a cor

Transcrição

a cor
a’cores
inspiração respire azul • uma casa colorida
O a’cores surge com um rosto novo. Mais atractivo não
só do ponto de vista gráfico mas também ao nível de
conteúdos. Enriquecer ainda mais o mundo do leitor é o
objectivo desta mudança. Pretende-se que o universo da
CIN esteja presente em todas as etapas importantes da
transformação da sua casa, sendo a fonte de inspiração
da renovação, da concretização de um sonho…
ou, simplesmente, de um dia a cores.
A nova campanha institucional e de produtos da CIN,
em destaque nesta edição, representa claramente estas
premissas, consubstanciadas no claim “Transformar. Criar.
CIN, apetece-me.”
A salientar: duas novas rúbricas que estimulam e
desafiam a criatividade e a inovação. A primeira, “A
Cor”, que se assume por excelência um tema tão rico,
tanto pela sua natureza como pela sua multiplicidade
de aplicações nas mais diferentes áreas; nesta edição,
apresentamos-lhe as cores do mundo e reportamo-nos
à actualidade, dando-lhe a conhecer as cores olímpicas
de 2008. A segunda, “Inspiração”, que reúne vários
ambientes sugestivos com pequenas dicas, assinadas
pela designer de cor da CIN. Para a estação estival, as
sugestões desta edição desenham-se em torno do azul,
além de uma paleta de cores vibrantes.
A infinidade de cores é surpreendente e a prova disso
é que há mais do que um só branco. “De que cor é o
seu?” Descubra-o no novo catálogo de brancos, lançado
recentemente.
Com o novo a’cores, acreditamos que a concretização do
seu sonho está mais perto!
O desafio está lançado… Transforme. Crie.
Reinaldo Campos
Director de Marketing, Estratégia
e Business Development da CIN
br
dest
in
eve
inspir
o
prod
bric
comunid
cu
entre
mem
ficha técnica
Propriedade CIN — Corporação Industrial do Norte, S.A. Direcção Reinaldo Campos
Coordenação Departamento de Marketing Marina Alves [email protected], Tiago Soeiro [email protected]
Colaboração Comni Design Comni Execução Gráfica Comni Photo copyright Comni; Epictura; Gettyimages; Pag 11 © Inside/D.Vorillon, Designer: K. Joyce Pag
23 © Inside/B.Claessens, Designer: Karen/Remco Pag 24 © Inside/H&L/M.Hoyle Pag 27 © Inside/L.Wauman Pag 28 © Inside/S.Anton/Stylist: Annick Oth,
Inside/H&L/M.Hahn, Inside/Built Images; Istockphoto — alwyncooper, imagedepotpro
Impressão Orgal Tiragem 24000 exemplares Distribuição Gratuita Depósito Legal 221202/05
Todas cores referenciadas no a’cores podem ser afinadas no sistema Colormix 3G numa loja CIN. Esta revista foi produzida em offset, pelo que são sempre de admitir
diferenças entre as cores reais e as impressas. Para uma escolha mais precisa das cores, recomendamos que faça um teste de cor antes de qualquer aplicação.
eves
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entos
a cor
ação
obras
dutos
cocin
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ultura
evista
kids
mória
• nanotecnologia na FEUP • ciclo de piano no Palácio da Bolsa
“construção sustentável” • recuperação de fachadas no centro
histórico de Aveiro • CIN/ERA parceria • convénio com a FAUTL
• nova campanha institucional • campanha de produto
• de que cor é o ser branco?
• casa da moagem
• Portugal a cores com o jogador Nani
• um mundo a cores
• respire azul • uma casa colorida
• hotel pestana • marina da amieira • apartamentos marina hotel
• escola secundária Manuel de Arriaga
• lasur opaco • quick drying • c-floor • crakgon pro10
• pintura de azulejos
• Maia mais colorida
• fundação António Prates – arte contemporânea além Tejo
• engenheira Elizabete Bertolo
• dá cor às antigas latas CIN
• antigas latas CIN
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na feup
O departamento de Investigação e Desenvolvi-
De salientar o facto das referidas tintas elimina-
mento da CIN, em parceria com a Faculdade de
doras de maus cheiros oxidarem igualmente os
Engenharia da Universidade do Porto (FEUP),
Nox presentes no ar, contribuindo, portanto, para
está a desenvolver um conjunto de nanoprodu-
a redução do ozono presente na baixa atmosfe-
tos aplicáveis ao mercado das tintas e vernizes.
ra. Através da aposta no desenvolvimento de
Desde 2007, a CIN tem vindo a promover um
produtos deste tipo, a CIN vai ao encontro dos
projecto de funcionalização de nanocompósitos
objectivos da União Europeia para um ambiente
inorgânicos e a sua incorporação em diversos
mais limpo. Dando continuidade à parceria com
produtos da marca.
a FEUP, estão em curso projectos de desenvol-
breves
vimento de tintas intumescentes, com elevada
Assim, encontram-se em fase final de lançamen-
resistência ao fogo, de modificação de vernizes
to no mercado uma série de tintas com activida-
parquet, no sentido de se obter uma maior re-
de bactericida e outras cujos revestimentos têm a
sistência a abrasão e de criação de polímeros
potencialidade de eliminar maus cheiros, através
híbridos, orgânicos e inorgânicos, com bom de-
de um processo de oxidação das substâncias
sempenho na protecção anti-corrosiva.
que estão na sua origem. Estão ainda prestes a
Para a CIN, líder do mercado ibérico de tintas e
ser lançados produtos indutores de um efeito de
vernizes, a aposta na nanotecnologia é um vec-
auto-limpeza de superfícies de vidro.
tor fundamental do crescimento da empresa.
ciclo do piano
no Palácio
A CIN patrocina mais um evento cultural de luxo na cidade do Porto.
