biografias 2016:Layout 1 - Festival Terras Sem Sombra

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João Guilherme Ripper
Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutorou-se na
Catholic University of America (Washington, D.C.), estudou Economia e
Financiamento na Université Paris-Dauphine e especializou- se em
Regência Orquestral no Teatro Colón, de Buenos Aires.
Foi professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, instituição que dirigiu entre 1999 e 2003. Criou e dirigiu a
Orquestra de Câmara do Pantanal, em Mato Grosso do Sul, e actuou
como regente convidado de diversas orquestras brasileiras.
Recebeu o Prémio Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 2000,
pela ópera Domitila. Escreveu Desenredo para a Orquestra Sinfónica de
São Paulo, em 2008, e Cinco Poemas de Vinicius de Moraes, em 2013.
Piedade, ópera encomendada pela Orquestra Petrobras Sinfónica, foi
encenada em 2012, o mesmo ano em que estreou a nova versão da ópera
Anjo Negro, sobre uma peça teatral homónima de Nelson Rodrigues.
Em 2014, criou duas óperas: Onheama, encomenda do Festival Amazonas
de Ópera, e O Diletante, encomenda da Escola de Música da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. A Orquestra Filarmónica de Minas Gerais
estreou, em 2015, a obra Jogos Sinfónicos, encomendada para a inauguração da Sala Minas Gerais, e Onheama voltou ao Teatro Amazonas
para uma nova temporada.
Dirigiu a Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, entre 2004 e 2015.
Neste ano, foi nomeado presidente da Fundação Teatro Municipal do
Rio de Janeiro, cargo que ocupa actualmente.
É membro da Academia Brasileira de Música.
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Orquestra Sinfónica Portuguesa
Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa é um dos corpos
artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma
actividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de
concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais.
Colabora regularmente com a RTP através da transmissão dos seus concertos
e da participação em iniciativas como o Prémio Jovens Músicos. No âmbito
de outras colaborações, destaque-se também a sua presença nos seguintes
acontecimentos: 8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos, transmitido
pela Eurovisão para cerca de quinze países (1996); concerto de encerramento do 47.º Festival Internacional de Música y Danza de Granada
(1997); concerto de Gala de Abertura da Feira do Livro de Frankfurt;
concerto de encerramento da Expo ’98; Festival de Música Contemporánea de Alicante (2000); e Festival de Teatro Clásico de Mérida (2003).
No âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, tem-se apresentado sob
a direcção de notáveis maestros, como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain
Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George
Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze,
Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros.
A discografia da OSP conta com dois CD para a etiqueta Marco Polo, com
as Sinfonias n.º 1 e n.º 5 e n.º 3 e n.º 6, de Joly Braga Santos, que gravou
sob a direcção do seu primeiro maestro titular, Álvaro Cassuto, e Crossing
Borders (obras de Wagner, Gershwin, Mendelssohn), sob a direcção de
Julia Jones, numa gravação ao vivo pela Antena 2.
No cargo de maestro titular, seguiram-se José Ramón Encinar (1999-2001), Zoltán Peskó (2001-2004), Julia Jones (2008-2011) e Joana Carneiro
(2014-); Donato Renzetti desempenhou funções de primeiro maestro
convidado entre 2005 e 2007.
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Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Criado em condições de efectividade em 1943, sob a direcção de Mario
Pellegrini, entre 1962 e 1975 colaborou com a Companhia Portuguesa de
Ópera (Teatro da Trindade), com a qual se deslocou à Madeira, Açores,
Angola e Oviedo (1965), e obteve o Prémio de Música Clássica, conferido
pela Casa da Imprensa. Participou em estreias mundiais de Lopes-Graça
(D. Duardos e Flérida ) e Victorino d’Almeida (Canto da Ocidental Praia ).
A profissionalização do Coro foi consumada em 1983, sob a direcção de
Antonio Brainovitch. A plena afirmação artística do conjunto será creditada
a Gianni Beltrami, em 1985. Nesta fase, assinalam-se Oedipus Rex
(Stravinski); Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny (Weill); Kiú (De
Pablo); L’Enfant et les Sortilèges (Ravel); e Dido and Aeneas (Purcell).
Depois da morte de Gianni Beltrami, João Paulo Santos assumiu a direcção,
constituindo-se como o primeiro português no cargo em toda a história
do Teatro Nacional de São Carlos. Sob a sua responsabilidade, registaram-se êxitos, tais como Mefistofele (Boito); Blimunda e Divara (Corghi); Sinfonia
n.º 2 (Mahler); Die Schöpfung (Haydn); Faust e Requiem (Schnittke);
Perséphone e Le Rossignol (Stravinski); Evgueni Oneguin (Tchaikovski); Les
Troyens (Berlioz); Missa Glagolítica (Janáãek); Tannhäuser e Die
Meistersinger von Nürnberg (Wagner); e Le Grand Macabre (Ligeti).
