1º Volume - Manuel Ferreira

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1º Volume - Manuel Ferreira
BIBLIOTECA
DO
DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA BASTOS
ORGANIZADA PARA LEILÃO
PELA
LIVRARIA MANUEL FERREIRA
Volume I
PORTO - Novembro de 2008
BIBLIOTECA
DO
— Os clientes interessados em licitar, devem, antes do início do leilão,
ORGANIZADA PARA LEILÃO
— Os lotes serão vendidos pela maior oferta, no estado e local em que se
encontram, não se aceitando reclamações após a sua arrematação.
DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA BASTO
PELA
LIVRARIA MANUEL FERREIRA
Volume I
CONDIÇÕES DO LEILÃO
proceder à sua inscrição, no sentido de fornecer a sua identificação e obter
assim um número de arrematante, necessário para a licitação.
— Em caso de dúvida ou empate referente a qualquer lote vendido, poderá
o mesmo ser posto de novo em praça, aceitando-se apenas a participação
dos dois ùltimos licitantes.
— Os compradores deverão entregar um sinal, sempre que lhe seja
exigido, no valor mínimo de 30% da importância da arrematação.
— Os lotes adquiridos deverão ser liquidados e retirados até às 17 horas
do dia 15 de Novembro.
— Os lotes não levantados até esta data serão enviados à cobrança
— Sobre o valor da arrematação, incide a comissão da leiloeira (10%) e
sobre esta, a taxa de IVA (20%).
IMPORTANTE
— Por razões técnicas as reproduções dos frontispícios ou das capas da
brochura podem não corresponder às dimensões ou ao estado de conservação
dos exemplares anunciados.
PEDIDOS DE LICITAÇÃO
A recepção dos pedidos só é considerada até às 18 horas de cada dia de leilão
Contactos:
PORTO - Novembro de 2008
Rua Dr. Alves da Veiga, 89 - 4000-073 Porto
Email: [email protected]
Fax 351-22 536 44 06
Telefone 351-22 536 32 37
Telemóvel 91 939 98 28
2 - ver pág. 9
2 - ver pág. 9
[V]
[VI]
2 - ver pág. 9
2 - ver pág. 9
[VII]
2 - ver pág. 9
[VIII]
2 - ver pág. 9
2 - ver pág. 9
[IX]
2 - ver pág. 9
[X]
4 - ver pág.13
3 - ver pág.13
[XI]
[XII]
AGUIAR (António de).- 5 Cartas;
ALARCÃO (Adília).- 5 Cartas, 1 cartão;
ALARCÃO (Adília e Jorge).- 3 Cartões de visita;
ALARCÃO (Jorge).- 18 Cartas, 1 Cartão-carta, 7 Postais ilustrados, 2 postais e 7 cartões de visita;
ALCÂNTARA, Brasil (Dora).- 2 Cartas e 1 Postal ilustrado, ass. Pedro e Dora;
ALDEMIRA (Luís Varela).- 3 postais ilustrados, 2 postais e 4 cartões-carta;
ALMEIDA (António José de).- 3 Cartas, 1 Cartão-carta e 1 Bilhete postal;
ALMEIDA (Carlos Alberto Ferreira de).- 35 Cartas, 12 cartões-carta, 6 bilhetes em Fragmentos
de cartas e 1 bilhete postal;
ALMEIDA (Padre Carlos Alberto F. de).- 1 Cartão carta:
ALMEIDA (João de).- 1 Carta e 1 cartão de visita;
ALMEIDA (João Charters de).- 1 Carta, 1 Bilhete postal e 1 Cartão de visita;
ALMEIDA (José Ferreira de).- 6 Cartas, e 1 um grande cartão de Ferreira de Almeida para José Pinto
Teixeira, acompanhada de um grande cartão remetendo este para Flávio Gonçalves:
ALMEIDA (Manuel Lopes de).- 4 Cartas, 1 bilhete postal ilustrado e 4 cartões de visita;
ALMEIDA (Pedro Vieira de).- 3 Cartas;
ALVES (Alexandre).- 43 Cartas, 35 cartões-carta, 10 postais ilustrados, 16 Bilhetes postal
e 2 Cartões ilustrados de Boas-Festas e um cartão de visita;
ALVES (Armando).- 1 Cartão e 1 Bilhete Postal;
ALVES (Joaquim Ferreira).- 1 Cartão;
AMARAL (Aracy).- 12 Cartas, 1 grande cartão de Boas-Festas, ilustrado e 1 bilhete postal ilustrado;
AMARO (Luís).- 1 Postal ilustrado;
ANACLETO (Regina).- 3 Cartas e 2 Postais ilustrados;
ANDRADE (Eugénio de).- Cartão de visita de agradecimento “pelo seu Menino Jesus”;
ANGULO, espanhol (Diego).- 2 Cartas e 1 bilhete postal;
ANSELMO (Artur).- 6 Cartas, 1 Cartão-carta e 2 cartões de visita;
ARAÚJO (Agostinho).- 20 Cartas, 10 cartões-carta, 2 pequenos bilhetes, 3 postais ilustrados
e 5 bilhetes postal;
ARAÚJO (José Rosa de).- 17 Cartas, 8 bilhetes postal e 1 Cartão ilustrado de Boas Festas;
ARTIS [REALIZAÇÕES ARTIS].- 14 Cartas e 4 postais;
AVERINI, Itália (Ricardo).- 15 Cartas, 1 Telegrama e 3 Cartões de visita;
ÁVILA, Brasil (Afonso).- 7 Cartas e um Bilhete;
AZEVEDO (António de).- 1 Carta;
AZEVEDO (Carlos de).- 1 Carta e 1 Cartão-carta;
AZEVEDO (Fernando de).- 1 Carta;
AZEVEDO, Brasil (Paulo de).- 3 Cartas e 1 Cartão-carta;
BALTAR, U.S.A. (Dorothy).- 1 Carta;
BARATA, Brasil (Mário).- 29 Cartas, 4 Postais ilustrados e 2 Postais de Boas Festas;
BASTO (Artur de Magalhães).- 1 Carta, 5 Cartões-carta, 1 Bilhete Postal e 3 Cartões de visita;
BAYON, França (Damian).- 2 Cartas;
BEAUMONT, França (Maria Alice).- 6 Cartas, 4 Cartões-carta e 1 Postal ilustrado;
BELCHIOR (Maria de Lourdes).- 2 Cartões-carta;
BOLÉO (Manuel de Paiva).- 10 Cartas, 11 Bilhetes postal e 4 Cartões de visita;
BORGES (Nelson Correia).- 1 Carta, 1 Cartão-carta, 3 Postais ilustrados e 2 Cartões de visita;
BOTTINEAU, França (Yves).- 12 Cartas;
BRANDÃO, Brasil (Ercyla).- 1 Carta;
CAGIGAL E SILVA (Maria Madalena).- 3 Cartas, 2 Cartões-carta, 1 Cartão ilustrado de Boas-Festas
e 2 Cartões de visita;
CALDERON, Espanha (Valentin).- 16 Cartas, 3 Cartões ilustrados de Boas-Festas, 2 Cartões de
visita e 1 Convite;
CAMESASCA, Itália (Ector).- 1 Carta;
CAMPO BELLO (Conde de).- 1 Carta, 1 Bilhete Postal e 1 Cartão de visita;
CARDOSO (António).- 4 Cartas-cartão, três deles com reproduções de desenhos do signatário;
CARDOSO (Carlos Lopes).- 26 Cartas, 1 Carta em folha ilustrada a cores, 1 Cartão-carta
ilustrado de Boas Festas 4 Postais ilustrados, 2 Bilhetes postal, e 5 Cartões de visita;
CARDOSO (Isabel Lopes).- 1 Carta;
CARDOSO (Mário).- 8 Cartas, 2 Cartões-carta, 9 Bilhetes-postais e 4 Cartões de visita;
CARNEIRO (Eugénio Lopes).- 21 Cartas, 7 Cartões-carta, 5 Postais ilustrados, 84 Bilhetes
postais e 4 Cartões de visita;
[1]
[2]
FLÁVIO GONÇALVES
1. — VALIOSO E VASTÍSSIMO ACERVO EPISTOLAR DE GRANDE IMPORTÂNCIA
PARA A HISTÓRIA DA ARTE EM PORTUGAL, DIRIGIDO AO ILUSTRE INVESTIGADOR
DR. FLÁVIO GONÇALVES POR CORRESPONDENTES PORTUGUESES E ESTRANGEIROS DE GRANDE NOTORIEDADE, DOS QUAIS SE DESTACAM OS NOMES DE JOÃO
DE ARAÚJO CORREIA, JOÃO COUTO, PEDRO DIAS, TÚLIO ESPANCA, BERNARDO
FERRÃO, JOSÉ-AUGUSTO FRANÇA, A. NOGUEIRA GONÇALVES, ADRIANO DE
GUSMÃO, ARTUR NOBRE DE GUSMÃO, A. G. ROCHA MADAHIL, MANUEL MENDES,
ERNESTO VEIGA DE OLIVEIRA, JORGE PEIXOTO, JÚLIO (Júlio dos Reis Pereira), JOSÉ
RÉGIO, LUIS REIS SANTOS, REINALDO DOS SANTOS, JOAQUIM VERÍSSIMO
SERRÃO, VITOR SERRÃO, SANTOS SIMÕES E ROBERT SMITH.
CAIXA A
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.../...
CARREIRA (António).- 4 Cartas e Cartão-carta;
CARREIRO (Carlos).- 1 Postal ilustrado e 2 Cartões de visita;
CARVALHO (Ayres de).- 4 Cartões-carta, 1 Bilhete-postal, 3 Cartões de visita e 1 Cartão
de agradecimento de pêsames de Wilda Bianchi Ayres de Carvalho;
CARVALHO, Brasil (Ayrton de).- 5 Cartas e 1 Cartão de Boas-Festas;
CARVALHO (Joaquim Montezuma de).- 8 Cartas, 1 Bilhete postal e 1 Cartão de visita;
CASCUDO, Brasil (Luís da Câmara).- 2 Cartas;
CASTELO BRANCO (Fernando).- 7 Cartas, 4 Cartões-carta, 4 Postais ilustrados e 7 Bilhetes postal;
CAIXA B
CASTRO (Aníbal Pinto de).- 1 Carta;
CEBALLOS, Espanha (Alfonso).- 4 Cartas e 1 Cartão de Boas-Festas;
CÉSAR (Amândio).- 1 Carta;
CHAVES (Luís).- 1 Carta;
CHICÓ (Maria Alice).- 4 Cartas, 1 Cartão-carta, 1 Bilhete postal, 2 Cartões de visita e 1 Cartão
de agradecimento de pêsames;
CHICÓ (Mário Tavares).- 1 Carta;
CLÁUDIO (Mário).- 1 Cartão-carta;
COELHO (Armando).- 1 Cartão-carta;
CORREA, Espanha (A. Bonet).- 15 Cartas, 1 Cartão-carta, 1 Postal ilustrado e 1 Cartão anunciando
mudança de endereço;
CORREIA (Camilo de Araújo).- 1 Carta, 1 Cartão-carta de luto pela morte de João de João de
Araújo Correia e 1 Cartão de agradecimento de pêsames;
CORREIA (João de Araújo).- 74 Cartas, 37 Cartões-carta, 11 Postais ilustrados, 2 Postais ilustrados
com a caricatura de João de Araújo Correia por Tóssan, 9 Bilhetes postal, 24 Cartões
de visita de diversos tamanhos e 6 Telegramas;
COSTA (Avelino de Jesus da).- 8 Cartas e 13 Cartões de visita;
COSTA, Brasil (José Césio Regueira).- 1 Carta;
COSTA, Brasil (Lygia Martins).- 3 Cartas;
COSTA, França (Pierre Leglise).- 2 Cartas;
COUTINHO (B. Xavier).- 2 Cartas;
COUTO (João).- 21 Cartas, 1 Cartão de visita e 1 Cartão de agradecimento de pêsames;
DACOSTA (Luísa).- Cartão-carta ilustrado com um retrato da signatária por Arpad Szenes;
DESWARTES, França (Sylvie).- 3 Cartas, 1 Cartão-carta ilustrado e 1 Postal ilustrado;
DIAS (Graça da Silva).- 1 Carta;
DIAS (Jaime Lopes).- 4 Cartas e 1 Cartão de visita;
DIAS (Jorge).- 1 Carta, 13 Cartões-carta, 4 Cartões de Boas Festas ilustrados, 1 Bilhete postal,
2 Cartões de visita e 1 Cartão de agradecimento de pêsames;
DIAS (Margot).- 2 Carta e 4 Cartões-carta;
DIAS (Pedro).- 17 Cartas, 8 Cartões-carta e 1 Postal ilustrado;
DIAS (Sebastião da Silva).- 1 Carta e 3 Cartões de visita;
DIONÍSIO (Mário).- 1 Carta;
[3]
DOBRZYCKA, Polónia (Anna).- 1 Carta;
DUARTE (Afonso).- 1 Postal ilustrado e um cartão de agradecimento de pêsames;
ESPANCA (Túlio).- 12 Cartas, 14 Cartões-carta, 9 Postais ilustrados, 6 Bilhetes postal e 6 Cartões de
visita;
FALCÃO (José António).- 1 Carta e 1 Bilhete postal;
FARIA (Eduardo Lourenço).- 1 Carta e 1 Postal ilustrado;
FERRÃO (Bernardo).- 13 Cartas, 4 Bilhetes postais, 3 Cartões de visita e 1 Cartão de agradeci
mento de pêsames;
FERREIRA (Marcello Martiniano).- 5 Cartas, 3 Postais ilustrados e 1 Convite;
FERREIRA (Maria Teresa Gomes).- 1 Carta e 1 Cartão de visita;
FERREIRA (Vergílio).- 1 Carta;
FEYO (Barata).- Folha com versos acrósticos dedicados a Tavares Chico e a Santos Simões;
11 Cartas, 1 Cartão-carta, 5 Postais ilustrados, 2 Cartões de visita e Cartão de agrade
cimento de pêsames;
FIGUEIREDO (Matilde Pessoa de).- 2 Cartões-carta e 1 Cartão de visita;
FILGUEIRAS (Octávio Lixa).- 6 Cartas, 6 Cartões-carta, 5 Postais ilustrados, 3 Bilhetes postal,
9 Cartões de visita e 1 Cartão de agradecimento de pêsames;
FONSECA (António Belard da Fonseca).- 1 Bilhete postal e 1 Cartão de visita;
FONSECA, Brasil (Edson Nery).- 5 Cartas, 1 Cartão-Carta ilustrado, 2 Postais ilustrados, 1 telegrama
e 1 Cartão de Boas Festas ilustrado;
FORMOSINHO (José).- 1 Cartão-carta;
FRANÇA (José-Augusto).- 49 Carta , 135 Cartões-carta, 9 Postais ilustrados, 1 Bilhete postal,
5 Cartões de Boas-Festas, 1 Cartão de visita, 1 Participação de casamento ilustrado e
Copia de carta de José Augusto França para Robert Smith;
FRANCO, Brasil (Affonso Arinos de Melo).- 2 Cartões-carta;
FRANCO (Matilde Pessoa Sousa).- 1 Carta e 1 Cartão e visita;
FREITAS (Eugénio de Andréa da Cunha).- 2 Cartas e 8 Bilhetes postal.
CAIXA C
GALHANO (Fernando).- 4 Cartas, 2 Postais ilustrados por Zé (Zé Penicheiro?) e 1 Bilhete postal;
GAMA (Eurico).- 18 Cartas, 10 Cartões-carta, 12 Postais ilustrados, 1 Bilhete postal e 1 Cartões
de agradecimentos de pêsames;
GARCIA IGLESIAS (José Manuel).- 1 Carta;
GAYA NUÑO, Espanha (J. A.).- 1 Carta;
GODINHO (Vitorino Magalhães).- 3 Cartas;
GOMES (D. António Ferreira).- 1 Cartão-carta;
GOMES (Augusto).- 1 Postal ilustrado;
GOMES (Fernando).- 1 Carta e 1 Cartão de visita;
GONÇALVES (António Manuel).- 3 Cartas, 11 Cartões-carta, 14 Postais ilustrados, 1 Cartão de
Boas-Festas ilustrado e 1 Cartão de visita;
GONÇALVES (António Nogueira).- 18 Cartas e 1 Postal ilustrado;
GONÇALVES (Flávio).- 1 Carta para Artur Nobre de Gusmão;
[4]
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GONÇALVES (Rui Mário).- 2 Bilhetes postais;
GONZALEZ, Espanha (J. J. Martín).- 24 Cartas e 2 Postais ilustrados;
GRAÇA (Santos).- 1 Carta em folha de bloco;
GUIMARÃES (Fernando).- 3 Bilhetes postal;
GUIMARÃES (Fernando Peres).- 1 Carta;
GUSMÃO (Adriano de).- 133 Cartas, 10 Cartões-carta, 22 Postais ilustrados, 55 Bilhetes postal
e 5 Cartões de Boas-festas ilustrados, 3 Telegramas, 3 Cartões de visita e 6 Convites;
GUSMÃO (Artur Nobre de).- 13 Cartas, 8 Cartões-carta e 15 Cartões de visita de várias dimensões;
GUSMÃO (Bárbara).- 4 Cartas;
HAWLEY, U.S.A. (Henry).- 2 Cartas;
HOMEM (Armando Carvalho).- 1 Cartão-carta e 4 Cartões de visita;
JALHAY (Eugénio).- 1 Cartão-carta e 1 Bilhete postal;
JORGE (Susana O.).- 2 Cartas;
JORGE (Virgolino).- 21 Cartas, 3 Cartões-carta, 1 Bilhete num fragmento de papel de carta e 27
Postais ilustrados;
JORGE (Vitor).- 1 Cartão-carta;
KUBLER, U.S.A. (George).- 2 Cartas;
LANHAS (Fernando).- 6 Cartões-carta e 4 Cartões de visita;
LAVEDAN (Pierre) 1 Bilhete com endereço;
LEITÃO, Ruben Andersen [Ruben A.).- 3 Cartas, 1 Postal ilustrado e 2 Bilhetes postal;
LIMA (Augusto César Pires de).- 5 Cartas, 2 Cartões-carta,10 Bilhetes postal e 2 Cartões de visita;
LIMA (Fernando de Castro Pires de).- 3 Cartas;
LIMA (Viana de).- 1 Carta, 1 Cartão-carta e 4 Postais ilustrados;
LINO (Raul).- 1 Postal ilustrado:
LIVRARIA FERNANDO MACHADO.- 4 Cartas e 1 Cartão-carta;
LLOMPART MORAGUES, Espanha (Gabriel).- 3 Cartas, 1 Cartão-carta, 1 Postal ilustrado e 1
Cartão de visita;
LOPES (Carlos da Silva).- 10 Cartas, 5 Cartões-carta, 6 Bilhetes postal e 1 Cartão de agradeci
mento de pêsames;
LOPES (Oscar).- 2 Cartas;
LUCENA (Armando de).- 1 Carta, 1 Cartão-carta e 1 Cartão de visita;
LUNA, Espanha (Juan J.).- 17 Cartas, 1 Cartão-carta e 2 Postais ilustrados;
MACEDO (Diogo de).- 1 Cartão-carta e 1 Cartão de visita;
MACHADO (João Saavedra).- 2 Cartas, 1 Cartão-carta e 1 Postal ilustrado;
MADAHIL (António Gomes da Rocha).- 18 Cartas, 2 Postais ilustrados e 6 Bilhetes postal;
MAGALHÃES [Livraria Athena] (Arlindo de).- 9 Cartas e 12 Cartões-carta;
CAIXA D
MANDROUX, França (Marie-Thérèse).- 24 Cartas, 11 Cartões-carta, 3 Postais ilustrados,
Bilhetes postal e 2 Cartões de visita;
MARINHO (Natália).- 2 Cartões-carta;
MARKL (Dagoberto).- 5 Cartas, 4 Cartões-carta, 6 Bilhetes postal, 3 Cartões de Boas-Festas
ilustrados e 1 Cartão de vista;
[5]
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MARQUES (A. H. De Oliveira).- 4 Cartões de visita;
MARQUES (Armando de Jesus).- 2 Cartas, 2 Postais ilustrados e 7 Bilhetes postal;
MARQUES (José).- 2 Cartas, 3 Cartões-carta e 1 Cartão de visita;
MARQUES (Maria Isabel Ribeiro).- 11 Cartas e 2 Bilhetes postal;
MARTINS (José V. de Pina).- 3 Cartas;
MATEO, Espanha (José).- 3 Cartas, 1 Postal ilustrado e 3 Bilhetes postal;
MATOS (A. Campos).- 3 Cartas e 7 Bilhetes postal;
MATTOSO (José).- 2 Cartas e 2 Cartões de visita;
MECO (José).- 28 Cartas, 4 Postais ilustrados, 2 Bilhetes postais e 1 Cartão de Boas-Festas ilustrado;
MELO JÚNIOR, Brasil (Donato).- 1 Carta e 2 Postais ilustrados;
MENDES (Manuel).- 43 Cartas, 3 Cartões-carta, 2 Bilhetes postal e 1 Cartão de agradecimento
de pêsames;
MENDONÇA (Maria José de).- 5 Cartas, 1 Cartão-carta, 9 Cartões de visita e 1 Cartão de agra
decimento de pêsames;
MOITA (Irisalva).- 1 Cartão-carta;
MONTEIRO (Manuel).- 1 Cartão de visita;
MORAIS (Adelino Tito de).- 9 Cartas e 1 Postal ilustrado;
MOREIRA (Rafael).- 4 Cartas e 1 folha de bloco;
MORENO (Humberto Baquero).- 2 Cartões-carta e 3 Cartões de visita;
MOURA (Abel de).- 16 Cartas, 1 Cartão-carta, 1 Cartão de Boas-Festas ilustrado e 4 Cartões de visita;
MOURA (Rogério) [Livros Horizonte].- 9 Cartas e 1 Cartão de visita;
MOURA (Vasco Graça).- 1 Carta;
MOURINHO (António Rodrigues).- 14 Cartas e 2 Postais ilustrados;
MOUTINHO (Viale).- 1 Carta e 2 Cartões-carta;
NAVARRO, Espanha (Cristóbal Belda).- 1 Carta;
NEVES (Leandro Quintas).- 9 Cartas, 1 Postal ilustrado e 1 Bilhete postal;
NEVES (Mons. Moreira das).- 2 Cartas;
NUNES (Henrique Barreto).- 1 Carta;
OLEIRO (J. Bairrão).- 7 Cartas, 3 Cartões-carta, 2 Postais ilustrados, 1 Cartão de Boas-Festas
ilustrado e 5 Cartões de visita;
OLIVEIRA (António de).- 2 Cartões-Carta e 1 Cartão de visita;
OLIVEIRA (Aurélio de).- 3 Cartas, 2 Cartões-Carta e 1 Cartão de visita;
OLIVEIRA (Ernesto Veiga de).- 42 Cartas, 7 Cartões-carta, 18 Postais ilustrados, 7 Bilhetes posta
e 2 Cartões de visita;
OLIVEIRA (Luís Valente de).- 1 Carta, 2 Cartões-carta e 1 Cartão de visita;
OLIVEIRA (Manuel de).- 9 Cartas, 1 Cartão-carta, 19 Postais ilustrados e 2 Cartões de Visita;
OLIVEIRA, Brasil (Myriam Ribeiro de Oliveira).- 1 Carta e 2 Postais ilustrados;
OTT, Brasil (Carlos).- 13 Cartas;
PAÇO (Afonso do).- 2 Cartas e 3 Postais ilustrados;
PEIXOTO (Jorge).- 30 Cartas, 5 Cartões-carta, 2 Postais ilustrados, 15 Bilhetes postal, 5 Cartões
de visita, 1 Cartão de agradecimento de pêsames e 1 Carta de Maria Teresa Mendes
[6]
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sobre a morte de Jorge Peixoto;
PERDIGÃO (José de Azeredo).- 3 Cartões de visita;
PEREIRA (António José de Sousa).- 1 Cartão-carta e 1 Cartão de visita;
PEREIRA (Benjamim).- 7 Cartas, 20 Cartões-carta e 2 Postais ilustrados;
PEREIRA (Fernando António Baptista).- 1 Carta e 1 Cartão de Boas-Festas ilustrado;
PEREIRA [JÚLIO] (Júlio dos Reis).- 7 Cartas, uma das quais com uma cabeça de mulher desenhada
a cores, 6 Cartões de Boas Festas ilustrados, 1 Participação de casamento do pêsames
com um poema inédito de Júlio e 2 Cartões também com agradecimento de pêsames;
PEREIRA [JÚLIO] (Júlio dos Reis) e RÉGIO (José).- 1 Carta com três desenhos originais de
José Régio;
PEREIRA (Maria Helena da Rocha).- 1 Carta e 9 Cartões de visita;
PERNES (Fernando).- Cartão-carta e Currículo;
CAIXA E
PESSANHA (D. Sebastião).- 3 Cartas e Cartão de agradecimento de condolências;
PINA (Luís de).- 12 Cartas, 1 Cartão-carta, 6 Postais ilustrados e 1 Cartão de visita;
PINHEIRO (Jorge).- 1 Carta, 2 Cartões-carta e 1 Postal ilustrado;
PINTO (Maria Helena Mendes).- 4 Cartas e 2 Cartões-carta;
PONTES (Cruz).- 1 Carta;
PONTES (Maria de Lourdes Belchior).- 1 Cartão-carta;
QUADROS (António).- 2 Cartas, 8 Bilhetes postal e 1 Cartão de Boas-Festas com gravura
numerada: 15/50
REAL (Manuel Luís).- 5 Cartas, 1 Cartão-carta e 2 Bilhetes postal;
REBELO (Domingos).- 4 Cartas;
RÉGIO (José).- 35 Cartas, 2 Cartões-carta, 2 Bilhetes postal, 2 Telegramas e 2 Cartões de agra
decimento de pêsames;
REIS (António Matos).- 1 Carta e 1 Postal ilustrado;
RESENDE (Júlio).- 1 Carta,1 Cartão-carta, 3 Postais ilustrados, 1 Cartão de visita e 1 Cartão de
agradecimento de pêsames;
RIBEIRO (Margarida).- 4 Cartas;
RODRIGUES (José).- 1 Carta, 9 Postais ilustrados e 1 Postal ilustrado assinado pelos “4 vintes”;
ROSÁRIO (Fr. António do).- 6 Cartas, 10 Cartões-carta, 1 Bilhete postal e 2 Cartões de Boas-Festas;
SÁ (Victor de).- 19 Cartas, 5 Cartões-carta, 1 Postal ilustrado e Copia de carta de Montezuma
de Carvalho para Victor de Sá;
SALGADO JÚNIOR (António).- 3 Cartas e 1 Cartão-carta;
SANCHES (Vicente).- 3 Cartas e 2 Cartões carta;
SANDÃO (Arthur de).- 4 Cartas, 2 Postais ilustrados, 4 Bilhetes postal e 6 Cartões de visita;
SANTOS (Armando Vieira).- 8 Cartas, 2 Postais ilustrados, 1 Cartão de visita e 1 Cartão de
agradecimento de pêsames;
[7]
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SANTOS (Luís Reis).- 26 Cartas, 34 Postais ilustrados, 3 Bilhetes postais, 7 Cartões de visita e
2 Telegramas;
SANTOS (Isabel Pereira Reis).- 22 Cartas; 5 Postais ilustrados; 1 Cartão ilustrado de Boas-Festas
e 2 Cartões de visita;
SANTOS (António Reis).- 3 Cartas e 1 Cartão de Boas-Festas;
SANTOS (Margarida).- 1 Carta;
SANTOS (Maria Helena Carvalho dos).- 1 Cartão-carta e 1 Cartão de visita;
SANTOS, Brasil (Paulo Ferreira dos).- 21 Cartas e 3 Bilhetes-carta
SANTOS (Reynaldo dos).- Manuscrito de Reynaldo dos Santos, a lápis, em duas folhas de papel;
8 Cartas, 1 Cartão-carta, 1 Bilhete postal escrito a pedido de Reynaldo dos Santos,
7 Cartões de visita e 2 Cartões de agradecimento de pêsames;
SANTOS JÚNIOR (J. R. dos).- 6 Cartas, 7 Cartões-carta e 8 Bilhetes-postais;
SARAIVA (Arnaldo).- 2 Postais ilustrados;
SARAMAGO (José) [EDITORIAL ESTÚDIOS COR].- 9 Cartas e 1 Cartão-carta;
SCOTT, Itália (Aurora).- 8 Cartas, 2 Postais ilustrados, 1 Bilhete de Boas-Festas ilustrado, 1
Telegrama e 1 Cartão de visita;
SEGURADO (Jorge).- 2 Cartas e 5 Cartões-carta;
SERPA (Alberto de).- 1 Carta e 1 Bilhete postal;
SERRÃO (Joaquim Veríssimo).- 16 Cartas, 13 Cartões-carta, 1 Postal ilustrado. 6 Cartões
de visita e Cópia de 1 Carta de Flávio Gonçalves para Veríssimo Serrão;
SERRÃO (Vítor Manuel).- 142 Cartas, 20 Cartões-carta, 32 Postais ilustrados, 13 Bilhetes postais,
1 Cartão de Boas-Festas ilustrado, 1 Telegrama e 3 Cartões de visita.
CAIXA F
SILVA (Francisco Ribeiro da).- 1 Cartão-carta e 1 Postal ilustrado;
SILVA (J. C. Silva).- 1 Bilhete postal
SILVA (Jorge Henrique Pais da).- 2 Cartas, 5 Cartões-carta, 1 Bilhete postal, 1 Cartão de visita
e 1 Cartão de agradecimento de pêsames;
SIMÕES (J. M. dos Santos).- 17 Cartas, 1 Postal ilustrado e 1 Bilhete postal;
SMITH (Robert).- 269 Cartas, 1 Cartão-carta, 2 Bilhetes, 10 Postais ilustrados, 67 Bilhetes postal,
7 Telegramas, 2 Cartões de visita e 2 Convites;
SOARES (Franquelim Neiva).- 23 Cartas e 15 Bilhetes postal;
SOARES (Maria Micaela).- 23 Cartas, algumas das quais com um Cartao de visita anexo
e 3 Cartões-carta;
SOBRAL (Luís de Moura).- 32 Cartas, 1 Cartão-carta, 11 Postais ilustrados, 3 Cartão de Boas-Festas, 1 Cartão de visita, 1 Convite e 1 Programa de um Coloquio;
SOUCHAL, França (G.),. 2 Cartas;
SOUSA (Ângelo de).- 2 Cartas;
SOUSA (Ernesto de).- 8 Cartas, 1 Cartão de visita e 1 Convite;
SOUSA (M. J. Lemos de).- 1 Carta;
[8]
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TAIPA (Orlando).- 1 Carta, 5 Cartões-carta e 1 Convite;
TAPIÉ, França (Victor).- 2 Cartas;
TAVARES (Eduardo).- 2 Cartas;
TAVARES (Paulino Mota).- 3 Cartas;
TAVARES (Salette).- 1 Cartão-carta e 1 Cartão de visita;
TÁVORA (Fernando).- 4 Cartas, 1 Cartão-carta, 4 Postais ilustrados e 1 Cartão de visita;
TEDIM (José).- 1 Postal ilustrado;
TEIXEIRA (Maria Emília Amaral).- 10 Cartas, 5 Postais ilustrados e 1 Cartão de visita;
TELLES, Brasil (Augusto C. Da Silva).- 6 Cartas, 4 Cartões-carta e 76 Postais ilustrados;
2.º CADERNO, SEM TÍTULO, mas com uma dedicatória (?) em caligrafia cursiva, "Al Sigr.
Abate Gioachino Rizzi Segretario dal Regimento di Ferrara (...)", dedicatória que tem a seguir
duas rceitas "Per fare la Vernice" e "Per fare L'Aqua forte", escritos que ocupam toda a página,
tendo no verso um desenho; depois deste, o caderno apresenta 91 folhas com 81 desenhos e 10
em branco; seguidas de um texto nas duas ultimas páginas com receitas médicas; na última página
tem o nome cremos que de duas personalidades italianas, cujos nomes não decifrámos, mas
residentes em "Firenze". Dim. 13,5 x 23,5 cm.; capa da frente em pergaminho.
Importante: No verso da segunda folha tem os seguintes dizeres: "Roma aos 14 de fevereiro de
1741. Joaõ Strabelle Luzitano fes este livro, e principiou no anno de 1741 che tratta de paizes,
alguns originais e outros copiados tambem alguns pensamentos de paineis eixcelentes."
TENGARRINHA (José).- 1 Bilhete postal;
TERRA (José da Silva).- 1 Carta;
TORGA (Miguel).- 1 Cartão de visita;
TOVAR MARTIN, Espanha (Virginia).- 5 Cartas e 2 Cartões de visita;
URREA, Espanha (Jesús).- 2 Cartas;
VALLADARES, Brasil (Clarival do Prado).- 7 Cartas;
VAN-ZELLER (Rolando).- 1 Carta
VASCONCELOS (Flórido de).- 4 Cartas, 1 Cartão-carta 1 Bilhete postal e 3 Cartões de Visita;
VASCONCELOS (Taborda de).- 24 Cartas, 1 Cartão-carta, 3 Bilhetes postal e 2 Cartões de visita;
VILA JATO, Espanha (Dolores).- 6 Cartas, 1 Cartão-carta e 1 Postal ilustrado;
WOHL, U.S.A. (Helmutt).- 6 Cartas e 1 Postal ilustrado.
2 CONVITES da Câmara Municipal do Porto para palestras comemorativas do Centenário de
Nasoni e 1 Cartão do Museu de Évora pedindo a assistência para a trasladação dos restos mortais
de Mário Tavares Chicó.
1.º CADERNO LIVRO DE IOAO ESTREBÈLE,~| EM Q TRÀTA, DAS ENMENDAS | DOS
SEVS, MESTRES, CON DE | MOSTRACOINS, DOS SEVS, PÊSAMENTOS. | A.D.
MDCCXLII. ROMÆ.
Folha de título manuscrita acima transcrita, com o texto circundado por um duplo filete; (Depois
do título, de outra mão mas da mesma época: Joaõ Ströbelle, despois Joaõ Glama [assigna-se
agora?] Joaõ Glama, a cifra antiga - [?]; em baixo a lápis, de recente factura: " Lisboa Porto|
1708 - 1792";
23 ff. nums. com esboços e apontamentos de desenhos executados numa só página, 11 inums.
também com desenhos, 22 inums. em branco, as duas seguintes com desenhos, 18 inums. em
branco, 2 inums. finais com desenhos e um desenho em folha solta. Dim. 16,5 x 22,5 cm.; capa
em pergaminho.
O verso da folha de rosto do 1º Caderno apresenta um extenso texto, sem dúvida do punho do
pintor, que diz: "O motivo principal q tive a fazer este livro, alem de querer conservar os meus
primeiros pensamentos e juntamente com elles descrever os preceitos dos meus mestres, quero
demostrar a diferença g.de q há do meu primeiro e unico mestre em Roma”.
Do valioso estudo de Jorge de Mello Azevedo, publicado em 1964 e intitulado «O Pintor João
Glama Stroeberle - Esboço biográfico e crítico» (que juntamos aos três Cadernos de Glama),
tomamos a liberdade de, com a devida vénia, transcrever os seguintes passos: "Seguindo a informação de Cyrillo V. Machado, (...) ficaremos sabendo que «entre os creados que acompanharam
a Lisboa a Senhora Rainha D. Mariana de Austria viera um alemão João Armando Glama, o qual
casou aqui e teve um filho que se aplicou à pintura...».
"Em linhas muito gerais ficamos conhecendo a paternidade do pintor Glama que é dado como
nascido em Lisboa, no ano de 1708, cidade à qual ele próprio mais tarde veio a chamar «minha
pátria». (...)
"Segundo a opinião do prof. Kellenbenz, da Universidade de Nuremberga, o nome deste artista
é João Glama Stroeberle. Aparecem variantes tais como Stebel, Strabilé, Strobel, Strevel,
Strebelle, Stroberle (a mais divulgada), etc.... Há também quem lhe chame João Armando, o que
é errado. Anotemos, contudo, que o artista usou as seguintes assinaturas: João Estrebèle, mais tarde
João Strebelle Lusitano, mais tarde ainda João Ströbelle e por fim João Glama, que o celebrizou.
"Alguns dos elementos usados aqui, foram retirados de uns manuscritos inéditos que mão gentil
e amiga me permitiu folhear [os que aqui apresentamos]. Um deles, talvez o principal, intitula-se
«Livro de Ioao Estrebèle, em q tràta das emendas dos seus mestres com demostracois dos seus,
pe~samentos. A. D. MDCCXLII Romae».
"João Glama é natural de Lisboa, embora descendente de austríacos. É ponto assente."
Mello Azevedo fala depois da "sua preparação e também quem custeou as despesas da sua estadia
em Roma (aqui, sòmente, divergências!). Ao tomar contacto com os manuscritos acima citados
muito aclarei sobre este ponto.
"Poderemos afirmar, e com certa segurança, que Glama estudou em Lisboa até 1734 debaixo da
orientação do pintor Francisco Vieira [Lusitano] «tendo empregado seis annos» com vários
outros mestres.
"A sua inclinação e habilidade foram compreendidas e a conselho de um tal Caetano Pàce
Romano, escultor da época, Glama decidiu partir para Roma a fim de se poder dedicar ao estudo
da pintura e desenho. Foi seu pai que o subsidiou e apoiou: o artista assim o diz: «eu desejoso
de meu andamento fis com que meu Pai me desse licensa e o sostento necessàrio e tudo
consegui...». (...)
"Em Roma, esteve sete anos a estudar sob a orientação de Marcos Benefiale, pintor «clássico
bem conhecido pelas excelentes obras que dele existem na Basilica de S. Pedro e em outras
igrejas de Roma». (...)
"Em 1741 devido ao falecimento de seu pai e lògicamente à suspensão das mesadas necessárias
à estadia, João Glama, como ele diz, «é obrigado» a vir a Lisboa. Por cá fica cerca de dois meses,
conseguindo que o seu antigo Mecenas e amigo, então embaixador português na Santa Sé,
D. Frei José de Évora, agora Bispo do Porto e um tal senhor Alexandre Gusmão o subsidiem
[9]
[10]
CAIXA G
JOÃO GLAMA STRÖEBERLLE
2 — CONJUNTO INÉDITO DE ALTO VALOR E IMPORTÂNCIA PARA A HISTÓRIA DA
ARTE PORTUGUESA DO SÉCULO XVIII, CONSTITUÍDO POR TRÊS PRECIOSOS
CADERNOS COM DESENHOS A CORES, SÉPIA E LÁPIS, DA AUTORIA DO PINTOR
JOÃO GLAMA STRÖEBERLLE, NASCIDO EM LISBOA NO ANO DE 1708.
.../...
3.º CADERNO, SEM TÍTULO, constituído por 50 folhas com desenhos numa só página, quase
todas soltas; a última, nas suas duas páginas e no verso da capa posterior, tem numerosos
apontamentos, alguns com endereços e referências ao comprimento e largura, em passos, da Sé
do Porto, bem como das suas "naves lat." e "do meyo", em pés, e a correspondente "diferença
da See de Braga", anotada em cor diferente. Dim. 13 x 19,5 cm; capa em pergaminho.
.../...
com a condição de estudar. (...) Autores como Carlos de Passos, L. Xavier da Costa, Fernando
Pamplona e outros inclinaram-se para o ponto de vista que considera Glama «bolseiro real»,
dizendo o autor do trabalho de que nos socorremos que "é preferível não considerar João Glama
bolseiro de D. João V."
"Ainda em Roma, João Glama é citado por vários autores, entre eles Chiape e Cyrillo, como
tendo estudado na famosa Academia de S. Lucas, escola de pintura de renome mundial. Aí fez
rápidos progressos tendo chegado a alcançar um prémio por um trabalho que segundo Cyrillo,
tinha por tema a «Morte dos Macabeus»!
"O seu valor foi reconhecido naquela cidade pela Arcádia Romana instituição de cultura fundada
por Maria Cristina, ex-raínha da Suécia e à qual pertenceu o nosso D. João V. João Glama foi
eleito membro, sob a designação de «Pastor Talarco Alesiano».
"Nos dois meses em que Glama esteve em Portugal (...) visitou a Província de Trás-os-Montes
ou para melhor localizar a sua passagem: esteve em Vinhais e em Murça. Curioso passeio, não
haja dúvida. Atentemos no desvio que existe entre estas aldeias e as principais cidades do país.
"Atestam tal afirmação minha, vários desenhos contidos num dos livros de esboços consultados.
Efectivamente, aparecem os seguintes títulos: «Vista da ponte velha na villa de Vinhaes», «Vista
da ponte de Murça» e ainda um outro pormenor da fachada da matriz de Vinhais, detalhes de
demorada observação.
"Ainda no mesmo livro veem-se mais alguns desenhos referentes ao nosso país, pois no seu
conteúdo total aparecem outros trabalhos relativos a países estrangeiros, principalmente de língua
italiana. (...)
"Tendo mesmo em mente o aviso honesto do autor, poderemos afirmar que os desenhos acima
citados não são cópias — pelos detalhes da fachada da matriz, muito minuciosos e ainda por
algumas notas pessoais, já muito apagadas, sobre a região de Vinhais e lendas locais; ainda de
lembrar — de onde poderia Glama copiar tais desenhos, se não há notícia de outro artista ter
tratado o assunto? Por isso posso afirmar que Glama esteve em Trás-os-Montes durante a sua
estadia em Portugal (entre os seus estudos) após o falecimento de seu pai. Ainda um outro desenho
sobre a cidade do Porto e um outro sobre a Casa do Bom Sucesso (?) demonstram a passagem
do pintor, por esta cidade.
"Foi durante a estadia em que visitou o Bispo do Porto, D. Frei José Maria de Évora (...) que
Glama deve ter desenhado as citadas duas vistas. (...)
"Finalmente, e após o seu regresso definitivo a Portugal, Glama é dado como colaborador da
pintura do Teatro da Côrte, nos Paços da Ribeira, destruído pelo Terramoto e o qual havia sido
delineado por Bibiena.
"Depois Glama veio, novamente, ao Porto visitar o seu protector, o Bispo do Porto e aqui ficou
até à morte daquele, assistindo possìvelmente ao seu funeral. Aqui mais uma vez demonstrou
o seu valor e «fez várias obras que foram muito aplaudidas». (...)
"O que é certo é que Glama estava em Lisboa em 1 de Novembro de 1755, dia do terramoto.
A atestar, aí está o seu mais célebre quadro, agora em Lisboa. «Ele foi espectador da triste cena
que o quadro representa, segundo dizia, porque na ocasião daquele funesto acontecimento se
achava ouvindo missa na Igreja das Chagas da qual fugiu logo que pressentiu o tremor...»
"Ainda bem que Glama teve tempo de se retirar pois senão a história da cidade de Lisboa ficaria
com um documento, do terramoto, a menos!
"Veio Glama para o Porto. Há quem diga que ele saiu de Lisboa mais por falta de protecção
do que por receio ou por falta de trabalho; assim diz Cyrillo V. Machado: «Restituído à Pátria
recomendou-se ao nosso Vieira Lisbonense para o introduzir na Côrte; mas não tendo hum pronto
efeito a sua pretensão, partio para o Porto...»
"Vem então para esta cidade com sua família, esperando poder encontrar trabalho numa cidade
burguesa como era o Porto. E não se enganou pois a cidade estava então num eufórico período
de construções ou embelezamentos e não faltava que fazer a qualquer pintor, de valor mediano
que fosse. (...)
"«E aqui viveu largos anos até ao seu falecimento que foi no ano de 1792», segundo Chiape. (...)"
"Estudos posteriores às notas do Cardeal Saraiva baseadas em Chiape, estudos esses feitos por
mestres, levam-nos a citar os seguintes discípulos de João Glama Stoeberle: João André Chiape
[que com Glama trabalhou na decoração do Teatro do Corpo da Guarda], Domingos Vieira,
[11]
.../...
Vieira Portuense [o mais distinto discípulo do pintor], Domingos Teixeira Barreto, José Teixeira
Barreto e parece que um tal Inácio Coelho."
"Acrescentemos ainda a esta ligeira biografia, alguns dados sobre Glama, respigados de algumas
obras consultadas e que são interessantes.
"Segundo Chiape «Os Ingleses daquele tempo eram muito seus apreciadores e apaixonados,
e sabiam apreciar o seu merecimento pelo muito que o ocupavam quizeram rifar-lhes o quadro
(do terramoto) no estado em que se achava (inacabado) ao que ele não consentiu...» Acrescenta
o Cardeal Saraiva: «A família (de Glama) fez uma rifa de várias pinturas dele entrando nelas
o terramoto, no valor, se bem me lembro de 600$000 reis. Eu entrei nesta rifa, mas não sei
a quem caiu a obra».
"Pois o célebre quadro foi para FRANCISCO VAN-ZELLER, segundo informações dadas por
Racszynki e pelo Dr. Araújo e Mello, mas o conde prussiano achou o preço demasiado elevado.
Este quadro foi comprado pelo Estado em 1935 a Alberto de Lima Figueirinhas."
Glama e a cidade do Porto: O pintor "está intimamente relacionado com a cidade do Porto e com
algumas das suas mais importantes obras. Pena é, que as nossas edilidades tenham esquecido o
seu nome da toponimia das ruas da cidade.
"Principiemos pela Igreja da Lapa. Podemos dizer que a Irmandade, desejando levantar uma
capela maior e melhor do que a que possuía (...) entregou o risco ao «arquitecto» João Strovel
(!!), que era nem mais nem menos qu João Glama Stroeberle. A 1ª pedra foi lançada a 17-7-756
mas parece que por não ter sido cumprido o risco que o artista apresentara, a Mesa da Irmandade
decidiu anular o contracto e, em 2-7-759 arranjou outro arquitecto.
"O primeiro teatro do Porto, que esteve instalado no desaparecido «Corpo da Guarda» e, que foi
inaugurado em 15 de Agosto de 1760 foi delineado por João Glama, que fez uma planta para
adaptar o edificio das coçheiras do Duque de Lafões. Os cenários foram pintados por Domingos
Teixeira Barreto, Chiape e ainda por José Regioli e José dos Santos. (...)
"Foi Glama ainda autor de alguns painéis de igrejas da cidade; entre elas e pelo menos, Nª S.ª
da Vitória, S. Nicolau, S. João Novo e possìvelmente S. Pedro de Miragaia. (...)
"Existe ainda o painel da capela do Tribunal da Relação (Cadeia) o qual ainda se conserva.
Existem ainda painéis em outras igreja da província: extinto Mosteiro de Tibães (dois quadros)
e Sé de Braga (diversos painéis) (...)
"Da avaliação das pinturas do antigo Museu Allen, podemos ainda verificar a existência dos
(sete) quadros de Glama", que descreve.
Confirmando as invulgares qualidades artísticas que lhe atribuíam os autores e artistas citados,
os cadernos ou volumes em causa, em papel muito encorpado, apresentam:
O 1º, cenas e figuras bíblicas, mitológicas, figuras humanas, etc, em grande parte legendadas;
O 2.º, contém numerosas vistas das ruínas do interior e exterior do Coliseu e de muitos outros
monumentos de Roma, Nápoles, Civita Vecchia, Pisa, Génova e de outras cidades, cenas bíblicas,
etc., quase sempre com composição que incorporam figuras humanas.
PORTUGAL: "Vista no Porto [com grandes igrejas, casas e jardins]; "Vista da ponte velha
de Vinhaes detras dos Montes"; "Vista da Igreja [românica] de S. Facundo [?]. Matriz da villa
de Vinhais antiquissima (...)", "Vestigios dos fragmentos embutidos na fachada da capella antecedente (...)"; "Vista da Ponte de Murça"; "Castelo de Vila da Feira".
ESPANHA: "Vista do Porto [e castelo] da Cidade de Palma em Maiorcha".
As penúltima e última pinturas deste caderno apresentam Santo António como motivo principal.
O 3.º é constituído por reproduções de esculturas, figuras e cabeças humanas, animais, etc. Uma
das últimas figuras parece representar uma rainha, com um ceptro na mão e a coroa real a seu lado.
Os desenhos foram executados a sanguínea, a uma, duas ou três cores e poucos a lápis.
Glama está representado nos Museus Nacional Soares dos Reis, Nacional de Arte Antiga,
Academia Real da Belas Artes, Palácio da Ajuda, Palácio das Necessidades, Mosteiro de Tibães
etc. e numerosas igrejas.
No fim do trabalho que temos vindo a transcrever parcialmente, consta uma apreciável bibliografia
dedicada a João Glama, tendo aparecido posteriormente, de Paula Mesquita Santos (Museu
Nacional de Soares dos Reis) um longo estudo intitulado «Croquis, academias e outros estudos
de João Glama no Museu Nacional de Arte Antiga» na revista «Vária», Sintra, 2001, N.º 8.
[12]
ÁLBUM COM UMA POESIA MANUSCRITA POR CAMILO
3 —VALIOSO E MUITO BELO ÁLBUM DE POESIAS E PINTURAS, QUE DECERTO PERTENCEU A MARIA DA FELCIDADE DO COUTO BROWNE. Dim. 26,5 x 20 cm.
Além com uma poesia de Camilo com três quadras, datada de “Porto 15 de Março de 1853”, assinada
por extenso, poesia que se inicia com o seguinte verso: “Das margens do Douro, no livro d’um anjo”,
o volume apresenta: Uma extensa poesia intitulada «Adeus á Lyra”, manuscrita a tinta azul, datada de
”Porto 18 de Março de 1853” ass. M. (F?) de C. Browne” e outras de “Brederode” (Martinho de?),
José P. Lencastre, Luiz Cand.º Furtado Coelho, além de outras, poucas, assinadas com iniciais. Além
dos textos manuscritos o álbum apresenta: 1º. Delicada pintura a cores com motivos florais; 2.º Três
belas figuras de camponeses; 3.º Catatua, rodeada de borboletas, pousada sobre um ramo com frutos,
primorosamente desenhada a lápis, datada de “Lx.ª 20 Jan.ro 1840 - Fecit João da Matta Rebello”; 4.º
Conjunto de belas flores polícromas dentro de moldura em relevo, ass. “J. van Zeller”; 5.º ramo de flores,
também delicadamente coloridas ass. “C. V . Z. de Barros”; 6.º Belíssima ave sobre um ramo, a cores,
ass. “S. van Zeller”, dentro de moldura em cartão decorada em relevo; 7.º uma casa, a lápis, não assinada; 8.º “Vue sur la Seine”, (litografia?) ass. “Mel”; 9.º Poema em inglês primorosamente caligrafado,
não assinado, tendo ao alto uma lindíssima pintura a cores representando o vulcão Etna com casas
e barcos em primeiro plano; 10.º Aguarela monocrómica representando a torre e porta de um castelo;
11.º Desenho a lápis não ass. titulado «Garricks Villa at Hampton»; 12.º Paisagem a lápis com casa
e árvores ass. “M.ª da C.am Valle Feo”; 13.º Figura feminina em finissama gravura em chapa de metal;
14.º Duas rosas pintadas a cores, não assinadas; 15.º bela paisagem pintada em vários tons de castanho.
De assinalar que a poesia de Maria da Felicidade do C. Brown aparece a encerrar a colaboração deste
álbum, continuado com 22 ff. em branco, o que talvez possa levar a concluir que o álbum efectivamente lhe pertenceu.
Todas as pinturas estão sujeitas, sem estarem coladas, com cantoneiras ou fragmentos de fitas
dourada em relevo.
Muito bela e artística encadernação inteira de pele, da época, com dourados na lombada e em ambas
as pastas, estas ainda com uma larga cercadura a seco nas pastas. Dourado a ouro fino a toda a volta.
Com alguns restauros, pouco perceptíveis.
4 — [OWEN (Fanny).- RETRATO DE FANNY OWEN NUM DENTE DE CACHALOTE?].
Dim. Alt. 130 x 85 mm.
Dente de cachalote do século XIX, tendo numa das faces uma figura feminina finamente gravada, com
os dizeres “Cousin Fanny” no canto inferior direito e, no verso, um barco veleiro com as velas enfunadas com a identificação: “Shipp Post of Boston”.
Peça muito curiosa, com muitas possibilidades de ter sido oferecida a Fanny Owen por um seu primo.
7 — O ABBADE DE S. NICOLAU E O BISPO DE COIMBRA. Um Incidente da sublevação
do Porto. Porto. Typ. da Empreza Litteraria e Typographica. 1891. In-8.º gr. de 54 págs. B.
O Abade de S. Nicolau, Dr. João Paes Pinto, “foi indevidamente preso no dia primeiro de Fevereiro
do corrente anno, como implicado nos acontecimentos occorridos n’esta cidade no dia 31 de Janeiro.
Submetido a conselho de guerra foi n’elle absolvido por unanimidade de votos em sentença proferida
no dia 23 de Março.” Com a transcrição de vários artigos de desagravo ao referido Bispo publicados
na imprensa da época. Invulgar documento referente à Revolta de 31 de Janeiro, na cidade do Porto.
Capa da brochura imperfeita.
8 — ABRANCHES (Adelina).- MEMÓRIAS DE ADELINA ABRANCHES. Apresentadas por
Aura Abranches. Lisboa. Edição da Empresa Nacional de Publicidade. 1947. In-8.º gr. de 453
págs. E.
Obra significativa para a história do teatro português, ilustrada com numerosas fotogravuras em separado e, em folha desdobrável a cores, uma caricatura de Amarelhe intitulada «O Carnaval dos Ídolos»,
onde aparecem retratados 12 actores contemporâneos de Adelina Abranches, figura maior dos palcos
portugueses.
Boa encadernação com lombadas e cantos em pele, com as capas da brochura preservadas e inteiramente por aparar.
9 — ABRANTES (Encarnacion) & ABRANTES (Ventura Ledesma).- IN MEMORIAM DE
CAMILLO. Coordenado por E. A. e V. A. Direcção artística de Saavedra Machado. Casa Ventura
Abrantes. Lisboa. MCMXXV. In-fólio de VI-851-III págs. E.
Numerosa e valiosíssima colaboração do maior interesse para a biobibliografia do grande romancista,
da autoria dos maiores nomes do panorama literário da época, especialmente dos que se consagraram
ao estudo da vida e obra de Camilo.
Muito esmerada edição, profusamente ilustrada com estampas intercaladas no texto e em separado,
algumas das quais a cores. A tiragem comum foi limitada a 1000 exemplares.
Encadernação inutilizada.
10 — ABREU (Casimiro de).- AS PRIMAVERAS. De Casimiro J. M. de Abreu natural do Rio
de Janeiro. 1855 - 1858. Rio de Janeiro. Typ. de Paula Brito. 1859. In-4.º peq. de XVI-260-IIII págs. E.
5 — A CAMÕES. O Amigo do Povo (Periodico Bracarense). 10 de Junho de 1880. Braga.
Typographia de Gonçalves Gouvea. 1880. In-4.º gr. de 16 págs. E.
Poeta brasileiro filho de pai português, Casimiro José Marques de Abreu é, segundo António de
Magalhães, “um poeta na linha de evolução do lirismo amoroso, garrettiano”. Esta é a primeira e mais
rara edição da sua obra maior, publicada no ano anterior ao da sua morte, a que se seguiram várias
outras tanto no Brasil como em Portugal. Em bom e encorpado papel.
Encadernação inteira em pele, da época, bastante danificada. Assinatura antiga no pé do fronstispício.
6 — A TEIXEIRA DE PASCOAES. - Homenagem da Academia de Coimbra, pela voz de escritores portugueses e brasileiros. [Figueira da Foz. 1951]. In-8.º gr. de 151-I págs. B.
“Os deploraveis acontecimentos, que tiveram logar na feira de S. Miguel de Cabeceiras de Basto, em
28 de setembro de 1858, são bem notorios. Quatro homicidios, muitos ferimentos, e a viuvez
e orphandade de algumas familias cobrem para sempre de lucto esse dia de lugubre memoria.” Raro.
Desconjuntado.
Com um texto em prosa de Camilo intitulado «Se Camoens gastou algum Patrimonio?» e outros de
Adolfo Pimentel, «Uma versão de Camões», por Pereira Caldas, Costa Goodolphim, Dias Freitas,
Cunha Viana, Alfredo Campos, Joaquim António da Silva, Gaspar Leite, Jeronimo Pimentel, Cunha
Viana, José da Luz Braga e Constantino de Almeida.
Rara espécie camoniana e camiliana.
Encadernação simples.
A edição constou de 655 exemplares, numerados, e na obra colaboraram, entre outros, Casais
Monteiro, Afonso Duarte, Alberto de Serpa, António Botto, Corrêa d’Oliveira, Armando Côrtes-Rodrigues, Branquinho da Fonseca, Cabral do Nascimento, Eugénio de Andrade, Fausto José,
Ferreira de Castro, Jaime Cortesão, João José Cochofel, Jorge de Sena, José Gomes Ferreira, José
Régio, Manuel Bandeira, Miguel Torga, Pedro Homem de Melo, Saul Dias, etc. Ilustrado.
[13]
11 — ABREU (Domingos Manuel Pereira de Carvalho de).- O PROCESSO CRIMINAL INSTAURADO NA COMARCA DE CELORICO DE BASTO Pelos deploraveis acontecimentos
que tiveram logar na feira de S. Miguel de Cabeceiras de Basto e o Juiz de Direito... que o preparou. Lisboa. Typographia Universal. 1861. In-4.º de IV-96 págs. B.
12 — ABREU (G. de Vasconcelos).- CHAND-BIBI. A Sultana Branca de Amenagara. Lenda
indiana fantasiada da tradição histórica do século XVI. Lisboa. Livraria de Antonio Maria
Pereira - Editor. 1898. In-4º peq. de 90-VI págs. B.
Esmerada edição em papel de linho, impressa a duas cores. Com um retrato do autor impresso à parte.
[14]
13 — ABREU (Marques).- ALBUM DO PORTO. Clichés e simili-gravuras de Marques Abreu.
Compos. impres.: Emprêsa Gráfica A Universal. Porto. [S.d.] In-fólio de XLVI págs. inums. E.
Álbum com fotogravuras de monumentos, reproduções de pinturas e esculturas, paisagens e costumes
do Porto antigo, da autoria do grande fotógrafo e gravador que foi Marques Abreu. Edição cuidada,
em papel couché.
Encadernação modesta, com as capas da brochura conservadas. Assinado no frontispício.
14 — AÇA (Zacharias d’).- CAÇADAS PORTUGUEZAS. Paisagens - Figuras do Campo.
Lisboa. 1898. In-8.º de 280-II págs. B.
Condeixa, Luís Forjaz Trigueiros, Mário Gonçalves Viana, Noriega Varela, Nuno Beja, Papiniano
Carlos, Rebelo Bonito e outros.
Com falta do 6.º e último número publicado. Boa encadernação com cantos e lombada em pele e com
as capas da brochura conservadas.
20 — AFONSO X, O SÁBIO.- FUERO REAL DE AFONSO X, O SÁBIO. Versão portuguesa
do século XIII por Alfredo Pimenta. Edição do Instituto para a Alta Cultura. Lisboa. 1946.
In-4.º de XI-I-459-III págs. B.
15 — AÇA (Zacharias d’).- LISBOA MODERNA. 1906. Livraria Editora Viuva Tavares
Cardoso. Lisboa. In-8.º de 525-I págs. B.
“Ao propor-me editar a versão portuguesa ducentista do Fuero Real, o meu intento é divulgar
um apreciável monumento do português arcaico de época que não é muito abundante nêles”, documento que é também uma importante peça jurídica; “E assim creio que, dada a conjugação (...) dos
aspectos filológico e jurídico, êste monumento, interessando principalmente aos que se dedicam ao
estudo da história da Língua, não deixará de prender a atenção dos que se consagram ao estudo da
história do Direito”.
Dedicatória de Alfredo Pimenta a Oliveira Salazar.
16 — [PORTO]. ACTAS DAS SESSÕES DA JUNTA DE VOTAR OS SUBSIDIOS PARA AS
DESPESAS DO CONCELHO DO PORTO: Em execução da Carta de Lei de 4 de Fevereiro
deste anno. Porto: Imprensa de Alvares Ribeiro. 1836. In-8.º gr. de 16 págs. Desenc.
Agenda com versos e excertos de livros em prosa de Júlio Diniz, de escasso aparecimento no mercado.
Exemplar intacto. Encadernação em percalina, dos editores, com dourados na lombada e na pasta da
frente.
“Os capitulos todos d’este livro — afora dois ou tres — são capitulos da minha vida” e neles se fazem
referências a alguns dos mais destacados vultos da vida portuguesa da época. Com um retrato do autor.
Interessantes capítulos sobre literatura, belas-artes e desporto: caçadas, esgrima, toiradas, etc.
Referências a Eça de Queiroz, Camilo, Garrett, Herculano, etc.
Desconjuntado.
De raro aparecimento no mercado e impresso numa das tipografias mais operosas do seu tempo.
17 — ACTAS DO I CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS PESSOANOS. (Porto,
1978). Brasília Editora. Porto. [1979]. In-4.º de 725-IX págs. B.
O volume integra trabalhos da mais importante e variada índole, tendo como único objectivo a divulgação e estudo de uma das mais ricas personalidades literárias portuguesas de todos os tempos.
Trabalhos de José Augusto Seabra, Ana Hatherly, Angel Crespo, Arnaldo Saraiva, Cleonice
Berardinelli, Dalila Pereira da Costa, E. M. de Melo e Castro, Eduardo Lourenço, Fernando
Guimarães, Rudolf Lind, J. do Prado Coelho, Joel Serrão, Jorge de Sena, José-Augusto França,
M. Aliete Galhoz, Maria da Glória Padrão, Óscar Lopes, Vasco Graça Moura, Y. K. Centeno e outros,
portugueses e estrangeiros.
18 — O ACTOR ANTONIO PEDRO JULGADO PELA ARTE E PELAS LETRAS. 1908.
Imprensa Libanio da Silva. Lisboa. In-8.º gr. de XV-I-241-III págs. E.
Livro com interesse para a história do Teatro em Portugal, coordenado por José Pedro de Sousa e dedicado a uma das suas mais prestigiadas figuras. Além de numerosas ilustrações representando o actor
em muitas das suas actuações, o volume apresenta impressa em folha própria, a reprodução de uma
fotografia de António Pedro de Souza, colaboração literária de Ramalho Ortigão assinando uma Carta-prefácio, Tomás Ribeiro, Visconde de Sanches de Frias, Gualdino Gomes, Fialho de Almeida,
Gervásio Lobato, Adelina Abranches, Angela Pinto, Lucinda Simões, Augusto Rosa, Eduardo Brazão,
Taborda, João Rosa, António Pinheiro, etc. Com interesse para a bibliografia bordaliana.
Com as capas da brochura conservadas e com boa encadernação com a lombada em pele com ferros
dourados.
21 — AGENDA JULIO DINIZ. Registo de anniversarios, lembranças, assignaturas, pensamentos,
etc. 1910. [Composição e impressão na typographia «A Editora». Lisboa]. In-8.º de 143-XV
págs. E.
22 — AGROBOM (Gil de).- AS CONTRADIÇÕES DO PADRE ANTÓNIO VIEIRA E OUTROS
ESCRITOS. Com uma carta autógrafa de Capistrano de Abreu. Rio de Janeiro. 1943. In-8.º
de 140-IV págs. E.
Com um longo capítulo intitulado “Os detratores de Camilo”.
Edição ilustrada com a reprodução de uma carta de Capistrano de Abreu, impressa em 6 folhas desdobráveis.
Encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
23 — AGUIAR (Fernando de).- GENTE DE CASA. Retratos de Homens & Perfis de Ideias.
Lisboa. [1948]. In-8.º de 488-VI págs. E.
Capítulos consagrados a Camilo, Afonso Lopes Vieira, Plínio Salgado, Hipólito Raposo e referências
a numerosos outros escritores portugueses.
Dedicatória do autor. Encadernação com lombada e cantos em pele, mantendo conservadas as capas
da brochura. Com dois Ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez, um dos quais camiliano.
24 — AGUIAR (Joaquim António de).- TRÊS CARTAS AUTÓGRAFAS, datadas de Lisboa 30
de Junho e 5 de Agosto, ambas sem ano e 19 de Junho de 1844. Dim. 17,5 x 21,5 e 20 x 25 cm.
Com muitas referências a Camilo, tendo, no n.º 5, um artigo intitulado «Para onde irão as cinzas de
Camilo?». Artigos dedicados a Afonso Lopes Vieira, Amélia Vilar, Antero de Quental, António Nobre,
D. António Pereira Coutinho, Carolina Michaelis de Vasconcelos, Casimiro de Abreu, Eça de Queiroz,
Florbela Espanca, Garrett, Herculano, Junqueiro, Júlio Diniz, Moniz Barreto, Raul Brandão, etc.
Colaboração de Artur de Magalhães Basto, Carlos de Passos, Fernando de Castro Pires de Lima, Jorge
Cartas dirigidas a Francisco Joaquim Maia por Joaquim António de Aguiar, eminente estadista,
professor e figura relevante da conturbada vida política portuguesa da época.
1.ª Carta: “(...) Estou seguro das tuas boas intenções, e mesmos desejos de ser melhorada a má sorte
do nosso desgraçado Paiz, e tambem conto por muito os serviços que podes fazer-lhe, e que lhe não
negarás; porque tens patriotismo, e boa vontade de lhe ser util. Mas quando chegará a occasião de
serem aproveitados os teus vastos conhecimentos sobre a molestia, que principalmente nos afflige,
e sobre os meios de livrar-nos do abismo, a que nos conduzem os homens que empolgárão o poder,
e o conservão a despeito de todas as considerações! Meu amº: por aqui dá-se como certo que estes
malvados destituidos principalmente de todos os recursos pecuniarios deixarão cedo as pastas; porem
enganão-se os que o acreditão: a sua situação pessoal, a mesma execração, que contra elles se tem
manifestado, o odio que geralmente contra eles, tudo os aconselha a agarrarem-se ao poder com o qual
(?) os effeitos do justo desconten.to que todos os dias provocão mais. Alem disto o teu Patricio, o famoso
Castro, concebeo ainda hum Salvaterio financeiro [palavras sublinhadas] e levou-o já á assignatura
Real. (...) Nunca se vio tanta immoralidade, tanto desfaçamento no Governo destes reinos; faço justiça
[15]
[16]
19 — “ACTUALIDADES LITERÁRIAS”. Informação Literária. Director e Redactor Ápio
Garcia. Porto. 1945-1946. 5 números In-4.º em 1 vol. E.
.../...
.../...
28 - ver pág. 19
29 - ver pág. 20
mesmo aos meus inimigos, os homens que servirão D. Miguel. (...)”;
2.ª Carta: “Tenho quanto empenho tu podes imaginar em que o teu amigo Sampaio, que arrematou
o contracto do sabão, e ultimamente sublocou, com outros, o do tabaco, empregue convenientemente
o portador, que tem alem de muito boas qualidades huma grande familia, a quem sustentar. Peço-te
incarecidamente que o ouças, e que tomes por elle o mais decidido interesse. (...)”
3.ª Carta, pré-filatélica: “(...) Teria de soffrer incomodos na crise porque passámos: da gente que para
nossa vergonha, e por nossa desgraça está dirigindo os destinos deste paiz tenha eu que recear toda a sorte
de vingança: se eu não era arguido pela consciencia de merecer os padecimentos, que alguem quiz
empregar contra mim, estava por outra parte seguro da boa vontade que me tinhão só porque detesto essa
meia duzia de homens immoraes, que parecem apostados a lançar nos no ultimo abismo, e segundo a
melhor opinião receberão a missão (?) de acabar com as Instituições, que tanto sangue nos custarão. (...)”
Juntamos uma carta sobre o estado do País dirigida a A. d’Aguiar, com assinatura não identificada,
redigida em meia folha de papel e datada de Porto, 22 de Junho de 1844.
25 — AGUIAR (Cap. Roque de).- COMBATES DE RUAS. (ALGUMAS NOTAS). Lisboa.
MCMXLIII. In-4.º de VII-I-180-IV págs. B.
“(...) É minha opinião pessoal que a Legião Portuguesa tem de se especializar, sobretudo, no «combate
de ruas» porque, se um dia tiver de combater — e oxalá que não e se confirme sempre que «a Legião
foi precisa para que se não precisasse dela» —, a sua acção virá a exercer-se certamente nas cidades
e será portanto na rua que terá de lutar. (...)”
Tiragem única de 500 exemplares numerados e rubricados, tendo sido este dedicado “ao Senhor
Capitão de Mar e Guerra Nuno de Brion”
26 — AGUIAR (Vieira de).- AS PEDRAS QUE FALAM. 1980. [«Diário do Minho». Braga].
In-4.º de 212 págs. E.
Do Prefácio de António Cardoso: “(...) Li e reli os seus retalhos de vida, renovando-me no espaço físico
da minha própria infância. Algumas das suas figuras também eu as conheci quase no mesmo espaço
geográfico/temporal. (...)
“Aqui e além sente-se a sabedoria popular, a nota de sabor etnográfico, os laivos sociológicos e uma
quase envergonhada ironia.
“A injustiça social, o drama das crianças, o respeito pela sabedoria dos velhos, pelos marginalizados
de uma sociedade constituem o corpus deste livro perpassado de Amor. (...)” O Autor dedica o seu
livro “a todo o Povo Humilde dos concelhos de Amarante e Marco de Canaveses.”
Edição confinada a 200 exemplares numerados e assinados pelo Autor.
Boa encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
27 — ALBERTO (Caetano).- A CAMPANHA D’AFRICA CONTADA POR UM SARGENTO.
Edição popular. Lisboa. Empreza do Occidente. 1896. In-8.º gr. de 141-III págs. E.
O livro foi dedicado a D. Carlos, de quem apresenta um retrato gravado em madeira. Outros retratos
e ilustrações aparecem disseminados pelas páginas do texto. Capa curiosamente ilustrada por
R. (Ribeiro?) Cristino.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
28 — ALBUM DE COSTUMES PORTUGUEZES. Cincoenta chromos, copias de aguarellas
originaes de Alfredo Roque Gameiro, Columbano Bordallo Pinheiro, Condeixa, Malhôa,
Manuel de Macedo, Raphael Bordallo Pinheiro e outros. Com artigos descriptivos de Fialho
d’Almeida, Julio Cesar Machado, Manuel Pinheiro Chagas, Ramalho Ortigão e Xavier da
Cunha. Lisboa. David Corazzi - Editor. [Typ. Horas Romanticas. 1888]. In-4.º gr. de IV-50
folhas de texto e igual número de estampas. E.
São magníficas as 50 cromolitografias que representam costumes de todo o país. As páginas do texto são
decoradas com artísticas molduras compostas de finas vinhetas impressas a várias cores. Luxuosa
e esmerada edição, impressa em bom papel. Publicação sumamente estimada e invulgar.
Bela encadernação original, gravada a cores e ouro, apresentando o corte das folhas brunido a ouro fino.
(ver gravura na pág. 17)
[19]
29 — ALBUQUERQUE (Afonso de).- COMENTÁRIOS DO GRANDE AFONSO DE ALBUQUERQUE, Capitão Geral que foi das Indias Orientais em tempo do Muito Poderoso Rey D.
Manuel... 4ª edição, conforme a segunda, prefaciada e revista por António Baião. Coimbra.
Imprensa da Universidade. 1922-1923. 2 vols. In-4.º de XXXVI-465-I e XVIII-398 págs. E.
“Eis um dos trabalhos mais meritórios e patrióticos de toda a literatura portuguesa. Coração de fogo
atanchado numa alma de artista, o autor entrega-se voluptuosamente à ressureição das façanhas de seu
glorioso pai”. São estimados e já invulgares os exemplares desta edição, documentada com alguns
fac-símiles impressos em folhas à parte. Da colecção «Scriptores Rervm Lvsitanarvm».
Da valiosa tiragem especial de 100 exemplares, numerados e rubricados por Joaquim de Carvalho.
Encadernações inteiras em pele, com as capas da brochura conservadas e as margens integrais.
(ver gravura na pág. 18)
30 — ALBUQUERQUE (Fernanda Mouzinho de).- ESCLARECENDO UMA COMUNICAÇÃO DO MARQUÊS DE SÃO PAYO contendo 20 afirmações que documentos e fontes
fidedignas provam serem falsas foi arquivada pela Academia Portuguesa da História, em sessão
de 30 de Novembro de 1962, o que o respectivo Boletim Nº 27 de 1963, páginas 107 e 149,
confirma. Lisboa. 1966. [Gráfica Imperial, Lda]. In-8.º gr. de 40 págs. B.
Juntamos, da mesma autora:
—— ADENDA ESCLARECENDO UMA COMUNICAÇÃO, etc. Lisboa. 1967. In-8.º gr. de
20-XXXIV págs. B.
Trabalho de esclarecimento genealógico contra afirmações do Marquês de São Payo: “A Academia
Portuguesa da História tem o dever de arquivar com honradez e fidelidade a História de Portugal.
“A Família Albuquerque, tanto antes como depois da sua ligação com a Família Mouzinho, faz parte
da História de Portugal”. Edição limitada a 1000 exemplares.
Exemplar com dedicatória da autora.
31 — ALBUQUERQUE (J. Mousinho de).- Á MEMORIA DE MOUSINHO DE ALBUQUERQUE. Carta que o grande Comissario Regio de Moçambique dirigiu ao Principe Real quando foi
nomeado seu Ayo, com um Prefacio do Dr. Francisco Veloso. 1929. Tipografia Minerva Central,
de J. A. Carvalho. Lourenço Marques. In-4.º de 11-I págs. E.
A histórica e bela carta do grande Mousinho de Albuquerque para D. Luís Filipe de Bragança quando
foi nomeado seu Ayo, vem depois do texto de Francisco Veloso, que abre com um retrato de D. Luís.
Encadernação com cantos e lombada em pele, dizeres dourados na pasta da frente, mas com a lombada
um tanto coçada. Com a capa da brochura da frente conservada.
32 — ALBUQUERQUE (J. Mousinho de).- ENTRE MORTOS. Carta Inedita de Mouzinho de
Albuquerque a Sua Alteza o Principe Real D. Luiz de Bragança. Lisboa. Typographia “A Editora”.
1908. In-4º de 14-XIV págs. B.
Carta-dedicatória de um projectado livro de Mousinho de Albuquerque, “carta em que o Aio descreve
ao seu Real Pupilo, com um enthusiasmo em que se vê palpitar a maior paixão da sua alma, o perfil
ideal do Rei-Soldado, nos grandes traços moraes da coragem, da firmeza, da abnegação e do sacrificio”,
segundo palavras de Pedro Gaivão apresentando e justificando a publicação desta carta. Com o fac-símile
integral do documento publicado.
Dedicatória a João da Costa Santiago Carvalho e Souza.
33 — ALBUQUERQUE (J. Mousinho de).- MOÇAMBIQUE. 1896 — 1898. Lisboa. Manoel
Gomes, Editor. 1899. In-4.º de XVI-365-XLIX-III págs. E.
“(...) É muito pouco conhecida em Portugal a Provincia de Moçambique e á ignorancia da sua valia se deve
principalmente attribuir os desaires e contratempos que tem soffrido a sua administração e progressivo
desenvolvimento. Não tem outro fim este livro que não seja patentear bem claro quanto ella em si vale
e quanto á sua prosperidade e bem pensado governo se acham intimamente ligados o progresso
futuro d’este Reino e a sua salvação no meio dos perigos que o ameaçam. (...)
[20]
.../...
“Sabe Vossa Magestade que em Africa combati como soldado que sou, trabalhei como os que trabalham
e poderia ter errado, mas conservei-me sempre PORTUGUEZ. É pois em nome dos soldados a cujo
lado combati, em nome dos que tanto trabalharam pelo levantamento daquelle pedaço da nossa patria,
em nome do povo portuguez, que, com tanta anciedade, acompanhou de longe os meus emprehendimentos, que tanto do coração acclamou o seu exito feliz, é em nome de todos nós, Senhor, que, no
momento angustioso em que nos achamos, venho perante Vossa Magestade soltar o grito — Aqui d’El
Rei, — certo de que o Neto de D. João I e do Santo Condestavel não pode deixar de acudir a este
chamamento do seu povo vergado sob o pezo da afflicção. (...)”
Obra importante e estimada da bibliografia luso-moçambicana.
Sóbria encadernação com a lombada em pele. Ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza.
34 — ALBUQUERQUE (Martim de).- A ORDEM DE MALTA E O MUNDO. Direcção do
Prof. Doutor Martim de Albuquerque, Grã-Cruz de Honra e Devoção. Edições Inapa. [Edições
Inapa, S.A. 1998. Lisboa]. In-4.º de 142-II págs. B.
Edição de esmeradíssima apresentação gráfica, em português, inglês e francês, impressa sobre papel
de grande qualidade com muitas e belas ilustrações quase todas a cores.
35 — ALCOFORADO (Mariana).- CARTAS DE AMOR DE SOROR MARIANA AO CAVALHEIRO DE CHAMILLY. Tradução de Luciano Cordeiro. Desenhos de Alberto Sousa. Lisboa.
J. Rodrigues & C.ª 1925. In-4º de 59-I págs. B.
As belas aguarelas de Alberto Sousa são impressas a cores em separado. Edição invulgar, estimada
e muito cuidada. (ver gravura na pág. 21)
36 — ALCOFORADO (Mariana).- CARTAS DE SOROR MARIANA - LETTRES PORTUGAISES. Essai de reconstitution du texte français par Charles Oulmont. Tentativa de texto
português por Afonso Lopes Vieira. Lisboa. [1941]. In-12º de 197-I págs. B.
Edição bilingue, não vulgar. Prefácios de Afonso Lopes Vieira e Charles Oulmont.
37 — ALGUNS DOCUMENTOS DO ARCHIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO
ÁCERCA DAS NAVEGAÇÕES E CONQUISTAS PORTUGUEZAS, publicados por ordem do
Governo de Sua Majestade Fidelissima ao celebrar-se a Commemoração Quadricentenaria do
Descobrimento da America. Lisboa. Imprensa Nacional. M.DCCC.XCII. In.4.º gr. de XVII-III-551-III págs. E.
Publicação da mais alta importância histórica e cultural, feita com vista à representação de Portugal na
Exposição realizada em Madrid durante as comemorações do 4º centenário do descobrimento da
América. Desempenharam-se deste trabalho Próspero Peragallo, Xavier da Cunha e José Ramos-Coelho, este último também autor do “Prólogo”. Aqui ficaram registados ou publicados, parcial ou
totalmente, muitos dos preciosos documentos que em Portugal existem acerca das nossas navegações
e conquistas de todas as épocas. Edição de grande apuro gráfico, em magnífico e encorpado papel de
linho, com numerosos fac-símiles de assinaturas e documentos.
Encadernação com a lombada em pele, da época, tendo conservadas as capas da brochura.
38 — ALLEN (V. C. K.).- PORTUGUESE STEAM FROM LINESIDE. D. Bradford Barton
Limited. [1976]. In-4.º quadrado de 91-V págs. E.
Livro sobre combóios portugueses antigos, com muitas ilustrações em papel couché, constituído pelos
seguintes capítulos: The Dão Line; Sernada do Vouga and the Espinho-Line; Minho broad gauge;
Regua and the Douro Valley line; The Corgo Line; Lousado and the Porto suburban system; Lisbon
Barreiro; The Tua Line; Spain.
Encadernação dos editores e sobrecapa ilustrada.
35 - ver pag. 22
39 — ALLEN (W. Pessoa).- A ALLIANÇA ANGLO-LUSA. [O Imperio Portuguez]. Lisboa.
Imp. Ferreira & Oliveira, Limitada. 1905. In-8.º de 204-II págs. B.
Obra invulgar sobre a debatida questão anglo-portuguesa, com os seguintes capítulos: I. Luciano
Cordeiro; II. Andrade Corvo; III. Propaganda contra Portugal; IV. Questão do Zaire; V. Tractado
Anglo-portuguez; VI. Questão económica; VII. Questão financeira.
[22]
40 — ALMA NACIONAL. Publica-se às quintas feiras. Director: António José d’Almeida.
Nº 1. Lisboa, 10 de Fevereiro. 1910. [ao Nº 34. Lisboa, 29 de Setembro. 1910]. Composto
e impresso na typ. “A Editora”. In-4.º de 544 págs. B.
Semanário republicano que teve como principal razão de ser “fazer uma larga e salutar propaganda
de Portugal no estrangeiro (...)”, terminada uma semana antes da Implantação da República.
Importante colaboração de António José de Almeida, Tomás da Fonseca, Bazílio Teles, Teixeira de
Queiroz, Miguel Bombarda, Teófilo Braga, Guerra Junqueiro, Raul Proença, Aquilino Ribeiro, Alvaro
Vaz, Leão Azedo, José de Lacerda, Manuel de Sousa Pinto, etc.
Colecção completa.
Exemplar em fascículos, conservando todas as suas capas.
41 — ALMADA (André Álvares de).- TRATADO BREVE DOS RIOS DE GUINÉ DO CABO
VERDE desde o Rio do Sanagá até aos Baixos de Sant’Anna &ª &ª. Pelo Capitão André Alvares
d’Almada, Natural da Ilha de Santiago de Cabo-Verde, pratico e versado nas ditas partes. 1594.
Publicado por Diogo Köpke, Capitão da 3ª Secção do Exercito, e Lente da Academia
Polytechnica do Porto. Porto: Typographia Commercial Portuense. 1841. In-8.º gr. de IV-XIV-II-108-VI págs. E.
São raros os exemplares deste tratado, muito estimado também por se ocupar dos costumes dos vários
povos da costa africana que vai do Senegal à Serra Leoa.
A primeira edição, com título diferente, foi publicada em 1733, sendo esta edição de Diogo Köpke
considerada mais conforme com o original. Com um mapa em folha desdobrável.
Encadernação inteira em pele vermelha, da época, com cercaduras a ouro nas pastas, ferros e títulos
também a ouro na lombada. Belo ex-libris heráldico de João da Costa Santiago de Carvalho Souza, do
Paço de S. Cypriano; dedicatória manuscrita, da época. (ver gravura na pág. 23)
42 — ALMADA (5º Conde de) [D. Lourenço Vaz de Almada].- RELAÇÃO DOS FEITOS DE
DOM ANTÃO DE ALMADA, oferecida ao Mui Alto Príncipe Senhor Dom Duarte Duque de
Bragança pelo... 1940. [Lito Nacional. Porto]. In-4.º de 77-III págs. B.
Importante estudo de investigação histórico-genealógica com interesse para a história da Restauração
de 1640, ilustrado com um brasão de armas, retratos, árvores genealógicas, manuscritos, etc.
43 — ALMADA NEGREIROS E O ESPECTÁCULO. Lisboa, 22 de Agosto a 14 de Outubro
de 1984. Fundação Calouste Gulbenkian. Centro de Arte Moderna - Sala de Exposições
Temporárias. [Of. Gráf. Manuel A. Pacheco, Lda. 1984]. In-4.º de 71-I págs. B.
“Organizada com a colaboração do Director do Museu Nacional do Teatro, a presente exposição
pretende dar a conhecer uma outra faceta de Almada Negreiros. Assim, ao expormos os figurinos,
maquetas de espectáculos e algum guarda-roupa por ele desenhados para a representação de peças da
sua autoria e, também, de peças de outros autores fica bem notória a comparticipação que Almada deu
para o mundo do espectáculo.” Com muitas ilustrações a negro e a cores.
44 — ALMANACH DAS SENHORAS PARA 1873, Portugal e Brazil, contendo 190 artigos.
Por D. Guiomar Torrezão. Com uma carta de Alexandre Herculano. 3.º anno. Lisboa.
Typographia de Souza & Filho. 1872. In-8.º de X-241-V págs. E.
41 - ver pág. 24
Colaboração feminina de, entre muitas outras, portuguesas e espanholas: Amélia Jany, Maria Amália
Vaz de Carvalho, Marquesa de Alorna, Maria Peregrina de Sousa; Colaboração masculina de Herculano,
Castilho, Augusto Soromenho, D. António da Costa, Antero de Quental, A. A. Teixeira de Vasconcelos,
A. X. Rodrigues Cordeiro, A. M. Simões de Castro, Bulhão Pato, Brito Aranha, Camilo Castelo
Branco, Junqueiro, Gonçalves Crespo, Gomes Leal, Júlio César Machado, João de Deus, Júlio Diniz,
João Penha, José Agostinho de Macedo, Mendes Leal, Rebelo da Silva, Rangel de Lima, Sousa
Viterbo, Tomás Ribeiro, Teófilo Braga, etc.
Encadernação nova, com a lombada em pele. Restauro marginal no frontispício.
[24]
45 — ALMANACH DE LEMBRANÇAS LUSO-BRASILEIRO para 1851 a 1932. Por
Alexandre Magno de Castilho [e outros]. Lisboa. 74 vols. In-8.º peq. E.
50 — ALMANAK DO POVO PARA 1879. (1.º Anno). Coordenado por Pinto Malheiro. 2.ª edição.
Porto. Typographia Nacional. 1878. In-8.º de 93-III págs. E.
46 — ALMANAQUE DE PONTE DO LIMA. 6º ano. 1924. Dirigido por Júlio de Lemos. Casa
Editora de A. Figueirinhas. Porto. In-4.º de 311-V págs. E.
51 — ALMANAQUE ILLUSTRADO DE “O COMMERCIO DO LIMA”. coordenado pelo Dr.
Antonio Magalhães. [1909. Terceiro Anno de Publicação]. Tipografia «Confiança». Ponte do
Lima. In-8.º gr. de 282-XXII págs. B.
Célebre e interessantíssimo Almanaque que, até 1871 se designava apenas «Almanach de
Lembranças». É a mais extensa publicação portuguesa no seu género, ilustrada com retratos e outras
figuras, ininterruptamente publicada ao longo de 80 anos, de variado interesse e curiosidade.
Textos de importantes nomes das letras portuguesas de que destacamos apenas os de Garrett, Camilo,
Herculano, Castilho, Antero, Bulhão Pato, Júlio Diniz, Teófilo, Junqueiro, Ramalho, Eça de Queiroz,
João de Deus, Eugénio de Castro e Gonçalves Crespo.
Nesta colecção faltam os volumes correspondentes a 1853, 1871, 1925, 1927 a 1929, e 1932. Os
vols. correspondentes a 1851 e 1855 estão em brochura; os vols. correspondentes a 1853 a 1881
têm encadernações ou cartonagens diferentes e de 1882 em diante todos têm a encadernação editorial em várias cores e com ferros dourados, excepto o vol. corresponde a 1887 que tem encadernação não editorial.
Almanaque estimado, largamente ilustrado, com artigos relativos à história, pré-história, arqueologia,
etnografia, genealogia, heráldica, botânica, antropologia regional, pintura, cerâmica, arquitectura
românica, folclore, etc. Com referências a Camilo.
Entre a muita e vasta colaboração, muita da qual inédita, destacamos a de Afonso Lopes Vieira, Aguiar
Barreiros, Alberto Pimentel, Ana de Castro Osório, António Baião, António Feijó, Bulhão Pato,
Camilo, Delfim Guimarães, Domingos Tarrozo, Eça de Queirós, Fausto Guedes Teixeira, Fialho de
Almeida, Herculano, Jaime de Magalhães Lima, João de Deus, João Grave, João Penha, João da
Rocha, Joaquim de Araújo, Joaquim Costa, Júlio Brandão, Leite de Vasconcelos, Matias Lima,
Mendes Correia, Mendes dos Remédios, Oliveira Martins, Raul Brandão, Sanches da Gama, Simões
Dias, Teixeira de Pascoais, Teixeira de Queirós, Teófilo Braga, Tomás Ribeiro, Trindade Coelho, etc.
Boa encadernação com a lombada em pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
preservadas.
47 — ALMANACH DO “DIARIO ILLUSTRADO” REGENERADOR LIBERAL. 1.º anno de
publicação. 1906. Lisboa. Typographia do Diario Illustrado. In-8.º gr. de 320 págs. B.
“Com um calendario completo, ephemerides acompanhando os dias do anno, retrato do chefe do partido
regenerador-liberal e de vultos importantes d’esse partido, artigos litterarios, anecdotas, charadas, etc.,
etc.” Com os retratos gravados em madeira por Pastor.
48 — ALMANACH DO JORNAL DE NOTICIAS PARA 1916. II Ano. 1915. Typ. da Emprêsa
Litteraria e Typographica. Porto. In-8.º de 304 págs. B.
Interessante almanaque ilustrado, com artigos sobre automobilismo, caça, charadismo, culinária,
dactilografia, guerra de 1914-1918, médicos e medicina, sombras chinesas, tabaco, etc.
Colaboração activa e passiva em prosa e verso de Afonso Lopes Vieira, Alice Moderno, André Brun,
Augusto Casimiro, Augusto Gil, Campos Monteiro, Eduarddo Schwalbach, Fausto Guedes Teixeira,
Fernando Caldeira, Gervásio Lobato, Gomes Leal, Hamilton de Araújo, João de Deus, José Duro,
Mário Beirão, Olavo Bilac, Oliveira Martins, Ramalho, Simões de Castro, Soares de Passos, Teixeira
de Pascoaes e outros.
49 — ALMANAK DO POVO PARA 1854. (2º da sua publicação). Porto: Editor - Francisco
Gomes da Fonseca. 1853. In-8.º peq. de 96 págs. E.
Almanaque de apreciável raridade e interesse, por nele terem sido publicados pela primeira vez: «A praga
rogada nas escadas da forca» e «O Rei das Tormentas», ambos subscritos no fim por Camilo Castelo
Branco.
Com as capas da brochura conservadas. Encadernação não contemporânea em pele à cor natural mosqueada, com lombada e cantos em pele. Com dois ex-libris de Gustavo d’Avila Perez, um dos quais
camiliano.
[25]
Muito invulgar almanaque portuense, com todas as informações comuns a todos os almanaques da época
e colaboração em prosa e verso dos mais conhecidos escritores da época; Guiomar Torrezão, Maria Amália
Vaz de Carvalho, Alberto Braga, Alberto Pimentel [«As Camelias»], Alberto Telles, Alexandre Braga,
Alexandre da Conceição, Alexandre Herculano, Amorim Viana, Antero, D. António da Costa, António
Papança, Augusto Soromenho, Sampaio Bruno, Bulhão Pato, Camilo Castelo Branco [«A força muscular
de D. Pedro»], Eça de Queiroz [Sem título, com o seguinte começo: «O espirito não é uma lesão cerebral...],
Fialho, F. Adolfo Coelho, Gonçalves Crespo, Guerra Junqueiro, Guilherme de Azevedo, Guilherme Braga,
João de Deus, João Penha, Joaquim de Araújo, Leite de Vasconcelos, Júio César Machado, Latino Coelho,
Luciano Cordeiro, Magalhães Lima, Maximiano Lemos, Mendes Leal, Oliveira Martins, Ramalho [«O
Mosteiro de Alcobaça»], Sousa Viterbo, Teófilo e Tomás Ribeiro, entre outros.
Boa encadernação não contemporânea, com a lombada em pele, nervos, dizeres dourados e ferros
a seco na lombada, tendo conservadas as capas da brochura.
Invulgar e estimado almanaque de Ponte de Lima, muito ilustrado com retratos, aspectos de casas
nobres, mosteiros e paisagens. Almanaque informativo, literário, regionalista e recriativo, com colaboração activa ou passiva, em prosa e verso de Alfredo Guimarães, Amélia Janny, António Baião,
António Feijó, António Ferreira, Camilo, Conde de Bertiandos, Delfim Guimarães, Domingos
Tarrozo, Ernesto Sardinha, F. d’Abreu Coutinho, F. Abreu Maia, Félix Alves Pereira, João Penha, José
Gomes de Abreu, José Norton de Matos, José de Sousa Machado, L. de Figueiredo da Guerra, Manuel
Monteiro, Maria de Carvalho, Ramalho Ortigão e Rocha Peixoto, entre muitos outros.
Dedicatória autógrafa ao poeta João Penha. Com a capa da brochura posterior danificada.
52 — ALMANACH ILLUSTRADO DO OCCIDENTE PARA 1891. 10.º anno. Empreza do
Occidente. Typ. de Adolpho, Modesto & C.ª. Lisboa. In-4.º de 80 págs. E.
Além de informações úteis e publicidade, o volume contém capítulos sobre vários assuntos e colaboração de Silva Pereira, Manuel Barradas, Manuel M. Rodrigues, «Carta inedicta de Camillo Castello
Branco», Gervásio Lobato e outros. Retratos de «Africanistas Portuguezes», Serpa Pinto, Victor
Cordon, António Cardoso e Paiva de Andrade; «Vista do Palácio de Belém», «Castelo da Vila da
Feira», «O Couraçado Vasco da Gama», «Scenas do Mondego - Pescadores», «Nas Praias - Espinho»,
«Casa de Camillo Castello Branco em S. Miguel de Seide»; retratos de Antero de Quental, «Camillo
Castello Branco - fallecido a 1 de Junho de 1890», Júlio César Machado, Silva Porto, Visconde de
Benalcanfor D. João da Câmara, Gervásio Lobato, João de Andrade Corvo, Tenente Azevedo
Coutinho, Major Henrique de Carvalho, tudo em boas gravuras abertas em madeira.
Encadernação recente, com a lombada em pele à cor natural decorada a ouro; com as capas da brochura
conservadas.
53 — ALMANACH POPULAR para 1878. (1º anno). Directores - Antonio de Sampaio e Marques
d’Oliveira. Porto. Typ. de Arthur José de Souza & Irmão. 1877. In-8.º peq. de 80 págs. E.
Neste curioso e raro almanaque colaboraram Alexandre Braga, Álvaro do Carvalhal, Antero, Camilo,
Cesário Verde, Eça de Queiroz, Garrett, Gomes Leal, Gonçalves Crespo, Guilherme de Azevedo,
Guilherme Braga, Herculano, João de Deus, João Penha, Joaquim de Araújo, Júlio César Machado,
Júlio Diniz, Junqueiro, Magalhães Lima, Maria Amália Vaz de Carvalho, Maximiano Lemos,
Ramalho, Sampaio Bruno, Silva Pinto, Soares de Passos, Teófilo Braga, etc.
Falta a capa da brochura anterior. Modestamente encadernado.
54 — ALMANAK POPULAR para o anno de 1852, Bissexto, publicado por Filippe
Folque, Fradesso da Silveira e Pereira d’Almeida. Lisboa. Imprensa Nacional. 1851. In-8.º
de LV-96 págs. B.
Almanaque muito curioso pelas informações que fornece para a reconstituição da vida e organização
de Portugal há já 150 anos. Artigos sobre adivinhação por meio dos horóscopos, quiromância,
máximas agrícolas populares, veterinária, etc.
Capa da brochura posterior em mau estado.
[26]
55 — ALMANACH TABORDA PARA O ANNO DE 1867. (Primeiro anno). Lisboa.
Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes. 1866. In-8.º de 224 págs. E. no mesmo
volume:
—— LOUREIRO (Urbano).- BOCAGE. Annuario de Cacholetas. 1868. [1.º anno]. Porto. Typographia
Lusitana. 1867. In-8.º de 175-I págs.
O Almanaque traz muitas informações úteis e vasta secção publicitária e, na II parte, dedicada à
«Litteratura», apresenta colaboração de Eduardo Garrido, Gomes de Amorim, Manuel Roussado,
Pedro Vidoeira, etc.
O livro de Urbano Loureiro, com textos polémicos e humorísticos, tem referências a Amélia Janny,
António Feliciano de Castilho, Arnaldo Gama, Bulhão Pato, João de Deus, Júlio César Machado,
Mendes Leal, Pinheiro Chagas, Teixeira de Vasconcelos, etc. Sobre Camilo e «A Doida do Candal»,
traz, de págs. 127 a 129 o artigo «O Nosso Primeiro Romancista».
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros românticos a ouro.
56 — ALMEIDA (António Ramos de).- EÇA. Livraria Latina Editora. Porto. [1945]. In-8.º de
402-II págs. E.
Segundo os editores, Ramos de Almeida demonstra, neste trabalho, “as suas excepcionais qualidades
de biógrafo, crítico literário e observador personalíssimo e arguto dos homens e das coisas”.
Encadernação com a lombada decorada com nervos e ferros dourados. Conserva as capas da brochura
e está inteiramente por aparar. Vestígios de um ex-libris mal removido.
57 — ALMEIDA (Fialho de).- A CIDADE DO VICIO. Porto. Ernesto Chardron, Editor. 1882.
In-8.º de 323-III págs. B.
Edição original de um dos mais estimados e invulgares livros do autor.
Pequena assinatura no frontispício.
58 — ALMEIDA (Fialho de).- MADONA DE CAMPO SANTO. Edição revista pelo auctor.
Coimbra. Augusto d’Oliveira - Editor. 1896. In-8.º peq. de 93-I págs. E.
Conto integrado na «Bibliotheca Internacional» dirigida por Eugénio de Castro e aqui aparecido pela
primeira vez.
Com a capa da frente conservada e modestamente encadernado. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos.
59 — ALMEIDA (Fialho de).- O PAIZ DAS UVAS. Com 49 desenhos de Julião Machado.
Reproducções de Guillaume Frères & Cª, de Paris. Lisboa. M. Gomes, Editor - Porto. Magalhães
& Moniz. MDCCCXCIII. In-8.º gr. de 248-II págs. E.
Primeira edição, de muito esmerada apresentação gráfica. No dizer de Fidelino de Figueiredo, trata-se
de “o mais belo e mais original livro de contos da moderna literatura portuguesa”. Os belos desenhos
de Julião Machado aparecem integrados nas páginas do texto.
Encadernação com cantos e lombada em chagrin, clareados em resultado de exposição à luz. Com as
capas da brochura preservadas mas um pouco aparado. (ver gravura na pág. 27)
60 — ALMEIDA (Fialho de).- PASQUINADAS. (Jornal d’um vagabundo). Livraria
Civilisação. Porto. [Typographia Elzeviriana. 1890]. In-8.º de 384 págs. E.
59 - ver pág. 28
Primeira edição de um dos muitos e interessantes volumes da bibliografia olisiponense. Com interessantes capítulos dos quais salientamos os seguintes: «As fotografias»; «Camilo»; «Os duelos»;
«Amadores de música»; «O teatro»; «A batalha das flores»: [O carnaval]; «Concurso de pintura histórica»:
[Tema: Vasco da Gama, partindo para a Índia]; «Lisboa monumental»; «A chegada de sua majestade»:
[D. Luis]; «Religião e toilette»; «Sara Bernhardt»; «O exército»; «Atentados ao pudor»: [Violência
Sexual]; «Rosas»; «Bezerro de Oiro»: [Teatro de Santa Rita no Salão da Trindade]; «Os jornalistas»;
«As casas»; «Alguns livros»; «Os Maias»; «Os evocadores de fantasmas»: [Magnetismo animal];
«Os pornográficos»; «Praias e termas»; «No Bussaco»; «Os pregões»; «O infante D. Augusto».
Ex-libris do camilianista Pedro Alvellos. Encadernação simples, sem as capas da brochura. Assinado
no anterrosto.
[28]
65 - ver pág. 31
68 - ver pág. 31
61 — ALMEIDA (Fialho de).- SAIBAM QUANTOS... (Cartas e artigos politicos). 1912.
Livraria Clássica Editora. Lisboa. In-8.º de 262-II págs. B.
Com relevância para a história da implantação da República. Primeira edição.
Assinado no frontispício.
62 — ALMEIDA (Fialho de).- VIDA IRONICA. (Jornal d’um vagabundo). Monteiro & Cª, editores. Lisboa. [1892]. In-8.º de 454-II págs. E.
Crónicas de variadíssimos temas, com especial incidência para as de carácter artístico, literário e
social. No fim do volume vem a «Ultima carta que escreveu Cezario Verde».
Encadernação editorial, manchada e solta do volume.
63 — ALMEIDA (Fialho de), GOMES (Abúndio) & PENTEADO (Manuel).- LIVRO PROHIBIDO. Profecias, farças e sandices. Lisboa. 1904. In-8.º gr. de 141-I págs. B.
Curiosa e contundente sátira aos costumes da época, com interessantes caricaturas de Celso Hermínio
e Francisco Teixeira.
Capa da brochura com uma mancha na parte superior.
64 — ALMEIDA (Fortunato de).- HISTORIA ANTIGA DOS POVOS ORIENTAES. Coimbra.
Francisco França Amado - Editor. 1902. In-8.º gr. de 76 págs. B.
Obra dividida em cinco partes: «Os Egypcios», «Os Babilónios e os Assyrios», «Os Phenícios»,
«Os Israelitas» e «Os Médos e os Persas». Muito invulgar.
Desconjuntado e com falta da capa da brochura posterior.
65 — ALMEIDA (Fortunato de).- HISTORIA DE PORTUGAL. Editor - Fortunato de Almeida.
Coimbra. 1922-1929. [Imprensa da Universidade]. 6 vols. In-4.º peq. E.
Obra das mais importantes da bibliografia do autor e também uma das mais conceitudas entre as que,
ao longo dos anos, têm vindo a ser consagradas ao estudo da nossa História. Primeira e cremos que
única edição publicada, bastante invulgar e muito estimada.
Bonitas encadernações com as lombadas em pele decoradas com nervos, ferros e dizeres dourados.
Capas da brochura preservadas e aparados só à cabeça. (ver gravura na pág. 29)
66 — ALMEIDA (Francisco Augusto de).- OS LUSIADAS DO SECULO XIX. Poema heroi-comico (Parodia) por... Lisboa. 1865-1884. 2 vols. In-8.º de 206 e 197-III págs. E.
Poucas vezes aparecem reunidos os dois volumes desta curiosa obra, talvez porque entre o seu aparecimento mediaram quase 20 anos.
Diz Alberto Pimentel que “o assunto da paródia, como o título indica, são os acontecimentos,
principalmente políticos, daquele século em Portugal”.
Com uma mancha que abrange as primeiras folhas do 1.º volume, o mais frequente dos dois.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
67 — ALMEIDA (João António de).- GARANTIA, SCIENCIAS E ESTUDOS SOBRE A NOBRE
ARTE DE CAVALLARIA E DIVERSAS ANTIGUIDADES EM PORTUGAL, por...
descendente do Marquez de Marialva. Porto. Typographia Commercial. 1874. In-8.º de 96 págs. E.
Opúsculo de cavalaria curioso e estimado, de escasso aparecimento no mercado livreiro.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
68 — ALMEIDA (Nicolau Tolentino de).- OBRAS COMPLETAS DE NICOLAU TOLENTINO
DE ALMEIDA. Com alguns inéditos e um ensaio biographico-critico por José Torres. 1861.
Editores - Castro, Irmão & Cª. Lisboa. In-4.º de 388-II-LXXXVI-X págs. E.
Boa edição das obras de um dos mais notáveis poetas satíricos portugueses, enriquecida com excelentes
e numerosas ilustrações caricaturais abertas em madeira por Nogueira da Silva. Primeira das duas
edições com as referidas ilustrações, a segunda das quais feita há algumas dezenas de anos e publicada
na colecção «Ronda».
Rica encadernação inteira em pele, com belíssimos ferros a ouro na lombada, pastas e seixas, com
algumas manchas. (ver gravura na pág. 30)
[31]
69 — ALMEIDA (Nicolau Tolentino de).- OBRAS POETICAS DE NICOLÁO TOLENTINO
DE ALMEIDA. Lisboa, Na Regia Officina Typografica. Anno M.DCCCI. 2 vols. In-8.º peq. de
231-I e 222-I págs. E.
É a edição original das obras poéticas de Tolentino, a que mais tarde viria a juntar-se um terceiro volume,
publicado apenas em 1836. Rara.
Encadernações da época, em carneira.
70 — ALMEIDA (Nicolau Tolentino de).- OBRAS POETICAS DE NICOLAO TOLENTINO
DE ALMEIDA. Nova edição. Lisboa, 1828. Na Typographia Rollandiana. 3 vols. In-12.º E.
O terceiro volume comporta as «Obras Posthumas» do grande poeta satírico que foi Nicolau Tolentino
de Almeida. Muito invulgar.
Encadernações inteiras em pele, da época, interiormente forradas com bonito papel pintado da época.
71 — ALMEIDA (Rodrigo Vicente de).- DOCUMENTOS INEDITOS, colligidos por... Porto.
Typographia Elzeviriana. MDCCCLXXXIII. In-8.º gr. de VIII-53-III págs. B.
Documentos assim descritos no índice: «Thesouro do Infante D. Diniz. Anno 1278»; «Prata d’El-rei
D. Affonso III. Herança de seu filho D. Diniz (1279)»; «Presentes de D. Diogo de Souza, arcebisbo de
Braga, a D. João III (1529)»; «Da vida e obras do arcebispo D. Diogo de Souza».
Muito esmerada edição impressa sobre papel de linho, em tiragem limitada a 200 exemplares. Segundo
volume da colecção «História da Arte em Portugal», dirigida por Joaquim de Vasconcelos.
Dedicatória de Rodrigo Vicente de Almeida. Com a capa da brochura da frente danificada e falta da
posterior.
72 — ALMEIDA (Tiago de).- IN MEMORIAM. Colegas e Amigos. Araújo & Sobrinho, Suc.rs.
Pôrto. 1936. In-8.º gr. de 148-VIII págs. E.
“Escritas aqui e ali, espalhadas no tempo e no espaço, as palavras dêste livro constituem um tributo de
saudade e uma homenagem de respeito às qualidades superiores que tanto enobreciam caracteres
primorosos que eu pude conhecer”. Evocações acompanhadas dos retratos de Clemente Joaquim dos
Santos Pinto, Roberto Belarmino do Rosário Frias, Lopo José de Figueiredo Carvalho, Jorge Maria
Petit de Barcelos Pinheiro, António de Azevedo Maia, António João da Cunha, Adolfo Augusto
Vasconcelos d’Artayett, Pedro Augusto Dias, António de Pádua, António de Sousa Magalhães Lemos,
José Maria de Oliveira e Policarpo António Esteves Galião. Excelente edição em muito encorpado
papel couché.
Dedicatória autógrafa da viúva do Autor. Com as capas da brochura conservadas, mas modestamente
encadernado.
73 — [PORTO]. ALVARÁ OFICIAL MANUSCRITO DO BISPO DO PORTO, D. FR. JOÃO
RAFAEL DE MENDONÇA.
“Pello prezente Alvará damos Nossa authoridade e consentimento a Rodrigo da Silva Maya,
e sua m.er Catharina de (?) Mª Jozé desta Cid.e p.ª que p.lo tempo de tres annos possão hypothecar
á Irmandade de N. Snr.ª da Assumpção dos Clerigos pobres hua morada de cazas, que possuem
na rua da Ponte nova foreira á Nossa Mitra, á quantia de tres mil cruzados, de que são devedores
á d.ª Irmand.e; não sendo em perjuizo de terceiro, nem da Nossa Mitra: e este será incorporado
na Escriptura, que se fizer da dª hypotheca. Dado no Porto sob Nosso Signal, e sello de Nossas
Armas aos 28 de Fever.º de 1788. (...)”Com o selo branco e a assinatura “Bipo do Porto”. Dim.
21 x 30 cm. (ver gravura na pág. 33)
74 — ÁLVARES (Afonso).- AUTO DE SANCTA BARBARA, Virgem e Martyr, filha de Dioscoro,
Gentio. Composto por... Porto: 1863. Na Typographia da Revista. In-4.º de 16 págs. B.
Folheto de cordel publicado na colecção «Livraria do Povo», tendo no frontispício, com uma cercadura
formada por pequenas gravuras em madeira, uma figura representativa de Santa Bárbara. Texto
[32]
.../...
73 - ver pág. 32
81 - ver pág. 35
composto a duas colunas.
Forjaz de Sampaio no seu «Teatro de Cordel» omite esta edição; o «Catálogo da Literatura de Cordel Colecção de Jorge de Faria», redigido por José Oliveira Barata e Maria da Graça Pericão, regista várias
edições deste Auto, não referindo esta; Arnaldo Saraiva também não o possui na sua excelente colecção,
como o não possui a magnífica colecção de «Literatura de Cordel» da Fundação Calouste Gulbenkian.
75 — ALVAREZ (Domingos).- DESTINO. 1.ª edição. Lisboa. 1958. In-8.º de 107-III págs. B.
Poema em IV cantos, prefácio e posfácio. Edição anterior à que, com melhor aspecto gráfico e indicação
de 1º milhar, foi publicada em 1960 e que também consta deste catálogo, sendo esta a verdadeira
primeira edição, provavelmente mais reduzida.
Dedicatória do autor.
76 — ALVAREZ (Domingos).- DESTINO. Edição comemorativa do V Centenário da morte do
Infante D. Henrique. 1.º milhar. Lisboa. MCMLX. [Tipografia Silvas, Limitada. Lisboa]. In-4.º
de 91-V págs. B.
Poema com capa e desenhos de P. Jorge Pinto, impresso a duas cores em bom papel.
Dedicatória do punho do autor.
77 — ALVELLOS (Pedro).- PASCOAES A ARDER. Amarante, 1979. In-8.º gr. de 29-I págs. B.
A propósito de um artigo publicado no «Jornal de Amarante», intitulado «O nosso conterrâneo Teixeira
de Pascoaes. A eliminação Pelas tácticas do «Silêncio» e do «Auto de Fé»».
Edição do autor, decerto muito reduzida.
78 — ALVELLOS (Pedro).- PASCOAES E A AMARALADA. Edição do autor. Amarante.
1980. [Empresa Industrial do Marão, Ldª]. In-4.º de 55-I págs. B.
Entre as páginas do texto do camilianista Pedro Alvellos, consta o fac-símile de uma carta de Unamuno
para o Poeta amarantino. Edição decerto reservada a pequeno número de destinatários.
79 — ALVELLOS (Pedro).- OS PELOURINHOS DA REGIÃO DE TURISMO DA SERRA DO
MARÃO. (Defendendo o Turismo do Norte de Portugal). Com um posfácio por Fernandes
David. Edição da Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão. Vila Real. 1967. In-4.º
de 33-XI págs. B.
Comunicação apresentada ao II Congresso Nacional de Turismo, realizado na cidade de Lourenço Marques,
de 17 a 24 de Outubro de 1966. Edição cuidada, com reproduções fotográficas de 18 pelourinhos.
Exemplar nº 1 da tiragem especial de 2, em papel couché, numerados e assinados pelo autor.
80 — ALVES (Alfredo).- DOM HENRIQUE O INFANTE. Memoria Historica. Porto.
Typographia do «Commercio do Porto». 1894. In-fólio de 125-III págs. B.
Trabalho distinguido com o “Primeiro premio de concurso no quinto Centenario”. Capa litografada a cores.
capa e algumas outras folhas com manchas de acidez. Desconjuntado.
81 — ALVORADA. Revista Litteraria Mensal. Directores Paulo Osorio e Jayme de Faro.
Representante em França Louis-Pilate de Brinn’ Gaubast. Porto. Typographia Cunha & Comp.ª
1897. In-4.º de II-135-I págs. E.
Colecção completa desta interessante e rara revista que, além de apresentar várias referências a Camilo,
se encontra enriquecida com colaboração em prosa e verso de Albertina Paraizo, Alfredo Gallis, Ana de
Castro Osório, Bulhão Pato, Guerra Junqueiro (traduzido por Philéas Lebesgue), Joaquim de Araújo,
Júlio Dantas, Júlio de Lemos, Louis-Pilate de Brinn’ Gaubast, Mariano Gracias, Paulo Osório, Queirós
Ribeiro, Teixeira de Pascoaes, Teófilo Braga, Trindade Coelho, Xavier de Carvalho, etc. Retratos de
Trindade Coelho, Júlio Dantas, Albertina Paraizo, Júlio de Lemos e Gonçalves Cerejeira.
Dedicatória autógrafa de Paulo Osório para Manuel de Moura. Encadernação não contemporânea, com
lombada e cantos em pele, só de leve aparado à cabeça e com a capa da brochura anterior conservada.
Com dois ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez, um dos quais camiliano. (ver gravura na pág. 34)
[35]
86 - ver pág. 37
82 — AMADO (José de Sousa).- COMPENDIO DE GEOGRAFIA DAS PROVINCIAS
E COLONIAS PORTUGUEZAS D’ALÉM MAR, na Europa, Africa, Azia e Australasia.
Seguido de nove Cartas das mesmas possessões, que são as de: Açores, Archipelago da Madeira,
Cabo Verde, Guiné, Angola, S. Thomé e Principe, Moçambique, Damão, Goa, Macào e Timor.
Terceira Edição, Approvada pelo Conselho Geral de Instrucção Publica. Lisboa. Na Typographia
Universal de Thomaz Quintino Antunes. 1874. In-8.º gr. de 16 págs. Desenc.
Com as nove cartas geográficas, litografadas e impressas em folhas desdobráveis de grandes dimensões.
Muito invulgar.
83 — AMADO (José de Sousa).- HEROISMO DA JOVEN E ILLUSTRE SENHORA PORTUGUEZA D. ISABEL JULIANA DE SOUSA visavó da actual Duqueza de Palmella e dos
Marquezes de Monfalim, e de Cezimbra ou o Marquez e Marqueza de Pombal humilhados,
confundidos, vencidos. Publicação de dois manuscriptos e observações sobre os mesmos pelo
Padre... Lisboa. Typographia Universal. 1882. In-8.º de 32 págs. B.
Curioso e invulgar folheto a juntar às colecções pombalinas.
84 — AMARAL (António Pais Dias do).- O CORAÇÃO D’UM BANDIDO. Drama em dois
actos traduzido livremente do hespanhol por... Representado com applauso no Theatro
d’Alpedrinha. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1858. In-8.º gr. de 64 págs. B.
