Agrishow 2009

Transcrição

Agrishow 2009
EDITORIAl
A hora e a vez
Em um mercado cada vez mais competitivo,
unir forças é uma questão de sobrevivência, especialmente para as pequenas e microempresas.
É neste sentido que a Abrapneus aposta no associativismo. Sobre este assunto e outras questões de
interesse do setor de revenda de pneus e serviços
(como o estudo dos valores dos serviços prestados, geometria de suspensão, lançamento de um
selo de destinação ambiental correta de resíduos)
promovemos um encontro no último dia 16/06 em
nossa sede com a participação de empresas associadas e não associadas de diversas regiões do
Estado e da Capital. Foi uma semente lançada e
que esperamos ver germinada dentro de 60 dias,
quando estaremos organizando novo encontro e
contamos com a sua presença! Afinal, estamos
buscando a modernidade com soluções que dêem
todo o suporte para o setor. Com esse foco, fizemos entre os participantes uma pesquisa de opinião acerca dos anseios em relação à Entidade
e sugestões sobre nossas ações, afinal cabe a vocês, associados, estabelecer os principais objetivos da associação, norteando o nosso planejamento estratégico. Tenho certeza de que juntos
poderemos enfrentar a crise e fazermos crescer os negócios. Sermos otimistas e pró-ativos pode
contribuir muito. Neste contexto, fico mais confortado ao ouvir de economistas renomados – a
exemplo do que mostramos nesta edição – a avaliação de que o Brasil tem um cenário favorável
para superar a turbulência mundial. Assim como fico otimista com a opinião do especialista
Marco Marconini, nosso entrevistado, sobre a inserção do Brasil no cenário internacional e mesmo seu papel de destaque na economia global, podendo sair fortalecido da crise se fizer a lição
de casa com os ajustes necessários (leia-se reformas). Então, façamos a nossa parte e, através
do saneamento de vícios ou mazelas, tornemo-nos mais qualificados e competitivos. E isso vale
tanto para o governo brasileiro quanto para as nossas empresas. Boa leitura.
Márcio Olívio Fernandes da Costa
Presidente
Índice
Entrevista: Brasil cresce no cenário internacional pág.04
Encontro: Encontro visa promover o associativismo e
a busca de soluções conjuntas
pág.06
Finanças: Os ensinamentos de Warren Buffett pág.08
Pirelli: Parceria no desenvolvimento de carro
de alta performance ecológico
pág.15
Michelin: Power One: toda a experiência tecnológica pág.18
Bridgestone: Marca lança pneu para transporte
urbano na Agrishow 2009
pág.22
Goodyear: Empresa atende à demanda com
tecnologia de última geração
pág.26
Opinião: O Brasil na frente
pág.30
Maio/Junho 2009
Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do Sicop - Sindicato
Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos
- distribuída gratuitamente a revendedores, distribuidores e fabricantes de pneus, entidades de classe, órgãos
governamentais, empresas fornecedoras de produtos e
serviços às revendas e órgãos de imprensa
ABRAPNEUS
Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa
Vice-presidentes: Walter Paschoal, Dirceu Delamuta,
Isac Moyses Sitnik, João Faria da Silva e Itamar Laércio
Grotti.
Secretário: Rodrigo F. Araújo Carneiro
Tesoureiro: Airton Scarpa
Diretores: Francisco F. Amaral Filho, Alexandre
Quadrado, Geraldo Gusmão Bastos Filho, José Manuel
Pedroso da Silva, Sérgio Carlos Ferreira, Gláucio Telles
Salgado, Horácio Franco Zacharias, Henrique Koroth,
Carlos Alberto D. P. Costa, João Ibrahim Jabur, Antônio
Augusto, Célio Gazire, Ivo Giunti Yoshioka.
SICOP
Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa
Vice-presidentes: Walter Paschoal e
Carlos Henrique Baptista
Secretário: Rodrigo F. Araújo Carneiro
Tesoureiro: Dirceu Delamuta
Diretoria: Horácio Franco Zacharias, Itamar Laércio
Grotti, Isac Moyses Sitnik e João Faria da Silva.
Conselho Fiscal: Airton Scarpa, José Linhares, Felice
Perella, Mauro Luiz Barbato, Eduardo Fernandes e José
Roberto Nicolau
Representantes junto à Federação do Comércio SP:
Márcio Olívio Fernandes
da Costa, Rodrigo Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta e Walter Paschoal
Secretária: Janecy Almeida de Lima
Revista Abrapneus
Conselho Editorial: Márcio Olívio Fernandes da Costa,
Dirceu Delamuta, Walter Paschoal e Silvana Coelho
Edição: Margarete Costa (Mtb 22.835)
Textos: Assessoria de Imprensa Abrapneus, Firestone,
Goodyear, Michelin e Pirelli
Foto capa: Sonia Mele
Produção Gráfica e Editorial:
GT Editora – (11) 4227-5188 / 2996
Atualização de endereço, solicitação de remessa da
revista ou envio de material de informações à redação,
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É permitida a reprodução de matérias e artigos, desde que
citada a fonte. As matérias e os artigos não refletem, necessariamente, a opinião e o pensamento da entidade.
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entrevista
Brasil cresce no cenário
internacional
Regular o crédito interno e firmar acordos bilaterais são premissas para
consolidar posição do País
Mário Marconini é mestre em Direito e Diplomacia pela Fletcher School of Law and Diplomacy em
Harvard e Tuts; mestre em Economia pelo Instituto
Superior de Estudos Internacionais da Universidade de Genebra; foi secretário de Comércio Exterior
do Ministério do Desenvolvimento (1999), subsecretário de Assuntos Internacionais do Ministério
da Fazenda (1996-98), economista do GATT e da
OMC (1988-1996). Atualmente preside a Manatt
Jones Marconini Global Strategies, empresa de
consultoria empresarial.
Responsável pelo Conselho de Relações Internacionais da Fecomercio, ele analisa em entrevista a
posição do Brasil no Comércio Internacional e fala
se a crise pode ou não atrapalhar o processo de
inserção do Brasil no cenário mundial.
Revista - Como fica o Brasil no cenário mundial com a crise global?
Marconini – Todos se perguntam
principalmente quanto a duração da
crise e sua extensão/consequências. Infelizmente não temos uma bola de cristal. Mas é importante nos balizarmos no
que os outros países estão fazendo para
superá-la e acrescermos a nossas políticas internas. A China, por exemplo,
possui um plano estratégico de prosperidade que deve servir de exemplo para
muitas nações, inclusive o Brasil. A meu
ver esta é uma crise de governança global e alguns dos problemas enfrentados
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atualmente foram levantados anos atrás
em Rodadas Comerciais como a de
Doha, em 2001 na capital do Qatar, e a
primeira da série de rodadas promovidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) com o objetivo de tornar
as regras de comércio mais livres para
os países em desenvolvimento. Nela
falava-se em baixar tarifas agrícolas
da Europa, enquanto os países desenvolvidos pediam a redução das tarifas
dos equipamentos industriais no Brasil.
Mais recentemente, o governo Obama
demonstra ser protecionista, e isso leva
a um longo debate sobre abertura e o
livre comércio.
Revista – A crise faz com que os
países tentem proteger ainda mais
seu mercado interno. Isso pode adiar
esse esperado consenso mundial a
respeito da abertura comercial junto
à OMC?
O principal problema da Rodada
Doha, ou seja, do comércio mundial, é
a preocupação de cada país nos efeitos
de uma política liberalizante que supostamente trariam desemprego em países
que não estão aptos a concorrer de
forma igual. A crise econômica agrava
este receio. Hoje os olhos estão muito
mais voltados para a reestruturação do
sistema do que às negociações futuras.
Acredito que o grande problema da
economia atual é o desequilíbrio entre os vários países. De um lado temos
os Estados Unidos que consome muito
e poupa pouco, do outro a Ásia que
poupa muito e gasta pouco, tanto que
a China acumulou reservas a ponto de
comprar títulos dos EUA.
Revista – E qual seria a saída para
este impasse?
Marconini – Primeiramente, as nações refletirem sobre a necessidade de
acumularem tanto. Em segundo lugar,
reformar as instituições financeiras. Esta
crise era anunciada pois houve muita
negligência por parte das autoridades,
Abrapneus
em especial das norte-americanas. Não
adianta achar que as agências reguladoras vão dar conta do recado ao avaliar os riscos do mercado. A atuação das
autoridades monetárias e do governo é
importante para ter um sistema financeiro saudável. Se a crise é conjuntural,
ainda existe um desequilíbrio que é estrutural, e este sim precisa da máxima
atenção. As entidades reguladoras devem passar a atuar mais severamente,
a exemplo dos riscos dos empréstimos
sem garantias, que só chegou a este
ponto porque o capitalismo puro permite isto: enriquecimento ilusório. E o
mundo pegou carona neste crescimento,
querendo fazer parte do bolo. No Brasil, por exemplo, 5 milhões de pessoas
saíram da pobreza, durante o Governo
Lula, mas sem bases sólidas. A Noruega
comprou títulos do subprime.
Revista – E quanto ao socorro
prestado aos bancos e montadoras
americanas?
