pdf - Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de

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pdf - Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de
Prêmios
Professor Samuel Benchimol
e Banco da Amazônia de
Empreendedorismo Consciente
2014
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Presidência da República
Dilma Rousseff
Presidenta
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Mauro Borges Lemos
Ministro
Nelson Akio Fujimoto
Secretário de Inovação
Banco da Amazônia
Valmir Pedro Rossi
Presidente
Federação das Indústrias do Estado do Acre
Carlos Takashi Sasai
Presidente
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Presidente
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Federação das Indústrias do Estado do Acre
Banco da Amazônia
Prêmios
Professor Samuel Benchimol
e Banco da Amazônia de
Empreendedorismo Consciente
2014
Apoio
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Inovação
Rio Branco
2014
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Federação das Indústrias do Estado do Acre
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
BRASIL. Banco da Amazônia. Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco da Amazônia de Empreendendorismo Consciente 2014 –
Belém: Banco da Amazônia/Federação das Indústrias do Estado do
Acre, 2014.
288 p.
1. Desenvolvimento sustentável. 2. Meio ambiente. 3. Empreendedorismo consciente. 4. Amazônia. 5. Banco da Amazônia. 6. Federação
das Indústrias do Estado do Acre. III. Título.
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Sumário
Apresentação................................................................................... 23
Prefácio............................................................................................ 25
Comissão Julgadora........................................................................ 27
Comissão Organizadora................................................................... 31
Propostas Vencedoras..................................................................... 35
Categoria Ambiental.................................................................... 37
Categoria Econômico-Tecnológica.............................................. 38
Categoria Social.......................................................................... 39
Categoria Empreendedorismo Consciente.................................. 40
Categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional....................... 41
Categoria Empresas na Amazônia............................................... 42
Categoria Personalidade Amazônica........................................... 43
Propostas Apresentadas.................................................................. 45
Categoria Ambiental................................................................ 46
Habilitação de áreas ao manejo florestal sustentável:
iniciativa pioneira de elaboração de planos de manejo
florestais familiares de uso múltiplo e de base
comunitária no Estado do Amapá........................................... 47
Descontaminação de recursos hídricos utilizando
o caroço de tucumã (astrocaryum aculeatum)
como um biossorvente sustentável........................................ 48
Transformando lixo tecnológico em matéria-prima,
empregos, capacitação e educação ambiental....................... 49
Ilhas de Alta Produtividade (IAP): racionalização
da produção de látex nas Resex (Reservas Extrativistas
no Acre).................................................................................. 50
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Estudo do estoque florestal nas lavouras cacaueiras em
sistemas agroflorestais no Município de Tomé-açu (PA)........ 51
Usina de residos sólidos: ação conjunta de uma usina
de residos sólidos com um aterro sanitário............................ 52
Sistema de tratamento biológico e químico de efluente:
Estação de Tratamento Compacta (Etec)............................... 52
Produção de instrumentos musicais com
reaproveitamento de resíduos de madeiras............................ 53
Produção de ração rica em proteínas a partir
de insetos para a aquicultura na Amazônia:
uma bioindústria sustentável para a região............................. 54
Utilização de casca de banana para remoção
dos herbicidas ametrina e atrazina de águas naturais............. 54
Aproveitamento da biomassa vegetal de macrófitas
aquáticas nos lagos da baixada maranhense para
compostagem e uso agrícola do composto orgânico
por comunidades rurais da região........................................... 55
Reuso da água de chuva para fins residenciais
não potáveis........................................................................... 56
Os pneus inservíveis descartados de forma
inadequada no bico do papagaio (TO): uma resolutividade
de saúde pública e ambiental como fonte de geração
de renda para as comunidades regionais................................ 57
Geodiversidade amazônica, arte e turismo............................. 58
Consumo consciente: atitude que transforma!....................... 58
Reciclagem e Reuso do óleo lubrificante de tratores
agrícolas................................................................................. 59
Os fragmentos florestais serão testemunhos
da biodiversidade de invertebrados terrestres e aquáticos
no futuro? Um estudo de caso com diferentes grupos,
com ênfase a collembola, formicidae e ephemeroptera
na região de Manaus.............................................................. 61
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Horta sustentável, com reutilização de resíduos
da indústria automobilística e construção civil........................ 63
Propostas de bioalternativas das olarias no Município
de Coari (AM)......................................................................... 63
Subsídio para criação de uma reserva
de desenvolvimento sustentável no Município
de Santa Isabel do Rio Negro................................................. 64
Preparação e caracterização de compósitos obtidos
de carvão ativado (borra oleosa) e óxido de ferro sintético
visando aplicação em ambiente aquoso................................. 64
O mecanismo REDD e a influência na conservação
e no uso sustentável das florestas extrativitas de pequi e
babaçu para produção de bionergia na Região Amazônica..... 65
Preservação da biodiversidade amazônica por meio da
valorização de compostos bioativos de espécies nativas....... 66
Robôs aéreos cooperativos no monitoramento
e mapeamento da floresta amazônica e suas fronteiras......... 67
A biota futura da Amazônia.................................................... 69
Garrafas Pet............................................................................ 70
Minha casa sustentável: conviver com
as diversidades da natureza.................................................... 70
Natureza ambiental: educar e preservar ambientalmente
no Município de Cruzeiro do Sul (AC)..................................... 71
De bubuia no ambiente: uma ação de sensibilização
para a importância das áreas silvestres na Cidade
de Manaus.............................................................................. 72
Adequação ambiental de propriedades agrícolas
na Amazônia........................................................................... 74
Parque natureza...................................................................... 75
Como tornar o comércio de peixes ornamentais
sustentável: o uso da técnica de DNA ambiental
para avaliação de recursos pesqueiros................................... 75
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Gestão de recursos hídricos em APAs
e em seus contornos.............................................................. 76
Artes: Aeróstato Remoto de Telecomunicação
e Sensoriamento.................................................................... 77
Avaliação da influência de fatores físico-químicos,
padrões de decomposição e entomofauna associada ao
processo de decomposição cadavérica de corpos
enterrados na Amazônia Central............................................. 79
Resgate do pirarucu (arapaimas gigas) no sistema
de manejo comunitário na Reserva Extrativista
do Lago do Cuniã................................................................... 80
Formando crianças “protetoras do meio ambiente”............... 80
Degradação de derivados de petróleo por isolados
de rizóbios.............................................................................. 82
Saneamento básico: estação de tratamento de esgoto
por zona de raízes em áreas urbanas...................................... 82
Biodigestores para produção do biogás por meio dos
resíduos orgânicos geradores na Feira Manaus Moderna...... 83
Queimadas e incêndios florestais no Estado
do Tocantins: avaliação, impactos e capacitação.................... 83
Reaproveitando a liberdade: confecção de vassouras
ecológicas a partir de garrafas pet com alternativa
de geração de renda para as apenadas do regime
fechado na Penitenciária Feminina de Porto Velho (RO)......... 84
Pré-moldado verde................................................................. 85
Unidade fluvial móvel coletora de resíduos e
proteçãoambiental.................................................................. 86
Determinação dos teores naturais de metais pesados
nas principais classes de solos na região sul-sudeste
do Estado do Amazonas......................................................... 87
Sistematização da parcagem: prática agroecológica
de fertilização do solo para produção de mandioca
na Região dos Lagos de Tracuateua (PA)............................... 88
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Terra firme: mobilização social e eficiência na coleta
seletiva de resíduos sólidos recicláveis.................................. 89
Desenvolvimento de unidade piloto de secagem
e higienização de lodo de esgoto para produção de
fertilizante orgânico com aplicação no plantio de açaí............ 90
Implantação de coleta seletiva: estudo de caso
da Cidade de Manaus (AM).................................................... 91
Retirada das garrafas pet do meio ambiente.......................... 92
Programa Carbono Neutro Uatumã: sequestro de co2
aliado à geração de renda na RDs do Uatumã (AM)............... 92
Um arcabouço para valoração dos benefícios climáticos
de áreas protegidas no Estado do Amazonas......................... 93
Sistema automático de vacinação bovina............................... 94
Controle ecológico de gramíneas exóticas invasoras
ocorrentes na Floresta Nacional de Carajás (PA).................... 95
Criação de capivaras em sistema semi-extensivo:
modelo de desenvolvimento sustentável para Amazônia
por meio do múltiplo uso das APPs e reserva legal,
interagindo agronegócio com novo Código Florestal
Brasileiro. buscando o equilíbrio entre as variáveis
econômicas, sociais, ambientais e políticas........................... 95
Rios amazônicos: logística x poluição e assoriamento............ 97
Expedição Brasil Norte Sul: uma imersão científica
em florestas sustentáveis....................................................... 97
Tecnologia verde: despoluidor ambiental................................ 98
O microbioma da terra preta da Amazônia: estrutura,
função e bioprospecção das comunidades microbianas
de rizosfera e do biocarvão..................................................... 99
Ações integradas de base comunitária para
o desenvolvimento sustentável da Amazônia nacional
e internacional (ANI)............................................................... 100
Limpeza nos bairros............................................................... 102
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Educação ambiental na Ilha do Combu e adjacências,
Belém (PA)............................................................................. 102
Categoria Econômico-Tecnológica......................................... 104
Produção e utilização de biodiesel produzido a partir
de óleos residuais de fritura no Estado do Acre..................... 105
Tecnologias para a potabilização das águas brancas
e pretas da Amazônia: aplicação prática em benefício
da população.......................................................................... 106
Bomba para pneus de motos................................................. 107
Proextrativismo: programa de desenvolvimento
da produção extrativista do estado do amapá........................ 107
Desenvolvimento de um catálogo automatizado
com informações de produtores rurais da agricultura
familiar ou orgânica................................................................. 108
Máquina despolpadeira de tucumã........................................ 109
Desenvolvimento do leite em pó de castanha-do-brasil......... 109
Máquina de produzir água por captação da umidade
de ar para região do nordeste do Brasil.................................. 110
Editais verdes para a Amazônia Legal.................................... 111
Sistema de monitoramento meteorológico no PIM................ 113
Produção industrial, tecnologia, inovação
e sustentabilidade: produção de preservativos masculinos
de látex nativo em Xapuri (AC)............................................... 114
Ração de igapó: alimento natural de espécies aquáticas........ 115
Implantação de cadeia produtiva piloto de etanol
de mandioca no Estado do Acre............................................. 116
Produção de extrato das folhas de pimenta de macaco
(piper aduncum) para o controle de enfermidades
na piscicultura......................................................................... 117
Uma inovadora forma de ingestão de pescado: barra
de cereais enriquecida com proteína bruta de pescado......... 119
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Farinha de ossos calcinada: reciclagem de nutrientes
e ajuste tecnológico quanto a calcariação e a fosfatagem
para pastagens da Amazônia Ocidental.................................. 120
Programa Artesanato Amazônico: desenvolvimento
social e disseminação da cultura local por meio
do artesanato e tecnologia..................................................... 122
A integração do paraíso natural com as maravilhas
tecnológicas: um sonho que poderá ser real!......................... 122
Rizobactérias produtoras de metabólitos degradadores
do glúten e da lactose visando atender a população
humana com doença celíaca e com hipolactasia.................... 123
Previsão de safra de cacau no Estado do Pará....................... 124
Controles climáticos............................................................... 124
Desperdicios gerados pelo atual sistema de controle
de cargas nas rodovias brasileiras e a proposta de se
introduzir um novo modelo de controle: a auto pesagem....... 125
Aplicativo mobile para reciclagem de latas e garrafas pet...... 125
Inovação tecnológica para o sistema de plantio
protegido de hortaliças: casa de vegetação pré-moldada
em estrutura metálica: viabilidade econômica para
a agricultura familiar e proteção ambiental para
os ecossistemas de terra firme.............................................. 126
Açaí da Amazônia: novas fronteiras........................................ 127
Juta e malva: uma alternativa de viabilidade
socioeconômica por meio do beneficiamento têxtil
nos municípios produtores de fibra natural do Estado
do Amazonas.......................................................................... 128
Fortalecimento da produção de cupuaçu e de seus
supbrodutos no extremo norte do Brasil: elevação
de renda e oportunidade de trabalho para produtores
da agricultura familiar e de comunidades indígenas............... 129
Análise física, química e sensorial de frutos de
pupunheira como base genética para o melhoramento.......... 130
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Acústica do futuro em madeiras para
instrumentos musicais............................................................ 131
Conserva de peixes de água doce: uma solução para
o desperdício de pescado na Amazônia................................. 132
Tecnologia de produção e padronização e vida
de prateleira da farinha de pupunha....................................... 133
Extrativismo de produtos não madeireiros
em comunidades locais da Amazônia brasileira:
os casos de Salvaterra e Bragança (PA)................................. 134
Confeitaria amazônica: bolos amazônicos............................... 135
Aproveitamento de resíduos industriais:
creme de cupuaçu.................................................................. 136
Inovações e desenvolvimento tecnológico-empresarial
para alimentos da Amazônia: projeto resultante
de consultoria avançada em inovação.................................... 137
Manejo de pastagem ecológica – sistema voisin
silvipastoril: produtividade e preservação do
meio ambiente, transformando a pecuária de vilã
em colaboradora..................................................................... 137
Potencial bioindustrial em Manaus: um diagnóstico
para o desenvolvimento sustentável com foco
na nova bioeconomia.............................................................. 139
P & D de bioinseticida da biodiversidade amazônica.............. 140
Estufa solar com controle de temperatura e fotovoltaico....... 141
Auster I: sistema de energia alternativo................................. 141
Polo agroalimentício jequitibá: a necessidade da
gestão como estruturador e otimizador da produção............. 142
Estudo da viabilidade técnica e comercial da fabricação
de briquetes a partir de resíduos agroflorestais
da castanha do pará (bertholletia excelsa): uma abordagem
sustentável para aproveitamento de resíduos e agregação
de valor a produtos ecologicamente corretos......................... 143
Tecnologia assistiva de baixo custo........................................ 144
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Desenvolvimento tecnológico do agronegócio
do pescado no Estado do Amazonas: processo de
enlatamento de carne de peixe separada mecanicamente
“CMS”, como alternativa para fomentar a utilização
de proteína na merenda escolar.............................................. 144
Boas práticas de manejo: desenvolvimento de
equipamento para captura, contenção, despesca, manutenção,
oxigenação, alimentação e proteção na aquicultura................ 145
Boas práticas de manejo na pesca da piracatinga:
desenvolvimento de equipamento com isca artificial
para captura da piracatinga..................................................... 146
Açaí por aí............................................................................... 147
Resort ecológico sustentável para a Amazônia...................... 148
Desenvolvimento de linha de fitocosméticos
com bioativos amazônicos...................................................... 150
Cidadão 21.............................................................................. 150
Casa do mel........................................................................... 151
Binária: mão & pé de cure...................................................... 153
Rede de colaboração solidária: unidades de referência
de produção extrativista e agroecológica............................... 153
Categoria Social....................................................................... 156
Eu estou aqui: e tu povo da Amazônia?.................................. 157
Conhecimento interativo......................................................... 157
Olhos Negros: portal educacional da cultura
afrodescendente na Amazônia............................................... 158
Educação sustentável, sinérgica e social em projetos
de assentamentos no Estado de Roraima.............................. 158
Morar no Amazonas indígena................................................. 159
A viabilidade do beneficiamento de sementes para
a fabricação de biobijuterias em duas cidades da região
norte do Estado do Amazonas............................................... 160
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Tecnologias sociais utilizadas na produção de
sementes de malva no Estado do Pará.................................. 160
Psicólogos de rua: projeto de intervenção
em saúde pública................................................................... 161
Construção estrutural com garrafa pet:
sustentabilidade e economia na construção........................... 163
Acessar: ampliando horizontes da população amazônica....... 164
Caravana hip hop.................................................................... 165
Meliponicultura como alternativa de renda para
o pequeno produtor rural........................................................ 166
Contextualização do ensino da matemática............................ 167
Práticas sustentáveis no Distrito do Pirai: tratamento
dos resíduos sólidos e sensibilização ambiental..................... 168
Pão & Livro............................................................................. 169
Escola eco participativa da coleta seletiva de materiais
recicláveis: educação ambiental voltada à sensibilização
da coletividade na problemática dos resíduos sólidos............ 169
Avaliação integrada do impacto na saúde decorrente da
implantação de ações em saneamento em comunidades
localizadas em unidades de conservação de uso
sustentável na Região Amazônica.......................................... 170
Cultivo de cogumelos: uma alternativa econômica
e adjuvante na recuperação de dependentes químicos
da Fazenda da Esperança em Manaus (AM).......................... 171
Pé-Yara, o mapa tátil do amazonas: o jogo cidadão................ 173
Projeto de desenvolvimento e ensino de técnicas
matemáticas para capacitação de pessoal carente
a auto-suficiência das necessidades cotidianas
e inserção no mercado de trabalho........................................ 174
Inclusão do deficiente visual: planetário 3D............................ 175
Projeto Geoparque Monte Alegre: alternativa
de desenvolvimento local....................................................... 175
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Promoção da saúde e inclusão social: sistema alternativo
para remoção de cor de águas naturais para consumo
humano utilizando carvão vegetal........................................... 176
Impacto da grupoterapia no isolamento social do idoso......... 178
Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial
de Roraima (Nedet-RR): participação social nas
políticas públicas.................................................................... 179
Depressão e aptidão funcional em idosos atendidos
por unidades básica de saúde que adotam a estratégia
de saúde da família no município de Maués (AM)................. 180
Me chamma que eu vou, mesmo que seja tão pouco!
Um modelo social e de segurança para micro
e pequenas empresas localizadas em bairros violentos
de uma cidade........................................................................ 180
Produção associada ao turismo como fator de
inclusão social: comunidade quilombola Capão Verde........... 181
Curumim digital: uma proposta de unidade móvel
de desenvolvimento de aplicativos......................................... 183
Ações sociais e ambientais para o cooperativismo
rural e inclusão produtiva de populações em situação
de pobreza no Estado do Amazonas...................................... 184
Próteses ortopédicas de fibras vegetais................................. 185
Programa Experiência Amazônia : ecoturismo como
negócio inclusivo e de valorização do patrimônio natural
e cultural para comunidades isoladas da Amazônia................ 186
Jovem Amazonas................................................................... 187
Meu direito de ir e vir: mapeamento das rampas
e vagas de estacionamento de acessibilidade para
pessoas com deficiência nas ruas da Cidade de Manaus...... 188
Oportunidades de emprego e renda: uma contribuição
para capacitação profissional, inserção no mercado
de trabalho e redução das desigualdades sociais
no Estado do Amazonas......................................................... 189
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Projeto de leitura e escrita da Escola Estadual
Professor Waldir Garcia: Amazônia: o verdadeiro tesouro,
talentos de nossa terra amazonense...................................... 190
Monografias a serviço da justiça............................................ 191
Fortalecimento de ações para estimular meninas
e jovens a ingressar na carreira de química no interior
do Amazonas (Escola Estadual Isaías Vasconcelos –
Iranduba)................................................................................. 192
Acadêmicos da Alegria........................................................... 193
A casa familiar rural como entreposto de geração
de renda e desenvolvimento no projeto de assentamento
agroextrativista Pe. Sérgio Toledo, Médio Moju (PA)............. 194
Investindo na comunicação ideal dos jovens ribeirinhos,
como estratégia de integração socioeconômica..................... 195
Ações de saúde e meio ambiente: as comunidades
ribeirinhas e indígenas do Rio Solimões-Amazonas
e do Rio Araguaia................................................................... 196
Japiim..................................................................................... 196
Fatores associados ao acesso e uso de insumos
e serviços de saúde na Zona Metropolitana de Manaus:
inquérito de base populacional............................................... 197
Cidadania e educação ambiental: uma ação do núcleo
de estudos em educação científica, ambiental e práticas
sociais na comunidade Vila da Barca, Belém (PA).................. 198
Reciclando lixo orgânico: transformando-o em adubo
por meio da compostagem, meio ambiente
e educação ambiental............................................................. 198
Casa Trapobam....................................................................... 198
Xeque-Mate........................................................................... 199
Musacom: música ao alcance das comunidades................... 200
Uso de redes DTN no monitoramento e pré-diagnóstico
da saúde de comunidades ribeirinhas da Amazônia............... 201
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PSID (Projeto Social de Inclusão Digital): Escola
em atividade pela inclusão da comunidade............................ 202
SAFTA/CAMTA: tecnologia social sustentável
da Amazônia........................................................................... 202
Delfinoterapia: alternativa para tratamento de crianças com
doenças físicas e psicológicas no Estado do Pará.................. 203
Comunidade em ação............................................................. 203
Universidade da Maturidade da Universidade Federal
do Tocantins: uma proposta educacional para
o envelhecimento digno e ativo no tocantins......................... 204
Proposta de incorporação do cirurgião dentista nas unidades
de terapia intensiva (UTI) no Estado do Amazonas................ 205
Lótus...................................................................................... 206
Implantação de lixeiras seletivas............................................ 206
Preparatório social Pré-nokianos............................................ 207
Entre rios e igarapés: a cartografia social
da comunidade ribeirinha da Várzea, Belém (PA)................... 208
Urbanismo fluvial para o planejamento territorial
do Município de Parintins, baixo amazonas: aplicando
os conceitos de urbanismo para o ordenamento
de municípios com dependência dos recursos
hídricos locais na ocupação territorial..................................... 209
Efeitos dos alcalóides de Geissospermum urceolatum
a. h. gentry (acariquara-branca) na pressão arterial e na
contração do músculo liso de ratos........................................ 210
Expedição vaga lume: bibliotecas comunitárias
formando leitores na Amazônia.............................................. 211
Percepção dos estudantes de enfermagem
de uma universidade federal acerca do marketing
em enfermagem..................................................................... 212
Empreendedorismo com resíduos de pescado:
desenvolvendo comunidades................................................. 212
Arte sem fronteiras................................................................. 213
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Categoria Empreendedorismo Consciente........................... 214
Amazona em Sabores Africanos (ASA).................................. 215
Rota urbana: uma plataforma de colaborativa de
compartilhamento de informações sobre mobilidade
urbana com acessibilidade à deficientes visuais..................... 215
Gestão responsável................................................................ 216
Transformando lixo tecnológico em matéria-prima,
empregos, capacitação e educação ambiental....................... 216
Fortalecimento da piscicultura comunitária no lago
do santana: conquistando alternativa sustentável
de trabalho e renda................................................................. 216
Vencer: investindo no microempreendedor
da Amazônia........................................................................... 218
Reutilização de garrafas pet e pneus inservíveis
descartados no meio ambiente como substrato em
estações compactas de tratamento de esgotos:
um modelo de estação compacta de tratamento
de esgoto com redução de impactos da atividade
humana na natureza e para preservação ambiental................ 219
Mapinguari–selo: consumo protegido.................................... 220
Recicl@web: o uso da tecnologia à serviço do
bem estar social e ambiental.................................................. 221
Aumento da produção para importação e exportação:
sistema para melhoramento no processo de produção
para importação e exportação dos produtos
da empresa Incovass.............................................................. 222
Reciclagem de garrafas plásticas: reciclando para
um sono mais consciente....................................................... 222
Viveiro de mudas nativas da Amazônia: Ayña......................... 223
Vida nova: criando oportunidades de trabalho
e renda para pessoas acima de 60 anos................................ 224
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Real Amazon Experience Tour: aplicativo e portal
de compartilhamento social e game interativo para
estimular o ecoturismo amazônico......................................... 224
Implantação de agenda ambiental na indústria
da construção civil.................................................................. 225
Eco-sítio empreendedor: quem semeia
consciência colhe oportunidades........................................... 226
Complemento alimentar a base de insumos regionais........... 227
Culinária sustentável: promoção de melhoria de vida
e conscientização ambiental................................................... 228
Panamazônica.com................................................................. 229
Negócios sustentáveis na floresta.......................................... 229
Chaveiro de tucumã: sustentável............................................ 231
Modelo de condomínio verde para a Amazônia...................... 231
Tour do conhecimento projeto de turismo sustentável
nas comunidades ribeirinhas próximo a Belém...................... 232
Amazônia ID: espaço de economia criativa............................ 233
Fabricação de moveis de baixo custo,
utilizando pallets para famílias de baixa renda........................ 234
Categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional............... 235
Desenvolvimento de ferramentas para coleta:
aumento na produtividade e agregação de valor
aos frutos de 18 espécies de palmeiras da Amazônia............ 236
Proposta de ordenamento e distribuição da operação
de atracação da frota de transporte fluvial de passageiros
na orla de Manaus.................................................................. 237
Centro de Referência em Agroecologia: viabilizando
a agricultura do futuro............................................................. 238
Pólen Amazônia: populações amazônidas na produção
de pólen apícola...................................................................... 239
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Poço aéreo............................................................................. 240
Concepção construtiva para agroindústrias de pescado:
uma inovação tecnológica para agregação de valor
aos produtos regionais........................................................... 240
Comunidades locais e extrativismo de produtos
não madeireiros na Amazônia brasileira: desenvolvimento
sustentável da cadeia de suprimentos na indústria
de cosméticos........................................................................ 242
Caboquês ilustrado: valorização da cultura do norte............... 243
Alternativas à escravidão pela dívida: novos modelos
de negócio para o extrativismo de fibra de piaçaba
no Rio Negro.......................................................................... 244
Planejamento regional para a Amazônia................................. 245
Ecos açaí do Tocantins: o eco que sai do açaí gera
riqueza socioambiental no Tocantins e região........................ 246
Portal turístico da fronteira Brasil, Colômbia e Peru:
município de Tabatinga (AM).................................................. 246
Consórcio social da juventude rural do Pará:
capacitação profissional e inserção da juventude rural
no primeiro emprego.............................................................. 247
Plano e ação de desenvolvimento integrado
e sustentável municipal: formação e intervenção................... 248
Implantação de empresa de base tecnológica para
a produção e comercialização de chocolates de alto valor
agregado com matérias-primas da biodiversidade
amazônica, valorizando cultura, comunidades,
profissionais e o meio-ambiente regionais............................. 249
Empresa de conversão de veículos à combustão
em elétricos............................................................................ 250
Sistema de monitoramento meteorológico no PIM................ 251
Viabilidade do uso de gramíneas no cultivo de
Lentinus strigosus: um cogumelo comestível
de ocorrência na Amazônia.................................................... 251
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Práticas de manejo para o uso sustentável de pastagens
nativas nos cerrados de Roraima............................................ 253
Núcleo tecnológico em horti-fruticultura na
Região do Tapajós: Projeto Hortifrutis.................................... 253
Laboratório de Mutagenicidade e Ecotoxicologia
da Amazônia (LabMEA): a descoberta da atividade
mutagênica para prevenção ao câncer e patologias
cardiovasculares, degenerativas e alterações metabólicas..... 254
Estudos de viabilidade e implantação do programa FITRO
(Fitoterapia como instrumento de inclusão, transformação
social e inovação tecnológica para Rondônia)......................... 255
Bem-vindo ao Clube%: plataforma online de benefícios
para empresas........................................................................ 256
Um novo modal de logística da Amazônia (MLA):
balões e dirigíveis de carga..................................................... 257
Plataforma digital para o turismo na Amazônia:
turismo de experiências......................................................... 258
PressHub: plataforma de contratação de serviços
profissionais de comunicação................................................. 258
Tour do conhecimento: projeto de turismo sustentável
nas comunidades ribeirinhas próximas de Belém................... 258
Aproveitamento de resíduos industriais:
creme de cupuaçu.................................................................. 259
Categoria Empresas na Amazônia......................................... 261
Categoria Personalidade Amazônica..................................... 263
Proponentes.................................................................................... 265
Instituições Proponentes................................................................. 277
Sede das Propostas......................................................................... 285
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Apresentação
No período de 10 de Junho a 20 de setembro de 2014, os Prêmios
Prof. Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo
Consciente receberam 292 candidaturas, um crescimento de 18% em
relação ao ano anterior que foi de 246 inscritos. Foram 64 inscritos na
Categoria Ambiental; 57 na Categoria Econômico-Tecnológica; 69 na
Categoria Social; 29 na Categoria Empreendedorismo Consciente e 28
na Categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional. As indicações para
Personalidade Amazônica somaram 25 e para Empresas na Amazônia,
20. Um número surpreendente! O Prêmio se fortalece a cada ano,
demonstrando que a discussão sobre os desafios amazônicos está
crescendo na pauta do pensamento nacional.
De norte a sul, o país participa dessa discussão. A cada ano,
mais e mais brasileiros de todo o país se mostram interessados pelas
questões amazônicas, pensando e enviando sugestões. Apesar da
concentração das propostas ser dos estados da Amazônia Legal (252),
sobretudo do Amazonas, recebemos propostas das regiões centrooeste (10), nordeste (7) e sudeste (19). Esse ano, tivemos um agraciado
do Distrito Federal (pesquisador autônomo) e dois do Estado de São
Paulo (oriundos da Universidade de São Paulo e Universidade Estadual
de Campinas). Viva o Prêmio!
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O estado do Acre, anfitrião dos Prêmios esse ano, não decepcionou:
foi agraciado em primeiro lugar na Categoria Empreendedorismo
Consciente com a proposta Negócios Sustentáveis na Floresta, da
Associação Andiroba. Parabéns!
A comissão julgadora igualmente surpreendeu. Os 37 membros,
oriundos de todo o país e de diversas instituições públicas e privadas,
finalizaram os trabalhos com uma lista de sugestões de melhoria das
premiações. Dentre elas, destaco a necessidade do processo de
acompanhamento dos ganhadores do Prêmio, sem qualquer conotação
de avaliação, mas sim com vistas a mostrar o impacto das propostas
vencedoras na região. Nesse contexto, discutiu-se a pertinência de
saber se o empreendimento foi implantado, se está em vigor, quantas
pessoas estão envolvidas, se existem pedidos de patentes ou marcas
registradas, os principais resultados e obstáculos enfrentados, entre
outros.
Registro meus cumprimentos aos membros da Comissão
Julgadora e a equipe organizadora dos Prêmios pelo trabalho realizado
em 2014.
Federação das Indústrias do Estado do Acre
Carlos Takashi Sasai
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Prefácio
Mais um ano de sucesso dos Prêmios “Professor Samuel
Benchimol”
e
“Banco
da
Amazônia
de
Empreendedorismo
Consciente”. Este êxito no ano de 2014 deveu-se entre outros fatores,
ao aprimoramento contínuo dos Prêmios, na busca de melhorias a
serviço do desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Outras determinantes foram o fortalecimento dos prêmios
e parcerias, merecendo destaque a Federação das Indústrias do
Estado do Acre (FIEAC), pela realização desta edição dos Prêmios, os
patrocinadores e apoiadores e a AmazonSAT, que muito contribuíram
para que chegássemos até esta publicação; a efetividade das ações para
que os prêmios se realizem e perdurem; a credibilidade alcançada com a
seriedade e o envolvimento da Comissão Julgadora; a agregação de valor,
advinda com ideias inovadoras dos participantes para o desenvolvimento
econômico, social e tecnológico da Amazônia; e o reconhecimento da
sociedade, pela divulgação de todas as etapas do evento.
A publicação traz em seu bojo os autores e projetos premiados
nas
categorias
Ambiental,
Econômica
e
Tecnológica,
Social,
Empreendedorismo Consciente e Suporte ao Desenvolvimento
Regional.
Neste aspecto, citamos o Prêmio Personalidade Amazônica,
que agraciou o poeta Amadeu Thiago de Melo, que canta o valor da
natureza humana, que diz “trabalhar muito para alcançar a simplicidade,
pois escrever difícil é muito fácil”. Também, tivemos como empresa
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premiada a “Bombons Finos da Amazônia”, cujo empreendedorismo
de seu dirigente, destacou-se pela capacidade de inovação a partir de
uma característica forte da região: o artesanato. O projeto promoveu
alto impacto nas comunidades, principalmente, nas mulheres que não
possuíam renda própria.
Mais uma boa surpresa para a consolidação do certame – o
apoio, a partir de 2015, do Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia (Ibict), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia
e Inovação, que vai sediar a plataforma tecnológica, para abrigar toda
a informação relativa ao certame. Isso inclui o sistema de submissão
de propostas e todas as informações relativas aos Prêmios, como o
regulamento, relatórios de candidaturas, premiados, trajetória dos
Prêmios e notícias de interesse diversas.
Enfim, toda essa caminhada e mais o compromisso do Ibict
para a consolidação das informações, este ano, o primeiro da segunda
década de realização dos Prêmios “Professor Samuel Benchimol” e
“Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente” mostrou,
que os esforços para reunir em um único ambiente os pensadores dos
desafios amazônicos e reconhecer os melhores desempenhos é uma
iniciativa notável. Que se prolongue por muitos anos.
Em nome do Banco da Amazônia, da sua Diretoria Executiva e
dos seus colaboradores, despeço-me parabenizando e agradecendo
a todos que participaram deste certame e em especial as comissões
julgadora e organizadora, que a cada ano superam as expectativas
da comunidade, que acompanha os esforços de desenvolvimento da
Região Amazônica.
Banco da Amazônia
Valmir Pedro Rossi
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Comissão
Julgadora
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Comissão Julgadora
29
Luiz Augusto Mesquita Azevedo
Presidente
Abrahim Baze
Adriano Venturieri
Agnaldo de Almeida Dantas
Alexandre Porto
Alfredo Kingo O. Homma
Andreia Waichman
Belisário Arce
Cláudio Roberto Pinheiro Araújo
Dilson Frazão Capucho Frazão
Edilson de Souza Soares
Eduardo Taveira
Euler Guimarães
Evandro Monteiro Barros
Gilson Vieira Monteiro
Hélio Graça
Iguatemi Costa
Jaime Benchimol
João César Dotto
José Avando Souza Sales
Luiz Augusto Mesquita Azevedo
Manuel Fernando Lousada Soares
Manuel Marcos Maciel Formiga
Marcílio de Freitas
Maria do Socorro Bessa
Maria José Monteiro
Maria Olívia Simão
Marilene Corrêa da S. Freitas
Menderson Coelho
Niomar Pimenta
Oduval Lobato Neto
Paulo Pitanga
Raphael B. Di Salvi Rodrigues
Reginaldo Gomes
Ricardo Pianta Rodrigues da Silva
Roberto Ramos Santos
Sergio Melo
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Comissão
Organizadora
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Comissão Julgadora
33
Comissão de Acompanhamento
Presidente Executivo: Carlos Takashi Sasai, Presidente da FIEAC
Jaime Benchimol
João Batista Fecury Bezerra
João César Dotto
Luiz Augusto Mesquita de Azevedo
Maria Olívia de Albuquerque Ribeiro Simão
Nelson Rocha
Oduval Lobato Neto
Phelippe Dao Junior
Raphael Barbosa de Salvi Rodrigues
Rosângela Maria Queiroz da Costa
Vilson João Schuber
Comissão Executiva
Abrahim Baze
Alex Paulaen
Almecir de Freitas Câmara
André Cordeiro
Alves Albuquerque
Claudio Roberto Pinheiro Araújo
Daniele Carlos de Oliveira Nunes
Dilson Frazão
Douglas André Muller
Eduardo Taveira
Elane Medeiros
Fany Leonel
Glauber Gomes
Gonzalo Enriquez
Gualter Leitão
Ilana Benchimol
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Ivanildo Pontes
Kelly Cavalcante
Leila Soares
Leonardo Aragão
Jorge Luiz Araújo Vila Nova
José Rincon Ferreira
Lillian Maria Rezende Álvares
Márcia Antunes Caputo
Menderson Coelho
Meyer Alberto Abecassis Neto
Raimundo Picanço
Reginaldo da Silva
Reison Silva
Sérgio Melo
Sheyla Sobreira
Apoio
Aline Lourrany Magalhães de Souza
Daize Garcia
Emerson Rocha
Faber Nobre Veiga
Francisco Agacis de Lima
Helciane Almeida da Silva
Jadson Pinheiro
Jander Nogueira
Lara Diniz de Freitas Nobre
Micheli Brauna
Nayara Zani Aragão
Newton Novo
Nubia Rocha da Costa
Osvaldo Pimentel
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Propostas
Vencedoras
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Propostas Vencedoras
37
Categoria Ambiental
1° colocado
Proponente: Adriana dos Santos Luz
Instituição: Instituto Estadual de Florestas do Amapá, AP
Proposta: Habilitação de áreas ao manejo florestal
sustentável
2° colocado
Proponente: Carlos Gustavo Nunes da Silva
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM), AM
Proposta: Produção de ração rica em proteínas a partir de
insetos para a aquicultura na Amazônia
3° colocado
Proponente: Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA), MA
Proposta: Aproveitamento da biomassa vegetal de
macrófitas aquáticas nos lagos da baixada
maranhense para compostagem e uso agrícola
do composto orgânico por comunidades rurais da
Região
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
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2014
Categoria Econômico-Tecnológica
1° colocado
Proponente: Alex Fabiano Ribeiro de Magalhães
Instituição:
Pesquisador Autônomo, DF
Proposta: Tecnologias para a potabilização das águas brancas
e pretas da Amazônia: aplicação prática e benefício
da população
2° colocado
Proponente: André Mesquita Rincon
Instituição: Faculdade Católica do Tocantins, TO
Proposta: Desenvolvimento de um catálogo automatizado
com informações de produtores rurais da
agricultura familiar ou orgânica
3° colocado
Proponente: Ana Margarida Castro Euler
Instituição: Instituto Estadual de Florestas do Amapá, AP
Proposta: Proextrativismo Programa de desenvolvimento da
produção extrativista do Estado do Amapá
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Propostas Vencedoras
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Categoria Social
1° colocado
Proponente: Aldenor da Silva Ferreira e Arlindo de Oliveira Leão
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Amazonas (Fapeam)
Instituto de Fomento à Produção de Fibras
Vegetais Amazônia (Ifibram)
Proposta: Tecnologias sociais utilizadas na produção de
sementes de malva no estado do Pará
2° colocado
Proponente: Cláudia Guerra Monteiro
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM), AM
Proposta: PÉ-YARA o mapa tátil do amazonas: o jogo
cidadão
3° colocado
Proponente: Antonio Batista da Silva
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM), AM
Proposta: Meliponicultura como alternativa de renda para o
pequeno produtor rural
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
40
2014
Categoria Empreendedorismo Consciente
1° colocado
Proponente: Raul Vargas Torrico
Instituição: Associação Andiroba, AC
Proposta:
Negócios sustentáveis na floresta
2° colocado
Proponente: Antonio Bento Neto
Instituição: Ecoete Engenharia e Equipamentos para
Saneamento Ambiental Ltda, AM
Proposta: Reutilização de garrafas pet e pneus inservíveis
descartados no meio ambiente como substrato
em estações compactas de tratamento de
esgotos
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Propostas Vencedoras
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Categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional
1° colocado
Proponente: Fausto Makishi
Instituição: Universidade de São Paulo (USP), Núcleo de
Estudo das Organizações, SP
Proposta: Comunidades locais e extrativismo de produtos
não madeireiros na Amazônia brasileira
2° colocado
Proponente: Roberto Nicolete
Instituição: Fiocruz Rondônia, RO
Proposta: Estudos de viabilidade e Implantação do Programa
Fitoterapia como instrumento de inclusão,
transformação social e inovação tecnológica para
Rondônia (FITRO)
3° colocado
Proponente: Luciana Pereira e Ferreira Centeno
Instituição: Universidade Federal do Pará (UFPA), PA
Proposta: Projeto de implantação de empresa de base
tecnológica para a produção e comercialização de
chocolates de alto valor agregado com matérias
primas da biodiversidade amazônica, valorizando
cultura, comunidades, profissionais e o meio
ambiente regionais
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
42
2014
Categoria Empresas na Amazônia
Agraciado: Bombons Finos da Amazônia
Estado: Amazonas
Indicação: Associação Telecentro de Informação e Negócios
(ATN)
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Propostas Vencedoras
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Categoria Personalidade Amazônica
Agraciado: Amadeu Thiago de Mello
Estado: Amazonas
Indicação: Associação Telecentro de Informação e Negócios
(ATN)
Artista Plástico Marius Bell
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Propostas
Apresentadas
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
Categoria
Ambiental
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Propostas Apresentadas | Categoria Ambiental
47
Habilitação de áreas ao manejo florestal
sustentável: iniciativa pioneira de elaboração
de planos de manejo florestais familiares
de uso múltiplo e de base comunitária no
Estado do Amapá
A habilitação de áreas ao manejo florestal sustentável é uma
medida preventiva ao modelo de manejo florestal empresarial que vem
sendo empregado nos Projetos de Assentamento de Reforma Agrária
no Estado do Amapá, sem governança por parte dos assentados, sem
garantia de sustentabilidade ambiental e com perdas para os detentores
sobre seus recursos florestais, uma vez que estas atividades estão
sendo realizadas com ausência de assistência técnica, o que os deixa
desprovidos de capacidade organizativa para promover e acompanhar
o processo de exploração e gestão florestal.
A elaboração de planos de manejo florestais familiares de uso
múltiplo e de base comunitária no Projeto de Assentamento Serra do
Navio visa o desenvolvimento da cadeia produtiva da madeira, cipós
(gêneros heteropsis e clusia) e sementes florestais em 13 propriedades
rurais, por meio de: fomento à produção; assistência técnica para
manejo florestal sustentável de impacto reduzido; licenciamento
ambiental; educação para o crédito; controle social; planejamento
integrado da unidade de produção; e o reconhecimento dos serviços
ambientais bioclimáticos, prestados pelos 430,6552 hectares de
florestas manejadas.
O projeto é desenvolvido por meio de base comunitária, em que
ocorre a ajuda mútua entre os beneficiários, ações que contribuem para
o empoderamento das unidades familiares e transformação da realidade
socioeconômica, uma vez que a organização e motivação da comunidade
é fator decisivo para iniciar um projeto demonstrativo com um novo
sistema de comercialização justa e sócio ambientalmente responsável,
incentivando o empreendedorismo florestal e impulsionando a cultura
de produtor florestal no Estado.
Nesse contexto, o projeto busca promover o equilíbrio entre a
conservação dos recursos naturais e a produção florestal familiar de
uso múltiplo, por meio da gestão ambiental e do desenvolvimento
sustentável, permitindo que o acesso aos recursos madeireiros e não
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
madeireiros seja uma eficiente ferramenta para a geração de emprego,
complementação de renda das unidades familiares, melhoria da
qualidade de vida, manutenção da floresta com a regeneração contínua
dos recursos naturais e no aporte da permanência dos agricultores
familiares na zona rural.
Descontaminação de recursos hídricos utilizando
o caroço de tucumã (Astrocaryum aculeatum)
como um biossorvente sustentável
Os frutos do Tucumã, especialmente a polpa, são utilizados na
alimentação humana e a casca para alimentação de animais, as folhas
e estipes na construção de casas pelas populações do interior da
Amazônia (MIRANDA, 2001).
O comércio da polpa é intenso e representa emprego e renda
para milhares de famílias. O caroço, após a obtenção da polpa é
descartado como lixo. A casca do caroço (37,8% do peso do caroço
semi-desidratado) in natura ou transformada em carvão é um excelente
combustível sólido e poderá ser usada como fonte parcial de energia
para extração do óleo. Da amêndoa do Tucumã (61% do peso do caroço
semi-desidratado) extrai-se, com hexano, um óleo (40-50% em peso)
cujos ácidos graxos que compõem os triglicerídios são 90% saturados
e de cadeias carbônicas médias e curtas. Essas características
moleculares do óleo, o alto rendimento em óleo, o alto consumo da
polpa e o descarte do caroço como lixo (matéria-prima para obtenção
do óleo) facilitam (concentração local da matéria-prima) e favorecem
(matéria-prima sem preço) a utilização da amêndoa do Tucumã para a
obtenção do óleo e posteriormente a produção do biodiesel (FIGLIULO,
2004).
A viabilização técnica e econômica da utilização da matéria
prima “caroço do Tucumã,” para a extração do óleo uso na produção
de biodiesel, exigiu o desenvolvimento, a adequação e a otimização
de equipamentos e de técnicas de processamento da matéria prima,
além de apresentar como um problema, o descarte dos resíduos dos
caroços após a extração do óleo (FUKUDA; KONDO; NODA, 2001).
O caroço de Tucumã é o co-produto do beneficiamento deste fruto,
sendo que os resíduos originados da utilização desta cultura não têm
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Propostas Apresentadas | Categoria Ambiental
49
sido aproveitados adequadamente e o descarte deste material na
natureza tem causado uma preocupação ambiental na Amazônia.
Diante do exposto e considerando que o caroço de Tucumã tem
se destacado como uma excelente alternativa na produção de óleo
para fabricação de biodiesel e desta forma, este projeto visa à utilização
do resíduo dos caroços deste fruto amazônico após a extração do óleo,
tornando esta cadeia produtiva totalmente sustentável. O objetivo
principal deste trabalho é utilizar estes resíduos na preparação de um
material com alta capacidade de adsorção e desta forma obter alta
eficiência na redução das concentrações de metais e agrotóxicos
utilizando este biossorvente alternativo e sustentável na remediação e
descontaminação de corpos hídricos contaminados.
Sendo assim, esta proposta estará incentivando uma maior
produção de Tucumã e o total aproveitamento do fruto, de forma que
a casca poderá ser aproveitada como ração para alimentação animal,
a polpa utilizada na culinária tradicional e o caroço aproveitado na
extração de óleo para fabricação de biodiesel, que poderá ser utilizado
na geração de energia elétrica das comunidades mais distantes e
finalmente o resíduo dos caroços, chamado de torta, será transformado
em um biossorvente alternativo e sustentável. Certamente esta
atividade científica irá consolidar esta cultura como uma cadeia
produtiva sustentável e integral representando também uma fonte de
renda alternativa buscando o desenvolvimento sustentável da Região
Amazônica e demonstrando que o meio ambiente pode ser utilizado de
forma racional e responsável, permitindo a regeneração contínua dos
recursos naturais.
Transformando lixo tecnológico em
matéria-prima, empregos, capacitação
e educação ambiental
Separação de todos os componentes, dando destinação correta
aos reutilizados e não-reutilizados, encaminhamos para empresas
recicladoras que trabalham especificamente com cada um deles. Localizada na Amazônia (em Manaus) e cientes de que devemos
dar nossa contribuição para desenvolvimento sustentável da nossa
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
região, desenvolvemos programas de Responsabilidade socioambiental
focados em três pilares: econômico, social e ambiental.
Ilhas de Alta Produtividade (IAP): racionalização
da produção de látex nas Resex
(Reservas Extrativistas no Acre)
As Ilhas de Alta Produtividade (IAP) são pequenos plantios de
seringueira (Hevea sp.) em áreas de roçados ou capoeiras, espaçados
entre si e rodeados pela diversidade da floresta natural. Essas IAP
representam pequenas plantações (máximo de 01 Ha, ou seja, 04
tarefas, com 300 plantas) de seringueira de Clones ou de Sementes,
sempre rodeadas de biodiversidade natural, isto é, floresta tropical
amazônica, além de uma biodiversidade interna ao plantio, seja esta de
outros cultivos econômicos ou da regeneração, chamada, no popular,
de sujeira, mas para proposta das IAP, “sujeira de biodiversidade”
(árvores, arbustos, cipós, ervas, etc.), pois ai está o segredo do sucesso
da proposta das IAP: a coexistência equilibrada entre predadores e
predados – como vai ser visto mais adiante.
Com o uso de técnicas adequadas e específicas nessas áreas,
as IAP permitem o aumento da produtividade do extrativismo de látex,
intensificando e diversificando a produção e escapando do ataque
epidêmico do Microcyclus ulei (P.Henn) v. Arx, agente causador do
“mal-das-folhas”, a doença mais destrutivas da seringueira no trópico
úmido. Deve-se lembrar de que a tentativa de plantios de seringueira
na sua região de origem, ou seja, na Amazônia, no período do governo
militar, foi um fracasso, da mesma forma que em Belterra pela Ford,
sempre pelo ataque do “mal-das-folhas”.
Sempre tendo a seringueira como cultura principal, as IAP
possibilitaram a produção a curto, médio e longo prazo, maximizando o
uso dos recursos naturais e aumentando a produção e a produtividade
da terra e da mão de obra, atualmente (e ainda), a principal critica às
Resex (reservas extrativistas) por suas grandes extensões e seus
baixos patamares de produção.
Este projeto visa colher os resultados finais da proposta das IAP,
nos aspectos fitopatológicos, econômicos e ambientais, finalizando a
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Propostas Apresentadas | Categoria Ambiental
51
somatória de esforços para o desenvolvimento desta pesquisa com
uma avaliação destes plantios, alguns com 18 anos de idade, já em
exploração. Um pequeno esforço para verificar a situação do projeto nos
dias de hoje foi realizado em Julho 2014 onde foram visitadas algumas
IAP, descritas nesta proposta para ilustrar melhor a oportunidade que
esta aberta com o apoio a este projeto.
Estudo do estoque florestal nas lavouras
cacaueiras em sistemas agroflorestais no
Município de Tomé-açu (PA)
Nos sistemas agroflorestais (SAF), a árvore tem representatividade
especial, é o componente que determina a estrutura, a efetividade e,
na maioria das vezes, a duração da atividade. É, portanto, o elemento
norteador das diversas modalidades conhecidas de SAF, tanto no seu
planejamento, quanto no estabelecimento em condições de campo.
O arranjo do sistema agroflorestal com cacaueiro implantado
no Estado do Pará é biologicamente diversificado e estruturalmente
complexo, haja vista a presença de diversas espécies florestais numa
determinada área. Porém, é tecnicamente simples e seu manejo
assenta-se em um conhecimento genérico, sem demasiado controle
externo e fundamentado nos processos funcionais ocorrentes na
vegetação natural de uma floresta. A lavoura cacaueira em sistemas
agroflorestais estabelece importantes funções ecológicas, econômicas
e sociais no meio rural.
O município de Tomé-Açu é referência em plantios de cacaueiro
em sistemas agroflorestais onde se encontram os mais diferentes
arranjos e o maior número de espécies envolvidas. Este projeto se
propõe a avaliar o potencial florestal existente nas lavouras cacaueiras
a partir de sete anos de idade, num período de três anos. Serão
inventariadas as espécies florestais existentes e suas características
silviculturais qualitativas (fenologia, arquitetura de copa, retidão de
fuste) e quantitativas (volumetria da madeira, diâmetro de copa)
bem como a destinação final dos produtos madeireiros e não
madeireiros. Deverão ser identificadas as espécies com características
dendrométricas e fenológicas superiores, que melhor interagem
como árvores de sombra, bem como identificação e/ou utilização
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de práticas de manejo reconhecidamente promissoras e inovadoras;
identificação e contribuição da diversidade florestal para o meio
ambiente (recomposição florestal); quantificação do potencial florestal
madeireiro e não madeireiro existente nas lavouras cacaueiras; difusão
de informações quanto ao potencial da atividade florestal junto aos
cacauicultores, às comunidades rurais e a sociedade em geral.
Usina de residos sólidos: ação conjunta de uma
usina de residos sólidos com um aterro sanitário
O projeto de tratamento de resíduos sólidos vem como medida
social econômica para toda a sociedade, no que se trata de aterro
sanitário onde todos os materiais podem ser selecionados para assim
reduzir a quantidade de resíduos a serem realmente despejados nos
aterros.
Bem como, auxiliar no processo de reciclagem de materiais, e
dando destino adequado a estes resíduos, desta forma contribuindo
junto com os coletores lhe proporcionando uma vida mais digna, e
visando o meio ambiente, tirando os resíduos que o lixo pode produzir,
comprometendo o meio onde se encontra Também iremos demonstrar
uma perspectiva de quão viável pode ser a reciclagem de materiais
secos e húmidos, e quão benéficos podem ser seus resultados,
implicando no meio social e meio ambiental, e como pode ser rentável
esse tipo de atividade.
Sistema de tratamento biológico e químico de
efluente: Estação de Tratamento Compacta (Etec)
Fabricação de uma estação de tratamento de efluentes
biológicos ou químicos, compacta, usando produtos recicláveis como
pet ou garrafas plásticas. Reator anaeróbio conjugado com tanque
de decantação a base de resina poliéster e filtro anaeróbio a base
de garrafas pet. As ETE podendo tratar os efluentes biológicos no
âmbito residencial, como residências de baixo, e auto padrões, prédios
comerciais shopping centers, pequenas e grandes industrias postos
de gasolinas e entidades governamentais etc. Com o resultado de
efluentes compatível ou superior as normas da ABNT. Remoção de
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sólidos totais acima de 95%, devolução de oxigênio acima de 89,99%
podendo devolver até a reutilização de água para jardins, plantas, pátios
e lavagem em geral, com menor custo de instalação e manutenção
e sem descarte em aterro sanitário, dispensando auto consumo de
energia elétrica. Formando uma cooperativa de coletores de garrafas
pet, gerando renda e mais qualidade de vida para a sociedade.
Produção de instrumentos musicais com
reaproveitamento de resíduos de madeiras
Reaproveitamento de madeiras oriundas de resíduos encontrados
em marcenarias, serrarias, quintais de pessoas que possuem madeiras
sem utilidade e autorizem seu uso, depósitos abandonados, móveis
condenados, e qualquer origem de madeiras que seriam consideradas
inaproveitáveis, porém possuem potencial de manipulação e qualidade
comprovada para construção de instrumentos musicais, em especial
guitarra elétrica e contrabaixo elétrico.
A demanda de consumidores no trabalho por nós realizado trouxe
demanda por melhorias, visto que instrumentos musicais personalizados
são procurados por pessoas que buscam produtos diferenciados,
ou seja, algo que possua características únicas. O investimento em
maquinários aceleraria a produção, sendo possível uma produção
maior em termos de números e qualidade, já que a produção atual e
totalmente artesanal e lenta. Outro fator importante seria a inserção de
pessoas no mercado de trabalho, principalmente jovens e adolescentes
de comunidades carentes, que iniciariam como aprendizes, podendo se
tornar profissionais futuramente. Isso geraria emprego e renda a essas
pessoas, além de proporcionar a oportunidade de aprendizado de uma
profissão. Atualmente trabalham duas pessoas nesse processo de
produção, devido a fatores relacionados ao demorado trabalho manual.
Com investimentos nas melhorias, o processo de produção seria mais
eficaz, trazendo uma produção eficaz, e como conseqüência, mais
emprego e renda.
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Produção de ração rica em proteínas a partir
de insetos para a aquicultura na Amazônia:
uma bioindústria sustentável para a região
Insetos são componentes naturais da dieta de peixes, aves,
anfíbios, répteis, dentre outros grupos de animais. Então, por que não
utiliza-los para a alimentação animal na produção rural? Não se pode
negar que tais criaturas são fontes importantes, abundantes e, portanto,
baratas de proteínas. Existem mais de 1200 espécies de insetos sendo
utilizadas em todo o mundo e em muitos países fornecem alimento para
a pecuária de subsistência, sendo também produzidos em larga escala
para atender a aquicultura e avicultura. Desenvolver metodologias
de produção de insetos para a incorporação de matéria de alto valor
proteico em dietas animais é de caráter estratégico para a pecuária da
Amazônia brasileira, sendo uma alternativa viável de impacto positivo
econômico, social e ambiental.
A criação experimental de larvas da espécie Hermetia illucens
será conduzida em experimentos pilotos e escalonada à produção
em larga escala. A concepção e testes de desempenho da criação
e colheita das larvas serão realizados baseados em protótipos já
conhecidos, os quais serão melhorados e adaptados às condições
regionais. Basicamente, o modelo proposto está alicerçado em três
componentes principais: matéria orgânica residual (lixo orgânico); coleta
de pré-pupas e recipiente coletor de húmus. Após a coleta das larvas
pré-pupas as mesmas serão processadas de três formas: larvas in
natura; larvas secas; e larvas moídas, os quais serão avaliados quanto
a teores nutricionais, de rendimento e aceitabilidade em animais em
confinamento (com ênfase em peixes). Numa próxima fase haverá o
escalonamento de produção.
Utilização de casca de banana para remoção dos
herbicidas ametrina e atrazina de águas naturais
Uma alternativa eficiente, rápida e de baixo custo para a
remediação de águas poluídas utilizando casca de banana para remover
os pesticidas atrazina e ametrina de recursos hídricos foi demonstrada.
As condições para a remoção dos pesticidas em escala laboratorial
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foram definidas como: volume da amostra = 50 mL; massa de casca
de banana = 3,0 g, tempo de agitação = 40 min. O ajuste do pH não
foi necessário. Para avaliar o potencial de sorção e dessorção dos
pesticidas em casca de banana foram avaliados os coeficientes de
sorção e dessorção por espectrometria de cintilação líquida, onde a
ametrina apresentou Kf(sor) de 54,14 e a atrazina Kf(sor) igual a 35,84.
Também foi avaliada a adsorção em amostras de água utilizando
um sistema LC-MS/MS, apresentando boa sensibilidade analítica e
limites de quantificação = 0,10 e 0,14 μg L-1 para atrazina e ametrina,
não sendo necessária a pré-concentração da amostra para sua
determinação. As curvas analíticas foram lineares até 50 μg L-1,
resultados precisos (RSD < 4,5%) foram obtidos e as recuperações
(três níveis de adição) variaram entre 83 e 107%. As soluções com os
agrotóxicos removidos foram estáveis durante três semanas, quando
mantidas sob refrigeração. Os resultados revelaram uma eficiência de
remoção de >90% para ambos os agrotóxicos, e amostras reais foram
adequadamente remediadas demonstrando que casca de banana é
um material eficaz para o tratamento de águas naturais poluídas com
resíduos dos agrotóxicos atrazina e ametrina.
Aproveitamento da biomassa vegetal de
macrófitas aquáticas nos lagos da baixada
maranhense para compostagem e uso agrícola
do composto orgânico por comunidades rurais da
região
A compostagem é um método para tratamento dos resíduos
sólidos no qual o material orgânico é decomposto por microrganismos
na presença de oxigênio até o ponto em que poderá ser armazenado
e manuseado com segurança e aplicado ao meio ambiente. A com­
postagem de resíduos orgânicos é um dos métodos mais antigos que
se conhece de reciclagem de nutrientes. Consiste em um processo
biológico de transformar a matéria orgânica existente nos resíduos em
material humificado, que pode ser utilizado como adubo orgânico à
agricultura, hortas e jardins, e até mesmo na recuperação de áreas
degradadas (CAMPBELL, 1999; KEENER, 2000; SILVA e ANDREOLI,
2010).
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A compostagem é essencial na redução de resíduos domésticos,
resíduos de criações animais e resíduos vegetais diversos. Ela pode ser
feita sem muitos gastos e produz o composto fertilizante ou húmus,
que pode beneficiar o meio ambiente como fertilizante natural na
agricultura (FREUDENRICH, 2001).
Conforme KIEHL (1985), os restos orgânicos, vegetais e
animais retornando ao solo serão transformados em nutrientes, os
quais, assimilados pelas plantas, completam o ciclo da vida. Por isso,
a compostagem pode ser também utilizada como instrumento de
educação ambiental.
Desse modo, considerando a realidade ambiental e socioe­
conômica do município de Penalva, representando a região da Baixada
Maranhense, busca-se avaliar a aplicabilidade da compostagem como
alternativa à disposição final dos resíduos orgânicos de macrófitas
aquáticas oriundas dos lagos da região.
Reuso da água de chuva para fins
residenciais não potáveis
O manejo e o aproveitamento da água da chuva não é uma prática
nova. Existem relatos desse tipo de atividade a milhares de anos atrás,
antes mesmo da era cristã. Em toda a história podemos ver exemplos
desta reutilização da água da chuva ou mais apropriadamente dito a
utilização da água da chuva. Um dos mais antigos exemplos constado
na história vem Fortaleza dos Templários em Tomar (Portugal), em
1160 D.C. Depois, há relatos nos países árabes com as Cisternas de
Abrantes, descritas nos livros Memórias históricas da notável Vila de
Abrantes, no qual Eduardo Manuel Tavares Campos menciona terem
existido 69 cisternas em 1817; Alemanha-Hamburgo (1988- 2000);
além dos Estados Unidos e Japão, até esta técnica chegar ao Brasil
aonde já vem sendo bastante utilizada, principalmente no Nordeste.
Apesar da coleta e o aproveitamento da água da chuva pela
sociedade terem perdido a força com a inserção de tecnologias
mais modernas de abastecimento, como a construção de grandes
barragens, o desenvolvimento de técnicas para o aproveitamento
de águas subterrâneas, a irrigação encanada e a implementação dos
sistemas de abastecimento, atualmente tem se notado a volta desse
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costume, fazendo parte da gestão moderna de grandes cidades em
países desenvolvidos. Diversos países europeus e asiáticos utilizam
amplamente a água da chuva nas residências, nas indústrias e na
agricultura, pois sabe-se que a mesma possui qualidade compatível
com usos importantes, sendo considerada um meio simples e eficaz
para atenuar o problema ambiental de escassez e desperdício de água.
