O DMV causa sintomas de mosaico e faixa das nervuras nas folhas, sendo
transmitido por afídeos. No Brasil, a primeira descrição foi feita em amostras colhidas
no RJ e o vírus identificado por microscopia eletrônica (1).
47
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 9: 607. 1984
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Sintomas de manchas, anéis e desenhos cloróticos em folhas de dália foram
observados no município de S. Paulo. O agente causal foi identificado como um isolado
do vírus causador de vira-cabeça do fumo (Tospovirus) (1). O virus foi constatado
também no RJ (2).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Loureiro, R. O Biológico 32: 270. 1966; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.
Bras.9: 607.1984.
Datura stramonium L. (Trombeteira) Solanaceae
Polerovirus
Potato leaf roll virus- PLRV; vírus do enrolamento da folha da batata
Um isolado do PLRV que causa topo amarelo em tomateiro foi recuperado de
plantas de trombeteira do campo, em SP, com sintomas de clorose.
Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia Fev./62,p.34. 1962.
Daucus carota L. (Cenoura) Apiaceae
Polerovirus
Carrot red leaf virus (CaRLV); vírus do amarelo da cenoura
Vermelhão ou amarelecimento em folhas de cenoura ocorre esporadicamente e
causado por um vírus transmitido por afídeos (Cavariella aegopodii [Scop.[).
Provavelmente trata-se de um isolado do Carrot red leaf vírus (CaRLV) um
Polerovirus. Constatado nos Estados de SP e MG (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Supl.Agric.O Estado de S.Paulo 643: 15. 1967; Costa, A.S. et al. Summa
Phytopathol. 1: 5. 1975.
Potyvirus
Carrot thin leaf virus (CTLV); virus do afilamento foliar da cenoura
Sintomas de leve mosaico e folhas afiladas foram encontrados em uma cultura
de cenoura na região de Piedade, SP. Potyvirus que induz inclusões lamelares do tipo II
de Edwardson foi encontrado nos tecidos. Transmissível por afídeos e mecanicamente a
algumas plantas-teste (1-3). É provavelmente um isolado do CTLV.
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 27: XII. 1968; (2) Costa, A.S. et al. Rev. Olericult. 9. 1969; (3)
Camargo, I.J.B. et al. Bragantia 30: 31. 1971.
Dendranthema spp. (Crisântemo), Asteraceae
(Revisado por M. Eiras)
Pospiviroid
Chrysantemum stunt viroid (CSVd) , viróide do nanismo do crisântemo
Detecção em crisântemos cultivados comercialmente em Atibaia, Artur
Nogueira e Holambra, SP, por técnicas moleculares (1).
Ref.: (1) Gobatto, D. et al. Trop.Plant Pathol. 37 (supl.). CDRom. 2012.
Desmodium sp. (Carrapicho) Fabaceae
Begomovirus
Desmodium yellow spot virus (DeYSV); vírus da mancha amarela de Desmodium
Carrapicho com sintomas de mosaico dourado, provavelmente causado por
begomovirus, foi detectado em AL (1). Outro isolado, obtido em localidade não
especificada, foi identificado como um possível begomovirus novo, DeYSV.
Ref. (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239. 2006 (2) Lima, A.T.M. et al. Trop Plt Pathol
34(spl) S275).
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
48
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Ocorrência de infecção mista natural do carrapicho, pelos vírus CABMV e CMV
na Zona da Mata de PE (1).
Ref (1) Nicolini, C. et al. Trop.Plt Pathol 34(supl) S271. 2009.
Dianthus caryophyllus L. (Cravo) Caryophyllaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Carmovirus
Carnation mottle virus (CarMV); virus do mosqueado do cravo
CarMV foi detectado em várias plantas de cravo, assintomáticas, procedentes de
diferentes regiões do Est.S.Paulo. A detecção foi feita através de ensaios biológicos,
sorológicos e microscopia eletrônica (1). Isolados de SP e MG foram caracterizados
molecularmente (2).
Ref.: (1) Caldari Jr., P. et al. Fitopatol.Bras. 22: 451. 1997; (2) Alexandre, M.A.V. et al. Summa
Phytopathol. 39 (supl.)CDRom. 2013.
Diascia sp. (Confete) Scrophulariaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Vírus isométrico não identificado
Detecção ao microscópio eletrônico de presumíveis partículas virais isométricas,
cheias e vazias, associadas a sintomas de virose (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95-100. 2010.
Dieffenbachia amoena Hort. ex.Gentil
D. picta Schott., Dieffenbachia sp. (Comigo-ninguém-pode) Araceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Tospovirus
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); virus da mancha clorótica do tomate
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
TCSV e TSWV encontrados em amostra de comigo-ninguem-pode sem
especificações de sintomas (1). Em plantas com manchas e anéis e faixa clorótica de
nervuras foi detectado TCSV identificado por ensaios moleculares (2) com análises
filogenéticas (3).
Ref.: (1) Galleti, S.R. et al. Vius Rev. Res. 5: 197. 2000; (2) Rivas, E.R. et al. Fitopatol.Bras. 26: 515.
2001. (3) Rivas, E.B. et al. Arq.Inst.Biol. 70:615. 2003.
Potyvirus
Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro
DsMV foi detectado por sorologia em plantios comerciais de Diffenbacchia sp.
no Est.S.Paulo, com sintomas de mosaico, faixas das nervuras e anéis cloróticos (1, 2).
Em D. amoena com manchas cloróticas e anéis concêntricos com contorno
avermelhado, foram detectadas, por microscopia eletrônica, partículas alongadoflexuosas semelhantes a potyviridae (2).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Summa Phytopathol. 24: 71. 1998, (2) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst.Biol. 70:
615-619. 2003
Tobamovirus
Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo
Em D. picta foi detectado um tobamovirus associado a manchas e anéis
cloróticos. Testes biológicos, sorológicos e moleculares mostraram tratar-se de um
isolado de TMV (1).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Plant Dis. 84:707. 2000.
49
Digitaria decumbens Stent (Capim Pangola) Poaceae
Fijivirus
Pangola stunt virus (PaSV); vírus do nanismo do capim Pangola
Foi constatado no Est.S.Paulo plantas de capim Pangola com nanismo e
avermelhamento das folhas. A condição foi transmitida por cigarrinhas. Partículas
isométricas de ca. 70 nm em diâmetro foram detectadas em suspensões de folhas de
plantas afetadas; elas foram observadas no parênquima do floema juntamente com
viroplasmas no citoplasma (1). Verificou-se sua transmissão pela cigarrinha do gênero
Sogata (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa,A.S. Proc.7th Int.Cong.Electron Microscopy (Grenoble, Fr) p.131.
1970; (2) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Fitopatologia (Lima) 9: 48. 1974.
Digitaria sanguinalis (L) Scop. (Capim-colchão) Poaceae
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Foi constatada a ocorrência de um possível Potyvirus em capim-colchão no Est.
S. Paulo. O vírus infetou hospedeiras experimentais inoculadas (Gomphrena globosa e
Chenopodium amaranticolor) após inoculação com extratos de capim colchão
sintomática (1).
Ref.: (1) Vega, J. et al. Summa Phytopathol. 7: 7. 1981.
Dioscorea spp. (Inhame)* Dioscoreaceae
(revisto por Paulo E. Meissner Fo.)
Badnavirus
Dioscorea bacilliform virus (DBV); vírus baciliforme de Dioscorea
Detectado por microscopia eletrônica em amostra procedente do SE (1).
Ocorrência relatada em PE, PB (2), AL (3). Há um relato de possível ocorrência de
DBV na BA (4).
Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Summa Phytopathol. 31: 35. 2005. (2) Paula, DF et al. Vírus Ver&Res
11(supl): 189. 2006.(3) Lima, JS et al. Vírus Ver&Res 15(supl)185.2010; (4) Costa, D.P. et al.XVII
Enc.Nac.Metodologia e Gestão de Lab. Da Embrapa. 2013.
Curtovirus
Beet curly top virus (BCTV); vírus do broto crespo da beterraba
Um possível isolado do BCTV foi detectado molecularmente em amostras de
inhame coletado em AL, PE e PB Não informações sobre suas propriedades biológicas
(1).
Ref.: (1) Lima, J.S. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 197. 2013.
Potyvirus
Yam mild mosaic virus (YMMV); vírus do mosaico suave do inhame
YMMV foi detectado em plantas de inhame São Tomé (D. alata) de Itapissum,
PE, com sintomas de mosaico (1). O vírus também foi detectado em inhame, na PB (2).
Análises moleculares indicam que estes isolados estão relacionados com aqueles de
Guadelupe (3) e seu genoma foi inteiramente sequenciado (4).
Ref.: (1) Andrade, GP et al. Fitopatol.Bras. 31: S344. 2006. (2) Andrade,GP et al.
Fitopatol.Bras. 32 (supl): 322. 2007; (3) Andrade, GP et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl) CDRom
2011; (4) Rabelo Fo., F.A.C. et al. Arch.Virol. 158: 515. 2013.
Yam mosaic virus (YMV); vírus do mosaico do inhame
Foram encontradas plantas de inhame cvs. Yam Giboia e Maresby, procedentes
da coleção de germoplasma da Embrapa/ Mandioca e Fruticultura, e multiplicadas na
Embrapa/Hortaliças, DF, para adaptação, alta incidência de mosaico. Partículas do tipo
potyvirus foram encontradas em extratos de plantas e em secções, inclusões lamelares
50
típicas de potyvirus. O vírus foi transmitido mecanicamente para plantas de cara sadias
(1). Foi também constatado em SE um caso de possível infecção pelo YMV (2).
Detecção e identificação do YMV foram feitas em PE , AL (3), PB (4), BA (5).
Ref.: (1) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 7: 447. 1982; (2) Boari, A.J. et al. Summa Phytopathol. 31:
35. 2005; (3) Pio-Ribeiro, G. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl):S309. 2006; (4) Andrade,GP et al.
Fitopatol.Bras. 32 (supl): 322. 2007; (5) Costa, D.P. et al.XVII Enc.Nac.Metodologia e Gestão de Lab. Da
Embrapa. 2013.
*Segundo proposta aprovada durante o I Simp. De Inhame e Cará (Venda Nova, ES) em 2001, deve-se usar em
publicações formais, o termo “inhame” para Dioscorea, e “taro” para Colocasia (Pedralli, G. et al. Hort.Bras. 20 (4):
530. 2002).
Dracaena marginata Lam. (Dracena-de-Madagascar) Dracaenaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Plantas de dracena-de-Madagascar, com folhas senescentes exibindo manchas
verdes, associadas à infestação com ácaros Brevipalpus, foram encontradas em
Piracicaba, SP. Exames ao microscópio eletrônico indicaram a presença de partículas
baciliformes curtas e viroplasma no citoplasma, típicas da infecção por vírus
transmitido por Brevipalpus do tipo citoplasmático (1).
Ref.: (1) Nogueira, N.L. et al. Fitopatol. Bras. 29: S234. 2004.
E
Emilia sagittata DC (Falsa-serralha) Asteraceae
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
TSWV infetando naturalmente a falsa-serralha foi constatado em S.Paulo, SP. A
identificação foi feita por ensaios biológicos e sorologia (1).
Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Fitopatol. Bras. 21: 423. 1996.
Emilia sonchifolia (L) DC (Serralhinha) Asteraceae
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no Est.M.
Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Erigeron bonariensis L. (Buva) Asteraceae
Potyvirus
Lettuce mosaic virus (LMV); virus do mosaico da alfase
Identificação da infecção natural de E. bonariensis pelo LMV, no Est. S. Paulo,
através de ensaios biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletronica (1)
Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.Bras. 28: 307. 2003.
Eruca sativa HILL (Rúcula) Brassicaceae
Comovirus
Turnip ringspot virus (TuRSV); vírus da mancha anular do nabo
Um isolado do TuRSV infetando rúcula foi encontrado no PR (1).
Ref. (1) Picoli, M.H.S. et al. J. Phytopathology 160: 55. 2012.
Eucharis grandiflora Planch. & Linden (Lírio-do-Amazonas) Amaryllidaceae
(Revisado por Maria Amélia V. Alexandre)
51
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV). vírus do mosaico do pepino
Plantas de lírio-do-Amazonas, com sintomas de mosaico, coletadas em SP,
foram investigadas através de ensaios biológicos, microscopia eletrônica e técnicas
sorológicas e moleculares. CMV e um potyvirus não identificado foram detectados (1).
Estudos de genealogia mostraram que o CMV isolado a partir do lírio-do-Amazonas
agrupou-se no mesmo clado dos demais isolados brasileiros (2).
Ref.: (1) Cilli, A. et al. Virus Rev. Res. 7: 151. 2002; (2) Duarte, L.M.L. et al. Tropical Plant Pathol.
33(supl.): S290. 2008.
Potyvirus
Hippeastrum mosaic virus (HiMV); vírus do mosaico do Hippeastrum
Potyvirus inicialmente não identificado foi caracterizado como sendo HiMV
através de RT-PCR e seqüenciamento em SP (1).
Ref. (1): Alexandre, MAV et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl.) CDRom. 2011.
Eugenia uniflora L. (Pitangueira) Myrtaceae
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Pitangueira exibindo manchas cloróticas anelares nas folhas foi encontrada em
Águas de S. Pedro, SP, associada à infestação com ácaros Brevipalpus. Exames ao
microscçopio eletrônico revelaram a presença nas células de partículas baciliformes
curtas e viroplasma no citoplasma, característico de infecção por vírus transmitido por
Brevipalpus, do tipo citoplasmático (1).
Ref.: (1) Nogueira, N.L. & Rossi, M.L. Summa Phytopathol. 30: 111. 2004.
Euphorbia heterophyla L (=E. prunifolia Jacq.), (Amendoim bravo, Leiteiro)
Euphorbiaceae
Begomovirus
Euphorbia mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da Euphorbia
Mosaico dourado nesta invasora é comum em todo território brasileiro. Descrito
inicialente em SP. É causado por um begomovirus, transmitido pela mosca branca
Bemisia tabaci. É transmissível mecanicamente para algumas plantas-teste.
Eventualmente pode infectar naturalmente outras espécies (1,2). Há informações
moleculares sobre um isolado do Brasil Central (DF) que poderia ser uma nova espécie
de Begomovirus, mas não se acha caracterizado biologicamente (3). O sequenciamento
completo dos isolados citados em (3) mostrou identidade de 87,3% com um isolado de
EuMV do Perú e assim considerados nova espécie que foi designado de mosaico
amarelo de Euphorbia (Euphorbia yellow mosaic virus- EuYMV). Logrou-se infectar
algumas plantas testes por métodos biobalísticos (4).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Bennett, C.W. Phytopathology 40: 266. 1950; (2) Costa, A.S. & Carvalho,
A.M.B. Phytopathol. Zeit. 38: 129. 1960; (3) Rocha, W.B. et al. Fitopatol.Bras. 29: S148. 2004; (4)
Fernandes, F.R. et al. Arch.Virol. 156: 2063. 2011.
Euphorbia splendens Boyer (coroa-de-Cristo) Euphorbiaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Ilarvirus
Ilarvirus não identificado
Coroa-de-cristo, apresentando mosaico clorótico em desenho e anéis necróticos,
foi encontrada em SP e submetida a testes biológicos, sorológicos e microscopia
eletrônica e de luz. Propriedades “in vitro” também foram determinadas, concluindo-se
estar infectada por uma espécie de Ilarvirus (1).
Ref.: (1) Matos, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 19: 273. 1994.
52
Eustoma grandiflorum (Raf.) Shinners (Lisianto) Gentianaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Plantas apresentando bolhosidades, riscas necróticas nas folhas e
superbrotamento mostraram-se estar infectados por um isolado do CMV, em SP. O
vírus foi identificado por ensaios biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1, 2).
Ref.: (1) Borsari, P.L. et al. Fitopatol.Bras. 22: 332. 1997 (2) Alexandre, M.A.V. & Duarte, L.M.L.(Ed.)
Plantas ornamentais: Doenças e Pragas. 319pp. 2008.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Sintomas de manchas anelares cloróticas e necróticas nas folhas, flores menores
e morte precece em plantas de lisiantus foram descritos em plantios comerciais no Est.
S.Paulo, tendo sido associado a um ilarvirus (1), identificado como TSV, através de
ensaios biológicos, microscopia eletrônica e sorologia (2).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol. Bras. 19:311. 1994; (2) Freitas, J.C. et al. Fitopatol. Bras. 21(supl.):
425. 1996.
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Lisiantus com manchas necróticas e nanismo, mostraram estar infectados por um
isolado do TSWV, através de ensaios biológicos, sorológicos e microscopia eletronica
(1).
Ref.: (1) Freitas, J.C. et al. Fitopatol. Bras. 21(supl.): 425. 1996.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); virus do anel do pimentão
Plantas de lisiantus com mosaico, desenhos necróticos foliares e quebra de
coloração nas flores foram encontradas em plantio comercial em Jundiaí, SP. Ensaios
biológicos, sorológicos e de microscopia eletrônica identificaram o agente causal como
o PepRSV (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Res. VII Enc.Nac.Virol.: 282. 1996.
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Plantas de lisiantus com sintomas de mosaico clorótico, deformação foliar e
aneis necróticos procedentes de Atibaia, SP, estavam duplamente infectadas pelo
GRSV e CSNV (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Summa Phytopathol. 25: 353. 1999
F
Fevillea trilobata L. (Nhandiroba), Cucurbitaceae
Potyvirus
Zucchni Bellow mosaic virus (ZYMV), vírus do mosaico amarelo da abobrinha
zucchini
Foram encontrdas plantas de nhandiroba de uma coleção de germoplasma da
Embrapa Hortaliças. Ensaios biológicos, morfológicos, sorológicos e moleculares
identificaram o agente causal como um isolado do ZYMV (1).
Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Plant Dis. 97: 1261. 2013.
53
Ficus carica L. (Figueira) Moraceae
Emaravirus
Fig mosaic virus (FMV); vírus do mosaico da figueira
Sintomas de mosaico em folhas de figueira, transmissível por ácaros eriofiídeos
[Aceria fícus (Cotte)] e enxertia foram observados no Est. S. Paulo provavelmente
causados pelo FMV (1,2). Não se constatou perda qualitativa ou quantitativa na
produtividade em plantas sintomaticas (3).
Ref.: (1) Zaksveskas, M.L.R. Fitopatologia (Lima) 8: 21a; 21b. 1973; (2) Zaksveskas, M.L.R. & Costa,
A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 74. 1974; (3) 10: 65. 1975.
Fragaria x ananassa Duch. (Morangueiro) Rosaceae
Morangueiros cultivados no Brasil até a década dos 70 achavam-se infectados
por um coquetel de virus, devido ao contínuo cultivo das mesmas plantas propagadas
vegetativamente (estolões) (2,3). A identificação destes vírus e sua eliminação por
termoterapia (1) e cultivo de meristemas (4), seguida de multiplicação massal por
cultura de tecido e a substituição ao fim de cada ciclo, por plantas sadias, aliadas a
novas práticas culturais, resultou em um aumento de produtividade de mais de 500% e o
barateamento dos morangos, que no pico da produção permite seu consumo até pelas
populações mais carentes.
Ref.: (1) Betti, J.A. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 2; 3. 1973; (2) Betti, J.A. Tese de Dr., ESALQ/USP.
69p. 1976; (3) Betti, J.A. Fitopatol.Bras. 5: 217. 1980; (4) Bellato, C.M. & Betti, J.A. Summa
Phytopathol. 10: 79. 1984.
Cytorhabdovirus
Strawberry crinkle virus (SCrV); vírus do encrespamento do morango
Primeira descrição de sua ocorrência feita no RS, em plantas da coleção do
IPEAS, com sintomas de enrugamento das folhas e clorose (1). Constatado em SP (2).
Ref.: (1) Siqueira, O. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 2: 176. 1968; (2) Betti, J.A. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 2.
1973.
Secoviridae, gênero indefinido
Strawberry mottle virus (SMoV); vírus do mosqueado do morango
Morangueiros cutivados (híbridos interespecíficos de Fragaria) infectados em
geral são assintomáticos. Usa-se como planta indicadora o morangueiro silvestre (F.
vesca) inoculado usando-se o pulgão Pentatrichopus fragaefolii (Ckll). Os sintomas são
de palidez das nervuras e manchas de mosaico em folhas novas, epinastia e rugosidade.
Outras hospedeiras (Chenopodium quinoa, Cassia occidentalis, Leonotis nepaetifolia,
L. sibiricus) foram infectados pelo afídeo manifestando sintomas de mosaico das
nervuras, mas não houve retroinfecção em F. vesca. Constatado em SP. Houve
transmissão mecânica de C. quinoa para C. quinoa (1). Exames ultraestruturais
revelaram a presença de presumíveis virions no lúmen dos vasos crivados (2). Pela
listagem de VIDE e ICTV não SMoV, é considerado pertencente à família Secoviridae,
mas gênero definido (ICTV, 2011). Recentemente foi seqüenciado e tem organização
genomica similar a do Satsuma dwarf vírus, um nepovirus.
Ref.: (1) Carvalho, A.M.B. et al. Bragantia 20: 563. 1961; (2) Kitajima, E.W. et al. Ciência e Cultura 23:
649. 1972.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Alguns cvs. de morangueiro, mantidos na coleção do IAC, SP, bem como
introduzidas, mostraram nos meses mais frios, sintomas de necrose das nervuras
acompanhadas ou não de linhas e anéis cloroticos. Houve transmissão por enxertia e a
identificação do TSV foi feita por imunomicroscopia eletrônica (1).
Ref.: (1) Vega, J. et al. Summa Phytopathol. 16: 20. 1990.
54
Caulimovirus
Strawberry vein banding virus (SVBV); vírus da faixa das nervuras do morangueiro
No Est. S. Paulo, isolou-se de plantas assintomáticas de híbridos cultivas, um
vírus que causa faixa-das-nervuras em F. vesca var.sempeflorens. O pulgão
Chaetosiphum thomasi transmitiu o vírus, que foi identificado como StVBV (1).
Estudos ultraestruturais sugeriram que o vírus fosse um caulimovirus (2), o que foi
confirmado em estudos bioquímicos posteriores nos EUA.
Ref.: (1) Betti, J.A. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 73. 1973; (2) Kitajima, E.W. et al. J.gen.Virol. 20: 117.
1973.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
TNV foi recuperado de raízes de morangueiros assintomáticos, mantidas em
estufas, no IAC, SP (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.
G
Galactia striata (Jacq.) Urb. (Amendoim-de-veado, Galáxia) Fabaceae
Begomovirus
Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro
Descrição de um mosaico dourado em Galactia em varias localidades do Est.
S.Paulo, presumivelmente causado por um isolado do vírus do mosaico dourado do
feijoeiro (BGMV), pois feijoeiros infectados experimentalmente com mosca branca
desenvolveram sintomas de mosaico dourado (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol.l 6: 40. 1980.
Galinsoga parviflora Cav. (Picão-branco) Asteraceae
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata
Infecção natura do picão-branco pelo PLRV, sem menção da sintomatologia,
constatada no Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Potyvirus
Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão
Ocorrência natural de picão-branco infectado pelo BiMV, no Est.S.Paulo (1).
Ref. (1) Sanches, M.M. et al. Summa Phytopathol. 36: 347. 2010.
Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface
Plantas de picão-branco foram encontradas naturalmente infectadas pelo LMV
no Est. S. Paulo (1).
Ref.: (1) Sanches, M.M. et al. Summa Phytopathol 36:346-347, 2010.
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Infecção natural do picão-branco pelo PVY, sem menção da sitnomatologia,
constatada no Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996
Gardenia jasminoides J. Ellis (Gardenia) Rubiaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Dichorhavirus
Dichorhavirus não identificado
Em um jardim residencial em Urucu, AM, constatou-se uma planta de gardência
com manchas cloróticas, nas quais, observou-se por microscopia eletrônica a presença
55
de efeitos citopáticos típicos decorrentes da infecção por vírus transmitido por
Brevipalpus, do tipo nuclear (1).
Ref: (1) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop .Plant Pathol. 33: 12. 2008.
Gaya guerkeana K. Schum.; Malvaceae
Begomovirus
Gaya yellow mosaic virus (GaYMV); vírus do mosaico amarelo de Gaya
Uma possível espécie nova de begomovirus foi encontrada nesta malvácea
silvestre em AL. Nenhuma caracterização biológica foi efetuada (1).
Ref.; (1) Tenoria,A.A.R. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 196-197. 2013.
Gerbera jamesonii Bolus ex Hooker f (Gérbera) Asteraceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Tospovirus
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro
Estas duas espécies de Tospovirus foram detectadas em SP por ensaios de
transmissão, sorologia e RT-PCR em plantas de gérbera apresentando manchas
necróticas e necrose das nervuras nas folhas (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V.et al. Summa Phytopathol. 29: 69. 2003.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão
Plantas de gérbera exibindo sintomas de anéis e faixas cloroticas nas folhas
foram encontradas em Cachoeira do Sul, RS. Ensaios posteriores identificaram o agente
causal como PepRSV.
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Fitopatol. Bras. 12: 346. 1987
Gladiolus x hortulanus L.H. Bailey (Palma-de-Sta.Rita, gladíolo) Iridaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Sintomas de mosaico em gladíolo, constatado no Est.S.Paulo e atribuído ao
CMV (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 39. 1983.
Potyvirus
Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro
Sintomas de mosaico causado pelo BYMV (1). As plantas podem servir de
reservatório deste vírus para a cultura do feijoeiro (2). Sua presença foi relatada em
plantações comerciais de Holambra, SP e na Est. Exp. Capão Bonito, SP ( 3, 4).
Ref.: (1)Tombolato, A.F.C. et al. Rev.Bras.Hort.Orn. 16: 127. 2010. (2) Costa, A.S. et al. Anais I
Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972; (3) Alexandre et al. Virus Rev. Res. 7: 17-21. 2002. (4)
Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hort. Orn. 16: 95. 2010.
Gloxinia sylvatica (Kunth.) Whieh (Gloxínia, Semânia, Siningia) Gesneriaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
A partir de plantas de semânia, provenientes de São Paulo, apresentando manchas
cloróticas, foi confirmada, por testes biológicos e sorológicos, a presença de CMV (1).
Ref. : (1) Alexandre et al. Rev. Brasileira Hort. Orn. 11: 49. 2005.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão
56
Plantas de semânia foram encontradas exibindo sintomas de faixa-das-nervuras
nas folhas, no DF. O PepRSV foi identificado como o agente causal por meio de ensaios
biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 23: 489.1998.
Glycine max (L) Merr. (Soja) Fabaceae
(revisado por A.M.R. Almeida)
Revisão: Costa, A.S. et al. 1o Simp.de Soja (Campinas). 1970; Costa, A.S. Summa Phytopathol.
3: 3. 1977.
Comovirus
Bean rugose mosaic virus (BRMV); vírus do mosaico-em-desenho do feijoeiro
BRMV foi encontrado infetando naturalmente a soja, no DF, causando sintomas
de mosaico e embolhamento (1). Foi constatado também no PR causando mosaico
rugoso (2) e manchas em sementes (3). Também detectado em campos experimentais da
Embrapa Cerrado, Planaltina, DF (4,5).
Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 16: 246. 1991; (2) Martins, T.R. et al. Fitopatol. Bras. 18:
318. 1993; (3) Silva, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 26: 511. 2001; 4) Anjos, J.R.N. Fitopatol.Bras. 17: 151152. 1992; (5) Anjos, J.R.N. et al. Fitopatol.Bras. 24: 85. 1999.
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
No Brasil Central, DF, constataram-se casos de queima-dos-brotos em
soja causados pelo CPSMV (1) e posteriormente no PR (2).
Ref.: (1) Anjos, J.R.N. & Lin, M.T. Plant Dis. 68: 305. 1984; (2) Bertacini, P.V. et al. Fitopatol.Bras. 19:
271. 1994.
Carlavirus
Cowpea mild mottle virus (CPMMV); vírus do mosqueado suave do caupi
Um carlavirus, transmitido por mosca branca, que causa mosaico angular em
feijoeiro Jalo, infetou experimentalmente soja, causando mosaico fraco e eventualmente
sintomas do tipo queima-dos-brotos (1). Em 2001 houve um surto de necrose do broto e
das hastes em plantios de Barreiras, BA, tendo sido o agente causal identificado como
um carlavirus transmitido por mosca branca, relacionado ao CPMMV (2). Sua
ocorrência foi também constatada nos estados de GO, MT, MA e PR (3), SP (4), MG
(5)., e PA (6).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. An.II Sem.Nac.Pesq.Soja (Brasilia): 247. 1981; (2) Almeida, A.M.R. et al.
Circ.Tecn. EMBRAPA/Soja 36. 2002; (3) Almeida, A.M.R. et al. Fitopatol. Bras. 28: S287. 2003; (4)
Bicalho, A.A.C. et al. Vírus Rev.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011; (5) Zanardo, L.G. et al.
Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 189. 2013; (6) Zanardo L.G. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 190. 2013;.
Alfamovirus
Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa
Primeiro relato feito em um campo experimental em Londrina, PR. Sintomas de
forte amarelecimento no limbo foliar (mosaico cálico) e redução de porte. Agente causal
identificado como um isolado do AMV (1). Constatou-se a transmissao do AMV pelas
sementes de soja e em certas cvs.o vírus pode causar sintomas do tipo queima-dosbrotos (2).
Ref.: (1) Almeida, A.M.R. et al. Fitopatol.Bras. 7: 13. 1982; (2) Costa, A.S. et al. Anais II
Semin.Nac.Pesq.Soja (Brasília): 264. 1981.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
A queima-dos brotos em soja é comumente observada em plantas mais
desenvolvidas. Manchas amarelas irregulares nas folhas (provavelmente onde ocorreu a
infecção inicial). Paralização do crescimento seguida de morte e curvatura do broto
apical, precedida por necrose em risca ao longo das nervuras. Pode se seguir brotação
axilar intensa, dando aspecto envassourada à planta. Descrito em SP (1). Constatou-se a
transmissão do TSV pelas sementes de soja infectadas (2). Inoculações experimentais
57
mostram que infecções precoces podem causar perdas quase totais e quedas de produção
superiores a 50% em infecções tardias (3). Ocorre praticamente em todas regiões
produtoras de soja, usualmente em baixa incidência. Em algumas variedades de soja,
TSV pode induzir superbrotamento, sem causar queima-dos-brotos (4).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Bragantia 14: VII. 1955; (2) Costa, A.S. & Kiihl, R.A.S. Rev.Soc. Bras.
Fitopatol. 4: 35. 1971; (3) Lima No., V.C. & Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 58. 1974; (4) Scagliusi,
S.M.M. & Costa, A.S. Fitopatol.bras 17: 187. 1992.
Tospovirus
Tospovirus não identificado
De ocorrência rara. Notada no Est.S.Paulo (1). Pode ocorrer epifitias em função
das variedades usadas. Os sintomas são de manchas amarelas nas folhas baixeiras e
também sintomas sistêmicos de manchas ou anéis. Há paralização de crescimento
apical, torção do broto terminal, queima dos brotos e brotação extranumerária (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. 1o Simp.de Soja (Campinas). 1970; (2) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol.
11: 45. 1985.
Begomovirus:
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon
Okra mosaic Mexico virus (OkMMV); vírus do mosaico do quiabo
Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha
Sida mosaic virus (SMoV); vírus do mosaico da Sida
Sida mottle virus (SiMoV); vírus do mosqueado da Sida
Mosaico causado pela infecção natural possivelmente por qualquer um dos vírus
acima mencionados, através da mosca branca Bemisia tabaci . O AbMBV seria de
ocorrência rara e de menor importância. Plantas infectadas podem ter redução de
produção superior a 50% (1). O begomovirus SMoV, identificado por homologia na
seqüência do genoma foi detectado em soja (2,5). Foram detectados em soja mais dois
begomovirus, BGMV e OMoV (3), com sintomas similares. Em soja-hortaliça, no DF,
foi detectado o vírus do mosaico da Sida micrantha (SmMV)(4). Em soja, constatou-se
a presença de SiMoV (5).
Ref.: (1) Costa, A.S. Phytopathol.Zeit. 24: 97. 1955 (2) Mello, R.N. et al. Virus Rev.& Res. 7: 157. 2002.
(3) Fernandes, F. R. et al. Arch.Virol. 154: 1567. 2009.(4) Fonseca, MEN et al. Tropical Plant Pathol.
34(supl)S266. 2009.
Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro
Sintomas de mosaico e pequenas manchas cloróticas foram observados em
folhas de soja, em SP. Demonstrada como sendo causada por BGMV (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. An. Io.Sem.Pesq.Soja II: 145. 1979.
Euphorbia mosaic virus (EuMV); vírus do mosaico da Euphorbia
Nanismo de plantas da soja, decorrente da infecção natural pelo EuMV, foi
constatado em SP, tendo sido transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. De
ocorrência rara e sem importância (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. 1o Simp.de Soja (Campinas). 1970.
Soybean chlorotic spot vírus (SCSV); vírus da mancha clorótica da soja
Um begomovirus foi detectado em plantas de soja com sintomas de manchas
cloróticas nas folhas, em Jaíba, MG. Análise moleculares indicaram que é distinto dos
demais begomovirus. Experimentalmente infetou algumas hospedeiras por método
biolistico, mas não foram feitas tentativas de transmissão com mosca branca (1).
Ref.: (1) Coco, D. et al. Arch.Virol. 158: 457. 2013.
Potyvirus
Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro
Hagedorn et al. (1) descreveram em soja no RS, sintomas de mosaico e
rugosidade nas folhas da soja, provavelmente causados pelo BYMV (2).
58
Ref.: (1) Hagedorn, D.J. et al. Plant Dis.Reptr. 53: 165. 1969; (2) Costa, A.S. et al. Anais I
Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972.
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Constatada infecção natural de várias linhagens de soja, em um ensaio em
Teresina, PI, por um potyvírus tentativamente denominado de mosaico rugoso do caupi,
identificado por sorologia (1). Provavelmente corresponde ao isolado do CABMV que
foi obtido posteriormente de soja cv. Tropical cultivado em Fortaleza, CE, tendo sido
identificado por ensaios biológicos e sorológicos (2).
Ref.: (1) Santos, A.A. Pesq.Agropec.Bras. 21: 899.1986; (2) Sousa, A.E.B.A. et al. Fitopatol. Bras. 21:
470. 1996.
Soybean mosaic virus (SMV); vírus do mosaico da soja
Primeiro relato da ocorrência do SMV no Brasil feito no RS (1) e depois
constatado em praticamente todas as zonas produtoras de soja [PR, SP, MG, MS, MT,
GO, DF] (2, 3, 6, 8, 9). Sintomas de mosaico e rugosidade e sementes manchadas. O
vírus pode causar necrose apical em cvs. que têm resistência do tipo hipersensibilidade
(3). Transmissão natural por afideos e sementes. Há fontes de resistência. Fedegoso
(Cássia occidentalis) pode servir como fontes-de-inóculo. Há diferenças na
transmissibilidade de sementes conforme o genótipo (5). Inoculações experimentais do
SMV causaram necrose em forma de lesões negras, deprimidas e de forma irregular em
vagens de alguns cultivares (7).
Ref.: (1) Vasconcelos, F.A.T. Anais Inst.Sup.Agron. 26: 181. 1963; (2) Issa, E. O Biológico 31: 42. 1965;
(3) Costa Lima No., V. Tese Dr. ESALQ/USP. 1974; (4) Costa, A.S. et al. 1o Simp.de Soja (Campinas).
1970; (5) Porto, M.D.M. & Hagedorn, D.J. Phtyopathol. 65: 713. 1975; (6) Almeida, A.M.R.
Fitopatol.Bras. 5: 125. 1980; (7) Almeida, A.M.R. & Kihil, R.A.S. Fitopatol.Bras. 6: 281. 1981: (8)
Santos, A.A. Fitopatol.Bras. 7: 546. 1982; (9) Figueira, A.R. et al. Fitopatol.Bras. 10: 308. 1985.
Obs.: Uma virose designada de Amarelo do broto (Soybean yellow shoot) foi
considerada como sendo causada por um vírus distinto do SMV. Primeiras ocorrências
registradas em Lavras, MG. Caracteriza-se por um amarelecimento generalizado e
encrespamento dos brotos novos, acomapanhados ou não de necrose. Segue-se
geralmente paralização do crescimento dos ponteiros. Plantas definhadas e de baixa
produção representam sintomas tardios. Não se transmite pela semente. Não se
transmitiu por afideos e mosca branca. Microscopia eletrônica indicou ser um Potyvirus,
mas parece ser diferente do mosaico comum do feijoeiro e da soja (1). Distingue-se do
SMV pelo fato de causar lesões locais em mamoeiro (2). Análises moleculares indicam
grande homologia na seqüência de nucleotídeos e de aminoácidos da proteína Nib com
SMV (3) e provavelmente é apenas um isolado do SMV.
Ref.: (1) Deslandes, J.A. et al. Summa Phytopathol. 10: 25. 1984: (2) Rezende, J.A.M. & Costa, A.S.
Summa Phytopathol. 12: 187.1986; (3) Santos, R.C. et al. Virus Rev. & Res. 8: 200-201. 2003.
Sobemovirus
Southern bean mosaic virus (SBMV); vírus do mosaico do feijoeiro do sul dos EUA
Manchas curvas em sementes de soja, em SP,designadas de mancha bigode,
causadas por um isolado do SBMV.
Ref.: Costa, A.S & Vega, J. Fitopatol.Bras. 12: 145. 1987.
Gnaphalium spicatum LAM. (=Gamochaeta spicata (LAM.) Cabrera) (Meloso)
Asteraceae
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Manchas cloróticas irregulares e deformação foliar, em plantas de meloso,
naturalmente infectadas por tospovirus, em SP (1).
Ref.: (1) Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 17: 186. 1992.
59
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); virus Y da batata
Infecção natural de meloso pelo PVY, sem menção da sitnomatologia,
constatada no Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Gomphrena globosa L. (Perpétua) Amaranthaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Nucleorhabdovirus
Gomphrena Virus (GoV); vírus da Gomphrena
Durante ensaios de recuperação de vírus de plantas cultivadas, perpétua
inoculada com amostras de alface desenvolveram lesões locais, nas quais foram
encontradas partículas do tipo rhabdovirus. O vírus foi capaz de infectar várias outras
hospedeiras mecanicamente, tornando-se sistêmico em alguns deles. O tipo de efeito
citopático coloca-o como um nucleorhabdovirus (talvez relacionado ao Sowthistle
yellow vein nucleorhabdovirus) (1)
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Virology 29: 523. 1966;
Gossypium hirsutum L. (Algodoeiro) Malvaceae
(revisado por Maité F.S. Vaslin)
Revisões: Costa,A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 21: 45. 1962; Costa, A.S. Divulgação Agronômica
21 (julho/agosto): 25. 1966.
Begomovirus
Abutylon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon
Causado pelo vírus da clorose infecciosa das malváceas (Abutylon mosaic
begomovirus- AbMV), transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. Ocorrência
comum em algodoais mas de baixa freqüência; usualmente sem experessão econômica.
Descrita inicialmente como “pseudo mosaico”. Sintomas de mosaico
amarelo/embolhamento nas folhas e redução de porte, podendo ocorrer esterilidade
parcial ou total. Descrito no Est.S.Paulo mas deve ocorrer onde o algodão for cultivado.
A transmissão pela mosca branca não ocorre algodoeiro-algodoeiro, mas de outras
espécies como Sida spp. para algodoeiro.
Ref.: Bitancourt, A.A. Conf. Nac.Algodoeira, SP, p.15. 1935; Costa, A.S. Bol.Tecn. IAC 37. 1937; Costa,
A.S. & Forster, R. Rev.Agricultura 12: 453. 1937; Orlando, A. & Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 16:
133. 1945; Costa, A.S. Bragantia 13: XXIII. 1954.
