Client Value Team - ArcelorMittal Europe

Transcrição

Client Value Team - ArcelorMittal Europe
Revista clientes | Junho 2006
Fast Prototyping
Um novo serviço técnico
com vantagens inéditas
Clientes colhem os frutos
Arcelor e Nippon Steel:
cinco anos de parceria
Nova abordagem logística
Uma verdadeira parceria com a Lindab
Client Value Team
Flat Carbon Steel Europe
Índice
3 Sob o signo da evolução e do crescimento
4 Entrevista com Walter Vermeirsch
Capa
© Lindab
Uma tecnologia própria para condutos de ventilação
Editor responsável
Cecile Van den Hof
Arcelor Flat Carbon Steel Europe
19, avenue de la Liberté
L-2930 Luxemburg
www.arcelor.com/fcse
7 Arcelor Steel Service Centre Slovakia
Arcelor dá o tom na Europa Central
Redatora-chefe
Cecile Van den Hof
Equipe de redação
Dieter Vandenhende
Philip van Ootegem (Aware)
8 A Lindab descobre uma nova abordagem logística
Concepção gráfica
Julie Verzelen
Fotografia
pp. 3, 5 e 17: Tom D’Haenens
pp. 6, 7, 12, 13-14 (na parte superior da página)
e 16: Philip van Ootegem
p. 4: Fernand Konnen
pp. 8-9: Lindab
p. 10: Studio Pons
p. 11: Paul Robin
p. 13: Arcelor Research Industry Gent
pp. 14-15: Vaillant
p. 18: Severstal
p. 19: Dofasco
p. 20: Arcelor Eisenhüttenstadt
Copyright
Todos os direitos reservados. Nenhum conteúdo
da presente publicação pode ser reproduzido sem
consentimento escrito prévio, sejam quais forem
as formas ou os suportes de difusão.
12 Fast Prototyping, um novo serviço técnico com vantagens inéditas
14 Vaillant, o especialista de aquecedores que mantém o sangue-frio
16 Aço Arcelor para enfrentar os choques mais violentos
Nova norma européia para barreiras antiderrapagem
10 Clientes colhem os frutos de nossa colaboração
18 Arcelor: uma marca única e forte
Arcelor e Nippon Steel:
cinco anos de parceria
18 A expansão da Arcelor
•
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•
•
Laiwu
Sonasid
Severgal
Dofasco, fator decisivo para a
estratégia de crescimento da Arcelor
20 News
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•
Arcelor organiza Jornada Mundial
de Segurança e Saúde
Arcelor recebe Toyota Award pela qualidade de seus produtos
Acería Compacta de Bizkaia indicada para um prêmio ambiental
Sob o signo da evolução
e do crescimento
Todo ser vivo evolui constantemente. O grande segredo é fazer com que as
­mudanças transcorram sem problemas e com que os objetivos sejam ­atingidos.
E é exatamente isso que fazemos na Arcelor. Você, cliente, certamente precisou
se familiarizar com novas denominações e novos profissionais no âmbito de
­nossa organização. Lançamos novos produtos, instauramos novos processos,
siglas e métodos, mas através da revista Update sempre mantivemos ­nossos
clientes informados sobre os objetivos de nossas metamorfoses e sobre o
­cronograma fixado. Nesta edição, oferecemos um balanço intermediário,
tendo, como primeiro ponto positivo, o fato de que o cliente é um elemento
­determinante em tudo o que empreendemos.
Cecile Van den Hof
Senior Manager Communications
Na entrevista que concedeu à revista, Walter Vermeirsch, que assumiu
­recentemente a Executive Vice-President da Arcelor Client Value Team (CVT),
­declarou que já há algum tempo só recebe dos clientes feedbacks positivos
sobre a maneira como a Arcelor tem evoluído. Afirmou também que o Grupo
Arcelor está firmemente determinado a atingir os objetivos OTIF 95 até o final
do ano. E este não será o único resultado dos esforços realizados ao longo dos
últimos meses. Walter Vermeirsch evocou as primeiras e promissoras inovações
em matéria de cadeia de abastecimento, bem como medidas importantes de
aprimoramento aplicadas às fases Upstream de nosso sistema de produção.
A maneira como os clientes se referem à colaboração que mantêm com a Arcelor
CVT só vem confirmar essas declarações. No artigo dedicado à Lindab, você
poderá conferir a primeira experiência positiva desta empresa sueca com nosso
projeto piloto Committed Volume & Lead Time. A empresa alemã Vaillant ­também
manifesta sua satisfação com a parceria estabelecida com a Arcelor CVT.
A Arcelor evolui… e cresce – em particular através da aquisição da Dofasco
pelo Grupo. Mas isso não é tudo: nesta edição da Update, apresentamos vários
acordos de colaboração firmados recentemente, entre os quais a aliança com
a Nippon Steel Corporation, o novo Steel Service Centre na Eslováquia e a
­participação da Arcelor na siderúrgica chinesa Laiwu. Paralelamente, a Arcelor
continua avançando no caminho da inovação. Desta vez, daremos destaque à
nossa nova técnica de produção acelerada de protótipos, além de explicarmos
por que é melhor optar por barreiras antiderrapagem em aço Arcelor.
Espero que apreciem a leitura da revista.
Cecile Van den Hof
Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006
Entrevista com Walter Vermeirsch
“Não é por acaso nosso
nome é Client Value Team”!
Walter Vermeirsch
As transformações pelas quais a empresa
vem passando provocam, ­inevitavelmente,
mudanças no organograma. É assim
que, desde 23 de janeiro passado, Walter
­Vermeirsch ocupa o cargo de Executive
Vice-President da Arcelor Client Value
Team (CVT), sucedendo a Christophe
­Cornier, que atualmente é responsável
pela divisão de produtos planos para a
Europa (Arcelor Flat Carbon Steel ­Europe)
e pelo pólo automotivo mundial. Durante uma ­entrevista que durou mais de
uma hora, pudemos conhecer melhor a
­personalidade de Walter Vermeirsch, alto
executivo experiente e metódico com
­vasta bagagem no setor de produção
e de relações com os clientes.
Desde meados de 2005, uma brisa
de transformação vem soprando na
Arcelor. Hoje, os primeiros resultados
começam a se manifestar. Tudo está
correndo como previsto?
Inicialmente, o objetivo era finalizar a
integração das diversas equipes comerciais que ainda coexistiam depois da
fusão. Este tipo de operação sempre cria
turbulências, mas resolvemos não esperar
o final da reorganização e lançamos uma
série de projetos de mudanças ­voltados
para os clientes. O mais importante
­desses projetos é sem dúvida o OTIF 95.
OTIF significa “On Time In Full” e designa
uma meta a atingir: queremos que
95% das encomendas rotuladas como
“superior service” sejam entregues por
completo e no prazo fixado. Este projeto
está sendo desenvolvido como previsto
e já obtivemos uma taxa OTIF de cerca de
90%, o que nos valeu muitos comentários
positivos por parte dos clientes.
O que foi feito, concretamente, para
aumentar esta porcentagem?
Procuramos combater as causas funda-
mentais. Primeiramente, constatamos
problemas de qualidade. Neste aspecto, a
Arcelor sempre teve uma boa reputação,
mas ainda acontece com freqüência que
sejamos obrigados a recusar bobinas e a
fabricá-las novamente. Graças a projetos
internos de qualidade desenvolvidos em
todas as fábricas, tem havido um real
progresso. Quanto menos precisarmos
refazer o trabalho, mais rápido trabalharemos.
O segundo problema, intimamente
ligado ao primeiro, é a complexidade
de nossa produção por lotes. Quando
uma empresa instala uma nova linha
de montagem, sabe praticamente por
antecipação ­quanto vai produzir. Trata-se
efetivamente de um processo contínuo,
cujos parâmetros são conhecidos e fáceis
de controlar. No setor de produção de
aço, é totalmente diferente. Temos, na
Europa, 16 alto-fornos, mas nenhum é
idêntico ao outro. Quando modificamos
os parâmetros de um deles, às vezes só
podemos avaliar as conseqüências da
mudança semanas mais tarde. Cada alto-
forno reage de uma maneira diferente.
Por isso, hoje todas as usinas siderúrgicas
estão reunidas em uma única entidade
“Upstream”. Desta forma, contamos com
um maior intercâmbio de conhecimentos e ­benchmarking entre as unidades e
conseguimos controlar cada vez melhor
a produção por lotes de todos os alto­fornos.
O processamento administrativo que
vai da encomenda à emissão da fatura
constitui também um grande obstáculo. Pouco depois da criação da Arcelor,
lançamos um audacioso projeto de
racionalização dos processos e sistemas
comerciais. Atualmente, 90% deste
projeto já foi desenvolvido, mas é na reta
final que estão os maiores obstáculos. Até
o final de 2006, deveremos ter finalizado
este projeto.
