25 anos depois
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25 anos depois
são paulo rio de janeiro minas gerais espírito santo 25 anos depoIs... O casal que gastou meia vida construindo este barco edição nº 10 | abril/maio 2015 | r$ 12,00 Rio Boat Show os novos barcos que o salão mostrou represa do Broa A praia do interior de São Paulo que poucos conhecem Tesouro de IlhaBela O velho tesouro do Saco do Sombrio volta à tona BomBas de porão O que você precisa saber para não ficar na mão residencialfazendasaopaulo.com.br P e r f e i t o Pa r a v i v e r o s d o i s l a d o s d a v i d a vida de campo vida de praia GRA fotos ilustrativas R O VA PRO nº 31 DO AP HAB 0/2008 Visite decorada eNtreGa eM JUNHo/2015 estrada do Una, 990 - Barra do Una (acesso pelo km 182 da rod. rio-santos) são sebastião - sP - ligue (11) 3094-1855 - (12) 9 9653-3870 condomínio fechado de casas na Barra do Una realização e construção: 204m2 4 dorms. 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Mas, apesar disso, jamais pensaram em desistir. Porque, para eles, o Augenblick sempre foi bem mais do que um simples barco. Era um objetivo a ser alcançado e, nos últimos anos, virou, também, o principal combustível da vida de Elfriede, depois do surgimento de um câncer sem cura. Mas que agora, com o barco na água e pronto para partir, começa a dar sinais de regredir. Coincidência? Não é o que eles acham... O que você estava fazendo 25 anos atrás? Casando? Ainda estudando? Pois este casal, Elfriede e Jadyr, estava começando a construir este barco, na sua própria casa, em São Paulo. E ele só ficou pronto um quarto de século depois, após uma emocionante história de perseverança, em busca de um sonho Se você não pôde ir ao salão náutico do Rio de Janeiro, no mês passado, para conferir de perto as novidades do setor, veja aqui quais foram os novos barcos que foram apresentados lá JORGE DE SOUZA NÁUTICA SUL NÁUTICA SUDESTE Você e seu barco ideal seriam duas!) é obrigatório para a segurança de qualquer embarcação. O problema é quando elas não funcionam ou não funcionam direito, bombeando menos água do que deveriam. Mesmo sendo um dos equipamentos mais relevantes a bordo de lanchas e veleiros, as bombas não vêm instaladas em quase nenhum novo barco. Geralmente, são oferecidas apenas como “equipamento opcional” e cabe aos proprietários ter o bom senso de mandar instalá-las. A bomba de porão funciona como uma espécie de centrífuga e fica instalada na parte mais funda do casco. Ela tem um rotor com pás na parte de baixo, que, quando acionadas, giram em alta velocidade, “puxando” a água e a empurrando para fora do casco, por meio de uma mangueira. Qualquer interrupção no funcionamento deste ciclo pode resultar em inundação do casco. E, se isso acontecer, é problema na certa. Na maioria das vezes, a água que penetra nos barcos (e alguma água sempre entra...) vem de pequenos vazamentos no eixo do hélice ou na rabeta do motor. Mas a chuva, as ondas, pequenas trincas no casco ou até mesmo o gelo derretido das caixas de isopor das NÁUTICA SUDESTE ESPÍRITO SANTO 25 ANOS DEPOIS... O casal que gastou meia vida construindo este barco EDIÇÃO Nº 10 | ABRIL/MAIO 2015 | R$ 12,00 Rio Boat Show OS NOVOS BARCOS QUE O SALÃO MOSTROU REPRESA DO BROA A praia do interior de São Paulo que poucos conhecem TESOURO DE ILHABELA O velho tesouro do Saco do Sombrio volta à tona BOMBAS DE PORÃO O que você precisa saber para não ficar na mão E DIVULGAÇÃO FOLLOW ME WATER SKI 67 ÁGUAS TRANQUILAS Além de ser pequena e não sofrer fortes ventos, a represa do Broa ainda tem poucos barcos, o que deixa a água sempre bem tranquila. Além de linda no pôr do sol 44 Acesse www. nautica.com.br/ nauticasudeste e baixe, de graça, esta edição de NÁUTICA SUdeSTe VIcE-PRESIDENTE Denise Godoy O ERMITÃO DO SOMBRIO Thiry viveu 30 anos praticamente sozinho no Saco do Sombrio, tentando decifrar o enigma que levaria ao tesouro. Não conseguiu. Mas encontrou intrigantes marcos NÁUTICA SUDESTE 59 pág. 59 NÁUTICA SUDESTE 45 BAIXE TAMBÉM AS EDIÇÕES ANTERIORES DE gRAÇA Ownership na medida do seu sonho. A Wind Charter oferece mais opções com maior flexibilidade para você ser proprietário de uma embarcação de luxo com todo o suporte e tranquilidade. AS NOVIDADES DO SÃO PAULO RIO DE JANEIRO MINAS GERAIS SÃO PAULO ESPÍRITO SANTO RIO DE JANEIRO MINAS GERAIS SÃO PAULO ESPÍRITO SANTO RIO DE JANEIRO MINAS GERAIS ESPÍRITO SANTO LAGO JAGUARA EDIÇÃO Nº 8 | DEZEMBRO/JANEIRO 2014/2015 | R$ 12,00 as Melhores litoral GRÁTIS CONVITE SEM FAZER ONDA Edição 6 ILHA DE CARAS Como é a ilha que todo mundo inveja 2GRÁTI S! A ESC FEIP re-se Cadast e visite Um roteiro completo, com todas as dicas, para você ir com seu barco de AlcAtrAzes Trindade O LINDO ARQUIPÉLAGO PROIBIDO DO LITORAL PAULISTA A ex-vila caiçara, que, primeiros os hippies, depois os surfistas e os turistas adotaram, ainda enche os olhos com a beleza de suas praias – algumas ainda virgens e as últimas desse tipo no litoral entre Ubatuba e Paraty EDIÇÃO DE ANI V ERSÁRIO 1º AN O E PARA COMEMORAR... Os 10 mais lindos lugares para passear de barco, mostrados no primeiro ano de NÁUTICA SUDESTE Como enfrentar com segurança as ondas e marolas as mElhorEs marinas do litoral E + Lago Jaguara ESPÍRITO SANTO T BOA RIO W SHO TES CONVI UbatUbaaParaty SanTíSSima Cadastre e visite! MINAS GERAIS EDIÇÃO Nº 9 | FEVEREIRO/MARÇO 2015 | R$ 12,00 Roteiro de verão Marinas Os lugares mais indicados para guardar um barco entre Rio de Janeiro e São Paulo RIO DE JANEIRO As surpresas que esta pedra esconde Os lançamentos do último salão náutico EDIÇÃO Nº 7 | OUTUBRO/NOVEMBRO 2014 | R$ 12,00 do SÃO PAULO LAJE DE SANTOS As mais lindas águas do interior paulista EDIÇÃO Nº 6 | AGOSTO-SETEMBRO 2014 | R$ 12,00 Edição 7 UMA LANCHA, TRÊS MOTORES O que muda numa lancha quando só o que muda é a potência do motor? santíssima trindadE E + edição de Aniversário – 1º ano BÊ-Á-BÁ DA BOA ANCORAGEM O que você precisa saber sobre âncoras, cabos e amarras OS MACETES DO CORRICO Como se dar com os peixes mesmo durante os passeios O TIETÊ QUE NUNCA VOCÊ VIU Um aventureiro voa sobre o rio mais poluído do país do começo ao fim Edição 8 rotEiro dE vErão, dE UbatUba a paraty E + Laje de Santos O MELHOR PASSEIO DE ANGRA Um roteiro completo pelas praias e ilhas mais bonitas CORROSÃO NO BARCO Como combater este problemão Edição 8 Guilherme Rabelo [email protected] leide Ortega [email protected] REDAÇÃO E ADmINISTRAÇÃO Av. brigadeiro Faria lima, 1306, 5o andar, cEP 01451-001, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1000 PARA ANuNcIAR [email protected] Tel. 11/2186-1022 DIRETORA DE PublIcIDADE mariangela bontempo [email protected] ExEcuTIVOS DE cONTAS Eduardo Santoro [email protected] Eduardo Saad [email protected] MENSAGENS AO MAR O fascínio das mensagens em garrafas nunca acaba alcatrazEs, ilha dE caras E + O melhor passeio de Angra cOlAbORARAm NESTA EDIÇÃO: Haroldo J. Rodrigues (arte), Aldo macedo (imagens), maitê Ribeiro (revisão) publicidade DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] A pequena e pouco conhecida represa do Broa , no interior de São Paulo, agrada em cheio. Tanto na paisagem quanto na tranquilidade de suas águas NÁUTICA SUDESTE VERSÃO DIgITAL gRÁTIS! PRESIDENTE E EDITOR Ernani Paciornik NTRE AS MUITAS HISTÓRIAS que povoam Ilhabela, nenhuma é mais instigante do que a do tesouro do Saco do Sombrio. E nenhuma é mais verdadeira do que a obstinada procura por ele empreendida pelo engenheiro belga Paul Ferdinand Thiry. Durante 40 anos, Thiry, dono de um corpo franzino mas uma mente brilhante, pesquisou, estudou, escarafunchou a região, aplicou complexos conceitos matemáticos e viveu praticamente sozinho na inóspita mata do Saco do Sombrio em busca da solução de um enigma, que, segundo ele, levaria ao tesouro. Thiry morreu sem encontrá-lo, mas deixou um sucessor igualmente abnegado, o advogado paulista Osmar Soalheiro, que também procurou o tesouro até morrer, e uma intrigante série de marcos que desvendou nas pedras do Sombrio, que só poderiam ter sido feitos por mãos humanas. E quem faria aquelas marcas numa região praticamente selvagem se não fosse para indicar algo? Se a busca por um tesouro em tempos modernos soa infantil demais, aquela desconcertante série de marcos, alguns até com entalhes na rocha, encontrados por Thiry, é inegavelmente verdadeira. E torna ainda mais intrigante uma história que, até hoje, fascina todo mundo, e que, ao que tudo indica, ainda não acabou. JORGE DE SOUZA FOTOLIA função primordial dos barcos é manter a água sempre do lado de fora. Mas, na prática, é inevitável que entrem respingos ou, às vezes, bem mais do que isso. E eles vão se acumulando no fundo do casco, até chegar ao ponto em que começam a comprometer a estabilidade do casco ou, pior, inundá-lo, afetando o funcionamento de componentes como motor, bateria e parte elétrica. Um casco cheio d’água fica pesado, instável e muito perigoso. Para evitar isso, existem as bombas de porão, que nada mais são do que pequenos equipamentos que lembram chuveiros, tanto no formato quanto no tamanho, embora a função deles seja o oposto disso: sugar em vez de despejar água. Até hoje não se inventou nada mais eficiente para evitar que a água empoce no fundo de um casco do que uma prosaica bomba de porão jogando fora a água que entra — salvo um náugrafo desesperado com um balde na mão. Ter, pelo menos, uma bomba de porão (dependendo do tamanho do barco, o pág. 44 MINAS GERAIS O engenheiro belga Paul Thiry passou praticamente a vida inteira procurando um tesouro no Saco do Sombrio, em Ilhabela, mas morreu sem encontrá-lo. Agora, baseado em evidências deixadas por ele, outro pesquisador garante que irá desvendar de vez este mistério POR JORGE DE SOUZA A RIO DE JANEIRO O HOMEM DO TESOURO NÁuTica SudeSTe é uma publicação da G.R. um Editora ltda. — ISSN 1413-1412. Abril 2015. Jorn. resp: Denise Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Direitos reservados. FOTO DE cAPA: mozart latorre JEANNEAU 50DS Ano 2012 - 2 anos a operar. Consulte! BARCOS NOVOS A segurança de qualquer barco também depende de um equipamento bem simples: a bomba de porão, que, quando bem dimensionada, não deixa a água empoçar no fundo do casco nem ele inundar por completo SÃO PAULO NÁUTICA SUDESTE NA PAZ DO BROA QUE SALVA pág. 67 16 POR JORGE DE SOUZA A BOMBA BOMBA À VISTA Embora fique no fundo do casco, a bomba deve estar em local de fácil acesso, para checagens periódicas, porque a própria sujeira do porão pode entupi-la FOTOS MOZART LATORRE 33 ACERVO DE OSMAR SOALHEIRO 32 ARQUIVO PESSOAL SONHO REALIZADO Elfriede, Jadyr e o veleiro que eles levaram 25 anos para construir, finalmente nas águas de Ilhabela. Para eles, muito mais do que um simples barco SUN ODISSEY 379 2015 SUN ODISSEY 469 2015 SUN ODISSEY 509 2015 SUN ODYSSEY 379 Ano 2012 - 3 anos a operar. Consulte! WIND 34 Ano 2013 - 4 anos a operar. Consulte! ENTRE EM CONTATO E DESCUBRA AS POSSIBILIDADES EXTRAORDINÁRIAS QUE RESERVAMOS PARA VOCÊ. [email protected] cTP, Impressão e Acabamento — IbEP Gráfica W I N D C H A R T E R . U M O C E A N O D E P O S S I B I L I D A D E S E S TÁ À S U A E S P E R A 6 Náutica SudeSte W I N D C H A R T E R . C O M . B R CHEGOU A HORA... DE ADQUIRIR SUA TRITON. Triton 330 Motor 6.2 - 320HP Mercruiser R$ 349.900,00 TRABALHAMOS COM TODA LINHA TRITON 200OP / 200CAB / 240OP / 240CAB / i275 / 300 / 330 / 350 / 370 /470Fly / 470HT São Paulo - Av. Santo Amaro, 4101 - Aeroporto/SP - F: 11 4304.6512 / 11 4301.6512 Rio de Janeiro - Av. Eng. Winston Maruca - Marina Verolme - Angra dos Reis/RJ - F: 24 98150.1234 / 24 3361.1329 Santa Catarina - Marginal Oeste/BR 101, Entrada 137, n°4400 - Balneário Camburiú/SC - F: 47 3264.8315 / 47 9776.0042 Curitiba - R. Gov. Agamenon Magalhães, 537 - F: 41 3532.0754 / 41 3532.1620 Aconteceu... 