Crise Anos 70 e 90

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Crise Anos 70 e 90
Crise Mundial dos Anos 70
Uma desregulamentação do sistema monetário internacional e dois choques petrolíferos (em
1973 e 1979) estiveram na origem de uma crise econômica que, no início dos anos 70, travou o
ritmo de crescimento nos países industrializados. O dólar americano, que servia de referência a
todas as economias ocidentais desde a década de 40, foi desvalorizado a 15 de agosto de 1971 e
perdeu a sua paridade relativamente ao ouro. Dois anos depois, no final de 1973, os países árabes
membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), aumentaram quatro vezes
o preço do petróleo no espaço de três meses, numa altura em que estavam em guerra com Israel,
e nacionalizaram as instalações ocidentais. Entre 1979 e 1980, ocorre uma nova crise petrolífera.
Com a queda da oferta, os preços do barril sobem para cima acima de 30 dólares, e o aumento
desta fonte de energia tem graves repercussões em alguns setores industriais da Europa, que
denotam uma nítida dificuldade em acompanhar os tempos, em especial a siderurgia, a construção
naval e a química pesada. A subida de preços arrasta o déficit comercial, e as atividades mais
relacionadas com a utilização do petróleo, como por exemplo, a construção automóvel sente mais
de perto esta recessão econômica.
Deu-se também um agravamento da inflação, e a Europa entra numa fase denominada de
estagnação, isto é, uma combinação de uma recessão com o aumento da inflação. Como resultado
desta situação registram-se inúmeras falências e a crise das indústrias tradicionais que haviam
estado na base do arranque da Revolução Industrial, como a siderurgia, a metalurgia, os têxteis e
derivados destas. O problema do desemprego, que no princípio dos anos 70 quase desaparecera,
volta a afligir as economias europeias, mas desta vez é um desemprego muito focalizado: atingem
essencialmente jovens sem formação especializada, mulheres, trabalhadores imigrantes e os
operários das indústrias tradicionais. A taxa de desemprego na CEE (Comunidade Econômica
Europeia) chegou a atingir, em 1983, cerca de 10% da população ativa, o que é uma fasquia
bastante elevada. Afetou principalmente o Reino Unido e a Itália.
Para agravar a crise, os trabalhadores imigrados, em luta pelos seus postos de trabalho, são
vítimas da marginalização social e, em alguns países, são alvo de movimentos xenófobos, num
período em que ressurgem as ideologias fascistas.
Analisando mais de perto, já no início da década de 70 se faziam fazia sentir os sinais desta
crise à escala mundial: a produção industrial estava a diminuir1, verificava-se um aumento
generalizado dos preços dos produtos, as taxas de desemprego estavam a subir e algumas
indústrias como a siderurgia, a construção naval, a indústria têxtil, a construção automóvel e o
setor dos transportes aéreos ameaçavam falir. Contrariamente à grave crise de 1929, a de 1970
estava associada a uma alta de preços. Neste caso, houve a conjugação de uma estagnação com a
inflação, o que provocou um aumento dos preços, mas também uma subida dos salários e levou a
uma proteção dos sistemas sociais em alguns países da Europa Ocidental; estes conseguiram
afastar uma parte dos efeitos negativos desta crise através dos subsídios de desemprego e da
manutenção do poder de compra. A uma queda inicial do comércio internacional, seguiu-se um
crescimento, compreensível porque o crash da bolsa americana em 1973 não teve graves
repercussões na economia mundial como tivera o mesmo fenômeno no final da década de 20. Pode
até dizer-se que alguns países ultrapassaram facilmente esta crise depois de 1973, pela
reconversão da indústria conseguida através por meio da transformação dos setores mais
fragilizados por outros que suscitassem uma maior procura.
1
Isso é português de Portugal! Em vez de mera cópia, sem indicação de referência, melhor adaptar
É do consenso geral que dois fatores concorrem para a explicação desta crise da década de 70.
Por um lado, era evidente a desvalorização do dólar americano, para além da perda da sua
paridade em relação ao ouro decretada pelo presidente Nixon em 1971; por outro, as crises
petrolíferas de 1973 e 1979 conduziram a um aumento muito acentuado do preço do petróleo e
este, consequentemente, dos bens de consumo.
