Dezembro - Adventist World
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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia D e ze m b ro 2 0 0 9 8o de Rádio Emissoras não São Suf ıcıentes A Rádio Mundial Adventista está apenas começando ARTIGO ESPECIAL Ajudando os Necessitados Veja página 11 D eze mbro 2009 A IGREJA EM AÇÃO Editorial............................. 3 Notícias do Mundo 3 Notícias & Imagens Visão Mundial 8 Cinco Coisas que não Podemos Ignorar. Janela 10 A Costa Rica por Dentro A R T I G O C A P A D E Oitenta Emissoras de Rádio não São Suficientes ................................................... 16 Bill Knott, editor-chefe da Adventist World, entrevista Ben Schoun, presidente da Rádio Mundial Adventista, sobre um ministério que não pode ser contido por fronteiras. V I D A PERGUNTAS BÍBLICAS Comer ou não Comer? ............................. 26 Por Angel Manuel Rodríguez A D V E N T I S TA Ajudando os Necessitados Por Sandra Blackmer ............ 11 O perfil da generosidade dos crentes. DEVOCIONAL O Que Nós Fizemos! Por Thurman C. Petty, Jr.................. 14 ESTUDO BÍBLICO O Selo de Deus no Apocalipse ................ 27 Por Mark A. Finley Honrando Aquele que assumiu nossos pecados e deu a vida por nós. CRENÇAS FUNDAMENTAIS Perfeição Por Robert J. Ross.................................................... 20 Isso deve ser visto como provocação ou desafio? O ESPÍRITO DE MUNDIAL 29 Cartas 30 O Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Ideias PROFECIA Criatividade, Tato e Fidelidade Por Ellen G. White ...................................................................... 22 Uma única abordagem não alcança todos. SERVIÇO INTERCÂMBIO O Lugar das Pessoas ............................. 32 ADVENTISTA Esforço Conjunto ................................................................. 24 A cada mês um grupo de pessoas, com uma ampla equipe de apoio, apresenta a revista que você tem em suas mãos. Tradução: Sonete Magalhães Costa Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 5, nº 12, dezembro de 2009. 2 Adventist World | Dezembro 2009 www.portuguese.adventistworld.org A Igreja em Ação EDITORIAL Ouvindo com o Coração Aberto “Não acredite em nada do que você ouve, e apenas em metade do que você vê.” sabedoria preventiva popular nos adverte poderosamente de quanto engano existe em nosso mundo. Ouvimos as notícias, todos os dias, assumindo que estão nos contando os “fatos”, para descobrir, mais tarde, que os “fatos”, às vezes, são manipulados para favorecer interesses políticos. Vigiamos nosso coração, ponderando se devemos crer até em relatos promissores, com medo de sermos desapontados novamente. Aprendemos a descontar várias coisas como sendo fofoca ou coisas que não mereçam nosso crédito ou nosso tempo. Não queremos ser ingênuos. Mas ouvimos as Escrituras nos chamando para um tipo de confiança em nossa comunidade de fé, que a princípio parece difícil: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1Tm 5:17). Os “honorários dobrados” que Paulo nos convida a conceder àqueles que nos ministram a Palavra, começam quando dedicamos especial atenção ao desempenharem a função que A Deus lhes designou: abrir as Escrituras. Talvez saibam pouco ou nada sobre como ganhamos a vida – como agricultor, industrial, pescador ou editor – e não tenham autoridade especial nesses assuntos. Mas a nossa fé nos lembra que, se eles estão abrindo a Palavra de Deus com integridade e coração humilde, suas palavras para nós, seja do púlpito, na sala de aula ou no estudo da Bíblia, podem ser confiáveis como poucas outras fontes de informação no mundo. Assim, ouço o sermão do meu pastor de modo distinto do que ouço o jornal, um líder político ou mesmo um professor. Peço, a cada sábado, a graça de abandonar a desconfiança que aprendi com um mundo enganador e, pelo contrário, que eu ouça com tal sinceridade que permita que suas palavras sobre a Palavra impressionem profundamente minha vida e me chamem ao arrependimento e à renovação. Os “honorários dobrados” que devo oferecer é ouvir com atenção expectante ao que Deus pode dizer a mim por meio do ministério de um servo dedicado. Ore por aqueles que manuseiam a Palavra de Deus em Seu nome, por sua entrega à verdade que pregam e pela sua eficácia em trazê-la até você. — Bill Knott D E A D V E N T I S TA ■ Mais de um milhão de pessoas uniram-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia durante o exercício findo em 30 de junho de 2009, marcando o sexto ano consecutivo de crescimento com milhões de membros, disseram os líderes da igreja. Disseram também que uma média de 2.818 pessoas se uniu à igreja, elevando o número mundial para um total de 16.049.101 membros batizados. Projetou-se, inicialmente, o aumento de 17 milhões de membros na igreja mundial, até 2009. No D A B R O W S K I / R E D E Pelo sexto ano seguido, nos sete últimos, sobe o número de membros da igreja. entanto, parcialmente, por causa da correção nos relatórios de número de membros da igreja em várias regiões, o acréscimo total ficou em torno de 16 milhões, disse o secretário mundial, Matthew Bediako. Bediako disse ainda que uma auditoria recentemente concluída na Divisão Sul-Americana apontou uma diminuição de mais de 300 mil membros. Durante seu relatório, Bediako incentivou duas ou três divisões que ainda não fizeram auditorias que “tomem coragem e o façam”. “Sei que isso pode resultar em algo positivo, quando sabemos que o número total de membros nos registros são exatos”, disse ele. Bert Haloviak, diretor dos Arquivos Estatísticos da igreja, disse que uma auditoria, às vezes, é seguida por um período de rápido crescimento. R A J M U N D Um Milhão de Membros são Acrescentados aos Adventistas, Mais Uma Vez N O T Í C I A S NOTÍCIAS DO MUNDO CONTAGEM DE MEMBROS: O secretário da igreja mundial, Matthew Bediako, à frente, e Bert Haloviak, diretor dos Arquivos de Estatísticas da igreja, apresentam relatório sobre as estatísticas de crescimento da igreja entre 2008 e 2009, durante as reuniões administrativas, em 11 de outubro. Dezembro 2009 | Adventist World 3 A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL Haloviak disse que o crescimento de membros na região da Divisão ÁsiaPacífico Sul aumentou mais de 6% nos últimos quatro trimestres. Essa região foi submetida a auditorias de membros entre 2006-2007 e, desde então, tem aumentado o número de seus membros mais do que em qualquer outro momento de sua história. Enquanto a Divisão Sul-Americana (DSA) relata perdas significativas devido às auditorias no número de membros, a região também registrou um acréscimo total de mais de 200 mil membros, relatou Bolívar Alaña, secretário da DSA. Bediako e Haloviak apresentaram seu relatório durante o Concílio Anual da igreja mundial, que aconteceu no dia 11 de outubro de 2009, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos. Os padrões de crescimento da Igreja indicam que o maior crescimento aconteceu em sociedades não-ocidentais. Cerca de 71% do crescimento da igreja ocorreu em cinco das treze regiões da igreja no mundo – América do Sul, América Central, África Centro-Oriental, África do Sul-Oceano Índico, e no sul da Ásia. Os líderes da Igreja atribuíram o crescimento a uma série de iniciativas levadas a cabo pelas principais regiões da igreja, incluindo a mídia, proximidade interpessoal e evangelismo público. — Reportagem de Megan Brauner, Rede Adventista de Notícias Investimentos Conservadores Ajudam Adventistas em Tempos de Desaceleração, diz Tesoureiro. ■ Os líderes financeiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia vão dar continuidade ao que chamam de abordagem cautelosa e conservadora na gestão de fundos da igreja, durante a recessão global. CONTANDO O DINHEIRO: O tesoureiro da Igreja Adventista, Robert E. Lemon, apresenta relatório financeiro para os delegados reunidos na sede da Igreja, durante o Concílio Outonal, em 12 de outubro de 2009. R A J M U N D D A B R O W S K I / A D V E N T I S T N E W S N E T W O R K Embora a recuperação do mercado tenha começado em março deste ano e alguns indicadores econômicos mostrem que o sistema financeiro tende a crescer, a igreja não deve basear seu orçamento na premissa de que o padrão de crescimento continuará ininterrupto, disse o tesoureiro da Igreja Adventista, Robert E. Lemon, aos delegados do Concílio Anual, no dia 12 outubro de 2009. As ofertas para as missões têm se mantido constantes, apesar da considerável queda no início do ano, mas os dízimos da América do Norte, que correspondem a 45% do orçamento da igreja no mundo, continuam a diminuir, refletindo as crescentes taxas de desemprego. “Quando as pessoas não têm renda não devolvem o dízimo”, disse Lemon. Por causa da incerteza em relação a um novo crescimento na devolução de dízimos e ofertas nos Estados Unidos, o orçamento aprovado pelos delegados para 2010 não está baseado em supostos aumentos na devolução de dízimos e ofertas, como acontece tipicamente, disse Lemon aos delegados. Ele reflete uma redução de 1,6 milhões de dólares americanos, em dízimos e ofertas, quando comparado ao orçamento de 2009, disse ele. Os administradores da igreja votaram, ainda, o uso de 2,79 milhões de dólares de capital de giro da igreja para equilibrar o orçamento de apropriações de 2010. O dízimo para a sede mundial da igreja em 2009, quando comparado ao ano passado, caiu 3%, ou 1,4 milhão de dólares, na América do Norte e 9,7%, ou 1,1 milhão de dólares, nas outras regiões do mundo, a partir de agosto e julho, respectivamente, relatou Lemon. Os dízimos e as taxas de ofertas estão em alta na maioria das outras regiões da Igreja e em moedas locais, mas quando convertidos para uma moeda mais forte como o dólar americano, essas taxas diminuem, acrescentou. Da mesma forma, as ofertas para as missões na América do Norte sofreram queda de 4,6%, ou 700.000 dólares; em outras regiões, refletem uma redução de 2 milhões de dólares, ou 8,6%. Grande parte do relatório financeiro de 12 de outubro focalizou o comportamento dos investimentos da igreja – tanto nos mercados de ações como nas aplicações menos voláteis de renda fixa – durante a recente desaceleração global. A maior parte dos investimentos da sede mundial da Igreja “sustentou a desaceleração financeira global” razoavelmente bem, disse Lemon. Entre o período de 1º de janeiro de 2008 e 21 de agosto de 2009, a sede mundial da Igreja ganhou um retorno líquido de 2,8 milhões de dólares em seus quase 290 milhões de dólares investidos. Se todo o recurso da sede mundial da Igreja fosse colocado em uma conta de poupança, ganhando a taxa de juros praticada de meio por cento durante o mesmo período, em vez de investirem no mercado, “estaríamos no mesmo lugar em que estamos agora”, disse Lemon. Assembleia da Associação Geral Nota oficial: A quinquagésima nona Assembleia da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia acontecerá entre os dias 23 de junho a 3 de julho de 2010. Todos os delegados credenciados são convidados a estar presentes nesse período. — Jan Paulsen, Presidente da Associação Geral; Matthew A Bediako, Secretário da Associação Geral. A D V E N T I S TA D E N O T Í C I A S O Hino Oficial do Congresso da AG, Ofertas e Nova Bíblia de Estudos São Apresentados ■ A unidade da Igreja e o compromisso com o evangelismo foram os motivos para a decisão do hino oficial e ofertas para a Assembleia da Associação Geral de 2010, disseram líderes da Igreja Adventista do Sétimo. Reunidos na sede mundial da Igreja para o Concílio Anual, os delegados aceitaram o novo hino oficial para a próxima Assembleia da Associação Geral. Intitulado “Cantarei Tua Graça” e composto por Bruce Ashton, o hino é alusivo ao tema do congresso: “Proclamando a Graça de Deus”. “A música é um instrumento de unidade”, disse Williams Costa Jr., membro da comissão de música e diretor-associado de Comunicação da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. “É uma maneira de ter todos no mesmo espírito, louvando a Deus.” Os delegados também votaram a arrecadação de uma oferta para o congresso do próximo ano. Essa oferta deverá ser recolhida nas igrejas adventistas em todo o mundo, nos dias 30 de janeiro e 20 de maio e financiará o evangelismo pela educação, mídia e literatura em D A B R O W S K I / R E D E o Hope Channel. Dos 5,1 milhões de dólares orçados para o projeto, 2,6 milhões foram gastos para completar 52% do projeto. Os líderes disseram que esperam que as produções iniciem no novo prédio em janeiro de 2010. Ainda no dia 12 de outubro, os delegados reviram as apropriações da Igreja, concordando em distribuir mais recursos durante os próximos cinco anos, para regiões sem presença adventista e instituições que apoiam o evangelismo. Geoffrey Mbwana, presidente da Divisão Africana-Centro Oriental, disse que apreciou a decisão de “repriorizar” as apropriações. “Esta é a coisa certa a fazer com os recursos da Igreja e estou feliz que pelo fato de termos avançado no plano de racionalizar o como e o porquê distribuímos os recursos,” ele disse. Os delegados ainda adicionaram ao orçamento 350.000 dólares para ajudar a financiar os salários dos obreiros da Missão Global. Também votaram aprovar a apropriação, de uma só vez, de 150 mil dólares para ajudar a Universidade Adventista da África no seu alvará de licença. Em resposta ao relatório, os delegados pareciam refletir a atitude de cautela e otimismo de Lemon e outros administradores financeiros da Igreja. Enquanto os membros da Igreja na Divisão Transeuropeia (TED) sentem os efeitos da economia, a região ainda não necessitou de realizar cortes no quadro de funcionários, disse o tesoureiro da TED, Johann E. Hohannsson: “Na maior parte dos países, pelo menos em moeda local – o dízimo está aumentando”, disse ele. O tesoureiro da Divisão NorteAmericana, Tom Evans, disse que, embora ainda tenha reservas para a atual situação econômica, “ela não me deixa acordado à noite”. Evans disse que uma vez viu o projeto do prédio que começou sem dinheiro. “Já vi o Senhor fazer o que é impossível antes”, disse ele. — Reportagem de Elizabeth Lechleitner, Rede Adventista de Notícias R A J M U N D Ao transferir mais de seus investimentos em renda fixa, a Igreja reduziu sua exposição às drásticas flutuações do mercado, disse o tesoureiro-associado, Roy E. Ryan. Mesmo que isso signifique ganhar menos juros, o objetivo imediato da Igreja é proteger seu capital, disse ele. Embora os indicadores de mercado atual sejam encorajadores, a Igreja ainda deve ter cautela na elaboração de orçamentos e fundos de apropriação, disse Lemon. Se as taxas de juros - atualmente em níveis historicamente mínimos - aumentarem, a Igreja deverá aguardar os efeitos negativos de curto prazo sobre o valor de seus investimentos em renda fixa, explicou. Apesar da situação econômica atual, a sede da igreja mundial está operando em 2 milhões de dólares abaixo de seu orçamento de 37 milhões de dólares, devido aos contínuos cortes orçamentários, incluindo o congelamento de salários e contratações e restrições de viagem, disse Lemon. A utilização “parcimoniosa” dos fundos da Igreja ajuda a manter suas apropriações em várias regiões do mundo e evita demissões, mesmo em meio a uma “turbulenta economia”, disse ele. Durante o relatório financeiro, os delegados também ouviram uma atualização do chamado “dízimo extraordinário”, uma doação de cerca de 102 milhões de dólares para a Igreja, feita há dois anos. Os investimentos durante os últimos dois anos acrescentaram cinco milhões ao principal, disseram os administradores. Dos quase oitenta milhões alocados, menos de meio por cento foi distribuído, disse o vice-tesoureiro da igreja, Juan Prestol, assegurando que a Igreja está aplicando “cautelosamente” seus recursos. 