A quarta dificuldade é a expedição de
produtos. Hoje, ainda, um grande número
de caminhões e trens entrega as mercadorias com atraso aos clientes. Para
melhorar esta situação, foi criado um projeto específico. A Arcelor tem investido
consideravelmente em tempo, recursos e
mão-de-obra em todas essas operações,
e não tem sido em vão. Temos observado
muitos progressos e os resultados que
obtivemos parecem estáveis. Até o final
do ano, teremos chegado bem perto da
meta OTIF 95.
No ano passado, no âmbito da Arcelor
CVT, foi também criada uma equipe
Client Logistics & Services (CLS) que, a
exemplo das equipes Client Technical
­Support (CTS), deve elaborar soluções
sob medida, mas no plano logístico.
Esta nova equipe já pode se orgulhar
de ­muitas conquistas…
É verdade. Esta equipe foi criada no
momento certo, pois hoje, no plano mundial, a procura por aços é muito maior
que a oferta, o que às vezes perturba a
regularidade das entregas. No caso de
clientes para os quais o abastecimento
regular é absolutamente vital, a equipe
CLS desenvolveu o sistema CV&LT, forma
abreviada de “Committed Volume & Lead
Time”. “Committed Volume” significa que,
em comum acordo com o cliente em
questão, determinamos a quantidade
de aço que podemos entregar durante o
trimestre seguinte, ou seja, reservamos
para ele uma determinada capacidade
de produção. Até algumas semanas antes
da entrega efetiva do aço e pouco antes
que nosso lead time comece a correr,
o cliente tem a possibilidade de modificar o volume solicitado. Mas, a cada
­trimestre, só é ­possível uma variação
limitada em relação à quantidade de aço
que a Arcelor reservou para a empresa.
Trata-se, portanto, de um compromisso
recíproco. Este tipo de sistema é com
freqüência indispensável para clientes do
setor automotivo, mas constitui também
um diferencial para uma série de clientes
do setor industrial em relação ao sistema
existente.
Outra conseqüência importante da
transformação: três Business Units
foram integradas à Arcelor CVT.
Que comentários o Senhor faria a
este respeito?
Graças a esta integração, a ACB (Acería
Compacta de Bizkaia) ganhou muito
em segurança e qualidade. A linha de
produtos também foi ampliada. A Arcelor
Packaging ainda enfrenta dificuldades
em matéria de rentabilidade global, mas
registrou melhoras consideráveis no plano da qualidade e da linha de produtos.
A generalização das melhores práticas
permite posicionar as cinco fábricas da
Arcelor Packaging num nível elevado de
qualidade. Aliás, não temos escolha, pois
somos um dos principais produtores de
aços para embalagens. Por fim, a Arcelor
Tailored Blank também registrou uma
evolução positiva nos últimos meses. Esta
Business Unit tem novamente a possibilidade de promover, junto aos clientes efetivos e potenciais, as enormes vantagens
dos tailored blanks em termos de preço,
qualidade e funcionalidade. Os ganhos
para clientes que precisem produzir um
blank específico em grande série são
inigualáveis, mas poucas pessoas estão a
par dessas vantagens.
Walter Vermeirsch, o novo Executive Vice-President da Arcelor
Client Value Team
“A Dofasco é, nada mais
nada menos, que o ­pontade-lança da Arcelor no
­mercado norte-­americano”.
Falemos agora da Dofasco. Esta
empresa norte-americana produz
sobretudo aços planos de primeira
qualidade, bem como tailored blanks
e ferro branco de embalagens. Foi ­
este o motivo da aquisição?
A Dofasco é, nada mais nada menos, que
o ponta-de-lança da Arcelor no mercado
norte-americano. Como o Senhor sugeriu
muito bem, existem efetivamente muitas
possibilidades de sinergia. Primeiramente,
a Dofasco é bem-conceituada junto aos
fabricantes de automóveis da América do
Norte. Cerca de metade de sua produção
destina-se ao setor automotivo. A Arcelor
dispõe de uma implantação da Arcelor
Tailored Blank nas proximidades, o que,
naturalmente, abre muitas perspectivas.
Mas, a meu ver, a principal vantagem
reside no fato de que a Dofasco passou
também a ter acesso a todas as ­inovações
tecnológicas oriundas da ­colaboração
entre a Arcelor e a Nippon Steel
­Corporation. Penso particularmente em
ExtragalTM, aço com revestimento metálico destinado principalmente à indústria
automotiva e até então desconhecido no
mercado americano. Os fabricantes de
automóveis japoneses que implantaram
linhas de montagem na América do Norte
estão particularmente entusiasmados
com a compra da Dofasco pela Arcelor,
pois poderão dispor de aços com os quais
estão habituados a trabalhar. No campo
de aços para embalagens, a Dofasco e
a Arcelor Packaging são extremamente
complementares, o que também abre
muitas perspectivas de sinergia.
Quais são as prioridades para os
­próximos meses e anos?
Para os clientes do setor industrial,
certamente não procederemos a uma
otimização transcontinental das normas
de nossos produtos. Em ­compensação,
a padronização é recomendada para
os produtos automotivos. Alguns
­fabricantes, como a Toyota e a Honda,
desejam trabalhar com as mesmas
qualidades de aço nos quatro cantos do
mundo, enquanto outros preferem não
seguir este princípio, aplicando normas
diferentes de um continente a outro. É
claro que a ­situação ainda vai evoluir, mas
devemos estar prontos para servir nossos
clientes, seja qual for a direção que o
mercado tomar.
Penso também que devemos procurar
chegar ao que chamo clockwise factory,
ou seja, uma fábrica em que tudo funciona com a precisão de um relógio suíço,
como é o caso das coquerias. ­Precisamos
aplicar este mesmo princípio em nossas
usinas siderúrgicas. Os processos de
produção por lotes devem tornar-se
tão previsíveis quanto os processos de
montagem.
Quanto ao aspecto comercial, devemos
estar ainda mais atentos às reais necessidades dos clientes. Precisamos alinhar
melhor nossos serviços com os volumes
de produtos que eles compram e com
suas atividades nos diversos mercados.
Além disso, devemos ter a coragem de
questionar periodicamente a maneira
como trabalhamos com os nossos clientes. O que hoje funciona bem pode estar
ultrapassado no ano que vem. É evidente
também que a função das filiais de venda
está mudando. Cada vez mais, elas constituem bases a partir das quais os client
teams podem trabalhar mais estreita e
intensamente com os clientes. Quanto
mais adequadas forem as respostas da
nossa rede comercial às necessidades do
cliente, mais crescerá o valor agregado.
Esta é a nossa meta. Não é por acaso que
nosso nome é “Client Value Team”!

Arcelor Steel Service Centre Slovakia
Arcelor dá o tom na Europa Central
Peter Duriac, Diretor da Arcelor SSC Slovakia
Março de 2006. Ainda é inverno. A neve
reduz o ritmo do tráfego, denso na autoestrada que liga Bratislava a Brno, mas
mesmo assim chegamos sem atraso ao
Arcelor Steel Service Centre Slovakia
de Senica (pronuncia-se “senitsa”). É a
partir daí que a Arcelor pretende abastecer um número em franca ascensão de
fabricantes de automóveis, especialistas
siderúrgicos e fabricantes de aparelhos
eletrodomésticos que estão se instalando
na Europa Central.
Peter Duriac, Diretor da Arcelor SSC
­Slovakia, nos recebe no seu escritório.
“Este Steel Service Centre (SSC) foi
­construído a partir do nada”, esclarece.
Tudo começou em 2004, pouco tempo
após a decisão da Arcelor de criar um
novo Steel Service Centre na Europa
Central. Com a sua equipe, Peter Duriac
buscava um local adequado, que fosse
facilmente acessível a partir da Áustria,
da República Tcheca, da Eslováquia e
da Hungria. Finalmente, foi escolhida
a Eslováquia. A Prefeitura de Senica
­imediatamente compreendeu que a
­Arcelor poderia servir de pólo de atração
para outras empresas em busca de um
bom local de implantação. Assim, sua
colaboração foi total desde o início.
Numa primeira fase, a Arcelor investiu
10,8 milhões de euros na construção
­deste Service Centre. As obras ­começaram
em dezembro de 2004. Como o novo
SSC é abastecido a partir de Bremen e
Eisenhüttenstadt, é fundamental que haja
uma ligação com a rede ferroviária eslovaca. Por isso, a Arcelor instalou 600 metros
de vias suplementares. Na segunda fase,
que iniciará em julho/agosto, o Grupo
investirá 5 milhões de euros na construção de instalações complementares para
a Arcelor Tailored Blank.
Possibilidades únicas
Nestes últimos anos, um número cada vez
maior de fabricantes de automóveis temse instalado na Europa Central. A Skoda,
a Hyundai, a Volkswagen, a PSA Peugeot
Citroën, a Kia, a Audi, a Opel e a Suzuki
possuem ou pretendem construir fábricas
em um raio de 200 quilômetros em torno
do SSC de Senica. “Os subcontratados
dos fabricantes de automóveis também
são clientes importantes”, salienta Peter
­Duriac. “Em 2006, escoaremos 42% da
nossa produção no setor automobilístico,
13% entre os fabricantes de aparelhos
eletrodomésticos e 45% na indústria
geral”.
