fashion weeks - GrandOptical
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fashion weeks - GrandOptical
GO mag_11 ENTREVISTA Namalimba Coelho, a responsável pela comunicação do Museu Coleção Berardo revela-nos as fontes de inspiração que “fazem parte do nosso quotidiano”. DESTAQUE A esta edição trazemos o melhor da arquitetura contemporânea e do Prémio Mies van der Rohe. MODA PRIMAVERA-VERÃO Cortes masculinos e outfits muito femininos para que se inspire e transforme o seu closet. FASHION WEEKS Diretamente das ruas de Londres, Paris e Milão surgem as verdadeiras tendências de estilo! 27 17 GO mag_11 39 34 8 28 8 | 9 PRÉMIO MIES VAN DER ROHE A GO MAG foi espreitar os mais de 400 projetos na lista de nomeados e selecionámos 6 que são must go! 14 | 16 TENDÊNCIAS Inspire-se com as novas coleções femininas e masculinas para a nova estação 17 | GRANDE ENTREVISTA Traçamos o perfil de Namalimba Coelho, a Assessora de Imprensa do Museu Coleção Berardo 2 _GOmag_11 2311 23 | LUXURY SURF A tendência em voga para pormenores sofisticados no mais cool desporto aquático é um paradoxo: aliar o espírito surfista ao requinte de acessórios de luxo 28 | MOLEKE Margarida Roseiro e Carla Mendes são as “mães” de um projeto empreendedor: uma marca artesanal de mocassins de qualidade para bebés e crianças 27 | MODA CRIANÇA Os meninos adoram inspirar-se no look dos pais e as meninas copiam sempre o estilo das suas it girls… conheça todas as tendências para criança 39 | JANELAS ABERTAS PARA A INOVAÇÃO Trazemos a esta edição uma seleção de obras de arquitetura cuja tecnologia e construção são inspiradas na filosofia de Le Corbusier 37 EDITORIAL No regresso à temporada mais quente e agradável, a 11ª edição da GO MAG celebra as tendências e novidades que farão desta primavera-verão, uma fonte de inspiração para cada novo dia. Moda, Design e Arte são conceitos indis sociáveis da nossa revista, pelo que, tra zemos à grande entrevista as perspetivas de Namalimba Coelho – responsável de comunicação do Museu Coleção Berardo – que nos revela as suas fontes de inspiração e a forma como “tudo depende do nosso olhar atento ao que nos rodeia, desde momentos, imagens, conversas, encontros, emoções”… sem dúvida uma mulher GO MAG, que convidamos a conhecer! 30 Altuzarra Nesta edição descubra, também, a Arqui tetura dos nomeados aos Prémios Mies van der Rohe e as janelas inovadoras, que se abrem em obras arrojadas, cuja filosofia vai ao encontro das ideologias de Le Corbusier. GO mag_11 ENTREVISTA Namalimba Coelho, a responsável pela comunicação do Museu Coleção Berardo revela-nos as fontes de inspiração que “fazem parte do nosso quotidiano”. DESTAQUE A esta edição trazemos o melhor da arquitetura contemporânea e do Prémio Mies van der Rohe. MODA PRIMAVERA-VERÃO 16 Cortes masculinos e outfits muito femininos para que se inspire e transforme o seu closet. FASHION WEEKS Diretamente das ruas de Londres, Paris e Milão surgem as verdadeiras tendências de estilo! CAPA Fotografia: Filipe Pombo Make Up: Alda Salavisa Leve a revista no seu smartphone ou tablet Propriedade: GrandOptical Portugal, S.A. www.grandoptical.pt Coordenação: Dept. Marketing Gestão Integrada de Conteúdos: Greenmedia Agência de Comunicação A GO MAG, orientada para as indústrias criativas e, necessariamente, para o se tor da Moda, investigou as atuais res postas à problemática de um negócio que é, muitas vezes, alvo de falsificações e adulterações que afetam empresas, marcas e profissionais. Descobrimos que, recentemente, foi desenvolvida uma área jurídica especializada em Fashion Law e contamos-lhe o essencial sobre este tema. A gastronomia vegan, o surf, o running e todas as tendências spring-summer diretamente das fashion weeks são te mas que complementam uma fonte de co nhecimento criado a pensar em si, para um apetecível fim-de-tarde, numa esplanada, a ler a nossa revista! 5 TOP Miu Miu Ref. MU 50QS Preço sob consulta na sua GrandOptical Dolce&Gabbana Ref. DG4234 Preço sob consulta na sua GrandOptical Fendi Ref. FF 0088 – CU1 Preço sob consulta na sua GrandOptical Tom Ford Ref. FT5323 Preço sob consulta na sua GrandOptical Esperamos que se deixe envolver nesta edição e desejamos uma leitura que des perte o melhor da sua alma criativa! Tiragem: 22.500 Depósito Legal: 325416/11 Distribuição Gratuita Esta revista foi redigida conforme o novo Acordo Ortográfico ill.i.am Departamento de Marketing GrandOptical Portugal Ref. WA509S04 Preço sob consulta na sua GrandOptical GOmag_11_3 Tom Ford Ref. FT0366 Preço sob consulta na sua GrandOptical GO FOR… SOCIAL MEDIA NEWS REDES SOCIAIS ALTERNATIVAS O Facebook foi uma verdadeira revolução, atraindo o mundo inteiro. Twitter, Tumblr, Pinterest e outras, igualmente reconhecidas, são “gigantes” e partilham esta popularidade, mas os cibernautas mais impacientes estão cansados da publicidade e das políticas de privacidade. Um sentimento que se tem materializado despoletando redes sociais alternativas. A GO MAG, sempre atenta às tendências que fazem as delícias dos utilizadores exigentes, apresenta nesta edição algumas das mais trendy. Ello A liderar a oposição está a Ello. Esta recente rede social afirma-se livre de publicidade e até tem um manifesto onde a palavra de ordem é “Tu não és um produto”. A inscrição só é possível por convite e no final, os criadores apresentam duas opções: um ‘concordo’ para partilhar o texto e um ‘discordo’ que, curiosamente, nos encaminha para a página da Política de Utilização de Dados do Facebook… esta curiosidade já lhe valeu a insígnia de rede “anti-Facebook”. A Ello apresenta um ambiente muito elegante e bem organizado. Os perfis são simples e minimalistas, com uma descrição breve, uma fotografia, um espaço para deixar links e uma imagem de “capa”. São bem percetíveis as inspirações de designers e arquitetos nas configurações e formatos ao percorrermos esta rede social. Contudo, ainda é cedo para prever o futuro. Para já deixamos-lhe a sugestão: visite a ELLO e tire as suas próprias conclusões! OUTRAS TENDÊNCIAS… Plag** O objetivo do Plag** é comportar-se como “conteúdo viral”. Todos os utilizadores estão conectados entre si, o que permite que qualquer publicação seja vista por todos. Adaptado à geração smartphone, um post recebe um “gosto” com o deslizar de um dedo para cima, disseminando-se rapidamente. Se o movimento for descendente a informação deixa de ser propagada e “morre”. A mais tecnológica e geek das redes socias alternativas, o Chirp permite partilhar fotos, arquivos ou links entre dispositivos através de frequências sonoras. O elemento mais disruptivo é que o ruído que um utilizador emite para partilhar um ficheiro pode ser ampliado e captado por vários dispositivos. O Vivino é “a” rede social para apreciadores de vinho. Num layout simples, o utilizador fotografa o rótulo do vinho que está a consumir ou que quer adquirir e a aplicação procura automaticamente os dados do vinho pesquisado, fornecendo indicadores como preço médio, avaliação média, rankings e descrição. Depois é só fazer a própria avaliação e trocar impressões com os restantes utilizadores. https://plag.com/ http://chirp.io/faq/ http://www.vivino.com/ 4_GOmag_11 GO FOR... FASHION espírito jovem, ousado e sofisticado! A prestigiada grife italiana, Miu Miu, é sinónimo de mulher descontraída e arrojada, mas de gosto muito requintado. O ícone da marca é a sua criadora, Miuccia Prada, que se inspirou num diminutivo do seu próprio nome (Miu Miu) aquando da criação da marca. Tem como exemplo o seu pai, Mario Prada, que dirige brilhantemente a empresa que herda o apelido da família desde os anos 70. A Miu Miu nasce em 1992, pensada para clientes jovens cosmopolitas ousadas, mas que pretendiam um look mais excêntrico e acessível. Com o grande lançamento um ano mais tarde, a estilista impulsionou a ascensão da própria Prada, transformando-a num verdadeiro conjunto de marcas (ainda) mais fashion que cobrem todas as idades, estilos e exigências. Com um espírito “inconformista”, um pouco rebelde, sempre colorido e muito feminino, a Miu Miu - grife destinada a um público jovial - fez sucesso, logo de início, nos seus primeiros desfiles. Uma nova estética associada à alta costura Prada, mas com peças de roupa, calçado e acessórios inconfundíveis, estruturada num design muito moderno de linhas sofisticadas e com pormenores arrojados. Miu Miu Ref. MU 02QS Preço sob consulta na sua GrandOptical 6_GOmag_11 GO FOR... FASHION Miu Miu Ref. MU 08NV Preço sob consulta na sua GrandOptical CURIOSIDADES… A marca investe num estilo naïf, cores fortes, estampados atrevidos e comprimentos mini! Um dos aspetos mais destacados da marca são também as suas audaciosas campanhas publicitárias. De certo modo, a criadora da grife “inaugurou” a tendência de convidar atrizes famosas para imagem da Miu Miu. Katie Holmes, Kirsten Dunst, Lindsay Lohan e Vanessa Paradis, são algumas das referências do panorama cinematográfico mundial que assinaram campanhas da grife. -E m 1994 Miuccia Prada recebeu o prémio “Best International Designer Award”. - Miuccia Prada foi a primeira estilista a surgir na capa da conceituada revista “The New York Magazine”, em 2008, sendo considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. - Em 2008 a marca decidiu extinguir as suas linhas de coleção masculinas. - Em 2011, Miu Miu lançou um conjunto de curtas-metragens criadas por diretoras que se inspiraram nos arquétipos do universo feminino. O projeto “The Miu Miu Womens’ Tales” convidou várias cineastas para criar filmes curtos que releem a marca sob a perspetiva das mulheres. Quem lançou a série foi Zoe Cassavetes, com The Powder Room. O filme gravado no Hotel Claridge’s, em Londres, registava o clássico (e mítico!) momento de “ir retocar a maquilhagem” nas instalações sanitárias dos hotéis e restaurantes. GOmag_11_7 GO FOR… ARCHITECTURE ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA COM ASSINATURA EUROPEIA O Prémio “Mies van der Rohe” para a arquitetura europeia recebeu, em 2000, a designação de Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia, um galardão de grande relevância e prestígio internacional, atribuído de dois em dois anos. Portugal contou com 19 projetos nomeados em 2015 e os cinco projetos finalistas foram: o Museu de Artes de Ravensburg, o Museu Marítimo Dinamarquês, a adega Antinori, o Auditório da Filarmónica de Szczecin e o Centro Estudantil Saw Swee Hock. A GO MAG foi espreitar os mais de 400 projetos na lista dos prémios deste ano e garantimos: o difícil é escolher! Os 420 projetos nomeados, provenientes de 36 países europeus abrangem valências diversas. O país recordista, no que respeita ao número total de projetos nomeados, é Espanha. 