como você nunca viu
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como você nunca viu
são paulo rio de janeiro minas gerais espírito Santo Os barcos que mais brilharam no RIO BOAT SHOW edição nº 17 | Junho / Julho 2016 | R$ 12,00 ILHAbela como você nunca viu Os tesouros da natureza que a ilha mais bonita do litoral paulista ainda esconde 303 - 365 - 375 - 400 - 500 F LY B R I D G E CO L L ECT I O N - 5 0 0 - 5 6 0 - 6 4 0 - 8 3 0 schaeferyachts.com.br Com design único e incontáveis elogios pela sua agilidade e velocidade, a Phantom 400 conquista o público ao primeiro olhar. O modelo traz um hard top exclusivo em sua categoria, e sua generosa plataforma com espaço gourmet reforça a tradição da Schaefer Yachts de privilegiar o espaço externo. Com duas suítes, e o alto pé direito das cabines, você confere o conforto e requinte que tornam a Phantom 400 uma extensão da sua própria casa. PHANTOM 400 INDISCUTIVELMENTE, A 40 PÉS MAIS DESEJADA DO BRASIL. carmim.com.br THE ORIGINAL JEANS Seu ambiente mais charmoso com móveis feitos em madeira de demolição. 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ALL FLAGS EXCLUSIVE SHOW Em conjunto com a revenda All Flags, Sea Ray e Bayliner apresentaram suas lanchas em Angra dos Reis A apresentação durou três dias e aconteceu na BR Marinas Piratas FOTOS DIVULGAÇÃO Proprietários de barcos ganharam uma inspeção técnica gratuita no evento olhou, gostou, testou Durante três dias, quem visitou a BR Marinas do Shopping Piratas pôde conhecer e testar os barcos A Bayliner ofereceu sua linha de lanchas para testes na água CRUZEIRO no rio tietê A Associação de Cruzeiristas do Interior e a loja Limernáutica promoveram passeios para ver a festa do Divino, em Anhembi O passeio teve até demonstração de flyboard, a pranchinha que voa. Mas o ponto alto foram as canoas 8 Náutica Sudeste FOTOS ABVC E KLIMERNÁUTICA festa do interior O ponto alto da festa é a chegada dos canoeiros uniformizados. Todo mundo foi para a beira do rio ver o espetáculo A Limernáutica levou os seus clientes e a Associação de Cruzeiristas, mais de 100 lanchas Foto e Projeto Gráfico www.brunocastaing.com.br/nautica ÚNICA LANCHA MODULADA DA CATEGORIA, COM 2 OU 3 CABINES FECHADAS E 3 MODELOS DE CONVÉS www.lanchascoral.com.br Aconteceu... PASSEIO do ILHA JET CLUB A única marina especializada em jets de Ilhabela levou seus clientes até a paradisíaca praia de Indaiaúba Mais de 20 jets participaram do passeio. Quase todos com casais O próximo passeio promovido pela marina será até a praia da Caveira, do lado de fora da ilha GARAGEAMENTO NÁUTICO COM ATENDIMENTO DIFERENCIADO, AO LADO DA RIVIERA DE SÃO LOURENÇO. WWW.MARINACAPITAL.COM.BR CAMINHO DO CAPÃO Nº240 | CANTÃO DO INDAIÁ | BERTIOGA-SP | (11) 3313-1692 FOTOS DIVULGAÇÃO passeio completo Antes da partida para a linda praia de Indaiaúba (à esq.), os participantes receberam instruções. Na volta, houve churrasco travessia Fotos Divulgação ALCATRAZES A NADO O empresário Ricardo Oliveira achou uma maneira bem original de pleitear a criação do parque marinho de Alcatrazes: foi nadando até lá, a 40 km da costa conteceu no dia 1º de abril, mas não foi mentira: para chamar atenção para a encalacrada questão da transformação do arquipélago de Alcatrazes em parque marinho, uma questão que se arrasta há anos, o pequeno empresário de São Sebastião, Ricardo Oliveira, decidiu ir nadando da praia de Camburi, no litoral norte de São Paulo, onde tem uma pousada e um restaurante, até o limite legal do arquipélago, a 40 quilômetros do litoral. Saiu da praia pouco antes de o sol nascer e chegou a Alcatrazes logo após ele se pôr. Nadou o dia inteiro, só parando para beber goles de água ou mordiscar uma fruta, levados por amigos que escoltaram o nadador, em barcos e caiaques. Um feito e tanto. Especialmente para alguém perto dos 50 anos e que não é nenhum atleta profissional, como ele conta neste rápido bate-papo. Foi difícil? Fácil não foi, até porque, no dia, ventava um pouco e o mar estava meio mexido. Mas também não foi o fim do mundo. Cheguei lá com a língua inchada, por causa do constante contato com a água salgada, mas fisicamente inteiro. No último trecho, para brincar com o meu treinador, que me acompanhava em um dos barcos, até dei umas braçadas de nado borboleta, que, como todo nadador sabe, é o que mais cansa. Na volta, ele me disse que, até então, achava impossível alguém chegar a Alcatrazes nadando. E pelo tempo que durou a volta, de barco, ele, agora, tinha certeza disso (rindo). No que você pensava enquanto nadava? Em manter o ritmo. Em maratonas desse tipo, isso conta muito. Mas consegui manter um ritmo de 25/30 braçadas por minuto e avan- “Da praia, eu via Alcatrazes lá longe, no horizonte, e pensava: um dia, vou lá. Daí, fui. Nadando” 12 Náutica Sudeste çar a 3,5 km/h durante todo o percurso. No total, devo ter dado umas 20 000 braçadas, mas estava preparado para isso, porque treino todos os dias. Mas não sou nenhum atleta. E só comecei a nadar perto dos 40 anos de idade. Já havia feito algo parecido? Igual, não. Parecido, sim. Tempos atrás, fui nadando de Camburi até a ilha Montão de Trigo, num percurso de 13 quilômetros, que exigiu seis horas de nado em mar aberto. O pessoal da ilha ficou surpreso e me disse que nunca ninguém tinha chegado lá daquele jeito. Daí, fiquei empolgado com a ideia de chegar a Alcatrazes também a nado e passei a treinar para isso. Por que Alcatrazes? Porque a transformação do arquipélago em parque marinho seria muito boa para todo o litoral norte de São Paulo, impulsionaria o turismo e tudo o mais. Mas, também, porque eu sempre tive a curiosidade de ver o arquipélago de perto, onde a entrada é proibida. Eu ficava na praia olhando a ilha principal lá longe, no horizonte, e pensava: um dia, eu vou lá. Daí, fui. Nadando. HOJE O MAR ESTÁ PARA DESCONTO. Acessórios e peças genuínas em promoção com 2 anos de garantia. Ao adquirir acessórios e peças genuínas Volvo Penta você garante tranquilidade e segurança para o seu lazer. Aproveite os produtos em promoção no site ofertasvolvopenta.com.br. Ofertas válidas de 11/04/2016 a 30/06/2016 para peças e acessórios Volvo Penta. Consulte com seu Centro Autorizado se a peça ou acessório é compatível com a sua embarcação. Rua das Helicônias, 227 Guarujá – São Paulo Tel.: (013) 3351-6600 [email protected] NOSSOS MARES TÊM OUTROS ATRATIVOS ALÉM DAS SEREIAS. EM BREVE, AS MELHORES OPORTUNIDADES DO MUNDO NÁUTICO ESTARÃO AQUI. E A SUA EMPRESA ONDE ESTARÁ? GARANTA JÁ O EMBARQUE. OPORTUNIDADE COMO ESTA NÃO ACONTECE A CADA MUDANÇA DE LUA. DE 6 A 11 DE OUTUBRO O MAIOR EVENTO NÁUTICO INDOOR DA AMÉRICA LATINA. E OS NOVOS MITOS DAS ÁGUAS. N O S Ã O P A U L O E X P O - KM 1,5 DA ROD. DOS IMIGRANTES - SP ORGANIZAÇÃO E PROMOÇÃO: WWW.SAOPAULOBOATSHOW.COM.BR APOIO: PATROCINADORA: O OUTRO LADO DA ILHA Ilhabela como você nunca viu fernanda lupo/photoverde Alguns tesouros que a ilha ainda guarda para os seus visitantes mais curiosos Náutica Sudeste 21 ilha de São Sebastião, muito mais conhecida pelo nome do município que ela abriga, Ilhabela, é muito maior do que parece. Para ter uma ideia disso, basta dizer que 83% da ilha faz parte de um parque estadual que a preserva praticamente virgem e inacessível, enquanto a “Ilhabela” que conhecemos (a vila, os bairros, as ruas, as praias do sul e do norte, etc.) ocupa apenas 17% da sua área. Ou seja, menos de um quinto do território da ilha é conhecido e visitado, embora ela seja um dos principais polos turísticos do litoral de São Paulo. Quem se aventurar pelo meio da ilha (algo praticamente impossível, dado o relevo montanhoso, com picos que beiram os 1 000 metros de altura e um deles que passa disso), terá a sensação de estar no miolo da Amazônia e não à beira-mar, no desenvolvido litoral norte paulista, tal a densidade da mata e a inacessibilidade de certas partes. A grande maioria do território da ilha jamais foi tocada por pés humanos e o que ela esconde ninguém sabe, o que é, sem dúvida, surpreendente para um lugar tão famoso quanto Ilhabela. Um bom exemplo são alguns lugares que serão mostrados a seguir, muitas vezes desconhecidos pelos próprios caiçaras da ilha. Como cachoeiras que ainda estão sendo descobertas e prainhas que praticamente ninguém visita. É o outro lado da ilha. Verdadeiros tesouros da natureza que a ilha dos tesouros ainda esconde. 