16ª ReGata A já tradicional mais animada regata do país reuniu cerca de 100 barcos e 800 velejadores, nas águas de Angra dos Reis gente de peso Acima, todos os comandantes dos barcos vencedores nas diferentes categorias. À esquerda, o comandante do barco Lexus (à direita), Luiz Crescenzo, com o presidente da Toyota do Brasil, Koji Kondo e o VP da Lexus, Luís Andrade FOTOS MOZART LATORRE iLHa de caRaS – ReViSta Náutica Torben Grael mais uma vez competiu e ganhou na sua classe. Desta vez, com um barco de 1969 André Mirsky participou, com a mulher Kyra, com o barco que pretende usar na Olimpíada do Rio: o Neutrogena, um Nacra 17 10 Náutica SudeSte encostou, ganhou Acima, Ernani Paciornik, organizador da regata, com a prefeita de Angra, Maria da Conceição Rabha e Mauricio Giamellaro, da Heineken. E, ao lado, Leandro Hassum e Lucy Ramos, que deram o sinal de partida para a festiva prova Como sempre, a festa da chegada teve feijoada. E a premiação foi na badalada Ilha de Caras O primeiro barco a chegar foi o Lexus/Chroma, que tinha até o presidente da Toyota a bordo na raia e nas ilhas À esquerda, Torben Grael, vencedor na classe RGS. À direita, o pocket show de Anitta, na Ilha de Caras, na festa de premiação. Abaixo, a animada feijoada, na ilha Itanhangá O regulamento exigia que cada barco tivesse, ao menos, uma mulher ou criança a bordo. Uma regata, acima de tudo, festiva Náutica SudeSte 11 Aconteceu... A edição deste ano da maior feira de pesca esportiva do país, em São Paulo, gerou quatro dias de estandes lotados FOTOS MOZART LATORRE FeiPeSca encontros Acima, Ernani Paciornik, da promotora do salão, com Carlos Paggiaro (à esquerda) e equipe da Levefort. No canto, Mateus Zillig, da revista Pesca Esportiva, organizadora do evento, com o jogador — e pescador — Allan Kardec, que também visitou a feira Em busca das novidades, os pescadores lotaram os corredores do Center Norte durante todos os dias da feira Durante a feira, foi oficializada a profissão de piloteiro, agora chamada “condutor de turismo de pesca” muita gente A Feipesca deste ano bateu recorde de visitantes e lotou o pavilhão do Center Norte. Ao lado, Alexandre Richart e equipe da Sperta Náutica, de Araçatuba, que também esteve presente aula prática As palestras e os cursos práticos, como este acima, de arremessos, levaram muita gente a interromper a visita aos estandes para aprender um pouco mais sobre a pesca esportiva 12 Náutica SudeSte A próxima edição da Feipesca acontecerá no início do ano que vem, no mesmo local grande evento Ao lado, Helder Barbalho, do Ministério da Pesca, oficializa a profissão de piloteiro. No canto, Anselmo Ferreira, da Fluvial Náutica, com Leandro Custódio e Celso Bernarde, da loja Pescaça O tanque Pesque e Solte, para ensinar as crianças a devolver os peixes à natureza, fez muito sucesso Náutica SudeSte 13 Aconteceu... JiMNY daY O calendário 2015 dos divertidos encontros de proprietários Suzuki começou em março, nos arredores de São Paulo A qualidade e a tecnologia Air Step proporcionam uma navegação incomparável. FOTOS DIVULGAÇÃO A Suzuki também promove a Copa Swift Sport de Vela, em Ilhabela Mais de 300 carros participaram do encontro, que teve rali, passeio e provas de aventura A NOVA REVENDA VOLVO PENTA EM NITERÓI. só festa Acima, o casal Vanessa Massaro e Luiz Rosenfeld, da Suzuki, que promove os eventos da marca, e, ao lado, os vencedores e alguns participantes da etapa GT 35 Venha conhecer a revenda Armazém Naútico Motores. Uma revenda autorizada Volvo Penta especialista em serviços, GT 40 GT 44 GT 49 fly Agora você encontra toda a linha Beneteau na Marina Porto Yachts. produtos e peças genuínas para sua embarcação. Estrutura completa, profissionais treinados e o compromisso em oferecer sempre o melhor serviço. www.volvopenta.com.br Revenda Autorizada: Marina Porto Yachts Estrada Leopoldo Fróes, nº 450, Loja (Estacionamento do Iate Clube Icaraí) Concessionária Beneteau Av. Alm. Tamandaré, 304 Ilhabela São Francisco, Niterói – RJ • (21) 2704-5412 • (21) 7870-6262 • (21) 96433-3221 Gunnar Möller [email protected] [12] 997.144.626 - ID 55*7*59237 SP-BRASIL Marcos Möller [email protected] [12] 974.034.565 - ID 35*19*73346 Luiz Sayeg [email protected] [12] 981.257.525 - ID 55*90*117671 As novidAdes do sAlão, pArA quem não foi Se você não pôde ir ao salão náutico do Rio de Janeiro, no mês passado, para conferir de perto as novidades do setor, veja aqui quais foram os novos barcos que foram apresentados lá fotos mozaRt latoRRe 16 Náutica SudeSte No Boat show, muitos barcos foram oferecidos com descontos e condições especiais de pagamento Intermarine 65 A mAior novidAde do tradicional estaleiro intermarine não estava no rio Boat Show por um bom motivo: ainda está sendo produzida. Trata-se do modelo de 80 pés, o maior da marca, que chegará ao mercado em breve. mas o seu projeto foi apresentado em detalhes aos interessados, bem como o barco logo abaixo dele, este aqui, de 65 pés e luxo pra ninguém botar defeito. triton 47 Ht A pArTir do projeTo da Colunna 43, comprado recentemente, o estaleiro paranaense Triton lançou, no rio, o seu maior barco até o momento: esta Triton 47, que, no entanto, é um barco completamente diferente. A começar pelo tamanho, que cresceu mais de um metro, por conta da plataforma de popa móvel, que permite até levar um jet ski. outra boa surpresa é a cabine, alta e com dois banheiros e duas boas camas de casal, entre outras coisas mais. o preço fica em torno de r$ 1,2 milhão, com propulsão volvo ipS. 18 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 19 Grandes e pequenos barcos, de diferentes marcas, um ao lado do outro. Comparar ficou fácil Ventura V300 eSTA BoniTA lAnChA é feita em minas Gerais, pelo estaleiro ventura, que já produziu mais de 12 000 barcos, e foi lançada recentemente. Tem um visual moderno que agrada bastante (sua proa, por exemplo, é sextavada, para aumentar a área da cama) e uma cabine bem alta, embora o teto na parte da cama de popa seja bem baixo. no rio, foi vendida por preços a partir de r$ 263 mil, com um motor de 300 hp. Coral 46 o mAior BArCo já feito pela Coral Boats, do rio de janeiro, pode ter dois ou três camarotes fechados (melhor com dois, porque permite aumentar a sala) e tem preço justo, a partir de r$ 1,3 milhão. As mulheres, em particular, adoraram os dois principais camarotes, um com teto parcialmente de vidro, na proa, e outro, na popa, com espaço até para uma incomum (para este tamanho de barco) máquina de lavar roupas a bordo. 20 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 21 Além de barcos, o salão mostrou outras novidades para curtir a vida em grande estilo Real 265 GrAçAS A umA Série de vinCoS e recursos hidrodinâmicos no casco, batizados de sistema hydro lift, o estaleiro carioca real powerboats tem conseguido produzir lanchas mais largas (portanto, com mais espaço a bordo), que exigem motores menos potentes (o que resulta em menor custo, tanto na compra quanto no consumo) e, mesmo assim, com excepcional desempenho. isso também está aplicado na nova versão do modelo 265, lançado no salão do rio, com cabine mais alta do que as antigas 26 pés da marca. Cimitarra 560 o eSTAleiro GAúCho Cimitarra produz lanchas de bom tamanho (e com preços convidativos), que atraem muitos visitantes nos salões náuticos. no rio Boat Show não foi nada diferente. Chegou a 22 Náutica SudeSte formar fila para visitar um dos seus maiores modelos, esta 560, lançada recentemente. nela, a exemplo dos demais barcos da marca, a qualidade do acabamento melhorou bastante. Náutica SudeSte 23 Prestige 420 A mArCA FrAnCeSA prestige está no Brasil há alguns anos e sempre oferece barcos com soluções práticas e originais — sem falar na qualidade excepcional. uma delas é o camarote de popa com acesso exclusivo (a partir de uma escada própria, na sala), que, até então, só havia nos barcos maiores. Agora, a 42 pés da marca também tem esta vantagem extra. As grandes lanchas com flybridge ainda fazem sucesso. Mas, nas menores, a tendência é o teto solar Phantom 375 Focker 400 Coupé emBorA SejA umA novidAde, esta lancha já existia no mercado e era feita pelo estaleiro Armada, que recentemente deixou de existir. A Fibrafort, fabricante catarinense que produz mais de 700 barcos por ano, comprou o projeto, alterou-o bastante e relançou o barco no salão do rio de janeiro, com muitos melhoramentos. Como alguns itens de conforto geralmente só encontrados em barcos bem maiores. preço? A partir de r$ 1,2 milhão. 24 Náutica SudeSte o Bem-SuCedido modelo 365 da phantom, produzido pelo estaleiro catarinense Schaefer Yachts, ganhou uma nova versão no rio Boat Show. Batizada de 375, a lancha passou a ter capota rígida com teto solar, seguindo a mais nova onda do mercado, que são os barcos abertos e fechados, ao mesmo tempo. Como sempre acontece com os barcos da Schaefer, atraiu muita gente. Náutica SudeSte 25 Mesmo os estaleiros que não apresentaram novidades, exibiram barcos que ainda enchem os olhos arth 215 A ArThmArine é um pequeno estaleiro da Grande São paulo que produz lanchas com boa relação custo/benefício. A mais recente delas é esta, de 21,5 pés, lançada no salão do rio de janeiro, ao preço de r$ 105 mil (com motor de centro de 220 hp e sem a opção de motor de popa). ela tem interessantes linhas retas no cockpit e certo ar retrô no estilo do para-brisa. azimut 42 menor lAnChA da tradicional marca italiana Azimut, a 42 é feita no Brasil, em Santa Catarina, e foi lançada no último salão de São paulo, com grande sucesso. portanto, ainda é quase uma novidade. é o típico barco para quem quer entrar no segmento das lanchas com flybridge e mais espaço. e tem qualidade condizente com a fama da marca. 26 Náutica SudeSte Este ano, o Boat show aconteceu no Rio Centro. A quantidade de visitantes impressionou os expositores Sea Ray 510 A mArCA AmeriCAnA Sea ray, do mesmo grupo das lanchas Bayliner, já tem fábrica no Brasil, em Santa Catarina, mas os seus modelos de maior porte ainda são importados, como é o caso desta 51 pés, lançada recentemente, mas já com unidades vendidas no país. no salão carioca, ela foi oferecida a preços a partir de r$ 4 milhões, mas com qualidades que justificam isso. 28 Náutica SudeSte A empresa portuguesa friday apresentou o projeto de uma casa flutuante para represas FS 275 Wide eSTA novA verSão da lancha de 27 pés da marca catarinense FS, lançada no último salão de São paulo, também foi apresentada no rio de janeiro. destaque para as linhas retas — e modernas — no cockpit e um detalhe interessante: embora seja uma lancha de proa aberta, ela tem uma pequena cabine, com cama, de um lado, e um banheiro, do outro. top Fish 32 Wa A Top FiSh é um pequeno eSTAleiro carioca, especializado em lanchas híbridas, de pesca e passeio. e o seu mais novo barco, este aqui, de 32 pés, apresentado pela primeira vez no rio Boat Show, segue a característica de servir para as duas coisas, com a vantagem de ter mais espaço ao redor do convés para os pescadores (daí o WA, de “walking around”, no nome) e de oferecer uma cabine de bom tamanho, com banheiro, cozinha, duas camas e tudo o mais que uma pequena lancha costuma oferecer. Colunna Jet Boat o experT 3, de 20 péS de comprimento e capacidade para sete pessoas, do estaleiro paulista Colunna, é atualmente o único jet boat (ou lancha movida a jatos d’água, em vez de hélice, como os jet skis) produzido no Brasil. já existe há tempos, é um barco consagrado, mas está longe de ser ultrapassado. Ao contrário, segue fazendo o maior sucesso, especialmente para quem gosta de navegar rápido e em lugares rasos, porque seu calado é baixo. no salão, foi cotado a partir de r$ 105 mil. ALUMÍNIO 30 Náutica SudeSte por jOrgE dE SOuzA Enfim, n o mar O que você estava fazendo 25 anos atrás? Casando? Ainda estudando? Pois este casal, Elfriede e Jadyr, estava começando a construir este barco, na sua própria casa, em São Paulo. E ele só ficou pronto um quarto de século depois, após uma emocionante história de perseverança, em busca de um sonho 25 anos atrás, Fernando Collor de Melo ainda não havia sido sequer eleito presidente, a moeda do Brasil era o cruzado, computadores eram quase novidades e celular tinha a ver com corpo humano, não com telefones. Pois foi há cerca de 25 anos que o então jovem casal paulistano Elfriede e Jadyr Galera, recémcasados e com o sonho comum de ter uma família e um barco, começou a construir, eles mesmos, este veleiro: o Augenblick, que só recentemente ficou pronto, um quarto de século (ou quase meia vida deles...) depois. Mas, apesar disso, jamais pensaram em desistir. Porque, para eles, o Augenblick sempre foi bem mais do que um simples barco. Era um objetivo a ser alcançado e, nos últimos anos, virou, também, o principal combustível da vida de Elfriede, depois do surgimento de um câncer sem cura. Mas que agora, com o barco na água e pronto para partir, começa a dar sinais de regredir. Coincidência? Não é o que eles acham... Náutica Sul jorge de souza 32 arquivo pessoal sonho realizado Elfriede, Jadyr e o veleiro que eles levaram 25 anos para construir, finalmente nas águas de Ilhabela. Para eles, muito mais do que um simples barco Náutica SudeSte 33 T 34 Náutica SudeSte playground a bordo Quando Nicole nasceu, 25 anos atrás, o Augenblick já estava sendo construído. Ela cresceu dentro — e junto — com ele “ O meu barcO-irmãO para a filha do casal Galera, Nicole, hoje com 25 anos, este veleiro é como um irmão. Só que mais velho Foi nele que aprendi a dizer as primeiras palavras e dar os primeiros passos, no que, para mim, mais parecia um berço gigante. Também aprendi com ele a dividir a atenção dos meus pais, que passaram a se dividir em serrar, colar, pregar e evitar que eu me ralasse toda, em improvisados escorregadores feitos com as madeiras do casco. De certa forma, o Augenblick também era a minha babá, porque eu estava sempre junto dele e cresci ao seu lado. Enquanto eu ganhava mais alguns centímetros de altura, ele tomava forma. Mas demorou um bocado... Éramos, também, a atração do bairro. Quando os amigos da escola perguntavam se a minha casa ficava na “rua do barco”, eu respondia, orgulhosa, que morava “na casa do “ barco!”