Entre 8 de Abril e 16 de Dezembro, a Associação Comercial do Porto
promove a IX Edição do Ciclo de Piano do Palácio da Bolsa. Uma série
de seis concertos terão lugar num dos mais belos e marcantes espaços
do Centro Histórico do Porto: o Salão Árabe do Palácio da Bolsa. Na
A arquitecta Livia Tirone lançou o seu primeiro livro, com a co-autoria de Ken
linha das edições anteriores, a programação deste ano procura equilibrar a
Nunes, seu associado na empresa Tirone-Nunes.
participação de músicos portuenses de várias gerações e, paralelamente,
O livro “Construção Sustentável – Soluções eficientes hoje são a nossa riqueza
assumir a dimensão internacional do evento.
de amanhã” explora as oportunidades da construção sustentável, fornecendo, através de uma linguagem apelativa e de fácil compreensão, muitos conceitos ligados a este universo. A informação disponibilizada é útil tanto para
os agentes que projectam (arquitectos, engenheiros,…), como para aqueles
que encomendam os projectos e, finalmente, para todos os que definem as
políticas urbanísticas do nosso país. O livro encontra-se à venda em todas as
principais livrarias portuguesas e foi publicado com o apoio da CIN.
A Câmara Municipal de Aveiro tem em curso um projecto de
Os promotores do projecto, a Câmara Municipal de Aveiro e a
requalificação de fachadas nas ruas dos Botirões e do Cais dos
Junta de Freguesia de Vera Cruz, avançam com a mão-de-obra e com
Mercantéis. Ao abrigo do Estatuto de Mecenato, esta iniciativa conta
os trabalhos de licenciamento e supervisão, enquanto as empresas
com o apoio de algumas empresas, entre as quais a CIN. Neste sentido,
associadas atribuem os donativos, em dinheiro ou espécie, para
foi assinado um contrato entre a empresa e o município que prevê a
a realização das intervenções. De acordo com o Departamento de
oferta de tintas, para a pintura das casas.
Desenvolvimento e Planeamento Territorial da Câmara, o projecto visa a
O grande objectivo deste programa é recuperar todas as frontarias das
“harmonização da cor” entre habitações e a “realização de correcções
referidas ruas, inserindo-se num projecto mais vasto de recuperação da
em alguns edifícios”.
imagem do Centro Histórico da cidade, incentivando o turismo.
CIN/ERA
com a FAUTL
No âmbito desta parceria, a CIN apoiará a actividade desta imobiliária,
A CIN estabeleceu um convénio de parceria com a Faculdade
disponibilizando vouchers de desconto em tintas, destinados a
de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL).
serem utilizados como apoio à concretização de transacções e assim
Através desta parceria serão concedidos apoios àquela
premiando os clientes da ERA. Com este acordo, a CIN dá mais um
instituição, ao nível da disponibilização de informação técnica,
passo no sentido de estar presente num momento tão importante como
permitindo aos alunos das licenciaturas de Arquitectura,
é o de aquisição de um imóvel, potenciando a utilização, por parte
Arquitectura de Interiores e Design, a familiarização, na Escola,
dos clientes ERA, dos nossos produtos e serviços. A ERA é líder na
com seus produtos e soluções.
prestação de serviços imobiliários e marca número um em notoriedade
em Portugal.
5
Pensar em renovar a casa é pensar em CIN.
Pensar em cor é pensar em CIN.
Estes são os focos de uma campanha que vai
mudar a forma como o mercado das tintas é
destaque
comunicado ao grande público.
Para nos contar os detalhes desta acção cujo mote
é “Transformar. Criar. CIN, apetece-me”, o a’cores
falou com o Director de Marketing da CIN.
Porquê uma nova campanha?
Acima de tudo, porque após alguns
anos de consolidação de outras
acções destinadas a um target
Reinaldo Campos
mais directo, resolvemos alargar o
âmbito de impacto. Nesse sentido,
a CIN está a trabalhar ao nível do
mass market e do impacto para
o público em geral, capitalizando
também por essa via a notoriedade que a marca deverá alcançar.
Quais os objectivos que a CIN pretende atingir com esta campanha?
Desde logo, é posicionar os níveis de notoriedade da CIN, enquanto
marca líder de vendas no mercado. Por outro lado, trabalhar toda a
componente de dinamização do consumo de tinta e a possibilidade
de transformarmos o dia-a-dia, o nosso mundo e a nossa casa.
Estes são os eixos principais da campanha. Apesar de tudo, ao
nível da notoriedade, a CIN já conquistou um espaço forte no
mercado nacional.
destaque
Em que suportes estará visível?
Marcaremos presença na televisão, na rádio, na imprensa, na Internet e em mupis
(no exterior). Estamos em vários canais potencializando diferentes “touching points”
dos consumidores. A assinatura “Transformar. Criar. CIN, apetece-me” é um desafio à
mudança?
É um desafio à criatividade e um desafio a quebrar a barreira do consumo de tintas, isto é,
aquilo que eu gostaria de ver nos meus espaços está à distância da aplicação de uma lata
de tinta CIN.
Como é que esta campanha poderá mudar a percepção do consumidor em
relação à marca?
Não pretendemos que ela mude a percepção, o importante é que a marca esteja cada vez
mais próxima da mente do consumidor quando ele pensar em fazer alguma intervenção
na sua casa. Nessa perspectiva, estou perfeitamente convencido que os objectivos vão ser
cumpridos.
Esta campanha surge porque sentiram um
decréscimo dessa notoriedade ou procuram um
Como está o mercado da concorrência ao nível da comunicação? Existe alguma tendência?
reposicionamento da marca?
Neste mercado não tem havido grandes rasgos de comunicação. O que tenho observado
Não queremos um reposicionamento.
é a manutenção do “status quo”, campanhas tradicionais de imprensa, lançamentos de
De facto, a marca é forte no mercado nacional, mas não
produto e de campanhas de rádio. De certa forma, foi também neste plano que a CIN
existe uma correspondência directa entre a liderança
se moveu nos últimos cinco anos. Com esta campanha a CIN vem dar um passo em
de mercado, em termos de vendas, e a liderança de
frente relativamente à concorrência, criando uma disrupção do que é comunicar tinta e
notoriedade, nomeadamente notoriedade espontânea.
comunicar a cor.
