SEGMENT WP3 – Final Report
Transcrição
SEGMENT WP3 – Final Report
DELIVERABLE 3.6 SEGMENT WP3 – Relatório Final Dr Jillian Anable, Universidade de Aberdeen 09/04/2013 SEGMENT WP3 – Relatório Final 2013 SEGMENT WP3: Relatório Final Dr Jillian Anable, Universidade de Aberdeen Abril 2013 1.0 Introdução Como parte integrante do projeto SEGMENT, financiado pelo Programa Energia Inteligente para a Europa, foram analisadas campanhas de gestão da mobilidade em seis cidades Europeias - Hounslow (Londres, Reino Unido), Sofia (Bulgária), Utrecht (Holanda), Munique (Alemanha) e Almada (Portugal) - para avaliar o impacto de uma abordagem direcionada à concepção de campanhas e materiais de marketing associados. As campanhas dirigiram-se a momentos específicos de mudanças na vida, tais como o ingresso de alunos na escola, a mudança de local de trabalho, a entrada na universidade, o momento em que pais recentes começam a levar os seus filhos para o centro de saúde, pessoas recém-diagnosticadas como uma doença e novos residentes numa cidade. Dentro destes grupos alvo, também se escolheram determinados segmentos de comportamento como foco das campanhas. Para avaliar o sucesso desta abordagem, cada campanha foi avaliada usando inquéritos de “antes e depois”. Este relatório resume as conclusões principais dos dois conjuntos de inquéritos. Nele se identificam os segmentos de comportamento finais, reconhecidos em todas as cidades parceiras, e as atitudes chave que se distinguem entre elas. Também se avalia a alteração nos hábitos de transporte (distribuição modal) que tiveram lugar em cada grupo alvo no momento de mudança de vida e em cada segmento de comportamento em cada cidade. Os resultados para cada uma das seis cidades apresentam-se em relatórios separados disponíveis em inglês e na língua do parceiro em causa (Deliverable 3.4). Este relatório deve ser lido em conjunto com o Deliverable 4.4 (Concepção da Campanha), Deliverable 5.4 (Implementação) e Deliverable 3.2 (Resultados do Inquérito Preliminar), que definem a abordagem seguida pelo SEGMENT quanto à recolha de dados. 2.0 Realização do inquérito Este consistia em questionários que recolhiam dados idênticos acerca dos hábitos de transporte e atitudes quanto à mobilidade. Os primeiros questionários (“os preliminares”) foram realizados no fim de 2010/11 e a segunda vaga no fim de 2012/13. Na segunda vaga, os dados foram recolhidos de grupos de pessoas que tinham estado expostas à campanha (“o grupo alvo”), mas também de pessoas nas mesmas instituições, escolas, bairros ou similares que não tinham estado expostas à campanha (“o grupo de controlo”). O objetivo do controlo era representar a tendência de fundo e o que teria provavelmente acontecido sem as campanhas do SEGMENT. Também foram recolhidos dados para os inquéritos preliminares em Atenas, que tinha um estatuto de observador neste projeto. Em cada vaga de inquéritos, o número de questionários recolhidos em cada cidade foi o seguinte: Page | 2 SEGMENT WP3 – Relatório Final 2013 Tabela 1 Questionários recolhidos em cada vaga de inquéritos para cada campanha em cada cidade parceira do SEGMENT Hounslow Almada Atenas Sofia Inquérito Preliminar 250 397 Controlo 98 0 Tratados 137 294 Total 485 691 Saúde 234 117 84 435 Total 484 215 515 1,611 Escola 300 100 200 600 Residentes 300 * * 300 Universidade 300 100 200 600 Total 900 200 400 1,500 Escola Residentes 300 300 n/a n/a n/a n/a 300 300 Universidade 307 n/a n/a 307 Total 907 n/a n/a 907 Escola 313 100 204 617 Trabalho 300 112 201 613 Residentes 584 100 200 884 1,197 312 605 2,114 Escola Trabalho 433 320 160 103 403 31 996 454 Residentes 304 228 165 697 1,057 491 599 2,147 Escola 624 240 932 1796 Trabalho 275 98 124 497 Escola Trabalho Total Utrecht Total Gydnia Saúde 455 140 350 945 1,354 478 1406 3,238 403 706 149 102 159 274 711 1082 1,109 251 433 1,793 7,008 1,947 3,958 13,310 Total Munique Escola Residentes Total Total global Nota: Os números nesta tabela correspondem ao número total de questionários recolhidos. Nem todos os questionários foram utilizáveis para a análise de segmentação descrita abaixo, dado que a segmentação requer 100% de respostas ao questionário a todas as perguntas relevantes acerca dos comportamentos. Isto significa que a dimensão da amostra foi entre 0% e 20% mais baixa para a análise de segmentação. * Dados não disponíveis quando este relatório foi escrito. 