diario.com.br - NeuroAtive– Clínica de Neuropsicologia
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SÁBADO, 18 DE AGOSTO DE 2012 Reabilitação com estímulo NEUROPSICOLOGIA AUXILIA NA RECUPERAÇÃO DAS FUNÇÕES COGNITIVAS DE QUEM SOFREU LESÃO CEREBRAL A jornalista Silvia Zamboni foi aposentada por invalidez após sofrer um acidente de carro que lhe causou grave traumatismo craniano. – A avaliação médica judicial diz que eu sou incapaz, embora eu não seja. Sou totalmente capaz de ler, falar, me movimentar e até possivelmente, no futuro, dirigir – diz ela, que também faz aulas de dança e de corte e costura. A recuperação de Silvia deve-se em parte à neuropsicologia, uma especialidade relativamente nova no Brasil. Reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia em 2004, por coincidência o mesmo ano em que Silvia se acidentou.A neuropsicologia é cada vez mais usada para reabilitar funções cognitivas de pacientes com lesão cerebral. Segundo a psicóloga e doutora em ciências médicas Maria Emilia Thais, da clínica NeuroAtive, de Florianópolis, o primeiro passo é avaliar quais habilidades do cérebro foram preservadas ou alteradas pela lesão cerebral. Feito o prognóstico, é montado um programa de reabilitação que envolve jogos cognitivos, realidade virtual e outras técnicas de estímulo ao cérebro. Silvia realiza o tratamento há cerca de dois anos. Atualmente, ela participa de sessões em grupo, trabalhando com mais ênfase na capacidade de leitura e escrita,que é sua maior dificuldade hoje. – Quero escrever bem novamente – conta ela. A psicóloga Michelle Pereira, que é responsável pela área de reabilitação, explica que o tratamento “estimula o cérebro para que ele faça novas conexões”.Segundo ela,os parentes têm papel importante na recuperação. – A família precisa entender o processo e trabalhar em conjunto – diz Michele, que dá dicas, no quadro ao lado, de como a família pode ajudar na reabilitação. De acordo com as profissionais, a neuropsicologia também pode ser usada por pessoas sem transtornos ou sequelas cognitivas, mas que queiram estimular memória, atenção, raciocínio, planejamento e outras funções do cérebro, independentemente da faixa etária. diario.com.br A família pode ajudar o paciente > Assista ao vídeo com a jornalista Silvia Zamboni e as psicólogas Maria Emilia Thais e Michelle Pereira no www. diario.com.br/ vidaesaude > Conhecendo, antes de tudo, os déficits cognitivos do paciente para que ele não seja cobrado em excesso ou fique a cargo de tarefas aquém de sua capacidade > Contribuindo para o resgate da memória autobiográfica com fotos, histórias da família e visitas a parentes > Reforçando datas e informações da atualidade > Cuidando da autoestima do paciente para que não entre em depressão > Percebendo os próprios limites como cuidador