27% dos projetos pré-selecionados são relacionados com habitação, enquanto 24% são equipamentos culturais, 11% estão relacionados com a educa- ção e os 33% restantes são equipamentos desportivos, comerciais, governamentais, de transporte e infraestruturas urbanas. Deixamos, nesta edição, a visita a alguns dos nomeados mais irreverentes. E/C HOUSE, na Ilha do Pico, Açores Uma ruína em S. Miguel Arcanjo, na Ilha do Pico, foi o ponto de partida para uma casa de férias que valorizasse e preservasse a sua origem. Paredes austeras, a rimar com as muralhas de pedra, mas proporcionando aberturas generosas, para a entrada de luz e paisagem. O interior luminoso tira partido da simplicidade para se tornar um espaço versátil, criado por Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira, da SAMI Arquitetos. BED & BUNKER, na Albânia A Albânia é fortemente pontuada por com plexos de bunkers, uma reminiscência da ditadura comunista que durou até 1991. Estima-se que existam mais de 400.000 bunkers por todo o país. A BED & BUNKER é uma tentativa de integrar estes edifícios abandonados num recurso arquitetónico dedicado ao turismo low-cost, transformando os espaços em albergues minimalistas. 8_GOmag_11 GO FOR… ARCHITECTURE FRAC, em Dunquerque, França As casas FRAC montam coleções regionais de arte contemporânea, que são conservadas, arquivadas e apresentadas ao público através de exposições on site ou por empréstimos a galerias e museus. A FRAC da região Norte de França está localizada no porto de Dunquerque, num antigo armazém de barcos chamado Halle AP2: um edifício singular e simbólico, com um volume interno imenso, brilhante e impressionante. Foi nesse potencial que a Lacaton & Vassal se inspirou para projetar um edifício anexo ao Halle AP2, com uma estrutura gémea, gião. Há mais de cinco milhões de anos esta zona geográfica era palco de inúmeros vulcões. Espacio Andaluz de Creación Contemporánea, em Córdoba, Espanha O edifício retrata um verdadeiro “Museu Vulcão” com paredes de betão escuro e aço, inspiradas nas cores de rocha e da lava vulcânica. Todo o interior e arranjos de fluidez dos espaços devolvem o espírito e a essência de um vulcão. Um projeto da Nieto Sobejano Arquitetos, o Centro de Arte Contemporânea Andaluz é o eco da cultura hispano-islâmica que ainda está latente em Córdoba. O espaço expande-se em sequências com diferentes dimensões, usos e qualidades espaciais. Trata-se de uma unidade central, aspirando às leis geométricas através do qual os artistas, artesãos e mestres construtores de um passado islâmico eram capazes de criar espaços múltiplos e isotrópicos no interior da mesquita. É um edifício facetado, com abóbadas e motivos ornamentais inspirados nos poemas e contos de tradição islâmica, que se refletem na superfície espelhada do Guadalquivir. mas apresentando detalhes distintos. O novo edifício é virado para o mar e justapõe delicadamente as duas estruturas, sem competirem entre si. VOLCANO VISITOR CENTRE, na Hungria Localizado numa planície na zona oeste da Hungria, o icónico Kemenes Volcano Park Visitor Centre conta a história da re- ELEVADOR BARAKKA, em Malta O Barrakka Lift é um elo de comunicação fundamental para o antigo bairro de Valletta, proporcionando um acesso rápido de milhares de visitantes às famosas atrações barrocas da capital de Malta. O impacto visual sobre este património sensível é rigoroso e significativo. A dicotomia que estabelece é óbvia: por entre a muralha de fortificações com forte caráter histórico, sobressai uma estrutura imponente que respira modernidade em direção ao coração da urbe, para o Upper Barrakka Gardens e ao novo portão da metrópole. GOmag_11 _9 GO FOR…STYLING OS MAIS ELEGANTES EM SÉRIES QUE NOS APAIXONAM Se a expressão “viciados em séries televisivas” combina consigo, conhece certamente as personagens que apresentamos. Dra- ma, comédia, ação, ficção científica ou séries de época, a seleção é enorme e o difícil (muitas vezes) é navegar entre os episódios de todas as temporadas. O figurino é indispensável à criação da personagem e alguns destes senhores e senhoras são verdadeiros ícones de elegância e bom-gosto. Por isso, reunimos nesta edição da GO MAG algumas das personagens femininas e masculinas mais fortes e emblemáticas, do panorama televisivo norte-americano. Jessa Johansson, Girls Roger Sterling, Mad Man A série Girls é um retrato da população oposta ao universo de Carrie Bradshaw. O personagem interpretado por John Slattery leva um estilo de vida “arriscado” rodeado de casos extraconjugais e álcool. A sua personalidade tem, contudo, a simpatia da família e amigos do trabalho. A série decorre na década de 1960 numa das maiores agências de publicidade da época, a Sterling Cooper, localizada na Madison Avenue (Nova Iorque) e retrata, fielmente, o estilo dos homens de negócios da época. Mais atual, fresca e inovadora, conta histórias de amizades femininas, com o humor como motor para a sobrevivência na cidade onde tudo se pode tornar realidade. Como a atriz que a interpreta, Jemima Kirke, o estilo que melhor define a personagem de Jessa Johansson é o ‘hippie chic’. O guarda-roupa é colorido e constituído por muitas malhas e vestidos ao estilo sixties, calças volumosas, malas de couro e chapéus de abas largas. O look de Roger varia em tons de preto e cinza. Um detalhe curioso… os lenços de Roger têm sempre três pontas, enquanto os do colega Don são retos e formais. A gravata de seda, por sua vez, é estampada na maioria das vezes, em formato clássico, um pouco mais largo. Homem bem-sucedido e ousado sente-se à vontade para se vestir de forma mais divertida, sem nunca perder a elegância. Verdadeiras fontes de inspiração para um closet sofisticado! ill.i.am Ref. WA500S04 Preço sob consulta na sua GrandOptical Tom Ford Ref. FT5323 Preço sob consulta na sua GrandOptical Gucci Ref. GG 4252/N/S – I94/UF Preço sob consulta na sua GrandOptical 10_GOmag_11 Uns sofisticados ill.i.am num formato cat eye e repleto de apontamentos exclusivos, favorecem o estilo feminino e jovial da personagem. Tom Ford para o homem charmoso e carismático que retrata o perfil da personagem de Roger Sterlin. GO FOR…STYLING Megan Draper, Mad Men Walter White, Breaking Bad Megan Draper (Jessica Paré) transporta-nos para a moda dos anos 50 e 60. Quando surgiu na trama, interpretava uma rececionista com um figurino colorido, numa coleção de vestidos ao estilo Sixties Hippie Girl. Quem é fã sabe que Vince Gilligan caprichou em todos os detalhes de Breaking Bad. O look do “anti-herói” mais amado dos últimos tempos, Walter White, é caracterizado por pormenores e estilos únicos ao longo de toda a série. A personagem evoluiu, entretanto, tornou-se atriz e o seu guarda-roupa ficou mais dramático, elegante e fashion. Após ser diagnosticado com cancro, as cores do personagem tornam-se fortes e o tom é quase sempre preto. Mas quando se aproxima de Gus e os seus laços ficam mais próximos do fabrico das metanfetaminas, o azul ganha forma nas peças do dia-a-dia. As roupas refletem a personalidade de Megan e de acordo com a responsável pelo guarda-roupa da série, Janie Bryant, “ela representa a luminosidade dos anos dourados”. Fendi Ref. FF 0117/S – IC5/Y4 Preço sob consulta na sua GrandOptical Uns arrojados Fendi, com formatos geométricos em cores distintivas, completam o estilo “Megan Draper”. Uma curiosidade: Os famosos slips brancos, usados por Bryan Cranston na famigerada cena do primeiro episódio (onde Walter usa apenas a roupa interior e uma camisa), foram leiloados. Um admirador (certamente muito abastado!) não hesitou no momento de pagar 7.560 euros para ficar com um pedaço do império de Breaking Bad! Giorgio Armani Ref. AR 7057 Preço sob consulta na sua GrandOptical Este modelo de linhas direitas, da Giorgio Armani, marca a intelectualidade, garantindo o reflexo da imagem do professor de química mais conceituado no universo bad man de Hollywood. Claire Underwood, House of Cards Claire Underwood (Robin Wright) tem sempre o seu cabelo loiro bem alinhado, os vestidos e tailleurs parecem que foram cosidos em torno do seu próprio corpo, de tão bem que assentam… Claire usa poucos