CursodeMassagemOriental

Transcrição

CursodeMassagemOriental
“A constituição básica individual permanece inalterada durante o tempo
de vida, conforme ela é geneticamente determinada.
A combinação dos elementos presentes ao nascimento permanece
constante.
Contudo, a combinação de elementos que governa a contínua
transformação fisiológica do corpo altera-se em reação às
transformações no meio ambiente"
(Texto Ayurvédico)
Co-Autores:
Este livro representa a realização de um projeto de cinco anos, que
teve início com a fundação da Associação de Massagem Oriental do
Brasil. A.M.O.R., e é o somatório da experiência de profissionais que
tenho a honra de apresentar, e que compõem a equipe de professores do
curso de Massagem e Sensibilidade, realizado em várias cidades,
simultaneamente, nos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro,
principalmente.
São eles:
- Salem Hanna
- Daniel Vieira da Silva
- Edvaldo Oliveira Cruz
- Ingrid Kook Weskott
- Sidney Donatelli
- Mario Figueiredo
- Tânia Regina Zanin
- Marjorie Evangelista
Cada um deles incluiu um capítulo nesta obra, representando uma
introdução de seu trabalho individual, já em fase de conclusão de tese, e
que brevemente serão publicados em livros.
A todos eles minha gratidão e respeito.
Armando S. B. Austregésilo
Agradecimentos
Há também algumas pessoas que participaram deste trabalho, a
quem desejo agradecer:
- Dr. José Eduardo Petri, consultor técnico e tradutor da localização
anatômica dos pontos chineses;
- Carlos Roberto Gomes. autor de muitos pensamentos conclusões
e pesquisas aqui expostos;
- Nelson Francisco Annunciato. colaborador do início dos trabalhos
em São Paulo, orientador do pensamento anatômico que norteia o
curso e a Associação;
- Carlos Ávila. companheiro novo. entusiasta e amigo-capricórnio; Rosana Fernandes primeira revisora, companheira e amigacapricórnio;
- Eliana Floriano; colaboradora, divulgadora, incansável
companheira, exemplo de determinação e esperança;
- Maria Lúcia Figueiredo da Fonseca, datilógrafa. outra amiga
capricorniana, que muito auxiliou na administração da A.M.O.R.;
- Rita de Cássia Franco. revisão final amiga nova;
- Maria Luiza Antunes Gomes da Silva fotógrafa e incentivadora.
Dedicatórias
Dedico este livro às minhas filhas: Parvati e Lakshmi. a quem
agradeço a força motivadora de minha vida! Também a Eliane, parceira
de tantos anos de luta. Mulher, mãe e inspiração!
Curso de Massagem Oriental 1
O Autor
Prefácio
Desde que a linguagem do tato foi assumida em 1979 pelo livro
Massagem e Sensibilidade e daí espalhou-se a todo o País na voz e
cursos deste Austregésilo Armando, muito se viu e ouviu e tocou em
benefício e prol da vida e do bem vivê-la.
Tocamo-nos, e dessa linguagem que absolutamente não tem aspas
muitas gírias e expressões surgiram para favorecer o dia-a-dia do nosso
relacionamento, que já era rico, e agora se veste e reveste na riqueza da
comunicação total, própria de todo recurso de linguagens a nos mostrar e
compreender.
É dessa possibilidade de riqueza que trata esse livro, expressa no
cotidiano da Associação de Massagem Oriental do Brasil - A.M.OR.,
criada e dirigida pelo autor.
O trabalho incessante/incansável que Armando desenvolve com a
A.M.OR. é algo que estimula qualquer ponto, com um ritmo que contagia
e encanta, tal fôlego e força imprimidos em suas realizações, e acaba por
fazer-se um convite irrecusável a nossa participação ativa, seja como
discípulo, aluno ou colaborador, mas sempre entusiastas e divulgadores
gratuitos, confiantes de passar cada vez a mais pessoas uma maneira de
ver a vida que exprime muito prazer e saúde.
Toques populi. Que assim seja.
Que as pessoas possam se tocar e ler, com mais essa obra, suas
vidas a fluir.
J. Julio Diogo e Arlete R Nogueira Almeidas
A Linguagem do Tato
A massagem vem sendo cada vez mais usada no Brasil a partir dos
grandes centros. Temos tido oportunidade de ministrar cursos e vivências
em várias cidades, percebendo a atração forte que o uso da massagem
exerce sobre as pessoas.
Há todo um mito em relação à massagem, que ora afasta, ora
aproxima os leigos de cursos e atendimentos por massagem. No entanto,
mesmo as pessoas que não se aproximam diretamente, recebem alguma
influência, seja no contato com outras pessoas que já conhecem um
mínimo, seja através dos meios de comunicação, que muito
discretamente vêm incluindo a massagem em sua programação.
A massagem é uma forma de expressão muito antiga e podemos
chamá-la de primitiva, enquanto esta denominação designe a
simplicidade e a praticidade de empregá-la.
Todos nós, literalmente, conhecemos a massagem desde a fase intrauterina, uma vez que ainda naquela fase de desenvolvimento do ser
humano já recebemos informações do meio externo (lado de fora do
abdômen), via contato físico, através da placenta, tecido uterino.
camadas de músculos e outros tecidos até a pele materna. que
representam alterações do ambiente externo, ao longo da nossa pele e
sistema nervoso periférico. ainda rudimentares, e que criam já neste
momento uma pequena memória deste novo ser.
Não é uma pretensão dizermos que a massagem, como uma
linguagem, tem sua origem em nossa vida, já nos contatos iniciais,
inteligíveis, do pequeno ser intrauterino.
Ao longo do nosso amadurecimento intra-uterino, e até o nascimento,
os contatos externos estão, de certa forma, filtrados pelo corpo materno,
nos levando a concluir: - Os cuidados que uma gestante e seu parceiro (o
pai), devem dispensar ao corpo físico-energético do novo ser são
importantes quanto à qualidade de informações de primeira mão que
aquele indivíduo, por eles gerados, está recebendo e que será à base de
comunicação desta nova pessoa, no momento de relação, após o
nascimento, ao longo dos primeiros anos, e por toda a vida.
Os primeiros dias de nascido incluem na vida de uma pessoa o tato
direto com o ar, as roupas. os objetos e o corpo de outras pessoas. É
nesta fase que experimentamos as primeiras sensações tácteis, e é
verdade que os outros sentidos, a visão, a audição, o paladar e o olfato,
também estão em franco processo de adaptação à vida.
Mas é verdade também que o tato físico é o sentido com mais
recursos que o indivíduo conta. As palavras faladas ainda não são
Curso de Massagem Oriental 2
conhecidas, os sons ainda não conseguem fazer sentido, as imagens
precisam ser vistas várias vezes para formar um código, assim como o
olfato é muito restrito, ficando, assim, o paladar com uma importância
próxima do tato físico, como função de aprendizado.
Aprendemos muito sobre a nossa sobrevivência, as ameaças e as
proteções com que podemos contar nos primeiros dias através do tato
protetor ou ameaçador daqueles que nos carregam no colo.
O uso do contato físico entre os adultos e as crianças recém-nascidas,
ao longo dos primeiros anos, e até a fase pré-adolescente é amplo.
Porém é nesta fase que somos condenados ao afastamento brusco do
contato com os adultos, uma vez que nesta nova fase, que se segue à
infância, a nossa sexualidade já está perfeitamente perceptível e atuante.
É um momento de grande contradição este que desponta, pois os
prazeres do contato corporal que tanto conhecemos e desejamos, parte
integrante de nossa educação, passam agora a ser censurados ou
direcionados, egoisticamente, para umas poucas pessoas, que na
verdade se envergonham de sentir prazer. Vemos também a substituição
da palavra táctil pelas palavras verbais, tão incentivadoras das disputas e
invejas.
Mentir com palavras verbais é mais fácil do que com palavras tácteis!
Ao longo da adolescência o nosso corpo se manifesta de forma variante
e a compreensão das sensações, principalmente as de ordem sensualsexual, são debatidas em vários graus, normalmente pela fala, incluindo
pesos e medidas em nossas emoções e manifestações. Estamos
codificando nessa época o sentido do prazer, da culpa, do engajamento
social e finalmente da dor causada pelo Uso X Repressão das
demonstrações físicas do nosso corpo.
Sugiro que, neste momento, pais e educadores façam menos
discursos verbais e toquem mais os seus adolescentes, se é real o
desejo de transmitir algo de valor.
Vejamos uma forma de observação crítica à capacidade de
organização e cooperação entre cidadãos de uma urbe brasileira; sem
necessitar grande atenção é fácil perceber o grau de competitividade que
rege as ações das pessoas de um mesmo conglomerado urbano: o
trânsito de autos, a relação motorista-pedestre, o medo de tocar e de ser
tocado...
Pois bem, dedicando mais tempo a nós mesmos, aumentando, num
primeiro instante, o nosso próprio contacto físico, e conseqüentemente
com as pessoas que nos cercam, principalmente os nossos filhos,
estaremos aumentando as possibilidades de uma maior compreensão de
nossos problemas e alcançando as soluções com menos dor.
A linguagem táctil (menosprezada até aqui) que representa a
capacidade de expressão de uma pessoa pode ser reconquistada, com
relativa facilidade, desde que nos proponhamos a reaprender, sem medo,
esta comunicação primitiva e tão presente em nossa vida.
Em nossos cursos dispensamos um bom tempo do início com a
interpretação dos contatos físicos entre os alunos, consigo mesmo e com
os demais, incitando-os a se manifestarem ao máximo com suas mãos e
corpos.
Vejamos nos próximos capítulos como isto tem sido feito e a
experiência desse trabalho.
Curso de Massagem Oriental 3
Massagem ocidental
Dados Históricos:
Dentre todas as terapias, a massagem é a mais elementar e a mais
antiga. Sua História e evolução remontam às mais afastadas épocas da
vida humana sobre a terra.
A primeira massagem, realizada pelo homem, aconteceu quando este,
instintivamente, esfregou sua pele para aliviar a dor de um traumatismo
qualquer. Desde as mais remotas civilizações pré-colombianas temos
escritos que falam sobre a massagem.
Os gregos e os romanos foram, sem dúvida, grandes conhecedores e
praticantes da massagem, e a indicavam nos esportes e nos tratamentos
das doenças. No Ocidente, durante longo período desde a Idade Média
até final do século XlX, a massagem esteve esquecida e obscura, tendo
sido praticada somente por curiosos e leigos, não merecia a atenção dos
médicos que nela não reconheciam valor terapêutico. Foi o Dr. Henry
Pahr Ling, no final do século passado, que reintroduziu a massagem
como recurso terapêutico nos meios médicos de todo o mundo.
Atualmente o reconhecimento de que a massagem possui grandes
virtudes terapêuticas possibilitou a ampliação de seu ensino e criou
novos departamentos em todos os hospitais modernos.
Definição:
Massagem é a linguagem do tato. Podemos defini-la como sendo um
conjunto de toques exercidos sobre o corpo com fins terapêuticos,
desportivos estéticos, emocionais, lúdicos ou sexuais.
Efeitos da Massagem:
Agindo sobre a pele e órgãos profundos, a massagem tem dois tipos
principais de efeitos: um efeito indireto, psicológico, fisiológico, de
repercussão geral; e um efeito direto muscular, mecânico, de
repercussão local.
Efeitos Fisiológicos da Massagem:
Estudaremos os efeitos fisiológicos determinados pela massagem
sobre os diversos tecidos. Os tecidos reagem de modo diferente
conforme a técnica e a dose de massagem.
Vamos, portanto, estudar aqui estes efeitos sobre os seguintes
tecidos: pele, tecido celular subcutâneo, circulação, músculos, tecido
adiposo (gorduras), sistema nervoso e metabolismo.
Efeitos sobre a pele: a massagem age sobre a pele removendo sua
camada epitelial superficial, desobstruindo os poros, sobre a circulação
cutânea, e, além de aumentar a temperatura local, tem ainda uma ação
calmante, pois atua sobre os filetes sensitivos, diminuindo sua
hiperexcitabilidade.
A massagem torna a pele mais fina e elástica.
Efeitos sobre o tecido celular subcutâneo: este tecido ocupa o
espaço entre a pele e os músculos e é muito rico em vasos linfáticos.
O que determina a espessura do tecido celular subcutâneo é a maior ou
menor quantidade de gordura.
A massagem desse tecido tem a probabilidade de aumentar a
absorção e a eliminação de gorduras. Isto somente é possível com a
massagem de pinçamento que reduz a gordura a pequeníssimos
glóbulos e provavelmente absorvíveis.
Efeitos sobre o tecido adiposo (Gordura): é prática comum o uso
da massagem para emagrecimento.
O Dr. Roenthal, pesquisador que estudou os efeitos da massagem
sobre a gordura, teve a paciência de engordar um certo número de
cobaias e depois as submeteu a vigorosas massagens abdominais com o
intuito de emagrecê-las. Não conseguiu. Após a massagem ele retirava
pedaços de gordura e examinava-os ao microscópio e observava a
existência de hemorragia capilar, porém não notava a eliminação da
gordura.
Entretanto, é importante ressaltar que a massagem pode emagrecer
indiretamente, aumentando a diurese, a sudorese, aumentando o
metabolismo e reduzindo a gordura a glóbulos extremamente pequenos
que provavelmente possam ser absorvidos e eliminados.
Efeitos sobre os músculos: uma massagem vigorosa não dá lugar a
formação de Ácido Lático e conseqüentemente acidosa e evitando a
fadiga muscular; desfaz a Aderência Fibrosa das fibras musculares,
aumentando indiretamente a força muscular, pois estimula
mecanicamente os músculos e melhora muito a circulação e
conseqüentemente a nutrição muscular com evidente aumento da sua
energia vital.
É um dos fatos mais indiscutíveis da massagem o aumento do volume
muscular.
Efeitos sobre a circulação (Sanguínea e Linfática): a massagem
pode agir sobre a circulação de dois modos: primeiro através de um
efeito mecânico que, feita no sentido centrípeto, auxilia a circulação de
retorno. Segundo, determinando a contração reflexa das fibras
musculares lisas das paredes dos vasos de tal modo que mantém ou
restaura sua tonicidade normal.
A massagem determina um notável aumento das trocas nutritivas entre
a corrente sanguínea e os tecidos, melhorando deste modo seu
metabolismo.
Curso de Massagem Oriental 4
Efeitos Sobre o Sistema Nervoso: a massagem pode agir de vários
modos sobre o sistema nervoso, dependendo das técnicas empregadas,
da dose e da pressão aplicada.
A massagem suave é calmante e sedativa; a massagem vigorosa
estimula e excita os nervos.
Não há dúvida de que a massagem exerce efeito tanto sobre o S. N. C.
(Sistema Nervoso Central) como sobre as terminações nervosas
sensoriais e ainda sobre os nervos motores, tendo assim um efeito local.
Efeitos Sobre o Metabolismo: como agente físico e mecânico que é, a
massagem exerce uma certa influência sobre o metabolismo.
A massagem é capaz de aumentar a eliminação de certos elementos
constituintes da urina, aumentado à diurese através da massagem
abdominal.
Técnicas de Massagem Ocidental
As manobras da massagem produzem efeitos de acordo com o ritmo,
intensidade e velocidade, assim sendo; manobras lentas têm efeito
calmante, analgésico e antiespasmódico; manobras rápidas têm efeito
estimulante, circulatório e desintoxicante.
Deslizamentos:
é um movimento introdutório e constitui o
primeiro tempo de qualquer massagem em cada parte do corpo Trabalhase com a palma da mão aberta que se desloca sobre a pele, sem
deprimi-la. É muito relaxante, nutrindo ao mesmo tempo a área que está
sendo massageada, e o resto do corpo. Inicia-se com um toque suave e
superficial e vai-se aprofundando durante o trabalho. Os deslizamentos
atuam sobre as terminações nervosas sensitivas da pele, habituando-a
ao contato da mão do massagista e preparando-a para as manobras
mais vigorosas:
Fricção: a atenção agora passa para as extremidades dos dedos que
executarão pequenos círculos de penetração média para profunda, em
torno das articulações dos ossos para quebrar os depósitos e aderências
e para afrouxar as articulações em geral. É também eficiente no
tratamento de bloqueios físicos relacionados com problemas emocionais,
subluxações e acúmulos de toxinas no corpo.
Amassamento ou Amassadura: a amassadura é uma classificação
geral que inclui diversos tipos diferentes de manobras. Ela tem um efeito
estimulador e nutritivo dos músculos, dos vasos sanguíneos, dos
linfáticos e do sistema nervoso.
O primeiro tipo de amassadura é o Pinçamento que se executa com
os dedos em forma de pinças. Segurando parte da massa muscular e
com ágeis golpes separá-la do osso, soltando-a em seguida e
recomeçando, então, com outra parte próxima a ser trabalhada. As mãos
podem agir em conjunto ou alternadamente.
Repitante: outro tipo que consiste em separar com as extremidades
dos dedos o músculo, formando uma prega. Alternar o movimento
retilíneo entre as duas mãos.soltando a primeira prega e tomando outra
logo a seguir.
Existe ainda o Rolante. Com as mãos abertas (extensão), paralelas ou
transversais ao osso, formar um rolo compressor contra a massa
muscular. Geralmente aplicada sobre os membros superiores e
inferiores.
Por último vem a Compressão Óssea. usada principalmente para os
membros. Constitui-se na tomada do segmento do braço, por exemplo,
com as duas mãos em forma cilíndrica e na compressão da massa
muscular contra o osso.
Percussão: é um movimento estimulante do sistema nervoso, do fluxo
sanguíneo e do tônus muscular. O efeito e a qualidade desta forma de
massagem de pendem muito do ritmo c da freqüência com que é
realizada e por isto exige do massagista muita habilidade e experiência.
As pancadinhas de leve têm um efeito sedativo. A maior parte da
percussão é feita com um movimento alternado das mãos enquanto elas
e os braços ficam muito frouxos e relaxados.
O primeiro tipo de percussão é o Ulnar. Isto se faz com a face ulnar do
punho fechado. Geralmente é um movimento muito forte para ser feito no
sacro. Estimula os nervos do sistema nervoso autônomo e relaxa a
tensão da pélvis.
O segundo tipo é o Palmar Formar conchas com as mãos, afastá-las
alguns centímetros da superfície da pele e com movimentos alternados
martelar, delicadamente e firmemente, a região de trabalho. Indicado
para regiões de maior sensibilidade, por exemplo, a região ventral.
Uma outra forma de percussão é o Tamborilamento. Percutir com
todos os dedos, mais precisamente com a polpa das extremidades,
alternados entre si, com movimentos suaves e relaxados.
As manobras de percussão devem ser feitas o mais rapidamente
possível, de modo a criar uma espécie vibratória de sensação. Não
empregue qualquer movimento de percussão nas costas. em cima dos
rins, pois poderia causar-lhes lesão.
Curso de Massagem Oriental 5
Vibração: a vibração é um movimento trêmulo que se estende de seu
braço para o corpo da pessoa massageada. Seu efeito é calmante,
analgésico e antiespasmódico. Pode ser empregada em quase todas as
partes do corpo, porém geralmente é feita nos ombros, nas coxas e nas
costas.
5) Vibrações **
Uso geral: anestésico
a) Anestesia superficial passageira
b) Hipnótico
* - seguir a circulação de retorno.
** - Complementar estes movimentos com deslizamentos superficiais.
Manobras: Movimento das Mãos (Ocidental)
1) Deslizamentos
Uso Geral: tranqüilização
a) Superficial carícia - início ou complementação
b) Médio: observação - as mãos amoldam-se à parte do corpo
trabalhada
c) Profundo: terapêutico - influencia a corrente sanguínea (*)
2) Fricções
Uso geral: amolecimento
a) Média
b) Profunda: de acordo com a Lei da Dor = deve-se massagear os
pontos doloridos (passíveis de toque) até que a do r diminua ou
desapareça.
3) Amassamentos **
Uso geral: efeito estimulador e nutritivo dos músculos
Abdômen:
a) Pinçamento
b) Repitante
Braços e Pernas:
a) Rolante
b) Compressão óssea*
4) Percussões **
Uso geral: enrijecimento
a) Ulnar: indicado para regiões de grandes músculos e ossos. Ex.
Coxas
b) Palmar: indicado para regiões mais sensíveis. Ex. Abdômen
c) Tamborilamento: ótimo para regiões muito delicadas. Ex. Seios
femininos, rosto.
Estrutura Postural do Corpo
O autor do capítulo: - Sidney Donatelli
Formado em artes cênicas, dedica-se há vários anos ao teatro Unindo
todas as formas de compreensão e aprimoramento do corpo humano,
pelo movimento, dedica-se ao estudo da massagem e técnicas
complementares.
É vice-presidente da Associação de Massagem Oriental do Brasil e dirige
a Escola Amor de São Paulo.
Relação do Organismo com o Espaço:
Ao pensarmos em qualquer fenômeno submetido pela lei da
gravidade, o primeiro referencial a se observar será a sua base.
As estruturas dos reinos mineral e vegetal têm as suas bases
intrínsecas a terra e fazem parte do movimento cíclico da natureza
(energia vital). No caso do vegetal, existe um desenvolvimento vertical
absolutamente harmônico entre as forças celestiais e telúricas.
As estruturas do reino animal não fazem parte intrinsecamente do
ciclo da natureza não estão na terra, são autônomas em vários níveis. Os
mamíferos quadrúpedes se mantêm bem próximo da energia telúrica em
todos os sentidos: desde o seu corpo ser voltado para baixo, até a sua
alimentação vir direto da terra.
Então, apesar de não estar grudado na terra o animal tem uma grande
intimidade com ela.
A vida psíquica da qual o homem é dotado é que o diferencia do
vegetal e do animal. Ao ponto em que pensar e sentir são condições
primordiais, o homem cria um microcosmo no seu corpo equiparando-se
ao macrocosmo da natureza; tem a capacidade de se locomover, de
classificar alimentos, de se abrigar, de respirar e se relacionar de
diferentes formas. Está então numa posição intermediária entre as força:
celestiais e telúricas e, para sobreviver bem tem de harmonizar o seu
microcosmo (corpo) com o macrocosmo (as leis da natureza).
Assim vemos como é fundamental a compreensão da natureza da
Curso de Massagem Oriental 6
estrutura postural do corpo para um melhor desenvolvimento psicoorgânico.
Mecanismo de Equilíbrio do Corpo:
Ao observarmos o corpo de um homem ou mamífero quadrúpede (em
pé) veremos a sustentação em quatro pontos no animal (patas) frente a
dois pontos (pés) no homem. Esses pontos determinam a área de
sustentação de um corpo; quanto maior for a área maior será o equilíbrio.
Vide o fascinante domínio que os animais têm de seu corpo.
O homem, no desenvolvimento histórico do animal, passa de
quadrúpede para bípede e desenvolve alguns controles específicos
(capacidade motora final), como por exemplo, a grande habilidade das
mãos, porém diminui a sua área de sustentação e fica muito vulnerável
ao desequilíbrio.
O homem constantemente procura o equilíbrio, ou seja, procura o seu
eixo em relação à gravidade, montando a sua estrutura óssea sobre a
área de sustentação como um edifício onde não há nenhuma parte
desencaixada da outra, e em seguida procura manter essa estrutura
devidamente encaixada em pé.
Podemos concluir que a atitude de encontrar esse eixo, somada à
atitude de mantê-lo, fundem-se numa só: a de constante movimento em
busca da harmonia do corpo no espaço.
Um corpo com os ossos (partes) formando um edifício (todo)
encaixado, não terá a propensão de cair. Quem segura essa estrutura
(conjunto de ossos) são os músculos. Estes são os responsáveis e
mantenedores da forma da estrutura - continuando no exemplo do
edifício, os músculos seriam a massa que sustenta os blocos empilhados
e determinam a forma da construção.
A essa musculatura de sustentação cabe a função estática, ou seja,
manter o corpo em equilíbrio - encaremos o termo estático como
denominação, pois diferentemente de uma massa de concreto, que é
definitiva na sua forma dura, o corpo, como já concluímos, esta em
constante movimento, no mínimo pelo pulsar do coração ou pela
respiração. O movimento locomotor, de uma forma geral, cabe à
musculatura da dinâmica.
a oscilação do corpo, a princípio, se mantém próxima a esse referencial,
quando esse corpo não mantém uma irregularidade muscular (já vimos
que o músculo é o responsável pelos desencaixes). Usamos o termo
próximo lembrando que o corpo jamais pode ser visto como uma coisa
estática, pois está sempre em oscilação.
A musculatura, situada na parte posterior do corpo (função estática) é
a responsável pela sustentação vertical; esses músculos posteriores são
longos e formam uma cadeia interligada dos pés à cabeça.
Sendo assim, uma deformação em qualquer parte dessa cadeia
deforma a cadeia como um todo. Observando essa condição, concluímos
que o trabalho de reestruturação Postural não deve ser visto
fragmentadamente (visando uma parte do corpo), e sim procurando
equilibrar o todo, através da soltura da musculatura posterior.
Verificação de um Corpo em Pé:
Encaixe dos segmentos determinados pela musculatura posterior.
Traçando uma linha perpendicular ao solo que passa no centro do corpo,
este deve estar totalmente equilibrado entre frente, trás e lados.
O esquema descrito serve como referencial para a estrutura corporal;
Curso de Massagem Oriental 7
Vista Anterior
-
-
Vista Posterior
Cabeça voltada para frente. olhar na linha do horizonte. Cabeça
sem inclinações laterais distância da orelha ao ombro igual dos
dois lados;
cintura escapular voltada para frente, linha reta na altura dos
ombros e linha reta nas costelas, no fim do osso esterno;
cintura pélvica voltada para frente, linha reta na altura da crista
ilíaca e linha reta na altura do púbis;
joelhos voltados para frente, sem rotação externa ou interna;
pés paralelos na largura dos quadris e dedos estendidos e voltados
para frente.
-
Cabeça reta formando uma linha no osso occipital paralela ao
chão;
Escápula lado direito e esquerdo na mesma altura linha reta na
parte superior da escápula;
Coluna vertebral formando uma linha reta vertical. Apófises
espinhosas das vértebras alinhadas formando um caminho reto;
quadris na mesma altura, linha reta na altura dos glúteos;
conjunto Tíbia e Fêmur sem rotação externa ou interna;
tendão do calcâneo (Aquiles) vertical perpendicular ao chão;
pés com o peso distribuído por igual interna e externamente.
Curso de Massagem Oriental 8
Vista Lateral
Desarranjos:
Anteriormente, o termo o homem procura o seu equilíbrio foi usado no
aspecto mecânico do corpo. Se usarmos esse termo num parâmetro
emocional a sua veracidade permanece. O homem, um aspirante do
equilíbrio, procura-o em todos os sentidos da sua psique, fato que temos
que ter em mente quando pensamos no corpo, seja na massagem, na
dança ou nos movimentos cotidianos, para que nunca se separe a
emoção da postura mecânica nunca se separe o comportamento do
corpo do comportamento do indivíduo.
O homem deve ser encarado como um todo, indivisível. Todas as
partes se relacionam e se refletem: se o indivíduo convive com a sua
estrutura corporal desencaixada, certamente a sua condição emocional
não está equilibrada.
Assim chegamos à clareza que o aspecto psicossomático na
manifestação humana não deve partir de uma separação entre o psico e
o somático para posteriormente chegar a uma unificação, e sim partir de
uma globalidade da manifestação para, a partir daí, chegar à verdadeira
origem dos nossos desarranjos.
Patologias:
-
-
Uma linha vertical perpendicular ao chão na parte posterior do
corpo deve tangenciar a cabeça, o ápice da cifose torácica, o ápice
da cifose sacrococcígea, o meio da parte inferior da perna e o
calcâneo;
nenhum bloco deve estar projetado para frente ou para trás;
a linha do tórax, da clavícula aos mamilos, é oblíqua para baixo e
para frente e a dos mamilos ao púbis vertical;
o braço está dentro da espessura do corpo a 1/3 da linha tangente
posterior em relação à linha anterior do tórax;
os blocos da cintura escapular e cintura pélvica devem estar
paralelos ao chão;
os joelhos estão esticados porém, não estão hiperestendidos;
o peso dos pés distribuídos igual anteriormente e posteriormente.
Os desarranjos geram as patologias da estrutura do corpo, que se
originam no enrijecimento da musculatura posterior. Essas patologias,
mais comumente reconhecidas como problemas de coluna, dão-se
através de um processo de repetição de um erro. Um pequeno desvio de
um segmento só tende a se agravar se a atenção necessária não for
voltada a essa região em relação a toda a estrutura. O corpo vai se
esquivando e se defendendo, enrijecendo novos grupos musculares,
causando - desarranjos numa atitude de compensação, novos
desarranjos, numa atitude de compensação. A partir do momento em que
a musculatura enrijecida mantém a estrutura óssea (principalmente a
coluna vertebral) desencaixada, o como está propenso a se defender
apresentando uma patologia, seja a nível ósseo (exemplo: osteófitos bico-de-papagaio), seja a nível articular (ex.: artrite) ou seja o próprio
disco intervertebral (ex.: hérnia de disco).
Alongamento:
As fibras musculares, a partir das nossas tensões, vão perdendo o
seu potencial de elasticidade, e os músculos se mantêm encurtados,
desencaixando e mantendo a estrutura óssea fora da sua condição
anatômica natural.
Curso de Massagem Oriental 9
O alongamento - a partir do toque, de manipulações, posturas e
movimentos - permite que os músculos voltem ao seu estado de tônus
mais equilibrado, os tendões se descolem a nível de suas inserções nos
ossos e as articulações voltem a ter o seu espaço normal, sem pressões
erradas dos ossos. Assim podemos reeducar a estrutura de um corpo
soltando e alongando a musculatura que mantém os segmentos
desencaixados, até chegarmos a um todo harmônico.
O alongamento atua como um desbloqueio de energia cristalizada nos
músculos. É um trabalho de expansão (Yin) diante das contrações /
tensões (Yang) acumuladas no corpo Pensando no aspecto
psicossomático, o alongamento muscular alonga a consciência, a
permissibilidade e a atenção do indivíduo com o seu corpo, e o
encaminha à aptidão para o movimento, à liberdade de ação.