3.0 Resultados: Segmentos Finais A análise estatística sub-dividiu toda a amostra em segmentos, com base nas respostas às questões do inquérito relativas à atitude1. As conclusões principais são: 1 Na análise preliminar aplicou-se a análise de grupo a cada grupo alvo separadamente (e.g. escolas, locais de trabalho, universidade, etc.) e identificaram-se segmentos para cada um. Depois de finalizadas as campanhas, todos os dados de ambas as vagas foram combinados (para criar um conjunto de dados com 13, 310 inquiridos) e a análise de grupo foi feita incidindo em todos os inquiridos em todas as cidades e grupos alvo conjuntamente. Os segmentos resultantes foram muito similares (se não os mesmos) aos da fase preliminar, dado que foram usadas as mesmas questões para os criar, mas o Page | 3 SEGMENT WP3 – Relatório Final 2013 Oito segmentos finais de atitude foram encontrados nos dados (5 segmentos de proprietários de carros e 3 de não-proprietários de carros). Cada segmento representa uma combinação única de preferências e atitudes em relação ao uso de automóvel, da bicicleta, sobre andar a pé e de trasportes públicos, autoidentidade, boa forma e ambiente. As atitudes que constituem características mais fortes da pertença a cada segmento podem ser vistas na Figura 1. Todos os segmentos estão presentes em todas as cidades parceiras, mas em proporções diferentes. Estas proporções vêem-se na Figura 2. Figura 1: Os indicadores mais fortes de pertença ao segmento Condução de automóvel atual e previsível: se o automóvel tem sido guiado nos últimos 12 meses; probabilidade de guiar nos próximos 12 meses. Relação com a condução do automóvel: preferência por conduzir o automóvel, acima de todos os outros modos, gostar de guiar só pelo prazer, querer (ou não) reduzir a condução. Relação com andar de bicicleta: gostar de andar de bicicleta; achar que é stressante; achar que é rápido. Relação com andar de transportes públicos: ter uma preferência por andar de transportes públicos. Identidade: usar o automóvel como uma forma de autoexpressão, identificar-se com andar de bicicleta, a pé ou de autocarro. Querer estar em forma: querer andar mais a pé ou de bicicleta (ou ambos) para estar em forma. Ambiente: sentir uma obrigação moral de reduzir emissões pessoais de carbono. Simpatia pelo automóvel: acreditar que as pessoas devem poder usar os seus carros tanto quanto quiserem. Figure 2: Distribuição dos segmentos finais em todas as vagas do inquérito e cidades parceiras conjunto final de segmentos é mais robusto dado que o tamanho da amostra é superior. Estes segmentos finais são os utilizados na análise final para avaliar as campanhas. Page | 4 SEGMENT WP3 – Relatório Final 2013 100% 7.2% 11.2% 90% 9.1% 6.4% 8.2% 8.6% .6% 3.0% 5.8% 8.5% 80% 5.8% 3.6% 20.5% 20.7% 22.0% 13.8% 8.4% Car-free Choosers 6.4% PT Dependents 2.4% 11.1% 50% 18.8% 4.2% 14.1% 70% 60% 14.2% 5.9% 1.6% 5.9% 38.5% 2.5% 5.7% 14.9% 11.8% Car Contemplators Practical Travellers 0.1% 4.6% 17.5% 30.0% 40% 21.5% 20.5% 15.1% Active Aspirers Malcontented Motorists 29.1% 39.3% 16.1% 30% Image Improvers 4.4% 21.2% 18.2% 20% 18.6% 12.0% Devoted Drivers 19.8% 23.4% 10% 15.7% 12.5% 9.2% 5.0% 0% Hounslow (N=884) Almada (N=1494) Sofia (N=1615) Utrecht (N=2054) 6.0% 15.1% 3.8% Gdynia (N=2521) Munich (N=1561) Athens (N= 840) Nota: A amostra de Hounslow não inclui os inquiridos com o questionário preliminar para os empregados, dado que este era um estudo piloto e muitas questões dos questionários foram subsequentemente alteradas. A amostra de Almada não inclui inquéritos “depois” para Novos Residentes. A amostra de Atenas apenas inclui dados da fase preliminar. Aqui podemos ver que: Hounslow tem a maior proporção de inquiridos no segmento dos Condutores Descontentes mas também uma proporção relativamente alta de Não Utilizadores de automóvel por opção. Almada tem uma distribuição relativamente equilibrada de condutores nas primeiras três categorias de condutores de automóvel mas poucos Aspirantes a Ambientalistas e Viajantes Práticos. Tem um número relativamente alto de Contempladores do automóvel (dominado pelo seu grupo alvo da Universidade). Sofia tem uma alta proporção de segmentos de não proprietários de carros com um número particularmente alto de Dependentes de TP. Esta cidade também tem um alto número de proprietários de automóvel na categoria de Condutores Devotos mas um número baixo de Viajantes Práticos. Utrecht tem a maior proporção de segmentos de proprietários de carros. Praticamente não existem Dependentes de TP nesta cidade. Também tem o maior número de Viajantes Práticos que, como iremos ver, é