A Arcelor SSC Slovakia utiliza por
­enquanto quatro instrumentos. Ao lado
do hall que serve para o ­abastecimento
das ­bobinas de aço por via férrea,
­encontra-se uma decoiling line, que
desenrola as ­bobinas e efetua o corte
transversal. ­Também há duas linhas de
desdobramento para seccionar o aço no
­sentido do comprimento, bem como uma
prensa multi-blanking. “Assim, podemos
­seccionar no sentido da largura e do
­comprimento, em uma só passagem”,
explica Peter Duriac. “Nossos produtos
acabados são chapas e faixas retangulares, bem como blanks trapezoidais para
a indústria automobilística. ­Nessa região,
somos os únicos que ­oferecem essas
possibilidades técnicas”.
As grandes multinacionais da região
­esperavam impacientemente a chegada
deste Steel Service Centre. “E os clientes
locais também estão muito impressionados pelos produtos e serviços
de ­qualidade que podemos oferecer”,
­acrescenta nosso interlocutor. “Para a
maioria desses clientes, nós desempenhamos um papel de pioneiros. Muitas empresas locais ­ainda ignoram, por exemplo,
que a Europa proíbe a presença de cromo
hexavalente (Cr+6) nos seus produtos, a
partir de 1° de julho de 2006. Chamamos
a atenção dessa clientela para esta legislação, fazendo, ao mesmo tempo, com
que possa dispor de produtos adequados.
O SSC Slovakia é a primeira verdadeira
empresa siderúrgica da Europa Ocidental
nessa região”.

A Lindab descobre
uma nova abordagem logística
Jonas Stenbeck, Key Account Manager da Arcelor,
e Stefan Johansson, Senior Purchasing Manager da Lindab
Segundo um velho clichê, a Suécia é mestre
na arte de combinar realidade econômica
e vida sadia e agradável. O município
de ­Grevie, que se situa no sul da Suécia,
­demonstra que essa idéia não tem nada
de errada. Grevie é acima de tudo o paraíso
dos praticantes de golfe. Desde o início
da primavera até o final do outono, os
­gramados ficam repletos de pessoas que
vêm se ­espairecer, após uma jornada de
­trabalho. Muitas delas trabalham para o
Lindab Group, em uma das fábricas ou
em um dos escritórios inseridos em uma
­moldura verdejante. A empresa tem-se
consideravelmente desenvolvido ­nestes
últimos anos e um certo número de
­funcionários estão hoje envolvidos em
um apaixonante projeto logístico lançado
conjuntamente com a Arcelor.
O Lindab Group desenvolve e fabrica
sistemas de ventilação, bem como perfilados para construção. Para tanto, compra
a cada ano cerca de 260 mil toneladas
de bobinas de aço, principalmente da
­Arcelor. A Lindab dispõe de seu próprio
Steel Service Centre, que realiza a separação de camadas de um pouco menos da
metade dessas bobinas. “A maior parte
deste aço é encaminhado diretamente
por navio às nossas 19 fábricas espalhadas por toda a Europa e a América do
Norte”, esclarece Stefan Johansson, Senior
Purchasing Manager Steel.
Técnicas próprias
A Lindab é conhecida pela qualidade
excepcional dos seus produtos. Segundo
Stefan Johansson, esta boa reputação é
essencialmente devida aos sistemas de
ventilação e de climatização: “Utilizamos
água para veicular o calor e o frio. A climatização da peça em que estamos funciona
a água. Ouve-se algum ruído? Nenhum!
Isto mostra perfeitamente as vantagens
do sistema Comfort Line. A água circula
através das canalizações planas acima
das quais passa o ar, que é ­rapidamente
levado à temperatura desejada. Em
­relação aos sistemas que utilizam fluxos
de ar, o Comfort Line é mais compacto,
mais silencioso e mais preciso ao ­nível
da regulagem”.
Também para a ventilação, a empresa
dispõe de uma tecnologia própria muito
eficaz. “Aqui, optamos por condutos cilíndricos, porque asseguram uma melhor
circulação do ar e são significativamente
mais silenciosos que tubos quadrados ou
retangulares. Também são menos sujeitos
às turbulências e ao depósito de poeira,
oferecendo ao mesmo tempo vantagens
consideráveis no plano da produção. Os
tubos de secção quadrada ou retangular
têm de ser primeiro dobrados e depois
fechados em todo o comprimento. Os
nossos tubos cilíndricos são enrolados em
espiral e fechados durante um processo
contínuo, uma técnica patenteada chamada de ‘Spiro’, que é o nome da empresa
suíça que a elaborou. A Spiro é hoje uma
filial a 100% do Lindab Group”.
A Lindab em números
• A Lindab foi criada em 1959, ano em que registrou um faturamento de cerca
de 1 milhão de coroas suecas (cerca de 107 mil euros). Em 2005, o faturamento
do Grupo foi de 6,2 bilhões de coroas (cerca de 666 milhões de euros).
• Atualmente, o Grupo emprega 4 mil funcionários em 28 países.
A Lindab constrói a nova Europa
Desde a sua criação em 1959, a Lindab
também tem fabricado perfilados de aço
para construções, desde canaletas para
o escoamento de águas pluviais e calhas
até revestimentos de paredes e tetos,
­passando por perfilados para paredes
divisórias. “É a nossa outra atividade”,
explica Stefan Johansson. “Nestes últimos
anos, temos consideravelmente consolidado a nossa posição no continente
europeu, através de várias aquisições
­estratégicas e estamos ­conquistando
quotas cada vez mais elevadas de
­mercado na Europa Central, onde hoje
se constrói muito”.
Em 2002, a Lindab comprou as atividades
européias do antigo grupo americano
­Butler, assumindo assim o controle de
uma empresa húngara com alto desempenho, especializada em prédios comerciais e industriais pré-fabricados. “Ela
concebe o projeto e produz os elementos, mas a construção propriamente dita
é entregue a empreiteiras credenciadas”,
esclarece o nosso interlocutor.
Em setembro de 2005, o Lindab Group
também ingressou na Astron, um dos
líderes europeus na área das ­construções
de aço. Há duas unidades de ­produção:
uma no Luxemburgo e outra na
­República Tcheca. Graças à Astron, a
­Lindab também é agora o líder europeu
das construções metálicas pré-fabricadas.
Committed Volume & Lead Time
Stefan Johansson qualifica sem hesitar
a Arcelor de excelente fornecedor. “Mas,
­poderá melhorar ainda”, acrescenta.
“­Oferecemos bons prazos de entrega
aos nossos clientes. Assim, esperamos
dos nossos fornecedores que também
façam um esforço particular neste
­sentido. Temos estoques suficientes que
nos permitem atender a todos os pedidos
Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006
reais durante pouco menos de duas
semanas. Mas os nossos fornecedores de
aço nos solicitam previsões de oito a dez
semanas. Se os meus clientes encomendarem ao mesmo tempo qualidades de
aço menos freqüentes, ficarei em situação
de dificuldade, pois eles prevêem a entrega dentro de duas semanas, ao passo
que o meu fornecedor precisa de pelo
menos algumas semanas a mais para me
abastecer”.
“No que concerne o aço pré-pintado,
­elaboramos um projeto particular”,
­explica Jonas Stenbeck, Key Account
Manager para a Lindab. “Concluímos um
acordo que prevê que a Arcelor deverá
estocar bobinas de aço para a Lindab e
realizar a pré-pintura das mesmas logo
que a Lindab tiver mais pormenores
sobre os pedidos dos seus clientes. Assim,
conseguiremos reduzir consideravelmente os lead times”.
“Este sistema representa uma grande
melhoria no plano do método”, declara
Stefan Johansson. “Em tempos passados,
a Arcelor podia bruscamente fazer passar
os seus prazos de entrega de 7 a 12
semanas, o que minava a nossa fiabilidade junto aos nossos clientes. Graças
ao projeto piloto com prazo garantido, o
impacto nos nossos estoques é extremamente positivo e podemos reagir muito
melhor aos pedidos dos nossos clientes.
Só temos a ganhar”!

Para a terceirização do aço galvanizado
a quente, a Arcelor CVT lançou o projeto
CV&LT (Committed Volume & Lead Time).
A Lindab desempenha aqui o papel de
cliente piloto. “Em primeiro lugar, acertamos entre nós a questão do volume
de aço que a Lindab deverá comprar no
decorrer do próximo trimestre, com base
numa repartição semanal”, ­esclarece
Jonas Stenbeck. “Graças ao novo sistema,
a Lindab pode registrar os seus pedidos
com um prazo estável e ­previamente
combinado. Além disso, o sistema
­permite uma variação predeterminada
por semana. Imaginemos que a quantidade combinada seja de 12 mil toneladas.
