01editorial - Revista SIM

Transcrição

01editorial - Revista SIM
01 EDITORIAL
02 NA CAPA...
“A Brasileira o café mais procurado,
Pela cidade, país ou estrangeiro,
O seu cheiro perfumado,
Como as rosas do canteiro”
Produção, Realização
e Styling:
Margarida Direito
[shoetochoose]
)otograƩa:
Hugo Delgado [Wapa]
Cabelos:
Candy Cabeleireiros
(Rua Adelino Arantes,
nº16, S. Vicente. Tlm:
917520727)
Make-Up:
MakeUup - serviços de
maquilhagem (www.
facebook.com/pages/
MakeUup; anaraquel_
[email protected]; tlm:
910 998 099)
Modelo:
Joana Rocha (One
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Local:
Café A Brasileira
(Largo do Barão de
São Martinho 17,
4700 Braga. www.
cafe-abrasileira.
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Agradecimentos:
Café A Brasileira
One Models (Célia
Machado)
JOANA ROCHA
EDITORIAL
03
04 EDITORIAL
FICHATÉCNICA:
A FALTA DE CULTURA
É CULTURAL
DIREÇÃO:
Carlos Pereira
961 791 966 | 253 613 223
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REDAÇÃO:
Manuel Costa-Editor
COORDENAÇÃO:
Manuel Costa
961 791 968
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FOTOGRAFIA:
Hugo Delgado | WapaPhoto
GRAFISMO:
Pedro Carvalho
www.tostads.com
Manuel Costa
Cara Leitora, Caro Leitor,
P
orque é cultural não
haver política para a
cultura. Este trocadilho
nada mais é que uma
constatação de factos que
nos vão acompanhando
no dia-a-dia. Portugal não
tem um Ministério da Cultura, porque
se achou que seria um luxo que um
país que viveu mais de 40 anos em
ditadura tivesse um. Portugal tem um
ensino artístico e musical público que
é ridículo e desatualizado. Aliás, há
dúvidas que exista mesmo. Quando
não há ensino (ou é facultado aos
cidadãos da forma que é), é natural que
a evolução social se ressinta.
No lado dos bons exemplos em Braga,
é surpreendente o que tem feito a dst
e, particularmente, José Teixeira, o
seu líder. Além da Shair (o projeto que
lhe apresentamos mais à frente) é de
realçar, por exemplo, o apoio à Feira
do Livro de Braga, o facto de oferecer
livros aos seus colaboradores, em
ocasiões especiais, ou ainda (pasme-se)
ter criado uma curta metragem que os
próprios colaboradores protagonizaram,
baseada n’Os Maias, de Eça de Queirós.
Por outro lado, continua a ser
surpreendente o trabalho da Velhaa-Branca, um estaleiro cultural que,
como os de Viana, alterna fases
conturbadas com outras muito boas.
A verdade é que, passados todos
estes anos, continua ali, no Largo da
Senhora-a-Branca, a resistir. Ainda a
Toca, que ocupou os cinema do Centro
Comercial BragaShopping e lhes voltou
a dar vida e juventude, em jeito mais
underground, ou a Peste Cultural, que
comemorou recentemente o primeiro
aniversário e tem feito pela vida; o
Remy, que fez 20 anos de carreira há
pouco tempo e que continua a ter
uma regularidade de programação
absolutamente assinalável,
nomeadamente ao nível do jazz.
Poderia ainda falar da Galeria Mário
Sequeira - Tibães, ou do novo espaço
de exposição de fotograƥa, a Mood Art
Space , em Maximinos, ou até o Estúdio
22, que tem uma programação regular
cultural e musical desde que abriu
portas.
E mais existem que não referi; e mais
existiriam, se a cultura fosse ensinada
desde o berço e não aprendida aos 15,
16, 20, 30 anos, quando é procurada. A
obrigação de um Governo, ao contrário
de todas as entidades aqui referidas,
é proporcionar essas condições.Elas
fazem-no, porque gostam. Bem hajam.
COLABORADORES:
Abraão Veloso, Alexandre Mota,
António Santos, Bruno Dourado,
Constança Fernandes, Cristina
Crisóstomo, Janine Soares, João
Pedro Sousa, Jorge Santos, Hugo
Teixeira, Maria Helena, Marta
Covas, Paula Viana, Paulo Coelho,
Pedro Leitão, Pedro Tavares, Rafael
Oliveira, Ramiro Brito, Rita Dantas
Fereira e Rute Barbedo
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Casa das Artes (Famalicão), Centro Cultural Vila Flor (Guimarães),
Pavilhão Multiusos (Guimarães),
Theatro Circo (Braga) e Cinema
de Almofada
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Na última edição, por lapso, não referimos o autor da fotograƥa da capa que é, como é
habitual, Hugo Delgado / WAPA, assistido pelo Alexandre Ribeiro / WAPA.
No suplemento Especial de Moda, a seleção dos modelos apresentados para ilustrar
as tendências Primavera/Verão 2014 é da responsabilidade de Margarida Direito
(ShoeToChoose). Aos visados e aos nosso leitores, as nossas desculpas.
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Quinzenal
EDITORIAL
05
06 EDITORIAL
LIBERTY
FITNESS
CENTER
ABRE PORTAS NO CORAÇÃO DE BRAGA
C
om um investimento total de dois milhões de euros e mais de 3000
metros quadrados, o Liberty Fitness Center (LFC) abriu portas com
gestão e propriedade do Grupo Regojo, o mesmo do Liberdade Street
Fashion. A assinatura do projeto de decoração de interiores é da
responsabilidade do prestigiado e galardoado Lázaro Rosa-Vilán Studio
Contemporain SL (gabinete de Barcelona). “Quando assumimos o projeto,
decidimos apostar num conceito diferente. Quisemos oferecer à cidade
algo que ainda não tinha, em pleno centro da cidade. O Liberty Fitness Center poderia
estar, perfeitamente, em Nova (orque “, aƥrmou Pepe Regojo, diretor do Grupo Regojo.
Até ao momento, o LFC já tem inscritas 1250 pessoas e lotação máxima de 3000 pessoas.
Entre as atividades que fazem parte da oferta do novo ginásio, destacam-se o Body Pump,
Body Combat, Body Attack, Power Jump, Body Step, Cycling, Zumba, Pilates ou Crosstraining.
A arquitetura do edifício permite que todos os espaços tenham acesso a luz natural e vista
excecionais: o LFC está equipado com duas salas polivalentes, com 120 metros quadrados
cada, para atividades coletivas de ginásio; uma sala de treino funcional, também com 120
metros quadrados, uma sala de cycling, com capacidade para 50 bicicletas destinada ao
ciclismo indoor, construída em anƥteatro com vista para o Largo de Santa Cruz; uma sala
de musculação e cardiovascular, com uma área a rondar os 600 metros quadrados. Além
destas áreas, existe ainda um bar amplo. O LSF estará aberto ao público de segunda a
sexta-feira, das 7h00 às 23h00, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h00 às 20h00.
EDITORIAL
LSF
DISTINGUIDO
O Liberdade Street Fashion foi distinguido, no concurso promovido pela
Revista “Imobiliária” - Prémio Nacional
do Imobiliário 2012, com o prémio de
Melhor Empreendimento de 2012 na
Categoria de Comércio. “Este prémio
traduziu o reconhecimento, por parte dos
especialistas na área, do carácter inovador
deste projeto moderno e de referência na
cidade de Braga; um projeto exemplar de
reabilitação e requaliƥcação urbana em
que a sua principal valência – o comércio
– mereceu a distinção júri”, informou a
direção do centro.
07
08 ENTREVISTA COM...
INÊS
AZEVEDO
Coordenadora do Ano Europeu dos Cidadãos
Texto: Manuel Costa
Fotos: Alexandre Ribeiro/ WAPA
A
poucos dias das Eleições
Europeias e quase no término
das comemorações do Ano
Europeu dos Cidadãos, que se
comemorou no ano passado
e se estendeu para 2014, fomos saber
como é que os portugueses encaram
os assuntos europeus. Inês Azevedo,
Coordenadora do Ano Europeu dos
Cidadãos em Portugal, traça um cenário
de esperança no futuro, para o qual se
está a trabalhar, mas tem consciência
que o sentimento europeu é coisa que
não abunda em Portugal, até porque os
portugueses culpam a própria Europa
pela situação económica que vivemos.
ENTREVISTA COM...
09
Como surgiu a designação para este cargo?
No início do ano passado, a Comissão
Europeia pediu aos Estados Membros para
designarem alguém que coordenasse o Ano
Europeu dos Cidadãos nos respetivos países.
A presidência do Conselho de Ministros
indicou o meu nome. A minha função foi
de organizar um conjunto de atividades de
comemoração do Ano Europeu dos Cidadãos.
Este é um ano importante, porque assinalase os 20 anos do Tratado de Maastricht, que
instituiu o conceito de cidadania europeia.
E, não é por acaso, estamos em vésperas
de Eleições Europeias... A UE quis alertar e
consciencializar os cidadãos para os direitos
e deveres que têm.
A informação
sobre os
assuntos
europeus
ainda não é
eÅKabº
Esta será uma comemoração que, ao
contrário do habitual porque acontece
em doi anos seguidos, 2013 e 2014. Que
feedback teve em 2013?
Muito positivo, ao contrário do que
esperava inicialmente. Estive a analisar o
Eurobarómetro e percebi que os portugueses
atribuem grande parte da culpa da situação
económica atual às instituições europeias.
Tinha receio que não houvesse adesão, mas
estava errada. Tentámos sair dos grandes
centros metropolitanos de Lisboa e Porto
e percebemos que a participação, a nível
local, é muito grande e intensa. Dividimos
as ações em duas partes, de esclarecimento
e de debate, para que todos pudessem
colocar as questões em que tinham dúvidas
e deixar sugestões daquilo que poderia ser
melhorado. Foi essa dinâmica que permitiu o
sucesso das iniciativas.
Que atividades destacaria?
Em Coimbra, o “pontapé de saída” das
comemorações foi dado pela comissária
Viviane Reding [atualmente, ocupa o cargo
de comissária europeia de Justiça, Direitos
Fundamentais e Cidadania], num diálogo
sobre a Europa com mais 400 pessoas.
Tentámos replicar, depois, esse momento
localmente. Em Junho, tivemos um encontro
na Torre do Tombo, com a presença do Martin
Shulz, Presidente do Parlamento Europeu,
e outros eurodeputados, que explicaram
como funcionam os organismos europeus,
quais as suas funções no dia-a-dia e de que
forma isso tem impacto nas nossas vidas.
Além destes, ƥzemos ainda 18 encontros com
os centros Europe Direct em todo o país. O
tema “Europa” não é fácil. Tentámos, por isso,
descobrir novas formas de captar a atenção
das pessoas. Organizámos o ciclo “10
cidades, 10 Filmes, 10 debates”, que também
passou por Braga. A programação esteve a
cargo do Rui Pedro Tendinha.
“É importante que os
funcionários públicos
consigam esclarecer
os cidadãos sobre
questões europeias”
10 ENTREVISTA COM...
Durante este tempo que palmilhou o
país de lés a lés, o que lhe parece que
falta fazer para melhorar a relação
dos portugueses com as instituições
europeias?
A questão da informação é a grande
falha. A Comissão gasta milhões de
euros em informação, mas a verdade é
que, por vezes, não chega. Precisamos
descentralizar os gabinetes de
informação para estruturas locais e
criar plataformas que permitam que,
quem está atrás de um balcão, possa
dar a melhor informação aos cidadãos
sobre os seus direitos e deveres
como europeus. Muita vezes ouvimos
dizer: “então existia isso e só agora é
que eu sei?” Mas nem tudo é mau. O
desemprego é a grande preocupação
dos portugueses e a Europa tem feito
algumas coisas boas para contrariar
esse infortúnio. A rede EURES, que
está a ser desenvolvida pelos centros
do IEFP, permite ao cidadão adquirir
informação e apoio importantes, caso
pretenda emigrar e trabalhar num dos
países da UE. Por exemplo, o valor
que precisa receber como salário para
fazer face às despesas mensais de
renda e alimentação. A mensagem tem
que ser passada de outra forma, para
ser mais eƥcaz.
Como poderia ser feita essa
aproximação?
Em Maio do ano passado, a
comissão apresentou alguns dados
preliminares para melhorar a eƥcácia
da informação. Uma das medidas
sugeridas era dar formação sobre os
direitos europeus a nível da câmaras
municipais e juntas de freguesia,
assim como nos serviços públicos. É
um caminho que se faz caminhando.
Este processo da cidadania europeia
só vai terminar quando eu me sentir
tão bem em França ou em Itália como
em Portugal. Cada vez que um cidadão
chegar a outro estado membro deverá
ir documentado de tudo o que precisa
para se sentir como em Portugal.
Esse trabalho está longe de estar
terminado.
a longo prazo. Penso que deveremos
preparar, desde já, as próximas
eleições, porque para estas, de 2014,
já não vamos a tempo. Todos os
anos deveriam ser Ano Europeu dos
Cidadãos, desde que se assinou o
Tratado de Maastricht, para aproximar
as pessoas da realidade europeia. As
instituições encaminharam os seus
esforços para outras prioridades...
Os Centro Europe Direct são um dos
meios de informação sobre assuntos
europeus. Considera que os que
existem em Portugal são suƩcientes?
Ao todo, são 19 e fazem um trabalho
fantástico. A descentralização da
representação da Europa está bem
entregue. A parceria que temos
estabelecido tem sido muito
proveitosa. Quantos mais houver,
melhor, porque conseguiremos
descentralizar melhor a informação,
mas esse assunto estará sempre
dependente da Comissão Europeia,
que ƥnancia estes centros.
Acha que seria possível criar uma
disciplina, nas escolas, para ensinar
aos mais novos os assuntos europeus
e evitar que daqui a 10 ou 20 anos a
situação fosse a mesma?
Eu acredito que sim. Muitas vezes,
educando as crianças, elas próprias
vão educar os pais em casa. Há
matérias sobre a união europeia que
estão incluídas no plano curricular em
algumas disciplinas, mas não mais que
isso. Há ainda os clubes europeus nas
escolas associadas, que trabalharam,
em 2013, no Ano Europeu dos
Cidadãos. Ao todo, recebemos quase
200 projetos, que demonstra bem
o dinamismo desses clubes. Se
queremos continuar a construção
europeia, teremos que apostar nas
bases. Nós estamos geograƥcamente
do centro da Europa e, quanto a isso,
não há nada a fazer.
Nas próximas Eleições Europeias,
poderemos esperar maior adesão dos
cidadão, depois de uma comemoração
como a de 2013?
Não. Não acredito nisso. O trabalho
que ƥzemos foi o de despertar
consciências, de informação, de
recolha de sugestões. Os encontros
foram gravados para serem enviados
para a Comissão e para serem
discutidos e analisados. O trabalho
que desenvolvemos é contínuo,
não podemos esperar resultados
no imediato. Estas mudanças não
acontecem num ano ou em dois, mas
Podemos acreditar que as gravações
que foram feitas ao longo do ano
são, realmente, consideradas pela
Comissão Europeia?
Sim, sem dúvida. Em Maio, o conjunto
de propostas que foi avançado
para melhorar a implementação
dos direitos dos cidadãos foi feita
com base na informação oriunda
do Eurobarómetro, dos resumos
de debates, propostas de cidadãos
de cada país. Foi-nos pedido que
continuemos esse trabalho. No ƥnal
de Abril, enviaremos um relatório com
o resumo de cada um dos eventos
que ƥzemos. É este o contributo
de Portugal para a construção do
projeto europeu. No próximo ano, será
enviado um novo relatório, com novas
conclusões.
Acha que há aproveitamento político
nesta fase de eleições e pouca
discussão importante?
Dois meses não chegam para
preparar eleitores para eleições desta
envergadura, é pouquíssimo tempo.
Não há debate de ideias e os temas
que se discutem, que são complexos
e que vão afetar diretamente as suas
vidas, são ignorados pelas pessoas e
por muitos políticos.
EDITORIAL
11
12 REPORTAGEM
SNAG:
fácil, divertido e educativo
O desporto foi desenvolvido para ser jogado
em qualquer lugar e por qualquer pessoa.
Custos são reduzidos e integração em escola
são vantagens para a universalização da modalidade. Esta é a primeira das sugestões que
a Revista SIM lhe vai apresentar nas próximas
edições, para praticar atividades ao ar livre
que o(a) ajudarão a ter uma vida mais saudável.
Texto: Manuel Costa
Fotos: Alexandre Ribeiro/ WAPA
O
jogo assemelha-se, em muitos
aspetos, ao golf. Aliás, a
modalidade foi considerada como
um protótipo de aprendizagem
muito bom para quem quer
evoluir para o golf (mais a sério).
O formato é que muda um pouco,
porque até as regras são semelhantes. Se não,
vejamos: o objetivo é ƥnalizar o circuito abaixo do
par (tal como o golf), ou seja, a bola deverá chegar ao
objetivo com o menor número de tacadas possível; há
um taco, há uma bola, até há bandeirinhas. A grande
diferença está no formato da bola (em tudo igual à
bola de ténis, mas com o peso igual à bola de golf),
que se explica com a necessidade de ƥcar presa ao
objetivo (um pino forrado a velcro) e na ausência de
um buraco. A vantagem deste desporto é, antes de
mais, poder jogar-se em qualquer lugar: pode ser o
seu jardim, como poderá ser um qualquer parque ou
rua. Depois, a distância entre objetivos (que no golf
são buracos ƥxos) poderá variar consoante o que
pretender. Se preferir colocar o objectivo (pino) a 50
metros pode fazê-lo, como poderá ƥcar a 5 metros.
Também os recursos ƥnanceiros que terá que dispor
para adquirir um kit para jogar é incomparavelmente
menor: por cerca de 100 euros, poderá ter a diversão
que quiser, com quantas pessoas quiser, adicionando
ou retirando bolas consoante o número de
participantes (claro que quantas mais bolas precisar,
mais caro ƥcará).