acessórios e o figurino é quase sempre neutro e sem estampagens – um reflexo visual da sua postura determinada. As cores são, maioritariamente, escuras como preto, cinzento e azul-marinho, mas peças em tons pastel, brancos e cinzas claros também marcam presença. A figurinista de House of Cards, Johanna Argan revela que se inspirou “na Dior e em Jackie Kennedy, já que a história do drama político se passa em Washington”. Dolce&Gabbana Ref. DG3218 Preço sob consulta na sua GrandOptical Um modelo Dolce&Gabbana com linhas bem demarcadas, pontuada por pormenores discretos, completam o estilo “Claire Underwood”. GOmag_11_11 EYE GO EyeGO TORNA TUDO MAIS SIMPLES Sabia que a GrandOptical agora já entrega as suas lentes de contacto ao domicílio? EyeGO é o novo sistema de entrega de lentes de contacto ao domicílio, proporcionado pela GrandOptical. Um serviço criado a pensar na utilidade, comodidade e renovação automática através de receção atempada de um novo pack de lentes, na morada mais conveniente, com portes de envio gratuitos e pagamento por débito direto, que pode ser mensal ou trimestral. se deslocar à loja para obter as lentes. O cliente aderente tem ainda acesso a descontos exclusivos em óculos graduados para descanso e em óculos de sol. Com a ativação deste serviço, a qualidade das lentes fica sempre assegurada pela entrega regular de um novo set. O cliente recebe o novo par de lentes antes da data indicada para a troca, respeitando a garantia de qualidade das lentes a uso, para além da conveniência que oferece ao eliminar a obrigação de 12_GOmag_11 Os óculos são cada vez mais compreendidos como um acessório de moda e a oferta é cada vez mais vasta e eclética. Apesar de tudo, o uso de lentes de contacto é uma tendência que traz inúmeras vantagens, como a liberdade de utilização de óculos de sol e a prática de desporto facilitada. As lentes de contacto progressivas de silicone hidrogel são a prova viva desse paradigma: um novo material com mais conforto e resistência que se alia a uma tecnologia com diferentes zonas de correção visual, que permitem a visão nítida a todas as distâncias. É um mercado cada vez mais acessível e pontuado pela constante inovação, promovendo cada vez mais confor- to, qualidade e simplicidade de utilização, fatores fundamentais, que a GrandOptical acredita serem a chave para um futuro melhor nos cuidados de saúde visual. É por isso que mantém optometristas qualificados que podem dar acompanhamento aos clientes EyeGO por e-mail ou telefone, aconselhando o melhor produto e a regularização da graduação. Uma realidade que não dá espaço a des culpas para não experimentar as lentes de contacto nesta temporada prima vera-verão! Pure Hazel Valentino TENDÊNCIAS MULHER Closet de sucesso! Tecidos fluidos e soltos, blocos assimétricos de cores vibrantes, sobreposições, cinturas e outfits muito femininos são algumas das principais tendências que vão marcar os meses mais quentes do ano. Jacquemus Peças minimalistas e muito requintadas mas com cinturas repletas de detalhe e bem definidas. Seja em calças, vestidos, decotes profundos e saias para todos os gostos, as peças têm uma dualidade: volume, mas recheado de definição. É a elegância dos detalhes. Conheça os estilos que vão dominar a moda feminina na temporada Primavera-Verão 2015! Carolina Herrera Jacquemus Loris-Azzaro Amarelo Aganovich Jean Charles de Castelbajac Blocos Assimétricos 14_GOmag_11 Derek Lam Dior Alexander Wang Bucket Bags Stella Mccartney Balmain Guy Laroche Altuzarra Alexander McQueen Anthony Vaccarello Stella Mccartney Giambattista Valli Estampados Urban Chic J. Mendel Sonia Rykiel Alexander Wang Valentino TENDÊNCIAS MULHER Tecidos Fluídos Marc by Marc Jacobs Ref. MMJ 450/S – GW5/FE Preço sob consulta na sua GrandOptical Branco GOmag_11 _15 Sonia Rykiel Hussein Chalayan TENDÊNCIAS MULHER Alberta Ferretti Prabal Gurung Casual&Hippie Chic MUST HAVE Ref. FF 0090/S – D30/85 Preço sob consulta na sua GrandOptical Claramente desenhados para uma mulher sofisticada, com personalidade forte. Arredondados, como impera na tendência do ano, com detalhes distintos e combinações de cores ousadas para uma aparência distinta, feminina e versátil. Altuzarra Fendi 16_GOmag_11 Christopher Kane Maison Matthew Gallagher J. Mendel Christopher Kane Lady Like Alberta Ferretti O savoir faire e inovação que sempre caracterizaram a FENDI fazem, deste modelo, o must have da temporada! GRANDE ENTREVISTA NAMALIMBA COELHO Foi ao longo de uma produção animada e descontraída, numa tarde fresca e soalheira no Centro Cultural de Belém, que conversámos com a Assessora de Imprensa do Museu Coleção Berardo. Nesta edição damos a conhecer Namalimba Coelho que se “inspira na vida real, nas pessoas e heróis desconhecidos que fazem parte do nosso quotidiano”. Traçamos o perfil, exploramos o seu estilo inconfundível, as suas inspirações e os seus segredos do dia-a-dia. Obrigada, Namalimba… Sem dúvida uma Mulher GO MAG! É considerada uma das principais figuras na área de comunicação cultural e das artes, e o seu percurso académico e profissional é impressionante. Fale-nos um pouco dele e dos “segredos” que lhe têm permitido fazer tanto, em tantas áreas, e com uma assinatura tão própria e pessoal? Na minha infância, em Luanda, tendo em conta o contexto de guerra civil, fui estudar para a escola francesa, o que acabou por se revelar decisivo para o meu percurso académico, uma vez que, em Lisboa, prossegui os meus estudos no Liceu Francês, tendo optado pela área de filosofia e letras, que me levou a formar-me em direito. GOmag_11 _17 GRANDE ENTREVISTA Foi então que rumei para Paris, onde cruzei pessoas e vivências em contextos absolutamente improváveis, em suspensão de tudo o que era a minha zona de conforto. Especializei-me em Direitos Humanos na Universidade de Nanterre, onde conheci pessoas únicas pela sua história de vida e dimensão interior - inspiradoras pela sua idiossincrasia e proatividade na contestação de direitos, sendo Nanterre uma referência por ter sido o ponto de origem do movimento estudantil de Maio de 68. Paralelamente integrei uma “Law Clinic” na École Doctorale de la Sorbonne – um projeto de cooperação com as Nações Unidas e os Tribunais Penais Internacionais do Ruanda e Ex-Jugoslávia, com ligação aos processos de julgamento de crimes de Genocídio, crimes de Guerra e contra a Humanidade. Ou seja, frequentava duas universidades que me proporcionavam a vivência de duas realidades completamente díspares. Crente que a minha vocação seria neste âmbito, fui integrando estágios e seminários - no Centro de Informação das Nações Unidas em Lisboa e na Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas em Genebra – convicta que o meu percurso seria nesta área e longe de Portugal. Até que, em 2003, por circunstâncias da vida, regressei a Lisboa, mudando completamente o meu rumo profissional, que acabou por se direcionar para a área da comunicação e das artes, no antípoda dos meus manuais de direito, desafiada a reinventar-me e a explorar caminhos que me trouxeram até onde estou desde maio de 2007, como assessora de imprensa do Museu Coleção Berardo. Brand Management no ISEG, entre outras formações que fui frequentando. Dos direitos humanos às artes, tudo foi acontecendo, consequente e naturalmente. Como aconteceu esta viragem do Direito para as artes? Foi esta transversalidade que me levou à comunicação e às artes, tendo começado com a Experimenta, mas confirmandose através de outras oportunidades que foram entretanto surgindo, de colaboração na assessoria de comunicação em projetos como a ModaLisboa (ao longo de 5 edições); o festival jazz em agosto da Gulbenkian; o festival de videoarteFUSO; o festival de artes performativas –Temps D’Images; a feira de arte - East Art Fair; entre outros projetos, de arte urbana, como o foi o das intervenções nos elevadores e ascensores de Lisboa da Carris- “Arte em Movimento”, no contexto do qual conheci o Alexandre Farto aka Vhils, que então me desafiou para assumir a assessoria de outros projetos como o da Plataforma/Galeria Underdogs e o Crono - 4 estações - 4 intervenções, num itinerário de arte urbana por Lisboa, que incluía intervenções de street artists portugueses e do mundo inteiro, cujo exemplo mais emblemático é a pintura dos irmãos graffiters brasileiros “os Gémeos” e do italiano Blu no edifício devoluto na avenida Fontes Pereira de Melo. Tudo começou em 2003, acabada de chegar de Paris, quando soube de entrevistas para integrar o departamento de comunicação da ExperimentaDesign, à qual me candidatei, sem qualquer expectativa, e onde acabei por ficar até 2007, nunca imaginando que esta oportunidade se revelaria a descoberta de uma afinidade e a profissão que passaria a exercer. Paralelamente, fui sendo convidada a integrar a comunicação de outros projetos, sempre na área das artes, do design, da moda, mas tentando não abandonar os direitos humanos, na eventualidade de regressar à vocação que julgava ser a minha. Recordo quando, a dois meses da bienal inaugurar, fui selecionada para integrar um grupo de trabalho na Comissão de Direito Internacional em Genebra, em que, à distância, ao longo de 30 dias, tive que conciliar estes dois universos de trabalho tão distintos. É essencial diversificar interesses e conhecimentos. Como tal, no meu regresso a Lisboa, procurei estar envolvida noutras áreas, o que me levou a frequentar 3 anos do curso de língua