A quebra da paridade do dólar americano e do ouro em 1971 alterou o sistema monetário
internacional, que estava assente nos acordos de Bretton-Woods de 1944, a partir dos quais se
fundou o FMI. A decisão tomada pelo presidente americano conduziu a uma flutuação das moedas
mais significativas e a uma instabilidade no comércio internacional.
A importância da subida repentina dos preços do petróleo, e a sua descida de produção
decretada pelos países da OPEP, aparentemente motivada pela guerra com Israel, foi
exacerbada por alguns autores, mas não há dúvida que teve um grande peso nesta crise a partir
de 1973, embora não seja a sua principal causa. Houve um aumento repentino do desemprego e da
inflação, e os países atingidos por estes acontecimentos tiveram de diminuir o consumo de
energia numa época de crise petrolífera, o que fez diminuir a procura.
O choque petrolífero precipitou esta crise, mas não foi o seu motor, pois a debilidade deste
setor já se vinha fazendo sentir desde a década de 60. Por outro lado, a tomada de posição da
OPEP não se prendeu somente com a guerra israelo-árabe, mas também com fatores econômicos:
os países industrializados compravam esta matéria prima muito barata para a transformarem
depois em produtos de elevado custo. Esta situação só podia ser invertida com um aumento dos
preços da matéria prima e, consequentemente, das receitas da OPEP. Portanto, a motivação
política escondia propósitos econômicos. O aumento do preço do petróleo conduziu a um aumento
da inflação, que provocou a redefinição das políticas econômicas nos países industrializados.
A Crise Asiática, a China e os tigres
A Crise financeira asiática foi um período de crise financeira que atingiu grande parte da Ásia,
tendo começado no verão de 1997 gerando temor de uma crise em escala mundial e contágio
financeiro. Essa crise é comumente conhecida como Crise monetária do sudeste asiático.
A crise econômica asiática foi um evento de proporções incalculáveis no pós-guerra-fria,
levantando a possibilidade, de desenvolvimento de tensões e conflitos internacionais, crises
políticas e sociais nos diferentes países. Enquanto a confiança no milagre econômico asiático foi
seriamente abalada, surgiram e ampliaram-se questionamentos sobre os benefícios da
globalização e da interdependência econômica, com sérias críticas ao papel do Fundo Monetário
Internacional (FMI) e crescimento de um sentimento anti-ocidental, com uma relativa
centralização no papel dos Estados Unidos.
Ainda que tenha ocorrido rapidamente e sem muitas sinalizações, apresentam-se relativamente
simples definir suas implicações em longo prazo. No entanto, o problema é que a quase todas as
análises atêm-se exclusivamente ao plano econômico, sendo que, a perspectiva de negócios na
Ásia não ocorrem e nem podem ser analisados num vácuo político, social e até mesmo estratégico.
A crise começou na Tailândia com o colapso financeiro do Thai baht causado pela decisão do
governo tailandês de tornar o câmbio flutuante, desatrelando o baht do dólar, após exaustivos
esforços para evitar a massiva fuga de capitais em parte devido ao estado. Na época, a Tailândia
adquiriu uma enorme dívida externa que acabou por deixar o país falido logo após esse colapso
monetário. A drástica redução das importações resultante da desvalorização tornou a
reabilitação das reservas cambiais impossíveis a longo e médio prazo sem uma audaciosa
intervenção internacional. Após o agravamento da situação, a crise se espalhou para o Sudeste
Asiático e o Japão, afundando cotações monetárias, desvalorizando mercados de ações, e
precipitando a dívida privada
O que parecia ser uma crise regional com o tempo se converteu no que se denominou "a primeira
grande crise dos mercados globalizados", de cujos efeitos existe uma grande incerteza sobre a
verdadeira magnitude de seu impacto na economia mundial.
Causas
Duas características comuns às experiências nacionais da crise financeira das economias
emergentes asiáticas (Tailândia, Malásia, Indonésia, Filipinas e Coréia do Sul) foram a acentuada
desvalorização de suas moedas, em relação ao dólar, e a queda substancial nos preços de ativos
em seus mercados acionários. Ambas refletiram fortes saídas de capital, com correspondente
redução das reservas externas daqueles países.