-
Deitado em Decúbito Dorsal:
A posição do corpo de um homem deitado se faz necessária para o
descanso desse corpo. Deitado com as costas no chão, a
gravidade atua ao longo de todo o corpo relaxando os músculos
posteriores.
Ênfase do Alongamento na Região Lombar da Coluna:
Partindo do relaxamento, flexione as pernas, pés apoiados no
chão. Cruze uma perna sobre a outra e, soltando o peso das
pernas na expiração, deixe ocorrer uma rotação do quadril para o
lado da perna que está em cima da cruzada; volte ao centro na
inspiração. Repita o movimento várias vezes sentindo a
musculatura da região lombar se alongando. Não induza o
movimento; o trabalho é de soltura! Depois trabalhe o outro lado.
Alongamento Ativo:
São posturas ou movimentos realizados pela pessoa, partindo sempre
de um estado de relaxamento de todo o corpo. No caso de movimentos,
estes devem ser feitos sempre na expiração, que é quando o músculo
diafragma libera as vértebras lombares, é o movimento de expansão do
corpo.
Curso de Massagem Oriental 10
-
Deitado em Decúbito Lateral:
Deitado de lado podemos soltar na gravidade os membros para
frente ou para trás do tronco, dando espaço aos músculos que os
prendem ao tronco.
Ênfase do Alongamento na Região
Torácica da Coluna: Deitado de lado, pernas uma sobre a outra,
joelhos flexionados, braço de baixo perpendicular ao corpo, soltar a
perna que está em cima para frente do tronco e o braço que está
em cima para trás. Na expiração acentue a rotação do quadril para
frente e a rotação da cintura escapular para trás.
Na inspiração relaxe. Depois trabalhe o outro lado.
Sentado, após o procedimento descrito anteriormente, entrelace as
mãos e apóie-se no osso occipital. Na expiração solte o pescoço
para frente acentuando esta flexão com as mãos.
Na inspiração volte à posição inicial.
Alongamento Passivo:
São movimentos realizados por uma pessoa atuando no corpo de
outra, que deverá estar relaxada, passiva para receber a atuação da
primeira.
Os movimentos, da mesma forma que os alongamentos ativos, devem
ser feitos na expiração e, quem está atuando, deve respirar junto com
quem está recebendo, numa atitude de harmonia.
- Sentado:
Sentado, com uma posição cômoda das pernas, podemos sentir o
apoio do osso ísquio no chão (0 cóccix não chega a encostar no
chão), e fazer um balanço do quadril para frente, para trás e para
os lados, relaxando os músculos glúteos e o ânus. Sinta a coluna
alinhada em cima do ísquio, sem estar abandonada para frente ou
para trás, e nem estar hiperesticada numa posição falsamente
alongada.
Ênfase do Alongamento na Região
Cervical da Coluna:
Curso de Massagem Oriental 11
-
- Em Decúbito Ventral:
-
Ênfase do Alongamento na Região lombar da Coluna.
Segurar nas pernas do massageado um pouco acima dos maléolos
e na expiração esticar os membros inferiores para baixo. Na
inspiração volte à posição inicial.
Ênfase do Alongamento da Coluna.
Massageado em posição cômoda, braços soltos, Segurar nos braços
pelos pulsos; elevar os braços para cima e, com inspiração, esticar os
braços para cima; retornar lentamente até a posição inicial, com os
braços elevados.
Sentado:
Em Decúbito Dorsal:
Ênfase do Alongamento na Região Cervical da Coluna.
Segurar a cabeça do massageado e fazer pequenos movimentos
até senti-la solta em suas mãos. Os joelhos do massageado
devem estar flexionados. Na expiração, leve a uma flexão anterior
do pescoço; na inspiração, volte à posição inicial.
O massageado não deve ajudar no movimento!
O homem, enquanto bípede, parte do referencial estrutural na posição
em pé.
O seu equilíbrio psicossomático verificou-se na sua harmonização
corporal vertical.
O trabalho de alongamento dos músculos posteriores, na concepção
em que vimos, encaminhará o corpo a estar preparado para encontrar o
seu eixo cm pé; a partir daí, os músculos da função dinâmica atuarão
através do seu potencial de contração / relaxamento - possibilitando ao
corpo uma ampla movimentação. O trabalho de contração muscular que
não parte desse procedimento se fará apenas tonificando músculos
específicos, sem a relação desses músculos com o todo do corpo,
distanciando assim a possibilidade da pessoa encontrar o seu eixo em
pé.
Na posição em pé, sinta o seu corpo relacionando parte por parte
(referência na descrição feita em verificação de um corpo em pé). A partir
Curso de Massagem Oriental 12
daí experimente movimentos de soltura, para todos os lados, de cada
dobradiça do corpo.
- a cabeça,
- o pescoço,
- o tórax,
- o tronco na altura da crista ilíaca (acima do quadril),
- todo o tronco na altura da articulação coxo-femural,
- os joelhos e
- os pés.
Depois parta para movimentos de locomoção: andar, correr, saltar, girar e
mais o que você tiver vontade!
Perceba que o movimento é à saída do eixo, com a projeção do corpo
no espaço, seguido do retorno ao eixo.
estética corporal desta época.
Enfim, parece que o interesse maior verifica-se apenas no plano
estético.
É possível movimentar o corpo de várias maneiras, porém, o
importante mesmo é interiorizar o movimento, a ação, ou seja, resgatar a
consciência corporal, que possibilita o autoconhecimento, o
desenvolvimento e a sensibilidade.
Quem vai nessa direção pode chegar à essência da vida,
aperfeiçoando-se pelas próprias vivências.
O aperfeiçoamento vem com o desenvolvimento das potencialidades,
com a expansão para além dos limites conhecidos e com a busca da
criatividade. Através da prática consciente, a transformação instala-se, e
o homem deixa de ser peixe e passa a ser homem, capaz de reconhecerse e manifestar-se espontânea e autenticamente.
Saúde e Boa Forma!
Podemos Dançar como um Deus?
A autora: - Marjorie Ribeiro Evangelista
Tem curso de formação em Yoga e Massagem, fazendo parte, desde a
fundação, da diretoria da Associação de Massagem Oriental de
Guarulhos. Marjorie procura unir o que há de belo e nobre na prática do
Yoga à preparação do profissional do toque.
Pode-se obter saúde e boa forma alimentando-se bem, dormindo
bem, respirando corretamente, ativando, a fim de polarizar as energias
que circulam pelos canais mais sutis do nosso corpo, os Meridianos.
Os órgãos e funções do corpo conseguem atingir um equilíbrio
orgânico naturalmente, ou seja, através do próprio corpo, pelo trabalho
de estimulação ou sedação dos pontos dos Meridianos.
Um Ser Aprendeu a Dançar
O Preparo Físico
Antes observou, depois copiou os movimentos e então começou a
exercitar-se.
A partir daí ele pôde criar, brincar, saltar e dançar. Eram posições
firmes e agradáveis, posições que brotavam do seu interior.
Essa é uma lenda antiga, que diz que o Yoga surgiu na Terra, quando
um peixe assistiu ao Deus Shiva ensinar a sua esposa, Parvati, os
exercícios de Yoga. O peixe imitou Parvati, praticou e transformou-se em
homem.
A maioria das pessoas quer preparar o seu físico com finalidades
diversas. Esses objetivos variam desde adquirir-se um corpo escultural,
digno do verão carioca, até manter o corpo simplesmente saudável,
energizado e sem tensões.
Cada corpo tem uma linguagem e se manifesta de forma diferente de
outro.
Há pessoas que se realizam, identificam-se e harmonizam-se com a
dança; outras preferem nadar, correr ou jogar tênis. Há também pessoas
que fazem uso da massagem, técnica milenar que reequilibra o fluxo
energético e ajuda na prevenção de doenças.
A linguagem utilizada pela massagem é o tato. Esse funciona como
forma de leitura corporal, pressão sobre pontos, contato sensitivo e troca
de energia.
O uso da massagem torna o corpo mais equilibrado e a pessoa mais
disposta e saudável. A massagem é uma forma de manter o corpo
preparado para o dia-a-dia, sendo também um carinho muito gostoso de
se dar e de se receber.
E Nós Homens?
Atualmente, pode-se constatar que as academias de ginástica
ganham cada vez mais adeptos, interessados nas diversas alternativas
corporais oferecidas.
O que as pessoas estão procurando é um tipo de exercício físico
ativo, do qual elas possam obter não somente o equilíbrio orgânico, mas
principalmente adquirir formas ideais, dentro dos padrões de beleza e
Curso de Massagem Oriental 13
As Memórias Musculares
Os nossos sentimentos e todas as nossas emoções estão registrados
na massa muscular. Os músculos são, na verdade, grandes receptores
das vivências, arquivando-as.
Muita gente tem dificuldades de se manifestar, de se comunicar e se
relacionar, enfim, dificuldade de viver bem a vida.
Essas barreiras estão registradas por todo o corpo e se localizam em
pontos frágeis: na área dos olhos, garganta, boca no peito, na região do
estômago e no ventre.
A tensão e o enrijecimento dos feixes musculares dão origem a uma
couraça viva. Com isso, a vitalidade, o equilíbrio físico e psíquico ficam
afetados.
Os músculos constituem aproximadamente 50% do nosso peso.
Quando eles são contraídos amam na circulação sanguínea, nos
sistemas digestivos, urinário e afetam os movimentos do tórax, do
diafragma e do abdômen durante a respiração.
Os músculos revestem nosso esqueleto e dão forma e movimento ao
corpo.
Não é isso que todos buscam: forma e movimento? Para a maioria
das pessoas de todo o mundo, o corpo ainda é uma estrutura muita
mecânica, que sempre pode ser consertada por alguém, quando quebra.
O grande segredo de ter um corpo belo e saudável, conquistar uma
vida mais longa, possuir vitalidade está na cabeça, no coração e no sexo
de cada um.
Somos capazes de manter a nossa própria saúde?
É claro que não podemos, de uma hora para outra, liberar todas as
tensões, mas podemos respirar mais corretamente, podemos relaxar e
adotar posições físicas equilibradas.
Série de Exercício: Para Conscientização do Corpo
1. Toque o Seu Corpo Todos os dias
para a cabeça, começando pelos pés, indo pela parte interna das
pernas e descendo pela lateral externa. Depois massageie do ventre
ao pescoço, as costas e as nádegas, descendo novamente, agora
pela parte posterior das pernas até os calcanhares. Faça também
movimentos destrógiros (no sentido horário), seja suave nas partes
mais sensíveis, massageie a face e o couro cabeludo com a ponta dos
dedos, sentindo a musculatura e os ossos.
2. Olhar no Espelho Todos os Dias
Observe-se sem roupas, observe suas formas e sua pele.
A pele e a expressão do rosto nunca mentem, são um termômetro
para saber se você está bem ou não.
Quando a expressão facial for tranqüila, serena e alegre e a pele, não
só do rosto, mas do corpo todo, estiver macia, lisa e gostosa, é sinal
de que você está cuidando do seu corpo.
3. Respiração Abdominal
Escolha um local confortável e silencioso.
Deite-se de costas e relaxe, afastando os braços e as pernas; coloque
o dono das mãos no chão, perceba o ar entrando, projetando o ventre
e perceba o ar saindo, recolhendo-o.
4. Exercícios de Descontração
Separe os pés na largura dos ombros, deixando os pés paralelos. Os
ombros e a cabeça no prolongamento da coluna, braços soltos ao
longo do corpo e os olhos fechados. Relaxe!
A partir da posição anterior comece a balançar o tronco. Nesse giro,
um ombro vai para frente e o outro para trás. Os braços soltos c
pendentes acompanham o movimento, que deve ser descontraído.
5. Exercícios Para Liberar Tensões e Toxinas
Você pode fazê-lo ao acordar, antes do banho, ao trocar de roupa ou
mesmo durante o banho, aproveitando para massagear-se com uma
escova de cerdas naturais ou bucha vegetal, que vai remover as
impurezas impregnadas na pele, deixando os poros desobstruídos.
A intenção é de que o toque seja uma automassagem, um
reconhecimento diário do corpo.
O massageamento deve ser feito de baixo para cima, ou seja, dos pés
Mantenha a posição inicial (Adyásana) e inspire elevando os braços
para frente e para cima; retenha o ar por alguns segundos e expire
abaixando rapidamente os braços e o tronco para frente, expulsando o
ar energicamente pela boca, emitindo a sílaba Ha em tom alto e forte.
Sente-se sobre os calcanhares, coloque as mãos nos joelhos. Inspire
inclinando suavemente a cabeça para trás e expire com vigor pela
boca esticando os braços, afastando os dedos das mãos, arregalando
Curso de Massagem Oriental 14
os olhos e, ao mesmo tempo, colocando a língua para fora.
6. Exercícios de Purificação Visual
Para melhorar os olhos, sente-se com as pernas cruzadas à frente do
corpo, estenda o braço esquerdo à frente, fechando a mão e elevando
o polegar. Olhe fixamente para o seu dedo e. sem deixar tombar a
cabeça, inspire e solte o ar, movimentando o braço para a lateral
esquerda, levando o polegar até o ângulo máximo de visão. Volte
inspirando e repita igualmente para o lado direito.
7. Relaxamento
Deite-se em local agradável e numa posição confortável.
Respire bem profundamente por algumas vezes e a cada expiração,
relaxe. Depois respire naturalmente, deixando o corpo bem solto.
Entregue-se a esse estado de descontração e sinta-se cada vez mais
leve.
Para retornar do relaxamento, auto-induzido, basta respirar
profundamente.
Se desejar desenvolver melhor a técnica, estude e pratique sobre
esse tema.
Algumas Dicas e Exercícios de Alongamento
Preparar o corpo para torná-lo solto é tornar-se consciente da energia
que possuímos, tornar-se sensível e descontraído ao toque, para que se
possa perceber e sentir os diferentes níveis da energia vital e seu
percurso.
Assim como a massagem, os alongamentos devem fazer parte da
nossa vida diária.
A respiração deve ser lenta, expirando-se ao alongar. O importante é
aprender a relaxar para que os músculos possam ser alongados.
O alongamento torna-se um método preventivo a lesões, tais como as
distensões musculares, já que um músculo forte e previamente alongado
resiste melhor a tensões do que um músculo forte e não alongado. O
alongamento prepara o corpo para as atividades físicas para o dia-a-dia e
desenvolve a consciência corporal.Alongando-se as várias partes do
corpo, entra-se em contato com as mesmas e isso leva ao
autoconhecimento.
O alongamento é uma técnica afim com a massagem, pois um corpo
equilibrado e saudável torna-se muito mais receptivo ao toque e mais
sensível ao fluxo energético dos Meridianos.
Um Corpo Flexível
O que é ser flexível?
Poderia se dizer que ser flexível é conseguir fazer todos aqueles
exercícios mais difíceis da ginástica, do Yoga, do Ballet, etc. A
flexibilidade do corpo depende da movimentação com entrega e
consciência. Algumas pessoas têm mais flexibilidade, outras menos.
Cada corpo conta uma história e cada história resulta num corpo mais
rígido ou mais solto.
Como ninguém gosta de ser rígido, duro e inflexível, o que fazer para
mudar?
Começar dedicando-se atenção, ou seja, tomar consciência de que
algo não vai bem com o seu corpo e adotar um tipo de trabalho para
inicialmente abrir-se caminho e depois partir para um trabalho mais
profundo e de efeito mais direto.
A rigidez é a conseqüência das tensões diárias e podemos eliminá-la
ou diminuí-la através da prática de alguns exercícios que alongam a
nossa musculatura e liberam os nossos movimentos.
Alongar é dar de volta aos músculos a elasticidade que tínhamos
quando crianças. Assim podemos retomar, a tempo, a alegria, a energia,
o dinamismo e a criatividade.
Devemos realizar todos os alongamentos sem sentir dor ou
desconforto, para sentir prazer e descontração.
Pessoas de todas as idades podem executá-los, porém não devemos
nunca violentar o nosso corpo.
Observe sempre a respiração adequada e concentre-se em cada
movimento. Tenha atenção para as indicações e advertências de cada
exercício.
Curso de Massagem Oriental 15
• Região Lombar, Quadris e Tendões:
Fique na posição e mantenha-se estável e confortável. Solte a
cabeça e deixe penderem os braços.
Série de Exercícios:
Alongando as Partes do Todo
• Pés e Tornozelos:
Gire o tornozelo no sentido horário e depois anti-horário, faça o
movimento mais amplo possível.
Não coloque peso no lugar errado. Quando o corpo estiver
relaxado, o alongamento estará funcionando com eficiência. Apóiese nos ombros e utilize as mãos nas costas, se necessário.
• Pescoço:
Gire a cabeça fazendo um círculo completo, as costas devem estar
eretas. Permaneça, se tiver necessidade de alongar uma área
mais rígida e tensa, mas não force. Relaxe, solte-se.
Curso de Massagem Oriental 16
• Cintura, Lateral do Tronco e Tendões:
Incline lateralmente o tronco deixando uma das mãos no joelho
contrário (mão direita no joelho esquerdo) e a outra mão
segurando o ponto mais distante (mão esquerda no pé direito).
• Tórax, Ombros e Braços:
Alongue os braços, os ombros e o peito. Mantenha o peito para
fora e a cabeça no prolongamento da coluna.
Não ultrapasse o seu ponto máximo, respeite os seus limites.
• Virilha e Região Lombar da Coluna:
Os exercícios de abertura pélvica requerem tempo e regularidade.
Realize as aberturas, tanto laterais como as frontais,
confortavelmente. Inicie inspirando, expire ao alongar e permaneça
com a respiração livre.
Curso de Massagem Oriental 17
• Virilha e Quadris:
Não desloque os quadris para trás, senão a região lombar sofrerá
pressão. Mantenha a coluna ereta. Você deve se sentir bem e não
necessariamente flexível.
Alongando o Corpo Todo:
Alongue o corpo todo de uma só vez e depois faça um
espreguiçamento.
• Região Cervical da Coluna:
Inspire, solte o ar e permaneça respirando normalmente.
Somente a cabeça sai do chão para não enrijecer a musculatura
do abdômen.
Curso de Massagem Oriental 18
• Para o Rosto:
Seqüência de Automassagem
Para eliminar a tensão da face, movimente a musculatura
fazendo caretas para alongar ao redor do nariz, do queixo e ao
redor dos olhos.
Abra a boca, arregale os olhos e erga as sobrancelhas.
Depois sorria! Falar do corpo e das várias formas de mantê-lo
saudável e bonito é uma maneira de mostrar às pessoas como
viver bem.
Estamos vivos e só vamos aprender a viver vivendo e
conhecendo as várias alternativas de manter o equilíbrio físico e
mental.
Este livro traz não somente alternativas de como viver com
saúde, mas também mostra o lado mágico, sensível e palpável,
que é essa forma de descobrir e vivenciar o tato enquanto
reequilíbrio e troca energética.
Fazer massagem é muito bom. Receber uma massagem é bom
e gostoso; e isso fica ainda melhor, quando há o conhecimento e o
domínio de algumas técnicas.
As técnicas orientais e ocidentais de massagem, combinadas e
aplicadas com criatividade, trazem-nos o equilíbrio do
funcionamento orgânico, aquele que perdemos no decorrer de uma
vida sedentária, cheia de imprevistos.
Nenhuma verdade é plena, assim como nada é plenamente Yin
nem Yang. ''Para que uma força positiva exista é necessário à
existência de uma força de polaridade negativa. Cada uma contém
uma pequena porção da outra em si mesma, transpotando parte da
outra em seu fluxo. É do equilíbrio dessas duas forças que o
universo depende"
Preparativos:
-
Iniciar sentado, costas eretas,
posição cômoda;
-
concentração
com
olhos
fechados, respiração calma; afastar pensamentos e voltar à
atenção para si mesmo;
atritar as mãos e voltar a
atenção para elas (mãos);
-
E como me disse, certa vez, o autor:
Pratique e comprove!
Curso de Massagem Oriental 19
-
colocar as mãos sobre o rosto,
(cobrindo-o) e transmitir-lhe
carinho e energia.
-
-
a articulação da mandíbula;
os maxilares, a gengiva
superior, o zigomático e o arco
zigomático;
o pavilhão da orelha. o lóbulo
(beliscando);
-
seguindo o desenho interno
das orelhas com as pontas
dos indicadores;
-
tampando os ouvidos por 10
segundos (pressão sobre o
trago);
deslizando os oito dedos pela
testa, 4 para cada lado, fricção
circular sobre as têmporas;
Rosto:
Fricção linear ou circular:
-
a mandíbula, a gengiva inferior
e as glândulas salivares;
-
Curso de Massagem Oriental 20
-
pressão sobre os pontos: canto interno da órbita ocular (B1), canto
externo da órbita ocular (VB1), encontro das sobrancelhas (ponto
extra), final das sobrancelhas (TA23);
-
massageando com cuidado os
globos oculares, com pressão
suave sobre as pâlpebras;
-
deslizando pelas vertentes do
nariz e saindo lateralmente
sobre o zigomático.
A Cabeça:
-
Friccionar com a polpa dos
dez de dos o couro cabeludo;
-
pressionar com eminências
tênar e hipotênar (lateral e
frontalmente) a caixa craniana;
-
puxar pequenos maços de
cabelo até a totalidade dos
fios, vitalizando assim, as
raízes;
Curso de Massagem Oriental 21
Nuca e Ombros:
-
tamborilando o couro cabeludo
com os nós dos dedos;
-
-
-
pressionar logo abaixo da
caixa craniana, acima dos
músculos que ladeiam a
coluna cervical, no ponto
(VB20).
Pinçando os músculos da
nuca, da cabeça para baixo
(repetindo);
pinçando os ombros do centro
para as laterais;
-
segurar a nuca e girar a
cabeça: cima/abaixo/lateral e
giro do nariz;
-
pinçar com uma das mãos o
ombro
oposto,
enquanto
giramos o ombro, 360º; repetir
do outro lado da mesma
forma.
Curso de Massagem Oriental 22
As Costas e a Coluna:
-
Elevar os braços e dobrar para
trás, caminhando com as
mãos para baixo (partindo dos
ombros) em direção à cintura;
-
unir as mãos às costas, uma
por baixo e outra por cima, e
flexionar o tronco para frente
expirando; repetir trocando os
braços (Gomukásana);
-
deitar em decúbito dorsal e
iniciar a massagem na coluna
Cóccix e Sacra: com as pernas dobradas girar a base da coluna
(como Mata-Borrão), para cima e para baixo, e lateralmente deitando
as pernas até tocar com os joelhos no chão.
Curso de Massagem Oriental 23
Lombar: segurar os joelhos com as mãos e aproximar os joelhos do
tronco, soltando o ar, observando a coluna lombar, o toque de cada
vértebra no chão.
Torácica: pés no chão, pernas flexionadas, elevar o quadril e abaixá-lo
lentamente, soltando o ar quando eleva o quadril, sentindo o contato
do chão.
Cervical: para esta parte da coluna há 2 opções dependendo das
condições da pessoa: 1.ª opção: apenas elevar a cabeça do chão,
girando a cabeça lentamente, soltando o ar, e baixá-la, também
lentamente. (Tocando com os dedos nas vértebras cervicais.).
2.ª opção: (para os mais flexíveis): elevar as pernas e o quadril do
solo, apoiando com as mãos no quadril, e os cotovelos no chão.
Movimentar lentamente as pernas, aumentando e diminuindo a
curvatura cervical.
Curso de Massagem Oriental 24
O Abdome:
-
Escolher 8 pontos à volta do umbigo, (traçando duas cruzes) e
pressioná-los com o polegar, no sentido horário para intestinos
normais ou presos e no sentido anti-horário para intestinos soltos.
-
Com as pontas dos 8 dedos, pressionar por baixo das costelas,
visando à massagem dos órgãos profundos, lenta e
profundamente.
Iniciar em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, pés no chão,
com a ponta dos dedos massagear o intestino grosso, subindo pela
direita, seguindo o cólon ascendente, atravessar para a esquerda,
seguindo o cólon transverso e descer pelo cólon descendente. Repetir
3 vezes esta seqüência lentamente e com a musculatura abdominal
solta.
-
pressionar repetidamente, ponto a ponto, a linha média anterior,
desde o púbis até a clavícula. Usar as pontas dos dedos em todo o
trajeto, com exceção do plexo solar, que deve ser tocado com as
eminências tênar e hipotenar.
Curso de Massagem Oriental 25
O Tórax:
Os Braços:
-
Massagear com a ponta dos dedos os espaços intercostais.
-
As meninas e senhoras, tomem cuidado especial na massagem
das mamas, evitando a pressão sobre as glândulas mamárias movimento circular leve, com tendência a elevar a musculatura da
mama.
Massagear a clavícula, do centro para as laterais.
- Iniciar com percussão de mão
fechada, desde o ombro até a
mão, com a palma da mão para
a cima.
-
-
-
-
Voltar percutindo com a palma
da mão para baixo, na face
externa do braço, até o ombro
novamente.
Tocar
com
atenção
as
articulações: ombro, cotovelo
e pulso.
Terminar
deslizando
e
friccionando ligeiramente o
braço e o antebraço (seguindo
a
corrente
de
energia,
conforme
descrição
das
percussões acima).
Curso de Massagem Oriental 26
-
As Mãos:
-
Iniciar atritando bem as palmas das mãos, e também o dorso das
mãos. Depois cuidar dos dedos atentamente, desde a articulação com
a mão, até a extremidade. Pressionar as extremidades de cada dedo.
Massagear a palma da mão,
ponto a ponto,
principalmente o ponto mais
profundo quando a mão está
em concha.
Terminar massageando o dorso da mão, trabalhando entre os
metacarpianos, longitudinalmente.
A Pélvis, as Coxas e as Pernas:
- Deitado em decúbito dorsal, unir os pés pelas solas e afastar os joelhos.
Levando-as até a pélvis, massagear com atenção toda musculatura,
ossos e tendões, observando dores e desconfortos.
-
Flexionar os dedos,
pressionando as articulações
entre as falanges, sem es talar
propositadamente (mas se isto
ocorrer não há problema),
fazendo com que a energia se
desprenda.
Curso de Massagem Oriental 27
-
Sentar e, ainda com os pés
unidos e joelhos afastados,
massagear a curvatura dos
pés, com os polegares.
- Unir agora os joelhos
elevados, com os pés no
chão e percutir pelo lado
externo da coxa e da perna,
sempre do quadril para o pé.
Repetidamente.
- Dar atenção aos joelhos e
tornozelos, tocando
atentamente nestas
articulações.
Os Pés:
-
Depois, percutir desde o
calcâneo até o alto das coxas,
com as mãos fechadas e
movimento ritmado. Sempre
dos pés para o quadril, pela
parte interna da perna e da
coxa. Repetidamente.
-
Iniciamos com a massagem das solas dos pés, com os polegares
pressionando cada ponto, cobrindo toda a superfície dos pés. Percutir
com a mão fechada, sobre o calcâneo, e depois com a mão aberta,
por toda a sola do pé.
Curso de Massagem Oriental 28
-
-
Trabalhar os artelhos com o
mesmo cuidado que os
dedos da mão e de forma
semelhante.
O dorso do pé é trabalhado
seguindo os espaços entre os
metatarsianos.
Massagem Oriental
Origens
Em primeiro lugar, para esclarecimentos, é preciso dizer que a
expressão medicina oriental é na verdade muito ampla para ser
significativa. Mas eu a uso de maneira especial, geralmente bem aceito
hoje em dia, para indicar a medicina que se originou na China e chegou
ao Japão através da Coréia. Medicina Chinesa ou Kampo pode ser
dividida em duas, chaves principais de desenvolvimento. Sistemas de
terapia que se desenvolveram na área do Rio Amarelo incluem
Acupuntura, Moxa e Massagens Anma, todas elas amplamente
praticadas no Japão nos dias atuais.
As origens primitivas da Acupuntura e do Moxa estão intimamente
relacionadas à natureza da terra banhada pelo Rio Amarelo. Ali o solo é
estéril; embora ainda existam rochas e grandes pedras, a vegetação é
geralmente constituída de mato rasteiro e de uma planta conhecida como
Artemísia (mugwort). Conseqüentemente, quando as pessoas se
machucavam de maneira a formar pus, era natural que usassem
pequenas lascas de pedra para punctuar a ferida e estagnar a
supuração.
Similarmente, quando alguma outra parte do corpo falhasse em sua
função, eles aplicavam pequenas quantidades de Artemísia seca à área e
punham fogo. O calor localizado produzido pela Artemísia em chamas
fornecia-lhes alívio. Nesta época desenvolveram-se a Acupuntura e o
Moxa.
A Massagem Anma teve início através do simples hábito de
pressionar e esfregar as mãos e pés com as pontas dos dedos ou palmas
das mãos. Após séculos de experiência prática com estes tratamentos,
os chineses apreenderam os pontos do corpo onde Acupuntura e Moxa
produzem efeitos máximos.
Em contraste com esta facção nortista da medicina chinesa, a região
sulista em volta do Rio Yangtze produziu seu próprio sistema, este
também baseado na natureza da terra. Na região sul da China, a terra é
rica, e plantas de todos os tipos crescem em profusão.
Quando os habitantes desta área adoeciam, misturavam preparados
medicinais de raízes secas, plantas e cascas de árvores. Por algum
tempo ambos os sistemas coexistiram sem qualquer interpretação
significativa. Mas, quando a Dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) unificou as
nações, as duas se juntaram para formar o que hoje é conhecido como
Medicina Chinesa ou Kampo (a primeira sílaba Kam é uma variação
fonética de Kan, a leitura japonesa do caráter usado para escrever o
nome da Dinastia Han).
A medicina chinesa deste tipo composto chegou ao Japão no Século
Curso de Massagem Oriental 29
VI (Período Asuka) e foi o principal meio medicinal até o fim do período
Edo (1615 a 1868).
Após o início do período Meiji (1868 a 1912) a influência ocidental
invadiu a nação e, com ela, a medicina ocidental que tomou lugar da
medicina chinesa como campo primordial de tratamento e pesquisa.
Apesar disso, a medicina chinesa continua a ser popular e amplamente
praticada nos dias atuais.