14,7 milhões estão reservados para alocações futuras, disseram os líderes. O tesoureiro-associado da igreja mundial, George Egwakhe, informou os delegados a respeito do progresso feito na nova extensão do prédio da sede mundial da Igreja, que abrigará estúdio, escritórios e espaço de armazenamento da rede de televisão oficial da Igreja, LENDO AS NOTAS: Os delegados do Concílio Anual estavam entre os primeiros a ouvir o hino oficial escolhido para a próxima Assembleia da Associação Geral. Dezembro 2009 | Adventist World 5 A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO regiões historicamente conhecidas como Caminho da Seda. Uma vez que o evangelismo tradicional é difícil na região que inclui a China, Ásia Central e o Oriente Médio, a oferta ajudará os pioneiros da Missão Global, ministérios da família e da saúde e evangelismo humanitário. Entre os itens da agenda votados durante o Concílio Anual, estavam várias decisões sobre o congresso. Os delegados também aceitaram reescrever a declaração de missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia, para que concentre sua atenção no discipulado dos membros. Eles adicionaram ao documento a frase “fazei discípulos de todas as nações” e instruam na “disciplina”, ou “confirmando o crescimento espiritual contínuo de todos os membros”. A declaração de missão da Igreja é revisada de cinco em cinco anos, e reescritas as mudanças sugeridas para ajudar a refletir adequadamente a metodologia da Igreja em difundir sua mensagem. Em seu sumário, constava a apresentação da Bíblia de Estudo Andrews, ainda a ser lançada, aceita pelos delegados. Publicada pela editora da Universidade Andrews, a Bíblia destina-se a “intensificar o estudo sério e cuidadoso” das Escrituras, disse Niels-Erik Andreasen, presidente da Universidade Andrews. Um grupo internacional de estudiosos da Bíblia adventistas do sétimo dia trabalhou para tornar a Bíblia de estudos “academicamente confiável, teologicamente idônea e de fácil uso”, disse Andreasen aos delegados. Planejada para estar disponível no próximo ano, a Bíblia de Estudos Andrews inclui um sistema de referências ligando muitos dos assuntos bíblicos, como a guarda do sábado e a Segunda Vinda. A versão em inglês utilizará o texto da Nova Versão King James, uma versão popular da amplamente aceita e atualizada Versão Autorizada de 1611, popularmente conhecida como King James Version, nome dado em homenagem ao monarca britânico que comandou o esforço original. 6 Adventist World | Dezembro 2009 Produção de Igrejas em um Dia aumenta para Atender Demandas Pedidos de mais de 100 mil estruturas estão pendentes Por Elizabeth Lechleitner, Rede Adventista de Notícias F O T O : D I C K D U E R K S E N / M A R A N AT H A V O L U N T E E R S I N T E R N AT I O N A L A produção de kits de construção de igrejas está acelerada para ajudar a infraestrutura das igrejas a se igualar aos números impressionantes de crescimento de membros, disse um empresário adventista do sétimo dia aos delegados do Concílio Anual, durante reunião em outubro de 2009, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos. A iniciativa “Igrejas em um Dia” visa a solucionar os mais de 100 mil pedidos pendentes para a construção de igrejas em todo o mundo, disse Garwin McNeilus, que ajudou a desenvolver o projeto. A iniciativa resulta da parceria entre os Serviços de Leigos Adventistas e Industries and Maranatha Volunteers International (Indústrias e Voluntários Maranatha International), que apoiam o ministério da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O projeto “Igrejas em um Dia” é responsável pela fabricação de cerca de 3 mil kits de construção e pelo despacho de mil para vários locais do mundo, desde seu lançamento no ano passado, disse Don Noble, presidente do Maranatha. Com a formação de cerca de 4 mil novas congregações a cada ano, segundo a Sede da Missão Adventista, McNeilus e sua equipe estão intensificando a produção. A recente aquisição de uma máquina capaz de manipular aço permitiu que a equipe aumentasse, em sete vezes por dia, a produção do número de kits de construção de igrejas. O rolo de forma, com preço original de 650.000 dólares, adqui- Esquerda: REQUER MONTAGEM: Uma visão do interior de um container com os componentes necessários para construir uma Igreja em um Dia. Esse container chegou a um local perto de Livingstone, Zâmbia. Em agosto de 2009, 1.700 novos adventistas foram batizados ali, em um único dia. Acima: JUNTANDO AS PEÇAS: Um trabalhador monta parte de uma Igreja em um Dia, perto de Livingstone, Zâmbia. rido por uma fração desse valor (38.000 dólares), pode dobrar pedaços de aço, numa velocidade de 33 metros por minuto, formando vigas para as estruturas. Como o nome sugere, o kit de igreja, que se encaixa na parte traseira de uma caminhonete, pode ser construído em menos de um dia. O edifício básico é facilmente adaptado para atender a uma variedade de culturas e áreas geográficas e a moldura de aço galvanizado resiste a cupins, ferrugem, calor e furacões classe 3, disseram líderes da Igreja, no lançamento do projeto. Os kits “Igreja em um Dia” foram adaptados para uso em escolas, dormitórios e casas de professores e funcionários, em alguns casos produzindo um campus inteiro, disse McNeilus. Citando a adesão de 1 milhão de membros à Igreja apenas neste ano, ele disse que tal versatilidade será vital no apoio à educação para os filhos de novos membros. “A construção dessas escolas e igrejas é uma doação para o futuro”, disse ele aos delegados. “Quando olho para um desses prédios, não vejo tijolos e argamassa, não vejo aço; eu vejo as pessoas.” Depois de sua apresentação, os delegados se uniram para tomar um voto de apreço a McNeilus e outros leigos adventistas que, nas palavras do presidente da Associação Geral – Pastor Jan Paulsen, são “parceiros na missão”. Paulsen disse que o projeto “Igrejas em um Dia” ilustra os elementos de “direção” por trás do sucesso da Igreja: “zelo” e confiança em Deus. Refletindo sobre o impacto do projeto, Paul S. Ratsara, presidente da Igreja na Divisão Sul-Africana-Oceano Índico, descreveu o projeto como sendo uma dádiva de Deus para os novos membros. Moçambique, país da região, recebeu 250 kits de construção de igreja. “Nossa região está crescendo tão rapidamente, que oferecer um local de adoração para os novos membros tem sido um grande desafio. O momento para o projeto ‘Igrejas em um Dia’ não poderia ter sido melhor para nós.” Algumas das novas Igrejas em um Dia serão construídas em Livingstone, Zâmbia, e arredores, onde 1.700 novos membros foram batizados em um único dia, em agosto de 2009. Em uma igreja local fora da cidade, já foi encontrado um terreno para um novo edifício que substituirá a estrutura com telhado de palha e sem paredes, que está sendo utilizada atualmente. Ter um número elevado de igrejas é um marco importante para congregações adventistas do sétimo dia em muitas partes do mundo. A igreja não é apenas um farol para a comunidade local, mas também demonstra um sentido de permanência e estabilidade para a própria congregação, tornando-se uma ferramenta implícita de evangelismo. Segundo o site www.onedaychurch.org, cerca de 200 mil congregações adventistas do sétimo dia ao redor do mundo não possuem uma estrutura permanente para reuniões. O site contém informações sobre o projeto, bem como formas de fazer doações on-line apoiando a iniciativa. — Reportagem adicional da equipe da Adventist World. Dezembro 2009 | Adventist World 7 A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL O status quo pode ser um “lugar” maravilhosamente confortável para se ocupar. A segurança da rotina, a certeza do que é familiar, a facilidade do modo de pensar reciclado e bem usado. Nas Escrituras, no entanto, vejo uma fé que está fundamentalmente em desacordo com “a realidade”. Vejo homens e mulheres insatisfeitos com aquilo que é comum, pessoas que avançam para as águas profundas da fé, porque não estavam satisfeitos com o que era apenas “rotina”. Vejo um Salvador que nos chama à fidelidade, fidelidade que, necessaria- Coısas Ign que não Podemos Encarar o futuro significa encarar esses desafios mente, não leva a caminhos confortáveis ou previsíveis. Alguns pensamentos têm se cristalizado em minha mente nas últimas semanas, enquanto nos preparamos para deixar para trás 2009 e entrar em um novo ano. É uma lista naturalmente subjetiva e, de maneira alguma, definitiva. Ela, porém, representa as áreas da nossa jornada espiritual que, se negligenciadas, naturalmente irão sucumbir em face da atração pelo status quo. Os adventistas do sétimo dia não podem ignorar: 1. Escolhas Será que estamos fazendo conscientemente as escolhas que moldam nosso cotidiano? Temos uma clara noção de nossos próprios valores? Não estamos vivemos deliberadamente? 8 Adventist World | Dezembro 2009 Será que nossas escolhas são realmente nossas? Cada decisão que fazemos contribui para o aperfeiçoamento de nosso caráter e a direção que daremos à nossa vida. Esse é um processo vagaroso. É um processo que acontece de forma lenta, gradual e, muitas vezes, inconsciente, mas acontece. Não podemos nos iludir em relação à posse de nossas escolhas. Se tentarmos, começaremos a nos sentir à mercê das circunstâncias, com a sensação de estar presos e encontraremos outras pessoas fazendo escolhas em nosso nome. No reino espiritual, isso pode levar ao discipulado não saudável, tornando-nos dependentes de outra pessoa que não nosso Senhor, para definir nossas crenças e alimentar nossa espiritualidade. Quando olho para trás, para minha vida, vejo as escolhas que estavam longe de ser ideais. Não temos que fazer escolhas perfeitas, escolhas que, na melhor das hipóteses, são tolas. Elas são um tributo à paciência e compaixão que Deus continua a me oferecer, apesar de mim mesmo. Nós não temos de fazer escolhas perfeitas, mas temos de reconhecer que elas existem para serem feitas. Não podemos ignorar o poder de nossas escolhas. 2. O Relógio O tempo está passando. Estamos inexoravelmente caminhando para o clímax da História, para o retorno de nosso Senhor. Entretanto, o tempo tem o hábito de deslizar silenciosamente. Nós nos tornamos insensíveis. Apaziguamo-nos pensando que “sempre foi assim e amanhã continuará exatamente como hoje” (veja 2 Pedro 3:4). Assim, deslizamos para a complacência. “Estou bem intencionado, venho de um bom lar adventista, minha cultura e comportamento são os de um ‘bom adventista’.” A dura realidade é esta: Se não formos sérios sobre como gastamos tempo, se a Segunda Vinda de Cristo não é uma realidade viva para nós, então vamos adormecer. Vamos deslizar para um coma espiritual. Isso significa que temos de viver em um estado de ansiedade ou paranóia? Não. Significa, simplesmente, estar alerta para a passagem do tempo e para a proximidade da volta de Cristo. Significa permitir que essa realidade molde orar Por Jan Paulsen nossas escolhas diárias, tanto grandes como pequenas. Não podemos ignorar o rápido fechamento da porta da História. 3. Eu - O Primeiro Pensamento Somos uma comunidade de crentes, não uma coleção de indivíduos isolados ou congregações em que cada um faz “o que parece certo aos olhos de cada um”. Permanecemos juntos. Apoiamos uns aos outros. Doamo-nos pessoal e financeiramente uns aos outros. Oramos uns pelos outros. Submetemo-nos uns aos outros. Quando uma parte do corpo luta contra um problema, conversamos sobre ele como membros da mesma família (1Co 12:26). Se deliberadamente, porém, não cultivarmos uma atitude de “interesse pelo outro”, desviaremos para o “interesse em mim primeiro”. Pode tratar-se de indivíduos, congregações ou líderes de igreja, alguns são mais preocupados com o que podem receber da igreja em geral do que com o que podem dar em troca. Não podemos abandonar os sagrados elos familiares. Não podemos desistir da nossa visão da missão, que vê o mundo além da nossa comunidade. Não podemos ignorar a imensa necessidade que temos uns dos outros. 