Os fluxos de capital para a Ásia mudaram de um ingresso de US$ 93 bilhões em 1996 para uma
saída de US$ 12 bilhões em 1997, com a virada se concentrando na segunda metade deste ano. O
montante de US$ 105 bilhões de alteração nos fluxos foi equivalente a cerca de 11% do PIB da
região (RADELET & SACHS, 1998). A retração nos fluxos correspondeu principalmente a
desinvestimentos em carteira e a fechamentos de créditos bancários externos.
A crise cambial e a saída de capital se desdobraram em arrochos de crédito nas cinco economias.
Por outro lado, todas elas transitaram de déficit para superávit em conta-corrente em seus
balanços de pagamentos, em 1998.
O evento que se tornou o gatilho da crise foi o anúncio, em 2 de julho de 1997, de que o baht
(moeda tailandesa), passaria a flutuar, ao que se seguiu sua desvalorização imediata em 15%.
Problemas em instituições financeiras domésticas haviam já iniciado uma crise de confiança. Em
menos de dois meses, Filipinas, Malásia e Indonésia desistiram da defesa de suas moedas,
também sofrendo depreciações substantivas. A despeito da aprovação de pacotes emergenciais
de empréstimos pelo FMI à Tailândia, em agosto, e posteriormente à Indonésia e à Coréia, a
crise continuou se aprofundando.
A crise financeira traduziu-se em crise econômica, conforme expresso no declínio dos PIBs. O
PIB tailandês, depois de atingir um pico em meados de 1997, diminuiu em mais de 10%, até
alcançar um piso na segunda metade do ano seguinte. Na Malásia, a queda do PIB foi também
próxima de 10% entre os terceiros trimestres de 1997 e 1998. As Filipinas enfrentaram uma
redução mais modesta, de 3%, enquanto a Coréia, a última grande economia asiática a entrar na
crise, teve seu PIB reduzido em 8% entre o final de 1997 e a primeira metade de 1998. A
Indonésia foi a mais intensamente afetada, com um declínio acima de 15% no PIB do período. No
dia 23 de outubro de 1997, a Bolsa de Valores de Hong Kong – a segunda maior em movimentação
de papéis – caiu 10,4% e derrubou todos os mercados, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)
apresentou queda de 8,15%, a segunda maior em todo o planeta naquele dia.
Uma breve conclusão
A crise asiática dispertou a questão da sustentabilidade do modelo econômico aplicado na China.
Através da visualização dos fatores que tinham propiciado o surgimento da crise, constatava-se
a presença dos mesmos no espaço chinês. Neste sentido, a República Popular da China está
procurando aplicar uma série de medidas, principalmente no que se refere à modernização e
reestruturação das empresas estatais (market oriented) e do setor bancário (financially
oriented). De outro lado, a China procurou instrumentalizar a crise de forma a poder ampliar o
seu poder regional e/ou internacional. Praticamente não se encontram dúvidas quanto ao apoio
dos militares que consideram que um amplo crescimento econômico é indispensável para manter
as defesas da China numa época em que o desenvolvimento tecnológico é determinante para a
capacidade militar.
Os tigres asiáticos
O termo Tigres Asiáticos ou Quatro Tigres Asiáticos refere-se às economias desenvolvidas:
•
Hong Kong;
•
Coreia do Sul;
•
Singapura;
•
Taiwan.
Esses territórios e países apresentaram grandes taxas de crescimento e rápida industrialização
entre as décadas de 1960 e 1990.
A partir da década de 1980, alguns territórios do Pacífico malaio-asiático começaram a
apresentar altos índices de crescimento econômico e influência no mercado mundial, sendo por
isso designados tigres asiáticos.
Os termos lembram agressividade e é exatamente essa a característica fundamental das quatro
economias (Hong Kong e Taiwan não são considerados Estados Nacionais) que formam esse grupo.
Eles se utilizaram de estratégias arrojadas para atrair capital estrangeiro - apoiada na mão-deobra barata e disciplinada, na isenção de impostos e nos baixos custos de instalação de
empresas.