Assim, consideramos que esta será uma forma mais
eficaz de colocar a CIN no nível em que deve estar.
Quais os valores envolvidos nesta campanha?
Estamos a falar em números na ordem dos cinco milhões de euros. Esta é uma campanha
Qual o conceito-chave que está por trás da nova
multimeios, o que implica um esforço significativo em termos de investimento.
campanha?
É o próprio “claim”, a possibilidade de fazermos a
Se pudesse mudar a cor a um objecto ou a uma infra-estrutura presente no
mudança de casa sem ter de mudar de casa. Trata-se,
seu dia-a-dia qual seria?
acima de tudo, de um mundo de cor.
Gostaria de mudar o edifício em que nos encontramos (sede das tintas CIN na Maia).
A campanha terá sempre como eixo central a cor e
Mudaria a forma como os espaços estão projectados e a cor. Já temos trabalhado nisso,
como declinações a possibilidade de eu alterar o meu
inclusivamente, já temos um projecto feito. Em termos de cor, aquela com que eu pintaria
mundo e materializá-lo na forma que o imagino.
quase tudo à minha volta seria o azul.
9
Tocar. Transformar. CIN.Apetece-me.
Cashmere
Na sequência da nova Campanha Institucional,
Paredes que apetece acariciar, disfrutando o prazer da textura
a CIN lança na imprensa uma campanha que
suave das tintas Cashmere. Uma nova experiência sensorial do
destaca três categorias de produto da marca. São
universo decorativo que coloca este produto na categoria premium
estes produtos que permitem a concretização do
da oferta CIN, para o segmento de tinta para paredes e tectos.
sonho: “Transformar. Criar. CIN. Apetece-me.”
destaque
Brincar. Transformar. CIN. Apetece-me.
Efeitos mágicos
Proteger. Transformar. CIN. Apetece-me.
CIN Woodtec
O imaginário infantil é transformado em realidade através dos efeitos
As madeiras necessitam e merecem toda a protecção. Neste sentido,
magnético, ardósia e fosforescente. Ímanes com recados, fotografias
a CIN propõe uma gama de lasures que se destinam precisamente
ou desenhos podem ser colados pela casa toda, passando uma ca-
à protecção e decoração da madeira, tanto em interior como em
mada de tinta magnética sobre a pintura. Se em vez de afixar preferir
exterior, realçando a beleza natural dos seus veios, ao mesmo tempo
escrever directamente na parede, opte pelo efeito ardósia e transforme
que a protegem contra humidades e intempéries.
uma parede do quarto das crianças num quadro gigante. A tinta de
efeito fosforescente permite desenhar um céu estrelado ou a Via Láctea no tecto do quarto dos mais pequeninos, que brilhará toda a noite
fazendo-os sonhar.
11
de que
cor é o seu
branco?
A mais eterna das cores é homenageada pela
CIN através do lançamento de um novo catálogo.
Uma linha de 14 brancos únicos distribui-se
por três coleções: Brancos Clássicos, Brancos
Contemporâneos e Brancos Tendências.
Ao mesmo tempo que se apresenta como a mais
pura das cores, o branco está também rodeado de
mistério. Habituados a viver entre o branco da neve,
os esquimós do Alasca são capazes de distinguir
facilmente sete tons de branco, enquanto no Japão
existem seis palavras diferentes para designar
esta cor. Embora em Portugal usemos sempre a
mesma palavra para nos referirmos ao branco, ele
multiplica-se numa série de tonalidades que se
adaptam à sensibilidade de cada um de nós.
Na hora de decidir de que cor pintar a casa,
“o branco é sempre a cor mais solicitada pelos
consumidores”, como nos conta a designer de cor
da CIN, Céline de Azevedo. A verdade é que “é o
tom mais versátil para combinar com os vários tipos
de decoração, ao mesmo tempo que não passa de
moda”, explica. Por outro lado, tem a capacidade de
fazer magia, iluminando espaços com pouca luz e
ampliando divisões pequenas. Assim sendo, branco é
sinónimo de aposta segura.
destaque
“Para
conseguir
combinações
subtis, não
hesite em
combinar
dois tons
de branco.
Seleccione
um tom mais
forte para
uma parede
e outro mais
claro para
as paredes
restantes”.
Seda E376
Vinyl Matt
“Geralmente, os tectos são pintados de Branco Puro.
Para obter uma divisão mais aconchegante, opte por
pintá-lo do mesmo tom das paredes.”
Brancos Clássicos
Os tons que já fazem história na CIN. São cores
intemporais, ideais para evoluir com as suas preferências,
mantendo-se sempre adequadas. Branco Puro, Marfim,
Nuvem ou Creme já são “best-sellers”.
Brancos Contemporâneos
Quatro tons frescos e luminosos para personalizar as suas
divisões com um toque de modernidade para interiores
mais vivos. As sugestões são Vanilla, Apricot, Sea e Sky.
Brancos Tendências
Uma colecção de tons quentes, inspirados em elementos
naturais. Esta é uma aposta mais ousada para quem quer
sofisticação e estilo.
“Jogue com os diferentes tipos de acabamento,
pintando as molduras, rodapés e janelas com um
acabamento acetinado e as paredes com um tom mate.”
13
Passado industrial
dá origem a centro
cultural no Fundão
“A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes”,
assim se lê na fachada do edifício que se impõe
na avenida principal do Fundão. Tradição e
modernismo de mãos dadas, naquele que é o maior
centro cultural da região. Tal como a mó que a
representa, “A Moagem” cruza múltiplas valências
in loco
que passam pela intervenção cultural e pelas
actividades pedagógicas e artísticas.