A Associação Portuguesa de SNAGOLFE tem sede em
Braga e é presidida por Pedro Silva, um entusiasta da
modalidade. Encontramo-lo no Parque da Ponte, na
cidade dos Arcebispos, pouco depois de terminar a
colocação dos pinos e montar a tenda onde ensina
os primeiros movimentos a quem é novato. Todos
os sábados, desde que o tempo permita, é possível
dar as primeiras tacadas. “Conheci este desporto no
Brasil. Eu estive a apoiar a PGA [Professional Golfers
Association] do Brasil e eles estavam a mostrar este
material, na prepraração para os Jogos Olímpicos.
Como existia o material na Europa, eu trouxe para
cá”, explica. O responsável tem feito várias sessões
de esclarecimento e demonstração do desporto em
escolas, com uma aceitação muito boa. Através da
assinatura de um protocolo com a Diocese de Braga e
com a Câmara Municipal, a Associação Portuguesa de
SNAGOLFE conseguiu a permissão para a utilização do
Parque São João da Ponte.
SNAG, que signiƥca Starting New At Golf, ou “uma
nova forma de começar a aprender golf” ( www.
snaggolf.com), é um desporto recente, mas com
algumas distinções no curriculum. O material
utilizado ganhou o prémio de “melhor apoio ao
ensino” - Golf Europe Product Award 2012 na
categoria de Training Aids.
EDITORIAL
13
14 REPORTAGEM
Como surgiu o SNAG?
O material foi criado e desenvolvido pelo proƥssional de golfe Terry Anton, em colaboração com
uma Universidade de Desporto Americana. Existe
há cerca de 10 anos, com o objetivo de apoiar mais
jogadores de golfe e tornar a aprendizagem fácil
e divertida para grupos ou turmas escolares em
qualquer local, evoluindo posteriormente para o
golfe tradicional. As características do material
SNAG com cores atrativas para chamar a atenção das
crianças, é concebido para ensinar uma turma até 36
alunos com um único professor no espaço de uma
sala de aulas. Existem apenas dois tacos para jogar
com pesos semelhantes a tacos de golfe, sendo o
“Roller”, semelhante ao putter, e o “Launcher” e o
loft de um ferro 9 (o taco mais fácil de jogar), com as
cabeças maiores e os grips com riscas de duas cores,
para facilitar ao máximo a aprendizagem.
Com o taco Launcher a bola é sempre jogada de
cima de um tee (pino), inserido num tapete de borracha (“Launch Pad”), o que permite ser praticado
em qualquer superfície, seja terra, areia, soalho de
madeira, relva, cerâmica, asfalto ou até neve. Há um
código de conduta, que se baseia na etiqueta do
golfe, que faz com que o comportamento exemplar
dos jogadores seja um fator decisivo para poder ou
não praticar a modalidade.
A Associação Portuguesa
de SNAGOLFE
“Nesta fase inicial, estamos a promover a modalidade. Temos uma colaboração com o Clube de Golfe
de Braga, assim como a Diocese e a Câmara, para a
utilização deste parque”, conta Pedro Silva. A Associação Portuguesa de SNAGOLFE iniciou a sua atividade em Maio de 2013, em Braga, é um projecto que
começa no Brasil e depois adaptado a Portugal em
que ao procurar entender o SNAG e a melhor forma
de ser implantado veriƥcamos algumas considerações. “Queremos que, em cada cidade, possa haver
um espaço onde se pratique este desporto. É fácil
e muito acessível a qualquer pessoa. Estamos a dar
formação a professores de educação física de várias
escolas e demonstração aos mais jovens. Porém,
os mais velhos também podem jogar, porque é um
desporto de família, por excelência”, defende.
Desde Maio deste ano, a Associação Portuguesa de
SNAGOLFE fez cerca de 20 demonstrações para mais
de 1.000 jovens, com idades compreendidas entre
os 5 e os 80 anos (incluindo pessoas com deƥciência), nas localidades de Braga, Guimarães, Trofa,
Famalicão, Barcelos, Celorico de Basto, Cabeceiras
de Basto, Fafe, Chaves, Pedras Salgadas, Gerês e
Algarve.
Como jogar?
Essa é a parte mais fácil do desporto, porque Pedro
Silva convida qualquer pessoa a aparecer e experimentar. “Estamos aqui para ajudar e explicar como
funciona, sem qualquer compromisso”, convida
Pedro Silva. Se quiser saber mais, visite o site www.
apsnag.pt e o facebook.com/apsnag. Ou apareça no
Parque da Ponte, ao sábado e dê umas tacadas.
EDITORIAL
15
16 REGIÃO
CÔNSUL DA REPÚBLICA SÉRVIA ELOGIA PROJETO DE
APOIO ÀS EMPRESAS “MADE IN FAMALICÃO”
O
Cônsul da
República Sérvia
e Presidente
da Câmara de
Comércio Portugal
– Balcãs Ocidentais, Simão Matos
elogiou o projeto “Made In Famalicão”, promovido pela autarquia
famalicense, nomeadamente na
sua vertente “de apoio à inovação e
internacionalização das empresas”.
O responsável que falava durante a
cerimónia de receção ao embaixador da Sérvia em Portugal, Mirko
Stefanovic, aproveitou ainda a oportunidade para deixar um apelo aos
empresários famalicenses: “Esta é a
altura para as empresas de Famalicão
conhecerem os Balcãs e beneƥciarem
das potencialidades económicas que
esta região oferece.” A adesão da
Sérvia à União Europeia, que deverá
representar o último alargamento da
Europa, é “uma oportunidade única
para as empresas que pretendem
internacionaliza-se, avançarem”,
aƥrmou. A visita de trabalho do
embaixador Mirko Stefanovic que
se prolongou durante a tarde com a
visita ao Citeve (Centro Tecnológico
das Indústrias Têxtil e do Vestuário)
ao Centi (Centro de Nanotecnologia
e Materiais Técnicos, Funcionais e
Inteligentes) e ainda ao Parque da
Devesa, um dos cartões de visita
do concelho, serviu, de resto, para
o estreitar das relações económi-
cas entre a Sérvia e Vila Nova de
Famalicão. Vila Nova de Famalicão foi
o ponto de partida para um conjunto
de visitas e ações a levar a cabo
pela Câmara de Comércio Portugal
– Balcãs Ocidentais, em diversas
cidades “chave” para a promoção da
região em Portugal. Para o presidente
da Câmara Municipal, Paulo Cunha,
“Vila Nova de Famalicão tem uma
rede de embaixadores no exterior,
que são o núcleo de empresas que
estão implantadas no estrangeiro,
e que devem auxiliar as empresas
que querem internacionalizar o seu
negócio”. O autarca realçou ainda “o
dinamismo, a pujança e a diversidade
da economia famalicense”, assinalando que “existem empresários preparados para assumir novos desaƥos”
e que a “região dos Balcãs está numa
posição estratégica”.
As palavras do presidente da Câmara
Municipal facilitaram a intervenção
do embaixador Mirko Stefanovic
FAMALICÃO LANÇA CONCURSO DE
FOTOGRAFIA PARA A FAMÍLIA
A
Câmara Municipal
de Vila Nova de
Famalicão vai lançar
um concurso de
fotograƥa intitulado
“Foto de Família”,
que pretende
mostrar o espírito e a dinâmica das
famílias famalicenses. O objetivo é
captar um momento de descontração
e harmonia familiar. Todas as
fotograƥas serão apresentadas ao
público numa projeção multimédia,
na Fundação Cupertino de Miranda,
e haverá prémios para os melhores
retratos. A iniciativa insere-se no
evento Mês da Família, que se
assinala em Maio, com um conjunto
diversiƥcado de atividades.
As inscrições para o concurso
abrem a 15 de Abril e decorrem
até ao ƥnal do mês, podendo ser
feitas através do correio eletrónico
família@vilanovadefamalicao.
org ou no Gabinete de Apoio à
Família e ao Voluntariado, situado
na Avenida 25 de Abril. A entrega
das fotograƥas pode ser feita até
15 de Maio, sendo que a entrega
de prémios será a 31 de Maio. O
primeiro prémio será uma refeição
em família, para quatro pessoas, no
restaurante Outeirinho, o segundo
um bilhete duplo para o espetáculo
de teatro “40 e então?” e o terceiro
material sobre fotograƥa. A iniciativa
conta com o apoio da Maratona
Fotográƥca e visa retratar a família
nas diversas vertentes: ambiente
familiar, convívio, partilha, tempos
livres, ocupações e elementos que
partilham a companhia da família.
O regulamento está disponível no
portal oƥcial do município em www.
vilanovadefamalicao.org.
que numa verdadeira operação de
charme apresentou a Sérvia como um
bom país para investir. O responsável
referiu as “ótimas relações políticas
entre Portugal e a Sérvia”, dois países
de dimensões semelhantes. Perante
uma plateia repleta empresários, investidores e potenciais investidores,
o embaixador referiu que a Sérvia
está centrada em Portugal, e em jeito
de graça referiu que “a Sérvia também tem algo para mostrar aos portugueses”, referindo-se aos jogadores
de futebol. Uma das empresas que
poderá investir na Sérvia é a fábrica
de bolachas “Vieira de Castro”. Para
o responsável José Borges, que se
mostrou muito satisfeito com a apresentação do embaixador, “existem
já alguns contatos efetuados com a
região dos Balcãs”. Sem adiantar muito mais, José Borges referiu que “a
Vieira de Castro está sempre atenta
aos mercados”.
CÂMARA DE
FAMALICÃO
ENTREGA BOLSAS
DE ESTUDO A
ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS
O
presidente da
Câmara
Municipal
de Vila
Nova de
Famalicão,
Paulo Cunha, entregou 185
bolsas de estudos a alunos
famalicenses que frequentam o ensino superior,
num esforço ƥnanceiro de
156.350 euros, um aumento
de 25 % em relação ano passado. Paulo Cunha fala num
investimento no futuro do
município: “Criar condições
para que 185 famalicenses
possam concluir o seu plano
de ensino é a melhor aposta
que podemos fazer para que
eles no futuro possam dar o
retorno a este investimento”.
EDITORIAL
17
18 EMPRESAS
PEDRO CABRITA REIS
RESPONSÁVEL PELO SHOWROOM DA IDUNA
A
IDUNA acaba de apresentar um novo
showroom, numa instalação que reúne,
no mesmo espaço, arte contemporânea
e produção industrial de uma das
empresas com mais expressão na área do
mobiliário, em Portugal. “Já temos uma
ligação ao Pedro Cabrita Reis desde o
momento em que trabalhámos juntos na Bienal de Veneza,
em 2013. A nossa ligação à arquitetura e à arte é muito
forte e uma forma de estar da nossa empresa”, explicou
José Maria Ferreira, administrador e chairman da IDUNA.
“Quando a IDUNA resolveu relançar-se e criar uma nova
dinâmica para a empresa, perguntaram-me se queria
colaborar neste arranque e eu sugeri-lhe que, a partir
das coisas que eles têm, ƥzéssemos um trabalho com o
conceito pelo qual sou mais conhecido, os Ʀuorescentes
e os alumínios. Tentei trazer estes dois mundos para o
mesmo espaço e a combinação entre a produção industrial
e a criação artística fez nascer esta instalação que é, ao
mesmo tempo, uma grande escultura minha e uma mostra
do que a IDUNA faz”, explicou o artista Pedro Cabrita Reis.
A apresentação contou com a presença da Vereadora da
CM de Braga, Lídia Dias, da Vereadora da CM de Vila Verde,
Júlia Fernandes, do Eurodeputado, José Manuel Fernandes,
Mira Amaral ( presidente do BIC), dos arquitetos Carvalho
Araújo, António Coutinhos, Cerejeira Fontes, Pedro Lima e
António Martins.
EDITORIAL
19
Braga tem um Peso!
Fragmentos da História da Balança em Portugal
Parte VIII: Anos 80, o pioneirismo impera.
A
década de 80 ƥcou claramente
marcada pela entrada de Portugal
na Comunidade Económica Europeia
(CEE). Mas, ainda antes disso, passou
por alguma turbulência devido à
crise profunda em que se encontrava.
Em Outubro de 1983, Portugal
concluía um novo acordo com o FMI (o primeiro havia
sido em 1977), com a economia nacional muito
vulnerável e dependente do capital estrangeiro.
Mas o ‘saneamento’ nacional operado pelo FMI
preparava também o caminho da adesão de
Portugal à CEE. Há já alguns anos que se projetava
esse processo e, ƥnalmente, a 1 de janeiro de
1986, Portugal formalmente se tornou membro.
Em terras bracarenses, também se davam novos
passos na área do conhecimento: em 1986 iniciavase a construção das instalações da Universidade do
Minho, como a conhecemos atualmente, sendo esta
agora reconhecida como uma das universidades
portuguesas mais prestigiadas. No dia 22 de março,
o primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva colocava
a primeira pedra no campus de Gualtar. Este e o
campus de Azurém foram inaugurados em 1989.
Nesta balança de empreendedorismo, sobressaía-se
também o empenho da Cachapuz incutindo nas suas
produções uma prospeção madura e trabalhadora
de quem investe na inovação e desenvolvimento.
Logo no início dos anos 80, “houve um
crescimento muito grande com a melhoria do
mercado”, confessou Joaquim Ferreira, antigo
encarregado de produção que trabalhou na
Cachapuz durante mais de quatro décadas!
Exemplo disso foi a criação da balança R4G para
pesagem de gado, respondendo às carências
do mercado próprias daquela época; outros
equipamentos concebidos nesta década foram
o terminal CPF430 com pré-indicações para
carregamento de cimento a granel para o qual,
sem concorrência, o preço foi preponderante.
Mais
ainda,
foram
produzidas
balanças
automáticas para diversas áreas de negócio,
tais como os modelos: D30, PT10C30, C31 e D5.
Um acontecimento que ninguém rouba à memória
de Joaquim Silva, antigo montador que trabalhou
quase 50 anos na Cachapuz, foi aquando da
instalação de uma “balança de 9 metros em
Tarouca que foi descarregada à mão por 22
homens”. Parte do crescimento da Cachapuz
tinha sempre um travo a cooperação humana.
Um pouco mais tarde, em 1985, deu-se o início da
era eletrónica na Cachapuz com o desenvolvimento
e fabrico da primeira balança eletrónica em
Portugal. Não tardou para que, no ano seguinte,
todos os balcões CTT do país estivessem dotados
com este tipo de equipamento. Posteriormente,
sucederam-se os primeiros leitores de pesagem
eletrónicos de tecnologia nacional, desenvolvidos
em cooperação com a Universidade do Minho.
Em 1987, essa era eletrónica incidiu também
nos aeroportos nacionais onde o peso das
bagagens na hora do check-in era monitorizado
através da balança criada pela Cachapuz.
Esta força de trabalho e espírito empreendedor
implicava que o número de colaboradores fosse
aumentando: em 1988 eram cerca de 130,
número pouco comum à vista das outras empresas
do setor da pesagem industrial. A Cachapuz
continuava a crescer e, consequentemente,
a contribuir para a economia local através
da criação de emprego e de conhecimento.
Pioneirismo e empreendedorismo foram premissas
obrigatórias nesta década de 80 que, distintamente,
ƥzeram do nome Cachapuz uma referência de peso!
Artigo patrocinado por
Parque Industrial da Sobreposta, Apartado 2012 · 4701-952 Braga
t/ 253 603 480 | e/ [email protected]
w/ www.cachapuz.com | f/ CachapuzBilanciaiGroup
20 EMPRESAS
O melhor café é o d’A Brasileira!
107 ANOS A FAZER HISTÓRIA
D
urante um dia, A Brasileira vestiu-se de festa para celebrar os 107 anos de
existência. Criado antes da primeira República, em 1907, o café A Brasileira é hoje um ícone da cidade, que conseguiu resistir a vários períodos
conturbados e mantém-se mais ‘vivo’ que nunca. Elvira Pinheiro, gerente
d’A Brasileira, aƥrma que este é um momento de celebração e agradecimento: “Decidimos criar este evento como agradecimento aos bracarenses
e à cidade, em especial aos nossos clientes. Esta festa é para eles, porque,
sem eles, não conseguiríamos ultrapassar as diƥculdades que tivemos aos
longos destes anos.” Quem já se sentou numa daquelas mesas circulares com tampo de
vidro, onde nunca falta uma Ʀor, sabe que a brasileira é mais que o inconfundível café de
saco. “É, também, um espaço de cultura, de discussão, de cidadania, onde vêm avôs, pais,
ƥlhos e netos. É uma paixão da nossa família, que queremos perpetuar”, ƥnaliza Elvira
Pinheiro.
O dia de festa teve dezenas de convidados, entre os quais, um dos parceiros privilegiados
d’A Brasileira: a Associação Comercial, representada pelo seu presidente, Macedo Barbosa. “É um espaço nobre da cidade e faz parte do património de Braga, é do melhor que
podemos apresentar a quem nos visita, porque é genuíno e único. Ainda hoje, é um local
de discussão de ideias, nomeadamente políticas”, defende Macedo Barbosa.
A direção musical esteve a cargo do músico Giovani Goulart e passaram pelo palco, entre
as 11h00 e as 02h00, o Projeto Piano & Tambores, Banda Axé Brasil, Duo de Flautas Transversais, a Tuna Universitária do Minho, um dueto de Violino e Violoncelo, um Grupo Coral,
um grupo de Fados de Lisboa, a Banda 2 - Giovani Goulart & Liliana e os Show Hammond
is Back.
EDITORIAL
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22 REGIÃO
FESTIVAL DE ÓRGÃO DE TUBOS DE BRAGA
EM EDIÇÃO INAUGURAL
B
raga vai receber, entre
os dias 30 de Maio e 07
de Junho, o «I Festival
de Órgão de Tubos», um
evento que se pretende
aƥrmar no panorama
nacional e internacional e que contempla concertos,
conferências e visitas temáticas. A
Arquidiocese de Braga, a Santa Casa
da Misericórdia de Braga e a Câmara
Municipal são as entidades organizadoras desta iniciativa inédita. Na
sessão de apresentação do Festival,
Ricardo Rio sublinhou que esta é
uma ´iniciativa pioneira´ e uma
´primeira experiência´ para o futuro.
