Gravando o restante Mixado por... ninguém?

Transcrição

Gravando o restante Mixado por... ninguém?
microfones de sala mais distantes e, como
de sala próximos, novamente SM57s,
ampliados com um ótimo compressor,
como um 1176. Os estúdios do Blackbird
têm câmaras de ar entre as salas que nos
permitiam mudar a acústica simplesmente
abrindo portas e, quando colocamos
microfones nelas, normalmente a versão
valvulada da Neumann para o KM54c,
tiramos sons incríveis e incomuns. Durante
algum tempo, usávamos qualquer tipo de
microfones de sala e depois colocávamos
um pouco de reverb na caixa e etc. Depois
de colocar microfones nestas câmaras
de ar, os sons da sala se tornaram uma
grande parte do som da bateria. Eu gravo
baterias bastante dry há tanto tempo, foi
legal colocar um pouco de reverb real na
bateria! Também tínhamos um microfone
de sala mono, mas sempre mudávamos de
modelo. Ele não fazia parte integral do som
da bateria, mas, se Brendan quisesse criar
uma enorme caixa, ele enviava o som de
sala mono para um reverb e o automatizava,
então isso acontece em certos momentos
da música.
“Tínhamos várias coisas direcionadas à
mesa Neve ao gravar, como um equalizador
gráfico, normalmente o API 560, em
microfones de bumbo individuais, enquanto
/ Novembro 2011
eu tinha equalizador da mesa Neve na
caixa e depois um equalizador Neve 550a
geral no bus da caixa. Eu tinha [Teletronix]
LA2As nos microfones overheads, mas
eles não comprimiam muito, só estavam
lá para garantir que, se José batesse na
caixa inesperadamente, ela não cliparia no
Pro Tools. Eu também tinha o ADR Vocal
Stressor F769XR no microfone de bumbo/
caixa, que é um compressor barato que tem
algum tipo de problema de aterramento,
mas soa ótimo neste microfone. Existiam
momentos em que os microfones de
bumbo, caixa e bumbo/caixa eram
necessários. Estes três, além dos microfones
de sala, são os únicos microfones que
comprimimos para fita [Pro Tools]. Também
usamos o hardware SPL Transient Designer
para alterar o attack e a sustentação da
caixa e outras partes da bateria.”
Gravando o restante
“O baixo foi gravado em Nashville com um
Esta captura de tela composta mostra a sessão de
Pro Tools de ‘Adolescents’. Os tracks são coloridos:
mixagens renderizadas (no topo) em verde e depois
bateria (vermelho), baixo (azul), guitarras (vários tons
de verde), piano Wurlitzer (roxo), vocais principais e de
apoio (rosa, azul e verde) e, por fim, pandeiro e raquetes
de pingue-pongue lixadas (roxo).
Ampeg Micro-VR, que é um amplificador
de baixo solid-state com dois falantes de
oito polegadas que parece um SVT em
miniatura. Mas ele soa ótimo, exatamente
como um SVT verdadeiro; a diferença é que
você não precisa se preocupar com o som
do baixo vazando pelas paredes, porque
ele é muito pequeno. Também usamos um
Ampeg Fliptop B15 vintage, que pertencia
ao Blackbird. E usamos um Line 6 Bass Pod,
sintonizado em um som de baixo legal, e o
gravamos em DI. Eu tinha [Neumann] FET
47s em cada um dos amplificadores de
baixo. Mike gravou tudo de cordas e todas
as principais guitarras na casa dele [veja o
box], mas, ao mesmo tempo, mantivemos
todas as partes de guitarra iniciais, e
existiram overdubs de pequenas partes de
guitarra que fizemos no estúdio. Quando
gravamos as guitarras de Mike no Blackbird
e no Henson, ele usou principalmente
amplificadores combo, e o estúdio Blackbird
tem uma sala cheia de amplificadores, então
simplesmente chegamos e pegamos o que
soava melhor. Ele usou um Fender Deluxe
marrom para a maioria das gravações no
Blackbird, além de um Fender Super Reverb.
“Usamos principalmente SM57s nos
gabinetes, às vezes KM86s, e normalmente
eu tenho um microfone virado direto para a
tampa [do cone do falante] e um inclinado.
Este é o som principal, e muitas vezes eu
também coloco um 57 na parte traseira do
amplificador e equalizo bastante. Chamamos
isso de ‘som 3D’. Se quiséssemos que a