Marconini – Na OMC o que se está
fazendo é criticado. Por outro lado,
como a crise é financeira, de demanda e
consumo, quando não se tem essa situação... E em especial, no caso bancário,
que é o único veículo pelo qual passa
a economia, se deixarmos a instituição
ir à falência decretamos a falência do
sistema. Trata-se de um “lema moral”,
como eles dizem nos EUA. Já o setor
automobilístico é importante dentro da
cadeia produtiva. Do ponto de vista da
economia faz sentido esta ajuda. Preocupo-me mais com a discriminação da
empresa nacional ou não no momento
da ajuda. De forma que o efeito sistêmico da quebra destas empresas é muito
mais caro do que socorrê-las ou bancálas. Muito embora os norte-americanos
combatam este lado controlador do Estado, os democratas têm essa tendência
de intervir na economia. Mas avalio que
o Governo Obama deve ter a visão de
onde não há interesse do poder privado
atuar e o estado tem de estar presente
(aquecimento global, imigração, etc).
Os democratas também entenderam
Maio/Junho 2009
que os EUA não são o centro do mundo,
mas querem ser uma nação de grande
influência. A questão atual é: ser um líder inconteste ou parceiro.
Revista – E como o senhor avalia o
governo brasileiro?
Marconini – O ponto negativo do Governo Lula é que tornou muito lenta as
regulamentações, ou seja, não entendeu
o papel das agências reguladoras. Isso
cria muita instabilidade e incertezas. E
é crucial para os investidores estrangeiros. Agora, a crise tem de ser gerida de
forma razoável. Os bancos nacionais
estão bem: são os mais lucrativos do
mundo, mas é caríssimo de emprestar,
o spread bancário (diferença entre os
juros pagos pelos bancos na captação
de recursos e a taxa aplicada por eles
nos empréstimos concedidos) é muito
alto. O Brasil tem muita gordura: não
baixou os juros, não fez reforma tributária – mantém alta carga de impostos
– e nem a política. Enquanto a China
gastou 13% do PIB em incentivos para
combater a crise, o Brasil usou apenas
0,1% do PIB no pacote. É uma diferença
muita grande a dois países que querem
conquistar o mesmo espaço no cenário
mundial como duas potências emergentes. O Brasil é muito cauteloso e qualquer medida tomada, como a da redução do IPI, crédito à moradia, surte um
efeito positivo no consumo.
O lado positivo do País é que apesar disso estamos bem posicionados no
cenário mundial, e ainda a solução dos
problemas do globo passam pelo Brasil:
é o caso da energia limpa, do desmatamento, reserva de água potável, reservas naturais.
Revista – E a crise pode de alguma forma acelerar o crescimento do
País?
Marconini – Claro. A crise apressará
medidas de fomento ao crescimento e
os países que compõem o BRIC (Brasil,
Rússia, Índia e China) vão superar o G6
(Estados Unidos, Japão, Reino Unido,
Alemanha, França e Itália) até 2020,
segundo os analistas. A previsão antes
da crise era até 2050. O Brasil, em especial, deverá ultrapassar a Itália e a
França. Para concretizar isso, porém,
temos de livrar-nos do lado cultural da
burocracia e da corrupção que adiam as
reformas estruturais. Os problemas que
temos passam pela qualidade de nossa
democracia, que não condiz com os desafios a serem enfrentados. É a classe
política que atrapalha. Nosso trunfo é
que o Brasil ganhou um nova identidade
nacional nas duas últimas décadas que
permite mostrar o que queremos para o
futuro. O país vem conquistando gradativamente espaço no cenário internacional como parte do G-20 (grupo de países em desenvolvimento liderados pelo
Brasil, Índia e África do Sul, formado
para negociar a redução das barreiras
agrícolas nos países ricos), no qual há
o conselho de estabilização financeira
(criado em 1999) e funciona como o
Banco dos Bancos Centrais, e o Brasil
tem muito a ensinar. Diria até mesmo
que é a “vedete” do sistema financeiro.
O Brasil está entre as cinco economias
mais atrativas do mundo para investidores internacionais, segundo relatório da
Conferência das Nações Unidas sobre
Comércio e Desenvolvimento (Unctad,
na sigla em inglês). Lamentavelmente,
amarga a posição de ser o país com
mais acordos de investimentos parados.
Estar entre os cinco é excelente para o
Brasil, pois mostra que a economia brasileira está mais confiável para o resto
do mundo. Mas é preciso que se resolva
a morosidade dos outros acordos bilaterais de investimento que ainda tramitam
no governo. A inconstitucionalidade
que ronda os acordos de investimentos
do Brasil é o principal entrave para o
desdobramento do impasse. Juntamente
com a regulamentação do crédito interno, essas são as premissas para alavancarmos o desenvolvimento. Fora isso, é
torcer para que a instabilidade política
de países como Israel e Irã, ou mesmo a
insolvência dos bancos do leste europeu
não sejam um obstáculo para a paz e o
crescimento mundial.
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encontro
Encontro visa promover o
associativismo e a busca
de soluções conjuntas
A união de esforços para alavancar
os negócios tem sido uma bandeiras da
ABRAPNEUS que conta a partir de agora com encontro bimestral. Unir para
crescer tem sido o foco de entidades
setoriais e programas de associativismo
em todo o País. “Se não unirmos esforços para buscar soluções conjuntas e
enfrentarmos a concorrência ficará muito difícil sobreviver um mercado cada
vez mais exigente e competitivo”, alerta
o presidente da ABRAPNEUS, Márcio
Olívio Fernandes da Costa.
Com este objetivo, a ABRAPNEUS/
SICOP promoveu em 16 de junho a primeiro de uma série de encontros que
acontecerão com diretores e representantes das principais revendas do Estado.
No auditório da sede na Capital, diretoria, associados e empresários convidados
reuniram-se para uma avaliação do mercado de pneumáticos e propor ações que
fortaleçam as empresas. A mesa foi composta pelo presidente da entidade, Márcio
Olívio F. da Costa; pelos vice-presidentes
Walter Paschoal e Isac Moyses Sitnik,
além do diretor Carlos Alberto Costa.
Ao dar início à reunião, Márcio Costa chamou a atenção para a missão da
ABRAPNEUS/SICOP, que é assegurar às
empresas representadas as melhores condições para que alcancem a longevidade de seus negócios no que se refere às
questões administrativas e financeiras e,
em especial, no que se refere à questão
ambiental, que hoje está no topo da lista
de prioridades das empresas. “Uma sociedade moderna exige que cada um de
nós se preocupe com a questão da sustentabilidade”, ressalta Márcio Costa.
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Em sua apresentação, o diretor Carlos Alberto Costa chama a atenção para
as atividades que vêm sendo realizadas
pela Comissão de Trabalho instalada
pela entidade com o objetivo de discutir
temas que contribuam para o aprimoramento dos serviços oferecidos pela revenda, a fidelização do cliente, além do
modo como é estabelecido o valor dos
serviços. Está em estudo a elaboração
de uma tabela tempária, ou seja, uma
tabela de tempo padrão de aplicação de
peças de suspensão e freios, por
exemplo, para que se possa cobrar o
preço justo, oferecendo qualidade e eficiência. “Devemos mudar a percepção
com relação aos serviços prestados”,
complementa Carlos Alberto.
Os participantes também aproveitaram
o encontro para sugerirem à entidade a
criação de palestras e cursos com o intuito de melhorar ainda mais o nível de
qualificação dos profissionais que atuam
nas oficinas, capacitando-os para que
ofereçam um melhor atendimento ao
consumidor. Hoje, as revendas de pneus
tornaram-se verdadeiros centros automotivos, oferecendo serviços mais completos.
Isso faz com que as empresas busquem
ainda mais a qualificação através da
certificação de empresas devidamente
credenciadas. Entre as parcerias que estão sendo firmadas pela Abrapneus neste
sentido, Costa citou o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), que está fazendo
um projeto piloto de certificação e selo de
qualidade ambiental. O IQA é um organismo de certificação sem fins lucrativos –,
especializado no setor automotivo e que
está vinculado a organismos internacio-
nais e acreditado pelo INMETRO.
Enfatizando a importância de as revendas se associarem à ABRAPNEUS, Márcio
Olívio F. da Costa, destacou os serviços
prestados pela entidade, bem como os
convênios firmados, como os convênios
médicos, que ajudam na redução do custo da empresas e beneficiam empresários
e seus colaboradores, todos disponíveis
no site www.abrapneus.com.br.
Planejamento estratégico
Um dos itens de destaque na pauta do
encontro foi o Planejamento Estratégico
da Abrapneus. A visão de futuro, bem
como as bases estratégicas e as ações a
serem desenvolvidas, estão nas 24 páginas do trabalho focado nos próximos
dez anos de atuação.
No documento consta a missão de
“assegurar às empresas representadas
as melhores condições para gerar resultados positivos e desenvolver a sociedade.” A partir da assertiva de que
o desenvolvimento do País se dá pelo
empreendedorismo, a razão de ser da
ABRAPNEUS/SICOP é assegurar às
empresas representadas as condições
necessárias para alcançar resultados de
excelência com sustentabilidade e crescimento. E a visão da ABRAPNEUS/SICOP
de “Liderar a comunidade empresarial
representada, com reconhecida influência no desenvolvimento da região”. A
intenção da entidade é ampliar cada vez
mais suas ações com qualidade e abrangência, contribuindo para o desenvolvimento da região.
Como parte desta estratégia foi dis-
Abrapneus
tribuído durante o evento um formulário com pesquisa aos participantes com
quatro questões acerca das expectativas
do setor com relação a atuação da Associação. Este levantamento norteará as
atividades e o plano de ação da ABRAPNEUS nos próximos anos.
Ainda no encontro foi abordada a
nova cartilha sobre Geometria de Suspensão, um importante complemento à
coletânea do Sindirepa (Sindicato das
Indústrias de Reparação de Veículos e
Acessórios do Estado de São Paulo) que
foi distribuída aos presentes. O material
será fornecido a todos os associados.