O país asiático que iniciou esse ciclo rápido de crescimento foi o Japão, com uma bem sucedida
reforma agrária, seguida de um aumento rápido da renda dos fazendeiros, que criou um mercado
local para novas fábricas. O Japão atuou não só como estímulo, mas também como exemplo. A
imensa e ininterrupta expansão da economia japonesa foi decisiva para criar um dinâmico
mercado em toda a área circundante do Pacífico.
O crescimento mais marcante foi o apresentado pela Coréia do Sul, que na década de 1960 era
um dos mais pobres países da região, com menor desenvolvimento. Dá década de 1980 até o
presente, a Coréia do Sul se transformou em uma nação de renda média, semi-industrializada. O
progresso de Taiwan seguiu o mesmo rumo.
No final da década de 1990, as exportações chegavam a 202% do PNB (produto nacional bruto)
em Singapura e a 132% em Hong Kong. O índice de crescimento era alto nos tigres, e, a despeito
da crise asiática, a população tinha um alto nível de alfabetização e a economia girava em torno
da construção naval, produtos têxteis, petroquímicos e equipamentos elétricos.
O crescimento mais notável ocorreu principalmente na economia de entrepostos. Hong Kong,
graças à economia de mercado puro e, apesar de sobrecarregada pelas desvantagens do
colonialismo (anteriormente existente enquanto colônia britânica), elevou sua renda per capita
para cerca de seis vezes mais que a da China continental.
Os Tigres compartilham muitas características com outras economias asiáticas, como Japão e
China. Iniciaram o que passou a ser visto como uma particular aproximação asiática do
desenvolvimento econômico. Alguns desses países estavam na década de 1960 com indicadores
sociais semelhantes a de países africanos altamente estagnados; as principais transformações
basearam-se em acesso à educação e criação de infra-estrutura de transportes (fundamental
para a exportação competitiva).
Crise Russa de 1998
A Rússia passou por uma profunda crise econômica nos anos 1990, com altas taxas de
endividamento, desemprego e inflação e baixos índices de crescimento econômico (PIB). Em
grande medida este processo foi resultado de uma transição acelerada e mal sucedida de uma
economia planificada para uma economia de mercado, em meio ao colapso político da União
Soviética. A crise da economia planificada soviética tem início nos anos 1970, mas foi "maquiada"
com a alta no preço das comodities agrícolas e minerais, especialmente do petróleo, após a crise
petrolífera de 1973 e a crise petrolífera de 1979-1980. Estes produtos eram exportados em
grande quantidade pela então URSS, que também havia aumentado as exportações militares aos
países do Terceiro Mundo. Com uma economia aquecida e excesso de moedas fortes nas contas
do país, os efeitos negativos da economia planificada não eram percebidos como sérios.
Entretanto, a queda no preço das commodities agrícolas, minerais e energéticas (petróleo, gás
natural) a partir de 1984-1985, deixou claro os limites daquele modelo. A Perestroika era um
plano ousado para realizar uma transição controlada para uma economia de mercado, que
fracassou devido ao colapso econômico do país ainda nos anos 1980.
A crise econômica foi agravada pelo colapso político da URSS e a desintegração territorial da
União Soviética em 1991. A partir de 1992, a Rússia procura implementar uma política de
"choque" econômico em direção ao capitalismo de mercado que foi desastroso, pois nem
conseguiu reestruturar os setores produtivos tradicionais nem implementar outros novos. A
falência de milhares de empresas levou ao aparecimento de milhões de desempregados,
acompanhado de altas taxas de violência urbana. O período pós-1992 foi de grande turbulência
econômica, quando o país mergulhou em profunda crise econômica, apresentando taxas negativas
de crescimento do PIB, altas taxas de inflação e elevado desemprego. O consumo total de
energia na ex-URSS caiu em quase 50% quando comparada ao período soviético (até 1991). O
desemprego atingia 15% da população economicamente ativa, e 35% dos russos passaram a viver
abaixo da linha da pobreza.
O país havia conseguido eliminar a economia planificada do período soviético, sem entrentanto,
construir uma nova economia. A incapacidade de regulação do Estado se fez sentir em todos os
níveis. As máfias passaram vastas regiões do país, enquanto o separatismo resultou em novos
conflitos, como a Guerra da Chechênia de 1994.