Os pneus inservíveis descartados de forma
inadequada no bico do papagaio (TO): uma
resolutividade de saúde pública e ambiental
como fonte de geração de renda para as
comunidades regionais
A quantidade de pneus descartados em muitos municípios
brasileiros, têm contribuído para gerar uma problemática ambiental
e de saúde pública grave, como por exemplo: ambiente favorável
a proliferação de vetores, tais como, Aedes aegypti transmissor
da dengue, poluição atmosférica em função da queima, perdas
econômicas de recursos reutilizáveis em diferentes aplicações etc. Na
microrregião do Bico do Papagaio, Tocantins (TO), tem se observado
essa dinâmica de modo que tem contribuído para o crescimento no
número problemas ambientais e de condições favoráveis à proliferação
de vetores causadores da dengue e outras doenças. Além disso, a
maioria dos municípios, como por exemplo: Araguatins configura-se
como um dos municípios do bico do papagaio que apresentam um
número significativo de famílias com baixa renda familiar per capta,
3.922 com renda de até R$70,00.
Desta forma, a proposição de ações integradas que contribuam
para a geração de renda e destinação adequada de recursos como
os pneus inservíveis é justificada do ponto de vista econômico e
ambientalmente em função dos danos decorrentes de sua destinação
inadequada. Assim, objetiva-se desenvolver ações integradas de
pesquisa, ensino e extensão voltadas à criação e aplicação de
políticas públicas regionais voltadas a destinação correta dos pneus
inservíveis na região do Bico do Papagaio. Na proposição de se gerar
alternativas adequadas e geração de fontes de rendas alternativas as
comunidades locais e regionais a fim de mitigar os impactos negativos
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ao meio ambiente e a saúde pública. Estas ações serão realizadas por
discentes, docentes e técnicos do IFTO em colaboração com a UFRN
e colaboradores, junto à comunidade local e regional.
Dentre as diferentes formas de reaproveitamento desses
materiais, incluem-se a criação de oficinas artesanais, laboratório piloto
a fim de se avaliar os benefícios da destinação adequada e formas de
reprocessamento dos pneus por meio da trituração e fabricação de
blocos pré-moldados e redestinação de metais e borracha para outros
setores da indústria). Geração de relatórios ambientais, trabalhos de
pesquisa e publicação artigos científicos com vistas a divulgação
das ações a partir de eventos científicos e técnicos visando o
desenvolvimento regional e local do ponto de vista da sustentabilidade.
Geodiversidade amazônica, arte e turismo
O patrimônio natural da região de Santarém apresenta um grande
potencial para o desenvolvimento de atividades turísticas, sendo que
grande parte dessas belezas naturais correspondem também ao
patrimônio geológico. Tal realidade nos remete à necessidade de um
planejamento e gestão voltados para a conservação desses recursos
naturais e históricos, com vistas à produção de conhecimento e
manutenção dos mesmos para as atuais e as futuras gerações, uma
vez que a atividade turística aleatória pode trazer, em curto prazo,
impactos positivos e negativos.
Neste sentido, fomentar ações que visem a criação de uma
consciência ecológica, baseada em conhecimentos sólidos sobre a
evolução geológica da paisagem da região de Santarém e arredores
constitui-se numa iniciativa de grande relevância e interesse social.
Consumo consciente: atitude que transforma!
A cada dia aumenta o consumo de recursos naturais. Com o
crescimento da população, a demanda por estes recursos tende a
aumentar, assim como a geração de resíduos resultante do processo
de transformação, bem como do consumo.
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Vários são os impactos causados no meio ambiente, dentre eles
pode-se citar a contaminação de mananciais, extinção de espécies,
poluição nos seus mais variados níveis, dentre outros.
Dessa forma, realizar o planejamento do consumo, observando
a real demanda por determinado tipo de recurso é a peça chave para
a busca da almejada sustentabilidade. Isto não significa a privação
pelo conforto, mas significa a obtenção de uma melhor qualidade
de vida em virtude da utilização racional dos recursos disponíveis e
consequentemente um meio ambiente saudável e mais equilibrado.
Dessa forma, realizar o planejamento do consumo, observando
a real demanda por determinado tipo de recurso é a peça chave para
o alcance da almejada sustentabilidade. Para alcançar este objetivo é
necessário o envolvimento de agentes que acreditem e promovam
esta atitude em seu local de atuação.
Nesse sentido, a Faculdade Salesiana Dom Bosco de Manaus
(FSDB), bem como o Colégio Dom Bosco, filiais da Inspetoria Salesiana
Missionária da Amazônia que atua na área educacional desde 1921,
especificamente no nível de Educação Infantil, Ensino Fundamental,
Ensino Médio, Educação Profissionalizante e Missões Indígenas,
tornam-se importantes agentes de mudanças no meio em que atuam,
principalmente por suas atividades direcionadas a educação.
Em virtude desta problemática, foi criado o projeto Consumo
Consciente, para promover oportunidades de ação-reflexão nas
comunidades da FSDB e CDB que possibilitem a tomada de
consciência da importância da responsabilidade socioambiental e do
consumo consciente desenvolvendo projetos que estimulem a criação
de uma cultura de re-educação no consumo e redução, reutilização e
reciclagem de resíduos sólidos.
Reciclagem e Reuso do óleo lubrificante de
tratores agrícolas
A reciclagem e o reuso do óleo lubrificante de tratores agrícolas
é um projeto que visa a aplicabilidade de ações preventivas e corretivas
buscando minimizar as agressões ao meio ambiente, redução dos
gastos para os produtores rurais, como também, busca sensibilizar
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os proprietários e funcionários dos postos de troca de óleo e oficinas
mecânicas sobre os danos ambientais causados pelos lubrificantes
usados. Portanto, as ações descritas no projeto buscam balizar condutas
corretas para o armazenamento e coleta do produto visto que, muitas
vezes têm o seu destino nas redes de esgotos, nos igarapés, rios e
mesmo no solo.
No entanto, uma manipulação inadequada de óleo lubrificante
pode trazer sérias conseqüências ao meio ambiente e à saúde das
pessoas.
Devido à gravidade do problema gerado pelo descarte ina­
dequado do óleo que o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) em 31 de agosto de 1993 publicou a resolução número
09, em conjunto com as portarias 125 e 127 de 1993, a qual sofreu
profundas alterações, tornando-se a vigente Resolução Conama
362/2005, que estabelecendo formas corretas de destinação do óleo
lubrificante usado de veículos e/ou maquinários agrícolas de maneira
responsável, determinando alguns procedimentos tornando obrigatório
o recolhimento e destinação adequada de todos os óleos lubrificantes,
priorizando regenera-lo por meio de rerefino, de modo que não afete o
meio ambiente além de economizar divisas e recursos naturais.
Nesse contexto, durante o teste piloto no manuseio, reciclagem
e reuso do óleo lubrificante se avaliou as possibilidades viáveis desse
óleo para o sua reciclagem e reutilização por meio da aplicabilidade
de técnica artesanal com dosagens de compostos químicos como;
enxofre, parafina, manta asfáltica (pinche).
Esse teste apontou que o óleo queimado, tem a possibilidades
de serem reciclados para ser posteriormente reutilizado nos tratores
agrícolas, veículos automotores e equipamentos para fins de
funcionamento no mesmo trator e/ou outros equipamentos agrícolas
como, por exemplo, semeadeira, plantadeira e outros equipamento
para fins agrícolas, barateando o custo dos insumos agrícolas para o
produtor rural
Dessa forma, essa ação busca por meio da sensibilização de
campanhas aos agricultores e a população em geral a preservação
do meio ambiente como uma estratégia á curto prazo de modo a
estabelecer uma responsabilidade corporativa e sistemática que
enfatizem o respeito e o comprometimento social ético e ambiental
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durante o processo produtivo no contexto de desenvolvimento
sustentável da região Norte e do Planeta.
Os fragmentos florestais serão testemunhos
da biodiversidade de invertebrados terrestres
e aquáticos no futuro? Um estudo de caso com
diferentes grupos, com ênfase a Collembola,
formicidae e Ephemeroptera na região de Manaus
A floresta primária é caracterizada por sua enorme complexidade
estrutural constituída de uma diversidade de espécies vegetais que
proporcionam ao solo uma variedade de microhabitats abrigando
elevada diversidade da comunidade de invertebrados.
Nos ecossistemas florestais naturais, os invertebrados
desempenham papel fundamental nos diversos níveis tróficos da cadeia
alimentar e atuam na decomposição da serapilheira com liberação
dos nutrientes para o solo que vão realimentar as espécies vegetais,
além de atuarem na aeração do solo (LAURANCE; DELAMÔNICA,
1998; OLIVEIRA, 2009). No ecossistema aquático natural, há também
elevada diversidade biológica, ocorrendo a decomposição das folhas
que são levadas para este sistema
Diversas são as formas de desmatamento para uso do solo ou
para uso de diversos processos de utilização da floresta. Dependendo
do nível de impacto, a comunidade de invertebrados vai sofrer uma
diminuição da sua diversidade comprometendo desta forma, suas
funções de decompositores naquele ecossistema. Este impacto gerado,
além de atuar negativamente sobre esta comunidade de invertebrados,
vai também atuar negativamente nos processos químicos e físicos.
A intervenção antrópica, por meio do desmatamento, pode agir
também nos recursos hídricos causando poluição das águas com
consequente diminuição da diversidade biológica daquele ecossistema,
de fundamental importância para a fauna aquática, assim como ao
ecossistema terrestre.
Apesar da reconhecida importância da floresta original para o meio
ambiente e para a humanidade, a floresta vem sendo fragmentada ao
longo de muitos anos e isto vem ocorrendo com taxa elevada, formando
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fragmentos florestais na cidade e na periferia. O fragmento florestal é
a redução em tamanho e o isolamento de áreas remanescentes da
floresta primária, muitas vezes limitado por avenidas, condomínios e
até mesmo áreas de pastagens e agricultura familiar (OFFERMAN et al.
1995).
O aumento populacional tem levado a demanda de moradia, o
que leva a expansão da cidade em direção as florestas, ocasionando
assim o desmatamento desenfreado com formação de fragmentos
(RIBEIRO, 1997). A especulação imobiliária também é causadora
de desmatamento na região de Manaus e esta crescente expansão
representa uma ameaça à diversidade biológica
De acordo com Dutra (2000), os fragmentos florestais são
entidades dinâmicas que abrigam uma significativa parcela do
material biológico oriundo da floresta original. Entretanto, a garantia da
conservação e do uso da terra somente será alcançada se medidas
dos órgãos competentes atuarem com a criação de Unidades de
Conservação (RYLANDS; PINTO, 1998). Neste contexto, entre muitos
fragmentos florestais existentes no município de Manaus, somente o
Fragmento da Universidade do Amazonas foi transformado em Unidade
Ambiental (UNA) por meio do decreto Lei Municipal No 321 de 20 de
dezembro de 1995. Este é um processo que deve ser considerado para
todos os fragmentos da região de Manaus.
A importância econômica da comunidade edáfica de invertebrados
reside no fato de que, o conhecimento da diversidade e da capacidade
de algumas espécies de colonizarem áreas reflorestadas, é que podem
ser usadas como indicadoras da qualidade do solo. E a preservação
dos recursos naturais, incluindo a água, a terra, a flora e a fauna é
um direito que se prorroga no tempo (gerações futuras) e no espaço
universal da natureza (RIBEIRO, 1997).
Esta proposta se justifica pela crescente preocupação com o
desaparecimento das florestas naturais e a responsabilidade social
que as empresas de exploração dos recursos minerais, petroleo e
madeirreiro vêm demonstrando no país e no mundo. A compreensão
da diversidade, distribuição e monitoramento de grupos alvo de
invertebrados aquáticos e terrestres permitirá o estabelecimento de
políticas públicas adequadas para a conservação dos recursos naturais
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fornecendo assim ferramentas imprescindíveis para a atuação dos
gestores de Empresas no Amazonas.
Horta sustentável com reutilização de resíduos da
indústria automobilística e construção civil
O projeto visa a instalação de hortas sustentáveis nas instituições
citadas acima, buscando a interação entre os Universitários idealizadores
e voluntários participantes com os beneficiados do projeto. Durante
o desenvolvimento do projeto será realizado palestras educacionais
dando ênfase para a sustentabilidade e educação ambiental, com
oficinas e dias de campo.
Trata-se de um trabalho continuo em que será acompanhado toda
a evolução das culturas, contribuindo para o desenvolvimento de novas
técnicas de produção, com a reutilização de resíduos reaproveitáveis
tais como, restos de madeiras proveniente da construção civil e pneus
oriundos da indústria automobilística, incentivando a importância do
consumo de hortaliças.
O mesmo é um projeto dinâmico que respeita e preserva o meio
ambiente, buscando a conscientização necessária para um melhor
aproveitamento do que ele nos oferece, além de conscientizar a
comunidade sobre a importância das fontes de diversos recursos do
meio em que vivemos.
Propostas de bioalternativas das olarias no
Município de Coari (AM)
Pode-se conceituar assim o impacto ambiental como a alteração
no meio ou em algum de seus componentes por determinada ação
ou atividade. As alterações precisam ser dimensionadas podendo ser
positivas ou negativas, grandes ou pequenas, dependendo da qualidade
da intervenção desenvolvida e de acordo com o tipo de alteração, pode
ser ecológica, social e/ou econômica. A ciência e a tecnologia podem
ser utilizadas corretamente, contribuindo para que o impacto humano
sobre a natureza seja positivo e não negativo. Dentre as atividades
modificadoras do meio ambiente pelas olarias destaca-se a extração
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de madeira. Com todas essas preocupações as olarias do município
de Coari vêm trabalhando com as práticas de bioalternativas assim
contribuindo com a preservação do meio ambiente.
Subsídio para criação de uma reserva de
desenvolvimento sustentável no Município de
Santa Isabel do Rio Negro
Na meso região de SIRN, existem corredores ecológicos não
fragmentados, onde algumas espécimes, no período cretáceo na era
glacial evoluíram, pela alopatria dos relevos a milhões de anos estão
presente nos ecossistemas.
Preparação e caracterização de compósitos
obtidos de carvão ativado (borra oleosa) e óxido
de ferro sintético visando aplicação em ambiente
aquoso
Os compósitos foram preparados a partir de carvão ativado
(CA) de borra oleosa impregnado com óxido de ferro sintético,
nas proporções de 1:1 e 4:1, e temperaturas de 400, 600 e 800
°C. Os compósitos e CA foram investigados e comparados suas
capacidades de remoções de compostos orgânico (azul de metileno,
MB) e inorgânicos (Cd2+ e Pb2+) em sistema aquoso. Esses materiais
foram caracterizados pelas técnicas analíticas de espectroscopia no
infravermelho, termogravimetria, microscopia eletrônica de varredura,
difração de raios X e espectroscopia Mössbauer (somente óxido de
ferro). Exceto o CA, os demais materiais apresentaram variados graus
de magnetização frente a imã de mão. Essa característica foi devida a
presença de magnetita e/ou maghemita e/ou ferro metálico confirmada
pela espectroscopia de infravermelho e difração de raios X. O óxido de
ferro trata-se de uma hematita estequiométrica e cristalina confirmada,
principalmente pela espectroscopia Mössbauer. Os compósitos e
CA apresentaram estabilidade térmica superior a 300°C. Os testes
de capacidade de remoção do MB, Cd2+ e Pb2+ foram realizados a
temperatura ambiente e em pH ~4,5. A capacidade de adsorção do
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CA para o MB foi de 141,6 mg g -1, esse valor foi superior ao observado
para os compósitos em que variou entre 128,8 (CP611) e 99,4 mg g -1
(CP811).
O processo de adsorção para o MB apresentou melhores valores
de correlações para isoterma de Langmuir, típico de adsorção em
monocamada. A área superficial foi estimada indiretamente pelos
valores máximos de capacidade de adsorção do MB pelos materiais
estudados, para o CA com 273 m2g -1 e para os compósitos entre
247 m2g -1 (CP611) e 191 m2 g -1 (CP811). Os compósitos apresentaram
excelentes resultados para remoção para o Cd2+ que variou de
223 (CP411) a 503 mg g -1 (CP611), enquanto que o Pb2+ variou de
218 (CP841) a 486 mg g -1 (CP611), em comparação valores encontrados
na literatura. Os compósitos também são melhores representados
por Langmuir. O compósito CP611 apresentou maior afinidade de
adsorção pelo Cd2+ a maior presença de fase magnética enquanto que
o CP811 teve maior afinidade pelo Pb2+ por ter maior contribuição de
carvão ativado na sua composição. Esses materiais são ótimos para
remediação de MB, Cd2+ e Pb2+.
O mecanismo REDD e a influência na conservação
e no uso sustentável das florestas extrativitas de
pequi e babaçu para produção de bionergia na
Região Amazônica
A sociedade vive a cada instante a necessidade de desenvolver
tecnologias e métodos que estoquem carbono a partir da preservação
de áreas de floresta extrativistas aplicadas como fontes alternativas de
energia renováveis. Nesse contexto, o uso de biomassas extrativistas
pode contribuir de forma significativa, já que são abundantes em regiões
de alta luminosidade, estão disponíveis no ambiente e apresentam o
potencial de estocar carbono e produzir serviços florestais. Um outro
aspecto observado atualmente é a expansão dos efeitos ambientais
negativos decorrentes do uso dos combustíveis fósseis, como a
emissão de gases do efeito estufa, a queima de florestas ocasionando
o aquecimento global.
Neste contexto, torna-se cada vez mais evidente a necessidade
de avaliar a estimativa de biomassa viva acima do solo, do estoque
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de carbono fixado, o potencial de extração de óleo vegetal em áreas
de florestas extrativistas, e a aplicação de tecnologias inovadoras a
fim de promover a preservação e a conscientização ambiental, social
e econômica. Bem como a redução do lançamento de dióxido de
carbono na atmosfera, contribuindo desta forma para consolidação
do mecanismo REDD+ que visa reduzir as emissões gases de efeito
estufa por desmatamento e degradação florestal. Este projeto tem
como objetivo estimar a biomassa viva acima do solo e o teor de
carbono em uma área de floresta extrativista de pequi e babaçu no
Estado do Tocantins, contribuir para redução das queimadas, para o
desenvolvimento do mecanismo REDD, associar a produção sustentável
de bioenergia , mantendo a floresta em pé na região Norte do Brasil.
Preservação da biodiversidade amazônica por
meio da valorização de compostos bioativos de
espécies nativas
A Amazônia possui a séculos uma economia meramente
extrativista que se baseia no minério, na madeira e nas monoculturas.
Um exemplo disso é a expansão da cultura da soja na Região
Amazônica, que pela falta de áreas livres para a expansão nas regiões
sul, sudeste e até mesmo no centro-oeste, tornaram as regiões sudeste
e sudoeste do Pará uma nova área para essa atividade agrícola. Essa
política de desenvolvimento para a Região Amazônica não traz e não
trará nenhum impacto efetivo de sustentabilidade. O exemplo disso é
a participação em último lugar da região Norte no PIB nacional (IBGE,
2011) o estado do Pará ocupa a 12a posição, seguido pelo Amazonas
em 15a e os estados do Amapá, Acre e Roraima ocupando as últimas
posições, respectivamente. O uso da biodiversidade como mudança
de paradigmas para a região é necessário. O uso de ativos naturais
extraídos de forma sustentável como matéria-prima para indústrias
alimentícias, cosméticas e farmacêuticas tem a capacidade de tornar a
Amazônia como a principal exportadora do mundo.
Esta valorização também implica em uma menor taxa de
desmatamento; em uma imagem de preservação da floresta amazônica
positiva, em termos de mercado internacional (marketing); e em um
aumento de renda para as famílias de pequenos produtores que
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beneficiam estas plantas. O Prof. Samuel Benchimol demonstrou isso
por meio de sua grande obra. Com passar do tempo, este modelo de
desenvolvimento se confirmou por meio da identificação dos setores
prioritários de investimento pela Agência de Desenvolvimento da
Amazônia (ADA). Dentre eles, o adensamento das cadeias produtivas
dos Arranjos Produtivos Locais (APL) da Região; o desenvolvimento
regional sustentável; a inclusão social; e a preservação ambiental, com
fundamento na Política Nacional de Desenvolvimento Regional da
Amazônia e no Plano Amazônia Sustentável.
Robôs aéreos cooperativos no monitoramento
e mapeamento da floresta amazônica e suas
fronteiras
A floresta amazônica é uma grande riqueza que infelizmente
é alvo de queimadas, desmatamento, biopirataria, além de ser rota
de tráfico de drogas. Sua preservação é essencial, mas apesar dos
recentes esforços demonstrarem resultados positivos na redução da
área desmatada anualmente, ainda existe muita extração ilegal de
madeira. Para auxiliar na prevenção desses problemas, é importante
melhorar o monitoramento do território. Uma alternativa promissora a
ser investigada é a utilização de Vaant (Veículos Aéreos Autônomos
Não Tripulados) com este intuito.
A proposta trata do monitoramento e mapeamento de terrenos
utilizando múltiplos Vaant munidos de diversos sensores, como
câmeras, Radar, e Lidar para monitoramento e mapeamento da floresta
amazônica. O objetivo do projeto é coordenar um grupo de Vaant para
sobrevoar uma área utilizando coordenadas obtidas por GPS, navegando
de maneira autônoma. Dentre os possíveis resultados, podem-se obter
mapas bidimensionais (ortofotografia) e modelos digitais de elevação
do terreno, os quais podem ser utilizados para monitoramento de
desmatamentos, queimadas, e até mesmo fronteiras na floresta
amazônica. Explora-se principalmente a cooperação entre múltiplos
Vaant, a fim de alcançar esses objetivos.
O trabalho ainda pode ser integrado com redes de sensores
sem fio distribuídas pela floresta para responder ativamente a eventos
detectados pelos sensores. Um aumento distinto na temperatura
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pode indicar um incêndio ou queimada, enquanto um aumento na
luminosidade captada por diversos sensores durante o dia pode ser
causado pelo seu descobrimento pela copa das árvores, indicando
um desmatamento. Os Vaant poderiam receber essas informações
se comunicando com a rede de sensores previamente dispersada
pela floresta e ativamente se dirigirem para a suas localizações para
investigar qual a verdadeira causa das alterações nas leituras, e, caso
necessário, comunicar as autoridades responsáveis pela intervenção.
Outra atividade promissora é sua utilização no monitoramento
de fronteiras, principalmente em rios e igarapés, onde os Vaant
poderiam utilizar imagens obtidas por meio de câmeras tradicionais
e infravermelhas para detectar automaticamente a presença de
embarcações que possam estar contrabandeando produtos e
entorpecentes.
A utilização de Vaant apresenta vantagens significativas em
relação a outros meios de monitoramento, pois eles podem percorrer
grandes áreas de terreno de difícil acesso em um tempo muito menor
do que meios de locomoção terrestres, podem permanecer no ar por
mais tempo que aeronaves tripuladas, a um custo menor, e são capazes
de fornecer imagens de alta resolução e com uma taxa de atualização
maior do que aquelas fornecidas por satélites, que podem levar até
duas semanas para percorrer a mesma faixa de terra.
Existem diversas plataformas de veículos aéreos, a escolha da
plataforma adequada é essencial para o sucesso do projeto. Aeronaves
de asa rotativa, como multi-rotores e helicópteros têm a capacidade
de decolar e pousar verticalmente, mas, sua autonomia é bem inferior
às outras plataformas, e sua capacidade de carga tende a ser inferior.
Dirigíveis e balões possuem a maior autonomia e capacidade de carga,
mas são proibitivamente caros. O aluguel do dirigível PAX RIO, que
seria utilizado pela polícia do Rio de Janeiro, estava orçado em R$ 586
mil por mês. Aeronaves de asa fixa, como os aviões, possuem uma
capacidade de carga e tempo de voo intermediários, a um custo inferior
que as outras alternativas.
Os recursos para a implantação de tal sistema já existem e
estão disponíveis no mercado, no entanto, é necessário pesquisa e
desenvolvimento na integração entre as diversas tecnologias, com
foco principalmente na cooperação entre os diversos veículos. Sendo
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assim, este projeto propõe o de desenvolvimento de um arcabouço que
permita a utilização de Vaant com o objetivo de monitorar e mapear a
floresta amazônica.
A biota futura da Amazônia
A presente proposta é um desdobramento inovador de vários
projetos de pesquisa que coordenei na temática de biodiversidade
e usos da terra, e busca avançar em lacunas de conhecimento
identificadas por mim ao longo de mais de 20 anos de pesquisas na
Amazônia oriental e refletir sobre o futuro da “natureza amazônica”.
Um grande número de estudos sobre o ecossistema amazônico
foi realizado nos últimos 15 anos, mostrando alterações significativas
na paisagem, na biodiversidade e nos fluxos de água, energia, carbono
e ciclagem de nutrientes, causados por desmatamento e queimadas.
No entanto, pouco se avançou na análise sobre o futuro da biota dessa
região, que sofre um processo de transformação acelerado.
A capacidade de prever como o bioma amazônico responderá aos
efeitos das mudanças de cobertura vegetal e de uso da terra depende
de nossa compreensão sobre as consequências desses impactos
sobre a integridade e resiliência do ecossistema e da resposta biótica à
degradação ambiental. Como as alterações na biodiversidade ocorrentes
a partir das mudanças ambientais e degradação influenciam a resiliência
da floresta amazônica? quais são as prováveis ​​consequências de tais
mudanças para a persistência, a longo prazo, da biodiversidade? quais
espécies da biota atual irão compor a biota futura da região? Essas
perguntas ainda carecem de respostas.
Nesse contexto, a presente proposta objetiva examinar como a
degradação ambiental afeta a biota amazônica, em diferentes escalas
(i.e., de comunidades ao nível de paisagem) e descrever a biota
futura da Amazônia. Para alcançar este objetivo geral, são propostos
cinco objetivos específicos, os quais constituem os componentes de
execução do projeto: (i) índice de degradação ambiental; (ii) padrões de
usos da terra e fragmentação na paisagem; (iii) padrões de diversidade
das comunidades, (iv) características ecológicas das espécies (v)
banco de dados integrados. A execução do projeto e o alcance de seus
objetivos baseiam-se no estabelecimento de um conjunto de parcelas
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(unidades experimentais) em florestas primárias e secundárias para a
realização de inventários biológicos, no monitoramento de variáveis
ambientais e antropismo, e na formação de base de dados integrada
com informações biológicas, de uso da terra e ambientais. Os benefícios
do projeto estão associados a políticas públicas de conservação da
biodiversidade e recuperação de áreas degradadas.
Garrafas Pet
Depois de ter seu líquido consumido, a garrafa pet é descartada,
sendo muitas vezes jogadas direto na natureza, ou colocado em sacos
de lixos nas residências, bares, restaurantes, clubes, etc., sacos
esses colocados nas calçadas para recolhimento pelas empresas
responsáveis, e na maioria das vezes sendo suas embalagens violadas
por catadores de lixos ou por animais domésticos, cães, gatos e outros.
A situação piora quando chove, fazendo com que as embalagens sejam
levadas para os ralos, esgotos, provocando entupimento e aumentando
o drama das grandes cidades... as enchentes.
Preocupado com os grandes estragos causado pelas garrafas pet,
e sendo uma matéria prima de grande valor agregado, depois de vários
anos de pesquisas, conclui um projeto que será a solução definitiva do
reaproveitamento ecologicamente correto para a garrafa pet.
Minha casa sustentável: conviver com as
diversidades da natureza
As populações ribeirinhas, são povos que vivem nas beiras
dos rios da Região Amazônica. Quando moram próximos às cidades,
geralmente são extremamente pobres e sofrem com as poluições dos
rios (esgoto) assoreamentos e a erosão.
A comunidade ribeirinha da Amazônia vive em casas de palafitas.
As atividades desempenhadas por esta população são o artesanato e
a agricultura e a pesca, a criações de animais são complementares à
alimentação como caça, pesca e extrativismo vegetal.
Os ribeirinhos contam com poucos serviços públicos. Geralmente
não contam com assistência médica e, quando moram distantes dos
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grandes centros, sofrem com a falta de meios de transporte e de
comunicação. Na época das grandes enchentes é a população que
mais sofre pela cheia que invade suas casas. Para isso usam o recurso
de subir o piso das casas de palafita com tábuas para que as águas não
os alcancem.
O Projeto Minha Casa Sustentável, se propõem oferecer moradia
às famílias que não tem condições de subir os seus assoalhos de suas
casas durante as grandes enchentes dos rios, e passarem a ter um local
seguro e saudável para morar durante a enchente do rio. Logo após
cheia, retorne para suas casas sem sofrimento e podendo recomeçar
suas vidas. Projeto Minha Casa Sustentável também visa, trabalhar
educação ambiental com os envolvidos por meio de palestras, cursos,
seminários e qualquer informação que ajudem a preservar o meio em
que vivem. Após a época da cheia a casa sustentável funcionará como
salas de aulas e de treinamentos.
Natureza ambiental: educar e preservar
ambientalmente no Município de
Cruzeiro do Sul (AC)
Ao fundar Cruzeiro do Sul, em 1904, em terras do Seringal Centro
Brasileiro, o Marechal Thaumaturgo de Azevedo planejou uma cidade
para 200 mil habitantes. Aos 107 anos, tem 78.500 moradores. Isso
indica que foi bem planejada. De fato, as ruas e avenidas largas sobem
morros pré-andinos e se expandem em planície elevada compondo
com a Igreja e outros prédios uma bela paisagem.
É o segundo mais importante município do Estado e, na opinião
de muitos, o mais bonito. O cruzeirense se orgulha da farinha, do
guaraná, do peixe, dos frutos, das iguarias e dos igarapés. Orgulha-se
do comércio, dos hotéis, dos colégios com história e tradição de sua
terra.
A presente proposta tem como foco o interesse conjunto da
população cruzeirense em preservar e, ao mesmo manter a conservação
do Meio Ambiente, ou seja, educando as crianças e adultos, de maneira
geral a população a sensibilizarem-se para uma melhor arborização.
O espírito natureza ambiental busca, ainda, a preocupação de vincular a
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população para o reflorestamento – se desmata – repõe, criando desta
maneira um elo social de educação que eleva, portanto a consideração
que temos com a natureza – é um relacionamento de interação homemnatureza.
De bubuia no ambiente: uma ação de
sensibilização para a importância das
áreas silvestres na Cidade de Manaus
A cidade de Manaus, localizada no centro do bioma amazônico,
comporta hoje uma população estimada em pouco mais de 2 milhões
de habitantes (IBGE, 2014). A cidade possui uma localização privilegiada
e uma cultura tradicional estratégicas (mitos, danças, músicas, etc.)
para se trabalhar e desenvolver a sensibilização ambiental de seus
habitantes. No entanto, o que se observa diariamente são pessoas
despreocupadas e sem interesse pelas questões relacionadas ao bem
estar ambiental de nossa cidade, principalmente no perímetro urbano.
Vivenciamos hoje na cidade de Manaus, um descaso público
relacionado à implementação de ações de educação ambiental.
Os munícipes de nossa cidade não se sentem estimulados a desfrutar
de ambientes silvestres e não recebem informações a respeito das
funções socioambientais e dos serviços ambientais desempenhadas
por estas áreas. Esta problemática se agrava ainda mais quando
há o afastamento entre as áreas de florestas e os alunos do ensino
fundamental. Com a facilidade de acesso à informações da internet
os pré-adolescentes recebem influencias das mais variadas culturas
externas, no entanto, na maioria das vezes, nossos alunos não sabem
expressar para o “mundo” as informações sobre a Amazônia, sobre
as vantagens de se residir aqui e das responsabilidades que nos
competem.
O projeto traz consigo a proposta de capacitar alunos, comu­
nitários e professores para serem multiplicadores de ações com
vista a sensibilização ambiental, preservação ambiental, preservação
e manutenção das áreas silvestres de Manaus. Os objetivos visam
tornar perceptível ao público alvo, os benefícios ambientais e sociais
disponibilizados pelos fragmentos florestais localizadas na área urbana
de nossa cidade.
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O termo de “De bubuia”, presente no título do projeto, é uma
expressão linguística própria das populações do norte do país e faz
alusão à contemplação da natureza partindo do ponto de vista interno,
ou seja, de quem está imerso/inserido no ambiente. Utilizar o termo
visa a valorização da cultura local.
As ações do projeto são: realizar palestras em áreas silvestres,
coordenadas por profissionais do meio ambiente; realizar plantios de
mudas de espécies amazônicas em áreas degradadas; identificação
e manutenção de nascentes d’água (olhos d’água) em áreas verdes
invadidas pela ocupação humana; monitoramento da recuperação
ambiental; distribuição de mudas para o enriquecimento de quintais,
sítios, etc; distribuição de material didático sobre educação ambiental
e ações de enfrentamento à crimes ambientais. Destacamos que as
ações citada serão executadas baseadas no alcance das diretrizes da
Política Nacional de Educação Ambiental.
O público alvo do projeto são alunos e professores vinculados
às escolas da rede pública de ensino e comunitários da zona norte de
Manaus. As intervenções serão realizadas em 02 escolas, 03 Unidades
de Conservação (UC) e 01 comunidade, localizadas na zona norte de
Manaus. As escolas vão ser definidas tendo como referência a sua
localização em relação às áreas silvestres contempladas no projeto.
As UC´s contempladas são dois Parques e uma Área de Proteção
Ambiental (APA). São elas: o Parque Estadual Sumaúma, o Parque
da Nascente do Mindú (municipal) e, a APA Adolpho Ducke (Jardim
Botânico de Manaus). A comunidade contemplada é a Comunidade
Luiz Otávio localizada no bairro Monte das Oliveiras.
O projeto trabalhará diretamente com alunos do ensino
fundamental II (6º ao 9º ano), professores e munícipes no processo
de sensibilização ambiental. O resultado esperado é a percepção pela
prática para a responsabilidade que temos em defender e preservar
nossos ambientes silvestres para as presentes e futuras gerações,
como reza o Artigo Nº225 de nossa Constituição Brasileira.
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Adequação ambiental de propriedades
agrícolas na Amazônia
Esta proposta visa implementar ações em busca da adequação
ambiental de pequenas propriedades agrícolas no bioma Amazônia,
com o objetivo de conservar e preservar os recursos naturais em áreas
com forte pressão antrópica, aferindo ganhos sociais e econômicos.
Entende-se por adequação ambiental todas as ações a serem
desenvolvidas no imóvel rural, visando delimitar, recuperar, recompor
e criar condições para a regeneração da vegetação nativa das áreas de
interesse ambiental existentes na propriedade, seja para a preservação
dos recursos hídricos e da flora e fauna locais, seja para melhoria da
produção agroflorestal.
A idéia principal é incorporar o componente ambiental na
estrutura das decisões da família, executando um programa integrado
com ações voltadas para a adequação ambiental e para a otimização
das áreas produtivas.
O projeto busca promover um desenvolvimento rural com
princípios como sustentabilidade e inclusão social, o que pode
ser uma alternativa aos modelos de desenvolvimento ou projetos
excessivamente pragmáticos que se direcionam a economia das
atividades produtivas, sem considerar os âmbitos social e ambiental.
Pretende-se reverter os processos de degradação para aumentar
a disponibilidade de madeira, de alimentos e de serviços ambientais,
bem como a preservação dos remanescentes florestais e das espécies
arbóreas de valor ecológico, recuperação das áreas abandonadas,
proteção e conservação dos recursos hídricos, reabilitação das matas
ciliares, mantendo a função de proteção, formação de corredores
ecológicos, interligando fragmentos florestais, bem como a geração de
trabalho e renda. Serão feitas recomendações de formas de ocupação
e de usos, considerando atividades necessárias para mitigações ou
neutralizações.
Serão trabalhadas orientações sobre aspectos legais, tecnologias
sociais sustentáveis e Educação Ambiental. Esta será abordada como
um ato político voltado para a transformação social, uma ferramenta para
a mudança de atitudes na relação com o meio ambiente, estimulando
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o emprego de tecnologias apropriadas e compatibilizando-as com a
realidade socioeconômica, cultural e ambiental das comunidades.
O projeto prevê também a promoção do fortalecimento da
representatividade e organização social e a construção de conhecimentos,
evidenciando um processo de formação de competência técnica e
fortalecimento das capacidades locais.
A proposta busca aliar, portanto, a equidade social à preservação
do meio ambiente e à utilização adequada dos recursos naturais,
podendo ser aplicada em diferentes situações da Amazônia, onde haja
forte pressão antrópica sobre a floresta e altos índices de pobreza.
Parque natureza
Horto de plantas comunitárias, cada família terá seu papel de
plantar e cultivar plantas floridas e de diversas espécies que possam
embelezar áreas verdes abandonadas dos bairros de periferia de
Manaus.
Como tornar o comércio de peixes ornamentais
sustentável: o uso da técnica de DNA ambiental
para avaliação de recursos pesqueiros
O extrativismo de peixes vivos de água doce destinados ao
mercado ornamental (pet) é uma prática desenvolvida há muitos anos
na Região Amazônica (PRANG, 2008). Somente com a comercialização
de uma única espécie (Paracheirodon axelrodi) para o mercado pet,
a pesca de ornamentais chega a promover o sustento de cerca de
10.000 trabalhadores, demonstrando a importância da atividade para
as comunidades ribeirinhas amazônicas (CHAO; PRADA-PEDREROS,
1995). Atualmente, o comércio de peixes ornamentais movimenta algo
em torno de um milhão de dólares (CATO; BROWN 2003; AAPMA
2005), onde, um único exemplar de arraia (p.e.) comercializado como
ornamental pode custar cerca de 100 vezes mais do que um quilo da
mesma espécie para o consumo humano (LIVENGOOD; CHAPMAN,
2007).
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Em relação à origem dos peixes ornamentais comercializados,
apenas 4-10% provém de águas oceânicas, enquanto, 90-96%
provém de águas continentais (OLIVIER, 2001). A Amazônia Brasileira
é a região de maior potencial para o comércio de peixes ornamentais
no mundo, devido à sua grande diversidade de espécies (BUCKUP
et al. 2007). Apesar disto, em relação a outros países da América
Latina, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranque de exportação de
peixes ornamentais estando atrás da Colômbia e do Peru (MOREAU;
COOMES 2007). Dentre os fatores envolvidos neste processo pode-se
citar (i) à falta de conhecimento acerca dos estoques de peixes que
podem abastecer o comércio ornamental, tanto a nível acadêmico
como a nível governamental e, (ii) o impacto gerado por este tipo de
extrativismo, que ainda é pouco conhecido, com estudos realizados
pontualmente na Amazônia peruana (MOREAU; COOMES, 2007)
e Manaus (PRANG, 2008). A falta de estudos acerca dos estoques
atuais de peixes ornamentais pode acarretar tanto em sobre-uso
como em obsolescência dos recursos naturais, sendo que, as maiores
dificuldades em se acessar o estoque de peixes se devem ao uso de
técnicas de pesquisa tradicionais que envolvem a captura de espécimes
e a grande extensão da bacia Amazônica. Estes dois fatores associados
acabam por inviabilizar muitos projetos, devido aos elevados custos
envolvidos para suas elaborações (HOPKINS; FRECKLETON, 2002;
THOMSEN et al. 2012).
A respeito das novas tecnologias que podem ser utilizadas
para averiguar o potencial estoque de peixes ornamentais, o acesso
à diversidade por meio de métodos que envolvam a utilização de
técnicas desenvolvidas pela biologia molecular, como o uso do DNA
ambiental, pode surgir como uma alternativa de baixo custo e de alta
eficiência na amostragem da riqueza e composição das espécies em
regiões de difícil logística como a Amazônia (FICETOLA et al. 2008;
MATISOO-SMITH et al. 2008; JERDE et al. 2011; LODGE et al. 2012;
THOMSEN et al. 2012).
Gestão de recursos hídricos em APA
e em seus contornos
Sabemos que a questão do gerenciamento dos recursos
hídricos em áreas de preservação ambiental e em seus contornos,
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exige um sistemático estudo e uma nova percepção dessa gestão
eficaz e frutífera. Com isso, percebe-se que nem sempre esta visão
global do problema tem sido alvo de estudos e de fórmulas capazes
de estabelecer novas dimensões de defesa destes mesmos cursos
d´água. O que se observa, numa análise real, é que nem sempre se
busca reduzir ou minimizar os impactos das águas que chegam às
áreas de preservação e, nem tão pouco, a sua permanência e saída
destas mesmas áreas protegidas.
O modelo atual para recursos hídricos é realmente distante do
problema, das soluções e da participação pública efetiva no foco aqui
abordado. Algumas soluções podem ser apresentadas, implementada
por meio de planejamento e gerenciamento desses recursos hídricos.
Assim, lembramos que o gerenciamento local torna-se mais eficaz em
razão das peculiaridades de cada região, ou melhor, de cada cidade:
sua cultura, sua situação econômica, sua vocação, seus costumes e
suas vontades específicas.
Isto posto, cada gestão hídrica, dentro do Sistema de
Gerenciamento Ambiental (SGA), em cada APA, em cada município,
é uma fórmula integrada de gerenciamento, onde os seus integrantes
são, invariavelmente, os próprios conhecedores ou moradores no
próprio espaço físico-geográfico. A implantação e implementação
de um sistema de gestão ambiental acrescenta à nova idéia de
administração por APA um conceito já consagrado e eficiente a nível
mundial, conceito este aplicável a qualquer tipo de administração e
em empreendimentos de diferentes tamanhos e peculiaridades. Isso,
portanto com muita perspectiva de sucesso.
Artes: Aeróstato Remoto de Telecomunicação
e Sensoriamento
O principal objetivo deste projeto é a implantação de uma
plataforma de telecomunicação e monitoramento de biodiversidade
baseada em um aeróstato ancorado na área de atuação do Instituto de
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
O Bioma Amazônico é riquíssimo e de reconhecida relevância
ecológica. Ele ocupa vasta região, com florestas que abrangem áreas
alagadas, de várzea e terra firme. A proteção dos ecossistemas,
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a conservação e o uso sustentado dos recursos naturais e o
desenvolvimento sustentado dos núcleos populacionais existentes,
apresentam desafios complexos. A pressão antrópica existente em
certas regiões agrava o cenário. Nesse contexto se insere o Instituto
de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (ISDM), que apoia as
ações do Governo doestado do Amazonas em duas Unidades de
Conservação de Uso Sustentável com uma área 3.474.000ha sendo
elas as Reservas Mamirauá e Amanã, possuindo diversas bases de
estudo científicas responsáveis por importantes pesquisas relacionadas
com o entendimento da dinâmica e preservação do bioma amazônico.
A região também abriga pequenas comunidades comprometidas
com o uso sustentável dos recursos naturais que o bioma oferece.
A compreensão do comportamento das formas de vida presentes
nesse bioma, sua dinâmica, sazonalidades e relacionamentos, aparece
como fator primordial. Para tanto, é fundamental a coleta sistemática
de informações locais, municiando os especialistas na construção
dessa compreensão, a partir de uma plataforma que seja ao mesmo
tempo flexível, de fácil utilização e aplicação e que tenha a capacidade
de aquisição de dados compatível com o tamanho da floresta.
Além da implantação do aeróstato de telepresença, este
projeto também envolve o uso dos dados extraídos pelos sensores
instalados no aeróstato em dois estudos de monitoramento ambiental:
(i) monitoramento de biodiversidade; e (ii) detecção de intrusão.
O primeiro estudo envolve o monitoramento da população de peixesboi, botos, onças e macacos da área de cobertura do aeróstato. Como
resultado desse estudo, pretendemos desenvolver um sistema que
rastreie o deslocamento dos animais e que consiga registrar dados que
possibilitem identificar os indivíduos e calcular dados biométricos que
reflitam a condição de saúde do animal. Para tanto, serão utilizados
dados de frequências de rádio emitidas por sensores instalados
nos animais, coordenadas de GPS, assim como reconhecimento
de padrões de imagem e vocalização, além de cálculo de medidas
corpóreas. O segundo estudo de monitoramento envolve a detecção
de barcos e outros veículos na região de cobertura do aeróstato. É de
conhecimento geral que a Reserva Mamirauá conta com a atuação de
guarda-parques comunitários capacitados e dedicados às atividades
de proteção ambiental. Portanto, um sistema automático de detecção
de barcos auxiliará na condução das atividades de proteção ambiental
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desempenhada por eles na Reserva Mamirauá. Adicionalmente, as
técnicas desenvolvidas serão de grande valia para as Unidades de
Conservação (UC). Portanto, a proposta é de usar o aeróstato do
Mamirauá para desenvolver técnicas de detecção de intrusão que
possam ser posteriormente aplicadas em outras UCs.
Além disso, os sistemas de plataformas eletrônicas embarcados
em aeróstatos servirão para cobrir uma área de cerca de 20km de raio
com sinal de Internet, contribuindo para a inclusão digital e acesso à
informação das comunidades isoladas dessa região.
Avaliação da influência de fatores
físico-químicos, padrões de decomposição
e entomofauna associada ao processo de
decomposição cadavérica de corpos enterrados
na Amazônia Central
Este projeto busca fornecer informações úteis aos peritos
criminais ao serem chamados a realizar perícias em corpos em
avançado estado de decomposição cadavérica. Serão estudados
diversos parâmetros relacionados com o corpo e também com seu
solo circundante, fornecendo modelos matemáticos de decomposição
relacionados com o tipo de solo e características próprias da Região
Amazônica, como elevadas umidade e temperatura. Será analisado o
processo de decomposição cadavérica de corpos enterrados em áreas
de mata da Amazônia Central, por meio da correlação de parâmetros
físico-quimicos e a putrefação de corpos, bem como os efeitos da
entomofauna edáfica no processo, desde o momento do óbito até a
ultima fase de decomposição cadavérica (fase de restos).
Para isso, serão analisados os níveis de nitrogênio total, amônia,
nitratos, macro e micronutrientes, biomassa microbiana, respiração
basal e atividade enzimática do solo circundante a carcaça, bem como
o processo de decomposição da carcaça e a entomofauna associada a
este, buscando criar ferramentas que auxiliem no desenvolvimento de
um modelo de previsão do intervalo pós-morte de cadáveres exumados
em área de mata.
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Resgate do pirarucu (Arapaimas gigas) no sistema
de manejo comunitário na Reserva Extrativista
do Lago do Cuniã
O presente projeto será realizado na Reserva Extrativista do Lago
do Cuniã, onde a pesca do pirarucu embora permitida por lei se encontra
no momento fechada voluntariamente pela comunidade pelo período
de 4 anos. Trata da implementação de uma ação inédita nos sistemas
convencionais de manejo de pirarucu: o resgate de alevinos. Devido
às condições ecológicas locais, quando seca a grande área de várzea,
milhares de alevinos de pirarucu (chamados localmente de bodecos)
são ilhados em pequenas lagoas, muitas delas demasiado rasas e sem
águas suficiente para sua manutenção. Ficam desta forma totalmente
vulneráveis aos seus predadores naturais ou padecem naturalmente.
O resgate destes indivíduos iniciou por iniciativa da comunidade,
mas não teve muito sucesso, pois grande parte dos indivíduos
resgatados não sobrevivia. Este trabalho consiste na adaptação
ecológica do resgate e se dará de três formas: o treinamento de
comunitários no manuseio e transporte de alevinos; o mapeamento
da várzea com relação aos lugares onde existe grande concentração
de alevinos em estado de vulnerabilidade e onde existem lagos
perenes que apresentem características de viveiro natural onde haja
alta probabilidade de sobrevivência para os alevinos que forem para
ali transpostos; e por último na marcação dos espécimes resgatados
que permitirá a avaliação dos resultados do resgate no futuro quando a
pesca for reaberta.
Formando crianças “protetoras
do meio ambiente”
A presente proposta pode ser vista como emergencial, já que se
baseia no grande desafio a ser superado na Amazônia: a banalização, que
resulta em descaso em relação ao seu meio ambiente. Os especialistas,
por sua vez, dizem que a “Amazônia precisa de projetos estruturantes”,
mas não podemos estruturar o que quer que seja, – muito menos o
gigantesco espaço amazônico –, sem que, antes, nos estruturemos
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interiormente. Isto é, sem que alicercemos o nosso potencial na verdade
de que o verdadeiro comportamento ético não reside em enunciados
gerais e abstratos, do tipo “proteja a natureza”, mas, sim, na profunda
compreensão do papel do meio ambiente, e no papel do próprio
homem junto a ele. Isso exige sair do estado de desconhecimento,
e de incompreensão, em que muitos se encontram, para respeitar e
preservar o próprio espaço ambiental, vivenciando, com ele, uma troca
mútua e respeitosa. Mesmo os projetos de sustentabilidade só podem
ser considerados como “salvação da Amazônia”, como muitos afirmam,
se, em paralelo, conscientizarmos a sociedade quanto à importância de
cada um desses projetos.
Eis que surge, então, outro desafio: só conseguimos amar e
valorizar o que compreendemos. Isto é, tudo aquilo, cujo significado e
importância precisa ser tirado, o quanto antes, do foco da banalização,
que resulta em negligência. Concluímos, então, que precisamos
conquistar consciência, essa “estrutura indestrutível”, que permeia
emoção e razão, e dá um sentido moral a cada vida e à vida coletiva,
nos fazendo aprofundar no propósito da existência humana e no
conceito de humanidade. Indispensável no combate à banalização,
essa consciência é inevitável para que ocorra a transição cultural e
social pela qual, por força das atuais circunstâncias, teremos de passar.
Como humanos imperfeitos, que somos, portanto, precisamos
nos reeducar. Isto é, nos aperfeiçoar, para reaprender a nossa existência
na Terra. Até porque o ato de viver exige conhecimento, mas, também,
autoconhecimento, já que ambos nos trazem a compreensão essencial
sobre qual é o nosso verdadeiro papel frente à sociedade e ao meio
ambiente. Tais verdades, que justificam a natureza ambiental da
presente proposta, exigem que conscientizemos as nossas crianças a
desempenharem o papel de “protetoras ou defensoras da Natureza”,
neste agora, e ao longo de suas vidas.
A metodologia da proposta, que proporciona essa conscientização,
serve, inclusive, de modelo de educação ambiental para outras regiões
geográficas, permitindo que a imponente e discutida Amazônia tenha
a chance de surgir, aos olhos do país e do mundo, como exemplo de
conservação ambiental a ser seguido.
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Degradação de derivados de petróleo
por isolados de rizóbios
O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos e outros
compostos. A contaminação ambiental por esta substância e por seus
derivados causa impacto ecológico, que vêm sendo minimizado por
técnicas de remediação. A biorremediação é uma dessas técnicas
que emprega micro-organismos ou suas enzimas para destoxificar
ambientes contaminados. Rizóbios fazem parte da população
microbiana do solo e seu estudo poderá ter grande valor econômico
para a biorremediação por serem adaptados ao ambiente, bem como
mostrarem maior eficiência, habilidade competitiva e tolerância às
condições de estresse.
Este trabalho tem como objetivo testar a capacidade de isolados
de rizóbios em degradar petróleo e seus derivados, bem como
adquirir informações sobre as enzimas atuantes nesse processo como
forma de se obter um melhor entendimento sobre suas preferências
metabólicas, indicando os mais aptos para serem utilizados no processo
de biorremediação de solos contaminados com petróleo. Tem como
objetivo final, obter um “pool” de bactérias para constituir um produto
misto (biológico e mineral) capaz de ser usado em situações reais de
descontaminação de ambientes contaminados por petróleo e/ou seus
derivados.
Saneamento básico: estação de tratamento
de esgoto por zona de raízes em áreas urbanas
No Amazonas o tratamento de esgoto de fato somente atende
menos de 1/3 da população. Isto se deve ao alto custo das instalações
de redes coletoras de esgoto e dos sistemas de tratamento bem
como a dificuldade em acompanhar na mesma proporção à oferta de
tratamento de esgoto com o crescimento da população.
Tentando amenizar o problema os sistemas de coleta e Estações
de Tratamento de Esgoto (ETE) centrais podem ser substituídos por
sistemas menores e mais flexíveis desenvolvidos dentro dos princípios
de tecnologias apropriadas e da sustentabilidade que pode atender
populações remotas e/ou carentes, principalmente as que estão
inseridas na zona rural e regiões peri-urbanas.
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No continente europeu, esta tecnologia das Estações de
Tratamento de Esgoto (ETE) por zona de raízes esta sendo muito utilizada
em áreas que não possua redes coletoras de esgoto, principalmente
a zona rural, e é composta por filtros físico-biológicos plantados com
macrófitas, onde ocorrem processos aeróbicos e anaeróbicos do
tratamento.
No Brasil, a ETE por Zona de Raízes desenvolvida tornou-se um
produto diferenciado daquele utilizado na Alemanha. Nas ETE nacionais
foram realizadas uma série de adaptações para atender as condições
locais, apresentando baixo custo de implantação e manutenção,
aproveitando os recursos locais – inclusive plantas nativas, materiais
alternativos para filtro, como bambus, e evitando equipamentos
elétricos para a aeração e condução do tratamento do efluente. Estas
ETE por zona de raízes que sofreram inovações e adaptações, para
atender a legislação ambiental (Conama 357/2005).
Biodigestores para produção do biogás por meio
dos resíduos orgânicos geradores na
Feira Manaus Moderna
O presente trabalho verifica possibilidade de produção do biogás
por meio dos resíduos orgânicos gerados na feira da Manaus moderna.
Aborda-se conceitos a respeito da utilização do biogás como fonte de
energia e como biofertilizante abrindo à possível utilização do biogás
como segunda alternativa em relação aos derivados do petróleo, sendo
uma fonte de energia de baixo custo, renovável, consideravelmente
limpa ao meio ambiente a qual destina de forma ecológica o lixo
orgânico gerado diariamente na feira.
Queimadas e incêndios florestais no Estado do
Tocantins: avaliação, impactos e capacitação
Conforme a Lei nº 5.173/66, o Tocantins é um dos Estados
pertencentes da Amazônia Legal. Encontra-se na zona de transição
geográfica entre o cerrado e a floresta amazônica. Como também está
inserido na região do arco do desmatamento, impulsionado pelo avanço
das atividades agrossilviculturais, estima-se que o estado já perdeu
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60% da área de floresta amazônica, onde, um dos principais fatores
que contribuem para isso é a ocorrência dos incêndios florestais.
A queima da biomassa nos ecossistemas tropicais associada
à expansão da fronteira agrícola, à conversão de florestas e savanas
em pastagens, à renovação de pastagens e de cultivos agrícolas e
silviculturas é um dos principais fatores que causam impactos sobre o
clima e a biodiversidade. A rápida expansão da pecuária extensiva, dos
projetos de colonização e da indústria madeireira, nas últimas décadas,
transformou o uso das queimadas na região da Amazônia Legal em uma
grave ameaça, especialmente com a ocorrência de muitos incêndios
florestais.
Diante da necessidade de se desenvolver estudos a fim de
subsidiar as pesquisas sobre os impactos ambientais provenientes
dos incêndios florestais, o presente projeto tem como objetivo avaliar
a ocorrência das queimadas e incêndios florestais a partir da análise
da caracterização, delimitação e recorrência de áreas queimadas,
bem como a ampliação dos conhecimentos científicos quanto ao
comportamento do fogo nas áreas inseridas no Estado do Tocantins.
O desenvolvimento do projeto proposto embasado em métodos
técnico-científicos, buscará avaliar os impactos e as alterações dos
incêndios florestais frente aos diferentes atributos que sofrem alterações
advindas do fogo. Ainda, dentre os aspectos importantes relacionados
às fragilidades identificadas na atual sistemática de gestão das ações
voltadas para a prevenção e combate aos incêndios florestais destaca-se
a ínfima disponibilidade de pessoal técnico devidamente qualificado no
que tange aos conceitos acerca da avaliação e monitoramento ambiental.
Reaproveitando a liberdade: confecção de
vassouras ecológicas a partir de garrafas pet com
alternativa de geração de renda para as apenadas
do regime fechado na Penitenciária Feminina de
Porto Velho (RO)
Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), vulgarmente conhecidos
por lixo urbano, são resultantes da atividade doméstica e comercial
das cidades. A sua composição varia conforme a população depende
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diretamente da situação socioeconômica e das condições e hábitos
de vida de cada um. Esses resíduos podem ser classificados das
seguintes maneiras: matéria orgânica; papel e papelão; plásticos; vidro;
metais; e outros: roupas, óleos de cozinha e óleos de motor, resíduos
informáticos. Estima-se que cada pessoa produza, em média, 1,3 kg de
resíduo sólido por dia.
De modo geral, todo o lixo produzido e descartado em lixões,
sem que haja um programa apropriado de reciclagem, já produz
um forte impacto no meio ambiente. Países desenvolvidos ou em
desenvolvimento são os que mais contribuem para o aumento deste
volume de lixo produzido; quanto mais rico o país, maior é o consumo e,
consequentemente, a produção de resíduos. A quantidade de dejetos
só tende a aumentar, podendo ocasionar escassez e esgotamento de
recursos naturais, poluição do ar, da água, do solo, além de problemas
de saúde pública devido à proliferação de parasitas e surgimento
de doenças. O descarte indevido das garrafas PET possuem outros
agravantes: seu volume relativamente grande, principalmente se
considerarmos a quantidade de garrafas consumidas e descartadas
todos os dias.
A Penitenciária Feminina de Porto Velho (RO) em parceria com
diversos órgãos desenvolve projetos sociais e profissionalizantes para
as apenadas com o objetivo de capacitá-las aumentando a oferta de
emprego e inserção na sociedade, bem como a remissão de pena por
serviços prestados.
O Projeto Reutilizando a Liberdade é um projeto piloto que
futuramente poderá ser implantado em outras cadeias oportunizando
a troca das vassouras convencionais que fazem a limpeza do sistema
prisional por vassouras ecológicas.
Pré-moldado verde
Este projeto objetiva uma proposta rumo à sustentabilidade
mediante a industrialização de mistura inovadora obtida pela composição
de uma matriz constituída de resíduos termo plásticos em combinação
com reforço de partículas granulares, destinada à produção de prémoldados para construção civil. A mistura de uma matriz polimérica
oriunda de embalagens plásticas descartadas com reforço de partículas
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granulares, como areia, seixo, pó de pedra, brita, resíduos de construção
e demolição (RCD), entre outros, que submetidos a processos termo
mecânicos, obtém-se material moldável para fabricação de prémoldados destinados a vários fins, principalmente, para construção civil.
Podendo ser produzidos componentes estruturais e de acabamento,
como tijolo, paver, bloco, telha, meio fio, mourão, etc.
Utilizando processo simplificado de fabricação que consiste na
seleção do material termo plástico descartado, constituído por resíduo
plástico oriundo de empresas ou residências, tais como, embalagens
de alimentos, higiene, limpeza, entre outros, contendo ou não resíduos
de argila, areia ou material orgânico, bem como, rótulo e tampa,
o qual é enviado para usinas de pequeno, médio ou grande porte,
inserido em caldeira e misturado termo mecanicamente aos grânulos
minerais, areia, pedrisco, brita, seixo ou RCD, obtendo-se material
para moldagem de artefatos, os quais poderão ser encaminhados para
obras de construção civil em duas horas após a moldagem.
A popularização do uso de pré-moldados produzidos a partir
de embalagens plásticas descartadas, por meio de processos
simplificados associados às boas práticas de desenvolvimento
sustentável, proporcionará geração de emprego e renda na cadeia
produtiva de reciclagem de resíduos, atendendo às políticas públicas
de gestão ambiental e inclusão social na esfera municipal, estadual e
federal, constituindo uma alternativa de destinação adequada do lixo
plástico, conforme a PNRS instituída pela lei 12.305/2010.
Unidade fluvial móvel coletora de resíduos e
proteção ambiental
A presente invenção se refere a uma Unidade Fluvial Móvel
Coletora de Resíduos e de Proteção Ambiental composta de uma
embarcação ou estrutura adaptada especialmente, equipada com
um sistema de coleta, transporte e destinação de resíduos sólidos e
líquido-oleosos. Um sistema de abastecimento de água potável para ser
consumida em embarcações, equipamento adequado para realização
de testes de opacidade em motores de embarcações, pelo processo
de operação desta unidade, bem como, por um método de defesa
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ambiental que visa conter pequenos derramamentos de resíduos
oleosos no leito dos rios.
Determinação dos teores naturais de metais
pesados nas principais classes de solos na região
sul-sudeste do Estado do Amazonas
O desflorestamento na Amazônia está concentrado em uma
faixa, denominada “Arco do Desmatamento”. No Amazonas estas
áreas ocorrem na região Sul-Sudeste do estado, que deve-se à ação
antrópica intensa na região, com uso agropecuário e atividade florestal,
provocando o rompimento do equilíbrio entre o solo e os demais
compartimento do ecossistema. Somando-se a esse fato, na região
Sul-Sudeste do Amazonas detém onze Unidades de Conservação
Estadual e Federal nas diversas modalidades, em todas estas Unidades
existem ações antrópicas no seu entorno o que representa risco dentre
outros, o de contaminação ambiental.
Por outro lado, a ocorrência natural de metais pesados no solo
depende, principalmente da constituição química das rochas, processos
pedogenéticos, precipitação de materiais particulados presentes na
atmosfera e alterações antrópicas. Entretanto não existe estudos que
quantifique os teores de metais pesados nesta região, assim esta
proposta apresenta-se como uma oportunidade de averiguar esses
teores naturais e tornar-se mecanismos para a proposição de práticas
de gestão das atividades agrícolas e florestais. Assim o objetivo deste
trabalho é a determinação dos teores naturais de metais pesados
nas principais classes de solos na região sul-sudeste do estado do
Amazonas.