Autor não registado por Inocêncio. Com a curiosidade de ter sido representado em Alpedrinha, Beira
Interior.
85 — AMARAL (Augusto Ferreira do).- A ACALMAÇÃO DE D. MANUEL II. Estudo histório-político do primeiro ministério de D. Manuel II, baseado em numerosos documentos inéditos,
incluindo cartas do Rei. Empresa Nacional de Publicidade. [Lisboa. 1966]. In-8.º de 365-III págs. B.
Trabalho de investigação histórica sobre o período que imediatamente sucedeu ao regicídio, “período
durante o qual meu bisavô paterno, o almirante Ferreira do Amaral, presidiu ao ministério que foi
o primeiro do reinado de D. Manuel II” e cujo governo foi chamado da «Acalmação». Com estampas
em folhas à parte.
86 — AMARAL (Eloy do) & MARTHA (M. Cardoso).- ANÍBAL FERNANDES TOMÁS. “InMemoriam” organizado por... Lisboa. 1923. Livraria Universal de Armando Tavares. In-4.º de
XVI-239-I págs. E.
Textos inéditos de Brito Aranha, Delfim Guimarães, H. de C. Ferreira Lima, Frazão de Vasconcelos,
João de Barros, Afonso Lopes Vieira, Sampaio Bruno, Teófilo Braga, Henrique Marques, Raul
Brandão, Mendes dos Remédios, Braamcamp Freire, D. José Pessanha, Cardoso Martha e Sanches da
Gama, entre outros; transcrição de cartas dirigidas a Aníbal Fernandes Tomás por Camilo Castelo
Branco, A. A. da Fonseca Pinto, Filipe Simões, Adolfo Varnhagen, Guilherme de Azevedo, Guiomar
Torrezão, Joaquim de Vasconcelos, José Feliciano de Castilho, Luciano Cordeiro, Teófilo Braga, etc.;
Biobibliografia de Álvaro Neves. Edição cuidada, em tiragem única de 150 exemplares numerados,
assinados pelos autores.
Dedicatória de Eloy do Amaral para Ribeiro Cristino. Boa encadernação à amador à cor natural, com rótulos escuros, capas da brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça. (ver gravura na pág. 36)
87 — [AMARANTE / INVASÕES FRANCESAS]. No fim: LISBOA, NA IMPRESSÃO
REGIA. Anno 1809. In-4.º peq. de 11-I págs. E.
Opúsculo sem frontispício próprio, título ou autor, referente às Invasões Francesas, começando o texto
com as seguintes palavras: “AMARANTE, aonde unicamente se encontrão as espantosas ruinas de
seus bellos, nobres, e antigos edificios, queimada, e inteiramente destruida, quasi que vai a desapparecer á face da terra; mas ella leva consigo o prazer, e a gloria de que suspendeo em Junho de 1808
a rápida marcha do ímpio Loison, e de que salvou em Abril de 1809 as duas Provincias de Tras-os-Montes, e Beira (...)”
Encadernação à amador, nova.
[37]
88 — AMARO (Ana Maria).- DAS CABANAS DE PALHA ÀS TORRES DE BETÃO, ASSIM
NASCEU MACAU. Universidade Técnica de Lisboa / Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas. Livros do Oriente. [1998]. In-4.º de 251-I págs. B.
“(...) O objectivo deste nosso trabalho é (...) através de uma abordagem interdisciplinar, estudar os
principais factores que, ao longo dos quatrocentos anos de história de Macau, fizeram crescer a cidade
das cabanas de palha, estabelecida por cerca de 900 homens em meados do séc. XVI, até à actual
cidade das torres de betão, onde cerca de meio milhão de habitantes tentam organizar-se para enfrentar
a maior das mudanças até hoje sofrida, prevista para 1999.”
Edição cuidada, muito ilustrada com reproduções de iconografia antiga e moderna impressa em bom papel.
89 — AMEAL (João).- CLARIDADE. Prosas contemporaneas. «Lvmen». Empresa
Internacional Editora. 1925. In-8.º gr. de VIII-256 págs. E.
Um dos mais invulgares livros do autor, de que aqui deixamos o título de alguns capítulos: Nacionalismo,
A dôr de Camilo, Coimbra, A geração moderna, Lisboa, O poeta das asas [Sarmento de Beires], A voz dos
mortos, A festa da Raça, Eça de Queirós ressuscitado, Os esquecidos [a propósito da estátua a erigir em
homenagem a Camilo], O Poeta e a Morte [sobre António Patrício], Mussolini, A morte do «jazz-band»,
Fialho e o Eça, As mulheres na literatura, António Sardinha, Elogio do Sebastianismo, Deus.
Encadernação com cantos e lombada em pele, com as capas da brochura conservadas e apenas aparado
à cabeça.
90 — AMEAL (João).- HISTÓRIA DE PORTUGAL. Das Origens até 1940. Sexta edição.
Livraria Tavares Martins. Porto / 1968. In-4.º de XVI-846-II págs. B.
Cuidada edição das muitas que desta popular obra foram publicadas.
91 — AMEAL (João) & CAVALHEIRO (Rodrigues).- ERRATAS À HISTÓRIA DE PORTUGAL. De D. João V a D. Miguel. Porto. 1939. In-4.º de XIV-343-I págs. E.
“... durante o século XX, após o largo período das guerras civis, os representantes da facção liberal
vitoriosa se entregaram a uma deformação sistemática da nossa História. Os vencidos não eram
apenas os soldados de D. Miguel; eram os princípios fundamentais da Tradição portuguesa, as suas
crenças, as suas instituições, os seus costumes, as suas vélhas glórias católicas e monárquicas”.
Sóbria encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
92 — AMEAL (João) & GUIMARÃES (Luís de Oliveira).- AS CRIMINOSAS DO CHIADO.
1925. Edição de João Romano Torres & Cª. Lisboa. In-8.º de 210-II págs. B.
“As lindas mulheres loiras que são, afinal, mercenarias perfidas de crime; o insinuante e apavorante sortilegio
da cocaina, devastadora de mocidades; a elegancia inteligente na arte maquiavelica do roubo em plena
cidade das cinco horas - tudo isto, nós que o conhecemos de perto, quizémos pôr sob os olhos do publico...”
Capa da brochura ilustrada.
93 — AMOR DE PERDIÇÃO. Adaptação cinematográfica do célebre romance de Camilo
Castello Branco. (Invicta Film - Porto). S.d. folha com as seguintes dim. 28 x 29,5 cm.
Folha raríssima, com a «Súmula do Romance», um artigo intitulado «Camilo Castello Branco», tendo
no fim os nomes dos actores (António Pinheiro, Iréne Grave, Alfredo Ruas, Pato Moniz, Brunilde
Júdice, Luís Leitão, Samuel Diniz e Maria Júdice), retratos de Camilo, Alfredo Nunes de Matos,
Mr. Georges Pallu, Anónio Pinheiro, Irene Grave, cenas do filme e vários desenhos.
A folha está solta, dobrada, dentro de uma pasta-encadernação, tendo o título dourado num rótulo colado
na pasta da frente.
94 — AMORIM (Francisco Gomes de).- FRUCTOS DE VARIO SABOR. Lisboa. Imprensa
Nacional. 1876. In-8.º de 348-IV págs. B.
Livro constituído pelos seguintes capítulos: «Os Imperadores do Brazil em Portugal», «As Roseiras
do Amor», «Angelo Cardoni», «Saudades», «Scenas da Edade Média», «Salvador Rosa» e «Aventuras
de um defunto».
[38]
95 — AMORIM (Jaime Lopes de).- INFLU NCIA DA POLÍTICA ADUANEIRA DA GRÃBRETANHA SOBRE O COMÉRCIO DE VINHOS NESTE PAÍS. 1942. Edição do Instituto do
Vinho do Pôrto. In-4.º de 81-III págs. B.
Separata dos «Anais do Instituto do Vinho do Pôrto». Dedicatória autógrafa do autor.
96 — ANATHEMA. Numero unico. [Coimbra. Imprensa Independencia. 1890]. In-fólio de 46-II págs. B.
Publicação suscitada pelo Ultimatum inglês. Colaboração de Albertina Paraizo, Alves Mendes, Antero,
Bernardino Machado, Bulhão Pato, Cesare Lombroso, Eça, Emília Pardo Bazán, Fialho, Gomes Leal,
Guiomar Torrezão, Jaime de Magalhães Lima, João de Deus, João Penha, Joaquim de Araújo,
Junqueiro, Maria Amália Vaz de Carvalho, Oliveira Martins, Py y Margall, Silva Pinto e Teófilo Braga,
entre muitos outros, portugueses e estrangeiros. De Camilo insere o «Fragmento de um poema inédito
intitulado Exterminio de Inglaterra».
Capa da brochura sugestivamente ilustrada por Rafael Bordalo Pinheiro, capa que apresenta defeitos
na lombada.
97 — ANDRADE (Abel [Pereira de]).- A VIDA DO DIREITO CIVIL. Coimbra. Imprensa da
Universidade. 1898. 5 opúsculos In-4.º peq. em 1 vol. E.
Obra assim dividida: “Opusculo I. Introducção. Estudo sobre a questão social: Opusculo II. Parte I.
Natureza do Direito; Opusculo III. Parte II. Direito Social; Opusculo IV. Parte III. Codigos de direito
civil; Opusculo V. Parte IV. Applicações anthropologico-sociaes. Fasciculo I.”
O Autor, natural de Vila do Conde, foi advogado e ilustre professor catedrático de Direito Penal da
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, de que foi director, além de ter exercido outros
importantes cargos; desempenhou lugares de responsabilidade política e, reproduza-se por curiosidade
o que vem relatado na G. E. P. B: “Bateu-se em duelo à pistola, duas vêzes, a primeira, em 1901, com
o então Ministro da Justiça, José Maria de Alpoim, por um incidente parlamentar, e a outra com
o Dr. Aníbal Soares, por causa de um artigo de jornal”, não referindo a Enciclopédia quais os resultados
destes duelos. Colaborou em numerosas publicações periódicas e deixou importante bibliografia jurídica.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
98 — ANDRADE (Eugénio de).- DAQUI HOUVE NOME PORTUGAL. Antologia de
verso e prosa sobre o Porto, organizada e prefaciada por... Editorial Inova Limitada. [Porto.
1968]. In-4º de 391-XI págs. E.
Bela antologia de textos em prosa e verso dedicados à cidade do Porto, assinados por Fernão Lopes,
Zurara, Camões, Frei Luís de Sousa, Garrett, Herculano, Camilo, Arnaldo Gama, Ramalho, Júlio
Diniz, Oliveira Martins, Eça, Alberto Pimentel, António Nobre, Raul Brandão, Pascoaes, Aquilino,
Almada, José Régio, José Gomes Ferreira, Torga, Nemésio, Jorge de Sena, Agustina, etc., etc.
A edição, de bela concepção gráfica e impressa em bom papel, foi enriquecida com um admirável
conjunto de algumas dezenas de fotografias assinadas por Fernando Aroso, Lagôa Henriques,
Fotografia Beleza, Pires de Castro, António Mendes, Tavares da Fonseca, Teófilo Rego, etc. e ainda
com numerosas reproduções de gravuras e litografias antigas, a cores e a negro.
EXEMPLAR DA TIRAGEM ESPECIAL DE 1500, todos numerados e assinados por Eugénio de
Andrade. “Destinados, exclusivamente, a acompanhar esta tiragem, reproduziram-se a cores dez quadros com motivos do Porto” da autoria de Pousão, Eduardo Viana, Abel Salazar, Dordio, Alvarez,
António Cruz, Augusto Gomes, Resende e Armando Alves. Edição logo esgotada.
Encadernação dos editores, em tela. Estojo próprio, em cartão, ilustrado a cores com a reprodução da
primeira folha do foral dado por D. Manuel à cidade do Porto, estojo que se encontra defeituoso.
(ver gravura na pág. 39)
98 - ver pág. 40
99 — ANDRADE (Eugénio de).- EROS DE PASSAGEM. Poema de... Desenhos de J. Rodrigues.
[Tipografia Arcanjo Ribeiro. 1968]. In-8.º gr. oblongo B.
Edição de muito original concepção gráfica assinada por Armando Alves. Os versos de Eugénio de Andrade,
em folhas soltas, intercalam com os dez desenhos de José Rodrigues, impressos em papel muito encorpado.
Primeira edição limitada a 500 exemplares numerados, assinados pelo poeta e pelo artista.
Estojo em cartão preto, com dizeres a ouro na sua face frontal. Dedicatória autógrafa do poeta.
(ver gravura na pág. 41)
[40]
100 — ANDRADE (Eugénio de).- OSTINATO RIGORE. Guimarães Editores. [Lisboa. 1964].
In-4.º gr. de 42-VI págs. B.
Primeira edição, integrada na bela «Colecção Poesia e Verdade».
Ex-libris de João Joaquim Gonçalves Ribeiro. Capa da brochura com uma mancha.
(ver gravura na pág. 41)
101 — ANDRADE (Eugénio de).- POESIA E PROSA. [1940-1979]. Prefácio de Óscar Lopes.
Imprensa Nacional-Casa da Moeda. [Lisboa. 1980]. 2 vols. In-4.º de VI-C-283-XV e 400-XII
págs. B.
Primeira edição desta excelente antologia da obra de Eugénio de Andrade, valorizada com o extenso
e importante trabalho preliminar de Óscar Lopes intitulado «Uma Espécie de Música». Retratos do
poeta por José Rodrigues e Armando Alves. Obra integrada na «Biblioteca de Autores Portugueses».
Capa da brochura do 1º volume com alguma sujidade.
102 — ANDRADE (Fernando de).- A SHORT HISTORY OF THE SPANISH HORSE AND OF
THE IBERIAN “GINETA” HORSEMANSHIP FOR WHICH THIS HORSE IS ADAPTED.
Lisbon. MCMLXXIII. [Oficinas de S. José]. In-4.º oblongo de 74-II págs. B.
Cuidada edição em papel couché com numerosas fotogravuras de cavalos e cavaleiros, interessando
também à tauromaquia portuguesa.
99 - ver pág. 40
103 — ANDRADE (Ferreira de).- A FREGUESIA DE S. CRISTÓVÃO. Subsídios para a história
das suas ruas, palácios e igreja paroquial. Prefácio de Luís Pastor de Macedo. Lisboa. 1944-1945. [Oficinas Gráficas da C. M. L.]. 2 vols. In-8.º gr. de 312 e 301-III págs. E.
Achega importante para a história olisiponense, documentada com valiosa iconografia nas páginas do
texto e em separado.
Exemplar n.º 2 da Tiragem Especial de 100, em papel de melhor qualidade. Ricas encadernações inteiras
em pele, com as lombadas decoradas com ferros a ouro em casas fechadas, largas cercaduras nas pastas,
seixas também douradas, como dourado está o corte superior das folhas.
104 — ANDRADE (Ferreira de).- HOMENS DO PORTO QUE ESCREVERAM SOBRE LISBOA.
Lisboa. 1950. In-4.º gr. de 20 págs. E.
Conferência realizada em 22 de Dezembro de 1945 na Casa do Distrito do Porto pelo Grupo «Amigos
de Lisboa», publicada em separata da «Revista Municipal». Referências a António de Sousa de
Macedo, Garrett, Sousa Viterbo, Júlio Diniz, Ramalho, Joaquim de Vasconcelos, Alberto Pimentel,
António Nobre, Alberto de Oliveira, etc. Estampas em separado e caricaturas de Rafael Bordalo
Pinheiro, Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, Manuel Monterroso e Leal da Câmara.
Boa encadernação com a lombada em pele, tendo as capas da brochura conservadas.
105 — ANDRADE (Ferreira de).- PALÁCIOS REAIS DE LISBOA. (Os dois Paços de
Xabregas, o de S. Bartolomeu e o da Alcáçova). 1949. [Editorial Império. Lisboa]. In-4.º de 144-II págs. B.
Monografia de considerável importância para a bibliografia arquitectónica olisiponense, ilustrada com
estampas em papel couché e desenhos nas páginas do texto. Com dedicatória autógrafa do autor.
106 — ANDRADE (Jacinto Freire de).- VIDA DE DOM JOAO DE CASTRO QUARTO VISO
REI DA INDIA. Nova Ediçaõ. Lisboa, na Typographia Rollandiana. 1839. In-8.º peq. de VI341-III págs. E.
100 - ver pág. 42
Página fundamental para a história da presença de Portugal na Índia, ela contribuiu também, segundo
a opinião de Pedro José da Fonseca, “para o restabelecimento da pureza, gravidade e elegancia da boa
lingoagem antiga, que se achava corrompida nos escriptos dos auctores contemporaneos”. Edição ilustrada com 3 gravuras em chapa de cobre representando a Cruz de Meliapor, o retrato de Coge Çofar
e, em folha desdobrável, a fortaleza de Diu durante o seu segundo cerco, encimada com o retrato de
D. João de Mascarenhas.
Encadernação da época, em pele.
[42]
107 — ANDRADE (Jacinto Freire de).- VIDA DE DOM JOÃO DE CASTRO, QUARTO
VISO-REI DA INDIA; Para uso dos meninos que cuidadosamente frequentam as escólas.
Novissima edição. Porto, Na Typographia da Revista. 1859. In-8.º peq. de 335-I págs. E.
Tem no frontispício uma curiosa gravura em madeira representando uma sala de aula, com mestre
e alunos. Paralelamente ao frontispíco está outra gravura em madeira representando D. João de Castro.
Boa encadernação inteira em pele, da época.
108 — ANDRADE (Zulmira da Costa Ferreira de Melo Freire de).- A CASA DAS AGRAS
E SUAS ALIANÇAS. Braga. 1962. In-4.º gr. de 54-II págs. B.
Trabalho baseado num nobiliário manuscrito da Casa das Agras, da Póvoa de Lanhoso, tendo como
apresentação ao trabalho da autora um texto do Padre Arlindo Ribeiro da Cunha. Reduzida separata de
«O Distrito de Braga».
109 — O ANNO DE 1831 OU CARTA DE UM ILLUSTRE PERSONAGEM AO PRINCIPE
DE METTERNICH, DEDICADA A CARLOS DECIMO. Traduzida do hespanhol por***
Lisboa: 1836. Typographia de J. P. F. Telles. In-8.º gr. de II-VII-I-39-I págs. B.
110 — O ANTIQUARIO CONIMBRICENSE. Num. 1. Julho 1841 [a nº 9, Março 1842.
Coimbra. Imprensa da Universidade]. In-4.º gr. de 72 págs. E.
É a colecção completa deste importante periódico coimbrão, acerca do qual Carneiro da Silva no seu
modelar trabalho «Jornais e Revistas do Distrito de Coimbra» escreveu: “Publicação para eruditos, de que
foi director o Pe. Manuel da Cruz Pereira Coutinho, prior da Sé Velha. A colecção dos nove números publicados forma um volume de 72 páginas, que se considera obra rara e de valor. Dedicou-se especialmente à
divulgação de documentos existentes no Arquivo Municipal (...) do extinto arquivo do Mosteiro de Santa
Cruz reproduzindo em fac-símile alguns deles. É um excelente auxiliar para a leitura dos manuscritos
arcaicos, cuja leitura é facilitada pela interpretação paleográfica dos textos”. Insere, além das peças paleográficas referidas, várias litografias com inscrições lapidares e respectivas leituras.
Encadernação simples, da época. (ver gravura na pág. 43)
111 — ANTIQVA. Se vend a Paris en la Rve de Beavne L’enseigne du Pot Cassé. S.d. 3 obras
ou vols. In-8.º B.
Colecção de esmerada e bela apresentação clássica, numerada e em papel superior. As três obras que
constituem este conjunto são: «Iphigénie», de Euripede, traduzida do grego por Nicolas-Louis Artaud
e ilustrada por Andrée Riquier; «Satires d’Horace», traduzidas do latim por Jules Janin e ilustrada a
partir de documentos antigos por George Scharf; «Les Bucoliques et les Géorgiques», de Virgílio,
traduzidas do latim por M. Charpentier e ilustrada por Geneviève Rostan.
112 — ANTOLOGIA DE AUTORES FAMALICENSES. [Câmara Municipal de V. N. de
Famalicão]. 1998. [Editora Correio do Minho/SM. Braga]. In-4.º de XV-I-704 págs. B.
110 - ver pág. 44
Volume colaborado por Elzira Machado Rosa, Emília Sampaio Nóvoa, Alice Santos, Raul Rego, Abel
Melo e Costa, Manuel Simões e Alexandrina Costa. “(...) pensando em termos da sua valorização
regional deverá ser referido antes de mais que são do Vale do Ave alguns dos maiores Escritores
Portugueses e que deverão ser particularmente valorizadas as circunstâncias e os conteúdos do espaço
regional em que nasceram em termos de aproximação/valorização especial junto dos jovens e famalicenses que amam a sua terra.
“(...) Na poesia e na prosa, na história ou direito, no romance ou no conto, perpassam assim em galeria
secular e com visibilidade em todo o mundo vasto de lusofonia autores que desfolham suas vidas
e páginas em Famalicão mas cujo pensamento, grandeza e espírito eram teluricamente universais,
vaguearam pelo Mundo e se aproximaram de nós, como qualquer Xavier de Maistre, Pellico ou
Whitman.” São naturais de Famalicão, entre muitos outros, Vicente Arnoso, Júlio Brandão, Gonçalves
Cerejeira, Bernardino Machado, Casais Monteiro, Ana Plácido, Alberto Sampaio e Nuno Simões.
Tiragem limitada a 1000 exemplares.
[44]
113 — D. ANTÓNIO, BISPO DO PORTO.- CARTA E GRANDE CARTÃO, datados respectivamente de 15 de Maio de 1956 e 16 de Maio do mesmo ano. Dim. 22 x 31 e 13 x 9 cm.
A carta, policopiada mas assinada pelo punho de D. António, diz: “Vai finalmente realizar-se aquilo
que estava nos votos de todas as pessoas socialmente conscientes do Porto, a fundação duma
Associação de Cultura e Serviço Social, que, além de outras realizações futuras, promoverá imediatamente a criação dum Instituto de Serviço Social. (...)
“Com o maior empenho pedia a V. Ex.ª se dignasse permitir a inclusão do Seu nome entre os Sócios
promotores da mesma Associação.
“Em razão da urgência dos trabalhos preparatórios, que se ordenam para que o Instituto comece a funcionar já no próximo ano lectivo, permitia-me esperar a gentileza duma resposta de V. Ex.ª, que confio
absolutamente seja favorável, até ao próximo dia 25 do corrente. (...)”
O cartão, com as insígnias bispais, manuscrito e assinado por D. António, deve ter sido enviado ao
mesmo destinatário, envia cumprimentos e pede ao destinatário o favor de “aceitar o lugar de Vogal do
Conselho de Direcção, no próximo triénio”, provavelmente da Associação a que a carta faz referência.
114 — ANTÓNIO (Marco).- REPUBLICANIADAS. Lisboa. Editado por Jayme Marques.
1913. In-8.º gr. esguio de 96 págs. B.
“Apeteceu-me parodiar Camões, como me poderia ter dado para parodiar Guerra Junqueiro ou Afonso
Lopes Vieira. E visto que todas as liberdades são agora moeda corrente n’este liberalissimo paiz, livre
fica a critica de me zurzir á vontadinha”; “Aqui se dá a cada um conforme a sua precisão: menos aos
monarchicos - que é cobardia malhar em quem está por baixo -, mais aos republicanos, que bem
precisam para vêr se entram no bom caminho”.
Capa da brochura curiosamente ilustrada por Almada Negreiros.
115 — ANTUNES (Alfredo).- SAUDADE E PROFETISMO EM FERNANDO PESSOA.
Elementos para uma Antropografia Filosófica. Publicações da Faculdade de Filosofia. Braga.
1983. In-4.º de 542-II págs. B.
“Poderá parecer temerário erguer um volumoso estudo sobre a saudade de um homem que, em várias
ocasiões afirmou não ter jamais sentido «saudades de alguma coisa», ou, quando muito, tê-las sentido
apenas «literariamente». Mas Fernando Pessoa é, ele mesmo, um «paradoxo» e, como tal, é possível
ver nele a mesma sinceridade quer quando faz tais afirmações, quer quando diz simplesmente: «Tenho
saudades de tudo...»”.
116 — ANTUNES (António Lobo).- D’ESTE VIVER AQUI NESTE PAPEL DESCRITO.
Cartas da Guerra. Organização Maria José Lobo Antunes, Joana Lobo Antunes. Dom Quixote,.
[Publicações Dom Quixote. Lisboa. 2005]. In-4.º peq. de 431-I págs. E.
“As cartas deste livro foram escritas por um homem de 28 anos na privacidade da sua relação com a
mulher, isolado de tudo e de todos durante dois anos de guerra colonial em Angola - sem pensar que
algum dia viriam a ser lidas por mais alguém.
“Não vamos aqui descrever o que são estas cartas: cada pessoa irá lê-las de forma diferente, seguramente distinta da nossa. Mas qualquer que seja a abordagm, literária, biográfica, documento de guerra
ou história de amor, sabemos que é extraordinária em todos esses aspectos (...)” Edição cuidada,
ilustrada com fotogravuras, fac-símiles e outros documentos iconográficos. Primeira edição.
Encadernação dos editores.
117 — ANTUNES (António Lobo).- EU HEI-DE AMAR UMA PEDRA. Romance.
Estabelecimento do texto por Graça Abreu. *Edição ne varietur de acordo com a vontade do
autor. Coordenação de Maria Alzira Seixo. Dom Quixote. [Lisboa. 2004]. In-4.º peq. de 616-IV
págs. B.
Um dos romances mais representativos da Obra deste grande Autor, sem dúvida dos mais estimados
da literatura portuguesa dos nossos dias. Primeira edição, integrada na «Obra Completa. Edição ne
varietur».
[45]
122 - ver pág. 47
118 — ANTUNES (António Lobo).- LETRINHAS DE CANTIGAS. Dom Quixote. [Lisboa.
2002]. In-8.º de 55-I págs. B.
“Esta edição (inédita e irrepetível) comemorativa dos 20 anos de Trabalho de antónio Lobo Antunes
com as Publicações Dom Quixote, não pode ser vendida (...)”
119 — ANTUNES (António Lobo).- O MANUAL DOS INQUISIDORES. Círculo de Leitores.
[Printer Portuguesa. Lisboa. 1996]. In-8.º gr. de 412 págs. B.
Edição original deste assinalável romance, de cujo autor Maria Virgínia Aguiar disse: “Se houver alguma
coisa que desde sempre me comoveu na obra de António Lobo Antunes foi o seu descaramento. Como se
expõe, como fala da vida, indo ao ponto de, por essa qualidade, se tornar um maldito na nossa literatura.”
120 — ANTUNES (António Lobo).- NAO ENTRES TÃO DEPRESSA NESSA NOITE ESCURA.
Poema. Publicações Dom Quixote. [Lisboa. 2000]. In-4.º peq. de 551-I págs. B.
Um dos melhores romances desta importantíssima voz da literatura de ficção contemporânea portuguesa. Com um poema de Eugénio de Andrade. Primeira edição.
121 — ANTUNES (António Lobo).- ONTEM NÃO TE VI EM BABILÓNIA. Romance
1.ª edição. Dom Quixote. [Lisboa. 2006]. In-4.º peq. de 479-I págs. B.
“Estabelecimento do texto por Eunice Cabral. *Edição ne varietur de acordo com a vontade o autor.
Coordenação de Maria Alzira Seixo”.
122 — ANUARIO DO DISTRITO DE VIANA-DO-CASTELO. Volume I. 1932. Viana-do-Castelo. Emp. Gráf. do «Notícias de Viana». 1932. In-8.º gr. de 314 págs. E.
São muito invulgares os exemplares deste único volume do Anuário do Distrito de Viana do Castelo,
com escolhida colaboração de Mendes Corrêa, Abel Salazar, Abel Viana, Afonso do Paço, Alberto
Meira, Magalhães Basto, António Corrêa de Oliveira, Armando de Mattos, Conde de Aurora, Abade
de Baçal, F. S. de Lacerda Machado, H. de C. Ferreira Lima, Leite de Vasconcelos, J. R. dos Santos
Júnior, Julieta Ferrão, Luís Chaves, Aguiar Barreiros, Marques Abreu, Manuel Couto Viana, Vasco
Valente e muitos outros. Com ilustrações nas páginas do texto, uma «Carta pre e protohistórica do
Districto de Viana-do-Castelo» em folha de grandes dimensões e muitas página de publicidade.
Capa da brochura ilustrada a cores com motivos regionais por Luís Filipe. Encadernação não contemporânea, com a lombada em pele. (ver gravura na pág. 46)
123 — ARAGÃO (A. C. Teixeira de).- DESCRIÇÃO GERAL E HISTÓRICA DAS MOEDAS
CUNHADAS EM NOME DOS REIS, REGENTES E GOVERNADORES DE PORTUGAL.
Livraria Fernando Machado. Porto. [1964-1966]. 3 vols. In-4.º gr. de VI-462-II, XV-476-II
e VIII-643-III págs. B.
125 — ARAGÃO (António Pereira Ferrea).- VIRGINIA, AFFONSO, E CORINA ou o mais
nobre sacrificio do coração de duas virgens. Romance historico portuguez de... Publicado por
L. C. da Cunha. Lisboa. Na Typographia do editor Luiz Correia da Cunha. 1856. 2 vols. In-8.º gr.
de 243-I e 242 págs. E.
Publicado com o nome de A. P. Ferrea Aragão, embora na dedicatória impressa ao Duque de Saldanha
assine Antonio Pereira F. Aragão, dizendo Inocêncio que tanto assinava Antonio Pereira Aragão como
Antonio Pereira Ferrea Aragão. O incansável bibliógrafo informa que o autor foi “Cav. da Ord. de
Christo, Doutor em Mathematica pela Univ. de Paris, Professor de Humanidades, e por vezes Director
de Collegios d’educação em Lisboa. (...) Natural, segundo parece, das Provincias de Traz os Montes
ou Beira Alta”, precisando o mesmo autor no vol. VIII do seu «Dicionário Bibliográfico», que nasceu
na “aldeia da Torre, duas leguas ao sul de Trancoso” e “que teria nascido em 1804”. Foi estimado pelos
seus contemporâneos e deixou várias obras escritas sobre diversos temas, destacando-se delas um, ao
tempo, apreciado «Diccionario Mnemotechnico, e um breve resumo das regras mais importantes da
arte de ajudar a memoria».
O presente romance, tanto ao gosto dos seus congéneres do século XIX, ostenta seis curiosas estampas
litograficas executadas na “Lith. de J. P. Lima Rua da Padaria n.º 7”
Encadernações da época, com as lombadas em pele decoradas com bonitos ferros românticos dourados.
Com uma mancha no ângulo superior do 1.º volume.
126 — ARANHA (Pedro Venceslau de Brito).- MEMORIAS HISTORICO-ESTATISTICAS DE
ALGUMAS VILLAS E POVOAÇÕES DE PORTUGAL. Com documentos ineditos por...
Lisboa. Livraria de A. M. Pereira - Editor. 1871. In-8.º de XVI-333-III págs. E.
Capítulos consagrados a Póvoa de Varzim, Lousã, Marinha Grande, Peso da Régua, Mossâmedes
e Vista Alegre. Publicação muito interessante e estimada.
Encadernação da época, com a lombada em pele..
127 — ARANTES (Hemetério).- RAMALHO ORTIGÃO. 1915. Livraria Ferreira. Lisboa.
In-8.º gr. de 36 págs. E.
Com referências a vários outros escritores portugueses. Boa edição em papel de linho.
Encadernação simples, mantendo a capa da brochura da frente preservada.
128 — [ARAÚJO (Gervasio de)].- AS FARPAS MODERNAS. Chronica mensal da politica, das
letras e dos costumes. Porto.1880. 2 opúsculos In-8.º de 36 e 36 págs. E. em 1.
Trabalho exaustivo e ainda hoje considerado como fundamental da bibliografia numismática portuguesa,
numa nova e muito esmerada edição ilustrada com inúmeras estampas impressas em separado e intercaladas nas páginas do texto.
Colecção completa e rara desta interessante publicação, onde o nome do autor aparece oculto pelo
pseudónimo Gério Vaz. O primeiro tomo apresenta um artigo sobre o Porto e uma extensa crítica ao
escrito de Camilo sobre a Senhora Rattazzi, crítica que continúa no segundo tomo, que tem mais os
seguintes escritos: A reunião de 18 de Abril no theatro Baquet.- O snr. Lobo, governador civil e a sua
ida a Lisboa.- O tricentenario de Camões.
Modestamente encadernado e com as capas da brochura conservadas.
Primeiro e muito raro livro do notável numismata autor da «Descripção geral e historica das moedas
cunhadas em nome dos reis, regentes e governadores de Portugal», publicado apenas com o nome
Augusto Aragão, livro que o autor dedicou “Aos membros do Instituto de Litteratura e Arte Dramatica
de Coimbra”.
Ao alto do frontispício lê-se, em caligrafia da época: “Pulha e Indecente romance” e depois das palavras
impressas «Romance Portuguez” mais a seguinte frase: “para nossa desgraça”. Encadernação da
época, a necessitar de forro exterior em papel.
––– LIMA (Henrique de Campos Ferreira).- CARTA, datada de 8/11/1907. Dim. 11,5 x 18 cm.
A carta de Joaquim de Araújo não refere o nome do destinatário, decerto Henrique de Campos Ferreira
Lima, que trata por “Meu presado amigo”, dizendo: “Escrevendo ao meu velho e querido amigo João
Santiago elle de prompto lhe envia um exemplar do seu ex-libris, mesmo sem empenho meu. (...)”
A carta de Campos Ferreira Lima, decerto enviada a João Santiago, diz: “Em tempos dirigi a V. E.ª
duas cartas pedindo-lhe o obsequio de me enviar um exemplar dos ex-libris que V. E.ª usa nos seus
livros. (...) Renovo o meu pedido juntando-lhe um pequeno bilhete do meu amigo o sr. Joaquim
d’Araujo no qual V. E.ª encontrará referencia ao meu nome. (...)”
124 — ARAGÃO (A. C. Teixeira de).- O HERCULES PRETO. Romance portuguez de Augusto
Aragão. Lisboa: Typographia de Martins. Calçada do Jogo da Pella n.º 21. 1846. In-8.º de 263-VI págs. E.
[47]
129 — ARAÚJO (Joaquim de).- CARTA EM MEIA FOLHA DE PAPEL, datada de 3 Novembro
1907. Dim. 11,5 x 14 cm.
[48]
130 — ARAÚJO (Joaquim de).- GRALHA DESPAVONADA. Genova. Tipografia R. Istituto
Sordomuti. Seculo XX - Anno V. In-4.º de 14 págs. B.
Fernandes Tomás é especialmente visado neste curioso opúsculo polémico, publicado em reduzida
separata do «Archivo de «Ex-Libris» Portugueses».
Dedicatória autógrfa do autor na capa da brochura.
131 — ARAÚJO (Joaquim de).- LUIS DE CAMÕES. Poemeto. Com uma carta de Eça de
Queiroz. Porto. Imprensa Portugueza. MDCCCLXXXVII. In-8.º peq. de XI-I-67-I págs. B.
Primeira edição, a mais rara e estimada. A carta de Eça de Queiroz ocupa as págs. VIII a XI.
132 — ARAÚJO (Joaquim de).- LUIS DE CAMÕES. Poemeto. Com uma carta de Eça de
Queiroz. Quarta edição, emendada. Editor - J. de Menezes. Hayward, California. 1897. Typ. do
Arauto. In-8.º de 62 págs. B.
Edição rara, publicada na Califórnia, em tiragem especial de 50 exemplares numerados, reservados ao autor.
Capa da brochura rasgada na lombada, mas completa.
133 — ARAÚJO (Joaquim de).- NO CERCO DO PORTO. Um Documento Desconhecido.
Barcellos. Typographia da Aurora do Cavado. Editor - R.V. 1896. In-8.º de 15-I págs. B.
Primeira edição, de muito reduzida tiragem.
Opúsculo publicado, segundo cremos, sem capas da brochura. Assinado no anterrosto.
134 — ARAUJO (Joaquim de).- POETAS MORTOS. Consagrações. Porto. Typographia
Occidental. MDCCCLXXXVIII. In-8.º de 27-I págs. B.
Poemas consagrados a Cesário Verde, Eduardo Coimbra, Gonçalves Crespo, Guilherme de Azevedo,
Guilherme Braga e Pedro de Lima. Edição muito restrita.
135 — ARAÚJO (Norberto de).- LEGENDAS DE LISBOA. SPN. 1943. [Lisboa]. In-4.º de
215-VII págs. E.
Boa edição, com grandes e belas letras capitulares desenhadas por Martins Barata, historiadas com
motivos de Lisboa.
Modestamente encadernado mas com as capas da brochura conservadas.
136 — ARAÚJO (Norberto de) & LIMA (Durval Pires de).- INVENTÁRIO DE LISBOA.
Edição da Câmara Municipal de Lisboa. 1944-1956. 12 tomos. In-4.º gr. B.
Boa edição ilustrada com grande número de desenhos de José Espinho intercalados no texto e fotografias
impressas à parte sobre papel couché. Os dois últimos tomos são da autoria de Norberto de Araújo
e Durval Pires de Lima.
137 — ARAÚJO (Silva) & SILVA (Adelino).- DO ALTO DA PENHA CANTO A MARIA.
Antologia de poesia mariana coligida por... Edição da Irmandade de Nossa Senhora da Penha.
[Oficinas Gráficas da Editorial Franciscana. Montariol. Braga. 1993]. In-8.º gr. de 191-I págs. B.
Cancioneiro Mariano recolhido na obra dos mais representativos poetas portugueses do século XVI ao
século XX. Com dois textos preliminares dos autores da antologia.
Com duas dedicatórias autógrafas.
138 — O ARAUTO. Semanal. Redactor, Beldemonio. Lisboa. 1886. 25 números In-4.º em
2 vols. E.
Publicação quase exclusivamente redigida por Eduardo de Barros Lobo (Beldeménio), em que aparecem
críticas às obras literárias ao tempo publicadas. Numerosas referências a Camilo e a alguns dos seus
livros, desfavoráveis na sua maioria. Primeira série completa, tendo-se publicado depois uma segunda
série em menor formato. Invulgar.
Encadernações simples, da época.
[49]
139 — [VINHOS DO DOURO. PENHORA DA QUINTA DE RORIZ]. ARCHBALD e suas
irmãs (Isabel).- MEMORIA JUSTIFICATIVA DE IZABEL ARCHBALD, E SUAS IRMÃAS,
ou Discurso refutatorio da Sentença contra ellas proferida em grao de revista na Execução da
Sentença, que lhe move Ch. N. Copque [Kopke?]. Lisboa: Na Impressão de João Nunes Esteves.
Anno de 1823. In-8.º gr. de 39-I págs. Desenc.
A propósito da penhora da Quinta de Roriz: “(...) huma das maiores e das melhores do destricto da feitoria,
foi penhorada a requerimento de ‘Nicoláo Copque [provavelmente Kopke] para pagamento de
14:287$350 réis e juros, que Roberto Archbald lhe devia (...)”.
140 — ARGOTE (D. Jerónimo Contador de).- PANOYAS. Da cidade de Panoias, e das antiguidades, e vestigios, que actualmente existem dela. S.l.n.d. In-4.º de 32 págs. E.
Separata de publicação não identificada, com figuras nas páginas do texto.
Boa encadernação à amador, nova.
141 — ARGUS. Revista Mensal Ilustrada. Director - Abilio de Campos Monteiro. Porto. 1907.
3 números In-4.º de 155-I págs. E.
De págs. 2 a 6 decorre a crítica ao drama de João Arroio «Amor de Perdição», extraído do romance de
Camilo. Esta crítica vem ilustrada com diversas fotogravuras, entre as quais uma de Camilo, reproduzida
de um trabalho de Sousa Pinto. Revista portuense ilustrada e com boa colaboração literaria de Eduardo
de Noronha, Ruy Barbosa, Gomes Leal, Campos Monteiro, Alexandre da Conceição, Francisco Braga,
Ramos Coelho, Gonçalves Cerejeira e outros. Com 2 caricaturas Monterroso de plena página e um
artigo sobre Rafael Bordalo Pinheiro.
Encadernação da época, com as capas da brochura da frente conservadas.
142 — O ARISTARCO PORTUGUEZ. Revista annual de critica litteraria. 1.º anno - 1868.
Coimbra. Imprensa da Universidade. 1868. In-8.º gr. de VI-205-I págs. E.
Único número publicado. De págs. 15 a 26 vem um artigo denominado «Camillo Castello Branco»,
onde se faz a crítica literária às obras publicadas pelo romancista no ano de 1868. Insere ainda críticas
a obras de Ramalho, Teófilo, Junqueiro, Júlio Diniz, Alberto Pimentel, etc. Publicada anónima mas
crê-se que da pena de José Simões Dias.
Com as capas da brochura conservadas, um pouco aparado e modestamnete encadernado.
(ver gravura na pág. 51)
143 — ARMAS E TROFÉUS. Revista de Historia e de Arte. Proprietário e Editor: Instituto
Português de Heráldica. Comissão redactora: Afonso de Dornellas, Dr. D. António Pedro de São
Payo Mello e Castro (Conde de São Payo) e Augusto Cardoso Pinto. Lisboa. 1932. In-fólio de
198-II págs. B.
Boa edição, impressa sobre papel couché creme, ilustrada com numerosas estampas impressas nas
páginas do texto. Com excelentes estudos sobre heráldica e genealogia, porcelanas, tapeçarias, história,
iluminura, etc. Colecção completa de tudo quanto foi publicado nesta primeira série datada de 1932
a 1936, em tiragem de 550 exemplares. Em 1959 foi retomada a publicação desta revista com aspecto
gráfico e de tiragem totalmente diferente.
Dedicatória de Affonso de Dornellas a seu amigo Luis de Bettencourt.
144 — ARMORIAL LUSITANO. Genealogia e Heráldica. Lisboa. 1961. [Editorial
Encicliopédia, Ldª]. In-4.º de 733-I págs. E.
Cuidada edição ilustrada com reproduções de centenas de brasões d´armas, em grande parte em folhas
à parte a cores e metais, letras capitais de fantasia e com todas as páginas circundadas por elementos
decorativos.
Direcção e coordenação do Doutor Afonso Martins Zúquete; Texto estabelecido com a colaboração de
António Machado de Faria; desenhos de João Carlos e J. Ricardo da Silva e direcção técnica de João
de Sousa Fonseca.
Encadernação original, decorada com ferros a ouro e a seco na lombada e pastas, tendo os rótulos da
lombada danificados.
[50]
145 — ARNOSO (Conde de) [Bernardo Pinheiro Pindela].- COIMBRA TERRA D’AMORES.
Evocação em três actos e um prologo em verso, representado pela primeira vez em 13 de Janeiro
de 1916 no Theatro Nacional Almeida Garrett. Edição da “Atlantida”. Lisboa. S.d. In-8º de VIII-77-III págs. B.
Com um retrato do autor por António Carneiro. Capa com uma bela ilustração a cores supomos que
de António Soares
Carimbo na folha de anterrosto
146 — ARNOSO (Conde de) [Bernardo Pinheiro Pindela].- AZULEJOS. Com um prefácio de
Eça de Queiroz. Lisboa. S.d. In-8.º de 228 págs. E.
O prefácio de Eça de Queiroz, datado de Bristol, 1886, vai até a páginas 47. Segunda edição.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, esta com nervos, ferros e dizeres dourados.
147 — ARNOSO (Conde de) [Bernardo Pinheiro Pindela].- JORNADAS PELO MUNDO. I Em Caminho de Pekin. II - Em Pekin. Porto. Companhia Portugueza Editora. 1916. In-8º de 440-II págs. B.
Segunda edição deste interessante livro de viagem em que o autor pretendeu “dar ao leitor o sabor da
primeira impressão que costumes e paizagens, tão differentes e tão diversos, produziram no nosso
espirito”. O autor relata também, com minúcia, a sua viagem até chegar à China. Com um retrato do
Conde de Arnoso.
Capa da brochura ornada com motivos orientais.
148 — ARNOSO (Conde de) [Bernardo Pinheiro Pindela].- JUSTIÇA! Coimbra. França Amado
- Editor. 1908. In-8.º gr. de 64-II págs. B.
Discurso do Conde de Arnoso a propósito do assassinato de D. Carlos e D. Luís Filipe. Primeira das
duas edições que conhecemos.
Dedicatória do punho do autor. Com uma carta de agradecimento datada de Leça da Palmeira, com
assinatura não identificada.
149 — ARNOSO (Conde de) [Bernardo Pinheiro Pindela].- SUAVE MILAGRE. Mysterio em
4 actos e 6 quadros extrahido de um conto de Eça de Queiroz, com versos de Alberto d’Oliveira
e musica de Oscar da Silva. Lisboa. Livraria Ferin. 1902. In-4.º de 119-I págs. E.
Edição ilustrada nas páginas do texto, com fotografias alusivas à representação desta peça no Teatro
D. Maria.
Em folha de papel couché com retratos de Eça de Queiroz, Conde d’Arnoso, Alberto de Oliveira,
Óscar da Silva e Manini. No fim vem a reprodução de uma aguarela do Rei D. Carlos oferecida ao
Conde d’Arnoso.
No fim, do compositor Óscar da Silva, está apenso um folheto com a «Musica do Suave Milagre».
Sóbria encadernação da época, com nervos, cantos e lombada em pele. Capas da brochura conservadas.
150 — ARNOSO (Vicente). - CANTIGAS E MAIS CANTIGAS. MCMXXI. [Lvmen. Lisboa].
In-8.º gr. esguio de 36 págs. inums. B.
Bela e elegante edição, em bom papel de linho, impressa a duas cores, decorada por Carlos Carneiro.
Curiosa encadernação em linho grossso, com uma quadra, o nome do autor, data e um motivo decorativo bordados.
142 - ver pág. 50
151 — ARNOSO (Vicente).- COIMBRA NOBRE CIDADE. Memorias. Com uma carta-prefacio
de Affonso Lopes-Vieira. Lisboa. Anno de 1909. In-4.º de XVIII-104-III págs. B.
Interessantíssimo e invulgar livro sobre Coimbra, enriquecido com uma extensa carta-prefácio de
Afonso Lopes Vieira e publicado com o nome do autor: Vicente Pinheiro de Melo.
Dedicatória autógrafa do autor. Capa de brochura con uma mancha de tinta.
[52]
152 — ARCHIVO BIBLIOGRAPHICO. Lisboa. 1895-1896. 14 números com o total de 192-32
págs. em 1 vol. E.
É, sob diversos aspectos, uma interessante e muito estimada publicação, com especial interesse para
os camilianistas, pois insere, relativamente ao romancista, os seguintes estudos: «Notas Camillianas»,
por Diogo José Soromenho; «Cartas Notáveis de Camilo Castelo Branco», apreciações de J. C. A.
Motta Junior e «Camilliana» - Notas do grande escritor em livros, que foram da sua bibliotheca, por
Mello Freitas. Colecção completa, de muito merecimento e bastante rara.
Com dois ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez, sendo um deles camiliano. Modestamente encadernado.
153 — ARCHIVO DE “EX LIBRIS” PORTUGUÊSES. Director — Joaquim de Araujo. Século
XX. (Anno I-II) [Ao anno VII-VIII. 1901-1908. Genova. Tipografia Sordomuti]. 85 números em
4 vols. In-4.º E.
Publicação preciosa e extremamente rara quando completa como esta (com as quatro primeiras páginas
do 8º volume correspondentes ao nº 85), porquanto a sua tiragem foi limitada a 106 exemplares, sendo,
para mais, absolutamente fundamental na bibliografia portuguesa ex-librística. Com numerosos
ex-libris originais e muitos outros reproduzidos nas páginas do texto. Colaboração de Aníbal
Fernandes Tomás, Gabriel Pereira, Teófilo Braga, Joaquim de Araújo, Achille Bertarelli, Adolfo
Loureiro, Conde de Leinnengen-Westerburg, Daniel de Lima, Tomás Pires, Pablo Font y de Rubinat,
Rodrigo Veloso, Tomás de Mello-Breyner, António de Faria, Conde de Silva Tarouca, Sousa Viterbo,
H. de C. Ferreira Lima, José de Azevedo e Meneses, Conde de Bertiandos, F. A. Martins de Carvalho,
José de Arriaga, Sampaio Bruno, Cardoso Marta, D. Pedro V, Rocha Peixoto, Camilo Castelo Branco,
Conde de Sabugosa, Inocêncio Francisco da Silva e Brito Aranha, além de outros.
Encadernações em percalina, da época, com dizeres dourados nas lombadas e nas pastas, tendo no
verso destas o belo ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza. (ver gravura na pág. 53)
154 — ARQUIVO DE VIANA DO CASTELO. Repositório de Estudos & Curiosidades
Regionais. [Viana do Castelo. 1934]. 12 números In-8.º gr. de IV-390 págs. E.
Uma das mais estimadas publicações da bibliografia vianense, ilustrada nas páginas do texto e dirigida
por Abel Viana, Alberto Meira, José de Alpuim de Agorreta e M. Couto Viana. Colecção bastante rara,
especialmente quando completa.
Encadernação simples e sem as capas da brochura. Assinado na margem superior do frontispício.
(ver gravura na pág. 55)
155 — ARQUIVO DEMOCRATICO. Publicação mensal. Proprietarios - Victor de Sousa & Cª.
Director - Feio Terenas (Depois Agostinho Fortes e, a partir do nº 19, Tomás da Fonseca).
Lisboa. 1907-1911. Nº 1 a 34. In-fólio de 268 págs. E.
Nesta valiosa publicação política, vem inserta uma vasta galeria de 34 fotografias de notáveis vultos
democráticos da época, «photographias primorosamente executadas n’um dos primeiros atelieres da
Allemanha». Colaboração literária de Magalhães Lima, Bernardino Machado, Teófilo Braga, Guerra
Junqueiro, Tomás da Fonseca, João Chagas, Olavo Bilac, Sousa Viterbo, Guilherme Braga e muitos
outros. O presente exemplar, que pertenceu ao Dr. Elísio de Campos, tem quase todas as fotografias
autografadas pelo punho dos retratados, tendo a fotografia de Guerra Junqueiro uma dedicatória ao
referido Dr. Elísio de Campos.
Sólida encadernação com aos cantos e a lombada em pele, estando esta decorada com titulos dourados,
nervos e ferros a ouro.
156 — ARQUIVO NACIONAL DE EX-LIBRIS. Directores: Armando de Mattos e A. de
Gusmão Navarro [Lisboa. 1927-1929]. In-4º gr. de IV-235-I e 32 págs. em 1 vol. E.
153 - ver pág. 54
É apenas o primero volume mais o 1.º número do 2.º daquela que é uma das mais estimadas e luxuosas
publicações portuguesas da especialidade, ilustrada com centenas de belos ex-libris de todos os géneros
e épocas, originais e reproduzidos, impressos a preto, cores e metais, nas páginas do texto, em folhas
à parte e coladas; colaboração dos mais abalizados especialistas e coleccionadores ex-libristas.
A colecção completa consta de dois volumes.
Encadernação simples, forrada com a capa de um dos fascículos da obra.
[54]
154 - ver pág. 54
157 - ver pág. 57
158 - ver pág. 57
157 — ARCHIVO PITTORESCO. Semanario Illustrado. Editores Proprietarios, Castro, Irmão
& Cª. Lisboa. Typographia de Castro & Irmão. MDCCCLVIII-MDCCCLXVIII. 11 vols. In-4.º gr.
de IV-412 págs. cada volume. E.
Das mais notáveis publicações periódicas do século XIX, repleta de milhares de gravuras em madeira
de excelente execução, gravuras que são um vastíssimo repositório iconográfico de monumentos e paisagens das cidades e vilas de Portugal continental, insular e dos nossos antigos territórios do ultramar
(monumentos e paisagens que em parte desapareceram ou foram profundamente modificados), sendo
também vastíssima a galeria de retratos de homens destacados na história, letras, artes e ciências
portuguesas e estrangeiras. Nela colaboraram os mais brilhantes escritores portugueses da época, dos
quais referimos os nomes de A. X. Rodrigues Cordeiro, Andrade Ferreira, António Feliciano de
Castilho, Brito Aranha, Bulhão Pato, F. Maria Bordalo, Felix Nogueira, Fonseca Benevides, Francisco
Gomes de Amorim, Inocêncio, José Silvestre Ribeiro, Júlio de Castilho, Júlio César Machado, Latino
Coelho, Luís Augusto Palmeirim, Mendes Leal, Oliveira Martins, Osório de Vasconcelos, Pedro Diniz,
Pinheiro Chagas, Rebelo da Silva, Silva Túlio, Simões de Castro, Soares de Passos, Sousa Telles,
Teófilo Braga, Tomás Ribeiro, Vilhena Barbosa, etc., etc. Camilo Castelo Branco colaborou no 7º
volume com dois escritos: «Como ella o amava» e «Historia de uma Porta». Com vários artigos e
gravuras referentes ao Brasil.
Em nota «Aos nossos assignantes», no último volume, diz-se: “Concluindo hoje o vol. XI do Archivo
Pittoresco, a empreza dá também por finda a publicação d’este semanario”. Mais tarde publicou-se um
«Annuario do Arquivo Pittoresco».
Assinatura da época no verso do frontispício. Boas encadernações de recente execução, com as lombadas
em pele decoradas com ferros e título dourados. Um pouco aparados. (ver gravura na pág. 56)
158 — ARRIAGA (José de).- HISTORIA DA REVOLUÇÃO PORTUGUEZA DE 1820.
Illustrada com os retratos dos patriotas mais illustres d’aquella época e ampliada com magnificos
quadros representando os factos historicos mais notaveis descriptos na obra compostos e desenhados
pelos distinctos artistas nacionaes João Marques da Silva Oliveira... Caetano Moreira... Joaquim
Victorino Ribeiro... Columbano Bordallo Pinheiro... Porto. Livraria Portuense Lopes & C.ª Editores. 1886-1889. 4 vols. In-4.º E.
Obra considerada fundamental para o estudo deste importante acontecimento da História de Portugal,
ilustrada com numerosas litografias representando reis portugueses e outros grandes vultos nacionais.
Belas encadernações dos editores, em percalina vermelha, com ferros alegóricos e dizeres gravados
a preto e dourado e o corte das folhas pintado. (ver gravura na pág. 56)
159 — ARRIAGA (José de).- A INGLATERRA, PORTUGAL E SUAS COLONIAS. Lisboa.
Typographia do Commercio. 1882. In-8.º gr. de II-331-III págs. E.
Obra com interese para a história das relações políticas de Portugal com a Inglaterra, contendo os
seguintes capítulos: I. As primeiras allianças com a Inglaterra; II. Primeiras tentativas de espoliação
da nossa fiel alliada; III. Agiotagem da nossa fiel alliada (Tratados); IV. A Inglaterra e as reformas do
marquez de Pombal; V. A nossa alliada e a invasão franceza; VI. Intervenção da Inglaterra nos negocios
domesticos de Portugal; VII. Reclamações da nossa fiel alliada; VIII. A questão da escravatura;
IX. O que movia a Inglaterra na questão precedente; X. O tratado de Gôa; XI. A questão de Lourenço
Marques; XII. O tratado de Lourenço Marques.
Encadernação não contemporânea, com lombada em pele, com a capa da brochura da frente conservada
e só de leve aparado à cabeça.
160 — ARROYO (João).- ARGUMENTO DA OPERA AMOR DE PERDIÇÃO. Em 3 actos Musica e libretto de João Arroyo. [No fim: Imprensa Libanio da Silva. S.d.]. Folha com as seg.
dimensões: 28 x 41 cm. dobrado em quatro.
Raríssima folha volante, com os personagens da ópera, ocupando o argumento da ópera, a três colunas,
mais de metade da primeira página e 15 linhas da segunda. E este o primeiro exemplar que temos em
mãos.
Com as margens de toda a folha reforçadas. Em brochura mas conservada numa pasta-encadernação,
com dizeres dourados na lombada.
[57]
161 — ARTE DA CORRESPONDENCIA COMMERCIAL OU MODELOS DE CARTAS para
toda a qualidade de operações mercantís, para uso daquellas pessoas, que se aplicão ao
Commercio. Rio de Janeiro. Typographia de J. J. Barroso, e C.ª 1840. In-12.º de 197-I págs. E.
Raro formulário epistolar impresso no Rio de Janeiro, de autor cujo nome ignoramos.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
162 — ASSUNÇÃO (Tomás Lino de).- AS FREIRAS DE LORVÃO. (Ensaio de Monographia
Monastica). Coimbra. França Amado - Editor. 1899. In-8.º de IV-287-I págs. B.
Invulgar estudo histórico, constitituído pelos seguintes capítulos: A caminho do mosteiro. Os fundadores
e a fundação; Lorvão mosteiro dobrado; Mouros e christãos. O abbade João de Montemór. Lendas
e historia; As monjas e o seu viver. D. Filippa d’Eça, D. João III e a Rota. As que foram santas e as
que pediram esmola; O que rezam os livros dos obitos; Migalhas d’antiga opulencia. Privilegios.
Mortalidade. Noticias varias; A grande visionaria; Um acto d’opera comica.
Desconjuntado.
163 — ASSUNÇÃO (Tomás Lino da).- MARTYRES. Paraphrase d’uma lenda christã. Coimbra.
França Amado - Editor. 1902. In-8.º de 153-III págs. B.
164 — ASSUNÇÃO (Tomás Lino de).- DOIS DRAMAS. Os Lazaros - Eva. Lisboa. Tavares
Cardoso & Irmão. 1889. In-8.º de 302 págs. B.
“Em 1875, no Rio de Janeiro, uma companhia dramatica pretendeu representar os Lazaristas de
Antonio Ennes. O presidente do imperial conservatorio, por um excesso de zelo catholico apostolico
romano, negou a sua indispensavel approvação, e o drama não poude ir á scena como estava annunciado”, facto que levantou acesa polémica. Invulgar.
Desconjuntado.
165 — ASSUNÇÃO (Tomás Lino de).- HISTORIAS DE FRADES. Lisboa. Parceria Antonio
Maria Pereira. 1900. In-8.º de IV-204-II págs. E.
Livro com interessantes capítulos, dos quais salientamos, «Tibães», em cujo capítulo se inclui a transcrição de uma carta de Camilo; «Uma ruina Benedictina - Castro d’Avellãs»; «Os bons homens de
Villar [Barcelos] - Os Benedictinos - Os Conegos Azues - Os Bons Homens - Recalcitrantes e Ingratos
- O que resta de Villar»; Abade contra Bispo [Alcobaça]; «O Solar dos Pereiras [Nun’Alvares Pereira];
«Os Carmelitas do Porto»; «Frei Diogo d’Assumpção [Sentença da Inquisição de Lisboa]».
Encadernação com lombada e cantos em pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas. Ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez.
166 — ASTUCIAS SUBTILISSIMAS DE BERTOLDO VILLLÃO DE AGUDO ENGENHO
E SAGACIDADE que, depois da varios accidentes e extravagancias foi admittido a cortezão.
Obra de grande recreio e divertimento, traduzida do idioma italiano em portuguez. Porto: 1865
- Typographia de A. Pereira Leite. In-4.º de 32 págs. B.
Na primeira página vem uma muito curiosa xilogravura representando o personagem.
Curioso folheto de Cordel não constante das colecções de Albino Forjaz de Sampaio, Fundação
Calouste Gulbenkian, Arnaldo Saraiva e Jorge de Faria.
167 — ATHAÍDE (Luís B. L. de).- REMINISCENCIAS DA VIDA ANTIGA EM S. MIGUEL.
Subsidios para a etnografia e história da arte portuguezas. Composição e impressão Oficinas de Artes
Gráficas. Ponta Delgada - Açores. [1928-1929]. 2 vols In-8.º e In-4.º de 210-II e 192-II págs. B.
Obra de particular interesse para a bibliografia açoriana, contendo os seguintes capítulos: «Paisagem»,
«Os portais das velhas quintas», «Fortalezas», «Moinhos de vento», «O convento da Esperança»,
«Vestígios do paço do Conde», «Retratos antigos», «A casa morgadia», «Matrizes de Vila Franca
e Ribeira Grande», «A pedra da Caldeira Grande», «Nicho do século XVI», «Teatros do Espírito
Santo», «O jogo do bilro», «Ermidas primitivas»; «O Trilho», «O Púlpito do Colégio», «O Lagar»,
[58]
.../...
«O Retábulo do Santo Cristo», «O Cruzeiro do Santo Cristo», «Notas Sobre a Carpintaria do Século
XVI», «Um Nicho do Século XVI», «A Quinta da Bela Vista», «Passos e Bandeiras da Santa Casa»,
«Doçaria Conventual», «O Barco Costeiro» e «Imagens de S. Roque e Piedade de S. Francisco
de P. Delgada»
Dedicatória do autor nos dois volumes. O 1º volume foi aparado.
168 — ATHENA. Revista de Arte. Outubro de 1924 a Fevereiro de 1925. Lisboa. Imprensa
Libanio da Silva. 5 números. In-4º E. em 1 volume.
«Athena», modelo de sóbria e original apresentação gráfica de quantos saíram dos prelos portugueses
do século XX, é, sobretudo, uma das revistas mais marcantes na vida literária portuguesa. Dirigida por
Fernando Pessoa e Ruy Vaz, publicou colaboração em prosa e verso de Fernando Pessoa (original
e traduzida) e seus heterónimos Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, Henrique Rosa,
Almada, António Botto, Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal, Augusto Ferreira Gomes, Gil Vaz, Luis de
Montalvor, Mário Saa, Cardoso Martha, Carlos Lobo de Oliveira, António de Séves, etc.
Com numerosas estampas impressas nas páginas do texto e em separado, reproduzindo algumas delas
trabalhos de Almada Negreiros, Mily Possoz, Lino António, etc.
Colecção completa, valiosa e rara.
Encadernação simples, com a lombada em pele (picada de traça), só de leve aparado à cabeça e com
as capas da brochuura da frente conservadas. (ver gravura na pág. 59)
169 — ATHENEO // Periodico Mensal, Scientifico e Litterario Primeiro Anno. Coimbra. 1859. S.l.
In-4.º gr. de 168 págs. E.
José dos Santos na sua «Descrição Bibliográfica da mais importante e valiosa Camiliana...», 199,
n.º 737 descreve minuciosamente esta revista, registando apenas 160 das 168 que a revista publicou
e que o nosso exemplar apresenta. O mesmo José dos Santos diz: “Publicação interessante e de muito
apreço. Os cinco números que formam a nossa colecção, foram os únicos que se deram a lume.
Contêm colaboração em prosa e verso, dos seguintes notaveis escritores: Camilo Castelo Brano, J. C.
Vieira de Castro, A. Vitorino da Mota, João de Deus, Agostinho da Rocha, Bazilio Alberto de Sousa
Pinto, Antonio Nunes Ribeiro Sanches, Joaquim Pinto Ribeiro Junior e A. A..
A colaboração de Camilo consiste em dois interessantes e valiosos artigos: «O PHILOSOPHO DA
TRAPEIRA» e «ANTONIO NUNES RIBEIRO SANCHES”.
A este exemplar faltam as capas da brochura e o frontispício. Valiosa e rara.
Encadernação com a lombada em pele decorada com título e ferros dourados, não contemporânea.
170 — AUCOURT E PADILHA (Pedro Norberto de).- MEMORIAS // DA SERENISSIMA
SENHORA // D. ISABEL LUIZA // JOZEFA, // Que foy jurada Princeza destes Reynos // de
Portugal, // OFFERECIDAS // Á MAGESTADE DE ELREY // D. JOÃO V. // NOSSO
SENHOR // ... // LISBOA: // Na Officina DE FRANCISCO DA SILVA. // ANNO DE
MDCCXLVIII. In-8.º gr. de XXX-327-I págs.E
Frontispício impresso a negro e vermelho. Com dois cabeções de enfeite e duas letras capitais de fantasia
em boas gravuras abertas em chapa de metal. Tem ainda, gravado por Debrie, um belo retrato de D. Isabel
ladeado por figuras alegóricas e com numerosos brasões d´armas. É esta, possivelmente, a mais rara
obra do autor.
Com falta da folha 321-322, um restauro na margem da folha correspondente às págs. 1-2, marcas de
posse e apontamentos manuscritos no verso do frontispício. Encadernação inteira em pele, antiga mas
não contemporânea.
171 — AURORA. Revista Mensal de Sociologia, Sciência e Arte. Director: Abilio Ribeiro.
Editor: Fernando Barros. Porto. 1929-1930. 14 números In-8º gr. Enc. em um volume.
168 - ver pág. 60
Revista de notória feição política, com colaboração de autores portugueses e sobretudo estrangeiros
conotados com os ideais revolucionários, mas também com outras vertentes, de que destacamos a sua
importância para as colecções camilianas: A págs. 43, «Aspectos do Tradicionalismo - Luís Falcão»,
assinado por Camilo; a págs. 94 e 95, A Confissão do Padre de «A Freira no Subterrâneo»; a págs. 162
[60]
.../...
e 163, «Aspectos do tradicionalismo - Manuel de Sousa Coutinho» e, ainda do mesmo autor a págs.
31 do 2ª ano, «Aspectos do tradicionalismo - Garcia de Sá». Colaboração activa ou passiva de
Alexandre Herculano, Antero de Quental, Aristides Ribeiro, Arnaldo S. Januário, Carlos Olavo,
Constantino de Figueiredo, Delfim de Castro, Ernesto Gil, Fialho de Almeida, Guerra Junqueiro,
Jacinto Benavente, Jean Grave, João Xavier de Matos, João Serra, José de Arruela, Mário de Oliveira,
Maximiano Rica, Oldemiro César, Pinheiro Chagas, Raul Brandão, Roberto das Neves, Tomás da
Fonseca e Vicente Garcia, Com as capas dos fasciculos conservadas.
Modestamente encadernada, mas com todas as capas da brochura conservadas.
172 — AURORA (Conde de).- ITINERÁRIO ROMÂNTICO DO PORTO. Editorial Domingos
Barreira. Porto. [1962]. In-8.º de 165-I págs. E.
Capítulos sobre a Praça Nova, Rua do Loureiro - Rua Chã - Sé, Rua de S.to António - S.to Ildefonso
- Freixo, Rua das Flores, Bolsa - S. Francisco - Feitoria, Da Universidade ao Campo Alegre, Praça de
Carlos Alberto a S.to Ovídio, Clérigos - Cordoaria - Vitória, Infante - Foz - Matosinhos. Edição ilustrada
com desenhos de José Luís e fotografias do autor em folhas à parte.
Boa encadernação com a lombada em pele e as capas da brochura resguardadas.
173 — AURORA (Conde de).- MAL NOTADAS LETRAS. Crónicas. Livraria Simões Lopes.
Porto. [S.d. 1951?]. In-8.º de 222-II págs. E.
Interessantes crónicas publicadas no «Diário do Norte», de que registamos algumas: Deslaicizemos as
nossas romarias, Poetas da Ribeira-Lima, Essa coisa de nortenho, Restaure-se a Província de Entre-Douro-e-Minho, E a lavoura minhota, coitada?!..., As núpcias do Rio Douro, Raínhas de Portugal,
Elogio da Província, Saudades do circo, De cinema, Folclore do Porto.
Boa encadernação com a lombada em pele, guardadas as capas da brochura e inteiramente por aparar.
174 — AURORA (Conde de).- PELA GREI. Exortações. Prefácio do Doutor Pedro Theotonio
Pereira. Porto. 1936. [Pap. e Tip. da Trindade]. In-8.º de 193-VII págs. E.
Colectânea de discursos e palestras, em parte de apologia ao Governo de Salazar, outros sobre costumes populares, etnografia, folclore, etc.
Boa encadernação de recente execução, com a lombada em pele, as capas da brochura conservadas e
as margens intactas.
175 — AURORA (Conde de).- O PINTO - Infância, paixões e morte de um cacique eleitoral.Romance. Livraria Tavares Martins. Porto. 1935. In-8.º de 191-I págs. B.
Com este livro alcançou o autor, natural de Ponte de Lima, o prémio de romance “Eça de Queiroz”,
instituído pelo Secretariado da Propaganda Nacional”.
176 — AURORA (Conde de).- ROTEIRO DA RIBEIRA LIMA. Edição do autor. Ponte de Lima
- 1929. In-8.º de 197-III págs. E.
É a primeira edição desta apreciada monografia, “documentada por pacientes investigações e elaborada
com arte quase lírica e um largo conhecimento da matéria”. Ilustrada com desenhos nas páginas de texto
Com dedicatória autógrafa do autor. Encadernação simples, com as capas da brochura conservadas
e só de leve aparado à cabeça.
177 — ÁVILA, [DUQUE D’AVILA E BOLAMA] (António José d’).- 23 CARTAS expedidas
para Francisco Joaquim Maia, residente na Praça de Santa Teresa, no Porto, entre 6 de Setembro
de 1833 e 7 de Agosto de 1852, sendo a primeira datada de Horta, uma de Évora, uma do Porto
e as restantes de Lisboa. Dim. diversas, sendo algumas pré-filatélicas.
António José d’Ávila e Bolama foi o primeiro Duque de Ávila e Bolama, nasceu na ilha do Faial em
1806 e faleceu em 1881. Foi para Paris fazer curso de Medicina “Não querendo vir a estudar a Portugal
porque o govêrno absoluto de D. Miguel, que então dominava o país, brigava com os seus sentimentos
[61]
.../...
liberais.” Exerceu relevantes cargos e serviços em algumas das ilhas dos Açores e foi o responsável
pela elevação da cidade da Horta a cidade. Não cabe aqui dizer os lugares e importância que exerceu
na conturbada vida política da época, tão numerosos eles são.
O vasto número de cartas aqui reunidas, tratam, algumas delas, de assuntos que interessam aos acontecimentos da época, mas são, sobretudo cartas que revelam a amizade existente entre signatário
e destinatário.
178 — ÁVILA PEREZ (Gustavo d’). - AS TRADUÇÕES DO “AMOR DE PERDIÇÃO”. Com
prefácio e uma poesia inédita de Vitorino Nemésio. Portugália Editora. Lisboa. [1964]. In-8.º gr.
de 142-III págs. B.
Exaustivo trabalho de bibliografia camiliana, ilustrado com numerosos fac-símiles, gravuras, etc.
Cuidada edição confinada a 513 exemplares numerados.
Ex-libris da camiliana de Sérgio de Oliveira.
179 — AZEVEDO (António Maria de Castro e).- ACTO DE SANTO ANTONIO LIVRANDO
SEU PAE DO PATIBULO. Composto por... Porto: 1867 - Typ. de A. A. Pereira Leite. In-4.º de
15-I págs. B.
No frontispício, circundado por uma moldura composta de pequens vinhetas, avulta uma rude gravura
em madeira representando Santo António e ao alto a indicação de que o folheto foi publicado na colecção
«Livraria Popular».
Folheto não presente na bibliografias de «Teatro de Cordl» de Forjaz de Sampaio, nem nos catálogos
da «Literatura de Cordel» da Fundação Calouste Gulbenkian, «Folhetos de Cordel e outros da minha
colecção», de Arnaldo Saraiva, «Catálogo da literatura de Cordel», da colecção Jorge de Faria, redigido
por José Oliveira Barata e Maria da Graça Pericão.
180 — AZEVEDO (António Soares de).- ODE PINDARICA AO ILL.mo E EX.mo SENHOR
ARTHUR WELLESLEY, Marquez de Wellington, e de Torres Vedras, Duque de Cidade
Rodrigo, Commandante em Chefe dos Exercitos Alliados de Portugal, e Hespanha, etc. etc. etc.
Porto, Na Typ. que foi de Antonio Alvarez Ribeiro, 1812. In-8.º gr. de 18 págs. B.
Raro opúsculo a juntar às colecções das Invasões Francesas.
181 — AZEVEDO (Correia de).- BRASÕES E CASAS BRASONADAS DO DOURO.
[Composto e impresso na Gráfica de Lamego. 1974]. In-4.º peq. de 319-III págs. E.
Vasta recolha fotográfica dos símbolos heráldicos ainda existentes na região duriense, acompanhada
de valiosas notícias biográfico-genealógicas das famílias que lhes deram origem.
Encadernação editorial em imitação de pele mosqueada, com ferros dourados na lombada e na pasta
da frente.
182 — AZEVEDO (Correia de).- ETIMOLOGIA E HERÁLDICA MUNICIPAL DOS CONCELHOS DOS DISTRITOS DE BRAGANÇA E VILA REAL. [Revista das Terras de Trás-os-Montes e Alto Douro]. Volume I. Novembro de 1960. In-4.º peq. de 97-III págs. B.
Com numerosos brasões municipais reproduzidos. Foi anunciado um 2º volume dedicado aos concelhos
dos Distritos do Porto, Coimbra e Viana do Castelo que julgamos nunca ter sido publicado.
183 — MENEZES (José de Azevedo e).- NINHARIAS. Refutação documentada dos erros
commetidos pelo Sr. Anselmo Braamcamp Freire nos seus estudos publicados ácerca dos FARIAS,
de Barcelos. (Vol. III). Famalicão. Typographia “Minerva”. 1911. In-4.º de IV-268-104-II págs. E.
Tem ainda, além das páginas mencionadas, 53 tábuas genealógicas, desdobráveis, e ainda várias
estampas em papel couché. Trabalho genealógico de muito interesse e valia, numa edição confinada
apenas a 500 exemplares.
Bem encadernado, só aparado à cabeça e com as capas de brochura preservadas.
O exemplar vai acompanhado da cópia de uma carta enviada ao autor por João da Costa Santiago de
[62]
.../...
183 - ver pág. 62
185 - ver pág. 65
Carvalho e Sousa (cujo ex-libris com a vista da sua casa de “Villa Franca - Leça da Palmeira” ostenta),
falando do livro, e de outra de Azevedo e Menezes para Santiago de Carvalho dizendo a certo ponto:
“O Braamcamp já repontou e eu fico em guarda p.ª desviar o golpe da furiosa arremettida, e fim de voltar ao
assumpto, em que ha mt.o ainda que dizer. Já agora quero consagrar estes ultimos dias de vida, que Deus
me der, em alinhavar as minhas ninharias, que serão um narcotico p.ª uso dos leitores. (...)”
(ver gravura na pág. 63)
184 — AZEVEDO (João A. Ayres de).- ORIGENS DE VILLA REAL. (Proto-historia de
Portuguêsa). Coimbra. Imprensa da Universidade. 1899. In-4.º de 81-I págs. E.
Boa edição em papel de linho, publicado em separata de Instituto. Primeira das duas edições publicadas,
sendo esta bastante rara.
Encadernação nova, à amador, tendo resguardadas as capas da brochura.
185 — AZEVEDO (Pedro A. de).- OS ANTEPASSADOS DE CAMILLO. Lisboa. Of. Tip.Calçada do Cabra, 7. 1908. In-4.º gr. de 89-I págs. B.
Investigação genealógica publicada em muito rara separata de 21 exemplares numerados do «Archivo
Historico Portuguez».
Dedicatória e assinatura de Eugénio de Castro. Encadernação com cantos e lombada em pele, imperfeita. Com dois ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez, um dos quais exclusivo da sua camiliana.
(ver gravura na pág. 64)
186 — AZEVEDO (Rogério de).- O PAÇO DOS DUQUES DE GUIMARÃES. (Preâmbulo
à memória do projecto de restauro). Pôrto - 1942. [Marânus. Emprêsa Industrial Gráfica do
Pôrto, Lda]. In-4.º de 130-II págs B.
Valioso estudo, profusamente ilustrado com fotogravuras e desenhos impresso em excelente papel.
Muito invulgar.
Assinado no frontispício e com a capa manchada de acidez.
187 — AZEVEDO (Visconde de).- ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE A CARTA QUE
ÁCERCA DAS CONFERENCIAS DO CASINO ESCREVEU O SNR. ALEXANDRE
HERCULANO e se acha inserta no tomo 1.º dos «Opusculos» do illustre escriptor. 2.ª edição,
correcta. Porto. Typ. da «Palavra». 1873. In-8.º de 60 págs. B.
Texto importante para a história das Conferências do Casino, tendo sido esta segunda e invulgar edição
publicada no ano em que saiu a primeira.
188 — AZEVEDO (Visconde de).- CONTRA RESPOSTA DADA AO VELHO LIBERAL.
Porto. S. d. [1872?]. In-8.º de 79-III págs. B.
Opúsculo polémico de natureza religiosa.
191 — BAHIA DE LOURENÇO MARQUES. Questão entre Portugal e a Gran-Bretanha sujeita á Arbitragem do Presidente da Republica Franceza. Segunda Memoria do Governo
Portuguez. (Replica á Memoria Ingleza). Lisboa. Imprensa Nacional. 1873. In-fólio de XCIX-I-59-I págs. E.;
––– BAHIA DE LOURENCO MARQUES. Questão entre Portugal e a Gran-Bertanha, sujeita à
arbitragem do Presidente da Republica Franceza. Memoria apresentada pelo Governo
Portuguez. Lisboa. Imprensa Nacional. 1875. In-4º gr. de X-CXXIX-XI-VIII págs. E.
Documento fundamental para a História da gravíssima questão havida entre Portugal e Inglaterra, onde
se afirma que “Se é de subida importancia para Portugal este pleito, o que attenuará a extensão do
nosso trabalho, não é certamente de inferior curiosidade para os estudiosos a questão relativa a uma
bahia, que na costa de Sofala constitue o extremo sul da provincia portugueza de Moçambique na
Africa Oriental.” Em nota de rodapé informa-se que “O governo portuguez confiou o trabalho d’esta
replica ao visconde de Paiva Manso.
Texto em português e francês. No seu conjunto os volumes apresentam sete excelentes mapas impressos
em folhas desdobráveis.
Encadernações da época, com as lombadas imperfeitas.
192 — BAIÃO (António).- AFFONSO D’ALBUQUERQUE. 1913. Livraria Ferin, Editora.
Lisboa. In-8.º gr. de 158 págs. B.
Importante estudo, integrado na colecção «Grandes Vultos Portuguêses».
193 — BAIÃO (António).- ALGUNS ASCENDENTES DE ALBUQUERQUE E O SEU
FILHO à luz de documentos inéditos. A questão da sepultura do Governador da India. Memória
publicada por ordem da Academia das Sciências de Lisboa. Academia das Sciências de Lisboa.
Lisboa. [Coimbra. Imprensa da Universidade. 1915]. In-4º gr. de LIII-150 págs. E.
Trabalho de grande importância para o estudo genealogico dos ascendentes de Afonso de Albuquerque,
onde se procura apurar definitivamente o ponto exacto do seu nascimento. Edição ilustrada com o “fac-símile duma procuração passada em nome do autor dos Comentários e por ele assinada” e a reprodução
a cores e ouro do “Brazão dos Gomides segundo o livro de António Godinho, da Torre do Tombo”.
Encadernação com a lombada em pele.
194 — BAIÃO (António).- EPISÓDIOS DRAMÁTICOS DA INQUISIÇÃO PORTUGUESA.
I e II - Homens de Letras e de Sciência por ela condenados. III - Vária. Porto, Rio de Janeiro,
Lisboa. [1919-1924] e 1938. 3 vols. In-8.º E. e B.
Obra de reconhecida importância para a História da Inquisição em Portugal, largamente ilustrada com
retratos, gravuras, fac-símiles de documentos, etc. Primeira e mais estimada edição.
Os dois primeiros volumes estão reunidos num só tomo encadernado, com as capas da brochura da
frente conservadas, estando o 3º em brochura.
189 — BAENA (Visconde de Sanches de).- GIL VICENTE. Marinha Grande. Empreza
Typographica. 1894. In-4.º de XXV-I-168 págs. E.
195 — BAIÃO (António).- ITINERÁRIOS DA ÍNDIA A PORTUGAL POR TERRA. Revistos
e prefaciados por... I. Itinerário de António Tenreiro, sexta edição, conforme a segunda, de 1565.
II. Itinerário de Mestre Afonso, reedição conforme o manuscrito da Tôrre do Tombo. Coimbra.
Imprensa da Universidade. 1923. In-8.º de XXXVII-309-I págs. E.
190 — BAENA (Visconde de Sanches de).- RESUMO HISTORICO E GENEALOGICO DA
FAMILIA DO GRANDE AFFONSO DE ALBUQUERQUE, para servir de complemento á
Monographia publicada em 1860 no Archivo Pittoresco sobre a Casa dos Bicos pelo... Lisboa.
Typographia Editora de Mattos Morera & C.ª. 1881. In-8.º gr. de 47-III págs. E.
196 — BALBI (Adrien).- ABREGÉ DE GÉOGRAPHIE, rédigé sur un nouveau plan, d’après
les derniers Traités de Paix et les Découvertes les plus récentes, par... Troisième édition. Revue
et considérablement augmentée par l’aucteur. Ouvrage adopté par l’Université. Bruxelles.
Société Belge de Librairie. 1840. In-4.º de IV-LXXII-804-513-I págs. E.
[65]
[66]
Com uma extensa carta de 15 páginas de António Maria de Freitas onde frequentemente o nome de
Camilo aparece citado. Com um quadro genealógico em folha desdobrável de grandes dimensões.
Dedicatória autógrafa do autor. Exemplar afectado por mancha de água extensa, já seca. Encadernação
com a lombada em pele, não contemporânea.
Edição decerto muito reduzida.
Ddicatória do autor para a Redacção de um jornal. Encadernação da época, com a lombada em pele.
Com dois fac-símiles impressos em separado. O valioso prefácio de António Baião ocupa as páginas
V a XXXII. Obra integrada na colecção «Scriptores Rervm Lusitanarvm».
Encadernação simples e sem as capas da brochura.
Volumoso trabalho com mais de 1300 páginas, concluído com um vasto índice de «Noms
.../...
Géographiques, noms d’hommes et objets remarquables mentionnés dans l’Abrégé de Géographie
d’Adrien Balbi».
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com título e belos ferros a ouro, apresentando
o corte das folhas pintado com o mesmo motivo com que foram estampadas as folhas de guarda.
197 — BALBI (Adrien).- VARIETÉS POLITICO STATISTIQUES SUR LA MONARCHIE
PORTUGAISE; Dédiées a M. Alexandre de Humboldt... Paris, Rey et Gravier, Libraires... 1822.
In-8.º de XV-232-II págs. e 13 mapas estatísticos em 7 folhas desdobráveis. E.
Valioso e muito invulgar trabalho para o estudo de diversos aspectos da vida portuguesa da época, interessando muito especialmente ao conhecimento do seu comércio interno e externo. Na 4ª parte insere-se um
“Essai statistique sur la capitainerie générale de Mozabique”.
Encadernação da época, com a lombada em pele, esfolada. (ver gravura na pág. 67)
198 — BANDARRA (Gonçalo Annes de).- TROVAS DE BANDARRA, natural da Villa de
Trancoso. Apuradas e impressas por ordem de um grande senhor de Portugal.Offerecidas aos
verdadeiros portugueses devotos do Encuberto. Porto. Imprensa Popular de J. L. de Sousa. 1866.
In-8.º de 64 págs. B.
“Nova Edicção, a que se ajuntam mais algumas [trovas] nunca até ao presente impressas.” Edição já
muito pouco comum.
199 — BANDEIRA (Sá da) [Visconde de].- FACTOS E CONSIDERAÇÕES RELATIVAS
AOS DIREITOS DE PORTUGAL SOBRE OS TERRITORIOS DE MOLEMBO, CABINDA
E AMBRIZ e mais logares da Costa Occidental d’Africa situada entre o 5º grau 12 minutos e o
8º grau de latitude austral, pelo... Lisboa. Imprensa Nacional. 1855. In-8.º gr. de 63-V págs. B.
Com três estampas desdobráveis, muito raras: «Planta Topographica do Paiz do Marquez do Mosullo,
e do Bombe seu Aliado (...) Conquistados pelas Armas Portuguezas no anno de 1790 e de 1791: e das
mais terras alem do Rio Loge na sua Margem septentrional adonde chegou o Exercito»; «Planta da
Fortaleza de N. S. da Nazareth e S. João de Loge; e seu Prospecto visto do lado do Sul»; «Planta de
Ambriz», todas executadas pelo Capitão Félix Xavier Pinheiro de Lacerda.
200 — BARATA (António Francisco).- OS JESUITAS NA CORTE. Romance historico.
Reinado de D. João V. Lisboa. Lucas & Filho - Editores. 1877. In-8.º de 304-II págs. E.
De págs. 293 até final decorre o seguinte: “Notas. Nasceu este livro de uma passagem das
Memorias do bispo do Grão Pará, D. Frei João de S. José Queiroz, publicadas em 1868 pelo sr.
Camillo Castello Branco.”
Encadernação simples, da época. Ex-libris camiliano de Gustavo d’Avila Perez. Assinatura-carimbo
no frontispício.
201 — BARATA (B. de A.).- DICCIONARIO OU COLLECÇÃO POR ORDEM ALPHABETICA DE ESCOLHIDAS ANECDOTAS, notaveis singularidades e excentricidades, ditos
espirituosos, finos calimburgos, factos historicos notaveis, e outras curiosidades de varias
especies, compilado por B. d’A. Barata, Advogado e Professor do Lyceu de Lamego. Lamego.
Minerva da Loja Vermelha. 1895-1898. 4. vols. In-8.º gr. E. em 2.
Obra curiosa e interessante pela grande variedade de assuntos contemplados, bastante invulgar quando
completa como a presente. Referência aos maiores vultos da literatura portuguesa e estrangeira.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
197 - ver pág. 68
202 — BARBEY D´AUREVILLY (J.).- ŒUVRES DE J. BARBEY D´AUREVILLY. Du
Dandysme et de G. Brummel - Memoranda. Paris. Alphonse Lemerre, éditeur. S. d. In-8.º de IV-273-III págs. E.
Edição cuidada, ilustrada com dois finos retratos gravados a água forte.
Encadernação francesa, da época, com cantos e lombada em pele, estando esta decorada de belos ferros e dizeres a ouro. Dourado à cabeça e com as restantes margens intactas.
[68]
204 - ver pág. 71
205 - ver pág. 71
203 — BARBOSA (Inácio de Vilhena).- CARTA AUTÓGRAFA, datada de Lisboa 26 de
Fevereiro de 1883. Dim. 13 x 20,5 cm.
Carta sem o nome do destinatário, com as suas quatro páginas preenchidas, dizendo: “Devêra agradecer,
apenas recebida a estimada carta de V. Ex.ª, com as informações que eu tinha solicitado. Porem quis ver
se juntava aos meus agradecimentos alguma resposta plausivel aos quesitos da segunda parte da sua carta.
“Esta foi a causa da demora, e, infelizmente, apesar de tanta tardança, não consigo esclarecer a questão.
“Como o ponto principal a investigar é procurar saber quem foi o 3.º abbade de Maximinos (S. Pedro
de) ou, pelo menos, em que tempo viveu, recorri na m.ª livraria e na bibliotheca da academia real das
sciencias a quantos livros tratam ou fallam de Braga. Foi trabalho baldado. (...)
“Resta-nos, portanto julgar da antigui.de do prato pela sua pintura. (...) Se nos outros generos me considero
apenas amador ou estudante, no de porcelanas e faianças não passo de um simples leigo.
“Feita esta sincera confissão, direi, que pelo desenho e descripção me parece, q. o prato não é de fabricação anterior ao seculo XVI. As faianças portuguesas de data mais antiga eram grosseiras no fabrico,
singelas na forma, e incorrectas nos desenhos pintados”, continuando a dissertar sobre o mesmo tema.
204 — BARBOSA (Inácio de Vilhena).- AS CIDADES E VILLAS DA MONARCHIA PORTUGUEZA QUE TEEM BRASÃO D’ARMAS. Lisboa. Typographia do Panorama. 1860-1862.
3 vols. In-8.º E.
Com muitas dezenas de gravuras reproduzindo os brasões d’armas das cidades e vilas de Portugal
continental, insular e ultramarino, acompanhados de notícias históricas e outras que a essas cidades
e vilas respeitam. Muito invulgar.
Encadernações inteiras em pele, da época. (ver gravura na pág. 69)
205 — BARBOSA (Inácio de Vilhena).- MONUMENTOS DE PORTUGAL, Históricos, artisticos e archeologicos. 1886. Castro Irmão - Editores. Lisboa. In-4.º de XIV-XIV-500-II págs. E.
Obra estimada, estampada em bom papel e ilustrada com numerosas gravuras abertas em madeira
impressas em separado, reproduzindo alguns dos mais notáveis monumentos portugueses.
Encadernação com lombada em pele, decorada com ferros a ouro em casas fechadas.
(ver gravura na pág. 70)
206 — BARREIROS (Danilo).- A «PAIXÃO CHINESA» DE WENCESLAU DE MORAES.
Agência Geral do Ultramar. 1955. In-8.º gr. de 86-II págs. B.
Achega de apreciável importância para o esclarecimento de alguns aspectos da biografia de Wenceslau
de Moraes, ilustrada com reproduções de retratos e fac-símiles de cartas. Primeira edição.
207 — BARROS (João de). - LA LITTÉRATURE PORTUGAISE. Esquisse de son évolution.
Porto. Magalhães & Moniz. 1910. In-8.º de 173 págs. E.
De págs. 93 a 102 decorre um capítulo sobre Camilo Castelo Branco. Pouco comum.
Encdernação não contemporânea, com cantos e lombada em pele mosqueada, decorada com ferros
dourados. Mantém conservadas as capas da brochura.
208 — BARROS (B. J. S. Brito de).- DICCIONARIO DE PALAVRAS E PHRASES LATINAS DE
USO MAIS VULGAR. Porto. Imprensa Civilisação, Santos & Lemos. 1885. In-8.º de 180-II págs. E.
“Colligir as palavras e phrases, as sentenças e abreviaturas latinas mais vulgarmente empregadas na
nossa litteratura; pôr-lhes uma breve definição ou explicação, e reunil-as depois em volume portatil,
eis o despretencioso trabalho que me propuz realizar n’este pequeno diccionario”.
Artística encadernação editorial, gravada a negro e a ouro.
209 — BARROS (Eugénio Estanislau de).- GALÉS PORTUGUESAS DO SÉCULO XVI.
1930. Imprensa da Armada. Lisboa. In-8.º gr. de 71-I págs. E.
Valioso e interessantíssimo subsídio para o estudo da construção naval portuguesa no século XVI,
documentado com 5 estampas desdobráveis reproduzindo esquematicamente uma galé portuguesa
quinhentista. Edição limitada a 500 exemplares, não entrados no mercado.
Capa da brochura da frente preservada. Encadernação inteira em percalina.
[71]
210 — BARROS (Eugénio Estanislau de).- TRAÇADO E CONSTRUÇÃO DAS NAUS PORTUGUESAS DOS SÉCULOS XVI E XVII. 1933. Imprensa da Armada. Lisboa. In-8.º gr. de
114-IV págs. E.
Muito interessante trabalho sobre a arquitectura naval portuguesa antiga, documentado com 18 estampas
em folhas desdobráveis de grandes dimensões. Raro.
Só aparado à cabeça e com a capa da brochura da frente conservada. Encadernação inteira de percalina.
211 — BARROS (Miguel António de).- TRIBUTO DE GRATIDÃO, que humilde offerece ao respeitavel publico, a actris Josefa Thereza Soares, no dia do seu beneficio; composto por... Poeta
Lisbonense. Lisboa: Na Officina de João Evangelista Garcez. Anno 1811. In-8.º peq. de 5-I págs. B.
Inocêncio dedica uma extensa e curiosa rubrica ao autor, “nascido em Carvalho d’Este, suburbios de
Braga, pelos annos de 1772”. Foi para Lisboa com 15 anos de idade, aprendeu o ofício de correeiro,
mas tendo-se-lhe deparado a fortuna de travar “conhecimento com alguns litteratos e poetas d’aquelle
tempo, cujo tracto concorreu para que n’elle se desenvolvesse a propensão para os versos, conseguindo
supprir amplamente com o talento natural a mingoa de cultura, e os estudos que de todo lhe faltavam.
Começando a distinguir-se como poeta repentista ou improvisador, conquistou os applausos dos contemporaneos, a ponto de inspirar ciumes e inveja ao proprio Bocage. (...)” que chegou a afirmar: “Este
ladrão d’este correeiro é a minha sombra! (...) Não satisfeito da aura popular que gozava como poeta
tyrico, tentou alguns ensaios dramaticos, que levados á scena foram bem acolhidos do publico. (...)”.
Entre as várias produções do autor registadas por Inocêncio, não consta este folhetinho, que, dada a
finalidade da sua publicação, deve ter sido bem reduzida e não guardada.
212 — BARROSO (Gustavo).- COMISSÃO BRASILEIRA DOS CENTENÁRIOS DE PORTUGAL. Pavilhão do Mundo Português e Pavilhão do Brasil Independente. Exposição do Museu
Historico Nacional. Catálogo descritivo e comentado organizado por... Director do Museu
Histórico. 1940. [Impresso no Brasil. Graphicos Bloch]. In-4.º de 134 págs. B.
Minucioso catálogo daquela memorável e vasta exposição, ilustrado com várias estampas em folhas à parte.
213 — BASTO (A. de Magalhães).- CAMILO FOLHETINISTA. Viana do Castelo. Tip. «A Aurora
do Lima». 1947. In-8.º gr. de 14 págs. E.
Reduzida separata de «A Aurora do Lima». Dedicatória do autor. Encadernação simples.
214 — BASTO (A. de Magalhães).- DUAS CARTAS E UM GRANDE CARTÃO
AUTÓGRAFOS, datados respectivamnte de 31/XII 47, 29-XI-54 e 29-8-56. Dim. diversas.
Correspondência dirigida a Carlos Braga. Na primeira carta, com o timbre de «O Tripeiro», agradece
as “interessantes informações”, dizendo: “Não há dúvida que a Cronologia é uma imprescindível ciencia
auxiliar da História! (...) Agora, de posse dessas informações, que, novamente muito agradeço,
modificarei o que tiver de ser modificado para ficar harmónico com a verdade, embora, talvez,
menos... romântico. Antes de publicar a palestra (provav.te no Tripeiro) pedir-lhe-ei o favor de a ler.”
No cartão, timbrado do Gabinete do Director do Arquivo Distrital do Porto, agradece a oferta do seu
notável trabalho A Igreja e Física Contemporanea [título sublinhado]” enaltecendo “a altura da sua
Crença Religiosa e do seu saber científico, da sua Erudição quanto à matéria (...)”;
Na segunda Carta, timbrada da «Câmara Municipal do Porto - Serviços Culturais e Sociais - Gabinete
do Chefe», manuscrita nas suas quatro páginas, dirigida a Carlos Braga, Magalhães Basto pede informações para um artigo sobre “Alexandre Herculano e as meninas do Porto” a publicar no “Tripeiro do
mês de Setembro”.
215 — BASTO (A. de Magalhães).- DUAS NÓTULAS CAMONIANAS. I — D. Francisca
Brava, o Morgado das Caldas e o Autor de Os Lusiadas. II — A Oração de Lopo Fernandes
(àcerca da palavra Scabelicastro). Publicações da Câmara Municipal do Porto. [1937]. In-4.º de
48 págs. E.
Publicado em separata de «Memórias Quinhentistas dum Procurador de El-Rei no Pôrto». Integrado
na prestigiada colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto».
Encadernação com a lombada em pele, tendo conservada a capa da brochura da frente.
[72]
216 — BASTO (A. de Magalhães).- PORTO E BRASIL. Figuras e factos da História Luso-Brasileira. Livraria Progredior - Porto. [1946]. In-8.º de VI-247-I págs. B.
«Pero Vaz de Caminha e o Porto», Brás Cubas, «O «Voador» e historiografia portuense», «O espírio
crítico do Dr. Bartolomeu», Bartolomeu de Gusmão, «Um Padre «Voador» na Holanda», «Bartolomeu
Lourenço e a Inquisição», «A conquista do ar e os Manuscritos da Biblioteca Municipal do Porto»,
«Gusmanòloguices», «Passarola», «A vida aventurosa e trágica de Bartolomeu de Gusmão», «As finas
ironias de Alexandre de Gusmão», «Pombal e o Escrivão da Alçada», «Um «enigma histórico»:
porque foi preso o Escrivão da Alçada?» , «Como foram presos os Jesuítas no Rio de Janeiro», «Quem
era Elias Alexandre, autor da «História de Angola»», são alguns dos temas tratados neste volume.
217 — BASTO (A. de Magalhães).- SILVA DE HISTÓRIA E ARTE. (Notícias Portucalenses).
Livraria Progredior. Pôrto. [1945]. In-8.º de VI-359-I págs. B.
Livro de variado interesse, ilustrado em folhas à parte. Do índice salientamos os seguintes capítulos:
«Mestres de pedraria, carpintaria, escultura e ensamblagem», «Da Sé do Pôrto e seus anexos», «Àcerca
dos Mosteiros, Igrejas e Capelas», «Da Tôrre de Pedro Sem», «Calmels e o monumento a D. Pedro
IV», «Do Pôrto como meio musical».
218 — BASTO (A. de Magalhães).- SUMÁRIO DE ANTIGUIDADES DA MUI NOBRE
CIDADE DO PORTO. Livraria Progredior. Pôrto. [1942]. In-8.º de VII-281-III págs. B.
Da revista «Brotéria» extraímos o seguinte texto: “Com estas páginas, o Pôrto ganhou interessantíssimos
capítulos da sua história local, que não podem ser desconhecidos dos cultos e dos bairristas para
haverem regalo intelectual e literário, idéias exactas, noticias eruditas e até novidades apoiadas em
documentação inédita, em destrinça de afirmações de velhas escrituras, em crítico e porfiado estudo,
que tudo contém a sua prosa escorreita e desenfastiada.” Edição ilustrada nas páginas do texto.
219 — BASTO (A. J. Pinto).- CRUZADOR S. GABRIEL. Viagem de Circumnavegação.
Lisboa. Livraria Ferreira. 1912. In-4.º peq. de 444-II págs. E.
“Foi o «S. Gabriel» não só o primeiro navio de guerra portuguez que realisou uma viagem de circum-navegação, mas o primeiro navio portuguez que passou pelo estreito de Magalhães e Canaes da
Patagonia, e entrou nos portos do Chili, Peru, Panamá, Mexico, California e ilhas de Hawai, fazendo,
sem dúvida, uma das mais interessantes, se não a mais interessante viagem, dos ultimos annos.” Com
interessantíssimas descrições dos lugares de aportamento, seus usos e costumes. Numerosos e primorosos
desenhos, reproduções fotográficas e três folhas desdobráveis, representando uma delas o Canal do
Panamá, outra, a negro e vermelho, um exemplar de caligrafia japonesa e ainda outra, de grandes
dimensões, com um mapa da viagem efectuada. Com referências a Wenceslau de Moares, então
cônsul de Portugal em Kobe.
Encadernação com cantos e lombada em pele, danificada. Capa da brochura ilustrada com uma
aguarela a cores de Pinto Basto, danificada.
220 — BASTO (Cláudio).- UMA EXPLICAÇÃO. (Por causa de “Três Cartas de Camilo”).
Viana-do-Castelo. Edição da revista “Lusa”. 1917. In-8.º de 10-II págs. E.
Raro folheto camiliano, publicado em edição de 150 exemplares em separata da revista «Lusa».
Com as capas da brochura conservadas e modestamente encadernado.
221 — BASTOS (Francisco António Martins).- AS ESTAÇÕES DO ANNO, Poema composto,
e illustrado com algumas notas por... Lisboa, Na Impresão Regia. 1833. In-8.º de XIII-I-169-I
págs. E.
Segundo e raro livro da longa e variada bibliografia do Autor, que mostra, di-lo Inocêncio, “que o sr.
Bastos não ha sido o servo sem proveito de que fala o Evangelho: pelo contrario, tem feito por sua
parte todo o possivel para dar fructo dos talentos com que a Providncia o favoreceu.” Com um retrato
litográfico do autor, executado por Sendim.
Encadernação da época, mal cuidada.
[73]
222 — BASTOS (Francisco António Martins).- MEMORIAS PARA A HISTORIA DE EL-REY
FIDELISSIMO O SENHOR D. PEDRO V e de seus Augustos Irmãos, dedicada a Sua
Magestade Fidelissima El-Rey o Senhor Dom Luiz I. Lisboa, Typographia Universal. 1863.
In-8.º de IV-232-II págs. E.
Memórias escritas com a autoridade que dava ao autor o facto de ter sido “Mestre de Suas Magestades
e Altezas Reaes”.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Com algumas manchas que se vão diluindo até à 8.ª página.
223 — BASTOS (Leite).- A CALUMNIA. Romance precedido do excerpto de uma carta do
Visconde de Castilho a Camillo Castello Branco Acerca do autor. Lisboa. Typographia
Universal. 1872. In-8.º de 128 págs. E.
Segundo um seu biografo, Leite Bastos, “possuía qualidades para desbancar o próprio Ponson du
Terrail”, em cujo género se celebrizou com várias obras escritas.
Encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
224 — BASTOS (Leite).- PRIMAVERAS DE CINTRA. Lisboa. Livraria de Campos Junior Editor. S.d. [Imprensa de Sousa Neves]. In-8.º peq. de 190-II págs. E.
Com uma quadra de Camilo a págs. 17, encimando o capítulo intitulado «Espinhos e Flores».
Da colecção «Leitura para Caminhos de Ferro».
Encadernação não contemporânea, com cantos e lombada em pele mosqueada, só aparado à cabeça.
Ex-libris de Gustavo d’Avila Perez.
225 — BASTOS (Palmira).- CARTA AUTÓGRAFA, em três folhas de papel timbrado do
Grande Hotel do Porto, com data do envelope de 13 de Abril de 1920. Dim. 14 x 21 cm.
Carta da actriz Palmira Bastos endereçada ao Barão de S. Lázaro, de Braga, manuscrita em cinco das
suas seis faces. “De tal maneira se intenssificou o trabalho, nestes ultimos dias, que só hoje posso
responder á sua amavel carta e ás perguntas que nella me dirige.
“Estreei no Theatro da Rua dos Condes na opereta fantasia: O Reino das Mulheres [título sublinhado].
“Não tenho preferencia por peça alguma porque todas me merecem os mesmos cuidados.
“Fui 12 vezes ao Brazil, e muito gostaria, ainda de lá voltar para matar saudades e fazer a minha despedida!
“Há muitos annos que faço theatro declamado, mas, em nova, fugia de quando em quando para a opereta.
“São tantos os dramas que me teêm feito vibrar! Mas dos ultimos, talvez Israel [palavra sublinhada].
“Não posso precisar ha quantos anos estive no Trindade, visto que fiz lá varias epocas e generos.
“Tambem varias vezes estive no Nacional, onde me conservo ha 14 annos. (...)
“Agradecendo a gentileza de se lembrar do meu nome para o seu novo trabalho que vai, de certo,
valorizar extraordinariamente as minhas pobres palavras, creia-me”, etc.
226 — BASTOS (Sousa).- DICCIONARIO DO THEATRO PORTUGUEZ. Obra profusamente
illustrada. Lisboa. Imprensa Libanio da Silva. 1908. In-4.º gr. de 375-V págs. E.
“São raríssimos em Portugal os livros sobre theatro, faltando mesmo os mais elementares. É por isso
que se impunha a necessidade d’um Diccionario do Theatro Portuguez, que pudésse ser consultado
pelos estudiosos e pelos que ignoram muito do que lhes seria indispensavel saber”. Trabalho que ainda
hoje se mantém como peça fundamental para a história do nosso Teatro, ilustrado nas páginas do texto
e bastante invulgar nesta sua única edição.
Encadernação simples, com a lombada em pele, tendo o papel de forro danificado. Tem colada no
verso do frontispício uma fotografia com a assinatura de José Carlos dos Santos; no fim tem colados
vários recortes de jornais referentes a Teatro. (ver gravura na pág. 75)
227 — BASTOS (Sousa).- LISBOA VELHA. Sessenta anos de recordações. (1850 a 1910).
Prefácio e notas de Gustavo de Matos Sequeira. Lisboa. 1947. [Oficinas Gráficas da C.M.L.].
In-8.º gr. de 302-II págs. B.
Um dos muitos e interessantes volumes da bibliografia de Lisboa, ilustrado com numerosas gravuras
nas páginas do texto. Gustavo de Matos Sequeira termina o seu Prefácio afirmando que esta “É mais
uma obra em que Lisboa transparece, e em que se respira - talvez com saudade para alguns e com
alívio para muitos - um «ar» que não volta mais.”
[74]
228 — BATTELLI (Guido).- TEIXEIRA DE PASCOAES. Coimbra Editora, Ldª. 1953. In-8.º
de 58-II págs. E.
Colectânea de artigos primitivamente divulgados nas páginas do «Diário de Coimbra» e no
«Osservatore Romano». O importante texto de Guido Battelli aparece antecedido de um outro de
Joaquim Montezuma de Carvalho.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
229 — BAUDELAIRE (Charles).- LES FLEURS DU MAL. Librarie Gründ. Paris. [1947].
In-4.º de 254-II págs. B.
Belas ilustrações a cores em folhas à parte, incluindo a da capa da brochura, da autoria de Labocetta.
230 — BAYARD (Émile).- LE BON GOÛT. Dans le geste. Sur soi; Dans la maison. Paris.
Librairie Garnier Frères. [1917]. In-8.º de IV-427-I págs. B.
Curioso livro para a história da vida em sociedade no início do século XX, com os seguintes capítulos:
I. Du goût. La nature donne poétiquement l’exemple du bon goût; II. Du rôle de la couleur et de la
forme dans le bon goût; III. Le bon goût à la campagne, à la mer; IV. Le bon goût dans l’intérieur,
à la ville; V. Le bon goût dans la toilette et sourtout dans la toilette masculine; VI. Le bon goût dans
la toilette féminine et masculine; VII. Le bon goût dans la toilette de la Jeunesse; VIII. Le goût dans
la rue; IX. Le mauvais genre. Le geste commun; X. Sur le bon sens dans l’art; XI. Le mauvais goût
dans l’art; XII. Des causes du mauvais goût; XIII. D’autres causes du mauvais goût.
231 — BAYLE (François).- PSYCHOLOGIE ET ETHIQUE DU NATIONAL-SOCIALISME.
Étude anthropologique des dirigeants S.S. Préface de Pirre Oudard. Presses Universitaires de
France. Paris. 1953. [Imprimé en Allemagne par la Neustadter Druckerei, Neustadtt / Palatinat
en accord technique avec l’Imprimerie Nationale de France]. In-4.º de 550-II págs. E.
Obra ilustrada com numerosos retratos de personalidades ligadas à política hitleriana. Edição numerada,
apresentando este o n.º 62 , tiragem especial?
Valorizado com dedicatória autógrafa do autor “A Son Excellence Monsiur le président Salazar, en
témoignage d’admiration et de respect.”
Encadernação dos editores, em tela.
232 — BEÇA (Adriano).- O GENERAL SILVEIRA. A sua acção militar na guerra da peninsula.
Comemoração do 1º centenario da guerra peninsular. 1909. Typographia Universal de Coelho da
Cunha. Lisboa. In-4.º de 65-III págs. E.
Com ilustrações nas páginas do texto e um retrato equestre do General em folha à parte.
Boa encadernação à amador, nova, tendo preservadas as capas da brochura.
233 — BÉDIER (Joseph) & HAZARD (Paul).- HISTOIRE DE LA LITTÉRATURE FRANÇAISE
ILLUSTRÉE. Publiée sous la direction de MM... Librairie Larousse. [1923?]. 2 vols. In-fólio
de IV-322-II e IV-348 págs. E.
A obra estuda a Literatura francesa desde as suas origens até ao século XX, contando com colaboração
de consagrados especialistas. Muito cuidada edição em papel couché (no género da que Albino Forjaz
de Sampaio fez para a História da Literatura Portuguesa), adornada de centenas de boas ilustrações nas
páginas do texto e em separado, a negro e algumas a cores.
Encadernações com lombadas em pele à cor natural.
234 — BEIRÃO (Caetano).- EL-REI DOM MIGUEL I E A SUA DESCENDÊNCIA. Resenha
Genealógica e Biográfica. Portugália Editora. 1943. In-4.º de XV-239-I págs. E.
226 - ver pág. 74
“Espíritos superiores, primorosa educação, consciência das suas responsabilidades, culto do dever,
heroísmo, - saúde moral a par da saúde física - tal é o alto nível impecàvelmente mantido pela progenitura miguelina, desmentido vivo à teoria aleivosa da degenerescência das Famílias Reais, demons-
[76]
.../...
tração irrefragável da leviandade com que Thiers se referiu à decrepitude em que se consumia a descendência dos Reis de Portugal...”
Edição cuidada e invulgar, impressa em bom papel e ilustrada com numerosos retratos em separado.
Encadernação solta do volume. Com as capas da brochura conservadas.
235 — BEIRÃO (Caetano).- SONETOS. (1912-1918). Lisboa. 1918. [Typographia Cesar
Piloto]. In-8.º de XCII págs. inums. B.
Estreia literária de Caetano Beirão e também o seu único livro de poesia. Cuidada edição em papel de
linho, decerto muito rduzida.
236 — BEIRÃO (Francisco António da Veiga).- COMMEMORAÇÕES. Coimbra. F. França
Amado - Editor. 1903. In-8º de 273-VII págs. B.
“As Commemorações que agora reuni representam outros tantos actos de amisade, justiça e admiração
que no cumprimento dos meus deveres de amigo, ministro, deputado, socio da Associação dos
Advogados de Lisboa e membro do Institut de Droit International tive que prestar”: Afonso Mexia,
Miguel Pedroso, Simão de Calça e Pina, Saraiva de Carvalho, António Maria Holtreman, Lopo Vaz,
Carlos Zeferino Pinto Coelho, Oliveira Martins, Martens Ferrão, Sousa Martins, Gladstone, Barros
Gomes, Emilio Castellar, Rainha Vitória, Duarte Gustavo Nugueira Soares, Henrique de Mendia,
António Enes e Mousinho de Albuquerque. Com retratos.
Capa da brochura mal cuidada.
237 — [BEJA (José Pedro Cardoso)].- EXAME DA CONSTITUIÇÃO DE D. PEDRO E DOS
DIREITOS DE D. MIGUEL, dedicado aos Fieis Portuguezes. Traducção do francez por J. P. C.
B. F. Lisboa: Na Impressão Regia. 1829. In-8.º gr. de VIII-166 págs. E.
Peça importante para a história dos acontecimentos que tiveram como principais protagonistas
D. Pedro e D. Miguel.
Ilustrado com um retrato de D. Miguel intitulado «Servator Legum, Michael dat pignora Pacis» que
muitas vezes falta nos exemplares.
Encadernação da época inteira em pele, danificada na lombada.
238 — BELL (Aubrey F. G.).- IN PORTUGAL. London: John Lane... MCMXII. In-4.º de VIII-227 págs. E.
Um dos primeiros ou o primeiro livro de Aubrey Bell sobre Portugal, com interessantes capítulos que
abordam os mais importantes aspectos de norte a sul do nosso país: I. Characteristics and Customs;
II. Travelling in Portugal; III. The Charm of Alemtejo; IV. Charnecas of Alemtejo; V. An Early
Morning Drive; VI. The City of Evora; VII. The City of Beja; VIII. In Algarve; IX. Extremadura;
X. Lisbon I.; XI. Lisbon II. - Alfama; XII. The Convent and Tower of Belem; XIII. Cintra; XIV. Mafra,
Alcobaça, Aljubarrota, Batalha; XV. King Diniz and Leiria on the Liz; XVI. From Leiria to Thomar
and Beira Baixa; XVII. Pinewoods of Extremadura; XVIII. The Serra da Estrella; XIX. Villages of the
Serra; XX. The Cercal of Bussco; XXI. The University of Coimbra; XXII. Oporto; XXIII. The
Province of the Minho; XXIV. A Wayside Inn; XXV. Through Traz-os-Montes; XXVI. Where
Lusitania and her Sister meet; XXVII. On the Open Road; XXVIII. The Portuguese Language;
XXIX, A Modern Portuguese Port. Muito invulgar.
Encadernação editorial em percalina vermelha, com título dourado e ferros a seco.
239 — BENALCANFOR (Visconde de).- REALIDADES E PHANTASMAS. Porto. Livraria
Portuense de Clavel & Cª - Editores. 1881. In-8.º de 343-IX págs. E.
Com muito interessantes e variados capítulos, dos quais relevamos os seguintes: «Recordações do
Marquez de Pombal», «Umas horas em Cintra», «Lisboa vae lavar-se», «O elemento feminino nos
Bancos», «A liberdade do ensino», «Sá Noronha» e «Passeios pelo sul». Com um retrato do autor
gravado em madeira.
Modestamente encadernado.
[77]
240 — BENSAÚDE (Jane).- GENTIL MIGNON. Opéra par... Musique tirée des Airs Populaires
de France, harmonisés par M. G. Ribeiro. (Les choeurs de la Chasse et des Nins de la Montagne
sont tirés, avec l’aimable autorisation de l’auteur, de l’album des Rondes enfantines de Jacques
Dalcroze). Paris. Librairie Charles Delagrave. S.d. [1907?]. In-fólio de 44-VIII págs. B.
Partitura musical impressa sobre bom papel, da autoria de Jane Bensaúde, escritora de livros para
crianças e de obras para a educação da infância, casada com Alfredo Bensaúde, nascida em Paris
e falecida em Ponta Delgada.
Capa da brochura mal cuidada.