. E todo mundo sabia onde era. Anos Fui uma daquelas sortudas crianças que ainda podia brincar na rua, no balanço, na gangorra, na casa da vó. Mas nenhum desses lugares era tão divertido quanto o barco que meus pais cismaram de construir no quintal. Nele, eu podia me esconder, escorregar e explorar cantinhos inacessíveis às outras crianças. Quando depois, nasceu o meu (outro) irmão, depois terminei o colégio, entrei na faculdade e o Augenblick seguiu crescendo, mas devagar, porque faltava tempo e dinheiro para os meus pais terminá-lo. Só o sonho não acabava. Levou 25 anos para ele, finalmente, encostar a barriga na água e conquistar a sua liberdade eles tiveram a ideia (para alguns “absurda”) de no mar. O Augenblick não foi apenas a melhor construir um veleiro, eu também era apenas um lembrança da minha infância. Foi, também, as projeto, um sonho que se misturou às muitas duas maiores lições de vida que já recebi de plantas, que, um dia, dariam forma a um barco. meus pais: a de que não se deve desistir dos O Augenblick começou a nascer bem antes de seus sonhos e de que nada é impossível, desde mim e se tornou uma espécie de irmão mais que haja vontade. E, no caso deles, também velho. Meu querido barco-irmão. muita resina e compensado naval. “ empos atrás, a construção do futuro barco da família Galera, no quintal da própria casa, nos arredores de São Paulo, não ia nada bem. Depois de ter sido interrompida por oito anos por conta do nascimento do segundo filho do casal e da absoluta falta de dinheiro para prosseguir no mesmo ritmo de antes, da morte do pai dela, do adoecimento da mãe dele, da obrigatória mudança de casa e da necessidade de transferir o casco de um lugar para outro, o que nunca é fácil, ainda veio a pior notícia: Elfriede, a “Fri”, estava com câncer, em estágio avançado. Todos ficaram chocados. Menos ela, que continuou ajudando o marido a montar o barco e sonhando com o dia em que ele iria para a água. E ele foi, pouco mais de 25 anos depois de o casal ter começado a construí-lo e cinco após o início da doença dela. Que, por sinal, desde então, só fez regredir. — A vontade da Fri de ver o barco pronto foi o melhor tratamento que ela poderia ter — diz Jadyr, que, ao receber a notícia dos tumores, em vez de desanimar, acelerou ainda mais a construção do veleiro. Porque assim ela, secretamente, queria que fosse. E porque ele jamais se perdoaria se ela partisse antes de aproveitá-lo, no mar. Mas havia um problema: faltava dinheiro para completar o barco rapidamente. E o pouco que eles tinham de reserva foi usado para pagar os tratamentos de saúde dela. Jadyr, então, trocou o carro por outro usado e mais barato e pegou dinheiro emprestado. E os amigos, sensibilizados pela situação, ajudaram a comprar o que faltava para o barco — tinta, parafusos, equipa- “ Jadyr não tem dúvida: foi o sonho de ver o barco pronto que fez sua mulher combater o câncer fotos arquivo pessoal augenblick mentos e mais um ou outro acessório. Os últimos recursos para terminar o Augenblick vieram de uma inesperada coleta de donativos na internet, um crowdfunding, que Fri relutou bastante em fazer, porque não se sentia bem pedindo dinheiro a quem quer que fosse. Mas, estimulada pelos amigos, gravou um depoimento altamente otimista, tanto do sonho dela de terminar o barco, quanto da batalha para vencer a doença sem cura, o que ela sempre encarou abertamente. No final, pingaram os R$ 10 mil que faltavam para colocar o barco na água. E assim foi feito, em junho do ano passado, pondo fim a uma exemplar história de perseverança na busca de um sonho, que começou lá atrás, em 1988. 25 anos depois Elfriede e Jadyr, quando começaram a construir o Augenblick, mais de 25 anos atrás, e quando ele finalmente ficou pronto, no ano passado. Meia vida dedicada a ter um barco N aquela época, Fri e Jadyr estavam casados havia pouco e compartilhavam, também, outro sonho: o de ter filhos. Mas ela não conseguia engravidar, por causa da própria ansiedade em se tornar mãe. — Pense em outra coisa — aconselhou o médico, depois de vários tratamentos infrutíferos. Veja o que lhe dá prazer e invista nisso. Compre um cavalo, por exemplo, se gostar de cavalgar... Mas o que Fri e Jadyr gostavam mesmo era dos barcos. Sempre que podiam, saíam para passear no barquinho de um amigo e adoravam aquilo. Mas, como ter um barco se não tinham dinheiro para comprar sequer um usado? A solução veio da boca de Jadyr. — Vamos construir um! Fri topou, mesmo sabendo que nem ela nem ele entendiam bulhufas sobre construção Náutica SudeSte 35 augenblick um passO a passO que durOu 25 anOs Da compra do projeto até o barco ir finalmente para a água, um quarto de século passou na vida da família Galera O projeto, comprado em 1988 Dois anos depois: eles trabalhavam no barco só nos fins de semana Só um ano depois, o casco foi revestido Em 1989, ainda jovem, Jadyr começou a moldar o casco Meses depois, o Augenblick começou a ganhar forma Hora da virada do casco; faltava até espaço Elfriede fixando as anteparas 1993: hora de começar a montar o convés fotos arquivo pessoal A média eram três tiras de madeira por dia O primeiro “estaleiro”: no quintal da casa da mãe dele 1994: a compra de um motor usado Quilha, ok: o ritmo, agora, é acelerado 36 Náutica SudeSte 2003: após 14 anos, o casco deixa a periferia de São Paulo... O estofamento foi feito durante a quimioterapia de Elfriede ...e é levado par a a frente da nova casa do casal Último passo: Elfriede cola o nome no casco Começa a laminação. Mas vem a notícia do câncer de Elfriede Julho de 2014: o Augenblick deixa a casa onde foi finalizado... 2013: a cozinha pronta ...e, finalmente, vai para o mar, no Guarujá Náutica SudeSte 37 naval. Mas só a ideia de — quem sabe? — conseguir fazê-lo já a deixava entusiasmada. Naquele mesmo ano, foram passear na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, e ali viram um veleiro que cabia bem nas ambições deles: um Samoa 29, projeto do carioca Roberto Barros, o Cabinho, para ser feito em casa. Compraram o projeto, que chegou pelo correio, na forma de um monte de plantas e desenhos. Pronto! Agora, só faltava construí-lo. fotos jorge de souza ajuda da internet Para conseguir o dinheiro que faltava para terminar o barco, Elfriede concordou em contar sua história em um site de coleta de recursos (abaixo). Rapidamente, conseguiu o dinheiro e fez vários novos amigos. Hoje, a história do Augenblick está contada no facebook F elizes da vida, saíram contando que iriam construir um barco, mesmo para os que consideravam aquilo uma completa maluquice. Um deles foi o próprio pai de Fri, um típico alemão, que, ao começar a ouvir os planos do jovem casal, logo interrompeu a explanação. — Ein augenblick (“Um momento”, em alemão). Eu pensei que vocês fossem construir uma família, não um barco! Pois o pai de Fri não só não conseguiu demovê-los da ideia, como acabou, involuntariamente, dando nome ao futuro barco do casal. Ele se chamará “Augenblick”, decidiram, na hora, Fri e Jadyr, numa espécie de homenagem sapeca ao pai dela. O próximo passo era pôr a mão na massa, pois, como não tinham dinheiro para pagar um est aleiro, decidiram que fariam tudo eles mesmos. Mas, onde construiriam um barco de quase nove metros de compri- O barco foi sendo construído no quintal de casa, à medida que o tempo e o dinheiro bem curto permitiam 38 Náutica SudeSte fotos arquivo pessoal augenblick mento se moravam em um apart amento? — No quintal da casa da minha mãe! — sugeriu Jadyr, mesmo sabendo que a modesta Vila Brasilândia, nos subúrbios de São Paulo, não era exatamente o local ideal para construir um “iate”, como a vizinhança passou a comentar, quando soube dos planos do filho da Dona Maria. Um barracão foi erguido na frente da casa dela e, dentro dele, uma pilha de ripas de madeira começou a dar forma ao segundo sonho da vida de Fri e Jadyr. Porque, o primeiro, ainda era ter um filho. E ele veio, logo em seguida, como bem previra o médico, ao sugerir que ela distraísse a mente com outra coisa. A primeira madeira do casco foi cortada em julho de 1989 e, dois meses depois, Fri descobriu que estava grávida. Foi o primeiro “tratamento”, sem nenhum medicamento, que o barco fez por ela. N icole nasceu em abril de 1990, quando o Augenblick não passava de uma minúscula sequência de ripas, que, um dia, resultariam em um casco. Como Fri e Jadyr eram autodidatas na área e só podiam trabalhar no barco nos finais de semana, o Augenblick não progredia tanto quanto eles gostariam. Mesmo assim, lentamente, ele ia tomando forma. Três anos depois, o casco ficou pronto. Mas ainda faltava todo o resto. Além da carência de tempo, pois os dois trabalhavam em uma empresa de medicamentos, ainda havia a crônica falta de dinheiro para acelerar as obras. Tudo o que sobrava do magro orçamento doméstico era transformado em “coisas para o barco” — que eles, bem humorados, chamavam de “créditos náuticos”. No seu 30o aniversário, Jadyr ganhou de presente da mulher dez quilos de pregos de cobre, para mão na massa Elfriede participou ativamente de todas as fases da construção do barco, ajudando a construí-lo de fato. Hoje, com o barco pronto, dá palestras de incentivo (à direita) para outros portadores de câncer sobre os benefícios, no tratamento, de ter um objetivo e persegui-lo pregar as ripas do casco. E ficou emocionado. Enquanto isso, Nicole crescia, brincando entre as madeiras do “estaleiro” improvisado na Vila Brasilândia. Mas, logo a família aumentou outra vez: Fri ficou grávida de Patrick, que chegou cinco anos depois da irmã, que, por sua vez, quando nasceu, o Augenblick já estava sendo construído. — Ele é o meu irmão mais velho — costuma dizer Nicole, hoje com 25 anos de idade. Crescemos juntos. Com o nascimento de Patrick, tempo e dinheiro ficaram ainda mais escassos para o barco, que foi coberto com uma lona e hibernou, durante oito anos, no barracão do quintal da Dona Maria. — O barco ficou parado, mas não esquecido — recorda Fri, que continuou nutrindo por aquele casco de madeira revestido com fibra de vidro quase o mesmo carinho dedicado aos dois filhos. Nós íamos lá nos fins de semana e, pelo menos, erguíamos a lona, para dar uma olhadinha nele. Até que, um dia, a necessidade fez a família trocar o apartamento onde morava por um terreno na Grande São Paulo, onde eles construíram a casa onde moram até hoje. E, nela, havia espaço para o barco, bem na frente da casa — que, com isso, virou uma espécie de atração do bairro, já que o mar mais próximo fica a quase 100 quilômetros dali. Jadyr contratou um guindaste para transpor- quanto custou o sonho? Quando Elfriede e Jadyr iniciaram a construção do Augenblick, até o moeda brasileira era outra: o cruzado. Mas, como o dinheiro sempre foi pouco, os dois controlaram à unha cada centavo gasto no barco, ao longo destes 25 anos. Ao final, os valores (periodicamente atualizados por Jadyr, com a precisão de um contador) resultaram num custo total de R$ 196 000, divididos em despesas como estas aqui. Materiais preço 5 m de mogno para o casco R$ 15 000 33 pranchas de compensado naval R$ 5 180 500 kg de resina R$ 30 000 1 rolo de manta de fibra de vidro R$ 1 000 22 kg de prego de cobre R$ 770 1 motor de 11 hp R$ 16 000 235 m de fio estanhado R$ 718 1 mastro R$ 12 000 1 enrolador de vela genoa R$ 2 000 2 vigias para o banheiro R$ 1 818 2 gaiutas para a cabine R$ 2 528 1 bomba hidráulica para o leme R$ 1 638 1 roda de leme de aço inox R$ 3 000 20 m de tecido para estofados R$ 356 2 