Selo de Qualidade Ambiental
Um dos objetivos da revenda de pneus
é fazer com que o consumidor perceba
que existe uma preocupação com a destinação adequada de resíduo ambiental
gerado pelas empresas, cujos resultados
já vêm sendo cobrados pelas autoridades governamentais, que estão criando
leis de proteção ambiental cada vez mais
rígidas. Por isso, a ABRAPNEUS/SICOP
está propondo a criação do selo SEDAC –
Selo de Destinação Ambiental Correta de
Resíduos –, destinado ao setor automotivo
e que tem caráter socioambiental, fundamentado em quatro pilares (ver quadro).
Este selo seria fornecido à empresa verificada, tendo como objetivo a garantia
de fidelidade do processo de destinação
ambientalmente correta de resíduos e se
antecipar a futuras normas e leis que porventura venham a ser criadas.
Com isso, estaria estimulando a percepção ambiental do consumidor, incentivando-o a depositar o resíduo no
PDV; a difusão da consciência ecológica
e agregando valor institucional. E mais,
contudo, tudo isso só será possível se os
associados da ABRAPNEUS/SICOP se
conscientizarem da necessidade da busca de soluções para o correto destino dos
resíduos e estiverem dispostos a participarem da implementação dessas ações.
Os quatro pilares do SEDAC
Gestão adequada de resíduos deixados no PDV
Rastreamento total dos resíduos deixado no PDV
Verificação dos contratos de destino dos resíduos
Verificação periódica da fidelidade do processo
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FINANÇAS
Os ensinamentos de
Warren Buffett
Warren Buffett é um poço de paradoxos. Ele abraçou a missão de mostrar
que as pessoas corretas podem chegar
em primeiro. Ao longo dos anos, tratou investidores como sócios, assumiu a
condição de seu representante e defendeu a honestidade enquanto investidor,
CEO (Chief Executive Officer), conselheiro, ensaísta e palestrante. Ao mesmo
tempo, tornou-se um dos homens mais
ricos do mundo (ocupa o 2º lugar no levantamento da Forbes 2009, logo após
ninguém menos que Bill Gates) trabalhando no seu modesto quartel-general
em Omaha (EUA), onde fica a sede da
sua empresa, a Berkshire Hathaway.Em
2008, ocupou a 1ª posição, mas perdeu
US$ 26 milhões com a crise nas bolsas,
ficando com US$ 37 bilhões.
Como qualquer ser humano, sua vida
é uma mistura de força e fragilidade.
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Por mais notável que seja sua fortuna,
o legado Buffett não será simplesmente sua posição no ranking das maiores
fortunas, mas sim princípios e idéias
que enriqueceram as vidas de tantas
pessoas.
“A Bola de Neve – Warren Buffett”
(Alice Schroeder – Editora Sextante) foi
lançado para ser o livro definitivo sobre
a vida de um dos homens mais respeitados do mundo. Se ler a sua biografia
não for útil para a sua vida financeira
(o que é difícil), ao mesmo será interessante ver a trajetória deste capitalista.
Três trechos, em especial, mostram
momentos cruciais na vida de Buffett: a
descoberta do dinheiro, a abertura da
primeira empresa e sua histórica apresentação num evento promovido pelo
investidor Herbert Allen na Califórnia,
em que prevê a explosão da bolha da
internet para uma audiência descrente
— e repleta de figurões de empresas de
tecnologia.
A obsessão por acumular dinheiro
começou cedo para Warren Buffett.
Nascido em 1930, ele juntou os primeiros centavos aos 6 anos, investiu pela
primeira vez na bolsa de Nova York aos
12 e iniciou sua própria empresa de
investimento aos 26 anos. “Eu sempre
soube que seria milionário”, afirma Buffett na biografia Snowball. Buffett, que
fala de si mesmo raramente, como em
reuniões com estudantes de universidades americanas, encontrou-se diversas
vezes nos últimos cinco anos com a autora da biografia, a ex-analista de mercado Alice Schroeder. Além de ter acesso privilegiado a Buffett, Alice realizou
250 entrevistas com familiares, o sócio
Charlie Munger e amigos como Bill
Gates. Em mais de 900 páginas, Alice
mostra como foi forjado o estilo reve-
renciado de Buffett — em grande parte
influenciado pelo pai, Howard, e pelo
primeiro chefe e guru, Ben Graham, então dono de uma pequena empresa de
investimentos em Nova York.
Como Buffett descobriu o dinheiro
Warren Buffett ganhou os primeiros
centavos de sua vida vendendo caixas
de chiclete. E, desde o dia em que começou a vendê-las — aos 6 anos —, ele
demonstrou uma postura inflexível com
os clientes, que revelava muito sobre o
que se tornaria o seu estilo mais tarde.
“Eu tinha uma bandejinha verde com
cinco compartimentos. Havia espaço
para cinco tipos diferentes de chiclete.
Eu comprava as caixas de gomas de
mascar fechadas, do meu avô, e batia de porta em porta na vizinhança,
vendendo o produto em embalagens
com cinco cada uma. Costumava fazer
aquilo à noite, principalmente. Lembrome de uma mulher chamada Virginia
Macoubrie dizendo: ‘Vou levar só um
chiclete’. Eu respondi: ‘Não abrimos as
embalagens de cinco’. Custavam 5 centavos, e ela só queria gastar 1 centavo
comigo”!
Concluir uma venda era tentador, mas
não o suficiente para fazê-lo mudar de
idéia. Se vendesse só uma unidade para
Virginia Macoubrie, ficaria com outras
quatro sobrando para vender a outra
pessoa, o que não valia o esforço ou o
risco. De cada embalagem, ele tirava
um lucro de 2 centavos. E podia sentir
aqueles centavos, pesados e sólidos, na
palma de sua mão. Eles se tornaram os
primeiros flocos da bola-de-neve de dinheiro que estava por vir.
O que Warren estava disposto a dividir, porém, eram os engradados verme-
Abrapneus
lhos de Coca-Cola que vendia de porta
em porta nas noites de verão. Ele continuou vendendo os refrigerantes durante
as férias da família, abordando banhistas nas margens do lago Okoboji, em
Iowa. Refrigerantes eram mais lucrativos
que chicletes: ele tirava um lucro líquido
de 5 centavos por cada seis garrafas —
e enfiava aqueles centavos orgulhosamente no seu porta-moedas niquelado,
em forma de campo de beisebol, que
carregava no cinto. Era o mesmo portamoedas que ele usava quando batia de
porta em porta vendendo exemplares
do Saturday Evening Post e da revista Liberty. O porta-moedas o fazia se
sentir um profissional. Ele simbolizava
a parte do trabalho de vendedor de
que Warren mais gostava: colecionar.
Embora ainda colecionasse tampinhas
de garrafas, moedas e selos, ele agora
colecionava principalmente dinheiro.
Mantinha as moedas em casa, dentro
de uma gaveta, às vezes reunindo-as
aos 20 dólares que seu pai lhe dera
quando ele fez 6 anos, tudo registrado
na sua cadernetinha marrom: sua primeira conta bancária.
Sendo o único — e precoce — filho
homem dos Buffett, Warren tinha uma
espécie de “auréola”, segundo suas irmãs, e assim se safava de encrencas.
Aos 10 anos, ele arranjou um emprego
vendendo amendoim e pipoca durante
os jogos de futebol americano da Universidade de Omaha. Ele andava pelas
arquibancadas gritando: “Amendoim,
pipoca, 5 centavos, só cinco moedas de
1 centavo, quem vai querer amendoim
e pipoca!” A campanha eleitoral presidencial de 1940 estava em andamento,
e ele tinha uma coleção de dezenas de
broches da chapa republicana WillkieMcNary, que usava na sua camisa (embora o candidato republicano, Wendell
Willkie, parecesse liberal demais para
o seu gosto). Mas Howard votaria em
qualquer um para se livrar de Roosevelt.
Warren, que seguia as opiniões políticas do pai, gostava de exibir os broches da chapa Willkie-McNary quando
vendia amendoins. Um dia o gerente o
chamou no escritório e disse: “Tire esses
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broches. Você vai irritar os torcedores
partidários de Roosevelt”.
Se para Howard o principal interesse era a política e o dinheiro era algo
secundário, com seu filho acontecia o
inverso. Sempre que podia, Warren
ficava no escritório do pai, no antigo
prédio do Omaha National Bank, lendo
a coluna The Trader, da revista Barron’s
(revista mensal de leitura obrigatória em
Wall Street), e os livros da estante. Ou
então se enfurnava na sala dos clientes
da corretora Harris Upham & Co., que
ficava dois andares abaixo do escritório de Howard. Lá, ele achou sensacional quando o deixaram escrever no
quadro-negro, anotando os preços das
ações a giz, numa calma manhã de sábado, na época da Depressão. A bolsa
funcionava por um período de 2 horas
durante os fins de semana. Investidores
empedernidos, sem nada melhor para
fazer, enchiam o semicírculo de cadeiras na sala dos clientes observando
com indiferença os números se arrastarem pelo Trans-Lux, um painel eletrônico com os preços das ações mais importantes. De vez em quando, alguém
se levantava para arrancar um pedaço
de fita da impressora com as cotações
que ela clicava preguiçosamente. Warren chegava com seu tio-avô paterno,
Frank Buffett, e seu tio-avô materno,
John Barber.
“Quando alguém ia até o balcão
atrás das cadeiras e dizia ‘quero comprar 100 ações da U.S. Steel a 23
dólares a cota’, meu tio Frank sempre
explodia e falava: ‘U.S. STEEL? ELA
VAI DESPENCAR ATÉ ZERO!’ ”Aquilo
não era bom para os negócios. “Eles
não podiam expulsá-lo, mas odiavam
a presença dele”. Acomodado entre os
dois tios, Warren observava os números, que lhe pareciam embaralhados.
