Sessao de vela

Transcrição

Sessao de vela
Escola de Actividades Náuticas de Cascais
UMA SESSÃO DE VELA
Documento elaborado pelo professor Raul Duarte
A segurança dos nossos alunos deverá ser, entre outros, o factor determinante
em todas as opções tomadas antes e durante uma sessão de vela. Mas outras questões
relativas à organização e acompanhamento da actividade são fundamentais para que esta
possa ser rentabilizada ao máximo.
Como o ditado diz: ”Quem vai para o mar previne-se em terra”, seguem -se
algumas indicações que não pretendem ser uma receita mas apenas algumas
informações facilitadoras dos primeiros passos no ensino da vela.
Antes da sessão:
Q Consultar as previsões meteorológicas (vento, maré);
Q Prever uma actividade alternativa se as condições meteorológicas forem
diferentes das esperadas;
Q Planear no máximo duas ou três situações de exercício por sessão;
Antes de ir para a água:
Q Escolha do local da actividade:
- Afastado das rochas, de embarcações fundeadas, de canais de
passagem de embarcações,
- Ter em atenção a direcção do vento ou da corrente e a hora de
mudança da maré;
- Colocação das bóias não muito afastadas (dependente do nível
dos alunos e das condições meteorológicas;
Q Se possível, aparelhar o bote antes da chegada dos alunos e montar o percurso
com as bóias;
Q Decidir quantos barcos vão para a água em função da minha experiência, do
nível dos alunos, das condições meteorológicas;
Q Acompanhar os alunos enquanto aparelham a embarcação (principalmente na
fase inicial);
Q Verificar sempre, antes de ir para a água, se as embarcações estão bem
aparelhadas e se o material está em boas condições. Um moitão estragado é fácil
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de mudar em terra enquanto que no mar poderá inviabilizar a actividade do
aluno;
Q Apresentar de forma clara a actividade a realizar na água:
- A entrada na água, o canal de saída e o regresso à rampa;
- O local da actividade;
- Os exercícios;
- Explicar alguma questão (por exemplo navegar à bolina);
- Demonstrar, experimentar alguma acção (por exemplo
bordo,cambar);
- O sinal de reagrupamento;
- Marcar encontro com os alunos numa das bóias colocadas;
Q Analisar em conjunto com os alunos as condições do vento ( força e direcção ) e
do mar (corrente);
Q Nenhum aluno vai para a água sem colete;
Q Nenhum aluno vai para a água antes do professor;
Q O professor deverá verificar o bote ( se o motor pega, gasolina, palamenta);
O professor deverá levar consigo:
- Colete;
- Roupa adequada ao tempo;
- canivete;
- catavento;
- cabos, manilhas, moitões …
- Fita adesiva;
- cabo de reboque;
- vertedouro;
- primeiros socorros;
- manta térmica;
- água e comida.
- telemóvel/rádio
- apito
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Na água:
Q Ter o material preparado para uma intervenção rápida;
Q Em caso de mais do que um aluno necessitar de ajuda analisar rapidamente e
optar pelo que enfrentar um risco maior;
Q Acompanhar os alunos mais inexperientes sobretudo quando largam e quando
regressam prevendo eventuais toques em embarcações fundeadas;
Q Acompanhar muito próximo os alunos que dão os primeiros bordos;
Q Se necessário rebocar os alunos até à zona da actividade;
Q Se as condições de tempo mudarem drasticamente não hesitar em regressar a
terra. As situações de risco aumentam com o vento forte e a ajuda torna-se muito
mais difícil;
Q Manter sempre contacto visual com todos os alunos e com o colega no outro
bote;
Q Não deixar os alunos dispersarem-se no plano de água;
Q Em caso de viranço ou outra situação qualquer, deixar o aluno tentar resolver a
situação. Só ajudar se necessário;
Q Colocar-se perto dos alunos para falar com eles garantindo que a sua mensagem
foi ouvida. Em situação de vento mais forte, a barlavento fazemo-nos ouvir
melhor;
Q Conhecer os procedimentos a seguir para cada problema que surja;
Q Preparar com os alunos o regresso, antecipando a forma como vai ser feita a
aproximação à rampa;
Após o regresso:
Q Garantir que o material utilizado é lavado e arrumado no devido lugar;
Q Fazer o balanço da actividade;
Em todas as sessões:
Q Criar rotinas transporte, utilização, lavagem e arrumação do material;
Q Tornar os alunos o mais autónomos possível;
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