catracas para as velas R$ 4 330 1 rádio VHF R$ 477 1 eixo do leme R$ 745 1 jogo de velas R$ 5 000 1 painel solar para energia R$ 730 1 geladeira R$ 1 810 30 m cabo de âncora 14 mm R$ 150 900 kg de chumbo para quilha R$ 3 150 2 âncoras R$ 330 2 baterias 100 Ah R$ 1 020 1 bote inflável de 2,4 m R$ 2 500 1 moitão giratório R$ 426 4 galões de tinta venenosa R$ 1 640 1 bandeirinha do Brasil para a popa R$ 28 Transporte do barco para a água R$ 3 800 3 Náutica SudeSte 39 augenblick tar o casco inacabado da Vila Brasilândia até lá (ocasião em que parou o trânsito nos dois locais), mas, no novo “estaleiro”, a obra ficou mais fácil. Melhor dizendo, menos difícil. Agora, pelo menos, dava para trabalhar no barco nos intervalos do trabalho, à noite, entre um compromisso e outro. Fri ajudava o marido no que quer que fosse: de cortar madeira a aplicar resina. Sua habilidade como artista plástica ajudava. Mas, anos depois, em abril de 2010, quando o Augenblick amargava outro período de recesso, por falta de recursos para comprar material, veio a notícia do câncer de mama, já com implicações em outras partes do corpo dela. Foi quando Jadyr intuiu que usar a construção do barco para estimulá-la a vencer aquela nova situação amargurante poderia, mais uma vez, dar resultado. Como dera na gravidez que nunca acontecia. E, de novo, deu. Entre uma sessão e outra de quimioterapia, Fri passou a dedicar praticamente todo o seu tempo à tarefa de terminar o Augenblick, graças à injeção financeira alavancada por Jadyr e pelos amigos. Fazia isso com tamanho prazer, que não se sentia doente — aliás, jamais se sentiu, como hoje o casal conta nas periódicas palestras que dá sobre a construção do barco, aos pacientes do hospital onde ela se trata. Ao contrário, Fri irradiava alegria e vibrava a cada passo adiante feito no veleiro. A cada dia, sentia que ele estava mais perto da água. E isso lhe fez um bem danado. Assim que soube da doença, Fri mergulhou 40 Náutica SudeSte do começo ao fim Por absoluta falta de dinheiro para contratar um estaleiro, Jadyr fez tudo sozinho, ao longo de mais de duas décadas e mesmo sem ter experiência no assunto. Até derreter pedacinhos de sucata de chumbo para fazer a quilha do barco ele fez na sua casa fotos arquivo pessoal Quando o barco ficou pronto, os tumores dela começaram a regredir. Agora, é torcer para poderem partir de cabeça na pintura do casco. Depois, em abril de 2013, durante a segunda sessão de quimioterapia, costurou todos os estofamentos. E, na sequência, acompanhou de perto uma das tarefas mais árduas do projeto: o enchimento da quilha do veleiro com chumbo. O que, por uma questão de economia, Jadyr fez da maneira mais caseira possível: comprou uma tonelada de sucata de pequenos chumbinhos, desses usados para balancear as rodas dos carros, e pacientemente os derreteu, até ficarem líquidos. Em seguida, despejou tudo dentro de uma fôrma de fibra de vidro, que deu forma à quilha. A operação, embora delicadíssima, pois envolvia manusear (e rapidamente, antes que ele endurecesse) um metal derretido a 140 graus centígrados, foi feita na própria garagem da casa do casal, com um maçarico e um botijão de gás. Mas rendeu uma economia de cerca de R$ 2 500, o que, para eles, naquela frenética reta final do projeto (que não deixava de ser uma corrida contra o tempo...), valia muito. Na época, quando perguntavam a Fri se ainda faltava muito para o barco ficar pronto, ela respondia, com eterno bom humor: — Uns R$ 10 000, mais ou menos — trocando tempo por dinheiro, porque, afinal, agora, era isso o que contava. Foi quando veio a ideia de fazer um crowdfunding, na internet, para buscar o que faltava. Para surpresa geral, em menos de um mês, o ca- sal conseguiu o dinheiro que precisava para terminar o barco e colocá-lo na água, através de doações espontâneas de pessoas que eles sequer conheciam, mas que ficaram sensibilizadas com o depoimento de Fri, repleto de mensagens positivas — apesar da visível doença explícita na cabeça já sem cabelos. Ela retribuiu cada doação com uma bonita mandala, que fazia em casa, nos intervalos dos tratamentos quimioterápicos e dos trabalhos no barco. Ao final, ganhou uma legião de novos amigos e uma admiração coletiva, pelo otimismo e por não se deixar abater pela doença, como geralmente acontece. No dia 18 de junho do ano passado, após inacreditáveis 25 anos de trabalhos, o Augenblick, finalmente, foi para a água, no Guarujá. De lá, seguiu para Ilhabela, onde se encontra no momento, à espera de uma brecha nos tratamentos de Fri para ganhar o mar. O projeto de vida do casal é sair navegando por aí, aproveitando cada dia de um prazer que eles levaram metade da vida para experimentar. E os prognósticos são bons, porque os tumores de Fri começaram a recuar. — É a terapia do mar — diz, brincando, Jadyr. Mas, de uma coisa ele tem absoluta certeza: o que manteve sua mulher viva até hoje foi o desejo de ver o barco pronto e sentir o sonho realizado. Resta, agora, torcer para que o prazer de navegar faça a outra parte. finalmente na água O Augenblick, hoje, em Ilhabela, e a família reunida a bordo dele, aguardando um intervalo maior nos tratamentos de Elfriede para poder partir e navegar por aí Náutica SudeSte 41 Hospitalidade tão famosa quanto nossas paisagens. Hospitalidade calorosa, serviço atencioso, cozinha requintada. É fácil se apaixonar pela Suíça – antes mesmo que você possa vislumbrar os Alpes. Para voar diariamente para a Suíça e outros 90 destinos entre Europa, Oriente Médio e Ásia, contate seu agente de viagens preferido ou visite-nos em swiss.com Voos diários non-stop para toda a Europa SWISS.COM na paz do broa divulgação follow me water ski por jorge de SouzA A pequena e pouco conhecida represa do Broa , no interior de São Paulo, agrada em cheio. Tanto na paisagem quanto na tranquilidade de suas águas jorge de souza águas tranquilas Além de ser pequena e não sofrer fortes ventos, a represa do Broa ainda tem poucos barcos, o que deixa a água sempre bem tranquila. Além de linda no pôr do sol 44 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 45 A represa do Broa (que praticamente divulgação follow me water ski REPRESA DO bROA praia com esporte As águas do Broa são bastante procuradas pelos praticantes de esqui e wakeboard e pelos banhistas da região, que costumam lotar a principal praia da represa ninguém conhece pelo seu nome oficial, represa do Lobo) é um pequeno reservatório de água doce, no município paulista de Itirapina, que, por sua vez, poucos já ouviram falar. É formada pelo represamento de oito pequenos córregos (entre eles, o próprio rio do Lobo, que batizou a represa, embora ele não passe de um riacho pouco representativo até na região) dade náutica. Ou seja, dito assim, parece um lugar sem nenhum atrativo, certo? Mas espere só até chegar lá e dar de cara com uma paisagem assim, que ninguém cansa de olhar. Ou, então, se deslizar na água for a sua praia, de esquiar ou praticar wakeboard na água limpa e lisinha desta represa, que, pelo seu tamanho diminuto, tem vocação natural para os esportes náuticos. Além de encher os olhos de todo mundo que nem sabia que ela existia. 46 Náutica SudeSte divulgação itirapina e tem pouco mais de meia dúzia de quilômetros de extensão. No tamanho, a represa mais parece uma lagoa e fica numa região central do estado de São Paulo sem nenhuma representativi- Como a represa é pequena, sua maior vocação são os esportes náuticos. Mas tem, também, praias Náutica SudeSte 47 REPRESA DO bROA cenários Da represa A água é limpa e cheia de vida, com casas , praias particulares e grandes trapiches nas margens da parte urbanizada, que, no entanto, ocupa apenas uma parte da represa. No restante, quem manda é o verde fotos jorge de souza O Broa é uma espécie de praia do interior, com atividades na água e muito verde nas margens 48 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 49 REPRESA DO bROA Além de clara, a água da represa do Broa é limpa. E bem rica em tucunarés A De onde veio esse nome? H 50 Náutica SudeSte monono nonon o nonon nonono o mpm om omo nponono npn o po ponono opono ocn omn mopo fotos jorge de souza represa do Broa é uma das menores e menos conhecidas de São Paulo. Fica bem pertinho de São Carlos, na área mais ou menos central do estado, e tem o tamanho de uma grande lagoa. Só não o é, porque, como todas as represas, foi feita pelo homem, através da construção de uma barragem, que á duas teorias para o represou oito riachos da região para gerar energia elétrica, curioso nome da represa na primeira metade do século passado. Hoje, sua produção do Broa, que intriga todo mundo energética é quase desprezível e mal dá para abastecer uma que chega. Uma delas — a mais pequena cidade. Mas, por outro lado, a represa ganhou vióbvia — diz que, no passado, havia tal importância no lazer da região. Virou uma espécie de uma senhora que vendia broas de praia do interior, destino usual dos moradores da região, milho na região e os frequentadores com boas casas nas margens (algumas até com prainhas da represa passaram a se referir a ela como “aquela da broa”. A outra — e particulares), um grande condomínio que ocupa boa mais original — defende que o apelido parte da área, algumas pequenas marinas, certa ativida represa é fruto da mutação caipira dade náutica (com ênfase nos esportes aquáticos, já do sobrenome de uma das famílias cuja que o tamanho da represa limita a navegação mais história tem a ver com a região, os Abreu intensa), muitos peixes na água, uma paisagem ain(que ali viraram “Broa”) Sampaio. Qual da verde na maior parte das margens e um hoteldelas é verdade? Ninguém sabe. Mas uma resort na beira d’água, que, para quem vem de coisa é certa. Ninguém conhece esta represa fora, sintetiza o melhor da represa. pelo seu nome verdadeiro, represa do Lobo. Além disso, a água do Broa é clara (embora as areias das margens sejam um tanto amareladas) e, desde a inauguração do sistema de tratamento de esgotos de Itirapina, cidade a quem ela pertence, embora fique na divisa com Brotas (que, no entanto, praticamente ignora a represa), bem limpa, apesar de um recente caso de interdição dos banhos, provocado pelo aumento de fósforo na água, fruto do calor intenso e da estiagem severa que atingiu a região Sudeste. Mas isso já está sanado — tanto a qualidade da água quanto o nível da represa, que, justamente por ser pequena, se recuperou rapidamente. bonitas paisagens Grandes casas, algumas até com prainhas particulares, ocupam parte das margens. Já os pescadores (à direita) preferem a área menos explorada da represa, que tem cerca de 300 barcos, a maioria deles na Marina do Broa (à esquerda) Náutica SudeSte 51 REPRESA DO bROA Um gostoso resort ocupa a parte mais bonita da represa. É a melhor maneira de curtir o Broa. Neste hotel, esta represa fica melhor ainda divulgação A fotos jorge de souza granDes e pequenas O Broa Golf Resort fica na parte mais bonita da represa e ainda oferece atrações incomuns para um hotel, como tirolesa (que acaba dentro d’água) e um museu de aeronaves no quase aeroporto que existe na área do próprio resort. Quem quiser, pode ir com o próprio avião Broa numa Boa 52 Náutica SudeSte represa do Broa tem apenas um hotel. Mas, para sorte dos visitantes, ele é a melhor coisa da represa. O Broa Golf Resort não apenas fica na parte mais bonita da represa, onde ela estreita ainda mais, diante de muito verde e com o pôr do sol bem em frente a uma simpática prainha (e com areia branquinha, trazida de fora), como oferece algumas mordomias que, por si só, deixariam qualquer lugar bem mais interessante aos turistas. Uma delas é ter uma marina dentro do próprio hotel, o que permite aos hóspedes levarem seus barcos ou jets a reboque, o que, por sinal, é uma ótima ideia. E nem cobra por isso. Outra é oferecer um dos melhores campos de golfe do estado, tão bom que muitos jogadores vão até a represa só por causa dele. E a terceira razão é que, quem quiser chegar de avião, pode usar a excelente pista (quase um aeroporto de verdade) que existe atrás do hotel e que pertence aos mesmos donos do resort: os herdeiros do empresário Fernando Arruda Botelho, morto em 2012 em um acidente aéreo na própria região, que, por sua vez, era casado com uma das herdeiras da empreiteira Camargo Correia, o que já dá uma boa ideia do alto nível dos empreendimentos da família na represa, que também incluem um condomínio de casas de luxo, dentro do qual fica o próprio resort. Minizoo, tirolesa que acaba na