As Formas da Massagem Chinesa no Adulto
A Medicina Tradicional distingue oito formas de massagem no adulto.
(I) O Tui (Deslizamento): se pratica com o polegar ou a eminência
tenar.
Compreende:
Definição
A Massagem Oriental é um método terapêutico manual que se baseia
na aplicação, em pontos específicos do corpo humano, de pressões, de
forma a eliminar a fadiga, de criar sensações agradáveis e a estimular as
defesas naturais do organismo.
As Regras Principais da Massagem Chinesa
Estas massagens, extremamente numerosas na medicina chinesa,
nem sempre levam em conta o sentido da circulação de energia, elas se
fazem geralmente com o polegar e compreendem um determinado
número de características.
Elas se fazem, antes de mais nada, seguindo um procedimento
imutável que consiste em efetuar passagens sobre o trajeto a ser
seguido, com pressão crescente, de forma que a primeira passada
represente uma simples carícia, enquanto que na última passagem - em
geral a vigésima - a massagem constitua-se numa forte pressão sobre o
trajeto.
A pressão do polegar sobre o ponto de partida deve ser a mesma até
o fim do percurso, e esta pressão deve permanecer a mesma durante
todo o trajeto da massagem.
O trajeto deve ser respeitado de um modo bastante preciso para não
se invadir territórios vizinhos, cujos meridianos não tenham necessidade
de serem tocados.
Ocorre que, desde que a massagem se faça ao longo de um
meridiano conheci do, deve-se proceder à massagem de um ou vários
pontos específicos, pressionando-os, o que não é habitual na massagem
clássica.
Pode-se, por fim, ter de massagear-se longitudinalmente várias linhas
de cada vez, ou seja, mais de um meridiano em cada trajeto, e procurar
cuidadosamente em determinados níveis aquilo que os chineses chamam
de "o barbante", que parece ser uma contratura muscular localizada que
deve-se fazer desaparecer pela massagem.
1) O Ping Tui (Deslizamento em Linha): é praticado sem interrupção
no sentido longitudinal; por exemplo, sobre um meridiano. É indicado
na massagem da caixa torácica, das regiões lombares e dos
membros.
2) O Tse Tui (Deslizamento Lateral): pratica-se igualmente sem
interrupção, porém no sentido transversal; por exemplo, sobre os
trajetos horizontais dos meridianos da cabeça ou dos ramos
horizontais dos Vasos Maravilhosos como TaeMo ou vaso cintura.
Indicação: cabeça e cintura, vasos maravilhosos.
3) O Pae Tui (Deslizamento Vaivém): pratica-se de trás para frente ou
da frente para trás, como uma plaina. Pode-se utilizá-la sobre a caixa
torácica, costas e nos membros.
4) O Chanta Tui (Deslizamento Semicircular): é praticado com o bordo
distal do polegar, sobre o bordo da unha; quanto mais rápido o
movimento, melhor o efeito. Ele é sobretudo recomendado na
massagem ao longo das costelas e sobre o abdômen.
(II) O Na (Pinçamento Vibratório): pratica-se um pinçamento no qual
sacode-se ou faz-se vibrar a porção da pele pinçada - a princípio
ligeiramente e depois mais energicamente. Esse método lembra os
pinçamentos terapêuticos vietnamitas que consistem em pinçar a região
onde se acha um ponto conhecido na acupuntura chinesa para agir sobre
um sintoma particular. Para melhor condicionar os músculos e as
articulações distinguem-se as quatro técnicas seguintes:
1) Chan Chuan Na (Rolar os Músculos): prendem-se as massas
musculares com as pontas dos dedos (polegar, indicador e médio) e
faz-se um movimento de vaivém em linha reta ou em movimento
circular. Utiliza-se bastante esta técnica no tratamento das algias das
extremidades dos membros e costas.
2) Chin Si Na (Pinçar Dobrando-Pregueando a Pele): indicado na
massagem do pescoço e da espádua-ombro. É praticado de uma
forma análoga à da massagem por rolamento, apenas neste caso
pregueando-se para frente e para trás sem se fazer rolamento sobre a
pele.
Curso de Massagem Oriental 30
3) Yo Na (Vibração): prende-se a massa muscular entre os dedos e
efetua-se movimento de vaivém fazendo vibrar energeticamente a
região mantida entre os dedos. Esta técnica é sobretudo utilizada para
os membros e tórax.
4) Tou Na (Vibração Apoiada): coloca-se o polegar sobre a região a ser
massageada e faz-se vibrar esta mão. Este método é o mesmo da
massagem ocidental. Uso geral, nas costas.
(III) O An (Pressão): pressiona-se a região a ser massageada, seja
com a mão, seja com a extremidade do dedo. A pressão pode ser
superficial, média ou profunda, e distinguem-se em duas técnicas:
1) O Chin An: pressão com a ponta dos dedos. Trata-se de uma
pressão suave, média ou forte, praticada com a polpa de um ou vários
dedos sobre um ou vários pontos. Esta técnica é empregada para a
cabeça, pescoço, costas e membros inferiores.
2) O Tienn An: pressão com a extremidade do polegar em diversos
lugares do corpo. Pode ser acrescentada uma pressão com o índex
ou o dedo médio, porém estando eles bem afastados dos outros. Esta
técnica é utilizada em massagens em quaisquer partes do corpo.
(lV) O Mo Fa (Fricção): trata-se de uma fricção rápida em vaivém e
que se pratica em cada região, seja com a palma da mão ou com a
eminência tenar. Indicação: costas/flancos. Deve-se tomar cuidado nas
áreas com pêlos.
(V) O Kim Fa (Vaivém com Pressão): nesta massagem a fricção é
mais calcada (pressão forte) e mais lenta.
(Vl) O Nieh Fa (Amassamento): esta técnica é diferente do
amassamento clássico conhecido no Ocidente. Prende-se uma massa
muscular entre o polegar e o indicador em forma de pinça e a manobra
consiste em preguear primeiramente, depois pinçar e soltar a massa
muscular, em várias seqüências ao longo do trajeto do músculo
passando-se do tendão da inserção inferior em direção ao tendão da
inserção superior. Indicação: grandes massas musculares.
ou ainda a mão fechada.
Quadro Simplificado dos Movimentos Chineses
TUI
(deslizamentos - polegares e eminências tenar e
hipotenar).
Ping Tui
(em linha - polegares) lndicação: Tórax/lombar/membros.
Tse Tui
(lateral) Indicação: Cabeça/cintura.
Pae Tui
(vaivém-plaina) Indicação: Tórax/costas/membros.
Chanta Tui
(semicircular) Indicação: Costelas/abdome.
NA
(pinçamento vibratório) - polegar-indicador-médio ou
polegar.
Chan Chuan
Na
(pinçamento rolante) Indicação:
Extremidades/costas/algias.
Chin Si Na
(preguear e dobrar) Indicação: Abdome, Pescoço e
espádua-ombro.
Yo Na
(pinçamento vibratório) lndicação: Membro/tórax
Tou Na
(vibração apoiada) Indicação: Geral/costas (polegares).
AN
(pressão)
Chin An
(pontas dos quatro dedos) Indicação:
Cabeça/nuca/costas/membros.
Tienn An
(ponta do polegar) Indicação: Uso geral.
MO FA
(fricção rápida) Indicação: Costas/francos.
KIM FA
(vaivém com pressão) Indicação: Regiões muito tensas.
NIEH FA
(amassamento) Indicação: Grandes massas musculares.
CHA FA
(amassamento-fricção) - Ambas as mãos - dedos
entrelaçados.
Indicação: Membros/lombar.
PO FA
(percussão) lndicação: Todo o corpo.
Um dedo, vários dedos, mão aberta, mão fechada.
(V1I) O Chá Fa (Amassamento-Fricção): esta massagem é efetuada
entre as duas palmas com as mãos e dedos entrelaçados, que, depois de
pegar a massa muscular com pressão, executam uma fricção sobre a
mesma. Ela é utilizada para os membros e a região lombar.
(VIII) O Po Fa (Percussão): percute-se uma região com apenas um ou
com vários dedos, a palma da mão, os bordos da mão, as costas da mão,
Curso de Massagem Oriental 31
-
A Sensibilidade de Quem Toca
Retirando os Bloqueios
Tocar e ser tocado voltemos ao mesmo pretexto deste livro. Há um
sem-número de bloqueios no tocar e ser tocado, que muitas vezes não
nos damos conta. Estes bloqueios podem ser percebidos e trabalhados
por diversos exercícios: - Reconhecimento de formas inanimadas, pelo
tato (objetos).
- Percepção do contato com material especial (areia, grãos, água,
massa).
- Sentindo o próprio corpo.
- Contato de mãos com mãos.
- Toque simultâneo do corpo de duas pessoas, com as mãos.
- Toque simultâneo corpo com corpo, duas pessoas.
- Exercícios de grupo:
a) o círculo ou o trem;
b) o ônibus ou o corredor;
c) o caracol ou círculos concêntricos;
d) pequenos grupos e o abraço e
e) o neuro-táctil.
COMO SÃO ESTES EXERCÍCIOS:
Percepção do Contato com Material Especial
Este exercício muitas vezes é difícil para uma sala de aulas, no
entanto é ótimo para ser praticado em casa ou ao ar livre. Consiste no
manuseio de um material especial como: areia, cereais, água ou massa
de modelagem, com os olhos fechados e a atenção aguçada. Por
exemplo: coloca-se as duas mãos dentro de uma vasilha cheia de feijão e
as mãos vão se movendo livremente no recipiente percebendo o tato e a
forma dos grãos em contato com as suas mãos. O mesmo se pode fazer
com areia ou ainda com as mãos mergulhadas na água. A modelagem de
massa, sem a preocupação de produzir alguma forma conhecida, desde
que com os olhos fechados, também é de grande valia para o aumento
de nossa percepção táctil!
-
Sentindo o Próprio Corpo
Após um relaxamento onde tenhamos estado por alguns minutos
completamente imóveis e descansados, podemos identificar pelo
deslizamento suave de nossas mãos por todo o corpo, ainda com os
olhos fechados, e sem evitar qualquer parte, mesmo os pontos do corpo
menos tocados, como: as axilas, a pélvis, as costas e os pés, devem ser
tocados com atenção, e achamos mesmo que o mínimo de roupas deve
ser usado nesta ocasião, de tal forma que possamos sentir o contato
direto de nossa pele. (Foto 1 e 2)
-
Reconhecimento de Formas Inanimadas, Pelo Tato
Este exercício tem grande valor no desenvolvimento do tato como um
sentido forte. Deve ser praticado com os olhos fechados enquanto
tomamos um pequeno objeto nas mãos e observamos todos os detalhes
de sua forma. É feito em pequeno grupo, onde cada um dos participantes
coloca em um saco um pequeno objeto pessoal, sem que os demais
vejam. Sentados em círculo, o orientador coloca à frente de cada
participante um objeto tirado do saco (os participantes já estão com os
olhos fechados) e durante uns trinta segundos cada pessoa pega o
objeto à sua frente e observa detalhadamente a sua forma, procurando
vários usos para aquela forma.
Sendo que o orientador deve instruir o grupo de que não tem a menor
importância descobrir o real uso do objeto, mesmo que este seja de fácil
identificação. É interessante também imaginar o dono do objeto, ou a cor
deste objeto sem o ver. Troca-se o objeto com a pessoa do lado, sempre
de olhos fechados e desta forma cada objeto passa pela mão de todos os
participantes. No final é interessante colocar todos os objetos no centro
do círculo e de olhos abertos às pessoas identificam cada objeto e
confirmam suas expectativas.
Curso de Massagem Oriental 32
-
Contato de Mãos com Mãos (Duas Pessoas)
Sentados frente a frente (de preferência no chão), concentre-se por
alguns instantes e atrite as suas mãos. Façam ambos da mesma forma.
Após o atrito unam as suas mãos e, ainda sem movimento das mãos,
procurem sentir o contato, o calor, a forma, a sensação de ter mãos
tocando as suas. Perceba que estas mãos são únicas, incomparáveis
com quaisquer outras mãos, pois que representam seres humanos
ímpares. (Foto 3)
Foto 1
Foto 3
Depois comecem a dialogar, movendo lentamente as suas mãos num
diálogo. Portanto, fale e ouça com as suas mãos, sinta e deixe sentir.
Entregue-se e receba o parceiro. Comande e seja comandado. Acarinhe
e sinta-se acarinhado.
Foto 2
-
Procure manter toda a sua atenção neste reconhecimento de seu
próprio corpo e sinta prazer no que está fazendo. Observar se alguma
região de seu corpo apresenta qualquer reclamação ou dor, e em caso
positivo, detenha-se naquela região por mais algum tempo. Saboreie a
sua pele.
Toque Simultâneo no Corpo de Duas Pessoas, com as Mãos
Este exercício também é feito sentado, muito embora vocês possam
fazê-lo em posição. Inicia da mesma forma que o anterior, com a
concentração ainda sem tocar, aquecimento de suas próprias mãos por
atrito, e depois a união das mãos de ambos. Façam os primeiros
Curso de Massagem Oriental 33
contatos, somente mãos com mãos, e então num momento propício para
ambos, iniciem o toque ao longo dos antebraços, dos braços e dos
ombros, e dos ombros em diante cada um escolhe o seu caminho.
Procure manter toda a atenção ao que está acontecendo, sem imitar as
mãos que tocam no seu corpo, sentindo as sensações de tocar, de sentir
o corpo do outro, ao mesmo tempo em que permite o toque no seu corpo,
e saborei o ato de ser tocado, e permita a fusão destas sensações, sem
pensar, sentindo, apenas sentindo(Foto 4 e 5)
Foto 5
-
Foto 4
Toque Simultâneo Corpo a Corpo, Duas Pessoas
De pé, frente a frente, ou costas com costas, permanecemos imóveis
a princípio nos concentrando. Depois vamos nos encostando no corpo do
outro e iniciando movimentos lentos, gostosos, de tocar no outro com o
próprio corpo, dançando, (será conveniente o som de música suave),
contatando cada parte do corpo do outro que seja encaixável no seu.
(Foto 6 e 7)
Curso de Massagem Oriental 34
com o uso de roupas, mas não deixe de tocar inteiramente o corpo com o
corpo. Mova suas articulações ao máximo, todas elas, desde os dedos,
mãos, punhos, cotovelos, ombros, coluna cervical, torácica, lombar,
articulação coxo-femural, joelhos, tornozelos e articulações dos artelhos,
movendo as articulações de tal forma que os movimentos de cada parte
do corpo encaixem no outro. Permita-se brincar de sentir, de provocar, de
recuar, de insistir, de fugir, de ficar, de gostar... de amar.
-
Os Exercícios de Grupo
O Círculo: (Foto 8 e 9)
Este exercício deve ser feito por grupo mínimo de seis a oito pessoas,
não tem limite máximo de pessoas, sempre observando a capacidade do
local. Inicia com os participantes de pé, de mãos dadas, em círculo, e
passa por uma fase prévia onde estão todos com os olhos fechados. O
contato nesta fase é apenas com as duas mãos, havendo a constatação
emocionante de estar contactando duas pessoas ao mesmo tempo.
Depois de algum tempo, abrimos os olhos e giramos para o lado direito,
ao mesmo tempo, de forma que estamos agora com as mãos no ombro
de quem estava à nossa direita, enquanto que a pessoa antes à
esquerda está agora às nossas costas, com as mãos em nossos ombros.
Começamos a mover as mãos massageando os ombros, a nuca e o
pescoço, a cabeça, as orelhas, enfim, até o rosto pode e deve ser tocado.
Entretanto, por se tratar de exercício simultâneo, você estará também
observando a pessoa de trás que toca no seu corpo, nas mesmas partes
já citadas. Sinta as duas emoções: tocar e ser tocado, e perceba que
agora a pessoa que toca não é a mesma tocada por você, e mais, em
termos de circulação de energia, está havendo uma troca geral entre
todos os participantes que somam os seus potenciais energéticos num
processo de estabilização grupal, que figuradamente pasteuriza o
exercício. Não pense que esta homogeneização que ocorre naturalmente
no exercício tira qualquer mérito ou capacidade de produzir prazer; ao
contrário, a estabilização das emoções, pelo equilíbrio da energia
circulante, que é a soma de cada participante, permite que a maioria, ou
até todos os componentes do grupo, melhor aprecie as sensações.
Foto 6
Foto 7
Procure tocar livre, e mesmo que você precise se autocensurar, faça-o
Curso de Massagem Oriental 35
Depois de algum tempo os participantes fazem um giro de 180º sobre
os seus próprios pés e ficam agora de frente para a pessoa que estava
atrás. É que vamos retribuir os toques recebidos, tocando neste momento
a pessoa que antes nos massageou. Repetem-se os toques como antes.
(Foto 10)
Foto 8
Foto 10
Este mesmo exercício pode ser feito também com os participantes
sentados uns entre as pernas dos outros, formando um círculo bem
encaixado, onde como complemento podemos nos deitar todos no colo
da pessoa de trás.
O Ônibus ou o Corredor:
Foto 9
Curso de Massagem Oriental 36
Exercício que também deve ser feito com número grande de pessoas,
consiste em formar uma coluna de pares de costas, ou de frente,
formando um túnel. Vamos simular a trajetória de uma pessoa em um
ônibus cheio. Cada um dos participantes deverá passar pelo corredor
formado de pessoas bem agrupadas, que dificultam ao máximo a sua
passagem, sem impedi-la, exercitando um toque mais intenso e revelador
da nossa capacidade de deslocamento entre um número grande de
pessoas
conglomeradas.
(Foto
11
Foto
11)
Foto 12
O Caracol ou Círculos Concêntricos
Foto 11
Este exercício, como o nome indica, é feito por um grupo de pessoas
que se unem em círculo: concêntricos, de forma que o círculo do centro é
pequeno e o círculo imediato tem número de participantes pouco maior e
os demais círculos também aumentam de tamanho. O exercício consiste
em ir aproximando todos os participantes com o fechamento de todos os
círculos, formando uma massa compacta de pessoas. Inicialmente ficam
somente abraçadas sentindo o calor dos corpos unidos, depois se
liberam os braços e mãos e procuramos fazer contacto com todas as
pessoas que estiverem ao nosso alcance. Podemos também girar 360º
fazendo contacto com pessoas de todos os lados. (Foto 13 e 14)
Curso de Massagem Oriental 37
Pequenos Grupos e o Abraço:
O tamanho ideal de cada grupo é de cinco participantes. Inicia de pé,
com uma das pessoas no centro e as demais formando um círculo de
mãos dadas. É então que os participantes do pequeno círculo se
abraçam, comprimindo a pessoa do meio com seus corpos abraçados.
Fazemos contacto com as pessoas da volta, despreocupado com quem
está no meio (que a esta altura já se sente bem abraçada). Depois de
alguns instantes, soltamo-nos e nos encostamos todos na pessoa do
centro e lentamente fazemos um giro de 360º em torno do nosso eixo,
sempre em contacto da pessoa do meio. Quando todos voltam a ficar de
frente para a pessoa do meio, levam-se as mãos à cabeça dela, e bem
lentamente todos acarinham o corpo daquela pessoa, desde a cabeça
até os pés e voltam à cabeça. O exercício se completa com um grande
abraço das cinco pessoas. (Fotos 15 e 16)
Foto 13
Foto 15
Foto 14
Curso de Massagem Oriental 38
Foto 17
Foto 16
Foto 18
Repete-se o exercício alternando a pessoa do meio.
O Neuro-Táctil:
Em grupo com tamanho ideal de nove participantes, este exercício
consiste em um dos participantes deitar-se e os demais se sentarem a
sua volta para acarinhar o seu corpo com muitas mãos ao mesmo tempo.
(Foto 17 e 18)
Cada participante, após breve concentração, deverá deslizar as suas
mãos pelo corpo da pessoa deitada numa busca de identificação de cada
parte daquele corpo (os olhos devem estar fechados), com um misto de
curiosidade e demonstração de afeto. As mãos devem cobrir toda a pele
da pessoa deitada, devagar e com a máxima atenção. Depois de tocar
por algum tempo de um lado, vira-se a pessoa e repete-se os
deslizamentos do outro lado. Pode-se ainda elevar o corpo da pessoa
com o esforço de todos.
Reveza-se a pessoa do meio, sempre repetindo todas as fases do
exercício.
ATENÇÃO: Estes exercícios têm como propósito o aumento da
percepção do tocar e ser tocado e podem ser discutidos ou comentados
no final, desde que por todos os participantes.
Curso de Massagem Oriental 39
A vida será mais forte se a preservação do equilíbrio da energia for à
meta, ou será enfraquecida se não houver este equilíbrio biológico.
OBSERVAÇÂO: Estas duas fontes primeiras são chamadas primordiais
por estarem presentes já nos primórdios de nossa vida.
A Energia Corporal
Conceito
O conceito de energia circulante corporal está ligado a uma linguagem
antiga da compreensão da vida, através da comparação do ser humano
com o meio ambiente que habita. Os povos orientais guiavam-se pela
observação do universo, e introduziram a interpretação das reações
humanas em relação aos ciclos celestes e terrestres, que de alguma
forma mantinham uma afinidade entre si.
- Se existe uma força cósmica capaz de produzir o movimento nos
corpos celestes, todos eles se movem.
- Se existe uma força terrestre capaz de fecundar o solo com uma
semente,
- que germina e brota e cresce e floresce e fecunda novamente
- o solo e envelhece e murcha e morre e se perpetua na planta
seguinte – a filha.
- Se também eu nasci dos meus pais e fui criança e fui rapaz e sou
homem e serei velho e morrerei deixado nos filhos e no trabalho a
semente que fecunda a terra e me perpetua - TEREMOS ALGO
EM COMUM NESTAS TRÊS FORMAS?!!
A energia corporal, que é uma extensão, uma continuação, uma
representação, uma energia cósmica, pode ser medida, interpretada,
localizada, modificada e reequilibrada pelo ser humano. Ela tem fontes
onde podemos reelaborar a energia que colocamos em contato com a
nossa própria energia e que transforma o momento, a ponto de produzir
reações que reequilibrem o organismo.
São elas, as fontes:
Macrocósmica - A primeira fonte, que nos induz a tomar o próprio
universo como causador e maior interlocutor de nossas vidas.
Representa a força universal que deu origem à vida e que, no caso,
permitiu toda a evolução da espécie humana até aqui e permite
prosseguir nas crianças de hoje o que serão os pais de amanhã. Esta é a
fonte que contém todas as demais, que reúne toda a energia mais pura.
Fonte Ancestral (Pai + Mãe)
A segunda fonte que já se mostra mais individual é a representação da
soma da energia contida pelo meu pai e pela minha mãe, capaz de gerar
um novo ser que sou eu. No momento da concepção há libertação de
uma centelha energética que produz o fenômeno da vida.
Enquanto houver a realimentação desta centelha com energia constante
haverá vida.
Fonte Respiratória - esta fonte de energia é na realidade a primeira
utilizada, pois é a primeira inspiração de ar que determina o nascimento
de uma pessoa.
Naturalmente mantemos o fluxo respiratório ativo durante toda a nossa
existência, e esta função que na maior parte de nossa vida é involuntária
(ou seja, não é necessário pesar na respiração para mantê-la), pode
também ser voluntária, ou bem cuidada, de tal forma que possamos
contar com esta fonte para estabelecermos o equilíbrio energético do
fluxo corporal.
Temos hoje, facilmente comprovável, um grande número de pessoas que
vivem em cidades e que mantém um tipo de vida que as faz utilizar pouco
a pouco a fonte respiratória, fazendo com que várias anomalias de ordem
respiratória/circulatória se estabeleçam no organismo.
Além dos problemas específicos que a má utilização da respiração pode
nos causar, temos que chamar a atenção para o fato de que o equilíbrio
geral depende da utilização harmoniosa das três fontes de manutenção
(respiratória-alimentar-interpeessoal). Com isto, concluímos que uma
utilização precária desta fonte respiratória estará relacionada com o
desequilíbrio eventual de nossa energia.
Fonte Alimentar - Quanto a esta fonte também há muitos conceitos
falsos ou incompletos. A qualidade do alimento é mais importante do que
a quantidade, e aqui não estamos julgando qualidade pelo preço do
alimento; nem mesmo pelo valor específico de cada componente do prato
a comer. O que há de mais notável em uma alimentação saudável é a
sua capacidade de nos deixar bem, ativos e bem-humorados.
Não coma porque esta na hora do almoço, ao contrário, almoce somente
quando estiver com fome. Aliás, coma somente quando estiver com muita
fome. Mastigue muito, apreendendo a energia dos alimentos. O excesso
de alimentos, a combinação indevida, o comer apressado, emocionado
ou sem atenção também dificulta a absorção desta energia.
Coma de forma a sair da mesa ainda com fome e só volte a ela quando já
estiver com muita fome.
Fonte Interpessoal - Todas as trocas humanas envolvem a fonte
interpessoal. Falar com uma pessoa a quem admiramos geralmente nos
torna felizes, e esta felicidade é a melhor representação de uma forma
nutritiva de relação. Se acarinhamos alguém querido e sentimos prazer
Curso de Massagem Oriental 40
neste toque, então estamos trocando energia de forma plena e saudável.
No entanto há inúmeras formas de relação humana. Ler o livro de
alguém, ouvir música agradável ou pensar em pessoa distante.
Há porém certas ocasiões em que trocamos energias negativas, por
exemplo quando dirigimos maus pensamentos a pessoas com as quais
nos aborrecemos. Assim, podemos concluir que a troca de energia
interpessoal pode ser pobre e destrutiva. O importante entretanto é
manter alto o nível desta troca de energia interpessoal e purificá-la
sempre que possível.
As Cinco Grandes Leis da Massagem Oriental
A.
B.
C.
D.
Circulação de uma energia cíclica no corpo.
A Bipolarização desta energia em YIN/YANG.
Projeção cutânea dos órgãos profundos sobre a pele.
Circulação da energia ao nível da pele sobre trajetos precisos
(Meridianos).
E. A existência sobre esses trajetos, de pontos nos quais a
massagem suaviza a dor em local particular.
Polaridade Yin e Yang
A palavra Yang significa para os chineses a claridade do sol e a
palavra Yin ausência de claridade.
Lei Única: "O Universo é a oscilação das duas atividades Yin e Yang,
e suas manifestações".
Todo fenômeno, ser vivo, objeto, etc., ocorre a partir da inter-relação
constante de Yin e Yang. Esses dois aspectos antagônicos e
complementares de KI formam um número infinito de combinações que
constituem o Universo; a diversificação da Unidade.
Os chineses deram grande importância a esta oposição e regulam a
sua filosofia e medicina nesta polaridade. O que permite a vida
desenrolar-se em boa saúde é o perfeito acordo com as leis da Natureza
e o equilíbrio com a polaridade Yin e Yang.
Exemplos da Polaridade na Natureza:
-
O céu se forma pela acumulação de Yang A terra por acumulação
de Yin.
Yin está sempre calmo. Yang está sempre agitado.
Yang se transforma em energia. Yin para criar a vida natural.
O Sol e as estrelas são Yang. A Lua e os planetas Yin.
Alguns Princípios e Teoremas Sobre Yin e Yang:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
Todas as coisas são diferentes manifestações da Unidade
Infinita.
Nada é estático, tudo muda.
Todos os antagonismos são complementares.
Não há dois entes iguais.
Tudo que tem verso, tem reverso.
Tudo que tem começo, tem fim.
Quanto maior o verso, maior o reverso.
Yin e Yang são os dois pólos da pura expansão infinita.
Yin e Yang surgem continuamente da pura expansão infinita.
Yin é centrífugo, Yang é centrípeto. Yin e Yang produzem
energia.
Yin atrai Yang. Yang atrai Yin.
Yin repele Yin. Yang repele Yang.
A força de atração e repulsão entre as coisas é diretamente
proporcional à diferença de seu componente Yin e Yang.
Todo fenômeno é produzido por Yin e Yang em combinações, em
variadas proporções.
Curso de Massagem Oriental 41
15. Todos os fenômenos são efêmeros devido às constantes
alterações das agregações dos componentes Yin e Yang.
16. Nada é exclusivamente Yin ou Yang. Tudo encerra polaridade.
17. Não existe nada neutro. Yin e Yang estão em excesso em
qualquer concorrência.
18. Grande Yin atrai pequeno Yin; grande Yang atrai pequeno Yang.
19. No extremo, Yin produz Yang e Yang produz Yin.
20. Todas as concreções físicas são Yang no centro e Yin na
periferia.
Classificação de Yin e Yang
YIN
YANG
Tendência
Expansão
Contração
Posição
Fora
Dentro
Estrutura
Espaço
Tempo
Direção
Ascendente
Descendente
Cor
Violeta
Vermelho
Temperatura
Frio
Quente
Peso
Leve
Pesado
Catalisador
Água
Fogo
Partícula Atômica
Elétron
Próton
Elementos
K, O, P Ca, N, Si, Mn
He. H, As, C1, Na, C
Luz
Escuro
Claro
Construção
Periferia
Interior
Vibração
Onda Curta
Onda Longa
Atividade
Mental
Física
Biológica
Vegetal
Animal
Sexo
Fêmea
Macho
Nervos
Simpático
Parassimpático
Sabor
Picante, Azedo, Doce
Salgado, Amargo
Classificação
Os Pontos de Comando
Os Pontos
Os pontos Chineses, também chamados pontos ativos, constituem
uma realidade clínica facilmente constatável. Distribuídos ao longo das
linhas de energia chamadas Meridianos, localizados em lugares
conhecidos desde a mais remota antiguidade, sua existência não pode
passar inadvertida para aqueles que examinam cuidadosamente o
Curso de Massagem Oriental 42
paciente. Muitas vezes, o paciente nos chama a atenção sobre certas
dores localizadas em lugares que se repetem com freqüência.
O que são e o que significam estes pontos doloridos? Todo transtorno
de um órgão profundo trás como conseqüência à aparição de uma
sensibilidade dolorosa espontânea ou provocada, sensibilidade que
desaparece uma vez desaparecido o transtorno profundo que a originou.
E quando se exerce uma ação sobre as zonas dolorosas logra-se uma
transformação do órgão afetado, transformação esta favorável.
