pagina reservada para capa de: peixes diversos

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pagina reservada para capa de: peixes diversos
PAGINA RESERVADA PARA CAPA DE:
PEIXES DIVERSOS
ABRAMITES
(Abramites hypselonotos)
Vivendo nas águas do rio Amazonas, na sua
bacia e em quase todos os seus afluentes, o
Abramites é um peixe de rara beleza, mas
considerado um pouco agressivo. Longe dos
rios brasileiros, esse peixe também aparece
comumente no Paraguai e na Venezuela.
Independente de onde ele tenha se originado, é
sempre muito procurado por inúmeros
aquaristas e embeleza aquários de toda a
América do Sul de modo geral.
Com o corpo ligeiramente alongado, de cor
amarelo-escuro e totalmente cortado por seis
barras largas, pretas e verticais que o
circundam de um lado a outro, o Abramites
possui a cabeça bem pequena, com olhos que
se destacam pelo grande tamanho. Sua cauda é
transparente e em forma de tesoura. As
nadadeiras dorsal, pélvicas, anal e adiposa do
Abramites são manchadas de preto, marromescuro e bege. Seu tamanho, em habitat natural,
é de 12cm. No aquário, ele normalmente não
chega a atingir essa medida, ficando, no
máximo, com 8cm.
O Abramites possui um temperamento muito
agressivo, não sendo aconselhável coloca-lo em
aquários comunitários. Deve-se, de preferência,
e se for o caso, deixa-lo com peixes maiores do
que ele, evitando, assim qualquer tipo de
brigas. Ele também é um voraz devorador de
plantas, gostando muito de se alimentar de
alface e espinafre cozido e bem picadinho. É
recomendado colocar no aquário plantas de
folhas duras, como a Goianense, a Anúbia e as
Equinodorus de modo geral.
Este peixe costuma nadar lentamente pelo
aquário, alimentando-se no fundo. Seu corpo
está sempre a 45 graus do solo, com a cabeça
apontada para baixo, como se estivesse
procurando algo entre as pedras ou sobre a
areia.
Não existe, nessa espécie de peixe, uma
diferença facilmente perceptível entre o macho
e a fêmea. Alguns aquaristas, apenas na base de
hipótese, dizem que na época do acasalamento
a fêmea fica mais gorda, diferenciando-se do
macho. Isso, no entanto, não é uma regra, e
cientificamente, pode não
determinar, obrigatoriamente, se o peixe é
macho ou fêmea. O mais garantido seria, com o
acasalamento, quando for realizado com
sucesso, esperar que a natureza apresente os
machos e as fêmeas.
Além da inexistência de um dimorfismo
sexual visível, no aquário, apesar das diversas
tentativas feitas e de várias experiências nesse
sentido,
não
se
conseguiu
realizar
acasalamentos com resultados favoráveis. Com
isso, ainda não se sabe nada a respeito da sua
reprodução em cativeiro.
De toda maneira, isso não desistimula
nenhum aquarista e os Abramites, cada vez
mais, estão se difundindo entre os criadores,
que os procuram pela sua beleza e sempre
acham soluções para adaptar o seu
temperamento ao aquário.
Este peixe, até 1926, foi conhecido como
Abramites microcephalus, quando uma junta de
cientistas verificou que o Abramites é, na
realidade, da espécie hypselonotos, como é
conhecido hoje.
Alimentação: - Ele deve ser alimentado com
alimentos vivos, como tubifex, artemia salina,
flocos de vegetais, alface e espinafre cozido
bem picadinho.
Ambiente: - O Abramites não exige
equipamentos especiais, basta um sistema de
filtragem normal; a capacidade de volume deve
ser por volta de 100 litros; o pH deverá estar
variando de 6,6 a 6,8; o dH de 0 a 2 e a
temperatura entre 24 a 28 graus Celsius.
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AURATUS
(Melanochromis auratus)
Como todas as espécies da família dos
Ciclídeos, o Auratus se caracteriza pela
agressividade entre os adultos da mesma
espécie e pelo carinho e cuidado da fêmea com
os seus filhotes, protegendo-os de predadores.
É um peixe bonito, de corpo alongado, que
mede, tanto na natureza quanto em cativeiro, de
10 a 23cm. Seus olhos são sempre escuros, e a
boca pequena com lábios ligeiramente roliços.
As cores encontradas nos exemplares adultos
são a forma mais fácil de distinguir o macho da
fêmea; enquanto ele tem o corpo chocolate,
com listras horizontais pretas e brancas, ela
apresenta o corpo amarelo e listras brancas e
pretas. As nadadeiras de ambos são
pigmentadas de preto, amarelo e branco, com
exceção das peitorais. Já os filhotes possuem
coloração igual à da fêmea.
Essa espécie precisará de um aquário de, no
mínimo, 80x40x40 (110 litros) para o macho
poder ter a liberdade de delimitar seu território,
onde entrará, e mesmo assim apenas na época
da reprodução, a fêmea que ele escolher como
companheira.
O Auratus é uma espécie que mantém em
cativeiro as mesmas características e
comportamento
que
na
natureza.
A
agressividade, que impede a colocação de
vários exemplares em um mesmo aquário,
dificulta de certo modo sua comercialização em
lojas de aquarismo.
Classificado
por
Boulenger
como
Melanochromis
auratus,
é
conhecido
vulgarmente no Brasil como auratus e nos
Estados Unidos como Malawi Golden Cichlid,
uma vez que é originário do lago Malawi, na
África.
REPRODUÇÃO
Na época da reprodução, o macho escolhe
um local atrás de uma pedra ou troncos e cava
com a boca um buraco na areia, onde a fêmea
deposita os óvulos que são imediatamente
fecundados pelo parceiro. A seguir, a fêmea
junta os ovos amarelos e medindo 2 milímetros
de diâmetro - dentro da boca, onde
permanecem por 6 ou 8 dias.
Ao nascer, os alevinos continuam na
cavidade bucal da fêmea até completarem 10
ou 15 dias. Após este período, os peixinhos,
que são cópias fiéis dos pais, saem para
procurar alimentos, e a qualquer sinal de
perigo, retornam para o interior da boca
materna, só saindo novamente após tudo voltar
ao normal.
Caso os alevinos não retornem por conta
própria, a fêmea os recolhe rapidamente, como
se os estivesse comendo. O número de alevinos
varia, em uma mesma cria, de 10 a 40.
Alimentação: - A dos adultos consiste em carne
raspada, algas, pasta de Gordon, artemia salina
congelada e flocos de vegetais. Aos alevinos é
recomendável uma alimentação à base de
náuplios de artemia.
Ambiente: - O aquário do Auratus deve ter
areia e pedras redondas (em torno de 5 a 8cm),
e muitas plantas (de qualquer tipo); deve ter,
ainda, um sistema de filtragem, aquecedor e
pouca iluminação. O pH deve ser entre 7,6 e 8;
o dH de 3 a 6 e a temperatura pode variar de 24
a 27 graus C.
BEIJADOR
(Helostoma temmincki)
Este é um peixe que realmente faz jaus ao
nome que recebeu, isto porque ele tem o hábito
de “beijar” os companheiros da mesma espécie,
sejam eles machos ou fêmeas. Mas, embora o
ato se pareça muito com um beijo, nada tem a
ver com qualquer demonstração de carinho.
Pelo contrário, o Beijador faz isso para medir
sua força em relação aos outros.
Originário da região Malaia, Ilha de Bornéo
e vizinhanças, o beijador foi encontrado pela
primeira vez por dois pesquisadores, Cuvier e
Vaalenciennes, que o chamaram de Helostoma
temmicki, em virtude do formato da boca
desse peixe (Helostoma significa boca em
forma de elo).
Como todos os membros da família
Anabantidae - à qual também pertencem o
Tricogaster, Colisa e Betta - o Beijador suporta
baixos teores de oxigênio na água. Isso se deve
à existência de um órgão respiratório chamado
Labirinto, que se localiza no alto da cabeça de
todos os peixes dessa família e que lhes permite
respirar o oxigênio diretamente do ar, além de
absorver aquele que normalmente se encontra
dissolvido na água. Por essa razão é comum
observar os Anabantídeos respirando na
superfície do aquário. O beijador é um peixe de
belo porte e possui um colorido brilhante, róseo
ou verde.
Quanto à alimentação, esses peixes são
herbívoros e preferem raspar as algas que se
formam sobre as pedras e plantas do aquário.
No entanto, os beijadores aceitam bem
alimentos secos, pós e farelos, preferindo pegalos na superfície da água e não costumam se
interessar por presas vivas como larvas de
mosquito, dáfnias, artemia.
Nem sempre os Beijadores são bons
companheiros entre si no aquário comunitário,
sendo preciso um recipiente grande para
comportar dois ou mais peixes dessa espécie.
Isso se explica porque em um espaço maior, as
chances deles se encontrarem e brigarem são
menores. Se o aquário for pequeno,
inevitavelmente, um perseguirá o outro sem
cessar. Além disso se forem colocados dois
Beijadores do mesmo tamanho, um deles
sempre se desenvolverá mais que o outro e, no
futuro, o maior não permitirá que o menor se
alimente, podendo leva-lo à morte. Uma
medida para evitar isso, é colocar vários peixes,
pois dessa maneira a perseguição não recairá
somente sobre um indivíduo.
Os Beijadores possuem um comportamento
um tanto agressivo e seu beijo é, muitas vezes,
precedido por um jogo lateral de corpos que
evidencia bem essa agressividade. Esse beijo,
uma maneira de medirem forças, acontece da
seguinte forma: primeiro eles tentam empurrar
um ao outro com a boca aberta. Em seguida as
bocas se fecham, um deles fica preso e começa
a ser puxado pelo outro. O peixe derrotado, ou
seja, o que se deixa arrastar, acaba sempre
sendo perseguido pelo vencedor mas é muito
difícil que um deles morra em virtude das
brigas.
REPRODUÇÃO
Normalmente não é possível distinguir o
macho da fêmea, a não ser por ocasião da
procriação, quando a fêmea fica com o ventre
volumoso em contraste com o macho, mais
esguio. Para reproduzi-los, coloque de 4 a 6
exemplares em um aquário de 100 litros, com o
pH em 7,4 e a temperatura em torno de 28
graus C. O aquário deverá estar bem plantado,
com Elódeas e Cabombas, para que os ovos
fiquem ocultos dos pais, que podem devora-los.
Os beijadores não fazem ninhos, ao contrário
dos demais Anabantídeos, e os ovos, que
podem variar de 400 a 3000, são flutuantes. Os
pais devem ser retirados do aquário logo após a
desova.
Os ovos eclodem em 24 h e os alevinos
nascem com saco vitelino, do qual se
alimentarão por alguns dias. Após a absorção
do saco vitelino, poderá ser oferecido aos
alevinos infusório e à medida que forem
crescendo os alimentos podem ser farinha de
carne ou ração moída, bem fina.
O labirinto somente se desenvolve
completamente aos 21 dias e, nesse período, é
recomendável que mantenha o aquário bem
tampado e aquecido.
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BENGALINHA
(Nannobrycon eques)
Oriundo dos igarapés amazônicos, o
Bengalinha ou Peixe Lápis recebeu esses
sugestivos nomes devido ao seu modo curioso
de nadar, que o mantém inclinado num ângulo
de 45 graus em relação à superfície da água.
O bengalinha pertence à família dos
Caracídeos. Há várias espécies genericamente
chamadas de Bengalinha, por seu aspecto
semelhante, sendo mais freqüentemente
encontrado o Nannobrycon eques, classificado
pelo naturalista Eigenman. Existem outras duas
espécies, o N.anomalus e o N.unifasciatus,
classificadas por Steindachner, mais raras nas
lojas.
Como peixe natural de igarapés, precisa de
uma densa vegetação no aquário, que
reproduza da melhor forma o seu habitat
natural e onde possa encontrar abrigo sempre
que necessário. Se estiver seguro, não se
sentindo ameaçado por peixes maiores, ele
passeará
tranqüilamente
pelo
aquário,
permanecendo a maior parte do tempo junto à
superfície, em busca de diminutas partículas de
alimentos que possa ingerir.
Seu nadar é lento e gracioso mas, quando
assustado, transforma-se em um verdadeiro
torpedo, disparando como um raio pela água.
Normalmente, o peixe lápis vive em cardumes
mas, se deixarmos apenas dois exemplares no
aquário, é provável que um passe a perseguir o
outro, em disputa pelo espaço ou alimento.
REPRODUÇÃO
Distinguir o macho da fêmea não é muito
complicado neste peixe. Enquanto ele apresenta
o corpo esguio, a fêmea tem o abdômen roliço
e volumoso, sendo constantemente perseguida
pelo macho.
Uma vez escolhido o casal para o
acasalamento, este deve ser colocado em um
aquário com cerca de 30 litros d'água, a uma
temperatura de 28 graus C. e o pH 6. Uma
vegetação abundante composta, principalmente
por plantas de folhas largas, como a Sagitária e
Echinodorus é fundamental, pois é sob uma
dessas folhas que os ovos serão depositados.
Não deve faltar alimentos vivos ao casal.
Isso não só preparará os peixes para a
reprodução, como também evitará que o casal,
mais tarde, devore os próprios alevinos.
Uma vez ambientado
no aquário de
reprodução, o casal iniciará um série de jogos
amorosos e, em seguida, escolherá uma das
folhas da vegetação, desovando sob ela. Os
ovos eclodirão em dois dias, sendo que os
alevinos, em virtude de seu porte diminuto,
deverão ser alimentados com uma dieta de
infusório.
O Bengalinha não apresenta uma coloração
muito exuberante, possuindo o corpo
acinzentado, cortado por uma listra preta, e o
dorso castanho. No entanto, sua graça e o modo
peculiar de nadar justificam plenamente a
presença desse curioso peixinho em nossos
aquários.
Alimentação: - pequenas presas vivas, como
dáfnias, artemia salina pequenas, são
excelentes alimentos. Alem desses podem ser
oferecidos alimentos em pó finamente
granulados. É aconselhável que o alimento
permaneça por algum tempo na superfície da
água, para que o bengalinha tenha tempo de
ingeri-lo, devido ao seu modo de nadar.
Ambiente: - Como é de pequeno porte (4cm),
um aquário de 50 litros bem plantado, é o
suficiente; o pH deve estar por volta de 6 e a
temperatura pode variar de 24 a 25 graus C.
É de temperamento pacífico e pode conviver
em aquários comunitários.
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PEIXE-BORBOLETA
(Gasteropelecus sternicla)
Alguns peixes atraem nossa atenção por seu
colorido, outros pela estranha forma. Os
borboletas preenchem esses dois requisitos: ao
formato incomum de seu corpo - comprido
lateralmente e com a frente delgada como a
quilha de uma embarcação - aliam um colorido
prateado intenso, ornado de negro.
raízes de plantas flutuantes, como a Santa
Luzia, com movimentos laterais de corpos
entre macho e fêmea. Distinguir o sexo desse
peixe não é tarefa das mais simples, sendo
possível apenas na época da procriação,
quando a fêmea estará mais roliça.
Bonitos e delicados, os borboletas exigem
alguns cuidados especiais para sobreviver em
cativeiro, mas o aquarista se sentirá plenamente
recompensado por poder contar, em sua casa,
com essas pequenas maravilhas da natureza.
CUIDADOS NO CATIVEIRO
82.Exemplar da espécie Gasteropelecus
sternicla
Essas características tornam os borboletas
muito procurados pelos aquaristas, mas são
poucos os que conseguem ter alguns
exemplares em casa
pois devido à sua
fragilidade, raramente sobrevivem aos sustos e
agressões da coleta e transporte.
São peixes gregários e nadam junto à
superfície, movendo-se lentamente, mas ao
sinal do menor perigo dão grandes saltos para
fora d'água, com a maior facilidade, devido ao
seu formato anatômico. Essa característica lhes
possibilita, além da fuga, caçar pequenos
insetos que se aproximam da superfície.
Existem dois gêneros de Borboletas:
Carnegiella e Gasteropelecus. No gênero
Carnegiella, existem duas espécies: o
Carnegiella marthae e o Carnegiella strigata.
O gênero Gasteropelecus é representado por
duas espécies também: o Gasteropelecus
sternicla e o Gasteropelecus levis, conhecido
como borboleta branco. Pertencem à família
dos Caracidae.
Os borboletas requerem certos cuidados por
parte do aquarista, em alguns itens:
Alimentação: - na fase de adaptação em casa, é
aconselhável fornecer-lhes alimentação viva
em abundância, composta de dáfnias e artemia
salina. Depois de alguns dias pode-se ir
substituindo lentamente esta dieta por
alimentos mortos ou mesmo rações flocadas.
Os Borboletas só se alimentam na superfície ou
próximos a ela, não procurando comida no
fundo, principalmente se esta for imóvel.
Ambiente: - O aquário deve ter capacidade
mínima para 30 litros, onde poderão ser
mantidos até seis exemplares. Os borboletas
costumam atingir até 3cm de comprimento; o
pH deve variar de 6 a 7(acidificada por xaxim)
e a temperatura pode variar de 24 a 29 graus
Celsius.
É tímido e pacífico; pode ser mantido em
aquários comunitários.
REPRODUÇÃO
Apesar das dificuldades de manutenção, é
possível, com sorte, obter a reprodução do
borboleta em cativeiro. A dança nupcial inclui
vários saltos, porém a desova será feita nas
83.Exemplar da espécie Gasteropelecus levis
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BOTIA
Pertencente à família dos Cobitídeos; existem
pelo menos três espécies, descritas por Bleeker.
Duas espécies: Botia modesta e Botia lecontei,
vivem na Malásia, Tailândia e Vietnã; a outra
espécie, Botia macracantha, é encontrada em
Bornéu e Sumatra.
A espécie de Bornéu e Sumatra, tem
comportamento e hábitos diferentes das
demais.
Botia modesta: - é de tamanho pequeno,
atingindo até 10cm de comprimento,
assemelhando-se ao B.lecontei.
Deve ser
transportado com bastante cuidado, porque suas
barbatanas podem despedaçar-se.
Exige pH variando de 6 a 7, temperatura em
22 a 26 graus C. Pouca luminosidade no
aquário, que deve ter em torno de 80 litros de
capacidade para comportar até 10 indivíduos.
Alimenta-se de ração flocada e alimentos
vivos. Quanto à sua reprodução pouco se sabe,
apenas que nunca foi conseguida em cativeiro.
Botia macracantha: - Ao contrário das demais
espécies, esta tem sua atividade diurna e são
peixes gregários. Se se encontrar sozinha no
aquário, sem outros da sua espécie, começa a
rolar no fundo. Alguns estudiosos acreditam
que seja por tédio.
Devem viver em aquários com capacidade para
80 litros, onde deve ser colocado até 10
exemplares; podem atingir até 12cm de
comprimento. O aquário deve receber pouca
iluminação. É uma espécie que não exige
muitos cuidados. Podem viver em aquários
comunitários.
O pH pode variar de 6 a 8 e a temperatura de
25 a 28 graus Celsius.
É difícil conseguir sua procriação em cativeiro
e pouco se sabe a respeito desse processo.
Alimentam-se de ração flocada, alimentos
vivos e vegetais.
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CARAÚNA
(Geophagus brasiliensis)
A Caraúna é um peixe muito dócil em seu
habitat natural, mas dentro de um aquário
torna-se agressiva e completamente anti-social,
defendendo seu território com ferocidade e não
permitindo, em hipótese alguma, a presença de
outros peixes em seus domínios, ainda que da
mesma espécie e do sexo oposto. Originária da
América do Sul, a Caraúna pode ser encontrada
da Bahia a La Plata, na Argentina, chegando a
medir até 40cm de comprimento, quando em
liberdade e, até, 28cm em cativeiro.
Também conhecido como Acará-pérola e
Papa-terra, o hábito mais curioso desse peixe,
quando em aquário contendo areia, é transferila, com a boca, de um extremo para o outro,
além de arrancar todo e qualquer tipo de
planta, tronco ou pedra, fazendo o impossível
para retira-los do lugar.
O filtro de sifão é uma verdadeira diversão
para esse Ciclídeo, que o levanta e puxa,
brincando com ele sem parar. Por esta razão,
quem se decide a manter um desses magníficos
exemplares deve colocar um vasinho sem
fundo dentro do aquário, para evitar que o sifão
seja mexido. Pode-se dizer que o Papa-terra
“arruma a casa” a seu gosto, não admitindo
nem mesmo uma pedra porosa, que ele cobre
com areia até não soltar uma só bolha de ar.
A diferença entre o macho e a fêmea está na
coloração azulada das escamas do corpo do
macho, em suas nadadeiras dorsal e anal
pontudas e cabeça protuberante. A fêmea é
menor, tem nadadeiras arredondadas e não é
tão pigmentada de azul como o macho.
Na época da reprodução cresce um calombo
na parte superior da cabeça do macho, a fêmea
fica mais gorda, e o casal escolhe uma pedra
grande e um pouco escondida em um canto do
aquário para a desova.
Após limpar toda a superfície da pedra com a
boca, a fêmea começa a colocar fileiras de
ovos, que são imediatamente fertilizados pelo
macho. Em três ou quatro dias nascem os
alevinos, em número que varia de 250 a 300,
sendo protegidos pelos pais até que possam
defender-se sozinhos.
Por ser um peixe muito territorial, a Caraúna
dificilmente se reproduz em cativeiro, a não ser
em
tanques
espaçosos
(6x6x0,80m),
especialmente construídos para esse fim, com
algumas pedras para desova e fertilização.
O aquário deve ser espaçoso, não inferior a
80x40x40 cm, com areia no fundo e algumas
pedras. Um terço da água é renovada a cada 15
dias. O pH deve variar de 6,9 a 7,2 e a
temperatura em 24 a 30 graus Celsius.