constituído principalmente por ciclistas. Aqui encontramos o menor número de Condutores Devotos. Gdynia tem o maior número de Preocupados com a Imagem e um alto número de Contempladores do Automóvel, mas um pequeno número de Viajantes Práticos. Munique tem o número mais alto de Aspirantes a Ambientalistas e Não Utilizadores de automóvel por opção e uma proporção muito baixa de Condutores Devotos. Page | 5 SEGMENT WP3 – Relatório Final 2013 Atenas tem o maior número de pessoas nos segmentos sem automóvel e a maior proporção de Contempladores do Automóvel e Não Utilizadores de automóvel por opção. Nos segmentos de proprietários de automóvel, os Viajantes Práticos não se encontram representados nesta cidade e o segmento dos Aspirantes a Ambientalistas é um segmento relativamente pequeno em comparação com outras localizações. No entanto, os Condutores Devotos, os Condutores Descontentes e os Preocupados com a Imagem estão representados em números relativamente equilibrados. Os oito segmentos finais (5 segmentos de proprietários de carros e 3 de não-proprietários de carros) apresentam-se na Tabela 2: Page | 6 Inquérito SEGMENT Nr.2: Relatório de Avaliação de Dados - Hounslow 2013 Tabela 2: Características dos segmentos finais de hábitos de transporte, comportamento e demográfia Condutores Devotos Proprietários de automóvel Melhoradores Motoristas Aspirantes a de Imagem Descontentes Ambientalistas Viajantes Práticos Não-proprietários de automóvel Contempladores Dependentes de Não Utilizadores do automóvel transporte de automóvel público por opção Automóvel X X/ XX XX X XX XX Prefere usar o automóvel do que qualquer outro modo. Não tem interesse em reduzir; acha que as pessoas bem sucedidas usam o automóvel. Gosta de conduzir, o automóvel é uma forma de se expressar; não quer que o uso do automóvel seja restringido mas deseja reduzir um pouco. Não gosta de conduzir – acha que é stressante; quer reduzir um pouco mas continua a preferir o automóvel. Sente-se culpado/a por usar automóvel em deslocações curtas e gostaria de reduzir. Não acha que sejam necessárias mais estradas. O automóvel é a única maneira de ir de A para B; só usa o automóvel quando necessário; os carros reduzem a qualidade de vida. Os carros são um símbolo de status e as pessoas deveriam poder usá-los sem restrições; gostaria de usar mais o automóvel; tem um grande desejo de o fazer. Não gosta de conduzir; gostaria de ver menos congestionamento mas acha que as pessoas deveriam ser autorizadas a usar o automóvel e gostaria de andar mais de automóvel. Não gosta de conduzir e acha que os carros levam a estilos de vida pouco saudáveis e deveriam ser reduzidos XX XX XX XX X X X XX XX X X/ Não é o género de pessoa que ande de transportes públicos; acha que é stressante. Não é o género de pessoa que ande de transportes públicos – preferiria andar de bicicleta. Preferia usar o transportes públicos em vez da bicicleta mas acha que andar de transportes públicos tem muitos problemas. Concorda com que os transportes públicos podem ser mais rápidos mas acha que andar de transportes públicos tem muitos problemas. Preferia muito mais andar de bicicleta do que de transportes públicos porque é mais rápido. Preferia andar de transportes públicos em vez da bicicleta mas acha que tem muitos problemas e é stressante. Os transportes públicos não são os modos mais rápidos embora sejam melhor do que a bicicleta, mas o melhor é andar mais vezes a pé Não acha que andar de transportes públicos seja stressante ou problemático mas prefere andar de bicicleta XX XX X/ XX X X X XX XX Não é o género de pessoa que ande Andar de bicicleta pode ser uma Não se identifica como ciclista e não Vê-se como ciclista e acha que andar Identifica-se como ciclista mas É neutro quanto a andar de bicicleta. Definitivamente não se vê como Acha que andar de bicicleta é benéfico Uso Comportamentos Transporte público (PT) Uso Comportamentos Bicicleta Uso Comportamentos SEGMENT WP3 – Relatório Final 2013 de bicicleta e não vê vantagens nisso forma de autoexpressão e uma boa maneira de ficar em forma. vê nenhuma vantagem nisso além de estar em forma. de bicicleta dá liberdade, boa forma e é rápido. não acha que seja uma forma de expressão. Reconhece todas as vantagens; não acha stressante. Não se identifica muito e acha um pouco stressante. ciclista. Não vê vantagens nisso e acha que é stressante. por todo o tipo de razões, é uma forma de a autoexpressão e não acha stressante XX XX X/ X/ X X Não gosta de andar a pé apesar de