241 — BERANGER (P. J. de).- CHANSONS de... Contenant les dix chansons Nouvelles. Paris.
Perrotin, Libraire. 1858. 2 vols. In-8.º de IV-360 e IV-392 págs. E.
Edição cuidada das obras completas de um dos mais afirmados nomes da literatura francesa do século
XIX. Com um retrato de Béranger primorosamente gravado em madeira por Charlet.
Bonitas encadernações francesas com as lombadas em pele decoradas com nervos e delicados ferros a ouro.
242 — BERARDO (José de Oliveira).- MEMORIA SOBRE ALGUNS REPAROS QUE SE
PODEM FAZER A BIOGRAFIA, E AOS MÉRITOS DE JACINTO FREIRE D’ANDRADE.
Lisboa. 1854. In-4.º de II-13-I págs. E.
“A celebridade de que tem gozado Jacinto Freire de Andrade, escriptor entre nós alcunhado de Tácito
Portuguez, de classico distincto por sua primorosa elocução; e no sentir d’alguns estrangeiros elevado
á cathegoria desses historiadores raros, a quem a natureza dera energia e nobreza, que sabem conceber
e pintar, e que d’um lanço d’olhos comprehendendo os acontecimentos sómente delineão os promenores
para realçar o todo; esta celebridade, digo, me estimulou a indagar quanto possível fosse da sua
biographia, e da attenção que devemos aos seus escriptos”. Opúsculo invulgar.
Encadernação simples.
243 — [BERCHOUX (J.)].- LA GASTRONOMIA Ó LOS PLACERES DE LA MESA, Poema
en cuatro cantos, traducido libremente del francés al verso español por D. José de Urcullu.
Segunda edicion, corregida y aumentada. Londres. Publicado por el Sr. Ackermann. 1825.
“La buena acogida que ha tenido en España la Traduccion del ‘Poema de la Gastronomía, y la rapidez
con que se han despachado los egemplares, me mueve à publicar una segunda edicion mas correta que
la primera. El hallar-me ausente de Valencia cuando se hizo la impresion me impidió el corregir las
pruebas, y esta es la razon porque salió con muchas y muy graves faltas de tipografia, y lo que es mas
con versos truncados. Deseoso que salga aora al publico con toda la perfeccion posible, he hecho
algunas ligeras correciones.
“Como los placeres de la Mesa tienen tan intima relacion con los del Amor, he puesto al fin del poema
de la Gastronomía, otro en dos cantos, intitulado, la Isla Maravillosa, que traduje del francés hace
algunos años, y que varios amigos mios, y en particular aquel por quien hice la traduccion, me han
instado repetidas veces à que lo imprima.
“Ultimamente, he añadido à la coleccion de poesias báquicas de nuestros mejores autores castellanos,
otros sobre el mismo asunto, nunca publicadas, y que merecen ir á la par de las primeras.”
Livro curioso e raro, impresso em Londres.
Dedicatória manuscrita quase só com iniciais, datada do mesmo ano da impressão, que cremos serem
de D. José de Urcullu.
Encadernação inteira em pele, da época, com ferros a ouro na lombada e pastas.
(ver gravura na pág. 79)
244 — BESSA-LUÍS (Agustina).- ADIVINHAS DE PEDRO E INÊS. Lisboa. Guimarães & Cª,
Editores. 1983. In-8.º gr. de 239-I págs. B.
Livro de grande originalidade, “(...) As Adivinhas de Pedro e Inês ficam entregues à imaginação do
público, dos leitores, sobretudo aqueles que se preocupam com a descrição de uma identidade nacional e sabem que ela nos é imposta do exterior, primeiro que tudo. Ela é a soma de imagens em que não
nos reconhecemos mas que estão presas a nós com singular firmeza e às quais não podemos escapar.
Pedro e Inês são imagens dessas. (...)” Primeira edição.
[78]
245 — BESSA-LUÍS (Agustina).- APOCALIPSE DE ALBRECHT DURER. AGUSTINA
BESSA LUÍS escreve sobre a REVELAÇÃO DE S. JOÃO, obra ilustrada e gravada no ano de
1498 por ALBRECHT DURER em quinze xilogravuras de folha inteira o qual tudo aqui novamente se publica por Guimarães Editores na cidade de Lisboa no ano de 1986 com a versão
portuguesa APOCALIPSE de acordo com a tradução de ANTÓNIO PEREIRA DE FIGUEIREDO
da Congregação do Oratorio. In-4.º de 131-V págs. B.
“A presente edição pretende recriar um pouco do trabalho de Dürer no Apocalipse, como gravador
e editor que foi. O interesse de Agustina Bessa-Luís pelo temário joanino e pela iconografia que
o acompaha, estimulou semelhante projecto, justificando o aparato e a estrutura gráfica desta edição.
O texto que apresentou ao editor é, para além de um verdadeiro comentário, — longe da rigidez peninsular do Comentário de Liébana, transcrito pelo nosso sisudo Egas de Lorvão — a revelação, a partir
de cada xilogravura e de cada tema, de um Dürer mais consentâneo com a sua época e por vezes
surpreendente, em simultaneidade com a realidade profética do Apocalipse. Leia-se pois acerca
de Dürer revigorado nas suas grandezas e nas suas fraquezas, que orgulhosamente, por vezes, se
assinava de «Albertus Durero Noricus», alemão apesar de tudo latinizado.”
Digna edição da bela obra gravada de Dürer, muito cuidadosamente reproduzida.
Edição primeira, numerada e assinada por Agustina Bessa-Luís.
246 — BESSA-LUÍS (Agustina).- CANÇÃO DIANTE DE UMA PORTA FECHADA.
Romance. Guimarães Editores. [Lisboa. 1966]. In-8.º de 273-III págs. B.
Primeira edição do último volume da trilogia «As Relações Humanas». Segundo Giuseppe Carlo Rossi,
“As personagens [de «As Relações Humanas»] desenham-se configuram-se desde a primeira página com
um traço gravado em profundidade; vivem em evocações fechadas e condensadas, perfeitamente correspondentes ao ambiente social que com elas a escritora representa de preferência, com os caracteres típicos
da burguesia e da meia aristocracia da região narrativa da autora, o Norte montanhoso do país”.
247 — BESSA-LUÍS (Agustina).- CRÓNICA DO CRUZADO OSB. Romance. Guimarães & Cª.
Lisboa. [1976]. In-8.º de 218-II págs. B.
“(...) Josué lançou-se definitivamnte a escrever um livro a que chamou Crónica do Cruzado Osb. Era
uma sátira muito viva e espirituosa e também mal intencionada, e que principiava com o pacto
de D. Afonso Henriques e os Cruzados para a conquista de Lisboa. No seu capítulo «Vigília do
Apóstolo S. Pedrio depois de jantar» estava tão patente a história duma intentona e era descrita de
maneira tão astuciosa, que amigos e inimigos se divertiram com aquilo. O livro reforçou-lhe o prestígio,
e Josué Silva obteve daí em diante melhor acolhimento para as suas petições. (...)” Primeira edição.
248 — BESSA-LUÍS (Agustina).- OS INCURÁVEIS. Romance. Guimarães Editores. Lisboa.
[1956]. In-8.º de 479-V págs. B.
Edição original de um dos primeiros e mais notáveis romances de Agustina Bessa-Luís, bastante
difícil de encontrar no mercado.
Capa da brochura ilustrada a cores.
249 — BESSA-LUÍS (Agustina).- LONGOS DIAS TÊM CEM ANOS. PRESENÇA DE VIEIRA
DA SILVA. Colecção arte e artistas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. [Lisboa. 1982]. In-4.º
de 116-XXIV págs. B.
Valioso trabalho sobre a pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva, ilustrado com várias
fotografias suas, do seu atelier e reproduções de alguns dos seus trabalhos, a negro nas páginas do
texto e a cores em folhas à parte.
243 - ver pág. 78
250 — BESSA-LUÍS (Agustina).- A MONJA DE LISBOA. Lisboa. Guimarães Editores, Lda.
1985. In-8.º de 303-I págs. B.
“É difícil encontrar personagem mais novelesco e enredo mais completo, fora dum discurso fielmente
limitado às fontes históricas. A vida da prioresa da Anunciada merece, se não o degrau subido dos
altares, pelo menos a categoria de musa ao serviço duma pátria dividida e reduzida a província
estrangeira”. Primeira edição.
[80]
251 — BESSA-LUÍS (Agustina).- O PORTO EM VÁRIOS SENTIDOS. Fotografias de Nicolas
Sapieha. Textos de Eduardo Paz Barroso. Quetzal Editores. Lisboa. 1998. In-fólio de 155-V
págs. E.
“O Porto é hoje outro lugar. As típicas casas altas e estreitas, forradas de azulejos, só subsistem como
panos de cena nas imediações da Cordoaria ou, por exemplo, na bela e esguia Cedofeita que mereceu
o privilégio duma rua de peões. Há certos recreios da vista, que nem tudo são desgraças: o largo do
Infante, à Ribeira, apresenta uma harmonia urbana em que se destacam as Igrejas, o Mercado da Fruta
e o Palácio da Bolsa, solene e cobrindo o passeio com a escadaria de granito. O granito que é quase
um campo do brasão da cidade.
“No Porto havia mistérios, em Lisboa há factos. No que no Porto era secreto, na capital é convertido
em boato. Hoje, o Porto mudou a fisionomia mas não a alma em que se debatem as ambições e o espírito
das leis. Para falar das cidades não há como desencadear os espíritos da gente obscura. Eu conheci
muita, dessa que não teve honras na literatura, a gente enigmática das pequenas profissões. Vou dizer
alguma coisa sobre ela. (...)”
Magníficos textos de Agustina Bessa-Luís, excelentes comentários de Eduardo Paz Barroso às muitas
e muito belas fotografias a cores de Nicolas Sapieha, numa luxuosa edição, com texto também em
inglês, assente sobre papel da melhor qualidade.
Encadernação dos editores, com sobrecapa de protecção ilustrada a cores.
252 — BESSA-LUÍS (Agustina).- A SIBILA. Romance. Guimarães Editores. Lisboa. [1954].
In-8.º de 285-III págs. B.
Álvaro Machado afirma que a autora “criou, desde a publicação de «A Sibila» (1954), um universo
totalmente novo, não só em Portugal mas também no romance europeu contemporâneo, pela simples
razão de que, não se limitando a seguir programas vanguardistas, fundiu experiências anteriores com
uma raríssima percepção da realidade social, cultural e histórica portuguesa, elevando esta a um domínio
mítico, o qual constitui a originalidade essencial do romance do nosso século.” Edição original.
Romance distinguido com os Prémios Eça de Queirós e Delfim Guimarães.
Primeira edição, muito invulgar.
Capa da brochura ilustrada a cores (ver gravura na pág. 81)
253 — BESSA-LUÍS (Agustina).- O SUSTO. Romance. Guimarães Editores. Lisboa. [1958].
In-8.º de 330-VI págs. B.
“Num povo pessimista, não o bastante para ser neurótico, nem exasperado para ser sobre-humano,
depara-se-nos às vezes certo fenómeno de combustão interior e que é pouco menos que uma nova
ética. Vem ao caso falar duma gente do lugar de Adriços, pobre quase toda, fiada em crendices com
espírito de vantagens terrenas, e com quem convive algum tempo. (...)” Edição original.
Capa da brochura ilustrada por “Ribeiro” [Rogério].
254 — BESSA-LUÍS (Agustina).- A TORRE. [Of. Gráf. Manuel A. Pacheco, Lda. Lisboa.
1989]. In-8.º peq. de 46-II págs. E.
Primeira edição. Livrinho inaugural da muito cuidada colecção da Associação Portuguesa de
Escritores «O Meu Conto», patrocinada pela Tabaqueira. Tiragem limitada a 2000 exemplares
numerados, todos assinados pela autora.
Encadernação editorial, com sobrecapa de papel.
255 — BESSA-LUÍS (Agustina).- UM BICHO DA TERRA. Romance. Lisboa. Guimarães
Editores, Lda. 1984. In-8.º gr. de 323-I págs. B.
252 - ver pág. 82
“Um Bicho da Terra narra a vida tumultuosa de Uriel da Costa, judeu converso do Porto que, por uma
série de condições e metamorfoses sociais e espirituais, progride no caminho da razão até ao sacrifício
da própria vida”. Primeira edição.
256 — BESSA-LUÍS (Agustina).- VENTO, AREIA E AMORAS BRAVAS. Dentes de rato
- II parte. 1990. Guimarães Editores. Lisboa. In-8.º gr. de 84-IV págs. B.
Com ilustrações a cores de Mónica Baldaque. Primeira edição, impressa em excelente papel.
[82]
257 — O BISTURI. Folha mensal, litteraria. Redactor - Oliveira Passos. Porto, 1 de Abril de
1885 a 1 de Fevereiro de 1886, 12 números; Anno II, 1 de Abril de 1886 a 9 de Julho do mesmo
ano, IV números In-4.º peq. em 1 vol. E.
O n.º 4 do primeiro ano desta rara revista vem um artigo dedicado a Mariano Pina onde Camilo
aparece citado; nas págs. 1 e 2 do 1º número do 2.º ano vem um artigo intitulado «Camillo Castello
Branco - Visconde de Corrêa Botelho», acompanhado do seu retrato gravado por Pastor. Entre outros,
colaboraram nesta intressante revista Manuel de Moura, Oliveira Passos, Hamilton de Araújo, Gomes
Leal, Simões Dias e Gervásio Lobato.
Com falta do 1.º número do 1.º ano; pequenos defeitos na margem exterior do 2.º número.
Encadernação não contemporânea, com cantos e lombada em pele. Com dois ex-libris de Gustavo
d’Ávila Perez, um dos quais camiliano.
258 — A BOA UNIÃO. Janeiro de 1951. Número único. Orgão comemorativo do 81.º aniversario da S. B. União. Redacção e Administração: Beco das Cruzes. Editor: Jerónimo Candido.
[Lisboa]. In-4.º gr. de 10 págs. B.
De Jorge Rebelo, insere o artigo «”Alfama” na obra de “Camilo”» e «Alfama em Dez Imagens», por
Paulo Soromenho.
Com os Ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez. Conservado, solto, numa pasta de cartão.
259 — BOAVENTURA (Manuel de).- O SOLAR DOS VERMELHOS. (Romance tradicional).
Espozede. Livraria e Typographia Espozendense - Editora - 1909. In-8.º de 328-II págs. E.
Primeiro e muito raro livro deste estimado escritor acentuadamente regionalista, livro escrito quando
o autor contava apenas 18 anos. Manuel de Boaventura nasceu no concelho de Esposende em 1885,
foi professor e director do Distrito Escolar de Braga e membro efectivo do Instituto Histórico do
Minho. Os capítulos II e IV abrem com uma pequena transcrição dos livros de Camilo «A Sereia»
e «Amor de Perdição».
Emncadernação com cantos e lombada em pele,conservando as capas da brochura, embora manchadas.
Com dois ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez, um dos quais destinado à sua biblioteca camiliana.
260 — BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du).- POESIAS DE MANUEL MARIA DE BARBOSA DU BOCAGE, colligidas em nova e completa edição, dispostas e annotadas por I. F. da
Silva: e precedidas de um estudo biographico e litterario sobre o poeta, escripto por L. Rebelo
da Silva. Lisboa. Em Casa do Editor A. J. F. Lopes. MDCCCLIII. 6 vols. In-8.º gr. E.;
––– POESIAS EROTICAS, BURLESCAS, E SATYRICAS de M. M. de Barbosa du Bocage.
Não comprehendidas na edição que das obras d’este poeta se publicou em Lisboa, no anno de
MDCCCLIII. Bruxellas. MDCCCLX. In-8.º gr. E.
O primeiro volume aparece adornado de um bom retrato litográfico do autor, que tem, nesta, uma das
melhores edições colectivas da sua Obra. O importante estudo biográfico e literário de Rebelo da Silva
ocupa cerca de 50 páginas.
Exemplar acompanhado do muito raro volume das «Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas», pretensamente impresso em Bruxelas, poesias que são consideradas modelares na sua, entre nós, pouco
divulgada modalidade. Encadernações da época, com as lombadas em pele.
261 — BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du).- ERICIA, OU A VESTAL, Tragedia por...
Lisboa: 1825. Na Impressão de João Nunes Esteves. In-8.º de 48 págs. E.
Uma das várias edições desta peça traduzida por Bocage, cuja primeira edição apareceu em 1805.
Encadernação simples. Com um corte no pé do frontispício.
262 — [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)].- EUFEMIA, // OU // O TRIUNFO DA
RELEGIÃO: // DRAMA // DE // MR. ARNAUD, // TRADUZIDO // EM VERSOS PORTUGUEZES // POR // MANUEL MARIA DE BARBOSA // DU BOCAGE. // LISBOA.
M.DCC.XCIII. // NA OFF. DE SIMÃO THADDEO FERREIRA. In-8º de 108 págs. B.
Exemplar da primeira das várias edições publicadas, a mais estimada e rara.
Margens integrais.
[83]
265 - ver pág. 85
263 — [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)].- GALATÉA. Novella pastoril, imitada de
Cervantes por Florian, e traduzida em portuguez por Manuel Maria de Barbosa du Bocage.
Lisboa. M.DCCCII. In-8.º peq. de 128 págs. E. juntamente:
––– [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)].- AS CHINELLAS D’ABU-CASEM, Conto
Arabico. Lisboa. M.DCC.XCVII. Na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira. In-8.º peq. de 14 págs.;
––– [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)].- RAYMUNDO, E MARIANNA, Novella
hespanhola, traduzida do francez por Manuel Maria de Barbosa du Bocage. Lisboa. Na Typographia
Lacerdina. 1804. In-8.º peq. de 70 págs.;
––– [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)].- O CASAMENTO POR VINGANÇA. Novella
traduzida por Manuel Maria de Barbosa du Bocage. Lisboa. Na Off. de Joaõ Procopio Correa da
Silva, Impressor da Santa Igreja Patriarcal. Anno M. DCCCVI. In-8.º peq. de
––– [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)]. ROGERIO, E VICTOR DE SABRAN, ou
O Tragico effeito do ciume. Novella traduzida do francez por Manuel Maria de Barbosa du
Bocage. Lisboa. Anno 1806. Na Nova o Fic. [sic] de João Rodrig. Neves. In-8.º de 63-I págs. E.
Raro conjunto de traduções feitas por Bocage, provavelmente todas em primeira edição, porque todas
têm datas anteriores às que Inocêncio menciona; apenas de «Rogerio, e Victor de Sabran», regista, com
uma interrogação uma possível edição de 1806.
Sobre «As chinelas de Abu-Casem», publicado anónimo, diz: “Ainda não vi alguma d’estas edições”,
sendo a primeira, a que apresentamos, reimpressa “(dizem) em 1803”.
Encadernação da época, em pele, danificada.
264 — [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)].- GALATÉA. Novella pastoril, imitada de
Cervantes por Florian, e traduzida em portuguez por Manuel Maria de Barbosa du Bocage.
Lisboa. M.DCCCII. In-8.º peq. de 128 págs. E.
É a primeira edição desta rara tradução de Bocage, também com interesse para a bibliografia cervantina.
Encadernação antiga, com a lombada em pele.
265 — [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)].- OS JARDINS, // OU A ARTE DE AFORMOSEAR AS PAIZAGENS, // POEMA // DE Mr. DELILLE, // DA ACADEMIA FRANCEZA,
// TRADUZIDO EM VERSO // DE ORDEM // DE // S. ALTEZA REAL // O PRINCIPE
REGENTE, // NOSSO SENHOR, // POR // MANOEL MARIA BARBOSA // DU BOCAGE. //
LISBOA. // NA TYPOGRAPHIA CHALCOGRAPHICA, // E LITTERARIA DO ARCO DO
CEGO. // ANNO M.DCCC. In-4.º de VII-I-157 págs. E.
É a primeira edição portuguesa desta conhecida obra de Delille, numa magnífica tradução de Bocage
que apresenta também o texto original francês.
Encadernação da época, simples e imperfeita. (ver gravura na pág. 84)
266 — [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du)].- OS JARDINS, Ou a arte de aformosear as
paisagens, poema traduzido em verso por Manoel Maria de Barbosa du Bocage. Nova edição.
Rio de Janeiro. Na Impressão Regia. M.DCCCXII. In-8.º peq. de 161-I págs. E.
Segunda edição, impressa no Rio de Janeiro, provavelmente mais rara do que a primeira impressa em
Portugal em 1800.
Com falta do anterrosto. Encadernação inteira em pele, da época.
267 — BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du).- AS PLANTAS. Poema de Ricardo de
Castel... traduzidas da II. Edição, em verso a verso, debaixo dos auspicios e ordem de S. Alteza
Real Principe Regente Nosso Senhor, por... Lisboa. na Typographia Chalcographica, Typoplas// tica, e Litteraria do Arco do Cego. M.DCCCI. In-8.º gr. de IV-XV-I-181-II págs. E.
[85]
.../...
267 - ver pág. 85
Primeira edição desta estimada tradução de Bocage, apresentando o original francês nas págs. da
esquerda e a tradução portuguesa nas da direita. Bela edição com cinco primorosas gravuras abertas
em chapa de metal em folhas à parte, sendo uma de frontispício e uma para cada um dos quatro Cantos
do Poema. Muito Invulgar.
Encadernação inteira de pele, da época, necessitada de restauro. (ver gravura na pág. 86)
«A casca da Canneleira», impresso no Brasil. Descrição pela ordem em que estão encadernados,
todos com as capas da brochura, salvo indicação contrária:
272 — BOM SENSO E BOM GOSTO. Neste dois volumes modestamente encadernados em
percalina, está reunida, cremos, a colecção completa dos opúsculos pertencentes à famosa
polémica que ficou conhecida como Questão Coimbrã ou Bom Senso e Bom Gosto, em que,
por longo tempo, se confrontaram numerosos escritores, incluido o extremamente raro folheto
1.º QUENTAL (Antero de).- BOM-SENSO E BOM-GOSTO. Carta ao excellentissimo senhor
Antonio Feliciano de Castilho por Anthero do Quental, 3.ª edição. Coimbra. Imprensa Litteraria. 1865.
In-8.º de 16 págs.;
2.º CHAGAS (M. Pinheiro).- BOM-SENSO E BOM-GOSTO. Folhetim a proposito da Carta que o
Senhor Anthero do Quental dirigiu ao Senhor Antonio Feliciano de Castilho, por M. Pinheiro Chagas.
Lisboa. Imprensa de J. G. de Sousa Neves. 1865. In-8.º de 8 págs.;
3.º ROUSSADO (Manuel).- BOM-SENSO E BOM-GOSTO. Resposta á carta que o Sr. Anthero do
Quental dirigiu ao Ex.mº Sr. Antonio Feliciano de Castilho por Manoel Roussado. Segunda edição
augmentada, seguida de uma carta sobre o mesmo assumpto. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1866.
In-8.º de 17-III págs.;
4.º CUNHA (Elmano da)..- CARTA DE ELMANO DA CUNHA EM RESPOSTA A OUTRA BOM-SENSO E BOM-GOSTO dirigida por Anthero do Quental ao excellentissimo Senhor Antonio
Feliciano de Castiho, o incomparavel traductor dos Fastos de Ovidio obra em que se faz o confronto
de Romulo e Jesus-Christo offerecida ao incomparavel Duque de Saldanha. Coimbra. Imprensa da
Universidade. 1865. In-8.º de 15-I págs.;
5.º CASTILHO (Júlio de).- O SENHOR ANTONIO FELICIANO DE CASTILHO E O SENHOR
ANTHERO DO QUENTAL, por Julio de Castilho. (2.ª edição). Lisboa. Typ.- Rua dos Gallegos - 38.
Fevereiro de 1866. In-8.º de 37-III págs.;
6.º BRAGA (Teófilo).- AS THEOCRACIAS LITTERARIAS». Lisboa. Typographia Universal. 1865.
In-8.º gr. de II-14-II págs.;
7.º QUENTAL (Antero de).- A DIGNIDADE DAS LETTRAS E AS LITTERATURAS OFFICIAES.
Lisboa. Typographia Universal. 1865. In-8.º de 48 págs.;
8.º PORTO-CARREIRO (Rui de). LISBOA, COIMBRA E PORTO E A QUESTÃO LITTERARIA.
Lisboa, Typographia Universal. 1866. In-8.º de 39-I págs.;
9.º FREITAS (A. de).- OS LITTERATOS EM LISBOA. Poemeto por... Illustrado por Jeronymo S. da
Motta, Bacharel nas Faculdades de Theologia e Direito». Coimbra. Imprensa Litteraria. 1865. In-8.º
de 29-III págs.;
10.º [DINIS (Pedro)].- O MAU-SENSO E O MAU GOSTO. Carta mui respeitosa ao excellentissimo
Senhor Antonio Feliciano de Castilho, em que se falla de todos e de muitas pessoas mais por Amaro
Mendes Gaveta, com uma conversação preambular por Gaveta Mendes Amaro. Lisboa. Imprensa de
J. G. de Sousa Neves. 1866. In-8.º de 16 págs.;
11.º [AZEVEDO (Severino de)]).- BOM-SEMSO E BOM GOSTO. Carta de Boas Festas a Manuel
Roussado por S. d’A. Coimbra. Imprensa Litteraria. 1866. In-8.º de 13-I págs. (Falta a capa da brochura posterior);
12.º [AZEVEDO (Severino de)]).- SEGUNDA CARTA DE BOAS FESTAS A MANUEL ROUSSADO
por S. d’A. Imprensa Litteraria. 1867. In-8.º de 15-I págs. (Com falta das capas da brochura);
13.º ORTIGÃO (J. D. Ramalho).- LITTERATURA DE HOJE. Porto. Typographia do Jornal do Porto.
1866. In-8.º de 61-III págs.;
14.º CASTELO BRANCO (Camilo).- VAIDADES IRRITADAS E IRRITANTES. (Opúsculo ácerca
d’uns que se dizem offendidos em sua liberdade de consciencia litteraria por Camillo Castello Branco.
Segunda edição. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron.. 1889. In-8.º de 78-II págs.;
15.º NORONHA (José Feliciano de Castilho Barreto e).- A ESCOLA COIMBRÃ. CARTAS DO SR.
CONSELHEIRO... ao CORREIO MERCANTIL do Rio de Janeiro. [Cartas 1ª a 4.ª]. Lisboa.
Typographia do Futuro. 1866. In-8.º de 32 págs.;
16.º NORONHA (José Feliciano de Castilho Barreto e).- A ESCOLA COIMBRÃ. Cartas do sr.
Conselheiro... ao CORREIO MERCANTIL do Rio de Janeiro. [Cartas 5.ª a 10ª]. Lisboa. Typographia
do Futuro. 1866. In-8.º de 48 págs.;
17.º LOUREIRO (Urbano).- QUESTÃO DE PALHEIRO. Coimbrões e Lisboetas. Porto. Na Typ. de
Manoel José Pereira. 1866. In-8.º peq. de 16 págs.;
18.º DIAS (Augusto Malheiro).- CASTILHO E QUENTAL. Reflexões sobre a actual Questão
Litteraria. Porto. Livraria e Typ. de Francisco Gomes da Fonseca, Editor. 1866. In-8.º de 20 págs.;
19.º [VASCONCELOS (Alberto Osório de)].- GARRETT CASTILHO HERCULANO E A ESCOLA
COIMBRÃ ou Dissertação ácerca da Genealogia da Moderna Escola contendo Um Esboço rapido
e pittoresco da Litteratura Contemporanea, pelo Ermita do Chiado. Lisboa. Imprensa de H. G. de
Sousa Neves. 1866. In-8.º de 15-I págs.;
[87]
[88]
268 — BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du).- RIMAS DE MANOEL MARIA BARBOSA
DU BOCAGE. Quarta Edição. Lisboa. M.DCCCVI-MDCCCXIII. Na Of. de Simão Thaddeo
Ferreira. 2 vols. In-8.º de IV-351-I e VIII-368 págs. E.
Encadernações inteiras em pele, da época, com ferros dourados nas lombadas.
269 — BOLAMA (Marquês de Ávila e de).- A MARQUEZA D’ALORNA. Algumas noticias
authenticas para a historia da muito illustre e eminente escriptora, que os poetas seus contemporaneos denominaram ALCIPE. Lisboa. Imprensa de Manuel Lucas Torres. 1916. In-4.º de 244-IV págs. E.
“As noticias authenticas da Marqueza d’Alorna demonstram, que esta muito illustre fidalga, tendo
tido, desde os oito annos, uma vida excepcionalmente accidentada, era dotada de tão extraordinario
talento, que se tornou notavel por uma rara illustração nas lettras e na pintura (...)”. A par de obra sublinhável sob o ponto de vista biográfico, é também importante para a história do seu tempo. Com retratos
e outras estampas em folhas separadas.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, esta com título e ferros a ouro. Com as capas da
brochura com pequeno defeito e só minimamente aparado à cabeça.
270 — BOLAMA (Marquês d’Ávila e de).- A NOVA CARTA CHOROGRAPHICA DE PORTUGAL. Lisboa. Typographia da Academia Real das Sciencias. 1909-1914. 3 vols. In-4.º
de 497-III, 526-II e 516 págs. B.
Trabalho baseado em «A Nova Carta Chorographica de Portugal», “publicada na escala 1:100.000, (...)
obra colossal, que muito honra a Direcção Geral dos Trabalhos Geodesicos e Topographicos”, contendo
importantes notícias históricas, artísticas, arqueológicas, monográficas, etc. Com mapas desdobráveis
e numerosas estampas impressas em folhas à parte. Especialmente invulgar com o terceiro volume.
O primeiro volume está desconjuntado.
271 — BOLETIM DO INSTITUTO FRANCÊS DE PORTUGAL. Composto e impresso nas
Oficinas da «Coimbra Editora, Lda». 1930-1932. IV tomos e nº 1 do V em 2 vols. In-4.º E.
Publicação de grande merecimento, com colaboração de excelentes escritores: A. A. Mendes Corrêa,
A. da Costa Sacadura, A. da Rocha Brito, Adolfo Casais Monteiro, Agostinho de Campos, Albert
Pauphilet, Albert Thibaudet, Alfred Jeanroy, Aureliano de Mira Fernandes, Bento de Jesus Caraça,
Ch. Maurian, Charles le Goffic, Charles Lepierre, Diogo de Macedo, Edmond Golbot, Edouard
Lambert, Eugénio de Castro, H. Gaussen, Hernâni Cidade, Hubert Gillot, Jacques Chevalier, Janine-Weill, Jean Alazard, Jean Plattard, João da Silva Correia, Joaquim de Carvalho, Jules Bertaut, Júlio
Dantas, Léon Bourdon, Louis Josserand, Lucien Corpechot, Magnan de Bornier P. F. Fournier, Philéas
Lebesgue, Pierre Hourcade, Queirós Veloso, Raymond Lebègue, René Bouvier, René Jean, René
Musset, Sílvio Lima e Vieira de Almeida.
O n.º3-4 do tomo IV foi inteiramente dedicado a Montaigne. Com numerosas estampas em folhas à parte.
Colecção cremos que completa. Excelentes encadernações inteiras em pele à cor natural, com ferros
a ouro nas lombadas, frisos e uma caravela a ouro nas pastas, dourados nas seixas e o corte das folhas
também dourado. Com as capas da brochura conservadas.
VALIOSA COLECÇÃO DE OPÚSCULOS PERTENCENTES À FAMOSA POLÉMICA
CONHECIDA COMO “BOM SENSO E BOM GOSTO»
.../...
.../...
20.º [FONSECA (Francisco Fernandes Guimarães?)].- LITTERATURA RAMALHUDA a proposito
dos Senhores Castilho, e Ramalho Ortigão por G. F. Coimbra, Imprensa Litteraria. 1866. In-8.º de 13-I págs. [Sem a capa da brochura posterior];
21.º CASTILHO (A. F. de) & OLIVEIRA (J. A. de Freitas).- A QUESTÃO LITTERARIA A PROPOSITO DO JAZIGO DE JOSÉ ESTEVÃO. Cartas dos Senhores... Lisboa. Typographia da Gazeta de
Portugal. MDCCCLXVI. In-8.º de 16 págs.;
22.º [SALGADO (Eduardo Augusto)].- OS COIMBRÕES. Questão em que tambem entra pelos cem
reis José Francisco, caiador da Rainha do Congo; com uma dedicatoria (que por economia vai nas costas
d’este) por Diogo Bernardes. Porto: Typographia de Manoel José Pereira. 1866. In-8.º de 15-I págs.;
23.º VIDAL (E. A.).- GELFOS E GIBELINOS. Tentativa critica sobre a actual Polemica Litteraria.
Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1866. In-8.º de 16-II págs.;
24.º ARANHA (Brito).- O BOM-SENSO E O BOM-GOSTO. Humilde Parecer de... Com uma carta
do Senhor A. F. de Castilho. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1866. In-8.º de 15-I págs.;
25.º [CARVALHAL (Álvaro do)]. ANTHERO DO QUENTAL E RAMALHO ORTIGÃO. Assinado
no fim com as iniciais A. do C. [Coimbra - Imprensa da Universidade. S.d. 1866]. In-8.º de 15-I págs.
[publicado sm capa nem frontispício];
26.º e 27.º [CASTILHO (José Feliciano de)].- A AGUIA NO OVO E NOS ASTROS sive ESCHOLA
COIMBRÃ NA SUA AURORA E NO SEU ZENITH. Por Um Lisboeta Convertido. Primeira
e Segunda] parte. Rio de Janeiro. Typographia do Commercio, de Pereira Braga. 1866. 2 opúscuos
In-8.º de 34 e 35 a 62 págs.;
28.º BORGES (Carlos).- PENNA E ESPADA. Duas palavras ácerca da litteratura d’Hoje de J. D.
Ramalho Ortigão. Porto. Typographia Lusitana. 1866. In-8.º de 16 págs.;
29.º [PEREIRA (Vicente António da Graça)].- ANALYSE CRITICA, RAPIDA, DESPRETENCIOSA
FEITA AO FOLHETO INTITULADO GARRETT, CASTILHO E HERCULANO E A ESCOLA
COIMBRÃ, etc, pelo Sacristão de uma ermida. Lisboa. Typographia. - 20 Rua da Encarnação 20 1866. In-8.º de 16 págs.;
30.º SALGADO (E. A.).- LITTERATURA DE ÁMANHAN. Duas palavras ácerca de um livro do snr.
A. do Quental. Porto: Typographia do Commercio do Porto. 1866. In-8.º de 14-II págs. [cremos que
publicado sm capas da brochura];
31.º ROMEO JUNIOR (S.).- AS LETTRAS NO BRAZIL. Duas palavras acerca de um folheto do Snr.
A. do Quental. Braga: Typ. de Domingos G. Gouvea. 1866. In.-8.º de 10-II págs. [Sem as capas da brochura];
32.º OS SENHORES A. A. TEIXEIRA DE VASCONCELLOS, A. F. DE CASTILHO E A. OSORIO
DE VASCONCELLOS SOBRE A QUESTÃO COIMBRÃ. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1866.
In-8.º gr. de 23-I págs.;
33.º [BRANDÃO (Paulo José da Silva)].- LITTERATURA PORTUGUEZA, A. F. de Castilho e a
Carta que acompanha o Poema da Mocidade por Archi-Zero. Rio de Janeiro. Typ.- Perseverança. 1866.
In-8.º de 23-I págs.;
34.º BELEM (A. M. da Cunha).- HORACIOS E CURIACIOS ou mais um ponto e virgula na actual Questão
Litteraria. Lisboa. Typ. da Sociedade Typographica Franco-Portugueza. 1866. In-8.º gr. de 12 págs.;
35.º VERDADEIRA LUZ DERRAMADA. Questão Litteraria. Supremo remate a elle em prosa
e verso pela Sombra de Cicero. Lisboa. Imprensa de J. G. de Sousa Neves. 1866. In-8.º de 15-I págs.;
36.º AMARAL (Antonio Peixoto do).- LITTERATURA D’HONTEM ou Breves Reflexões sobre
a Questão Litteraria por... Porto. Typographia de José Pereira da Silva. 1866. In-8.º de 28-IV págs.;
37.º A CASCA DA CANELLEIRA (Steeple-Chase.) Por uma boa duzia de «Esperanças,». Flavio
Reimar. Pietro de Castellamare. Pedro Botelho. James Blumm. Rulfo Solero. Nicodemus. Judael de
Babel-Mandeb. Stephens Van Ritter. Golondron de Bivac. Iwan Orloff. Conrado Rotenski). San’Luiz
[Brasil] 1866. In-8.º de 91-III págs.;
38.º A IMPRENSA NA GAIOLA. Poemeto. 1.ª Parte. O Baile. Lisboa. Imprensa de J. G. de Sousa
Neves. 1866. In-8.º gr. de 16 págs.;
39.º GOODOLFIM (Costa).- CARTA AO EMINENTISSIMO SENHOR MANOEL PINHEIRO
CHAGAS pelo seu estapafurdio admirador... Lisboa. Typ. de Vicente Alberto dos Santos. 1866. In-8.º
de 15-I págs.:
40.º O TYRANETTE. Quental e Ortigão. Porto. Livraria e Typ. de F. G. da Fonseca. 1866. In-8.º
de 16 págs.
273 — BOMBARDA (Miguel).- A SCIENCIA E O JESUITISMO. Replica a um Padre Sabio.
Lisboa. Parceria António Maria Pereira. 1900. In-4.º gr. de VIII-191-III págs. B.
[89]
[90]
Resposta às «Questões de Biologia - O Materialismo em face da Sciencia pelo Pe. Manuel Fernandes
Santana», que, por sua vez, respondia ao livro «A Consciencia e o Livre arbítrio», apresentando numerosos excertos do livro em causa, fortemente combatido por Miguel Bombarda. Com a reprodução de
uma gravura antiga, de Hogenberg, que representa «O Auto de Fé de Valladolid em 1559». Invulgar.
Desconjuntado. Assinatura antiga ao alto da capa da brochura.
274 — BOMBLED (L.), MONTOYA (G.) & MULDER (Jules).- LA MODERNE EPOPÉE LES BOERS. Obres et Scénario de L. Bombled. Poème de G. Montoya. Musique de Jules
Mulder. L. Geiler, par Raon-L’Étape (Vosges) - Flammarion. Paris. S.d. [1902?]. In-4.º oblongo
de 80-II págs. E.
Álbum de excelente aspecto gráfico, com boas ilustrações a cores, silhuetas a negro e partituras musicais
para voz e piano. Capítulos: Le Calme avant l’orage; L’Or; Les Pirates; Pour la Patrie; Un contre Dix;
Botha; Le Psaume; Villebois-Mareuil; L’Hécatombe; Le Nombre; Le Sacrifice; Selon la Bible;
Dévastation: L’Ile maudite; Le Gelderland; Les Rois se taisent; Krüger et Wilhelmine; Le Calme après
l’orage.
Encadernação editorial em cartão, ilustrada a vermelho e negro.
275 — A BOOK OF FAMOUS AND BEAUTIFUL CHINESE LADIES FROM ALL ANTIQUITY. S.l.n.d. In-8.º gr. E.
Belo livro produzido na China à maneira tradicional, que se abre em harmónio, impresso em inglês
e em chinês numa só face das folhas, sem indicação de editor ou data, tendo nas páginas da esquerda
uma bela figura feminina a cores, que nos parece manualmente pintada sobre tecido e que totalizam
dez figuras. Tem nos extremos, à maneira de capas, duas placas em madeira, uma das quais com um
círculo profundamente entalhado que tem no centro caracteres chineses também entalhados.
276 — BORDALO (Álvaro).- TEIXEIRA DE PASCOAES. Porto. 1950. In-4.º de 7-I págs. E.
Opúsculo inaugural das Fichas Bibliográficas da «Gazeta do Bibliófilo», publicada nos «Cadernos das
Nove Musas», da revista «Portucale», cuja tiragem total foi limitada a 99 exemplares numerados.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele.
277 — BORGES (Carlos).- DOIS GENIOS DIFFERENTES. Romance original por... Lisboa.
Typ. Lusitana. 1866. In-8.º gr. de 156-IV págs. Desenc.
O livro foi dedicado a Camilo Castelo Branco, “Principe dos romancistas da Peninsula”, integra uma
carta do autor para Camilo e outra de Camilo para Carlos Borges.
278 — BORGES (José Ferreira).- CÓPIA DE UMA CARTA DE JOSÉ FERREIRA BORGES, ASSINADA PELO PRÓPRIO, DIRIGIDA A D. JOSÉ DE URCULLU. S.d. Dim. 20,5 x 25 cm.
“Respondendo á carta que V. Sª me escreveo em 22 do passado na qualidade d’administrador da
imprensa Commercial do Porto, eu fiz chamar a conta que V. S.ª intregou a meu Irmão Manoel Ferreira
Borges, e a elle a reenvio, hoje auctorizando-o para fazer a V. Sª algumas observações, que sem duvida
lhe merecerão peso e acquiescencia ácerca do preço de composição e impressão que me parecem altos
comparados com quantas outras obras tenho pago em diversas officinas, e principalmente com a que
paguei na Imprensa Nacional de Lisboa pela prmeira Edição do Codigo. O Snr Francisco Joaquim
Maya sabe muito bem, que fallamos da impressão do Codigo muito antes d’haver esse
Estabelecimento, para o qual eu concorri em alguma parte, e com alguns conselhos, demorando-se
a impressão e expondo-me a grande compromethimento para com o Governo. Ora examine V. Sª
o numero d’Exemplares que encommendei, com os que effectivamente se entregarão impressos,
e conhecerá a differença, e bem assim o excesso d’estragos e perdas de folhas que não estão na minha
responsabilidade. Saiba mais que tenho aqui no Livreiro João Henriques vinte exemplares estragados
(...) Alguns recebidos em Coimbra acharão-se com os mesmos defeitos . (...) Tudo isto me parece com
as demais observações, que faço a meu Irmão, que ellas merecerão e V. Sª alguma attenção.
279 — BORGES (José Ferreira).- CODIGO COMMERCIAL PORTUGUEZ. Seguido de dous
Appendices que contêm a legislação, que tem alterado alguns de seus artigos. Coimbra: Na
Imprensa da Universidade. 1851. In-4.º peq. de XVI-535-I págs. E.
Uma das primeiras e melhores edições do primeiro Código Comercial Português, onde “se acha regulado
tudo o que diz respeito ás pessoas, obrigações, organisação do fôro, e forma do processo commercial, com
uma segunda parte sobre commercio maritimo. Seu auctor compilou as mais providentes disposições dos
codigos das nações cultas da Europa, porém acumulando definições e principios geraes, que em obra
de tal natureza muito bem se poderiam dispensar. Nota-se-lhe em muitos logares confusão nas materias
e irregularidade na redacção, e em outros a inserção de principios deslocados e sem uso.” Tem no fim
uma folha desdobrável com o Modelo de «Matricula e Rol da Equipagem do Navio». Muito invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
280 — BORGES (José Ferreira).- CODIGO COMMERCIAL PORTUGUEZ, Seguido de um
Appendice que Contém a Legislação que tem alterado alguns de seus artigos. Publicado até ao
fim do anno de 1878. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1879. In-4.º peq. de 784 págs. E.
Uma das numerosas edições tiradas da obra que é, sem dúvida, a mais importante do Autor e muito
mais completa do que as primeiras.
Encadernação da época, com a lombada em pele
281 — BORGES (José Ferreira).- COMMENTARIOS SOBRE A LEGISLAÇÃO PORTUGUEZA ACERCA D’AVARIAS. Londres: Impresso por L. Thompson. 1830. In-8.º gr. de II-X-175III págs. E. no mesmo volume e do mesmo autor:
––– DISSERTAÇOENS JURIDICAS. DISSERTAÇÃO PRIMEIRA ACERCA DO ARTIGO
126 DA CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Londres: Impresso
por L. Thompson. 1826. In-8.º gr. de II-36 págs.;
––– DISSERTAÇOENS JURIDICAS. DISSERTAÇÃO SEGUNDA ÁCERCA DO ARTIGO
145. §. 17 DA CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Londres:
Impresso por L. Thompson. 1826. In-8.º gr. de 90 págs.;
––– SYNOPSIS JURIDICA DO CONTRACTO DE CAMBIO MARITIMO VULGARMENTE
DENOMINADO CONTRACTO DE RISCO. Londres. Impresso por Bingham. 1830. In-8.º gr.
de VIII-IV-172 págs.
São raras e importantes estas monografias jurídicas do autor do «Código Comercial Português»,
mormente as que foram impressas fora de Portugal, sendo estas todas da primeira edição.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
282 — BORGES (José Ferreira).- COMMENTARIOS SOBRE A LEGISLAÇÃO PORTUGUEZA
ÁCERCA DE SEGUROS MARITIMOS. Lisboa. Typographia da Sociedade Propagadora dos
Conhecimentos Uteis. 1841. In-8.º gr. de XX-178 págs. E. no mesmo volume e do mesmo autor:
––– DAS FONTES, ESPECIALIDADES, E EXCELLENCIA DA ADMINISTRAÇÃO COMMERCIAL SEGUNDO O CODIGO COMMERCIAL PORTUGUEZ. Porto. Na Typographia
Commercial Portuense. 1853. In-8.º gr. de XIX-I-23-III-123-I págs.
Obras não incluídas na rubrica dedicada ao autor por Inocêncio.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
283 — BORGES (José Ferreira).- DICCIONARIO JURIDICO-COMMERCIAL. Lisboa - 1839.
Na Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis. In-8º gr. de VI-516-XIV págs. E.
É o primeiro trabalho que no género se publicou em Portugal, trabalho que se ficou a dever a uma das
grandes figuras da jurisprudência portuguesa e da política do seu tempo, nascida no Porto em 1786
e autor também do nosso primeiro Código Comercial. Primeira edição, muito rara, especialmente
quando com o bom retrato litográfico do autor, que este exemplar conserva.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
[91]
284 — BORGES (José Ferreira).- DISSERTAÇÕES JURIDICAS. Dissertação Primeira, acerca
do Artigo 126 da CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Londres:
Impresso por L. Thompson. Na Officina Portugueza. 1826. In-8.º gr. de 36 págs. E. no mesmo
vol. e do mesmo autor:
––– DISSERTAÇÕES JURIDICAS. Dissertação Segunda ácerca do Artigo 145. §.17. da CARTA
CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Londres: Impresso por L. Thompson. Na
Officina Portugueza. 1826. In-8.º gr. de 90 págs. E.;
––– DEFEZA DA LEGISLAÇÃO CONTEUDA NOS ARTIGOS 115 E 116 DO CODIGO DO PROCESSO COMMERCIAL PORTUGUEZ, ou Demonstração do que é hoje o recurso de revista segundo
as cathegorias do Poder Judicial marcadas na Carta Constitucional da Monarchia Portugueza.
[Publicado sem frontispício. No fim: Lisboa: 1836. Na Impressão de Galhardo e Irmãos]. In-8.º gr.
de II-14 págs.;
––– DO BANCO DE LISBOA. Lisboa: Na Typographia de Antonio Rodridues [sic] Galhardo. 1827.
In-8.º gr. de 42 págs.;
––– MEMORIA EM REFUTAÇÃO DO RELATORIO E DECRETOS DO MINISTRO DAS JUSTIÇAS O REV.º ANTONIO MANOEL LOPES VIEIRA DE CASTRO, NA PARTE RELATIVA Á
ADMINISTRAÇÃO COMMERCIAL PELO AUTHOR DO CODIGO. Lisboa. 1837. Typografia
Transmontana. In-8.º gr. de VIII-45-I págs.;
––– REPRESENTAÇÃO DO CONSELHEIRO D’ESTADO HONORARIO JOSÉFERREIRA BORGES Resignando nas mãos de Sua Magestade a Senhora D. Maria II, o seo locar [sic] de Magistrado
do Commercio e Presidente do Tribunal Commercial de 2.ª Instancia. Lisboa. Na Typ. Patriotica
de C. J. da Silva e Comp.ª. 1836. In-8.º gr. de 27-I págs.;
––– BORGES (Joaquim Ferreira).- MINUTA DA PETIÇÃO D’AGGRAVO EM REVISTA NA
CAUSA COMMERCIAL entre partes, Recorrente Joaquim Ferreira Borges - Consul Geral Portuguez
em S. Petersburgo, - Recorridos José Ferreira Pinto Basto, e Anselmo da Silva Franco, Caixas Geraes
da Sociedade e da Arrematação do Contracto do Tabaco e Saboarias, no triennio de 1824. Lisboa,
Typografia Trasmontana. 1837. In-8.º gr. de II-28-II págs. [com um pequeno restauro no ângulo
superior direito do frontispício].
Encadernação da época, com a lombada em pele.
285 — BORGES (José Ferreira).- INSTITUIÇOENS DE DIREITO CAMBIAL PORTUGUEZ,
com referencias ás Leis, Ordenaçoens, e Costumes das Principaes Praças da Europa acerca de
LETRAS DE CAMBIO. Segunda Edição. Mais correcta, e augmentada com algumas Notas que
o A. havia preparado para a reimpressão da obra, e outras com referencia aos artigos do nosso
Codigo Commercial, que correspondem ás doutrinas do texto, pelo Bacharel Gaspar Pereira da
Silva, Presidente do Tribunal de Commercio do Porto. Lisboa: Typ. da Sociedade Propagadora
dos Conhecimentos Uteis. 1844. In-8.º gr. de XIII-I-256-LXXXIV-II págs. E.
As LXXXIV págs. finais contêm dois Apêndices: «Taboada de usanças, dias de graça, e vencimentos
das principaes Praças da Europa...» e «Legislação Portugueza sobre Letras de Cambio».
Encadernação com a lombada em pele, da época.
286 — BORGES (José Ferreira).- INSTITUIÇOENS DE ECONOMIA POLITICA. Lisboa: Na
Imprensa Nacional. 1834. In-8.º gr. de XXXIX-I-344 págs. E.
Exemplar da primeira edição, rara.
Encadernação antiga com a lombada em pele.
287 — BORGES (José Ferreira).- INSTITUIÇÕES DE MEDICINA FORENSE. Paris. Em Casa
de J. P. Aillaud. 1832. In-8º gr. de VIII-XV-I-576 págs. E.
Primeira edição do primeiro trabalho na sua especialidade até então publicado em Portugal e um dos
primeiros do mundo segundo José Timóteo Montalvão Machado, da autoria do grande jurisconsulto
e influente político português, autor também do nosso primeiro Código Comercial. Invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
[92]
288 — BORGES (José Ferreira).- JURISPRUDENCIA DO CONTRACTO-MERCANTIL DE
SOCIEDADE, segundo a Legislação, e arestos dos Codigos, e Tribunaes das naçoens mais cultas
da Europa. Lisboa: Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis. 1844. In-8.º gr.
de XVI-228-76-XXVI-II págs. E.
“Segunda edição, mais correcta, e augmentada com algumas Notas que o A. destinava para a reimpressão
da obra, e outras referindo-se aos artigos do nosso Codigo Commercial, pelo Bacharel Gaspar Pereira
da Silva, Presidente do Tribunal de Commercio do Porto.”
Encadernação da época, com a lombada em pele.
289 — BORGES (José Ferreira).- PRINCIPIOS DE SYNTELOLOGIA: Comprehendendo em
geral a Theoria do Tributo, e em particular Observaçoens sobre a Administração, e Despezas de
Portugal, em grande parte applicaveis ao Brazil. Londres: Impresso por Bingham. 1831. In-8.º
gr. de XVI-170-72-II págs. E.
Obra não registada por Inocêncio, muito rara.
Encadernação antiga, com a lombada em pele.
290 — BORGES (José Ferreira).- QUATRO CARTAS pré-filatélicas dirigidas a Francisco
Joaquim Maia, datadas de Lisboa, 14 de Abril de 1823, 27 de Março de 1835, 13 de Julho de
1835 e Junho de 1837. Dim. 20 x 25,5 cm.
Cartas de José Ferreira Borges, notável jurisconsulto e político portuense, autor do primeiro «Código
Comercial» português, um dos principais promotores e dirigentes, juntamente com Fernandes Tomás
e outros, da Revolução de 1820, etc.
1.ª Carta: Pede desculpas pelo atrazo e, basicamente, diz: “Se quanto de V.as S.as se me tem escrito
fora verdade, eu podia dizer que devia em grande parte a V.as S.as o Lugar que occupo. Adeos tenha
os bens que sempre e em todo o caso lhe dezeja quem é (...) José Ferreira Borges”;
2.ª Carta: “Cumpre em primeiro que tudo agradecer a V. S. a defeza que tomou á meu respeito na
Assemblêa Commercial. A discussão vai imprimir-se aqui. Recebi a carta da Direcção, e adevinho
o redactor. Por tudo lhe beijo as mãos. Eu já pedi ao Governo a empreza dos Armazens e espero
alcançalo. Já falei a alguem sobre as Apolices da nova Companhia, e já tenho alguns tomadores. Pedi
ao Governo a anexação da Economia Politica á Aula de Commercio dessa Academia. Prepare-se para
brilhar nella. Mandei já falar ao Le Cocq sobre o Official Lithographo, mas não tenho ainda resposta.
Na Imprensa Regia não ha coisa que lhe preste para essa nova imprensa. Peço que me diga quando
provavelmente estará installada essa imprensa, por que a edição do Codigo está exhausta, e eu careço
de fazer uma edicção quanto antes. (...)”;
3.ª Carta: “O Portador desta é o Sr. Manuel Antonio Ferreira Portugal Director da Imprensa Nacional desta
Cidade. (...) Peço a V. S,ª que o faça alojar commodamente que elle não sabe nada dessa Cidade segundo
eu penso. Estimarei que elle monte a Imprensa devidamente e satisfaça a todo o necessario. (...)”;
4.ª Carta: “Em consequencia da Carta de V. Sª de 30 do passado dou hoje ordem a minha irmã para
entregar a V. Sª mais Cem mil reis para a conta da Impressão do Codigo, e assim continuarei como a
V. Sª prometi e tenho cumprido. He todavia necessario que a Imprensa me dê huma Conta regular,
porque a que tenho o não he como V. Sª sabe; e careço igualmente de saber a totalidade do producto
da impressão, e o numero e quantidade dos volumes ainda não entregues (...)”; fala das Companhias
dos Tabacos e Saboarias e termina dizendo: “Nunca tive resposta a huma carta que lhe dirigi a respeito
d’hum Impressor Hespanhol, e esta falta não me fez ficar com boa cara para com o meu amigo d’aqui,
que me pedio a informação.”
291 - ver pág. 94
291 — BOSSE (Abraham).- TRATADO DA GRAVURA a agua forte, e a buril, e em maneira
negra com o modo de construir as prensas modernas, e de imprimir em talho doce. Por Abraham
Bosse Gravador Regio. Nova edição traduzida do francez debaixo dos auspicios e ordem de Sua
Alteza Real, o Principe Regente Nosso Senhor por José Joaquim Viegas Menezes Presbytero
Mariannense. Lisboa. Na Typographia Chalcographica, Typoplastica, e Litteraria do Arco do
Cego. M.DCCCI. In-4.º peq. de X-IX-I-189-I págs. E.
Obra rara e clássica na sua especialidade, interessantíssima para o estudo da gravura antiga, ilustrada
[94]
.../...
com uma bela portada alegórica ass. Quinto fez No Arco do Cego e ainda com 21 gravuras abertas a
buril em chapa de cobre representando as diversas fases dos diferentes processos de gravura, instrumentos para as executar, máquinas, etc.
Viegas Menezes nasceu em Minas Gerais em 1778, aprendeu e trabalhou na Tipografia do Arco do
Cego, conhecimentos que mais tarde exercitou em Minas.
«Com um ex-libris em relevo, redondo, de Luiz Filipe d’Andrade Albuquerque Bettencourt.
Encadernação antiga, com alguns picos de traça. (ver gravura na pág. 93)
292 — BOTELHO (Abel).- AMANHÃ. Porto. Livraria Chardron. 1901. In-8.º de 617-I págs. E.
Primeira edição do romance, integrado na célebre e então discutida série «Patologia Social», “série
notável tanto pela originalidade do entrecho e pelo poder da análise psicológica como pela abundância
e variedade do estilo” às vezes, diz Fidelino de Figueiredo, “muito rebuscado e na expressão literária
muito desigual, descendo até ao mau gosto”, como recorda Henrique Perdigão no seu «Dicionário
Universal de Literatura».
Mal encadernado e sem as capas da brochura.
293 — BOTELHO (Abel).- OS LAZAROS. Figuras de hoje. Porto. Livraria Chardron. 1904. In-8.º
de IV-440 págs. E.
Primeira edição de um dos interessantes livros de Abel Botelho.
Modestamente encaderndo, sem capas da brochura e assinado no frontispício.
294 — BOTELHO (Artur).- GUERRA JUNQUEIRO FALSO POETA. Análise à «Velhice».
1º milhar. 1923. Editores: António Marques Salvador Pinto. [Tip. de “A Intermédia, Ltd”. Porto].
In-8.º gr. de 526-II págs. E.
“Os críticos mais ilustres quedam-se, extáticos, ante esta rara divindade, [Guerra Junqueiro] e dizem,
de joelhos, que os seus versos são tudo o que há de mais belo e mais perfeito, acrescentando não
existir ninguém que seja capaz de lhe fazer a mais ligeira correcção”; “Vou (...) olhar para os versos
de Junqueiro com olhos penetrantes, com olhos de ver. Pode ser que o telescópio da minha razão
consiga descobrir algumas manchas nêsse astro tão brilhante”. Na capa da brochura: “Análise da
VELHICE DO PADRE ETERNO e dos melhores trechos de todas as outras obras do mesmo autor”.
Com a trancrição de muitos versos do poeta.
Modestamente encadernado, mas com a capa da brochura da frente preservada. Assionado no anterrosto.
295 — BOTELHO (Luís).- FARRAPOS. Jornal de um impressionista. Livraria Universal de
Magalhães & Moniz, Editores. [1892]. In-8.º de XVI- 238 págs. E.
Primeira edição desta interessantíssima colectânea de escritos publicados no jornal «O Primeiro de
Janeiro» sobre Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Junqueiro, Hamilton de Araújo, Manuel
Duarte de Almeida, João Saraiva, João Penha, etc. e ainda outros sobre teatro, música, tauromaquia
e outros temas. Primeira edição, prefaciada por J. d’Oliveira Ramos.
Encadernação com a lombada em pele; só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
296 — BOTTO (António).- CANTARES. Versos de Antonio Botto: Mvsicas de Nicolav
d’Albvqverqve Ferreira. Illvstrações do pintor Antonio Carneiro. [Typographia do Annvario
Commercial de Lisboa. 1919]. In-4.º gr. Cart.
Um dos primeiros livros de António Botto, numa bela e artística edição impressa a várias cores, ilustrada
por António Carneiro, António de Brederode e António Quaresma. Primeira edição, muito invulgar.
Cartonagem editorial ilustrada a cores.
297 - ver pág. 96
297 — BOTTO (António).- CARTAS QUE ME FORAM DEVOLVIDAS. 1932. [Lisboa.
Tipografia da Empresa do Anuário Comercial]. In-8.º de CCVIII págs. inums. B.
Livro em prosa muito estimado e bastante invulgar nesta sua edição original.
Inclui, em marginália, dois extensos estudos críticos: «António Botto», de José Régio e «António
Botto e o Ideal Estético Creador», assinado por Fernando Pessoa. (ver gravurana pág. 95)
[96]
298 — BOTTO (António).- DANDYSMO. Canções com um retrato do autor. Este livro foi
composto e impresso nas Oficinas da Emprêsa do Anuário Comercial em Lisboa durante os
ultimos dias do mez de Julho de mil e novecentos e vinte e oito. In-8.º de LXIV págs. inums. B.
Muito invulgar e elegante edição, uma das mais raras da bibliografia do peta.
Este exemplar não está numerado nem apreenta o retrato indicado no frontispício.
299 — BOTTO (António).- FATIMA. POEMA DO MUNDO. Rio de Janeiro em 1955.
Trigessimo sexto Congresso Eucarístico. In-4.ºde 62-II págs. B.
“Primeira edição extraordinaria de quarenta mil volumes [?] numerada e assinada pelo autor afim de solenisar a entrega de uma copia da imagem de Nossa Senhora do Rosário às autoridades eclesiasticas do Rio
de Janeiro por ocasião do trigéssimo Congresso Eucarístico Internacional, e com aprovação, imprimatur,
de Sua Eminencia o Senhor Cardial Patriarca de Lisboa Dom Manuel Gonçalves Cerejeira.”
300 — BOTTO (António).- REGRESSO. (Novelas inéditas). Clube do Livro. São Paulo. 1949.
In-8.º de 183 págs. B.
São muito raros os exemplares desta obra impressa no Brasil. Com um retrato do poeta assinado «M.S.»
(ver gravura na pág. 97)
301 — BOTTO (António).- ELE QUE DIGA SE EU MINTO. Edições Romero. Lisboa. [S.d. Gráfica Santelmo]. In-8.º de 413-I págs. B.
Primeira e invulgar edição deste estimado livro de contos, com a capa impressa a duas cores e o frontispício a vermelho e negro.
302 — BOXER (Charles Ralph).- MACAU NA ÉPOCA DA RESTAURAÇÃO. (Macau three
hundred years ago). Macau. Imprensa Nacional. 1942. In-fólio de 231-I págs. E.
Uma das valiosas obras do insigne investigador e lusófilo Capitão Boxer, onde são revelados valiosos
manuscritos e dadas transcrições de raríssimos livros da época que descrevem a cidade de Macau e os
festejos nela celebrados aquando da chegada da notícia da Restauração de 1640. Com reproduções em
folhas à parte de importantes espécimes iconográficos. A edição total constou de 475 exemplares.
Este é o n.º 7 da tiragem especial de 25 em papell «Dutch Cream Wooven». Encadernação editorial,
com ferros a seco e a ouro.
303 — BRADO D’INDIGNAÇÃO A PROPOSITO DA SENTENÇA PROFERIDA CONTRA
JOSÉ CARDOSO VIEIRA DE CASTRO POR UM PORTUENSE. Porto. Typographia de Silva
& Valbom. 1870. In-8.º de 15-I págs. Desenc.
Sobre a condenação a degredo para África do grande amigo de Camilo Castelo Branco.
304 — BRAGA (Carlos).- O PADRE HENRIQUE. Drama original em 3 actos com uma carta-prefacio pelo Ill.mo Snr. Camillo Castello Branco. Coimbra. Editor - José Luiz da Costa. 1884.
In-4.º peq. de VIII-78-II págs. E.
A extensa carta de Camilo vem nas págs. V a VIII. Livro bastante invulgar.
Dedicatória do autor para Bernardo Lucas. Encadernação com cantos e lombada em pele, estando esta
decorada com ferros dourados; com as capas da brochura preservadas.
305 — BRAGA (Francisco).- AMORE E PERDIZIONE. Dramma Lirico in 3 Atti. Musica
di João M. Arroyo. [Typographia Occidental. Porto. S.d. 1907]. In-8.º de 36-II págs. B.
Interessante e invulgar espécie bibliográfica camiliana, ilustrada com trabalhos do cenógrafo Luís
Salvador Marques.
300 - ver pág. 98
306 — BRAGA (Guilherme).- O BISPO. Nova «heresia», em verso. Segunda edição com
o retrato e uma poesia inedita do auctor, e um preambulo por J. Pereira de Sampaio (Bruno).
Porto. Livraria Camões de Fernandes Possas. MDCCCXCV. In-8.º de LVIII-III págs. E.
O texto de Sampaio Bruno ocupa as págs IX a XXVI. O retrato do poeta foi impresso em folha à parte.
Invulgar.
Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos. Com a capa da brochura da frente e modestamente encadernado.
[98]
307 — BRAGA (Guilherme).- OS FALSOS APOSTOLOS. Porto. Typographia Lusitana. 1871.
In-8.º de 31-I págs. E.
Poema anticlerical sobre a degradação política então vivida em Portugal.
Com um das invulgares dedicatórias autógrafas do poeta. Encadernação inteira em pele, da época, com
título e ferros dourados na lombada e silvas também a ouro bordejando ambas as pastas.
308 — BRAGA (Guilherme).- HERAS E VIOLETAS. Poesias. Porto. Na Typ. da Livraria
Nacional. 1869. In-8.º gr. de VIII-263-I págs. E.
Primeira e rara edição de «Heras e Violetas», “colecção encantadora de líricas que bastariam e bastam
para que o nome do autor - morto contando apenas 29 anos! - não caia jamais no esquecimento”.
Guilherme Braga, nascido na cidade do Porto, foi um dos mais destacados poetas românticos portugueses do seu tempo.
Encadernação inteira em pele, da época. (ver gravura na pág. 102)
309 — BRAGA (Guilherme).- HERAS E VIOLETAS. Prefácio de Albino Forjaz de Sampaio.
3.ª Edição. Empresa Lusitana Editora. Lisboa. [1917]. In-8.º de VIII-263-III págs. E.
Do Prefácio de Albino Forjaz de Sampaio: «Guilherme Braga foi um lyrico, enternecido, suave e bom.
Estas Heras e Violetas o provam. Mas foi tambem o revolucionario audaz que a versos machadou
a rotina, allumiando a ideia nova. (...) Liberdade, Justiça e Luz eram palavras que chegavam.
E Guilherme Braga, que queimára o tempo a parodiar a rançosa Delfina do Mal, vem á estacada com
os Falsos apostolos. O verso servia pela primeira vez para trovejar indignações e o homem negro, que
queria tudo para si, sentiu o primeiro calafrio. (...)
“Estas Heras e Violetas (...) são o livro do seu grande coração, o livro da sua ternura, o livro da sua
ingenua acrença. (...)”
Encadernação com bonita lombada em pele decorada com ferros a ouro que representam folhas de
hera. Com as capas da brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça. (ver gravura na pág. 99)
310 — BRAGA (J. M.).- CAMOENS. Compiled by for the PORTUGUESE INSTITUTE OF
HONG KONG on the Occasion of the showing of the portuguese film CAMOENS at the King’s
Theatre , Hong Kong, On 17th. November, 1949. Printed by St. Louis Industrial School, W.P.
H.K. 1949. In-4.º de 11-I págs B.
Curiosa espécie bibliográfica camoniana, de uma tiragem especial em melhor papel, sem qualquer
referência a este respeito mas por nós confirmada por comparação com um exemplar de uma tiragem
em papel inferior.
311 — BRAGA (João Joaquim de Almeida).- O PRIMEIRO ACTO. (Introducção ao — Ultimo
Acto — do sr. C. Castello Branco). Braga. Typographia Luzitana. 1861. In-8.º gr. de 23-I págs. E.
São raros os exmplares deste IV tomo do «Theatro de João Joaquim d’Almeida Braga».
Encdernação simples mas com as capas da brochura conservadas. Com dois ex-libris de Gustavo
d’Avila Perez, um dos quais exclusivo da sua colecção camiliana.
312 — BRAGA (Luís de Almeida).- LOA DO VINHO VERDE. 1949. [Grandes Oficinas
Gráficas «Minerva». Vila Nova de Famalicão. 1949]. In-8.º gr. de 13-III págs. B.
Invulgar separata da revista «Gil Vicente».
Dedicatória do autor.
313 — BRAGA (Teófilo).- ALMA PORTUGUEZA. Selecção de Poesias Lyricas. Porto.
Imprensa Portugueza - Editora. MDCCCXCIII. In-4.º de VIII-207-I págs. E.
309 - ver pág. 100
Cuidada e invulgar edição em bom e muito encorpado papel e com um retrato fotográfico do autor.
Algumas das poesias publicadas foram traduzidas de Sapho, Catullo, São Paulo, São João da Cruz,
Lope de Vega, Chateaubriand, Byron, Puchkine, Holdernin, Runeberg, Augusto Comte e do texto
hebraico atribuido ao Rei Salomão «Cantico dos Cânticos».
Encadernacão com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura. Ex-libris herálico de
Pedro Alvellos.
[100]
314 — BRAGA (Teófilo).- OS AMORES DE CAMÕES. Commentario Biographico das suas
Lyricas. Edição da «Renascença Portuguesa». Porto. [1917]. In-8.º de 199-VI págs. E.
Trata de Isabel Tavares, Francisca de Aragão e de Catarina de Ataíde. Publicado na «Biblioteca
Lusitana».
Encadernação dos editores. Assinado no frontispício. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos.
315 — BRAGA (Teófilo).- BERNARDIM RIBEIRO E OS BUCOLISTAS. Porto. Imprensa
Portugueza - Editora. 1872. In-8.º de VIII-316 págs. E.
Estudo literário justamente apreciado, bastante estimado nesta sua primeira edição, integrada na
«Historia da Poesia Portugueza», Eschola Hispano-Italica Seculo XVI.
Encadernação da época com a lombada em pele. Assinado no frontispício.
316 — BRAGA (Teófilo).- CAMILLO CASTELLO BRANCO. Esbôço Biografico. Lisboa.
Livraria de Manoel dos Santos. 1916. In-8.º de 62-II págs. E.
Cuidada edição em papel de linho, limitada a 125 exemplares.
Encadernação modesta, com a lombada em pele, com as capas da brochura preservadas.
317 — BRAGA (Teófilo).- CAMÕES. Época e Vida. Livraria Chardron, de Lello & Irmão.
Porto. 1907. In-8.º de VIII-850 págs. E.
São invulgares os exemplares deste importante estudo, integrado na série «Historia da Litteratura
Portugueza» e não mais reeditado.
Encadernação nova, com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura e a respectiva
lombada.
318 — BRAGA (Teófilo).- CAMÕES - A Obra Lyrica e Épica. Porto. Livraria Chardron... 1911.
In-8.º de VIII-888 págs. E.
Estudo literário amplamente desenvolvido, de notável importância para o conhecimento da obra de
Camões, integrado na série «Historia da Litteratura Portigueza».
Encadernação dos editores, gravada com ferros a seco e dizeres dourados.
319 — BRAGA (Teófilo).- CAMÕES E O SENTIMENTO NACIONAL. Porto. Livraria
Internacional de Ernesto Chardron... 1891. In-8.º de VII-I-324 págs. E.
«A Vida do Poeta»; «A Epopêa da Nacionalidade»; «A Obra Lyrica»; e «O Theatro Camoneano», são
os capítulos que constituem o presente livro.
Encadernação nova, com a lombada em pele; tem as capas da brochura preservadas, mas está um
pouco aparado. Assinado na margem superior da capa da brochura.
320 — BRAGA (Teófilo).- OS CENTENARIOS COMO SYNTHESE AFFECTIVA NAS
SOCIEDADES MODERNAS. Porto. Typ. de A. J. da Silva Teixeira. 1884. In-8.º peq. de X-234
págs. B.
Capítulos consagrados a Camões, Calderon, Diderot e Marquês de Pombal. Raro.
Com falta da lombada e do anterrosto.
321 - ver pág. 102
321 — BRAGA (Teófilo).- CONTOS TRADICIONAES DO POVO PORTUGUEZ. Com um
estudo sobre a novellistica geral e notas comparativas. Volume I. Contos de Fadas, Casos
e Facecias. (Volume II. Historias e Exemplos de thema tradicional e forma litteraria). Porto.
Livraria Universal de Magalhães & Moniz -Editores. S.d. 2 vols. In-8.º de LI-231-I e 243-I págs. E.
Importantíssimo e muito estimado subsídio para o estudo da literatura tradicional portuguesa, valioso
nesta sua primeira edição.
Encadernações em percalina azul, com dizeres dourados nas lombadas e pastas.
(ver gravura na pág. 101)
[102]
322 — BRAGA (Teófilo).- CURSO DE HISTORIA DA LITTERATURA PORTUGUEZA
adaptado ás aulas de instrucção secundária. Lisboa. Nova Livraria Internacional - Editora. 1885.
In-8.º gr. de 411-I págs. E.
330 — BRAGA (Teófilo).- HISTORIA DO ROMANTISMO EM PORTUGAL. Ideia Geral do
Romantismo. Garrett - Herculano - Castilho. Lisboa. Nova Livraria Internacional. 1880. In-8.º
de 515-V págs. E.
323 — BRAGA (Teófilo).- OS DOZE DE INGLATERRA. Poema. Excerptos. Proemio
Narrativo - Invocação lyrica. Lisboa. 1899. In-8.º gr. de 19-I págs. B.
331 — BRAGA (Teófilo).- HISTORIA DO THEATRO PORTUGUEZ. Porto. Imprensa
Portugueza - Editora. 1870-1871. 4 vol. In-8.º E.
É a edição original deste apreciado trabalho, ainda hoje muito apreciado. Raro.
Assinatura antiga ao alto do frontispício. Encadernação da época, com a lombada em pele.
Boa edição em papel de linho, comemorativa do centenário do nascimento de Garrett.
324 — BRAGA (Theophilo).- OS DOZE DE INGLATERRA. Poema. Porto. Livraria Chardron.
1902. In-8.º de VIII-304 págs. E.
Poema integrado na série «Alma Portugueza».
Encadernação recente, com a lombada em pele e as capas da brochura conservadas. Carimbos e vestígios
de assinatura no anterrosto.
325 — BRAGA (Teófilo).- EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE. Porto. Imprensa Portugueza Editora. 1871. In-8.º de VII-I-376-II págs. E.
Obra muito invulgar, participativa da valiosa e extensa «Historia da Litteratura Portugueza» redigida
por Teófilo Braga.
Encadernação da época, com a lombada em pele, manchada por exposição à luz.
326 — BRAGA (Teófilo).- ESTUDOS DA EDADE MEDIA. Philosophia da Litteratura.
Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto. 1870. In-8.º de 31-I-332 págs. E.
Um dos mais raros livros do autor.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Assinatura antiga no frontispício.
327 — BRAGA (Teófilo).- FREI GIL DE SANTAREM. Lenda faustiana da Primeira
Renascença. Porto. Livraria Chardron. 1905. In-8.º de XXIII-I-376 págs. E.
Da série «Alma Portugueza».
De uma excelente tiragm especial em papel muito encorpado, não declarada. Encadernação com cantos
e lombada em pele, decorada com nervos e ferros a ouro.
328 — BRAGA (Teófilo).- HISTORIA DA POESIA POPULAR PORTUGUEZA. Porto.
Typographia Lusitana. 1867. In-8.º de VIII-221-I págs. E.
Primeiro volume da colecção «Cancioneiro e Romanceiro Geral Portuguez». Raro.
Encadernação recente, com a lombada em pele. Tem as capas da brochura conservadas, manchas de
acidez nas duas primeiras folhas e está um tanto aparado.
329 — BRAGA (Teófilo).- HISTORIA DO DIREITO PORTUGUEZ. Os Foraes. Coimbra.
Imprensa da Universidade. 1868. In-8.º de XV-I-157-III págs. E. no mesmo volume e do mesmo
autor:
––– CARACTERISTICAS DOS ACTOS COMMERCIAES. Porto. Typographia Lusitana. 1868.
In-8.º de 41-VII págs.;
––– ESPIRITO DO DIREITO CIVIL MODERNO. Direito subsidiario, propriedade, contractos.
Livraria Internacional de Ernesto Chardron... 1870. In-8.º de 40 págs.
Conjunto de três das mais raras obras de Teófilo Braga, sendo a primeira a sua «Dissertação Inaugural
para o Acto de Conclusões Magnas», a segunda a «Dissertação para o Concurso das Cadeiras de
Commercio e Economia Politica na Academia Polytechnica do Porto» e a última a «Dissertação para
o Concurso de um logar de Lente Substitutivo na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra».
Encadernação nova, com a lombada em pele.
[103]
São muito invulgares os exemplares deste livro, importante entre os muitos que Teófilo Braga escreveu.
Boa encadernação nova, com a lombada em pele, um pouco aparado e assinado no rosto e no anterrosto.
Colecção completa e bastante rara da «História do Theatro Portuguez», constituída pelos seguintes
volumes: «Vida de Gil Vicente e sua Eschola. Seculo XVI»; «A Comedia Classica e as Tragicomedias.
Seculos XVI e XVII»; «A Baixa Comedia e a Opera. Seculo XVIII»; «Garrett e os Dramas
Romanticos. Seculo XIX».
Encadernações da época, apresentando as lombadas em pele decoradas a ouro.
332 — BRAGA (Teófilo).- HISTORIA DOS QUINHENTISTAS. Vida de Sá de Miranda e sua
Eschola. Porto. Imprensa Portugueza - Editora. 1871. In-8.º de VIII-328 págs. E.
Valioso subsídio para a história da Literatura Portuguesa antiga e um dos mais invulgares livros do autor.
Encadernação moderna, com a lombada em pele. Capas da brochura conservadas, embora com as margens
reforçadas.
333 — BRAGA (Teófilo).- MIRAGENS SECULARES. Lisboa. Nova Livraria Internacional,
Editora. 1884. In-8.º de 240 págs. E.
Primeira edição deste invulgar livro de poesias de Teófilo Braga.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Com um carimbo no frontispício.
334 — BRAGA (Teófilo).- PARNASO PORTUGUEZ MODERNO. Precedido de um estudo da
Poesia Moderna Portugueza por... Lisboa. Francisco Arthur da Silva - Editor. 1877. In-8.º de
LXIV-319-I págs. E.
A primeira parte é exclusivamente dedicada a Portugal, a segunda trata dos líricos brasileiros e a terceira,
com mais de 50 páginas, é exclusivamente consagrada a “Os Lyricos gallegos”, onde se incluem os
“Cantos populares gallegos”. Com um muito extenso estudo de Teófilo Braga antecedendo a antologia.
Encadernação simples, um pouco aparado, com falta do anterrosto e assinado na margem superior do
frontispício e da pág. V.
335 — BRAGA (Teófilo).- POETAS PALACIANOS. Porto. Imprensa Portugueza - Editora.
1871. In-8.º de 434-II págs. E.
Valioso trabalho integrado na «Historia da Poesia Portugueza, Eschola Hespanhola», sendo este um
dos mais invulgares da série.
Encadernação da época, com a lombada em pele, manchada por exposição à luz.
336 — BRAGA (Teófilo).- QUESTÕES DE LITTERATURA E ARTE PORTUGUEZA.
[Pequenos escriptos]. Lisboa. Editor - A. J. P. Lopes. [S.d.] In-4.º de 408 págs. B.
Um dos mais raros livros da extensa e importante bibliografia de Teófilo Braga, de cujo índice constam
as seguintes partes ou capítulos: «A Nacionalidade e a Litteratura»; «Velho lyrismo portuguez»;
«Portugal e um Canto popular da Dinamarca»; «A influencia bretã na Litteratura portugueza»; «Sobre
a origem portugueza do Amadis de Gaula»; «Primordios da Historia de Portugal»; «A Eschola hespanhola em Portugal»; «Arte portugueza na Renascença»; «O Cancioneiro de Evora»; «Reivindicação
do Palmeirim de Inglaterra»; «As traducções inglezas dos Lusiadas»; «A Satyra da Perda da
Nacionalidade portugueza»; «O portuguez Sanches, precursor do Positivismo»; «Historiographia
insulana»; «O Abbade Antonio da Costa»; «O Marquez de Pombal»; «O Hyssope, de Antonio Diniz
da Cruz e Silva»; «Bocage»; «Joaquim Silvestre Serrão e a Musica sacra portugueza»; «Os iniciadores
do Romantismo em Portugal». (ver gravura na pág. 105)
[104]
337 — BRAGA (Teófilo).- SÁ DE MIRANDA E A ESCHOLA ITALIANA. Porto. Livraria
Chardron. 1896. In-8.º de VIII-402 págs. E.
Um dos mais importantes e apreciados volumes desta excelente «História da Litteratura Portugueza».
Encadernação nova, com a lombada em pele; capas da brochura restauradas. Dedicatória autógrafa dos
editores.
338 — BRAGA (Teófilo).- SOLUÇÕES POSITIVAS DA POLITICA PORTUGUESA. Porto.
Livraria Chardron, de Lello & Irmão. 1912-1913. 2 vols. In-8.º de VI-360 e 338 págs. E.
Segundo Alexandre Braga, “A obra do grande mestre é uma obra fecunda, que influenciou toda
a nacionalidade portugueza. Todos os que escreveram ou pensaram, todos os que fizeram a Republica,
foram influenciados pela sua palavra e pelo seu pensamento”.
Encadernações editoriais com ferros a seco e dizeres dourados.
339 — BRAGA (Teófilo).- AS THEOCRACIAS LITTERARIAS. Relance sobre o estado actual
da Litteratura Portugueza. Lisboa. Typographia Universal. 1865. In-8º gr. de 14-II pá
340 — BRAGA (Teófilo).- O VELHO DO RESTELLO. Poemeto por... Lisboa. Editores Libanio & Cunha. 1898. In-4.º de 27-I págs. B.
Edição em papel de linho, muito cuidada.
Carimbo da casa editora na capa da brochura frontal.
341 — BRAGA (Tiofilo).- VIRIATHO. Narrativa epo-historica por...Porto. Livraria Chardron.
1904. In-8.º de XI-I-367-I págs. E.
“Nas luctas pela liberdade territorial a Lusitania deixou nos historiadores greco-latinos o ecco da sua
resistencia indomavel, sobretudo no Cyclo das Guerras viriathinas, que se reaccenderam ainda sob
o commando de Sertorio. (...) Symbolisamos esta resistencia, vivificando o typo de Viriatho, reconstruindo poeticamente as situações laconicas referidas nos escritores classicos; representamos
artisticamente essa fibra que ainda hoje pulsa em nós, e pela qual, perante a marcha da Civilisação se
affirma através dos cataclysmos politicos a ALMA PORTUGUEZA”. Volume integrado na série
«Alma Portugueza».
Encadernação nova, com a lombada em pele, as capas da brochura e a lombada preservadas.
342 — BRAGANÇA (Manuel).- A COMARCA DE FELGUEIRAS. (Documentos para a sua
História). Edição do autor. 1955. [Tip. e Enc. Alberto de Oliveira, Lda. Porto]. In-8.º gr. de 195-III págs. E.
Os importantes documentos transcritos neste trabalho, “em grande parte inéditos, interessam não
só à história de Felgueiras como à de outras localidades, e até a um perfeito conhecimento da vida
portuguesa em meados do século XIX”. Com cartas inéditas do Dr. Alves Martins (o célebre Bispo de
Viseu), Condes de Arrochela e do Bolhão e outros. Estampas em separado.
Excelente encadernação à amador, com dizeres e ferros a ouro em casas fechadas, só de leve aparado
à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
343 — BRANCO (Carlos) & BARRETO (Mascarenhas).- PORTUGAL NO FADO. Realização
artística e antologia de textos de... Guimarães Editores. Lisboa. S.d. In-4.º gr. de 116-IV págs. E.
336 - ver pág. 104
Álbum com numerosas e boas fotografias a preto e branco e poesias de Afonso Lopes Vieira,
Alexandre O’Neill, Alfredo Margarido, Antero, António Botto, Bernardo Santareno, Carlos Branco,
Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, Guilherme Pereira da Rosa, Mascarenhas Barreto, além de muitas
outras não assinadas.
Encadernação dos editores, com sobrecapa ilustrada.
[106]
344 — [BRANCO (Manuel Bernardes)].- USOS E COSTUMES DOS ROMANOS por
Nieuport. Versão feita sobre o original latino, acompanhada de Notas e da Traducção dos termos
gregos. Lisboa. Editores - José Rodrigues & C.ª. 1863. In-8.º de 395-I-XII págs. B.
Obra dividida nos seguintes capítulos: «Da Origem da Cidade de Roma, e da divisão dos romanos em
tribus e curias»; «Dos Senadores»; «Da Ordem Equestre»; «Da Ordem Popular»; «Dos Comicios em
geral»; «Dos Comicios curiatos»; «Do Censo e dos Comicios das Centurias»; «Dos Comicios por tribus»;
«Dos Magistrados em geral»; «Do Rei e do Tribuno dos Celeres»; «Dos Consules»; «Dos Pretores»;
«Dos Edis»; «Dos Tribunos da plebe»; «Dos Questores»; «Dos Magistrados Extraordinarios, do
Primeiro Dictador e do General de Cavallaria»; «Do inter-rei»; «Dos Perfeitos da Cidade, dos Perfeitos
do Pretorio e dos Perfeitos dos viveres»; «Dos Decemviros com poder consular para escrever as leis»;
«Dos Tribunos Militares com poder Consular e de outros Magistrados»; «Dos Magistrados
Provinciaes, ou dos Proconsules, Pretores e dos seus Legados»; «Dos Ministros dos Magistrados»;
«Dos Juizos»; «Dos Juizos Publicos»; «Dos Sacrificios dos Romanos»; «Dos Deuses»; «Dos
Ministros dos Sacrificios»; «Sacerdotes de cada um dos Deuses»; «Dos Ritos dos Sacrificios»; «Do
Tempo»; «Dos Jogos dos Romanos»: «Dos Jogos Publicos»; «Da Milicia Romana»: «Do
Recrutamento»; «Das Ordens»; «Do Exercito formado para Batalha»; «Dos Arraiaes e Disciplina
Militar»; «Da Vida Privada dos Romanos»: «Do Vestuario»; «Dos Banquetes»; «Do dinheiro dos
antigos romanos»; «Das nupcias dos romanos»; «Das gentes, familias e nomes dos romanos»;
«Do rito dos Funeraes».
345 — BRANCO (Manuel Bernardes).- HISTORIA DAS ORDENS MONASTICAS EM PORTUGAL. Lisboa. Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão. MDCCCLXXXVIII. 3 vols. In8.º gr. de 263-I-313-I, 748 e 740 págs. E.
Obra de referência para o estudo das ordens religiosas em Portugal, indissociável e fundamental para
a compreensão de muitos aspectos da nossa história civil. Com a transcrição de valioso acervo documental. Muito invulgar quando completa como a que se apresenta.
Encadernações da época, com as lombadas em pele, título e discretos ferros dourados na lombada.
(ver gravura na pág. 107)
346 — BRANCO (Manuel Bernardes).- O PADRE S.to ANTONIO DE LISBOA, Thaumaturgo
e Official do Exrcito Portuguez. Lisboa. Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão. 1887.
In-8.º gr. de 320 págs. E.
Um dos mais invulgares livros da bibliografia do autor e também um dos mais estimados de quantos
conta a bibliografia antoniana.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
347 — BRANDÃO (Júlio).- BUSTOS E MEDALHAS. Edição da Emprêsa do Primeiro de
Janeiro. Porto. [1925]. In-8.º de 278-II págs. E.
Capítulos dedicados a Mariana Alcoforado, João de Barros, António Feijó, Eugénio de Castro, Jaime
Cortesão, Aquilino, Lopes Vieira, Camilo, etc.
Encadernação simples, aparado e com a capa da brochura da frente conservada. Assinatura-carimbo
no anterrosto.
348 — BRANDÃO (Júlio).- GARRETT E AS CARTAS DE AMOR. 2ª edição. Porto. 1926.
In-8.º de 77-I págs. E.
Com um retrato de Garrett e o fac-símile de duas páginas de uma sua carta.
Boa encadernação com a lombada em pele, com as capas da brochura conservadas e só de leve aparado
à cabeça.
345 - ver pág. 108
349 — BRANDÃO (Júlio).- NUVEM DE OIRO. Porto. Livraria Chardron. 1912. In-8.º gr.
de IV-128-IV págs. B.
É a primeira edição deste estimado livro de versos.
[108]
350 — BRANDÃO (Júlio).- PERFIS SUAVES. Contos illustrados com desenhos especiaes de
notaveis artistas... Typ. Universal... Porto. S.d. In-8.º gr. de 190-II págs. B.
Edição de apurada execução gráfica, ilustrada com desenhos de Aurélia de Sousa, António Teixeira Lopes,
António Carneiro, Cândido da Cunha, J. Augusto Ribeiro, Júlio Ramos, Marques d’Oliveira, etc.
Capa da brochura ilustrada por António Carneiro. Desconjuntado.
351 — BRANDÃO (Júlio).- O PINTOR ROQUEMONT. Subsídios para o estudo do artista: Vida, Época e Obras. 1929. Livraria Morais. Lisboa. In-8.º gr. de 111-I págs. B.
Valioso estudo sobre este notável pintor, ilustrado com um vasto conjunto de reproduções de pinturas
em folhas de papel couché.
Assinado na capa e na folha de guarda.
352 — BRANDÃO (Júlio).- POETAS E PROSADORES. (À Margem dos Livros). 1ª série.
Livraria Cruz Editora. Braga - Pôrto. [Oficinas Gráficas da Escola Industrial Infante D. Henrique.
Porto]. In-8.º de 258 págs. E.
Capítulos consagrados a Júlio Dantas, Fialho, António Nobre, Camilo, Eça de Queirós, Camões, Sousa
Costa, Maximiliano Lemos, Lopes de Mendonça, João de Barros, D. João de Castro, Abade de Jazente,
Junqueiro, Corrêa de Oliveira, etc. Primeiro e único volume publicado.
Boa encadernação com a lombada em pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
preservadas, incluindo as suas badanas.
353 — BRANDÃO (Júlio).- RECORDAÇÕES DUM VELHO POETA. Figuras literárias
e artísticas. Editorial «Gleba», Ldª. Lisboa. S.d. In-8.º de 187-IV págs. E.
Ocupa-se de Camilo, Junqueiro, Soares dos Reis, Júlio Diniz, Artur Loureiro, Alberto Pimentel, João
Penha, Aquilino, Alberto d’Oliveira, etc.
Encadernação com a lombada em pele, só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
354 — [MIGUELISMO]. BRANDÃO (Fr. Mateus da Assunção).- A JUSTA ACCLAMAÇÃO
DO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO REI, O SENHOR NOSSO D. MIGUEL I. REI DE
PORTUGAL, E DOS ALGARVES, &c. Novamente defendida contra os Manifestos dos
Inimigos de Portugal. Pelo D.or... Benedictino. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1832. In-4.º peq.
de 60-II págs. B.
O autor deste raro opúsculo, defensor da causa Miguelista, nasceu em Valença do Minho; foi Monge
Beneditino, Doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra, prégador régio, Deputado da Junta do
exame e melhoramento temporal das Ordens religiosas, Ministro do tribunal da Nunciatura Apostólica,
Censor régio para exame e censura dos livros, etc., tendo emigrado de Portugal por motivos políticos
em 1834, segundo informação colhida no Dicionário Bibliográfico de Inocêncio.
Pequena mancha na margem lateral das primeiras folhas.
355 — BRANDÃO (Raul).- O AVEJÃO. Episódio Dramático. Edição da Seara Nova. Lisboa.
1929. In-8.º de 32 págs. B.
«Raul Brandão», por João Pedro de Andrade: “Como «os náufragos e os moribundos vêem no instante
supremo desfilar toda a sua existência», assim o escritor, nesta pequena obra, talvez a derradeira que
escreveu, condensou a sua visão amarga da existência, cortada de clarões e deslumbramentos. Na agonia
da Velha, frente ao «ser glabro e esguio, de pernas magras» (o avejão), personagem surrealista que vem
colocar-se, de chofre, em pleno quadro realista, passa a sua indignação contra a vida reduzida
a fórmulas, que exigem banalidade e secura, o seu sarcasmo perante a caridade organizada, caricatura
do humanitarismo (...)”
Primeira edição.
Capa ilustrada a cores por Carlos Carneiro. Com um carimbo na capa da brochura.
[109]
358 - ver pág. 112
356 — BRANDÃO (Raul).- A CONSPIRAÇÃO DE 1817. Quem matou Gomes Freire Beresford, D. Miguel Forjaz, O Principal Souza - Mathilde de Faria e Mello - Cartas e
Documentos ineditos. Porto. 1914. In-8.º de VI-358 págs. E.
Relato de “grande rigor de documentação e o maximo escrupulo de verdade historica.” Primeira edição, muito invulgar.
Encadernação de recente execução, com a lombada em pele decorada com múltiplas nervuras. Só de
leve aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
357 — BRANDÃO (Raul).- EL-REI JUNOT. Livraria Brazileira. Lisboa. [Porto. 1912]. In-4.º
de 344-II págs. B.
Obra importante da bibliografia referente às invasões francesas em Portugal. Luxuosa edição impressa sobre papel couché, ornada de fotogravuras. Primeira edição, muito invulgar.
Desconjuntado e com a lombada imperfeita. Pequeno carimbo de «A Renascença Portuguesa» no frontispício e na capa.
358 — BRANDÃO (Raul).- HISTORIA D’UM PALHAÇO. (A Vida e o Diario de K. Mauricio).
Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor. 1896. In-8.º gr. de IV-171-V págs. B.
Um dos primeiros e mais raros livros do autor. (ver gravura na pág. 110)
359 — BRANDÃO (Raul).- IMPRESSÕES E PAISAGENS. Porto. Typographia de A. J. da
Silva Teixeira. 1890. In-8.º de XXIV-202-II págs. B
Primeiro livro do autor (até então apenas havia publicado Os Nephelibatas de colaboração com outros
escritores), raríssimo e muito estimado.
Com uma assintura repetida em várias páginas. Capa da brochura mal cuidada.
360 — BRANDÃO (Raul).- MEMÓRIAS. Edição da “Renascença Portuguesa” [Livraria
Bertrand e Seara Nova]. [1919-1933]. 3 vols. In-8.º E.As «Memórias» de Raul Brandão abrangem
um largo e importante período da vida nacional e nelas perpassam os maiores vultos da política, das
letras e das artes, para cujo estudo são elemento de considerável importância. O III volume intitula-se
«Vale de Josafat». Primeira edição.
Boas encadernações à amador, com finos ferros a ouro nas lombadas, com as capas da brochura
preservadas e apenas de leve aparados à cabeça. Assinatura na margem superior da capa da brochura
do 3.º volume, (ver gravura na pág. 111)
361 — BRANDÃO (Raul).- A MORTE DO PALHAÇO E O MISTÉRIO DA ÁRVORE.
(Ilustrações de Martinho da Fonseca). Edição da «Seara Nova». MCMXXVI. In-8.º de 287-III
págs. E.
Primeira edição de um dos melhores livros deste celebrado prosador do século XX. As ilustrações de
Martinho da Fonseca encontram-se intercaladas no texto.
Encadernação moderna, apresentando a lombada em pele, com múltiplos nervos, ferros e dizeres a ouro.
Capa da brochura ilustrada a cores.
362 — BRANDÃO (Raul).- OS PESCADORES. Livraria Aillaud e Bertrand. Lisboa. 1923.
In-8.º de 326 págs. B.
360 - ver pág. 112
Primeira edição de uma das mais importantes obras do autor e talvez um dos mais belos livros que
sobre este tema possui a literatura portuguesa. Com referências às praias da Foz do Douro, Ria de
Aveiro, Palheiros de Mira, Berlengas, Nazaré, Lisboa, Setúbal, Sesimbra, Costa da Caparica, Olhão,
Tavira, Sagres e a muitas outras praias pesqueiras, tipos de pesca, etc.
Capa da brochura da frente ilustrada a cores por Alberto Sousa. Assinado no anterrosto.
(ver gravura na pág. 113)
[112]
363 — BRANDÃO (Raul).- O POBRE DE PEDIR. Lisboa. 1931. [Seara Nova]. In-8.º de IV-193-VII págs. B.
Um dos mais estimados livros de Raul Brandão, bastante apreciado nesta sua primeira edição,
publicada já depois da morte do Autor. Com prefácio por Maria Angelina Brandão.
Capa da brochura ilustrada por Fred Kradolfer.
364 — BRANDÃO (Raul).- TEATRO. O Gebo e a Sombra - O Rei Imaginário - O Doido e a
Morte. Edição de A “Renascença Portuguesa”. Porto - 1923. In-8.º de 164-II págs. B.
É, praticamente, toda a produção dramática do estimado escritor portuense. Primeira edição, invulgar.
Capa da brochura ilustrada a cores por Carlos Carneiro.
365 — BRANDÃO (Raul).- TEATRO. O Gebo e a Sombra - O Rei Imaginário - O Doido e a
Morte. Edição de A “Renascença Portuguesa”. Porto - 1923. In-8.º de 164-II págs. B.
Outro exemplar da mesma obra e edição, com capa da brochura do mesmo artista mas de diferente
desenho.
366 — BRANDÃO (Raul) & PASCOAES (Teixeira de).- JESUS CRISTO EM LISBOA.
Tragicomédia em sete quadros. Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. S.d. In-8.º de 120 págs. E.
Primeira edição, bastante invulgar.
Capa da brochura ilustrada a cores. Encadernação com lombada e cantos em pele e aparado apenas
à cabeça. Assinado no frontispício. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos.
367 — BRANDÃO (Zeferino).- MONUMENTOS E LENDAS DE SANTAREM. Obra illustrada
com cinco gravuras por C. Alberto da Silva. Lisboa. David Corazzi, Editor. 1883. In-4.º peq.
de VIII-684-IV págs. E.
A obra, muito interessante e estimada, vem ilustrada com várias gravuras, impressas em separado.
Fértil em elementos que interessam à história, arqueologia e arte de Santarém. Com uma «Breve
notícia acerca dos santarenos illustres».
Boa encadernação inteira em pele, da época. Dedicatória do autor.
368 — BRAZ (César Augusto de Oliveira Moura).- O ENCONTRO DAS MARINHARIAS
ORIENTAL E OCIDENTAL NA ERA DOS DESCOBRIMENTOS. Boletim da Sociedade
de Geografia de Lisboa. 1962. [Empresa Tipográfica Casa Portuguesa. Lisboa]. In-8.º gr.
de 79-I págs. B.
Trabalho ilustrado, com Introdução e Notas de Júlio Gonçalves. Edição cuidada e restrita, da responsabilidade da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Encadernação inteira de percalina azul, mantendo conservadas as capas da brochura.
369 — BRAZÃO (Eduardo).- MEMORIAS DE EDVARDO BRAZÃO, qve sev filho compilov
e Henriqve Lopes de Mendonça prefacía. 1ª edição. Empresa da Revista de Teatro Lda. Editora.
[Lisboa. 1925]. In-8.º de IV-248-IV págs. E.
Achega de apreciável importância para a história do Teatro em Portugal, com uma valiosa e extensa
galeria de retratos e outras ilustrações. Edição cuidada e em bom papel, invulgar nesta sua edição original.
Encadernação com a lombada em pele mosqueada, decorada com título e ferros dourados. Com as
capas da brochra conservadas, tendo uma assinatura na da frente.
362 - ver pág. 112
370 — BRAZÃO (Eduardo).- A PAPER ON THE HISTORY OF PORTUGUESE DIPLOMATIC
RELATIONS WITH CHINA. Francisco de Assis Pacheco de Sampaio, his Majesty’s Envoy. 1752
- 1753. Printed by St. Louis Industrial Scholl W.P. H.K. 1949. In-4.º de VI-III-I-37-I págs. B.
Trabalho publicado pela Secção de História do «Portuguese Institute of Hong Kong».
Dedicatória autógrafa de Eduardo Brazão.
[114]
371 — BRAZÃO (Eduardo).- UMA VELHA ALIANÇA. 1955. [Neogravura, Lda. Lisboa].
In-4.º de 195-III págs. B.O autor, depois de evocar a génese e estrutura da Aliança Inglesa,
transcreve a publicação dos textos oficiais de 1372 a 1943.
Dedicatória do autor.
372 — BRETON (Ernst).- MONUMENTS DE TOUS LES PEUPLES, Décrits et dessinés
d’après les documents les plus modernes; par Ernst Breton, Bruxelles, Librairie Historique Artistique. 1843. 2 vols. In-4.º gr. de IV-272 e IV-215-III págs. E.
Bela edição romântica no género das que se publicaram a partir de meados do século XIX, esta com
150 perfeitíssimas gravuras abertas em chapa de aço, além de imensas outras, talhadas em madeira
e disseminadas nas páginas do texto. Reproduções de monumentos dos seguintes países, alguns dos
quais actualmente com nome diferente: Índia, Afeganistão, Ceilão, Java, Birmânia, Sião, China, Tibete,
Japão, Babilónia, Pérsia, Arménia, Ásia Menor, Síria, Palestina, Arábia, Egito, Núbia, México, Peru,
Europa: Monumentos clássicos, celtas, templos e igrejas, túmulos, palácios, aquedutos, castelos, etc.
Encadernações da época, com as lombadas em pele decoradas a ouro, mas um pouco cansadas.
373 — BREVISSIMO RESUMO DA HISTORIA SAGRADA DO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO, ordenado para uso dos alumnos da Infancia Desvalida de Coimbra. Coimbra:
Na Imprensa da Universidade. 1853. In-8.º gr. de VI-79-I págs. B.
É desconhecido o nome do autor deste curioso escrito, em forma de perguntas e respostas.
Assinatura antiga no frontispício.
374 — BRITO (Bernardo Gomes de).- HISTÓRIA TRAGICO-MARÍTIMA, compilada por...
com outras noticias de naufrágios. Lisboa. 1904-1909. 12 vols. In-8.º gr. E. em 3.
Uma das mais estimadas edições desta importante fonte histórica, integrada na «Bibliotheca de
Clássicos Portuguezes», dirigida por Melo de Azevedo.
Encadernações recentes, com as lombadas em pele com dizeres e decoração dourada. Tem as capas da
brochura de todos os volumes.
375 — BRITO (J. J. Gomes de).- RUAS DE LISBOA. Notas para a história das vias públicas
lisbonenses. Obra póstuma revista e prefaciada por António Baião... Livraria Sá da Costa Editora. Lisboa. 1935. 3 vols. In-8.º gr. E.
Depois da descrição histórica das ruas de Lisboa, por ordem alfabética, vem no fim do 3º volume uma
“História das igrejas paroquiais e abreviada das não paroquiais, ermidas e conventos de Lisboa, etc.”
O interessante e extenso prefácio de António Baião, abrange as páginas V a XXX do primeiro volume.
Com um retrato do autor em separado. Trabalho valioso e muito estimado.
Modestamente encadernados, com as capas da brochura da frente conservadas.
376 — BRITO (Pedro de) MATOS, (José Alberto da Costa) & ANJOS (Maria Alexandra D. L.
S.).- OS SOLDADINHOS DO PORTO. Lello Editores. Liga dos Amigos do Museu Militar do
Porto. 1999. In-4.º gr. de 210-II págs. E.
Luxuosa edição em papel couché, em português, francês e inglês, que tem como principal motivo dar
a conhecer e estudar as preciosas e muito raras colecções de soldadinhos de chumbo do Porto conservadas no seu Museu Militar e que neste volume aparecem reproduzidos a cores.
Encadernação editorial em tela vermelha, com sobrecapa ilustrada a cores.
377 — BROCHADO (Alfredo).- BOSQUE SAGRADO. Poemas. Portugália Editora. Lisboa.
[1949]. In-8.º gr. de 126-VI págs. E.
Teixeira de Pascoaes no Prefácio: “É Alfredo Brochado caminhando, a medo, através das mágoas que
o perseguem... Assim escrevi, nos Poetas Lusiadas, em 1918. Já nessa época eu conhecia versos da
sua lavra, denunciantes de verdadeira inspiração. Ora, este caminhar, a medo, através das suas mágoas
caracterizou sempre a sua atitude de poeta. Escrevia e escondia... ou medroso de si mesmo, ou vítima
[115]
.../...
de um desânimo inato ou constitucional da sua índole delicadíssima. (...)” No fim, em seis páginas,
vem, «Alfredo Brochado - Notícia», por Manuel Mendes. Com um retrato do poeta.
Boa encadernação à amador, recente; mantém conservadas as capas da brochura e está aparado
apenas à cabeça.
378 — BROWN (A. Sampler).- MADEIRA, CANARY ISLANDS AND AZORES. A practical
and complet guide for the use of Tourists and Invalids, with twenty coloured maps and plans and
numerous sectional and other Diagrams. Tenth and revised edition. London: Sampson Low,
Marston & Co., Limited. 1910. In-8.º E.
A páginação do volume, de difícil descrição, é dada por numerosas secções iniciadas em A e terminadas
em P.; Guia interessantíssimo para o conhecimento do turismo das ilhas ibéricas do Atlântico no início do
século XX, com os mapas reproduzidos em folhas desdobráveis. Com vasta secção publicitária.
Encadernação editorial em percalina azul adornada com uma palmeira na pasta da frente.
379 — [BROWNE (Maria da Felicidade do Couto)].- SOROR DOLORES. Porto. 1849 [Edit.Gandra & Filhos]. In-8.º gr. de 141-III págs. Cart.
São raros os exemplares deste livro de poesia de Soror Dolores, pseudónimo de Maria da Felicidade
do Couto Browne, cujo nome ficou ligado ao de Camilo Castelo Branco, que lhe dedicou a primeira
edição de «O Marquez de Torres Novas». Em sua casa reunia, para além de Camilo, figuras ilustres,
de que se recordam os nomes de Arnaldo Gama e Faustino Xavier de Novais e, provavelmente,
Almeida Garrett. Edição cuidada, em papel muito encorpado e em tiragem muito restrita, destinada
apenas a ofertas.
Dedicatória autógrafa de “Soror Dolores”. Cartonagem antiga, feita com a capa da brochura original,
danificada. Pequeno ex-libris-carimbo no frontispício. (ver gravura na pág. 117)
380 — BROWNING (Robert).- THE LAST RIDE TOGETHER AND OTHER POEMS BY... T.
N. Foulis. London & Edinburgh. S.d. In-8.º esguio de XLII págs. B.
Bonita edição de algumas poesias de um dos mais notáveis poetas do seu tempo. Frontispício e três
belas estampas a cores.
Pequena assinatura.
381 — BRUGES (Teotónio Paim de).- OS DESCOBRIMENTOS E OS AÇÔRES. Importância
nacional do Arquipélago. Tipografia União Gráfica. Angra do Heroismo. 1932. In-4.º peq. de
XII-145-III págs. E.
Foi decerto muito reduzida a tiragem deste interesante livro a juntar às colecções açorianas, acompanhado de um retrato do autor.
Com a capa da brochura da frente conservada. Encadernação simples, com cantos e lombada em percalina.
382 — BRUSCHY (Manuel Maria da Silva).- ALMANAK PORTUGUEZ PARA 1852 [E
1854]. Sob a direcção de... Lisboa: Imprensa de Francisco Xavier de Souza. 1851-1853. 2 vols.
In-8.º de 224 e 176 págs. B.
Almanaques muito raros, acompanhado o primeiro de um retrato litográfico de “Dom Miguel Duque
de Bragança” e o segundo de outro, também litográfico, com “O Senhor Dom Miguel de Bragança
e Sua Augusta Consorte a Senhora Dona Adelaide Sophia”.
383 — BRUSCHY [Manuel Maria da Silva].- MANUAL DO DIREITO CIVIL PORTUGUEZ
segundo a Novissima Legislação, por Bruschy. Lisboa. Editores, Rolland & Semiond. 18681869. 2 vols. In-8.º gr. de X-VI-248-69-III e II-VI-II-348-140-III-I págs. E.
O 2.º grupo de págs. do 1.º volume comporta a parte I, «Da Capacidade Civil», do «Codigo Civil
Portuguez»; O 2.º grupo de págs. do 2.º vol. contém a «Parte II. Da Acquisição dos Direitos», do
mesmo Código.
Bruschy nasceu no Rio de Janeiro em 1814, foi Cavaleiro professo da Ordem de Cristo, bacharel em
[116]
.../...
Direito pela Universidade de Coimbra e “Quando as fôrças liberais desembarcaram no Mindelo, as
aulas fecharam e organizou-se um batalhão académico realista em que Bruschy assentou praça, sendo
logo feito alferes”, tendo depois emigrado para o Brasil; “Passado o perigo político voltou a Portugal”,
dirigindo-se depois a Paris onde estudou Ciências Naturais; “Em 1837 Bruschy alistou-se no 4.º batalhão
de Castela do exército carlista com o pôsto de alferes. Entrou nos combates da Catalunha, de Cinca,
de Retuerta e outros. Feito prisioneiro na batalha de Huesca, esteve em risco de ser fuzilado como
medida de represália”, etc., segundo extensa rubrica inserta na Grande Enciclopédia Portuguesa
e Brasileira.
Encadernações da época, com as lombadas em pele e o corte das folhas pintado.
384 — BUCICH (António C.).- EÇA DE QUEIROZ VISTO POR UM ARGENTINO. Prefácio
de Fidelino de Figueiredo. Livraria Figueirinhas. Porto. [1945]. In-4.º de 123-V págs. E.
É extenso o prefácio de Fidelino de Figueiredo para este interessante volume. Primeira edição portuguesa do livro «En pos de Eça de Queiroz», impresso em 1939. Capítulos: «Eça de Queiroz e Antero
de Quental», «Boémia de Eça de Queiroz», «Sôbre Fradique Mendes», «No Realismo», «Tristeza
queiroziana», «O céptico» e «Um vencido da vida».
Encadernação com a lombada em pele mosqueada, decorada com ferros a ouro. Inteiramente por aparar
e com as capas da brochura conservadas.
385 — BURETTE (Théodose).- MUSÉE DE VERSAILLES. Avec un texte historique par...
Paris. Furne et Cie, Libraires-Éditeurs. MDCCCXLIV. 2 vols. In-fólio E. em 1.
Com perto de 200 finissimas gravuras abertas em chapa de aço, impressas em papel muito encorpado
de excelente qualidade, representando retratos das mais notáveis personalidades históricas desde
o ano 412 a 1840, cenas históricas e de batalhas, etc., abrangendo portanto o período das Campanhas
Napoleónicas.
Encadernação francesa com a lombada em chagrin, decorada com largos nervos, título e frisos dourados,
encadernação que apresenta algumas marcas de uso.
386 — CABRAL (António).- A ÁGUIA DO MARÃO. (O grande orador António Candido).
O único dos «Vencidos da Vida». Cartas inéditas - Política de outrora. Livraria Popular de
Francisco Franco. Lisboa. S.d. In-8.º de 286-II págs. E.
“Foi Camilo Castelo-Branco, o escritor incomparável, quem lhe deu o nome - A Águia do Marão.
“E António Candido águia era, pelos altos vôos da eloqüencia, pelo bater das azas possantes, nas
elevadas regiões da Beleza e nas cumeadas da Arte. Eu nunca ouvi, na tribuna, palavra mais elegante,
dicção mais perfeita, expressão mais fluente, voz mais poderosa e mais nobre”.
Boa encadernação com a lombada em pele, capas da brochura conservadas e aparado apenas à cabeça.
387 — CABRAL (António).- OS AMORES, OS CIÚMES E A GRAÇA DE CAMILO. Notas à
margem. Cartas inéditas. Tipografia da Emprêsa Nacional de Publicidade. Lisboa. 1939. In-8.º
de 206-II págs. E.
Um dos numerosos e mais interessantes livros suscitados pela original personalidade de Camilo
Castelo Branco. Com estampas impressas em folhas à parte.
Encadernação com a lombada em pele decorada com nervos e ferros dourados. Com as capas da brochura conservadas.
388 — CABRAL (António).- AS MINHAS MEMÓRIAS POLÍTICAS. 1930-1932. Livraria
Popular Francisco Franco. Lisboa. 3 obras ou vols. In-8.º E. e B.
379 - ver pág. 116
Obra composta pelos seguintes títulos: «Na linha de fogo. Revelações que se fazem. - Mysterios que
se desvendam»: «O Agonizar da Monarchia. Erros e crimes - Novas revelações»; «Em plena
República. A Catastrophe - Valeu a pena?...»
O primeiro volume tem encadernação com cantos e lombada em pele, está aparado apenas à cabeça
e conserva as capas da brochura e tem ainda o ex-libris camiliano da Livraria de Gustavo d’Ávila
Perez. Os restantes volumes estão em brochura, estando mal cuidada a capa da frente do terceiro.
[118]
389 — CABRAL (António).- CAMILO DE PERFIL. Traços e notas - Cartas e documentos inéditos. Segunda edição. Livrarias Aillaud e Bertrand. Paris-Lisboa. 1922. In-8.º de IV-II-XVI-319-I págs. E.
Com um retrato de Camilo em separado e ilustrações várias nas páginas do texto.
Encadernação dos editores.
390 — CABRAL (António).- CAMILLO DESCONHECIDO. Erros que se emendam e factos
que se aclaram - Documentos inéditos. Lisboa. 1918. In-8.º de 444-II págs. B.
“(...) Por mim, enquanto a estatua de Camillo se não esculpe, aqui lhe ergo mais um modesto padrão,
que é também testemunho irrefragável da minha admiração sem limites pelo genio do mais insigne,
do mais preclaro escriptor portuguez do meu tempo.” Muito estimado e valioso subsídio para a biografia
de Camilo. Ilustrado com retratos e gravuras impressos em separado.
391 — CABRAL (António).- CAMILLO E EÇA DE QUEIROZ. Cartas inéditas de Camillo Os plagios de Eça. «Coimbra Editora, Lda». Coimbra. 1924. In-8.º de 314-II págs. B.
Obra interessante de um dos mais devotados e brilhantes investigadores da vida e obra daqueles grandes
vultos da literatura portuguesa. Em “Appendice” são transcritas cartas de A. A. Castelo-Branco,
Teixeira de Queiroz, António Cândido, João Penha e Alberto Pimentel. Com retratos em separado.
392 — CABRAL (António).- CARTAS DE EL-REI D. CARLOS A JOSÉ LUCIANO DE CASTRO. Um grande rei.- Um notavel estadista.- Memorias politicas. Lisboa. Portugal-Brasil. [S.d].
In-8.º de 299-V págs. B.
“Trago hoje a publico, n’este livro despretencioso, documentos importantes e de valor para a historia
da vida política de Portugal. São cartas d’El-Rei D. Carlos I, dirigidas ao mais notável de todos os estadistas, que no seu reinado serviram a nação. Com retratos de José Luciano de Castro e António Cabral.