4. Cultura da Exclusão Não podemos caminhar para o futuro com segmentos em nossa comunidade de fé - sejam eles jovens, mulheres, culturas ou grupos étnicos - com a sensação de que não desempenham papel significativo ou representativo na vida da igreja. Precisamos atentar para isso. Por que a exclusão realmente existe, ou temos a impressão de que ela existe? Será que estamos incentivando e nutrindo os dons de todos os nossos membros? Está faltando alguém em um cargo importante porque em alguma etapa do processo eletivo ele ficou de fora? Se não conseguirmos resolver esse problema, vamos prejudicar nossa credibilidade, impedir o crescimento de nossa capacidade de concluir a missão e impedir nosso crescimento. Não podemos ignorar as habilidades e os dons espirituais que Deus dá a todos os Seus filhos. 5. Mentalidade “Bolha” Alguns, frequentemente, olham para trás com nostalgia; veem tudo o que pertence ao passado como inviolável, e o passado se torna sagrado. Mas o mundo em que vivemos se recusa a permanecer inerte. A vida, fora e dentro da igreja, é dinâmica. Está em constante movimento. Como igreja, não podemos viver dentro do confortável casulo do “que era”. Não podemos ser o povo de “uma ideia”, estereotipado por nosso modo de trabalhar (veja Serviço Cristão, p. 119). Deixe-me ser claro. Não estou sugerindo a mudança daquilo que somos. Longe disso! Nossa história e nosso patrimônio têm um significado enorme para nós e vemos a mão de Deus em cada curva do caminho. As doutrinas e os valores que compartilhamos são a âncora poderosa de nossa identidade global. Pense, por um momento, em si mesmo, como indivíduo. Você tem sua própria história, personalidade e valores. Você acorda todas as manhãs na mesma casa, toma o mesmo desjejum e sai pela mesma porta. Mas cada dia é diferente, novos desafios o empurram para caminhos inesperados e demandam ações criativas. Entretanto, sua personalidade básica, o âmago de sua identidade, permanece inalterada. Com a igreja também é assim. Precisamos estar aptos a reagir, a ajustar nossa estrutura, nossos procedimentos e nossos métodos de nos relacionar com a sociedade. Se só repetirmos o que sempre fizemos simplesmente porque é assim que sempre foi feito, entramos num caminho sem volta em direção da ineficácia. Não podemos ignorar as mudanças. Vida com significado Como devemos encarar o próximo ano? Espero que vivamos escolhendo deliberadamente nosso caminho com integridade e com um olho na passagem do tempo. Espero que escolhamos uma comunidade acima do individualismo, valorizando o que cada um acrescenta ao corpo de Cristo. Acima de tudo, espero que, como indivíduos e como igreja, nos recusemos a nos satisfazer com o status quo. Jan Paulsen é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Dezembro 2009 | Adventist World 9 A Igreja em Ação JANELA A Por Hans Olson Costa Rica Por Dentro C onhecida por alguns como a “a Suíça da América Central”, a Costa Rica é uma linda nação apertada entre a Nicarágua, ao norte, e o Panamá, ao sul. Esse país tem duas costas, com o Oceano Pacífico no lado oeste e o Caribe no lado leste. A comparação da Costa Rica com a Suíça provém da região central montanhosa, da próspera indústria de turismo, do governo e economia relativamente estáveis, baixa taxa de criminalidade e sistema previdenciário altamente desenvolvido. Em 1949, o presidente da Costa Rica aboliu seu exército e ainda não tem suas forças armadas estabelecidas. O país tem uma das maiores taxas de expectativa de vida no Hemisfério Ocidental. Devido à resistência local, dos piratas e desafios ambientais inesperados, os exploradores espanhóis não obtiveram sucesso inicialmente, quando tentaram colonizar a Costa Rica no início de 1500. Em 1563, estabeleceram a resolução definitiva de Cartago, no planalto central. Pelos 258 anos seguintes, Costa Rica foi uma das muitas colônias espanholas no “novo mundo”, no Caribe e nas Américas Central e Sul. Em 1821, junto com vários outros países, Costa Rica declarou sua independência, que tem mantido desde então. Historicamente, os ricos recursos naturais, a indústria agrícola, predominada pelo café, banana, carne, abacaxi e plantas ornamentais, tem impulsionado a economia do país. Embora a agricultura ainda seja importante para a Costa Rica, a indústria turística e a tecnologia dão à nação um alto padrão de vida. Suas praias e florestas tropicais, com imensa flora e fauna, atraem multidões de turistas a cada ano. Adventistas na Costa Rica O primeiro adventista chegou à Costa Rica na virada do século passado, quando o missionário pioneiro F. J. Hutchins fez frequentes visitas a Limón, na costa leste, em sua escuna missionária, o Herald. Os primeiros missionários, um grupo de colportores evangelistas, chegaram em 1902. Um ano mais tarde, um deles, I. G. Knight, relatou à Review and Herald dez batismos e a organização de uma igreja com 26 membros num lugarejo no subúrbio de Limón. Em 1928, a Igreja Adventista era formada por quatro igrejas e 148 membros. Em 1921, foram abertas as portas da primeira escola primária, em Limón. Seis anos mais tarde, foi iniciada uma escola de ensino médio que, mais tarde, tornou-se a Universidade Adventista da América Central. Hoje, há duas escolas de ensino médio na Costa Rica: uma em Limón e outra em São José, além da universidade. A igreja continua forte nesse país. Nos últimos dez anos, o número de membros cresceu mais que cem por cento. A Costa Rica é um dos muitos países que formam a Divisão Interamericana da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Neste mês, essa divisão está hospedando o projeto “Siga a Bíblia”. O projeto é uma iniciativa patrocinada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, para estimular o interesse na leitura da Bíblia. O clímax dessa jornada será na abertura do congresso da Associação Geral, em Atlanta, em junho de 2010. Para saber mais sobre o trabalho e a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, acesse: www.AdventistMission. org. San José Idiomas principais: Espanhol (oficial) e inglês Religião: Católica Romana, 70%; Protestante, 14%; outras, 4%; nenhuma, 12%. População: 4,48 milhões* Membros adventistas: 57.647* População adventista per capita: 1:78* San José COSTA RICA Oceano Pacífico Norte PANAMÁ *Arquivos Estatísticos da Associação Geral, 145º Relatório Estatístico Anual. 10 Adventist World | Dezembro 2009 J O S H Mar do Caribe L a n g u n a d e A re n a l Capital: R O S E N B L U M COSTA RICA NICARAGUA A M E L I S S A RT I G O E S P E C I A L K E B R E E T Z TRABALHO DE EQUIPE: Trabalhadores locais foram contratados para ajudar a construir a escola. sabíamos que tínhamos que fazer algo para ajudar”, diz Larry Blackmer, vice-diretor de educação da DNA. “Nós não poderíamos simplesmente ir embora e dizer: ‘Que triste! Vamos orar por eles.’ Cremos que Deus quer que unamos oração com ação.” O que Fazer? Cerca de seis mil adventistas frequentam 31 igrejas no pequeno país de Lesoto. Essa região do sul da África nunca se rendeu aos ingleses. Lesoto tornou-se país independente em 1966 e é rodeado pela República da África do Sul. Os 2,1 milhões de habitantes desse território montanhoso sobrevivem da agricultura, pecuária e manufatura de bens de consumo, como aparelhos elétricos e vestuário. A pobreza é galopante, assim como o HIV/AIDS. Estimativas indicam que, em 2007, 18.000 pessoas morreram em decorrência da AIDS.* Ajudando os Necessitados Por Sandra Blackmer DNA alimenta órfãos e constroi escolas em Maluti O sorriso das crianças é lindo e contagiante, ao brincarem umas com as outras e ao saudarem a professora com um sonoro “bom dia”. Após as instruções iniciais, os jovens alunos começam a tirar os livros das prateleiras e a sentarse nas carteiras, a testa franzida em profunda concentração, no início das aulas do dia. Embora essa seja uma cena comum nas salas de aulas na maior parte dos países do mundo, de certa forma, essa era diferente: são poucos os livros nas prateleiras, e neles faltam páginas e as capas estão gastas. Nove alunos se acotovelam num contêiner de mudança, de 2,5 x 4,5 metros, que serve como sala de aulas. Alheios ao ambiente atípico, as crianças de Lesoto começam mais um dia de aulas, gratas pela simples oportunidade de obter educação. Também localizada no campus do Hospital Adventista Maluti vê-se uma construção mais convencional, com duas salas de aulas adicionais. Outro contêiner de aço, não maior que o da classe da quinta série, serve de biblioteca da escola. Os alunos do jardim da infância reúnem-se em um barraco abandonado, do outro lado do campus. As necessidades são tão grandes que, quando os diretores de educação da União da Divisão Norte-Americana (DNA)e eu visitamos o hospital e o campus da escola em Lesoto, Os educadores da DNA visitaram a região da Missão Esperança para a Humanidade, numa viagem missionária em setembro de 2007, para observar in loco o programa do EPH de alimentação dos órfãos cujos pais morreram de AIDS em Nhlengelo, África do Sul, além do Hospital Adventista e a escola em Mapoteng, Lesoto. Eles partiram determinados a conscientizar as pessoas sobre a situação das crianças e para angariar fundos, não só para ajudar a alimentar os órfãos, mas também para construir um novo edifício escolar no campus do hospital. Durante o ano escolar de 2007-2008, os educadores e alunos da DNA, da pré-escola ao ensino médio, angariaram mais de 120 mil dólares para o programa de alimentação de órfãos do “Esperança para a Humanidade”. Então mudaram sua atenção para os necessitados de Maluti. Blackmer admite que construir uma nova escola é “um empreendimento muito ambicioso, que envolve custos não só no processo de edificação, mas com a construção Sandra Blackmer é editora assistente da Adventist World. Dezembro 2009 | Adventist World 11 C H R I S R O M A K W E K E L LY B O C K “Percebemos que, para oferecer uma boa educação para as crianças, precisaríamos de nova escola e melhores instalações”, diz ele. “Para que nela (na nova escola) as crianças tivessem melhor educação, mas também uma maneira de aumentar consideravelmente a capacidade do hospital de realizar sua missão pela retenção de pessoal bem qualificado. Quando viram a nova escola ser construída, seu moral aumentou muito.” Sob a orientação do EPH, as igrejas adventistas das associações de Chesapeake e Michigan doaram uma unidade médica com equipamento básico, incluindo cobertores para bebês, colchões, sistemas de aquecimento e aquecedores de água. Agora os educadores da DNA querem ajudar, especificamente, as crianças em idade escolar em Maluti. Para isso votaram, em dezembro de 2007, que tentariam, por meio das escolas adventistas de ensino médio de toda a Divisão, levantar dinheiro suficiente para a construção de um edifício de seis salas de aula no campus hospitalar. A incorporação do trabalho voluntário de alunos e adultos para ajudar a construir as instalações diminuiu consideravelmente o custo previsto para o projeto. Mesmo assim, o total chegou a 250 mil dólares. Esse valor cobriria não apenas o custo dos materiais para construção e salário dos trabalhadores contratados, mas também a compra de carteiras, livros, computadores e equipamento para o parque infantil. Destemidos, os líderes de educação da divisão enviaram um DVD com informações sobre o projeto a todas as escolas da DNA, pedindo que cada um dos alunos e cada um dos professores se comprometessem a angariar, pelo menos, cinco De cima para baixo: A NOVA ESCOLA: A construção da dólares. A resposta foi muito positiva. escola no Hospital Maluti está quase pronta. ESTUDANTES Em setembro de 2009, em parceria com o EPH e o Maranata MISSIONÁRIOS: Alunos das escolas adventistas de toda a Internacional, com a coordenação da diretora de educação da Divisão Norte-Americana (DNA) viajam a Lesoto para ajudar União do Pacífico, Kelly Bock e o construtor Robert Jackson, a construir nova escola. do estado de Washington, 40 alunos, doadores e outros voluntários adultos, formaram o primeiro dos três grupos propriamente dita”. Ele e outros professores, entretanto, escalados para, sucessivamente, realizar a árdua viagem aérea pensaram que, se pudessem recrutar trabalho voluntário, até Lesoto, para iniciar a construção da escola. tanto de alunos do ensino médio como de adultos para ajudar, “Foi uma alegria trabalhar com nossos alunos de ensino poderiam melhorar o salário dos trabalhadores contratados, e, médio de toda a América do Norte nesse projeto maravilhoso”, “com as bênçãos do Senhor, cremos que o projeto seria viável”. diz Bock. “A interação que havia entre eles e os trabalhadores “Simplesmente resolvemos avançar pela fé”, diz Blackmer. locais, o entusiasmo e o espírito de cooperação deixavam claro, durante todo o projeto, que Deus era o líder. Essa escola vai Ávidos Participantes permitir que os administradores admitam mais alunos das Esperança para a Humanidade (EPH) – o novo nome áreas adjacentes, podendo assim compartilhar o amor de Jesus do programa centenário de angariação de fundos da Igreja em novas e maravilhosas instalações.” Adventista, conhecido como Recolta – é a força por trás de O porta-voz do Maranata Internacional, Richard Duerksen, milhões de dólares coletados anualmente pelos membros da vê a parceria organizacional como um trunfo para o projeto. igreja da América do Norte para apoiar o trabalho humanitá- Descrevendo o esforço cooperativo entre membros da equipe rio em comunidades locais de países estrangeiros. Sediado na Maranatha, dos educadores da DNA e líderes EPH como “um Divisão Norte-Americana (DNA), em Silver Spring, Maryland, verdadeiro prazer”, Duerksen observa que “Nossa equipe inclui Estados Unidos, e dirigido