Pontos de Comando
Localização dos Pontos
Pontos de Alarme
A exata localização dos pontos é indispensável para uma terapêutica
correta. Devemos levar em conta que o ponto tem uma superfície
aproximada de 1 a 2 milímetros quadrados e é necessário desenvolver
uma técnica correta para localizá-lo.
Quando o ponto é sensível, coisa que nem sempre acontece, a
localização é facilitada. Basta apalpar suavemente o trajeto do Meridiano
até encontrar o ponto.
Devemos lembrar que os pontos estão localizados sempre em
depressões ou elevações ósseas, e/ou disposições musculares ou
tendinosas.
Conhecendo o trajeto do Meridiano descobriremos os pontos através
das referências ósseas e musculares, usando a unidade de medida Tsun
(distância).
São utilizados para verificar a intensidade de energia no Meridiano.
Estão localizados sobre os órgãos com os quais estão relacionados.
Se na observação do ponto o sentirmos duro, quente e dolorido
superficialmente, isto indica excesso de energia (Yang). Se for mole, frio
e dolorido em profundidade há falta de energia (Yin). Abreviatura: PA.
Os pontos de alarme são os seguintes:
Todos os pontos correspondentes a um Meridiano exercem uma maior
ou menor ação sobre o órgão ou função correspondente. Mas cada
Meridiano possui sete pontos importantes cuja ação é específica com
respeito ao funcionamento do órgão com o qual está relacionado. São os
seguintes:
Pulmão
Bexiga
Intestino Grosso
Rim
Estômago
Circulação / Sexo
Baço-Pâncreas
Triplo Aquecedor
Coração
Vesícula Biliar
Intestino Delgado
Fígado
(à direita Pâncreas e à esquerda Baço)
É necessária uma prática constante para o desenvolvimento da
sensibilidade do tato.
Curso de Massagem Oriental 43
P1
VC3
E25
VB25
VC12
R11 (sexualidade)
CS1 (circulação)
F13
VC5 (geral)
VC7 (urogenital)
VC12 (digestivo)
VC17 (respiratório)
VC14
VB23
VC4
F14
de maior atividade (horário do Meridiano seguinte).
A punção dos pontos de tonificação deve ser feita de forma bilateral,
com pressão alternada. Abreviatura: PT Os doze pontos de tonificação
são:
Pulmão
Bexiga
Intestino Grosso
Rim
Estômago
Circulação / Sexo
Baço-Pâncreas
Triplo Aquecedor
Coração
Vesícula Biliar
Intestino Delgado
Fígado
P9
B67
IG11
R7
E41
CS9
BP2
TA3
C9
VB43
ID3
F8
Pontos de Sedação
Usados para diminuir a quantidade de energia do Meridiano. A energia
dispersada pelo ato de sedar não se perde, simplesmente se desloca,
indo incorporar com a energia de um Meridiano em falta. Sedar um
determinado Meridiano pode ser uma boa técnica para tonificar outros.
O melhor momento para sedar um Meridiano corresponde às horas de
sua máxima atividade. Abreviatura: PS.
Os pontos de sedação são:
Pontos de Tonificação
Usados para aumentar a quantidade de energia no Meridiano. A
excitação deste ponto provoca a excitação do órgão ou a função
relacionada com o Meridiano.
Mas deve-se entender que esse efeito estimulativo só pode ser
exercido se o órgão se encontrar em nível energético inferior ao normal.
Deve-se entender que pelo simples fato de excitar o ponto não criamos
energia. A tonificação é feita quando trazemos energia de outro
Meridiano. Portanto, a condição indispensável para uma tonificação de
energia é que haja energia a mais em outros Meridianos. Vemos então
que, ao tonificarmos um Meridiano com pouca energia, trazemos a
energia de um outro que estava com excesso e conseguimos o equilíbrio
energético.
O melhor momento para tonificar um Meridiano é o final de seu horário
Pulmão
Bexiga
Intestino Grosso
Rim
Estômago
Circulação / Sexo
Baço-Pâncreas
Triplo Aquecedor
Coração
Vesícula Biliar
Intestino Delgado
Fígado
Ponto Fonte
Curso de Massagem Oriental 44
P5
B65
IG2
R1
E45
CS7
BP5
TA10
C7
VB38
ID8
F2
Ponto ambivalente, usado como complemento de uma tonificação ou
de uma sedação da energia do Meridiano. Portanto, este ponto deve ser
usado em conexão com o Meridiano acoplado (Pulmão-lntestino Grosso,
Fígado-Vesícula Biliar, etc.).
Muitos autores aconselham utilizar o ponto fonte de maneira
sistemática quando se tonifica ou se seda; em ambos os casos se
reforçam o ato. Abreviatura: PF.
Os pontos fontes são os seguintes:
Pulmão
Bexiga
Intestino Grosso
Rim
Estômago
Circulação / Sexo
Baço-Pâncreas
Triplo Aquecedor
Coração
Vesícula Biliar
Intestino Delgado
Fígado
P9
B64
IG4
R3
E42
CS7
BP3
TA4
C7
VB40
ID4
F3
OBSERÇÃO: Nas crises usar o PAs em sedação. Fora das crises,
usar o PAs em tonificação.
Ponto Geki
Ponto japonês usado para sintomas agudos. Efeito geral: sedante.
Abreviatura: PG.
Os pontos Geki são:
Pulmão
Bexiga
Intestino Grosso
Rim
Estômago
Circulação / Sexo
Baço-Pâncreas
Triplo Aquecedor
Coração
Vesícula Biliar
Intestino Delgado
Fígado
P6
B63
IG7
R5
E34
CS4
BP8
TA7
C6
VB36
ID6
F6
Ponto de Assentamento
Ponto Horário
O ponto de assentamento se encontra fora do trajeto do Meridiano.
Está localizado sobre o Meridiano da Bexiga. A utilização deste ponto
pode ser feita em tonificação ou sedação, é de grande utilidade em
sintomas crônicos. Efeito geral: tonificante. Abreviatura: PAs.
Os pontos de assentamento são:
Ponto a ser usado no intervalo de tempo correspondente à maior
energia do Meridiano. Ponto de tratamento. Abreviatura: PH.
Os pontos horários são:
Pulmão
Bexiga
Intestino Grosso
Rim
Estômago
Circulação / Sexo
Baço-Pâncreas
Triplo Aquecedor
Coração
Vesícula Biliar
Intestino Delgado
Fígado
B13
B28
B25
VB23
B21
B14
B20
B22
B15
B19
B27
B18
Pulmão
Bexiga
Intestino Grosso
Rim
Estômago
Circulação / Sexo
Baço-Pâncreas
Triplo Aquecedor
Coração
Vesícula Biliar
Intestino Delgado
Fígado
Curso de Massagem Oriental 45
P8
B66
IG1
R10
E36
CS8
BP3
TA6
C8
VB41
ID5
F1
Fluxograma dos Pontos de Equilíbrio
Curso de Massagem Oriental 46
Imagem Figurada das Funções dos Meridianos
A Grande Circulação de Energia
O primeiro livro sobre Acupuntura de que se tem notícia - S0 QUENN
NEI TCHING - foi escrito na China cerca de 300 anos antes de Cristo.
Dentre as várias curiosidades documentadas neste livro destaca-se
um diálogo entre o Imperador Huang II e seu médico Chi Po, que mostra
uma extraordinária comparação entre as funções vitais do corpo e a
política.
A simples explicação do relógio cósmico no seu ciclo diário nos faz
entender uma série de pequenos fatos cotidianos, que nos passam
desapercebidos.
Observando o quadro 1 podemos perceber:
- Ao longo das vinte e quatro horas que compõem o dia temos três
ciclos ou três voltas completas da energia ao longo do corpo. Cada
ciclo está composto por dois pares de meridianos. Cada meridiano
recebe energia e torna-se o dono do horário durante duas horas por
dia.
- O primeiro ciclo, ou ciclo da captação de energia se inicia por volta
das três horas da manhã, aumentando a disponibilidade de energia
para o meridiano dos pulmões, numa alusão a ser este o melhor
horário de despertar. Ao iniciar os primeiros movimentos do dia
(movimentos instintivos como mover mãos e pés, inspirar mais
profundo, abrir e fechar os olhos, esfregar partes do corpo,
espreguiçar e por fim sentar e levantar), no horário que antecede o
nascimento do Sol, quando a força Yang representada pela luz solar
já se aproxima do horizonte, o ser humano, como muitos animais,
realiza a natural função de captar energia (que os hindus chamam de
PRANA) através da inspiração e expiração nasal. Seu horário de
maior função se expande até próximo das cinco horas. É neste
momento que a carga maior de energia se desloca para o Meridiano
do intestino grosso. Seria este o momento propício para a excreção
dos resíduos sólidos da alimentação da véspera. O meridiano do
intestino grosso comanda também a absorção de líquidos, tendo ação
sobre tensões emocionais. Às sete horas a energia principal é
transferida para o trajeto do meridiano do estômago, sugerindo que
este é um horário próprio para a alimentação. Este meridiano também
dá lugar à elaboração da energia. Comanda a concentração e a
retidão das idéias.
Às nove horas entra em plenitude o meridiano do Baço-Pâncreas, um
meridiano que representa a digestão através da função combinada do
baço (hematopoiese = formação de sangue); e a do pâncreas endócrino
(regulador das reservas de glicogênio no sangue). O horário deste
meridiano finaliza-se às onze horas. Este meridiano e os três
precedentes pulmão, intestino grosso e estômago, compõem o ciclo da
manhã, ou da captação de energia, ou seja, realiza uma volta completa
pelo corpo.
Às onze horas temos o início do horário do meridiano do coração,
responsável pelo funcionamento cardíaco e dos vasos de circulação
sanguínea. Liga-se com a energia psíquica, com a consciência e
O Fígado equipara-se ao ministro da defesa, que tem a atribuição
de elaborar os planos estratégicos; a Vesícula Biliar, ao ministro do
planejamento que, a fim de suprir as necessidades, planeja
mediante o processo de julgar e tomar decisões; o Coração, ao
supremo chefe do poder soberano, que, por avantajar-se a seus
subordinados em conhecimentos e íntima compreensão da
organização como conjunto, a dirige; o Intestino Delgado, ao
ministro das finanças, que, como dirigente das despesas, envia
através do corpo a matéria nutritiva transformada; a CirculaçãoSexualidade, ao ministro das relações exteriores, que pelas ações
diplomáticas e diferentes negociações, propicia felicidade e alegria
a seu país; o Triplo Aquecedor, ao ministro dos transportes e do
interior, que coordena os planos de todos os transportes, além da
construção de represas canalizações e outras obras de proteção,
em benefício do equilíbrio geral; o Estômago, ao ministro da
fazenda, que, como coordenador da receita pública, atende às
iniciativas econômicas; o Baço-Pâncreas, ao ministro dos recursos
econômicos (agricultura. indústria e comércio, minas e energia), que
coordena o desenvolvimento e a expansão da vida; os Pulmões, ao
ministro da justiça, que controla a atividade dos agentes públicos na
estabilidade da ordem e segurança; o Intestino Grosso, ao ministro
da área social (educação, saúde e assistência social), que controla o
bem-estar e a evolução coletiva: os Rins ao ministro do trabalho,
que controla a força de trabalho dos artesãos, produtores, e outros
operários; a Bexiga, ao ministro das comunicações, que exercita o
controle regulador de todas as demais funções.
Curso de Massagem Oriental 47
inteligência.
Às treze horas entra em cena o meridiano do intestino delgado, que
comanda a absorção, o anabolismo (assimilação) e a síntese das
proteínas. Produtor de energia vital lança toxinas sólidas ao intestino
grosso e líquido aos rins e bexiga. Comanda a produção.
Às quinze horas temos o meridiano da bexiga, como o mais
abastecido de energia. Este meridiano comanda a excreção dos líquidos,
além de atuar sobre o sistema simpático. Comunica-se com todos os
demais meridianos através dos Pontos de Assentamento.
Às dezessete horas passa a reinar o meridiano dos rins que comanda
as ações filtro-excretórias dos rins além das glândulas| supra-renais,
donde se deduz a ação sobre a sexualidade.
Às dezenove horas temos o início do terceiro ciclo, ou da utilização da
energia. O meridiano da circulação-sexualidade entra em maior carga.
Este meridiano comanda a circulação da massa humoral e a sexualidade.
Representa a totalidade da massa circulante com seu conteúdo humoral,
hormonal e imunológico.
As vinte e uma horas, seu companheiro, o meridiano do triplo
aquecedor, é o mais importante, com sua função tríplice:
- Função cárdio-respiratória - correspondendo ao aquecedor superior.
Regula a circulação do sangue, rico em oxigênio.
- Função digestiva - captação e transformação dos alimentos aquecedor médio.
- Função genito-urinária - eliminação e sexualidade propriamente dita.
As vinte e três horas temos o apogeu do meridiano da vesícula biliar
que comanda a função biliar total, intra e extra-hepática, incluídas as vias
biliares.
E finalmente à uma hora da manhã temos a maior carga do meridiano
do fígado, que comanda o metabolismo, a sexualidade, os músculos e a
acuidade visual.
Quadro I
A grande circulação de energia ao longo do ciclo diário
Pulmões:
(yin) (11)
Intestino
Grosso
(yang) (20)
Estômago
(yang) (45)
3-5
1º Ciclo
Manhã
5-7
7-9
Captação
BaçoPâncreas
(yin) (21)
Coração
(yin) (9)
9-11
2.º Ciclo
Tarde
Assimilação
11-13
X 17-19
X
CirculaçãoSexualidade
(yin) (9)
Triplo
Aquecedor
(yang) (23)
Vesícula
Biliar (yang)
(44)
Fígado (yin)
(14)
19-21
X 21-23
Intestino
Delgado
(yang) (19)
13-15
Bexiga
(yang) (67)
Rins (yin)
(27)
X 15-17
X
23-1
X
1-3
2º Ciclo Tarde
Assimilação
3º Ciclo Noite
Utilização
Quadro II
1º Ciclo
2º Ciclo
3º Ciclo
Tronco Mão
P
CS
C
Yin do braço
Mão Cabeça
IG
ID
TA
Yang do braço
Cabeça Pé
E
B
VB
Yang da perna
Pé Tronco
BP
R
F
Yin da perna
Frente
Costas
Meio
Curso de Massagem Oriental 48
Meridiano dos Pulmões (Fei-Ching)
tristeza, angústia, desassossego.
Número de Pontos:
11 pontos.
Sintomas de Excesso de Energia:
Transtornos congestivos, dor no ombro e escápula, sudorese e
poliúria; tosse seca, espirros, bocejos, agitação, excesso de auto-estima.
Polaridade:
Yin (-) negativa
Sentido da Energia:
Tronco - Mão = centrífugo
Horário:
Das 3 às 5 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é
adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
Este Meridiano comanda o aparelho respiratório incluindo as vias
aéreas (laringe, fossas nasais, brônquios) e a pele.
Sua expressão emocional é o pranto e a tristeza.
Relações:
O Meridiano dos pulmões está relacionado com os seguintes
Meridianos:
• Intestino grosso, seu acoplado.
• Fígado e intestino grosso, na seqüência da Grande Circulação de
energia.
• Bexiga pela via meio-dia - meia-noite (opostas doze horas).
• Baço-Pâncreas (terra) e rim (água) na seqüência generativa dos
5 elementos.
• Coração e circulação-sexo (fogo) e fígado (madeira) de acordo
com a Lei da Dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através dos vasos secundários o Meridiano do pulmão faz conexão
com os seguintes Meridianos:
• No ponto P1 com F14 (com o fígado).
• O ponto IG4 e P9 com IG6, estes pontos fazem conexão com
VC9, VC12, VC17.
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Dor e frio no dorso e espádua, temor ao frio, tosse, insônia, alteração
da cor da pele, língua vermelha, dor subclavicular, perda das forças,
Trajeto:
Nasce no ponto P1 Tchong-Fou, situado no 2.º espaço intercostal,
sobre a linha para-axilar, a duas distâncias da linha mamilar. Daí sobe
até debaixo da clavícula onde está o ponto P2 Iunn-Menn, de onde sobe
para a face interna do braço, correndo sobre o músculo bíceps braquial,
passando pelos pontos P3 Tienn-Fou e P4 Sie-Po, cruza a articulação do
cotovelo por fora do tendão do bíceps onde se encontra o ponto P5
Tchre-Tsre e se dirige em linha reta, pela borda do rádio para a mão,
passando pelo ponto P6 Krong-Tsoe. Ao chegar a três distâncias
(distância = largura - da articulação superior do polegar) da articulação do
punho, desvia-se para fora da artéria radial alcançando aí o ponto P7 LieTsiue, voltando para continuar sobre a artéria onde à altura do pulso
encontramos os pontos P8 Tsing-Tsui e P9 Trae-Iuann. Percorre o bordo
externo da eminência tenar, passando pelo ponto P10 Iu-Tsi, terminando
no ângulo ungueal externo do polegar no ponto P11 Chao-Chang.
Localização Anatômica dos Pontos
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
Sobœ o tórax, no 2º espaço intercostal, na margem lateral superior
da 3ª costela.
Sobre a margem inferior da clavícula, sobre o ápex da depressão
formada pelo triângulo do músculo grande peitoral e do músculo
deltóide.
Na face ântero-lateral do braço, lado radial do bíceps braquial, a 12
cm (6 cun) da prega do cotovelo.
Sobre a face ântero-lateral do braço, lado radial do bíceps braquial,
a 10 cm (5 cun) da prega do cotovelo.
(PS) Sobre a prega do cotovelo, margem lateral do tendão do
músculo bíceps braquial.
(PG) Sobre a face ântero-lateral do antebraço, com a mão em
supinação, a 14 cm (7 cun) da flexão do punho.
Na margem ântero-lateral do rádio, na mesma linha da ponta do
processo estilóide, a 1 cm (0,5 cun), proximal.
(PH) Sobre o processo estilóide do rádio.
(PT) Sobre a linha do processo estilóide do rádio, a 2 cm (1 cun)
do ponto P8.
Curso de Massagem Oriental 49
P10
P11
Sobre a eminência tenar, por sobre o 1º osso metacarpiano, na
depressão óssea do lado distal do mesmo, na margem ânteroexterna.
Sobre o ângulo ungueal medial do polegar.
Meridiano dos pulmões
Meridiano do Intestino Grosso (Ta-Tchrang-Ching)
Número de Pontos:
20 pontos bilaterais
Polaridade:
Yang (+) Positiva
Sentido da Energia:
Mão - Cabeça = centrípeto
Horário:
Das 5 às 7 h, este Meridiano se encontra com a máxima energia e é
adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Funções:
Este Meridiano comanda o intestino grosso e as suas funções de
absorção dos líquidos e eliminação dos resíduos. E relaciona-se com a
tensão emocional.
Relações:
O Meridiano do intestino grosso relaciona-se com os seguintes
Meridianos:
• Pulmão, seu acoplado.
• Pulmão e estômago na seqüência da grande circulação.
• Rim pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).
• Estômago (terra) e bexiga (água) na seqüência generativa dos 5
elementos.
• Intestino delgado e triplo aquecedor (fogo) e vesícula biliar
(madeira) de acordo com a Lei da Dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através de vasos secundários o Meridiano do intestino grosso faz
conexão com os seguintes Meridianos:
• O ponto IG6 com P9 e o lG4 com P7.
• O ponto IG9 faz conexão com o estômago.
• Outros vasos secundários ligam este Meridiano aos seguintes
pontos: ID12, VB3, VB4, VB5 e VB14, VC24, e SN26,
Curso de Massagem Oriental 50
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Temor ao frio, difícil aquecimento, prolapso do recto, constipação
hipotônica, diarréia, aerocolia, erupções.
Sintomas de Excesso de Energia:
Calor e inchação ao longo do meridiano, constipação hipotônica,
abdome doloroso, sede, palavras incorretas, odontalgia, acnes, prurido.
Localização Anatômica dos Pontos
IG1 Sobre o ângulo ungueal medial do dedo indicador.
IG2 Na face medial da articulação metacarpofalangeana do dedo
indicador, na depressão distal.
IG3 Na face medial da articulação metacarpofalangeana do dedo
indicador, na depressão medial.
IG4 Junto à face medial do 2.º metacarpiano no nível da metapófise.
IG5 Sobre o metacarpo do polegar no centro da depressão formada
pelo tendão extensor longo e curto do polegar.
IG6 Sobre o rádio, a 6 cm (3 cun) proximamente ao IG5.
IG7 Sobre o rádio, a 10 cm (5 cun) proximamente ao lG5.
IG8 Sobre o rádio, a 16 cm (8 cun) proximamente ao IG5.
IG9 Sobre o rádio, a 18 cm (9 cun) proximamente ao lG5.
IG10 Sobre o rádio, a 20 cm (10 cun) proximamente ao IG5.
IG11 Em uma depressão na face lateral do cotovelo, junto à linha de
flexão: quando o braço é flexionado, anteriormente ao epicôndilo
umeral.
IG12 Junto do epicôndilo umeral, no seu bordo lateral interno.
IG13 Junto à borda ântero-lateral do número, a 6 cm (3 cun) da prega do
cotovelo.
IG14 Sobre a face lateral do braço, na inserção do músculo deltóide.
IG15 Com o braço em adução, na borda ântero-inferior da articulação
acromioclavicular.
IG16 Em uma depressão formada pela angulação da extremidade
acromioclavicular com a espinha da escápula.
IG17 Sobre a borda posterior do músculo esternocleidomastoídeo, no
nível do 1º anel cricóide.
IG18 Ao nível da cartilagem tireóidea, a 6 cm (3 cun) lateralmente sobre
o pescoço.
IG19 A 1 cm (0,5 cun) lateralmente ao sulco nasal, partindo da sua
metade horizontal e vertical.
IG20 Um ponto que se encontra imediatamente por fora da asa do nariz,
em um sulco.
Curso de Massagem Oriental 51
Meridiano do intestino grosso
Meridiano do Estômago (Oe-Ching)
•
Número de pontos:
45 pontos bilaterais
•
Polaridade:
Yang (+) positiva
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Tórax e abdome frios, gases, dor no tórax e abdome, anorexia,
digestão lenta, diarréia.
Sentido da energia:
Cabeça - pés = centrífugo
Horário:
Das 7 às 9 h este Meridiano encontra-se com a máxima energia. É
adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
Este Meridiano comanda o estômago e o duodeno, e suas funções
digestivas e transformadoras de alimentos. Nele tem lugar a elaboração
de energia, o que o torna um dos mais importantes Meridianos.
Sua expressão emocional é a obsessão, além de controlar a
concentração e a retidão das idéias.
Relações:
O Meridiano do estômago está relacionado com os seguintes
Meridianos:
• Baço-Pâncreas, seu acoplado.
• Intestino grosso e baço-pâncreas na seqüência da Grande
Circulação de energia.
• Circulação-sexualidade pela via meio-dia - meia-noite (opostos
12 horas).
• Intestino delgado, triplo-aquecedor (fogo) e intestino grosso
(metal) na seqüência generativa dos 5 elementos.
• Vesícula biliar (madeira) e bexiga (água) de acordo com a Lei da
Dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através de vasos secundários o Meridiano do estômago faz conexão
com os seguintes Meridianos:
•
•
com o ponto BP4.
Na região cefálica estabelece relação com os pontos VB1, VB3,
VB4, VB5, VB6, VB14 e B1.
O ponto E12 conecta-se com o ponto VC12.
No ponto E7 recebe vasos secundários do intestino grosso, do
fígado, do vaso da concepção e do sistema nervoso.
O ponto E4O está conectado com o ponto BP3 e o ponto E42
Sintomas de Excesso de Energia:
Calor no tórax e abdome, digestão rápida, fome e sede, abdome
dolorido, urina amarela escura, língua amarela e constipação.
Trajeto
Inicia na cabeça, mais precisamente na face, borda inferior da órbita
ocular - ponto E1 - Tchreng-Tsri, desce verticalmente passando por E2 Se-Pae; E3 - Tsiu-Tsiao; E4 - Ti-Tsrang até encontrar p ponto E5 - Ta-Ing
junto da inserção do Masseter, no centro do corpo mandibular, onde se
bifurca: a primeira parte sobe obliquamente, passando pelo ângulo da
mandíbula E6 - Tsia-Tchre, e dirige-se à região temporal passando por
E7 - Sia-Koann, até alcançar E8 - Treou-Oe; a segunda e principal parte
desce verticalmente pela parte anterior do maxilar, cruza a mandíbula e
desce pelo esternocleidomastoídeo, ou melhor, entre este e a faringe,
onde encontramos os pontos E9 Jenn-Ing, E10 Choe-Trou, até alcançar a
clavícula no ponto E11 - Tsri-Che percorrendo o bordo superior dessa por
duas distâncias, ponto E12 - Tsiue-Prenn. Desce ao tórax pela linha
mamilar passando pelos pontos E13 - Tsri-Rou, E14 Krou-Fang, E15 Ou-I, E16 - Ing-Tchroang, E17 - Jou-Tchong, até a horizontal da parte
inferior da apófise xifóide onde está o ponto E18 Jou-Kenn, depois desce
verticalmente a duas distâncias da linha média passando pelos pontos
E19 Pou-Jong, E20 - Tchreng-Mann, E21 Leang-Menn, E22 Koan-Menn,
E23 Trae-I, E24 Roa-Jeou, E25 Tienn-Tchrou, E26 Oae-Ling, E27 TaTsiu, E28 Choe-Tao, E29 Koe-Lae, E30 Tsri-Tchrong, de onde passa à
face ântero-exterior da coxa que percorre verticalmente, passando pelos
pontos E31 Pi-Koann, E32 Fou-Trou, E33 Inn-Che, E34 Leang-Tsiou,
dirigindo-se à região ântero-lateral da patela ponto E35 Tou-Pi, continua
pela perna, face externa do músculo tibial anterior onde vamos encontrar
os pontos E38 Tiao-Kreou, E39 Sia-Lienn, E40 Fong-Long, chega ao pé
pela face anterior, ponto E41 Tsie-Tsri, seguindo pela face dorsal do pé
passando pelos pontos E42 Tchrong-Yang, E43 Sienn-Kou, E44 Nei-Ting
e, termina no ângulo ungueal externo do segundo artelho no ponto E45
Li-Toe.
Curso de Massagem Oriental 52
Localização Anatômica dos Pontos
E1
No forame orbitário.
E2
No forame supraorbitário.
E3
Perpendicularmente ao E2 e horizontalmente à base da asa do
nariz.
E4
A 8 mm (0,4 cun) lateralmente ao ângulo da boca.
E5
Sobre a borda anterior do masseter, no centro do corpo
mandibular.
E6
No ângulo da mandíbula, ponto ântero-superior, em pleno corpo
muscular do masseter.
E7
Em uma depressão na borda inferior do arco zigomático,
anteriormente ao côndilo da mandíbula. E8 - No alto e
posteriormente à bossa frontal.
E9
Na borda anterior do músculo esternocleidomastoídeo, na altura da
artéria carótida. Evitar o vaso.
E10 Na borda anterior do músculo esternocleidomastoídeo, na altura do
primeiro anel cricóide.
E11 Na borda superior da clavícula, entre as inserções do feixe esternal
do músculo esternocleidomastoídeo.
E12 Em meio à fossa supraclavicular, sobre a linha mamilar. Do ponto
E13 ao ponto E18, os pontos são distribuídos ao longo da linha
mamilar. E13 - Sob a clavícula.
E14 No 1º espaço intercostal.
E15 No 2º espaço intercostal.
E16 No 3º espaço intercostal.
E17 No 4º espaço intercostal, sobre o mamilo.
E18 No 5º espaço intercostal.
E19 A 4 cm (2 cun) para fora da linha mediana do corpo e a 12 cm (6
cun) do umbigo. Do ponto E20 ao ponto E30, os pontos são
distribuídos ao longo da linha vertical que corre paralelamente, a 4
cm da linha mediana (línea alba).
E20 A 10 cm (5 cun) acima do umbigo.
E21 A 8 cm (4 cun) acima do umbigo.
E22 A 6 cm (3 cun) acima do umbigo.
E23 A 4 cm (2 cun) acima do umbigo.
E24 A 2 cm (1 cun) acima do umbigo.
E25 No nível do umbigo.
E26 A 2 cm (1 cun) abaixo do umbigo.
E27 A 4 cm (2 cun) abaixo do umbigo.
E28 A 6 cm (3 cun) abaixo do umbigo.
E29 A 8 cm (4 cun) abaixo do umbigo.
E30 A 10 cm (5 cun) abaixo do umbigo.
E31 Ao cruzamento de uma linha vertical que passa pela espinha ilíaca
E32
E33
E34
E35
E36
E37
E38
E39
E40
E41
E42
E43
E44
E45
ântero-superior e de uma linha horizontal suprapúbica.
Entre o músculo reto do fêmur e o músculo vasto lateral, a 12 cm
(6 cun) do bordo superior da rótula.
Em uma depressão entre o tendão do músculo reto femural e o
músculo vasto lateral, a 6 cm (3 cun) da borda superior da rótula.
Em uma depressão entre o tendão do músculo reto femural e o
músculo vasto lateral, a 4 cm (2 cun) da borda superior da rótula.
Em uma depressão lateralmente ao ápice da rótula, evitando-se o
seu ligamento.
Junto à crista da tíbia, sob um platô a 6 cm (3 cun) abaixo do ápice
da rótula.
Junto à crista da tíbia, a 12 cm (6 cun) abaixo do ápice da rótula.
Junto à crista da tíbia, a 16 cm (8 cun) abaixo do ápice da rótula.
Junto à crista da tíbia, a 18 cm (9 cun) abaixo do ápice da rótula.
Junto à margem lateral da fíbula, a 16 cm (8 cun) abaixo da rótula.
Sobre o dorso do pé, entre os tendões dos músculos extensor
longo dos dedos e longo do hálux, na borda do ligamento cruzado.
A 3 cm (1,5 cun) distalmente do ponto E41.
Em uma depressão junto à junção do 2º e 3º ossos metatarsais.
Entre o 2º e o 3º dedos do pé, a 1 cm (0,5 cun) da prega
interdigital.
Sobre o ângulo ungueal lateral do 2º artelho.