A alimentação da Caraúna deve ser somente
carne crua cortada em
pedacinhos. Os
alevinos podem ser alimentados, nas primeiras
semanas, com náuplios de artemia salina. Não
se reproduzem em aquários.
São territoriais ao extremo, não admitem a
presença de nenhum outro peixe.
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CASCUDO
(Hipostomus plecostomus)
Originário da América do Sul, onde é
encontrado principalmente no Brasil, o
Cascudo é um peixe de correnteza, vegetariano,
que vive nos fundos dos rios, geralmente em
lugares rochosos, alimentando-se de limo e
lodo, vegetais (algas) e restos orgânicos em
geral.
Só no Brasil, já foram registrados mais de
250 tipos de peixes que recebem o nome de
cascudo. Entre eles destacam-se: o barbado, o
comum, o espada, o espinho, o lima, o preto
(encontrado no Rio São Francisco e Paraná), o
viola, o acari, etc...
Na natureza, o cascudo busca as áreas
encaichoeiradas para viver e desovar, pois
essas regiões oferecem a ele uma série de
benefícios, tais como a existência de limo
abundante, sua alimentação básica, e a limpeza
constante dos ovos, pela ação da água,
desfavorecendo a fixação de parasitas. Depois
da desova, caso perceba ameaça por perto, o
casal permanece entocado junto com os ovos
para protege-los, às vezes chegando a fixa-los
na parte externa do próprio ventre.
Já a sua reprodução em cativeiro é dificílima
e só pode ser obtida através da indução
hormonal, um processo oneroso. Por esse
motivo, além do fato de o cascudo ser um peixe
barato e de fácil captura, não compensa aos
criadores profissionais tentar a sua reprodução
em cativeiro.
A diferenciação do cascudo por sexo é difícil
e, praticamente, só perceptível na época da
desova, quando a fêmea apresenta o ventre
dilatado.
Por outro lado, também não é fácil
estabelecer um padrão de tamanho para o
cascudo, pois, entre os diversos tipos, pode
variar de 3 a 5 cm, até 60 cm. Quanto à cor, a
variação vai do cinza-escuro com manchas
pretas ao amarelo e cinza-claro.
Seu temperamento é tranqüilo, tanto na
natureza quanto em cativeiro, o que faz
conviver bem com as outras espécies, mesmo
com filhotes; raramente se mostra agressivo,
com outros de sua espécie.
Apesar de ser um peixe calmo, que pouco se
movimenta, o cascudo deve ser colocado em
um aquário grande, porque possui movimentos
bruscos, que podem arrancar as plantas.
Outro cuidado que se deve ter é não colocar
o cascudo em aquários recém-montado, pois,
por possuir a boca em formato de ventosa, no
lado inferior do corpo, e minúsculos dentes
adaptados para raspar, ele só se alimenta de
lodo e algas que aparecem no vidro e nas
pedras e pode passar fome se o aquário estiver
limpo.
boca do cascudo
O aquário deve ser montado de acordo com
o tamanho e variedade que se quer criar, mas, a
princípio, deve ser espaçoso e não sofrer
constantes mudas d'água.
O cascudo é vegetariano, alimenta-se de
algas e lodo que se forma naturalmente no
aquário. Quando recebe ração industrializada
ou outro alimento (legumes por exemplo), ele
espera que virem detritos, para então consumilos.
Não requer maiores cuidados por parte do
aquarista; o pH deve ser neutro (7) e a
temperatura pode variar de 20 a 28 graus C.
É de temperamento calmo e que pode
conviver
pacificamente
em
aquários
comunitários.
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COLISA
Resistente, colorida e de fácil reprodução, a
Colisa é um daqueles peixes ideais para o
aquarista iniciante. Além de suportar muito
bem qualidades de água pobre em oxigênio,
não exige
grandes cuidados quanto à
alimentação pois aceita tanto os alimentos
secos, como os naturais ou os vivos.
Pertencente à família Anabantidae, e com duas
espécies catalogadas, é originaria dos córregos
e riachos de águas límpidas e com profusa
vegetação aquática do nordeste da Índia. As
duas espécies, Colisa lalia e Colisa fasciata,
tem uma vasta área de difusão e, em
conseqüência, apresenta numerosas variações
de cor e de forma.
o oxigênio
do ar atmosférico, além do
oxigênio que se encontra normalmente
dissolvido na água.
É por essa razão que a Colisa consegue
suportar a água do aquário pobre em oxigênio,
como acontece quando o excesso de comida é
decomposto. Nestes casos a resistência da
Colisa permite que tenha o aquarista tempo de
corrigir a qualidade da água antes que ocorra a
perda dos peixes.
A Colisa é um peixe muito bonito que
apresenta listras verticais de várias cores, do
metálico ao opaco. No entanto, para que seu
maravilhoso colorido fique mais acentuado,
recomenda-se que o cascalho do fundo do
aquário seja de cor escura. A iluminação
poderá ser a luz natural do sol ou, na falta
desta, uma lâmpada gro-lux. O aquário não
precisa ser muito grande mas deve ter muitas
plantas e a água deve ser ácida, com pH 6,5.
ALIMENTAÇÃO E REPRODUÇÃO
88.Exemplar da espécie Colisa fasciata
A Colisa é um peixe tímido e pacífico que
pode, inclusive, partilhar seu aquário com
outras espécies de pequeno porte e também
pacificas, como é o caso dos neons, cardinais,
résboras, ramirezis, etc... No entanto, se for
colocada com peixes mais agressivos, ou de
movimentos rápidos, seu comportamento
tímido ficará acentuado e raramente o aquarista
terá a oportunidade de contemplar sua beleza.
CARACTERISTICAS
Como todos os membros da família dos
Anabantídeos - à qual pertencem o Tricogaster,
o beijador e o Betta - a Colisa apresenta no
alto da cabeça um órgão respiratório chamado
labirinto. Esse órgão permite ao peixe respirar
A alimentação da Colisa não constitui uma
preocupação para o aquarista. Este peixe aceita,
inclusive, alimentos secos. No entanto, é
aconselhável oferecer, sempre que possível,
alimentação natural, como carne e espinafre, e
alimentos vivos, como dáfnias e artemia salina.
Colisa labiosa
A distinção do sexo da Colisa é muito fácil,
pois o macho é muito mais colorido que a
fêmea.
Na
época
da
reprodução,
principalmente, os tons azuis do macho
tornam-se mais fortes enquanto que a fêmea é
pálida, apresentando apenas listras transversais
de um verde-azulado apagado.
Quando a fêmea estiver roliça, com o ventre
cheio de óvulos, estará, então, na hora de
preparar o aquário de desova. Este aquário,
ácido e bem plantado - inclusive com algumas
plantas de superfície deverá ter uma
profundidade de, aproximadamente, 10cm e
temperatura de água em torno de 26 ou 27
graus centígrados.
Colisa fasciata
O macho deve ser colocado em primeiro
lugar no aquário e, se possível, às vistas da
fêmea. Logo ele começará a preparar um ninho
de bolhas e pedaços de folhas na superfície do
aquário. Cerca de três dias após a colocação do
macho, o ninho estará praticamente pronto e,
no fim do dia a fêmea deverá ser posta no
aquário de desova.
Colisa labiosa
Na manhã do dia seguinte já se poderá
assistir à desova e todo o ritual que a precede.
Esse ritual inclui um abraço do macho ao redor
da fêmea sob o ninho. A partir desse estímulo,
a fêmea começa a soltar os óvulos que são
imediatamente fertilizados, apanhados pelo
macho, que os coloca no ninho. Essa operação
será repetida várias vezes, até que se esgotem
os óvulos da fêmea.
89.Exemplar da espécie Colisa lalia
OS ALEVINOS
Os alevinos nascem de 24 a 36 horas após a
desova e são mantidos no ninho pelos cuidados
incansáveis do macho. Este deixa até mesmo de
se alimentar para tomar conta dos filhotes.
Esses cuidados duram, em média, 3 dias e, após
esse tempo, o macho deve ser retirado e
colocado em outro aquário.
Depois do nascimento dos filhotes, o aquário
deverá ser tapado com uma tampa de vidro para
evitar mudanças bruscas de temperatura que
poderão ser fatais. Os alevinos desenvolvem o
labirinto com três semanas a um mês de idade
e, enquanto isso não acontece, é aconselhável
manter uma suave aerização no aquário de
desova já que o número de filhotes pode chegar
a 2.000. Com o desenvolvimento do labirinto a
necessidade de oxigênio dissolvido na água fica
reduzida.
Os alevinos devem ser alimentados com
infusórios, nos primeiros dias de vida. e após 7
dias podem ser oferecidos náuplios de artemia
salina. Alguns criadores dispensam o infusório
e começam a alimenta-los diretamente com os
náuplios.
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CORIDORA
Nadando em cardumes de 5 a 20 peixes nos
riachos de águas rápidas, de fundo arenoso, os
Coridoras atraem não só pelos seus hábitos
bastante peculiares, como também, pela
possibilidade de ser coletado pelo próprio
aquarista.
Pertencentes à família Callichthyidae,
existem várias espécies de peixes pertencentes
ao gênero Corydoras. Originário do Brasil,
pode ser encontrado desde o Centro-Oeste,
Nordeste até a Amazônia; No aquário, além
de sua forma bizarra e desenhos no corpo, os
Coridoras mostram-se extremamente úteis,
limpando as impurezas do fundo do aquário, o
que lhes valeu o nome popular de limpa-fundo.
permite, além de retirar o oxigênio da água,
fazer uso do ar atmosférico: trata-se da
respiração intestinal. Quando vemos estes
peixes subirem rapidamente até a superfície, é
porque vieram buscar ar, o qual é engolido e,
no intestino, passa à corrente sangüínea pela
mucosa intestinal.
C. ambiacus
O Coridora apresenta escamas grandes e
ósseas, que se constituem em uma verdadeira
91.Exemplar de Corydoras paleatus
90.Exemplar de Corydoras aeneus
Nessa atividade, estes peixes utilizam seus
barbilhões ou apêndices bucais, e com eles
afastam os grãos de cascalho, em busca de
fragmentos de comida. Dessa forma, não só
mantém limpo o fundo, como também mantém
livre o fluxo da água pelo filtro biológico,
impedindo a compactação da camada superior
do cascalho que, quando se entope, impede o
bom funcionamento do filtro.
Albinos
Como todos os peixes dessa família, o
Corydoras possui um dispositivo que lhe
armadura de proteção contra os ataques de
outros peixes, mesmo os bem maiores do que
eles. Outro aspecto que chama a atenção neste
peixe é que ele não suporta a salinidade. Por
isso, mesmo no tratamento de algumas
doenças, o aquarista não deverá usar o método
natural de acrescentar sal à água do aquário,
mas sim buscar outras alternativas, em
medicamentos específicos, para as moléstias
apresentadas pelo peixe.
DISTINÇÃO DO SEXO E
REPRODUÇÃO
Distinguir os sexos nem sempre é fácil.
Contudo, o que se pode observar é que a fêmea
é maior do que o macho, tendo o seu ventre
mais volumoso. Suas nadadeiras ventrais são
de bordas arredondadas, enquanto que as do
macho são pontiagudas.
Por ocasião da reprodução, a fêmea é
seguida de perto pelo macho. Nesse momento,
a fêmea deve ser separada em um aquário com
mesma quantidade de água do anterior. Após
uma semana, coloca-se, à tarde, o macho.
Durante a noite, deixa-se cair a temperatura
com o auxílio de água gelada ou desligando o
aquecedor. Após o nascer do sol, inicia-se o
processo de aquecimento da água, que deverá
ficar em torno de 26 graus Celsius.
aquarista desde o início, sobrevivendo dos seus
erros e acertos.
92.Exemplar de Corydoras arcuatus
C. haraldschultzi
CUIDADOS NA CRIAÇÃO
O casal passará a nadar junto, ficando o
macho acima da fêmea. Assim, tem início a
procura de um local para a desova, que poderá
ser uma folha larga de alguma planta, uma
pedra ou mesmo o vidro do aquário.
Alimentação: - não se constitui problema, uma
vez que o Coridora se alimenta de detritos
alimentares de outros peixes. Entretanto, é bom
oferecer-lhe tubifex para manter seu porte e
coloração bem como preparar-lhe a desova.
Ambiente: - Um aquário comunitário, bem
plantado, de 60 litros é suficiente para manter
alguns exemplares. Não deve ser usado
cascalho pontiagudo no fundo, pois poderá ferir
a boca do Coridora. A temperatura pode variar
de 18 a 26 graus Celsius e o pH pode ser
neutro, ligeiramente alcalino.
C. Juli
Após terem limpado o local escolhido, o
macho ficará no fundo do aquário na posição
de semi-deitado. Nesse momento, a fêmea
coloca sua boca próximo ao poro genital
masculino para retirar o esperma, que será
depositado no local escolhido, onde a fêmea
irá fixar seus ovos, 2 a 2, de forma firme.-140Essa operação será repetida várias vezes, até
que sejam postos cerca de 100 ovos. A eclosão
ocorrerá em 4 dias, sendo que as larvas
permanecerão coladas no vidro ou no fundo do
aquário. Começarão a nadar a partir dos 4 ou 5
dias de vida, quando deverão ser alimentados
com infusórios e náuplios de artemia salina.
O crescimento do Coridora é lento, devendo
atingir a maturidade aos 2 anos de idade. Isto
pode ser um motivo de satisfação para o
aquarista, pois graças à sua vida longa, chega,
muitas vezes, a acompanhar as atividades do
C. robinae
C. reticulatus
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CURVICEPS
aquário de reprodução deve ser elevada para 30
graus.
Espalhado pela América Central e do sul, os
peixes conhecidos como curviceps pertencem
à família dos Ciclídeos e classificados no
gênero Aequidens. São peixes calmos e
pacíficos, ao contrário da maioria dos ciclídeos.
Vamos descrever as quatro espécies que
julgamos serem as mais populares.
Aequidens maronii: - Originário das Guiana,
essa espécie se distingue das demais do mesmo
gênero, pela forma oval e pela faixa preta,
arqueada, que corre da nuca até a garganta.
Aequidens curviceps: - Originário do rio
Amazonas e seus afluentes, no Norte do Brasil,
é um peixe que habita o fundo dos rios, ficando
escondido no meio das plantas, o que lhe valeu
a fama de tímido e pouco sociável. É um peixe
fácil de se criar e apesar de ser bonito é pouco
criado em cativeiro. Atinge de 6 a 8 cm tanto
na natureza como em cativeiro. Apesar de
pacífico com peixes de outras espécies, não é
aconselhável colocar dois curviceps no mesmo
aquário, pois fatalmente irão brigar. É
carnívoro e sua alimentação não requer maiores
cuidados, podendo ser tratado com carne crua
picadinha, alimentos vivos, etc.
Pode chegar a 10cm de comprimento e o
aquário deve conter um volume d'água de, no
mínimo, 80 litros. O aquário deve ser bem
plantado e receber média luminosidade. O pH
pode variar de 6,5 a 7,5 e a temperatura de 22 a
26 graus.
É carnívoro e aceita ração
industrializada, bem como alimentos vivos,
como artemia salina, etc... A
forma de
reprodução é idêntica para todos os peixes do
gênero.
Aequidens pulcher: - Conhecido como acaráazul, chega, no máximo, a alcançar 15cm, mas
está pronto para reproduzir com apenas 6
ou 7cm. A fêmea é menor e exibe tiras escuras
muito evidentes. É originário do Panamá,
Colômbia e Venezuela.
93.Aequidens curviceps
Se reproduz facilmente em aquário. O casal
escolhe uma pedra achatada, que limpa com a
boca e, 24 horas após começa a desova, que
pode demorar de 3 minutos a 2 horas. Os ovos
eclodem 3 a 4 dias após a postura. O casal fica
montando guarda aos ovos, limpando e
oxigenando-os, durante todo o período de
incubação. Depois de 5 ou 6 dias de nascidos,
os filhotes saem do ninho e acompanham os
pais em busca de alimentos.
O aquário deve ser espaçoso, de no mínimo
60 litros, bem plantado e média iluminação. O
pH pode variar de 6,8 a 7 e dH de 0 a 2. A
temperatura pode ser de 26 a 28 graus C. e no
94.Aequidens pulcher
Exige um aquário de pelo menos 100 litros,
bem plantado e recebendo iluminação média. O
pH pode se situar entre 6 e 8 e a temperatura
pode variar de 21 a 26 graus. É um peixe
gregário e vive bem em aquários comunitários.
Se reproduz facilmente em cativeiro, sendo que
vigia os ovos e é extremamente territorial. É
carnívoro e prefere alimentos vivos
Aequidens portalegrensis: - Se encontra
espalhado no Brasil Meridional, Bolívia e
Paraguai. É conhecido como acará-negro e
chega a medir mais de 20cm. Essa espécie
possui características muito próprias, como a
mancha negra ovalada que se encontra na parte
superior do pedúnculo caudal, a mancha
alongada sobre o peito e a íris avermelhada ou
amarelada.
Exige muito espaço e um aquário com mais de
100 litros é o ideal, bem plantado e pouco
iluminado. A água pode variar da ácida à
alcalina (pH 6 a 8) e a temperatura deve situarse entre os 21 e 26 graus Celsius. Se reproduz
facilmente em aquários; cuida dos ovos e
filhotes; é territorial. Alimenta-se de ração
flocada e alimentos vivos.
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DANIO LEOPARDO
(Brachydanio frankei)
Popularmente conhecido como Dânio leopardo,
o Brachydanio se caracteriza por ser um peixe
de comportamento pacífico e de movimentos
extremamente rápidos. Seu corpo parece
transmitir eletricidade, tamanha a sua agilidade
e a facilidade com que muda de direção.
Originário da Índia, o Dânio leopardo
somente é encontrado em outros lugares,
vivendo no cativeiro. Ele se adapta
perfeitamente aos aquários comunitários desde que em cardume de, no mínimo, dez
componentes.
Na natureza, o Dânio vive em águas rasas de
rios e lagos. Por esse motivo, ele raramente vai
ao fundo do aquário, preferindo ocupar região
mediana. O corpo do Dânio tem o fundo branco
metálico, recoberto por manchas redondas azulmarinho, de tamanho regular que se
assemelham às do leopardo, daí o nome vulgar.
O macho é esbelto e, praticamente todo
pintado. Já a fêmea é mais bojuda. A sua
barriga, maior que a do macho, mesmo fora da
época de reprodução, tem poucas manchas, é
quase toda branca. Ambos atingem, em média,
6cm de comprimento, em cativeiro ou na
natureza.
reproduzem facilmente em cativeiro. A fêmea
pode produzir cerca de mil ovos. O tempo de
incubação varia conforme a temperatura,
quanto mais alta o tempo é menor, e vice-versa.
Mas, de um modo geral, gira em torno de 3 a 6
dias, a partir da postura. Dos mil ovos
produzidos, mais ou menos 30% sobrevivem.
Após a desova, o casal deve ser retirado do
aquário. Os alevinos deverão ser alimentados
com infusórios somente após o sexto ou oitavo
dia, pois até então se alimentam com o
conteúdo do saco vitelino.
Albolineatus
O aquário de manutenção dever medir
80x40x40 e o de reprodução 50x30x30, com
plantas soltas, como Elódeas e Cabombas. O
pH pode variar de 7 a 7,6 e o dH de 0 a 3. A
temperatura variando entre 24 e 26 graus é o
ideal.
rerio
95.Exemplar do Brachydanio frankei
REPRODUÇÃO
O macho e a fêmea nadam freneticamente,
lado a lado. Os ovos vão sendo expelidos e
fertilizados imediatamente, caindo no fundo
com rapidez. Para essa espécie, deve-se colocar
areia de granulação grossa para impedir que os
ovos fiquem aparentes, e sejam devorados
pelos pais (alguns criadores colocam bolas de
gude no fundo do aquário). Os dânios se
Como alimento, aceita qualquer tipo de ração,
alimento vivo, congelado e vegetais.
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Dânio MALABARICO
(Dânio malabaricus)
Toda um série de características distingue o
Dânio do Brachydanio; por exemplo, o número
de raios da barbatana dorsal e a linha lateral ou
incompleta. Na natureza, o dânio-gigante mede
até 15cm; no aquário, raramente supera os
10cm de comprimento.
É um peixe gregário e vive muito bem em
aquários comunitários. É de fácil criação, não
exigindo maiores cuidados por parte do
aquarista.
Um aquário de 60 litros, para viver em
outras companhias, é o suficiente. Ambiente
bem plantado com muita luminosidade. O pH
pode variar de 6,5 a 7,5 e a temperatura pode
oscilar entre 18 e 26 graus.
A alimentação pode ser a flocada,
industrializada ou alimentos vivos ou
congelados.
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ENGRAÇADINHO
(Hyphessobrycon flammeus Myers)
Este pequeno peixe de brilhante coloração e
movimentos ativos, que contribuem para dar
vida e movimento ao aquário, pertence à
família
Characidae,
sub-família
Tetragonopteridae e gênero Hyphessobrycon.
É um peixe bem adequado à manutenção em
aquários ornamentais.
Fora do Brasil, este peixe é conhecido
popularmente como “Flame-Tetra” (tetra-fogo)
em alusão, respectivamente, ao seu lugar de
procedência e à sua coloração. No Brasil,
também recebeu o nome popular de
Engraçadinho, por causa de seus hábitos ativos
e colorido vistoso.
Originário dos arredores da cidade do Rio de
Janeiro, onde, atualmente, devido à poluição
tornou-se bem raro; também pode ser
encontrado nas terras altas do Estado de São
Paulo, próximo às cabeceiras do rio Tietê, onde
ainda é relativamente comum.
No litoral de São Paulo encontra-se a espécie
H. griemi, também comercializada às vezes
como Engraçadinho. Porém, trata-se de uma
espécie diversa. O griemi é muito parecido com
flammeus, sendo praticamente indistinguível
pelos iniciantes. As diferenças encontram-se na
coloração e na reprodução.