e cultura árabe na Universidade Nova, uma formação de acesso à carreira diplomática, outra de introdução ao jornalismo no Cenjor, um curso intensivo de Luxury Este percurso foi essencial e teve momentos cruciais: tudo o que tinha como adquirido era então questionado, sendo um desafio tentar descodificar a minha dimensão enquadrada em cada nova realidade. E não me refiro apenas às mudanças de país, de universo de trabalho, cultural ou sociológico, refiro-me às nossas próprias revoluções interiores, que se revelou um importante exercício de autoconhecimento e de crescimento, pessoal e profissional. Nasceu em Luanda e sabemos que é uma apaixonada pelo mundo. Fale-nos um pouco da sua infância. Como era Angola nessa altura? Angola está na origem da minha identidade e da minha história pessoal e familiar. O facto de ter nascido e vivido parte da minha infância em Luanda, em plena guerra civil, teve o seu impacto, principalmente pelas condicionantes ineren- Foto de Luís Sustelo para Janela Urbana 18_GOmag_11 GRANDE ENTREVISTA Coleção Berardo (1960-2010) Exposição permanente Obras de Carl Andre, Frank Stella e Joseph Kosuth tes a quem vive numa realidade de exceção, mas que para mim representava a normalidade, sendo aquelas as minhas referências do quotidiano. Tenho muitas memórias visuais da cidade e de vivências – a minha casa no bairro da Maianga que ainda hoje é a mesma, o Natal no verão, as paisagens e as praias, a travessia no capussoca para o Mussulo, as cores, os cheiros, os sabores, as idas excecionais ao mercado, as estradas acidentadas e os prédios furados pelas balas, a topografia característica de Luanda, os sons da vida lá fora e os tiros na rua, a marginal, a ilha, os pré-fabricados onde os “médicos do mundo” davam consultas em regime de missão, a presença dos russos e dos cubanos, a nossa chimpanzé Maguila que vivia connosco em casa antes de a levarem para o jardim zoológico, o primeiro dia na escola francesa, as falhas de eletricidade e de água, as palavras que a nossa bábá Tita nos tentava ensinar em quimbundo, o recolher obrigatório e uma série de restrições que acabavam por condicionar uma convivência social normal e espontânea. Foi precisamente por razões de segurança, tendo em conta que as escolas estavam praticamente todas destruídas na altura, que fui estudar para a escola francesa. Esse foi outro momento decisivo na minha vida, consequente da vida em Luanda, que não só marcou o início de uma relação social para além da casa, com 6 anos, como foi o meu primeiro Coleção Berardo (1960-2010) Exposição permanente Obras de Richard Long e Hamish Fulton contacto com a cultura francesa, que faz parte de mim desde então. Foi a primeira língua na qual aprendi a ler e escrever. Uma decisão derivada às circunstâncias do momento e que acabou por me encaminhar para cerca de vinte anos de formação ao abrigo da cultura e do sistema francês, a acrescentar aos que vivi em Paris, onde conclui os meus estudos em direito. É inevitável falar de Angola sem falar no seu nome, Namalimba. Angola deu-me o nome, Namalimba, uma lenda do Huambo (da princesa e da tartaruga), escolhido pelos meus pais pela relação com o contexto político e com a história de Angola no ano em que nasci, em 1976. Um nome que acabou por se revelar um legado, recordandome e reforçando continuamente os laços afetivos e culturais que me ligam a Angola. O meu nome foi o meu primeiro desafio, e continua a sê-lo. Quando cheguei a Lisboa, enfrentei uma realidade cultural e social bastante distinta da que tinha como referência até então, com um nome peculiar numa menina loirinha que falava com algumas expressões igualmente singulares. Foi todo um conjunto de fatores que, desde cedo, me fizeram questionar o que me aproximava ou distinguia, tendo acabado por influenciar a formação da minha personalidade. O meu nome revelou-se também um dos mais importantes legados de vida. Ensinou-me a crescer e a lidar com a diferença, no sentido de aprender a viver e a construir uma identidade própria, sem necessidade de procurar semelhantes ou referências que me servissem de padrão. Estimulou-me ainda mais na minha natureza curiosa e comunicativa, apaixonada pelo que está fora da minha zona de conforto, que me levou a questionar, observar, absorver, respeitar e valorizar o que nos distingue, e a enaltecer a autenticidade e idiossincrasia de cada pessoa. O meu nome continua a ensinar-me todos os dias sobre muitas coisas, inclusive sobre as pessoas, através de detalhes tão simples como a reação delas ao meu nome, em contextos profissionais como pessoais. Confesso que não sei como reagiria se algum dia me apresentassem outra Namalimba (risos). Celine Ref. CL 41099/F/S – AHY/Z3 Preço sob consulta na sua GrandOptical GOmag_11 _19 GRANDE ENTREVISTA Profissionalmente, tem sido de uma intensidade imensa, uma vez que, desde a abertura do museu, ao nível nacional como internacional, comuniquei mais de setenta exposições temporárias e permanentes, entre elas sete edições do Prémio BesPhoto, a emblemática exposição “No Fly Zone”, que apresentou uma nova geração de artistas angolanos; a retrospetiva do Pedro Cabrita Reis; a primeira antológica da Joana Vasconcelos; a par das várias mostras da Coleção Berardo além fronteiras, incluindo a exposição no Musée du Luxembourg, em Paris, em 2008 – não só pelo sucesso, mas també, pelo que representou para mim, a missão de ir à cidade onde vivi e estudei direito, mas a comunicar arte. Coleção Berardo (1960-2010) Exposição permanente Obras de Anish Kapoor, Mario Merz e Alighiero e Boetti É muito abordada pelo seu estilo próprio. Explique-nos um pouco estes conceitos e como os aplica ao seu dia-a-dia? Visto o que sou e sou o que visto. Acredito que a forma como nos apresentamos não é mais do que uma extensão, exteriorização da nossa identidade. Todos nós contamos histórias a partir da forma como nos vestimos, como nos descodificamos para o mundo, de dentro para fora, sendo a roupa uma dessas linguagens através das quais comunicamos quem somos. Como tal, o meu estilo não é mais do que reflexo dessa síntese, dessa estética que reflete a minha identidade, a minha história e todo um conjunto de influências e de referencias que fui tendo ao longo da vida, manifestada através de uma linguagem visual própria. Quais são as suas inspirações? A vida real, as pessoas e os heróis desconhecidos que nela habitam e que fazem parte do nosso quotidiano, porque são as que me podem tocar e inspirar diretamente, mas acho que cada detalhe pode ser uma inspiração, tudo depende do nosso olhar atento ao que nos rodeia, desde momentos, imagens, conversas, encontros, emoções... Tudo pode ser fonte de inspiração, o importante é haver entrega e estarmos atentos aos detalhes da vida para sentirmos esse retorno como uma inspiração. Os meus filhos... pelo carrocel de emoções 20_GOmag_11 que me fazem sentir e pela forma como conseguem reinventar-me, continuamente, com tudo o que me ensinam sobre o que eu pensava saber; e os heróis da vida real os que mudam os destinos de quem cruzam no quotidiano e que fazem magia sem protagonismo. Falando do seu projeto atual – o Museu Coleção Berardo. Qual o balanço que faz destes 7 anos, como responsável de comunicação de uma coleção tão conceituada? É um imenso orgulho e privilégio fazer parte de um projeto desta dimensão e importância, ainda mais, quando se cresce com ele, uma vez que aqui estou desde a abertura do museu, em junho de 2007. Ao longo destes oito anos, para além do incomensurável desafío profissional de assessora de imprensa de uma Fundação desta escala, tenho aprendido muito além da comunicação, principalmente pelas pessoas com quem tenho tido o privilégio de cruzar, por serem únicas, inspiradoras e excecionais na sua visão e atitude, através do que fazem e por quem são, nomeadamente, artistas, colecionadores, curadores, colegas de trabalho e gente do mundo inteiro, que me vão enriquecendo, continuamente. Safilo Peggy Guggenheim Óculos de sol, edição limitada, a celebrar os 80 anos da Safilo É igualmente inspirador trabalhar num espaço onde, diariamente, ao alcance de uns passos do meu gabinete, tenho acesso ao melhor da arte moderna e contemporânea, através das exposições patentes e do acervo de mais de mil obras de artistas de referência que dele fazem parte, como M. Duchamp, P. Picasso, S. Dalí, J. Miró, A. Warhol, F. Bacon, J. Pollock, H. Moore, J-M. Basquiat, D. Hockney, J. Koons, R. Lichtenstein, Man Ray, Nan Goldin, On Kawara, Dan Flavin, R.Sierra, G.Richter, J.Turrell, Lourdes Castro, Vieira da Silva, Helena Almeida, Pedro Cabrita Reis, Julião Sarmento, entre tantos outros. O que deve mudar e o que deve manterse igual nos tempos em que vivemos? É tempo de questionar o ritmo das coisas, aprender a estabelecer prioridades, agindo em conformidade com estas, e em sintonia e coerência com os valores que apregoamos. Como tal, é urgente refletir, reagir ao imediatismo e à efemeridade da atualidade. Tanto ao nível das relações humanas, como da produção e do consumo. Estamos a ser engolidos por uma dinâmica de sociedade quase irreversivelmente voraz e paradoxal. Nunca estivemos tão próximos uns dos outros e, ao mesmo tempo, cada vez mais distantes da essência. Temos ao nosso alcance ferramentas que podem ser as nossas maiores aliadas, mas para isso é preciso reagir a esta espiral. Chegámos a um ponto em que é urgente tomar consciência do que devemos