Curso de Massagem Oriental 53
Meridiano do estômago
Meridiano do estômago (cont.)
Curso de Massagem Oriental 54
• Há ainda ligações com os pontos P1, VB24, F14, VC10 e VC17.
Meridiano do Baço-Pâncreas (Pi-Ching)
Número de Pontos:
21 pontos bilaterais
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Tensão abdominal, aerocolia, anorexia (falta de apetite), falta de sede,
digestão lenta, vômitos, diarréia, dores abdominais, falta de
concentração.
Polaridade:
Yin (-) negativa
Sintomas de Excesso de Energia:
Abdome doloroso, constipação, sensação de tensão no tórax e
abdome, angústia.
Sentido da Energia:
Pés-Tronco = centrípeto
Horário:
Das 9 às 11 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é
adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
Este Meridiano comanda as funções combinadas dos órgãos: baço
(em suas funções reguladoras da hematopoiese) e pâncreas endócrino
(em suas funções reguladoras sobre as reservas de glicoógeno).
Apresenta também importante função sobre o psiquismo (concentração)
e sobre o aparelho urogenital. Sua expressão emocional é a ansiedade.
Relações:
O Meridiano do baço-pâncreas está relacionado com os seguintes
Meridianos:
• Estômago, seu acoplado.
• Estômago e coração na seqüência da Grande Circulação.
• Triplo-aquecedor pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).
• Coração e circulação-sexualidade (fogo) e pulmão (metal) na
seqüência generativa dos 5 elementos.
• Fígado (madeira) e rim (água) de acordo com a Lei da dominância
dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através de vasos secundários o Meridiano do baço-pâncreas faz
conexão com os seguintes Meridianos:
• No ponto BP4 faz conexão com E42 e no BP3 com E40.
• No ponto BP6 se reúne com os Meridianos do fígado e rim.
• Este Meridiano faz conexão com os pontos VC3 e VC4 de onde
decorre suas funções nos processos ginecológicos.
• N0 ponto BP21 inúmeros vasos se ramificam por todo tórax,
distribuindo a energia gerada no estômago.
Trajeto:
Inicia na borda interna do hálux, ângulo ungueal, no ponto BP1 YinPo, segue pela borda superior interna do pé, onde se encontram os
pontos BP2 Ta-Tou, BP3 Trae-Po, BP4 Kong-Soun, BP5 Chang-Tsiou,
sobe pela borda posterior da tíbia passando pelos pontos BP6 Sann-YinTsiao, BP7 Leou-kou e BP8 Ti-Tsi, até alcançar a face medial do joelho
onde está o ponto BP9 Yin-Ling-Tsiuann. Continua subindo pela face
medial da coxa onde se localizam os pontos BP10 Siue-Rae e BP11 TsiMenn, ocupando a posição mais anterior entre os 3 Meridianos Yin do
membro inferior. Sobe ao abdome por fora do Meridiano do estômago,
onde se encontram os pontos BP12 Tchrong-Menn, BP13 Fou-Che,
BP14 Fou-Tsie, BP15 Ta-Rong e sobe ao tórax por fora da linha mamilar
passando pelos pontos BP16 Fou-Ngae, BP17 Che-Teou, BP18 TiennTsri, BP19 Siong-Siang, até o segundo espaço intercostal onde está o
ponto BP20 Tcheou-Iong, de onde desce para terminar no ponto BP21
Ta-Pao, localizado no sétimo espaço intercostal sobre a linha axilar.
Localização Anatômica dos Pontos
BP1 Sobre o ângulo ungueal medial do hálux.
BP2 Sobre a face medial do hálux, anteriormente à articulação
metatarsofalangeana.
BP3 Sobre a face medial do pé, proximamente à articulação do 1º
metatarso.
BP4 Sobre a face medial do pé, em uma depressão que se encontra
acima do bordo proximal da articulação entre o 1º metatarso e o 1º
osso cuneiforme.
BP5 Em uma depressão que se encontra sobre a borda ântero-inferior
do maléolo médio.
BP6 A 6 cm (3 cun) acima da ponta do maléolo médio, junto à margem
posterior da tíbia.
BP7 A 12 cm (6 cun) acima da ponta do maléolo médio, junto à margem
posterior da tíbia.
Curso de Massagem Oriental 55
BP8 A 6 cm (3 cun) abaixo da depressão do côndilo medial da tíbia,
junto à sua margem posterior.
B19 Na depressão do côndilo medial da tíbia, abaixo da sua
tuberosidade.
BP10 A 4 cm (2 cun) acima da borda superior da rótula, entre o músculo
vasto interno e o músculo sartório.
BP11 A 16 cm (8 cun) proximamente à borda superior da rótula, na
margem anterior do músculo sartório.
BP12 Lateralmente à artéria femural na altura da borda superior do
púbis.
BP13 A 1,4 cm (0,7 cun) verticalmente ao E12, a 8 cm (4 cun)
lateralmente à línea alba.
BP14 A 2,6 cm (1,3 cun) abaixo da linha horizontal do umbigo, a 8 cm (4
cun) lateralmente à línea alba.
BP15 A 8 cm (4 cun) lateralmente sob a horizontal do umbigo.
BP16 A 6 cm (3 cun) da horizontal do umbigo, a 8 cm (4 cun)
lateralmente à línea alba.
BP17 No 5º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média.
BP18 No 4º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média.
BP19 No 3º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média.
BR20 No 2º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média.
BR21 No 6º espaço intercostal, na linha axilar anterior.
Meridiano Baço-Pâncreas
Curso de Massagem Oriental 56
Meridiano do Coração (Sinn-Ching)
Meridiano Baço-Pâncreas (cont.)
Número de Pontos:
9 pontos bilaterais
Polaridade:
Yin (-) negativa
Sentido da Energia:
Tronco - Mão = centrífugo
Horário:
Das 11 às 13 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é
adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
O Meridiano do coração comanda o órgão cardíaco e os vasos
sanguíneos.
Relaciona-se com a energia psíquica, com a consciência e a
inteligência.
Sua expressão emocional é a alegria e a afetividade.
Relações:
O Meridiano do coração está relacionado com os seguintes
Meridianos:
• Intestino delgado, seu acoplado.
• Baço-Pâncreas e intestino delgado na seqüência da Grande
Circulação.
• Vesícula biliar, pela via meio-dia - meia-noite.
• Fígado (madeira) e baço-pâncreas (terra) na seqüência
generativa dos 5 elementos.
• Rim (água) e pulmão (metal) de acordo com a lei da dominância
dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através de vasos secundários o Meridiano do coração faz conexão
com os seguintes Meridianos:
• No ponto C5 faz conexão com ID4 e C7 com ID7.
• Através do ponto VC17 faz ligação com ID, R, CS, TA, F, IG, e
BP.
Curso de Massagem Oriental 57
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Pulso fraco, memória fraca, língua pálida, insônia, palpitação,
respiração acelerada, dor na ponta do coração, rosto pálido, medo,
timidez, medo sem razão (fobia), lipotimia (movimento do corpo suspenso
sem sensibilidade), menstruação insuficiente, micção freqüente com urina
incolor, angústia, má memória.
Meridiano do coração
Sintomas de Excesso de Energia:
Rosto vermelho, língua seca, pulso acelerado, palpitações fortes,
coragem, audácia, voz sonora, olhos brilhantes, menstruação abundante,
riso fácil, soluços, superexcitação.
Trajeto:
Parte do ponto C1 Tsi-Tsiuann no oco axilar, de onde passa à face
interna do braço, lado ulnar onde encontramos C2 Tsring-Ling, cruzando
a articulação do cotovelo em sua extremidade interna, C3 Chao-Rae,
cruza a articulação do punho sobre a artéria ulnar C4 Ling-Tao, C5
Trong-Li, C6 Inn-Tsri, C7 Chenn-Menn, ganha a palma da mão cruzando
a eminência hipotênar, C8 Chao-Fou, para terminar no ângulo ungueal
interno do dedo mínimo C9 Chao-Tchrong.
Localização Anatômica dos Pontos
C1
No centro do oco axilar, medianamente à artéria axilar.
Controlar a pulsação arterial para evitá-la.
C2
Sobre a borda medial do músculo bíceps, a 6 cm (3 cun) acima
do ápice da articulação do cotovelo (epitróclea).
C3
Na prega de flexão do cotovelo, próximo à margem medial da
epitróclea.
C4
Sobre a face ulnar, sede distal do antebraço, medialmente ao
tendão do músculo flexor do carpo, a 3 cm (1,5 cun) da borda
posterior do osso do punho (psiforme).
C5
Na face ulnar, sede distal do antebraço, medialmente ao tendão do
músculo flexor do carpo, a 2 cm (1 cun) da borda posterior do osso
psiforme.
C6
Na face ulnar, sede distal do antebraço, medialmente ao tendão do
músculo flexor do carpo, a 1 cm (0,5 cun) da borda posterior do
osso psiforme.
C7
Na face ulnar, sede distal do antebraço, sobre a borda posterior do
osso psiforme, medialmente ao tendão do músculo flexor do carpo.
C8
Na face palmar, entre o 4º e o 5º ossos metacarpianos, na sede
distal.
C9
No ângulo ungueal medial do 5º dedo.
Curso de Massagem Oriental 58
• Nos pontos ID17 e ID18 faz conexão com a vesícula biliar e triplo
aquecedor.
• No ponto ID7 faz conexão com C7 e no ID4 com o C5.
• Há ainda vasos secundários que o ligam a B1, B11, B36 e VC12,
VC13 e VC17.
Meridiano do Intestino Delgado
(Siao-Tchrang-Ching)
Número de Pontos:
9 pontos bilaterais
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Poliúria, urina muito clara, dores no ventre (região baixa), diarréia,
debilidade, inclinação para frente, friorento, diminuição da resistência
física, caráter fraco, choro fácil.
Polaridade:
Yang (+) positivo
Sentido da Energia:
Mãos - cabeça = centrípeto
Horário:
Das 13 às 15 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é
adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
Comanda o intestino delgado, a função de absorção, o anabolismo e a
síntese das proteínas. Lançam as toxinas e dejetos sólidos ao intestino
grosso, os líquidos à bexiga e rins. Produtor de energia vital (comanda a
produção).
Ação sobre as grandes depressões.
Relações:
O Meridiano do intestino delgado está relacionado com os seguintes
Meridianos:
• Coração, seu acoplado.
• Coração e bexiga, na seqüência da Grande Circulação.
• Fígado pela via meio-dia - meia-noite.
• Vesícula biliar (madeira) e estômago (terra) na seqüência
generativa dos 5 elementos.
• Bexiga (água) e intestino grosso (metal) de acordo com a lei da
dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através de Vasos Secundários o Meridiano do intestino delgado faz
conexão com os seguintes Meridianos:
• No ponto ID13 há um vaso secundário que o liga ao Meridiano do
sistema nervoso.
• No ponto ID12 recebe vasos secundários dos Meridianos do
intestino grosso, triplo aquecedor e vesícula biliar.
Sintomas de Excesso de Energia:
Cotovelo contraído, abdome dilatado com dores (melhora com a
expulsão de gases), recuperação física fácil, disúria (dificuldades ao
urinar), excitação fácil, caloroso.
Trajeto:
Inicia no bordo externo do dedo mínimo, ângulo ungueal ID1 ChaoTsre, percorre o bordo externo do dedo mínimo ID2 Tsienn Kou, ID3
Reou-Tsri, cruzando a borda externa do punho ID4 Oann-Kou, ID5 IangKou, e percorre o antebraço seguindo o bordo externo da ulna ID6 IangLao, ID7 Tche-Tcheng, cruza o cotovelo ao nível da goteira cubital ID8
Siao-Rae. Continua pela face póstero-interna do braço ID9 TsiennTchenn, passa pela região da escápula ao nível da escápula ID10 NaoIu, sobre a qual descreve um zigue-zague, ID11 Tienn-Tsong, ID12
Tchreng-Fong, sobre a nuca ID13 Tsiou-Iuann, ID14 Tsienn-Oa-E-Iu,
ID15, Tsienn-Tchong-Iu, ganha a região lateral do pescoço, ID16 TiennTchroang, ID17 Tienn-Jong e passa à face ID18 - Tsiuann-Tsiao, para
terminar no ID19 Ting-Kong, diante do pavilhão auricular.
Localização Anatômica dos Pontos
ID1 No ângulo ungueal lateral, lado ulnar do 5º dedo.
ID2 Na face ulnar, em uma depressão distalmente à articulação
metacarpofalangeana do 5º dedo.
ID3 Na face ulnar, em uma depressão proximamente à articulação
metacarpofalangeana do 5º dedo.
ID4 Na face ulnar, em uma depressão formada pela articulação do 5º
metacarpo com o osso uncinado.
ID5 Na face ulnar em uma depressão formada pelo processo estilóide
da ulna com o osso pisiforme.
ID6 Em uma depressão a montante da crista ulnar, na margem radial.
ID7 A 10 cm (5 cun) do ponto IG6, na face ulnar do antebraço, sobre o
corpo do músculo ulnar do carpo.
Curso de Massagem Oriental 59
ID8
ID9
ID10
ID11
ID12
ID13
ID14
ID15
ID16
ID17
ID18
ID19
Na face posterior da articulação-cubital proximal, em uma
depressão entre o olécrano e o epicôndilo medial do úmero.
Evidencia-se bem com o braço flexionado.
Com o braço estendido, o ponto se encontra a 2 cm (1 cun) acima
de uma linha que sobe verticalmente da prega axilar.
Sobre uma linha que sobe verticalmente da prega axilar, na borda
superior da articulação escápulo-umeral.
No centro da asa escapular relativamente à fossa subespinal.
Na metade da fossa supraespinal da escápula.
Na fossa supraespinal da escápula, proximamente, a meia
distância entre a borda superior da articulação escápulo-umeral
(ID10) e o processo espinhoso da D2 (2ª vértebra dorsal).
A 6 cm (3 cun) lateralmente ao processo espinhoso da D1 (1ª
vértebra dorsal).
A 4 cm (2 cun) lateralmente ao processo espinhoso da C7 (7ª
vértebra cervical).
A 1 cm posteriormente à borda posterior do músculo
esternocleidomastoídeo, ao nível da cartilagem tireóidea.
Posteriormente ao ângulo mandibular, na borda anterior do
músculo esternocleidomastoídeo.
Em uma depressão que se encontra na borda inferior do osso
zigomático.
Em uma depressão que se forma diante do ouvido ao nível da
articulação têmporo-mandibular quando o indivíduo abre a boca.
Meridiano do intestino delgado
Curso de Massagem Oriental 60
• No ponto B62 conecta R4 e o B58 com o R3.
Meridiano da Bexiga
(Prang-Koang-Ching)
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Polaquiuria com urina clara, hipoacusia (diminuição da audição).
Sintomas de Excesso de Energia:
Obstrução nasal, anesmia (perda do olfato), dores na coluna vertebral,
urina muito colorida, disúria (dificuldade ao urinar), ardor ao urinar,
insônia, cálculos, furunculose crônica.
Número de Pontos:
67 pontos bilaterais
Polaridade:
Yang (+) positiva
Sentido da energia:
Cabeça - pés = centrípeto
Horário:
Das 15 às 17 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é
adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
Este Meridiano comanda a bexiga além de atuar decisivamente na
função equilibradora dos rins, na qual representa o pólo Yang.
Este Meridiano atua sobre o sistema simpático.
Através de seus pontos de assentamento é possível agir sobre as
disfunções de praticamente todos os órgãos e vísceras.
Relações:
O Meridiano da bexiga está relacionado com os seguintes Meridianos:
• Rim, seu acoplado.
• Intestino delgado e rim, na seqüência da grande circulação.
• Pulmão pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).
• Intestino grosso (metal) e vesícula biliar na seqüência generativa
dos 5 elementos.
• Estômago (terra), intestino delgado e triplo aquecedor (fogo) de
acordo com a Lei da Dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através dos vasos secundários o Meridiano da bexiga faz conexão
com os seguintes Meridianos:
• No ponto B1 recebe vasos secundários dos Meridianos: ID, E, TA,
CS, BP.
• No ponto B11 conecta os Meridianos do sistema nervoso, intestino
delgado e triplo aquecedor.
• No ponto B32 faz conexão com o fígado e com a vesícula biliar.
Trajeto:
O Meridiano da bexiga começa no ângulo interno da órbita ocular, no
ponto B1 Tsing-Ming, segue verticalmente em direção à cabeça,
passando por B2 Tsroann-Tchou, percorre a calota craniana,
paralelamente à linha média onde se encontram B3 Mei-Tchrong, B4
Tsiou-Tchrae, B5 Ou-Tchrou, B6 Tchreng-Koang, B7 Trong-Tienn e B8
Lo-Tsri, continua pela região occipital, passando por B9 Iu-Tchenn e B10
Tienn-Tchou (limite inferior dos cabelos), segue pela nuca e ganha a
espádua, mantendo-se sempre paralelo à linha média (coluna) formando
a 1ª ramificação das costas, a mais próxima da coluna, passando pelos
pontos: B11 Ta-Tchrou, B12 Fong-Menn, B13 Fei-Iu, B14 Tsiue-Inn-Iu,
B15 Sinn-Iu, B16 Tou-Iu, B17 Ko-Iu, B18 Kann-Iu, B19 Tann-In, B20 PiIu, B21 Oe-Iu, B22 Sann-Tsiao-Iu, B23 Chenn-Iu, B24 Tsri-Rae-Iu, B25
Ta-Tchrang-Iu, B26 Koann-Iuann-Iu, B27 Siao-Tchrang-Iu, B28 PrangKoang-In, B29 Tchong-Liu-Iu, B30 Pae-Roann-Iu, B31 Chang-Tsiao, B32
Tsre-Tsiao, B33 Tchong-Tsiao, B34 Siao-Tsiao, B35 Roe-Iang,
ascendente até a altura da primeira costela, para percorrer novamente,
paralelo à coluna, um segundo trajeto mais afastado da linha média, onde
se encontram os pontos: B36 Fou-Fenn, B37 Pro-Rou, B38 Kao-Roang,
B39 Chenn-Trang, B40 I-Si, B41 Ko-Koann, B42 Roun-Menn, B43 IangKang, B44 I-Che, B45 Oe-Tsrang, B46 Roang-Menn, B47 Tche-Che, B48
Pao-Roang, B49 Tche-Pienn, passa depois à face posterior do músculo
cruzando o glúteo em sua parte média onde se situa o B50 Tchreng-Fou,
segue em direção à fossa poplítea, passando a nove distâncias deste,
pelo ponto B51 Inn-Menn, e a uma distância pelo ponto B52 Feou-Tsri,
na fossa poplítea encontramos o B53 Oe-Iang e o B54 Oe-Tchong;
descendo pela perna, em direção ao oco externo do maléolo, passando
por B55 Ro-Iang, B56 Tchreng-Tsinn, B57 Tchreng-Chann, B58 Fei-Iang,
B59 Fou-Iang, chega ao oco externo do maléolo, encontra aí sobre o
calcâneo o ponto B60 Kroun-Loun, e segue o bordo externo do pé, onde
se situam os pontos B61 Prou-Chenn, B62 Chenn-Mo, B63 Tsinn-Menn,
B64 Tsing-Kou, B65 Chou-Kou, B66, Trong-Kou, indo terminar no ângulo
ungueal externo do 5º artelho, no ponto B67 Tche-Inn.
Curso de Massagem Oriental 61
Localização Anatômica dos Pontos
B1
B2
B3
B4
A 2 mm (0,1 cun) lateralmente e superiormente à carúncula
lacrimal, no ângulo interno do olho. Evitar o saco lacrimal.
Em uma depressão no início do supercílio, ligeiramente abaixo da
bossa frontal.
Sobre a vertical que sobe do ponto B2 no nível da linha que indica
a implantação dos cabelos.
A 3 cm (1,5 cun) da linha mediana sobre a horizontal do ponto B3.
Do ponto B4 ao ponto B10, todos os pontos se encontram a 3 cm
da linha média.
B5
B6
B7
B8
B9
B10
B11
A 3 cm da linha média e a 1 cm do ponto B4.
A 3 cm da linha média e a 4 cm do ponto B4.
A 3 cm da linha média e a 7 cm do ponto B4.
A 3 cm da linha média e a 10 cm do ponto B4.
A 3 cm da linha média e no nível da protuberância occipital
externa.
A 3 cm da linha média sobre a linha occipital na inserção cranial do
músculo trapézio.
A 3 cm lateralmente à apófise espinhosa da primeira vértebra
dorsal (D1).
Do ponto B11 ao ponto B30, ao longo das paravertebrais, todos
os pontos encontram-se a 3 cm da apófise espinhosa.
As referências quanto à altura são relativas ao processo
transverso da vértebra indicada.
B12
B13
B14
B15
B16
B17
B18
B19
B20
B21
B22
B23
B24
B25
À altura da D2.
À altura da D3.
À altura da D4.
À altura da D6.
À altura da D7.
À altura da D8.
À altura da D9.
À altura da D10.
À altura da D11.
À altura da D12.
À altura da L1.
À altura da L2.
À altura da L3.
À altura da L4.
B26
B27
B28
B29
B30
B31
B32
B33
B34
B35
B36
B37
B38
B39
B40
B41
À altura da L5.
No nível do 1º foramen sacral.
No nível do 2º foramen sacral.
No nível do 3º foramen sacral.
No nível do 4º foramen sacral.
Sobre o foramen sacral.
Sobre o 2º foramen sacral.
Sobre o 3º foramen sacral.
Sobre o 4º foramen sacral.
Ao lado do processo transverso (rudimentar) da 1ª vértebra
coccígea.
Na metade da prega glútea, sob a borda inferior do músculo
grande glúteo.
Sobre a linha que une o ponto que se encontra na metade da
prega glútea (B36) com o ponto que se encontra na metade da
prega poplítea (B40 ou B54) a 12 cm do B36.
Em um ponto a 2 cm da linha média na face posterior do cóccix e a
2 cm acima da prega do cavo poplíteo.
A 2 cm (1 cun) lateralmente ao centro da prega do cavo poplíteo.
medialmente ao tendão do músculo bíceps femural.
Exatamente no ponto central do cavo poplíteo.
A 6 cm (3 cun) da borda lateral do processo espinhoso da D2.
Do ponto B41 ao ponto B54 todos os pontos são distribuídos ao
longo das paravertebrais a 6 cm da borda lateral do processo
espinhoso.
B42
B43
B44
B45
B46
B47
B48
B49
B50
B51
B52
B53
B54
B55
À altura do processo espinhoso da D3.
À altura do processo espinhoso da D4.
À altura do processo espinhoso da D5.
À altura do processo espinhoso da D6.
À altura do processo espinhoso da D7.
À altura do processo espinhoso da D9.
À altura do processo espinhoso da D10.
À altura do processo espinhoso da D11.
À altura do processo espinhoso da D12.
À altura do processo espinhoso da L1.
À altura do processo espinhoso da L2.
À altura do 2º foramen sacral.
À altura do 4º foramen sacral.
Sobre uma linha vertical que desce do centro do cavo poplíteo
(B40) a 4 cm (2 cun) de distância.
Curso de Massagem Oriental 62
B56
B57
B58
B59
B60
B61
B63
B64
B65
B66
B67
No centro do músculo gastrocnêmio sobre a vertical que desce do
centro do cavo poplíteo (B40) a 10 cm (5 cun) de distância.
Na angulatura do músculo gastrocnêmio sobre a vertical que desce
do ponto B40 a 16 cm (8 cun) de distância.
Em um ponto que se encontra a 1 cm (0,5 cun) lateralmente e a 1
cm distalmente do ponto B57.
A 8 cm (4 cun) sobre a linha que une o B58 ao bordo posterior do
maléolo interno.
Sobre a borda do osso calcâneo, à meia distância entre a margem
posterior do maléolo externo e do tendão de Aquiles.
A 3 cm (1,5 cun) posteriormente e a 3 cm inferiormente à ponta do
maléolo externo B62 - A 1 cm (0,5 cun) anteriormente e a 3 cm
inferiormente à ponta do maléolo externo.
A 3 cm (1,5 cun) anteriormente e a 3 cm inferiormente à ponta do
maléolo externo.
Sobre a face lateral do pé, a 2 cm (1 cun) atrás da articulação
metatarsofalângica do 5º dedo.
Sobre a face lateral do pé, imediatamente proximal da articulação
metatarsofalângica do 5º dedo.
Sobre a face lateral do pé em uma depressão adiante da
articulação metatarsofalangeana do 5º dedo.
Sobre o ângulo ungueal lateral do 5º dedo do pé.
Curso de Massagem Oriental 63
Meridiano da bexiga
Meridiano dos Rins
(Chenn-Ching)
Meridiano da bexiga (Cont.)
Número de pontos:
27 pontos bilaterais
Polaridade:
Yin (-) negativa
Sentido da energia:
Pés - tronco = centrípeto
Horário:
Das 17 às 19 h este Meridiano encontra-se com a máxima energia e é
adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
O Meridiano do rim comanda a ação filtro-excretora e secretora dos
rins, além de comandar as glândulas supra-renais. Assim se deduz a sua
ação sobre a sexualidade. Age sobre a assimilação renal, fornecendo
energia para a audição SNC e todo sistema endócrino. Relaciona-se com
a audição, ossos e cabelos. Sua expressão emocional é o medo.
Relações:
O Meridiano do rim está relacionado com os seguintes Meridianos:
• Bexiga, seu acoplado.
• Bexiga e circulação-sexualidade, na seqüência da grande
circulação.
• Intestino grosso, pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas)
Pulmão (metal) e fígado (madeira) na seqüência generativa dos 5
elementos.
• Baço-Pâncreas (terra) coração e circulação-sexualidade (fogo), de
acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.
Vasos secundários:
Através de vasos secundários o Meridiano do rim faz conexão com os
seguintes Meridianos:
• O ponto R4 faz conexão com B64 e o R3 com o B58.
• Outros vasos secundários conectam o Meridiano do rim nos
seguintes pontos: BP6; SN1; VC3; VC4; VC7; VC17.
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Lombalgia, ciática, espermatorréia, odontalgia, fraqueza e dores nas
Curso de Massagem Oriental 64
pernas, vertigem, indecisão, complexo de inferioridade, falta de
autoridade, irritação antes da menstruação.
Sintomas de Excesso de Energia:
Oliguria, urina carregada, constipação.
Trajeto:
O Meridiano dos rins nasce na região plantar dos pés, no ponto R1
Iong-Tsiuann, logo atrás dos músculos que protegem as articulações
metatarsofalângica, contorna o bordo interno do pé passando por R2
Jenn-Kou, passa pelo maléolo interno medial em cuja proximidade forma
um círculo, com os pontos: R3 Trae-Tsri, R4 Ta-Tchong, R5 ChoeTsiuann e R6 Tchao-Rae, ascende pela face interna da perna, passando
pelos pontos R7 Fou-Leou, R8 Tsiao-Sinn, R9 Tso-Pinn. Cruza o joelho
por sua parte mais interna da articulação, onde se situa o R10 Inn-Kou,
ganha a coxa, seguindo posterior aos outros Meridianos Yin de Baixo,
segue para o púbis, onde se localiza o R11 Rong-Kou (1/2 distância da
linha média, bordo do púbis). Sobe o abdome e o tórax entre a linha
média e o Meridiano do estômago, passando pelos pontos R12 Ta-Ro,
R13 Tsri-Tsiue, R14 Se-Mann, R15 Tchong-Tchou, R16 Roang-Iu, R17
Chang-Tsiou, R18 Che-Koann, R19 Inn-Tou, R20 Trong-Kou, R21 IouMenn, nesta altura, afasta-se da linha média e sobe paralelo a esta na
caixa torácica, passando por R22 Pou-Lang, R23 Chenn-Fong, R24 LingSiu, R25 Chenn-Tsrang, R26 Rouo-Tchong, para terminar debaixo da
clavícula no ponto R27 Iu-Fou.
Localização Anatômica dos Pontos
R1
Em uma depressão que se encontra na planta do pé, entre o 2º e o
3º dedos do pé, no nível da articulação metatarsofalangeana.
R2
Em uma depressão formada pela borda ântero-inferior dos ossos
naviculares.
R3
Na borda superior do osso calcâneo, à meia distância entre a
ponta do maléolo interno e o tendão de Aquiles.
R4
Ligeiramente abaixo e posteriormente ao maléolo externo, no limite
da inserção do tendão de Aquiles.
R5
Em uma depressão sobre o osso calcâneo, a 2 cm (1 cun) abaixo
do ponto R3.
R6
Em uma depressão a 2 cm (1 cun) acima da borda do maléolo
interno.
R7
Sobre a face medial da perna, anteriormente à borda do tendão de
Aquiles, a 4 cm (2 cun) acima do ponto R3.
R8
Sobre a face medial da perna, a 4 cm (2 cun) acima do ponto R3,
junto da borda posterior da tíbia (ao mesmo nível do ponto R7).
R9
Sobre a face medial da perna, a 10 cm (5 cun) acima do ponto R3,
na borda posterior da tíbia.
R10 Sobre a face medial da perna, no ponto medial da linha que
atravessa o cavo poplíteo, entre o tendão do músculo
semitendinoso e o tendão do músculo semimembranoso.
R11 Sobre a face abdominal, na borda superior do púbis, a 1 cm (0,5
cun) ao lado da linha mediana (línea alba).
R12 A 2 cm (1 cun) da borda superior do púbis.
R13 A 4 cm (2 cun) da borda superior do púbis.
R14 A 6 cm (3 cun) da borda superior do púbis.
R15 A 8 cm (4 cun) da borda superior do púbis.
R16 No nível do umbigo.
R17 A 4 cm (2 cun) do nível umbilical.
R18 A 6 cm (3 cun) do nível umbilical.
R19 A 8 cm (4 cun) do nível umbilical.
R20 A 10 cm (5 cun) do nível umbilical.
R21 A 12 cm (6 cun) do nível umbilical.
R22 A 4 cm (2 cun) lateralmente à linha média, ao nível do 5º espaço
intercostal.
Do ponto R22 ao ponto R27, todos os pontos são escalonados ao lado de
uma vertical ascendente a 4 cm (2 cun) paralela à linha mediana.