Será repartida ao longo das semanas do
trimestre, o que corresponde, no caso,
a mil toneladas por semana. A partir do
momento em que o pedido é feito, a
Lindab pode alterar o volume semanal
previsto, dentro dos limites ­combinados.
É evidente que este sistema não é à
la carte, mas supõe um compromisso
recíproco”.
Clientes colhem os frutos
de nossa colaboração
Arcelor e Nippon Steel: cinco anos de parceria
Em janeiro de 2006, o acordo estratégico
de colaboração técnica firmado entre a
Arcelor e a Nippon Steel completou cinco
anos. A revista Update entrevistou Vincent
Guyot, Senior Manager CVT e Technical
Coordinator Alliances & Joint Ventures,
que voltou recentemente de uma viagem
de trabalho ao Japão. Que motivos o
levaram a decidir estabelecer uma estreita
colaboração com os japoneses?. “Por uma
razão essencial”, responde ele: “­queríamos
oferecer mais vantagens aos nossos
clientes”.
Em 2005, o Grupo Arcelor investiu 140
milhões de euros em diversos projetos de
pesquisa. A maioria desses projetos foi
implementada durante um longo período,
tendo por objetivo o desenvolvimento de
novos produtos e aplicações. Além disso,
no decorrer do ano passado, a Arcelor
destinou 50 milhões de euros suplementares a projetos de pesquisa em parceria
com outras empresas. Ao todo, 1.100 pesquisadores europeus e seus 200 colegas
brasileiros da Arcelor trabalham atualmente em estreita colaboração com seus
congêneres da Nippon Steel Corporation,
o que faz com que a Arcelor e a Nippon
Steel representem, juntas, cerca de 60% de
toda a pesquisa mundial do setor siderúrgico. Esta colaboração é desenvolvida
em ­função das expectativas dos clientes,
que são os maiores beneficiados por esta
cooperação intercontinental.
A conselho dos clientes
Renault e a Nissan foi firmada, em 1999,
o interesse europeu pelas parcerias
­mundiais deu um salto espetacular.
“A necessidade dos clientes da indústria
automotiva, que queriam dispor de uma
linha realmente mundial de produtos e
serviços, foi certamente a principal razão
do acordo entre a Arcelor e a Nippon
­Steel”, confirma Vincent Guyot. “Mas não
foi a única. Nosso contrato com a Nippon
Steel abrange também os setores de compras, aços para construção, aço inoxidável,
preservação do meio ambiente e Pesquisa
e Desenvolvimento. Todos esses motivos
pesaram na decisão”.
No dia 22 de janeiro de 2001, a antiga
Usinor e a Nippon Steel assinaram um
audacioso contrato de colaboração, que
a Arcelor mantém em vigor até hoje.
“Desde meados dos anos 90, o setor siderúrgico europeu compreendeu que devia
se organizar no plano mundial”, explica
Vincent Guyot. “Foram principalmente os
clientes da indústria automotiva que nos
incentivaram a cruzar fronteiras, pois é
verdade que a maioria deles está presente
no plano internacional”. Os fabricantes
de automóveis japoneses, que também
passaram a trabalhar em escala planetária, pediram que seus ­fornecedores de
aço concluíssem parcerias com siderúrgicas européias. Quando a fusão entre a
Como está sendo a experiência de
colaboração? “Muito positiva! Um Global
Steering Committee (GSC) foi criado
para coordenar todos os projetos que
se enquadram no âmbito do acordo. Os
­projetos propriamente ditos são confiados a grupos de trabalho supervisados
por responsáveis que se reúnem três
vezes por ano, alternadamente no Japão
ou na Europa. Por razões evidentes, as
reuniões eram mais freqüentes durante
a fase liminar. Os pesquisadores devem
aprender a se conhecer melhor e ainda
precisamos assegurar um maior crescimento mútuo. Periodicamente, são constituídas equipes técnicas para analisar
questões específicas”.
Abordagem técnica conjunta do setor automotivo
Oferecer uma linha de produtos equivalente para a indústria automotiva mundial
Propor aços e tecnologias comuns aos dois Grupos
Atender mais rapidamente às exigências qualitativas e necessidades técnicas correntes
P&D conjunta
Licenças
Rede de abastecimento
mundial de
produtos equivalentes
Acordo de colaboração
para o setor automotivo
Lista de produtos
Rede de abastecimento mundial
de produtos equivalentes
10
Mais rapidez no
desenvolvimento de produtos
Novos tipos de aço
e tecnologias
A decisão de desenvolver uma linha de produtos mundial para os clientes nasceu de uma
necessidade do mercado automotivo. Hoje, outros tipos de indústria vêm exprimindo a
mesma necessidade. É por isso que a Arcelor lançará em breve SuperDyma®, graças a uma
licença concedida pela Nippon Steel. Voltaremos a falar sobre este aço revolucionário,
capaz de se reparar sozinho, numa próxima edição.
Resultados proveitosos
A pedra angular da parceria estratégica
entre a Arcelor e a Nippon Steel é incontestavelmente o acordo de colaboração
relativo a aços destinados à indústria
automotiva. Um acordo que já produziu
resultados muito proveitosos.
Acima de tudo, a Arcelor e a Nippon
Steel dispõem de uma lista de ­produtos
­comum aos dois grupos. A lista, que
­contém uma centena de itens, entre os
quais diversos aços de alta resistência
(até 1500 MPa), está atualmente à disposição de todos os clientes na Europa, no
­Japão, na América do Norte, na América
do Sul e na China. “Para preparar esta ­lista,
os produtos e processos de produção das
duas empresas foram cuidadosamente
comparados”, conta Vincent Guyot. “A lista
é periodicamente completada com novos
produtos resultantes dos trabalhos conjuntos de Pesquisa e Desenvolvimento”.
Naturalmente, a colaboração não se
limita a uma lista de produtos comum às
duas empresas. A Arcelor e a Nippon Steel
desenvolvem também o chamado cross
licensing. Sete licenças já foram trocadas
entre as duas empresas e ainda haverá
outras.
Vincent Guyot conta que “o trabalho
de P&D conjunto também já ­produziu
­resultados notáveis. Nos últimos cinco
anos, uma dezena de projetos de P&D
voltados para a ­indústria ­automotiva
foram desenvolvidos. Juntas, as
duas ­empresas ­lançaram novos
­produtos, como os aços TRIP 590 e
780 ­galvannealed (­recozidos após a
­galvanização) e galvanised (­galvanizados).
Não é por acaso que nos referimos a aços
TRIP AN: o A ­representa a Arcelor e o N,
Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006
a Nippon Steel. A ­importância das novas
soluções em matéria de aço desenvolvidas em conjunto também é imensa. Nesta
área, o mais impressionante são as técnicas de simulação digital, que ­oferecem
potência e grande precisão para a
­estamparia de aços de altíssima resistência. Nesse período, também ­solicitamos,
junto com a Nippon Steel, o registro de
cerca de 50 patentes, das quais umas 20
são hoje propriedade conjunta dos dois
parceiros”.
Além disso, desenvolvemos também uma
abordagem técnica conjunta dos fabricantes de automóveis e de autopeças.
Neste sentido, a Arcelor e a Nippon Steel
vêm promovendo a utilização de aços de
altíssima resistência junto aos clientes. E
com sucesso, visto que os grandes nomes
do setor automotivo mundial já aprovaram mais de dez tipos de aço de altíssima
resistência.
Graças a esta parceria, a Arcelor hoje
trabalha com um grande número de
empresas japonesas implantadas na
Europa, tendo criado importantes sinergias. “Finalmente, buscamos o mesmo
objetivo: a satisfação dos clientes”, declara
nosso interlocutor. “Atualmente, a Arcelor
e a Nippon Steel são consideradas pelos
clientes como os principais fornecedores
de aço da indústria automotiva”.
Triplamente vantajoso para o cliente
As vantagens desta abordagem para o
cliente são evidentes. Primeiro, a Arcelor e
a Nippon Steel oferecem atualmente uma
linha de produtos e serviços de âmbito
mundial. Vincent Guyot confirma: “os
serviços também são muito importantes.
Todos os serviços técnicos que a Arcelor
e a Nippon Steel propõem aos clientes
devem ser de altíssimo nível. Penso sobretudo em simulações, na regulagem de
equipamentos e em tudo o que se relacione ao early involvement. Para cada fase
do desenvolvimento de um novo modelo,
podemos prestar assistência ao cliente
com produtos e consultoria. Por exemplo,
quando um fabricante de automóveis
deseja realizar crash tests com materiais
da Nippon Steel, pode também utilizar
nossos materiais em caso de emergência.
E vice-versa. Os produtos que fazem parte
de nossa linha conjunta se comportam
da mesma maneira durante os testes, seja
qual for o país em que forem fabricados”.
A segunda grande vantagem é a Global
Supply Network da Nippon Steel e Arcelor.
No mundo todo, o cliente pode obter o
aço apropriado às suas atividades através
da rede mundial das duas siderúrgicas
e da NBA, empresa conjunta sediada
em Xangai. “Mas continuamos sendo
­concorrentes”, ressalta Vincent Guyot.