inverter e salvar, no sentido de GRANDE ENTREVISTA não nos perdermos na inconsistência, nem na volatilidade deste imediatismo. E todos devemos ter um papel ativo nessa mudança, porque é em nós que ela começa e se efetiva, através de cada decisão tomada perante e arbitrariedade das nossas escolhas no quotidiano. O que deve ficar na mesma é a essência do que nos define, em cada uma das nossas dimensões, lutando pelo que nos acrescenta. Fazer do tempo o nosso aliado, vivendo no presente, em pleno, e de forma consistente e consequente. E uma vez mais, é em nós que tudo isto deve prevalecer. E é em sintonia com estes princípios que procuro agir no quotidiano, tentando passá-los aos meus filhos, para que, em conjunto, vivamos intensamente a essência dos momentos deste tempo presente que temos ao nosso alcance. Quais são os projetos a médio e a longo prazo? Mais do que projetar no futuro, entregome ao presente, atenta às oportunidades que dele advierem, sem receio de mudar completamente de rumo, como quando troquei os manuais de direito pela comunicação e a arte. Uma aldeia… Aldeia de Namalimba, que descobri existir no Uganda (apesar da origem do meu nome ser uma lenda do Huambo, em Angola). Uma cidade… As cidades africanas. Paris, por tudo o que lá vivi nos meus tempos de estudante. E Buenos Aires. Uma viagem… No futuro próximo rumar ao Mali, por ocasião da próxima edição da Bienal de fotografia africana “Les Rencontres de Bamako” e conhecer o mestre Malick Sidibé e o seu estúdio No meu imaginário... Recuar até 1889 para embarcar na mítica rota do Expresso do Oriente, no tempo que ligava Paris a Constantinopla, e cruzar-me com algum assíduo ilustre passageiro da altura... Mata Hari seria a “desconhecida” que escolheria para companheira ao longo das então 75 horas de viagem. Um desporto… Ballet e Kick Boxing Um filme… O mítico Le Mépris, do mestre Godard; o magnético The Shining de Stanley Kubrick; e África Minha, por todo o ritual que recordo É nesta perspetiva que pretendo dedicarme o melhor que sei aos projetos presentes, uma vez que, é o fruto desse empenho que me vai abrir horizontes para desafios futuros. No entanto, quero destacar um projeto, cujo processo de criação começou em 2013, ainda em fase de implementação, mas que em breve merecerá a máxima consideração, quando se apresentar com uma primeira missão prevista para final de 2015. Falo da ONG ARCADIAN, da qual sou uma das cofundadoras, juntamente com um núcleo de pessoas que aceitou o desafio de criar uma plataforma que se propõe responder a um desafio comum no campo da intervenção social, propondo explorar uma nova dinâmica de ação, interação e reação, através de novas formas de comunicar, com o intuito de envolver artistas e a comunidade criativa nas missões que pretende desenvolver. Foto de O Alfaiate Lisboeta para Vogue online Sob o mote de agir para além das palavras, a ARCADIAN propõe-se repensar o conceito tradicional de ONGs, ao abordar as causas com outra lógica de ação. E é através da comunicação que se dá essa diferenciação, como forma de dar visibilidade às causas defendidas. Por enquanto é tudo o que posso adiantar. Para quem estiver curioso, deixo o link do site: www.arcadianinitiative.org da minha primeira ida ao cinema, acabada de chegar de Luanda. Uma exposição a não perder em 2015… Alexander Calder na Tate Modern; “Les rencontres de Bamako” - Bienal de fotografia africana em Bamako; Anish Kapoor em Versailles; João Louro na Bienal de Veneza; e Stan Douglas no Museu Coleção Berardo. Uma banda de música… Dos clássicos intemporais às referências mais contemporâneas, o meu repertório vai de Nina Simone a Nástio Mosquito, passando por PJ Harvey, Massive Attack, Jacques Brel, Sade, Banks, Maria Callas, FKA Twigs, Tricky, entre tantos outros… Um museu… O primeiro de arte contemporânea de Marrocos, Musée Mohammed VI d’Art Moderne et Contemporain. The Bronx Museum of the Arts e a recém inaugurada Fondation Louis Vuitton, em Paris. E, o Museu Coleção Berardo. Um livro… “L´Afrique par elle-même - Un siècle de la photographie africaine”, que convida a uma incursão pelo trabalho de 48 percursores do retrato africano subsariano, de 1870 até à atualidade. Um acessório que não dispensa… O meu Nose ring Maison Martin Margiela e todos os detalhes que permitem personalizar o meu estilo.. turbantes customizados com pregadeiras vintage, peças feitas a partir de capulanas do mercado de Luanda, brincos diferentes em cada orelha, cestos de verga usados como mala de mão, papillons, gravatas, lenços na cabeça. Não saio de casa sem… Ser e Agir em coerência, consistência e consequência de quem acredita que “a vida só se dá para quem se deu”. Uma marca de óculos de sol… Hussein Chalayan neste modelo óculos-lenço para 2015(https://www.pinterest.com/pin/ 29343835048247835/), os icónicos Peggy Guggenheim para a Sáfilo. E os modelos estilo vintage da Céline, Chanel, Miu Miu e Paulino spectacles. GOmag_11 _21 Luxury surf tendência fancy, mas sempre cool SURFER Kelly Slater, early ‘90S. Photo: BALZER GO FOR… LUXURY A tendência em voga para pormenores sofisticados no mais cool desporto aquático é paradoxal: associa o espírito surfista ao requinte dos acessórios. Moda, turismo, equipamento e lazer são os polos onde mais se reflete esta nova atitude, que se concentra no bemestar e experiência do surfista. PRANCHAS DE SURF (PVP. a partir de 3.500,00€) Do génio do designer Karl Lagerfeld surgem as pranchas de surf Chanel, no seguimento de uma série de artigos desportivos que esta grife recentemente lançou, deixando a sua chancela em artigos para ténis, pesca desportiva, basquetebol e desportos de inverno. Por cá, a Mercedes-Benz e a Corticeira Amorim entregaram a Garrett McNamara uma prancha inteiramente feita em cortiça e totalmente desenvolvida no nosso país, num projeto que contou com o apoio da Polen Surfboards, empresa também portuguesa que deu forma a esta prancha única. McNamara surfou em mood “luxo” na Nazaré. O mesmo espírito de desprendimento, as melhores ondas e a sensação primal de estar entre a prancha e o mar, tudo aprimorado por iates e hotéis de luxo, vinho e gastronomia soberbos com guias especialistas no surf. É também uma tendência que permite adequar o desporto ao grau de experiência de cada surfista, com oportunidade de progressão e aprendizagem. Em suma, um estilo de vida que se pode aproveitar sozinho ou em família, com a garantia de experienciar a melhor surf trip de sempre. Uma aventura que não se pode abraçar sem estar verdadeiramente preparado! JANGA WETSUITS Oakley Ref. OO9262 Preço sob consulta na sua GrandOptical 22_GOmag_11 SURFER Danny Hess. Ocean Beach. Photo: GLASER (PVP. a partir de 300,00€) A marca portuguesa de fatos de surf por excelência! Nascida em Buarcos, a empresa desenvolve fatos que são considerados quentes, confortáveis, flexíveis e leves, rompendo as fronteiras do negro imposto nesta indústria com as combinações de cores mais improváveis. A marca criou o movimento Janga Revolt, cujo manifesto afirma congregar “arte, mar e um estilo de vida alternativo e autêntico”. São também a primeira empresa do mundo a ter desenvolvido um fato de surf adaptado a pessoas com deficiências motoras em parceria com a SURFaddict - Associação Portuguesa de Surf Adaptado. GO FOR… LUXURY A KIND SURF é uma Organização Não Governamental que se dedica ao desenvolvimento de políticas sociais, ambientais, desportivos e atividades educativas, mantendo a prática de surf como uma conexão unitária com a mera finalidade de proporcionar a felicidade: KIND SURF Bring Happiness. ABYSSE Mais informação em: http://kindsurf.org/home/ (PVP. a partir de 300,00€) Uma coleção de fatos de surf e bikinis para mulher, desenvolvida pela surfista e modelo taitiana Hanalei Reponty, que idealizou unir funcionalidade e moda! Hanalei cumpriu o objetivo de acomodar a demanda de muitas surfistas por um wetsuit com durabilidade, para estilos de vida ativos, e ainda estar na moda, com prints que cruzam orgânico e metalizado. A coleção utiliza materiais de alta qualidade como o geoprene japonês, uma tecnologia que imita o popular e funcional neoprene mas produzido através de pedra calcária, em vez da base em petróleo, tornando-se mais ecológico e com qualidades superiores tais como a resistência, elasticidade, conforto, leveza e retenção de calor. A Abysse proporciona uma experiência premium em toda a sua jornada. Deluxe VW Kombi NIXON As carrinhas ao estilo pão-de-forma, famosas nos anos setenta, são o ícone de uma geração sonhadora, de tempos de loucura e revolução. Hoje fazem parte do jargão surfista. Particularmente, as Volkswagen Split Screen, que completam o imaginário de qualquer surf trip de luxo! O seu design característico e o facto deste modelo estar ligado aos ideais de liberdade cativa os surfistas sofisticados, sobretudo aqueles que querem viajar “no tempo” e com muita classe! O modelo The Ceramic 51-30 prima pela sua singularidade. Não é apenas um acessório de luxo visual ou um simples adereço para ver as horas. Este modelo é praticamente indestrutível no exterior - resistente à água até 300 metros, com um corpo de cerâmica e um esqueleto de aço inoxidável - enquanto contém os mecanismos mais precisos da relojoaria no seu interior. O seu design é um paradoxo, uma vez que grita modernidade ao mesmo tempo que se mantém intemporal. (Aluguer diário desde 75,00€ na http://surfinportugal.pt/) (PVP. a partir de 