“O programa apresentado presta um
justo tributo a todos os que, ao longo
dos anos, lutaram pela preservação
destes ativos e cultivaram a sensibilidade para a utilização e gestão dos
instrumentos”, aƥrmou, garantindo
estar seguro de que muito público
irá assistir ao Festival que durante
uma semana vai animar várias igrejas
de Braga. Na cidade, contam-se 46
órgãos de tubos, contando-se mais
ainda em recuperação. José Paulo
Abreu, cónego e vigário-geral da
Arquidiocese de Braga, que acredita
que este acontecimento irá marcar
a vida cultural da cidade. “Participamos neste projeto com a alegria de
saber que estamos a contribuir para a
dinamização da nossa cidade, cultura
e economia”, disse, salientando que
este Festival permite mostrar aos
turistas e aos próprios Bracarenses
uma das maiores riquezas da cidade,
o seu espólio de órgãos de tubos que
tem sido ´pouco aproveitado´. Para
Bernardo Reis, Provedor da Santa
Casa da Misericórdia de Braga, é um
prazer a instituição que representa
contribuir para uma iniciativa deste
cariz. “Cada vez mais precisamos de
incrementar o turismo religioso e po-
tenciar a dimensão cultural. Estamos
abertos a participar em todas estas
iniciativas, no sentido de darmos o
nosso contributo para a construção
de uma Braga melhor”, ƥnalizou.
MUNICÍPIO DE VILA VERDE E RAÍZES & AFETOS APRESENTAM
NOVO SERVIÇO GRATUITO, NO DIA MUNDIAL DE PARKINSON
O
novo projeto
Raízes & Afetos,
com a colaboração
do Município de
Vila Verde, vai
realizar dia 11 de
Abril, Dia Mundial
de Parkinson, a Iª Conferência Cuidar
com Afetos, nos paços do concelho,
apresentando um novo serviço social
conjunto, colocado em breve ao
serviço da população, gratuitamente:
o Gabinete ‘Cuidar com Afetos’. A “Iª
Conferência Cuidar com Afetos” vai
ser subordinada ao tema ‘Parkinson,
Alzheimer e AVC. Ética no Cuidar’ e
vai levar a Vila Verde, na tarde do
Dia Mundial de Parkinson, alguns
dos melhores especialistas sobre a
realidade destas patologias. A novidade da abordagem dos temas, na
perspetiva da valorização do carinho,
do afeto e da ética nos cuidados a
prestar pelos cuidadores promete
ser o maior atrativo da conferência,
que ainda vai ilustrar as realidades
atuais das mesmas, focando-se nas
problemáticas, nos direitos, mas
também nos deveres dos portadores
destas doenças.
Com moderação de Paula Correia, coordenadora técnica de Serviço Social
da Raízes & Afetos, a conferência vai
estar dividida em dois painéis. No
primeiro, será abordado o tema “Parkinson – Reaprender a Caminhar”,
por Paula Gomes, Presidente das delegações dos distritos de Braga e de
Vila Real, da Associação Portuguesa
de Doentes de Parkinson, seguindo-
se “Demência e a doença de Alzheimer”, desenvolvido por Marta Melo,
Terapeuta Ocupacional da Delegação
Norte da Alzheimer Portugal. O
segundo painel será subordinado ao
tema “Não queira sofrer um AVC”,
com intervenção de Diogo Valadas,
Diretor Técnico da Associação AVC,
de Barcelos, e a “Ética no Cuidar”,
explanado pelo Prof. Dr. Costa Pinto,
Diretor do Curso de Deontologia e
Ética da Universidade Católica Portuguesa. “Temos presente que a nossa
sociedade está cada vez mais envelhecida, as patologias acima mencionadas têm uma evolução galopante
e incontornável, mas este processo
pode e deve ser retardado. Com isto,
assumimos como missão uma resposta de proximidade, de partilha, de
diagnosticar e alcançar estratégias de
intervenção”, refere Elsa Gonçalves,
diretora executiva da Raízes & Afetos
e responsável pela organização desta
Iª Conferência. As inscrições são
obrigatórias e processam-se online,
até quarta-feira, 9 de abril. Dra. A
primeira conferência ‘Cuidar com
Afetos’, realizada no simbólico Dia
Mundial de Parkinson, vai contar tam-
bém com a presença do presidente
do Município de Vila Verde, António
Vilela e da responsável pelo pelouro
da Ação Social do Município, a vereadora Júlia Fernandes.
O novo gabinete ‘Cuidar com Afetos’
é fruto da parceria entre a Raízes &
Afetos e a Ação Social do Município
de Vila Verde, através de Alexandrina
Cerqueira. Este serviço será prestado
à comunidade em forma de consultas
gratuitas, na sede da Ação Social de
Vila Verde. “O Gabinete Cuidar com
Afetos tem em vista ser um local de
procura e apoio à comunidade, prioritariamente sénior, utentes patológicos (AVC, Alzheimer, Parkinson…) e
cuidadores de idosos”, explica Elsa
Gonçalves, da Raízes & Afetos. O
programa da conferência e outras informações podem ser consultados na
página do Facebook/RaizeseAfetos.
Mais informações: [email protected]
EDITORIAL
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24 MÚSICA
THEATRO CIRCO ENCHEU PARA VER
PAULO GONZO
A
BALDI voltou a corresponder aos anseios do público bracarense
e trouxe até Braga mais um nome consagrado da música
portuguesa. Foi um Theatro Circo completamente esgotado
que acolheu, no passado dia 29 de Março, o concerto intimista
e pleno de emoções de Paulo Gonzo. Interpretando vários
dos seus grandes êxitos de uma carreira com mais de 35 anos,
Paulo Gonzo encantou, com a sua voz de características únicas,
uma plateia entusiasta que há muito aguardava a vinda do cantor a Braga.
Nos próximos espectáculos organizados pela BALDI, que vão acontecer em
Maio, a empresa do Grupo José Pimenta Marques, mantém a fasquia elevada. No
dia 17 de Maio, sobe ao palco do Theatro Circo a peça de teatro de comédia “Os
Idiotas”, enquanto no dia 29 de Maio, também no espaço mais nobre da cultura
bracarense, actua Rita Guerra, outro nome incontornável da música nacional e
uma das melhores vozes portuguesas.
EDITORIAL
25
Balanças Marques continua a fazer história, em vez de contar histórias
BALANÇAS MARQUES EM DESTAQUE NOS
PRÉMIOS “WEIGHING REVIEW AWARDS 2014”
A Balanças Marques alcançou o
3º lugar nos Prémios “Weighing Review Reader’s Choice
Awards”. Dois dos seus produtos, a balança BM5 e a básculaponte PCM M1500, venceram
as categorias em que estavam
nomeados.
F
oram divulgados, no passado dia 21 de Março, os
vencedores dos prémios
internacionais “Weighing
Review Awards 2014”,
organizados pelo portal “International Weighing Review”. A Balanças
Marques, única empresa portuguesa
nomeada, ƥcou em 3º lugar, entre
as 31 empresas a votação. Além da
atribuição do Prémio para Melhor Empresa de Pesagem, em que a Balanças
Marques apenas foi superada pela
Loma Systems, dos Estados Unidos,
e pela HBM, da Alemanha, também
foram escolhidos os melhores produtos de diversas categorias do sector da
pesagem. A empresa bracarense tinha
três nomeações, tendo vencido os Prémios de Melhor Balança para Retalho,
com a BM5, e Melhor Báscula-Ponte de
Pesar Camiões, com a PCM M1500.
Pimenta Marques naturalmente muito
satisfeitos, pelo reconhecimento do
seu trabalho e da qualidade dos seus
produtos prestado pelas centenas
de votantes oriundos de mais de
50 países. Estas distinções servirão,
certamente, para reforçar a boa imagem que a empresa também já tem
além-fronteiras e o posicionamento
da sua marca e dos seus produtos no
mercado internacional.
A Balanças Marques, do Grupo José Pimenta Marques, com sede em Celeirós,
Braga, é uma empresa com mais de
40 anos de actividade no fabrico de
balanças, especializada em todo o
tipo de equipamentos de pesagem
comercial e industrial, sendo hoje uma
das principais empresas a operar na
Península Ibérica nestes dois sectores
da Pesagem e o maior fabricante de
básculas de pesar camiões.
Reƥra-se que a balança BM5 e as
básculas de pesar camiões da Balanças Marques estão já presentes em
inúmeros países, sendo os produtos
mais exportados pela empresa, cujas
exportações signiƥcam, globalmente,
cerca de 80% do valor total da facturação.
Todos os vencedores dos Prémios
“Weighing Review Awards 2014” podem ser consultados em http://www.
weighingreview.com/p/winners-forweighing-review-awards-2014.html
Estes resultados deixaram os responsáveis da empresa do Grupo José
EUROPAIN CONFIRMOU AFIRMAÇÃO DA
BALANÇAS MARQUES EM FRANÇA
A participação da Balanças Marques na Feira Europain, através da sua empresa local Balances Marques, veio conƩrmar
que é uma realidade a completa integração e aƩrmação no mercado franc©s.
D
e acordo com Rafael
Barbosa, responsável pela Balances
Marques, “foi mais
uma aƥrmação da
nossa constante
presença no mercado,
sendo já vistos pelos nossos concorrentes como uma marca a respeitar e
tecnologicamente na vanguarda”. “Foi
uma feira muito interessante a todos
os níveis”, continua Rafael Barbosa,
“estabelecemos contactos para novos
revendedores e contactámos com diversos clientes ƥnais, inclusive alguns
de fora de França”. “O balanço ƥnal é
muito bom, sem dúvida que conseguimos passar uma imagem de uma
empresa internacional, com bastante
peso, e que está em França para ƥcar”,
conclui.
Presente em França há três anos,
a empresa encontra-se já completamente implantada, com uma vasta
rede de distribuidores por toda a
França, tendo a Europain servido,
igualmente, para consolidar a marca
junto de diversos mercados francófonos.
Realizada em Paris, entre 8 e 12 de
Março, a Balanças Marques foi uma das
cinco empresas portuguesas presentes
na Europain, entre quase oito centenas
de expositores provenientes de 32
países, naquela que é uma das mais
importantes feiras do mercado francês
e a maior relacionada com os sectores
da paniƥcação e pastelaria.
EDITORIAL
27
28 HISTÓRIA
CUSTÓDIO DIAS PEIXOTO E ANTÓNIO
FRANCISCO PORTELA, OS LEGATÁRIOS DOS DOTES
DE CASAMENTO EM S. VICENTE
Por Pedro Leitão
A
vida deles dará
todos os livros do
mundo se houver
discernimento
que baste para
conjecturar (e
narrar), como
certas certezas, o quanto estará
ainda por desenterrar dos acervos
pelos gadanhos arquivísticos dos
estudiosos. Vai para mais de dois
séculos e meio que Custódio Dias
Peixoto e António Francisco Portela
entregaram a alma ao Criador
de bolsos vazios por amor ao
próximo. Ascenderam aos altos céus
amortalhados com o hábito de S.
Francisco, eles que chegaram ao ƥm
da vida podres de ricos e poderosos.
Com efeito, os legados pecuniários
que deixaram à Irmandade de S.
Vicente permitem ir no encalço não
apenas do ƥcou por saber sobre
as suas existências, mas ainda de
muitas outras vidas que partiram
deste mundo tão incógnitas como
tão incógnitas nele entraram
durante o século XVIII, em Braga
e em Guimarães ou até mesmo no
Brasil. Haja espanador capaz de
varrer as camadas de pó que ainda
lhes cobrem as memórias e, decerto,
em prol da comunidade. Ou seja,
transferiu para a Irmandade de S.
Vicente o direito de administrar, com
ƥns sociais, os cinco mil cruzados
que tinha a render a juros por
empréstimos por ele concedidos
a “várias pessoas” (consultar em
www.revistasim.com o trabalho
com o título “O banco do amor ao
próximo de S. Vicente que se afogou
em dotes por ser dado à boa paz”,
publicado na edição nº146 da SIM).
teremos à vista desarmada mais um
bom lote de roteiros sentimentais
para enriquecer, a partir de outros
possíveis registos sobre as suas
vidas, o quadro das grandezas e
misérias da sociedade bracarense (e
vimaranense) da época setecentista.
Os legados de Custódio Dias Peixoto
e de António Francisco Portela
coincidem com o período de grande
azáfama na mutuação de capitais,
através de empréstimos a juro, por
parte de confrarias, irmandades
e misericórdias. No século XVIII,
não existiam bancos comerciais,
mas havia endividamento da parte
de certas camadas da população
por empréstimos contraídos
junto de negociantes ou de
confrarias e irmandades. Da parte
dos negociantes nem sempre
prevalecia a compaixão cristã
para compreender o infortúnio
de devedor que esticasse o pernil
num ai, deixando viúva e órfãos
à míngua. Por vezes, a ganância
de certos abutres desses tempos
aguçava as garras da vilanagem e,
em tais extremos, pouco faltaria para
haver… morto a dever a toda a gentee ninguém a dever ao morto! Só
praticamente a actividade creditícia
das confrarias e irmandades punha
as populações a salvo da usura
especulativa de contratantes
sem escrúpulos. A Irmandade de
S. Vicente, com a sua “intensa
actividade creditícia” durante o
século XVIII, primou pelo ambiente
algo protector que proporcionava
a quem lhe pedisse dinheiro
emprestado ou auxílio ƥnanceiro.
Perdoar a devedores
antes de partir para o
Reino dos Céus
Em vida, Custódio Dias Peixoto e
António Francisco Portela também
emprestaram dinheiro a juro, mas
os seus legados (e testamentos)
revelam que estavam mais
preocupados em preparar uma
partida tranquila para o Reino dos
Céus do que em multiplicar os bens
terrenos. Pouco antes de morrer,
António Francisco Portela até
perdoou aos devedores, deixando
escrito que os testamenteiros
estavam… desobrigados de
“cobrarem o dinheiro que lhe
deviam”, por considerar que eram
dívidas de “diƥcílima cobrança”,
anota a investigadora Marta Lobo,
na sua obra “Filha casada, ƥlha
arrumada: a distribuição de dotes de
casamento na Confraria de S. Vicente
(1750-1870).
Custódio Dias Peixoto não teve
o gesto magnânimo de António
Portela, mas nem por isso deixou
de aplicar uma parte da fortuna
Custódio Dias Peixoto, um
espingardeiro “com loja aberta”,
residia junto à Igreja dos Terceiros
(e do aljube, a cadeia eclesiástica),
no início da antiga Rua da Fonte de
Carcova, actual Rua dos Capelistas,
em S. João do Souto, Braga. Era
viúvo quando atribuiu o legado
pecuniário à Irmandade de S.
Vicente. António Francisco Portela,
um brasileiro “torna-viagens”,
natural de S. Martinho de Leitões,
Guimarães, ƥzera fortuna no Brasil,
para onde fora muito novo. Viveu no
Rio de Janeiro na primeira metade
do século XVIII, mas regressou a
Portugal para passar a viver, com a
família, até à sua morte em 1756,
em S. Paio de Figueiredo, também
em Guimarães (e não na freguesia
bracarense de Figueiredo, como
referimos, por lapso, no citado
trabalho da edição nº146 da SIM).
Deixou parte da fortuna aos cinco
escravos negros que trouxera do
Brasil.
Apesar de terem sido
contemporâneos, mesmo assim
não é possível saber, por enquanto,
se estes dois homens abastados
travaram alguma vez conhecimento
entre si. Pelo menos a pesquisa
de Marta Lobo não encontrou até
agora qualquer dado nesse sentido.
Em comum liga-os apenas o facto
de terem instituído, em meados do
século XVIII, a distribuição anual por
parte da Irmandade de S. Vicente
de dois dotes de casamento a
raparigas órfãs que fossem pobres e
de preferência que lhes estivessem
ligadas por lanços de parentesco (ver
o citado trabalho da edição nº 146
da SIM em www.revistasim.com).
CONTINUA
Há 250 anos, um
espingardeiro de Braga
e um torna-viagens
de Guimarães, muito
abastados, instituíram
dois dotes de casamento
para órfãs pobres,
enquanto o mundo
durasse. O mundo ainda
não acabou e os dotes já
se foram, mas valeram
a pena, porque as almas
dos dois homens não
eram pequenas…e a
vida de um deles até
surpreende: deixou
parte da fortuna a cinco
escravos negros que
trouxera do Brasil.
EDITORIAL
29
30 HISTÓRIA
CUSTÓDIO DIAS PEIXOTO ERA DETENTOR DE UMA
FORTUNA DE SE LHE TIRAR MUITO TRICÓRNIO
Por Pedro Leitão
Segundo Marta Lobo, baseada na
sua pesquisa sobre a Irmandade
de S. Vicente, “a vida transformou
Custódio Peixoto e dotou-o de
posses”. Pelo menos foi detentor
de uma fortuna de se lhe tirar muito
tricórnio, pois… punha e dispunha de
milhares de cruzados em dinheiro
e em bens. “À hora da morte era
proprietário de vários prédios
urbanos e propriedades rurais”
(anota Marta Lobo). Só o dote que
instituiu a favor de uma das ƥlhas
freiras, chamada Teresa Helena
Rosa da Vitória, quando esta iniciara
o noviciado, em 1730, ascendia
a três mil cruzados e 100 reis.
Muito dinheiro, sem dúvida: basta
lembrar que… três mil cruzados foi
o montante que a Câmara de Braga
pedira emprestado à Confraria
de Porto de Ave, em 1758, para
construir grande parte do edifício
barroco dos Paços do Concelho.
(ver trabalho intitulado “Os
bancos comunitários que o Estado
“moderno” abocanhou a favor das
caixas-fortes da banca comercial”,
na edição nº 137 da SIM, consultável
em www.revistasim.com).
Como conseguira tamanha fortuna
numa época em que mais de meia
Braga vivia na miséria ou estava
endividada? É muito possível
que Custódio Dias Peixoto tenha
começado por aplicar, de forma
frequente ou sistemática, parte dos
rendimentos de espingardeiro na
contratação de encomendas junto
de sombreireiros para o fabrico
artesanal de chapéus ou de mestres
ligados a outros ofícios da cidade.
Pelo menos, “movimentava-se bem
entre os homens dos ofícios, onde
mantinha relações de amizade”,
revela Marta Lobo.