393 — CABRAL (António).- CARTAS D’EL-REI D. MANUEL II. O Homem, o Rei, o Portuguez Notícias e revelações - Memorias politicas Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa. 1933.
In-8.º de 178-VIII págs. B
“Cartas de um Rei, são sempre documentos de valor. São informações, noticias, elementos de altissima
importancia, entregues á Historia, para que a Historia não seja perturbada na exactidão com que devem
ser narrados os factos e no são criterio com que elles devem ser interpretados”. Transcreve, depois do
amplo estudo de António Cabral, 167 cartas enviadas a José Luciano de Castro, José Maria Rodrigues,
Marquês do Lavradio, Conde de Mafra, João de Azevedo Coutinho, Visconde do Torrão, Conde das
Alcáçovas, Conde de Tarouca e Alexandre Cabral. Tem, em folhas à parte, dois retratos de D. Manuel
II e um de António Cabral.
Capa da brochura com manchas de acidez.
394 — CABRAL (António).- CARTAS D’EL-REI D. CARLOS AO SR. JOÃO FRANCO.
Cartas d’El-Rei a José Luciano. A Dictadura. Os Adiantamentos. O Regicidio. Lisboa. Portugal-Brasil. [S.d]. In-8.º de 308-IV págs. B.
Com os retratos de D. Carlos e do autor e os fac-símiles das cartas de D. Carlos.
395 — CABRAL (António).- OS CULPADOS DA QUEDA DA MONARQUIA. De João
Franco a Teixeira de Sousa - Outros culpados - Cartas históricas e inéditas - Memórias políticas.
Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa. 1946. In-8.º de 361-III págs. B.
Capítulos consagrados a João Franco, José de Alpoim, João Arroyo, Ferreira do Amaral, Teixeira
de Sousa, Emídio Navarro, Guerra Junqueiro, Carlos Lobo d’Ávila e Mariano de Carvalho.
Capa da brochura com manchas de acidez.
[119]
396 — CABRAL (António).- DOIS DIPLOMATAS ILUSTRES. (Um grande poeta e um notável
orador). António de Castro Feijó. António da Cunha Sotto-Maior. Livraria Bertrand. Lisboa.
[1940]. In-8.º de 247-III págs. E.
“Nas páginas que vão seguir-se, o leitor encontrará, entre figuras de menor valia, um grande poeta
e um orador notável. Ambos homens do passado, pouco menos que esquecidos, ou, com injustiça
grave, sòmente mal lembrados, quero trazê-los para a luz, dar-lhes relêvo da verdade, esculpi-los
com lineamentos que produzam a exactidão das suas imagens. (...) O rio Lima, que se espreguiça
docemente na païsagem elísea do nosso Minho, nunca mais ouvirá versos cantantes, desferidos
pela lira magnífica de António Feijó, e o Chiado elegante, perdido para sempre o seu perfume
romântico, não tornará a ver passar, vestido com desusado esmero, o janota António da Cunha
Sotto-Maior”.
Encadernado à amador, com as capas da brochura preservadas e só de leve aparado à cabeça. Ex-libris
da biblioteca camiliana de Gustavo d’Ávila Perez.
397 — CABRAL (António).- EL REI D. DUARTE II. (Rei morto, Rei posto). A sua vida Os Seus direitos - Páginas de História. Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa. 1934.
In-8º de 233-I págs. B.
Com um retrato de D. Duarte.
Assinado no frontispício.
398 — CABRAL (António).- O TALENTO E OS DESVARIOS DE GUERRA JUNQUEIRO.
Desiquilíbrios de um grande poeta. Notas e informações inéditas. Livraria Portugália. Lisboa.
[1942]. In-8.º de XXIII-III-235-V págs. E.
“Quando pensei em escrever êste livro, lembrei-me logo de que me cumpria louvar e de que seria
obrigado a repreender. Corria-me o dever gratíssimo de exaltar o poeta insigne, cujos versos eram,
muitas vezes relâmpagos deslumbradores; ao mesmo passo, impendia-me a pesada obrigação de censurar
com indignação fervente o iconoclasta violento, o político desconcertado, que bolsou, em páginas revoltantes, blasfémias de estarrecer, períodos de estupendo insulto, frases de mau recorte. (...)”
Boa encadernação com lombada e cantos em pele, só aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
399 — CABRAL (António).- TEMPOS DE COIMBRA. Memórias de Estudante. - Anedotas
e Casos, Figuras e Tipos. Segunda edição, aumentada, correcta e melhorada. Coimbra Editora,
Ldª. 1947. In-8.º de 290-II págs. B.
Afirma o autor que “Continua a viver, sempre bela, no meu espírito, no meu coração, na minha
saudade, a querida Coimbra dos tempos de outrora, que já vejo tão distantes. Nunca mais lá volto.Para quê?... Para a ver mutilada, ferida, maltratada sem piedade? Para ver em ruínas a parte mais
interessante e mais característica da velha cidade universitária?”
Lombada mal cuidada.
400 — CABRAL (António Manuel Pires).- SABEI POR ONDE A LUZ. Adufa / Volume 5.
Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão, Secretaria de Estado do Turismo, Ministério
do Comércio e Turismo. Director da Publicação Presidente da CRTSM, Elísio Amaral Neves.
Direcção Gráfica Victor Ribeiro. Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão. Vila Real.
Composto e Impresso, Proença - Cooperativa Operária de Artes Gráficas, C. R. L. Outubro de
1983. In-fólio de 7 ff. inums. e 20 nums. B.
Com uma planta de Vila Real, folha de título acima integralmente reproduzida, quatro ff. inums. com
poemas de António Manuel Pires Cabral e 20 folhas com excelentes desenhos de Gracinda Marques
reproduzindo belos exemplares de janelas e varandas antigas de Vila Real. Edição limitada a 1050
exemplares. Em folhas soltas conservadas em portfólio em cartão, com lacre na capa da frente com
o título da publicação.
[120]
401 — CABRAL (Luís) & MEIRELES (Maria Adelaide).- TESOUROS DA BIBLIOTECA
PÚBLICA MUNICIPAL DO PORTO. Edições Inapa. 1998. [Oficinas Gráficas da Tipografia
Peres Júnior e Filhos, S.A.]. In-4.º gr. de VI-197-V págs. E.
“(...) Esta obra vem (...) dar resposta a uma necessidade de há muito sentida: patentear em um só livro,
abreviado e tanto quanto possível coerente, porém sempre representativo, as ricas e variadas colecções
da Bibliteca do Porto. A primazia é naturalmente da imagem sobre o texto, aqui quase mero suporte
ou fio condutor. (...)
“Da importância desta Biblioteca supomos que pouco será necessário dizer neste ponto. Refira-se, apenas,
que estamos perante a maior e a mais antiga biblioteca pública municipal portuguesa e uma das três
principais bibliotecas do nosso País. Quanto ao enorme valor dos seus fundos bibliográficos lembre-se,
tão-só, que é no «coração» da BPMP que se encontra fielmente guardado aquele que é talvez
o manuscrito de maior significado cultural universal existente entre nós — o Diário de Vasco da Gama.
Ou, então, que é justamente aqui que se conserva, para nós, mas sobretudo para as gerações futuras,
uma das duas bibliotecas medievais portuguesas de primeira linha — a «livrararia de mão» do
Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, verdadeiro tesouro de grande alcance cultural em termos europeus.”
Volume de grande qualidade gráfica, em papel da melhor qualidade, com reproduções a cores e a negro
de muitas das preciosas jóias bibliográficas que vão desde manuscritos medievais a uma amostra de
representativos manuscritos literários do século XX; de raríssimos incunábulos a valiosos livros
impressos até ao século XIX.
Encadernação especial para a edição, com sobrecapa policromada.
402 — CABREIRA (António).- A PEDRA D’ESCÂNDALO ou Etiologia e cautério duma avariose
moral. Primeiro milhar. 1924. Imprensa Libanio da Silva. Lisboa. In-4.º peq. de VIII-63-I págs. E.
Com um texto introdutório intitulado «Camões e Camilo», onde é versado o duplo centenário dos dois
escritores. Opúsculo polémico dirigido a Augusto de Vasconcelos e a José Maria Rodrigues. Com um
retrato do autor impresso em separado.
Dedicatória do autor. Encadernação com lombada e cantos em pele, tendo conservadas as capas da
brochura. Com dois ex-libris de Gustavo d’Avila Perez, um dos quais camiliano.
403 — A CAÇA EM PORTUGAL. Lisboa. 1963. Editorial Estampa. 2 vols. In-4º de 865-XXIXI págs. divididas pelos dois volumes. E.
Os editores pretenderam “dar a este trabalho um carácter inédito, quer pelo aprofundamento de temas
até agora só dispersivamente abordados, quer pelo aspecto prático dos ensinamentos e da exposição
de toda a matéria, susceptível de imediata aplicação (...)”.
A obra, abundantemente ilustrada com fotografias e desenhos, apresenta colaboração dos mais conhecidos
especialistas portugueses, abrindo com um texto de Aquilino Ribeiro intitulado «A Arte da Caça».
A este exemplar falta o disco de vinil que normalmente acompanha a edição.
Encadernações editoriais inteiras em pele, com dourados nas lombadas e nas pastas.
404 — CADENA DE VILHASANTI (Pedro).- RELAÇÃO DIÁRIA DO CÊRCO DA BAÍA
DE 1638. Prefácio de Serafim Leite. Notas de Manuel Múrias. Lisboa. 1941. [Editorial Ática].
In-4º de 358-IV págs. B.
“É (...) inédita esta narrativa do célebre cêrco e dalguém que estava presente, com um cargo oficial,
apto a notar pormenores que, por serem da sua alçada, os ignoravam os outros relatores ou conheceriam
mal: depoimento de valor evidente para a história das guerras coloniais, e, também, para o estudo da vida
económica do Brasil”; “É um facto que merece a máxima divulgação. Porque esta derrota do Conde
de Nassau, convém acentuá-lo, foi a grande humilhação da sua vida, e correspondeu, na Colónia
Portuguesa da América, a um período memorável de exaltação e fervor patriótico”. Volume integrado
na «Colecção dos Clássicos da Expansão Portuguesa no Mundo».
405 — CAETANO (Marcello).- AS CORTES DE LEIRIA DE 1254. Memória comemorativa do
VII Centenário. Lisboa. MCMLIV. In-4.º de 81-I págs. B.
Valioso trabalho, publicado numa das boas edições da Academia Portuguesa da História.
[121]
406 — CAETANO (Marcello).- POR AMOR DA JUVENTUDE. Lisboa. 1944. [Oficinas
Gráficas da Casa Portuguesa]. In-8.º de 250-VI págs. E.
“Reunem-se nêste livro alguns discursos e alocuções proferidos durante os quatro anos em que exerci
o delicado e honroso cargo de Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa”, discursos onde se
definem as linhas mestras da governação portuguesa da época.
Exemplar com o n.º 48 da Tiragem especial de 200 em papel especial, rubricados pelo autor, apresentando este dedicatória de Marcelo Caetano ao Comandante Nuno de Brion. Boa encadernação com
cantos e lombada em pele, esta decorada a ouro.
407 — CALLADO (J. Salinas).- OS EX-LIBRIS DESENHADOS POR ANTÓNIO PIEDADE.
Com um Estudo Preliminar do Dr... Figueira da Foz. 1933. [Tipografia Peninsular]. In-8.º de 87I págs. E.
O livrinho reproduz 37 ex-libris de notável qualidade técnica e artística, todos executados pelo notável
artista ex-librista que foi António Piedade. Tiragem limitada a 200 exemplares numerados.
Dedicatória do autor para Armando de Mattos. Encadernação simples, mas com as capas da brochura
conservadas.
408 — CALDAS (António Pinheiro).- POESIAS. Segunda edição correcta e augmentada. Porto.
Typographia de Sebastião José Pereira. 1864. In-8.º gr. de 367-I págs. E.
As págs. 323 a 332 contêm uma crítica literária de Camilo às poesias do poeta portuense Pinheiro
Caldas, crítica que aparece nesta edição pela primeira vez. Livro impresso em bom papel e com um
fino retrato do autor gravado em chapa de aço.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
409 — CALDAS (José).- D. FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES. (Profana Verba).
Coimbra Editora, Lda. Coimbra. [1922]. In-8.º de 394-II págs. B.
Transcreve um texto original de Camilo e refere-se-lhe por várias vezes. Com um retrato de
Bartolomeu dos Mártires.
410 — CALDAS (José).- HISTÓRIA DE UM FOGO-MORTO. (Subsídios para uma História
Nacional). 1258-1848. Viana do Castelo (Fastos Politicos e Sociais). Edição definitiva. Edição
da “Renascença Portuguesa”. Porto. 1919. In-8.º de XIV-878-II págs. B.
É obra interessantíssima e muito estimada, importante para a história de Viana do Castelo. Segunda
edição, muito aumentada e mais valiosa que a anterior. Com ilustrações, entre as quais uma planta
desdobrável de Viana.
Desconjuntado.
411 — CALDAS (José).- OS HUMILDES. Porto. Livraria Chardron. 1900. In-8.º de XIV-200-II págs. E.
Trata de alguns “humildes” naturais de Viana do Castelo ou a Viana por qualquer razão ligados, pois “chega
a ser monstruoso, que, n’uma terra onde o estudo das linhagens obriga o curioso a inventariar verdadeiras
dynastias de insignificantes, a campa do esquecimento cubra, com um silencio de ferro, a memoria de
alguns humildes e ignorados, só porque estes, em flagrante contrapozição com os outros, não poderam
dispor de seis ou sete appelidos, muitos dos quaes - como raro deixa de succeder— acordam a existencia
de tractos condemnados, de votos violados e infringidos, de coitos deshonestos e incestuaes!”
Encadernação da época, com a lombada em pele.
412 — CALDEIRA (Carlos José).- APONTAMENTOS D’UMA VIAGEM DE LISBOA
Á CHINA E DA CHINA A LISBOA. Lisboa. Na Typographia de G. M. Martins. 1852-1853. 2 vols. In-8.º gr. de 423-I e 335-XVII págs. E. em 1.
Obra interessantíssima e rara que, di-lo Inocêncio, “mereceu a aceitação e acolhimento do publico.”
Na nota de abertura «Aos Leitores», diz o autor: “Ainda que é muito pouco commum entre nós
[122]
.../...
Portuguezes o gosto de viajar, eu desde a minha mocidade nutri o desejo de ver o mundo, de sahir da
minha patria, e do estreito circulo da cidade e do paiz em que nasci. Tarde porém poude realisar o pensamento constante da minha vida. Contando 40 annos parti de Lisboa em Julho de 1850, na carreira
para a China dos vapores inglezes da Companhia Oriental e Peninsular, e dentro em 50 dias cheguei
a Macao, tendo visitado Cadiz e Gibraltar; atravessado o Mediterraneo; visto Malta e Alexandria;
subido o Nilo; atravessado o deserto do Egypto; embarcado em Suez, e descido pelo Mar-Vermelho;
tocado em Adem na Arabia, e em Ceylão; navegado pelo estreito de Malaca; visto Pinão e Singapura;
e finalmente aportado a Hong-kong, e retrocedido para Macao. Nesta cidade me demorei 16 mezes,
durante os quaes visitei seus arredores, a cidade chineza de Cantão, e varios portos da costa da China
até Shangai, na distancia d’umas 300 legoas para o norte de Macao. D’aqui regressei para o Reino na
corveta D. João I. no fim do anno de 1851, e voltei por Singapura, e estreito de Malaca; desembarquei
na cidade deste nome, tão celebre na historia da Asia portugueza; revi as costas da Taprobana;
naveguei ao longo das do Malabar; visitei Goa; segui para Moçambique; dobrei o Cabo da Boa-Esperança; aportei a Benguella, e a Loanda no reino d’Angola; vi no archipelago dos Açores o Fayal
e S. Miguel, e particularmente nesta ultima ilha examinei varias das muitas cousas curiosas que contém,
e finalmente em 18 d’Agosto de 1852 terminei esta longa e variada viagem, revendo a minha bella
patria e cidade natal ao cabo de dois annos.
“Resolvo-me a publicar os Apontamentos desta Viagem, por me parecer que serei n’isto util a alguns
dos meus concidadãos, que desejarem saber das circumstancias della, e ter algum conhecimento actual
dos logares que percorri. (...) Deter-me-hei particularmente sobre as nossas Possessões, ainda tão
importantes, e sobre as quaes idéas bem inexactas, e mesmo absurdas, correm entre muita gente.
Fallarei das cousas, e das pessoas, que são tudo no Ultramar, onde em grande parte as instituições
e leis pouco ou nenhum vigor tem, onde quasi tudo é arbitrio, onde o espirito da maldade e da rapina
muitas vezes campêa impune, dependendo geralmente do bom ou máo caracter das authoridades,
e pessoas influentes”.
Encadernação inteira em pele, da época. (ver gravura na pág. 123)
413 — CALDEIRA (Fernando).- A MADRUGADA. Comedia em quatro actos. (Original em
verso). Representada pela primeira vez no theatro de D. Maria II em 26 de Abril de 1892. Lisboa.
M. Gomes Editor. MDCCCXCIV. In-8.º de VI-289-I págs. E.
Primeira edição de «A Madrugada», que, com «Mantilha de Renda», ambas representadas pelos grandes
actores Rosas e Brasão, alcançaram êxito triunfal. Com ilustrações nas páginas do texto.
Encadernação simples, com a lombada em pele. Pequena assinatura no frontispício.
414 — CAMACHO (Brito).- [OBRAS]. Livraria Editora Guimarães & C.ª. Lisboa. Datas diversas.
5 obras ou vols. B. e E.
Conjunto constituído pelas seguintes obras, todas em primeira edição: «A Caminho d’Africa»
(Assinado e riscado no frontispício); «Scenas da Vida»; «Ferroadas»; «Pretos e Brancos»; «Nas Horas
Calmas», este com encadernação com cantos e lombada em pele e com as capas da brochura conservadas.
415 — CÂMARA (D. João da).- D. AFFONSO VI. Drama em cinco actos. Lisboa. Livraria
Ferin. MDCCCXC. In-4.º de VIII-169-III págs. E.
“Representado pela primeira vez no theatro de D. Maria II em 12 de Marlo de 1890”. Primeira edição.
Dedicatória pela mão do autor. Encadernação à amador, antiga, coçada. Margens intactas.
416 — CÂMARA (Leal da).- CARTÃO timbrado com o ex-libris do artista, medindo 11,5 x
18,5 cm.
412 - ver pág. 122
Cartão dirigido a Moreira Fernandes, datado de 23/10/947, dando informações sobre um seu desenho:
“O boneco a que se refere e comprado pelo Dr. R.º de Magalhães, foi exposto na S. de Belas Artes no
Porto quando ele esteve instalado na Picaria - ahi por volta de 1914. (...) Esse desenho foi feito em
Paris e publicado no Suplemento ilustrado de O Seculo de quinta feira 25 de fevereiro de 1909 (...);
Referia-se o desenho ao futuro casamento de D. Manuel e às varias princezas com quem pretendiam
casal-o. (...)”
Acompanhado de uma reprodução fotográfica do referido desenho.
[124]
417 — CAMILLIANA. Nº 1. Archivo de Materiaes para um Monumento litterario ao grande
escriptor Camillo Castello Branco. Porto. 1916. In-4.º de 64 págs. B.
Primeiro e único número publicado, colaborado por distintos escritores. Reproduz vários escritos de Camilo.
Desconjuntado.
418 — CAMILO. 16 de Março 1825-1925. Livro comemorativo do centenário, editado pela
Comissão. [Tip. da “Empresa Diário de Notícias”]. In-4.º de 164-II págs. B.
Colaboração de Alberto Pimentel, Castelo Branco Chaves, Henrique Marques, Magalhães Lima, José
Caldas, Ludovico de Menezes, Luís Xavier da Costa, Cláudio Basto e muitos outros. Ilustrado em
folhas à parte.
419 — CAMINHA (Pêro Vaz de).- CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA A EL-REI D.
MANUEL. Escripta da ilha da Vera-Cruz em 1.º de Maio de 1500. Fac-simile do texto original.
Versão em italico no portuguez da epocha. Versão em italico no portuguez actual. Editores Reis
& Comp. Bahia (Brazil). Edição para o Instituto Geographico e Historico da Bahia pelo 4.º centenario da descoberta do Brazil. 1900. In-4.º de X págs. prels. inums., XXVII ff. com o fac-símile, XV págs. no português da época, e XII págs. no português actual. E.
Edição cuidada e rara, ilustrada com uma litografia representando a «Partida de Porto Seguro.
Os degradados» e ainda com duas estampas a cores: «Roteiro de Cabral segundo a carta de Pero Vaz
de Caminha» e a «Planta levantada por Salvador Pires de Carvalho e Aragão.
Bonita encadernação em percalina azull, dos editores, estampada a ouro e negro, vendo-se Pero Vaz
de Caminha escrevendo a sua carta. Desconjuntado. (ver gravura na pág. 125)
420 — CAMÕES (Luís de).- DE PORTUGAL Á INDIA. A VIAGEM DE VASCO DA GAMA.
Trechos que mais se prendem com o assumpto, tirados do poema de Luiz de Camões «OS LUSIADAS», acompanhados de versões em hespanhol, italiano, francez, allemão e inglez e colligidos
por Ernesto Moreira de Sá. Lisboa. Typographia Castro Irmão. 1898. In-4.º de 493-I págs. E.
Muito curiosa e invulgar espécie bibliográfica camoniana, ilustrada com boas estampas em folhas
à parte com retratos de Camões e de Vasco da Gama, uma representação da Torre de Belém, seis
alegorias à descoberta da Índia e ainda com um mapa colorido desdobrável.
Pequeno defeito na folha do anterrosto. Encadernação simples, em tela.
421 — CAMÕES (Luís de).- INÊS DE CASTRO. Episodio extrahído do canto terceiro do
Poema épico OS LUSÍADAS. Edição em catorze línguas. Lisboa, Imprensa Nacional. 1972. In8.º gr. de XCVI págs. inums. E.
Cuidada e rara edição confinada a 102 exemplares numerados, impessos sobre excelente papel.
Excelente encadernação inteira de chagrin, com ferros dourados na lombada e nas pastas, tendo na
posterior a chancela da TAP Transportes Aéreos Portugueses 1972, empresa para quem esta edição foi
exclusivamente produzida.
422 — CAMÕES (Luís de).- THE LUSIAD OF CAMOENS. Translated into english spenserian
verse by Robert French Duff. Lisbon. Mess. Chatto & Windus, London... 1880. In-4.º de
XLVIII-II-506-II págs. E.
419 - ver pág. 126
Segundo Pina Martins, trata-se de uma “Excelente trad. de Robert French Duff com ils. de personalidades
históricas que apenas pretendem ser documentos iconográficos, e não motivos ornamentais de valor
estético”. Contém, além do Poema, uma biografia do Poeta, um «Apendice» respeitante à documentação
iconográfica, a cronologia dos reis de Portugal, a cronologia de Vasco da Gama, a lista dos vice-reis
e govenadores da Índia e um índice onomástico. Estimada e invulgar tradução inglesa do poema de
Camões, ilustrada em folhas à parte com boas gravuras com retratos do Poeta, Infante D. Henrique,
Vasco da Gama, D. Afonso Henriques, D. Pedro I, Inês de Castro, D. João I, Nuno Álvares Pereira,
D. Manuel I, D. João II, D. Francisco de Almeida, Afonso de Albuquerque, D. João de Castro
e D. Sebastião e ainda com a reprodução do túmulo de Inês de Castro e um aspecto do Claustro
do Mosteiro de Belém.
Encadernação da época, com a lombada em chagrin decorada com finísssimos ferro e título dourados
em casas fechadas.
[126]
423 — CAMÕES (Luís de).- A LUSIADA DE LUIZ DE CAMÕES. Traduzida em versos latinos
por Frei Francisco de Santo Agostinho de Macedo. Primeira edição, revista por António José
Viale... publicada por Venancio Deslandes. Lisboa. Imprensa Nacional. 1880. In-4.º de XVII-III-478-II págs. E.
Primeira edição latina desta estimada tradução de Frei Francisco de Santo Agostinho de Macedo, feita
a partir de um manuscrito então pertencente a Venâncio Deslandes. Texto preliminar de António José
Viale e reprodução dum busto do tradutor, feita a partir da escultura que se encontra no convento
de Ara Cœli em Roma.
Encadernação com lombada e cantos em pele. Aparado só à cabeça.
424 — CAMÕES (Luís de).- LUSIADAS // DE // LUIS DE CAMOENS. // ... // COIMBRA, //
NA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE. // 1800. 2 vols. In-12.º de IV-XXXVIII-II-228 e 299-I
págs. E.
“Contem estes dous Volumes o Poema de Camoens; os Argumentos e Index de Joaõ Franco Barreto;
hum Compendio da Vida do Poeta; hum Argumento historico da Lusiada; e as Estancias e Liçoens
achadas por Manuel de Faria e Sousa em dous differentes Manuscritos. “Acrescentamos-lhe algumas
Lições mais, que achamos nas differentes Ediçoens, que consultamos para a correcçaõ desta.”
O primeiro volume abre com duas gravurinhas em cobre representando uma delas um retrato de Camões
e a outra o Poeta tendo na mão o seu Poema salvo das águas em que naufragou.
Cuidadas encadernações inteiras de chagrin, com nervos e dourados nas pastas, um ferro também
a ouro nas pastas da frente, com as seixas e o corte das folhas também dourados. Ex-libris heráldico
em relevo da Biblioteca de Salema Garção.
425 — CAMÕES (Luís de).- LUSIADAS. Com estampas. Paris, Na Officina de P. Didot Senior
e acha-se em Lisboa, em Casa de Viuva Bertrand e Filhos. MDCCCXV. 2 vols. In-8.º peq. de
IV-CLV-202-II e IV-335-II págs. E.
Edição cuidada, ilustrada com os retratos de Camões e de Vasco da Gama em excelentes gravuras abertas
a buril em chapa de cobre, além de outras dez, cada uma das quais colocada no início do respectivo
Canto do Poema. Tem ainda, em folha desdobrável, um mapa da “Carreira da India No seo
Descobrimento Por Vasco da Gama no anno de 1497”.
Encadernações da época, inteiras em pele, com pequenos defeitos.
426 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS, Poema Epico de Luiz de Camões. Nova edição
mais correcta. Lisboa: Na Impressão Regia. 1827. In-12.º de 377-I págs. E.
Com esta curiosa indicação no pé do frontispício: “Vende-se na Loja dos Pobres”. Muito invulgar.
Bonita encadernação em pele, da época, com nervos e ferros dourados na lombada.
427 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS DE LUIZ DE CAMÕES. Nova edição feita debaixo
das vistas da mais accurada critica em presença das duas edições primordiaes e das posteriores
de maior credito e reputação: seguida de annotações criticas, historicas e mythologicas, por
Francisco Freire de Carvalho. Lisboa, na Typographia Rollandiana. 1843. In-8.º de XXVI-II-367-III págs. B.
Edição rolandiana, de pouco frequente aparecimento no mercado.
Com as margens intactas.
428 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS, Poema épico de... Paris. Na Livraria Europea de
Baudry... 1846. In-8.º gr. de XXXIV-585-I págs. E.
Edição cuidada e invulgar, restituída “á sua primitiva linguagem, auctorisada com exemplos extrahidos
dos escriptores contemporaneos a Camões; augmentado com a vida d’este Poeta, uma noticia acerca
de Vasco da Gama, as estancias e lições achadas por Manuel de Faria e Souza, as variantes colhidas
nas melhores edições, e muitas notas philologicas, historicas, geographicas e mythologicas por José da
Fonseca”.
[127]
.../...
428 - ver pág. 127
Enriquecida com um retrato do Poeta desenhado por Gérard, excelentemente gravado por Roger e
ainda com um bom retrato do navegador, também gravado, impresso na última página da “Noticia
acerca de Vasco da Gama, e da sua Viajem á India”.
Muito bonita encadernação francesa, inteira em pele, da época, com belos ferros a ouro na lombada,
pastas, seixas, com o corte das folhas dourado à volta e ainda com ferros a seco nas pastas.
(ver gravura na pág. 129)
429 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Poema Epico de Luiz de Camões. Nova edição
feita debaixo das vistas da mais accurada critica em presença das duas edições primordiaes e das
posteriores de maior credito e reputação: seguida de annotações criticas, historicas e mythologicas.
Rio de Janeiro. Em casa dos Editores Eduardo & Henrique Laemmert. 1856. 2 vols. In-8.º gr.
de XV-I-234 e 287-I págs. E.
Rara edição impressa no Brasil, que, além de um finíssimo retrato do poeta gravado em chapa de metal
ass. “M. Lammel gest. Leipzig, ostenta onze gravuras coloridas à mão, uma representando Camões
com o Poema na mão esquerda e a pena na direita e as outras uma para cada um dos dez cantos.
Especialmente estimada pelas estampas pintadas a cores que ostenta.
Encadernações inteiras em pele, da época. (ver gravura na pág. 129)
430 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Poema epico de... Lisboa. Livraria de Antonio
Maria Pereira, Editor. 1876. In-12.º de XVIII-457-VII págs. E.
“Nova edição cuidadosamente revista e conforme ás de 1572, precedida da biographia do poeta
e seguida de um diccionario dos nomes proprios.” Com um retrato do poeta gravado em madeira.
Encadernação inteira em pele, da época.
431 — CAMÕES (Luis de).- OS LUSIADAS. Edição critica-commemorativa do Terceiro
Centenário da Morte do Grande Poeta. Publicada no Porto por Emilio Biel. Typographia
Giesecke & Devrient, estabelecimento graphico. Leipzig, MDCCCLXXX. In-fólio de IV-LVI375-XXXII-XCII págs. E.
Edição verdadeiramente monumental, por muitos bibliófilos considerada como a mais bela de quantas até
hoje se imprimiram do grande Poema Nacional. O volume, impresso em papel de superior qualidade,
ostenta belíssimos retratos de Camões e do Imperador do Brasil D. Pedro II, primorosas estampas
cromolitográficas, admiráveis gravuras de página inteira e ainda dez artísticas letras capitais gravadas
com motivos alegóricos ao ‘Canto’ que iniciam.
Com a luxuosa encadernação editorial, decorada com um pórtico manuelino e figuras mitológicas
a seco e a ouro na pasta da frente, decoração a ouro e a seco na lombada e o corte das folhas pintado,
encadernção que está um tanto cansada.
432 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Edição consagrada a commemorar o terceiro
Centenario do Poeta da nacionalidade portuguesa pelo Gabinete Portuguez de Leitura no Rio de
Janeiro. Revisão do texto do Poema e observações philologicas, por Adolpho Coelho; prefacio
critico, de Ramalho Ortigão; noticia historica do Gabinete Portuguez de Leitura, de Reinaldo
Carlos Montoro. Anno MDCCCLXXX. Lisboa. Na Officina de Castro Irmão Impressor. In-4.º gr.
de XCIII-II-422-IV págs. E.
429 - ver pág. 130
Edição muito cuidada, impressa sobre bom papel e ilustrada com um retrato de Camões por
Columbano, com o fac-símile da portada da primeira edição do Poema e ainda com vinhetas historiadas
no início de cada Canto.
Encadernação original azul com ferros a ouro e a negro, com falta da lombada.
433 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Poema Epico de Luiz de Camões. Com um Juizo
Critico por José Maria Latino Coelho. Edição comemorativa do Terceiro Centenário do Poeta.
MDCCCLXXX. David Corazzi - Editor. Lisboa. In-fólio de XXV-I-401-I págs. E.
Edição monumental, de invulgar apuro gráfico, impressa a duas cores sobre papel de excelente qualidade
[130]
.../...
e ilustrada com um retrato de Camões gravado por Pedrozo.
Raríssima edição especial constante de “cincoenta e dous exemplares numerados”, apresentando este
o n.º 11, destinado a José d’Azevedo e Menezes Cardoso Barreto.
Encadernação com a lombada em chagrin (esfolada), com ferros a ouro e título também a ouro na pasta
da frente e ainda com o corte das folhas dourado a ouro fino.
434 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Epopea de Luiz de Camões. Porto. Imprensa
Portugueza. MDCCCLXX. In-12.º de XXIV-449-II págs. E.
“Edição popular conforme a 2.ª de 1572 com um prospecto chronologico da vida do poeta, as variantes
e estancias omittidas.”
Boa encadernação inteira em pele, da época.
435 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Lisboa. Pereira & Amorim, editores. 1881.
In-12.º de 140-IV pág. E.
“Edição Revista e Prefaciada por Theophilo Braga e illustrada com os retratos de Luiz de Camões
e Vasco da Gama.”
Encadernação editorial em percalina, gravada com ferros dourados.
436 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Expurgados de erros que nunca se tinham corrigido
e restituidos ao texto primitivo quanto foi possivel fazel-o sem violar a integridade do Poema por
Francisco Gomes de Amorim. Lisboa. Imprensa Nacional. 1889. In-8.º de 391 págs. E.
Encadernação dos editores, com dourados. Assinatura no frontispício coberta a tinta azul.
437 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Poema Epico. Porto. Livraria = Cruz Coutinho =
Editora. 1889. In-12.º de XII-477-III págs. E.
“Nova edição contendo: Breve noticia da vida do auctor; Noticia ácerca de Vasco da Gama e de sua
Viagem á India, e o Diccionario dos nomes proprios usados no poema.”
Boa encadernação inteira em pele, da época.
438 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Poema Epico de Luiz de Camões. Lisboa.
Livraria de Antonio Maria Pereira, editor. 1891. In-8.º peq. de II-XVIII-457-VII págs. E.
“Nova edição, cuidadosamente revista e conforme às de 1572, precedida d’uma biographia do poeta,
escripta pelo sr. Inocencio Francisco da Silva, seguida d’um diccionario dos nomes proprios, historicos,
geographicos e mythologicos, que se encontram no poema, adornada com o retrato de Camões, e com
uma estampa do padrão levantado por Vasco da Gama em Melinde”.
Encadenação da época, em pele.
439 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Poema Epico de Luiz de Camões. Lisboa.
Parceria Antonio Maria Pereira. 1898. In-12.º de XVIII-457-I págs. E.
Com um extenso texto introdutório de Inocêncio Francisco da Silva.
Modestamente encadernado.
440 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Grande edição illustrada revista e prefaciada pelo
Dr. Sousa Viterbo. Lisboa. Empreza da Historia de Portugal. MDCCCC. In-4.º gr. de LXXX-II-558 págs. E.
É muito estimada esta edição feita sob os cuidados de Sousa Viterbo, que faz anteceder o Poema
de uma sua «Introducção» que abrange cerca de 70 páginas. Enriquecida com numerosas estampas
de página inteira assinadas por Manuel de Macedo e Roque Gameiro. O texto foi composto sobre o da
edição do Morgado de Mateus.
Encadernação original com a lombada em pele decorada com artísticos ferros a ouro e dizeres também
dourados; pasta da frente com título sobre a fachada do Mosteiro dos Jerónimos e o corte das folhas
brunido a ouro fino.
[131]
441 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Reimpressão «fac-similada» da verdadeira 1ª edição
dos Lusiadas, de 1572. Precedida duma introdução e seguida dum aparato crítico do Professor
da Faculdade de Letras Dr. José Maria Rodrigues. Lisboa. Tip. da Biblioteca Nacional. 1921.
In-4.º de VI-XXXVI págs., II-186 ff. e 50 págs. finais. E.
Excelente edição em papel de linho, inteiramente fac-similada da primeira, publicada pela Biblioteca
Nacional, com um texto de apresentação de Jaime Cortesão e a importante colaboração de José Maria
Rodrigues referida no frontispício acima transcrito.
Encadernação inteira em pele esponjada, com ferros a ouro nas pastas, lombada e seixas, com as capas
da brochra e a lombada conservadas e apenas e só de leve aparado à cabeça. Pequeno defeito na parte
superior da lombada.
442 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Edição Nacional. Imprensa Nacional de Lisboa.
[1928]. In-8º gr. de XXXVII-III-357-XLI a CCLX-I págs. E.
Edição cuidada, feita por iniciativa de A. Lopes Vieira e prefaciada por Carolina Michaelïs de
Vasconcellos. O texto reproduz o da edição ‘princeps’ de 1572, com a ortografia e a pontuação reformadas, revisto pelo grande Camonianista o Dr. José Maria Rodrigues, também responsável pelas
«Notas filológicas, históricas, geográficas, mitológicas e cosmológicas» apresentadas no fim. Ilustrado
com um retrato do autor e um mapa intitulado “CARREIRA DA INDIA NO SEO DESCOBRIMENTO
POR VASCO DA GAMA. No Anno de 1499”.
Exemplar da rara tiragem especial de 150 em papel de Leorne, especialmente fabricado para esta edição, com o selo branco e o n.º em relevo.
Encadernação original inteira em pele, com ferros a ouro, nervos, coroas de louro, título e outros
elementos decorativos na lombada, reproduzindo na da frente o pórtico arquitectónico que figura na
primeira edição do Poema de Camões. Só de leve aparado à cabeça, tendo intactas as restantes margens.
443 — CAMÕES (Luís de).- OS LVSIADAS. Impressos em Lisboa, com licença da Sancta
Inquisição, & do Ordinario: em casa de Antonio Gõçaluez Impressor. 1572. [Aliás, Livraria
Chardron. Porto. 1939]. In-8.º de IV-186 ff. nums. pela frente. B.
Perfeita reprodução integralmente fac-similada da primeira edição, comemorativa dos 70 anos de existência da Livraria Chardron.
Exemplar da edição Nº 3, fora do mercado, numerada e assinada pelo editor.
444 — CAMÕES (Luís de).- OS LVSIADAS de Luis de Camões. Impresso em Lisboa... 1572.
[Aliás, 1944. Reprodução em miniatura fac-similada da 1ª edição de 1572. Fotolitos da
Fotogravura Ncional, Lda, e impressão a «offset» da Litografia Costa & Valério, Limitada para
a Livraria Sá da Costa. Lisboa]. In-24.º E.
Miniatura da primeira edição, fac-similada, com encadernação dos editores tendo reproduzida na capa
a portada da primeira edição.
445 — CAMÕES (Luís de).- OS LVSIADAS de Luis de Camões. Impresso em Lisboa... 1572.
[Aliás, 1944. Reprodução em miniatura fac-similada da 1ª edição de 1572. Fotolitos da
Fotogravura Ncional, Lda, e impressão a «offset» da Litografia Costa & Valério, Limitada para
a Livraria Sá da Costa. Lisboa]. In-24.º E.
Outro exemplar da edição antes descrita, este com encadernação inteira de pergaminho, tendo pintada na
pasta da frente uma bela embarcação das Descobertas e título, também a cores, assinada Maria João Luna.
Cremos que se trata de uma tiragem especial, tendo na folha de guarda a indicação de que o exemplar
“Pertence ao ex.mo. Snr. Eng.º José Espregueira Mendes”, assinados com iniciais de Afonso Lopes
Vieira.
Bela encadernação em pergaminho, com atilhos, decorada com uma nau e título pintados na pasta da
frente e na lombada, assinada por Maria João Luna. (ver gravura na pág. 133)
[132]
446 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSÍADAS. Nova Edição Ilustrada. 1973. Livraria Sam
Carlos. Lisboa. [Estúdios Gráficos de Mirandela & Cª]. In-fólio de 319-III págs. B.
Esta edição, de muito cuidada execução gráfica, reproduz nas suas cores originais as ilustrações de
página inteira e de adorno a todas as páginas do texto que pela primeira vez apareceram na bela
edição de Bramtot, publicada em Paris em 1890, edição hoje rara e bastante valorizada.
Exemplar em folhas, conservado em caixa-estojo em cartão.
447 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSÍADAS. [Artes Gráficas. Lello & Irmão. Porto. 1973].
In-4.º gr. de XXVIII-430-II págs. E.
Exuberante edição comemorativa do IV Centenário da publicação de «Os Lusíadas», enriquecida com
grande profusão de ilustrações, letras de fantasia e vinhetas, tudo a cores e metais, da autoria de
Gouvêa Portuense, sendo o Prefácio e a revisão da responsabilidade de Manuel Lopes de Almeida.
Direcção técnica de Armando Teixeira Alves.
Rica encadernação dos editores, em fina pele almofadada, com ferros originais a cores e ouro. Com
caixa de protecção.
448 — CAMÕES (Luis de).- LES LUSIADES DE L. DE CAMOENS. Traduction nouvelle, par
MM. Ortaire Fournier et Desaules, revue, annotée et suivie de la traduction d’un choix de poésies
diverses avec une notice biographique et critique sur Camoens par Ferdinand Denis. Paris,
Librairie de Charles Gosselin. MDCCCXLI. In-8.º gr. de IV-375-I págs. E.
São muito invulgares os exemplares desta edição integrados nas colecções bibliográficas camonianas.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
449 — CAMÕES (Luís de).- LES LUSIADES DE LUIZ DE CAMOENS. Se trouve à Paris en
la rue de Beaune à l’enseigne du Pot cassé. [Cet ouvrage, le septième de la collection LUMEN
ANIMI, publiée sous la direction de Constantin Castéra, a été achevé d’imprmer le 30 Novembre
1931, sur les presses de l’imprimerie F. Paillart, a Abbeville]. In-8.º gr. de 256-IV págs. B.
Bela e muito original edição desta estimada tradução em prosa do Poema de Camões, traduzida por J.-B.J. Millié e excelentemente ilustrada por Bernard Roy, com retratos e outros motivos. Em excelente e muito
encorpado papel, sendo este um dos exemplares da tiragem vulgar, numerada e limitada a 2500.
Desconjuntado.
450 — CAMÕES (Luís de).- OBRAS COMPLETAS DE LUIS DE CAMÕES. Correctas
e emendadas pelo cuidado e diligencia de J. V. Barreto Feio e J. G. Monteiro. Hamburgo.
Na Officina Typographica de Langhoff. 1834. 3 vols. In-8.º gr. de XLII-II-396-I, LXIX-II-420
e 516 págs. E.
Nº 66 da «Colecção Camoniana» de José do Canto: “O tomo I contém Os Lusiadas, precedidos de um
prologo, e seguidos de notas, justificativas das emendas. No prologo resumbra certa acrimonia contra
o benemerito Morgado de Matteus, pelo seu apêgo em seguir á risca o texto da primeira edição de
1572, sem ter a necessaria auctoridade litteraria para poder preferir as melhores lições.
“As emendas d’esta edição não foram em grande numero, nem produziram grandes alterações; mas
melhoraram o texto, e a maior parte parecem justificadas.
“No tomo II começam as Rimas, depois de uma bem elaborada Vida de Camões. N’ella são debatidos
e elucidados com bom criterio varios pontos ou duvidosos, ou obscuros. Com o tomo III conclue
a publicação das restantes poesias e prosas”.
Edição executada na Alemanha, estimada e bastante rara.
Encadernações recentes, com as lombadas em pele. Um pouco aparados.
451 — CAMÕES (Luís de).- OBRAS COMPLETAS DE LUIZ DE CAMÕES. Nova edição.
1912. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. 3 vols. In-8.º gr. de 493-III, 497-III e 487-I págs. B.
445 - ver pág. 132
O volume 1º apresenta: «Noticia biographica de Luiz de Camões - Sonetos - Elegias - Eglogas - Oitavas»; o 2.º contém: «Canções - Sextinas - Odes - Redondilhas - Auto de Filodemo - Auto dos
Amphitriões - Auto de El-Rei Seluco - Cartas»; No 3.º vêm «Os Lusiadas - Diccionario de nomes
proprios - Summario do poema».
O segundo volume está desconjuntado e todos têm uma assinatura riscada nos frontispícios.
[134]
452 — CAMÕES (Luís de).- OBRAS DE LUIZ DE CAMÕES. Lisboa. Escriptorio da
Bibliotheca Portugueza. 1852. 3 vols. In-8º peq. E.
Edição invulgar, com os três volumes publicados. O 1º apresenta «Os Lusíadas», as «Estancias despresadas e omittidas por Camões na primeira impressão do seu Poema», as «Lições varias», os «Erros
das duas edições de 1572», «A comparação das duas edições de 1572» e o «Diccionario de alguns
nomes proprios não inclusos em as Notas precedentes»; O 2º contém «As Rimas», as «Eglogas», as
«Canções», as «Odes», as «Redondilhas», as «Sextinas», as «Elegias», as «Epistolas», as «Oitavas»
e as «Notas»; O 3º vol. integra as «Comedias», as «Cartas» e as «Obras attribuidas».
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
453 — CAMÕES (Luís de).- RIMAS. Texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J. da Costa
Pimpão. Por Ordem da Universidade. 1953. [Coimbra]. In-4.º de LXXIII-I-460-II págs. B.
“A edição que apresentamos ao leitor pretende ser, não obstante suas inevitáveis imperfeições — derivadas,
umas, do carácter humano da empresa, e outras, da magnitude da tarefa, — uma tentativa inédita de
restituição da lírica de Camões”. Com um retrato de Camões. Edição cuidada, integrada nos “Acta
Universitatis Conimbrigensis”.
Capa da brochura com uma pequena mancha no ângulo inferior.
454 — CAMÕES (Luís de).- SONETOS. Do Amor. Da Saudade. Da Gloria. Edições Delta.
Lisboa. MCMXXI. In-12.º de 87-I págs. E.
Encadernação simples. Assinado no anterrosto.
455 — CAMÕES (Luís de).- SUMÁRIO DOS LUZIADAS. [Macau. Imprensa Nacional. 1937].
In-4º oblongo B.
Curiosa edição impressa em Macau, em papel chinês e cosido à maneira oriental, (como «O Culto do
Chá» de Wenceslau de Morais) utilizando apenas uma das faces do papel. Antecede o texto chinês
o «Sumário dos Luziadas», em prosa e em português, da autoria de António Maria da Silva. Primeira
edição do Poema de Camões em chinês, certamente de muito limitada tiragem.
Dedicatória de António Maria da Silva, datada de Macau. Com uma mancha de água nas primeiras
folhas, inteiramente seca. (ver gravura na pág. 135)
456 — CAMÕES. Revista de Letras e Culturas Lusófonas. Instituto Camões. [Lisboa. 1998-2003]. 15-16 números em 13 tomos In-4.º gr. B.
455 - ver pág. 136
Último parágrafo do Editorial do 1º número: “Que este número fundador da revista Camões seja o primeiro
de uma longa série, e que o seu prestígio a transforme no espelho de um Instituto que tem por designação o mais célebre poeta da Língua Portuguesa, símbolo da Diáspora Lusófona, de onde quer que
o mundo a observe e ela observe o mundo.”
Importante, valiosa e muito bela revista temática ilustrada a cores e a negro, completa, assim constituída: Nº 1. PONTES LUSÓFONAS; Nº 2. IBERO-AMERICANAS; Nº 3. SARAMAGO; Nº 4.
ALMEIDA GARRETT; Nº 5. 25 DE ABRIL - A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS; Nº 6. PONTES
LUSÓFONAS II; Nº 7. MACAU; Nº 8. TERRA BRASILIS; Nº 9-10. EÇA DE QUEIRÓS; Nº 11.
PONTES LUSÓFONAS III - ARQUITECTURAS LUSO BRASILEIRAS; 12-13. MANOEL DE
OLIVEIRA; 14. TIMOR LOROSA’E; 15-16. MARQUÊS DE POMBAL.
Colaboração de A. Barbedo de Magalhães, A. Campos Matos, A. Gomes da Costa, Abdool Karin Vakil,
Adolfo García Ortega, Adriaan Van Dis, Adriano Moreira, Afonso Praça, Affonso Romano de
Sant’Anna, Agustina Bessa-Luís, Ahmed Boucharb, Alberto Carvalho, Alexei Bueno, Álvaro Guerra,
Álvaro Manuel Machado, Américo Guerreiro de Sousa, Ana Cristina Rouillé Correia, Ana Madureira,
Ana Mafalda Leite, Ana Maria de Azevedo, Ana Maria Mão-de-Ferro Martinho, Ana Paula Avelar,
Ana Paula Laborinho, Ana Vaz Milheiro, Aníbal Pinto de Castro, António Almeida Santos, António
Coimbra Martins, António Costa Pinto, António Dias Farinha, António Garcez da Silva, António Loja
Neves, António Losa, António Miguel Trigueiros, António Miranda e Helena Pinto Janeiro, António
Monteiro, António Pedro Vicente, António Reis, António Souto, António Valdemar, Ariel de Bigault,
Artur Teodoro de Matos, Baptista-Bastos, Beatriz Berrini, Benjamim Pinto Bull, Carlos Espírito
136]
.../...
Santo, Carlos Fuentes, Carlos Reis, Cecília Barreira, Clara Ferreira Alves, Cristina Fernandes, Cristina
Norton, Cristina Peres, Dário Moreira de Castro Alves, Diana Andringa, Diogo Pires Aurélio, Duarte
Ivo Cruz, Edite Estrela, Elena Losada Soler, Elisa Frugnoli, Elza Miné, Ernesto Rodrigues, Eugénia
Vasques, Eugénio dos Santos, Eusébio Leal Spengler, Feliciano de Mira, Ferenc Pál, Fernanda de
Castro Brandão, Fernando António Baptista Pereira, Fernando Cristóvão, Fernando J. B. Martinho,
Fernando Pinto do Amaral, Fernando de Sousa, Francisco José Viegas, Francisco Pinto Balsemão,
Francisco Seixas da Costa, Françoise Le Cunff, Gabriel Baguet Jr., Gabriela Carvalho, Gary Ngai,
Geoffrey Gunn, Glória de Matos, Helder Fernando, Helder Macedo, Helena Barbas, Helena Vaz da
Silva, Henrique Senna Fernandes, Hermano Vianna, Inocêncio Maia, Irene Fialho, Isabel Monteiro,
Isabel Pires de Lima, J. Eduardo Agualusa, Jacques Lemière, Jacinto Anica, Joana Neto, João Bénard
da Costa, João Carlos Espada, João de Deus Pinheiro, João Felgueiras, João Francisco Marques, João
Freitas da Câmara, João Lopes, João Loureiro, João Mário Grilo, João de Melo, João Paes, João Paulo
Paiva Boléo, João Pedro Caiado, João de Pina Cabral, João Pinharanda, Jorge Afonso, Jorge Couto,
Jorge Edwards, Jorge Henrique Bastos, Jorge M. dos Santos Alves, Jorge Miranda, José Alberto Braga,
José Alberto Rodrigues da Silva Tavim, José-Augusto França, José Augusto Seabra, José Bento, José
Calvet de Magalhães, José Esteves Pereira, José F. Almeida Gonçalves, José Jorge Letria, José
Mattoso, José Esteves Pereira, José Manuel Fernandes, José Manuel Azevedo e Silva, José Manuel
Mendes, José Manuel Saraiva, José de Matos-Cruz, José Medeiros Ferreira, José de Monterroso
Teixeira, José Norton, Júlio Carrilho e José Cabral, José Tengarrinha, Kim Young-Jae, Liberto Cruz,
Lídia Jorge, Luís António Durão, Luís Cardoso, Luís Costa, Luís F. R. Thomaz, Luís Filipe Castro
Mendes, Luís Manuel de Araújo, Luís Melid-Franco, Machado da Graça, Manoel de Oliveira, Manuel
Cadafaz de Matos, Manuel Casimiro, Manuel Filipe Canaveira, Maria Adelina Amorim, Maria
Aparecida Ribeiro, Maria Armandina Maia, Maria Beatriz Rocha-Trindade, Maria do Carmo
J. D. Farinha, Maria de Fátima Braga de Matos, Maria Isabel João, Maria João Martins, Maria João
Pires, Maria João Seixas, Maria José Albarran de Carvalho, Maria José Reis Grosso, Maria Júlia
Fernandes, Maria de Medeiros, Maria Teresa Siza, Mário Avelar, Mário Filipe, Mário Vieira de
Carvalho, Micaela Ghifescu, Miguel Costa Mkaima, Miguel Monteiro, Nelio Avella, Nuno Crato,
Nuno Monteiro, Ofélia Paiva Monteiro, Othman Mansouri, Patrícia Cardoso Correia, Patrícia Couto,
Paulo Castilho Lima, Paulo Delgado, Paulo Pires, Pedro Dias, Pedro Luzes, Peter Stilwell, Piedade
Braga Santos, Regina Anacleto, Renata Araújo, Ricardo Gordon, Roberto Carneiro, Robin Fior, Rosa
Varela Gomes, Rosabela Afonso, Rui Carita, Rui Manuel Loureiro, Rui Rasquilho, Sara Belo Luís,
Sérgio Ramírez, Stéphane Zékian, Suzanne Daveau, Tania Franco Carvalhal, Taur Matan Ruak, Teresa
Cascudo, Teresa Sousa de Almeida, Teresa Veiga, Tjerk Hagemeijer, Urbano Tavares Rodrigues, Vasco
Graça Moura, Vera Lúcia Bottrel, Vítor Aguiar e Silva, Walter Rossa, Wang Suoying e Zita Seabra,.
Falta, pelos menos, o número duplo 17-18.
457 — [CAMONIANA]. 6 obras ou opúsculos. Autores, editores e datas diversas de diferentes
formatos. B.
CAMÕES (Luís de).- BABEL e SIÃO. Livraria Sá da Costa, Lisboa. 1960. Edição fora do mercado;
BRAGA (J. M.).- CAMOENS. Compiled by... for the Portuguese Institute of Hong Kong on the occasion
of the Showing of the Portuguese film CAMOENS at the Ling’s Theatre, Hong Kong. 1949; CAMONEANA ACADEMICA. JUNHO - 1880. Porto. Magalhães & Moniz - Editores 1880. (Colaboração
de Júlio de Matos, José Augusto Vieira, Maximiano Lemos, Queiroz Veloso, Xavier de Carvalho,
Xavier Pinheiro, Leite de Vasconcelos, Eduardo da Costa Macedo, Leopoldino Gonçalves e Sampaio
e Castro (Desconjuntado); CARVALHAIS (Alfredo).- MORTE DE NATHERCIA. (Versos commemorativos do anniversario do passamento de Camões). João E. da Cruz Coutinho - Editor. 1886;
MACHADO (Roque).- ENSAIO-SINTESE DUMA CAMONEANA. «¿De quem é o «Peito Ilustre
Lusitano, a quem Neptuno e Marte obedeceram»?». Lisboa. 1935; PROGRAMMA DOS FESTEJOS
ACADEMICOS PARA A INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO A LUIZ DE CAMÕES. Coimbra.
Imprensa da Universidade. 1881.
458 — CAMPAGNE (E. M.).- DICCIONARIO UNIVERSAL DE EDUCAÇÃO E ENSINO...
contendo o mais essencial da sabedoria humana e toda a sciencia quotidianamente applicavel em
assumpto 1º - De Educação; 2º - De Instrucção Primaria; 3º - Instrucção Secundaria; Segue
Diccionario Etymologico de todas as palavras technicas provenientes das linguas Grega
e Latina. Trasladado a Portuguez por Camillo Castello Branco e ampliado pelo traductor nos
artigos deficientes em assumptos relativos a Portugal. Livraria Internacional de Ernesto
[137]
.../...
Chardron... Porto. [1873]. 2 vols. In-4.º de X-806 e 798-II págs. E.
Primeira das duas edições publicadas. Especialmente estimado por ter sido traduzido por Camilo e por
ele muito ampliado nos assuntos respeitantes a Portugal.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
459 — CAMPOS (Agostinho de) & OLIVEIRA (Alberto de).- MIL TROVAS POPULARES
PORTUGUEZAS. Colleccionadas e prefaciadas por... Segunda edição. Porto. Magalhães & Moniz,
Limitada - Editores. 1908. In-8.º de XLVI-II-251-I págs. E.
Estimada colectânea de poesias populares, pouco frequente mesmo nesta sua segunda edição.
Bela encadernação à amador. Com falta das capas da brochura e com um pequeno restauro no anterrosto.
460 — CAMPOS (Fernando), PINHEIRA (Jean Charles) & PINHEIRA (Christine).- PORTUGAL.
Texto de Fernando Campos. Fotografias Jean-Christine Pinheira [e] Christine Pinheira. Difel,
Difusão Editorial, Lda. Lisboa. [1989]. In-4.º gr. de 143-I págs. E.
Álbum de muita qualidade gráfica, impresso em bom e muito encorpado papel e com as suas belas
fotografias todas reproduzidas a cores.
Encadernação editorial em tela, com sobrecapa de protecção ilustrada a cores.
461 — CAMPOS (Joaquim Pinto de).- O SENHOR D. PEDRO II IMPERADOR DO BRASIL.
Biographia por Monsenhor... e com uma advertencia por Camillo Castello Branco. Porto.
Typographia Pereira da Silva. 1871. In-8.º de VIII-96 págs. E.
Com uma fotografia original de D. Pedro II. O texto de Camilo ocupa as páginas V a VIII. Invulgar.
Encadernação simples, tendo conservadas as capas da brochura.
462 — [CONVOCATÓRIA PARA O PALÁCIO DAS NECESSIDADES]. CAMPOS (Jose
Caetano de), BANDEIRA (Sá da) & CABRAL (A. B. da Costa). CARTA DIRIGIDAA JOAQUIM
CAMPELO DA MOTA, datada do “Palácio das Necessidades, 12 de Março de 1838”.
Do Presidente do Congresso para Joaquim Campelo da Mota: “Ill.mo e Ex.mo Snr. Considerando
a Patria em perigo convidamos a V. Ex.ª para se reunir no Palacio das Necessidades as oito horas da
manhaã do dia treze do corrente”. Assinado por esta ordem por José Caetano Campos, Sá da Bandeira
e A. B. da Costa Cabral.
463 — CÂNCIO (Francisco).- SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA ECONÓMICA DO RIBATEJO.
Ano de 1944. [Imprensa Baroeth. Lisboa]. In-4.º gr. de 256-VIII págs. E.
Neste excelente e vasto trabalho são abordados temas de grande importância, tais como: «O rio Tejo
e os seus afluentes»; «A navegabilidade do Tejo»; «Os antigos portos fluviais»; «A pesca»; «A indústria
do sal»; «Vias de comunicação»; «O povoamento da Região Ribatejana antes da Fundação da
Nacionalidade»; «O povoamento da Região Ribatejana depois da Fundação da Nacionalidade»;
«A caça»; «A propriedade rural e os seus cultivadores»; «A Agricultura»; «O Comércio»; «A Indústria».
Com centenas de ilustrações nas páginas dO texto.
Boa encadernação com a lombada e os cantos em pele. Dedicatória do autor ao Comandante Nuno de Brion.
464 — CANCIONEIRO D’EL-REY D. SEBASTIAM, PRINCIPE DA ESPERANÇA LUSIADA.
[S.l.n.d]. In-8.º gr. de VI-160-IV págs. B.
“Livro de mágoas e esperanças em louvor dum rey de lenda que é a própria alma da raça, marcial
e romântica, a querer com épica ânsia levantar de novo aos céus da glória o seu nome de povo
favorecido do destino (...)”.
Poesias de Afonso Lopes Vieira, Garrett, Américo Durão, António Botto, António Corrêa de Oliveira,
António Nobre, António Sardinha, Augusto Ferreira Gomes, Camilo, Fernando Pessoa, Fausto José,
Gomes Ferreira, Junqueiro, Jaime Cortesão, Luís de Montalvor, Mário Beirão, Torga, Pedro Homem
de Mello, Sidónio Miguel, Pascoaes, Vitorino Nemésio e muitos outros. Edição de artística composição,
limitada a 500 exemplares numerados e assinados por Petrus, editor desta interessante antologia, apresentando este o n.º 5.
Dedicatória de Pedro Veiga para Pedro Alvellos.
[138]
465 — CANCIONEIRO PORTUGUEZ DA VATICANA. Edição critica restituida sobre o texto
diplomatico de Halle, acompanhada de um Glossario e de uma introducção sobre os Trovadores
e Cancioneiros Portuguezes por Theophilo Braga. Lisboa. Imprensa Nacional.
MDCCCLXXVIII. In-4.º de CXII-236 págs. E.
Edição crítica do importantíssimo «Cancioneiro» conservado na Biblioteca do Vaticano, a primeira
e a mais estimada e rara.
As páginas preliminares são ocupadas pelo Prefácio, pelo extenso estudo de Teófilo Braga intitulado
«Trovadores e Cancioneiros Portuguezes» e ainda por um índice onomástico. No final o volume
é acompanhado de um «Glossário Archaico do Cancioneiro».
Bela encadernação inteira de pele vermelha, com ferros a ouro na lombada, pastas e seixas; com capas
de brochura, dourado à cabeça cabeça e com as restantes margens intocadas. (ver gravura na pág. 139)
466 — CÂNDIDO (António).- DISCURSO PROFERIDO NA CAMARA DOS SENHORES
DEPUTADOS NA SESSÃO NOCTURNA DE 11 DE MAIO DE 1880. Lisboa. Imprensa
Nacional. 1880. In-8.º de 34 págs. B.
Discurso sobre o Imposto de Rendimento, com referências a outros deputados presentes no
Parlamento.
Dedicatória do Autor para Alberto Osório de Castro que apôs a sua assinatura no frontispício.
467 — CÂNDIDO (António).- DISCURSO PROFERIDO NO THEATRO DE S. JOÃO DA
CIDADE DO PORTO NA NOITE DE 19 DE MAIO DE 1900 EM QUE AS ASSOCIAÇÕES
COMMERCIAIS, INDUSTRIAES E AGRICOLAS DA MESMA CIDADE FESTEJARAM
SOLEMNEMENTE O 4º CENTENARIO DO DESCOBRIMENTO DO BRAZIL. Porto.
Typographia do «Commercio do Porto». 1900. In-4.º de XII-33-I págs. B.
Edição ilustrada com um retrato do grande orador amarantino, apelidado por Oliveira Martins de
«Águia do Marão».
Capas da brochura com manchas de acidez.
468 — CÂNDIDO (António).- DISCURSOS E CONFERENCIAS. Porto. Empreza Litteraria
e Typographica - Editora. [S.d.]. In-8.º gr. de XXXI-302 págs. E.
Importante colectânea de Discursos e Conferências do brilhante orador, entre os quais destacamos os
discursos em honra de Braamcamp Freire, Fontes Pereira de Mello, José Estevão e Infante D. Henrique,
outro a favor das vítimas do teatro Baquet do Porto e ainda um outro relacionado com as despesas do
governo num monumento a erigir a Alexandre Herculano; uma conferência feita na Exposição Distrital
de Coimbra acerca das «Relações da Política com a Industria» e outra realizada no Ateneu Comercial
do Porto intitulada «A Moral na Política». Edição de apurada execução gráfica, ilustrada com um
retrato do autor.
Encadernação dos editores, com dizeres gravados a ouro na lombada e na pasta.
469 — CÂNDIDO (António).- DUAS CARTAS E UM CARTÃO. 1917-1922. Diferentes
dimensões.
Correspondência de cumprimentos e agradecimentos, sem mais nada que as valorize, a não ser o facto
de terem saído da pena de um dos mais notáveis oradores portugueses.
470 — CÂNDIDO (António).- ECHOS D’UMA VOZ QUASI EXTINCTA. Edição posthuma,
feita por alguns amigos do grande orador. Porto. Litografia Nacional. 1923. In-4.º peq. de XVIII-210-X págs. E.
465 - ver pág. 140
Boa e muito esmerada edição, ilustrada com dois retratos do notável orador. Interessa às bibliografias
de Camilo e Eça de Queirós.
Entre outros insere os seguintes discursos: «Discurso proferido no grande banquete em homenagem
a Raphael Bordallo Pinheiro, no theatro de D. Maria, em 6 de Junho de 1903»; «Discurso proferido na
inauguração do monumento a Eça de Queiroz, realisada em Lisboa a 9 de novembro de 1903»;
[140]
.../...
«Discurso proferido em Amarante no dia 4 de Julho de 1909, commemorando a heroica defeza da sua
ponte, no Centenario da Guerra Peninsular».
Encadernação da época com a lombada em pele à cor natural decorada com ferros a ouro. Levemente
aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
471 — CANDIDO (Antonio).- EM AMARANTE. (Discursos). - Lisboa. 1909. In-4.º de VI-64
págs. B.
Um dos discursos é comemorativo do centenário da defesa da ponte de Amarante durante a Guerra
Peninsular. Edição em excelente papel e muito cuidada.
Dedicatória assinada “A Meza da Misericordia d’Amarante”. Exemplar com grandes margens e em
bom papel, com dizeres dourados na lombada, cremos que de uma tiragem especial.
472 — CÂNDIDO (António).- O INFANTE D. HENRIQUE. Porto. Empreza Litteraria e Typographica
- Editora. 1889. In-8.º gr. de 27-I págs. E.
Discurso pronunciado pelo grande tribuno António Cândido no Palácio de Cristal do Porto, em abril
de 1889.
Modestamente encadernado e com uma mancha de água na margem superior das folhas. Conserva
a capa da brochura frontal.
473 — CÂNDIDO (António).- MANDATO. Discurso recitado na Egreja de S. Francisco da
Cidade do Porto no dia 10 de Abril de 1873. Porto. Imprensa Portugueza. 1873. In-8.º de 36-II
págs. B.
Uma das mais invulgares peças oratórias de Antóno Cândido.
474 — CÂNDIDO (António).- NA ACADEMIA E NO PARLAMENTO. Lisboa. Parceria
António Maria Pereira. 1901. In-4.º de XII-272 págs. E.
Uma das mais invulgares colectâneas de discursos do brilhante orador e parlamentar que foi António
Cândido. Edição de muito apurada execução gráfica.
Boa encadernação à amador, nova, com a lombada decorada com nervos e ferros dourados. Só aparado
à cabeça e com as capas da brochura preservadas.
475 — CÂNDIDO (António).- ORAÇÕES FUNEBRES. Porto. Livraria Universal. 1880. In-8.º
de 172-VIII págs. E.
Insere o «Discurso do Enterro recitado na Igreja dos Congregados da Cidade do Porto em 1874»;
a «Oração recitada nas Exéquias do Duque de Loulé, mandadas recitar pelo Centro do Partido
Progressista Historico de Coimbra, na Sé Catedral da mesma Cidade, em 1875»; a «Oração recitada
nas Exequias de Alexandre Herculano, mandadas celebrar pelo Corpo Comercial do Porto, na Igreja
da Lapa da mesma Cidade, em 1877»; a «Oração recitada nas Exéquias de D. Maria da Conceição da
Silva Forjaz e Menezes [Bertiandos], mandadas celebrar na Sé Catedral de Coimbra, em 1879».
Encadernação recente, à amador, só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
476 — CANHÃO (Manuel).- OS CARACTERES DE IMPRENSA E A SUA EVOLUÇÃO
HISTÓRICA, ARTÍSTICA E ECONÓMICA EM PORTUGAL. Prefácio do Dr. Rocha Madahil.
Grémio Nacional dos Industriais de Tipografia e Fotogravura. Lisboa, Pôrto e Coimbra. 1941.
[Anuário, Oficinas Gráficas. Lisboa]. In-8.º gr. de XX-154-II págs. B.
Trata-se do mais interessante e completo trabalho acerca deste importantíssimo ramo da tipografia
portuguesa, aqui estudado nas suas mais diversas épocas e aspectos. O valioso prefácio de Rocha
Madahil vem estampado de págs. XIII a XX.
477 — CANTOS (Paulo de).- CAMÕES. [Composto e Impresso na Liga dos Combatentes da
Grande Guerra. S.l. 1951]. In-8.º de 148-XIV-41-I págs. B.
Livro de exclusiva temática camoniana, numa das curiosíssimas, estranhas e complicadas composições
tipográficas que caracterizam as obras de Paulo de Cantos e que, sem dúvida, são caso único na
[141]
.../...
Tipografia portuguesa. Com dois frontispícios e duas ordens de paginação, sendo a segunda composta
em posição invertida, lida uma do princípio para o fim e outra do fim para o princípio, portanto com
a capa de brochura sem face frontal ou posterior, já que ambas são frontais relativamente ao texto
interior que servem. “Livro com duas fachadas, birostro, ambidextro?! O fenómeno camoneano torna-se
mais compreensível e sensível logo que se possa abranger em golpe de vista, por um lado todo
o melodrama da vasta OBRA, pelo outro toda a tragi-comédia da sua curta VIDA”.
Dedicatória do autor.
478 — CANTOS (Paulo de).- REIS O CASO... [Tipografia da Livraria Povoense. Póvoa de
Varzim. [1925]. In-8.º peq. de 116-II págs. B.
Uma das originais edições de Paulo de Cantos. Na capa da brochura, numa colagem octogonal, tem
o seguinte título: «¿Caso ou não caso? Eis o Caso». Antologia de pensamentos de autores portugueses
e estrangeiros.
479 — OS CAPANGAS DO RIO. Resposta á sua gallegada pelo redactor principal da FOLHA
DA TARDE. Porto. Imprensa Internacional. 1883. In-8.º de 29-III págs. E.
Resposta a um escrito vindo do Brasil intitulado «A gallegada», referente “ao nosso paiz, e que é
a cousa mais endiabrada, mais desenvolta, mais pulhamente refinada que temos lido, pois não só insulta
Portugal, mas todos os nossos irmãos d’elém-mar. É um papelucho infame, torpe, baixo, d’uma villeza
a toda a prova que fede a Capangas sem vergonha, e já marcados pelo ferrete da policia. (...)
“Os Capangas queriam reclame á sua gallegada e enviaram um exemplar a Camillo — pedindo resposta.
“Pobres idiotas! Nem que Camillo se désse ao incommodo de responder á fedorentissima gallegada
que os Capangas da Tijuca vomitaram n’uma hora de aperto de bexiga e de desenvoltura de estomago. (...)”. Raro.
Encadernação nova, com a lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
480 — CAPELLO (H.) & IVENS (R.).- DE ANGOLA Á CONTRA-COSTA. Descripção
de uma viagem atravez do Continente Africano, comprehendendo narrativas diversas, aventuras
e importantes descobertas... Lisboa. Imprensa Nacional. 1886. 2 vols. In-4.º de XXVII-448
e XIII-490 págs. E.
Uma das mais conceituadas e apreciadas obras de toda a nossa bibliografia africana de viagens, numa
esmerada e muito nítida edição, impressa em excelente papel e enriquecida com numerosas e muito
cuidadas gravuras impressas nas páginas do texto e em separado, além de seis mapas em folhas desdobráveis.
Encadernações originais, ilustradas. Inteiramente por aparar e em perfeito estado de conservação.
(ver gravura na pág. 143)
481 — CARACO (Albert).- CONTES. Retour de Xerxès. MCMXLII. [Editorial Argentina.
Aristides Quillet. Buenos Aires]. In-8.º gr. de 303-V págs. B.
Com numerosas e belas ilustrações em papel couché e nas páginas do texto.”Ce livre fut entièrement
illustré par l’auteur lequel en dessina la couverture et disposa le texte selon l’arrangement le plus
conforme a sa pensèe.
Com uma muito extensa e laudatória dedicatória do autor para “Son Excellence Monsieur le Président
du Conseil Oliveira Salazar”.
482 — CARACO (Albert).- L’ÉCOLE DES INTRANSIGEANTS. (Rébellion pour l’Ordre).
Les Éditions Nagel. Paris. [1952]. In-4.º peq. de 289-III págs. B.
Com uma muito curiosa dedicatória do autor “Au Président Oliveira Salazar”, dedicatória que muito valoriza o exemplar, bem como o facto de se tratar de um dos da Tiragem Especial de 30 “sur papiel Alfa”.
483 — CARDIM (Luís).- HORAS DE FUGA. Traduções de poesias inglesas e de outras línguas.
Prefácio de João de Barros. Porto - 1952. In-8.º de 95-I págs. B.
Nesta antologia estão representados alguns os mais notáveis poetas ingleses, desde Chaucer (1340-1400) a George MacDonald (1824-1905).
[142]
484 — CARDOSO (Amadeu de Sousa).- XX DESSINS. Comissão Regional de Turismo da
Serra do Marão. [1968?]. In-8.º peq. B.
Edição miniatura comemorativa do cinquentenário da morte do pintor Amadeo de Sousa Cardoso,
reproduzindo a edição original dos desenhos impressa em 1912.
485 — CARDOSO (Mário).- ALGUMAS INSCRIÇÕES LUSITANO-ROMANAS DA
REGIÃO DE CHAVES. I - As inscrições do extinto Museu. II - Inscrições de Chaves e Visinhanças.
Edição da Camara Municipal. Chaves. 1943. In-8.º gr. de 72-I págs. B.
Estudo valioso e invulgar, ilustrado em folhas à parte.
Carimbo de oferta da Câmara de Chaves na folha de guarda.
486 — CARDOSO (Nuno Catarino).- [OBRAS CAMILIANAS]. 3 Obras ou vols. In-8.º B. e E.
Com os seguintes títulos: CAMILO CASTELO BRANCO E DOM PEDRO V. (Subsídios para a vida
e história do grande escritor). Lisboa. 1956. In-8.º gr. de 4 págs. B.; CAMILO - MULHERES
E LAGRIMAS (Livro de Amor e do Coração) contendo cento e noventa e três pensamentos respigados
na obra do Grande Romancista. 1.º milhar. Lisboa. 1922. In-8.º de XVI-35-I págs.; PENSAMENTOS
DE CAMILO. Lisboa. 1923. In-8.º de XVI-63-I págs. E.
487 — CARLOS DE BRAGANÇA (D.).- CATALOGO ILUSTRADO DAS AVES DE PORTUGAL (Sedentarias, de arribação e accidentaes). Estampas. Lisboa. 2002. [Marinha Portuguesa,
Aquário Vasco da Gama, Lusitania Companhia de Seguros, S.A. Lisboa. 2002]. In-fólio de
CCXLVIII págs. inums. E.
Oscar Edgar Rodrigues Santos Valente: “Como director do Aquário Vasco da Gama, Instituição da
Marinha Portuguesa, a que tenho a honra de pertencer, é com satisfação e orgulho que vejo publicado
o estudo ornitológico do Rei D. Carlos I., com gravuras expressamente realizadas por Enrique
Casanova, e por si retocadas — hoje pertencentes ao património cultural do Aquário Vasco da Gama
— desejo que acalentei desde que tive conhecimento de tão magnífica obra.
“Guardadas no recato da biblioteca reservada do Rei, a descoberta da existência dos desenhos
aguarelados de Casanova e das notas manuscritas pelo Soberano, revestiu-se de tal emoção, que desde
logo se traduziu no desejo de reproduzir este importante achado artístico e cultural, cujos cuidados na
conservação tornam os seus originais inacessíveis à maioria do grande público. (...)
“Ao verificar a existência na Biblioteca do Rei, de cerca de duzentos exemplares das gravuras desse
estudo, absolutamente inéditas, o legítimo desejo de as publicar não impediu de se constatar que
editar obra de tal vulto jamais seria possível com os poucos recursos desta Instituição. Deve-se
pois a presente edição à generosidade e entusiasmo de amigos, que sendo meus, o são muito mais do
Aquário Vasco da Gama. (...)”
Edição de luxuosa e esmerada realização gráfica, impressa em papel de superior qualidade e com mais
de uma centena de estampas primorosamente reproduzidas nas suas cores originais.
Encadernação editorial com dizeres dourados e capa de protecção ilustrada a cores.
488 — CARMONA (Leopoldo Machado).- ESTUDO SOBRE O PERDIGUEIRO
PORTUGUÊS. Tese apresentada ao I Congresso Nacional de Caça e Tiro. (Organização da
Associação dos Caçadores do Sul de Portugal) em 11, 12 e 13 de Julho de 1937. Lisboa. 1937.
In-8.º gr. de 37-III págs. B.
Livro procurado pelos coleccionadores da bibliografia cinegética, com fotogravuras nas páginas do texto.
Dedicatória do autor para Eduardo Niepoort.
480 - ver pág. 142
489 — CARNAXIDE (Visconde de).- AS SUPERSTIÇÕES E O CRIME. Memória apresentada
á Academia das Sciências de Lisboa pelo seu sócio correspondente... Academia das Sciências de
Lisboa. Lisboa. [S.d. - 1916?]. In-4.º gr. de 131-III págs. E.
Trabalho de grande curiosidade, publicado em restrita separata da «História e Memórias da Academia
das Sciências de Lisboa».
Boa encadernação com lombada e cantos em pele. Com a capa da brochura da frente.
[144]
490 — CARNEIRO (António).- SOLILÓQUIOS. Sonetos póstumos. 1936. [Porto. Tipografia Costa
Carregal]. In-4.º de XXII-VIII-71-III págs. E.
Prefácio de Júlio Brandão. Edição cuidada, a primeira, impressa a duas cores, em tiragem total limitada
a 320 exemplares numerados e rubricados pelos filhos do artista.
Excelente encadernação à amador, com a lombada decorada com nervuras verticais, dizeres e ferros
dourados, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.
491 — CARNEIRO (Armando).- MARECHAL CARMONA. Reportagem do Centenário do seu
nascimento. - Evora - Lisboa - Caldas da Rainha. S.l.n.d. [1972?] In-fólio de LXII págs. inums. E.
Edição em papel couché, muito ilustrada, feita em separata de «Diálogo dum Repórter com o Mundo
Português.
Encadernação editorial inteira de pele verde, com dizeres e ferros dourados na lombada e nas pastas.
Dedicatória do Autor ao Almirante Nuno de Brion.
492 — CARNEIRO (Manuel Borges).- EXTRACTO DAS LEIS, AVISOS, PROVISÕES,
ASSENTOS E EDITAES, e de algumas notaveis proclamações, acordãos, e tratados publicados
nas Cortes de Lisboa, e Rio de Janeiro desde a época da partida d’El-Rei Nosso Senhor para
o Brazil em 1807 até Julho de 1816: Para servir de subsidio á Jurisprudencia, e á Historia
Portuguezas. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1816. In-8.º gr. de 241-I-290-II págs. E.
O último grupo de págs., com frontispício próprio, contém: ADDITAMENTO GERAL DAS LEIS,
RESOLUÇÕES, AVISOS, &c- desde 1603 até o presente, que não entrárão no Indice Chronologico,
nem no Extracto de Leis, e seu Appendice, Pelo Author destes Manoel Borges Carneiro. Lisboa:
Na Impressão Regia. Anno 1817.
No verso do frontispício em «Utilidades deste Livro», pode ler-se:
“1.ª Contém chronologicamente o resumo das Leis e mais Papeis officiaes publicados nas duas Cortes,
o qual a respeito de muitas he tão completo, que se póde escusar ter os textos originaes:
“2.ª Mostra as energicas providencias que fôrão empregadas pelos dois Governos para a regeneração
de Portugal e Brazil depois dos notaveis acontecimentos de 1807, e 1808:
“3.ª Serve de continução ao Indice Chronologico do Desembargador João Pedro Ribeiro.”
Parte da notícia de Inocêncio sobre o autor, natural de Resende, “Eleito Deputado ás Côrtes constituintes
de 1821 pela provincia da Extremadura, desempenhou o mandato com tal aprazimento dos seus
constituintes, que no anno immediato ficou reeleito para as Côrtes ordinarias simultaneamente pelos
circulos de Alemquer, Leiria, Lisboa, Setubal e Thomar, obtendo em todos grande maioria. (...) Depois
da chegada do sr. D. Miguel, e da dissolução das Côrtes conservou-se por algum tempo homisiado em
Lisboa, até que sendo preso em 15 de Agosto de 1828, foi no dia 30 do mesmo mez encerrado nas masmorras da torre de S. Julião da Barra, onde jazeu quasi cinco annos completos. Posto que jámais se lhe
formasse processo, isso não obstou a que fosse demittido do logar de Desembargador, e riscado do serviço
da Magistratura! M. victima da cholera-morbus em 4 de Julho de 1833, antes de recuperar a liberdade,
á qual, se vivesse, teria sido restituido vinte dias mais tarde.”
Encadernação inteira de pergaminho, da época.
493 — CARO (E.).- ÉTUDES MORALES SUR LE TEMPS PRÉSENT. Paris. Librairie
Hachette et Cie. 1855. In-8.º de XXXVIII-377-III págs. E.
Obra dividida en duas partes: «Études Philosophiques» e «Études Littéraires». Esta contém os seguintes
capítulos: «Le sensualisme dans la littérature contemporaine»; «Stendhal.— L’homme et ses
œuvres.— Son livre et sa théorie de l’amour»; «Stendhal (suite).- Ses romans et sa critique d’art»;
«Variétés: Deux humoristes de l’école humanitaire. § 1.- M. Toussenel. § 2. M. Henri Heine».
O exemplar foi da Biblioteca de Camilo Castelo Branco, porquanto a sua assinatura se encontra ao alto
do frontispício. Encadernação com a lombada em pele, decorada com finos ferros a ouro.
494 - ver pág. 146
494 — CARTA CONSTITICIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA, Decretada, e dada
pelo Rei de Portugal e Algarves D. Pedro, Imperador do Brasil, aos 29 de Abril de 1826.
Londres: Na Officina Typographica de C. Whittingham, College House, Chiswick.
MDCCCXXVIII. In-fólio de II-76 págs. E.
[146]
.../...
496 - ver pág. 148
Edição de grande formato, em papel muito encorpado, impressa em Londres, não referida por
Inocêncio. Exemplar n.º 32, com dedicatória, de uma “Edição mandada fazer á custa dos Portuguezes
que assignárão o Memorial appresentado a S. Magestade.”
Necessita de nova encadernação. (ver gravura na pág. 145)
495 — CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA, decretada, e dada
pelo Rei de Portugal e Algarves D. Pedro, Imperador do Brasil aos 29 de Abril de 1826. Lisboa:
Na Impressão Regia. Anno 1826. In-8.º de 36 págs. Cart.
Carta outorgada logo após a morte de D. João VI, ocorrida em 10 de Março do mesmo ano. Foi publicada
em 1826, sendo esta, segundo cremos, a sua primeira e muito rara edição, impressa em bom papel.
Inocêncio não a regista, referindo a que no ano de 1828 foi impressa em Londres. Marcelo Caetano
publicou, sobre este assunto, uma «História Breve das Constituições Portuguesas».
Cartonagem da época. (ver gravura na pág. 147)
496 — CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA, decretada, e dada
pelo Rei de Portugal e Algarves D. Pedro Imperador do Brazil aos 29 de Abril de 1826. Lisboa:
Na Impressão Regia. Anno 1826. Com Privilegio exclusivo. In-16.º de 66-IV págs. E.
Edição rara, de reduzido formato, datada de 1826, ano de publicação da edição em maior formato, que
julgamos ser a original (neste catálogo sob o n.º 495). Esta é, segundo cremos, a segunda edição da
Carta Constitucional, que para além de ter sido acrescentada do ‘Indice’, insere ainda o «Decreto»,
datado de “Palácio de Nossa Senhora d’Ajuda em 14 de Julho de 1826”, que ordena “que em todas as
Edições, que d’ora em diante se fizerem, se estampe depois da integra da Carta o presente Decreto; e
no Frontispicio por baixo do lugar, e data da Impressão = Com Privilegio exclusivo = tudo para conhecimento do Publico, a fim de que ninguem possa allegar ignorancia. (...)”.
Encadernação da época, inteira em pele vermelha, com dourdos na lombada, pastas e seixas e ainda
com o corte das folhas dourado. Pequenos cortes de traça na margem interior de algumas folhas.
(ver gravura na pág. 147)
495 - ver pág. 148
497 — CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Londres: 1832.
[Impresso por L. Thompson, Na Officina Portugueza] In-32.º de 31-I págs. B.
Edição miniatural impressa em Londres em caracteres quase microscópicos, muito rara.
CARTA DE BRASÃO DE ARMAS DE JOÃO DE SÃO BOAVENTURA SOARES
DE MORAES ALÃO SARMENTO DE VASCONCELOS
498 — CARTA DE BRASÃO DE ARMAS DE JOÃO DE SÃO BOAVENTURA SOARES DE
MORAES ALÃO SARMENTO DE VASCONCELOS,“natural da Villa de Guimaraens”, datada
de 12 de Setembro de 1807, assinado “Rey de Armas de Portugal”. Dim. 17,5 X 25 cm.
Carta passada em três folhas de pergaminho, tendo uma delas o brasão de armas pintado a cores
e metais, a primeira página com as palavras D. JOÃO pintadas a ouro e delicada decoração pintada
a cores à volta da página.
Encadernação da época, inteira em pele, com cercaduras a ouro em ambas as pastas e, na pasta da frente,
também a ouro as palavras BRAZAÕ DE ARMAS
Juntamos uma carta autógrafa relacionada com esta Carta de Brasão de Armas, datada de “Lxª 26 de
Setbrº de 187”, com o endereço “Ao Ill.mo Snr Joaõ de S. Boaventura Soares de Moraes Alão
Sarmento, e Vasconcellos Meu A.º e Snr. Fidalgo de Cotta de Armas &&& Guimaraês”, assinada por
Jozé Joaquim [Curvo Semmedo?], dizendo: “Meu especial Am.º e Snr do meu mayor afecto: Neste
Corr.º tive o gosto de receber huma Carta de V. S. da qual fis o apreço, que pode sepor [sic] de quem
tanto o estima; e agora remeto a Cautela incluza pela qual mandará V. S.ª buscar ao seguro o seu
brazaõ de Armas que na verdade custou a conseguir pela dependencia que o Escrivão quer fazer para
lhe render alguma couza; mas de mim não conseguio nada: Vai o recibo do (Pintor?) e o rol da dispeza,
e eu no mesmo dia recebi a sua importancia que são 38$545rs e os Senhores Seus Manos, podem tirar
cada hu~ o seu quando quizer, pois desta disputa q. fis ao Escrivaõ he que elle ardeu. (...)
[148]
499 — [COMPANHIA DAS VINHAS DO ALTO DOURO]. CARTA DE LEI. N.º 7. [No fim:
Dada no Paço das Necessidades aos vinte e um de Abril de mil oitocentos quarenta e tres.
Na Imprensa Nacional]. In-4.º gr. de IV págs. inums. B.
506 — CARVALHO (Augusto da Silva).- MEMÓRIAS DAS CALDAS DE MONCHIQUE.
Lisboa. 1939. Edição da Comissão Administrativa das Caldas de Monchique. [Imprensa Lucas
& Cª. Lisboa]. In-4.º de 246-II págs. B.
500 — [MORAIS SARMENTO].“CARTA POR QUE VOSSA MAGESTADE [D. MIGUEL]
COMO GRAÃ MESTRE DA ORDEM MILITAR DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
DE VILLA VIÇOZA HÁ POR BEM FAZER MERCÊ DE NOMEAR CAVALEIRO
SUPRANÚMERARIO DELLA A JOZÉ DE SÃO BOAVENTURA SOARES DE MORAES
SARMENTO, PRESTANDO O DEVIDO JURAMENTO, E MATRICULANDO-SE PELA
FORMA ACIMA”. Folha em papel com as seguintes dimensões: 34 x 42 cm.
507 — CARVALHO (Felix Manuel Borges Pinto de).- ALTO DOURO. Representação da Camara
e lavradores da Vila e Concelho de Armamar contra os projectos da Liberdade do Commercio
dos Vinhos. Com o Supplemento de outras mais observações sobr o mesmo objecto por... Porto.
Na Typographia de Sebastião José Pereira. 1860. In-8.º gr. de 24 págs. B.
O Artigo 1.º desta Carta de Lei declara que “É ampliada e modificada (...) a Carta de Lei de sete
de Abril de mil oitocentos trinta e oito, pela qual foi restabelecida, por tempo de vinte annos,
a Companhia geral da Agricultura das vinhas do Alto Douro.”
Carta com a assinatura “El Rey”, D. Miguel, selo branco e as devidas autenticações.
501 — CARTA POSTAL ANTI-COMUNISTA. Edição da “Alma Nacional”. [1937]. Dim. da
carta fechada: 18 x 13 cm.; Dim. da carta aberta: 36 x 25,5 cm.
Muito curiosa e rara carta não utilizada, tendo no exterior os símbolos e bandeiras de Espanha,
Alemanha, Portugal e Itália e no interior os retratos de Salazar, Mussolini, Franco e Hitler. Em P. S.
impresso: “Se a causa nacionalista lhe é simpática contribua para o fundo anti-comunista, respondendo
sempre em carta idêntica. LISBOA - PORTUGAL - Rua do Ouro, 232, 2.º”
502 — CARTAS DE SIMPLICIO D’ARRUDA a seu compadre NICOLAU TORTULHO, e d’este
áquelle, Autor *** Desentranhadas do Periodico O BARCELENSE, e offerecidas ao Ex.mo Sr.
Ministro da Justiça Barjona de Freitas, e aos frequentadores do Tribunal d’esta Villa, e habitantes
da Comarca. Barcellos, na Typographia do Barcellense. 1874. In-8.º de 372-II págs. E.
Não nos foi possível identificar os verdadiros nomes de Simplício d’Arruda e Nicolau Tortulho, mas
trata-se, sem dúvida, de uma interessantíssima e muito rara espécie bibliográfica barcelense.
Boa encadernação recente, com a lombada em pele decorada com ferros a ouro em casas fechadas; só
de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas; poucos e finíssimos picos de traça
na margem de algumas folhas finais.
503 — [VINHAS DO ALTO DOURO]. CARTAS SOBRE O PROJECTO DE REHABILITAR
A ANTIGA COMPANHIA DAS VINHAS DO ALTO DOURO. [No fim: Na Typographia
Commercial Portuense. 1838)]. In-8.º gr. de III-I págs. Desenc. Na mesma brochura:
––– OBSERVAÇÕES ÁCERCA DO ESTADO DOS VINHOS DO ALTO DOURO. [No fim:
Na Typographia Commercial Portuense. 1838)]. In-8.º gr. de 11-I págs.
O primeiro púsculo vem referido no «Esboço da uma Bibliografia nos Anais do Instituto do Vinho do
Porto», sem indicação do nome do autor e o segundo, também anónimo, não vem ali registado.
504 — CARTIER (Raymond).- LA SECONDE GUERRE MONDIALE. Larousse - ParisMatch. Paris. [1965-1966]. 2 vols. In-fólio de 383-I e 391-I págs. E.
Obra de grande qualidade não só pelo texto de Raymon Cartier, mas também pela documentação gráfica,
constituída por milhares de fotografias a cores e a negro com retratos dos principais intervenientes
e registos de aspectos e momentos cruciais da devastadora guerra mundial de 1939-1945.
Boas encadernações editoriais gravadas a ouro e sobrecapas ilustradas.
505 — CARVALHO (A. L. de).- ROTEIRO DE GUIMARÃES. [Tipografia Minerva
Vimaranense. Guimarães. 1923?]. In-8.º esguio de 94-II págs. B.
Edição em papel couché, com muitas fotogravuras nas páginas do texto. Invulgar.
[149]
Valiosa monografia local e das célebres e antigas águas termais algarvias, numa cuidada e invulgar
edição ilustrada.
Desconjuntado.
Dedicatória autógrafa do autor. Picos de traça na margem superior das últimas folhas.
508 — CARVALHO (Francisco Freire de).- LIÇÕES ELEMENTARES DE ELOQUENCIA
NACIONAL, offerecidas á Mocidade de ambos os hemispherios, que falla o idioma portuguez.
Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1840. In-8.º de 290-II págs. E.
Segunda e invulgar edição de uma obra, que, no seu género, não estava convenientemente representada
na literatura portuguesa. Encadernação da época, com a lombada em pele.
509 — CARVALHO (Francisco Freire de).- LIÇOES ELEMENTARES DE POETICA NACIONAL, seguidas de um breve ensaio sobre a critica litteraria: para uso da Mocidade de ambos os
hemispherios, que fala o idioma portuguez. Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1840. In-8.º
de 161-V-107-V págs. E.
Francisco Freire de Carvalho, irmão de José Liberato Freire de Carvalho, foi Cónego da Sé Patriarcal
de Lisboa, sócio da Academia Real das Sciências e de outras importantes Instituições portuguesas
e brasileiras e autor de considerável bibliografia.
Encadernação inteira em pele, da época, com a lombada decorada com ferros a ouro. Assinaturas
antigas no frontispício.
510 — CARVALHO (Henrique Martins de).- A CASA DE BRAGANÇA E A FORMAÇÃO DA
UNIDADE MULTICONTINENTAL DO PAÍS. Fundação da Casa de Bragança. MCMLX. In-4.º
de 26-VIII págs. B.
Conferêcia proferida no Paço Ducal de Vila Viçosa a convite da Fundação da Casa de Bragança.
511 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- “COMÉDIA EUFROSINA” DE JORGE FERREIRA
DE VASCONCELOS. Notas á margem do recente estudo do sr. Aubrey F. G. Bell, sobre a edição
de 1561. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1922. In-4.º de 41-I págs. B.
Trabalho dado a lume em separata do «Boletim Bibliográfico da Biblioteca da Universidade» de Coimbra.
512 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- DOIS CAPÍTULOS SÔBRE CAMILO CASTELO
BRANCO seguidos de 15 cartas inéditas. Com um prefácio de J. Freitas Gonçalves. Coimbra.
Imprensa da Universidade. 1922. In-8.º gr. de XI-115-I págs. B.
Para além das cartas inéditas referidas no frontispício e que foram dirigidas na sua maior parte
a Adelino das Neves e Melo, o volume conta ainda com um capítulo intitulado «Notas de Camilo
Castelo Branco num livro que lhe pertenceu» e ainda «Camilo em Coimbra».
513 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- DOMINGOS ANTÓNIO DE SEQUEIRA EM
ITÁLIA (1788-1795) segundo a correspondência do Guarda-Jóias João António Pinto da Silva.
Anteprefácio de Manoel de Sousa Pinto. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1922. In-8.º gr. de
IV-CLIV-211-I págs. B.
Obra fundamental para a biografia de Sequeira, com a trascrição da vasta correspondência de João
António Pinto da Silva em mais de duzentas das páginas finais.
Desconjuntdo.
[150]
514 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- HOMENS DE OUTROS TEMPOS. Prefaciado pelo
Dr. Ricardo Jorge. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1924. In-4.º de XI-237-III págs. B.
Neste interessantíssimo volume o autor trata de Garcia de Orta, Pedro Nunes, João de Ruão, e Francisco
Guerrero. Ricardo Jorge acentúa no seu prefácio que “GARCIA D’ORTA e PEDRO NUNES têm
a primazia do volume. Estudos simplesmente admiráveis, como investigação e apresentação, ocupam-se
dos dois melhores scientistas do grande século - na sua passagem pela Coimbra universitária”.
Documentado com estampas impressas em separado.
Capa da brochura da frente com vestígios de mancha de humidade já seca.
515 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- JOÃO DE RUÃO E DIOGO DE CASTILHO. Notas
á margem de um Compromisso raro. MDXLV - MDLXX. Imprensa da Universidade. Coimbra.
MCMXXXI. In-8.º gr. de IX-I-66-II págs. B
Prefácio de António Baião. Monografia “referente à Misericórdia de Coimbra, nas suas relações com
a história da arte, na mesma cidade”. Com o fac-símile da portada da primeira edição do
«Compromisso» impresso em Coimbra em 1636, a reprodução do frontispício do manuscrito do
«Memorial das Rendas» da Misericórdia e o fac-símile de uma quitação de João de Ruão.
516 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- A LIVRARIA DO MOSTEIRO DE SANTA CRUZ
DE COIMBRA. Estudo dos seus catálogos, livros de música e coro, incunábulos, raridades
bibliográficas, ex-libris e curiosidades historicas. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1921.
In-4.º peq. de XVI-139-V págs. B.
Livro fundamental para a história daquele célebre mosteiro coimbrão, ilustrado com várias estampas
impressas em folhas à parte e com um bom retrato do autor. Dos mais invulgares livros de Teixeira de
Carvalho.
517 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- O MOSTEIRO DE S. MARCOS segundo os ms. de
Fr. Adriano Casimiro Pereira e Oliveira. Com introdução e notas por... prefaciado pelo Dr.
Reynaldo dos Santos. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1922. In-4.º de IV-XL-216 págs. B.
O Dr. Teixeira de Carvalho escolheu e transcreveu os manuscritos de Frei Adriano Casimiro “com
aquele minucioso escrúpulo, que era uma das características do seu método (...) enriqueceu-os com uma
introducão e notas, que são, não só a parte mais original do livro, mas constituem o comentário melhor
informado que sôbre a história da arte do mosteiro se tem escrito.” Com estampas em folhas à parte.
Desconjuntado.
518 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- TEATRO E ARTISTAS. Prefaciado por Braz Burity.
Coimbra. Imprensa da Universidade. 1925. In-8.º gr. de XXVIII-387-I págs. B.
Crónicas de muito interesse para a história do nosso Teatro, escritas em leve e ameno estilo. É muito
extenso e interessante o prefácio de Joaquim Madureira. Com vinte retratos em folhas à parte.
Camiliano.
519 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- TEMPO PERDIDO. (Contos e Baladas). Prefaciado pelo
Dr. João de Barros. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1924. In-8.º gr. de XV-I-314 págs. B.
Segundo palavras de João de Barros, “A prodigiosa juventude espiritual de Teixeira de Carvalho revive
neste livro de fantasia e sonho, tão repassado de lirismo, tão ingénuo mesmo nas páginas mais voluptuosas.”
520 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- UM LIVRO RARO. Imprensa da Universidade.
Coimbra. 1915. In-4.º de II-46 págs. B.
Estudo bibliográfico sobre o «Commento en Romance a manera de repeticion latina y scholastica de
Iuristas (...)», de Azpilcueta Navarro, impresso em Coimbra em 1545. Com o fac-símile do frontispício da obra e dois retratos do seu autor.
[151]
521 — CARVALHO (Jerónimo Moreira de).- HISTORIA DO IMPERADOR CARLOS
MAGNO, E DOS DOZE PARES DE FRANÇA, traduzida de castelhano em portuguez com
mais elegancia para a nossa lingua. Lisboa: Impressão Regia. Anno 1814. 2 tomos. In-8.º de 315-I e 680 págs. em 1 vol. E.
Inocêncio diz que “Este romance foi originalmente escripto em francez; porem a traducção de
Jeronymo Moreira é feita sobre a versão hespanhola de Nicolau de Piemonte”, sendo a primeira parte
da primeira edição portuguesa de 1728 e a segunda, “por traductor diverso”, em 1737; no rosto da
“Segunda parte” da edição que apresentamos continua a referir-se o nome de Jerónimo Moreira de
Carvalho, como tradutor desta popularíssima obra, que mesmo nesta edição é muito pouco frequente.
Encadernação da época, cansada.
522 — CARVALHO (Joaquim de).- LIVROS DE DOM MANUEL II. Manuscritos, incunábulos,
edições quinhentistas, camoniana e estudos de consulta bibliográfica, seleccionados e apresentados por... Atlântida - Coimbra. 1950. In-4.º de XXXII-I-106-II págs. B.
A descrição de algumas das muitas preciosidades bibliográficas que se encontram no palácio de Vila
Viçosa e que neste trabalho são referenciadas, é antecedida de um interessante estudo de Joaquim de
Carvalho acerca das livrarias reais.
523 — CARVALHO (Joaquim Martins de).- APONTAMENTOS PARA A HISTORIA CONTEMPORANEA. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1868. In-8º gr. de VIII-II-424 págs. E.
“Dividimos o nosso livro em duas partes: «Miscellanea» e «Imprensa em Coimbra». Na primeira
apontam-se factos politicos d’este seculo, pela maior parte esquecidos ou completamente ignorados.
Na segunda contém-se a historia da imprensa em Coimbra desde os seus principios”. Invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Dedicatória da época no anterrosto, alheia ao autor.
524 — [CARVALHO (José Manuel Teixeira de)].- ECLOGA PISCATORIA. Escreveu — publicou
SEJO PORTUENSE. Porto. Typographia Commercial. 1861. In-8.º de 116 págs. E.
Obra publicada sob pseudónimo. José Manuel Teixeira de Carvalho, foi 1º bibliotecário da Biblioteca
Pública do Porto e sub-director do Museu Municipal. Sobre o autor, nascido no Porto, ver a extensa
rubrica que lhe dedicou Sampaio Bruno no volume 2º da sua obra «Portuenses Illustres».
Encadernação da época, com bonita lombada decorada a ouro.
525 — CARVALHO (José Pinto Rebelo de).- VERSOS ÁS FAUSTISSIMAS NUPCIAS DE
S. A. O PRINCIPE REAL DO REINO-UNIDO DE PORTUGAL, BRAZIL E ALGARVE,
O SERENISIMO SENHOR D. PEDRO D ALCANTARA, COM A SERENISSIMA SENHORA
D. LEOPOLDINA CAROLINA JOSEFA, Arquiduqueza d’Austria: que Na Sala grande dos
Doutoramentos da Universidade de Coimbra, por occasião dos Applausos, com que a mesma
Universidade festejava tão Augusta União Recitou e offereceo ao Ill.mo e Ex.mo Senhor Bispo
Conde, Reitor, e Reformador da mesma Universidade, José Pinto Rebello de Carvalho,
Estudante-Medico. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1818. In-8.º gr. de 16 págs. B.
É vasto o inventário dos escritos em prosa e verso impressos pelo autor, Doutor na Faculdade de
Coimbra, nascido Barcos, perto de Lamego; esteve emigrado pelas suas opções liberais de 1828
a 1833, tendo emigrado uma segunda vez.
526 — CARVALHO (Maria Amália Vaz de).- A ARTE DE VIVER EM SOCIEDADE. Lisboa.
Livraria de Antonio Maria Pereira. 1895. In-8.º gr. de 225-III págs. B.
Primeira e muito invulgar edição do que é, no seu género, o mais interessante livro publicado em
Portugal e também um dos livros da autora que mais edições conheceu, sendo ainda de grande valia
para ajudar a reconstituir a vida social em Portugal, passados que foram mais de um século.
Desconjuntado e com a capa da brochura com alguma sujidade.
[152]
527 — CARVALHO (Maria Amália Vaz de).- UMA PRIMAVERA DE MULHER. Poema em
4 Cantos... precedido de um prologo (Conversa ao reposteiro) por Thomaz Ribeiro. Lisboa.
Typographia Franco-Portugueza. 1867. In-8.º gr. de VIII-164 págs. B.
O interessante prólogo de Tomás Ribeiro ocupa as páginas 1 a 46.
528 — CARVALHO (Porfírio Hemetério Homem de).- PRIMEIRAS LINHAS DO DIREITO
AGRARIO DESTE REINO. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1815. In-8.º gr. de 58-II págs.
Desenc.
Esta rara e curiosa obra não vem registada em nenhum dos três volumes de Inocêncio onde constam
outros trabalhos do autor. Do índice: Secção I. Das Terras do Soberano, Das Terras dos Vassallos,
Do tombo ou Demarcação, Das Sesmarias, Dos Tributos, Das Servidões; Secção II. Das Plantas:
Trigo, Palha, Arroz, Linho, Urzella, Tabaco, Assucar; Dos Arbustos: Anil; Das Arvores: Arvores em
geral, Sovereiros, Sabugueiros, Oliveiras, Amoreiras, Laranjeiras; Da vinhas e suas producções:
Vinhas, Vinhos; Das Pastagens; Secção III. Dos privilegios concedidos aos lavradores, Dos Damninhos;
Secção IV. Dos Animaes da Pesca, Dos Animaes de Caça, Dos Animaes Bravos, Dos Animaes
Domesticos: Gado, Cavallos, Egoas, Mulatos, Porcos, Cabras, Ovelhas, Lãs, Couros; Dos Insectos:
Abelhas, Bichos de seda; Das Coimas.
529 — CARVALHO (Ruy Galvão de).- ANTERO VIVO. Ensaios. Edição de Álvaro Pinto
(‘Ocidente’) - Lisboa. [1950]. In-4.º de 193--VII págs. B.
Com a reprodução de uma fotografia original do poeta. Alguns dos ensaios de que se compõe o volume:
«Linha geral do Pensamento filosófico de Antero»; «A sinceridade na Poesia de Antero»; «O culto do
Ideal em Antero»; «Antero, crítico de Oliveira Martins». Invulgar.
Dedicatória do editor.
530 — CARVALHO (Vicente António Esteves de).- MEMORIA SOBRE A ORIGEM, E PROGRESSOS DA EMPHYTEUSE E SUA INFLUENCIA SOBRE A AGRICULTURA EM
PORTUGAL. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1814. In-8.º gr. de 32 págs. Desenc.
Memória curiosa, constituída pelos seguintes capítulos: 1. Circunstancias particulares dos Egypcios,
relativamente á propriedade, e agricultua; II. Como dispunhão os Romanos das suas conquistas; III.
Da verdadeira origem da emphyteuse. IV. Continuação do mesmo assumpto; V. Legislação de Zeno;
VI. Regeita-se a opinião, que assigna outra origem á emphyteuse; VII. Progressos da emphyteuse entre
os Romanos; VIII. Da emphyteuse depois da ruina do Imperio Romano até ao estabelecimento da
monarchia Portugueza; IX. Da emphyteuse nos primeiros tempos da Monarchia; XII. Progressos da
emphyteuse de Portugal; XIII. Continuação do mesmo assumpto; XIV. Influencia geral da emphyteuse
sobre a agricultura; XV. Se nas actuaes circunstansias os contractos emphyteuticos são, ou não vantajosos á agricultura; XVI e XVII. Continuação do mesmo assumpto; XVIII. Reflexão; XIX.
Inconvenientes da emphyteuse; XX. Continua o mesmo objecto; XXI. Continuação do mesmo
assumpto, sobre o resgate dos foros; XXII. Conclusão.
Mancha de água no canto superior direito.
531 — CARVALHO (Vicente António Esteves de).- OBSERVAÇÕES HISTORICAS, E CRITICAS SOBRE A NOSSA LEGISLAÇÃO AGRARIA, CHAMADA COMMUMMENTE DAS
SESMARIAS. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1825. In-8.º gr. de 50-II págs. Desenc.
São raros os exemplares deste intressante trabalho para a história da Legislação agrária portuguesa.
532 — [CASAMENTO CIVIL]. Conjunto de parte dos opúsculos pertencentes a esta polémicaem
que participou Alexandre Herculano.11 opúsculos de diversos autores, impressos entre 1865
e 1866 em diversas tipografias e cidades e todos desencadernados, sendo alguns bastante raros.
1. «Contra a Carta do Sr. Duque de Saldanha sobre o Casamento Civil», por J. Bonança. Lisboa.
Typographia Universal. 1865. 24 págs.;
2. «Carta de Patritius ao Senhor Arcebispo Primaz sobre o Cazamento Civil». I. Braga, Typ. de
[153]
.../...
Domingos G. Gouvea. 1865. 8 págs.;
3. «Nem tanto ao mar nem tanto á terra ou apreciação do Casamento Civil por um advogado». Porto:
Typographia do Commercio. 1865. 18 págs.;
4. «O Casamento Civil explicado por A. Herculano ou os Hypocritas Desmascarados. Seguido de uma
carta do snr. Abel Maria Jordão sobre o mesmo assumpto, e dos artigos do projecto do Codigo Civil
com referencia ao casamento». Porto. Imprensa Popular de J. L. de Sousa. 1866. 30-II págs.;
5. «Casamento Civil. Segunda carta do senhor Alexandre Herculano». Lisboa. Imprensa de J. G. de
Sousa Neves. 1866. 12 págs.;
6. «Segunda Observação sobre o Casamento Civil. Substituição da Redacção do Projecto de Codigo.
Resposta a um membro da commissão e ao snr. Augusto N. S. Carneiro, por Antonio Augusto Ferreira
de Mello, auctor do opusculo Nem Tanto ao Mar nem tanto á Terra». Porto. Typographia do
Commercio. 1866. 30-II págs.;
7. «Brado Catholico contra o Casamento Civil. Opusculo offerecido ao nobre Duque de Saldanha».
Porto: Na Typographia Portuense. 1865. 24 págs.;
8. «O Casamento Civil reprovado pela Carta Constitucional por V. da C. Alves Ribeiro, Bacharel
formado em Direito e Advogado». Typ. do Panorama - Rua do Arco da Bandeira, 112. 1866;
9. «Prova da Divindade dos Sete Sacramentos da Egreja e a Superioridade do Sacramento do
Matrimonio sobre o pertendido Casamento Civil». Porto. Typographia de Francisco Gomes da
Fonseca;
10. «Duas Palavras sobre o Casamento pelo Redactor do Codigo Civil», Visconde de Seabra. Lisboa.
Imprensa Nacional. 1866. 51-III págs.;
11. «O Casamento Civil e seus adversarios por Augusto N. S. Carneiro, Bacharel formado em
Theologia». Coimbra. Imprensa da Universidade. 1866.
533 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A LAURA GEORDANO. Poesias. Lisboa. Centro
Typographico Colonial. Largo Bordalllo Pinheiro, 28. 1917. In-4.º de XVI págs. E.
Descrição de José dos Santos; “Opúsculo interessante e de aprêço a vários respeitos. As poesias que
êle reune são as que Camilo consagrou à notabilíssima cantora lírica Laura Geordano, e que se haviam
publicado, originàriamente, em folhas volantes, que hoje em dia são raríssimas. A edição ostenta-se
cuidada e nítida. Os exemplares, devido à reduzida tiragem feita, são hoje ‘muito raros’ no mercado.”
Texto preliminar intitulado «Simples annotação», asinado V. R., iniciais provavelmente pertencentes
a Vitoriano Ribeiro.
Constou a edição de 16 únicos exemplares, sendo 1 em papel «Japão« e 15 em papel «Wathman»,
estando este por numerar.
Com três ex-libris, dois dos quais camilianos, pertencentes a Gustavo d’Ávila Perez e a Pedro
Alvellos. Encadernação simples. (ver gravura na pág. 155)
534 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ABENÇOADAS LAGRIMAS! Drama em tres actos
por... Representado no Thetaro de D. Maria II. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1861. In-8.º
de 59-I págs. E.
Alexandre Cabral: “Esta peça de C. C. B. apresenta um encadeado de vectores que escapa por
completo ao leitor moderno. Na verdade, o enredo de Abençoadas Lágrimas (as continuadas infidelidades comjugais de Jorge de Lemos para com Augusta) prende-se com os amores adullterinos de
Camilo e Ana Augusta Plácido e reflecte sentimentos, preocupações e conceitos de honra que têm
a ver com o processo de adultério (a correr os seus trâmites), movido por Manuel Pinheiro Alves”.
Estimada produção dramática de Camilo, muito rara nesta sua edição original, publicada sem anterrosto.
Encadernação não contemporânea, com ferros a seco na lombada. (ver gravura na pág. 155)
535 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ABENÇOADAS LAGRIMAS! Drama em tres actos
por... Representado no theatro de D. Maria II. Segunda edição. Lisboa. Livraria de Antonio
Maria Pereira. 1866. In-8º de 56 págs. Desenc.
São invulgares os exemplares desta segunda edição, como a primeira, também publicada sem anterrosto.
Encadernação simples, em percalina.
[154]
PRIMEIRA EDIÇÃO, RARÍSSIMA, DA PRIMEIRA PRODUÇÃO
DRAMÁTICA DE CAMILO.
534 - ver pág. 154
536 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AGOSTINHO DE CEUTA // DRAMA EM 4 PARTES
// POR // CAMILLO CASTELLO BRANCO. // TYPOGRAFIA DE BRAGANÇA. 1847. In-4.º
de 80 págs. E.
Alexandre Cabral: “É a primeira tentativa dramática de C. C. B. Escrita em Vila Real, provavelmente
sob a influencia dos amores que encetara com Patrícia Emília de Barros, representada em 1846 num
barracão, improvisado em teatro, que era propriedade do então amante da tia Rita, João Pinto da
Cunha, a quem é dedicada a edição do drama, impresso em Bragança no ano de 1847”.
A impressão foi executada sobre encorpado papel de linho e Manuel dos Santos, na sua monumental
«Revista Bibliografica Camiliana, já em 1917, a considerava como “muitissimo rara”.
Assinatura antiga no frontispício. Encadernação moderna,com cantos e lombada em pele e apenas
levemente aparado à cabeça. (ver gravura na pág. 157)
537 — CASTELO BRANCO (Camilo).- LA AGUJA EN EL PAJAR. Montaner y Simón, S.A.
Barcelona. [1943]. In-12.º de XXIV-285-VII págs. E.
Primorosa e bela tradução castelhana de «Agulha em Palheiro», em excelente papel, com o frontispício
artisticamente composto ao gosto romântico, um retrato de Camilo e dez ilustrações em folhas à parte.
Bela encadernação editorial inteira em pele, com ferros a ouro na lombada e pastas.
538 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AGULHA EM PALHEIRO. Segunda edição, revista
pelo author. Porto. Em casa de Viuva Moré - Editora. 1865. [Typ. de Sebastião José Pereira]. In8.º de 262 págs. E.
533 - ver pág. 154
Primeira edição publicada em Portugal, preferível à original, dada a lume no Brasil. Acerca da edição,
publicada no Rio de Janeiro em 1863, diz o autor: “A primeira edição deste romance saiu duma
tipografia do Rio de Janeiro. Parece que houve propósito em desdourar os prelos brasileiros! Poderá
parecer também que se intentou desdourar o autor; mas semelhante suspeita não vingaria, tendendo
a que não é coisa verosímel alguém escrever assim.”
Encadernação antiga, com a lombada em pele.
539 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AGULHA EM PALHEIRO. Edição popular. Rio de
Janeiro. Empreza Democratica Editora. 1906. In-8.º de 223-I págs. E.
Muito rara contrafacção brasileira, cuja primeira edição foi também publicada no Brasil. Este exemplar
ostenta uma capa de brochura feita pelos editores, diferente das que registam os bibliógrafos José
e Manuel dos Santos: «Livraria Azevedo. Viuva Azevedo & C. Editores... Rio de Janeiro 1906».