Serão selecionadas classes de solos representativas e sob
distintos material de origem em municípios da região Sul-Sudeste do
Amazonas. As amostras serão coletadas nas profundidades de 0,00,20 m e 0,80-1,00 m, um total de 35 locais de amostragem. Serão
realizadas análises físicas: textura; análises químicas: pH em água e
KCl, Ca, Mg, Al trocáveis, K e P disponível e carbono orgânico; óxidos:
óxidos de Fe, Si e Al do ataque sulfúrico, e óxidos de Fe, Al e Si
extraído com ditionito-citrato-bicarbonato de sódio (formas cristalinas)
e extraído com oxalato ácido de amônio (formas mal cristalizados).
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Serão determinados os teores disponíveis de metais pesados
(Cd, Cr, Pb, Co, Cu, Fe, Mn, Al, Ba, Ni e Zn) utilizando o extrator
Mehlich-1 e total (solução concentrada de HNO3, HClO4 e HF). As
determinações serão realizadas por espectrofotometria de absorção
atômica em chama (AAS).
Será realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk para
avaliar a correlação de Pearson entre os metais pesados e os atributos
do solo. Em seguida será feito a análise descritiva dos dados para a
determinação das medidas de tendência central e de variabilidade. Se
aplicará teste de significância de Kruskal-Wallis e Kruskalmc (p<0,01)
para comparação dos elementos entre os métodos.
A partir destes dados serão apresentados os valores orientadores
e propostos os de Valores de Referência de Qualidade de Solo para
a região sul-sudeste do Estado do Amazonas. Com isso favorecer o
entendimento destes processos na Região Amazônica permitindo o
melhor planejamento de políticas públicas a fim de monitorar e mapear
áreas mais suscetíveis a problemas ambientais.
Sistematização da parcagem: prática
agroecológica de fertilização do solo para
produção de mandioca na Região dos Lagos
de Tracuateua (PA)
O sistema de parcagem consiste na aplicação localizada de
esterco de gado para fertilização do solo, feito por determinado número
de animais que são confinados durante a noite numa área reduzida,
selecionada previamente para cultivo de mandioca. Essa técnica que
vem sendo praticada em Tracuateua há mais de uma geração, tem
potencial para ser difundida para outras regiões. Existem entraves
no sistema de produção que precisam de melhorias, tais como:
definição do número de animais confinados e do período de duração
da parcagem em relação à área a ser fertilizada, seleção e introdução
de novas variedades de mandioca e adoção de boas práticas de cultivo
da mandioca. O projeto tem como objetivo aperfeiçoar e sistematizar
o método da parcagem de Traquateua e difundi-la como prática
agroecológica visando o aumento da produtividade de mandioca em
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nível de propriedades da agricultura familiar, com respeito ao ambiente,
inclusão social e redução das desigualdades.
O público-alvo do projeto é formado por técnicos da assistência
técnica e agricultores familiares de 30 comunidades, com ênfase nas
associações de agricultores que cultivam a mandioca em sistema
de parcagem e preparo de área com tração animal e construção de
leiras, abrangendo um total de 360 famílias na Região dos Lagos de
Tracuateua. Será estimulada a formação de parcerias para criação de
um Comitê Gestor com representantes de instituições de pesquisa, de
assistência técnica, de crédito, de desenvolvimento e dos agricultores
familiares para discutir temas relacionados à agricultura familiar no
município. As ações serão focadas no aperfeiçoamento do método
de parcagem visando diminuir em pelo menos 20 a 30% os custos
de produção e aumentar a produtividade da mandioca em até 50
%, por meio da seleção e introdução de variedades mais produtivas
e boas práticas de cultivo. Os resultados serão difundidos por meio
de cursos, instalação de unidades demonstrativas, dias de campo e
materiais didáticos produzidos em linguagem e conteúdos adaptados
às mídias e canais de comunicação das comunidades de agricultores
e do município. O projeto foi planejado para ser executado em 36
meses com um orçamento total de R$ 230.959,50, com relação
custo/benefício da ordem de R$ 641,55 por família a ser atingida.
A fertilização de solos com adubos químicos não se socializou na
Amazônia por limitações como indisponibilidade dos insumos e preços
elevados. Portanto, com o novo contexto da sustentabilidade a difusão
de sistemas agrícolas de processos, como a parcagem e tecnologias e
processos, são exatamente os sistemas que dependem somente dos
recursos disponíveis na propriedade e que promovem a autonomia do
agricultor familiar.
Terra firme: mobilização social e eficiência na
coleta seletiva de resíduos sólidos recicláveis
O projeto “Terra Firme: mobilização social e eficiência na coleta
seletiva de resíduos sólidos recicláveis” é uma proposta inovadora de
uma Instituição de Ensino Superior de Belém do Pará em parceria com
a Cooperativa de Catadores do Bairro da Terra Firme. Referido projeto
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contempla objetivos socais e ambientais na área entorno da IES e
pretende-se, por meio de ações de educação ambiental, e dignização
do trabalho dos catadores de lixo, promover maior interação entre a
Universidade, os moradores do Bairro da Terra Firme e a cooperativa,
tornando a comunidade local mais participativa na coleta seletiva, e,
consequentemente, elevando a eficiência da destinação dos resíduos
domésticos recicláveis gerados na região, bem como seu melhor
aproveitamento, contribuindo, dessa forma, entre outros fatores, para
a preservação do meio ambiente. Este projeto beneficiará diretamente
40 catadores cooperados da CONCAVES, contribuindo para a geração
de emprego e renda e, por conseguinte, para o fortalecimento das
ações da cooperativa.
Desenvolvimento de unidade piloto
de secagem e higienização de lodo de esgoto para
produção de fertilizante orgânico com aplicação
no plantio de açaí
É de conhecimento de todos nesse Brasil, que a Região Amazônica,
é a mais desassistida, em esgotamento sanitário – na qual se coleta
cerca de 60 mil metros cúbicos de esgoto por dia, enquanto que na
região Sudeste a coleta de esgoto é aproximadamente 200 vezes mais.
Dados do IBGE (2000) indicam que em termos percentuais, a Região
Norte apresenta apenas 7,1 % dos domicílios atendidos por coleta de
esgoto, seguidos das Regiões Centro-Oeste com 17,9%, Região Sul
atendendo 38,9%, Nordeste com 42,9%, e Sudeste com 92,9%.
Diante dessa situação, fica claro para todos que a população
não coberta pelos serviços de coleta, transporte e de tratamento
dos esgotos gerados fica à mercê de soluções, na maioria das vezes
ineficazes, como por exemplo, o uso de sistema uni-familiar tanques
sépticos + filtros anaeróbios + sumidouros na Região Metropolitana
de Belém (RMB) os quais produzem efluentes e lodos inadequados
aos padrões de lançamento e disposição exigidos pela legislação
ambiental (Resolução Conama N .357 e N.375) desse país. Tornandose assim, o fato preocupante no que se refere ao foco de poluição,
oriunda da adoção de sistema uni-familiar, que acabam por contribuir
com a degradação de mananciais subterrâneo e superficial devido
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infiltração do esgoto e o lançamento de lodo bruto no ambiente
sem o devido processamento de etapas de gerenciamento do lodo
como: adensamento, estabilização, condicionamento, desaguamento,
higienização, e disposição final.
Assim, considerando a importância do tema saneamento na
Região Norte, o Grupo de Estudos em Gerenciamento de Água
e Reuso de Efluentes (Gesa) criado desde 2004, vem realizando
estudos relevantes, tais como: gerenciamento de resíduos sólidos e
efluentes líquidos nos portos marítimos brasileiros no estado do Pará
(financiamento: SEP/UFRJ de 2012 a 2014); rede nacional de tratamento
de esgoto descentralizados (financiamento: Finep/ CNPq-inicio: 2011);
e avaliação de tratamento de efluentes domésticos visando seu reúso
em floricultura amazônica e sua adequação à resolução 357 do Conama
(financiamento: FINEP/CNPq de 2006 a 2008).
Nesse sentido, a proposta pretende dar continuidade nesses
trabalhos no estado do Pará, desta vez estendendo as atividades deste
grupo de pesquisa para o tratamento de lodo de esgoto gerado em
sistemas uni e multi-familiar, visando-se o desenvolvimento tecnológico
de uma unidade piloto de secagem e higienização de lodo, de modo
a gerar um fertilizante orgânico, capaz de auxiliar a etapa de calagem
do solo e o fornecimento de N e P, para se minimizar os custos com
transporte e o consumo de produtos químicos no plantio de Açaí, além
de estabelecer um fluxograma sustentável em termos econômico e
ambiental para esse resíduo.
Implantação de coleta seletiva: estudo de caso da
Cidade de Manaus (AM)
A coleta seletiva resulta em benefícios ambientais, econômicos
e sociais, como o aumento da vida útil dos aterros sanitários, redução
de extração de matérias primas, energia, água e poluição ambiental,
gerando empregos e rendas. É preciso compreender que muitos
desses resíduos que jogamos fora podem ser reciclados e novamente
se tornarem bens de consumo. Quando damos uma destinação final
adequada aos resíduos podemos influir na qualidade do meio ambiente
e na saúde do ser humano (saúde pública), além da preservação dos
recursos naturais, isso implica em fazer parceria com empresas idôneas
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e cooperativas que sejam certificadas pelos orgãos ambientais e que
obedeçam as legislações PNMA Lei Federal 6.938 de 31/08/81 e
resolução Conama 237/97. Com a implantação do Programa de Coleta
Seletiva na cidade de Manaus, pretende-se agregar outros valores
no processo interativo da população e em consequência uma melhor
qualidade de vida de todas as famílias, interagindo também com o meio
ambiente. As intenções deste projeto preveem expandir o processo de
coleta seletiva na cidade para além dos seus muros, como o interior do
estado, com o objetivo final de que estas atitudes se transformem em
rotina comum nos modos de vida dos Amazonenses.
Retirada das garrafas pet do meio ambiente
A proposta consiste em fazer parceria entre fabricantes de
refrigerantes e varegistas (mercadinhos, mercearias, etc). Como por
exemplo: cada 20 garrafas pet 2L (com rótulo e tampa) serão trocadas
pelo cliente por uma garrafa pet 2L cheia de refrigerante. Essas garrafas
serão recicladas pelo fabricante, o qual deverá montar uma estrutura de
reciclagem. Essa estrutura irá gerar muitos benefícios sociais como por
exemplo o registro em carteira dos seus funcionários ocupados nesse
ofício. Essa ideia propõe que as garrafas pet não sejam jogadas no
meio ambiente e motiva a retirada das que já estão nele. Toda criança
contribuirá para a execução da ideia, além dos diversos benefícios à
natureza. E também os fabricantes terão um considerável aumento na
produção e na venda de refrigerantes
Programa Carbono Neutro Uatumã:
sequestro de co2 aliado à geração de renda
na RDs do Uatumã (AM)
O Programa Carbono Neutro Uatumã (PCN) visa à mitigação
das mudanças climáticas globais aliado a geração de benefícios
socioambientais para comunidades locais, por meio da recuperação de
áreas degradadas na Amazônia. A essência do PCN é neutralizar as
emissões de gases de Efeito Estufa (GEE) de instituições interessadas
com a implantação de um modelo de desenvolvimento social de “baixocarbono”, baseado na perenização da produução agrícola e florestal.
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O resultado final é o estabelecimento de Sistemas Agroflorestais
(SAFs) por agricultores familiares que habitam a RDS do Uatumã (AM).
Os SAF são uma forma de uso da terra na qual se combinam
espécies arbóreas lenhosas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos
agrícolas, de forma simultânea ou em sequência no tempo. Estes
dois elementos interagem ecologicamente e são economicamente
complementares, otimizando a produção e ampliando os potenciais
retornos econômicos para o agricultor.
Os plantios, financiados por pequenas, médias e grandes
instituições, pessoas físicas e atividades pontuais, como simpósios,
shows e outros eventos interessados em compensar suas emissões
de GEE, são realizados com ênfase na produção de espécies que
garantam o sequestro de carbono, recuperação do solo, geração de
renda e segurança alimentar dos agricultores.
As etapas do Programa envolvem a realização de um inventário
de emissões de determinado cliente, por meio de calculadora online
personalizada (http://idesam.org.br/calculadora/) e posterior cálculo da
área para reflorestamento e número de indivíduos florestais necessários
para compensação das emissões de GEE. Os técnicos do PCN, em
parceria com os agricultores envolvidos, planejam então o modelo
de reflorestamento considerando as necessidades locais e espécies
agrícolas de maior interesse. O PCN contempla assistência técnica aos
agricultores por um período de 03 anos e estruturação do produtor
com insumos e materiais de campo.
Por fim, o PCN lançou, no ano de 2013, um sistema de
monitoramento online, onde os clientes recebem um código
personalizado (ex. PCN1001) e podem acompanhar o avanço dos
seus plantios pelo link http://idesam.org.br/carbononeutro/, na seção
“Monitoramento”.
Um arcabouço para valoração
dos benefícios climáticos de áreas protegidas
no Estado do Amazonas
A proposta atual é diferente da valoração com base em estoques
de serviços, pois visa uma adaptação mais provável de avançar
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politicamente no âmbito das negociações em curso, em diferentes
níveis, adaptando o paradigma predominante de valorar mudanças nos
fluxos de carbono (i.e., a adicionalidade), acrescentando os efeitos do
valor do tempo e cálculos do efeito de vazamento ao longo de um
horizonte de tempo de 100 anos, para oferecer um arcabouço que
viabiliza a remuneração dos serviços ambientais das áreas protegidas no
Estado do Amazonas. A combinação da modelagem de desmatamento
com e sem áreas protegidas, a interpretação do “vazamento” (efeitos
provocados fora da área geográfica do projeto de mitigação), e a
colocação do valor do tempo na análise, oferece um arcabouço em
potencial para valor adequadamente as áreas protegidas, possibilitando
a captura de recursos financeiros a partir dos serviços ambientais para
servir como uma base alternativa de suporte para a população rural
tradicional.
Sistema automático de vacinação bovina
Em países como o Brasil, os investimentos existentes na área
da pecuária estão tanto em equipamentos que ajudam no manejo do
rebanho, no corte e no transporte, quanto em softwares que ajudam
a se obter um maior controle sobre os animais com planejamentos
melhor elaborados. Este projeto visa desenvolver um sistema
automático de monitoramento de vacinação bovina em conjunto com
os investimentos em pesquisa na área, buscando proporcionar maior
praticidade, qualidade e facilidade no armazenamento de informações
em um processo importante na pecuária, a vacinação, disponibilizando
ao pecuarista tecnologias e ideias inovadoras inexistentes nesta prática
nos dias de hoje. Outra proposta deste projeto é a automatização das
porteiras com servomotor, que serão implementados para realizar o
trabalho físico de abertura e fechamento das mesmas, facilitando e
agilizando o a cesso do animal para o local onde é feita a vacinação,
juntamente com a bomba peristáltica que tem a função de estipular
a quantidade de medicamento a ser injetada no animal, a dosagem
será calculada de acordo com as especificações (sexo, idade, peso)
contidas no banco de dados de cada animal. Com a ajuda dos resultados
obtidos nesses investimentos, o projeto se adapta para se encaixar nas
exigências de grandes empreendedores da área.
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Controle ecológico de gramíneas exóticas
invasoras ocorrentes na Floresta Nacional
de Carajás (PA)
Os danos a biodiversidade proporcionados por espécies exóticas
invasoras na Floresta Nacional de Carajás, devem ser reduzidos pouco a
pouco até seu completo controle com o intuito de restabelecer fauna e
flora nativa. Contudo as técnicas de controle de maior eficiência e mais
econômicas de gramíneas exóticas é comumente feita pela aplicação
de agrotóxicos, os quais podem promover danos ao ambiente. Portanto,
justifica-se pesquisar, avaliar e propor técnicas de controle integradas
de gramíneas exóticas que sejam ecológicas e sustentáveis com baixa
ou inexistente agressão ao meio ambiente.
Criação de capivaras em sistema semi-extensivo:
modelo de desenvolvimento sustentável para
Amazônia por meio do múltiplo uso das APP e
reserva legal, interagindo agronegócio com novo
Código Florestal Brasileiro buscando o equilíbrio
entre as variáveis econômicas, sociais, ambientais
e políticas
O projeto tem por objetivo desenvolver um modelo piloto, para
promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio da
utilização racional dos recursos naturais. Interagindo com as Normas do
Novo Código Florestal Brasileiro, minimizando os conflitos econômicos,
sociais, ambientais, políticas e a expansão do agronegócio na Amazônia.
Entretanto, o alto custo para a produção de grãos e carne no
Brasil, faz com que os produtores aproveitem o máximo das terras
nas propriedades, não respeitando a conservação das APP e áreas
de Reservas Legais. Por este aspecto, ocorreu desequilíbrio aos
ecossistemas amazônicos, por meio do desmatamento irracional da
floresta.
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Atualmente, o agronegócio é a principal fonte de receita financeira
para manter o equilíbrio na balança comercial, nosso principal produto
de exportação.
Para reverter esta triste realidade Amazônica, apresentamos este
projeto, que propõe a criação de capivara em um sistema semi-extensivo,
sendo um recurso viável para manter a receita nas propriedades, que
aderirem cumprir a legislação ambiental, recuperar as áreas de florestas
nativas conforme o Novo Código Florestal Brasileiro, consorciado com
a criação de gado, produção de grão, reflorestamento das áreas de
APP e Reservas Legais e a criação de animais silvestres. Está dividida
em três etapas a implantação do projeto.
Na primeira etapa, o reflorestamento das APP e Reservas Legais
com espécies florestais nobres e precoces da Região Amazônica
de alto valor comercial, que proporcione a comercialização com
aproximadamente dez anos, para ser utilizadas com estacas e palanques
nas fazendas. Ressaltamos que, hoje existe uma escassez no mercado
de muitas dessas espécies ameaçadas de extinção protegidas por Leis
Ambientais ou já extintas entre elas: aroeira/miracatiara, piquia-marfitn/
arancada, carapanauba, cupiuba, itauba-preta, itauba-folha-fina, itaubaabacate, louro–vermelho, louro-abacate, cumaru, faveira-bengue,
faveira, praucuuba, acariuba/aguariguara, aguariguara, abiubaranavermelha, abiubarana, aguariguarana.
Na segunda etapa, nestas áreas de APP e Reserva Legais
georeferenciadas para o reflorestamento, introduzir a criação de
capivara, no inicio, pode-se imaginar um sistema de reprodução com
200 fêmeas produzindo em torno de 1.200 animais por ano, que
representariam 24.000 kg de carne/ano (ou 2.000 kg/mês corresponde
a R$/mês 30.000,00). Um recurso que proporciona um retorno
financeiro imediato de doze a dezoito meses. O que irá viabilizar o
reflorestamento destas áreas sem perdas de receita, para a pecuária
ou a agricultura, interagindo Agronegócio com Novo Código Florestal
Brasileiro, buscando o equilíbrio entre as variáveis: econômicas, sociais,
ambientais e políticas na Amazônia.
Na terceira etapa, ocorrerá o retorno de um fenômeno natural
sempre presente na Amazônia, as minas de água e os igarapés, que
desapareceram com o desmatamento das áreas de APP e Reservas
Legais, mantendo a preservação dos recursos hídricos da Amazônia.
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Neste contexto, a restauração das áreas de APP e Reservas Legais
por meio do reflorestamento e a criação de capivaras é também
uma oportunidade de marketing para o produtor socialmente justo,
ambientalmente sustentável e viável do ponto de vista econômico e
político.
Rios amazônicos: logística x poluição
e assoreamento
O Rio Amazonas é o maior rio do mundo, possui uma posição de
destaque e por isso as informações passadas representam o primeiro
passo para a elaboração de uma base de dados que serão infinitamente
importantes para definirmos a estrutura e a operacionalidade do
processo de controle da poluição das águas dos rios, em especial o
Rio Amazonas.
A definição do problema tema deste trabalho de pesquisa limitase a apresentar dados colhidos referentes ao problema da poluição das
águas do Rio Amazonas, principalmente pela atividade de navegação
comercial, de modo geral, e os problemas que vem gerando, cujos
mesmos já são observados com as constantes mudanças.
Para o gerenciamento/controle dessas atividades, estão
associadas aos níveis de poluição/contaminação verificados e
analisados, conforme dados recentes apresentados.O problema já foi
identificado, deve-se então realizar análises para solucionar, levandose em conta os custos de implantação desse projeto de controle, com
material a ser empregado e mão de obra a ser aplicado.
Expedição Brasil Norte Sul: uma imersão científica
em florestas sustentáveis
A Expedição Brasil-Norte-Sul consiste em uma imersão
científica, tecnológica e cultural em florestas sustentáveis partindo do
sul do país até a região norte, com duração de aproximadamente 30
dias, durante o período de férias acadêmicas de estudantes dos cursos
de Engenharia Florestal (UFPR, UFSC, UFRRJ e UFAC), Engenharia
Industrial Madeireira (UFPR), além dos estudantes de instituições de
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ensino alemãs, com enfoque em estudos de ciências florestais e do
meio ambiente (Universität Hamburg, Albert-Ludwigs-Universität
Freiburg, Hochschule für nachhaltige Entwiclung). A miscigenação
do grupo de estudantes participantes é indispensável para promover
um intenso intercâmbio acadêmico de informações e de experiências
pessoais, pois os alunos se deparam com diferenças culturais e de
idioma a todo o momento.
As diversas interações que ocorrer durante a viagem, ora com
comunidades locais de seringueiros, ora com a floresta amazônica e ora
com empresas do setor florestal, incita os participantes a fortalecerem
o senso crítico e a compreender com exatidão a necessidade do
desenvolvimento do setor florestal de forma consciente e sustentável.
A expedição apresenta aos alunos, problemáticas e oportunidades de
empreendedorismo que os instiga à reflexão, debates e como resultados
geram por meio desta vasta rede de contatos, desenvolvimento de
pesquisas de cooperação internacional, buscando soluções para
o futuro deste setor econômico brasileiro que representa 1,25% do
PIB, somando aproximadamente R$ 60 bilhões de arrecadação e
oferecendo postos de emprego para 4,4 milhões de cidadãos. O roteiro
inclui diversas situações e visitas técnicas relacionadas a florestas e
seus usos, proporcionando aos alunos que saem desde Curitiba, a
conhecerem a realidade das atividades de cunho florestal nos estados
de SC, PR, SP, RJ, MS, MT, RO e AC.
Tecnologia verde: despoluidor ambiental
A organização mundial da saúde vem alertando que os habitantes
de áreas urbanas no mundo todo, estão sendo expostos à poluição do
ar excessiva, com riscos de doenças respiratórias e outros problemas
de saúde como certos tipos de cânceres e doenças coronárias, além
disso, a poluição ambiental tem afetado principalmente o clima, como
também ecossistemas e monumentos históricos. Com o propósito
de apresentar soluções para diminuir a poluição do ar atmosférico, a
empresa Ytchie Comércio de Peças e Acessórios Ltda desenvolveu
uma tecnologia verde, que surge como alternativa para a redução de
emissões de fuligens (fumaça preta) e gases poluentes de veículos
terrestres e aquáticos, que passam a ser regulados constantemente
para evitar a queima de combustíveis de forma desregulada.
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Trata-se de um energizador feito de cerâmica naturais, resultante
de tecnologia circular monopolar, que gera energia magnética forte,
que instalado acima da mangueira de alimentação dos veículos, polariza
as moléculas, aumentando a força magnética positiva, contrária da
força negativa produzida pelo atrito do combustível puxado pela bomba
de alimentação. Desta forma o aparelho ordena e ioniza as partículas
dos combustíveis, com isto, possibilita queimar o principalmente o
combustível diesel em sua totalidade (95%) produzindo resultados
benéficos como: Redução de 95% da fumaça preta emitida por veículos
à diesel; uma parcela de economia de combustível em motores e
aumento de potencia de 4 a 5 CV. A engenharia exclusiva da aplicação
desse processo alinha os íons das moléculas, por isso produz benefícios
significantes para muitos processos de engenharia, tais como: Alta
eficiência (para processos industriais); menos energia (combustíveis,
energia elétrica); menos poluente (no processo de combustão); menos
custo de produção e manutenção. Em função do exposto, o produto
que só perde sua eficiência após cem anos, melhora a qualidade do ar
atmosférico e paralelamente melhora as condições da saúde humana
O microbioma da terra preta da Amazônia:
estrutura, função e bioprospecção das
comunidades microbianas de rizosfera
e do biocarvão
A grande maioria dos solos da Amazônia é sustentada por solos
ácidos, com baixa capacidade de troca catiônica e de baixa fertilidade
natural para a agricultura, o que se torna um fator limitante para a
produtividade e a sustentabilidade dos sistemas de produção agrícola
desta região. No entanto, nessa região ocorre um dos tipos de solos
mais “férteis” do mundo a chamada Terra Preta da Amazônia (TPA) ou
Terra Preta de Índio. Em TPA, a presença de altas concentrações de
nutrientes, de material orgânico estável e a grande atividade biológica
indica que a comunidade microbiana exerce um importante papel nos
ciclos biogeoquímicos e esta intimamente relacionada com as taxas de
decomposição da matéria orgânica e de disponibilidade de nutrientes.
Uma proporção significativa, até 35-45% do carbono orgânico nas
TPA está na forma de carvão pirogênico comparado a 14% em solos
adjacentes.
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Este pode significativamente afetar a retenção de nutrientes
e ter um papel chave nos processos biogeoquímicos nos solos,
especialmente no ciclo dos nutrientes, assim estudar os microrganismos
presentes neste habitat e a diversidade microbiana dos solos de
TPA será de suma importância para o conhecimento da extensão da
diversidade deste bioma tropical e para a sustentabilidade da agricultura.
Contudo, somente muito recentemente se tem conhecimento da
estrutura e diversidade das comunidades microbianas deste solo e do
carvão, iniciado pela nossa equipe. A falta de conhecimento sobre a
diversidade microbiana em amostras ambientais deve-se em grande
parte aos métodos tradicionalmente utilizados para o isolamento e
cultivo de microrganismos em laboratório, uma vez que apenas uma
pequena fração dos organismos na natureza, ao redor de 0,1% ou no
máximo 10% do total da população, é cultivável por meio do uso de
técnicas microbiológicas de rotina. Desta forma, este trabalho tem por
objetivo estudar a diversidade funcional microbiana de filos de Bacteria
(Proteobacteria, Actinobactéria) em TPA – rizosfera e biocarvão, por meio
das técnicas moleculares de T-RFLP, qPCR e de sequenciamento em
larga escala de genes e proteinas funcionais. Este estudo deverá analisar
as comunidades presentes em fragmentos de carbono pirogênico de
TPAs (biocarvão) e da rizosfera de caupi em TPAs, e compará-las com
solos adjacentes sem carbono. O conhecimento e a determinação dessas
comunidades em fragmentos de biocarvão e da rizosfera, permitirão
desvendar uma nova dimensão das TPA – seu microbioma, e o papel da
microbiota nas atividades funcionais de biodegradação de compostos
aromáticos policíclicos (da família dos naftalenos, fenantrenos e outros
xenobióticos, por ex., diesel), de forma a consolidar os resultados obtidos
em bioprospecção, iniciado recentemente pela equipe do CENA ao usar
técnicas moleculares avançadas, para análises taxonômica, filogenética
e funcional por sequenciamento em larga escala, auxiliadas por recursos
em bioinformática.
Ações integradas de base comunitária para
o desenvolvimento sustentável da Amazônia
nacional e internacional (ANI)
Este projeto de desenvolvimento sustentável tem a finalidade
de ajudar as famílias que cuida da floresta a receberem dos países
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desenvolvidos e com déficit de crédito carbono, um valor por cada
tonelada fixado na Amazônia. Este processo é conhecido como
sequestro de carbono, ou seja: a floresta recebe o carbono e transforma
em madeira. Sabemos que os países desenvolvidos foram os primeiros
a destruírem suas florestas e hoje suas riquezas dependem de outras
fontes tecnológicas e etc. A Amazônia que conserva suas florestas,
por meio das famílias que vivem do campo vivem na pobreza e
abandono pelos países e autoridades competentes. Para mudarmos
esta realidade na ANI, principalmente em nosso estado, em uma ação
conjunto com a população organizada, governos: federais, estaduais,
municipais, as universidades e os ambientalistas, irão elaborar um
projeto, para a realização de um “ECO” Amazônico em Manaus
denominado ECOVA, (Grito Vitorioso da Amazônia). Para trazer até
nós como principais convidados os países que dependem das nossas
florestas preservadas. Convidaremos todos os estados e municípios
da ANI, representados pelas suas federações de desenvolvimento
sustentáveis comunitárias com seus delegados, que serão criadas
a partir de 2015. Convidaremos os países interessados em fazer
compensações Ambientais e consumidores de oxigênio para fechar
este grande negócio. Uma bolsa carbono para cada família da ANI
proporcional ao tamanho de sua floresta preservada. Apresentaremos
na “ECOVA” um plano de reflorestamento da ANI, com a meta de
reflorestar no primeiro ano 30% da demanda solicitada, com árvores
fixadoras de carbono, produtoras de oxigênio e frutíferas como:
castanha da Amazônia, Andiroba, copaíba e pau rosa para extração do
extrato de suas folhas, dentre outras espécies.
Os países que doarem fundos para implantação deste projeto
terá um contrato de prioridade nas compras dos frutos e seus derivados
das referidas árvores, gerando mais renda para o homem da Amazônia
viver melhor. Desta forma as famílias terão lucros de cada tonelada
fixada de carbono, dos frutos e dos produtos da floresta. Quando tudo
isto tiver acontecido deixaremos de herança para nossas famílias, e
futuras gerações este grande patrimônio. “um pedacinho da Amazônia
dentro de nossas propriedades rurais vivendo na sustentabilidade”. Para
coordenar este projeto na ANI criaremos a Confederação Nacional e
Internacional do Desenvolvimento Sustentável Comunitário da Amazônia
(Conidesca). Em cada estado: a Federação do Desenvolvimento
Sustentável Comunitária estadual (Fedescoe). Em cada município: a
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Federação do desenvolvimento sustentável Comunitária do município
(Fedescom). Ela cadastrará todas as associações que existem em seu
município. Cada associação em sua base fará um levantamento dos
seus associados interessados em participar deste projeto. Na ANI,
existem vários entraves que dificulta qualquer ação de auxílio aos seus
habitantes. Um deles é a falta de documentação de suas propriedades,
por este motivo é que cada Fedescoe, Fedescom e Associações terão
uma conta bancaria para fazer chegar os recursos da bolsa carbono até
os seus destinatários.
Limpeza nos bairros
O dia do bairro limpo aconteceria uma vez ao mês, em diversas
comunidades da cidade de Manaus, sendo todos os membros dessas
comunidades convocados a participarem deste evento. Primeiramente,
a ideia é de realizar palestras, relacionadas sobre temas como: o lixo;
a importância de uma cidade limpa; impactos ambientais dos lixos e
proliferação de doenças; a destinação adequada de resíduos, dentre
outras. A partir de conscientização da população, começaria assim um
mutirão de limpeza nas ruas de sua própria comunidade, podendo ser
realizadas por meio de gincanas, com diversas formas de premiação aos
grupos que mais de destacarem durante essa limpeza das ruas, seja
tanto na forma de quantidade de lixo recolido como em sua destinação
correta, dentre outras formas de avaliação.
Educação ambiental na Ilha do Combu e
adjacências, Belém (PA)
A alimentação desempenha um papel fundamental durante todo
o ciclo de vida dos seres vivos. Entre as diversas etapas da vida podese destacar a idade escolar que constitui num período onde a criança
apresenta um metabolismo muito mais intenso quando comparado
a do adulto (DANELON et al. 2006). Frutas, legumes e verduras
são alimentos essenciais para a saúde e são abundantes no Brasil.
O consumo diário de frutas, verduras e legumes é uma necessidade,
bem como a conservação ambiental também é de suma importância
para a construção de um ambiente saudável, que agregue melhor
qualidade de vida.
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Nesse sentido o Projeto Educando com a Horta Escolar
e Gastronomia (PEHEG) foi lançado pelo Fundo Nacional para o
Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Universidade de Brasília
(UnB), para as escolas públicas do Brasil, como recurso pedagógico,
com as adequações pertinentes a cada região e em Belém do Pará,
está sendo desenvolvido pela Fundação Municipal de Atendimento ao
Estudante (FMAE), junto aos alunos das escolas municipais da ilha do
Combu, área de várzea e proteção ambiental, próxima de Belém, que é
formada de comunidades extrativistas do açaí e de pescadores,e que
vem sofrendo agressivamente os efeitos da poluição ambiental.
Dessa forma, tomando como eixo articulador a horta escolar buscase melhorar a qualidade de vida daquelas comunidades, proporcionar
a aquisição de hábitos alimentares saudáveis, a conservação ambiental
e melhorar o processo ensino aprendizagem por meio da implantação
de hortas nas unidades escolares, ação que certamente provocará
mudanças no que se refere à cultura alimentar, à nutrição, o respeito
ao meio ambiente.
Assim, o Projeto visa atingir principalmente a faixa etária de 0 a
5 anos, ou seja, abranger as unidades de educação Infantis (antigas
creches) e as escolas de Educação Infantil (2 a 5 anos), a fim de
introjetar o zelo para com o meio ambiente, requisitos básicos para
uma melhor qualidade de vida dos alunos e comunidade das Ilhas do
Combu em Belém do Pará
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Categoria
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Produção e utilização de biodiesel
produzido a partir de óleos residuais de fritura
no Estado do Acre
A Divisão de Tecnologia de Energia de Fontes Renováveis (Diter)
vem desenvolvendo pesquisas voltadas para a produção experimental
de biocombustíveis. Desde o início de 2013, foram realizadas várias
bateladas de produção de biocombustíveis por meio do processo de
craqueamento térmico e da transesterificação. Vários tipos de matériasprimas foram utilizados, tais como: óleos residuais de fritura, óleo de
soja bruto, sebo bovino e óleo de murmuru. As especificações dos
produtos obtidos pouco diferiram das exigidas pela Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No mesmo ano,
o Via Verde Shopping demostrou interesse em solucionar problemas
oriundos da indesejável produção de óleos residuais provenientes dos
onze lojistas do ramo alimentício na época. Tais resíduos estavam
provocando entupimentos na rede de tubulações de efluentes do
estabelecimento sendo, posteriormente, armazenados em recipientes
de plásticos.
Com a produção de mais de 750 L por mês desses resíduos,
o aproveitamento desses óleos como matéria-prima para a obtenção
de biodiesel pode, além de resolver a questão do descarte desse
material, produzir um combustível renovável, limpo e que reduza o
consumo do diesel derivado do petróleo utilizado em veículos e grupos
geradores de energia elétrica. O biodiesel produzido em 2013 já foi
testado em um carro da Funtac, sendo que já foram percorridos quase
6000 km que problemas fossem detectados. Pretendemos nesse
projeto, ampliar essa experiência, realizando parcerias com empresas
alimentícias e órgãos públicos para que possamos montar uma
infraestrutura de coleta e produção que seja capaz de contribuir para
a redução da emissão de poluentes derivados do petróleo, evitando
o descarte errado de óleos residuais no ambiente e potencializando a
geração de energia limpa no Estado do Acre. Os testes de produção
serão realizados na Funtac, onde será adquirida uma unidade de
produção de biodiesel adequada para a demanda de óleos residuais
coletados na cidade.
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e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
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Tecnologias para a potabilização das águas
brancas e pretas da Amazônia: aplicação prática
em benefício da população
A partir de informações sobre a prestação dos serviços de
saneamento básico, verificam-se baixos índices de atendimento por
água potável na Região Norte do Brasil, chegando a um valor de 39%
no estado do Amapá e de 67 no do Acre.
Neste contexto, o desenvolvimento de pesquisas aplicadas sobre
sistemas alternativos de tratamento de água, adaptados à realidade
regional atende à grande demanda por água potável nos inúmeros
municípios e comunidades isoladas e/ou ribeirinhas da Amazônia, as
quais, na grande maioria das vezes, não possuem qualquer sistema de
potabilização e abastecimento de água.
Atendendo às especificidades regionais, o projeto “Tecnologias
para a potabilização das águas brancas e pretas da amazônia: aplicação
prática em benefício da população” utiliza o resultado de um trabalho
de quase 6 anos de desenvolvimento de tecnologias para potabilização
destes dois tipos de água típicos da Amazônia, sendo estes as águas
brancas (como as do Rio Solimões) e as águas pretas (como as do Rio
Negro).
O projeto possui como objetivo a implantação de duas estações de
tratamento de água em escala real e a disseminação do conhecimento
gerado durante o desenvolvimento das tecnologias a serem utilizadas,
além de oportunizar a discussão sobre o uso destas tecnologias em
benefício da população, com a disponibilização de água potável para
uso doméstico, comercial e industrial.
Propõe-se que as unidades de tratamento propostas sejam
instaladas e operadas em duas comunidades tradicionais localizadas
às margens de rios de águas brancas e pretas e que a disseminação
do conhecimento seja direcionada a profissionais de engenharia e aos
governos locais e estaduais.
Os beneficiários diretos deste projeto os moradores que vivem
às margens dos rios de águas brancas e pretas da Amazônia que
receberão as estações de tratamento. Já os beneficiários indiretos
é a população que pode receber outras estações de tratamento de
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Propostas Apresentadas | Categoria Econômico-Tecnológica
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água a partir da conscientização dos profissionais de engenharia e dos
governos locais e estaduais.
Bomba para pneus de motos
Criar um sistema que possa instalar uma bomba de encher
pneus de motos. Em qualquer lugar que a moto furar o pneu você para
, conecta ao motor da moto essa bomba funciona o motor da moto dai
poderá encher o pneu assim não ficando a deriva. As motos poderão
sair de fabrica com esse dispositivo.
Proextrativismo: programa de desenvolvimento
da produção extrativista do Estado do Amapá
O Proextrativismo é um programa de fomento de caráter não
reembolsável às principais cadeias produtivas extrativistas e florestais
do estado do Amapá: o açaí, a castanha-do-brasil, o cipó titica e a
madeira. Objetiva melhorar os níveis de produção e produtividade
das atividades extrativistas, aumentar os ganhos monetários dos
povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares, almejando
a melhoria da qualidade da produção, diversificação dos produtos,
comércio justo e a elevação do nível de organização social e econômica
dos produtores, por meio da assistência técnica e extensão para o
manejo florestal, o licenciamento ambiental, a educação para o crédito
e o reconhecimento dos serviços ambientais (bioclimáticos) prestados
pelos produtores e suas florestas.
O órgão executor do programa é o Instituto Estadual de Florestas,
a Secretaria de Desenvolvimento Rural é responsável pela celebração e
monitoramento dos convênios, e a Agência de Fomento do Amapá pela
operação financeira dos recursos não reembolsáveis e pela educação
para o crédito. O Conselho de Desenvolvimento Rural e o Conselho
do Fundo de Desenvolvimento Rural são responsáveis pelo controle
social e monitoramento do programa, assim como a Câmara Setorial da
Sociobiodiversidade do Amapá.
O programa atende a extrativistas e agroextrativistas pertencentes
a comunidades tradicionais e agricultores familiares que desenvolvem
atividades extrativistas em regime familiar e solidário. Está subdividido
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em quatro modalidades, o Proaçaí que deve atender 1.200 famílias, o
Procastanha deve beneficiar 500 famílias, o Procipó com 200 famílias
e o Promadeira deve atender 100 famílias. A meta total do programa
é assistir 2000 famílias no estado do Amapá até o final de 2014.
O investimento total do programa é de 3.250.000,00 (três milhões,
duzentos e cinquenta mil reais) do Fundo de Desenvolvimento Rural do
Estado do Amapá (FRAP) e do tesouro, executado por meio de parcerias
e convênios entre associações e/ou cooperativas das comunidades
beneficiadas. O valor do fomento varia de R$1.000,00 a R$3.500,00 a
depender da cadeia produtiva a ser apoiada.
O Proextrativismo se diferencia como programa de fomento
florestal ao incentivar e promover o manejo de açaizais nativos de
mínimo impacto, boas práticas da coleta de castanha-do-brasil, o
licenciamento e implantação de unidades de manejo e produção de cipótitica com uso das boas práticas de coleta e manejo, e o licenciamento
e implantação de unidades de manejo madeireiro de baixo impacto.
Dessa forma, o estímulo a essas atividades, sobretudo em florestas
comunitárias, permite que o acesso aos recursos madeireiros e não
madeireiros seja uma eficiente ferramenta para geração de emprego e
renda, manutenção da floresta em pé e fixação do homem no campo.
Desenvolvimento de um catálogo automatizado
com informações de produtores rurais da
agricultura familiar ou orgânica
A Agricultura Familiar é responsável pela maior parte da ocupação
no setor rural brasileiro, responde por 70% dos empregos no campo
e por quase metade da produção agrícola no Brasil segundo dados do
Instituto Universal de Marketing Agrobusiness. Apesar dos números
serem interessantes do ponto de vista do desenvolvimento econômico
do país, acredita-se que ainda há um grande potencial de crescimento
neste setor.
Um dos potenciais que pode ser explorado neste contexto é a
Agricultura Orgânica. A procura por produtos orgânicos tem tido um
crescimento anual significativo no Brasil e, decorrente do alto valor
agregado de seus produtos, pode representar uma possibilidade de
aumento da renda na Agricultura Familiar.
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O principal canal de distribuição dos produtos da Agricultura
Familiar ou Orgânica no Tocantins são as feiras. Além das feiras,
há também as cooperativas que atuam como facilitadoras desse
processo. No entanto, acredita-se que há outros canais de distribuição
que não estão sendo explorados em sua plenitude decorrente da falta
de informação consolidada e de fácil acesso a todos.
Como exemplos desses canais pouco explorados no Tocantins,
podem ser citados: a compra direta pelo consumidor final e a compra
por pequenos supermercados (ou mercados de bairro).
Neste contexto, propõe-se que o desenvolvimento de um catálogo
automatizado para disponibilização de informações consolidadas e de
fácil acesso a todos que venha potencializar os canais de distribuição
dos produtores rurais da Agricultura Familiar ou Orgânica do Estado do
Tocantins.
Em outras palavras, a proposta é desenvolver um sistema web
e mobile que possa reunir e disponibilizar informações de produtores,
produtos que eles ofertam, possíveis canais de distribuição (como
feiras livres) e supermercados que possam vender os produtos. Todas
essas informações serão coletadas com dados de geolocalização para
possibilitar uma melhor visualização das informações por todos.
Máquina despolpadeira de tucumã
Realiza despolpamento da fruta em três estágios.
Desenvolvimento do leite em pó de
castanha-do-brasil
A castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) é reconhecidamente
uma excelente fonte de proteína de origem vegetal, proveniente de
regiões tropicais. O teor proteico é maior que outras nozes e pode
ser utilizado como alternativa aos indivíduos com restrição alimentar,
como a intolerância a Lactose. Portanto, o projeto pretende utilizar a
castanha-do-brasil, para elaboração de um extrato seco, denominado
de “leite” em pó, como fonte proteica para alimentação humana.
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Máquina de produzir água por captação da
umidade de ar para região do nordeste do Brasil
Patente de invenção de uma “máquina de produzir água
por captação da umidade do ar”, que compreende um sistema
que comprimindo o ar em um compressor e fazendo o ar passar
pelo trocador de calor que atinge uma determinada temperatura.
Conectando o condutor de ar em um sistema fechado que esteja com
uma temperatura aproximadamente 4°c e tendendo a 0°c o ar que
está aquecido e sobre pressão em contato com o sistema fechado
entra num estado de saturação e depois se condensa rapidamente,
passando para o estado líquido. Se a temperatura do sistema diminui
parte do vapor (ar) se condensa sob as paredes metálicas do sistema.
A quantidade de vapor necessária para saturar determinando o volume
de ar, depende somente da temperatura. Se você observa que depois
de uma rápida chuva, num dia quente a fina camada de água que fica
sobre a calçada desaparece rapidamente. Se o tempo não estivesse
quente a calçada demoraria mais para secar, este é um exemplo do
processo chamado evaporação onde o líquido (água) se transforma em
vapor e se dispersa no ar.
Entretanto se a evaporação for num espaço fechado, e a
temperatura, constante, a diminuição do volume do líquido cessa
num determinado momento. Diz-se, então, que o ar está saturado
de vapor, este é o funcionamento que ocorre em um jarro coberto
com uma tampa bem ajustada. Na terra, o abastecimento depende
principalmente, do próprio sistema de purificação da natureza, isto é,
da evaporação da água superficial e de sua queda, seja por chuva, neve
ou granizo. A maior fonte natural é o mar, cuja a água está evaporando
para formar nuvens que formarão novas chuvas. Sabemos que o calor
flui do corpo mais quente para o mais frio, para provar, e ilustrar o que é
condensação, produzimos um vapor e projetamos numa placa metálica
seca e fria e seguremo-la em água, as gotas formando e caindo na
borda da placa. Isto é causado pelo vapor quente, fornecendo sua carga
(calor latente de vaporização) à placa fria com o calor fluindo do vapor
para a placa. Baseada em todas essas aplicações acima e que a partir
da condensação da umidade do ar podemos produzir água e abastecer
comunidades rurais do nordeste do brasil.
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Editais verdes para a Amazônia Legal
A noção de economia verde corresponde a uma proposta de
dinamização da economia a partir da expansão de setores de baixo
impacto ambiental (YOUNG, 2001). Para o Pnuma, a economia verde
pode ser definida como “aquela que resulta na melhoria do bem-estar
humano e na equidade social, enquanto reduz significativamente os
riscos ambientais e as escassezes ecológicas”.
Aquilo que se está qualificando de “verde” para a economia
diz respeito ao esforço de produzir bens e serviços de forma menos
perdulária e predatória. Em uma ponta, a economia verde significa uma
forte redução nos custos de produção, como matéria-prima, água,
energia, etc, sendo este um aspecto bastante atraente para o sistema
produtivo. Encaminhar ações de redução de custos tendo como mote o
compromisso ambiental é uma situação ideal para o setor empresarial,
uma nova configuração que, além de representar prováveis aumentos
de ganho, melhora a imagem institucional da empresa. Exemplos
assim se pode verificar com destaque nos segmentos de turismo (com
ênfase para a hotelaria), construção civil, energia, alimentos e as grandes
redes varejistas. A proposta de esverdeamento da economia acaba
por se tornar um sistema de gestão moderno e uma reconfiguração
das atividades econômicas que oferece melhores retornos sobre os
investimentos em capital natural, humano e econômico (YOUNG, 2011).
Esta nova reconfiguração, entretanto, possui alguns obstáculos
relacionados à forma intensiva com que certas atividades se viabilizam
economicamente. Ou seja, por meio da exploração predatória de
um ou de mais fatores de produção. Dessa maneira, a proposta de
racionalização da produção, a partir da premissa ambiental, constituise impeditivo para a sua manutenção. Verifica-se com frequência
esta situação nos segmentos madeireiro, pesqueiro, mineral, isto é,
naqueles caracteristicamente intensivos em recursos naturais.
A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável
e o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável foram
os temas norteadores da Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Em que pese as avaliações
que consideram os resultados do evento muito tímidos, tais
questões realçam a importância da dimensão econômica no tripé da
sustentabilidade e o papel que as instituições podem desempenhar no
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intuito de viabilizar transformações sobre as formas insustentáveis de
produção. O Estado possui um relevante papel de protagonista neste
contexto, em função da grande soma de recursos que movimenta,
capaz de provocar significativos impactos na produção de bens e
serviços do sistema econômico.
As instituições públicas, em sua maioria, possuem consideráveis
dificuldades para implantar modelos e propostas de gestão
sustentável, provavelmente em função de limitações internas como: o
desconhecimento do assunto, falta de pessoal, de recursos financeiros,
de capacitação, dentre outros, que em um contexto mais amplo
retratam a reduzida importância com que a administração pública, de
uma forma geral, trata a questão ambiental.
O poder de compra que possui o Estado brasileiro corresponde
a, aproximadamente, 15% do PIB, pode ser capaz de provocar
importantes transformações no setor produtivo nacional, portanto,
representa uma alternativa de política pública fundamental na tentativa
de “esverdeamento” de sua economia.
A edição de um arcabouço legal, se deu a partiu da publicação da
Instrução Normativa SLTI/MP n° 1/2010 e da Lei nº. 12.349/2010 que
alterou o artigo 3º da Lei nº 8.666/93, trazendo em seu texto a noção
de “desenvolvimento nacional sustentável”, que é a elevação das
condições de vida no Brasil, a partir do aumento da riqueza nacional
em observância ao artigo 225 da Constituição Federal, o qual só será
obtido por meio de uma mudança de postura dos diversos atores
sociais, congregados em três: Estado, sociedade e mercado. Assim,
o Estado é um agente importante neste esforço de construção de
um novo cenário. Por tais razões um dos instrumentos fortes a serem
utilizados é o poder de compra do setor público, por meio da realização
de licitações sustentáveis.
A licitação sustentável é um procedimento Providência, Ação/
(Saúde) Intervenção médica realizada por um profissional em um
Paciente administrativo, cujo objetivo é o atendimento do interesse
público, respeitando a igualdade de condições entre os licitantes,
fazendo com que a Administração Pública adquira bens ou serviços
ambientalmente sustentáveis.
Ainda são em número reduzido as instituições que realizam
rotineiramente licitações cujos editais destacam critérios em
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conformidade com a Lei n.°12.349/2010. Sob este aspecto é possível
afirmar que o fenômeno da corrupção, que contamina algumas
estruturas do serviço público, desgasta sobremaneira a imagem dos
agentes públicos e direciona o foco dos órgãos de controle para este
fim, acabando por definir uma postura das comissões de licitação que
buscam priorizar o critério “menor preço”, a partir do entendimento que
essa é a premissa que representa o cumprimento ideal de sua missão.
Com esta compreensão, introduzir princípios de proteção ao meio
ambiente nos procedimentos licitatórios, não é uma conduta pacificada
ainda. O cenário da situação da Administração Pública brasileira em
relação à sustentabilidade, com isso, requisita políticas mais amplas
com o efetivo protagonismo do poder público.
O presente projeto tem o objetivo de qualificar os agentes públicos
que desenvolvem atividades relacionadas às compras públicas, com o
intuito de sensibilizá-los para a importância da variável ambiental em
seus procedimentos administrativos, assim como também formar
um Banco de Editais Verdes da Amazônia Legal à disposição das
instituições públicas.
Sistema de monitoramento meteorológico no PIM
Nós últimos cinco anos estamos perdendo lucros por causa de
nossos modais em nosso PIM, e um dos principais motivos vem sendo
o fator climático que nossa região propicia, fator esse que levam as
empresas a terem grandes prejuízos para cumprir contratos com os
seus clientes, como prazo de entrega.
Observamos em noticiários que o clima amazônico está em
constante mudança, não seguindo mais seus períodos climáticos
naturais (vazante e cheia).
Fato que, essa constante mudança vem afetando a economia
amazônica, levando as organizações a acumularem prejuízos em seu
faturamento, consequentemente aumentado o índice de desemprego
na região.
Pensando nisso tivemos a ideia que as empresas contratassem
um profissional na área de meteorologia para prestar serviços e fazer um
planejamento climático trimestral para as empresa contratantes, assim,
as mesmas poderiam assumir contratos em determinados períodos
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sem por em risco sua lucratividade e manutenção dos empregos no
PIM.
A ideia é que esse profissional utilize os meios necessários para
obter as informações na qual ajudará sobre as condições climáticas nos
períodos de pico de produção.
Determinará que as empresas, por meio da analise deste
profissional, cumpra seus prazos de entrega sem impactar na
lucratividade da organização, tendo como variante, tempo hábil para as
entregas e recebimentos de produtos.
Produção industrial, tecnologia, inovação e
sustentabilidade: produção de preservativos
masculinos de látex nativo em Xapuri (AC)
A Fábrica de Preservativos Masculinos Xapuri (Natex) caracterizase por ser uma iniciativa de promoção ao desenvolvimento regional
que contempla o atendimento às reivindicações das comunidades
extrativistas sobre o aproveitamento e valorização da floresta como
forma de promoção da melhoria da qualidade de vida.
A luta dos acrianos em defesa da floresta foi reconhecida
mundialmente e resultou na criação das reservas extrativistas,
alterando o modelo tradicional de ocupação da Amazônia. No Estado
do Acre, a partir de 1999, estão sendo desenvolvidas ações visando o
desenvolvimento regional com base nos pilares da sustentabilidade.
O projeto de produzir preservativos masculinos com látex nativo
da Amazônia está inserido no contexto das políticas públicas Estaduais
e Federais. Por parte do Governo do Acre para a implantação de
alternativas econômicas que contemplem a valorização da floresta e da
população que nela vive. Por parte do Governo Federal, para atender
a necessidade de ampliar o parque tecnológico brasileiro de produção
de insumos para prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e
hepatites virais.
A Natex foi criada na estrutura da Fundação de Tecnologia do
Estado do Acre (Funtac) em 2006 e produz preservativos masculinos
com látex nativo dos seringais da Região desde 2008. Distribui sua
produção gratuitamente para a população brasileira objetivando
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a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, HIV/Aids e
hepatites virais, no âmbito das ações do Sistema Único de Saúde (SUS)
desenvolvidas pelo Ministério da Saúde.
A Natex fortalece uma atividade produtiva de baixa emissão
de carbono e a eficiência no uso dos recursos naturais, possui
compromisso com a inclusão social e a saúde pública. Caracteriza-se
como uma iniciativa que visa reestruturar e fortalecer a cadeia produtiva
da borracha, gerar emprego e renda, internalizando tecnologias
e inovações no município de Xapuri e no Acre, contribuindo com o
desenvolvimento regional sustentável.
Ração de igapó: alimento natural de
espécies aquáticas
No processo de extração ou colheita manual das favas dos
produtos naturais em ambientes aquáticos, isto é nos igapós na época
do inverno onde há uma diversidade de (frutas, sementes) naturais de
diversas formas: favas, Bagé e cipó, onde estão intimamente ligadas a
fertilidades do alimento natural das espécies aquaticas, quais juntando
diversas espécies tal como: jauari, munguba, capitari, caferana, taquari,
etc. tudo isso triturado e misturado com outros derivados naturais dará
uma massa homogênea e compacta, depois de processadas para
formar grãos e tornarem-se um alimento natural às espécies aquaticas
na alimentação em cativeiro. Favorecendo aos produtores; uma nova
fonte de alimento agregando valores naturais regionais, onde a mão
de obra comunitária ou familiar tornar-se-ão o meio de arrecadação
financeira por meio do aproveitamento e de tecnologia com potencial
rentável na região na coleta e fabricação, na formulação onde existem
estudos e avaliação relacionada à Ração de Igapó, alimento natural de
espécies aquaticas.
Com a implantação de um polo e manutenção dessa nova
cultura alimentícia na Amazônia e principalmente nas áreas de várzeas,
onde há uma larga escala em abundancia. Este produto depois de
processado e agregado a outras misturas já conhecida, beneficiara a
comunidade e produtores, criadores ao redor do local de implantação
de uma fábrica, gerando um importante desenvolvimento local e
regional. Nesse trabalho desenvolveremos uma ideia de que o conceito
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de sustentabilidade ecológica proporciona uma base para se classificar
a diversidade social da Amazônia, critérios de racionalidade econômica
capitalista e integração ao mercado, ao emprego. Esse mesmo
seguimento social como parte nas populações indígenas, ribeirinhos
e seringueiros denominados as “populações tradicionais” incorporam
valores ordenatório da diversidade social.
Implantação de cadeia produtiva piloto de etanol
de mandioca no Estado do Acre
É fato que o distanciamento do Estado do Acre e demais estados
da Região Amazônica em relação aos grandes centros urbanos do País
encarece os combustíveis e desestimula a iniciativa privada em realizar
investimentos na região. O Estado do Acre, em particular, sofreu com o
isolamento por via terrestre nos meses de março e abril de 2014, o que
evidenciou ainda mais os problemas com a logística de combustíveis
e outros produtos básicos no cotidiano do acreano. Por esses e outros
motivos, o Governo do Estado, por meio da Fundação de Tecnologia
do Estado do Acre (Funtac), apresentou o projeto para a implantação
de usinas de etanol de mandioca nos municípios isolados. A medida
visa produzir localmente o combustível dos grupos geradores que
alimentam os sistemas elétricos destas cidades. Além disso, o projeto
é uma oportunidade de aumentar a produção local e gerar e distribuir
renda para os produtores a partir de um cultivar que faz parte do dia a
dia do homem do campo.
Para atender a esta demanda tecnológica do Governo, a proposta
da Funtac é de projetar e instalar em Rio Branco (AC) uma usina piloto
de etanol de mandioca para atender experimentalmente os taxistas do
município. Para tal, toda uma cadeia produtiva deve ser organizada a
fim de garantir o fornecimento de matéria-prima e biocombustível o
ano todo. O projeto piloto tem uma série de desafios a serem vencidos,
como: escolha da variedade de mandioca mais produtiva; organização
dos produtores; localização da mini usina; formação de recursos
humanos; e organização comercial do empreendimento. A Funtac
isoladamente não possui a competência para resolução de todos os
problemas encontrados, então se optou pela realização de parcerias
para capacitar a equipe do projeto. A partir do projeto piloto, o Governo
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do Estado do Acre, terá um modelo produtivo bem estabelecido que
possa ser replicado a outras regiões do Estado e da Região Amazônica.
Produção de extrato das folhas de pimenta de
macaco (Piper aduncum) para o controle de
enfermidades na piscicultura
Com a crescente demanda por pescado pela população, houve
um aumentado na criação de peixes em todo o território nacional, e na
região Norte este crescimento não é diferente das demais regiões do
país. Dentre as espécies nativas mais cultivadas no Brasil se destaca o
tambaqui, Colossoma macropomum. Essa espécie é originária da bacia
Amazônica, e é a principal espécie cultivada na região Norte e a segunda
no Brasil. Esse aumento na produção é devido a várias características
importantes para a criação tais como: índices zootécnicos favoráveis
aos diferentes sistemas de criação, fácil aceitação de rações comerciais,
resistência ao manejo, a disponibilidade de juvenis ao longo do ano. Além
destas características, é a espécie mais apreciada pela a população da
região Norte, e sua produção tem se expandido por todas as regiões
do Brasil, o que tem alavancada ainda mais a produção. Porém, com a
intensificação da produção de tambaqui, tem aumentado a incidência
de doenças de etiologia bacteriana, e são vários os relatos sobre
perdas excessivas de plantéis nas pisciculturas da região Norte e em
outras regiões do país. As perdas estão sendo associadas a problemas
sanitários seguido de infestações por patógenos, com destaque a
bactéria Gram-negativa Aeromonas hydrophila. Esta bactéria é uma das
mais comuns nos ambientes de cultivo, pois se trata de uma espécie
oportunista, que causa infecção em animais debilitados, e dentre os
principais sinais clínicos de infestações estão as ulcerações, ascite,
hemorragias ao longo do corpo, necroses musculares, entre outros.
Há uma escassez de produtos no mercado para o tratamento
de doenças bacterianas em peixes, havendo apenas um produto
liberados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa). Entretanto, são vários os produtos utilizados comumente
nas criações, e uma vez que são utilizados de maneira inadequada,
vem causando sérios problemas. A utilização exagerada e inadequada
desses produtos causa imunossupressão nos peixes, patógenos cada
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vez mais resistentes aos produtos terapêuticos, como os antibióticos,
poluição do meio ambiente, por meio do descarte nos corpos d´agua e
riscos à saúde humana na hora do consumo desse pescado que está
sendo tratado com produtos altamente prejudiciais à saúde. Portanto,
a busca por produtos alternativos e seguros para o tratamento de
enfermidades de peixes, é de extrema importância e urgência.
Dentre as espécies vegetais estudadas com finalidade terapêutica,
se destaca a Piper aduncum, conhecida popularmente como pimenta
de macaco, é rica em óleos essenciais, com atividades biológicas
tais como: analgésica, antimalárica, fungicida e antimicrobiana. Além
disso, os extratos das folhas de P. aduncum têm demonstrado diversas
atividades biológicas dos quais se destacam, antiparasitária contra
monogenóides de pirarucu, Arapaima gigas. Estudo realizado pelo
próprio proponente do projeto, utilizando o extrato hidroalcoólico das
folhas de Piper aduncum para tratamento terapêutico de infecções
causada por Aeromonas hydrophila, mostrou resultados muito
promissores. Os tambaquis infectados pela presente bactéria e
tratados com o extrato de pimenta de macaco, apresentaram 100% de
sobrevivência em relação aos que não receberam o tratamento.
Além disso, o extrato não alterou os principais parâmetros
da qualidade da água como oxigênio dissolvido, pH, temperatura,
alcalinidade, dureza, e os valores de amônia total foram diminuídos.
Esses resultados são bastante animadores, uma vez que a maioria
dos produtos utilizados para o tratamento de doenças em peixes
alteram drasticamente os parâmetros da água, afetando ainda mais a
sobrevivência dos peixes e de outros organismos aquáticos que são
atingidos de maneira indireta.