guitarra se sobressaísse, aumentávamos este
microfone. Quando você faz muitos overdubs
de guitarra, começa a perder clareza muito
rapidamente e, se tínhamos um overdub
adicional que não combinava, simplesmente
aumentávamos o volume daquele microfone.
No Henson, as guitarras passaram pelo
sidecar Neve BCM10 e depois por um
equalizador Neve e um LA2A ou Dbx 160.
Nem todas as guitarras foram comprimidas,
mas às vezes você quer este som. Mike
tem a sua própria pedaleira, mas às vezes
adicionávamos alguns outros pedais e às
vezes também usávamos um gabinete
Leslie. Como eu disse, queríamos que as
coisas soassem certas desde o primeiro
momento.
“Os teclados que Kil tocou incluíram
o Moog Voyager, um Fender Rhodes,
um Wurlitzer, um B3, um piano e o novo
sintetizador MD4000D Mellotron digital
fabricado pela empresa do Mellotron, que é
um excelente instrumento e que passamos
por DI, às vezes com alguns pedais antes
do DI para fazê-lo soar mais interessante.
Kil costumava ser basicamente um DJ,
mas ele teve aulas de teclado e agora tem
um enorme equipamento que parece um
equipamento de rock progressivo! Ele ainda
faz alguns scratches, mas agora, na maior
parte do tempo, ele toca teclado. Eu gravei
o B3 com o [Neumann] U87 em cima do
gabinete Leslie, e na parte de baixo existia
um 421, indo para a mesa Neve. Eu também
usei um [Urei] 1178 como compressor. O
piano de cauda Yamaha C7 em Nashville
foi gravado com um AKG C24, a versão
estéreo do C12. O legal sobre este C24
específico é que ele tem o número serial
001. Foi o primeiro a ser fabricado! Os prés
de microfone foram os do console Neve e
eu usei um compressor Fairchild 670.
“Por fim, os vocais de Brandon
foram gravados com um Neumann
269 – ele parece idêntico ao U67, mas
tem uma válvula diferente. Acabamos
nos apaixonando por este microfone.
Normalmente usamos um SM57, um
[Telefunken] 251 ou um [Neumann] U47,
mas o 251 que estávamos usando estava
fazendo um barulho estranho e Brandon
estava pronto para cantar, então eu peguei
rapidamente o primeiro microfone que
estava por perto, era o 269 e ele soou
excelente! Então usamos ele daí em diante.
Na música ‘In The Company Of Wolves’, ele
cantou em um 269 em uma sala e passamos
o sinal vocal do console para um monitor de
PA em outra sala. Gravamos e misturamos
com o som do 269. Isto fez o vocal neste
track soar melhor e mais legal. Eu gosto
muito quando fazemos coisas diferentes,
como colocar um 57 em uma lata de lixo e
colocá-la na frente de um amplificador. Para
mim, esta é a parte divertida da gravação!”
Mixado por... ninguém?
De maneira incomum, If Not Now, When?
não tem um crédito de mixagem. Brendan
O’Brien é conhecido por mixar a maior
parte das coisas que produz, mas os
créditos de produção do álbum só o
mencionam como produtor, além de
Syrowski como engenheiro principal e
cinco engenheiros assistentes, incluindo
Einziger. Como Syrowski diz, “a maioria das
decisões sonoras e técnicas foram tomadas
durante a gravação”; mas muitos detalhes
dos arranjos ainda estavam inacabados na
fase de mixagem. “Muitas decisões foram
tomadas no final, durante a mixagem,”
explica Michael Einziger. “Até a mixagem,
ainda estávamos experimentando algumas
coisas, vendo como elas funcionavam.
Algumas músicas tinham arranjos maiores
do que outras e exigiram mais tempo e
energia. Também gostamos de passar
123

Documentos relacionados

Michael Einziger: Gravação Caseira

Michael Einziger: Gravação Caseira frequência. Eu diria que, nos últimos dois anos, na maior parte do tempo eu usei mais ou menos o mesmo setup de microfone,

Leia mais

de referência para a gravadora, usando o [Waves] L1 e o

de referência para a gravadora, usando o [Waves] L1 e o Eastcote Studios em Londres. “O master final era praticamente a demo com alguns aprimoramentos. Eu tinha tocado tudo ao vivo na demo: bateria, baixo, violão, guitarra e piano. Eu gosto de usar um p...

Leia mais