Adquirida em 2003 pela Câmara do Fundão, a Casa da Moagem foi
inaugurada três anos e meio depois. Cinco milhões de euros foram
necessários para a reabilitação do edifício que trouxe a cultura de volta ao
município. O plano de arquitectura de recuperação e reconversão da antiga
Fábrica da Moagem, unidade industrial que marcou várias gerações de
fundanenses, foi entregue ao gabinete Ideias do Futuro. De acordo com a
equipa de arquitectos, “o projecto assenta na recuperação da peça central
da antiga fábrica de moagem, criando um diálogo entre o novo e o antigo”.
Assim, a obra final resultou numa integração de materiais existentes, com
outros mais modernos, como grandes envidraçados, estruturas metálicas,
revestimentos em zinco e aglomerados de madeira.
in loco
Preservando a ancestralidade do edifício, o seu volume e estrutura
gerais foram mantidos, contudo dividos em dois: uma parte
alberga o auditório e a outra as áreas administrativas, salas de
exposição e bar. Para além disso, ao edifício principal foi anexado
um volume contíguo, também ele dividido em dois: um espaço
dedicado a mostras culturais, ao núcleo museológico, aos centros
de aprendizagem das artes e outro ocupado pelo restaurante e pela
grande chaminé original do forno de pão. A cor do edifício não é
obra do acaso, e se as transparências dos enormes envidraçados
deixam a nu o metal das estruturas, as paredes principais cobremse de um vermelho que faz a ligação ao passado.
Cidade multiusos
Ao visitar “A Moagem” apercebemo-nos da razão que levou a
apelidá-la de Cidade do Engenho e das Artes. A orgânica do edifício
transporta-nos, quase imperceptivelmente, por uma série de
espaços de valências muito distintas. O auditório principal tem uma
capacidade de 165 lugares e acolhe regularmente espectáculos
de música, teatro e dança, ciclos de cinema, seminários e
conferências. Uma sala de exposições de arte contemporânea
ocupa o espaço que em tempos pertenceu ao armazém, enquanto a
sala de serviço educativo apresenta-se como o espaço pedagógico,
onde os instrumentos
regionais, como os
bombos e os pífaros,
convivem entre telas e
pincéis. Para a produção
e criação multitmédia
existe ainda um centro
de recursos, onde é
disponibilizado material
“A cor do edifício não
é obra do acaso. As
paredes principais
cobrem-se de um
vermelho que faz a
ligação ao passado.”
de edição profissional.
Não esquecendo a tradição passada, “A Moagem” apresenta
ainda um Núcleo Museológico constituído por toda a maquinaria
de processamento do centeio, que produzirá a farinha para o pão
servido no restaurante. Foi também pensado um pequeno atelier
do pão que se destina aos mais pequenos. Explorado pelo Museu
do Pão, este espaço pretende ensinar às crianças todo o processo
de fabrico deste bem alimentar, enquanto esperam pela refeição
no restaurante. Ainda com o objectivo de aproximação à população
local, a diversão nocturna não foi esquecida e no Lounge, situado no
piso superior do edifício, é possível desfrutar de bons momentos ao
som de boa música, com vista panorâmica sobre o Fundão, a Serra
da Gardunha e a imponente Estrela. Sem dúvida, um ponto de
passagem obrigatória na cidade que, agora, deixará de ser famosa
apenas pelos Chocalhos e pela Semana da Cereja.
17
portugal
a cores
evento
com o jogador Nani
A CIN lançou um projecto único que visa demonstrar a
CIN vai incentivar os jovens desta comunidade a
força do futebol português, como exemplo de empenho
praticarem desporto, inspirando-se no mural de apoio
e dedicação para os jovens. O embaixador deste projecto
à Selecção, que permanecerá para sempre como
e de toda a campanha que o envolve é o jogador da
testemunho e património do sucesso do Nani para
Selecção Nacional e do Manchester United, Nani.
as crianças da escola e do bairro. De acordo com
O projecto “Portugal a Cores” consistiu na reabilitação
Reinaldo Campos, Director de Marketing , Estratégia
dos espaços desportivos da Escola José Cardoso
e Business Development, “a CIN pretendia, acima de
Pires, na Amadora, localizada
tudo, fazer uma acção que deixasse, para o futuro,
no bairro que viu o jogador
algum património, razão que nos levou a pintar este
crescer e tornar-se uma estrela
mural alusivo a um tema que é motivo de orgulho para
internacional. Para além da
todos os portugueses, principalmente para os jovens.
pintura da zona desportiva da
Nani é actualmente um dos maiores talentos da nova
escola, a CIN ofereceu ainda um
geração de jogadores portugueses que alcançou o
crédito nas lojas CIN, no valor de
sucesso nacional e internacional. Crescido neste
2.500 euros, para que a escola
bairro da Amadora, o jogador acabou por vencer as
possa utilizar para reabilitar
adversidades e alcançar o reconhecimento e mérito
outras zonas que considere
pelo seu trabalho, tornando-se um exemplo para todos
prioritárias. No âmbito deste
os jovens desta comunidade e de Portugal em geral.”
projecto foi também pintado um mural de homenagem
Reinaldo Campos referiu ainda que o “objectivo central
a Nani. A CIN pretendeu, através do projecto “Portugal
deste projecto foi colocar a força do futebol ao serviço
a Cores” e de todas as acções que lhe estão associadas,
de uma comunidade, aproveitando o patriotismo que
projectar o jogador Nani e a Selecção Nacional como
o Euro desperta nos portugueses para unir forças e,
exemplo de portugalidade, talento e sucesso profissional,
todos juntos, contribuirmos para uma acção social. A
incentivando os jovens à prática desportiva.
CIN pensou neste projecto com o intuito de “dar cor”
Com este projecto de Responsabilidade Social, a
não só à escola, mas ao bairro, à cidade, a Portugal”.
Um dia de festa
Todo esta iniciativa foi celebrada numa
mega festa realizada naquela escola em
Junho. Cerca de 400 pessoas marcaram
presença no recinto escolar para
celebrarem a conclusão deste projecto,
num dia que reservou muitas surpresas.