No âmbito da Expo’98, actuou no concerto de encerramento. O Coro tem
sido dirigido por prestigiados maestros estrangeiros, nomeadamente
Antonino Votto, Tullio Serafin, Vittorio Gui, Carlo Maria Giulini, Oliviero
de Fabritiis, Otto Klemperer, Molinari-Pradelli, Franco Ghione, Alberto
Erede, Alberto Zedda, Georg Solti, Nello Santi, Nicola Rescigno, Bruno
Bartoletti, Heinrich Hollreiser, Richard Bonynge, García Navarro, Rafael
Frühbeck de Burgos, Franco Ferraris, James Conlon, Harry Christophers,
Michel Plasson e Marc Minkowski, entre outros. Também foi dirigido pelos
mais importantes maestros portugueses, com relevo especial para Pedro
de Freitas Branco.
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Giovanni Andreoli
Direcção
Estudou composição, piano, música coral, direcção de coro, flauta e
percussão. Iniciou, muito jovem, a actividade no âmbito teatral, primeiro
como co-repetidor, depois como director dos estudos musicais, finalmente como responsável pela preparação musical das companhias de
canto. Foi maestro substituto em teatros e festivais líricos italianos
(Rossini Opera Festival, Torre del Lago, Maggio Musicale Fiorentino,
etc.). Tem desempenhado as funções de maestro de coro em instituições
como a RAI, de Milão, o Teatro La Fenice, de Veneza, o Teatro Carlo Felice,
de Génova, e a Arena de Verona. De 2004 a 2008, foi maestro titular do
Coro do Teatro Nacional de São Carlos de Lisboa, cargo ao qual regressou
na temporada de 2010-2011, nele permanecendo.
Colaborou com a Biennale Musica di Venezia, onde assegurou a estreia
de obras de Guarnieri, De Pablo, Clementi, Manzoni ou Nono. Em 1996,
principiou um intenso labor como director de orquestra em concertos
sinfónico-corais, interpretando, nomeadamente, Carmina Burana e Petite
Messe Solennelle (Teatro La Fenice). Com o Coro desta instituição, realizou
L’Esperienza Corale del 900 Italiano (obras de Dallapiccola, Rota e Petrassi).
Dirigiu L’Elisir d’Amore, em Reiquiavique; e a Missa da Coroação e a Nelson
Messe, em São Paulo. Dirigiu igualmente a Via Crucis, no Festival di Orvieto,
e obras de Remacha, Falla, Fellegara e Stravinsky no Festival de Granada.
A convite do Festival Klangbogen, dirigiu Otello, no Theater an der Wien,
com a Orquestra Sinfónica de Varsóvia; e com o Coro e a Orquestra do
Teatro La Fenice, a primeira execução, em tempos modernos, da Missa
Amabilis e da Missa Dolorosa, de Caldara.
Como maestro titular do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, dirigiu
programas dos autores portugueses mais significativos, assegurando
uma presença regular no Festival Terras sem Sombra.
Possui vasta discografia, com destaque para Orfeo Cantando... Tolse e
Carmina Burana.
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Coro Juvenil do Instituto Gregoriano de Lisboa
Criado com o objectivo de permitir aos alunos, uma prática avançada
do repertório coral para vozes iguais, o coro apresenta-se regularmente
em concertos. Nomea damente em 2008, na 3.ª Sinfonia de Gustav
Mahler, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida por Michael
Zilm. No Festival “Terras sem Sombra 2011”, em Beja, com a Banda
Sinfónica da GNR. E em Abril de 2012 nos “Dias da Música” no CCB, em
Lisboa. Participou no concerto de abertura do 2.º Festival Coral de Verão
de Lisboa em 2013, com a obra “Carmina Burana” de Carl Orff. Em
Novembro de 2014 foi um dos coros convidados no concerto de
aniversário do Coro Gulbenkian e em Fevereiro deste ano participou
num concerto dedicado aos três pastorinhos de Fátima. Em Abril de
2015, ganhou o primeiro prémio no “Certamen Juvenil Internacional de
Habaneras” em Espanha, tendo sido alvo das melhores críticas,
pelo júri espanhol. Em Junho, ganhou uma medalha de ouro no 4.º festival
Coral de Verão de Lisboa, obtendo a melhor pontuação de todo o festival.
O coro tem executado obras de compositores portugueses contem porâneos, tais como Lopes-Graça, Sérgio Azevedo, Nuno da Rocha,
Alfredo Teixeira e Eurico Carrapatoso.