22 Náutica Sudeste 83% da ilha fica em área protegida, de difícil acesso. Daí as surpresas que Ilhabela ainda guarda divulgação pmi Náutica Sudeste 23 CÂNION DOS ESCRAVOS Amazônia? Não. Ilhabela! Márcio Bortolusso/photoverdew abuloso, não? Mas nem adianta tentar achar este lugar, porque você não irá encontrá-lo. Primeiro, porque ele fica numa área remota e de dificílimo acesso dentro do Parque Estadual, na parte leste da ilha. Segundo, porque, para chegar até aqui, é preciso caminhar horas a fio, subindo um insuspeito riacho e escalando muitas corredeiras no caminho, até dar nesta extraordinária garganta de pedra, que os seus desbravadores batizaram de “Cânion dos Escravos”, numa alusão a uma antiga fazenda escravagista que existia na região. A queda d’água é intensa e há outras do mesmo tipo, mata adentro, o que mostra o quanto de Ilhabela ainda está por ser descoberto. Se nem tudo que fica no entorno da ilha, como este espetacular cânion, já é conhecido, imagine o que pode haver no meio dela? 24 Náutica Sudeste PARA INDIANAS JONES O Cânion dos Escravos, como foi batizado, fica numa parte ainda praticamente inexplorada de Ilhabela e não é o único desse tipo que existe na ilha. Mas o seu acesso, além de difícil, é proibido Náutica Sudeste 25 CACHOEIRA GRANDE DO AREADO Só do mar é possível vê-la na mata Fotos Márcio Bortolusso/photoverde té um par de anos atrás, Ilhabela praticamente ignorava a existência da maior das 38 cachoeiras que há na ilha — entre as até agora conhecidas... Até que o fotógrafo e expedicionário Márcio Bortolusso ficou intrigado com a água que ele via escorrer ao longe, quando se afastava bastante da costeira na parte sul da ilha, e resolveu localizá-la em terra firme. A missão custou-lhe dias e mais dias subindo cursos d’água pouco explorados, até que ele chegou à base da tal cachoeira, que de tão alta não pode ser vista inteira de baixo. Batizada de Cachoeira Grande do Areado, estimase que ela tenha entre 150 e 200 metros de altura, o que a colocaria como uma das maiores do país e a número 1 entre todas as ilhas do Brasil. Mas o seu acesso é bem complicado e a caminhada, pra lá de pesada — coisa de 24 quilômetros ida e volta. Bem mais fácil é pegar um barco e vê-la do mar, também a única maneira de enxergá-la (quase) inteira. PARECE PEQUENA, MAS É ENORME Vista assim, de longe, a cachoeira Grande do Areado mais parece um filete d’água na mata da ilha. Mas, ao que tudo indica, é a maior das ilhas brasileiras ESCONDIDA 26 Náutica Sudeste A Márcio Bortolusso/photoverde SÓ SUA PRAINHA DO CODÓ Um pequeno grande segredo preciso ser bem curioso e ficar muito atento ao navegar entre a Baía de Castelhanos e o Saco do Sombrio, do lado de fora da ilha, para achar esta idílica prainha, que fica pra lá de escondida, quase em frente às ilhas Galhetas, mas não à vista dos barcos que passam. O segredo está na sua localização, completamente atrás das pedras da costeira, e no seu minúsculo tamanho, com uma faixa de areia que, na maré baixa, mal passa dos dez me- tros de comprimento (na alta, ela praticamente desaparece). É tão pequena e tranquila (o mar chega até ela com a placidez de uma piscina) que barco não entra. É preciso ancorar bem antes e chegar nadando, o que só aumenta a surpresa de contornar uma fileira de pedras insuspeitas e, atrás delas – tchan, tchan, tchan, tchan! –, dar de cara com este microparaíso chamado Codó, ou Codói para os caiçaras que a conhecem. Nem todos, por sinal. BARCO NÃO ENTRA Para chegar até a prainha do Codó, só mesmo nadando. Mas isso aumenta ainda mais a surpresa de quem a descobre Náutica Sudeste 27 TRILHA BONETE-CASTELHANOS Um caminho entre as duas praias mais desejadas ue as praias do Bonete e de Castelhanos são as mais desejadas da ilha, ninguém duvida. Mas o que poucos sabem é que, embora distantes entre si, existe um caminho (caminho mesmo, porque só pode ser feito a pé) entre essas duas praias. É uma pernada e tanto, coisa de cinco ou mais horas de caminhada, dependendo da quantidade de paradas pelo caminho, já que a trilha reserva alguns atrativos para os andarilhos. Um deles é uma centenária árvore sapopema, cujo tronco é mais largo do que dez pessoas juntas. Outra é a travessia de um cristalino riacho nas proximidades da praia das Enchovas, que também é atravessada pela trilha — bem como a vizinha e magnífica praia de Indaiaúba. Por fim, na chegada a Castelhanos há um sensacional mirante natural, que permite ver a praia inteira de cima. Claro que não dá para ir e voltar no mesmo dia, mas pode ser um grande passeio para quem estiver no Bonete e quiser voltar para a vila nos jipes que levam turistas para Castelhanos — ou vice-versa. O uso original da trilha era para unir as comunidades caiçaras das duas praias. T Márcio Bortolusso/photoverde 28 Náutica Sudeste Márcio Bortolusso/photoverde divulgação pmi TRAVESSIA O MELHOR DA ILHA EM UMA TRILHA Travessia de riacho na praia das Enchovas: a caminhada entre o Bonete (à esquerda) e Castelhanos (abaixo) reserva outras surpresas Castelhanos Náutica Sudeste 29 Márcio Bortolusso/photoverde PRAIA DO POÇO Praia e piscina, lado a lado curiosa praia do Poço, entre a praia da Fome e o costão do Quebra-Coco, na parte norte da ilha, não chega a ser nenhum segredo para os donos de barcos, mas continua sendo bem interessante (e pouco visitada) do mesmo jeito. Um dos motivos é a sua localização, quase escondida no fundo de um saco — quem passa pelo mar, não vê a praia. Mas o seu maior atrativo não é não ficar à mostra e sim o que ela tem para mostrar: um formidável poço de água doce (daí o nome da praia), permanentemente alimentado por uma pequena cachoeira, na parte de trás da areia — que, por sinal, muda toda hora de formato, ao sabor das marés e do volume de água que vem do poço. Ora o curso d’água rompe a praia e avança reto até o mar, formando uma espécie de riacho, ora desenha sinuosas curvas na areia. A cada hora, a praia do Poço tem um formato. Só o que nunca muda é o apetite dos borrachudos, ali sempre famintos. Mas, dentro d’água eles não têm como atacar. E água — dos dois lados — é o que não falta na praia do poço. marcio dufranc 30 Náutica Sudeste DI PRAIA COM ÁGUA DOS DOIS LADOS A praia do Poço muda a todo instante de formato, por conta da água que escorre do represamento, que é alimentado por uma pequena cachoeira FERENTE Náutica Sudeste 31 PRAIA DA INDAIAÚBA uanto você daria para ter uma praia assim só para você? Pois um milionário gastou uma grana preta para tentar fazer com que isso aconteça. Depois de comprar toda a parte de trás da praia de antigos caiçaras, ele fincou algumas (poucas) casas, para ele e seus familiares, implantou um esquema de segurança hi-tech, com câmeras de vigilância e seguranças motorizados espalhados pela mata preservada, e mandou construir um heliponto, já que não existe outra maneira chegar nesta praia a não ser a pé, de barco ou de helicóptero. Indaiaúba (ou “Indaiatuba”, para alguns caiçaras) é a última praia da parte sul da ilha, bem além do Bonete, que já é longe e isolado à beça, mas dona das águas mais claras de Ilhabela — para muitos, a mais bonita das 73 praias da ilha. Duvida? Então, vá lá e confira. Porque, apesar da área ser particular, a praia (como todas as demais do Brasil) não é. Fotos Márcio Bortolusso/photoverde Uma praia (quase) exclusiva AM Escondi 32 Náutica Sudeste ISOLADA E LINDA Indaiaúba é a última praia do lado sul da ilha e fica tão isolada que só se chega lá a pé, de barco ou de helicóptero, como costuma fazer o milionário que é dono de toda a área. Mas não da areia da praia AIS BONITA UMA PEDRA NO CAMINHO No meio da areia há uma grande pedra esculpida pela natureza, com frisos que dá nome a esta minúscula praia, aonde ninguém vai, porque o acesso é complicado. Mas que vale a pena, ah, isso vale... da PRAIA DA RISCADA Se não procurar, não acha odo mundo que vai de barco até Castelhanos passa por esta linda prainha, mas não a nota, porque as mesmas pedras que a decoram (uma delas, bem no meio da areia, caprichosamente esculpida pela natureza com frisos — daí o nome, “riscada”) a escondem na costeira. Só mesmo olhos bem atentos conseguem localizar esta pequena faixa de areia na parte de fora da ilha, quase ao lado do movimentado reduto caiçara da praia da