Cotton chlorotic spot vírus (CCSV); vírus da mancha clorótica do algodoeiro
Um begomovirus foi encontrado em algodoeiros exibindo sintomas de manchas
cloróticas, clorose internerval e distorção nas folhas na PB. A caracterização molecular
indicou ser distinto de outros begomovirus (1).
Ref.: (1) Almeida, M.M.S. et al. Genome Announc. 1(6). 2013.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Causado pelo vírus da necrose branca do fumo (Tobacco streak ilarvirus), mas requer
uma infecção prévia com o vírus do vermelhão (Cotton anthocyanosis virus- possível
Luteovirus). Inoculação apenas com TSV causa infecções localizadas, mas não se torna
sistêmico, como ocorre quando a planta está previamente infetada pelo vírus da antocianose.
Descrito no Est.S.Paulo. Sua incidência pode eventualmente ser elevada. Plantas afetadas tem
menor porte e produção reduzida. Folhas menores exibindo mosaico (áreas cloróticas
internervais). Pode ocorrer brotação axilar mais abundante.
Ref.: Costa, A.S. et al. Bragantia 13: I. 1954; Costa A.S. Phytopath.Zeit. 65: 219. 1969
Luteoviridae
Cotton anthocyanosis virus (CotAV); vírus do vermelhão do algodoeiro
60
Causado pelo vírus do vermelhão do algodoeiro (Cotton anthocyanosis vírus,
possível membro de Luteoviridae, gênero indefinido), transmitido por afídeos (Aphis
gossipyii Glov.). Sintomas de avermelhamento das folhas inferiores, precedidos de
manchas cloróticas, que podem ser confundidos como deficiência de magnésio (mas
não se reverte com aplicação de Mg) (1,2). Sua infecção é pré-requisito para infecção
pelo TSV para causar mosaico tardio (3). Frequente em algodoais, mas em baixa
incidência. Descrito nos Est.S. Paulo e Bahia (4). Sida rhombifolia, kenaf e quiabeiro
são hospedeiras alternativas naturais. Foram encontradas fontes de imunidade ao vírus
em alguns genótipos (BJA 592, NU 16) (5). Sequenciamento de parte de seu genoma
mostrou ser um vírus muito próximo ao vírus do nanismo e enrolamento das folhas do
algodão (CLRDV), polerovirus transmtido pelo mesmo vetor (6).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Sauer, H.F.G. Bragantia 13: 237. 1954; (2) Costa, A.S. Phytopathol.Zeit. 28: 167.
1956; (3) Costa A.S. Phytopath.Zeit. 65: 219. 1969 (4) Freire, E.C. et al. IPEAL (71/74). 1974; (5) Costa,
A.S. et al. Summa Phytopathol. 7: 6. 1981; (6) Andrade, R.R.S. et al. Anais do 9} Cong.Bras.Algodão.
2013.
Polerovirus
Cotton vein mosaic vírus (CotVMV); vírus do mosaico das nervuras do algodoeiro
Cotton leafroll dwarf vírus (CLRDV); nanismo e enrolamento das folhas do algodão
Causado pelo vírus do mosaico das nervuras do algodoeiro (Cotton vein mosaic
vírus), de posição taxonômica indefinida, transmitido por afídeos. Descrito no Estado de
São Paulo, onde ocorre em baixa incidência. Sintomas de mosaico das nervuras,
geralmente com encurvamento da borda das folhas. Em algumas variedades a folha
pode ficar azulada Reconhece-se uma forma mais severa, conhecida como forma
Ribeirão Preto (1,2). Variedades desenvolvidas pelo IAC possuem resistência.
Recentemente houve surto de uma síndrome, “mal azul’, em MT causado por este vírus,
resultante da introdução de variedades norte-americanas, sem resitência (3,4). Usando
primers específicos para Luteovirus amplificaram segmentos do genoma do vírus, que
teria 90% de similaridade com a proteína da capa de Chickpea stunt disease associated
enamovirus (CpSDaV) de plantas enfermas (5). Analises da sequências indicam que o
vírus seria um novo Polerovirus, tendo sido sugerido o nome de vírus do enrolamento e
nanismo do algodão (Cotton leafroll dwarf vírus- CLRDV) (6). O vírus foi encontrado
em amostragens feitas em SP,PR,DF,GO, além de MT, mostrando pouca variabilidade
(7). Inoculação com número elevado de pulgões foi capaz de transmiti-lo para pimenta
verde (Capsicum sp.) em casa-de-vegetação.
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bol.Tecn.IAC 51. 1938; (2) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Cultura e
Adubação do algodoeiro, Inst.Bras.Potassa p.433.. 1965; (3) Andrade, D.F.P. & Lamas, F.M.. Fitopatol.
_rás. 25: 446. 2000; (4) Takimoto, J.K. et al.,. Fitopatol. Brás. 28 (supl.) 28: 254. 2003; (5) Corrêa, L.R.
et al. Arch.Virol. 150:1357. , 2005.(6) Franca, TS et al. Virus Rev&Res 11 (supl): 192. 2006. (7) Silva,
TF et al. Virology Journal 5: 123. 2008.
H
Hedera canariensis (Kirchn.) Bean (Hera) Araliaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Plantas de hera com sintomas de manchas verdes em folhas senescentes foram
observadas no campus da ESALQ em Piracicaba, SP, associadas à infestação com
ácaros tenuipalpídeo Brevipalpus phoenicis, os quais experimentalmente reproduziram
os sintomas em plantas sadias. Microscopia eletrônica demonstrou efeitos citopáticos do
tipo citoplasmático na área verde (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scient.Agri.67: 348. 2010.
61
Helianthus annuus L. (Girassol) Asteraceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); Vírus da necrose branca do fumo
Plantas infectadas provenientes de São Paulo, sofrem paralização de
crescimento. Folhas novas se tornam cloróticas, viradas para baixo e mallformadas.
Folhas mais abaixo podem mostrar clareamento das nervuras e alguma necrose. Pode
haver morte da parte apical. O agente causal foi identificado como TSV (1).
Ref.:(1) Costa, A.S. & Costa, C.L. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 5: 61. 1972.
Potyvirus
Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão
O BiMV foi constatado em plantas de girassol provenientes de São Paulo,
apresentando manchas necróticas sistêmicas.
Ref.: Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Supl.Agri.O Est.S.Paulo. 1966.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
O TNV foi recuperado de raízes de plantas assintomáticas, mantidas em estufa,
no Instituto de Agronômico de Campinas (IAC).
Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960 Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B.
Bragantia 19: CXLVII. 1960
Helichrysum sp. Mill. (sempre viva) Asteraceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Potexvirus
Althernanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico de Althernanthera
Mosaico em sempre-viva constatado em São José do Rio Preto, SP. O agente
causal foi identificado como AltMV , por sorologia, (1).
Ref.: (1) Alexandre, MAV et al. Trop.Plt Pathol. 33(supl): S231. 2008.
Heliconia stricta Huber. (Heliconia); Heliconiaceae
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Heliconia com manchas cloróticas foram encontradas em um plantio comercial
em Registro, SP. Dados preliminares obtidas por RT-PCR indicam presença de um
potyvirus ainda não identificado (1).
Ref.: (1) Harakava, R. et al. Summa Phytopathol. 39 supl CDRom. 2013.
Hemerocallis SP. (Lírio) Hemerocallidaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Tobamovirus
Tomato mosaic virus (ToMV); vírus do mosaico do tomateiro
Em plantas de Hemerocallis sp. coletadas no Est. S. Paulo com sintomas de
mosaico foi detectado um tobamovírus, que a comparação da sequência de nucleotídeos,
indicou que se tratava do ToMV (1, 2).
Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Virus Rev.&Res. 11 *supl.( 191. 2006; (2) Duarte, L.M.L. et al. Summa
Phytopathol. 33:409-413, 2008
Herissantia crispa (l.) Brizicky (Mela bode) Malvaceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Um begomovírus foi detecado em AL causando mosaico em mela-bode (1)
Ref: (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239. 2006.
62
Hevea brasiliensis Mull. Arg. (Seringueira) Euphorbiaceae
Carlavirus
Carlavirus não identificado
Sintomas de mosaico, clorose internerval e redução do limbo foram observados
em seringueiras procedentes do Embrapa Amazonia Ocidental, Manaus, AM, e
mantidas no CENARGEN. Partículas tipo carlavírus foram encontradas em extratos e
em secções histologicas. Não se conseguiu transmissão mecânica a plantas-teste não se
logrando identificar este possível carlavírus (1).
Ref.: (1) Gama, M.I.C.S. et al. Fitopatol.Bras. 8: 621. 1983.
Hibiscus rosa-sinensis L (Hibisco), H. schizopetalus (Mast.) Hook.f. (Hibisco
crespo), H. syriacus L (Hibisco da Siria)
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Nucleorhabdovirus
Eggplant mottled dwarf virus (EMDV)
Este nucleorhabdovirus foi encontrado co-infetando plantas de hibisco com
síntomas de superbrotamento associado a fitoplasma, em SP (1). Possivelmente trata-se
de caso análogo relatado no exterior, onde o rhabdovirus foi identificado como isolado
do EMDV.
Ref.: (1) Caner, J. et al. Summa Phytopathol. 3: 155. 1977.
Dichorhavirus
Clerodendrum chlorotic spot virus (ClCSV); virus da mancha clorótica de
Clerodendrum
Manchas cloróticas, com bordo irregular, distintas das causadas por HCRSV,
foram notadas em hibiscus em Campos, RJ e Campinas e Piracicaba, SP, associadas à
infestação com ácaros tenuipalpídeos Brevipalpus. Exames ao microscópio eletrônico
revelaram efeito citopático do tipo nuclear. Em ensaios de transmissão do vírus da
mancha clorótica do Clerodendrum (ClCSV), reproduziram-se os mesmos sintomas em
hibisco 1). Houve casos de infecção simultânea de células do parênquima foliar pelos
tipos nuclear e citoplasmático (2). Relatado no AM (3).
Ref.:(1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010; (2) Kitajima, E.W. et al. Summa
Phytopathol. 27: 105. 2001 (3) Rodrigues, JCV et al. Trop.Plant Pathol. 33:12. 2008.
Nepovirus
Hibiscus latent ringspot virus (HLRSV); vírus da mancha anular latenre de hibisco
Durante estudos com o vírus da mancha anular clorótica do hibisco,
constatada a em várias amostras a co-infecção com o HLRSV, no DF. O fato
constatado através de sorologia. Aparentemente poderia ocorrer co-transmissão
HLRSV com o HCRSV via besouro, possivelmente através de transcapsidação
genoma do HLRSV pelo capsídeo do HCRSV.
foi
foi
do
do
Ref.: (1) Araújo, S. et al. Fitopatol.Bras. 14: 124. 1989.
Caulimovirus
Caulimovirus não identificado
Originalmente encontrado em uma amostra proveniente de Campos, RJ, foi detectado
por microscopia eletrônica, um caulimovirus não identificado em tecidos de Hibiscus
rosa sinensis co-infetando com o vírus da mancha verde (1)
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Abst.Scandem 88: 63. 1999
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Plantas de hibisco, amostradas na cidade do R.Janeiro,RJ, exibindo sintomas de
mosaico dourado, mostraram estar infectadas por uma possível nova espécie de
Begomovirus (1).
63
Ref (1) Almeida, M.M.S. et al. Vírus Ver&Res 14(supl) 225. 2009.
Carmovirus
Hibiscus chlorotic ringspot virus (HCRSV); vírus da mancha anular clorótica de
hibisco
Primeira descrição feita no DF, em plantas com sintomas de manchas cloróticas
nas folhas. A identificação foi feita baseada na transmissibilidade mecânica, círculo de
hospedeiras, propriedades físicas in vitro e sorologia. HCRSV pode ser purificado a
partir de kenaf, tendo sido produzido um antissoro e confirmado alguns dados
moleculares da proteína capsidal e do RNA. Foi experimentalmente transmsitido pelo
besouro crisomelídeo Diabrotica speciosa (1). Usando o antissoro produzido foi feito
um levantamento em amostras oriundas de várias partes do Brasil e parece ser provável
que praticamente todas as plantas de H. rosa-sinensis estejam infectadas pelo HCRSV,
ainda que em muitos casos, sem exibirem sintomas (2).
Ref.: (1) Araújo, S. et al. Fitopatol.Bras. 13: 144. 1988; (2) 14: 124. 1989
Cilevirus
Hibiscus green spot virus (HibGSV); vírus da mancha verde de hibisco
Diversas espécies de hibiscus ornamentais (H. rosa-sinensis, H. syriacus, H.
schizopetalus) têm sido encontradas com folhas senescentes exibindo manchas ou anéis
verdes e ocasionalmente manchas marrons/avermelhadas, associadas com infestação
pelo ácaro tenuipalpídeo Brevipalpus phoenicis. Microscopia eletrônica revelou a
presença nestes tecidos de efeito citopático do tipo citoplasmático (1), dos vírus
transmitidos por Brevipalpus (2), tendo sido demonstrada sua transmissão para plantas
sadias pelo ácaro e também para kenaf (Hibiscus cannabinus) (3). No Brasil acha-se
constatado em SP, DF, RJ, MG, AM e no exterior, na Bolívia, Panamá e Cuba (4,5).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Abst.Scandem 88: 63. 1999; (2) Kitajima, E.W. et al. Expt.Appl.Acarology
30: 135. 2003; (3) Ferreira, P.T.O. et al. Summa Phytopathol. 30: 68. 2004; (4) Kitajima, E.W. et al.
Virus Rev.& Res. 9: 248. 2004.(5) Rodrigues, JCV et al. Trop.Plant Pathol. 33:12. 2008.
Hippeastrum sp. (Amarílis) Amarilidaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Tospovirus
Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Detecção do GRSV em amarílis com manchas cloróticas, em SP, por meio de
ensaios de transmissão, microscopia eletrônica e RT-PCR (1).
Ref.: (1) Duarte, L.M.L. Virus Rev. & Res. 6: 50. 2001
Potyvirus
Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus doo mosaico amarelo do feijoeiro
Infecção de amarílis pelo BYMV, sem mencionar sintomas, foi relatado em SP
(1).
Ref. (1) Alexandre, MAV et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95.2010.
Hippeastrum mosaic virus- HiMV; vírus do mosaico de Hippeastrum
Um caso de mosaico necrótico em amarílis, causado pelo HiMV foi constatado
em SP (1, 2).
Ref. (1) Duarte, LML et al. Trop.Plt Pathol 34(supl): S274. 2009; (2) Alexandre, MAV et al. Journal of
Plant Pathology 93: 643. 2011.
Hordeum vulgare L. (Cevada) Poaceae
Luteovirus
Turnip yellows vírus (TuYV) (=Barley yellow dwarf vírus- BYDV); vírus do nanismo
amarelo da cevada
64
Esta virose com sintomas de amarelecimento foliar e redução de porte em
cereais de inverno, pode causar perdas significativas. Descrito pela primeira vez no RS
(1, 2). Causado pelo BYDV que é transmitido por afideos.
Ref.: (1) Deslandes, J. Agros 2(2): 88. 1949; (2) Caetano, V.R. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 2: 53. 1968; Tese
Doutorado, ESALQ/USP, 75p. 1972;
Hordeivirus
Barley stripe mosaic virus (BSMV); vírus do mosaico em faixa da cevada
Caracteriza-se por mosaico em faixa nas folhas sendo causado pelo BSMV, que
tem forma de bastonete curto, de genoma segmentado e transmissível pelas sementes.
Foi encontrado em algumas plantas de em um campo experimental do Cerrado/Embrapa
em Planaltina, DF, na cv. ‘Puebla’, procedente do México (1). O campo foi destruído a
seguir, não tendo havido novos relatos do BSMV no Brasil.
Ref.: (1) Anjos, J.R.N. et al. Fitopatol.Bras.12: 278. 1987.
Hydrangea macrophylla L. (Hortência) Hydrangeaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Potexvirus
Hydrangea ringspot virus (HRSV); vírus da mancha anular da hortência
Plantas de Hortência, procedentes de Mogi das Cruzes, SP, exibindo manchas
anulares nas folhas, estavam infectados por um isolado do HdRSV (1).
Ref: (1) Dória, K.M.A.B.V.S. et al. Summa Phytopathol. 37: 125. 2011.
Hypochaelis brasiliensis (Less.) Hook (Almeirão) Asteraceae
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Almeirão com sintomas de mosaico coletado em Londrina, PR. Análises
preliminares indicaram a presença de um potyvirus, ainda não identificado (1)
Ref.: (1) Mituti, T. et al. Vírus Ver&Res 11(supl): 187. 2006.
Hyptis sp. Lamiaceae
Begomovirus
Hyptis rugose mosaic vírus 1 e 2 (HyRMV1, 2); vírus do mosaico rugoso de Hyptis
1, 2
Há relato de detecção de dois begomovirus infetndo naturalmente Hyptis sp. em AL,
considerados distintos, porém sem caracterização biológica (1).
Ref.: (1) Nascimento, L.D. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 195-196. 2013.
I
Impatiens balsamina L., I. walleriana Hook f. (=I. sultani), I. hawkeri W.Bull (Beijode-frade, Maria-sem-vergonha) Balsaminaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Mosaico em Impatiens balsamina (1) em Lavras, MG e I. walleriana (2) em
Atibaia, SP O agente causal foi identificado como CMV.
Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 21:422. 1996; (2) Duarte, L.M.L. Fitopatol.Bras. 21: 424. 1996
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Plantas de I. balsamina e I. sultani com sintomas de mosqueado e variegação
floral foram constatadas em um jardim residencial no DF. A presença de um potyvirus
não identificado foi constatada por microscopia eletrônica e, quando inoculado
65
mecanicamente, verificaram-se lesões locais em Chenopodium quinoa e C.
amaranticolor. (1).
Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 15: 127. 1990.
Tobamovirus
Tomato mosaic virus (ToMV); vírus do mosaico do tomateiro
Identificação de um tobamovirus infetando naturalmente e causando mosaico e
bolhosidades em Impatiens hawkeri em SP (1). O vírus foi identificado como um
isolado do ToMV, por meio de análise da sequencia de nt da CP (2,3)
Ref.: (1) Rivas, E.B. . et al. Plant Dis. 84: 707. 2000; (2) Duarte, LML et al. Virus Rev&Res. 11 (aupl):
191. 2006; (3) Duarte, L.M.L. et al. Summa Phytopathol. 33:409-413, 2008.
Ipomea batatas (L.) Lam. (Batata doce) Convulvulaceae
Carlavirus
Sweet potato chlorotic fleck virus (SPCFV)
Cavemovirus
Sweet potato collusive virus (SPCV)
Crinivirus
Sweet potato chlorotic stunt virus (SPCSV)
Ref.: (1) Fernandes, FR et al. Trop.Plant Pathol. 37 (supl.) CDRom. 2012.
Begomovirus
Sweet potato golden vein associated vírus (SPGVaV), vírus associado à nervure
dourada da batata doce
Levantamento feito no BAG de batata doce da UFRPe resultaram na detecção
molecular do SPGVaV. Não há dados sobre suas propriedades biológicas (1).
Ref.: (1) (3) Souza, C.D.A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl.604-2. 2013
Sweet potato leaf curl virus (SPLCV); virus do encarquilhamento das folhas da batata
doce
Amostras de batata doce com sintomas de encarquilhamento das folhas, colhidas
no Norte e Nordeste foram analisadas molecularmente em DF. Constatou-se a presença
do SPLCV (1). Este vírus foi também constatado em SP (2) e PE (3).
Ref: (1) Albuquerque, L.C. et al. Vírus Ver&Res 14(supl): 223. 2009; (2) Albuquerque, L.C. et al.
Arch.Virol. 156; 1291. 2011; (3) Souza, C.D.A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl.604-2. 2013.
Sweet potato leaf curl vírus São Paulo (SPLCVSP); vírus do encarquilhamento das
folhas da batata doce São Paulo
Um isolado do SPLCV encontrado em Alvares Machado, SP, causando clorose e
necrose nas nervuras de folhas em batata doce, difere em 12,4% com o isolado padrão e
foi considerado dentro das regras atuais, como espécie distinta (1).
Ref.: (1) Albuquerque, L.C. et al. Arch.Virol. 156: 1291. 2011.
Potyvirus
Sweet potato feathery mottle virus (SPFMV); vírus do mosqueado plumoso da batata
doce
Relatos de plantas de batata doce com sintomas de mosaico, associado à
infecção com Potyvirus foram feitas inicialmente nos Estados de SP e RJ, e
posteriormente no DF, PE, PB, RS tendo sido o agente causal identificado como
SPFMV (1-3, 6, 7, 9). O uso de ramas de plantas infectadas e a disseminação por
afídeos leva à condição conhecida como “degenerescência” com queda acentuada de
produção. O uso de plantas sadias obtidas por cultura de meristemas como matrizes
serve como controle (4, 5), mas a taxa de reinfecção é alta (8).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 7. 1973; (2) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia
33: XLV. 1974; (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatologia (Lima) 10: 57. 1975; (4) Carvalho, A.C.P.P. et al.
Hort.Bras. 6: 49. 1988; (5) Gama, M.I.C.S. Fitopatol.Bras.13: 283. 1988; (6) Gueiros Jr., F. et al.
66
Fitopatol. Bras. 20: 308.1995; (7 ) Pozzer, L. et al. Fitopatol.Bras. 20: 65. 1995; (8) 464. 1995; (9) Kroth,
L.L.. & Daniels, J. Fitopatol.Bras. 27: S 206. 2002.
Em um levantamento feito no Banco de Germoplasma de batata-doce da Embrapa
Hortaliças, DF, onde foram amostrados 100 genótipos, foram detectados por NCMElisa, além do SPFMV, os vírus abaixo listados (1).
Ipomovirus
Sweet potato mild mottle virus (SPMMV), vírus do mosqueado suave da batata doce
SPMMV foi detectado através de ensaios sorológicos em PE e PB. Não há
informações adicionais (1).
Ref.: (1) Souza, C.D.A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl 754-2. 2013.
Potyvirus
Sweet potato virus G (SPVG)
Sweet potato mild speckling virus (SPMSV)
Sweet potato latent virus (SPLV)
Ipomea sp., Convulvulaceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Vários begomovirus de batata doce foram encontrados em amostras de Ipomea
sp. silvestres no DF, PE e CE, mas não há ensaios biológicos a seu respeito (1).
Ref.: (1) Rossato, M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 203-204. 2013
J
Justicia sp. (Anador-falso) Acanthaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Plantas exibindo manchas e anéis concêntricos em suas folhas foram observadas
no Horto Municipal de Fortaleza, CE, e mostraram-se estar infectadas com CMV por
meio de ensaios biológicos e sorológicos.
Ref.: (1) Araripe, D.F.A. & Lima, J.A.A. Fitopatol.bras 18: 275. 1993.
K
Kalanchoe blossfeldiana Poelln. (calanchoe) Crassulaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Nucleorhabdovirus
Sonchus yellow net virus (SYNV)
A presença de um Nucleorhabdovirus em plantas de K. blossfeldiana,
provenientes da Holanda, apresentando manchas cloróticas foi determinada por
microscopia eletrônica. Não houve transmissão mecânica, mas reação positiva com
antissoro contra o SYNV foi verificada. Este vírus também foi detectado e identificado
como SYNV em Cotyledon orbiculata, outra Crassulácea e pôde ser transmitido para K.
blossfeldiana, causando infecção sistêmica (1).
Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Summa Phytopathol. 31: 63. 2005.
Kalanchoë sp. (Calanchôe) Crassulaceae
67
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Partículas do tipo potyvirus foram encontradas, por microscopia eletrônica, em
Kalanchoë sp. com mosaico e bolhosidades proveniente de Teresópolis, RJ. O vírus foi
transmitido mecanicamente para a mesma espécie e causou lesões locais em
Chenopodium quinoa. Produziu-se antissoro específico e verificou-se reação heteróloga
com PVY, CABMV e BCMV (1), todos pertencentes ao gênero Potyvirus.
Ref.: (1) Braz, A.S.K. et al. Fitopatol. Bras. 21: 422. 1996.
L
Lactuca sativa L. (alface) Asteraceae
(viroses de alface revisada por Renate Krause-Sakate)
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Nucleorhabdovírus não identificado foi constatado em amostras de alface com
sintoma de manchas cloroticas e clareamento das nervuras no DF e Teresópolis, RJ (1,
2).
Ref.: Kitajima, E.W., & Marinho, V.L.A. Fitopatol.Bras. 7: 534. 1982; (2) Kitajima, E.W. et al.
Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984.
Sequivirus
Lettuce mottle virus (LeMoV); vírus do mosqueado da alface
LeMoV foi constado pela primeira vez em culturas de alface no DF, em plantas
com sintomas de mosaico, essencialamente similares aos causados pelo LMV. Como
este era transmissível mecanicamente e de maneira não persistente por afídeos, e
apresentava circulo de hospedeira similar. Contudo, o agente causal era um vírus
isométrico. O vírus foi designado de mosqueado da alface (1, 3), tendo sido
parcialmente purificado e um anti-sôro, de baixo título foi produzido (2). Na
amostragem inicial, este vírus foi encontrado em amostras procedentes de Caxias, RS,
Rio Novo, SC e Campinas, SP (1). Trata-se de um possível membro da família
Sequiviridade, gênero Sequivirus, similar ao Dandelion yellow mosaic sequivirusDaYMV (4,5). Ocorre nas principais regiões produtoras do Estado de São Paulo e tem
sido encontrado com relativa frequência (6). Infecta naturalmente Galinsoga parviflora
(7). Detectado em MG (8).
Ref.: (1) Marinho,V.L.A. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 11: 923. 1986; (2) Marinho, V.L.A. et al.
Fitopatol.Bras. 11: 937. 1982; (3) Kitajima,E.W. & Pavan,M.A. Lettuce mottle virus. In Davis, R.M. et
al. (eds.). Compendium of lettuce diseases. St.Paul, APS Press.pp.44-45. 1997; (4) Chaves, A.L.R. et al.
Fitopatol.Bras. 26: 514. 2001; (5) Jadão, A.S. et al., Archives of Virology, 152:999-1007, 2007. (6) De
Marchi et al. Summa Phytopathol 38:245-247, 2012. (7) De Marchi et al. Summa Phytopathol 38:245247, 2012; (8) Lucas, M.A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 200. 2013.
Tymovirus
Tymovirus não identificado
Amostras procedentes de Piedade, SP, infectadas por um tymovirus relacionado
ao mosaico da berinjela (Eggplant mosaic tymovirus- EMV) e mosaico amarelo do nabo
(Turnip yellow mosaic tymovirus- TYMV) (1).
Ref.: (1) Colariccio, A. et al Summa Phytopathol 36(supl) #205 CDRom. 2010.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Plantas com sintomas de mosaico causado pelo CMV em SP. Costa (1) comenta
que infecção de alface pelo CMV estaria se tornando rara.
Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 39. 1983.
68
Tospovirus
Groundnut ringspot virus (GRSV); virus da mancha anular do amendoim
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha amarela do tomateiro
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Sintomas de encrespamento, deformações, manchas anulares e necrose
sistêmica. Descrito originalmente no Estado de São Paulo (1, 2), havendo relatos
subsequentes em PE (3) e RS (5). No Est.S.Paulo foram identificados TCSV (4) e
GRSV (8) em alface. Em um levantamento feito no vale do S.Francisco, PE, constatouse alto nível de infecção pelo GRSV (6). Detectado em culturas hidropônicas (7). Tem
sido encontrado fatores de resistência (9, 11). TSWV detectado em AL (10). Em
levantamentos feitos em TO detectou-se GRSV (12). GRSV foi detectado em cultura
hidroponica de alface no PA (13).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942; (2) Chagas, C.M. O Biológico 36: 256. 1970;
(3) Moraes, G.J. et al. Hortic.Bras. 6: 24. 1988; (4) Colariccio, A. et al., Fitopatol.Bras. 20: 347. 1995; (5)
Daniels, J. & Canci, P. Fitopatol. Bras. 20: 301. 1995; (6) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 21: 503.
1996; (7) Yuki, V.A. et al. Summa Phytopathol. 22: 57. 1996; (8) Chaves, A.C.R. et al. Fitopatol. Bras.
25: 439. 2000; (9) Silva, N. & Pavan, M.A. Fitopatol.brás. 26: 5ll. 2001; Lima, G.S.A. et al. Virus Rev.
& Res. 6: 157. 2001; (11) Yamazaki, E. et al., Fitopatol.Bras. 26: 527. 2001;(12) Lima No., A.F. et al.
Fitopatol.Bras. 31(supl):S347. 2006; (13) Hayashi, et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl 455-1. 2013.
Potyvirus
Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão
BiMV encontrado em amostras de alface com sintomas de mosaico, coletadas
em S.Manoel, SP (1). A ocorrência de BiMV em alface é baixa parece ser restrita às
regiões de Campinas e Baurú, onde também foi verificado em plantas invasoras como
Bidens pilosa e Galinsoga parviflora (2).
Ref. (1) Suzuki, G.S. et al. Summa Phytopathol. 35:231. 2009; (2) Sanches, M.M. et al. Summa
Phytopathol. 36: 347. 2010.
Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface
LMV é de comum ocorrência em alface entre nós. Sintomas: mosaico,
embolhamento, má-formação da cabeça. Transmissão natural por sementes e afídeos;
transmissão mecânica experimental para várias hospedeiras. Em variedades susceptíveis
pode causar perdas significativas. Primeira descrição no Brasil foi feita por Kramer et
al. (1) no município de São Paulo, SP. Além de SP, confirmada sua presença no DF (3),
RJ (4) PR (5), RS (6). Foram criadas variedades resistentes (2). Presente também em
cultura hidropônica de alface (7). LMV é introduzido nas culturas usualmente por
sementes infectadas. Há isolados de LMV, conhecidos como LMV-Most capazes de
quebrar a resistência dos genes mo11 e mo12 em alface (8). Sonchus e Erigeron foram
constatados como hospedeiras naturais do LMV (9, 10) assim como Galinsoga
parviflora (11). Foi detectado em SE (12).
Ref.: (1) Kramer et al. O Biológico 11: 121. 1945; (2) Nagai, H. & Costa, A.S. Arq.Inst.Biol. 38: 95.
1971; (3) Costa, C.L. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 49. 1974; (4) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de
Controle às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado, Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978; (5) Lima,
M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984; (6) Daniels, J. & Canci, P. Fitopatol.Bras. 20: 301. 1995;
(7) Cossa, A.C. et al.27: S202. 2002; (8) Krause-Sakate, R. et al. Phytopathology 92: 563. 2002; (9)
Chaves, A.L.R et al., Summa Phytopathol. 29: 61. 2003; (10) Fitopatol.Bras.28: 207. 2003; (11) Sanches,
M.M. et al. Summa Phytopathol 36:346-347, 2010; (12) Floresta, L.V. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl)
S322. 2006.
Ophiovirus
Mirafiori lettuce big-vein virus (MiLV)
Ambos vírus associados causam o sintoma de engrossamento das nervuras da
alface e depreciam principalmente variedades do tipo americana, pois não possibilitam a
formação da cabeça da alface. È uma doença típica de inverno, pois os sintomas
somente são visíveis a temperaturas amenas. São transmitidos pelo fungo Olpidium
69
brassicae (1) Detectado no cinturão verde de São Paulo, (1), e também em Campinas e
Baurú, SP (2) Ensaios sorológicos, moleculares e de microscopia eletrônica revelaram a
presença do MiLV e LBVV (1). Confirmada sua presença no PR (2).
Ref.: (1) Lot, H. Phytopathology 92: 288-293, 2002; (2)Colariccio, A. et al. Fitopatol.Bras. 27: S201.
2002; (2) Sanches, M.M et al. Summa Phytopathologica, 33:378-382, 2007. (3) Lima No., V.C. Summa
Phytopathol. 30: 83. 2004.
Varicosavirus
Lettuce big-vein associated virus (LBVaV); vírus da nervura intumescida da alface
Lens culinaria L. (Lentilha) Fabaceae
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Constatação da infecção natural da lentilha pelo TSWV no DF resultando em
sintomas de necrose nas vagens (1).
Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. et al. Plant Dis. 79: 320. 1995.
Potyvirus
Bean common mosaic virus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeiro
Ocorrência de mosaico em folhas de lentilha no RS, atribuída à infecção pelo
BCMV (1).
Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatologia (Lima) 10: 52. 1975.
Leonurus sibiricus L. (Rubim) Lamiaceae
Begomovirus
Tomato yellow spot virus (ToYSV); vírus da mancha amarela do tomateiro
Descrito inicialmente nos anos 1960 em várias partes do Est.S.Paulo. Sintomas
de mosaico amarelo intenso. Transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. Foi
transmitido mecanicamente para a mesma espécie além de fumo e N. glutinosa. O vírus
causal foi considerado relacionado, mas distinto do mosaico do Abutilon e da
Euphorbia (1,2). Ensaios moleculares em amostras coletadas no PR, com sintomas de
mosaico amarelo, indicam que as plantas estariam infectadas por um isolado ToYSV (3)
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol.Zeit. 38: 129. 1960; (2) Flores, E. &
Silberschmidt, K. Phytopathol.Zeit. 43: 221. 1962; (3) Boiteux, L.S. et al. Trop Plt Pathol.
34(supl) S266. 2009.
Ligustrum lucidum W.T. Aiton (Ligustro, alfeneiro) Oleaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cilevirus
Ligustrum ringspot vírus (LigRSV); vírus da mancha anular do ligustro
Manchas anulares em folhas de Ligustrum, similares às descritas na Argentina
como “lepra explosiva”, foram observadas em Curitiba, PR. Partículas baciliformes
curtas foram notadas nos tecidos infectados (1). Observações similares foram feitas em
Piracicaba, SP e demonstradas como sendo transmitido pelo ácaro tenuipalpídeo
Brevipalpus phoenicis (2). O efeito citopatológico é do tipo citoplasmático, dos vírus
transmitidos pelo ácaro tenuipalídeo Brevipalpus (3). Logrou-se transmitir este vírus,
experimentalmente para feijoeiro (4).
Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Phytopathology 81: 1216. 1991; (2) Rodrigues, J.C.V. et al. Fitopatol.
Bras. 20: 292. 1995 ; (3) Kitajima, E.W. et al. Expt.Appl.Acarol. 30: 135.2003; (4) Kitajima, E.W. et al.
Summa Phytopathol 38 (supl.) CDRom 2012.
Ligustrum sinense Lour. (Alfeneiro-da-china, ligustrinho) Oleaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cilevirus
70
Ligustrum ringspot virus (LigRSV); vírus da mancha anular do ligustro
Plantas de L. sinense exibindo manchas verdes em folhas senescentes,
associadas à infestação com ácaros Brevipalpus foram encontradas em Piracicaba, SP.
Exames ao microscópio eletrônico indicaram a presença de partículas baciliformes
curtas e viroplasma no citoplasma (1). Foi observado também no DF (2). Não se acha
demonstrado se o vírus causal é o mesmo encontrado em L. lucidum.
Ref.: (1) Nogueira, N.L. et al. Fitopatol.bas. 29: S234. 2004 ; (2) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola
2010; (2) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.
Lilium sp. (Lírio) Liliaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); virus do mosaico do pepino
O CMV-I (serogrupo I) foi detectado em plântulas procedentes de um
laboratório comercial de micropropagação, com manchas cloróticas através de ensaios
sorológicos e moleculares (1). Foi detectado também em plantas em cultivo em Atibaia
e Holambra, SP (2)
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Fitopatol.Bras. 26: 513. 2000. (2) Jadão, AS et al. Trop.Plt Pathol.
33(supl): S298. 2008
Potyvirus
Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro
O BYMV foi detectado infetando lírios com sintomas de moasico no Est. S.
Paulo (1).
Ref. (1) Alexandre, MAV et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95.2010.
Tulip breaking virus (TBV)
Plantas de lírio com manchas necróticas e mosqueado nas folhas foram
encontradas num campo de produção em Brasilia, DF. Ensaios de transmissão,
microscopia eletrônica e sorologia identificaram o TBV como agente causal da
enfermidade (1).
Ref.: (1) Furlanetto, C. et al. Fitopatol. Bras. 21: 431. 1996.
Lippia alba Mill.N.E.Br. ex Britt & Wilson (Erva cidreira) Verbenaceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Em plantas de erva cidreira com sintomas de mosaico detectou-se um
begomovirus, em AL, por tecnicas moleculares, associado a infestação com mosca
branca. Não foram realizados trabalhos de caracterização biológica (1).
Ref.: (1) Assunção, I.P. et al. Fitopatol.Bras. 29: S161. 2004.
Luehea grandiflora Mart. (Açoita-cavalo) Tiliaceae
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
Plantas com sintomas de mosaico, coletadas em S.Paulo, SP. Virose atribuída ao
AbMBV (1).
Ref.: (1) Silberschmidt,K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.
Luffa spp.
(vírus de Luffa revisado por J.A.M. Rezende)
Luffa cylindrica Roem. (Bucha-de-metro) Cucurbitaceae
Potyvirus
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha de
moita
71
Plantas de bucha, procedentes de um plantio comercial de Jales, SP, com
síntomas de necrose, mosaico e manchas anelares nas folhas e distorção e seca dos
frutos, mostraram-se estar infectadas com um isolado do ZYMV. A identificação foi
feita por ensaios biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1). Similar constatação
foi feita no PA (2).
Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 23: 58. 1997; (2) Hayashi, A. et al. Trop.Plt.Pathol. 38
supl.455-2. 2013.
Luffa operculata Cogn. (Buchinha) Cucurbitaceae
Potyvirus
Papaya ringspot virus (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W
Infecção natural de L. operculata pelo PRSV-W foi constatada no CE. A
identificação foi feita através de ensaios biológicos e sorológicos (1).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Florindo, M.I. Fitopatol.Bras. 22: 213. 1997.
Lupinus alba L. (Tremoço branco); L. luteus L. (Tremoço amarelo) Fabaceae
Potyvirus
Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro
Sintomas de mosaico e raquitismo em tremoço branco e amarelo causados pela
infecção natural com BYMV, constatada em Cascavel, PR (1), tendo sido o vírus causal
identificado (2, 3).
Ref.: (1) Almeida,A.M.R. Fitopatol.Bras. 16: 288. 1991; (2) Ramagem,R.D. et al. Fitopatol. Bras. 17:
178. 1992; (3) 179. 1992.
Lysimachia congestiflora Hemsl. (Lisimáquia) Primulaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Vírus transmitido por ácaro Brevipalpus, tipo citoplasmático foi observado em
planta de L. congestiflora, procedente de Águas de S.Pedro, SP, apresentando manchas
cloróticas (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010
M
Macroptilum atropurpureum (DC) Urban (Siratro) Fabaceae
Begomovirus
Euphorbia yellow mosaic virus (EuYMV); vírus do mosaico amarelo da Euphorbia
Detectado molecularmene em Caruaru, PE (1).
Ref.: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.
Tomato crinkle leaf yellows virus (TCrLYV)
Detectado molecularlmente em Maceió, AL e Quipapa, PE(1).
Ref.: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Plantas de siratro com mosaico mostraram estar infectadas por um potyvirus,
transmissivel mecanicamente e por afídeos. Foram elas encontradas nos estados de CE
(1) e SP (2).
Ref.: (1) Marques, M.A.I. & Albersio, J.A.A. Res. VI Enc.Nac.Virol. 170. 1992; (2) Regatieri,
L.J. et al. Fitopatol.Bras. 28: S289.2003.
Macroptillum erythroloma (Benth) Urban (Macroptilo) Fabaceae
72
Begomovirus
Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro
Infecção natural de M. erythroloma pelo BGMV, causando forte mosaico
amarelo-verde, constatada em Nova Odessa, SP (1).
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Arq.Inst.Biol. 48. 113. 1981.
Macroptilum lathyroides (L) Urban (=PHASEOLUS LATHYROIDES) (Feijão-derola-rasteira) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Infecção natural de feijão-de-rola rasteira pelo CPSMV, causando sintomas de
mosaico. Relatado no CE (1,2).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Chagas, J.M.F. Fitopatologia (Lima) 9: 58. 1974; (2) Lima, J.A.A. & Santos,
D.G. Fitopatol.Bras. 10: 313. 1985.