No mesmo estudo, foi testado a toxicidade do extrato para o
tambaqui por meio da avaliação dos parâmetros fisiológicos e observação
do comportamento e mortalidade dos peixes. Os resultados mostraram
que o extrato não afetou negativamente a fisiologia dos tambaquis, sem
seu comportamento e também não causou mortalidade. Para aumentar
ainda mais a seguridade em relação aos efeitos tóxicos do extrato, foi
realizado um teste de toxicidade aguda utilizando o crustáceo Artemia
salina. Esse ensaio é bastante utilizado pois apresenta boa correlação
com a atividade citotóxica dos produtos. O resultado mostrou 100% de
sobrevivência da Artemia salina em todas as concentrações de extrato
utilizadas para o estudo nos tambaquis. Por esse teste ser realizado
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com um crustáceo, isso nos dá um indício de que esse extrato
não traria impacto negativo ao zooplâcnton e a outros organismos
aquáticos quando liberados em corpos d´agua. Todos esses resultados
evidenciam o grande potencial do uso desta planta no tratamento de
doenças causadas pela bactéria A. hydrophila no tambaqui.
O extrato de P. aducum é de fácil produção e aplicação, eficaz,
apresenta baixa toxicidade, e apresenta rendimento de acima de 60%
de extrato bruto. É um produto ecológico por se tratar de um produto
natural, e pode ser ambientalmente correto. A planta pode ser cultivada
em aéreas ou terrenos degradados, não sendo portanto, necessário
desmatar áreas de floreta para efetivar o plantio. E sua plantação para a
produção do extrato pode gerar emprego e renda para as comunidades
do estado do Amazonas, contribuindo assim, com o desenvolvimento
econômico, social e ambiental da região.
Desta forma, o presente projeto tem como objetivo a produção de
extrato hidroalcoólico das folhas de pimenta de macaco, Piper aduncum
como fitoterápico de forma alternativa e barata para tratamento de
infecções causadas pela bactéria da espécie Aeromona hydrophila
em juvenis de tambaqui, Colossoma macropomum. O que contribuirá
para o desenvolvimento da cadeia produtiva do tambaqui de maneira
sustentável e segura na Região Amazônica, além de favorecer a oferta
de emprego e renda para a população, contribuindo com o bem estar
social e com o meio ambiente.
Uma inovadora forma de ingestão de pescado:
barra de cereais enriquecida com proteína bruta
de pescado
Cada vez mais as pessoas consomem alimentos considerados
inadequados, hipercalóricos e menos balanceados do ponto de vista
nutritivo. Nesse cenário, enquadram-se as refeições feitas em fastfood
e também os industrializados. Geralmente esses pratos são ricos em
gorduras, portanto, mais calóricos e saborosos, sendo consumidos em
maior quantidade (BRITO et al. 2004).
As barras de cereais são produtos de alto teor de fibras e baixo teor
de gorduras, com elevado valor nutritivo (GUTKOSKI, 2007). Introduzidas
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no mercado brasileiro há cerca de uma década, esse alimento vem
conquistando um grande número de adeptos por produtos saudáveis
e nutritivos. O nível de aceitabilidade desses produtos implica no alto
consumo de fibras necessárias para um bom metabolismo, o que pode
prevenir o desenvolvimento de determinadas doenças, como: síndrome
do cólon irritado e até mesmo câncer (DUTCOSKY, 2006).
Estratégias são buscadas a fim de aumentar o consumo de
pescado, bem como de agregar valor aos produtos fortalecendo a
cadeia produtiva. Formas alternativas de processamento da carne
do pescado, além das usuais: pescado fresco, congelado, seco ou
enlatado, tais como novas formulações, alimentos pré-preparados e
produtos práticos devem ser oferecidos. A ingestão de peixes no Brasil
ainda é incipiente e a indústria alimentícia procura das mais diversas
formas fazer a introdução deste produto na dieta dos consumidores,
pois a carne de pescado é uma rica fonte de proteínas, minerais e
nutrientes.
O presente projeto tem o intuito de formular barras de cereais
que atendam as necessidades diárias de ingestão de fibras, servir
como fonte energética e ser um diferencial dos produtos deste
setor já comercializados no mercado nacional, ou seja, oferecer
uma barra de cereais enriquecida com proteína bruta de pescado, e
consequentemente, rica em aminoácidos essenciais.
Farinha de ossos calcinada: reciclagem de
nutrientes e ajuste tecnológico quanto a
calcariação e a fosfatagem para pastagens da
Amazônia Ocidental
Normalmente se recomenda para formação de pastos, a prática
da calcariação, da adubação com fosfato de elevada solubilidade e
adubação com fosfato de baixa solubilidade. Aplicação de calcário é
usada para fornecer cálcio para as plantas e/ou elevar o pH do solo.
A prática da adubação fosfatada com fosfato de elevada solubilidade
objetiva o fornecimento de fósforo para atender as necessidades da
forrageira e promover seu estabelecimento. E sua forma de baixa
solubilidade visa permitir a persistência das plantas forrageiras no
sistema de pastagem. Então essa tecnologia emprega uma fonte de
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cálcio, uma de fosfato de alta solubilidade e outra de baixa solubilidade,
empregando máquinas e implementos agrícolas em momentos
diferentes. Pela composição da farinha de ossos calcina (cálcio e
fósforo) há a possibilidade de se gerar um produto que atenda de forma
simultânea as três práticas citadas anteriormente.
O cálcio promoveria a reação alcalina nos solos e o fosfato,
devidamente tratado em meio ácido, geraria uma fração de alta
solubilidade e outra de baixa solubilidade. Neste cenário deve ser
considerado que a grande maioria dos solos agrícolas brasileiros
(cerca de 70%) apresenta alta acidez (pH H2O < 5,5) sendo um dos
principais responsáveis pela baixa produtividade das culturas, portanto,
necessitam de correção. No solo o fósforo é sorvido por óxidoshidróxidos de ferro e alumínio o quais acarretam sua indisponibilidade
para as raízes com o tempo. Para essa fonte, em especial, tem-se que
sua disponibilização depende da acidez do solo. Para esse elemento
estima-se que as reservas comerciais de fosfato se esgotem entre 60
e 100 anos. Ambos os elementos são indispensáveis para agropecuária
e considerando que a grande proporção da alimentação dos ruminantes
provém das pastagens, o retorno de “seus ossos” (ricos em Ca e P)
ao sistema representaria uma importante via de reciclagem desses
nutrientes.
Essa via pode representar o aproveitamento racional da produção
de 340 milhões de kg de ossos gerados apenas no abate de bovinos no
Brasil em setembro de 2013, com potencial emprego nos 150 milhões
de hectares de pastagens do país. Ainda deve ser considerado que em
termos ambientais os ossos são fonte de energia calorífica e com isso
há a possibilidade de haver substituição de parte da madeira ou de outro
elemento fóssil na geração de energia térmica para o aquecimento de
caldeiras em frigoríficos. Portanto, estudos que avaliem o poder de
neutralização da FOC em solos ácidos bem como aqueles relativos a
geração de tecnologia que promovam uma maior disponibilidade do
fosfato em curto período de tempo e ainda avaliar seu poder calorífico
são necessários para o desenvolvimento de tecnologias promovendo
a reciclagem desses nutrientes bem como reduzindo o uso de outras
fontes para suprir esses nutrientes em condições de pastagem.
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Programa Artesanato Amazônico:
desenvolvimento social e disseminação da cultura
local por meio do artesanato e tecnologia
O Programa Artesanato Amazônico (PAA), criado pela empresa
e-Soluções, visa desenvolver sustentavelmente comunidades
tradicionais da Amazônia por meio da prática do artesanato, valorizando
a identidade cultural, respeitando o saber local, promovendo o comércio
justo, preservando a tradição e perpetuando a história dos povos
amazônicos na memória do mundo.
O PAA reconhece a comercialização do artesanato como
oportunidade de geração de renda aos comunitários, de desenvolvimento
social, de disseminação de informações e, sobretudo, de valorização do
conhecimento local, tão particularmente rico em detalhes e carregado
de significado.
A integração do paraíso natural com as maravilhas
tecnológicas: um sonho que poderá ser real!
São vários os motivos e as razões que despertou em nós o
interesse como cidadão brasileiro em pleno gozo de todos os direitos,
em sugerir estas propostas para a implantação de uma moderna
indústria turística no deserto do Jalapão, região localizada no interior
do novo Estado do Tocantins. Após ter o privilégio de realizarmos uma
viagem à este estado e passarmos dois dias percorrendo mais de
quinhentos quilômetros de estradas desta região na qual conhecermos
uma boa parte da mesma, gostaríamos de afirmar que esta inédita
viagem nos surpreendeu sobremaneira, chegamos a conclusão que não
é mais possível tentar esconder sob nenhum pretexto esta exuberante
dádiva da natureza.
Então decidimos tomar a iniciativa e dar esta contribuição
aproveitando a nossa experiência como conhecedores de alguns
países desenvolvidos e que tratam suas reservas naturais de forma
moderna e muito rentável com grandes retornos que atendem a todos
os interesses. Em nossas viagens, nas observações e pesquisas,
notamos que grandes capitais disponíveis para investimentos agregados
as tecnologias existentes com os estudos avançados e aplicados em
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muitos países que souberam usufruir e explorar com diligencia suas
dádivas naturais, no que concerne a preservação do meio ambiente,
tem conseguindo ótimos resultados, portanto é uma demonstração
que é possível a aplicação desses recursos encontrando uma forma
de integração e adaptação às condições e circunstancias desta imensa
região denominada de Jalapão.
Rizobactérias produtoras de metabólitos
degradadores do glúten e da lactose visando
atender a população humana com doença celíaca
e com hipolactasia
Os micro-organismos, por apresentarem um rápido metabolismo
e uma grande diversidade bioquímica, são excelentes fontes de novas
enzimas. Entre as enzimas de interesse biotecnológico encontradas
na microbiota, estão as lactases e as proteases, um dos grupos mais
importantes no âmbito industrial. Essas enzimas podem ser usadas
para diversas finalidades, como por exemplo, na área de alimentos,
servindo de complementos na dieta quando há alguma indisponibilidade
ou melhorando a biodigestibilidade. O leite e alguns cereais (trigo,
cevada e centeio), por exemplo, contribuem grandemente como fontes
energéticas na dieta; no entanto, possuem alguns componentes que
podem dificultar a digestão e prejudicar a integridade intestinal. Além
disso, contêm alguns compostos, como a lactose e o glúten, que podem
provocar reações alérgicas e causar sérios problemas de saúde pública
em seres humanos. Dessa forma, o uso de enzimas na alimentação
pode ser uma alternativa para melhorar a qualidade digestiva desses
produtos e minimizar ou resolver questões como essas.
Pesquisas microbiológicas realizadas em outras regiões do mundo
e também na Amazônia têm mostrado que as rizobactérias apresentam
uma gama muito grande de bioprodutos e enzimas de interesse
biotecnológico. Entre esses, podem-se citar o AIA (Ácido Indol Acético)
e as enzimas nitrogenases, hidrogenases, amilases, proteases, lipases
(OLIVEIRA et al., 1997; 2006 a, b; 2007; OLIVEIRA, 2014). Por serem
não patogênicas aos animais e vegetais, essas bactérias são fontes
seguras para a produção de bioprodutos, entre eles enzimas, a serem
usadas em bioindústrias, visando suprir as necessidades da sociedade.
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No presente trabalho pretende-se, portanto, encontrar rizobactérias
que produzam enzimas de interesse para a saúde pública e outras
utilizações de valor econômico. Ênfase será dada àquelas capazes de
degradar a lactose e o glúten, devido aos índices elevados de pessoas
que não toleram totalmente suas ingestões.
Previsão de safra de cacau no Estado do Pará
Este projeto tem como objetivo principal informar a safra de
cacau no estado do Pará. Do ponto de vista metodológico usa-se a
contagem de frutos nos seus principais estágios fisiológicos (bilro,
pequeno, médio, grande e maduro), tomando os dados em três
intervalos anuais (março, julho e outubro). Como amostra estatística,
para os fins a que se destina o projeto, considera-se 23 propriedades
cacaueiras nos municípios de Vitória do Xingu (2), Altamira (3), Brasil
Novo (3), Medicilândia (7), Uruará (5) e Tomé-Açu (3) responsáveis por
56% da produção total do Estado. Os dados coletados em campo e
analisados permitem informar, com uma precisão de 95% de certeza, a
produção de cacau em amêndoas secas no Estado do Pará a cada ano.
Controles climáticos
Um micro motor condicionado a um sensor de temperatura e
umidade acionado por um controlador de velocidade que vai aumentar
ou diminuir a rotação do motor exaustor de acordo com a necessidade
da área a ser controlada, isto vai permitir a renovação do ar em forma
dosada para manter temperatura e umidade dentro dos parâmetros
escolhidos; o controlador de velocidade do exaustor devera ter um
indicador digital de porcentual de rotação para mostrar com que
velocidade esta operando e devera contar com as opções manual e
automático.
Por outro lado, oposto a este exaustor devera ter um sistema
que filtre o ar que entrara e tenha um sistema de lavar esse ar possua
um damper e diferentes entradas que se abrirão para escolher o tipo
de ar que se precise no momento dentro da área controlada podendo
escolher entre ar limpo e seco ou limpo e úmido que a sua vez ajudaram
ao sistema de ar condicionado e pelo tanto resultando numa economia
significativa de energia elétrica.
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Desperdicios gerados pelo atual sistema de
controle de cargas nas rodovias brasileiras e a
proposta de se introduzir um novo modelo de
controle: a auto pesagem
Apresenta um histórico de como é deficiente o modo de
fiscalização e de manutenção das rodovias Brasileiras. Descrevemos
estudos de órgãos governamentais e de pesquisadores que afirmam
que é prejudicial transportar cargas com excesso de peso e os danos
que causam as rodovias e aos demais usuários. Os prejuízos elevados
se tornaram costumeiros e o método de controle e de fiscalização por
balanças rodoviárias ineficaz. O estudo propõe um novo modelo de
custo reduzido mudando o paradigma na forma realizar este controle
fazendo este controle a partir do próprio veiculo.
Com isso inibisse filas de pesagem em balanças fixas,
proporcionando um menor do valor do frete devido ao menor tempo de
viagem e possibilita uma melhor conservação das rodovias, pois facilita
a fiscalização e até pode impedir que um veículo trafegue com excesso
de peso bloqueando sua partida.
Esforços para realização desta pesagem foram feitos com aplicação
de tecnologias visando à estrada e não o veiculo. Demonstramos como
este sistema pode reduzir os custos operacionais de transporte, pois
com o veiculo mais equilibrado devido a melhor distribuição do peso
se consegue um menor consumo de pneus e combustível, além de
reduzir os custos de manutenção.
Com a informação de pesos aplicados aos eixos e rodas do
veículo, inibem-se os sobrepesos que é a principal causa da deterioração
do pavimento. A informação sobre o peso aplicado ao pavimento é
de grande importância para dimensionamento de pontes e rodovias.
Consequentemente há resultado positivo impactante na conservação
das rodovias federais e estaduais
Aplicativo mobile para reciclagem de latas e
garrafas pet
A idéia básica do projeto é o desenvolvimento de um aplicativo
mobile que ajude na reciclagem de latas e garrafas pet. Diminuindo a
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distância entre o usuário comum e as cooperativas e/ou agentes que
reciclam esse material. Pois não basta ter apenas uma consciência
ambiental, é preciso ter uma atitude ambiental para reduzir os impactos
gerados pelo descarte inadequado desses materiais no meio ambiente.
Inovação tecnológica para o sistema de plantio
protegido de hortaliças: casa de vegetação
pré-moldada em estrutura metálica: viabilidade
econômica para a agricultura familiar e proteção
ambiental para os ecossistemas de terra firme
O projeto refere-se à divulgação de um modelo de Casa de
Vegetação Pré-moldada construída experimentalmente em módulos
metálicos no interior do município de Parintins, objetivando a otimização
dos custos de produção no cultivo de horticultura no sistema protegido
adequado para a agricultura familiar. A experiência tem se mostrado
satisfatória elencando vários benefícios para o produtor, para a natureza
e para o consumidor das hortaliças produzidas.
Para o agricultor/produtor: economia em longo prazo devido
à utilização duradoura (por um período médio de anos) da mesma
estrutura, necessitando apenas de manutenção em pintura
antiferruginosa baixando exponencialmente os custos de manutenção;
Praticidade e segurança na montagem e desmontagem da casa de
vegetação; Mobilidade e facilidade na rotatividade de área de plantio da
horticultura; Resistência contra tempestades; A estrutura está isenta
de pragas como cupins.
Para a natureza: recuperação natural do terreno utilizado para
plantio e replantio devido à facilidade de montagem e desmontagem
dos módulos com 100% de reaproveitamento; Conservação da flora e
fauna local devido a não derrubada da floresta do entorno para a retirada
de madeira utilizada na construção da casa de vegetação no modelo
convencional utilizado atualmente em todo o interior do Amazonas;
Preservação dos micro-organismos do solo devido à não utilização de
pesticidas e agrotóxicos.
Para o consumidor: maior proteção contra ataques de pragas e
cupins minimizando o uso de pesticidas e inseticidas resultando em
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alimentos saudáveis para o consumidor e produção permanente, pois
a cobertura controla a luminosidade protegendo as plantas contra
intempéries. A Casa de Vegetação metálica pré-moldada, em foco, é
composta por módulos de 7m de largura por 6m de comprimento, que
podem ser adaptados conforme a necessidade do produtor.
Açaí da Amazônia: novas fronteiras
O autopalm é uma máquina e um equipamento projetados para
executarem de forma prática, segura e eficiente a colheita dos frutos de
palmeiras. A partir deles poderemos apreciar a magnitude de profundas
mudanças econômicas, sociais e culturais no manejo destes frutos. De
forma sutil, recuperar, inovar e consolidar os fundamentos do cultivo do
açaí, principalmente na Região Amazônica. O autopalm é uma proposta
segura e agradável para a colheita do açaí, fruto de palmeira cespitosa
de até 25m (Euterpe oleracea). É nativa do Brasil (AP, PA, AM, MA),
Venezuela, Colômbia, Equador e Guianas. De estipe anelado e frutos
roxo-escuros de cuja polpa se extrai sumo energético espesso e muito
apreciado. O autopalm também adaptar-se-á a colheita do fruto de
qualquer outra palmeira. Pelo desenvolvimento do autopalm venho,
respeitosamente, apresentar este projeto em fase de elaboração e
pedir ajuda para a sua conclusão, fabricação do protótipo e em seguida
a produção em série.
O autopalm está proposto inicialmente em duas versões, uma
manual e outra mais desenvolvida com circuito eletrônico e que será
movido por dois motores à bateria, e sua operação será feita por
controle remoto a partir do solo. O propósito do autopalm manual é
alcançar o cacho do fruto com a participação direta do homem, assim
como no método tradicional usando a peçonha ( laço de corda ou de
pedaço de saco, p.ex., de fibra de embira, em que os trepadores de
árvore apoiam os pés de encontro ao caule, para por este subirem
com a força de suas pernas e braços ), contudo o autopalm contará
com fortíssimo diferencial fundamentado em segurança, conforto,
ergonomia e agilidade.
0 autopalm eletrônico incorpora uma nova realidade, pois somente
a máquina vai até o fruto. Em outras palavras é uma máquina de apanhar
açaí, que se tornará tão comum e versátil como o liquidificador, assim
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como a máquina de colher café, a roçadeira, a motosserra entre outras.
É o gatilho de uma impressionante mudança no curso do progresso do
Amapá e da Amazônia.
Juta e malva: uma alternativa de viabilidade
socioeconômica por meio do beneficiamento
têxtil nos municípios produtores de fibra natural
do Estado do Amazonas
Atualmente a extração da fibra de juta e malva no Estado do
Amazonas continua sendo um processo árduo e perigoso, devido as
condições de trabalho e os risco á saúde dos extratores no período de
colheita. Além da extração precária, observa-se que seu beneficiamento
têxtil que vai da extração da fibra, até o acabamento superficial do
tecido, ainda possui processos com tecnologia artesanal e baixa
qualidade tanto dos fios e tecido. O atual processo de beneficiamento,
torna viável apenas para a fabricação de sacarias, sendo vendido por
um valor inviável no mercado. Até hoje, não houveram mudanças
e melhorias significativas quanto ao seu processo de extração,
transformação da fibra em fio e fabricação de tecido de Juta e Malva
no Estado do Amazonas.
O projeto de beneficiamento da juta e malva visa não somente a
melhoria nos processos de extração da fibra, mas sim, as mudanças em
todo o processo da cadeia têxtil, como a aplicação de tecnologias limpas
de beneficiamento tanto no fio, como no tecido de juta e malva. Sendo
assim, é necessário que se investimentos em maquinários adequados
para os processos e qualificação da mão de obra, tanto no campo como
nas fabricas de fiação e tecelagem. A falta de investimentos aplicados
em novas tecnologias e pesquisa no campo têxtil no Amazonas,
contribuem para inviabilidade de produção e comercialização.
É importante uma renovação desse processo utilizando
tecnologias limpas, o que possibilitará a transformação dessas fibras
em produtos com maior valor agregado, destinando essas para outros
fins como revestimento para calçados, bolsas, acessórios entre outros,
mas para isso, é indispensável parcerias entre instituições de pesquisa
e envolvimento dos setores primários, secundário e terciário para
obtenção do sucesso nesse processo.
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Fortalecimento da produção de cupuaçu e de
seus supbrodutos no extremo norte do Brasil:
elevação de renda e oportunidade de trabalho
para produtores da agricultura familiar e de
comunidades indígenas
No Brasil, o cultivo de fruteiras nativas para fins industriais tem
sido caracterizado como atividade de grande importância na exploração
econômica, destacando-se o cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum),
que constitui uma interessante alternativa de exploração agrícola na
Amazônia, em virtude das amplas possibilidades de mercado, dado a
diversidade de aproveitamento na agroindústria, onde a polpa é utilizada
para sorvetes, licores, compotas, néctares, sucos, geleias, biscoitos,
e as amêndoas aproveitadas para produção de chocolate e de uma
gordura fina semelhante à manteiga de cacau. Além disso, a utilização
do óleo, proveniente das sementes, na indústria de cosméticos ou para
complementar ração de peixes, oferece nova perspectiva de ingressos
financeiros. A polpa, que corresponde a aproximadamente 40% do
peso total do fruto é a responsável pelo sustento de praticamente
todo o fluxo de produção, comercialização e industrialização, tendo
mercado consolidado regionalmente e com perspectivas promissoras
de incorporá-lo nos mercados de outras regiões do Brasil e mesmo no
mercado internacional.
O estado de Roraima possui uma área total de 225.116 km² dos
quais 45,4% são terras indígenas, nas quais, as famílias apresentam-se
agrupadas em pequenas comunidades, onde se dedicam basicamente
à exploração agrícola, sendo o cupuaçuzeiro muito cultivado em
pequenos pomares rurais. Entretanto, problemas de desconhecimento
tecnológicos relacionados à condução da cultura, deficiências
nutricionais, falta de incentivos à produção e a industrialização de
subprodutos, bem como a ocorrência da doença vassoura de bruxa
do cupuaçuzeiro impuseram uma retração na produtividade da cultura,
causando prejuízos imediatos. Diversos métodos de controle têm
sido adotados para o manejo da vassoura de bruxa, sendo o mais
promissor o emprego de materiais geneticamente tolerantes a essa
doença aliado a poda fitossanitária. Além disso, o aproveitamento dos
resíduos da cultura transformando-os em adubo orgânico pode evitar
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a esporulação do fungo, facilitar sua degradação e diminuir os custos
com a aquisição de adubos e fertilizantes, bem como a eliminação da
prática do uso do fogo para queima dos resíduos da cultura, adquirindo
uma importante função ecológica, que é a de reduzir a contaminação
da água, da terra e do ar. Além disso, os coprodutos da industrialização
de frutos e sementes do cupuaçu podem ser aproveitados para a
alimentação de peixes, reduzindo os custos da ração. Outro aspecto
importante a ser considerado é que o município de Pacaraima em
Roraima têm apresentado problemas relacionados à geração de renda
e oportunidade de trabalho para a comunidade local em detrimento de
o município fazer fronteira com a Venezuela, que apresenta comércio,
produtos e combustível de preço acessível, fazendo com que os
moradores da região e da capital Boa Vista atravessem a fronteira para
comprar produtos na Venezuela. Apesar do fluxo contínuo de pessoas
da capital para a cidade de Santa Elena de Uairén, é comum os viajantes
pararem no trajeto da viagem, na entrada da comunidade indígena Boca
da Mata, que fica localizada na beira da BR-174, que interliga Roraima
á Venezuela, para comprarem produtos dos indígenas, tais como frutos
e peixes. Diante disso, há uma perspectiva de elevação de renda e
oportunidade de trabalho para a comunidade local com o aumento do
fornecimento de frutos de cupuaçu e de seus subprodutos.
Análise física, química e sensorial de frutos
de pupunheira como base genética para
o melhoramento
Estudos de prospecção na Região Amazônica têm ocorrido desde
o final da década de 70, com resultados que vão desde o fracasso
total ao sucesso no mercado moderno. Tradicionalmente os frutos da
pupunheira são consumidos em todos os estados da Amazônia Legal,
sendo apreciados pelo seu sabor e como ingrediente de uma variedade
de receitas culinárias. A variabilidade na composição dos mesocarpos
dos frutos é fundamentalmente o que subsidia o seu uso diferenciado
na alimentação humana, sendo que os frutos de tamanho médio,
menos fibrosos e mais oleosos são especialmente apreciados para o
consumo.
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Por outro lado, essa mesma variabilidade reduz a qualidade
final do produto para o consumidor limitando o seu mercado. Uma
mistura de diferentes tamanhos, cores e formas, caracteriza as feiras
e mercados regionais que comercializam esses frutos, seja para o
consumo in natura, ou para utilização como um ingrediente culinário.
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de componentes
tecnológicos essenciais para a agregação de valor a este importante
produto regional, a presente proposta fundamenta-se em dois objetivos
principais: realizar análises físicas, químicas e sensoriais de frutos de
Bactris gasipaes selecionados no Banco Ativo de Germoplasma (BAG)
da Embrapa Rondônia e selecionar matrizes e indivíduos superiores
para produção de frutos, com possibilidade de manutenção do valor
genético completo dessas plantas. Com o melhoramento desta
palmácea, espera-se ofertar aos agricultores da região uma alternativa
viável de cultivo para a produção de frutos de pupunha com padrões
mínimos de qualidade para o consumo in natura.
Acústica do futuro em madeiras para
instrumentos musicais
O Brasil detém a maior floresta tropical do Planeta, a amazônica,
onde existem cerca de quatro mil espécies arbóreas (ROCHA, 1994),
apesar disso é um País importador de madeiras estrangeiras para
a fabricação de instrumentos musicais de corda e de sopro. Em
estudos desenvolvidos pela Coordenação de Pesquisas em Produtos
Florestais (CPPF), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa), e pelo Laboratório de Produtos Florestais (LPF), do Instituto
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), foram encontradas
espécies arbóreas amazônicas com características e propriedades
tecnológicas satisfatórias para a fabricação de instrumentos musicais,
que substituem, perfeitamente, as tradicionais espécies estrangeiras
(SLOOTEN; SOUZA, 1993). Nos séculos XVI e XVII, na cidade de
Cremona (Itália), surgiram os maiores luthiers da história, Nicollo Amati,
Giuseppe Guarneri Del Gesú e Antonio Stradivari. Este último se
destacou, ao aplicar, na madeira, métodos com o objetivo de aumentar
o tempo de vida útil e torná-la imune à infestação de agentes biológicos
responsáveis pela sua degradação e, assim, conseguiu obter nos seus
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instrumentos (violinos, violas e violoncelos), uma qualidade sonora
inigualável até os dias de hoje.
Com o conhecimento científico que se tem, atualmente, acerca
das características e propriedades da madeira, principalmente da sua
estrutura anatômica e físico-química, torna-se possível promover um
avanço tecnológico extraordinário na acústica da madeira, de modo
a superar o luthier italiano Antonio Stradivari, cujos instrumentos
fabricados, há cerca de 300 anos, entre 1700 e 1720, são insuperáveis
até hoje e conhecidos mundialmente por Stradivarius. Esta proposta
apresenta o desafio de desenvolver processos que irão proporcionar às
espécies arbóreas amazônicas melhor qualidade sonora e as tornarão
extremamente competitivas e valorizadas frente às tradicionais espécies
estrangeiras utilizadas na fabricação de instrumentos musicais.
Conserva de peixes de água doce: uma solução
para o desperdício de pescado na Amazônia
A Amazônia com sua vasta biodiversidade apresenta
potencialidades incríveis, pela dimensão de sua bacia hidrográfica com
aproximadamente 7.050.000 Km2, contem 1/5 da água doce do mundo.
A estimativa para existência de 6 mil espécies de peixes de água doce,
das quais 2.500 já foram catalogadas e representam aproximadamente
30% dos peixes de água doce existentes em todo o mundo. No Brasil,
essa estatística atinge 75% desses peixes, contudo, paradoxalmente
possui grandes desafios amazônicos, os quais passam por vários níveis
de classificação da questão logística a cultural. As perspectivas de
um crescimento da população mundial até 2030 sugerem que será
necessário mais 27 milhões de toneladas de peixe para manter a taxa
de consumo anual de 16,7 kg por pessoa. A Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês)
acredita que o crescimento da aquicultura será suficiente para atender à
demanda e projeta um aumento do consumo mundial dos atuais 16,7 kg/
habitantes/ano para 22,5 kg/habitantes/ano em 2030. O Brasil tem um
grande potencial de mercado de 190 milhões de brasileiros que hoje
consomem 7 kg/habitantes/ano, ao aumentar o consumo per capita
para 12 kg/habitantes/ano, recomendado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS), logo, teremos uma grande demanda por pescado no
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mercado interno. No Amazonas, os peixes regionais comercializados
nas feiras e mercados são conservados no gelo com vísceras, as quais
facilitam o processo de degeneração e necrose.
O desperdício, por falha na conservação e armazenagem, chega
à ordem de aproximadamente 50% de todo peixe comercializado no
Estado, além do gasto de energia para manutenção desses peixes
nos períodos de entre safra e nos lares dos consumidores finais
desse tipo de alimento. O compromisso de combater o desperdício
e reduzir o prejuízo do setor pesqueiro no Estado do Amazonas, após
dois anos de pesquisa foi desenvolvido e patenteado um processo de
conserva de peixes de água doce e equipamentos para oferecer quatro
produtos inovadores para o mundo, a conserva de peixes da Amazônia
envolvendo Jaraqui, Matrinxã, Pirarucu e Tambaqui.
No comércio nacional tradicionalmente encontra-se conservas
de peixes marinhos, como a sardinha e o atum, os quais estão
ameaçados de redução de sua produção por escassez. A conserva de
jaraqui, com 60 g de biomassa, destaca-se das demais concorrentes,
com igual peso, por apresentar aproximadamente 7,5 vezes menos
quantidade de colesterol e 1,9 vezes menos teor de sódio que a
média das demais conservas, além de possuir nível de fósforo total de
232 mg, imprescindível para o desenvolvimento intelectual humano.
A produção de pescado é uma grande oportunidade para a Amazônia
produzir uma proteína nobre e gerar milhões de postos de trabalho,
emprego e renda de forma sustentável aproveitando o vasto território
de águas da Região, a qual apresenta condições de ser uma das maiores
produtoras de pescado cultivado no mundo. A economia de energia na
conservação e armazenagem justifica e viabiliza esse tipo de produto
para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Tecnologia de produção e padronização e vida de
prateleira da farinha de pupunha
O projeto tem como objetivo otimizar o processamento da
farinha de pupunha, determinar a composição química, estabelecer
uma farinha padronizada, avaliar a vida de prateleira, determinar o valor
nutricional, estabelecer e ampliar a aplicabilidade final. A tecnologia de
produção da farinha de pupunha foi patenteada pelo Inpa e licenciada
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para empresa privada. Ora em produção a elevada demanda regional
e nacional pelo produto leva a necessidade de sanar gargalos, atender
a demanda e viabilizar a política de transferência de tecnologia da
academia para o setor produtivo.
Extrativismo de produtos não madeireiros em
comunidades locais da Amazônia brasileira:
os casos de Salvaterra e Bragança (PA)
O objetivo deste projeto em execução é demonstrar como a
economia regional em municípios amazônicos pode ser estimulada
por meio de iniciativas que incentivam as estruturas produtivas em
comunidades locais. Para tanto, apresenta-se os primeiros resultados
de experiências exitosas de produção e gestão institucional das
pesquisas de campo realizadas nos municípios de Salvaterra (Ilha do
Marajó) e Bragança no estado do Pará nos meses de janeiro e março de
2014, respectivamente. A pesquisa realizada por meio de questionários
semiestruturados entre as famílias coletoras de sementes e frutos
da biodiversidade amazônica teve como objetivo principal avaliar os
impactos sociais, ambientais e institucionais da atividade extrativista
bem como a ação coletiva de comunidades locais que se organizam na
forma de cooperativas (arranjos institucionais) para promover o manejo
da atividade de coleta.
Foram aplicados questionários abertos semiestruturados a partir
de dois grupos distintos, o grupo de tratamento composto por famílias
coletoras de sementes (cooperadas), e o grupo de controle, composto
por famílias coletoras e não coletoras (não cooperadas). Cerca de
190 famílias foram entrevistadas nas duas pesquisas de campo: 84
em Salvaterra e 106 em Bragança. As entrevistas foram conduzidas
pelos alunos e pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) e do Instituto
de Relações Internacionais (IRI) da Universidade de São Paulo, e
por alunos de pós-graduação da School of International and Public
Affairs (SIPA) da Columbia University. Além dos impactos sociais e
ambientais sobre as comunidades e os ecossistemas, verificou-se que
as dinâmicas locais são complementares às políticas públicas voltadas
para o desenvolvimento sub-regional em comunidades de municípios
que possuem baixos índices de desenvolvimento econômico e social.
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Conclui-se que a coleta de recursos naturais florestais não
madeireiros e a relação com atores que atuam direta e indiretamente
na região se apresentam como uma estratégia de desenvolvimento
sustentável ao promover novas atividades geradoras de renda e,
ao mesmo tempo, promover o uso racional dos recursos naturais.
Os resultados obtidos demonstram a possibilidade de replicação da
pesquisa em outras comunidades e regiões amazônicas.
Confeitaria amazônica: bolos amazônicos
A proposta é desenvolver uma linha de produtos de confeitaria
embalada com sabores amazônicos contendo cupuaçu, açai, araçaboi, buriti, outros frutos regionais e “cupulate”, e adicionando ervas/
sementes amazônicas (puxuri e cumaru). Aplicando métodos de
trabalho da ‘gastronomia molecular’, apresentamos um produto de
alta qualidade, com sabores exóticos e diferenciado no mercado.
A ‘Sabores de Tradição’ já realiza pesquisa e desenvolvimento dessa
confeitaria, onde se obtenha uma formulação de um bolo com uma
mistura de castanha da Amazônia, cupuaçu, cupulate e o puxuri.
E outros produtos inovadores usando a mesma matriz do produto de
puxuri. Outro objetivo é ter um produto 100% natural, isto é orgânico
e/ou biológico.
A teoria ‘gastronomia ou confeitaria molecular’ obriga a controle
de qualidade laboratorial muito apertado para alcançarmos as melhores
interações entre ingredientes e processos. Para abranger todo o
mercado nacional e internacional, e como se trata de um produto
perecível, existe a necessidade de desenvolver ingredientes naturais e
embalagens onde se obtenha um produto final que não perca as suas
características físico-químicas e biológicas ao longo do seu período de
validade. Por consequência, existe a necessidade de estudos/análises
laboratoriais, então necessidade de procurar uma entidade com
capacidade técnicas, como exemplo, temos o Centro de Biotecnologia
da Amazônia, como possível entidade terceira para realização dos
testes laboratoriais.
Outra necessidade é o desenvolvimento de uma embalagem
especifica que garanta o bom estado do produto desde o fabrico até
ao seu consumo. E essa mesma embalagem tem de ser diferenciada
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a nível estética promovendo a Amazônia e a preservação do meio
ambiente. A entidade terceirizada com capacidade de fornecer uma
excelente embalagem é nacional, do Estado de São Paulo. Para
melhor comercialização do produto, participação em feiras nacionais
e internacionais para estudo do mercado e divulgação da produção.
E fechamento de parcerias com distribuidores. No término do projeto
teremos produtos novos prontos para a comercialização, mão de obra
especializada e parcerias com produtores regionais de matérias primas
promovendo o crescimento sustentável.
Aproveitamento de resíduos industriais: creme de
cupuaçu
A produção de aguardentes de frutas gera um residuo aproveitável
da fruta da ordem de 70% da polpa desidratada. Normalmente esse
resíduo é descartado como lixo orgânico, pela falta de um destino
mais nobre. Após vários testes e experimentações feitas intramuros,
chegamos a conclusão de que é possível aproveitar economicamente
este resíduo de forma a tornar todo o processo mais barato,
aumentando a lucratividade e ainda reguardando o meio ambiente.
No processamento mensal da produção de 600 litros de aguardente
de cupuaçu são gerados 420 (quatrocentos e vinte) quilos de polpa
desidratada (residual) que permite preparar cerca de 2.000 (dois mil)
quilos de creme de cupuaçu/mês.
O creme de cupuaçu é bastante apreciado na Região Amazônica
e é produzido pela mistura da polpa de cupuaçu com leite condensado
e creme de leite em proporções adequadas. Será a primeira vez que tal
inovação estará sendo realizada nesta escala visto que a produção de
creme de cupuaçu é uma cultura doméstica. Não há ainda em Manaus,
chamada terra do cupuaçu, uma iniciativa neste sentido. Acreditamos
portanto que essa e a primeira vez que tal inovação está sendo proposta
o que resultará, esperamos, no barateamento do custo da aguardente
de cupuaçu, ainda inédita, tanto quanto custo reduzido de produção do
creme de cupuaçu, o que permitirá uma entrada agressiva no mercado,
com preços imbatíveis, de forma a contribuir para a expansão da
cultura amazônica, protegendo o meio ambiente e gerando renda para
as populações do interior amazônico.
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Inovações e desenvolvimento tecnológicoempresarial para alimentos da Amazônia: projeto
resultante de consultoria avançada em inovação
Oferecer ao mercado produtos inovadores em sorvetes, picolés
e outros gelados industriais amazônicos, com um apelo de saúde,
energia e bem estar, tendo uma associação direta com o vigor físico
no trabalho, na pratica de esportes e nas atividades de lazer. Serão
lançadas três linhas de produtos ainda não existentes: a Saúde, a
Energy e a Vitamplus, sendo os produtos dessas linhas desenvolvidos e
produzidos pela empresa Sorvetes Gam e disponibilizadas ao mercado,
inicialmente nas cidades de Belém, Barcarena e Castanhal, e em 12
meses chegando a 25 cidades brasileiras.
Na Linha Saúde: compostos mais saudáveis por apresentarem
menos açúcar, menos calorias, polpas de frutos orgânicos da Amazônia
e/ou enriquecimento com substâncias como polifenóis (combate radicais
livres), licopeno (também atioxidante), betaglucana (melhora as células
de defesa – previne cânceres), melatonina (regula o sono), substâncias
estas extraídas a partir das folhas, flores, frutas, raízes ou caules da
Região Amazônica conforme indiquem pesquisas acadêmicas; na Linha
Energy: cafeinados e hipercalóricos para fornecer mais energia para as
atividades que exigem isto; pretendendo-se explorar muito além do
potencial do açaí e do guaraná já mundialmente conhecidos; na Linha
Vitamplus: produtos enriquecidos com vitaminas e minerais oriundos
da floresta amazônica.
Manejo de pastagem ecológica (Sistema Voisin
Silvipastoril): produtividade e preservação do
meio ambiente, transformando a pecuária de vilã
em colaboradora
Em 1987, com a aquisição de uma Fazenda em Nossa Senhora do
Livramento MT, na Baixada Cuiabana, em sociedade com dois irmãos,
tomamos uma decisão que mudou a nossa vida: Resolvemos não
desmatar o cerrado para a formação das pastagens, experimentando
um método de Formação Ecológica de Pastagens no Cerrado, que
existia ainda apenas nos nossos sonhos. O nosso objetivo naquela
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época era a implantação de uma fazenda onde a premissa básica fosse
o emprego do Pastoreio Racional Voisin e o respeito pela natureza.
Desde o início, resolvemos não usar desmatamentos, queimadas e
arações da terra na formação das pastagens. O resultado que passei
a chamar de Pastagem Ecológica foi uma pastagem exuberante,
produtiva e em equilíbrio com o ecossistema do Cerrado.
O próximo passo foi a divulgação da Pastagem Ecológica, que
acabou se tornando sinônimo de pastagem sustentável, sendo tema
de inúmeros artigos, livros, videocurso, reportagens e entrevistas
em jornais e revistas e programas na TV. Acabamos por formalizar
um novo sistema de manejo de pastagens, que associa o Sistema
Silvipastoril (consórcio de árvores com pastagens) com o Pastoreio
Racional Voisin, que se consolida como o mais perfeito sistema de
manejo de herbívoros a campo hoje existente. A este sistema demos o
nome de Manejo de Pastagem Ecológica (Sistema Voisin Silvipastoril).
Com o advento da Internet, a divulgação dos conceitos relacionados
com a Pastagem Ecológica sofreu grande incremento, com publicação
de reportagens, artigos e entrevistas, em diversos sites voltados para
o Meio Ambiente e a Agropecuária.
O Manejo de Pastagem Ecológica já se configura como uma
política pública, fazendo parte das estratégias de importantes programas
institucionais e governamentais voltados para o desenvolvimento
sustentável e proteção do Meio Ambiente e sendo aplicada por
produtores particulares em diversas partes do país. A partir do ano
2.000 a Pastagem Ecológica começou a fazer parte de importantes
programas voltados para o desenvolvimento sustentável e a proteção
do Meio Ambiente. O primeiro grande programa a apoiar a Pastagem
Ecológica foi o Programa Amazônia sem Fogo da Cooperação Italiana
e MMA, cuja denominação na sua primeira fase era “Programa fogo:
emergência crônica”. Com o sucesso neste e em inúmeros programas,
surgiu a demanda por um “Curso de Capacitação em Manejo de
Pastagem Ecológica” para técnicos e produtores, que hoje é o carro
chefe do elenco de atividades que desenvolvemos na divulgação
deste sistema que colocou numa mesma direção, ambientalistas e
produtores, na busca por uma Pecuária Sustentável e em paz com a
natureza.
Por oferecer simultaneamente, ao produtor um alto nível de
produtividade com economia de insumos e aos órgãos e programas
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ambientalistas e de conservação da natureza, uma alternativa para
a pecuária que não só conserva como recupera áreas de pastagens
degradadas e favorece o controle do aquecimento global, o Manejo de
Pastagem Ecológica se firma como uma política pública de aplicação
cada vez mais generalizada.
Potencial bioindustrial em Manaus:
um diagnóstico para o desenvolvimento
sustentável com foco na nova bioeconomia
Diversas áreas de conhecimento discutem o modelo tradicional
de desenvolvimento econômico e os impactos sobre a biodiversidade
dos recursos naturais. Os acirrados debates sobre o tema estimularam
em todo o mundo uma busca por um modelo de desenvolvimento
sustentável capaz de equilibrar as necessidades do homem e o respeito
ao meio ambiente, avançando para o conceito de responsabilidade
socioambiental. O sofisticado embasamento técnico e a natureza
multidisciplinar da biotecnologia moderna estão possibilitando o
desenvolvimento de imensa gama de produtos e processos, criando
uma nova indústria e influenciando os rumos da economia mundial. As
indústrias alimentar, farmacêutica, química, da saúde, da energia e da
informação estão se agregando de forma nunca antes experimentada.
As fronteiras entre negócios tradicionalmente distintos já
estão se integrando e esta grande convergência está gerando o
que promete ser a maior indústria do planeta – a bioindústria. Este
incremento biotecnológico introduz mudanças na sociedade. Portanto,
o processo bioindustrial prescinde de uma análise criteriosa do respeito
às normas regulamentadoras no que concerne ao meio ambiente e
responsabilidade social sem, contudo descuidar do aspecto econômico,
salutar para o crescimento produtivo de qualquer região. Utilizando-se
dessa abordagem da nova bioeconomia, definiu-se como propósito
principal deste projeto: identificar os principais fatores críticos de
sucesso ao desenvolvimento sustentável das Bioindústrias instaladas
em Manaus. Pretende-se especificamente, caracterizar as empresas
deste segmento existentes em Manaus; analisar as políticas públicas
voltadas ao desenvolvimento do setor bioindustrial na esfera federal,
estadual e municipal bem como as fontes de apoio e fomento, fazendo
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um mapeamento da cadeia produtiva, inclusive os Arranjos Produtivos
Locais (APL).
Ao final do projeto, espera-se identificar os gargalos que possam
se constituir em fatores críticos de sucesso aos empreendimentos
pesquisados, apontando sugestões como contribuição à promoção da
eficiência organizacional para o incremento de um Pólo da Bioindústria
em Manaus, o que seria uma nova alternativa econômica para a região,
com todos os impactos sociais relacionados.
P & D de bioinseticida da
biodiversidade amazônica
O projeto objetiva a pesquisa e desenvolvimento de bioprodutos,
pipe-line para a indústria domissanitária e de defensivos agrícolas.
Associa a inovação tecnológica na Amazônia, desenvolvida na Ufopa
e Unicamp e a Empresa Amazonoil para o desenvolvimento de
bioinseticidas como: protótipo de repelente para o controle de mosquitos
da dengue; protótipo de defensivo agrícola para o controle de pragas
da agricultura local; e desenvolvimento de um defensivo baseado no
resíduo da extração artesanal do óleo de andiroba por comunitários da
Flona Tapajós.
Com base em pesquisas desenvolvidas pelo Coordenador, a partir
do resíduo industrial da extração do óleo de andiroba, pretende-se obter
um extrato bioativo de andiroba, concentrado em limonóides, base
de produtos químicos naturais com qualidade, segurança e eficácia.
A par do desenvolvimento dos protótipos, o projeto realiza o estudo
da composição química de limonóides em extratos e formulações
por técnicas de espectrometria de massas ESI-MS e EASI-MS (Easy
Ambient Sonic-spray Ionization).
O projeto adiciona valor a um rejeito industrial que hoje não
possui valor de mercado, ampliando a oferta e a diversidade de
produtos gerados na Amazônia para mercados consumidores do
Brasil. A Inovação Tecnológica deve aliar a Universidade á Empresa,
beneficiando a economia regional e a cadeia produtiva da Andiroba
na Amazônia. A tecnologia será transferida a Empresa Amazonoil.
Um extrato seco da torta residual de andiroba com concentração de
~2,5% de limonóides será padronizado, e com esta matéria-prima
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será desenvolvido um repelente de insetos e um defensivo agrícola.
Assim, pretende-se demonstrar que é possível realizar negócios com o
aproveitamento sustentável da biodiversidade gerando desenvolvimento
econômico e social.
Estufa solar com controle de temperatura e
fotovoltaico
A estufa solar tem como principal característica ser um espaço
de produção de temperatura tendo como fonte o sol, onde poderá
ser controlada a temperatura interna com ajuda de um exaustor que
funciona por meio da energia captada pela placa fotovoltaica , a estufa
pode ser usada para as mais variados tipos de atividades, que vão desde
a secagem de roupas a dissecação de produtos podendo ser usado em
indústrias de cosméticos, frigoríficos e produtos alimentícios.
Auster I: sistema de energia alternativo
O objetivo geral deste projeto é de criar uma ferramenta
de desenvolvimento econômico, social e ambiental, por meio da
implantação de pequenos conjuntos de geração de energia eólica. No
âmbito econômico se pretendem realizar a contribuição de projetos para
gerar renda por meio de economia de energia, ingressos derivados ao
aumento de produtividade. No social, se procura realizar mudanças na
saúde, educação, relações sócias, conforto, e acessos a informação e
desenvolvimento de novas capacidades por parte da comunidade. No
ambiental consiste principalmente na redução de emissão de gases de
efeito estufa. A utilização de energias renováveis se revela como uma
opção interessante, a geração de energia elétrica mediante pequenas
centrais eólicas pode ser uma alternativa de fácil implantação. O conjunto
de centrais de geração de energia eólica conta com um regulador
eletrônico de carga, que mantém a tensão e frequência da corrente
em valores necessários dissipando a energia excedente por meio de
resistências elétricas. Através das líneas e instalações domiciliarias,
esta energia chega em cada casa da comunidade, podendo também
iluminar ruas e espaços públicos (escolas,praças, etc.) ate subministrar
energia para processos produtivos
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Polo agroalimentício jequitibá:
a necessidade da gestão como estruturador
e otimizador da produção
Sempre existiu grandes dificuldades quanto a transferência de
tecnologia e orientações técnicas ás pessoas dos assentamentos
agrícolas, devido à baixa escolaridade dos integrantes. Nesse trabalho
de pesquisa, os estudos se concentraram no assentamento jequitibá,
onde inexiste uma ação controlada de produção, ocasionando grande
dispersão de esforços, com baixa produtividades. Dessa forma
objetivou-se estudos, que levantam as causas dessas dispersões,
para eliminá-las e ou corrigi-las, concentrando e direcionando energia
produtiva, realçando as necessidades de um sistema de gestão
departamentalizado nesse assentamento, transformando-o em um
polo com produção diversificada. Para alcançar tal objetivo, optouse pelo método de pesquisa exploratória descritiva, amparadas em
estudos bibliográficos, em conjunto com observação prática das
ocorrências, analisando as etapas produtivas comumente usadas
nesse assentamento, para em seguida sugerir uma nova metodologia
a ser aplicada, com o intuito de transmitir mais profissionalismo e
exatidão nos métodos de acompanhamento e controles dessas etapas
produtivas.
As ações foram separadas em departamentos por tipos de
produtos já em produção e outros que se encaixassem nas linhas
de atividades. Também foram observados a falta de controles
administrativos, e estratégias de marketing. Estudou-se as influencias
psicológicas e sociais que influenciam nas atividades como um todo,
seguindo as linhas analíticas de Albuquerque, Vasconcelos e Miranda
Coelho (2004) minimizando problemas relacionais no conjunto
produtivo. Assim com sistemas de acompanhamentos e correções dos
pontos críticos, análises de pessoas aptas a assumirem coordenações,
motivação nos relacionamentos entre os parceiros e familiares,
aperfeiçoa-se uma cadeia produtiva e suas necessidades, podendo
atingir um patamar de produção comercial, mesmo em assentamentos
com viés familiar. Conclui-se que, ensinando com determinação e
atacando-se os problemas de forma pautada e gradativa, é possível
transferir tecnologia, para pessoas de baixa instrução; e que as
mesmas estão aptas a assimilar esses preceitos, desde que disponha
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de métodos simplificados e repetitivo de fácil entendimento, pois as
assimilações são absorvidas de forma lenta e compassadas, assim
tornar-se apta a produzir, comercializar e gerir, com usufruto de técnicas
corretas.
Estudo da viabilidade técnica e comercial da
fabricação de briquetes a partir de resíduos
agroflorestais da castanha do pará (Bertholletia
excelsa): uma abordagem sustentável para
aproveitamento de resíduos e agregação de valor
a produtos ecologicamente corretos
Em pequenas unidades produtivas de castanha-do-pará no estado
de Mato Grosso (ribeirinha e indígena), as cascas resultantes da extração
da castanha, são tratadas como resíduos e descartadas, gerando um
importante passivo ambiental, que se acumula de forma desordenada
no meio ambiente. Isso implica diretamente em uma ação contraria aos
preceitos e requisitos da lei de tratamento de resíduos sólidos, onde
pessoas físicas e /ou jurídicas devem desenvolver ações relacionadas
à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos (LEI Nº
12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010). Desta forma, torna-se condição
sine qua non encontrar alternativas sustentáveis e de geração de renda
para os passivos ambientais de Casca de Castanha.
Entre essas alternativas, insere-se a presente proposta para a
implantação de pequenas unidades produtivas de briquetes ecológicos,
onde os resíduos apresentados são tecnicamente tratados e via
processo de briquetagem são transformados em lenhas ecológicas
com características físicas de alto poder calorífico, além de atender
as necessidades técnicas / termodinâmicas de operação de caldeiras
e pequenas unidades geradoras de energia (Co Geração). Isso
torna a ação uma proposta altamente interessante, dado a carência
energia em comunidades localizadas distantes das concessionárias
e fornecedoras de energia locais. Cálculos primários indicam que 01
tonelada de briquetes gera cerca de 600 kWh, ou 3.600 kWd, por
apenas R$ 0,70. Esse valor equivale ao preço de 01 kg de briquete
comprimido e essa mesma quantidade produz cerca de três (03) kWh
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de energia. Isso significa que cerca de 50 quilos dos briquetes são o
suficiente para abastecer de energia uma residência com 100 kWh/
mês, evitando assim a derrubada de 10 arvores para cada tonelada de
resíduo briquetado. Outra aplicação para os briquetes são fornos de
pequenas padarias, restaurantes e pizzarias, que alem de gerar energia,
aromatizam os produtos como pães e bolos. Além de ser uma proposta
sustentável, poupa o uso de energia de fontes hidráulicas.
Tecnologia assistiva de baixo custo
Favorecer a inclusão de pessoas com deficiência visual por meio
do uso de tecnologia assistiva de baixo custo, confeccionadas por
professores, pais e alguns, até mesmo pela própria criança.
Desenvolvimento tecnológico do agronegócio
do pescado no Estado do Amazonas: processo
de enlatamento de carne de peixe separada
mecanicamente (CMS), como alternativa para
fomentar a utilização de proteína na merenda
escolar
Alternativa para fomentar a utilização de proteína na merenda
escolar é uma experiência de pesquisa científica e inovação produtiva do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, que viabiliza a pesca não
predatória de peixes regionais e sua produção industrial em enlatados
para consumo humano. Impõem-se ao Estado do Amazonas, nesse
início de século, em que a leitura do conhecimento é primordial como
estratégia para alavancar projetos de desenvolvimento econômico
regional sustentável que minimizem as desigualdades inter-regionais e
que privilegiem o homem amazonense como maior beneficiário desse
mega- banco de recursos naturais do Estado.
O pescado constitui um dos mais importantes produtos do
abastecimento do Estado do Amazonas. E a pesca é uma atividade
básica do ponto de vista social, principalmente para a população rural
que tem na pesca um mercado de trabalho garantido, absorvendo
cerca 40.000 trabalhadores registrados na Colônia de Pescadores. No
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entanto o volume de desperdício da produção de peixes no Amazonas
beira a casa dos 30%, principalmente na época da safra “bamburra”
onde mais de 40 toneladas são jogadas no lixo por não ter um nível de
processamento nem de armazenamento adequado para sua utilização
como o enlatamento. A expectativa dos resultados deste projeto é de
que o peixe enlatado na forma de Carne Mecanicamente Separada
(CMS) contribua para fomentar a utilização da proteína de peixe na
merenda escolar.
Sendo este um Projeto de Inclusão do Pescado na Merenda Escola
onde a tecnologia do enlatamento aumenta o tempo de conservação
do peixe por até 2 anos e acaba o problema da falta do peixe na
entressafra e facilita o manejo das merendeiras para o preparo. Será
possível oferecer maior variedade de espécies para a merenda, já que
atualmente, o peixe na merenda escolar fica quase restrito somente a
algumas espécies de peixe na forma de picadinho congelado, portanto
os objetivos propostos deste projeto. Espera-se que o fortalecimento
do mercado interno, com a interiorização do desenvolvimento e a
retomada do crescimento sustentável da economia amazonense; em
consonância com Programas de Desenvolvimento para a Amazônia
pelo uso de Insumos dos recursos da biodiversidade regional.
Boas práticas de manejo: desenvolvimento de
equipamento para captura, contenção, despesca,
manutenção, oxigenação, alimentação e proteção
na aquicultura
O projeto tem o objetivo de desenvolver um equipamento para
manuseio de captura, contenção, despesca, manutenção, oxigenação,
alimentação e proteção na aquicultura que substituirá a mão de obra
humana no manejo em tanque escavado circular. O diferencial deste
sistema em tanque escavado circular é que o equipamento é fixado
em um eixo no centro do tanque escavado circular com movimentação
circular horizontal, uma vala que é ligada até um mine tanque externo
e a tubulação de saída de água e uma pá suspensa em cima da vala
para despesca e retirada dos dejetos, e material em decomposição do
fundo do tanque. O sistema proposto consiste de três equipamentos
fixados em um eixo central que serve como base de apoio para os
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mesmos no interior do tanque escavado circular, com movimento de
arrasto circular horizontal manual ou automatizado que possibilita anexar
em sua estrutura diferentes medidas de malhas de rede de pesca,
para selecionar em tempo real diferentes tamanhos de peixe e fará a
limpeza da água na retirada de amônia, controle de vegetação, dejetos
e organismos indesejados no interior do tanque, permitirá também
instalar em sua estrutura aerador e máquina de alimentação uniforme,
rede de proteção ante-pássaro, morcego e libélula (odonata) sobre
o tanque escavado circular, com objetivo de melhorar o ph da água,
evitar perdas, aumentar a produção, reprodução de peixe e facilitar os
aquiculturas, piscicultores na Amazônia.
Atualmente o processo de produção, reprodução no manuseio
dos peixes em tanque escavado quadrado, há muito tempo vem sendo
feito da mesma forma com a necessidade que sete ou mais pessoas
adentrem no tanque escavado para fazer processos de manuseio de
captura, contenção, despesca e proteção. Este processo é ineficiente
e são relatadas muitas perdas, de origem predatória, por contaminação
e proliferação de vegetação e organismos indesejáveis que competem
com o peixe por oxigênio dissolvido na água. E por falta de um
equipamento adequado. Os desafios construtivos do equipamento
demandam por conhecimentos designe mecânico construtivo. Neste
sentido o pesquisador proponente atende a estes requisitos.
Boas práticas de manejo na pesca da piracatinga:
desenvolvimento de equipamento com isca
artificial para captura da piracatinga
O projeto tem o objetivo de desenvolver um equipamento com
isca artificial para captura da piracatinga (Calophysus macropterus)
peixe carnívoro conhecido como douradinha e vulgarmente chamado de
urubu-d`água, bastante apreciado na culinária nacional e internacional
que substituirá o atual método utilizado na pesca deste peixe. O sistema
proposto consiste de uma armadilha com princípios do matupiri que
por meio de uma isca artificial de gordura animal em forma de bastão
contido dentro de uma garrafa pet toda furada colocado no interior
da armadilha para que não seja consumida durante todo o processo
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de captura do peixe que servirá para atrair a piracatinga ao interior da
armadilha.
Consiste também de selecionar a captura somente dos peixes
adultos, evitando com isso a captura dos peixes menores, e facilitar
os pescadores na Amazônia. Atualmente o processo de captura da
piracatinga há muito tempo vem sendo feito da mesma forma com
a necessidade da utilização da gordura e carne resultado da matança
do boto da Amazônia (Inia geofrensis) e jacaré. Por ser um processo
manual, ineficiente e predatória, havendo uma grande preocupação
da extinção do boto e por falta de equipamentos adequados, o atual
projeto propõe a melhoria não só da condição de vida dos pescadores
mais principalmente uma melhor qualidade da pesca de forma a
propiciar aumento na produção em larga escala, sendo assim este seria
o pioneiro em uma região que tem um imenso potencial na aqüicultura.
Os desafios construtivos da armadilha demandam por conhecimento
em designe mecânico construtivo. Neste sentido o pesquisador
proponente atende a estes requisitos.
Açaí por aí
A Região Amazônica é rica em diversidade de ambientes que se
caracterizam por hábitats de florestas de várzea, igapó e terra firme,
além de áreas de savana. Esta variedade de ecossistemas amplia a
biodiversidade e oferece recursos naturais que são potencialmente
aproveitáveis por variados segmentos da indústria. Dentro deste
contexto, o projeto Açaí por aí tem como objetivo geral agregar valor
à cadeia produtiva do açaí (Euterpe sp.) por meio da arte associada
ao conhecimento científico. É um projeto que leva o conhecimento
científico por meio da arte. Valoriza a Região Amazônica pela palmeira
de Açaí (Euterpe sp.) e apresenta para as comunidades que usufruem
desta, como fonte de alimentação e geração de renda, outros
olhares sobre esta planta já bem conhecida por estas comunidades.
Como nova forma de agregar valor à cadeia produtiva do Açaí, uma
designer e uma profa. Dra. em Ciências Biológicas em conjunto com
as comunidades, que vivem do extrativismo do açaí produzirão peças
com design moderno inspirados nas belezas da palmeira. Produtos
como camisetas com estampas oriundas da fisiologia e anatomia das
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estruturas do açaí, canecas, peças para usos terapêuticos feitas com
enchimento do caroço, além de fotografias, telas e livro do projeto.
O resultado das oficinas realizadas nas comunidades será
apresentado em exposições com venda dos produtos criados a partir
da vertente transversal da Ciência e da Arte ligadas à palmeira. Esta
ação refletirá potenciais das comunidades ao mesmo tempo em que,
as envolve, valoriza, informa e transforma saberes tradicionais em arte
e conhecimento científico.