saber que pode ser uma opção flexível; acha que é muito lento. Gostaria de andar a pé para ficar em forma mas preocupa-se com o tempo que leva. Não vê nenhumas vantagens em andar a pé. Acha que andar a pé é saudável e gostaria de andar mais a pé para ficar em forma. Acha que andar a pé é moderadamente saudável e fará essa opção quando for mais prático do que andar de bicicleta. Não acha que seja muito flexível; apesar disso talvez vá fazê-lo um pouco mais para ficar em forma. Gostaria de andar mais a pé para estar em forma. Acha que andar a pé é saudável e gostaria da andar mais a pé para estar em forma. Andar a pé Uso Comportamentos Outras Atitudes em relação a: Ambiente XX Saúde X/ X/ X X/ X Obrigação moral muito baixa. Comportamentos ambientais neutros / moderados. Baixo nível de consciência ambiental. Elevada obrigação moral e convicção de que reduzir o próprio uso do automóvel fará alguma diferença. Não motivado/a pelas alterações climáticas apesar de a poluição / congestionamento local serem relevantes. Atitudes ambientais neutras / moderadas. Não se motiva pelo ambiente e acha que são necessárias mais estradas para aliviar o congestionamento . Elevada obrigação moral e convicção de que reduzir o próprio uso do automóvel fará alguma diferença. XX X/ X/ X/ X Não se motiva pela forma física. Motiva-se pela forma física – especialmente andar de bicicleta. Acha que devia andar mais a pé pela forma física mas não andar de bicicleta. Altamente motivado/a pela forma física tanto para andar a pé como de bicicleta. Não se motiva pela forma física – mas pode ser por pensar estar já em forma. Não se motiva pela forma física mas acha que andar a pé é saudável. Anda a pé para estar em forma. Acha que andar mais a pé é saudável e quer andar mais a pé e de bicicleta para estar em forma. XX X/ XX Intenção Reduzir o automóvel - Page | 8 SEGMENT WP3 – Relatório Final 2013 TP Bicicleta Andar a pé XX XX XX XX X X/ XX XX XX X/ Sem intenção de reduzir o uso do automóvel. Não quer realmente reduzir o uso do automóvel mas gostaria de andar mais de bicicleta e talvez a pé. Intenção moderadamente forte de usar alternativas (não TP) mas acha que não é simples. Altamente motivado/a para usar modos ativos. É provável que já ache que estão a usar suficientemente cada modo. Tenciona usar outros modos mas o mais provável é que vá começar a conduzir. Com vontade de andar mais a pé e menos provável começar a conduzir. Com vontade de usar modos ativos. Níveis altos de emprego a tempo inteiro. Níveis altos de emprego a tempo inteiro. O que tem mais mulheres de todos os condutores de automóvel. Níveis de emprego a tempo parcial acima da média. Com altos níveis de habilitações académicas; níveis de emprego a tempo parcial acima da média. Os/as mais jovens; provavelmente mais mulheres; alta proporção de estudantes. Provavelmente mais mulheres; com os níveis de habilitações académicas mais baixos; número mais alto de reformados/as. Provavelmente mais mulheres; alta proporção de estudantes. Demografia Page | 9 Inquérito SEGMENT Nr.2: Relatório de Avaliação de Dados - Hounslow 4.0 Resultados: Alterações na distribuição modal 4.1 Alterações na distribuição modal por grupo alvo Calcular a distribuição modal antes e depois das campanhas é uma forma de avaliar o “êxito” do projeto SEGMENT. Há duas maneiras de fazer isto. A primeira é observar a mudança na distribuição modal em cada grupo alvo no momento de mudança de vida e em cada cidade parceira (i.e. todos os alunos da escola, todos os empregados, etc), independentemente do segmento de comportamento a que as pessoas pertençam. A tabela 3 mostra esta análise. Os números levam em consideração o que se estava a passar “no pano de fundo”, medido pelas amostras de controlo e, assim, representam a mudança que pode ser associada às campanhas SEGMENT. Os números sombreados a verde mostram uma tendência favorável (na direção de deslocações sustentáveis), e a rosa mostra-se o oposto2. Tabela 3: Distribuição modal das deslocações para a escola, trabalho e centros de saúde diferenças líquidas em pontos percentuais da amostra de controlo entre o inquérito preliminar e o subsequente* ESCOLA Carro (condutor ou Bicicleta A pé TP Outros TRABALHO Carro (condutor ou Bicicleta A pé TP Outros RESIDENTES Carro (condutor ou Bicicleta A pé TP Outros SAÚDE Carro (condutor ou Bicicleta A pé TP Outros UNIVERSIDADE Carro (condutor ou Bicicleta A pé TP Outros HOUNSLOW 1.0% -6.0% 6.3% -1.2% 0.0% passageiro) 6.8% 2.1% -0.3% -9.5% 