Begomovirus
Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro
Infecção natural de M. lathyroides por um begomovírus no CE, que
sorologicamente seria similar ao vírus causador do mosaico dourado em caupi (1). Um
isolado encontrado em União dos Palmares, AL mostrou ser idêntico ao BGMV (2).
Detectado em PE e SE (3)
Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Virus Rev. & Res. 3 (supl.1):143.1998; Fitopatol.Bras.24: 355. 1999.(2)
Nascimento, L.D. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl): S204. 2006; (3) Silva, JCV et al. Plant Pathol. 61: 457.
2012.
Macroptilium yellow net virus (MaYNV); virus do reticulado amarelo de
Macroptilium
Detectado em AL(1).
Ref.: (1) Silva, J.C.V. et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012.
Macroptilium yellow spot virus (MaYSV); virus da mancha amarela de Macroptilium
Detectado na PB e AL (1). Foi detectado em PE e SE infetando feijoeiro-rola
(2). Isolados de feijão-de-rola de SE e PE foramcaracterizados biológica e
molecularmente (3).
Ref.: (1) Silva, J.C.V.. .et al. Plant Pathol. 61: 457. 2012; (2) Almeida, K.C. et al. Vírus Rev.& Res. 17
(supl.).2012; (3) Almieda, K.C. et al. Abst.7th Intl.Geminivirus Symp. P.60. 2013.
Begomovirus não identificado
Infecção por begomovirus não identificado foi observada em Juazeiro, BA (1), e
no CE (2) resultado em sintomas de mosaico dourado em M. lathyroides.
Ref: (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006. (2) Nascimento, A.K.Q. et al. Trop Plt Pathol
33(supl): 299. 2008.
Macroptilium longepeduculatum Mart. Et. Benth. (=Phaseolus longipedunculatus)
(Feijão-de-rola) Fabaceae
Begomovirus
Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro
Amostras de feijão-de-rola foram coletadas no aeroporto St. Dumont, RJ, com
síntomas de mosaico amarelo. A virose foi transmitidoa pela mosca branca Bemisia
tabaci Genn. Ensaios comparativos com clorose infecciosa das malvaceas mostraram
algumas diferenças na gama de hospedeiras, não tendo havido também proteção
cruzada; foi sugerido ser um isolado distante do AbMBV (1) e considerado por Costa et
al. (1972) como isolado do BGMV.
Ref.: (1) Flores, E. & Silberschmidt, K. An.Acad.Bras.Cien. 38: 327. 1966; (2) Costa, A.S. et al. Anais I
Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972.
Malus sp. (Macieira) Rosaceae
73
Revisões: Betti, J.A. Casa da Agricultura 5: 5. 1982.
Capillovirus
Apple stem grooving virus (ASGV); vírus do acanalamento do lenho de macieira
Primeiras descrições deste vírus foram feitas em macieiras paulistas, causando
infecção latente em SP. Detectado pela inoculação mecânica em plantas-teste inclusive
pessegueiro (1). Ensaios de imunomicroscopia eletrônica confirmaram esta
identificação (2). ASGV e ACLSV puderam ser eliminados de plantas infectadas por
minienxertia acoplada a termoterapia (3). Uma necrose interna do porta-enxerto Maruba
Kaido, na Est.Exp. Caçador, SC, foi associada à presença do ASGV (4). Posteriormente
ASGV foi identificada sorologicamente em cvs. Rozala Gala e Fuji enxertados sobre
Maruba-Kaido em viveiros comerciais do RS (5). A identificação foi complementada
pela análise do gene da capa protéica (6).
Ref.: (1) Betti, J. & Kitajima, E.W. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 5: 125. 1971; (2) Gaspar, J.O. & Betti, J.A.
Summa Phytopathol. 11: 62. 1985; (3) Betti, J.A. & Gaspar, J.O. Summa Phytopathol. 12: 19. 1986; (4)
Betti, J.A. et al. Summa Phytopathol.. 14: 33. 1988; (5) Nickel, O. et al. Fitopatol. Bras. 24: 444. 1999;
(6) Nickel, O. et al. Fitopatol.Bras. 25: 445. 2000.
Foveavirus
Apple stem pitting virus (ASPV); vírus do estriamento do ramo da macieira
Incidência generalizada em macieiras de um vírus que causa nanismo e reduçao
de vigor na indicadora Platycarpa. Foi considerado similar ao Apple Platycarpa dwarf
vírus (nanismo da macieira Platycarpa), que por sua vez seria um isolado do ASPV (1).
ASPV detectado por enxertia em indicadores, em clones obtidos em plantações
comerciais de Angatuba e Paranapanema, SP (2). Foi detectado em pomares de SC (3) e
RS (4).
Ref.: (1) Betti, J.A. & Ojima, M. Summa Phytopathol. 5: 29. 1979; (2) Betti, J.A. et al. Summa
Phytopathol. 21: 49. 1995; (3) Nickel, O. et al. Fitopatol.Bras. 23: 321. 1998; (4) Nickel, O. & Fjardo,
T.V.M. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 28-29. 2013.
Ilarvirus
Apple mosaic virus (ApMV); vírus do mosaico da macieira
Issa, em 1959, relatou a ocorrencia de sintomas de mosaico em macieiras
importadas da Argentina. Foram notados dois tipos de sintomas: faixa das nervuras e
clareamento das nervuras. Experimentos de transmissão por enxertia reproduziram
sintomas em 40% dos enxertos (1). Foi constatado no RS nos municípios de Pelotas e
Vacaria (2).
Ref.: (1) Issa, E. O Biológico 25: 64. 1959; (2) de Castro, L.A.S. & Daniels, J. Fitopatol. Bras. 19: 313.
1994.
Trichovirus
Apple chlorotic leaf spot virus (ACLSV); vírus da mancha clorótica da follha da
macieira
Primeiras descrições deste virus em pomares de macieira em SP, causando
infecção latente. Detectado pela inoculação mecânica em plantas-teste inclusive
pessegueiro (1). Em macieiras Anna, em Paranapanema, SP, foram notadas sintomas de
mosaico salpicado e que ensaios posteriores foi sugerido como sendo causados pelo
ACLSV (2). Ensaios de imunomicroscopia eletrônica confirmaram esta identificação
(3). Foi detectado também em pomares dos estados do RS e SC (4).
Ref.: (1) Betti, J. & Kitajima, E.W. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 5: 125. 1972; (2) Betti, J.A. et al. Summa
Phytopathol. 10: 126. 1984; (3) Gaspar, J.O. & Betti, J.A. Summa Phytopathol. 11: 62. 1985; (4) Castro,
L.A.S. et al. Fitopatol.Bras. 23: 314. 1998.
Nanovirus
Foram encontradas em Viçosa, MG, macieiras com nanismo clorótico, brotação
fraca e ramos secos. Análises moleculares associaram à condição um possível
nanovirus, ainda não identificado (1).
74
Ref.: (1) Basso, M.F. et al. Abst.7th Intl.Geminivirus Symp. P.56. 2013.
Malva sp., Malvaceae
Begomovirus
Okra mosaic Meexico virus (OkMMV); vírus do mosaico do quiabo-Mexico
Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha
Tomato leaf distortion virus (ToLDV); vírus da distorção foliar do tomateiro
Um isolado de begomovírus de Malva sp., proveniente do Amazonas apresentou
87% de identidade com o OkMMV. Isolados do Rio de Janeiro e de Goiás,
apresentaram alta porcentagem de identidade com o SmMV, isolado de quiabo. Outro
isolado do RJ teve 90% de identidade com o ToLDV (1).
Ref.: (1) Fernandes, NAN et al. Trop.Plt Pathol 34(supl):S271. 2009.
Malva parviflora L. (Malva) Malvaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Begomovirus
Potexivrus
Malva mosaic virus- (MaMV); vírus da necrose das nervuras da malva
Sintomas de necrose sistêmica em folhas de malva registrado no Est.S.Paulo
foram atrbuídos a um presumível potexvirus, possivelmente Malva mosaic virus (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Bragantia 29: LI. 1970.
Abutylon mosaic Brazil virus- (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon
Sintomas de manchas angulares e mosaico dourado em plantas de Malva spp.,
coletadas em S.Paulo e M. Cruzes, SP e P.Alegre, RS, foram associados a um provável
Begomovirus causador da doença clorose infecciosa das malváceas. (1)
Ref.: (1) Silberschmidt,K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955
Begomovirus não identificado
Um begomovirus ainda nao identificado foi detectado por meio de técnicas
moleculares em plantas com mosqueado, mosaico dourado, clareamento das nervuras
em Brasilia, DF. Não há informações sobre suas características biológicas ou
transmissão pela mosca branca (1).
Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. et al. Fitopatol.Bras. 28: S248. 2003.
Potyvirus
Malva vein clearing virus (MVCV); vírus do clareamento das nervures da malva
Um potyvírus foi associado a sintomas de clareamento de nervuras e mosqueado
em malva no Est.S.Paulo (1), provavelmente similar a um originalmente descrito
(Malva vein clearing virus) nos EUA (2) e posteriormente, também na Europa.
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 21: CIII. 1962; (2) Costa, A.S. & Duffus, J.E. Plant Dis.Reptr.
41: 1006. 1957.
Malvastrum coromandelianum Garcke (Guanxuma-amarela) Malvaceae
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
Mosaico em guanxuma-amarela, atribuída ao AbMBV, em material coletado em
Brotas, SP (1).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.
Malvaviscus arboreus Cav. (Malvavisco) Malvaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Dichorhavirus
Clerodendrum chlorotic spot virus (ClCSV); vírus da mancha clorótica do
Clerodendrum
75
Em Piracicaba, SP, foram encontradas plantas de malvavisco exibindo manchas
anulares em suas folhas. Exames ao microscópio eletrônico revelaram a presença de
efeitos citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). Ensaios
de transmissão demonstraram que o agente causal é o ClCSV. Constatado no RJ (2)
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Exp.Appl.Acarology 30: 135. 2003; 2) Kitajima, EW et al. Scientia
Agricola 67: 348. 2010.
Begomovirus
Malvaviscus yellow mosaic virus (MaYMV); virus do mosaico amarelo de malvavisco
Plantas de malvavisco com sintomas de mosaico amarelo eram conhecidas há mais d 50
anos na Fazenda Sta. Eliza, do Inst.Agronomico, em Campinas, SP. Análises
moleculares indicaram que a planta estaria infetada por um novo begomovírus
(MaYMV), filogeneticamente relacionado a begomovírus da America Central e do
Norte. Como peculiaridade este vírus tem uma sequência de nonanucleotídeos, do tipo
nanovirus e alfasatélite (1).
Ref.: (1) Lima,A.T.M. et al. Vírus Ver.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011
Manihot esculenta Kranz (Mandioca) Euphorbiaceae
(revisado por Paulo E.Meissner Fo.)
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Detectado por microscopia eletrônica em plantas sem sintomas aparente, em SP
(1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 4: 55. 1979
Potexvirus
Cassava common mosaic virus- CsCMV; vírus do mosaico comum da mandioca
Observado pela primeira vez na cv. ‘Aipim carvão’ no campo experimental do
IAC, SP. É de ocorrência rara e considerada enfermidade marginal. Caracteriza-se por
sintomas de mosaico no limbo foliar podendo ser acompanhado de distorção. É
transmissível mecanicamente e perpetua-se pelas manivas provenientes de plantas
infectadas. Pode ser transmitido por instrumentos de corte (1). Foi caracterizado como
um potexvirus pela sua morfologia e citopatologia (3-6). O vírus foi purificado e um
anti-sôro, produzido (2). Foi constatado no banco de germoplasma da
Embrapa/Mandioca e Fruteiras em Cruz das Almas, BA (7). Detectado no PR (8) onde
estaria bastante disseminado (9).
Ref.: (1) Costa, A.S. J.Agronomia (Piracicaba) 3: 239. 1940; (2) Silva, D.M. et al. Bragantia 21: XCIX.
1962; (3) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 24: 247. 1965; (4) Kitajima & Costa, A.S. Bragantia 25: XXIII.
1966; (5) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. CMI/AAB Descr.Plant Viruses 90. 1972; (6) Costa, A.S.
Fitopatologia (Lima) 8: 5. 1973; (7) Meissner Fo., P.E. & Santana, E.N. Fitopatol.Bras. 22: 342. 1997 (8)
Carnelossi, P.R. et al. Vírus Ver&Res 15(supl)132.2010; (9) Silva, J.M. et al. Trop.Plant Pathol. 36: 271.
2011.
Cavemovirus
Cassava vein mosaic virus (CaVMV); vírus do mosaico das nervuras da mandioca
Segundo Costa (2), o mosaico descrito pela primeira vez em um campo
experimental do IB, na cv. ‘Vassourinha’(1) seria o mosaico das nervuras. No IAC, SP
foi notado na cv. ‘Brava Preta de Suruhy’. Os sintomas são de mosaico nas nervuras e
em folhas adultas a clorose pode se disseminar para o resto da folha, comumente
gerando sintomas do tipo faixa-das-nervuras. Não é transmissível mecanicamente
desconhecendo-se o vetor. O vírus foi identificado por microscopia eletrônica como um
membro da família Caulimoviridae (3), sendo espécie única do gênero Cavemovirus.
Foi purificado, obtendo-se um anti-sôro (4). Foi detectado sorologicamente no PI (5) e
CE (6). Na BA foi CaVMV foi detectado baseado em sintomas (8). No CE foram feitas
76
avaliações de perdas, verificando-se que a infecção pelo CaVMV não afeta
significativamente a produção da mandioca (7).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biológico 4: 177. 1938; (2) Costa, A.S. J.Agronomia (Piracicaba) 3: 239.
1940; (3) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia 25: 211. 1966; (4) Lin, M.T. & Kitajima, E.W.
Fitopatol.Bras. 5: 419. 1980; (5) Santos, A.A. & Silva, H.P. Fitopatol.Bras. 7: 5454. 1982; (6) Santos,
A.A. & Kitajima, E.W. Fitopatol.Bras. 15: 145.1990; (7) Santos, A.A. et al. Fitopatol.Bras. 20: 506. 1995;
(8) Meissner Fo., P.E. & Santana, E.N. Fitopatol.Bras. 22: 342. 1997.
Phytoreovirus
Cassava frogskin disease (CaFD); síndrome do couro de sapo da mandioca
A enfermidade se caracteriza por sintomas hiperplásticos tipo verrugose,
tornando as raízes mais finas e com zona cortical grossa, quebradição, enrugada e com
fendas. Não há sintomas foliares Foi constatado na bacia amazônica e na coleção de
germoplasma da Embrapa Mandioca e Fruteiras, em Cruz das Almas, BA. Além da
sintomatologia a identificação foi feita através da detecção de dsRNA (1,2) sugerindo a
presença do mesmo vírus detectado na Colombia (4). Foi também detectado fitoplasma
do grupo SrIII associado à enfermidade (3) na BA, como relatado anteriormente na
Colombia (5). Aguardam-se mais investigações para verificar se a síndrome deve-se a
um destes patógenos ou a ambos. Detectado no RJ associado ao Reovirus, mas não a
fitoplasma (6).
Ref.: (1) Fukuda, C. Res.I Cong.Lat.Am.Raizes Trop./IX Cong.Bras.Mandioca res.105. 1992. (2)
Poltronieri, L.S. et al. Fitopatol.Bras. 23: 322. 1998; (3) Isoton, MF et al. IV Enc.Jovens Talentos
Embrapa.p.23. 2009; (4) Calvert, L. et al. J.Phytopathol. 156: 647. 2008; (5) Alvarez, E. et al. Plant Dis.
93: 1139. 2009; (6) Brioso, P.S.T. et al. Summa Phytopathol. 39 (supl) CDRom. 2013.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
Recuperado de raízes de plantas assintomáticas, mantidas em estufa, no IAC, SP
(1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.
Matthiola incana L.) W. T. Aiton.(Goivo) Brassicaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Caulimovirus
Cauliflower mosaic virus (CaMV); vírus do mosaico da couve-flor
Um provável isolado de CaMV foi associado a sintomas de mosaico nas folhas
de goivo, provenientes do RS, com base em sintomas induzidos em outras brassicácias.
O vírus foi transmitido pelos pulgões Myzus persicae e Brevicoryne brassicae (1).
Ref.: (1) Siqueira, O. & Dionelo, S.B. Fitopatologia (Lima) 8: 19. 1973
Mendicago sativa L. (Alfafa) Fabaceae
Alfamovirus
Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa
Registrado pela primeira vez em alfafa no Est.S.Paulo (Campinas e Araçoiaba da
Serra). Sintomas de mosaico de forma variada, mais ou menos amarela com linhas
sinuosas ou anéis amarelos. Caracterizado biológica e morfologicamente (1). Foi
também constatado em uma área experimental em Piracicaba, SP (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 6: 30. 1980; (2) Oliveira, P.R.D. et al. Fitopatol.Bras. 11:
310. 1986.
Mimosa sensitiva L. (Malícia) Fabaceae
Vírus isométrico não classificado
Mimosa sensitiva mosaic virus (MiMV); vírus do mosaico da malícia
Plantas de malícia, da vegetaçao espontânea da vizinhança de Belém, PA, foram
encontradas com sintomas de mosaico. Foi transmitido experimentalmente por meios
77
mecânicos e pelo besouro crisomelideo Diabrotica speciosa (Oliv.) apenas para mesma
espécie. Foram encontradas partículas isométricas, 30 nm, em alta concentração nos
tecidos (1). O virus foi purificado, tendo sido produzido um anti-sôro. Ensaios
sorológicos contra 31 outros vírus isométricos foram negativos (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 394. 1984; (2) Marinho, V.L.A. et al. Fitopatol.bras 10:
308. 1985.
Momordica charantia L. (Melão-de-São Caetano) Cucurbitaceae
(revisado por J.A.M. Rezende)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV isolado de plantas com sintomas de mosaico em SP (1, 2).
Ref.: (1) Barradas, M.M. et al. Arq.Inst.Biol.. 46: 117. 1979; (2) Brioso,P.S.T. & Lin, M.T.
Fitopatol.Bras. 9: 395. 1984.
Monstera deliciosa Liebm. (Costela-de-adão) Aracea
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Dichorhavirus
Dichorhavirus não identificado
Plantas de Costela-de-adão foram encontradas nos arredores de Manaus, AM,
exibindo manchas anulares em suas folhas. Exames ultraestruturais nos tecidos das
lesões revelaram efeitos citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por
Brevipalpus (1).
Ref.: (1) Rodrigues, JCV et al. Trop Plt Pathol 33: 12. 2008.
Musa spp. (Bananeira) Musaceae
(revisado por Paulo E.Meissner Fo.)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Sua presença no país é conhecida desde a década dos 30 (1). Sintomas de
mosaico de listras claras e escuras, descontínuas ou não, partindo da nervura principal
nas folhas. As listras podem eventualmente evoluir para necrose. Pode ocorrer
rugosidades e redução do limbo foliar. Plantas afetadas têm produção afetada podendo
ser levada à morte. Agente causal é o CMV oriundo de estolões de plantas afetadas ou
transmitido por pulgões, constituído de bananeiras infectadas ou plantas invasoras da
cultura. Descrita inicialmente no Est.S.Paulo, acha-se constatado nas principais regiões
produtoras do país (RJ, MG, BA, PA) (1-6, 7, 9, 10, 12). No Est.S.Paulo foi identificado
CMV do subgrupo IA infetando bananeiras (7). A prática de produção massal de mudas
livres de CMV a partir de clonagem por cultura de tecidos elimina a infecção inicial que
ocorre quando se usam estolões, oriundas de plantas infectadas. Contudo exige-se
rigoroso controle nas matrizes. Há registros de infecção mista do CMV com BSV (11).
Registrado no PR (13).
Ref.: (1) Deslandes, J. Rodriguesia 2 (no.esp.): 199. 1936; (2) Silberschmidt, K. & Nobrega, N.V.R. O
Biológico 7: 216. 1941; (3) Medeiros, A.G. Bol.Tecn.IPA 4: 1. 1963; (4) Robbs, C.F. Agronomia 22:
127. 1964; (5) Rbeiro, M.I.S.D. et al. Fitopatologia (Lima) 10: 62. 1975; (6) Lima, J.A.A. & Gonçalves,
M.F.B. Fitopatol. Bras. 13: 101. 1988; (7)Eiras, M. et al. Fitopatol.Bras. 25: 440. 2000; (8) MacielZambolim, E. et al. Fitopatol.Bras. 19: 483. 1994; (9) Barbosa, C.J. et al. Res. XIV Cong.Bras.Frutic.: 73.
1996; (10) Trindade, D.R. et al. Fitopatol.Bras. 23: 185. 1998; (11) Brioso, P.S.T. et al. Summa
Phytopathol. 26: 254. 2000; (12) Nunes, A.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 26: 512.2001; (13) Carnelossi, PR
et al. Trop.Plant Pathol. 36 (Supl.) CDRom. 2011.
Badnavirus
Banana streak virus (BSV-OL); vírus da risca da bananeira
78
BSV causa sintomas de riscas necróticas nas folhas. É um vírus baciliforme,
contendo dsDNA em anel e ciclo de replicação envolvendo um RNA intermediário.
Disseminado por cochonilhas ou estolões de plantas infectadas. Constatado no
Est.S.Paulo pela primeira vez em infecção mista com CMV através de microscopia
eletrônica e PCR (1). Posteriormente tem sido encontrado em várias regiões produtoras
do país-AC, AM, BA, CE, GO, MG, PI, RJ, RO, SC (2).PA (3). O ICTV reconhece três
espécies de BSV (Mysiore, OL e GF). O BSV que ocorre no Brasil seria do tipo OL (4).
No Est. Amazonas constataram-se lesões necróticas em frutos associadas à infecção
pelo BSV (5). Há uma revisão sobre este vírus (6). Detectado no PR (7).
Ref.: (1) Brioso, P.S.T. et al. Summa Phytopathol. 26: 254. 2000; (2) Figueiredo, D.V. et al.
Fitopatol.Bras. 32: 118. 2006. (3) Poltronieri, L.S. et al. Summa Pahytopathol. 35: 74. 2009.(4) Lombardi,
R. et al. Pesq.Agrop.Bras. 45: 811. 2010; (5) Brioso, P.S.T. et al. Rev.Bras.Frutic. 33: 1353. 2011; (6)
Brioso, P.S.T. Rev.Anual Patol.Planta 20: 64. 2012; (7) Bijora, T. et al. Trop.Plant Pathol. 38 (supl.)
2013.
Mussaenda erythrophylla Schumach. & Thonn. (Mussaenda-vermelha) Rubiaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Dichorhavirus
Vírus transmitido por Brevipalpus - tipo nuclear
Plantas de mussaenda-vermelha foram encontradas nos arredores de Manaus,
AM, exibindo manchas cloróticas em suas folhas. Nos tecidos das lesões foram
encontrados efeitos citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por Brevipalpus
(1).
Ref.: (1) Rodrigues, JCV et al. Trop Plt Pathol 33: 12. 2008.
N
Nasturtium officinale R.Br. (Agrião) Brassicaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Plantas de agrião com sintomas de mosaico foram encontradas em MG. O agente
causal foi identificado como CMV (1).
Ref.: (1) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado,
Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978;
Caulimovirus
Cauliflower mosaic virus (CaMV); vírus do mosaico da couve-flôr
Há um relato de infecção natural do agrião pelo CaMV no PR (1).
Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9:403. 1984.
Potyvirus
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Plantas de agrião com sintomas de mosaico foram encontradas em Campos, RJ.
Ensaios biológicos e de microscopia eletrônica indicaram a presença de um potyvirus
identificado como TuMV (1).
Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 27: S200. 2002.
Nematanthus sp. (= Hypocyrta nervosa) (Peixinho) Gesneriaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Plantas de peixinho com anéis e manchas cloróticas em suas folhas, foram
coletadas em Ibiúna, SP. Ensaios biológicos e sorológicos demonstraram que os
sintomas eram causados pela infecção por um isolado do CMV.
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Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Fitopatol.Bras. 21: 424. 1996.
Nicandra physaloides (L) Gaertn. (Joá-de-capote) Solanceae
Begomovirus
Tomato severe rugose virus (ToRSV); vírus do encarquilhamento severo do tomate
Tomato yellow vein streak virus (ToYVSV); vírus da faixa amarela da nervura do
tomate
Um begomovirus foi detectado no DF em plantas de joá-de-capote com
deformação foliar, por metodos molecualres. Não há dados sobre transmissão, etc. (1).
Também houve relato de begomovirus nesta planta em SP (2) e MG (3). Um isolado
encontrado em Sumaré,SP, foi identificado como ToRSV, assim como isolados de GO
e DF (4,5). Outros isolados de GO e DF foram identificados como ToYVSV (5).
Ref.: (1) Inoue-Nagata, A.K. et al. Vírus Rev.& Res. 8: 186. 2003.(2) Andrade,G.P. et al. Fitopatol.Bras.
32 (supl): 322. 2007. (3) Fernandes, J.J. et al. Plant Pathol. 55.513. 2006; (4) Barbosa, J.C. et al. Plant
Pathology 75:440.2009; (5) Fonseca,M.E.N. et al. Trop.Plt.Pathol. 34(supl) S267. 2009.
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Infecção natural de joá-de-capote pelo PVY, sem menção da sintomatologia,
constatada em MG (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Nicotiana tabacum L. (Fumo) Solanaceae
Tymovirus
Eggplant mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da berinjela
Um mosaico em plantios comercias de fumo, em SC, foi atribuído a um isolado
do EMV. A identificação foi feita por ensaios biológicos, microscopia eletrônica, e
sorologia (1).
Ref.: (1) Ribeiro, S.G. et al. Plant Dis. 80: 446. 1996.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV causa sintomas de mosaico nas folhas sendo de ocorrência esporádica.
Relatado pela primeira vez em SP (1). Constatado também em outras regiões produtoras
de fumo como SE , SC (2, 3), AL (4), MG (5). Em alguns dos isolados de MG
constatou-se a presença do RNA satélite (6).
Ref.: (1) Costa, A.S. Bragantia 4: 489. 1944; (2) Oliveira, G.H. & Kitajima, E.W.- dados não publicados);
(3) Broso, P.S.T.Tese Dr.,UnB. 1986; (4) Silva, J.N. et al. Fitopatol.Bras. 24: 360. 1999; (5) Bo ari, A.J.
et al. Fitopatol.Bras. 25:49. 2000; (6) 25: 143. 2000.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Segundo Costa et al. (1) esta enfermidade já havia sido notada nos anos
agrícolas de 37/38 no Estado de São Paulo. Os sintomas se caracterizam na fase inicial
pela necrose branca (linhas necróticas brancas, geralmente ao longo das nervuras)
acompanhada de enrugamento. As folhas novas que surgem após estes sintomas iniciais,
são assintomáticas. Em seguida surgem sintomas da chamada ”fase couve” (folhas mais
espessas, margem crenada, estreitamento do limbo). As flores podem ter pétadas
separadas, mais delgadas com apículo na extremidade. É transmissível mecanicamente
para fumo e várias outras plantas-teste (2, 3). Acha-se caracterizado como um isolado
do TSV descrito nos EUA. Em apenas uma ocasião demonstrou-se sua transmissão por
trips a partir de cavorana infetada para fumo e soja (5). Infeta naturalmente numerosas
espécies de plantas, cultivadas ou não. Em soja, p.ex., causa a queima dos brotos. O
vírus foi purificado tendo sido produzido anti-soro (4).
80
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. J.Agronomia (Piracicaba) 3: 1. 1940; (2) Phytopathology 35: 1029. 1945; (3)
Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol.Zeit. 42: 113. 1961; (4) Silva, D.M. et al. Bragantia 20:777.
1961; (5) Lima No., V.C. et al. Rev. Setor Cien.Agr.UFPr 4:1. 1982.
Tospovirus
Groundnut ringspot virus- (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomate
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Primeiras referências a uma síndrome conhecida como “vira-cabeça” em fumo
foram feitas no Est.S.Paulo (1-3,7). O nome da doença, dada pelos lavradores, decorre
do fato de muitas plantas, ficarem com um lado mais atacado que o outro, resultando na
curvatura da haste. Contudo, os sintomas são variados- na fase inicial há clareamento de
nervuras e rugosidade, seguida de necrose que pode se estender as hastes. A planta tem
crescimento retardado e eventualmente pode morrer, ou se restabelecer. É disseminado
por trips e experimentalmente, por enxertia e mecanicamente. Em algumas variedades
de fumo pode ocorrer a recuperação da planta infetada (6). Demonstrou-se sua
identidade como Tomato spotted wilt descrito na Austrália (4) e que possue um amplo
circulo de hospedeiras natural ou experimental (5) . No Est.S.Paulo constatou-se
infecção natural de fumo pelo TCSV (8). TSWV (9) e GRSV foram registrados em
fumo em AL (10).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biologico 3: 183. 1937; (2) Forster, R. & Costa, A.S. Rev.Agric.
(Piracicaba) 13: 69. 1938; (3) Costa, A.S. & Forster, R. Bol. Tec. Inst. Agron. Campinas. 1939; (4)
Bragantia 1: 491. 1941; (5) 2: 83. 1942; (6) Forster, R. Bragantia 2: 499. 1942; (7) Costa, A.S. Bol. Min.
Agric. 82p. 1948; (8) Colariccio, A. et al. Fitopatol.Bras. 20: 347. 1995; (9) Silva, J.N. et al.
Fitopatol.Bras. 24: 360.1999; (10) Lima, G.S.A. et al. Summa Phytopathol. 29: 196. 2003.
Begomovirus
Sida micrantha mosaic vírus (SimMV); vírus do mosaico de Sida micrantha
SimMV foi detectado em planta de fumo coletada no PR através de ensaios
moleculares. Não há dados biológicos adicionais (1).
Ref.: (1) Sawazaki, H.E. et al. Summa Phytopathol. 39 supl.CDRom. 2013.
Tomato severe rugose virus (ToSRV); vírus do encarquilhamento severo do tomate
Registrou-se em Cascavel, PR, um caso de infecção natural de fumo pelo
ToSRV (1)
Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 36: (supl) #211. CDRom 2010.
Curtovirus, possível
Braziliand tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomateiro
Costa & Forster (1) haviam descrito duas formas de encarquilhamento- rugosa e
enrolamento, sendo a rugosa de natureza viral e o enrolamento, genético, em SP.
Trabalhos subseqüentes mostraram que a forma rugosa seria causado pelo mesmo vírus
que induz o broto crespo em tomateiro, transmitido pela cigarrinha Agallia, e
possivelmente relacionado ao curly top da beterraba dos EUA (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. J.Agronomia (Piracicaba) 2: 295. 1939; (2) Bennett, C.W. & Costa,
A.S. J.Agric.Res. 78: 675. 1949.
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Descrita pela primeira vez em Tremembé, SP, num campo experimental do IB,
em 1939 em fumo Virigina, mostrando manchas cloroticas geralmente acompanhando
nervuras, sem deformaçoes no limbo. Foi transmitido mecanicamente causando
sintomas de faixa-das-nervuras em plantas de fumo (1). Foi identificado como um
isolado do PVY (2).
Ref. (1) Kramer, M. & Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 11: 165. 1940; (2) Costa, A.S. & Forster, R.
Bragantia 2: 55. 1942.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
81
Recuperado de raízes de plantas assintomáticas (fumo e N. clevelandii),
mantidas em estufa, no IAC, SP (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carv , A.M.B. Bragantia 19: CXLVII. 1960.
Tobamovirus
Tobacco mosaico virus (TMV); vírus do mosaico do fumo
No Brasil, descrito pela 1ª vez em S.Paulo, SP em 1936. Sintomas de mosaico
sistêmico, redução de porte. O TMV e altamente estável, de altíssima concentração.
Transmite-se mecanicamente com facilidade, mas não se conhece vetor (1). Sua
presença foi constatada em várias marcas comerciais de fumo desfiado e de corda (2).
Acha-se registrado em AL (3).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biologico 2: 381. 1936; (2) Costa, A.S. & Forster, R. O
Agronômico 1: 252. 1941; (3) Silva, J.N. et al. Fitopatol.Bras. 24: 360.1999.
O
Ocimum basilicum L. (Manjericão) Lamiaceae
Tobamovirus
Tobamovirus não identificado
Partículas alongadas rígidas associadas a manchas amarelas em folhas de
manjericão, em SP (1).
Ref.: (1) Chagas, C.M. & Colariccio, A. Fitopatol.Bras. 18: 278. 1993.
Ocimum campechianum Willd. (Manjericão grande, alfavaca-do-campo)
Lamiaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaic vírus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Plantas de alfavaca-do-campo com sintomas de mosaico foram notadas nas
proximidades de Belém, PA. Ensaios moleculares e biológicos identificaram o agente
causal como um isolado do CMV (1).
Ref.: (1) Carvalho, T.P. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.):286-2. 2013.
Orquídeas (Gêneros variados) Orchidaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cytorhabdovirus
Cytorhabdovirus não identificado
Em Laelia tenebrosa com sintomas de manchas anulares necróticas nas folhas,
foi constatada a presença de um cytorhabdovirus (1).
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 13: 132.1988
Dichorhavirus
Orchid fleck virus (OFV); vírus da mancha da orquídea
Embora “orchid fleck” refira-se a manchas nas folhas, os sintomas localizados
causados pelo OFV é bastante variado (manchas: cloróticas, anelares, necróticas)
dependendo do gênero e espécie. Primeiros trabalhos de microscopia eletrônica
revelaram a presença de partículas em forma de bastonetes curtos no núcleo e
citoplasma e de viroplasma intranuclear em tecidos de orquídeas de vários gêneros
(Aspasia, Bifrenaria, Brassia, Dendrobium, Coelogyne, Encyclia, Hormidium,
Maxillaria, Miltonia, Odontoglossum, Oncidium, Oncidium x Odontoglossum,
Pahiopedilum, Stanhopea e Trigonidium,) exibindo sintomas de mancha anular ou
cloróticas, na coleção do Dept. Genética da ESALQ, Piracicaba, SP. Estes dados
levaram a concluir que os sintomas seriam causados pelo OFV, descrito originalmente
82
no Japão (1). Freitas-Astua (2) em levantamento feito em orquidários comerciais e no
do Dept. Genética da ESALQ incluiu Cymbidium entre os infectados pelo OFV.
Demonstrou-se a transmissão do OFV pelo ácaro tenuipalpídeo Brevipalpus
californicus (Freitas-Astua, J., dados não publicados). Nos estudos sobre comparação de
OFV de diferentes países, Kitajima et al. (3) acrescentaram outros gêneros de orquídeas
infectados pelo OFV como Cattleya, Phalaenopsis e Xylobium. A transmissão do OFV
pelo acaro B. californicus foi também confirmada (4). OFV acha-se registrado no Brasil
nos estados de SP, PR, SC, RS, MG e MS (5).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Phytopathol.Zeit. 81: 280. 1974; (2) Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras.
24: 125. 1999. (3) Kitajima, E.W. et al. J.gen.Plant Pathol. 67 (3):231. 2001; (4) Ferreira, P.T.O. et al.
Fitopatol.Bras. 28: S250. 2003.(5) Kubo, K.S. Tese Dr. USP. e Kubo, KS et al. J gen Plt Pathol 2009.
Potexvirus
Cymbidium mosaic virus (CymMV); vírus do mosaico do Cymbidium
Acha-se relatada a infecção de Cymbidium sp.(mosaico) e Laelia purpurata pelo
CymMV (manchas necróticas) em SP. Identificação foi feita por sorologia e
microscopia eletrônica. Foi também relatada uma infecção mista de CymMV e ORSV
em Cymbidium sp. (1). Sua ocorrência foi constatada em Cattleya e Cymbidium no PR
(2). Em um levantamento amplo feito em orquídarios comerciais e da coleção do Dept.
Genética da ESALQ, Freitas-Astua et al. constataram a presença do CymMV nos
gêneros: Anselliia, Cattleya, Coelogyne, Cymbidium, Dendrobium, Dendrochilum,
Laelia, Oncidium, Phalaenopsis, Psychopsis e híbridos como Brassolaeliocattleya,
Laeliocattleya e Sophrolaeliocattleya (3). Detectado no RJ em Arundina (4)
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. O Biológico 43: 72. 1977; (2) Souto, E.R. et al. Fitopatol. Bras. 16: XXV.1
991. (3); Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras. 24: 125. 1999.(4) Klein, EHS et al. Trop.Plt Pathol
33(supl): S285. 2008.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Descrito em Dendrobium nobile, procedente de Santos, SP. Sintomas de clorose,
mosqueado e manchas esbranquiçadas, nanismo. Ensaios de transmissão e análise dos
sintomas provocados em plantas-teste sugeriram que o agente causal fosse o CMV,
embora não pudesse reinfectar a mesma espécie de orquídea (1).
Ref.: (1) Nóbrega, N.R. O Biológico 13: 62. 1947.
Tospovirus
Tospovirus não identificado
A presença de partículas do tipo tospovírus foi observada em plantas de
Oncidium sp., provenientes de produtor no estado de SP, apresentando mosaico e
manchas cloróticas nas folhas e necrose na haste floral (1). Embora ainda não tenha sido
identificada a espécie, a infcção por tospovírus foi confirmada por RT-PCR com
primers específicos (2)
Ref.: (1) Alexandre et al. Bol. Téc. Inst. Biol., nº25: 69-82, 2012; (2) Rivas et al. Res. do 13º Congr. Bras.
de Floricult. e Plantas Ornam., p. 138, 2001.
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Durante levantamento feito no orquidário do Dept. Genética da ESALQ, foram
encontradas em amostras foliares de plantas do gênero Phaius e Xylobium, com
sintomas de mancha anular, partículas baciliformes curtas e viroplasma citoplasmático
denso, característico de vírus transmitido por Brevipalpus do tipo citoplasmático (1).
Em algumas plantas de orquídea com sintomas típicos de OFV em SP, foram
encontrados efeitos citopáticos típicos de VTB do tipo citoplasmático, ainda não
identificado (2). Foi encontrado também em AM em Arundina (3).
Ref.: (1) ; Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras. 24: 125. 99; (2) Kubo, KS et al. Fitopatol. Bras. 31
(upl): S377. 2006. (3) Rodrigues, JCV et al. Trop Plt Pathol 33: 12. 2008.
83
Tobamovirus
Odontoglossum ringspot virus (ORSV); vírus da mancha anular de Odontoglossum
ORSV foi detectado por sorologia e microscopia eletrônica, em Laelia tenebrosa
(Rolfe) Rolfe com sintomas de manchas anelares e necróticas, em SP (1), em Cattleya
em MG (2) e DF (4). Em um amplo levantamento feito em orquiarios comerciais do
Est.S.Paulo, alem da coleção do Dept. Genética, ESALQ, ORSV foi encontrado nos
seguintes gêneros: Cattleya, Cymbidium, Encyuclia, Epidendrum, Laelia,
Laeliacattleya, Phalaenopsis, Oncidium e Xylobium (3).
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Res.IV Enc.Nac.Virol.p. 217. 1988; (2) Gonzales-Segana,LR. et al.
Fitopatol.Bras. 15: 152.1990; (3) ; Freitas-Astua, J. et al. Fitopatol. Bras. 24: 125. 1999/ (4) Alves,
D.M.T. et al. Vírus Rev.& Res. 9? 253. 2004.
Oryza sativa L. (Arroz) Poaceae
Benyvirus
Rice stripe necrosis virus (RSNV); vírus da faixa necrótica do arroz
Descrição de ocorrência na região central do RS. Identificação feita no CIAT
(1). A confirmar.
Ref (1) Maciel, JLN et al. Fitopatol.Bras. 31: 209. 2006.
Oxalis latifolia Kunth (trevo-azedo) Oxalidaceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Plantas de trevo-azedo com manchas cloroticas e colonizadas por mosca branca
foram encontradas no DF. Técnicas moleculares revelaram a presença de Begomovirus,
com seqüências similares a ToRSV, SiMoV e SiYMV (1).
Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. et al. Summa Phytopathol. 30: 106. 2004.
Oxalis oxyptera Progel (Azedinha-do-brejo) Oxalidaceae
Begomovirus
Abutilon mosaic virus- AbMBV; vírus do mosaico do Abutilon
Plantas de azedinha-do-brejo com sintomas de clorose reticular (yellow net)
foram encontradas no Est.S.Paulo. Concluiu-se que os sintomas seriam causado por um
isolado do AbMBV, disseminado pela mosca branca Bemisia tabaci (1). Foi constatado
também no PR (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 4: 3. 1978; (2) Lima No., V.C. et al. Rev.Setor Cien.Agr.UFPr
4:1. 1982.
P
Panicum maximum Jacq. (Capim colonião) Poaceae
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Mosaico em capim-colonião associado a um potyvirus, não identificado, foi
relatado no MS (1)
Ref.: (1) Silva, M.S. et al. Fitopatol.Bras. 31(supl):S192. 2006.
Paspalum conjugatum Bergius (Capim forquilha) Poaceae
Potyviruis
Potyvirus não identificado
Um mosaico do tipo faixas cloróticas acompanhado ou não de avermelhamento
das folhas foi constatado em 100% de plantas na Est.Exp. Capão Bonito, SP. A
84
microscopia eletrônica revelou a presença de um potyvirus, que não é transmissível por
sementes e não se logrou transmissão mecânica ou com afídeos (1).
Ref.: (1) Vega, J. & Costa, A.S. Fitopatol.brás. 13: 101.1988.
Passiflora edulis Sims. (Marcacujá roxo, maracujá azedo)
P. edulis Sims. f. flavicarpa DEG. (Maracujá amarelo)
P. coccínea Aubl. x P. setacea D.C. (Estrela-do-cerrado)
Passifloraceae
(vírus de Passiflora revisado por J.A.M. Rezende)
Revisão: Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras.11: 409. 1986; Fischer, I.H. & Rezende,
J.A.M. Pest Technology 2: 1. 2008.
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Uma condição referida como “enfezamento”, caracterizado por plantas com
entrenós curtos, folhas de tamanho reduzido e enrugadas, coriáceas e com clareamento
das nervuras, poucas flores e frutos em pomares de maracujazeiro, foi relatada em
algumas zonas produtoras de SE (1). Foi constatado também no RJ (2), RS (3), PR (4),
SP (6), BA (7). Foi demonstrada sua transmissibilidade por enxertia e a associação com
um nucleorhabdovirus, seu possível agente etiológico (5). Detectado no PA (8).
Ref.: (1) Batista, F.A.S. et al. Anais VI Cong.Bras.Frutic. 1408.1981; (2) Kitajima, E.W. et al.
Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (3) Prata, C.H.S. Diss.Mest.UFRGS75p. 1984; (4) Souza, V.B.V. et al.
Rev.Setor Cien.Agr.UFPR 6: 101. 1984; (5) Kitajima, E.W. & Crestani, O.A. Fitopatol.Bras. 10: 681.
1985; (6) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 12: 275. 1987; (7) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol.Bras.24:
350. 1999; (8) Nogueira, M.S.R. et al. Vírus Rev. & Res 11(supl): 187. 2006
Tymovirus
Passionfruit yellow mosaic virus (PFYMV); vírus do mosaico amarelo do
maracujazeiro
Maracujazeiros exibindo sintomas de mosaico amarelo brilhante, reticulado
amarelo e encrespamento nas folhas, foram notadas em Cachoeira do Macacu, RJ. As
plantas afetadas não aparentavam redução no porte; a incidência era baixa. A causa
desta enfermidade foi identificada como sendo um tymovirus, experimentalmente
transmissível mecanicamente e pelo besouro crisomelídeo Diabrotica speciosa (Oliv.).
Círculo de hospedeiras restrito a espécies de Passiflorácea (1). Não há ainda relato de
ocorrência em outras partes do Brasil, mas foi identificado na Colômbia onde foi
caracterizada molecularmente, confirmando ser uma nova espécie de Tymovirus.
Ref.: (1) Crestani, O.A. et al. Phytopathology 76: 951.1986.
Cucumovirus
Cucumber mosaico virus (CMV); vírus da pinta verde do maracujazeiro
CMV em maracujazeiro foi descrito inicialmente no Est.S.Paulo (1, 2) e depois
na BA (3), PR (5) e SE (6). Tem sido encontrado esporadicamente onde esta fruteira e
cultivada. Causa manchas e anéis de coloração amarela intensa e pode redundar em
frutos pequenos e deformados. É disseminado por pulgões tendo sido
experimentalmente demonstrado a transmissão pelo Myzus persicae. Estudos recentes
mostraram que o CMV tem limitado movimento na planta infetada, podendo
desaparecer (4). Sua epidemiologia estaria ligada a vegetação espontânea em meio a
cultura (4).
Ref.: (1) Cereda, E. Summa Phytopathol. 9: 30. 1983, (2) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 10:
118. 1984; (3) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 9: 402.1984; (4) Plant Pathol. 51: 127. 2002; (5)
Barbosa, C.J. et al. Fitopatol. Bras. 24:193. 1999; (6) Gonçalves, L.O. et al. Fitopatol.bas.31 (supl): S340.
2006.
Begomovirus
85
Passion flower little leaf mosaic virus (PLLMV); vírus do mosaico e folhas pequenas
do maracujazeiro
Foram encontradas no município de Livramento de Nossa Senhora, BA, 100%
de infecção de maracujazeiros com sintomas de encarquilhamento, mosaico amarelo,
redução do limbo foliar e do desenvolvimento vegetativo da planta associada a uma
intensa infestação com mosca branca. Ensaios subsequentes (biológicos, sorológicos,
moleculares e microscopia eletrônica) mostraram que ocorria infecção dupla com o
CABMV-P e um begomovírus (1). O begomovírus isolado a partir de transmissão com
Bemisa tabaci, reproduziu sintomas de mosaico e redução foliar tendo sido
caracterizado molecularmente. Sequência de ácido nucleico parcial do DNA-A mostrou
similaridade com outros begomovirus do Novo Mundo. Um vírus similar foi encontrado
em S.Fidelis, RJ. Análises da sequência do genoma indicam 89% de identidade com o
begomovirus causador de mosaico da Sida (SiMoV) (2,3). Estudos moleculares de
isolados de begomovirus encontrados em maracujazeiros em Paragominas (PA) e São
Fidelis (RJ) indicaram que o DNA-A apresentou 90% de similaridade ao Sida mottle
virus (SiMoV), enquanto a sequência de nucleotídeos do isolado de Araguari (MG)
apresentou 96% de similaridade ao Sida micrantha mosaic virus (SimMV). Não foi
possivel a transmissão desses isolados através de Bemisia tabaci biótipo B, embora os
insetos tenham adquirido o vírus.
Ref.: (1) Novaes, Q.S. et al. Fitopatol.Bras. 27: 648. 2002; Plant Pathology 52: 648. 2003.(2) Moreira,
A.G. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl): 2006; (3) Alves, A.C.C.N. et al. Vírus Rev.&Res. 16 (supl.) CDRom.
2011.
Passionfruit severe leaf distortion virus (PSLDV); vírus da deformação foliar severa
do maracujazeiro
Ferreira et al. (2010) descreveram um begomovirus infectando maracujazeiros
na BA. Análise da sequência de nucleotídeos do componente A deste vírus indicou 77%
de similaridade com o DNA correspondente do Tomato chlorotic mottle virus. No caso
do DNA – B a maior porcentagem de identidade foi encontrada com o Tomato spot
yellow vírus (74%) (1).
Ref.: (1) Ferreira et al. Plant Pathology 59: 221. 2010.
Potyvirus
Cowpea aphid-borne mosaic virus P (CABMV-P); vírus do mosaico do caupi
transmitido por afídeo P
Maracujazeiro amarelo com sintomas de mosaico severo e deformação foliar,
encurtamento de entrenós, enfezamento, abortamento floral, frutos deformados e
endurecidos- sintomas similares aos descritos na Austrália para a “woodiness disease”,
encontrado pela 1a vez em Feira de Santana, BA (1) e demonstrado como sendo causado
por um potyvirus sorologicamente relacionado ao Passion fruit woodiness virus (PWV)
descrito na Austrália (2). Em S.Paulo foi registrado pela primeira vez na coleção de
Passifloras da UNESP/Jaboticabal e posteriormente em plantações comerciais (3, 4).
Constatada sua ocorrência em AL (6), DF (7), MG (5), CE (8). PR (9), PA (12), MA
(14). Experimentalmente foi transmitido pelos afídeos Myzus persicae, A. solanella,
Toxoptera citricidus, Uroleucon ambrosiae,U. sonchii (10). Análises moleculares no
gene da proteína capsidial dos isolados brasileiros do potyvirus que causa
endurecimento indicam homologia maior para CABMV do que para o PWV (11, 13).
Plantas transgênicas expressando CP e replicase foram resistentes em condições
experimentais (12, 18). Obteve-se um isolado que causa mosqueado em maracujazeiro e
infeta experimentalmente cucurbitácea (15). Detectado em SE (16). P. suberosa
mostrou-se imune ao CABMV (16). Relatado em SC (17) e MS (19). Encontrada
infecção natural do híbrido P. coccineax P. setacea (estela-do-cerrado) em SP, de
material vegetativo procedente do DF (20). Há relato da ocorrência de CABMV em
86
maracujazais em Humaitá, AM (21). Estudos epidemiológicos indicaram a
predominância de espécies do gênero Aphis como as mais abundantes e portanto,
importantes na disseminação do CABMV em maracujazais no Leste Paulista (22). Foi
detectado no PI (23).
Ref.: (1) Yamashiro, T. & Chagas, C.M. Na. 5o Cong.Bras.Frutic.: 915. 1979; (2) Chagas, C.M. et al.
Fitopatol.Bras. 6: 259. 1981; (3) Cereda, E. Summa Phytopathol. 9: 30. 1983; (4) Chagas, C.M. et al.
Rev.Bras.Fruticult. 14: 187. 1992; (5) São José, A.R. et al. An. 13o Cong.Bras.Frutic.: 797. 1994; (6)
Costa, A.F. et al. Fitopatol.Bras. 19: 226. 1994; (7) Inoue,A.K. et al. Fitopatol.Bras. 20: 479. 1995; (8)
Bezerra, D.R. & Lima, J.A.A. Fitopatol. Bras. 20: 553. 1995; (9) Barbosa, C.J. et al. Fitopatol. Bras. 20:
302. 1995; (10) Costa, A.F. et al. Fitopatol.Bras. 20: 376. 1995; (11) Santana, E.N. et al. Virus Rev. &
Res. 4: 156. 1999; (12) Trindade, D.R. et al. Fitopatol.Bras. 24: 196. 1999; (12) Torres, L.B. et al. Vírus
Rev.& Res. 6: 161. 2001; (13) Nascimento, A.V.S. et al. Fitopatol.Bras. 29: 378. 2004 (14) Belo, R.F. et
al. Fitopatol.Bras. 29: S87. 2004; (15) Gioria, R. et al. Summa Phytopathol. 30: 256. 2004. (16)
Gonçalves, LO et al. Fitopatol.bas.31 (supl): S340. 2006. (16) Nakano, DH et al. Fitopatol.Bras.
31(supl):S325. 2006. (17) Colariccio,A . et al. Trop.Plt.Pathol. 33(supl): S300. 2008; (18) Trevisan, F. et
al. Plant Dis. 90: 1016. 2006; (19) Stangarlin, AP et al. Summa Phytopathol. 37 (supl.) CDRom. 2011;
(20) Mello, APOA et al. Summa Phytopathol 38 (supl.) CDRom 2012; (21) Costa, C.R.X. et al.
Trop.Plant Pathol. 37 (supl.) CDRom 2012; (22) Garcez.R.M. et al. Hemipteran-Plant Interactions
Symposium. Anais... Res.#39. p.11. 2011.; (23) Beserra Jr.,J.E.A. et al. Summa Phytopathol.
39(supl)CDRom 2013.
Cilevirus
Passionfrut green spot virus (PFGSV), vírus da pinta verde do maracujazeiro
Primeira descrição feita em pomares de maracujá amarelo da região de Vera
Cruz, SP. Enfermidade que pode levar à destruição total da plantação. Sintomas de
manchas verdes em frutas maduras, manchas verdes em folhas senescentes e lesões
necróticas nos ramos. Estes ao coalescerem podem anelar o caule e matar a planta. É
transmitido pelo ácaro Brevipalpus phoenicis Geijskes sendo o controle do ácaro nos
estágios iniciais da infestação a única maneira eficiente de controle (1). Acha-se
constatada na BA (2), Triângulo Mineiro, MG (3), MA (4). Ocorre também em
maracujá doce (P. alata) em SP (5). Sequenciado parcialmente (6).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al., Fitopatol.Bras. 22: 555. 1997; (2) Santos Fo., H.P. et al. Virus Rev.&Res.
4: 150. 1999; (3) Takatsu, A. et al. Fitopatol.Bras. 25: 332. 2000; (4) Moraes, F.H.R. et al.
Fitopatol.Bras. 31: 100. 2006; (5) Chagas, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 29: S148. 2004 (6) AntonioliLuizon, R. Tese MS ESALQ. 2010.
Vírus isométrico não classificado
Purple granadilla mosaic virus (PGrMV); vírus do mosaico do maracujá roxo
Sintomas de mosaico leve, clareamento das nervuras-tipo “line pattern”, redução
de porte e eventual endurecimento dos frutos. Os sintomas se manifestam mais nas
épocas frias. Descrito apenas num pomar de Cotia, SP. Transmite-se mecanicamente
(1). Induz um efeito citopático característico- material fibrilar no interior de
mitocôndrias. Partículas isométricas, ca. 30 nm ocorrem em alta concentração nos
tecidos (2). Experimentalmente foi transmitido pela vaquinha Diabrotica speciosa
Germ. Os vírions teriam apenas uma proteína na capa, de 35,5 kDa e o genoma seria
um ssRNA de 1,8 mDa. Foi purificado tendo-se produzido antissoro. Não se pode
demonstrar relação sorológica com pelo menos 33 outros vírus isométricos (3). Sua
posição taxonômica ainda não foi determinada.
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Fitopat.Bras. 9: 241. 1984; (2) Veja, J. & Chagas, C.M. Fitopatol.Bras. 8:
621. 1983; (3) Oliveira, C.R.B. et al. Fitopatol.Bras. 19:455. 1994.
Pavonia spp. (Pavônia) Malvaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil begomovirus- (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
87
Mosaico em pavônia coletada em Araruama, RJ e Louveira, SP. O agente causal
foi considerado o mesmo da clorose infecciosa das malváceas (=AbMBV) (1).
Ref.: (1) Silberschmidt,K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.
Pelargonium hortorum L.H. Bailey (Gerânio) Geraniaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Plantas de gerânio com manchas anelares foram encontradas associadas à
infestação com ácaros Brevipalpus phoenicis em SP. Em seus tecidos foram
encontradas partículas de vírus do tipo citoplasmático, dos transmtidos por ácaros
Brevipalpus (1).
Ref.: (1) Nogueira et al. Summa Phytopathol. 29: 278. 2003.
Pennisetum purpureum Schum. (Capim Elefante) Poaceae
Potyviridae
Elephant grass mosaic virus (EGMV); vírus do mosaico do capim elefante
Plantas de capim elefante com sintomas de mosaico foram coletadas no
município de Sta. Helena, PR associadas à infecção por um potyvirus. O vírus foi
transmitido mecanicamente para capim elefante e algumas outras gramíneas, mas não
por afídeos o que sugere não pertencer ao gênero Potyvirus. Foi purificado produzindose um anti-soro. Ensaios sorológicos não demonstraram relações com vários outros
potyvírus de gramíneas (1).
Ref.: (1) Martins, C.R.F. & Kitajima, E.W. Plant Dis. 77: 726. 1993.
Johnson grass mosaic vírus (JGMV), vírus do mosaico de johnsongrass
Plantas desta gramínea com sintomas de mosaico, coletadas na Bahia, indicaram
estar infetadas pelo JGMV através de ensaios de transmissão e moleculares (1).
Ref.: (1) Silva, K.N. et al. Plant Dis. 97: 1003. 2013.
Peperomia caperata Yunck (Peperômia-marrom) Piperaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV detectado em plantas de peperômia-marrom comercializadas em Lavras,
MG., apresentando folhas apicais deformadas, cloróticas ou mosqueadas, além de
nervuras parcialmente necrosadas. A identificação foi realizada mediante ensaios
biológicos, sorológicos e microscopia eletrônica (1).
Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Fitopatol. Bras. 21: 422. 1996
Peperomia obtusifolia A.Dietrich (Peperômia) Piperaceae
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Tymovirus
Eggplant mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da berinjela
Peperômias exibindo sintomas de anéis concêntricos avermelhados nas folhas
foram encontradas em um jardim residencial em S.Paulo, SP. Ensaios de transmissão
mecânica, por besouros crisomelídeos, sorológicos e microscopia eletrônica indicaram
um tymovirus, que reage sorologicamente com Eggplant mosaic tymovirus, tido como
agente causal. Estudos moleculares confirmaram a identidade do vírus como um isolado
do EMV (1).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Summa Phytopathol. 29: 313. 2003.
Petroselinum sativum L. (Salsa) Apiaceae
88
(revisado por Ligia M.L. Duarte)
Potyvirus
Celery mosaic virus (CeMV); vírus do mosaico do salsão
Infecção natural de salsa pelo CeMV, com sintomas de mosaico amarelo.
Identificação feita por ensaios biológicos, sorológicos e microscopia eletrônica m SP
(1).
Ref. : (1) Novaes, Q.S. et al. Fitopatol.Bras. 22:340. 1997.
Petunia x hybrida Hort. Ex-Vilm. (Petúnia) Solanaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Tymovirus
Petunia vein banding virus- (PetVBV); vírus da faixa das nervuras da petúnia
Petúnias, procedentes de Gramado/ RS, com sintomas de faixa das nervuras,
mosaico e bolhosidades, demonstraram estar co-infectadas com um caulimovírus e
tymovírus, por microscopia eletrônica. O tymovírus induz faixas das nervuras e foi o
único que pode ser transmitido, tendo sido caracterizado como uma nova espécie (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Plant Dis. 84: 739-742. 2000.
Caulimovirus
Petunia vein clearing virus (PVCV); vírus do clareamento das nervuras da petúnia
Petúnias mostrando sintomas de faixa-das-nervuras, mosaico e bolhosidades,
procedentes de Gramados, RS, estavam co-infectadas por um tymovírus e caulímovirus,
segundo microscopia eletrônica. O caulimovírus foi inicialmente identificado como
PVCV (1) e posteriormente como Cauliflower mosaic virus por sorologia (2, 3).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Summa Phytopathol. 19: 48. 1993; (2) Alexandre et al. Fitopatol. Bras.
22: 330, 1997; (3) Alexandre et al. Virus Reviews & Research 2: 189, 1997.
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Manchas cloróticas e necróticas, clareamento de nervuras nas folhas jovens.
Registrado em SP (1)
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hortic. Ornamental 11: 49-57, 2005.
Tobamovirus
Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo
Tobamovírus encontrado infetando naturalmente petúnias ornamentais no Est.
estado de São Paulo, causando mosaico amarelo e deformação foliar. Foi transmitido
experimentalmente para Petunia integrifolia, Gomphrena globosa, tomateiro e Zinnia
elegans resultando em infecção sistêmica.m Análise da seqüência da capa protéica
indicou tratar-se de TMV (3 1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. J. Phytopath. 148: 601-607, 2000.
Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen
brasileira) Amaranthaceae
(Fáfia, corango-sempre viva, Ginseng
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Pfaffia mosaic virus (PfMV); vírus do mosaico da fáfia
Sintomas de mosaico, redução no limbo e porte na planta medicinal Pfaffia
glomerata, observados numa coleção da UENF (Campos, RJ). O agente causal foi
identificado como sendo um potyvírus de limitado círculo de hospedeiras, infectando
apenas Chenopodium amaranticolor e C. quinoa, e transmissível por afídeos. Foi
purificado e um anti-sôro antissoro específico foi produzido. Análise da seqüência de
nucleotídeos de parte de seu genoma mostra ser um potyvírus distinto dos descritos com
relação sorológica e filogenética distante ao PVY (1).
Ref. : (1) Mota, L.D.C. et al. Plant Pathology 53: 368. 2004.
89
Phaseolus lunatus L. (Feijao-de-Lima, Fava) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Uma das sementes de feijão-de-lima procedente de Jataí, GO, oriundas de
plantas com sintomas de mosaico amarelo germinou com sintomas de mosaico leve nas
folhas primárias. Ensaios realizados com este material indicou que ocorrera infecção por
um isolado do CPSMV, serotipo IV (1).
Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatol. Bras. 16: XXV. 1991.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Registro de sintomas de mosaico em feijão-de-lima, causado pelo CMV, no CE
(1).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Santos, C.D.G. Fitopatol.Bras.10: 304. 1985*.
Begomovirus
Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro
Comum em plantios comerciais de feijoeiro-de-lima. Primeira descrição em SP
(1). Sintomatologicamente similar ao mosaico dourado em feijoeiro. Pode servir de
reservatório do BGMV para o feijoeiro (2). Transmitido por mosca branca (1).
Constatado no CE (2), AL e PE (4)
Ref.: (1) Ref.: Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972;
(2) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 11: 10. 1976; (3) Lima, J.A.A. Fitopatol.Bras. 10: 694. 1985*.(4)
Silva, SJC et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl): S249. 2006.
*Hospedeira, faveira, esta erroneamente denominada de Vicia faba.
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Constatado no DF plantas de feijão-de-lima com sintomas de mosaico amarelo.
Logrou-se infectar experimentalmente feijoeiro ‘Rosinha’, no qual se detectou potyvirus
por microscopia eletrônica (1). Possivelmente corresponde à identificação do agente
causal como CABMV feita em amostras procedentes de Itambé e Terezinha, PE, feita
através de ensaios biológicos e sorológicos (2).
Ref.: (1) Costa, C.L. et al. Fitopatol. Bras. 16: XXVII. 1991/ (2) Andrade, G.P. et al. Fitopatol.Bras. 26:
511. 2000.
Phaseolus vulgaris L. (Feijoeiro) Fabaceae
Revisão: Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972;
Comovirus
Bean rugose mosaic virus (BRMV); vírus do mosaico-em-desenho do feijoeiro
De ocorrência rara tendo sido descrito inicialmente no Est.S.Paulo. Sintomas de
faixa-das-nervuras em desenhos geralmente simétricos de cada lado do folíolo, sem ser
acompanhado por encrespamento ou rugosidade. A planta não fica seriamente afetada.
É causado por um vírus isométrico de 30 nm, de alta concentração, transmitido
naturalmente pelas vaquinhas. Experimentalmente é transmitido com facilidade por vias
mecânicas, mas não passa pelas sementes (1). Produz um efeito citopático característico,
de cristais formados pelos vírions no citoplasma das células infectadas (2). Já foi
purificado produzindo-se anti-sôro. Foi encontrado no DF (3), PR (6), GO (7) e MG (8).
Há relato de sua ocorrência na cultura da soja, causando sintomas de mosaico. Ensaios
imunológicos mostraram ser um isolado do BRMV descrito na América Central (4).
Infecções precoces podem induzir perdas da ordem de 60% na produção (5).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972; (2) Camargo, I.J.B. et al.
Fitopatol.Bras. 1:207. 1976; (3) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 5: 408. 1980; (4) Lin, M.T. et al.
90
Fitopatol.Bras. 6: 293.1981; (5) Sperandio, C.A. Diss.Mestr., UnB, 57p. 1982; (6) Bianchini, A. et al.
Fitopatol.Bras. 10: 307. 1985; (7) Anjos, JRN et al., Fitopatol.Bras. 11: 391. 1986; (8) Torres, L.B. et al.
Vírus Rev.& Res. 8: 195.2003.
Cowpea severe mosac virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Constatou-se no DF infecção natural de feijoeiro cv. ‘Roxinho’ pelo CPSMV,
causando clareamento das nervuras e manchas cloróticas sistêmicas, irregulares e
pequenas, embolhamento nas folhas novas. Ensaios sorológicos identificaram este
isolado como um novo sorotipo- IV (1).
Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 7: 275. 1982.
Carlavirus
Cowpea mild mottle virus (CPMMV); vírus do mosqueado suave do caupi
Constatado em Campinas, SP e Londrina, PR na cv. ‘Jalo’. Carlavirus
transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. Em folhas novas, este vírus causa
clorose das nervuras ou internerval e pode ser acompanhado por faixa verde das
nervuras. Nas folhas mais velhas, mosaico em forma de manchas angulares amarelas,
limitadas pelas nervuras. Estes sintomas são referidos como mosaico angular. O vírus
causal é considerado relacionado ou idêntico ao CPMMV (1,2) o que foi comprovado
por ensaios sorológicos (3). Foi purificado (4).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Res.1º Sem.Pragas e Doenças Feijoeiro.p.8. 1980; (2) Costa, A.S. et al.
Fitopatol.Bras. 8: 325.1983; (3) Gaspar, J.O. et al. Fitopatol.bras 10: 195. 1985; (4) Gaspar, J.O. et al.
Fitopatol. Bras. 18: 554. 1993.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Feijoeiro com folhas pequenas, lisas e com síntomas de mosaico. O agente
causal foi identificado como CMV, em amostras procedentes de Cruzeiro d`Oeste,PR
(1). O CMV em feijoeiro foi constatado também no Est.S.Paulo produzindo sintomas do
tipo faixa-das-nervuras, ligeira malformação foliar e pouca alteração no crescimento (2).
Acha-se também registrado em Caruarú, PE (3).
Ref. (1) Silberschmidt, K. O Biológico 29: 117. 1963; (2) Costa, A.S. et al. Fitopatologia (Lima)
11: 10. 1976; (3) Costa, C.L. et al. Fitopatol.Bras. 11: 359. 1986.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
De rara ocorrência, o nó-vermelho do feijoeiro é uma condição causada pelo
isolado brasileiro do TSV. Relatado em SP. Plantas infectadas mostram vários tipos de
necrose (pontos, anéis, riscas) em folha, pecíolos e hastes. Surge avermelhamento na
região do nó e pode redundar na morte da planta. Esta sintomatologia é mencionada
como “nó-vermelho” (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972.
Tospovirus
Bean necrotic mosaic virus (BNMV); vírus do mosaico necrótico do feijoerio
De rara ocorrência. Descrito no Est.S.Paulo (1), DF (5) e RJ (4) . Sintomas de
mosaico, acompanhados por necrose. O mosaico lembra aquele induzido pelo BCMV
sem rugosidade e embolhamento. A necrose sistêmica é em forma de pintas, manchas e
anéis que lembra necrose causado por atrito. Podem surgir manchas nas vagens e
plantas infectadas tem produção reduzida (1). O agente causal é um Tospovirus (3), uma
nova espécie, diferente de TSWV e outros, que causam apenas lesões locais, sem se
tornarem sistêmicos em feijoeiro manteiga, quando inoculado mecanicamente (2). Foi
caracterizado molecularmente revelando ser um tospovirus distinto dos conhecidos, e
com similaridades ao recém descrito vírus, nos EUA, associado à necrose das nervuras
da soja (Soybean vein necrosis associated vírus- SVNaV) (6).
Ref.: (1) Costa, A.S. Bragantia 16: XV. 1957; (2) Costa, A.S. et al. Anais I Simp. Bras. Feijão
(Campinas). P. 305. 1972; (3) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Ciencia e Cultura 25: 1174.1973; (4)
91
Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (5) Costa, C.L. et al. Fitopatol.Bras. 11: 370. 1986; (6)
Oliveira, A.S. et al., Virus Gene 43: 385. 2011.
Begomovirus
Abutilon mosaic virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
Relatado pela primeira vez por Costa & Forster em SP (1). As plantas afetadas
tem grande redução no porte. Plantas novas infeadas mostram folhas basais de tom
verde-escuro, e as novas, são menores mostrando ocasionalmente sintomas de mosaico
e os folíolos se curvam para baixo. A produção pode ser nula. Infecção de plantas
adultas resulta em sintomas de mosaico, encrespamento, redução do tamanho das folhas
e entrenós na brotação nova. Houve transmissão pela semente, mas não mecanicamente.
A virose seria causada pelo AbMBV, disseminada pela mosca branca Bemisia tabaci(23). Infecções naturais não excedem 2-5% (4). No PR verificou-se superbrotamento
causado pelo AbMBV (5).
Ref.: Costa, A.S. & Forster, R. O Biologico 7: 177. 1941; (2) Costa, A.S. Phytopathol. Zeit. 24: 97. 1955;
(3) Costa, A.S. FAO Plant Protection Bull. 13: 1. 1965; (4) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão
(Campinas). P. 305. 1972; (5) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 76.1983.
Bean golden mosaic virus (BGMV); vírus do mosaico dourado do feijoeiro
Descrito inicialmente em 1965 no Est.S.Paulo (1), como tendo importância
limitada, tornou-se o principal problema fitossanitário da cultura do feijão após 1970,
quando a expansão da cultura da soja aumentou dramaticamente a população da mosca
branca (Bemisia tabaci) vetora. Certos campos atingiam 100% de infecção e induzir
perdas significativas (3) ocorrendo praticamente em todas áreas produtoras de feijão do
país. Infeta também outras leguminosas como feijão lima e azuki. Sintomas de mosaico
dourado ou reticulado amarelo. Há redução drástica de porte e infecções precoces a
produção fica seriamente afetada. Não tem sido encontrada resistência varietal, embora
haja cultivares tolerantes. Difere do BGMV descrito na América Central pelo fato de
não ser transmissível mecanicamente. Contudo, a inoculação do vDNA foi possível
através de método biolístico (5). Diversas leguminosas nativas e cultivadas podem
servir como reservatórios do vírus (2). Tem sido controlado pelo uso de cultivares
tolerantes e, principalmente, zoneamento da cultura (4). Infecção de feijoeiro pelo
BGMV confere proteção quase absoluta contra infecção pelo AbMBV (3). Linhagens
mais resistentes ao BGMV foram selecionadas (5). Já se obtiveram plantas transgênicas
que expressam genes virais e que manifestam resistência em escala comercial (6).
Ref.: (1) Costa, A.S. FAO Plant Protection Bull. 13: 1. 1965; (2) Costa, A.S. et al. Anais I
Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972; (3) Costa, C.L. & Cupertino, F.P. Fitopatol. Bras. 1: 18.
1976; (3) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 9: 53. 1983; (4) Vicente, M. et al. O Biológico 51: 147. 1985;
(5) Bianchini, A. Fitopatol.Bras. 19: 329. 1994; (6) Aragão, F.J.L. et al. J.Biotechnology 166: 42. 2013..
Euphorbia mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da eufórbia
Rara ocorrência. Relatado em SP. Distorções, repuxamentos foliares causadas
por manchas cloroticas induzidas pela infecção natural pelo EupMV transmitido pela
mosca branca Bemisia tabaci.
Ref.: Costa, A.S. FAO Plant Protection Bull. 13: 1. 1965.
Macroptilium yellow spot vírus (MaYSV); vírus da mancha amarela de Macroptilium
Caracterizaram-se biológica e molecularmente isolados de MaYSV detectados
em feijoeiros em PE, SE e AL. Feijoeiros infetados exibem mosaico dourado (1).
Ref.: (1) Almeida,K.C. et al. Abst.7th Intl.Geminivirus Symp. P.60. 2013.
Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha
Uma variante do SmMV causando mosaico dourado foi encontrada em campos
de produção em GO (1)
Ref: (1) Fernandes, NAN et al. Trop Plt Pathol 34(supl): S270. 2009.
Potyvirus
Bean common mosaic virus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeiro
92
O primeiro relato formal deste vírus no Brasil foi feito por Costa & Forster (1)
em SP, que notram sua ocorrência, desde 1936, em campos experimentais do IAC
afetando quase todos os cultivares ensaiados. Os sintomas são de mosaico, comumente
com áreas cloróticas entre as nervuras e rugosidade das folhas. O vírus é disseminado
pelas sementes e por afídeos. Experimentalmente transmite-se mecanicamente.
Feijoeiros com fator de hipersensibilidade do tipo Corbett Refugee (praticamente
imunes) expostos a um potencial de inoculo muito grande podem exibir necrose-de-topo
seguida de morte (2). Presente em quase todas regiões produtoras de feijão (1, 3, 5). Um
isolado do BCMV causa sintomas de mosaico-em-manchas amarelas, caracterizada
pelo aparecimento de manchas amarelas do tipo aracnóideo nas folhas inoculadas e nas
que se infetam sistemicamente. Não seria transmissível pela semente mas deve ser por
pulgões. Este isolado foi recuperado de fedegoso (4).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. O Biologico 7: 177. 1941. (2) Costa, A.S. et al. Res.1º Simp.Feijao.
1971; (3) Siqueira,O. et al. Rev.Bras.Fitopat. 4: 69. 1971; (4) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão
(Campinas). P. 305. 1972; (5) Boari, A.J. & Figueira, A.R. Fitopatol. Bras. 17: 178. 1992.
Bean yellow mosaic virus (BYMV); vírus do mosaico amarelo do feijoeiro
A primeira menção sobre BYMV no Brasil deu-se em um trabalho comparando
aspectos citopatológicos deste e do BCMV, mas havia sido notada junto com o mosaico
anão em 1941, em SP. O mosaico causado é de um amarelo mais intenso, não tanto
quanto o mosaico dourado; rugosidade e encrespamento das folhas; redução de porte.
Há isolados severos, necróticos como os isolados de amendoim. É transmitido por
pulgões, mas não pelas sementes. Ocorrência mais rara. Pode infectar naturalmente,
amendoim, soja e gladíolo. É um potyvirus como o BCMV, mas distinto;
citopatologicamente costuma induzir inclusão nuclear cristalina.
Ref.: Costa, A.S. & Forster, R. O Biológico 7: 177. 1941; Camargo, I.J.B. et al. Bragantia 27:
409. 1968; Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). P. 305. 1972.
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Infecção natural de feijoeiro ‘BT2’ pelo CABMV-P, em MG, causando sintomas
de mosaico, em plantios feitos na proximidade de maracujazais infectados. Identificação
feita por ensaios biológicos e sorológicos (1).
Ref.: (1) Maciel, S.C. et al. Summa Phytopathol. 30: 110.2004.
Potyvirus do grupo Pisum não identificado
Mosaico em folhas novas e médias, em placas cloróticas irregulares. Não houve
redução de porte. Encontrado em amostras provenientes de Tremembé, SP. Considerado
como tendo sido causado por um vírus do grupo do vírus do Pisum (1). Não houve
relatos posteriores.
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Nobrega, N.R. O Biologico 8: 129. 1943.
Sobemovirus
Southern bean mosaic virus (SBMV); vírus do mosaico do feijoeiro do sul dos EUA
SBMV foi detectado pela primeira vez no DF, em plantas praticamente
assintomáticas da cv. ‘Rico 23’, que em ensaios de retroinoculação produziram
sintomas de leve mosaico na cv. ‘Jalo’. Microscopia eletrônica revelou a presença de
partículas isométricas e ensaios sorológicos identificaram o vírus como SBMV (1).
Demonstrou-se sua transmissão pelos besouros crisomelídeos Diabrotica speciosa
(Germ) e Cerotoma arcuata (Oliv.) (2). Foi constatado em plantios comerciais no PR
(3). Estudos moleculares de um isolado de SP indicaram ser o isolado brasileiro
essencialmente similar ao norte-americano (4,5).
Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Plant Dis. 66: 741. 1982; (2) Silveira Jr., W.G. et al. Fitopatol. Bras. 8:
625. 1983; (3) Gasparin, M.D.G. et al. Fitopatol.Bras. 27: S205. 2002; (4) Moreira, A.E. & Gaspar, J.O.
Fitopatol.Bras. 27: 292. 2002.(5) Ozato Jr., T et al. Virus Rev&Res 11(supl):190. 2006.
93
Phenax sonneratii (Poir) Wedd. (Erva-de-Sant’Ana) Urticaceae
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
Plantas de erva-de-Sant’Ana com sintomas de clareamento das nervuras e
manchas cloróticas angulares no limbo foliar foram encontradas nos arredores de
Santos, SP. Foi transmitido por enxertia. O agente causal foi considerado do grupo da
Clorose infecciosa (AbMBV)(1).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. Phytopathology 38: 395. 1948.
Physalis angulata L. (Canapú) Solanaceae
Crinivirus
Tomato chlorosis vírus (ToCV); vírus da clorose do tomateiro
Canapú com sintomas de clorose internerval foram observadas em Capão
Bonito, SP. Os sintomas foram reproduzidos em ensaios de transmissão com mosca
branca e análises moleculares confirmaram a presença de um isolado do ToCV (1).
Ref.: (1) Fonseca, M.E.N. et al. Plant Dis. 97: 692. 2013.
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Canapú com sintomas de mosqueado foram ncontrado em campo experimental
do CNPH, Brasília, DF. Análises molecurares detectaram um possível Begomovirus (1).
Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Fitopatol.Bras. 28: S2437. 2003.
Potyvirus
Potato vírus virus (PVYo); vírus Y da batata
Há o registro de um caso de imosaico severo em canapú, causado pelo PVY em
Mairiporã, SP (1).
Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Summa Phytopathol 36(supl): 047.CDRom.2010.
Tobamovirus
Tobamovirus não identificado
Durante um levantamento de viroses na região de Manaus, AM, foram
encontradas plantas de canapú, parte da vegetação espontânea, com sintomas de
mosaico. Exames ao microscópio eletrônico detectaram a presença de tobamovirus (1),
mas não houve trabalhos posteriores para sua identificação.
Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 6: 532. 1981.
Physalis floridana Rydberg. (Joá-de-capote) Solanaceae
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento das folhas da batata
Isolado do PLRV que causa topo amarelo em tomateiro foi recuperado de
plantas de joá-de-capote com sintomas de clorose em SP. Pode servir como fonte de
inóculo para tomateiro (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62,p.34.
Physalis peruviana L. (Fisalis) Solanaceae
Tospovirus
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomate
Sintomas de mosaico observados em plantio comercial de fisalis em Santa
Maria, RS. O agente causal foi identificado como TCSV (1).
Ref. (1) Eiras, M. et al. New Disease Rept. 25: 25. 2012..
Physalis sp., Solanaceae
Begomovirus
94
Physalis yellow spot vírus (PhYSV), vírus da mancha amarela de Physalis
Begomovirus considerado espécie distinta encontrada em plantas de Physalis sp.
em AL, porém sem caracterização biológica (1).
Ref.: (1) Nascimento, L.D. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.):195-196. 2013.
Phytolacca decandra L. (P. americana) (Carurú-do-campo) Phytolaccaceae
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); virus Y da batata
Infecção natural de carurú-de-campo pelo PVY, sem menção da sintomatologia.
Constatada no Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Piper callosum Ruiz & Pav. (Elixir-palegórico) Piperaceae
Dichorhavirus
Dichorhavirus não identificado
Planta de elixir-paregórico com manchas cloróticas nas folhas foi encontrada nos
arredores de Manaus, AM. Em tecidos das manchas foram observados efeitos
citopáticos do tipo nuclear, dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1).e
Ref.: (1) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop Plt Pathol 33: 12. 2008.
Piper nigrum L. (Pimenta-do-reino) Piperaceae
Dichorhavirus
Dichorhavirus não identificado
Em amostras procedentes de Tome-Açú, PA, exibindo manchas cloróticas em
folhas foi constatada a presença, por microscopia eletrônica, de efeitos citopáticos do
tipo nuclear, causado por virus transmitido por ácaros Brevipalpus (1).
Ref.: (1) Yamashita, S. et al. Summa Phytopathol. 30: 68. 2004.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Sintomas de mosaico em folhas, redução de entre-nós, nanismo, cachos
pequenos e mal-formados, redução de produção. Constatado inicialmente no PA (1,2), e
posteriormente em SP (3) e ES (4). Transmissão experimental pelo pulgão Aphis
gossypii. Em um dos isolados do ES foi constatada a presença de RNA satélite (5).