Resort ecológico sustentável para a Amazônia
A apresentação de um modelo de resort ecológico, dentro dos
princípios de construção verde, na Amazônia, visa o desenvolvimento
sustentável da região, a recuperação de áreas degradadas e,
principalmente, a melhoria da qualidade de vida das comunidades do
entorno. Visa, ainda, evitar o êxodo rural em áreas que tanto necessitam
da presença do homem ribeirinho, até como forma de defesa territorial.
A presente proposta tem como objeto a elaboração do Master Plan
e Projetos Completos de um Resort Ecológico, numa Comunidade
Ribeirinha, zona rural do Amazonas, e a sua implantação em área
degradada. Os estudos envolvem a elaboração do Master Plan e dos
projetos legais, atendendo a concepção de construção verde e visando
a certificação do resort. Construções verdes, também conhecidas
como construções sustentáveis, são estruturas que usam recursos
como energia, água, materiais e terreno de forma mais responsável do
que construções convencionais.
Na região do Amazonas existem vários lagos com um grande
potencial pesqueiro e muita terra produtiva ora utilizada para a
agricultura e o extrativismo. A região reivindica mais incentivo para
garantir a produção e melhor qualidade de vida. Esta proposta seria
uma forma de evitar o abandono do campo por seus habitantes,
em busca de melhores condições de vida, já que este fenômeno é
normalmente acompanhado pela miséria dos retirantes, fazendo com
que muitas dessas pessoas acabem como desempregados e marginais
nas grandes cidades; quando não morrem devido às consequências da
subnutrição.
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Propostas Apresentadas | Categoria Econômico-Tecnológica
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Será definida para a implantação do resort protótipo uma área,
parcialmente degradada, numa comunidade às margens de um lago
Amazônico. Todos os cuidados necessários serão tomados durante a
construção, para prevenir a poluição do local. A construção ocorrerá
em área degradada, com recuperação da mata ciliar e tratamento do
entorno a fim de proteger, recuperar e tornar a área mais atraente.
A recuperação das áreas degradadas será efetuada com foco na
reintrodução de espécies nativas da região. Devido ao ciclo das cheias
e vazantes, que ocorrem a cada 6 meses, optou-se pela implantação
de módulos de jardins flutuantes com produção de plantas de corte
(que servem para arranjos florais), em conjunto com horta flutuante
orgânica. Além de enaltecer a exuberância paisagística, os jardins e a
horta suprirão o resort. Serão desenvolvidos projetos para captação e
uso de águas pluviais; prevê-se o uso racional da água, utilizando água
da chuva na jardinagem e nas bacias sanitárias. No que concerne à
energia, os prédios contarão com otimização da performance energética,
haverá geração local de energia renovável (solar: painéis fotovoltaicos,
além de energia de biogás e de biomassa). A gestão de materiais e
recursos envolverá: depósito e coleta seletiva de materiais recicláveis;
utilização de materiais regionais, como bambu e madeira certificada.
A qualidade ambiental interna será mantida com as seguintes medidas:
máximo aproveitamento da ventilação natural; uso de materiais de
baixa emissão de voláteis tóxicos (adesivos, selantes, tintas, vernizes);
máximo aproveitamento da iluminação natural.
O projeto contempla um resort ecológico sustentável com chalés
em painéis modulados e pré-fabricados em bambu e micro concreto.
Contará ainda com trilhas devidamente sinalizadas para incursões
científicas e abrigos para morcegos (que ajudarão na disseminação de
sementes), horta flutuante, transporte alternativo em aerobarco híbrido
com energia solar, captação e utilização de água das chuvas, estação
de tratamento ecológico de esgoto com reuso de águas tratadas para
irrigação, energia solar fotovoltaica e térmica (para aquecimento de
água), uso do lixo orgânico para geração de biogás e de biomassa
para geração de energia em planta com queima controlada. Com fins
de sustentabilidade do transporte fluvial na região, será efetuado o
balizamento virtual de hidrovias de acesso ao resort utilizando GPS
(Sistema de Posicionamento Global). Será, também, edificada uma
torre de 30 m para observação e monitoramento ambiental. Uma
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opção atraente para férias e também um excelente local para realização
de reuniões de trabalho, conferências, seminários ou comemorações.
Requer uma equipe de apoio, devendo ser treinada, para isso, a própria
população nativa da área. O resort será um ícone de sustentabilidade
em plena selva Amazônica.
Desenvolvimento de linha de fitocosméticos com
bioativos amazônicos
Foram pesquisadas, desenvolvidas, registradas e serão
produzidas (lote pioneiro) uma linha de fito cosméticos marca amor
Amazônia, registrada no INPI com bioativos amazônicos (mulateiro,
urucum, manteiga de cupuaçu, preciosa,paticholi e cumaru) a seguir
relacionados: creme gel anti-aging, loção protetora solar-fps-15 e fps30, colônias com essências regionais (kumatê, kumaru, kaioé e kuité)
, todas com registro de marcas no Inpi, e uma logomarca de DNA
100% amazônica. As colônias com ativos da floresta com embalagens
regionais com tampas de refugo de madeiras certificadas do pólo
madeireiro Dimpe, revestimento com palha de buriti e mini artefatos
indígenas (machadinha e zarabatana).
Cidadão 21
De acordo com o Banco Mundial por meio do relatório PRS
(Poverty Reduction Strategy), o excesso de burocracia é o segundo
maior desafio ao desenvolvimento econômico e está associado
diretamente ao desenvolvimento de um país. No Brasil, temos mais de
10.000 órgãos públicos nas esferas municipais e estaduais, e mais de
12.000.000 de funcionários públicos. No mês de setembro de 2013,
realizamos uma pesquisa com 180 cidadãos nos estados do Tocantins,
Goiás e Distrito Federal. Através dela observamos que as estruturas
organizacionais brasileiras são burocráticas e ineficientes, e que o
mercado de gestão pública carece de iniciativas voltadas a inovação.
Acompanhamos que qualquer cidadão que vá demandar alguma
solicitação em algum órgão publico tem pelo menos 30% de chances
de ter sua solicitação negada por algum erro operacional do processo.
Se for aprovado, o mesmo cidadão terá que ir em pelo menos três
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órgãos diferentes em quatro vezes diferentes para conseguir finalizar a
sua solicitação, e vai perder em média 2:30h apenas em filas. Ou seja:
o cidadão brasileiro sofre com a ineficiência da máquina pública.
Somos uma startup voltada a desburocratização, automatização
e avaliação da eficiência de processos operacionais. Criamos uma
ferramenta para automatização de processos que avalia a burocracia
existente e sugere novos caminhos para melhorar o desempenho
do processo, automaticamente. Também fornecemos uma série de
índices de desempenho para os órgãos públicos, como meritocracia
e identificação automática por inteligência artificial caso o processo
sofra algum tipo de fraude. O produto é focado para pequenos e
médios órgãos públicos que compõem a maior parte da estrutura
burocrática do Brasil, que não possuem recursos para contratar
projetos extremamente onerosos e demorados. Atualmente estamos
operando com três clientes onde conseguimos melhorar em média
90% do tempo de execução dos processos e mais de 80% da carga
de trabalho dos processos e obtemos um índice de satisfação do
beneficiado por essa ferramenta, o cidadão, em 95%. Por exemplo,
reduzimos a regularização de Microempreendedores Individuais de 60
dias para apenas 3 dias no município de Palmas, Tocantins.
Casa do mel
A apicultura/meliponicultura são atividades capazes de causar
impactos positivos, tanto sociais quanto econômicos, além de contribuir
para a manutenção e preservação dos ecossistemas existentes.
A cadeia produtiva da apicultura/meliponicultura propicia a geração de
inúmeros postos de trabalho, empregos e fluxo de renda, principalmente
no ambiente da agricultura familiar, sendo, desta forma, determinante
na melhoria da qualidade de vida e sustentabilidade do homem meio
rural e na floresta. O Brasil apresenta características especiais de flora
e clima que, aliado a presença das abelhas africanizadas e nativas, lhe
conferem um potencial fabuloso para a atividade apícola/melipônica,
ainda pouco explorado. O mel é usado como alimento pelo homem
desde a pré-história. Por vários séculos foi retirado dos enxames de
forma extrativista e predatória, muitas vezes causando danos ao meio
ambiente matando as abelhas. Entretanto, com o tempo, o homem
foi aprendendo a proteger seus enxames, instalá-los em colméias
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racionais e manejá-los de forma que houvesse maior produção de mel
sem causar prejuízo para as abelhas.
A demanda decorre das finalidades deste produto, isto é, além
de poder ser utilizado como um suplemento alimentar pode ser
comercializado para fins terapêuticos. A margem dos preços alcançada é
considerada fator importante para o sucesso das transações comerciais.
A atividade apícola/melipônica, não exige muito tempo para a obtenção
de resultados e nem muitas sofisticações em termos tecnológicos,
dependendo de um manejo adequado e das condições da flora da região.
Segundo Vilela (2000), usando tecnologia suficiente, recomendada
na produção e comercialização, espera-se alta rentabilidade nesta
atividade exercida.
Nesse sentido, para fortalecer a política de inclusão socioprodutiva,
com vistas à retirada de famílias da pobreza, construímos este projeto
(Cooperativa de trabalho incubadora gestão avançada e assessoria
técnica social e ambiental CIGA) para ser realizado em parceria com
a comunidade em foco, a SEPN, SEAPROF e demais parceiros que
possam se interessar na implementação da Casa do Mel, tendo como
referência o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do Estado em
base comunitária. Nas atividades de cunho organizacional/organização
social, será realizada em parceria com a OCB/SESCOOP (AC), que
já acenou o forte interesse em contribuir com a capacitação voltada
para o modelo de gestão cooperativista, haja vista ser este o foco e
objeto final: modelo de gestão democrática da Casa do Mel.O foco
do projeto é a melhoria da qualidade de vida e a sustentabilidade
ecológico-econômica das comunidades localizadas em áreas rurais.
O desafio proposto pela nova gestão do Governo do Estado do Acre,
para o período de 2014 a 2016, é a melhoria contínua e progressiva do
padrão da qualidade de vida das populações que vivem e dependem
da floresta, com elevação da produtividade do Mel, da economia,
garantindo a segurança alimentar das famílias envolvidas e distribuição
justa da riqueza produzida; numa situação de oferta regular e
satisfatória de emprego, de inclusão e mobilidade social, de redução
das desigualdades, de dignidade dos produtores rurais nos quais se
reafirmam e se fortalecem a identidade do povo acreano, os valores
da democracia e da conservação dos recursos ambientais, logo,
favorecendo o aprofundamento do desenvolvimento sustentável no
estado. Desse modo, o Plano Acre sem Miséria, em consonância com
o Programa Estadual de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Mel,
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tem o objetivo de melhorar a vida das famílias que vivem na condição
de extrema pobreza no Estado.
Binária: mão & pé de cure
No contexto da confecção e montagem do equipamento
(BINARIA), Mão & pé de cure; consiste em adaptar em um modulo
(côncavo) em acrílico de espessura em 10 mm. Onde um motor
de capacidade voltaica de baixa tensão de 0,1/2 (CVA), ou seja, 110
a 127 Wts; fixo e proso a uma parte direita da paca (rebolo), fixado
para tal função de giro e descamação. Gira em sentido ante-horário
com dispositivo de liga e desliga sendo o mesmo equipamento a
ser fixo numa mesa ou um modulo de (MDF) pré-fabricado levando
em consideração o modelo e tamanho seja portátil para a função de
(mão & pé de cure). Com ligação de um adaptador de alumínio para
água morna em um recipiente (cuba) sendo uma entrada e uma saída
(revestido de igual material com uma abertura regulável para tal função,
de água morna).
Ambos os equipamentos (binaria) em se tratando de um par
de iguais funções para melhor desempenho profissional na área de
estética e nos salões de beleza; acelerando o processo do referido
serviço (esfoliação) e de espera do cliente. Sendo o mesmo orientado
pelo profissional da área indicando como proceder ao manuseio do
equipamento por vez (livre e espontâneo do cliente). A Binária, Mão &
pé de cure, poderá facilitar uma maior rapidez no atendimento, já que
se trata de uma demanda crescente nos finais de semana em todos os
ambientes de trabalho nesta área de estética e salões de beleza. Por
isso a Binária, Mão & pé de cure contribuirá consequentemente para
o desenvolvimento e aceleração no atendimento nos seus respectivos
mercado consumidor.
Rede de colaboração solidária: unidades
de referência de produção extrativista e
agroecológica
Este projeto tem por finalidade gerar renda para as famílias
agroextrativistas, ribeirinhos e dar sustentabilidade aos seus
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empreendimentos econômicos solidários do Território da Cidadania
da Baixada Cuiabana, articulando, em rede, o trabalho extrativista
dessas comunidades com unidades agroindustriais já instaladas
em alguns municípios desse Território e que atualmente encontram
dificuldades de operação, para alcançar o nível limite operacional que
garanta benefícios mútuos. Atualmente, a Arca Multincubadora, em
articulação com a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares
da Universidade Federal de Mato Grosso (ITCP-UFMT), incuba e/ou
apoia diversos empreendimentos econômicos solidários que contam
com estruturas produtivas, logística e administrativas.
As relações de confiança já consolidadas entre a UFMT e a ARCA
Multincubadora entidades parceiras da Rede de Colaboração Solidária e
as comunidades atendidas por este Projeto, possibilitaram a elaboração
de ações integradas que poderão viabilizar o funcionamento, em rede,
das estruturas produtivas já implantadas nesses empreendimentos,
como uma farinheira, uma panificadora, uma unidade de processamento
de polpas localizadas em Chapada dos Guimarães (MT), uma
agroindústria para processamento de derivados da cana de açúcar em
Poconé (MT), um frigorífico de peixes, uma unidade de produção de
húmus de minhoca e de um laticínio localizados em Várzea Grande
(MT); uma agroindústria para o processamento de produtos de origem
vegetal, com destaque para produção de chips de banana e mandioca,
doces e passas em Cuiabá, que poderá ser equipada para produção
de óleos de produtos da sociobiodiversidade. A Coopervv, localizada
em Cuiabá produz também hortaliças em processo de certificação
orgânica, que poderá apoiar o funcionamento de unidades de Produção
Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) localizadas na zona rural
desse município e que encontram-se desativadas.
O objetivo geral deste projeto é a estruturação de 12 Unidades
de Referência relacionadas à produção orgânica, extrativista e de base
agroecológica nos municípios Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada
dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nossa Senhora do Livramento,
Nova Brasilândia, Poconé, Rosário Oeste, Santo Antônio do Leverger,
Várzea Grande. Parte dos recursos deste Projeto será utilizada para
pequenas adequações físicas e aquisição de alguns materiais e
equipamentos complementares que forem essenciais para potencializar
o funcionamento dos projetos em execução na Baixada Cuiabana no
que se refere ao aproveitamento de produtos da sociobiodiversidade
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Propostas Apresentadas | Categoria Econômico-Tecnológica
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e da produção orgânica nas estruturas existentes nas comunidades
beneficiárias. Outra parcela dos recursos financeiros será utilizada para
garantir a assistência técnica, a qualificação profissional e a capacitação
em gestão, educação ambiental e na área técnico-operacional
por meio das consultorias vivenciais qualificadas que garantam a
operacionalização da Rede de Colaboração Solidária de forma a garantir
a produção e comercialização, em escala, desses produtos.
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Categoria
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Propostas Apresentadas | Categoria Social
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Eu estou aqui: e tu povo da Amazônia?
O projeto visa à interação e a inclusão sociocultural entre os
Estudantes Africanos da Região da Amazônia com as comunidades
indígenas, quilombolas, periféricas e ribeirinhas na Amazônia, pois
existem muitas semelhanças culturais entre esses povos, tais como
crenças, lendas, gastronomia, ritmo folclórico e alguns aspectos
geográficos semelhantes da Amazônia que influenciam que na
adaptação dos povos africanos na Região.
Dentro das Universidades, principalmente na Universidade
Federal do Pará, fizemos uma observação e sentimos muito, a falta
de informações referentemente aos povos africanos e sobre os países
africanos, pois até hoje há um universitário que fala que a África é um
“país”, de mesmo sentimos um pequeno número da presença dos
povos indígenas, quilombolas, periféricos e ribeirinhos motivados para
enfrentar os estudos Universitários, apesar das políticas de cotas que
as universidades públicas oferecem hoje.
Neste contesto das realidades que o projeto vem para criar um
instrumento de aproximação dos estudantes africanos aos esses
povos, para dizer que se eu estou aqui, desta vez travessei o atlântico,
não para escravidão, mas para adquirir conhecimentos, e você também
pode ter as grandes ambições no futuro como eu. E me pergunto a
eles, a seguinte eu estou aqui na sua terra, na sua Universidade e você?
Aí que vem a ideia do projeto.
Conhecimento interativo
O projeto Curumim tem como ambição, recuperar a cultura
folclórica paraense que está sendo esquecida progressivamente
pela região, criar conscientização sobre vários fatores sociais de
desenvolvimento sustentável a interação com pessoas e ambientes,
abordando de forma simples e eficaz para que possa ser compreendida
com sucesso por crianças além de trabalhar como via educativa além
de ser uma ferramenta interativa para ser utilizada em sala de aula por
professores. Acreditamos também em um impacto econômico uma
vez que este projeto abrirá portas para um processo de “gamificação”
cultural que resultará em Startups apostando no potencial Paraense
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
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para geração de novas tecnologias em novas empresas, retendo e
aumentando o capital na região.
Olhos Negros: portal educacional da cultura
afrodescendente na Amazônia
Projeto de mídia digital que visa trabalhar como um ponto de
convergência para a divulgação das ações afirmativas em torno da cultura
afrodescendente na Amazônia, bem como servir para veiculação de
objetos de aprendizagem para ensino desta cultura nas escolas de todo
o país, principalmente nas situadas na Região Metropolitana de Belém.
Pensando em conteúdo para o programa Navega Pará, que é uma
política de inclusão digital, este apresenta peculiaridades mostradas
ante à realidade da convergência e modelos inclusivos propostos para
a Região, por isso, tanto tecnologia quanto conteúdo adéquam-se à
usabilidade que é específica desse povo e ao final, mostrará que tais
ações podem contribuir bastante para redução de desigualdades onde
cor de pele ainda é um elemento discriminatório na sociedade.
Educação sustentável, sinérgica e social em
projetos de assentamentos no Estado de Roraima
Pretende atuar na linha programática de “Geração de Renda
e Oportunidade de Trabalho” com famílias produtoras rurais dos
projetos de assentamentos: Nova Amazônia em Boa Vista e Projeto
de Assentamento Dirigido (PAD) Anauá em Rorainópolis onde foram
qualificados (615 participantes diretos) durante a realização da primeira
proposta (2011 a 2012). Os dois assentamentos estão localizados,
respectivamente, nos territórios Norte e Sul do Estado de Roraima.
A presente proposta se justifica pelo fato de Roraima apresentar um
perfil que aponta carências nas estratégias de produção que atenda a
comunidade rural. Uma questão que foi agravada no período de 1994
a 2005 em decorrência de fatores como: a inexistência de Escolas
Técnicas Rurais; a falta de uma estrutura organizacional voltada para
a participação comunitária em projetos de desenvolvimento local
sustentável e, pela dificuldade de acesso às vicinais que interligam os
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Propostas Apresentadas | Categoria Social
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municípios, vilas e distritos às sedes dos municípios e à capital, Boa
Vista.
Diante desse contexto a Universidade Federal de Roraima
(UFRR) em parceria com a Fundação Ajuri e com a ação conjunta e
articulada de profissionais e de instituições parceiras como o Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/RR), o Centro de
Pesquisa Agroflorestais de Roraima (Embrapa/RR), a Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego de Roraima (SRTE/RR), o Sebrae/
RR, o Senai/RR, a Seapa/RR, a Cooperfar/Rorainópolis, Coopercinco/
PA Nova Amazônia, RLIS/Rorainópolis e prefeituras locais por meio
de suas secretarias, propõem a renovação e constituição do presente
projeto cujo objeto será atender a necessidade de geração de renda
e oportunidade de trabalho para 360 pessoas, participantes diretos
(e familiares), assentados da reforma agrária que foram qualificados
na primeira proposta pelo projeto intitulado: “Educação sustentável,
sinérgica e social em projetos de assentamentos no Estado de Roraima”
patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Desenvolvimento
& Cidadania, nos diferentes cursos: produção de mudas, avicultura,
apicultura e piscicultura.
Morar no Amazonas indígena
O Projeto Morar no Amazonas Indígena foi concebido dentro de
um projeto maior: o Projeto Morar Indígena, que tem como objetivo
principal moldar um atendimento habitacional específico para a
população indígena brasileira. Sendo engenheira da Companhia de
Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab Minas), e ciente de,
em Minas Gerais, existirem doze etnias distintas em 22 municípios,
concebi o “Projeto morar na minas indígena”, que, durante todo o ano
de 2013 e início de 2014, foi sendo desenhado até que agora, agosto
de 2014, está viabilizado e já começa a dar seus primeiros passos:
saiu do planejamento, passou pela viabilização e vai iniciar a execução.
Com este resultado, e tendo como premissa a sua replicação em todo
o território nacional, via transferência de experiência/conhecimento,
pretende-se com a presente oportunidade apresentar o “Projeto Morar
no Amazonas Indígena” e, em caso vencedor, teremos os recursos
necessários para o intercâmbio com os órgãos amazonenses que se
propuserem a executá-lo no Estado do Amazonas que, segundo a
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Fundação Estadual de Política Indigenista e a Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, possui
120 mil nativos indígenas em 66 etnias que falam 29 línguas. É uma
proposta que pode ser replicada em toda a Amazônia Legal.
A viabilidade do beneficiamento de sementes para
a fabricação de biobijuterias em duas cidades da
região norte do Estado do Amazonas
As visitas foram realizadas às unidades Lago Janauari (Iranduba,
AM) e Rio Preto da Eva (AM), fabricantes de biobijuterias, comunidades
vizinhas da cidade de Manaus, comumente, utilizam-se de sementes
amazônicas para a confecção das peças, em algum destes lugares,
constataram a predominância da matéria-prima. O presente estudo
mostra a possibilidade do empreendedorismo em harmonia com o
meio ambiente, verificando a realidade atual do seguimento na região,
proporcionando assim, bases para a discussão acerca do tema e
incentivando o proposto, utilizando os seguintes materiais: sementes
de frutos amazônicos, alicates, fios, agulhas, corantes e anilinas.
O processo para a iniciação da produção de biobijuterias é dado a partir
da colheita das sementes, armazenagem das mesmas, tingimento,
separação e montagem das peças para a confecção de biobjuterias.
Concluindo-se, portanto, ser viável o beneficiamento de sementes
amazônicas para a fabricação de biobijuterias, uma vez que se apresenta
ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo.
Tecnologias sociais utilizadas na produção de
sementes de malva no Estado do Pará
Sem a produção de sementes de malva no estado do Pará não
há produção de fibras no estado do Amazonas, pois mesmo sendo o
maior produtor nacional de fibras de malva, o Amazonas não possui
campos para a produção de sementes. A malva pertencente à família
das malváceas, denominada cientificamente como Urena Lobata L.,
sósia perfeita da juta, ela aparece em várias partes do Brasil. Seu
cultivo foi tentado em São Paulo e Rio de Janeiro, mas somente na
região do Nordeste paraense é que se obteve êxito na sua exploração,
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Propostas Apresentadas | Categoria Social
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e no ano de 1971 foi introduzida no estado do Amazonas. Seu cultivo
no estado do Pará vem desde os primórdios da colonização das regiões
hoje conhecidas como Bragantina, Guajarina e Salgado, aparecendo
inicialmente como cultura de quintal e reduzida a pequenos produtores,
a partir da década de 1930 ela passa a ser cultivada de maneira
contínua e sistematizada, o cultivo vai aumentando gradativamente
ocasionado pelo aumento na demanda por fibras e, consequentemente,
por sementes na região. Com o aumento das áreas cultivadas no
Amazonas a demanda por sementes também aumentou. Assim como
ocorre atualmente, naquele período, somente Instituto de Fomento à
Produção de Fibras Vegetais da Amazônia (Ifibram) era registrado no
Ministério da Agricultura como produtor de sementes.
Essa condição permanece e o Ifibram faz parcerias com os
agricultores familiares que são cadastrados como cooperantes para a
produção desse insumo. Nesse sentido, considerando que as sementes
são colhidas de forma extrativa, descascadas pelo método de socagem
no pilão de madeira e, levando em consideração que tal método poderia
levar a um ponto de não mais ser possível produzir sementes em
quantidade suficiente para atender a demanda de produção do estado
do Amazonas, o Ifibram pesquisou e desenvolveu duas máquinas para
fazer a limpeza das sementes. Longe de ser uma tecnologia sofisticada,
as máquinas foram construídas de forma artesanal e com baixo custo
de produção, todavia, sendo extremamente eficientes na limpeza
das sementes, com capacidade de beneficiamento de 400 kg/dia por
produtor, enquanto no método tradicional feito no pilão de madeira, a
produção diária não ultrapassa 10 kg/dia de sementes por produtor.
Portanto, o beneficiamento das sementes que era lento e desgastante
se tornou mais rápido, seguro e com maior produtividade, fato que
melhorou o ganho dos agricultores. Eis a razão da existência do nosso
projeto.
Psicólogos de rua:
projeto de intervenção em saúde pública
Tem como objetivo aplicar medidas em saúde mental que
garantam acesso universal da população aos serviços psicológicos.
Tem como justificativa o crescente interesse pela sustentabilidade da
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vida nos centros urbanos e a observação de que somente os fatores
econômicos não explicam a intrincada rede de fatores psicológicos que
mobilizam e explicam o comportamento humano no tecido social.
O projeto propõe estender os limites do atendimento psicológico
prestado em consultórios nos grandes centros urbanos fazendo com
que toda a população tenha acesso a saúde mental numa escala
não contemplada antes. O problema não é novo: Sigmund Freud,
em conferência feita em 1918, se referiu à necessidade de levar o
tratamento psicológico à grande massa da população que permanecia
sem acesso ao mesmo, por conta do elevado preço desse serviço, e do
próprio método de trabalho usado até então. Preconizou a necessidade
de modificar a técnica para tornar o atendimento mais rápido e mais
fácil de ser aplicado a grandes populações e vislumbrou a chegada do
dia em que as neuroses seriam tratadas pelos governos com a mesma
seriedade com que a tuberculose é: como doenças com potencial de
incapacitar severamente a vida do indivíduo.
O Projeto funcionará inicialmente com uma tenda que possa ser
facilmente armada ou desarmada, de modo a migrar de lugar todos
os dias, abarcando todas as Zonas da cidade, de praças e feiras a
shoppings e eventos contando com autorização prévia da Prefeitura de
Manaus. Esta barraca deverá ser opaca e isolada de forma a garantir
o sigilo para os clientes em atendimento. Do lado de fora do espaço
um aluno-estagiário de um Curso de Psicologia local ficará responsável
pela organização da fila, procedendo à triagem e estabelecendo
prioridade para casos de maior urgência. Um segurança municipal
deverá estar presente visando à integridade física dos participantes que
estarão mais expostos nesta nova situação de atendimento. Dentro
da tenda somente duas cadeiras removíveis, ar-condicionado portátil,
equipamentos de registro em vídeo e gabinete com notebook para
armazenamento e transmissão de dados dos atendimentos.
Os atendimentos serão oferecidos com tempo limite de até
15 min. por cliente visando dar agilidade ao serviço, e, para os casos que
necessitarem, poderão ser oferecidos encaminhamentos para terapia
continuada em consultórios particulares conveniados. Os serviços
oferecidos serão de atendimento emergencial e/ou aconselhamento
psicológico, não-psicoterápico, com foco de apenas um problema
por atendimento, prestados por um psicólogo, durante o período das
manhãs e tardes, todos os dias úteis da semana, excepcionalmente
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aos feriados, sábados e domingos (quando ocorrerem eventos
da Prefeitura Municipal). Os atendimentos serão pagos com valor
estipulado pelo paciente atendido e a arrecadação será revertida para
manutenção do Projeto e pagamento dos psicólogos prestadores
de serviço, sendo requisitada autorização dos clientes para gravar a
sessão, de modo a instruir posteriormente os prestadores sobre as
características da tarefa e contribuir para sua formação continuada. No
início os atendimentos estarão limitados às barracas, sendo possível no
futuro que os psicólogos do Projeto também circulem entre a população
visando atuar ativamente sobre os focos de conflito, brigas de trânsito
e demais problemas relacionais. Haverá necessidade gradativa de que
todos os prestadores tenham especialização em psicologia clínica e em
atendimento na modalidade Plantão Psicológico.
Construção estrutural com garrafa pet:
sustentabilidade e economia na construção
Com o grande número de garrafas pet e plásticos despejados
no meio ambiente e a falta de moradias dignas, o Projeto Construção
Sustentável com garrafa pet é uma solução para alinhar esses dois
problemas à uma solução ecologicamente viável. Os danos causados
por estes detritos ao meio ambiente são incalculáveis, bem como o
problema de saúde pública e saneamento básico. Após 4 anos de
pesquisas e experiências práticas, cheguei a um produto que atende
aos ensejos da Região Amazônica em vários aspectos, sócias e
econômicos.
Grande parte das construções na Região Amazônica sofrem com
o problema de logística, devido às grandes dimensões, esta forma de
construção pode ser transportada de forma fácil para qualquer lugar.
O uso de garrafas pet em construção, na verdade, não é nenhuma
novidade, mas aqui procuramos mostrar que em nosso projeto, a Região
Amazônica sendo levada em consideração, uma vez que não utilizamos
areia dentro das garrafas, nem tampouco garrafas “deitadas”, que
aumentam a espessura das paredes, consequentemente seu peso.
Nosso projeto utiliza garrafas vazias com tampas, ferro de estribo,
arames e telas de metal (tipo das usadas em galinheiros e outros
viveiros.)
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e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
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Acessar: ampliando horizontes da população
amazônica
Integrará um conjunto de ações que explorarão as potencialidades
da tecnologia móvel existente, literalmente, nas mãos da população da
periferia das grandes cidades da Amazônia Legal. Aparelhos celulares
são uma tecnologia ainda pouco explorada pelos serviços públicos
brasileiros apesar de terem alcançado número extraordinário de
usuários, inclusive na população de baixa renda. Angariando o apoio de
inúmeros parceiros, o Projeto Acessar poderá melhorar a qualidade de
vida da população de baixa renda da Amazônia.
Metodologicamente, o Projeto Acessar desenvolverá três
ações integradas que impactarão a inclusão financeira, a mobilidade
urbana, a inclusão digital e o governo eletrônico móvel nos territórios
em que for implantado. Como ação inicial, uma instituição financeira
será contratada para abertura de contas de pagamento acessíveis via
celulares (pagamento móvel) para a população dos territórios escolhidos.
Em segundo lugar, um benefício financeiro equivalente à ¼ da despesa
média mensal com transporte urbano na localidade será depositado
nessa conta de pagamento. Em terceiro lugar, o celular será cadastrado
em portal eletrônico de informações públicas, podendo receber ou
acessar informações sobre serviços públicos básicos diretamente no
celular gratuitamente.
A articulação e integração dessas ações poderá impactar
sobremaneira a população da periferia das grandes cidades. Por
exemplo, subsídios à passagem urbana são importantes para ampliar a
mobilidade urbana das pessoas em economia informal, desprovidas das
vantagens do vale-transporte (cabível apenas ao trabalhador formal).
Ademais, isto ampliará o espaço urbano acessado pela população,
dando-lhes mais possibilidade de transitar pela cidade para acessar
direitos de saúde, educação e cultura. Acessada via celular comum (não
se trata de smartphone), a conta de pagamento trará conveniência e
comodidade para o usuário, possibilitando que a prestação de serviços
bancários básicos (recebimento de depósitos, remessa de dinheiro
e/ou o pagamento de boletos de água e luz) estejam disponíveis em
seu celular usando canais USSD (e.g., *123#). O celular também
possibilitará acessar informações de utilidade pública, por exemplo,
telefones de emergência, de serviços públicos de saúde, educação,
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desenvolvimento social, defesa civil e etc. O celular cadastrado no
portal de informações também estará pronto para receber mensagens
SMS personalizadas do próprio governo, com avisos sobre campanhas
de vacinação, alarmes da defesa civil, calendário escolar e etc. Com um
investimento de cerca de R$ 15,61 e 24 meses de desenvolvimento, o
Projeto Acessar ampliará o espaço territorial e o alcance informacional
da população pobre da periferia das grandes cidades da Amazônia.
Caravana hip hop
Terra rica em ritmos e sonoridades, berço do carimbó, da
guitarrada e do tecnobrega, o Pará destaca-se e é celebrado em palcos
brasileiros e estrangeiros, também, na área da dança de rua. Uma
trajetória que vem sendo construída desde a década de 1980. Foi em
1984 que, pela verve expressiva dos irmãos Paulo e Luiz Gadelha, o
grupo de Street Dance denominado Crew Estilo de Belém, uma vertente
descontraída do Hip Hop, surgiu na periferia da capital paraense.
A partir dessa iniciativa, a dança de rua no Pará tomou corpo e ocupou
espaço, conquistando público e novos adeptos. Nesse momento, o
Estilo celebra seus 30 anos de atividades com um histórico de sucesso
e conquistas em encontros, batalhas, projetos e festivais de dança no
Brasil e em mais de 30 países.
Em resumo, o Estilo de Belém é a junção do Street Dance com
o Teatro de Comédia. Extrovertido, seus shows são contagiantes e
misturam gêneros musicais distintos, trajes coloridos e coreografias
inusitadas e interativas. Considerado inovador e singular, o grupo
retrabalha a linguagem da dança de rua e leva ao público espetáculos
com entretenimento, acessibilidade, acesso e inclusão País afora.
Renomados e populares, com know how nacional e internacional,
os artistas Paulo (Fera) e Luiz Gadelha (Maluquinho) contabilizam em
ambos portfólios inúmeras palestras, apresentações e exibições em
batalhas e festivais nos cinco continentes, participações em programas
de TV, eventos sociais e projetos culturais realizados nas periferias de
cidades brasileiras e estrangeiras.
Exemplo disso foi o projeto No Ritmo do Hip e do Hop, de 2012,
que aconteceu em Belém – como outras ações culturais e sociais
implementadas pelo grupo em escolas públicas de comunidades
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carentes – e recebeu o reconhecimento do Ministério da Cultura
(MinC) e do Ministério da Justiça (Pronasci) por meio do prêmio
Microprojetos Territórios da Paz. O evento mobilizou a juventude, os
grupos de bairros e marcou, indiretamente, o retorno dos dançarinos –
que moravam no Rio de Janeiro – à sua cidade natal. Com o grande
sucesso da iniciativa – que alcançou cerca de 250 jovens, beneficiando
estudantes e moradores de bairros vizinhos por meio de oficinas de
dança e palestras preventivas e gratuitas, dando oportunidade a todos
e promovendo a valorização de jovens e promissores talentos locais –
nasceu a Caravana Hip Hop, cujo o propósito é levar a dança a lugares
distantes, interagir com outras culturas e fomentar a formação de
plateias. Para 2015, a Caravana Hip Hop propõe visitar 29 municípios
do Pará, totalizando 40 localidades, com shows públicos e populares
que utilizem a dança como forte e eficaz ferramenta de transformação,
difusão, acesso e inclusão cultural e social de todos.
Meliponicultura como alternativa de renda para o
pequeno produtor rural
A meliponicultura é a atividade racional de criação de abelhas sem
ferrão de ocorrência nas zonas tropicais e subtropicais do planeta, em
particular na Austrália e América do Sul. Na Amazônia a criação dessas
abelhas torna-se uma atividade ambientalmente correta e sustentável,
por serem espécies nativas e integrantes ao ecossistema amazônico,
que contribuem para a polinização de inúmeras espécies vegetais,
além de contornar-se economicamente viável, pela elaboração do mel
como principal produto, seguidos de geopropolis, pólen e cera, que
após beneficiamento apresentam renda alternativa às comunidades
indígenas e ribeirinhas, que habitam as margens dos igarapés e rios
amazônicos. Este tipo de cultura familiar tende ser a atividade que
mais combina a conservação dos ecossistemas florestais à geração de
benefícios sociais ao homem do campo. Isso é fundamentado no baixo
investimento necessário para o seu início, na possível expansão de
implantação, no inexistente impacto degradante ao ecossistema e na
grande possibilidade de agregação de renda ao pequeno produtor rural.
Procedimento produtivo que pode envolver todos os membros de
uma família de produtores rurais, que se harmoniza com os conceitos
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de sustentabilidade ambiental e por depender de ambiente preservado.
É impossível a criação de abelhas em situações em que há uso abusivo
de agro-tóxicos, desmatamento, uso descontrolado dos recursos
renováveis (hídricos, solo ou ar). Embora seja uma atividade humana
antiga, o consumo de mel é cada vez mais valorizado por seu valor
energético, nutricional e também por suas propriedades medicinais
e cosméticas. Além de boa estabilidade no armazenamento, devido
suas características físico-químicas, o mel é conhecido globalmente,
garantindo um posicionamento diferenciado no mercado. Desta forma
o presente projeto de transferência de tecnologia sustentável, busca
desenvolver novas técnicas de manejo de abelhas indígenas para
aumentar produção de mel, geopropolis, pólen e cera de abelhas em
escala de produção que atenda as demandas comerciais e as indústrias
farmacêutica, cosmética e alimentícia. Criando melhorias para o homem
do campo, além de valorizar o potencial natural dos recursos florestais
não madeireiro, com beneficiamento para milhares de produtores
rurais e que possam minimizar os problemas relacionados a falta de
alternativa econômica e na promoção da qualidade de vida dos povos
da floresta que vivem e protegem o ecossistema e o Bioma Amazônia.
Contextualização do ensino da matemática
A realização desse projeto vem atender a necessidade da
motivação do discente na disciplina de Matemática nas séries do Ensino
Fundamental e Médio; o qual necessita responder em seu dia-a-dia
escolar e no cotidiano a questões práticas que envolvem o cálculo, a
álgebra, a geometria, áreas primordiais do mundo numérico presente
em diferentes situações na vida. Por outro lado há a necessidade de
humanizar sempre, ou seja, tornarmos racional o ensino da Matemática,
uma vez que há um enigma muito grande em torno da disciplina em
que a abstração sobrepuja a beleza das formas, da lógica, das funções
numéricas desenvolvidas em todos os instantes de forma racional,
cronológica, completamente justificada, a partir de hipóteses e variáveis
reais, mas não são percebidas ou identificadas.
Os pressupostos teóricos que embasaram as novas maneiras
de ensinar passando pelos recursos didáticos auxiliares; resolução
de problemas, etnomatemática, modelagem e formas de avaliação.
De maneira que os profissionais estejam estimulados, sempre
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aperfeiçoando e aprofundando sua formação, sentindo-se seguro e
motivado nessa difícil, mas gratificante tarefa, a de criar condições
para que seus alunos aprendam Matemática com significado e prazer,
usando-a naturalmente em sua vida como cidadãos, concretizando os
princípios gerais da educação: aprender a conhecer, a fazer, a conviver
e a ser; tudo isso contribuirá para que se possa atingir um processo
de ensino-aprendizagem de um nível superior. Apoiaremos-nos no
fundamental para executar este projeto nas possibilidades que brinda o
desenvolvimento do projeto “Curso de especialização em matemática
do ensino médio”, que nesse momento se leva a cabo no nosso
município patrocinado pela Seduc em parceria com a UEA.
Práticas sustentáveis no Distrito do Pirai:
tratamento dos resíduos sólidos e
sensibilização ambiental
O projeto que trata dos resíduos sólidos e sensibilização ambiental
surgiu para enfrentar esse que é um dos problemas que a comunidade
vem enfrentando no decorrer dos tempos. A Escola Municipal
Astrogilda Alves Belém, do Município de Barreirinha (AM), preocupada
com esta situação resolveu abraçar a causa com todos que fazem
parte da comunidade escolar, pois, segundo Paulo Freire “ninguém
educa ninguém e ninguém educa sozinho, os homens se educam em
comunhão” (FREIRE, 1987, p. 52). Da mesma forma, Freitas, apresenta
uma nova proposta pedagógica de construção de conhecimento, onde
defende o desenvolvimento de trabalhos escolares em grupo, a partir
da vivência dos alunos e de todo o ambiente que o cercam. Ela enfatiza
que “nenhum conhecimento é construído pela pessoa sozinho, mas
sim, em parceria com outras, que são os mediadores do nosso
aprendizado”(FREITAS ,1994).
Este projeto é relevante porque será por meio do mesmo que
buscaremos possíveis soluções para a aprendizagem dos alunos deste
educandário, onde será analisado e observado a prática metodológica do
professor e o desenvolvimento da criança no processo da leitura, escrita,
conhecimentos matemáticos, e demais disciplinas. O projeto em ação
é de interesse dos comunitários, professores e os demais discentes da
referida escola e servirá de apoio pedagógico e metodológico e como
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fonte de pesquisa a futuros professores que interessar em desenvolver
suas metodologias voltadas ao meio ambiente escolar e as futuras
gerações. Diante do exposto acima a importância de desenvolver o
projeto e extremamente importante por envolver comunitários, alunos,
professores, entidades ambientais e Semed de forma participativa.
Pão & Livro
A Educação na Amazônia é precária, em especial, nas áreas rurais
e ribeirinhas, onde funcionam escolas sem infraestrutura básica, sem
bibliotecas. Nessas condições, impõe-se um abandono intelectual às
crianças. O Projeto Pão & Livro tenta, de maneira prática, dar suporte
intelectual, no primeiro momento, às crianças mais carentes em idade
do ensino infantil. Muito se fala em criar meios de erradicar a pobreza e
a fome, mas nada tem sido feito para acabar com o abandono intelectual
que aflige as crianças.
Escola eco participativa da coleta seletiva de
materiais recicláveis: educação ambiental voltada
à sensibilização da coletividade na problemática
dos resíduos sólidos
O presente projeto visa proporcionar meios concretos de
ser trabalhado a Educação Ambiental nas escolas por meio da
conscientização e sensibilização dos atores envolvidos, e aos
catadores de resíduos sólidos com ênfase no aumento da renda,
ocorrendo contudo uma melhora na economia do bairro. O projeto visa
contribuir significativamente para o desenvolvimento e crescimento
socioambiental e socioeconômico da população amazônica no estado
do Pará, mais precisamente em Belém no bairro periférico chamado
Terra Firme. O projeto servirá como canal entre escola e realidade dos
catadores do bairro e cooperativas que trabalham na arrecadação e
transformação dos resíduos sólidos. No ambiente escolar no que diz
respeitos às problemáticas, propõe-se que os materiais recicláveis
utilizados e descartados nas escolas sejam separados com ajuda dos
alunos, organizando-os para que sejam recolhidos devidamente por
seus respectivos materiais como: vidros, papeis, alumínio, plásticos e
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metais, para que os catadores do bairro possam fazer a coleta sem
precisar danificar os sacos deixando de causar transtornos ao meio
ambiente, os materiais sendo reaproveitados em maior quantidade e
qualidade possa, contudo elevar à renda desses trabalhadores.
Incentivar os alunos a cuidar e preservar o meio ambiente por
meio de depoimentos de catadores, palestras, oficinas e construções
de brinquedos educativos, visitas técnicas em cooperativas de
resíduos, é vista como a chave para um futuro mais sustentável e
um desenvolvimento social. Estimular os responsáveis dos alunos a
fazerem a coleta seletiva em suas residências e alunos a desenvolver
hábitos educativos tanto nas escolas quanto em suas casas provocando
uma mudança gradativamente em seu modo de viver. O projeto
iniciará em quatro escolas ao mesmo tempo denominadas de escolas
pilotos. Portanto se contabilizado números de escolas que aderem
ao projeto vezes alunos e responsáveis, terá em poucos meses um
avanço na preservação e cuidados com o meio ambiente tendo como
consequência um salto no bairro em relação à saúde, educação e
economia, provocando uma conscientização ambiental na comunidade.
Avaliação integrada do impacto na saúde
decorrente da implantação de ações em
saneamento em comunidades localizadas
em unidades de conservação de uso sustentável
na Região Amazônica
A presente tese apresenta de forma inédita a avaliação
integrada do impacto na saúde decorrente da implantação de ações
em saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário e
higiene) em comunidades localizadas em unidades de conservação de
uso sustentável na Região Amazônica. Dessa maneira, ao apresentar
à sociedade os resultados e informações dos investimentos em
saneamento, trouxe subsídios para modificar e adequar intervenções
de saneamento já implantadas na região. A tese apresenta resultados
referentes aos impactos positivos do saneamento na saúde que têm
importância de ordem política, técnica, gerencial e social, por produzir
resultados em diferentes dimensões (técnica, socioeconômica,
ambiental e de saúde). Esses resultados visam ainda contribuir com
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subsídios aos gestores públicos, para a tomada de decisão quanto a
ações no setor saneamento para esse tipo de realidade.
Assim, os resultados e as conclusões da tese contribuem
para o aprofundamento do conhecimento da questão regional
brasileira, notadamente em relação à região norte. Isso porque a tese
contribui para avaliar e definir os impactos de ações de saneamento
comprometidas com a redução das desigualdades de povos que vivem
em um contexto territorial que vem sendo palco da exclusão no acesso
a projetos de desenvolvimento social e regional: o meio rural e a Região
Amazônica. Assim, a partir dos dados obtidos na tese é possível propor
ações de forma mais direcionadas para populações rurais na Amazônia
a fim de que as intervenções de saneamento sejam efetivas, eficazes
e eficientes para a melhoria da qualidade de vida da população.
Cultivo de cogumelos: uma alternativa
econômica e adjuvante na recuperação de
dependentes químicos da Fazenda da Esperança
em Manaus (AM)
O consumo de drogas tem sido um dos mecanismos mais
destrutivos do cidadão, da família e da sociedade. Desestrutura
famílias, afetando a capacidade de trabalho de dos familiares de seus
dependentes químicos. Constitui um problema social sério. As nações
unidas têm realizado programas de combate ao uso bem como ao
tráfico de drogas. Entretanto, o aumento tem sido consubstancial nos
últimos tempos. Em 2013 a ONU estimou mais de 253 mil mortes
anuais causadas por droga, sendo as derivadas do ópio as mais letais
(Globo On line 1014). As substâncias psicoativas são aquelas que
interferem de alguma forma no sistema nervoso, podendo causar
dependência. Algumas delas são legais, como a nicotina e o álcool,
e são reguladas por instituições especializadas. Porém, novas drogas
estão surgindo e sendo comercializadas em uma velocidade tão rápida
que os países estão tendo dificuldade em controlá-las. Segundo o
Escritório da ONU sobre Drogas e Crimes (UNODC), no último ano,
essas drogas aumentaram 40%, enquanto o número de países que
detectam dessas substâncias subiu de 70 para 90.
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As zonas do mundo com mais mortes relacionadas com drogas
são a América do Norte e a Oceânia (um em cada 20 mortos entre as
pessoas com idades entre os 15 e os 64 anos), o que a organização
explica não só pelo maior consumo como também pelo melhor
monitoramento e comunicação dos dados. No entanto, a entidade
adverte para o aumento do uso de narcóticos na América Latina, África
e Ásia. A cannabis é a droga que mais se consome a nível mundial,
seguida pelas anfetaminas e seus derivados. A ONU destaca em seu
relatório que o Brasil é um país vulnerável ao tráfico de cocaína, devido
à sua geografia estratégica no tráfico para a Europa, mas também
ao fato de ser um mercado consumidor devido à grande população
urbana. Citando dados da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
(Senad), o estudo indica que 3% dos estudantes universitários, de
todas as idades, usam cocaína (RELATÓRIO ONU 2013).
Embora no Brasil seja proibida a venda de bebidas alcoólicas para
menores de 18 anos, quase 35% dos adolescentes consomem bebidas
alcoólicas pelo menos uma vez por ano e 13% tem padrão intenso de
consumo e 10% com consumo de risco. Entre os indígenas a proporção
dos homens que bebem é de 52,7% e, dentre as mulheres, de 24,6%.
As mulheres apresentam maior proporção no abuso de álcool, enquanto
que os homens apresentam maior proporção na dependência de
álcool. As comunidades do Amazonas foram as que relataram ter a
maior proporção de pessoas que bebem (47,7%), embora a parcela de
8,9% beba somente em rituais ou festas (SEAD,2009).
De maneira geral, as drogas, sejam elas as lícitas ou as ilícitas,
além de possibilitarem a dependência, constituem um problema de
saúde pública: 14% dos casos de hepatite C são provenientes do uso
de drogas, assim como a aids e outras, onde são compartilhadas as
seringas. Os transtornos mentais e comportamentais devido ao uso
de álcool são responsáveis pelo maior numero de mortes associadas
ao uso de drogas, correspondendo a 90% dos casos (SENAD,
2009). O álcool, seguido da cocaína são as drogas que mais causam
afastamento do trabalho, gerando um transtorno familiar e social sério.
No Amazonas assim como outros estados o consumo e tráfico
de drogas tem aumentado consubstancialmente. O tráfico no estado
do Amazonas, a exemplo de outros estados da federação, figura como
o principal crime a ser combatido. Segundo as autoridades, o crime
está diretamente relacionado com o aumento no caso de homicídios e
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roubos. A constatação é de que a maioria dos crimes tem a ver com
o comércio ilegal ou dependência dos entorpecentes, segundo as
autoridades. A maior produção de pastas bases de cocaína encontrase na Amazônia, nos Estados do Acre, Amazonas e Pará, com maiores
consumidores sendo o sudeste e sul. O consumo, porém vem
crescendo na região norte. Todavia a região tem a menor percentagem
de instituições com atividades de prevenções.
Manaus dispõe de poucos centros de assistencialismo e um
deles, a Fazenda da Esperança, que se destaca no auxílio à recuperação
de dependentes químicos, conta com a ajuda de voluntários doadores
e auxílio espiritual. Estes dependentes são encaminhados de maneira
voluntária ou muitas vezes levados por seus familiares, oriundos de
um trabalho de convencimento contínuo. Os custos de manutenção da
instituição, no entanto, são muitas vezes aquém da real necessidade.
Ademais, a recuperação de um dependente químico, além do amor do
próximo e da família, requer muito esforço, autoajuda, e atividades que
os motive a sentir-se útil durante o processo de recuperação. Neste
contexto, o presente projeto vem como uma alternativa econômica
e adjuvante no processo de recuperação destes indivíduos, onde a
transferência de tecnologia, oferecida de forma gratuita, os permitirá
realizar uma atividade (cultivo de cogumelos), que além de funcionar
como fonte de renda, possibilitará recuperação da autoestima e
os tornarão úteis e importantes multiplicadores no processo de
recuperação de dependentes químicos.
Pé-Yara, o mapa tátil do amazonas: o jogo cidadão
O Mapa Pé-Yara é o primeiro mapa tátil exclusivamente amazônico,
desenvolvido com fibras e materiais extraídos da flora e fauna Amazônica.
Este protótipo possibilitará novas construções de materiais didáticos
para os portadores de baixa visão e cegos na Amazônia. O público
alvo deste jogo são os alunos e professores da rede pública do estado
que, por sua vez, aprenderão conteúdos obrigatórios do ensino regular.
O Mapa é composto de um sistema eletro-eletrônico integrados;
62 peças em madeiras da região apresentando o tipo de madeira
característico daquele município e apresentado para os encaixes; uma
tampa com as mais diversas texturas naturais extraídas da fauna e
flora Amazônica onde o aluno poderá conhecer por meio do “toque”
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a diversidade natural do município escolhido; um Tabuleiro para ajuste
das peças; um jogo de cartas de multi acesso; um tablet; (com dados
históricos, geográficos, culturais, tipos de texturas, tipos de madeiras;
manual, imagens, etc.); aplicativo/software livre NVDA/DOSVOX.
Com os jogadores, o peyarista (professor que comandará o jogo) e
uma equipe de alunos que participará do jogo cidadão desencadearão
um processo lúdico que determinará o grau de aprendizado em sala
de aula. O produto tem uma clientela potencial bastante expressiva,
apesar de ser inicialmente indicado para o atendimento e jogo em sala
de aula.
O Mapa Pé- Yara pode e deve ser trabalhado por todos os alunos
do ensino fundamental e ensino médio, uma vez que a inclusão prevê o
acesso da escola regular para todos sem discriminação. Embora neste
momento o produto esteja voltado para o atendimento dos municípios
do Amazonas, no futuro ele poderá ser expandido para outras regiões
do país, respeitando suas características regionais dos outros estados.
Além desta clientela específica, o Mapa será disponibilizado para o uso
nas escolas regulares, as escolas inclusivas, salas de recurso, centros
de apoio pedagógico e núcleos de acessibilidades e outros ambientes
de aprendizagem.
Projeto de desenvolvimento e ensino de técnicas
matemáticas para capacitação de pessoal carente
a auto-suficiência das necessidades cotidianas e
inserção no mercado de trabalho
Este projeto visa capacitar indivíduos que se enquadrem nas
seguintes condições: possuem algum tipo de deficiência no aprendizado;
residem em locais destacados de forma que lhes seja dificultado o
acesso ao ambiente escolar; lecionam para alunos com necessidades
especiais e necessitam adquirir conhecimentos básicos da Matemática
de maneira rápida, para emprego em situações do cotidiano. Diante
da premissa de que a Matemática, por mais “complicada que possa
parecer”, pode ser manipulada por meio das operações básicas,
desenvolvi este método que visa simplificar a realização de cálculos
diversos, empregando-se uma articulação prévia dos conceitos
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teóricos de forma a facilitar sua compreensão, tornando-a mais intuitiva
e natural.
A Teoria tradicional da Matemática procura generalizar todas as
possibilidades de emprego nas suas diversas aplicações descrevendo,
à luz do critério de demonstrações, todos os conceitos estabelecidos.
Muito desta teoria, quando consideramos seu emprego prático na
vida do cidadão, pode ser suprimida sem perda de sua solidez e de
sua compreensão, fazendo com que seus recursos possam ser mais
bem utilizados nas diversas situações do dia-a-dia. Desta maneira,
este método visa capacitar pessoas que, de alguma maneira, têm o
tiveram seu período escolar debilitado ou nunca tiveram contato com a
Matemática de maneira escolar. Desta forma, estas pessoas poderão
ser inseridas na sociedade de maneira mais independente e, inclusive,
colocarem-se em condições de concorrerem em oportunidades
profissionais que exijam este conhecimento.
Inclusão do deficiente visual: planetário 3D
O projeto consiste na construção de um planetário 3D para fazer
a inclusão de deficientes visuais na astronomia básica. O planetário é
composto por dois hemisférios, que representam os hemisférios celeste
norte e sul. Nesses hemisférios são colocadas aproximadamente 70
constelações contendo 500 estrelas com informações em braile e
escrita alfabética permitindo deficientes visuais e não deficientes se
informarem sobre o assunto.
Projeto Geoparque Monte Alegre:
alternativa de desenvolvimento local
O presente projeto traz uma alternativa de desenvolvimento local
pautado no uso racional dos recursos, integração interinstitucional,
participação popular e promoção da educação patrimonial e ambiental.
Tem como inspiração e ponto de convergência as estratégias de gestão
de um geopark, que são compatíveis com a realidade do município de
Monte Alegre, no Estado do Pará.
A Região de Monte Alegre (PA) detém um rico patrimônio
natural e cultural, dotado de valor científico e social. Do ponto de vista
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geológico, possui características importantes para explicar a história
da Terra, tal como a estrutura circular do Domo de Monte Alegre,
que expõe unidades estratigráficas de diversos períodos geológicos,
incluindo rochas intrusivas básicas (CPRM, 2012). Algumas estruturas
rochosas apresentam uma geomorfologia peculiar à região, com
a presença de monólitos de rara beleza, com grande potencial para
turismo sustentável. Do ponto de vista cultural, Monte Alegre tem suas
principais referências nas pinturas rupestres e sítios arqueológicos que
remontam 12 mil anos, nas famosas cuias pintadas, no artesanato
de balata, nos conhecimentos tradicionais e manifestações culturais.
Estes patrimônios, natural e cultural podem ser melhor conhecidos e
melhor utilizados, favorecendo a população local.
As principais ações a serem desenvolvidas serão: Estudo sobre
o potencial geoturístico da região; cursos de capacitação, palestras,
fóruns e eventos culturais regulares para instituições e população
local; Elaboração participativa de roteiros e guias geoturísticos;
Execução de excursões geoturisticas; Fixação de Placas explicativas;
Desenvolvimento de produtos baseados na geodiversidade, dentre
outras. Todas estas ações visam contribuir para proposta de criação
do geoparque Monte Alegre, feita pelo Serviço Geológico Brasileiro
(CPRM), no âmbito do Projeto Geoparques Brasil.
As instituições executoras e parceiras deste projeto tem
grande interesse em integrar ações em prol da indicação feita pela
CPRM. E entende-se que a proposta de criação do Geopark Monte
Alegre configura-se num “fim”, um objetivo a ser alcançado rumo
à sustentabilidade da região, uma vez que o saldo positivo do árduo
processo de elaboração da proposta já pode ser visto como a motivação
necessária para a adesão das instituições ali presentes.
Promoção da saúde e inclusão social: sistema
alternativo para remoção de cor de águas naturais
para consumo humano utilizando carvão vegetal
As tecnologias tradicionais de tratamento de água potável bem
como tecnologias avançadas de tratamento de águas (processos
oxidativos avançados) muitas vezes não são aplicáveis em comunidades
onde há dificuldade de acesso ou de fornecimento de energia.
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Este problema é típico em comunidades do interior do Brasil, com
destaque à Região Amazônica, onde os diferentes componentes da
paisagem local impedem o transporte de insumos e equipamentos
necessários ao desenvolvimento de processos convencionais ou
avançados de tratamento da água. Esta situação torna-se ainda mais
relevante considerando que, além de sujeitas ao consumo de água
fora dos padrões de potabilidade, as comunidades rurais da Amazônia
apresentam uma população que vive no isolamento, principalmente
no período baixo das águas dos rios da região, possuem baixa renda
familiar, baixo nível de educação formal, problemas de desnutrição e,
em geral, não tem acesso aos serviços de saúde e educação.
Este cenário, juntamente com a condição de insalubridade
doméstica e ambiental, proporciona a manutenção dos altos índices
de mortalidade infantil, sendo que o do Brasil é um dos mais
elevados do continente. Doenças de veiculação hídrica como cólera,
esquistossomose, febre paratifóide, amebíase, poliomielite, diarréias
infecciosas e outras, se constituem em 65% do total de internações
hospitalares (Tucci, 2003). Todavia, com relação às tecnologias
tradicionais de tratamento de água potável, os métodos mais
comumente citados na literatura para a remoção de gosto e odor são
por processos de adsorção em carvão ativado em pó e granular, bem
como por oxidação química. Entretanto, nenhum destes procedimentos
de tratamento resultou, ao menos no Brasil, na confecção de um
sistema de baixo custo, fácil operação e manutenção, fundamental
para sua efetiva implantação, particularmente em comunidades menos
favorecidas, como é o caso das populações ribeirinhas do Rio Negro
que utilizam suas águas como fonte de abastecimento.
Neste contexto, o objetivo principal desta proposta é o
desenvolvimento de um filtro eficiente e de baixo custo, utilizando
carvão vegetal, que possibilite a remoção de cor das águas do Rio
Negro, Amazônia, Brasil, até níveis permissíveis ao consumo humano,
conforme Portaria nº 2914/2011 do Ministério de Saúde, visando
à Promoção da Saúde e Inclusão Social das comunidades rurais
Amazônicas. As características construtivas deste sistema devem
incluir, também, a disponibilidade de matérias-prima bem como a
dispensa de mão de obra especializada, fundamental para assegurar a
sustentabilidade deste sistema de tratamento nas comunidades objeto
deste estudo. Finalmente, cabe ressaltar que a presente proposta
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vem ao encontro do objetivo principal do Prêmio Professor Samuel
Benchimol 2014, qual seja promover a reflexão e propor ações sobre as
perspectivas econômicas, científicas, tecnológicas, ambientais, sociais
e de empreendedorismo para o desenvolvimento sustentável da
Região Amazônica, particularmente na Categoria “Projetos de Natureza
Social”, onde se espera que os projetos tenham impacto positivo no
tecido social, gerando externalidades que melhorem as condições e a
qualidade de vida da população amazônica. Cabe destacar, finalmente,
que os benefícios esperados com a implementação deste projeto de
pesquisa vêm ao encontro dos objetivos do Ano Internacional das
Nações Unidas da Cooperação pela Água 2013, criado pela Unesco
em 2012, para a construção da paz mundial e a fundação para um
desenvolvimento sustentável, em consonância com o Capítulo 3,
Artigo 14 do regulamento do Prêmio 2014, que específica “Fica
institucionalizada a homenagem anual às datas comemorativas da
Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo nesta oportunidade
a menção honrosa ao Ano Internacional de Coperação pela Água”.