Na escola, artistas pintaram as caras dos
alunos, dos professores e dos convidados
VIP, como Diana Chaves ou o apresentador
de serviço, o bem conhecido Rui Unas.
Um dos momentos altos deste dia foi a
cerimónia para desvendar o mural, cuja
imponente obra artística provocou espanto,
surpresa e muita alegria, celebrada com
um concerto ao vivo por parte de um dos
projectos musicais mais interessantes da
actualidade: os Makongo; uma banda
constituída pelo DJ Stick Up; Petty, dos
Buraka Som Sistema, e por SP & Wilson.
Mas a grande surpresa estava reservada
para o final da tarde, com a transmissão em
directo do jogo Portugal-Turquia, em ecrã
gigante, e que levou ao rubro todo o público,
num apoio frenético à nossa Selecção.
19
a cor
A subjectividade da cor é um dado adquirido.
O modo como cada um de nós vê uma cor e lhe atribui
significado é tão pessoal que se torna difícil de prever.
No entanto, enquanto indivíduos inseridos num determinado
contexto cultural, partilhamos algumas directrizes cromáticas
que uniformizam as nossas reacções e respostas emocionais
às cores. Para além disso, os ditames da moda e da arte, em
constante evolução, também influenciam as nossas escolhas
e preferências. Existem várias crenças associadas às cores e
cada cultura ou civilização tem a sua simbologia. A cor tem
ainda um papel importante a nível de marcação territorial.
As cores das bandeiras, por exemplo, adquirem um enorme
significado dentro das fronteiras do país respectivo.
a cor
cor e actualidade
Que significam as cores do símbolo dos jogos olímpicos?
Os cinco anéis simbolizam os cincos continentes e, por conseguinte,
a universalidade do movimento olímpico. Foram definitivamente
adoptados entre 1912 e 1914. Para explicar a simbologia das cores
dos anéis existem duas versões. O historiador de cores, Michel
Pastoureau, explica que as cores correspondem aos 5 continentes:
o preto para África, o amarelo para a Ásia, o vermelho para a América,
o azul para a Europa e o verde para a Oceânia. A segunda explicação
seria que as seis cores (contando o branco da bandeira) representam
todas as nações, porque pelo menos uma destas cores estava presente
na bandeira de cada país, na época da sua criação em 1914.
O Azul da
Porcelana
cores
olímpicas
2008
A cor da porcelana possui a
O Vermelho
Chinês
beleza histórica que simboliza
Com lampiões vemelhos,
a civilização e criatividade
casamentos vermelhos,
chinesa.
O Cinzento da
Grande Muralha
paredes vermelhas, a vida de
Pequim está submersa nesta
A Grande Muralha serpenteante
cor. O vermelho é a cor de
entre montanhas e vales,
Pequim e da China.
leva consigo o cinzento da pedra
O Amarelo dos
Telhados
que também domina a arquitectura
Telhados amarelos envernizados,
O Verde da
Sophora
Nacional
folhas douradas de Outono e
A Sophora nacional foi
tradicional de Pequim.
constituem lindas imagens da
O Branco
de Jade
paisagem de Pequim.
O povo antigo chinês usa a
campos de trigo a perder de vista,
escolhida para representar a
imagem de Pequim e traduz o
conceito “Verde Olímpico”.
jade como símbolo da sua
moralidade e também de
alegria.
23
inspiração
Azul Mediterrânico E249
Cashmere
azul!
O azul que preenche os sonhos e que acalma...
O azul da paz, do céu e do mar…
O azul das férias que apetece respirar!
Azul Calypso E368
Quick Drying Acetinado
a praia
Criatividade n
e
esta actividad
Para realizar
é preciso:
- Pedras
mido
- Um pano hú
ílico acetinado
- Esmalte acr
s
em várias core
- Pincéis
inspiração
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secar.
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pedras. Deixe
s na sua secret
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sá
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antes…
o quarto, est
péis.
como pisa-pa
5327 Hortênsia
E334 Oxigénio
B642 Azul Fiorde
Esmalte Acrílico
Esmalte Acrílico
Esmalte Acrílico
Para diferenciar um
móvel, conferindo-lhe
um ar dinâmico, basta
pintar as portas de
vários tons de azul.
Azul Céu 5114
Vinyl Matt
27
Nesta edição,
sugerimos cores cheias
de vida. As cores do
calor e da energia.
Laranja vitamina, verde
citron, amarelo ultra...
aranja vitamina E246
inspiração
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ra
46
E2
31
obras
hotel pestana
Local: Porto Santo, Madeira
Responsável pelo projecto: Dueto Arquitectos
Construtor: Soares da Costa
Aplicador: Silva & Albina
Produtos: SuperPlastocin, Vinylmatt,
Primário Cinolite
escola secundária Manuel de Arriaga
Local: Horta – Faial
Construtor: Mota-Engil, Marques, SA, Somague
Aplicador: Victor J. V. Jordão
Produtos: Primário Cinolite, Novatex AC,
C-Cryl S410 HB, Betocryl Primário EP/GC 300, Vinylmatt
obras
apartamentos marina hotel
Local: Tróia
Responsável pelo projecto: Gabinete de Arquitectos Risco (Manuel Salgado)
Construtor: Mota-Engil
Aplicador: Luzilex
Produtos: Vinylmatt
35
quick
drying
Gama de esmaltes
A gama Quick Drying surge agora completa,
depois de lançadas as versões Brilhante e
Fosco destes esmaltes sintéticos, além do
Satinado. Esta gama destina-se à pintura
de superfícies metálicas ou de madeira
seja em interior ou em exterior. Tem uma
secagem superficial de apenas 3 a 4
horas. Destaca-se também pelas suas
óptimas características de aplicabilidade
e espalhamento. Comparado com os
sistemas convencionais, estes esmaltes
estão abaixo dos limites em Compostos
Orgânicos Voláteis (COV) impostos para
Crakgon PR10 é uma tela para exteriores, destinada a
2007 pela Directiva 2004/42/CE, sendo,
cobrir, de forma fácil e imediata, as fissuras das paredes,
por isso, um produto menos agressivo para
evitando assim as entradas de água e o aparecimento de
o meio ambiente. Estão disponíveis nas
humidades e bolores no interior da casa. Este produto,
capacidades de 0,75 e 4 litros.
sob a forma de um rolo de tela de fibra de vidro, resistente
a ácidos e álcalis, aplica-se com tinta sobre as fissuras.