Causas Conjunturais da Crise
Em 1997, a Crise financeira asiática piorou sensivelmente a situação da Rússia, basicamente
devido à redução da oferta de crédito internacional e à queda no preço das commodities
(agrícolas, minerais e energéticas) exportadas pela Rússia.
A escassez de crédito provocou os efeitos mais imediatos. Sem conseguir novos empréstimos
para pagar as dívidas com vencimento de curtíssimo prazo, que ultrapassavam os US$ 40 bilhões,
nem as de curto prazo, que chegavam a US$ 80 bilhões (até o fim de 1999)[1], a Rússia decretou
uma moratória da sua dívida externa e simultaneamente desvalorizou sua moeda, o rublo.
Ao mesmo tempo, a crise asiática provocou uma curta recessão global, que reduziu a demanda por
commodities no mundo todo. O preço do petróleo chegou a cair abaixo de US$ 10,00 durante
algumas semanas de 1998 e se manteve abaixo de US$ 15,00 até 1999. Isto reduziu
sensivelmente o valor das exportações russas.
A Crise do Rublo
No dia 17 de agosto de 1998, estoura a "crise financeira" da Rússia. O governo russo anuncia a
desvalorização do rublo e uma moratória, que inicialmente teria 90 dias de interrupção nos
pagamentos externos.
A Crise econômica da Rússia pós-soviética, a crise de 1998 e recuperação econômica nos anos
2000A crise foi agravada pela retomada dos confrontos na Chechênia e o início de uma nova
guerra entre os separatistas e o governo russo. No ano de 1998 o PIB russo encolheu 4,9% e a
inflação daquele ano atingiu 84%.
Principais consequências da Crise
A crise leva à eleição de Vladimir Putin, que inicia um processo de reorganização do Estado russo.
A partir de 1999, sob o governo de Putin, a economia russa começou a se recuperar, mantendo um
ritmo de crescimento econômico muito acelerado, ao menos até a Crise global de 2008. Entre
2000 e 2008, o Produto Interno Bruto cresceu em média, cerca de 7% ao ano.
Bolha da Internet
A bolha da Internet ou bolha das empresas “ponto com” foi uma bolha especulativa criada no
final da década de 1990, que tinha como característica uma forte alta das ações das novas
empresas de tecnologia da informação e comunicação (TIC) baseadas na Internet. Essas
empresas eram também chamadas "ponto com" (ou "dot com"), devido ao domínio de topo ".com"
constante do endereço de muitas delas na rede mundial de computadores.
O índice da bolsa eletrônica de Nova York, a Nasdaq, chegou a atingir mais de 5000 pontos,
caindo pouco tempo depois. Considera-se que o auge da bolha tenha ocorrido em 10 de março de
2000. Ao longo de 2000, perdeu rapidamente a força, e no início de 2001, muitas empresas
"ponto com" estavam em processo de venda, fusão, redução ou simplesmente quebraram.
Período de Formação da Bolha
A bolha das "ponto com" tomou o período de 1995-2000. O clímax registrou-se em 10 de março
de 2000, quando o índice Nasdaq chegou a 5.132,52 pontos. Em cinco anos, as bolsas de valores
de países industrializados viram a ascensão rápida do preço das ações das empresas de comércio
eletrônico e áreas afins.
O período foi marcado pela criação e, em muitos casos, fracasso de novas empresas baseadas na
Internet, geralmente designadas como "ponto com". As empresas perceberam que os preços de
suas ações disparariam se simplesmente fosse adicionado ao seu nome o prefixo "e-", que um
autor denominou “prefixo do investimento”, ou o sufixo .com .
O rápido aumento dos preços das ações, confiança de mercado que as empresas depositaram em
lucros futuros, a especulação em ações individuais, e a ampla disponibilidade de capital de risco,
fez com que muitos investidores tornasem-se dispostos a ignorar as métricas tradicionais, como
o P / E ratio (unidade de medida de preço) em prol da confiança nos avanços tecnológicos.