Sua dificuldade em ler o Trans-Lux fez
a família descobrir que ele era míope.
Depois que lhe providenciaram óculos,
Warren notou que os números pareciam
mudar segundo algum tipo de lei própria e imutável. Embora seus tios-avôs
estivessem loucos para conduzi-lo aos
seus respectivos — e radicais — pontos
de vista, Warren percebeu que seus palpites não pareciam ter conexão alguma
com os números que o painel mostrava.
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FINANÇAS
Ele estava determinado a desvendar o
padrão, mas ainda não sabia como.
Abertura de sua primeira empresa
“Eu tinha juntado cerca de 174 000
dólares e ia me aposentar. Aluguei uma
casa em Omaha por 175 dólares mensais. Íamos viver com 12 000 dólares
anuais. Meu capital cresceria.” Quem
olha para trás talvez ache estranho a
forma como, aos 26 anos, Warren empregou o termo “se aposentar”. Talvez
tenha sido uma maneira de diminuir as
pressões. Ou talvez ele quisesse dizer
que seu capital trabalharia para ele,
como uma espécie de servo, para torná-lo rico.
Do ponto de vista matemático, Warren podia, pelo menos teoricamente,
aposentar-se e ainda alcançar o objetivo de se tornar milionário aos 35 anos.
Desde que entrara na pós-graduação
da Columbia Business School aos 20
anos, com 9 800 dólares em economias,
ele conseguira rendimentos superiores a
60% ao ano. Mas tinha pressa e precisaria de uma taxa muito agressiva para
cumprir sua meta. Assim, decidiu abrir
uma sociedade parecida com um fundo
de hedge. Talvez ele não pensasse nisso
como um “emprego”. Na verdade, era
uma forma quase perfeita de não ter
um emprego. Não teria patrão, poderia
investir de casa e aplicar o dinheiro de
amigos e parentes nas mesmas ações
que comprava para si mesmo. Se pegasse 25 centavos de cada dólar que
ganhasse para seus sócios, como comissão, e então reinvestisse essa quantia na sociedade, ele poderia se tornar
um milionário bem depressa.
Só havia um problema. Ele não toleraria se os sócios o criticassem quando
as ações caíssem. Por isso, planejou
convidar apenas os amigos e a família
— gente que ele tinha certeza de que
confiava nele — para fazer parte da sociedade. Em 1º de maio de 1956, deu
início à Buffett Associates Ltd., sociedade inspirada no modelo da Newman &
Graham, com sete integrantes.
Doc Thompson, pai de sua esposa
10
Susie, investiu 25 000 dólares. Doris,
irmã de Warren, e seu marido, Truman
Wood, aplicaram 10 000 dólares. A tia
Alice Buffett entrou com 35 000. “Eu tinha vendido papéis para outros antes,
mas agora me tornara um fiduciário
— e estava trabalhando em nome de
pessoas que eram tremendamente importantes para mim e que acreditavam
em mim. De forma alguma eu teria mexido nas economias da minha tia Alice,
ou da minha irmã, ou do meu sogro,
se achasse que corria o risco de perdêlas”. Seu colega de quarto de Wharton, Chuck Peterson, que aplicou 5 000
dólares, tornou-se o quarto sócio. O
quinto sócio era a mãe de Peterson, Elizabeth, que investiu os 25 000 dólares
que herdara quando seu marido morreu, um ano antes. O sexto sócio, Dan
Monen, era um jovem moreno, corpulento e tranqüilo que costumava brincar
com Warren quando criança. Como
advogado de Warren, não tinha muito
dinheiro, mas investiu o que podia:
5.000 dólares.
Warren foi o sétimo. Aplicou apenas
100 dólares. O resto de sua participação viria das comissões futuras, que
ele receberia por administrar a sociedade. “De fato, conquistei minha alavancagem com a gestão da sociedade.
Estava transbordando de idéias, mas
não transbordava de capital”. Warren
concebeu uma fórmula para cobrar sua
remuneração aos sócios. “Eu ganhava
metade do que excedesse um patamar
de 4% e assumia um quarto do que ficasse abaixo disso. Assim, se eu empatasse, perderia dinheiro. E minha obrigação de cobrir os prejuízos não estava
limitada ao meu capital. Ia além”.
O estouro da bolha da internet
Buffett apertou um botão, que projetou um slide de PowerPoint numa tela
enorme, à sua direita. Bill Gates, que
estava sentado na platéia, prendeu a
respiração por um instante, até Buffett,
um notório desastrado, conseguir se entender com o projetor: Índice Dow Jones
- 31 de dezembro de 1964 (874.12) /
31 de dezembro de 1981 (874.00).
Ele andou até a tela e começou a explicar. “No decorrer desses 17 anos, o
tamanho da economia quintuplicou. As
vendas das empresas citadas na revista
Fortune 500 mais do que quintuplicaram. Porém, durante esses 17 anos, o
mercado de ações continuou exatamente no mesmo lugar”.
Ele voltou um ou dois passos. “O que
vocês estão fazendo ao investir é adiar
o consumo e aplicar o dinheiro agora,
para pegar mais dinheiro de volta no
futuro. E só existem duas perguntas.
Uma é quanto você vai pegar de volta,
e a outra é quando”.
As taxas de juro, explicou Buffett,
são o preço do “quando”. Elas estão
para as finanças como a gravidade
está para a física. Como as taxas de
juro variam, o valor de todos os ativos
financeiros — imóveis, ações, títulos —
também muda.
Balançando os braços como um regente de orquestra, ele mostrou outro
slide enquanto explicava que, embora
as inovações tecnológicas pudessem
tirar o mundo da pobreza, a história
nos dizia que as pessoas que investiam
nelas não costumavam ficar felizes depois.
“Esta é apenas uma folha de uma
lista, de 70 páginas, de companhias
automobilísticas dos Estados Unidos.
Existiam 2 000 companhias desse tipo:
o automóvel foi, provavelmente, a invenção mais importante da primeira
metade do século 20. Ele teve um impacto enorme na vida das pessoas. Se,
na época dos primeiros carros, vocês
soubessem como o desenvolvimento do
país estaria atrelado a eles, teriam dito:
‘Preciso entrar nessa’. Porém, daquelas
2 000 companhias originais, segundo
dados de poucos anos atrás, apenas
três sobreviveram. De modo que os automóveis tiveram um impacto enorme
na América, mas, para os investidores,
esse impacto não foi positivo”.
Buffett se mantivera no topo por 45
anos num ramo em que cinco anos
de bom desempenho já eram uma façanha. Ainda assim, à medida que o
Abrapneus
recorde aumentava, sempre pairava no
ar a dúvida: quando ele tropeçaria? Um
dia ele declararia o fim de seu reinado
ou algum abalo sísmico o derrubaria
do trono? Talvez tenha sido necessária
uma invenção tão importante quanto
o computador pessoal, unida a uma
tecnologia tão abrangente quanto a
internet, para finalmente destituílo. Mas, aparentemente, Buffett
ignorava as informações disponíveis e rejeitava a realidade
do milênio que se aproximava. Enquanto murmuravam um educado
“Excelente palestra,
Warren”, os jovens
leões ficavam à
espreita,
irrequietos. Em seguida, durante o intervalo,
até mesmo no
banheiro feminino se
podiam ouvir observações sarcásticas sobre ele, feitas pelas mulheres
dos empresários do Vale do Silício. Longe de seus ouvidos, o burburinho continuava: “O bom e velho Warren está
ultrapassado. Como ele pode ter perdido o bonde da tecnologia? Ele é amigo
de Bill Gates”!
Durante mais de um ano, gurus financeiros fizeram pouco de Buffett,
chamando-o de superado, de símbolo
do passado. Às vésperas do novo milênio, a revista Barron’s o colocou na
capa, com a pergunta “Qual o problema, Buffett?” A matéria afirmava que a
Berkshire tinha levado um “tombo feio”.
“Sei que vai mudar”, ele repetia. “Só
não sei quando”. Seus nervos, à flor
da pele, o impeliam a contra-atacar.
Em vez disso, não fez nada. Não reagiu. No finalzinho de 1999, até mesmo
aqueles investidores em “ações de valor
de longa data”, que seguiam o estilo de
Buffett, estavam fechando suas empresas ou cedendo e comprando ações de
empresas de tecnologia. Buffett não fez
o mesmo. O que ele chamava de seu
“placar interno” — uma rigidez em relação a decisões financeiras que o
Maio/Junho 2009
inspirava desde sempre — não o
deixou fraquejar.
“O que mais determina o comportamento das pessoas é o fato de elas
terem um ‘placar interno’ ou um ‘placar
externo’. Se você conseguir ficar satisfeito com seu ‘placar interno’, isso vai
ajudá-lo. Se o mundo não pudesse ver
seus resultados no papel, você preferiria ser considerado o maior investidor
do mundo, mas, na verdade, ter o pior
histórico do planeta ou ser considerado o pior investidor do mundo quando,
na verdade, é o melhor”?. E completa:
“Quando você educa seus filhos, acho
que a lição que eles começam a aprender numa idade muito, muito tenra é
aquilo a que seus pais dão importância. Se eles se importam apenas com
o que o mundo vai pensar a seu respeito e ignoram a maneira como você
se comporta de fato, você acaba desenvolvendo um ‘placar externo’. Meu pai
não foi assim: ele era um cara 100%
‘placar interno”.