Ref.:(1) Caner, J. O Biológico 35: 185. 1969; (2) Costa, A.S. et al. IPEAN, Ser. Fitotecnia 1: 1. 1970; (3)
Caner, J. & Ikeda, H. O Biológico 38: 93. 1972; (4) Maciel-Zambolin, E. et.al. Fitopatol.Bras. 15: 220.
1990; (5) Boari, A.J. et al. Fitopatol.Bras. 25: 143. 2000.
Badnavirus
Piper yellow mottle virus (PYMoV); vírus do mosqueado amarelo da pimenteira
Algumas pimenteiras da coleção de germoplasma da Embrapa Amazonia
Oriental, em Belém, PA, apresentaram sintomas de mosqueado clorótico e claremento
das nervuras, sintomas distintos daqueles causados pelo CMV. Exames ao microscópio
eletrônico indicaram a presença de badnavirus, indicando que estas plantas estariam
infectadas pelo PYMOV, que é disseminado por cochonilhas (1). Ensaios moleculares
confirmaram a identidade do vírus como um badnavirus (2).
Ref.: (1) Albuquerque, F.C. et al. Fitopatol.Bras. 25: 36. 1999; (2) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol.Bras. 25:
438. 2000.
Pisum sativum L. (Ervilha) Fabaceae
Cytorhabdovirus
Cythorhabdovirus não identificado
Plantas de ervilha com sintomas de mosqueado clorótico e redução de
crescimento em Itapecerica da Serra, SP. Constatou-se co-infecção com um potyvirus
95
não identificado com um cytorhabdovirus. Este foi transmitido mecanicamente para
Nicotiana glutinosa e Datura stramonium. Exames ao microscópio eletrônico
permitiram a detecção de partículas do tipo rhabdovirus e em secções, estas partículas
estavam presentes no citoplasma. Não houve trabalhos posteriores para sua
identificação (1).
Ref.: (1) Caner, J. et al. Summa Phytopathol. 2: 264.1976.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Em um plantio comercial de ervilha, cv. ‘Mikado’ em Dourados, MS, foi
coletado uma planta como mosaico e rosetamento (encurtamento de entrenós e
deformação foliar). Ensaios biológicos, sorológicos e moleculares e microscopia
eletrônica indicaram que o agente causal doi um isolado de CMV, similar ao descrito
em pimenta-do-reino (1).
Ref.: (1) Dusi, A.N. et al. Fitopatol.bras 17: 286. 1992.
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
A infecção de ervilhas, no DF, por um isolado de TSWV, resultou na queima
dos brotos e manchas pardas nas vagens. Folhas baixeiras exibiam mosqueado, e nos
ramos, ocorriam riscas necróticas. Sintomas mais severos na cv. ‘Triofin’ que na
‘Mikado’ (1).
Ref.: (1) Reifschneider, F.J.B. et al. Trop.Pest Managem. 35:304.1989.
Potyvirus
Bean yellow mosaic virus (BYMV); virus do mosaico amárelo do feijoeiro
Mosaico em ervilha, supostamente causado pelo virus do mosaico da ervilha
(Pea mosaic potyvirus- atualmente é considerado isolado do BYMV), foi descrito no PR
(1).
Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984.
Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão
Ocorrência de mosaico amarelo na cv. ‘Torta de Flor Roxa’ em ervilha cultivada
comercialmente, no DF. O agente causal foi identificado como um isolado do BiMV
(1).
Ref.: Nagata, T. et al. Fitopatol. Bras. 20: 473. 1995.
Pea seedborne mosaico virus (PSbMV); vírus do mosaico da ervilha transmitido pela
semente
Plantas da cv. ‘Trifofin’ com sintomas de mosaico e deformação foliar,
procedentes de Dourados, MS e do DF, mostraram-se estar infectadas pelo PSbMV. A
identificação foi feita através de ensaios biológicos,microscopia eletronica e sorologia
(1).
Ref.: (1) Dusi, A.N. et al. Fitopatol. Bras. 19: 219. 1994.
Tospovirus
Plumbago auriculata LAM. (BELA EMILIA) Plumbaginaceae
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Plantas de bela Emília com manchas cloróticas nas folhas foram encontradas em
um jardim de Atibaia, SP, associadas a infestação com ácaros Brevipalpus. Microscopia
eletrônica demonstrou a ocorrência de efeitos citoplasmáticos do tipo citoplasmático, de
vírus transmitido por Brevipalpus (1).
Ref.: (1) Freitas-Astua, J. et al. Summa Phytopathol. 30: 80. 2004.
Pogostemum patchouly PELLET (Patchulí) Lamiaceae
Cytorhabdovirus
Cytorhabdovirus não identificado
96
Demonstração da presença de um Cytorhabdovirus em tecido foliar de patchulí,
com sintomas de mosaico, em plantas da coleção da S. Plantas Aromáticas do IAC, em
Campinas, SP (1). Constatado também em SE (2)
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 4: 55. 1979; (2) Boari, AJ et al. Fitopatol.Bras. 31
(supl): S322. 2006.
Potexvirus
Patchuli X virus (PatVX); vírus X do patchulí
Potexvirus encontrado co-infetando patchuli com poty- e rhabdovirus e
aparentemente causando infecção latente em material da coleção do IAC, SP. Teria
relações com Argentine plantago vírus (1). Causou infecção sistêmica quando inoculado
experimentalmente em fumo e Datura stramonium, e lesões locais em Gomphrena
globosa. Estudos comparativos da seqüência parcial da capa proteica mostraram
diferenças significativas com outros potexvirus (2).
Ref.: (1) Meissner Fo., P.E. et al. Fitopatol.Bras.22: 569. 1997; (2) Ann.Appl.Biol. 141: 267. 2002.
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Detecção de um potyvirus não identificado, por microscopia eletrônica e
transmissão mecânica a algumas plantas teste, em plantas com sintomas de mosaico,
procedentes da coleção da S. Plantas Aromáticas do IAC, SP, e também de campos de
produção de Belém, PA (1) e em SE (2).
Ref.: (1) Gama, M.I.C.S. et al. Fitopatol.Bras. 4: 113. 1979; (2) Boari, AJ et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl):
S322. 2006.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
Foi constatada infecçao sistêmica assintomática de patchulí, procedente da
coleçao da S. Plantas Aromáticas do IAC, SP,por um isolado do TNV (1).
Ref.: Gama, M.I.C.S. et al. Phytopathology 72: 529. 1982.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão
Sintomas de aneis cloróticos e concentricos e linhas amarelas foram observados
em folhas de patchulí, obtidas por cultura de meristema, mas estaqueadas em solo não
esterilizado,no DF. Ensaios subseqüentes demonstraram que os sintomas resultaram da
infecção natural do patchulí pelo PepRSV, através de solo contendo nematóides do
gênero Paratrichodorus (1).
Ref.: (1) Gama, M.I.C.S. et al. Fitopatol.Bras. 8: 395. 1983.
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. (Arnica-de-praia) Asteracea
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Plantas de arnica-de-praia foram ncontradas em Nova Odessa, SP, com sintomas
de mosqueado amarelo. Um nucleorhabdovirus não identificado foi detectado por
microscopia eletrônica (1).
Ref. (1) Alves,ACCN et al. Summa Phytopathol. 34: 375. 2008.
Portulaca oleracea L. (Beldroega) Portulacaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Curtovirus, possível
Brazilian tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomateiro
Sintomas de intumescência ou protuberâncias das nervuras, folhas recurvadas e
certa paralisação do crescimento foram descritos em folhas de beldroega em Campinas,
SP. Estes sintomas foram considerados similares àqueles causados pelo “curly top” da
beterraba. Foi transmitido pela cigarrinha Agallia albidula Uhl.; não se conseguiu
97
transmissão mecânica. O agente causal é tido como um isolado do broto crespo do
tomateiro, específico de beldroega (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: XIX. 1960.
Potexvirus
Alternanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico da Althernathera
Um potexvírus foi detectado em amostras de beldroega procedente de São José
do Rio Preto/ SP com sintomas de mosaico (1). Este vírus foi posteriormente
identificado como AltMV (2).
Ref: (1) Tomomitsu, A.T. et al. Virus Rev. & Res. 11 (supl.): 192. 2006; (2) Alexandre, M.A.V. et al.
Rev. Bras. Hort. Ornam. 16: 95, 2010.
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Beldroega crescendo espontaneamente como invasora podem exibir sintomas de
lesões cloróticas ou ligeiramente necróticas nas folhas e redução de porte. Em
inoculações experimentais podem surgir manchas cloróticas ou anelares locais e depois
sistêmicas. De plantas do campo sintomáticas, ensaios de recuperação indicaram
consistentemente a presença de Tospovirus e assim, a beldroega pode servir como
reservatório natural deste vírus (1). Foi constatado também no PR (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: XXI. 1960; (2) Lima No., V.C. et al. Rev. Setor
Cien. Agr. UFPr 4: 1. 1982.
Prunus persica (L) Batsch. (Pessegueiro) Rosaceae
Ilarvirus
Prunus dwarf virus (PDV); vírus do nanismo de Prunus
PDV foi detectado em pomares comerciais e na coleção de germoplasma da
Embrapa/CAPACT de pessegueiros no RS, através de TAS-ELISA (1).
Ref.: (1) Daniels, J. et al. Fitopatol. Bras. 19: 329. 1994.
Prunus necrotic ringspot virus- (PNRSV); vírus da mancha anular necrótica da ameixa
PNRSV e PDV detectados em pessegueiros exibindo mancha anelar em várias
regiões do RS através de ensaios sorológicos (1).
Ref.: (1) Maciel, S.C. et al.. Fitopatol.Bras. 27: S209. 2002.
Prunus persica (L.) Batsch. var. nucipersica (Suckow) C.K. Schneid (Nectarina)
Rosaceae
Ilarvirus
Prunus dwarf virus (PDV); vírus do nanismo de Prunus
PDV detectado em plantas de nectarina durante trabalho de certificação de
matrizes, por sorologia,no RS (1).
Ref.: (1) ) Daniels, J. Fitopatol.Bras. 24: 195. 1999.
Prunus salicina Lindl. (Ameixeira) Rosaceae
Ilarvirus
Prunus necrotic ringspot virus (PNRSV); vírus da mancha anular necrótica de Prunus
PNRSV foi detectado em folhas de ameixeira foram observadas no Est. S.Paulo,
nas cvs. Roxa de Itaquera e Satsuma com 100% de infecção assintomática. Houve
transmissão deste vírus apenas por enxertia para ameixeiras e pessegueiros causando em
alguns o aparecimento de tênues linhas cloróticas formando desenhos simétricos.
Inoculação mecanica causou lesões locais em pepino, Chenopodium quinoa, Nicotiana
glutinosa e caupi (1). Detectado no RS em programa de certificação de ameixeiras, por
sorologia (2).
Ref.: (1) Betti, J.A. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 44. 1974; (2) .: (1) Daniels, J. Fitopatol.Bras. 24: 195.
1999.
98
Psidium guajava L. (Goiabeira) Myrtaceae
Caulimovirus
Caulimovírus não identificado
Partículas do tipo caulimovirus foram detectadas em secções de folhas de
goiabeira exibindo mosaico amarelo procedente de Monte Aprazível, SP. Houve
reprodução dos sintomas em plantas inoculadas por enxertia (1).
Ref.: (1) Gaspar, J.O. et al. Fitopatol.Bras. 18: 289. 1993.
Psiguria triphylla (Miq.) C. Jeffrey- Cucurbitaceae
(revisado por J.A.M. Rezende)
Potyvirus
Papaya ringspot virus W (PRSV-W); vírus do mosaico do mamoeiro W
Plantas exibindo mosaico e deformação foliar foram encontradas em um pomar
de maracujazeiro na Estação Experimental da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF.
Análises feitas nas amostras mostraram que os sintomas resultavam da infecção por um
isolado do PRSV-W (1).
Ref.: (1) Nakano, D.H. et al. Plant Pathology 57: 398. 2008.
Psilanthus ebracteolatus Hiern.- Rubiaceae
Dichorhavirus
Coffee ringspot virus (CoRSV); vírus da mancha anular do cafeeiro
Durante levantamentos feitos no banco de germoplasma de Coffea do Centro Café/IAC,
Campinas, SP, foram encontradas plantas de P. ebracteolatus, uma espécie de rubiácea
próxima do gênero Coffea com manchas anulares nas folhas. Análises ao mic.eletrônico
e RT-PCR indicaram que os sintomas se deviam à infecção pelo CoRSV (1).
Ref.: (1) Kitajima, EW et al. Sci.Agric. 68: 503. 2012.
Psophocarpus tetragonolobus (L.) DC (Feijão-de-asa) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Infecção natural do CPSMV em feijao-de-asa em um plantio experimental no
INPA, Manaus, AM, causando sintomas de mosaico.
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 4: 519. 1979.
Pueraria sp. (Kudzu) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Plantas de kudzu com sintomas de mosaico foram constatadas em Igararé-Açú,
PA. Ensaios biológicos e sorológicos indicaram tratar-se de uma infecção natural por
um isolado do CPSMV, sorotipo I (1).
Ref.: (1) Nogueira, M.S.R. et al. Vírus Rev.& Res. 7: 156. 2002.
Pyrus communis L. (Pereira), Rosaceae
Foveavirus
Apple stem pitting virus (ASPV); vírus do estriamento do ramo da macieira
Detectado por RT-PCR em tempo real no RS (1).
Ref.: (1) Nickel, O. & Fajardo, T.V.M. Trop.Plt.Pathol. 39: 28-29. 2013.
Nanovirus
Nanovirus não identificado
99
Foram encontradas em Viçosa, MG, pereiras com nanismo clorótico, brotação
fraca e ramos secos. Análises moleculares associaram à condição um possível
nanovirus, ainda não identificado (1).
Ref.: (1) Basso, M.F. et al. Abst.7th Intl.Geminivirus Symp. P.56. 2013.
R
Raphanus raphanistrum L. (Nabiça) Brassicaceae
Luteovirus
Beet western yellows virus (BWYV)
Nabiça com sintomas de amarelecimento das folhas baixeiras e clorose marginal
foram encontradas em SP. O agente causal foi transmitido de maneira persistente pelo
pulgão Myzus persicae Sulz., devendo possivelmente representar um isolado do Beet
western yellows polerovirus (BWYV) (1, 2).
Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974; (2) Costa, A.S. Summa Phytopathol. 6: 28. 1980.
Potyvirus
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Sintomas de mosaico constatado em nabiça, em SP. O vírus causal foi
transmitido por pulgões e identificado como isolado do TuMV (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974.
Raphanus sp. (rabanete selvagem) Brassicasseae
Nucleorhabdovirus
Nucleorhabdovirus não identificado
Detecção por microscopia eletrônica, de nucleorhabdovirus em Datura
stramonium inoculado com amostras de rabanete selvagem com sintomas de
amarelecimento, coletado em Limeira, SP. É possível que seja o vírus do amarleo
necrótico do brócolos (Brócolis necrotic yellow nucledorhabdovirus- BNYV) descrito
nos EUA. Sem informações adicionais (1).
Ref.: (1) Kitajima,E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras.4: 55. 1979.
Rhoeo discolor (L’Her) Hance (=Tradescantia spathacea Sw. ) (Trapoeraba-açu,
Cordoban) Commelinaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Trapoeraba-açú com sintomas de leve mosqueado foi encontrado em jardins do
DF. Microscopia eletrônica detectou potyvírus. Não se conseguiu transmissão
experimental (1).
Ref.: Rodrigues, M.G.R. & Kitajima, E.W. Fitopatol. Bras. 6: 533. 1981.
Tobamovirus
Tobamovirus não identificado
Infecção de trapoeraba-açú por um tobamovírus não identificado. Descrito em
SP (1).
Ref. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95-100. 2010.
Rosa spp. (Roseira) Rosaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Ilarvirus
Apple mosaic virus (ApMV) (= Rose mosaic vírus); vírus do mosaico da macieira
100
Primeira descrição de mosaico em roseiras no Brasil feita em 1940 por Kramer,
nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro tanto em porta-enxertos como plantas
enxertadas. Sintomas de faixas cloróticas ao longo das nervuras, e eventualmente
clareamento das nervuras. Foi transmitido por enxertia, mas não mecanicamente. Foi
observado também em roseiras do grupo de híbridos de Chá, do Inst. Biológico, com
sintomas referidos como mosaico amarelo, com manchas amareladas nítidas em trechos
das nervuras secundárias e ao longo das margens do limbo foliar. Há também manchas
amareladas alongadas e descontínuas nas hastes. Assume-se que seja um isolado do
ApMV (1, 2).
Ref.: (1) Kramer, M. Rev. da Agricultura (Piracicaba) 15: 301. 1940; (2) Kramer, M. O Biológico 6: 365.
1940.
Prunus necrotic ringspot virus- (PNRSV); virus da mancha anelar necrótica de Prunus
PRNSV detectado em folhas e pétalas de roseira com sintomas de mosaico, em
Atibaia e São Paulo, SP (1).
Ref: (1) Alexandre, MAV et al. Trop. Pl. Pathol. 34(supl): S274. 2009.
Rubus spp. (Amora-preta) Rosaceae
Nepovirus
Tomato ringspot virus (ToRSV); vírus da mancha anular do tomate
Isolado de ToRSV foi encontrado infetando Rubus spp. coletado em Vacaria,
RS, causando sintomas de mosaico. Ensaios de transmissão mecânica a Chenopodium
quinoa e sorologia indicaram que elas estavam infectadas pelo isolado ToRSV-PYBM
(1).
Ref.: (1) Nickel, O. et al. Vírus Rev.& Res. 8: 189. 2003.
Ruellia chartacea (T. Anderson) Wash. (Ruélia) Acanthaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Dichorhavirus
Dichorhavirus não identificado
Constatou-se a presença de efeitos citopáticos em manchas verdes em folhas de
ruélia, observadas em Manaus, AM, do tipo causado por vírus transmitido por ácaros
Brevipalpus do tipo nuclear (1).
Ref.: (1) Rodrigues, J.C.V. et al. Trop. Plant Pathol. 33: 12. 2008.
Ruta graveolens L. (Arruda) Rutaceae
Vírus não identificado
Em um experimento de transmissão da tristeza no Inst.Biológico, SP, foram
inoculadas por enxertia, plantas de Ruta graveolens e uma delas exibiu sintomas de
mancha anular. Na mesma época foi trazida do Jardim Botânico de Buenos Aires,
Argentina, estacas de R. graveolens exibindo sintomas similares. Ensaios realizados
com este material indicou que o agente é transmissível por enxertia e meios mecânicos
(temperatura de inativação- 60 C) para a mesma espécie. Contudo, a identificação e
caracterização deste possível vírus não foram concluídas (1).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biológico 12: 219. 1946.
S
Saccharum officinarum L. (Cana-de-açúcar) Poaceae
(revisado por Marcos C. Gonçalves)
Revisão: Gonçalves, M. C. Doenças causadas por vírus. In: Dinardo-Miranda, L.L. et al. (Org.). Cana-deAçúcar. 1 ed. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 2008, v. 1, p. 451..
Badnavirus
101
Sugarcane bacilliform virus (SCBV)
Com o uso de microscopia eletrônica de imunoadsorção, foram detectadas
partículas baciliformes do tipo badnavírus em infecção assintomática em cana-deaçucar, no Est.S.Paulo (1, 2), e AL (3).
Ref.: (1) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras.16: XXVI.1991.(2) Gonçalves, M. C. Doenças causadas por vírus.
In: Dinardo-Miranda L.L. et al. (Org.). Cana-de-Açúcar. 1 ed. Campinas: Instituto Agronômico de
Campinas, 2008, v. 1, p. 450; (3) Jordão, L.J. et al. Trop.Plt. Pathol. 39: 198. 2013.
Polerovirus
Sugarcane yellow leaf virus (ScYLV); vírus do amarelinho da cana-de-açucar
A doença conhecida como “amarelinho”, em cana-de-açucar, especialmente na
variedade SP 71-6163 causou grande preocupação no final da década de 1990,
provocando grandes perdas na cultura no Est. S. Paulo (1). Os principais sintomas
variam no tipo e principalmente na intensidade, de acordo com a variedade
infectada.Em cvs. mais suscetíveis como a SP 71-6-6163, a nervura central das folhas
apresenta amarelecimento na face abaxial, seguido do limbo foliar; as folhas mais
velhas, sextaou sétima a partir do ápice, apresentam coloração avermelhadda na face
adaxial da nervura central e, posteriormente, perda de pigmentação no limbo foliar,
seguida de necrose do tecido. Raízes e colmos apresentam crescimento reduzido com
prejuízos significativos na produção (7). O agente causal foi identificado como um
polerovirus transmitido por pulgões (1,2,4). O vírus foi purificado revelando partículs
isométricas de 25 nm em diâmetro (3). O vírus infecta o floema causando alterações
metabólicas na planta infectada. A doença foi controlada com uso de cvs. resistentes
(1,6,12). Porém, atualmente, ScYLV encontra-se endêmico no país, não havendo dados
sobre possíveis perdas nas novas variedades de cana-de-açucar em uso (8).
Ref.: (1) Vega, J. et al. Plant Dis. 81/21. 1997; (2) Maia, I.G. et al. Arch.Virology 145: 1009.
2000; (3) Gonçalves, M.C. & Veja, J. Fitopat.Bras. 22: 335. 1997; (4) Lopes, J.R.S. et al. Fitopatol.Bras.
22: 335. 1997;; (5) Gonçalves, M.C. et al. European Journal of Plant Pathology, 108: 401. 2002; (6)
Gonçalves, M.C. et al. Vírus Rev.& Res. 7: 26. 2002; (7) Gonçalves, M.C. et al. Fitopatol.Bras. 30: 10.
2005; (8) Gonçalves, M. C. Doenças causadas por vírus. In: Dinardo-Miranda, L.L. et al. (Org.). Cana-deAçúcar. 1 ed. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 2008, v. 1, p. 450. 2008; (9) Gonçalves,
M.C. & Veja, J. Fitopatol.Bras. 32: 50. 2007; (10) Vasconcelos, A.C.M. et al. Functional Plant Sci. &
Biotechnol. 3: 31. 2009; (11) Gonçalves, M.C. Trop.Plant Pathol. 35: 54. 2010; (12) Gonçalves et al.
Functional Plant Science & Biotechnology 6: 108. 2012.
Potyvirus
Sugarcane mosaic virus (SCMV); vírus do mosaico da cana-de-açúcar
Mosaico (áreas verde-claras/amarelas/brancas alternadas com o verde normal)
em cana-de-açúcar foi uma das primeiras viroses descritas no país na década de 1920.
Teria sido introduzido em 1920 nas variedades POJ 36, 213 e 218. Ocorre em todas
regiões canavieiras do país (SP, PR,GO, PE,AL, RJ) (1-5, 11, 14, 16). Milho e sorgo
são hospedeiras naturais e podem ser usados como plantas indicadoras (7). Causa
perdas significativas nas variedades nobres, mas a introdução de resistência via
melhoramento genético clássico tem solucionado o problema (8, 12,13). Em decorrência
do surgimento de novas estirpes severas do vírus nos últimos anos, tanto em cana
quanto em milho, a substituição de variedades e híbridos tem ocorrido com maior
frequência. É um potyvirus disseminado por afídeos. Isolados do SCMV tem sido
encontrados em outras plantas (capim limão, milho, sorgo) (6, 10). Estudos moleculares
indicam que os isolados brasileiros encontrados tanto em cana como milho são muito
similares ao isolado australiano Brisbaine. Contudo há estirpes locais nas duas culturas
(1, 16, 17).
Ref.: (1) Costa Lima, A. Chácaras e Quintais 34: 30. 1926; (2) Bitancourt, A.A. Rev.Agricult.
(Piracicaba) 1: 22. 1926; (3) Camargo, T.A.O. Casa Genoud, Campinas. 1926; (4) Vizioli, J. Officinas da
Gazeta, Piracicaba. 1926; (5) Caminha, A.F. Brasil Assucareiro 7: 209. 1936; (6) Costa, A.S. et al.
Bragantia 10: 301. 1950; (7) Costa, A.S. & Penteado, M.P. Phytopathology 41: 114. 1951; (8) Matsusoka,
102
S. & Costa, A.S. Pesq.Agropec.Bras. 9: 89. 1974; (9) Sanguino, A. & Moraes, V.A.
Bol.Tecn.Coopersucar 27: 32. 1984; (10) Pinto, F.J.A. & Bergamin Fo., A. Fitopatol.Bras. 10: 300. 1985;
(11) Gonçalves, M. C. Fitopatol.Bras. 29: S129. 2004; (12) Gonçalves, M.C. et al. . Fitopatol.Bras. 32:
32..2007; (13) Barbosa, A.A.L. et al. Fitopatol.Bras. 32:345. 2007; (14) Gonçalves, M.C. Summa
Phyopathol. 36 (supl.) CDRom. 2010; (15) Gonçalves, M.C. et al. Trop.Plant Pathol. 35: 54. 2010; (16)
Gonçalves, M.C. et al. Pesq.Agropec.Bras. 46: 362. 2011; (17) Gonçalves, M.C. et al. Functional Plant
Sci. & Biotechnol. 6: 108. 2012.
Salvia leucantha Cav. (Salvia branca) Lamiaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Manchas verdes em folhas senescentes de sálvia branca foram observadas em
jardim residencial em Piracicaba, SP associadas a infestação com ácaro B. phoenicis.
Exames ao microscópio eletrônico revelaram efeitos citopáticos do tipo citoplasmático
dos vírus transmitidos por Brevipalpus (1). O vírus foi denominado Salvia green spot
virus. Comprovou-se a transmissão por Brevipalpus (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 29: 53. 2003; (2) Kitajima, E.W. & Ferreira, P.T.O. et
al. Fitopatol.Bras. 28: S250. 2003.
Salvia splendens Ker Gawl. (Alegria-de-jardim) Lamiaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potexvirus
Althernanthera mosaic virus- AltMV; vírus do mosaico de Althernanthera
Um mosaico em alegria-do-jardim, amostrado em São José do Rio Preto, SP, foi
atribuído ao AltMV (1, 2).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Trop. Pl Pathol. 33(supl): S231. 2008; (2) Alexandre, M.A.V. et al.
Rev.Bras.Hort.Orn. 16: 95-100. 2010
Cucumovirus
Cucumber mosaic cucumovirus- CMV; vírus do mosaico do pepino
Nanismo, mosaico e deformação foliar, constatado em plantas de alegria-dojardim, no Est. S.Paulo. O agente causal foi identificado como um isolado do CMV (1).
Ref. (1) Kudamatsu, M. et al. Summa Phytopathol. 7: 3. 1981.
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Um begomovírus, distinto molecularmente de outros descritos, foi associado a
um mosaico amarelo em salvia em Viçosa, MG (1). Testes preliminares mostraram que
o vírus não foi transmitido mecanicamente, não havendo contudo, ensaios biológicos
que comprovem-no como seu agente etiológico (1).
Ref.: (1) Krause, R. et al. Fitopatol.Bras. 23: 318. 1998.
Schefflera actinophylla (Endl.) Harms (Arvore-guarda-chuva) Araliaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Badnavirus
Schefflera ringspot virus (SRV); vírus da mancha anular de Schefflera
Folhas de árvore guarda-chuva ostentando manchas cloróticas anelares foram
notadas no estacionamento do aeroporto de Cumbica em Guarulhos, SP. Observações
ao microscópio eletrônico e ensaios de PCR detectaram um badnavírus associado aos
sintomas (1). Provavalemente seria um isolado de um badnavírus descrito em
Schefflera.
Ref.: (1) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol. Bras. 28: S247. 2003.
Cilevirus
Cilevirus não identificado
103
Plantas de S. actinophylla com manchas anulares verdes em folhas senescentes
foram observadas no campus da ESALQ, Piracicaba, SP, associadas a infestação com
ácaro tenuipalpideo Brevipalpus phoenicis (1), em cujos tecidos ocorrem efeito
citopatico do tipo citoplasmático (2). Experimentalmente logrou-se reproduzir os
sintomas em plantas sadias usando ácaros coletados de plantas afetadas (J.C.V.
Rodrigues & E.W. Kitajima, dados não publicados). A enfermidade foi também
constatada em Campinas, SP. Comprovou-se sua transmissão pelo ácaro B. phoenicis
(3).
Ref.: (1) Kitajima, E.W.et al. Virus Rev.& Res. 4: 148. 1999; (2) Kitajima, E.W. et al. Expt. Appl.
Acarol. 30: 135. 2003; (3) Ferreira, P.T.O. et al. Fitopatol. Bras. 28: S250. 2003.
Scutellaria sp. (Escutelaria) Lamiaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potexvirus
Alternanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico da Alternanthera
Constatação de que um mosaico em escutelaria, observado em São José do Rio
Preto, SP, era causado pelo AltMV (1, 2).
Ref.: (1) Alexandre, MAV et al. Trop. Plt Pathol. 33(supl): S231. 2008; (2) Alexandre, M.A.V. et al.
Rev.Bras.Hort.Orn. 16: 95-100. 2010.
Senecio douglasii DC (Cinerária) Asteraceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Tospovirus
Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do
crisântemo
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Plantas de cinerária com sintomas de clorose das nervuras, deformação foliar,
necrose e arqueamento do ápice caulinar procedentes de São Roque, SP, mostraram
estar infectadas com TSWV (1). Numa outra amostragem, constatou-se infecção dupla
pelo TSWV e CSNV (2).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol. Bras. 20: 346. 1995; (2) Alexandre, M.A.V. et al. Summa
Phytopathol. 25: 353.1999
Senna macranthera (Collad.) H.S. Irwin & Barnedy (ver Cassia macranthera)
Senna occidentalis (L.) Link (=Cassia occidentalis L.) (Fedegoso) Fabaceae
Potexvirus
Senna Vírus X (SeVX)- vírus X de Senna
Em amostra com sintomas de mosaico em fedegoso, coletada em Tupã, SP,
constatou-se a presença de um potexvirus. Os sintomas foram reproduzidos por
inoculação mecânica, que também causou lesões locais em Chenopodium quinoa, C.
amaranticolor e Nicotiana benthamiana. Não houve transmissão por sementes. Em
testes preliminares houve reação com antisôros para PVX e WCMV e é possivelmente
um novo potexvírus (1).
Ref.: (1) Giampan, J.S. et al. Fitopatol.Bras. 29: S211. 2004.
Potyvirus
Bean common mosaic virus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeriro
Isolados que produzem mosaico-em-manchas-amarelas em feijoeiro foram
recuperados de fedegoso de campo, com sintomas de mosaico, em SP (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Anais I Simp.Bras.Feijão (Campinas). p.305. 1972.
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); virus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
104
Um mosaico em fedegoso foi identificado no CE como sendo causado por um
isolado do CABMV (1).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. & Gonçalves, M.F.B. Fitopatol.Bras. 13: 365. 1988.
Soybean mosaic virus (SMV); vírus do mosaico da soja
Um mosaico em fedegoso, no PR, foi identificado como sendo causado por um
isolado do SMV (2). Um presumível potyvirus encontrado em fedegoso no DF talvez
seja também SMV, embora não houvesse reagido sorologicamente com este vírus (1).
Ref.: (1) Santos, O.R. et al. Fitopatol.Bras. 16: XXXVIII. 1991; (2)Almeida, A.M.R. et al. Fitopatol.Bras.
27: 151. 2002.
Sesamum indicum L. (Gergelin) Pedaliaceae
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Relato da ocorrência de infecção natural de gergelim por tospovirus no
Est.S.Paulo (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942.
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi trasmitido
por afídeo
Mosaico em gergelim causado pela infecção natural por um isolado do CABMV
foi relatado no CE (1).
Ref.: (1) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 16: 60. 1991.
Sicana odorífera Naudin (croá); Cucurbitaceae
Potyvirus
Zucchini yellow mosaic vírus (ZYMV), vírus do mosaico amarelo da abora zucchini
Plantas exibindo sintomas de bolhosidades, deformação foliar, encarquilhamento
e leve mosaico foram encontrados emum plantio experimental da UFMG. Ensaios de
transmissão e sorologia indicaram infecção pelo YMV (1).
Ref.: (1) Rocha, F.D.S. et al. Trop.PltPathol. 38 supl.376-1. 2013.
Sida spp;. (Guanxuma) Malvaceae
Sida acuta Burm., S. carpinifolia (L.) K.Schum.; S. rhombifolia L., S. glaziovii
K.Schum., S. cordifolia L. S. micrantha St.Hill., S. urens L., S. Bradei Ulbricht, S.
spinosa L.
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Infecção natural de S. spinosa por um tospovírus não identificado, em SP,
causando manchas cloróticas irregulares e deformação foliar (1).
Ref.:(1) Pavan, M.A. et al. Fitopatol.Bras. 17: 186. 1992.
Begomovirus
Abutylon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do abutilon
A primeira descrição de mosaico dourado em guanxuma foi feita em S.Paulo,
SP, por Silberschmidt (1). Verificou a não-transmissibilidade mecânica ou por sementes
e obteve trasnmissão por enxertia (Abutylon para Abutylon e para Sida concluindo que
os vírus que infetam estes gêneros seiram essencialmente os mesmos. Demonstrou-se
experimentalmente que a mosca branca Bemisia tabaci transmite este vírus (2). Logrouse sua transmissão mecânica a partir de S. rhombifolia e S. micrantha para Malva
parvifolia (3,4). Assim, cloroses/mosaico amarelo de malváceas silvestres foram
considerados causados por isolados do AbMBV. Descrito em PE (5).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 14: 105. 1943; (2) Orlando, A. & Silberschmidt, K.
Arq.Inst.Biol. 16: 1. 1946; Costa, A.S. Phytopathol.Zeit. 24: 97. 1955; (3) Silberschmidt,K. & Tommasi,
105
L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955; (4) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol.Zeit. 37: 259.
1960; (5) Lima, G.S.A. et al. Virus Rev.& Res. 6: 158.B 2001.
Begomovirus recentemente caracterizados molecularmente
Sida golden mosaic virus (SiGMV-BZ); vírus do mosaico dourado da Sida
Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha
Sida mottle virus (SiMoV); vírus do mosqueado da Sida
Com recursos oferecidas pela biologia molecular, tem sido possível detectar em
Sida spp. e numerosas outras plantas uma grande variedade de espécies de
begomovírus, alguns com caracterização aceita pelo ICTV, e outros, no aguardo
(principalmente, a complementação das propriedades biológicas destes vírus). Como
nem sempre será possível acessar as mesmas amostras anteriormente estudadas, nas
quais o vírus presente era identificado como AbMBV, esta questão permanece em
aberto e para fins de registro histórico, assim será mantido. Nesta nova era, foi
caracterizado a partir de plantas de Sida rhombifolia com sintomas de mosaico,
begomovirus distinto de outros relatados, com base na seqüência do nt se seus genomas
(1-3). Um isolado de do mosaico de Sida micrantha foi isolado de tomate e
caracterizado como tal molecularmente. Foi demonstrado ser transmissível
mecanicamente a algumas hospedeiras solanáceas a amarantácea, mas não de que infeta
Sida (4). Detectado no RJ em tomateiro (5). Um begomovirus detectado em maracujá,
mosaico e folha pequena (Passion fruit little leaf mosaic) tem 98% de similaridade com
SiMoV) (6).
Ref.: (1) Fernandes, A.V. et al. Fitopatol.Bras.23: 316; (2) Virus Rev.& Res. 4(supl.1): 148. 1999; (3)
Contin, F.S. et al. Vírus Rev.& Res. 8: 194. 2003; (4) Calegario, R.F. et al. Fitopatol.Bras. 29: S150.
2004.(5) Paula, M.B. et al. Fitopatol.Bras.32 (supl): S197. 2007 (6) Moreira, A.G. et al. Fitopatol.Bras. 31
(supl): 2006.
Begomovirus não identificado
Detecção de S. rhombifolia e S. spinoa infectados por begomovirus ainda não
identificado em AL (1). Detectado em S. cordifolia L. em SP (2)
Ref.:(1) Assunção L.P. et al. Planta Daninha 24: 239. 2006. (2) Barbosa, J.C. et al. Summa Phytopathol.
33 (supl): 92.
Begomovirus não confirmado
Sida yellow leaf curl virus (SiYLCV); vírus do ncarquilhamento amarelo das folhas de
Sida
SuYLCV foi Isolado de Sida rhombifolia em Coimbra, MG (1).
Ref.: (1) Castillo Urquiza, GP et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.
Sida common mosaic vírus (SiCmMV); vírus do mosaico comum da SidaSiCmMV foi Isolado de Sida micrantha em Coimbra, MG (1)
Ref.: (1) Castillo-Urquiza, GP et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.
Sidastrum micranthum (St.Hill.) Fryxel (Mela veludo) Malvaceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Um begomovírus não identificado, causando mosaico em mela-veludo foi
relatado em AL (1).
Ref (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006.
Sinapsis alba L. (Mostarda) Brassicaceae
Caulimovirus
Cauliflower mosaic virus (CaMV); virus do mosaico da couve flor
Relato da ocorrência do CaMV causando mosaico em mostrada no PR (1).
Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9:403. 1984.
Potyvirus
106
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Plantas de mostarda com sintomas de mosaico foram observadas em Vassouras e
Itaguai, RJ. O vírus causal foi identificado como TuMV (1). Constatação similar foi
feita no PR (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (2) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol. Bras.
9:403. 1984.
Sinningia speciosa (Lodd.) Hiern. (Gloxínia) Gesneriaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Tospovirus
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
CSNV constatado em amostras de gloxínia procedentes de Arujá, SP, exibindo
sintomas de manchas anelares cloróticas e necróticas nas folhas, manchas necróticas
irregulares ou riscas, deformações e descoloração das flores. Identificação do vírus feita
por ensaios biológicos e sorológicos (1).
Ref.: (1) Yuki, V.A. et al. Fitopatol.Bras. 26: 517. 2001.
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
TSWV detectado em gloxínia em SP (1). Sintomas e procedência não são
mencionados.
(1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hortic. Ornam. 11: 49-57, 2005.
Tospovirus não identificado
Tospovírus detectado em gloxínia apresentando folhas com
acompanhando as nervuras e deformação (1). Procedência não mencionada.
necrose
Ref. : (1) Alexandre, M.A.V. et al. Plantas Ornamentais - Guia de sintomas causados por bactérias,
fungos e vírus. 24p. 2003.
Solanum aculeatissimum Jacq.(= S. ciliatum LAM. ) (Arrebenta-cavalo) Solanaceae
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); Vírus do enrolamento da folha da batata
Constatou-se infecção natural de arrebenta-cavalo pelo PLRV em SP, sem
menção a sintomas. Esta planta pode ter assim papel na epidemiologia do PLRV para
plantas cultivadas (batata, tomate, etc.) já que cresce frequentemente ao seu redor (1,2).
Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Fitopatol. Bras. 17: 156. 1992; (2) Souza Dias, J.A.C. & Costa, A.S.
Res. VI Enc.Nac.Virol. 176.1992.
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); virus Y da batata
Infecção natural de arrebenta-cavalo, causando mosaico, por um isolado do
PVY, em SP (1,2).
Ref.: (1) Kudamatsu, M. & Alba, A.P.C. Summa Phytopathol. 5: 15. 1979; (2) Vicente, M. et al.
Fitopatol.Bras. 4: 73. 1979.
Solanum atropurpureum Schrank (Joá bravo) Solanaceae
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Plantas de joá-bravo com síntomas de faixa das nervuras e pontuações
cloróticas, arqueamento foliar foram encontradas no campus da USP, S. Paulo, SP.
Ensaios posteriores determinaram o agente causal como PVY (1).
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Phytopathol.Zeit. 90: 147. 1977.