“Os clientes sabem que oferecemos
­produtos comparáveis ou equivalentes,
mas podem negociar separadamente
com cada grupo. Isso não impede que
sejamos solidários. Se, por exemplo, surgirem problemas com um aço da Arcelor
num determinado país, a Nippon Steel
pode resolver a situação. E vice-versa”.
A terceira vantagem importante para o
cliente é que a Arcelor e a Nippon Steel
são empresas que desenvolvem aços de
alta tecnologia. Trata-se de uma condição
sine qua non para que se possa sempre
oferecer novos tipos de aço com melhor
desempenho. “Como nossos recursos são
compartilhados, podemos reduzir o
time-to-market”, explica Vincent Guyot.
Nosso entrevistado poderia contar muitas
anedotas saborosas sobre as diferenças
culturais entre japoneses e europeus.
“Mas quando o assunto é linha de produtos, inovação e serviços, os pontos em
comum ficam evidentes. Temos o mesmo
compromisso e recusamos quaisquer
concessões”, conclui Vincent Guyot.

11
Fast Prototyping, um novo serviço
técnico com vantagens inéditas
Tradicionalmente, existem dois ­métodos
para a realização de protótipos em
chapa de aço. O primeiro consiste numa
estampagem profunda em pequenas
prensas com matrizes leves. O segundo
recorre à fabricação inteiramente manual
do protótipo, o que resulta, naturalmente,
numa série de falhas no plano estético.
Na falta de uma alternativa correta, esses
dois métodos tradicionais, com todos
os seus defeitos, se mantiveram durante
muito tempo. Mas agora as coisas estão
mudando.
Paredes verticais também
Pieter Vanduynslager, pesquisador Steel Solutions &
Design na Arcelor Research Industry Gent, e Olivier Brun,
Manager Technical Service Offer da Arcelor CVT
O desenvolvimento de uma lavadora de
louça, de uma máquina ou de um carro
sempre é acompanhado de ­protótipos.
Um protótipo permite visualizar o
­conceito, cabendo ao cliente ver em que
medida poderá ser realizado no plano
técnico. A realização de protótipos de
aço segundo os métodos tradicionais
leva muito tempo e custa muito caro.
Mas as coisas estão mudando. A Arcelor
está lançando uma novíssima técnica ,
o Fast Prototyping. Com base nos dados
de um desenho obtido através de computador, uma máquina especial prensa
progressivamente uma chapa, através
de um pino metálico contra um modelo
de madeira ou de plástico, produzindo,
em geral em apenas um dia, um protó­
tipo impecável, com uma superfície
quase perfeita.
12
“A Arcelor continuamente amplia a sua
oferta de produtos e serviços”, salienta
Olivier Brun, Manager Technical Service
Offer da Arcelor CVT. “Desde o final do ano
passado, estamos oferecendo aos nossos
clientes uma solução Fast Prototyping,
técnica nitidamente mais rápida e mais
barata que todos os sistemas convencionais. Quanto maior for o número de
exemplares a serem realizados, mais baixo
será o preço unitário”.
A Arcelor descobriu esta técnica de
realização rápida de protótipos no Japão
e a equipe da Arcelor Research Industry
Gent fez alguns aperfeiçoamentos e
reajustes. Foi assim que, contrariamente
ao modelo original, a máquina adaptada
pode realizar paredes verticais. Por outro
lado, os pesquisadores da Arcelor também
desenvolveram um método para garantir
a perfeita uniformidade das superfícies do
protótipo. O Fast Prototyping representa
uma evolução importante para a indústria
de transformação do aço.
“O ponto de partida do nosso Fast
­Prototyping sempre é o arquivo de
CAC (concepção assistida por computador) fornecido pelo cliente”, declara
­Pieter ­Vanduynslager, pesquisador Steel
­Solutions & Design na Arcelor Research
Industry Gent. “Nossos aparelhos lêem
os dados conceptuais e os utilizam para
recortar um modelo em um material
macio como o plástico ou a madeira. Um
vez terminado o recorte, o modelo fica na
máquina e nós estendemos por cima uma
chapa de aço”.
Um belo exemplo de know-how
A nova técnica Fast Prototyping se baseia
no princípio da deformação local e recorre
a uma série de pinos metálicos permutáveis com extremidade dura e arredondada. Pieter Vanduynslager: “Uma vez
estendida a chapa por cima do modelo,
montamos, segundo o modelo, um pino
com extremidade fina ou grossa por
cima da chapa. Um sistema pneumático
prensa levemente o aço contra o modelo.
Simultaneamente, uma pressão também é
exercida no pino, que começa o percurso
ditado pelo desenho de CAC. Este percurso começa na parte mais alta do modelo.
A partir deste ponto, o pino realiza traços
cada vez mais largos à medida em que
desce e segue as curvas e contornos do
modelo. O trabalho está terminado quando a chapa adota perfeitamente as formas
do modelo. Quanto menor for a distância
entre os traços sucessivos realizados pelo
pino, mais baixo será o risco de sulcos e
irregularidades”.
A equipe da Arcelor Research Industry
Gent se ocupa também do acabamento
do protótipo. “Logo que os pinos metálicos terminam o seu trabalho, uma
recortadora a laser 3D separa as bordas do
protótipo”, explica Pieter Vanduynslager.
“Se for o caso, podemos pôr o protótipo
em cores, para um resultado de acabamento. O prazo de entrega do protótipo
depende da qualidade do desenho de
CAC e da complexidade do protótipo, mas
em geral leva no máximo alguns dias”.
A máquina pode produzir protótipos de 2
metros por 1,3 metro, com altura máxima
de 0,5 metro. “Mas também podemos
Esta nova técnica lhe interessa? Neste caso, visite o nosso site www.arcelor.com/fcse.
Ali encontrará um vídeo dedicado ao Fast Prototyping. Você também poderá solicitar
maiores informações ao seu interlocutor principal na Arcelor. Com base em um
­arquivo de CAC, estudaremos a viabilidade do seu projeto e calcularemos o seu custo.
Uma a três semanas após o seu consentimento, você terá um protótipo
de ­primeiríssima qualidade.
realizar peças nitidamente maiores, unindo
através de solda peças menores”.
Conquista imediata
Em todo o caso, um protótipo deste tipo
só dá uma imagem visual da aparência que
terá a peça após estampagem profunda
da chapa. Não leva em conta as ­eventuais
­fissuras que podem ocorrer durante a
estampagem. “O princípio da deformação
local é, na verdade, muito diferente da
verdadeira estampagem”, confirma Olivier
Brun. “É difícil comparar a resistência do
protótipo com a de uma peça real. Para
determinarmos as verdadeiras deformações
e os lugares em que o aço arrisca fazer
fissuras, utilizamos as famosas análises
do método dos elementos acabados e
­podemos simular paralelamente o processo
de estampagem profunda”.
O protótipo de um elemento de carro, por
exemplo, não pode ser utilizado em um
teste de colisão. Mas, temos que concluir
que este tipo de protótipo não pode ser
submetido a nenhum teste? “Não”, responde Pieter Vanduynslager. “O protótipo é de
aço e é portanto possível testar qualidades
próprias ao aço, como as propriedades
eletromagnéticas”.
Segundo Olivier Brun, a nova aplicação
pode ser utilizada nos setores mais diversos.
“Esta técnica é preciosa para a produção de
aparelhos eletrodomésticos e industriais,
bem como peças para construções metálicas. Já fabricamos vários protótipos e foi
uma conquista imediata para todos os que
descobriram o Fast Prototyping. No setor
do aço, simplesmente não há alternativas
pertinentes”.

Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006
Preparação do suporte de conformação
Com base no desenho de CAC de uma peça ­determinada,
um instrumento de FAC (Fabricação Assistida por
­omputador) subdivide a peça em questão em várias
­camadas, seguindo o eixo vertical. Cada intersecção
de um plano do eixo vertical com o desenho de
CAC ­representa um trajeto que o instrumento de
­conformação deverá seguir.
Modelo de plástico para conformação progressiva
A etapa seguinte é a produção do modelo em um
material macio, como madeira ou plástico. A operação
é realizada rapidamente na máquina de conformação
progressiva, que é equipada, para esta fase, com uma
cabeça de fresagem.
As etapas sucessivas da conformação progressiva
de uma peça
A peça de aço pode, agora, ser conformada: uma chapa
é estendida sobre o modelo.
O cilindro metálico descreve o seu primeiro circuito,
antes de ser abaixado.
Uma vez que estiverem traçados todos os circuitos,
o protótipo estará pronto.
Acabamento do protótipo
A Arcelor Research Industry Gent dispõe de várias
­instalações que permitem o acabamento da peça,
que pode, por exemplo, ser soldada ou laqueada.