por Maitland DiPinto, o EPH tem o grupo do Equador, que fabricou a estrutura de aço da escola, estado envolvido, já por vários anos, em suprir as necessidades assim como um grupo do México e Moçambique que trabalha do Hospital Maluti. com cimento e aço. Esse projeto representa os milagres que “O hospital Maluti serve uma área muito pobre, com altos podem ser operados quando grupos de trabalhadores internaíndices de HIV/AIDS. A instituição realiza ali um grande cionais se unem para realizar o impossível.” trabalho, sob circunstâncias muito difíceis”, diz DiPinto. Uma Melissa Breetzke, aluna de espanhol da Universidade das dificuldades que enfrentam é prover ensino de qualidade Adventista del Plata, serviu como tradutora entre os engenheiros para as crianças. da América do Sul, contratados pela Maranata, e os organizado- 12 Adventist World | Dezembro 2009 res do projeto durante a maior parte do empreendimento. Descrevendo Lesoto como “a terra de grandes montanhas, animais domésticos barulhentos e pessoas maravilhosas”, Breetzke diz que desfrutou ali de “um período fenomenal”. “Tive a impressão de que essa viagem foi planejada especialmente para mim”, diz ela. “Mesmo sendo o trabalho mais pesado que já fiz na vida, nunca me senti tão feliz.” O povo, diz Breetzke, foi o que mais a impressionou. “Eles me ensinaram palavras em Lesoto e me chamavam de irmã e filha. Eles riam das minhas tentativas de imitar o barulho que usam em seu idioma e faziam festa quando eu me lembrava das frases que me ensinaram.” Ela admite, no entanto, que o trabalho acabou por ser mais árduo do que o previsto. Porque o aquecedor no quarto em que ela estava nem sempre funcionava, à noite, ela diz, “fazia frio, e alguns dias acordávamos cedo para trabalhar por 10 horas carregando as peças de metal mais pesadas que já encontrei”. Breetzke está convencida de que o projeto da escola de Maluti foi “uma obra de Deus”. Ela diz que encontrou na África “a vida real, não o xarope de milho aguado, escondido nas diversões e felicidade pré-embaladas que você encontra no mundo real, mas sim a felicidade pura e concentrada de uma vida bem vivida. Isso, para mim, é a sensação que mais se aproxima do Céu, mais do que qualquer coisa que você encontra em livros. É rústico, real e eterno.… Foi um dos melhores períodos da minha vida.” Papel da Educação Adventista Blackmer observa que “um dos papéis da educação adventista é ajudar os alunos a entender que são parte de uma comunidade global e que têm uma responsabilidade para com essa comunidade. O projeto Missão Maluti, as centenas de comunidades locais e outros projetos de missão internacional conduzidos pela educação adventista, a cada ano, permitem que nossos jovens partilhem seu tempo, talentos e recursos com os carentes”. Ela acrescenta: “Acredito que as crianças e jovens em lugares como Lesoto têm lições para ensinar aos nossos alunos. Para muitos desses jovens, a doença, a fome e a violência são parte de seu cotidiano. Mesmo assim, eles compartilham avidamente o que têm, e seus sorrisos vêm do coração. Podemos aprender muito com eles. “A DNA está empenhada em encontrar maneiras para que todos os alunos, a cada ano, se assim o desejarem, se envolvam com um projeto missionário. Para obter mais informações e ver fotos adicionais, visite www.nadeducation.org/maluti ou www.hope4.com/maluti. *www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/lt.html. O Envolvimento de Alunos e Professores As escolas de todo o território da Divisão Norte-Americana envolveram-se com a captação de recursos para o projeto da missão da escola Maluti. A seguir, a história de uma dessas escolas: Academia Cristã Apalache, Manchester, Kentucky, E.U.A. Quando a professora da ACA, Debbie Brock, abriu o pacote de informações sobre o projeto que o departamento de educação da Associação Kentucky-Tennessee lhe havia enviado, a respeito da captação de recursos para a Missão Maluti, ela se perguntou quanto de doação sua escola seria capaz de levantar. Afinal, ela falou para o Senhor: “Somos uma escola tão pequenina, com meros sete alunos, localizada na região mais pobre de Kentucky e o 18º município mais pobre da nação.” Entretanto, depois de passar a informação do projeto e mostrar o DVD sobre Maluti a seus alunos, eles se sentiram compelidos a fazer o que podiam para ajudar. “Sentimos como se fôssemos uma ‘escola irmã’”, explica Brock, “como também estamos ligados a um hospital – Manchester Memorial Hospital – do mesmo modo que essa escola está associada ao Hospital Adventista de Maluti, em Lesotho.” Brock e os alunos pensaram que o alvo de cinco dólares por aluno que o departamento de educação da Divisão NorteAmericana havia estipulado era muito baixo, porque o valor seria de apenas 35 dólares para a ACA. Assim, após trocarem ideias sobre possíveis eventos para captação de recursos, eles estipularam o ambicioso alvo de 1.500 dólares. As ideias para levantar fundos que tiveram e escreveram no quadro negro, incluía: ■ Radio ad ■ Programa de leitura ■ Programa de talento, inclusive a equipe do ministério de fantoches da escola ■ Venda de artigos usados Depois que o DVD foi mostrado nas igrejas da área, as doações começaram a chegar durante o mês de novembro e dezembro de 2008. O programa de leitura, realizado em fevereiro, trouxe mais 400 dólares. O show de talentos rendeu cerca de 500 dólares para o projeto. E a venda de artigos usados aumentou substancialmente o total com mais mil dólares. “Até aí, já havíamos arrecadado aproximadamente três mil dólares”, diz Brock. “Quando as aulas terminaram no dia 21 de maio de 2009, o total havia subido para 4.500 dólares. Mas ainda havia umas poucas pessoas a ser contatadas, aí sim [ela e os alunos] haviam feito tudo o que podiam fazer.” Brock ligou pessoalmente para mais algumas poucas pessoas que haviam prometido ajudar, elevando o valor arrecadado para 7.000 dólares. Pouco tempo depois, um casal adventista apareceu na casa dela para presenteá-la com um envelope contendo 4.500 dólares, elevando o total a 11.500 dólares. “Sinto-me como Moisés na sarça ardente, quando percebeu que estava na presença de Deus e que Deus queria que ele ajudasse Sua obra na Terra”, diz Brock. “Sinto-me humildemente honrada por ter tido uma pequena parte nesta aventura… Essa foi uma missão de Deus o tempo todo.” Dezembro 2009 | Adventist World 13 D E V O C I O N A L A imagem mental que fazemos de Jesus parece inclinar-se para Seu lado humano. Afinal, Jesus era um homem. Temos milhares de quadros, concepções artísticas de Jesus, mostrando que Ele brincava com crianças, conversava com médicos, ou simplesmente olhando para a “câmera” ou no espaço. Mas o homem que documentou o início de Seu ministério nos evangelhos também deixou claro que esse Jesus humano que viveu entre nós era Deus em carne humana! A idéia da divindade de Jesus traz muitos conceitos surpreendentes que nos deixam perplexos. Eles nos levam para o início de nosso planeta, quando “No princípio, criou Deus os céus e a Terra” (Gn 1:1). Será que a divindade de Jesus não desejaria que Ele participasse no processo de trazer a Terra à existência? Por Thurman C. Petty, Jr. O QueNós Fizemos! Falar sobre Jesus consiste em dizer quem Ele é e o que fez por nós Não há dúvida quanto a isso. Paulo proclama enfaticamente que Jesus “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus” (Fl 2:6). O apóstolo João concordou dizendo que Jesus “era Deus” e que “todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez”(Jo 1:1-3). Isso deve incluir todo o Universo, não é mesmo? Incrível! Imagine ler Gênesis assim: “No princípio [Jesus] criou os céus e a Terra” E “[Jesus] fez também as estrelas”(veja Gn 1:16).1 Isso não pode ajudar a mudar nossa imagem do bebê nascido de Maria, o único Deus-Homem. E, no entanto… os apóstolos nos conduzem à verdade incontestável de que Aquele que criou o Universo, incluindo nosso planeta com todos os seres humanos que nele habitam, sofreu e morreu na cruz fora de Jerusalém para nos salvar dos nossos pecados.2 Que sacrifício! Que amor! Isso nos impulsiona a colocarnos de joelhos, em profunda humilhação pelo que temos feito. 14 Adventist World | Dezembro 2009 Veja o que Ele Fez Voltando, mais uma vez, para o fato de que Jesus criou o Universo inteiro, olhemos com mais atenção para Suas maravilhosas obras. Para nos ajudar a entender esse conceito, usemos um dos truques da ficção científica. Imaginemos que nos tornamos astronautas e temos o privilégio de explorar o Universo que Jesus fez. Nossa nave espacial entra na órbita da Terra e, em seguida, somos transferidos para uma espaçonave gigante, para uma jornada pelas galáxias. Uma vez a bordo, acomodamo-nos em assentos reclináveis e, imediatamente, voamos para o espaço, à velocidade da luz: 18 milhões de quilômetros por minuto. A essa fantástica velocidade, passamos por nosso Sol em menos de nove minutos e voamos até ao distante Plutão, em apenas cinco horas e meia. Continuando no espaço profundo, teríamos que viajar quatro anos e meio antes de chegar a Alfa Centauro, a estrela fixa mais próxima. Passariam cem mil anos antes de alcançarmos nossa Via Láctea, e outros dois milhões de anos virariam história antes mesmo de nos aproximar da grande galáxia de Andrômeda, conhecida pelo fato de ter cem bilhões de sóis! Segundo as Escrituras, Aquele que conhecemos como Jesus de Nazaré criou tudo nesse vasto sistema! Não admira que o salmista tenha exclamado: “Quando contemplo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a Lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem ... para que com ele Te preocupes?” (Sl 8:3, 4, NVI). Por que o Criador de todos os astros desses sistemas estelares magnificentes Se preocuparia com uma raça de seres humanos rebeldes, que vivem numa partícula de pó chamada Terra, num canto distante de Seu universo? A Bíblia diz que é devido ao Seu AMOR, divino amor, mais vasto – e mais específico – que nossa mente finita possa compreender. Miríades de sóis gigantes, Em movimentos sem rota pelo espaço vazio Em cursos conhecidos, para uma mente onisciente apenas. Esplendor indescritível! Cada massa flamejante grita com voz silenciosa: ‘Deus é meu Criador’. Os homens, numa esfera minúscula, declaram: ‘Não há Deus!’ No entanto, o Deus que eles dizem não existir, Veio para este mundo destroçado, E Morreu – por mim!”3 Veja o que Fizemos! Talvez o que achamos mais surpreendente é o fato de que Deus criou o planeta Terra, sabendo, o tempo todo, que a raça humana, finalmente, iria assassiná-Lo.4 A natureza egoísta de todo ser humano revela, de forma clara, quão profundamente nos envolvemos nessa ação. Na realidade, toda vez que agimos com hostilidade contra um animal ou contra outra pessoa, mostramos a Deus que, se estivéssemos no lugar de Adão, também teríamos nos rebelado abertamente contra o Criador!5 Para nos ajudar a compreender essa terrível verdade, vamos viajar, na imaginação, de volta no tempo, para três jardins: Éden, Getsêmani e Gólgota. Quando sobrepomos os acontecimentos de cada um desses jardins, obtemos uma compreensão única do que fizemos: Deus sorri quando nos mostra a magnificência do Jardim do Éden, recém-saído de Suas mãos. E nós mostramos nossa gratidão tratando-O de tal maneira que Ele chegou a suar grandes gotas de sangue, enquanto agonizava e gritava a Seu Pai for socorro. Então, O agarramos pelo pulso e cuspimos em Seu rosto. Empurramos uma coroa de espinhos em Sua cabeça, batendo nela várias vezes até que suas pontas afiadas fossem encravadas profundamente em Sua nobre fronte. Mesmo assim, Ele continua a amar-nos, escolhendo morrer para nos salvar. Rasgamos Suas roupas e açoitamos Suas costas até que o sangue jorrasse livremente. Agarramos aquelas mãos gentis e poderosas que nos moldaram do barro, transpassando-as com pregos empurrados por um martelo gigante contra um grotesco madeiro, amarrando-o a ele como a um espantalho. Jesus, que com Suas palavras trouxe inúmeros mundos à existência, cuja ordem poderia mobilizar milhões de anjos instantaneamente e cujo olhar terrível poderia transformarnos em vapor, grita em angústia: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Penduramos nosso Deus entre o céu e a terra, preso por pregos através de suas mãos e pés. E aqui estamos nós, ainda, segurando o martelo que empurrou aqueles pregos! Aqui estamos, sabendo que nós é que deveríamos ser pendurados na cruz! Nós é que somos culpados, e nossos pecados diários ainda pregam Jesus na cruz do mesmo modo que as mãos daqueles cruéis líderes fizeram há dois mil anos. Assim como com Adão, Eva, Caim e Abel, nós ainda queremos fazer as coisas da nossa maneira, em vez de submeter nossa vida à vontade de Deus. Esse egoísmo ainda O corroi com terríveis espinhos e enterra a lança no Seu lado. O peso dessa terrível culpa deveria ser nosso, não dEle. Ele, porém, está ali… pendurado numa cruz, em nosso lugar. Pendurado numa cruz por nossos pecados – não, por meus pecados! Ele está morrendo por MIM! O reconhecimento de meu crime me leva ao desespero, à profunda tristeza pelo que eu fiz, ao arrependimento. E Deus me perdoa. Ele sorri para mim, como um dia sorriu para Adão. Sim, Ele tomou sobre Si o castigo que eu merecia receber por causa da minha rebelião. Foi pendurado entre o céu e a terra. Tomou meu lugar. Carregou meus pecados (1Pe 2:24). E gora Ele me perdoa (1Jo 1:9). O que nós fizemos? Essa não é uma pergunta relevante. Ao contrário, deveria ser: O que DEUS fez? Aqui está a resposta: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16, NVI). É claro que a mesma coisa deve ser dita a respeito de cada membro da Trindade. Filipenses 2:5-8; compare com João 3:16. “A Voz Silenciosa”, pelo autor. 4 Compare com Apocalipse 13:8; 1 Pedro 1:18-20. 5 Compare com Isaías 53:4-6. 