Serraria, mas aonde não se chega nem a pé, mesmo a partir da praia vizinha. Outro problema é que as mesmas pedras que circundam esta idílica prainha em formato de meia lua impedem a aproximação dos barcos. O único jeito é cair na água e chegar a nado, o que, nos dias de mar calmo, é outro grande prazer. E basta olhar para esta paisagem para saber por quê. Náutica Sudeste 33 PRAIA DA FIGUEIRA Paraíso tipicamente caiçara arece cenário de documentário sobre a vida caiçara: uma casinha no meio da praia, outra branquinha com janelas azuis ao lado de um riacho, ninguém na areia, e o verde intenso da Mata Atlântica ao fundo rivalizando com o mar fortemente esverdeado. Mesmo assim, quase ninguém frequenta esta graciosa praia, esquecida na parte de fora da ilha, entre a Baía de Castelhanos e o Saco do Sombrio. A praia da Figueira (que originalmente era chamada de praia “do” Figueira, porque fazia parte da grande fazenda de café de um certo Francisco Figueira, da qual ainda restam ruínas na parte de trás da areia) é um dos maiores achados de Ilhabela, para quem tem um barco e muita vontade de não ter ninguém por perto. Só mesmo um ou outro nativo com sua canoa, como nos filmes sobre a vida caiçara. SEMPRE VA 34 Náutica Sudeste Radical AZIA Fotos Márcio Bortolusso/photoverde PARECE CENÁRIO A praia da Figueira só tem duas casas na beira da areia. E, quase sempre, ninguém à vista na praia inteira VAI ENCARAR? Melhor não. Só mesmo os profissionais da aventura podem pensar em entrar no Buraco do Cação BURACO DO CAÇÃO Uma toca entre o mar e a mata os dias de mar bem calmo, quem navegar perto da costeira da parte sul da ilha, rumo à praia do Bonete, verá, logo após a ponta da Sepituba, uma grande gruta invadida pelo mar. É o Buraco do Cação, como os caiçaras chamam o mais estupendo acidente geográfico à beira-mar de Ilhabela. Pelo tamanho, dá para entrar até com uma pequena embarcação, mas só os aventureiros profissionais devem cogitar isso, porque o risco de o buraco ser invadido pelas ondas é grande. A gruta, esculpida com capricho pela natureza na rocha avermelhada da costeira, conduz a uma espécie de clareira na mata e também pode ser vista do alto, a partir de um desvio na trilha que leva à praia do Bonete. Mas tanto faz o ângulo, se do mar ou da terra firme: o Buraco do Cação é sempre impactante. Náutica Sudeste 35 POÇOS DA CACHOEIRA DA LAJE O segredo é ir além da queda d’água cachoeira da Laje, na trilha que leva à praia do Bonete, é uma das mais famosas e divertidas quedas d’água de Ilhabela. Além de refrescantes banhos de água cristalina, ela permite deslizar em tobogãs naturais na pedra. Por isso mesmo, é muito frequentada, apesar da boa caminhada (uma hora e meia, no mínimo) até lá. Mas o que quase ninguém sabe é que, seguindo o fluxo d’água, cachoeira abaixo, surgirão outros dois poços ainda mais gostosos. O primeiro forma uma piscina de proporções quase olímpicas. E o segundo permite tomar banho de água doce vendo o mar ao fundo. O único problema é que chegar até eles não é tão fácil quanto a caminhada até a cachoeira da Laje. Mas vale o esforço e a curiosidade. E como vale. Fotos Márcio Bortolusso/photoverde imagine você aqui O primeiro poço lembra uma piscina. O segundo permite ver o mar ao fundo. Mas não é tão fácil chegar até os dois 36 Náutica Sudeste R. Dr. Carvalho, 46, Vila, Ilhabela - SP | summerbiquinis.com.br | @summerhouseilha PISCINAS NATURAIS márcio bortolusso/photoverde photoverde POÇOS DA ÁGUA BRANCA QUEM NÃO DESISTIR, ENCONTRA Os poços do Jabuti e do Jequitibá são os dois últimos da trilha mais manjada da ilha. Mas poucos vão até o fim márcio bortolusso/photoverde trilha da Água Branca é a mais conhecida e frequentada do Parque Estadual que domina 83% do território de Ilhabela. Fica logo na entrada do parque, na estrada para Castelhanos (mas não exige nem veículo 4x4), é bem sinalizada e uma caminhada que começa fácil, para todas as idades. Por essas e outras, é a trilha mais popular da ilha, já que oferece uma sequência de deliciosas cachoeirinhas e poços para banho. Mesmo assim, reserva duas grandes surpresas para quem resistir à tentação de ficar logo nas primeiras piscinas e seguir em frente: os poços do Jequitibá e do Jabuti, os dois últimos da trilha, onde quase ninguém vai, embora o mais distante deles fique a menos de 3,5 quilômetros da portaria do parque. No poço do Jabuti, a água é verde-esmeralda, e o do Jequitibá oferece um escorregador natural na pedra, além de uma gigantesca árvore (um jequitibá, claro), com estimados mais de 400 anos de idade. Apesar dos borrachudos, é um passeio fácil, prazeroso e surpreendente para quem for sempre em frente. 38 Náutica Sudeste Márcio dufranc O tesouro está no fim da trilha SACO DO EUSTÁQUIO O mar mais sossegado da ilha uando querem um lugar bonito, tranquilo, seguro e muito abrigado para ancorar e passar o dia (e, eventualmente, também uma noite a bordo), os donos de barcos de Ilhabela não costumam ter muitas dúvidas: tomam o rumo do lado de fora da ilha e navegam até uma acentuada reentrância (um “saco”, na linguajar dos caiçaras), vizinha à Baía de Castelhanos. Este aqui: o saco do Eustáquio — que muitos caiçaras chamam de saco do “Estácio”. É uma escolha certeira. O Eustáquio possui as águas mais tranquilas da ilha, porque elas ficam retidas entre dois morros que avançam mar adentro, protegendo o interior do saco contra qualquer tipo de vento. É um abrigo perfeito. Tanto que, segundo a história, foi usado tanto como esconderijo de piratas quanto para o desembarque clandestino de escravos no passado. O Eustáquio ainda oferece mar cristalino e uma deliciosa prainha, sob a sombra de amendoeiras, além de dois rústicos quiosques, que servem petiscos e bebidas trazidas também de barco, porque não há outro jeito de chegar lá a não ser pelo mar. fotos jorge de souza PROGRAMA perfeito No Eustáquio, o mar é de piscina e tem uma prainha com dois gostosos quiosques na areia, sob a sombra de amendoeiras Tranquilo 40 Náutica Sudeste fotos marcio dufranc, jorge de souza e divulgação A CARA DA ILHA Os símbolos mais típicos de Ilhabela O passeio de jipe para Castelhanos A casquinha de camarão do Viana O pôr do sol nas praias do sul O centrinho da vila A trilha para o Bonete O estiloso hotel DPNY O café e livraria Ponto das Letras As cachoeiras A cultura caiçara A praia de Castelhanos 42 Náutica Sudeste A Semana de Vela Praia do Jabaquara Praia da Riscada A partir daqui Ilhabela volta a ser como sempre foi Pequena e camuflada atrás de lindas pedras Praia do Poço Banhos de mar ou de água doce Praia do Pinto A mais bem frequentada da ilha Centrinho da Vila Os TESOUROS DA ILHA Onde Ilhabela se encontra Pico do Baepi O topo passa dos 1 000 metros de altura Trilha da Água Branca Até o passeio mais famoso do Parque Estadual guarda surpresas Praia do Curral Dona do melhor pôr do sol da ilha Cachoeira do Veloso Quem a visita não se arrepende Estrada para Castelhanos Praia de Castelhanos Praia da Caveira Acesso só para veículos 4x4, mas ainda um bom passeio A mais famosa da ilha, agora tem bons quiosques Para os caiçaras, ela é malassombrada Saco do Eustáquio Cachoeira Grande do Areado Só a vê quem está no mar. E bem de longe O ponto preferido dos barcos Trilha Bonete/Castelhanos Caminhada de cinco horas entre as duas praias mais famosas Cachoeira da Laje Poço e um delicioso tobogã natural na trilha do Bonete Praia das Enchovas Em vez de areia, curiosas pedras arrendondadas Buraco do Cação Acessível apenas aos aventureiros conscientes Trilha do Bonete Quatro horas de caminhada que valem o esforço Poços da cachoeira da Laje Quase ninguém sabe da existência deles Praia do Bonete Praia de Indaiaúba A comunidade caiçara mais famosa de Ilhabela ainda vive no passado Dona das águas mais cristalinas da ilha Prainha do Codó Praia da Figueira Escondida e com acesso só pela água Linda, bucólica e tipicamente caiçara Náutica Sudeste 43 NAUFRÁGIO DE CASTELHANOS Só aparece de vez em quando uma plaquinha nos quiosques da praia. Um deles, por sinal, dono de uma história igualmente intrigante. Consta que, quando menina, a bisavó do dono do Quiosque do Alemão, o mais famoso de Castelhanos, sobreviveu a um naufrágio e foi dar na praia, onde foi adotada por uma família caiçara e (re)batizada com o nome de Maria Paula, já