Crakgon PR10 possui uma grande resistência mecânica
e química, que protege a pintura contra as intempéries,
evitando problemas comuns como a farinação, erosão,
envelhecimento e aparecimento de manchas escuras e
escamação de tinta, entre outros. Outra das vantagens
deste reforçador de paredes é que reduz os custos de repintura e de manutenção, mantendo a pintura como nova
por muito mais tempo. Crakgon encontra-se disponível em
produtos
diversos formatos (DIY ou Profissionais).
opaco
Protector Decorativo Opaco
O Lasur Opaco é a mais recente novidade da
gama Lasures CIN Woodtec, lançada a nível
deixando-a respirar. É a solução ideal sempre
c-floor
que se pretende pintar a madeira, mantendo a
A CIN lançou duas novas tintas epoxi
sua textura natural. Diluível com água, Lasur Opaco
aquosoas: C-FLOOR E-240 WB e C-FLOOR
decora e protege a madeira contra humidades e
E-260 WB. As principais vantagens destes
intempéries, tornando-a mais resistente e duradoura.
novos revestimentos são: a resistência às
Está disponível em embalagens de 750 ml e 4L.
agressões químicas e mecânicas, à abrasão
Foi concebido um catálogo para este produto, que
e ao fogo, a permeabilidade ao vapor de água
apresenta 14 cores.
e o odor quase imperceptível. Graças às suas
ibérico. Destina-se à protecção e decoração da
madeira, tanto em interior como em exterior. O
Lasur Opaco penetra profundamente na madeira,
características técnicas, estes novos produtos
são especialmente indicados para pavimentos
de betão de indústrias alimentares, químicas e
farmacêuticas, laboratórios, hospitais, parques
de estacionamento, centros comerciais e outros
locais que requeiram pavimentos com um
acabamento lavável e de elevada resistência
mecânica ao desgaste. Quando combinadas
com sílicas, estes revestimentos ganham
propriedades anti-derrapantes. C-FLOOR
E-240 e C-FLOOR E-260 WB distinguem-se,
essencialmente, pelo brilho, tendo o primeiro
um acabamento acetinado e o segundo um
efeito brilhante. Ambos estão disponíveis num
leque de 30 cores RAL.
37
Renovar sem grandes obras
Se a ideia é renovar a decoração da sua cozinha ou casa de banho em
azulejo não é necessário fazer grandes obras. A pintura de azulejos
apresenta-se como uma solução prática para esta mudança de imagem
e, ao mesmo tempo, é uma tarefa suficientemente simples para ser
feita por você mesmo. É verdade que, à primeira vista, a pintura de
superfícies lisas e brilhantes como as dos azulejos, não parece tarefa
fácil. No entanto, o segredo está na fase da preparação, de modo a que
os azulejos estejam em perfeito estado e devidamente limpos para serem
pintados da cor com que sempre sonhou. Siga as nossas instruções. Em
primeiro lugar, certifique-se de que possui todo o material necessário,
retire as cortinas e os tapetes da divisão e proteja os móveis com telas
de plástico. Proteja também o chão, os rodapés e os aros das portas.
bricocin
Assegure-se depois que todos os azulejos estão secos e firmes.
Lave os azulejos com
água quente e um
detergente neutro
para lhes retirar
toda a gordura
(não se esqueça de
limpar a sujidade que
se acumula nas juntas
com o auxílio de uma
pequena escova).
.
Volte a lavar os azulejos,
desta vez, apenas com
água limpa.
Repare todas as
fissuras e buracos
com Hantek, uma
massa de reparação de
superfícies interiores e
depois lixe a superfície.
Aplique uma demão
de Aqua Primer
para regularizar a
absorção e promover
a aderência.
Termine com a aplicação
de duas ou três demãos
de Cinacryl, o esmalte
acrílico aquoso da CIN,
para um acabamento
mais lavável.
39
comunidade
Cinco anos depois de ter aberto as portas pela primeira vez, o Museu de História e Etnologia da Terra da
Maia apresenta-se ao público de cara lavada. Como
ele, outras infra-estruturas do conselho vão sofrer
trabalhos de recuperação, nomeadamente, de pintura. Os complexos municipais de ténis e de ginástica são as próximas obras em agenda.
A CIN deu as mãos à cidade que é sua anfitriã e
doou-lhe 30 toneladas de tinta, a autarquia, por sua vez,
avançou com a mão-de-obra. Tudo isto para responder
a um esforço de intervenção junto das principais
estruturas municipais e assim melhorar as condições
dos equipamentos que mais servem os cidadãos.
Os edifícios aos quais se pretende “lavar a cara”
são, maioritariamente, equipamentos desportivos,
escolares e culturais.
A escolha das obras a beneficiar com a iniciativa
“Maia pinta com tintas CIN” respondeu a
motivações de cariz social, mas também à questão
da visibilidade. Como tal, o Museu de História e
Etnologia da Terra da Maia, pela sua importância no
concelho, foi o equipamento inaugural do projecto.
Aberta há cinco anos, esta infra-estrutura cultural
já evidenciava as marcas do tempo e pedia uma
manutenção. Neste sentido, procedeu-se à pintura
da fachada, bem como dos interiores, paredes e
madeiras, tendo-lhes sido devolvido o branco e
o brilho respectivos. O concelho da Maia possui a
maior concentração de equipamento desportivo a
nível nacional. Assim sendo, numa segunda fase,
vai privilegiar-se a manutenção de um conjunto de
estruturas desportivas. Os complexos municipais de
ténis e de ginástica são os espaços que se seguem.