Com as capas da brochura conservadas e revestido de boa encadernação com cantos e lombada em
pele;está aparado apenas à cabeça e conserva as capas da brochura.
540 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. // (MEMORIAS D’UMA
FAMILIA). // ROMANCE // POR // CAMILLO CASTELLO BRANCO. // PORTO // EM
CASA DE N. MORÉ - EDITOR, // PRAÇA DE D. PEDRO. // (...) // 1862. [Typ. de Sebastião
José Pereira]. In-8.º de XI-I-249 págs. E.
É a raríssima primeira edição do «Amor de Perdição», no dizer de Unamuno, “A novela de paixão
amorosa mais intensa e profunda que se tenha escrito na Península”.
Encadernação inteira em pele, moderna, com ferros e título dourados na lombada e fios nas pastas;
dourado à cabeça mas aparado. (ver gravura na pág. 158)
541 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. (Memorias d’uma Familia)
Segunda edição melhorada, e revista pelo author. Porto. Em Casa da Viuva Moré - Editora. 1864.
In-8.º de XVII-I-267-I págs. E.
Edição estimada e muito cuidada, com um prefácio de Camilo que não vem na primeira. É opinião de
Manuel dos Santos que os exemplares desta segunda edição são quase tão raros como os da primeira,
asseverando José dos Santos que são “talvez ainda mais raros que os da edição primitiva”.
Encadernação da época, danificada; com uma assinatura no anterrosto.
[156]
536 - ver pág. 156
540 - ver pág. 156
542 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. (Memorias d’uma Familia).
Terceira edição. Porto. Viuva Moré - Editora. 1869. In-8.º de 288 págs. E.
Terceira e invulgar edição da obra de Camilo que mais edições regista.
Encadernação da época; com falta do anterrosto e aparado.
543 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. (Memorias d’uma Familia).
Setima edição. Porto. Empreza Litteraria e Typographica - Editora. 1893. In-8.º gr. de 302 págs. E.
Edição que já muito raramente aparece no mercado.
Encadernação moderna, com a lombada em pele; tem as capas da brochura conservadas embora com
alguns defeitos; só de leve aparado à cabeça.
544 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. (Memorias d’uma Familia).
Oitava edição. Porto. Empreza Litteraria e Typographica - Editora. 1895. In-8.º de 303-I págs. E.
De uma Tirgem especial de 24 exemplares, sendo este o n.º 15 da tiragem de 4 em papel azul,
numerada de 13 a 16.
Encadernação inteira de pele, não contemporânea, tendo apenas conservada a capa da brochura da
frente, embora restaurada.
Com três ex-libris, dois dos quais da Biblioteca de Gustavo d’Ávila Perez.
545 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. (Memorias d’uma Familia).
S. Paulo. Livraria Teixeira. 1904. [Typ. Conde. Rua do Carmo, 23. S. Paulo]. In-8.º de 167-I-VIII
págs. E.
Rara contrafacção brasileira, em papel de mediana qualidade.
Encadernação com lombda e cantos em pele, não contemporânea; com o «Registo de Entradas», da
Biblioteca do Conde de Sucena; tem as capas da brochura conservadas, estando a da frente, com o título
a vermelho, ilustrada com a cena que representa a morte de Simão Botelho.
546 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. (Memorias d’uma Familia).
Rio de Janeiro. 1911. In-8.º de 191-I págs. E.
Só na capa da brochura vem o registo do editor: Empreza Romantica Editora. Edição brasileira, rara
como todas as contrafacções feitas naquele país, impressa em papel de inferior qualidade.
Com as capas da brochura preservadas e só aparado à cabeça ; encadernação com lombada e cantos
em pele, não contemporânea. Tem um carimbo no anterrosto.
547 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. (Memorias d’uma Familia).
S. Paulo. Livraria Magalhães. 1915. In-8.º de 185-I págs. E.
Rara como todas as contrafacções brasileiras deste romance de Camilo e, também como quase todas,
impressa em papel de má qualidade.
Encadernação com a lombada e cantos em pele, não contemporânea, sem o anterrosto e com carimbos.
548 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. Memorias d’uma Familia.
Casa Torres, Editora. Rua Buenos Aires, 335. Rio de Janeiro. In-8.º de 173-I págs. E.
Rara contrafacção brasileira, em papel inferior.
Conserva a capa da brochura anterior que representa, a cores, Mariana numa cela do Convento
de Monchique, assistida por duas freiras, vendo-se ao longe o barco que levava Simão Botelho.
Encadernação com a lombada em chagrin.
549 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDIÇÃO. (Memorias d’uma Familia).
In-8.º de 160 págs. E.
Edição rara, sem qualquer registo tipográfico ou data no frontispício mas sem dúvida impressa no
Brasil. Apenas a badana da capa da brochura, diz: “Buenos Aires, 304. A. Mendes”.
[159]
.../...
550 - ver pág. 161
Com as capas da brochura conservadas, a cores, reproduzindo-se na da frente a figura de
Mariana com um lenço na mão, sustentada por duas freiras, despedindo-se de Simão Botelho,
cuja embarcação se vê ao longe.
Encadernação moderna, com a lombada em pele.
550 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDICION. (Historia de una Familia).
Novela original portuguesa de Camilo Castello Branco. Traducida al castellano Por *** Madrid:
Imprenta de «La Nueva España». 1872. In-8.º de 214-II-IV págs. B.
Muito rara primeira edição castelhana, publicada sem o nome do tradutor, que foi, segundo Alberto
Pimentel no seu livro «Notas sobre o Amor de Perdição», o notável escritor Fernandez de los Rios. As
últimas quatro páginas inserem uma extensa e interessante carta de Luis Vidart, dirigida «Al Traductor
Español de la Novela de Camilo Castello Branco, titulada Amor de Perdicion». Muito rara.
(ver gravura na pág. 160)
551 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDICIÓN. (Historia de una Família).
Novela original portuguesa de Camilo Castello Branco. Traducida al castellano Por*** Thomas
Nelson and Sons, Ltd. Editores. París y en Edinburgo, Londres... S.d. [1916]. In-8.º de 288 págs. E.
Segunda edição castelhana, traduzida por Fernandez de los Rios. A edição, bastante cuidada, apresenta-se
adornada de uma interessante estampa colorida e comporta um belo «Prólogo» assinado por Azorín.
Encadernação em percalina, dos editores, com ferros e dizeres gravados a negro.
552 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDICIÓN. Versión castellana y prólogo de Manuel Casado Nieto. Ilustraciones de J. Narro. Luis Miracle, editor. Barclona. [1942].
In-8.º de 239-V págs. E.
Primeira edição do editor Luis Miracle, integrada na «Colección Antaño», com nova tradução feita
sobre a 5.ª edição portuguesa. Insere um valioso e extenso «Prólogo del Traductor» e ostenta interessantes ilustrações de J. Narro encimando o prefácio, os vinte capítulos e a conclusão do romance. Diz
Ávila Perez ao tratar desta edição que «Não há nenhuma edição em portuguêsque se assemelhe sequer
a esta interessantíssima edição espanhola. Esta é a 2ª versão espanhola do romance.
Encadernação dos editores.
553 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AMOR DE PERDICIÓN. Novela. Emecé Editores.
Buenos Aires. [1946]. In-8.º de 191-III págs. E.
Quarta versão feita sobre a quinta portuguesa, da autoria de Pilar de Lusarreta «acompanhada de uma
preciosíssima Nota Preambular em que a tradutora faz as mais elogiosas apreciações à obra do Mestre
indiscutível da novela passional como justamente chama a Camilo».
Encadernação dos editores.
554 — [CASTELO BRANCO (Camilo)].- AMORES DO DIABO. Romance por J. Cazotte,
precedido de sua vida, processo, prophecias e revelações por Gérard de Nerval. Vertido em
linguagem por Camillo Castello Branco. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto.
[1872]. In-8.º de 192 págs. E.
Muito cuidada versão portuguesa de Camilo do célebre romance de Cazotte. Edição original, bastante invulgar.
Tem, encadernado no mesmo volume, o romance «Como as Mulheres se perdem», de Amedée Achard,
traduzido por Lopo de Sousa, pseudónimo de Ana Plácido.
Encadernação com a lombada em pele, da época; um pouco aparado à volta.
555 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ANATHEMA. Publicado por F. G. da Fonseca. Porto:
Na loja de F. G. da Fonseca. 1851. In-8.º gr. de IV-314 págs. E.
Com os seguintes dizeres no terço superior do frontispício: «Obras de Camillo Castello Branco.
Romances Originaes. I».
É a primeira edição integral do romance, o primeiro que saiu da pena do glorioso romancista. Esta edição
apresenta bastantes diferenças em relação às que se lhe seguiram. Muito rara.
Boa encadernação nova, inteira em pele, com ferros dourados na lombada e nas pastas.
(ver gravura na pág. 162)
[161]
555 - ver pág. 161
556 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ANATHEMA. Romance original. 2.ª edição emendada.
Porto: Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1858. In-8.º gr. de 336 págs. E.
É o primeiro romance escrito por Camilo, anteriormente publicado no semanário literário «A Semana»,
trazendo um «Prefácio da Segunda Edição» e uma «Introducção», textos que não constam da edição
original. Edição invulgar, muito cuidada e em muito branco papel.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
557 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ANATHEMA. Romance Original. Terceira edição.
Porto. 1875. In-8.º de 276 págs. E.
Edição invulgar.
Com capas de brochura conservadas e revestido de bonita encadernação tendo a lombada decorada
com ferros a ouro.
558 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ANNOS DE PROSA. Romance por... A GRATIDÃO.
Romance. O ARREPENDIMENTO. Romance. Porto: Editor - Antonio José da Silva Teixeira.
1863. In-8º gr. de 284 págs. E.
Primeira edição do romance, bastante alterada em relação ao texto publicado no «Mundo Elegante»,
sob a denominação de «A Mulher que Salva».
Encadernação da época, com a lombda em pele. Assinatura antiga no anterrosto.
559 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AO ANOITECER DA VIDA. (Ultimos versos).
Lisboa. 1874. [Porto. Imprensa Litterario-Commercial]. In-8.º de XXIII-143-III págs. E.
Primeira e cremos que única edição até hoje publicada.
Encadernação moderna, com a lombada decorada com ferros a ouro, apresentando as respectivas capas
da brochura.
560 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O ASSASSINO DE MACARIO. Comedia em
trez actos. Versão livre por Camillo Castello Branco. Expressamente coordenada para a
festa artística do Actor Dias. Editores - N. & D. Deposito Geral - Livraria Lello. Porto.
1886. In-8.º de 160 págs. E.
Primeira edição da tradução de Camilo da comédia dos autores franceses Clairville, Alphonse Brot
e Victor Bernard, cujo cenário se situa na cidade do Porto.
Edição ilustrada com um retrato do Actor Dias.
Encadernação não contemporânea, com a lombada em pele.
561 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AVENTURAS DE BAZILIO FERNANDES ENXERTADO. Romance. Segunda edição. Livraria de António Maria Pereira - Editor. 1872. In-8.º de
235-I págs. E.
É muito invulgar esta primeira reimpressão do romance a que Alexandre Cabral chama de ”humorístico
e moralizante” e “que descreve o itinerário das conquistas galantes do fiho de um merceeiro abastado,
José Fernandes, de alcunha «o Enxertado», que se apaixona pela filha de um despachante da Afândega. (...)”
Boa encadernação com a lombada em pele, tendo o corte superior das folhas carminado, as restantes
margens intactas e as capas da brochura conservadas.
562 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O BEM E O MAL. Romance. Porto. Typographia do
Commercio. 1863. In-8.º de 216 págs. E.
São raros os exemplares desta primeira edição quando com o frontispício primitivo, frontispício que
o editor Campos Júnior viria a substituir na maioria dos exemplares de que a mesma constou.
Revestido de boa encadernação inteira de pele, com nervuras e dizeres dourados. Assinatura antiga ao
alto do frontispício. Com dois ex-libris, um dos quais, heráldico, da biblioteca de Pedro Alvellos.
[163]
563 — CASTELO BRANCO (Camilo).- BOHEMIA DO ESPIRITO. Porto. Livraria
Civilisação. 1886. [Typ. de Arthur José de Sousa & Irmão]. In-4.º de 454-II págs. E.
Primeira edição em volume de uma interessante colectânea de escritos, anteriormente vindos a lume
em diversas publicações periódicas. Esta colectânea abrange os vários géneros literários cultivados por
Camilo: jornalismo, história, dramaturgia, polémica, alguns prefácios e poesia.
Com um retrato de Camilo impresso em separado.
Encadernação simples, da época; x-libris heráldico de Pedro Alvellos; assinado no anterrosto.
564 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A BRAZILEIRA DE PRAZINS. Scenas do Minho.
Porto. Ernesto Chardron - Editor. 1882. In-8.º de 392 págs. E.
Primeira edição em livro deste estimado romance. Execução tipográfica muito cuidada, assente sobre
bom papel e decorada com belas letras iniciais.
Boa encadernação recente a amador.
565 — CASTELO BRANCO (Camilo).- OS BRILHANTES DO BRASILEIRO. Lisboa.
Livraria de Campos Junior - Editor. [Imprensa de J. G. de Sousa Neves. S.d. 1869]. In-8.º gr. de
256-II págs. E.
Exemplar da primeira e mais valiosa edição deste apreciado romance de Camilo.
Encadernação com a lombada e os cantos em pele, não contemporânea; manchas de acidez no frontispício; falta o anterrosto.
566 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A BRUXA DE MONTE-CORDOVA. Romance.
Lisboa. Livraria de Campos Junior - Editor. [S.d. Typographia de Sousa Neves]. In-8.º de 233-III págs. E.
Embora publicado sem data, sabe-se que este romance, que se desenrola entre 1828 e 1867 e tem como
cenário as campanhas liberais no norte de Portugal, foi escrito e publicado em 1867.
Edição original, estimada e bastante invulgar.
Boa encadernação à amador, nova.
567 — CASTELO BRANCO (Camilo).- [BUSTO DE CAMILO EM RELEVO NUMA PLACA
EM BRONZE]. Não assinado. Dim. 187 x 285 mm.
568 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CALECHE // (...) // FOLHETIM // Escripto pelo snr.
Camillo Castello Branco, publicado // no NACIONAL de 19 de Dezembro. [No fim: PORTO TYP. DE J. LOURENÇO DE SOUZA // Rua do Bonjardim n.º 649. S.d. 1849]. In-8.º gr.
de 15--I págs. E.
Os dizeres transcritos mais os que a seguir se reproduzem vêm na primeira página, visto que o folheto não
tem frontispício propriamente dito. Depois do título, O CALECHE, lê-se o seguinte: “Ou o requerimento que o jornal a NAÇÃO, publicou / pedindo a S. M. a senhora D. Maria II. demita dos / seus
conselhos, e de ministro do reino, ao conde de / Thomar, por crime de peita: ou de dar uma com- /
menda por um caleche no anno de 1849, seguido do / FOLHETIM / Escripto pelo snr. Camillo
Castello Branco, publicado / no NACIONAL de 19 de Dezembro”.
É a primeira e raríssima edição destes dois curiosos escritos de Camilo, o primeiro dos quais anteriormente publicado no jornal lisbonense «A Nação» e o segundo no diário portuense «Nacional».
Ver Nº 176 da «Revista Bibliographica Camiliana» de Manuel dos Santos que reproduz integralmente
esta valiosíssima espécie bibliográfica camiliana.
Encadernação inteira em pele, não contemporânea; um pouco aparado; ex-libris heráldico de Pedro
Alvellos.
569 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CALECHE. Fragmento d’um drama inedito
intitulado o Valido e a Rainha. [Brinde da Casa Moreira da Costa (Filha).] Pôrto. S.d. In-8.º peq.
de IV págs. B.
Exemplar da tiragem especial de 100, numerados, em papel couché. (ver gravura na pág. 165)
[164]
570 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CANCIONEIRO ALEGRE DE POETAS PORTUGUEZES E BRAZILEIROS. Commentado por... Livraria Internacional de Ernesto Chardron Editor. 1879. [Porto: 1879. Typ. de A. J. da Silva Teixeira]. In-8.º de XIX-I-550 págs. E.
Primeira e rara edição deste célebre e interessantíssimo livro de Camilo, numa muito esmerada edição
executada sobre excelente papel. Nesta colectânea foram coligidos e comentados os seguintes poetas:
Guerra Junqueiro, Fernando Caldeira, João de Deus, Diogo de Macedo, Gil Vicente, Tomás Ribeiro, Xavier
da Cunha, Brás Luís de Abreu, Caetano Filgueiras, anónimo [o próprio Camilo, segundo informação
recolhida no «Dicionário de Camilo Castelo Branco» de Alexandre Cabral], Luís Ferreira Girão, Gonçalves
Crespo, Álvares de Azevedo, Francisco de Sá, Tomás Pinto Brandão, Jorge de Aguiar, J. de Sousa Andrade,
Guilherme de Azevedo, Cláudio José Nunes, Teodoro de Sá Coutinho, Paulino Cabral, Eduardo Vidal,
Macedo Papança, Nunes da Ponte, Camões, Correia de Almeida, António de Cabedo, Gonçalves Dias,
Sousa Viterbo, Garrett, Azevedo Castelo Branco, Barão de Roussado, M. Duarte de Almeida, Simões Dias,
Menezes Paredes, Donnas Boto (Luís Maria de Carvalho Saavedra), Bocage, Correia Garção, conde
de Azevedo, Alexandre da Conceição, Alfredo de Carvalhais, Joaquim da Costa Cascais, Castilho, João
Penha, F. Moniz Barreto, Guilherme Braga, Antero, Casimiro de Abreu, Pedro Dinis, Francisco Palha,
visconde da Pedra Branca (Domingos Borges de Barros), Bulhão Pato, Augusto Soromenho, Palmeirim,
Gomes de Amorim, Fagundes Varela, Gomes Leal, Faustino Xavier de Novais e Camilo Castelo Branco.
Encadernação com cantos e lombada em pele, não contemporânea. Vestígios de deicatória no anterrosto,
alheia ao autor.
571 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CANCIONEIRO ALEGRE DE POETAS PORTUGUEZES E BRAZILEIROS. Comentado. Segunda edição, seguida dos CRITICOS DO
CANCIONEIRO. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron... 1887. 2 vols. In-8.º gr.
de XVI-320 e 328 págs. E.
Edição de muito apurada execução gráfica, preferível à primeira. Nela vêm incorporados os Críticos
do Cancioneiro, constituídos pelas interessantes críticas ao Cancioneiro Alegre, da autoria dos mais
notáveis escritores contemporâneos.
EXEMPLAR Nº 3 DA VALIOSA TIRAGEM ESPECIAL DE 25, EM PAPEL DE LINHO, ASSINADOS
PELOS EDITORES.
Encadernações cuidadas, com cantos e lombadas em pele, só de leve aparados à cabeça e com as capas
da brochura conservadas.
572 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CARRASCO DE VICTOR HUGO JOSÉ ALVES.
Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto. 1872. [Imprensa da Livraria Franceza
e Nacional]. In-8.º de 252-IV págs. E.
Primeira edição, que é, no essencial, o que Camilo havia escrito no inacabado livro «A Infanta
Capelista».
Encadernação da época, com a lombada em pele; assinatura antiga no anterrosto.
573 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CARRASCO DE VICTOR HUGO JOSÉ ALVES.
Porto. Livraria Chardron. 1902. [Imprensa Moderna]. In-8.º de 238-II págs. E.
Segunda edição.
Encadernação antiga, com a lombada em pele, tendo as capas da brochura, mas um pouco aparado.
574 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CARTAS DE CAMILLO. Porto. Imprensa Portugueza.
1917. In-8.º de 95-I págs. E.
29 cartas publicadas, prefaciadas e com notas pelo Conde de Paçô-Vieira, todas inéditas até então.
Encadernação com a lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
569 - ver pág. 164
575 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CARTAS DE CAMILO A EDUARDO DA COSTA
SANTOS. Com um prólogo de Júlio Brandão. Editores: Fernando Machado & Cª, Ldª. Porto.
[1923]. In-8.º de XXIII-I-165-I págs. E.
É muito interessante o prólogo de Júlio Brandão, onde se diz que “além de vária documentação
[166]
.../...
preciosa, um outro valor as torna vivas, sangrentas, singularmente doloridas. É o drama dos últimos
anos da vida de Camilo - em que a Dor parece espiar, trágicamente, a figura esquelética e desventurada
do grande homem de letras”. Com o fac-símile de uma carta de Camilo.
Sóbria encadernação com a lombada em pele, com nervuras e dizeres dourados; carminado à cabeça
e com as restantes margens intactas.
581 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A CAVEIRA DA MARTYR. Romance histórico, em
seguimento da Filha do Regicida. Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira & Compª. 1875-1876. [Typ. Editora]. 3 Vols. In-8.º de 224, 206 e 158 págs. E. em 1.
576 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CARTAS DE CAMILO AO EDITOR MATOS
MOREIRA. Com uma notícia por Júlio Dias da Costa. Lisboa. Tip. da Emprêsa Nacional
de Publicidade. 1928. In-8.º gr. de 66 págs. E.
Muito apreciado e estimado romance histórico, considerado como uma das melhores obras do autor.
Primeira e rara edição, “que seria vulgar, se escrúpulos religiosos do editor o não retirassem há oito
anos do comércio”, como informa Camilo no prefácio de «Os Ratos da Inquisição» de António Serrão
de Castro.
Encadernação antiga, com a lombada em pele decorada com nervos, título e ferros dourados; assinado
no anterrosto do primeiro volume.
577 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CARTAS DE CAMILLO CASTELLO BRANCO.
Com um prefacio e notas de Silva Pinto. Lisboa. Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão.
1895. In-8.º de XX-162 págs. E.
Edição estimada, muito pouco vulgar.
Boa encadernação à amador, nova, com a lombada decorada com nervuras, título e ferros dourados em
casas fechadas; só levemente aparado à cabeça e com as capas da brochura resguardadas.
Edição executada sobre papel acetinado, naturalmente muito reduzida.
Encadernação simples, com as capas da brochura preservadas.
Primeira edição desta excelente colectânea de cartas, algumas das quais do maior interesse. Edição
cuidadosamente executada e ornada de vinhetas, letras capitais, etc.
Encadernação com a lombada em pele, só aparado à cabeça, mantendo conservada a artística capa da
brochura da frente.
578 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CARTAS INEDITAS DE CAMILLO CASTELLO
BRANCO AO 1º CONDE DE AZEVÊDO. Coordenadas, annotadas e seguidas de traços biographicos d’este titular pelo 2º Conde de Azevêdo. Com um Prefacio do Dr. Augusto de Castro.
Coimbra Editora, Lim.dª. Coimbra - 1926. In-4.º de XIX-410-II págs. E.
Importante colectânea de correspondência do grande romancista, ilustrada com fac-símiles de algumas
das suas cartas, retratos e estampas diversas, tudo impresso em separado. Com um retrato de Camilo
em folha à parte. Edição limitada a 500 exemplares.
N.º 11 DE UMA TIRAGEM ESPECIAL DE 15, EM PAPEL VELINO MUITO ENCORPADO, justificação que apens se encontra nos exemplares da tiragem vulgar,
Bela encadernação inteira em pele, com nervos e ferros a ouro na lombada e em ambas as pastas,
mantendo conservadas as capas da brochura.
579 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CAVAR EM RUINAS. Lisboa. Livraria de Campos
Junior - Editor. [Imprensa de J. G. de Sousa Neves. S.d. - 1867?]. In-8.º de 252-II págs. E.
Interessante miscelânea de narrativas e notícias históricas, bastante rara nesta sua edição original.
Constam do livro os seguintes escritos: «As Moscas», «Frades», «Ursos e um Duque de Bragança»,
«O Primeiro Inquisidor Portuguez», «Uma Epistola de Garrett e o Porto», «O Mosteiro de Lessa»,
«Frei João Lopes», «A Vida Picaresca», «O Bispo e a Misericordia do Porto», «O Habito de Frei
Diogo», «Os Sinceiraes de Coimbra», «O Forra-gaitas», «Versos a Joanninha e á Lua», «Aviso aos
Adulteros», «Outro Aviso», «Um Sermão de Santa Maria Magdalena», «O que são os Ventos?»,
«Mephisopheles e Maria Antonia», «O Meu Condiscipulo».
Encadernação com a lombada em pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
preservadas, com assinatura antiga na da frente. Ex-libris camilianos de Gustavo d’Ávila Perez
e Pedro Alvellos.
580 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CAVAR EM RUINAS. 2ª edição. Lisboa. Livrarias de
Campos Junior - Editor. [Imprensa de J. G. de Sousa Neves. S.d. - 1867]. In-8.º de 252-IV págs. E.
É opinião de Manuel dos Santos e Henrique Marques de que se trata da 1ª edição, com as primeiras
e as últimas 16 páginas reimpressas, o que, em confronto com um exemplar da primeira edição,
pudemos constatar.
Encadernação com lombada e cantos em pele, um pouco coçada, tendo conservadas as capas da brochura.
Ex-libris camilianos de Gustavo d’Ávila Perez e de Pedro Alvellos.
[167]
582 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A CAVEIRA DA MARTYR. Segunda edição. Lisboa.
Tavares Cardoso & Irmão. 1902. [Porto]. In-8.º de VIII-531-III págs. E.
583 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CEGO DE LANDIM. Novela. Edição de Fomento
de Publicações, Lda. Lisboa. S.d. In-8.º de 47-I págs. E.
Conto extraído de «As Novelas do Minho», primeiro da colecção «Mosaico», “pequena antologia de
obras primas, com direcção literária de Manuel do Nascimento”.
Encadernação com a lombada em pele e as capas da brochura conservadas.
584 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CEM CARTAS DE CAMILO. Coordenadas e anotadas por
L. Xavier da Costa. Lisboa. Portugal - Brasil Limitada. [S.d. - 1919]. In-4.º de XVI-160 págs. E.
De páginas VII a XV decorre um interessante «Proemio» de Xavier Barbosa. Conjunto de cartas de
elevado interesse para a biografia do grande prosador. Com numerosas estampas impressas em separado.
Encadernação com a lombada em pele à cor natural, tendo a lombada discretamente decorada com
nervos, título e ferros a ouro. Levemente aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
585 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SCENAS CONTEMPORANEAS. II. Editor, A. J. da
S. Teixeira. Porto: Typographia de Faria Guimarães. 1855. In-8.º gr. de 320-II págs. E.
Segundo dos três livros subordinados a este título comum, este comportando, entre outros, os escritos
«Uma Praga Rogada nas Escadas da Fôrca» e «Poesia ou Dinheiro». Primeira e muito rara edição.
Encadernação inteira em pele, solta do volume; frontispício com manchas de acidez.
586 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SCENAS CONTEMPORANEAS. 2.ª edição. Porto:
Em Casa de Cruz Coutinho — Editor. 1862. In-8.º gr. de 207-I págs. E.
Segunda edição dos escritos aqui reunidos, entre os quais se encontra «Uma praga rogada nas escadas
da forca», pela primeira vez aparecida no Almanach do Povo. No mesmo volume está encadernada
a segunda edição de «O Que fazem mulheres», publicada em 1863.
Encadernação com a lombada em pele decorada com ferros e dizeres dourados, da época.
587 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SCENAS DA HORA FINAL. Traduzidas do inglez
e prefaciadas por Camillo Castello Branco. Porto. Livraria Portuense. 1878. [Typ. Occidental].
In-8.º de 103-I págs. B.
Exemplar da edição original, só reeditada em 1965 pela Editorial Domingos Barreira.
588 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SCENAS INNOCENTES DA COMEDIA HUMANA.
Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1863. [Imprensa de Sousa Neves]. In-8.º de 241-III págs. E.
Colectânea de vários escritos dados a lume em diversas publicações periódicas e nesta edição pela
primeira vez reunidos. Rara.
Encadernação simples; com a capa da brochura da frente preservada e aparado. Ex-libris de Eugénio
Sales e a sua assinatura no frontispício.
[168]
589 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SCENAS INNOCENTES DA COMEDIA HUMANA.
Segunda Edição. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira - Editor. 1873. In-8.º de 239-I págs. E.
Edição pouco frequente. Parte das narrativas que constituem o volume já tinha sido publicada em
várias revistas da época.
Com as capas da brochura resguardadas; encadernação simples, com a lombada em pele.
590 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MEDALHAS CAMILIANAS EM BRONZE. 5 Medalhas
de diferentes e conceituados artistas: JOÃO DA SILVA, medalha muito rara, com o busto de Camilo
e no verso os seguintes dizeres: Centenário / de / Camilo / 1825 16 de Março 1925. Diam. 40 mm.;
RAUL XAVIER, tendo à volta da cabeça de Camilo a legenda: Camillo Castello Branco 1825-1890.
Diam. 85 mm.; JOSÉ DE MOURA, cabeça de Camilo com o seu nome e a data 1825 /1890. Dim. 83
x 104 mm.; CABRAL ANTUNES, tem o busto de Camilo, a data 1825 /1890 ao alto, o seu nome na
base e texto biográfico no verso. Dim. 49 x 67 mm.; [IRENE] VILAR, busto de Camilo numa face e,
no verso, uma cadeira, o nome do romancista e a data do seu nascimento e morte, edição INCM, numerada, formato irregular com as seguintes dimensões máximas: 75 x 82 mm.
Conjunto de cinco belas medalhas em bronze.
591 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CLERO E O SR. ALEXANDRE HERCULANO.
Lisboa. Imprensa de Francisco Xavier de Souza. 1850. In-8.º de 19-I págs. E.
Opúsculo pertencente à célebre polémica «Eu e o Clero», publicado anónimo e bastante invulgar nesta
sua edição inicial.
Encadernação à amador, de recente factura. Com dois ex-libris camilianos.
592 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CLERO E O SR. ALEXANDRE HERCULANO.
Lisboa. Imprensa de Francisco Xavier de Souza. 1850. [Aliás, Casa Ventura Abrantes. Lisboa.
S.d.]. In-4.º de 14 págs. E.
Embora sem o nome do autor, é a resposta de Camilo a Alexandre Herculano sobre a polémica
questão «Eu e o Clero».
Primeira reimpressão isoladamente publicada, em tiragem confinada a 150 exemplares manualmente
numerados, já bastante invulgares.
Encadernação simples, com as capas da brochura conservadas.
593 — CASTELO BRANCO (Camilo).- COISAS ESPANTOSAS. Romance. Lisboa. Livraria
de Antonio Maria Pereira. 1862. In-8.º de 224 págs. E.
Disse Teófilo Braga que “Por quase toda a sua obra, Camilo deixou escapar referências autobiográficas,
podendo recompor-se por elas a sua individualidade original, desde os primeiros anos da vida da
aldeia, até aos dias amargos da doença, do esgotamento intelectual e do desespero, que o levou ao
suicídio”, dizendo Alexandre Cabral que Coisas Espantosas é um desses exemplos. Trata-se da
primeira e bastante rara edição deste estimado romance.
Encadernação com a lombada em pele, apresentando as capas da brochura manchadas e restauradas,
mas apenas e só de leve aparado à cabeça.
594 — CASTELO BRANCO (Camilo).- COISAS ESPANTOSAS. Romance. Segunda Edição.
Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1864. [Imprensa de J. G. de Sousa Neves]. In-8.º
de 254 págs. E.
Edição cuidada, estimada e muito pouco frequente. Encadernação à amador, nova, com as capas da
brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça. (ver gravura na pág. 169)
594 - ver pág. 170
595 — CASTELO BRANCO (Camilo).- COMO DEUS CASTIGA E ESPARSOS. 1918. Casa
Ventura Abrantes. Lisboa. In-8.º gr. de 110 págs. E.
O último escrito - «Palavras aos desgraçados» - tem no fim a seguinte nota: “Communicação recebida
pelo medium Fernando de Lacerda, em 20 de abril de 1913. (“O Suicidio suas causas e seus effeitos”,
[170]
.../...
por F. Chaves).
Exemplar n.º 12 da Tiragem especial de 13, em melhor papel, rubricados pelo editor.
Encadernação com lombada e cantos em pele, decorada com ferros a ouro; aparado só à cabeça e com
as capas da brochura preservadas.
Portugal», «Portugal há quatrocentos anos», «Saudade», «Folhetim científico», «Hidroterapia»,
«O académico ambicioso», «Uma glória nacional», «Almeida Garrett», «Um parente de cincoenta
e três monarcas», «Goethe aos escritores», «Hospitais do Porto», «José Droz» e «Dezassete anos depois».
Publicação bastante rara.
Encadernação com a lombada em pele, tendo preservadas as capas da brochura com pequenos restauros
na da frente; só de leve aparado à cabeça.
596 — CASTELO BRANCO (Camilo).- COMPENDIO DA VIDA E FEITOS DE JOSÉ BALSAMO, chamado O Conde de Cagliostro ou o Judeo Errante, tirado do processo formado
contra elle em Roma no anno de 1790 e que póde servir de regra para conhecer a indole da seita
dos franc-maçons. Traduzido do italiano. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto.
1874. In-8.º de XVIII-162-II-10 págs. E.
602 — CASTELO BRANCO (Camilo).- COUSAS LEVES E PESADAS. 2ª edição. Porto. Em
Casa de Luiz José d’Oliveira - Editor. 1867. [Typographia de A. J. da Silva Teixeira]. In-8.º gr.
de 235-I págs. E.
597 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CONDEMNADO. Drama em tres actos e quatro
quadros. Rio de Janeiro. Na Livraria de Cruz Coutinho. 1871. [Typ. Franco-Americana]. In-8.º
de 78-I págs. E.
603 — CASTELO BRANCO (Camilo).- OS CRITICOS DO CANCIONEIRO ALEGRE.
Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Editor. Porto e Braga. MDCCCLXXIX. [Porto.
1879. Typ. de A. J. da Silva ]. In-8º de IX-I-51-I-17-I págs. E.
Alexandre Cabral diz que a tradução é devida a A. Sanchez. No «Prefacio do Edictor» vem reproduzido o artigo «José Balsamo em Lisboa», que Camilo havia primitivamente publicado num periódico
portuense. Primeira edição, muito pouco vulgar.
Encadernação antiga, com a lombada em pele; capas da brochura conservadas, mas um pouco aparado.
O livro insere-se na campanha de reabilitação empreendidada por Camilo em favor do seu amigo
Vieira de Castro. Raríssima primeira edição brasileira, publicada um ano depois de publicada a primeira
portuguesa.
Com a capa da brochura da frente conservada, mas modestamente encadernado. Ex-libris camiliano
de Gustavo d’Ávila Perez.
598 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O CONDEMNADO. Drama em tres actos e quatro
quadros. Vende-se na Livraria de J. E. da Cruz Coutinho - Editor. 1882. In-8.º de 209-I págs. E.
Trata-se de uma separata da primeira edição de «Como os anjos se Vingam», com novos anterrosto, rosto
e capas de brochura, separata feita para ser integrada na «Bibliotheca de João E. da Cruz Coutinho».
Encadernação simples, com falta da capa da brochura posterior e algo aparado.
599 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CORAÇÃO, CABEÇA E ESTOMAGO. Lisboa.
Livraria de Antonio Maria Pereira. 1862. In-8.º de IV-226 págs. E.
Alexandre Cabral, «Dicionário de Camilo Castelo Branco»: “Para desagravo da «Amante querida»
(Ana Plácido) o editor da obra põe o (tolo) Silvestre a escrever coisas (pertinentes) como estas:
«Cansei-me de ouvir dizer que a segunda cidade de Portugal é um enxame de moedeiros falsos, de
contrabandistas, de mercadores de negros, de exportadores, e de magistrados de alquilaria (...)”
Um dos poucos romances de Camilo que não foi originalmente publicado nos jornais da época.
Exemplar da primeira e mais invulgar edição.
Encadernação com cantos e lombada em pele. Um pouco aparado
600 — CASTELO BRANCO (Camilo).- CORAÇÃO, CABEÇA E ESTOMAGO. Romance.
Segunda edição melhorada. (Precedida de uma critica do sr. A. A. Teixeira de Vasconcellos).
Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1864. In-8.º de XXII-226 págs. E.
Edição aumentada com uma espécie de prefácio «Da Segunda Edição», do editor, e com uma extensa
apreciação crítica de Teixeira de Vasconcelos. Invulgar.
Encadernação da época. Aparado.
601 — CASTELO BRANCO (Camilo).- COUSAS LEVES E PESADAS. Porto. Em Casa de Luiz
José d’Oliveira - Editor. 1867. [Typographia de A. J. da Silva Teixeira]. In-8º gr. de 235-I págs. E.
Primeira edição colectiva dos escritos reunidos no volume, anteriormente saídos em várias publicações
e agora coligidos em edição da «Biblioteca do Carroção».
Para além do prefácio do autor esta interessante miscelânea reune os seguintes textos: «Dous corações
guisados», «Estudantes portugueses em Salamanca (1640)», «O primeiro baile de máscaras em
[171]
.../...
Ao alto do frontispício lê-se ainda: BIBLIOTHECA DO CARROÇÃO. Com novos rosto e anterrosto
e indicação de sua edição, tentaram os editores com meros subterfúgios comerciais fazer passar esta
primeira edição por segunda.
Encadernação à amador, nova, com as capas da brochura resguardas e só muito levemente aparado à cabeça.
Alaxandre Cabral: “A edição do Cancioneiro Alegre de Poetas Portugueses e Brasileiros, deu origem
a uma polémica de múltiplas ramificações, que Camilo coligiu em opúsculo, nesse mesmo ano, com
o título Os Críticos do Cancioneiro Alegre. Para justificar a aspereza das suas réplicas, escreve na
«Advertência» do folheto: «Da contextura da resposta depreende-se a índole do ataque. (...)” As 17
págs. finais trazem «A Critica benevola». É a primeira edição deste curioso e violento opúsculo.
Embora restauradas, conserva as capas da brochura. Boa e recente encadernação com lombada
e cantos em pele.
604 — CASTELO BRANCO (Camilo).- DELICTOS DA MOCIDADE. Primeiros attentados
litterarios de... Porto. Livraria Civilização. MDCCCLXXXIX. [Typographia Elzeviriana]. In-8.º
de XII-IV-269-I págs. E.
Trata-se da primeira edição deste interessante livro que inclui os primeiros escritos de Camilo: Os
Pundonores desagravados; Communicado; Principios para uma consequencia; Algumas flores para um
triumpho, etc. Prefácio de Freitas Fortuna. Edição cuidada, impressa em excelente papel.
Com as capas de brochura preservadas, só aparado à cabeça e revestido de boa encadernação com
a lombada em pele, recente.
605 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O DEMONIO DO OURO. Romance original. Lisboa.
Livraria Editora de Matos Moreira & Compª. 1873-1874. 2 vols. In-8.º gr. de 211-I e 221-III págs. E.
Primeira edição deste interessantíssimo romance, adornado de quatro gravuras assinadas por Rafael
Bordalo Pinheiro e abertas em madeira por Severini.
Camilo: «As cenas deste primeiro livro são bastantemente ricas da onda do ouro que cai estrondeando desgraças na sua corrente; virá depois o outro livro, onde o ouro sacratíssimo do trabalho, empolgado pelos grifos do demónio, e sacudindo às rebatinhas, alastrará de sangue o chão onde caír, como
a chuva de betume candente, sobre as cidades malditas.”
Encadernação com as lombadas em pele, tendo preservadas as capas da brochura.
(ver gravura na pág. 173)
606 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A DIFFAMAÇAO DOS LIVREIROS SUCCESSORES
DE ERNESTO CHARDRON. Porto. Livraria Civilisação. 1886. In-8.º gr. de 32 págs. B.
––– LUGAN & GENELIOUX.- A DEFESA DOS LIVREIROS SUCCESSORES DE ERNESTO
CHARDRON. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. 1886. In-8.º gr. de 74-II págs.
Opúsculos polémicos muito curiosos e estimados, suscitados pelo aparecimento do livro «A Propriedade
Litteraria», dado a lume por Lugan & Genelioux. Invulgares.
O 1º opúsculo tem dedicatória de Camilo, a que serve de assinatura o seu nome impresso. Com as
capas da brochura conservadas, embora as do segundo opúsculo estejam danificadas e o mesmo
apresente um defeito no anterrosto.
[172]
607 — CASTELO BRANCO (Camilo).- DIVINDADE DE JESUS E TRADIÇAO APOSTOLICA.
Com uma carta dirigida ao auctor pelo sr. Visconde d’Azevedo. Porto: Em casa de Viuva Moré
- Editora. 1865. [Typ. de Francisco Gomes da Fonseca]. In-8.º gr. de XXXVII-I-190-II págs. E.
Os escritos aqui reunidos e pela primeira vez publicados em volume, já haviam sido dados a lume nos
semanários católicos «A Cruz» e «O Christianismo».
Para além da carta do Visconde d’Azevedo dirigida a Camilo, datada de 3 de Fevereiro de 1865
e anunciada no frontispício, esta edição conta ainda com a transcrição de uma outra carta, assinada por
Camilo Castello Branco, dirigida ao Visconde d’Azevedo e datada de 1 de Janeiro do mesmo ano.
Edição executada com apreciável cuidado gráfico e impressa sobre papel muito alvo.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
608 — CASTELO BRANCO (Camilo).- DIVINDADE DE JESUS E TRADIÇÃO APOSTOLICA.
Com uma carta dirigida ao auctor pelo Snr. Visconde d’Azevedo. 2ª edição. João E. da Cruz
Coutinho - Editor. Porto. 1883. In-8.º de XXXVI-171-I págs. E.
A carta do Visconde de Azevedo ocupa as págs. VII a XXXVI, seguindo-se-lhe uma também extensa
carta de resposta assinada por Camilo.
Modestamente encadernado e com falta da capa da brochura posterior.
609 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A DOIDA DO CANDAL. Edição definitiva revista
e corrigida pelo auctor. Illustrações de varios artistas portuguezes e estrangeiros. Campos & Cª
- Editores. Lisboa. 1888. [Lisboa. Typographia Luso-Brazileira. 1887]. In-8.º gr. de 294 págs. E.
Terceira e muito cuidada edição, nítida e esmeradamente executada sobre bom papel. A edição saíu
apenas com uma ilustração, colocada entre as págs. 154 e 155, com a legenda “Enlouquecera”.
Capa da brochura da frente ilustrada com um retrato de Camilo e uma figura alegórica. Encadernação
cansada.
610 — CASTELO BRANCO (Camilo).- D. ANTONIO ALVES MARTINS. Bispo de Vizeu.
Esboço Biographico. Segunda edição. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. 1889.
In-8.º de 36 págs. E.
Reedição muito pouco frequente.
Encadernação com a lombada em pele e com as capas da brochura conservadas.
611 — CASTELLO-BRANCO (Camilo).- D. LUIZ DE PORTUGAL, Neto do Prior do Crato
(Quadro Historico) 1601-1660. Segunda edição. Porto. Livraria Chardron. 1896. In-8.º de 154
págs. E.
Edição cuidada, pouco frequente.
Encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
612 — CASTELO BRANCO (Camilo).- DOZE CASAMENTOS FELIZES. Romances originais de... Porto, na Typographia da Revista. 1861. In-8.º gr. de 255-I págs. E.
Desta obra disse Camilo: “Do livro publicado com o título Doze Casamentos Felizes escrevi seis ou
sete na cadeia. Senti prazer naquelas ficções, e orgulhei-me de ter nelas imaginado a vida como ela
podia ser, sem desbarato do divino engenho que bafejou o lodo dos corações.” Muito rara primeira
edição colectiva de «Doze Casamentos Felizes», alguns dos quais já anteriormente publicados na
«Revista Contemporanea de Portugal e Brazil» e na «Revolução de Setembro».
Boa encadernação à amador, de recente execução. Só de leve aparado à cabeça.(ver gravura na pág. 175)
613 — CASTELO BRANCO (Camilo).- DUAS CARTAS DE CAMILLO CASTELLO BRANCO
AO DR. JOÃO ANTONIO SANTOS E SILVA. Com um prefácio do Engenheiro Raul César
Ferreira. Lisboa. 1929. [Tipografia de Fernandes & Cª, Lda]. In-4.º de 15-I págs. E.
605 - ver pág. 172
Além das duas mencionadas cartas, o opúsculo transcreve ainda, de «Noites de Insomnia», um elogio
a Santos e Silva.
Edição limitada a 100 exemplares, numerados e assinados pelo editor.
Encadernação modesta, mas com as capas da brochura conservadas.
[174]
614 — CASTELO BRANCO (Camilo).- DUAS EPOCHAS NA VIDA. Porto. Typographia de
A. da S. Santos. 1854. In-8.º de 243-I págs. E.
Primeira edição colectiva das poesias de Camilo, muitas das quais anteriormente publicadas em vários
periódicos, tendo o autor introduzido quase sempre alterações não só nos títulos, datas ou epígrafes,
mas também na disposição das estrofes.
Encadernação nova, com cantos e lombada em pele decorada com nervos, título e ferros decorativos
a ouro.
615 — CASTELO BRANCO (Camilo).- DUAS ÉPOCAS DA VIDA. Segunda edição melhorada
Incluindo o Folheto intitulado HOSSANA. Tomo I - Preceitos do Coração. [Tomo II - Preceitos
da Consciencia]. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1865. 2 vols. In-8.º de 142-II e 148-II págs. E. em 1.
As págs. 3 e 4 do 1º tomo comportam um «Prefacio da Segunda Edição». Traz a mais do que a edição
original a poesia intitulada «A Beneficencia», além do folheto «Hossana», anunciado no próprio rosto
da obra acima transcrito. Muito invulgar.
Encadernação não contemporânea, com cantos e lombada em pele; conserva a capa de brochura, feita
para acondicionar os dois volumes, e está aparado apenas à cabeça.
616 — CASTELO BRANCO (Camilo).- DUAS HORAS DE LEITURA. 2ª edição augmentada.
Porto, Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1858. In-8.º gr. de 174 págs. E.
Esta segunda edição, bastante rara, compreende os quatro seguintes escritos: «Dous Sanctos não
beatificados em Roma»; «Impressão indelevel»; «Sete de Junho de 1849» e «Do Porto a Braga».
A primeira edição trazia apenas o primeiro e o quarto escritos.
Com a capa da brochura anterior conservada e só de leve aparado à cabeça. Com manchas no pé da capa
e das primeiras folhas.
617 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ECHOS HUMORISTICOS DO MINHO. Carta
ao “Cruzeiro”. Publicação quinzenal. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto. 1880.
4 opúsculos In-8.º gr. Desenc.
Textos originalmente publicados em forma epistolar no jornal brasileiro «O Cruzeiro». Colecção completa,
bastante invulgar.
618 — CASTELO BRANCO (Camilo).- EN KÄRLEKENS MARTYR. Familjehistoria af
Camillo Castello Branco. Efter Portugiska Originalets Sjätte Upplaga (1887). Ofversatt af Johan
Vising. Stockholm. P. A. Nortedt & Söners Förlag. [Stockholm 1889]. In-8.º gr. de II-IV-169
págs. E.
Esta valiosa e muito rara tradução, que em sueco significa «Um Martir do Amor», foi publicada em
1889 sobre a sexta edição portuguesa de 1887, portanto ainda em vida do autor, que dela teve conhecimento.
Alberto Pimentel ocupou-se largamente desta tradução no seu livro «Notas sobre o Amor de Perdição
e a seu respeito nele se encontra pormenorizada descrição, incluindo até a tradução de todo o interessante prefácio do livro de Ávila Perez sôbre «As Traduções do Amor de Perdição» e nele se lê que no
referido prefácio se explica «por forma curiosa a razão por que o Sr. Johan Vising fez vários cortes na
versão do romance», dizendo este que «mesmo assim (depois das supressões e modificações) ainda
ficam torrentes de lágrimas e maldições e longas frases contemplativas».
Modestamente encadernado. Frontispício manchado pela cola de um ex-libris colado no seu verso.
Tem no frontispício o ex-libris-carimbo de Mário de Caires (ver gravura na pág. 177)
612 - ver pág. 174
619 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A ENGEITADA. Romance. Porto. Typographia do
Commercio. 1866. In-8.º de 291-I págs. E.
Alexandre Cabral: o livro “É dedicado ao Juiz da Relação do Porto, Manuel de Freitas Costa, que
lhe contou a história (insólita em vários sentidos) de certos amores. O autor confessa na dedicatória
[176]
.../...
que, obrigado pelas exigências do ofício, lhe introduziu notáveis alterações. A acção decorre no
período conturbadíssimo da 2ª invasão dos franceses e desenvolve-se em tempos distintos, até chegar
à contemporaneidade.” Romance estimado, bastante invulgar nesta sua edição original.
Encadernação com a lombada em pele com título e ferros dourados.
620 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A ENGEITADA. Lisboa. Livraria de Campos Junior Editor. [S.d. 1866]. In-8.º de 291-I págs. E.
Variante da primeira edição, com nova impressão do anterrosto e do frontispício. Muito invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele, danificada.
621 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ESBÔÇO DE CRITICA. OTHELO O MOURO DE
VENEZA DE WILLIAM SHAKESPEARE. Tragedia em cinco actos, tradusida para portuguez
por D. Luiz de Bragança. Porto. Livraria Civilização. 1886. In-8.º gr. de 80 págs. E.
Alexandre Cabral: “Para corresponder à graça realenga do título de visconde (1885), Camilo decide-se
a escrever uma apreciação amável à tradução portuguesa da tragédia de Shakespeare (...) feita por
D. Luís de Bragança. (...)” Exemplar da edição original.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele; capa da brochura da frente preservada; com manchas
de acidez, defeito comum a quase todos os exemplares desta obra.
622 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ESBOÇOS DE APRECIAÇÕES LITTERARIAS. Porto:
Em Casa da Viuva Moré - Editora. 1865. [Typographia Commercial]. In-8.º de 292-II págs. B.
Primeira edição colectiva de interessantes escritos críticos reunidos em volume, consagrados a D. João
d’Azevedo, J. Barbosa e Silva, Morais Sarmento, Ramos Coelho, J. Pinto Ribeiro Júnior, Coelho Lousada
e Soares de Passos, Xavier de Novais, Marquesa de Alorna, Joaquim Pinto Ribeiro, J. César Machado,
Ernesto Biester, Manuel Roussado, Bulhão Pato, J. Gomes Monteiro, Rebelo da Silva, Teófilo Braga, J.
Gregório Lopes da Câmara Sinval e Pizarro de Morais Sarmento. Muito estimado e bastante invulgar.
Dedicatória da Editora na capa da brochura da frente e falta da capa posterior.
623 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A ESPADA DE ALEXANDRE. Corte profundo na
Questão do Homem-Mulher e Mulher-Homem, por Um Socio Prendado de varias
Philarmonicas. Porto. Typographia da Casa Real. 1872. In-8.º gr. de 50 págs. E.
Obra publicada sem o nome do autor, em resposta à acalorada polémica sobre o adultério feminino,
suscitada pela publicação de um livro de Alexandre Dumas Filho intitulado «Homme-Femme».
O texto de todas as páginas, frontispício incluído, aparece circundado por um filete a negro. São bastante
invulgares os exemplares deste curioso escrito de Camilo. Primeira edição.
Dedicatória autógrafa de Camilo a Pinheiro Chagas. Encadernação à amador, de recente execução.
624 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A ESPADA DE ALEXANDRE - Corte profundo na
Questão do Homem-Mulher e Mulher-Homem por Um socio prendado de varias Philarmonicas.
Attribuido a C. C. Branco. Rio de Janeiro. Typographia Franco-Americana. 1872. In-8.º
de 70-II págs. E.
Contrafacção brasileira dada a público no mesmo ano em que apareceu a primeira portuguesa, sendo
esta, brasileira, muito mais rara que a portuguesa.
Com as capas da brochura conservadas e revestido de excelente encadernação inteira em pele, com ferros
a ouro na lombada e nas pastas; com três ex-libris, dois dos quais camilianos; com manchas de acidez.
625 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ESPINHOS E FLORES. Drama original. Editor A. Moutinho de Souza. Porto: Na Typ. de J. A. de Freitas Junior. 1857. In-8.º gr. de 65-III págs. E.
618 - ver pág. 176
Primeira edição desta raríssima e estimada produção dramática de Camilo que subiu pela primeira vez
à cena em 1859 no Teatro de S. João, no Porto.
Com uma litografia representando um retrato e a assinatura de Camilo, litografia que quase sempre
falta nos poucos exemplares que aparecem à venda.
Encadernação da época, com a lombada em pele. (ver gravura na pág. 179)
[178]
626 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ESPINHOS E FLORES, drama original de Camillo
Castello-Branco. 2ª edição. Porto: Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1857. In-8º de 64 págs. E.
Primeira reimpressão, bastante invulgar.
Encadernação com cantos e lombada em pele; tem a capa da brochura da frente espelhada e falta a posterior;
com três ex-libris, dois dos quais camilianos.
627 — CASTELLO-BRANCO (Camilo).- ESPINHOS E FLORES. Drama original. Terceira
edição. Porto. Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1864. In-8.º gr. de 61-I págs. E.
Edição pouco frequente.
Encadernação simples.
628 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ESTRELLAS FUNESTAS. Romance. Porto. Em Casa
da Viuva Moré - Editora. 1862. [Typographia de Antonio José da Silva Teixeira]. In-8.º de 274
págs. E.
Primeira e rara edição em livro deste romance, originalmente publicado em folhetins do «Commercio
do Porto», impresso em papel muito alvo.
Um pouco aparado e com a encadernação imperfeita.
629 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ESTUDOS DO CORAÇÃO E DO FIGADO. Typos
Nacionaes d’Aveiro por D. Rosaria dos Cogumellos. Excerptos do Jornal Porto e Carta.
J. Bernardo, Editor. [S.l.n.d. - Lisboa. 1910?]. In-8.º de 22 págs. B.
A capa de brochura apresenta os seguintes dizeres: «D. Rosaria dos Cogumellos. José Luciano de
Castro. Do jornal «Porto e Carta» de 1855 de que foi redactor Camillo Castello Branco». Edição única
isoladamente publicada deste muito curioso escrito de Camilo, originalmente assinado sob pseudónimo.
630 — CASTELO BRANCO (Camilo).- EUZEBIO MACARIO. O Nosso Livro Editora Ltd.
[Rio de Janeiro. S.d.]. In-8.º de 165-III págs. E.
Rara edição brasileira, talvez dos anos 40.
Encadernação com lombada e cantos em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
631 — CASTELO BRANCO (Camilo).- FAC-SIMILE DE UM INEDITO DE CAMILLO
CASTELLO BRANCO. S. l.n.d. In-fólio gr. [Dim. 28 x 49 cm] em folha solta dobrada em quatro. B.
625 - ver pág. 178
Eis o que José dos Santos escreveu quando anunciou esta raríssima folha na sua magnífica «Descrição
Bibliográfica da mais importante e valiosa Camiliana...», 1939:
“É a edição primeira da poesia inédita de Camilo — «Segredos d’alma...» — Foi mandada executar
pelo ilustrado editor sr. Artur Brandão, que possuia o original, e que depois cedeu amàvelmente as chapas que utilizára na sua edição, ao apaixonado e recentemente falecido camilista dr. Tavares de
Carvalho, para êste fazer a reimpressão, de bem mais comodo e elegante formato (...)
“A fôlha solta, que constituiu, pois, a primeira edição da poesia inédita, (que vem no fim datada e subscrita: «Porto 8 de Janeiro || de 1855. — Camillo Castello Branco»), ostenta na frente, subordinado ao
título acima reproduzido — que está graficamente composto em uma só linha —, o fac-simile disposto e impresso a três colunas, e no verso a uma só coluna.
“Devido à edição ter sido depois quási totalmente inutilizda pelo seu editor, os exemplares são hoje
em dia raríssimos — como igualmente raríssimos são também os de uma edição feita clandestinamente, em 1917, na Typografia de José dos Reis Loureiro, rua de Santa Justa, 27 — Lisboa, cuja tiragem
(200 exemplares) foi igual e quási inteiramente destruída pelo referido sr. dr. Tavares de Carvalho —
que para tal fim, e para não sêr prejudicada a venda dos exemplares da edição que com tão benemérito fim fizera, adquiriu todos os exemplares ainda existentes naquele estabelecimento gráfico, e cujo
prêço era de 50 rs. cada.”
Em folha solta conservada numa pasta-encadernação, com a lombada em pele.
[180]
632 — CASTELO BRANCO (Camilo).- FANNY. Estudo por Ernesto Feydeau. Romance
trasladado para portuguez, da decima oitava edição. Porto. Em casa de F. G. da Fonseca. Editor. 1861. In-8.º de IV-IV-140 págs. E.
Muito estimada versão de Camilo, rara nesta sua primeira edição, no estado em que originalmente foi
publicada.
Com a assinatura de Caldas Aulete no frontispício. Encadernação da época, com a lombada em pele.
633 — CASTELO BRANCO (Camilo).- FANNY. Estudo por Ernesto Feydeau. Romance
trasladado para portuguez, da decima oitava edição. Segunda edição. Porto. Em casa de F. G. da
Fonseca. - Editor. [1862]. In-8.º de IV-IV-141-I págs. E.
A respeito desta falsa segunda edição, diz Henrique Marques o seguinte: “A esta mesma edição (a primeira)
alterou-se o frontispício (additando-lhe as palavras Segunda edição, e tirando-lhe a data... accrescentou-se
um Prefacio do editor occupando 3 novas págs... reiprimiram-se as quatro ultimas paginas deixando
maior espaço entre capítulo e capítulo, para tornar mais completa a illusão e fazer com que o volume
tivesse assim mais 1 pagina (141), e fez-se passar este embroglio por 2ª edição”. Variante rara, apresentando a mais do que a edição no seu estado primitivo o referido prefácio do editor.
Encadernação com a lombada em pele decorada com dizeres e ferros a ouro, mantendo resguardadas
as capas da brochura.
634 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AS FAVAS NEGRAS. Editor, Alberto Salgueiro. 1924
- Tipografia Popular. Figueira da Foz. In-8.º gr. esguio de 8 págs. E.
José dos Santos: “É a edição única deste curioso escrito de Camilo, em que o eminente romancista
encorporou a notável carta que êle, 25 anos antes (...) dirigira ao então Presidente do Instituto de Coimbra,
e na qual — como diz o sr. Alberto Salgueiro — justificava a «rejeição que fizera, do diploma de sócio
honorário daquêle grémio universitário, pelo facto de terem aparecido cinco favas pretas na votação
da respectiva proposta.” Raro.
Encadernação com a lombada em pele e as capas da brochura conservadas.
635 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A FILHA DO ARCEDIAGO. Editor A. J. da S.
Teixeira. Porto: Typographia de Faria Guimarães. 1854. In-8.º gr. de IV-251-I págs. E.
Alexandre Cabral: “(...) depois de análise atenta às componentes do romance — teremos de concluir
que o objectivo real do escritor era outro — e mais ambicioso: castigar a corrupção da sociedade
portuguesa da época. (...)” Título encimado pelas seguintes palavras: «Scenas Contemporaneas»,
sendo este o primeiro volume desta série constituída por três livros.
Edição primitiva, muito rara.
Com um belo ex-libris heráldico do Engº Pedro Manuel Franco da Costa de Barros (Alvellos) e dois
outros da biblioteca de Gustavo d’Ávila Perez, um dos quais exclusivo para a sua biblioteca camiliana.
Encadernação com a lombada em pele, decorada a seco e a ouro; restauro na parte inferior, branca,
da última folha.
636 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A FILHA DO ARCEDIAGO. Segunda edição emendada.
Porto, Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1858. In-8.º de 263-I págs. E.
São muito invulgares os exemplares desta primeira reimpressão do romance.
Encadernação com lombada e cantos em pele. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos.
637 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A FILHA DO DOUTOR NEGRO. Romance original.
Porto: Typographia do Commercio. 1864. In-8.º de IV-XIV-304 págs. E.
Primeira edição em livro, bastante rara. O romance já havia sido publicado em folhetins no
«Commercio do Porto».
Encadernação da época, danificada.
638 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A FILHA DO DOUTOR NEGRO. 2.ª edição, revista
e correcta pelo auctor. Lisboa. Livraria de Campos Junior - Editor. S.d. In-8.º de II-252 págs. E.
São invulgares os exemplares deste estimado romance de Camilo.
Bonita encadernação em ple, decorada com ferros e títulos dourados.
[181]
639 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A FILHA DO REGICIDA. Romance historico.
Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira & Cª. 1875. [Typographia Editora]. In-8.º de 248
págs. E.
Edição primeira, a mais estimada e valiosa, de esmerada execução gráfica. O romance, terceiro volume
da colecção «Romances Nacionaes», foi escrito em continuação do «Regicida», tendo sido concluída
a trilogia com «A Caveira da Martyr», publicada em 1875.
Com as capas da brochura consevadas, só de leve aparado à cabeça e revestido de boa encadernação
à amador, nova.
640 — CASTELO BRANCO (Camilo).- FOLHAS CAHIDAS, APANHADAS NA LAMA, por
um Antigo Juiz das Almas de Campanhan, e socio actual da Assemblea Portuense com exercicio
no Palheiro. Obra de quatro vintens, e de muita instrucção. Porto: Typographia de F. G. da
Fonseca. 1854. In-8.º de 61-III págs. B.
Curioso e muito invulgar escrito de Camilo publicado sem o seu nome, mais tarde involuntariamente
revelado no «Cancioneiro Alegre». Henrique Marques, no «Livro Memorial, A Figueira da Foz
e Camillo Castello Branco no seu Centenário», além desta e de outras informações, diz que estas poesias
tinham por objectivo ridicularizar o meio burguês a que pertencia Manuel Pinheiro Alves, primeiro
marido de Ana Plácido. Alexandre Cabral escreve: “Trata-se de uma paródia às Folhas Caídas do divino
Garrett, editadas em 1853; ou, para sermos mais rigorosos, de uma sátira ferina contra a dissolução
dos costumes, visando os barões, os ministros (Fonte Pereira de Melo é citado por extenso), as literatas —
enfim, toda a joldra de Eusébias e respectivos consortes que refocilavam nas delícias dos privilégios
outorgados aos «felizardos» de tal casta.”
641 — CASTELO BRANCO (Camilo).- FOLHETINS DE CAMILLO CASTELLO BRANCO
PUBLICADOS N’AURORA DO LIMA. 1856 a 1859. Typ. Commercial. Vianna do Castello.
1911. 2 opúsculos In-8.º gr. de II-68 e 64 págs. E. em 1.
Primeira e única edição, póstuma, de interessantes escritos em prosa e verso publicados por Camilo
naquele jornal vianense. Invulgar, especialmente quando com os dois opúsculos reunidos.
Encadernação simples. Conserva as capas da brochura.
642 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O GENERAL CARLOS RIBEIRO. (Recordações da
Mocidade). Porto. Livraria Civilisação de Eduardo da Costa Santos - Editor. MDCCCLXXXIV
[Typographia Elzeviriana]. In-8.º gr. de 71-I págs. E.
Primeira edição, de muito apurada execução gráfica. O opúsculo trata de Carlos Ribeiro, “o geologo
portuguez, que tão brilhantemente fez as honras da casa lusitana aos congressistas estrangeiros que
estiveram aqui a discutir assumptos de anthropologia e archeologia prehistorica.”
Boa encadernação à amador, nova, tendo conservadas as capas da brochura.
DAS MAIS RARAS, COBIÇADAS E VALIOSAS ESPÉCIES DE TODA A BIBLIOGRAFIA CAMILIANA DE QUE SE IMPRIMIRAM APENAS 32 EXEMPLARES.
643 — CASTELO BRANCO (Camilo).- HORAS DE LUCTA // — // «... nem esperará do
mundo, senão o que // «elle tem, que é pagar com cansado trabalho // «obras dignas de descansado galardão». // (HEYTOR PINTO, Imagem da Vida Christãa.) // [vinheta]. // EDITOR //
JOÃO ANTONIO DE FREITAS FORTUNA // 1889. [Porto. Typographia de Manoel Luiz de
Sousa Ferreira]. In-4.º de 131-I págs. E.
Das mais raras, cobiçadas e valiosas espécies de toda a bibliografia camiliana, livro precioso que só
raríssimos coleccionadores têm o grato prazer de possuir.
Belíssimo livro organizado e editado pelo extremoso amigo de Camilo, Freitas Fortuna, cujo conteúdo
nos escusámos de descrever, porquanto é exaustiva, minuciosa e impecável a descrição que dele faz
José dos Santos na sua «Descrição Bibliográfica» e Alexandre Cabral no seu «Dicionáriode Camilo
Castelo Branco»; diremos apenas que a edição, verdadeiramente primorosa, se apresenta impressa
[182]
.../...
sobre excelente papel velino, tendo o frontispício impresso a cores e ouro. “Todos os 32 únicos exemplares de que constou a tiragem foram destinados a brindar vultos de destaque...”, tendo este pertencido,
“a meu estimavel primo e sincero amigo Manuel Ribeiro Guimarães”, dedicatória assinada por Freitas
Fortuna.
Exemplar intacto, conservando as respectivas capas da brochura. Encadernação da época, com cantos
e lombada em chagrin, esta com dizeres e ferros a ouro. Leves vestígios de assinatura na capa e no
frontispício e pequena assinatura na folha de dedicatória. (ver gravura na pág. 183)
644 — CASTELO BRANCO (Camilo).- HORAS DE PAZ. Escriptos religiosos. 2ª edição revista
e emendada. Porto. 1877. In-8.º de 347-IV págs. E.
Reimpressão pouco comum.
Encadernação não contemporânea, com as capas da brochura, mas um pouco aparado.
645 — CASTELO BRANCO (Camilo).- HOSANNA! // POR // CAMILLO CASTELLO
BRANCO. // [vinheta com motivo religioso] // PORTO: // TYPOGRAPHIA DE F. P. D’AZEVEDO, // Rua das Hortas n.º 82 a 84. 1852. In-8.º de 47-I págs. B.
Primeira e raríssima edição individual deste muito estimado e curioso opúsculo, cujo texto já havia sido
publicado no jornal portuense «O Christianismo», na «Miscelânea Poética», 1852 e em «O Portugal», 1852.
Este escrito deu origem a uma interessante polémica entre Camilo e Amorim Viana sobre «A Razão e a Fé».
(ver gravura na pág. 185)
646 — [CASTELO BRANCO (Camilo)].- A IMMORTALIDADE. A Morte e a Vida. Estudo
acrca do destino do Homem por Beguenault de Puchesse. Traduzido e precedido de um prefacio
por Camillo Castello-Branco. Porto. Em Casa de F. Gomes da Fonseca = Editor. 1865. In-8.º gr.
de XVI-377-VII págs. B.
Primeira das várias edições vindas a público, sendo esta a mais estimada e invulgar.
647 — CASTELO BRANCO (Camilo).- LA INCLUSERA. Traducción de Enrique Amado.
Renacimiento. Madrid. 1916. In-8.º gr. de 286-II págs. E.
Única e, até à altura, rara tradução castelhana do romance «A Engeitada».
Encadernação dos editores, em percalina, com dizeres e ferros dourados na lombada e na pasta da frente.
648 — CASTELO BRANCO (Camilo).- INEDITOS DE CAMILLO. Porto. Imprensa
Portugueza. 1915. In-8.º de 31-I págs. B.
Inéditos constituídos por uma quadra, duas cartas de Camilo e uma outra de Alfredo Vieira, tudo antecedido de um texto justificativo da publicação assinado pelo Conde de Paçô-Vieira. Edição restrita.
649 — CASTELO BRANCO (Camilo).- INSPIRACOENS // POR // Camillo Castello Branco.
[No verso do frontispício, que apresenta apenas os dizeres acima transcritos: Porto. Typographia
de José Joaquim Gonçalves Basto. Largo do Corpo da Guarda n.º 106. 1851]. In-8.º gr. de 132-IV págs. E.
As composições poéticas que este interessante volume reúne já haviam sido publicadas, maioritariamente,
no «Christianismo», em «A Cruz» e na «Semana». Das mais raras espécies bibliográficas camilianas.
Com as extremamente raras capas da brochura e apenas minimamente aparado à cabeça. Encadernação
simples. (ver gravura na pág. 185)
643 - ver pág. 184
650 — CASTELO BRANCO (Camilo).- JOIAS CAMILIANAS. Selecção de pensamentos da
maior glória da literatura portuguesa e contemporânea: CAMILO CASTELO BRANCO. 1946.
Livraria Central de Gomes de Carvalho, Editor. Lisboa. In-4.º de 22-II págs. B.
“2º opúsculo destinado a indemnizar os assinantes de «As Gatas» impossibilitadas de sair. O 3º e ultimo,
encontra-se em preparação. Cadernos de vida autónoma sem aparecimento nem preço fixo.”
Exemplar n.º 14 da Tiragem especial de 50, numerados e assinados pelo editor, de maior formato
e em melhor papel.
[184]
649 - ver pág. 184
651 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O JUDEU. Romance historico. Porto. Em casa de Viuva
Moré - Editora. 1886. [Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira]. 2 vols. In-8.º
de 262 e 278 págs. E.
Primeira edição, muito esmerada e nitidamente impressa. Romance dos mais interessantes de Camilo,
muito justamente estimado e apreciado, dedicado “À Memória de António José da Silva escritor português assssinado nas fogueiras da Inquisição do Santo Ofício, em Lisboa, aos 19 de Outubro
de 1739.” Raro.
Encadernações da época, com as lombadas em pele. Assinados no frontispício.
652 — CASTELLO-BRANCO (Camilo).- JUSTIÇA. Drama em 2 actos. Terceira Edição. Porto.
Em Casa de P. Podestá & Irmão — Editores. 1872. In-8.º de 67-I págs. E.
Edição já bastante invulgar.
Encadernação com a lombada em pele; capas da brochura conservadas.
653 — CASTELO BRANCO (Camilo).- LAGRIMAS ABENÇOADAS. Romance por...
publicado por Antonio José da Silva Teixeira. Porto: Na Typographia de Antonio José da Silva
Teixeira. 1857. In-8.º gr. de II-V-I-190 págs. E.
Primeira edição, muito rara. O romance já tinha sido publicado sob o título «Temor de Deus» nos
periódicos «O Christianismo» e «A Cruz». Publicado sem anterrosto.
Capas da brochura conservadas, embora com restauros.; só de leve aparado à cabeça. encadernação
não contemporânea, com a lombada em pele; pequeno corte de traça que ofende, diluindo-se progressivamente, algumas das primeiras folhas. Com duas assinaturas antigas no frontispício, uma das quais
riscada.
645 - ver pág. 184
654 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A LYRA MERIDIONAL por Antonio d’Azevedo Castello
Branco. Porto. Livraria Civilisação de Eduardo da Costa Santos - Editor. MDCCCLXXXVI. In-8.º
de 51-I págs. E.
Trata-se da crítica literária de Camilo à «Lyra Meridional».
De uma “Tiragem de 40 exemplares não vendidos”, de que este é o n.º 8, mas com falta de dois terços
da folha de anterrosto onde vem esta informação, sem dúvida para eliminar o nome do seu destinatário.
Encadernação simples, mas ostentanto o ex-libris da biblioteca camiliana de Gustavo d’Ávila Perez.
655 — CASTELO BRANCO (Camilo).- LIVRO DE CONSOLAÇÃO. Romance. [Folhetim
d’O Norte]. In-4.º oblongo de 49 ff. E.
Colecção completa dos rodapé onde no jornal «O Norte» onde pela primeira vez veio a público
o romance «Livro de Consolação», colecções que são extremamente raras, dada a condição efémera
de qualquer jornal diário, sendo importante referir que este texto difere em muito do da primeira
edição em livro.
Encadernação com lombada e cantos em pele.
656 — CASTELO BRANCO (Camilo).- LIVRO DE CONSOLAÇÃO. Romance. Porto. Viuva
Moré - Editora. 1872. In-8.º de 290 págs. E.
Alexandre Cabral: “O romance (...) descreve uma sucessão de amores infelizes e funestos, ocorridos no
decurso do conturbado período das invasões francesas em Portugal. Apesar do enquadramento histórico,
trata-se de um romance profundamente passional.” Romance publicado originalmente e só em parte no
«Primeiro de Janeiro» sob o título «Espelho de Desgraçados». Primeira edição, bastante invulgar.
Encadernação inteira em pele, não contemporânea, com nervos e sobriamente decorada. Ex-libris
heráldico de Pedro Alvellos.
657 — CASTELO BRANCO (Camilo).- LIVRO DE CONSOLAÇÃO. Romance por... Vendese na Livraria de João E. da Cruz Coutinho - Editor. Porto. 1883. In-8.º de 290 págs. E.
Variante da primeira edição, com novo frontispício feito pelo livreiro portuense Cruz Coutinho. Muito
invulgar.
Conserva as capas da brochura; encadernação não contemporânea.
[186]
658 — CASTELLO-BRANCO (Camilo).- LIVRO DE CONSOLAÇÃO. Romance. Porto.
Livraria Chardron de Lello & Irmão. 1900. In-8º de 272 págs. E.
Trata-se da 2ª e não da “3ª edição revista” conforme se lê na capa da brochura, capa que este
exemplar não possui.
Pequeno defeito, com falta de texto no ângulo superior da última folha. Encadernação da época, com
a lombada em pele. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos. Pequena assinatura no anterrosto.
659 — CASTELO BRANCO (Camilo).- LIVRO NEGRO DE PADRE DINIZ. Romance em
continuação aos Mysterios de Lisboa. Segunda edição. Porto. Em Casa de F. G. da Fonseca Editor. 1863. In-8.º de 299-I págs. E.
Edição invulgar e muito cuidada, impressa em papel muito alvo.
Encadernação com a lombada em pele decorada com nervuras e ferros a ouro e a seco.
660 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O LUBIS-HOMEM. Comedia Original, e inedita, em
3 actos. (1850). Com um prefácio por Alberto Pimentel. 1900. Livraria Editora Guimarães,
Libanio & Ciª. Lisboa. In-8.º de X-XXIV-II-91-I págs. E.
Edição original. O prefácio de Alberto Pimentel vem publicado de págs. I a XXIV.
Encadernação à amador, recente, tendo conservadas as capas da brochura e a lombada.
661 — CASTELLO-BRANCO (Camilo).- LUIZ DE CAMÕES. Notas Biographicas. Prefácio
da Setima edição do CAMÕES de Garrett. Livraria Internacional de Ernesto Chardron - Editor.
1880. In-8º de 78 págs. E.
Primeira edição isoladamente publicada, numa muito cuidada execução tipográfica, nitidamente
impressa sobre papel de boa qualidade.
Encadernação não contemporânea, com a lombada em pele, tendo resguardadas as capas da brochura.
662 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MAD. DE PAIVA. 1924. Casa Ventura Abrantes,
Livraria Editora. Lisboa. In-4.º de 14 págs. E.
Primeira edição independente de um texto em prosa pela primeira vez publicado no jornal
«Estudantina», cuja tiragem foi muito reduzida; uma poesia, «A Clara Bello» e dois sonetos: «A um
Desgraçado» e «Se me Lembro!...».
Edição limitada a apenas 100 exemplares numerados. Raro.
Encadernação simples, mas com as capas da brochura preservadas.
663 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MARIA DA FONTE. A proposito dos Apontamentos
para a Historia da Revolução do Minho em 1846, publicados recentemente pelo Reverendo
Padre Casimiro, celebrado chefe da insurreição popular. Porto. Livraria Civilisação de Eduardo
da Costa Santos - Editor. 1885. In-8.º de 425-VII págs. E.
Segundo Alexandre Cabral, este livro “era um antigo projecto de Camilo Castelo Branco tardiamente
concretizado. Sabe-se que desde 1877 recolhia elementos sbre a insurreição de 1846 junto de personalidades que tinham tido participação directa nos acontecimentos. (...)” Primeira edição, invulgar, de
muito cuidada execução gráfica e impressa sobre papel de boa qualidade.
Modestamente encadernado e algo aparado. Assinado no anterrosto e no frontispício, a deste parecendo
ser de Diogo Kopke.
664 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MARIA DA FONTE. A proposito dos Apontamentos
para a Historia da Revolução do Minho em 1846, publicados recentemente pelo Reverendo
Padre Casimiro, Celebrado chefe da insurreição popular. 2.ª edição. Porto. Livraria Chardron de
Lello & Irmão, editores. 1901. In-8.º de 299-III págs. E.
Bem encadernado, por aparar, com a capa da brochura da frente conservada mas bastante danificada.
[187]
665 - ver pág. 190
665 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MARIA JOSÉ ou a filha que assassinou, degolou
e esquartejou sua propria mãe Mathilde do Rozario da Luz na cidade de Lisboa em 1848.
Novissima edição. S. Paulo. Livraria de C. Teixeira. S.d. In-8.º de 16 págs. B.
667 - ver pág. 190
Raríssima contrafacção brasileira deste curioso e famoso escrito de Camilo. (ver gravura na pág. 188)
666 — [CASTELO BRANCO (Camilo)].- MARIA! NÃO ME MATES, QUE SOU TUA MÃI!
// MEDITAÇÃO SOBRE O ESPANTOSO CRIME // ACONTECIDO EM LISBOA; // UMA
FILHA // QUE // MATA E DESPEDAÇA SUA MÃI // Mandada imprimir por um mendigo, que
foi // lançado fora do seu convento, e anda // pedindo esmolas pelas portas. // OFFERECIDA //
Aos paes de familias, e áquelles que acreditam // em Deus // PORTO.: // Typ. do ECCO, rua do
Bomjardim nº 649. // 1848. In-8.º gr. de 14 págs. E.
«Descrição Bibliográfica da mais importante e valiosa Camiliana...» de José dos Santos: “É a edição
PRINCEPS, muito rara, dêste curioso e popularissimo opúsculo, que — como nos diz Tomás Ribeiro
—seu auctor idealisou e escreveu em uma só noite, para vêr se com a publicação do mesmo melhorava a precária situação que as lutas políticas dêsse tempo lhe haviam creado. Conseguiu êle com muito
êxito o seu desideratum, pois que foi tal o sucesso obtido com o opúsculo, não obstante ter sido
publicado anónimo, que as edições se sucederam umas após outras”; Também Manuel dos Santos na
sua «Revista Bibliográfica Camiliana» se lhe refere muito circunstanciadamente.
Raríssima e valiosa espécie bibliográfica camiliana.
Encadernação com a lombada em pele com ferros a seco na lombada, de recente factura.
(ver gravura na pág. 189)
667 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MARIA! NAO ME MATES, QUE SOU TUA MAI!
Meditação sobre o espantoso crime acontecido em Lisboa; UMA FILHA QUE MATA E DESPEDAÇA SUA MÃE. Offerecida aos pais de familias, e áquelles que acreditam em Deus. Porto.
Ttp. de Freitas Fortuna... 1848. In-4.º de II-12-II págs. B.
666 - ver pág. 190
José dos Santos, «Descrição da mais importante e valiosa Camiliana que até hoje tem aparecido à venda no
mercado...»: “Esta edição, muito semelhante à primeira e cujo texto reproduz fielmente, foi, segundo — e com
certo fundamento — se crê, mandada fazer por Freitas Fortuna — o grande amigo e, certamente, o maior admirador de Camilo. A tiragem deve ter sido assaz reduzida, pois que os exemplares só mui raramente aparecem
no mercado.” A filigrana do papel diz que se trata de papel “Ingres France”. (ver gravura na pág. 189)
668 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MARIA! NÃO ME MATES, QUE SOU TUA MÃI!
Porto. Typ. do Ecco... 1848. [Aliás, Lisboa, Tip. Comercio e Industria. 1916]. In-8º peq. de VI-32-II págs. E.
Os dizeres do frontispício foram reproduzidos dos da edição original. Trata-se da mais completa
edição de quantas até à data haviam sido publicadas, ilustrada com quatro estampas em papel couché
reproduzindo os retratos de Camilo e de Maria José, uma cena do crime e outra da execução.
Muito rara edição de 50 exemplares mandada executar por Manuel dos Santos.
Modestamente encadernado, mas com as capas da brochura preservadas. Dedicatória autógrafa de
Manuel dos Santos.
669 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MARIA! NÃO ME MATES, QUE SOU TUA MÃE! Porto.
Typ. do Ecco... 1848. [Aliás, Casa Ventura Abrantes. Lisboa. S.d. 1924]. In-4.º de 13-I págs. E.
Exacta reprodução do texto da edição primitiva, em tiragem limitada a 150 exemplares numerados,
impressos sobre papel «Prado». Com as capas da brochura conservadas e modestamente encadernado.
670 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O MARQUEZ // DE // TORRES-NOVAS.// DRAMA
// EM CINCO ACTOS E UM EPILOGO // POR // Camillo Castello-Branco. // [vinheta] //
PORTO // TYPOGRAPHIA DO NACIONAL // Rua da Fabrica do tabaco Nº 41. // 1849. In-8.º gr.
de 173-I págs. E.
Primeira e raríssima edição desta segunda tentativa dramática de Camilo, representada duas vezes, pelo
menos, no Teatro Camões, em 1855. Dedicatória impressa a D. Maria da Felicidade de Couto Brown.
[190]
.../...
672 - ver pág. 192
Diz Jorge de Faria «que esta peça sobreleva em muito a primeira, não só pelo seu carácter histórico
e pelo recorte mais exacto das parsonagens. (...) como ainda pelo equilíbrio dramático, pela composição
mais cuidada das cenas, pela tessitura do diálogo e pela reconstituição mais aproximada do meio,
se bem que por vezes nas falas haja uma tal ou qual prolixidade e exuberância ultra-romântica»
Boa encadernação à amador, de recente execução. Levemente aparado à cabeça.
671 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O MARQUEZ DE TORRES-NOVAS. Drama em
cinco actos e epilogo por... Segunda edição emendada. Porto: Em casa de F. G. da Fonseca Editor. [1858]. In-8.º gr. de 158 págs. E.
Esta edição, bastante rara, apresenta sensíveis modificações em relação à primeira.
Encadernação com a lombada em pele, não contemporânea. Aparado apenas à cabeça.
(ver gravura na pág. 191)
672 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MATRICIDIO SEM EXEMPLO. Uma filha que matou
e esquartejou sua propria Mãi, Mathilde do Rozario da Luz, em Lisboa - na travessa das Freiras,
nº 17. 3.ª Edição. Publicado por Guimarães & Silva. S.d. In-8.º gr. de 16 págs. B.
José dos Santos, n.º 88 da «Revista Bibliográfica Camiliana»: “Esta terceira edição de um folheto que
tanta vaga [sic] teve devido ao assumpto que tratava, tornou-se já bastante rara. Faz muitissima diferença
da 1ª edição onde a narrativa vai de pág. 7 a 14, ao passo que nesta é muito mais resumida ocupando
só tres paginas; trazendo em compensação a mais o «Julgamento» que tambem vem na 2ª”. Muito rara.
(ver gravura na pág. 191)
673 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MEMORIAS DE GUILHERME DO AMARAL. Obra
posthuma editada por... 2ª edição revista e correcta. Lisboa. Livrarias de Campos Junior - Editor.
[S.d. - 1866?]. In-8.º de 216 págs. E.
Primeira reimpressão, muito invulgar.
Excelente encadernação inteira em pele à cor natural, com belos ferros a seco na lombada e pastas.
671 - ver pág. 192
674 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MEMORIAS DO CARCERE. Terceira edição revista
pelo author. Vende-se na Livraria de João E. da Cruz Coutinho - Editor. 1881. 2 vols. In-8.º
de LV-III-182 e 224 págs. E.
Alexandre Cabral: “As Memórias do Cárcere são como que o emocionante historial dos antecedentes da sua
entrega à prisão (...) e o empolgante relato da sua experiência carcerária, ao lado da «amante querida»: a terrível sensação de isolamento (...)”. Edição já pouco comum de uma das mais estimadas obras de Camilo.
Encadernações com as lombadas em pele, com as capas da brocura conservadas mas um pouco aparados.
675 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MYSTERIOS DE FAFE. Romance social. Lisboa.
Livraria de Campos Junior - Editor. 1877. [Imprensa de Sousa Neves]. In-8.º de 239-I págs. E.
Como diz o autor em «Aviso às pessoas incautas», trata-se de uma novela que «contém adultérios,
homicídios, missionários e outros cirros sociais». Embora no frontispício nada se diga, trata-se da
segunda edição da obra. Invulgar.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele. Ex-libris de Pedro Alvellos. Aparado.
676 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A MORGADINHA DE VAL-D’AMORES - Entre
a Flauta e a Viola. Porto. Viuva Moré - Editora. 1871. In-8.º de 190-II págs. E.
Ao alto do frontispício tem os seguintes dizeres: «Theatro Comico de Camillo Castello Branco».
Exemplar da rara primeira edição.
Encadernação não contemporânea; só de leve aparado à cabeça.
677 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A MORGADINHA DE VAL D’AMORES. Comedia em
3 actos. Vende-se na Livraria de J. E. da Cruz Coutinho - Editor. 1882. In-8.º de 139-I págs. E.
Separata com novos rosto e anterrosto da edição original do «Theatro Comico» aparecido em 1871 e que
incluia, além desta comédia, a peça intitulada «Entre a Flauta e a Viola». Variante muito invulgar.
Encadernação cuidada, com a lombada em pele capas da brochura preservadas, mas danificadas;
assinatura no anterrosto.
[192]
678 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O MORGADO DE FAFE AMOROSO. Comedia em
3 actos por... representada no Theatro de D. Maria II. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1865.
In-8.º gr. de 68 págs. E.
Apreciada produção dramática representada pela primeira vez no Teatro Nacional D. Maria II em
1863. Invulgar nesta sua edição original.
Encadernação com lombada e cantos em pele. Só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
679 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O MORGADO DE FAFE AMOROSO. Comédia em
3 actos. [Edição do Círculo de Cultura Teatral. 1958. Porto]. In-4.º de 87-I págs. E.
Muito apurada edição, antecedida de um prefácio de Andrée Crabbé Rocha, um post-fácio de António
Pedro e um desenho de Augusto Gomes.
Da tiragem especial de 200 exemplares numerados.
Cuidada encadernação nova, com a lombada em pele, mantendo resguardadas as capas da brochura.
680 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O MORGADO DE FAFE EM LISBOA. Comedia em
dois actos por... representada no Theatro de D. Maria II. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1861.
In-8.º de 50-II págs. E.
É, no dizer de José dos Santos, “a edição original desta muito engraçada comédia, que subiu pela
primeira vez à cêna no Teatro de D. Maria II, alcançando muito e justificado agrado. Muito rara”.
Encadernação com a lombada em pele.
681 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MOSAICO E SYLVA DE CURIOSIDADES HISTORICAS, LITTERARIAS E BIOGRAPHICAS. Porto. Anselmo de Moraes - Editor. 1868. In-8.º
de VI-205-I págs. E.
Este interessante volume insere quase todos os escritos que Camilo havia publicado na «Gazeta
Litteraria do Porto». Primeira edição, invulgar.
Encadernação à amador, nova, com a lombada em pele. Com as capas da brochura conservadas e só
de leve aparado à cabeça.
682 — CASTELO BRANCO (Camilo).- LA MUJER FATAL. (Novela). Versión castellana por
T. de V. Barcelona. Casa Editorial de la Viuda de Luis Tasso. S.d. In-8.º de 245-III págs. E.
Invulgar tradução em edição popular de uma das mais apreciadas obras do romancista.
Capas da brochura ilustrada a cores; encadernação simples.
683 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A MULHER FATAL. Lisboa. Livraria de Campos
Junior - Editor. [Imprensa de J. G. de Sousa Neves. S.d. - 1870]. In-8.º de 228-IV págs. E.
«Dicionário de Camilo Castelo Branco», por Alexandre Cabral: “A Mulher Fatal é simultaneamente
um romance passional e um romance de costumes. De facto, a narrativa das sucessivas experiências
amorosas do protagonista, Carlos Pereira (brasileiro de origem), serve para descrever a cadeia de aventuras
sentimentais do herói e, ao mesmo tempo, os hábitos, usos, costumes e comportamentos codificados
pela sociedade em várias regiões do País”. Um dos mais estimados romances de Camilo, baseado,
segundo Henrique Marques, em factos autênticos, como autêntica era a sua principal personagem.
Primeira e muito rara edição, com o raríssimo retrato fotográfico de Camilo, ass. “Phot. F. A. Gomes”.
Encadernação simples, da época. (ver gravura na pág. 194)
684 — CASTELO BRANCO (Camilo).- MULHERES E CORAÇÕES NA OBRA DE CAMILO
CASTELO BRANCO. Coordenação de Branca dos Reis. Porto. Livraria Chardron de Lélo &
Irmão, Lda. In-12.º de IX-I-67-I págs. E.
Livrinho de pensamentos de Camilo integrado na «Biblioteca Aurea», “uma biblioteca para a mulher”.
Com um prefácio de João Grave.
Encadernação editorial forrada a tecido estampado.
[193]
683 - ver pág. 193
685 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A MURRAÇA. // POEMA EPICO // EM // 3 CANTOS.
// [vinheta] // PORTO: // TYP. DO ECCO POPULAR, // Rua do Bomjardim n.º 650. // 1848. In-8.º gr.
de 15-I págs. E.
Primeira e raríssima edição, publicada sem o nome do Autor. «Revista Bibliográfica Camiliana»
de José dos Santos: “Celebre poema heroi-comico que Camilo escreveu, em hora de desafogo, para
ridicularisar o conflito ocorrido na sacristia da Sé do Porto, entre o conego João Bernardo, antigo
capelão, intimo amigo do Marquez de Thomar, e o Arcediago Passos Pimentel, ferrenho Miguelista”.
Encadernação simples. Acidificada a 1ª folha e pequenos restauros nesta e na última.
686 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A MURRAÇA. Poema epico em 3 cantos. Porto: Typ. do
Ecco Popular... 1848. [Aliás, Figueira da Foz. Imprensa Lusitana. 1916]. In-8º de 21-I págs. E.
«3ª edição, ilustrada com uma carta inédita do autor e palavras do editor».
Rara tiragem de 50 exemplares numerados, sendo este um dos 10 primeiros em papel inglês azul.
Encadernação simples.
687 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A MURRAÇA. Poema epico em 3 Cantos (imputado
ao glorioso escriptor portuguez) Camillo Castello Branco. Lisboa: Livraria Academica. 1920.
In-8.º gr. de 15-I págs. B.
Edição imitativa da primeira. Tiragem bastante reduzida e invulgar.
688 — CASTELO BRANCO (Camilo).- Nacional de segunda-feira - 25 de Fevereiro de 1850
––– FOLHETIM DO NACIONAL. Revista do Porto. [S.l. (Porto) n.d. (1889?)]. In-8.º de 7-I
págs. E.
Exemplar da que é, sem dúvida, a segunda edição do folheto, descrita por Manuel dos Santos na sua
«Revista Bibliográfica Camiliana», nº 514, dizendo: “A edição é de 1889, e deve-se ao extremado
amigo do grande romancista Freitas Fortuna. Saira primitivamente á luz no n.º 46 do «Nacional» (...)
Não foi posto á venda, sendo a sua reduzida tiragem unicamente destinada a brindar os amigos do editor”,
não fazendo aquele bibliógrafo referência a qualquer outra edição.
Encadernação não contemporânea, com a lombada em pele decorada com ferros a seco.
689 — CASTELO BRANCO (Camilo).- NARCOTICOS. I - Traços de D. João 3.º (Historia).
O Snr Ministro (Romance); II - Notas Bibliographicas, Historicas, Criticas e Humoristicas.
Porto. Livraria de Clavel & Cª - Editores. MDCCCLXXXII. [Imprensa Internacional]. 2 vols.
In-8.º de 299-V e IV-335-III-32 págs. B.
É a edição primitiva desta muito interessante obra, cujos escritos já haviam sido publicados na
«Bibliographia Portugueza e Estrangeira» e em «Ribaltas e Gambiarras». Alexandre Cabral refere
todos os títulos contidos na obra. De muito apurada execução gráfica. Bastante invulgar.
693 — CASTELO BRANCO (Camilo).- NO BOM JESUS DO MONTE. (Segunda edição).
Porto. Livraria Chardron. 1906. In-8.º de XXIII-I-251-I págs. E.
São invulgares os exemplares desta cuidada edição, que saíu ilustrada com um retrato de Camilo em
folha à parte.
Encadernação antiga, com a lombada em pele. Sem as capas da brochura.
694 — CASTELO BRANCO (Camilo).- NOITES DE LAMEGO. Segunda edição. Lisboa.
Livraria de Antonio Maria Pereira. 1873. In-8.º de 251-I págs. E.
Primeira reimpressão, muito pouco frequente.
Encadernação com a lombada em pele.
695 — CASTELO BRANCO (Camilo).- NOSTALGIAS. (Ultima prosa rimada). Porto.
Typographia de Manoel Luiz de Souza Ferreira. 1888. In-8.º gr. de 54-II págs. E.
Escreveu Camilo que “Estas quadras rimadas, a que não chamarei “poesias”, para não desflorar as
virginais transcendências da Grande Arte, foram pensadas em uma das quatro tormentosas noites que
pernoitei em casa do amigo a quem as dedico”, João António de Freitas Fortuna.
Primeira e única edição publicada, de cuidada execução gráfica.
Encadernação com a lombda em pele, mantendo preservadas as capas da brochura.
696 — CASTELO BRANCO (Camilo).- NOVELLAS DO MINHO. Publicação mensal. Lisboa.
Livraria Editora de Mattos Moreira & Cª. 1875-1877. [Typ. Editora]. 12 opúsculos In-8.º
em 3 vols. E.
Alexandre Cabral: “O universo das Novelas do Minho é delimitado pelas fronteiras da província.
O epicentro desse mundo é Famalicão, para não dizermos, com mais rigor, a habitação do romancista
em São Miguel de Ceide.” Esta interessantíssima colecção é constituída pelas seguintes novelas:
I - «Gracejos que Matam»; II - «O Commendador»; III - «O Cego de Landim»; IV - «A Morgada
de Romariz»; V e VI - «O Filho Natural»; VII e VIII - «Maria Moysés»; IX - «O Degredado»; X a XII
- «A Viuva do Enforcado».
Primeira edição, a mais estimada e valiosa.
Encadernações não contemporâneas, tendo as lombadas em pele com nervuras e ferros dourados.
697 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O QUE FAZEM MULHERES. Romance philosophico.
Porto, Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1858. [Typographia de Antonio José da Silva
Teixeira]. In-8.º gr. de 238-II págs. E.
690 — CASTELO BRANCO (Camilo).- NAS TREVAS. Sonetos sentimentaes e humoristicos.
Lisboa. Livraria Editora, Tavares Cardoso & Irmão. 1890. [Typ. Christovão]. In-8.º de 87-III págs. E.
Edição primitiva e bastante rara deste estimado romance de Camilo. Diz Alexandre Cabral que
“Alguns estudiosos imputam a feitura deste romance pura e simplesmente a necessidades económicas.
Não é verdade. As conotações com certa passagem biográfica do autor são notórias. Basta recordar que
o livro foi escrito em 1858, data em que Ana Plácido esperava o nascimento do seu primeirofilho (filho
de Camilo, mas que à face da lei era filho de Manuel Pinheiro Alves).”
Encadernação não contemporânea, bastante coçada. Assinado no anterrosto.
691 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A NETA DO ARCEDIAGO. Segunda edição. Porto.
Em Casa de Cruz Coutinho — Editor. 1860. In-8.º gr. de 188-II págs. E.
Primeira reimpressão, já muito pouco vulgar.
Encadernação em pele com cantos e bonita lombada decorada com nervos e belos ferros a ouro. Capas
da brochura com pequenos restauros; manchas de acidez nas primeiras folhas.
Última obra publicada em vida de Camilo. Edição de cuidado apuro gráfico e em bom papel.
Dedicatória de Miguel de Faria para seu irmão Guilherme de Faria. Boa e recente encadernação com
a lombada em pele, apresentando conservadas as capas da brochura.
Segunda e muito invulgar edição de um dos mais estimados romances de Camilo.
Encadernação nova com a lombada em pele, com nervos e ferros a ouro.
692 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A NETA DO ARCEDIAGO. Terceira edição. Porto.
Em casa de A. R. da Cruz Coutinho - Editor. 1874. In-8.º gr. de 178-II págs. E.
Boa encadernação com a lombada em pele trabalhada a seco e a ouro; capas da brochura conservadas.
[195]
698 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O QUE FAZEM MULHERES. Romance philosophico.
Segunda edição. Porto. Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1863. In-8.º gr. de 209-I págs. E.
699 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O OLHO DE VIDRO. Romance historico. Lisboa. Livraria
de Campos Junior - Editor. [Imprensa de Sousa Neves. S.d. 1866]. In-8.º de 196-IV págs. E.
É principal protagonista deste romance o célebre judeu português Brás Luís de Abreu, autor do
«Portugal Médico». Primeira e bastante rara edição.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
[196]
700 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O OLHO DE VIDRO. Romance historico. 2ª Edição.
Lisboa. Livrarias de Campos Junior - Editor. [Imprensa de Sousa Neves. S.d. 1866]. In-8.º
de 197-III págs. E.
Só as primeiras 16 páginas foram reimpressas, e não 12 como diz José dos Santos, sendo todas as
outras da edição original. Variante bastante rara.
Encadernação rcente, com lombada e cantos em pele; capas da brochura conservadas e apenas
levemente aparado à cabeça. Com o ex-libris camiliano de Gustavo d’Ávila Perez.
701 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ONDE ESTÁ A FELICIDADE? Romance. Porto, Em
Casa de Cruz Coutinho - Editor. [Typographia de Sebastião José Pereira]. In-8.º de 389-I págs. E.
Este romance, que tem a sua continuação em «Um Homem de Brios» e «Memorias de Guilherme do
Amaral», levou Herculano, di-lo Henrique Marques, a propor Camilo para sócio da Academia Real
das Ciências de Lisboa. Edição primitiva, bastante rara.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Um tanto aparado, e com as duas últimas folhas
remarginadas.
702 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ONDE ESTÁ A FELICIDADE? Romance. Segunda
edição. Porto. em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1860. In-8.º gr. de 294 págs. E.
É bastante invulgar esta primeira reedição de um dos mais estimados romances de Camilo.
Encadernação da época, com a lombada em pele. O exemplar apresenta três ex-libris, sendo camilianos
dois deles. Assinatura antiga no frontispício.
703 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O PATRIOTISMO DE FR. BARTOLOMEU DOS
MARTYRES. Cartas notaveis de... Apreciações de José Carlos d’Araujo Motta Junior. Porto.
Livraria Universal de Magalhães & Moniz - Editores. [S.d]. In-8.º de 75-I págs. E.
A capa de brochura tem título diferente: «Cartas Notaveis de Camillo Castello Branco. O Patriotismo
de Fr. Bartolomeu dos Martyres. O Castello de Lanhoso. O Mosteiro de Tibães».
Sóbria encadernação inteira em pele, com nervuras e dizeres dourados na lombada. Com as capas
da brochura conservadas e por aparar.
704 — CASTELO BRANCO (Camilo).- PERFIL DO MARQUEZ DE POMBAL. Editores Proprietarios, Clavel & Cª. Porto. MDCCCLXXXII. [Typographia Occidental]. In-8.º de XVI-316-IV págs. E.
Edição inicial deste apreciado livro biográfico, ilustrado com três estampas em separado, duas das
quais desdobráveis: a 1ª representa a Marquesa de Távora, a 2ª o Palácio dos Condes de Aveiro e a 3ª
e última a queima dos corpos dos incriminados na tentativa de regicídio contra D. José.
Camilo, logo no início do livro, como lembra Alexandre Cabral, diz: «O meu ódio, grande, entranhado
e único na minha vida, ao marquês de Pombal, não procede de afecto ao padre nem do desagravo
da religião: é por amor ao homem.»
Encadernação da época, com a lombada em pele, um pouco cansada.
705 — CASTELO BRANCO (Camilo).- POESIA OU DINHEIRO. Drama em 2 Actos. 2ª edição.
Porto. Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1862. In-8º de 46 págs. E.
Primeira edição isoladamente publicada, conquanto tenha saído com indicação de segunda, por ter sido
pela primeira vez publicada no livro «Scenas Contemporaneas».
Capas da brochura conservadas, sendo as deste exemplar de cor amarela. Encadernação não contemporânea, com a lombada em pele.
706 - ver pág. 198
706 — CASTELO BRANCO (Camilo).- POESIAS DISPERSAS. Porto. Typ. Particular de A. D.
e Souza Reys. 1913. In-8.º de IV-247-I págs. E
Colectânea de muito interesse e apreço, recolhida em “jornaes e publicações varias, hoje raras (...) na
sua quasi totalidade desconhecidas da geração actual”. Edição cuidada, executada sobre papel de linho,
em tiragem de apenas 48 exemplares numerados. Sóbria encadernação inteira em pele, com nervos e
título dourado na lombada. (ver gravura na pág. 197)
[198]
707 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A PRAGA ROGADA NAS ESCADAS DA FORCA.
Romance por... Livraria Portugueza - Editora de Joaquim Maria da Costa. Porto. S.d. In-8.º de
32-176 págs. E.
O frontispício vem encimado pelos seguintes dizeres: «Leituras para Caminhos de Ferro». O verso do
anterrosto apresenta uma curiosa gravura em madeira cujo motivo se relaciona com o texto deste
popular escrito de Camilo. As primeiras 32 págs. comportam o escrito que dá o título ao volume a que
se seguem outros não assinados.
Edição não coincidente, pelo número de páginas, com qualquer das edições descritas por José
e Manuel dos Santos nas suas magníficas bibliografias camilianas, nem no Catálogo da Biblioteca de
Gustavo d’Ávila Perez que tivémos a oportunidade de redigir e cujo leilão se realizou em 1968, talvez
porque àqueles faltassem as quatro páginas do catálogo dos livros “À venda na Livraria Popular
Portugueza de Joaquim Maria da Costa, com a primeira inumerada e as restantes nums., de 173 a 176.
Encadernação à amador com excelente pele. Só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
preservadas. Ex-libris da Livraria camiliana de Pedro da Costa Alvellos.
708 — CASTELO BRANCO (Camilo).- PRINCÍPIOS PARA UMA CONSEQÜÊNCIA. Com
breves traços biográficos por Ludovico de Meneses. Lisboa. 1945. [Tipografia Ideal]. In-4.º
de 29-III págs. B.
Inédito de Camilo, constituído por um violento libelo contra a Inglaterra.
Tiragem limitada a 300 exemplares numerados.
709 — CASTELO BRANCO (Camilo).- OS PUNDONORES DESAGRAVADOS, pometo em
duas partes oferecido aos Academicos Portunses [sic]. Porto: Typographia da Revista. 1845.
[Aliás, no fim: Typographia Henrique Pereira & Ct.ª. 1916]. In-8.º de 18-II págs. E.
Raríssima edição de 10 exemplares, todos numerados, sendo este o n.º 9 dos 7 impressos em papel
Nacional. Com um retrato de Camilo em folha separada.
Com três ex-libris, dois dos quais camilianos. Excelente encadenação com cantos e lombada em pele
azul, com nervos e ferros a ouro, mantendo conservada a capa da brochura da frente.
710 — CASTELO BRANCO (Camilo).- PURGATORIO E PARAIZO. Drama em tres actos.
Porto. Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1857. [Typographia de Sebastião José Pereira].
In-8.º gr. de 75-I págs. E.
Alexandre Cabral: “Ainda que as cenas se passem em Lisboa e Benfica (1846-1847) o tema fulcral da
peça são os longínquos amores de Amália de Sá e Bernardo de Tovar, em Évora, no ano de 1828, que
tem desenvolvimentos vários até ao epílogo.”
São bastante raros os exemplares desta primeira edição, de execução gráfica muito cuidada.
Encadernação simples, da época, com a lombada em pele.
711 — CASTELO BRANCO (Camilo).- QUATRO HORAS INNOCENTES. Lisboa. Livraria
de Campos Junior - Editor. 1872. In-8.º de 236-II págs. E.
Trata-se da primeira edição colectiva dos escritos, em prosa e verso, na sua maioria já anteriormente
publicados em vários periódicos.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Assinatura antiga no anterrosto.
712 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A QUEDA D’UM ANJO. Romance. Lisboa. Livraria
de Campos Junior - Editor. 1866. [Imprensa de J. G. de Sousa Neves]. In-8.º de 268-IV págs. E.
«Dicionário de Camilo Castelo Branco», de Alexandre Cabral: “Trata-se da aliciante biografia jocosa
de um cidadão ilustre, ainda que sertanejo, chamado Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda,
morgado de Agra de Freimas, dos fojos transmontanos, que veio a Lisboa desempenhar a honrosa
função de deputado (...).”
Originalmente publicado em folhetins no «Jornal do Comércio», «A Queda de um Anjo», um dos mais
populares romances de Camilo, foi pela primeira vez publicado em livro no ano de 1866. Edição original,
rara e estimada.
Encadernação à amador, de recente execução; um pouco aparado.
[199]
713 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A QUEDA D’UM ANJO. Romance. 2ª edição revista
e correcta pelo auctor. Lisboa. Typographia Lisbonense. S.d. [1873?]. In-8.º de 306-IV págs. E.
Com uma «Advertencia da segunda edição» da autoria de Camilo Castelo Branco e quatro estampas
litográficas. Muito invulgar.
Boa encadernação à amador, nova; com as capas da brochura e só de leve aparado à cabeça.
714 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O RETRATO DE RICARDINA. Edição definitiva
revista e corregida pelo auctor. 1887. Livraria Portugueza e Franceza. de Campos & C.ª Editores. Lisboa. In-8.º gr. de 286-II págs. E.
Segunda edição, muito esmerada e nítida, com ilustrações de Condeixa e Heitor & Lallement, entre as
quais se conta um retrato do romancista. gravado por Condeixa.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Assinado no anterrosto.
715 — [CASTELO BRANCO (Camilo)].- REVELAÇÕES. [No fim: Porto. Typographia
de J. J. Gonçalves Basto, Largo do Corpo da Guarda n.º 106. 1852]. In-8.º de 64 págs. E.
São raríssimos os exemplares desta curiosa produção de Camilo, dada a lume sem o seu nome. Apenas
com o título ao centro da página que serve de frontispício.
Diz José dos Santos que “As Revelações, que haviam sido primitivamente publicadas no Nacional
e no Ecco Popular, antigos jornais portuenses, referem-se a umas tão faladas quanto deploráveis
e litigiosas questões familiares entre o então barão de Bolhão e sua esposa; questões essas que conduziram os dois consortes a uma quebra violenta dos encargos conjugais. Sairam sem o nome do autor,
vindo apenas assinadas. no fim (pág. 42), com o pseudónimo (...) Voz da Verdade. Opúsculo curioso,
muito raro e apreciado, ainda em edição única.
Bela encadernação inteira em pele, moderna, com delicados ferros a ouro na lombada, pastas e seixas.
Não foi publicado com capas de brochura. (ver gravura na pág. 201)
716 — CASTELO BRANCO (Camilo).- ROMANCE D’UM HOMEM RICO. 2.ª edição correcta
e revista pelo author. Porto. Em Casa da Viuva Moré –– Editora. 1863. In-8.º gr. de 263-I págs. E.
Segundo romance escrito por Camilo na Cadeia da Relação do Porto e aquele que o romancista mais
estimava. O livro foi dedicado por Camilo a José Júlio de Oliveira Pinto, deputado que se distinguiu
pelos seus dons oratórios mas também pela truculência da sua linguagem, que um dia o levou a dirigir
palavras ofensivas a Manuel de Sá Nogueira, irmão do Marquês de Sá da Bandeira; acabando morto
em duelo por um sobrinho do ofendido.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Tem falta do anterrosto e um carimbo na pág. 9.
717 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O ROMANCE DE UM RAPAZ POBRE. Traducção
de Camillo Castello Branco. Lisboa. Livraria Universal de Silva Junior & Cª. 1865. In-8.º de 238
págs. E.
É a primeira e bastante rara edição desta muito estimada tradução de Camilo do célebre romance
de Octavio Feuillet.
Encadernação da época.
718 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SALVE, REI! Seguida de outras curiosidades bibliographicas camillianas. Casa Ventura Abrantes. Lisboa. S.d. [1924?]. In-4.º de 15-I págs. E.
Com uma curiosa «Annotação bibliographica» assinada por Henrique Marques. Edição limitada a 100
exemplares numerados.
Encadernação simples.
719 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O SANGUE. Romance. Livraria de Campos Junior Editor. S.d. [Imprensa de Sousa Neves]. In-8.º de 255-I págs. E.
Diz Alexandre Cabral, o grande estudioso da Obra de Camilo, que “O Sangue é a crónica de uma família
judaica oriunda de Castela e estabelecida em Portugal desde o século XVI. (...)” A pesar de ter sido
publicada sem data, sabe-se que a obra foi impressa em 1868. Primeira edição, a mais estimada e valiosa.
Modestamente encadernado e um pouco aparado.
[200]
720 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O SANTO DA MONTANHA. Romance. Porto.
Typographia do Commercio. 1866. In-8.º de 310 págs. E.
Diz Alexandre Cabral que o romance “decorre no período de transição do século XVII para o XVIII (...)
localizando-se o enredo na zona nortenha do País, com ramificações a Lisboa, Funchal e Argélia.”
É a primeira edição do romance no seu estado primitivo, isto é, com o seu autêntico frontispício.
Originalmente não foi publicado o anterrosto.
Encadernação da época, tendo a lombada em pele decorada com título e ferros a ouro.
721 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O SANTO DA MONTANHA. Lisboa. Livraria de
Campos Junior - Editor. S.d. In-8º de II-310 págs. E.
Com excepção do rosto e do anterrosto, tudo o mais é da primeira edição, impressa na Tipografia do
Comércio em 1866. Variante muito invulgar.
Exemplar com as capas da brochura conservadas mas manchadas, só de leve aparado à cabeça e revestido
de boa encadernação com cantos e lombada em pele, com nervuras e ferros a ouro.
722 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SEGREDOS D’ALMA... Fac-simile d’um autographo
do Mestre. Lisboa. 1914. [Typographia Liberty, de Lamas & Franklin. Lisboa]. In-4.º de VIII
págs. inums. E.
O autógrafo reproduzido consiste numa poesia datada e subscrita: “Porto 8 de Janeiro de 1855” e vem
antecedida de uma introdução não assinada mas que se sabe ser da autoria de Joaquim Madureira.
A edição, comemorativa do 24.º aniversário da morte de Camilo e destinada à Subscrição Nacional
para o monumento a erigir em sua homenagam foi confinada apenas a 110 exemplares impressos em
papel Wathman. Com um retrato de Camilo impresso em separado.
Encadernação com a lombada em pele, estando conservadas as capas da brochura.
723 — CASTELO BRANCO (Camilo).- “SEIDE”. Reprodução do autografo original d’uma
poesia de Camillo Castello Branco. Lisboa. Emprêsa Nacional de Publicidade. 1932. In-4.º
de XVI págs. inums. E.
Reprodução fac-similada de uma poesia de Camilo, cuja venda reverteu a favor de D. Raquel Castelo
Branco, em restrita edição de 100 exemplares numerados e assinados, tendo este o n.º 29.
Encadernação recente, com a lombada em pele. Sem as capas da brochura. Dedicatória autógrafa do editor.
724 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O SENHOR DO PAÇO DE NINÃES. Lisboa. Livraria
de Campos Junior - Editor. [S. d. - 1867]. In-8.º de IV-261-I págs. E.
Exceptuando o rosto e o anterrosto, tudo o mais é da primeira edição, publicada no Porto, na «Typ. do
Commercio». Variante muito invulgar.
Revestido de bem executada encadernação inteira de pele à cor natural, com ferros a seco na
lombada e pastas.
725 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A SENHORA RATTAZZI. Nova edição mais incorrecta
e augmentada. Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Editor. Porto e Braga. 1880. In-8.º gr.
de X-38-II págs. E.
Com um «Preambulo á Nova Edição» da autoria de Camilo. Edição muito cuidada.
Encadernação simples.
726 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SENTIMENTALISMO E HISTORIA. I. Livraria
Internacional de Ernesto Chardron. Porto. 1879. In-8.º de 302-II págs. E
715 - ver pág. 200
––– HISTORIA E SENTIMENTALISMO. I. Poetas e Raças Finas. II. Eusebio Macario.
Continuação. II. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto. 1880. In-8.º de XI-I-320
págs. E.
Primeira edição dos dois romances realistas de Camilo «Eusebio Macario» e «A Corja», especialmente
rara quando com os dois volumes reunidos.
Encadernações editoriais em cartão, com os dizeres impressos a duas cores.
[202]
727 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A SEREIA. Romance. Porto. Em Casa de Viuva Moré
- Editora. 1865. [Typographia Commercial]. In-8.º de 269-I págs. E.
Novela histórica muito apreciada, rara nesta sua primeira impressão.
Boa encadernação à amador; só levemente aparado à cabeça.
728 — CASTELO BRANCO (Camilo).- A SEREIA. Lisboa. Empreza da Historia de Portugal.
1900. In-4.º de VI-327-I págs. E.
Edição de luxo, nitidamente impressa sobre bom papel e adornada com 40 ilustrações de Manuel de
Macedo e Roque Gameiro. Terceira edição. II volume da série «Romances de Bons Auctores
Portuguezes».
Encadernação original decorada a cores e ouro ao estilo «Arte Nova».
729 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SEROENS DE S. MIGUEL DE SEIDE. Chronica
Mensal de Litteratura Amena. Novellas, Polemica mansa, critica suave dos máos livros e dos
máos costumes. Porto. Livraria Civilisação de Eduardo da Costa Santos - Editor. 1885. 6 tomos.
In-8.º em 1 vol. E.
É a primeira edição desta interessante obra do grande romancista, publicada em seis pequenos tomos.