Escolheu mesmo mestres de ofícios
para serem padrinhos de alguns
dos seus ƥlhos. “Foi também entre
homens dos ofícios que escolheu
os seus testamenteiros”, adianta
aquela investigadora. É também
de admitir que tenha obtido
lucros razoáveis com a venda das
encomendas contratadas a pessoas
ligadas aos ofícios. De outro modo
será difícil compreender o seu bom
relacionamento com elementos
dessas proƥssões.
Na época, o recurso ao trabalho
dos homens de ofícios da cidade
era um expediente usual para…
rentabilizar rapidamente capitais
por parte de “contratantes” ou
“tratantes”, que investiam nas
matérias-primas necessárias à
satisfação das encomendas. Muitos
deles aplicavam os capitais assim
obtidos num negócio muito rentável
na época: a compra de direitos
sobre rendas públicas, municipais e
eclesiásticas. Era para esse negócio
“muito rentável” que “contratantes”
ou “tratantes” encaminhavam… o
”grosso dos investimentos”, segundo
o professor Viriato Capela. Embora
esse mercado ƥnanceiro apetitoso
exigisse “vultuosos capitais”,
o certo é que também garantia
“uma velocidade de realização das
receitas muito maior e um risco
muito menor”, tal como nos dias de
hoje. A este sistema de apropriação
engenhosa de capitais chama-se…
capitalismo rentista, ou seja um
capitalismo parasitário (e, porque
não, amoral), pois vive de rendas
garantidamente ƥxas e altamente
rentáveis, à luz da lei do menor
esforço e do baixo risco. A única
técnica que se exige ao capitalista
da renda é a de saber… vender água
sem caneco (com parquímetros e
outras pingadeiras catitas, como
os “Swap”, os rentistas dos tempos
modernos não inventaram nada
que já não tivesse sido inventado:
apenas soƥsticaram os métodos para
ocultar o descaramento do saque
encapotado).
Com cinco mil
cruzados a juro
A fortuna de Custódio Dias Peixoto
surge enquadrada nesse contexto
sociológico sui generis, mas que
marca, sobremaneira, a sociedade
bracarense do século XVIII. No
entanto, nada permite concluir,
por enquanto, que o espingardeiro
vizinho da Igreja dos Terceiros
fosse um dos “contratantes” que
enriqueceram em Braga com a
compra de direitos sobre rendas
públicas, municipais ou eclesiásticas,
no século XVIII.
É possível que não tenha
desdenhado as oportunidades
de realizar rapidamente dinheiro
através dessa forma expedita de
enriquecimento pessoal muito
procurada na época, pelo menos nas
ocasiões em que havia conjugação
de interesses para associar capitais
aos de contratantes do Porto e
de outras regiões na arrematação
dos direitos sobre essas rendas.
Seja como for, a pesquisa de Marta
Lobo só deixa antever a prática de
empréstimos a juro, concedidos a
particulares, na origem da enorme
riqueza de Custódio Dias Peixoto,
ainda que conjugada, de certeza, com
rendas fundiárias (e imobiliárias),
além dos rendimentos obtidos
com o negócio de espingardeiro e,
provavelmente, de estanqueiro de
pólvora, pois é de admitir que tenha
exercido também esta actividade.
Dispor de cinco mil cruzados
a juro era obra na época: os
dividendos dos juros deveriam
ser consideráveis (e invejáveis). A
Irmandade de S. Vicente aceitou-os
de bom grado como “suporte” do
legado pecuniário que Custódio
Dias Peixoto lhe transmitiu a 5 de
Fevereiro de 1748, era ele já viúvo:
incumbiu, desse modo, a instituição
de distribuir anualmente um dote
de casamento no valor de 40 mil
reis a órfãs que fossem pobres (ver
o citado trabalho sobre os dotes
de casamento em S. Vicente na
edição nº 146 da SIM em www.
revistasim.com). Logo que passou a
exercer o direito de administrar os
referidos cinco mil cruzados, com os
respectivos juros, a Irmandade de
S. Vicente “solicitou o dinheiro aos
devedores”, revela Marta Lobo. “Os
que não podiam pagar elaboraram
novas escrituras onde assumiam as
dívidas, já não a Custódio Peixoto,
que ainda estava vivo, mas à nova
credora, a Irmandade de S. Vicente”,
acrescenta aquela investigadora.
O legado incumbia também a
Irmandade de S. Vicente de pagar
uma pensão anual às duas ƥlhas
freiras de Custódio Peixoto, que só
veio a falecer em Janeiro de 1750.
Por registos de pagamentos, as
referidas pensões ainda estavam
a ser pagas pela irmandade na
segunda metade do século XVIII.
CONTINUA
C
ustódio Dias
Peixoto herdara
do pai o ofício de
espingardeiro,
que exerceu
até ao ƥm da
vida. “Viveu na
paróquia de S.
Victor até ao casamento”, anota
Marta Lobo. Casara com uma tal
Andreza Vieira. O casal mandou ao
mundo dois rapazes e três raparigas.
Os dois ƥlhos ordenaram-se padres
e duas das ƥlhas tornaram-se freiras,
tendo professado no Convento
da Conceição, em Braga, onde
ingressaram como noviças. A terceira
casou com um ourives, que era “ƥlho
de um homem do mesmo ramo”.
EDITORIAL
31
32 HISTÓRIA
ONDE PÁRA A
DESCENDÊNCIA?
Por Pedro Leitão
Q
ual foi ƥm de
vida destas
duas mulheres
e por que
razão o pai
delas, Custódio Peixoto,
deixou professar como religiosas,
em vez de as ter casado, tendo ele
posses para lhes dar bons dotes? A
pesquisa de Marta Lobo não permite,
por enquanto, ir no seu encalço, de
forma a podermos também conhecer,
um pouco mais por dentro, a partir
de retalhos de vida das duas freiras,
o ambiente de clausura dos dois conventos da cidade, os da Conceição
e dos Remédios, “que recebiam as
ƥlhas da gente de maiores posses
da região” no século XVIII. Muito
menos poderemos ir, por enquanto,
no encalço da irmã delas, que casara
com um ourives, ou dos dois irmãos
padres. Que descendentes haverá
da ƥlha casada de Custódio Peixoto?
Até onde chegou essa descendência? Ainda haverá descendentes por
Braga? E onde ƥcavam as propriedades rurais ou os prédios urbanos
que pertenciam a Custódio Peixoto?
António Francisco
Portela: a vida dele
dava um romance
histórico
A ƥgura de António Francisco Portela
é digna de inspirar um romance
histórico sobre a saga dos tornaviagens minhotos do século XVIII.
O seu roteiro sentimental vai muito
para além do historial relacionado
com o legado pecuniário que deixou
à Irmandade de S. Vicente, em 1756,
para ser distribuído anualmente um
dote de casamento de 50 mil reis a
órfãs pobres. Em Portugal tinha uma
fortuna calculada em 23 contos, o
que era muito para época. Mantinha
também bens e negócios no Rio de
Janeiro, geridos por um procurador,
mas desconhece-se o montante
dessa sua fortuna no Brasil. Era
analfabeto, mas ostentava o título
de “capitão”, quando regressou a
Portugal, sendo de presumir que
tivesse sido capitão de uma companhia de ordenanças (antigo corpo de
camponeses armados para a defesa
do território concelhio).
António Francisco Portela surpreende pela “ligação invulgar”
que manteve em vida com os cinco
escravos negros que trouxera do
Brasil, onde permanecera “durante
um período alargado de tempo” da
primeira metade do século XVIII, segundo Marta Lobo. A pesquisa desta
investigadora permitiu descobrir
os nomes desses negros: Francisco,
Páscoa, Rita, Ana e Joaquim.
António Francisco Portela libertou
quatro deles, quando regressou a
Portugal para passar a viver, com
familiares, na “Quinta do Assento” da
freguesia de S. Paio de Figueiredo,
Guimarães. Só o negro Joaquim
manteve o estatuto de escravo até à
morte de António Portela: alcançou
então a condição de homem livre,
por vontade expressa do tornaviagens no seu testamento. António
Portela deixou a estes cinco negros
“uma parte substancial da sua
fortuna”, o que faz perceber “uma
fortíssima ligação afectiva”.
Escravos herdaram
também metade da
produção de uma
quinta
Antes de morrer, António Portela
preocupou-se em evitar que estes
negros sofressem privações por
falta de meios de vida quando
já não tivessem a sua protecção.
Deixou-lhes em herança… “metade
das castanhas, vinho, azeite, fruta”
que se produzissem na Quinta
do Assento, além de “casas para
viverem, cozinha e uma corte para
animais”… “para que vivão (sic) à
sua vontade” (anota Marta Lobo).
“Receberam ainda terra para horta,
estrume, lenha, carro” – e havendo
naval “serão eles senhores de hir
colher o nesecário”, como consta do
testamento, consultado por Mata
Lobo. António Francisco Portela
deixou ainda “todas as suas jóias”
às negras Páscoa, Rita e Ana: “alguns
objectos de prata ƥcaram também
para estes colaboradores próximos”,
refere Marta lobo. Deixou um legado
pecuniário à Irmandade do Santíssimo Sacramento de S. Martinho
de Leitões, Guimarães, freguesia
de onde era natural, mas pediu a
esta confraria que os cinco negros
fossem aceites como seus Irmãos,
o que não era prática da parte das
confrarias aceitar negros entre os
seus membros
Além de ter perdoado a devedores,
deixou dinheiro “a muitas pessoas
suas conhecidas”, a instituições
religiosas, aos santuários da Senhora
da Abadia, Porto de Ave, Senhora da
Oliveira, S. Pedro de Rates e até a
Compostela e a Jerusalém.
Dispunha de propriedades em S.
Martinhos de Leitões, S. Martinho
de Sande e S. Paio de Figueiredo,
Guimarães. A Quinta do Assento, que
comprara a um ƥdalgo, ƥcou para a
sua sobrinha Teresa, com a condição
de cumprir o estipulado no testamento. Caso ela não aceitasse a incumbência, passava para a sobrinha
Custódia e, em último caso, para
o sobrinho Custódio. “Se nenhum
aceitasse, ƥcariam todos os bens
para os cinco negros, para que estes
pudessem usufruir de tudo, sendo as
propriedades vendidas à sua morte e
os dividendos da herança repartida
pelos sobrinhos” (Marta Lobo).
EDITORIAL
33
34 EDITORIAL
EDITORIAL
35
AROME CIGARROS ELECTRÓNICOS
A MELHOR ESCOLHA
A
caba de inaugurar a primeira
loja de Cigarros Electrónicos
do Grupo Arome, no Minho
Center, em Braga. A loja é o
primeiro espaço da marca
francesa, que abriu ainda no
Parque Nascente, no Porto, e
prevê abrir na Rua de S. Marcos, em Braga, em
Vila Verde e em Guimarães.
os sabores desenvolvidos permitem ter uma
grande variedade de escolha, sem prejuízo para
o paladar ou olfacto. A poupança na carteira
é outra das vantagens de escolher o cigarro
electrónico, que ƥca entre cinco a sete vezes
mais barato.
A variedade de produtos e de aromas fazem
da Arome - Cigarros Electrónicos uma marca
de referência. Todos os artigos vendidos na
Arome são testados e controlados por laboratórios independentes, conferindo ao cliente
segurança na compra e garantia de qualidade
comprovada. A comodidade dos clientes é uma
das preocupações da empresa, garantindo que
todas as lojas têm acesso e estacionamento
facilitados.
A Arome está presente em países como França
ou Estados Unidos, há vários anos, o que diz
bem da conƥança que os clientes depositam na
marca.
Porqu© escolher cigarros
electrónicos?
As vantagens são imensas. Desde logo, a sua
saúde ƥcará a ganhar, já que evita todas as
sustâncias nocivas dos cigarros convencionais,
assim como o cheiro desagradável ou dentes
amarelos. Além disso, não precisa ir à rua ou
interromper o que quer que seja, já que os
cigarros não emitem qualquer fumo e podem
ser utilizados em ambientes interiores, sem
prejuízo para a saúde de quem o rodeia. O teor
de nicotina é consideravelmente mais baixo e
A desabituação gradual do tabaco convencional é outra das possibilidades para quem é
fumador. São vários os relatos de quem utilizou
o cigarro electrónico para diminuir o consumo
de tabaco ou como auxiliar no processo de
interrupção total.
Porqu© escolher a Arome?
As lojas de cigarros electrónicos estão a surgir
em força, fruto dos benefícios que traz para
os fumadores. Porém, é necessário ter muito
cuidado na hora de escolher o melhor produto,
caso contrário, correrá o risco de consumir
substâncias ainda mais prejudiciais que as do
tabaco normal. A certiƥcação, a variedade (são
mais de 80 aromas diferentes), a qualidade de
produção e o controlo rigoroso fazem da Arome
uma marca de eleição para quem pretende
adquirir cigarros electrónicos, assim como
todos os acessórios. A nossa equipa altamente
informada está disponível para todos os esclarecimentos, prestando um serviço de apoio
ao cliente ímpar. A Arome aposta na diversiƥcação do produto, por isso, durante o ano
lança produtos exclusivos e edições limitadas,
para que o cliente possa ter à sua disposição
novidades para o cigarro electrónico.
A marca Arome está disponível para franshising, mediante contacto na loja do Minho Center,
em Braga.
Escolha a qualidade, escolha Arome!
Centro Comercial Minho Center
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4715-249 Braga
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Aberto da 10h às 23h
Loja do Parque Nascente - Porto
36 ENTREVISTA
NARCISO MOREIRA, ESPECIALISTA EM EMPREENDEDORISMO E CEO DA BETWEIEN
Numa altura em que a palavra empreendedorismo é das mais utilizadas nos meios de comunicação
social, a Revista SIM foi à procura de
saber o que é com alguém especialista na matéria. Narciso Moreira é
CEO da Betweien e tem trabalhado,
ao longo dos anos, na área da criação
de compet©ncias empreendedoras
em pessoas de várias faixas etárias,
através de projetos educativos
que permitem perceber que o empreendedorismo é mais que um Ʃm
de semana de motivação ou procura
de emprego. Nas próximas edições,
Narciso Moreira explicará aos nossos
leitores o que é, como se cria uma
mentalidade empreendedora, eliminando alguns mitos modernos. Fique
a conhec©-lo nesta entrevista que
agora publicamos.
Texto: Manuel Costa
Fotos: Hugo Delgado/ WAPA
“Dizer que o empreendedorismo é
a saída para a crise é falacioso”
decidi que estava na hora de fazer
uma proposta a uma empresa - a
ENDU - para criar uma área de
negócio que permitisse trabalhar
essas áreas da educação para o
empreendedorismo. Coordenei
esse projeto durante dois anos.
Após esse tempo, decidi avançar
para a criação de uma empresa
que se centrasse mais na educação
para o empreendedorismo, mais
especializada na educação e não
tanto na tecnologia educativa.
Em conjunto com o Pedro Correia,
meu atual sócio, para a criação da
Betweien, que está instalada em
Braga, Aveiro e Lisboa.
E é spin-oƨ da Universidade do
Minho...
O processo foi diferente do habitual.
Nós não criámos a empresa para
ser spin-oƤ - que implica o apoio
da UM na criação da empresa;
já tínhamos a empresa criada e
avançámos para esse estatuto,
desaƥados pelo prof. José Mendes,
Vice Reitor da Universidade do
Minho. Acaba por validar e fortalecer
o trabalho que nós desenvolvemos.
A Betweien trabalha em várias
áreas da educação, sendo que uma
delas é a educação empreendedora.
Para isso, desenvolvemos projetos
com desempregados, com jovens,
com crianças, que implica que
os nossos técnicos interajam
diretamente com as pessoas com o
objetivo de fomentar competências
empreendedoras. Isso não tem que
originar, obrigatoriamente, a criação
de empresas; nós tentamos que as
pessoas adquiram competências
como a gestão de risco, liderança,
comunicação... Por outro lado,
desenvolvemos ferramentas
didáticas que permitem o contacto
com essas mesmas competências
de uma forma interativa,
como é exemplo “O Senhor
Empreendedorismo”. Temos, ainda,
o projeto de educação ambiental,
que conta com a parceria do músico
Filipe Pinto.
O que é, então, o
empreendedorismo? Atualmente,
toda a gente utiliza esse termo.
Sempre da forma corretamente?
Nós estamos a desenvolver
uma campanha que apela às
pessoas que não “abusem”
do termo empreendedorismo.
Parece que agora, cada vez que
alguém pretende fazer alguma
coisa, já é empreendedora. O
empreendedorismo é um conjunto
de competências que está associado
a uma pessoa, ou a um grupo de
pessoas, que vai desde o momento
em que existe uma ideia até ao
momento em que acontece a
satisfação dessa necessidade. Para
fazermos todo este percurso, há
uma série de competências que são
transversais e que temos que possuir
para sermos empreendedores.
CONTINUA
Q
ual o seu
percurso?
Nasci em
Penaƥel - moro
em Braga há
cerca de 15 anos.
Fiz licenciatura
e Mestrado em Educação, na
Universidade do Minho. Acabei
por ƥcar por cá a trabalhar, no ƥnal
da licenciatura, no Departamento
de Produção e Sistemas da
Escola de Engenharia. Estava no
desenvolvimento do projeto de
Empreendedorismo e inovação.
Nessa altura, já tinha trabalhado
num projeto sobre a educação para
o empreendedorismo no Ensino
Básico, em Portugal. Estivemos a
tentar perceber quais as melhores
metodologias para criar projetos
que promovessem as competências
empreendedoras. Chegámos a
alguns resultados e a algumas
metodologias que eram as mais
adequadas. Pouco tempo depois,
EDITORIAL
37
38 ENTREVISTA
Equipa Betweien
“Não se aprende a
ser empreendedor
FMEÍE<=
semana”
A “má utilização da palavra” decorre
da situação do país? Acha que se
abusa de algumas palavras para
designar algo que parece um pouco
abstrato? Por exemplo, há quem
diga que, para encontrar trabalho,
basta ser insistente até à exaustão...