água, cavalgadas, pranchas de stand up, passeios de barco e outras tantas atividades fazem parte do cardápio do resort (que nasceu como praia na um simples meio de hospedagem para os porta Do amigos de Botelho que visitavam a requarto Na prainha presa), mas nada é tão surpreendente do resort, e agradável quanto a vista que se tem areia branca, da represa, tanto dos quartos quanquiosques, caiaques e até to do grande gramado que avança lanchas para até a prainha, na beira d’água. “Toesquiar dos os dias, eu olho para esta paisagem e dou graças a Deus por trabalhar neste lindo lugar”, diz o diretor-geral do hotel, Paulo Marques, repetindo o que dizem todos os hóspedes: no Broa, não existe local mais bonito. Náutica SudeSte 53 REPRESA DO bROA LANÇAMENTO PHANTOM 375 HT É HORA DE FAZER UM UPGRADE NA SUA VIDA. são Carlos repr. do Broa uiz nL gto in ash d. W Ro A represa fica na parte central de São Paulo, bem perto de São Carlos itirapina s te n ra ei nd . d Ro a sB do são paulo B 54 Náutica SudeSte onDE FICa? fotos jorge de souza A divulgação itirapina anhistas voltaram a frequentar a movimentada praia do Broa nos fins de semana (onde só quem não é da cidade paga para entrar) e os barcos retornaram à paisagem, embora, justamente por ser pequena, a frota da represa seja bem acanhada. Estima-se que não mais de 300 barcos, todos de pequeno porte e incluindo os jet skis, que são quase maioria por ali, frequentem as águas do Broa, mas nunca ao mesmo tempo, o que torna o ato de navegar na represa um exercício de paz e relaxamento. Que o digam os praticantes de esqui e wakeboard, que por sempre dependerem de águas lisas e tranquilas para as manobras, têm no Broa uma espécie de playground aquático. Tanto que a represa já sediou algumas competições do gênero. “Aqui, nem o vento atrapalha, porque é sempre fraco”, diz o instrutor Daniel Landmann, que dá aulas de esqui e wake na represa e garante pôr qualquer um para deslizar na água logo na primeira saída. “95% dos meus alunos e clientes já saem esquiando”, diz, com a certeza de quem conhece bem o esporte e as águas do Broa. Mesmo para quem prefere ficar nas margens, só apreciando a paisagem, o visual da represa agrada bastante. Como ela é estreita, o outro lado está sempre à vista e é bem verde, especialmente na parte onde fica o resort, que não por acaso ocupa a melhor área. Ali, nos dias de sol, o que acontece com fartura nesta região bem quente do estado de São Paulo, a água quase parada reflete perfeitamente o céu e as árvores e cria a sensação de um espelho da natureza. Quando isso acontece, a represa do Broa fica ainda mais bonita e surpreendente para quem nunca havia ouvido falar dela. Ou seja, bastante gente. represa do Broa fica na divisa dos municípios de Itirapina e Brotas, no interior do estado de São Paulo, bem próxima à cidade de São Carlos, e a cerca de 250 quilômetros da capital paulista. O acesso é fácil e rápido, pelas rodovias dos Bandeirantes e Washington Luís, e há ainda a opção de ir de avião particular, pousando na ótima pista que existe na margem da própria represa. E que não fica a dever a nenhum aeroporto. C M Y CM MY CY CMY K pequena, mas valiosa Como a represa é pequena, mais parece um grande lago, sensação reforçada pela tranquilidade de suas águas, onde há muitas aves chiquinhonautica.com.br /chiquinhonautica Praça Marcos Vale Mendes, 36 | Escarpas do Lago - Capitólio/MG | (37) 3326-5194 / 9983-9042 Guia de Barcos 2015 Já nas bancas A mais completa publicação sobre barcos nacionais e estrangeiros. Tudo sobre as lanchas, veleiros, jets e infláveis à venda no Brasil, além de marinas, equipamentos e os principais estaleiros no país. Sabe onde vai estar seu público neste Verão? Os melhores resultados para sua marca estarão aqui. A Antena 1 Litoral Norte coloca você em sintonia direta com seu target. Consulte pacotes especiais para o Verão 2015. o homem do tesouro O engenheiro belga Paul Thiry passou praticamente a vida inteira procurando um tesouro no Saco do Sombrio, em Ilhabela, mas morreu sem encontrá-lo. Agora, baseado em evidências deixadas por ele, outro pesquisador garante que irá desvendar de vez este mistério E Cobertura: Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba. ntre as muitas histórias que povoam ilhabela, nenhuma é mais instigante do que a do tesouro do saco do sombrio. e nenhuma é mais verdadeira do que a obstinada procura por ele empreendida pelo engenheiro belga Paul Ferdinand thiry. Durante 40 anos, thiry, dono de um corpo franzino mas uma mente brilhante, pesquisou, estudou, escarafunchou a região, aplicou complexos conceitos matemáticos e viveu praticamente sozinho na inóspita mata do saco do sombrio em busca da solução de um enigma, que, segundo ele, levaria ao tesouro. thiry morreu sem encontrá-lo, mas deixou um sucessor igualmente abnegado, o advogado paulista Osmar soalheiro, que também procurou o tesouro até morrer, e uma intrigante série de marcos que desvendou nas pedras do sombrio, que só poderiam ter sido feitos por mãos humanas. e quem faria aquelas marcas numa região praticamente selvagem se não fosse para indicar algo? se a busca por um tesouro em tempos modernos soa infantil demais, aquela desconcertante série de marcos, alguns até com entalhes na rocha, encontrados por thiry, é inegavelmente verdadeira. e torna ainda mais intrigante uma história que, até hoje, fascina todo mundo, e que, ao que tudo indica, ainda não acabou. acervo de osmar soalheiro Em Ilhabela no litoral norte paulista, eleita melhor destino de praia do Brasil. POR jOrge de SOuzA o ermitão do sombrio Thiry viveu 30 anos praticamente sozinho no Saco do Sombrio, tentando decifrar o enigma que levaria ao tesouro. Não conseguiu. Mas encontrou intrigantes marcos Náutica sudeste 59 P aul FerDinanD thiry nunca teve dúvidas do que procurava no saco do sombrio: nada menos que o lendário tesouro do Peru, fruto da fuga dos espanhóis da américa do sul, em 1821. ele teria sido despachado secretamente em um navio, que, no entanto, jamais chegou ao seu destino. a hipótese mais provável é que a tripulação tenha se apoderado de tudo e escondido numa ilha da costa brasileira, que thiry nunca teve dúvidas de que era ilhabela — embora, aqui, o tesouro tenha ficado conhecido como o “tesouro da trindade”, numa suposta alusão à mais distante ilha do litoral brasileiro, do que, no entanto, ele discordava. Para ele, o famoso tesouro sempre esteve em ilhabela. mais surpreendente ainda é a suposta origem das pistas que indicariam o tesouro. um mapa da sua localização teria sido encontrado na longínqua Índia, em meados de 1850, levado para lá por um marinheiro russo. e, 30 anos depois, um roteiro descritivo teria sido entregue por um ex-pirata, chamado Zulmiro, há muito exilado no Paraná, ao inglês eduard stammers young, dono de terras no sul do estado de são Paulo. PARA ELE, A ILHA ERA OUTRA: ILHABELA O inglês até teria tentado encontrar o tal tesouro, depois de unir as informações do mapa com as do roteiro (que afirmava estar numa ilha “chamada” trindade), mas morreu antes de ir adiante. Quem mudou completamente o rumo da busca para ilhabela foi thiry, depois de ler uma simples reportagem de jornal, em 1939. thiry era, então, um jovem engenheiro belga que trabalhava no rio de Janeiro, em obras de saneamento na Baixada Fluminense, e aquela notícia o deixou entusiasmado. a aventura estava no seu sangue. seu pai, que o havia trazido para trabalhar no rio, fora o primeiro homem a escalar o morro do Pão de açúcar, durante os estudos para implantação dos bondinhos. mas thiry também era meticuloso e disciplinado — além de inteligente e quase matemático. Durante dez anos, enquanto trabalhava em obras no rio e em mato Grosso, ele pesquisou a fundo aquela história. conseguiu cópias do mapa e do roteiro descritivo (tão detalhado que faria qualquer um suspeitar da sua autenticidade) e ficou particularmente intrigado com a parte do roteiro que dizia “uma ilha chamada trindade”. Por que “chamada”? se o nome da ilha era “trindade”, porque não chamá-la logo pelo nome, já que o roteiro era tão detalhado? a menos que este não fosse o nome verdadeiro da ilha e tivesse sido escrito assim para despistar, pensou thiry. Partindo dessa premissa, ele passou a procurar outras ilhas na costa brasileira que tivessem as características descritas no roteiro — entre elas, grandes montanhas (uma delas em particular descrita como um “pão de açúcar”, mas, como ele descobriria depois, sem nenhuma ligação com o do rio de Janeiro), cascatas e “uma grande baía abrigada”. concentrouse particularmente na figura geométrica em forma de trapézio que decorava o mapa da ilha, que também Para Thiry, mais excitante do que achar o tesouro era decifrar o enigma matemático sob o qual ele se escondia 60 Náutica sudeste acervos de jeannis platon e osmar soalheiro tesouro de ilhabela coordenadas disfarçadas Acima, o Saco do Sombrio, selvagem até hoje, e a casa onde viveu Thiry, depois ocupada pelo seu seguidor, Osmar Soalheiro. A base da procura foram as coordenadas de Ilhabela, disfarçadas nas letras da palavra que ilustrava o mapa (ao lado) trazia uma enigmática inscrição, com traços que lembravam letras, números e desenhos, mas que, quando lidos rapidamente, davam a entender a palavra “G-Bay”. seria uma abreviatura estilizada de “Baía Grande”? Ou de “Guanabara Bay”? afinal havia no roteiro menção àquela montanha em forma de “pão de açúcar”... no entanto, na baía que banha o rio de Janeiro, thiry não encontrou nenhuma ilha com as demais características do mapa, a começar pelo formato trapezoidal. não, não era ali. Para ele, que já havia intuído que a menção a trindade no roteiro era um disfarce (mas que a distância daquela ilha para o continente, 647 milhas náuticas, poderia significar algo), parecia claro que havia um enigma matemático muito bem feito por trás daquele mapa e roteiro. thiry debruçou-se ainda mais na prancheta nas suas horas de folga, fazendo cálculos e mais cálculos matemáticos, em busca de algum número que pudesse indicar algo mais plausível. começou convertendo as tais 647 milhas em arcos, onde cada arco corresponderia a um minuto nas coordenadas. O resultado, quando aplicado a um mapa, passou a fazer algum sentido, pois ficava bem mais próximo da costa brasileira, onde a quantidade de ilhas é bem maior. Depois, ele intuiu que os valores dos tesouros, “3 e 5 milhões de libras”, estranhamente descritos no tal roteiro (por que alguém chegaria a tal nível de detalhamento?) significavam outra coisa e conjecturou que os números 3 e 5 também poderiam ter a ver com a localização da ilha. até que, um dia, olhando atentamente para o tal G-Bay estilizado do mapa, visualizou, nos traços rebuscados da letra “B”, quatro números: 2, 3, 5 e 2. e se eles indicassem uma coordenada? talvez, 23º 52´? thiry pegou um mapa e — bingo! — lá estava ilhabela. e ela tinha um formato que lembrava um trapézio. e tinha uma grande baía, chamada castelhanos, nome que obviamente tinha tudo a ver com os espanhóis. e também tinha grandes morros, sendo que um deles poderia ter sido designado como um “pão de açúcar”. eram “coincidências” demais para ser apenas isso mesmo. mas, a princípio, só ele acreditava que tudo aquilo fazia sentido. ANTES DE TUDO, UM ENIGMA MATEMÁTICO como thiry não tinha recursos para bancar uma expedição exploratória, ainda mais em um local tão ermo e distante quanto o lado de fora da inóspita ilhabela mais de meio século atrás, procurou a marinha e pediu ajuda. milagrosamente, conseguiu. um navio partiu do rio de Janeiro com destino à ilha, levando thiry e marinheiros dispostos a cavar muito, em busca de alguma pista do suposto local do tesouro. a base de tudo eram complicadíssimos mosaicos de triângulos superpostos, que thiry desenvolvera com base nas leis da trigonometria, e que aplicaria sobre a geografia da baía. Para ele, mais excitante do que achar um tesouro de verdade era decifrar aquele grande enigma matemático. Náutica sudeste 61 tesouro de ilhabela acervo jeannis platon O SACO DO SOMBRIO É INÓSPITO ATÉ HOJE Para quem o acompanhava na expedição, era preciso boa dose de imaginação — e resignação — para tentar entender o raciocínio do engenheiro, pois ninguém compreendia nem tivera acesso aos seus cálculos. mas ele não tinha dúvidas de que estava no caminho certo, apesar da paisagem inóspita do saco do sombrio, desde o começo o ponto exato da baía de castelhanos, que ele indicou como sendo o local do esconderijo do tesouro. naquela época, 