Como todos os tetras, o engraçadinho gosta
de viver em cardumes de pelo menos seis
indivíduos. Na sua coloração, destaca-se o
vermelho vivo, sendo a região anterior do
corpo prateado-amarelada com listras negras
bem destacadas nos flancos. A borda anterior
da nadadeira dorsal é negra, assim como as
pontas das nadadeira ventrais e o bordo da
nadadeira anal. No H.griemi não há bordas
negras nas nadadeiras e a parte amarelada é um
pouco mais forte.
A distinção sexual se faz pelo exame da
nadadeira anal. No macho, esta é quadrangular,
com o bordo negro bem definido, enquanto na
fêmea a nadadeira anal é ligeiramente côncava,
com a coloração negra mais esmaecida. Na
época da reprodução a fêmea apresenta o
ventre
mais
volumoso,
devido
ao
desenvolvimento das gônadas (ovas).
O comportamento reprodutor é semelhante
ao dos outros tetras, consistindo basicamente
em corridas pelo aquário e em uma espécie de
dança, com o macho apertando o ventre da
fêmea para forçar a expulsão dos óvulos. Os
ovos ficam aderentes às folhas das plantas e a
incubação leva cerca de 72 horas. Após a
desova o casal deve ser retirado do aquário,
pois pode devorar os ovos.
Fácil de criar e de reproduzir, é indicado
para aquaristas iniciantes; já a outra espécie é
de difícil reprodução.
CUIDADOS NA CRIAÇÃO
Alimentação: - Aceitam flocos, larvas, pasta
variada e artemia salina. Os alevinos devem ser
tratados, nos primeiros dias, com infusório e
após 5 dias deve ser oferecido náuplios de
artemia salina.
Ambiente: - O aquário deve ter 20 ou mais
litros de capacidade, com cascalho neutro de
rio no fundo, plantado abundantemente com
plantas do tipo Cabomba e Elódea; deve ter
iluminação moderada e ambiente sombreado
por plantas flutuantes. A água deve ser neutra,
bem filtrada e limpa. O pH pode ser 6,8 a 7 e a
temperatura pode variar de 24 a 26 graus C.
Gosta de viver em cardumes de pelo menos 6
indivíduos. É um peixe sociável e pacífico,
podendo viver bem em aquários comunitários
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PEIXE-FACA
(Eigenmannia virescens)
Semelhante a um instrumento cortante, os
peixes da família do ginotídeos justificam sua
presença em aquários não apenas pelo porte
bizarro,
mas
também,
pelo
curioso
temperamento e corpo em forma de faca.
Originário de riachos sul-americanos,
diferem dos demais peixes pela ausência de
algumas nadadeiras, como a dorsal, por
exemplo, e pelo fato de se movimentarem
fazendo uso de nadadeiras enquanto mantém o
corpo rígido, ao passo que a maioria dos outros
peixes se movimenta pela ondulação do corpo.
Os peixes-faca, como são popularmente
conhecidos e classificados, produzem um
campo elétrico ao redor de si, o que lhes facilita
a percepção de outros animais, evitando a ação
de predadores e, também, auxiliando-os a caçar
com mais facilidade.
De uma forma geral, os exemplares desta
família não são pacíficos, atacando e
devorando pequenos peixes. Por isso, o aquário
para eles deve ser bem plantado e dispor de
outros abrigos, como pedras, troncos ou até
mesmo alguns tijolos de cerâmica vazados.
Mesmo assim, não é raro que um peixe desta
família acabe por matar seu próprio
companheiro.
O curioso nos ginotídeos é que, em razão
deste temperamento agressivo e territorial,
passam a maior parte do tempo escondidos
entre as plantas ou pedras. É à noite que se
movimentam com mais agilidade no aquário e
acabam atacando suas presas - geralmente
peixes de porte menor. À medida que se
habituam ao cativeiro, costumam aparecer,
durante o dia, no horário da alimentação. Por
isso, quanto menos o aquarista interferir em seu
aquário, evitando sustos nos peixes, mais
chances ele terá de poder apreciar, mesmo que
por tempo pequeno, o exotismo desta família.
Entre os peixes-faca, os mais conhecidos são
os Ituís: o ituí-cavalo, o ituí-transparente e o
sarapó,etc...
Outro ginotídeo muito conhecido é o peixeelétrico - Electro forus electricus, capaz de
gerar corrente elétrica. Por atingir grande porte,
podendo atingir até 1 metro de comprimento,
dificilmente é visto em aquários domésticos.
Alguns autores chegam mesmo a classifica-los
em uma outra família, a Electroforidae.
CUIDADOS NA CRIAÇÃO
Alimentação: - são essencialmente carnívoros e
podem ser alimentados com filhotes de guarús,
tirinhas de coração de boi e artemia salina.
Ambiente: - devido ao temperamento agressivo
e territorial, o aquário deve ser espaçoso, com 1
metro de frente. O aquário deve ter abrigos, por
meio de abundância de plantas ou, mesmo,
tijolos, para que se sinta mais seguro e abrigarse de possíveis ataques. O pH deve ser
ligeiramente ácido, em torno de 6,8 e a
temperatura em torno de 25 a 26 graus Celsius.
Não
são
indicados
para
aquários
comunitários, devido ao seu temperamento
agressivo e territorial.
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KRIBENSIS
(Pelmatochromis kribensis)
Vermelho, preto e dourado, o kribensis é um
dos mais bonitos e colorido peixe africano.
Territorial por excelência, ele escolhe um
espaço no aquário e o defende de possíveis
invasores.
onde possam se ocultar, temos a nítida
impressão de que estamos diante de um outro
peixe, tal a beleza e intensidade com que
exibem suas cores.
100.Exemplar macho de Kribensis
99.Exemplar de Kribensis, fêmea.
Aliás, essa é uma característica da família
Cichlidae, à qual pertence esse peixe, assim
como acará-disco e o bandeira. No entanto, ao
contrário de seus parentes que chegam a
precisar de um aquário só para eles, o kribensis,
devido a seu porte relativamente pequeno atinge até 10cm - pode conviver com outras
espécies, sem maiores problemas, em aquários
comunitários
É uma espécie relativamente nova para os
aquaristas, pois só foi introduzido em aquários
no fim dos anos 50; o kribensis é originário de
rios equatoriais da região oeste da África. Foi
classificado por Boulenger que lhe deu o nome
científico (Pelmatochromis = significa região
pélvica colorida e kribensis= é uma referência
ao rio Kribi).
Um aspecto interessante desse peixe é que a
tonalidade de seu colorido demonstra, com
clareza, o que se passa com ele. Esta
comunicação através das cores é uma
característica dos ciclídeos e é comum ouvir-se
falar que eles possuem um “guarda-roupa”
próprio.
Um exemplo disso é a cor pálida e nada
atraente com que o kribensis é encontrado nos
aquários das lojas. Isso se deve ao fato de que
nesses locais os peixes, geralmente, estão
desprotegidos, mal acomodados e com medo.
Quando levamos um casal para um aquário
com água ligeiramente ácida - pH 6,5 - com
plantas em abundância e bem enraizadas, para
não serem desplantadas e com vários abrigos
Uma mistura de partes iguais de espinafre
cozido e coração de boi cru é um excelente
alimento para o kribensis. No entanto, é sempre
aconselhável complementar essa dieta com
presas vivas como dáfnias e artemia salina.
REPRODUÇÃO
É na época da procriação que este peixe
mostra seu colorido mais exuberante. O macho
apresenta a metade inferior vermelha, com uma
faixa longitudinal preta que atravessa todo seu
corpo. A nadadeira dorsal é pontiaguda e
colorida em preto, vermelho e dourado. A
nadadeira caudal apresenta em sua parte
superior alguns pontos pretos (ocelos) que, no
entanto, podem estar ausentes em alguns
indivíduos.
A fêmea tem aproximadamente a metade do
tamanho do macho. Seu ventre fica volumoso e
de um lindo vermelho grená. A nadadeira
dorsal apresenta uma larga faixa dourada,
limitada por uma tarja preta. Ela possui,
também, nessa nadadeira, próximos à cauda,
alguns ocelos pretos. Esta marca é muito útil
para distinguir os sexos quando os peixes estão
descoloridos.
Para a reprodução, coloque o casal em um
aquário de 50 litros, com água ácida (pH 6,5),
muitas plantas e uma telha no centro do
aquário, pois será ali que a desova acontecerá.
A corte é muito graciosa: o macho cava um
buraco sob a telha e, aos poucos, a fêmea se
junta a ele nessa tarefa. É comum vermos a
fêmea “oferecendo” ao macho seu abdômen
vermelho e volumoso.
A desova ocorre no teto da telha e será
cautelosamente guardada pelo casal que se
reveza nesse trabalho. Os ovos são postos a
uma distancia de meio centímetro um do outro
e possuem uma coloração acinzentada.
OS ALEVINOS
Os filhotes nascem de 2 a 3 dias após a
desova e são transportados pela fêmea para
outros buracos espalhados por todo o aquário.
Em torno de 6 dias de vida, a prole começará a
passear pelo aquário, sempre acompanhada dos
pais. Estes cuidam dos filhotes com muito zelo,
afugentando qualquer
estranho que se
aproxime, inclusive o dedo do aquarista.
Nessa fase dos passeios, os alevinos deverão
ser alimentados com microvermes e náuplios
de artemia salina, mas já aceitarão raspas de
fígado e gema de ovo cozido.
De forma geral, não há necessidade de
separar os pais dos filhotes. No entanto, caso o
casal comece a se desentender em qualquer
parte do processo após a desova, deve-se retirar
o macho para evitar que venha a devorar a
prole.
Quando a fêmea voltar a ficar com o ventre
volumoso, se desinteressará automaticamente
pelos filhotes e poderá ser levada a uma nova
desova.
A maioria dos ciclídeos atingem grandes
proporções, por isso, necessitam de aquários de
grandes dimensões. Por causa disso, muitos
aquaristas pensam que esses peixes são muito
difíceis de se criar. No entanto, isso não é
verdade e o kribensis é um bom exemplo de
como um ciclídeo pode embelezar um aquário
de proporções médias.
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PEIXE - LÁPIS
(Nannostomus marginatus)
Pertencente à família dos Caracídeos, o peixelápis é gracioso, com suas belas cores e
temperamento pacífico, é ideal para habitar
aquários comunitários.
Seu nome cientifico é uma alusão às suas
características: nanno=pequeno e stomus=boca;
em grego, boca pequena. O nome popular,
peixe-lápis, deriva de seu formato alongado
(fusiforme), adequado à natação em águas de
pequena correnteza, como igarapés, igapós e
remansos nas margens dos rios. Além da
referida faixa dourada, este peixe ostenta as
nadadeiras manchadas de
belos tons de
vermelho, com exceção das peitorais e da
caudal.
aquário e requebros entre o macho e a fêmea,
culminando com a pressão do flanco do macho
contra a fêmea, forçando a expulsão de um
óvulo, que é imediatamente fecundado. A
postura
não é muito grande, raramente
atingindo cem ovos. Uma vez terminada,
devem-se retirar os pais do aquário, pois
devoram ovos e larvas.
O tempo de incubação dos ovos varia de 48 a
72 horas, e as larvas, muito pequenas, devem
receber infusório e dieta líquida para alevinos.
Após três dias, podem receber microvermes
e náuplios de artemia salina. O crescimento dos
alevinos é rápido, e em uma semana já se
alimentam de ração em pó bem fina.
Originário da parte superior da Bacia
Amazônica, Guiana e Colômbia. Companheiros
ideais para esta espécie são os bengalinhas, as
Coridoras, os borboletas, etc....
CUIDADOS NA CRIAÇÃO
101.Exemplar do peixe-lápis, macho.
Ainda que de pequeno porte, raramente
alcançando os 4cm, está longe de ser delicado,
embora em cativeiro deve ser mantido com
espécies pequenas, pacíficas e tranqüilas, pois,
do contrário, passará a maior parte do tempo
escondido entre as plantas do aquário.
o N.marginatus tem a boca terminal, com a
curiosa particularidade de não possuir dentes na
mandíbula, e sim bem na ponta do focinho,
adequada à apreensão de presas como larvas de
mosquitos e outros insetos aquáticos: Dáfnias
cyclops, etc...
Para reprodução, recomenda-se um aquário
com 20 litros de capacidade, fundo de cascalho
grosso de rio ou bolas de gude, plantado com
Cabomba ou Musgo de Java.
A fêmea é ligeiramente maior e apresenta o
ventre mais volumoso, nadadeira anal
triangular com o bordo transparente. O macho é
mais esguio, tem as nadadeiras mais vermelhas,
e a abertura anal arredondada com borda negra.
A dança nupcial dá-se com corridas pelo
Alimentação: - Dáfnias, artemia salina bem
pequenas, larvas de mosquito e ração em
flocos. Para os alevinos, infusório até 5 ou 6
dias, náuplios até 15 ou 20 dias e ração
granulada bem fininha.
Ambiente: - Um aquário de 20 ou mais litros é
o suficiente; vegetação abundante e luz filtrada
por plantas de superfície, filtro interno com
turfa. o pH pode variar de 6,5 a 7, o dH fixado
em 2. A temperatura pode oscilar entre os 24 e
28 graus C.
É de temperamento pacífico, dando-se bem
com espécies pequenas de hábitos semelhantes,
como o bengalinha, cardinais, etc...
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LEPORINUS
(Leporinus fasciatus)
Muito comum no Brasil, o Leporinus é um
peixe bonito, pacífico e de vida bastante ativa,
possuindo movimentos rápidos e constantes.
Por essa razão, dá rara beleza ao aquário (ele
habita uma região mais funda ), sendo
inúmeros os aquarista que o adquirem.
Originário da América do Sul, podendo ser
encontrado das Guiana a La Plata, na
Argentina, o Leporinus é listrado como uma
zebra e mede 33cm quando em liberdade, não
ultrapassando, em cativeiro, os 15cm.
De constituição alongada, olhos grandes e
pretos, possui cor amarelo alaranjada e é
atravessado por dez largas faixas negras e
paralelas, assemelhadas a anéis. A primeira
faixa está situada na boca e a última no
pedúnculo caudal. As nadadeiras adiposa e anal
são negras, e a cauda em forma de tesoura, é
transparente.
O Leporinus é um voraz comedor de plantas
e algas. Por esse motivo, a fim de evitar que
devore as plantas do aquário, é aconselhável ao
criador deixar sempre à sua disposição alface,
espinafre e agrião. Esta última verdura pode ser
presa ao fundo do aquário, amarrando-a a uma
pedra, o que facilita as refeições do peixe.
Além disso, deve-se dar preferência a colocar
no aquário plantas de folhas duras, como a
Goianense, a Anúbia e a Lagenandra.
Nessa espécie, as diferenças entre o macho e
a fêmea estão, basicamente, no tamanho e nas
cores. O macho é esbelto, menor e possui
cores vivas, enquanto a fêmea, maior, tem o
ventre mais bojudo e apresenta cores menos
pronunciadas.
Na época de reprodução, o Leporinus age de
forma curiosa: o casal de peixe nada
freneticamente em torno das plantas que
flutuam no meio líquido e, bem próximos um
do outro, iniciam a desova. Os óvulos são
fertilizados imediatamente e, ao caírem,
aderem nas raízes das plantas flutuantes, nas
folhas das plantas submersas, no vidro do
aquário ou em qualquer lugar que pousem.
O tempo de incubação dos ovos varia de
acordo com a temperatura da água do aquário,
não excedendo, porém, oito dias. Terminado o
período de incubação, nascem os alevinos,
entre 50 e 200 por ninhada. Um dado
importante para o aquarista: o casal de peixes
deve ser retirado do aquário logo
após a desova, caso contrário poderão devorar
todos os ovos e filhotes.
Também é importante, quando em cativeiro,
evitar colocar o Leporinus com espécies não
compatíveis com a sua, ou seja, peixes que o
ataquem - basicamente, os da família dos
Ciclídeos, como a Caraúna, o Apaiari e o
Zebra. De resto, o Leporinus convive bem com
qualquer outra espécie, pois não é agressivo.
102. Exemplar do Leporinus.
CUIDADOS NA CRIAÇÃO
Alimentação - O Leporinus deve ser
alimentado com alface, espinafre e agrião
(crus), mas pode receber, eventualmente,
flocos, pasta de Gordon. Os alevinos podem
consumir infusório, alface e espinafre
liquidificados (até virarem água) e, até 40 dias
de vida, água verde de lagos ornamentais. Os
alimentos devem ser fornecidos 3 vezes ao dia.
Ambiente - O aquário para manutenção pode
ser em torno de 100 litros, com pedras e plantas
duras. O aquário para reprodução deve medir,
no mínimo, 70x35x30, contendo areia no
fundo, sem pedras; o aquário deve ter plantas
de superfície, como a alface d'água ou aguapé.
Usar filtro externo com sifão, que deve ser
desligado durante a desova e após o nascimento
dos alevinos.
O pH pode variar de 7 a 7,4, o dH de 0 a 2 e a
temperatura de 23 a 26 graus Celsius.
É de temperamento pacífico, podendo viver
muito bem em aquários comunitários
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LIMPA- VIDROS
(Otocinclus affinis)
Existem algumas espécies de peixes
conhecidas pelos aquaristas como Limpa
vidros, devido ao hábito de passarem grande
parte do tempo raspando algas dos vidros e
outras superfícies dos aquários.
Pertencendo aos gêneros Microlepidogaster,
Otothiris, Otocinclus e Parotocinclus, todos os
Limpa-vidros são muito semelhantes entre si,
sendo praticamente impossível ao aquarista sua
identificação a nível genérico e específico.
Fazem parte da família Loricaridae e se
caracterizam por possuir o corpo recoberto por
placas ósseas, nadadeiras com espinhos (exceto
a caudal), boca ventral - situada na parte
inferior do focinho - lábios grandes e largos e
dentes apropriados para a raspagem de algas.
De todas as espécies, a mais divulgada entre
os aquaristas é o Otocinclus affinis, natural do
Estado de São Paulo, sendo encontrado em rios
e riachos de correnteza forte ou média; muito
raramente em águas lentas ou paradas.
Sua coloração é cinza-amarelada no dorso,
com uma faixa preta que vai do focinho à base
da nadadeira caudal, além do branco-prateado
no ventre.
Lembrando um cascudo em miniatura, do
qual difere pela ausência de uma pequena
nadadeira sem raios situada atrás da aleta
dorsal (aleta adiposa) tem a forma
perfeitamente adaptada ao habitat em que vive.
O corpo é achatado no dorso e a boca em forma
de ventosa impede que seja arrastado pela
correnteza, já que não é um exímio nadador.
Desloca-se nadando com dificuldade curtos
trajetos, ou se arrastando sobre as pedras e
plantas. No
aquário, procede da mesma
maneira, embora possa nadar com menos
esforço, pela ausência de correnteza.
Não existe dimorfismo sexual aparente, isto
é, macho e fêmea são praticamente idênticos na
forma e colorido. Isso dificulta a reprodução
em cativeiro, embora esta já tenha sido
observada, de modo esporádico. De qualquer
forma, é um peixe que existe em grande
quantidade nos rios. Por essa razão,
possivelmente não houve interesse em estudar a
fundo o ciclo reprodutivo, faltando, em livros
especializados, dados sobre a evolução dos
ovos e alevinos.
Este peixe alimenta-se basicamente de algas,
as quais ingere em grandes quantidades,
passando a maior parte do dia a procura-las. Na
falta delas, aceita outros alimentos para peixes,
e pode chegar a raspar os cadáveres de peixes
mortos não retirados do aquário se não
encontrar nada mais adequado.
103.Limpa-vidros colado ao vidro do aquário.
De temperamento pacífico, é bom
companheiro em aquários comunitários,
convivendo bem com outras espécies de peixes.
Em aquários de grandes dimensões, para o
criador que tem também pretensões
decorativas, é bom manter vários exemplares
juntos.
A temperatura ideal para limpa-vidros é em
torno de 24 a 26 graus, o pH de 6,6 a 7,2. O
aquário deve receber iluminação intensa, para
favorecer o aparecimento de algas.
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MATO-GROSSO
(Hyphessobrycon callistus)
Um peixe brasileiro que gosta de nadar em
cardumes,
com seu tamanho reduzido e
coloração simples, enfeita o aquário
comunitário, ao qual se adapta com facilidade,
já que é bastante pacífico.
Originário da bacia hidrográfica do rio
Paraná, este peixe também é encontrado nas
margens de lagoas de pouco fluxo de água e
vegetação abundante que existem nas
vizinhanças da cidade de São Paulo. O
Hyphessobrycon callistus, foi classificado por
Boulenger e pertence à família dos Caracídeos.
Encontrado na Amazônia, existe um caracídeo
do mesmo gênero, classificado por Durbin,
denominado Hyphessobrycon serpae, cujos
hábitos e comportamentos são semelhantes ao
do Mato Grosso; é conhecido como Tetra-seserpa.
Hyphessobrycon callistus - é um peixe de
pequeno porte, não ultrapassando os 4cm de
comprimento; seu corpo, de tonalidade rosada,
apresenta lateralmente, em seu terço anterior,
uma mancha preta em forma de losango.
Embora não se movimente muito, torna-se
extremamente ágil quando assustado ou em
busca de comida.
serão mais esguios. Quando isso acontecer,
escolha 4 machos e 2 fêmeas, colocando-os em
um aquário com vegetação abundante e
temperatura em 28 graus C. Um ou dois
machos conduzirão uma fêmea até a folhagem,
onde ela depositará de 100 a 300 ovos, que
serão fecundados, em seguida, por eles. Logo
que acabe a atividade reprodutiva, os peixes
devem ser retirados do aquário, caso contrário
poderão devorar boa parte dos ovos. A eclosão
ocorre 2 ou 3 dias e os alevinos serão
alimentados com infusório e, logo em seguida,
com náuplios de artemia salina.