Impacto da grupoterapia no isolamento
social do idoso
Partindo-se do pressuposto que o aumento da longevidade
provoca o desempoderamento compreendido como perda da
autonomia positiva das pessoas idosas devido à imagem negativa
da velhice, associada a perdas fisiológicas, psicológicas e sociais,
levanta-se a hipótese de que a participação de pessoas idosas, na
dinâmica de grupos voltados para a valorização do envelhecer, implica
no favorecimento do empoderamento, que se traduz em autonomia
positiva. O objetivo é estudar o impacto da grupoterapia no isolamento
social do idoso. A metodologia compreende pesquisa bibliográfica,
de caráter investigativo baseado na literatura disponível em livros e
bancos de dados virtuais, periódicos na área da saúde, como Scientific
Eletronic Library Online (SciElo), e na Biblioteca Virtual em saúde
(bvs), utilizando-se os descritores: envelhecimento, grupoterapia e
isolamento social, previamente selecionados no texto e contexto do
trabalho.Os resultados contemplam a participação dos idosos em
grupos voltados para o envelhecimento, favorece o empoderamento,
expressa em autonomia positiva, na medida em que os grupos atuam
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como apoio social aumentando a rede social dos idosos, proporcionando
a diminuição da alienação por meio de uma reflexão crítica acerca
dos valores negativos associados à velhice. Como conclusão, a
grupoterapia favorece o empoderamento do idoso, facilitando sua
autonomia direcionada à promoção de saúde, e facilitando a estratégia
de intervenção no campo do envelhecimento por meio do apoio do
empoderamento das pessoas idosas para lidar com os problemas
suscitados pelo fenômeno da longevidade.
Núcleo de Extensão em Desenvolvimento
Territorial de Roraima (Nedet-RR): participação
social nas políticas públicas
A estratégia territorial busca o crescimento econômico dos
territórios da cidadania e rurais, pautada na sustentabilidade dos modelos
de gestão e equidade social, no desenvolvimento das oportunidades
para assegurar a população rural maior qualidade de vida e melhores
possibilidades de desenvolvimento pleno da cidadania. Este projeto
busca desenvolver ações na construção social representada pelo
território, caracterizado por sua história, sua identidade e uma população
com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna e
externamente por meio de processos específicos. Assim este projeto
tem como objetivo implantar os Núcleos de Extensão em Territorial de
Roraima (NEDET-RR), atendendo aos Territórios Rurais Norte, Centro,
Territórios da Cidadania Sul de Roraima e Terra Raposa Serra do Sol
e São Marcos, e desenvolver, no âmbito da extensão universitária, o
assessoramento, acompanhamento e monitoramento das iniciativas de
desenvolvimento nos Territórios.
A metodologia de pesquisa é pesquisa-ação, envolvendo pesquisa
e extensão. Este proposta justifica-se pela necessidade de qualificação
de Gestão Social fomentados pela Política de Desenvolvimento
Territorial de fortalecimento das ações de extensão universitária. Em
todo esse processo é central fomentar as perspectivas de igualdade
entre mulheres e homens, desvendando mecanismos de desigualdades
e discriminações que restringem as oportunidades das mulheres de
construir sua participação social e sua autonomia econômica. E busca
contribuir para a consolidação da estratégia de desenvolvimento
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territorial por meio de ações estratégicas sustentáveis para o Brasil
Rural, e da articulação das políticas públicas integrantes da Matriz do
Programa Territórios da Cidadania, com especial atenção à superação
das desigualdades de renda e gênero por meio da Universidade
Federal de Roraima (UFRR), por meio da implantação de Núcleos de
Extensão em Desenvolvimento Territorial em Roraima (NEDET-RR),
com vistas a realizar pesquisa e extensão no âmbito do Programa
Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária
e do Plano Nacional de Políticas para Mulheres, em especial, na sua
interface com as mulheres do campo e da floresta; ao mesmo tempo,
desenvolver, no âmbito da extensão universitária, o assessoramento,
acompanhamento e monitoramento das iniciativas de desenvolvimento
nos Territórios de Roraima.
Depressão e aptidão funcional em idosos
atendidos por unidades básica de saúde que
adotam a estratégia de saúde da família no
município de Maués (AM)
Em idosos ribeirinhos inseridos na ESF-SUS do Município
de Maués (AM) investigar a prevalência de depressão e aspectos
socioeconômicos, sociais e psicológicos a e o perfil de aptidão funcional,
composição corporal e força associado a marcadores bioquímicos
relacionados a glicemia, perfil lipídico, metabolismo proteico, oxidativo
e inflamatório.
Me Chamma que eu vou, mesmo que seja tão
pouco! Um modelo social e de segurança para
micro e pequenas empresas localizadas em
bairros violentos de uma cidade
Este Projeto aborda um modelo bem simples Social e de
Segurança adotado pela nossa empresa no atendimento à comunidade
carente próxima de sua localização, propiciando um investimento com a
redução de custos, o aumento de lucratividade pelo comprometimento
da equipe, uma segurança maior para a empresa e seus funcionários,
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a valorização do ser humano e resgate da autoestima, principalmente,
a socialização de crianças e adolescentes com as suas famílias. Seu
início se deve a necessidade como ser humano de socialização e fazer
o bem ao próximo, e neste caso isso foi feito por meio do projeto
“Me Chamma” junto à comunidade do bairro, que gerou uma ação
socioeducativa que vem sendo realizada e mantida desde outubro de
2002 na cidade de Belém do Pará, objetivando contribuir para o acesso
de crianças e adolescentes a uma vida cidadã.
Por se tratar de pequena empresa para suprir essa necessidade,
foram implementadas soluções criativas para redução de desperdícios,
de custos de aluguel, otimização de espaço e utilização de resíduos
descartados pelo controle de qualidade (tampas, frascos, pet) para
atividades dentro do projeto Me Chamma. O resultado foi positivo e
deu certo, pois com a redução de despesas foi possível a criação e
manutenção do projeto “Me Chamma”, com a interação de todos os
funcionários e colaboradores com a comunidade e, consequentemente,
maior segurança para estas pessoas e para a empresa. A economia
com esse descarte foi aplicada no projeto e resultou numa ação que
é ao mesmo tempo ecologicamente correta, economicamente viável,
responsável socialmente e plenamente sustentável.
Para uma empresa pequena, localizada em bairros violentos de
uma cidade, torna-se essencial a aproximação com a comunidade para
conhecer, confiar, respeitar, divulgar, manter e proteger a empresa,
principalmente, devido aos benefícios sociais que a mesma realiza
com as famílias daquele local tão carente. Assim, este Projeto mostra
um modelo de inovação Social com solução criativa, inovadora e
estratégica, que concilia os aspectos econômico, social, ecológico e
de segurança, num conjunto de ações que se inter-relacionam, visando
sempre o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Produção associada ao turismo como
fator de inclusão social: comunidade quilombola
Capão Verde
A Associação dos Agricultores e Agricultoras Afrodescendente da
Comunidade Tradicional de Capão Verde (Agriverde), é uma entidade
civil, sem fins lucrativos que começou a funcionar informalmente
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em 1990, com um grupo de agricultores trabalhando coletivamente
no cultivo e na comercialização da banana de fritar. As lavouras
comunitárias apresentam boa produtividade. Mas com rentabilidade
baixíssima devido aos atravessadores que atuavam e ainda atuam na
região. Em 1998, o grupo decidiu processar artesanalmente parte desta
produção de banana, na tentativa de agregar valor ao produto e romper
com a relação desfavorável com os atravessadores. Indicadores,
desenvolverem a farinha de banana, (um produto de uso tradicional na
culinária no Quilombolo), a bala de banana e, por último e banana chip.
Em 2006, o grupo foi formalizado por meio de uma associação
com o objetivo de desenvolver melhorar a organização comunitária no
Quilombo, desenvolver os empreendimentos de economia solidária
na comunidade de Capão Verde e na região Morraria, tecnificar o
processamento da banana, eficientizar a comercialização e dar um
encaminhamento às demandas sociais dos moradores, junto as
instituições municipal, estadual e federal. O Projeto de Produção
Associada ao Turismo, estará no ambito da inclusão, do lado da oferta
e do lado da demanda. Sendo inclusivo para quem oferece e para
quem usa, terá como foco nas melhorias dos fatores sociais, gerando
externalidades de modos que venham melhorar as condições e
qualidade de vida da Comunidade Quilombola Capão Verde, garantindo
e ampliando o acesso a segurança, educação, saúde, melhoria em
habitações, entretenimento, lazer, cultura e turismo, melhorando
a distribuição de renda, diminuindo as diferenças sociais e raciais,
combatendo as questões de discriminação a miséria e a fome.
O foco da iniciativa: é de aperfeiçoar as atividades já desenvolvidas
e reconhecidas pela comunidade; agricultura familiar, com verticalização
e agregação de valores à produção (Agroindústria); qualificar a
comunidade para a linguagem do Turismo aliada à Agricultura Familiar;
qualificar ou disseminar as práticas pouco conhecida; implantar
ou aperfeiçoar as condições de visitação de turistas; potencializar a
comercialização de produtos dentro e fora do local de produção; associar
a produção com a comercialização e visitação turistica; aproveitar as
manifestações culturais, dança do ciriri e cururú, festas religiosas e
artesanato local como atividades aliadas ao produto turístico.
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Curumim digital: uma proposta de unidade móvel
de desenvolvimento de aplicativos
As tecnologias de comunicação móvel encontram-se em
constante evolução e tendem a se transformar no novo paradigma
dominante da computação. A popularização dessas tecnologias tem
permitido o acesso às informações remotas, interação e inovação
tecnológica, independente da localização. Desta forma, abre-se
um leque muito grande de facilidades, aplicações e serviços para
os usuários e, consequentemente gera aumento da demanda por
profissionais capacitados no desenvolvimento de soluções para essas
plataformas.
A demanda é tão grande que existe um déficit de profissionais no
mercado. Só neste ano, 45 mil vagas devem deixar de ser preenchidas
no país. O mercado de apps continua em crescimento constante
e não dá sinais de que vai mudar de cenário. De acordo com uma
pesquisa divulgada este mês pela Canalys, as quatro principais lojas
de aplicativos, iTunes App Store, Google Play, Windows Phone Store e
BlackBerry World, atingiram a marca de 13,4 bilhões de downloads em
todo o mundo no primeiro trimestre deste ano. Mas neste mercado,
como fica a posição para desenvolvedores e capacitação destes
profissionais dentro do Amazonas? Visando a inclusão digital de jovens do ensino fundamental e médio,
jovens de comunidades carentes, moradores das áreas dos igarapés,
dos municípios da área metropolitana da cidade de Manaus - Amazonas,
estamos propondo o projeto Curumim Digital (unidade móvel de
desenvolvimento de aplicativos), que consiste em levar conhecimentos
básico, intermediário e avançados em desenvolvimento de aplicativos
mobile, por meio de laboratório móvel a diversos bairros, comunidades
e escolas da região metropolitana da cidade de Manaus. O laboratório
funcionará dentro de um ônibus, equipado com computadores ligados
à internet, impressora a laser, ar-condicionado e gerador de energia,
objetivando o desenvolvimento de cursos e treinamentos que permitam
aos participantes o desenvolvimento de aplicativos móveis em pátios,
ruas, escolas, estacionamento de instituições e entidades, ou mesmo
onde não há energia elétrica instalada.
Por meio da atuação de acadêmicos/tutores das áreas de
computação e design, o curso oferece qualificação tecnológica, para
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que os participantes apropriem-se da arquitetura e linguagem de
programação nas principais plataformas móveis utilizadas atualmente,
bem como dos aspectos relacionados a interface, usabilidade, design
de interface, segurança e redes de dispositivos móveis, capacitando-o
a desenvolver aplicações multiplataformas. Os cursos tem duração
média de seis meses e ao final o participante terá apresentará um
aplicativo que promova melhoria, mudança e benefícios para uma
determinada região, comunidade, bairro ou cidade.
Ações sociais e ambientais para o cooperativismo
rural e inclusão produtiva de populações em
situação de pobreza no Estado do Amazonas
As informações disponibilizadas pelo Governo Federal, Estadual
e Municipal, com relação aos dados de cada município ainda são
incipientes para a formação de um instrumento analítico sobre dados
educacionais, territoriais, ambientais e econômicos. A proposta
considerará em campo a efetividade das ações governamentais,
tornando possível a implantação de algumas metas e critérios para
minimizar as variáveis de difícil mensuração, quando analisadas nos
bancos de dados disponíveis. Diante disso, optou-se por uma maneira
acessível e de ordem prática para avaliar o nível socioeconômico da
população e a operacionalização para um arranjo produtivo local, por meio
de critérios aplicados nas organizações associativas ou cooperativas e
com isso colaborar na alimentação das métricas municipais as quais
serão fundamentais para a consolidação do cadastro único do programa
Brasil Sem Miséria. Devido a dificuldade de organização econômica ou de seu papel
político, a zona rural tem sempre um crescimento desigual inviabilizando
com isso o aumento de sua renda per capita. Uma das alternativas
é o incentivo para o fortalecimento de cooperativas e/ou associações
e o encorajamento da indústria, possibilitando a inclusão em seus
orçamentos, de projetos acadêmicos e tecnológicos com profissionais
de diversas áreas, para incentivar o processo produtivo na zona rural.
A fixação das novas gerações na zona rural só será possível com a
implantação de inidades educacionais e tecnológicas agrícolas nas áreas
mais vulneráveis as quais no caso do Estado do Amazonas, separadas
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pela grande malha hidrográfica. Essas alternativas irão contribuir para
educação e capacitação de jovens para o empoderamento de seus
espaços físicos, minimizando o êxodo e melhorando as estratégias
de sobrevivência e sustentabilidade financeira para as populações
matriarcais e patriarcais no âmbito familiar. A referida proposta abrange a
sinergia da ciência e tecnologia, de setores industriais e governamentais
e dos diversos segmentos populacionais da Região Amazônica.
O caráter inovador da proposta é a alinhamento da Educação, Ciência
e Tecnologia com as políticas públicas e populações em situação de
pobreza, proporcionando uma real mensuração das suas necessidades
para a correta aplicação do programa.
Próteses ortopédicas de fibras vegetais
O Brasil é considerado um dos países campeões em população
com deficiência física. São cerca de 45.623.910 de brasileiros com
algum tipo de limitação para ver, ouvir ou locomover-se, num total de
23,9 % da população e, desse total, 13.273.969 são deficientes físicos
(IBGE, 2011). De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estimase que, no Brasil, sejam feitas 80.000 amputações a cada ano e as
pernas são os membros mais atingidos, principalmente do joelho para
baixo. Cerca de 70% das amputações são ocasionadas por problemas
vasculares em consequência do diabetes e, aproximadamente, 20%
dos casos decorrem de acidentes de trânsito. No Brasil, a maioria das
pessoas amputadas nos membros inferiores (pé e tornozelo) utiliza
prótese do tipo pé Solid Anke Cushion Heel (SACH) ou pés articulados/
dinâmicos e, somente 3% dos amputados podem adquirir uma prótese
de pé e tornozelo com absorção de energia (FARIA, 2010). Ainda
segundo a autora, existe um número muito grande de deficientes sem
próteses no Brasil, visto que cerca de 80% dependem do Sistema
Único de Saúde (SUS) para adquiri-las.
Este Projeto apresenta uma proposta inovadora ao propor a
utilização de fibras vegetais na fabricação de próteses ortopédicas.
Existem vários tipos de materiais empregados na produção desses
produtos, como madeira, borracha, aço, alumínio e, recentemente, os
termoplásticos sintéticos, o titânio e a fibra de carbono. Esses dois
últimos são considerados os melhores, porque suas características
e propriedades são superiores aos outros materiais, embora sejam
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importados e de custo elevado, de forma que se tornam inacessíveis a
uma ampla camada de brasileiros com deficiência física.
Diante do exposto, a equipe de pesquisadores deste Projeto,
após desenvolver várias tecnologias com a utilização de matériasprimas de origem vegetal, prepara-se para enfrentar um novo desafio:
apresentar uma solução tecnológica literalmente verde e de excelente
qualidade, de modo a contribuir para mostrar às pessoas portadoras de
necessidades especiais ser possível terem melhor qualidade de vida e
superar as barreiras impostas pela deficiência física. As próteses com
fibras vegetais oferecem preços reduzidos e isso vai trazer impactos
sociais extremamente positivos ao País. Na fabricação das próteses,
serão utilizadas fibras de duas espécies de plantas da Amazônia: a
curauá (Ananas eretifolius L. Merril) e abacaxi (Ananas comosus L.
Merril), cujas excelentes propriedades físicas, químicas e mecânicas
darão origem a uma nova geração de superplásticos naturais, mais
leves e resistentes de que os polímeros convencionais utilizados
industrialmente, além de terem resistência similar às fibras de carbono
e de vidro.
Programa Experiência Amazônia: ecoturismo
como negócio inclusivo e de valorização do
patrimônio natural e cultural para comunidades
isoladas da Amazônia
O Programa Experiência Amazônia se propõe como projeto
social, com o objetivo de desenvolver a cadeia de valor do ecoturismo
para promover a inclusão social, a geração de emprego e renda local
e a valorização do patrimônio natural e cultural, para a melhoria
da qualidade de vida de comunidades amazônicas isoladas. Este
programa visa, priorizar a mulher e o jovem; fortalecer a posição da
base da cadeia de valor do ecoturismo (comunidades e fornecedores
locais); e, oferecer maiores informações ao ecoturista para que
sua visita tenha, efetivamente, impacto social positivo, ao mesmo
tempo que colabora para a conservação ambiental e cultural. Este
projeto foi idealizado após 25 anos de dedicação ao ecoturismo e
observação das principais dificuldades da cadeia de valor. Esta
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iniciativa se baseia na crença que o ecoturismo, apesar dos desafios
e cuidados, apresenta-se como setor chave para a sustentabilidade
da Amazônia e geração de emprego e renda local, especialmente
pelo seu potencial de envolvimento de comunidades tradicionais em
regiões isoladas. A Amazônia sempre esteve presente no imaginário
do turista.
No entanto, inúmeras dificuldades levam os ecoturistas,
brasileiros e estrangeiros, a escolher outros destinos, inclusive na
Amazônia peruana e equatoriana. Diante das dimensões da Amazônia
e para garantir impacto da ação, a proposta é iniciar por programa
piloto no Pará, direcionado ao Marajó, em 5 municípios (Cachoeira do
Arari, Curralinho, Ponta de Pedras, Salvaterra e Soure), dos quais os
3 primeiros são do Pólo Marajó. Curralinho é o município de menor
IDH per capita do Brasil e os demais, estão em situação similar.
O Programa visa implementar cinco linhas de ação: (i) Indicador de
ecoturismo: monitoramento e avaliação do impacto do ecoturismo e
seu alto valor social; (ii) Central do ecoturista: canal de comunicação
com turistas; (iii) Academia do Ecoturismo – desenvolvimento
profissional, capacitação e espaço de encontro entre os elos da cadeia
de valor; (iv) Roteiros temáticos – iniciando-se por roteiro piloto, Rota
Ecoturística do Açaí; (v) gestão do conhecimento – organizando
informações e produzindo material em meio eletrônico e impresso,
iniciando-se pelo Guia da Rota do Açaí. O investimento desta etapa
de 3 anos é de R$ 4.735.336,60. Trata-se de projeto inédito, uma
iniciativa privada independente, sem fins lucrativos, operado por
organização do 3o setor que, se oportuno, será transformado em
instituição autônoma. A proposta é captar recursos de doações e
patrocínios e buscar a autonomia, a partir de convênios, prestação de
serviços e comercialização de espaço publicitário.
Jovem Amazonas
Retirar as crianças e adolescentes que se encontram em situação
de risco social, da condição de vulnerabilidade proporcionando
ferramentas para superação dessa condição, culminando por fim, com
a redução no índice de crimes perpetrados por esse grupo específico.
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Meu direito de ir e vir: mapeamento das
rampas e vagas de estacionamento de
acessibilidade para pessoas com
deficiência nas ruas da Cidade de Manaus
Essa pesquisa acontece em um momento de reflexão acerca do
papel da pesquisa científica quanto sua capacidade de gerar mudanças
sociais na sociedade, pois o que se ver é uma vastidão de pesquisas
realizadas sem fins útil para legitimação do direito social das pessoas.
Foi pensando nessa questão que se propor essa pesquisa, pois a
realidade que se verifica nas grandes metrópoles e Manaus não seria
diferente, quanto ao desrespeito dos motoristas em estacionar em cima
de rampas de acessibilidade, bem como em vagas de estacionamento
de exclusividade das pessoas com deficiência.
O discurso das autoridades é que as leis foram criadas para fazer
valer o direito de locomoção dessas pessoas com deficiência que dirigem
ou são levadas como passageiros por outros, mas criar leis sem pensar
na sua eficácia com planejamento, manutenção e fiscalização, a lei seja
ela social, jurídica ou outra não se faz algo que se legitima. A proposta
é casar nessa pesquisa um plano de levantamento, cadastramento,
fiscalização das condições das rampas e vagas de estacionamento
nas ruas de Manaus, trabalho esse que pode parecer a primeira vista
sem grandes pretensões, mas com esses dados é possível mostrar ao
Poder Público onde estão essas rampas e vagas, caso estejam em má
conservação, serem restauradas, além de possibilitar uma fiscalização
mais efetiva contra os infratores que se utilizam desse espaço que é
direito da pessoa com deficiência.
A realização dessa pesquisa ainda visa criar um site para que
as pessoas com deficiência e Instituições de defesa desse público
possam saber aonde estão as rampas e vagas de acessibilidade.
A realização da pesquisa é voltada para Janeiro de 2015, por conta do
ano eleitoral de 2014, com termino previsto para Novembro do mesmo
ano, tendo retorno imediato com a realização de um Encontro Municipal
(3 de Dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência) para
resultados dessa pesquisa e ações frente a realidade factual que
possam possibilitar mudanças na condição social na problemática que
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tange ao direito de ir e vir da pessoa com deficiência na cidade de
Manaus.
Oportunidades de emprego e renda: uma
contribuição para capacitação profissional,
inserção no mercado de trabalho e redução das
desigualdades sociais no Estado do Amazonas
O Brasil é um país com grande extensão territorial, com regiões,
povo e culturas diversificadas. Essas características apresentam pontos
positivos, mas também negativos, exigindo assim, atenção quanto
a aplicação de políticas públicas visando reduzir as desigualdades
existentes. Nos últimos anos, avanços significativos em diversas áreas
têm sido uma grande conquista. Entretanto, apesar desses avanços,
ainda persistem muitos problemas que afetam a vida do povo brasileiro.
Dentre eles, a distribuição de renda, que mesmo tendo melhorado
nesse período, em virtude dos programas sociais, ainda é desigual:
uma pequena parcela da sociedade muito rica e uma grande parte da
população vivendo na pobreza e miséria.
A região Norte é a mais extensa do país e enfrenta as mesmas
dificuldades das demais, porém, com outros agravantes: sua distância
em relação aos demais centros do país, a inexistência de infraestrutura
logística, dificultando o transporte e a locomoção entre seus estados,
as dificuldades de acesso à educação, comunicação, saúde, habitação
e demais serviços básicos às comunidades longínquas e de difícil
acesso, interferindo significativamente na vida da população dessa
área.
Inserido nessa região, temos o estado do Amazonas, com suas
especificidades e diversidades, as quais contribuem para o crescimento
das desigualdades sociais. Apesar da economia vir registrando certo
crescimento, este não tem sido suficiente para gerar os empregos
necessários. A falta de uma boa formação educacional e qualificação
profissional de qualidade também atrapalham a vida dos que buscam
empregabilidade. Para reverter esse cenário, o Governo por meio de
políticas públicas realiza ações que contribuem significativamente para
a melhoria da qualidade de vida e bem estar da população amazonense.
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Uma dessas ações concretiza-se nesse projeto, que utiliza a
estrutura pública, evitando a ociosidade das escolas que não funcionam
à noite, permitindo assim, que grande parte da população obtenha,
de forma gratuita, qualificação profissional e em seguida, a inserção
no mercado de trabalho ou por meio de fomento para atividade
autônoma ou por meio do encaminhamento ao emprego. O referido
projeto foi criado para proporcionar uma oferta intensiva de cursos, de
curta duração, visando à qualificação profissional de nível básico, aos
habitantes da capital e do interior, atendendo às demandas dos setores
industrial, comercial e de serviços.
Projeto de leitura e escrita da Escola Estadual
Professor Waldir Garcia: Amazônia: o verdadeiro
tesouro, talentos de nossa terra amazonense
A iniciativa da proposta deste projeto deve-se à experiência
das professoras Elzarina Mafra, Maria das Dores do Nascimento,
professoras da educação básica com mais de vinte anos alfabetizando
e letrando alunos da comunidade, além de serem moradoras do
bairro Alvorada. Na Educação Básica, observamos que há um número
significativo de crianças nas séries iniciais da sua escolarização que
apresentam muitas dificuldades de aprendizagem. São crianças que
estão condenadas ao fracasso antes mesmo que se esgotem todas
as possibilidades didático-pedagógicas em alfabetizá-las, uma vez que
não há uma sala psicopedagógica (Técnicos da área de Psicologia,
Fisioterapia...) específica que atenda suas defasagens curriculares
(cognitivo-cerebrais) e seu acompanhamento técnico (psicomotor)
regulares (simultâneos às aulas). Ao se propor o presente projeto,
acreditamos que se pode contribuir de forma bastante significativa
para o progresso da comunidade, não só escolar, mas cultural e na
superação das dificuldades de aprendizagem apresentadas por crianças
que compõem uma parcela significativa da população da Capital do
Amazonas, Norte do Brasil, mas também àquelas que não conseguem
apreender as habilidades necessárias para o uso de gêneros que
permeiam à sociedade real e virtual, da leitura, escrita e cálculos,
tornando-se um analfabeto funcional.
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Neste projeto, propõe-se operacionalizar uma prática pedagógica
que reflita coletivamente sobre a proposta pedagógica de nossas
escolas públicas, sobre o planejamento das atividades educativas,
sobre as estratégias e recursos de ensino-aprendizagem e de avaliação
com um enfoque ao lugar onde se vive, sua cultura, suas motivações
e valores visando garantir que todos os alunos estudem e consigam
ter um aprendizado com equidade e proficiência. Acreditamos que
para a superação dos problemas de aprendizagem é necessário um
planejamento que inclua atividades diversificadas e individuais, estudo
constante, dedicação e muita competência, pois será necessário
investigar as teorias de aprendizagem e colocá-las em prática,
conhecendo também a história familiar do educando que é o ponto
essencial de nosso projeto. Já sabemos que o aluno tem pouco contato
com a leitura em seu ambiente familiar, apresentando, na escola,
dificuldades de aprendizagem, diagnóstico inicial dos professores (mês
de fevereiro: 70 a 90 alunos para o reforço no contraturno), decorrentes
dessa carência e futuramente, um profissional desmotivado, fez - se,
então, necessário a realização de um trabalho que desperte o gosto
e o hábito da leitura e escrita deste às séries do ensino fundamental,
condição indispensável ao desenvolvimento social e à realização
pessoal do educando como cidadão.
Monografias a serviço da justiça
Todos os alunos no último ano de direito, passem a escolher por
conta própria ou direcionado pelo corpo carcerário, um detento com
acusação, com pena com pequeno ou médio ano de detenção para
ser julgado por alunos do último ano, passando a ser a monografia,
podendo, assim, descobrir sua verdade no caso, como vemos na mídia
casos de injustiças e descasos. Não podendo ser incluído neste caso,
penas envolvendo crimes hediondos, como assassinatos, sequestros,
estupro e tráficos de drogas e mulheres. A monografia teria que
possuir todo o andamento do processo assim, como laudos, provas
e testemunho, como nomes e endereços, depoimentos, fotos, etc.
O término da monografia, teria que alcançar inocência ou redução de
pena, com aval de profissionais e professores. A sugestão teria como
intuito mais humanidade a pessoas com pouca renda, pouco acesso a
tão nobre Dama, nossa Justiça.
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Fortalecimento de ações para estimular meninas
e jovens a ingressar na carreira de química no
interior do Amazonas (Escola Estadual Isaías
Vasconcelos, Iranduba)
Observa-se que os currículos tradicionais têm enfatizado
aspectos formais de Química, apoiados em uma tendência que vem
transformando a cultura química escolar em algo descolado de suas
origens científicas e de qualquer contexto social ou tecnológico. Dentro
desse contexto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, 1996), em
seu artigo 22, estabelece o ensino médio como etapa final da educação
básica definindo-o como a conclusão de um período de escolarização
de caráter geral. A identidade do ensino médio, por sua vez, passa pela
superação do dualismo entre ser preparatório para o ensino superior ou
ser profissionalizante; requer que seja capaz de articular as dimensões
trabalho, ciência, tecnologia e cultura na perspectiva da emancipação
humana, de forma igualitária para todos os cidadãos.
O quadro atual do ensino médio no Brasil mostra-se preocupante,
pois temos baixos índices de aprendizagem e conclusão escolar;
escassez de professores, especialmente nas Ciências Exatas, tratandose especialmente de Química, de cada 100 professores, apenas
13 são formados na área de atuação. Para reverter esse quadro, o
Ministério da Educação lançou, em 2009 o Programa Ensino Médio
Inovador, uma proposta que pressupõe uma nova perspectiva de
articulação interdisciplinar voltada para o desenvolvimento dos saberes,
conhecimentos, competências, valores e práticas.
Esse programa visa, como experimento de inovação educacional
para promover mudanças significativas no currículo das escolas públicas
de Ensino Médio não profissionalizante no país. Ou seja, representa
um novo incentivo à inovação pedagógica, ao mesmo tempo em que
procura induzir um novo paradigma educacional compatível com as
realidades contemporâneas do conhecimento e dos sujeitos. A escola
que faz parte desta proposta e que está cadastrada no Programa Ensino
Médio Inovador é a Escola Estadual Isaías Vasconcelos, localizada no
município de Iranduba, estado do Amazonas. Ela foi inaugurada em
1969, às margens do Rio Solimões, nas proximidades da sede da
Administração do Distrito de Iranduba, com o nome de Escola Municipal
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Isaías Vasconcelos, em homenagem ao primeiro administrador de
Iranduba. O total de alunos matriculados no ensino médio em 2013 é
de 864 alunos e desse quantitativo, 453 são meninas, perfazendo 52%
dos docentes da escola.
As Ciências Forenses atuam no processo de geração e
transferência de conhecimento científico e tecnológico em cada um
dos ramos das ciências naturais, com a finalidade de aplicação na
análise de vestígios, visando a responder a questões científicas de
interesse da Justiça. Dentro deste contexto, a estratégia que pretende
ser adotada neste projeto é o de difundir a ciência usando como
ferramenta o escopo forense.
Esta proposta tem a finalidade de desenvolver atividades no
âmbito educacional, com o incentivo a inserção de meninas por meio
da elaboração e aplicação de oficinas nas aulas em escolas públicas
municipais da cidade de Iranduba. Assim, a proposta configura
como uma possibilidade de concretizar os objetivos educacionais
propostos para o ensino de Química presentes nas orientações oficiais
estabelecidas pelo MEC. E ainda, contribuir na melhoria da qualidade
do ensino de Química nas escolas públicas do referida cidade, uma vez
que busca uma aproximação mais efetiva entre universidade e escolas
públicas. Para tanto, será realizado um levantamento das escolas a
participarem do projeto. Paralelamente, serão selecionados temas
interdisciplinares. Definidos os temas a serem desenvolvidos, os
mesmos serão contextualizados em situações de ensino/aprendizagem
que englobem o dia a dia dos estudantes de ensino médio. Com o
planejamento das oficinas, pretende-se estabelecer a contextualização
dos conteúdos e a interdisciplinaridade.
Acadêmicos da Alegria
Grupo de apoio socioeducativo, totalmente voluntário, atuante
na cidade de Manaus, constituído por jovens, acadêmicos ou não,
de diversos cursos e áreas do conhecimento, que se unem com um
único intuito: levar alegria a quem precisa. O trabalho desenvolvido pelo
grupo é completamente idôneo, sério, e realizado com maior empenho
e dedicação, com eficiência e competência, assim, obtendo resultados
primorosos e eficazes. Adotamos a política de acolhida unilateral ao
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indivíduo, sem nenhuma distinção, abstraindo-se de qualquer tipo
de segregação, preconceitos ou princípios separatistas. Atualmente
o grupo encontra-se em fase de constituição legal. Os membros da
liderança deliberam e buscam soluções para à legalização da sua
natureza jurídica, a fim de aprimorar e ampliar seu atendimento, dispor
de controle financeiro, subsidiar aquisição de materiais e propiciar maior
transparência, levando assim, segurança à sociedade, em relação aos
eventos e atividades do grupo.
A casa familiar rural como entreposto de geração
de renda e desenvolvimento no projeto de
assentamento agroextrativista
Pe. Sérgio Toledo, Médio Moju (PA)
O presente projeto apresenta uma proposta diferenciada de
educação baseada nos princípios da pedagogia da alternância para os
povos das florestas, entre eles, ribeirinhos, extrativistas, quilombolas
e agricultores familiares, que são em sua grande maioria o público
das escolas comunitárias casas familiares rurais no Estado do Pará.
As casas familiares rurais apresentam uma dinâmica diferenciada,
pois desenvolve suas atividades em tempos e espaços próprios
de aprendizagem (PRAZERES, 2010). Onde as atividades teóricas
e práticas são desenvolvidas por meio do tempo escola e tempo
comunidade. Nesta experiência os alunos irão desenvolver o projeto
agroecológico com a criação de frango e a apicultura em suas áreas/
lotes. Esta experiência representa a integração da escola com a
família que é um dos aspectos fundamentais para o desenvolvimento
socioambiental da comunidade local e entorno da Casa Familiar Rural
(CFR) do Médio Moju (PA). Ao se trabalhar projetos de apicultura
em escolas do campo, em especial no formato da CFR, se assenta
na perspectiva de que os sujeitos que fazem parte do universo desta
experiência possam participar das decisões e das atividades do
projeto escolar, dos encaminhamentos na construção de práticas e
conhecimentos direcionados para a qualidade de vida, pois o projeto
a ser desenvolvido na comunidade está relacionado com a dinâmica
produtiva das populações do campo.
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Investindo na comunicação ideal
dos jovens ribeirinhos, como estratégia
de integração socioeconômica
A Comunicação sempre esteve presente em todas as atividades
da espécie humana, como sendo fundamental para o êxito de cada
indivíduo. De cada sistema. O “ato de comunicar”, porém, representa
muito mais do que “falar bem, para causar boa impressão”. Nesta Era do
Conhecimento, onde tudo ganha mais justa dimensão, a Comunicação
vai muito além de abrir portas ao sucesso da nossa imagem. Ela
eleva cada “ser pensante e herdeiro do dom de falar” à categoria de
“comunicador de talentos”, que precisa evoluir, expressando, acima de
tudo, verdades e sinceridade, se superando por meio de cada talento
seu, para conquistar, por direito e dever, o que precisa e deve. O talento
surge, então, como a forma mais criativa da expressão humana, e
feliz resultado da comunicação de qualidade que cada um estabelece
com as suas potencialidades na busca do sucesso. Eis porque o
presente projeto se inspira no “poder da comunicação como forma
de integração social e de êxito de ‘gente da gente’”, para capacitar
os jovens ribeirinhos a atuarem como “agentes de comunicação de
qualidade”, devidamente certificados, com a oportunidade de serem
reconhecidos profissionalmente, e de assumirem atividades na área de
comunicação, por indicação dos organizadores deste projeto.
Uma vez inseridos no contexto social amazônico, vão estar
à vontade para expressar pensamentos, ideias, e opiniões de modo
confiante, ousado, inovador, colaborando para o seu crescimento
profissional e, consequentemente, para o desenvolvimento econômico
de sua Região. Para tanto, a metodologia criada exclusivamente
para beneficiar os jovens ribeirinhos, oferece conteúdo e abordagem
diferenciados, criteriosos, e dinâmicos, em três fases. Ela prevê o
acompanhamento de todas as etapas do projeto, de modo a garantir
que cada ação criada, seja desenvolvida de acordo com os seus
conceitos.
Os objetivos desta proposta estão em consonância com os
princípios da inclusão e responsabilidade social, está respaldado na
“humanização”, sinônimo de aproximação. De união. De encontro.
Concluímos, então, que, pelas suas características e pelos seus altos
propósitos, este Projeto está em acordo com os ideais do Professor
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Samuel Benchimol, comunicador consciente e brilhante, que soube
“dar voz à Amazônia”, por meio da palavra verbal e escrita, como
observador e defensor das suas gentes e dos seus recursos naturais.
Ações de saúde e meio ambiente: as comunidades
ribeirinhas e indígenas do Rio Solimões-Amazonas
e do Rio Araguaia
Promover ações de saúde e meio ambiente as comunidades
ribeirinhas e indígenas do rio Solimões-Amazonas e do rio Araguaia,
visando contribuir com a melhoria da qualidade de vida, com o
fortalecimento de práticas rumo ao desenvolvimento sustentável dos
recursos naturais. Como também, provocar reflexão sobre as políticas
públicas de saúde e de meio ambiente, para essas populações.
A entidade é composta por uma equipe multidisciplinar de profissionais,
nas áreas de saúde e meio ambiente, que propõe desenvolver ações
abrangendo a Bacia Amazônica, em duas áreas de concentração, Rio
Araguaia e Rio Solimões-Amazonas, percorrendo essas extensões com
um barco saúde/ambiental, no intuito de chegar, de modo sistemático
e participativo, às comunidades ribeirinhas mais vulneráveis e sem
acessibilidade a tais recursos.
Atualmente já realizou 20 expedições, totalizando mais de 22 mil
procedimentos, em ações de assistência a saúde e ações ambientais.
Cabe destacar as 155 cirurgias de catarata, 15 pequenas cirurgias,
14 cirurgias pediátricas e a doação de 581 óculos. Portanto a ONG
conta com uma equipe qualificada profissionais, médicos em várias
especialidades, enfermeiros, odontólogos, psicólogos, bioquímicos,
ambientalistas, jornalistas e com a parceria de várias empresas
privadas que contribuem para a melhoraria da qualidade de vida dessas
populações ribeirinhas e indígenas e para um mundo melhor, onde
todos possam viver a sua existência com mais dignidade.
Japiim
Inserção social e profissional, cidadania e emancipação são
alguns dos propósitos contidos nas ações adotadas no Projeto Japiim,
desenvolvido pela empresa, junto às mães de crianças atendidas pela
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Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), bem como à
pessoas da comunidade de Barcarena (PA). O projeto se consolidou
como fonte de renda para essas mulheres, que recebem oficinas de
corte e costura, materiais e infraestrutura para produzir uniformes
industriais das áreas operacional e administrativa da empresa que
desenvolve o projeto, bem como de outras empresas do município.
O valor arrecadado é revertido de forma proporcional à dedicação ao
trabalho entre as participantes.
O Projeto Japiim foi inaugurado em agosto de 2006, após uma
minuciosa pesquisa feita pelo setor de Relacionamento Comunitário
da empresa. As mães que integram o projeto recebem aulas de
corte e costura, orientadas por pessoas da própria comunidade, e a
empresa promove seu desenvolvimento profissional, oferecendo
suporte material, administrativo e motivacional na condução da ação.
Atualmente o Projeto Japiim é composto de cerca de 40 participantes,
contando com um grupo em sua sede em Vila dos Cabanos e um
grupo na Ilha Arapiranga e encontra-se aberto à participação de mais
pessoas. O Projeto Japiim tem como atividades paralelas à produção
de uniformes, cursos de corte e costura na confecção de enxovais
para recém-nascidos, destinados às mães das Pastorais da Criança de
Barcarena, produção de sacolas e camisetas promocionais e brindes
diversos.
Fatores associados ao acesso e uso de insumos
e serviços de saúde na Zona Metropolitana de
Manaus: inquérito de base populacional
A Região Metropolitana de Manaus tem população de 2,3 milhões
de habitantes (61% da população do Amazonas), e tem apresentado
elevado crescimento econômico e demográfico. Em termos de
desenvolvimento, a região ainda apresenta grandes contrastes sociais,
difícil integração com outras regiões e desorganização urbana, associada
à degradação ambiental. Também é observada uma das mais baixas
densidades de médicos do país. Tais fatores provavelmente impactam
no estado de saúde e no acesso aos insumos e serviços de saúde
dessa região.
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Cidadania e educação ambiental: uma ação
do núcleo de estudos em educação científica,
ambiental e práticas sociais na comunidade
Vila da Barca, Belém (PA)
A comunidade Vila da Barca localizada no município de Belém
- PA é uma típica área periférica de grandes cidades, apresentando
problemas como violência, carência de acesso aos serviços como
saúde, educação e saneamento básico, o que compromete a qualidade
de vida da população. Nesse sentido, pretende-se desenvolver este
projeto que visa contribuir com a emancipação social e econômica
dos moradores tendo como princípios o desenvolvimento sustentável,
por meio da educação ambiental e a cidadania. Para tal, foi realizado
um levantamento das demandas e fragilidades da comunidade Vila da
Barca, por meio de aplicações de formulários com 35 moradores e
entrevista com a líder comunitária. Partindo disso, elaborou-se 8 frentes
de trabalho que serão abordadas por meio de ações e atividades
educativas como oficinas pedagógicas e cursos. Espera-se oportunizar
aos moradores envolvidos no projeto uma formação ampla que
promova o resgate da cidadania e os permitam serem multiplicadores,
dando continuidade às ações.
Reciclando lixo orgânico: transformando-o em
adubo por meio da compostagem, meio ambiente
e educação ambiental
Promover um processo de separação do lixo orgânico nas
residências e posteriormente a compostagem desses resíduos e
conscientizar a população sobre o problema ambiental.
Casa Trapobam
No Brasil, a maior carência habitacional ocorre na faixa de renda
que vai até 3 salários mínimos, respondendo por mais de 90% do
déficit habitacional, segundo dados da Fundação João Pinheiro (órgão
do governo do estado de Minas Gerais que realiza estudos sobre a
questão habitacional). E apesar de todos os esforços adotados pelo
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governo por meio de programas habitacionais que iniciaram em 1946
com o então Presidente da República Eurico Gaspar Dutra, criando a
Fundação da Casa Popular, o problema ainda está longe de ser resolvido.
Por outro lado, com o aquecimento global, a redução na disponibilidade
de matéria-prima e energia para a produção de materiais de construção,
precisamos assumir o desafio de criar processos construtivos que
gerem menos desperdício, assim como proporcionar a inclusão de
novos materiais recicláveis como matéria-prima na construção e com
isso baixando o custo do metro quadrado: construir mais, por um custo
menor, sem prejuízo da qualidade.
Pensou-se na possibilidade de fazer um protótipo de habitação de
interesse social utilizando além do bambu em suas paredes, roupas de
tecidos em geral, devidamente tratados para fazer parte do enchimento
das mesmas. Seria uma alternativa à técnica de enchimento de parede
utilizada em um protótipo de vila ecológica (argila e partículas de bambu),
que foi construído na Reserva Florestal Adolpho Ducke, em Manaus.
A ideia é incluir, além de roupas que seriam descartadas por não
servirem mais para uso, enxoval de cama, mesa e banho, devidamente
processados para fazer parte na composição das paredes da habitação.
O material seria de uso doméstico, incluindo hotéis e restaurantes. Isso
reduziria a necessidade de extrair matéria-prima do meio ambiente, e
geraria mais uma fonte de renda aos catadores. Acreditamos que o
enchimento das paredes em nossa região é imprescindível para que
estas não sirvam de moradia para insetos e pequenos animais, além de
aumentar suas características termo acústicas.
Para isso seria necessário uma espécie de coleta seletiva para
este material, além da inclusão de um recipiente para esta finalidade,
como já acontece com os descartáveis de papel, metais, plásticos e
orgânicos. A ideologia do crescimento econômico deve ser substituída
pela ideia de desenvolvimento econômico e social e da sustentabilidade
ecológica, pois nós como indivíduos somos parte integrante dos
processos cíclicos da vida do nosso planeta.
Xeque-Mate
A criação do xadrez é um grande mistério na história do
entretenimento humano. Historiadores atribuem sua criação ao Rei
Salomão; outros, aos sábios mandarins contemporâneos de Confúcio;
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aos antigos egípcios. Mas, há registros indicando que o jogo era
disputado na Índia, onde teria surgido por volta do século V ou VI
de nossa Era. Durante muito tempo se pensou fosse o xadrez um
passatempo somente para as classes privilegiadas. Porém, agora o
jogo é defendido por educadores e filósofos como excelente treino
para qualquer pessoa. É, na verdade, difícil jogar bem o xadrez. Mas é
também verdadeiramente fácil aprender os elementos constitutivos do
jogo. E quando estes tiverem sido aprendidos, sua prática propiciará
mais deleite e satisfação em relação a qualquer jogo conhecido pelo ser
humano. Elaborado com a finalidade de popularizar a técnica do xadrez,
unindo a estratégia e lógica do jogo às possibilidades da informática,
nas comunidades carentes de Belém, o projeto Xeque-Mate, que faz
parte do programa “Ensinando a Viver”, da Escola Comunitária “Ursinho
Carinhoso”, tem a missão de transformar a realidade dos moradores da
periferia de Belém, por meio de aulas (teoria e prática) e campeonatos
de bairro.
Musacom: música ao alcance das comunidades
Uma pesquisa realizada no início do ano de 2007, coordenada
pela Secretaria da Infância e juventude (Seinf), levou um grupo de
assistentes sociais a uma realidade: quando os jovens não estão nas
escolas, ficam na ociosidade de um lado para outro a procura de uma
distração para passar o tempo. Nós sabemos o quanto isso é nocivo
pois, é assim que muitos começam o envolvimento com as drogas,
prostituição e o mundo do crime. Tendo como base essas informações,
este projeto (Musacom), vem ao encontro desses jovens oferecendolhes uma alternativa de convivência em grupo, onde todos aprenderão
antes de tudo a desenvolverem atividades em grupos e se respeitarem
mutuamente. Ele é idealizado para a formação de orquestras, bandas
de música, bandas marciais e fanfarras onde, os integrantes destas
serão crianças, jovens e adolescentes do município que se encontram
em situação de risco social e pessoal. Assim, este projeto é ousado por
acreditar que com essa iniciativa possibilitara ao município onde ele será
desenvolvido vislumbrar um processo de construção cultural própria,
pois alem de contribuir para a formação do caráter e personalidade,
constitui-se como elemento de formação técnica e profissional.
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Uso de redes DTN no monitoramento
e ré-diagnóstico da saúde de comunidades
ribeirinhas da Amazônia
O cerne desta proposta reside no desenvolvimento de um
projeto, baseado em tecnologia desenvolvida pela Nasa e adaptada
às particularidades da nossa região, que permite a integração
entre pacientes grávidas, domiciliadas no arquipélago do Marajó, e
profissionais de saúde do Hospital Santa Casa. Hoje, faz-se necessário
que as pacientes se desloquem até a capital para procedimentos
básicos que vão desde o simples agendamento de consultas até o
monitoramento periódico da evolução da gravidez. O projeto utiliza
uma tecnologia chamada Redes DTN (Delay Tolerant Network) para
permitir que informações coletadas por agentes de saúde, que
residam próximos às pacientes, possam chegar até o hospital de
referência em Belém a um custo extremamente baixo. A proposta
requereu o desenvolvimento de software e hardware específicos,
sendo que o software que já foi registrado no Instituto Nacional de
Propriedade Industrial, por meio do processo número 12618-3, sob
o título “Protocolo de comunicação nó-nó para redes Codpon” (RPI
2157 de 08/05/2012).
Basicamente o projeto consiste em se instalar um equipamento
especial chamado KED (Kit Embarcado de Deslocamento) no mastro
das embarcações que fazem linha para as diversas localidades
do Arquipélago do Marajó e na orla das comunidades ribeirinhas.
Após a coleta de dados, feita por agentes de saúde com Tablets
ou computadores portáteis, esses dados são transmitidos de uma
embarcação a outra, por meio dos KED, até chegarem à capital e
ficarem disponíveis para análise pelos profissionais do Hospital Santa
Casa. Como as informações são transmitidas por meio de uma rede
colaborativa (passando de um barco a outro) não há custos com enlaces
de dados ou telefonia celular. Esse recurso permite a integração das
regiões mais remotas, mesmo que no local não haja infraestrutura de
telecomunicação, pois o único requisito é o KED.
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
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PSID (Projeto Social de Inclusão Digital):
escola em atividade pela inclusão da comunidade
Apresentar alternativa de compartilhamento sócio educativa e
digital entre os alunos monitores do Instituto e comunidade interna e
externa. Oferecer ao aluno-monitor horas de estágio supervisionado
obrigatório; ofertar oportunidade de compartilhamento das
informações; ofertar à população variados cursos de médio prazo,
gratuitos, retornando ao cidadão seus impostos; promover ações de
solidárias junto às comunidades carentes filantrópicas; certificar os
alunos; promover a inclusão sócio digital e produtiva, gerando renda
para a comunidade; utilizar a ociosidade do parque físico, pessoal e
tecnológico da instituição.
A concepção do projeto segue os passos do TTSIPS (Teoria,
Técnica, Solidariedade, Inclusão, Prática e Sinergia), este ciclo
metodológico é sinergético e aconteceu por um processo irradiador,
é uma roda que enquanto haver vida girará conforme segue. Teoria:
desenvolvimento de apostilas, ementas de aulas, apresentações,
cientifico por parte dos alunos monitores e alunos cursistas; técnica:
aprimoramento e aprendizado de novas técnicas de estudo no processo
natural de ensino e compartilhamento; solidariedade: compartilhamento
de informações, conhecimento com alunos cursistas, além da doação
de alimentos; inclusão: processo cultural e aprendizagem entre alunos
de cursos específicos (sistemas operacionais, desenho arquitetônico
digital, edição e criação de imagens digitais e vetoriais), onde psico/
socialmente, é deixado de lado o pensamento de exclusão, e a
inclusão gera sentimentos de alegria, satisfação, autoestima; prática: ir
fazendo um processo educativo não doloroso, onde o monitor aprende
ensinando o aluno, e o aluno aprende observando.
Safta/Camta:
tecnologia social sustentável da Amazônia
A Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu, fundada por
Imigrantes Japoneses em 1929, para cultivar hortaliças, cacau e arroz
na selva Amazônica do Pará. Enfrentaram pobreza, doenças, mas
introduziram a pimenta-do-reino em 1930 e após a 2ª Guerra Mundial,
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Propostas Apresentadas | Categoria Social
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ergueram o Império do Diamante Negro de prosperidade e riqueza,
que acabou nos anos 60 pela fusariose, doença superada pelo Sistema
Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta), compartilhado em 24 projetos
socioambientais na Amazônia do Brasil e Bolívia.
Delfinoterapia: alternativa para tratamento de
crianças com doenças físicas e psicológicas no
Estado do Pará
Iniciativa inovadora no Brasil, voltada para o tratamento
terapêutico de crianças com deficiências física e psicológica. Trata-se
de uma terapia complementar que utiliza o golfinho como animal
coterapeuta na intervenção com pessoas portadoras de doenças ou
deficiências físicas ou psicológicas, quer seja em crianças, adultos
ou idosos. Este projeto tem como público alvo crianças carentes, que
não têm condições de custear esse tipo de tratamento. Pretende-se,
portanto, beneficiar cerca de 2.000 crianças deficientes, durante a fase
de execução deste projeto, auxiliando-as para o alívio do sofrimento,
além de constituir uma alternativa de entretenimento e lazer. Este
projeto será implantado em 12 meses, iniciando com uma experiência
piloto na Cidade de Belém, Estado do Pará, e que servirá de referência
para os demais Estados Brasileiros.
Comunidade em ação
Desenvolvimento de ações que viabilizem a geração de renda e
oportunidade de trabalho para famílias em situação de vulnerabilidade
social da comunidade Jardim Mauá, localizada na Zona Sul do Município.
Este projeto é uma proposta da Associação Cultural, Ambiental e
Tecnológica (Womara), em parceria com a Associação dos Moradores
do Jardim Mauá (Amojam). O planejamento é resultado de uma
construção coletiva, que envolveu as equipes das duas organizações.
A fase de execução do projeto ocorrerá no âmbito da Amojam, que
cederá seu espaço para a realização das oficinas e, cujas atribuições
e responsabilidades de cada associação estão consubstanciadas no
Termo de Parceria. O público-alvo envolve as mães da Comunidade
Jardim Mauá, especialmente àquelas em que cabem às mulheres o
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sustento familiar e, que, em sua maioria são de baixa renda e sobrevivem
do trabalho informal.
As atividades meio previstas pelo projeto estão voltadas para
a execução de oficinas gerais: Corte e Costura, Arte em Fuxico e
Artesanatos afins, Empreendedorismo, Planejamento Estratégico,
Plano de Negócio e Gestão de Projetos Sociais, bem como a realização
de eventos expositivos, objetivando a comercialização dos produtos e
visibilidade do projeto. Com principal de proporcionar condições para
que o projeto se sustente de forma autônoma após os dois primeiros
anos, por meio da escalada da renda, tendo em vista a aplicação
das ferramentas de gestão e empreendedorismo ensinadas durante
o projeto. As ações desenvolvidas pelo projeto são direcionadas
especialmente à Comunidade Local; no entanto, uma das ações estará
aberta aos gestores e técnicos de organizações tanto da comunidade
local como adjacentes.
Universidade da Maturidade da Universidade
Federal do Tocantins: uma proposta educacional
para o envelhecimento digno e ativo no Tocantins
É uma proposta pedagógica, voltada à melhoria da qualidade de
vida da pessoa adulta e dos idosos, e visa à integração dos mesmos com
os alunos de graduação, identificando o papel e a responsabilidade da
Universidade em relação às pessoas de terceira idade. Afinal, dentre as
instituições públicas e privadas, a Universidade parece ser, no momento,
a mais adequada e capaz de estruturar para responder às necessidades
específicas para pessoas acima de 45 anos, tais atividades físicas,
culturais e sociais. O trabalho realizado com este projeto significa
uma alternativa para as pessoas adultas que a sociedade brasileira
exclui, numa fase da vida em que detém experiência acumulada e
sabedoria. É um espaço de convivência social de aquisição de novos
conhecimentos voltados para o envelhecer sadio e digno e, sobretudo
na tomada de consciência da importância de participação do idoso na
sociedade enquanto sujeito histórico. A UMA está presente em sete
pólos distribuídos no Tocantins e na Paraíba.
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Propostas Apresentadas | Categoria Social
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Proposta de incorporação do cirurgião dentista
nas unidades de terapia intensiva (UTI) no Estado
do Amazonas
O atendimento em ambiente hospitalar é atribuído a uma
equipe de profissionais de saúde que busca a promoção da integral
do paciente, não obstante, o profissional da odontologia deve integrar
esta equipe multidisciplinar, contribuindo com a melhoria de vida do
paciente. A integração do Cirurgião Dentista (CD) a equipe hospitalar,
não é uma situação corriqueira em decorrência de todo o processo
histórico o que a educação da saúde foi construída durante anos, onde
predominou a atuação dos profissionais em medicina na posição de
(co)responsável em reestabelecer a saúde do paciente. No entanto, a
situação atual nos mostra que à medida que a equipe hospitalar deixar
de ver a função da formação acadêmica como papel primordial no
benefício à saúde, o trabalho coletivo passará a focar a saúde global do
paciente como ponto principal para a sua recuperação e/ou bem estar
durante a permanência em leito hospitalar.
No Brasil, a incorporação do cirurgião dentista as Unidades de
Terapia Intensiva (UTI) vem se tornando uma pratica cada vez mais
frequente, como mostra a pesquisa apresentada na Revista Brasileira
de Odontologia (2012). A odontologia hospitalar tem por objetivo trazer
ao paciente a melhora do quadro sistêmico. Os pacientes portadores
de afecções sistêmicas e hospitalizados, encontram-se muitas
vezes, dependentes de cuidados. Isso impede que mantenham uma
higienização bucal adequada, precisando de profissionais da área de
saúde bucal para fazer essa tarefa. Mesmo estudos comprovando que
os cuidados com a higiene bucal em pacientes em UTI é importante, a
prática desses cuidados ainda é escassa (WILLIAMS; OFFENBACHER,
2005).
Segundo Camargo (2011), a Odontologia hospitalar pode
ser definida como uma prática que visa os cuidados das alterações
bucais que exigem procedimentos de equipes multidisciplinares
de alta complexidade ao paciente. A saúde bucal, como estado de
harmonia, normalidade ou higidez da boca, só tem significado quando
acompanhada, em grau razoável, de saúde geral do indivíduo. Neste
sentido, este projeto prima por incorporar, de maneira pioneira no
Estado do Amazonas, a participação do cirurgião dentista junto à
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
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equipe multidisciplinar das UTI, tendo em vista o fato de que ainda
não existe a atuação destes profissionais, associado ao fato de que
os cuidados com a higiene bucal dos pacientes, é uma das formas
de prevenção de possíveis infecções hospitalares e respiratórias, em
pacientes internados em UTI.
Lótus
O Lótus é um projeto de extensão acadêmica que proporcionará
melhor qualidade de vida a comunidade de forma global, por meio de
módulos mensais onde serão abarcadas principalmente as noções de
agricultura familiar e agroecologia, por meio da construção de uma
horta orgânica e futuramente com um Sistema Agroflorestal (SAF),
tanto para subsistência quanto para o comércio; assistência à saúde
de acordo com as especificidades da comunidade, contando com uma
equipe multiprofissional, além de atividades culturais, por meio de
oficinas de dança e teatro.
O projeto também traz a proposta da criação de um sistema
de irrigação utilizando a captação de água da chuva, sendo de
criação simples e inovadora. Essa ação capacitará a comunidade e
os empoderará de forma que consigam replicar em qualquer outra
situação, proporcionando à comunidade uma água de qualidade para
irrigar os cultivos e futuramente, com o aprimoramento do sistema,
uma água pronta para consumo. Tendo em vista que as casas são
abastecidas pela água da rede pública, porém a mesma não recebe a
devida manutenção há alguns anos, sendo esta de péssima qualidade
para o consumo.
Implantação de lixeiras seletivas
Utilizando lixeiras para o recolhimento de materiais que são
possíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte
geradora. Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os diversos
tipos de papéis, plásticos, metais e vidros. Já existem essas lixeiras,
mas meu projeto é espalhar dentro das cidades com apoio da prefeituras
por sua vez que não sairá caro aos cofres municipais.
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Propostas Apresentadas | Categoria Social
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Preparatório social pré-nokianos
O preparatório social pré-nokianos surgiu como proposta de
implantação de um programa voluntariado pela Fundação Nokia com
o objetivo de ampliar as ações de ensino já desenvolvidas e criar
novas possibilidades de implantações mediante a diversidade dos
programas e produtos das instituição. Este programa educacional sem
fins econômicos é composto principalmente por voluntários das mais
variadas áreas, em sua maioria egressos da instituição, que aspiram
contribuir para o crescimento integral da sociedade por meio da
educação. Atualmente, é uma ações da área de Responsabilidade Social
da instituição, que intensifica um dos seus valores: o compromisso
com a educação. O programa conta possui em sua composição
colaboradores e parceiros, cuja ideia central é proporcionar aos alunos
egressos e pessoas com o compromisso de viver os valores da
instituição, visando retribuir à sociedade os benefícios que a formação
e a capacitação lhes trouxeram. O Programa engloba iniciativas como
o Projeto de Inclusão, O Projeto Pré-Nokianos, a implementação de
laboratórios e doação de softwares desenvolvidos pelos alunos.
O preparatório social pré-nokianos visa realizar sua missão de
proporcionar prioritariamente às pessoas de baixa renda, a educação
com a finalidade de transformação social. Tendo como público alvo
jovens em vulnerabilidade social das comunidades dos bairros Vila da
Felicidade, Mauazinho I e II, Jardim Mauá, Parque Mauá, Japiim II,
Lagoa Verde e outros bairros da Zona Sul da cidade de Manaus.
Apesar dos avanços registrados em Manaus, não há ações
concretas por parte do Governo Municipal e Estadual para aumentar
o acesso de jovens das localidades já descritas ao ensino médio de
excelência ou tecnológico. O projeto proposto pela Fundação Nokia
disponibiliza gratuitamente aulas de Língua portuguesa e Matemática
para Jovens devidamente matriculadas no 8º ano do ensino fundamental
da rede pública de ensino, cujo o objetivo é ingressar em uma das escolas
de referência no estado do Amazonas, tendo estes, a possibilidade de
receber a preparação e o acompanhamento necessário para concorrer
à oportunidade de cursar o Ensino Médio com excelência, aumentando
assim, a mudança positiva para si e para suas famílias por meio da
educação.
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A equipe de educadores é composta por egressos da instituição
e jovens universitários, a maioria dos cursos de engenharia e Letras
em Língua Portuguesa, que abraçaram a proposta pedagógica
diferenciada focada na preparação dos jovens do projeto para ingressar
nas instituições de ensino médio. Os resultados atuais demonstram
que o projeto alcançou além do objetivo inicial (a aprovação nessas
instituições), mas também percebeu-se uma melhora significativa no
desempenho escolar e no processo de evasão. Em quatro anos de
atuação o projeto já beneficiou 345 alunos de oriendos de 16 escolas
publicas, apresentando um aproveitamento aprovando de mais de 10%
deste total.