1 2 3 Thurman C. Petty, pastor e escritor adventista, desfruta sua jubilação em Burleson, Texas, EUA. Dezembro 2009 | Adventist World 15 A R T I G O D E C A PA B ill Knott, editor-chefe da Adventist World, sentou-se com Ben Schoun, presidente da Rádio Mundial Adventista (AWR), para descobrir por que o rádio continua sendo um meio efetivo de compartilhar o evangelho nos rincões mais distantes do mundo. Algumas pessoas estimam que, atualmente, o alcance mundial da AWR excede o alcance de todas as outras mídias, se colocadas juntas. Será que essa é uma declaração correta? É muito provável que seja. Geralmente, estimamos que estamos cobrindo, pelo menos, 70% da população do mundo, sem contar com nossas transmissões via Internet. Não nos concentramos nas regiões do mundo bem desenvolvidas, ao contrário, nossa prioridade são as áreas altamente populosas e menos evangelizadas, como Ásia, África, Leste Europeu e outras regiões. São os lugares que conseguem receber nossas transmissões. Alcançamos um grande número de pessoas nesses locais isolados do mundo e temos o potencial de fazê-lo por uma razão: porque usamos o rádio de ondas curtas. As ondas curtas não são muito usadas nos Estados Unidos ou em outros lugares desenvolvidos porque as pessoas preferem as rádios FM locais, porque a qualidade do som é muito melhor. Entretanto, para alcançar um grande número de ouvintes em todo o mundo, as ondas curtas são mais adequadas. A AWR começou com ondas curtas, há cerca de 40 anos, mas hoje vocês também transmitem em outras mídias, não é mesmo? Sim. Os hábitos dos ouvintes mudam em várias áreas. Por isso, também mudamos nossos hábitos de transmissão. Na América do Sul, atuamos em ondas curtas por muitos anos, mas hoje aquela região usa, quase que exclusivamente, as rádios locais (AM e FM). Do mesmo modo, a África está em transição, pois muitos e muitos países estão disponibilizando licenças para rádios e concedendo essas licenças especificamente para a AWR. Estamos nos preparando para 16 Adventist World | Dezembro 2009 8o de Enãomissoras São Sufıcıe Por que a Rádio Mundial Adventista crê que seu trabalho está apenas começando uma grande iniciativa na transmissão por Internet, na qual todos os nossos programas, em diversas línguas, estarão disponíveis como podcasts, que será um grande recurso para a igreja no mundo. Fizemos projetos-piloto em vários países, onde distribuímos aparelhos de áudio-digital, com ótima resposta. recentemente iniciamos nossas transmissões no Laos, país do sudeste da Ásia, e esperamos, muito em breve, transmitir em Hmong. Eu poderia enumerar muitos outros idiomas nos quais gostaríamos de transmitir. Mas é claro, toda vez que iniciamos um novo idioma, precisamos angariar fundos para manter esses programas no ar pelos anos seguintes. Se você pensar em todos os tipos de pessoas que este artigo alcançará, como os leitores da Adventist World que moram nas regiões alvo da AWR, o que gostaria de dizer a eles? Em que a AWR precisa deles? Rádio ntes Em primeiro lugar, nesses lugares ao redor do mundo precisamos de pessoas que, quando souberem de alguém que está aceitando Cristo por meio do rádio, que sejam receptivas, façam amizade com essa pessoa, a encaminhem para a igreja e faça o que for necessário para fazê-la parte da família de Deus. Isso é uma coisa muito importante. Onde é possível para o povo, também precisamos de apoio financeiro, porque quanto mais recursos tivermos, mais programas poderemos transmitir. Essa é uma equação simples. Se eu fosse alguém que vivesse na Janela 10/40 e encontrasse uma transmissão da AWR, o que a distinguiria de outros tipos de conteúdo? O que faria com que eu parasse e pensasse no que estivesse ouvindo? Considerando apenas o tempo de transmissão, meia hora, varia entre 20 mil e 35 mil dólares americanos por ano. Vou lhe contar uma história. Havia um rapaz, na Etiópia, viajando entre o povo afar, que é muçulmano, da região leste do país. Um rapaz afar, grande, alto, disse ao viajante etíope: “Eu sei o que você está ouvindo!” Nosso viajante, um tanto intimidado, começou a tremer os joelhos porque esse homem afar o estava acusando de ouvir um programa cristão. Entretanto, ao conversarem sobre o assunto por meio de um tradutor, o homem afar disse finalmente: “Sei o que você está ouvido porque tem a mesma música do início e do fim do programa que eu ouço!” A música-tema identificou nosso programa em dois idiomas diferentes. É muito comum as pessoas comentarem que nossos programas são diferentes de tudo o que já ouviram. Meia hora por dia? O que os torna diferentes? Sim, de transmissão diária. É claro, seguimos uma linha cristã, de modo que o tipo de música é diferente. Usamos um formato de revista, que é formado por um segmento sobre saúde, vida familiar e estudo da Bíblia ou o segmento espiritual. Abordamos temas sobre melhor qualidade de vida e que melhoram a vida na comunidade, coisas que chamam a atenção do povo. Alguns de nossos estúdios transmitem até cursos de princípios de agricultura, histórias para crianças e programas educacionais. Você tem uma estimativa de custo por idioma? Isso dá às pessoas uma noção do que significa seu apoio, com quanto poderiam contribuir se decidirem apoiar financeiramente uma transmissão. Em quantos idiomas estão transmitindo atualmente? Temos programas disponíveis em cerca de oitenta idiomas, mas esse número não é suficiente! Há cerca de seis mil idiomas no mundo. Muitos deles são idiomas pequenos, muito isolados e a maioria desses povos sabe outras línguas também. Há, porém, 200 idiomas falados no mundo que nós consideramos muito importantes. Você pode perceber, então, por que nosso trabalho está só começando. Ainda não entramos no Butão. Precisamos transmitir no Tibete. Só A programação de vocês está mais focada em programas para crianças? Sim. E quando as pessoas ouvem, dizem: “Nunca ouvi esse tipo de coisa em uma rádio, antes!” Esse é um meio maravilhoso de atrair ouvintes em outras culturas, tal como a muçulmana. Na área de Afar, Dezembro 2009 | Adventist World 17 awr Resumo sobre a Missão: Levar a esperança adventista ao mundo, aos grupos de pessoas mais difíceis de ser alcançados, em sua própria língua. Tipos de mídia: Rádios de ondas curtas, rádios locais, AM e FM, podcasts da Internet, material de áudio com conteúdo pré-gravado De cima para baixo: EM CONSTRUÇÃO: Um país na África listou 35 cidades e povoados que desejam conceder licença para estações FM da AWR (Rádio Mundial Adventista). ENERGIA SOLAR: Ben Schoun, presidente da AWR, demonstra um rádio que funciona com energia solar aos moradores de uma aldeia na região de Fianarantsoa, Madagáscar. LANÇANDO UMA REDE MAIOR: Quando o Nepal se declarou estado secular, a AWR aproveitou a oportunidade para transmitir mais programas. Além das transmissões em ondas curtas, a AWR está comprando horários baratos em estações de rádio locais e estará presente em dez estações FM, em todo o país, até o fim de ano. de que falei há pouco, há líderes muçulmanos que recomendaram nossos programas para o seu povo por causa das instruções sobre saúde que eles contêm. Devido ao alcance da AWR, quantas pessoas contratadas fazem parte desse ministério? Por outro lado, quanto vocês dependem de voluntários? Os funcionários contratados, no mundo todo, são aproximadamente 35. Para alcançar 70% da população do mundo? Sim. No entanto, você deve se lembrar 18 Adventist World | Dezembro 2009 Público-alvo: Ouvintes não cristãos de todo o mundo, especialmente na África, Ásia/Pacífico, Oriente Médio e Leste Europeu. Número atual de idiomas: Oitenta, aproximadamente. Alvo: Transmitir nos duzentos idiomas principais do mundo. Programação singular: Programas originais criados por locutores nativos nos idiomas locais, que abordam todos os aspectos da vida do povo – vida espiritual, saúde, educação familiar, crenças adventistas, etc. Para saber mais ou se tornar um doador, entre em contato com: Adventist World Radio 12501 Old Columbia Pike Silver Spring, Maryland 20904, USA. Nos EUA e Canadá: fone: 800-337-4297 Fone: 301-680-6304 Fax: 301-680-6303 Web site: www.awr.org E-mail: [email protected] de que, atualmente, os produtores que trabalham nos estúdios não são pagos pela AWR. Trabalhamos com e por meio da organização local da igreja, ou das associações locais. Pedimos a eles que contratem funcionários para os estúdios porque eles conhecem a língua. A maioria das pessoas que trabalham nos estúdios ou prestam assistência técnica para as produções é constituída de pessoas empregadas pela Igreja Adventista? Sim. Temos também muitos voluntários. Tomando o estúdio de Madagáscar por exemplo: eles têm dois funcionários de período integral no estúdio. Têm, porém, 15 voluntários, pessoas que vão e trabalham algumas horas por dia para produzir um programa ou ajudar a editá-los, ou ainda, para ajudar no escritório. Assim, são uma grande equipe. Tenho orgulho de dizer que há um grande número de voluntários, em todo o mundo, trabalhando para a AWR. Na verdade, há poucos anos, em um dos países muçulmanos no norte da África, onde há apenas um punhado de adventistas, houve um período em que todos os adventistas do país, de alguma forma, trabalhavam para a AWR! Com essa combinação entre funcionários da AWR, membros contratados da igreja local e voluntários, como os ouvintes saberão com quem entrar em contato para responder sobre algo que ouviram? Uma vez que é necessário o acompanhamento no idioma local, tentamos reservar em cada um de nossos estúdios recursos para oferecer literatura adicional ou informações para acompanhar esses indivíduos. Uma vez que o locutor já tem certo contato com os ouvintes, ele pode escrever uma carta para eles, ou pode enviar material no idioma local. Tradicionalmente, essa comunicação é realizada pelo correio. Entretanto, não obtivemos resposta de muitos ouvintes e, infelizmente, isso ainda acontece. A razão principal é que muitos desses ouvintes são muito pobres. Eles não podem comprar um selo. Muitos são analfabetos e não sabem escrever. Muitos têm medo porque uma carta pode ser interceptada e, em alguns países, pode custar-lhes a vida. Assim, há muitos motivos pelos quais não recebemos tantas cartas, como as estações de rádio comuns. Nos últimos anos, mais e mais pessoas têm nos enviado e-mails. Em Hong Kong, temos um evangelista de período integral para a Internet, o qual passa o dia todo em frente ao seu computador recebendo e enviando e-mails. Ele tem obtido grande sucesso preparando pessoas para o batismo em lugares longínquos, pessoas a quem nunca encontrou pessoalmente. Ele os instrui por meio do correio eletrônico. O telefone é o terceiro meio, especialmente em certas partes da África, onde todos usam celular. Eles nunca tiveram a infraestrutura de telefonia tradicional, mas agora que as torres de telefonia celular foram instaladas nas montanhas por todos os lugares, todos podem usar um telefone móvel. Assim, em nosso estúdio em Adis-Abeba, Etiópia, por exemplo, eles provavelmente recebem mais ligações do que qualquer outro meio de comunicação. Estou intrigado com o fato de que seu método de ministério difere significativamente da maioria dos outros ministérios de mídia. Na América do Norte, por exemplo, os ouvintes escrevem para a sede do programa, em Oklahoma. Parece que você tem um método bem difuso. a existência de um grupo de ouvintes fiéis, que descobriram tudo sozinhos. Sim. É descentralizado e, em grande parte, impulsionado pelo fato de a AWR transmitir em muitos idiomas. Cremos piamente que devemos usar os idiomas locais para atingir o coração do povo, e temos muito mais sucesso quando utilizamos a língua materna para despertar neles o desejo de estudar a Bíblia ou para compreender o conceito da salvação. É claro, então, que o acompanhamento também deve ser feito na língua local. Sua história é fora do comum, como algumas das primeiras experiências do adventismo, em 1870. Havia pessoas, mesmo em Battle Creek, que não sabiam que havia outros grupos ou uma denominação. Isso quer dizer que você precisa medir o sucesso de maneira um pouco diferente das emissoras tipicamente cristãs. Seu sucesso é realmente o sucesso dos ministérios em 80 idiomas. Sim, é verdade. E mesmo assim não podemos medi-lo totalmente pela quantidade de respostas que obtemos pelo correio. Há alguns anos, começamos a transmitir na África Oriental, para o povo maasai. A maior parte desse povo não sabe ler ou escrever. Se fôssemos avaliar nosso trabalho pela resposta dos ouvintes, pensaríamos que não tínhamos audiência! Entretanto, ao viajar entre os maasai, é impressionante perceber a quantidade de pessoas que estão ouvindo a rádio e que tomaram a decisão de se tornar adventistas do sétimo dia. Estive lá em maio deste ano e visitei meia dúzia de aldeias em diferentes lugares, onde todos eram crentes. Então, quando você pede para que as pessoas apoiem esse ministério, é baseado na premissa de que fará algo com a palavra pregada? E provavelmente não recebeu nenhuma carta deles ... Não, nenhuma carta. Isso sugere que, de fato, esse método descentralizado e difuso que você está descrevendo é o que realmente funciona em igrejas entre os indígenas, não é? Sim. De fato, houve um fenômeno que nos surpreendeu, chamado “igrejas AWR”. Temos pessoas, em vários países, que começam a aprender e a contar uns para os outros como eles gostam do nosso programa de rádio, e logo estão ouvindo o rádio juntos e em seguida, fazendo cultos regulares. A administração da igreja não sabe nada sobre eles. Só muito tempo depois descobrem É verdade. E esses grupos estão aparecendo em muitos países. Antes de John Ash se aposentar como secretário da União/Missão da China, ele me contou como, ao viajar por aquele país, encontrava grupos de pessoas que guardavam o sábado e criam praticamente nas mesmas coisas em que nós