que mal falava. Ela jamais saiu de lá e deu origem a um verdadeiro clã de caiçaras mestiços, a começar pelo próprio Alemão, que tem esse apelido porque sua pele é tão branca quanto, dizem, a da sua bisavó, aquela que ninguém jamais soube quem era nem de onde veio. SIGA A HISTÓRIA O misterioso naufrágio de Castelhanos fica pertinho do Quiosque do Alemão, que guarda uma história ainda mais interessante jorge de souza lhabela também é famosa pelos seus naufrágios, a começar pelo mais lendário do país, o do transatlântico espanhol Príncipe de Astúrias, ocorrido exatos 100 anos atrás. Mas o mais intrigante de todos é o que jaz soterrado na praia de Castelhanos, do qual nada se sabe — nem mesmo se foi um naufrágio ou simples abandono do barco. Certo é que se trata da mais antiga embarcação encontrada na ilha, já que a idade da madeira do seu casco foi estimada em cerca de 200 anos. Mas os seus restos só aparecem muito de vez em quando, quando a maré escava a areia. No último verão, parte do casco ficou vários dias à mostra, mas o normal é que ninguém ache nada, apesar da existência até de Segundo o prefeito (quase caiçara) da própria ilha PREFEITO NÁUTICO Em Ilhabela, até o prefeito, Toninho Colucci (abaixo, com Lars Grael, que batizaa escola de vela da ilha) adora o mar Fernanda Lupo prefeito Antonio Luiz Colucci, muito mais conhecido como “Toninho” pelos moradores de Ilhabela, é, acima de tudo, um apaixonado pela natureza exuberante da ilha que ele administra e na qual vive há quase 30 anos, depois de ter casado com a caiçara e (assim como ele) dentista Lucia Colucci. Também nutre especial admiração pelas comunidades caiçaras que ainda vivem como antigamente em alguns pontos da ilha, como no Bonete e na praia de Castelhanos, que ele visita sempre que pode. “O caiçara já nasce com um conhecimento empírico sobre a preservação da natureza”, explica. Mesmo assim, o que mais fascina o prefeito em vias de terminar o seu segundo e último mandato é mesmo o mar que banha Ilhabela e o potencial que ele oferece. Tanto que ele espera que entre em funcionamento, até o final do ano, um novo meio de transporte na ilha, o Aquabus, ônibus em forma de barco, que fará paradas em uma dezena de píeres espalhados ao longo da orla. Além disso, fã das regatas, ampliou consideravelmente a escola municipal de vela, que dá cursos gratuitos para crianças da rede municipal de ensino, e criou dois novos polos para a prática de esportes náuticos na ilha. Por essas e outras, Colucci é considerado um dos prefeitos mais afeitos a atividade náutica do país, o que faz todo sentido para o administrador de uma ilha. E que ele gosta ainda mais quando consegue fazer os seguintes programas: Passear pela vila à noite - “Gosto de encontrar os amigos nas calçadas e de experimentar os bares e restaurantes da vila, sempre com algumas novidades”. Visitar as comunidades caiçaras - “Sempre que posso, vou a Castelhanos e ao Bonete, para sentar e bater papo com os antigos moradores. Adoro conversar com eles”. Saborear um peixe com banana - “É o prato mais típico da culinária caiçara, mas o verdadeiro exige que seja feito com a piracanjica, um peixe de sabor marcante, que dificilmente os restaurantes servem”. Velejar no canal de São Sebastião - “Ilhabela não é a capital da vela por acaso. Os ventos e as condições do canal que separa a ilha do continente são perfeitos para velejar, seja com um barco, windsurf ou kitesurf”. Visitar o Museu Náutico - “Ainda não está tão completo quanto ficará, mas já é o maior museu dedicado a naufrágios do país. História submersa é o que não falta no mar de Ilhabela”. Ronald Kraag Fotos Divulgação O melhor de Ilhabela Náutica Sudeste 45 Vai de barco? Então, anote Os melhores lugares de Ilhabela para quem gosta de mar Hotéis “náuticos” Fotos Divulgação Para quem for de barco para a ilha mas não quiser dormir a bordo, alguns hotéis oferecem até poitas próprias, quase sempre sem cobrar a mais por isso. É o caso do Barra do Piúva Porto Hotel (www.barradopiuva.com.br), que tem até píer para desembarque, do Abayomi Hotel (www.abayomihotel.com.br), na tranquila praia de Itaguassu, do transado DNPY (www.dnpy.com.br), do Mercedes (www.hotelmercedes.com.br), do Real Villa Bella (www.realvillabella.com.br) e do Praia do Portinho (www.pousadapraiadoportinho.com.br). Outra boa opção é o tradicional hotel Itapemar (www.itapemar.com.br), bem no centrinho da ilha e bem em frente ao Saco da Capela, habitual ponto de ancoragem de barcos em Ilhabela. Mas, como todos os hotéis e pousadas da ilha ficam praticamente à beira d´água, no canal de São Sebastião, qualquer que seja a escolha, você sempre estará perto do mar. 46 Náutica Sudeste Marinas Além do Yacht Club, que só aceita sócios, Ilhabela possui meia dúzia de marinas que também abrigam barcos de visitantes. A melhor de todas é a Marina Porto Ilhabela (tel. 12/3896-1243), que tem até restaurante japonês e faz parte da rede Marinas Amigas, junto com as marinas Canoas, de Barra do Una, e Igararecê, de São Sebastião (clientes de uma podem frequentar as outras, com preços especiais para serviços e pernoites). Para donos de jets, a melhor opção é a marina Ilha Jet Club (12/3896-6400), especializada em motos aquáticas. Restaurantes na beira do mar Fotos Divulgação Praticamente todos os restaurantes da ilha oferecem peixes ou frutos do mar no cardápio, mas alguns se destacam, seja pela comida, pela localização ou pelas duas coisas juntas. Como o tradicional Viana (tel. 12/3896-1089), dono de uma lendária casquinha de camarão e que tem até serviço de delivery para os barcos ancorados diante dele, na praia. Outras ótimas opções são o premiado Marakuthai (tel. 12/38965874), capitaneado pela chef Renata Vanzetto, que serve delícias exóticas como atum selado ao molho de queijo cabra; o transado Tróia, dentro do (idem) hotel DPNY, especializado em cozinha mediterrânea; o sempre falado Ilha Sul (tel. 12/3894-1536), que tem um polvo a provençal bem famoso na ilha; o gostoso Capitano (tel. 12/3896-5241), que serve um bom risoto de vieiras; o All Mirante (tel. 12/3894-1831), cujo prato principal é o badejo grelhado; o moderninho Megusta Ceviche, da mesma dona do Marakuthai, para quem quiser experimentar o sabor da culinária peruana; o Nova Iorque (tel. 12/3894-1833), que oferece uma vista sensacional; o italiano bem cotado Familia Manzoli; o Cura (12/3896-1311), dono de um saboroso buffet por peso; e o restaurante rústico japonês que existe dentro da Marina Porto Ilhabela, bem ao lado dos barcos, em local pra lá de agradável. Náutica Sudeste 47 Fotos Divulgação Clubes de praia: a nova onda de ilhabela Além do bar bem pé na areia do hotel DPNY (aberto também a não hóspedes) e de barracas que servem bebidas e petiscos em algumas praias, Ilhabela já tem dois beach clubs, a versão moderna dos antigos bares de praia, inspirados nas melhores baladas diurnas de Ibiza, na Espanha, e Jurerê Internacional, em Floripa. Um deles é o Sea Club, ao lado do Saco Capela, onde também é possível deixar o barco, um animado lugar para passar o dia, entre o bar e a piscina. O outro, mais recente, é o transado Ballena Beach Bar, na idílica praia do Siriuba, na parte norte da ilha, onde quem realmente sabe das coisas tem ido bastante - tanto para curtir o ambiente quanto para relaxar nas espreguiçadeiras em plena areia. Você que já possui uma Axtor 46, a melhor Sport Cruiser fabricada no Brasil, agora pode fazer o upgrade para Axtor 48, original de fábrica! • Plataforma de popa estendida • Novo solarium com 1,80m e espaço para bote inflado • Sofá de cockpit remodelado para maior espaço interno • Instalado em sua marina em 5 dias Consulte também Axtor 48 modelo 2017 Casco modelo Sport a partir de R$725 mil + 08 opções de motorização Informações 011 98106 2077 muranoyachts.com.br 23°45'14"S - 45°21'00"W BALLENA BEACH BAR S I R I Ú B A [email protected] - (12) | 3896-2528 I L H A B E L A - Av. Leonardo Reale, 2971 - Ilhabela, SP E POR FALAR EM ILHABELA... Neste mês de julho, a ilha terá dois grandes eventos náuticos: a tradicional Semana de Vela e a segunda edição do Ilhabela Boat Week. Aproveite e visite 2º ILHABELA BOAT WEEK A ilha ganhará sua segunda feira de barcos jorge de souza ANUNCIOCURA - REVISTANAUTICA.pdf 1 23/05/2016 12:33:00 o fim de semana seguinte a Semana de Vela, entre os dias 14 e 17 de julho, Ilhabela continuará dando ênfase aos barcos, com a segunda edição do Ilhabela Boat Week. Será uma feira com barcos expostos tanto no seco quanto na água, para testes drive dos interessados, e acontecerá no Saco da Capela, o mais tradicional reduto náutico da ilha. A primeira edição do evento, no ano passado, trouxe bons resultados, tanto para a cidade quanto para os expositores, que venderam mais barcos do que esperavam. A expectativa é que, agora, o evento seja maior ainda. 