Hyphessobrycon serpae - Encontrado na
Amazônia, conhecido popularmente como
Tetra-de-serpa, pertence a um grupo de
espécies que ainda não estão bem definidas;
são gregários, pacíficos e podem viver em
aquários comunitários. Um aquário com 50
litros pode abrigar um cardume de 6 a 8
elementos com abundância de vegetação e
luminosidade. Atingem cerca de 5 cm de
comprimento.
105.Exemplar do Hyphessobrycon serpae.
104.Exemplar do Hyphessobrycon callistus
Quanto à água, prefere ligeiramente ácida, com
pH em torno de 6,8; a temperatura ideal é em
torno de 25 graus C. O aquário deverá estar
plantado abundantemente com Elódea,
Cabomba, etc... É carnívoro, adorando presas
vivas, como artemia salina, Dáfnias, etc..., mas
aceita também, rações flocadas.
Para a reprodução, os peixes devem ser
alimentado,
duas
semanas
antes
do
acasalamento, com alimentos vivos. As fêmeas
apresentarão o ventre avolumado e os machos
O pH da água pode variar de 6 a 7 e a
temperatura da água em 22 a 26 graus C.
São peixes fáceis de se criar e reproduzir em
cativeiro. Alimentam-se de ração flocada e
alimentos vivos, como artemia salina, Dáfnias,
etc...
O macho apresenta as cores mais vivas e
vermelhas, enquanto que a fêmea é mais
discreta em suas cores. São peixes bonitos e
simpáticos, de fácil adaptação ao cativeiro.
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P A C U
Existem duas espécies de pacus, todas
originárias do Brasil. São elas:
Metynnis roosevelti - originário da Amazônia,
mais precisamente, da cidade paraense de
Santarém, o pacu tem a origem indígena do seu
nome. Sendo da família da piranha, são muito
parecidas em seu aspecto externo: possui o
corpo arredondado, lateralmente achatado e sua
boca é voltada para cima. De coloração
prateada, tem nadadeira transparentes com
bordas avermelhadas.
Embora tenha dentes em sua maxilas e seu
corpo seja parecido com o da carnívora
piranha, o Pacu tem o temperamento muito
tranqüilo e é vegetariano. Seu relacionamento é
pacífico com qualquer espécie de peixe, não
sendo capaz de prejudicar nem os pequeninos
filhotes de Lebiste. É encontrada na parte
média à inferior dos rios, sempre em cardumes
de no mínimo 5 indivíduos.
Apesar de não ser necessária experiência para
cria-lo, alguns cuidados são importantes. Em
primeiro lugar, deve ser muito bem alimentado,
caso contrário poderá molestar outros peixes.
Sozinho movimenta-se muito pouco; porém,
junto com outros peixes, não para de nadar.
Assim, é aconselhável não colocar muitos
exemplares em um aquário pequeno. Sua
reprodução em cativeiro é realizada em larga
escala, através de hipofisação, para abastecer
clubes de pesque-pague, pois é um dos peixes
mais requisitados. Praticamente não existe
dimorfismo sexual.
Sua alimentação deve ser à base de vegetais,
como alface, espinafre ou qualquer outro
vegetal picado, de maneira que o animal possa
abocanhá-lo. O aquário deve ser de, no
mínimo, 80 litros, para abrigar de 4 a 6
exemplares. Como decoração podem ser
utilizados troncos, pedras, etc... mas nunca
vegetação natural, pois seria um prato cheio
para o pacu. O pH deve ser ligeiramente ácido
(6,8) e a temperatura pode variar de 22 a 28
graus Celsius.
Metynnis hypsauchen - espécie originária da
Amazônia, também, mas sua distribuição é
mais ampla. Podemos encontra-lo, inclusive no
pantanal mato-grossense. São peixes gregários
e vivem em grupos de 6 a 10 indivíduos.
Atingem até 20cm de comprimento
São peixes pacíficos, podendo viver em
harmonia junto com outras espécies, são
vegetarianos e devoradores de plantas
aquáticas, por isso não se deve usa-las como
decoração. O aquário deve ser de 100 litros no
mínimo, recebendo luminosidade intensa; o pH
pode variar de 6 a 7 e a temperatura de 24 a 28
graus C.
106.Exemplar da espécie M.hypsauchen
Sua alimentação deve ser à base de vegetais,
como o alface, espinafre, etc...
Sua reprodução em cativeiro nunca foi
observada.
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PEIXE-DO-PARAISO
(Macropodus opercularis)
Bonito e resistente, o Peixe do Paraíso é ideal
para o aquarista iniciante. Capaz de suportar
baixas temperaturas, ele também consegue
sobreviver em águas com pequenos teores de
oxigênio.
Muito colorido, principalmente na época da
reprodução, seu corpo é listrado verticalmente
de azul e vermelho. As nadadeiras dorsal e
anal são azuis com contornos brancos, as
pélvicas azuis com as pontas laranja e a caudal
vermelha, salpicada de branco. Suas formas
também são muito atraentes, com as
nadadeiras longas e pontiagudas e a cauda em
forma de lira, que pode apresentar longos
filamentos.
Pertencente à família dos Anabantídeos, o
Macropodus opercularis foi classificado por
Linaeus, em 1758. Originário dos campos de
arroz da China, foi introduzido em aquários na
França, em 1868.
temperaturas e já houve casos de exemplares
que sobreviveram em águas a 5 graus C.
Graças a essa rusticidade, o Paraíso é um dos
raros peixes que poderiam ser mantidos sem
aquecimento, mesmo no inverno, e sem
aerização.
De fato, o aquário deste peixe pode ser bem
simples e dispensa o uso de qualquer
equipamento, sendo necessária apenas uma
camada de areia ou cascalho e algumas plantas,
como valisnéria e Elódea, para oferecer abrigo.
O Paraíso vive bem tanto em águas ácidas
quanto em alcalinas e, caso o aquário disponha
de aquecimento, a temperatura ideal é em torno
dos 23 graus C.
Um casal será perfeitamente mantido em um
pequeno volume de água (10 a 15 litros). No
entanto, caso o abrigo seja insuficiente para que
a fêmea se oculte, o macho, sempre disposto à
reprodução, poderá até matar a companheira,
caso ela não esteja pronta para procriar, sendo
preciso então separa-los.
A alimentação também não é problema pois
este peixe aceita de tudo, desde alimentos
vivos, até os secos ou em pó. No entanto, sua
preferência é por produtos de origem animal,
como raspas de fígado cru, coração de boi,
etc...
A REPRODUÇÃO
107.Exemplar macho.Note as nadadeiras
longas.
Como todos os membros da família
Anabantidae, o Peixe do paraíso possui, no
alto da cabeça, um órgão respiratório chamado
labirinto. Graças a ele, o peixe consegue
respirar o oxigênio da atmosfera, além daquele
dissolvido na água. A isto se devem as
freqüentes idas à superfície, tão características
de sua família.
Em casos de superalimentação, quando o
excesso de comida se decompõe consumindo o
oxigênio da água, enquanto os outros peixes
morrem asfixiados, o Paraíso sobrevive, indo
respirar o ar atmosférico.
Além da tolerância a pequenos teores de
oxigênio, este peixe resiste bem a baixas
Distinguir o sexo nesses peixes é fácil pois
enquanto o macho apresenta um colorido mais
exuberante e nadadeiras pontiagudas, a fêmea
tem cores mais apagadas, as formas mais
roliças e nadadeiras menores e menos
pontiagudas.
108.Exemplar fêmea. Observe as nadadeiras
menores e mais curtas.
Um aquário com pequena profundidade
(15cm no máximo) e algumas plantas, serão
suficientes para a reprodução. Nessa ocasião, o
macho estará bastante colorido e a fêmea com o
ventre volumoso, repleto de ovos. Juntos, eles
construirão um ninho de bolhas, na superfície
da água.
Após esse trabalho, terá início a corte, um
verdadeiro espetáculo de cores e movimentos,
semelhante a uma dança nupcial. O macho
conduzirá a fêmea para sob o ninho e começará
a abraça-la. Depois de cada abraço, o macho
apanhará com a boca os ovos desprendidos pela
fêmea e os colocará no ninho. A desova dura
cerca de uma hora e produz de 100 a 500 ovos.
Ao término da desova, será melhor retirar a
fêmea para outro aquário. Isto evita que o
macho, no seu zelo de guardar os ovos, acabe
por matar a companheira. Por outro lado, se o
aquário for bem espaçoso e com muitas plantas
que ofereçam abrigo, não será necessário
separar o casal ou retirar os filhotes, ocorrendo
desova após desova.
Os ovos eclodem em dois dias e, durante a
primeira semana de vida dos filhotes não será
necessário alimenta-los, pois eles ainda estarão
consumindo o conteúdo do saco vitelino ao
qual nascem presos. Após esse tempo, poderão
ser alimentados com infusório e, a partir da
terceira semana, com microvermes e alimentos
finamente granulados, como os encontrados nas
lojas especializadas.
Um cuidado importante nessas primeiras
semanas de vida, é a colocação de uma tampa
de vidro sobre o aquário de desova. Nessa fase,
os filhotes ainda são muito frágeis e, como
ficam próximos à superfície, uma mudança
brusca de temperatura poderá ser fatal.
O PARAISO E A CIÊNCIA
Existem poucos peixes que, como o Paraíso,
tenham sido objeto de tanto estudo por parte da
ciência. Provavelmente ele foi o primeiro peixe
tropical a ter seus hábitos e reprodução
estudados em aquário. Foi também um dos
primeiros dos quais se conseguiu variedade em
cativeiro, já que sua forma amelânica (listras
azuis e vermelhas sobre um fundo branco) foi
obtida em 1933, na Europa.
Mas a contribuição deste peixe à ciência não
para aí. Graças à sua rusticidade e voracidade,
já existem, no Brasil, estudos para utiliza-lo no
controle
biológico
dos
caramujos
intermediários da esquistossomose, mosquitos
e outros insetos aquáticos cuja proliferação
excessiva
possa ser prejudicial à saúde
humana.
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PIRANHA
(Serrasalmus nattereri)
Fama de feroz, bem como a forma e colorido,
fazem das Piranhas peixes desejados por alguns
aquaristas.
Entretanto, estes Caracídeos brasileiros não
são especialmente indicados para o aquarismo,
pois atingem até 40cm de comprimento e são
extremamente vorazes, sendo difícil o seu
convívio com outros peixes.
imediatamente fecundados pelo macho. Esse
procedimento é repetido várias vezes. As larvas
nascem entre dois a quatro dias, alimentandose de plâncton, e logo após de carne, tubifex,
Dáfnias e artemia salina.
Piranha preta
109.Piranha da espécie S.nattereri
Uma das espécies de piranha mais admirada
é a Serrasalmus natterri, com colorido cinza
metálico salpicado de prateado, lembrando
purpurina, e o ventre e a região opercular
coloridas por um vermelho intenso. Mas
existem várias espécies de piranha: a preta, a
vermelha, a caju, etc. Todas tem como
característica principal, mandíbulas fortes,
ligadas a uma possante musculatura
mastigatória, e seu dentes são lâminas
triangulares pontiagudas e cortantes. Graças a
esta disposição anatômica, são capazes de
cortar pedaços de carne que são engolidos
inteiros e com muita rapidez.
Individualmente, uma Piranha não oferece
muito perigo, porém grandes cardumes de
centenas de indivíduos, forma na qual costuma
viver, são capazes de devorar um boi ou
qualquer animal de grande porte em minutos ou
mesmo segundos. Seu perigo é proporcional à
sua fome e à condição da vítima; na verdade só
atacam, em bando, animais sangrando e peixes
que estejam com comportamento anormal ou
feridos.
A reprodução das Piranhas já foi conseguida
em cativeiro, com animais de mais de 20cm de
comprimento, bem alimentados, e numa
temperatura de 28 graus C. Quando vai haver a
desova, o casal se excita com jogos de corpo e
finalmente a fêmea passa pelas raízes de um
aguapé soltando os óvulos que são
Quem quiser começar uma criação de
piranhas, vai ter alguma dificuldade em
encontra-las, já que elas são difíceis de
transportar; mesmo os peixes jovens destróem
os sacos plásticos com suas dentadas. Apesar
disso, não oferecem perigo para o dono, porque
as Piranhas são tímidas no aquário e não
ousariam atacar a mão do aquarista. Será
preferível iniciar a criação com 6 a 12
pequenos animais jovens, de 2 a 3 cm.
O aquário deverá ser grande, prevendo o
crescimento dos animais, de no mínimo 100
litros, montado com cascalho e bem plantado; o
pH poderá variar de 6 a 7 e a temperatura de 23
a 29 graus Celsius.
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RAMIREZI
com água naturalmente acidificada por xaxins,
recebendo uma alimentação à base de larvas de
mosquito ou artemia salina.
Cativante pela beleza e temperamento, o
Ramirezi apresenta uma característica bastante
interessante: sua tonalidade azul metálica se
torna mais ou menos acentuada de acordo com
o humor do peixe. Assim, num verdadeiro
processo de comunicação, o aquarista poderá
saber quando seus exemplares estão com medo,
inseguros ou prontos para a desova.
A REPRODUÇÃO
(Papiliochromis ramirezi)
Classificado por muito tempo no gênero
Apistrogramma, o cíclideo-de-ramirez foi,
depois, escolhido para representar a espécie
típica de um novo gênero: Papiliochromis (que
significa “cor de borboleta”). Essa classificação
partiu do nome que lhe é dado em inglês:
butterfly fish. Originário da Venezuela foi
classificado por Myers e Harry. Este peixe é
um dos raros ciclídeos de porte pequeno,
atingindo, no máximo, 8cm de comprimento.
Por isso, embora territorial durante a desova
como os demais membros de sua família, pode
ser mantido sem maiores problemas em
aquários comunitários ou de poucas dimensões.
Geralmente, os exemplares existentes nas
lojas, apresentam um cor um tanto pálida
devido às más condições das instalações: sem
abrigos onde os peixes possam se ocultar e
densamente povoadas. Mesmo assim, na
medida do possível, os aquaristas devem
escolher dois machos bem coloridos,
identificados pelo tom azul metálico do corpo e
os primeiros raios da nadadeira dorsal, negros e
longos. Da mesma forma, as duas fêmeas,
menores e mais pálidas que os machos, deverão
ter o abdômen volumoso, cor de tijolo.
Para reavivar as cores dos Ramirezis recém
adquiridos, e prepara-los para a desova, é
aconselhável que sejam colocados num aquário
Após alguns dias em um aquário em boas
condições e consumindo alimentos vivos, os
peixes estarão prontos para a procriação. Nessa
altura, começarão os primeiros passos da
“dança” do acasalamento entre os casais, com
golpes laterais de corpos e jogos de mandíbulas
atadas, onde macho e fêmea ficam presos um
ao outro pela boca. Isso serve para que eles
avaliem suas forças e o par para a desova estará
formado quando estes forem equivalentes.
Durante esse processo, um dos casais
dominará a pedra central do aquário, que será
cuidadosamente limpa para receber os ovos.
Nesse momento, o casal restante deverá ser
transferido para outro aquário, onde poderá
também desovar.
Uma vez limpa a pedra, a fêmea coloca seus
ovos em fileiras sobre ela, onde serão, em
seguida, fecundados pelo macho. Depois disso,
o casal se reveza “ventilando” os ovos com as
nadadeiras, de modo a formar correntes de água
para evitar que fungos ou parasitas se fixem
nela. simultaneamente, vão cavando buracos
no cascalho para receber os recém-nascidos,
depois que os ovos eclodirem, o que acontece
em alguns dias. Depois disso, a prole começa a
nadar, sob vigilância incansável dos pais, que
só serão retirados do aquário quando seu
interesse pelos filhotes diminuir.
Para alegrar e enfeitar ainda mais seu
aquário, além do Ramirezi azul, existe também
uma variedade dourada, conseguida através de
mutação.
Alimentação: - aos peixes recém adquiridos,
deve ser oferecida
comida viva em
abundância, especialmente artemia salina. Aos
alevinos, quando começarem a nadar, deve ser
oferecida uma mistura de ovo cozido com leite
em pó. Alguns dias depois, poderão ser tratados
com náuplios de artemia salina.
Ambiente: - um aquário de 50 litros, plantado
abundantemente, ornamentado com troncos e
ao centro uma pedra plana, colocada de tal
maneira que se forme uma espécie de toca sob
ela. A pedra será usada para a desova. Instale
um filtro biológico para manter a água sempre
limpa. A temperatura pode oscilar entre os 23 e
27 graus C. O pH deve ser ligeiramente ácido
(6 a 7).
O Ramirezi é um peixe de comportamento
tímido, podendo tornar-se agressivo durante a
desova.
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RECO - RECO
(Platydoras costatus)
Todo preto, com uma faixa branca
atravessando longitudinalmente o seu corpo de
ambos os lados. Trata-se do Reco-reco,
cientificamente chamado de Platydoras
costatus.
A cor branca da faixa, que nasce entre os olhos
e termina na cauda, se repete entre a base e a
ponta das nadadeiras dorsal e caudal, na parte
superior das nadadeiras pélvicas, adiposa e
ventral, e na região externa das peitorais.
Fica com o ventre encostado no fundo do rio,
escondido durante o dia e movendo-se à
procura de alimento durante a noite. Para
reconhecer o ambiente e identificar possíveis
alimentos, utiliza-se de barbelas táteis que
tocam no chão, sendo longas no lábio superior
e curtas no inferior. O seu corpo, em vez de
escamas, é recoberto por duras placas ósseas. O
primeiro raio da nadadeira dorsal é um espigão
ósseo pontiagudo, serrilhado e muito afiado.
Acompanhando a lateral e a extremidade das
nadadeiras peitorais, há uma fileira de afiados
espinhos curvos para trás. Com essas
características, não é presa fácil. Pode dilacerar
qualquer inimigo com o espigão ósseo ou, se
abocanhado por um predador maior que ele,
abre as nadadeiras
peitorais e dorsal,
perfurando toda a região bucal do desavisado
agressor, que é obrigado a cuspi-lo. Quando
apanhado em redes comuns, corta-as como se
usasse tesouras. Seu ponto vulnerável é a parte
de baixo do corpo, que não possui as placas
ósseas, justamente o lado que fica em contato
com o solo. Recebeu esse nome vulgar, recoreco, porque quando tirado da água, emite um
som parecido com esse instrumento. É um
peixe carnívoro e ataca os peixes pequenos,
devorando-os.
Ocupa a parte inferior do aquário, de onde
sai, à noite, para caçar e vasculhar a areia do
fundo em busca de alimento. É essencial que o
reco-reco receba, pelo menos uma vez ao dia,
alimento à base carne crua. É importante
colocar a carne à noite, pois ele não enxerga de
dia e ao sentir o cheiro de alimento, poderá sair
da toca e atacar peixes menores. É muito útil ao
aquário por consumir restos de alimentos de
outros peixes.
Na natureza pode atingir até 30cm de
comprimento, mas em cativeiro raramente
ultrapassa os 20cm. Um aquário ideal para o
reco-reco deve comportar cerca de 100 litros
d'água. O pH pode variar de 6,6 a 7,2 e a
temperatura entre 27 e 30 graus C.
Pouco se sabe sobre a reprodução desse peixe,
não se sabendo notícias a respeito de sua
procriação em cativeiro.
É um excelente companheiro para os acarás
disco e bandeira.
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RODOSTOMO
(2 espécies)
Originário dos igarapés amazônicos, o
rodóstomo é um peixe gracioso e colorido que,
por seu temperamento pacífico, pode ser
mantido com outras espécies, ajudando a
embelezar o aquário comunitário.
Existem duas espécies de rodóstomo, uma
classificada por Ahl, que recebeu o nome
científico de Hemigrammus rhodostomos e a
outra classificada por Steindachner batizada de
Hemigrammus ocellifer. Ambas tem o mesmo
hábito e comportamento.
O aquarista menos avisado dificilmente se
sentirá motivado a adquirir o pequeno e pálido
peixe que encontrará exposto nas lojas. Isso
acontece porque, assustado e sujeito às más
condições dos aquários de revenda, o
rodóstomo perde totalmente suas cores e
acentua, ainda mais, suas características
tímidas. Já acomodado em ambiente propício,
em um aquário ligeiramente ácido com
abundância de plantas, ele exibirá suas lindas
cores, vermelhas contrastando com o prateado.
Quanto à sua procriação, nada se sabe a
respeito, no entanto, acredita-se que seja da
maneira como os demais Caracídeos, soltando
os ovos ao acaso. Sobre a reprodução em
cativeiro, nunca foi tentada.
A alimentação não é dificuldade ao aquarista,
já que o rodóstomo aceita desde rações
flocadas até alimentos vivos e vegetais, como o
espinafre batido no liqüidificador.
Um aquário variando de 50 a 70 litros é
suficiente para abrigar um pequeno cardume. O
ambiente deve ser bem plantado e iluminado;
um sistema de filtragem eficiente deve ser
montado, uma vez que o rodóstomo é muito
sensível a toxinas. A temperatura pode variar
gradativamente, entre 23 a 28 graus e o pH
deve situar-se entre 5 e 6,5.
Seu temperamento é pacífico, tímido e
assustado, podendo viver muito bem em
aquários comunitários.
114. Exemplar do Hemigrammus rhodostomus.
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113.Exemplar do Hemigrammus ocellifer.
Bastante sensível ao estresse e à mudanças
bruscas de água, deve ser adaptado lentamente
ao novo ambiente. Devido a essa característica
é normal perder algum exemplar no transporte.