1949, o saco do sombrio não passava de um esquecido portinho de pescadores, com meia dúzia de casas, onde viviam cinco famílias caiçaras e uma abnegada professora, que tentava dar alguma instrução às crianças da minúscula comunidade. mesmo hoje, não é muito diferente disso, apesar o triÂnGULo do tesoUro de ter ganhado uma base da mariThiry se baseou nha (na verdade, uma simples casa) na trigonometria e começou e uma sub-sede do yacht clube de delimitando um ilhabela. uma densa vegetação, regrande triângulo na parte de fora de pleta de escorpiões, jararacas e ouIlhabela, em busca tros bichos peçonhentos, cobria a do local certo: o Saco do Sombrio íngreme topografia do lugar, escon- Enigma dEcifrado? Um novo livro promete revelar onde está o que Thiry não conseguiu achar C om a morte de Paul Thiry, em 1979, e de Osmar Soalheiro, em 2011, um terceiro personagem mergulhou fundo nas pesquisas do tesouro do Saco do Sombrio, quase que herdando a missão de desvendá-lo: o paulista Saint Clair Zonta, que, no entanto, já deu por encerrada a sua participação nesta história, porque seu único objetivo era escrever um novo livro sobre a lendária busca do famoso tesouro, o que ele fez, em parceria com o autor do primeiro, Jeannis Platon. O livro, que se chamará Ilhabela e o Tesouro da Trindade, já está pronto, será lançado em breve e promete simplesmente mudar esta história, revelando, entre outras coisas, que não houve um tesouro, e sim três! Ou um grande tesouro dividido em três partes, cada uma delas escondida em um lugar diferente, para despistar os saqueadores do passado. E Saint Clair, que passou quatro anos pesquisando e estudando o assunto, promete mais: promete revelar (ou, pelo menos, claramente indicar) onde essas três partes estão. — Uma fica em local de dificílimo acesso, na própria Ilhabela, mas não exatamente no Saco do Sombrio, outra foi soterrada por um desmoronamento, mas a terceira está lá, à espera de alguém que vá buscá-la — garante Saint Clair, que diz não ter feito isso ele mesmo em respeito à lei brasileira, que determina que achados arqueológicos pertencem à União e dependem de autorização para exploração — e quem surrupiá-los ficará sujeito a penas de detenção. Além disso, completa o pesquisador e autor, que, como os seus dois antecessores, ficou fascinado pela história do tesouro de Ilhabela desde a primeira vez que leu algo a respeito, “faço parte da Polícia Federal acervo de saint clair zonta — Dinheiro é secundário — costumava dizer. O que me importa é reconstituir a veracidade histórica que cerca este tesouro. e completava: — mas, para encontrá-lo, é preciso conhecer matemática. Quem não a conhece, jamais entenderá o que estou fazendo. e praticamente ninguém entendeu mesmo. sobretudo quando thiry chegou à ilha e começou a delimitar uma área dentro de um grande triângulo imaginário, formado por distantes pontas da ilha. Dentro dele, estava a Baía de castelhanos, onde thiry (e só ele) visualizou o tal “pão de açúcar” descrito no roteiro. Um novo pesqUisador Após a morte de Osmar Soalheiro, Saint Clair Zonta (ao centro) resolveu fazer novas pesquisas usando a tecnologia e garante que irá revelar tudo no seu livro e meu dever é justamente zelar pelo patrimônio nacional. Mas, com o livro, quem montar uma expedição arqueológica oficial, séria e responsável, encontrará o que procura”, ele jura. Saint Clair vive em São Sebastião, onde também morava Osmar Soalheiro, que procurou o tesouro por quase 50 anos e de quem ele recebeu informações valiosas, antes de sua morte, “mas que só se tornaram relevantes dentro de outro contexto, que nem Osmar nem Thiry exploraram, porque, naquela época, não havia recursos de tecnologia para ajudá-los”, explica o pesquisador. Como os mapas via satélite e sistemas precisos de compensação dos desvios magnéticos, que, segundo ele, sempre empurraram os dois para lados equivocados. — Mas tanto Thiry quanto Osmar fizeram um estupendo trabalho — reconhece Saint Clair. Especialmente Thiry, que teve a perspicácia de extrair coordenadas do que parecia ser apenas uma palavra e investiu fundo nas suas hipóteses matemáticas. O novo livro é quase uma homenagem aos dois. Mas revelará o que eles não conseguiram encontrar. dendo também sorrateiros abismos, que despencavam no mar. além disso, a área era gigantesca e repleta de reentrâncias, que podiam muito bem esconder qualquer coisa. era como procurar uma agulha no palheiro — e à beira de precipícios. não poderia haver lugar mais inóspito para o árduo trabalho de abrir picadas morro acima (de onde thiry visualizaria as pontas do seu triângulo matemático) e desnudar as pedras de musgos e vegetações, em busca de “marcos”, que sinalizassem onde estava escondido o tesouro. mas thiry tinha absoluta certeza de que encontraria as duas coisas no saco do sombrio. e encontrou mesmo. mas não o tesouro. ATÉ QUE, UM DIA, SURGIU O PRIMEIRO MARCO mesmo perdendo a ajuda da marinha, que se retirou da área após o malogro das expedições, deixando thiry frente à hercúlea tarefa de vasculhar tudo aquilo sozinho, ele conseguiu montar o quebra-cabeças matemático e delimitar a área onde repousaria o tesouro. mais que isso, traçou um segundo triângulo, bem menor que o outro, em cujo centro deveria haver um marco, que indicasse algo. adivinhação? Para ele, não! O que thiry dizia estar fazendo era pura aplicação da ciência. Dizia empregar as mesmas fórmulas científicas que teriam sido usadas pela mente superior que camuflara aquele tesouro, um século antes, sob enigmas matemáticos, que teriam de ser obrigatoriamente decifrados por quem almejasse encontrá-lo. como uma espécie de desafio científico. Do contrário, restaria apenas contar com a sorte, no que — isto sim — thiry pouco acreditava. sua principal ferramenta para encontrar o tesouro era a mente, brilhante, e a capacidade de fazer cálculos matemáticos precisos, no que era ainda mais extraordinário. Difícil era acompanhar o seu raciocínio complexo e acreditar que apenas contas e números levariam a algo de concreto, no meio daquela mata fechada, debruçada sobre o mar de ilhabela. nisso, praticamente ninguém acreditava. até que, um dia, coincidência ou não, seus cálculos o fizeram encontrar uma pedra no meio da mata fechada, cuidadosamente cercada de outras, formando um Um livro a ser lançado promete revelar onde est ão as três partes do tesouro que Thiry não achou 62 Náutica sudeste Náutica sudeste 63 tesouro de ilhabela Uma pedra com letras gravadas foi a primeira evidência. Depois, surgiram mais de 20 marcos na área explorada por Thiry acervo osmar soalheiro círculo quase perfeito. nela, havia três letras esculpidas: um “G”, um “m” e um “J”, além de um visível coração. coisa de namorados apaixonados? não naquele fim de mundo ainda selvagem nos anos 50. ao lado, havia também uma espécie de pirâmide, formada por outras pedras claramente colocadas por mãos humanas, que, mais tarde, seriam explodidas pela marinha, que supunha que o tesouro estava debaixo dela. se qualquer um ficaria intrigado com aquelas pedras e inscrições, thiry ficou eufórico: para ele, era o marco central do enigma (simbolicamente indicado pelo desenho do coração, “órgão central da vida”, explicava) e, a partir dele, poderiam surgir outros, até dar no tesouro. e não é que eles foram surgindo mesmo, sempre nas interseções dos triângulos matemáticos de thiry. oUtro abneGado Osmar Soalheiro, que sucedeu Thiry na busca, também morreu sem encontrar o tesouro. Mas ajudou a desvendar outros desconcertantes marcos nas pedras do Sombrio, como este acima, o primeiro de todos 64 Náutica sudeste NO TOTAL, ELE ACHOU MAIS DE 20 MARCOS no total, ao longo dos 40 anos que passou fazendo buscas incessantes dentro e fora do saco do sombrio, onde passou a viver, isolado, mas confiante, num casebre sem nem um pingo de conforto, thiry (depois auxiliado por um de seus dez filhos, roberto menescau Fiúza, que aderiu à busca ao tesouro após os primeiros indícios concretos da sua existência), encontrou mais de 20 marcos, para ele, provas cabais de que alguém havia passado por ali antes, com o visível objetivo de indicar um caminho. Que, no entanto, thiry não encontrou até o fim. em 1979, aos 74 anos de idade, o abnegado engenheiro belga morreu, cercado pela incredulidade geral, mas com a admiração dos que o conheceram bem. como o advogado Osmar soalheiro, de quem thiry se tornou sócio, amigo e, por isso, o escolhera para sucedê-lo na tarefa de completar o roteiro, mas que, depois de outros quase 50 anos vasculhando em vão o sombrio, também faleceu, em 2011. — antes de conhecer o thiry, eu também o achava um maluco — disse, certa vez, Osmar. mas, quanto mais passamos a conversar, mais eu me convenci de que ele não era apenas mentalmente sadio, como dono de uma inteligência superior. sem falar que também passei a ter absoluta certeza da existência do tesouro — registrou. Já outro velho conhecido dos dois, o mergulhador grego, há muito radicado em são sebastião, Jeannis Platon, autor do livro Ilhabela Seus Enigmas, do qual foram extraídas informações para este texto, sempre admirou ambos. e pelo mesmo motivo: a perseverança. — tanto thiry quanto Osmar dedicaram a vida a um objetivo que quase ninguém nunca acreditou. e, mesmo desacreditados, jamais desistiram de decifrar o enigma que, eles tinham certeza, os levaria ao tesouro. mas... será que ele existe mesmo? — na minha opinião — diz Jeannis, profundo conhecedor da incansável busca de thiry no saco do sombrio —, ele estava certo em muitas coisas, daí aqueles tantos marcos que encontrou. mas o tesouro pode ter sido tirado antes dele chegar, talvez pela mesma pessoa que o escondeu, embora não haja nenhuma prova disso. Portanto, ele ainda pode estar lá. e Jeannis completa: — esta é uma história que ainda não terminou de ser contada. Você e seu barco a bomba que Salva A segurança de qualquer barco também depende de um equipamento bem simples: a bomba de porão, que, quando bem dimensionada, não deixa a água empoçar no fundo do casco nem ele inundar por completo A fotolia bomba à vista Embora fique no fundo do casco, a bomba deve estar em local de fácil acesso, para checagens periódicas, porque a própria sujeira do porão pode entupi-la função primordial dos barcos é manter a água sempre do lado de fora. Mas, na prática, é inevitável que entrem respingos ou, às vezes, bem mais do que isso. E eles vão se acumulando no fundo do casco, até chegar ao ponto em que começam a comprometer a estabilidade do casco ou, pior, inundá-lo, afetando o funcionamento de componentes como motor, bateria e parte elétrica. Um casco cheio d’água fica pesado, instável e muito perigoso. Para evitar isso, existem as bombas de porão, que nada mais são do que pequenos equipamentos que lembram chuveiros, tanto no formato quanto no tamanho, embora a função deles seja o oposto disso: sugar em vez de despejar água. Até hoje não se inventou nada mais eficiente para evitar que a água empoce no fundo de um casco do que uma prosaica bomba de porão jogando fora a água que entra — salvo um náugrafo desesperado com um balde na mão. Ter, pelo menos, uma bomba de porão (dependendo do tamanho do barco, o ideal seriam duas!) é obrigatório para a segurança de qualquer embarcação. O problema é quando elas não funcionam ou não funcionam direito, bombeando menos água do que deveriam. Mesmo sendo um dos equipamentos mais relevantes a bordo de lanchas e veleiros, as bombas não vêm instaladas em quase nenhum novo barco. Geralmente, são oferecidas apenas como “equipamento opcional” e cabe aos proprietários ter o bom senso de mandar instalá-las. A bomba de porão funciona como uma espécie de centrífuga e fica instalada na parte mais funda do casco. Ela tem um rotor com pás na parte de baixo, que, quando acionadas, giram em alta velocidade, “puxando” a água e a empurrando para fora do casco, por meio de uma mangueira. Qualquer interrupção no funcionamento deste ciclo pode resultar em inundação do casco. E, se isso acontecer, é problema na certa. Na maioria das vezes, a água que penetra nos barcos (e alguma água sempre entra...) vem de pequenos vazamentos no eixo do hélice ou na rabeta do motor. Mas a chuva, as ondas, pequenas trincas no casco ou até mesmo o gelo derretido das caixas de isopor das Náutica SudeSte 67 Você e seu barco fotolia As bombas são apropriadas para retirar pequenas quantidades de água do fundo do casco. Não para drenar um barco já inundado bebidas a bordo também alimentam as indesejáveis “piscinas” que