36 Anos de História Referência gastronômica no coração de Ilhabela por seus pratos típicos e segredos da melhor comida caseira. Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta, das 11h30 às 16h @restaurantedocura Sábado e Domingo, das 11h30 às 18h (12) 3896-1311 Endereço: Avenida Princesa Isabel, 337 www.restaurantedocura.com Perequê – Ilhabela /restaurantedocura W Divulgação SEMANA DE VELA As novidades da maior competição de veleiros oceânicos do país 43ª edição da Semana de Vela de Ilhabela, a maior e mais importante competição de vela oceânica do Brasil, acontecerá de 2 a 9 de julho e deve reunir quase 120 barcos e mais de 1 000 velejadores. Mesmo quem não veleja nem tem barco se beneficia do que acontece na ilha durante a Semana de Vela, a começar pela agitação de verão em pleno inverno. Este ano, haverá até um desfile dos participantes diante da vila, para que o público possa ver os barcos de perto. Já, para quem for participar, há outras novidades. A primeira é que a tradicional regata até Alcatrazes, que sempre abre a Semana de Vela, voltará a ser disputada no domingo e não mais no sábado, primeiro dia do evento, como aconteceu no ano passado. Com isso, a segunda-feira voltará a ser dia de folga para as tripulações. Outra novidade é a volta do Grand Prix, uma competição paralela para barcos de 30 pés (classes HPE 30 e C30), com premiação específica e eleição dos melhores tripulantes em cada função a bordo. Também está sendo estudada a possibilidade de haver competições do tipo match race (um barco contra o outro) para os inscritos na classe HPE30. Já a classe J70 competirá pela primeira vez e a Semana de Vela também decidirá o campeonato Brasileiro das classes ORC e HPE30. Mas a maior novidade é que, este ano, os resultados das regatas serão imediatos e divulgados tão logo as competições acabem, através das redes sociais e também do whatsapp. Ou seja, os participantes saberão na hora como foram nas provas, o que acaba com a angustiante espera pelos resultados. DEDICAÇÃO - EFICIÊNCIA - TRANSPARÊNCIA Venha desfrutar dos prazeres da navegação Praia de Barequeçaba Profissionalismo www.clubenauticobare.com [email protected] Informações: (12) 3862-6100 Vagas Cobertas 50 anos debaixo d’água Não há mergulhador que vá à Ilha Grande que não visite os restos submersos do navio Pinguino, o naufrágio mais visitado do Brasil, que está completando meio século no fundo da enseada do Sítio Forte, agora sob o risco de desaparecer de vez Ilha Grande possui alguns naufrágios, que fazem a alegria dos mergulhadores. Mas nenhum tão famoso — nem tão visitado — quanto o do ex-navio cargueiro panamenho Pinguino, que jaz no fundo da enseada do Sítio Forte há exatos 50 anos, a serem comemorados neste mês de junho. “Comemorar” um naufrágio não parece algo muito apropriado, já que barcos existem para navegar, não para afundar. Mas, no caso do Pinguino, que naufragou meio século atrás sem causar danos nem deixar vítimas, o termo é bem adequado, porque ele logo se tornou o maior atrativo submarino da Ilha Grande e principal destino de nove em cada dez mergulhadores que visitam a ilha. Com isso, tornou-se, também, o naufrágio mais visitado do país. E motivos para isso é o que não faltam. como foi, como está Uma explosão abriu um rombo no casco e o ex-navio virou atração no fundo do mar da Ilha Grande desenhos mauricio carvalho Alvanir “jornada”/revista mergulho POR JORGE DE SOUZA O velho cargueiro afundado é o maior atrativo submarino da ilha Náutica Sudeste 53 Pinguino Paulo Boneschi Jorge Luiz foi aqui A tranquila Enseada do Sítio Forte: o Pinguino jaz bem perto da ilha, mas entrar nele está cada dia mais perigoso para os mergulhadores 54 história do naufrágio mais visitado do Brasil começou na madrugada de sábado, 24 de junho de 1967, com um incêndio (jamais explicado) na casa de máquinas do Pinguino, quando ele navegava ao largo da costa do Rio de Janeiro, depois de ter deixado o porto de Fortaleza com um carregamento de cera de carnaúba, material facilmente inflamável. Até então, o Pinguino, que partira do Caribe com destino a Buenos Aires, vinha fazendo uma viagem tranquila, sob o comando do capitão argentino Roberto Macaspino, com outros 14 tripulantes a bordo. Logo o fogo se alastrou e atingiu os porões onde estava a cera de carnaúba, um material de queima lenta, mas difícil de ser contido. E foi o que aconteceu. Por mais que tentassem, os tripulantes do Pinguino não conseguiram extinguir o incêndio. Vendo que a situação estava fora de controle, o comandante Macaspino emitiu um pedido de socorro à Marinha no Rio de Janeiro e deu ordem de abandono do navio. Toda a tripulação passou para os botes salva-vidas e foi resgatada por outro navio. Quando o socorro chegou, na forma de um rebocador e duas lanchas, houve uma nova tentativa de conter o fogo. Em vão. Alimentado pela cera, o Pinguino queimava feito pavio de vela acesa, dessas que jamais se apagam, apesar dos jatos d’água lançados pelo rebocador. Decidiu-se, então, rebocar o navio até Angra dos Reis, onde outros barcos se uniriam ao esforço de tentar apagar o fogo. Mas, também não deu certo. Quando o Pinguino, rebocado e em chamas, se aproximou da baía, as autoridades temeram que ele explodisse bem diante da cidade e ordenaram que o navio fosse levado para uma área erma da Ilha Grande, a enseada de Sítio Forte, onde novas tentativas de conter o fogo seriam feitas — ou, então, o navio seria deixado até arder por completo. No Sítio Forte, o Pinguino passou a noite de sábado e o domingo inteiro sendo bombardeado com jatos d’água, mas nem assim o seu fogo foi debelado. Náutica Sudeste O naufrágio do Pinguino é tão famoso que virou patrimônio histórico de Angra Ao contrário, aumentava cada vez mais, potencializando o risco de uma explosão. Os moradores mais antigos daquela parte da ilha lembram até hoje do clarão no céu e do insólito contraste entre as fogueiras das festas juninas nas praias da enseada (era dia de São João) e do navio ardendo no horizonte. Nada conteve o fogo. Nem mesmo o turbilhão de água lançado incessantemente para dentro do navio em chamas. O máximo que a água conseguiu fazer foi encher o fundo do casco e adernar o Pinguino de boreste, posição na qual ele acabaria afundando, no dia seguinte, depois que uma explosão abriu um rombo no casco e decretou o fim da lenta agonia do navio. Hoje, meio século depois, o Pinguino se encontra na mesma posição em que afundou: deitado de lado, no fundo lamacento da enseada — e, apesar do meio século debaixo d’água, ainda conserva suas formas. Mas, para tristeza dos mergulhadores, tudo indica que não mais por muito tempo, porque ele está em vias de começar a se desmantelar por completo, justamente por causa da forma como ele chegou ao fundo: deitado de lado. Como a profundidade na enseada do Sítio Forte não é grande, ao descer para o seu túmulo definitivo, o Pinguino não teve tempo de mudar de posição. Desceu tombado de boreste e assim ficou, apoiado no fundo. Como cascos são feitos para atuarem na vertical, não existe posição mais cruel para um naufrágio do que tombado, porque o seu próprio peso passa a agir sobre ele. E é o que está acontecendo com o Pinguino. Alvanir “jornada”/revista mergulho lgumas partes do navio já estão bem prejudicadas. Como o convés, que depois de perder vários equipamentos que foram desabando com o tempo, agora ameaça desprender-se do próprio casco, levando junto a casaria inteira — que, por sua vez, está prestes a despencar a qualquer momento, a exemplo do que aconteceu recentemente com a chaminé. Se isso acontecer, a tendência é que o casco não suporte o peso do costado de bombordo e se feche, feito uma concha. Se não se despedaçar inteiro ao perder o apoio do convés. Por essas e outras, os mergulhadores mais