13
Thomas Quattelbaum, o interlocutor oficial na filial
de vendas da Arcelor, e Christine Weitzmann,
que coordena as compras na Vaillant
Pensando bem, foi realmente Johann
Vaillant que inventou a água quente. Em
1894, pouco tempo depois de ter criado
sua empresa, ele registrou a patente de
um “aquecedor de banho” fechado, que
assegurava o aquecimento contínuo de
água em banheiros. Depois de ­aperfeiçoar
sua invenção, ele registrou, em 1905, a
patente de um aparelho denominado
“Geyser”, aquecedor de água a gás que
ainda hoje equipa muitas casas. Desde
então, criatividade, inovação e qualidade
são características inerentes dos produtos
Vaillant.
Hoje, a Vaillant ocupa a liderança do
­mercado europeu no setor de tecnologia
para sistemas de aquecimento. A empresa está presente em todo o mundo
e, a cada ano, seus 8.600­ ­funcionários
produzem mais de 2,5 milhões de
­aquecedores de água, painéis solares e,
mais ­recentemente, sistemas de clima­
tização. Em 2005, o faturamento do Grupo
alcançou 1,8 bilhão de euros.
14
Vaillant, o especialista de aquecedores
que mantém o sangue-frio
Trabalhando na sede principal de
­Remscheid, ao leste do eixo ColôniaDüsseldorf, Christine Weitzmann
­coordena as compras de todas as
matérias-primas, entre as quais o aço,
para ­todas as unidades de produção da
Vaillant. É torcedora entusiasta do time
de hóquei no gelo de Colônia, enquanto
Thomas Quattelbaum, seu interlocutor
oficial na filial de vendas da Arcelor, é fã
do time de Düsseldorf. Na véspera da
entrevista, Colônia tinha perdido para
Düsseldorf, e nossa conversa começou
com uma rápida avaliação do jogo.
“Os ­jogadores do Düsseldorf são muito
­moles”, lança Christine Weitzmann.
“­Colônia tem um jogo muito mais agressivo e infelizmente acabou perdendo
pontos por isso. É uma pena, porque,
para mim, quando uma equipe entra
em campo tem de partir para o ataque”.
E nas relações comerciais, é a mesma
­coisa? Ela dá uma gargalhada e concorda.
Nos últimos anos, o Grupo Vaillant
registrou um marcado crescimento. No
início de suas atividades, consolidou sua
­ osição no mercado, ­concretizando mais
p
tarde uma série de aquisições estratégicas. Em 2000, a Vaillant comprou a
­empresa italiana Bongioanni Pensotti
­Kalore; em 2001, adquiriu a empresa
­britânica Hepworth PLC, que por sua vez
tinha absorvido a compatriota Glowworm, a francesa Saunier Duval, a neerlandesa AWB e a tcheca Protherm.
Fabricante de aquecedores em busca
de ar fresco
“Todas essas empresas eram muito atuantes no setor de HVAC”, explica Christine
Weitzmann (HVAC significa Heating, Ventilation, Air Conditioning). “O Grupo Vaillant
focaliza suas atividades principalmente
em tecnologias para sistemas de aquecimento. Entretanto, decidimos recentemente acrescentar o setor de ­climatização
às nossas atividades, pois é natural que
uma empresa especializada em aquecimento se interesse por sistemas de
refrigeração. Paralelamente, lançamos
a produção de painéis e células solares.
Estas novas aplicações foram reunidas
Johann Vaillant, que inventou a água quente
em uma divisão à parte (Renewables),
que muito certamente ganhará vulto no
futuro”.
O Grupo Vaillant compra cerca de 24
mil toneladas de aço carbono plano por
ano. A Arcelor fornece aproximadamente
10.500 toneladas, essencialmente aços
laminados a frio e Alusi®. A maior parte do
aço laminado a frio é processado nas linhas de pré-pintura da Vaillant e utilizado
na parte externa dos aparelhos. O Alusi®,
aço revestido de liga de alumínio-silício,
é o material de base de todos os componentes responsáveis pelo aquecimento,
em virtude de sua excelente resistência
térmica. Para os reservatórios de água
dos aquecedores, a Arcelor fornece aços
laminados a quente, que são esmaltados
na empresa para assegurar uma proteção
duradoura contra corrosão. Por fim, a
Vaillant compra também aços galvanizados por imersão e aços eletrozincados.
“Na Alemanha, todos os produtos que
fabricamos atualmente são da marca
Vaillant”, explica Christine Weitzmann,
“mas esses produtos são vendidos no
mundo inteiro. No Reino Unido, fabricamos aparelhos Vaillant mas também
Glow-worm, marca exclusivamente britânica. Nossa fábrica em Nantes, na França,
só produz aparelhos da marca Saunier
Duval, essencialmente destinados ao
mercado francês. Por fim, em Skalica, na
Eslováquia, fabricamos produtos Vaillant
e Protherm. Toda a linha de produção de
aquecedores de água para instalação no
piso também foi transferida para lá”.
A rota do Oriente
Atualmente, o Grupo Vaillant vem
promovendo uma ampla padronização
da produção. No futuro, um número crescente de produtos será construído em
uma mesma plataforma. “Desta maneira,
racionalizamos a produção, conservando
a possibilidade de reagir com rapidez às
Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006
colaboração com um produtor de aços
como a Arcelor, que dispõe de centros de
pesquisa especializados e pode, portanto,
prestar uma consultoria técnica ­preciosa.
No futuro, pretendemos inclusive
­comprar mais bobinas e menos materiais
cortados”.
necessidades e às verbas de diferentes
mercados”, explica Christine Weitzmann.
Como a empresa está se preparando para
enfrentar a concorrência de países como
a China e a Turquia? Afinal, eles estão
cada vez mais presentes nos mercados
europeus, não? Aparentemente, os
dirigentes da Vaillant consideram que a
melhor defesa é o ataque. Christine Weitzmann afirma que a empresa pretende
inclusive garantir uma forte presença na
China: “Por enquanto, estamos construindo uma nova fábrica próximo de Xangai,
onde produziremos aquecedores de parede para o mercado asiático. Além disso,
graças a nossos sistemas de climatização,
poderemos explorar um mercado colossal
naquela região. Até o final de 2006, estaremos operando na China e, a partir de
então, também compraremos matériasprimas”.
Isto implica uma ampliação considerável
das responsabilidades de Christine Weitzmann, pois é ela que deverá assegurar a
coordenação das atividades de compras
na China. Dos fornecedores, o que ela
espera acima de tudo é qualidade, flexibilidade e parceria. E nesses três aspectos, a Arcelor já ganhou muitos pontos.
Christine Weitzmann ressalta, entretanto,
que uma tarifação justa e a estabilidade
de preços constituem dois aspectos
importantes: “Naturalmente, trabalhamos
também com Steel Service Centres, que
nos oferecem mais flexibilidade que as
siderúrgicas. Por vezes, somos obrigados
a impor prazos de cinco a sete dias aos
fornecedores, o que é impossível para
uma siderúrgica. Por outro lado, considero importante manter uma estreita
Balanço positivo
“Colaborar com um grupo do porte da
Arcelor oferece grandes vantagens”,
­reconhece nossa interlocutora: “Por
enquanto, participamos, por exemplo,
do projeto Quantum. Em outras palavras,
a Arcelor nos fornece diretamente aços
estampados. Estamos também muito
satisfeitos com a simplificação promovida
pelo intercâmbio informatizado de dados
(EDI)”.
Quanto à questão do movimento de
­consolidação de empresas no setor
­siderúrgico e do papel que a Arcelor vem
desempenhando, Christine ­Weitzmann
não tem uma opinião definitiva:
“­Reconheço que a Vaillant também busca
consolidar e portanto compreendo perfeitamente esta necessidade. A vantagem
é que todas as fábricas poderão fornecer
a mesma qualidade. Mas espero que isso
não provoque uma alta dos preços”.
Quando perguntamos de que maneira
as recentes transformações no âmbito
da Arcelor repercutiram em seu trabalho,
a resposta é imediata: “Positivamente”!
Seus primeiros contatos passavam por
Liège (Bélgica), bem como Mouzon e
­Florange (França). “Na época, eu tinha
vários interlocutores. Hoje, estou em
contato com uma única pessoa
– Thomas Quattelbaum – o que para mim
é perfeito. Gostaria inclusive de poder
negociar com ele todos os produtos
que compramos da Arcelor. Mesmo não
­torcendo para o mesmo time de hóquei”!

15
Aço Arcelor para enfrentar
os choques mais violentos
Nova norma européia para barreiras antiderrapagem
Em 1999, a União Européia anunciou que pretendia reduzir, até 2010, em
50% o ­número de vítimas de acidentes rodoviários. Por esta razão, os governos
­nacionais se mostram hoje cada vez mais severos em relação a comportamentos
­irresponsáveis por parte dos automobilistas. Mas isto não basta para diminuir
suficientemente o número de mortos: também é preciso adaptar a infra-estrutura
rodoviária. Neste contexto, o Comitê Europeu de Normalização (CEN) instaurou
uma nova norma em matéria de barreiras antiderrapagem: a EN 1317. Esta norma
deverá ajudar as autoridades nacionais e locais a instalar barreiras antiderrapagem
adaptadas ao tipo de tráfego nas suas estradas. A Arcelor deverá, naturalmente,
auxiliar essas autoridades a escolherem as soluções mais adequadas.