Projectada está também a pintura de um grande
infantário gerido pela Santa Casa da Misericórdia,
em Águas Santas, do Fórum Municipal da Maia, dos
edifícios públicos das Finanças do Alto da Maia e do
Tribunal, bem como o Estádio Municipal Dr. Costa Lima.
Susana Carvalho, arquitecta da Câmara Municipal da
Maia responsável pelo protocolo com a CIN,
considera este tipo de iniciativas de suma
importância “uma vez que as autarquias não têm os
orçamentos que tiveram outrora, sendo necessária
uma maior intervenção da população e das
empresas, deixando para trás a velha mentalidade de
que o Estado é que faz”. Susana Carvalho acrescenta
ainda que “para as empresas também existem uma
série de contrapartidas. Mas é sempre a população a
grande beneficiada.
Instalada no centro de Ponte de Sor, na antiga Fábrica de
Moagem e Descasque de Arroz, a Fundação António Prates
é o resultado da vontade e iniciativa de um homem da terra
e da decisão e empenho da autarquia local.
Há mais de 15 anos que o galerista António Prates
alimentava o sonho da criação de uma Fundação,
na sua terra natal, que acolhesse o vasto espólio de
arte contemporânea que reuniu ao longo de anos de
trabalho. Uma parceria com a Câmara Municipal de Ponte
de Sor materializou o projecto.
Com cerca de três mil obras de arte contemporânea originais,
mais de cinco mil múltiplos e uma enorme colecção de
manuscritos de várias figuras da cultura portuguesa dos
séculos XX e XXI, a Fundação tornou-se um foco artístico e
cultural de grande importância para a região.
fundação António Prates
arte contemporânea além Tejo
O Fundador
Nascido em Vale de Açor, pequena freguesia
do concelho de Ponte de Sor, António Prates partiu cedo para Lisboa onde,
durante mais de dez anos, esteve ligado ao ramo livreiro. Foi em 1984
que iniciou a sua actividade como galerista com a abertura da Galeria de
São Bento, por onde passaram os melhores artistas plásticos, músicos e
poetas de então. Decidido a democratizar a arte, no ano seguinte, funda
o Centro Português de Serigrafia (CPS) e convida o irmão para assumir
a sua direcção. Cerca de uma década depois, António Prates abre a
galeria com o seu nome no centro de Lisboa. Durante um quarto de
século, o galerista foi reunindo um valioso espólio de obras de artistas
nacionais e estrangeiros e orgulha-se de ter impulsionado em Portugal “o
interesse pela pintura universal”, mostrando aos coleccionadores “que
é preciso adquirir artistas internacionais até para conhecer a história da
arte”. António Prates vai mais longe e salienta que a colecção que hoje
possui “resulta, em grande parte, da relutância das pessoas no passado
cultura
em comprar artistas de fora”, pelo que, inevitavelmente, foi acumulando
alguns trabalhos. Foi por querer partilhar com os seus conterrâneos o
seu “mundo e entusiasmo”, que António Prates decidiu doar toda a sua
colecção “em troca das instalações para mantê-la viva”. Nasceu então a
Fundação com o seu nome na terra que o viu crescer.
O Projecto Em 1997, os edifícios da antiga Fábrica de Moagem e Descasque de Arroz de Ponte de Sor
foram adquiridos com o objectivo de aí instalar a Fundação António Prates. Desta aquisição fez também parte todo
o património da arqueologia industrial, constituído pela tradicional maquinaria de descasque, que foi devidamente
preservada, constituindo, hoje, um interessante pólo de visita. Situada em pleno núcleo urbano da cidade de Ponte
de Sor, a Fundação estende-se por uma área de 10 mil metros quadrados. A primeira abordagem arquitectónica
ao edifício, numa perspectiva de conservação e preservação, é da autoria do arquitecto Walfredo Sangareau, que
pautou a sua intervenção por um carácter humanizador. O artista Leonel Moura foi também convidado a intervir no
projecto, idealizando, nomeadamente, os exteriores, os ateliers para residências artísticas, o restaurante e o auditório.
Para além do vistoso azul alentejano da fachada, a Fundação António Prates é um espaço colorido pelos
policromáticos jardins móveis de Leonel Moura e pelo muro de água do mesmo autor.
A Colecção “Um coleccionador compulsivo”, assim se descreve António Prates, que colecciona
desde carteiras de fósforos e cintas de charuto a rádios antigos, frascos de perfume, relógios, canetas, entre
muitas outras coisas. Deste “vício” resultou também um significativo conjunto de obras de arte, portuguesas
e estrangeiras. Desde o núcleo dos surrrealistas portugueses como Cesariny e Cruzeiro Seixas, a exemplos
marcantes das correntes das décadas de 60, 70 e 80, como o grupo KYM e a Pop Arte, até aos mais jovens
artistas da actualidade. São infindáveis os nomes que podemos encontrar na Fundação António Prates.
Deixamos aqui apenas uma amostra: Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, José Escada, Júlio Pomar, Nadir
Afonso, Vespeira, Gerardo Burmester, Peter Klassen… A visita é obrigatória.
43
Elisabete Bertolo é uma jovem engenheira
civil licenciada pela Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto e
Mestre em Engenharia do Ambiente pela
mesma instituição. Preocupada com o
engenheira
Elizabete
Bertolo
ambiente, escolheu como tema para a sua
tese de mestrado “O Aproveitamento de
Água da Chuva em Edificações”. O resultado
final foi um Muito Bom, atribuído a um tema
pertinente, numa altura em que o futuro do
Planeta Terra exige, mais do que nunca,
ideias sustentáveis.
Como lhe surgiu o seu interesse pela área da
hidráulica? Foi obra do acaso ou uma preferência
de infância?
