Onde esta a mumia - Livro-web

Transcrição

Onde esta a mumia - Livro-web
Morte
no Nilo
ou
ficar com
Vais
ma
…
a
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ú
M
Vais
passar à
História!
Anda na diversão
MAIS ASSUST
ADORA
da TerrorLândia
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M
ou
ficar com
Vais
Vais
passar à
História!
ma
Anda na diversão
MAIS ASSUST
ADORA
da TerrorLândia
.
ONDE ESTÁ A MÚMIA?
R. L. STINE
Tradução de Miguel Marques da Silva
Arrepios TerrorLândia 6: Onde Está a Múmia?
R. L. Stine
Publicado em Portugal por:
Porto Editora, Lda.
Divisão Editorial Literária – Porto
Email: [email protected]
Título original:
Goosebumps Horrorland #6: Who’s your mummy?
Copyright © 2008 by Scholastic Inc. Todos os direitos reservados.
A colecção Arrepios foi criada pela Parachute Press Inc. Publicada em
acordo com Scholastic Inc., 557 Broadway, Nova Iorque, NY 10012, EUA.
Os títulos e logótipos GOOSEBUMPS HORRORLAND e ARREPIOS
TERRORLÂNDIA são marcas registadas da Scholastic, Inc.
Este livro foi negociado juntamente com Ute Körner Literary Agent, S.L.,
Barcelona – www.uklitag.com
1.ª edição: Abril de 2010
Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida,
nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo electrónico,
mecânico, fotocópia, gravação ou outros, sem prévia autorização escrita da
Editora.
Rua da Restauração, 365
4099-023 Porto | Portugal
www.portoeditora.pt
Execução gráfica Bloco Gráfico, Lda.
Unidade Industrial da Maia.
DEP. LEGAL 307426/10
ISBN 978-972-0-04535-5
3 voltas em 1!
Onde Está a Múmia?
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Bem-vindo à Terrorlândia
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Ficheiro Sinistro
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ONDE ESTÁ A MÚMIA?
1
Eu sabia que a avó Vi não andava a sentir-se bem. Mas não tinha ideia de como estava
doente. E é claro que não sabia que estava a
pensar enviar-nos, a mim e ao meu irmão Peter,
na viagem mais assustadora das nossas vidas.
No espaço de uma semana, o Peter e eu
íamos estar a ouvir os gemidos assustadores
de múmias antigas. E a tapar os ouvidos por
causa dos seus cânticos horrorosos.
Mas hoje estávamos na sala de estar da avó
Vi, a correr e a escondermo-nos atrás da mobília entre risos e gritos.
– AAIIII! – gritei, quando um jacto de água
fria me atingiu na testa.
– Bem jogado, Abby – riu-se Peter. –
Puseste-te mesmo à frente.
Com um grunhido, caí de joelhos atrás do
sofá de bombazina verde. Limpei a água da
cara. A seguir, verifiquei o depósito da minha
pistola de água. Ainda estava meio cheio.
Inclinei-me para a frente. Fiquei em alerta,
à espera com o dedo no gatilho de plástico.
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O Peter estava escondido atrás das cortinas
às flores amarelas e cor-de-laranja. Conseguia
ver-lhe as sapatilhas brancas à mostra por
baixo das cortinas.
Esperei… esperei… e disparei um esguicho
comprido, assim que ele saiu de trás das cortinas. Acertou-lhe em cheio no peito e encharcou-lhe a parte da frente da t-shirt. O Peter
cambaleou para cima da janela, enquanto o seu
jacto de água esguichava pelo tecto.
– Estão a divertir-se?
Virámo-nos e vimos a avó Vi a entrar na sala.
– Estarei enganada? – perguntou ela, a abanar a bengala preta no ar. – Pensava que aqui
era a minha sala de estar. Mas parece que afinal estou num parque aquático.
– Desculpa – murmurou Peter, de cabeça
baixa, ao afastar-se da janela.
Afastei o cabelo molhado dos olhos. Tenho
cabelo comprido, preto e muito liso. É o meu
melhor traço físico. E detesto quando fica
molhado.
Peguei na minha garrafa de água da mesa
de café e dei um gole demorado.
