Apresentação do PowerPoint - LABECO
Transcrição
Apresentação do PowerPoint - LABECO
LEVANTAMENTO DA FAUNA SILVESTRE ATROPELADA NA RODOVIA GENÉSIO MAZON, URUSSANGA, SUL DE SANTA CATARINA – DADOS PRELIMINARES Karoline CERON1; Jairo José ZOCCHE2 1.Mestranda em Ciências Ambientais, Universidade do Extremo Sul Catarinense – Criciúma/SC, [email protected]; 2. Prof. Dr. Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Extremo Sul Catarinense – Criciúma/SC, [email protected] 9% INTRODUÇÃO Dos impactos causados à biodiversidade de rodovias os atropelamentos são a causa que mais afeta as populações de vertebrados (GUMIER-COSTA; SPERBER, 2009; BAGER et al., 2007; RATTON, SECO, ROSA; 2014). Os atropelamentos ocorrem em função de diversos fatores, sendo a fragmentação da área de vida dos animais e a disponibilidade de alimentos ao longo das rodovias os principais fatos relacionados ao atropelamento da fauna (CLEVENGER, CHRUSZCZ, GUNSON; 2003; GUMIER-COSTA; SPERBER, 2009; SANTOS, ROSA, BAGER; 2012). O presente estudo tem como objetivo realizar o levantamento da fauna silvestre atropelada na Rodovia Genésio Mazon, que liga o município de Urussanga ao município de Morro da Fumaça, a fim de verificar quais os principais grupos da fauna são atingidos. MATERIAL E MÉTODOS A área de estudo compreende um trecho de 15 km de extensão da Rodovia Genésio Mazon, que possui pista de rodagem asfaltada. Essa rodovia está localizada entre os municípios de Urussanga (28°31'49.58"S - 49°19'1.96"O.) e Morro da Fumaça (28°35'48.30"S 49°14'43.12"O.), inserida na formação Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas e Submontana (Fig. 1). 17% 11% 63% anfíbios mamíferos aves répteis Figura 2 – Número de atropelamentos por classe. Tabela 1 - Fauna atropelada da Rodovia Genésio Mazon, Urussanga, SC. Classe Anfíbios Anfíbios Anfíbios Anfíbios Anfíbios Anfíbios Aves Aves Aves Aves Aves Aves Mamíferos Répteis Répteis Espécie Elachistocleis bicolor (Guérin-Méneville, 1838) Leptodactylus gracilis (Duméril & Bibron, 1840) Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Rhinella abei (Baldissera, Caramaschi & Haddad, 2004) Rhinella icterica (Spix, 1824) Sphaenorhynchus caramaschii Toledo, Garcia, Lingnau & Haddad, 2007 Coragyps atratus (Bechstein, 1793) Crotophaga ani Linnaeus, 1758 Guira guira (Gmelin, 1788) Passer domesticus (Linnaeus, 1758) Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) Didelphis albiventris Lund 1840 Philodryas patagoniensis (Girard, 1858) Sibynomorphus neuwiedi (Ihering, 1911) b a Figura 1 – Localização da área de estudo. Fonte: Google Earth, 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO Em quatro meses de amostragem, com um esforço amostral de sete trajetos, foram encontramos 46 animais silvestres atropelados, distribuídos em 15 espécies (Tab. 1), perfazendo uma frequência de 3,6 espécimes por quilômetro. As espécies com maior número de indivíduos atropelados foram Rhinella icterica, Leptodactylus latrans, Leptodactylus gracilis e Didelphis albiventris, totalizando 60% dos indivíduos registrados. CONCLUSÃO O trecho amostrado da Rodovia Genésio Mazon trata-se de uma região industrial bastante fragmentada pela exploração humana, e que mantém alta biodiversidade, sendo o impacto causado à fauna pela rodovia evidente. AGRADECIMENTOS A primeira autora é grata à CAPES pela bolsa de mestrado concedida. c d Figura 3 – Espécies atropeladas na Rodovia Genésio Mazon, Urussanga, onde: a) Didelphis albiventris, b) Sibynomorphus neuwiedii, c) Rhinella icterica e d) Pitangus sulphuratus. REFERÊNCIAS GUMIER-COSTA, F. SPERBER, C. F. Atropelamentos de vertebrados na Floresta Nacional de Carajás, Pará, Brasil. Acta Amazonica, 39, 2, pp. 459-466, 2009. BAGER, A. PIEDRAS, S.R.N. SAN MARTIN, T. & HÓBUS, Q. Fauna selvagem e atropelamento.- diagnóstico do conhecimento brasileiro. In Áreas protegidas.repensando as escalas de atuação, edited by Alex Bager, 49-62. Porto Alegre: Armazém Digital, 2007. CLEVENGER, A. P.; CHRUSZCZ, B.; GUNSON, K. Spatial patterns and factors influencing small vertebrate fauna road-kill aggregations. Biological Conservation, Boston, v. 109, p. 15-26, 2003. RATTON, P.; SECCO, H.; ROSA, C. A. Carcass permanency time and its implications to the roadkill data. Eur J Wildl Res, 2014. SANTOS, A. L. P. G., ROSA, C. A., & BAGER, A. Variação sazonal da fauna selvagem atropelada na rodovia MG 354, Sul de Minas Gerais – Brasil. Biotemas, 25(1), 73–79, 2012..
Documentos relacionados
Baixar em PDF - Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de
Universidade Federal de Lavras - Lavras - MG - Brasil
Leia maismonitoramento de anfíbios atropelados no eixo da rodovia
De acordo com Teixeira (2010), o monitoramento de atropelamentos pelo método veicular reduz a detectabilidade de morfotipos menores, sendo mais apropriada para a detecção de animais maiores. Desta ...
Leia maishistoria natural - Fundación de Historia Natural Félix de Azara
SANTOS C. M. , FONSECA P. H. M., MARINHO T. S., CUNHA G. C., SANTOS E. A., SOARES M. H., CAVELLANI C. L., FERRAZ M. L., IANNINI CUSTÓDIO A. E., TEIxEIRA V. P. E MARTINELLI A. G.
Leia mais