0.8% passageiro) passageiro) passageiro) ALMADA -10.0% -1.0% 7.5% 0.0% 3.5% a inserir SOFIA -3.0% 0.0% -1.7% 3.2% 1.4% 0.5% 0.4% -8.5% 7.6% 0.0% -7.0% 2.2% 3.5% 0.1% 1.1% 1.8% 0.8% 2.1% -3.8% -0.9% passageiro) UTRECHT -2.6% -1.4% 3.4% 0.4% 0.3% -23.1% 8.6% -1.1% 9.2% 6.3% -3.6% 1.5% -1.2% 3.0% 0.4% GDYNIA 12.3% 0.2% -9.9% -1.9% -0.7% -11.6% 2.5% 1.1% 6.4% 1.7% 1.8% -5.7% 3.6% 0.9% -0.7% 0.5% -1.8% 23.9% -19.9% -2.6% 0.5% 0.0% -3.5% 3.0% 0.0% Nota: Não inclui os resultados de Almada para Novos Residentes. O terceiro grupo alvo de Munique foi avaliado através de uma metodologia qualitativa; Os números em itálico mostram que a alteração entre a fase preliminar e os inquéritos subsequentes não é estatisticamente significativa (e.g. escolas de Hounslow e escolas de Utrecht). Não se usa cor onde a mudança =< 0.5%. Sombreado verde = direção da mudança sustentável; Sombreado rosa = direção da mudança não sustentável. Em resumo, os resultados mais notáveis são: 2 MUNIQUE -0.7% -26.9% 6.4% 19.3% -0.7% Em geral há mais resultados favoráveis do que desfavoráveis. Tomando os números na tabela como exemplo, havia 17.7% de alunos a serem levados para a escola de automóvel em Hounslow na fase preliminar. No controlo, este número aumentou para 22.3% mas nas escolas subiu para 23.3%. A diferença entre os números tratados e de controlo dá uma diferença de pontos percentuais líquida de +1.0%. Inquérito SEGMENT Nr. 2: Relatório de Avaliação de Dados Munique 2013 Os maiores êxitos foram alcançados na campanha da escola em Munique (no sentido de andar a pé e de transporte público), nas campanhas de trabalho em Gdynia (todos os modos sustentáveis) e Utrecht (bicicleta e transporte público) e nas campanhas dos novos residentes em Sofia e Utrecht. No geral, pode concluir-se que a campanha dos novos residentes alcançou as maiores flutuações na mudança de modo de transporte. Nalguns casos, o modo de partilha de automóvel parece ter aumentado. Há várias razões que poderão explicar aumentos no uso do automóvel entre as populações alvo: A dimensão das amostras recolhidas no âmbito do SEGMENT foram muitas vezes insuficientes quando a análise é detalhada por cidade e grupo alvo. Levaram-se a cabo testes para avaliar se as mudanças entre o “antes” e o “depois” foram estatisticamente significativas e, tal como visto na Tabela 3, muitas vezes não o foram. Neste caso, pequenas dimensões da amostra irão exagerar pequenas flutuações no modo usado. Tentou-se um método robusto para avaliar o SEGMENT através da recolha de dados dos grupos de controlo. Os números apresentados na Tabela 3 são “limpos” do controlo e isto significa que quaisquer mudanças no modo usado nos grupos alvo estão para além da tendência de fundo. No entanto, esta abordagem assume que as amostras de controlo (i) que começaram no mesmo ponto que o inquérito preliminar (ii) e experimentaram condições idênticas que não a exposição às campanhas (iii) são semelhantes noutras formas à amostra do inquérito preliminar. No entanto, muitas vezes o grupo de “controlo” não serviu de boa comparação com o grupo tratado e pode ter levado a resultados enganosos. Por exemplo, em Munique, os alunos que pertenciam ao grupo de controlo eram mais velhos do que o grupo tratado, e assim, apesar de os números sugerirem que há muito menos crianças a andar de bicicleta no grupo tratado, é mais provável que seja por os pais serem mais cautelosos com o modo de transporte dos seus filhos quando são mais novos. Também é provável que as amostras de controlo tenham sido frequenetemente expostas a eventos diferentes (tais como estar mais perto de uma nova estação de metro, etc) e tais diferenças terão provavelmente impactado os resultados. Os inquéritos “depois” decorreram apenas alguns meses após o final das campanhas. Pode não ter havido tempo suficiente para permitir alterações de comportamento. O impacto das campanhas parece ter sido diferente nos vários casos no mesmo local (e.g. em Gdynia a campanha dos novos residentes levou a uma redução no uso do automóvel mas as campanhas das escola não). Alguns grupos alvo podem levar mais tempo a reagir e a assumir uma mudança de comportamento do que outros, e isto pode levar a algumas diferenças na escala da mudança de comportamento entre segmentos. Por exemplo, novos residentes podem estar sequiosos de informação sobre a zona e, como tal, reagirem a ela mais rapidamente do que pais de crianças da escola que poderão ter feito as suas opções acerca do modo de transporte vários meses antes do novo ano