11
pirelli
Empresa lança
novas medidas para
transportes urbano,
rodoviário e de carga na
Agrishow 2009
Além das novidades das linhas FR85 e MC85, para uso em trajetos de média severidade e transporte urbano,
a empresa anunciou a chegada das versões do FR85 e FG85 para caminhões leves
12
Abrapneus
A Pirelli apresentou novidades nos
segmentos Caminhão e Ônibus voltadas
aos mercados brasileiro e latino-americano na edição 2009 da Agrishow
Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação -, maior feira de agronegócios da América Latina, que ocorreu
em Ribeirão Preto (SP).
Desde abril as linhas FR85, para
trajetos de média severidade, e MC85,
para transporte urbano, contam com a
nova medida 275/70R 22.5. Com estes lançamentos, o objetivo da empresa
é proporcionar ganhos no transporte de
cargas e maior acessibilidade para os
usuários de transporte público.
Com estas novidades, a Pirelli
contabiliza o lançamento de sete medidas para os segmentos Caminhão
e Agro apenas nos
primeiros
meses
de 2009 – relação
completa a seguir.
“Com as inovações,
pretendemos ampliar o leque de opções para frotistas e
motoristas autônomos, que estão mais
conscientes dos ganhos obtidos com a
escolha adequada para as diferentes
utilizações”, explica o diretor da unidade de negócios Caminhão e Agro da
Pirelli, Flávio Bettiol Junior.
A nova série é um pouco mais baixa do que a medida anterior, possibilitando redução de até 6% no raio do
pneu em relação ao 275/80R 22.5.
De acordo com o diretor, essa característica traz facilidades para esses dois
nichos. “A altura menor permite acesso
mais fácil aos locais com limitação de
altura, como pontes e viadutos, melhor
estabilidade por causa do centro de
gravidade posicionado mais abaixo em
relação ao tradicional e maior capacidade para cargas de grande volume e
baixa densidade”.
A medida 275/70R 22.5 FR85 é recomendada para caminhões de uso urbano e rodoviário de média severidade,
que percorrem longas e médias distâncias em estradas asfaltadas, sinuosas,
com aclives e declives.
“No modelo FR85, a altura reduzida
ganho volumétrico, mantendo o acesso
aos locais com limitação de altura.
Já o 275/70R 22.5 MC85 é destinado para eixos direcionais e trativos de
veículos de transporte urbano e intermunicipal de passageiros e de carga. Por
exemplo, nos ônibus urbanos, a nova
medida pode ser útil para melhorar o
acesso de idosos e deficientes físicos ao
sistema de transporte público, pois estes
veículos terão sua altura reduzida.
Pneu radial para segmento de caminhões leves
Outra novidade
que a Pirelli mostrou
na Agrishow foi a
versão radial da medida 7.50R16, nas
linhas FR85 e FG85,
voltadas para o segmento de caminhões
leves, pick-ups e caminhões de pequeno porte. Trata-se
de um produto mais
moderno para um
grande
mercado,
para o qual a Pirelli já fornece pneus
convencionais.
A versão radial traz carcaça e cintura
de aço para proporcionar maior quilometragem do que os pneus convencionais e, consequentemente, melhor relação custo/benefício.
“A partir desse lançamento para pickups e caminhões leves, a Pirelli passa a
atuar plenamente neste nicho de mercado, no qual o usuário se profissionalizou
e percebeu que o radial atende melhor
às suas expectativas”, explica Bettiol.
“Com as inovações, pretendemos ampliar o
leque de opções para frotistas e motoristas
autônomos, que estão mais conscientes
dos ganhos obtidos com a escolha adequada
para as diferentes utilizações”.
será útil, por exemplo, para caminhões
de entrega de bebidas, porque esse tipo
de trabalho exige que o veículo seja
carregado e descarregado inúmeras vezes ao dia. Desta forma, a nova medida
proporcionará um ganho de eficiência
neste tipo de aplicação”, complementa
Bettiol.
Para transporte de cargas de grande
volume e baixa densidade, como a linha branca, por exemplo, a redução de
altura possibilitará aos caminhões utilizar um baú mais alto, o que resulta em
Lançamentos em 2009
FR85 – 275/70R 22.5, para trajetos de média severidade;
MC85 – 275/70R 22.5, para transporte urbano;
FR85 – 7.50R 16, radial para o segmento de caminhões
leves, pick-ups e caminhões de pequeno porte;
FG85 – 7.50R 16, radial para o segmento de caminhões
Maio/Junho 2009
leves, pick-ups e caminhões de pequeno porte;
FG85 13R 22.5, para eixos direcionais;
TG85 13R 22.5, para eixos trativos;
HF75 600/50-22.5, pneu para implementos agrícolas
(transbordo) do segmento sucroalcooleiro.
13
pirelli
Campanha da Metzeler
oferece Yamaha YBR
Factor para autor de
melhor frase
Para participar, motociclistas precisam preencher cupom nos pontos de venda participantes
A Metzeler, única fabricante do mundo que produz pneus exclusivamente
para motocicletas, irá premiar o ganhador do Concurso Cultural Metzeler
com uma moto YBR 125 Factor 0km. O
participante deve elaborar uma frase,
com até 25 palavras, empregando as
seguintes palavras: “viagem”, “segurança” e “conforto”. Para participar, o motociclista deve passar em blitze na cidade de São Paulo e Região Metropolitana
ou, então, dirigir-se a um dos pontos de
venda até 30 de junho. O ganhador
será revelado em 17 de julho por meio
do site www.metzelermoto.com.br.
Tanto na blitz quanto na loja, os interessados deverão preencher o cupom e
elaborar a frase. Além do tíquete, o motociclista que passar em uma das blitze
realizadas em São Paulo, Guarulhos e
municípios da região do ABC paulista,
ganha adesivos e chaveiros da marca.
Nas lojas participantes, além de preencher o cupom, o motociclista que adquirir dois pneus nos modelos ME22 e Urban, medidas 90/90-18 e 2.75/90-18,
ganha também uma lata de óleo lubrificante para o motor de sua moto.
A escolha da motocicleta que presenteará o vencedor não ocorreu por
acaso. Os pneus Metzeler são utilizados
pela Yamaha como Equipamento Original das YBRs, o terceiro modelo mais
comercializado no mercado brasileiro.
14
“Esperamos que os consumidores brasileiros identifiquem-se cada vez mais
com a nossa marca”, explica Marcelo
Natalini, diretor da Metzeler. Para reforçar a atuação no Brasil e destacar os
atributos da marca, caracterizados pela
segurança, conforto e preços acessíveis,
a Metzeler conta com uma campanha
publicitária que está sendo veiculada
em rádios, jornais e revistas.
Lojas participantes:
Abrapneus
Parceria no
desenvolvimento
de carro de alta
performance ecológico
iChange, primeiro super carro com zero de consumo de combustível fóssil, utiliza pneus de alta
performance da Pirelli
O iChange foi batizado com este
nome porque é capaz de mudar o formato da sua carroceria para se adaptar ao número de passageiros em três
segundos, embora sua característica
mais revolucionária seja o fato de ser
o primeiro super carro que pode alcançar 220 km/h sem consumir uma gota
de combustível derivado de petróleo.
Esta é uma das razões pelas quais a Pirelli, cada vez mais voltada a soluções
ambientalmente corretas, é parceira
tecnológica da fabricante Rinspeed.
A aderência do iChange à pista é
Maio/Junho 2009
garantida pelos pneus da linha Pirelli P
Zero de extrema alta performance (medidas 215/40 ZR 17 nas rodas dianteiras e 245/40 ZR 18 nas traseiras).
A energia utilizada pelo iChange é
fornecida por uma bateria de íon-lítio
disponível em duas versões, uma para
distâncias longas e outra para curtas,
que alimentam um motor elétrico de
150kW, permitindo atingir velocidade
máxima de 220 km/h, com aceleração
de 0 a 100 km/h em quatro segundos.
Células fotovoltaicas instaladas no teto
alimentam o ar condicionado e painéis
solares recarregam a bateria naturalmente quando o veículo é exposto à luz
do sol.
Graças a estas características, o
iChange recebeu o apoio do Departamento Federal de Energia da Suíça,
como “projeto de pesquisa e desenvolvimento mais inovador”.
A parceria tecnológica entre a Pirelli
e Rinspeed já se tornou uma tradição.
O início foi com o “eXasis” em 2007,
continuou com o “sQuba” em 2008
e agora, em 2009, pelo terceiro ano
consecutivo, com o iChange.
15
Michelin
Power One: toda a
experiência tecnológica
O Michelin Power One também recebeu um procedimento que permite utilizar
uma superfície de borracha de 95% slick. Esta tecnologia dá ao Michelin Power
One uma taxa de recorte de apenas 5%,
ou seja, é o pneu Michelin homologado
para uso em estrada que mais se assemelha a um pneu slick.
Mais de 35 mil voltas foram realizadas
por mais de 130 pilotos, sob condições
extremas, em mais de 30 circuitos e durante 3 anos até a Michelin chegar às características ideais de sua nova gama de
pneus hiperesportivos de motos. Trata-se
da linha Michelin Power One, composta por 27 modelos, dos quais 14 estam
disponíveis no Brasil desde maio. A nova
gama substitui a linha Power Race.
Para desenvolvê-la, a Michelin reuniu
as últimas tecnologias desenvolvidas nas
competições de motocicletas.
O resultado é um conjunto de inovações incomparáveis. Cada um dos componentes do Michelin Power One - escultura, arquitetura e banda de rodagem
– representa o que há de mais moderno
em pneus de moto de alta performance.