– Já vos tinha pedido para não usarem as
pistolas de água dentro de casa – disse a avó
Vi, a fitar-nos através dos óculos quadrados e
espessos.
– Desculpa – repetiu Peter.
Fiz a minha famosa cuspidela de longo
alcance e molhei-lhe o cachaço.
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O Peter soltou um guincho e saltou até ao
tecto.
– Ganhei! – gritei, a abanar os punhos acima
da cabeça.
– Abby, és uma batoteira – disse a avó Vi,
incapaz de disfarçar um sorriso.
Ela acha que eu sou o máximo.
– Quem faz batota nunca desiste e quem
desiste nunca faz batota – disse a avó Vi. Era
uma das suas frases preferidas.
– Não tem piada! – resmungou Peter.
Despiu a t-shirt encharcada, enrolou-a numa
bola e atirou-a para mim.
O Peter também tem cabelo comprido, preto
e liso. É baixo e magro como um palito. Tem
dez anos, é dois anos mais novo do que eu, mas
parece ter sete ou oito. A avó Vi diz que não
entende como é que ele não cresce mais, já que
come por dez miúdos!
Sou quase trinta centímetros mais alta do
que ele. O que me dá uma grande vantagem
nas nossas batalhas de água. Acho que ele
nunca ganhou. Especialmente quando uso as
minhas espectaculares capacidades cuspideiras
contra ele.
O Peter deitou-me a língua de fora. A seguir,
saiu da sala, amuado. Tem tão mau perder.
– Vem sentar-te aqui, Abby – disse a avó Vi,
apontando para o sofá.
Reparei que estava a apoiar-se na bengala
mais do que o costume.
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O cabelo dela continuava preto e brilhante.
Mas nesse dia reparei em longas madeixas cinzentas à mistura. E tinha a pele muito pálida e
tão esticada que dava para notar os ossos da
cara por baixo.
Sentou-se e apertou a minha mão. A mão
dela estava gelada!
– Preciso de falar contigo – disse-me, a olhar
para o chão. – Não tenho andado a sentir-me bem.
Estas palavras lançaram-me um calafrio
pelo pescoço. Soltei uma exclamação. A avó Vi
é a única família que o Peter e eu temos. Já
vivemos com ela desde pequenos.
Se alguma coisa lhe acontecesse…
Continuou a olhar para o chão. Vi os ombros
dela a tremer. Ela foi sempre o motor da família e, de repente, parecia tão frágil.
– Vou ter de ir ao hospital para fazer uns
exames – continuou, baixinho.
– Exames? – gritei. – Que tipo de exames?
– Vai tudo correr bem – sussurrou-me,
enquanto me apertava outra vez a mão.
– Mas… e o Peter e eu? – perguntei-lhe.
Finalmente, olhou para mim.
– Tenho um plano óptimo para vocês –
disse-me. – Vocês os dois vão ficar com o vosso
tio Jonathan.
Pisquei os olhos.
– Quem?
– O vosso tio Jonathan – repetiu ela, a sorrir. – A última vez que te viu ainda eras bebé.
Ele é divertido. Vais ver.
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– Onde… onde é que ele vive? – perguntei.
– Vive numa casa antiga numa pequena
aldeia do Vermont chamada Cranford – respondeu a avó Vi. – Vai ser uma grande
mudança para dois miúdos de Boston. Acho
que vão achar tudo muito interessante.
Sentia o coração aos saltos. Tinha um milhão
de perguntas que queria fazer. Mas não conseguia fazê-las sair.
– O Jonathan mal pode esperar para vos ver
– disse a avó Vi. – Enviei-lhe fotografias vossas. Ficou muito entusiasmado.
Então, reparou na minha expressão.
– Vais gostar dele, Abby. É um homem
muito interessante. Além disso, é só por duas
semanas.
– Mas estou preocupada contigo, avó Vi –
disse-lhe. – Porque nos estás a mandar para
uma aldeia distante? Não era melhor se o Peter
e eu ficássemos por perto?
Apertou o cabo da bengala. A mão dela era
tão pequena e branca.
– O teu telemóvel vai funcionar na aldeia do
Jonathan – retorquiu. – Vamos falar uma com a
outra constantemente. Sei que vais ficar bem.
Mas eu não estava bem. Não estava nada
bem.
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