escolar. Não podemos retirar do SEGMENT conclusões sobre estes assuntos, dado que se necessitaria de mais investigação para perceber a escala temporal e as motivações para tais respostas comportamentais. Page | 11 Inquérito SEGMENT Nr. 2: Relatório de Avaliação de Dados Munique 2013 4.2 Mudanças na distribuição modal por grupo alvo e segmento de comportamento A análise acima sugere que campanhas direcionadas para momentos de mudanças na vida podem ser bem-sucedidas. A segunda maneira de avaliar o “êxito” do projeto SEGMENT é observar mudança na distribuição modal em cada um dos segmentos comportamentais em cada grupo alvo e cidade separadamente. Ao fazer isto, vemos se a segmentação por comportamento foi bemsucedida em alcançar um maior número de mudanças de modo nos segmentos alvo das campanhas. Há demasiadas campanhas diferentes e segmentos alvo individuais para se apresentar resultados detalhados neste Relatório Final. Todos os números são apresentados nos relatórios do Inquérito Número 2 para cada cidade parceira (Deliverable 3.4). No entanto, podem retirar-se algumas conclusões gerais sobre se a abordagem seguida no SEGMENT funcionou ou não para identificar segmentos de comportamento específicos a focar em cada campanha. Os resultados mostram que o mesmo segmento de comportamento está representado em proporções diferentes em cada cidade. Cada segmento de comportamento é motivado por coisas diferentes e necessita de mensagens de marketing e campanha diferentes para ter maiores hipóteses na alteração de comportamentos. Assim, com o SEGMENT provou-se a importância de conhecer a composição do público alvo das campanhas. As cidades parceiras reconheceram a importância de pensar sobre o seu público desta forma, e como este entendimento ajuda a aumentar a criatividade na concepção das campanhas (ver Deliverable 4.4 - Concepção da Campanha e Deliverable 5.4 - Implementação da Campanha). Mensagens específicas para segmentos específicos (os Aspirantes a Ambientalistas desejam passar mais tempo de qualidade com os seus filhos; os Preocupados com a Imagem focamse mais na imagem e status) levaram a novos pensamentos sobre a concepção das campanhas. A identificação dos Contempladores do Automóvel em cada local permitiu reflectir sobre a necessidade de se pensar não só nos actuais utilizadores de carros mas também em quem está a pensar comprar automóvel. Os resultados mostram que conceber as mensagens da campanha em função de segmentos específicos pode levar a mais mudanças de comportamento nesses segmentos. Análises de mudança comportamental em diferentes segmentos para cada campanha mostraram que o nível de alteração comportamental varia nos diferentes segmentos e que é frequentemente ser nos segmentos alvo das campanhas que ocorrem mais mudanças no sentido da utilização de modos de transporte mais sustentáveis. Houve êxitos notáveis identificados nos resultados que incluíam a Campanha de Escolas de Hounslow (onde a maior redução na condução de carros e o maior aumento no andar a pé foram alcançados nos segmentos Preocupados com a Imagem e Condutores Descontentes); a Campanha dos Centros de Saúde da cidade parceira de Hounslow (onde o maior aumento no andar a pé entre os segmentos de condutores de automóvel foi alcançado no grupo alvo dos Preocupados com a Imagem, e na bicicleta entre os Aspirantes a Ambientalistas), a Campanha dos Empregados de Gdynia (em que o andar de bicicleta aumentou entre os Preocupados com a Imagem); a campanha das Escolas de Sofia (em que o uso do automóvel se reduziu e o andar a pé aumentou entre os Condutores Descontentes). Page | 12 Inquérito SEGMENT Nr. 2: Relatório de Avaliação de Dados Munique 2013 No entanto, os resultados não foram inteiramente conclusivos quanto ao grau em que o comportamento mudou nos segmentos alvo. Provavelmente isto deve-se a vários factores relacionados com a forma de recolha dos dados de avaliação e a concepção das campanhas nas cidades parceiras. As aprendizagens, na Secção 5.0 deste relatório, resumem as principais formas sob as aquais se pode melhorar o êxito de uma abordagem segmentada. 