R23 No 4º espaço intercostal.
R24 No 3º espaço intercostal.
R25 No 2º espaço intercostal.
R26 No 1º espaço intercostal.
R27 Em uma depressão entre a face da 1º costela e a borda proximal
da clavícula.
Curso de Massagem Oriental 65
Meridiano dos rins
Meridiano da circulação-sexualidade
(Sinn-Pao-Ching)
Número de Pontos:
9 pontos bilaterais
Polaridade:
Yin (-) negativa
Sentido da Energia:
Tronco - mãos = centrífugo
Horário:
Das 19 às 21 horas, este Meridiano encontra-se com a máxima
energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para
tonificá-lo.
Função:
O Meridiano da circulação-sexualidade é chamado pelos franceses de
Mestre do Coração, embora sua denominação chinesa signifique algo
como Porto da Vida, já que representa duas funções (a circulação da
massa humoral e a sexualidade) que constituem a essência da própria
vida. Ele controla uma série de funções que guardam estreita relação
com a função cardíaca.
Fisiopatologicamente este Meridiano representa a totalidade da massa
circulante com seu conteúdo humoral, hormonal, imunológico.
Relações:
O Meridiano da circulação-sexualidade está relacionado com os
seguintes Meridianos:
• 6.1 Triplo aquecedor, seu acoplado.
• 6.2 Rim e triplo aquecedor, na seqüência da grande circulação.
• 6.3 Estômago, pela via meio-dia - meia-noite (oposto: 12 horas).
• 6.4. Fígado (madeira) e baço-pâncreas (terra) na seqüência
generativa dos 5 elementos.
• 6.5 Rim (água) e pulmão (metal) de acordo com a lei da
dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através dos vasos secundários o Meridiano da circulação-sexualidade
faz conexão com os seguintes Meridianos:
• CS1 faz conexão com os Meridianos do fígado, vesícula biliar e
com os pontos: VC7, VC12, VC13 e VC17.
Curso de Massagem Oriental 66
•
•
CS8 conecta-se com o ponto TA1.
O ponto CS6 conecta-se com o ponto TA4 e o ponto CS7 com o
TA5.
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Rigidez da cabeça e nuca, fadiga, falta de vigor sexual, depressão.
CS7 Sobre a metade da prega de flexão do punho, entre o tendão do
músculo longo palmar e o tendão do músculo radial do carpo.
CS8 Sobre a palma da mão, no centro da mesma, junto à borda (lado
polegar) do 3º osso metacarpiano.
CS9 Sobre o ângulo ungueal medial (lado polegar) do 3º dedo (médio).
Meridiano da circulação-sexualidade
Sintomas de Excesso de Energia:
Dor cardíaca, opressão, coração agitado, cefaléia congestiva, halitose,
cólera.
Trajeto:
Parte do ponto CS1 Tienn-Tchre, no quarto espaço intercostal, por
fora do mamilo, ascende pelo tórax, entre os Meridianos do estômago e
baço-pâncreas, passa pela face interna do braço onde encontramos o
ponto CS2 Tienn-Tsiuann, cruza a articulação do cotovelo por dentro do
tendão do músculo bíceps braquial, onde está o CS3 Tsiou-Tsre,
percorre o antebraço por sua linha média, em direção à articulação do
punho, onde estão os pontos: CS4 Tsri-Menn, CS5 Tsienn-Tche, CS6
Nei-Koann e CS7 Ta-Ling; este último na metade da articulação do punho
ganha a palma da mão, onde está o CS8 Lao-Kong, segue pela borda
interna do dedo médio, terminando no ângulo ungueal interno do mesmo
dedo, no ponto CS9 Tchong-Tchrong.
Localização Anatômica dos Pontos
CS1 Sobre a linha axilar anterior, no 4º espaço intercostal.
CS2 Sobre a face anterior do braço, na borda medial do músculo
bíceps, a 4 cm (2 cun) abaixo da extremidade da prega axilar.
CS3 Sobre a prega de flexão do cotovelo, na borda lateral do ponto de
inserção do tendão do músculo bíceps braquial.
CS4 A 10 cm (5 cun) da prega de flexão do punho, entre o tendão do
músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do
ca1po.
CS5 A 6 cm (3 cun) da prega de flexão do punho entre o tendão do
músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do
carpo.
CS6 A 4 cm (2 cun) da prega de flexão do punho, entre o tendão do
músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do
carpo.
É necessário lembrar que na flexão da mão sobre o antebraço formam-se
duas linhas. Referimos sempre à linha proximal que começa nas
apófises do rádio e da ulna.
Curso de Massagem Oriental 67
• O ponto TA20 faz conexão com a vesícula biliar e o intestino
grosso, o TA23 com a vesícula biliar, intestino delgado e o vaso da
concepção.
• O ponto TA5 faz conexão com o ponto CS7 e o TA4 com o ponto
CS6.
Meridiano do Triplo Aquecedor
(Sann-Tsiao-Ching)
Número de Pontos:
23 pontos bilaterais
Polaridade:
Yang (+) positiva
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Atonia da articulação do cotovelo, neurastenia.
Sentido da Energia:
Mão - cabeça = centrípeto
Sintomas de Excesso de Energia:
Contratura do cotovelo, excitação do SNC.
Horário:
Das 21 às 23 horas este Meridiano se encontra com a máxima energia
e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Trajeto:
O Meridiano do triplo aquecedor começa no ângulo ungueal externo
do dedo anular, ponto TA1 Koann-Tchrong, seguindo pela borda externa
deste dedo. onde estão os pontos TA2 Ie-Menn e TA3 Tchong-Tchou,
ganha o dorso da mão para cruzar a articulação do punho no centro da
prega de extensão, TA4 Iang-Tchre. Continua pela face posterior do
antebraço. onde se encontram: TA5 Oae-Koann, TA6 Tche-Keou, TA7
Roe-Tsong, TA8 Sann-Iang-Lo e TA9 Se-Tou. Segue pela face posterior
do braço, onde estão os pontos TA10 Tienn-Tsing, TA11 Tsring-LengIuann, TA12 Siao-Lo e TA13 Nao-Roe, alcança a borda posterior inferior
do acrômio onde se encontra o ponto TA14 Tsienn-Tsiao, percorre o
músculo trapézio. passando por TA15 Tienn-Tsiao, sobe pela borda da
nuca, cruzando a apófise mastóide, ponto TA16 Tienn-Iou. Contorna o
pavilhão auricular onde se localizam os pontos TA17 I-Fong, TM18
Tchre-Mo, TA19 Lou-Si, TA20 Tsio-Soun e TA21 El-Menn, cruza a
têmpora, TA22 Ro-Tsiao, terminando na extremidade dos supercílios no
ponto TA23 Se-Tchou-Kong.
Função:
Do ponto de vista da fisiopatologia, são três as funções atribuídas ao
Meridiano do triplo aquecedor.
1ª Uma função digestiva, de captação e transformação dos
alimentos que corresponde ao aquecedor médio.
2ª Uma função cárdio-respiratória, que regula a circulação do
sangue rico em oxigênio (energia Yang), que corresponde ao
aquecedor superior.
3ª Uma função gênito-urinária e que embora tenha a função de
eliminação, encarrega-se da função sexual propriamente dita.
Relações:
O Meridiano do triplo aquecedor está relacionado com os seguintes
Meridianos:
• Circulação-scxualidade, seu acoplado.
• Circulação-sexualidade e vesícula biliar, na seqüência da grande
circulação de energia, Baço-pâncreas, pela via meio-dia - meianoite (opostos 12 horas).
• Vesícula biliar (madeira) e estômago (terra) na seqüência
generativa dos 5 elementos.
• Bexiga (água) e intestino grosso (metal) de acordo com a Lei de
Dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através dos vasos secundários o Meridiano do triplo aquecedor faz
conexão com os seguintes Meridianos:
• O ponto TA17 recebe o vaso secundário da vesícula biliar.
Localização Anatômica dos Pontos
TA1 Sobre o ângulo ungueal lateral do 4º dedo (anular).
TA2 Sobre a prega entre o 4º e 5º dedos, na própria articulação
metacarpofalangeana.
TA3 Sobre o dorso da mão, entre o 4º e 5º ossos metacarpianos, em
uma depressão que se encontra posteriormente a nível diafisário.
TA4 Sobre o dorso da mão, ao nível da prega de extensão do punho,
entre o músculo extensor comum dos dedos e o músculo próprio
do 5º dedo, entre a ulna, o semilunar e o piramidal.
Na extensão da mão formam-se sobre o punho, lado dorsal, duas linhas.
Referimo-nos à linha proximal.
TA5 - Sobre o dorso do antebraço, entre a ulna e o rádio, a 4 cm (2 cun)
da prega dorsal do punho.
Curso de Massagem Oriental 68
TA6
TA7
TA8
TA9
TA10
TA11
TA12
TA13
TA14
TA15
TA16
TA17
TA18
TA19
TA20
TA21
TA22
TA23
Sobre o dorso do antebraço, junto da borda interna do rádio, a 6
cm (3 cun) da prega dorsal do punho.
Sobre o dorso do antebraço, junto à borda interna da ulna, a 6 cm
(3 cun) da prega dorsal do punho, à altura do TA6.
Sobre o dorso do antebraço, entre o rádio e a ulna, a 8 cm (4 cun)
da prega dorsal do punho.
Sobre o dorso do antebraço, entre o rádio e a ulna, a 10 cm (5 cun)
da prega dorsal do punho.
A 2 cm (1 cun) posteriormente e medialmente à ponta do olécrano,
em uma depressão que se evidencia à flexão do braço.
A 2 cm do ponto TA10.
Da porção súpero-posterior da articulação escapolo-umeral desce
uma vertical até o TA10; a 10 cm (5 cun) encontra-se o TA12.
A 6 cm (3 cun) da articulação escapolo-umeral.
Sobre a porção súpero-posterior da articulação escapolo-umeral.
À meia distância da extremidade distal da clavícula, na base do
pescoço, - sobre a borda súpero-posterior do trapézio.
Sobre o bordo posterior do esternocleidomastoídeo, ao nível do
ângulo da mandíbula.
À meia distância entre o ângulo da mandíbula e o processo
mastóideo.
No centro do processo do osso mastóideo, em uma depressão.
Sobre uma linha que ascende verticalmente, a 2 cm (1 cun) do
ponto TA18.
Sobre a escama do temporal, em um ponto ao nível do ápice da
hélix.
Superiormente e posteriormente ao côndilo da mandíbula, adiante
da porção ascendente da hélix.
A 1 cm (0,5 cun) anteriormente e superiormente a ponto TA21.
Sobre a borda lateral da órbita, ao nível da corda do supercílio.
Meridiano tríplice aquecedor
Curso de Massagem Oriental 69
Meridiano da Vesícula Biliar
(Tann-Ching)
e B.
• O ponto VB24 faz conexão com o Meridiano do baço-pâncreas.
• O ponto VB37 faz conexão com o ponto F3 e o ponto VB40 com o
ponto F5.
Número de Pontos:
44 pontos bilaterais
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Debilidade nas pernas (dificuldade para andar), visão turva, insônia,
timidez, suspiros.
Polaridade:
Yang (+) positiva
Sentido da Energia:
Cabeça - pés = centrífugo
Sintomas de Excesso de Energia:
Dores abaixo das costelas, plenitude torácica, sonolência, pele seca,
cefaléia frontal, dor nos olhos.
Horário:
Das 23 a 1 hora este Meridiano se encontra com a máxima energia e
é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
O Meridiano da vesícula biliar comanda a função biliar total, intra e
extra-hepática, incluídas as vias biliares.
Relações:
O Meridiano da vesícula biliar está relacionado com os seguintes
Meridianos:
• Fígado, seu acoplado.
• Triplo aquecedor e fígado, na seqüência da grande circulação de
energia.
• Coração pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).
• Bexiga (água) e intestino delgado (fogo) na seqüência generativa
dos 5 elementos.
• Intestino grosso (metal) e estômago (terra) de acordo com a Lei da
Dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através dos vasos secundários o Meridiano da vesícula biliar faz
conexão com os seguintes Meridianos: Os vasos secundários deste
Meridiano são excepcionalmente numerosos, estudaremos só os mais
importantes.
• O ponto VB1 recebe vasos secundários do Meridiano do intestino
delgado e triplo aquecedor.
• Os pontos VB3, VB4, VB5, VB14 fazem conexão com os
Meridianos: TA, IG e E.
• Os pontos VB7 e VB15 fazem conexão com os Meridianos: TA, ID
Trajeto:
O Meridiano da vesícula biliar começa no ângulo externo da órbita
ocular, ponto VB1 Trong-Tse-Tsiao, seguindo até em frente ao lóbulo da
orelha no ponto VB2 Ting-Roe, contornando pela frente e ascendendo
até a região temporal, passando por VB3 Kro-Tchou-Jenn, alcançando o
VB4 Rann-Ia, descendo até a orelha onde se encontram: VB5 SiuannLou, VB6 Siuann-Li, VB7 Tsiou-Ping, VB8 Choae-Kou. Descreve uma
curva posterior ao pavilhão auricular, onde encontramos: VB9 TiennTchrong, VB10 Feou-Pae, VB11 Tsiao-Inn, VB12 Oann-Kou, de onde
ascende em curva posterior ao pavilhão auricular dirigindo-se ao
supercílio onde se localizam os pontos: VB13 Penn-Chenn e VB14 IangPae, retornando em curva, novamente posterior, ao pavilhão auricular,
em direção ao osso occipital, passando pelos pontos VB15 Linn-Tsri,
VB16 Mou-Tchroang, VB17 Tcheng-Ing, VBl8 Tchreng-Ling, VB19 NaoKrong e VB20 Fong-Tchre, desce em direção ao músculo trapézio
cruzando o VB21 Tsienn-Tsing, continuando pela região lateral do tórax e
do abdome, passando pelos pontos VB22 Iuann-Ie, VB23 Tchre-Tsinn.
VB24 Je-Iue, VB25 Tsing-Menn, Vb26 Tae-Mo, VB27 Ou-Tchrou e VB28
Oe-Tao. Daí descendo verticalmente pela face externa do membro
inferior, entre os Meridianos do estômago e da bexiga, onde se localizam
os pontos: VB29 Tsiu-Tsiao, VB30 Roann-Tiao, VB31 Fong-Che, VB32
Sia-Tou, VB33 Iang-Koann, VB34 Iang-Ling-Tsiuann, VB35 Iang-Tsiao,
VB36 Oae-Tsiou, VB37 Koang-Ming, VB38 Iang-Fou, VB39 SiuannTchong, alcançando o maléolo externo no ponto VB40 Tsiou-Siu.
Dirigindo-se ao quarto artelho, pela borda externa do 4º metatarsiano,
onde encontramos VB41 Linn-Tsri, VB42 Ti-Ou-Roe, para terminar no 4º
artelho, VB43 Sie-Tsri, ângulo ungueal externo, VB44 Tsiao-Inn.
Localização Anatômica dos Pontos
VB1 A 1 cm (0,5 cun) lateralmente à margem orbitária externa.
Curso de Massagem Oriental 70
VB2 Anteriormente à incisura intertrágica inferior.
VB3 Sob a borda do arco zigomático e a borda anterior do primeiro arco
branquial da mandíbula.
VB4 Na região temporal, no ápice de um triângulo formado pela borda
da órbita e o arco branquial do hélix (TA21).
VB5 A 1 cm (0,5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB4.
VB6 A 1 cm (0.5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB5.
VB7 - A 1 cm (0,5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB6.
VB8 A 3 cm (1.5 cun) acima do ápice do hélix, em uma depressão.
VB9 A 1 cm (0,5 cun) posteriormente ao VB8. ligeiramente mais ao alto.
VB10 A 2 cm abaixo do ponto VB9, ligeiramente para trás, com uma
distância - de 2 cm do hélix.
VB11 A 2 cm (1 cun) abaixo do ponto VB10.
VB12 Em uma depressão que se encontra posteriormente à ponta da
mastóide.
VB13 Em uma depressão frontoparietal.
VB14 Abaixo de uma linha que sai verticalmente da pupila, em direção à
fronte, - a 2 cm (1 cun) do supercílio.
VB15 Abaixo de uma linha que sai verticalmente da pupila, em direção à
fronte, - a 6 cm (3 cun) do supercílio.
VB16 A 2 cm (1 cun) posteriormente, acima do ponto VB15.
VB17 A 4 cm (2 cun) posteriormente, sobre o crânio, ao ponto VB15.
VB18 A 6 cm (3 cun) posteriormente, sobre o crânio. ao ponto VB15.
VB19 À altura da protuberância occipital externa, a 3 cm (1,5 cun) da
linha - mediana.
VB20 - Em uma depressão entre as porções proximais do músculo
esternocleidomastoídeo e do músculo trapézio, a 3 cm (1,5 cun) da
linha mediana.
Meridiano da vesícula biliar
VB21 No meio de uma linha que une a apófise da vértebra C7 com o
acrômio.
VB22 Sobre a axilar anterior. no 4º espaço intercostal.
VB23 No 4º espaço intercostal, a 2 cm (1 cun) anteriormente à linha
axilar anterior.
VB24 Sobre a linha mamilar, ao 7º espaço intercostal.
VB25 Sobre a axilar, no ápice da 12º costela.
VB26 Sobre a axilar anterior, a nível umbilical.
VB27 Em um ponto situado superiormente e anteriormente à espinha
ilíaca superior.
VB28 Em um ponto situado superiormente e anteriormente ao segundo
promontório que está embaixo da espinha ilíaca superior.
VB29 Em meio a uma reta que une a espinha ilíaca anterior/posterior e a
cabeça do trocânter maior, com o indivíduo deitado.
Curso de Massagem Oriental 71
VB30 Posteriormente à cabeça do fêmur, sobre a linha que une o grande
trocânter ao hiatus sacral.
VB31 Sobre a face lateral da coxa, a 14 cm (7 cun) sobre o cavo
poplíteo, em um ponto que se encontra entre o músculo vastolateral e o músculo bíceps sural.
VB32 Sobre a face lateral da coxa a 10 cm (5 cun) sobre o cavo poplíteo.
sobre a fascia lata (sob o VB31).
VB33 Em uma depressão que se encontra na parte superior da face do
epicôndilo lateral do fêmur.
VB34 Em uma depressão que se encontra no lado anterior e inferior da
cabeça da fíbula.
Os pontos VB35, VB36, VB37, VB38, VB39 são colocados em zonas
anatômicas diversas, conforme os autores:
• Nguyen Van Nghi coloca o VB35 na margem anterior e os
outros sobre a margem posterior da fíbula.
• Kinoshita coloca o VB36 e o VB38 na margem posterior e o
VB35, VB37 e o VB39 sobre a margem anterior.
• Soulié de Morant coloca o VB36 posteriormente e o VB35,
VB37, VB38 e o VB39 todos anteriormente.
• Niboyet coloca o VB35 posteriormente e os demais todos
anteriormente.
• Nós seguiremos a descrição anatômica da Academia de
Medicina Tradicional Chinesa (1975) .
VB35 A 14 cm (7 cnn) na vertical que sobe da ponta do maléolo externo,
na borda anterior da fíbula.
VB36 A 14 cm (7 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo
externo, na borda posterior da fíbula, ao nível do ponto VB35.
VB37 A 10 cm (5 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo
externo, na borda anterior da fíbula. VB38 - A 8 cm (4 cun) sobre a
vertical que sobe da ponta do maléolo externo, na borda anterior
da fíbula.
Meridiano da vesícula biliar (cont.)
VB39 A 6 cm (3 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo
externo, na borda posterior da fíbula entre o tendão do músculo
Curso de Massagem Oriental 72
fíbula curto e o tendão do músculo fíbula longo.
VB40 Anteriormente e inferiormente ao maléolo externo, em uma
depressão que se encontra no lado externo do tendão do músculo
extensor comum dos dedos.
VB41 Em uma depressão que se encontra anteriormente à articulação do
4º e 5º ossos metatarsianos, lado medial do tendão do 5º dedo.
VB42 A 1 cm (0,5 cun) anteriormente à articulação do 4º e 5º ossos
metatarsais = ao ponto VB41.
VB43 A 2 cm (1 cun) anteriormente à articulação do 4º e 5º ossos
metatarsais = ao ponto VB41.
VB44 Sobre o ângulo ungueal lateral do 4º dedo.
Meridiano da vesícula biliar (cont.)
(Kann-Ching)
Número de Pontos:
14 pontos bilaterais
Polaridade:
Yin (-) negativa
Sentido da Energia:
Pés - Tronco = centrípeto
Horário:
Da 1 às 3 horas este Meridiano se encontra com a máxima energia e
é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo.
Função:
Este Meridiano comanda as múltiplas funções do fígado, em especial
as relacionadas com o metabolismo, a sexualidade, os músculos e a
acuidade visual.
Sua expressão emocional é a irritação e a cólera.
Está relacionado com o sentido da visão.
Relações:
O Meridiano do fígado está relacionado com os seguintes Meridianos:
Vesícula - biliar, seu acoplado.
Vesícula - biliar e pulmão na seqüência da Grande Circulação.
Intestino Delgado pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).
Rim (água) e coração (fogo) na seqüência generativa dos 5
elementos.
Pulmão (metal) e baço-pâncreas (terra) de acordo com a Lei da
dominância dos 5 elementos.
Vasos Secundários:
Através dos vasos secundários o Meridiano do fígado faz conexão
com os seguintes Meridianos:
No ponto F13 conecta-se com o Meridiano da vesícula biliar e com o
baço-pâncreas.
O ponto F5 faz conexão com o ponto VB40 e o ponto F3 com o ponto
VB37.
Existem ainda vasos secundários que ligam este Meridiano com os
seguintes pontos: BP6, B33, CS1, VC2 e VC3.
Meridiano do Fígado
Sintomas de Insuficiência de Energia:
Curso de Massagem Oriental 73
Prurido, acúfenos, olhos secos, visão diminuída, espasmo, convulsão,
paralisia, unhas secas, angústia.
F9
F10
Sintonias de Excesso de Energia:
Inchação das pernas, tensão e dores torácicas e no abdome, vômito,
diarréia, tosse, câimbra nos braços e pernas, rigidez, dor na escápula.
F11
F12
Trajeto:
O Meridiano do fígado nasce no ângulo ungueal externo do hálux, F1
Ta-Toun, ganha a face dorsal do pé, seguindo pela borda externa do 1º
metatarsiano, onde se localizam os pontos F2 Sing-Tsienn e F3 TraeTchrong, cruza a face anterior do tornozelo, sobre a linha que liga os
extremos do maléolo, entre dois tendões, onde se localiza o F4 TchongFong, subindo a perna pela borda posterior da fíbula (face interna), onde
encontramos os pontos F5 Li-Keou, F6 Tchong-Tou e F7 Si-Koann, cruza
o joelho por sua face interna, F8 Tsiou-Tsiuann. Sobe a coxa pela face
interna, entre os Meridianos dos rins e baço-pâncreas, onde se
encontram F9 Inn-Pao, F10 Ou-Li, F11 Inn-Lienn. Cruza a pélvis no ponto
F12 Iang-Che, dirigindo-se às costelas falsas, passando por F13 TchangMenn, indo terminar ao sexto espaço intercostal, linha mamilar do ponto
Fl4 Tsri-Menn.
F13
F14
Face medial da coxa a 4 cun acima do epicôndilo medial do fêmur.
Da prega inguinal, distalmente, a 2 cm (1 cun) sobre a face ânteromedial da coxa medialmente à borda do sartório. Evitar a artéria
femural.
Na prega inguinal lateralmente à artéria femural. Evitar a artéria
femural.
Ao longo da reta que corre sobre a borda inferior do púbis, a 5 cm
(2,5 cun) lateralmente à sínfise púbica.
Sobre a linha axilar, no ápice da 11ª costela.
Sobre a linha mamilar, no espaço entre as 6ª e 7ª costelas.
Localização Anatômica dos Pontos
F1
Sobre o ângulo ungueal lateral do hálux.
- Outros autores (coreanos) e alguns mapas chineses citam o
ponto como sendo no dorso distal do hálux, a poucos milímetros
da margem ungueal posterior.
- Pessoalmente, coloco o ponto F1 sobre a face lateral do hálux
proximamente à articulação falanginha-falangeta: para estimular
nas ciatalgias VB.
F2
Entre o hálux e o 2º dedo, adiante da articulação falangefalanginha.
F3
Entre o hálux e 0 2º dedo adiante da própria articulação.
F4
Sobre a articulação tíbio-tarsal, adiante, em uma depressão que se
encontra medialmente ao tendão do músculo tibial.
F5
A 10 cm (5 cun) sobre a ponta do maléolo interno na borda
posterior da tíbia.
F6
A 14 cm (7 cun) sobre a ponta do maléolo interno, na borda
posterior da tíbia.
F7
A 2 cm (1 cun) posteriormente ao ponto posterior do côndilo medial
da tíbia.
F8
No nível da linha articular medial do joelho, anteriormente à borda
dos músculos semimembranoso e semitendinoso.
Curso de Massagem Oriental 74
Meridiano do fígado
Meridiano do Vaso da Concepção
(Jenn-Mo)
O vaso da concepção está associado com a energia Yin Supremo,
sendo chamado o Meridiano das mulheres. Relaciona-se com o sistema
nervoso autônomo simpático.
Possui 24 pontos situados na linha média anterior, não possuindo
pontos de comando e não tendo também horário de máxima energia.
Iniciando seu trajeto no períneo, sobe verticalmente pela linha média
anterior sobre o abdômen, depois sobre o tórax, garganta, finalizando no
ponto médio inferior do lábio.
Localização dos Pontos:
VC1 No centro do períneo, na metade da linha sagital, que une o ânus e
o escroto no homem; na mulher fica entre o ânus e a comissura
vaginal posterior.
VC2 Na borda superior do púbis.
VC3 A 1 distância acima do ponto VC2, a 4 distâncias abaixo do
umbigo, sobre a margem superior do púbis.
VC4 A 3 distâncias abaixo da borda do umbigo, ou 2 distâncias sobre a
margem superior do púbis.
VC5 A 2 distâncias abaixo da borda do umbigo ou 3 distâncias sobre a
margem superior do púbis.
VC6 A 1 1/2 distância abaixo da borda do umbigo.
VC7 A 1 distância abaixo da borda do umbigo.
VC8 Bem no centro do umbigo.
VC9 A 1 distância acima da borda do umbigo.
VC10 A 2 distâncias acima da borda do umbigo.
VC11 A 3 distâncias acima da borda do umbigo.
VC12 A metade da linha que une o umbigo à articulação do osso xifóideesternal.
VC13 A 2 distâncias abaixo do apêndice xifóide ou a 5 distâncias do
umbigo.
VC14 A 6 distâncias do umbigo.
VC15 Bem na ponta do apêndice xifóide, a 1 distância abaixo do esterno.
VC16 Sobre a articulação do esterno-xifóide, a 1 distância acima do
ponto VC15.
VC17 Ao nível do 4º espaço intercostal.
VC18 Ao nível do 3º espaço intercostal.
VC19 Ao nível do 2º espaço intercostal.
VC20 No nível da articulação do manúbrio com o corpo do esterno.
VC21 A 1 1/2 distância abaixo da fossa supra-esternal. Sobre o manúbrio
do esterno a 1 distância abaixo da incisura.
Curso de Massagem Oriental 75
VC22 A 1/2 distância sobre a incisura do esterno.
FC23 No nível do osso hióide.
VC24 Num oco situado entre o lábio inferior e o queixo.
Meridiano do vaso da concepção
Meridiano do Sistema Nervoso
(Tou-Mo)
Pelo Meridiano do sistema nervoso ou vaso do governo transita a
energia Yang Suprema, sendo o Meridiano dos homens. Relaciona-se
com o sistema nervoso autônomo parassimpático.
Possui 28 pontos situados na linha média posterior, não possuindo
pontos de comando ou horário de máxima energia.
Entre o Vaso da Concepção do sistema nervoso ocorre a pequena
circulação de energia, sendo que a complementação no trajeto que une
as extremidades dos dois Meridianos é feita pela profundidade. Em
ambos os vasos o sentido da circulação é ascendente pela pele e
descendente no trajeto profundo.
Este Meridiano inicia o seu trajeto na extremidade do cóccix, subindo
pela linha média posterior unindo as apófises espinhosas de todas as
vértebras. Passa pelo crânio, testa, dorso do nariz, terminando na
gengiva, entre dois incisivos anteriores superiores.
Localização dos Pontos
SN1 Na metade da linha que une o ânus c a ponta do cóccix.
SN2 No nível do 4º sacral por cima da articulação sacro-cóccix, onde se
abre o hiato sacral.
SN3 Entre o processo espinhoso da 4ª e 5ª vértebras lombares.
SN4 Entre o processo espinhoso da 2ª e 3ª vértebras lombares.
SN5 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra lombar.
SN6 Debaixo da apófise espinhosa da 11ª vértebra torácica.
SN7 Debaixo da apófise espinhosa da 10ª vértebra torácica.
SN8 Debaixo da apófise espinhosa da 9ª vértebra torácica.
SN9 Debaixo da apófise espinhosa da 7ª vértebra torácica.
SN10 Debaixo da apófise espinhosa da 6ª vértebra torácica.
SN11 Debaixo da apófise espinhosa da 5ª vértebra torácica.
SN12 Debaixo da apófise espinhosa da 3ª vértebra torácica.
SN13 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra torácica.
SN14 Debaixo da apófise espinhosa da 7ª vértebra cervical.
SN15 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra cervical (debaixo do
Atlas).
SN16 Debaixo da margem do osso occipital.
SN17 Região occipital, a 1 1/2 distância da margem do osso occipital,
sobre uma linha mediana em direção ao ápice do crânio.
SN18 A 3 distâncias da margem do osso occipital sobre uma linha sagital
em direção ao ápice do crânio.
SN19 A 4 e 1/2 distâncias do osso occipital sobre uma linha sagital em
direção ao ápice do crânio.
Curso de Massagem Oriental 76
SN20 Sobre a linha média que cruza sobre o ápice do couro cabeludo,
uma linha que une os extremos da hélice das duas orelhas.