Nível de severidade de choque e
­amplitude de funcionamento
Thierry Renaudin,
Senior Manager Steel Solutions & Processing da Arcelor CVT
“Se um dia o seu carro
vier a percutir uma
­barreira ­antiderrapante,
o que ­ninguém lhe deseja,
­espera-se que seja de aço e
não de concreto”.
A potência do choque que o condutor
e os passageiros sofrem por ocasião de
uma colisão é um dos principais critérios nos quais se baseia a nova norma
de ­classificação das barreiras antiderrapagem. O CEN utiliza, neste caso, o
­Acceleration Severity Index (ASI). Este
índice é obtido a partir dos danos causados pela aceleração brutal ocasionada
pelo acionamento da ejeção dos assentos
em aviões de combate. Quanto ao nível
de severidade do choque, distinguem-se
atualmente três categorias: A, B e C. Cada
categoria corresponde a uma série de
valores ASI. Quanto mais elevados forem
esses valores, mais devastador será o
­choque para o condutor e os passageiros.
Nível de severidade
Índice ASI
Categoria A
≤ 1,0
Categoria B
≤ 1,4
Categoria C
≤ 1,9
Um índice ASI entre 0,1 e 1 provoca danos
ao veículo, mas os ocupantes sofrem, na
pior das hipóteses, ferimentos leves. Se
o índice ASI for superior a 1 mas inferior
ou igual a 1,4, o choque poderá provocar fraturas e perda de consciência de
16
curta duração. Se for ainda mais elevado
(até um máximo de 1,9), os ferimentos
poderão ser graves ou muito graves, com
danos irreparáveis para o veículo. A boa
notícia é que, com barreiras antiderrapagem de aço, os níveis de severidade do
choque se situam nas categorias A ou B,
contrariamente aos dispositivos de proteção de concreto, que provocam choques
de categoria B ou até mesmo C.
Uma boa proteção de acostamento também pode, evidentemente, impedir que
os veículos se desgovernem e derrapem
para a pista em sentido contrário. Por
isso, a norma EN 1317 leva em conta a
medida em que uma barreira antiderrapagem cede em caso de colisão. É o que
se chama, no jargão dos profissionais, a
amplitude de funcionamento.
A nova norma estipula que tanto a amplitude de funcionamento como o índice
ASI das barreiras antiderrapagem devem
ser validados através de testes de colisão
(crash tests). Para determinar o índice ASI,
carros de turismo de 900 kg são projetados segundo um ângulo determinado
contra as barreiras antiderrapagem. Os
testes de colisão com caminhões de 10
a 38 toneladas são determinantes para a
amplitude de funcionamento. É evidente
que as proteções de acostamento em
concreto cedem menos facilmente que as
variantes em aço, obtendo assim melhores resultados em termos de amplitude
de funcionamento, mas as barreiras
antiderrapagem em aço também podem
corresponder perfeitamente às novas
normas européias. E quando se trata
de amortecer choques, o aço apresenta
vantagens incomparáveis.
Modelos matemáticos
Nos últimos anos, as barreiras antiderrapagem em aço têm sido cada vez mais
substituídas por dispositivos de concreto.
A resposta à questão de saber se este procedimento é errôneo e se as tradicionais
barreiras antiderrapagem em aço devem
ser reabilitadas é bastante relativa.
“As antigas barreiras antiderrapagem em
aço eram, de maneira geral, construídas
em aço galvanizado com têmpera de
baixa qualidade”, explica Thierry Renaudin, Senior Manager Steel Solutions &
Processing na Arcelor CVT. “Hoje, temos
melhores soluções. Um bom número de
novas qualidades de aço especialmente
desenvolvidas para a indústria automobilística também convêm perfeitamente
à produção de barreiras antiderrapagem.
Absorvem o choque da colisão de maneira satisfatória, garantindo ao mesmo
tempo uma maior solidez. Esses novos
aços podem ser revestidos por uma
camada ininterrupta de 600 a 900 gramas
Client Value Team | Revista clientes | Junho 2006
por metro quadrado. É o suficiente para
protegê-los durante mais de dez anos
contra a corrosão”.
Um período de intenso ritmo de produção se anuncia, pois, para os fabricantes
de dispositivos rodoviários anticolisão.
Terão de se familiarizar com a nova norma
européia e descobrir as interessantes
propriedades das novas qualidades de
aço. “Pretendemos, é claro, ajudá-los
neste empreendimento”, declara Thierry
Renaudin. “Por isso, os pesquisadores do
nosso centro de pesquisas de Liège estão
atualmente desenvolvendo uma série de
modelos matemáticos que ajudarão, sem
dúvida alguma, nossos clientes a oferecerem excelentes produtos baseados em
nossos aços”.
Hoje a Arcelor já oferece e continuará a
oferecer aos seus clientes toda a assistência técnica necessária. Os modelos
matemáticos servirão sobretudo ao
dimensionamento e à geometria das
novas barreiras antiderrapagem. “E isto
não é apenas um detalhe”, diz Thierry
Renaudin. “Nas estradas em que trafegam
muitos caminhões, têm de ser instaladas
­atualmente barreiras antiderrapagem
duplas que sejam capazes de reter com
toda a segurança um caminhão de
40 ­toneladas. Graças a novos tipos de
aço mais resistentes e com geometria
­especial, é possível aumentar ainda
consideravelmente a capacidade de
retenção de barreiras antiderrapagem
mais leves. Agora queremos informar
o mais rapidamente possível os nossos
clientes quanto às ­possibilidades das
novas tecnologias. E daqui até o fim do
ano, disponibilizaremos uma série de
meios suplementares que lhes permitam
conceber novas barreiras antiderrapantes
de alto desempenho, graças a essas novas
tecnologias”.
Mais aço a partir de 2008!
Se um dia o seu carro vier a percutir uma
barreira antiderrapante, o que ninguém
lhe deseja, espera-se que seja de aço e
não de concreto. As barreiras antiderrapantes de aço amortecem o choque,
limitam o risco de ferimentos graves,
garantindo porém que os veículos mais
pesados não sejam projetados para fora
da estrada. Infelizmente, hoje encontramos ainda muitos dispositivos de concreto. Mas, as coisas poderão mudar em
breve, graças às novas diretrizes e normas
européias. O aço da Arcelor está, em todo
o caso, pronto para absorver os choques
mais violentos, aumentando assim a
segurança nas estradas européias.

17
A expansão da Arcelor
Arcelor: uma marca
única e forte
Para os clientes, muitas vezes os nomes
das empresas que compõem o Grupo
Arcelor são mais conhecidos que a
própria marca Arcelor, o que reflete a
grande diversidade dos elementos que
constituem o Grupo. Esta diversidade
não impede, no entanto, que as empresas compartilhem os mesmos valores
e objetivos. Por isso, estava na hora
de a Arcelor caracterizar melhor esta
comunidade, optando por uma marca
unificada. Afinal, identificabilidade,
valor agregado e “business excellence”
são indispensáveis!
Em outras palavras, a Arcelor resolveu
­instaurar um novo estilismo, adotando
uma imagem única: o famoso logotipo
Arcelor. Não se trata de uma simples
­mudança estética: o objetivo é oferecer
maior simplicidade e clareza. Dispor de
uma marca única e forte traz vantagens
para todos, em particular para os clientes.
A segunda conseqüência do lifting é
a nova denominação das unidades
­industriais e filiais de venda do Grupo.
Com a mudança, os antigos nomes
desaparecem ­definitivamente, sendo
substituídos pela designação Arcelor e o
local de implantação. Assim, por exemplo,
a unidade “Stahlwerke Bremen” passa a se
chamar “Arcelor Bremen”. A nova lista das
unidades de produção de aços planos e
filiais de venda da Arcelor Flat Carbon Steel
Europe já está disponível no site Internet
www.arcelor.com/fcse, módulo About us >
Where we are.

Arcelor adquire participação minoritária
na Laiwu
Severstal e Arcelor inauguram
a linha Severgal
No dia 24 de fevereiro passado, a siderúrgica chinesa Laiwu
Steel Group, que em 2005 produziu mais de 10 milhões de
toneladas de aço, aceitou vender à Arcelor
38,41% das ações de sua filial Laiwu Steel
Corporation, principal fabricante chinês de
vigas e perfis de aço. Com este investimento, a Arcelor pretende garantir um serviço
otimizado aos clientes implantados na
China. Quanto à Laiwu Steel Corporation,
terá acesso à tecnologia fina bem como à
ampla rede comercial da Arcelor.
No dia 13 de abril de
2006, representantes da
­Severstal e da Arcelor
­lançaram oficialmente a
nova linha de galvanização da Severgal.
No âmbito desta empresa conjunta, o
Grupo Severstal detém 75% das ações,
enquanto a Arcelor possui 25%.