É um peixe gregário, vivendo em cardumes, na
natureza, e por isso é recomendável que no
aquário se mantenha, no mínimo, 8 ou 10
exemplares. Pode atingir até 5cm de
comprimento.
ROSÁCEO
(Hyphessobrycon roseaceus)
Peixe de singela beleza, o Rosáceo se destaca
em um aquário pelo colorido rosa translúcido
de seu corpo - variável na tonalidade de acordo
com o seu humor e meio ambiente onde vive, e
pelas nadadeiras dorsal, com uma mancha
negra e anal bem desenvolvida.
Originário de rios do norte da Amazônia,
este peixe conhecido pelo nome científico de
Hyphessobrycon roseaceus, foi catalogado pela
naturalista Durbin, e pertence à família
Characidae, a mesma do Mato Grosso, ao qual
se assemelha em termos de coloração e hábitos.
Mesmo com uma reconstituição do seu habitat
natural no aquário, a reprodução deste peixe é
um pouco difícil, porque os pais costumam
devorar os ovos com facilidade. Entretanto, a
desova poderá ser tentada. Para isso, prepara-se
um aquário de 30 litros com vegetação
abundante, onde serão colocados 2 machos e
uma fêmea que tiver seu abdômen bem roliço.
A desova se fará com sucessivos jogos
amorosos entre machos e fêmea, que será
levada para o meio das plantas de folhas
rendilhadas onde os ovos, semiaderentes (cerca
de 10 de cada vez), serão depositados. Ao final
do processo terão sido postos aproximadamente
100 ovos, os quais serão devorados pelos pais,
se estes não forem retirados a tempo. Um bom
truque para garantir uma maior sobrevivência é
oferecer aos peixes, durante a desova, uma boa
quantidade de Dáfnias.
De 2 a 3 dias os ovos eclodirão. As larvas
devem ser alimentadas com infusório, até a
terceira semana de vida. Após este tempo, já
será possível oferecer aos filhotes microvermes
e náuplios de artemia salina.
CUIDADOS NA CRIAÇÃO
Ao adquiri-los, é bom escolher os que
apresentarem maior agilidade de deslocamento
no aquário, bem como um colorido acentuado e
abdômen
roliço.
Exemplares
apáticos,
descoloridos e que apresentem pontos ou
manchas pelo corpo, demonstram portar
alguma doença ou falta de resistência.
Em casa, ao chegar, é preferível colocar os
peixes num aquário isolado, com temperatura
em torno de 27 graus C e uma alimentação
com presas vivas em abundância, durante pelo
menos uma semana. Só então devem ser
colocados em aquários comunitários, onde o
rosáceo conviverá pacificamente em pequenos
cardumes.
A distinção do sexo não é difícil, isto porque
esta espécie apresenta, de forma mais evidente,
o dimorfismo sexual, ou seja, uma forma em
gancho da nadadeira anal do macho. Sua
nadadeira dorsal também é mais pontiaguda
que a da fêmea.
Alimentação - para o Rosáceo, deve ser
oferecida um dieta predominantemente
protéica, como carne, ovos, crustáceos, peixes e
insetos. Também aceitam alimentos em farelo
fino, como aveia, fubá, espinafre cozido e
batido no liqüidificador e rações especiais. É
bom oferecer, uma vez por semana, artemia
salina viva.
Ambiente - necessitam de um aquário grande
com, no mínimo, 80 litros. Deve ter vegetação
abundante. o pH deve ser ligeiramente ácido
(6,8) e a temperatura em torno dos 27 graus C.
É de temperamento pacífico e pode conviver
perfeitamente bem em aquários comunitários.
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TANICTIS
(Tanichthys albonubes)
Um peixe bonito, que nada com movimentos
rápidos e alegres, assim é o Tanictis. De
temperamento pacífico e ótimo companheiro
para conviver com outras espécies no aquário,
ele é resistente e relativamente fácil de procriar,
trazendo satisfação tanto ao aquarista iniciante,
quanto ao mais experiente. Pode chegar, no
máximo, a 3 cm de comprimento.
ALIMENTAÇÃO E
DISTINÇÃO DO SEXO
Desde que a comida seja dada em tamanho
suficientemente pequeno para que possa ser
abocanhada sem dificuldades, o Tanictis aceita
alimentos secos como fubá, aveia, farinha de
mandioca, etc..., bem como os alimentos
industrializados ou vivos.
Quanto à diferenciação de sexos, o macho
tem a nadadeira dorsal maior e é mais esguio,
além de apresentar um colorido intenso. A
fêmea, por sua vez, é maior e mais roliça e seu
ventre fica volumoso na época da reprodução.
116.Casal de Tanictis
DESOVA E REPRODUÇÃO
Originário da China, recebeu este nome de
seu classificador, Lin, em homenagem a Tan,
um menino que o descobriu percorrendo os
riachos existentes nas montanhas perto de
Canton e Hong Kong. Isto aconteceu em 1938,
na montanha Nuvem Branca.. O Tanictis, que
já é criado no Brasil, pode ser encontrado nas
lojas especializadas ou com amadores que
conseguiram sua reprodução em aquários
domésticos.
Este peixe possui o dorso castanho, cortado
por uma listra luminosa em todo o
comprimento. A parte inferior de seu corpo é
vermelha e, por causa da luminosidade, ficou
também conhecido como Neon Chinês. Através
de seleção em cativeiro, foi obtida uma
variedade, com as nadadeiras alongadas,
chamada Tanictis Véu. Sendo originário de
riachos alimentados pelo degelo da neve nas
montanhas, o Tanictis prefere temperaturas
frias, de 10 a 23 graus C e a água do aquário
deve ter o pH entre 6 e 7,5.
Os ovos do Tanictis não aderem a qualquer
superfície e, para que não corram riscos de
serem devorados pelos pais, é aconselhável
preparar um aquário de desova.
Neste aquário, equipado com uma pedra
porosa para aerização e água em torno dos 23
graus C e com o fundo recoberto com bolas de
gudes, para que os ovos fiquem protegidos,
deve ser colocado o macho, no fim da tarde.
Alimentos vivos são recomendados nessa fase.
Na manhã do dia seguinte, junte a ele a fêmea
mais roliça que dispuser e fique observando.
Provavelmente, você vai assistir à graciosa
corte que o macho faz à fêmea, incentivando a
desova. Antes de mudar os peixes do aquário,
certifique-se de que a temperatura da água dos
dois seja igual, para não ocasionar o choque
térmico.
Os alevinos nascerão em 24 horas e deverão
ser alimentados com infusório. Se os pais
tiverem quantidade suficiente de alimento, é
improvável que tentem comer os filhotes. No
entanto, se preferir, você poderá separar os
pais,
pois
isso
não
prejudicará
o
desenvolvimento dos peixinhos que, com 5 ou
6 dias de vida, já conseguirão nadar livremente.
117.Tanichthys albonubes, variedade azul.
118.Diferenças entre o macho e a fêmea.
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PEIXE - VIDRO
(Chanda ranga)
Mais do que a beleza ou o colorido diferente, o
que atrai no pequeno Peixe vidro é a quase
transparência da pele e musculatura, permitindo
ao aquarista visualizar alguns de seus órgãos,
como a bexiga natatória e parte do aparelho
esquelético.
Originário da Índia, onde encontra seu
habitat natural nas águas salobras dos riachos
litorâneos, periodicamente invadidos pelo mar,
o Chanda ranga pode, inclusive, ser mantido
tanto em aquários de água doce como em
aquários marinhos, sem problemas, pois é um
parente próximo dos peixes de água salgada.
No entanto, seu temperamento tímido e
pacífico não o torna muito indicado para
habitar aquários comunitários, sendo capaz de
conviver apenas com espécies igualmente
pacíficas e de pequeno porte, que não ofereçam
uma competição demasiado acirrada pelo
alimento. Atingem até 7cm de comprimento.
A REPRODUÇÃO
O Peixe-vidro tem o porte elegante e seu
formato lembra o de um losango, sendo que a
nadadeira dorsal se divide em dois segmentos.
Os machos são maiores do que as fêmeas,
apresentando ligeira coloração rosada e as
nadadeiras dorsal posterior e anal margeadas
por um friso azul celeste.
Com seis meses de idade, esses peixes já
estão adultos e conseguir a desova não será
problema. Para a procriação, o melhor é separar
os machos das fêmeas durante uma semana,
oferecendo-lhes
alimentos
vivos
em
abundância. Após esse período, os reprodutores
são colocados em um aquário de 20 litros, sem
cascalho, com água a 27 graus C. No interior
do aquário - que deverá estar em local sombrio
e com os vidros pintados ou cobertos por
cartolina preta - apenas um filtro interno com lã
acrílica e alguns amarrados de plantas, como
Cabomba.
Colocados à noite, macho e fêmea desovarão
em seguida, devendo ser retirados no outro dia,
à tarde. Os ovos são muito pequenos e as larvas
começarão a aparecer 16 horas após a postura.
Muito delicadas, só aceitarão náuplios de
Cyclops ou artemia salina, nos primeiros 14
dias de vida, alimentando-se apenas se houver
comida em abundância.
A melhor forma de conseguir que se
alimentem é fazer uma pequena janela na
cartolina que recobre o aquário. Por ela entrará
um facho de luz, atraindo filhotes e comidas
para o mesmo local, facilitando a alimentação.
Mesmo passado o período crítico, os filhotes
devem continuar a receber náuplios,
introduzindo-se muito lentamente a dieta dos
pais.
O peixe vidro só se alimenta de presas vivas,
não aceitando outro tipo de comida. O aquário
deve ter, no mínimo, 30 litros e o pH 7. A
temperatura entre 23 e 25 graus Celsius.
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ZEBRA
(Hypancistrus zebra)
Acari zebra, zebra pleco, ou simplesmente
zebra. Apesar dos primeiros exemplares terem
sido coletados no final dos anos 80, somente
em 1991 ele foi cientificamente descrito,
recebendo seu verdadeiro nome: Hypancistrus
zebra, classificados por Isbrücker & Nijssen.
Originário do Rio Xingu, na Amazônia,
foram imediatamente exportados para o
mercado americano e europeu, onde cada
exemplar chegava a atingir a quantia
astronômica de 200 dólares... no atacado!
Apesar dos altos preços, eram disputados
ferozmente pelos aquaristas e criadores na
expectativa de ver seus investimentos iniciais
multiplicados numa verdadeira corrida do ouro
aquarística. Infelizmente nem tudo saiu como
esperado, pois os astros do momento
recusavam-se a se comportar como o esperado,
não só se negando a reproduzir-se, como, muito
pior, apresentavam alto índice de mortalidade.
Em nosso país, a história também não foi muito
diferente, com tentativas, decepções, e muitas,
muitas reclamações, já que tudo o que valia
para os tradicionais “cascudos”, nossos antigos
conhecidos, parecia não valer para os zebras, o
que como veremos adiante, possui um fundo de
verdade.
Passada a euforia inicial, hoje em dia já
temos informações suficientes para mantermos
estes lindos peixes em boas condições em
nossos aquários se estivermos dispostos a levar
em consideração alguns fatores básicos, tais
como:
Espaço-Apesar de raramente atingirem mais do
que 10cm de comprimento, não são indicados
para
habitarem
pequenos
aquários,
principalmente se tencionamos mante-lo em
grupo, pois são peixes bastante territoriais com
os de sua própria espécie. O substrato utilizado
poderá ser cascalho de rio de granulação média,
sem traços de material calcário. Uma grande
surpresa é o fato destes animais não serem
grandes apreciadores de troncos de árvores
submersas, como os outros componentes da
família Loricaridae, mas sim de grande número
de rochas formando cavernas. Este fator, aliás,
foi um dos grandes erros nas tentativas de
desova destes peixes.
Água-Não são exageradamente delicados como
se pensava, mas ainda assim são exigentes no
que diz respeito principalmente à oxigenação,
que deve ser a maior possível, de preferência
utilizando-se bombas submersas adicionais, a
fim de criar forte movimentação, simulando
seu habitat natural. O sistema de filtragem
poderá ser qualquer um, desde que eficiente, e
seja capaz de manter os compostos
nitrogenados em níveis mínimos, em parceria
com trocas semanais de água da ordem de 20%.
Costumam apreciar índices de pH neutro ou
levemente ácidos, temperatura entre 26 e
28grausC e baixa concentração de sais
dissolvidos, sem que precisemos lançar mão de
água deionizada ou filtros de osmose reversa.
Trocas periódicas de água são suficientes.
Quanto à água escura, com forte presença de
pigmentos vegetais, que a tornam escura, não é
necessário, como se pensava inicialmente.
Quanto mais pura e cristalina, melhor
acomodados estarão os hóspedes.
Alimentação - Ao contrário do que se pensava,
não são vegetarianos convictos, como seus
parentes mais próximos, raramente sendo vistos
consumindo algas ou plantas aquáticas.
Devemos
ministrar alimentação variada,
balanceando alimentos de origem animal, tais
como fígado, tubifex, artemia salina, etc. e
rações comerciais de origem vegetal, já que
dificilmente aceitarão vegetais frescos em sua
dieta.
Companhia - Se você sonha com um zebra
como uma aquisição a mais no seu aquário de
cascudos, esqueça. Na presença de outras
espécies de hábitos semelhantes, tendem a
tornar-se tímidos, terminando por perecerem
de inanição. Um aquário exclusivo seria a
perfeição, porém costumam conviver bem com
peixes pacíficos e de pequeno porte. Como
regra geral, peixes de fundo somente os zebras.
121. Por habitarem águas profundas, os
Zebras são de difícil captura.
Como se pode ver, não há mistério na
manutenção destes peixes, mas e a reprodução?
Apesar de existirem relatos isolados, ainda não
é realizada comercialmente, não havendo
consenso sobre um padrão ideal para se
consegui-la. Alguns se reportam à excelência
de qualidade de água com trocas de 10% diária
em conjunto com as mais modernas técnicas de
purificação, enquanto outros relatam desovas
ocorridas em águas de pH alcalino e fortemente
mineralizadas. Outros ainda, descrevem
desovas ocorridas em aquários comunitários
totalmente ao acaso, e sem qualquer cuidado
especial, inclusive na alimentação da prole.
Contradições à parte, é consenso que teremos
maior chance de sucesso com aquários de
maiores dimensões, mantendo grupos de seis
ou mais indivíduos. Sabe-se, também, que a
postura não é numerosa, nascendo de 10 a 20
alevinos por vez. Alguns autores alegam haver
dimorfismo sexual, apesar de sutil. Ao serem
observados por cima, os machos apresentariam
nadadeiras peitorais ligeiramente maiores do
que as das fêmeas, além de pequenas diferenças
no formato da cabeça. Ainda assim, o modo
mais preciso de identificação, é a observação
da formação de casais dentro do grupo. Para
finalizar, uma dica importante: ao adquirir um
novo exemplar, sempre deixe-o em rigorosa
quarentena, antes de introduzi-lo no aquário
comunitário, pois os zebras tem a má fama de
serem veículos de microorganismos patógenos,
pouco conhecido no aquarismo.
Portanto é melhor prevenir, para evitar
“zebras” futuras.
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ARUANÃ
É possível passar, sem perceber, horas e horas
admirando um Aruanã. Ele desliza e serpenteia
pela água com muita classe e estilo.
Ma afinal, que peixe é esse que apesar de
muito admirado e procurado pelos aquaristas,
poucos conseguem mante-lo em aquários?
O Aruanã pertence à família Osteglossidae,
que, atualmente são representados por
Osteoglossum bicirrhosum (Aruanã prata),
Osteoglossum ferreirai (Aruanã preto) e
Arapaima gigas (pirarucu), na América do Sul;
por Heterotis niloticus na África; e na região
Indo-Australiana por três espécies de
Scleropages: S.formosus,
S. leichardtii e
S.jardini. Todos os membros da família
habitam os grandes cursos de água doce.
grandes e as que ficam na linha lateral são bem
marcadas.As nadadeiras anal e dorsal são
formadas por raios moles e são longas e largas,
sendo que a primeira é ainda mais longa,
iniciando-se na região mediana do corpo e
estendendo-se até a nadadeira caudal.
124.Aruanã da espécie S.formosus (vermelho)
Mas os principais traços característicos do
Aruanã estão indicados no seu nome científico.
Osteoglossum, em latim, significa língua de
osso e bicirrhossum quer dizer dois cirros
(barbilhos). É isso mesmo, os peixes dessa
família possuem a língua óssea (nenhum outro
animal possui osso na
122.Aruanã prata
Os fósseis desta família são encontrados em
datas do período Eoceno (aprox).55-35 milhões
de anos atrás) no norte da América e Sumatra e
no período Terciário (aprox. 65-100 milhões de
anos atrás) na Austrália e Índia. As espécies
atuais não sofreram grandes modificações se
comparadas aos fósseis encontrados e por isso
são considerados fósseis vivos pelos cientistas.
125.Aruanã variedade vermelho.
língua) e é o único peixe de escamas brasileiro
a possuir barbilhos.
É encontrado nos rios e lagos das Guiana e
na bacia Amazônica, onde também é chamado
de Aruanã, Aruaná ou Carapaná.
O ARUANÃ NO AQUÁRIO
123.Aruanã Negro
CARACTERÍSTICAS
Nesta família de peixes, a cabeça é grande e
o corpo alongado, achatado lateralmente e
largo, mais volumoso na parte anterior,
afilando-se em direção à cauda. As escamas são
O Aruanã aparece no mercado nos meses de
Junho e Julho e os exemplares encontrados
ainda são alevinos. Estes alevinos muitas vezes
possuem um saco de cor amarelo-alaranjado
pendurado em sua barriga, que é o saco
vitelino, que no Aruanã é enorme. Evite
comprar os que possuem esse saco, pois nessa
fase ainda são muito frágeis.
126. Ilustração de um alevino com o saco
vitelino
Estes alevinos deverão ficar em aquário
isolado, pois, apesar de se alimentar de presas
grandes, o Aruanã é pacífico em relação aos
outros peixes e certamente serão atacados por
estes. Quando adultos podem ser mantidos com
peixes grandes e pacíficos.
Observe as seguintes características no
animal: os barbilhos devem estar eretos e
virados um pouco para cima, os olhos
brilhantes, o peixe deve ser ativo e as
nadadeiras devem estar inteiras e abertas. A
pele não deve ter pontos brancos, manchas e
lesões, sintomas de parasitas.
Os peixes devem ser transportados em sacos
plásticos individuais. Quando for coloca-los no
aquário, deixe o saco flutuando por uns 20
minutos, para que as águas se equalizem.
O Aruanã é extremamente ativo, nadando
com movimentos sinuosos do corpo à
superfície da água. Por seu estilo de vida ativo
e agitado requer grandes espaços. O aquário
ideal para um adulto, que na natureza pode
chegar a 1 metro e em cativeiro atinge os 70
cm., deve ter aproximadamente 300 litros.
Mesmo os alevinos não devem ser mantidos em
aquários menores de 100 litros.
127.Aruanã mostrando a abertura bucal
A decoração do aquário pode ser feita com
cascalho de rio fino, rochas e troncos. Como
vegetação, pode-se utilizar diversas plantas
como a Cabomba, Elódea, Sagitária, etc.
Aprecia iluminação intensa e fotoperiodismo
igual a natureza, ou seja, 12 horas de claro e 12
horas de escuro.
A água deve ser ligeiramente ácida (pH 6,8) e
mole dH de 1 a 3, com temperatura constante
entre 24 e 27 graus C. O aquário deve
permanecer constantemente tampado, para
evitar que o peixe salte para fora.
Por ser muito ativo necessita de uma água
extremamente oxigenada, combinada com uma
filtragem biológica e com um filtro mecânico,
para manter a água livre de partículas em
suspensão. São também muito nervosos, e
qualquer movimento externo brusco pode
causar pânico. Com isso eles podem bater nas
pedras e machucar-se, principalmente a cabeça
e boca; como as grandes escamas são
frouxamente presas, perdas de escamas não são
incomuns. Se isso ocorrer deve-se observar se
não há infecção por fungos. Logo outra escama
cresce no lugar.
São bastante belicosos entre si, mesmo os
filhotes, o que torna muito difícil manter dois
exemplares no mesmo aquário.
ALIMENTAÇÃO
A alimentação é o ponto crucial para o
sucesso de se manter Aruanã no aquário.
Quando os alevinos são introduzidos no
aquário devem receber, primeiro, alimentação
viva. Posteriormente, quando já estiverem
adaptados podem ser acostumados com outros
tipos de alimentos como pedaços de peixe e
coração de boi.
128.Note os cirros e as grandes escamas.
Tão logo o peixe possa ingerir, deve receber
peixes vivos, girinos de rã, besouros de
amendoim (Tenébrio), grilos, baratas, pedaços
de peixes e ração seca peletizada (grãos).
Podem ser alimentados uma vez ao dia e devem
jejuar uma vez na semana.
então, alimentados com artemia salina e dez
dias após, começaram a brigar entre si, sendo
necessário separa-los.
129.Filhote em tamanho natural da espécie
preta.
Os alevinos podem ser alimentados com
artemia salina viva, verme de sangue, tubifex,
larvas de besouro de amendoim, drosófilas e
outros alimentos vivos, como alevinos de
outros peixes. Pode ser acostumado a
alimentar-se com rações granuladas, mas esta
não poderá ser a única fonte de alimentação.
REPRODUÇÃO
São ovíparos e não há dimorfismo entre os
sexos. A reprodução do Aruanã é realmente
muito interessante: os ovos após serem
fecundados, são recolhidos na boca (praticam a
incubação bucal), onde ficam até a eclosão. Os
ovos são vermelhos, medindo cerca de 1cm
(enormes em relação às demais espécies) e em
cada desova pode haver 120 ovos. Os pais são
muito cuidadosos com a prole e ao menor sinal
de perigo abrigam os filhotes na boca.