O Crescimento da Bolha
Os capitalistas de alto risco viram um recorde de aumento nas cotações de ações de empresas
"ponto com", e, portanto, mudaram as táticas de mercado mais rapidamente e com menos cautela
do que o habitual, optando por reduzir o risco de partir muitos concorrentes, deixando para o
mercado decidir o que iria suceder. As baixas taxas de juros em 1998-1999 ajudaram a aumentar
os montantes de capital de arranque. Embora alguns destes novos empresários tivessem planos
realistas e capacidade administrativa, a maioria estava despreparada, mas foi, assim mesmo,
capaz de vender suas idéias aos investidores por causa da novidade do conceito de "ponto com".
Alguns modelos canônicos de empresa "ponto com" invocaram aproveitar os efeitos da rede,
operando em uma perda líquida para a construção da quota sustentada de mercado. Estas
empresas ofereceram os seus serviços ou produtos finais, gratuitamente, com a expectativa de
que eles pudessem criar uma conscientização de marca bastante rentável, cobrando taxas pelos
seus serviços mais tarde. O lema "get big fast" reflete essa estratégia.[2] Durante o período de
perda as empresas confiaram no capital de risco e, especialmente, nas ofertas públicas iniciais
de ações para pagar suas despesas, enquanto não tinham, ainda, nenhuma fonte de renda. O fato
de esses tipos de ações serem recentes, combinado com a dificuldade de avaliação das empresas,
levou muitas ações a alturas vertiginosas, de maneira inconsistente.
Historicamente o boom "ponto com" pode ser visto similarmente a uma série de outros “booms”
tecnológicos do passado, incluindo as ferrovias em 1840, o setor automotivo e o rádio nos anos
1920 e os eletrônicos em 1950.
O Estouro da Bolha
Ao longo de 1999 e início de 2000, o U.S. Federal Reserve aumentou as taxas de juros em seis
vezes, e a economia começou a desacelerar. O estouro da bolha das "ponto com", deu-se em 10 de
março de 2000, quando o índice de tecnologia pesada Nasdaq Composite chegou a 5,048.62
(intra-dia 5,132.52), mais que o dobro do seu valor em apenas um ano. O índice Nasdaq caiu um
pouco, depois disso, o que foi atribuído à correção pela maioria dos analistas de mercado, à
inversão real do mercado e, posteriormente, aos resultados adversos nos Estados Unidos, como,
por exemplo, o caso da Microsoft que estava sendo ouvida pelo tribunal federal. A decisão, que a
declarou monopólio, era amplamente esperada, já nas próximas semanas antes de seu lançamento
em 3 de abril.
Uma possível causa para o colapso da Nasdaq, e todas as "ponto com" que vieram a desabar, foi a
ordem de venda maciça de dólares para os “grandes termômetros” da mais alta tecnologia (Cisco,
IBM, Dell, etc), devendo ser processadas, simultaneamente, na manhã seguinte em 10 de março,
no fim de semana. A venda resultou na NASDAQ abrindo cerca de quatro pontos percentuais, na
segunda-feira 13 março, de 5,038 a 4,879 - o maior percentual de 'pré-mercado" para o ano
inteiro.
As vendas iniciais maciças dos lotes, processadas na segunda-feira, 13 de março, desencadearam
uma reação de venda, que se auto alimentou por investidores, fundos e instituições liquidadas. Em
apenas seis dias, o Nasdaq havia perdido quase nove por cento, caindo de cerca de 5.050 em 10
de março para 4580 em 15 de março. As ações da Cisco, por exemplo, que chegaram a ser as mais
valorizadas do mundo, tiveram seu preço reduzido em 2/3.
Outros motivos podem ter sido os gastos acelerados das empresas na preparação para a
transição para o Y2K. Passado o Ano Novo sem incidentes, as empresas viram-se com todos os
equipamentos de que necessitavam durante algum tempo, e os gastos das empresas declinaram-se
rapidamente. Isto se aproximou bastante à situação dos mercados de ações dos U.S, quando
chegaram ao pico. O índice Dow Jones atingiu o ápice, em 14 de janeiro de 2000, (encerrado em
11.722,98, com um pico intra-dia de 11.750,28,] e o S & P 500, mais alto, em 24 de março de
2000 (encerrado em 1.527,46, com um pico intra-dia da 1.553,11), quando, ainda mais
acirradamente, o britânico FTSE 100 Index atingiu um máximo de 6,950.60, no último dia de
negociação, em 1999 (30 de dezembro). Houve congelamento de contratações, demissões, e
consolidações seguidas, em várias indústrias, do setor "ponto com".