Tudo para alcançar um precioso objetivo:
ganhar alguns segundos na pista, sem
deixar de oferecer o melhor desempenho
na estrada.
A linha Michelin Power One oferece
27 pneus e 16 tipos de borracha diferentes – ou seja, um total de 867 possibilidades – divididas em duas categorias:
• Gama esculturada Michelin Power One: disponibilizados no Brasil, com
18
nove compostos de borracha, homologados para estrada, estes pneus proporcionam um alto nível de desempenho
tanto em competição como em circuito. A
gama esculturada Michelin Power One
oferece o máximo nível de aderência,
praticamente igual a um pneu slick, mesmo em ângulos entre 40º e 60º. E graças
ao aumento ultra-rápido da temperatura,
é possível colocar o joelho na pista desde
a primeira curva.
• Michelin Power One 16,5” (slick
e chuva): disponível no mercado internacional, esta gama é composta de pneus
em duas dimensões e 11 compostos de
borracha, desenvolvidos para uso exclusivo em circuitos, principalmente em competições de alto nível.
Tecnologias Michelin
O Michelin Power One foi desenvolvido para oferecer o máximo desempenho.
Para isso, utiliza uma série de tecnologias. Uma delas é o novo perfil “Competição” desenvolvido pela Michelin para as
corridas de Moto GP: com um topo mais
pontudo, ele diminui os esforços necessários à inclinação durante as curvas mais
fechadas.
Borrachas inovadoras
O Michelin Power One utiliza novos
ingredientes 100% sintéticos, derivados
diretamente dos pneus de Moto GP. As
borrachas exclusivas Michelin Racing
Synthetic Elastomer (MRSE) substituem
as borrachas naturais, em combinação
com as resinas HSTC (High Tech Synthetic
Compound). Graças a esta composição,
o aumento de temperatura do Michelin
Power One é quase instantâneo, o que
aumenta sua aderência ao solo.
Outra tecnologia aplicada à nova
gama - importada dos pneus de chuva
do Moto GP - é um processo de integração da sílica na mistura dos pneus, o que
também aumenta sua aderência à pista,
esteja ela fria, úmida ou molhada. Além
de todos esses benefícios, a boracha ainda é mais durável e resistente para suportar acelerações e frenagens bruscas.
Nova ferramenta para a escolha
certa de pneu
Disponível no site www.michelinpowerone.com, o “Tyre Guide” é uma ferramenta exclusiva desenvolvida pela
Michelin que permite a cada piloto determinar o modelo da gama Power One que
corresponde às suas necessidades, além
de recomendações de calibragem. Para
utilizar a ferramenta basta preencher os
itens: marca da moto, modelo, utilização,
tipo de pneu, tipo de circuito e condições
da pista.
Abrapneus
Lançamento:
nova banda de rodagem
para ônibus urbanos
“Sua tecnologia é a mesma do novo pneu
Michelin XZU3, o melhor custo-benefício do
mercado de utilização urbana.
Ao ser testada por clientes, a banda
apresentou um rendimento quilométrico
médio 15% superior em relação à principal
banda urbana concorrente”.
A Michelin acaba de lançar a nova
banda de rodagem XZU3. Especialmente desenvolvida para ônibus urbanos, a
banda possui formato inovador: quatro
sulcos largos e profundos (19 mm de
escultura), maior volume de borracha e
melhor escoamento de água. Com isso,
a XZU3 agrega mais economia, quilometragem e segurança.
Sua tecnologia é a mesma do novo
pneu Michelin XZU3, o melhor custo-benefício do mercado de utilização urbana. Ao ser testada por clientes, a banda
apresentou um rendimento quilométrico
médio 15% superior em relação à principal banda urbana concorrente.
Além disso, a nova banda possui
o sistema inovador auto-blocante 3D,
exclusivo da Michelin, que atua diretamente na melhoria da aderência,
aumentando a estabilidade do veículo
Maio/Junho 2009
e proporcionando mais segurança aos
passageiros. O sistema permite um contato progressivo do pneu com o solo, o
que reduz o deslizamento da banda de
rodagem e o desgaste do pneu.
Com seu lançamento, a Michelin passa a oferecer uma gama completa para
atender a todas as aplicações do mercado de pneus de carga: a XZU3 junta-se
a XTE2-B, voltada para uso rodoviário
de reboque, semi-reboques, trucks de
caminhões e ônibus; a XD Coach, que
foi a primeira banda de rodagem do
mercado especialmente desenvolvida
para eixos de tração de ônibus rodoviário; a XDE2+, voltada para eixos de
tração de pneus rodoviários aplicados
em cavalos-mecânicos e caminhões; e
a XZE2+, para os mais variados tipos
de veículos que transportam carga ou
passageiros.
19
bridgestone/firestone
Marca lança pneu para
transporte urbano na
Agrishow 2009
A Bridgestone destacou, na 16ª edição
da Agrishow, que aconteceu de 27/04 a
02/05 em Ribeirão Preto (SP), seu mais
recente lançamento para o segmento de
transporte urbano de cargas e passageiros: o R155.
O produto, que conta com a tecnologia de ponta Bridgestone, foi testado em
operações reais em mais de 20 cidades
no Brasil sob diferentes condições urbanas de uso, antes de ser lançado, para
garantir um pneu com desempenho superior para os transportadores urbanos.
“O R155 possui maior volume de borracha e banda de rodagem mais larga,
o que garante o desgaste uniforme da
banda e maior quilometragem”, explica
Eduardo Cassador, Gerente Nacional de
Vendas Pneus de Carga da Bridgestone
Bandag Tire Solutions (BBTS). Disponível
na medida na medida 275/80 R22.5, o
22
produto atende também ao setor de distribuição de gás, bebidas e outras cargas
urbanas.
Entretenimento
Um dos destaques do evento foram as
apresentações de uma trupe teatral diariamente no estande da empresa, que
fizeram um grande sucesso entre o público, com muita diversão e interatividade.
A única com oito anos de garantia
A empresa apresentou no evento a
linha completa de pneus agrícolas da
marca Firestone, a única que oferece oito
anos de garantia.
Entre os pneus da linha agrícola em
destaque no evento está o SAT 23º, o único no mercado que possui barras longas
e iguais em ângulo 23º, que garantem
uma excelente tração e maior durabilidade para o agricultor.
A marca Firestone é top of mind no
segmento agrícola e é a única do mundo
a contar com uma pista de testes exclusiva
para o desenvolvimento de pneus agrícolas, em Columbiana, Ohio (EUA).
“Agrishow Ribeirão é uma das três
maiores feiras agrícolas do mundo, e é
a partir dela que produtores rurais e as
empresas das mais diversas cadeias do
agronegócio definem o que farão ao longo do ano.
Trata-se de uma oportunidade para a
Bridgestone apresentar seus produtos e,
simultaneamente, conhecer as tendências
deste mercado, através de toda a cadeia
envolvida no setor”, afirma Humberto
Gómez, presidente da Bridgestone do
Brasil.
Abrapneus
Novo ponto de encontro
dos apaixonados por
automobilismo
Site Bridgestone B1 foi totalmente reformulado e agora conta com novas seções,
novos colaboradores e muito mais espaço para interação com o usuário
ainda terá posts sobre MotoGP e a seção
semanal Você Escreve, em que haverá espaço para posts enviados por usuários.
Jogos, curiosidades e vídeos
O novo Bridgestone B1 (www.bridgestoneb1.com.br) é o espaço para o fã de
esportes a motor encontrar diariamente
as notícias, comentários e análises essenciais para se manter informado sobre o
mundo do automobilismo: das condições
do tempo para a próxima corrida até o
perfil dos pilotos e circuitos. O principal
destaque do novo site é o Blog B1, que
traz colaboradores e comentaristas especializados para abordar as principais
categorias e curiosidades do mundo dos
esportes a motor.
Capitaneado pelo jornalista esportivo
Flávio Gomes, veterano em coberturas de
Maio/Junho 2009
automobilismo, o Blog B1 tem ainda colaborações fixas de: Luana Marino, jornalista que traz as notícias, destaques e a
visão feminina sobre o esporte na seção
Mulher no Volante; Djalma Fogaça, piloto
Da F-Truck que escreve Na Boleia, com
sua visão de insider da categoria; Márcio
Valente, agente de Tony Kanaan e outros
pilotos, que mora nos Estados Unidos e
fala da Fórmula Indy e do mercado norteamericano em Made in USA; e Alexander Grumwald, jornalista e produtor que
contribui com a categoria Olho na Pista,
de destaques e curiosidades sobre a principal categoria da velocidade. O Blog B1
E o site Bridgestone B1 tem, além do
Blog B1, muitas outras atrações. Um
grande sucesso de 2008, o jogo Pit Stop
Potenza volta ao ar para entreter e divertir os mais habilidosos na hora de “trocar
os pneus” em um box virtual.
O usuário do site ainda conhece a biografia de alguns dos principais pilotos da
história da F1 na seção Campeões de Todos os Tempos e fica sabendo tudo sobre
os circuitos, inclusive com fotos de satélite
dos traçados e links para os sites oficiais.
Outra seção que promete entreter os
fãs é Direto da Net, uma seleção de vídeos e clipes históricos ou curiosos que
também está aberta à participação do
público.
E ainda vem por aí a ficha completa
dos pilotos que disputam esta temporada,
além do histórico das equipes, e muitas
outras novidades e promoções ao longo
de 2009.
Sobre o Bridgestone B1
O projeto do novo site Bridgestone B1
tem criação e execução da Player Comunicação Digital, sob supervisão de Maria
Teresa Orlandi, do departamento de Comunicação e Marketing da Bridgestone
do Brasil (www.bridgestone.com.br).