A primeira procriação em cativeiro foi obtida
em Long Beach, na Califórnia em Setembro de
1966. O casal encontrava-se alojado em um
aquário com 1500 litros d'água; estavam sendo
alimentados com 100 kinguios diariamente.
Entretanto, somente o macho aceitava a comida
nesse período.
Os ovos, em número de 12 foram colocados
pela fêmea, numa depressão rasa do fundo de
areia, fertilizados em seguida pelo macho e
“engolidos”, metade pelo macho e metade pela
fêmea.
Os pais ficaram juntos, pacificamente, até o
terceiro dia, quando a fêmea engoliu seus ovos
e passou a agredir o macho, sendo retirada do
aquário.
No sétimo dia, o macho cuspiu a casca dos
ovos. A incubação total durou 45 dias durante
os quais o pai não aceitou comida. Aos 60 dias,
a prole passeou fora da boca do pai pela
primeira vez, voltando para dentro a seguir.
Mas aos 66 dias, quando saíram para passear, o
macho não mais os aceitou de volta. Foram,
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BARBUS
Um peixe muito vistoso, fácil de ser criado,
muito brincalhão no aquário, que se reproduz
com facilidade e com o macho facilmente
distinguível da fêmea.
Pertencem à família dos Ciprinodontídeos e
existem várias espécies espalhadas pela Ásia.
Todos tem o mesmo hábito e comportamento,
inclusive o modo de reproduzirem-se.
REPRODUÇÃO
O primeiro passo para a reprodução é a
identificação e separação dos casais: os machos
tem a ponta do focinho de coloração
avermelhada e as fêmeas não apresentam cor
nessa região. Somente os machos possuem
coloração na nadadeira caudal, que nas fêmeas
apresenta-se transparente. Além disso, as
nadadeiras pélvicas (localizadas no ventre) nos
machos apresentam coloração avermelhada.
A fêmea, quando pronta para a reprodução,
tem seu ventre baulado, isto é, com o volume
aumentado. Neste momento o casal dever ser
separado, transferindo-se um dos peixes para
outro aquário. Macho e fêmea devem
permanecer assim separados por uma semana e,
durante este período, ser alimentados
abundantemente com alimentos vivos, como
artemia salina ou Dáfnias.
Passada uma semana, o casal deve ser
colocado no aquário de desova ao fim da tarde,
com uma quantidade razoável de artemia
salina. Eles permanecerão no escuro até a
manhã seguinte e, ao clarear, deverá acontecer
a desova.
O aquário de desova deverá ter cerca de 20
litros de água, ácida (pH abaixo de 7) e a
temperatura deve ser de 26 graus, com algumas
plantas, incluindo algumas de superfície, como
o aguapé ou o repolho d'água, pois será em
suas raízes que os ovos se alojarão.
Pela manhã, tem o início o processo da
desova: o macho conduzirá a fêmea até a
superfície, próximo às raízes das plantas
flutuantes. A desova demorará algumas horas e
o colorido dos peixes nessa hora torna-se
exuberante, com reflexos metálicos.
Junto à superfície, o casal ficará lado a lado,
movimentando
o
corpo
lateralmente.
Finalmente, serão postos os ovos, de 5 a 8 por
vez, que serão imediatamente fecundados pelo
macho. Como os ovos são aderentes,
permanecerão fixados às raízes das plantas.
Assim que cessar a atividade sexual, o casal
deve ser retirado imediatamente. Caso
contrário, boa parte da desova será devorada.
Por isso, as artemias tem papel importante: elas
desviam a atenção do casal, servindo-lhes de
alimento após a desova, que consome muita
energia dos peixes e, consequentemente,
estimula seu apetite. É fácil constatar o fim da
desova: logo após terminada a atividade sexual,
o casal permanece cerca de meia hora no fundo
do aquário, exausto.
A eclosão dos ovos ocorre em 24 horas. A
aparência das larvas lembra uma gota e
permanecem a maior parte do tempo paradas,
muitas vezes encostadas no vidro, onde são
facilmente visualizadas. Os alevinos nadam em
movimentos espiralado no primeiro dia e a
partir do segundo já estão nadando
normalmente. Os alevinos deverão ser tratados
com infusório e náuplios de artemia salina.
Os barbos são onívoros, aceitando qualquer
tipo de alimentos, tais como alface, espinafre,
carne crua, coração de boi, ração seca e
alimentos vivos, seus preferidos.
Dentre as espécies conhecidas, temos:
Barbus tetrazona (Bleeker) - originário
Bornéu e Sumatra, é o mais conhecido
mundo todo. Pode chegar a 7cm
comprimento. Gosta de água ácida, pH 6,5
temperatura pode variar de 24 a 27 graus.
130.Exemplar híbrido (Verde) de Barbus
tetrazona
de
no
de
ea
Barbus titteya (Deraniyagala) - Conhecido
como barbo-cor-de-cereja, gosta de aquários
com vegetação densa e variada. Aceita
qualquer tipo de alimento. O macho, às vezes, é
agressivo, o que intensifica sua coloração
vermelha. Originário do Sri Lanka, pode atingir
até 10 cm de comprimento. A água deve ter o
pH variando de 6 a 7 e a temperatura entre 23 e
27 graus C.
Barbus nigrofasciatus (Günther) - Na hora da
reprodução é fácil distinguir os dois sexos
nessa espécie, porque a coloração preta das
listras transversais e a das barbatanas é mais
marcada no macho do que na fêmea. Fora da
época de procriação, a cor fica esmaecida.
Originário do Sri Lanka, pode atingir até 7cm
de comprimento.
131.Exemplar do Barbus nigrofasciatus
Barbus conchonius (Hamilton) - Quando criado
em aquário, o barbo rosado não chega aos 14
cm de comprimento, como acontece com os
peixes que são criados na natureza. Logo que
atingem 5 a 6cm já estão aptos a reproduzir-se.
São originários da Índia Setentrional (Bengala).
São onívoros e vivem em águas levemente
ácidas (pH 6,8) e temperatura em torno de
27graus.
Barbus oligolepis (Bleeker) - Originário da
Indonésia e Sumatra, o Barbo-iridescente,
como é conhecido popularmente, é fácil de ser
criado. É bonito, especialmente se for mantido
em grupo. Pode atingir até 10cm de
comprimento, é onívoro, e a água deve ser
ácida (pH 6,5 a 7); a temperatura pode ser
mantida em torno de 28 graus.
132.Exemplar de Barbus oligolepis.
Barbus everetti (Boulenger) - Originário de
Singapura e Borneu, o barbo-palhaço (como é
popularmente conhecido) não deve ser mantido
junto com peixes de menor porte, pois poderá
molestá-los. O aquário não deverá ter plantas
pois é provável que ele coma as plantas,
mesmo que se dê a ele uma mistura de folhas
picadas, de hora em hora. Pode atingir até
12cm de comprimento.
Barbus schwanenfeldi (Bleeker) - Pode atingir
até 35 cm de comprimento. Originário do
Sudeste asiático (Sumatra, Bornéu, Tailândia),
não se reproduz em cativeiro e no local de
origem é utilizado na culinária. São peixes
resistentes e ágeis que se movimentam à meia
água; gostam de comer as plantas do aquário e
às vezes tentam pular para fora do aquário.
134.Exemplar do Barbus ticto
===============================
TRICOGASTER
Sem dúvida alguma, o Tricogaster é um dos
peixes mais interessantes para ser criado em
aquário, tanto pela beleza de suas formas
quanto pela resistência. Ele aceita bem até a
superalimentação que o aquarista principiante
às vezes costuma oferecer, e não necessita de
alto teor de oxigênio dissolvido na água,
vivendo bem em aquários comunitários
espaçosos.
O Tricogaster selvagem é encontrado na
natureza na cor azul com manchas escuras
(uma no meio do corpo e outra na base da
cauda). Existem outras variedades obtidas em
cativeiro, como o marmorato, o ouro e o
amarelo, o que possibilita ao aquarista a opção
de poder contar com peixes de colorido
diferentes.
Dois detalhes do Tricogaster chamam a
atenção, um referente ao comportamento (é um
peixe que se dirige com freqüência à superfície
da água)e outro ao aspecto físico (possui duas
nadadeiras pélvicas longas e filiformes). O
comportamento do peixe de se dirigir à
superfície se deve à sua capacidade de respirar
o ar da atmosfera diretamente, através de uma
cavidade multifacetada, chamada labirinto, que
se localiza em meio aos ossos da cabeça, razão
pela qual os Tricogaster podem viver em águas
quase sem oxigênio dissolvido. Na verdade,
todos os peixes da família dos Labirintideos ou
Anabantídeos (à qual pertence o Tricogaster, a
Colisa, o Beijador, o Betta e outros) possuem
este órgão denominado labirinto. As longas
nadadeiras pélvicas, em forma de fios, saindo
da barriga, são outro aspecto curioso do peixe,
e também responsáveis por seu nome
(tricho=fio, gaster=abdomen). Como essas
nadadeiras são providas de células capazes de
sentir, o Tricogaster utiliza esses filamentos
sempre que deseja aproximar-se de um objeto,
ou seja, ele os encosta nos objetos antes de se
aproximar.
Se estiver em um aquário adequado (não muito
pequeno) e fora da época de reprodução, o
Tricogaster é normalmente pacífico. É um
peixe que não exige pH especial, que pode ser
tanto ácido quanto neutro, e vive bem em águas
de temperatura ambiente. Também gosta de
vegetação onde possa se esconder e tem o
hábito de limpar as folhas das plantas e as algas
das pedras. É um peixe omnívoro (que se
alimenta de carne e vegetais), aceitando
qualquer ripo de comida dada aos peixes.
REPRODUÇÃO
O Tricogaster se reproduz com facilidade. É
fácil distinguir seu sexo: os machos se
diferenciam por apresentarem as nadadeiras
dorsal e anal pontiagudas, enquanto que as
fêmeas as apresentam arredondadas.
135.Casal de Tricogaster, variedade vermelha.
Quando o momento da desova está próximo,
a fêmea se torna muito arredondada, com o
abdômen cheio de óvulos. O macho, por sua
vez, fica extremamente colorido. Ao macho
cabe então a tarefa da construção do ninho,
que consiste em um amontoado de bolhas de ar
envolta em muco que se agrupam na superfície
do aquário. Nesta fase ele fica agressivo e
espanta qualquer intruso que tente se
aproximar.
A participação da fêmea no processo
reprodutivo só tem início após o término da
construção do ninho. Nesta fase ela será
gentilmente conduzida até o ninho, o casal de
Tricogaster se “abraça” . Neste momento, a
fêmea, com o ventre próximo do ninho, começa
a desovar. Os óvulos flutuam em direção ao
ninho de bolhas, onde aderem. Após vários
abraços os óvulos se esgotam. A partir daí, o
macho adota o mesmo comportamento
agressivo manifestado durante a construção do
ninho: ele afugenta a fêmea e qualquer intruso
que eventualmente passe por ali. Este é o
momento de retirar a fêmea do aquário porque
o macho poderá machuca-la seriamente. Os
alevinos nascem em 24 horas, com um enorme
saco vitelino localizado em seus abdomens. O
vitelo que é uma substância localizada no saco
vitelino, serve de alimento para os alevinos
durante os dois primeiros dias de vida. Após
esse período, eles passam a se alimentar
sozinhos, consumindo infusório e náuplios de
artemia salina. Com cerca de 4 dias de vida, o
macho deve ser retirado do aquário.
Com cerca de um mês, os alevinos já
possuem o labirinto e já podem ir até a
superfície do aquário para respirar o ar
atmosférico. Enquanto isso não acontece, é
aconselhável que a água do aquário seja
aerizada com o auxílio de uma pedra porosa.
Existem algumas espécies de Tricogaster e
várias variedades, conseguidas através de
cruzamentos seletivos, em criadores espalhados
pelo mundo.
Trichogaster trichopterus (Pallas) - é o mais
conhecido dos Tricogaster, originário do
Sudeste asiático ( Vietnã, Tailândia, Sumatra,
Malásia). Chega aos 10cm de comprimento. O
aquário deve receber iluminação média; o pH
pode variar de 6 a 8.
iluminação média, o pH pode variar de 6 a 8 e a
temperatura pode variar de 22 a 28 graus C.
137.Espécie Trichogaster microlepis.
Trichogaster leeri (Bleeker) - o Tricogaster
mosaico, como é conhecida essa espécie, se
reproduz com facilidade e pode por até mil
ovos de uma única vez, mas requer temperatura
relativamente alta ( 24 a 30 graus). O pH pode
variar de 6 a 8. É originário da Malásia e
Bornéu.
138.Espécie Trichogaster leeri.
139.Exemplar da espécie Trichogaster
trichopterus, da variedade laranja.
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136.Exemplar de Trichogaster trichopterus,
variedade conhecida como cosby.
Trichogaster microlepis (Günther) - Originário
da Tailândia, se reproduz muito bem em
aquários pouco profundos, de vegetação densa
e flutuante, na qual a fêmea possa se esconder
do macho agressivo. Como todos os outros
Anabantideos, os jovens são muito delicados
nas primeiras semanas de vida. Chegam aos
10cm de comprimento. O aquário deve receber
MOLINÉSIA
Naturais de lagos e riachos costeiros do
continente americano, os molinésias atraem a
atenção dos aquaristas pelo seu colorido e belo
conjunto que formam em um aquário.
Os molinésias - existem cerca de nove espécies
e dezenas de variedades - pertencem à família
dos Poecilídeos. Sua manutenção em cativeiro
é relativamente fácil e, no Brasil, podem ser
encontrados em lagos, riachos e represas da
zona litorânea permitindo, desta forma, que o
próprio aquarista colete seus exemplares.
Os molinésias são sensíveis a moléstias,
como fungos parasitários e a condições
adversas da água. E, pelas suas origens,
preferem águas alcalinas ligeiramente salobras,
o que é facilmente conseguido com a adição de
uma colher de sal para cada 10 litros de água.
O aquário deverá receber bastante iluminação,
para facilitar a formação de algas, alimento
imprescindível para esses peixes.
Quanto à reprodução, ela costuma ocorrer
sem problemas. No entanto, é preciso colocar a
fêmea, que estiver para desovar, num aquário
de tamanho médio, bem plantado, para que os
alevinos possam se abrigar de possíveis
agressões e, também, se desenvolverem com
maior facilidade.
A alimentação dos molinésias é à base de
vegetais, composta de algas, folhas de alface
amassada, espinafre cozido. Aceitam rações e
alimentos vivos.
O aquário deve ser bem plantado, com boa
iluminação, pH entre 7 e 7,2 e temperatura
variando de 23 a 26 graus.
140.Espécies de molinésias catalogadas.
Nove espécies já foram catalogadas, por
estudiosos, nas Américas. Entre estas nove
espécies: Mollinesia caucana, M.dominicensis,
M.elegans,
M.latipunctata,M.
pretensis,
M.latipinna, M. velifera, M.sphenops e
M.vivipara, as mais populares são a latipinna,
velifera, sphenops e a vivipara, que originaram,
segundo alguns estudiosos, as variedades negra
(cujos alevinos nascem na cor gris e somente 6
meses
depois
tornam-se
pretos)
e
marmorizadas (que possuem manchas pretas
irregulares em todo o corpo), hoje
comercializadas em quase todo o mundo.
Um fato que merece a atenção do aquarista,
é que recentemente as molinésias sofreram uma
revisão sistemática e passaram para o gênero
Poecilia sp. A partir dessa nova classificação,
poderá ser encontrada referência, em textos
recentes, a Poecilia latipinna e não Mollinésia
latipinna, embora se trate do mesmo peixe.
141.Variedades de molinésias; a M.latipinna
(preta com uma borda amarelada na ponta da
nadadeira caudal. A outra é da espécie M.
sphenops.
142.Poecilia latipinna, variedade albina.
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APAIARI
(Astronotus ocellatus)
as pedras até deixar o ambiente bem a seu
gosto.
A curiosidade e personalidade bastante forte,
fazem do apaiari uma boa opção para quem
quer ter em casa um peixe diferente. Bastante
inteligente, desde pequeno ele é capaz de pular
fora da água e vir buscar comida nas mãos do
dono.
Enquanto são pequenos, os apaiaris se dão bem
com outras espécies. No entanto, à medida que
crescem, deixam de ser boa companhia para
outros peixes, perseguindo-os constantemente e
até comendo os menores.
143.Variedade azul de Apaiari (Oscar).
De coloração preta quando filhote, o apaiari
é originário da bacia amazônica, de onde foi
levado no princípio do século para povoar os
açudes do nordeste do Brasil. Bastante
sensíveis às mudanças de temperatura, sua
introdução nos aquários do sul e sudeste do
pais só foi possível após demorados processos
de seleção, quando foram obtidos exemplares
mais resistentes.
Albino
Um peixe bastante curioso, o apaiari presta
atenção em tudo que acontece à sua volta. Se
percebe que alguém o esta olhando através do
vidro, para e encara a pessoa com a expressão
interrogativa, como se quisesse descobrir quem
é ela. E se você tentar arrumar uma bela
decoração para o aquário mas ele não gostar,
arrancará as plantas, cavará buracos e arrastará
Albino
Embora agressivo, mesmo com exemplares
da sua espécie, o apaiari consegue reconhecer
os habitantes da casa e se apega bastante ao
dono, fazendo sempre uma gracinha quando
este vem alimenta-lo, virando o corpo de lado e
até ficando de cabeça para baixo.
Cauda véu
De coloração preta quando filhote, ele muda
de cor depois de adulto e seu corpo se torna
malhado de negro com vermelho alaranjado.
Seu colorido também pode variar, dependendo
das condições do ambiente onde é mantido,
aumentando ou diminuindo de intensidade.
nadadeiras, para impedir que fungos e bactérias
se fixem neles. Decorridos 4 ou 5 dias após a
eclosão, os filhotes começam a se movimentar
e é formado um cardume, tendo sempre um dos
pais à frente e outro atrás, protegendo a prole.
O casal só deve ser separado dos filhotes
quando seu interesse por eles diminuir.
Multicolorido
Distinguir o sexo do apaiari não é tarefa
fácil. Geralmente, os machos tendem a ser mais
coloridos e agressivos do que as fêmeas, o que
não pode ser considerado como regra. E como
esse peixe não aceita um companheiro imposto
pelo dono, o mais aconselhável é adquirir um
grupo de 4 a 8 exemplares jovens que, na época
da reprodução, formarão sozinhos os seus
pares. Eles fazem isso por meio de jogos com a
boca, onde medem suas forças. Quando o
aquarista perceber que dois deles se isolaram
em um canto do aquário, estará formado o casal
para a desova.
144.Apaiari na sua coloração original, como
na natureza.
Nesse momento, o par deve ser transferido para
outro aquário, já que os apaiaris se tornam
bastante agressivos durante esse período. Como
esses peixes desovam diretamente no vidro do
fundo ou em algumas pedras lisas, é
recomendável deixar uma área no aquário
específica para esse fim, sem cobri-la com areia
e fora do alcance do filtro biológico.
A fêmea vai colocando os ovos em fileiras
(podem ser de 300 a 1000), onde são, em
seguida fecundados pelo macho. Depois disso,
o casal se reveza, tomando conta dos ovos e
produzindo correntes de água com as
145.Apaiari, variedade vermelha.
É importante que durante todo o processo de
reprodução, o aquário dos apaiaris fique num
local bem tranqüilo, caso contrário, se eles se
sentirem assustados ou ameaçados por alguma
razão, comerão toda a cria.
O apaiari é carnívoro e quando adulto,
alimenta-se de coração de boi, fígado,
minhocas e pequenos peixes. Os alevinos
devem ser alimentados com artemia salina
(náuplios), gema de ovo, etc..
O aquário deve ser grande, de no mínimo,
150 litros, equipado com filtro, montado com
areia no fundo, pedras lisas e redondas. O pH
deve ser neutro para ligeiramente ácido. A
temperatura ideal é entre 27 e 31 graus Celsius.
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PAULISTINHA
(Brachydanio rerio)
Hamilton-Buel
Dentre os peixes fáceis de criar, o paulistinha
tem lugar cativo. É um peixinho que não exige
qualidade de água, adapta-se facilmente a
aquários de pequeno porte, é muito resistente e
não necessita de grandes cuidados com sua
alimentação. Ele recebeu esse nome em virtude
das listras escuras que apresenta ao longo do
corpo e que o tornam semelhante à bandeira do
Estado de São Paulo.
146.Exemplar do Brachydanio rerio.
Este peixe, da família Ciprinidae, é
originário dos riachos da costa indiana, mas há
muito tempo já é conhecido dos brasileiros. Isto
se deve à sua graça ao nadar, colorido simples
mas atraente e extrema agilidade (um
paulistinha é capaz de permanecer em
movimento 24 horas por dia). Além do
Brachydanio rerio, existe um outro peixe do
mesmo gênero, originário do Sudeste asiático,
descoberto por Blyth, que lhe deu o nome de
Brachydanio albolineatus. Até há pouco
tempo, os ictiólogos consideravam como
espécie o Brachydanio frankei (Meinken), mas
estudos mais aprofundados concluíram que se
trata de uma variedade do Brachydanio rerio.
O paulistinha é um peixe de hábitos
pacíficos e um ótimo companheiro para habitar
aquários comunitários. É um peixe gregário,
que gosta de nadar em cardumes e, por este
motivo, é bom, sempre manter um pequeno
grupo de 6 a 12 paulistinha no aquário.
147.O Paulistinha, variedade véu, tem as
nadadeiras e cauda maiores, em relação à
variedade comum.
A alimentação não exige grandes
preocupações por parte do criador pois o
paulistinha aceita facilmente qualquer tipo de
alimento, desde flocos secos até alimentos
vivos. Estes últimos devem ser dados em
abundância quando se deseja coloca-los em
forma e ressaltar as suas cores. Logo após a
aquisição e quando se quer procriar, é
aconselhável alimenta-los com artemia salina,
viva, durante um período de 10 dias.