2.000,00€) Von Zipper RUBY TRANSLUCENT / GREY ROSE GRADIENT SJJFABUE-RYG Preço sob consulta na sua GrandOptical GOmag_11 _23 Salvatore Ferramano MODA MASCULINA Gucci David Gandy Ref. GG 1090S-D28 Preço sob consulta na sua GrandOptical Trina Turk Burberry Burberry Prorsum Cortes masculinos para esta primavera-verão! Trina Turk Dsquared Os desfiles em Paris, Milão e Londres foram altamente inspiradores. As cores podem ser antagónicas e devem ser conjugadas em visuais criativos. Os tons pálidos podem ser rematados com pormenores e acessórios de cor vibrante. Peças obrigatórias desta primavera verão são todas aquelas que respiram conforto e inspiração desportiva, mas sem dar o look de que se saiu do ginásio! Os homens querem-se (muito) bem vestidos, bem educados e já agora, bem humorados. Nada de rebeldes sem causa, poetas angustiados, ou adolescentes de 40 anos. 24_GOmag_11 Miguel Vieira Salvatore Ferramano MODA MASCULINA A Sauvage Ralph Lauren Ralph Lauren Ralph Lauren Preach Salvatore Ferramano Emporio Armani Gieves & Hawkes O mais importante não é seguir a rigor as tendências das passarelas. É estar atento e inspirar-se para a construção de um estilo próprio, que permita que se sinta bem com o que veste, apresentando sempre um outfit que transmita confiança máxima. GOmag_11 _25 GO FOR…FASHION WEEKS STREET CHIC A moda saiu, literalmente, à rua e a GO MAG acompanha as tendências! Nesta edição fazemos um review pelo Street Style internacional. Para fazer “parar o trânsito” o look tem de ser de elegante e criativo e, acima de tudo, com equilíbrio: aliar a formalidade e a ousadia, entre as tendências da temporada, mas mantendo a singularidade de cada indivíduo. Nos mais trendy desta estação, surgem os calções e os Kaki a substituir as calças. As lãs dão lugar às sedas e aos tecidos fluidos e a utilização de cores vibrantes e luminosas é obrigatória. Estas são só algumas das linhas inscritas no dress code para a primavera-verão, que devem ser sempre complementados com um apontamento pessoal: um par de ténis confortáveis, um mix de pulseiras, ou uma peça statement. Ser original é o tema central desta crescente onda de misturas e contrastes que trazem ao Street Style a sua particularidade irreverente que o caracteriza. A originalidade é a única imposição. Inspire-se! 26_GOmag_11 MODA INFANTIL Polaroid Ref. P0422 – 0Z3/Y2 Preço sob consulta na sua GrandOptical CRIANÇAS COM ESTILO Os meninos adoram inspirar-se no look dos pais e as meninas gostam de copiar o estilo das suas forever it girls. Miki Ninn Ref. MN Color Block Preço sob consulta na sua GrandOptical Aposte em combinações divertidas, vestidos e shorts frescos com estampas e cores vibrantes que são o trend alert da temporada! Os must-have do momento são os acessórios que pontuam quase todas as conjugações e permitem looks incríveis, para meninos e meninas repletos de estilo. GOmag_11 _27 MODA INFANTIL MOLEKE “Celebrating Every Step” A Moleke é uma marca artesanal de moccassins de qualidade, em pele, pensado para bebés e crianças. A GO MAG descobriu a marca através das redes sociais e, como não podia deixar de ser, damos-lhe a conhecer algumas das criações imperdíveis das duas empreendedoras que fizeram nascer este projeto: Margarida Roseiro e Carla Mendes. Como é que nasceu este projeto? A Moleke surgiu da necessidade de encontrar um calçado maleável e confortável para os primeiros passos do meu bebé. Depois de muitos meses de procura pelo modelo ideal, que muitas vezes só encontrava resposta no estrangeiro, eu e a Margarida Roseiro, juntámo-nos para dar resposta a esta necessidade em português. Inspiradas pelo imaginário da infância, da descoberta, do deslumbramento e constante celebração das primeiras conquistas, das aventuras e brincadeiras na natureza, da vontade de encontrar a felicidade nas coisas mais simples, fomos construindo e melhorando os modelos, até encontrarmos o que procurávamos. De conceção 100% nacional, os molekes têm uma estrutura confortável e são feitos em couro respirável de alta qualidade, per- 28_GOmag_11 feitos para a iniciação à marcha, uma vez que se moldam à delicada estrutura óssea do pezinho em fase de crescimento. Permitem assim o maior contacto com o chão, ajudando a desenvolver o equilíbrio e a confiança nos primeiros passos, protegendo em simultâneo de eventuais escorregadelas e magoadelas. A palmilha interior super macia confere-lhes máximo conforto e aconchego. A sola em camurça anti-derrapante torna-os perfeitos para explorarem passo a passo, quer no interior, quer no exterior (em superfícies suaves para os pezinhos e em condições secas), oferecendo proteção e permitindo que vão descobrindo o mundo pelo seu próprio pé. Os molekes ficam bem, mesmo no pezinho mais pequenino! Moleke é sinónimo de qualidade, bom gosto, de um estilo urbano aliado a materiais naturais e a um fabrico artesanal. Qual foi a inspiração para o formato mocassin? Na busca do calçado ideal para a minha bebé, vimos muitos conteúdos e exemplos do que se faz no estrangeiro. O formato mocassin sempre nos apelou por se ligar muito à natureza, ao outdoor, à brincadeira. Assim surge a moleke, aliando o clássico moccassin às cores e elementos arrojados, com uma oferta de calçado para os primeiros passos, de sola maleável e antiderrapante, e manufaturados em Portugal. São moccassins urbanos para índios modernos! Para já contamos com uma oferta de 4 modelos: Classic Moccs (modelo com franjas), Ballerina Moccs (modelo com laço), Royal Moccs (modelo com berloques) e Boots (dupla franja). A nova colecção está para breve com modelos e cores novas. MODA INFANTIL Onde é que é possível adquirir estes mocassins? De momento, é possível adquirir os moleke através da página facebook.com/moleke.store ou através do email [email protected]. Em breve lançaremos site com loja online. Quais são as expetativas para o futuro deste projeto? Queremos que a moleke esteja mais próxima dos seus clientes, quer através do alargamento dos canais online, já que o site está para breve, quer através da presença em algumas lojas por todo o País. Pretendemos, naturalmente, fazer crescer e fortalecer a marca moleke, quer em divulgação e comunicação, quer em presença e diversificação de produtos. Qual é que tem sido a reação do público ao vosso produto? Desde o primeiro dia que a reacção e aceitação dos moleke tem sido melhor e maior do que podíamos esperar. Sentimo-nos muito gratas e acarinhadas não só pelos clientes mas pelo público em geral. Que influências podemos esperar de peças futuras da marca Moleke? Nesta fase de finalização da nova colecção, tivémos sempre certeza que queremos manter o estilo clássico do moccassin aliado às cores e elementos mais urbanos e modernos. É este o mote que continuará pelas futuras coleções moleke. Pretendem ir para além do calçado e criar outras peças de vestuário ou acessórios? Sim, começando talvez por acessórios, gostaríamos de criar uma linha coerente de calçado, vestuário e acessórios para bebé e criança, e quem sabe até para adultos. Qual a origem da palavra moleke? A raiz da palavra moleke (moleque, assim é a palavra origem) vem de África, da região de Angola, e significa menino, criança. É uma palavra corrente no Brasil e menos cá, mas associamos a palavra ao mundo da criançada, às traquinices próprias desta fase e o lado divertido e simples que os mais pequenos têm neles naturalmente. Corremos muitos nomes, enchemos folhas com ideias, mas um dia acordamos com moleke na cabeça e sabíamos que era este! GOmag_11 _29 GO FOR… MUSIC COOL JAZZ É ENERGIA PARA PORTUGAL O edpcooljazz é o festival de verão favorito da GO MAG. Com músicos de referência a atuar em palcos espalhados pelo cosmopolita Parque dos Poetas, em Oeiras, durante o mês de julho. Num ambiente de festival descontraído e ecléctico que alia os ritmos internacionais ao espírito português. Para sabermos que músicas do mundo vamos poder ouvir na 12ª edição deste festival, já explorámos o que nos vão trazer alguns dos artistas convidados: desde as notas melódicas e emotivas do soul e do jazz, ao estilo da região dos grandes lagos dos Estados Unidos, entre o Michigan e Illinois, passando por terras cariocas e atravessando o atlântico, para a mestria do rock londrino. É Lionel Richie que chega a Portugal com soul na bagagem, ao inconfundível estilo da Motown, no dia 30 de julho. Um dos raros compositores da história a ter discos no primeiro lugar dos ‘Tops’, durante nove anos consecutivos, começou como saxofonista e pianista dos The Commodores, em 1968. Quase a completar 50 anos de carreira, Lionel Richie ainda é um reconhecido ‘animal de palco’ e a tour deste ano “All The Hits, All Night Long” promete ser uma das mais badaladas deste verão e pôr o edpcooljazz a “Dancin’ on the ceiling”. Ainda pelos Estados Unidos, o festival dá um suave salto do soul para a cena clássica do jazz e entram em palco, pela primeira vez numa digressão conjunta, Chick Corea e Herbie Hancock. Dois grandes nomes deste género musical ao piano, que desde os anos 60, construíram as suas carreiras independentes, ao lado de grandes lendas do jazz como Miles Davis e os Headhunters, no tempo em que as big bands reinavam em Nova Iorque, Chicago e New Orleans. Os músicos juntam-se agora num duo 30_GOmag_11 para deslumbrar o cool jazz com a sua mestria nas teclas, a 19 de Julho, nos Jardins do Marquês de Pombal, Oeiras. Melody Gardot é a representante feminina, no