SN21 Sobre a linha sagital a 1 1/2 distância em frente ao ponto SN20.
SN22 Sobre a linha sagital, a 3 cm do SN20.
SN23 Sobre a linha sagital, a 4 distâncias do SN20.
SN24 Sobre a linha sagital, a 1/2 distância do limite posterior dos
cabelos, a 4 e 1/2 distâncias do SN20.
SN25 Na ponta do nariz.
SN26 Num oco, no meio do lábio superior, bem abaixo do nariz.
SN27 No meio do sulco do lábio superior, à sua margem distal.
SN28 No meio do frênulo do lábio superior.
Meridiano do sistema nervoso
Os Cinco Elementos
Este capítulo tem como autor: - Mario Figueiredo Membro diretor da
Associação de Massagem Oriental de Campinas, Mario é um estudioso
dedicado das filosofias orientais. É meditante e iniciou-se na massagem
pelo Do-ln. Tem cursos de especialização em técnicas de massagem e
leciona no curso de Massagem e Sensibilidade.
Teoria
A teoria dos cinco elementos ocupa lugar preponderante na Medicina
Oriental, pela sua íntima correlação com a natureza humana. Segundo a
concepção chinesa, todos os seres e todas as coisas, conforme suas
características, podem ser agrupados em cinco categorias. Os elementos
de cada categoria estão ligados àqueles que são primordiais: Madeira,
Fogo, Terra, Metal e Água. A Tabela I apresenta alguns exemplos:
Elemento
Pontos
Cardeais
Estações
Energia
Órgãos
Madeira
Este
Tabela I
Fogo
Terra
Sul
Centro
Metal
Oeste
Água
Norte
Primavera
Vento
Fígado
Verão
Calor
Coração
Outono
Seco
Pulmão
Inverno
Frio
Rins
Vísceras
V. Biliar
I. Delgado
5ª Estação
Umidade
Baçopâncreas
Estômago
Bexiga
Orifícios
Olhos
Ouvidos
Boca
I.
Grosso
Nariz
Tecidos
Músculos
Vasos
Sentimentos
Cores
Sabores
Cereais
Animais
Planetas
Voz
Odores
Cólera
Verde
Ácido
Trigo
Frango
Júpiter
Grito
Rançoso
Alegria
Vermelho
Amargo
Milho
Carneiro
Marte
Fala
Queimado
Tec.
Conjuntivo
Obsessão
Amarelo
Doce
Centeio
Boi
Saturno
Canto
Perfumado
Curso de Massagem Oriental 77
Pele
Orif.
Genitais
Ossos
Tristeza
Branco
Picante
Arroz
Cavalo
Vênus
Lamento
Carnoso
Medo
Preto
Salgado
Feijão
Porco
Mercúrio
Gemido
Pútrido
Passando para outro aspecto da questão, os chineses, usando o
gnomon (uma haste vertical), determinaram pelas suas sombras os
solstícios e equinócios e, por conseguinte, as 4 estações: primavera,
verão, outono e inverno.
Considerando que a terra é um ponto central de observação dos
fenômenos celestes, ela foi acrescentada ao grupo, inicialmente no
centro e depois deslocada para a periferia, formando a 5ª estação (último
mês do verão).
As estações se correlacionam com as energias do céu.
Correlatamente foi criada, a doutrina dos 5 elementos ou movimento,
correspondente à energia da terra, da seguinte maneira: a Madeira dá
origem ao fogo; o Fogo origina a Terra; esta dá origem ao Metal porque o
contém; o Metal dá origem à água porque se liquefez; a água dá origem à
Madeira porque nutre o vegetal. Essa seqüência forma a Lei da Criação.
Os elementos na doutrina chinesa são forças ou tendências e não
matérias. Eles formam as 5 energias da Terra.
Correspondência Entre as Energias:
Energia da Terra
Energia do Céu
Vento (Primavera)
Madeira
Fogo
Calor (Verão)
Terra
Umidade (5ª Estação)
Metal
Seca (Outono)
Água
Frio (inverno)
As 5 energias da terra estão dispostas em uma seqüência para
expressar as mútuas influências geradoras que têm uma sobre a outra.
Como se depreende, se não existisse um controle, esse engendramento
não teria limite. Por isso surge uma força de inibição ou de destruição
que é expressa da seguinte forma: a Madeira domina a Terra, pela
penetração das raízes das plantas, que chegam a destruir até as rochas;
a Terra domina a água (a absorve); a Água domina o Fogo; o Fogo
domina o Metal (pela fusão); o Metal domina a Madeira pelo corte.
Os chineses chamam o ciclo da criação de Cheng e o da destruição
de Ko (ver fig. A e B).
No ciclo Cheng, considerando-se um elemento como referencial, o
que antecede é a mãe e o que sucede é o filho. Exemplo: sendo o
coração o elemento referencial, a sua mãe é o fígado e seu filho o baçopâncreas.
Regra Mãe-Filho: para tonificar um elemento, tonifica-se a mãe. Para
sedar esse elemento, seda-se o filho. Exemplo: para tonificar o rim,
tonifica-se o pulmão, para sedar o rim, seda-se o fígado.
Curso de Massagem Oriental 78
Figura A
Figura B
Meridiano
P
IG
E
BP
C
ID
B
R
CS
TA
VB
F
Meridiano
Dominante
Água
Fogo
Metal
Madeira
Terra
No ciclo KO
Dominado
Fogo
Metal
Madeira
Terra
Água
Regra dominante-dominado: para tonificar o dominado, seda-se o
dominante.
Para sedar o dominado, tonifica-se o dominante.
Pontos SU antigos (antigos pontos chineses) aplicados nos 5
elementos: Ting - Iong - Iu - King - Ho.
Os pontos Ting se localizam nas extremidades dos dedos ou artelhos,
com exceção no Meridiano do rim e os pontos Ho próximos ao cotovelo
ou joelho.
P
IG
E
BP
C
ID
B
R
CS
TA
VB
F
Ting
P11
IG1
E45
BP1
C9
ID1
B67
R1
CS9
TA1
VB44
F1
Tabela II
Pontos SU
Iong
Iu
P10
P9
IG2
IG3
E44
E43
BP2
BP3
C8
C7
ID2
ID3
B66
B65
R2
R3
CS8
CS7
TA2
TA3
VB43
VB41
F2
F3
King
P8
IG5
E41
BP5
C4
ID5
B60
R7
CS5
TA6
VB38
F4
Ho
P5
IG11
E36
BP9
C3
ID8
B54
R10
CS3
TA10
VB34
F8
Tabela III
Aplicação dos pontos SU
Para Tonificar
Para Sedar
Cheng Tonifica
Ko seda
Cheng seda Ko Tonifica
P9
BP3
P10
C8
P5
R10
P10
C8
IG11
E36
IG5
ID5
IG2
B66
IG5
ID5
E41
ID5
E43
VB4l E45
IG1
E43
VB41
BF2
C8
BP2
F1
BP5
P8
BP1
F1
C9
F1
C3
R10 C7
BP3
C3
R10
ID3
VB41
ID2
B66 ID8
E36
ID2
B66
B67
IG1
B54
E36 B65
VB41 B54
E36
R7
P8
R3
BP3 R1
F1
R3
BP3
CS9
F1
CS3
R10 CS7
BP3
CS3
R10
TA3
VB41
TA2
B66 TA10 E36
TA2
B66
VB43
B66
VB44 IG1
VB38 ID5
VB44 IG1
F8
R10
F4
P8
F2
C8
F4
P8
A tabela III é resultante da aplicação das figuras A, B e tabela II.
Curso de Massagem Oriental 79
Exemplo: tonificar o Meridiano do coração.
Na fig. A - Coração é Iong.
Então no ciclo Cheng, para tonificar o Iong, tonifica-se sua mãe - Ting:
• F1 (fig. A)
• C9 (tabela II)
No ciclo Ko - na fig. A - para tonificar Iong (dominado), seda-se o
dominante Ho:
• R10 (fig. A)
• C3 (tabela II)
Com este exemplo acima, fica encerrado o presente capítulo.
A Fórmula do Óleo de Massagem
Ingredientes:
1.
2.
3.
álcool de cereais (3 colheres)
vaselina líquida ou óleo de gergelim refinado (3/4 de um litro)
3.a frutas: morango (1 dúzia) maçã (3 unidades), etc.
3.b mel (12 colheres)
3.c rosa (120 gramas de pétalas)
Modo de Preparar:
Amassar num pilão (não bater no liquidificador) a fruta escolhida (ou
mel ou rosa).
Juntar à massa obtida três colheres de álcool de cereais c misturar
bem. Deixar descansando durante 30 minutos.
Acrescentar posteriormente a vaselina líquida (ou óleo de gergelim
refinado), Conservar em recipiente fechado durante uma lua (28 dias).
Esta fórmula é de autoria da Professora Eliane Austregésilo.
Cuidados com a Coluna Vertebral
A autoria deste capítulo é de: - EDVALDO OLIVEIRA CRUZ Membro
diretor da Associação de Massagem Oriental do Brasil, é especializado
em manipulações de coluna, Shiatsu e Do-ln. É um dos instrutores do
curso de SEITAI em nosso país. Massagista formado em 1982 fez sua
entrada no corpo docente do curso de Massagem e Sensibilidade, como
supervisor de ambulatório, hoje é responsável por esta parte do curso,
além de professor regular.
A Coluna Vertebral
A coluna vertebral é formada por 33 ossos superpostos, denominadas
vértebras, onde se distinguem 5 regiões com características próprias. A
saber, temos: região cervical (7 vértebras); região torácica (12 vértebras);
região lombar (5); região sacra (5); região coccígena (4). Entre uma
vértebra e outra se encontra um disco fibroso e gelatinoso, responsável
pelo amortecimento dos movimentos e pela mobilidade que a coluna
apresenta.
Vista lateralmente a coluna apresenta curvaturas em forma de S.
Quando para frente são chamadas Lordoses ou Secundárias - surgem a
partir do 7º ou 8º mês de vida, quando se começa a sentar (lordose
lombar) e no 1º ano, quando se começa a andar (lordose cervical). Já
quando as curvaturas são para trás, são chamadas Cifoses ou Primárias
- de origem fetal (torácica e sacro-coccígena). Outra curvatura muito
comum em nossos dias é a Escoliose, que seria um desvio na coluna
para a direita ou esquerda (quando vista de frente). Todas estas
curvaturas podem apresentar patologias quando acentuadas, mas a pior
delas é, sem dúvida, a Escoliose.
Na parte posterior a coluna abriga várias terminações musculares; já
em sua região média, a coluna abriga a Medula Espinal, que por sua vez
é a origem dos Nervos Radiais (que passam em uma saliência lateral
entre uma vértebra e outra), ou seja, toda a comunicação cérebroorganismo passa pela coluna.
Além do citado, todo o sistema vascular inferior e parte do superior
têm passagens muito próximas à coluna, sendo também afetados quando
ocorre algo a ela.
Como se vê, não é só do ponto de vista energético que se deve
observar a coluna; o aspecto físico é também muito importante.
Dor e Tratamento
Toda a massagem tem como alvo à dor, mas ela é o efeito e não a
causa. Quase sempre a coluna tem participação nas dores que sentimos,
portanto um tratamento rápido e adequado pode nos livrar de tantos
Curso de Massagem Oriental 80
males.
Quando a coluna é exposta a um esforço exagerado, pode ocorrer um
deslocamento do disco intervertebral - a Hérnia de Disco - feito isto, o
disco pode pinçar o nervo radial, surgindo um processo de dor. Então, o
órgão que estiver afeto a este nervo sofrerá todas as conseqüências.
Vale lembrar que as calcificações (Bicos-de-Papagaio) são um resultado
da demora do paciente no tratamento das hérnias de disco.
A Seguir o Tratamento:
Fig. B - O massagista une seus joelhos e os posiciona na altura da D12
Ele deve centralizar a coluna do paciente de tal forma a pressionar as
laterais da mesma. O sentido do movimento será sempre de baixo para
cima, até atingir a D1. É importante salientar que o massagista, à medida
que vai subindo com os joelhos, também suba a posição dos braços do
paciente, permitindo assim que a pressão seja aplicada num ângulo de
noventa (90) graus.
Fig. A - O massagista posicionará suas mãos de tal forma a encontrar
a máxima articulação da região cervical do paciente. Na expiração do
paciente, o massagista executará a tosão do pescoço do mesmo de
forma rápida e num só movimento. Estará sendo trabalhada a região das
vértebras C1 a C7. Sempre verificar que o paciente esteja relaxado.
Nunca realizar o movimento em caso deste estar tenso.
Fig. B
Fig. A
Curso de Massagem Oriental 81
Fig. C - O massagista se posiciona de tal forma que o paciente tenha sua
coluna totalmente torcida, sem que este saia da posição inicial.
O movimento terá melhor desempenho se executado na expiração do
paciente.
Fig. D - O massagista deverá travar a perna dobrada do paciente e
realizar a torção da região lombar (altura da D12 até L5).
Importante frisar que este movimento pode ser executado mais de uma
vez, pois se trata de uma região muito resistente, empurrando o ombro e
puxando a bacia do mesmo...
Fig. C
Fig. D
Curso de Massagem Oriental 82
Fig. E - O massagista executará a torção da região lombar agora para o
outro lado. Para tanto, deverá puxar o ombro do mesmo enquanto
empurra a bacia. Este movimento também pode ser executado mais de
uma vez.
orientais ao gosto ocidental.
Um exemplo de tratamento oriental da coluna é o Seitai, que trabalha
com a máxima articulação do corpo humano. Neste capítulo sobre a
coluna vertebral destacamos alguns movimentos específicos para cada
região:
Cervical
Fig. A
Dorsal
Fig. B
Lombar
Fig. C
Sacro-coccígena
Figs. D e E
Recomendações Gerais
A) Sempre antes de qualquer manipulação, observar se o paciente
está relaxado.
B) Procure sempre a máxima articulação permissível antes de
articular o movimento.
C) As manipulações devem ser feitas de uma única vez,
transmitindo assim ao paciente uma certeza e segurança sua.
D) Antes de articular o movimento, diga sempre ao paciente que
expire profundamente. As manipulações são feitas sempre
quando o paciente esta sem ar nos pulmões. Desta forma ele
não oferecerá resistência à manipulação.
E) Observe sempre os limites físicos do paciente e respeite-os.
F) Nas manipulações é comum se escutar o famoso barulhinho ou
estalo, mas lembre-se, isto é decorrência do movimento. Em
alguns casos isto não ocorrerá, o que não significa ineficiência do
movimento.
G) A seqüência dos movimentos não é regra. O massagista tem
toda liberdade de ação.
H) Evite fazer as manipulações com pessoas que estão com a
pressão arterial irregular. Existe o risco de desmaio.
I)
Após a seqüência dos movimentos, algumas pessoas podem
sentir leves tonturas.
J) Normalmente a pressão sobe após as manipulações.
K) Não se trabalha com pessoas que sofrem de osteoporose.
Fig. E
Poucas são as técnicas que trabalham no intuito de corrigir as
distorções da coluna vertebral. A Quiroprática é uma delas e a mais
difundida. Desenvolvida nos EUA, adaptou os bruscos movimentos
Recomendações Pós-Massagem
A) Nos dias que se seguem após a massagem, recomende ao
paciente
fazer
barra.
Se pendurar, mesmo que seja em uma porta. Este exercício deve
ser feito por tempo limitado: 20 segundos no máximo. Ou no caso
de
mulheres
e
crianças,
10
segundos.
Esta pratica proporcionará à pessoa um relaxamento, pois se
Curso de Massagem Oriental 83
B)
C)
D)
E)
F)
fará
uma
tração
natural,
com
o
próprio
peso.
EXERCÍCIO: Levante os braços, deixando sempre um espaço
entre as mãos, o equivalente à largura dos ombros, segure firme
na barra ou porta, deixando o corpo solto sem forçar.
Recomende ao paciente que se deite sempre em decúbito dorsal,
com
um
travesseiro
baixo.
Normalmente as pessoas dormem em decúbito ventral, o que
acaba dificultando em muito não só a respiração, mas também
comprime
o
abdômen.
No caso de dores, exemplo, dores ciáticas, diga ao paciente para
dormir sempre de lado. Isto no caso dele não conseguir dormir
em decúbito dorsal, dormir com o lado mais afetado para cima,
ficando a perna de baixo esticada e a perna de cima flexionada
para frente, evitando deixá-la dobrada sobre a de baixo.
A pessoa deve evitar logo após as manipulações, por um período
de no mínimo 15 dias, qualquer atividade esportiva ou exercício
físico muito acentuado, como colocar o tronco para trás, ou
mesmo carregar pesos, lavar roupas em tanque, etc.
Não se recomenda o uso de bebidas destiladas muito fortes:
como
conhaque,
vodka,
etc.
Evita-se também comidas muito condimentadas, mais
especificamente o emprego da pimenta.
Sempre que sentar, o paciente deve reparar se está em uma
posição que sua coluna forme um ângulo de 90º com o assento
do móvel. Isto é muito importante.
Em alguns casos, após as manipulações, geralmente no dia
seguinte, a pessoa amanhece com fortes dores no corpo, o que é
absolutamente aceitável, pois foi trabalhada toda a sua estrutura
física. Então o corpo está se readaptando a uma nova posição.
No caso das dores, recomende à pessoa que tome um banho
quente, assim a musculatura ficará relaxada.
Casos Especiais
Crianças
Recomenda-se trabalhar com crianças somente a partir dos 2 (dois)
anos de idade, assim ela já apresentará uma formação óssea mais
resistente.
Os movimentos devem ser mais leves, pois os ossos são mais fracos.
Tome sempre muito cuidado com elas. O que é muito importante nesse
caso é o massagista adquirir a total confiança e cumplicidade da criança,
procurar trabalhar sempre com a ajuda dos pais ou fazer com que eles
fiquem sempre próximos.
Lembre-se: uma queda mais séria na infância mais tarde pode trazer
sérias complicações.
Idosos
Uma queda séria na infância pode mais tarde se manifestar, e
normalmente isto ocorre com a pessoa em idade avançada. Porque
durante a juventude e a fase adulta o corpo está sempre em movimento.
Mas com a idade, os movimentos vão ficando cada vez menores e as
pessoas deixam de exercitar o corpo.
Os idosos também apresentam vícios posturais, ocasionados, na sua
maioria, pela profissão que exercem há anos.
Em pessoas com idade avançada os movimentos são feitos de uma
forma mais branda, não forçando muito, porque os discos intervertebrais
já estão mais gastos.
Gestantes
As gestantes tendem a ter fortes dores na região lombar, devido ao
excesso de peso que carregam durante os últimos três (3) meses, mas o
massagista só pode trabalhar no nível de manipulação na região lombar
quarenta e cinco (45) dias após o parto.
Mesmo no início da gravidez também não se trabalha esta região,
mas as regiões dorsais e cervicais podem ser trabalhadas normalmente.
Defeitos Físicos:
Corcundas acentuadas, cifoses e lordoses salientes devem ser
evitadas nas massagens com seitai, pois elas são um processo
decorrente de muitos anos de má formação.
Fraturas
No caso de fraturas (fissuras ou quebras de ossos), verificar a quanto
tempo elas aconteceram.
Dependendo da gravidade, recomenda-se respeitar por um mínimo de
um (1) ano.
No caso de um traumatismo recente recomendar ao acidentado que,
antes de uma massagem, ele procure assistência médica.
Nunca trabalhe em cima de uma dúvida.
Curso de Massagem Oriental 84
Reflexologia dos Pés
órgãos.
Área do estômago, intestinos, fígado e pâncreas - a massagem
visa levar nutrientes a estes órgãos, tão importantes para o
equilíbrio energético do corpo.
4. Áreas da drenagem linfática - aumentando assim a capacidade
de resistência própria do corpo.
5. Todas as demais áreas detectadas como sensíveis.
A massagem pode durar; para cada área, até 5 minutos, com ênfase
nos pontos sensíveis. Uma sensibilidade maior nos órgãos depois da
massagem indica que o corpo está reagindo ao tratamento. Como todas
as técnicas, a reflexologia requer experiência e prática. Convém evitar
massagear os pontos do útero e ovários durante a menstruação, e as
gestantes no 1º mês de gravidez.
Sempre se deve ter presente a meta, que é o aumento do bem-estar
da pessoa. A reflexologia é especialmente indicada para tratamentos
preventivos, desfazendo desequilíbrios energéticos em seus primeiros
sinais. É um sistema que complementa os métodos terapêuticos
milenares da massagem oriental.
3.
Este capítulo é de autoria de: - Ingrid Kook Weskott Presidente da
Associação de Massagem Oriental de Campinas, é meditante
transcendental, instrutora de Yoga e massagista formada em 1982. Por
méritos próprios foi convidada a participar da equipe de professores do
curso de Massagem e Sensibilidade, sendo hoje coordenadora das
turmas de Campinas. Tem vários cursos de especialização nas
disciplinas citadas, no Brasil e no exterior.
O que São Zonas de Reflexo?
Zonas de reflexo são pontos nervosos relacionados com os órgãos
internos. Tais áreas existem em todo o corpo. Na reflexologia, dá-se
muita atenção aos pés, já que nenhuma outra parte do corpo é tão
negligenciada. A natureza previu o homem andando descalço em
qualquer terreno, estimulando naturalmente a planta dos pés.
Em nosso ambiente cultural, o uso de sapato fechado e com a sola
rígida evita a ativação de muitas dessas zonas e dificulta o equilíbrio
físico e psíquico.
É através da massagem dos pontos específicos de reflexo que se
melhora a sua circulação sanguínea e energética e a dos órgãos
correspondentes. Os bloqueios do fluxo energético muitas vezes se
apresentam com áreas de reflexo endurecidas mostrando cristalização de
toxinas. Pressionando esses pontos ajuda-se na dissolução destas
toxinas e na regularização das funções orgânicas.
Como Trabalhar os Pontos de Reflexo?
Uma boa massagem começa com a postura confortável do terapeuta
e da pessoa a ser massageada. Uma fricção vigorosa com ambas, as
mãos no pé do massageado inicie a massagem geral. Para melhor
deslizamento das mãos convém usar creme ou óleo. Massageando-se as
áreas específicas, o ângulo usual do polegar em relação ao pé é de
aproximadamente 60º, começando com uma pressão suave e
aumentando-a aos poucos, sempre observando a reação do paciente.
Para fortalecer o organismo, todos os pontos devem ser tratados. Em
casos agudos, a massagem deve iniciar-se nas áreas correspondentes
aos órgãos afetados.
Uma seqüência possível é a seguinte:
1. Área dos rins, ureteres, bexiga - a massagem contribui para
soltar substâncias tóxicas. Para que elas sejam eliminadas e não
simplesmente congestionem o sistema circulatório, dedica-se
mais tempo a essas áreas.
2. Área da cabeça - por ser a central de comando de todos os
Curso de Massagem Oriental 85
Pé Direito
1 cabeça (cérebro), lado
esquerdo (os 2 dedos grandes
dos pés correspondem à cabeça,
o lado direito está relacionado no
pé esquerdo, o lado esquerdo no
pé direito)
2 seios da face, lado esquerdo
3 cerebelo, tronco encefálico
4 hipófise
5 região temporal, nervo
trigêmeo
6 nariz
7 nuca
8 olho esquerdo
9 ouvido esquerdo
10 ombro direito
11 trapézio direito
12 tireóide
13 paratireóide
14 pulmões e brônquios, lado
direito
15 estômago
16 duodeno
17 pâncreas
18 fígado
19 vesícula biliar
20 plexo solar
21 supra-renal, direito
22 rim direito
23 ureter direito
24 bexiga
25 intestino delgado
26 apêndice vermiforme
27 jejuno-íleo
28 cólon ascendente
29 cólon transversal
35 joelho direito
36 gônadas, lado direito
57 área ciática
Pé Esquerdo
1 cabeça (cérebro), lado direito
2 seios da face, lado direito
3 cerebelo, tronco encefálico
4 hipófise
5 região temporal, nervo trigêmeo
6 nariz
7 nuca
8 olho direito
9 ouvido direito
10 ombro esquerdo
11 trapézio esquerdo 12 tireóide
13 paratireóide
14 pulmões e brônquios, lado
esquerdo
15 estômago
16 duodeno
17 pâncreas
20 plexo solar
21 supra-renal, esquerdo 22 rim
esquerdo
23 ureter esquerdo
24 bexiga
25 intestino delgado
29 cólon transversal
30 cólon descendente
31 cólon sigmóide
32 reto
33 coração
34 baço
35 joelho esquerdo
36 gônadas, lado esquerdo
57 área ciática
Curso de Massagem Oriental 86
Pé - Parte Externa
Pé - Parte Interna
6 nariz
13 paratireóide
24 bexiga
38 área quadril
40 área linfática inferior
49 virilha
50 útero ou próstata
51 pênis, vagina, uretra
52 reto
53 região cervical
54 região torácica
55 região lombar
56 região sacra e cóccix
5 região temporal, nervo trigêmeo
10 ombro
35 joelho
36 ovário ou testículos
37 útero
38 área quadril
39 área linfática superior
42 labirinto
43 tórax
44 diafragma
Curso de Massagem Oriental 87
A Energia da Vida
Pé – Dorso
39 área linfática superior
40 área linfática inferior
41 drenagem linfática
42 labirinto
43 tórax
44-45 amígdalas
46 maxilar inferior
47 maxilar superior
48 laringe, traquéia
Este capítulo foi escrito pelo amigo: - Salem Hanna Diretor e fundador da
Associação de Massagem Oriental do Brasil, amigo de todas as horas, é
um incansável pesquisador das teorias de preservação da saúde e
restabelecimentos de distúrbios energéticos.
Salem é massagista formado em 1980, tendo deixado a profissão antiga o comércio, para se dedicar ao atendimento em gabinete próprio de
massagem e acupuntura, com o emprego das mais eficientes técnicas da
atualidade.
Encontra ainda tempo e disposição para ministrar aulas que vêm
completar o seu propósito maior de aprender e ensinar as técnicas
orientais de saúde, visando um ser humano mais feliz.
Yin e Yang
Todo organismo, para se manter vivo, necessita de energia da vida.
Esta energia tem dois aspectos opostos e complementares conhecidos
como energia positiva (YABG) e energia negativa (YIN) .
O YIN e o YANG são duas polaridades surgidas da grande expansão
infinita, tendo características peculiares: YANG é centrípeto, YIN é
centrífugo, não existindo a neutralidade absoluta. Dentro do YANG existe
a essência YIN e dentro do YIN existe a essência YANG.
As energias YIN e YANG circulam sem cessar no organismo através
dos Meridianos. Diagnosticando-se o estado desta energia nos
Meridianos, podemos determinar a origem das enfermidades e se há
excesso ou falta da mesma. Através deste diagnóstico o desequilíbrio é
localizado, ocorrendo então a troca de energia entre os Meridianos,
levando ao equilíbrio entre o YIN e o YANG.
A fadiga, a preocupação e o medo que nos atingem no dia a dia vêm
alterando o nosso sistema nervoso. Surgem cada vez mais problemas
psíquicos e orgânicos.
Em geral essas tensões bloqueiam o fluxo energético nos Meridianos
ocasionando, então, disfunções orgânicas. Os primeiros sintomas
começam na região cervical com rigidez nos músculos e tendões e em
seguida o enrijecimento nos trapézios. Os primeiros órgãos e vísceras a
serem atingidos são o aparelho digestivo, a vesícula biliar, o fígado, o
aparelho respiratório, dores de cabeça e o desinteresse total pelo sexo.
Curso de Massagem Oriental 88
Enfermidades e Terapias
Estômago:
O bloqueio de energia em alguns Meridianos torna a circulação no
Meridiano do estômago estagnada. A digestão fica lenta, muitas vezes
com inchaço na região digestiva c só após longas horas a digestão é
completada. Este bloqueio e a alteração do sistema nervoso levam à
gastrite, cujos sintomas são: queimação no esôfago e dores abdominais
por excesso de fermentação.
Terapia:
1ª 1º - Usar massagem bem relaxante, sendo a dorsal a mais indicada.
2ª 2º - Tonificar os pontos abaixo com qualquer técnica de seu
conhecimento, das quais as mais eficientes são o uso do martelinho
na região abdominal e a moxabustão: VC 15, VC 12, VC 9, VC 4, E
25, (bil) E 36, E 45, BP 6 (todos bilaterais).
Sessões 2 vezes por semana.
Pulmões:
Os problemas respiratórios são vários. Falaremos sobre o mais
freqüente: a BRONQUITE. Em geral começa na infância; existe a catarral
e a asmática, as duas são de fundo alérgico: a catarral a frio (umidade) e
a asmática a secura. A bronquite é sempre acompanhada por uma rinite.
O tratamento logo no início levará à cura mais rápida, na fase crônica
torna-se mais demorada. Mesmo que não se consiga a cura total, sempre
se conseguirá o equilíbrio, ficando o paciente livre das crises.
Terapia:
Praticar sempre antes de cada sessão uma massagem relaxante.
Os Meridianos a serem tratados são: P, IG, B, R e SN. Os pontos que
usamos são: sedar P-11, 7, 5 - tonificar IG 1, 4, 10, 11 - tonificar P 1, 2 tonificar R1, 2, 3, 25 - tonificar E 13, 19 - sedar B 13, 37, 45 - sedar SN
14 e 23. Usar as técnicas de seu conhecimento, o uso da LUZ LASER
tem dado bons resultados. Pode-se estimular os pontos auriculares:
pulmões, coração, rins, shen-men e supra-renal.
Meridianos do E, IG, BP e P. Por motivo de gripe ou resfriado, usar os
pontos dos Meridianos dos P, IG, SN e B. Para se obter melhores
resultados costumamos sangrar o ponto extra 1 que fica entre as
sobrancelhas. Na dor de ENXAQUECA: estimular bem os seguintes
pontos: F 3 e B 66 por 5 minutos, depois sedar VB 20, 12, 21, IG 4, 11 e
todos os pontos que estiverem próximos à região da dor. Se a dor for
intensa e não se conseguir muito sucesso, tentar escaldar os pés com
água quente e alecrim por 10 minutos. Depois mergulhar rapidamente os
pés em água gelada por um segundo e retornar à água quente por mais
10 minutos. Enxaguar os pés e agasalhar-se bem.