Isso apenas demonstra uma das
competências que são necessárias: a
persistência, a capacidade de se ser
batalhador. O empreendedorismo
compreende mais que uma competência isolada. É melhor bater a
uma porta, uma vez, mas com método, que bater várias vezes só porque
se quer demostrar persistência. Isso
não funciona apenas para criar um
projeto; funciona igualmente para
uma tarefa pessoal.
Os governos do país pedem-nos que
sejamos empreendedores...
... por isso é que nós ƥzemos a campanha “Não use e abuse da palavra
empreendedorismo para seu próprio
bem”. A responsabilidade é colocada
sobre a pessoa sem que lhe seja
demonstrada a forma de o conseguir.
Dizer que é a saída para a crise é
falacioso, não existe a proƥssão
de empreendedor; parece que é a
solução para a crise, quando apenas
deve ser uma área de trabalho. Não é
algo que se desenvolve num ƥm de
semana, a assistir a um congresso e a
colar post-it nas paredes, ou a ouvir
falar sobre o assunto em palestras.
As competências treinam-se.
Quais são essas compet©ncias?
A liderança, a comunicação, a iniciativa, a resiliência, a perseverança.
Tanto precisamos delas quando
somos jardineiros, quer sejamos
arquitetos, quer tenhamos uma empresa. Se nós tivermos todas essas
competências em simultâneo, estamos perante um perƥl empreendedor. Não vai ter apenas ideias, mas
vai querer concretizá-las.
Pitch, dish mob, bootcamp... Qual
a ligação destes fenómenos com
empreendedorismo?
São técnicas para colocar os jovens
no mercado de trabalho, não podem
ser consideradas ações de empreendedorismo. Como disse, num
ƥm de semana não conseguimos
fazer com que alguém ‘ƥque’ empreendedor. A verdade é que há muitas ações que são de motivação, mas
são chamadas de empreendedorismo, criando desgaste na expressão.
Se todas as pessoas ƥzerem contas,
são contabilistas? Empregabilidade,
motivação e empreendedorismo são
conceitos totalmente diferentes.
Como se ensina, por exemplo, perseverança?
Nós não pretendemos falar sobre
perseverança ou sobre lideranças; colocamo-los a trabalhar em
projetos em que possam desenvolver essas competências. Pode
ser a criação de uma associação,
o desenvolvimento de uma empresa. Por isso, designamos a nossa
metodologia como metodologia de
abordagem por projeto, que deu o
estatuto de spin-oƤ . Ao longo do
projeto, vamos chamando a atenção
dos aspetos a serem melhorados.
Nós apenas criamos as condições de
desenvolvimento de competências
que potencia o empreendedorismo.
A ideia do empreendedorismo
no ensino básico pode parecer
descabida...
Existem as competências técnicas,
que passam por perceber português,
escrever bem, pontuar corretamente, por exemplo; depois, há as
competências transversais, que nós
trabalhamos, e que são necessárias
em todas as disciplinas. Se adequar
as suas metodologias, um professor
pode levar o aluno a desenvolver
ambas as competências. Por exemplo, quando ensina uma matéria de
história, poderá incitar o aluno a
criar um projeto sobre aquela matéria especíƥca. Há muitas pessoas que
questionam se essas competências
são inatas ou se se podem aprender... Nós sabemos que se podem
aprender e desenvolver.
Recentemente, Pires de Lima,
Ministro da Economia, disse que
deveria haver uma cadeira de empreendedorismo. O que lhe parece a
sugestão?
Há necessidade de perder algum
tempo com este tema. Mesmo que
esta cadeira não avance, penso que
os professores devem tentar que os
alunos desenvolvam as competências que já referi.
40 ATUALIDADE
MIRA AMARAL
FOI O CONVIDADO DAS CONFERÊNCIAS DO BOM JESUS
À
imagem do que
já aconteceu com
outras ƥguras
proeminentes a
nível nacional,
como Daniel
Bessa ou Marcelo
Rebelo de Sousa, a Confraria do
Bom Jesus e os Hotéis Bom Jesus
convidaram Mira Amaral para mais
uma edição das Conferências do
Bom Jesus. “Pretendemos que o seu
contributo possa valorizar ainda mais
o santuário e destacá-lo na cidade
e região”, explicou Varico Pereira,
mesário da Confraria do Bom Jesus,
adiantando que Mira Amaral “foi
convidado para integrar a Comissão
de Honra da Candidatura do Bom
Jesus a Património da Humanidade,
convite que já aceitou.” Com um
discurso sempre inƦamado, Mira
Amaral, presidente do Banco BIC,
fez um retrato económico do país,
mostrando-se crítico para com
o Governo. “Este programa de
ajustamento foi profundamente
injusto, principalmente para com
os pensionistas, e o Governo
falhou a toda a linha. “, defendeu,
acrescentando, depois, que “com
este nível de desemprego e políticas
mediocres, uma sociedade não é
‘gerível’ economicamente”.
Numa palestra marcada pelas
críticas ao Governo, Mira Amaral teve
tempo para agradecer o convite e
felicitou as entidades organizadoras
pela candidatura do Bom Jesus a
património da Humanidade.
O MAIOR JANTAR DISH MOB DO MUNDO
FOI EM BRAGA!
O
movimento Dish
Mob nasceu em
Cleveland nos
EUA e calcula-se
que exista mais de
2.000 geograƥas
espalhadas
pelo mundo onde o movimento se
realiza Porém, foi em Braga que
teve a maior expressão conhecida
até a data, num evento realizado no
Museu D. Diogo de Sousa! “A primeira
vez que o movimento Dish Mob
ultrapassou a centena de pessoas
foi em Braga!” aƥrma Jorge Saraiva,
Diretor do movimento em Portugal.
O responsável falou de um momento
especial, já que não era espectável
que o crescimento fosse tão rápido,
após seis meses da sua criação.
Esta edição do Dish Mob teve como
tema “Braga cidade de inovação e do
empreendedorismo do século XXI”,
e começou com um debate, num
registo muito informal, que contou
com o presidente da Câmara de
Braga, Ricardo Rio, o presidente do
conselho de administração do Invest
Braga, Carlos Oliveira, o vice-reitor da
Universidade do Minho, José Mendes,
com moderação do presidente da
Associação Industrial do Minho,
António Marques. Além do debate e
do jantar, houve lugar para mesas de
degustação de produtores locais da
região e 4 pitchs de empreendedores
(Improve Braga, Sinergeo, Egglicious e
Smart Inovation).
LIONS CLUB AGRACIA 50 PATROCINADORES
D
epois da entrega dos
apoios aos estudantes,
o Lions Club agradeceu
aos 50 patrocinadores
que permitiram
conceder outras tantas
bolsas de estudo a
alunos carenciados da Universidade
do Minho. “Este momento é o culminar
do reconhecimento a estas empresas.
Foi muito importante o seu contributo,
sem o qual estes estudantes teriam
muitas diƥculdades para cumprir as
suas obrigações. Espero que esta
iniciativa possa continuar com as
próximas direcções”, aƥrmou Paulo
Rodrigues, presidente do Lions Club
de Braga.
EDITORIAL
41
42 AMBIENTE
OXIGENAR BRAGA
Recorde de 800 crianças presentes na iniciativa
A
iniciativa “Oxigenar
Braga” assinalou
o Dia Mundial
da Árvore e da
Floresta, com
várias atividades
distribuídas por
todo o concelho.
“Pelos dados que dispomos, penso
que este pode ter sido o Dia Mundial
da Floresta mais concorrido a nível
Nacional”, congratulou-se Altino
Bessa, vereador do Ambiente da CM
Braga.
Com organização da DEZVEZESDEZ,
em parceria com várias empresas,
entre as quais a Revista SIM, e a
equipa de futsal SC Braga/AAUM, foi
possível passar uma manhã a plantar
novas árvores no Parque do Picoto.
Além das escolas, foram convidadas
IPSS, associações de moradores, entre
outros. Além do Picoto, também
a Quinta Pedagógica foi palco de
atividades relacionadas com o tema.
Eduardo Oliveira, da DEZVEZESDEZ,
considerou a iniciativa positiva:
“Quando começámos a preparar
o projeto, a nossa ideia era juntar
algumas empresas e algumas crianças
e criar uma iniciativa agradável.
Passada uma semana, já tínhamos 500
crianças inscritas e fomos ‘obrigados’
construir algo com outra dimensão
e a pedir ajuda das instituições,
nomeadamente a Câmara Municipal”.
TESTEMUNHOS:
CARLO MONTEIRO
ILÍDIO CEO
RUI RAMOA
“Estou ligado a tudo que ‘mexe’ na cidade
e não podia ƥcar de fora deste projecto. Já
marquei presença na iniciativa das Eco-Escolas,
como patrocinador, e aqui estamos mais uma
vez a dar o nosso apoio, porque o futuro está
aqui”, atirou Carlo Monteiro.
“Foi, sem dúvida, uma iniciativa “verde”,
onde se viu a união e cooperação de várias
empresas num só objetivo: a sustentabilidade
do nosso meio ambiente, fazendo Ʀorescer em
todas aquelas crianças uma cultura ambiental.
Pequenos e graúdos juntaram-se num
momento único e festivo para em conjunto
ajudarem a natureza, plantando árvores, sonhos
e emoções!”
“Para a LXS GROUP, o evento OXIGENAR
BRAGA identiƥca-se claramente com a
política ambiental da empresa. Já com quatro
empresas, sendo três delas sediadas em
Portugal e uma em França, o core business do
grupo assenta em construção sustentável em
madeira, onde o conceito da ecologia mais se
evidência. Para além de incluir o mercados da
caixilharia de alumínio e dos materiais de salas
de banho (RIBEIRO, Lda), executa casas (DREAM
HOUSES) onde 90% dos componentes são
madeira provenientes de Ʀoresta sustentável.
“Por cada árvore que é abatida para a
construção são plantadas duas. Desta forma
contribuímos para a redução de emissões de
CO2 que são a principal causa do aquecimento
global”.
REMAX BUSINESS II
MELTINO CAFÉ
LXS GROUP e RIBEIRO
EDITORIAL
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46 ATUALIDADE
CONFRARIA GASTRONÓMICA DO ABRADE
COMEMOROU 10º ANIVERSÁRIO
Fotos: Paulo Ferreira
P
ela primeira vez, a Confraria
Gastronómica do Abrade foi
recebida nos paços do Concelho,
em Braga, no ano em que comemora
o seu 10º aniversário. O dia foi
também marcado pela habitual
confraternização com outras confrarias
nacionais convidadas. “Este capítulo teve vários
acontecimento importantes. Desde logo, no dia 29
de Março, comemorámos o dia de aniversário do
Abade de Priscos - nasceu há 188 anos. Ontem [29
de Março] tivemos a cerimónia de entronização,
em Priscos, uma forma de perpetuar a memória
do Abade de Priscos”, explicou Agostinho Peixoto,
Presidente e Juiz da Confraria Gastronómica
do Abade. Neste momento, a confraria conta
53 confrades, sendo que os últimos dois foram
admitidos neste VII capítulo de entronização.
O almoço, que decorreu na Colunata Eventos - Bom
Jesus, contou com o discurso de Sapiência do
Jornalista e crítico gastronómico, Fernando Melo, e,
como não poderia deixar de ser, com a sobremesa
que todos esperavam: o pudim Abade de Priscos.
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52 EMPRESAS
AGRO 2014:
MELHOR STAND DE ÁREA COBERTA É DA CACHAPUZ!
A
primeira edição da AGRO
organizada pela InvestBraga,
realizada entre os dias 27 e 30 de
Março no Parque de Exposições de
Braga foi, na ótica de Humberto
Carlos, administrador executivo
desta entidade municipal, “um
verdadeiro sucesso”.
Na quinta-feira, 27 de Março, foi a abertura
daquela que é a maior feira do Norte do setor
agrícola, inaugurada pelo presidente da Câmara
Municipal de Braga, Ricardo Rio, acompanhado
pelo Secretário de Estado da Alimentação e da
Investigação Agroalimentar, Nuno Brito e por
diversas personalidades do concelho, ligadas às
mais variadas áreas de atividade.
De sucesso foi também a presença da Cachapuz,
empresa centenária de Braga, que superou as
expetativas no que toca à sua participação neste
certame. No ƥnal do dia de domingo 30, foi
entregue à Cachapuz o troféu de Melhor Stand da
Área Coberta da Agro’14. Já na edição anterior da
Agro, em 2013, a Cachapuz havia ganho o prémio
de Melhor Stand Exterior. Agora, pela segunda
vez consecutiva, é reconhecido o trabalho de uma
equipa dedicada à ‘causa’ Cachapuz.
A Cachapuz esteve presente num espaço amplo
e soƥsticado, jogando as cores predominantes da
empresa, branco e vermelho, de uma forma muito
subtil e, em simultâneo, resplandecente. A Cachapuz
reforçou a aposta na sua vertente tecnológica e o
resultado ƥcou à vista de todos. Como foi exemplo
disso, o terminal DIADE 2050, que esteve instalado
na própria estrutura do stand, permitindo uma
perceção in loco de todas as suas funcionalidades
aos visitantes. Destaque ainda para duas das
soluções de software de pesagem direcionadas para
as indústrias do tomate e de cereais.
A presença desta empresa bracarense fez-se notar
um pouco por todo o certame. Logo à entrada
do Parque de Exposições de Braga (PEB), a sua
mascote Cachopa fez as alegrias de muitos que por
ali passavam. Além disso, os brindes desta marca
também se destacaram. Vários visitantes da feira
passeavam-se pelo certame com o saco, o boné ou
a bola oferecidos pela empresa, onde o vermelho
‘Cachapuz’ se sobressaía a longa distância.
Outro dos marcos a sublinhar desta feira foi o peso
total dos visitantes. À entrada do PEB encontravase uma plataforma da Cachapuz que contabilizou o
impressionante peso acumulado dos visitantes: 2
419 111 kg, passando a marca de 2 361 409, 80 Kg
registada na Agro 2013.
Mais uma vez, a Cachapuz deixa marcas próprias
de uma empresa líder, certiƥcada e destacada
no mundo da pesagem industrial mantendo-se,
claramente, à altura deste certame de peso!
EDITORIAL
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02 EDITORIAL
Arquitetura | Engenharia | Construção
Praça Manuel Fernandes da Silva, nº 42
Lamaçães - Braga
Tel: (+351) 253 615 799
Tlm: (+351) 962 428 180
Email: [email protected]
www.dbest.pt
A dßest executou mais um espaço comercial,
inaugurado no passado sábado, dia 05 de Abril. A já
conhecida loja Kid to Kid, anteriormente sediada junto
à Radio Popular, em Fraião, mudou-se para o número 9
da Rua do Raio. Com uma área de aproximadamente 400
m2, uma exposição solar fantástica e uma variedade
enorme de produtos, a Kid to Kid comercializa,
maioritariamente, roupa de criança em segunda mão:
de “um kid para outro kid”. Mais um projeto a cargo
da dßest, o qual contemplou o serviço primordial de
Gestão Integrada de Obra. É sempre bom ver que há
quem aposte na reutilização, o conceito da Kid to
Kid. Também a dbest é uma empresa que tem vindo
a apostar fortemente na remodelação e reabilitação
de espaços comerciais e residências. A equipa dßest
sugere uma visita ao novo espaço da Kid to Kid!
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56 CULTURA
SHAIR É A NOVA PROPOSTA
CULTURAL DA DST
A apresentação à comunidade deste novo projeto foi feita com música, dança e artes performativas
M
iguel Macedo e Ricardo Rio foram os
convidados de honra de José Teixeira,
CEO do grupo dst, num dia com várias
atividades que se multiplicaram
pela cidade. O responsável acredita
na sustentabilidade do projeto “É
possível dar uma compensação
justa a um artista pela sua obra.
Nós desenvolvemos uma plataforma onde isso se torna
realidade”, defendeu José Teixeira. “É possível que um
artista seja apreciado aqui, como em Tóquio, através da
plataforma online. Nós temos um compromisso muito
grande a nível global e nacional, mas, acima de tudo,
regional, porque é aqui que está a sede da empresa. Podem
contar connosco”, assegurou.
Ricardo Rio elogiou a postura da dst não só neste projeto,
mas em todas as iniciativas a que está associada, como
a Feira do Livro. “Este tipo de empresário, que não está
preocupado apenas com o lucro pelo lucro, mas que vai
além das questões económico-ƥnanceiras, são sempre bem
vindos. O país ganharia muito com mais ‘José Teixeiras’
a apoiar a cultura”, defendeu o líder municipal. Por seu
turno, o Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo,
deƥniu o projeto como “fantástico, vindo de uma empresa
improvável de construção civil, que aposta no movimento
artístico como poucas em Portugal.” Mariana Gomes é a
responsável pelo projeto Shair e Ana Monteiro responsável
pela gestão artística, os dois rostos deste projeto inovador,
que pretende galgar as fronteiras nacionais.
Shair, um espaço de partilha e
comercialização de arte
A Shair é uma plataforma online partilha e comercialização
de arte, em qua a interação com os visitantes faz toda
a diferenças. As obras mais votadas pelo utilizadores e
as escolhidas, mensalmente por um artista convidado,
integram a exposição no espaço Emergentes dst, localizada
na Rua do Raio. Para fazer parte deste projeto, os artistas
devem criar uma conta em www.shairproject.com e
submeter os seus trabalhos na plataforma online, sendo que
as obras serão sujeitas a um processo de pré-aprovação, e
avaliadas, tanto pelos utilizadores da rede, como pelo júri
convidado em cada mês. Já em abril, o jurado responsável
será António Franchini, artista plástico e administrador da
galeria Ap’Arte no Porto. Os trabalhos com mais votações,
ou selecionados pelo júri, terão oportunidade de seguir
para leilão, e serão expostas na Galeria Emergentes dst. O
website foi desenvolvido pela innovation point, também ela
uma empresa de investigação e desenvolvimento web do
grupo dst.
EDITORIAL
03
58 CINEMA
UM QUENTE AGOSTO
Jorge Santos
[email protected]
A
milha mulher ƥcou
verdadeiramente
deslumbrada com
a interpretação de
Meryl Streep neste
ƥlme. Diz ela que o
Óscar de melhor actriz
principal do passado
mês era – se o júri da academia se
revelasse coerente – garantidamente
dela. Repliquei que Meryl Streep já
foi nomeada 18 (!!) vezes e já tem três
Óscares em casa; “triplicou” a minha
mulher que, sendo a melhor actuação, e
ela não tem dúvidas, nem que ganhasse
dez Óscares, é a melhor: ponto ƥnal
parágrafo.