cremos. Quando lhes perguntava: “Como vocês aprenderam essas coisas?” Eles respondiam: “Estamos ouvindo a mensagem pelo rádio.” É assim que os grupos são formados. É claro que, mais tarde, procuramos conduzir e integrá-los na comunhão da igreja, porém sei que estamos alcançando muita gente de quem não sabemos absolutamente nada. Nós nos consideramos uma “rádio missionária” porque estamos no ar, alcançando pessoas em lugares em que não há uma congregação adventista significativa ou até mesmo uma organização adventista. Assim, temos que ter recursos e doações das pessoas das áreas mais fortes do mundo. Essa é realmente uma rádio missionária. Frequentemente, falo com as pessoas que dizem: “Eu não consigo ouvir sua rádio! Por que faria doação para vocês?” Eu digo: “Porque você tem interesse na salvação dessa gente. Porque Jesus não vai voltar para você até que todos tenham a chance de ouvir a mensagem da salvação!” Você realmente apela para o compromisso missionário das pessoas, para seu altruísmo. É verdade. É isso mesmo. Contamos a eles as histórias e essa é a recompensa. A recompensa de ouvir o milagre de como a vida das pessoas é transformada e como gente que nunca viu uma Bíblia na vida e agora está amando a Jesus Cristo. Dezembro 2009 | Adventist World 19 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S NÚMERO 10 Perfeição Por Robert J. Ross C omo capelão voluntário da noite, vi o médico do pronto-socorro dar o último dos muitos pontos para unir a pele do que, momentos antes, era um enorme buraco. Ele endireitou as costas e, com os olhos ainda fixos no ferimento, disse a si mesmo: “Perfeito, simplesmente perfeito”. Mais tarde, me perguntei: O que ele realmente queria dizer com isso? Seriam os pontos? Ou seria o ferimento que agora estava perfeitamente fechado? Seria o bom trabalho que havia feito, ou todo o conjunto? O maravilhoso Sermão da Montanha proferido por Jesus abrange três capítulos (Mt 5–7) e concentra-se inicialmente no tipo de atitude que devemos cultivar, ser abençoados ou felizes, independentemente das circunstâncias. Conhecemos essa primeira parte como as bem-aventuranças. Cristo, a seguir, chama a atenção para nossas motivações, o motivo pelo qual fazemos o que fazemos. O que conta é a nossa moti- Robert J. Ross, nativo da África do Sul, é pastor da Igreja Adventista de Meadow Vista, na Associação da Califórnia do Norte, EUA. Ele gosta de esculpir em madeira. 20 Adventist World | Dezembro 2009 A perfeição tem dois níveis vação, nossa atitude, o que pensamos, o que molda nossas ações. Na metade do Seu sermão, Jesus fez essa surpreendente afirmação, em Mateus 5:48: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.” O que Significa “Perfeito”? “Perfeito”, na Bíblia, é retratado de muitas maneiras em várias traduções. Perfeito pode ser sem defeito, leal, completo, maduro, instruído, paciente, amável e seguidor de Jesus. Perfeito descreve coisas como a lei da liberdade (Tg 1:25), sacrifícios (Lv 22:21), ou a vontade de Deus (Rm 12:2). Perfeição também está frequentemente ligada a ação: a igreja de Sardis foi repreendida porque Cristo disse: “Não achei as tuas obras perfeitas” (Ap 3:2). Ao jovem rico Jesus aconselhou: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens ... e ... vem, e segue-Me” (Mt 19:21). Com todas essas aplicações, o que então é “perfeito”, ou colocando mais coloquialmente, “quão branca deve ser a cor branca, para ser um branco perfeito?” Uma famosa citação de Ellen White diz: “Como Deus é perfeito em Sua esfera, assim pode o homem ser na sua.”1 Sabemos que Deus, em Seu nível, é perfeito. “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita” (Dt 32:4). Também sabemos que Jesus é perfeito, “tendo sido aperfeiçoado, tornou-Se o Autor da salvação eterna” (Hb 5:9). Definitivamente, reconhecemos que não somos perfeitos, e “todas as nossas justiças, como trapo da imundícia” (Is 64:6). Que tipo de “perfeição em nossa esfera” devemos ter? Jesus nos dá uma sugestão na sua oração sacerdotal em João 17:23: “Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade.” A perfeição, portanto, tem dois níveis: Unidade perfeita de Deus na Trindade, e a perfeita unidade dos seres humanos com Cristo. Perfeição Objetiva: A Unidade Perfeita de Deus Apenas a Divindade pode reivindicar participação nessa unidade perfeita. É a perfeição máxima. Embora o Filho de Deus tenha Se revestido com a fragilidade humana, tenha sido tentado quando Seu corpo humano estava profundamente fraco, Satanás não conseguiu colocar nem a mais ínfima separação entre Pai e Filho. Somente a Divindade pode transformar rochas em pães. Por meio da obediência a Seu Pai, Jesus recusou-Se a usar Sua própria divindade, independente de Seu Pai. “Em Cristo combinaram-se divindade e humanidade. A divindade não se degradou, para tornar-se humanidade; a divindade conservou seu lugar, mas a humanidade, pela união com a divindade, resistiu à mais feroz prova da tentação no deserto.”2 “Ele ‘sofreu, tendo sido tentado’ (Heb. 2:18)... sofreu na proporção da perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas nada achou nEle, nem um simples pensamento ou sentimento de resposta à tentação.”3 Jesus tinha atitude e unidade perfeitas para com Seu Pai, as quais O motivaram a resistir a todas as tentações. Perfeição Subjetiva: Nossa Unidade com Cristo Gosto do modo como Ellen White descreve nossa necessidade de expiação. “O homem não podia servir de expiação pelo homem. Sua condição pecaminosa e decaída faria dele uma oferta imperfeita e um sacrifício expiatório de menos valor do que Adão antes de sua queda. Deus criou o homem perfeito e reto, e depois da sua transgressão não poderia haver sacrifício aceitável para Deus por ele, a não ser que o seu valor excedesse o do homem em seu estado de perfeição e inocência.”4 A pura atitude de Cristo motivou a obediência absoluta, resultando em uma completa união com o Pai. Essa é a verdadeira perfeição. Essa é a perfeição imputada, o único meio pelo qual somos salvos. “Esse sacrifício foi oferecido com a finalidade de restaurar o homem a sua perfeição original. E mais: [...] dar-lhe completa transformação de caráter.”5 A justiça comunicada de Cristo é a obra que Ele realiza em nós, transformando-nos à Sua imagem, em unidade com Ele. Isso é o que verdadeiramente significa ser perfeito em nossa esfera. É ser perfeitamente um com Ele. Nossas atitudes são alteradas, motivando em nós a obediência para refleti-Lo plenamente. Quando estamos unidos a Ele, é refletida a imagem com a qual originalmente Ele nos criou (ver Hb 5:8, 9). A unidade não é alcançada quando subtraímos os nossos erros, pois deixaria um vácuo. Ao contrário, tomamos mão de tudo o que pudermos obter de Cristo, rejeitando aquilo que ofusca Sua glória. Não seremos, então, apenas Sua imagem, mas um com Ele. União Perfeita Recentemente, os cientistas descobriram um modo de fazer, pela primeira vez, um vidro completamente plano com superfície 100% lisa e polida. Ele é tão plano e liso que quando são colocadas duas placas grossas desse vidro, uma sobre a outra, eliminando todo o ar entre elas, há uma ligação tão grande entre as moléculas que é quase impossível separá-las. Tornamse verdadeiramente uma. A unidade perfeita de Jesus com o Pai, por meio de Sua obediência na Terra, torna-se nossa veste de (Sua) justiça concedida a nós por toda a eternidade. A justiça que Ele quer nos comunicar é a perfeita unidade que podemos ter por meio da direção do Seu Espírito. Obediência motivada pelo amor genuíno permite que Ele realize em nós um polimento diário até que estejamos absolutamente unidos a Ele, como um, de modo que seja quase impossível de separar-nos. Penso que foi isso o que o médico daquele pronto socorro quis dizer quando terminou a sutura. A ferida estava fechada. A pele de volta onde deveria estar. Não mais tecido lacerado. Não mais sangramento. A cura já podia começar. Talvez nem haveria cicatriz: perfeito. Ellen G. White, Conselhos Sobre Educação, p. 232. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 408. Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 422. 4 Ellen G. White, Exaltai-O [MM 1992], p. 24. 5 Ellen G. White, Exaltai-O [MM 1992], p. 231. 1 2 3 Edaxperiência Salvação Em infinito amor e misericórdia, Deus fez com que Cristo, que não conheceu pecado, Se tornasse pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus. Guiados pelo Espírito Santo, sentimos nossa necessidade, reconhecemos nossa pecaminosidade, arrependemo-nos de nossas transgressões e temos fé em Jesus como Senhor e Cristo, como Substituto e Exemplo. Essa fé que aceita a salvação advém do divino poder da Palavra e é o dom da graça de Deus. Por meio de Cristo, somos justificados, adotados como filhos e filhas de Deus, e libertados do domínio do pecado. Por meio do Espírito, nascemos de novo e somos santificados; o Espírito renova nossa mente, escreve a lei de Deus, a lei de amor, em nosso coração, e recebemos o poder para levar uma vida santa. Permanecendo nEle, tornamo-nos participantes da natureza divina e temos a certeza da salvação agora e no juízo. (2Co 5:17-21; Jo 3:16; Gl 1:4; 4:4-7; Tt 3:3-7; Jo 16:8; Gl 3:13, 14; 1Pe 2:21, 22; Rm 10:17; Lc 17:5; Mc 9:23, 24; Ef 2:5-10; Rm 3:21-26; Cl 1:13, 14; Rm 8:14-17; Gl 3:26; Jo 3:3-8; 1Pe 1:23; Rm 12:2; Hb 8:7-12; Ez 36:25-27; 2 Pe 1:3, 4; Rm 8:1-4; 5:6-10.) Dezembro 2009 | Adventist World 21 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A S e fossem usados mais tato e discrição na apresentação da verdade pelos ministros, nos sermões, e por seus auxiliares, no trabalho, muito mais do que vemos agora poderia ser realizado. Por causa de negligência nesse sentido, muitos têm uma visão equivocada de nossa fé e doutrina que nunca teriam se a formação da primeira opinião fosse mais favorável. Ministério para Todas as Classes É nosso dever aproximar-nos o máximo que pudermos das pessoas em elevada posição. Tal tarefa não exclui os pobres e os de classes mais baixas, pois assim, tanto ricos como pobres terão a oportunidade de beneficiar-se das verdades da Bíblia. Se nossas palavras e vida mostrarem a influência refinadora da verdade de Deus sobre o coração, aqueles que nos conhecerem verão que a religião da Bíblia nunca degrada quem a recebe e, ao aceitarem a verdade, perceberão os deveres e responsabilidades neles depositados, tendo eles mesmos se tornado representantes de Jesus Cristo na Terra. A verdade de Deus, obedecida de coração, constantemente eleva, refina e enobrece quem a recebe. Não é sabedoria mundana, mas a sabedoria dada por Deus que chega até nós para apresentar a verdade de tal modo que atingirá as classes mais altas que, quando convertidas para a verdade, exercerão uma influência em seu favor e que ajudará a sustentá-la com seus talentos, influência e recursos. O dever que temos sobre nossos semelhantes nos coloca sob a obrigação de expor nossos talentos à luz da verdade que temos recebido, bem como o talento dos recursos. Ao ganharmos almas para Jesus Cristo, aquelas que estão em posições de responsabilidade e cuja influência pode ser um poder para alcançar homens e mulheres das classes mais elevadas, a quem Deus achou por bem confiar grande capacidade para fazer o bem, receberão talentos em dobro. A influência de nosso trabalho, mesmo que seja ganhando apenas uma alma, é de grande alcance; nossos talentos estão sendo usados e constantemente aumentados. Por Ellen G. White Criatividade, Teato idelidade F Alcançando todas as pessoas 22 Adventist World | Dezembro 2009 Encontre a Dose Certa de Evangelho para a Abordagem Os obreiros da causa não deveriam pensar que a única maneira de trabalhar é tornar conhecidos, de uma só vez, em um mesmo lugar, todos os pontos de doutrina professados pelos adventistas do sétimo dia. Tal atitude fecharia os ouvidos das pessoas e frustraria os fins pretendidos. Deus quer que Seus obreiros sejam como cordeiros entre lobos, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas. Suas próprias ideias devem ser postas de lado, e devem seguir a direção do Espírito de Deus. Que não pensem que toda a verdade de Deus é para ser dita aos incrédulos em toda e qualquer ocasião, mas devem planejar com cuidado o que precisa ou não ser dito. Isso não é praticar o engano, é agir como Paulo. Ele diz: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Ele não abordava os judeus de forma a incitar seus preconceitos. Não corria o risco de torná-los inimigos dizendo-lhes que precisavam primeiro crer em Jesus de Nazaré, mas deu ênfase às promessas do Antigo Testamento que testificavam de Cristo, Sua missão e Sua obra. Assim, levouos adiante, passo a passo, mostrando-lhes a importância de honrar a lei de Deus. Ele também honrou devidamente a lei cerimonial mostrando que Cristo foi Aquele que instituiu o serviço sacrifical judaico. Após enfatizar essas coisas que provavam que possuía um claro conhecimento delas, levou-os ao primeiro advento de Cristo e provou que no Jesus crucificado cada especificação havia sido cumprida. Essa foi a sabedoria exercida por Paulo. Ele se aproximou dos gentios, a princípio não exaltando a lei, mas exaltando Cristo, e depois mostrando as reivindicações da lei. Mostroulhes claramente como a luz refletida na cruz do Calvário deu importância e glória a todo o sistema judaico. Assim, variou seu método de trabalho, sempre acomodando sua mensagem às circunstâncias em que estava, e, mesmo sendo bemsucedido em grande parte após árduo e paciente trabalho, muitos não foram convencidos. Há alguns que não serão convencidos por nenhum método de apresentação da verdade. O obreiro de Deus deve, no entanto, estudar cuidadosamente o melhor método, a fim de que não desperte preconceitos ou levante contendas O obreiro de Deus deve estudar cuidadosamente o melhor método, a fim de não despertar preconceitos ou levantar contendas desnecessárias. desnecessárias. Que ele dê ao povo evidências de que é verdadeiro cristão, consciencioso, a favor da paz e não da discórdia e que tem amor pelas almas. Assim ganhará a confiança das pessoas. Cristo disse aos Seus discípulos: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.” Muita coisa Ele não lhes disse porque sua educação e ideias eram de tal caráter que Suas instruções teriam lhes confundido a mente e levantado questionamentos e descrença que seria difícil de remover. Seja Criativo em Sua Missão Os obreiros de Deus devem ser ecléticos, isto é, devem ter grandeza de caráter. Não devem ser unilaterais, estereotipados no seu modo de trabalhar, caindo em rotinas em que são incapazes de ver que as suas palavras e o método de trabalho devem variar para atender à classe de pessoas com quem estão em contato, e as circunstâncias que têm para atender. Todos devem dominar, constantemente, suas principais características e educar suas fraquezas, de modo a equilibrar a mente. Isso é necessário para que haja obreiros úteis e bem-sucedidos. Deus quer que Seus servos, velhos e jovens, se aperfeiçoem continuamente, aprendendo como evangelizar de modo mais eficaz. Não devem contentar-se, pensando que seus caminhos são perfeitos, e que os outros têm de trabalhar como trabalham. Todos os nossos métodos e planos devem ajustar-se ao modelo divino. Este artigo foi publicado pela primeira vez na The Atlantic Canvasser, no dia 11 de dezembro de 1890. Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom profético bíblico por mais de 70 anos de ministério público. Dezembro 2009 | Adventist World 23 S E R V I Ç O EsforcoConjunto Como editores e como equipe da Adventist World, fazemos a maior parte de nosso trabalho no anonimato. Certamente, você vê nossos nomes na ficha técnica (página 31), mas é provável que não conheça nosso rosto ou o que fazemos para a revista. As fotografias nestas duas páginas o ajudarão a colocar o nome em cada rosto e isso contará um pouco sobre nossas responsabilidades em nosso escritório, na Associação Geral. Mais desconhecidos são os editores de texto, designers gráficos, tradutores, impressores, encadernadores e as pessoas que despacham a revista para todo o mundo, cuidando para que a sua cópia da Adventist World chegue à sua casa ou igreja. —Editores e Equipe. Da esquerda para a direita Kimberly Luste Maran, editora assistente, coordena as colunas da Adventist World, Intercâmbio Mundial e O Lugar das Pessoas, e ocasionalmente escreve e edita artigos. Roy Adams, editor associado, responsável pelos devocionais e ocasionalmente pelo artigo de capa, supervisiona a pré-impressão de materiais para diferentes edições. Merle Poirier, gerente de operações, controla os prazos de produção, o canal de comunicação com tradutores, editoras e fornecedores e ainda supervisiona a expedição para os campos do mundo. Da esquerda para a direita Gerald A. Klingbeil, editor associado, responsável pelos artigos que tratam de estudos bíblicos, arqueologia, crenças fundamentais, herança adventista e do Espírito de Profecia. Natural da Alemanha, viveu e atuou em quatro países diferentes (África do Sul, Peru, Argentina e Filipinas). Marvene Thorpe-Baptiste, assistente editorial, seleciona os originais para avaliação, informando os autores quanto ao seu progresso. Auxilia os editores na edição e na preparação de originais a serem publicados, nos processos de honorários, despacha os cheques e as cópias de cortesia da revista. Carlos Medley é editor das revistas Adventist World e Adventist Review online. Supervisiona os oito sites da Web do departamento, faz pesquisa em busca de material complementar e trabalha com os autores. Sandra Blackmer, editora assistente, coordena a seção da Vida Adventista e Saúde no Mundo, como também edita e escreve artigos, quando solicitada. 24 Adventist World | Dezembro 2009 D A N I E L B O T T N E R / S TA R - L I G H T S T U D I O S Da esquerda para a direita Bill Knott é editor chefe das revistas Adventist World e Adventist Review (Revista Adventista em inglês). Wilona Karimabadi é editora-chefe e diretora de marketing da KidsView, a Revista Adventista de crianças, em inglês. Trabalha com o site da Adventist World em inglês, espanhol, francês e português e, ocasionalmente, escreve artigos especiais. Claude Richli, diretor de marketing e editor associado, supervisiona a coordenação mundial de recursos para garantir que a Adventist World, impressa ou pela internet, chegue até você ou sua igreja. Rachel Child, assistente executiva do editor, cumpre funções administrativas, quando solicitada, e gerencia as finanças para garantir bom sistema de pagamento. Da esquerda para a direita Judy Thomsen, editora de correspondência, responde a todos os e-mails, cartas e pedidos de oração e coordena o Intercâmbio Mundial e o Lugar de Oração na revista. É também auxiliar do editor-associado. Mark A. Kellner é um jornalista veterano que trabalha como editor de notícias desde 2007. Nessa função, ele coordena a cobertura de notícias, que produz e apresenta artigos especiais, como os artigos de capa da revista de julho e novembro de 2009. Alfredo Garcia-Marenko, assistente editorial, registra as minutas da comissão de capa e reuniões de produção, faz correções de originais e transmite arquivos digitais do escritório editorial para a revisão da Review and Herald Publishing Association (Casa Editora). Stephen Chavez, diretor de edição, edita as colunas, serve de ligação com a Divisão Norte-Americana e supervisiona o fluxo de material em nosso escritório editorial, desde o processo de desenho gráfico até a publicação. Dezembro 2009 | Adventist World 25 P E R G U N TA S B Í B L I C A S P eles estariam em excelentes condições físicas para obter o ermita-me considerar o contexto do assunto citado melhor aprendizado. em Daniel 1:3-21 e, no processo, responderei à perSe, porém, considerarmos essa decisão do ponto de vista gunta especificamente. cultural, concluímos que o rei tinha intenções mais profundas: A queda do reino de Judá e a expatriação de o alimento determina a identidade; aquilo que comemos demuitos israelitas para Babilônia expuseram-lhes a fé a novos termina nossa cultura, inclusive nossas convicções religiosas. A desafios. Eles estavam numa terra de cultura distinta e de ênfase na alimentação era parte da tentativa cultural e religiosa convicções religiosas radicalmente diferentes, dificultando assim a prática da sua fé religiosa. de assimilar os hebreus na religião e na cultura de Babilônia. 1. Assimilação Cultural: O propósito dos reis babilônios 3. Rejeição da Mudança Cultural: Daniel resolveu não se era transferir lentamente a fidelidade que os jovens hebreus contaminar com os manjares do rei nem com o vinho que tinham para com Deus, para os deuses deles, de Jerusalém para ele bebia. “Decidiu não se tornar impuro com a comida e Babilônia. Esse era o objetivo com o vinho do rei” (verso dos profissionais e psicólogos 8, NVI). “Decidiu” foi a de seu programa educacional. tradução para “colocou em Primeiro, elevavam sua seu coração”, em hebraico. autoestima ao levá-los para o Daniel colocou sua vontade e palácio real, onde passavam a razão no que havia decidido, fazer parte da elite intelectual, provavelmente baseado no o que facilmente criava neles fato de que os alimentos do a predisposição para aceitar o rei eram oferecidos aos seus país estrangeiro e ter gratidão deuses antes de ser servidos ao rei por aceitá-los. à mesa de Daniel. Provavelmente, a maior parte deles Segundo, deveriam ser não era preparada de acordo instruídos nos idiomas e P E R G U N TA : com as ordens bíblicas (Lv literatura de Babilônia. Provavelmente Daniel já falava 17:10) e incluía alimentos várias línguas, porém teria imundos. Essas razões em si que aprender pelo menos o já eram motivo para rejeitar aramaico e o caldeu acadiano a comida do rei. Mas o fato para se comunicar com os de, nessa ocasião, Daniel Por ter escolhido uma dieta outros e para ler a literatura Angel Manuel Rodríguez sobre ciência (como matevegetariana sugere algo mais mática, astronomia), música profundo. O rei resolveu que e religião (incluindo mitologia, divindades, astrologia) e ser ele mesmo “escolheria” [yeman] a dieta deles. A forma verbal usada no Antigo Testamento é empregada especificamente doutrinados na visão mundial de Babilônia. Terceiro, a assimilação cultural foi iniciada com a troca de para atividades de Deus (Sl 16:5; 61:8; Jn2:1), sugerindo que sua identidade, dando-lhes nomes de divindades babilônicas o rei estava assumindo uma prerrogativa divina. Para Daniel, (Dn 1:7). Seu comprometimento com o Senhor foi ameaçado. somente Deus poderia determinar o que ele deveria comer. E, naquela situação, ele voltou à dieta original que excluía O interessante é que a escrita dos nomes babilônicos parecia a carne (Gn 1:29; 3:18) e o ajudava a obedecer ao Senhor. corromper, intencionalmente, os nomes originais, evidenciando sua resistência à assimilação cultural e religiosa. Assim, o Senhor abençoou seu esforço de servi-Lo. Enquanto ficou responsável por sua própria dieta, ele seguiu a ordem 2. Provisão Alimentar: O rei determinou qual seria a levítica (Dn 10:3). dieta de Daniel e de seus amigos, o que deveria ser consideA escolha de assimilar os perigos de uma cultura ainda rado um privilégio e parte dos benefícios de estudar na é nossa. À semelhança de Daniel, devemos resistir a ela e Universidade de Babilônia. As refeições eram fornecidas permanecer firmes aos nossos valores, princípios e ensinos da pelo rei. É sabido que os reis de Babilônia não apenas Palavra de Deus. supriam seus oficiais com alimentação diária, mas também com acomodação. O contexto bíblico sugere que o alimento oferecido a Daniel e seus amigos era o alimento preparado para o próprio rei, o melhor que Babilônia tinha para Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas oferecer. O principal interesse do rei era estar seguro de que Bíblicas da Associação Geral. Comer, ounão Comer? Daniel era vegetariano? 26 Adventist World | Dezembro 2009 E S T U D O B Í B L I C O O de elo S Deus no Por Mark A. Finley apocalipse O último livro da Bíblia, o Apocalipse, revela a batalha final entre o bem e o mal, na Terra. A adoração é o coração desse último conflito. Enfim, há apenas dois lados nessa guerra: os que são leais a Deus e os que se rebelaram contra Ele (Ap 22:11, 12). Esses dois grupos são colocados em primeiro plano na última batalha da Terra sob os símbolos do selo de Deus ou a marca da besta. A lição deste mês incidirá sobre o selo de Deus, um assunto de extrema importância. É absolutamente vital que compreendamos o significado do selo eterno de Deus e como recebê-lo. 1. Que instrução específica deu Deus aos anjos no Apocalipse? “Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à Terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a Terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus” (Ap 7:2, 3). Antes que juízos de Deus caiam sobre este planeta rebelde, Deus instrui os anjos para não danificar a nem o nem até os servos do nosso Deus. Essa passagem revela três fatos importantes sobre o selo de Deus: Primeiro, Deus vai adiar Seu julgamento final até que o processo de selamento esteja completo. Segundo, serão selados os servos de Deus que foram totalmente leais e fiéis a Ele. Terceiro, o selo de Deus é colocado na fronte, um símbolo da mente. 2. Quem realiza a importante tarefa de selamento? “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4:30). O Ser divino que realiza o selamento em nossa vida é o de Deus. O selo de Deus não é um selo visível colocado em nossa testa como um sinal de que pertencemos a Deus; ele está relacionado ao Espírito Santo aprofundando nossa lealdade a Jesus, para que estejamos firmados em Seu amor e verdade, de modo que nada nos derrube. 3. Como o apóstolo Paulo descreve a função do selo de Deus? “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que Lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor” (2Tm 2:19). O fundamento da verdade permanecerá na crise final e, “O conhece os que lhe .” Dezembro 2009 | Adventist World 27 Tanto hoje, como no passado, um selo legal autentica um documento. Selos identificam aquele a quem pertence o documento e que autoridade está por trás dele. O povo de Deus é identificado ao permanecer totalmente comprometido com Ele, “apartado da injustiça” e obedecendo-Lhe com amor, como testemunha de Sua graça salvadora para o mundo. 4. Onde encontramos esse selo de obediência a Deus? “Resguarda o testemunho, sela a lei no coração dos Meus discípulos” (Is 8:16). O selo de Deus é encontrado em Sua . O amor dos cristãos para com Deus é sempre revelado em sua amorável obediência à lei de Deus. 5. Que outro nome é dado ao selo? “E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que creem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça” (Rm 4:11). Abraão recebeu o da circuncisão pelo qual ele demonstrava sua lealdade a Deus. Na Bíblia, um selo e um sinal descrevem a mesma coisa. 6. Será que Deus tem um sinal de adoração eterno que diferencia Seu povo? “Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica” (Ez 20:12). O eterno sinal de lealdade é o sábado do sétimo dia. Os selos antigos continham três elementos principais: o nome, título e a jurisdição do dono, além do local em que se devia colocar o selo oficial e legal no documento. O sábado de Deus é o único dos Dez Mandamentos que contém Seu nome, “o Senhor teu Deus”; Seu título, Criador, ‘pois em seis dias fez o Senhor”; e Seu território, “o céu e a Terra, o mar e tudo o que neles há” (veja Êx 20:8-11). O sábado do sétimo dia é o eterno sinal dos últimos dias de lealdade a Deus. É o símbolo externo de uma fé viva e profunda. Em tempos de tremenda crise e perseguição, o Espírito Santo dará força aos filhos de Deus para que vivam em santa obediência. 