Dor no VÉRTICE: basta estimular bem os seguintes pontos: P7, IG4 e
massagear bem o couro cabeludo (local da dor).
Sexo:
Em geral o stress, a preocupação pelos problemas diários, o
afastamento da prática do sexo, além da rotina, são os maiores
causadores do total desinteresse pelo sexo. Isto atinge tanto a mulher
como o homem. O equilíbrio na mulher é muito mais rápido do que no
homem.
Terapia:
Usar massagem bem relaxante e estimulante com toques bem
suaves.
Estimular bem os seguintes pontos: auriculares-diafragma, hormônio e
estimular bem a raiz da hélice no encontro com o trago. Estimular bem os
pontos E 36, BP 6, CS 6, 7 e TA 8. Teremos melhores resultados com o
uso da acupuntura.
Dores de Cabeça:
Em geral o sistema nervoso alterado com freqüência causa disfunções
digestivas, hepáticas ou biliares. Isto sempre resulta em dores de cabeça:
dor FRONTAL por resfriado, sinusite ou disfunções digestivas:
ENXAQUECA (dor que abrange desde a nuca à têmpora e chega até as
sobrancelhas), é uma das mais difíceis de ser curada: dor no VÉRTICE,
com peso ou pressão, ligada mais à fadiga e muita agitação.
Terapia:
Praticar, sempre, antes de cada sessão uma massagem relaxante. Na
dor FRONTAL, se for ligada à disfunção digestiva, deveremos tratar dos
Curso de Massagem Oriental 89
Relaxamento e Respiração
A autora do capítulo é: - Tânia Regina Zanin Instrutora de Yoga desde
1980, é entusiasta da massagem há alguns anos. Dedica-se ao
aprimoramento das técnicas de massagem no aprendizado do Yoga e no
emprego de exercícios de Yoga como complemento da massagem.
Massagista convicta, entre as demais profissões que exerce Tânia é
membro-diretor da Associação de Massagem Oriental de Guarulhos.
Massagem/Relaxamento
É muito importante o relaxamento na massagem: - ao massageado permitir-se descontrair e soltar-se para que possa sentir o toque. A
permissibilidade deste ao toque do massagista está diretamente ligada
ao prazer da massagem que o massageado irá sentir; - ao massagista sentir-se descontraído e relaxado, durante a aplicação de uma
massagem, gera na mesma uma troca de energia e sensações, assim
como aguça a própria leitura tátil. Sendo que se torna difícil e até mesmo
impossível essa vivência, se o massagista estiver tencionado.
A posição do massagista, entre outros fatores, contribui bastante para
mantê-lo descontraído durante toda uma sessão de massagem.
É no relaxamento que se fixa toda a energia dinamizada no corpo
através dos exercícios respiratórios e durante o toque, daí a sua
importância na massagem.
Como Preparar o Local Para um Relaxamento
Para se conduzir um relaxamento é importante:
-
usar um timbre de voz suave;
para facilitar a indução, falar pausadamente;
temperatura ambiente agradável, pois é impossível para iniciantes
relaxar sentindo frio ou calor demasiado;
acomodar a pessoa sobre carpete ou tatame para suavizar a
rigidez do solo;
local arejado;
luz suave.
É facultado à pessoa que induz o uso de:
-
música ambiente, recomendada para ocultar ruídos externos ao
local do relaxamento;
incenso para perfumar o ambiente, entre outras finalidades.
Relaxamento Induzido por Outra Pessoa
Usando os requisitos do item Como preparar o local para um
relaxamento, a pessoa que o induz inicia dizendo:
"Deitado de forma confortável... de costas ao solo... pernas
afastadas... braços ao longo do corpo... ou ainda, se preferir... deitado em
decúbito ventral. Às pernas afastadas e braços ao longo do corpo... rosto
ao solo... inspire profundamente... feche os olhos... relaxe... mentalize
seus artelhos, e descontraia-os..., deixe que o peso de seus pés faça-os
cair naturalmente para os lados... relaxe o dorso dos pés... e a sola dos
pés... mentalize suas pernas... o seu contorno e descontraia-as... pélvis e
nádegas relaxadas... órgão internos do abdômen... mentalize-os todos...
um por um agora, em relaxamento, descontraídos, desempenhando suas
funções harmoniosamente... mentalize o tórax descontraído... ombros
inteiramente relaxados... linha das costas descontraída... vértebra por
vértebra... a sensação de descontração chega à região sacra e você
sente que a cada expiração maior parte do seu corpo toca o solo..
descontraído... relaxe o pescoço, relaxe intensamente a nuca... couro
cabeludo... fios de cabelo... a testa sem nenhuma ruga precoce, olhos
suavemente fechados... linha do nariz descontraída... os lábios
entreabertos... a mandíbula solta... a língua solta no fundo da boca...
orelhas descontraídas..., e todo um semblante de muita paz...
descontração e relaxamento interior... perceba que todo o seu corpo está
pousado pesadamente sobre o solo, em inércia... sinta como se o solo
estivesse sugando seu corpo... como se você estivesse derretendo sobre
o solo... abandonadamente, entregue-se às delícias do relaxamento.
E, agora que todo o seu corpo está em receptividade e quietude,
sinta-o leve, solto e livre como uma gaivota, que sobre os mares corta o
céu azul. E como a própria gaivota, sinta o vento batendo em toda a pele
de seu corpo... sinta o sol aquecendo-o... e... sinta o prazer de ser parte
integrante desta natureza, contribuindo para o equilíbrio cósmico
... Sem pressa... pense em voltar do seu relaxamento, aguçando os
seus sentidos físicos... retornando mais vivo... inspire profundamente e
sinta o perfume do ambiente... ouça melhor a minha voz e os sons em
torno... passe a língua pela boca e sinta o seu próprio sabor... esfregue
os dedos das mãos sentindo o tato e... sinta o seu próprio peso sobre o
solo... passe as mãos pelo rosto... e faça um carinho em todo o seu
corpo, sentindo-se por inteiro... abra os olhos e faça um estiramento com
o seu corpo, espreguiçando gostosamente, como você faz todas as
manhãs ao acordar e desperte para uma nova vida, mais feliz, mais
saudável e sorria, porque você é uma pessoa feliz.
Curso de Massagem Oriental 90
Ao terminar o relaxamento, normalmente a pessoa permanece alguns
momentos ainda deitado, se deliciando da prática.
Auto-Relaxamento
Essa prática torna-se muito agradável à medida que a pessoa se
permita desligar do mundo exterior e mergulhar no seu ser,
desenvolvendo a capacidade de mentalização detalhada, segundo a sua
própria orientação.
Com a familiarização do auto-relaxamento, é também permitido um
diálogo mental durante a prática, onde existe uma reprogramação de
parte por parte, de órgão por órgão, célula-comando de um perfeito
funcionamento, bem-estar e saúde fisiológica.
Esse diálogo mental com seu corpo ocorre da seguinte forma:
Deitado de costas, com os braços ao longo do corpo, pernas
afastadas e com o seu autocomando de relaxamento, todo o corpo sentese sugado pelo solo, como se neste instante a força da gravidade
imprimisse sobre ele maior pressão.
Faça uma inspiração profunda e ao expirar sinta-se ainda mais
relaxado, mente serena e consciência atenta, inicie o seu autorelaxamento mentalizando vividamente.
“Meus pés estrutura básica de sustentação de todo o corpo, estão
agora relaxados, descontraídos. suas articulações, artelhos e tornozelos
em perfeito estado e minhas pernas, membros fundamentais de
locomoção, relaxadas, em descanso, músculos, tendões e articulações
em equilíbrio e plena função... quadril, pélvis e nádegas, centro de
tamanha energia e vitalidade, desempenhando harmoniosamente suas
atividades e, a cada vez, com maior prazer de viver... órgãos internos do
abdômen... do tórax... suas células sempre regeneradas e
desempenhando funções com real competência... braços, antebraços,
palma e dorso das mãos, membros de doação e de tamanha expressão,
agora em relaxamento... sua pele, músculos e nervos mais profundos,
até os ossos relaxam... pescoço e cabeça, arquivo de toda a nossa
psique, consciente e inconsciente, nossa inteligência, agora com maior
nitidez, maior clareza de raciocínio e pensamentos, suas glândulas e
células prontas a se regenerar e manter suas importantes funções.
Às células, um comando de rejuvenescimento e longevidade; e a
todos os meus órgãos, harmonia e equilíbrio em suas funções.
Ao meu corpo, que é o meu universo, saúde psicofísica e a mais
ampla longevidade.”
Respiração
Introdução
A respiração é uma das fontes de assimilação de energia, tanto para o
corpo físico denso, com a assimilação do oxigênio, como para o corpo
físico energético, com a assimilação do prana.
O oxigênio é vital para o ser, assim como o prana.
Prana é o princípio de todas as forças e energias ativas do Universo e
a condição primeira de que procede toda a vida, todo o movimento e toda
a atividade.
Aos que convivem com a prática de exercícios respiratórios,
aconselha-se desenvolver alguns deles antes do auto-relaxamento. E o
auto-relaxamento antes da massagem, seja para massagista como para
massageado.
É bom lembrar que possuímos um órgão específico para a respiração
- o nariz - que tem, entre outras funções, a de filtrar e aquecer o ar
assimilado.
Alguns Exercícios Respiratórios
O ideal é que os exercícios respiratórios sejam executados em lugar
arejado.
A posição adequada para a prática é sentado de forma confortável, e
devemos expirar antes de iniciar um exercício respiratório.
Respiração Polarizada - equilibra a entrada de energia positiva e
negativa no corpo físico energético.
Modo de fazer: obstrua a narina direita com o dedo indicador da mão
direita e inspire profundamente com a narina esquerda, retenha o ar nos
pulmões pelo máximo de tempo possível e troque o dedo de narina,
expirando suavemente pela narina direita. Agora, mantendo o dedo na
narina esquerda, inspire pela direita e, quando for necessário soltar o ar,
troque o dedo de narina, expirando com a narina esquerda, completando
assim uma volta deste exercício.
Relembrando, troque o dedo de narina sempre com os pulmões
cheios de ar e nunca vazios.
Respiração do Sopro Rápido - Fole - combate à asma e a bronquite,
limpa e aumenta a capacidade pulmonar.
Modo de fazer: inspire e expire rápida e energicamente várias vezes,
obedecendo a seguinte regra: ar para dentro, abdômen para fora; ar para
fora, abdômen para dentro.
Curso de Massagem Oriental 91
Neste exercício não devemos balançar os ombros nem contrair a
fisionomia.
Respiratório Para Relaxar - modo de fazer: deitar de costas, inspirar
lenta e profundamente contraindo todos os músculos do corpo (nádegas,
olhos, mãos, pés, dentes, fisionomia); permanecer com ar nos pulmões
por alguns segundos e em seguida expirar, descontraindo-se e relaxando
todo o corpo. Permaneça com uma respiração lenta e profunda,
lembrando-se daquela regra: ar para dentro, abdômen para fora; ar para
fora, abdômen para dentro.
As Compressas
O autor deste capítulo: - Daniel Vieira da Silva Consultor técnico da
Associação de Massagem Oriental do Paraná, tem formação em
Psicomotricidade, e é estudioso das filosofias orientais e da Fitoterapia. É
massagista e professor do curso de Massagem e Sensibilidade, coordena
as turmas de Curitiba.
As Compressas
Neste capítulo vamos rever uma das formas mais populares de
tratamento: As Compressas.
O histórico das compressas acaba se fundindo com a história do
homem das cavernas. É sabido que esses nossos longínquos parentes já
se utilizavam de algumas práticas dessa natureza para tratamento de
machucaduras, batidas, etc.
Compressa e Massagem:
Um capítulo de compressas num livro de massagem vem a fazer um
ótimo casamento.
Ambas as terapias têm o seu aspecto preventivo e curativo. Cada qual
à sua maneira, têm uma grande carga de afetividade e cuidado, o que é
muito importante para o bom efeito do tratamento. Além disso, a relação
do paciente com o seu próprio corpo é enfatizada pelo tato, tanto numa
como na outra forma de tratamento.
Esse aspecto do cuidado e da relação terapeuta-paciente-corpopaciente é importantíssimo. Se o corpo pede atenção é porque
logicamente está precisando, e atenção, carinho, cuidadas são coisas
que nenhuma máquina poderá dar com tanta habilidade como uma
relação entre membros de uma mesma espécie poderá proporcionar.
É claro que o tratamento por massagem ou compressas não é só o
aspecto relacional; cada uma destas técnicas encerra sua forma de
tratamento, onde a técnica propriamente dita (parte que iremos colocar a
vocês logo mais adiante) é significativa dentro do processo, o que não
invalida a importância do afetivo. Ignorar técnicas como essas aqui
apresentadas - sem essa carga de atenção e afetividade - é mais ou
menos como viver sem ter amor à vida, pois tudo vira uma sucessão de
dias, sem maiores conseqüências reais. Não podemos esquecer que
para qualquer situação de aprendizado tornar-se eficaz - e o incômodo
corporal é uma situação de aprendizado - precisará ser vivenciada em
todos os passos de seu desenrolar.
Compressas Funcionamento e Aplicações Práticas
A saber, existem 3 (três) tipos de compressas. São elas: FRIAS,
NEUTRAS e QUENTES.
Desses tipos, os mais conhecidos são as FRIAS, que agem no
organismo como constrictor dos poros e vias de irrigação; as QUENTES
com ação contrária às frias, dilatando os poros e vias de irrigação linfática
e sanguínea, e as NEUI'RAS onde o efeito é de manter o corpo nas suas
condições ideais de temperatura.
Vejamos, então, mais detalhadamente o funcionamento e a aplicação
prática dessas técnicas terapêuticas.
Cabe aqui uma ressalva, de que a nossa intenção não é esgotar todas
as possibilidades de atuação das compressas, mas estimulá-lo, a partir
do conhecimento básico do funcionamento, a resgatar o que lhe
pertence: a capacidade de promover a saúde em si próprio e nos outros.
Compressas Frias
Com ou sem aditivo medicamentoso, esse tipo de compressa é mais
comumente usado na assepsia de locais, na prevenção de inflamações e
inchaços de traumatismos por batidas, torções, etc.
O frio contrai a pele, as vias de irrigação sanguínea e linfática,
evitando assim um congestionamento de energia no local de aplicação.
Modo de Preparo:
1. Faça um chá bem forte da planta que pretende utilizar, ou uma
diluição de tintura mãe (homeopatia) em água fervente, na
proporção de 1 (um) para 10 (dez), ou ainda se preferir use
somente água fervida na temperatura natural.
2. Embeba um pano de fibra natural, retire o excesso de líquidos e
aplique sobre a área desejada.
3. Troque a compressa de 30 em 30 minutos, ou sempre que esta
perder sua característica fria.
Aplicações Práticas
Traumatismo (entorses, batidas, etc.).
Curso de Massagem Oriental 92
Compressa de gelo (nas primeiras 24 horas): envolva alguns
pedaços de gelo em pano limpo, de fibra natural, e aplique sobre o local
desejado. Isto evitará que o local fique inchado e febril.
Compressa de arnica: em casos de hematomas, aplicar essa
compressa na proporção de arnica para água fervida, citada no item 1 no
modo de preparo.
Lactantes
Compressas de chá de malva: usada na assepsia das mamas e
prevenção contra o leite empedrado.
Para higiene das mamas, utilize um algodão embebido em chá de
malva. No caso de tratamento preventivo contra o leite empedrado fazer
compressas da mesma solução 3 (três) vezes ao dia.
um outro pano, de 1ã, ou material isolador térmico, que também
envolverá toda a região desejada, como uma capa protetora; e água pura
à temperatura ambiente.
O procedimento é o seguinte:
1) Molhe o pano de algodão na água, torcendo tire o excesso.
2) Envolva a parte do corpo desejada.
3) Com o pano de lã, cubra o de algodão, formando assim uma
camada térmica que manterá a temperatura do corpo.
Ilustrando:
Varizes
Compressas de hamamelis: solução de hamamelis, tintura mãe, em
água fervida (1:10), é utilizada na prevenção de varizes e no tratamento
de úlceras varicosas. Aplique a solução citada em pano limpo e de fibras
naturais e delicadas sobre a área desejada.
Febre
Compressa de água natural ou resfriada: molhe um pano de fibra
natural, retire o excesso de água e aplique na testa e sola dos pés.
Troque o pano assim que a água adquirir uma leve temperatura.
Compressa de clorofila: bata algumas folhas verdes no liquidificador,
adicionando água até liquefazê-las. Coe e no suco embeba um pano
aplicando-o como na compressa anterior.
Observação: essas compressas aliviam o sintoma da febre mas não
removem a causa. Em caso de febre alta ou agravamento dos sintomas,
procure ajuda médica.
Compressas Neutras
Levam este nome pois seu princípio terapêutico está justamente em
manter a temperatura do local a ser tratado à temperatura de 36ºC, ou
seja, à temperatura normal do corpo. Isto garante a condição ideal dos
poros e vias de irrigação por onde o corpo eliminará suas impurezas e
receberá nutrientes necessários ao seu bom funcionamento. Sua atuação
é restabelecer a temperatura normal e desintoxicar o organismo.
Preparo:
Na verdade o seu preparo é muito simples. Você necessitará apenas
de um pano, que, dobrado ao meio, ou em quadro, possa cobrir toda a
área a ser tratada. Este pano, de preferência deverá ser de algodão; e
4)
Troque as compressas conforme orientação do próximo item
(aplicações práticas).
Tipos e Aplicações Práticas
Compressa Abdominal: conforme preparo, envolvemos a região do
abdômen com as duas camadas de panos.
Este tipo é muito útil no auxílio da digestão dos alimentos,
desintoxicação dos órgãos internos, daquela região do fígado, estômago,
intestino, vesícula, etc., bem como é de grande valia no auxílio de
tratamento das anomalias daqueles órgãos, também nas gripes e
resfriados, com ou sem febre.
Presta valioso auxílio terapêutico.
Das trocas - nos casos de desintoxicação pode-se trocar de 1 em 1
hora ou até dormir de um dia para o outro com ela.
- nos casos de febre, troque de 15 em 15 minutos.
Compressa de Corpo Inteiro: Envolva o corpo do paciente desde a
região das axilas até os pés.
Esta compressa, além de ser desintoxicante, é extremamente
calmante, atuando quase como uma sauna, sem dar aquela sensação de
prostração comum do calor.
Curso de Massagem Oriental 93
Esta compressa deve ser aplicada somente por 1 hora e no horário do
dia de maior incidência solar.
Compressa de Coluna: Aplicamos os panos na região das costas
desde os ombros até o sacro. O paciente deve ficar deitado sobre a
compressa durante 1 hora ou 2 (duas) fazendo do material de 30 em 30
minutos.
Efeito relaxante e desintoxicante do sistema nervoso.
1)
Ferve-se água numa quantidade tal a obter-se material suficiente
para a área a ser aplicada, em média de 3 a 5 litros.
2) Faça uma boneca (saquinho de pano), onde será colocada a
planta, já previamente preparada, em quantidade suficiente para
obter-se um chá forte.
3) Mergulhe a boneca no recipiente com água fervida e deixe corar
por uns 10 (dez) minutos ou dilua a tintura-mãe escolhida.
Obs: essa água deverá ser mantida sempre quente, mas sem ferver
novamente, durante todo processo de aplicação.
Compressas Quentes
Atua dilatando a região desejada, possibilitando um melhor
escoamento dos elementos tóxicos ao corpo, facilitando a recuperação e
renovação sanguínea e tecidual daquele local.
Divide-se em 2 tipos:
a) Úmidas
b) Secas
Compressas Úmidas
Largamente usadas para relaxar tensões musculares. Nos
traumatismos, é complemento das compressas frias, usada após 24
horas ajuda a descongestionar a área ferida. Em inflamações localizadas,
também é de grande valia.
Esse tipo de compressa pode valer-se de aditivos medicamentosos
onde o calor, ao dilatar os poros, permite a penetração de tais
substâncias, enfatizando ainda mais o efeito do tratamento. Pode ser
também utilizada com água pura como veremos em aplicações práticas.
Preparo:
No caso de optarmos por utilizar algum aditivo medicamentoso, seria
interessante que esses fossem os mais naturais possíveis, tais como: as
plantas em sua forma natural, ou tinturas-mãe homeopáticas.
Para que possamos usar as plantas in natura, cada parte dela terá um
prévio preparo antes de ser misturada à água.
As raízes e cascas deverão ser raladas, as sementes e folhas
maceradas, enfim, isto servirá para aumentar a área de ação da água,
permitindo que ela possa extrair o máximo de substância medicamentosa
dessa planta.
No caso de tintura-mãe, a proporção de diluição fica de 1:10 - 1 de
tintura-mãe para 10 partes de água. O preparo propriamente dito fica
assim:
Aplicação
1. Toalha de Segurança - Coloque uma toalha ou pano de fibra
natural entre a pele do paciente e a compressa a ser aplicada,
evitando assim que o contato seja direto, com possibilidade de
não haver uma graduação do calor e conseqüentemente queima
da pele.
2. Embeba um outro pano, que nós chamaremos de pano de
aplicação, na substância ou simplesmente água fervida. Não atire
o pano dentro da água pois será difícil resgatá-lo, tendo em vista
que a água ou chá estará bem quente.
3. Torça o pano, retire o excesso de água e aplique sobre a área
desejada, já previamente coberta pela toalha de segurança.
4. Troque o pano de aplicação sempre que este perder seu
potencial calórico.
Obs: Para prolongar mais o efeito do calor é interessante cobrir o pano
de aplicação com um outro pano ou cobertor.
Cuidados:
Cuidado para não queimar o paciente - caso esquente demais é só
levantar a compressa por alguns segundos e recolocá-la.
Cuidado com correntes de ar durante e após as aplicações.
Aplicações Práticas
Compressa de Gengibre: é recomendada no alívio de qualquer tipo
de dor como em nevralgia, dores abdominais, cólicas, dor menstrual,
cálculos renais, e da vesícula. Ativa a circulação.
É proibido seu uso nos casos de hemorragia.
Compressas de Eucalipto: ativa a circulação, dinamiza o sistema
respiratório. Aplica-se nas costas à altura dos pulmões, podendo também
ser uma ótima compressa para relaxamento muscular.
Compressas de Artemísia: alivia as cólicas menstruais e ativas
sobre toda genitália, dinamizando a circulação e purificando o sangue
naquela região.
Curso de Massagem Oriental 94
Compressas Calmantes: podem ser de: erva-doce, camomila, ou
outra erva que tenha esse efeito. Aplica-se sobre a coluna, em cima do
sistema nervoso.
Compressas Secas
Utilizadas principalmente no alívio de dores que tendem a se agravar
com umidade e frio.
As compressas secas ou de calor, como são chamadas, têm como
fundamento à utilização do calor para o descongestionamento de regiões
afetadas pelo frio e umidade.
As mais usadas são compressas de sal, areia, bolsas de água quente,
por vezes até tijolos e pedras.
Preparo
1. Aqueça bem o material a ser usado.
2. Envolva-o em um pano dobrado por 2 (duas) ou 3 (três) vezes.
3. Use uma toalha de segurança.
4. Aplique a compressa sobre o local desejado.
5. Troque sempre que o calor ficar tênue.
Aplicações Práticas
Esse tipo de compressa é utilizado no alívio de qualquer dor. É
principalmente utilizado naqueles lugares aonde o frio e a umidade vêm a
agravá-las como: dores reumáticas, algias nervosas, etc.
Bibliografia
Massagem:
Austregésilo, A. S. B. - Massagem e Sensibilidade - Do-ln.
Cançado, Juracy - Do-ln, Primeiros Socorros - Vol. I e II,
Cançado, Juracy - Do-ln Para Crianças.
Cham, P. - Guia para el Masaje en Puntos de Acupuntura
Czechorowski, H. - La Practica de los Masajes
Dolto, B. - O Corpo Sobre a Ação das Mãos.
Downing - O Livro da Massagem
Downing - Massage and Meditation
Gordon, R. - A Cura Pelas Mãos.
Gunther, B. - Sensibilidade e Relaxamento.
Gunther, B. - Energy, Extasy and Yovor Seven Vital Chakras
Hauschka, M. - Massagem Rítmica.
Inayaf Kahn, S. H. - Mensagem Sufi.
Katsusuke Serizanaa, M. D. - The Oriental Method ln
Kushi, M. - Le Livre du Do-ln
Laban, R. - Domínio do Movimento.
Langre, J. - Do-ln.
Leboyer, E. - El Masaje de los Niños
Manicoshi - Sliatsu (2 volumes)
Massin, C. - La Medecine Tibetaine
Mensato Filho. L. - Acupuntura Eletrônica.
Michio Kuchi - Do-ln
Michio Kuchi - Massagem Chinesa
Michio Kuchi - Zen Shiatsu
Miller, R. O. - Massagem Psíquica.
Niboyet, J. E. H. - Le Traitement des Algies par I´Acupuncture
Sambucy, Dr. A. - Traité Pratique de Massage Vertebral
Taubin, P. - Acupuntologia
Thie, J. F. - Touch of Health (with many marks)
Tohei, K. - Le Livre du Ki
Yoga
De Rose - Prontuário de Yoga Antigo
Homem, Dr. F. V. - Manual de Massagem.
Leboyer, F. - Yoga for Pregnant Woman
Liedbeater - Os Chakras
Lobato, Eliane - Yoga e Parto.
Curso de Massagem Oriental 95
Alimentação
Lobato, Eliane - Receitas da Cozinha Vegetariana.
Lobato, Eliane - Receitas de Alimentação Natural.
Lobato, Eliane - Alimentação Infantil Vegetariana.
Corpo
Alexander, G. - Eutonia.
Andrews, B. - Alongue-se.
Bertherat, T. - O Correio do Corpo.
Bertherat, T. & Bersustem - O Corpo Tem Suas Razões.
Berustein, D. & Borkavec, T. - Relaxamento Progressivo.
Garandy, R. - Danças à Vida.
Lowen, A. - O Corpo em Terapia.
Lowen, A. - O Corpo Traído.
Souchard - Ginástica Postural Global
Anatomia e Fisiologia
Hanson & Clark - Neuroanatomia
Leitão, A. - Elementos da Fisioterapia.
Anatomia P/Colorir
Psicologia
Lowen, A. - A Manuel of Bioenergetic Exercises
Lowen, A. - Bioenergetic.
Reich, I. A. - A Avise do Caráter.
Reich, I. A. - Wilhelm Reich, una Biografia Personal.
Reich, I. A. - Função do Orgasmo.
Rolf, I. - Strutural Integration Gravit, an Unexplored factor in More Human
Use of Human Beings
Rosenberg, J. L. - Orgasmo Total
Stevens, B. - Não Apresse o Rio.
Watts, A. - Psicoterapia Oriental X Ocidental.
Outros Correlatos
Lobato, Eliane - Como Interpretar seu Mapa Astrológico.
Armando Sergio Bezamat Austregésilo
• Presidente da A. M. O. R. - Associação de Massagem Oriental do
Brasil.
• Idealizador e fundador do Curso de Massagem Oriental e Ocidental
promovido pela Associação de Massagem Oriental do Brasil
• Membro fundador da UNIYOGA - União Nacional de Yoga
• Autor do Livro "Massagem e Sensibilidade" - Ed. Tecnoprint.
• Massagista profissional desde dezembro de 1975
• Economista com experiência de 5 anos em Processamento de Dados
• Especializado em Do-In, Shiatsu, Quiroprática, Yoga e
Vegetarianismo.
• Colaborador nos fascículos "Medicina Natural" - Ed. Três.
• Autor do Mapa dos Meridianos Chineses - Ed. Três - A. M. O. R.
• Introdutor do Curso Profissionalizante de Massagem em:
- UniYoga: Mogi das Cruzes - SP
- São Paulo: C. O. R. P. O. (Pinheiros).
- Shambala (Ipiranga)
- M. OR. (Alto da Lapa).
- UniYoga (Itaim)
- UniYoga (sede central - SP)
- SESC - Serviço Social do Comércio:
- Campinas.
- Piracicaba - SP
- SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial:
- Campinas - SP
- Universidade Federal da Bahia - Faculdade de Educação:
- Salvador
• Palestrante convidado dos: I e II Encontros de Téc. Reabilitação e
profissionais de Massagem, realizados, respectivamente:
- I Encontro - S. J. Rio Preto - SP (SENAC) - 12, 13 e 14 de
outubro de 1984.
- Tema: "Massagem e Sensibilidade" (Vivência)
- II Encontro - S. José dos Campos - SP (SENAC) - 25 e 26 de
janeiro de 1985.
- Tema: "A Massagem Oriental e o dia a dia" (vivência)
• Realizador do III Encontro de Massagem e Reabilitação (SESCCampinas) que teve lugar nos dias 19, 20 e 21 de julho de 1985.
•
Representante da A. M. OR do Brasil no I Congresso
Brasileiro de Massagem – Curitiba - 1986
Curso de Massagem Oriental 96
A. M. OR.
A Associação de Massagem Oriental do Brasil - A. M. OR. foi criada
pelos formandos da primeira turma do curso de Massagem Oriental e
Ocidental, realizado pelo Centro de Orientação e Reprogramação PsicoOrgânica - C. O. R. P. O., em 1980.
Seu objetivo principal é a difusão da massagem como terapia do bemviver, e incentivar todas as formas de massagem, praticada como uma
linguagem - a linguagem do tato.
Inicialmente funcionando apenas em São Paulo, capital, a A. M. OR.
vem se difundindo e criando representação nos Estados e em outras
unidades da Federação.
Atualmente, temos já em funcionamento:
A. M. OR. do Brasil - tels:
A. M. OR. do Paraná - tels:
A. M. OR. de Guarulhos - tel:
A. M. OR, de Campinas - tel:
A. A. M. OR. do Rio de Janeiro - tel:
(011) 883-2142
211-4915
260-7062
(041) 244-2750
252-0098
(011) 940-4571
(192) 51-4292
(021) 246-4967
Curso de Massagem Oriental 97

Documentos relacionados