Distinguir os sexos não é difícil em peixes
saudáveis e maduros: os machos são mais
esguios e apresentam um brilho dourado entre
as listras, enquanto que as fêmeas são mais
roliças e ligeiramente maiores que os machos.
Antes de qualquer coisa, o aquário para a
procriação do paulistinha requer uma
preparação. Para isso, escolha um aquário de
10 litros mais ou menos, onde acontecerá a
desova. O fundo deve ser preenchido com bolas
de gude ou pedras roliças para que os ovos,
caindo entre elas, não sejam devorados pelos
pais. A profundidade do aquário de desova não
deve exceder os 15 cm. para evitar que os pais
tenham tempo de comer os ovos durante seus
trajetos até o fundo do aquário.
Quando os peixes estiverem bem
alimentados, com cores brilhantes e as fêmeas
roliças, estará na hora de tentar a reprodução.
A REPRODUÇÃO
Para a reprodução devem ser postos dois
machos bem esguios no aquário de desova à
uma temperatura de 25 graus C e o pH
variando de 6 a 8. Eles devem ser alimentados
somente com alimentos vivos. Após dois dias
da separação, coloca-se no aquário, à noite, a
fêmea mais roliça, previamente escolhida entre
as demais. Pela manhã já se poderá assistir à
desova. O terno estará em grande atividade,
com suas cores bem intensificadas. Os machos
nadarão ao lado da fêmea comprimindo-a
levemente e incentivando, desse modo, a
soltura dos óvulos que serão fecundados
simultaneamente.
149.Exemplar da espécie B.rerio, variedade
azul.
150.Espécie B.rerio, híbrido da variedade
frankei
==========================
148. Aquário preparado para a desova
Após a desova os peixes diminuem sua
atividade e, nesse momento os peixes devem
ser retirados do aquário.
Os alevinos nascem dentro de 24 a 36 horas
e deverão ser alimentados com infusório e
náuplios de artemia salina. Outro alimento
opcional, pode ser a gema de ovo cozido,
peneirado, mas tome cuidado com o excesso
(uma gema de ovo dá para alimentar 4 mil
alevinos).
SEVERUM
após, os pais revezam-se nos passeios com a
prole.
Oriundo da Amazônia, o Severum faz parte do
gênero Cichlasoma, pertencente à família dos
Ciclídeos. Este gênero é muito numeroso, com
representantes espalhados pelo mundo todo.
Dentre os inúmeros representantes desse
gênero, vamos destacar alguns:
Cichlasoma severum - é um ciclídeo brasileiro,
que tem um colorido comparado ao dos discos.
Suas cores são extremamente variáveis,
mudando de acordo com a emoção do peixe; as
cores na época do acasalamento são belíssimas.
Essas variações de cores são externadas, como
resultado do sistema nervoso e hormonal,
mediado pela adrenalina.
Foi descoberto por Heckel, que o descreveu e
batizou. Existe uma variedade albina, muito
bonita, porém dificílima de se encontrar no
comércio.
151.C. severum, variedade albina
Sua reprodução em cativeiro não é facilmente
obtida, e a distinção dos sexos não é tarefa
fácil. Porém, em animais adultos o macho
apresenta nadadeiras mais longas e pontiagudas
e o corpo cheio de listras e de pontos
vermelhos, menos evidentes na fêmea. O casal
é muito cuidadoso com a prole. Uma vez
acasalado o par escolhe uma pedra para por os
ovos e são extremamente agressivos com
intrusos. Nessa época o colorido da fêmea
apresenta na metade inferior do corpo uma
coloração ouro-velho, que lhe empresta uma
beleza singular. O macho mostra, na região
opercular, um rendilhado azul-turquesa
metálico. Os ovos eclodem dentro de três a
quatro dias, dando origem a larvas, que são
transportadas, pelos pais, para escavações
previamente feitas. Cerca de uma semana
152.Cichlasoma severum
O severum pode ser alimentado com coração
de boi cru, espinafre cozido e alface crua. Na
natureza ele se alimenta predominantemente de
presas vivas, portanto é salutar oferecer-lhe
artemia salina viva. Para os alevinos, o
infusório é imprescindível nos primeiros dias e
logo após alguns dias, oferecer náuplios de
artemia salina.
O aquário deve ser de grande capacidade
(150 litros ou mais). Se for utilizado filtro
biológico é necessário usar uma tela de nylon
para proteger a parte funcional do filtro, pois o
severum escava todo o fundo do aquário e
destrói as plantas. O pH deve ser neutro e a
temperatura pode variar entre 25 e 30 graus C.
É de temperamento agressivo, territorial , come
e arranca as plantas do aquário.
Cichlasoma meeki - Originário da América
Central (Guatemala e Iucatã), foi classificado
por Brind. À noite, este ciclídeo exibe uma
máscara sobre a mandíbula inferior, desde a
garganta e o peito até o ventre, de um
vermelho-vivo, o que o torna um dos mais
belos ciclídeos do mundo.
O aquário para este peixe deve ter em torno de
100 litros d'água, para abrigar um casal. Pode
chegar aos 15cm de comprimento. A
iluminação no aquário deve ser média; o pH
pode variar de 6,5 a 7,5; a temperatura de 21 a
26 graus C.
É territorial e agressivo,
principalmente na época de reprodução. Cuida
dos ovos e da prole, com extrema dedicação.
bem como a maneira de se reproduzirem, são
idênticas ao Zebra.
153.Cichlasoma meeki.
Não é muito fácil obter sua procriação em
cativeiro. Alimenta-se com presas vivas e
vegetais.
Cichlasoma labiatum - Originário da
Nicarágua, a coloração da roupagem desse
peixe pode variar do amarelo ao vermelhovivo. Em alguns exemplares velhos, pode-se
notar que os lábios são bastante desenvolvidos.
154.Cichlasoma labiatum.
Descoberto e descrito por Günther, pode
alcançar 20cm de comprimento e o aquário
deve ter, no mínimo, 150 litros para abrigar um
casal. A iluminação deve ser mediana; o pH
pode variar de 6 a 7 e a temperatura entre 21 e
26 grausC. Não é agressivo, podendo habitar
aquários comunitários, exceto na época de
procriação, quando se torna territorial e
agressivo. Cuida dos ovos e da prole e sua
reprodução não é facilmente obtida em
cativeiro. Alimenta-se com presas vivas,
coração de boi, etc... (é carnívoro).
Cichlasoma nigrofasciatum - Esse é o nosso
conhecido
Acará-zebra.
(Vide
matéria
específica sobre o peixe). Existe uma variedade
amarelada, muito apreciada pelos aquaristas
americanos, cujos hábitos e temperamento,
155.Cichlosoma nigrofasciatum, variedade amarela
Cichlasoma octofasciatum - Originário da
América Central, foi descoberto e descrito por
Regan. Como seu nome indica, as oito faixas
escuras, características dessa espécie, são
evidentes somente em exemplares jovens;
gradativamente empalidecem nos peixes
adultos. Pode chegar aos 20cm de comprimento
e o aquário para sua manutenção deve ter, no
mínimo, 150 litros. O aquário deve receber
pouca iluminação, e a água deve ter o pH
variando de 6,5 a 7,5 e a temperatura entre 21 e
24 grausC. É peixe territorial e na época da
reprodução se torna agressivo. Sua procriação
em cativeiro não é fácil de ser obtida.
Alimenta-se com presas vivas.
156.Cichlasoma octofasciatum
Cichlasoma salvini - Originário da Guatemala,
pode ser encontrado, também, no México
meridional; foi descoberto e descrito por
Günther. Essa espécie deve ser mantida em
aquários de grande proporção (150 litros), uma
vez
que pode atingir até 22cm de
comprimento. O aquário deve receber
iluminação mediana e a água deve ter o pH
entre 6 e 7. A temperatura pode variar de 20 a
26 grausC. Na época da reprodução se torna
agressivo e territorial; cuida dos ovos e da
prole. Sua desova em aquários não é fácil de
ser obtida. Alimenta-se com presas vivas, é
carnívoro.
157.Cichlasoma salvini
==========================
PITU
alimentação que consome, da água em que
vive, etc...
Além disso, os pitús diferem, também, na
cor. Alguns apresentam-se mais claros,
chegando mesmo a serem transparentes. Outros
são quase negros ou mesclados ou ainda
rajados. Quanto à forma porém, eles são muito
parecidos, lembrando o aspecto do camarão
marinho.
Todos os pitús possuem duas pinças ou
quelas, utilizadas como defesa contra outros
animais e também para a coleta de alimentos
vivos ou detritos depositados no fundo. Por
essa quela é possível identificar o sexo dos
pitús: os machos, na maioria das espécies,
apresentam quelas maiores do que as fêmeas.
OS LIXEIROS DO AQUÁRIO
Aqui está uma opção diferente de habitante
para seu aquário de água doce: trata-se do pitú
ou camarão de água doce.
Além do fato desse animal possuir hábitos
interessantes, constituindo-se em uma atração
para o aquário, é também muito útil na limpeza,
consumindo todo o resto alimentar que esteja
na água.
Dentro de seu aquário, os pitús vão trabalhar
constantemente para que tudo fique bem limpo.
Isso acontece porque eles possuem um apetite
muito voraz, consumindo todo resto de comida,
peixes mortos e eventualmente até pequenos
peixes vivos. Por isso, você deve tomar
especial cuidado com os peixes menores que
colocará junto com o pitú. Por outro lado, eles
se constituem em alimento natural para certos
peixes maiores, como a maioria dos ciclídeos.
Os pitús são extremamente territoriais.
Escolhem geralmente uma toca, onde se
instalam e não deixam ninguém se aproximar.
Não é aconselhável manter, num aquário
pequeno, mais de um macho da mesma espécie,
principalmente das mais agressivas. Nesses
casos as brigas são inevitáveis.
159.Por não ser agressivo, esta espécie
(Macrobrachium potiuma), é a mais indicada
para habitar aquários comunitários. Pode
atingir 5cm de comprimento. Do lato direito da
foto está o exoesqueleto antigo.
Os pitús são crustáceos decápodes, isto é,
que tem 10 pernas. São parentes dos camarões
marinhos e habitam principalmente águas de
córregos nas serras. Existem várias espécies de
pitú. O tamanho de cada uma delas pode variar
de alguns milímetros até mais de 30 cm. Esse
tamanho, de cada espécie, depende do tipo de
160.Este pitú atinge grande porte (15cm) e é agressivo, sendo
desaconselhável habitar aquários comunitários, junto com
peixes de pequeno porte. A espécie Macrobrachium acanthurus
se caracteriza por suas pinças finas e longas.
Todos os crustáceos possuem uma casca
externa chamada de exoesqueleto constituído
de sais de cálcio. Esse exoesqueleto é
inextensível, ou seja, não aumenta de tamanho.
Sendo assim, o animal precisa, em determinado
momento de sua vida, sair da velha casca para
poder crescer.
Por isso, você não deve se assustar se de
repente deparar com 2 pitús em seu aquário,
quando antes só havia um: aquele que se mexer
será o pitú com nova roupagem e o outro será a
“casca” antiga.
Após a troca, o novo exoesqueleto é mole e,
enquanto não se solidificar, o pitú se
movimenta pouco e não demonstra muito
interesse pela comida. Durante esse período ele
fica mais vulnerável ao ataque de outros
habitantes do aquário e até mesmo de pequenos
peixes mais vorazes.
O maior problema que acontece com os
crustáceos, é a fratura de seu exoesqueleto.
Quando isto acontece, o animal começa a
perder hemolinfa (líquido equivalente ao
sangue) indefinidamente até morrer. Nesse
casos, alguns autores sugerem a aplicação (em
pinceladas) de parafina quente no local da
lesão, que deve ser previamente seco.
Cabe aqui explicar a diferença entre fratura e
autotomia, esta última um fenômeno natural na
vida dos crustáceos.
A fratura acontece com as conseqüências
descritas acima. A autotomia consiste na
liberação natural de um determinado membro
do crustáceo. Assim, quando outro animal
segura uma perna do pitú, por exemplo, este
fugirá deixando a perna com o animal. Este
processo de defesa em nada é prejudicial e, em
poucos meses, ou mesmo semanas, o pitú terá a
perna perdida completamente refeita.
ALIMENTAÇÃO E REPRODUÇÃO
Não existem maiores problemas na
alimentação do pitú. Eles comem de tudo e
apresentam certa preferência por alimentos
protéicos. Pelo fato de necessitarem
freqüentemente realizar a troca de seu
exoesqueleto, os pitús precisam de razoável
quantidade de sais de cálcio em seu organismo.
Para tanto, é aconselhável que sua dieta seja
composta de pequenos peixes inteiros, (como
os guarús, por exemplo). Além disso os
exoesqueletos velhos não devem ser retirados
do
aquário,
pois
serão
parcialmente
consumidos. -184A reprodução dos pitús acontece por um
processo de fecundação externa. Os ovos ficam
aderidos aos pleópodos (patas existentes no
abdômen) da fêmea que os movimenta o tempo
todo até a eclosão. Nascem então as larvas que
ficam nadando ou se instalam no fundo, isto
dependendo da espécie. Essas larvas são muito
delicadas e necessitam de condições especiais
para sobreviverem. Pitús provenientes de
riachos à beira mar, necessitam de água salobra
para que as larvas se desenvolvam
completamente. Elas, em nada se parecem com
seus pais e sofrem várias modificações até
atingir o estado adulto.
Os pitús enfim, são uma ótima opção para
aquela forma diferente que você procurava para
seu aquário de água doce.
161.O maior camarão de água doce
encontrado em nossos rios é desta espécie
(Macrobrachium carcinus). Pode atingir até
25cm de comprimento, sem contar os longos
braços com pinças.
==========================
NEON
Coletado na natureza, na bacia Amazônica, o
Neon é exportado para o mundo todo,
principalmente EUA, Japão E Alemanha, que
são os grandes compradores do Neon. Dos
Neons mais comercializados, destacamos 3
espécies que são mais vistas em lojas
especializadas: Neon cardinal (Cheirodon
axelrodi), Neon tetra (Paracheirodon innesi) e
Neon negro (Hyphessobrycon herbertaxelrodi).
Das 3 espécies o Neon negro é o mais
resistente e o que mais fácil se adapta em
cativeiro.
163.Neon Negro (H.herbertaxelrodi)
São peixes pacíficos, excelentes para
habitarem aquários comunitários, embelezando
sobremaneira o ambiente com seu colorido
vivo e brilhante. É um peixe gregário, nadando
em cardumes de centenas, na natureza. No
aquário é conveniente que se tenha, pelo
menos, 15 a 20 indivíduos, caso contrário ele
passará desapercebido; podem atingir, no
máximo, 4cm.
164. Neon tetra (P. innesi)
162.Exemplar do Neon Cardinal (C.axelrodi)
Pertencem à família dos Caracídeos, sendo,
portanto, parente do Tetra, do Mato grosso, do
Engraçadinho e até do Lambari, etc...
É um peixe onívoro, come de tudo, desde
ração flocada até alimentos vivos, como
artemia salina, larvas, etc..., coração de boi,
carne crua picadinha. A alimentação não é
problema para o criador de Neon.
Gostam do ambiente bem plantado, com muita
vegetação e águas movimentadas. O ideal é a
instalação de uma bomba submersa, que
movimenta mais a água. Troncos e pedaços de
xaxim podem fazer parte da decoração, pois os
Neons vivem em água ácida (pH 6,6). A
iluminação não precisa ser muito intensa e a
temperatura pode variar de 22 a 28 grausC.
Atinge a maturidade sexual aos 6 meses de
idade e pode viver, em cativeiro, até 4 anos, se
bem tratado. Não existe dimorfismo sexual
entre os Neons. Apenas que os machos são
mais esguios do que as fêmeas.
A reprodução do Neon nunca foi observada em
cativeiro, no Brasil, mas já se sabe de
acasalamentos realizados nos EUA. Como
todos os Caracídeos, desovam ao acaso, sem se
preocuparem com os ovos ou a prole. Os ovos
são adesivos e eclodem de 24 a 36 horas
depois de fecundados. Nos aquários, não é raro
se observar o ritual do acasalamento, mas
algum fator alheio, impede a conclusão do
acasalamento e, desse modo, a reprodução.
Tudo leva a crer que a água ideal para a
procriação seja muito ácida e mole e o
ambiente escuro.
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LABEOS
Pertencente à família dos Ciprinídeos, parentes
das Carpas, Kinguios, Barbus, etc..., o Lábeo é
popularmente conhecido como tubarão, devido
à nadadeira dorsal, muito semelhante à do
tubarão, em forma de bandeira.
Existem várias espécies de Lábeos, algumas,
inclusive, nunca foram vistas em lojas
especializadas, no Brasil, devido à dificuldade
de captura ou reprodução. O mais conhecido
dos aquaristas é o Labeo bicolor, todo negro,
com a cauda vermelha. De modo geral, o
comportamento e a maneira de procriarem-se, é
válida para todas as espécies.
O aquário ideal para se manter alguns labeos,
é de médio para grande porte, ou seja, de 80 a
200 litros. Com essa capacidade pode-se
manter de 6 a 8 lábeos juntos. Uma vez que
são territoriais e agressivos entre si, num
aquário grande as chances de se “encontrarem”
diminui; com vários lábeos, o mais agressivo
não concentrará sua perseguição unicamente
em um indivíduo, dividindo a agressividade
com todos os lábeos e, dessa maneira, a
perseguição não trará maiores conseqüências.
Nunca coloque dois labeos em um aquário com
menos de 50 litros; nesse caso a briga é fatal,
levando um dos dois à morte.
Não gostam de muita luminosidade, preferindo
as partes escuras do aquário. São peixes de
hábito noturno. Levam algum tempo para se
adaptar perfeitamente ao aquário novo;
preferem águas velhas, amadurecidas.
O Labeo pode viver perfeitamente em
aquários comunitários, pois sua agressividade
só é externada com os da própria espécie. Bem
alimentado e em ambiente saudável, o Labeo
pode viver de 10 a 12 anos em cativeiro.
ALIMENTAÇÃO
Os labeos são peixes onívoros, comem de
tudo, desde rações flocadas, granuladas até
alimentos vivos, coração de boi, fígado, etc...
Gosta de vegetais e vive cutucando os cantos
do aquário em busca de algas; caso o aquário
não produza algas, é aconselhável que se supra
essa falta, oferecendo-lhes espinafre batido no
liqüidificador.
O Lábeo possui a boca pequena, cuidado,
portanto, com o tamanho dos alimentos
oferecidos. Com o passar do tempo, e quando
o exemplar já estiver perfeitamente adaptado ao
novo ambiente, o Labeo poderá vir a se
alimentar na mão do tratador. É um peixe
inteligente e reconhece o dono.
REPRODUÇÃO
Os lábeos são ovíparos. Os ovos são soltos
na água e fecundados pelo macho. Os ovos são
aderentes. Não existem estudos aprofundados
sobre o acasalamento, desova e procriação dos
labeos. O que se sabe, de maneira geral, é
baseado em estudos de outros peixes da mesma
família, como o kinguio e as carpas.
É um peixe que não cuida dos ovos e nem da
prole.
Para se tentar a reprodução é necessário
tomar algumas medidas; faça vários ninhos
artificiais, tipo bruxinha e coloque na superfície
da água do aquário. Junte um grupo de 8 a 10
labeos, torcendo para que algum seja fêmea,
pois não existe dimorfismo sexual nesse
gênero, sendo impossível diferenciar o macho
da fêmea. Feito isso, é esperar e observar
diariamente os fios da “bruxinha”, para se
certificar se existe ou não algum ovo. Observar
o comportamento dos peixes no aquário, pois
às vezes o observador pode detectar alguma
situação nova, que pode ser algum tipo de jogo
amoroso.
Na Ásia (Tailândia e Singapura) a
reprodução do Lábeo é feita através de
hipofisação. Os dados divulgados, mostram os
resultados obtidos e ocultam a técnica utilizada
para realizar esse processo. No Brasil são
efetuados este tipo de reprodução, mas em
espécies grandes, como o pacu, dourado, jau,
etc... Nunca foi tentada a hipofisação em peixes
ornamentais.
Em 1989 tomamos conhecimento do sucesso
que os orientais tiveram aplicando essa técnica.
Alguns dados técnicos nos chegaram às mãos:
foram utilizados 5 miligramas de hipófise, por
quilo de animal vivo; os peixes foram
tranqüilizados na água; o pH estava entre 6,8 e
7 e a temperatura em 28 a 30 grausC. Foram
aplicadas 2 doses de hipófise, com intervalo de
10 horas, entre a primeira dose e a segunda
dose. A desova ocorreu 4 horas após a
aplicação da segunda dose. A eclosão dos ovos
ocorreu de 24 a 30 horas após a desova. Nesse
processo, a fêmea liberou 3 vezes mais ovos,
chegando a desovar cerca de 2000 ovos, como
pode ser observado na foto.
165.Resultado da hipofisaçã;, observe a
impressionante quantidade de ovos postos pela
fêmea. O macho está do lado da fêmea, para a
fecundação dos óvulos.
popular dos lábeos. Pode chegar a 15cm, em
cativeiro; na natureza foram encontrados
exemplares medindo 60cm. O Ph é alcalino,
variando de 7,1 a 7,4 e a temperatura entre os
26 e 28 grausC. É originário da Ásia e é
facilmente encontrado nas lojas do Brasil. Tem
o comportamento pacífico, vivendo sozinho em
um aquário comunitário. Se houver 2
exemplares em um mesmo aquário, este deverá
ser grande, bem plantado e com vários
esconderijos, feitos de pedras, para evitar que
haja perseguição.
Labeo frenatus - É originário, também, da Ásia.