dia 29 de julho, com o singular jazz norteamericano e apresenta o álbum “The Absence”, fortemente influenciado pelas suas experiências nos desertos de Marrocos, nos bares de tango de Buenos Aires, nas praias do Brasil e, voilá, chega aos Jardins do Marquês de Pombal! O escocês Mark Knopfler chega ao festival a 28 de julho para afastar as mentes dos States e proporcionar outras sonoridades. Líder e exguitarrista da lendária banda Dire Straits traz a sua reconhecida guitarra, para apresentar em primeira mão Tracker, o novo álbum da sua carreira a solo que será lançado no próximo ano. Os fãs dos grandes clássicos que não se preocupem porque estes, com certeza, não vão faltar. A encerrar a 12ª edição do edpcooljazz o cartaz propõe os músicos brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil que celebram 50 anos de carreira. Os famosos temas, Você é Linda, Terra, Aquele Abraço, Haiti e Desde que o Samba é Samba, farão as delícias dos casais apaixonados. ARTE E TECNOLOGIA EM SIMBIOSE COM O TEJO A fundação EDP é um dos bastiões de Portugal no que toca à inovação e à interseção das mais diversas áreas do conhecimento. Essa faceta ficará, exponencialmente, mais evidente quando o esperado Centro de Arte e Tecnologia passar a ocupar, ainda este ano, o seu lugar na frente ribeirinha de Lisboa. É um centro cultural com uma programação contemporânea e internacional num edifício que é, em si, uma obra de arte, assinada pela arquiteta britânica Amanda Levete: um movimento orgânico que cria uma forma topográfica a combinar a paisagem, numa relação fluida e natural, entre o interior e o exterior. O edifício desce para o rio Tejo e na maré alta os degraus são cobertos com água, criando um espaço em constante mudança e em interação, capturando e ampliando as qualidades de luz únicas desta margem do rio. As linhas suaves e sinuosas deste centro cultural permitirão também que os visitantes caminhem sobre o teto do edifício, desfrutando de uma nova panorâmica sobre o rio Tejo num gesto que ressalva a continuidade da frente ribeirinha, escurecendo a fronteira entre construção e paisagem. Amanda Levete cria assim, um espaço que se alinha com a horizontalidade do rio, reduzindo o impacto visual para a zona superior da cidade. Funcionando em sintonia com o vizinho Museu da Eletricidade, o novo Centro de Arte e Tecnologia define assim um eixo cultural que encontra continuidade com o CCB e a nova estrutura do Museu dos Coches. m a r c j ac o b s s to r e s w o r l d w i d e w w w. m a r c j ac o b s . c o m GO FOR… FASHION LAW MODA E DIREITO ALIADOS A BEM DA INDÚSTRIA A moda é, inquestionavelmente, uma das maiores indústrias da sociedade atual. Influencia, direta e amplamente, polos do conhecimento humano tão distintos como a economia e a cultura. É natural que, num negócio de tão grandes dimensões, existam traços de adulteração e aproveitamento do capital associado à moda e às pessoas que dele dependem. A GO MAG, orientada para diversos temas relacionados com este setor, investigou as atuais respostas a essa problemática e descobriu que, recentemente, foi desenvolvida uma área jurídica especializada em Fashion Law. Susan Scafidi é o principal nome associado a esta área da legislação. É a fundadora do Fashion Law Institute, o primeiro centro académico dedicado ao direito nos negócios da moda. O Instituto é constituído por um grupo independente, sem fins lucrativos, com sede na Fordham Law School, onde Scafidi leciona o primeiro curso de ‘Direito da Moda’ no mundo. Este curso está já a inspirar outros países e a definir as fronteiras nesta matéria. INFRAÇÕES À VISTA As problemáticas mais evidentes são discutidas há várias décadas. Desde as questões tributárias relacionadas com a circulação de mercadoria, passando pela contrafação e infrações ambientais, até às ofensas do direito do consumidor e, de uma forma mais controversa, os direitos dos animais e dos trabalhadores desta indústria. Este último, em países subdesenvolvidos, traça uma linha ténue com a afronta aos direitos humanos. Tem contribuído, muito particularmente, para que a atenção mediática se vire agora para o ‘Direito da Moda’, uma especialidade que surgiu com a missão de pôr cobro a estas questões controversas. A ETERNA BATALHA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL Indiferente de qualquer outra área criativa e talvez até com mais impacto - a concorrência desleal e o plágio são as barreiras mais proeminentes ao desenvolvimento desta indústria. Questões que têm sido, largamente, discutidas desde a criação da fashion law. No mundo da moda tudo pode ser copiado ou contrafeito sob o argumento da ‘inspiração’ e o conceito de originalidade perde-se, arrastando investimentos de milhões para o submundo da falsificação. Até à criação desta especialidade do direito, não existia uma regulamentação específica para a indústria da moda, gerando dúvidas 32_GOmag_11 sobre os instrumentos jurídicos mais apropriados para solucionar problemas que acabavam por fugir à lei, incólumes. Atualmente, a missão dos criadores do ‘Direito da Moda’ é ultrapassar essa barreira e ir mais além, formando todos os profissionais de moda para que a iliteracia legal não seja mais uma ‘pedra na engrenagem’ deste setor que todos “vestimos” diariamente. GO FOR…. DESIGN “KARE DESIGN” A KARE Design, na LX Factory, é o farol da irreverência e da inspiração dos designers alemães Jürgen Reiter e Peter Schönhofen, que passaram de uma simples ideia funcional para uma estante na Alemanha, há cerca de 30 anos, para um conceito de lifestyle alegre e descontraído, com uma combinação única de mobiliário, iluminação acessórios de decoração pautados pelo bom gosto e irreverência, presentes em mais de 40 países por todo o mundo. Wanda Delza e Pedro Alves são os responsáveis por trazê-la para Lisboa, alinhando-se na filosofia de “rejeitar a decoração banal e desinspirada e promover o bom design e o luxo a um preço acessível” e é assim que apresentam uma sensual e irreverente seleção de artigos desde móveis a velas, dispostos num espaço atrativo e situada num dos spots mais cool de Lisboa, sob o slogan “More taste than money“. Persol Ref. SOAF76 Preço sob consulta na sua GrandOptical Morada: Rua Rodrigues Faria, 103 Edifício I, Espaço 0.1c 1300-501 Lisboa A KARE quer ser mais do que a sedução sensorial, representando também uma atitude perante a vida que contagia cada vez mais pessoas, uma realidade aumentada nesta “ilha” de criatividade lisboeta, onde todas as mentes estão abertas para as suas peças arrojadas. De resto, o espaço enquadrou-se na perfeição com os objetivos dos criadores, que querem “Lojas que sejam fora do vulgar, que mostrem os objetos de desejo que criamos da forma que merecem, numa encenação cheia de sensualidade e glamour que transmite boas vibrações. É pura joie de vivre!”. DESIGN MUSEUM, LONDRES O Museu do Design de Londres (Design Museum) é um dos maiores museus dedicados ao design contemporâneo em todas as suas formas. O museu conta com exibições especiais que narram a história do design e apresentam tendências e ícones da área. O programa de exposições captura a emoção e criatividade das artes em geral, incluindo arquitetura, moda, comunicação e tecnologia. Até final de abril de 2015 decorre a exposição Woman Fashion Power, que nos oferece um olhar, sem precedentes, sobre a forma como as princesas e rainhas, as modelos, os CEO de multinacionais e os próprios estilistas, usam uma assinatura de “estilo pessoal”, como forma de definir e reforçar a sua posição no universo mediático. Morada: Design Museum, 28 Shad Thames London SE1 2YD GOmag_11 _33 GO FOR… HEALTHY Oakley Ref. OO9013 Preço sob consulta na sua GrandOptical PORTO É A OPÇÃO SEASIDE VIEW PARA A WINGS FOR LIFE WORLD RUN Apenas um dia para correr à volta do Mundo é a proposta da Wings for Life World Run a 3 de maio de 2015. O mote é reverter 100% das inscrições para a investigação da cura da lesão da espinal-medula, pela Fundação Wings for Life e o seu o objetivo é que todas as cidades à volta do mundo que acolhem o evento, comecem a corrida em simultâneo, tendo o Porto sido a contemplada em Portugal. Qualquer interessado pode juntar-se aos milhares de corredores e utilizadores de cadeiras de rodas, fanáticos e estreantes, para participar neste fenómeno global. A mecânica é simples: as corridas locais começam simultaneamente à volta do mundo, seja de dia ou de noite, primavera ou outono. A meta foge à configuração tradicional e torna-se móvel, com carros-meta que, 30 minutos após a partida, arrancam em perseguição aos corredores até que todos a cruzem, o que significa que, independentemente da condição física, todos os participantes chegam ao fim e são classificados como campeões globais. Após o sucesso da primeira edição em 2014, que em Portugal decorreu na Comporta, a organização voltou a escolher uma cidade portuguesa. O Porto integra, deste modo, o mapa da única corrida simultânea realizada à escala global em 33 países dos seis continentes. Para 34_GOmag_11 que tudo fique registado e mais tarde recordar, câmaras à volta do mundo vão registar os momentos mais marcantes e o espírito e paixão deste evento global. CORRER PELA CURA A lesão da espinal-medula é uma das lesões mais devastadoras para o corpo humano. A lesão não só tem impacto na capacidade de mover os membros como causa um largo número de problemas a nível de saúde, complicações e limitações do