É, de facto, absolutamente brilhante
e superlativa a interpretação da
grande actriz neste drama familiar.
Entre o cinismo, sarcasmo, sofrimento
intenso, puro gozo e amor maternal,
a personagem de Violet, a matriarca
da família, é de uma força e de uma
intensidade tal que, só por si, merece o
visionamento do ƥlme.
Mas não só: o argumento, em órbita
de uma família disfuncional, as boas
interpretações do demais elenco (Júlia
Roberts foi nomeada para melhor
actriz secundária), a banda sonora
(com interpretações de Bom Iver, Eric
Clapton e uma versão acústica de “Last
Mile Home”, dos Kings of Leon), fazem
deste ƥlme um “must see”.
“Um Quente Agosto” conta a história
de uma família; mãe e três ƥlhas, todas
com personalidades vincadas, que se
foram separando por razões familiares
e que, mercê de um crise familiar, se
vêem forçadas a regressar à casa onde
cresceram e coabitar com a mulher
disfuncional (Violet) que as criou.
O resultado é um ƥlme atordoante,
mas cativante, sempre dominado
pela imperial presença da diva (Meryl
Streep), numa intensidade dramática
que há muito tempo não via.
Filme a não perder.
Sinopse:
Três ƥlhas regressam à casa
onde nasceram, no profundo
Oklahoma, após o suicídio do
pai.
Título original: August: Osage
County / Um Quente Agosto;
Realização: John Wells;
Intérpretes: Meryl Streep,
Julia Roberts, Juliette Lewis,
Ewan McGregor, Chris Cooper,
Abigail Breslin, Benedict
Cumberbatch;
Origem: EUA;
Estreia: 2013.
CULTURA
A
té dia 17 de Abril, o artista bracarense Santiago Belacqua tem patente
a sua exposição Portugal Monumental, um trabalho que representa várias cidade e vilas nacionais, através de
uma técnica própria que desenvolveu
digitalmente. “Penso que, acima de
tudo, agrado a ‘gregos e troianos’. Qualquer pessoa
que veja as telas identiƥca-se com a que representa
o lugar que lhe é mais querido e mais ‘seu’”, explica
Belacqua. No dia da apresentação da exposição, o
artista recebeu Ricardo Rio e Altino Bessa, a quem
ofereceu um quadro de Braga personalizado com as
fotos dos próprios impressas nas telas. O presidente
da Câmara desaƥa os visitantes a terem um olhar
crítico sobre as telas. “O Santiago Belacqua orientou
a sua criação para a valorização do património do
nosso país, com o qual no identiƥcamos. Pessoalmente, tenho orgulho na representação que foi feita
de Braga”, aƥrmou Ricardo Rio. O momento musical
esteva a cargo da fadista Isa Castro.
O próximo passo está deƥnido e passa por uma
exposição - do mesmo trabalho que está patente no
Theatro Circo - no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Após isso, o artista aguarda conƥrmação para trabalhar em outras cidades a nível mundial.
*veja todas as fotos do evento no site da Revista SIM.
59
SANTIAGO BELACQUA
EXPÕE NO THEATRO
CIRCO ATÉ DIA 17
60 MOTORES
Braga escolhida para apresentação do
MERCEDES A45 AMG
O
Autódromo Internacional
de Braga, Vasco Sameiro,
foi o local escolhido pela
Soc. Com. C. Santos e pela
Mercedes para a apresentação, a um público
muito restrito, do ‘hiper
desportivo’ Mercedes-Benz A 45 AMG, a nova
coqueluche da marca alemã.
Com um conceito totalmente desportivo, o
novo AMG da Mercedes circulou na pista do
Autódromo Internacional de Braga numa ação
de “charme” destinada aos clientes eamantes da velocidade e do desporto automóvel,
organizada em parceria com a Empista – Driving, Training and Promotional Events, que na
ocasião proporcionou um curso de condução
desportiva aos participantes deste evento,
precisamente ao volante do novo carro da
marca alemã..
Contrariando as leis da física, sobretudo
através do motor turbo AMG de 2.0 litros de
quatro cilindros, o A 45 AMG conquista com
uns poderosos 360cv, um motor de topo da
marca germânica. Este é, aliás, o motor mais
potente do mundo a equipar um veículo
com produção em série.Com uma caixa de 7
velocidades pilotada e tração integral, o A 45
AMG confere capacidade de equilíbrio, em
aceleração e travagem, levando para onde é
realmente necessário a sua força propulsora e
equilíbrio aerodinâmico.
CULTURA
61
62 GASTRONOMIA
SALMÃO MARINADO EM LIMA, ÁGUA DE
PEPINO E OVAS DE MESMO
Ingredientes:
Chef Hugo Teixeira
Restaurante Romando / Vila Do
Conde
100 gr de Salmão
1 Pepino
10 gramas de Ovas de salmão
Percebas q.b
Sal q.b
Rebentos de ervilhas q.b
2 Limas
Preparação:
Cortar o salmão em tacos, colocar sal e o sumo de lima.
Colocar o pepino num liquidiƥcador e passar tudo. Coar e
aproveitar apenas a água. Temperar com sal.
Cozer as percebas (o mesmo que ‘perceves) em água
a ferver, temperada com sal. Quando levantar fervura,
retirar.
Empratar com as ovas e os rebentos de ervilhas. Uma
entrada fria para o verão que vem aí e uma escolha fácil
de confeccionar.
Bom apetite!
FIDDLER:
Deu entrada
no canil com a
sua mãe e dois
irmãos. Estavam
esfomeados, e
o seu estado de
fraqueza levou a
que fosse internado. Encontrase numa FAT
muito provisória.
Precisa de um
dono para não
voltar ao canil.
PETRA:
Foi encontrada
abandonada,
estava bastante
magra e contraiu
parvovirose.
Está numa FAT a
recuperar, precisa de um dono
que a estime
como merece. É
bastante meiga,
carente e calma.
Dá-se em apartamento.
NEREIDA:
Entrou no gatil
com três ƥlhotes,
onde adoeceu,
foi internada e
voltou ao gatil já
recuperada.
Felizmente,
conseguiu apadrinhamento -por
dois meses - para
uma FAR. Precisa
de um dono com
urgência para não
voltar ao gatil.É
uma gatinha
muito dedicada,
calma e meiga.
Estáesterilizada.
STORMY:
Entrou no gatil
ainda bebé e
lá cresceu.Felizmente,
conseguiu
apadrinhamento
-por dois meses
- para uma FAR.
Precisa de um
dono com urgência para não voltar ao gatil. Está
esterilizada.
EDITORIAL
03
Um mundo de sentidos!
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64 SAÚDE
SAÚDE INFANTIL E
DEMOCRACIA
Gabriel Ferreira
Pediatra
Membro Fundador da Clínica
Pediátrica de Braga
A
proximando-se a
comemoração dos
40 anos de democracia, começa o País
fazer a avaliação do
trajecto efectuado
neste período.
Sendo senso comum que o País está
irreconhecível, há áreas em que o desenvolvimento foi mais evidente que
outras. Uma delas é a saúde, e nesta,
a saúde infantil ganha particular
destaque. Vários indicadores estatísticos o comprovam, dos quais o mais
conhecido á a fantástica redução da
mortalidade infantil ( 55,5 /1000
em 1974 para 3,4/1000 em 2012)
sendo um dos índices mais baixos
da Europa. Mas a estatística não é
a única de forma de aferir o estado
da saúde. Se analisarmos a evolução
das doenças infecciosas infantis
ƥcaremos com uma noção clara da
realidade de então e da actual.
Nas décadas de 70/80 o internamento pediátrico estava frequentemente cheio de crianças com quadros
de gastroenterite aguda (GEA). Era
frequente esta situação resultar em
quadros de desidratação que obrigavam a internamento hospitalar. O
termo “enterite “ ainda hoje assusta
algumas avós, que têm na memória
a preocupação que tal diagnóstico
acarretava. Actualmente a GEA é uma
situação clinica simples, de fácil reso-
lução e o internamento hospitalar
por este motivo é verdadeiramente
excepcional.
Outro problema que muito atormentou as actuais avós foi o sarampo.
Embora seja uma doença benigna,
era muito comum e podia cursar
com quadros graves e por vezes
fatais. Ainda hoje quando aparece na
consulta uma criança com exantema
cutâneo ( pintas na pele) é frequente
as Mães ( e sobretudo as Avós)
manifestarem muita preocupação:
será o sarampo? Fruto da introdução
da vacina contra o sarampo no plano
nacional de vacinação (PNV), curiosamente em 1974, o sarampo está
actualmente eliminado em Portugal.
Outras doenças outrora comuns como
a parotidite epidémica, rubéola ou
difteria desapareceram.
A hepatite B fruto da introdução
da vacina no PNV em 1995 para os
adolescentes e a partir de 2000 para
todos os recém-nascidos, estará erradicada proximamente na população
infantil.
A meningite, doença que ao longo
dos tempos tanto terror tem causado
a Pais e Avós, está desde há 20 anos
em queda sustentada. De facto,
apesar do alarme causado pela comunicação social, que transforma em
notícia nacional a ocorrência de um
caso desta doença, nunca houve tão
poucos casos de meningite como na
actualidade. O declínio desta doença
deve-se sobretudo ao aparecimento
de vacinas especíƥcas para alguns
casos de meningite. Há 3 agentes
principais causadores de meningite
bacteriana ( as meningites víricas são
doenças benignas e autolimitadas
e que não carecem de tratamento
especíƥco): hemophilus inƦuenza,
pneumococo e meningococo. A
primeira praticamente desapareceu
fruto do aparecimento em 1994 da
vacina especíƥca para esta bactéria.
A segunda, menos frequente, tem
visto a sua incidência reduzir fruto
também da introdução em 2001 da
vacina especíƥca ( não incluída no
PNV mas gratuita para grupos de
risco).
A terceira (meningococo) tem duas
estirpes principais: B e C. Desde
2001 está disponível vacina para
o serótipo C ( já incluída no PNV) o
que reduziu signiƥcativamente a
incidência deste tipo de meningite
(em 2011 foi declarado apenas um
caso em criança não vacinada).
Persiste ainda a infecção para a
estirpe B, agora a mais frequente, que
embora rara é de facto preocupante,
embora tratável e com bom prognóstico se diagnosticada precocemente.
No entanto a vacina especíƥca para
este tipo B foi aprovada pela União
Europeia em 2013 e a sua comercialização poderá começar ainda
este ano. Com a introdução desta
vacina dobrar-se-é pois o “Cabo das
Tormentas” e a última grande batalha
contra as doenças infecciosas infantis
graves estará ƥnalmente ganha.
Este panorama, optimista mas real, é
fruto não do acaso mas de uma estratégia bem deƥnida, perseguida sustentadamente há decadas, iniciada
com a criação do Serviço Nacional de
Saúde, nascido com a democracia.
Mantenhamos pois este optimismo e
esperemos que estratégia semelhante seja aplicada ao desenvolvimento
económico e social do País, desiderato que as nossas crianças, agora
mais saudáveis, merecem e esperam
de nós.
EDITORIAL
03
66 SAÚDE
O PODER DO
INCONSCIENTE
Ana Raquel Veloso
Nós & a Família, Lda. - Serviços Integrados
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Mercearia da Saúde, naturalmente
saudável.
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J
á todos ouvimos falar da
palavra inconsciente e,
com muita regularidade,
associamo-la a algo não
intencional escondido nas
profundezas mais recônditas
da nossa mente. Freud foi
um dos primeiros a falar
de inconsciente, um dos que mais
importância lhe atribuiu e, sem dúvida,
aquele que mais contribuiu para o
signiƥcado que damos a esta palavra.
No inconsciente estariam guardadas
memórias inacessíveis, emoções reprimidas, traumas e recalcamentos do
passado. O inconsciente seria como uma
Ʀoresta densa e impenetrável altamente cercada e onde não conseguiríamos aceder, a não ser em sonhos.
As novas ciências que se dedicam ao
estudo do inconsciente encontram-se
em vantagem relativamente aos tempos
de Freud. As novas tecnologias de que
hoje dispomos, como por exemplo as
Ressonâncias Magnéticas, permitemnos aceder aos cérebros de humanos
vivos – algo impensável há alguns anos
atrás.
Com as mais recentes descobertas
sobre as dinâmicas do cérebro humano surgem novos dados sobre o
inconsciente e até mesmo uma nova
deƥnição - Novo Inconsciente - para que
se diferencie do inconsciente de Freud.
Este novo conceito parece assumir uma
importância cada vez maior na determinação daquilo que somos, por isso a
atenção que lhe dedicam as neurociências é também cada vez maior.
Perceber os mecanismos do cérebro
em ação é algo muito entusiasmante e
promissor. Com a informação que daí
advém enormes benefícios poderão surgir para a nossa saúde física e mental.
Sem dúvida que no processo de autoconhecimento, e na forma como gerimos a vida, essa informação pode ser de
contributo fundamental para a melhoria
do nosso estilo de vida e consequentemente da nossa saúde em geral.
Que funções tem então a nossa mente
inconsciente? O que será que em nós é
por ela inƦuenciado? Em que processos
intervém?
A resposta a estas perguntas parece
fácil e simples – a nossa mente inconsciente inƦuencia, condiciona e intervém
em tudo o que fazemos! Espantosamente o nosso inconsciente condiciona
o que vemos, fazemos, pensamos,
acreditamos, sentimos, cheiramos, saboreamos. A nossa mente inconsciente
trabalha permanentemente 24 horas
por dia durante toda a nossa vida. Não
há férias, dias de descanso ou tempos
mortos - é um trabalho contínuo e
incessante.
Parece incrível que o nosso inconsciente tenha tanto poder sobre as nossas
vidas. Na era do conhecimento pode
parecer difícil aceitar que muito daquilo
que fazemos não é controlado pela nossa mente consciente. Mais difícil será
ainda aceitar que nem sequer temos
consciência de tudo o que fazemos e
dos motivos que nos impelem a faze-lo.
Vejamos alguns exemplos.
Acreditamos que vemos com os olhos,
sem dúvida que são fundamentais para
a visão. O que a maioria de nós não sabe
é que a forma como selecionamos a
informação visual, a forma como a interpretamos e armazenamos é controlada
por mecanismos inconscientes - aquilo
que vemos depende inteiramente disso.
Somos bombardeados com milhões de
informações visuais diariamente, tanta
que faria um computador crashar se
tivesse de a processar. O nosso cérebro
não tem capacidade para armazenar
toda essa informação por isso seleciona-a de acordo com determinados
critérios deƥnidos inconscientemente
- não podemos dar atenção a tudo. Vemos algumas coisas que selecionamos,
atribuímos-lhe signiƥcado, criamos um
contexto, preenchemos eventuais falhas
de informação e guardamos. Então,
armazenamos os factos? A realidade?
Não, apenas a imagem que construímos
dela.
As nossas percepções sensoriais são
consolidadas e interpretadas pelo inconsciente, o sentido que lhes atribuímos é fornecido pelos dados armazenados no inconsciente. A realidade
é como nós a vemos, cada um vê a sua
de acordo com os condicionamentos
do seu inconsciente. A nossa mente
inconsciente possui informação e conhecimentos que não estão ao alcance
da nossa mente consciente. É como se
fosse uma base de dados inƥnita ao
nosso dispor e apenas para nós.
A quantidade de informação que
conseguimos processar conscientemente é muito pequena, em linguagem
informática situa-se entre 16 a 50 bits
por segundo. Há cientistas da opinião
que apenas temos consciência de 5%
da nossa actividade cognitiva. São os
outros 95 % que tornam a nossa existência possível e têm uma importância
extrema nas nossas vidas.
O nosso cérebro não vê a realidade,
cria uma imagem da mesma com base
na informação que possui, muita desta
está armazenada e é produzida no inconsciente. Vemos a realidade como um
modelo da mesma criado por e para nós,
feito à nossa medida, por isso é natural
que por vezes não sirva aos outros…
O nosso inconsciente tem também
uma enorme inƦuência na criação e
consolidação de memórias. Há estudos
que referem que as memórias de um
acontecimento são profundamente
alteradas pelos acontecimentos que lhe
sucedem. Isto quererá dizer que não
memorizamos o acontecimento mas a
interpretação que deste fazemos em
função da sua sequência e das conse-
quências que teve. Mais ainda, as nossas
memórias são capazes de se alterar
com o passar do tempo sem que disso
tenhamos consciência. A informação
que está armazenada vai sendo ressigniƥcada e reintrepretada à medida que
nós mudamos e o tempo passa. Com
o esquecimento natural as falhas vão
sendo preenchidas com novos dados
mais signiƥcativos naquele momento, e
outros desaparecem por completo.
O interessante é que a nossa capacidade de acreditar que aquela memória
é a realidade também se altera ao longo
do tempo, permitindo-nos acreditar
convictamente que nada mudou. Com
o tempo, alteramos a memória do acontecimento mas extraordinariamente
(ou será inconscientemente) a nossa
convicção de que estamos certos parece
manter-se inalterada. É essa capacidade
para nunca duvidarmos de nós próprios
que, para além de nos permitir construir
a realidade à nossa maneira, nos permite muitas vezes recordá-la sem que
tenha existido de todo – a isso chamamse falsas memórias. Temos a capacidade
de ver algo que não existe e acreditar
convictamente que o vimos. Temos
também a capacidade de recordar
pessoas, factos e acontecimentos, sem
que na verdade tenham existido – é
apenas uma construção da nossa mente
inconsciente, é uma ‘falsa memória’.
Cada vez que acedemos a uma memória
reforçamo-la, aumentamos as conexões
neurais e, mesmo sendo falsa, esta
torna-se cada vez mais forte porque
temos a sua imagem no nosso cérebro.
Construímos a (nossa) realidade,
sentimo-la, reagimos a ela e em função
dela, interpretamo-la, vivemo-la e recordamo-la – tudo isso com enorme contributo da nossa mente inconsciente. É
indiscutível o papel da mente inconsciente nas nossas vidas e a importância
de que se reveste o seu estudo para a
melhoria da nossa saúde.