conscienciosos já temem penetrar no interior do navio, como sempre fizeram. “Não recomendo”, diz Paulo Boneschi, dono da operadora de mergulho Ocean, que vem acompanhando a deteriorização do navio desde a década de 1990, quando começou a levar mergulhadores para visitar o naufrágio. “No porão de proa até dá para entrar com relativa segurança, mas na casaria e da meia-nau para a popa nem pensar, porque os riscos de o mergulhador esbarrar em algo que se solte e o prenda lá dentro são reais”, alerta Paulo. “Só os mergulhadores com experiência em penetrações em naufrágios deveriam entrar em certas partes do Pinguino”, concorda o especialista no assunto Mauricio Carvalho, maior autoridade em naufrágios do país. “Comemorar” um naufrágio não parece algo apropriado. Mas, no caso do Pinguino, o termo é bem adequado ILHABELA TAMBÉM VAI GANHAR UM NAUFRÁGIO O mais famoso navio oceanográfico do Brasil, o Prof. W. Besnard, vai ser afundado na ilha, para virar atração submarina D esde que foi aposentado, depois de muitas expedições científicas, especialmente à Antártica, onde virou uma espécie de símbolo da base brasileira na continente gelado, o velho navio oceanográfico da Universidade de São Paulo, Prof. W. Besnard, amarga um melancólico esquecimento no porto de Santos, onde vem sendo sistematicamente carcomido pelo tempo. Seu destino mais provável parecia ser o desmanche. Até que o prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, teve a ideia de pedir à universidade a doação do famoso navio para o seu município, com o objetivo de afundá-lo e transformá-lo em atração para os mergulhadores — tal qual o Pinguino na Ilha Grande. No mês passado, o pedido do prefeito foi aceito pelo conselho da universidade e imediatamente começaram os preparativos para receber o navio, que será afundado num ponto entre a Ponta de Sela e o Solar Singhita, na parte sul de Ilhabela, onde a profundidade varia entre 20 e 25 metros. A data, contudo, ainda não foi definida, porque depende de uma série de preparativos que agora terão que ser feitos no navio, como a retirada de tanques e motores (por questões ambientais) e outros componentes mecânicos (a cabine de comando, por exemplo, será destinada ao Museu Naútico de Ilhabela). Mas o mais provável é que o naufrágio controlado, que tem tudo para virar um grande espetáculo na ilha, aconteça no final deste ano. A posse do Prof. W. Besnard, navio que durante décadas simbolizou a ousadia brasileira na Antártica, foi comemorada pelo prefeito da ilha como um prêmio para a cidade. “O turismo é a principal indústria de Ilhabela e, agora, teremos uma atração de primeira grandeza também debaixo d’água, mas com fácil acesso para os mergulhadores”, vibrou Colucci. A decisão foi comemorada até pelo ex-capitão do navio, Waldir da Costa Freitas, que durante 35 anos comandou o Prof. W. Besnard e agora também participa da comissão de implantação do próprio naufrágio. Afinal, para um navio com tamanha história, virar monumento submarino é um final bem mais digno do que ferro-velho. Náutica Sudeste 55 Pinguino Apesar das cicatrizes do tempo, o Pinguino está inteiro, o que é raro nos naufrágios brasileiros Paulo Boneschi acesso para poucos Apesar de ainda manter as formas, meio século depois, o velho cargueiro ameaça desmoronar. Por isso, só mergulhadores experientes podem entrar 56 esmo assim, gente mergulhando nos restos do Pinguino é o que nunca faltou na Ilha Grande. A cada fim de semana, são centenas de mergulhadores, levados pela meia dúzia de empresas do gênero que atuam na região de Angra dos Reis. “Estimo que uns 500 mergulhadores por mês, e mais de 5 000 por ano, visitem o Pinguino”, calcula Maurício. “Tem dias que há tantos mergulhadores na água, que a superfície em volta do navio parece um Sonrisal, de tantas bolhas que sobem”. A razão dessa popularidade toda não é uma, mas sim várias. O Pinguino está num local de fácil acesso, onde as águas são rasas e abrigadas. Sua parte mais funda repousa a 18 metros de profundidade e a mais rasa, a não mais que sete metros. Sem muito esforço é possível ver o navio inteiro, mesmo estando fora d’água. Tanto que, nos dias de água Náutica Sudeste mais clara, o que não é muito difícil na preservada enseada do Sítio Forte, muitos donos de barcos costumam parar suas lanchas exatamente sobre o navio, para admirá-lo no fundo. Para quem gosta de ver naufrágios, é um espetáculo. Até porque, apesar das cicatrizes do tempo, o Pinguino ainda está inteiro, o que é raro nos naufrágios brasileiros. De acordo com o pesquisador Mauricio Carvalho, o Brasil soma cerca de 2 600 naufrágios conhecidos e comprovados de embarcações relevantes de grande porte. Mas, destes, só uns 20 mantêm as formas preservadas. O Pinguino é um deles. “Quem mergulha nele, vê um navio inteiro, não um quebra-cabeça de pedaços já camuflados no fundo do mar”, diz Maurício. “Por isso, todo mundo gosta”. Além disso, o casco do navio está recoberto de algas e é muito fácil encontrar graciosos cavalos-marinhos escondidos nelas. Garoupas e badejos habitam os buracos do casco, como o provocado pela explosão que decretou o afundamento do navio, ainda claramente visível no costado. E, de tempos para cá, cardumes de robalos e olhos-de-cão começaram a aparecer junto ao naufrágio. Além disso, tem o apelo histórico do naufrágio, que, ao contrário de muitos outros barcos afundados propositalmente para formar recifes artificiais e servir de atrativos para peixes e mergulhadores, o do Pinguino não foi intencional. Tanto que ele acabou entrando para o Patrimônio Histórico de Angra dos Reis, com direito até a placa comemorativa presa ao casco submerso. Dez anos atrás, ao completar quatro décadas no fundo da enseada, o Pinguino ganhou outra placa, dada pelos mergulhadores. Agora, espera-se que uma nova homenagem aconteça por conta do meio centenário do dia em que ele deixou de ser mais um simples navio navegando na superfície para se tornar o mais popular e visitado navio naufragado das águas brasileiras. Meio século depois, o naufrágio do Pinguino segue fazendo história. FOTOS ALBERTO SODRÉ E OTTO AQUINO Os barcos que mais brilharam no Como sempre, o salão carioca mostrou boas novidades. Especialmente entre os barcos maiores O salão foi na nova Marina da Glória, uma atração à parte Náutica Sudeste 59 O desfile de barcos para o público foi novidade Riostar 78 Uma supernovidade A Riostar 78 Supernova, apresentada pela primeira vez no Rio de Janeiro, faz parte da linha de grandes barcos projetados por Fernando de Almeida para o estaleiro carioca Riostar. Apesar do tamanho, tem linhas meio esportivas, e um segundo posto de comando quase imperceptível no flybridge. O interior pode ser personalizado do jeito que o cliente quiser. O modelo exposto tinha três suítes, mas poderiam ser até quatro. Usa dois motores de 1 550 hp cada. 60 Náutica Sudeste Princess 88 O maior do salão F eito na Inglaterra, é um dos iates mais modernos do Brasil atualmente. De extremo bom gosto e com acabamento requintado, que inclui até uma parede inteira revestida de couro, permite até cinco camarotes e oferece uma banheira de hidromassagem no flybridge, que é igualmente enorme. Usa dois motores de 1 825 hp cada. Schaefer 830 Ainda chamando atenção A Schaefer 830 não chega a ser uma novidade, mas continua sendo o sonho de consumo de muitos donos de barcos. O acabamento esmerado e a amplitude dos espaços a bordo são alguns destaques deste grande barco, nos dois sentidos. O mesmo vale para a convivência harmoniosa e bem prática do flybridge e do teto solar na cabine, algo raro de encontrar. Na motorização, três Volvo IPS 1 200. Náutica Sudeste 61 Apesar da crise, as vendas superaram as expectativas Azimut 56 A mais nova da Azimut M ais nova lancha feita pela marca italiana Azimut na sua fábrica brasileira, é uma espécie de irmã menor da Azimut 83, com o mesmo design moderno, grandes janelas no casco e farta entrada de luz natural na cabine — além de um flybridge bem espaçoso para uma 56 pés. Foi um dos destaques do salão carioca. Usa dois motores de 670 hp cada. 62 Náutica Sudeste Prestige 77 BR Adaptada para o Brasil A Yacht Center Group, representante da marca francesa Prestige no Brasil, possui uma linha de modelos “tropicalizados”, nos quais, como é praxe no mercado brasileiro, o comprimento