O estouro da bolha ainda pode ter sido relacionado com os maus resultados de varejistas da
Internet, após a temporada de Natal de 1999. Esta foi a primeira evidência inequívoca e pública
de que a crença no "Get Rich Quick" ("Fique rico depressa") se mostrara falsa para a maioria das
empresas. Estes resultados foram divulgados em março, quando os relatórios anuais e
trimestrais das empresas públicas foram liberados. Algumas das grandes empresas de comércio
ignoraram totalmente os preceitos básicos de economia, presumindo que, graças à Internet - a
qual teria originado uma "Nova Economia" - qualquer coisa poderia ser vendida online. Exemplo
clássico dessa abordagem foram as empresas que tentaram usar um modelo de cortador de
biscoitos para espalhar suas marcas no mapa global. Muitas delas simplesmente ignoraram as
regras básicas de diligência em relação ao mercado-alvo e potenciais clientes no que diz respeito
ao mercado e às necessidades locais. Se uma idéia fosse bem sucedida nos E.U.A., supunha-se
que pudesse ser também em outras partes do mundo, o que acabou não acontecendo.
Em 2001, a maioria das "ponto com" cessou sua atividade, após queimar seu capital de risco.
Muitas nem chegaram a obter lucros.
A crise do MéxicoA crise do México
Em 1994, houve uma crise no México. Para esclarecer melhor o que ocorreu, vamos analisar
alguns fatos históricos do país:
1- O México é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, e com as intensas crises no
oriente médio, o país se favoreceu com a alta do preço desse produto.
2- O México acreditava que a subida do preço do petróleo ia prevalecer por um tempo
indeterminado e com isso, contrata empréstimos no exterior, em que o pagamento era
condicionado a uma venda de futura de petróleo.
3- No ano de 1982, o preço do petróleo caiu, e a dívida do México com o exterior já era mais de
US$ 100 milhões. A situação começou a se agravar, pois a renda das vendas do produto foi
reduzida e tornou-se impossível o pagamento dos juros das dívidas.
4- A dívida mexicana também preocupou os EUA, pois esse país tem 3.000 km22 km de fronteira
com o México, e com essa crise muitos emigrantes mexicanos iam se refugiar para os EUA, então
o governo do país criou o Plano Brady, um programa de amortização da dívida mexicana, por meio
de uma substituição de novos bônus.
5- Com isso, a situação do México se tranqüilizou, e até o ano de 1994, o país passou por um
período de recuperação. No início da década de 90, com a criação do nafta – acordo norte
americano de Livre comércio, o México teve a chance de fortalecer a sua a sua economia com a
entrada de capitais dos EUA.
6- A compatibilidade do dinheiro mexicano com o norte-americano trouxe para o México novos
investimentos financeiros de capitais especulativos. Isso também levou o crescimento das
importações, porém as exportações se reduziram com a valorização do dinheiro mexicano. Neste
período, o México apresenta um déficit, que foi amparado pelas reservas monetárias do país,
formada quase toda por capital especulativo.
7- Em 1994, a estabilidade econômica entrou em perigo devido às crises políticas. No decorrer
do ano, durante a campanha eleitoral, um candidato ao governo foi assassinado inexplicavelmente,
deixando o governo sob desconfiança.
2
Não pode ser km2! É uma distância. Ao copiar da Internet precisa ser verificada a
confiabilidade das fontes.
8- Esse fato gerou uma insegurança por parte dos investidores externos, que retiram o seu
capital especulativo. E em menos de 4 meses, 64% das reservas do México foram consumidas.
Com isso, o governo mexicano entra em uma nova crise financeira, manifestando a sua
impossibilidade de pagamento de dívidas e a desvalorização do seu dinheiro.
9- Mais uma vez, o governo ianque decide ajudar o México, liberando US$ 50 bilhões, em troca
do rompimento do monopólio do petróleo que havia se estabelecido no final da década de 30.
http://www.colegioweb.com.br/geografia/a-crise-no-mexico.html acesso em 23/11/2011
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