Solanum gilo Raddi (Jiló) Solanaceae
Comovirus
Andean potato mottle virus (APMoV); vírus do mosqueado da batata andina
107
Infecção natural de jiló peloAPMoV, resultando em sintomas de mosqueado nas
folhas, constatado no RJ (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984.
Tospovirus
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro
TCSV detectado em amostras de jiló procedente de S.José dos Campos, SP, com
sintomas de vira-cabeça (1). Uma alta incidência foi constatada em plantios comerciais
de Taiaçú, SP (2).
Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.brs. 25: 439. 2000; (2) Rabelo, L.C. et al. Fitopatol.Bras. 27: 105.
2002.
Solanum lycocarpum St.Hill. (Fruta-do-lobo, lobeira) Solanceae
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Registro da Infecção natural de fruta-do-lobo pelo PVY em MG, sem menção a
sintomas (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Solanum lycopersicon L. (Tomateiro)
(revisado por A.K. Inoue-Nagata)
Revisão: Costa, A.S. et al. Boletim do Campo 183: 8. 1964; Costa, A.S. & Nagai,H.
Guia Rural 2: 150. 1966; Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974;
Tymovirus
Egg plant mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da berinjela
Tomateiros com encrespamento, mosqueado clorótico e necrose esbranquiçada
foram encontrados em Itaquaquecetuba, SP. O agente causal foi identificado como um
isolado do EMV (1) que foi purificado (2) e caracterizado molecularmente e
sorologicamente (3). Experimentalmente foi transmitido por Epitrix fallada Bech (4) e
Diabrotica speciosa Oliv.(5), Epicauta atomaria (6). Detectado em tomatais de Caxias
do Sul, RS (7).
Ref.: (1) Chagas, C.M. et al. Arq.Inst.Biol. 42: 157. 1975; (2) Alba, A.P.C. et al. Summa Phytopathol. 3:
131. 1977; (3) Barradas, M.M. Tese Dr., USP. 161p. 1983; (4) Salas, F.J.S. et al. Res.6ª
Reuní.An.Inst.Biol.. p.34. 1993; (5) Res.Virologica PO-4-02. 1993; (6) Res.5o Enc.Nac.Virol.p.85. 1990
(7) Colariccio, A et al. Summa Phytopathol. 34(supl): S80. 2008.
Tomato blistering mosaic vírus (ToBMV); vírus do mosaico e embolhamento do
tomate
Em um plantio comercial de tomateiro em Sta.Catarina foram encontradas
plantas com sintomas de mosaico severo, distorção foliar e embolhamento nas folhas. O
vírus foi transmitido a plantas teste e ensaios de RT-PCR indicaram que ocorria uma
infecção por tymovirus, e a análise das sequências revelaram que seria um tymovirus
novo, e tentativamente designado de ToBMV (1).
Ref.: (1) Oliveira, V.C. et al. Virus Genes 46:190. 2013.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Virose de incidência baixa, causada pelo CMV, transmitido por afídeos. Nas
plantas afetadas, as folhas superiores apresentam redução do limbo, às vezes sua
ausência completa; há redução de porte da planta e da sua produtivade (1).s ua
incidência tornou-se rara no Est.S.Paulo (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Summa Phytopathol. 9: 37. 1983
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Infecção natural de tomateiros pelo TSV, causando malformação das folhas.
Primeira constatação em Itatiba, SP. Houve transmissão do TSV pelas sementes.
108
Ref.: Costa, A.S. et al. Bragantia 20: CVII. 1961; Cupertino, F.P. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 50. 1969.
Crinivirus
Tomato chlorosis vírus (ToCV); vírus da clorose do tomateiro
Detectado pela primeira vez no Brasil, em Sumaré, SP, no ano agrícola 2006/7
(1). Detectado no ES (2). Um vírus transmitido por mosca branca, causando
amarelecimento internerval de partículas alongadas, descrita em plantios comerciais de
tomateiro em Campinas, SP, provavelmente resultaria da infecção pelo ToCV (3).
Confirmou-se a ocorrência do ToCV em mais cinco estados: BA, ES, GO, MG e RJ (4).
Detectado no DF (5). Logrou-se a transmissão experimental pela mosca branca
Trialeurodes vaporariorum (6). Análise molecular indica que os isolados brasileiros
seriam próximas aos gregos (7).
Ref. (1) Barbosa, J.C. et al. Plant Dis.92, 1709. 2008.(2) Costa, H.S. et al. Trop Plt Pathol 35(supl):
S185.2010; (3) Pavan, M.A. et al. Summa Phytopathol. 25: 36. 1999; (4) Barbosa, J.C. et al. Trop.Plant
Pathol. 36: 256. 2011; (5) Nogueira, I et al. Trop.Plant Pathol. 36 (Supl.) CDRom. 2011; (6) Freitas et al.
checar! Summa Phytopathol. 37 (supl.) CD Rom. 2011; (7) Albuquerque L.C. et al. Trop.Plt.Pathol.
38(supl.):332. 2013.
Tospovirus
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo
Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro
Tomato spotted wilt tospovirus (TSWV)
A síndrome conhecida como “vira-cabeça” do tomateiro é uma das viroses mais
destrutivas. O nome deriva do fato de os brotos das plantas novas se necrosarem e
penderem para o lado, e assim era referido pelos produtores. Em cvs. suscetíveis e em
caso de alta incidência no início da cultura pode destruir totalmente o tomatal. Os
registros iniciais datam dos anos 1930 no Est. S. Paulo(1, 2). Sintomatologia variável
dependendo da idade da planta, variedade, ambiente, estirpe/espécie, etc. Em plantas
novas, o desenvolvimento é paralisado e a cor verde perde o brilho; folhas novas do
topo exibem necrose (linhas ou anéis), curvam-se para baixo, e no caso de ataque
severos, ocorre a morte do broto e seu arqueamento. Pode haver manchas necróticas nas
hastes. Em plantas adultas os sintomas são similares, geralmente progredindo de cima
para baixo. Frutos verdes podem apresentar necroses internas e externas; nas maduras
surgem em geral manchas desbotadas em forma de anéis simples ou concêntricos (3-5).
Foi considerado idêntico ou relacionado ao “tomato spotted wilt” descrito na Austrália
(4).As partículas do vírus foram visualizadas ao microscópio eletrônico tanto em
suspensão (ca. 80nm de diâmetro, provido de membrana) e nos tecidos (contidos em
cisternas do retículo endoplasmático) (6, 7). No inicio da década dos 90, graças a
trabalhos desenvolvidos na Agric.Univ.Wageningen, com participação de brasileiros,
tornou-se evidente que o gênero Tospovirus tido como tendo uma única espécie
(Tomato spotted wilt vírus- TSWV) comportaria várias espécies distintas, muitos dos
quais ocorrem no Brasil, inclusive infetando tomateiros (8, 9). TSWV é a espécie tipo
do gênero Tospovirus e o isolado referência, originou-se da Embrapa Hortaliça em
Brasília, DF. No Brasil acham-se confirmadas infetando tomateiro os seguintes
Tospovirus: TSWV, GRSV, TCSV e CNSV (12). Também constatou-se a existência de
formas defectivas interferentes (10). Levantamento feito em 6 estados brasileiros
mostraram a presença de GRSV em PE; TSWV no DF; TSWV, TCSV e GRSV em
MG; TSWV e GRSV em SP; TSWV e TCSV no PR; TCSV no RS (13). CSNV foi
constatado em tomateiro em MG (12), RJ (14) e SP (16). Em um levantamento feito em
tomatais do submédio S.Francisco, PE, em 1996, apenas GRSV foi encontrado (15).
Seqüências das glicoproteinas de GRSV e TCSV mostraram ser quase idênticos (16).
Ref.: (1) Azevedo, N. Rodriguesia, 6: 209. 1936; (2) Bitancourt, A.A. O Biológico 2: 98. 1936; (3) Costa,
A.S. Bragantia 4: 480. 1944; (4) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 1: 491. 1941; (5) Costa, A.S.
109
Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (6) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 22: XXXV. 1963; (7) Kitajima, E.W.
Virology 26: 89. 1965; (8) de Ávila, A.C. et al. J.gen.Virol. 71: 2807.1990; (9) 74: 153. 1993; (10)
Resende, R.O. Tese PhD, Agric. Univ. Wageningen 115p. 1993; (12) Resende, R.O. et al. Fitopatol.Bras.
20: 299. 1995; (13) Nagata, T. et al. Fitopat. Bras. 20: 90. 1995; (14) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol.Bras.
22: 332. 1997; (15) Lima, M.F. et al. Fitopatol.Bras. 22: 340. 1997; (16) Colariccio, A. et al. Summa
Phytopathol. 26: 252. 2000; (16) Lovato, F.A. et al. Fitopatol.Bras. 29: S101. 2004.
Begomovirus
Embora negligenciado nas revisões dos recentes trabalhos, fortemente voltadas
ao aspecto molecular, vírus transmitidos por mosca branca e atualmente referidos como
begomovirus em tomateiros, eram conhecidos desde os anos 1960 através dos trabalhos
do grupo de A.S. Costa no IAC e K.M. Silberschmidt, no IB. P.ex., o 1º begomovirus de
tomateiro caracterizado moleculamente, TGMV, havia sido isolado por A.S.Costa. A
introdução no Brasil da espécie mais agressiva B. tabaci biótipo B, teria resultado em
surtos de begomovirus, especialmente em tomateiro, no qual, através de técnicas
moleculares, tem sido identificado um número cada vez crescente de begomovirus.
Estes vírus tem uma enorme variabilidade resultante de mutações e recombinações,
gerando novas espécies. Há casos registrados de uma única planta estar infetada por três
ou mais begomovirus distintos. Como já mencionado por Costa (1974) begomovírus
têm uma alta capacidade de se adaptar a novas hospedeiras, consequente dsta enorme
variabilidade genômica, e evoluem com enorme rapidez e certamente continuará a gerar
novas espécies que irão substituindo as existentes. Talvez o aumento da estringência nas
comparações dos genomas dos begomovírus resultará numa redução do número alto de
espéciesatualmente reconhecidos.
Viroses de tomateiro transmitidos pela mosca branca Bemisia tabaci
Revisão: Costa, A.S. Fitopatologia 9: 47. 1974. Ribeiro, S.G. et al. Plant Dis. 82: 830. 1998.
Seguem-se relatos feitos por A.S. Costa caracterizando a transmissão pela mosca
branca, sintomatologia:
Abutilon mosaic mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
Constatada inicialmente em uma plantação experimental do IB em S.Paulo, SP,
em tomateiros com manchas difusas cloróticas, clorose internerval. Ensaios de
tranmsissão por enxertia e moca-branca deramr resultados positivos para tomateiro,
fumo e Sida rhombifolia, sugerindo que o agente causal seria o mesmo da clorose
infecciosa das malváceas (1, 2).
Ref.: (1) Flores, E. et al. O Biológico 26: 65. 1960; (2) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974.
Encarquilhamento
Comum ocorrência nos tomatais dos estados de SP, MG e PR, podendo causar
perdas. Plantas afetadas têm folhas encarquilhadas e crescimento reduzido (1).
Transmitido pela mosca branca.
Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974.
Engrujo
Virose caracterizada pela intensa rugosidade das folhas das plantas afetadas.
Constatado em tomate industrial em Pesqueira, PE (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974.
Euphorbia mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da Euphorbia
Infecção ocasional de tomateiro pelo EuMV pode induzir sintomas de mosaicodas-nervuras em tomateiro, em SP.
Ref.: Costa, A.S. Fitopatologia 9: 47. 1974.
Nervuras amarelas (“yellow net”)
Sintomas de nervuras amarelas, formando retículo nas folhas. Observado em SP.
Rara ocorrência. Vírus transmitido por B. tabaci não caracterizado (1).
110
Begomovirus identificados molecularmente
Recentemente utilizando-se técnicas moleculares têm sido detectados vários
begomovirus, mas infelizmente excetuando a caracterização molecular poucos têm sido
os trabalhos de caracterização biológica (transmissão, gama de hospedeiras, etc.). A
situação se torna complexa dada a alta taxa de variabilidade e adaptabilidade a novos
hospedeiros destes virus, aliadas a infecções mistas e possibilidades de pseudorecombinações (1-3). Isto deve tornar os trabalhos de melhoramento visando criar
cultivares de tomateiro, resistentes a um ou mais beghomovírus (4), extremamente
complexas. Surpreendentemente, embora a maioria dos vírus abaixo arrolados tenha
sido descritos no Brasil, os autores que os denominaram em inglês, como indica a regra
do ICTV, não se preocuparam em dar o nome em português. Embora menos relevante
em literatura científica, o nome em português é importante para as comunicações com
os extensionistas e produtores, para quem não faz muito sentido, citar os nomes dos
patógenos em inglês (como o nome científico de patógenos como bactérias e fungos).
Este revisor tomou a liberdade de indicar uma traduação tentativa, esperando que o
descritor do vírus, o corrija, se necessário.
Ref.: (1) Andrade, E.C. et al. Virus Rev. & Res. 7: 155. 2002; (2) Vírus Rev.& Res 9? 240. 2004; (3)
Albuquerque, L.C. et al. Vírus Rev.& Res. 9: 289. 2004.(4) Inoue-Nagata, A.K. et al. Pesq. Agropec.
Bras. 41: 1329. 2006.
Begomovirus de tomateiro- Espécies definitivas (em 2012)
Tomato chlorotic mottle virus (ToCMoV); vírus do mosqueado clorótico do tomateiro
Tomateiros com sintomas de mosqueado amarelo coletados em Seabra, BA
estavam infectados por um begomovirus, que molecularmente se mostrou distinto de
outros conhecidos. Foi transmitido por B. tabaci biótipo B e pelos DNAs A+B (1). Foi
detectado em SP (2)
Ref.: (1) Ribeiro, S.G. et al. Fitopatol.Bras. 27: S 211. 2002. (2) Paula, D.F. et al. Vírus
Ver&Res 11(supl): 189. 2006;
Tomato golden mosaic virus (TGMV); vírus do mosaico dourado do tomateiro
Foi o primeiro begomvirus de tomateiro a ser reconhecido. Costa o referia como
“chita”. Ocasional ocorrência no Est.S.Paulo. Produz sintomas de mosaico
amarelo/dourado. É transmissível mecanicamente (1,3). Foi purificado, comprovando a
morfologia geminada (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 47. 1974; (2) Matys, J.C. et al. Summa Phytopathol. 1: 267.
1975; (3) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 3: 194. 1977.
Tomato rugose mosaic virus (ToRMV); vírus do mosaico rugoso do tomateiro
Mosaico rugoso em tomate, transmitido por mosca branca, isolado em MG.
Ensaios moleculares sugerem tratar-se de nova espécie de begomovirus (1). Vírus
similar foi constatado em SP (2) e GO (3). O isolado goiano foi usado para estudos da
relação vírus/vetor (3). Confirmação de ser uma nova espécie (4). Detectado no PR (4).
Ref.: (1) Fernandes, J.J., et al.. Fitopatol. Bras. 25: 440. 2000; (2) Colariccio, A. et al. Virus Rev.& Res.
8: 191. 2003; (3) Santos, C.D.G. et al. Fitopatol.Bras. 28: 664. 2003. (4) Fernandes, J.J. et al. Plant
Pathology 55: 513. 2006. (4) Boiteux, L.S. et al. Trop Plt Pathol 34(supl) S266. 2009.
Tomato severe rugose virus (ToSRV); vírus do enrugamento severo do tomateiro
Begomovírus causando enrugamento nas folhas dos tomateiros afetados.
Detectado em MG, GO e PE (1). Ocorrência em SC (2). Detectado em SP (3), PR e RS
(4). Um isolado obtido em Piracicaba, SP teve seu genoma analisado concluindo-se que
teria ToSRV teria relação evolucionário com vírus do mosaico rugoso (Tomato rugose
mosaic vírus- ToRMV) (5).
Ref: (1) Fernandes, N.A.N. Tese Dr. Univ.Brasília, 2010; (2) Lima,A.T.M. et al. Fitopatol.Bras.
31(supl):S224. 2006. (3) Paula, D.F. et al. Vírus Ver&Res 11(supl): 189. 2006. (4) Boiteux, LS et al.
Trop Plt Pathol 34(supl) S266. 2009; (5) Barbosa, J.C. et al. J. Phytopathology 159: 644. 2011.
Tomato yellow spot virus (ToYSV); vírus da mancha amarela do tomateiro
111
ToYSV foi encontrado infetando tomateiros no RJ e ES. Causando manchas
amarelas nas folhas. Teria origem recombinante entre um begomovirus de Sida e outro,
não identificado (1). Encontrado um isolado similar ao ToSV da Argentina (2)
Ref: (1) Andrade, EC. et al. J;gen.Virol. 87:3687. 2006.(2) Lima No., A.F. et al. Trop Plt Pathol 34 (supl)
S275. 2009.
Tomato yellow vein streak virus (ToYVSV); vírus da risca amarela das nervuras do
tomateiro
Riscas amarelas em nervuras de folíolos apicais observadas em Campinas, SP,
semelhantes à nervura amarela. Os sintomas foram reproduzidos em ensaios de
transmissão com Bemisia tabaci (1). O vírus também foi transmitido para batata,
causando mosqueado em folíolos apicais, que se tornaram deformados com manchas
amarelas, sintomas similares ao do mosaico deformante. Estudos moleculares indicam
que é um begomovirus distinto (2,3).
Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 22: 57. 1996; (2) Faria, J. et al. Plant Dis. 81: 423.
1997; (3) Ribeiro, S.G. et al. Plant Pathology 55:569. 2006.
Begomovírus de tomateiro, espécies tentativas
Chino del tomate Amazonas vírus
Em amostra de tomateiro com clorose internerval e amarelecimento apical, coletada em
Silves, AM. Análise molecular sugere um begomovírus como agente causal, distinto
dos demais conhecidos, tendo-se proposto o nome de vírus do Chino del tomate
Amazonas, por ter o Chino del tomato vírus Mexico como o mais próximo, em termos
de sequência (1).
Ref.: (1) Fernandes-Acioli, NAN et al. Trop.Plant Pathol. 36 (Supl.) CDRom. 2011.
Tomato common mosaic virus (ToCmMV); vírus do mosaico comum do tomateiro
Isolado de tomateiro em Coimbra, MG (1)
Ref. (1)Castillo-Urquiza, G.P. et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.
Tomato chlorotic vein vírus (ToCVV). Vírus da nervura clorótica do tomateiro
ToCVV foi descrito em tomateiro no DF (1). Detectado no CE (2). Poucas
informações disponíveis.
Ref.: (1) Ribeiro, S.G. et al. Fitopatol.bras.19: 330. 1994; (2) Acioli,N.A.N.E. et al. Trop.Plt.Pathol. 38
(supl): 847-2. 2013.
Tomato golden vein virus (ToGVV); vírus da nervura dourado do tomateiro
Durante levantamentos feitos no Brasil Central (GO, DF) encontrou-se um
isolado
com características moleculares próximas, mas consideradas distintas
suficientes para uma nova espécie. Não houve trabalhos de caracterização biológica (1).
Detectado em SP (2)
Ref.: (1) Albuquerque, L.C. et al. Fitopatol.Bras. 29: S218. 2004; (2) Paula, D,F, et al. Vírus Ver&Res
11(supl): 189. 2006.
Tomato interveinal chlorosis virus (ToICV), vírus da clorose internerval do tomate
Dois isolados de begomovirus encontrados em Juazeiros e Bezerros, PE teve a
sequencia de seu DNA-A completamente seqüenciado, indicando ser, dentro das regras
atuais, um novo vírus. Não há informações sobre propriedades biológicas (1).
Ref.: (1) Albuquerque, LC et al. Arch.Virol. 157: 747. 2012.
Tomato leaf distortion virus (ToLDV); vírus da distorção foliar do tomateiro
Isolado de tomateiro em Paty de Alferes, RJ (1)
Ref.: (1) Castillo-Urquiza, G.P. et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.
Tomato mild leaf curl vírus (TMLCV); vírus do encarquilhamento foliar suave do
tomateiro
Detectado no RJ em tomateiro (1)
Ref. (1) Colariccio,A. et al. Fitopatol.Bras. 32 (supl):S306. 2007.
Tomato mild mosaic virus (ToMiMV); vírus do mosaico suave do tomate
Isolado de tomateiro em Paty de Alferes, RJ (1)
112
Ref.: (1) Castillo-Urquiza, G.P. et al. Arch.Virol. 153: 1985. 2008.
Tomato mottle leaf curl virus (ToMoLCV); vírus do encarquilhamento e mosqueado
do tomateiro
Em plantas com sintomas de clorose, deformacao foliar em Novo Lino, AL,
detectou-se o ToMoLCV, baseado em técnicas moleculares. Não houve trabalhos de
confirmação através de ensaios biológicos (1). Detectado em SP (2). Conseguiu-se a
sequencia completa de seu genoma (3).
Ref.: (1) Assunção, I.P. et al. Summa Phytopathol. 30: 504. 2004. (2) Paula, D.F. et al. Vírus Rev&Res
11(supl): 189. 2006; (3) Albuquerque, LC et al. Arch.Virol. 157: 747. 2012.
Tomato severe mosaic virus (TSMV); vírus do mosaico severo do tomateiro
Causa mosaico amarelecimento severo em tomateiros afetados. . É transmitido
mecanicamentepara Nicotiana benthamiana e N. glutinosa. Foi coletado em Bicas,
MG. Não há menção de transmissão pela mosca branca. Baseado em analises
moleculares sugere-se tratar de uma nova espécie (1). A sequencia completa de seu
genoma é conhecido (2)
Ref.: (1) Calegario, R.F. et al. Virus Rev.&Res. 8: 193. 2003; (2) Hallwass, M. et al.Virus Rev&Res 11
(suppl): 189. 2006.
Tomato yellow mosaic virus (ToYMV); vírus do mosaico amarelo do tomate
Sem informações adicionais. Citado em (1).
Ref.:(1) Albuquerque, L.C. et al. Virus Genes 40:140-147. 2010.
Tomato chlorotic vein virus (ToCVV); vírus da nervura clorótica do tomateiro
Tomato crinkle virus (ToCrV); vírus do encrespamento do tomateiro
Tomato crinkle yellow leaf virus (ToCYLV); vírus do encrespamento e
amarelecimento da folha do tomateiro
Tomato golden leaf distortion vírus (TGLDV)
Amostras de tomateiro de Gurupi, TO, mostrando clorose intensa, distorção foliar,
mosaico e clareamento das nervuras achava-se infectado por um begomovirus. Analise
da sequencia de seu genoma revelou ser ele distinto dos demais conhecidos tendo-se
proposto o nome de vírus da distorção de folha dourada do tomateiro (1).
Ref.: (1) Fernandes-Acioli, N.A.N. et al. Trop.Plant Pathol. 36 (Supl.) CDRom. 2011.
Tomato infectious yellows virus (ToIYV); vírus do amarelecimento infeccioso do
tomateiro
Sem informações adicionais. Citados em (1).
Ref.: (1) Fernandes, N.A.N. Tese Dr. Univ.Brasília. 2010.
Okra mosaic Mexico virus (OkMMV); Vírus do mosqueado do quiabo
Encontrado um isolado relacionado ao OMoV em TO (1). A confirmar.
Ref: (1) Lima No., A.F. et al. TropPltPathol 34(supl) 275. 2009.
Sida micrantha mosaic virus (SmMV); vírus do mosaico de Sida micrantha
Em Bicas, MG, foi isolado um begomovirus causando clorose e deformação
foliar. Transmissível mecanicamente para solanáceas e amarantácea. Molecularmente
mostrou-se similar ao SmMV (1). Detectado em tomateiro no RJ (2)
Ref.; (1) Calegario, R.F. et al. Fitopatol.Bras. 29: S150. 2004. (2) Paula,M.B. et al. Fitopatol.Bras. 32
(supl): 197. 2007.
Sida mottle virus (SiMoV); vírus do mosqueado de Sida
SiMoV detectado infetando tomateiros em SP (1)
Ref.: (1) Cotrim, M.A.A. et al. Summa Phytopathol 33:300. 2007.
Sida yellow net vírus (SiYNV)
Folhas com pontos cloróticos foram coletados em dois municípios produtores de
tomate no Est.R.Janeiro. Análises moleculares indicaram a presença de um
begomovirus, com similaridade ao SiYNV, descrito anteriormente em MG infetando
Sida micrantha (1).
Ref.: (1) Acioli, N.A.N.E. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) : 847-1.2013.
113
Curtovirus
Brazilian tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomateiro
Moléstia de comum ocorrência em tomatais, mas usualmente de baixa
incidência. Descrito originalmente em SP (1-5), mas ocorre na maioria das regiões onde
se cultiva o tomateiro. Reconhecem-se 2 formas cuja sintomatologia em tomateiro é
indistinguível, mas tem diferentes gamas de hospedeiras e vetores. Uma delas é
transmitida pela cigarrinha Agallia albidula Uhl infeta experimentalmente numerosas
espécies de plantas, e a outra, de gama de hospedeiras mais restrita sendo transmitido
pelas cigarrinhas Agalliana ensigera Oman e A. sticticollis (Stahl). Provavelmente o
“encarquilhamento” do fumo é causado pelo mesmo vírus. Tem semelhanças com o
Beet curly top dos EUA. O carrapicho (Acantospermum hispidum DC) serve como
reservatório do vírus e quando infectado mostra sintomas de enfezamento, clareamento
das nervuras, clorose (6). Aguarda estudos moleculares para sua completa identificação
e taxonomia.
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. J.Agron. 2: 295. 1939; (2) Sauer, H.F.G. O Biológico 12: 176. 1946;
(3) Kramer, M. O Biológico 13: 44. 1947; )4) Bennett, C.W. & Costa, A.S. J.Agric.Res. 78: 675. 1940;
(5) Costa, A.S. Phytopathology 42: 396. 1952; (6) Costa, A.S. III Semin.Bras.Herbicidas e Ervas
Daninhas p.69. 1960.
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata
Amarelo baixeiro: Sintomas em tomateiro, de clorose e enrolamento observados
apenas nas folhas medias e inferiores, comumente observado em tomatais de SP. O
agente causal é um isolado do PLRV (1), identficado sorológica (4) e molecularmente
(5). Constatado no DF (2), RJ (3) .
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Boletim do Campo 183: 8. 1964; (2 Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima)
9: 50. 1974; (3) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle às pragas e doenças das culturas
econômicas do Estado, Sec.Agric.Abast., RJ. 84p. 1978; (4) Souza Dias, J.A.C. & Costa, A.S. Summa
Phytopathol. 20: 50. 1994; (5) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 27: 104. 2001.
Amarelo de topo: Virose de ocorrência comum em tomatais, mas usualmente de
baixa incidência. Clorose das extremidades acompanhada de redução no tamanho dos
folíolos com clorose marginal. Usualmente folhas baixeiras são normais. Há redução na
produção. É transmitido por pelo pulgão Myzus persicae Sulz e por enxertia.
Experimentalmente infetou Datura, Physalis, pimeiteiras, fumo e batata. É considerado
ser um isolado do PLRV. Descrito em SP (1-3). Constatado no RJ (4). Há evidencias de
relações sorológicas entre o agente do topo amarelo e o PLRV (5).
Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Costa, A.S. O Biológico 15: 179. 1949; (3) Costa,
A.S. & Carvalho, A.M.B. Arq.Inst.Biol. 28: 71. 1961; (4) Robbs, C.F. & Viegas, E.C. Guia de Controle
às pragas e doenças das Cult.Econo. do Estado, Sec. Agric. Abast., RJ. 84p. 1978; (5) Souza Dias, J.A.C.
et al. Summa Phytopathol. 20: 50. 1994.
Potyvirus
Pepper yellow mosaic virus (PepYMV); vírus do mosaico amarelo do pimentão
Sintomas de mosaico amarelo e deformação foliar, causado por um potyvírus
novo. Acha-se registrado no DF e SP (1). Causou surto epidêmico na zona serrana do
ES (2).
Ref: (1) Inoue-Nagata, A.K. et al. Virus Rev.& Res. 8: 186. 2003; (2) Maciel Zambolin, E. et al.
Fitopatol. Bras. 29: 325-327. 2004.
Potato vírus Y (PVY); vírus Y da batata, isolado Piedade
Amostrado em tomaeiros da região de Piedade, SP. Sintomas- folhas apicais
pequenas, enrugadas, folíolos estreitos, clareamento e engrossamento das nervuras.
Agente causal identificado como isolado do PVY.
Ref.: Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 23: 125. 1956.
114
Potato virus Y (PVY); virus Y da batata
Forma severa do PVY encontrada em várias regiões do Est.S.Paulo na década
dos 50. Plantas afetadas têm folhas e porte menores. Folíólos arqueados para baixo. Há
necrose em forma de risca paralela às nervuras, em algumas folhas médias. Tem sido
referido como “risca” do tomateiro. Há mosaico em folhas novas. Foram criadas
variedades resistentes.
Ref.: Costa, A.S. et al. Bragantia 19: 1111. 1960; Nagai, H. & Costa, A.S. Bragantia 28: 219. 1969.
Tobacco etch vírus (TEV)
Mosqueado e rugosidade das folhas em tomateiro causado pelo TEV.
Identificação do agente causal através de ensaios biológicos e sorológicos. Constatado
no Est.S.Paulo (1). A confirmar.
Ref.: (1) Pavan, M.A. & Kurozawa, C. Summa Phytopathol. 21: 49. 1995.
Necrovirus
Tobacco necrosis virus (TNV); vírus da necrose do fumo
TNV recuperado de raízes de tomateiros assintomáticos, mantidas em estufa, no
IAC, SP.
Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Bragantia 19: XLCVII. 1960.
Tobamovirus
Tobacco mosaic /Tomato mosaic virus (TMV/ToMV); vírus do mosaico do fumo ou
do tomate
Ocorrência comum, especialmente em culturas no final do ciclo. TMV ou ToMV
são facilmente transmissível mecanicamente e usualmente se dissemina com os tratos
culturais como desbrota. Plantas afetadas geralmente tem menor porte, mosaico,
encrespamento e enrugamento nos folíolos com certa tendência de enrolamento para
cima. Há estirpes do TMV que induzem um mosaico amarelo. Descrição inicial do
TMV ocorreu em SP (1). Foram criadas variedades resistentes (2). Frutos de plantas
infectadas podem desenvolver manchas pardas internas (3). A primeira identificação da
infecção pelo ToMV foi feita em MG através de purificação biológica, química e
sorologia (4) e em SP (5). Um dos critérios usados para distinguir TMV de ToMV é que
em Nicotiana siylvestris TMV torna-se sistêmico, enquanto ToMV causa lesões locais
(5). No PR há o relato de mancha parda interna em frutos associada a infecçao pelo
TMV (6). Foi registrado no RS (7).
Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Nagai, H. & Costa, A.S. Rev.Oleric.5. 1965; (3)
Costa, A.S. et al. Rev.Oleric. 11: 77. 1971; (4) Fernándes, J.J. et al. Fitopatol.Bras. 8: 625. 1983; (5)
Caner, J. et al. Fitopatol.Bras. 15: 347. 1990; (6) Lima No., V.C. et al. Rev.Set.Cien.Agr.UFPr 9: 34.
1987; (7) Daniels, J. et al. Fitopatol.Bras. 19: 296.1994.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão
Primeira observação desta virose em tomateiro foi feita em amostras procedentes
de Itaquaquecetuba, SP. Sintomas de linhas cloróticas internervais. O agente foi
posteriormente identificado como isolado do vírus da mancha anular do pimentão
(PepRSV), transmitido por nematóides (1). Foi constatado no DF (2).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. Phytopathol.Zeit. 46: 209. 1962; (2) Cupertino, F.P. et al. Fitopatol.Bras. 16:
251. 1991.
Solanum mammosum L (Jurubeba) Solanaceae
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Jurubeba é utilizada como cavalo para tomateiro na região Norte. Em um campo
experimental da Embrapa/Hortaliça, DF, foram constatadas plantas com bronzeamento
115
nas folhas e frutos com anéis concêntricos. O agente causal foi identificado como um
Tospovirus (1).
Ref.: (1) Madeira, M.C.B. et al. Fitopatol.brás. 14: 163.1989.
Solanum melongena L. (Berinjela) Solanaceae
Comovirus
Andean potato mottle virus (APMoV); vírus do mosqueado andino da batata
Berinjelas procedentes do Vale do Paraíba no Est.S.Paulo, com sintomas de
mosaico, achavam-se infectado por um vírus facilmente transmitido mecanicamente a
várias outras espécies. Vírus similar foi também isolado de batata, procedente de SC.
Exames ao microscópio eletrônico demonstraram ser o vírus isométrico e de alta
concentração. Produz efeitos citopáticos típicos de comovirus. (1, 2). É de rara
ocorrência. Referido inicialmente como “mosaico da berinjela”, foi posteriormente
identificado como APMoV (3, 4) e constatado também infetando batata no Est.S.Paulo
(5).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia 27: 5. 1968; (2) Kitajima, E.W. & Costa, A.S.
Phytopathol. Zeit. 79: 289. 1974; (3) de Ávila, A.C. et al. Plant Dis. Reptr. 68: 397. 1984; (4) Brioso,
P.S.T. et al. Fitopatol.Bras. 18: 526. 1993; (5) Souza Dias, J.A.C. et al. Fitopatol.Bras. 19: 322. 1994.
Tospovirus
Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Constatada no DF infecção natural de berinjela por dois tospovirus distintos
(Tomato spotted wilt virus- TSWV e o vírus da mancha anular do amendoimGroundnut ringspot tospoiírus- GRSV). Sintomas de distorção foliar e manchas
anelassres. TSWV foi encontrado em plantios comerciais em Sorocaba, SP (2).
Ref.: (1) Boiteux, L.S. et al. Capsicum and Eggplant Newsletter 12: 75. 1993; (2) Colariccio, A. et al.
Fitopatol..Bras. 29: S148. 2004.
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata
Isolado do PLRV que causa topo amarelo em tomateiro foi recuperado de
plantas de berinjela com sintomas de clorose em SP. Estas plantas poderiam servir
como fonte de inoculo para tomateiro (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62,p.34.
Potyvirus
Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata
Síntomas de mosaico causado por isolados do PVY. Constatado no DF (1) e RJ
(2). Algumas linhagens resistentes do cv. ‘Campinas’ foram identificadas (3). Um
possível isolado do PVY foi também isolado de berinjela em Inhumas, GO (4).
Ref.: (1) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9: 39. 1974; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras.
9: 607. 1984; (3) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol.Bras. 12: 144. 1988; (4) Mesquita, L.C. et al.
Fitopatol.Bras. 15: 127.1990.
Solanum nigrum L. (Maria-pretinha) Solanaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Infecção natural pelo CMV, causando sintomas de mosaico, constatada em
plantas desenvolvendo-se nas proximidades de uma cultura de pimentão, em SP.
Identificação feita por ensaios biológicos, microscopia eletrônica, sorologia e RT-PCR
(1).
Ref.: (1) Moraes, C.A.P. et al. Summa Phytopathol. 30: 127. 2004.
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata
116
Isolado do PLRV que causa topo amarelo em tomateiro foi recuperado de
plantas de maria-pretinha com sintomas de clorose em SP. Pode estar servindo como
fonte de inóculo deste vírus para tomateiro.
Ref.: Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62,p.34.
Potyvirus
Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata
Infecção natural de maria-pretinha por isolado do PVY no Est.M.Gerais sem
menção a sintomas (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Solanum palinacanthum Dunal (Juá) Solanaceae
Potyvirus
Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata
Plantas de juá com síntomas de mosaico foram coletadas em diversas partes do
Est.S.Paulo. Exames de laboratório revelaram que estas plantas estavam infectadas por
isolados do PVY (comum e necrotico) (1).
Ref.: (1) Barradas, M.M. et al. Ciencia e Cultura 30 (supl.): 416. 1976.
Solalnum paniculatum L. (Jurubeba-verdadeira) Solanaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaico virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Sintomas de mosaico em jurubeba-verdadeira, no Est. Pará possivelmente
causados pelo CMV (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 5: 407. 1980.
Polerovirus
Potato leaf roll vírus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata
Infecção natural pelo PLRV, sem menção da sitnomatologia, constatada no
Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Potyvirus
Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata
Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no Est.M.
Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Solanum sessiliflorum Dunal (= Solanum topiro Humb. & Bonpl.) (Cubio)
Solanaceae
Tospovirus
Groundnut ringspot tospovirus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Tomato chlorotic spot tospovirus (TCSV); vírus da mancha clorótica do tomateiro
Plantas de cubio com sintomas de mosaico nas folhas foram coletados em
Campos, RJ. Ensaios biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletrônica
indicaram que a moléstia era causada por um isolado do GRSV (1). Em plantas com
sintomas similares constatadas em amostras procedentes de Angatuba, SP, constatou-se
infecção por um isolado do TCSV (2).
Ref.: (1) Boari, A.J. Virus Rev. & Res. 4: 154. 1999; (2) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 29:
348. 2003.
Solanum sysimbrifolium Lam.( Joá) Solanaceae
Comovirus
Andean potato mottle virus (APMoV); vírus do mosqueado andino da batata
117
Constatada no Est.S.Paulo a infecção natural de joá pelo APMoV. Identificação
feita por ensaios biológicos e imunológico (1).
Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Fitopatol. Bras. 19: 322. 1994.
Solanum tuberosum L. (Batata) Solanaceae
(revisado por Mirtes Freitas Lima)
Costa & Krug (4) em sua revisão sobre moléstias de batata mencionam que as primeiras
referências sobre viroses nesta cultura são de Puttemans (2) que reconhecera a
“degenerescência”, em 1921, em Deodoro. Uma descrição mais precisa foi feita por
Krug (3) no relatório da S. Genética do IAC, sobre a ocorrência do mosaico (mosaico
Y) em um ensaio de variedades. Lorena (1) já chamava atenção ao fato de a
“degenerescência” se acentuar com plantios sucessivos da mesma semente. Costa (5)
faz uma atualização das viroses de batata até então.
Ref.: (1) Lorena, B.A. Bol.Secret.Agric.SP p.677.1913; (2) Puttemans, Bol.Mensal Câmara Comercio
Brasil-Argentina 2: 7. 1935; (3) Krug, C.A. Relat.S.Genet.IAC 1929/39: 225. 1935; (4) Costa, A.S. &
Krug, C.A. Bol.Tecn.IAC 514. 1937; (5) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (6) Costa, A.S. Boletim
do Campo 190:68. 1965.
Comovirus
Andean potato mottle virus (APMoV); vírus do mosqueado andino da batata
Sintomas de mosqueado em batata, causado por um isolado do APMoV. Este
vírus havia sido descrito previamente no Brasil como “mosaico da berinjela” (ver em
berinjela) (1). É transmitido por besouros crisomelídeos. É de ocorrência esporádica
sem causar perdas importantes. Foi encontrado na cv. ‘Delta S’ com sintomas de
mosqueado severo, em Canoinhas, SC, e identificado sorologicamente como isolado do
APMV e essencialmente similar ao isolado da berinjela (3, 4). Foi transmitido
experimental pelo besouro crisomelideo Diabrotica speciosa (Oliv.) (5). O vírus foi
objeto de estudos moleculares (4) tendo sido o primeiro vírus no Brasil a ser
inteiramente seqüenciado (6), tendo sido produzido plantas transgênicas expressando
genes virais (7). A confirmaçao de sua ocorrência em batata foi feita no Est.S.Paulo (8).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Bragantia 27: 5. 1968; (2) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 8:
624. 1983; (3) Plant Dis. Reptr. 68: 997. 1984; (4) Sa, C.M. et al. Fitopatol.Bras. 3: 105. 1978; (5) Costa,
C.L. & de Avila, A.C. Fitopatol. Bras. 9: 401. 1984; (6)Shindo, N. et al. Plant Mol.Biol.. 19: 505. 1992;
(7)Vicente, A.C.P. et al. Res.XXI Reun. An. Soc.Bras.Bioq.Biol.Mol, p.113.1992; (8) Souza Dias, J.A.C.
et al. Fitopatol.Bras. 19: 322. 1994.