Entre rios e igarapés: a cartografia social da
Comunidade Ribeirinha da Várzea, Belém (PA)
Tem como objetivo construir um banco de dados sobre a
Comunidade Ribeirinha da Várzea, localizada a leste da cidade de Belém
(PA), com informações sobre os aspectos ambientais, geográficos,
sociais, educacionais e econômicos, resultando no mapeamento
social e culminando na elaboração da primeira cartografia social da
comunidade da Várzea. Acselrad e Coli (2008) esclarecem que os
mapas sociais, em vez da priorização das técnicas geográficas visa à
representação do cotidiano, considerando o que é mais relevante pelas
próprias comunidades estudadas. Logo, saber exatamente a localização
da Várzea é uma forma de delimitá-la e reafirmá-la como sendo uma
extensão territorial de Belém, ou seja, é a parte ribeirinha da cidade,
que muito se confunde como ilha, conceito difundindo pelos próprios
moradores, visitantes e professores que atuam na Unidade Pedagógica
(UP) Nossa Senhora dos Navegantes que fica na Várzea. A cartografia
social busca valorizar mapas talhados pelas mãos daqueles que
vivem o cotidiano rico em biodiversidade, mas que sofrem problemas
ambientais devido a sua localização próxima ao antigo lixão do Aurá que
ameaçam a sobrevivência dos ribeirinhos. Ressalta-se que há poucas
informações sobre lócus da pesquisa tanto em termos de literatura
como por parte dos órgãos públicos. No decorrer da organização do
projeto foi constatado que a comunidade da Várzea era vista também
como ilha pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Belém
(Semec) a qual é responsável pela educação dos ribeirinhos, além
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disso, não havia registro sobre a referida comunidade na Companhia
de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém
(Codem).
O cotidiano dos ribeirinhos, assim denominados por viverem a
margem do rio, é marcado pelo movimento do rio, pela pesca, criação
de pequenos animais e coleta de frutos. Desta forma, o referido trabalho
serve como instrumento de aprendizagem, ação e transformação,
voltadas para identificação, registro, soluções ou, no mínimo, a redução
de grandes problemas de ordem econômica, ambiental e social que
demandam ações conjuntas de governos e sociedade.
Urbanismo fluvial para o planejamento territorial
do Município de Parintins, Baixo Amazonas:
aplicando os conceitos de urbanismo para o
ordenamento de municípios com dependência dos
recursos hídricos locais na ocupação territorial
A maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica, mais
que triplica sua área alagada durante a estação chuvosa. Em média,
na estação seca 110.000km² estão submersos, enquanto que na
estação das chuvas essa área chega a ser de 350.000 km² (o tamanho
do estado de Mato Grosso do Sul). Nesta grande porção amazônica,
ao longo dos séculos, a maioria das cidades se estabeleceram às
margens dos rios e várzeas, numa intrínseca relação de dependência
cidade-hidrografia, sendo ainda hoje os meios fluviais as únicas vias
de comunicação, locomoção de pessoas, equipamentos, materiais e
informação. Por estas características o rio tem um papel fundamental
na cultura local e no desenvolvimento da região, já que é a grande
estrada hídrica que interliga a malha urbana da Amazônia, seja em
macro escala – entre municípios –, seja na micro escala, na distribuição
populacional e ocupação territorial local.
Apesar desta relação tão presente e dependente, o planejamento
urbano destas cidades nunca priorizou os recursos hídricos com a mesma
importância. Cidades amazônicas com estas características possuem
em sua malha hidrográfica grande parte do cotidiano da cidade, seja pela
moradia, deslocamento, produção ou lazer da população local. Frente
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à isso, o Projeto Urbanismo Fluvial para o Planejamento Territorial de
Parintins se propõe a desenvolver o Plano Urbanístico da cidade de
Parintins, aplicando os conceitos de urbanismo no reconhecimento e
valorização da relação sociocultural dos habitantes com a rede hídrica
do município. O rio como espaço urbano vital para a cidade. Utilizar os
princípios que regem o urbanismo como planejamento e ordenamento
das cidades e adaptá-los para a malha hidroviária da cidade de Parintins,
propondo a organização e a exploração adequada deste espaço com
melhoria do bem-estar, qualidade de vida, e conservação ambiental.
Efeitos dos alcalóides de Geissospermum
urceolatum a. h. gentry (acariquara-branca)
na pressão arterial e na contração do músculo
liso de ratos
Na Amazônia, o controle epidemiológico com antimaláricos
comuns não impediu a representação e o desenvolvimento de
resistência do parasito. Novos fármacos e novas estratégias para tornálos acessíveis aos enfermos de alto risco são prioridades na saúde
pública. O presente projeto pretende correlacionar o estudo fitoquímico
e a avaliação da atividade farmacológica dos compostos isolados dos
extratos aquosos e etanólicos da casca de (Geissospermum urceolatum
(Apocynaceae) em mamíferos, provenientes de duas áreas de coletas
da Região Amazônica. Além da qualidade de suas madeiras, as cascas
da espécie do gênero são usadas comumente na forma de infusões
pela medicina popular da Região Amazônica para tratamento além da
febre e de malária. Plantas da família Apocynaceae estão incluídas
fitogeneticamente na ordem Gentiales e gênero Geissospermum
sendo consideradas como espécies dicotiledôneas bem evoluídas
e são caracterizadas normalmente pela presença de látex. Possuem
distribuição geográfica na Amazônia Central, Oriental, Guiana. Árvores
de dossel são plantas com látex branco e abundante, em alguns casos
visíveis apenas nos ramos terminais e, neste caso, com coloração
diferenciada vermelho sangue ou acastanhado. Para tanto, utilizou-se
do conhecimento tradicional da região, e de levantamentos científicos
para completar as informações referentes à planta descrita.
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Expedição vaga lume: bibliotecas comunitárias
formando leitores na Amazônia
O projeto é parte do Programa Expedição da Vaga Lume, que tem
como objetivo promover o acesso ao livro e à leitura em comunidades
rurais da Amazônia Legal brasileira, além de valorizar a cultura local.
É o programa que deu início à atuação da Vaga Lume, sendo, portanto
a principal tecnologia social da organização. Sua metodologia consiste
em três ações interligadas: a doação de estrutura para bibliotecas
(livros, estantes, livreiras e esteiras); a formação de voluntários
das comunidades e dos municípios como mediadores de leitura e
como multiplicadores da metodologia; e, ainda, o incentivo à gestão
comunitária da biblioteca (manutenção e funcionamento, organização
de assembleias com a comunidade para discutir temas de interesse
coletivo, como educação e cidadania, entre outras atividades).
As três ações devem ser implementadas conjuntamente, já
que a estrutura promove o acesso ao livro, a formação qualifica esse
acesso e a gestão local confere sustentabilidade ao programa. São
ações, portanto, complementares, que promovem o gosto pela leitura
em crianças, adolescentes e adultos, que a incorporam em seus
cotidianos gerando profundas transformações no médio e longo prazo
na educação rural. Por fim, de modo transversal, a Vaga Lume busca
valorizar a cultura local por meio da realização de rodas de histórias,
nas quais os moradores mais antigos das comunidades relatam mitos,
lendas, causos e histórias contados oralmente de geração em geração,
que podem ser registrados em livros artesanais ricos em vocabulários
e ilustrações da região.
Estima-se que 24.316 crianças, jovens e adultos residentes em
23 municípios da região, mais especificamente, nas 158 comunidades
rurais onde foram implantadas bibliotecas comunitárias, beneficiem-se
das ações da Vaga Lume. Esse público-alvo é composto por grupos
vulneráveis como quilombolas, indígenas, ribeirinhos, moradores de
assentamentos rurais e de beira de estrada que vivem principalmente
da agricultura, extrativismo, pesca, pecuária, do turismo e da produção
de artesanato.
A Vaga Lume já distribuiu 81.328 livros de literatura novos;
formou, no total, 3.487 voluntários, sendo 3.058 mediadores de leitura
voluntários das bibliotecas e 429 multiplicadores da metodologia; e,
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ainda, estimulou a produção de 269 livros artesanais. Os resultados do
Programa Expedição são impressionantes, especialmente ao se levar
em conta que 96,7% dos voluntários concordam que a biblioteca vem
mudando os hábitos de leitura na comunidade e 100% dos professores
concordam que a biblioteca contribuiu para aproximar a escola da
comunidade.
Percepção dos estudantes de enfermagem
de uma universidade federal acerca do marketing
em enfermagem
Na tentativa incessante do mérito científico, a enfermagem segue
conservando a essencialidade cultural de uma postura antropológica
de classe e valores éticos ao tentar construir um marketing próprio.
Desse modo, busca-se entender as facetas que englobam o tema,
para isso, é vital realizar um levantamento a cerca do estudo, uma vez
que a literatura específica do tema é restrita, geralmente a temática
está dentro dos assuntos relacionados à administração, assim, mostrase indispensável buscar embasamentos teóricos que intensifiquem o
nível de conhecimento sobre o marketing em Enfermagem, partindo
da necessidade de preparação dos acadêmicos, além de buscar maior
compreensão em como as instituições de ensino, no papel de órgãos
formadores, estão abordando o tema.
Empreendedorismo com resíduos de pescado:
desenvolvendo comunidades
Consiste em beneficiar duas comunidades de pescadores
artesanais do litoral pernambucano por meio de capacitações em
aproveitamento de resíduos de pescado com ênfase em escamas e
conchas de pescado na produção de artesanato. Tem como objetivo
proporcionar o desenvolvimento de competências e habilidades para
inserção da arte no mercado local e certificação da habilidade. Serão
qualificadas 40 pessoas enfatizando além da confecção de novas peças
artesanais com design o empreendedorismo relacionado a divulgação
e vendas dos produtos, atribuindo marca, embalagem e inclusão das
peças no mercado por método de lojas tipo quiosques itinerantes e
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Propostas Apresentadas | Categoria Social
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mercado digital ou e-commerce contribuindo com a melhoria da
qualidade de vida por meio da geração de renda de uma maneira
socialmente responsável.
Arte sem fronteiras
Realizado desde 2011 com exclusividade pelo fundador e
coreógrafo Wilson Junior com base em sua pesquisa como bacharel na
graduação em dança. Além das técnicas codificadas, dos repertórios
repetitivos da dança, este projeto propõe-se a tecer as múltiplas
redes que existem no mundo contemporâneo entre Arte, educação
e sociedade. Enfatiza a necessidade de reconhecimento e valorização
da dança como conhecimento, percepção e processo criativo.
Este projeto vem sendo realizado em parceria com as Associações
Filantrópicas Maristas e Salesianos, o Instituto Cultural Escada Sem
Degraus, as redes públicas de ensino e auxiliado por professores
independentes. Apresenta três linhas de trabalho complementares,
porém independentes entre si: A dança contemporânea, balé, jazz,
as danças afro-brasileiras, as danças urbanas e o acompanhamento
da profissional de teatro. Este projeto pode ainda ser complementado
com espetáculos interativos de dança, apresentado pelos alunos
acompanhados dos professores.
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Categoria
Empreendedorismo
Consciente
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Propostas Apresentadas | Categoria Empreendedorismo Consciente
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Amazona em Sabores Africanos (ASA)
O projeto visa restaurantes utilizando os produtos agroalimentares
do Amazonas para produzir os pratos africanos, pois tem uma grandes
semelhanças desses produtos que se encontram na mesa de ambos
os povos. Em Belém, precisamente, não existe um restaurante com
sabores africanos.
Rota urbana: uma plataforma de colaborativa
de compartilhamento de informações sobre
mobilidade urbana com acessibilidade à
deficientes visuais
A plataforma Rota Urbana propõe a construção e implantação de
uma plataforma tecnológica que vai auxiliar os cidadãos de cidades que
tenham sistemas de transporte e mobilidade urbana a se locomover
pela cidade e região baseando-se no conceito de rotas. As rotas
podem ser de ônibus, barcos, ciclovia, metrô, passeios turísticos,
entre outras. Este projeto aqui proposto já possui uma versão beta em
um web site acessível e também por meio de um aplicativo android.
Nesta versão atual são disponibilizadas funcionalidades relacionadas às
rotas de transporte coletivo, focando no conceito de crowdsourcing,
que é baseado nas informações providas pelos próprios usuários do
transporte coletivo.
Assim, estas rotas são cadastradas pelos próprios usuários,
e contém informações sobre código, nome das linhas, o trajeto das
ruas e paradas de ônibus disponíveis durante o percurso, pontos de
referências, entre outras informações. Desde 2013, ano de lançamento
da versão beta da plataforma, foram coletados os feedbacks, e destes
surgiu a demanda de acessibilidade para deficientes visuais. O Rota
Urbana Voicer é destinado à este público, e a proposta é expandir os
benefícios da plataforma para portadores de deficiência visual, para
isso será necessário o desenvolvimento de interfaces de voz para
as funcionalidade já existentes e de algumas funcionalidades que
beneficiarão principalmente os deficientes visuais.
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Gestão responsável
Iniciativa inovadora do Instituto de Tecnologia e Informação
Social da Amazônia (Iteia) com o apoio do Programa Amazon Sat Social
e da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos
(SEMASDH) e tem por objetivo realizar apoio gratuito na introdução
do tema Responsabilidade Social e Educação Fiscal na atual gestão
realizada pelas empresas, governos e entidades do Terceiro Setor,
visando a melhoria de vida das famílias e trabalhadores. O projeto é
destinado a consultorias, oficinas, cursos, palestras e seminários,
beneficiando o interesse coletivo das comunidades locais na cidade de
Manaus e toda a Região Norte, visando realizar ações de proteção social
que viabilizem a promoção do protagonismo, a participação cidadã, a
mediação do acesso ao mundo do trabalho e a mobilização social para
a construção de estratégias coletivas, em consonância à Lei Federal
9.249/1995 – Renúncia Fiscal, Resolução CNAS 033/11 e os requisitos
exigidos pelas Normas, CFC 1003/04, NBC T 15, ISO 26.000:2010 e
ABNT NBR 16.001:2012 – Responsabilidade Social.
Transformando lixo tecnológico
em matéria-prima, empregos, capacitação
e educação ambiental
Separação de todos os componentes, dando destinação
correta aos reutilizados e não reutilizados, encaminhamos para
empresas recicladoras que trabalham especificamente com cada um
deles. Localizada na Amazônia (em Manaus) e cientes de que devemos
dar nossa contribuição para desenvolvimento sustentável da nossa
região, desenvolvemos programas de Responsabilidade socioambiental
focados em três pilares: econômico, social e ambiental.
Fortalecimento da piscicultura comunitária
no Lago do Santana: conquistando alternativa
sustentável de trabalho e renda
A Associação dos Moradores do Santana (Amos) desenvolve há
8 anos o Projeto de Piscicultura Comunitária no Lago do Santana com
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Propostas Apresentadas | Categoria Empreendedorismo Consciente
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o objetivo principal de gerar trabalho e renda por meio da pratica da
participação comunitária, do associativismo e do trabalho em beneficio
de metas e ideias comuns. O projeto iniciou em 2006 após um curso de
Capacitação Profissionalizante de Criação de Peixes em Tanques-rede
realizado pela Amos. Após o curso os participantes perceberam que
poderiam usufruir de modo sustentável dos seus recursos naturais
especificamente do Lago do Santana, por meio da atividade de
piscicultura como alternativa de renda continuada e inclusiva.
A implantação do projeto foi evoluindo à medida que se adquiria
conhecimento técnico e experiência pratica da piscicultura. Iniciou
com a Fase I que teve como finalidade a instalação da Unidade de
Observação (UO) com 35 tanques-rede de pequenos volumes e alta
densidade de estocagem e recria em berçários, para gerar: experiência
pratica da atividade, dados do comportamento do ecossistema do lago
e informações do desempenho Técnico e Econômico. Na Fase II foi
implantada a Unidade de Produção (UP) também utilizando Tanquesrede de pequenos volumes e a mesma metodologia da UO. Na Fase III a
AMOS estreitou parceria com a Embrapa, realizando ajuste no esquema
técnico de produção, introduzindo a formação de juvenis em Tanques
escavados e o sistema de criação consorciada de peixes em Tanquesrede (de volumes diversificados) e Tanques escavados, desenvolvendo
tecnologia produtiva adequada para os lagos amazônicos. Hoje o
Tambaqui Curumim, produzido no projeto é vendido semanalmente nas
Feiras da ADS e Sepror.
Além da Tecnologia de Produção o Projeto desenvolveu
Tecnologia Social (certificado em 2009 pela Fundação Banco do Brasil)
conseguindo inovar implantando uma linha de produção de peixe com
despesca semanal e consequentemente renda mensal ao participante
pois a piscicultura é conhecida por ser um cultivo de médio e longo
prazo. É assim que a Amos vem conseguindo desenvolver com sucesso
a atividade de Piscicultura Comunitária. A iniciativa em optar pela
piscicultura como alternativa de renda para seus associados foi decisiva
para a mudança na comunidade e no cenário da piscicultura familiar
como atividade econômica no Amazonas. Enquanto a equipe do projeto
trabalhava pela implantação de sua infraestrutura de produção, lutava
também pela organização dos produtores, pela aproximação dos órgãos
geradores do conhecimento científico, da assistência técnica, do poder
público para que a criação intensiva de peixes se tornasse competitiva,
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integrando desta forma, elos fundamentais da Cadeia Produtiva da
Piscicultura. Nesse contexto, a Amos evolui na implantação da Fase
IV sempre com o mesmo objetivo de desenvolvimento da piscicultura
comunitária familiar como atividade econômica de uso sustentável dos
recursos naturais amazônicos, diversificando seu sistema produtivo e
aumentando a produtividade com inovações tecnológica.
Vencer:
investindo no microempreendedor da Amazônia
O objetivo principal é a criação de uma nova forma de promover
o desenvolvimento sócio-produtivo dos microempreendedores
individuais de baixa renda. Políticas de empreendedorismo e de
desenvolvimento regional possuem dificuldades para alcançar esse
segmento populacional. Instrumentos tradicionais dessas políticas
(e.g., criação de mercados mediante cadeias produtivas ou compras
públicas e investimentos em infraestrutura) não capazes de contemplar
individualmente os beneficiários. O Projeto Vencer aloca a estes
microempreendedores um conjunto de ativos, nas vertentes de capital
financeiro e de capital humano. A experimentação do Projeto pretende,
a longo prazo, respaldar a criação de uma política pública de fomento
a atividades produtivas dos microempreendedores de baixa renda.
Ao que se sabe o projeto inova ao criar a terminologia micropoupança.
A ideia de criação de uma micropoupança tem diversas inspirações,
e se calca numa literatura acadêmica sobre a teoria institucional da
poupança, já experimentada em campo por meio de projetos-piloto
realizados em países da América Latina e dos EUA.
Pessoas que poupam se sentem com maior autoestima, e
mais empoderadas quanto aos desígnios de sua própria trajetória de
desenvolvimento pessoal. A metodologia do Projeto envolve multiplicar
os saldos acumulados (individuais ou coletivos) pelos beneficiários ao
longo de um ano, desde que os beneficiados participem de cursos de
desenvolvimento sócio-produtivo. Também possibilita que grupos de
poupança sejam criados pelos microempreendedores, ativando redes
sociais típicas de arranjos produtivos. Além de cursos obrigatórios ofertase um catálogo de cursos especiais (e.g., formação sócio profissional,
de alfabetização, de educação de jovens e adultos, ou de assistência
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técnica a microempreendimentos), havendo bolsas de estudo para os
microempreendedores interessados. Os Agentes de Desenvolvimento
auxiliarão na compreensão de requisitos e potencialidades do Projeto.
Com R$ 30 milhões investidos em dois anos, o projeto poderia alcançar
3 territórios e 10 mil microempreendedores.
O Projeto Vencer amplia a concepção de apoio ao
empreendedorismo ao aportar investimentos sociais e financeiros
diretamente nos microempreendimentos individuais, com reflexos sobre
o capital humano, social e financeiro dessas famílias. A implantação
do projeto poderá ensejar uma nova modalidade de política pública,
capaz de contribuir para o avanço de atividades econômicas dos
microempreendedores individuais de baixa renda da Amazônia.
Reutilização de garrafas pet e pneus inservíveis
descartados no meio ambiente como substrato
em estações compactas de tratamento de
esgotos: um modelo de estação compacta de
tratamento de esgoto com redução de impactos
da atividade humana na natureza e para
preservação ambiental
Aborda um modelo tecnológico de tratamento de esgoto que
vem sendo inovado pela nossa empresa para atender a demanda
por tecnologias de preservação ambiental, propiciando a redução de
poluição e dejetos descartados no meio ambiente, a inserção deste
modelo de forma racional e responsável, a conservação contínua dos
recursos naturais, o uso de tecnologias mais limpas a baixo custo, e
aliando conhecimento científico à produção e comercialização desta
tecnologia.
A empresa brasileira fundada em 1991, está instalada no coração
da floresta amazônica, abordando a área de saneamento ambiental,
desenvolvendo produtos e processos inovadores para estações
de tratamento de esgotos (ETE) aplicados na Amazônia. Já obteve
recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e também da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam),
sendo desta última para desenvolver a tecnologia de estações de fluxo
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horizontal contínuo aplicável a igarapés, e instalou produtos em órgãos
federais, estaduais, e empresas como Petrobras e Andrade Gutierrez.
O projeto inovador desta proposta é uma Estação Compacta
de Tratamento Ecológico de Esgoto por Zona de Raízes (ECTEEZR),
que é uma ETE compacta com sessão transversal arco-retangular que
possui um formato de base e com melhor aproveitamento volumétrico
em função desta sessão, permitindo sua instalação em espaços
pequenos. Seus principais diferenciais são o uso de um terceiro filtro
anaeróbio, tratamento terciário por ionização, uso de garrafas pet ou
pneus inservíveis (normalmente descartados no meio ambiente) como
substrato, e com economia de energia pois usa a gravidade e não usa
bombas.
Seu uso evita o despejo de esgoto diretamente na água,
protegendo nossos rios da Amazônia, sendo que um protótipo utilizando
fios de garrafas pet já se encontra instalado no barco escola Samaúma
I, do Senai, e estamos desenvolvendo protótipo para reuso de Pneus
Inservíveis. Assim, este Projeto mostra um modelo tecnológico
para reutilização de garrafas pet e pneus Inservíveis descartados no
meio ambiente, inseridos como substrato em estação compacta de
tratamento de esgoto, propiciando uma solução inovadora e estratégica,
que concilia os aspectos econômico, ecológico, com redução de
impactos da atividade humana na natureza e para preservação ambiental
e sustentável da Amazônia.
Mapinguari–selo: consumo protegido
A aplicação dos normativos e imposições para a garantia da
higiene e segurança alimentar, constitui uma lacuna importante no seio
das pequenas e médias empresas, e, nas micro empresas do ramo
alimentar. Sendo o setor alimentar um sector predominante na Vila de
Alter-do-Chão, o certo é que não existe uma efetiva conscientização
da sua necessária implementação, o que enfraquece a qualidade,
competitividade e adaptabilidade das empresas em relação ao
mercado em que opera. A importância econômica e a omnipresença
dos alimentos na nossa vida implicam que a segurança dos alimentos
deve ser um dos principais interesses da sociedade em geral e, em
particular, das autoridades públicas e dos produtores, além claro, de
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nós acadêmicos federais que devemos servir a nossa cidade, estado
e pais. A qualidade não é um mero exercício de sobrevivência ou um
fator de estratégia ou competitividade, face à concorrência originada
pelo excesso de oferta, mas tem que ser uma verdadeira filosofia
de gestão moderna. O problema da implementação da segurança e
higiene alimentar deve ser encarado com frontalidade e capacidade
de resposta por meio de iniciativas que devem partir das próprias
empresas essa implementação deve estar aliada a várias outras noções
de empreendedorismo, como administração, marketing dentre outras.
O consumidor é hoje muito mais exigente e conhecedor do que no
passado, e alcançou, devido às inúmeras crises a que esteve sujeito,
um enorme prestígio e proteção na sociedade
Recicl@web: o uso da tecnologia à serviço do bem
estar social e ambiental
Propõe a criação de uma logística integrada para a gestão
dos resíduos sólidos na Cidade de Belém, dentro dos critérios de
implementação da política reversa dos resíduos sólidos descartados
inadequadamente pela sociedade, em consonância com a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), portanto,
por meio de parcerias com cooperativas de materiais recicláveis, no
intuito de fortalecê-las como empresa e, também, incentivá-las para
a coleta desses resíduos, contribuindo para a geração de emprego
e renda e, principalmente, para a conscientização socioambiental.
O projeto lançará mão das seguintes estratégias: utilizará um sistema
web, que controlará todo processo de coleta (estoque, identificação,
organização, gerenciamento e distribuição). O caráter inovador devese aos seguintes aspectos: a forma como será comercializado os
materiais recicláveis das cooperativas junto às empresas consumidoras
de materiais recicláveis, por meio do subsistema Leilão online, ou seja,
uma loja virtual em forma de leilão. Dessa forma, o projeto recicl@
web, vem agir como uma interface entre as cooperativas coletoras
e as empresas especializadas na reciclagem, já que os softwares
que auxiliarão todos os processos são acessíveis pela internet, o
que contribuirá para o encurtamento da distância entre os agentes
econômicos envolvidos na compra e venda dos materiais recicláveis,
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potencializando consideravelmente a relação de oferta e procura entre
cooperativas e empresas de reciclagem.
Portanto, ao ser executado, irá contribuir para minimizar a
problemática das matérias recicláveis que hoje se encontra em
dificuldades, ao que tange na comercialização eficiente das materiais
recicláveis, pois ainda apresenta uma logística inadequada para o
manejo dos resíduos sólidos, sendo sua concepção pautada no
desenvolvimento de uma logística baseada na cooperação social,
conscientização ambiental e viabilidade econômica, à medida que
gerará renda para todos os agentes envolvidos, especialmente, para
todas as cooperativas coletoras de resíduos recicláveis em Belém,
que veem no lixo uma alternativa de sobrevivência. O Recicl@web
contribuirá para as políticas públicas, porque valoriza a diminuição das
desigualdades socias, com a maior circulação da renda no território
Amazônico.
Aumento da produção para importação e
exportação: sistema para melhoramento no
processo de produção para importação e
exportação dos produtos da empresa Incovass
A principal proposta do projeto é o aumento na capacidade
produtiva dos produtos já existentes (vassoura, corda para varal, cordas
pra laçar boi e cordas pra sustentação de redes de descanso), com
o aumento da produção a empresa teria capacidade para importar a
outros estados de nosso país, e exportar a países vizinhos, como Bolívia,
Peru, Chile, Colômbia entre outros. Com a ampliação do numero de
clientes a serem atendidos isso geraria novas frentes de trabalho (com
o aumento da produção e de novos canais de vendas).
Reciclagem de garrafas plásticas:
reciclando para um sono mais consciente
Como proposta para este projeto será desenvolvido passo-a-passo
a construção de uma cama de solteiro, reutilizando garrafas plásticas,
em um modelo alcochoado e recoberta em napa costurada, com o
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intuito de fornecer conforto, design, mas, principalmente despertar
a conscientização da sociedade em relação à real importância da
reciclagem de garrafas plásticas, bem como a valorização de um objeto
que deixa de visto como lixo, transformando em matéria prima de um
móvel que proporcionará ao seu usuário um sono mais consciente e
um planeta preservado.
Viveiro de mudas nativas da Amazônia: Ayña
A necessidade de produção de mudas em escala comercial,
resultado da crescente demanda de produtos florestais, tem levado a
multiplicação de viveiros em grande parte do Brasil, bem como a adoção
de sistemas mecanizados de produção. Diversos equipamentos para
uso em viveiros têm sido desenvolvidos nos últimos anos, destacandose semeadeiras, pulverizadores, equipamentos de irrigação e etc. Ajudar
a tornar isso uma realidade, também para o setor florestal da região
Norte do país; bem como, trazer esses mecanismos de manufatura e
equipamentos inovadores para a produção de mudas no estado, são,
entre outras, as maiores motivações para a realização desse projeto.
Principalmente por se tratar de um setor ainda pouco explorado na
região. A geração comercial de mudas de qualidade produzidas pela
iniciativa privada reflete na comunidade uma maior autonomia, com
menos dependência do mercado de mudas de outros estados ou
vinculados a instituições de pesquisa, que são muitas vezes, limitadas
a produções de baixa escala.
A proposta do projeto é a instalação de um viveiro de produção de
mudas designadas ao cultivo de povoamentos florestais com a finalidade
de produção madeireira, que satisfaçam as necessidades do mercado
e produzam riqueza, garantindo a continuidade e a boa qualidade da
produção, destinadas a produtores rurais e suas organizações, além de
empreendedores interessados em investir nesta atividade. Bem como,
produzir mudas de plantas ornamentais e para arborização urbana.
A unidade de produção destas mudas será instalada em propriedade
particular, pertencente ao sócio deste projeto Elton M. Parintins,
situada na BR174 - Km 19. O projeto está em fase de regularização dos
documentos necessários e construção da estrutura física. A previsão
para o início das atividades é para o primeiro semestre de 2015.
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Vida nova: criando oportunidades de trabalho e
renda para pessoas acima de 60 anos
No ano de 2009, um grupo de pessoas provenientes de diversas
áreas do conhecimento uniu-se para fundar uma entidade. O intuito
era desenvolver novos projetos, ideias e programas a partir de um
novo modelo de desenvolvimento sustentável, empreendedor, e mais
justo para as atuais e futuras gerações. O principal objetivo dessa
entidade seria traçar novos caminhos, desenvolver ideias, criar novos
programas e conceber projetos que fossem de interesse da sociedade,
e, por conseguinte, fossem estratégicos para o alcance dos objetivos
institucionais ambientais e sociais. Tudo isso em prol de um modelo
aperfeiçoado e mais evoluído de desenvolvimento, com maior equidade
e sustentabilidade para as atuais e futuras gerações.
Fundamentando-se nestes alicerces básicos e estruturados,
surgiu o Instituto Amazônia Equatorial, uma entidade sem fins
lucrativos, que congrega uma quantidade considerável de linhas de
conduta institucionais, bem como procura ordenar conjuntos de ações,
arranjos e experiências em busca do imperativo da Sustentabilidade
Empreendedora. Após sua constituição formal, o Instituto escolheu
como sede a cidade de Manaus (AM), cravada no coração da Amazônia
Brasileira, considerando que os seus objetivos inovadores poderiam
concretizar-se com maior rapidez caso a Instituição se organizasse o
mais próximo possível da esfera em que são tomadas as decisões
estratégicas para o Norte do País.
Real Amazon Experience Tour: aplicativo e portal
de compartilhamento social e game interativo
para estimular o ecoturismo amazônico
A vocação para o Ecoturismo é recorrentemente citada como
uma das mais promissoras vias para impulsionar o desenvolvimento
econômico e social da Amazônia com sustentabilidade de suas
características naturais essenciais climáticas e de biodiversidade.
A aceitação desta ideia é ampla em meio à sociedade, sobretudo pela
sua inerente característica de promover a preservação ambiental e
beneficiar as comunidades interioranas. Era de se esperar, portanto,
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que tal potencial suscitasse sistematização, infraestrutura e fomento
prioritários, fundamentalmente, por parte dos governos dos Estados
da Amazônia Legal para sua efetivação, no entanto, o mercado de
Ecoturismo na região tem sido mantido insuficientemente ativo por ações
não coordenadas da iniciativa privada por meio de empreendimentos
hoteleiros e demais serviços relacionados ao segmento turístico,
inclusive em comunidades de localidades sem infraestrutura. Tais
iniciativas, embora importantes, limitam-se a mecanismos de
publicidade ineficientes que as tornam rarefeitas diante da grande
diversidade ecológica da Amazônia para o turismo. Com o objetivo de
contribuir para a mudança desta realidade, o presente projeto propõe
uma forma moderna e dinâmica de publicidade para a divulgação
global da atividade de ecoturismo amazônico: o desenvolvimento e
implementação de um Aplicativo gratuito para smartphones, integrando
funcionalidades de Game interativo de realidade virtual e Portal social
da web. Esta proposta tem o diferencial de se coadunar às mais fortes
tendências atuais de comportamento e consumo dos usuários de
tecnologias móveis baseadas na internet: entretenimento por meio de
interação lúdica com conteúdos de seu interesse e compartilhamento
social de fotos e vídeos de suas experiências pessoais.
Implantação de agenda ambiental na indústria da
construção civil
As organizações empresariais compõe um ambiente altamente
competitivo, onde os mercados tornam-se cada vez mais exigentes e
sensíveis às questões ambientais. Na busca por diferenciais comerciais
de destaque, os empreendimentos sofrem constantes transformações
para se adaptarem ao meio em que estão inseridos. No ramo da
construção civil, não é diferente, muitos clientes querem ver nas
empresas e nos serviços contratados a responsabilidade socioambiental
evidente. Sendo assim, as empresas necessitam analisar todas as
suas atividades, produtos e serviços, visando identificar os aspectos
ambientais envolvidos, avaliando os impactos reais e potenciais ao
meio ambiente, tendo por base os requisitos legais e outros aplicáveis.
Não sem razão, atividades de reciclagem, incentivo à diminuição do
consumo, controle de resíduo, capacitação permanente dos quadros
profissionais, em diferentes níveis e escalas de conhecimento, fomento
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ao trabalho em equipe e às ações criativas são desafios-chave neste
novo cenário. Dado o exposto, a Empresa Ipê Empreendimentos
identifica a criação e implantação da Agenda Ambiental como uma
ferramenta inovadora para o negócio e uma estratégia de diferenciação
no mercado onde atua o provendo ampla justificativa para a realização
desse projeto.
Eco-sítio empreendedor:
quem semeia consciência colhe oportunidades
É possível arriscar em determinado tipo de negócio onde quase
não há tradição de investimento? É viável transformar um sítio rural,
bem sucedido do ponto de vista familiar, em um empreendimento
consciente? Sim, o presente projeto consiste demonstrar que é possível
transformar espaços rurais particulares ou familiares em oportunidades
de negócios com alcance integrado nas dimensões econômica, social e
ecológica. Para ilustrar essa possibilidade, apresenta-se a proposta do
pequeno Sítio rural familiar denominado “Toka da Nascente”, que será
transformado em um microempreendimento individual consciente,
de modo que seja economicamente viável, do ponto de vista da
manutenção dos custos do investimento; ecologicamente sustentável,
sob o aspecto do uso consciente dos recursos naturais existentes
no Sítio e, sociambientalmente relevante, sob o prisma das práticas
ambientais desenvolvidas com os visitantes e com a comunidade local.
No momento, a “Toka” é um espaço privado, não comercial, consistindo
num “Sítio Familiar de Uso Sustentável”, destinado ao encontro de
familiares, amigos e convidados dos proprietários, servindo de lazer e
também como locus de experimentação para uma prática pedagógica
de conscientização ambiental. A partir desses princípios e por meio de
uma postura pró-ativa, a “Toka” tem como compromisso orientador o
lema “o homem ético e ecológico nasce em casa”.
Com essa filosofia e considerando que, cada vez mais o meio
ambiente vem se tornando um bem essencial à qualidade de vida das
pessoas, os proprietários do Sítio, aproveitando as potencialidades do
lugar, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado, pretendem
tornar a “Toka” um microempreendimento individual rentável, lucrativo
e sustentável, em áreas relacionadas ao meio ambiente. A intenção é
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abrir as porteiras do Sítio a visitações públicas para receber grupos de
interesse (Escolas, Universidades, Empresas, Famílias e Instituições),
com uma programação focada nas pessoas que buscam amenidades,
lazer, entretenimento, turismo, valorização cultural e ambiental, bem
assim torná-lo um espaço não formal para a prática da educação
ambiental sustentável.
O desejo da proposta é despertar o interesse pela preservação
ambiental e disseminar a presente ideia a proprietários de lugares
congêneres (chácaras, terrenos, retiros, recantos, grutas, fazendas,
solares, lotes, restaurantes rurais, hotéis-fazenda; balneários, granjas,
roças, ranchos etc.), demonstrando a seus titulares os múltiplos usos
que esses espaços rurais oferecem em termos de oportunidades no
campo do empreendorismo consciente. Pensando nisso, o projeto
pretende explorar as atividades desenvolvidas no Sítio, como um
negócio capaz de gerar recursos para a sua automanutenção em termos
de funcionamento, bem como criar condições de renda tanto para a
“Toka” como para a comunidade local, agregando valores econômicos,
sociais e ecológicos às visitas programadas. Acredita-se, por fim, ser
possível semear consciência ambiental e colher boas oportunidades de
conquista nesse nicho do mercado.
Complemento alimentar a base
de insumos regionais
O complemento nutricional vem suprir esta lacuna proporcio­
nando a possibilidade de levar às escolas do interior e mesmo para
comercialização, um lanche substancioso (complemento alimentar)
composto por insumos regionais (açaí, araçá-boi, cupuaçu e jenipapo)
utilizando frutas da época para produção. Embalados à vácuo,
dispensam refrigeração e tem validade estendida por 12 meses.
O lanche terá sabores diversificados atendendo a sazonalidade das
frutas. A parceria com entidades vinculadas a produção no interior
possibilitará o fornecimento de produtos gerando renda e maior
aproveitamento das frutas regionais que se perdem na época da safra
por falta de estrutura de armazenamento dos produtores. Informações
de técnicos da área de produção rural estimam que as perdas de
algumas frutas chegam a 60% em algumas regiões e mesmo nas
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localidades desprovidas de estrutura de transporte e próximas das
rodovias e centros consumidores a perda é de 25% Uma das soluções
para evitar este desperdício é a criação de novos produtos que utilizem
esta matéria prima em sua época de máxima produção, tornando-o um
processo inovador e altamente competitivo.
Culinária sustentável: promoção de melhoria de
vida e conscientização ambiental
Este Projeto sugere o uso da culinária sustentável como releitura
para os processos na cadeia de restaurantes e abrange desde
recomendações para a aquisição dos alimentos, transporte, embalagem
até a chegada ao restaurante e comercialização. Bem como, uma
forma de inclusão socioeconômica e socioambiental para moradores
carentes dos bairros da Terra Firme e Guamá em Belém (PA). Sugerese também a normatização de procedimentos para a manipulação,
compostagem e gestão de resíduos internos gerados.
O conceito de culinária sustentável envolve também as práticas
de ecodesign e arquitetura, economia de energia e alimentação
saudável. Como interação socioambiental mais relevante, o projeto
aponta que é possível e vantajoso combinar inclusão socioambiental
com gestão ambiental no ramo da gastronomia. Atualmente, uma
grande quantidade de sobras de alimentos é jogada fora em todo o país.
Esse volume de descarte é prejudicial para a longevidade dos aterros e
lixões que recebem esse material orgânico. Então, usando as diretrizes
da culinária sustentável e considerando que o processamento desse
material orgânico pode promover o desenvolvimento social de famílias
em situação de pobreza e fora do sistema produtivo, recomenda-se um
modelo de logística reversa das sobras de alimentos em restaurantes
e feiras livres.
Este projeto tem por objetivo realizar a inclusão socioeconômica
e socioambiental produtiva de membros das comunidades carentes
dos bairros Terra Firme (Montese) e Guamá, principalmente, jovens
por meio da capacitação dessas pessoas com o treinamento em
técnicas de gastronomia e processo de beneficiamento das sobras das
refeições servidas em restaurantes, cujos alimentos veem de feiras
livres localizadas nesses bairros.
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Panamazônica.com
É um provedor de conteúdo especializado na produção,
documentação e difusão de informações multimeios sobre a PanAmazônia. Mais do que o registro iconográfico das transformações
socioambientais dessa região, que compõem nosso acervo, agregamos
às imagens o conhecimento produzido por uma ampla rede de
pesquisadores e colaboradores. Profissionais com reconhecido knowhow nos assuntos relativos aos nove países da Pan-Amazônia.
Negócios sustentáveis na floresta
O Acre vem construindo, com muito esforço, uma marca de
sustentabilidade. Desde o final da década de 1980, os movimentos
sociais conceberam as referências principais de um modelo de
ocupação econômica e social da Amazônia, que tem no ecossistema
florestal sua maior e mais importante referência. Assumia-se, assim,
que a diversidade biológica existente nesse ecossistema e a presença
de um elevado contingente de produtores extrativistas, que sabem
manejá-lo, são as duas maiores vantagens competitivas que o Acre
possui.
A Associação Andiroba surge, em 1999, com a missão institucional
de “Gerar emprego e renda com alternativas econômicas adaptadas à
realidade do ecossistema florestal e da população acreana que nele
habita” e para se unir ao esforço em superar um gargalo perigoso
na viabilização de uma produção florestal junto ao pequeno produtor
extrativista, ofertando recursos financeiros na forma de microcrédito
florestal.
A relevância e o esforço realizado pela Andiroba, destinado
a conceber uma carteira de microcrédito florestal, foi rapidamente
compreendido por várias organizações. Alguns exemplos são
importantes como a premiação, na condição de finalista do Prêmio de
Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, primeiro lugar brasileiro
no Prêmio Internacional de Microfinanças, uma parceria entre o Grupo
Citibank e a ONU, ambos em 2005 e em 2008 a premiação do segundo
lugar do concurso nacional de Empreendedorismo Social Ashoka.
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A ideia principal do projeto “Negócios Sustentáveis na
Floresta” é a oferta de recursos financeiros a uma clientela de
7.600 empreendedores segmentados em extratores de borracha
(1.200); coletores de castanha (800); manejadores florestais (2.000);
beneficiadores de produtos florestais (1.600) e vendedores de produtos
florestais (2.000). Sendo que esses quantitativos referem-se à área
inicial de atendimento, restrita aos 10 municípios localizados no Vale do
Rio Acre, com acesso por via pavimentada. O potencial de expansão
dos clientes do microcrédito inclui um total de 3 municípios do Vale do
Rio Purus (a serem atingidos após dois anos de operação); 2 municípios
do Vale do Rio Envira (a serem atingidos após três anos de operação);
e 7 municípios no Vale do Rio Juruá a serem atingidos após cinco anos
de operação. O processo de expansão elevará o número de clientes
atendidos a 20.748 empreendedores realizando operações médias de
R$ 400,00 e totalizando uma carteira orçada em R$ 8.299.200,00.
O impacto ambiental e social da proposta é impressionante.
Apresenta-se como instrumento de inclusão social, de redução da
pobreza e consolidação do desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Afinal nossos clientes são populações tradicionais da Amazônia. Ou
seja, são gerações após gerações de comunidades que, desde o final
de século dezenove, vem mantendo uma relação produtiva com o
recurso florestal. São mais de trezentos anos de ocupação produtiva
da floresta que consolidou uma dupla dependência: os extrativistas
sobrevivem do recurso florestal e a floresta sobrevive do extrativista.
Afinal é o extrativismo, elevado tecnologicamente ao manejo florestal
de uso múltiplo, a principal alternativa produtiva e, igualmente, principal
barreira para impedir o avanço do desmatamento sobre a floresta.
Todas as atividades produtivas podem se transformar em linhas
de financiamento de curto, médio e longo prazos, formando a Carteira
de Microcrédito Florestal da Andiroba, que tem duas prioridades:
permitir o acesso dos extrativistas ao crédito, por meio do uso de
garantias de relacionamento entre o agente e o tomador do empréstimo;
e, promover uma produção florestal que esteja inserida nos ideais
de sustentabilidade atualmente preconizados. Vislumbrando o futuro
espera-se que em breve o microcrédito florestal da Andiroba esteja
operando um volume superior a 8 milhões de reais, a uma taxa de
juros que varia de 4% a.m, a 8% a.m, dependendo do fluxo de caixa e
da rentabilidade de cada empreendimento e/ou da atividade financiado
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A política de concessão de crédito florestal que se irá disponibilizar
para as comunidades extrativistas e para as famílias que moram na
cidade, mas, que possuem atividades econômicas com base nos
produtos florestais, consiste no crédito para capital de giro que pode
variar de R$ 100,00 a R$ 1.000,00, com prazo de pagamento variando
entre 01 a 06 meses e, crédito para investimento com valores que
podem variar de R$ 200,00 a R$ 4.000,00, sendo que o prazo de
pagamento vai até 15 meses.
A estratégia de comunicação também obedece a uma divisão
geográfica, considerando os diferentes segmentes que se pretende
atingir. Dessa maneira, a estratégia para a área rural inclui: a) visita
ás unidades produtivas; b) palestras nas organizações de produtores
e; c) programas de rádio. Para o segmento urbano a estratégia será:
a) contato pessoal com o tomador realizado pelo agente de crédito;
b) divulgação do microcrédito por meio de rádios comunitárias e;
c) palestras e apresentações realizadas nos centros comunitários das
igrejas e da prefeitura municipal.
Chaveiro de tucumã: sustentável
A proposta desse projeto é fazer com que um processo que
ocorre no Porto de Manaus ou em qualquer área da Cidade de Manaus
seja de beneficio para meios ambientais e de natureza sustentável,
resgatando o descarte indevido do caroço de tucumã que pode ser
usado como chaveiro passando por um processo de transformação.
Modelo de condomínio verde para a Amazônia
A concepção de um modelo de condomínio residencial verde
para implantação na Amazônia, visa o desenvolvimento sustentável da
região com diminuição do déficit habitacional, e a melhoria da qualidade
de vida das comunidades. A presente proposta tem como objeto a
elaboração dos estudos e projetos e a construção de um Condomínio
Residencial Verde, composto de 208 unidades, no Amazonas.
Os estudos envolvem a elaboração dos projetos legais, atendendo a
concepção de construção verde e visando atender a certificação LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design). Construções verdes
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são boas para o meio ambiente e proporcionam espaços internos
saudáveis, confortáveis e produtivos.
Todos os cuidados necessários serão tomados durante a
construção, para prevenir a poluição do local. A construção ocorrerá
em área degradada, com recuperação da mata ciliar e tratamento do
entorno a fim de proteger, recuperar e tornar a área mais atraente.
A recuperação das áreas degradadas será efetuada com foco na
reintrodução de espécies nativas da região. Serão desenvolvidos
projetos para captação e uso de águas pluviais; prevê-se o uso
racional da água, utilizando água da chuva na jardinagem e nas
bacias sanitárias. No que concerne à energia, os prédios contarão
com otimização da performance energética. A gestão de materiais e
recursos envolverá: depósito e coleta seletiva de materiais recicláveis;
utilização de materiais regionais, como bambu e madeira certificada.
A qualidade ambiental interna será mantida com as seguintes
medidas: máximo aproveitamento da ventilação natural; uso de
materiais de baixa emissão de voláteis tóxicos (adesivos, selantes,
tintas, vernizes); máximo aproveitamento da iluminação natural.
O projeto contempla um condomínio ecológico sustentável com 208
apartamentos (26 blocos de dois pavimentos) em painéis modulados
e pré-fabricados em bambu e micro concreto. Contará ainda com
captação e utilização de água das chuvas, estação de tratamento
ecológico de esgoto com reuso de águas tratadas para irrigação.
Os 104 apartamentos térreos serão dotados de condicionantes de
acessibilidade.
Tour do conhecimento projeto de turismo
sustentável nas comunidades ribeirinhas
próximo a Belém
Aprimorar o turismo receptivo das comunidades e a interface de
visitantes das Ilhas próximas de Belém para desenvolver um tour do
conhecimento nestas localidades, visando contribuir para o incremento
da geração de emprego e renda para os moradores destas localidades
e fortalecer mais a visibilidade turística, que tem potenciais naturais e
culturais peculiares a serem desenvolvidos com grande possibilidade
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Propostas Apresentadas | Categoria Empreendedorismo Consciente
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para o desenvolvimento sustentável destas áreas, que fica localizada
a poucos minutos de Belém (PA). A partir da parceria com estas
comunidades, o projeto visa estabelecer um roteiro permanente nestas
localidades como uma opção inovadora de turismo na região, que
também pode ser replicado a outros municípios.
O projeto será desenvolvido inicialmente, durante 12 meses, na
Ilha do Combu, a 12 minutos de barco de Belém, por conta do potencial
para o turismo rural, ecoturismo, gastronomia e turismo cultural e
ambiental sustentável, já que a comunidade envolve produtores rurais
que trabalham com uma diversidade de alimentos regionais como o
açaí e o cacau. Esta ilha já recebe um fluxo considerável de visitantes
aos sábados e domingos, mas busca impulsionar o turismo ao longo
dos demais dias da semana. Todas as ações de comunicação terão
como base o conceito de turismo de vivência/imersão, visando atender
à considerável demanda de visitantes à região, que deve crescer mais
por conta de grandes eventos esportivos programados para o Brasil.
Estes visitantes não querem apenas passar pela região: buscam
conhecer novas experiências e intercambiar vivências com os públicos
locais.
Amazônia ID: espaço de economia criativa
Amazônia ID (Identidade Amazônia) tem como proposta a
construção de um espaço para exposição e venda de produtos de
economia criativa desenvolvidos por artesãos, designs, artistas
plásticos e pequenos produtores de produtos derivados do cacau,
jambu e açaí, como chocolates, brigadeiros, doces e licores que vivem
em Belém (PA), Icoaraci (PA) e na Colônia Chicano, no município de
Santa Bárbara do Pará (PA). O espaço, que também funcionará como
um café regional, terá como diferencial inovador atrativo de público uma
ambientação sensorial e intimista, a partir de recursos instrumentais
e olfativos, remetendo a sons da natureza, aos ritmos do carimbó e
guitarradas e as essências do Pará. É uma proposta também de circuito
de Turismo de Experiência, conceito que vem envolvendo muitos
turistas que visitam cidades em todo o mundo e que a Amazônia ID vai
incorporar na capital paraense.
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e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
Fabricação de moveis de baixo custo,
utilizando pallets para famílias de baixa renda
O projeto constitui em uma fabrica de pequeno porte que tem
como objetivo a utilização de pallets para confecções de moveis com
design diferenciado e baixo custo, favorecendo famílias de baixa renda,
e famílias ribeirinhas que sofrem com períodos de cheia no Estado
do Amazonas, gerando a chance das mesmas obterem conforto
e dignidade com um custo acessível, devido a madeira utilizada ser
reciclada dos descartes das grandes fabricas do PIM. Com o passar
dos anos, o lixo industrial vem aumentando cada vez mais, e um dos
itens descartados muitas das vezes é o versátil pallet, que pode ser
reciclado devido sua madeira ser de alta trabalhabilidade e com o devido
tratamento da madeira, o mesmo pode ter sua durabilidade aumentada
exponencialmente, gerando resistência e um design diferenciado.
A proposta inicial é montar uma fabrica de pequeno porte para
confecção de moveis de utilização residencial com design moderno,
porem com baixo custo, para que famílias de baixa renda possam
mobiliar suas residências e ter um maior conforto e dignidade ao ter
em suas casa moveis que podem dar um toque rústico ao ambiente,
o custo do produto é reduzido devido o fato da grande maioria do item
em questão ser de madeira reciclada do PIM e das construções na
cidade de Manaus.
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Categoria
Suporte ao
Desenvolvimento
Regional
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e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
Desenvolvimento de ferramentas
para coleta: aumento na produtividade
e agregação de valor aos frutos de 18 espécies
de palmeiras da Amazônia
A família das palmeiras (Arecaceae) é considerada em termos
econômicos e sociais e ecológicos, como a terceira família vegetal mais
importante para o homem no mundo e a primeira para as populações
tradicionais da Amazônia. Os frutos e as sementes possuem grande
valor alimentar, comercial, industrial e medicinal, entretanto, as coletas
dos cachos com frutos maduros são muito difíceis, por essa razão,
a produtividade é afetada. No cenário atual, as palmeiras que não
possuem espinhos são coletadas com a escalada de pessoas nas
árvores, porém, esse trabalho é considerado árduo e muito perigoso.
Todavia, as plantas com estipes cobertos por espinhos são coletadas
com auxílio de instrumentos caseiros, como por exemplo, varas de
madeiras com ganchos ou foices adaptadas na extremidade superior,
apesar disso, são de difícil manuseio, sendo trabalhoso e muita das
vezes inoperantes. Diante dessa situação, foi elaborado um projeto
com a intenção de desenvolver ferramentas com tecnologia simples,
acessível e de fácil manuseio, para coletas dos cachos de palmeiras.
As ferramentas desenvolvidas são constituídas por um serrote
de poda de 50 cm de comprimento por 6 cm de altura por 0,13 cm
de espessura e 5 dentes por polegadas; por uma foice tipo roçadeira
e por 5 pares de tubos redondos de alumínio naval, sendo 5 tubos de
3,12 cm de diâmetro por 0,30 cm de espessura com roscas de 10 fios
internos nas extremidades da superfície interna e 5 tubos de 2,46 cm
de diâmetro por 0,26 cm de espessura com 10 fios a partir de 10 cm
das extremidades externas. Dos 5 pares de tubos, 4 pares medem
1,75 vcm de comprimento e um par mede 1 (um) metro. A ferramenta
para corte dos cachos é formada por uma vara com tubos interligados
por roscas com altura mínima medindo 2,75 m, máxima até 15,60 m
e peso total de 10,66 quilos; por uma foice cravada ou por serrote
poda enroscado. Após as aferições, as ferramentas foram testadas
com muito sucesso em 18 espécies de palmeiras de alto interesse
econômico.
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Na segunda fase do projeto, serão avaliadas por dois anos, quatro
comunidades rurais, com uso e sem o uso das ferramentas, com
objetivo de avaliar a produtividade dos frutos. Em outra fase, serão
aplicados dentro das comunidades, conhecimentos técnico-científicos
com objetivo de promover o beneficiamento, agregação de valor
econômico e geração de novos produtos a partir dos frutos. No final do
projeto, será produzido folders e cartilhas educativas com informações
detalhadas sobre os usos das ferramentas de coletas, bem como novas
receitas e novos produtos de valor econômico dos frutos.
Proposta de ordenamento e distribuição da
operação de atracação da frota de transporte
fluvial de passageiros na orla de Manaus
O modal de transporte aquaviário, mostra-se ser o mais
econômico, menos poluente e com capacidade de transportar pessoas
e mercadorias. No Estado do Amazonas, existe uma abundancia
inigualável de rios naturalmente navegáveis os 365 dias do ano,
sem depender de política e sendo mal aproveitado esse potencial.
No cenário Amazonense, o caboclo virou empresário. Sem apoio ou
subsidio algum, sem estruturas adequadas, ao longo de décadas
singrando os rios e mantendo esse Estado em movimento. Muitos são
os barrancos, quase inexistem portos. Na Capital, milhares de pessoas
e toneladas de carga saem e chegam a Manaus em condições precárias
de embarque e desembarque, realidade vista em toda a orla da cidade.
Um verdadeiro atentado contra a vida do homem da Amazônia que não
encontra um recebimento digno na capital de seu Estado. Em suma,
os dados, as imagens e a falta de políticas públicas para esse setor
são situações expressivas que vem para mostrar que é necessário que
aconteça o ordenamento dessa operação de embarque e desembarque
em Manaus como forma de melhorar a acessibilidade do homem do
interior, permitir mais segurança a operação portuária na cidade e trazer
o olhar de Manaus para o majestoso Rio que banha sua orla.
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Centro de Referência em Agroecologia:
viabilizando a agricultura do futuro
O Centro de Referência em Agroecologia (CRA), do Instituto
Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas Campus
Manaus Zona Leste (IFAM CMZL), é composto por unidades de ensino,
pesquisa e extensão onde são desenvolvidas práticas agropecuárias,
manejo dos agroecossistemas e dos recursos naturais (água, solo
e biodiversidade). Os objetivos CRA são: fomentar a transição
agroecológica, incentivando a soberania e a segurança alimentar por
meio de transferências de novas tecnologias, insumos, ou processos
que podem resultar em produtos naturais e orgânicos; incentivar
empreendimentos com foco nas potencialidades econômicas junto
com populações do campo, das águas e da floresta, com base em
diagnósticos rápidos de avaliação produtiva e de acesso a mercados
com potencial comprovado de comercialização; apoiar as demandas de
pesquisadores e dos agricultores (as) familiares.
O projeto iniciou visando à necessidade de expandir suas
atividades prioritárias de manutenção e orientação educacional a
partir da experiência do Instituto de Permacultura da Amazônia (IPA),
pioneiro na América latina e na África desenvolveu seus trabalhos na
antiga Escola Agrotécnica Federal do Amazonas (EAF-AM) a partir de
1997, atual IFAM CMZL, a iniciativa de técnicos e ex-alunos, ocupou
uma área de aproximadamente 11 hectares, constituindo a Unidade
Demonstrativa de Permacultura (UDP), encerrada em 2011. Segundo
Scarazatti (2009), a experiência desenvolvida permitiu a recuperação
de uma área degradada com histórico de uso intensivo de venenos e
mecanização contaminando e exaurindo o solo que estava inviabilizando
para agricultura.
O Centro possui uma proposta pedagógica e produtiva adaptada
à região, com uma diversidade de ambientes planejados para o mínimo
de impacto ambiental, capaz de tornar a Agroecologia matriz produtiva
na Região Amazônica, prioritário às comunidades tradicionais. Seu
papel estratégico atual é fundamental, uma vez que busca em longo
prazo à continuidade da construção de um conhecimento modelo
de produção com potencial de valor agregado na comercialização, o
uso dos equipamentos públicos, permutas, troca de saberes práticos
entre pesquisadores e agricultores, e a manutenção de mecanismos
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de desenvolvimento local realizados, como o Feirão da Agricultura
Familiar semanalmente, e anualmente Feira de Produtos Agropecuários
(Fepagro), evento de grande porte, oportuno ao setor primário.
Pólen Amazônia: populações amazônidas
na produção de pólen apícola
A atividade agrícola é fundamental para o desenvolvimento
econômico do país. A agricultura familiar (atividade que pode ser
observada também em áreas de assentamentos agrários) representa
atualmente um percentual de 70% da produção nacional de alimentos.
Dinamizar essa economia, articulando processos de produção e
comercialização, bem como agregar valor em todas as suas etapas
é essencial para o desenvolvimento econômico e social do país.
Em pesquisas realizadas em áreas de assentamentos na região norte
do país, evidencia-se carência de estratégias que envolvam produção
e comercialização de forma sistematizada e que possibilitem a efetiva
destinação do produto final para o mercado consumidor.
Pode-se observar a carência dessas estratégias quando analisada
a forma de comercialização que se dá por meio de venda no varejo
ao consumidor final, não comportando estratégias organizativas e
articuladas que possam alcançar mercados como B2B, (business
to business), ou seja, geração de negócios entre pessoas jurídicas
de natureza pública ou privada. Para assegurar o desenvolvimento
nessas áreas é essencial o processo de dinamização da economia com
implementação de projetos sustentáveis em âmbito econômico, social
e ecológico.
A proposta que se apresenta, considera como lócus os municípios
de Conceição do Araguaia, Floresta do Araguaia, Redenção e Rio Maria,
no estado do Pará e volta-se para o incremento da produção apícola
já existente em áreas de assentamento agrário para 256 núcleos
familiares, com inovação na produção, inserindo a prática de produção
e comercialização de pólen apícola em áreas de assentamentos
agrários e a formalização dos grupos amazônidas produtores como
estratégia para o desenvolvimento sustentável e para a redução das
desigualdades regionais.
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Considerando o estabelecido pela Política Nacional de Desen­
volvimento Regional (instituída pelo Decreto 6.047 de 22 de Fevereiro
de 2007) que tem como objetivos a redução das desigualdades de nível
de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso
a oportunidades de desenvolvimento, existem territórios selecionados
que necessitam ser foco de ações voltadas para o desenvolvimento
dadas as condições apresentadas e a mesorregião do Bico do Papagaio
é considerada um desses territórios diferenciados. Essa mesorregião
abrange 66 municípios, sendo que destes, 16 localizam-se no estado
do Maranhão, 25 no Pará e 25 no Piauí. Em relação ao estado do Pará,
tem-se o PIB percapita e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
abaixo da média nacional (dados de 2008).
Dessa forma, inovando a produção apícola já existente,
incrementando a produção de pólen, identificado, organizando os
amazônidas produtores, considerando a necessidade de desenvolveremse os territórios da Amazônia brasileira, por meio da dinamização dos
arranjos produtivos locais, fomentando suas potencialidades por meio
de práticas diversificadas para além das experiências já exitosas,
propicia-se aos trabalhadores rurais assentados oportunidades de
desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável.
Poço aéreo
O projeto teve como base minha experiência como professor
Mestre em Física, na Universidade Federal do Maranhão. Visando a
retirada de água do ar úmido, perfeitamente adaptável em qualquer
área da terra, o ar úmido entra em uma cúpula de metal ou alvenaria,
devido ao gradiente de temperatura o ar resfria e condensa.
Concepção construtiva para agroindústrias
de pescado: uma inovação tecnológica para
agregação de valor aos produtos regionais
O Estado do Amazonas tem um grande potencial de
produtos de origem agropecuário (animal e vegetal), pesqueira,
aquícolas, e florestais não madeireiros que não vem tendo o devido
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aproveitamento econômico, e até mesmo se perdendo, por falta
de estrutura para agregação de valor à produção desses produtos,
em especial o pescado, na quase totalidade dos 62 municípios do
interior do estado. Em relação ao pescado, o Amazonas é o maior
produtor de peixes de água doce oriundo da pesca artesanal (cerca
de 200.000 toneladas/ano) e apresenta o maior consumo per capita
de pescado do Brasil, estimado em torno de 25/30 kg nos centros
urbanos e mais de 50 kg/pessoa/ano na zona rural, enquanto a média
nacional é em torno de 10/12 kg/ano. Considerando que o pescado
seja comercializado ao preço médio de um dólar por quilo, no início
de sua comercialização, deduz-se que a pesca movimenta mais
de 200 milhões de dólares por ano na economia do setor primário
estadual (BARTHEM et al., 1997).