vão se formando no fundo do casco. Se elas não forem sendo esgotadas na medida em que se formam, podem colocar em risco a própria integridade do barco, sem falar na segurança das pessoas que estão a bordo. A s bombas possuem sensores que as ligam e desligam, de acordo com o volume de água que entra. Mas todos os fabricantes alertam que elas são apropriadas apenas para pequenas quantidades de água — não para drenar totalmente um casco já inundado! Portanto, em casos de rachaduras maiores no casco ou inundações provocadas por ondas, elas costumam não ser suficientes para esgotar toda a água. Até porque as bombas de porão dependem de energia para funcionar e nenhuma bateria teria capacidade para mantê-las funcionando por longos períodos de tempo. Uma bateria convencional, por exemplo, fornece 100 ampères por hora (Ah). Mas, por segurança, deve-se considerar apenas metade da sua capacidade, ou seja 50 Ah. Dessa forma, se uma bomba de porão consome, por exemplo, 10 A (o consumo depende de cada modelo, mas sempre vem especificado no equipamento), uma bateria normal terá energia para mantê-la funcionando por, no máximo, cerca de cinco horas consecutivas. E isso se nenhum outro equipamento elétrico estiver ligado. Portanto, também não adianta equipar seu barco com uma bomba superpotente se a energia disponível para ela não for suficiente para fazê-la funcionar por tanto tempo. A potência da bomba é outra questão importante na hora da escolha. Quanto mais forte melhor, certo? Errado! Uma bomba exageradamente potente consome energia demais da bateria. Por isso, a bomba deve ser dimensionada em função do tamanho do casco. Na prática, ela precisa Uma boa escolha A bomba importada Shurflo 2 000 não custa caro e foi a melhor no teste da revista NÁUTICA T empos atrás, a revista NÁUTICA, com a ajuda do engenheiro Nicola Getschko, consultor náutico especializado e professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, realizou um teste prático com os cinco modelos de bombas de porão mais vendidos no mercado brasileiro. A saber, as importadas SeaChoice, Johnson, Rule e Shurflo, todas de 2 000 gph, e a nacional Arieltek, com vazão equivalente a 1 000 gph. Mas, entre outras coisas, o teste mostrou que nenhuma bomba cumpre o que promete na questão da capacidade de vazão. Todas têm uma vazão real bem menor do que a estampada na embalagem (a chamada “capacidade nominal”). Mostrou, também, que o consumo de energia da bateria varia bastante de uma marca para outra, o que também exige atenção na hora da compra. E, por fim, naquela ocasião, concluiu que a bomba que se saiu melhor no teste foi a Shurflo 2 000, que, apesar de mais eficiente, não custa tanto quanto as outras. Você e seu barco A fórmula da bomba certa para o seu barco Esta tabela define isso. Mas é prudente acrescentar uma boa margem de segurança 2100 gph 2000 gph Vazão da bomba Não adianta colocar uma bomba superpotente se a bateria do barco não tiver capacidade de fornecer a energia que ela exigirá 1900 gph 1800 gph 1700 gph 1600 gph 1500 gph 1400 gph 1300 gph 1200 gph 1100 gph 2m apenas ter força para expulsar a água para fora do casco, vencendo assim a chamada altura manométrica — ou seja, a distância entre a bomba e a saída de água no costado, algo que nunca deve passar de um metro de altura, por sinal. A fotolia pesar de ser um equipamento que precisa estar sempre em perfeitas condições, muitos proprietários pouco se preocupam com as bombas de porão. Certamente por não conhecerem direito a sua importância. A sorte é que, a rigor, as bombas de porão não exigem muita manutenção — a não ser a limpeza frequente do fundo do casco, para não entupir a bomba ou afetar o seu funcionamento. Mas algumas atitudes podem reduzir bastante sua vida útil. Um dos erros mais comuns é ligar a bomba a seco, ou seja, sem que haja água no porão para bombear. Quando isso acontece, as vedações de borracha do eixo perdem eficiência e pode haver superaquecimento do motor elétrico. Se, por alguma razão, a bomba deixar de funcionar, o melhor a fazer — acredite! — é cancelar o passeio e voltar para a marina, porque o risco aumenta muito mais do que a água que porventura entrar no barco. E, como já foi dito, alguma água sempre entra... MARINA IMPERIAL 4m 6m 8m 10 m 12 m 14 m 16 m ComPRImENTo da LINHa d’áGUa P ara saber qual a bomba com vazão adequada para o seu barco basta saber o comprimento da linha d’água do casco (só a linha d’água; não o casco inteiro!) e aplicá-lo nesta tabela, adotada por praticamente todos os fabricantes de bombas no mundo. Assim sendo, por exemplo, uma lancha de 30 pés de comprimento e com cerca de 8 metros de linha d’água, exige, no mínimo, uma bomba de 1 500 gph (quase sempre a vazão das bombas de porão é dada em galões por hora (gph), medida americana que equivale a quase quatro vezes mais do que um litro e mesmo no caso das bombas nacionais, que informam a capacidade em litros por hora (lph), o ideal é se guiar pela medida de galões, para fins de comparação). Mas, o problema é que há uma grande diferença entre a “vazão nominal”, fornecida pelos fabricantes na embalagem, e a “vazão real” das bombas — e sempre para mais, o que ajuda a enganar os clientes. Em alguns casos, esta diferença pode chegar a 40% menos na vazão real, quando as bombas são submetidas aos seus limites máximos de funcionamento. Assim sendo, para garantir total segurança, o mais prudente é usar uma bomba entre 20% e 30% mais potente do que o valor nominal indicado pelo fabricante (e usado como referência nesta tabela). Com isso, no caso do mesmo exemplo da hipotética lancha de 30 pés, a bomba mais indicada seria, mais ou menos, uma de 2 000 gph — e não apenas a de 1 500 gph. Fique atento. E, na dúvida, aumente a potência da bomba. Mas não muito, para não comprometer o consumo de energia do barco, que é ainda mais importante. www.marinaimperial.com.br A Marina Imperial convida você a conhecer a mais nova infra-estrutura náutica de Caraguatatuba. 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Se o hélice for inadequado, forçará o motor e não permitirá que ele libere todo o torque que poderia gerar. O resultado disso será um desempenho insatisfatório e consumo maior. Ter o hélice adequado é, também, a maneira mais rápida — e barata — de melhorar o rendimento de qualquer barco a motor. E sem precisar trocar o motor. AF_anuncio_nautica_JG.pdf 1 11/11/13 13:58 Confira ao lado algumas dúvidas mais frequentes sobre este equipamento, que é tão fundamental num barco a motor quanto os pneus em um automóvel. Passo é o deslocamento, em polegadas, que um hélice gera na água — como o avanço de um parafuso ao ser girado. Ele representa a distância teórica percorrida pelas pás, ao dar uma volta completa. Passo e diâmetro são as duas medidas básicas de qualquer hélice. O passo tem influência direta na velocidade que o hélice é capaz de imprimir à lancha. Quanto maior o passo, mais rápido será o barco. Mas sempre há uma perda de cerca de 50% de eficiência, por conta do “deslizamento” (slip) do hélice na água. Portanto, um hélice passo 14 polegadas, por exemplo, permitirá um avanço teórico SUA EMBARCAÇÃO SEM DOCUMENTO VIRA ENFEITE N A V A L Inscrição e Transferência de Embarcações. Registro de Rádio, Epirb e AIS junto a Anatel. Seguros para Embarcações. Registro para Pesca Amadora no Ministério da Pesca. 2 Como acertar o passo? Se, na aceleração máxima, um motor não atingir (ou ultrapassar) a rotação máxima, é sinal que o passo do hélice está errado. Ou seja, se ele chegar ao limite de rotações sem que o acelerador esteja no máximo é sinal de que algo está errado com o passo. Giros acima sugerem passo curto demais; giros a menos indicam passo longo além da conta. Mas acertar o passo não é nada complicado. Observe o contagiros e acelere até o fim, com o trim regulado para a velocidade tupicomunicacao.com.br Ou o mínimo que você precisa saber sobre este equipamento tão fundamental nas lanchas quanto as rodas nos automóveis D E S P A C H A N T E de apenas 7 polegadas na água. Com o passo certo, o motor trabalha mais aliviado e gasta menos combustível.. O que é passo? 78 TRADIÇÃO anos de máxima e o barco com carga normal e, de preferência, tanque cheio. Se a rotação máxima ficar abaixo do indicado pelo fabricante do motor, substitua o hélice por outro de passo menor. Como regra geral, cada polegada de passo corresponde a uma rotação de 150 a 200 rpm no motor, mas, normalmente, os hélices são comercializados com variação de duas (e não uma) polegadas. Neste caso, fique com o passo que deixar o motor mais próximo do que ele pode render. 3 É melhor hélice de alumínio ou de aço? A eficiência de um hélice depende, também, muito do material do qual ele é feito. Os hélices de alumínio custam menos, são mais leves, mais baratos e usados nos motores de baixa potência. Mas, como o alumínio é um material relativamente macio, ele sofre uma deformação natural, o que provoca perda de rendimento. Por isso, só devem ser usados em motores com menos de 115 hp. Já o aço inox é bem resistente e permite pás mais finas, que “cortam” melhor a água. Por isso, hélices deste material duram mais e têm melhor desempenho. Mas são mais pesados e mais caros. 4 O peso do hélice importa? Sim, porque quanto mais pesado, mais o hélice exigirá do motor. E quanto mais leve ele for, mais rapidamente será atingido o planeio, situação em que todo barco navega melhor e com mais velocidade. 5 Quantas pás? Três ou quatro? Hélices de três pás têm a melhor relação entre tamanho, eficiência, vibração e custo. Em geral, proporcionam mais velocidade. Já hélices de quatro pás provocam menos vibração. Mas, por outro lado, têm menos eficiência. Como regra geral, hélices de três pás tem desempenho melhor em rotações médias e altas, enquanto os de quatro pás têm mais empuxo nas baixas e médias rotações, além de menor risco de cavitação. Outro detalhe importante é a espessura das pás. Quanto mais finas, melhor elas “cortarão” a água e criarão menos arrasto. Navegue Com TRANQUILIDADE. PEÇAS GENUINAS Santos (13) 3261-7797 São Sebastião (12) 3892-1406 Consulte nossa revenda autorizada Volvo Penta e faça a revisão preventiva da sua embarcação. Nossas soluções em pós-vendas ajudam você a aproveitar a temporada da melhor maneira: no mar. Nextel 90 * 5225 Vivo (13) 99711-1087 www.joaogalante.com.br 30 anos Revenda Autorizada Rua das Heliconias, 227 - Parque Enseada . Guarujá-SP 13 3351-6600 . [email protected] . www.pierboat.com.br LINHA DIRETA VOLVO PENTA - 0800 41 8485 dúvidaS Sobre héliceS Classificados Para anunciar seu barco aqui, acesse www.nautica.com.br/classificados e faça um rápido cadastro. LANCHAS V195 Comfort. 2007. Mercury Optimax 115 hp. Som, gps, vhf, capota e carreta. R$ 57 mil. Tel. 21/99206-4429, Fabio Phantom 500 Fly. 2008. Volvo 575 hp. Ar, gerador e piloto automático. R$ 1,600 milhão. Tel. 21/99159.4285, Fabio Fishing 32 Cuddy. 2012. 2 Evinrude 300 hp. Gps, sonda, radar, vhf, som e capota. R$ 270 mil. Tel. 21/99159-4285, Fabio Bayliner 310. 2013. V8 8.2 380HP BRAVO III. R$ 399 mil. Tel. 11/96638-8814, Mauro Alternativa 630. 2001. Yamaha 150 hp 4 tempos. R$ 48 mil. Tel. 47/9157-0035, Lemos Phantom 290. 2005. Mercruiser 1.70 120hp cada. R$ 225 mil. Tel. 11/99478-6245, Thiago Cobra 32 Monte Carlo. 1985. 2 Mercedes Benz 200 hp. R$ 70 mil. Tel. 41/9953-6924, Raul Cobra Link 27 pés. 2003. Volvo 320 hp. R$ 114,5 mil. Tel. 11/97028-0785, Miguel Sportfisherman 47. 1991. Motores Scania 675 hp. R$ 390 mil. Tel. 11/98468-1040, Fernando Magnum 39. 2007. 2 Mercruiser 240 hp revisados. R$ 230 mil, pronta para navegar. Tel. 11/99975-1850, Mauricio Triton 275. 2011. 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Tel. 37/9924-5171, Kassio Phantom 260 cabinada. 2012 Volvo Penta 270 cv. R$ 165 mil. Tel. 54/8125-1824, Pedro Intermarine Excalibur 39. 1998. 2 Volvo 260 hp cada. R$ 250 mil. Tel. 51/8124-5499, Jochen Esquimar Fase 1. Indimar 250 hp. R$ 29 mil. Tel. 51/9592-6100, Ricardo Magnum 28. 1986. MB 366 Megatech. R$80 mil. Tel. 11/3901-7950, Enio Phantom 34.5. 2006. 2 Volvo Kad 300. R$ 520 mil. Tel. 21/97213-3933, Sergio Triton 295. 2011. Mercury 5.7 300 hp. R$ 200 mil. Tel. 81/9434-6376, Paulo Intermarine 500 Full. 2000. 2 motores Mercedes 650 hp. R$1,2 milhão. Tel. 11/4727-2907, Roberto Axtor 46. 2011. Volvo D6 370 hp. R$ 850 mil. Tel. 11/99693-5090, Ricardo Runner 290. 2006. Mercury 260 hp. R$ 133 mil. Tel. 11/94796-2340, Eduardo Lancha Carbrasmar 22. R$ 15 mil. Tel. 11/98556-8000, Pedro Luiz Fishing 28 WA. 2006. 