da plataforma de popa faz parte da medida total do barco. Além disso, eles vêm com espaço gourmet na popa, flybridge com teto solar e ar-condicionado mais potente. No Rio, um dos destaques desta linha foi a Prestige 77 BR, com 22,5 m de comprimento, quatro camarotes, três banheiros e acomodações para a tripulação. Os motores são dois de 1 200 hp cada. Cimitarra 760 A maior da marca M aior modelo do estaleiro gaúcho Cimitarra, esta grande lancha, apresentada pela primeira vez no último salão de São Paulo, chamou atenção pela beleza do casco e pela combinação de teto solar na cabine e flybridge. O cliente escolhe como quiser a distribuição interna. A unidade exposta tinha quatro camarotes. E a motorização eram dois Volvo IPS 1 200. Real 525 Fly Uma grande Real R esultado de uma parceria entre o reputado arquiteto naval radicado na Inglaterra Tony Castro e Paulo Renha, criador do estaleiro carioca Real Power Boats, a Real 525, lançada no salão de São Paulo, destaca-se pelo amplo flybridge, pela minicozinha na plataforma de popa e pela altura da cabine, que chega a 1,90 m. Usa dois motores, entre 600 e 800 hp cada. Náutica Sudeste 63 Entre as atrações, um carro-anfíbio construído no Rio de Janeiro Triton 500 Fly Oferecendo mais no mesmo espaço O primeiro modelo com fly do estaleiro paranaense Triton fez bastante sucesso no Rio, especialmente pelo tamanho do próprio flybridge, que tem espaço para meia dúzia de pessoas, e pelo fato de oferecer garagem para o bote inflável, item difícil de ser encontrado em lanchas deste porte. Na cabine, três camarotes, sendo o da proa uma suíte. Tanto pode usar dois motores convencionais quanto um par de IPS 600. Coral 46 HT Grande, bonita e rápida Dufour 460 Grand Large Os velejadores adoraram lém do visual bastante elogiado, esta lancha, maior modelo do estaleiro carioca Coral, gerou comentários positivos também sobre o tamanho dos cômodos da sua cabine, embora ela possa ser montada do jeito que o cliente quiser. Detalhe bem prático: vem até com máquina de lavar roupas. Usa dois motores de 370 hp. ançado no final do ano passado, na França, a primeira unidade do Dufour 460 Grand Large desembarcou no Brasil especialmente para o Rio Boat Show. Barco muito moderno, tem plataforma de popa retrátil com cozinha embutida no sofá de popa, que, por sua vez, vira solário, e opção de cabine com até quatro camarotes, o que é digno de nota para um veleiro de 46 pés de comprimento. A 64 Náutica Sudeste L Metade das novidades eram barcos acima dos 50 pés Beneteau 42 GT Uma novidade diferente R ecém-lançada na Europa pelo estaleiro francês Beneteau, a nova GT 42 já estava no Rio Boat Show e fez um tremendo sucesso. Um dos motivos é um interessante detalhe: para aumentar a ventilação no cockpit, basta apertar um botão que os vidros laterais descem, como nos automóveis. Outra curiosidade é o posto de comando no centro do cockpit e não em um dos lados. Portofino 42 Fly Ainda mais atraente E sta lancha, que agora é produzida pela Sedna, passou por modificações que a deixaram ainda mais bonita. Alguns detalhes (como a targa no flybridge e o “capô” na churrasqueira, por exemplo) foram inspirados nos carros da marca Lamborghini. De resto, segue sendo a mesma surpreendente lancha, com, inclusive, cabine para marinheiro. Sessa F42 O sucesso continua F abricada no Brasil pela Intech Boating, que produz lanchas da marca italiana Sessa sob licença, a Fly 42 não é nenhum novidade por aqui, mas segue colecionando admiradores, especialmente pelo tamanho do flybridge, com 6,5 m² de área. Já a cabine tem cozinha completa, sala e duas suítes. Mesmo na versão standard, já vem com ar-condicionado. Sua motorização usa dois IPS 500 ou 600. 66 Náutica Sudeste Felci Uno 315 Veleiro para regatas e passeios C Focker 330 GT Para prazerosos passeios A Focker 330 GT, mostrada no Rio pelos concessionários Armazém Náutico, de Niterói, e Porto do Rio, de Caraguatatuba, é uma lancha que agrada em cheio nos passeios. Agora, ainda mais, com um gostoso espaço para o preparo de refeições integrado à plataforma de popa, que, com isso, passou a ter churrasqueira, pia e geleira — praticamente Anúncio meia página.pdf 1 25/11/2014 uma varanda gourmet09:56:32 rente à água. Na cabine, quatro pessoas passam muito bem as noites. riado pelo projetista italiano Umberto Felci, responsável pelos veleiros das marcas europeias Dufour e Grand Soleil, este novo veleiro de 31,5 pés, que aqui será feito pela Delta Yachts, tem casco de fibra de vidro, mas com reforços internos em fibra de carbono, mastro e retranca de alumínio e quilha em “T”. Mas seu destaque fica mesmo para a flexibilidade do projeto, já que tanto pode disputar regatas quanto servir para tranquilos cruzeiros, porque tem camas para seis pessoas. radicalize seu verão Jet Ski//WaveBoat Mormaii//Lanchas//Peças//Acessórios ® Nova Linha Kawasaki 2015 Marina // Venda // Locação Cursos para arrias // motonauta // flyboard // hoverboard // wakeboard // S.U.P. ® Nova linha Yamaha 2015 Av. das rendeiras, 200 - lagoa - florianópolis sc (48) 3235 . 2222 / (48) 7811 . 4988 ID 84*5017 [email protected] - www.pronautica.com.br ALUMÍNIO New Runner 260 A renovada volta de uma marca O novo estaleiro New Runner marca a volta ao mercado das tradicionais lanchas Runner, grande sucesso no país nos anos de 1990. Um dos modelos em destaque no salão carioca foi esta 26 pés, que usa o mesmo casco da antiga Runner 260, mas com soluções bem mais atuais no cockpit, como uma generosa plataforma de popa, com pia e geleira, e banheiro debaixo do solário de proa. Os fãs da marca gostaram. Ventura V300 Uma lancha que sempre agrada Ó tima lancha para passeios de fins de semana, tem capacidade para 11 pessoas e plataforma de popa ampla, com minicozinha e lugar para churrasqueira. Sua cabine tem de 1,85 m de altura, banheiro e camas bem grandes, para quatro pessoas. Usa um motor centrorabeta, de 300 a 430 hp. Panga 260 Work Valente e espaçoso Sedna Cat 240 Catamarã para pescadores P rimeiro catamarã da marca Sedna, especializada em barcos de pesca esportiva, o Cat 240 tem 7,30 m de comprimento por 3 m de largura e faz jus à maior virtude dos barcos com dois cascos: o amplo espaço a bordo. Abriga, fácil, quatro pescadores e ainda oferece bons sofás, tanto na popa quanto na proa. Para ir longe atrás dos peixes, vem com tanques para 200 litros de água e 660 de combustível. O estaleiro paulista Pier 27 apresentou este novo barco de serviço, feito para o transporte de cargas ou passageiros, desenvolvido a partir da eficiência dos famosos cascos Panga. Tem capacidade para até 18 pessoas e pode usar dois motores de popa, de 90 hp cada. Um bom detalhe é que o para-brisa abre ao meio, permitindo a entrada de pessoas também pela proa. Há, ainda, uma versão de 39 pés, com quase o dobro de capacidade de carga. E VEM AÍ O salão de são paulo... O São Paulo Boat Show será de 6 a 11 de outubro, em novo local N ovo endereço, acesso mais fácil e mais espaço para os barcos maiores são três das novidades da 19ª edição do São Paulo Boat Show, o próximo grande salão náutico do país, que acontecerá na capital paulista, de 6 a 11 de outubro. Desta vez, o salão será no pavilhão do São Paulo Expo, às margens da rodovia dos Imigrantes, bem na entrada de São Paulo, o que facilitará bastante não só a chegada dos visitantes que vêm do litoral paulista como a entrada e saída dos barcos, já que o pavilhão fica junto a uma grande rodovia e fora da área mais crítica de trânsito na capital paulista. Além disso, o aeroporto de Congonhas fica a 15 minutos de distância e a estação de metrô do Jabaquara a apenas 750 metros do novo local onde acontecerá o salão náutico de São Paulo. Outra vantagem é que, como o pavilhão do São Paulo Expo é mais alto e amplo, caberão no salão barcos ainda maiores do que os costumeiramente apresentados no São Paulo Boat Show, o que é um benefício a mais tanto para os expositores quanto para os interessados em conhecer de perto os grandes iates. Mais de 100 expositores já confirma- ram presença, durante o coquetel de lançamento da edição 2016 do salão de São Paulo. E mais: pela segunda vez, o São Paulo Boat Show incluirá, além do já tradicional Espaço dos Desejos, que exibe artigos de luxo e bem-estar, outra feira no mesmo espaço: o encontro anual da PADI – Professional Association of Diving Instructors, maior evento de mergulho do país, que, além de estandes, oferecerá palestras técnicas gratuitas para mergulhadores amadores e demais interessados. Interessou? Então, programe-se desde já para estar lá. ANOTE AÍ O QUÊ? São Paulo Boat Show 2016 QUANDO? De 6 a 11 de outubro ONDE? São Paulo Expo, rodovia dos Imigrantes espaços reservados Um coquetel, apresentado por Ernani Paciornik, marcou o início da venda dos espaços do próximo salão Farol Notícias náuticas da Região Sudeste JAQUELINE SILVA LEÃO SURPRESA EM ANGRA Um raríssimo tubarão-baleia aparece — e encalha — em Monsuaba N em os pescadores da região já tinham visto um tubarão-baleia nas águas de Angra dos Reis. Daí a surpresa dos moradores de Monsuaba, quando viram aquele peixão, de mais de dez metros de comprimento, se debatendo, encalhado nas águas rasas da praia. Mas o sentimento ecológico dos próprios pescadores falou mais alto e eles mesmos se encarregaram de empurrar de volta o animal para águas mais profundas, com a ajuda de barcos a motor. “É bem estranho um tubarão-baleia aparecer por aqui”, concordou o oceanógrafo Régis Lima, chefe da Estação Ecológica de Tamoios, que controla várias ilhas na região. Os tubarões-baleia são os maiores peixes do mundo, mas totalmente inofensivos. I OR MARINE 24 final feliz Puxado de volta ao mar pelos pescadores, o maior peixe do mundo voltou ao oceano www.igormarine.com.br [email protected] Assistência e Revenda Autorizada Especializado em conserto, manutenção e venda de ar condicionado e Ice Macker! 3361-3625 / 3021-1081 ID: 81*24148 81*7005 21 96773-2747 Av. Winston Maruca� s/n� - Bloco 01 - Lj A - Marina Verolme/RJ Farol MAIS UMA DE LU MARINI sinais de poluição e que as margens estão protegidas com mata ciliar, mesmo nas regiões onde há grandes fazendas. Foi uma boa surpresa”, disse o piloto, que, no entanto, agora se prepara para uma situação oposta. Seu próximo objetivo é sobrevoar o rio Doce, entre Minas Gerais e o Espírito Santo, totalmente contaminado com o recente rompimento da barragem da Samarco. vista privilegiada Com o seu parapente motorizado, Lu Marini teve certeza que o Paranapanema continua limpo tupicomunicacao.com.br O rio Paranapanema, que serve de divisa entre os estados de São Paulo e Paraná, sempre foi considerado um rio limpo. Mas, para ter certeza disso, o piloto de aventuras Lu Marini decidiu navegá-lo por inteiro, só que pelo ar, voando com o seu parapente motorizado, como já havia feito com os rios Tietê e São Francisco. A expedição durou 15 dias e atravessou os 987 quilômetros do rio, sempre a baixa altitude, permitindo a Lu observar toda a extensão do Paranapanema. “Felizmente, pude constatar que a água não tem DIVULGAÇÃO O piloto sobrevoou de parapente toda a extensão do rio mais puro de São Paulo NEM SEMPRE SURPRESAS SÃO MUITO BEM-VINDAS Autorizado: Farol FOTos divulgação os pais do fÓrum Representantes dos quatro estados se reuniram no Rio Boat Show para assinar o protocolo de intenção CRIADO O FÓRUM NÁUTICO SUDESTE Quatro estados se unem para impulsionar, juntos, a náutica em São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo C om o objetivo de gerar debates e discussões para incrementar o setor náutico em geral nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, empresários destes quatro estados se reuniram, por ocasião do Rio Boat Show, para assinar um protocolo de intenção de criação do Fórum Naútico da Região Sudeste. O intuito é ouvir sugestões de todos, para melhorar a náutica em geral. Fóruns náuticos já existiam em São Paulo e Rio de Janeiro, mas as reuniões eram isoladas. “Agora, o intercâmbio será facilitado”, comemora um dos principais entusiastas da ideia, Marco Antonio Castello Branco, coordenador do Fórum Naútico paulista. Qualquer pessoa do setor, seja construtor de barco, dono de marina ou prestador de serviço náutico, pode participar. PREPARA-SE PARA NAVEGAR A Marina Broa oferece a melhor estrutura para você se preparar para a provas de Arrais Amador e Motonauta, com material didático, aulas teóricas e práticas. DO AR PARA O MAR No Fly In Portobello, não é só o barco que vai ficar na porta de casa C ondomínios de alto luxo que oferecem a possibilidade de parar o barco na porta de casa já não são novidades. Mas, também, um avião, aí já é outra história. Pois é isso o que o Fly In Portobello, que está sendo implantado em Mangaratiba, junto ao resort do mesmo nome, está oferecendo. São apenas 21 lotes, todos entre uma pista de pouso, com 1 200 metros de comprimento, e um canal que dá acesso ao mar, para quem chegar voando já sair para navegar — com a vantagem de fazer as duas coisas praticamente dentro de casa. O barco fica no píer e o avião, na frente da casa. Mais prático, impossível. Mas o preço da comodidade começa a partir de R$ 3,5 milhões o lote. Garagem com segurança 24 horas Oficina e funilaria Náutica Despachante náutico Renovação da Arrais Revendas de barcos e jet sky www.marinabroa.com.br (19) 3575 4201 (16) 9 9700 2808 www.facebook.com/marinabroaitirapina Rua 11, nº360 - Represa do Broa - Itirapina - SP SEMANA DE vela? vamos nessa A Windcharter oferece vagas em barco para quem quiser competir em Ilhabela Q pista e canal São apenas 21 lotes, todos com vaga para barco e avião na porta novinho O Jeanneau que vai competir na Semana de Vela: vagas para qualquer nível de tripulante uer participar da próxima Semana de Vela de Ilhabela, mas não tem experiência nem tampouco um veleiro? Pois a empresa Windcharter, com sede em Paraty, está oferecendo vagas de tripulantes em um Jeanneau 469, novinho em folha, para quem quiser participar do maior evento da vela oceânica brasileira. São 10 vagas para velejadores iniciantes ou não, que serão acompanhados por dois skippers a bordo durante a competição. “O objetivo é, também, ensinar o pessoal a velejar, mas de uma maneira bem divertida, porque vamos competir de fato”, explica o comandante do barco, que é da equipe da Windcharter. O preço da vaga é de R$ 4 000 e só não inclui hospedagem e alimentação na ilha durante o evento, que vai de 2 a 9 de julho próximo. Interessou? Ligue 24/2404-0020 e saiba mais. Programa legal BANHO A BORDO O quê? Tomar banho de cachoeira sem sair do barco Onde? Na represa Jurumirim, mais conhecida como “Avaré” Quando? FOTOS JORGE DE SOUZA PRESIDENTE E EDITOR Ernani Paciornik Vice-Presidente Denise Godoy uem passeia de barco ou jet nas águas da represa Jurumirim, muito mais conhecida como “represa de Avaré”, no interior de São Paulo, sempre ganha um prazer a mais: a possibilidade de tomar banho de cachoeira sem sequer sair do barco ou jet ski. O inusitado banho a bordo acontece numa cachoeira que desagua num dos braços da represa, lá para os lados da barragem de Itaí, para onde todos os barcos (não por acaso...) sempre costumam ir. publicidade Diretora de publicidade Mariangela Bontempo [email protected] executivos de contas Eduardo Santoro [email protected] Eduardo Saad [email protected] Guilherme Rabelo [email protected] Thaís Macário [email protected] Wellington Rocha [email protected] DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] apoio publicidade Janaina Justi – Assistente [email protected] Sthelen Rodrigues – Produção [email protected] Colaboraram nesta edição: Alexandre Sakihama (arte), Aldo Macedo (imagens), Maitê Ribeiro (revisão) para anunciar [email protected] Tel. 11/2186-1022 Náutica Sudeste também está no... 82 Náutica sudeste Sempre que o rio que forma a cachoeira enche No Facebook facebook.com/revista.nautica Coordenadora de Circulação Gyselle Coelho [email protected] MARKETING Renata Camargos [email protected] redação e administração Av. Brigadeiro Faria Lima, 1306, 5o andar, CEP 01451-001, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1000 NÁUTICA Sudeste é uma publicação da G.R. Um Editora Ltda. – ISSN 1413-1412. Junho de 2016. Jornalista responsável: Denise Godoy (MTB 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. FOTO DE CAPA: Márcio Bortolusso CTP, Impressão e Acabamento – Prol Editora Gráfica No Twitter No Instagram twitter.com/nauticaonline instagram.com/revistanautica R. Dr. Carvalho, 46, Vila, Ilhabela - SP | nauticailhabela.com.br | @nauticailhabela AUTHENTIC SWIMWEAR
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