O principal problema que tem dificultado e até mesmo impedido
a instalação de plantas processadoras para agregação de valor nas
localidades com potencial de produção é o alto investimento exigido
para a implantação de uma agroindústria em virtude dos altos custos
e as grandes distâncias para a logística de transporte dos materiais,
máquinas e equipamentos utilizados na construção convencional
(cimento, tijolos, ferragens, isopaineis, etc.) até os municípios do
interior do estado que, em alguns casos, pode levar até 30 dias de
viagem por balsa.
A concepção do projeto está fundamentada na construção de
estabelecimentos destinado ao processamento de produtos regionais,
tanto de origem animal como vegetal, cujo layout operacional, com
os setores e dependências, são definidos a partir do arranjo de um
conjunto de módulos/containers.
A concepção construtiva da agroindústria modulada é funda­
mentada no aproveitamento de contêineres utilizados no transporte de
mercadorias em geral e, inclusive, alimentos perecíveis congelados e
resfriados. A estrutura de vigas e colunas é construída de materiais
de alta resistência (aço carbono) para suportar o empilhamento de
até seis contêineres carregados o que corresponde a uma resistência
de carga de mais de 100 toneladas. O tempo de vida útil estimado
pelos fabricantes para estes tipos de equipamento é de 20 a 25 anos
submetido às condições de uso descritas anteriormente.
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Comunidades locais e extrativismo de produtos
não madeireiros na Amazônia brasileira:
desenvolvimento sustentável da cadeia de
suprimentos na indústria de cosméticos
A inserção sustentável de comunidades locais em cadeias de
valor global é tema bastante debatido na literatura acadêmica e inserese em uma agenda maior de preocupações, que desafia o poder público
e privado em diferentes aspectos. No caso específico da Amazônia,
acredita-se que a preservação da biodiversidade está fortemente atrelada
à manutenção de renda em comunidades extrativistas desenvolvedoras
de atividades econômicas ambientalmente responsáveis. A ideia que
vem sendo difundida é que a exploração de recursos naturais não
madeireiros pode servir de alternativas de geração de trabalho e renda
junto às comunidades locais, preservando a biodiversidade ao mesmo
tempo em que promove inclusão socioeconômica.
A primeira questão que surge, e que permeia o presente projeto,
é: É possível encontrar um equilíbrio entre a exploração econômica da
biodiversidade, a preservação ambiental e a inclusão de comunidades
locais no sistema produtivo? Adicionalmente, a pergunta seminal
que inspirou o projeto desdobra-se em uma segunda questão:
Como incentivar e potencializar as atividades geradoras de renda
socioambientalmente responsáveis? Para responder essas perguntas,
um estudo exploratório vem sendo conduzido junto a comunidades
extrativistas de oleaginosas, fornecedoras da indústria de cosméticos.
Três localidades no estado do Pará já foram visitadas: Furo do Gil (Breves),
Salvaterra e Bragança, e outras duas são pretendidas: Igarapé-Miri (PA)
e regiões produtores de babaçu no Maranhão. Cerca de 260 famílias
foram entrevistadas no período de janeiro a julho de 2014, totalizando
mais de 250 horas de entrevistas. Além a importância da atividade
extrativista na composição de renda familiar, aspectos organizacionais
e institucionais forma observados. Os primeiros resultados trazidos
pelo diagnóstico permitem indicam que a coleta de recursos naturais
florestais não madeireiros e a relação com atores que atuam direta
e indiretamente na região se apresentam como uma estratégia de
desenvolvimento sustentável ao promover novas atividades geradoras
de renda e, ao mesmo tempo, promover o uso racional dos recursos
naturais. Tais resultados servem para alimentar uma agenda de melhorias
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de curto e médio prazo que vem sendo construída junto à indústria
processadora e diferentes stakeholders em vista o desenvolvimento de
uma cadeia de abastecimento mais resiliênte e sustentável do ponto de
vista econômico, social e ambiental.
Caboquês ilustrado:
valorização da cultura do norte
A visão sobre a Região Amazônica é repleta de clichês, signos
e elementos que pessoas de todo o Brasil lembram à primeira vista
quando se fala do Norte, como onças, macacos, florestas, araras,
cobras, etc. Já a cultura amazônica é uma fonte inesgotável de matériaprima e inspiração, podendo ser explorada, reexplorada e reinventada
inúmeras vezes. Com o objetivo de valorizar esta cultura cabocla, foi desenvolvido
o caboquês Ilustrado. O projeto tem esta intenção: de ser uma releitura
moderna sobre a cultura local por meio da linguagem, com propósito de
refletir e fazer enxergar o quão bonita e rica é a Região Norte, que não
temos motivos para não nos orgulharmos dela, criando um sentimento
de orgulho das tradições caboclas e incentivando a sociedade a vestir a
camisa da cultura local, literalmente. Para ir além das riquezas naturais,
o Caboquês Ilustrado faz o usuário valorizar algo também tão rico:
a cultura e identidade da região. Desta forma, o que há alguns anos
muitos tinham vergonha de admitir e reconhecer (trejeitos, expressões,
modo de falar, clima, comidas etc), hoje têm se tornado motivo de
orgulho para as pessoas de Manaus e uma maneira de apresentar esta
cultura para quem ainda não conhece muito sobre o Norte.
Nosso produto vai além do material e traz contribuições maiores
do que simplesmente a experiência de compra de um simples
souvenir, desenvolvendo o ambiente e cultura ao nosso redor. Criar
oportunidades baseadas nesse ambiente, somado à cultura e ao
que sabemos fazer de melhor (design) é uma forma interessante
de realizar essa contribuição. Resgatar o orgulho local por meio de
nossos produtos/serviços e que gere riquezas para a sociedade, como
oportunidades diretas/indiretas de forma dinâmica e jovem; contribuir
apoiando, divulgando e promovendo eventos de exaltação a cultura;
atender projetos que necessitam de olhar estratégico aliado ao design
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e nos tornar referência de que é possível construir algo grande com
muito esforço são alguns dos inúmeros propósitos que temos em
mente.
Alternativas à escravidão pela dívida:
novos modelos de negócio para o extrativismo
de fibra de piaçaba no Rio Negro
O extrativismo de piaçaba na região do médio Rio Negro
mantém as relações econômicas e de poder que caracterizam o
aviamento e, por tanto, a escravidão pela dívida. O descaso das
instituições e a importância como alternativa de renda para numerosas
famílias extrativistas tem propiciado a continuidade destas relações
socioeconômicas que excluem o piaçabeiro dos seus direitos como
cidadão. Práticas como: a ‘propriedade’ particular dos piaçabais e a
limitação de acesso ao recurso; o emprego da ‘Tara’ sobre o produto;
a cobrança desproporcionada de dívidas, entre outras, são recorrentes
nos municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, onde a
atividade acontece com maior intensidade.
Nos últimos anos diversas instâncias de governo do Estado
do Amazonas, do governo Federal e da sociedade civil trabalham na
proposição de alternativas políticas, territoriais, sociais e econômicas
para a cadeia produtiva de piaçaba, tentando desenhar estratégias
conciliatórias que possibilitem regular a situação da maior parte
possível de atores. O desenho destas estratégias passa pela maior
participação dos coletores e o desenvolvimento de diversos modelos
de empreendimentos, sejam coletivos ou individuais, por meio de
arranjos e parcerias inovadoras, que tragam a atividade à formalidade
e legalidade vigentes. Esta empreitada não é simples, pois devem ser
levados em consideração diversas variáveis sociais, culturais, históricas
e territoriais que fazem da realidade do extrativismo de piaçaba um
contexto extremamente complexo.
Este trabalho avalia e discute diversas propostas de negócio
à luz da experiência acumulada do autor ao longo de mais de doce
anos de trabalho na região com a realidade extrativista de piaçaba e
a partir dos Projetos institucionais e Planos de Ação em execução.
O objetivo é que estas propostas se assentem como pontos de partida
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a serem aproveitados pelas estruturas de governança interinstitucional
como subsídios técnicos para pensar o futuro da cadeia produtiva
do extrativismo de piaçaba no desenho de projetos piloto junto às
organizações locais.
Planejamento regional para a Amazônia
O planejamento é uma ferramenta de governo tanto estadual
quanto municipal utilizada nas estratégias deste com vistas a solucionar
possíveis problemas, bem como uma preocupação que vai tratar
de temas como, organização do território e seu desenvolvimento.
O desenvolvimento no sentido amplo pode ser visto como um processo
de mudanças econômicas de uma região ocasionando possíveis
melhorias qualitativas e quantitativas.
Ressaltamos ainda que o planejamento deve estabelecer
metas a serem cumpridas a longo, médio, e curto prazo para assim
os governantes ou qualquer pessoa que deseja ter sucesso em sua
administração alcançará se persistir, o mesmo busca estabelecer um
relacionamento de perguntas e respostas ao longo de uma gestão.
O planejamento é algo imprescindível tanto em escala local,
quanto global, sendo este uma ferramenta que deve ser utilizada
para se pensar os problemas estruturais atuais e futuros sendo dessa
forma um direcionamento para realização dos objetivos propostos,
combinando a lógica e a razão para obter um melhor desempenho e
concretização dos anseios da sociedade, bem como sua participação.
O planejamento incorpora e combina uma dimensão técnico-político,
técnico por que é ordenado e sistemático e político porque envolve
diferentes interesses dos atores envolvidos.
Uma das preocupações deste projeto e inserir neste contexto
a realidade acreana/cruzeirense, mostrando-se estrutura local de
desenvolvimento econômico da cidade de Cruzeiro do Sul/Acre,
que traz alternativas e atividades para o comércio local. Por outro
conseguiu assimilar a participação da sociedade na construção de
um desenvolvimento mais justo com oportunidades para todos. Este
plano é o reflexo incessante de uma busca por um desenvolvimento
impulsionado pelo emprego e pela promoção de instrumentos de ação
direta sobre o bem estar das populações.
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Ecos-açaí do Tocantins: o eco que sai do açaí gera
riqueza socioambiental no Tocantins e região
Com a evolução da política energética nacional, o Rio Tocantins
recebeu nestes últimos 13 anos, três grandes empreendimentos
hidrelétricos, que potencializam um cenário raro de mudanças
ecoclimáticas e ambientais, uma vez que os projetos provocaram grandes
impactos sobre o meio ambiente de forma geral e especificamente
sobre a demografia, fauna e flora local, forçando retiradas ou realocação
de impactados. Com esse projeto, o cenário (1044Hec.) receberá uma
paisagem contornante pela extensão dos três lagos e contribuirá com
a reorganização quer seja da flora quanto da fauna local, área total
de 20%/projeto=208,8Hec. Quanto à demografia impactada, poderá
ser articulada para participarem ativamente no manejo das atividades
inerentes ao projeto, o que resultará em geração de renda com
desenvolvimento regional.
Portal turístico da fronteira Brasil, Colômbia
e Peru: município de Tabatinga (AM)
Portal Brascope da Amazônia é a denominação abreviada e
acróstico de Portal Turístico da Fronteira Brasil, Colômbia e Peru. É um
projeto sui generis de criação e construção baseado em três eixos
temáticos: (i) Forte São Francisco Xavier de Tabatinga, emblema e
símbolo do Município de Tabatinga; (ii) as três fronteiras Brasil, Colômbia
e Peru; e (iii) Brasil, o País do futebol. Este é um projeto de suporte ao
desenvolvimento regional, e, complementar da missão do Ministério
do Turismo que visa “Desenvolver o turismo como uma atividade
econômica sustentável, como papel relevante na geração de empregos
e divisas, proporcionando a inclusão social”, não somente na Fronteira
do Brasil, Colômbia e Peru, como na Amazônia. Este projeto visa criar,
construir e tornar visível aos quase 70.000 turista que visitam a cidade
de Tabatinga (AM), um marco fronteiriço, divisório e temático, onde os
turistas possam parar e tirar fotos que representarão sua passagem pela
Amazônia Ocidental. A falta de recursos específicos para este setor no
interior do nosso estado faz com que esta multidão de turistas levem
como lembrança apenas a foto de três bandeira e de um mini obelisco
de um metro e oitenta centímetros que fica escondido dos mesmos.
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Consórcio social da juventude rural do Pará:
capacitação profissional e inserção da juventude
rural no primeiro emprego
A Formação Profissional Rural (FPR) e a Promoção Social
(PS) no Brasil e particularmente no Estado do Pará vêm exigindo o
desenvolvimento de metodologias específicas para educação de jovens
e adultos que vivem e trabalham na área rural, cujos perfis, em geral,
indicam grande necessidade de ações coordenadas e voltadas para a
qualificação profissional. Neste diapasão, a formação de um Consórcio
da Juventude Rural do Pará atende à concepção de formação de
um grupo significativo de pessoas com os mesmos propósitos, que
aprenderão e se desenvolverão dentro dos potenciais de seus próprios
conhecimentos e competências, servindo à formação de massa crítica
para o progresso de seus empreendimentos e melhoria constante de
suas práticas produtivas.
Em decorrência da nova ordem mundial, que avança celeremente
rumo à globalização da economia, torna-se indispensável focar o local e
priorizar a educação profissional como instrumento capaz de enfrentar
os novos paradigmas de conhecimentos, tecnologias, informações
e competitividade, impostos pela modernidade. Nesse enfoque,
a Formação Profissional Rural e Promoção Social se apresentam
como parte de um processo educacional, cujo conjunto determina
procedimentos que visam à construção de conhecimentos voltados
para realidade rural num sentido amplo, onde a geração de informações,
a iniciativa, a criatividade, o senso crítico e o poder de decisão possam
ser enfatizados como caminhos para obtenção da cidadania do homem
do campo, tendo como via de acesso a relação trabalho/educação.
Frente a essa nova realidade, a sociedade amazônica busca
adequar um novo perfil profissional para o homem rural, cujas
bases se fundamentam na inteligência e no conhecimento. Nesse
particular o Senar-AR/PA, enfrenta o grande desafio de melhorar o
desempenho da mão de obra rural, de gerar conhecimentos, e por
meio destes combater a pobreza gerando renda e trabalho. Para
tanto, o Senar-AR/PA procura proporcionar aos pequenos produtores,
trabalhadores rurais e suas famílias, conhecimentos que permitam, ao
lado das realidades específicas de sua ocupação, o exercício de seus
direitos sociais, visto que, a cidadania, enquanto fenômeno social, só se
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concretiza no cotidiano, quando compartilhada na interface indivíduo/
sociedade. Assim, o processo de aprendizagem, efetiva-se mediante
ações – entendidas como um conjunto de atividades voltadas para a
capacitação profissional no desempenho de determinada ocupação –
que permitam a valorização do homem rural e sua família, enquanto
ser humano gerador dos meios de produção, para satisfação de suas
necessidades vitais e garantia de uma existência digna.
Plano e ação de desenvolvimento integrado
e sustentável municipal: formação e intervenção
Este projeto tem caráter intersetorial, intercultural, sistêmico e
sustentável, visando assim uma ação integrada entre as diferentes
áreas e frentes de ação pública e da sociedade civil em geral, de
atendimento socioeconômico à população de um município brasileiro
da Região Amazônica, de baixo desenvolvimento local sustentável, que
será considerado como piloto. O projeto será desenvolvido junto aos
líderes e executores das ações de atendimento à população (públicos,
privados, não governamentais, sociedade civil) do município piloto, que
servirão de multiplicadores em seus espaços de trabalho, e serão préselecionados pelas instituições envolvidas. Para cada setor da sociedade
e área de atuação teremos proporcionalmente representantes.
O seu principal objetivo será a formação profissional em
planejamento estratégico e desenvolvimento de política de ação
integrada, sistêmica e intercultural e sustentável, culminando no plano
de gestão municipal sustentável junto à ONG, órgãos do sistema
público (prefeitura, conselhos, universidades locais ou de interesse
em participar do mesmo etc.), instituições privadas de atendimento
gratuito à população, e sociedade civil em geral, de modo a favorecer
o desenvolvimento socioeconômico local sustentável, por meio de
apoio técnico, refletindo por exemplo na educação, saúde, trabalho e
cidadania de seu povo, para a sustentabilidade local, busca de fomento,
identificando parceiros em potencial para desenvolvimento das políticas
e ações planejadas de acordo com as necessidades e vocação local,
propiciando a geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de
vida dos munícipes. E o locus privilegiado para esse trabalho serão as
instituições escolares públicas locais, que se transformarão, a partir do
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projeto, em Centros de Irradiação de Cultura, Política e Cidadania para
discussão, formação e definição de políticas públicas, planejamento
participativo municipal etc. Também socializar com outros municípios
com necessidades semelhantes, a metodologia, as ferramentas de
gestão e relatos/registros do desenvolvimento e resultados do projeto.
Implantação de empresa de base tecnológica
para a produção e comercialização de chocolates
de alto valor agregado com matérias-primas
da biodiversidade amazônica, valorizando
cultura, comunidades, profissionais e o
meio-ambiente regionais
O potencial da proposta para o desenvolvimento científico
e tecnológico da cadeia produtiva do cacau e de outras espécies
vegetais da biodiversidade amazônica estimula a sua implantação em
colaboração com instituições de ensino superior por meio de programa
de incubação de empresas de base tecnológica. Adicionalmente, a
proposta visa contribuir para a valorização de regiões produtoras de
cacau do Estado de elevado potencial turístico por meio de projeto de
extensão colaborativa.
A equipe responsável pela proposta é composta de profissionais
da área de Engenharia de Alimentos e Tecnologia Agroindustrial com
experiência em Pesquisa e Desenvolvimento, Extensão Universitária
e Iniciativas de Fomento à Formação Empreendedora. O modelo
de negócios Nayah Produtos da Amazônia está projetado para ser
implantado em até 3 anos. Estima-se a necessidade de investimento
inicial em R$ 672.223,94 para implantação da proposta, a qual divide-se
em duas etapas: implantação da empresa junto a incubadoras de base
tecnológica e desenvolvimento do portfólio de produtos inovadores;
e expansão da capacidade produtiva, atingindo em media 25 t de
produtos acabados/ano. A perspectiva de retorno do investimento é de
aproximadamente 5 anos com uma taxa interna de retorno de 27% a.a.
O investimento inicial, sobretudo para a fase de desenvolvimento
de produtos, será buscado junto a agências de apoio e fomento a
pesquisa, como por exemplo a Finep, a qual apoia o desenvolvimento
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de empreendimentos de base tecnológica que envolvam inovação;
a Fundação Paraense de Apoio a Pesquisa (Fapespa); e o Funcacau,
Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura no Pará, o qual incentiva
a pesquisa, assistência técnica, e incentivo à produção de cacau e
seus produtos. Adicionalmente, o investimento necessário à expansão
da capacidade produtiva será buscado junto a agências financiadoras
em geral.
Empresa de conversão de veículos
à combustão em elétricos
O projeto visa realizar o serviço conversão de veículos à combustão
em veículos elétricos, substituindo o motor a combustão por um KIT
veículo elétrico composto por pelo motor elétrico, seus acessórios e
as baterias de lítio. Transformar um carro à combustão em um elétrico
pode trazer grandes benefícios e economia para o dono do veículo
e, melhorias extraordinárias para a sociedade quando for alcançado
um numero razoável de veículos elétricos, como vê acontecendo na
Europa. Manaus possui 599 563 veículos, destes 311.179 mil são
automóveis, 63.969 são caminhonetes, 23.325 são caminhonetas e
4.119 são utilitários. Esses veículos liberam na atmosfera em um ano
cerca de 62 milhões de toneladas de CO2, e em 5 anos cerca de 305
milhões de toneladas.
De acordo com estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente
e o Laboratório COOPE (RJ), seguindo a metodologia de Lacey e
Lisboa (2007), um veículo com idade superior a dez anos chega a emitir
a mesma quantidade de monóxido de carbono lançada por 100 carros
novos. Esse volume de poluentes tem impacto direto nas doenças
respiratórias, nos gastos públicos com tais doenças e na qualidade do
ar em nossa cidade. Transformar parte dessa frota em carros elétricos
pode ser um saída para resolver os problemas mencionados. Se em
10 anos for possível converter 16.000 mil veículos utilitários para
propulsão elétrica será possível reduzir em 12% a emissão veicular
de CO2, equivalente a cerca de 37 milhões de toneladas do mesmo,
proporcionando benefícios diretos na redução de doenças, de gastos
públicos e na melhoria da qualidade do ar da cidade de Manaus.
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Sistema de monitoramento meteorológico no PIM
Nós últimos cinco anos estamos perdendo lucros por causa
de nossos modais em nosso PIM, e um dos principais motivos vem
sendo o fator climático que nossa região propicia, fator esse que
levam as empresas a terem grandes prejuízos para cumprir contratos
com os seus clientes, como prazo de entrega. Observamos em
noticiários que o clima amazônico está em constante mudança, não
seguindo mais seus períodos climáticos naturais (vazante e cheia).
Fato que, essa constante mudança vem afetando a economia
amazônica, levando as organizações a acumularem prejuízos em
seu faturamento, consequentemente aumentado o índice de
desemprego na região.
Pensando nisso tivemos a ideia que as empresas contratassem
um profissional na área de meteorologia para prestar serviços e fazer um
planejamento climático trimestral para as empresa contratantes, assim,
as mesmas poderiam assumir contratos em determinados períodos
sem por em risco sua lucratividade e manutenção dos empregos no
PIM. A ideia é que esse profissional utilize os meios necessários para
obter as informações na qual ajudará sobre as condições climáticas
nos períodos de pico de produção. Determinará que as empresas, por
meio da analise deste profissional, cumpra seus prazos de entrega sem
impactar na lucratividade da organização, tendo como variante, tempo
hábil para as entregas e recebimentos de produtos.
Viabilidade do uso de gramíneas no cultivo
de Lentinus strigosus: um cogumelo comestível
de ocorrência na Amazônia
A produção de cogumelos comestíveis é desenvolvida em
diferentes países com a utilização de diversos de resíduos de origem
florestal, agroindustrial e agrícola disponíveis localmente (VARGASISLA; ISHIKAWA, 2008), sendo que no Brasil, o resíduo florestal
mais utilizado tem sido o Eucalyptus sp. No entanto, devido à baixa
disponibilidade desta arbórea na Região Amazônica, é necessário avaliar
a utilização de insumos regionais e sua viabilidade econômica para a
produção de cogumelos comestíveis (SALES-CAMPOS; ANDRADE,
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2011; SALES-CAMPOS et al., 2010). O cogumelo Lentinus strigosus é
classificado como lignocelulolótico, pois se desenvolve naturalmente
em substratos ricos em lignina e celulose. Consequentemente
tem afinidade por uma grande variedade de resíduos, incluindo as
gramíneas. As pastagens apresentam cerca de 60% de material vivo
e 40 % de material morto, que não é digerível pelos animais. O Brasil
possui grandes quantidades de diversas espécies vegetais da família
das gramíneas (Poaceae), devido à sua grande extensão territorial, clima
tropical favorável e adaptabilidade elevada destas espécies (HODGSON,
2002). As gramíneas utilizadas em pastagens são substratos potenciais
e de qualidade elevada para o cultivo de cogumelos. No entanto, há
uma carência de pesquisas para o aprimoramento do uso destas nos
cultivo. Há necessidade de se comparar a resposta de várias linhagens
do cogumelo em vários tipos de gramíneas e combinações destas,
em termos de produtividade e qualidade dos cogumelos obtidos.
Condições de clima e de grau de tecnologia dos cultivos também
devem fazer parte destes estudos.
A substituição de substratos tradicionais, à base de madeira
(toras e serragem), por capins, palhas de cereais e outros resíduos
agrícolas, pode dispensar a suplementação nitrogenada, além da
redução no custo de produção. Uma investigação feita por Zhanxi e
Zhanhua (2001) revelou que alguns capins podem substituir a serragem
e parcialmente o farelo arroz no cultivo de Pleurotus ostreatus. Dias et
al., (2003) relatam que a palha de feijão para o cultivo de P. sajor-caju
dispensa suplementação nitrogenada. Além de produtividade elevada
e fácil adaptação no Brasil, os conteúdos de proteínas, nitrogênio,
gordura, fósforo, potássio e magnésio, em gramíneas, são maiores do
que aqueles em serragem (ZHANXI; ZHANHUA, 2001).
Com a utilização de gramíneas locais pretende-se apresentar
outras opções de substratos a utilização no cultivo de cogumelos no
estado do Amazonas e diminuir os impactos ambientais ocasionados
pelo seu descarte na natureza. Assim, este estudo terá como meta
testar a potencialidade de uso deste resíduo de fácil aquisição na
Amazônia visando à aplicação de cunho econômico na produção de
L. strigosus.
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Práticas de manejo para o uso sustentável
de pastagens nativas nos cerrados de Roraima
Informações técnicas que possibilitem reverter o atual quadro
de baixa produtividade e insustentabilidade econômica das pastagens
nativas dos lavrados de Roraima. Admitindo-se que cerca de 2 milhões
de hectares de pastagens nativas estejam com seu potencial produtivo
deprimido, não suportando mais que 0,1 a 0,2 UA/ha e com rendimento
anual de 7 a 9 kg de peso vivo/há/ano, com a utilização de práticas de
manejo mais adequadas seria possível incrementar em, pelo menos
100%, a capacidade de suporte (0,2 a 0,4 UA/ha) e a produção de carne
(14 a 18 kg de peso vivo/ha/ano). Ademais, a partir do melhoramento
das pastagens nativas, a pressão sobre a ocupação de áreas sob
floresta, para a formação de pastagens cultivadas, será reduzida.
Núcleo tecnológico em horti-fruticultura
na Região do Tapajós: Projeto Hortifrutis
A implantação do Núcleo Tecnológico em Hortifruticultura
Tropical na região do Tapajós é resultado de uma demanda histórica
na região por novas tecnologias na agricultura, tanto nos modos de
produção, quanto nos modos de beneficiamento de hortaliças e frutas.
Quanto aos cenários atuais de produção de hortaliças na região do
Tapajós demonstram o alto potencial desta região para agroindústria de
hortaliças, contudo, o baixo nível tecnológico de produção e ausência de
beneficiamento mínimo destes produtos, dificulta a inclusão produtiva
de agricultores familiares em mercados locais e regionais. Exemplo
disto são a importação de tomate, couve flor e outros produtos de
estados como São Paulo ou Belém para a região do Tapajós. Este
fato deixa claro que, a demanda existe por tais hortaliças, porém, a
oferta local não é suficiente. Ou seja, a lacuna agrotecnológica na
produção de hortaliças na região do Tapajós tem afetado diretamente
o desenvolvimento econômico de populações tradicionais amazônicas
voltadas para este setor.
Quanto aos cenários de produção e beneficiamento de frutas na
região, questões similares ocorrem, isto é, o baixo nível tecnológico nos
pólos de produção e ausência de agroindústria de frutas de base familiar
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ainda persiste na região do Tapajós. Grande parte da produção de frutas
deve-se ao extrativismo, como a produção do cupuaçú, taperebá, açaí,
entre outros. O extrativismo, como atividade típica da cultura de povos
amazônicos tem sua importância, mas deve ser mesclado com cultivos
racionais destas espécies a fim de dar sustentabilidade econômica à
agroindústria de base familiar e assim reduzir a pressão antrópica sobre
tais recursos na floresta. Dessa forma, este projeto vem contribuir com
o desenvolvimento agrotecnológico de agricultores familiares na região
do Tapajós na área especifica de hortifruticultura com vistas à inclusão
produtiva destes atores sociais em mercados mais competitivos.
Laboratório de Mutagenicidade e Ecotoxicologia
da Amazônia (LabMEA): a descoberta da
atividade mutagênica para prevenção ao câncer
e patologias cardiovasculares, degenerativas e
alterações metabólicas
A avaliação das atividades mutagênica e ecotóxica de produtos
e processos são imprescindíveis para a prevenção do processo
de carcinogênese, de doenças crônicas cardiovasculares, doenças
degenerativas e alterações metabólicas prejudiciais a saúde humana
e ao ambiente. Com o teste de Ames é possível obter informações
preliminares de ação genotóxica em linhagens de Salmonella
typhimurium, sensíveis às substâncias capazes de induzir diferentes
tipos de mutação. O controle dos agentes ecotóxicos em efluentes
líquidos é realizado por meio dos ensaios de toxicidade crônica utilizando
Ceriodaphnia dubia, visando determinar os efeitos deletérios causados
por estes agentes. Os testes de atividades mutagênica e ecotóxica
são preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
no Brasil e por agências internacionais como a Organização Mundial
de Saúde (OMS), Food and Drug Administration (FDA) nos Estados
Unidos da América e a Organization for Economic Cooperation and
Development (OECD) da Comunidade Europeia.
O projeto objetiva a criação do primeiro Laboratório de
Mutagenicidade e Ecotoxicologia da Amazônia (LabMEA) na Região
Norte para testes pré-clínicos in vitro e análises de medicamentos,
corantes, conservantes, cosméticos, inseticidas, desinfetantes e
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outros produtos. O LabMEA ainda certificará os produtos e processos
de indústrias e empresas que não contaminam com mutágenos o
ambiente e os seres vivos da região. Com a criação do LabMEA e suas
análises de produtos e processos, a sociedade será beneficiada na
prevenção e no controle da contaminação do ar, solos e dos recursos
hídricos por substâncias ecotóxicas e mutagênicas nocivas a saúde
humana e ao ambiente, desenvolvendo a cadeia produtiva agregada à
produção industrial na Amazônia de forma mais segura.
Estudos de viabilidade e implantação do
programa FITRO (Fitoterapia como instrumento
de inclusão, transformação social e inovação
tecnológica para Rondônia)
Implantação de um projeto de estruturação dos potenciais APL,
em Porto Velho e demais municípios do estado de Rondônia, com viés
para extensão tecnológica, transformação social das comunidades
envolvidas e desenvolvimento e inovação tecnológicos, por meio da
consolidação de ações em fitoterapia em um laboratório farmacêutico
oficial do Estado. Para tanto, pretendemos: (i) prospectar e identificar
nas áreas dos APL envolvidos as instituições/empresas parceiras
para conhecimento acerca das plantas a serem utilizadas, seus usos
e indicações, bem como se fazem parte da RENISUS; (ii) promover
a interação e a cooperação entre os agentes produtivos envolvidos
e a comunidade, por meio de cursos/palestras educativas, cartilhas,
informativos a respeito do uso racional das plantas medicinais,
bem como dos riscos envolvidos na utilização concomitante com
medicamentos alopáticos ou sem a prescrição e orientação dos
profissionais de saúde; (iii) capacitar multiplicadores para trabalhar
com Educação em Saúde e Ambiente na própria comunidade ou em
outras áreas; (iv) conscientizar e capacitar todos os envolvidos da
importância da proteção do meio-ambiente, manejo das plantas e
conceito de sustentabilidade; (v) estruturar e fortalecer um laboratório
farmacêutico oficial do Estado, com vistas ao desenvolvimento e
caracterização de preparações farmacêuticas sólidas/semi-sólidas e
líquidas (extratos, tinturas, cápsulas, cremes, etc.), a partir das espécies
de plantas selecionadas junto aos APL, bem como à catalogação das
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mesmas num banco de dados; (vi) estreitar a relação das comunidades
envolvidas com os programas do SUS, implementando programas
locais de indicação/dispensação no âmbito do ESF, no que diz respeito
ao emprego das plantas medicinais como terapia para as doenças mais
comuns que as acometem; (vii) consolidar parceria estratégica com
o laboratório-escola da Casa de Saúde Santa Marcelina (instituição
beneficente e filantrópica no município de Porto Velho), a qual possui
experiência na indicação de fitoterápicos no âmbito do SUS, no município
de Porto Velho, para que estagiários das próprias comunidades, sob
supervisão de profissionais habilitados, possam desenvolver atividades
de ensino e pesquisa, relacionadas com a produção das preparações
farmacêuticas; (viii) retornar para as comunidades, por meio da
atuação do profissional farmacêutico junto à Rede Pública de Saúde
e articulação entre as políticas públicas transversais do PNPMF, a
indicação das preparações farmacêuticas produzidas no laboratório
oficial para o estabelecimento de terapias comprovadamente eficientes
e mais acessíveis, especialmente para a população de baixa renda, no
âmbito do SUS.
Bem-vindo ao Clube%: plataforma online
de benefícios para empresas
O projeto da startup nasceu da oportunidade em oferecer,
inicialmente na cidade de Belém (PA) e, posteriormente, em todo
o estado, uma plataforma online que beneficiará milhares de
estabelecimentos comerciais e consumidores oferecendo descontos
competitivos que geram retornos positivos para quem compra e vende
produtos e serviços por meio desta plataforma inovadora na região.
A plataforma reúne 10 seções com ofertas de empresas de vários
bairros que prestam serviços ou comercializam produtos em distintas
áreas como alimentação, beleza, automóvel, saúde, casa, educação,
esporte, turismo e lazer, disponibilizando descontos competitivos de,
em média, 15% a 40%, que só atenderão aos sócios do clube.
As empresas parceiras não terão nenhum investimento
financeiro em dinheiro, apenas ofertarão os descontos para ter espaço
na plataforma, que será comercializada aos públicos de interesse.
A Bem-vindo ao Clube % será utilizada por usuários cadastrados por
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empresas, que vão comprar o direito de acesso ao site para cada
funcionário no valor de R$ 5 (mensal) por cadastro, que dá direito também
a mais 4 dependentes do colaborador (potenciais consumidores).
O clube ofertas de descontos será apresentado como um benefício
para incentivar o melhor relacionamento entre colaboradores e suas
respectivas empresas. Outro público-alvo são universitários, que
poderão adquirir individualmente o cadastro, a R$ 5, na plataforma em
parceria com universidades.
Um novo modal de logística da Amazônia (MLA):
balões e dirigíveis de carga
O projeto da Musa se envolve com o desenvolvimento e
implantação na Amazônia, de um novo modal logístico aéreo em baixa
altitude, por meio do uso de balões e dirigíveis de carga, baseada na
tecnologia do histórico Zeppelin. Para isto contamos com a parceria
da mais conceituada empresa do mundo em tecnologia mais leve
que o ar (MLA), a CargoLifter GmbH & Co. KG aA. O projeto global
será desenvolvido, por meio de transferência de tecnologia, da
empresa Alemã, CargoLifter GmbH para a empresa Amazonense
MUSA Ltda. e é dividido em três fases: (i) fundamentação e
desenvolvimento do mercado: entrada em incubadora; contatos a
potenciais clientes - levantamento de requisitos; apresentações e
demonstrações de potencialidades da tecnologia MLA; aquisição
de conhecimento técnico em MLA da Alemanha; desenvolvimento
de equipamento de descarga e carga de embarcações; primeira
venda de Produção de Equipamentos de Pequeno Porte (EPP);
etc; (ii) instalação e produção própria: aquisição de local próprio administração, desenvolvimento e oficina de produção de EPP de
MLA; fornecimento de EPP cativos para o Estado do Amazonas;
PD&I de EPP de vôo livre; operação e manutenção de EPP; e (iii)
estabelecimento e expansão: abastecimento do mercado de logística
do Estado do Amazonas; transferência da produção de todas as
partes de EPP para o Amazonas; fornecimento de equipamentos
MLA para transporte de cargas superiores a 40 t e pessoas;
implementação de centro de pesquisa em MLA da Amazônia.
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Plataforma digital para o turismo na Amazônia:
turismo de experiências
O projeto tem por objetivo desenvolver o turismo local por meio
de uma plataforma 100% digital, no qual o fornecedor poderá divulgar
suas atividades de turismo de forma livre e também num ambiente de
acesso facilitado, atingindo novos clientes e mercados. A plataforma
tem o propósito de oferecer diferentes modalidades de turismo, como
o turismo científico, turismo de base comunitária, ecoturismo e turismo
de aventura. Através do projeto, o canal de comunicação eficiente
entre o organizador da atividade com o público turista e local será de
grande eficiência. É a solução comercial de acesso a mercado que as
comunidades integradas não conseguem ter, por falta de infraestrutura
de tecnologia. Temos parceria com empresas que prestam consultorias
e projetos socioambientais que possibilitam a criação de novas opções
de turismo nas comunidades da região.
PressHub: plataforma de contratação de serviços
profissionais de comunicação
O projeto PressHub é uma iniciativa que busca reunir profissionais
de comunicação atuantes em diversos segmentos (jornalismo, relações
públicas, publicidade e propaganda, design, fotografia, cinegrafia,
edição, editoração, entre outras) e contratantes por meio de uma
plataforma digital, a qual deverá ser utilizada como espaço de compra
e venda de serviços.
Tour do conhecimento: projeto de turismo
sustentável nas comunidades ribeirinhas
próximas de Belém
Aprimorar o turismo receptivo das comunidades e a interface de
visitantes das Ilhas próximas de Belém para desenvolver um tour do
conhecimento nestas localidades, visando contribuir para o incremento
da geração de emprego e renda para os moradores destas localidades
e fortalecer mais a visibilidade turística, que tem potenciais naturais e
culturais peculiares a serem desenvolvidos com grande possibilidade
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para o desenvolvimento sustentável destas áreas, que fica localizada
a poucos minutos de Belém (PA). A partir da parceria com estas
comunidades, o projeto visa estabelecer um roteiro permanente nestas
localidades como uma opção inovadora de turismo na região, que
também pode ser replicado a outros municípios.
O projeto será desenvolvido inicialmente, durante 12 meses, na
Ilha do Combu, a 12 minutos de barco de Belém, por conta do potencial
para o turismo rural, ecoturismo, gastronomia e turismo cultural e
ambiental sustentável, já que a comunidade envolve produtores rurais
que trabalham com uma diversidade de alimentos regionais como o
açaí e o cacau. Esta ilha já recebe um fluxo considerável de visitantes
aos sábados e domingos, mas busca impulsionar o turismo ao longo
dos demais dias da semana. Todas as ações de comunicação terão
como base o conceito de turismo de vivência/imersão, visando atender
à considerável demanda de visitantes à região, que deve crescer mais
por conta de grandes eventos esportivos programados para o Brasil.
Estes visitantes não querem apenas passar pela região: buscam
conhecer novas experiências e intercambiar vivências com os públicos
locais.
Aproveitamento de resíduos industriais:
creme de cupuaçu
A produção de aguardentes de frutas gera um resíduo aproveitável
da fruta da ordem de 70% (setenta por cento) de polpa desidratada.
Normalmente esse resíduo é descartado como lixo orgânico, pela falta
de um destino mais nobre. Após vários testes e experimentações feitas
“intramuros”, chegamos a conclusão de que é possível aproveitar
economicamente este resíduo de forma a tornar todo o processo
mais barato, aumentando a lucratividade e ainda resguardando o meio
ambiente. No processamento mensal da produção de 600 (seiscentos)
litros de Aguardente de Cupuaçu são gerados 420 (quatrocentos e
vinte) quilos de polpa desidratada (residual) o que permite preparar
cerca de 2.000 (dois mil) quilos de Creme de Cupuaçu/mês.
O Creme de Cupuaçu é bastante apreciado na Região Amazônica
e é produzido pela mistura da polpa de Cupuaçu com leite condensado
e creme de leite em proporções adequadas. Será a primeira vez que tal
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inovação estará sendo realizada em grande escala visto que a produção
de Creme de Cupuaçu, atualmente, é uma cultura doméstica. Ainda não
há em Manaus, chamada terra do Cupuaçu, uma iniciativa neste sentido.
Acreditamos portanto que essa será a primeira vez que tal inovação
está sendo proposta, o que resultará, esperamos, no barateamento do
custo da Aguardente de Cupuaçu, ainda inédito mercado, tanto quanto
do custo de produção do Creme de Cupuaçu, o que permitirá uma
entrada agressiva no mercado, com preços imbatíveis e de forma a
contribuir para a expansão da cultura amazônica, protegendo o meio
ambiente e grande renda para as populações do interior do Estado.
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Categoria
Empresas na Amazônia
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
262
2014
−− Agropecuária Santa Bárbara S/A
−− Amafibra - Fibras e Substratos Agrícolas da Amazônia Ltda
−− Amazônia Adventure
−− Bombons Finos da Amazônia
−− Brasiljuta (Brasjuta)
−− Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta)
−− Energia Sustentável do Brasil
−− Equador Petróleo
−− Instituto de Tecnologia e Informação Social da Amazônia (Iteia)
−− Oiram Sabores
−− Portela Woods
−− Santo Antônio Energia
−− Tap4 Informática Ltda
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Categoria
Personalidade
Amazônica
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Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
264
2014
−− Abidias José de Sousa Junior
−− Adib Jatene
−− Aldeci Cerqueira Maia
−− Amadeu Thiago de Mello
−− Carlos Fernandes Xavier
−− Davi Kopenawa
−− Dom Luiz Soares Vieira
−− Édson Raymundo Pinheiro de Souza Franco
−− Euler Esteves Ribeiro
−− José Azevedo
−− José Bernardo Cabral
−− Lourdes Gonçalves Furtado
−− Marcus Luiz Barroso Barros
−− Maria Thereza Ribeiro da Costa
−− Michinori Konagano
−− Odenildo Teixeira Sena
−− Rivaldo Fernandes Neves
−− Rogério de Souza Loredo
−− Rosalía Arteaga
−− Wilson Périco
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Proponentes
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266
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
AARON KADIMA LUKANU LWA NZAMBI
ABNER FREITAS
ACILON HIMERCÍRIO BAPTISTA CAVALCANTE
ADAILTON MAGALHÃES LIMA
ADALGISA ARANHA DE SOUZA
ADÉLIA APARECIDA DE RESENDE MAIA
ADILESTEELWYA FIJECICA COSTA SANTOS
ADRIANA DOS SANTOS LUZ
ADRIANN DE CASTRO SAHDO
AFFONSO CELSO GONÇALVES JUNIOR
AFONSO RABELO
ALCIDES LOUREIRO SANTOS
ALDENOR DA SILVA FERREIRA | ARLINDO DE OLIVEIRA LEÃO
ALESSANDRA MARTINS PONTES
ALESSANDRO DINELLI DE PAIVA
ALEX FABIANO RIBEIRO DE MAGALHÃES
ALEXANDRE DE OLIVEIRA MARQUES
ALEXANDRE DIAS DE SOUZA
ALEXANDRE VICTOR SILVA RIBEIRO
AMERICO MAURILIO MARQUES FRANCO DE OLIVEIRA
ANA MARGARETH PEREIRA
ANA MARGARIDA CASTRO EULER
ANDERSON J L BRANDÃO
ANDRÉ MESQUITA RINCON
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Proponentes
267
ANDREA DO SOCORRO CARVALHO FURTADO
ANTONIO BATISTA DA SILVA
ANTONIO BENTO NETO
ANTONIO CARLOS GESTA DE MELO
ANTONIO CARLOS TINOCO DE ALENCAR
ANTONIO IVÁN RUIZ CHAVECO
ARIANE MENDONÇA KLUCZKOVSKI
ARLEI ROSA DOS SANTOS
ASSOCIAÇÃO DOS CONSERVADORES AMBIENTAIS DO RIO
ANDIRÁ
BERNARDINA LIMA ARCE
BOWMAN GUIMARÃES SANTOS
BRUNA GABRIELLA MATHEUS DE SOUZA VAZ
BRUNO SÁ DE OLIVEIRA
CAIO EDUARDO DE MOURA MURTINHO
CANDIDO JUSTINO DE MELO NETO
CARLIANE BARROS DA CUNHA
CARLOS GUSTAVO NUNES DA SILVA
CAROLINA BERNARDES
CECI SALES-CAMPOS
CLAUDIA GUERRA MONTEIRO
CLAUDIA MARIA DO SOCORRO CRUZ FERNANDES CHELALA
CLAUDINEIA RODRIGUES DA SILVA
CLAUDIO DE OLIVEIRA E CASTRO
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268
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
CLÁUDIO LUIZ CARVALHO
CLAUDIO URBANO BITTENCOURT PINHEIRO
CLEYCE ALLANA HENRIQUE DOS SANTOS
DANIEL COSTA DA SILVA
DANY GERALDO KRAMER CAVALCANTI E SILVA
DEIZE DE SOUZA CARNEIRO
DIRLEI BERSCH
DULCIVÂNIA GOMES DE FREITAS
EDKEYSE DIAS GONÇALVES
EDSON LUNIERE PORTO
EDUARDO ALEXIS LOBO ALCAYAGA
EDUARDO BEZERRA
EDUARDO MUCHIUTTI KISPERGHER
ELENICE MARTINS BRASIL
ELIANA DA CONCEIÇÃO RODRIGUES VERAS
ELIANA FERNANDES FURTADO
ELISIANA PEREIRA DE OLIVEIRA
ELIZETE PERES CARDOSO
ELLEN NAIARA RIBEIRO DOS SANTOS
ELVINO FERREIRA
EMERSON CLAYTON ARANTES
ERONALDO LIMA DE OLIVEIRA
EULER ESTEVES RIBEIRO
EVALDO SILVA
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Proponentes
269
EZEQUIEL CAMILO DA SILVA
FABIANA DA ROCHA OLIVEIRA
FABIO GOMES DA SILVA
FATIMA CHAMMA
FAUSTO MAKISHI
FERNANDO ANTONIO TEIXEIRA MENDES
FERNANDO OSVALDO CASTILLO SANDOVAL
FINKLER LUIZ ROCHA DE AZEVEDO
FLAVIO NAPOLITANO
FRANCISCO ALEXANDRE FERNANDES MARIANO
FRANCISCO DE ASSIS MARINHO AGUIAR
FRANCISCO NILO MATOS VIANA
FRANCIVALDO DE ALENCAR DIAS
GERALDO DONIZETI LUCIO
GISELLE MATOS DE LIMA
GLAUBER GOMES DA PENHA MARIA
GLAUCIA ELIZA GAMA VIEIRA
HEITOR COSTA
HERVÉ LOUIS GHISLAIN ROGEZ
HINAYANA PINTO DA SILVA
HYANAMEYKA EVANGELISTA DE LIMA PRIMO
IGNACIO OLIETE JOSA
IGOR SALES DA GAMA CAMPOS
IGSON COSTA E SILVA | ALEXANDRE SANTOS DE OLIVEIRA
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270
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
IMA CÉLIA GUIMARÃES VIEIRA
INEZ HELENA VIEIRA DA SILVA SANTOS
IRES PAULA DE ANDRADE MIRANDA
IVES SAN DIEGO DE AMARAL SARAIVA
IVO DE ARAUJO TERRA NOVA
JADIR DE SOUZA ROCHA | CYNTHIA LINS FALCONE PONTES |
VANIA MARIA OLIVEIRA DA CAMARA | KATIA B. LOUREIRO
RAMOS | TEREZA MARIA FARIAS BESSA
JAIR JOCIMAR FONSECA DE SOUSA
JANETE CRISTINA DA SILVA CANTO
JAQUELINE DE ARAÚJO BEZERRA
JERUSA DE SOUZA ANDRADE
JESILDO NASCIMENTO BARBOSA
JHASSEM ANTÔNIO SILVA DE SIQUEIRA
JOANNE RÉGIS DA COSTA
JOÃO CARLOS DE SOUZA MEIRELLES FILHO
JOÃO DE DEUS RONDEPIERRE GONÇALVES DE PAULA E SOUZA
JOÃO LEONARDO NASCIMENTO DA SILVA
JOÃO PAULO CÂNDIA VEIGA
JOELSON RANIERE DE ALENCAR DOS REIS
JOÉSIA MOREIRA JULIÃO PACHECO
JONATHAN STUART READY
JORGE CARLOS SECO NEVES ME
JORGE HIPERION DA SILVA MONTEIRO
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Proponentes
271
JOSÉ AUGUSTO DA SILVA CABRAL
JOSE CARLOS SILVA DA FONTOURA
JOSÉ DE RIBAMAR FÉLIX
JOSÉ DO NASCIMENTO PANTOJA JUNIOR
JOSE FRANCISCO MAGALHÃES GONÇALVES
JOSÉ LUIZ FONSECA SILVA FILHO
JOSÉ MARIA DE ABREU MATTOS NETO
JOSÉ ROBERTO GUEDES DE OLIVEIRA
JOSEANE MARIA VIEIRA DA SILVA
JOSIVALDO FERREIRA MODESTO
JULIO COELHO E SILVA
JURANDIR MELADO
KARIME RITA DE SOUZA BENTES
KAROLYNNE MESQUITA SOUSA
KÁTIA FERNANDA GARCEZ MONTEIRO
KÁTIA MARIA PAULA DE ANDRADE
KÁTIA VALÉRIA PEREIRA GONZAGA
LARA ALVES DE MOURA LEITE
LAURO EUCLIDES SOARES BARATA
LEONARDO HLASZUK LUIZ DE MOURA
LUCAS BEZERRA FELIX
LUCIA DE OLIVEIRA MENDANA
LUCIANA LIMA DE BRITO | NADIONARA C. MENEZES | CASSIANE
M. DE OLIVEIRA | LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA
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272
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
LUCIANA PEREIRA E FERREIRA CENTENO
LUCIANE FRANCA GOMES
LUCICLEA BARROS DA SILVA
LUCIVALDO VASCONCELOS BARROS
LUIS VERON
LUIZ SÉRGIO PACHECO SANTOS
MAGNO KOHNLEIN
MARCELO DE ARAUJO
MARCELO DE OLIVEIRA
MARCELO LOPES LUCENA
MÁRCIA CAMPOS DE FREITAS PINTO
MARCIO DE ANDRADE BATISTA
MARCOS VINICIUS GIONGO ALVES
MARCUS TOLENTINO SILVA
MARIA DE FÁTIMA BEZERRADE OLIVEIRA
MARIA DE NAZARÉ DOS REMÉDIOS SODRÉ
MARIA JACKELINE DE AGUIAR VIANA | PRISCILA DA COSTA LIMA
MARIA KATHERINE SANTOS DE OLIVEIRA
MARICÉLIA MESSIAS CANTANHÊDE DOS SANTOS
MARILENE G. SÁ RIBEIRO | MARILIA G. SÁ RIBEIRO
MÁRIO AUGUSTO BATISTA ROCHA
MÁRIO JORGE SANTIAGO DA CRUZ
MÁRIO OIRAM FOGAÇA
MARIO SALLES DOS SANTOS CORDOVIL
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Proponentes
273
MARLIO SUED LOPES TELES
MAURICIO DE VASCONCELOS DE SOUZA
MAURO MARGALHO COUTINHO
MAX PORTUGUEZ OBESO
MEIRE CRISTINA NOGUEIRA DE ANDRADE
MICHINORI KONAGANO
MILTON CESAR COSTA CAMPOS
MILTON JOSE DA ROCHA SANTOS
MOISÉS DE SOUZA MODESTO JÚNIOR
MÔNICA DE NAZARÉ CORRÊA FERREIRA NASCIMENTO
NÁDIA VERÇOSA DE MEDEIROS RAPÔSO
NEILA BARBOSA OSÓRIO
NELY CRISTINA MEDEIROS CAIRES
NEWTON DE LUCENA COSTA
NEYSON MARTINS MENDONCA
NILSON LUIZ DE AGUIAR CARVALHO
OBERDAN GONÇALVES WEINHARDT
ORLANDO WILSON MAIA IBANEZ
OZELY DE SOUZA OLIVEIRA
PABLO ROBERTO MOREIRA DOS REIS
PATRICIA CHAVES DE OLIVEIRA
PATRICK BARROSO PERES
PAULO CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SANTOS
PEDRO GANDOLFO SOARES
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274
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
PÉRICLES APARECIDO VASCONCELOS BALDERRAMA
PETERSON DOS SANTOS E SILVA
PHILIP MARTIN FEARNSIDE
PRISCILLA FERREIRA COUTO
RAFAEL GOMES VIANA
RAIMUNDO NONATO LEMOS DA SILVA
RAIMUNDO WANDERLAN AMORIM DE AZEVEDO
RAUL VARGAS TORRICO
RENATA ROMERO LUZ KOURY | CARLOS GABRIEL G. KOURY
RENATO CÉSAR GOLÇALVES ROBERT
RENILTO FROTA CORRÊA
RHOANNA VILAÇA MORAIS
ROBERTO NICOLETE
ROSA HELENA VERAS MOURÃO
RUY A. SÁ RIBEIRO | MAURICIO G. SÁ RIBEIRO
RUY A. SÁ RIBEIRO | MAURICIO G. SÁ RIBEIRO | MARILENE G. SÁ
RIBEIRO
S. A PHARMAKOS E COSMÉTICOS
SERGIO LUIZ WERMUTH FIGUERAS
SOLANGE DE NAZARÉ CAMPOS E CAMPOS
STEFAN FRIEDRICH KEPPLER
SUZANA DA SILVA DE OLIVEIRA MARTINS
SYLVIA ALBERNAZ MACHADO DO CARMO GUIMARÃES
TATIANA DA COSTA BARBOSA IAMAMOTO
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Proponentes
275
TAYNARA TENÓRIO CAVALCANTE BEZERRA
THIAGO COSTA QUINCÓ
TSAI SIU MUI
UPLINK CONTEÚDO DIGITAL
VALMIR FRANCISCO DA SILVA
VERA LUCIA LOURENÇO GURGEL
VITOR AUGUSTO JEAN DA SILVA | JONATAS LUZ BARROSO |
JEFFERSON NEVES | JONATAS SOUZA DE FREITAS | STEFFSON
VITORINO MORREIRA | ROBERTO RIBEIRO DE OLIVEIRA
WALDISON TRANCOSO DA SILVA
WALMIR NOGUEIRA MORAES
WERUSKA DE MELO COSTA
WEVERTON RUAN SILVA DE OLIVEIRA
WILSON LUCONI JUNIOR
WILSON TAVARES DE SOUZA JUNIOR
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Instituições
Proponentes
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278
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
ALDEIAS DA AMAZÔNIA
ALUBAR
AMAZON DREAMS INDÚSTRIA E COMÉRCIO
ANDREAS ASSESORIA
ARCA MULTINCUBADORA
ASSOCIAÇÃO ANDIROBA
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO SANTANA
ASSOCIAÇÃO PANAMAZÔNIA
ASSOCIAÇÃO VAGA LUME
CABOQUÊS ILUSTRADO | STUDIO CABOCO
CENTRAIS ELÉTRICAS DO NORTE DO BRASIL (ELETRONORTE)
CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DO AMAZONAS (CETAM)
CENTRO DE ENSINO SÃO LUCAS
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAZONAS (CIESA)
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ (CESUPA)
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE (UNINORTE LAUREATE)
CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS (CEULM/
ULBRA)
CHAMMA DA AMAZÔNIA
COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA
(CEPLAC)
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E
TECNOLÓGICO (CNPQ)
COOPERATIVA AGRÍCOLA MISTA DE TOMÉ-AÇU
COOPERATIVA DE TRABALHO GESTÃO AVANÇADA | ASSESSORIA
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Instituições Proponentes
279
TÉCNICA SOCIAL E AMBIENTAL (CIGA)
CURSO ACADÊMICO NEWS
DESCARTE CORRETO SERVIÇO AMBIENTAL
ECOETE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS PARA SANEAMENTO
AMBIENTAL
EMBRAPA
EMBRAPA AMAZÔNIA OCIDENTAL
EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL
EMBRAPA RORAIMA
EMPRESA JR OFFICE
EMPRESA PRIVADA INFO ALTERANTIVA
ESCOLA COMUNITÁRIA URSINHO CARINHOSO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR WALDIR GARCIA
E-SOLUÇÕES CONSULTORIA EM TI
EV
EXECUTE SOLUÇÕES EM TI
FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS
FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS (FAMETRO)
FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO
FACULDADE SÃO LUCAS
FAZENDA ECOLÓGICA | PECUÁRIA SUSTENTÁVEL
FIBRALEV INDÚSTRIA E SERVIÇO
FIOCRUZ RONDÔNIA
FN DE MATOS VIANA
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280
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
FUNDACAO CENTRO DE ANÁLISE, PESQUISA E INOVACAO
TECNOLOGICA (FUCAPI)
FUNDAÇÃO DE TECNOLOGIA DO ESTADO DO ACRE (FUNTAC)
FUNDAÇÃO DE TECNOLOGIA DO ESTADO DO ACRE (FUNTAC) |
FÁBRICA DE PRESERVATIVOS MASCULINOS XAPURI
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA AO ESTUDANTE (FMAE)
FUNDAÇÃO VITORIA AMAZÔNICA
INFO ALTERNATIVA
INSTITUTO AMAZÔNIA EQUATORIAL (AME)
INSTITUTO BRASILEIRO DE FLUÊNCIA (IBF)
INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DO AMAZONAS (IDESAM)
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL MAMIRAUÁ
(MAMIRAUÁ)
INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZÔNIA (IESAM)
INSTITUTO DE SOCIABILIAZAÇÃO REEDUCAR (REEDUCAR)
INSTITUTO DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO SOCIAL DA
AMAZÔNIA (ITEA)
INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS DO AMAPÁ (IEF)
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
AMAZONAS (IFAM)
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE
RORAIMA (IFRR)
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA (INPA)
INSTITUTO PEABIRU
IPÊ EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS
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Instituições Proponentes
281
K2C SERVIÇOS DE CONSULTORIA EMPRESARIAL
LUTHIACRE
MUNGUBA SOLUÇÕES AMBIENTAIS
MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI (MPEG)
NAPRA
OIRAM INDÚSTRIADE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
ONG AMAZONAS VISÃO
PHARMAKOS DA AMAZÔNIA
POLICIA MILITAR DO ESTADO DO AMAZONAS (PMAM)
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLIDA DE SÃO PAULO (PUC-SP) |
ILTC-RJ
PRA QUE RUMO
PRB PRODUTOS REGIONAIS DO BRASIL
PREFEITURA MUNICIPAL DE SILVES
PROJETO ARTÍSTICO SOCIAL ARTE SEM FRONTEIRAS
SABORES DE TRADIÇÃO
SECRETARIA DA CULTURA DE LOUVEIRA (SP)
SECRETARIA DAS CIDADES, HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
URBANO
SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
DE MATO GROSSO (SEDTUR MT)
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS (SEDUC
AM)
SISTEMAS SOLARES ALTERNATIVOS (SISA)
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282
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
SOHERVAS DA AMAZÔNIA
TEAR EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO
UNINTER
UNIVERSIDADE ABERTA DA TERCEIRA IDADE
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA (UNAMA)
UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL (UNISC)
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) | NÚCLEO DE ESTUDO DAS
ORGANIZAÇÕES (USP)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS | CENTO DE
ESTUDOS SUPERIORES DE TABATINGA (UEA)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ (UEPA)
UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO (USC)
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP)
| FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO
AMAZONAS (FAPEAM) | INSTITUTO DE FOMENTO À PRODUÇÃO
DE FIBRAS VEGETAIS AMAZÔNIA (IFIBRAM)
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE)
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA (UFRR)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI (UFSJ)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ (UNIFAP)
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Instituições Proponentes
283
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS (UFAM)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (UFMA)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO (UFMT)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ (UFOPA)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) | FACULDADE
ESTÁCIO | INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZÖNIA
(IESAM)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (UFT)
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA)
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE)
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP)
VOTUM QUALITATIS CONSULTORIA EMPRESARIAL (PROJETOS
DE NATUREZA SOCIAL E AMBIENTAL)
WOMARÃ
YOUR SYSTEMS COMERCIO E SERVICOS DE INFORMATICA
YTCHIE COMÉRCIO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS
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Sede das
Propostas
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286
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
ACRE
CRUZEIRO DO SUL
RIO BRANCO
XAPURI
AMAZONAS
BARREIRINHA
COARI
HUMAITA
HUMAITÁ
MANAUS
MANAUS
PARINTINS
SAO GABRIEL DA CACHOEIRA
SILVES
TABATINGA
TEFÉ
AMAPÁ
MACAPÁ
DISTRITO FEDERAL
BRASÍLIA
ESPÍRITO SANTO
GUARAPARI
GOIÁS
GOIANIA
MARANHÃO
SÃO LUIS
MINAS GERAIS
BELO HORIZONTE
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Sede das Propostas
287
POUSO ALEGRE
SÃO JOÃO DEL REI
MATO GROSSO
BARRA DO GARÇA
CUIABÁ
PARÁ
ANANINDEUA
BARCARENA
BELÉM
SANTARÉM
TOMÉ-AÇU
PERNAMBUCO
RECIFE
PARANÁ
CURITIBA
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO
TERESÓPOLIS
RIO GRANDE DO NORTE
SANTA CRUZ
RONDÔNIA
JI-PARANÁ
PORTO VELHO
ROLIM DE MOURA
RORAIMA
BOA VISTA
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288
Prêmios Professor Samuel Benchimol
e Banco do Amazônia de Empreendedorismo Consciente
2014
RORAINOPOLIS
RIO GRANDE DO SUL
SANTA CRUZ DO SUL
SANTA CATARIANA
FLORIANÓPOLIS
SÃO PAULO
BAURU
FRANCA
ILHA SOLTEIRA
INDAIATUBA
LOUVEIRA
PIRACICABA
SÃO PAULO
TOCANTINS
GURUPI
PALMAS
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