Para Roland Junck, Senior Executive VicePresident da Arcelor, a participação na
Laiwu representa para o Grupo a oportunidade de conquistar um lugar de destaque
no mais importante mercado siderúrgico
do planeta – mercado que, por sinal, vem
registrando um acelerado crescimento.
Sonasid consolida o posicionamento
da Arcelor em mercados emergentes
No dia 3 de março, a
­Sociedade Nacional de
­Investimentos (SNI) do
­Marrocos e os principais
­acionistas da Sonasid (Sociedade ­Nacional
de Siderurgia) firmaram uma parceria
estratégica com o objetivo de consolidar
a presença da Sonasid no mercado
­marroquino. Para tanto, a Sonasid
vem ­utilizando tecnologia ­fornecida
pela ­Arcelor, ­reforçando assim o
­posicionamento do Grupo em vários
­mercados ­emergentes.
Número um do setor siderúrgico
­marroquino, a Sonasid lidera o mercado
de produtos longos (vigas, trilhos, etc.)
com a produção de cerca de 1,4 milhão
de ­toneladas por ano.

18
A Severgal está implantada em
­Cherepovets, a cerca de 400 quilômetros
ao norte de Moscou, bem próximo à
­unidade de produção da Severstal. A
­empresa conjunta ficará ­essencialmente
encarregada da ­produção de ­ExtragalTM
para o ­mercado ­automotivo russo,
­mercado este em franca expansão.
­Desenvolvido pelo Grupo Arcelor,
ExtragalTM é um aço revestido de primeira
qualidade. Vadim Makhov, presidente do
Conselho de Administração da Severgal,
ressaltou em seu discurso inaugural que a
empresa pôde ter acesso, graças à Arcelor,
a uma tecnologia de revestimento inédita
na Rússia. A inauguração contou com a
presença de Christophe Cornier, Deputy
Senior Executive Vice-­President da Arcelor,
e do príncipe Guillaume de Luxemburgo.
A Severgal empregará 300 pessoas e, a
médio prazo, produzirá também Galvalia,
revestimento de ferro e zinco para tiras de
grandes dimensões.

Os projetos da Arcelor em matéria de expansão internacional visam não somente a
atender ao potencial de crescimento econômico de países em pleno ­desenvolvimento,
mas principalmente a oferecer tecnologia, produtos e soluções a clientes implantados
nos quatro cantos do mundo. É por isso que o Grupo está sempre atento a oportunidades
específicas que possam surgir no setor siderúrgico.
Dofasco, fator decisivo para a estratégia de
­crescimento da Arcelor
Dofasco reúne atualmente cerca de
12 mil pessoas, repartidas em unidades
no Canadá, nos Estados Unidos e no
México.
A Dofasco é freqüentemente descrita
na mídia como “a pérola da indústria
­siderúrgica do Canadá”. Há muitas razões
para isso. A empresa foi criada em 1912
em Hamilton, próximo de Toronto, e
inicialmente dedicava-se à produção de
peças fundidas de aço para as estradas
de ferro canadenses. Hoje, fornece aços
planos, tubos e tailored blanks soldados
a laser de primeiríssima qualidade para
clientes presentes no mercado norteamericano. O quadro de funcionários da
A alma da Dofasco é a siderúrgica de
Hamilton, que dispõe de dois alto-fornos,
um conversor clássico e um forno elétrico
a arco que tem as vantagens de utilizar
unicamente resíduos de sucata, gerar
emissões mínimas e consumir muito
pouca energia. Além disso, a usina possui
duas estações de fundição contínua, três
coquerias, duas fábricas de tubos e uma
série de linhas de revestimentos, entre
as quais cinco linhas de galvanização e a
única linha de galvanização eletrolítica
do Canadá.
Das cerca de cinco milhões de toneladas
de aço laminado que a Dofasco produz
por ano, aproximadamente 40% são
destinadas ao setor automotivo. O ­knowhow e a experiência da empresa foram
determinantes para a decisão da Arcelor
de lançar uma oferta pública de aquisição de ações. Guy Dollé, CEO da Arcelor,
reconheceu explicitamente este fato ao
declarar, recentemente, que a Dofasco
desempenharia um papel preponderante
na estratégia de crescimento da Arcelor
na América do Norte. Para ele, a empresa
canadense constitui o alicerce norteamericano sobre o qual a Arcelor constrói
uma liderança mundial duradoura no
setor de produção de aço para a indústria
automotiva.

Dofasco e Arcelor: dois dos três produtores de aço que fazem parte do International Dow Jones Sustainability Index
19
Arcelor organiza Jornada
Mundial de Segurança e
Saúde
Na quarta-feira 29 de março, a Arcelor
organizou pela primeira vez uma Jornada
Mundial de Segurança e Saúde. Nesse
dia, em mais de 700 divisões do Grupo
divididas em 60 países, a atenção dos
96 mil funcionários (110 mil incluindo a
Dofasco) se focalizou nos aspectos relacionados à segurança e à saúde ocupacional.
Esta ­iniciativa da diretoria do Grupo foi
desenvolvida em parceria com o Conselho
Europeu de Empresas.
PR-UP-UP2-PT
Nos últimos anos, a Arcelor investiu
tempo e recursos consideráveis em prol
da ­segurança e saúde dos funcionários,
­clientes, fornecedores e pessoas que
vivem nas proximidades das indústrias
do Grupo. Um investimento que não foi
em vão: em 2005, a taxa de freqüência
de acidentes na Arcelor foi de 2,4%, o
que representa uma redução de 73%
em ­relação a 2002 e um dos melhores
resultados registrados em toda a indústria
européia. Neste mesmo período, o nível
de gravidade dos acidentes diminuiu em
45%: para cada mil horas trabalhadas, o
índice de incapacidade de trabalho devida
a acidentes foi de 0,23 dia.
20
Assim, em todas as divisões da Arcelor,
foram abordados, no dia da Jornada, os
mais variados temas relacionados com
segurança e saúde, como o consumo de
álcool e o tabagismo, a utilização segura
das instalações de produção e a evacuação
das unidades em caso de emergência, sem
esquecer os conselhos sobre alimentação
sadia, levantamento de cargas, ergonomia
para usuários de computadores, etc. Este
tipo de evento conscientiza as pessoas e
contribui para que o Grupo chegue mais
perto de sua meta final: a eliminação
total de acidentes e de riscos ligados à
­segurança.

FlashFla
Arcelor recebe Toyota
Award pela qualidade
de seus produtos
Acería Compacta de
Bizkaia indicada para
um prêmio ambiental
No final de março, a Arcelor foi condecorada pela Toyota Motor Europe com um
Supplier Award for Achievement in Quality.
A premiação foi feita durante o Business
Meeting anual que a empresa organizou
em Bruxelas para os seus fornecedores.
Os prêmios distribuídos abrangiam
diversas categorias, entre as quais “gerenciamento de projeto” e “qualidade”. A
Arcelor recebeu um Achievement Award
pela excelente qualidade dos produtos
fornecidos. Aliás, não é a primeira vez que
a Toyota atribui um prêmio à Arcelor. Em
2002, o Grupo já tinha sido recompensado com dois Certificates of Recognition
pelo notável trabalho realizado nas categorias “abastecimento” e “qualidade”.
A Arcelor é a primeira empresa siderúrgica a receber um Achievement Award da
Toyota.
Esta nova recompensa confirma a estreita
colaboração entre a Arcelor e a Toyota
Motor Europe. No futuro, este gigante
do setor automotivo pretende confiar
à ­Arcelor um papel preponderante na
produção de seus veículos, que aliam
inovação e excelente qualidade.
Com mais de 50% de participação
no mercado, a Arcelor é de longe o
­principal fornecedor de aço para a
indústria automotiva européia. Em 2006,
o Grupo ­fornecerá nada menos que 200
mil ­toneladas de aço para as fábricas
­européias da Toyota.
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No dia 23 de fevereiro de 2006, a ACB
(Acería Compacta de Bizkaia) e 11
outras empresas foram indicadas para
o prêmio European Business Awards
for the ­Environment. Com este “oscar”
atribuído a cada dois anos, a Comissão
Européia recompensa as empresas que
­contribuíram de maneira excepcional
para o desenvolvimento sustentável da
indústria ­européia. Como se trata de
um setor muito vasto, os prêmios são
repartidos em várias categorias: produtos,
processos, ­gerenciamento e colaboração
internacional.
A siderúrgica espanhola ACB, única
­minimill do Grupo Arcelor, está concorrendo na categoria “gerenciamento”. Por si
só, a indicação já significa que, para o júri,
a ACB conseguiu adotar medidas eficazes
de gerenciamento que, além de serem
benéficas para o meio ambiente, mantêm
um elevado nível de competitividade. A
Arcelor considera esta indicação como
um legítimo reconhecimento do contínuo
empenho da direção e dos funcionários
da ACB, e como um forte incentivo ao
prosseguimento do trabalho nesta via
traçada.
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