5.0 Aprendizagens relativas a inquéritos e recolha de dados no SEGMENT As aprendizagens do Pacote de Trabalho (WP) 3 - Inquéritos e recolha de dados - foram documentadas no Deliverable 3.5 (Relatório sobre obstáculos identificados, factores de êxito críticos e aprendizagens). Apresenta-se aqui um sumário destas aprendizagens, as quais, se consideradas, poderão levar a campanhas de gestão de mobilidade mais eficazes e com melhor relação custobenefício: Page | 13 Inquérito SEGMENT Nr. 2: Relatório de Avaliação de Dados Munique 2013 Questão: Quantas perguntas são necessárias num questionário? Resposta: 18. A metodologia do SEGMENT usou um questionário muito longo para identificar quais as questões mais úteis para incluir em futuros inquéritos para identificar segmentos de comportamentos. A metodologia robusta usada no SEGMENT permitiu encontrar um pequeno conjunto de 18 Perguntas Chave. Estas estão descritas no Deliverable 7.8.2 (Calculadora de Perguntas Chave). Idealmente estas perguntas seriam acrescentadas a questionários sobre hábitos de transporte ou outros inquéritos para comunidades/cidades que também pretendam recolher dados sobre variáveis sociodemográficas e comportamentos de deslocação modal por forma a encontrar perfis de segmentos e traçar o seu comportamento. Questão: É possível segmentar pessoas apenas com base na suas características sociodemográficas (idade, género, rendimento, situação de emprego,)? Resposta: Não. O SEGMENT demonstrou que os segmentos são tanto mais úteis quando se baseiam em atitudes em vez de dados puramente sociodemográficas. A análise dos resultados sugere que as atitudes são factores determinantes mais fortes do uso ou probabilidade de uso de modos sustentáveis do que as características sociodemográficas. Isto significa que duas pessoas com a mesma idade, rendimento e perfil de agregado podem ter padrões de deslocação muito diferentes porque as suas motivações são diferentes. Para se poder motivar mudanças de comportamentos e a maneira com as pessoas pensam as questões da mobilidade, os grupos alvo sociodemográficos são menos úteis. Questão: É realmente necessário um inquérito para permitir a identificação de segmentos? Resposta: Não. O SEGMENT demonstrou a importância de compreender a composição da população alvo com detalhe no que respeita às suas atitudes face às opções de mobilidade. No entanto, não é necessário recolher inquéritos de grande escala como aqueles usados no SEGMENT e usar os serviços caros de empresas de pesquisa de mercado para analisar os dados. Em vez disso, o exercício das Perguntas Chave levou à identificação de um conjunto de questões charneira que podem ser adicionadas a quaiquer inquéritos, e os dados usados para automaticamente criar os segmentos encontrados neste projeto. Adicionalmente, é possível colocar estas questões num website para automaticamente alocar um utilizador a um segmento e enviar-lhe informação pertinente, sem necessidade de longos questionários. Questão: Qual a dimensão da amostra necessária se se vão recolher novos dados? Resposta: depende do que se queira fazer com os dados … Dado que a Perguntas Chave se basearam já em amostras de alguma dimensão, estas podem ser aplicadas a uma única pessoa ou a centenas. A Calculadora das Perguntas inclui uma fórmula que pode funcionar com um único inquirido ou muitos mais. No entanto, há duas razões principais pelas quais pode ser necessária uma amostra de pelo menos 200: i. Se o objetivo é compreender quais os segmentos dominantes numa determinada população (e.g. num conjunto de locais de trabalho, escolas ou bairros), os dados terão de ser Page | 14 Inquérito SEGMENT Nr. 2: Relatório de Avaliação de Dados Munique ii. 2013 recolhidos de uma amostra de pessoas que represente toda a população alvo. Esta amostra também terá de ser suficientemente grande para poder ser subdividida fidedignamente em oito segmentos, de forma a que existam pelo menos 20 pessoas em cada segmento. O tamanho ideal da amostra dependerá do tamanho da população alvo. Quanto maior ela for, maior necessitará de ser a amostra. Uma amostra de 200 sujeitos é o mínimo requerido para permitir retirar conclusões sobre os segmentos a definir mas 600 é a dimensão desejável, se tal for possível. Se uma campanha ou intervenção de gestão de mobilidade forem avaliadas para saber que mudanças de comportamneto ocorreram ao longo do tempo, então os dados têm de ser recolhidos por um número suficiente de pessoas para se poder detectar pequenas alterações de comportamento. Estes dados têm de ser recolhidos antes e depois da intervenção e devem aplicar-se as regras de thumb in (i). Questão: É realmente necessário um grupo de controlo? Resposta: Grupos de controlo são desejáveis mas não estritamente necessários. É muito difícil aplicar grupos de controlo (ou comparação) em inquéritos sociais e na avaliação de políticas públicas tais como a gestão