7. Que apelo final Deus faz a todos, pouco antes de Sua volta? “Dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7). O apelo final de Deus é um chamado para adorar a Deus como o “do céu, da Terra, do mar, e das fontes das águas”. O sábado do sétimo dia é o sinal eterno de Deus e de Sua autoridade criativa. Nos momentos finais da Terra, ele será o sinal visível de nossa lealdade a Ele. Quando houver boicote econômico e perseguição, a adoração ao Criador durante o sábado revelará nossa dedicação ao nosso Senhor e à Sua verdade. Será a demonstração de que o Espírito Santo selou Sua verdade em nosso coração, e nosso amor por Jesus Cristo é tão profundo que nada poderá nos abalar. No próximo mês, completaremos esta série sobre o Apocalipse, com o tema: “A Recompensa Eterna do Apocalipse”. 28 Adventist World | Dezembro 2009 Intercâmbio Mundial C A R TA S Parceria Após ler na Adventist World sobre o entusiasmo para unir forças com a Organização Mundial de Saúde (“Paulsen diz que ênfase da Igreja sobre saúde pode ajudar a curar o mundo”, setembro de 2009), imagino o que “na prática” está acontecendo. Muitas de nossas igrejas ainda são bastante eficientes em suprir as necessidades na área da saúde nas comunidades do mundo, de um modo, talvez, muito mais efetivo do que qualquer outro grupo. Há cada vez mais cursos de culinária vegetariana em meu país. O número de amizades duradouras tem crescido, como resultado do programa Melhoria da Saúde Coronária, assim como os batismos. Tenho dúvidas se a parceria com os órgãos das Nações Unidas vai realizar o que nossos líderes esperam. Por favor, apresentem-nos alguma ideia do que envolveria uma parceria com a OMS. Será que isso minimizaria a eficácia dos programas da igreja? John Wallace Kaikohe, Nova Zelândia Vivendo para Cristo Hoje Muito obrigada por selecionar e publicar mensagens tão inspiradoras e informativas em nossas revistas. O desafio de Jan Paulsen em seu sermão em Genebra (“A Cura de Cristo num Mundo em Mudança”, setembro Ler sobre os desafios e experiências de outros povos me encoraja a viver para Cristo diariamente, sabendo que, mesmo as mínimas coisas que consideramos normais podem ser usadas por Deus de maneira grandiosa. — Joseph Kongoro, Quênia de 2009) é bom para todos nós, especialmente a declaração de que “para os adventistas do sétimo dia a renovação de todas as coisas não é apenas um evento do futuro; é um processo de renovação que começa agora. Esperar a ‘bendita esperança’ não é um exercício passivo, mas algo que demanda ação no presente”. Esse desafio não é apenas para os que estavam presentes à sua preleção, mas para alertar todos os adventistas do sétimo dia. Cada dia deve começar com uma renovação em nossa caminhada cristã e em nossos deveres como cristãos. Virginia Moyer Chestertown, Maryland, Estados Unidos Dê-me Mais Louvado seja o Senhor! Estou enviando a lição que vi e preenchi sobre o Apocalipse, “O Conflito do Tempo do Fim no Apocalipse” (setembro de 2009). Estava analisando esse livro no meu estudo pessoal. Por favor, envie-me qualquer outro estudo, especialmente sobre o Apocalipse. Charles Livingston Jr. Memphis, Tennessee, Estados Unidos Retribuição Fui tocada pelo artigo do “Adote um Ministro Internacional” (Da Vingança e Granadas para a Graça Salvadora, agosto de 2009), especialmente a “Retribuição” de Marilynn Peeke sobre Reva Lachica Moore. O artigo foi maravilhoso! Meu esposo e eu estamos tentando retribuir a outros as bênçãos que temos. Obrigada pela revista Adventist World. Normalmente, recebemos algumas cópias na biblioteca da Universidade Adventista Zurcher. Estamos orando pela continuidade da publicação dessa revista. Evelyn Pelayo Antsirabe, Madagáscar Dezembro 2009 | Adventist World 29 Intercâmbio Mundial C A R TA S Evangelizando Nasci na Etiópia em uma família judia. Toda a minha família, eu inclusive, ainda somos judeus. Encontrei sua revista, a Adventist World, numa clínica de olhos na Etiópia. Li alguns artigos, realmente interessantes, porém preciso de ajuda. Em nossa religião só leio o Antigo Testamento. Não tenho a mínima ideia sobre o Novo Testamento. Gostaria de saber se vocês podem me ensinar sobre ele. Se for possível, enviarei muitas perguntas a vocês. Daniel Tefera Mamo Adis-Abeba, Etiópia Gratidão e Agradecimento Estou muito feliz porque, agora, é possível ler a Adventist World em alemão pela Internet! Que adventista não estaria interessado em saber sobre o que está acontecendo com nossa igreja ao redor do mundo? Sempre recebemos algumas poucas cópias em inglês em nossa igreja. No entanto, grande parte dos nossos membros não sabe inglês o suficiente, mas, mesmo assim, gostariam de saber sobre o que está acontecendo. Eu e muitos outros de minha igreja aguardamos com ansiedade pela edição seguinte. Hannes Schinagl Vienna, Áustria Para acessar a Adventist World online em sete idiomas, visite www.adventistworld. org. Para ir direto à Adventist World em alemão, acesse http://de.adventistworld. org. – Os Editores Tenho grande prazer em ler os seus artigos, pois eles me lembram que faço parte de uma grande comunidade de fé. Ler sobre os desafios e experiências de outros povos me encoraja a viver para Cristo diariamente, sabendo que mesmo as mínimas coisas que consideramos normais podem ser usadas por Deus de maneira grandiosa. Eu gostaria de compartilhar seus artigos não apenas por e-mail, mas por links no Facebook. Joseph Kongoro do Quênia por e-mail Links para os artigos da Adventist World podem ser compartilhados no Facebook. — Os Editores Quero expressar minha gratidão pela publicação mensal de uma revista que mostra o panorama mundial da obra adventista. Basil Zawadzki Misiones, Argentina Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas. O LUGAR DE ORAÇÃO Por favor, orem para que Deus me ajude a conseguir os recursos necessários para pagar meus quatro anos de estudo. Conto com suas orações, irmãos e irmãs. Emol Young, Haiti A empresa em que trabalho comemorará cinquenta anos de existência e fui convidado para fazer a oração inicial. Orem para que Deus me dê a oração certa. Judith, Zimbábue Por favor, orem pela minha vida espiritual. Estou passando por problemas financeiros que causam dificuldades em casa. Brian, África do Sul Perdi a apelação no tribunal e permaneço na prisão. É muito difícil para mim, mas não estou perturbado ou desanimado na fé como adventista. 30 Adventist World | Dezembro 2009 Deus está no controle e creio que Ele permitiu que isso acontecesse para que eu continue a pregar na prisão. Orem por mim, pois vou escrever ao presidente pedindo perdão. Bernard, Zâmbia Quero agradecer as orações por todos os pedidos que enviei. Por favor, orem por minha filha que está fora da igreja. Ela tem vários problemas de saúde e estou preocupada com ela. Virgínia, Estados Unidos Oremos pelas vítimas do tsunami Samoa, do terremoto Sumatra e do tufão nas Filipinas. É muito triste ver milhares de pessoas sem casa, alimento, água e família. Johnson, Índia Orem para que nossa família permaneça firme na fé. Orem também para que Deus providencie os recursos financeiros para que meu filho complete o curso de teologia. Malena, México Fiz a inscrição num curso para pilotos e, em um mês, deverei receber a resposta. Quero ser um piloto internacional para ajudar a espalhar as boas novas. Realmente conto com suas orações para que eu possa fazer esse curso. Robert, Vanuatu Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA. “Eis que cedo venho…” INTERCÂMBIO DE IDEIAS C Í N T I A S M A R T I N Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Uma Palavra Sobre Dons Proféticos Neste mês, uma leitora nos diz o que aprendeu na lição da Escola Sabatina A lguém pode esperar ansiosamente pela vibrante discussão da Escola Sabatina na igreja da Universidade do Norte Caribenho, em Mandeville, Jamaica. O Dia 31 de janeiro de 2009 não foi diferente quando as classes se reuniram para estudar a lição número 5: “A Inspiração dos Profetas”. O ponto alto veio quase no fim do estudo da lição, quando o Dr. D. L. Ebenezer, professor do curso de Administração, resumiu 2 Timóteo 3:16. Abaixo seguem alguns dos pontos expostos por ele. ■ Toda a Escritura foi dada por inspiração. Não apenas algumas passagens, não o que você acha que é certo ou errado, mas toda ela. ■ No ensino superior criticamos bastante. Crescemos criticando tudo e todos. ■ Moisés e Paulo eram muito instruídos, mas tiveram que desaprender tudo para seguir a Deus por toda a vida. Pedro questionou Jesus quando Ele ordenou que jogasse as redes. Pedro obedeceu, embora sua fé fosse um tanto frágil e tenha jogado apenas uma rede. ■ Aprender apenas um pouco é perigoso. Pensamos que já sabemos tudo. Perece que não queremos estar conectados com Cristo. Queremos fazer tudo do nosso jeito. ■ “Quando comecei a estudar matemática, fui ensinado que linhas paralelas se encontram no infinito. O que é infinito? Não sabemos. Porém, cremos nesse princípio básico o tempo todo, sem questioná-lo. Avançamos pela fé, aprendendo mais e mais de matemática. Assim deve ser com nossa crença no dom profético, tanto nos escritos da Bíblia como nos de Ellen G. White. Um dia, veremos um quadro mais claro das coisas e, depois, começaremos a ver coisas do jeito que Deus planejou. ■ Resumindo o pensamento do Dr. Alden Thompson, da Universidade Walla Walla sobre criticismo,* Ebenezer disse que dissecamos qualquer coisa e todas as coisas até que o objeto dissecado morra e nos contamine no processo. Através de seu resumo da lição, Ebenezer nos deu uma nova perspectiva dos dons proféticos e como devem ser observados. — Reportagem de Tameka McPherson, estudante na Universidade Norte Caribenha, Mandeville, Jamaica. *A Universidade Walla Walla está localizada em College Place, no Estado de Washington, Estados Unidos. Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão Ásia-Pacífico Norte. Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Jan Paulsen, presidente; Ted N. C. Wilson, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C. Schneider; Heather-Dawn Small; Robert S. Smith; Karnik Doukmetzian, assessor jurídico Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Clyde Iverson; Guimo Sung; Glenn Mitchell; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland Roy Adams, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coréia Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan Editor Online Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen Consultores Jan Paulsen, Matthew Bediako, Robert E. Lemon, Lowell C. Cooper, Mark A. Finley, Eugene King Yi Hsu, Gerry D. Karst, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Ella S. Simmons, Ted N. C. Wilson, Luka T. Daniel, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, Geoffrey G. Mbwana, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Don C. Schneider, Artur A. Stele, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander. Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: [email protected] Website: www.adventistworld.org A menos que indicado de outra forma, todas as referências bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coréia, Argentina, Austrália, Indonésia, Brasil e Estados Unidos. Vol. 5, No. 12 Dezembro 2009 | Adventist World 31 O Lugar Das L U G A R É E S S E ? H E L E N R O S E Q U E AS VIDA ADVENTISTA Gosto do nome Adventistas do Sétimo Dia. Ele me lembra, uma vez por semana, que estamos “indo para casa” e depois, que estamos “indo para casa” para sempre. P O R — Renee Ford, Charlotte, Carolina do Norte, E.U.A E N V I A D A John Carroll perdeu seu sapato de borracha quando foi batizado no tanque batismal da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Ocala. O pastor oficiante, Dave Swinyar, o encontrou e fez um comentário sobre o sapato perdido e recuperado. Um membro comentou que era melhor perder o sapato do que perder a alma! — Herb Pritchard, Ocala, Flórida, EUA. FRASE DO MÊS “O novo ano está exatamente diante de nós, e dever-se-iam fazer planos para um esforço zeloso e perseverante no serviço do Mestre. Há muito a ser feito a fim de avançar a obra de Deus” (Ellen G. White, O Colportor Evangelista, p. 17). C O N H E Ç A S E U V I Z I N H O Quando o casal Salvador Cena e Luciana Talquenca estava terminando seus estudos na Universidade del Plata, na Argentina, sonhavam poder trabalhar como voluntários em um país estrangeiro. É isso que estão fazendo agora. De janeiro de 2008 a dezembro de 2009, Salvador e Luciana serviram no Colégio Helderberg, na África do Sul. Trabalharam como preceptores assistentes nos dormitórios e ajudaram com os cultos e outros programas. Eles gostaram muito do tempo de serviço voluntário e, por meio dele, sentem que Deus os ajudou a crescer de muitas maneiras. “Nossa experiência aqui”, diz Luciana, “foi a confirmação de que eu quero servir a Deus pelo resto de minha vida”. Após quase dois anos de serviço na África do Sul, o casal incentiva, de coração, outros a tentar o voluntariado também. “Você precisa ter uma experiência como voluntário”, diz Luciana. “Vai ficar mais forte espiritualmente e vai gostar de conhecer novas pessoas e conhecer uma nova cultura. Basta ir! Deus vai usar você!”. Se você quiser ler histórias sobre outros voluntários adventistas no mundo, ou saber mais a respeito de como participar do programa de voluntariado, acesse www. adventistvolunteers. org. — Cortesia do Serviço de Voluntariado Adventista Essa foto foi tirada nas Filipinas durante um acampamento de jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia Namboongan, em Pozorrubio, Paquistão, nos dias 24 a 26 de abril de 2009. RESPOSTA: G A L E R A PESS
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