Nepovirus
Tobacco ringspot virus (TRSV); vírus da mancha anular do fumo
TRSV foi sido detectado em tubérculos importados (cv. ‘Anett’) em S.Paulo (1);
foi também encontrado na cv. ‘Olímpia’, plantado em Canoinhas, SC (2).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. O Biológico 31: 176. 1965; (2) Cupertino, F.P. & Costa, A.S. Bragantia 28:
IX. 1969.
Carlavirus
Potato virus M (PVM); vírus M da batata
Um possível isolado do PVM foi detectado em batata, no RS através de ensaios
de transmissão e microscopia eletrônica (1).
Ref.: (1) Daniels, J. et al. Fitopatol.Bras. 18: 287. 1993.
Potato virus S (PVS); vírus S da batata
Causa infecção latente, mas pode reduzir produção. Primeira detecção feita
usando plantas indicadoras e sorologia em um grande número de batata-semente
importadas e nacionais, em SP (1). Foi detectado com incidência de cerca de 6% em
levantamento realizado em 2005-2006 (5). Constatado no RS (2), MG (3) e PE (4). O
PVS também foi identificado em batateiras de SP, BA, PR e SC (5).
118
Ref.: (1) Cupertino,F.P. et al. Bragantia 29: XVII. 1970; (2) Siqueira, O. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4:
92. 1971; (3) Figueira, A.R. et al. Fitopatol.Bras. 10: 303. 1985; (4) Paz, C.D. et al. Fitopatol. Bras. 17:
154. 1992. (5) de Ávila, A.C. et al. Hort. Bras. 27: 490. 2009.
Potexvirus
Potato aucuba mosaico virus (PAMV); virus do mosaico aucuba da batata
O mosaico aucuba da batata foi observado no Est.São Paulo em algumas
variedades procedentes da Europa. Mosaico caracterizado por áreas cloroticas
brilhantes. Transmissível mecanicamente, mas não tem vetor (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948.
Potato vírus X (PVX); vírus X da batata
Primeiro relato em um campo de produção de batata-semente em S.João da Boa
Vista, SP. Variações constatadas em diferentes isolados colhidos no Estado de São
Paulo. Geralmente causa infecção latente, mas em algumas variedades pode causar
severa necrose e morte das plantas. E transmissível mecanicamente, mas não tem vetor
(1, 2). Presente em quase todas as regiões produtoras de batata como RS (3), MG (4, 5),
PE (5). Foi detectado em baixa frequência em estudos realizados em sete estados
brasileiros, em 2005-2006 (6).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. et al. Rev.Agricultura (Piracicaba) 21: 23. 1941; (2) Silberschmidt, K. et al.
Arq.Inst.Biol. 12: 27. 1941; (3) Siqueira, O. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4: 92. 1971; (3) Figueira, A.R. et
al. Fitopatol.Bras. 10: 303. 1985; (5) Paz, C.D. et al. Fitopatol. Bras. 17: 154. 1992. (6) Ávila, A.C. et al.
Hort. Bras. 27: 490. 2009.
Alfamovirus
Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa
Observado pela primeira vez no Est.S.Paulo no cv. ‘Konsuragis’. Sintomas de
manchas amareladas de cor creme, de forma irregular, em folhas grandes. E causado
pelo AMV, transmitido por afideos. É de rara ocorrência (1). Foi também constatado no
cv. ‘Hydra’, em Poços de Caldas, MG (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Souza Dias, J.A.C. Summa Phytopathol. 8:
45. 1982.
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Originalmente constatado em campos experimentais de batata no IAC em 36/37.
Caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas manchas/pontuações cloróticas que se
transformam em pontos ou anéis necróticos, que podem coalescer e causar a morte e
queda do folíolo. Pode-se manifestar na nervura principal, pecíolo e haste, progredindo
de cima para baixo. Ensaios de transmissão identificaram o agente causal como sendo
idêntico ao de “vira-cabeça”, TSWV (1). Disseminado na natureza por tripes.
Constatado no RS (2, 3).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Kiehl, J. J.Agronomia (Piracicaba) 1: 193. 1938; (2) Siqueira, O. et al.
Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4: 92. 1971; (3) Siqueira, O. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopat. 4: 92. 1971.
Crinivirus
Tomato chlorosis vírus (ToCV); vírus da clorose do tomate
O primeiro relato da infecção natural de plantas de batata pelo ToCV foi feito em
Cristalina, GO, detectado por RT-PCR (1) e no DF (2). Detectado no Triângulo Mineiro
e Sudeste de SP (3)..
Ref.: (1) Freitas, D.M.S. et al. Vírus Ver.&Res. 16 (supl.) CDRom. 2011; (2) Lima, M.F. & Barriolli, C.
Trop.Plt.Pathol.39: 208. 2013; (3) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 39 supl. CDRom. 2013.
Begomovirus
Tomato severe rugose vírus (ToSRV); vírus do encarquilhamento severo do tomateiro
Tomato yellow vein streak virus (ToYVSV); vírus da faixa amarela das nervuras do
tomateiro
119
Primeira menção em um levantamento de viroses da batata no RS (1). Há
deformação dos lóbulos foliares e mosaico amarelo de bordas indefinidas. Sintomas
similares aos descritos como mosaico deformante na Argentina (2). Comprovou-se sua
transmissão pela mosca branca Bemisia tabaci (3). Foi constatado no Est.S.Paulo (4),
onde verificou-se uma alta taxa de perpetuação do vírus através dos tubérculos, ao
contrario do outro begomovirus AbMV (clorose infecciosa das malváceas) (5). Foi
parcialmente purificado tendo-se produzido um anti-soro adequado para sorodiagnose
(6). Plantas de batata experimentalmente infectadas por um begomovirus que causa
risca amarela em folhas de tomateiro produziram sintomas de mosaico deformante (7).
Análises moleculares com um isolado do RS confirmaram a identidade como
begomovirus e mostrou alta homologia com Tomato yellow vein streak vírus (8,9).
Detectado em Pouso Alegre, MG (10). Em SP em plantas de batata com mosaico
deformante detectou-se vírus do encrespamento severo do tomate (ToSRV) (11).
Infecção de batateira pelo ToSRV foi verificada também em lavouras do Estado de São
Paulo (12) e na Região Central do Brasil (13). Verificou-se alta taxa de transmissão do vírus
em tubérculos (14).
Ref.: (1) Daniels, J. & Castro, L.A. Fitopatol.Bras. 9: 398. 1984; (2) Daniels, J. & Castro, L.A.S.
Fitopatol.Bras. 10: 306. 1985; (3) Daniels, J. et al. Res.Io Enc.Oleric.Cone Sul, Pelotas, p. 30. 1985; (4)
Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 14: 35. 1988; (5) Costa, A.S. & Vega, J. Fitopatol.Bras. 13: 115.
1988; (6) Daniels, J. & Castro, L.A.S. Fitopatol. Bras. 17: 214. 1992; (7) Souza Dias, J.A.C. et al.
Fitopatol.Bras. 22: 17. 1996; (8) Ribeiro, S.G. et al. Fitopatol.Bras. 25: 447. 2000; (9) Ribeiro, SG et al.
Plant Pathology 55: 569. 2006; (10) Figueira, A.R. et al. Summa Phytopathol. 32 (supl.): S58. 2006; (11)
Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 33(supl): S43. 2007; (12) Souza Dias, J.A.C. et al. Plant
Disease, v.92, n.3, p.487, 2008; (13) Lima, M.F. et al. Virus Rev&Res. 16 (sup.1): 225. 2011; (14) Lima,
M.F. et al. Acta Hort. (ISHS) p.83, 2012.
Curtovirus, possível
Brazilian tomato curly top virus (BrCTV); vírus do broto crespo do tomate
Tubérculos de cvs. ‘Baronesa’ e ‘Sto.Amor ‘produziram brotos afilados, plantas
fracas com entrenós curtos, copadas, folhas com clorose internerval, no RS. Plantas de
tomate, Datura e fumo enxertados produziram sintomas similares aos induzidos por
BrCTV (1).
Ref.: (1) Siqueira, O. Fitopatologia (Lima) 8: 19. 1973.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Ocorrência natural do TSV em batata (Bragança, SP e Andradas, MG), causando
aneis necroticos e necrose das nervuras e das hastes.
Ref.: Costa, A.S. et al. Bragantia 23: I. 1964; Boletim do Campo 190: 68. 1965.
Polerovirus
Potato leafroll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata
A degenerescência da batata era conhecida entre nós desde a década dos 30
sendo causada pelo PLRV, transmitido por afideos e por tubérculos de plantas infetas.
Em nossa literatura talvez a primeira citação seja de Bitancourt (1) quando relaciona as
enfermidades analisadas no I.Biológico nos anos 1932/33. O vírus causa, na estação
corrente, sintomas de enrolamento das folhas e as plantas infectadas produz tubérculos
pequenos. Vírus restrito ao floema não sendo transmitido mecanicamente. Disseminado
por afideos de maneira circulativa. O PLRV foi considerado a principal causa de
degenerescência de tubérculos no Brasil (12, 13, 14). É um dos principais problemas
fitossanitários desta cultura e o controle tem sido o uso de batata-semente sadia
multiplicada em condições adequadas e programas de certificação. O País já produz
parte da batata-semente usada nos plantios. As perdas em produtividade devido à
doença podem ser de até 50% (10, 11). As perdas causadas pela infecção secundária do
PLRV podem chegar a 80% dependendo da variedade. Um isolado do PLRV causa topo
120
amarelo em tomateiro e a batata poderia servir como fonte-de-inóculo. Este vírus achase presente em todas as regiões produtoras de batata. Embora o problema persista, o
País organizou programas de produção de batata-semente localmente baseado nas
informações sobre epidemiologia geradas pelo grupo de Costa (2-5). Estudos
sorológicos comparativos demonstraram que Beet western yellows vírus (BWYV) não
está associado a sintomas de enrolamento de folhas no Brasil (6). PRLV foi constatado
em plantios no Estado de Pernambuco (7). Levantamentos realizados em sete estados
brasileiros nos anos de 2005 e 2006 (8) e em municípios do Sul do Estado de Minas
Gerais e na região do Alto Parnaíba, em 2010 (9) detectaram baixa incidência do PLRV
(8) ou o vírus não foi detectado (9), respectivamente.
Ref.: (1) Bitancourt, A.A. Arch.Inst.Biol. 5: 185. 1934; (2) Costa, A.S. & Krug, C.A. Bol. Tecn. IAC 514.
1937; (3) Costa,A.S. & Carvalho, A.M.B. Coopercotia fev.62. p.34.1962; (4) Cupertino, F.P. & Costa,
A.S. Bragantia 29: 337. 1970; (5) Cupertino, F.P. Tese Dr., ESALQ;USP 59p. 1972; (6) Souza-Dias,
J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 20: 50. 1994; (7) Assis Fo., F.M. et al. Summa Phytopathol. 22: 57.
1996. (8) de Ávila, A.C. et al. Hort. Bras. 27: 490-497, 2009. (9) Lima, M.F. et al. ALAP/ENB. ABBA.
CD-ROM. N.0119. 2012. (10) Câmara, F.L.A. et al. Fitopatol. Bras. 11: 711. 1986. (11) Filgueira, F.A.R.
& Câmara F.L.A. Horticultura Brasileira 4: 29-31, 1986. (12) Daniels, J. Summa Phytopathol.: 269. 1995.
(13) Figueira, A.R. Summa Phytopathol. 268. 1995. (14) Souza-Dias, J.A.C. Summa Phytopathol. 21:
264. 1995.
Potyvirus
Potato virus A (PVA); vírus A da batata
Sintomas foliares de mosaico suave, não delineado, podendo ser acompanhado
de leve encrespamento, em SP. Em períodos quentes os sintomas podem desaparecer.
Trata-se de um potyvirus transmitido por afídeos (1). Avaliações de perdas indicam que
com um nível de infecção de 25% as perdas podem atingir 37% (2).
Ref.: (1) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (2) Cupertino, F.P. et al. Bragantia 32: I. 1973.
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Primeiro relato em um campo de produção de batata-semente em S.João da Boa
Vista, SP. Foi encontrado na var. ’Serrana Negra’, do Peru, um isolado do PVY
(necrose das nervuras) que causa necrose severa em plantas de fumo inoculadas
mecanicamente ou por afídeos (1, 2, 5). Quando co-infectado pelo PVX pode ocorrer
necrose e morte das folhas inferiores, enquanto as superiores mostram rugosidade e
mosaico; a condição e conhecida como mosaico rugoso ou crespeira (3). São
conhecidas três estirpes: PVYO, PVYN e PVYC; apenas a última não foi ainda registrada
Brasil (15,16). Há reduçao de produção. Disseminado por afideos. Ocorre em todas
regiões produtoras de batata como no RS (5). Em MG varias estirpes do PVY foram
constatadas (6). Constatado em PE (7). A presença da estirpe NTN que causa anéis
necróticos superficiais em tubérculos foi registrada em SP (8) e outros estados (MG,
PR, BA, GO) (10) e SC (11); estudos moleculares confirmaram esta identificação (9).
Um encrespamento na cv.’Mona Lisa’ em SP foi atribuído a um isolado de PVYN (12).
A presença do subgrupo necrótico PVYNTN na maioria dos municípios dos sete estados
brasileiros (ES, GO, SP, MG, BA, PR, SC) visitados, confirma a disseminação dessa
variante no País (13). Levantamentos da ocorrência de vírus em batateira no Brasil, no
período 2005-2006 (13) e em 2010 (14) identificaram o PVY como o principal vírus da
cultura da batata. Esses dados sugerem que esse vírus é a principal causa da
degenerescência da batata-semente (13). Há um relato de transmissão de PVYNTN pela
mosca minadoa Lyriomiza huidobrensis em tomateiro (14).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. et al. Rev.Agricultura (Piracicaba) 21: 23. 1941; (2) Nobrega, N.R. &
Silberschmidt, K. Arq.Inst.Biol. 15: 307. 1944; (3) Costa, A.S. Bol.Min.Agric. 82p. 1948; (4)
Silberschmidt et al. Amer.Potato J. 31: 213. 1954; (5) Siqueira, O. et al. Rev. Soc. Bras. Fitopat. 4: 92.
1971; (6) Figueira, A.R. et al. Fitopatol.Bras. 10: 302. 1985; (7) Paz, C.D. et al. Fitopatol. Bras. 17: 154.
1992; (8) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 25: 36. 1999; (9) Sawazaki, H. et al.
Fitopatol.Bras. 28: S253. 2003; (10) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 30: 99. 2004; (11)
121
Souza Dias, JAC et al. Summa Phytopathol. 31(supl): S78. 2006; (12) Souza Dias, JAC et al. Summa
Phytopathol. 32 (supl): S95. 2007; (13) de Ávila, A.C. et al. Hort. Bras. 27: 490. 2009; (14) Lima, M.F. et
al. ALAP/ENB. ABBA. CD-ROM. N.0119. 2012; (15) Salazar, L.F., 1996. Peru: CIP. 214p; (16) Singh,
R.P. et al. Arch. Virol. 153: 1. 2008; (14) Salas, F.J.S. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 supl.582-1. 2013.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); Vírus do anel do pimentão
Constatada em Guará, SP, infecção natural de batata pelo PepRSV, resultando
em sintomas de manchas e linhas amarelas formando desenhos ou anéis concêntricos, às
vezes acompanhadas de necrose nos tecidos adjacentes (1).
Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C.et al. Summa Phytopathol. 5: 21. 1979.
Tobacco rattle virus (TRV)
Tubérculos com sintomas de anéis na epiderme e na polpa foram constatados em
2002 em Aguaí, SP. Houve suspeita inicial de que os sintomas decorriam de infecção
pelo Potato moptop virus (PMTV) mas estudos subsequentes indicam que teria havido
infecção pelo TRV (1).
Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Summa Phytopathol. 29: 95. 2003.
Solanum variabile Mart. (Jurubeba-falsa) Solanaceae
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata
Constatou-se infecção natural da jurubeba-falsa pelo PLRV em SP, podendo
assim servir de fontes de inóculo para a cultura da batata, pois crescem ao seu redor
(1,2).
Ref.: (1) Souza Dias, J.A.C. et al. Fitopatol. Bras. 17: 156. 1992; (2) Souza Dias, J.A.C. & Costa, A.S.
Res. VI Enc.Nac.Virol. 176.1992.
Solanum viarum Dun. (Joá-bravo) Solanaceae
Polerovirus
Potato leafroll virus (PLRV); vírus do enrolamento da folha da batata
Constatada infecção natural de joá-bravo pelo PLRV, sem descriçao de
sintomas, em MG (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); virus Y da batata
Infecção natural de joá-bravo, por isolados do PVY no Est.S.Paulo (1, 2) e
Minas Gerais, resultando em sintomas de mosaico (3).
Ref.: (1) Kudamatsu, M. & Alba, A.P.C. Summa Phytopathol. 5: 15. 1979; (2) Vicente, M. et al.
Fitopatol.Bras. 4? 73. 1979; (3) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Solanum violaefolium Schott. (=Lyciantes asarifolia Kunth & Bouch.) (Solanovioleta) Solanaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Dichorhavirus
Solanum violaefolium chlorotic spot vírus (SvCSV), vírus da mancha clorótica de S.
violaefolium
Plantas com manchas cloróticas associadas à infestação por ácaros Brevipalpus
phoenicis foram encontradas nos jardins do Inst. Agronômico, Campinas, SP. Plantas de
Solano-violeta sadias, experimentalmente infestadas com os ácaros, apresentaram os
mesmos sintomas de manchas cloróticas transmitiu os sintomas para plantas sadias.
Houve transmissão mecânica para Chenopodium quinoa e C. amaranticolor.
Microscopia eletrônica revelou efeito citopático do tipo nuclear, dos vírus transmitidos
por Brevipalpus (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 29: S65. 2004
122
Tymovirus
Solanum violaefolium mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da berinjela
Mosaico em folhas de S. violaefolium encontrada na praça central de Piracicaba,
SP, seria causado por um isolado do EMV. Esta identificação foi feita por ensaios
biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1, 2). Análise molecular do genoma
deste isolado do tymovirus revelou certa identidade com ToBMV e EMV, mas talvez o
suficiente para ser considerado um novo vírus, e neste caso, o nome de vírus do mosaico
de S. violaefolium (S. violaefolium mosaic vírus- SvMV) está sendo proposto (3).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol. Bras. 25: 441. 2000; (2) Pinto, Z.V. et al. Summa Phytopathol.
29: 79. 2003; (3) Raelo, F.A.C. et al. Summa Phytopathol 38 (supl.) CDRom 2012.
Cilevirus
Solanum violaefolium ringspot virus (SvRSV); vírus da mancha anular de Solanum
violaefolium
Manchas anelares em folhas desta solanácea rasteira ornamental foram notadas
em Piracicaba, SP, em parques públicos e jardins residenciais, associados à infestação
com ácaro tenuipalídeo Brevipalpus phoenicis. Exames ultraestruturais nas lesões
revelaram efeito citopático do tipo citoplasmático causado por vírus transmitido por
Brevipalpus (1). SvRSV foi transmitido mecanicamente e pelo ácaro Brevipalpus
obovatus para numerosas outras espécies, nas quais causou lesões localizadas
(2).Obteve-se parte do genoma a partir do dsRNA a partir do qual produziu-se sondas
moleculares, que não reconhece CiLV-C devendo assim ser um vírus distinto deste (3).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 26: 133. 2000; (2) Summa Phytopathol. 27: 105.
2001. (3) Ferreira, P.T.O. et al. Summa Phytopathol. 33:264. 2007.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); vírus do anel do pimentão
Constatou-se uma co-infecção do SvRSV com PepRSV, resultando em manchas
amarelas em folhas de S. violaefolium no jardim do Clube de Campo, Piracicaba, SP. A
identificação foi feita por ensaios de transmissão, sorologia, microscopia eletrônica e
ensaios moleculares (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Summa Phytopathol. 28: 106. 2002.
Sonchus asper ( L) Hill. (Serralha-de-espinho) Asteraceae
Potyvirus
Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface
Plantas de serralha-de-espinho com sintomas de mosaico, coletadas em
Guarulhos, SP, revelaram estar infectadas com um isolado do LMV segundo ensaios
biologicos, microscopia eletrônica e sorologia (1).
Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Summa Phytopathol. 29: 61. 2003.
Sonchus oleraceus L. (Serralha) Asteraceae
Potyvirus
Lettuce mosaic virus (LMV); vírus do mosaico da alface
Plantas de serralha com sintomas de mosaico, coletadas em área experimental de
hortaliças em S.Paulo, SP, revelaram estar infectadas com um isolado do LMV segundo
ensaios biologicos, microscopia eletrônica e sorologia (1).
Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Summa Phytopathol. 29: 61. 2003.
Potato vírus Y (PVY); virus Y da batata
Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomas, constatada no Est.M.
Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Varicosavirus
Lettuce big vein virus (LBVV)
123
Amostras de serralha com clareamento de nervuras e manchas cloróticas,
procedentes de Guarulhos, SP mostraram estar co-infectadas com LMV e LBVV (mas
não com MiLV) segundo ensaios sorológicos (1).
Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.Bras. 29: S138. 2004.
Sorghum bicolor L. (Sorgo) Poaceae
Potyvirus
Sugar cane mosaic virus (SCMV); vírus do mosaico da cana-de-açucar
Sintomas de mosaico e faixa vermelha em folhas de sorgo em SP, resultaram
infecção pelo SCMV. Pode ser transmitido pelo pulgão Rhopalosiphum maidis (Fitch.)
(1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 7. 1973.
Spathiphyllum wallisii Regel (Lírio-da-paz) Araceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Dichorhavirus
Clerodendrum chlorotic spot vírus (ClCSV); vírus da mancha clorótica de
Clerodendrum
Lírio-da-paz na vizinhança de Clerodendrum x speciosum infectado pelo
ClCSV, nos jardins do campus da ESALQ, Piracicaba, SP, exibiam manchas cloróticas.
Ensaios subsequentes revelaram que estas manchas se deviam à infecção natural pelo
ClCSV (1).
Ref. (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.
Coffee ringspot virus (CoRSV); vírus da mancha anular do cafeeiro
Um caso de infecção natural do lírio-da-paz pelo CoRSV foi constatado em um
jardim residencial em Araras,SP (1).
Ref.: (1) Novelli, VM et al. Trop Plt Pathol. 34(supl) S274. 2009.
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Manchas anulares foram notadas em plantas de lírio-da-paz em um jardim
residencial em Piracicaba, SP, associada à infestação com ácaros Brevipalpus. Estudos
ultraestruturais das lesões indicaram a presença de efeito citopático similar aos causados
pelos vírus transmitidos por Brevipalpus do tipo citoplasmático (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.
Spinacia oleracea L. (Espinafre) Chenopodiaceae
Potyvirus
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Mosaico em espinafre “Horenso” atribuído a TuMV, registrado no PR (1).
Ref.: (1) Lima, M.L.R.Z.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 403. 1984.
Spylanthes oleracea L. (Jambú)- Asteracea
Tospovirus
Tomato chlorotic spot vírus (TCSV), vírus da mancha clorótica do tomateiro
Plantas de jambú com sintomas de manchas anelares foram encontradas em
Sta.Isabel, PA. Ensaios biológicos, morfológicos e moleculares identificaram o agente
causal como TCSV (1).
Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl): 466-2. 2013.
Tospovirus não identificado
Amostras de jambú coletadas em SP mostraram estar infectadas com um
tospovirus ainda não identificado (1).
Ref.: Nozaki, D.N. Fitopatol.Bras. 31(supl):S170. 2006.
124
Stizolobium aterrimum Piper & TracyI (Mucnna preta/Bengal bean) Fabaceae
Alfamovirus
Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa
Foi constatado em um campo experimental do IAC em Campinas, SP, mosaico
amarelo em mucuna preta, em alta incidência (50%). O agente causal foi identificado
como AMV (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Summa Phytopathol. 12: 30. 1986.
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. (Stilosantes) Fabaceae
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Um potyvírus não identificado foi associado a sintomas de mosaico em
stilosants, no MS (1).
Ref.: (1) Silva, MS et al. Fitopatol.Bras. 31(supl):S102. 2006.
Stylosanthes scabra Vogel (Alfafa-do-norte) Fabaceae
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Sintomas de mosaico, folíolos pequenos, entrenós curtos e porte reduzido
observados em S. scabra de um campo experimental do Embrapa Gado de Cortes em
Campo Grande, MS. Estudos preliminares indicaram a presença de potyvirus (inclusões
cilíndricas do tipo II) não identificado, em seus tecidos (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 22: 336. 1997.
Syngonium wendlandii Schott. (Imbé ternado) Araceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Dasheen mosaic potyvirus (DsMV); vírus do mosaico do taro
Mosaico e deformação foliar em imbé ternado, causado pelo DsMV constatados
no DF (1).
Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol. bras 9:291. 1984
T
Talinum patense L. (Língua-de-vaca) Portulacaceae
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Plantas de lingua-de-vaca com nanismo, encarquilhamento e pintas necróticas ou
anelares nas folhas, encontradas em Arapoti, PR. Os sintomas foram atribuídos à
infecção natural desta planta pelo TSV (1).
Ref.: (1) Lima No., V.C. et al. Fitopatol.Bras. 9: 637. 1984.
Tapeinochilus ananassae (Hassk.) K. Schum. (Gengibre-abacaxí) Costaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Cytorhabdovirus
Cytorhabdovirus não identificado
Plantas de gengibre-abacaxi com sintomas de nanismo, faixas cloróticas e
necrose das extremidades foram encontradas em plantio comercial em Pernambuco.
Exames ao microscópio eletrônico detectaram partículas do tipo cytorhabdovírus. Não
se logrou transmitir mecanicamente para T. ananassae e outras plantas testes. Tentativas
de transmissão por enxertia não tiveram sucesso (1).
125
Ref.: (1) Coelho, R.S.B. et al. Fitopatol. Bras. 27: S 201. 2002.
Thunbergia alata Sims (Amarelinha) Acanthaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeos
Infecção natural de amarelinha pelo CABMV na Zona da Mata, PE (1)
Ref: (1) Nicolini, C. et al. Trop. Plt Pathol. 34 (supl):S271. 2009.
Thunbergia erecta (Benth.) T. Anderson (Manta-do-rei) Acanthaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Plantas de manta-do-rei com manchas anelares foram encontradas associadas à
infestação com ácaros Brevipalpus phoenicis. Em seus tecidos foram encontradas
partículas de vírus do tipo citoplasmático, dos transmtidos por ácaros Brevipalpus (1).
Ref.: (1) Nogueira et al. Summa Phytopathol. 29: 278. 2003.
Torenia sp. (Torenia) Scrophulariaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potexvirus
Alternanthera mosaic virus (AltMV); vírus do mosaico da Alternathera
Detecção de AltMV em planta assintomática de torenia em SP (1).
Ref.: (1) Duarte, L.M.L. et al. Rev. Bras. Hortic. Ornam. 14: 59. 2008.
Tobamovirus
Tobamovirus não identificado
Relato da detecção de um tobamovírus, não identificado, sem descrição de sintomas, em
SP (1)
Ref. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hortic.Ornam. 16: 95.2010.
Trachelospermum jasminoides Lem. (Jasmim estrelado) Apocynaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Detecção de um vírus transmitido por Brevipalpus, tipo citoplasmático,
associado às manchas cloróticas em folhas de jasmim estrelado, em SP (1)
Ref. (1) Kitajima, EW et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.
Tradescantia diuretica (Mart.) Handlos (=T. elongata G. Meyer) (Trapoerabarósea) Commelinaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Trapoeraba rósea com sintomas de mosaico e anéis cloróticos, coletada em São
Paulo, SP, mostrou-se estar infetada por um isolado de CMV.
Ref.: (1) Duarte, L.M.L. Fitopatol. Bras. 19: 248. 1994.
Tradescantia spathacea Sv. (Abacaxi-roxo) Commelinaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Potyvirus não identificado
126
Foram observadas no DF, plantas de abacaxi-roxo com sintomas de mosaico e
deformação foliar. Exames ao microscópio eletrônico revelaram a presença de
partículas e inclusões cilíndricas típicas de potyvirus. Não se conseguiu transmissão
mecânica nas plantas-teste habituais (1).
Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. & Kitajima, E.W. Fitopatol. Bras. 6: 533. 1981
Trichosanthes cucumerina L. (Quiabo-de-metro) Cucurbitaceae
(revisado por J.A.M. Rezende)
Potyvirus
Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV); vírus do mosaico amarelo da abobrinha de
moita
Plantas com mosaico e deformação foliar foram encontradas em Piracicaba, SP.
Os sintomas se deviam à infecção pelo ZYMV (1).
Ref.: (1) Jadão, A.S. et al. Plant Disease 94: 789. 2010.
Trifolium sp. (Trevo) Fabaceae
Alfamovirus
Alfalfa mosaic virus (AMV); vírus do mosaico da alfafa
AMV foi encontrado co-infetando trevo com o vírus do mosaico do trevo branco
(WClMV) em campos da Guarapuava, PR. Identificação feita por ensaios biológicos,
sorológicos, morfológicos e citopatologicos (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 12: 284. 1987.
Potexvirus
White clover mosaic virus (WClMV); vírus do mosaico do trevo branco
Plantas de trevo com sintomas de mosaico foram encontrados nas proximidades
de Guarapuava, PR e analises posteriores indicaram que eram causados pelo WClMV,
através de ensaios biológicos, microscopia eletrônica e sorologia (1).
Ref.: Mulder, J.G. et al. Fitopatol.Bras. 12: 263. 1987.
Triticum aestivum L. (Trigo) Poaceae
Cytorhabdovirus
Cytorhabdovirus não identificado
Cytorhabdovirus foi dentectado em plantas de trigo com manchas cloróticas nas
folhas, em ensaios de trigo no CPAC/Embrapa, em Planaltina, DF (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatologia (Lima) 11: 16. 1976.
Bromovirus
Brome mosaic virus (BMV); vírus do mosaico do capim bromo
BMV constatado pela primeira vez nos campos experimentais da
Embrapa/Trigo, RS, em cvs. de trigo resistentes ao SBWMV, com sintomas de leve
mosaico. Identificação feita por ensaios de transmissão, (mecânica, besouro Diabrotica
speciosa Kirk,), círculo de hospedeiras, microscopia eletrônica e sorologia (1).
Ref.: (1) Caetano, V.R. et al. Fitopatol.Bras. 15: 363. 1990.
Luteovirus
Turnip yellows vírus- TuYV (=Barley yellows dwarf vírus- BYDV); vírus do nanismo
amarelo da cevada
(Ver revisão em 9)
Sintomas de amarelecimento, redução de perfilhamento e porte, queda de
produtividade eram conhecidas nos trigais gaúchos desde a década dos 20, de causa
controvertida, incluindo-se a viral (1-3). A confirmação da etiologia viral, resultante de
infecção por isolados de BYDV foi feita por Caetano em 1968 (4). Na ocasião as
perdas ocasionadas foram estimadas de 20-30%. BYDV é transmitido por diversas
espécies de afídios, tendo sido Acyrthosiphum dirhodum considerado o principal; não é
127
transmitido mecanicamente ou por sementes. Possui um círculo de hospedeiras amplo
entre gramíneas, infetando vários outros cereais de inverno e invasoras. Há genótipos
mais resistentes e tolerantes (4,5). Plantas infectadas pelo BYDV seriam menos
suscetíveis à ferrugem das folhas (6). Acha-se descrito no Estado do Paraná (7) e MS
(8).
Ref.: (1) Deslandes, J. Agros 2 (2): 88. 1949; von Perceval, M. Bol. 76 Sec.Agric.RS.1939; Dischinger,
R. Supl.Rural Correio do Povo (17/6). 1966; (4) Caetano, V.R. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 2: 53. 1968; (5)
Tese Doutorado, ESALQ/USP, 75p. 1972; (6) Caetano,V.R. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5: 156. 1972;
(7) Caetano,V.R. & Golo, R.S. Fitopatol.Bras.5: 389.1980; (8) Paiva, F.A. & Goulart, A.P.C. Fitopatol.
Bras. 17: 179. 1992; (9) Lau, D. et al. Rev. Plantio Direto(março/abril)31: 2011.
Bymovirus
Wheat spindle streak mosaic virus (WSSMV)
Plantas de trigo com sintomas difusos de listras e/ou salpicado cloróticos foram
constatadas em várias regiões tritícolas do RS. SC e PR. A presença do WSSMV foi
constatada por ensaios DAS-ELISA (1).
Ref.: (1) Schons, J. et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl) CDRom 2011.
Tenuivirus
Wheat white spike virus (WWSV); virus da espiga branca do trigo
Esta virose, descrita inicialmente no RS (1), foi posteriormente constatado em
outras regiões tritícolas, inclusive DF (4). Plantas infectadas mostram clorose ou faixas
cloróticas; nervuras secundárias eventualmente sinuosas. Há perfilhamento. Espigas
amarela-pálidas podendo apresentar malformação nas aristas, quase sempre chochas. Se
a infecção for precoce a planta pode morrer (1). Transmitido pela cigarrinha Sogatella
kolophon (Kirk) (3). Associada à presença de partículas filamentosas delgadas, do tipo
Tenuivirus que produz inclusões enoveladas, grandes, no citoplasma (2).
Ref.: (1) Caetano, V.R. et al. Bragantia 29: XLI. 1970; (2) Kitajima, E.W. et al. Bragantia 30: 101. 1971;
(3) Costa, A.S. et al. Fitopatologia (Lima) 8: 6. 1973; (4) Silva, A.R. et al. Fitopatol.Bras. 4: 152. 1979.
Furovirus
Soil-borne wheat mosaic virus (SBWMV); vírius do mosaico do trigo transmitido pelo
solo
Primeiros relatos da ocorrência do SBWMV em trigais no Brasil foram feitos no
RS (1). Sintomas de mosaico em faixas, redução de porte e produção. Transmitido pelo
solo, tendo como vetor o fungo Polymyxa. Há relato de sua ocorrência no Est.S.Paulo
(2).
Ref.: (1) Caetano, V.R. et al. Indic.Pesq.XIII. IPEAS, DNPEA. Mimeog.12p. 1971; (2) Issa, E.
3a.Reun.Na.Conj.Pesq.Trigo (mimeog.). 1971.
Triumfetta sp. (Carrapichão) Tiliaceae
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
Plantas de carrapichão com sintomas de mosaico, procedentes de S.Paulo e
S.Vicente, SP e Brotas, BA, estariam infectadas pelo AbMBV (1).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.
Triumfetta semitriloba Jacq. Tiliaceae
Tospovirus
Tospovirus não identificado
Foi relatada em SP infecção natural de chagas pelo vírus de vira-cabeça (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Forster, R. Bragantia 2: 83. 1942.
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Begomovírus não identificado foi detectado em T. semitriloba Jacq; em PE (1)
128
Ref. (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006.
Tropaeolum majus L. (Chagas, nastúrcio) Tropaeolaceae
Potyvirus
Turnip mosaic virus (TuMV); vírus do mosaico do nabo
Mosaico em chagas foi primeiramente descrito no Brasil em S.Paulo, SP.
Ocorrência comum em canteiros desta ornamental. Caracteriza-se por clareamento das
nervuras, faixa-das-nervuras, manchas cloroticas e anéis internervais. Transmite-se
mecanicamente, inclusive para outras espécies (fumo, Nicotiana glutinosa, Zinnia
elegans). Considerado similar a um vírus de chagas, descrito na Califórnia (Jensen,
D.D. Phytopathology 40: 967. 1950) (1). Demonstrou-se que fumo mantido a
temperaturas mais altas tornam-se mais suscetíveis à inoculação mecânica pelo TrMV
(2). Partículas tipo potyvirus foram observadas em lesões locaqis de Chenopodium
quinoa e C. amaranticolor, mas não em Trapaeolum (3). A doença foi também
constatada no PR, tendo sido transmitido por enxertia, inoculação mecânica por
pulgões. Potyvirus foram detectados em extratos de chagas e em seus tecidos, inclusões
cilíndricas típicas de potyvirus (4). E possivel que corresponda a um dos potyvirus já
descritos em chagas, no exterior (Tropaeolum mosaic potyvirus TrMV, Tropaeolum
potyvirus 1 e 2 – TV-1 e TV-2). Um isolado do DF foi caracterizado como possível
estirpe do TuMV através de ensaios biológicos e moleculares (5)
Ref.: (1) Silberschmidt, K. Phytopathology 43: 304. 1953; (2) Liu, S.C.Y & Silberschmidt, K.
Phytopathology 51: 413. 1961; (3) Kudamatsu, M. et al. Summa Phytopathol. 4: 3. 1978; (4) Costa Lima
No., V.C. & de Souza, V.B.V. Rev.Setor Cien.Agr. UFPr 3: 66. 1981; (5) Amaral, P.P.R. et al. Virus
Rev. & Res. 6: 151. 2001.
Tulipa sp. (Tulipa) Liliaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potexvirus
Tulip virus X (TVX); vírus X da tulipa
Em bulbos de tulipas interceptados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, foi detectada a presença de TVX. As plantas germinadas a partir desses
bulbos apresentaram folhas cloróticas. Análises realizadas em SP (1).
(1) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst. Biol. 76: 501-504, 2009.
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Em tulipas à venda em comércio em São Paulo, com sintomas de ‘color break’
nas tépalas e leve mosaico nas folhas, foi detectado um potyvírus não identificado
através de microscopia eletrônica de transmissão.
(1) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst. Biol. 76: 501-504, 2009.
Tobamovirus
Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo
Plantas de tulipas, a partir de bulbos de tulipas interceptados pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, provenientes da Holanda, se apresentaram coinfectadas por TVX e TMV detectada em SP (1).
Ref. (1) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst. Biol. 76: 501-504, 2009. Alexandre, MAV et al.
Rev.Bras.Hort.Ornam. 16: 95-100. 2010.
U
Unxia kubitzki H. Robinson (Botão-de-ouro) Asteraceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Cilevirus
129
Solanum violaefolium ringspot vírus (SvRSV); vírus da mancha anular de Solanum
violaefolium
Infecção natural pelo SvRSV em plantas de botão-de-ouro, que se desenvolviam
junto à plantas de Solano-violeta infectadas (1).
Ref. (1) Kitajima, EW et al. Scientia Agricola 67: 348. 2010.
V
Vanilla planifolia Jack. ex-Andrews (Baunilha) Orquidaceae
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Morte dos ponteiros de plantas de baunilha, causada pela infecção por CMV.
Relatado no Est. S.Paulo. Transmissão experimental por via mecânica, mas não por
afídeos (1).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Robbs, C.F. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 4: 36. 1971.
Verbena sp. (Verbena) Verbenaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Tobamovirus
Tobamovirus não identificado
Tobamovírus não identificado detectado em verbena, em SP (1).
Ref. (1) Alexandre, M.A.V. et al. Rev. Bras. Hortic.Ornam. 16: 95-100. 2010.
Vernonia polyantes Less. (Assa Peixe) Asteraceae
Polerovirus
Potato leaf roll virus (PLRV); Vírus do enrolamento das folhas da batata
Infecção natural de assa´peixe pelo PLRV, sem menção da sitnomatologia.
Constatada no Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Potyvirus
Potato virus Y (PVY); Vírus Y da batata
Infecção natural pelo PVY, sem menção da sinyomatologia, constatada no
Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Vigna luteola (Jacq.) Benth. (feijãpo-da-praia) Fabaceae
Begomovirus
Begomovirus não identificado
Plantas de V. luteola com sintomas de mosaico dourado foram encontrados em
Peruíbe, SP. Estudos preliminares indicaram que o vírus é transmissível pela mosca
branca Bemisia tabaci, mas seria distinto do mosaico dourado do feijoeiro (1).
Ref.: (1) Barradas, M.M. & Chagas, C.M. Arq.Inst.Biol. 49: 85. 1982.