23
bridgestone/firestone
Bridgestone equipa
Nissan Livina
A Nissan acaba de lançar a minivan
compacta Livina, que sai de fábrica equipada 100% com pneus Bridgestone Turanza ER300 nas medidas 185/70 R14 88H
Turanza ER300 e 185/65 R15 88H.
O Turanza ER300 conta com a tecnologia de ponta Bridgestone. Possui um
revolucionário desenho assimétrico de
sua banda de rodagem que proporciona
grande estabilidade. Sua estrutura otimizada garante ainda um equilíbrio entre
performance e conforto.
24
As medidas 185/70 R14 88H Turanza ER300 e 185/65 R15 88H estão
disponíveis para a rede de revendedores
e também equipam na reposição veículos como Civic, Xsara Picasso e Tiida
(185/65 R15) e Corolla, Vectra e Focus
(185/70 R14).
A Livina (que já é comercializada globalmente) é fabricada no Brasil, sobre
a mesma plataforma da dupla Logan/
Sandero, que a Renault (dona da Nissan)
já produz. A motorização da Livina no
Brasil, portanto, é a mesma do Logan,
com exceção da versão 1.0, que já foi
descartada pela fábrica. Ou seja, são
duas versões flex: 1.6 8V, de 95 cv, e
1.6 16V, de 107/112 cv.
A maior novidade mecânica é a opção de uma versão automática CVT,
além da manual de cinco marchas.
Ainda em 2009, será lançada também
a versão estendida (Grand Livina), que
utilizará as mesmas medidas do Turanza ER300.
Abrapneus
reciclanip
Reciclanip alerta sobre o
destino do pneu
Personagem Romeu dá vida a um pneu inservível para mostrar resultado do
trabalho da entidade, que alcançou o marco de 1 milhão de toneladas de pneus com destinação correta
Romeu, o Pneu, será o personagem
central do gibi (comics), que faz parte da
fase de sustentação da campanha da Reciclanip sobre os 200 milhões de pneus
inservíveis coletados e destinados de
forma correta, o equivalente a 1 milhão
de toneladas de pneus. O personagem é
utilizado para alertar sobre a necessidade de se dar uma destinação ambientalmente adequada ao pneu que não serve
mais para rodagem, trabalho desenvolvido pela entidade, sob o patrocínio dos
fabricantes de pneus novos.
“Com o gibi, procuramos abordar de
forma mais popular a questão da destinação de pneus inservíveis. Embora o
tema diga respeito à maior parte da população, ainda não é de conhecimento
geral”, afirma a gerente-geral da Reciclanip, Renata Murad.
De caráter educacional e com tiragem
de 30 mil exemplares, o gibi foi criado
visando divulgar e esclarecer sobre o trabalho da Reciclanip, que conta hoje com
390 pontos de coleta espalhados em 21
Estados do Brasil. De fácil entendimento,
explica, por exemplo, que o pneu inser-
Maio/Junho 2009
vível não pode ser abandonado em qualquer lugar nem descartado em aterros.
No gibi, é possível tomar conhecimento da primeira etapa do trabalho da entidade, quando depósitos irregulares foram eliminados e recolhidos mais de 12
milhões de pneus abandonados. O meio
de comunicação enfatiza ainda a importância da responsabilidade compartilhada, mostrando o envolvimento dos diversos elos da cadeia produtiva, como as
revendas, borracharias e revendedores;
a Reciclanip; os usuários dos pneus, as
Prefeituras e a própria sociedade, “que
contribui cobrando ações efetivas de todos os elos da cadeia produtiva”.
“A Reciclanip assume a responsabilidade estruturando e administrando o
processo de coleta e destinação de pneus
inservíveis no Brasil”, informa Renata
Murad. Esse trabalho inclui, por exemplo,
firmar convênios com as Prefeituras, estimulando a criação de novos pontos de
coleta pelo Brasil, e ser responsável pelo
recolhimento dos pneus nos pontos de coleta e transportando-os até a destinação
final ambientalmente adequada.
Programa foi estabelecido em
1999
A Reciclanip, associação sem fins
lucrativos, foi criada em 2007 pela
Associação Nacional da Indústria de
Pneumáticos (ANIP), tem como origem
o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, iniciado em
1999. Hoje, a entidade contabiliza quase 400 pontos de coleta estabelecidos em
parceria com as Prefeituras, a partir dos
quais os pneus são encaminhados para
a destinação ambiental. As aplicações
mais usuais para esses produtos no Brasil são como combustível alternativo para
a indústria de cimento (80%), aplicação
na fabricação de novos artefatos de borracha como tapetes automotivos, pisos
esportivos, revestimento acústico e asfalto-borracha (15%), além destas existe o
processo de laminação, que transforma
os pneus inservíveis em solado de sapato,
dutos fluviais etc.
“A Reciclanip trabalha para que essas atividades se tornem sustentáveis do
ponto de vista ambiental e econômico”,
finaliza Renata Murad.
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goodyear
Empresa atende à
demanda com tecnologia
de última geração
Empregando técnicas de produção inovadoras, como a Tecnologia de Sobreposição Espiral, a Goodyear atende
às necessidades específicas dos brasileiros
A Goodyear Tire & Rubber Company, por meio de
seu desenvolvimento de tecnologia avançada na América Latina, trabalha na produção de pneus inovadores
que atendam às cada vez mais exigentes necessidades
dos consumidores.
Com esta finalidade, a tecnologia de produção da
Goodyear tem seu foco em três elementos fundamentais:
design, qualidade e flexibilidade. Devido ao desenvolvimento de novos modelos de veículos e das necessidades
dos proprietários, esses três elementos estão se tornando cada vez mais significativos. Hoje em dia, os pneus
requerem uma tecnologia inovadora para oferecer uma
melhor rotação e uma experiência de direção abrangente em termos de performance, segurança e conforto.
Isto proporciona aos clientes tranquilidade, na medida
em que o design dos pneus é desenvolvido para atender
características específicas das estradas locais.
“No Brasil os consumidores requerem pneus muito
particulares, adequados para os modelos de automóveis atuais. Desse modo, na Goodyear, também evoluímos tecnologicamente e racionalizamos nossa tecnologia com base nas necessidades do mercado”, afirma
Tim Robinson, diretor de Serviços de Q-Tech Fabricação
na América Latina. “Hoje, nossos processos avançados
de produção, componentes e maquinário nos permitem
desenvolver pneus mais inovadores da mais alta tecnologia na América Latina, bem como nos possibilita
exportar nossos produtos para atender às necessidades
dos mercados mais exigentes do mundo”.
Modelos bem conhecidos como o Assurance® TripleTred, EagleF1 GSD3 e GPS Duraplus servem como
exemplos claros de produtos premium da Goodyear fabricados em diferentes partes da América Latina
para consumidores com necessidades variadas. Essas
necessidades relacionam-se frequentemente com características climáticas e topográficas específicas de cada
26
Abrapneus
região, incluindo: superfícies lisas, aridez
e temperaturas altas ou baixas.
Além disso, a tecnologia avançada da
Goodyear é altamente focada na qualidade do produto e permite um aumento da
flexibilidade da produção. Por exemplo, a
Goodyear pode adaptar-se prontamente
às demandas do mercado - fabricando
pneus de 13”, 14” ou 24, fornecendo o
diâmetro exigido pelo mercado no momento.
Tecnologia de Sobreposição Espiral
Além disso, com um novo equipamento, a Goodyear pode produzir localmente
na América Latina os pneus com Tecnologia de Sobreposição Espiral, que ajuda a
manter o formato do pneu em velocidades
até 300 Km/h, conforme testes realizados
nos laboratórios Goodyear. Essa tecnologia também aprimora a direção e durabilidade do piso.
Maio/Junho 2009
Para complementar a tecnologia de produção avançada da Goodyear, a empresa
possui uma ampla rede de distribuidores e centros de serviço que no Brasil somam 150
revendedores oficiais e 900 pontos de venda em todo o País. Esses princípios básicos
criam um círculo perfeito, fornecendo o melhor da tecnologia e qualidade aos clientes
em todo o mundo.
Sobre a Goodyear
Goodyear Tire & Rubber Company é uma das maiores empresas de pneus
do mundo. A revista Fortune nomeou a Goodyear como a empresa de autopeças mais admirada do mundo em sua lista de 2008. A publicação classificou a
Goodyear como a nº 1 em inovação, gerenciamento de pessoas, uso de ativos
e orientação global.
A empresa também aparece na lista das empresas mais respeitadas da
América da revista Forbes e na classificação das empresas mais confiáveis
na América, e no ranking da revista CRO das 100 melhores Empresas. A
Goodyear emprega aproximadamente 75 mil pessoas e fabrica seus produtos
em mais de 60 instalações em 25 países pelo mundo. Para mais informações
sobre a Goodyear, acesse www.goodyear.com/corporate.
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goodyear
Agrishow 2009
Goodyear exibe no evento sua nova Camionete de Serviços a Frotas, além das linhas de pneus agrícolas
Entre 27 de abril e 2 de maio a Goodyear esteve presente na Agrishow 2009
– Feira Internacional da Tecnologia
Agrícola em Ação, evento em Ribeirão
Preto, interior do Estado de São Paulo.
A fabricante de pneus, que está comemorando 90 anos de presença no Brasil
e levou para a Agrishow um estande temático desta celebração, exibe na feira
diversas linhas de pneus dos segmentos
agrícola, industrial, caminhão e ônibus e
linha passeio, além da nova Camionete
de Serviços a Frotas, a grande novidade
da empresa.