2 Yamaha 4T popa 200 hp. Sonda, gps, vhf e carreta. R$ 135 mil. Tel. 21/99915.4234, Ricardo Excalibur 39. 1989. Volvo Penta KAD 42/DP - 230hp (x2). R$ 230 mil. Tel. 11/99221-9112, c/ AMZ classificados VELEIROS Ventura 315 Premium. 2012. Motor Mercruiser 8.2 - rabeta Bravo III – 380 hp. R$ 230 mil. Tel. 21/98131-3265, Japimel Segue custom 40 pés com Fly. 2011. 2 Volvo diesel 370 eletrônico. R$ 950 mil. Tel. 21/99518-5048, Celio Phoenix 230. 2007. Mercury 200 hp efi. R$ 50 mil. Tel. 12/98159-9644, Julio Cesar Mares Cat 54. 1998. Cat 3406. R$ 900 mil. Tel. 21/99159-4285, Fabio Phoenix 190. 2010. Mercury 90 hp. R$ 35 mil. Tel. 11/98133-2878, Jose Carlos Phantom 290 . 2007/2008. 2 Mercury diesel 120 hp. R$ 248 mil. Tel. 12/3933-3147, Rogerio Excalibur 39. 1997. Mercedes Benz 370 hp. R$ 190 mil. Tel. 11/5523.8466 Alberto HD 7.9 Cuddy. 2000. Mariner 250 hp. R$ 69 mil. Tel. 12/3933-3147, Rogerio Phantom 500 HT. 2012. Volvo IPS 600. R$2,3 milhões Tel. 21/98107-2171, Asgvenda Angra 30. 1995. 2 x 200 hp Yamaha. R$ 75 mil. Tel. 519113-5032, Rubem Focker 270. 2011. Mercruiser 320 hp. R$ 230 mil. Tel. 19/97406-0043, José Alfredo Brasilia 27'.1982. Mold 30. R$ 48 mil. Tel. 71/8836-0159, c/ Alvaro Ecomariner Cigarette 360. 2012. Volvo Penta 220hp. R$ 349 mil. Tel. 11/ 98538-8810, Guima Brasilia 27.1978. Mercury - 15hp. R$ 53 mil. Tel. 21/99724-4080, Francisco Ventura Comfort V 300. 2015. 1 motor mercruiser 8.2 bravo three. R$ 329 mil. Tel. 11/99693-5944, Marcio CAL 9.2 R.1987. Yanmar 30 hp. R$ 115 mil. Tel. 71/8166-6832, Roberto Tadeu Nascimento/S. T. Santos Solara 310. 2012. Mercury 320 hp R$ 400 mil. Tel. 11/99764-9292, David Craftec 35. 2011. 2 motores volvo penta 30hp com rabeta. R$ 610 mil. Tel. 11/99685-4124, Gabriela Multichine 36. 2001. Yanmar 27hp. R$ 180 mil. Tel. 21/98886-0092, Francisco Veleiro Schaefer 31.2010. Yanmar 3ym30. R$ 180 mil. Tel. 24/99218-1817, Eduardo Nome desta cidade CRuZADAS Resposta das 76 Náutica SudeSte Offshore Cigarrette 36. 1989. 2 motores Volvo Penta AQAD 41. R$ 190 mil. Tel. 11/ 97539-2842, Arquimedes Phantom 235. 1998. Evinrude 225 hp. R$ 50 mil. 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Como o nível do Tietê continua baixo e a maior concentração das eclusas fica na parte central do rio, a Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro – ABVC, seção Interior, que organiza o cruzeiro a cada dois anos, resolveu alterar o percurso e criar um roteiro de ida e volta entre Barra Bonita e a represa de Promissão, fazendo assim com que os barcos atravessem duas vezes a parte mais bonita e interessante do rio, que ali já é surpreendentemente limpo. No total, o cruzeiro, que foi lançado no mês passado, durante um animado encontro dos participantes das edições anteriores, levará 15 dias, com escalas em seis cidades do caminho (onde sempre os barcos são recebidos com muita festa), mas, jorge de souza A quinta edição da travessia conjunta do rio mais mal falado do país acontecerá em julho. E, como sempre, promete lindas surpresas no caminho quem quiser, poderá fazer apenas uma parte do percurso, retornando mais cedo. “Com o cruzeiro partindo e chegando do mesmo ponto, fica bem mais fácil e barato levar e trazer o barco”, explica Paulo Fax, reponsável pelo cruzeiro e comandante da flotilha, que, este ano, espera reunir mais de 15 barcos, de qualquer porte, inclusive a motor. Quem quiser embarcar nessa também (diversões e surpresas pelo caminho são garantidas) pode entrar em contato com ele pelo email paulofax2@ gmail.com ou acessar http:// expedicaoabvcinterior.blogspot.com. loucos para zarpar O lançamento do cruzeiro foi feito durante um encontro dos participantes da ABVC Interior, Desta vez, o percurso será de ida e volta entre Barra Bonita e Promissão, no trecho mais bonito do rio CRUZEIRO HOMENAGEIA O RIO E Compre ou venda seu barco Cadastre-se e anuncie: www.nautica.com.br/classificados ste é o mais novo barco da Levefort, que acaba de ser lançado. Chama-se Lake, tem 5,50 m de comprimento, boca de 1,50 m, pode receber motor de popa entre 25 e 50 hp e foi feito para a pesca (inclusive de arremesso) em rios, lagoas e canais. O preço tem promoção especial de lançamento: R$ 8 958 (só o casco), para as primeiras 20 unidades. Para saber mais, acesse o site da Levefort e veja quais revendas dispõem desta oferta. s 450 anos da cidade do Rio de Janeiro também foram homenageados com um cruzeiro de passeio, organizado pelo novo presidente da ABVC, Volnys Bernal, que tomou como base a expedição fundadora da cidade. O roteiro repetiu o trajeto de Estácio de Sá, entre o Forte São João, em Bertioga, no litoral paulista, e a baía de Guanabara, onde os barcos chegaram após escalas na Ilha Anchieta e Ilha Grande. Na chegada, enfatizando o caráter histórico do cruzeiro, os p a r t i c i p a n t e s fo r a m e s c o l t a d o s p e l o b a rc o - o rg u l h o d a M a r i n h a Brasileira, o lindo veleiro Cisne Branco. Náutica SudeSte divulgação BaRcO NOVO cOM PReÇO eSPeciaL O 79 cruzadas náuticas Q ue tal comprar um veleiro, não gastar nada com manutenção e ainda ganhar algum dinheiro com ele? Esta é a (boa) proposta que as empresas Sailabout e Wind Charter, que alugam veleiros na região de Angra dos Reis e Paraty, estão fazendo aos interessados em ter um bom barco para usar em certas épocas do ano, sem ter nenhuma despesa com ele o ano inteiro. O programa chama-se Ownership, é muito comum fora do Brasil, e consiste na compra de um veleiro, novo ou usado, que, depois, será alugado pela empresa, quando ele não estiver em uso. O comprador tem direito a várias semanas por ano de uso, não gasta com marina, manutenção nem marinheiro, e recebe, de dividendos, parte do lucro da locação de todos os barcos da empresa, de acordo com a quantidade de cotas que possui, pela compra do barco. No mínimo, um bom negócio para quem não usa o barco o ano inteiro. Interessou? Ligue 024/2404-0020 (Wind Charter) e 024/3370-6429 (Sailabout) e saiba mais sobre os programas das duas empresas. O s frequentadores de Angra dos Reis perderam recentemente um bom amigo e um querido anfitrião para quem sentia fome durante os passeios de barco pela região. Luiz Rosa, dono do tradicional restaurante que leva o seu nome, na praia das Flechas, na Ilha da Gipóia, morreu em fevereiro, aos 96 anos, deixando triste toda uma legião de velhos clientes e admiradores dos bons frutos do mar ali servidos. Mas o restaurante seguirá funcionando normalmente. HorizoNTais 3 Um esporte praticado sobre a água • 7 Vela latina, triangular, que se iça à proa dos barcos • 9 Aro metálico fechado, de forma oval ou circular, que serve para proteger e enrijecer uma mão que se costura ou em punhos das velas, toldos etc. • 11 Muito frio • 12 Chão, soalho • 14 Peça de vedação para válvula de descarga de água • 16 Embarcação a motor, do Sul do Brasil, de pesca, com um camarim e grande porão • 18 Danificado • 20 A cidade norte-americana com a Golden Gate • 21 Cidade paulista, sede de um dos maiores e mais movimentados portos do país • 22 A disputa decisiva • 23 O volume da corrente elétrica • 27 Reboca veículos avariados • 29 Cidade litorânea do Rio Grande do Sul, a mais oriental do estado • 30 Tecido de algodão, quente, semelhante a uma flanela grossa, muito usado para confeccionar agasalhos • 31 Barco movido pela energia gerada por partículas gasosas emanadas da água • 32 Os cabos usados para prender uma embarcação. Nome desta cidade v e r T i C a i s 1 Peça em forma de prisma usada para calçar, nivelar, ajustar outra peça qualquer • 2 Grande rio amazônico que desagua na baía de Marajó (mais de 2.400 km) • 4 Navegar à vela • 5 Diz-se de zona litorânea situada entre a maré alta e a maré baixa • 6 A maior dos oceanos é na fossa das ilhas Marianas, e tem aproximadamente 11.500 metros • 8 Reserva marinha do litoral catarinense, próxima a Bombinhas • 9 Solução aquosa de açúcar e sal de cozinha, usada para prevenir a desidratação • 10 País que ocupa a parte leste da segunda maior ilha do mundo, ao norte da Austrália; sua capital é Port Moresby • 12 Décima segunda e última constelação zodiacal, situada entre Aquário e Áries • 13 A maior ilha fluviomarinha do globo • 15 O maior lago da Terra, localizado entre a Europa e a Ásia • 17 Um dos menores estados brasileiros • 19 Flâmula que se iça a bordo de embarcação para indicar que transporta a autoridade que a ela faz jus • 24 Um tubarão da costa brasileira • 25 Espessura de um cabo • 26 Embarcação a vela feita com três cascos paralelos • 27 Extensa massa de água congelada • 28 Viagem de circum-navegação em torno de um país, de um continente. Respostas na página 76 Náutica SudeSte 81 Elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br UM NOVA FORMA DE TER UM DESSES Luiz ROSa fOi SeRViR cOMida BOa NO céu VOcê eNteNde de MaR? Tadeu NasCimeNTo/seCreTaria de Turismo de saNTos divulgação ferNaNdo moNTeiro Farol arquivo Pessoal 3 perguntas “A melhor horA é AgorA” Com a autoridade de quem já soma mais de 2 300 dias no mar e perto de 150 000 milhas navegadas na costa brasileira, o capitão Carlos Brancante garante: maio é o melhor mês do ano para pôr um barco na água. E explica por quê O paulista Carlos Brancante tem um dos maiores currículos náuticos do país. Sua experiência, metodicamente registrada no diário de bordo do seu barco, o trawler Lord Gato, de 60 pés de comprimento, já soma mais de 2 300 dias de mar e perto de 150 000 milhas navegadas na costa brasileira, o que o torna um dos navegadores de lazer mais ativos do Brasil. Chova ou faça sol, praticamente todos 1 Por que esta é a melhor época do ano para navegar? “Por um monte de motivos. Primeiro, porque os meses do outono nas regiões Sul e Sudeste são secos, sem chuva, com temperaturas amenas e dias claros e estupendamente ensolarados, em qualquer parte, tanto em terra firme quanto no mar. Especialmente maio, que, na minha opinião, é o melhor mês do ano, em todos os aspectos. Mas a principal razão para quem tem um barco no litoral é que, nesta época, entre abril e mais ou menos início de julho, o mar fica bem mais tranquilo, com ondas baixas, sem tempestades e praticamente livre das grandes frentes frias, que tanto incomodam quem navega. Em maio, estou sempre no mar, porque sei que as condições de navegação no litoral entre o Rio de Janeiro e Santa Catarina são as melhores possíveis. Além de os dias serem lindos.” 82 NáuticA SudeSte 2 os finais de semana (quando não também no meio dela) ele está a bordo, fazendo o que mais gosta: navegando. E isso se torna ainda mais frequente agora, com a chegada do outono, época que ele garante ser a melhor do ano para navegar em todo o litoral que vai do Rio de Janeiro a Santa Catarina, porque “o vento se afasta da costa e o mar acalma”, como conta neste rápido bate-papo. Por que isso acontece? “Porque, entre abril e setembro, mudam os regimes de ventos na região que fica entre Cabo Frio, no norte do Rio de Janeiro, e Cabo de Santa Marta, no litoral sul catarinense. Durante este período, com ênfase nos meses do outono, ou seja, abril, maio e início de junho, antes de as frias do inverno começarem a chegar, os ventos alíseos de nordeste, predominantes na região, se afastam da costa entre estes dois cabos e isso deixa o mar bem mais tranquilo no litoral. Em alguns lugares, vira quase calmaria, perfeita para navegar. É a melhor época do ano para pôr o barco no mar, embora a temperatura da água — e do ar — já esteja bem mais fria do que no verão. Mas, em termos de segurança, é o melhor momento de ir para o mar. Isto é, se o calendário da natureza não continuar tão maluco quanto está.” 3 Este ano pode ser diferente? “Pode atrasar um pouco, como vem acontecendo desde antes do verão. Na minha opinião, o calendário da natureza na nossa região anda atrasado uns dois meses, tanto que tivemos frentes frias em pleno janeiro! Mas já vi isso acontecer antes e parece ser um fenômeno cíclico e natural. Por conta disso, em abril o mar pode ainda não estar tão tranquilo quanto deveria. Mas em maio, com certeza, ele estará bem mais estável do que agora. Por causa desse atraso no calendário, talvez o próximo mês de maio não seja tão bom no mar quanto foi no ano passado, mas, ainda assim, continuará sendo o melhor mês do ano para navegar. Pena que nem todos os donos de barcos saibam disso, e, por não ser verão, os deixem parados na marina. É um desperdício de oportunidade. A hora é agora. O outono é a época certa de ir para mar. ”
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