No dia 7 de Abril comemora-se o Dia
Mundial da Saúde e todos poderíamos
empreender algumas mudanças em prol
da nossa saúde.
Se todos tivermos um pouco menos
de certeza relativamente ao que vemos,
ouvimos, sentimos, recordamos;
Se considerarmos que em determinadas ocasiões podemos estar num estado
de ‘cegueira emocional’ induzido pelo
nosso inconsciente;
Se equacionarmos a possibilidade do
nosso inconsciente inƦuenciar as nossas
convicções e crenças sobre nós próprios
e os outros;
Se aceitarmos que a nossa realidade
não é necessariamente a dos outros;
Tenho a certeza que estes será um
enorme contributo para a nossa saúde!
EDITORIAL
03
68 COMÉCIO
RESTAURANTE
ARCOENSE
REABRIU
TOTALMENTE
REMODELADO
A gerência do Arcoense, um dos emblemáticos e
tradicionais da gastronomia bracarense, com quase três
décadas, decidiu remodelar totalmente o restaurante a
pensar na comodidade dos clientes e melhoria do serviço.
Desde a cozinha, passando pela sala ou a fachada, tudo
foi alterado com um toque moderno e vanguardista, mas
que continua acolhedor e familiar, como sempre foi. Os
apreciadores das iguarias do Arcoense, uma referência
na cidade, vão poder continuar a deliciar-se com o
famoso Cabrito Pingado ou o Bolo de Chocolate da Casa,
entre muitas outras especialidades. O serviço continua
igualmente exemplar e proƥssional, pronto para o receber!
EDITORIAL
03
ESPECIALIDADE
Arroz de salpicão com costela
mindinha
Cabrito Pingado
Arroz de Frango à Antiga
Arroz de Lavagante
Cataplana de Robalo
Bacalhau à Braga
Peixe fresco todos os dias
SOBREMESAS
Encharcada de pinhões
Bolo de Chocolate Crocante
Pudim Abade de Priscos
Rua Engenheiro José Justino de
Amorim Nº 96
4715-023 Braga
253 278 952
O projecto foi desenvolvido pelo Arquitecto Vítor Vitorino.
70 JUSTIÇA
Avenida Central nº 82, 2º Frente
4710-229 Braga
Tel: 253 267 314/5
Fax: 253 267 316
Janine Azevedo Soares e Paula Alves Viana
ADVOGADAS
TRANSMISSÃO DO CONTRATO DE
ARRENDAMENTO EM CASO DE MORTE DO
ARRENDATÁRIO
O meu falecido
companheiro era o
titular do contrato
de arrendamento da
nossa habitação. Tendo
falecido, o senhorio veio
exigir que entregasse a
casa ou que actualizasse
o valor da renda fazendo
um novo contrato de
arrendamento em meu
nome, alegando que
não sendo casada não
se transmitia qualquer
direito de arrendamento.
Como poderei reagir a
estas pretensões? Terei
que entregar a casa
onde moro com os meus
filhos menores ou fazer
um novo contrato para lá
permanecer?
Cara Leitora,
A
questão que coloca
é muito pertinente,
uma vez que uma
parte signiƥcativa
da população
portuguesa vive
hoje em dia em
união de facto.
Assim, convém esclarecer que
relativamente à transmissão do
contrato de arrendamento por
morte do arrendatário poderemos
ter duas posições.
Isto porque, a transmissão pode
ser convencionada por escrito no
próprio contrato de arrendamento
ou não, como parece ser o caso
da leitora. Se for convencionada
não existe qualquer problema. No
entanto, na ausência de convenção
escrita é necessário ter atender a
algumas regras:
A nossa lei prevê que um dos
motivos para a caducidade do
contrato de arrendamento seja
a morte do arrendatário, salvo
convenção escrita em contrário.
No entanto, dispõe também que o
contrato de arrendamento se pode
transmitir a favor de determinadas
pessoas que se encontram
efectivamente protegidas. Entre
elas estão o cônjuge que sobreviva
e resida no locado, a pessoa que
viva com o arrendatário primitivo
no locado em união de facto e há
mais de um ano ou a pessoa que
com ele viva em economia comum
também há mais de um ano.
Para uma melhor compreensão
do caso em apreço, importa
esclarecer o que se considera
união de facto e economia comum.
Assim, entende o legislador que
“união de facto é a situação
jurídica de duas pessoas que,
independentemente do sexo,
vivam em condições análogas
às dos cônjuges há mais de dois
anos” e que economia comum “é a
situação de pessoas que vivam em
comunhão de mesa e habitação
há mais de dois anos e tenham
estabelecido uma vivência em
comum de entreajuda ou partilha
de recursos”.
Deste modo, não sendo casados,
o direito de transmissão do
locado ƥca dependente destas
condicionantes, ou seja, as pessoas
têm que viver em união de facto
ou economia comum com o
locatário e este viver há mais de
um ano no locado. Assim, se uma
das situações se veriƥcar, a leitora
poderá exigir a transmissão do
arrendamento para seu nome, sem
ter que celebrar um novo contrato.
No entanto, a transmissão do
locado ƥcará sem efeito se a
leitora possuir alguma habitação
própria ou arrendada no concelho
onde vive. Vivendo nos concelhos
de Lisboa ou Porto esta disposição
também se aplica no caso de
essa habitação se encontrar num
conselho limítrofe.
Acresce ainda que, para ter direito
à transmissão do contrato de
arrendamento, a leitora deverá
comunicar ao senhorio a morte
do arrendatário, no prazo de 3
meses a contar do falecimento,
juntando na comunicação cópia
dos documentos comprovativos,
como é o caso da certidão de óbito
e documento emitido pela Junta
de Freguesia, onde ateste que
também residia naquela morada e
há quanto tempo lá residia.
Preenchidos estes requisitos, a
leitora poderá suceder ao seu
companheiro na posição de
arrendatário, mantendo as mesmas
condições contratuais.
Faça as suas perguntas para [email protected] e veja as respostas publicadas nas edições da Revista SIM.
EDITORIAL
03
72 COMÉRCIO
INCONVENIENTEMENTE
CONVENIENTE
Edson Zogbi
Especialista em Criatividade, Inovação,
Gestão da Inovação e Planeamento de
Marketing
[email protected]
N
em toda a gente
conhece os limites do
quanto se deve tentar
agradar um cliente. O
excesso de zelo pelo
conforto do consumidor
dentro de uma loja pode
incomodar até mesmo
o rei da Pérsia. Quando
nos propomos a facilitar a vida das
pessoas que decidem comprar alguma
coisa connosco, temos de ter em mente
que, ao mesmo tempo, essas pessoas querem sentir-se à vontade, com
espaço para se movimentar e respirar.
Não adianta cercar o cliente com uma
pilha de caixas de sapato, sendo que
o modelo que ele pediu não está
ali. Também não adianta plantar um
garçom ao lado da mesa de um casal
que quer namorar reservadamente. Se
ƥzer um alongamento diferente e já
empurram uma cadeira para se sentar,
ou se para em frente a uma vitrine e
percebe um “guarda-costas” ao seu
lado, diƥcilmente isso gerará uma compora. Isso sem mencionar que existem
vários tipos de pessoas e cada uma tem
limites diferentes, complicando ainda
mais a deƥnição de o que oferecer para
ser apenas e simplesmente conveniente.
O ideal é observar muito o comportamento das pessoas e também saber
ouvir as sugestões que aparecem
a todo o momento. Normalmente,
ignoramos tais sugestões porque elas
saem como simples comentários,
quase um desabafo do cliente. É muito
comum, na hora do pagamento, o
cliente se abrir e fazer uma crítica ou
sugestão, mas raramente se vê o caixa
a anotar o que ouviu. Muitas vezes, a
conveniência de que o cliente precisa
é mais simples do que imaginamos: um
saco, uma informação adicional sobre
o uso do produto ou até nem precisa
de nada..., mas podemos surpreendêlo positivamente com algum mimo,
mas nada que o incomode ou invada a
sua privacidade. Vi, recentemente, um
dono de uma loja de carros empurrar
dois calendários e três folhinhas a um
jovem que os aceitou a contragosto,
mostrando que nitidamente aquilo
não fazia parte do seu dia-a-dia e seria
descartado no próximo caixote do lixo.
Quando a tentativa de excesso de conveniência se torna inconveniência, está
na hora de o lojista rever várias coisas.
Uma das principais características do
comerciante bem-sucedido é a permeabilidade perante as informações novas,
porque está aberto às subtis demonstrações oferecidas pelo seu consumidor. Conveniência é informação colhida
no ponto de venda e transformada
em conforto, diversão, segurança e
respeito aos clientes. Observe!
Lembrar: O querer bem aos clientes
deve ser visceral.
INTERNET
VENDER OU NÃO NO
FACEBOOK?
Tiago Silva
Departamento de Marketing da
Global Nation
[email protected]
E
m tempos de crise económica as formas de ganhar
dinheiro multiplicam-se e a
Internet é cada vez mais vista como um espaço com potencial para o Negócio. A par
das grandes soluções que
hoje existem para vender
produtos online, desde as plataformas
de anúncios de produtos (Olx, CustoJusto, Azvital.com) às soluções que
contemplam a criação da própria Loja
de comércio eletrónico (visitar: www.
globalnation.pt), existe uma solução
inegável e cada vez mais visível para
quem frequenta as redes sociais: a
venda de produtos no Facebook.
Estamos a falar da maior Rede Social do
Mundo que, só em Portugal, estimase que conte já com 4,7 milhões de
utilizadores (dados Marktest/2014),
apresentando assim um potencial
enorme. A primeira questão que se
poderá colocar neste ponto é sobre a
legalidade desta atividade. É permitido
vender os produtos diretamente no
Facebook? Sim, é possível e existem
várias aplicações no próprio Facebook
que permitem com maior rapidez e
eƥcácia rentabilizar essa atividade.
Mas, à semelhança de uma loja de
comércio eletrónico, deverá cumprir
com os exigentes requisitos da lei do
comércio eletrónico em vigor em Portugal. A nível particular, se negoceia com
alguém os produtos por mensagem
privada, estamos perante um negócio
entre privados que se encontra dentro
da liberdade contratual que a lei prevê.
O problema reside quando coloca à
venda os produtos com ofertas indiscriminadas para um largo conjunto de
pessoas, situação em que a legislação é
mais exigente.
Outra questão: vender através do seu
Perƥl ou criar uma Página para o efeito?
A modalidade de páginas do Facebook
é o recurso recomendado pela empresa
de Mark Zuckerberg para a utilização
desta prática. A utilização do seu
Perƥl, por conter as suas informações
pessoais, é uma prática que deverá ser
devidamente reƦetida uma vez que
estará a “dar a cara” pelo negócio que,
se por um lado oferece maior credibilidade, por outro esbarra na sua própria
esfera da privacidade.
E publicidade paga do próprio Facebook, é um bom caminho? A questão
aqui dependerá sempre dos produtos
a vender e da estratégia de Marketing utilizada (a forte segmentação das
campanhas do Facebook por região
geográƥca, interesses, sexo e idade,
podem ser uma componente aliciante
para o seu negócio). Como por norma
os custos não são assim tão elevados
quando usados em pequena escala,
poderá sempre utilizar e veriƥcar se o
retorno compensa a sua utilização.
Como conselho ƥnal do autor: o
Facebook é uma excelente forma para
anunciar e promover os seus produtos,
mas deverá sempre ser aliada a outra
componente (ex: loja de comércio
eletrónico) para a venda efetiva dos
produtos. E não pense que os custos
são elevados ou que exigem elevados conhecimentos: hoje em dia há
soluções onde a sua loja já está pronta
e com custo zero ou muito baixo (visite:
nlojas.com ou azvital.com).
E se precisar de saber mais, entre em
contacto.
EDITORIAL
MARINHO JÓIAS
MUDA DE INSTALAÇÕES
O novo espaço Marinho Jóias abriu portas no Gold Center, em Braga,
mesmo em frente às antigas instalações. A fantástica oferta em joalharia, ourivesaria e relejoaria mantém-se, assim como a simpatia no
atendimento e a conƥança e qualidade de uma casa com muitos anos
de história na cidade.
Visite-nos!
J
Ó
I
A
S
Centro Comercial Gold Center
Avenida da Liberdade, 638
4710-249 Braga
253 611 832
Facebook: Marinho Joias
[email protected]
03
74 EUROPA
“UNIDOS NA DIVERSIDADEAS BARREIRAS DOS MITOS E
PRECONCEITOS”
Dr.ª Luísa Rodrigues
Centro Europe Direct de Ponte de
Lima
[email protected]
A
divisa da União Europeia, «Unida na
diversidade (“In varietate concordia”)
começou a ser utilizada em 2000 e
foi oƥcialmente proclamada no dia 4
de maio de 2002, no Parlamento Europeu. Esta divisa evoca a forma como
os europeus se uniram e formaram a
UE para trabalhar em conjunto pela paz e prosperidade, sem nunca esquecer a enriquecedora diversidade de culturas, tradições e línguas que caracteriza
o continente europeu.
para os seus direitos; sensibilizar para a importância
da cidadania europeia e promover a ideia da inclusão
fundamentada numa ƥlosoƥa que reconhece e aceita
a diversidade, na vida em sociedade.
Esta divisa inspirou a realização do Seminário “Unidos na Diversidade- As barreiras dos Mitos e Preconceitos”, numa parceria entre o Município de Braga e
o Centro Europe Direct de Ponte de Lima. Com efeito,
uma Europa “Unida na Diversidade “ tem de assentar
em cidadãos unidos na diversidade, o que por vezes
se torna difícil pelas barreiras que são colocadas
pelos mitos e preconceitos que povoam as nossas
mentes.
Estes workshops pretenderam dar o seu contributo
para que ,através de testemunhos pessoais, as pessoas sejam sensibilizadas para o direito à diferença
e para o princípio básico de que a defesa do respeito
pelos outros é uma garantia para que os nossos
próprios direitos sejam respeitados. Muitos dos
mitos e preconceitos que povoam as nossas mentes
têm origem na ignorância em relação ao outro que é
diferente, pelo que é necessário estabelecer pontes
e criar condições para um melhor conhecimento mútuo. Tornar o meio em que vivemos menos aberto a
comportamentos discriminatorios não é, em particular neste Ano Europeu dos Cidadãos, e de Eleições
Europeias, uma questão de solidariedade – é uma
questão de respeito pelos direitos humanos.
O Seminário “Unidos na Diversidade- As barreiras dos
Mitos e Preconceitos” , que se realizou no Auditório
da Escola Secundária Carlos Amarante, procurou
aumentar a sensibilização dos cidadãos e cidadãs
O programa contou com um conjunto de workshops
organizados no âmbito da “Biblioteca Humana”,
onde os “livros” são pessoas que partilham o seu
testemunho sobre a discriminação ou exclusão e que
estão disponíveis para se encontrar com “leitores”
interessados.
Na União Europeia e em Portugal, todo o enquadramento legal ( que pode ser melhorado) proibe e até
penaliza todo e qualquer tipo de discriminação, mas
ainda existe um caminho muito grande a percorrer
porque a ignorância, a indiferença e as atitudes das
pessoas não se alteram por decreto.
É preciso que sejamos todos nós, cidadãos das mais
diversas condições sociais ou proƥssionais, a rejeitar
qualquer tipo de discriminação e contribuir para que
todos os cidadaos tenham uma verdadeira acessibilidade aos seus direitos. Também temos a obrigação
de promover a inclusão, nomeadamente de pessoas
pertencentes a minorias étnicas ,religiosas , pessoas
com deƥciência ou incapacidades, encarando-as
como cidadãos de pleno direito, que merecem o
nosso respeito e da sociedade em que se inserem .
Para concluir, uma referencia ao facto de, no mesmo
dia do Seminario ( 4 de abril), se realizar em Bruxelas
a Cimeira Europeia sobre os povos ciganos, que junta
dirigentes políticos aos níveis local, nacional e da UE,
com representantes da sociedade civil, para avaliar
os progressos realizados em matéria de integração
dos ciganos na Europa, o que mostra a opotunidade
da nossa iniciativa.
EDITORIAL
03
76 ECONOMIA
PORTUGAL 2020
O NOVO QREN
Cláudia Sousa
Consultora económico-financeira e de
investimentos empresariais
Licenciada em Gestão de Empresas |
Licenciada em Administração Pública
[email protected]
O
reforço da competitividade e
sustentabilidade
das empresas
está, sem dúvida, na ordem do
dia. As necessidades de investimento – como
uma das formas de o alcançar –,
também!
prioridades de investimento
e ƥnanciamento com fundos
europeus para o período 20142020, tendo sido um dos primeiros países a fazê-lo. A elaboração
deste documento resultou de um
trabalho conjunto do Governo
com a Administração Pública e
várias entidades da sociedade
civil e do público em geral.
O novo quadro comunitário de
apoio – o PORTUGAL 2020 – está,
assim, a suscitar um redobrado
interesse e a constituir-se como
uma das mais atrativas opções
para as empresas, face ao recuo
generalizado da banca – há já
algum tempo – em proporcionar
linhas de crédito compagináveis
com as suas reais necessidades.
E os empresários parecem estar
atentos.
Segundo o Acordo de Parceria,
uma coisa é certa: o investimento
em infraestruturas não será, de
todo, a prioridade do novo quadro
comunitário, mas sim as EMPRESAS – em especial as PME –, e o
aumento da sua competitividade
fortemente orientada para o
mercado externo. Será, em grande
medida, um instrumento norteado para o apoio às empresas nos
seus processos de qualiƥcação e
internacionalização, e por essa
via também para a criação de
emprego.
As orientações e os programas
operacionais do PORTUGAL 2020
serão, pois, a temática central
deste espaço, onde darei a conhecer as medidas concretas de
intervenção, as quais deverão ser
lançadas até ao próximo mês de
junho. Quanto às candidaturas, só
mesmo em setembro.
Tentarei também aqui esclarecer
dúvidas – de forma simples e
direta. Com efeito, muitos são
os empresários que me questionam: já sabe quando é que nos
podemos candidatar? E que investimentos é que são elegíveis?
