A curta história ensino do bridge
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A curta história ensino do bridge
Madeira Bridge A curta história ensino do bridge O primeiro professor conhecido (e reconhecido) de jogos da família do bridge foi o inglês Edmond Hoyle. Este advogado de profissão cobrava às senhoras e meninas de boas famílias uma libra por cada hora de aula, no início do século XVIII, o que corresponde a pelo menos 100 Euros por hora a preços de hoje. Em 1742 publicou um livro sobre o Whist que ficou conhecido por Pequeno Tratado (o título original é composto por 34 palavras!) e que nos anos seguintes foi reeditado e pirateado vezes sem conta. As técnicas de Hoyle eram surpreendentemente modernas e avançadas para a época, tendo introduzido a ideia de inferir a natureza das mãos dos adversários de acordo com as cartas jogadas por estes e algumas matérias de probabilidade. Foi o primeiro a introduzir o conceito de Lei e Ordem em jogos de cartas (e posteriormente no gamão e xadrez entre outros) e a criar um Código de Ética e Fair-Play que permaneceu praticamente inalterado durante quase 200 anos. Nos Estados Unidos da América a primeira professora profissional de Whist foi Kate Wheelock que começou a ensinar em Milwaukee em 1886. O seu sucesso foi tão grande que em breve percorria todo o continente norte-americano dando palestras nas principais cidades. O “whistograph” por si inventado para apresentar as suas ideias nas aulas e palestras é o percursor do Vugraph hoje usado em todo o Mundo na transmissão dos torneios mais importantes. A actividade foi rapidamente considerada “apropriada” para senhoras de algum estatuto e educação que necessitavam de um “suplemento” para os seus rendimentos, pelo que muitas outras seguiram o exemplo de Miss Wheelock. Com as evoluções para Bridge Whist e mais tarde para o bridge leilão, surgiram mais pessoas interessadas em aprender os novos jogos e, com isso, novas oportunidades de mercado para jovens empreendedores. De entre todos os mais importantes foram Charles Stuart e Joseph B. Elwell. Entre os seus mais brilhantes alunos e sucessores conta-se Josephine Culbertson, uma das figuras mais importantes do bridge moderno. Em Portugal não ficaram para a história os nomes dos professores deste tipo de jogos, provavelmente por nenhum se ter dedicado profissionalmente ao ensino. No entanto alguns apaixonados por jogos de cartas terão publicado pequenos folhetos em que se explicavam algumas das regras e técnicas de jogo. De entre todos o mais conhecido é certamente o “Tratado do jogo do Bóston” do Dr. José Henriques da Silva, a cuja popularidade não será certamente alheia a “História das Cartas de Jogar” do Dr. Egas Moniz publicada originalmente como prólogo daquela obra. Voltando aos EUA, nos louco anos Vinte do século XX Milton Work (o criador dos pontos 4-3-2-1 para avaliar a força de jogo) e Wilbur Whitehead organizaram as primeiras convenções de professores de bridge, emitindo certificados de presença e competência em nome daqueles que completavam os seus cursos. Este processo foi mais tarde seguido por Ely Culbertson, marido de Josephine e talvez o maior divulgador do bridge, e por Charles Goren que era um dos professores mais bem pagos quando decidiu dedicar-se exclusivamente à escrita. Durante os anos da Grande Depressão muitos foram aqueles que se viraram para o ensino do bridge como ocupação temporária chegando a haver mais de 6000 professores registados e certificados por Culbertson. O número decresceu significativamente com o retorno da prosperidade mas voltou a crescer no pós-guerra principalmente com a divulgação de melhores sistemas de leilão. As modificações introduzidas com a introdução do bridge contrato e a divulgação deste durante os anos Trinta substituiu e eliminou quase por completo os outros jogos da família do bridge e do whist. O bridge moderno é mais competitivo e exige mais competência e os novos métodos desenvolvidos por Goren tornaram a competência acessível a todos aqueles que a queiram aprender. Nos anos Sessenta e Setenta o número de professores continuou a aumentar nos Estados Unidos e a figura de professor profissional começa a ganhar mais popularidade no resto do mundo, principalmente na Europa. O aumento do número de torneios traduziu-se no aumento do número de jogadores com ambições de os vencer. E que melhor maneira de aprender a vencer nos torneios do que pelos jogadores que os ganham habitualmente? É nesta altura que uma série de jogadores da mais alta qualidade se começa a converter ao ensino, popularizando o conceito de aula prática. Esta mudança, aparentemente inocente, foi responsável por uma das maiores revoluções no bridge recente, já que pela primeira vez legitimou claramente um novo personagem que desenvolveremos em próxima oportunidade: O Jogador Profissional. http://www.abridgemadeira.com Produzido em Joomla! Criado em: 30 September, 2016, 02:58
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