O segmento agrícola esteve representado no evento por linhas da Goodyear
como Optitrac, Dyna Torque II e Super
Traction. Primeira linha radial agrícola
produzida na América Latina, a Optitrac da Goodyear teve lugar destacado
na Agrishow 2009. Seus produtos apresentam, de maneira geral, maior durabilidade e menor custo por hora traba-
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lhada, consumo menor, rodagem larga,
com maior poder de tração, proteção
extra contra cortes e perfurações, além
de excelentes tração e auto-limpeza.
Outro modelo que a Goodyear disponibilizará da linha agrícola é o Dyna
Torque II, com construção diagonal. Ele
possui desenho exclusivo com barras
curtas e longas alinhadas na área dos
ombros, o que se traduz numa perfeita
distribuição de força no centro e nos
ombros dos pneus, ou maior poder de
tração com menor índice de patinagem.
O modelo também possui sulcos largos e
profundos, proporcionando maior autolimpeza, além de durabilidade. Equipado com carcaça com cordonéis 3T, o
Dyna Torque II propicia distribuição uniforme das tensões, proporcionando resistência superior por danos provocados
por pedras, raízes, tocos, entre outros.
A Goodyear exibiu também na
Agrishow o pneus IT323, da linha industrial. Com construção diagonal, o IT323
é indicado para o uso em minicarregadeiras. Ele possui barras otimizadas da
banda de rodagem, que proporcionam
resistência e durabilidade, com menor
custo por hora trabalhada.
Na linha de caminhões e ônibus, a
novidade foi a Série 600 de pneus
radiais da Goodyear, com todos
os quatro modelos expostos na
Agrishow 2009 (G658, G667,
G665 e G657). O G657 é o mais
recente lançamento da linha, desenvolvido para atender à crescente demanda de frotas que atuam
no serviço rodoviário de longa distância. O novato da Série 600 tem
aplicação em eixos direcionais, livres
e de tração moderada, e tem como
principal característica um eficiente consumo de combustível, comprovado em
testes realizados pela empresa, aliado
a uma excelente performance. Como os
demais desenhos da Série 600, o novo
G657 foi desenvolvido com a tecnologia Duralife™, exclusiva da Goodyear,
que proporciona vida mais longa para o
pneu, um grande benefício para frotas.
Ainda na linha de pneus para caminhão e ônibus, destaque para os modelos
G377 e G386, agora também na medida 275/80R22,5. Os dois produtos são
indicados exclusivamente para serviços
mistos de terra e asfalto como fazendas,
usinas e estradas vicinais, onde as velocidades predominantes são médias e
baixas. O pneu G377 possui sulcos largos e extra profundos, proporcionando
auto-limpeza com menor retenção de
pedras e menor custo por quilômetro
rodado. Outra característica importante do modelo é sua banda de rodagem
larga, com melhor distribuição da carga e aproveitamento da força motriz do
veículo. Já o G386 possui desenho com
blocos interligados e resistentes, o que
propicia máximo desempenho com menor custo por quilômetro.
A Goodyear disponibilizou na
Agrishow 2009 uma completa linha de
pneus para veículos de passeio, com
modelos como o GPS Duraplus, Goodyear Excellence, Fulda, F1, Fortera e
toda linha Wrangler. A novidade fica
por conta do recém-lançado Wrangler
Adventure, pneu para picapes e SUVs
projetado para uso misto (50% off-road
e 50% on-road). Um dos principais diferenciais do Wrangler Adventure é o uso
da tecnologia Durawall™. Ela consiste
em um composto de borracha especial
na lateral do pneu, que proporciona melhor resistência aos impactos e cortes laterais. Outro diferencial é o novo design
da banda de rodagem, com blocos escalonados e assimétricos, que permitem
a formação de um maior número de sulcos, possibilitando melhor dirigibilidade
e tração em situações on e off-road.
Abrapneus
Nova Camionete
Goodyear de Serviços
a Frotas
Uma das maiores novidades da Goodyear na Agrishow foi a apresentação
da nova Camionete de Serviços a Frotas,
que está apta a atender solicitações de
caminhões, ônibus, agrícola e fora de
estrada. “A versatilidade é a principal
mudança no padrão da camionete, que
só atendia a frotas de caminhões e ônibus. Ela agora conta com equipamentos
de geometria veicular computadorizada, além de balanças para análise da
distribuição de cargas para pneus de
caminhão, agrícola e fora de estrada,
Maio/Junho 2009
com até 40 toneladas”, explica Rubens
Campos, Gerente de Marketing Comercial da Goodyear do Brasil.
Os novos equipamentos permitem
que a camionete da Goodyear realize
uma infinidade de check-ups e reparos. Alguns exemplos dos serviços realizados pela Camionete de Serviços a
Frotas são análises de pneus removidos
de serviço, de distribuição de cargas,
de temperatura, sistema de controle de
pneus e manutenção de veículos, além
de controle eletrônico de pneus, entre
outros. “Mais uma vez a Goodyear inova no atendimento das necessidades das
frotas, sendo pioneira ao oferecer serviços integrados para segmentos como
caminhão, ônibus, agrícola e fora de
estrada, oferecendo novos serviços de
qualidade, além de profissionais muito
bem qualificados”, afirma Campos. O
novo conceito será estendido a todas as
camionetes destinadas para esta finalidade da Goodyear no Brasil.
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opinião
O Brasil na frente
Um Estado do bem-estar social precisa ser eficiente para ser legítimo precisa, portanto, realizar a reforma
gerencial. O governo Lula está continuando a Reforma Gerencial do Estado de 1995. O Brasil está na frente
de muitos países ricos no processo de gradualmente realizar a reforma
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
O Governo federal está empenhado
em dar continuidade à reforma gerencial
do Estado de 1995 -uma reforma que
visa tornar o serviço público mais eficiente, dessa forma legitimando as ações do
Estado na área social e científica. Nesse
sentido, vem tomando uma série de providências, entre as quais o projeto de lei
criando as fundações estatais e, agora,
por meio do envio ao Congresso de mais
dois projetos de lei, um deles promovendo a desburocratização do atendimento
aos cidadãos e outro regulamentando o
artigo da Constituição que prevê os con-
tratos de desempenho ou de gestão.
Essa reforma começou em 1995 e inicialmente foi objeto de rejeição da parte
do PT e do funcionalismo público porque
a muitos parecia ser uma reforma neoliberal. Entretanto, aos poucos foi ficando
claro que não se tratava disso. Que seuobjetivo não era diminuir e enfraquecer
o Estado, mas ao contrário, fortalecê-lo,
ao tornar os administradores públicos
mais autônomos e mais responsáveis e
ao possibilitar que as agências estatais
ou paraestatais (organizações sociais)
pudessem ser liberadas de uma parte
dos controles burocráticos.
Por meio da substituição de regulamentos rígidos por contratos de gestão
flexíveis, a reforma visava tornar o aparelho do Estado brasileiro forte no plano
administrativo, como a Lei de Responsabilidade Fiscal o tornava forte no plano
financeiro. O fato de que a instituição
internacional responsável pelas reformas
neoliberais, o Banco Mundial, tenha se
oposto à reforma brasileira porque era
preciso que “antes fosse completada a
reforma burocrática” é a melhor comprovação de que não se tratava de uma
reforma neoliberal.
A alta administração pública e a sociedade brasileira foram tomados de
surpresa pela reforma, em 1995, mas
não demoraram a apoiá-la - a primeira
por compreender que ela prestigiava os
servidores dotados de espírito republicano, a segunda porque em todos os países
a grande maioria da população demanda sempre maiores e melhores serviços
públicos.
O projeto de lei do Ministério do Planejamento regulamentando os contratos
de desempenho é coerente com os princípios da reforma da gestão pública ou
a reforma gerencial. Esse projeto define
com clareza os contratos, estabelece as
responsabilidades da comissão supervisora dos contratos em cada ministério e
as responsabilidades dos gestores das
agências. E garante a estas uma maior
autonomia administrativa, inclusive para
pagar bônus de desempenho para os
servidores das agências que tenham
atingido as metas contratadas.
A reforma gerencial é a segunda
grande reforma administrativa do Estado
moderno. A primeira foi a reforma burocrática, que, nos países desenvolvidos,
necessitou de 30 a 40 anos para poder
ser considerada completa. A reforma gerencial de 1995 também necessitará desse tempo. O importante, porém, é que
ela continue a ser realizada. Isso passou
a acontecer imediatamente nos Estados
da Federação e nos municípios, onde
avanços extraordinários estão acontecendo, mas agora ela está ganhando
momento também no nível federal. Esse
fato não é surpreendente porque essa é
uma reforma inevitável.
O Estado moderno não é apenas democrático, é também social. Um Estado
do bem-estar social, porém, precisa ser
eficiente para ser legítimo. Não tem,
portanto, alternativa senão realizar a reforma. O Brasil foi o primeiro país em
desenvolvimento a iniciar uma reforma
gerencial e, nesse campo, está hoje na
frente de muitos países ricos.
Luiz Carlos Bresser Pereira é economista, cientista social e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas. É membro de diversas comissões e conselhos, inclusive do
Comitê de Especialistas em Administração Pública das Nações Unidas. Atuou como ministro da Fazenda do governo Sarney e no governo Fernando Henrique Cardoso,
assumiu o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, onde comandou a Reforma da Gerencial do Estado de 1995.
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Abrapneus
A Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do SICOP - Sindicato
Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos, distribuida gratuitamente aos revendedores, distribuidores e fabricantes de pneus, entidades de classe, orgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às
revendas e orgãos de imprensa.

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