Foi uma preferência de infância. Nasci em
Trás-os-Montes, numa aldeia próxima das barragens
de Picote, Miranda e Bemposta, pelo que estive
sempre ligada a infra-estruturas hidráulicas. Cresci
naquele ambiente, daí a minha vontade em seguir
Engenharia Civil e Hidráulica, especificamente.
E o interesse pelo tema do aproveitamento da água da
chuva, de onde surgiu?
Nesse caso foi mais por curiosidade. Fiz a parte
escolar do mestrado em Engenharia do Ambiente e no
último trimestre, quando tivemos de fazer um trabalho
relacionado com a água, escolhi o aproveitamento
das águas pluviais, e assim surgiu a ideia da tese
de mestrado. Não foi premeditado, simplesmente
pareceu-me interessante por estar relacionado com o
ambiente e ser uma área nova.
Precisamente por ser uma área nova foi difícil
encontrar informação em que basear o seu trabalho e
a sua tese?
ent revista
No início foi complicado. Sempre que batia à porta
das empresas e organizações recebia como resposta:
“Aproveitar a água da chuva? Que disparate! Temos
tantos rios, tantos lagos, tanta água que não se
justifica!”. Acabei por conseguir desenvolver o meu
trabalho com o apoio do exterior, principalmente de
um professor da Universidade de São Paulo, no Brasil, e também com
Tecnicamente, como funciona o sistema de aproveitamento das águas
a ajuda do meu orientador de mestrado, um professor da Faculdade
pluviais de que estamos a falar?
de Engenharia que acreditou sempre no tema.
Primeiro, são recolhidas as águas pluviais pelo telhado, depois são
Há, portanto, países onde os sistemas de aproveitamento de águas
drenadas para caleiras e tubos de queda, passam por um filtro e são
pluviais estão largamente implantados?
depositados num reservatório que tem que ser construído. É importante
Sim, por exemplo, no Brasil, na Austrália, na Indonésia e na Índia. Na
colocá-lo num local alto para não ser necessário fazer a elevação da
Europa, temos em França e em Espanha. Neste últimos três anos o
água, poupando-se assim a energia necessária para um equipamento de
investimento nesta área tem crescido de forma exponencial.
bombagem.
Numa altura em que se fala tanto de fenómenos como o degelo e a
Quais as utilizações que essa água pode ter?
subida das águas, o aquecimento global… o que mais a preocupa?
Porque ainda estamos a começar, esta água pode ser usada apenas
Uma das questões mais preocupantes é precisamente a que está
para fins não potáveis como a descarga de sanitários, redes de rega e
a acontecer este ano, em Abril estavam 30 graus Celsius e pouco
de lavagem de pavimentos, lavagem de roupa e, em alguns casos, para
depois choveu torrencialmente. Isto tem um impacto muito negativo
água quente para banhos.
em termos ambientais, concretamente na questão das águas pluviais.
Quais as suas vantagens?
Provoca chuvas intensas, de curta duração, que vão originar caudais
A água pluvial é uma água macia, sem cloro e por isso com muito mais
excessivos para os quais os nossos sistemas de drenagem não estão
qualidade para a rega, por exemplo. No caso da lavagem de roupa, esta
preparados o que resulta em fenómenos naturais como foram as
água permite uma poupança no consumo do sabão.
cheias a que assistimos há pouco tempo em Lisboa.
Já têm dados de quanto se poderá poupar na conta da água ao fim do mês?
Na sua opinião como é que, em pleno século XXI, Portugal ainda não
No âmbito da minha tese de mestrado desenvolveu-se um estudo
está preparado para enfrentar este género de situações?
económico em que se pretendia avaliar a eficiência. Este factor está
Creio que o poder político não se tem dirigido nesse sentido. Por
naturalmente relacionado com a capacidade do reservatório. No
outro lado, no caso concreto da água, temos uma regulamentação
entanto, a colocação de um reservatório maior também implica maior
muito antiga. Há, portanto, um conjunto de condições que explicam
investimento pelo que tínhamos de encontrar um equilíbrio. Os valores
esta situação – quer em termos regulamentares e legais, quer em
que obtivemos para um reservatório de 5 metros cúbicos, que não é
termos da mentalidade dos portugueses. Nos outros países, a lei
muito para uma habitação unifamiliar, foi de uma eficiência de 86%. Isto
já começa a impor a instalação de sistemas de aproveitamento
significa que 86% da água que conseguíamos usar para fins não potáveis
das águas pluviais nas habitações, e nas grandes urbanizações
provinha da água da chuva.
e indústrias. Para além disso, são criados incentivos fiscais e
O sistema contempla alternativas caso surjam anos excepcionais de
financiamentos aplicados a este tipo de sistemas.
seca, por exemplo?
Fica muito mais caro prever um sistema deste tipo na construção?
Sim. Quando não chove a água entra pela rede pública e é utilizada
Depende, se estivermos a falar de uma habitação unifamiliar o custo
a partir daí. Já existem sistemas no mercado português que fazem o
excedente relativamente a uma solução tradicional anda à volta dos
controlo e a alternância entre os dois sistemas, detectando a existência
2500 euros, o que não tem significado, sobretudo se for construído de
de água no reservatório.
raiz aquando da edificação da casa.
Qual é o seu grande sonho a este nível?
E no caso de uma adaptação do sistema sobre uma construção já
O meu grande sonho seria que todas as urbanizações e construções
existente, é possível fazer-se?
implementassem este sistema e, para além disso, que aquelas que já
Se contemplarmos o aproveitamento da água da chuva para lavagem
existem se adaptassem também a ele.
e rega de exteriores é relativamente simples. Se quisermos utilizar esta
água para o interior já é mais complicado porque envolve algumas
obras. O ideal é implementar esta situação numa fase de projecto
prévia à construção.
45
kids
dá cor às antigas latas CIN
memória
Publicado por: CIN CORPORAÇÃO INDUSTRIAL DO NORTE S. A.
24000 exemplares . distribuição . gratuita www.cin.pt

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