Potyvirus
Cowpea severe mosaic comovirus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Sintoma de mosaico amarelo brilhante e distorção foliar em V. luteola,
observado em . Praia Grande, SP. O agente causal foi identificado como um isolado do
CPSMV (1).
Ref.: (1) Salas, F.J.S. et al. Res.VII Enc.Nac.Virol. 280. 1996.
Vigna mungo (L.) Hepper (Feijão Mungo) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
130
Detecção do CPSMV em feijão Mungo com sintomas de mosaico, no DF (1).
Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Plant Dis.Reptr. 66: 67. 1982.
Vigna radiata (L) R. Wilcz. (Feijão moyashi) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Mosaico em feijão-moyashi causado por um isolado do CPSMV, sorotipo I
ocorrendo no DF (1) e Itaguaí, RJ (2).
Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982 ; (2) Brioso, P.S.T. et al. Fitopatol.Bras. 19:
420. 1994.
Potyvirus
Bean common mosaicvirus (BCMV); vírus do mosaico comum do feijoeiro
Plantas de feijao moyashi com sintomas de mosaico e bolhosidades constatado
em um campo experimental da UFCe, e que se achava infectado por um potyvirus,
identificado como BCMV através de ensaios biologicos e sorológicos (1).
Ref.: (1) Lima,J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 10: 303. 1985.
Vigna unguiculata (L.) Walp. (Caupi, feijão-de-corda, feijão-macassar) Fabaceae
Revisão: Pio Ribeiro, G. & Assis Fo., F.M. Res. Virologica 91. 1991.
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
É um vírus isométrico, de alta concentração, transmitido por besouros
crisomelídeos e por métodos mecânicos, sendo endêmico nas princiapais regiões
produtoras do caupi. Causa sintomas de mosaico e embolhamento. Infeta naturalmente
várias outras leguminosas. O primeiro relato deste vírus no país foi feita por Oliveira em
1947,no RS (1) em material coletado no nordeste. Posteriormente foi observado em
S.Paulo (2, 3) e em outras regiões do país-DF,CE,AM,PE,PI,RN,PB (5-7, 10, 16, 17,
18, 19). Há avaliações de perdas (9). Era considerado um isolado do Cowpea mosaic
vírus (CPMV), mas é atualmente classificado como espécie distinta (8). Induz perdas
significativas (9). Foi purificado tendo-se produzido anti-sôro específico (4). Acham-se
identificados quatro sorotipos no país (11 12). Demonstrou-se sua transmissão pelo
besouro crisomelideo Cerotoma arcuata (Oliv.) (13) e Diabrotica speciosa (14). Foram
encontradas variedades com alta resistência ou mesmo imunes, como “Macaibo” e FP
7733-2 (15).
Ref.: (1) Oliveira, M.A.Bol.Tecn.Inst.Agron.Sul (Pelotas) No.1. 1947; (2) Caner, J. et al. O Biológico 35:
13. 1969; (3) Costa, A.S. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 56. 1969; (4) Oliveira, A.R. et al.
Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 26. 1969; (5) Cupertino, F.P. et al. Fitopatologia (Lima) 9:51. 1974; (6) Lima,
J.A.A. & Nelson, M.R. Plant Dis.Reptr.61: 964. 1977; (7) Kitajima, E.W. et al. Acta Amazonica 9: 633.
1979; (8) Pio Ribeiro, G. & Paguio, O. Fitopatol.Bras. 5: 375. 1980; (9) Gonçalves, M.F.B. & Lima,
J.A.A. Fitopatol. Bras. 7: 547. 1982; (10) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 7: 537. 1982; (11) Lin,
M.T. et al. Phytopathology 71: 435. 1981; (12) 74: 581. 1984; (13) Costa, C.L. et. al. Fitopatol. Bras. 3:
81. 1978; (14) Fitopatol.Bras. 6: 523. 1981; (15) Rios, G.P. & das Neves, B.P. Fitopatol.Bras. 7: 175.
1982; (16) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (17) Bertacini, P.V.et al. Fitopatol.Bras. 19:
271. 1994; (18) Silva, S.P. et al. Fitopatol.Bras. 26: 520. 2001;(19) Cezar, M.A. et al. Summa Phytopathol
36(supl)#097.CDRom.2010.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
CMV ocorre comumente, isolado ou co-infetando outros vírus de caupi (5, 6).
Causa sintomas de mosaico, mas distinto do causado pelo CPSMV sendo transmitido
por afídeos (1). Foi detectado em sementes. CMV constatado em ccaupi nos estados de
Goiás (1), Pernambuco (5), Ceará (4), Piauí (3).
131
Ref.: (1) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras.5: 419. 1980; (2) 6: 193. 1981; (3) Res. 1 a Reun.Nac. Pesq. Caupi,
p.101. 1982; (4) Silveira, L.F.S. & Lima, J.A.A. Fitopatol. Bras.11. 369. 1986; (5) Assis Fo., F.M. & Paz,
C.D. Fitopatol.Bras. 18: 287. 1993; (6) Paz, C.D. Et al. Fitopatol.Bras. 20: 325. 1995
Begomovirus
Cowpea golden mosaic virus (CPGMV); vírus do mosaico dourado do caupi
Descrito pela primeira vez nos arredores de S.Luis, MA, esta virose, transmitida
pela mosca branca Bemisia tabaci, ocorre comumente na cultura do caupi no NE (1,3).
Já foram identificados genótipos resistentes (4). Sorologicamente este vírus seria similar
ao geminivirus causador de mosaico dourado em Macroptilium lathyroides no CE (5,6).
Detecção provável na PB (7).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras.7: 537. 1982; (2) Santos, A.A. & Freire Fo.,
F.A.Fitopatol.Bras. 9: 406; (3) 407. 1984; (4) 11: 288. 1986; (5) Lima, J.A.A. et al. Virus Rev.& Res. 3
(supl.1): 143. 1998; (6) Fitopatol.Bras.23: 319. 1998.(7) Freitas, A.S. et al. Trop Plt Pathol. 35(supl)
S214. 2010.
Potyvirus
Cowpea aphid borne mosaic virus (CABMV); vírus do mosaico do caupi transmitido
por afídeo
Mosaico em caupi, com padrão distinto do mosaico severo causado pelo
CPSMV, ocorre comumente nas zonas produtoras de caupi no NE. Potyvirus tem sido
identificado como agente causal. O relato mais antigo é de Paguio (1) que comenta a
ocorrência do CABMV em PE. É provável que os outros casos (faixa verde das
nervuras, mosaico rugoso e mosqueado severo) relatados em amostras procedentes do
NE, sejam isolados diferentes do CABMV, alguns dos quais foi referido como Blackeye
cowpea mosaic potyvirus (BCPMV) (2-8) o qual foi, recentemente, considerado isolado
do CABMV baseado na homologia da seqüência de nucleotídeos de parte do seu
genoma. Há relatos de sua presença em sementes (9). Potyvirus em caupi foi também
relatado no RJ (10).Santos et al. relatam dois potyvirus ligeiramente relacionados
sorologicamente, mas sem relações sorológicas com CABMV ou BlCMV os quais
foram designados de mosaico rugoso e mosqueado severo (11). Há assim necessidade
de estudos adicionais para averiguar se são isolados do CABMV ou distintos. Foram
avaliadas linhagens resistentes aos isolados do CABMV no est.PI (12).Relatado na PB
(13)
Ref.: (1) Paguio, O. Fitopatol.Bras. 3: 125. 1978; (2) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras. 4: 120. 1979; (3)
Lima, J.A.A. & Lima, M.G. Fitopatol.Bras. 5: 415. 1980; (4) Lin, M.T. et al. Fitopatol.Bras. 5: 419. 1980;
(5) Santos, A.A. et al. Fitopatol.Bras. 5: 457. 1980; (6) Lima, J.A.A. et al. Fitopatol.Bras. 6: 205. 1981;
(7) Lin,M.T. et al. Fitopatol.Bras. 6: 73. 1981; (8) 6: 193. 1981; (9) Silveira, L.F.S. & Lima, J.A.A.
Fitopatol.Bras. 11: 369. 1986; (10) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (11) Santos, A.A. et
al. Fitopatol.Bras. 9: 567. 1984; (12) Nogueira, M.S.R. et al. Summa Phytopathol. 32(supl):S 50.
2006.13) Cezar, M.A. et al. Summa Phytopathol 36(supl)#097.CDRom.2010.
Vigna unguiiculata (L.) Walp. Subsp. sesquipedalis (L.) Verdc. (Feijão-de-metro)
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Mosaico similar ao observado no caupi é comum em plantios de feijão-de-metro
tendo o agente causal sido identificado como isolados do CPSMV, no DF (1).
Ref.: (1) Lin, M.T. & Anjos, J.R.N. Plant Dis. 66: 67. 1982.
Potyvirus
Potyvirus não identificado
Mosaico em faixas em feijão-de-metro encontrado em um levantamento feito no
Est. Pará associado à infecção por um potyvirus, provavelmente um isolado de CABMV
(1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 5: 407. 1980.
132
Vigna vexillata (L) A. Rich. (Feijão-miúdo) Fabaceae
Comovirus
Cowpea severe mosaic virus (CPSMV); vírus do mosaico severo do caupi
Registro de infecção natural de feijão-miúdo pelo CPSMV, em PE. Identificação
do vírus através de ensaios biológicos e sorológicos (1).
Ref.: (1) Gueiros Jr., F. et al. Res.III Cong.Inic.Cient.UFRPe p.55. 1993.
Viola odorata l. (Violeta) Violaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Potato virus Y (PVYo); vírus Y da batataPlantas de violeta, com sintomas de mosaico, coletadas em SP, se achavam
infectadas por um isolado do PVYo (1).
Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Summa Phytopathol. 34(supl): S47. 2008.
Vitis vinifera L., Vitis labrusca L., Vitis spp. (Videira) Vitaceae
(revisado por T.M.V. Fajardo)
Nepovirus
Grapevine fanleaf virus (GFLV); vírus da folha-em-leque da videira
Plantas de videira, do porta-enxerto 106-8 (“Traviú”) apresentam sintomas de
mosaico, manchas cloróticas irregulares e esparsas, faixas cloróticas em zig-zag,
eventualmente, folhas menores e deformadas. Relatado em São Paulo. Transmitido por
enxertia (1). Esta virose, também conhecida por "folha-em-leque" (Fanleaf), é causada
pelo Grapevine fanleaf virus - GFLV (Nepovirus), que é transmitido por nematóides do
gênero Xiphinema. Detecção do vírus por microscopia eletrônica foi realizada (3). No RS
constataram-se alterações morfológicas em ramos (internos curtos, nós duplos,
achatamento, proliferação de brotos) e folhas (menores, mosaico e deformações) nas cvs.
Piróvano 54 e 149, tidas como causadas pelo agente do “fanleaf” ou “Court Noué” (4).
Kuniyuki et al. (5) comprovaram que a identidade do agente causal do Mosaico do Traviú
é semelhante ao do “fanleaf”. Outro isolado específico do GFLV é responsável pela
variação de sintomas conhecida por "Mosaico amarelo das nervuras". Este isolado foi
constatado inicialmente na cv. Niágara Rosada na região de Jundiaí, Louveira e Valinhos e
na cv. Pirovano, em São Roque, SP. Folhas com manchas amarelas intensas,
principalmente nas nervuras primárias (7). Pode ser transmitido mecanicamente para
algumas plantas-teste (2,7). GFLV foi detectado e caracterizado por métodos sorológicos e
moleculares (6,8).
Ref.: (1) Kuniyuki, H. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5: 123. 1972; (2) Kuniyuki, H. ev.Soc.Bras.Fitopatol. 5: 121.
1972; (3) Vega, J. & Kuniyuki, H. Summa Phytopathol. 4: 15. 1978; (4) Kuhn, G.B. & Siqueira, O.
Fitopatologia (Lima) 9: 56. 1974; (5) Kuniyuki, H. et al. Fitopatol.Bras. 19: 224.1994; (6) Fajardo et al.
Fitopatologia Brasileira 25: 505. 2000; (7) Fajardo, T.V.M. et al. In Fajardo, T.V.M. ed. Uva para
processamento-Fitossanidade. Embrapa Inf. Tecnol. p.45. 2003; (8) Radaelli, P. et al. Trop. Plant Path. 34:
297. 2009.
Foveavirus
Grapevine rupestris stem pitting-associated virus (GRSPaV); vírus associado à canelura
do ramo da videira rupestris
Videiras têm redução do crescimento; ramos mais fracos; folhas jovens com início
de avermelhamento ou amarelecimento; casca espessa (origem do nome "cascudo"). Em
fases mais avançadas pode ocorrer caneluras. Sintomas semelhantes aos da virose “legno
riccio” e "rugose wood" (1). Constatado nos estados de SP em cvs. como ‘Itália’ e
‘Rupestris du Lot’ (1) e também com sintomas menos intensos em porta enxertos como
‘Golia’ e ‘Kober 5BB’ (3), no PR (2) e RS (4). Pode ser diagnosticado por enxertia em
‘Rupestris du Lot’ (3). Um isolado severo em ‘Kober 5BB’, porém mais suave em
133
‘Rupestris du Lot’, foi encontrado em SP (5). Esta enfermidade é causada pelo GRSPaV,
tendo a confirmação sido feita também por métodos moleculares (6, 7, 8, 9). Detectado
nos estados de PE, PB e BA (10).
Ref.: (1) Kuniyuki, H. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5:137. 1972; (2) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6: 300. 1981;
(3) Kuniyuki, H. & Muller, G. Summa Phytopath. 13: 26. 1987; (4) Kuhn, G.B. Fitopatol. Bras. 17: 194.
1992; (5) Kuniyuki, H. & Costa, A.S. Summa Phytopathol. 18: 13. 1992; (6) Espinha, L.M. et al.
Fitopatol.Bras. 26(supl.): 533. 2001; (7) Espinha, L.M. et al. Fitopatol.Bras. 28: 206. 2003; (8) Fajardo,
T.V.M. et al. Fitopatol. Bras. 29: 209. 2004; (9) Radaelli, P. et al. Trop. Plant Pathol. 34: 297. 2009; (10)
Catarino,A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-1.2013
Vitivirus
Grapevine virus A (GVA); vírus A da videira
Acanaladura do lenho de Kober faz parte de um complexo de quatro viroses que
causam alterações no lenho de videiras. Sua etiologia é atribuída ao GVA, vírus alongado
(700-800 nm x 12 nm), ssRNA (7.400 nt). Dispersão por material propagativo infectado e
cochonilhas (Heliococcus bohemicus, Phenacoccus aceris, Planococcus citri,
Planococcus ficus, Pseudococcus viburni, Pseudococcus comstocki, Pseudococcus
longispinus, Neopulvinaria innumerabilis, Parthenolecanium corni). Transmitido com
dificuldade para algumas plantas-teste. No Brasil, GVA foi detectado em videiras nos
estados de RS, SP e PE. A acanaladura caracteriza-se por ranhuras no lenho e forma-se
sob a casca no tronco de videiras suscetíveis, em especial o cv. ‘Kober 5BB’, usada como
indicadora. GVA pode causar redução no vigor, atraso na brotação e nas combinações
mais suscetíveis, declínio e redução da produtividade e morte precoce (1-5). Detectado na
PB e PB (6).
Ref.: (1) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 25(supl.): 442. 2000; (2) Kuniyuki, H. et al. Summa Phytopathol.
27: 116-117. 2001; (3) Fajardo, T.V.M. et al. Fitopatol.Bras. 28: 521-527. 2003; (4) Kuniyuki, H. et al.
Fitopatol.Bras. 28:323. 2003; (5) Moreira, A.E. et al. Fitopatol.Bras. 29: 205. 2004; (6) Catarino,A.D.M. et
al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-1.2013
Grapevine virus B (GVB); vírus B da videira
Constatado em videiras ‘Niágara Branca’ e ‘Rosada’ no Estado de São Paulo (2),
no RS (cv. ‘Isabel’) (3,7) e SC (4). Há atraso na brotação de primavera e menor
desenvolvimento vegetativo. Sintomas tornam-se visíveis por ocasião do florescimento:
ligeira clorose internerval nas folhas (1), intumescimento ao longo dos entrenós nos ramos
do ano, fendas longitudinais nas áreas intumescidas e presença de tecido corticento.
Conhecido como “corky bark”. A diagnose é feita na indicadora ‘LN33’, por enxertia, que
exibe sintomas de fendilhamento mais severos (5). Há isolados que não causam sintomas
em algumas videiras americanas (6,11). O vírus causal foi identificado como GVB, com
partícula alongada (ca. 800 nm), proteína capsidial com 23 kDa e disseminado por enxertia
(9,10,12,14). Foi constatado em vinhedos do Submédio São Francisco e Zona da Mata, PE
(8,15). Em SP logrou-se transmitir o GVB com a cochonilha Pseudococcus longispinus
(13). Detectado na BA e PB (14).
Ref.: (1) Kuniyuki, H. Fitopatologia (Lima) 8: 10. 1973; (2) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6: 153. 1975; (3)
Kuhn, G.B. Fitopatol.Bras. 6: 536.1981 (4) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6: 300. 1981; (5) Kuniyuki, H. &
Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 7: 71. 1982; (6) Kuniyuki, H. & Costa, A.S. Summa Phytopathol.17: 38.1991; (7)
Kuhn, G.B. Fitopatol.Bras. 17: 399. 1992; (8) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 25: 442. 2000; (9) Kuniyuki,
H. et al. Fitopatol.Bras. 25: 443. 2000; (10) Nickel, O. et al. Fitopatol. Bras. 27: 279. 2002; (11) Moreira, A.E.
Fitopatol. Bras. 29: 75. 2004; (12) Moreira, A.E. et al. Fitopatol. Bras. 30:538. 2005; (13) Kuniyuki, H. et al.
Summa Phytopathol. 32:151. 2006; (14) Radaelli, P. et al. Pesq. Agropec. Bras. 43: 1405. 2008; (15) Pio
Ribeiro, G. et al. Trop Plt Pathol. 34(supl.): S276. 2009; (14) Catarino,A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38
(supl) CDRom 371-1.2013
Grapevine virus D (GVD); vírus D da videira
O complexo rugoso (“rugose wood complex”) afeta o lenho de videira causando
intumescimento, caneluras e/ou acanaladuras na região sob a casca. A maioria das
combinações de porta-enxertos expressa sintomas no campo. Atualmente a incidência
134
deste complexo apresenta expressão econômica na viticultura mundial. Os vírus
associados ao complexo rugoso da videira são: GVA, GVB e GRSPaV. Outro vírus, GVD
foi detectado em videiras sintomáticas e pode induzir redução de crescimento em algumas
cvs. de porta-enxertos. GVD é o vírus menos estudado deste complexo. Recentemente dois
isolados de GVD foram detectados e caracterizados molecularmente no RS (1,2).
Ref.: (1) Dubiela, C.R. et al. In Girardi, C.L. et al. eds. Resumos, 9º Encontro de IC e 5° Encontro de PósGrad. Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves. p. 26, 2011; (2) Fajardo, T.V.M. Ciência Rural 42: 2127.
2012.
Maculavirus
Grapevine fleck virus (GFkV); vírus da mancha da videira
GFkV causa infecção latente em cultivares comerciais, mas induz manchas
translúcidas nas nervuras (mosaico das nervuras) na indicadora ‘Rupestris du Lot’.
Identificado como GFkV (1,2,7,8), é um vírus isométrico de ca. 30 nm diâmetro
(Maculavirus, Tymoviridae). Ocorre nas principais cultivares plantadas no Estado São
Paulo, em incidências que podem chegar a 100% (3). Constatado também nos estados de
GO, MG, PR, SC (4) e RS (6). Foi constatado nas cvs. Kyoho e Olímpia importadas do
Japão (5). Constatado em vinhedos do Submédio São Francisco (9). Identificação
confirmada por ensaios sorológicos (10) e moleculares (11,12). Também constatado na PB
e BA (13).
Ref.: (1) Kuniyuki, H. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5: 189. 1972; (2) Kuniyuki, H. Fitopatologia (Lima) 11: 17.
1976; (3) Kuniyuki, H. & Costa, A. S. Summa Phytopathol. 5: 24. 1979; (4) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6:
300. 1981; (5) Kuniyuki, H. & Suzukawa, Y. Fitopatol.Bras. 6: 533. 1981; (6) Kuhn, G.B. Fitopatol.Bras.
17: 435. 1992; (7) Kuniyuki, H. & Costa, A.S. Summa Phytopathol. 20:152. 1994; (8) Kuniyuki, H. et al.
Fitopatol. Bras. 20:618. 1995; (9) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 25: 442. 2000; (10) Kuniyuki, H. et al.
Fitopatol.Bras. 27: 635. 2002; (11) Fajardo, T.V.M. et al. Fitopatol. Bras. 29: 460. 2004; (12) Fajardo, T.V.M.
et al. Ciência Rural 42: 2127. 2012; (13) Catarino,A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 3711.2013
Marafivirus
Grapevine rupestrin vein feathering virus (GRVFV)
Catarino et al. (1) detectaram GRVFV por RT-qPCR em 8% das amostras
coletadas em PE. Foi feita a caracterização molecular parcial de isolados desse vírus e
concluram que, também, no Brasil, GRVFV está associado aos vírus da família
Tymoviridae que infectam videiras. Detectado também na BA e PB (2).
Ref.: (1) Catarino, A.M. et al. Trop.Plant Pathol. 38 (supl.). CDRom 371-2. 2013; (2) Catarino,A.D.M. et
al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-1.2013.
Ampelovirus (GLRaV-1, 3, 4, 5. 6)
Closterovirus (GLRaV-2)
Grapevine leafroll-associated vírus 1, -2, -3, -4, -5, -6; (GLRaV-1, -2, -3, -4, -5, -6);
vírus associado ao enrolamento das folhas da videira 1, 2, 3, 4, 5, 6
O enrolamento da folha da videira, também conhecido no Estado de São Paulo por
vermelhão ou amarelo, é uma das mais importantes virose da videira. Sintomas surgem em
meados do verão. O enrolamento é inicialmente verificado nas folhas basais, até que em
fins do outono, a maioria das folhas encontra-se enrolada, ficando avermelhada
(normalmente com a nervura ainda verde) ou amarelada, rugosa e quebradiça. É
transmissível por enxertia. Primeiro relato no país feito no Estado de SP (1). Constatado
também no RS (2) além de GO, MG, PR e SC (3) e, recentemente, no Submédio São
Francisco (7). Pesquisas em outros países identificaram vários vírus distintos associados
ao enrolamento, referidos como GLRaV. Atualmente há a proposta da seguinte
classificação taxonômica: Família Closteroviridae, Gêneros: Closterovirus (GLRaV-2),
Ampelovirus, subgrupo I (GLRaV-1 e GLRaV-3), Ampelovirus, subgrupo II (GLRaV-4 e
suas estirpes -5, -6, -9, -Car, -Pr), Velarivirus (GLRaV-7). No Brasil acham-se registrados
GLRaV-1, -2, -3 (8,9,11,14,15), -4 (17), -5 e -6 (10,16). Foram visualizadas partículas do
135
tipo closterovirus em tecidos de calo de videira (4). Cultivares (Vitis labrusca) e híbridos
americanos exibem pouco ou nenhum sintomas, entretanto, videiras européias (V. vinifera)
exibem sintomas severos (5). Cochonilhas transmitem GLRaV-1, -3, -4, -5, -6 e -9; há
registro de transmissão mecânica somente do GLRaV-2 para Nicotiana spp. (10).
Diagnose feita por indexação em indicadoras e mais recentemente por ensaios
imunológicos e moleculares (11,13,16). GLRaV-1 e -3 constatados em vinhedos do
Submédio São Francisco (6). GLRaV-5 foi detectado em SP (12). GLRaV-4 detectado em
PE (18). GLRaV-3 e 4 detectado na PB e BA (19).
Ref.: (1) Kuniyuki, H. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 5:165. 1972; (2) Kuhn, G.B. & Siqueira, O. Fitopatologia
9:56. 1974; (3) Kuniyuki, H. Fitopatol.Bras. 6: 300. 1981; (4) Vega, J. et al. Fitopatol.Bras. 14: 137. 1989;
(5) Kuhn, G.B. & Nickel, O. Informe Agropecuário 19 (194): 85. 1998; (6) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras.
25: 442. 2000; (7) Lima, M.F. In Lima, M.F. & Moreira, W.A. eds. Uva de mesa. Fitossanidade. Embrapa
Inf.Tecnol. p.35. 2002; (8) Fajardo, T.V.M. et al. Fitopatol.Bras. 27: 58. 2002; (9) Kuniyuki, H. et al.
Summa Phytopathol. 28: 311. 2002; (10) Fajardo, T.V.M. et al. In Fajardo, T.V.M. ed. Uva para
processamento-Fitossanidade. Embrapa Inf. Tecnol. p.45. 2003; (11) Fajardo, T.V.M. et al. Fitopatologia
Brasileira 32: 335. 2007; (12) Kuniyuki, H et al. Summa Phytopathol. 34:366. 2008; (13) Radaelli, P. et al.
Pesquisa Agropecuária Brasileira 43:1405. 2008; (14) Radaelli, P. et al. Tropical Plant Pathology 34: 297.
2009; (15) Fajardo, T.V.M. et al. Ciência Rural 41:5. 2011; (16) Fajardo, T.V.M. et al. Ciência Rural
42:2127. 2012; (17) Catarino et al. In Girardi, C.L. et al. eds. Resumos, 10º Encontro IC e 6° Encontro de
Pós-Grad. Embrapa Uva e Vinho. p. 47, 2012; (18) Caarino, A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl.) : 371233333332013.; (19) Catarino,A.D.M. et al. Trop.Plt.Pathol. 38 (supl) CDRom 371-1.2013.
Nanovirus
Nanovirus não identificado
Um possível nanovirus, ainda não identificado, foi associado a uma videira em
B.Gonçalves com folhas avermelhadas, coriáceas e enroladas, através de análises
moleculares (1).Ref.: (1) Basso, M.F. et al. Abst.7th IntlGeminivirus Symp. P;56. 2013..
Vírus não identificado
LN33 stem grooving
Constatado em videiras fazendo parte do complexo do lenho rugoso em cultivares
procedentes da Serra Gaúcha (1). Induz acanaladura (ranhuras no lenho) na cv. indicadora
‘LN33’.
Ref.: (1) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 27(supl.): S207. 2002.
Obs.: Há informações de que quatro viroses constituem o complexo do lenho rugoso da videira
("Grapevine rugose wood complex"), causando alterações no lenho de plantas infectadas e
prejudicando a formação dos vasos condutores da seiva: o fendilhamento cortical ou
intumescimento dos ramos ("Corky bark"), o cascudo ou caneluras do tronco de Rupestris
("Rupestris stem pitting"), a Acanaladura do lenho de Kober ("Kober stem grooving") e a
Acanaladura do lenho de LN33 ("LN33 stem grooving"). Estas viroses podem ser separadas por
meio de testes biológicos com as cultivares indicadoras (Rupestris du Lot, Kober 5BB e LN33)
específicas para cada vírus.
Grapevine vein necrosis
Anomalia no porta-enxerto cv. ‘R110’, caracterizada pela necrose das nervuras,
constatada no Estado do RS (1,2). Plantas infectadas têm pouco desenvolvimento e
apresentam folhas cloróticas. É transmitido por enxertia. Virose semelhante ao "Grapevine
vein necrosis" relatada em outros países vitícolas (5). Foi também constatada no portaenxerto cv. ‘Solferino’ e em outros importados dos EUA e da Europa e aparenta estar
amplamente difundida, sem causar sintomas evidentes (2). Constatada no Estado de São
Paulo (3) e no Submédio São Francisco - PE/BA (4). A etiologia desta virose ainda não
está totalmente elucidade, entretanto, relatos recentes associam esta virose a presença de
estirpe específica do Grapevine rupestris stem pitting-associated virus (GRSPaV).
Ref.: (1) Kuhn, G.B. Fitopatol.Bras. 17:154. 1992; (2) Kuhn, G.B. et al. Fitopatologia Brasileira 19:79.
1994; (3) Kuniyuki, H. et al. Fitopatol.Bras. 22:186.1997; (4) Kuhn, G.B. et al. Fitopatol.Bras. 25:442. 2000;
(5) Fajardo, T.V.M. et al. In Fajardo, T.V.M. ed. Uva para processamento-Fitossanidade. Embrapa Inf.
Tecnol. p.45. 2003.
136
Viróides
Pospiviroidae
Citrus exocortis viroid (CEVd); viróide da exocorte do citros
Hop stunt viroid (HSVd); viróide do nanismo do lúpulo
Os viróides do exocortis do citros (Citrus exocortis viroid - CEVd - Pospiviroid) e
do nanismo do lúpulo (Hop stunt viroid - HSVd - Hostuviroid) foram detectados em
videiras em Bento Gonçalves, RS (1,2,3).
Ref.: (1) Ferreira, A.P.M. et al. Fitopatologia Brasileira 17:154. 1992; (2) Fonseca, M.E.N. & Kuhn, G.
Fitopatol.Bras. 19:285. 1994; (3) Eiras, M. et al. Fitopatol.Bras. 31: 440. 2006.
W
Waltheria indica L (= W. americana L) (Malva-branca) Sterculiaceae
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
Plantas com sintomas de mosaico coletadas em S.Paulo, SP. Agente causal
identificado como AbMBV (1).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.
Begomovirus não identificado
Begomovirus não identificado detectado em AL infetando malva-branca (1).
Ref: (1) Assunção, L.P. et al. Planta Daninha 24: 239.2006.
Wissadula sp. (Malva-estrela) Malvaceae
Begomovirus
Abutilon mosaic Brazil virus (AbMBV); vírus do mosaico do Abutilon
Infecção natural de Wissadula pelo AbMBV, resultando em sintomas de
mosaico. Amostras procedentes de Alagoinha, PB e Brotas, BA (1).
Ref.: (1) Silberschmidt, K. & Tommasi, L.R. Ann.Acad.Bras.Cien. 27: 195. 1955.
X
Xanthosoma atrovirens Koch & Bouche (Taiá, Tabatajá) Araceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro
Mosaico em tabatajá causado pelo DsMV. Constatado no DF (1).
Ref.: (1) Rodrigues, M.G.R. et al. Fitopatol. Bras. 9: 291. 1984.
Y
Yucca elephantipes Regel ex.Trel (Iuca-elefante) Agavaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Badnavirus
Badnavirus não identificado
Plantas de Yucca com manchas cloróticas; manchas, anéis e semi anéis
necróticos, procedentes do interior do Estado de São Paulo, mostraram conter em seus
tecidos foliares, partículas similares a badnavírus (1).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol.Bras. 19: 479. 1994.
Z
137
Zamioculcas zamiifolia (Lodd.) Engl. (Zamioculca) Araceae
Potyvirus
Konjac mosaic vírus (KoMV); vírus do mosaico do konjac
Uma planta de zamioculca, adquirida no comércio em S.Paulo, SP, mostrou
sintomas de mosaico e deformação foliar e em seu extrato ocorriam partículas do tipo
potyvirus. Ensaios sorológicos e moleculares para DsMV foram negativos. Segmento
amplificado por RT-PCR indicou que este potyvirus seria KoMV (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Plant Dis. 97.:1517. 2013.
Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng (Copo-de-leite) Araceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Dasheen mosaic vírus (DsMV), vírus do mosaico do taro
Em plantas de copo-de-leite, exibindo manchas cloróticas difusas, foi constatada
a presença do DsMV, identificada por microscopia eletrônica e sorologia (1).
Ref.: 1) Galleti, S.R. et al. Res. VI Enc. Nac. Virol. p.137. 1992.
Zea mays L. (Milho) Poaceae
(vírus de Zea revisado por M.C. Gonçalves)
Revisao: Costa, A.S. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 4: 39. 1971; Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Proc.2nd
Int.Colloq.Workshop Maize Vírus and Mycopl. p.100. 1983
Cytorhabdovirus
Cytorhabdovirus não identificado
É uma virose de rara ocorrência em milharais. Induz faixas cloroticas largas ao
longo das nervuras. Plantas infectadas têm porte e produção reduzidos. Transmitido pela
cigarrinha Peregrinus maidis Ashm. (1) O vírus foi purificado (2). Tecido infectado do
milho contem partículas do tipo cytorhabdovirus e partículas similares foram
visualizadas no vetor (3). Foi constatado no DF e AM (4), RJ (5), RN (6). Diferiria do
Maize mosaic nucleorhabdovirus (MMV) pelo fato de ser Cytorhabdovirus e tem sido
referido como vírus da faixa clorótica das nervuras do milho (VFCNM).Detectado em
Teresina, PI (7).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 4: 39. 1971; (2) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 1:
34. 1976; (3) Kitajima, E.W. & Costa, A.S. Fitopatol.Bras. 7: 247. 1982; (4) Kitajima, E.W. & van der
Pahlen, A. Fitopatol.Bras. 2: 83. 1977; (5) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; (6) Oliveira,
F.C. et al. Fitopatol.Bras. 17: 339. 1992; Beserra Jr., JEA et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl) CDRom.
2011.
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Estrias cloróticas alongadas e mosaico nas folhas e nanismo foram observados
em milho, no Est.S.Paulo. Enfermidade de rara ocorrência. Agente causal identificado
como CMV (1).
Ref.: Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Rev. Soc.Bras.Fitopatol. 5: 159, 1972.
Marafivirus
Maize rayado fino virus-(MRFV); vírus da risca do milho
Lesões necróticas lineares ao longo das nervuras. Ocorrência comum nos
milharais, mas aparentemente não interfere na produtividade, exceto quando ocorre coinfecção com SCMV, fitoplasma e espiroplasma (1,9). O vírus causal foi identificado
como isolado do MRFV, descrito na C.Rica (2, 8). É transmitido pela cigarrinha
Dalbulus maidis, mas não se transmite mecanicamente (1). Foi purificado e as
partículas são isométricas, 30 nm, que ocorrem no parênquima do mesofilo e da região
vascular (3) tendo sido tambem visualizado nos tecidos do vetor (5). Foi constatado no
CE (4), RJ (6), PR (7), MG (8), SP (9). Faz parte do complexo do enfezamento,
138
juntamente com o espiroplasma e fitoplasma, transmitidos pelo mesmo vetor que tem
causado perdas após a implantação do sistema de safrinha. Pode ocorrer também em
infecção mista com o SCMV causando maiores perdas na produtividade (9).
Ref.: (1) Costa, A.S. et al. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 4: 39. 1971; (2) Kitajima, E.W. et al.
Proc.Amer.Phytopathol.Soc. v.2, C-15. 1975; (3) Kitajima, E.W. et al. Ciencia e Cultura 28: 427. 1976:
(4) Lima, J.A.A. & Gamez, R. Fitopatol.Bras. 7: 535. 1982; (5) Kitajima, E.W. & Gamez, R.
Intervirology 19: 129. 1983; (6) Kitajima, E.W. et al. Fitopatol.Bras. 9: 607. 1984; ; (7) Kitajima, E.W. &
Nazareno, N.R.X. Fitopatol.Bras. 10: 613. 1985; (8) Melo, P.R. et al. Fitopatol.Bras. 25: 444. 2000. (9)
Gonçalves, M.C. et al. Summa Phytopathol. 33: 22. 2007.
Potyvirus
Johnsongrass mosaic virus (JGMV); vírus do mosaico de Johnsongrass
Detectado em amostra de milho procedente de Ribeirão Preto, SP,
sorologicamente (1). A confirmar.
Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.Bras. 25: 514. 2001.
Maize dwarf msaic virus (MDMV); vírus do mosaico anão do milho
Sugarcane mosaic virus (SCMV); vírus do mosaico da cana-de-açucar
Há relatos, sem identificação adequada de mosaico em milho no RS (1, 2).
Identificação adequada foi feita por Costa et al. no Est.S.Paulo. Ocorrência comum mas
usualmente em baixa incidência. Induz sintomas clássicos de mosaico. É disseminado
por pulgões (3). Há registro de mosaico em milho causado pelo Maize dwarf mosaic
virus (MDMV) (4). Relatado no PR (5). O plantio de milho na safrinha, o aumento da
área plantada de cana-de-açúcar no país e a emergência de novos isolados de SCMV
tem favorecido o aumento da incidência do mosaico desde o início da década de 2000
(6). Alguns desses isolados, que ocorrem unicamente em milho, constituem uma nova
estirpe do vírus, presente somente no Brasil (7). Apesar de menções anteriores da
ocorrência do MDMV no Brasil, recentes amostragens feitas em SP,PR, MG e GO
constataram apenas a presença do SCMV em plantas com sintomas de mosaico (M.C.
Gonçalves, comunicação pessoal).
Ref.: (1) Caetano,V.R. & Siqueira, O. Rev.Soc.Bras.Fitopatol. 3: 82. 1969; (2) Hagedorn, D.J. et al. Plant
Dis.Reptr. 53: 165. 1969; (3) Costa, A.S. et al. Rev. Soc. Bras. Fitopatol. 4: 39. 1971; (4) Kitajima, E.W.
& Costa, A.S. Proc.2nd Int.Colloq.Workshop Maize Vírus and Mycopl. p.100. 1983; (5) Kitajima, E.W.
& Nazareno, N.R.X. Fitopatol.Bras. 10: 613. 1985; (6) Gonçalves, M.C. et al. Summa Phytopathol. 33:
22. 2007; (7) Gonçalves,M.C. et al.Pesq.Agrop.Bras. 46:362. 2011.
Fijivirus
Mal de Rio Cuarto virus (MRCV); vírus do nanismo rugoso do milho
Foi registrado na região de Cascavel e Foz do Iguaçú, PR, plantas exibindo
enações çna face dorsal da folha, redução de porte e anomalias nas espigas. Exames ao
microscópio eletrônico teriam revelado presença de partículas de 70 nm no floema,
sugerindo infecção por um Reovirus (1), conhecido com “maize rough dwarf vírusMRDV” na Europa. Mas, há possibilidade de que a infecção tenha sido causada pelo
MRCV, que tem causado sérias perdas na Argentina. É disseminado pela cigarrinha
Delcophacodeskuscheli e causa sintomas de pequenos tumores ao longo das nervuras
nas folhas e redução de porte. Infeta varias outras gramíneas. A confirmar.
Ref.: (1) Trevisan, W.L. et al. Fitopatol.Bras. 11: 265. 1986.
Zingiber officinale Roscoe (Gengibre) Zingiberaceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Cucumovirus
Cucumber mosaic cucumovirus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Plantas de gengibre exibindo nanismo, clorose e rizomas pequenos foram
coletados no município de São Paulo, SP. Ensaios de transmissão, sorologia e
microscopia eletrônica indicaram que o agente causal da enfermidade seria CMV (1).
Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Res. VI Enc. Nac. Virol. p. 182. 1992.
139
Zinnia elegans JACQ. (Capitão) Asteraceae
(Revisado por Eliana Rivas)
Potyvirus
Bidens mosaic virus (BiMV); vírus do mosaico do picão
Sintomas de mosaico em capitão, decorrentes de infecção natural pelo BiMV,
foram registrados no DF (1).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Lima, M.I. Fitopatol.Bras. 16: XXVI. 1991.
Sunflower chlorotic mottle vírus (SuCMoV); vírus do mosqueado clorótico do girassol
Potyvirus causando mosaico em Zinnia foi encontrado no noroeste do Estado de
São Paulo. Ensaios biológicos e moleculares indicam que o vírus causador seria um
isolado do SuCMoV originalmente descrito na Argentina (1).
Ref.: (1) Maritan, A.C. et al. Fitopatol. Bras. 29: 28. 2004.
Tobamovirus
Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo
Plantas com sintomas de mosaico, procedentes de São José do Rio Preto, SP,
estavam co-infectadas pelo TMV e um potyvírus (provavelmente BiMV). Verificou-se
que TMV infectava experimentalmente capitão, quando co-inoculado com o BiMV (1).
(1) Maritan, C. & Gaspar, J.O. Fitopatol.Bras. 26: 533. 2001.