da mobilidade. Pode ser muito difícil encontrar grupos de pessoas (i) com características similares aos dos grupos tratados, por forma a não terem variações em questões chave como a propriedade de automóvel, idade, rendimentos, acessibilidade a infraestrutura de transporte público, etc (ii), que não estejam sujeitas a influências diferentes (e.g. uma nova estação de metro construída perto deste grupo mas não do grupo tratado) (iii) e que tenham os mesmos hábitos de transporte quando a campanha se inicia. A aprendizagem do SEGMENT é que, se não se conseguir encontrar o grupo de controlo que possa servir de boa comparação com o grupo tratado, então poderão emergir resultados muito enganosos. Se não for possível encontrar grupos muito similares, que possam funcionar como amostra de comparação, então fazer inquéritos à mesma população antes e depois será melhor do que não fazer nenhuma avaliação. Adicionalmente, há muitas considerações práticas a acautelar no momento de realização dos inquéritos. Estas estão coligidas no Deliverable 3.5 e incluem as seguintes: É necessária flexibilidade na forma como se fazem os inquéritos, de forma a alcançar alguns grupos específicos como mães recentes, residentes estrangeiros ou novos residentes. Muitas vezes é necessário estabelecer parcerias com organizações como escolas e locais de trabalho, de forma a garantir o êxito do questionário. Pode ser difícil encontrar empresas de estudos de mercado adequadas para subcontratar a recolha de dados e outras para as tarefas da concepção da campanha. Isto torna-se mais difícil devido à natureza especializada da segmentação. Tornou-se claro com o SEGMENT que são necessários especificações claras e planeamento antecipado, e é desejável usar a mesma empresa ao longo deo conjunto de campanhas (e vagas de inquéritos). O timing dos inquéritos e campanhas é importante. Factores como outras campanhas, o tempo e o facto de que os comportamentos demoram a mudar depois da campanha, determinam o momento em que a campanha deve decorrer. Page | 15 Inquérito SEGMENT Nr. 2: Relatório de Avaliação de Dados Munique 2013 6.0 Conclusões Em conclusão, os resultados dos inquéritos SEGMENT mostram que o mesmo segmento de comportamentos existe em diferentes cidade da Europa mas em proporções diferentes. Estes segmentos distinguem-se pela sua relação com o automóvel, auto-identificação com modos de transporte alternativos e motivações pela boa forma física e proteção do ambiente. Identificar estes segmentos foi um processo que valeu a pena para as equipas de planeamento de transporte nas cidades parceiras, e sublinha-se a importância de perceber as barreiras individuais e as oportunidades para mudar hábitos de transporte, muitas das quais não eram consideradas antes do SEGMENT. Os resultados da análise de dados recolhidos antes e depois das campanhas demonstram que os momentos de mudanças na vida são boas oportunidades para tentar influenciar os comportamentos de deslocação apesar de alguns objectivos serem mais fáceis de alcançar e mais eficazes do que outros. Mais relevante é o facto de que os comportamentos face ao uso do automóvel mudaram muitas vezes, e positivamente, nos segmentos alvo das campanhas. Assim, a abordagem de “dupla segmentação” em relação à gestão da mobilidade foi uma opção válida do projeto SEGMENT. No entanto, o exercício de recolha de dados no SEGMENT foi pesado e dispendioso e o procedimento estatístico envolvido na identificação de segmentos de mercado a partir de dados comportamentais pode ser complexo. Desta forma, é necessário usar esta aprendizagem para identificar como campanhas de mobilidade direcionadas e com uma boa relação custo-benefício podem ser geridas no futuro. O projeto SEGMENT identificou uma abordagem simplificada e transferível para permitir a segmentação de comportamentos com base num mínimo de questões, num inquérito, ou apenas uma calculadora na web. Esta abordagem simplificada, conjuntamente com as aprendizagens da concepção e implementação da campanha design, está resumida e detalhada noutros Deliverables SEGMENT: 3.5 (Aprendizagens – WP3); 4.4 (Design da Campanha); 5.4 (Implementação da Campanha); 6.1 (Relatório de Transferibilidade) e 7.8.2 (Calculadora de Perguntas Chave). Page | 16
Documentos relacionados
Almada - Segment
depois”. Este relatório resume os principais resultados da avaliação das três campanhas em Almada que se dirigiram a novos alunos da escola primária (e os seus pais), novos residentes e estudantes ...
Leia mais