Colecção completa.
Encadernação simples, não contemporânea, com as capas da brochura conservadas, excepto as do
opúsculo IV. Um tanto aparados e com assinatura nos frontispícios.
730 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SOLEMNIA VERBA. Ultima Palavra da Sciencia.
O X de todos os Problemas do Coração. Obra importantissima para todos os sexos, masculino,
feminino e neutro, e especialmente para as cozinheiras. CENAS DA FOZ. Terceira edição.
Porto. Em casa de A. R. da Cruz Coutinho, Editor. 1873. In-8.º de 182 págs. E.
Encadernação simples, mantendo resguardadas as capas da brochura, mas um pouco aparado. Com um
retrato de Camilo adicionado posteriormente e que esta edição nunca teve.
731 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AS TRES IRMANS. Romance por Camillo Castello
Branco. 3.ª edição revista pelo auctor. Vende-se na Livraria de J. E. da Cruz Coutinho — Editor.
1882. In-8.º de 299-III págs. E.
Encadernação com a lombada em pele; aparado e com a capa da brochura da frente preservada.
Assinado no anterrosto
732 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AS TRES IRMANS. Romance. Porto. Em Casa
da Viuva Moré - Editora. 1862. [Porto: Typographia de Antonio José da Silva Teixeira]. In-8.º
de 324 págs. E.
Alexandre Cabral, que ao livro dedica uma dilatada notícia: “Trata-se de um livro de marcada religiosidade, apologético do trabalho e da pobreza, geradores de virtudes nobres e dignificantes.” Edição
primitiva deste muito estimado romance, anteriormente publicado em folhetins no «Commercio
do Porto».
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros a ouro. Um pouco aparado.
733 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O ULTIMO ACTO. Drama em 1 acto. Representado
no Theatro de D. Maria II. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. [Typ. de M. da Madre de Deus].
In-8.º de 24 págs. E.
733 - ver pág. 204
Alexandre Cabral: “Ao contrário do que possa imaginar o leitor moderno, desconhecedor dos impulsos
que levaram o autor a escrever a peça, a verdade é que O Último Acto é a transfiguração do drama
passional Ana/Camilo, a aproximar-se de desfecho imprevisível.” Primeira edição independente desta
muito estimada produção dramática de Camilo, pela primeira vez publicada no periódico «O Mundo
Elegante». Muito rara.
Boa encadernação de recente execução, mantendo resguardadas as capas da brochura.
(ver gravura na pág. 203)
[204]
734 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O ULTIMO ACTO. Drama em 1 acto por...
Representado no Theatro de D. Maria II. 2ª edição. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1884.
In-8.º gr. de 24 págs. E.
Modestamente encadernado e com a margem da primeira folha restaurada.
735 — CASTELO BRANCO (Camilo).- UM HOMEM DE BRIOS. Segunda edição. Porto, Em casa
de Cruz Coutinho - Editor. 1862. [Typographia de Sebastião José Pereira]. In-8.º de 278 págs. E.
Primeira reimpressão, bastante rara, de muito cuidada execução gráfica.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
736 — CASTELO BRANCO (Camilo).- UM LIVRO. (vinheta decorativa). Porto. 1854.
Typographia de J. A. de Freitas Junior, Rua das Flores n.ºs 250 a 253. In-8.º de 204 págs. E.
Edição primitiva deste raro, interessante e valioso livro de versos.
Tem na folha de rosto e no seu verso um texto em francês, não assinado; apenso um grande bilhete de
Arnaldo Henriques de Oliveira, dizendo, referindo-se ao texto em francês: “Meu Amigo. Isto é de certeza
autografo de Camilo. Passou despercebido — Uma sorte!”
737 — CASTELO BRANCO (Camilo).- UM LIVRO. 2ª edição emendada e augmentada. Porto:
1858. Typographia de F. G. da Fonseca. In-8.º de 214 págs. E.Livro de versos, invulgar nesta sua
segunda edição “com emendas, accrescentamentos e diminuiçõens tambem, que havia ahi muitas
pieguices que mondar”.
Encadernação modesta. Aparado e assinado no anterrosto.
738 — CASTELO BRANCO (Camilo).- UM LIVRO. 3ª edição, novamente correcta e accrescentada com um prefacio por Thomaz Ribeiro. Porto. Em Casa de Viuva Moré - Editora. 1866.
In-8.º de XXXI-I-235-I págs. E.
Edição cuidada deste livro de poesias de Camilo, especialmente estimada pelo novo prefácio de Tomás
Ribeiro.
Encadernação à amador, recentemente executada, tendo resguardadas as capas da brochura e estando
só de leve aparado à cabeça.
739 — CASTELO BRANCO (Camilo).- UMA CARTA DE CAMILO AO VISCONDE DE
MOREIRA DE REI. Com uma Nota de Júlio Dias da Costa. Lisboa. 1923. In-4.º de 7-I págs. B.
N.º 2 da separata de 100 exemplares numerados e assinados desta separata do livro «Escritos de Camilo».
Capa de brochura suja.
740 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VAIDADES IRRITADAS E IRRITANTES. (Opúsculo
ácerca d’uns que se dizem offendidos em sua liberdade de consciência litteraria). Porto - Em
Casa de Viuva Moré. [Porto. Typographia Lusitana. 1866]. In-8.º gr. de 47-I págs. E. no mesmo
vol. e do mesmo autor:
––– VOLTAREIS, Ó CHRISTO?. Narrativa por... Porto, Viuva Moré - Editora. 1871. In-8.º gr.
de 33-I págs.
Primeira edição destes interessantes opúsculos, suscitado o primeiro pela ruidosa questão literária
“Bom senso e bom gosto” e o segundo com motivo na condenação de Vieira de Castro.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
741 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VIDA D’EL-REI D. AFFONSO VI, escripta no anno
de 1684. Com um prefacio por... Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto. [1873].
In-8.º peq. de XII-138-VIII págs. E.
O prefácio de Camilo ocupa as páginas V a XII. Pouco frequente.
Encadernação da época, com a lombada em pele e um pouco aparado.
[205]
742 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VIDA DE JOSÉ DO TELHADO, extrahida das
«Memorias do Carcere». Vende-se na livraria de João E. da Cruz Coutinho, editor... Porto.
[S.d. - 1874?]. In-8.º de 20 págs. E.
Interessante opúsculo biográfico, ilustrado com uma curiosa caricatura de José do Telhado impressa
no frontispício.
Segundo informação retirada do «Dicionário de Camilo Castelo Branco» de Alexandre Cabral, “Diz-se
que em data incerta (1883?-1887?) foi editado por João Evangelista da Cruz Coutinho um folheto
de cordel, de 20 pp.(...)
“Trata-se, nem mais nem menos, da reimpressão integral do capítulo XXVI das Memórias do Cárcere (...)
“Quanto à data autêntica do folheto, julgamos que ela é de 1874, se não de antes (...)”
Encadernação da época com a lombada em pele. Assinatura de Fernando Leite de Faria no frontispício.
743 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VIDA DE JOSÉ DO TELHADO, extraida das
“Memorias do Cárcere”. Machado & Ribeiro, Lda. Porto, In-8.º de 20-II págs. E.
Edição também sem data, mas sem dúvida mais rara que a primeira.
Tem na capa uma fotogravura representando José do Telhado em pose de atelier, com o pé esquerdo
sobre uma cadeira e a mão esquerda sobre a perna e na mão direita uma grande vara.
Encadernação simples. Ex-libris camiliano de Gustavo d’Ávila Perez.
744 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VINGANÇA. Romance original. Porto, Em Casa de
Cruz Coutinho - Editor. 1858. In-8.º gr. de VI-266 págs. E.
Alexandre Cabral: “(...) os episódios que se encadeiam na obra reflectem as vivências do próprio autor
(transfiguradas naturalmente), que se faz representar no enredo novelístico pela personagem Roberto
Soares «escritor portuense», cujos lances biográficos reproduzem passagens da vida do romancista
(...)”. Edição original, muito estimada e rara.
Com as capas da brochura conservadas mas com defeitos e apenas levemente aparado à cabeça.
Encadernação com cantos e lombada em pele. Assinatura contemporânea da edição no frontispício.
745 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VINGANÇA. Romance original. Segunda edição.
Porto: Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1863. In-8.º gr. de 240 págs. E.
São invulgares os exemplares desta segunda edição.
Com as capas da brochura conservadas. Boa encadernação com lombada e cantos em pele. Carimbo
no anterrosto.
746 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O VINHO DO PORTO. Processo de uma bestialidade
ingleza. Exposição a Thomaz Ribeiro por... Porto - Livraria Civilização de Eduardo da Costa
Santos - Editor. 1884. In-8.º gr. de 87-I págs. E.
Livro dedicado pelo autor a Tomás Ribeiro: “Como sei que o teu amor às pérfidas tretas e manhas de
Inglaterra não é dos mais acrisolados, venho oferecer ao teu sorriso um SPECIMEN de bestialidade
inglesa.” Alexandre Cabral: “A edição de O Vinho do Porto provocou uma querela entre Abel Botelho,
assinava-se então Abel Acácio, e Fialho de Almeida, com o pseudónimo «Valentim Demónio»”.
Primeira edição, de muito apurada execução gráfica.
Valorizado com dedicatória de Camilo a Oliveira Ramos. Encadernação com a lombada e cantos em
pele; conserva as capas da brochura e está aparado apenas à cabeça. (ver gravura na pág. 207)
747 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O VINHO DO PORTO. Processo d’uma bestialidade
Ingleza. Exposição a Thomaz Ribeiro. 2ª Edição. Porto. Livraria Chardron. 1903. In-8.º de 99-I
págs. B.
Edição invulgar.
748 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VINTE CARTAS DE CAMILO CASTELO BRANCO.
1876-1885. Companhia Portugueza Editora, Lda. [Porto. S.d]. In-8.º de 146-II págs. E.
Cartas dirigidas a José Caldas. Com um retrato de Camilo e o fac-símile de muitas das cartas.
Encadernação danificada e com as capas da brochura manchadas de acidez.
[206]
749 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VINTE HORAS DE LITEIRA. Romance original.
Porto. Typographia do Commercio. 1864. In-8.º de II-VI-281-I págs. E.
Alexandre Cabral: “Não se trata verdadeiramente de um romance mas de uma sucessão de histórias ou
narrativas que o amigo do autor, António Joaquim, lhe conta no decurso de uma viagem empreendida
em liteira de Vila Real ao Porto.” Obra primitivamente publicada em folhetins do «Commercio do
Porto», sendo esta a sua primeira edição em volume. Muito rara.
Encadernação à amador, nova.
750 — CASTELO BRANCO (Camilo).- AS VIRTUDES ANTIGAS OU A FREIRA QUE FAZIA
CHAGAS, E O FRADE QUE FAZIA REIS. –– UM POETA PORTUGUEZ... RICO! Lisboa.
Livraria de Campos Junior - Editor. [Imprensa de Sousa Neves. S.d. ]. In-8.º de 223-I págs. E.
Edição primitiva e rara deste interessante e estimado livro de Camilo. Alexandre Cabral dedica uma
extensa rubrica a este livro que engloba vários escritos de Camilo.
Encadernação antiga, com a lombada em pele.
751 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O VISCONDE DE OUGUELLA. Perfil Biographico.
Porto. Typ. Pereira da Silva. 1873. In-8.º gr. de 107-III págs. E.
Biografia de Carlos Ramiro Coutinho, amigo de infância e colaborador de Camilo, publicada como
“mensagem de apoio público e de solidariedade fraternal que o romancista manifestou, quando o biografado se encontrava preso por conspiração contra o regime, no Limoeiro”.
Primeira edição, esmerada e muito nítida, com todas as páginas circundadas por um filete de composição
tipográfica. Com a rara fotografia original representando o biografado.
Dedicatória do Visconde de Ouguella para Luís da Câmara na folha de anterrosto, cuja margem está
intacta e dobrada, porquanto o volume foi um tanto aparado na sua margem lateral.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Assinatura antiga no frontispício.
752 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VOLTAREIS, Ó CHRISTO? Narrativa por... Porto.
Viuva Moré - Editora. In-8.º gr. de 33-I págs. Desenc.
Alexandre Cabral no seu «Dicionário de Camilo Castelo Branco: “O folheto Voltareis, ó Cristo foi
uma das diversas obras que Camilo escreveu em favor do infeliz José Cardoso Vieira de Castro, preso
no Limoeiro por uxoricídio. Desta vez o romancista quis verberar a pesada condenação do amigo (15
anos). A narrativa descreve os tormentos de uma mulher que atraiçoara o marido. Este vinga-se matando o homem que o desfeiteara e encerrando a adúltera num quarto com o esqueleto da amante. (...)
Mais tarde, houve quem acusasse o autor de ter prejudicado o amigo com a sua canhestra defesa. Foi
Anselmo Evaristo de Morais Sarmento.” Primeira edição.
753 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VOLTAREIS, Ó CHRISTO? Narrativa por... Segunda
edição. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. 1889. In-8.º de 35-I págs. B.
Exmplar da segunda edição.
754 — CASTELO BRANCO (Camilo).- VOLCOENS DE LAMA. (Romance). Porto. Livraria
Civilisação de Eduardo da Costa Santos - Editor. 1886. [Typographia Occidental]. In-8.º gr. de
272 págs. E.
746 - ver pág. 206
Diz Alexandre Cabral que “a intriga dos Vulcões de Lama fora-lhe relatada miudamente por Pinho
Leal (talvez em 1877), que ouvira o enredo quando era «agente do ministério público no julgado
de Fermedo»”.
Edição inicial, de muito cuidada execução gráfica, nitidamente impressa sobre papel de excelente
qualidade e com os dizeres do frontispício impressos a preto e vermelho. Bastante invulgar e estimada.
Com as capas da brochura, aparado só à cabeça e revestido de boa encadernação à amador.
755 — CASTELO BRANCO (Camilo) & BIESTER (Ernesto).- A PENITENCIA. Drama em 1
prólogo em 5 actos extraído do romance «Mysterios de Lisboa» por... 1933. Tip. da Emprêsa
Nacional de Publicidade. Lisboa. In-8.º gr. de 115-I págs. B
Deve ter sido muito reduzida a tiragem desta curiosa espécie bibliográfica camiliana.
[208]
756 — CASTELO BRANCO (Camilo) & CASTRO (José Cardoso Vieira de).- CORRESPONDENCIA EPISTOLAR ENTRE JOSÉ CARDOSO VIEIRA DE CASTRO E CAMILLO
CASTELLO BRANCO, escripta durante os dous ultimos annos da vida do illustre orador.
Editora Livraria Portugueza e Estrangeira. Porto. 1874. 2 vols. In-8.º de 304 e 304 págs. E.
Primeira edição desta importante correspondência, “escripta durante os dous ultimos annos da vida do
illustre orador”, cuja morte ocorreu em Luanda, quando Vieira de Castro ali cumpria pena pelo morte
de sua mulher.” Diz Alexandre Cabral que a publicação desta correspondência “é a última tentativa
de Camilo em reabilitar e consagrar a memória do seu desafortunado amigo José Cardoso Vieira de Castro,
falecido em 1872 no degredo (Angola)”
Ilustrada com excelentes retratos gravados de Vieira de Castro e Camilo Castelo Branco, autores,
respectivamente, da correspondência publicada nos primeiro e segundo volumes. Invulgar.
Boas encadernações inteiras em pele. Aparados.
757 — CASTELO BRANCO (Camilo) & CASTRO (José Cardoso Vieira de).- CORRESPONDENCIA EPISTOLAR ENTRE JOSÉ CARDOSO VIEIRA DE CASTRO E CAMILO CASTELO
BRANCO. Segunda edição. Lisboa. Parceria Antonio Maria Pereira. 1903. 2 vols. In-4.º
de 231--I e 232 págs. B.
Segunda edição desta importante correspondência, “escripta durante os dous ultimos annos da vida do
illustre orador”, cuja morte ocorreu em Luanda, quando Vieira de Castro ali cumpria pena pela morte
de sua mulher.
Da colecção das «Obras de Camillo Castello Branco», sendo este um dos exemplares da tiragem especial
em melhor papel e de maior formato.
Boas encadernações com cantos e lombadas em pele, mas sem as capas da brochura. Com dois
ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez, um dos quais destinado à sua colcção camiliana. Assinatura-carimbo
nos anterrostos.
758 — CASTELO BRANCO (Camilo) & COSTA (Dias da).- FADO. Intercallado na peça d’um
grupo de quintanistas de 1905 a 1906 e cantado por Custodio José Vieira, com quadras de
Camillo Castello Branco. Musica de Dias da Costa. Lith. E. Biell & C.ª Porto, In-8.º gr. de IV
págs. B.
Espécie camiliana de extrema raridade, com quatro quadras de Camilo e música de Dias da Costa.
Cremos que este é o mesmo exemplar que anunciámos no «Catálogo de uma Excelente Biblioteca...
Camilianna», cujo leilão efectuámos em 1968 e que não vimos descrito nas mais importantes bibliografias camilianas. (ver gravura na pág. 209)
759 — CASTELO BRANCO (Camilo) & FERREIRA (José Maria de Andrade).- CURSO DE
LITTERATURA PORTUGUEZA. Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira & Compª. 1875-1876. 2 vols. In-8.º de IV-380 e 354-XII págs. E.
O primeiro volume foi da exclusiva responsabilidade de Andrade Ferreira e o segundo, por morte
deste, foi redigido por Camilo Castelo Branco. Primeira e única edição publicada.
Encadernações da época, com lombadas em pele. Ex-libris e carimbo-assinatura nos frontispícios.
760 — CASTELO BRANCO (Camilo) & PLÁCIDO (Ana).- CARTAS INÉDITAS DE CAMILO
E DE D. ANA PLÁCIDO. 1º Milhar. Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa. [1933].
In-8.º de 157-VII págs. E.
758 - ver pág. 210
Volume organizado pelo Visconde do Marco, onde foram publicadas pela primeira vez 70 cartas
de Camilo a diversos destinatários, 24 de Ana Plácido, 1 de Manuel Pinheiro Alves, primeiro marido
de Ana Plácido e ainda uma carta de Alexandre Herculano. No final do volume, em «Apêndice», foram
publicadas algumas cartas escritas a Camilo Castelo Branco. Ilustrado com a reprodução de uma fotografia de Camilo pelo fotógrafo portuense Horacio Aranha.
Com o ex-libris heráldico de Pedro Alvellos. Encadernação simples mas com as capas da brochura
conservadas.
[210]
761 — CASTELO BRANCO (Camilo) & PLÁCIDO (Ana Augusta).- DOIS ANOS DE AGONIA.
Cartas de Camilo e de Ana Plácido a Freitas Fortuna. Prefácio e notas de Júlio Dias da Costa.
Livraria Editora Guimarães & Cª. Lisboa. [1930]. In-4.º de 186-II págs. E.
Colectânea de 165 importantes cartas íntimas de Camilo e de Ana Plácido ao seu grande amigo Freitas
Fortuna, na sua maioria do punho da última.
Dedicatória de Júlio Dias da Costa para Júlio Brandão. Boa encadernação com a lombada em pele
decorada com ferros a ouro; só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.
762 — CASTELO BRANCO (Camilo) & SARMENTO (Francisco Martins).- OBOLO ÁS
CREANÇAS. Collaborado por Joaquim Ferreira Moutinho. [Porto. Tipografias diversas. 1887].
In-4.º de XX-LXXXV-IV-174-IV págs. E.
Edição luxuosa e nítida, com algumas páginas decoradas com tarjas impressas a cores. O volume foi
composto e impresso por algumas das melhores casas tipográficas do Porto. Ostenta, impressos em
separado, os retratos dos autores.
Exemplar n.º 85, então pertencente a Joaquim Ventura da Silva Pinto, dos 50 numerados de 51a 100
destinados “Aos membros da commissão editora”.
Bela encadernação dos editores com a lombada em pele e as pastas em percalina, com ferros
dourados e a negro, tendo o nome do destinatário do volume gravado a ouro na pasta da frente. Com
o corte das folhas brunido a ouro fino.
763 — CASTELO DE PAIVA (Barão de).- ROMANCES DE VOLTAIRE, traduzidos em portuguez, offerecidos á sua Patria, por Antonio da Costa Paiva. Porto. Na Typ. Commercial
Portuense. 1836. In-8.º de 220 págs. B.
O autor foi o primeiro Barão de Castelo de Paiva, nascido no Porto; doutorou-se em Medicina pela
Faculdade de Paris, foi Associado da Sociedade de História Natural de Cassel, na Alemanha, da
Sociedade Zoológica do Londres, etc.; publicou numerosos trabalhos, sendo muito raro o que apresentamos, o primeiro a vir a público; entre outros trabalhos colaborou na publicação do «Roteiro da
Viagem de Vasco da Gama» e na «Chronica d’El Rei D. Sebastião», ambos de colaboração com
Alexandre Herculano, tendo deixado publicados ainda numerosos trabalhos científicos. Inocêncio
dedica-lhe uma vasta rubrica. Com o seu retrato litográfico. Peças incluídas no volume: «Como vai
o Mundo. Visão de Babuc», «O Branco e o Preto», «Memnon ou a Sabedoria Humana», «Historia das
Viagens do Scarmentado recitada po elle mesmo», «Microomegas. Historia Philosophica. Capítulo 1.º
- Viagem d’hum habitante da estrella Sirio ao Planeta Saturno», etc.
Capas da brochura com pequenos defeitos.
764 — [BRAGA]. CASTIÇO (Fernando).- MEMORIA HISTORICA DO SANTUARIO DO
BOM JESUS DO MONTE, Suburbios de Braga. Por Occasião do Centenario do lançamento da
primeira pedra nos alicerces do templo actual. Braga. Typographia Camões. MDCCCLXXXIV.
In-4.º de 152-IV-9-I-14 págs. B.
Nesta obra, estimada e invulgar, é estudado o culto do Bom Jesus do Monte desde as suas origens —
a erecção no século XV de uma cruz no alto do Monte — até à fundação e história do actual Santuário.
Com um retrato do autor.
765 — CASTILHO (António e José).- EXCERPTOS DE TODOS OS PRINCIPAES AUCTORES PORTUGUEZES DE BOA NOTA, Assim prosadores como poetas. Lisboa. Typographia
Lusitana. 1845. 17 vols. In-12.º E.
A colecção completa desta interessante publicação compõe-se de 25 volumes, raramente aparecendo
completa. Este exemplar tem os vols. 1 a 16 e 18.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
766 — CASTILHO (António Feliciano de).- CARTA DE HELOIZA A ABEILLARD; Traduzida
do francez de Mr. Mercier. Lisboa: Na Typografia Lacerdina. 1820. In-8.º de 23-I págs. Desenc.
Primeira e muito invulgar edição desta tradução de Castilho.
[211]
767 — CASTILHO (António Feliciano de).- CARTAS DE ECHO E NARCISO. Nova edição
seguida de differentes peças, relativas ao mesmo objecto. Offerecida ao Ill. Senhor João da Costa
Junior, Capitaõ da Primeira Companhia do 4.º Batalhaõ da Guarda Nacional desta Capital, negociante matriculado, e proprietario desta Provincia, &c. Bahia. Reimp. na Typ. de Manoel
Antonio da Silva Serva. 1839. In-8.º gr. de II-166 págs. E.
Com um retrato litográfico de “P.II. Imperador do Brazil” dentro de uma grande coroa de louros. Rara
edição impressa na Bahia, desconhecida de Inocêncio e cremos que a primeira impressa no Brasil.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Com um corte na margem superior do frontispício e
uma quadra, talvez da época, manuscrita no anterrosto.
768 — CASTILHO (António Feliciano de).- ELEGIA Á MORTE DA CHRONICA CONSTITUCIONAL DE LISBOA. Lisboa: 1834. Na Imprensa da Rua dos Fanqueiros N.º 129 B. In-8.º gr.
de 8 págs. B.
Frontispício tarjado de negro. Opúsculo raro, que nos parece não ter sido conhecido de Inocêncio,
opúsculo que se inicia com os seguintes versos: «Ceos! porque anda no Povo este sussuro? / Volta
o Miguel? mudou-se o Ministerio? / Deo-se emprego a traidor, castigo á honra? / Desligão-se,
removem-se, vão presos / Heroes, que pela Patria o sangue dessem?...»
Mancha de água, seca, na margem interior de todo o volume.
769 — CASTILHO (António Feliciano de).- EPISTOLA A SUA MAGESTADE A SENHORA
IMPERATRIZ DO BRAZIL D. TERESA. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1856. In-4.º peq.
de 19-I págs. B.
Opúsculo em verso publicado em defesa de um português, Silva, residente na vila de Uruguaiana,
segundo Castilho injustamente acusado de homicídio.
Com a assinatura de Castilho no verso da capa da brochura e outra assinatura no frontispício. Carimbo
antigo na capa e no frontispício.
770 — CASTILHO (António Feliciano de).- EPISTOLA AO POVO NAS ELEIÇÕES DE 1834.
[Lisboa: 1834. Na Imprensa da Rua dos Fanqueiros]. In-8.º gr. de 11-I págs. B.
Epístola em verso, cujo título vem ao alto da primeira página do texto. Rara.
Exemplar com manchas.
771 — CASTILHO (António Feliciano de).- EPISTOLA AO USURPADOR EX-INFANTE
MIGUEL MARIA DO PATROCINIO NA SUA SAÍDA DE PORTUGAL. [No fim: Lisboa na
Imprensa Nacional. 1834]. In-8.º gr. de 8 págs. Desenc.
O título acima transcrito encima a primeira página do texto. Raro folheto a juntar às colecções das
Lutas Liberais.
Mancha de água na margem interior.
772 — CASTILHO (António Feliciano de).- A FAUSTISSIMA EXALTAÇÃO DE SUA
MAGESTADE FIDELISSIMA O SENHOR D. JOÃO VI. AO THRONO. Poema dedicado ao
mesmo Senhor por seu author... Lisboa. Na Impressão Régia. Anno 1818. In-8.º gr. de VI-82
págs. Desenc.
Segunda publicação literária do autor, escrita quando este contava apenas 18 anos de idade, ilustrada
om um perfeito retrato de Castilho aberto a buril em chapa de metal. Muito raro.
773 — CASTILHO (António Feliciano de).- A LYRICA DE ANACREONTE. Vertida por...
Paris. Typographia de Ad. Lainé et J. Havard. 1866. In-4.º peq. de 144 págs. E.
Estimada edição em grego e português de uma das obras fundamentais da literatura clássica, cuja
tradução ficou a dever-se a Castilho. A obra vem antecedida de um texto do poeta intitulado «Ácêrca
de Anacreonte». Primeira edição, muito invulgar.
Encadernação não contemporânea, com a lombada em pele azul escuro com dizeres dourados, nervos
e ferros a seco em relevo. Com manchas de acidez generalizadas.
[212]
774 — CASTILHO (António Feliciano de).- MIL E UM MYSTERIOS. Romance dos romances.
Lisboa. Typographia Lusitana. 1845. In-8.º gr. de 285-III págs. E.
Primeira edição, invulgar. Estava prometido um segundo volume que não foi publicado.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Com manchas de água nas primeiras folhas.
775 — CASTILHO (António Feliciano de).- A NOITE DO CASTELLO e OS CIUMES DO
BARDO. Poemas seguidos da Confissão de Amelia, traduzida de M.elle Delfine Gay. Lisboa.
1836. Na Typ. Lisbonense A. C. Dias. In-8.º de XXII-200-VI págs. E.
Primeira e bastante rara edição. De págs. 117 a 121 decorre a balada «Affonso e Isolina», traduzida do
inglês por Alexandre Herculano.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros a ouro. Manchas de acidez.
776 — CASTILHO (António Feliciano de).- PRIMAVERA. Segunda edição, mais correcta,
emendada, e copiosissimamente eccrescentada. Lisboa. Na Typographia de A. I. S. de Bulhões.
1837. In-8.º de 330-XII págs. E.
Uma das mais conhecidas obras poéticas de Castilho, sendo esta edição bastante invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
777 — CASTILHO (António Feliciano de).- THEATRO DE GOETHE. Tentativa única. FAUSTO.
Poema dramatico trasladado a portuguez. Porto. Viuva Moré - Editora. MDCCCLXXII. In-8.º gr.
de XVI-415-I págs. E.
Primeira e muito invulgar edição. Escreveu Castilho que “De nenhum outro livro se tem dito e escrito
tanto; é porque este é que foi o verdadeiro padrão que estremou o mundo poético antigo do mundo
poético hodierno”.
Encadernação nova, com a lombada em pele. Só de leve aparado à cabeça. Com apontamentos
manuscritos à margem.
778 — CASTILHO (António Feliciano de).- TRATADO DE MNEMONICA ou Methodo facilimo
para decorar muito em pouco tempo. Lisboa. Imprensa Nacional. 1851. In-8.º de XIX-I-220 págs. E.
É a primeira e rara edição deste curioso e inovador método de memorização.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Com as capas da brochura e as margens intactas.
779 — CASTILHO (Júlio de).- AMORES DE VIEIRA LUSITANO. Apontamentos biographicos.
Lisboa. Parceria Antonio Maria Pereira. 1901. In-4.ºde 301-III págs. E.
Subsídio com interesse para a história da arte em Portugal. Obra estimada e invulgar, ilustrada com
trabalhos de Júlio de Castilho e outros autores, impressos em folhas à parte. Primeira edição.
Bonita encadernação do editor, com dizeres dourados na lombada e na pasta e esta também com
ferros a negro.
780 — CASTILHO (Júlio de).- MANUELINAS. Cancioneiro de... Lisboa: Na Imprensa
Nacional. M. DCCC. LXXXIX. In-8.º gr. de 266-II págs. E.
Primorosa composição e impressão em papel de linho, cujo trabalho vem registado no fim como tendo
sido executado por Venâncio Deslandes.
Encadernação com a lombada em pele à cor natural, só de leve aparado à cabeça e com as capas da
brochura resguardadas.
781 — CASTILHO (Júlio de).- A MOCIDADE DE GIL VICENTE. (O Poeta). Quadros da vida
portugueza nos séculos XV e XVI. Lisboa. 1896. In-8.º gr. de 291-I págs. E.
Interessante trabalho de reconstituição histórica, de escasso aparecimento no mercado livreiro.
Modestamente encadernado.
[213]
782 — CASTILHO (Júlio de) & GARRETT (J. B. Almeida).- O PAÇO DE CINTRA. S.l.n.d.
[1886]. In-fólio de XX págs. inums. E.
Luxuosa edição em papel de superior qualidade, apresentando em primeiro lugar um texto em prosa
de Júlio de Castillho dedicado «A Sua Alteza Real o Principe Dom Carlos Duque de Bragança», datado
no fim, 2 de Janeiro de 1886 e autografado por Júlio de Castilho, a que se segue o poema de Garrett
intitulado «As pêgas de Cintra». Com belos motivos decorativos de Casanova. Com todas as páginas
com um filete vertical e outro horizontal, a vermelho.
Rica encadernação inteira em pele vermelha, nova, com largas cercaduras com motivos florais nas pastas,
dizeres na lombada e ferros dourados na lombada e a mesma decoração floral das pastas e nas seixas.
Dedicatória autógrafa de Júlio de Castilho na folha de guarda. Capa da brochura com defeitos na sua
parte inferior.
783 — CASTRO (António Borges de).- NOSSA SENHORA DA GRAÇA EM MONDIM DE
BASTO. Monografia histórico-jurídica. Edição do autor. 1968. In-8.º gr. de 120-II págs. E. no
mesmo volume:
––– PELAYO (Primo Casal).- A ERMIDA DO MONTE FARINHA EM VILAR DE FERREIROS,
Mondim de Basto. 1968. In-8.º de 117-I págs.;
––– CASTRO (António Borges de).- GUIA TURISTICO DO MONTE DA SENHORA DA GRAÇA
E FISGAS DO ERMÊLO EM MONDIM DE BASTO. Edição do Autor. 1968. In-8.º de 39-I págs.
Segundo palavras de António Cruz no texto de abertura da primeira obra, “Nas páginas que vão
adiante há segura informação histórica, de par com outros subsídios de não menos valor. Ficará, esta
monografia, como alto serviço prestado a Mondim de Basto”. Com ilustrações nas páginas do texto.
Boa encadernação com a lombada em pele mosqueada e com as capas da brochura conservadas.
784 — CASTRO (António Manuel Lopes Vieira de).- JOSÉ CARDOSO VIEIRA DE CASTRO
ANTES E DEPOIS DO SEU JULGAMENTO, por seu irmão... Porto. Typographia Lusitana.
1871. In-8.º gr. de 102-II págs. E.
Peça importante para a história de um apaixonado processo judicial em que Vieira de Castro, grande
amigo de Camilo, foi condenado a degredo para África pela morte de sua mulher, por ele surpeendida
em acto que pressupunha adultério. Camilo é referido de págs. 21 a 23.
Com as capas da brochura conservadas. Encadernação simples.
785 — CASTRO (António Manuel Lopes Vieira de).- MEMORIA HISTORICA DO CONSELHEIRO A. M. L. VIEIRA DE CASTRO. Lisboa, Na Typographia de José Baptista Morando.
1843. In-8.º de 34-II págs. Desenc.
Com um retrato litográfico de Vieira de Castro. Assinatura antiga no anterrosto.
786 — CASTRO (António Serrão de).- OS RATOS DA INQUISIÇÃO. Poema inedito do judeu
portuguez... Prefaciado por Camillo Castello Branco. Porto. Ernesto Chardron. 1883. In-8.º de
207-I págs. E.
“Os «Serroens» vieram de Espanha, onde se chamavam Serranos, em 1492, no reinado de D. João II.
Com elles expatriaram-se notabilissimos mestres thalmudicos e rabbinicos. Desde aquelle anno até
1497 convergiram a Portugal os mais doutos professores de Castella, e, com elles, todos os códigos
impressos e manuscriptos da synagoga.”
Muito extenso e importante «Prefacio Biographico» de Camilo.
Primeira edição.
Com manchas de acidez, que aparecem em quase todos os exemplares que temos visto. Assinatura
antiga no frontispício.
787 — CASTRO (Augusto Mendes Simões de).- GUIA HISTORICO DO BUSSACO. Coimbra.
Imprensa da Universidade. 1875. In-8.º de XI-I-283-I págs. B.
É a primeira edição desta interessante monografia, ilustrada com numerosas gravuras em madeira
impressas em folhas à parte.
[214]
788 — CASTRO (Aurora Teixeira de).- MONOGRAFIA DA CIDADE DO PORTO. 1926.
Composto e impresso nas Oficinas da Secção de Publicidade do Museu Comercial. Lisboa.
In-8.º gr. de 244-IV págs. B.
Edição confinada a 600 exemplares rubricados.
Dedicatória autógrafa da autora.
789 — CASTRO (D. João de).- ROTEIRO EM QUE SE CONTEM A VIAGEM QUE FIZERAM
OS PORTUGUEZES NO ANNO DE 1541, partindo da nobre Cidade de Goa atee Soez, que he no
fim, e stremidade do Mar Roxo. Com o sitio, e pintura de todo o Syno Arabico. Por Dom Ioam
de Castro, decimo terceiro Governador, e quarto Viso-Rey da India: Dedicado ao Infante Dom
Luiz. Tirado a luz pela primeira vez do manuscripto original, e acrescentado com o Itinerarium
Maris Rubri, e o retrato do Author, etc., etc., etc. Pelo Doutor Antonio Nunes de Carvalho da
Cidade de Vizeu... Paris. Vende-se em casa de Baudry... e Theoph. Barrois... 1833. In-4.º peq.
de IV-LIV-IX-I-334-II págs. E.
Primeira edição de um importantíssimo documento quinhentista. O exemplar apresenta os retratos litográficos de D. João de Castro, de D. Estevão da Gama, a “Mostra da Ilha de Çacotoraa” e 16 “Tavoas”
desdobráveis, faltando apenas a “Tavoa da Ilha de Çacotoras”, mapas que na sua maior parte se encontram reforçados ou mal restaurados.
Os exemplares anunciados nos Catálogos dos Condes de Azevedo e Samodães, Artur de Sandão,
e ainda o que foi anunciado no nosso catálogo nº 34, apresentam falta do retrato de D. Estevão da
Gama, da vista de “Çacotoraa” e das “15 Tavoas”, pelo que julgamos poder afirmar que as gravuras
em questão são de apreciável raridade.
Encadernação não contemporânea, com lombada e cantos em pele, um tanto defeituosa.
(ver gravura na pág. 216)
790 — CASTRO (Eugénio de).- O ANNEL DE POLYCRATES. Poema dramatico. Coimbra.
França Amado, Editor. 1907. In-8.º de 130-II págs. B.
Primeira edição de uma das mais interessantes obras daquele que foi considerado como um dos mais
influentes cultores da poesia simbolista em Portugal. Edição cuidada, impressa em papel de linho.
Assinado no frontispício.
791 — CASTRO (Eugénio de).- A CAIXINHA DAS CEM CONCHAS. “Lvmen”. Empresa
Internacional Editora. 1923. [Coimbra]. In-8.º de 36-II págs. B.
Primeira edição deste interessante livrinho de cem quadras de Eugénio de Castro.
792 — CASTRO (Eugénio de).- CAMAFEUS ROMANOS. «Lvmen». Empreza Internacional
Editora. Porto. 1921. In-8.º de 92-II págs. B.
Primeira edição, cuidadosamente impressa em papel de linho.
793 — CASTRO (Eugénio de).- CANÇÕES DESTA NEGRA VIDA. «Lvmen». 1922.
[Coimbra]. In-8.º de 120-II págs. E.
De apurado cuidado gráfico, como todas as obras do autor.
Encadernação com a lombada em pele, coçada. Conserva as capas da brochura e está aparado apenas
à cabeça.
794 — CASTRO (Eugénio de).- CARTAS DE TORNA-VIAGEM. «Lvmen». Empresa
Internacional Editora. 1925-1927. [Coimbra]. 2 vols. In-8.º de 308-II e 187-III págs. B.
“As cartas que constituem êste volume foram escritas em português para um dos maiores periódicos
do globo, La Nacion, de Buenos Aires, e aí publicados em espanhol”. Com interessantes artigos de
memórias, dedicados a Elvas, Penela, Pombal, Aveiro, Convento de Cristo em Tomar, Vila do Conde,
Braga, Bussaco, Castelo de Leiria e ainda a Guerra Junqueiro, Conde de Sabugosa, Teófilo Braga,
Cesário Verde, Júlio Diniz, João de Deus, António Carneiro, Teixeira Lopes, aos livros póstumos de Eça
de Queiroz, à Rainha Santa na Arte Portuguesa, a Mestre Gonçalves, à Fábrica da Vista Alegre, etc.
[215]
789 - ver pág. 215
795 — CASTRO (Eugénio de).- O CAVALEIRO DAS MÃOS IRRESISTIVEIS. Conto em
verso. Coimbra. F. França Amado, Editor. 1916. In-8.º de 87-V págs. B.
Primeira edição deste belo livro de Eugénio de Castro, figura cimeira do simbolismo português.
Com dedicatória do poeta para Luís de Magalhães, cuja assinatura este deixou na capa da brochura.
796 — CASTRO (Eugénio de).- CHAMAS DUMA CANDEIA VELHA. «Lvmen». Empresa
Internacional Editora. 1925. [Coimbra]. In-8.º de 120-II págs. B.
Edição cuidada, a primeira, impressa em papel de linho.
797 — CASTRO (Eugénio de).- CONSTANÇA. Poema. Coimbra. Na Livraria França Amado.
MDCCCC. In-8.º de X-80-II págs. B.
.
Elegante e esmerada edição em papel de linho, a primeira, de que se tiraram poucos exemplares.
798 — CASTRO (Eugénio de).- CRAVOS DE PAPEL. «Lvmen». Empresa Internacional
Editora. 1922. [Coimbra]. In-8.º de 154-II págs. B.
Primeira edição, cuidadosamente executada em papel de linho.
799 — CASTRO (Eugénio de).- DESCENDO A ENCOSTA. «Lvmen». Empresa Internacional
Editora. Coimbra. 1924. In-8.º de 162-II págs. B.
Primeira edição, muito cuidada e impressa em papel de linho.
800 — CASTRO (Eugénio de).- ÉCLOGAS. MCMXXIX. Lvumen. [Coimbra]. In-8.º de 46-IV
págs. B.
Exemplar da edição original.
Com manchas de acidez.
801 — CASTRO (Eugénio de).- O FILHO PRÓDIGO. Poema biblico. Porto. Magalhães &
Moniz, Ldª - Editores. 1910. In-8.º de 37-I págs. B.
Foi reduzida a tiragem deste interessante poema de Eugénio de Castro.
Valorizado com dedicatória do autor para Luís de Magalhães.
802 — CASTRO (Eugénio de).- A FONTE DO SATYRO E OUTROS POEMAS. Coimbra.
F. França Amado, Editor. 1908. In-8.º de 110-II págs. B.
Edição original, executada em papel de linho e de grande apuro gráfico.
Dedicatória do poeta para Luís de Magalhães.
803 — CASTRO (Eugénio de).- HORAS. Segunda edição prefaciada por M. da Silva Gaio.
Coimbra. F. França Amado, Editor. 1912. In-8.º de 90-II págs. B.
Segundo palavras de Urbano Tavares Rodrigues, foi com «Oaristos» e «Horas» que Eugénio de Castro
introduziu o simbolismo em Portugal, obras que “provocaram escândalo literário” e cuja “discussão
contribuiu para a difusão da nova estética”.
Vai até à página 27 o interessante prefácio de Silva Gaio. Edição de cuidada concepção gráfica.
804 — CASTRO (Eugénio de).- A MANTILHA DE MEDRONHOS. Impressões e recordações
de Espanha. Segunda edição. “Lvmen”. 1923. [Coimbra]. In-8.º de 112-IV págs. B.
Livro onde o autor deixou as suas “impressões e recordações” da Espanha dos anos 20. Desta obra destacamos as seguintes poesias: «Madrid»; «El Escorial»; «Toledo»; «Salamanca»; «Cordoba»;
«Granada»; «Sevilha»; «Malaga»; «Mérida»; «Badajoz»; «Tuy»; «Vigo»; «Pontevedra»; «Santiago de
Compostela»; «La Coruña»; «Orense» e «Burgos».
Edição de cuidada execução gráfica.
[217]
805 — CASTRO (Eugénio de).- OBRAS POÉTICAS DE EUGÉNIO DE CASTRO. Lvmen
[e Portucalense Editora]. [Composto e impresso na Imprensa Nacional de Lisboa, Atelieres
Gráficos da Bertrand, Oficinas Gráficas da Companhia Editora do Minho. 1927-1944]. 10 vols.
In-8.º gr. E.
É a colecção completa das obras de Eugénio de Castro, um dos mais lidos e estimados poetas portugueses do seu tempo. Com vários e diferentes retratos do poeta impressos em separado.
Da muito bela e valiosa tiragem especial de 25 exemplares em papel Mezena azul, numerada e assinada
pelo poeta,, tendo cabido a este o n.º 7 (o penúltimo volume tem o n.º 4 e o último, já assinado pela
Portucalense Editora, apresenta o memo número).
Belas encadernações em pele inteira, com ferros a ouro em casas fechadas. Só de leve aparados à cabeça,
com as restantes margens de grandes e desencontradas dimensões, e com as capas da brochura
e lombadas intactas. (ver gravura na pág. 219)
806 — [CASTRO (Eugénio de)].- O REI DOS ALAMOS. [de Goethe]. 1832-1932. Versão portuguesa por Eugénio de Castro. Coimbra. 1932. [Coimbra Editora, Limitada]. In-4.º de 15-I págs. B.
Texto alemão a par com a tradução de Eugénio de Castro. Com um retrato de Goethe em folha separada.
Com dedicatória de Eugénio de Castro a Luís de Magalhães e a rubrica deste no frontispício.
807 — CASTRO (Eugénio de).- SAGRAMOR. Poema. Coimbra. F. França Amado - Editor.
1895. In-4.º de 126-II págs. E.
Primeira edição de um dos mais antigos livros do consagrado poeta simbolista. Tiragem restrita.
Dedicatória do poeta para Luís de Mgalhães, bastante esmaecida. Pequeno restauro nas capas da brochura,
com leves vestígios de manchas de água; encadernação recente com a lombada em pele.
808 — CASTRO (Eugénio de).- A SOMBRA DO QUADRANTE. Coimbra. F. França Amado,
Editor. 1906. In-8.º de 88-II págs. B.
Primeira edição, de bela e cuidada execução sobre papel de linho.
Enriquecido com uma das inconfundíveis dedicatórias de angulosa caligrafia do autor para o poeta
Luís de Magalhães.
809 — CASTRO (Eugénio de).- LES SONNETS DE CAMOËNS. Conférence faite à la
Sorbonne le 16 Juin 1924. Coimbra. Librairie “Lvmen”. 1925. In-8.º de 40 págs. B.
810 — CASTRO (Eugénio de).- A TENTAÇÃO DE SÃO MACÁRIO. “Lvmen”. 1922.
[Coimbra]. In-8.º de 58-II págs. B.
O poeta declara que foi buscar a inspiração para este seu poema no “Portugal Antigo e Moderno”, de
Pinho Leal, e na tradição oral, que, ainda hoje, e por formas tão variadas, se ocupa do santo anualmente
festejado, em fins de Julho, na capelinha da serra do seu nome, a Serra de São Macário, para as bandas
de Vouzela.”
811 — CASTRO (Eugénio de) e outros.- O REI DE THULE. Versões portuguesas por Agostinho
de Ornelas, Latino Coelho, A. F. de Castilho, Antero de Quental, Gonçalves Crespo e Eugénio
de Castro [de Goethe]. Goethe. 1832-1932. Coimbra. 1932. [S. reg. tipog.]. In-4.º de 22 págs. B.
Edição cuidada, em bom papel, promovida pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
e pelo Instituto Alemão.
Com uma das estéticas dedicatória do punho de Eugénio de Castro para Luís de Magalhães.
812 — CASTRO (Ferreira de).- OS FRAGMENTOS. (Um romance e algumas evocações).
Guimarães & Cª Editores. Lisboa. S.d. In-8.º gr. de 330-VI págs. B.
“Estes fragmentos são filhos das insatisfações estéticas, tantas vezes torturantes e secretas, que sentem
os escritores do Mundo inteiro e também das cancelas cerradas perante a liberdade de pensamento que
dificultam, há muitos anos, os passos espontâneos dos escritores portugueses”. Primeira edição, das
«Obras Completas» do autor.
[218]
813 — CASTRO (Ferreira de).- A LÃ E A NEVE. Romance. Livraria Editora Guimarães & Cª.
[1947]. In-8.º de 372-II págs. B.
Um dos romances de referência na Obra de Ferreira de Castro, muito invulgar nesta sua primeira edição.
Capa da brochura ilustrada a cores por Jorge Barradas.
814 — CASTRO (Ferreira de).- A MORTE REDIMIDA. Novela. 1925. Livraria e Imprensa
Civilização-Editora. Porto. In-8.º de 75-V págs. E.
Primeira e única edição publicada isoladamente e, portanto, não inserida nas suas «Obras Completas».
Encadernação com lombada e cantos em pele. Conserva as capas da brochura e tem as margens intactas.
815 — CASTRO (Ferreira de).- PEQUENOS MUNDOS E VELHAS CIVILIZAÇÕES.
Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. [1938]. In-4.º gr de 395-IV págs. E.
Belo e muito interessante livro de viagens de Ferreira de Castro, numa muito luxuosa edição executada
em papel couché, repleta de fotogravuras e vinhetas a negro, cores e metais, nas páginas do texto e em
folhas à parte e ainda com ilustrações originais de Jorge Barradas, Roberto Nobre, Lino António,
Alberto Sousa, Guilherme Filipe, Eduarda Lapa e outros. Capítulos sobre as Ilhas da Madeira e Açores.
Das obras deste autor aparecidas em edições de luxo, verdadeiramente inovadoras para a época entre
nós, esta é sem dúvida a mais rara.
Rica encadernação dos editores, com a lombada em pele e ferros a ouro e prata na lombada e pastas.
(ver gravura na pág. 221)
816 — CASTRO (Ferreira de).- A PEREGRINA DO MUNDO NOVO. Novela. Edição do “A B C”.
Lisboa. 1926. In-8.º de 148-IV págs. E.
Primeira e única edição publicada, não incluída nas «Obras Completas».
Capa ilustrada com um desenho assinado por Jorge Barradas. Encadernação inteira em pele vermelha,
nova, com fios dourados na lombada e nas pastas. Margens intactas.
817 — CASTRO (Ferreira de).- SENDAS DE LIRISMO E DE AMOR. Novelas. (2º milhar).
Edições Spartacus. Lisboa. 1925. In-8.º de 166-II págs. B.
Dos primeiros livros do autor, novela excluída das suas «Obras Completas». Capa ilustrada por
Roberto Nobre.
818 — CASTRO (Ferreira de).- A TEMPESTADE. Romance. Livraria Editora Guimarães & Cª.
Lisboa. [1940]. In-8.º de 325-I págs. B.
Primeira edição de um dos mais estimados romances de Ferreira de Castro, figura estelar da literatura
portuguesa do nosso tempo..
Jorge Barradas ilustrou a capa da brochura.
819 — CASTRO (Ferreira de).- TERRA FRIA. Romance. Editorial «Seculo». Lisboa. 1934.
In-8.º de 351-III págs. B.
Primeira e muito invulgar edição de um dos primeiros e mais emblemáticos romances do autor, cuja
acção decorre em terras de Barroso, no extremo norte de Portugal. Capa da brochura ilustrada a cores.
820 — CASTRO (Ferreira de).- A VOLTA AO MUNDO. Emprêsa Nacional de Publicidade.
[Lisboa. 1940-1944]. In-fólio de 678-II págs. E.
805 - ver pág. 218
Edição de grande luxo, primorosamente impressa sobre papel couché e ilustrada com centenas de
estampas a negro e a cores, nas páginas do texto e em separado, e ainda inúmeras vinhetas, letras capitais
e motivos ornamentais impressos a prata e ouro. Esta obra e «Pequenos Mundos e Velhas
Civilizações» constituiram verdadeira novidade tipográfica em Portugal.
Encadernação editorial, em carneira, artisticamente decorada com ferros a seco e a ouro, mas com
a lombada coçada.
[220]
821 — CASTRO (Gabriel Pereira de).- ULYSSÉA, OU LISBOA EDIFICADA. Poêma heroico
de ... Quarta edição. Lisboa, na Typographia Rollandiana. 1826. In-8.º peq. de IV-XVI-413-I-VI
págs. E.
Poema clássico, indispensável na bibliografia olisiponense. Nesta edição aparece pela primeira vez
o «Discurso Poetico» de Manuel de Galhegos.
As págs. prels. estão erradamente encadernadas depois do poema. Encadernação da época, em pele,
muito simples.
822 — CASTRO (Gabriel Pereira de).- ULYSSEA, OU LISBOA EDIFICADA. Poema heroico
composto pelo insigne Doutor. Lisboa: Na Impressão Regia. 1827. In-12.º de II-419-I págs. E.
Obra clássica da bibliografia olisiponense, numa cuidada e invulgar edição de muito pequeno formato.
Encadernação da época, inteira em pele, com título e ferros dourados na lombada. Com um muito
pequeno corte no ângulo superior direito do frontispício.
823 — CASTRO (D. João de).- ALVORADAS D’ABRIL. (Primeiros versos). Com cartas de
Thomaz Ribeiro e Camillo C. Branco. Porto. Typ. da Empreza Litteraria e Typographica. 1889.
In-8.º de 116-II-II págs. E.
Raro livro de estreia de D. João de Castro, enriquecido com as cartas de Camilo e Tomás Ribeiro. D.
João de Castro, poeta vilacondense natural de Azurara, nasceu em 1871 e publicou este seu livro contando apenas 17 anos.
Com as capas da brochura (remarginadas) estando a da frente ilustrada com uma paisagem provavelmente do Rio Ave. Pequeno defeito no anterrosto. Encadernação não contemporânea, com cantos
e lombada em pele com ferros dourados.
824 — CASTRO (D. João de).- PRIMEIRO ROTEIRO DA COSTA DA INDIA; Desde Goa até
Dio: Narrando a viagem que fez O Vice-Rei D. Garcia de Noronha em soccorro desta ultima
cidade. 1538-1539. Por Dom João de Castro, Governador e Vice-rei, que depois foi, da India.
Segundo MS. autographo. Publicado por Diogo Köpke... Porto: - Typographia Commercial
Portuense: 1843. In-4.º de XLIV-XII-284 págs. e um Atlas In-fólio oblongo E.
Primeira edição impressa deste célebre Roteiro de D. João de Castro, a quem se deve a descoberta do
“desvio da agulha magnética e da atracção local”, descoberta que neste roteiro se regista. Obra importante para a história das navegações portuguesas.
Com um retrato litográfico do Infante D. Luís, duas gravuras que reproduzem monumentos indianos e dois
fac-símiles do manuscrito original impressos em folhas desdobráveis. Para além destas gravuras
apresenta ainda o Atlas, do mesmo impressor e da mesma data, composto por frontispício onde se referem
as 15 «Tavoas» em folhas desdobráveis. Este Atlas raramente aparece associado ao volume de texto.
O Roteiro tem uma boa encadernação com a lombada em pele, da época, estando o Atlas revestido
de encadernação também da época, com a lombada em pele mas sem dizeres.
825 — CASTRO (José Cardoso Vieira de).- CAMILLO CASTELLO BRANCO. (Noticia da sua
vida e obras). Porto: Editor - A. J. da Silva Teixeira. [1861]. In-8.º gr. de VI-209-I págs. E.
Primeira edição, rara. Com uma fotografia original de Camilo da “Phot. Horacio Aranha. Porto Bomjardim 123”. No fim vem o fac-símile de uma bela carta de Camilo.
Modestamente encadernado, tendo apenas a capa da brochura da frente, embora manchada.
(ver gravura na pág. 223)
826 — CASTRO (José Cardoso Vieira de).- CAMILLO CASTELLO BRANCO. (Noticia da sua
vida e obras). Porto: Typ. de Antonio José da Silva Teixeira. 1862. In-8.º gr. de 286-II págs. E.
815 - ver pág. 220
Obra das mais estimadas da bibliografia consagrada ao grande romancista, invulgar nesta “2ª edição
correcta e augmentada, precedida das melhores criticas publicadas ácerca d’esta obra”. Trabalho dedicado
a Ana Plácido, “encarcerada nas cadêas do Porto”, acompanhado da transcrição de uma carta de Camilo
ao autor, datada da “Cadêa da Relação do Porto 10 d’agosto de 1861.”
Capas da brochura manchadas por acção do tempo. Encadernação simples e um pouco aparado.
[222]
827 — [CASTRO (José Cardoso Vieira de)].- CONSCIENCIA. Carta Aos Ill.mos e Ex.mos Srs.
Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz Redactores das FARPAS, por SAMUEL. Lisboa.
Typographia do Futuro. 1871. In-8.º gr. de 42-II págs. B.
Primeira das duas edições publicadas, ambas sob pseudónimo. Rara.
828 — CASTRO (José Cardoso Vieira de).- DISCURSO PROFERIDO NO PORTO, NO GRANDE
MEETING DE 25 DE JULHO DE 1869, convocado por uma Commissão Democratica para representar ao Governo contra o procedimento dos testamenteiros do Conde de Ferreira e publicado pela
mesma commissão. Porto. Typographia Lusitana. 1869. In-8.º de 43-I págs. E.
Discurso publicado pelo autor no ano anterior ao da morte de sua mulher, de que resultou o seu degredo
para África, onde pouco tempo depois viria a morrer.
Boa encadernação nova, com a lombada em pele à cor natural, tendo conservadas as capas da brochura.
829 — CASTRO (José Cardoso Vieira de).- DISCURSOS PARLAMENTARES. 1865—1866.
Lisboa. Typographia da Gazeta de Portugal. 1866. In-8.º de VIII-245-III págs. B.
Com um retrato litográfico do autor.
830 — CASTRO (José Cardoso Vieira de).- PROCESSO E JULGAMENTO DE JOSÉ CARDOSO VIEIRA DE CASTRO no Tribunal do 2º Districto Criminal de Lisboa pela accusação do
crime de homicidio voluntario na pessoa de sua mulher D. Claudina Adelaide Guimarães Vieira
de Castro. Lisboa. Imprensa Nacional. 1870. In-4.º de 148 págs. B.
Com uma litografia representando os dois principais intervenientes do tristemente célebre e dramático
processo. Com referências a Camilo e a Ana Plácido. Invulgar.
Capas da brochura e anterrosto muito manchados.
831 — CASTRO (José Cardoso Vieira de).- A REPUBLICA. Porto. Typographia Lusitana.
1869. In-8.º gr. de 58 págs. B.
“3ª Edição augmentada e accrescentada de uma opinião notavel do Conde da Ericeira.”
832 — [CARTAS AUTÓGRAFAS]. CASTRO (José Luciano de).- TRÊS CARTAS
AUTÓGRAFAS, datadas de 11 de Maio e 3 de Setembro sem indicação do ano, e Espinho - 31
de Outubro de 1872. Dim. 13 x 20,5 cm.
825 - ver pág. 222
Cartas para correspondente não nomeado, dizendo: 1ª carta: “Recebi hoje (porque ha mez e meio, que
tenho estado em Anadia) a sua carta de 26 de Abril, em que me recommenda o recurso interposto no
processo crime do (Augusto?) Coelho. Eu já tinha aqui dado alguns passos antes de ir p.ª a provincia
a pedido do Queiroz do Paiz [palavra sublinhda]. (...) e por estar ausente, não pude repetir as minhas
instancias. (...) Sei q. se perdeu a questão, o que muito senti. (...)”
2ª carta: “A sua ultima correspondencia desencaminhou-se no meio de muita papelada, de modo, que
por mais que a procurei, não pude acha-la. Por isso não foi publicada. (...)”
3ª carta: “Em resposta á sua presada carta, cumpre-me dizer-lhe que V. Exª e os seus amigos d’esse
Concelho, visto que assim o desejam, se podem considerar associados á boa e á má fortuna do partido
progressista historico, devendo por isso em occasição opportuna receber as satisfações e desaggravos,
a que lhes der direito á sua lealdade partidaria. (...)”
833 — CASTRO (Luís Joaquim de Oliveira e).- DISSERTAÇÃO INAUGURAL PARA O ACTO DE
CONCLUSÕES MAGNAS. Coimbra, Imprensa da Universidade. 1850. In-4.º gr. de 38 págs. Desenc.
Esta rara dissertação do portuense Luís Joaquim de Oliveira e Castro, versa sobre “Se nos termos da
carta Constitucional da Monarchia Portugueza, os ministros d’estado são responsaveis pelos actos do
Poder Moderador?”
[224]
834 — [CASTRO (Dr. Manuel de)].- OS AZEITEIROS DE CAMILO, vistos e anotados por Um
Camilianista Obscuro. S. ind. de lugar. 1925. In-8.º de 70 págs. B.
842 — CATRO (D. João de).- ROTEIRO DE LISBOA A GOA. Annotado por João de Andrade
Corvo. Lisboa. Por odem e na Typographia da Academia Real das Sciencias. 1882. In-4.º peq.
de XV-I-428 págs. E.
835 — CASTRO (Manuel de Oliveira Chaves e).- ESTUDO SOBRE O ARTIGO XVI DO
CODIGO CIVIL PORTUGUEZ e especialmente sobre o Direito Subsidiario Civil Portuguez.
Coimbra. Imprensa da Universidade. 1871. In-8.º gr. de VIII-51-I págs. Desenc.
843 — CAUSA SOBRE NULLIDADE DE MATRIMONIO entre Partes, de uma, como autora,
A serenissima rainha D. Maria Francisca Isabel de Saboya, Nossa Senhora, e da outra o procurador da Justiça Ecclesiastica, em falta de procurador de Sua Magestade El-Rei D. Affonso VI,
Nosso Senhor. Lisboa: Na Fenix. 1843. In-8º gr. de VI-136 págs. B
Opúsculo publicado anónimo, de rara violência, escrito com a única intenção “de porradear os exploradores do Mestre”.
Tiragem limitada a 100 únicos exemplares numerados, hoje bastante raros nesta sua edição original.
Capa da brochura com uma curiosa ilustração.
Conservado em brochura numa pasta-encadernação. Pequena dedicatória alheia ao autor, no verso
do anterrosto.
“Dissertação a uma das substituições na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra”.
836 — CASTRO (Manuel de Oliveira Chaves e).- ESTUDOS SOBRE A REFORMA DO PROCESSO CIVIL ORDINARIO PORTUGUEZ, desde a proposição da Acção até á Sentença de primeira instancia. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1866. In-8.º gr. de XVI-242-II págs. Desenc.
Rara «Dissertação Inaugural para o Acto de Conclusões Magnas (...) na Faculdade de Direito
da Universidade de Coimbra em 1866». Chaves e Castro foi o fundador da «Revista de legislação
e de jurisprudência», lendo-se no Dicionário de Inocêncio, volume XVI, de 1893, que “esta importante
publicação periódica conta já 23 anos de existencia, e ainda continua.”
837 — CASTRO - [ALVELLOS] (Miguel de Mello e).- PEDRAS-DE-ARMAS DE TOMAR.
Edição de Álvaro Pinto. Lisboa. [1955]. In-4.º de 140-II págs. B.
Interessante trabalho de investigação heráldica, enriquecido com 40 desenhos do autor disseminados
pelas páginas do texto. Edição limitada.
Dedicatória do autor. Capa da brochura manchada.
838 — CASTRO [ALVELLOS] (Miguel de Mello e Castro).- A HERÁLDICA DO INFANTE
DOM HENRIQUE. Lisboa. 1960. In-4.º de 54-II págs. B.
Espécie bibliográfica henriquina e heráldica, ilustrada, aparecida em reduzida separata da revista
«Ocidente».
Dedicatória do autor para Nuno de Brion.
839 — CASTRO (Sérgio de).- CAMILLO CASTELLO BRANCO. Typos e episodios da sua
galeria. 1914. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. 3 vols. In-8.º gr. B.
Abundante repositório de notícias de alargado interesse para o conhecimento da Obra e da personalidade
de Camilo, figura das mais rutilantes de quantas avultam no panorama literário português de todas as épocas.
840 — CASTRO (Sérgio de).- HOMENS DE LETRAS E FLORES. 1926. Parceria Antonio
Maria Pereira. Lisboa. In-8.º de 236-IV págs. B.
Capítulos consagrados a João Pedro Ribeiro, Garrett, Visconde de Castilho, Tomás Ribeiro, João de
Deus, João Penha, António Ennes, Camões, Júlio de Vilhena, José Gomes Monteiro, Rebelo da Silva,
Camilo, Afonso Lopes Vieira, Fernandes Costa, Isidoro Barreira, Emídio Navarro, Barbosa Collen,
Bocage, Marquesa de Alorna, Manuel de Arriaga, Teixeira de Queirós, Gomes de Amorim, etc.
841 — CATÁLOGO DE LIVROS SELECCIONADOS. Postos à venda por O Mundo do Livro
(de João Rodrigues Pires). Lisboa. 1951-1952. 2 vols. In-8.º gr. B.
São os dois primeiros dos três magníficos catálogos de «O Mundo do Livro», onde vêm anunciadas
espécies bibliográficas de grande valor e raridade. O primeiro e o terceiro foram prefaciados por
Aquilino Ribeiro e o segundo pelo Visconde de Lagôa. Com reproduções de portadas e gravuras em
folhas à parte.
[225]
Com 15 estampas numeradas, sendo as duas primeiras e as três últimas desdobráveis, tendo ainda, em
gravura aberta em madeira, uma «Nau portugueza copiada de um Portulano do XVI seculo». Muito
invulgar.
Boa encadernação nova, com a lombada e os cantos em pele, mas com as capas da brochura e o anterrosto restaurados, estando espelhada a estampa que representa a nau.
Início do texto preliminar: “A revolução de 1667 que tirou ao sr. rei D. Affonso VI a corôa e a mulher
para tudo entregar a seu irmão o principe D. Pedro (ao depois rei, segundo daquelle nome,) é um facto
pasmoso e ainda mal averiguado Pasmoso pela facilidade com que se dethronou um rei, e perseguiu
um famoso ministro que tão felismente dirigia a guerra contra Castela; e porque se verificou, mesmo
quando um exercito bem disciplinado e valente estava ganhando as mais assignaladas batalhas que
jamais alcançáram as armas portuguesas sobre as de Castella. E mal averiguado porque a favor do vencido
poucos levantaram a voz, e porque os documentos historicos donde uma edade imparcial poderia
dedusir alguma luz sam ineditos e rarissimos. Entre estes documentos é muito importante o processo
que contra o rei moveu sua propria mulher D. Maria Francisca Isabel de Saboya, francesa princesa
de Nemours, para annular o matrimonio que haviam contrahido, pelo fundamento de que o rei era
impotente para consummal-o. (...)”
É a primeira das três edições registadas por Inocêncio, que sobre esta célebre obra diz o seguinte:
“Parece que a curiosidade que despertou a publicação de tal documento, sem duvida de grande valia
para a historia da epocha a que se refere, e até então de poucos conhecido, promoveu a venda dos
exemplares de modo que a edição se exhauriu em pouco tempo. Ao menos assim se disse; e o facto é,
que poucos tenho encontrado no mercado, e os que apparecem acham logo comprador.”
844 — CAUSA SOBRE NULLIDADE DE MATRIMONIO entre partes, de uma, como auctora,
a serenissima Rainha D. Maria Francisca Isabel de Saboya, Nossa Senhora, e da outra o procurador
da Justiça Ecclesiastica em falta de procuração de Sua Magestade El-Rei D. Affonso VI, Nosso
Senhor. Lisboa. Imprensa União-Typographica. 1858. In-8.º gr. de XV-I-133-I págs. Desenc.
É a segunda das três edições registadas por Inocêncio.
Desencadernado.
845 — CAYLUS (Marthe-Marguerite de Villette de Murçay, marquise de).- SOUVENIRS DE
MADAME DE CAYLUS, suivis de quelques-une de ses Lettres. Nouvelle Édition, Précédée
d’une Notice biographique et littéraire. Paris, Colnet, Libr., Quai Malaquias, Nº 9. 1822. In-8.º
de IV-252 págs. E.
Da «Nouvelle Biographie Universelle», publicada sob a direcção de Hoefer, que a Madame de Caylus,
dedica uma extense rubrica: “Tout ce que raconte madame la marquise de Caylus (...) est vrai. On voit
une femme qui parle avec candeur. Ses Souvenirs serviront sourtout à faire oublier cette foule de misérables écrits sur la cour de Louis XIV dont l’Europe a été inondée par des auteurs faméliques qui
n’avaient jamais connu ni cette cour ni Paris”. On peut ajouter que cette candeur n’exclut pas une
observation pleine de finesse féminine, et qui atteint plus rapidement la vérité que de graves recueils.”
Boa encadernação francesa com cantos e lombada em chagrin, ligeiramente aparado à cabeça e com
as restantes margens intactas.
846 — CEARENSE (Catulo da Paixão).- ALMA DO SERTÃO. Desafios. A Mulher julgada pelos
homens. Livraria Editora Leite Ribeiro. Rio de Janeiro. 1928. In-8.º de 221-III págs. B.
Primeira e rara edição de um dos belos livros de Catulo da Paixão Cearense, de quem disse Mário José
de Almeida no prefácio a que chamou «Algumas notas sobre o occupante da cadeira quarenta-e-um»:
[226]
.../...
“Creio que, com as suas canções, ou com os seus poemas, Catullo, é um poeta unico no mundo pela
sua feição esthetica e pela liberdade genial da sua emoção; nos outros poetas, desta ou daquella maneira, a emoção fica encarcerada.
“Acredito tambem que Catullo seria capaz, de escrever tudo quanto pensa tendo a coragem, de escrever o “seu livro” — o livro de todas, de todissimas as confissões, se a sua vocação fosse de prosador.”
Capa da brochura ilustrada a cores.
847 — CEARENSE (Catullo da Paixão).- O SOL E A LUA. Com prefacios dos srs. Coronel
Dr. Salles Filho, Professor Dr. J. P. Portocarrero e Professor Georges Dumas, da Universidade
de Paris. Rio de Janeiro. Imprensa Nacional. 1934. In-8.º de XIX-I-85-III págs. B.
Primeira edição, com um retrato do poeta ilustrando a capa da brochura, poeta que continua sendo,
sem dúvida, uma das mais originais e inimitáveis referências da poesia brasileira.
848 — 100 ANOS DO SELO DO CORREIO PORTUGUÊS. 1853. [Lisboa. Administração
Geral dos Correios, Telegrafos e Telefones. S.d.]. In-4.º de VI-194 págs. B.
Integra capítulos de António Fragoso, Carlos Tricão, Godofredo Ferreira e J. Martins Barata. Edição
muito cuidada, em bom papel, ilustrada com retratos, reproduções de carimbos e selos filatélicos,
envelopes antigos, etc.
849 — SCENAS COLLEGIAES em sete actos Passadas na Edade Media e prefaciadas por C.
C. Branco. [“COLLEGIO MOD LO]. Extracto de uma Chronica Historica escripta em italiano
por Simplicio Caturra. Typographia da Mocidade. Lisboa. In-8.º de 39-I págs. E.
O prefácio de Camilo, «Em fórma de prolóquio», vem impresso de págs. 3 a 5.
Com as capas da brochura conservadas. Modestamente encaderrnado. Com dois ex-libris de Gustavo
d’Avila Perez, um dos quais camiliano.
850 — O CENTENARIO DA INDIA PELA COLONIA PORTUGUEZA DA BAHIA.
Commemoração da Descoberta do Caminho Maritimo das Indias em 1498 pelo famoso navegador Vasco da Gama. Publicação ordenada pela Grande Commissão da Colonia Portugueza da
Bahia em sessão de 6 de Junho de 1898. Bahia. Officina dos Dois Mundos. 1898. In-4.º gr. de
206-IV págs. E.
Arquivo dos eventos que constituiram as Comemorações do Centenário da Descoberta da Índia celebradas pela Colónia Portuguesa da Bahia, numa esmerada edição impressa sobre papel creme de superior
qualidade.
Encadernação danificada, mas com as capas da brochura conservadas.
851 — CENTENARIO DO DESCOBRIMENTO DA AMERICA. Memorias da Commissão
Portugueza. Lisboa. Typographia da Academia Real das Sciencias. 1892. In-fólio de VIII-19I--19-I-80-44-IV-119-I-11-I-28-16-104-II págs. B.
O volume, esmeradamente impresso sobre papel de linho, integra os seguintes e importantes trabalhos,
cada um dos quais com paginação independente: «A Commissão Portugueza da Exposição
Colombina», por Joaquim de Araújo; «Centenário do Descobrimento da America», por Teófilo Braga;
«Breve noticia sobre o Descobrimento da America», por A. C. Teixeira de Aragão; «Catalogo dos
objectos de arte e industria dos indigenas da America», do mesmo autor; «Estudos sobre navios
Portuguezes», por Henrique Lopes de Mendonça; «Memoria sobre a residencia de Christovam
Colombo na Ilha da Madeira», por Agostinho de Ornellas; «Os navios de Vasco da Gama», por João
Braz de Oliveira; «O Descobrimento do Brazil por Pedro Alvares Cabral», por A. A. Baldaque da
Silva; «Carta de El-Rei D. Manuel ao Rei Catholico», por Prospero Peragallo.
Exemplar de uma raríssima tiragem especial em papel de linho, não declarada.
Tem na folha de anterrosto uma dedicatória autógrafa de Teixeira de Aragão para Luís Augusto de
Oliveira.
[227]
852 — O CENTENARIO DO MARQUEZ DE POMBAL. Jornal commemorativo publicado
pela Commissão dos Estudantes de Coimbra. Numero Unico. [Imprensa da Universidade. 1882.
Coimbra]. In-fólio de II-21-I págs. E.
Publicação bastante rara, importante para as bibliografias coimbrã e pombalina, colaborada em prosa
e verso por António Cândido, Alexandre da Conceição, Carlos Lobo d’Ávila, Luís Osório, Augusto
Rocha, Macedo Papança (Alberto Monsaraz), Paçô-Vieira, Eduardo de Araújo, Francisco Gomes do
Rego Feio, Manuel da Silva Gayo, Costa Macedo e Simões Dias.
Encadernação simples. Capa da brochura com fortes manchas de acidez.
853 — CEREJEIRA (D. Manuel Gonçalves).- CARTAS AOS NOVOS. Coimbra. [Tipografia da
Gráfica de Coimbra]. 1933. In-8.º de VII-I-134-II págs. B.
Estas cartas “veem dar à mocidade um sentido novo - tão diferente daquele que lhe teem dado. Veem
dizer-lhe que ela é alguma coisa de sagrado, feita para o heroismo e não para que «la jeunesse se
passe»”. Primeira edição, muito invulgar, publicada em separata da revista «Estudos».
Desconjuntado.
854 — CERNUSCHI (Henri).- LE GRAND PROCÉS DE L’UNION LATINE. Paris. Librairie
Guillaumin. 1884. In-8.º gr. de 117-I págs. E.
“Ce n’est pas un travail conçu d’ensemble qu’on publie ici. C’est une série d’articles polémiques qu’on
a pu lire tout récemment dans le Siècle. Tels qu’ils sont, ces articles suffisent pour instruire le Grand
Procès et pour mettre le lecteur au courant des questions monétaires aujourd’hui pendantes. (...)”
Encadernação francesa, da época, com a lombada em chagrin decorada com título e finos ferros a ouro.
855 — CÉRTIMA (António de).- A ALMA ENCANTADORA DO CHIADO. Da Arte - Da Vida
- Do Amor. “Atlântida” Livraria Editora. Coimbra. 1927. In-8.º de XXIII-I-270 págs. E.
Sem contar as inúmeras referências às mais diversas personalidades de qualquer forma ligadas ao
Chiado, no Índice encontram-se, expressamente, os nomes de Afonso de Bragança, Amadeo de Sousa
Cardoso, Ângela Pinto, Cunha Barros, Helena Roque Gameiro, Jaime de Magalhães Lima, João Lino,
Manuel Laranjeira, Martins Barata e Octávio Sérgio
Encadernação forrada a tecido estampado, com as capas da brochura conservadas mas um pouco aparado.
856 — CÉRTIMA (Antonio de).- ESCANDALOSAMENTE PURA. Romance. Parceria A. M.
Pereira, Lda. Lisboa. [1966]. In-8.º de 223-V págs. B.
“Depois de uma obra literária de intenso significado vital, António de Cértima lança o seu primeiro
romance. Uma surpresa. E talvez não para aqueles leitores mais atentos que, desde as páginas dramáticas
da Epopeia Maldita, dos contos da Vida Voluptuosa ao memorialismo da recente Doce França,
passando pelo livro de Anto e Purinha (...) aguardavam o seu aparecimento nas escalas deste novo
género. Ele aqui está, examinando com pena firme e inquebradiça, por vezes transformada em bisturi,
um esquema flagrante da vida social lisboeta.”
Capa ilustrada por Mário de Oliveira.
857 — CERVANTES SAAVEDRA (D. Miguel de).- HISTOIRE // DE L’ADMIRABLE // DON
QUICHOTTE // DE LA MANCHE, // Traduite de l’espagnol de MICHEL // DE CERVANTES. //
NOUVELLE EDITION, // Revue, corrigée & augmentée. // A PARIS, RUE S. JACQUES, // Chez
HUART, Libraire Imprimeur de Monsei- // gneur le DAUPHIN... // M. DCC. XLI. 4 vols. In-8.º E.
Edição cuidada ilustrada com belas gravuras abertas a buril em chapa de cobre.
Com falta do 1.º volume.
Bonitas encadernações da época, inteiras em pele, tendo as lombadas decoradas com título e ferros a ouro.
858 — CERVANTES SAAVEDRA (D. Miguel de).- EL INGENIOSO HIDALGO DON QUIJOTE de la Mancha, compuesto por Mig.l de Cervantes Saavedra. Segunda Edicion en miniatura
por D. Joaquin Maria de Ferrer. Paris. - 1832. [No verso da anteportada: Imprenta de Julio Didot
Mayor, calle del Puente de Lodi, nº 6]. 2 vols. In-32.º de IV-XX-351-I e II-XII-377-III págs. E.
[228]
.../...
Belíssima edição miniatura da Obra maior da Literatura Castelhana, com um primoroso retrato
de Cervantes junto ao frontispício, portada só com texto impresso a vermelho no início do primeiro
e segundo volumes da Obra e 10 belíssimas gravuras abertas a buril em chapa de metal, e ainda com uma
«Carta Geografica de los Viages de D. Quijote y sitios de sus aventuras», desdobrável em três planos.
«Bibliografia Critica de las Obras de Miguel de Cervantes Saavedra» por D. Leopoldo Rius, 1.º vol.
N.º 89: “«En esta segunda edición que presento al público — dice el ‘Prólogo del editor — casi no
hay diferencia de la primera, ó á lo menos no hay inferior esmero, corrección y lujo, puesto que á las
láminas que contenía la anterior se han agregado dos más. Van con todo más espaciados los renglónes
para que sea más cómoda de ler; y al fin de que no salga un volumen demasiado grueso, principalmete
en proporción a su tamaño, está dividida la obra en dos tomos.»”;«Bibiografía Crítica de Ediciones del
Quijote impresas desde 1605 hasta 1917», de Juan Suñé Benages y Juan Suné Conbuena», 1917, diz
que nesta edição “La parte tipográfica, en general, supera a la de la primera edición”; Palau regista um
exemplar desta mesma obra e edição anunciado por Vindel em 1949 por 2000 pts.
Encadernações da época, com as lombadas em pele, decoradas com nervuras, títulos e finísssimos
ferros a ouro. (ver gravura na pág. 229)
859 — CERVANTES SAAVEDRA (D. Miguel).- EL INGENIOSO HIDALGO DON QUIJOTE
DE LA MANCHA. Nueva edicion ilustrada con las notas de Pellicer, y adornada con láminas
finas, bajo la direccion de Don Francisco Bonosio Piferrer. Madrid: En casa del editor, Calle de
Preciados, Núm. 68. 1853-1854. 4 tomos. In-4.º peq. em 2 vols. E.
Palau: “Buena edición. Cada tomo lleva un frontispicio. Las láminas inspiradas en las de Madrid
Sancha, 1797, son dibujadas por Navarro, Ximeno, Monnet y hermanos Camarón, y grabadas por
Moreno Texada y P. Duflos.”
O nosso exemplar, completo, tem os referidos frontispícios, excelentemente gravados em chpa de
metal, bem como as 27 gravuras também em foLhas à parte, tantas quantas as referidas por Palau, que,
como no início se diz, qualifica esta como “buena edición.”
Encadernações simples, com as lombadas em pele, mas com o papel de forro danificado; com algumas
manchas de água, antigas e, como tal, bem secas.
860 — CÉSAR (Oldemiro).- CAMILO CASTELO BRANCO. Discurso preferido em S. Miguel
de Seide, por ocasião do descerramento d’uma lápide mandada colocar pela “União dos
Empregados de Comercio do Porto” na casa onde faleceu o Grande Escriptor. Imprensa
Nacional. Porto. [1912?]. In-4.º de XV-I págs. E.
Edição muito cuidada, cuja edição deve ter sido muito reduzida.
Dedicatória autógrafa do autor. Boa encadernação com a lombada em pele mosqueada, nova, tendo
conservadas as capas da brochura.
861 — CHAGAS (João).- BOM-HUMOR. Lisboa. Ferreira & Oliveira, Ldª. 1905. In-8.º
de VI-312 págs. E.
Com interessantíssimos capítulos especialmente dirigidos à história social e política da época. A obra
foi dedicada pelo autor a Rafael Bordalo Pinheiro.
Encadernação simples. Assinado no frontispício.
862 — CHAGAS (João).- HOMENS E FACTOS. [Na capa da brochura: 1902-1904]. Coimbra.
França Amado - Editor. 1905. In-8.º gr. de 363-III págs. E.
858 - ver pág. 228
Interessante volume para a história de diversos aspectos da vida portuguesa da época, com capítulos
dedicados a Eça de Queirós, «Emilio Zola e a questão Dreyfus», «Blanqui e os Revolucionarios»,
Columbano, Pinheiro Chagas, Silva Pinto, Eduardo Garrido, Mousinho, Basílio Teles, além de referências a Camilo, Junqueiro e a muitas outras personalidades literárias, políticas, etc.
Encadernação com lombada e cantos em pele mosqueada, só de leve aparado à cabeça e com as capas
da brochura conservadas.
[230]
863 — CHAGAS (João).- JOÃO FRANCO. 1906-1907. Proprietario-editor: J. Chagas.
Composto e impresso na Typographia do Annuario. 1907. In-8.º de 249-V págs. B.
“O livro que vae ler-se é composto de uma serie de cartas dirigidas a personagens, ora reaes, ora imaginarias, no decurso do primeiro anno de governo de (...) João Franco, e desde o seu esperançoso
advento até ao assignalado mallogro da sua personalidade e do seu programma.”
864 — CHAGAS (João).- POSTA-RESTANTE. (Cartas a toda a gente). Lisboa. Livraria editora Viuva Tavares Cardoso. MCMVI. In-8.º de 275-I págs. E.
Livro muito invulgar, de cujos índice constam, entre outros, os seguintes assuntos tratados em forma
epstolar: Psychologia de um preguiçoso; Psychologia do mau-humor; Carta a um revolucionario de
Caneças, que pergunta se houve uma revolução na Noruega; Carta a um confrade, sobre as estreitas
relações da felicidade com a hygiene; Bilhete postal sobre os inglezes; Jogar; Carta ao sr. Conselheiro
Beirão, sobre os inconvenientes da impopularidade; Objecções a um chefe politico, ou as razões de
uma queda; Informações a S. A. o Principe Real, sobre o habito de fumar; Polemica com uma collaboradora do Seculo, sobre a necessidade de se organisar uma associação de mulheres; As senhoras
ministras; Abertura de S. Carlos (Carta a um dilettanti).”
Modestamente encadernado. Assinado no frontispício.
865 — CHAGAS (Manuel Pinheiro).- ENSAIOS CRITICOS. Porto. Livraria Elysio de Joaquim
Elysio Gonçalves - Editor. 1890. In-8.º de 360-II págs. E.
Ensaios sobre Camilo Castelo Branco, Arnaldo Gama, Teófilo Braga, Júlio César Machado, A. F. de
Castilho, Gonçalves Dias, etc. Primeira edição.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Nome-carimbo no frontispício.
866 — CHAGAS (Manuel Pinheiro).- A MASCARA VERMELHA. Romance historico original.
Chronica da Restauração. Lisboa. Escriptorio da Empresa. 1873. In-8.º de 301-III págs. E.
Primeira edição, acompanhada do extracto de uma carta de Camilo aos editores.
Encadenação nova com a lombada em pele, mas um tanto aparado.
867 — CHAGAS (Manuel Pinheiro).- MINISTROS, PADRES E REIS. Editores C. S. Afra &
Compª. Lisboa. S.d. In-8º de 220-II págs. B.
Diz o autor que, com este livro, foi seu intento “passar uma revista chronologica, ora séria, ora humoristica, a todas as grandes questões d’um dos periodos da historia contemporanea mais cheios de
extraordinarios successos”. Com um extenso capítulo sobre «O Bispo de Vizeu», de grande incidência
camiliana. Primeira edição.
868 — CHAMPFLEURY.- CONTES VIEUX ET NOUVEAUX. Paris. Michel Lévy Frères,
Libraires-Éditeurs. 1852. In-8.º de IV-II-364-II págs. E.
Tem a assinatura “C. C. Branco”, ao alto do frontispício, indicativa de que o livro pertenceu à biblioteca
do grande romancista.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com bonitos ferros românticos a ouro.
869 — CHATEAUBRIAND. - O GÉNIO DO CHRISTIANISMO. Traducção de Camillo
Castello Branco, revista por Augusto Soromenho, ornada de dez gravuras em aço. Porto, Em
Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1860. 2 vols. In-4.º de XI-I-418 e IV-424 págs. E.
Primeira edição, muito cuidada e invulgar, com as primorosas gravuras impressas em separado em
papel mais encorpado.
Encadernações da época, com as lombdas em pele decoradas com ferros românticos a ouro. Mancha
no ângulo inferior das primeiras 90 págs. do 2.º volume.
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870 — CHATEAUBRIAND.- ŒUVRES COMPLÈTES DE M. LE VICOMTE DE CHATEAUBRIAND. Édition illustrée par MM. De Moraine, Staal et Ferdinand. Paris. Librairie d’Adolphe
Delahays. S.d. [18..]. 5 vols. In-4.º E.
Edição cuidada, a duas colunas, com magníficos retratos de Chateaubriand, Wellington, de outras altas
figuras da história do tempo e figuras alusivas às obras, num total de 30, abertas a buril em chapa de
metal e estampadas em folhas à parte.
Encadernações da época, sóbrias, com as lombadas em pele e ferros dourados apenas aplicados sobre
as nervuras.
871 — CHAUSSARD (J. B. P.).- FÊTES ET COURTISANES DE LA GRÈCE. Supplément aux
Voyages d’Anacharsis et d’Antenor: Comprenant: 1º. La Chronique Religieuse des anciens
Grecs, Tableau de leus Mœurs publiques; 2º. la Chronique qu’aucuns nommeront scandaleuse,
Tableau de leus Mœurs privées; 3º. un Almanach athénien; 4º. la Description des Danses
grecques, etc. QUATRIÈME ÉDITION, ´Revue, corrigée avec soin; présentée sous uns forme
dramatique; augmentée de notes piquantes sur la Mythologie comparée; enrichie de nouveaux
chants anacréontiques, musique de MÉHUL; ornée de nouvelles gravures, dans plusieurs
desquelles on a réuni, pour la première fois, avec explication, d’après l’autorité antique, et sur
les dessins de GARNERY, élève de DAVID, tous les détails relatifs au costumes et a la toilette
des Courtisanes. A Paris, Chez les Principaux Libraires. MDCCCXXI. 4 vols. In-8.º gr. E.
De págs 29 do quarto volume em diante decorre um «Dictionnaire des Prètresses d’Amathonthe,
contenant les noms, aventures, lettres et entretiens des plus célèbres courtisanes de la Grêce».
Obra curiosíssima, com uma portada para cada volume ilustrada com cenas da vida grega; o 1º volume
tem ainda quatro folhas com músicas e, em folha desdobrável, um «Planisphère des Travaux
d’Hercule» e o 4º tem seis gravuras, cinco das quais desdobrávis, com frisos de figuras femininas,
usos, penteados, jogos, móveis, instrumentos musicais e duas folhas com músicas, tudo em excelentes
gravuras abertas a buril em chapa de cobre.
Obra interessantíssima e muito invulgar
Encadernações francesas inteiras em pele, da época, com alguns defeitos. Ex-libris gravados da biblioteca
de João da Costa Santiago de Carvalho Souza.
872 — [CHAUSSARD (J. B. P.)].- LE NOUVEAU DIABLE BOITEUX, Tableau
Philosophique et Moral de Paris, au commencement du XIXe Siècle; Par l’Auteur des Fêtes et
Courtisannes de la Grêce. Nouvelle Édition, corrigée, augmentée et enrichie d’Anecdotes inédites.
De l’Imprimerie de Langlois. A Paris, Chez Barba... An XI. - 1803. 4 vols. In-8.º E.
Obra muito interessante e rara, publicada anónima, com uma portada grvada em chapa de cobre no início
de cada volume.
Bonitas encadernações francesas inteiras em pele, com as lombadas decoradas com ferros a ouro, mas
com as pastas um pouco esfoladas.
873 — CHAVES (Luís).- O “BASTO”. Estátua de guerreiro lusitano em Refoyos de Basto.
1934. Typ. Augusto Costa & C.ª Ld.ª. Braga. In-8.º de 7-I págs. B.
Com uma estampa reproduzindo a estátua estudada.
874 — CHAVES (Luís).- PELOURINHO DE REFOYOS DE BASTO. 1934. Typ. Augusto
Costa & C.ª Ld.ª. Braga. In-8.º de 8 págs. B.
Edição aparentemente muito reduzida.
Capa da brochura manchada por exposição à luz.
875 — CHIANCA (Ruy).- DESVENTURADO AMOR. Romance de Sóror Mariana. Lisboa.
Livraria Clássica Editora de A. M. Teixeira. 1916. In-8.º de 195-I págs. E.
Um dos estimados volumes suscitados pela apaixonante e discutida autora das «Cartas de amor» ao
Cavalheiro de Chamilly. Com citações camilianas.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, esta decorada com ferros dourados. Com as capas
da brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça.
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876 — CHOMPRÉ.- DICCIONARIO ABBREVIADO DA FABULA, para intelligencia dos
Poetas, dos Paineis, e das Estatuas, Cujos argumentos são tirados da Historia Poetica, por Mr.
Chompré... agora traduzido do francez em portuguez. Pernambuco. Na Typographia de Santos
e Companhia. 1837. In-8.º gr. de VI-229-I págs. E.
881 — CLICHÉS. Revista mensal de acontecimentos diarios. N.º 1 - Fevereiro. Porto.
Typographia de A. J. da Silva Teixeira. 1881. In-8.º de 48 págs. B.
877 — CHUMOVSKY (T. A.).- TRÊS ROTEIROS DESCONHECIDOS de Ahmad Ibn-Mãdjid,
o Piloto árabe de Vasco da Gama. Segundo o único manuscrito do Instituto de Estudos Orientais
da Academia de Ciências da U.R.S.S. Edição da Academia de Ciências da U.R.S.S. Moscovo.
1957. Leninegrado. In-4.º de 195-I págs. B.
882 — [TEATRO DE S. JOÃO, NO PORTO]. CLOTILDE; Drama em dous actos para se representar no Real Theatro de S. Joaõ; A fim de celebrar o anniversario do nascimento de Sua
Magstade Fidelissima El-Rei Nosso Senhor. Porto: 1820. Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro
& Filhos. In-8.º peq. de II-117-I págs. B.
Obra publicada sem o nome do tradutor, que, segundo Inocêncio, foi o professor Pedro José da
Fonseca. Muito rara edição publicada em Pernambuco.
Encadernação da época, danificada. Assinatura antiga no frontispício.
Obra de grande importância para a história dos Descobrimentos Portugueses, numa esmerada edição
impressa na antiga União Soviética, de que só 500 exemplares vieram para o mercado e que logo se
esgotaram.
878 — CIRCULAR IMPRESSA da “Commissão Executiva do Partido Progressista”, datada de
Lisboa 9 de fevereiro de 1877. Dim. 21 x 26,5 cm.
Circular assinada por Anselmo José Braamcamp, António, Bispo de Viseu, António Augusto Pereira
de Miranda, António Cabral de Sá Nogueira, Augusto Saraiva de Carvalho, José Luciano de Castro,
D. Luiz de Carvalho Daun e Lorena, Luiz da Silva Maldonado de Eça, Manuel de Jesus Coelho,
Mariano Cyrillo de Carvalho, Visconde de S. Januario e Visconde de Valmor.
“Deve no actual anno haver eleições municipaes em todo o reino, e convém que o partido progressista
as dispute, e sendo possivel vença, no maximo numero de concelhos onde as suas forças e a sua
organização lh’o consintam. Existe, além d’isso a eventualidade de haver ainda este anno eleições
geraes nos presentes circulos ou nos antigos.
“Como V. Exª e os dignos membros d’esse centro sabem, o recenseamento é a base de todos os trabalhos
eleitoraes, e da sua boa ou má coordenação depende amiudadas vezes o resultado da lucta entre os partidos.
Por este motivo, e sendo agora epocha de revisão dos recenseamentos, a commissão executiva do partido
progressista toma a liberdade de lembrar a V. Ex.ª a grandissima necessidade de serem attentamente
vigiadas as operações de recenseamento eleitoral, interpondo-se as convenientes reclamações e recursos
sempre que para isso haja motivo. (...)”
879 — CIRCULAR MANUSCRITA, datada de Braga 13 de Dezembro de 1874. Dim. 13 x 21 cm.
Circular assinada por Francisco de Campos de Azevedo Soares, José Borges Pacheco Pais, Gonçalo
Antão de Macedo Sá e Abreu, V[isconde] de Pindela e outros. Diz: “Tendo o Centro Progressista historico,
d’esta cidade [Braga] resolvido promover e coadjuvar a publicação do periodico intitulado — O Jornal
do Minho — os abaixo assignados membros d’aquele Centro, confiados na dedicação partidaria de V. Exª
[cujo nome não é mencionado] vão por este modo pedir-lhe não só que se digne concorrer com a sua
assignatura, mas que promova n’esse concelho o maior numero d’ellas, que seja possivel. (...)
“E por esta occazião os abaixo assignados, convencidos da grande utilidade e necessidade d’organizar
em todos os Concelhos do districto o partido historico, esperam mais de V. Ex.ª que, reunindo todos
os amigos politicos d’esse concelho, e procurando dar ao partido uma organização solida e efficaz, se
constituam em Commissão que se ponha em contacto e relaçoens com o centro d’esta cidade. (...)”
880 — CLARO (António).- MEMORIAS DE UM VENCIDO ...que são a pintura fiel, quanto
possível, das minhas recordações desde 1882 a 1921. 1924. Livraria e Imprensa Civilisação Editora. Porto. In-8.º de 258-II págs. E.
Interessante memória dos acontecimentos políticos da época. Capítulos: «Recordações de Coimbra»,
«Diabruras académicas», «Da Revolução de Janeiro ao exilio», etc.
Dedicatória do autor. Encadernação com cantos e lombda em pele, com as capas da brochura conservadas
e aparado apenas à cabeça. Com dois ex-libris de Gustavo d’Avila Perez, um dos quais camiliano.
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Saíu em nome de Fernão Dantas, único colaborador, e cremos que não foi publicado qualquer outro
número. A págs. 39 vem uma notícia acerca de Camilo e Silva Pinto, com referências às «Noites de
Insónia e à «Corja». Raro.
Assinado na capa da brochura que, também nas quatro folhas seguintes, apresenta uma mancha
de humidade.
“A Musica he do Mestre Carlos Coccia actualmente ao serviço do Real Theatro de S. Carlos, em
Lisboa.”
883 — CODIGO ADMINISTRATIVO APPROVADO POR CARTA DE LEI DE 6 DE MAIO DE
1878, Seguido d’um appendice com Legislação co-relativa ao mesmo codigo, promulgada depois
da sua publicação. Coimbra, Imprensa da Universidade. 1878. In-8.º gr. de IV-102 págs. E.
Boa encadernação da época, com a lombada em pele.
884 — CODIGO ADMINISTRATIVO PORTUGUEZ. Lisboa. 1837. Na Imprensa da Rua de S. Julião
N.º 5. In-8.º peq. de 110-II-32 págs. E.
Código aprovado pela Rainha em 31 de Dezembro de 1836, pelo que esta, publicada no ano seguinte,
deve ser uma das suas primeiras edições. O último grupo de páginas contém o “Catalogo de livros que
se achaõ á venda na loja de José Maria Mendes na Rua Augusta N.º 3 em Lisboa.”
Encadernação da época.
885 — CODIGO ADMINISTRATIVO PORTUGUEZ de 18 de Março de 1842, annotado por
**** Lisboa. Imprensa Nacional. 1854. In-8.º gr. de IV-363-I págs. E.
Não encontramos referido o nome do autor das Anotações a este invulgar Código Administrativo.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
886 — CODIGO ADMINISTRATIVO PORTUGUEZ por Decreto de 18 de Março de 1842,
com o mappa da ultima divisão do territorio; um indice alphabetico e remissivo; uma synopse
da legislação posterior ao mesmo codigo; e apostillas, em que, a proposito de cada artigo, se
notam as alterações, modificações e explicações, que têm sido feitas posteriormente. Coimbra.
Imprensa da Universidade. 1884. In-8.º gr. de 130 págs. E.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
887 — COELHO (Trindade).- IN ILLO TEMPORE. Estudantes, lentes e futricas. Desenhos de
Antonio Augusto Gonçalves. Livraria Aillaud & Cª. Paris-Lisboa. 1902. In-8.º de 422-II págs. E.
Primeira edição deste interessante livro, um dos mais apreciados da vasta bibliografia consagrada à
vida académica coimbrã. Impresso sobre papel couché e ilustrado com numerosas gravuras nas páginas
do texto. Invulgar.
Modestamente encadernado e com falta das capas da brochura.
888 — COELHO (Trindade).- OS MEUS AMORES. (Contos e baladas). Lisboa. Livraria de
Antonio Maria Pereira. 1894. In-8º de VIII-206-II-XLVI págs. E.
Esta segunda edição traz, no fim, uma ampla rcenção da crítica dos jornais da época à primeira edição,
aparecida três anos antes.
Encadernação dos editores, igual à da primeira edição.
[234]
889 — COIMBRA (Leonardo).- ADORAÇÃO. Cânticos de Amor. Edição da Renascença
Portuguesa. Porto. [1921]. In-8.º de 116-VI págs. B.
Primeira edição, impressa a duas cores, com desenhos de João Peralta.
890 — COIMBRA (Leonardo).- O PENSAMENTO FILOSÓFICO DE ANTERO DE QUENTAL.
Editor J. Pereira da Silva. Porto. [S. d.] In-12.º de 269-I págs. B.
É muito invulgar este apreciado trabalho de Leonardo Coimbra, integrado na miniatural «Biblioteca
Lilás». Com a reprodução em folha desdobrável de um autógrafo de Antero.
891 — COLECÇAÕ DA LEGISLAÇAÕ ANTIGA E MODERNA DO REINO DE PORTUGAL. Parte II. Da Legislação Moderna. Tom I a III. Coimbra. Na Real Imprensa da
Universidade. Anno de MDCCCVI-MDCCCVII. 3 vols. In-8.º gr. E.
Obra muito incompleta mas ainda assim com interesse para o estudo da legislação do período a que
respeita.
Boas encadernações inteiras em pele, da época.
892 — COLECÇÃO DE DISSERTAÇÕES JURIDICAS, E PRATICAS. Lisboa. M. DCCCVIII.
Na Typografia Lacerdina. In-8.º gr. de IV-196 págs. E.
Com as seguintes Dissertações: I. Questão principal. Se os Filhos nascidos incestuosos ficão legitimados
por seguinte matrimonio contrahido com Dispensa?; II. Dissertação sobre a Curadoria, e Successão
dos bens dos Ausentes (...) e Regimento do Desembargo do Paço; III. Dissertação sobre a Caução
Juratoria. Para intelligencia de muitas Ordenações do Reino; IV. Dissertação, em que na Parte I., se
convence erronea a Praxe, que aos Fiadores e principaes pagadores, sendo executados, permitte
dirigirem as Execuções contra os Devedores nomeando á penhora os bens deles, e proseguindo as
Execuções á sua custa. E na Parte 2., Continuando o erro desta Praxe, e proseguindo o Fiador a execução
nos bens do Devedor, resta a dúvida: A quem a final se devão adjudicar, se ao Crédor, se ao Fiador; E se
resolve esta dúvida; V. Exposição Analytica, e Pratica dos Artigos 11. 12. 13 da Lei de 27 de
Novembro de 1804.
Encadernação antiga, danificada.
893 — COLECÇÃO D’EPISTOLAS Eroticas e Philosophicas. Paris. Em Casa de J. P. Aillaud.
1834. In-8.º de VIII-80 págs. E.
Neste volume “sai pela primeira vez á luz publica a bellissima epistola Pavorosa Illusão da Eternidade
do insigne poeta Manoel Maria Barbosa du Bocage, bem como A Voz da Razão da autoria de José
Anastacio da Cunha e ainda a Epistola de Heloisa e Abeilard, provavelmente da pena de Bocage.
Cuidada e rara edição impressa em Paris, ilustrada com pequenas gravuras nas páginas do texto.
Encadernação inteira em pele, da época, apresentando o canto superior da encadernação um pequeno
defeito, que ofendeu também o ângulo de todas as folhas do volume.
894 — COLLECÇÃO DE POESIAS, RECITADAS NA SALLA DOS ACTOS GRANDES DA
UNIVERSIDADE DE COIMBRA nas noites do dia 21 e 22 de Novembro em publica demonstração de regosijo pelo feliz resultado do dia 17. 1820. Coimbra, na Real Imprensa da
Universidade. 1821. In-8.º gr. de IV-59-I págs. Desenc.
Informa Inocêncio que “Os exemplares d’este folheto são hoje difficeis de achar”, folheto que insere poesias
de Garrett, António Feliciano de Castilho, José Frederico Pereira Marecos, Pedro Joaquim de Menezes,
José Maria Grande, José Maria de Andrade, Fernando José Lopes de Andrade e Emídio Costa.
Bastante manchado.
895 — COLÓN (Cristóbal).- PRIMER VIAJE DE CRISTÓBAL COLÓN, según su Diario
de a Bordo. Recogido y transcrito por Fray Bartolomé de Las Casas. Prefacio de Gregorio
Marañon. Ilustraciones originales grabadas al boj por Antonio Ollé y Pinell. Amigos del Libro.
Barcelona. 1944. [Talleres de la S.A.D.A.G.]. In-4.º gr. de VI-IX-VI-183-III págs. B.
[235]
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895 - ver pág. 235
Belíssima e luxuosa edição executada sobre “papel vitela con filigrana al agua” especialmente fabricado
por L. Guarro Casas, impressa a duas cores e com lindas ilustrações originais policromadas de Antonio
Ollé y Pinell, algumas de página inteira e outras integradas nas páginas do texto. A tiragem constou
apenas de 600 exemplares, hoje bastante raros no mercado.
Exemplar n.º 53 “impreso para Don José Luís Pastora Chorot». Exemplar em brochura, em folhas soltas,
conservado no seu estojo próprio forrado em tela branca. (ver gravura na pág. 236)
896 — COLÓQUIO. Letras. 1990-1999. Lisboa. 6 vols. In-4.º gr. B.
São seis magníficos volumes temáticos, ilustrados e com escolhida colaboração: «Mário de Sá-Carneiro. A cem anos do seu nascimento», n.º 117/118, Setembro-Dezembro 1990; «Camilo Castelo
Branco. A cem anos da sua morte», n.º 119, Janeiro-Março de 1991; «Memória de António Nobre»,
n.º 127/128, Janeiro-Junho 1993; «Poesia. Perguntas e percursos», n.º 135/136, Janeiro-Junho 1995;
«Infinito Pessoal - Homenagem a David Mourão-Ferreira», n.º 145/146, Julho-Dezembro 1997;
«Escrevo desvairadamente «noute e noite, ouro e oiro, roxo, rouxo e roixo», no segundo centenário de
Almeida Garrett», n.º 153/154, Julho-Dezembro de 1999.
897 — COMEMORAÇÃO DOS CENTENÁRIOS DA TOMADA DE CEUTA EM 1415 E DA
MORTE DE AFONSO D’ALBUQUERQUE EM 1515. Lisboa. 1915. In-4.º peq. de 83-I págs. Desenc.
Publicação dos «Anais do Club Militar Naval», Dezembro de 1915, com os seguintes trabalhos: «Afonso
de Albuquerque, Oficial de Mar», por Vicente Almeida d’Eça; «Documentos Historicos sobre Afonso de
Albuquerque», das «Décadas» de João de Barros e «A Perda de Mazagão». por João Braz de Oliveira.
Desenc. e com falta da capa da brochura posterior.
898 — COMEMORAÇOES DO V CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE VASCO DA
GAMA. Exposição Bibliográfica do Séc. XVI relativa aos antigos domínios portugueses do
Oriente. Biblioteca Pública de Évora. Dezembro - 1969. In-4.º de L págs. B.
Textos de abertura de Túlio Espanca e José Fernandes Ventura. Com estampas mostrando o rosto de
algumas das valiosas peças expostas.
899 — CONCEIÇÃO (Alexandre da).- ABENÇOADA ESMOLA! Poemeto em quatro cantos.
Porto. Typographia Lusitana. 1867. In-8.º de 24 págs. Desenc.
O autor, nascido em Ílhavo, foi poeta, crítico, polemista e “Uma das figuras marcantes da querela entre
«antigos e modernos» que abalou a literatura portuguesa desde a Questão Coimbrã”, como escreve
Abel Barros Baptista que ao autor dedica uma dilatada rubrica na «Biblos, Enciclopédia Verbo das
Literaturas de Lingua Portuguesa».
900 — CONCEIÇÃO (Alexandre da).- ALVORADAS. Segunda edição, muito augmentada. Editora
Livraria Portugueza e Estrangeira de J. E. da Cruz Coutinho. 1875. In-8.º de 234-IV págs. B.
Segunda edição do primeiro livro do autor, que teve com Camilo “famosa polémica, originada pelo
ataque que fez ao «Eusébio Macário...» polémica que Conceição sustentou com tanto brilho e intrepidez,
a-pesar-da violência da resposta e da fôrça do adversário, que dêste recebeu, terminada a luta, as mais
honrosas homenagens”. Raro.
901 — CONCEIÇÃO (M. R.).- ANTIGUIDADES LUSITANAS OU O DESABAR DUM
ÊRRO HISTÓRICO. (Origem e fundação da velha Igreja de Cedofeita e seu Mosteiro antiquíssimo). 1931. Oficinas de “O Comercio do Porto”. Porto. In-8.º de 98-II págs. B.
Interessante documento acerca da origem e fundação do belo monumento românico portuense.
902 — CONDE DE SABUGOSA. IN MEMORIAM. Portvgalia Editora. 1924. [Lisboa]. In-4.º
de XII-419-III págs. E.
Volume profusamente ilustrado em folhas à parte, com excelente colaboração de Afonso de Dornelas,
Afonso Lopes Vieira, Agostinho de Campos, Alberto Pimentel, A. Forjaz de Sampaio, António Baião,
[237]
.../...
902 - ver pág. 237
Corrêa d’Oliveira, António Sardinha, Conde de Aurora, Eugénio de Castro, Fortunato de Almeida,
Fidelino de Figueiredo, H. de C. Ferreira Lima, Leite de Vasconcelos, Jaime Cortesão, Joaquim de
Vasconcelos, M. da Silva Gaio, Ricardo Jorge, Rocha Martins, Trindade Coelho e muitos outros.
Exemplar N.º 53 da magnífica Tiragem Especial de 110 em encorpado papel Mesena Nacional, numerados e assinados. Com uma excelente prova fotográfica original com o retrato do Conde de Sabugosa,
impresso em separado.
Luxuosa encadernação à amador, lombada com nervos ricamente trabalhada a ouro com ferros miúdos.
Só minimamente aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. (ver gravura na pág. 238)
903 — CONFEDERACION HIDROGRAFICA DEL DUERO. Memoria que da cuenta de la
labor desarrollada desde 1937 a 1945. Dirección Artística: Romley. Graficas Uguina. Madrid.
S.d. In-4.º de 305-I págs. E.
Importante estudo sobre o Rio Douro, publicado pelo “Ministerio de Obras Publicas, Direccion
General de Obras Hidraulicas”, numa muito cuidada edição amplamente complementada com mapas
desdobráveis a cores e fotogravuras em folhas à parte.
Rica encadernação inteira de pele com as pastas almofadadas douradas bem como a lombada, as seixas
e o corte das folhas também dourado, tendo ainda guardas em seda moiré, ass. “Enc. Hijos de C. Valentin”.
904 — [GUIMARÃES]. CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL DE GUIMARÃES. 8 a 12
de Junho 1927. Guimarães. Tipografia Minerva Vimaranense. 1928. In-fólio de 106-II págs. B.
Volume impresso em papel couché, com muitos retratos de personalidades religiosas e laicas, aspectos
de casas senhoriais e outras fotogravuras, além do texto minucioso descrevendo todos os acontecimentos
que envolveram aquele Congresso, assinando no fim “Pela Grande Comissão Executiva do Congresso
Eucarístico Nacional de Guimarães”, o Padre Gaspar da Costa Roriz.
905 — CONSTANTINO FERNANDES - IN MEMORIAM. 1878-1920. [Oficinas Gráficas da
Biblioteca Nacional de Lisboa. 1925]. In-fólio de 129-I págs. E.
Pintor e cientista emérito, Constantino Fernandes, que teve por mestres Simões de Almeida e Veloso
Salgado, concorreu a importantes exposições em Portugal e em vários outros países europeus, tendo
sido também matemático, cientista de grandes méritos em várias áreas e inventor e construtor de
instrumentos científicos de grande importância para a época, tem neste admirável «In Memoriam»
a consagração que lhe era devida. Nele colaboraram literariamente Arnaldo Ressano, Braz Burity,
Brito Camacho, Costa Metelo, Cruz Magalhães, Júlio Dantas, Reinaldo dos Santos e Trindade Coelho;
cartas dos artistas F. Cormon, Veloso Salgado e Alves Cardoso. Reproduz em separado uma fotografia
de Constantino Fernandes, quatro águas-fortes originais e 34 heliogravuras de trabalhos de
Constantino Fernandes, pintor injustamente mal conhecido. Edição de grande porte, muito cuidada
execução gráfica e impressa em bom papel.
Tiragem confinada a 374 exemplares numerados.
Encadernação original, em carneira, com dizeres a ouro na lombada e na pasta da frente, encadernação
que apresenta alguns defeitos.
906 — CONSTITUIÇÃO POLITICA DA MONARCHIA PORTUGUEZA, Lisboa. Na Imprensa
Nacional. 1838. In-12.º de 59-V págs. B.
Rara edição não registada por Inocêncio. (ver gravura na pág. 239)
907 — CONTOS POPULARES DE ANGOLA. Folclore Quimbundo. Editora Nova Crítica.
Porto. S.d. In-8.º de 132-II págs. E.
Com ilustrações de Fernando de Oliveira em folhas à parte
Encadernação em material sintético, com dourados na lombada e na pasta da frente.
906 - ver pág. 240
908 — CORDEIRO (A. X. Rodrigues).- ESPARSAS. Ensaios Lyricos. Lisboa. Livraria de
Antonio Maria Pereira. MDCCCLXXXIX. 2 vols. In-8.º gr. de XXXVIII-II-240-IV e VIII-229-VII págs. E.
Com um extenso e encomiástico prefácio biográfico por Tomás Ribeiro. Rodrigues Cordeiro foi um
[240]
.../...
dos fundadores do periódico «O Trovador» e um dos representantes do segundo romantismo ou ultra-romantismo. Com a reprodução de um retrato fotográfico do poeta. Edição cuidada e invulgar.
Encadernações dos editores em inteira de percalina vermelha, com belos ferros a ouro e a negro nas
pastas e dizeres também dourados nas lombadas.
Castilho, Luís Augusto Palmeirim, Tomás Ribeiro e outros. De Camilo insere uma extensa poesia
intitulada «O Anjo».
Com as capas da brochura conservadas, só aparado à cabeça, revestido de boa encadernação com
a lombada em pele decorada com nervuras, título e ferros dourados.
909 — CORDEIRO (Luciano).- BERENGELLA E LEONOR RAINHAS DA DINAMARCA.
Com uma nota historica de C. Brun, director da Bibliotheca de Copenhague. Lisboa. Imprensa
Nacional. 1893. In-4.º de 76-IV págs. B.
915 — CORRÊA (A. A. Mendes).- CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO ANTROPOLÓGICO
DA POPULAÇÃO DA BEIRA ALTA. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1915. In-4.º
de 39-I págs. B.
910 — CORDEIRO (Luciano).- OS PRIMEIROS GAMAS. Com uma carta de Manuel Severim
de Faria e outros documentos ineditos. Lisboa. 1898. In-8.º de 142 págs. B.
916 — CORRÊA (A. A. Mendes).- CREANÇAS DELINQUENTES. Subsidios para o estudo da
criminalidade infantil em Portugal. Coimbra. F. França Amado, Editor. 1915. In-8.º de 131-I págs. B.
Primeira edição deste interessante trabalho integrado na colecção «Portuguezes Fora de Portugal»,
obra recentemente reeditada com um um prefácio de José Mattoso.
Primeiras folhas das margens exteriores com alumas imperfeições e desconjuntado.
Interessante estudo de investigação histórica acerca das origens familiares de Vasco da Gama.
Capas da brochura manchadas.
911 — CORDEIRO (Luciano).- SOROR MARIANA, A Freira Portugueza. Lisboa. [1891].
In-8.º gr. de 349-III págs. E.
“Segunda edição, illustrada, correcta e augmentada sobre novos documentos” e com um retrato
fotográfico do autor. Ainda um dos mais importantes trabalhos acerca da célebre Freira de Beja.
Encadernação inteira de percalina, com dizeres dourados na lombada e na pasta da frente. Extensa
dedicatória do filho de Luciano Cordeiro no verso do anterrosto.
912 — CORDEIRO (Manuel Caldas).- O MARQUEZ DE POMBAL. (Folheto para poucos). Porto.
Typographia de A. J. da Silva Teixeira. 1890. In-8.º de 41-I págs. B
Várias referências a Camilo e ao seu livro «Perfil do Marquez de Pombal».
913 — CORDEIRO TORRES (José Maria).- IRADIER. Madrid. [Imprenta de S. Aguirre.
Madrid. 1944]. In-4.º de 213-III págs. E.
Obra importante para a História da Guiné Espanhola. “No son muy numerosos los españoles que conocem
el nombre de Iradier [1854-1911], y probablemente son muy pocos los que lo conocen en sus justas
dimensiones. En este país, donde tantas mediocridades, al amparo de una conyuntura circunstancial,
logran ocupar um puesto histórico, D. Manuel Iradier y Bulfy es, a lo sumo, “un explorador del siglo
XIX”. Y sin embargo, la figura de Iradier alcanza una altura que crece cuanto más se la contempla
a distancia. No es solo la figura con su mérito indiscutible del self-made man; ni lo pintoresco
y atrayente de sus andanzas. Es el resultado de su obra, tangible en 1943, mucho más cuando nuestro
hombre la desarrollaba, entre la fría indiferencia de los más, la vaga simpatía de unos pocos y una
tenaz oposición de fuera de España.