Os apoios vão ser a fundo perdido
ou incentivo reembolsável? Etc.
São, de facto, muitas e variadas as
questões que neste momento não
posso responder de forma precisa, pois ainda não me é possível:
o Governo está ainda em negociações com a Comissão Europeia.
Posso, contudo, dar a conhecer as
principais orientações que irão
reger o NOVO QREN.
Portugal apresentou em 31 de
janeiro deste ano, em Bruxelas,
o Acordo de Parceria - intitulado
PORTUGAL 2020 - relativo às
Prioridades
Em traços largos, poder-se-á dizer
que o PORTUGAL 2020 assenta
a sua programação em quatro
grandes domínios temáticos,
sobre os quais a intervenção dos
fundos europeus estruturais e
de investimentos se fará grandemente sentir. São eles:
Ţ COMPETITI9IDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO | 4.423 M€
Ţ INCLUSÃO SOCIAL E EMPREGO |
2.130 M€
Ţ CAPITAL HUMANO | 3.0 milhões M€
Ţ SUSTENTABILIDADE E EFICI‰NCIA NO USO DOS RECURSOS |
2.208 M€
O domínio temático Competitividade e Internacionalização da
economia está orientado para as
empresas, com especial ênfase na
mudança de paradigma
no que toca à especialização
produtiva. Ou seja, os incentivos
serão atribuídos ao investimento
empresarial, à produção e difusão
de conhecimento cientíƥco e
tecnológico e à formação empresarial.
O domínio da Inclusão Social e
Emprego integrará medidas que
visam o combate ao desemprego,
à promoção e criação de emprego,
bem como ao ajustamento entre
a procura e oferta no mercado de
trabalho atual.
A formação como um instrumento
essencial – no longo prazo – para
aumentar a competitividade das
empresas surge como principal
enfoque no domínio Capital
Humano.
O domínio temático Sustentabilidade e Eƥciência no Uso dos
Recursos pretende canalizar os
incentivos para ações que promovam a eƥciência na utilização de
recursos, a proteção do ambiente
e a prevenção de riscos e adaptação às alterações climáticas.
Nas próximas edições da SIM, e
à medida que o PORTUGAL 2020
for sendo detalhado pelo Governo, tratarei de aqui o “trocar por
miúdos”, pois nem sempre esta
matéria é de fácil compreensão.
Pretendo que este seja um espaço
aberto às suas dúvidas. Por isso,
conto com as suas questões!
EDITORIAL
03
78 ECONOMIA
O FIM DO TAPERING?
N
João Carlos Pinto
Trader da Golden Broker
ão importa como
é medida ou quem
discursa no FOMC,
a baixa inƦação é
persistentemente a
pedra no sapato dos
decisores da política
monetária, havendo ainda um longo
caminho a percorrer para determinar
quando será a primeira subida nas
taxas de juro.
Janet Yellen informou os mercados
na semana passada que a melhoria
no mercado de trabalho e a subida
da inƦação irão garantir uma subida
nas taxas de juro seis meses após
o ƥm do programa da compra de
ativos (QE). Na minha opinião são os
dados económicos, e não uma data
especíƥca do calendário o que mais
importa à Reserva Federal (FED).
Indicações por parte dos membros da
FED apontam para uma expetativa de
que uma inƦação de volta ao objetivo
– com alguns participantes mais
céticos. Por exemplo, James Bullard
(Presidente da FED de St. Louis) prevê
uma subida da inƦação em torno de
2% em 2014. Na outra extremidade
do espetro temos o cético Narayana
Kocherlakota (Presidente da FED de
Minneapolis). Kocherlakota expressou
o seu desacordo com a linguagem da
FED na declaração da semana passada
e sugeriu que uma caminhada
prematura na subida das taxas de
juro enfraquece o compromisso da
FED em manter as expetativas de
inƦação ancoradas em 2% e não
deixá-las cair ainda mais. Outros
membros (Presidente da FED de
Chicago Charles Evans) manifestaram
preocupação com os baixos níveis
de inƦação, mas mantiveram a
expetativa de que a inƦação iria subir
este ano. Em suma, a perspetiva de
inƦação mais elevada foi a principal
orientação da política atual.
Sendo assim, onde nos encontramos?
A chegada tardia da inƦação poderá
originar uma hesitação na subida das
taxas de juro.
O dado mais importante talvez tenha
sido o de 6ª feira, em que o Bureau
of Economic Analysis revelou que
o consumo pessoal (PCE) inƦação
(a métrica preferida da FED) subiu
apenas 1,1%, um valor abaixo do
objetivo de 2% pelo 63º mês nos
últimos 65 meses. Isto, agregado
a um baixo índice de preços no
consumidor (CPI) inƦação (apenas
1,6% em termos anuais), parece
estar a fazer frente às perspetivas de
Yellen e às do Comitê que esperam
uma inƦação de 1,5% em termos
anuais.
Os investidores devem manter as
atenções nos dados económicos e
não numa data especíƥca. A evolução
da política monetária da FED tem
sido e continuará a ser ditada pela
evolução da recuperação económica
no país. Uma melhoria no mercado
de trabalho e uma subida da inƦação
deixará a FED confortável para uma
subida das taxas de juro em ƥnais de
2015.
EDITORIAL
03
02 EDITORIAL
EDITORIAL
03
82 COR-DE-ROSA
Cláudia
9ieira
fala da
separação
“Não posso dizer que todos os momentos são fáceis, já houve momentos
difíceis e vai certamente haver outros”,
confessou Cláudia Vieira, pela primeira
vez que falou sobre a separação. Pedro
Teixeira tem sido, segundo a mesma,
muito correcto, até porque existe uma
criança que deve ser preservada. Maria,
de 4 anos, aceitou a separação. “Sim, falámos com ela. Está bem, aceitou com naturalidade e não faz perguntas”, disse
Cláudia Vieira. Apesar de relatos na Imprensa de alegadas “traições” de Pedro
Teixeira, o ex-casal está a “adaptar-se lindamente” à nova realidade. “Tanto eu,
como ele”, sublinha a atriz, “É sem dúvida alguma uma mudança enorme na
nossa vida, sobretudo quando passamos nove anos ao lado de uma pessoa. Há
uma alteração e a necessidade de uma nova adaptação”, revelou a estrela da
SIC, dois meses após o anúncio da rutura do mediático casal, a 3 de Fevereiro. A
atriz foi a estrela escolhida para protagonizar a primeira capa da mais recente
revista feminina portuguesa, a “Women’s Health”, onde mostrou toda a sua
sensualidade.
14 anos
depois, a
amizade
O tempo parece curar tudo. Pelo menos,
a julgar pelos últimos desenvolvimentos
da relação conturbada que Fernanda
Serrano e Soƥa Alves desenvolveram ao
longo dos últimos anos. As pazes foram
feitas durante a apresentação da nova
novela da TVI “Mulheres”, numa festa em
Lisboa. As duas atrizes, que vão trabalhar juntas na nova produção, deram um
abraço e puseram para trás das costas um
conƦito de contornos mal deƥnidos que
as afastou no ano 2000, quando contracenavam na série “Jornalistas”, da SIC. “Há quinze anos houve o ‘frisson’ normal
entre pessoas que trabalham juntas durante muito tempo e as nossas idades
também eram outras…”, esclareceu Fernanda Serrano. Quanto à possibilidade
deste reencontro poder signiƥcar o reinício de uma bela amizade, Fernanda
ainda põe algumas reticências: “Não sei… só o tempo o dirá. Não temos que
provocar as coisas”. Soƥa Alves alinhou pelo mesmo discurso: “Não há qualquer
tipo de desconforto, senão não tinha aceite o projeto. E não houve relutância,
foi um ‘sim’ dito na hora, mal li a sinopse”, garantiu a estrela da TVI.
Oceana
e Xavier
de costa
voltadas
Agora parece ser de vez: Abel Xavier
conƥrmou que a sua relação de três
anos com a atriz Oceana Basílio chegou
mesmo ao ƥm. “Há muito amor entre
nós, e sempre haverá, mas acabámos
o namoro”, assegurou o treinador de
futebol. O antigo futebolista da Seleção
Nacional e ex-técnico do Olhanense não
acrescentou pormenores, sublinhando apenas que pretende focar-se
na sua carreira. Xavier, de 41 anos, e Oceana, de 35, assumiram publicamente o namoro em Maio de 2011, ao surgirem juntos na passadeira
vermelha da gala dos Globos de Ouro, de SIC, no Coliseu dos Recreios de
Lisboa. Um dos problemas poderá ter sido a distância, já que a atriz vive
em Lisboa com a ƥlha Francisca, de 10 anos, fruto do seu casamento com
o ator Pedro Laginha, e Abel Xavier a residir nos Estados Unidos, primeiro,
e no Algarve, depois. Depois de muitos rumores, agora é oƥcial.
Divórcio
de ouro
Gabriele Thyssen, de 51, vai receber do
príncipe Karim Aga Kahn, de 77 anos,
uma compensação milionária pelo caso
que o ex-marido teve com uma hospedeira do seu avião pessoal. Ao longo de mais de 10 anos, os dois lutaram
em tribunal. Em 2002, a Gabriele descobriu a traição exigiu o pagamento de
200 milhões de euros. Kahn ofereceu sete e um tribunal francês acabou por
decidir que seriam 12 milhões pelo adultério descoberto graças à investigação
de um detetive privado. Mesmo assim, Kahn não pode estar insatisfeito com
o veredito. Alguns especialistas dizem que, se o julgamento tivesse lugar na
Grã-Bretanha, como queria um advogado de Thyssen, a separação poderia ter
custado 500 milhões. O advogado em causa é Maggie Rae, que “obrigou” o
príncipe Charles a pagar 300 milhões de dólares à princesa Diana.
70
anuncio informativo
abril 2014
1996-2014
Publito faz 18 anos
e torna-se na 1ª gráfica
do concelho de Braga
com certificação FSC*.
Agora, consegue igualmente a certificação
ISO 9001:2008 nº 2014/CEP.4576
* O FSC - Forest Stewardship Council, é uma organização sem fins lucrativos, não governamental, internacional e independente e
que foi constituída por fornecedores e comerciantes de madeira, representantes de organizações ambientais e de associações de
direitos humanos e é composta por três câmaras - económica, ambiental e social.
Parque Ind. Pitancinhos, Lote 19 | 4700-727 Braga
Tel +351 253 283 843 | Tlm +351 961 505 841
E-mail [email protected] | website www.publito.pt
1996-2014
02 EDITORIAL
EDITORIAL
03
86 EDITORIAL
Carta Dominante: O Julgamento,
que significa Novo Ciclo de Vida.
Amor: Forte poder de conquista e
habilidades de retórica vão dar-lhe
a possibilidade de conseguir o
que deseja. Que os seus desejos se
realizem!
Saúde: Energia em alta e pensamentos positivos são os seus fortes
aliados.
Dinheiro: Requer-se mais diplomacia no local de trabalho para
poder obter o que mais deseja.
Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44,
49
Pensamento positivo: Eu valorizo os
meus amigos.
760 10 77 31
Carta Dominante: O Diabo, que
significa Energias Negativas.
Amor: O seu companheiro vai darlhe provas do grande afecto que
sente por si. Que a sua alma seja
bela e transparente!
Saúde: Tenha atenção pois poderá
sentir tonturas e quebras de tensão.
Dinheiro: Ser-lhe-á exigido um maior
empenho a nível profissional.
Números da Sorte: 8, 9, 22, 31, 44, 49
Pensamento positivo: Eu sei que
mereço ser feliz.
760 10 77 35
Carta Dominante: Valete de Copas,
que significa Lealdade, Reflexão.
Amor: Não seja tão casmurro e
desculpe um amigo, pois ele gosta
muito de si. A Realização vem do
balanço entre o dar e o receber.
Saúde: Cuide da sua saúde espiritual.
Dinheiro: Não deixe que a sua
conta bancária fique com saldo
negativo, seja prudente.
Números da Sorte: 3, 24, 29, 33, 38,
40
Pensamento positivo: A alma não
tem idade, jamais envelhece!
760 10 77 39
Carta Dominante: O Dependurado,
que significa Sacrifício.
Amor: Tendência para a dispersão
e a tristeza. Quando a tristeza bate
à sua porta, peça ao seu Anjo da
Guarda que a mande embora.
Saúde: O seu sistema nervoso está
muito sensível, e isso causa-lhe
grandes oscilações de humor.
Dinheiro: Pequenos lucros em novos
investimentos.
Números da Sorte: 3, 11, 19, 25, 29,
30
Pensamento positivo: Estou atento
a tudo o que se passa à minha
volta.
760 10 77 32
Carta Dominante: 2 de Espadas,
que significa Afeição, Falsidade.
Amor: Irá surgir uma boa surpresa.
Que o seu sorriso ilumine todos em
seu redor!
Saúde: Está na altura de ir ao
dentista.
Dinheiro: Não tome por certo aquilo
que para já é só promessa.
Números da Sorte: 2, 8, 11, 28, 40, 42
Pensamento positivo: Dedico-me às
pessoas que amo.
760 10 77 36
Carta Dominante: 10 de Paus, que
significa Sucessos Temporários.
Amor: Não entre em depressão pois
tudo na vida tem uma solução e
mais cedo ou mais tarde verá o seu
problema resolvido. A confiança é
a grande força da vida!
Saúde: Estará com o sistema nervoso descontrolado.
Dinheiro: Tudo estará dentro da
normalidade neste campo.
Números da Sorte: 4, 11, 17, 19, 25,
29
Pensamento positivo: Procuro
manter-me sereno e ouvir a voz de
Deus!
760 10 77 40
Carta Dominante: 2 de Ouros, que
significa Dificuldade, Indolência.
Amor: Período de tranquilidade em
que a família requer toda a sua
atenção e cuidado. Seja paciente
e compreensivo com as pessoas
que vivem a seu lado!
Saúde: Uma onda de energia
positiva está a dar um novo vigor à
sua vida.
Dinheiro: Entrada de novos recursos,
que trarão novo fôlego à sua vida.
Números da Sorte: 19, 26, 30, 32,
36, 39
Pensamento positivo: Eu tenho Fé
para ultrapassar todos os momentos.
760 10 77 33
Carta Dominante: 3 de Ouros, que
significa Poder.
Amor: Não deixe que a rotina
tome conta da sua relação e use
de criatividade. O seu bem-estar
depende da forma como encara
os problemas.
Saúde: Não coma demasiados
doces, pois isso só o prejudica.
Dinheiro: Deixe de ser demasiado
materialista e pense mais no seu
dia a dia.
Números da Sorte: 7, 19, 23, 42, 43,
48
Pensamento positivo: Eu valorizo os
meus amigos.
760 10 77 37
Carta Dominante: 7 de Ouros, que
significa Trabalho.
Amor: Conseguirá aproximar-se
de si e isso fará com que os outros
se aproximem também de si e o
façam verdadeiramente feliz. Que
o Amor seja uma constante na sua
vida!
Saúde: A sua saúde será o espelho
das suas emoções.
Dinheiro: Período favorável.
Números da Sorte: 5, 17, 22, 33, 45,
49
Pensamento positivo: O meu
coração está disponível para o
Amor.
760 10 77 41
Carta Dominante: 7 de Copas, que
significa Sonhos Premonitórios.
Amor: Dinamismo e confiança
serão importantes ajudas no
campo sentimental esta semana.
Plante hoje sementes de optimismo,
amor e paz.
Saúde: O sistema renal está muito
sensível esta semana, beba muitos
líquidos e ingira alimentos como o
kiwi, que evitam a prisão de ventre.
Dinheiro: As suas economias estão
a decair.
Números da Sorte: 5, 9, 17, 33, 42, 47
Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e com o que
faço para não magoar as pessoas
que amo.
760 10 77 34
Carta Dominante: 4 de Copas, que
significa Desgosto.
Amor: As intrigas e as más-línguas
estão presentes na sua vida, mas
mostre que é superior a tudo isso.
Você merece ser feliz!
Saúde: Poderá andar com a garganta um pouco irritada.
Dinheiro: Não gaste mais do que
aquilo que realmente pode, não se
esqueça das contas que tem por
pagar.
Números da Sorte: 2, 4, 22, 36, 47, 48
Pensamento positivo: Vivo cada
momento com felicidade.
760 10 77 38
Carta Dominante: Rei de Paus, que
significa Força, Coragem e Justiça.
Amor: Seja o seu melhor amigo, e
o amor florescerá! A sua felicidade
depende de si!
Saúde: Cuide mais do seu corpo.
Dinheiro: Preste mais atenção ao
seu saldo bancário não deixe que
este baixe.
Números da Sorte: 2, 8, 11, 25, 29, 33
Pensamento positivo: Eu venço os
meus medos!
760 10 77 42
EDITORIAL
03
02 EDITORIAL
125 PESSOAS PARTICIPARAM NO
JANTAR SOLIDÁRIO DA AIA
90 EDITORIAL
A
AIA - Associação para a Inclusão e Apoio ao
Autista organizou um jantar de solidariedade,
que reuniu 125 pessoas, no Hotel Mercure,
em Braga. A noite foi abrilhantada pela
atuação de Hugo Torres, música bracarense
que se associou à causa. Ana Paula Leite,
presidente da AIA era uma mulher satisfeita com a adesão.
“Superou as expetativas. Toda a organização do jantar
esteve a cargo da nossa equipa técnica e não seria possível
se eles não se envolvessem”, agradeceu a presidente,
agradecendo também “a todos os que contribuíram, desde
logo o Hugo Torres, e os artistas que contribuiram para o
leilão”.
A construção de um Centro de Atividades Ocupacionais
(CAO) continua a ser o objetivo primordial da associação e
poderá estar para breve. “Temos a promessa da Segurança
Social que conseguiremos o apoio ƥnanceiro necessário
para a recuperação da escola Primária de Palmeira e aí
construir o CAO. Pode acreditar que vamos conseguir”,
assegura, sorridente, Ana Paula Leite.
No dia seguinte, cerca de 4500 pessoas juntaram-se na
Avenida Central para a Caminhada Solidária pela mesma
causa, na IV Caminhada de Solidariedade “Autismo – Um
Passo pela Inclusão”.

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