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Filipa Palhares
Direcção coral
Iniciou a formação musical, aos nove anos, no Instituto Gregoriano de
Lisboa, no qual estudou até 1990, ingressando seguidamente na Escola
Superior de Música de Lisboa, onde obteve a licenciatura em Direcção
Coral. Nesta escola, estudou com Christopher Bochmann, Sibertin-Blanc,
Roberto Pérez, Luís Madureira, Gerhard Doderer, Cremilde Rosado
Fernandes e Vasco Azevedo, entre outros. Frequentou cursos de Direcção
Coral com Bernard Tétu (Lyon), Herbert Breuer (Hamburgo) e José
António Sainz Alfaro (San Sebastián). Em 1995-1997, estudou com Max
von Egmond, Marius Altena (Canto) e Jacques Ogg (Cravo) nos cursos
de Música Barroca da Casa de Mateus. Em 1998-1999, frequentou o curso
de aperfeiçoamento artístico em Direcção Coral no Real Conservatório
Superior de Música de Madrid.
Iniciou a actividade docente, em 1990, com as disciplinas de Coro e
Formação Musical, assim como Música para Bailarinos. Foi professora
na Academia de Amadores de Música, na Academia de Música de Santa
Cecília e na Academia de Dança Contemporânea de Setúbal; de 1994 a
2010, leccionou no Conservatório Regional de Setúbal, onde exerceu o
cargo de directora pedagógica, e, a partir de 2006, no Instituto
Gregoriano de Lisboa, onde tem a seu cargo o coro infantil, com o qual
regularmente faz concertos, tendo obtido a Medalha de Ouro no Festival
Coral de Verão de Lisboa em 2012 e 2013.
Integrou a Camerata Vocal de Lisboa e o Coro Feminino Cantata. Dirigiu
o Orfeão da Covilhã, o Conductus Ensemble, o Grupo Coral de Lagos,
com o qual gravou Terra Morena, e o Grupo Coral Encontro. Fundou e
dirigiu o Coro do Tejo. Dirige presentemente o Grupo Coral da Sociedade
Filarmónica Palmelense Loureiros, em Palmela. Na área da ópera, tem
colaborado em diversas produções, como coralista e maestrina de coros.
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Miguel Costa Cabral
Cenografia e figurinos
Frequentou o curso de Design no Instituto Superior de Arte e Design,
em Lisboa, mas a sua formação concretizou-se fundamentalmente no
Centro de Formação de Industria Têxtil (Citex), do Porto, onde concluiu
o curso de Design de Moda. Mais tarde, tornando-se elemento do corpo
docente deste Centro, onde chegou a desempenhar as funções de vice-coordenador do Departamento de Design de Moda e Design Têxtil.
Consultor consagrado em design de moda, especializou-se também em
design de interiores. Presentemente, é designer e director criativo na
Miguel Costa Cabral & Associados – Design e Arquitectura.
O gosto pela cenografia de cena e pelos figurinos foi acompanhando o
seu percurso profissional. Colabora regularmente com o Teatro Nacional
de São Carlos na qualidade de cenógrafo e figurinista, tendo participado,
entre outros projectos artísticos, na ópera Cendrillon, de Pauline Viardot,
um espectáculo onde, pela primeira vez, se juntarão entre nós a ópera
e as artes circenses.
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Marcelo de Jesus
Direcção musical
Graduou-se em piano, composição e regência pela Universidade Estadual
Paulista. Estudou regência com Juan Serrano, Lutero Rodrigues, Ronaldo
Bologna e, posteriormente, com Karl Martin; composição, com H.J.
Kollrëuter e Edmundo Villani; piano, com Pietro Maranca e Homero Magalhães. Aperfeiçoou os conhecimentos na Accademia Nazionale di Santa
Cecilia, em Roma, com Carmella Pistillo.
É director dos Corpos Artísticos do Amazonas, maestro titular da Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA), maestro adjunto da Amazonas
Filarmônica, maestro adjunto da Orquestra Experimental da Amazonas
Filarmônica e director artístico adjunto do Festival Amazonas de Ópera
(FAO). Actuou como pianista na série Vesperais Líricas e como maestro interno
nas produções do Theatro Municipal de São Paulo. No SESC IpirangaSP, desenvolveu vários trabalhos da série Pocket-Ópera, como pianista,
maestro assistente e director musical.
Em 2002, a Bravo! elegeu-o maestro-revelação pela direcção musical de
Don Giovanni. Fez a estreia, com a OCA, em 2003, no VII Festival Amazonas de Ópera (La Cenerentola). No FAO, regeu La Cenerentola, Norma,
Stabat Mater, Pierrot Lunaire, Gianni Schicchi, Otello, Zap, Pedro
Malazarte, O Barbeiro de Sevilha, A Noite Transfigurada, Canto de Amor
e Paz, O Diálogo das Carmelitas, Otello Poranduba e Yerma.
Foi premiado pela APCA 2010 pelo CD Velhas e Novas Cirandas.
Participações recentes como regente convidado incluem concertos com
a Orquestra Milano Clássica, Sinfônica de Rosário, Sinfônica de Sergipe,
Orquestra Sinfônica Brasileira (programação de reabertura da Sala
Cecília Meireles, Rio de Janeiro), Orquestra do Teatro Nacional Claudio
Santoro, Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, Ópera de Colômbia
e Amazonas Filarmônica (integral dos Choros, de Villa-Lobos).
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