“Porque si no puede decir-se que la Guinea española, nuestra última, hasta ahora, realidad colonial,
sea obra exclusiva de Iradier, sí que le pertenece, tanto como a cualquer otro, y desde luego mucho
más que a los políticos que intervenieron en su alumbramiento diplomatico empequeñeciendo
el territorio que la tenacidad del insigne vitoriano consiguiera para España. (...)”
Magnífico volume integrado na «Colleccion España ante al Mundo», do Instituto de Estudios
Políticos.
Expressiva dedicatória do autor “Ao Exmo. Sr. Dr. António de Oliveira Salazar, renovador das glórias
universais de Portugal e artífice da amizade peninsular (...)”
Esmerada encadernação inteira em pele azul, com ferros a ouro na lombada, filetes nas pastas e com
o corte das folhas brunido a ouro a toda a volta.
914 — COROA POETICA NO CONSORCIO DE SUAS MAGESTADES FIDELISSIMAS O
SENHOR REI D. LUIZ E A SENHORA RAINHA D. MARIA DE SABOYA. Lisboa. Sociedade
Typographica Franco-Portugueza. 1862. In-8.º gr. de 111-I págs. E.
Poesias de António Feliciano de Castilho, Latino Coelho, José Ramos Coelho, Mendes Leal, Júlio de
[241]
.../...
Estudo muito curioso e raro, ilustrado nas páginas de texto. Separata dos «Annaes da Academia
Polytechnica do Porto».
Capa da brochura com pequenos defeitos.
«A creança delinquente»; «Vadios»; «Prostitutas e libertinos»; «Gatunos»; «Agressores, assassinos
e outros»; «A criminalidade de menores em Portugal»; «A lucta contra a criminalidade infantil» e «O exame
medico-antropológico da creança delinquente».
Desconjuntado e com a capa da frente defeituosa.
917 — CORRÊA (A. A. Mendes).- O GENIO E O TALENTO NA PATHOLOGIA. (Esboço critico). Porto. 1911. In-8.º de VIII-184 págs. B.
Valioso estudo ilustrado, com numerosas e importantes referências a Camilo, António Nobre,
Pascoaes, Eça de Queiroz, Junqueiro, etc. Um dos mais raros livros do autor.
Valorizado com dedicatória do autor.
918 — CORRÊA (A. A. Mendes).- GÉRMEN E CULTURA. Instituto de Antropologia da
Universidade do Porto. Porto. 1944. In-4.º de VIII-233-III págs. B.
Colectânea de memórias, artigos e conferências de interesse diverso. Do índice destacamos os seguintes
capítulos: «Da Pré-História à História Portuguesa»; «Fontes Antiquitatum Portucalensium»;
«Uma página de Fernão Lopes»; «Os Portugueses quinhentistas e a sistemática etnológica do Brasil»;
«O “amoque” no “Livro de Duarte Barbosa”»; «O significado e os factores profundos da
Restauração»; «O elemento português na demografia do Brasil»; «Intercâmbio científico luso-brasileiro»;
«Luso-indianismo e brasilidade»; «Factores degenerativos na população portuguesa»; «O mestiçamento nas colónias portuguesas»; etc.
Dedicatória do autor para o Prof. Lopes Martins.
919 — CORRÊA (A. A. Mendes).- GLOZEL E ALVÃO. Os portugueses e a invenção do alfabeto.
Pôrto. Imprensa Portuguesa. 1926. In-8.º gr. de 26-II págs. B.
Curioso estudo ilustrado com desenhos, publicado em separata dos «Trabalhos da Sociedade
Portuguesa de Antropologia e Etnologia».
Dedicatória autógrafa do autor.
920 — CORRÊA (A. A. Mendes).- A NOVA ANTROPOLOGIA CRIMINAL. Porto. 1931. In-4.º
de VIII-330-II págs. E.
Três dos capítulos deste interessante volume: «Gíria de crianças delinquentes»; «Mendigos e Criminosos»;
«O criminoso nas tradições populares portuguesas».
Valorizado com dedicatória do autor a Pinto do Couto. Sólida encadernação com a lombada em pele,
tendo conservadas as capas da brochura.
921 — CORRÊA (A. A. Mendes).- OS POVOS PRIMITIVOS DA LUSITÂNIA. 1924. Casa
Editora de A. Figueirinhas. Porto. In-4.º de 390-II págs. E.
Valiosos estudos geográficos, arqueológicos e antropológicos, ilustrados com mais de meia centena
de ilustrações nas páginas do texto e em folhas à parte.
Dedicatória do autor ao escultor Pinto do Couto. Encadernação com a lombada em pele, mantendo
reservadas as capas da brochura.
[242]
922 — CORRÊA (A. A. Mendes).- RAÍZES DE PORTUGAL. Portugal «Ex-Nihilo»!... Terra
e Independência. A Raça. 1938. Edição de «Ocidente». Lisboa. In-4º de 77-III págs. B.
“(...) não nos deteremos nos aspectos toponímico e lingüistico da formação de Portugal. Ocupar-nos-emos,
apenas, do papel dos factores naturais — a terra e a raça — nessa formação. Veremos que por mais vago
e indirecto que seja êsse papel, por maior que seja a importância histórica da acção política e militar
desenvolvida por Afonso Henriques e seus pais na fundação do novo Estado, a história de Portugal não
começa com a dinastia borgonhesa, antes possui raïzes longínquas e profundas sem cuja intervenção,
então e em épocas ulteriores, se não compreenderiam fàcilmente a independência, a consolidação desta,
a resistência a tantos perigos, a tantos factores de desagregação e morte.” Primeira edição.
923 — CORRÊA (A. A. Mendes).- ULTRAMAR PORTUGU S. I. Síntese da África. (II. Ilhas
de Cabo Verde). Agência Geral das Colónias. Lisboa. MCMXLIX-MCMLIV. 2 vols. In-4.º de
400-XXXIII e 261-XIX págs. B.
Desta importante obra apenas ficaram publicados os dois volumes apresentados, ambos enriquecidos
com numerosas estampas impressas em folhas à parte, mapas desdobráveis e nas páginas do texto,
desenhos e mapas.
924 — CORRÊA (A. A. Mendes).- UM CASO INVULGAR DE CRIMINALIDADE INFANTIL.
Pôrto. Imprensa Portuguesa. 1930. In-4.º de 15-I págs. B.
Separata dos «Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia».
925 — CORRÊA (A. A. Mendes).- UMA LEITURA DAS INSCRIÇÕES IBÉRICAS. Pôrto.
Imprensa Portugueza. 1928. In-4.º de 14-II págs. B.
Separata dos «Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia».
Dedicatória do autor.
926 — CORREIA (Alberto C. Germano da Silva).- OS PORTUGUESES NA INDIA NO
SÉCULO XVI. 1936. Tipografia Rangel. Bastorá. India Portuguesa. In-4.º de IV-28 págs. B.
“Conferência realizada no Instituto Vasco da Gama aos 16 de Fevereiro de 1936, em sessão solene,
por ocasião da celebração do “Dia da Metrópole” em Nova Goa.”
Dedicatória do punho do autor ao Procurador da República.
927 — CORREIA (António Mendes).- CONTOS E NOVELAS ANGOLANOS. Coimbra
Editora, Limitada. 1955. [Coimbra]. In-8.º gr. de 342-II págs. B.
Capa da brochura ilustrada com um desenho representando uma luta entre dois africanos.
928 — CORREIA (João de Araújo).- LIRA FAMILIAR. Imprensa do Douro Editora. [Régua.
1976]. In-8.º de 139-IX págs. B.
Primeiro e cremos que único livro de poesias de João de Araújo Correia, autor de vasta e muito estimada
bibliografia de contos, crónicas e novelas.
929 — CORREIA (João de Araújo).- OUTRO MUNDO. Contos. Brasília Editora. Porto. [1980].
In-8.º de 144-VIII págs. B.
“OUTRO MUNDO não quer dizer O OUTRO MUNDO. Os contos que aí vão rezam de mundo
desaparecido. Mas, não rezam de mundo além da campa. Deste nada posso dizer, porque nada sei”.
930 — CORREIA (João de Araújo).- PÁTRIA PEQUENA. Imprensa do Douro Editora. [Régua.
1977]. In-8.º de 262-X págs. B.
“As notas que constituem este livro foram publicadas, quase todas sem o meu nome, no boletim Vida
por Vida” órgão dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua; “As notas que lancei ao Vida por Vida
foram variações de temas gratos à minha índole. As menos doces foram setas de papel disparadas pelo
[243]
.../...
meu arco, sempre insofrido, contra fealdades e vícios de cunho provinciano (...); Não é nebuloso o título
do livro. A minha Pátria Pequena é a vila e concelho do Peso da Régua. Aqui nasci, aqui vivo e aqui
morrerei sem espírito provinciano. Sinto-me livre de semelhante espírito, que até nas cidades é empecilho do homem”.
931 — CORREIA (João de Araújo).- PONTOS FINAIS. Dispersos. Imprensa do Douro. [Régua.
1975]. In-8.º de 224-XVI págs. B.
Textos de variado matiz, que terminam com a transcrição de um discurso do autor proferido no Ateneu
Comercial do Porto em 1974, depois de dedicar capítulos a «A Minha Etnografia», «Eça de Queirós
em Leiria», «Quem a Coimbra vai...», «Camilo Mal Parado», «Belas Recordações de Camilo
Pessanha», «Obras-Primas de Junqueiro», «Médicos do Moledo», «A caveira de Camilo», «O Porto
do Meu Tempo», «Crónica do Marão» e muitos outros.
932 — CORREIA (João de Araújo).- UMA SOMBRA PICADA DAS BEXIGAS. Editorial
Inova Sarl. [1973. Porto]. In-4.º de 148-IV págs. B.
Primeira edição colectiva de textos dispersos dedicados a Camilo, da autoria do excelente prosador
que foi João de Araújo Correia. Magnífica edição integrada na «Biblioteca Camiliana» dirigida por
Alexandre Cabral.
Da Tiragem especial de 250 exemplares numerados e assinados pelo autor, de maior formato e em
melhor papel.
933 — CORREIA (Natália).- CÂNTICO DO PAÍS EMERSO. Contraponto. [Porto. S.d.]. In-8.º gr.
de 37-I págs. B.
A edição constou de muito poucos exemplares, que raramente aparecem no mercado por ter sido
proibida a sua circulação.
Capas da brochura manchadas.
934 — CORREIA (Natália).- ERROS MEUS, MÁ FORTUNA, AMOR ARDENTE. Peça em 3
actos. F. Ribeiro de Mello. Ed. Afrodite. [Gráfica Maiadouro. Maia]. In-4.º de 232-XXIII-I págs. B.
“Esta peça foi encomendada à autora pelo Teatro Nacional D. Maria II, para celebrar em 1980 o 4º
Centenário da morte de Luís de Camões. A «má fortuna» que, em vida, persegiu o Poeta, atravessou-se
neste projecto impedindo a sua concretização, por critérios que deslustram quem os assumiu.”
Edição muito bela e de original concepção gráfica, em papel de cor, ilustrada a cores e em separado
por Francisco Relógio, Lima de Freitas, Cruzeiro Seixas, Carlos Calvet, Ângelo de Sousa e Júlio
Resende, além de reproduções de gravuras e vinhetas antigas, designadamente a portada da primeira
edição de «Os Lusíadas»; Apontamentos sobre a encenação de Jacinto Ramos; Apontamentos cénicos
de Paulo-Guilherme e composição musical de César Batalha.
935 — CORRÊA (Pinheiro).- SACADURA CABRAL. Homem e Aviador. Edição do Autor.
Lisboa. 1964. In-8.º gr. de 320-LXXXI-III págs. B.
Obra da maior importância para a história da travessia aérea do Atlântico Sul, sem dúvida o maior feito
da aviação portuguesa, protagonizado por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Com um prefácio de
Norberto Lopes, o fac-símile de uma carta de Gago Coutinho e reproduções de fotografias diversas.
Primeira edição.
936 — CORREIA (Vergílio).- ETNOGRAFIA ARTISTICA. Notas de Etnografia Portuguesa
e Italiana. (Com 80 Desenhos e Fotografias. Edição da «Renascença Portuguesa». Porto. [1916].
In-4.º de 149-III págs. E.
Apreciáveis estudos etnográficos, ilustrados e cuidadosamente impressos. Alminhas, oleiros de
Miranda, teares e pesos de teares, a arte no sal, castanholas enfeitadas, “cossoiros” do Baixo-Alentejo,
ornamentação popular da louça de Estremoz, etc.
Dedicatória do autor para Alberto Gusmão Navarro. Encadernação com a lombada em pele e título
dourado. Conserva as capas da brochura e está ligeiramente aparado à volta.
[244]
937 — CÔRTE-REAL (Antonio Moniz Barreto).- BELLEZAS DE COIMBRA. Coimbra, Na
Real Imprensa da Universidade. 1831. In-8.º de 203-I págs. E.
É bastante raro este interessante volume da bibliografia coimbrã, com descrições dos seus monumentos
e lugares mais notáveis. O segundo volume, prometidamente consagrado à História da Universidade,
não chegou a ser publicado.
Encadernação da época, cansada.
938 — CÔRTE-REAL (Jerónimo).- NAUFRAGIO DE SEPULVEDA, Composto em verso
heroico, e oitava rima por... Nova edição conforme á primeira de 1594. Lisboa. MDCCCXL.
Na Typographia Rollandiana. 2 vols. In-12º de 212 e 212-II págs. E. em 1.
Terceira e invulgar edição deste célebre poema, “sendo entre todos os do auctor o mais lido dos nacionaes,
e o mais conhecido e applaudido dos estrangeiros (a ponto de ser julgado pelo sr. Ferdinand Denis,
como o poema portuguez que encerra maiores bellezas, depois dos Lusiadas)”, mas não isento
de defeitos na opinião de Costa e Silva, defeitos “resgatados até certo ponto pelas muitas e bellas
comparações, e pelos rasgos patheticos, e cheios de novidade, que de vez em quando apresenta”,
segundo palavras extractadas de Inocêncio que ao autor consagra largas referências.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
939 — CÔRTE-REAL (Jerónimo).- SUCESSO DO SEGUNDO CERCO DE DIU. Códice
Cadaval 31 - ANTT. Introdução de Martim de Albuquerque. Sob o Patrocínio da Academia
Portuguesa da História. Edições Inapa. Lisboa. 1991. In-4.º gr. de 24 págs. prels., II inums., 43 ff.
e VI págs. inums. finais. E.
“A reprodução agora feita permitirá ao leitor avaliar por si os méritos de Jerónimo Côrte-Real como
calígrafo e iluminador. (...) A riqueza cromática, a perfeição caligráfica, a gracilidade, o cuidado posto
na minudência, o realismo de algumas figuras e situações, e mesmo em certos pontos, o traço ingénuo,
tudo confere particular frescura e encanto à arte de Jerónimo Côrte-Real. Decerto, aqui e além,
o iluminador deixou-se arrastar pela fantasia (...) - que se deve, talvez, em parte a sugestão da grandeza
à romana e dos modelos renascentistas italianizados, sobretudo observável nas figuras dos portugueses -,
os desenhos de Côrte-Real ostentam, de facto, valor arqueológico: fortalezas, tendas de campanha,
embarcações, toda a espécie de armas ofensivas e defensivas... (...)”
Uma das muito prestigiadas e cuidadas edições de luxo da Inapa, em tiragem limitada a 2100 exemplares,
com encadernação própria em material sintético, apresentando na pasta da frente a estampa a cores
que reproduz a portada deste belo manuscrito iluminado, cuja reprodução a edição integralmente respeita..
940 — CORTEZ (Fernando Russell).- CONTRIBUTO PARA O ESTUDO DO NEOLÍTICO
DE PORTUGAL. Instituto para a Alta Cltura. Porto. 1952. In-4º peq. de 60 págs. B.
Trabalho ilustrado com várias estampas em separado e nas páginas do texto, publicado pelo Centro de
Estudos de Etnologia Peninsular do Instituto de Alta Cultura.
Dedicatória autógrafa do autor.
941 — CORTEZ (Fernando Russell).- DA “TERRA SIGILLATA” TARDIA ENCONTRADA
EM PORTUGAL. Instituto Para a Alta Cultura. Viseu. 1951. In-4.º de IV-69-III págs. B.
Estudo sobre cerâmica arqueológica, profusamente ilustrado com desenhos nas páginas do texto
e publicado pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, do Instituto Para a Alta Cultura, em reduzida
separata da revista «Beira Alta».
Dedicatória autógrafa do autor.
942 — CORTEZ (Fernando Russell).- DAS POPVLAÇÕES PRÉ-CELTAS DO NORTE DE
PORTUGAL. Instituto Para a Alta Cultura. Porto. 1951. In-4.º de XXXII págs. B.
Estudo publicado em edição restrita, em separata do Boletim da Associação de Filosofia Natural.
Dedicatória autógrafa do autor.
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943 — CORTEZ (Jerónimo).- O NON PLUS ULTRA DO LUNARIO, E PRONOSTICO PERPETUO, GERAL, E PARTICULAR PARA TODOS OS REINOS E PROVINCIAS. Composto
por Jeronymo Cortez, Valenciano. Emendado conforme o Expurgatorio da Santa Inquisição,
e traduzido em Portuguez por ANTONIO DA SILVA DE BRITO. E no fim vai accrescentado
com huma invenção curiosa de huns apontamentos, e regras para que se saibão fazer pronosticos,
e discursos annuaes sobre a falta, ou abundancia do anno, e hum memorial de remedios universaes
para varias enfermidades. (curiosa gravura em madeira) LISBOA. - 1852. // Na Typ. de José
Baptista Morando, Rua Moinho de Vento N.º 59. In-8.º de IV-316 págs. E.
Obra curiosíssima que ao longo do tempo conheceu numerosas edições, qualquer delas muito invulgar.
Encadernação inteira em pele, da época.
944 — COSTA (A. Fontoura da).- ÀS PORTAS DA ÍNDIA EM 1484. 1935. Imprensa da
Armada. Lisboa. In-8.º gr. de 124-IV págs. B.
Valioso estudo histórico, com três estampas a cores, figuras no texto, quatro mapas em folhas desdobráveis e o fac-símile da 1ª edição da «oração de obediência de D. João II a Inocêncio VIII», pronunciada
por Vasco Fernandes de Lucena em Roma, no dia 11 de Dezembro de 1485. Separata dos «Anais do
Club Militar Naval», em tiragem, de 350 exemplares.
O MAIS EMBLEMÁTICO LIVRO DA BIBLIOGRAFIA PORTUENSE.
945 — COSTA (Agostinho Rebelo da).- DESCRIPÇAÕ // TOPOGRAFICA, E HISTORICA //
DA // CIDADE DO PORTO. // Que contém // A sua Origem, Situaçaõ, e Antiguidades: A magni
// ficencia dos seus Templos, Mosteiros, Hospitaes, // Ruas, Praças, Edificios, e Fontes: O número
dos // seus Habitadores, o seu Caracter, Genio, Costu- // mes, e Religiaõ que professaõ: Os
Appelîdos das // Familias Illustres, que nella residem: O Catalogo // Chronologico dos seus
Bispos: Os Governos Eccle- // siastico, Civil, Militar, Politico: O nascimento do // grande Rio
Douro, que a banha, e fórma a sua Bar- // ra: As producções da Natureza, e Industria, que // augmentaõ os Ramos do seu Commercio, e promo- // vem as Fabricas, que tem estabelecidas: Os
Privi- // legios, Isençoens, e Regalîas, que a engrandecem: // A noticia dos Homens, e das
Mulheres Illustres em // Virtudes, Letras, e Armas, que della saõ naturaes // &c. &c. &c. //
‘Enriquecida com Estampas, e Mappas curiosos, que, // a ornaõ. // (...) // PORTO: // Na Officina
de ANTONIO ALVAREZ RIBEIRO. // Anno de MDCCLXXXIX. In-8º gr. de XII-XXXII-374-VI págs. E.
Obra tida em grande estimação, fundamental para o estudo dos diversos ramos da história do Porto.
Ornada com um mapa da Provincia de Entre Douro e Minho, uma excelente vista da Cidade do Porto
e uma Planta Geográfica da Barra da mesma cidade, todas abertas a buril em chapa de metal e impressas
em folhas desdobráveis, gravuras que faltam em muitos exemplares. Primeira edição, muito rara
e valiosa.
Encadernação inteira em pele, contemporânea, com a lombada um pouco danificada. Ex-libris heráldico do Conde de Castro e Solla. (ver gravura na pág. 247)
946 — COSTA (António Carvalho da).- COROGRAFIA PORTUGUEZA, e descripçam topografica do famoso Reyno de Portugal, com as noticias das fundações das Cidades, Villas &
Lugarejos, que contem, Varões illustres, Genealogias das Familias nobres, fundações de
Conventos, catalogos dos Bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edificios, & outras
curiosas observaçoens. Segunda edição. Braga: Typographia de Domingos Gonçalves Gouvea.
1868-1869. 3 vols. In-4.º gr. E.
A obra do P. Carvalho da Costa é ainda hoje considerada como uma das mais importantes e de proveitosa
consulta na sua especialidade, mormente no que respeita à corografia antiga portuguesa, sendo esta
segunda edição preferível à primeira.
Encadernações inteiras em pele, da época.
[246]
947 — COSTA (Artur Sá da) & GONÇALVES (Amadeu).- UMA APROXIMAÇÃO AOS
AUTORES FAMALICENSES. Catálogo da Exposição. Câmara Municipal de Vila Nova de
Famalicão - Biblioteca Municipal Camilo Castelo Banco. [1998. Visão Gráfica. Rio Tinto].
In-fólio de 116-II págs. B.
Excelente exposição e catálogo com coordenação, invstigação e textos dos autores acima referidos, em
esmerada edição ilustrada a cores e a negro com inúmeros retratos, fac-símiles de frontispícios, capas
de livros, originais manuscritos, provas tipográficas, etc. Com um Suplemento em caderno de quatro
páginas, destacado do volume.
948 — COSTA (B. C. Cincinato da) & CASTRO (D. Luís de).- L’ENSEIGNEMENT
SUPÉRIEUR DE L’AGRICULTURE EN PORTUGAL. Lisbonne. Imprimerie Nationale. 1900.
In-fólio de VIII-358 págs. B.
Obra clássica da bibliografia portuguesa da especialidade, ornada de numerosas fotogravuras impressas
em folhas à parte. Invulgar.
949 — COSTA (B. C. Cincinato da) & CASTRO (Luís de).- LE PORTUGAL AU POINT DE
VUE AGRICOLE. Ouvrage publié sous la direction de... Lisbonne. Imprimerie Nationale. 1900.
In-4º gr. de XXXVIII-965-I págs. E.
Obra de reconhecida importância e indispensável consulta a quantos se interessam pela história
da agricultura em Portugal, numa edição verdadeiramente monumental, ilustrada com mapas a preto
e a cores, em folhas desdobráveis e numerosas gravuras intercaladas nas páginas do texto e impressas
em folhas à parte. Dividida em três partes: «La Terre Portugaise: Aperçu de la géologie du Portugal,
Le sol arable et le climat, Flore agricole du Portugal, Les animaux agricoles»; «La Production
Agricole: Les vignobles et les vins, L’olivier et les huiles d’olives, les céréales, Fruits et légumes, Les bois
et le liège, Les plantes textiles, Les laines, Les industries du lait, La sériculture, L’apiculture, Les salines
et le sel, L’agriculture aux Açores et à Madère»; «La Vie Rurale; La Population et la propriété, Le crédit
agricole et le mouvement associatif rural, L’enseignement et les encouragements de l’État».
Colaboradores: Conde de Ficalho, Paul Choffat, Filipe E. de Almeida Figueiredo, Júlio A. Henriques,
Paula Nogueira, Cincinnato da Costa, Larchel Marçal, S. Monte Pereira, Rodrigues de Morais,
Menezes Pimentel, Telles de Menezes, Pedro Roberto da Cunha e Silva, Anselmo de Morais e D. Luís
de Castro.
Encadernação com a lombada e os cantos em pele, tendo sido aproveitadas as capas da brochura para
forrar ambas as pastas.
950 — COSTA (D. António da).- AS MINHAS SAUDADES. Coimbra: Imprensa de Trovão,
e Companhia. 1844. In-8.º de 46-II págs. B.
Raro livro de estreia de D. António da Costa e Sousa de Macedo, escrito enquanto “Estudante do 2.º anno
Juridico na Universidade de Coimbra, e Membro do Instituto Dramatico da mesma Cidade.”
951 — COSTA (Elias da).- CASTELO BRANCO NO TRABALHO. Edição do Autor. Lisboa,
1929. In-8.º de 291-V págs. B.
Capítulos sobre «A riqueza folclorista», «A Política», «A Oliveira», «Os Lagares», «O Sobreiro», «A Cortiça»,
etc. Livro integrado na «Colecção Covilhanenses de Cultura Geral».
952 — COSTA (Emília de Sousa).- OLHA A MALICIA E A MALDADE DAS MULHERES.
Lisboa. 1932. [Oficinas da Emprêsa do Anuário Comercial]. In-8.º de 29-III págs. E.
Curiosa conferência proferida no Salão de Festas do jornal «O Século», em Junho de 1932.
Com dedicatória da autora. Está modestaente encadernado mas conserva as capas da brochura.
945 - ver pág. 246
953 — COSTA (Ferreira da).- PEDRA DO FEITIÇO. Reportagens africanas. 1ª edição. Editôra
Educação Nacional, Lda. Pôrto. [1945]. In-8.º de 485-III págs. B.
Primeira edição de um dos melhores livros do autor e também dos mais estimados da nossa literatura
africana.
[248]
954 — COSTA (I. da) & OLIVEIRA (E.D’).- COQUES. Critica contemporanea. Porto. Typ. de
A. J. da Fonseca Vasconcellos. 1872. In-8.º de 144 págs. E.
DE MEDALHAS. (2ª Comunicação). Lisboa. 1923. [Tipografia do Comercio]. In-4.º gr.
de 41-I págs. B.
Cáusticas opiniões acerca de alguns livros publicados na época, com referências a muitos escritores,
designadamente a Camilo.
Encadernação simples, com a capa da brochura da frente conservada.
Com três estampas em folhas à parte. Edição de 150 exemplares numerados e assinados, tirados em
separata da revista «Arqueologia e História».
Exemplares com o n.º 3, ambos com dedicatória do autor para Luís Augusto de Oliveira.
Separata de «Actas do III Colóquio Portuense de Arqueologia».
Boa encadernação nova, com a lombada em pele à cor natural.
É a primeira edição da obra, muito esmerada e nítida, de que se imprimiram apenas 250 exemplares
numerados e rubricados pelo autor. Com um retrato de Vieira Lusitano em separado e várias gravuras
nas páginas do texto.
O exemplar tem o n.º 3, e dedicatória do autor para Luís Augusto de Oliveira.
955 — COSTA (João Gonçalves da).- MACHADOS NEOLÍTICOS DE JUSTES. Porto.
MCMLXV. In-4.º de 10-II págs. E.
956 — COSTA (Joaquim).- A EXPRESSÃO LITERÁRIA E A APRENDIZAGEM DO ESTILO. Porto. Livraria Chardron... 1928. In-8.º de X-422 págs. E.
Depois do trabalho que dá o título ao livro vêm as antologias dos escritores portugueses e brasileiros.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele mosqueada, esta com títulos e ferros dourados.
Só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
957 — COSTA (Jose Daniel Rodrigues da).- EMBARQUE DOS APAIXONADOS DOS
FRANCEZES PARA O HOSPITAL DO MUNDO, ou Segunda Parte da Protecção á Franceza.
[No fim: LISBOA. M.D.CCCVIII. NA OFFIC. DE SIMÃO THADDEO FERREIRA]. In-8.º gr.
de 31-I págs. B.
Na pág. 31 vem a declaração de que o folheto é “De José Daniel Rodrigues da Costa”; na última página,
além do registo tipográfico, vem uma gravura redonda, aberta em madeira e logo abaixo duas quadras.
Não registado por Inocêncio, nem em «Teatro de Cordel» por Albino Forjaz de Sampaio, Catálogo da
«Literatura de Cordel» da Fundação Calouste Gulbenkian, nem ainda por Arnaldo Saraiva no seu livro
«Folhetos de Cordel e outros da minha colecção», nem mesmo, e por fim, no «Catálogo da Literatura
de Cordel - Colecção Jorge de Faria», elaborado por José Oliveira Barata e Maria da Graça Pericão.
958 — COSTA (José Daniel Rodrigues da).- O TEMPORAL DESFEITO OU OS IMPOSTORES
NAUFRAGADOS. Esta obra he dedicada ao Serenissimo Senhor D. Miguel, Infante de Portugal.
Lisboa: 1823. Na Impressão de Victoriano Rodrigues da Silva. In-8º gr. de 31-I págs. B.
Opúsculo pertencente às colecções das lutas liberais, este favorável a D. Miguel. Não constante no
Dicionário Bibliográfico de Inocêncio. Raro.
Publicado sem as capas da brochura.
959 — COSTA (José de Freitas).- A ALMOFADA DA RAINHA. Parodia á poesia do snr.
Conselheiro Thomaz Ribeiro O Tear da Rainha. Porto. Imprensa Commercial. 1881. In-8.º gr. de
24 págs. B.
Curiosa paródia literária oferecida pelo autor ao próprio Tomás Ribeiro. Henrique de Campos Ferreira
Lima, em «As Paródias na Literatura Portuguesa», regista-a, dizendo que o seu autor “é para nós um
desconhecido.”. Invulgar.
960 — COSTA (Laurindo).- MUSEU E BIBLIOTECA DO ATENEU COMERCIAL DO
PORTO. Tip. Emprêsa Guedes. Porto. 1828. In-8.º de 23-I págs. B.
Breve monografia publicada em separata de «O Tripeiro».
Dedicatória do autor.
961 — COSTA (Luís Xavier da).- DOMINGOS ANTÓNIO DE SEQUEIRA E FRANCISCO
VIEIRA LUSITANO DESENHADORES DE MEDALHAS. Lisboa. 1923. [Tipografia do
Comercio]. In-4.º gr. de 20 págs. B.
––– COSTA (Luís Xavier da).- DOMINGOS ANTONIO DE SEQUEIRA, DESENHADOR
[249]
.../...
962 — COSTA (Luís Xavier da).- FRANCISCO VIEIRA LUSITANO, Poeta e abridor de águas-fortes. Lisboa. 1926. [Composição e impressão da «Ottosgráfica»]. In-4º gr. de 77-III págs. B.
963 — COSTA (Luís Xavier da).- A OBRA LITOGRÁFICA DE DOMINGOS ANTÓNIO DE
SEQUEIRA. Com um esbôço histórico dos inícios da litografia em Portugal. Lisboa. 1925.
In-4.º gr. de 59-I págs. B.
Estudo interessante, ilustrado com cinco estampas em separado. Tiragem de 200 exemplares numerados
e assinados, publicados em separata de «Arqueologia e História».
964 — COSTA (Mário).- FEIRAS E OUTROS DIVERTIMENTOS POPULARES DE LISBOA.
(História. Figuras, usos e costumes. Prefácio do arqueólogo Augusto Vieira da Silva. Lisboa.
1950. [Oficinas Gráficas da C. M. L.]. In-4.º peq. de 522-II págs. B.
“Trata o autor das feiras populares que se realizavam periòdicamente ou se efectuavam ocasionalmente
em Lisboa e nos seus arredores, descrevendo os objectos que nela se mercadejavam, e os divertimentos
que aí se exibiam, salpicando a narrativa com a citação e menção de factos mais ou menos cómicos, e com
a descrição de tipos picarescos que as frequentavam”. Com numerosas estampas em folhas à parte.
Valorizado com dedicatória do autor.
965 — COSTA (Sérgio Corrêa da).- AS QUATRO CORÔAS DE D. PEDRO I. Prefácio de
Oswaldo Aranha. Civilização Brasileira S/A . (Brasil). [1941]. In-8.º de 370-II págs. E.
“(...) A vida brasileira, que ainda é de luta, de construção política, de construção nacional, encontrará
cada vez mais no dinamismo de D. Pedro I um alto motivo de inspiração. Além do que, nenhuma outra
figura histórica, neste ano dos centenários, poderá refletir tão bem a profunda afinidade, direi mesmo
cumplicidade, de destino e de alma, que une as duas nações lusitanas; porque, português, D. Pedro I
ergueu o Império do Brasil; brasileiro, foi rei de Portugal.”
Encadernação em pele, tendo na pasta da frente, a ouro, as seguintes palavras: “Exemplar dedicado
A sua Excelência o Senhor Professor Antonio de Oliveira Salazar”. Exemplar n.º 19.
966 — COSTA (Sousa).- DONA CATARINA, DUQUESA DE BRAGANÇA, Rainha de Portugal
à face do Direito. Fundação da Casa de Bragança. 1958. [Lisboa]. In-4.º gr. de XV-I-352-IV págs. B.
Importante, concludente e vasto estudo de investigação histórica, numa muito esmerada edição documentada com fac-símiles de cartas e ilustrada com retratos.
Capa da brochura um pouco queimada por acção da luz. Dedicatória do Presidente do Conselho de
Administração da Fundação da Casa de Bragança.
967 — COSTA (Sousa).- IMORTAIS DO AMOR NA HISTÓRIA E NA LENDA. Edição
de “O Primeiro de Janeiro”. Pôrto. [S.d.] In-4. gr. de II-432-IV-XVI págs. E.
Obra ilustrada com um grande e valioso conjunto de gravuras e desenhos intercalados no texto
e estampas, a negro e a cores, em folhas à parte. Desenhos e vinhetas de Fernando Carlos. Colaboração
artística de Mestre Joaquim Lopes, Kuhn-Réguier, Hipólito, Colombano, Carlos Carneiro, Guilherme
Camarinha, Heitor Cramez, etc.
Encadernação editorial em percalina, com ferros a seco e dourado na lombada e pastas. Lombada com
um pequeno defeito.
[250]
968 — COSTA (Vicente José Ferreira Cardoso da).- OS BONS DESEJOS DE HUM PORTUGUEZ, ou a sua Receita para se animar a circulaçaõ paralisada, acudindo-se aos males do papel-moeda, e á miseria publica: levando-se os generos ao seu preço natural; dando-se emprego aos
que vivem dos seus jornaes, e desinfestando as estrada de ladrões: utilisando-se a todos sem causar
prejuizo a pessoa alguma. Lisboa: Na Typogr. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1822. In-8.º gr.
de 33-III págs. B.
Raro e curioso folheto, a cujo autor, nascido na Bahia, diz Inocêncio, foi dedicado “um artigo assás
desenvolvido na ‘Gazeta dos Tribunaes (...) escripto pelo conselheiro Antonio de Oliveira Amaral
Machado. (...) Foi um jurisconsulto notavel entre os do nosso paiz. Tinha talento, applicação assidua,
e memoria feliz (...)”, tendo deixado publicada vasta bibliografia.
969 — COSTA (Vicente Jose Ferreira Cardoso da).- MEMORIA SOBRE A AVALIAÇÃO DOS
BENS DE PRAZO. Lisboa. M.DCCCII. Na Regia Officina Typografica. In-4.º peq. de 137-I págs. E.
O autor, nascido na cidade da Bahia, “foi um jurisconsulto notavel entre os do nosso paiz (...) Possuia
um conhecimento profundo da nossa antiga e moderna jurisprudência, e de todos os ramos da sciencia
que lhe são subsidiarios”, como diz Inocêncio na longa notícia que lhe consagra. Com as armas de
Portugal em fina chapa de metal impressa no frontispício.
Encadernação inteira em pele, da época, com defeitos na lombada.
970 — [AÇORES]. COSTA (Vicente José Ferreira Cardoso da).- NOTAS DO DOUTOR
VICENTE JOSÉ FERREIRA CARDOZO DA COSTA AO ACORDÃO Proferido no Juizo das
Capellas da Coroa, na Casa da Supplicação de Lisboa aos 29 de Abril de 1820, na causa intentada
pelos Senhores Procuradores Regios, o Doutor Antonio José Guião, como Procurador da Fazenda,
e o Doutor Lucas da Silva de Azevedo Coutinho, como Ajudante do Procurador da Coroa, contra
o Coronel Nicoláo Maria Rapozo da Ilha de S. Miguel. Lisboa. Em a Nova Impressão da Viuva
Neves e Filhos. Anno de 1821. In-4.º de 64 págs. Desenc.
O autor, filho de pai natural do Porto, foi Doutor na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra,
Desembargador da Relação do Porto, Correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa, tendo
merecido de Inocêncio rubrica de invulgares dimensões onde são relatados os factos mais importantes
da sua vida. Advertência no verso do frontispício: “Veja-se o fim da Nota 5.ª, e note-se em honra da
Sabedoria desta Sentença do grande Orador Romano [Cícero, antes citado], que este Opúsculo se
escrveo em S. Miguel, e foi remettido para Lisboa em Julho de 1820, tendo-se em vista os subsequentes
successos politicos de Portugal, começados no fim d’Agosto seguinte.” Raro.
971 — COSTA (Vitorino Gomes da).- GUIA DE INSTRUCÇÃO PROFISSIONAL DO MARINHEIRO. Lisboa. Imprensa Nacional. 1897. In-4.º de 526 págs. E.
Trabalho ilustrado com 273 figuras nas páginas do texto, muito completo e de muito invulgar aparecimento no mercado.
Ex-libris de motivo náutico da biblioteca de Nuno de Brion. Encadernação nova, com a lombada em pele,
com título e dourados. Um pouco aparado. Carimbos e assinatura de Nuno de Brion no frontispício.
972 — [COSTARD (J.- B.)].- MANUEL DE LA BONNE COMPAGNIE, ou l’ami de la
Politesse, des égards, du bon ton et de la Bienséance; Dédié à la Société française et à la Jeunesse
des deus sexes. Troisième édition. Corrigée et augmentée de plusieurs chapitres. A Paris, Chez
Ancelle, Libraire, rue de la Harpe. 1818. In-12.º de IV-192 págs. E.
Com uma bela gravura aberta em chapa de cobre alusiva ao tema da obra, publicada anónima mas
registada por Barbier no seu importante «Dictionnaire des Ouvrages Anonymes».
Encadernação francesa, da época, com dourados na lombada.
973 — COUCEIRO (Henrique de Paiva).- ANGOLA. (Dous annos de Governo. Junho 1907 - Junho
1909). Historia e commentarios. 1910. Editora A Nacional. Lisboa. In-4.º peq. de IV-424-IV págs. E.
Rara primeira das duas edições publicadas deste relatório importante para a história da administração
de Angola de 1907 a 1909, da autoria de Henrique de Paiva Couceiro, figura eminente do colonialismo
[251]
.../...
português e autor de importantes trabalhos de diversidade temática. Na Grande Enciclopédia
Portuguesa e Brasileira, que o distingue com uma extensa rubrica, lê-se que “O marechal Gomes
da Costa chamou-lhe Santo Condestável e Guilherme de Faria cantou-o em versos primorosos.”
Encadernação com a lombada em pele, simples.
974 — COUCEIRO (Henrique de Paiva).- CARTA ABERTA AOS MEUS AMIGOS E COMPANHEIROS. Edição da Acção Realista Portuguesa. [Lisboa. S.d.]. In-4.º de 82-II págs. B.
Sobre a questão da Causa Monárquica. Separata reduzida da «Acção Realista».
975 — COUTINHO (B. Xavier).- CAMÕES E AS ARTES PLÁSTICAS. Subsídios para a iconografia Camoneana. Impresso para a Livraria Figueirinhas no Porto, 1946. 2 vols. In-4.º de XXIV-466-II e 478-II págs. E.
Trabalho sumamente valioso, importante e o mais completo de quantos se destinaram a reunir e estudar
a iconografia camoniana, numa edição luxuosamente impressa em magnífico papel e densamente ilustrado com reproduções de pinturas, gravuras e esculturas intercaladas no texto e em folhas à parte,
sendo muitas destas a cores.
Luxuosas encadernações editoriais inteiras em pele, com dizeres e dourados nas lombadas e pastas,
figuramdo na da frente a reprodução da portada da primeira edição de «Os Lusíadas». Com as capas
da brochura conservadas e só minimamente aparados à cabeça.
976 — COUTINHO, Conde e Marquês do Funchal (D. Domingos António de Sousa).- LES
QUATRE COINCIDENCES DE DATES. A Paris, De l’Imprimerie de Firmin Didot. 1819.
In-8.º gr. de 23-I págs. Desenc.
Inocêncio presta consideráveis informações acerca deste Diplomata, e diz sobre o título acima anunciado: “Diz-se que este folheto fôra dirigido em Paris a M.me de Sousa, já então casada em segundas
nupcias com o morgado de Matteus.” Interessa às colecções das Invasões Francesas. Raro.
977 — COUTINHO (Gago).- RELATORIO DA VIAGEM AEREA LISBOA-RIO DE JANEIRO.
Lisboa. MCMXXII. [Imprensa Libanio da Silva]. In-4.º gr. de 66 págs. E.
Número especial da «Revista Aeronáutica», órgão do Aero Club de Portugal, de grande formato,
impresso a negro e vermelho. Este volume representa um padrão levantado ao vôo de Gago Coutinho
e Sacadura Cabral, acontecimento que “representou e representará sempre, um feito de tão alto valor
e saber que o mundo inteiro o admirou com o mais justificado assombro.” O Relatório, assinado no
fim por Gago Coutinho, trata circunstanciadamente de todos os aspectos da viagem e apresenta-se
documentado com muitas fotografias impressas em separado, coladas nas páginas do texto e em folhas
à parte.
Encadernação com a lombada em pele e com as capas da brochura conservadas.
978 — COUTINHO (João de Azevedo).- MEMÓRIAS DE UM VELHO MARINHEIRO
E SOLDADO DE ÁFRICA. Livraria Bertrand. Lisboa. S.d. [1941?]. In-4.º de 674 págs. E.
Memórias importantes não só para a biografia do autor, natural de Alter do Chão, mas também para
a história da Marinha, que Azevedo Coutinho por muitos anos serviu, e de muitos acontecimentos
ocorridos em Angola e Moçambique. Com numerosas estampas fotográficas impressas em folhas à parte.
Encadernação inteira de percalina, mantendo conservada a capa da brochura anterior.
979 — [COUTINHO (D. João de Azevedo Sá)].- COSTA CABRAL EM RELEVO, ou Memoria
Biographica d’este ministro para servir d’auxiliar á historia do dia. Lisboa: Typographia de
M. J. Coelho. 1844. In-8.º gr. de II-III-54-II págs. Desenc.
Primeira edição, publicada anónima em Lisboa em 1844. No mesmo ano saíu segunda edição, desconhecida
de Inocêncio, que diz: “Este mesmo pamphleto, supprimido o prologo, com varias alterações na phrase
e um additamento no fim, sahiu novamente impresso na referida typographia [de Manuel de Jesus
Coelho] com o titulo: ‘Biographia de Antonio Bernardo da Costa Cabral, traduzida do jornal hespanhol
«Eco del Comercio», 1846.”, dizendo ignorar se o autor teve qualquer participação nesta edição”.
[252]
980 — COUTINHO (Lopo de Sousa).- HISTORIA DO CERCO DE DIU. Lisboa. 1890. In-8.º
de 239-I págs. E.
Volume inaugural da «Bibliotheca de Classicos Portuguezes», então dirigida por Sousa Viterbo.
Encadernação inteira em pele, da época.
981 — COUTINHO (Manuel da Cruz Pereira).- TRATADO SOBRE AS QUOTAS DE FRUCTOS
AGRARIOS DENOMINADAS RAÇÕES. Em que se prova por documentos, que os proprietarios
as contractavam na transmissão emphyteutica e censitica dos seus terrenos adquiridos por titulo
oneroso. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1856. In-8.º gr. de IV-108 págs. Desenc.
“(...) Trez pontos do Direito Civil Portuguez, envolvidos na confluencia de opiniões oppostas,
e até certo ponto da mesma legislação patria, os quaes muito importa trazer a lume, em favor da
propridade emphyteutica, fazem o objecto da nossa difficil tarefa.” O autor foi Prior da Igreja
Paroquial de S. Cristóvão de Coimbra. Invulgar.
982 — COUTO (António Maria do).- A MATERIALEIRA. Discurso em que o Professsor Regio
Antonio Maria do Couto desfia hum dialogo com o grave titulo de MISERIA, que Macedo em hum
acesso de frenetico delirio compuzera contra Couto. Offerecido ao Público para sua instrucção.
Producção XXXVII. ultima sobre este Objecto por agora. Lisboa. Na Impressão de J. F. M. de
Campos. 1815. In-8.º de VI-64 págs. B.
Um dos curiosos e numerosos opúsculos de António Maria do Couto, atacando neste, de forma violenta,
José Agostinho de Macedo.
983 — COUTO (Diogo do).- VIDA DE D. PAULO DE LIMA PEREIRA. (Com uma descripção
que de novo deixou feita o mesmo author desde a Terra dos Fumos até o Cabo das Correntes).
Lisboa. 1903. In-8.º gr. de 200 págs. E.
Obra e edição apreciada, com interesse para a história da Índia e do Extremo-Oriente. Na «Explicação
Prévia» de G. Pereira vem uma referência a Camilo Castelo Branco. Da «Bibliotheca de Classicos
Portuguezes» de Melo de Azevedo.
Dedicatória autógrafa de Melo de Azevedo. Boa encadernação com lombada em pele e as capas da
brochura conservadas.
984 — COUTO (Gustavo).- HISTÓRIA DA ANTIGA CASA DA INDIA EM LISBOA.
Conferência realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa, no dia 28 de Abril de 1932 dividida
em 6 capítulos ilustrados com 14 gravuras. Lisboa. MCMXXXII. In-4.º de 65-I págs. B.
Diz Queiroz Veloso no prefácio que este trabalho de Monsenhor Gustavo Couto “é uma brilhante
e sugestiva evocação do importante papel da Casa da Índia”. Com várias estampas em folhas à parte.
Invulgar.
985 — COUTO (Luís de Sousa).- ORIGEM DAS PROCISSÕES DA CIDADE DO PÔRTO.
Com Sub-notas, prefácio e Apêndice de A. de Magalhães Basto. [Pôrto. Tip. Leitão. S.d.]. In-4.º peq.
de 222-II págs. E.
Primeiro e um dos mais apreciados volumes da colecção «Documentos e Memórias para a História
do Porto». Ilustrado em folhas à parte. Camiliano. Primeira edição.
Encadernação com a lombada em pele. Capas da brochura preservadas.
986 — COVÕES (Ricardo).- O CINQÜENTENARIO DO COLISEU DOS RECREIOS. 1940.
[Tipografia Freitas Brito, Lda. Lisboa]. In-4.º de VIII-588-II págs. B.
“(...) Êste livro marca uma época e uma data comemorativa na vida de Lisboa e julgamos que vai ser
útil a quem quiser fazer um estudo mais apurado e escrupuloso do que se tem passado nesta grande
casa de espectáculos durante cinqüenta anos, falando mais detalhadamente dos seus artistas, da acção
cultural e educativa do Coliseu e de tudo quanto possa interessar aos estudiosos e, mais desenvolvida-
[253]
.../...
mente, ao público em geral. (...)”. Obra fundamental para a história daquela que é, sem dúvida, uma
das mais emblemáticas e eclécticas casas de espectáculos de Portugal, já com mais de um século
de existência. Documentada com numerosas fotogravuras e com a transcrição de numerosos documentos,
artigos saídos na imprensa, escritos e cartas de personalidades de grande notoriedade na época, de que
destacamos os seguintes nomes: Adelino Mendes, Afonso Lopes Vieira, Albino Forjaz de Sampaio,
Alfredo da Cunha, Alfredo Pinto (Sacavém), António Botto (uma «Canção» e um texto em prosa),
António Ferro, António Lopes Ribeiro, António Viana, Armando Ferreira, Artur Inez, Artur Portela,
Augusto de Castro, Augusto Costa, Augusto de Santa Rita, Augusto Vieira da Silva, Bernardino
Machado, Boavida-Portugal, Bourbon e Meneses, Carlos Dubini, Carlos Leal, Carlos Santos,
Cassiano Branco, Christovam Ayres, Eduardo Fernandes (Esculápio), Eduardo Frias, Eduardo
Schwalbach, Eugénio Salvador, Félix Ribeiro, Fernanda de Castro, Fernandes Fão, Francine Benoit,
Gago Coutinho, Gomes Monteiro, Carlos Lopes, Guilherme Pereira da Rosa, Herlander Ribeiro,
Henrique Galvão, Ivo Cruz, Jaime Lopes Dias, João de Barros, João Paulo Freire, Joaquim Manso,
Jorge de Faria, José Osório de Oliveira, José Viana da Mota, Julião Quintinha, Júlio Dantas, Luís de
Freitas Branco, Luís de Oliveira Guimarães, Luís Palmeirim, Luís Salvador, Maria Matos, Mário
Pedro, Mercedes Blasco, Nogueira de Brito, Norberto Lopes, Octávio de Matos, Óscar Paxeco,
Palmira Bastos, Pedro Bandeira, Pedro de Freitas Branco, Pedro Muralha, Ramada Curto, Rebelo da
Silva, Rocha Martins, Rogério Perez, Ruy Coelho, Severo Portela, Tomás Alcaide e Vasco Santana.
Capa da brochura alegórica à diversidade de espectáculos realizados no Coliseu dos Recreios. Com
dedicatória do autor.
987 — CRESPO (Joaquim Heliodoro Calado).- COUSAS DA CHINA. Costumes e Crenças.
Lisboa. Imprensa Nacional. 1898. In-4.º de 283-I págs. E.
Livro muito curioso, com interessantíssimos capítulos sobre os usos e costumes do povo chinês, integrado
nas comemorações do Quarto Centenário do Descobrimento da Índia.
Boa encadernação inteira em pele, com dizeres e ferros dourados na lombada.
988 — O CRIME DE VIEIRA DE CASTRO. Lisboa - Verol Junior, Livreiro. S.d. In-8.º de 80 págs. E.
Edição popular, da colecção «Criminosos celebres», tendo na capa da brochura e no rosto uma gravura
em madeira vendo-se Vieira de Castro matando sua mulher e, no início do texto, outra gravura representando Vieira de Castro de pé, junto a uma mesa à qual está sentada “D. Claudina Adelaide
Guimarães”. Raro.
Boa encadernação nova, com a lombada em pele.
989 — CRISTÓVÃO (Gonçalo).- CARTA, datada de (Lisboa?) 2 de Junho, sem ano. Dim. 18,5
x 23 cm.
Carta sem nome do destinatário, mas sem dúvida enviada a Francisco Joaquim Maia, manuscrita sobre
duas das suas quatro páginas.
“(...) Por aqui correm vozes vagas de barulhos, m.to sentirei que os haja, e que vão incomodar o meu
bom Am.º
“Tive o gosto de fallar com seu mano Luiz, e deo-me as melhores novas vindas pelo vapor o que mtº
estimo.(...)”
990 — A CRITICA. Revista theatral, bibliographica, artistica e litteraria. Propriedade da
Empreza do Archivo Bibliographico. Lisboa. 2.ª série. 1896, 24 números; 1897, 9 números. Infólio em 1 vol. E.
A partir do nº 3 de 1896 a Direcção e Propriedade passou a ser de EUSEBIO MACARIO.
Colaboração activa ou passiva de Camilo Castelo Branco (Cartas inéditas), Abel Botelho, Alberto da
Silveira, Artur Brandão, Diogo José Soromenho, D. João da Câmara, Firmino Pereira, Garrett
e Herculano da Fonseca, entre outros.
Retratos de Abel Botelho, Actor Vale, Eleonora Duse, Lucinda do Carmo, Marcelino Mesquita,
Mercedes Blasco, Palmira Bastos, Plácido Stichini, etc.
Encadernação da época, com a lombada m pele, um pouco deteriorada.
[254]
991 — CRITICA AMENA Revista mensal. Litteratura, historia, philosophia, acontecimentos,
revista litteraria, chronica alegre, etc. Proprietario - Augusto Forjaz. Redacção e administração.
5 – Praça das Flores, 1.º Lisboa. 1886. 2 números In-4.º peq. de 140 págs. E.
Com falta do 3.º último número. Só de leve aparado à cabeça e com encadernação com cantos e lombada
em pele mosqueada. Com as capas da brochura conservadas e aparado apenas á cabeça.
992 — CHRONICA DO CONDESTABRE DE PORTUGAL DOM NUNALVAREZ PEREYRA,
principiador da Casa de Bragança. Sem mudar dantiguidade de suas palavras, nem estilo. E deste
inuictissimo Condestabre procedem el Rey Dom Ioão terceiro, & o Emperador Carlos V. Reys,
Principes, Potentados, & grandes Senhores da Christandade, desta nossa Europa. Porto.
Typographia Constitucional... 1848. In-4.º de VI-273-I págs. E.
Muito cuidada e invulgar edição, reproduzida da de 1623 e ilustrada com um retrato litográfico do
Condestabre D. Nuno Alvares Pereira sobre gravura original de B. Picart.
Encadernação inteira em pele, à antiga, com dourados na lombada
993 — CRÓNICA DO CONGRESSO HISPANO-LUSO-AMERICANO-FILIPINO DOS
MUNICIPIOS. II Congresso Ibero-Americano, Lisboa, Coimbra, Santiago de Compostela.
1959. [Oficinas Gráficas da Câmara Municipal de Lisboa]. In-4.º de 865-III págs. E.
Diz o Artigo 1.º do Regulamento que “Constituye principal propósito de este Congresso acentuar las
relaciones entre los Municipios que en el mismo participen a los fines de colaboración doctrinal y de
intercambio de iniciativas e informaciones”, Congresso em que participaram importantes e numerosas
personalidades de Portugal e Espanha.
Esmerada edição da Câmara Municipal de Lisboa, de provável distribuição apenas aos Congressistas.
Encadernação editorial, com dizeres e gravuras em relevo na pasta da fente.
994 — CHRONICA LITTERARIA DA NOVA ACADEMIA DRAMATICA. Volume Primeiro.
De Fevereiro a Agosto. Coimbra: Na Imprensa da Universidade. 1840. 24 números In-8.º gr.
de IV-384 págs. E.
É o primeiro dos dois volumes publicados, que tiveram como principais colaboradores Adrião Pereira
Forjaz, José Freire de Serpa Pimental, A. A. Teixeira de Vasconcelos, José Joaquim da Silva Pereira
Caldas e José Maria Teixeira de Queiroz. Além dos 24 números referidos, o volume tem ainda um
Suplemento ao número 20 constituído pelo “Regulamento para a approvação, publicação, e premios
das Peças offerecidas ao Instituto Dramatico da Nova Academia Dramatica de Coimbra”.
Encadernação simples, da época. Com uma mancha nas quatro págs. preliminares, soltas do volume.
997 — CRUZ (Fr. Bernardo da).- CHRONICA DE ELREI D. SEBASTIÃO, publicada por
A. Herculano e o Dr. A. C. Paiva. Lisboa: 1837. Na Impressão de Galhardo e Irmãos. In-8.º peq.
de XVI-466-XXXV-I págs. E.
É a edição original desta apreciada Crónica publicada por Alexandre Herculano, cujo manuscrito original
se conserva na Biblioteca Pública Municipal do Porto. Com uma notícia sobre os manuscritos conhecidos
desta Crónica, cremos que da autoria do mesmo Herculano.
Encadernação com a lombada em pele, contemporânea da edição.
998 — CRUZ (Frei Bernardo da).- CHRONICA D’EL REI D. SEBASTIÃO. Lisboa. 1903.
2 vols. In-8.º gr. de 160 e 224-VII-I págs. E. em 1.
A primeira edição desta crónica foi publicada por Alexandre Herculano, vindo esta, dada a lume por
Melo de Azevedo na sua «Bibliotheca de Classicos Portuguezes», acompanhada do prólogo que aquele
historiador naquela já havia publicado.
Boa encadernação com a lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura e estando aparado
apenas à cabeça. Dedicatória autógrafa de Melo de Azevedo.
999 — A CRUZ DE SOUTULHO! Historia documentada do barbaro assassinato de Agostinho
Julio Coelho de Araujo em que se descobre o mandante d’aquelle horrivel attentado. Lisboa.
1865. Typographia - Rua do Norte nº 157. In-8.º de 64 págs. Desenc.
Descrição de um crime que ao tempo apaixonou a opinião pública, crime que ocorreu no concelho de
Baião: “Ha na provincia do Douro, concelho de Baião um pequeno logar, obscuro e ignorado pela sua
pouca importancia commercial e agricola, onde está situado o famoso castello denominado de
Chavães, celebre desde que nelle se passou toda a acção da horrivel tragedia de que nos occupamos
nestas lugubres paginas”. Raro.
1000 — CRUZ (Emídio Pires da).- DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS NO DIREITO PORTUGUÊS.
Livraria Portugália. Lisboa. [1942]. In-4.º peq. de 264-IV págs. E.
Dissertação para Concurso de Professor Extraordinário do 4.º Grupo (Ciências Jurídicas) na Faculdade
de Direito da Universidade de Lisboa.
Encadernação com cantos e lombada em pele, decorada com título e ferros dourados.
1001 — CRUZ (Manuel Braga da).- AS ORÍGENS DA DEMOCRACIA CRISTÃ E O SALAZARISMO. Editorial Presença. [Lisboa. 1980]. In-8.º gr. de 457-III págs. E.
995 — CRUZ (Adamastor Vergueiro da).- OS FLUMINENSES NO THEATRO BRASILEIRO.
João Caetano dos Santos. Ensaio biographico por... 1928. Companhia Editora Fluminense.
Nichteroy. In-8.º de 168 págs. E.
“As incipientes bases doutrinárias e organizativas de democracia-cristã,que no estrangeiro possibilitaram
o aparecimento dos partidos católicos democráticos, enveredaram, contrariamente, no caso português,
por um nacionalismo autoritário. O que leva o autor a considerar o salazarismo como uma inversão
fascizante da democracia cristã”. Obra intgrada na colecção «Análise Social».
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
996 — CRUZ (Frei Agostinho da).- POESIAS INÉDITAS DE FREI AGOSTINHO DA CRUZ.
Com um Prefácio do Prof. Mendes dos Remédios. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1924.
In-fólio de II-175-I págs. B.
Poema impresso ao centro de uma folha em papel amarelo, de laboriosa composição, tendo sobre
o título o brasão com as armas reais e a toda a volta, em belos espaços compostos por vinhetas tipográficas, o registo dos mais importantes acontecimentos da História de Portugal.
Peça curiosa e muito rara, que resultaria de grande efeito se fosse protegida por uma moldurada em madeira.
Com várias figuras de Jefferson representado em alguns dos papéis que interpretou.
Dedicatória do Autor para “Sua Excelencia o Sr. Presidente Ant.º Oliveira Salazar”. Encadernação
inteira em pele, com dourados na lombada e com as capas da brochura conservadas.
É extenso o erudito prefácio de Mendes dos Remédios. Obra integrada nos «Inéditos da Biblioteca
Geral da Universidade de Coimbra», publicada em separata do Arquivo Bibliográfico da mesma, onde
estas poesias tinham começado a ser publicadas quase 25 anos antes. Desta separata foram tirados apenas
duas centenas de exemplares, hoje bastante raros.
[255]
1002 — CUNHA (A. Ferreira da).- PRIMEIRO DE DEZEMBRO. ––– LIBERDADE. Typ.
Legitimista - 153, Rua do Bemformoso. Folha com as seguintes dimensões: 31 x 47 cm.
1003 — CUNHA (Alfredo da).- OS BICHOS, ESPELHOS DO HOMEM. Lisboa. 1964.
[Tipografia da Liga dos Combatentes da Grande Guerra]. In-4.º de 49-III págs. B.
Primeira edição independente, ilustrada com um retrato do autor e três ilustrações também em folhas
à parte.
[256]
1004 — CUNHA (António A. R. da).- CINTRA PINTURESCA, Ou Memoria descriptiva das villas
de Cintra e Collares e seus arredores. Lisboa. Empreza da Historia de Portugal. 1905. In-4.º
de 317-III págs. E.
1010 — CUNHA (Xavier da).- A BIBLIA DOS BIBLIOPHILOS. Divagações bibliographicas
e bibliotheconomicas. Pelo director da Bibliotheca Nacional de Lisboa... Coimbra. Imprensa
da Universidade. 1911. In-4.º de 103-I págs. E.
1005 — CUNHA (Padre Arlindo Ribeiro da).- SENHORA DA ABADIA. Monografia histórico-descritiva. Tipografia Vitória. Barcelos. 1951. In-8º de XVI-206-II págs. B.
1011 — DALGADO (Sebastião Rodolfo).- ESTUDOS SOBRE OS CRIOULOS INDO-PORTUGUESES. Introdução de Maria Isabel Tomás. Comissão Nacional para as Comemorações dos
Descobrimentos Portugueses. Lisboa. 1998. In-4.º de 187-V págs. B.
Obra das mais interessantes e apreciadas da bibliografia sintrense, estimada nesta sua segunda edição,
“profusamente ilustrada e desenvolvida com muitas annotações.”
Com as capas da brochura conservadas. Encadernação simples, com a lombada em percalina. Com
dois picos de traça marginais que atravessam as págs. 85 a 164
Monografia ilustrada com algumas estampas fotográficas em folhas à parte.
1006 — CUNHA (Augusto).- CONTOS SEM COTAÇÃO. 1939. Lisboa. Depositária: «Livraria
Popular» Francisco Franco. In-8.º de 179-IX págs. B.
Escritor humorista de invulgar destaque nas letras portuguesas do género, Augusto Cunha escreveu
vários livros de crónicas e contos, salientando Henrique Perdigão que, “Fora das letras, a actividade
de Augusto Cunha tem sido das mais prestantes e simpáticas.”
Capa ilustrada a cores por Stvart Carvalhais com figuras populares e contos ilustrados por Abel Manta,
Bernardo Marques, Carlos Botelho, Castañé, Eduardo Malta, Estrêla de Faria, Francisco Valença,
Jorge Barradas, Lino António, Manuel Lima, Martins Barata, Mesquita, Paulo, Roberto Araújo, Sarah
Afonso e Stvart.
Curiosíssima e muito extensa dedicatória de duas páginas do autor para José Alvellos, dedicatória
de teor marcadamente humorístico e nacionalista.
1007 — CUNHA (Francisco José da).- COLLECÇÃO DE POESIAS PUBLICADAS E INEDITAS
Á CHORADA MORTE DO CHORADO MONARCHA O SENHOR D. PEDRO V, publicadas
por... Porto - Na Typ. do Diario Mercantil. 1862. In-8.º peq. de 32 págs. B.
O opúsculo reúne poesias de José d’Azevedo David, T. M. Ribeiro, Francisco Ferreira, Virgínia
A. C. de Carvalho, Branca de Carvalho, F. Soares Franco Júnior, Silva Ferrão e João Joaquim
d’Almeida Braga.
1008 — CUNHA (José Anastacio da).- COMPOSIÇÕES POETICAS do Doctor Joseph
Anastasio da Cunha, natural de Lisboa, Lente de Mathematica na Universidade de Coimbra,
fallecido no anno de 1787. Lisboa. Na Typographia Carvalhense. Anno de 1839. In-8.º gr.
de XIII-III-207-I págs. E.
Primeira e muito rara edição das obras poéticas de Anastácio da Cunha, dadas a lume por Inocêncio
Francisco da Silva, como ele próprio o declara na rubrica competente do seu Dicionário Bibliográfico,
referindo os atribulados acontecimentos que se sucederam à publicação e que levaram à sua apreensão por
abuso de liberdade de imprensa. É muito extensa e importante a rubrica que o referido bibliógrafo
dedica ao insigne matemático que foi José Anastácio da Cunha.
Encadernação da épca, com a lombada em pele.
1009 — CUNHA (Teotónio José Xavier da).- POESIAS // DE // THEOTONIO JOZÉ //
XAVIER DA CUNHA. // ... // PORTO: // NA OFFIC. DE ANTONIO ALVAREZ RIBEIRO, //
Anno de 1796. In-8.º de 252-VIII págs. E.
Única obra do autor, provavelmente natural do Porto, bastante rara.
Pertenceu à Biblioteca de Camilo, porquanto a sua assinatura se encontra no ângulo superior direito
do frontispício; tem também, de Xavier da Cunha, na folha de forro da encadernação, a mesma informação, dizendo que “o livro foi por mim arrematado no leilão a que se procedeu em Dezembro de 1883”.
Encadernação em pele, da época, cansada.
[257]
Interessantes capítulos sobre bibliofilia, com referências mais ou menos longas a determinadas espécies
bibliográficas que, por diferentes motivos, Xavier da Cunha elegeu para figurarem neste seu livro.
Capa da brochura da frente conservada. Encadernação simples.
“A Sebastião Rodolfo Dalgado, brâmane indiano, português de Goa, padre, orientalista, lexicólogo
e erudito, devemos uma contribuição fundamental para o estudo dos crioulos portugueses do Índico, para
a compreensão da sua evolução, da sua morte e da sua sobrevivência. Dalgado ocupa um lugar único
entre os estudiosos portugueses do virar do século. (...)” Livro integrado na colecção «Cadernos Ásia».
1012 — DANTAS (Júlio).- O AMOR EM PORTUGAL NO SÉCULO XVIII. Ilustrações de Alberto
Sousa. Porto. Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, editores. 1916. In-4.º de 360-IV págs. E.
Obra estimada e frequentemente reeditada, com interessantes ilustrações de Alberto Sousa. Primeira
edição da Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, editores.
Bonita encadernação dos editores, ilustrada com reproduções de dois trabalhos de Alberto Sousa. Capa
da brochura da frente conservada. Assinado no frontispício.
1013 — DANTAS (Júlio).- ANTÍGONA. Peça em 5 actos, inspirada na obra dos poetas trágicos
gregos e, em especial na Antígona, de Sófocles. Lisboa. [S. d.] In-8.º de 130-II págs. B.
Primeira edição.
1014 — DANTAS (Júlio).- AO OUVIDO DE Mme X. O que eu lhe disse das mulheres.- O que
eu lhe disse da arte.- O que eu lhe disse da guerra.- O que eu lhe disse do passado. Porto. Livraria
Chardron, de Lélo & Irmão, editores. 1915. In-8.º de 285-III págs. E.
Primeira edição. Capítulos dedicados a Antero de Figueiredo, Correia de Oliveira, R. Tagore,
A. Monsaraz, A. Rosa, João Gil, D. João V, etc.
Encadernação original gravada a ouro e a negro.
1015 — DANTAS (Júlio).- CARTA AUTÓGRAFA, datada de Novembro de 1927. Dim. 12,5 x
17 cm.
Carta dirigida ao Barão de S. Lázaro, de Braga, ocupando as suas quatro faces, dizendo: “Foi para mim
um motivo de sincero prazer receber a visita amavel da sua carta. Recordei, não apenas as muitas
gentilezas que a V. Ex. devo, mas todas as agradaveis impressões da noite em que, pela primeira vez,
se representou o Primeiro Beijo [título sublinhado]. N’esse tempo (há 17 anos!) não tinha eu a vida
que tenho hoje, cheia de trabalhos e de preocupações de toda a espécie (...) Hoje porém tudo mudou.
Não chego para os muitos assuntos que sollicitam a minha atenção. (...) N’estas condições, não me
é possível. com sincera magua minha, acceitar o gentilissimo convite de V. Ex.a., pondo entretanto á sua
disposição todas as minhas peças e diálogos impressos, caso queiram representar algum n’essa noite. (...)”
1016 — DANTAS (Júlio).- ÊLES E ELAS. Na Vida - na Arte - na História. Porto. Livraria
Chardron. 1918. In-8.º de 254-II págs. E.
De entre os variados e interessantes capítulos destacamos os seguintes: Paço de Gondim [Casa dos
Noronhas, morgados de Vila-Verde]; Ana Peregrina [Cantora de fado]; Rosa Maria [Sóror Rosa Maria
Jácome de Amorim Pereira, noviça do mosteiro de Sant’Ana, de Viana do Castelo]; Saias de Balão;
O Pintor do Sol [Sousa Lopes]; Schwalbach; Novos metros, novos ritmos [Alfredo Pimenta]; Teatro
Camoneano; Musicos de Casaca de seda; O frade Trino [O crime passional de Isaac Elliot, cirurgião
francês estabelecido em Lisboa]; S. Miguel Arcanjo [Subsídio com interesse para a história do movi-
[258]
.../...
mento miguelista de 1846-1847, “que teve como consequência o massacre de Braga e a triste jornada
de Guimarães...]; A morte de D. João VI; O Sarambeque [dança tradicional dos séculos seiscentos
e setecentos]; Um diplomata [General João Lannes, diplomata de Napoleão]; Frei Manuel de Sant’Ana
[Franciscano da Província dos Açores. Com interesse para a história do atentado contra D. José];
Espadachins; A Mãe do Primeiro Duque [de Bragança]; A Embaixada [As embaixadas portuguesas
do século XVIII]; Nun’Alvares; Passos Manuel; Uma Infanta Histérica [A infanta D. Joana, filha de
D. João IV]; O Entrudo do século XVIII; D. João V; etc.
Encadernação dos editores, gravada a seco e a ouro. Ex-libris e assinatura de Nuno de Brion.
1017 — DANTAS (Júlio).- PÁTRIA PORTUGUESA. Ilustrações de Alberto Sousa. Segunda
edição revista e acompanhada de um Elucidario das Palavras obsoletas. 1915. Parceria Antonio
Maria Pereira. Lisboa. In-4.º de 312-II págs. E.
Uma das mais estimadas e populares obras de Júlio Dantas, numa cuidada edição em bom papel acetinado,
com um retrato do autor e com as belas ilustrações de Alberto Sousa integradas nas páginas do texto.
Encadernação dos editores, ilustrada a cores com o brasão de armas de Portugal. Com a capa da brochura
da frente preservada.
1018 — DANTE ALIGHIERI.- O INFERNO. Poema em trinta e quatro cantos, ilustrado com
as celebres composições de Guatavo Doré. Versão portugueza em tercetos de Domingos Ennes.
Acompanhada do texto italiano, seguida de notas e antecedida de uma breve noticia preliminar
de Xavier da Cunha... Lisboa. David Corazzi - Editor. 1887. In-fólio de 685-I págs. E.
Edição verdadeiramente monumental do mais belo volume da imortal trilogia «A Divina Comédia»,
nesta edição a única parte publicada, com muitas e admiráveis gravuras de Gustavo Doré em folhas
à parte, o único artista, na época, verdadeiramente genial para ilustrar esta obra-prima da Literatura
Universal. Com o texto em português e italiano colocado paralelamente, apresentando no início de
cada um dos seus trinta e quatro cantos uma bela e artística vinheta à largura da mancha do texto,
diferentes para cada canto, e uma belíssima letra capital de fantasia impressa a vermelho e também
de admirável desenho.
Trata-se, no seu conjunto, de um magnífico exemplar das artes gráficas portuguesas de há mais de 110 anos.
Encadernação editorial gravada a cores e ouro, estando a lombada um pouco manchada pela incedência
da luz. Com o corte das folhas inteiramente brunido a ouro fino.
1019 — DANTE ALIGHIERI.- LA COMÉDIE DE DANTE. (Enfer.- Purgatoire. - Paradise).
Traduite en vers selon la lettre, et commentée selon l’esprit. Suivie de la Clef du Langage
Symbolique des Fidèles d’amour par E. Aroux. Paris. Librairie des Héritiers Jules Renouard.
1856. 2 vols. In-4.º peq. de XXXI-I-618-II e VI-620 a 1341-I-39-I págs. E.
De págs. 1257 do 2º volume em diante, decorre: «L’Hérésie de Dante Démontrée par Francesca
de Rimini - Preuves Supplémentaires. Arrété de Comte avec la Critique - Appendice»; «Clef de la
Comédie de Dante».
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
“Harto difícil y por demás escabrosa es la materia asunto principal de nuestro libro, y no titubeamos
sin embargo al emprenderla, pues si desde luego comprendemos lo limitado de nuestras fuerzas para
abarcarla en toda su extension y con toda la profundidad de miras que requiera, vemos tambien la
urgente necesidad de historiar la aparicion, marcha y desenvolvimiento de esta sociedad, cuyo nombre
excita profundamente la atencion, desde hace mucho tiempo.
“Mas esta necesidad que se siente de una obra que determine lo que ha sido y es la masoneria, hay que
conciliarla forzosamente con la no menor de hacer una exposicion imparcial, que en manera alguna
responda á ideas concebidas de antemano, en su pro ó en su contra. Hay que desposeerse de toda
pasion y abandonar todo móvil que no conduzca á presentar la verdad de toda Historia es la veridica
exposicion de los hechos. (...)”
Obra de grande porte tanto sob o ponto de vista gráfico como informativo, ilustrada com 30 cromolitografias com retratos, cerimónias, monumentos, indumentária, etc. O capítulo XXVII é integralmente
dedicado à história da Maçonaria em Portugal.
Luxuosas encadernações editoriais com as lombadas em pele, decoradas a ouro nas lombadas e a ouro
e negro nas pastas, com ferros reproduzindo os símbolos maçónicos.
1021 — DAUDET (Alphonse).- ŒUVRES DE ALPHONSE DAUDET. Lettres de Mon Moulin
[e Contes du Lundi]. Paris. Librairie Alphonse Lemerre. S.d. 2 obras ou vols. In-8.º de IV-256
e VI-365-III págs. E.
Edições de primorosa apresentação gráfica, em bom papel creme, apresentando a primeira um excelente
retrato do autor em folha à parte.
Encadernações simples.
1022 — DAUPIÁS (Jorge).- RECREAÇÕES FILOLÓGICAS. Livraria Bertrand. Lisboa. S.d.
In-8.º de 313-III págs. E.
“Compreende êste volume os primeiros artigos acêrca da nossa língua que publiquei durante a minha
longa estada no Brasil. São meras recreações para o espírito, com as quais procurei ensanchar os meus
conhecimentos no vernáculo (...)”. Com frequentes referências a Camilo.
Encadernação com cantos e lombada em pele, esta decorada com títulos e ferros dourados. Só de leve
parado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1023 — DAVID (Celestino).- O LIVRO D’UM PORTUGUEZ. Com uma carta do illustre critico
Silva Pinto. Coimbra. Typographia França Amado. MDCCCC. In-8.º de 86-VI págs. B.
Livro de estreia de Celestino David, livro de versos que dedicou à memória de Cesário Verde. A carta
de Silva Pinto termina com o seguinte parágrafo: “Publique V. os versos, sem apresentante. Se a gente
se habitua a andar encostado, as pernas e a espinha fraquejam-lhe. Para diante! Eu só um dia, por
condescendencia, aceitei um prefacio — de Camillo.”
Capa da brochura ilustrada. Dedicatória autógrafa do autor.
1020 — DANTON G.·. 18.- HISTORIA GENERAL DE LA MASONERIA DESDE LOS
TIEMPOS MÁS REMOTOS HASTA NUESTRA ÉPOCA. Sus origenes, sus causas, desarrollo
y desenvolvimiento; su influencia en las instituciones sociales y políticas, y en las artes. Sus vicisitudes, sus luchas y persecuciones. Exposicion de sus ritos y liturgias; modificaciones que ha
sufrido en el tiempo y parte activa que ha tenido en las revoluciones y emancipaciones de los
pueblos antiguos y modernos: sus hombres notables; la masoneria y el jesuitismo; estudio
comparativo de ambas asociaciones. Sus estatutos generales, constituciones y reglamentos.
Revelacion de sus símbolos y explicacion de sus misterios y fórmulas. Fines generales de esta
asociacion y su carácter en los distintos pueblos y en las distintas épocas. Obra escrita en presencia
de lo mejór que acerca de esta materia se ha dicho en Francia, Inglaterra y Alemania por...
Tercera edicion. Barcelona. Jaime Seix, Editor. 1889. 2 vols. In-fólio de 703-I-VII-I-11-I e 1124-11-V págs. E.
1024 — DE FOE (Daniel).- VIDA, E AVENTURAS ADMIRAVEIS DE ROBINSON CRUSOE,
que contém A sua tornada á sua Ilha, as suas novas viagens, e as suas reflexões. Traduzidas da
Lingoa Franceza por Henrique Leitaõ de Sousa Mascarenhas. Lisboa, Na Typografia
Rollandiana. 1816. 2 vols. In-8.º de 383-I e 359-I págs. E. em 1.
[259]
[260]
.../...
Primeira edição da tradução de Henrique Leitão de Sousa Mascarenhas, impressa um ano antes da que
Inocêncio regista como “Nova edição”, sem referir esta, bastante invulgar.
Sobre o tradutor diz o referido bibliógrafo: “Foi cadete do regimento de artilharia do Porto aquartelado
em Valença; era natural de Penamacor, onde nasceu em 1753. Foi preso por libertino pelo santo officio,
em 1778, com os demais que n’essa epocha padeceram as perseguições da inquisição”, dizendo antes
que “teve tracto de amisade ou correspondencia com Francisco Manuel do Nascimento, pela ode que
este lhe dirigiu, e ainda no tomo IV das Obras de Filinto, da edição de Paris, a pag. 142.”
Encadernação inutilizada.
1025 — DE FOE (Daniel).- LA VIE // ET // LES AVENTURES // SURPRENANTES // DE //
ROBINSON CRUSOÉ, // ‘Contenant, entre autres événemens, le séjour // qu’il a fait, pendant
vingt-huit ans dans une // Île déserte, situé sur la côte de l’Amérique, // près l’embouchure de la
grande rivière // Oronoque. // ... // A LONDRES. // M.DCC.LXXXIV. 4 vols. In-12.º E.
Rara tradução francesa em pequeno formato da famosíssima obra do escritor inglês Daniel De Foe,
ilustrada com um «Mappe-Monde ou Carte Générale de la Terre, sur laquelle est tracé le Voyage
de Robinson Crusoe», tendo na margem inferior: “Edition de Cazin”. Tem ainda dez belas gravuras
abertas em chapa de metal impressas em separado em papel mais encorpado.
Encadernações antigas mas não contemporâneas, com as lombadas em pele, com nervuras, títulos
e fios dourados. Ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza.
1026 — [DE MACEDO] Costa (Joaquim).- [OBRAS]. Editores e datas diversas. 12 obra ou
vols. In-8.º B.
Obras publicadas sob o pseudónimo De Macedo, autor cujo nome próprio é Joaquim Costa, assinando
com o seu primeiro nome as dedicatórias destes livros que destinou ao Almirante Nuno de Brion,
pseudónimo que se desvenda na badana da capa da brochura de uma das obra: “DE MACEDO
é o pseudónimo literário que oculta, aos leitores das expressivas obras da sua autoria, o nome dum
marinheiro distinto que viveu intensa e apaixonadamente o mar, o ambiente singular dos navios onde
embarcou, o espírito de camaradagem neles predominante e as virtudes e fraquezas dos homens que
com ele partilharam as vicissitudes, as incertezas e as alegrias dos que do mar fizeram profissão”.
Descrição das obras por ordem alfabética, todos em edição privada, não entrada no comércio, como
em quase todos elas se declara: «Cartas de um Cínico», Rio de Janeiro, 1975; «Cartas de tempos idos
à volta de África», Rio de Janeiro, 1958; «Céu Pedrento», Rio de Janeiro, 1976; «Da Abita», Lisboa,
1970; «Da Maruja - Tipos e cenas», Rio de Janeiro, 1960; «Da Terra e do Mar», Rio de Janeiro, 1958;
«Dos Saltos dos Ventos», Rio de Janeiro, 1970; «Dos Turbilhões», Rio de Janeiro, S.d.; «Dos Ventos
Variáveis», MCMLXIII, Rio de Janeiro; «Marinhescas», Rio de Janeiro, S.d.; «Mosaico», Rio de
Janeiro, 1961; «Velhos Filmes», Rio de Janeiro, 1959.
1027 — DELICADO (António).- ADÁGIOS PORTUGUÊSES, reduzidos a lugares communs.
Pelo Licenciado... Nova edição revista e prefaciada por Luís Chaves. 1923. Livraria Universal.
Lisboa. In-8.º de 269-I págs. E.
Um dos mais completos adagiários portugueses, nesta edição valorizado com um extenso e interessante
estudo preliminar assinado por Luís Chaves que vai de págs. 5 a 68.
Encadernação simples, com a capa da brochura da frente conservada. Assinado no frontispício.
1028 — DELILLE (Jacques).- DITHYRAMBE SUR L’IMORTALITE DE L’AME, suivi Du
Passage du St.-Gothard, Poëme traduit de l’anglais par... A Paris, Chez Giguet et Michaud,
Imprimeurs-Libraires. 1802.- (An 10.). In-8.º peq. de 123-I págs. E.
Com uma bela gravura aberta em chapa de cobre colocada junto do frontispício.
Encadernação inteira de pele, da época, com ferros a ouro na lombada, cercadura também dourada nas
pastas e com o corte das folhas policromado.
e “Islles de l’Océan appartenantes au Portugal”; «État Militaire» e «Caractère National et Gouvernement»,
com os seguintes capítulos: “Mœurs des Portugais, les fidalgos, les femmes, spectacles, danses, combats
de taureaux”; “Université de Coimbre, Collège des Nobles, Littérature, Auteurs, Historiens, Poëtes,
Arts”; “Gouvernement, marine, commerce, agriculture, finances”; “La Cour”; “Précis de l’histoire du
Portugal”; “Anecdotes. Jean V, Joseph I, tremblement de terre, conspiration, guerre de 1762, incendie
de la douane, mort de Graveron, révolte du Bresil”; “Etat politique du Portugal”; “Le Comte
d’Oeyras”.
Encadernação inteira em pele, da época, com dourados na lombada e filetes nas pastas também dourados.
1031 — DENIS (Ferdinand).- PORTUGAL. Paris, Firmin Didot Frères, Éditeurs.
MDCCCXLVI. In-8.º gr. de IV-439-I págs. E.
Um dos estimados livros de autores estrangeiros sobre Portugal, ilustrado com 33 belas gravuras abertas
a buril e impressas em folhas à parte representando retratos, monumentos, paisagens, etc. Valioso
e muito invulgar.
Da colecção «L’Univers. Histoire et description de tous les peuples».
Encadernação francesa com a lombada em pele decorada com finos ferros a ouro em casas fechadas.
1032 — DESCHODT (Eric) & MORANE (Philippe).- O CHARUTO. Introdução: Philippe
Moranne. Fotografias: Jacques Boulay - Patricia Canino - Kerine Veyrunes. Iconografia:
Françoise Pace. Könemann. [Éditions du Regard, Paris. 1996]. In-fólio de 227-I págs. E
“(...) Num texto sucinto mas altamente informativo, Eric Deschodt e Philippe Morane descrevem
o grande êxito obtido pelo tabaco em todo o mundo, assim como o seu redescobrimento por parte da
sociedade novecentista. Concedendo particular atenção à história de Havana, narram a intrigante evolução
desta cidade, berço dos mais selectos charutos do mundo.
“Este livro conduz o leitor através do curioso mundo das fábricas de tabaco e de produção de charutos, ao mesmo tempo que dá informações sobre os importadores que fornecem a Europa do tão precioso fumo azulado.”
Edição de luxuosa apresentação gráfica, em papel de grande qualidade, ilustrado com largas dezenas
de estampas a cores, algumas das quais verdadeiramente belas e originais.
Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada a cores.
1033 — DESCRIPÇÃO DA ESTATUA-EQUESTRE DE D. PEDRO 4º inaugurada na Praça
de Dom Pedro da Cidade do Porto. Escripto enriquecido com uma estampa lithographada que
representa aquelle magnifico monumento e com a collecção de todos os documentos que elucidam
e põem em dia com tudo quanto diz respeito a este importante assumpto. Porto. Typographia
de Antonio José da Silva Teixeira. 1866. In-4.º de 18-II págs. B.
A obra de que trata é um dos mais notáveis exemplares da estatuária portuense, reproduzido em gravura
na capa da brochura do folheto.
“Segunda edição acrescentada com os discursos que por esta occasião se pronunciaram e as respostas
de Sua Magestade”.
1029 — DELLA CORTE (Alessandro Augusto Monti).- I CASTELLI DI GONDAR.
MCMXXXVIII. Società Italiana Arti Grafiche. Editrice in Roma. In-4.º de 119-III págs. B.
1034 — DESCRIPÇÃO DA MINA DE ESTANHO DO RAMALHOSO E PORTELLA DA
GAIVA NA SERRA DO MARÃO, freguezia de S. Payo de Anciães, concelho de Amarante,
districto do Porto. Lisboa. Typographia do Futuro. 1865. In-8.º de 16 págs. E.
1030 — [DEMOURIEZ (C. F.)].- ETAT PRESENT DU ROUYAUME DE PORTUGAL EN
L’ANNÉE MDCCLXVI. // A LAUSANNE, // Chez FRANÇOIS GRASSET & COMP.
M.D.CC.LXXV. In-8.º de XVI-304 págs. E.
1035 — DESCRIPÇÃO DA VILLA DE CAMINHA. (Extrahida de um manuscripto original).
1878. Vianna - Typ. da «Aurora do Lima». In-8.º gr. de 94 págs. E.
Monografia do antiquíssimo castelo italiano de Gondar, ilustrado com fotogravuras e desenhos.
É a primeira das duas edições registadas por Barbier no seu «Dictionnaire des Ouvragres Anonymes»,
a mais valiosa e estimada. Obra dividida em quatro partes: «Géographie du Portugal», com um capítulo
para cada uma das suas Províncias; «Les Colonies Portugaises», referentes à Ásia, África, América
[261]
.../...
Rara descrição publicada anónima, a juntar às colecções de mineralogia ou da Serra do Marão.
Boa encadernação nova, à amador.
Além de serem raríssimos os exemplares desta monografia de Caminha, este tem a assinatura autógrafa
de Camilo ao alto do frontispício e notas marginais, certamente do seu punho, nas pags. 7, 17, 18, 25 e 26.
Inocêncio refere apenas IV-72 páginas. e diz: “Foi publicada em folhetins no jornal O Viannense
[262]
.../...
de 1859, por modo que cortada dos respectivos numeros póde ser collecionada em separado.
“Esta Memoria parece ter sido escripta em 1739, e do que diz Fr. Pedro de Jesus Maria José na Chronica
da Conceição, tomo I, pág. 415, collige-se que este padre tivera d’ella noticia ou conhecimento.
Comprehende 23 capitulos ou paragraphos, dos quaes o ultimo é uma ‘Noticia das freguezias de Caminha.”
Pelo número de páginas e pela boa qualidade do papel utilizado, fica claro qua se não trata da colectânea
dos referidos folhetins, mas de edição própria, publicada mais tarde.
Com as capas da brochura preservadas, só muito levemente aparado à cabeça e revestido de boa
encadernação recente, com cantos e lombada em pele com nervuras, dizeres e ferros a ouro.
(ver gravura na pág. 263)
1036 — DEUS (João de).- CAMPO DE FLORES. Poesias Lyricas completas. Coordenadas
sob as vistas do auctor por Theophilo Braga. Quinta edição - Ne Varietur. (1º milheiro). Lisboa.
S. d. 2 Vols. In-8.º de IV-389 e IV-310 págs. E.
Modestamente encadernados mas com as capas da brochura da frente conservadas. Com o ex-libris
heráldico de Pedro Alvellos.
1037 — DEUS (João de).- PROSAS. Narrativas singelas, Cartas, Prologos e Criticas, Cartas
sobre o Methodo de Leitura, Cartas intimas, Através da Imprensa, Traducções. Coordenadas por
Theophilo Braga. Lisboa. Antiga Casa Bertrand. 1898. In-8º de XII-734-II págs. E.
Primeira compilação das obras em prosa, dispersas, principalmente pelos jornais «Bejense» e «Folha
do Sul».
Diz Teófilo Braga no texto de abertura que “As «Prosas» completam o «Campo de Flores», porque
explicam a origem de muitas d’essas composições lyricas, consignando traços pessoaes, sempre necessarios para a comprehensão de um genio surprehendente pela expressão das emoções subjectivas. Vê-se
por dentro a alma do poeta”. Livro com interesse para a bibliografia passiva de Camilo. Edição cuidada
e invulgar.
Boa encadernação à amador, moderna, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
1038 — DEUS (João de).- PROSÓDIA PORTUGUEZA. Estudo prévio da orthographia por
João de Deus Ramos. Coimbra. F. França Amado, Editor. 1909. In-8.º de 95-V págs. B.
São muito invulgares os exemplares desta obra do autor da famosa «Cartilha Maternal».
1039 — DEUS (João de).- RAMO DE FLORES. Acompanhado de varias Criticas das Flores do
Campo. Porto. Typ. da Livraria Nacional. 1869. In-8.º de 144 págs. E.
Primeira edição, muito invulgar. As críticas às «Flores do Campo» vêm de páginas 63 em diante,
assinadas por Alexandre da Conceição, Luciano Cordeiro, Guiomar Torrezão e Cândido de
Figueiredo.
Encadernação da época, inteira em pele, com ferros a ouro na lombada.
1040 — DEUS (João de).- VERSOS DE JOÃO DE DEUS, para o Povo e para as Creanças.
[e VERSOS DE JOÃO DE DEUS. Poesias Religiosas]. Typ. Annuario Commercial. [Lisboa.
1911-1912]. 2 vols. In-4.º de 86-X e 69-III págs. E.
Antologias da poesia de João de Deus, em cuidadas edições impressas em papel couché, adornadas de
belas sanguíneas e desenhos de António Carneiro.
Encadernações dos editores, também ilustradas por António Carneiro.
1041 — DEUSDADO (Ferreira).- TRAZ-OS-MONTES. Historia, Etnografia, Riquezas regionais,
Indústrias domesticas. Publicação de A Voz. 1930. In-8.º de 43-I págs. E.
1035 - ver pág. 262
Publicação com brasões d’armas de terras e outras ilustrações, que parece terem saído em rodapé do
jornal «A Voz».
Encadernação com a lombada em pele, decorada com dizeres e dourados. Frontispício com restauros
marginais.
[264]
1042 — DIARIO CAMILLIANO. Collecção de Phrases dispersas na obra de C. Castello
Branco. 1905. In-8.º gr. de CCXX págs. inums. E.
Curiosidade camiliana constituída por um volume excelentemente caligrafado a vermelho, azul e negro,
com frases recolhidas da obra do romancista distribuídas uma por cada dia do ano. Todas as páginas
se encontram enquadrados por uma linha vertical e outra horizontal traçadas a tinta vermelha.
Encadernação simples. Ex-libris de Júlia Cândida de Sá Barros Leite.
1043 — DIARIO ILLUSTRADO. Lisboa. Lisboa. Número Programa, Junho 1872 e 1 a 183, 31
de Dezembro do mesmo ano. 2 vols. In-fólio. E.
Jornal muito raro e interessante mas infelizmente incompleto, com centenas de gravuras em madeira
representando retratos de personalidades portuguesas e estrangeiras, vistas de cidades, monumentos,
paisagens, brasões de armas de terras portuguesas acompanhados de notícias que se lhes referem, etc.
Colaboração literária de prestigiados escritores, de que se salientam os nomes de A. X. Rodrigues
Cordeiro, Ana Plácido (sob o pseudónimo Gastão da Fonseca), Cristóvão de Sá, Gervásio Lobato,
Julio César Machado, Osório de Vasconcelos, Pinheiro Chagas, e outros, portugueses e estrangeiros,
Colaboração de Camilo nos números 1 e 8: «Folhetins do Diario Illustrado. Cartas do Minho»,
apresentando ainda numerosas referências ao mesmo escritor.
Boas encadernações inteiras de pele, da época.
1044 — DIAS (Carlos Malheiro).- CARTA, datada de Lisboa, 27-V-927. Dim. 13 x 21,5 cm.
Carta em papel timbrado do “Avenida Palace Hotel”, de Lisboa, sem nome do destinatário. “Aqui em Lisboa,
aonde vim embarcar para Inglaterra, a fim de submeter minha mulher ao exame de um especialista e interna-la num sanatorio onde possa mais rapidamente restabelecer-se, recebi a tão penhorante carta de V. Ex.cia.
“Se alguma proeminencia me é (?) conceder entre os meus camaradas de S.ta Quiteria, essa será a da
desventura, não outra. Há dois annos que uma (sorte?) implacavel descarrega sobre o meu coração
quasi incessantes golpes. Nesta provação de muito me tem valido o residuo religioso da minha educação
em S. Quiteria. A dôr tem acrisolado a minha fé e a ela me abraço no infortunio. (...)”
1045 — DIAS (Carlos Malheiro).- CARTA AOS ESTUDANTES PORTUGUESES. Lisboa.
Portugal-Brasil Limitada. [S.d.] In-4.º de XII-18 págs. B.
Guedes de Oliveira e Homem Christo reagiram desfavoravelmente à publicação desta Carta no jornal
«O Século», facto que determinou a resposta do seu autor nas páginas preliminares desta primeira
edição independente.
Capa da brochura artisticamente decorada.
1049 — DIAS (Carlos Malheiro).- O GRANDE CAGLIOSTRO. Novela romantica. Lisboa.
Livraria Classica Editora de A. N. Teixeira & C,ta. 1905. In-8.º de 456 págs. B.
Primeira eição de uma das obra mais estimadas de quantas escreveu o autor de «Filho das Hervas»,
«Os Teles de Albergaria» e «Paixão de Maria do Céu», entre muitas outras.
Assinatura na capa da brochura.
1050 — DIAS (Carlos Malheiro).- INIMIGAS. Peça em 3 actos. Lisboa. Empresa Lusitana
Editora. S.d. In-8.º de 140 págs. B.
Primeira edição. Assinatura na capa da brochura.
1051 — DIAS (Carlos Malheiro).- PENSADORES BRASILEIROS. Pequena Antologia.
Lisboa. Livraria Bertrand. [S.d.] In-8.º de 154-II págs. B.
Autores antologiados: Gilberto Amado, Ronald de Carvalho, Baptista Pereira, Azevedo Amaral,
Gilberto Freire, Tristão de Ataíde e Plínio Salgado.
1052 — DIAS (Carlos Malheiro).- O “PIEDOSO” E O “DESEJADO”. Lisboa. Portugal-Brasil.
1925. In-8.º de 178 págs. B.
Primeira edição de um estimado trabalho histórico, com interesse para a história da colonização
portuguesa. Edição impressa a duas cores, tendo na capa os retratos de D. João II e D. Sebastião.
1053 — DIAS (Carlos Malheiro).- QUEM É O REI DE PORTUGAL. Antiga Casa Bertrand.
José Bastos & Cª Livraria Editora. Lisboa. [1908]. In-fólio de 103-I págs. E.
Trabalho estimado para a biografia do rei D. Manuel II, numa excelente e invulgar edição em papel
couché, documentada com numerosas reproduções fotográficas. Um dos mais invulgares livros do
autor. Volume decorado por Santos Silva.
Encadernação simples, tendo conservada a capa da brochura da frente. Assinado no anterrosto.
1054 — DIAS (Carlos Malheiro).- OS TELLES D’ALBERGARIA. Romance. Lisboa. Livraria
Editora Tavares Cardoso & Irmão. 1901. In-8.º de VIII-463-I págs. B.
Primeira edição de um dos primeiros e mais estimados romances do autor. Muito invulgar.
Capa da brochura da frente mal cuidada e com uma assinatura.
1055 — DIAS (Carlos Malheiro).- ZONA DE TUFÕES. Aillaud, Alves & Cª. Lisboa. 1912.
In-8.º de 591-III págs. E.
A obra, preponderante para a história da implantação da República em Portugal, abrange “o periodo
emocionante inaugurado pela conspiração monarchica da Galiza com o repto de Paiva Couceiro
e epilogado pelo seu mallogro na debandada do Gerez”.
Pequena assinatura nas capas da brochura.
“Este livro continúa na intenção e na matéria a obra Do Desafio á Debandada, e porque lhe faltem as
condições essenciais para ser considerado um trabalho historico, o offerecemos ao leitor como um simples
indice, embora prolixo, dos successos politicos incluidos no periodo que decorre desde a incursão
monarchica de Outubro (1911) até a catastrophe sinistra de Miragaya...”
Encadernação com bonita lombada em pele decorada com nervos e ferros a seco e a ouro. Com as
capas da brochura conservadas e só aparado à cabeça. Assinatura no verso do frontispício e na pág. 7.
“Texto integral da alocução que deveria ter sido proferida na Sala dos Capêlos da Universidade
de Coimbra, no dia 11 de Maio de 1924, e que nesse mesmo dia o autor leu aos pássaros e às árvores,
da varanda de Pilatos, no êrmo do Bussaco”. Primeira edição, invulgar.
Livro polémico sobre a Maçonaria, onde o autor declara combatê-la “porque amo a minha Pátria e quero-a
sadia e una, senhora de si, revendo-se no culto do passado, amante ciosa das tradições da Raça”.
Dedicatória do punho do autor.
1046 — DIAS (Carlos Malheiro).- DO DESAFIO Á DEBANDADA. I. O Pesadêlo; [II. Chéque
ao Rei...]. Lisboa. 1912. 2 vols. In-8.º de VI-331-III e 4-384-II págs. B.
1047 — DIAS (Carlos Malheiro).- EXORTAÇÃO À MOCIDADE. MCMXXIV. Litografia
Nacional. Porto. In-4.º de VIII-32 págs. B.
1048 — DIAS (Carlos Malheiro).- FILHO DAS HERVAS. Romance. Lisboa. Livraria Editora
Tavares Cardoso & Irmão. 1900. In-8.º de 430 págs. B.
3º milhar da primeira edição de um dos mais conhecidos e estimados romances do autor, “pelo vigor
e brilho da forma, tanto como pela verdade da substancia e pelo intuito social da tese”, segundo
palavras de Hernâni Cidade.
[265]
1056 — DIAS (Da Cunha).- A MAÇONARIA EM PORTUGAL. Edições Delta. 1930. Lisboa.
In-8.º de 235-I págs. B.
1057 — DIAS (Eduardo).- ARGONAUTAS DA MANCHA. História de Grandes Exploradores
e Corsários Britânicos. (2ª edição). Livraria Clássica Editora. Lisboa. 1944-1945. 2 tomos.
In-4.º de 297-VII e 279-III págs. em 1 vol. E.
“Este livro, que representa um dos sucessos literários da actualidade, revela-nos, em feliz entrelaçamento
[266]
.../...
de erudição e colorido estilo, um assunto palpitante, e, sem embargo, jamais versado em língua
portuguesa: a Epopeia dos Ingleses nos mares desde o século XV. O título da obra justifica-se pelas
extraordinárias aventuras a que o leitor assiste com emoção e crescente interêsse. As façanhas que
lembram as dos Argonautas da lenda grega, os heróis da Mancha enfrentam os maiores perigos, ora para
descobrir uma passagem através das regiões glaciais para o Oriente, ora na peügada fascinante dos
galeões abarrotados de oiro, ora na luta com os aborígenes das ilhas temerosas do Pacífico, ora, enfim,
para devassar os mistérios das ignoradas regiões polares. (...)” Com ilustrações em folhas à parte.
Encadernação com cantos e lombada em pele, danificada, mas com as capas da brochura conservadas.
1058 — DIAS (Eduardo Augusto da Rocha).- ELOGIO HISTORICO DO CONSELHEIRO
JOSÉ SILVESTRE RIBEIRO, Lido na sessão solemne de 10 de maio de 1891 pelo socio...
Lisboa. Typographia Franco-Portugueza. 1891. In-4.º gr. de 18-II págs. B.
Com um belo retrato de José Silvestre Ribeiro gravado em madeira por Pastor e impresso em folha
à parte. Edição da «Real Associação dos Architectos Civis e Archeologicos Portuguezes».
1059 — DIAS (Jaime Lopes).- PELOURINHOS E FORCAS DO DISTRITO DE CASTELO
BRANCO. Lisboa. [Famalicão. 1935]. In-4.º de 93-I págs. B.
Interessante inventário e descrição dos numerosos pelourinhos e forcas do Distrito de Castelo Branco,
documentado com numerosas fotogravuras nas páginas do texto. Edição restrita.
Dedicatória do autor.
1060 — DIAS (Jorge).- RIO DE ONOR - Comunitarismo agro-pastoril. Cancioneiro de Margot
Dias. Desenhos de Fernando Galhano. Porto - 1953. In-4.º de 610-II págs. B.
Monografia de grande amplitude, “estudo vivo, funcional e orgânico de uma comunidade e dos seus
prolongamentos e relações com um mundo mais amplo, cujo conhecimento é indispensável, para a
perfeita compreensão da vida desta pequena sociedade humana, de tão curiosas tradições”. Trabalho
muito merecidamente estimado, documentado com numerosas fotogravuras impressas em separado
e desenhos nas páginas do texto. Primeira edição.
1061 — DIAS (Manuel).- TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO COM UM CÁLICE DE
PORTO. [Edição Mobil Oil Portuguesa. 1988]. In-8.º gr. de 231-I págs. B.
Guia turístico bem organizado, em excelente papel, profusamente ilustrado com fotografias a cores,
mapas e roteiros.
1062 — DIAS (Manuel) & PREGITZER (André).- RIBEIRA. Um Património Mundial.
Edições Asa. [Porto. S.d. - 1991?]. In-fólio de 182-II págs. E.
Belíssimo contributo para a bibliografia do Porto, cidade dignificada com a elevação da sua zona
histórica a Património Mundial. Álbum de magnífico aparato gráfico, com texto de Manuel Dias
e numerosas e excelentes fotografias a cores de André Pregitzer. Textos introdutórios de Arnaldo
Saraiva e Gomes Fernandes. Traduções francesa, inglesa e alemã.
Encadernação editorial inteira de tela com dizeres gravados. Sobrecapa ilustrada a cores.
1063 — [DIAS (Miguel António)].- BIBLIOTHECA MAÇONNICA, ou Instrucção Completa
do Franc-Maçon... Obra dedicada aos Orientes Lusitano e Brasiliense por um Cav.·. Rosa-Cruz.
Paris. Em casa de J. P. Aillaud Guillard E C.a. 1874. 4 tomos In-8.º E. em 2 vols.
Colecção com falta dos dois primeiros tomos. Com várias gravuras impressas em folhas à parte.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
1064 — DIAS (Raul Neves).- A IMPRENSA PERIÓDICA EM MOÇAMBIQUE. 1854-1954.
Coordenação e notas por... Complemento de «Quatro Centenários em Moçambique». S.l.n.d. In-4.º gr.
de 110 págs. B.
Trabalho feito com a colaboração do Arquivo Histórico de Moçambique e de Filipe Gastão de Almeida
de Eça. Com estampas em folhas à parte.
Dedicatória autógrafa do autor.
[267]
1065 — DICCIONARIO HISTORICO, THEOLOGICO, ETYMOLOGICO, CRITICO E MORAL
DA BIBLIA SAGRADA. Obra indispensavel para a perfeita intelligencia do Velho e Novo
Testamento. Publicado sob os auspicios do Eminentissimo Senhor Cardeal Patriarcha. Lisboa.
Emprezarios Silva e Sousa. Typographia de Joaquim Germano de Sousa Neves. S.d. In-fólio
de 215-I págs. E.
São invulgares os exemplares deste útil dicionário destinado a acompanhar a leitura e a melhor interpretar a Bíblia Sagrada.
Encadernação inteira de pele, da época.
1066 — DINIS (João).- AQUARELLAS. Prefaciadas por Eça de Queiroz. Porto. Livraria
Gutemberg - Editora. 1889. In-8.º gr. de 162-II págs. B.
Exemplar da rara primeira edição, especialmente estimada pelo extenso e belo prefácio de Eça de Queirós.
Desconjuntado. (ver gravura na pág. 269)
1067 — DINIZ (Júlio).- A MORGADINHA DOS CANAVIAES. Chronica da Aldeia. Porto.
Typographia do Jornal do Porto. 1868. In-8.º de 423-I págs. E.
Primeira edição de um dos mais queridos e raros livros do autor.
Encadernação com a lombada em pele, não contemporânea.
1068 — DINIZ (Júlio).- POESIAS. Porto. Typographia do Jornal do Porto. 1874. In-8.º de 247-I págs. B.
Um dos mais raros livros do consagrado autor de alguns dos mais populares romances da literatura
portuguesa oitocentista. Primeira edição.
Capas da brochura defeituosas, faltando um fragmento de papel no ângulo inferior direito da última
folha e da capa. Desconjuntado e com uma assinatura antiga no frontispício.
1069 — DINIZ (Júlio).- AS PUPILLAS DO SENHOR REITOR. Chronica da Aldeia. Grande
edição de luxo com illustrações de Roque Gameiro. «A Editora». Lisboa. [S.d.] In-4.º gr.
de IV-IV-433-I págs. E.
Bela e muito cuidada edição executada sobre excelente papel couché, ilustrada com numerosas vinhetas
decorativas, letras capitulares ornadas e magníficas ilustrações de Roque Gameiro, destacando-se destas,
trinta lindíssimas aguarelas a cores, tiradas em separado. Edição muito estimada e bastante invulgar.
Encadernação editorial inteira de percalina, tendo na pasta da frente uma das excelentes ilustrações de
Roque Gameiro e título dourado.
1070 — DINIZ (Pedro).- DAS ORDENS RELIGIOSAS EM PORTUGAL. Lisboa. Typographia
de J. J. A. da Silva. 1853. In-8.º de 432 págs. E.
Poucas vezes aparecem à venda exemplares desta obra, interessante para as colecções sobre as Ordens
Religiosas em Portugal.
O exemplar ostenta a assinatura de Camilo Castelo Branco no verso do anterrosto e uma nota posterior, a lápis,
informando que a obra foi adquirida no leilão da sua biblioteca, em cujo catálogo figurava com o n.º 1606.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com dizeres e ferros a ouro.
1071 — [DINIZ (Pedro)].- AS FOLHAS CAHIDAS APANHADAS A DENTE e pescadas no
Porto. Publicadas em nome da moralidade por Amaro Mendes Gaveta antigo collaborador do
Palito Metrico. Porto. Em Casa de F. G. da Fonseca — Editor. 1855. In-8.º de 24 págs. B.
De Henrique Campos Ferreira Lima sobre esta paródia: “Deplorável! Todo o paiz e as colonias e o Brazil
se riram das Folhas cahidas de Garrett, desde que a satyra de Pedro Diniz as abaixou ao raso da mordacidade que escancara sempre uma gargalhada quando topa um amor senil a carpir-se com lastimas
de criança amuada”. Segunda das duas edições registadas pelo mesmo autor. Pedro Diniz foi um dos
quatro escritores que usaram o pseudónimo Amaro Mendes Gaveta. Também Camilo sobre o mesmo
tema publicou as «Folhas Cahidas Apanhadas na Lama», usando o pseudónimo Um Antigo Juiz das
Almas de Campanhã, sendo a de Diniz anterior a esta.
[268]
1072 — DINIZ (Almachio).- ZOILOS E ESTHETAS (Figuras litterarias). Porto. 1908. Livraria
Chardron, de Lello & Irmão. In-8.º de 185-VII págs. E.
”Reuno, nas paginas que aqui se abrem, cuidadosamente, as lettras que, em diversos numeros, em
diversas epocas, sob diversos emocionamentos, finalmente, em crises diversas da minha formação litteraria, dispersei, como um dia se fez com os trechos deliciosos de O Poema do Ideal pelas seáras
ingratas se não inglorias, fastidiosas se não aniquilantes da imprensa. (...)” Com os seguintes capítulos: «As duas moraes», «João Grave», «Litteratura femenina», «O Culto da Immaculada», «O Verso
Livre», «Lazaros», «Poeta Pernambucano», «Os Destinos», «Valentim Magalhães», «Maria do Céo»,
«No Hospicio», «Garrett e os dramas romanticos» e «Uma theoria de critica litteraria».
Encadernação com cantos e lombada em pele, só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. Assinatura antiga na capa e no rosto e carimbo no anterrosto.
1073 — DIONÍSIO (Mário).- O DIA CINZENTO. Contos. Coimbra Editora, Limitada. 1944.
In-8.º de 215-V págs. B.
Primeira edição, integrada na apreciada colecção «Novos Prosadores».
Capa da brochura ilustrada por Leandro Gil.
1074 — DIONÍSIO (Sant’Ana).- ARES DE TRÁS-OS-MONTES. 1977. Lello & Irmão Editores. Porto. In-8.º de 328 págs. B.
São 52 capítulos evocativos das belezas e características de inúmeras terras e lugares transmontanos.
Dedicatória autógrafa do autor.
1075 — DIONÍSIO (Sant’Ana).- MUSEU-BIBLIOTECA DE VILA VIÇOSA. Ilustrações
de António-Lino. Fundação da Casa de Bragança. MCMXLVII. [Lisboa. Editorial Ática]. In-4.º
de 199-VII págs. B.
“Uma espécie de post-scriptum do Guia de Portugal é o que este livro, chãmente, se propõe ser”,
porquanto “a descrição que no 2.º vol. dessa obra se oferece sobre Vila Viçosa era muito parca.”
Obra ilustrada com numerosas fotogravuras impressas em separado e interessantes desenhos de
António Lino gravados em madeira e disseminados pelas páginas do texto.
1076 — DIONÍSIO (Sant’Ana).- O POETA, ESSA AVE METAFÍSICA. Seara Nova. 1953.
[Imprensa Portuguesa. Porto]. In-8.º de 108-IV págs. E.
Volume consagrado ao estudo da Poesia de Pascoaes, com retratos em folhas à parte.
Exemplar da tiragem especial de 60, em papel de linho, sendo este um dos dez inumerdaos, não
colocados no mercado. Dedicatória do autor a Pedro Alvellos.
Boa encadernação à amador, mantendo conservadas as capas da brochura.
1077 — DIONYSOS. Revista mensal de Philosophia, Sciencia e Arte. [Directores: Aarão de
Lacerda e João de Lebre Lima]. Coimbra [e Porto]. MCMXII-MCMXIII. 5 números In-4.º B.
Colecção incompleta: N.º 1 da I Série e 1 a 4 da II.
1078 — O DIREITO. Revista de Jurisprudencia. Numero de Homenagem. [Lisboa. 1914].
In-4.º gr. de 71-I págs. B.
Número de homenagem a José Luciano de Castro, fundador desta revista. Colaboração de Adriano Antero,
Alexandre Cabral, Alfredo da Cunha, António Cândido, António Homem de Mello, Augusto Pinto Osório,
Cândido de Figueiredo, Conde de Bertiandos, Conde de Sabugosa, Henrique Lopes de Mendonça, Júlio
Dantas, Júlio de Vilhena, Lourenço Cayola, Ramalho Ortigão, Teixeira de Queirós e muitos outros.
Assinatura na capa e no frontispício.
1066 - ver pág. 268
1079 — DISSERTAÇÃO HISTORICO-JURIDICA EM QUE SE EXAMINA SE NA CIDADE
DO PORTO E SUAS IMMEDIAÇÕES POSSUE A CATHEDRAL DA MESMA ALGUM TERRENO a que se possa applicar a letra ou espirito dos §§. 3.º e 5.º do Decreto de 13 de Agosto de
1832. Coimbra. Na R. Imprensa da Universidade. 1834. In-8.º gr. de 27-I págs. Desenc.
[270]
.../...
Acerca do assunto começa o anónimo autor desta curiosa Dissertação onde muito se fala do Porto:
“O Porto não tem outro [foral], que não seja o que lhe deu o Senhor D. Manoel em 1517. Existe o seu
registo na Torre do Tombo, e o seu original assignado por ElRei no Archivo do Concelho do Porto,
aonde tambem se acha por certidão no livro grande (...)”, concluindo, antes das Notas: “Como nenhum
dos bens e direitos, que ao presente possue a Igreja do Porto, fossem nunca lançados no Livro dos
Proprios, nem doados com a natureza de Bens da Corôa; como os direitos, que adquirio por compra,
ou escambos, ficarão com a natureza de patrimoniaes; como o Poder Legislativo nunca os declarou
Bens da Corôa; parece fica sem o menor fundamento o longo arrazoado do A. do Artigo”, publicado
no n.º 48 da «Chronica Constitucional do Porto» de 8 de Setembro de 1832.
1080 — DOCUMENTOS POLÍTICOS ENCONTRADOS NOS PALACIOS REAIS DEPOIS
DA REVOLUÇÃO REPUBLICANA DE 5 DE OUTUBRO DE 1910. Edição ordenada pela
Assemblea Nacional Constituinte em sessão de 13 de Julho de 1911. Imprensa Nacional
de Lisboa. 1915. In-4.º gr. de VII-I-149-I págs. E.
Divulgação de um importante acervo de documentos políticos, constituído por cartas assinadas por
D. Manuel, João Franco, Ferreira do Amaral, José Luciano de Castro, Julio de Vilhena, Wenceslau de
Lima, Teixeira de Sousa, José Maria de Alpoim, Aquiles Monteverde, etc., sendo algumas das cartas
reais reproduzidas em fac-símile.
Encadernação simples mas com as capas da brochura conservadas. Assinado na capa e no anterrosto.
1081 — DOCUMENTOS SOBRE O CASAMENTO DE FRANCISCO JOSÉ DE AZEVEDO
COUTINHO COM D. MARIA AMÁLIA VAZ PINTO, ele “bacharel formado em Leys, filho
de Pays incognitos”, ela filha legítima do “Doutor Joze Joaquim Vas Pinto, e de D. Roza
Angelica Vas Pinto”, ambos naturais do Porto, datados o primeiro de 22 de Novembro de 1831
e o último de 29 de Dezembro de 1832.