Pode atingir até 10cm de comprimento e a água
deve ser alcalina (pH 7,1 a 7,5). A temperatura
pode ser de 26 a 28 grausC. Tem o corpo mais
alongado do que o bicolor, na cor rosa, com as
nadadeiras vermelhas. Prefere a parte mediana
do aquário, para realizar seus nados em busca
de alimentos. É o mais tímido dos lábeos.
Facilmente encontrado nas lojas especializadas
do Brasil. Existe uma variedade, albina, com
corpo rosa amarelado, olhos vermelhos e
nadadeiras avermelhadas.
166.O macho “abraça” a fêmea para auxiliar
na expulsão dos óvulos. São dados vários
abraços, até que os óvulos sejam todos postos.
Dentre as espécies mais conhecidas dos
aquaristas brasileiros, destacamos:
Labeo bicolor - Tem o corpo negro-veludo e a
nadadeira caudal vermelho-vivo. É o mais
167.Labeo frenatus, albino.
Labeo erythrurus - Possui o corpo preto
aveludado ou preto acinzentado com todas as
nadadeiras vermelhas. É originário da Ásia e
pode alcançar até 12cm. Prefere águas
alcalinas, com pH variando entre 7,2 e 7,6. Se
adapta
perfeitamente
em
aquários
comunitários, com peixes de outras espécies.
Pode ser encontrado nas lojas especializadas.
Labeo cylindricus - Apresenta o corpo cinza
escuro, com escamas brilhantes. É o maior de
todos os labeos, podendo chegar a 70cm de
comprimento. Pode crescer em demasia,
mesmo no aquário. Enquanto pequeno, 10 a 12
cm, se dá muito bem com peixes de outras
espécies; a partir daí, é aconselhável mante-lo
sozinho e em um aquário de dimensões
enormes. O pH deve ser de 7,2 a 7,4.
Dificilmente pode ser encontrado em lojas. É
originário da África
168.Exemplar do Labeo erythrurus.
Labeo rubropunctatus - Tem o corpo
acinzentado-marron, com escamas brilhantes. É
originário da África e pode atingir até 50cm,
mesmo em cativeiro. É extremamente
agressivo, atacando qualquer espécie de peixe
menor que ele. O pH pode situar-se entre 7,2 e
7,6 e a temperatura entre 24 e 28 grausC.
Nunca foi visto em lojas, no Brasil.
169.Exemplar do Labeo bicolor; talvez, o mais
belo.
Existem sete espécies de Lábeos descritas,
que nunca foram vistas em lojas ou aquários:
Labeo coubie, Labeo djourae, Labeo lereensis,
Labeo lukulae, Labeo pseudocoubiae, Labeo
senegalensis e Labeo uhamensis.
170.Exemplar albino da espécie Labeo
erythrurus.
Labeo forskali - Corpo amarelo-amarronzado
com uma mancha escura próximo à cauda.
Originário da África (rio Nilo), pode atingir até
50cm no cativeiro. É tímido e relativamente
pacífico, não atacando outras espécies, se do
mesmo tamanho. Vive em águas com pH
neutro (7). Temperatura entre 24 e 28 grausC é
a ideal. Nunca foi visto no Brasil.
Labeo variegatus - Apresenta o corpo
amarelado com manchas escuras. É originário
do Congo; pode atingir até 30cm, na natureza;
vive em águas com pH alcalino (7,2 a 7,4). É
territorial, podendo atacar peixes de outras
espécies. Temperatura entre 22 e 26 grausC.
Não é encontrado em lojas no Brasil.
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PEIXE-BISPO
TETRA-NEGRO
(Apistogramma agassizi)
(Steindachner)
(Gymnocorymbus ternetzi)
As espécies do gênero Apistogramma são
reconhecidas pela linha lateral superior que se
alonga próximo da base da barbatana dorsal.
Nessa espécie, o macho tem os raios medianos
da barbatana caudal alongados, mas a fêmea a
possui regularmente arredondada. É originário
da Amazônia Central, pertencente à família dos
Ciclídeos. Pode atingir até 8cm e necessita de
um aquário de 60 litros, no mínimo. O aquário
deve receber iluminação média e a água deve
ter o pH variando de 6 a 7; a temperatura pode
oscilar entre os 21 e 26 grausC. É um peixe que
não exige muito do aquarista, é fácil de se
manter. Habita todas as faixas do aquário,
desde o fundo até a superfície. É pacífico com
peixes de outras espécies, podendo se adaptar
facilmente em aquários comunitários.
Esse pequeno lambari de barbatanas negras tem
apenas a cauda transparente. Quando não está
bem ambientado, torna-se cinza. O macho é
reconhecido por pequenos pontos brancos
sobre a nadadeira caudal.
É originário do Brasil e pertence à família
dos Caracídeos, podendo atingir até 5 cm de
comprimento. É fácil de ser criado em
cativeiro.
É de fácil reprodução em cativeiro; é ovípara
e o casal cuida dos ovos e da prole. Para
reprodução, manter somente um casal no
aquário, com muitas plantas e pedras, pois os
ovos serão postos em pedras. Na época da
reprodução se torna agressivo e territorial.
Sua alimentação não requer muito esmero,
aceitando alimentos vivos e congelados, carne
crua picada, coração de boi, etc...
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O aquário deve ter capacidade para 50 litros
e receber iluminação mediana. O pH pode
variar de 6 a 7 e a temperatura de 21 a 26
grausC. Vive em pequenos cardumes e pode
coabitar com outras espécies, em aquários
comunitários, pois é de temperamento pacífico.
Como os demais Caracídeos, é ovíparo e os
ovos são postos ao acaso, sem maiores
preocupações. Se reproduz facilmente em
cativeiro e tem o hábito de devorar os ovos e
alevinos.
Alimenta-se de tudo (onívoro), desde rações
flocadas, até alimentos vivos.
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CARA-BICUDA
(Carnegiella strigata)
(Günther)
Os Gasteropelecídeos são endêmicos da
América do Sul, ou seja, só existem nessa
região. Peixes-voadores, vivem à flor da água.
É interessante confrontar sua morfologia com a
dos Pantodontídeos, os peixes-voadores das
águas doces africanas. A espécie aqui ilustrada
se cria em grupo e devem ser tomadas
precauções para que não caiam fora do aquário.
São peixes pequenos (5cm de comprimento)
e necessitam de um aquário de 60 litros, para
manter de 6 a 8 espécimes. O aquário deve
receber iluminação fraca. Vivem em águas
ácidas (pH 5,5 a 6,5) e temperatura alta (24 a
29 graus Celsius).
Requerem
certo
cuidados
na
sua
manutenção, especialmente com relação à
alimentação, aceitando somente alimentos
vivos.
Vivem
na superfície do aquário em
pequenos
cardumes,
podendo
viver
pacificamente em aquários comunitários, junto
com outras espécies.
Sua reprodução em cativeiro é difícil e são
ovíparos, soltando os ovos ao acaso, não se
importando em cuidar dos ovos ou da prole.
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RUBROPINIS
(Aphyocharax anisitsi)
(Eigenmann & Kennedy)
É conhecido também pelo nome de tetravermelho. A família à que pertence, os
Caracídeos, compreende mais de mil espécies
da América do Sul e da África. Esses peixes
possuem, em geral, dentes grandes sobre
mandíbulas fortes e uma nadadeira peitoral.
Quanto maior a saúde do peixe, mais forte será
sua coloração. A nadadeira anal e a base da
caudal conservam, todavia, sempre a cor
vermelha.
O rubropinis é originário do Estado do
Paraná e vivem em pequenos cardumes e, no
aquário, alegram o ambiente com seu nado
rápido e gracioso.
Atingem até 5 cm de comprimento e para
manter um pequeno grupo de até 10 indivíduos,
um aquário de 50 litros é o suficiente. Podem
viver pacificamente em aquários comunitários.
A água ideal para o rubropinis deve ter o pH
entre 6 e 7 e a temperatura entre 20 e 25
grausC.
São ovíparos e se reproduzem facilmente em
cativeiro, sendo que os ovos são postos ao
acaso, se aderindo em plantas, ou mesmo nos
vidros do aquário. A eclosão acontece de 24 a
36 horas, após a postura.
São onívoros, aceitando desde flocos até
alimentos vivos, rações granuladas, coração de
boi, etc...
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ANOSTOMUS
(Anostomus anostomus)
(Linnaeus)
O anostomus mantém-se quase sempre no
fundo. Como tem a boca situada na parte
superior do focinho (a boca é superior, em
contraposição à boca terminal e à boca inferior
ou ventral), é obrigado a fazer acrobacias para
prender o alimento que está sobre sua cabeça.
Originário da Amazônia Superior e Guiana
Ocidental,
pertence
à
família
dos
Anostomídeos. É um peixe de grande porte,
podendo atingir até 15cm de comprimento e
sua manutenção em aquários requer certos
cuidados.
Exige um aquário de, no mínimo, 80 litros de
capacidade, pouco iluminado; o pH pode variar
de 6 a 7 e a temperatura de 24 a 26 grausC. É
pacífico e pode habitar aquários comunitários,
sem maiores problemas.
É ovíparo e sua reprodução em cativeiro é
difícil de ser obtida. Os ovos são postos ao
acaso, que podem aderir-se a plantas e pedras,
porventura ornamentando o aquário.
São onívoros e aceitam rações secas, flocadas,
granuladas; alimentos vivos, como a artemia
salina, Dáfnias, etc..., bem como vegetais,
como o alface e espinafre, picados ou passados
no liqüidificador.
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ARLEQUIM
(Rasbora heteromorpha)
(Duncker)
O peixe-arlequim é o mais procurado entre
os vários peixes do gênero Rasbora. A fêmea
(abaixo, na figura) tem um triângulo preto
menor do que o do macho. Pertence à família
do Ciprinídeos e é originário da Tailândia e
Sumatra. É um peixe de pequeno porte,
atingindo, no máximo, 4cm de comprimento.
Vive em pequenos grupos e, no aquário, é
conveniente que se mantenha um grupo de,
pelo menos, 6 indivíduos. Podem viver em
aquários comunitários, pois são pacíficos e
sociáveis.
Habitam águas ácidas com pH entre 5 e 6,
pouca iluminação e temperatura entre os 23 e
26 graus. Não toleram mudanças bruscas de
temperatura.
São ovíparos e sua reprodução em cativeiro é
fácil de ser obtida. Os ovos são aderentes e
postos ao acaso, se fixando em eventuais
plantas existentes no ambiente.
Aceitam, como alimento, desde rações secas,
flocadas, granuladas, etc... até alimentos vivos,
como a artemia salina, Dáfnias, etc...
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PEIXE-VIDRO INDIANO
(Kryptopterus bicirrhis)
(Valenciennes)
É chamado peixe-vidro por ser totalmente
transparente. Possui dentes minúsculos. Se não
for mantido junto dos outros de sua espécie,
não terá vida longa. Sendo transparente,
assume a cor dos reflexos da iluminação do
aquário.
É originário de Java, Bornéu e Sumatra.
Pertence à família dos Schilbeídeos e pode
atingir até 10cm de comprimento, em cativeiro.
Não é um peixe fácil de se manter em cativeiro.
É recomendável que se mantenha um grupo de,
pelo menos, 8 indivíduos em aquário exclusivo.
O aquário deve ter capacidade de volume para
80 litros d'água.
O pH da água pode variar de 6,5 até 7,5, a
iluminação deve ser branda e a temperatura
pode variar de 18 a 24 grausC.
Pouco se sabe sobre o acasalamento e
reprodução. Sabe-se no entanto, que são
ovíparos e os ovos são postos ao acaso. Não se
tem notícias de sua procriação em cativeiro.
Alimentam-se única e exclusivamente de
presas vivas, como a artemia salina, Dáfnias,
larvas de mosquito, etc....
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CIFOTILÁPIA
(Cyphotilapia frontosa)
(Boulenger)
A corcunda frontal nos Cyphotilapia é
encontrada tanto nos machos como nas fêmeas,
ao contrário do Cychlasoma, onde a
protuberância é distinção sexual.
Originária da África (Lago Tanganica),
pertence à família dos Ciclídeos e são de
grande porte, podendo atingir, em cativeiro, até
20cm de comprimento.
Vivem em água alcalina (pH 7 a 8) e
requerem, devido ao seu tamanho, aquários
com capacidade mínima de 100 litros, com
iluminação mediana e temperatura variando de
24 a 26 grausC. Não toleram grandes variações
de temperatura.
Fora da época de procriação são pacíficos,
podendo viver em cardumes e habitar aquários
comunitários.
São ovíparos e os ovos são postos em tocas e
buracos, previamente cavados, onde são
fertilizados pelo macho. O casal, na época de
reprodução, se tornam agressivos e territoriais.
Logo após a postura e fertilização, os ovos são
engolidos pela fêmea. A incubação é bucal e
demoram 72 horas para eclosão. A reprodução
em cativeiro não é facilmente obtida.
Quanto à alimentação, não requer maiores
cuidados, pois aceitam desde rações secas,
flocadas ou granuladas, até alimentos vivos,
como a artemia salina, Dáfnias, tubifex, etc.
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LABEOTROFEU
PEIXE-JÓIA
(Labeotropheus trewavasae)
(Fryer)
(Hemichromis bimaculatus)
(Gill)
Existem duas espécies de Labeotrofeu,
ambas encontradas no lago Malawi (África). A
outra espécie foi classificada por Ahl e
denominada de Labeotropheus fuelleborni, tem
o Lábeo superior carnudo e semelhante ao do
gênero Labeo dos Ciprinídeos. Pertencem à
família dos Ciclídeos. Na natureza alimentamse de algas. Conforme a sua localização no
lago, apresentam cores diferentes, que podem
variar do vermelho vivo ao azul escuro,
manchado de preto.
É um dos ciclídeos mais belos que existe na
natureza. Os peixes desse gênero são
naturalmente agressivos, entretanto, o peixe
jóia
pode
permanecer
em
aquários
comunitários, desde que sejam colocadas
muitas plantas, areia, e haja refúgios para os
outros peixes.
São originários da África tropical e atingem,
em cativeiro, 12cm de
comprimento. O
aquário ideal é de 80 litros, que pode abrigar
até 4 indivíduos adultos. O pH pode situar-se
entre 5 e 7, a iluminação deve ser mediana e a
temperatura deve oscilar entre 24 e 26 grausC.
Não se adapta a temperaturas que oscilem além
dessa indicada.
Podem atingir, em cativeiro, até 12cm de
comprimento e sua manutenção não requer
muitos cuidados. São agressivos com outras
espécies e, por esse motivo, não podem viver
em aquários comunitários.
Um aquário de 80 litros é suficiente para
manter ate 6 indivíduos adultos, montado com
pedras e pedregulhos no fundo. O pH deve
situar-se entre 7 e 8 e a temperatura pode variar
de 23 a 27 grausC.
São ovíparos e sua reprodução em cativeiro é
facilmente obtida. Na época do acasalamento
se tornam agressivos e territoriais. A fêmea
põe os ovos em buracos, previamente cavados
e, após a fecundação, pelo macho, ela os engole
até a eclosão que ocorre 48 horas após a
postura. A incubação é bucal.
Aceitam qualquer tipo de alimentos: rações,
alimentos vivos, vegetais, microvermes, etc...
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É ovíparo, e tornam-se agressivos na época
do acasalamento. A fêmea põem os ovos em
local demarcado e ambos, macho e fêmea,
tomam conta dos ovos, ventilando-os, até a
eclosão. Os alevinos são escoltados pelos pais,
24 horas por dia, não permitindo que algum
saia de suas vistas.
Preferem alimentos vivos, como a artemia
salina, Dáfnias, etc., mas aceitam, também,
alimentos secos.
===============================
BEDÓCIA
CICLIDEO ZEBRADO
Essa graciosa espécie de Madagascar se
desenvolve melhor se for mantida junto com
outros exemplares da mesma espécie, num
grande aquário.
Este gênero é composto de 4 espécies, todas
originárias da África (lago Malawi) e
pertencem à família dos ciclídeos.
O pH é idêntico a todas as espécies, pois são
originárias do mesmo local: 7 a 8. A
temperatura também: 21 a 25 grausC.
Pode atingir até 8cm de comprimento e um
aquário de 80 litros é o suficiente para manter
de 6 a 10 exemplares. O aquário deve receber
iluminação mediana. Estando junto com outros
de sua espécie, é um peixe fácil de ser mantido.
Requer águas com temperatura entre os 21 e
26 graus e o pH podendo variar de 6 a 8
São peixes ovíparos e os seus ovos são postos
ao acaso, aderindo a plantas ou qualquer outro
objeto que encontrem. Sua reprodução em
cativeiro não é fácil de ser obtida.
São peixes agressivos, que não convém
manter em aquários com outras espécies. Entre
si
se
toleram,
podendo
conviver
harmoniosamente,
fora
da época de
reprodução, quando se tornam agressivos e
territoriais.
São peixes ovíparos e a incubação é bucal.
Não se reproduzem com facilidade em
cativeiro. Alimentam-se de qualquer coisa,
desde rações secas, alimentos vivos, vegetais e
microvermes.
(Bedotia geayi)
(Pellegrin)
Sua alimentação consiste em rações secas,
flocadas, granuladas e alimentos vivos, que não
podem faltar, pelo menos duas vezes por
semana. Apreciam muito a artemia salina, mas
aceitam de bom grado outras presas vivas,
como as Dáfnias, tubifex e larvas de mosquito.
===============================
Pseudotropheus tropheops - A coloração
permite, nesta espécie, a distinção completa
entre os dois sexos. A fêmea varia do amareloclaro ao amarelo-acinzantado. O macho, mais
escuro, é quase sempre azulado, com faixas
transversais escuras.
Foi descrito pela primeira vez pelo ictiólogo
Regan. Pode atingir, em cativeiro, até 12cm de
comprimento.
Pseudotropheus zebra - Descrito pela primeira
vez, por Boulenger.
Apresenta uma coloração típica, composta por
uma série de faixas pretas, sobre um fundo
azul-claro. A barbatana anal tem manchas
brancas arredondadas. Pode atingir, em
cativeiro, até 16cm de comprimento.
P.zebra (variedade alaranjada) - Essa é uma
outra forma de coloração do P.zebra. Essas
diferenças de cor colocam problemas para
ictiólogos e geneticistas. Chegam até 16cm de
comprimento.
P.zebra (variedade azul-cobalto) - Essa espécie
apresenta um colorido azul claro (cobalto), com
as nadadeiras pélvicas apresentando um
colorido azul mais intenso, dando um lindo
contraste com o restante do corpo. Ao redor
dos olhos, apresenta o mesmo colorido das
nadadeiras pélvicas, dando a impressão de que
o peixe está com uma máscara azul.
===============================
BRICHARDI
(Lamprologus brichardi)
Um ciclídeo bonito, de colorido
incomum, temperamento forte e formas muito
elegantes. Assim é o brichardi, um peixe
africano muito difícil de ser encontrado no
mercado nacional, sendo que ainda vale a pena
procurá-lo nas lojas devido à sua beleza
irresistível.
Possui o corpo arredondado, alongando-se em
direção à cauda. Esta termina em pontas,
deixando seu visual ainda mais atraente. Sua
coloração é num tom de marron-claro, quase
translúcido. As nadadeiras possuem as bordas
brancas, o que dá a impressão de que seu corpo
é iluminado nesses pontos.
Para que possa se desenvolver
plenamente, o peixe vai precisar ter espaço no
aquário. Assim, mantenha-o num recipiente
com cerca de 80 litros. A água deve ser
mantida numa temperatura entre 23 e 26
grausC, com pH alcalino, em torno de 7,4. É
aconselhável que o fundo seja revestido de
cascalho rolado de rio e pedras, assemelhandose às condições que o peixe encontraria em seu
habitat natural. A vegetação não precisa ser
abundante e fica por conta do gosto do criador,
já que o brichardi não faz nenhuma restrição.
Como gosta de luz, faça com que o aquário
receba uma média de 12 horas diárias de
iluminação.
Tem-se notícia de acasalamentos em
cativeiro, mas isso não é muito comum. Pode
se reproduzir em colônias, ou seja, é possível
reunir de dois a três casais num mesmo aquário
de reprodução. Neste caso, a capacidade do
aquário deve ser de cerca de 120 litros. No
período de reprodução, pode tornar-se
agressivo, por isso, é melhor manter as outras
espécies afastadas.
As rochas do aquário devem estar
formando grutas, pois é onde a fêmea costuma
depositar os óvulos que serão fecundados pelo
macho. Não é necessário retirar os pais do
viveiro após a desova. Eles não irão molestar a
cria, muito pelo contrário, pois costumam
vigiar os ovos com toda atenção.
Não é fácil distinguir os sexos, porém, o
macho apresenta normalmente as nadadeiras
dorsal e anal mais afiladas nas extremidades.
Seu comprimento médio é entre 7 e 10
cm.
A
alimentação
não
apresenta
complicações. Aceita qualquer tipo de comida,
preferindo as presas vivas.
Mesmo fora da época do acasalamento,
não se pode dizer que seja o mais amigável dos
peixes.
Temperamental e avesso a
brincadeiras, pode agredir exemplares que o
importunem. É aconselhável mantê-lo apenas
junto a peixes de superfície ou a outros
ciclídeos africanos. Seu temperamento e
sensibilidade podem tornar-se uma dificuldade
para o aquarista principiante.
Na hora de compra-lo, é importante
verificar se o peixe está bem de saúde: a
melhor maneira é observar se está nadando
bastante e com desenvoltura. Quem quiser se
aventurar em busca desta maravilha africana,
prestando atenção em suas condições e em tudo
o que exige, sai ganhando em beleza e no
prazer de ter um peixe incomum e até valioso.
PODE CONTINUAR COM OUTRAS
ESPECIES
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