dia-a-dia. A Wings for Life acredita e confia que as descobertas científicas tornarão possível melhorar a qualidade de vida das pessoas com esta lesão. Os avanços na pesquisa da espinal-medula baseiam-se muito em iniciativas como esta, que aliam um estilo de vida saudável à força de uma comunidade global na ajuda do próximo. is your own corner office. THE NEW CHAMPION GO FOR... COSY Tom Ford Ref. FT 0371 Preço sob consulta na sua GrandOptical COSY NA OUTRA MARGEM COSY NA LINHA Os hambúrgueres estiveram intimamente ligados à fast food e a dietas pouco saudáveis. Mas as hamburguerias artesanais vieram revolucionar esse snack clássico com produtos de excelência, receitas criativas e saudáveis, servidas em espaços com muito bom ambiente. É o caso da Bolo do Caco – Hamburgueria Gourmet, no Monte do Estoril e que apresenta, na parede, um menu de fusão com influências do mundo inteiro. O espaço garante um ambiente que nos arrasta lá para dentro, onde também nos podemos refrescar com as limonadas caseiras. COSY NA INVICTA A Violet & Ginger é uma das mais recentes lojas do centro da Invicta, no largo São Domingos, e é uma concept store de moda feminina com um charme irresistível. Num estilo boho-chic, apresenta acessórios, calçado e diversos artigos para a casa, desde louças a sabonetes artesanais, passando por cadernos e livros, todos primando pela originalidade. Tal como a GrandOptical, é paragem obrigatória para as mulheres com um estilo marcado pela exclusividade. 36_GOmag_11 COSY NA CAPITAL O recente Lisboa Comedy Club, na Avenida Duque de Loulé é o primeiro clube de comédia da cidade, com diversos shows de stand-up e teatro cómico, com alguns dos artistas mais reconhecidos e ousados do humor português, mas a dar voz também às novas revelações, em sessões Open Mic. O espaço convida a subir ao palco e puxar de algum humor da nossa lavra, sendo um local acolhedor e multifacetado, onde podem acontecer variadíssimos eventos. Cacilhas é a freguesia ribeirinha de Almada, muito urbana e reconhecida como interface marítimo entre a margem sul e a capital, que ganhou uma nova luz desde que a sua rua central, a Cândido dos Reis, se tornou pedonal. Agora, alguns dos espaços que estavam fechados e degradados transformaramse em espaços chic e cool. Destacamos o restaurante Estaminé 1955, a servir diversos petiscos numa leitaria inteligentemente recuperada e adoramos o quiosque Dá Cá Cilhas, logo à porta da estação fluvial, onde se pode tomar um café antes de um dia de trabalho ou alugar uma bicicleta para entrar num cacilheiro e ir pedalar pela marginal lisboeta. GO FOR... HEALTH TRENDY VEGAN Ser vegan é uma das tendências que prospera no mundo desenvolvido. Os subgrupos de vegetarianos são inúmeros, entre os que comem fungos ou não e os que preferem comer apenas produtos crus. Nesta edição, a GO MAG dá-lhe a conhecer as últimas novidades associadas ao veganismo! É fácil separar a dieta vegetariana em três grupos principais: os ovo-lacto-vegetarianos que não comem carne, mas consomem ovos, leite e derivados. Os lacto-vegetarianos retiram também os ovos à sua alimentação, e o vegan. Este último é o mais polémico, associado a questões éticas e políticas, como o consumo desgovernado, as condições de criação dos animais ou a poluição associada à indústria animal. Apesar dessas convicções se manterem firmes, cresce cada vez mais a tendência de mudar para uma dieta vegan simplesmente pelos benefícios inquestionáveis para a saúde. Afinal, o que para uns é uma convicção de carácter, para outros é apenas uma dieta saudável. Certo é que a procura cresce e a oferta tem que se inovar com novos produtos e novas formas de os apresentar e confecionar, um despertar intimamente ligado à tendência do gourmet. Novos Ingredientes É uma tendência transversal a todas as dietas, a de encontrar algo novo e diferente do habitual. Transversalmente, têm surgido novos substitutos dos habituais hidratos de carbono do arroz e do trigo tradicional, como o bulgur, o kamut e o konjac, ou nomes mais conhecidos como o farro, a batata doce e a polenta, mas mesmo as proteínas mais associadas ao veganismo, como o tofu e o seitan, estão a ver-se acompanhadas por outras, como as lentilhas, o feijão mungo ou a quinoa e enquanto alguns são bastante exóticos, outros são apenas costumes que em tempos foram descartados por serem considerados pouco sofisticados. Novos Sabores Embora os novos produtos continuem a surgir, a tendência ainda mais notável é a busca pelo sabor, inspirando receitas vegan nas cozinhas tradicionais como o caril indiano, a tagine marroquina ou os noodles tailandeses, que podem ser opção a outras misturas de especiarias menos picantes como o gumbo ou o jerk dos estados sulistas da América do Norte. Esta alquimia faz prever uma tendência para pratos muito coloridos e cheios de sabor cada vez com mais influências étnicas, a aliar o exótico e os clássicos perdidos em perfeita harmonia, uma noção que deixa água na boca tanto aos vegan inquebráveis como aos flexitarianos - que não se importam de quebrar a dieta, de quando em vez, com um pouco de carne. Vanilla Black, Londres - no TOP 10 dos restaurantes londrinos Um elegante e sofisticado restaurante vegetariano que é já considerado um dos melhores ‘spots vegan’ de Londres. Uma seleção gourmet e saudável, aliada a um serviço amigável mas de excelência. Tudo acontece num ambiente encantador, que promete refrescar e energizar o visitante. Aqui a expressão healthy não se aplica só à comida mas também ao ambiente acolhedor. De acordo com os comentários dos clientes, o staff do Vanilla Black “esbanja simpatia e educação”! Mais informação em: http://www.vanillablack.co.uk/ GOmag_11 _37 GO FOR… INOVATION JANELAS ABERTAS PARA A INOVAÇÃO A arquitetura é uma das artes mais influenciadas por correntes de pensamento de áreas tão distintas como a moda, a ciência ou a natureza. No entanto, ainda é a tecnologia que define as barreiras à criatividade e essas linhas são cada vez mais ténues. Desde os projetos que fazem referência ao contexto, a um elemento cultural ou aos materiais típicos da região, cada vez existem mais sistemas que permitem desenhar e construir criativamente, sem barreiras e de forma sustentável. Prada Ref. 15RV Preço sob consulta na sua GrandOptical O sistema de janelas deslizantes PanoramAH! foi inspirado num dos 5 pontos da nova arquitetura definidos pela obra e filosofia de Le Corbusier: a janela panorâmica. Consiste num sistema de alta tecnologia que responde ao movimento modernista que tinha como objetivo minimizar as barreiras visuais, permitindo uma aproximação única à natureza, sem manipular ou perturbar a sua perceção, criando uma interatividade entre o interior e o exterior dos edifícios. TETRIS HOUSE O projeto Tetris House, em São Paulo, é da criação do arquiteto Marcio Kogan, do Studiomk27, e é dominado por um bloco de madeira em linha com a fachada oriental, que repousa dentro de uma ala com um pé direito de 11 metros. a sala de estar é o vazio que resulta desta organização de plano. O espaço é delimitado por uma prateleira de madeira que contém a biblioteca e uma lareira. A caixa de madeira abriga a casa de banho, as escadas e sala de jantar, que se ergue para o grande jardim como uma esplanada em terraço, enquanto os quatro quartos, incluindo uma master suite com vista para o jardim, se situam no andar superior. As duas frentes são delimitadas por janeles minimais que permitem a abundância de luz natural e de paisagem. 38_GOmag_11 GO FOR… INOVATION DE LEMOS GUESTHOUSE Foi pedido como um restaurante gourmet, mas o projeto do arquiteto Carvalho Araújo foi ambicioso e desenvolveu-se para uma Guesthouse, como complemento da primeira proposta. Intimamente ligado à produção do Vinho do Dão, esta Guesthouse não tem uma receção formal, mas sim uma série de espaços comuns sociais que se estendem para além dos quartos privados. O desenho do edifício é desenvolvido a partir da topografia da localidade de Passos dos Silgueiros, com base em curvas de nível, definindo um percurso extenso que representa a dimensão do território em que é colocado. O edifício é desenhado pela terra, e as suas aberturas amplas, com janelas do sistema PanoramAH! tal como as orientações, respeitam os principais pontos de vista sobre a vinha e a entrada de luz natural. WATER CHERRY HOUSE Localizada em pleno parque natural, no topo de um penhasco com vista para a costa leste do Japão, a Water Cherry House, do estúdio Kengo Kuma, reflete a delicadeza intrincada do seu ambiente pristino nos seus movimentos morfológicos de uma estrutura clássica do Japão com a inovação da tecnologia de construção moderna. Esta residência privada é composta por uma série de unidades ligadas por uma via exterior que mantém uma forte relação com a característica natural da água. As fachadas e passadeiras de metal delgado, aliadas à aparente ausência de estrutura primária, criam a impressão de flutuação, enfatizada pelos painéis de vidro expansivos que substituem o tradicional biombo japonês para espelhar o céu e as árvores que desaparecem no horizonte do oceano. Mais informação em: http://panoramah.com/ GOmag_11 _39 Almada - Almada Fórum, lj. 1.80 • Cascais - CascaiShopping, lj 0.42/43 Lisboa - C.C. Colombo, lj. 0.137/138 • Porto - Mar Shopping, lj. 0.015 • Porto - NorteShopping, lj. 0.433/0.435 Atenas • Bruxelas • Liége • Lisboa • Luxemburgo • Monaco • Nice • Paris • Porto • Praga