São quatro curiosos documentos oficiais, o primeiro dos quais com o selo branco e a assinatura de Fr.
Joaquim Bispo Conde, concedendo dispensa “dos dous ultimos proclamas” porque “havia urgente
motivo para effeituar com brevidade o seu Matrimonio”; O último documento, assinado por Antóno
José Macedo, “Cirurgião approvado da nova Reforma p.r Sua M. F. (...) examinado em Medeçina e
Botica, assistente na freg.ª de S. Miguel das Aves”, atestando que a noiva, D. Maria Amalia Vás Pinto
tem padecido gravem.te huam defluxão de peito com tosse e febre de forma que tem estado de cama
(...). Complicada esta Molestia com a sua Prinhez, de forma que tem estado em m.to perigo (...)”.
1082 — OS DOIS MUNDOS. Illustração para Portugal e Brazil. Agente no Brazil Serafim José
Alves. Rio de Janeiro. Gerente em Portugal David Corazzi. Lisboa. MDCCCLXXVIIIMDCCCLXXX. [Paris]. 2 vols. In-fólio E.
Marcante publicação periódica portuguesa do século XIX, luxuosamente impressa e ilustrada com inúmeras e primorosas gravuras reproduzindo na sua maioria, retratos e pinturas célebres. Colaboração
de Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Júlio César Machado, Pinheiro Chagas,
Gomes Leal, Luciano Cordeiro, Bulhão Pato, Guiomr Torrezão, Mendes Leal, Fernando Caldeira,
D. João da Câmara, Almeida d’Eça, João de Deus, Joaquim de Araújo, Fialho e muitos outros, portugueses
e estrangeiros. Colecção com falta do terceiro e último volume.
Encadernações dos editores, com dizeres dourados nas lombadas e pastas.
1083 — D. JOÃO V. Conferências e Estudos comemorativos do Segundo Centenário da sua
Morte. (1750 - 1950). Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa. 1952. In-4.º de
166-II págs. B.
Excelente colaboração de João Ameal, Reinaldo dos Santos, Matos Sequeira, Mário Sampayo Ribeiro
e Visconde de Carnaxide. Boas estampas impressas em papel couché.
1084 — D. JOÃO VI E O SEU TEMPO. Exposição. Palácio Nacional da Ajuda - Galeria de
Pintura do Rei D. Luís. Maio — Julho 1999. In-fólio de 415-I págs. E.
Catálogo verdadeiramente monumental que para sempre lembrará a grandiosa exposição consagrada
a D. João VI e o seu tempo, sem dúvida o mais importante evento até hoje dedicado àquele monarca,
[271]
.../...
numa edição primorosamente realizada, impressa em papel de excelente qualidade e ilustrada com
centenas de primorosas estampas a cores. A coordenação deste trabalho foi confiada a Ana Maria
Rodrigues e a orientação geral a José-Augusto França. Textos de A. H. de Oliveira Marques,
Alexandre Pais, Anísio Franco, António Miguel Trigueiros, Fernando Dias Agudo, Isabel Silveira
Godinho, João José Alves Dias, José Esteves Pereira, Leonor d’Orey, Luiz Francisco Rebelo,
Madalena Braz Teixeira, Manuel Carlos de Brito, Maria Halena Carvalho dos Santos, Ofélia Paiva
Monteiro, Rafael Salinas Calado e Raquel Henriques da Silva.
Trabalho com a chancela da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos
Portugueses. Encadernação editorial estampada a cores.
1085 — DOMINGUES (Pinheiro).- CAMILO E A LEXICOGRAFIA DE LAUDELINO FREIRE.
1927. Oficina Industrial Gráfica. Rio de Janeiro. In-4.º de 59-I págs. B.
São muito invulgares entre nós este interessante estudo camiliano publicado no Brasil.
Capas da brochura manchadas de acidez e com três finos picos de traça que trespassam todas as folhas.
1086 — DÓRIA (Raul) & VAZ (J. Campos).- SELECTA PORTUGUESA, adoptada na Escola Raul
Dória. 2.ª edição. 1921. Livraria da Escola Raul Dória - Editora. Porto. In-8.º gr. de 271-I págs. E.
Selecta ilustrada, com trechos dos mais destacados poetas e prosadores portugueses, selecta cujo
primeiro autor “Em 1902 fundou no Pôrto, a Escola Raul Dória, considerada a primeira na sua especialidade na Península Ibérica. (...) Com especial tenacidade lutou contra a indiferença do meio, dotando
a sua Escola do melhor material didático para o fim em vista”. Aquela escola exerceu por vários decénios
a sua actividade na cidade.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele mosqueada, com dizeres dourados na lombada e com
a capa da brochura frontal conservada.
1087 — DOS ESTUDANTES REPUBLICANOS Á NAÇÃO [Lisboa, 5 de Abril de 1931.
Os delegados da Academia Republicana de Lisboa]. Dim. 44 x 29,5 cm.
Raro Manifesto político universitário onde aparecem referidos os nomes de Mendes dos Remédios,
Cordeiro Ramos e Carmona, declarando a determinado ponto: “Nós, senhores dirigentes, não queremos,
não podemos suportar nem mais um instante a pressão da vossa pata e, prevenimo-os desde já:
não tememos as vossas baionetas, não recuaremos perante as vossas ordens de repressão”, terminando:
“O caminho é só um: Á LUTA!”
1088 — DOUY (M.).- LEÇONS D’UN FRÈRE A SA SOEUR SUR L’ASTRONOMIE faisant
suite aux leçons sur l’Histoire Naturelle, la Chimie, la Physique, par... Paris. Imprimerie de
F. Baudouin. 1836. In-8.º de IV-211-I págs. E.
Com duas gravuras em metal representando Galileo e Arago e, no fim, três folhas desdobráveis com
figuras referentes à Astronomia.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1089 — DRIOUX (Abade).- BIBLIA POPULAR ILLUSTRADA. Traducção de Paiva e Pona.
Publicada com permissão do Em.mo Snr. Cardeal Bispo do Porto. Empreza d’Obras Publicas
Illustradas - Editora. Porto. Typ. de Arthur José de Souza & Irmão. 1881-1882. 2 vols. In-fólio
de IV-XV-I-484-II e IV-237-III págs. E.
Edição do Velho e Novo Testamentos, ilustrados com numerosas e bem executadas gravuras em
madeira, de plena página e integradas no texto.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
1090 — DROZ (José).- PENSAMENTOS SOBRE O CHRISTIANISMO. Provas da sua
Verdade. Confissões d’um Philosopho Christão por... Traducção annotada por A. D. Pinheiro
e Silva. Precedida d’um prefacio por Camillo Castello Branco. Aveiro: Typographia Aveirense.
1861. In-8.º gr. de IV-XVIII-II-241-I págs. B.
Exemplar da edição primitiva, muito rara. Com o frontispício original, mais tarde substituído por Cruz
Coutinho. O prefácio de Camilo insere-se de págs. I a XVIII.
Pequenos defeitos no ângulo superior direito das primeiras folhas.
[272]
1091 — DUARTE (Afonso).- OSSADAS. Seara Nova. Lisboa. 1947. [«Gráfica Lisbonense»].
In-8.º de 98-X págs. B.
Livro de poemas publicados em várias revistas: Presença, Contemporânea, Tríptico, Manifesto, Sinal,
Síntese, Revista de Portugal, Cadernos de Poesia, Atlântico, Litoral, Vértice, Portvcale e Seara Nova.
Desenho da capa da brochura da autoria de Maria Keil.
1092 — DUARTE (Afonso).- RAPSÓDIA DO SOL-NADO, seguida do Ritual de Amor. Edição
da “Renascença Portuguesa”. Porto. [1916]. In-8.º de 142-II págs. E.
Livro de poemas estimado nesta sua primeira e invulgar edição. Camilo é por duas vezes citado.
Encadernação com lombada e cantos em pele, só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.
1093 — DUARTE (Afonso).- 7 POEMAS LÍRICOS. [Gráfica Conimbricense. 1929]. In-8.º
de VI-206 págs. B.
Cuidada e muito estimada edição da «Presença», de muito restrita tiragem. Insere os seguintes poemas:
«Cancioneiro da Pedras»; «Romanceiro das águas»; «Rapsódia do Sol-Nado»; «Alegoria da Tarde»;
«Tragédia do Sol-Pôsto»; «Episódio das Sombras» e «Ritual do Amor».
Valorizado com dedicatória do autor para José Osório de Oliveira e outra deste “Para o João, êste livro
de um poeta que admiro (por ter outro exemplar oferecido pelo autor). José.”
1094 — DUARTE (D.).- LEAL CONSELHEIRO E LIVRO DA ENSINANÇA DE BEM
CAVALGAR TODA SELLA, escritos pelo Senhor Dom Duarte, Rei de Portugal e do Algarve
e Senhor de Ceuta. Fielmente copiados do manuscrito da Biblioteca Real de Paris. Lisboa, Na
Typographia Rollandiana. 1843. In-4.º de VII-I-336-118-II págs. E.
Segunda e muito rara edição, aparecida um ano depois da primeira. Segundo António Soares Amora,
“O Leal Conselheiro sobressai na literatura portuguesa da Idade Média como importante documento para
o estudo do estilo e do nível de cultura da aristocracia portuguesa da primeira metade do século XV”.
Encadernação com os cantos e a lombada em pergaminho, dizeres e ferros a negro e inteiramente por
aparar. (ver gravura na pág. 273)
1095 — DUARTE (Teófilo).- O REI DE TIMOR. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. 1931.
In-8.º de XII-209-III págs. B
“(...) a evocação dos antigos preitos de vassalagem prestados pelos senhores da terra Timor aos Reis
de Portugal seus suzeranos, as honrarias impregnadas dum espírito de religiosidade que eram tributadas
aos Governadores, os sangrentos ritos em que vibrava a animalidade daquela raça já esquecida das
práticas de antropofagia que hoje ainda perduram nalgumas das pequenas ilhas do arquipélago Malaio
perdidas na vastidão dos mares da Sonsa, tudo isso foi surgindo e tomando vulto numa memória, que
conservava nítidas, as impressões recebidas naquelas remotas paragens”. Livro interessantíssimo.
Capa da brochura ilustrada a cores.
1096 — DUMAS (Alexandre).- LA DAME AUX CAMÉLIAS. Préface de Jules Janin et nouvelle Préface inédite de l’auteur. Illustrations de A. Lynch. Paris. Maison Quantin, Compagnie
Générale d’Impression et d’Édition. S.d. In-fólio de IV-XIV-II-247-I págs. B.
Luxuosa e belíssima edição para bibliófilos de uma das obras-primas da literatura francesa, sendo esta,
das últimas décadas do século XIX, impressa em papel muito encorpado e de grande qualidade,
ilustrada com uma lindíssima portada a cores representando a personagem da obra de Dumas; “Chaque
chapitre est précédé d’un en-tête dessiné par Lynch, gravé en héliogravure directe, et imprimé en
taille-douce avec des tons variées.”
Desconjuntado e com pequeno defeito na lombada. Capa de resguardo de nulo interesse mas danificada.
(ver gravura na pág. 275)
1094 - ver pág. 274
1097 — DUMERSAN & SÉGUR (Noel).- CHANSONS NATIONALES ET POPULAIRES DE
FRANCE, accompagnées de Notes Historiques et Littéraires par... Paris. G. De Gonet, Éditeur.
S.d. [18..]. 2 vols. In-4.º de IV-XLVI-II-384 e IV-520 págs. E.
Interessantíssimo cancioneiro, com letras de muitos dos mais consagrados poetas franceses, com 48
primorosas gravuras abertas em chapa de metal estampadas em folhas à parte.
Sóbrias encadernações com as lombadas em pele. Com algumas manchas de acidez.
[274]
1098 — DUPIN (Barão Charles).- GEOMETRIA E MECANICA, APPLICADAS AS ARTES,
ou tratado elementar destas sciencias, para uso dos artistas, dos fabricantes, dos mestres, e directores
de officinas, de estaleiros, etc. extrahido do curso normal do... e accomodado para as lições da
aula que d’este ensino, abriu em Lisboa a Sociedade Promotora da Industria Nacional. Tomo I. —
Geometria. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1837. In-4.º peq. de II-XVI-255-I págs. E.
Tem no fim 15 folhas desdobráveis, gravadas em chapa de metal. A obra foi traduzida por Evaristo
José Ferreira, cujo nome assina a «Advertencia».
Inocêncio diz que “não consta que se publicasse o segundo tomo” e informa que o tradutor foi
“Marechal de Campo reformado, Lente jubilado da Eschola do Exercito, ex-Director do Real Collegio
Militar, Socio correspondente da Academia Real das Sciencias, etc.”
Encadernação inteira de pele, da época.
1099 — DURO (José).- FEL. (97-98). 1898. Empreza Litteraria Lisbonense. Libanio & Cunha
- Editores. Lisboa. In-8.º de 90-VI págs. E.
Primeira e muito rara edição do principal livro do autor, poeta nascido em Portalegre e fortemente
influenciado por Baudelaire, António Nobre e Cesário Verde. Escreveu Raul Rêgo que “O Fel não é
poesia que emparceire com a de António Nobre, muito menos com a de Cesário Verde; mas dir-se-ia
que o seu grito de desespero é dos três poetas o mais angustioso, o «mais sem remédio»”.
Capas de brochura intactas, incluindo as respectivas badanas. Só de leve parado à cabeça e revestido
de boa encadernação inteira de pele azul, com dizeres a ouro na lombada e em ambas as pastas.
1100 — DUSEJOUR (Mlle Dionis).- L’ORIGINE DES GRACES. Poème. Illustrations de
Cochin. Paris. J. Lemonnyer, Libraire-Éditeur. 1883. In-8.º de 69-III págs. B.
Muito bela edição ilustrada com seis admiráveis e finíssimas gravuras de Cochin em separado.
A edição, de grande pureza gráfica, constou apenas de 250 exemplares “sur papier du Japon”, tendo
cabido a este o n.º 25.
Não tem ou nunca teve capas da brochura. (ver gravura na pág. 277)
1101 — DUSSELDOLFER KÜNSTLER=ALBUM... redigirt von Dr. Wolfgang Müller. 1. Jahrgng.
1851. Düsseldorf. Druck und Verlag des lithographischen Instituts von Aruz & Com. In-4.º gr. E.
Belo álbum constituído por frontispício, portada a várias cores, 12 estampas representando os doze
meses do ano, poemas e 27 outras litografias, algumas das quais integradas com o texto de escritores
e de consagrados artistas. 1.º dos dois volumes publicados.
O exemplar pertenceu à Biblioteca de Camilo, vindo registado no respectivo catálogo sob o n.º 900,
número ainda parcialmente legível numa etiqueta colocada na lombada da encadernação. Com o ex-libris
da Biblioteca de Gustavo de Ávila Perez.
1102 — EBERS (Jorge).- EGIPTO. Traducção portugueza de Oliveira Martins. Edição
Monumental illustrada com 650 gravuras intercaladas no texto, frontispicios para cada volume
habilmente aguarellados por Henrique Casanova e 24 esplendidas aguarellas, cópia dos notaveis
quadros do afamado pintor Carlos Werner. Lisboa. Companhia Nacional Editora successora de
David Corazzi e Justino Guedes [1901]. 2 vols. In-fólio de IV-IV-II-455 e IV-525-I págs. E.
Sumptuosa edição impressa em papel de superior qualidade, com as 24 belíssimas aguarelas reproduzidas
a cores em encorpadas folhas impressas em separado. As 650 gravuras que se encontram intercaladas
no texto são notáveis pela sua grande qualidade técnica e artística.
Luxuosas encadernações editoriais em percalina vermelha, com figuras alegóricas impressas a metais,
vermelho e negro, sendo o corte das folhas do primeiro volume brunido a ouro fino, volume que
apresenta uma assinatura e um carimbo no frontispício.
1103 — EÇA DE QUEIRÓS VISTO PELOS SEUS CONTEMPORÂNEOS. Prefácio de José
Trêpa. Lello & Irmão. Porto. 1945. In-8.º gr. de XVI-420 págs. E.
1096 - ver pág. 274
Textos provenientes de muitos dos mais destacados escritores do seu tempo: Ramalho, Junqueiro,
Teófilo, Alexandre da Conceição, Guilherme de Azevedo, Silva Pinto, António Nobre, Sampaio
Bruno, Silva Gaio, Fialho, etc. Camiliano.
[276]
.../...
Edição ilustrada com fotogravuras em separado, entre as quais se destacam vários retratos do
Romancista e um de Bordalo Pinheiro a cores, publicado no «Álbum das Glórias».
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, aparado apenas à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
1104 — EÇA (Vicente Almeida d’).- A PRIMEIRA LISTA DA ARMADA? (Reprodução dum
MS. de 1786). Lisboa. Imprensa Nacional. 1919. In-4.º de 91-I págs. B.
Trata-se da “cópia textual dum precioso manuscrito que, até prova em contrário, deve ser considerado
a primeira Lista da Armada portuguesa, isto é, uma relação completa e graduada de todos os oficiais
e guardas-marinhas, relação que se pode dizer referida a 31 de Dezembro de 1785, visto que a última
nomeação nela inserida é datada de 25 de Dezembro daquele ano”. É seu autor João da Costa de Ataíde
Teive, capitão de mar e guerra, como no manuscrito vem declarado.
1105 — EHRHARDT (Marion).- UM OPÚSCULO ALEMÃO DO SÉCULO XVI SOBRE
A HISTÓRIA PORTUGUESA DO ORIENTE. 1964. Frankfurt. In-4.º de 37-I págs. B.
Tradução portuguesa e reprodução fac-similada de um raríssimo folheto alemão, quinhentista, de que
apenas se conhecem dois exemplares. Edição esmerada.
1106 — ELÍSIO (Filinto).- FABULAS ESCOLHIDAS ENTRE AS DE J. LA FONTAINE.
E Traduzidas em portuguez, por Francisco Manoel do Nascimento. Londres: Na Typographia
de H. Bryer. Anno 1813. 2 vols. In-8.º de VIII-213-I e VII-I-301-III págs. E.
Primeira edição desta rara tradução de Filinto Elísio, de que pelo menos três edições vieram a público.
Encadernações da época, com lombadas e cantos em pele.
1107 — ELÍSIO (Filinto)..- OBRAS DE FILINTO ELYSIO. Lisboa. MDCCCXXXVIMDCCCXL. Na Typographia Rollandina. 22 vols. In-16.º E.
Inocêncio: “Sobre a de Paris fez o livreiro-editor Rolland outra, cujo titulo é Obras de Filinto Elysio,
nova edição: Lisboa, na Typ. Rollandiana 1836 a 1840. 16.º 22 tomos. Seria mais de estimar que o editor
houvesse escolhido um formato menos exiguo e acanhado. Entretanto esta edição, contendo em geral
todas as peças que se acham na de Paris, posto que muito alteradas na ordem da sua collocação, é na
realidade superior, quanto á correcção typographica. Accresce que no tomo XXII se incluem as versões
feitas por Francisco Manuel de duas tragedias, Mithriades de Racine, e Medéa de Longepierre, que
debalde se procurarão na edição de 1817. Os autographos d’estas versões, deixados em Lisboa por
Filinto na occasião da sua fugida, tinham ido parar á mão do falecido livreiro Jorge Rey, e d’elle
os houve o editor Rolland para enriquecer com estas peças a sua nova edição. (...)”
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
1108 — ELUCIDARIO NOBILIARCHICO. Revista de historia e de arte. Editor e director
Affonso de Dornellas. 1928 - 1930. 2 vols. In-fólio de 400 e 400 págs. E.
Magnífica publicação impressa em papel couché, repleta de estampas a negro e a cores que reproduzem
monumentos, documentos antigos, pedras d’armas, bandeiras, tapeçarias, pinturas, etc. Estudos sobre
heraldica, biografia, iconografia e bibliografia, história e arte, etc., assinados por Affonso de
Dornellas, Conde de S. Payo, Armando de Mattos, J. M. da Cunha Saraiva, Ernesto Soares, Damião
Peres, João Braz de Oliveira, Albino Lapa, Luiz Keil, Virgilio Correia e outros. Colecção completa,
estimada e bastante valiosa. Tiragem limitada a 500 exemplares.
Encadernações com os cantos e as lombadas em pele, com nervuras, títulos e ferros a ouro. Falta
a portada do primeiro volume.
1100 - ver pág. 276
1109 — ELVIRA (Maria).- FLORES DO EXÍLIO. Prefácio de Pedro Calmon. Estudo sôbre
o Soneto por Fidelino de Figueiredo. Ilustrações de Santa Rosa. 1948. Irmãos — Pongetti —
Editores. [Rio de Janeiro]. In-4.º de 94-II págs. B.
A Poetisa, portuguesa, nasceu em S. Martinho d’Anta, terra a que dedica um dos seus sonetos. O estudo
[278]
.../...
de Fidelino de Figueiredo decorre de págs. 81 a 89. Os belos desenhos de Santa Rita foram impressos
em página inteira, sendo seu, também, o desenho da capa da brochura.
Exemplar valorizado com dedicatória autógrafa da autora, datada do Rio 24-12-948 “Ao eminente
Dr. Oliveira Salazar com muita admiração homenagem de Maria Elvira.
1110 — EMILIA DAS NEVES. Documentos para a sua bigraphia. Por um dos seus admiradores.
Livraria Universal Silva Junior. Lisboa. 1875. In-4.º peq. de 576-VII-III págs. B.
Volume publicado anónimo, interessantíssimo para a biografia artística de Emília das Neves e para
a história do Teatro português, tratando largamente das suas representações em Lisboa, Porto, Viana,
Brasil, etc., transcrevendo numerosas cartas da actriz, bem como poesias, cartas, críticas da imprensa,
etc., de numerosos e destacados escritores portugueses e brasileiros; De Camilo vem, a págs 123,
a poesia «Beneficencia»; outros autores: A. A. Teixeira de Vasconcelos, A. X. Rodrigues Cordeiro,
Almeida Garrett, Amélia Janny, Antero de Quental, Bulhão Pato, Ernesto Biester, Francisco Xavier de
Novais, Gervásio Lobato, Guilherme Braga, João de Lemos, José de Serpa, José da Silva Mendes
Leal, Júlio César Machado, L. A. Rebelo da Silva, Latino Coelho, Luciano Cordeiro, Luís Augusto
Palmeirim, M. Pinheiro Chagas, Moniz Barreto, Nogueira Lima, Pedro Vidoeira, Ramalho Ortigão
e Silva Pinto, entre muitos outros. Tem no fim a «Synopse dos dramas, comedias e tragedias representadas
pela actriz Emilia das Neves desde a sua estreia até á publicação d’este livro», num impressionante
total de 217 peças.
Com a prova de uma fotografia original de Emília das Neves, que poucas vezes aparece junta ao volume.
Manchas de acidez generalizadas. (ver gravura na pág. 280)
1111 — ENCYCLOPEDIA POPULAR. Leituras amenas apropriadas a todas as edades, estados,
profissões e intelligencias. Director e Proprietario João José de Sousa Telles. Lisboa.
Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes. 1867-1868. 3 vols. In-8.º peq. de 381-III,
380-IV e 256 págs. em 16 números E.
Muito curiosa e apreciada publicação, colaborada por António Feliciano de Castilho, Pinheiro Chagas,
Gomes de Amorim, Inocêncio, Silvestre Ribeiro, Júlio César Machado, Bulhão Pato e outros. Camilo
também colaborou no vol. 1.º págs. 163-169, com um interessante artigo intitulado «Bordoada
Sacrilega», e ainda com o seguinte estudo histórico, estampado a págs. 83-96 e 148-156 do 2º volume: «Manuel de Faria e Sousa». Colecção completa, bastante rara.
Encadernações com cantos e lombadas em pele, com as capas da brchura conservadas e aparados
apenas à cabeça. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos.
1112 — ENCYCLOPEDIANA, RECUEIL D’ANECDOTES ANCIENNES, MODERNES ET
CONTEMPORAINES, tiré 1.º de tous les recueils de ce genre publiés jusqu’a ce jour; 2.º de tous
les livres rares et curieux touchant les mœurs et les usages des peuples ou la vie des hommes
illustres; 3.º Des relations de Voyages et des Mémoires Historiques; 4.º des ouvrages des grands
écrivains; 5.º de manuscrits inédits, etc., etc. Pensées, Maximes, Sentences, Adages, Prèceptes,
Jugements, etc.; Anecdotes et traits de courage, de bonté, d’esprit, de sottise, de naïveté, etc.;
Saillies, réparties, épigrammes, bons mots, etc.; Traits caractéristiques, Portraits, etc. Paris.
Paulin, Libraire-Éditeur. 1843. In-4.º peq. de II-668 págs. E.
Obra curiosa e rara da primeira das pelo menos duas edições vindas a público.
Encadernação francesa, da época, cansada.
1113 — ENES (António).- DEVE RESTABELECER-SE A PENA DE MORTE? Outubro de
1874. Lisboa. Typographia do Jornal - O Paiz. In-8.º de 20 págs. B.
“Este opusculo não tem outro fim, que não seja o de mostrar ao publico a gravidade da questão suscitada
pelo assassinato do Alferes Brito, convidando-o a reflectir sobre ella e a não se deixar arrastar pela
paixão do momento.
“Não pretende ser obra de sciencia nem lavor litterario, e foi escripto, ao correr da penna, para o povo
e não para os sabios e jurisconsultos.”
Capa da brochura manchada.
[279]
1110 - ver pág. 279
1114 — A ENGENHARIA MILITAR NO BRASIL E NO ULTRAMAR PORTUGUES ANTIGO
E MODERNO. Exposição. Lisboa. 1960. [Escolas Profissionais Salesianas Oficinas de S. José].
In-4.º de XIV-II-226-IV págs. B.
“O propósito desta Exposição é dar conta ao grande público da existência de muitos e importantes
documentos relativos a trabalhos de engenharia militar que os portugueses realizaram na esteira dos
Descobrimentos e atestam um labor até há pouco quase insuspeitado.
“É, portanto, uma Exposição de História na medida em que a história, como afirmou Ranke, «começa
ali onde os monumentos começam a ser inteligíveis, ali onde se nos oferecem dados escritos dignos de
confiança» — mas é sobretudo a demonstração de um esforço tenaz, orientado, metódico, revelador não
já do espírito de aventura ou da ânsia de glória mas da vontade de afirmar uma presença nas terras
descobertas. (...)” Com reproduções em folhas à parte de vários documentos iconográficos antigos.
1115 — ENNECCERUS (Ludwig), KIPP (Theodor) & WOLF (Martin).- TRATADO DE DERECHO
CIVIL. Traducción del alemán por Bls Pérez González y José Alguer. Bosch, Casa Editorial.
Barcelona. [1953-1955]. 13 tomos In-4.º E.
Dos Tradutores: “Al escoger el Tratado de Derecho civil de ENNECCERUS, KIPP y WOLFF entre
los varios escritos en lengua alemana para ofrecerlo traducido al público de habla española, fueron
decisivas en favor de aquél las consideraciones siguientes: su sistemática rigurosa, la acumulación
de material incomparable, el estilo despojado de todo alarde literario, pero correcto y claro, el planteamiento directo de los problemas fundamentales para descender luego a detalles que jamás diluyen
la visión de conjunto y, por ello despiertan la rara impresión de agotar cuantos aspectos brinda la
consideración de los temas del Derecho civil y, por si todo ello fuera poco, se hermanan en este libro
con temperamentos de exquisita prudencia lo teórico con lo programático. (...).
Verdadeiro monumento do Direito Civil universal, a obra foi dividida da seguinte forma: DERECHO
CIVIL (Parte General). Volumen primero: Introducción - Derecho Objetivo - Derechos subjetivos - Sujeto
del Derecho - Objeto del Derecho; Volumen segundo [Primera e segunda parte]: Nacimiento, extinción y
modificación de los Derechos Subjetivos - Pretensiones y Excepciones - Exercicio y Aseguramiento de
los Derechos. DERECHO DE OBLIGACIONES. Volumen primero: Doctrina General; Volumen
segundo [primera y segunda parte]: Doctrina especial; DERECHO DE COSAS. Volumen primero:
Posesión - Derecho inmobiliario - Propriedad; Volumen segundo: Gravámenes; DERECHO DE
FAMILIA. Volumen primero: El Matrimonio; Volumen segundo: Relaciones paternofililes y parentales .
Tutela; DERECHOS DE SUCESIONES, 2 volumes; CÓDIGO CIVIL ALEMÁN (BGB).
Encadernações dos editores, com as lombadas em material apergaminhado e rótulos vermelhos e azuis.
1116 — A ENTREVISTA. Por Joaquim Leitão. Porto. 1913-1914. 20 números In-4.º de 315-III
págs. em 1 volume. E.
Publicação da inteira responsabilidade e redacção de Joaquim Leitão, importante para a história nacional
e internacional da época, ainda influenciada pela recente implantação da República. Entrevistas com
João de Azevedo Coutinho, Montero Rios, Conde de Mangualde, Miguel Diaz Lombardo, Cunha e Costa,
Ferreira de Mesquita, Marquesa de Rio Maior, José de Azevedo Castelo Branco, Amadeu de
Vasconcelos (Mariotte), Américo Pimentel, Luís Teles de Vasconcelos, José de Faria Machado, Satúrio
Pires, Aires d’Ornelas, José Luciano de Castro, Fialho de Almeida, etc. Com retratos em folhas à parte.
Encadernação inteira de percalina. Com a capa da brochura da frente.
1117 - ver pág. 282
1117 — EPICOS BRASILEIROS. Nova edição. 1845. [Lisboa: Na Imprensa Nacional]. In-8.º peq.
de 449-III págs. E.
O volume inclui «O Uruguay», por José Basílio da Gama e «O Caramurú» por Fr. José de Santa Rita
Durão; de págs. 387 em diante vem uma importante «Noticia de José Basilio da Gama» e outra, também
interessante, «Noticia de Fr. José de Santa Rita Durão», assinadas no fim por F. A. Varnhagem. Edição
estimada e invulgar destes importantes clássicos da Poesia Brasileira.
Encadernação inteira em pele, da época. (ver gravura na pág. 281)
[282]
1118 — ÉPICTÈTE.- MANUEL D’ÉPICTÉTE. Suivi de l’Entretien de Pascal avec M. De Saci
sur Épictète et Montaigne. Paris. Éditions d’Art Édouard Pelletan, Helleu et Sergent, Éditeurs.
MCMXX. In-8.º de VIII-VII-III-134-X págs. E.
O volume abre com uma «Notice sur Épictète» assinada Th. Colardeau; o «Entretien de Pascal avec
M. De Saci sur Épictète et Montaigne d’après le Récit de Nicolas Fontaine» decorre de págs. 85 a 134.
Bela edição para bibliófilos deste interessante livro, o segundo da colecção «Philosophes et
Moralistes», cuja tiragem total se ficou pelos 1950 exemplares, sendo este um dos da tiragem especial
de 400 “sur vergé de Rives”.
Bem executada e sóbria encadernação francesa com cantos e lombada em chagrin, só de leve aparado
à cabeça.
1119 — ESPANCA (Florbela).- AS MÁSCARAS DO DESTINO. (Contos). 1931. Edição de
Marânus. Pôrto. In-8.º de 147-III págs. B.
Primeira edição, póstuma, do único livro de contos da grande poetisa alentejana.
Exemplar n.º 2 dos 50 que constituem a tiragem especial em papel de linho. Prejudicado por dedicatória
cujo nome da ofertante não deciframos.
Capa da brochura ilustrada com um retrato da autora colado na capa da frente. Encadernação editorial,
manchada.
1120 — ESPECTRO DE CLAUDINA ADELAIDE NO DIA DO JULGAMENTO DE VIEIRA
DE CASTRO, augmentado com os quezitos e respostas do Jury. Typographia de A. A. Leal.
Porto. S.d. In-8.º peq. de 15-I págs. E.
Curiosa e muito rara publicação em verso, anónima, dada a lume aquando do julgamento do grande
amigo de Camilo Castelo Branco.
Encadernação simples.
1121 — A ESPERANÇA. Semanario de recreio litterario dedicado ás damas. Volume I.
Editores: — R. D. Cesar Rey, e A. Pereira da Silva. 1865. Porto - Typ. de Rodrigo José
d’Oliveira Guimarães. In-4.º de 381-III págs. E.
O nome de Camilo figura no frontispício como colaborador, mas, de sua autoria e segundo José dos
Santos, «nada aparece nas páginas de qualquer dos dois volumes que foram publicados» e de que apenas
possuímos o 1.º; No entanto, o camilianista Gustavo d’Ávila Perez, não hesita em atribuir a Camilo
quatro escritos em prosa e verso assinados apenas com a letra C., escritos que aparecem nas págs. 43,
206, 214 e 221. Entre a valiosa colaboração prestada a esta revista, destaca-se, pela sua afinidade com
Camilo, um poema e um escrito em prosa de Ana Plácido. Assinalamos ainda a vastíssima colaboração
em prosa e verso de Alberto Pimentel. Outros colaboradores mencionados no frontispício: Ernesto
Biester, Ramalho, Augusto Luso, Teófilo Braga, Pinheiro Caldas, Guilherme Braga, Alexandre da
Conceição, etc. Colecção com falta do 2º volume, último publicado. Rara.
Encadernação com a lombada em pele com ferros dourados.
1122 — [PORTO]. ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO CIVILISADORA INSTITUIDA NA
CIDADE DO PORTO. Porto. Imprensa de Gandra e Filhos: 1836. In-8.º gr. de 12 págs. Desenc.
1123 — ESTATUTOS DA COMPANHIA DE TRANSPORTES UNIÃO. Porto: 1840.
Typographia de Gandra & Filhos. In-8.º gr. de 8 págs. Desenc.
Tem no frontispício uma curiosa gravura em madeira representando um carro puxado por cavalos.
O Art. 2.º destes Estatutos dizia que o fim desta Companhia “he fazer os Transportes nesta Cidade,
e dentro e fóra do Reino, tanto de familias, como de mobilias, fazendas e mais generos de grosso tráfico.”
1124 — ESTATUTOS DA COMPANHIA GERAL D’AGRICULTURA DAS VINHAS DO
ALTO DOURO. [Cravura com o brasão de armas de Portugal ladeado por dois dragões]. Porto
- 1843. In-4.º gr. de 9-I págs. B.
Novos Estatutos da Companhia fundada pelo Marquês de Pombal, agora estabelecidos por D. Maria
II, sendo muito raros os exemplares vindos a público.
[283]
1125 — [MINAS]. ESTATUTOS DA PRIMEIRA COMPANHIA DE MINERAÇÃO LISBONENSE, Approvados em Assemblêa Geral. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1838. In-8.º gr.
de 12 págs. Desenc.
Tem no fim a assinatura impressa de António Dias de Oliveira.
1126 — ESTEVÃO (José).- DISCURSOS PARLAMENTARES DE JOSÉ ESTEVÃO COELHO
DE MAGALHÃES, colleccionados por Joaquim Simões Franco. Aveiro. Imprensa Commercial.
1878. In-4.º de 474-VI págs. B.
Primeira e rara edição dos discursos do grande tribuno aveirense, que mereceu de Simões Franco
as seguintes palavras de abertura: “Para que não ficassem olvidados e dispersos os mais notaveis discursos
do grande orador da tribuna portugueza, José Estevão Coelho de Magalhães, dei-me á enfadonha
tarefa de os colligir, andando á cata d’elles por todos os Diarios das Camaras, que pude obter, e pelo
jornal o «Districto de Aveiro», onde fôram publicados os ultimos cantos melodiosos d’aquella apuradissima alma, harpa eolia que ao menor sopro da viração enchia os espaços de torrentes harmoniosas.
“Tudo quanto encontrei bafejado pelo genio do mais illustre filho de Aveiro, o archivei, para que um
dia resurgisse á luz da publicidade e patenteasse quanto amor acrysolado conteve aquelle coração que só
palpitou pela patria e pela humanidade. (...)” Com um retrato de José Estevão gravado em madeira.
1127 — ESTRELA (João Antonio Neves).- OS CAÇADORES. Poema heroico. Offerecido ao
Ill.mo Senhor Antonio José da Costa, Tenente Coronel do Batalhão de Caçadores de Lisboa
Oriental. Lisboa: Na impressão Regia. Anno 1819. In-8.º peq. de 16 págs. B.
Natural de Santarém, diz Inocêncio que o autor “Foi poeta da eschola bocagiana, e não de todo
desprezivel entre os do seu tempo.” Invulgar.
Manchas de água antigas e frontispício mal cuidado.
1128 — O ESTUDANTE. Comemorativo do 44.º aniversariop da morte de Vieira de Castro.
Lourenço Marques, 5 de Outubro de 1916. Editor Manuel Lourenço. In-8.º gr. de 4 págs. E.
Número único, muito raro, impresso em Moçambique. Com um artigo de Marciano Nicanor da Silva
intitulado «Á Honrada Memória de Vieira de Castro», com referências a Camilo, um soneto de
Serafim de Vasconcelos intitulado «A Vieira de Castro» e a transcrição de excertos de uma carta de
Vieira de Castro para Camilo.
Encadernação simples.
1129 — EX-LIBRIS. Conjunto de 21 ex-libris, sendo os 11 primeiros heráldicos: Affonso do
Valle Coelho Pereira Cabral, H. J. C. C. M., J. J. Machado (a cores e metais), Pedro Manuel da
Costa de Barros (Alvellos), outro do mesmo bibliófilo, mas diferente, assinado e numerado;
Maria Josefina Vasconsellos Abreu Andersen; ex-libris sem nome, mas com a divisa “Fortuna
Juvat”, Armando Amorim, ex-libris sem nome, mas com a divisa “Nihil Facile”; Victor José Vaz
Osório da Nobrega Ribeiro, João da C.ta Santiago de Carvalho S.za (Ex-libris do Paço de
S. Cypriano); não heráldicos: Kol de Alvarenga, o mesmo ex-libris em cinco cores diferentes;
João José Machado (três diferentes), Aníbal Taborda, Maria Margarida, Pinho Monção (3 exemplares),
Vasco Bensaúde e João da Costa Santiago de Carvalho Souza, tendo ao alto um aspecto da sua
casa “Villa Franca - Leça da Palmeira”, actualmente Museu da Quinta de Santiago.
1130 — EXPLICAÇÃO DO CODIGO COMMERCIAL PORTUGUEZ. Porto: Typographia
Commercial. 1846-1849. 2 vols. In-8.º de IV-317-III e VI-178 págs. E. em 1.
Sóbre o «Código Comercial Português» de Ferreira Borges, mas cujo autor desconhecemos. Muito
invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros a ouro.
1131 — EXPOSIÇÃO DE FAIANÇAS PORTUGUESAS DE FARMÁCIA. Biblioteca
Nacional de Lisboa. Lisboa - 4 a 9 de Setembro de 1972. In-8.º gr. de 99-III págs. B.
Catálogo prefaciado e ass. J. A. S., iniciais que julgamos pertencerem a João Alves da Silva, com
dezenas de esmeradas reproduções a negro e a cores, em folhas à parte, de belos exemplares de boiões
de farmácia antigos.
[284]
1132 — EXPOSITION UNIVERSELLE DE 1900. PORTUGAL. CATALOGUE OFFICIEL.
Notice statistique sur le Portugal et ses Colonies. Aillaud & Cie. Paris - Lisbonne. In-4.º peq.
de 300-I-XIV-I-418-II págs. E.
Volumoso catálogo dividido da seguinte forma: I. Liste des exposants et de leurs récompenses.
Distribution par classes; II. Liste des collaborateurs et de leurs récompenses, Distribution par classes;
III. Liste alphabétique générale des exposants et des collaborateurs et de leurs récompenses;
IV. Tableaux généraux. Résumé par inscriptions et récompenses, par classes et par groupes.
Belo ex-libris heráldico de Afonso do Valle Coelho Pereira Cabral, a quem o exemplar foi oferecido,
como consta da dedicatória aposta no frontispício. Encadernação antiga, com a lombada em pele.
Com um carimbo no frontispício.
1133 — FALCÃO (Cristovão).- OBRAS DE CHRISTOVAM FALCÃO, contendo: A ecloga de
Crisfal, a Carta, Cantigas, Esparsas e Sextinas. Com um estudo sobre a sua vida, poesias e época
por Theophilo Braga. Porto. Imprensa Portugueza - Editora. 1871. In-8.º gr. de 40 págs. B.
“Edição critica reproduzida da edição de Colonia de 1559, com a segunda parte apocripha de 1721”.
É bastante extenso o estudo de Teófilo Braga.
Capa da brochura mal cuidada.
1134 — FALCONER (William).- SHIPWRECK. London: Printed for John Sharpe. 1826. In-8.º peq.
de 166 págs. E.
Edição muito delicada, ilustrada com seis finíssimas gravuras abertas em chapa de metal estapadas em
folhas à parte.
Encadernação inglesa, inteira de pele à cor natural com ferros a ouro na lombada e fios nas pastas.
Dedicatória antiga na folha de guarda.
1135 — FARIA (Francisco Leite de).- ESTUDOS BIBLIOGRÁFICOS SOBRE DAMIÃO DE
GÓIS E A SUA ÉPOCA. Secretaria de Estado da Cultura. Lisboa - 1977. In-fólio de XVI-577I págs. B.
Um dos mais conceituados e minuciosos trabalhos bibliográficos portugueses, trabalho que se apresenta
dividido em cinco secções: «Bibliografia das Obras de Damião de Góis»; «Obras de portugueses amigos
e conhecidos de Damião de Góis»; «Obras de autores estrangeiros amigos ou conhecidos de Damião
de Góis»; «Obras de autores portugueses impressas no estrangeiro entre 1501 e 1550» e «Estudos
sobre Damião de Góis em ordem cronológica». Com numerosas reproduções de frontispícios de muitas
das obras referidas. Edição publicada pela «Comissão Organizadora do IV Centenário da Morte
de Damião de Góis».
Tiragem confinada a 1000 exemplares.
1136 — FARIA (Guilherme de).- DESENCANTO. Lisboa. MCMXXIX. [Escola Tipográfica da
Imprensa Nacional]. In-8.º de 88-VIII págs. B.
Livro póstumo, saído um mês depois de ocorrida a morte prematura do Poeta, nascido em Guimarães
em 1907. Lê-se no «Dicionário Universal de Literatura» de Henrique Perdigão, que Mendes dos
Remédios considerou este livro “o grito lancinante de quem tudo perdera na vida”.
Cuidada edição em papel de linho.
1137 — FARIA (Guilherme de).- MAIS POEMAS. MCMXXII. [Lisboa. Imp. de Manoel Lucas
Torres]. In-8.º de 58-II págs. B.
Segundo livro do autor, em edição de tiragem muito limitada.
1138 — FARIA (Guilherme de).- MANHÃ DE NEVOEIRO. Lisboa. MCMXXVII. [Oficinas
Gráficas da Biblioteca Nacional]. In-8.º de 99-IX págs. B.
Um dos últimos livros deste delicado poeta vimaranense integrado na escola saudosista e que, aos 21
anos, deixou voluntariamente a vida.
Cuidada e bonita edição em papel de linho.
[285]
1141 - ver pág. 287
1139 — FARIA (Guilherme de).- SOMBRA. Lisboa. MCMXXIV. [Oficinas Gráficas da
Biblioteca Nacional de Lisboa]. In-8.º de 38-X págs. B.
O autor, natural de Guimarães, publicou esta obra apenas com 17 anos, tendo editado, no mesmo ano,
«Elegia do Amor» de Teixeira de Pascoais. Edição original, de invulgar aparecimento no mercado.
1140 — FARINHA (Santos).- SUBSIDIOS PARA A HISTORIA DA «LISBOA ANTIGA».
O PALACIO DE PALHAVAN. 1923. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. In-4.º de 84-II págs. B.
Monografia ilustrada com várias fotogravuras. Invulgar.
Dedicatória autógrafa do autor.
1141 — FARRÈRE (Claude).- LE CHEF. Roman. Ernest Flammarion, Éditeur. [1930]. In-8.º gr.
de 282-IV págs. E.
Curioso e valioso exemplar, em magnífico papel e com grandes margens, tendo impresso na folha
de guarda: “Exemplaire imprimé spécialement por Claude Farrère” e a seguinte dedicatória manuscrira
por sua mão: “Au docteur Salazar, vrai chef, qui n’a pas seulement “tenté” l’aventure de sauver le
monde, en començant par sauveur son pays, mais qui y a réussi! avec l’admiration profonde de
le souverain respect de l’auter Claude Farrère”.
Excelente encadernação inteira de pele, com dourados na lombada em casas fechadas, tendo conservadas as capas da brochura. (ver gravura na pág. 286)
1142 — FEIJÓ (Álvaro).- CORSÁRIO. Poemas. Pôrto. 1940. [Coimbra Editora, Lda]. In-8.º
de 61-III págs. B.
Primeira edição do primeiro e único livro publicado em vida do autor, considerado por um dos seus
críticos como“um dos inequívocos pioneiros do neo-realismo poético.” Edição muito reduzida, numerada
e assinada pelo poeta.
Ex-libris de Nuno de Brion.
1143 — FEIJÓ (Álvaro).- OS POEMAS DE ÁLVARO FEIJÓ. Primeiros versos - Corsário Diário de Bordo. Coimbra. 1941. [Tipografia da Atlântida. Coimbra]. In-4.º de 159-III págs. B.
Quinto e um dos mais raros volumes da colecção «Novo Cancioneiro». Prefácio de Armando Bacelar.
Desenho da capa de Huertas Lobo, retrato em madeira por Somar e desenhos de Nita Queiroz, Ares
e Fernando Namora. (ver gravura na pág. 288)
1144 — [FEIJÓ (António)].- BAILATAS. Lisboa. Livraria Clássica de A. M. Teixeira & Cta.
1907. In-8.º de 118 págs. B.
Estimado livro de poesias publicado sob o pseudónimo Inácio de Abreu e Lima. Primeira edição.
1145 — FEIJÓ (Antonio).- CARTA AUTÓGRAFA, sem data. Dim. 11 x 18 cm.
Carta manuscrita numa página de meia folha de papel, dizendo: “Meu caro Izidoro. Vinha convidar-te
para vires jantar commigo hoje ás 8 horas da tarde. Infelizmente, apesar da hora matutina, já tinhas
saído, alvoroçado e contente. Manda-me resposta até ás 6 horas da tarde.”
1146 — FEIJÓ (Antonio).- CARTA AUTÓGRAFA, datada de Lisboa 21 de Abril de 1905. Dim.
20 x 13,5 cm.
Carta com o timbre da “Cie. Internationale des Wagons-Lits”, sem o nome do destinatário, manuscrita
em três das suas quatro páginas.
“Querido Amigo. Não me tem sido possivel responder à tua carta. Cheguei aqui nas vesperas das
festas (...). Em seguida adoeceu-me a minha filhita com um ataque de diphteria: estive no Instituto
durante 18 longuissimos dias (...) tristes e longas como este d’hoje em que te escrevo. (...) Demoro-me
ainda em Lisboa, não sei quanto tempo e tenciono ir ao Minho, não sei ainda quando. Se me for possivel,
lá irei bater-te ao ferrolho. (...) Teu velho amigo do coração Ant.º Feijó”
[287]
1143 - ver pág. 287
1147 — FEIJÓ (António).- LYRICAS E BUCOLICAS. (1876-1883). Porto. Magalhães &
Moniz - Editores. MDCCCLXXXIV. In-8.º de 180 págs. E. no mesmo volume:
––– MAGALHÃES (Luís de).- ODES E CANÇÕES. Com um prologo de Oliveira Martins. Porto.
Magalhães & Moniz - Editores. MDCCCLXXXIV. In-8.º de 180 págs. XXIV-161-III págs.
Primeira edição do segundo livro de António Feijó e um dos mais apreciados de toda a sua obra poética.
Edições em excelente papel creme, de muito cuidada e idêntica execução gráfica.
Encadernação com a lombada em pele.
1148 — FEIJÓ (António).- NOVAS BAILATAS. Livrarias Aillaud e Bertrand. Paris-Lisboa.
1926. [Lisboa]. In-8.º de 148 págs. B.
Ilustrado com um retrato do autor. Prefácio de Luís de Magalhães. Primeira edição.
1149 — FEIJÓ (António).- QUADRA MANUSCRITA a lápis intitulada “O Amor e o tempo”,
assinada pelo poeta no canto superior esquerdo de uma folha sobre um texto também a lápis
e certamente do mesmo autor. Dim. 22,5 x 16,5 cm.
1150 — FEIJÓ (António).- POESIAS COMPLETAS. Livraria Bertrand. Lisboa. [S.d]. In-8.º
de 486-II págs. B.
Primeira edição colectiva das obras deste estimado poeta, natural de Ponte de Lima. Com estampas em
separado.
1151 — FEIJÓ (António).- SACERDOS MAGNUS. Coimbra. Livraria Central de J. Diogo
Pires - Editor. 1881. In-4.º de 19-I págs. E.
É a primeira publicação de António Feijó, apreciado poeta do «Cancioneiro Chinez». Única edição isolada.
Encadernação simples, conservando a capa da brochura anterior. Assinatura no anterrosto e mancha de
água em todo o opúsculo.
1152 — FEIJÓ (João de Morais Madureira).- ORTHOGRAPHIA, ou Arte de Escrever, e pronunciar com acerto a Lingua Portugueza. Nova Impressaõ mais correcta. Lisboa: 1836. Na
Typographia de Eugenio Augusto. In-8.º gr. de 442-II págs. E.
Obra das mais célebres e reeditadas da bibliografia didática portuguesa.
Encadernação da época, com a lombada em pele, tendo na pasta um super-libros a ouro com um A
encimado por uma coroa, super-libris que julgamos pertencer à rainha D. Amélia.
1153 — FEYO (José Cordeiro).- ELEMENTOS DE ARITHMETICA. Auctor José Cordeiro
Feyo. Lisboa: Na Impressão Regia. Outubro de 1828. In-8.º de XIV-II-255-I págs. E.
O autor, nascido em Beja, foi “Cavalleiro das Ordens de S. Bento de Aviz e de Nossa Senhora da
Conceição de Villa Viçosa, Censor Regio, Primeiro Lente Cathedratico da Academia Real da Marinha,
e Socio da Academia Real das Sciencias”, tendo sido mais tarde agraciado com o título de visconde
das Fontainhas.
Inocêncio regista uma edição desta mesma obra datada de 1827, com a mesma paginação, não referindo
esta; depois dá notíacia de uma “terceira edição com additamentos (...)”, saída em 1864.
Bela encadernação da época, inteira de pele vermelha, com dizeres e ferros dourados na lombada, largas
cercaduras e as armas de Portugal em ambas as pastas e ainda com o corte das folhas dourado. Mancha
de água, seca, em parte do volume.
1154 — [FEIO (José Vitorino Barreto)].- DOM MIGUEL, ses Aventures scandaleuses, ses crimes
et son usurpation. Par un Portugais de distinction. Traduit par J. B. Mesnard. Paris, Ménard,
Libraire... 1833. In-8.º gr. de XV-I-312 págs. B.
Obra atribuída ao autor indicado, embora, diz Inocêncio, “o sr. Barão de Fozcoa, consultado a este
respeito, duvida da veracidade da affirmativa, porque Barreto Feio [seu particular amigo] nunca lha
falára de tal obra”.
Com falta de um retrato de D. Miguel. Encadernação inteira em pele, da época, esfolada.
[289]
1155 — FEIRA DA LADRA. Revista Mensal Ilustrada. Dirige-a Cardoso Martha e edita-a
Gusmaõ Navarro. Tomo Primeiro [a oitavo]. Lisboa. 1929-1937. 8 vols. In-8.º E. em 7.
Muito interessante publicação ilustrada com estampas impressas nas páginas do texto e em separado.
Colaboração de alguns dos mais destacados escritores contemporâneos, assinando artigos sobre arte, arqueologia, história, literatura, genealogia, heráldica, etc. De considerável interesse para a bibliografia camiliana.
A colecção completa é composta de 9 volumes, faltando a este exemplar a parte final do vol. VIII
e todo o vol. IX. Com todas as capas da brochura da frente e quase todas as posteriores e só de leve
aparados à cabeça. Encadernações com as lombadas em pele.
1156 — FELGUEIRAS (Guilherme).- CANCIONEIRO POPULAR TRANSMONTANO
E ALTO-DURIENSE. Comentário, recolha e notas de ... Edição da Revista Ocidente. Lisboa.
1960 [Aliás 1966]. In-4.º de 537-III págs. B.
“Posto que algumas quadras soltas já tivessem sido arquivadas em precedentes obras, certo é que este
contributo foi engrandecido com ampla recolha de grande torrencial de estrofes, acentuadamente
populares, que se conservavam inéditas ou dispersas, apesar de se terem mantido inalteráveis na
memória da gente vulgar, através das gerações”. Trabalho muito justamente apreciado onde quase
5500 cantigas foram recenceadas.
1157 — LES FEMMES DE LA BIBLE. Collection de portraits des femmes remarquables de
l’Ancien et du Nouveau Testament. Avec textes explicatifs rappelant les principaux événements
de l’histoire du Peuple de Dieu, et renfermant des appréciations sur le caractères des femmes
célèbres de ce Peuple. Gravées par les meilleurs Artistes, d’près les Dessins de G. Staal. Paris.
H. L. Delloye, Éditeur. A la Librairie de Garnier Frères. 1846-1850. 2 vols. In-4.º E.
O 2º volume, com o mesmo aspecto gráfico, tem diferente título: «LES FEMMES DE LA BIBLE.
Principaux fragments d’une Histoire du Peuple de Dieu, par l’Abbé G. Darboy. Avec collection de
Portraits des Femmes célèbres de l’Ancien et du Nouveau Testament. Gravées par les meilleurs
Artistes, d’près les Dessins de G. Staal. Paris. A la Librairie de Garnier Frères. 1850».
Bela obra que, no seu conjunto, ostenta 38 admiráveis e finíssimas gravuras abertas em chapa de aço
em papel muito encorpado.
Excelentes e luxuosas encadernações francesas da época, inteiras em pele, com iguais ferros a ouro
nas lombadas, pastas e seixas e com o corte das folhas dourado.
1158 — FENELON (François de Salignac de La Motte).- AVENTURAS // DE // TELEMACO, //
HIJO DE ULISSES, // ... // Traducido del Original Francez // Con lindissimas Estampas // EN AMBEREZ, // Por HENRICO, Y CORNELIO // VERDUSSEN. M.DCC.XII. In-8.º de IV-558-II págs. E.
A mais antiga edição castelhana registada por Palau é de 1713, que diz: “Se cita: Amberes, 1712, pero
no tenemos datos seguros.” Brunet também a não regista.
Muito rara edição ilustrada com 12 belas gravuras abertas a buril em chapa de cobre. A primeira
edição francesa data de 1699.
Encadernação inteira de pergaminho mole, da época. Assinatura no verso da portada.
1159 — FENELON (François de Salignac de la Mothe).- AVENTURAS DE TELEMACO, filho
d’Ulysses, compendiadas para uso dos meninos: seguidas das de Aristonoo e de Ulysses, por
José da Fonseca. Paris, V.e J. P. Aillaud, Monlon E C.ª. 1854. In-12.º de VI-154 págs. E.
Edição ilustrada com quatro gravuras impressas em folhas à parte. Invulgar.
Encadernação inteira em pele, da época, esfolada; com manchas de acidez.
1160 — FENELON (François de Salignac de la Mothe).- LES AVENTURES // DE
TÉLÉMAQUE, // FILS D’ULYSSE. // PAR M. DE FÉNÉLON. (...) A PARIS, // CHEZ
ANTOINE AUGUSTIN RENOUARD. // M.DCC.XCV. [DIJON, de l’Imprimerie de P. CAUSSE].
2 vols. In-fólio de VIII-366 e VIII-348 págs. E.
Belíssima edição não referida por Brunet, impressa em muito encorpado papel de linho, enriquecida
com uma portada figurando um busto do autor ao ser-lhe colocada uma coroa de louros, enquadrado
[290]
.../...
por várias figuras alegóricas e 24 ilustrações correspondentes aos 24 “Livros” de que se compõe
a obra, todas em vários tons de cinza, parece-nos que executadas manualmente.
Com falta das págs.155 a 158 do 1.º volume. Margens integrais e encadernações da época, em cartão,
com rótulos nas lombadas.
1161 — FERNANDES (J. J. Sousa). - TELAS DE VIAGEM. Porto. Typographia Occidental.
1890. In-8.º de 263-I págs. B.
Boa edição, de cuidada composição e impressão. Viagens em Portugal e no estrangeiro: Serra de
Monsanto, S. Tiago da Cruz, De Lisboa a Madrid, Oito dias no Lazareto em Lisboa, A-Ver-o-Mar,
(Abremar, no volume), rio Cávado, Monte Facho, etc.
Dedicatória do autor a Gonçalves Cerejeira. Desconjuntado.
1162 — FERNANDES (L. Esteves).- CHINA DE ONTEM, CHINA DE SEMPRE. Lisboa.
Edição da Empresa Nacional de Publicidade. 1948. In-8.º de 194 págs. B.
Com um interessante capítulo sobre os «Missionários Portugueses na China», estampado de págs. 117
a 163. Outros capítulos: «O Almanaque Chinês», «O Templo do Céu», «O Templo da Agricultura»,
«O Templo de Confúcio e o Hall dos Clássicos», «O Templo dos Lamas», «Simbolismo Religioso na
Arte Chinesa», «Dinastias Chinesas», etc. Ilustrado em folhas à parte.
Dedicatória do autor. Capa da brochura manchada.
1163 — FERNANDES (Manuel Bernardo Lopes).- MEMORIA DAS MOEDAS CORRENTES
EM PORTUGAL, desde o tempo dos romanos, até o anno de 1856. Lisboa. Na Typographia da
(...) Academia. 1856-1857. In-4.º gr. de II-357-VII págs. E.
Obra clássica da bibliografia numismática portuguesa, com as duas partes com paginação seguida
de uma para a outra, mas com frontispícios independentes. Com centenas de reproduções de ambas as
faces das moedas estudadas e inventariadas. Obra rara e estimada.
Encadernação simples, com a lombada em pele, da época. (ver gravura na pág. 291)
1164 — FERNANDES JÚNIOR (Francisco J.).- DISCURSOS FORENSES. Prefácio de
Eduardo Miranda. 1949. Livraria Tavares Martins - Porto. In-8.º de 465-III págs. B.
“(...) O presente volume compendia seis notáveis discursos, que pòstumamente testemunham o excepcional talento do jurisconsulto-artista”: «O Processo do Promotor», «Um Caso de Loucura Lúcida»,
«A Liquidação do Banco do Minho», «O Abalroamento do “Orania”», «Nulidade de Matrimónio»
e «O Assalto à Vinícola».
1165 — FERNANDEZ GIL (G.).- CAMONEANA. Sete Sonetos Op.33. Para Soprano e Piano.
[Edição da Câmara Municipal de Matosinhos. [Execução gráfica de Belfranco, Lda. S.d.]. In-4.º gr.
de 48 págs. B.
Partitura musical de muito cuidada apresentação gráfica, numerada e assinada e de provável restrita
tiragem. Capa da brochura decorada com uma portada constituída por elementos manuelinos.
Com dedicatória autógrafa do compositor para o Almirante Nuno de Brion.
1166 — FERRÃO (António).- D. MARIA AMÁLIA VAZ DE CARVALHO E A SUA OBRA.
(Discurso proferido na Academia das Sciencias de Lisboa na sessão da Classe de Letras, de 14
de Abril de 1921). Coimbra. Imprensa da Universidade. 1923. In-4.º de IV-55-V págs. E.
Discurso publicado em separata do «Boletim da Classe de Letras» da Academia das Ciências de Lisboa.
Modestamente encadernado, mas com as capas da brochura conservadas.
1163 - ver pág. 292
1167 — FERRÃO (Bernardo).- EXPOSIÇÃO DE AMBIENTES PORTUGUESES DOS SECULOS XVI A XIX. Museu Nacional de Soares dos Reis. Porto. 1969. In-8.º gr. de XXIV-256-CXL
págs. B.
Magnífico e muito completo catálogo desta grande exposição realizada no Museu Nacional de Soares
dos Reis, catálogo sabiamnte elaborado por Bernardo Ferrão e enriquecido com 126 cuidadas fotografias
a negro e a cores executadas por Horácio Rêgo. Prefácio por Carlos da Silva Lopes.
[292]
1168 — [FERRÃO (Francisco António Fernandes da Silva)].- APOLOGIA DIRIGIDA A’
NAÇÃO PORTUGUEZA, PARA PLENA JUSTIFICAÇÃO DO CORPO DOS VOLUNTARIOS ACADEMICOS DO ANNO DE 1826. Contra as falsas e calumniosas imputaçõs forjadas
ao mesmo Corpo pelos inimigos do Senhor DOM PEDRO IV, E DA CARTA CONSTITUCIONAL. Coimbra: Na Imprensa de Trovão e Companhia. 1827. In-8.º gr. de 33-I-20-15-I págs.
Desenc.
Raro volume a juntar às colecções das Guerras Liberais, publicado anónimo. O texto que dá o nome ao
livro termina a págs. 33, seguindo-se, até à pág. 20 a «COLLECÇÃO DOS DOCUMENTOS, QUE
SERVEM DE FUNDAMENTO E PROVA NA APOLOGIA DO CORPO DOS VOLUNTARIOS ACADEMICOS DO ANNO DE 1826. Contra as falsas e calumniosas imputaçoens Forjadas ao mesmo Corpo
pelos inimigos do Senhor D. PEDRO IV E DA CARTA CONSTITUCIONAL», folheto que aparenta ter
falta do frontispício; as últimas 15 páginas constam de um P. S., com o «Extracto da sessão da Camara
dos Deputados de 6 de Março de 1827», volume publicado anónimo, mas atribuído por Inocêncio ao
mesmo autor e que “contém documentos interessantes para a historia da epocha a que se refere”;
Juntamos ainda: «ADDIÇÃO Á APOLOGIA DOS VOLUNTARIOS ACADEMICOS, OU PENSAMENTOS SOBRE A CAMPANHA DO BATALHÃO DOS VOLUNTARIOS ACADEMICOS Nos
Mezes de Dezembro de 1826, e Janeiro de 1827, Por Um Soldado. Coimbra: Na Imprensa de Trovão
e Companhia. 1827. In-8.º gr. de 26 págs. Desenc. e «RELAÇÃO DE TODOS OS INDIVIDUOS QUE
COMPOSERÃO O BATALHÃO DOS VOLUNTARIOS ACADEMICOS. 12 págs.
Já no tempo de Inocêncio, segundo diz. “É opúsculo de que mui raramente se encontram exemplares”.
1169 — FERRÃO (Francisco António Fernandes da Silva).- DICCIONARIO ELEMENTAR
REMISSIVO AO CODIGO CIVIL PORTUGUEZ, com annotações e indicações juridicas por...
Lisboa. Imprensa Nacional. 1869. 2 vols. In-fólio de XXXIII-I-196 e 213-I págs. E. em 1
A obra foi oferecida ao Visconde de Seabra, organizador do projecto do Código Civil, tendo no início
uma carta do autor a ele dirigida, seguindo-se uma outra deste, onde se lê: “Grande é o serviço que
V. Exª vae fazer ao paiz com a obra que nos annuncia. Um repertorio, exacto, completo, explicativo,
e bem coordenado, é indispensavel, sobretudo no momento da publicação de um novo codigo. Os espiritos
preocupados com as velhas doutrinas resistem naturalmente ao trabalho de novos e aprofundados estudos,
não raro impossiveis, na agitação incessante dos interesses sociaes, e muito importa facilita-los.
“Por outro lado, se este repertorio é acompanhado de opportunas observações sobre a verdadeira
intelligencia da lei, que removam erradas interpretações, conciliem apparentes antinomias, preencham
as lacunas, inevitaveis em obras de similhante natureza, sem que jamais se percam de vista os principios
reguladores da lei, bem se poderá dizer sem temeridade que, por esta fórma, se verifica e assegura
o seu imperio.
“Ninguem melhor que V. Exª podia tomar sobre seus hombros tão importante tarefa, reunindo, como
V. Exª reune, ao rico cabedal de vastos conhecimentos juridicos, adquiridos na sua longa pratica do
fôro, como professor, como magistrado, ou como advogado, a circumstancia importante de ter feito
parte da commissão revisora do codigo, e o ser hoje da commissão consultiva do mesmo codigo.”
Trabalho de inegável importância para a bibliografia e história do Direito em Portugal, hoje de muito
escasso aparecimento no mercado.
Encadernação com a lombada em chagrin, da época, tendo na pasta, douradas, as iniciais em caracteres góticos S. I. M. M.
1170 — FERRAZ (Guilherme Ivens).- O CRUZADOR «REPÚBLICA» NA CHINA EM 1925,
1926 E 1927. Relatórios do Comandante em Chefe das Fôrças Navais Portuguesas no Extrêmo
Oriente Comodoro... Imprensa da Armada. Lisboa. 1932. In-4.º de XVI-654-XVIII-II págs. E.
Obra ilustrada com fotogravuras e mapas, dada a lume pelo Ministério da Marinha e com o seguinte
ante-título: «Subsídios para a História da Guerra Civil na China e dos Conflitos com as Potências».
Em apêndice vêm «Algumas palavras portuguesas muito usuais com o significado chinês — Dialecto
do Kwang-Tong».
Capa da brochura ilustrada com um desenho assinado “Narciso”, com a representação de embarcações
chinesas e do cruzador «República».
Encadernação moderna, com lombada e cantos em pele.
[293]
1171 — FERRAZ (J. S. da Silva).- HARMONIAS DA NATUREZA. Porto, Na Loja de F. G. da
Fonseca. 1852. In-8.º de 78-II págs. E.
Livrinho de poesias, cujo autor é apresentado em extensa «Introducção» por Camilo Castelo Branco.
Raro.
Encadernação da época, modesta. Finíssimos picos de traça na margem inferior.
1172 — FERREIRA (António).- POEMAS LUSITANOS. Terceira Impressão. Lisboa. 1829. Na
Typographia Rollandiana. 2 vols. In-12.º de 297-I e 252 págs. E.
Invulgar edição rolandiana desta estimada obra clássica.
Boas encadernação inteira em pele, da época. O 2º volume tem uma mancha de água, antiga, na sua
parte inferior.
1173 — FERREIRA, 2.º (António).- HORACIANAS. (Interpretação de varias odes e epodos de
Horácio). 1ª edição. Ponte do Lima. Tipografia Confiança. 1916. In-4.º de 170-II págs. B.
É a primeira edição do livro de estreia de António Ferreira, autor nascido em Ponte de Lima. Capa
de brochura ilustrada por António Lima.
Capas da brochura imperfeitas.
1174 — FERREIRA(Bartolomeu).- EM VIAGEM. Traços de uma excursão pela Inglaterra. (Illustrações
de E. Casanova). Coimbra. F. França Amado, Editor. MDCCCXCV. In-8.º de 133-V págs. E.
Edição esmeradíssima e em bom papel, com as ilustrações de Casanova disseminadas pelas páginas
do texto.
Dedicatória do autor para E. Casanova, ilustrador do livro. Bela encadernação com a lombada em pele, com
nervuras, títulos e ferros dourados; com as capas da brochura conservadas e aparado apenas à cabeça.
1175 — FERREIRA (Diogo Fernandes).- ARTE DA CAÇA DE ALTANERIA. Lisboa. 1899. 2 vols.
In-8.º de 148 e 142-VI págs. B.
Edição invulgar desta célebre obra publicada pela primeira vez em 1616, onde se trata da criação
dos Gaviões, dos Açores e dos Falcões, da sua caça, suas doenças e mezinhas, das armadilhas, das
pastagens e peregrinação das aves.
Volume integrado na «Bibliotheca de Classicos Portuguezes».
Capas da brochura com pequenos defeitos.
1176 — FERREIRA (João de Sousa dos Santos).- MEMORIA JURIDICA ÁCERCA DO AGIO
DO PAPEL MOEDA, com que tem de ser feito o pagamento das Obrigações anteriores ao
Decreto de 23 de Julho de 1834: Questão que tem sido mui debatida, e com varia sorte decidida
pelos nossos Tribunaes. Lisboa. 1841. Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos
Uteis. In-8.º gr. de 12 págs. B.
São raros os exemplares dos trabalhos dedicados a este assunto.
1177 — FERREIRA (José Dias).- CODIGO CIVIL PORTUGUEZ ANNOTADO. Lisboa.
Imprensa Nacional [sendo o 5.º volume da Imprensa da Universidade de Coimbra]. 1870-1876.
5 vols. In-4.º peq. E.
O autor, nascido em Aldeia Nova, distrito de Coimbra, teve invejável percurso jurídico e político,
desempenhou importantes cargos e deixou publicada notável bibliografia, designadamente este
«Código Civil Português Anotado», sendo esta a primeira das duas edições vindas a público.
Boas encadernações inteiras em pele, da época.
1178 — FERREIRA (José Dias).- REPERTORIO GERAL ALPHABETICO DAS
ANNOTAÇÕES AO CODIGO CIVIL PORTUGUEZ, do Conselheiro... Coimbra. Livraria
Central de J. Diogo Pires — Editor e Proprietario. 1877. In-8.º gr. de 135-I págs. E. no mesmo
volume:
[294]
.../...
––– DIDIER (Joaquim Lisbano de Almeida).- PROMPTUARIO CIVIL OU CONFRONTAÇÕES
JURIDICO-ALPHABETICAS E REMISSIVAS das Disposições e Artigos correlativos dos
CODIGOS CIVIL E DE PROCESSO e da Lei e Regulamento vigentes da Caixa Geral de
Depositos de 10 d’Abril e 6 de Dezembro de 1876, acompanhadas dos modelos a que se refere
o mesmo regulamento nos artigos 69.º e 70.º Coordenado e annotado por... Vende-se no Porto:
Na Livraria do Archivo Juridico de A. G. Vieira Paiva - Editor. 1877. In-8.º gr. de 132-II págs.;
––– PACHECO (J. C. Preto).- CONCORDANCIA DOS ARTIGOS DO CODIGO CIVIL com
os do respectivo CODIGO DO PROCESSO, por... Advogado nos auditorios do Porto. Porto.
Typographia e Livraria Peninsular. 1877. In-8.º gr. de 95-I págs. E.
Boa encadernação inteira em pele, da época.
1179 — FERREIRA (José Joaquim).- RECORDAÇÕES DA EXPEDIÇÃO DA ZAMBEZIA
EM 1869. Elvas. Samuel Baptista - Editor. 1884. In-8.º gr. de 111-I págs. E.
Para além da importância histórico-militar, interessa também para o conhecimento dos usos e costumes
daquela região africana.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Com um corte ao alto do frontispício, feito para eliminar
o nome daquele a quem a obra foi oferecida. Carimbo de posse do Club Musical Bracarense.
1180 — FERREIRA (José Maria de Andrade).- LITTERATURA, MUSICA E BELLASARTES. Lisboa. Editores - Rolland & Semiond. 1871. 2 vols. In-8.º de 240 e 311-I págs. E.
“Debaixo do titulo de Litteratura, musica e bellas-artes collegi o que reputo de melhor nos meus estudos
críticos, acêrca d’estes differentes ramos, estudos que tão dispersos andavam em variadíssimas publicações periodicas saidas a lume em épocas bem distantes já.”
Com várias referências a Camilo. Capítulos sobre António Feliciano de Castilho, Rebelo da Silva,
Júlio Diniz, Bulhão Pato, etc.
Boas encadernações modernas, com a lombada em pele, nervos e ferros a ouro. Com as capas da
brochura conservadas.
1181 — FERREIRA (José Maria de Andrade).- REINADO E ULTIMOS MOMENTOS DE
D. PEDRO V. Terceira edição correcta e accrescentada com uma carta do proprio punho do rei
finado, e mais documentos importantes. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1862. In-8.º
de 116 págs. E.
Com um magnífico retrato gravado de D. Pedro V.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1182 — FERREIRA (Manuel).- CATALOGO DE UM MAGNÍFICO CONJUNTO DE LIVROS
ANTIGOS, RAROS E VALIOSOS que faziam parte da Biblioteca do Ilustre Bibliófilo, Ex.mo
Senhor Dr. José Joaquim de Oliveira Bastos e que por sua ordem vão ser vendidos em leilão (...)
nos dias 25 e 26 de Fevereiro de 1966. Elaborado por Manuel Ferreira Livreiro-alfarrabista.
Porto. In-4.º gr. de 79-I págs. B.
Catálogo de um muito rico conjunto de livros raros, alguns dos quais com os rostos reproduzidos por
zincogravra, então pertencentes ao pai do proprietário da biblioteca constante do presente catálogo.
De uma muito cuidada e rara tiragem especial de 25 exemplares em papel couché, numerada e com as
margens de grandes e desencontradas dimensões.
1183 — FERREIRA (Manuel Juvenal Pita).- O NATAL NA MADEIRA. (Estudo folclórico).
Funchal. 1956. In-4.º de 400-IV págs. B.
Interessantíssimo livro, em que nenhum dos multiplos aspectos da celebração tradicional natalícia da
Madeira é esquecido, desde A Missa do Parto aos Quatro Romances Esquecidos e às Quadras
Populares, passando pelo jantar do Natal, culinária e doçaria, música dos bailaricos, etc.
[295]
1184 — FERREIRA (Paulo Gaspar).- DICIONÁRIO TÉCNICO DE TERMOS
ALFARRABÍSTICOS. In-Libris, Sociedade para a promoção do livro e da cultura. Porto. 1997.
In-8.º de 173-III págs. B.
Primeiro dicionário no seu género publicado em Portugal, útil a bibliotecários, bibliógrafos e bibliófilos. Edição cuidada, com ilustrações nas páginas do texto e tiragem limitada a 1200 exemplares, todos
numerados.
1185 — FERREIRA (Vergílio).- APARIÇÃO. Romance. Portugália Editora. Lisboa. [S. d. 1959]. In-8.º de 254-VI págs. B.
Primeira edição, considerada como a mais representativa obra de Vergílio Ferreira. Capa ilustrada por
Charrua.
1186 — FERREIRA (Vergílio).- ESTRELA POLAR. Romance. Portugália Editora. [Lisboa.
S.d. - 1962]. In-8.º de 316-IV págs. B.
Edição original deste excelente romance, desde logo esgotada.
Capa ilustrada por Câmara Leme.
Autografado pelo autor.
1187 — FERREIRA (Vergílio).- A FACE SANGRENTA. Contraponto. [Lisboa. 1953.
Tipografia Ideal]. In-4.º peq. de 78-II págs. B.
Primeira edição de uma das mais raras obras do autor.
1188 — FERREIRA (Vergílio).- RÁPIDA, A SOMBRA. Romance. Arcádia. [1975]. In-8.º gr.
de 274 págs. E.
Exemplar da edição original.
Encadernação dos editores, com a sobrecapa conservada.
1189 — FERREIRA JÚNIOR (José Gonçalves). MONOLOGOS. Escriptorio de Publicações.
Porto. S.d. In-8.º de 47-I págs. B.
Contém: «O Espirro», (parodia á LAGRIMA). «Sempre direito», «Um calixto», «Pobre poeta»,
«Carinhos de minha sogra», «O canario de Julita», Monologo (para o caso de pedido de bis), «Snr.
Amavel», «Falso adagio».
1190 — FERRO (António).- D. MANUEL II O DESVENTURADO. Lisboa. Livraria Bertrand.
[1954]. In-8.º de 229-I págs. B.
Subsídio para a biografia de D. Manuel II, ilustrado com numerosas fotogravuras impressas em separado.
Dedicatória do autor ao Almirante Nuno de Brion.
1191 — FERRO (António).- HOMENS E MULTIDÕES. Lisboa. S.d. (1938 ?). In-8.º de XIX-296-II págs. B.
Capítulos consagrados a «Franz Lehar, caixa de música», «Lloyd George, homem público», «Afonso
XIII, rei de Espanha e de Madrid», «A rainha Maria, musa da Roménia», «Sérvios, croatas e eslovenos»,
«Primo de Rivera, o ditador alegre e confiado», «Pio XI, ditador do Vaticano», César Mussolini,
«Duce! Duce! Duce!», «Salazar, princípio e fim».
1192 — FERRO (António).- MAR ALTO. Peça em 3 actos. Prefácio do autor. Lisboa. Imprensa
Lucas & Cª. [1924]. In-8.º de 184-XIX págs. B.
Tem no fim “O Protesto dos intelectuais portugueses” a propósito da proibição de representar a peça,
protesto assinado, entre outros, por Raul Brandão, António Sérgio, Fernando Pessoa, Aquilino, Jaime
Cortesão, A. Santa Rita, Mário Saa, José Pacheco e Luís de Montalvor, entre muitos outros.
Capa da brochura manchada.
[296]
1193 — FERRO (António).- [POLÍTICA DO ESPÍRITO]. Edições SNI. Lisboa. 1948-1950. 11
obras ou vols. In-8.º B.
Obras integradas na colecção de propaganda do Estado Novo, «Política do Espírito»: «Apontamentos
para uma Exposição», «Arte Moderna», «Artes Decorativas», «Eça de Queiroz e o Centenário do seu
Nascimento», «Estados Unidos da Saudade «Imprensa Estrangeira», «Jogos Florais», «Museu de Arte
Popular», «Panorama dos Centenários (1140-1640-1940)», «Sociedades de Recreio», «Turismo, fonte
de riqueza e de poesia».
1194 — FERRO (António).- PRAÇA DA CONCORDIA. Lisboa. 1929. In-8.º de 228-II págs. B.
Interessante volume sobre vultos da actualidade francesa da época: Herriot, Cocteau, Clemenceau,
Poincaré, Petain, Foch, etc. Capa ilustrada por Bernardo Marques.
Pequena assinatura no frontispício.
1195 — FERRO (António).- SALAZAR. O Homem e a sua Obra. Prefácio de Oliveira Salazar.
Emprêsa Nacional de Publicidade. [Lisboa. 1933]. In-8º de XLI-V-228-III págs. B.
“Entrevistas concedidas pelo Ex.mo Presidente do Ministerio Snr. Dr. Oliveira Salazar ao jornalista
Antonio Ferro, publicadas no «Diario de Noticias», de Lisboa, com diversas considerações do mesmo
jornalista”, numa rara edição, provavelmente a primeira, “feita a expensas da Junta Geral Autónoma
de Angra do Heroísmo”.
1196 — FERRO (António).- SAUDADES DE MIM. Poemas. Livraria Bertrand. Lisboa. S.d. In-8.º
de 183-I págs. B.
Com um extenso Prefácio de António Quadros dizendo «Quem foi António Ferro».
Dedicatória autógrafa de António Quadros ao Almirante Nuno de Brion.
1197 — FÉVAL (Paul).- JESUITAS! Obra traduzida livremente do francez, e annotada pelo
Padre Senna Freitas. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. 1878. 2 tomos. In-8.º de XVI-228 e 253-III págs. em 1 vol. E.
Obra ilustrada com um retrato de Paul Féval, precedida de uma sua carta e outra do Padre Senna Freitas.
Encadernação da época, com a lombada em pele, com ferros dourados. Assinatura no verso do retrato.
1198 — FICALHO (Conde de).- GARCIA DA ORTA E O SEU TEMPO. Lisboa. Imprensa
Nacional. 1886. In-4.º gr. de XII-392 págs. E.
Notável trabalho biográfico acerca do célebre autor de «Colóquios dos Simples», numa cuidada
e invulgar edição impressa em papel de linho.
Encadernação de recente execução, com a lombada em pele à cor natural, nervos e título dourados.
Só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. (ver gravura na pág. 297)
1199 — FIGANIER (Joaquim).- FR. JOÃO DE SOUSA, MESTRE E INTÉRPRETE DA
LÍNGUA ARÁBICA. Coimbra. MCMXLIX. [Oficinas da Atlântida]. In-4.º de 292-IV págs. B.
Autor de várias obras publicadas e muitas outras manuscritas, Frei João de Sousa, natural de Damasco
e “primeiro mestre oficial de língua árabe no nosso país”, tem neste trabalho consignada a justiça que
lhe era devida. Reduzida separata da «Revista Portuguesa de História», publicada pela Faculdade de
Letras da Universidade de Coimbra.
Com uma mancha de água na margem inferior da capa da brochura e primeiras folhas.
1200 — FIGANIÈRE (Visconde de).- GUESTO ANSURES. Quadros da vida neo-gothica.
Romance historico do... Seguido de Apontamentos Archeologicos relativos ao seculo VIII.
Lisboa. Livraria Ferreira - Editora. 1889. In-8.º gr. de IV-IV-331-III págs. E.
1198 - ver pág. 298
“N’este livro apresentam-se ao leitor typos das diversas classes da sociedade neo-gothica com referencia
aos fins do periodo de transição em que predominou no governo a influencia mosarabica, fundado
n’um estudo dos documentos coevos.
[298]
.../...
“A descripção dos sitios em que se desenvolve a acção, que occupa o espaço de quatro dias e meio,
é conforme aos apontamentos do author, tomados por ensejo de uma viagem ás provinvias de Orense
e Lugo, e especialmente ao districto montanhoso entre os rios Sil e Sárria. (...)”
Encadernação simples, inteira de percalina.
1201 — FIGUEIREDO (Antero de).- D. PEDRO E D. INÊS. “O Grande desvayro!”. 13201367. Lisboa. Livraria Ferreira - Editora. 1913. In-8.º gr. de 314-II págs. E.
Primeira edição de uma das mais interessantes e apreciadas obras do autor.
Boa encadernação nova, com a lombada em pele decorada com ferros a ouro, conservando as capas
da brochura e aparado só à cabeça. Pequeno restauro na capa da brochura da frente.
1202 — FIGUEIREDO (Antero de).- [TRÊS OBRAS]. Lisboa. Livraria Ferreira e Livraria
Bertrand. Diferentes datas. 3 vols. In-8.º B.
Com as seguintes obras, todas em primeira edição: «Comicos. Novella de theatro»; «Miradouro. Tipos
e Casos»; «Toledo. Impressões e Evocações».
1203 — [FIGUEIREDO (Antonio Bernardo de)].- IMPRESSÕES DA LEITURA DA VELHICE
DO PADRE ETERNO, Poema notavel do distincto poeta Guerra Junqueiro. VIAGEM AO PARNASO, por Frei Ugedio. Santarem. Minerva Industrial. 1885. In-8.º gr. de 40 págs. E.
São raros, mormente na primeira das duas edições que conhecemos, os exemplares desta composição
em verso publicada sob o pseudónimo Frei Ugédio, cujo verdadeiro nome é desvendado no recentemente publicado «Dicionário de Pseudónimos e Iniciais de Escritores Portuguesas», de Adriano da
Guerra Andrade.
Valorizado com dedicatória a Camilo Castelo Branco por “um dos admiradores dos seus brilhantes
talentos”, muito provavelmente o próprio autor. Modestamente encadernado.
1204 — FIGUEIREDO (Cândido de).- LIÇÕES PRÁTICAS DA LINGUA PORTUGUEZA.
(Cartas de Caturra Junior á Redacção do «Portuguez»). Lisboa. Livraria Ferreira - Editôra. 1891.
In-8.º de 335-I págs. E.
Segunda edição, “corrigida, muito melhorada e aumentada”.
Bonita encadernação editorial, decorada com ferros a ouro e a negro.
1205 — FIGUEIREDO (Fidelino de).- ANTERO DE QUENTAL. A sua psicologia; a sua
filosofia; a sua arte. Lisboa. Typ. da Cooperativa Militar. 1909. In-4.º de 16 págs. B.
Comunicação apresentada na sessão de 27 de Março de 1907 na Sociedade de Geografia, de que se
deve ter feito muito reduzida tiragem.
Capa da brochura e frontispício manchados. Dedicatória do autor a que foi eliminado o nome do
homenageado.
1206 — FIGUEIREDO (Fidelino de).- CRÍTICA DO EXÍLIO. 1930. Livraria Clássica Editora.
Lisboa. In-8.º de 269-I págs. E.
Sumário: «Eça de Queiroz inédito», «Parenthesis anti-geographico», «Garcia de Rezende», «Sciencia
e Espionagem», «Donjuanismo e anti-donjuanismo em Portugal» e «Subsídio bibliographico».
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
1207 — FIGUEIREDO (Fidelino de).- HISTORIA DA LITTERATURA CLASSICA. (1502-1580) [e 2.ª Epocha: 1580-1756; 2ª Epocha: 1580-1756 (Continuação); 3.ª Epocha: 1756-1825].
Lisboa. Livraria Classica Editora. 1917-1921. 3 vols. In-8.º gr. de 432, 380 e 221-III págs. E.;
––– HISTORIA DA LITTERATURA ROMANTICA PORTUGUESA. (1825-1870). Lisboa.
Livraria Clasica Editora. 1913. In-8.º gr. de 322 págs. E.;
[299]
.../...
––– HISTORIA DA LITTERATURA REALISTA. (1871-1900). Lisboa. Livraria Classica
Editora. 1914. In-8.º gr. de 313-I-X págs. E.
Obras integradas na «Bibliotheca de Estudos Historicos Nacionaes».
Boas encadernações com as lombadas em pele decoradas com dizeres e ferros dourados. Sem as capas
da brochura, com alguns raros picos de traça marginais e assinados nos anterrostos.
1208 — FIGUEIREDO (Fidelino de).- OS MELHORES SONETOS DA LINGUA
PORTUGUÊSA. Desde Sá de Miranda, seu introdutor em Portugal no século 16.º, a João de
Deus no seculo 19.º. Com os retratos dos autôres e uma carta do Dr. Candido de Figueiredo.
Lisboa. Livraria Central de Gomes de Carvalho, editor. 1907. In-8.º de 89-I-16 págs. E.
Autores escolhidos por Fidelino de Figueiredo: Sá de Miranda, Camões, Nicolau Tolentino, Bocage,
Camilo, Antero, Gonçalves Crespo e João de Deus.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele à cor natural, decorada com ferros dourados. Capas
da brochura conservadas.
1209 — FIGUIER (Louis).- HISTOIRE DES PLANTES. Paris. Librairie de L. Hachette et Cie.
1865. In-4º de XV-I-531-I págs. E.
Primeira e cuidada edição de uma das mais apreciadas obras de Louis Figuier, ilustrada com 415
excelentes gravuras abertas em madeira “dessinées d’après nature par Faguet, Préparateur du Cours
de botanique à la Faculté des Sciences de Paris”. Muito invulgar.
Encadernação francesa, da época, com belos ferros a ouro na lombada em casas fechadas. Com o corte
das folhas brunido a ouro fino. Carimbo a óleo no frontispício.
1210 — FIGUIER (Louis).- L’HOMME PRIMITIF. Deuxième édition. Paris. Librarie Hachette
et Cie. 1870. In-4.º de IV-VIII-480 págs. E.
“Ouvrage illustré de 39 scènes de la Vie Primitif composées par´Émile Bayard et de 246 figures représentant les objets usuels des premiers ages de l’Humanité”, tudo em gravuras de excelente qualidade,
talhadas em madeira.
O exemplar pertenceu à Biblioteca do grande romancista Camilo Castelo Branco, apresentando a sua
rubrica a tinta ao alto do frontispíco e alguns apontamentos marginais a lápis.
Encadernação francesa com a marca dos editores no pé da lombada, em chagrin, lombada que se apresenta
decorada com finíssimos ferros dourados em casas fechadas e o corte das folhas integralmente dourado
a ouro fino.Com três ex-libris, dois dos quais de Gustavo d’Avila Perez, sendo um deles camiliano.
(ver gravura na pág. 301)
1211 — FIGUIER (Louis).- LES RACES HUMAINES. Troisième édition. Paris. Librairie
Hachette et C.ie. 1875. In-4.º de IV-586-II págs. E.
Obra interessantíssima e de grande popularidade no seu tempo, como todas as do autor, ilustrada com
8 cromolitografias “représentant les principaux types des Familles Humains” e 268 excelentes gravuras
em madeira intercaladas no texto.
Encadernação com a lombada em pele tendo gravado no pé, a ouro, o nome da casa editora, título
e ferros simples também a ouro, e com o corte das folhas dourado a ouro fino. Com algumas manchas
de acidez e a encadernação com alguns sinais de uso.
1212 — FILGUEIRAS (Octávio Lixa).- BARCO RABELO - Um Retrato de Família. Calém.
Porto. [Simão Guimarães & Filhos, Lda. 1989]. In-4.º gr. de 127-I págs. E.
Magnífica monografia daquele que foi um dos mais belos ex-libris do Porto e do rio Douro, desde tempos
longínquos ligação umbilical das quintas onde se produz o vinho do Porto e a cidade. Trabalho realizado
pela maior autoridade portuguesa na matéria e nome altamente respeitado nos meios internacionais
onde estes estudos se realizam. Edição luxuosa, em encorpado papel couché, enriquecida com iconografia antiga e moderna a cores e a negro, apresentando ainda, em fac-símile, documentos marcantes
para a história do Douro e do seu vinho. Texto em português, francês e inglês.
Encadernação editorial em tecido negro, com sobrecapa policromada.
[300]
1213 — O FILME PORTUGUÊS AMOR DE PERDIÇÃO. Realização de António Lopes Ribeiro,
segundo o romance de Camilo Castelo Branco. [Oficina Gráfica, Limitada. Lisboa. ]. In-4.º de
64-VI págs. E.
Com textos não assinados, um retrato de Camilo, fotografias de actores e cenas do filme. Invulgar.
Com dois ex-libris. Boa encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
1214 — FIOSCONI & GUSERIO (César - Jordam).- ESPINGARDA PERFEYTA & Regras
para a sua Operaçam com circunstancias necessarias para o seu artificio, & doutrinas uteis para
o melhor acerto... Lisboa Occidental, Na Officina de Antonio Pedrozo Galram... Anno de 1718.
[Aliás, London. 1974]. In-4.º de XXII-466 págs. E.
Trata-se do fac-símile de uma das mais importantes obras portuguesas do género, acompanhada da tradução
inglesa, tradução e edição devidas a Rainer Daehnhardt e W. Keith Neal. Magnífica edição ilustrada
em folhas de papel couché.
Encadernação original com sobrecapa policromada.
1215 — FIRMO (Matias José de Oliveira dos Santos).- NOTICIA SÔBRE A VIDA DE PEDRO
ALVARES CABRAL. Lisboa. Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes... 1875. In-8.º
de 39-I págs. B.
Dedicatória autógrafa do autor.
1216 — FLAMMARION (Camille).- ASTRONOMIA POPULAR. Descrição geral do Céo
illustrada com 360 gravuras, estampas lithographadas, mappas celestes, etc. Obra premiada pela
Academia Franceza e adoptada pelo Ministerio da Instrucção Publica para uso das Bibliothecas
Populares. Versão portugueza de Salomão Saragga. Lisboa. Companhia Nacional Editora,
Successora de David Corazzi e Justino Guedes. Lisboa. S.d. In-4.º gr. de 1015-I págs. E.
Obra de grande importância e popularidade ao tempo em que pela primeira vez apareceu a público,
sendo que Flammarion era justamente considerado o maior astrónomo do seu tempo. Edição de grande
qualidade gráfica para os recursos da época, sendo algumas das suas ilustrações reproduzidas a cores.
Tem, no fim, um mapa em folha desdobrável com as constelações então conhecidas.
Cartonagem editorial, ilustrada a cores.
1217 — FLEURS DU JAPON. 110 Illustrations. L’Or du Temps. Paris. [Achevé d’imprimer
le 4 Avril 1970. Imprimé en Suisse]. In-4.º de 114-IV págs. B.
Curioso livro constituído por 100 reproduções de ilustrações japonesas explicitamente eróticas executadas entre os século XVII e XIX.
1218 — FLORES (António).- HISTORIA DO MATRIMONIO. Grande collecção de Quadros
vivos matrimoniaes pintados por varios solteiros malogrados na flôr da sua innocencia. Lisboa.
Officina Typographica de J. A. de Mattos. 1877. In-8.º de 207-I págs. B.
Livro curioso e invulgr, integrado na «Bibliotheca Jovial».
1219 — FLORES (António de Quadros).- GUIMARÃES NA ÚLTIMA QUADRA DO ROMANTISMO. Memórias. 1888-1926. I. Aspectos do Regimento 20 nos últimos 50 anos. II. Crónicas
para maiores de 50 anos. Guimarães 1959. In-8.º gr. de 195-I págs. B.
Com estampas em separado.
1210 - ver pág. 300
1220 — FLORIAN.- ÉLIEZER ET NEPHTALY, Poème traduit de l’hébreu; suivi d’un dialogue
entre deux chiens, nouvelle imitée de Cervantes. Ouvrages posthumes de M. De Florian. Paris.
Briand, Libraire. 1810. In.12.º de IV-VII-I-142 págs. E. no mesmo volume e do mesmo autor;
––– NOUVEAUX MÉLANGES DE POÉSIE ET DE LITTÉRATURE; Par Florian. Ouvrages
Posthumes. Ibid. 1810. II-184 págs.
[302]
.../...
O 1.º volume tem uma portada gravada constituída por cinco medalhões ovais com outras tantas cenas
alusivas à obra e a segunda tem outra portada, com quatro medalhões também historiados.
Bonita encadernação da época, inteira em pele, com dourados na lombada. O segundo volume tem um
finíssimo pico de traça na margem superior das primeiras folhas.
1221 — FLORIAN.- FABLES DE FLORIAN, Revues, corrigées, mises dans un nouvel ordre
et augmentées de plusieurs Fables inédites, d’après les manuscrits autographes de l’Auteur.
De L’Imprimerie de Guilleminet. A Paris, A la Librairie Économique. An IX. [1801]. In-12.º
de II-210 págs. E.
Com uma portada gravada em chapa de metal.
Encadernação inteira de pele, cansada.
1222 — FOGAÇA (António).- VERSOS DA MOCIDADE. (1883 a 1887). Coimbra. Typ. de M.
C. da Silva. MDCCCLXXXVII. In-8.º de 215-I págs. B.
Primeira edição deste estimado livro de António Fogaça, poeta natural de Barcelos e amigo de António
Nobre, livro que foi publicado um ano antes da morte do autor. “A obra que deixou revela um autor
romântico com tendência realista, que provavelmente se teria revelado mais nítida se tivesse vivido
mais tempo”, segundo os autores do «Pequeno Dicionário de Autores de Língua Portuguesa».
Desconjuntado.
1223 — FOLGOSA (Conde da) & NEVES (Adelino Vieira).- 1ª EXPOSIÇÃO DE EX-LIBRIS
DA COSTA DO SOL E SEU TRIÂNGULO TURÍSTICO. Arcadas do Parque Estoril, de 16
a 31 de Outubro de 1969. [Tipografia Cardim, Limitada. Cascais]. In-4.º gr. de 66-II págs. B.
Exposição feita com os exemplares das colecções do Conde da Folgosa e de Adelino Vieira Neves,
autores do catálogo e do texto «Nótulas Históricas do Ex-Libris em Portugal». Com numerosas reproduções. Tiragem limitada a 1000 exemplares.
Conservado numa pasta em percalina vermelha, tendo um brasão d’armas dourado dentro de um losango
em pele negra.
1224 — FOLHAS DE ARTE. Publicação mensal. Director: Augusto de Santa-Rita.
Lisboa.1924. Livraria Portugália Editora. 2 números. In-fólio E.
Nesta interessante e muito cuidada publicação vêm impressos, no primeiro número, os retratos
e fac-símiles de poemas de Branca de Gonta Colaço, Virgínia Victorino, Fernanda de Castro, Gomes
Leal, António Nobre, Afonso Lopes Vieira, Augusto Gil, Manuel da Silva Gaio, Américo Durão
e Fernando Pessoa, (com Canção, poesia inédita e retrato também inédito); No segundo número vêm
os retratos, acompanhados de músicas de Ruy Coelho, Luís de Freitas Branco, Cláudio Carneiro,
M. A. Lima Cruz, Ivo Cruz e Fernandes Fão, com versos de autores portugueses.
Colecção completa de tudo quanto foi publicado.
Em folhas soltas e em portfólio próprio em tela branca gravada a negro e amarelo.
1225 — FOLQUE (Filipe).- SEIS CARTAS AUTÓGRAFAS, endereçadas a Francisco Joaquim
Maia, datadas entre 30-12-1834 e 8-5-1848. Dim. 20 x 24,5 cm.
Seis interessantes cartas de Filipe Folque, nascido em Portalegre, Fidalgo da Casa Real, general de divisão
da arma de Engenharia, doutorado em Matemática, foi ajudante do director das obras do Mondego
e em 1827 ajudante de Observatório da Universidade. Foi depois nomeado lente de Astronomia quando
se formou a Escola Politécnica (a cujo incêndio se refere numa das suas cartas), aliava aos seus dotes
de cientista grandes conhecimentos de música, tendo auxiliado Garrett na formação do Conservatório, etc.
1ª Carta, datada de “Lisboa 30 de Dezembro de 1834”, felicitando o destinatário pelo seu casamento,
“desejando que esta união, seja um novo fóco de felicidades, e venturas para todos os membros da Ill.ª
Familia de V. S.ª (...)”;
2ª Carta, datada de “Lxª 20 de M.ço de 1843”: [Referências a um Cometa].“(...) Participo a V. S.ª, que
já foram cumpridas as suas ordens, porque depois de ter indagado, qual era a morada do Ex.mo Bispo
do Porto e seu Irmão; fui procura-los, porem tive o desgosto de os não encontrar, todavia deixei-lhes
[303]
.../...
os meus Bilhetes de visita, e dice ao seu Escudeiro, que eu ali ia da parte de V. S.ª e da mª offerecer-lhes
esta sua casa e os proprios donos pª o serviço de S. Ex.as (...) Sobre politica nada digo, porq.to estou
desenganado, que sou um grande asno, porq.e tudo q.to eu imagino de immediato interessar pª a nossa
terra, nada vejo começar; portanto eu he q. sou o tolo, porq. he mais provavel enganar-se um só, do q. os
m.tos da governança.
“Aqui nos tem visitado um formidavel Cometa, já do Observ.º conseguimos no dia 15 distinguir-lhe
(?) Nucleo, elevado sobre o horiz. cousa de 10º; porem a luz he tão fraca, q. se não tem prestado ás
observações, e m.to principalm.e por causa do grande luar da Lua Cheia. (...) M.tas tolices se
dizem a resp.to da apparição deste astro; hoje corre nesta Capital a noticia, q. se acaba o mundo depois
de amanhãa!!!! A Propenção, q. m.ta gente de gravata lavada tem p.ª acreditar cegam.te (...) procede
de haver fanaticos ou grandes espertalhões, q. taes patranhas promulgam pª seus fins, e alem disto de
todo o nosso povo, e grande numero da classe media jazer n’uma profunda ignorancia dos princ.os
geraes , que constituem a educação e instrucção geral de uma nação... Hé por causa destas e d’outras
couzas, que o systema representativo tanto custa a constituir-se nesta nossa terra, e que por tudo isto
precisamos de gente de m.to juizo e m.ta honra; mas onde acha-los? (...);
3.ª Carta, pré-filatélica, datada de “Lxª 10 de Abril” (de 1843); Cumprimenta e diz: “Fui seg.da vez
procurar S. Ex.as, e tive a satisfação de encontrar o Snr. Bispo, com qum m.to sympathisei, porque na
verdade he uma pessoa m.to estimavel. Eu ia com tenção de o convidar pª uma noite nos fazer a honra
da sua comp.ª; porem como pela conversação, q. anteriormente tivemos,, em que descrevendo o m.to
bem que se passava na casa de V. S.ª, me dice por incidente, que isto lhe constava por seu Irmão,
porq.to era preciso amoldar-se aos habitos episcopaes, e q’ por isso não desfructava assas bellas companhias, em conseq. disto não me atrevi a fazer-lhe o meu convite. (...)
“Convidei-o pª ir á Eschola Polytª e lhe dice , que me prevenisse do dia em q. queria ir, pª estarem as
cousas arranjadas. (...)”;
4.ª Carta, pré-filatélica, datada de “Lxª 4 de Maio de 1843”, manuscrita sobre três das suas quatro páginas.
[Dá importantes informações sobre o incêndio na Escola Politécnica]. Cumprimenta e fala na “terrivel
catastrophe da mª desgraçada Eschola, que considerava como uma filha m.to querida, me deixou
completamente prostrado de espirito, e se a isto juntar a immensa fadiga, q. eu e meus Coll.as tivemos
pª abrirmos todas as aulas em 5 dias, confeço-lhe, q. fiquei morto, e q. realm.e me acho habatido fisica
e moralm.e fallando; todavia salvou-se todo o Cartorio, e os objectos de todos os Estabelecim.tos taes
como os de Fyzica, Chimica, Mineralogia, Zoologia, Bibliotheca, Astronomia, só desta ultima he que
as chamas devoraram um bello Instr.º de (Pesagens?) q. tinha vindo de Paris, e um magnifico
Parallactico de Adams, sendo o valor do 1º de 700$, e o do 2.º 1:200; esta perda porem em comparação
do q. se salvou pode dizer-se q, he m.to pouca cousa.
“Este infeliz desastre nos certificou porem que a Eschola tem m.tos am.os, porque os objectos salvados,
foram todos conduzidos pelos alumnos e por toda a gente scientifica, literata, e de consideração desta
Capital; os quaes fazem a maior dilig.ª pª que a Eschola renasça de suas cinzas. Este fogo começou
d’uma maneira misteriosa, porq.to appareceo n’um lugar onde só podia entrar rato ou gato, n’um sitio
onde não habitava pessoa alg.ª, n’um dia de vento norte horrivel e a barlavento: he m.to difficil explicar
este fogo por q.lqr descuido ou acazo. porem custa-me a comprehender, que haja alma tão damnada,
q, fosse capaz d’este horrivel crime.
“Bom foi q. o Snr. Bispo e seu Irmão não chegassem a vêr este bello estabelecim.to scientifico, porq.
decerto lhes havia de causar m.to maior pena. (...)”
5.ª Carta, datada de “Lisboa 19 de Fev.º de 1845”. [Referências aos governos de D. Miguel e de D. Maria].
Pede descupa por tão tarde responder, dizendo “apenas ter tempo pª comer e dormir”, mas que tem tido
noticias “de sua Familia por varias pessoas dessa cidade, e como fico certo, q. todos gozam de principal
bem, q, ha de telhas abaixo, por isso as m.as cartas são um pouco raras. (...) Com todo o gosto
cumpri logo com as suas ordens, e posso afiançar-lhe com todo o gosto, porq, realm.e sympathisei com
o Ex.mo Bispo D. Jeronimo”, lamentando não ter visto o Cónego José Narciso da Costa Rebelo, mas
“offereci-lhes com toda a franqueza militar este quartel da Rua das Trinas, assim como o prestimo
diminuto do dono da casa inteira pª o seu serviço. (...)
“Politicamente nada sei nem he possivel saber, isto he, politica portugueza, a este respeito dir-lhe-hei,
q.to a mª logica (?) apresenta-me o seg.te valor pª (?) — O governo de D. Miguel foi tão extravag.te
como absoluto, q.to o de D. Maria foi absurdo como liberal; se o de D. Miguel não tinha definição,
tambem o de D. Maria não; se o de D. Miguel foi inclassificavel, tambem o de D. Maria o he. finalm.e
[304]
.../...
meu querido am.º tudo isto he uma mixordia [palavra sublinhada], q, não cabe na Europa, só na Africa
he que poderá ter cabimento (...)”
6.ª Carta pré-filatélica, datada de “Lxª 8 de Maio de 1848”, manuscrita em duas das suas quatro páginas.
“(...) Aqui recebi a sua consoladora carta de 16 do mez passado [A propósito da morte do General
Folque, pai de Filipe Folque]. De q.to alivio são as verdad.as espressões de amizade a quem se acha
traspassado de dôr, e cheio de mil considerações, que torturam o espirito mais forte! A propria vida se
me torna indiffer.te, e so as recordações dos netos, que me são caras he que logicam.e me obrigam a
aceitar as condições de uma vida vegetativa, tão necessaria pª elles, e q.to incomodado pª mim, e indifferente pª todas as mais pessoas não teem culpa do pesadissimo tributo, que nos impoz a natureza”.
1226 — FONSECA (Artur Lambert da).- 25 POESIAS E 5 ILUSTRAÇÕES. Porto. Edições
Inicial. 1947. In-8.º gr. de 38-II págs. B.
Livro de estreia de Artur Lambert da Fonseca, publicado apenas com os seus primeiro e último nomes.
Com uma «Breve Nota sobre Artur da Fonseca» de Joaquim Moreira, que a termina com estas palavras:
“Estas 25 poesias serão o anúncio primicial do poeta que aqui saudamos com o mesmo entusiasmo
com que temos acompanhado a carreira do artista plástico”, dizendo antes que “Nas suas pinturas de
expressão sobre-realista [surrealista?], Artur da Fonseca demonstra fresca, atraente e poética imaginação.
Dedicatória autógrafa do autor.
1227 — FONSECA (Artur Lambert da).- CANTOS A EROS. Editora Pax. Braga. 1965. In-8.º gr.
de 68-IV págs. B.
Com prefácio de Luiz Forjaz Trigueiros, que o inicia com as seguintes palavras: “Lambert da Fonseca
estreou-se em 1947 com «25 Poemas», mas sobretudo nos últimos quatro anos tem sido credenciado pela
crítica responsável como uma das vozes líricas mais significativas da geração a que pertence. (...) A sua
voz, se não me engano, é das que o tempo não apagará.” Com dois belos desenhos, cremos que do autor.
Integrado na «Colecção Metrópole e Ultramar».
Com dedicatória autógrafa do poeta.
1228 — FONSECA (Arthur Lambert da).- XII ORAÇÕES. Gládio. [Composto e Impresso na
Gráfica Santa Clara. Vila do Conde. S.d.]. In-8º gr. de 28-IV págs. B.
Segundo a apreciação de Carlos Lobo de Oliveira, “Arthur Lambert da Fonseca é um poeta com um poder
de sortilégio sobre as palavras, que nos seus poemas adquirem sentido estranho, um encanto misterioso.”
Exemplar assinado pelo autor.
1229 — FONSECA (Artur Lambert da).- SALMOS E ORAÇÕES. Editora Pax. Braga. 1967.
In-8.º gr. de 70-II págs. B.
De Oliveira e Silva, da Academia Brasileira de Letras: “Poesia de pureza, estranha ao tempo de guerra
fria e acima desse tempo onde se calcula a destruição mais vertiginosa do ser humano. Poesia cuja
frescura de orvalho nos desoprime da tensão de uma época demasiadamente amarga para se tolerar,
oferecendo-nos esse estado de graça, o milagre de sentirmos que nasce uma sombra repousante para
nós.” Publicado na «Colecção Metrópole e Ultramar».
Com dedicatória do autor.
1230 — FONSECA (Joaquim Roque da).- PORTUGAL PAIZ DE TURISMO. [Centro Tip.
Colonial. Lisboa. [1932]. In-4.º de 53-I págs. E.
Conferência realizada no Automóvel Club de Portugal em 7 de Abrl de 1932.
Rica encadernação inteira em pele, com título e luxuriante decoração dourada nas pastas e seixas
e também dourado à cabeça. Capas da brochura conservadas.
1231 — FONSECA (Joaquim Roque da).- O TURISMO E A ECONOMIA NACIONAL.
Lisboa. 1936. In-4.º de 29-III págs. E.
Discurso inaugural do I Congresso Nacional de Turismo, proferido em 12 de Janeiro de 1936 no Salão
Nobre da Câmara Municipal de Lisboa.
Exemplar revestido de luxuosa encadernação inteira de pele, com título e rica decoração a ouro na
lombada, pastas, seixas e também dourado à cabeça. Com as capas da brochura conservadas.
[305]
1232 — FONSECA (Manuel da).- ALDEIA NOVA. Contos. Livraria Portugália. Lisboa. [1942].
In-8.º de 193-I págs. B.
Manuel da Fonseca é considerado como um dos principais autores do Neo-Realismo português. Esta primeira edição de «Aldeia Nova», tem a capa da brochura ilustrada por Manuel Ribeiro de Pavia. Invulgar.
1233 — FONSECA (Manuel da).- CERROMAIOR. Romance. Inquérito. [Lisboa. 1943]. In-8.º
de 302-II págs. B.
Segundo texto retirado do «Roteiro da Literatura Portuguesa», o autor, “De tendência neo-realista,
enveredou por um regionalismo bem caracterizado, fazendo viver nas suas obras muito da verdade
e da atmosfera típica do Alentejo.”
Exemplar da primeira edição.
Capa de brochura ilustrada por Manuel Ribeiro de Pavia.
1234 — FONSECA (Manuel da).- SEARA DE VENTO. [Editora Ulisseia Limitada. Lisboa.
1958]. In-8.º gr. de 171-V págs. B.
Primeira edição deste excelente livro em prosa de Manuel da Fonseca, “Romance entre os maiores das
letras portuguesas contemporâneas”, importante também para a bibliografia alentejana. Integrado na
colecção «Contemporânea».
Capa da brochura ilustrada a cores por Vespeira.
1235 — FONSECA (Martinho Augusto da).- SUBSIDIOS PARA UM DICCIONARIO DE PSEUDONYMOS, INICIAES E OBRAS ANONYMAS DE ESCRIPTORES PORTUGUEZES.
Contribuição para o estudo da Litteratura Portugueza. Com algumas palavras servindo de prologo
pelo Academico Dr. Theophilo Braga. Lisboa. Por Ordem e na Typographia da Academia Real
das Sciencias. 1896. In-8.º gr. de XII-II-298-II págs. E.
Trabalho fundamental na sua especialidade, indispensável a bibliotecários, livreiros e a quantos se
dedicam ao estudo da literatura portuguesa, pois, di-lo Teófilo Braga, “As obras de Anonymos constituem
o capitulo mais laborioso da Bibliographia; mas vence-se essa difficuldade colligindo opportunamente
as noticias de occasião, e explorando todas as notas manuscriptas que ás vezes se deparam quando se
gosa esse prazer delicado de folhear livros, mesmo sem ler.”
Primeira edição, muito invulgar.
Encadernação moderna com a lombada em pele, com rótulos escuros e ferros dourados.
1236 — FONSECA (Nicolau da).- UMA CARTA E ALGUMAS NOTAS INEDITAS DE
CAMILO CASTELO BRANCO. Correspondência de Ricardo Simões dos Reis ao eminente
escriptor. Breves considerações e comentários. Coimbra. 1923. In-8.º gr. de 51 págs. E.
Com um retrato de Camilo e a reprodução fac-similada de uma sua carta.
Modestamente encadernado e com as capas da brochura resguardadas.
1237 — [FONSECA (Pedro José da)].- TRATADO DA VERSIFICAÇÃO PORTUGUEZA,
dividido em duas partes. Lisboa, Na Typografia Lacerdina. Anno MDCCCXVII. In-8.º de VI-265-I págs. E.
Exemplar da segunda edição, também esta publicada anonimamente.
Encadernação inteira de pele, da época. Com uma mancha no pé das primeiras folhas.
1238 — FONSECA (Quirino da).- OS PORTUGUESES NO MAR. Memórias Históricas e
Arqueológics das Naus de Portugal. Com um prefácio de Henrique Lopes de Mendonça. Ementa
Histórica das Naus Portuguesas [Tipografia do Comércio. Lisboa. 1926]. In-4.º gr. de 798-II págs. E.
Primeira edição da obra, fundamental para os estudos náuticos portugueses, ilustrada com 24 fotogravuras
impressas em separado, além de outras, de pequeno formato, coladas nas páginas do texto e ainda
numerosos desenhos impressos nas mesmas páginas.
Excelente encadernação inteira de pele à cor natural, com nervos e ferros a ouro na lombada. Só minimamente aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
[306]
1239 — FORTES (José Maciel Ribeiro).- ENSAIOS SÔBRE UM PROBLEMA
ETNOGRÁFICO-FOLCLÓRICO. Companhia Portuguesa Editora, Lda. Porto. S.d. In-8.º
de 203-III págs. E
Livro integralmente consagrado ao estudo do Fado e das suas origens. Invulgar.
Encadernação com cantos e lombada em pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas. Dedicatória no anterrosto, cremos que do autor.
1240 — FORTES (Manuel de Azevedo).- ENGENHEIRO // PORTUGUEZ: // DIVIDIDO EM
DOUS // Tratados. // TOMO SEGUNDO, // QUE COMPREHENDE A FORTIFICAÇAÕ //
regular, e irregular: o ataque, e defensa das Praças: // e no Appendice o uso das Armas de guerra.
// ... LISBOA OCCIDENTAL: // Na Officina de MANOEL FERNANDES DA COSTA, //
Impressor do Santo Officio. // M. DCC.XXIX. In-4.º peq. de XVI-492 págs. E.
É apenas o segundo volume, completo, desta importante e valiosa obra, volume que tem no início uma
bela gravura aberta em chapa de cobre, vendo-se ao fundo a cidade de Albuquerque e em primeiro
plano três cavaleiros; no fim tem as 22 gravuras em folha dupla, também em chapa de cobre, relativas
ao assunto tratado, gravuras que muitas vezes faltam.
Acerca da obra escreveu Inocêncio: “Obra magistral, bem escripta e coordenada, e que formava um
tractado de fortificação e de ataque e defensa de praças, tão completo como os melhores que até áquelle
tempo se haviam publicado nos paizes mais cultos da Europa.”
Encadernação inteira em pele, da época.
1241 — FORTUNA (J. A. de Freitas).- CARTAS DE J. A. DE FREITAS FORTUNA a D. Ana
Augusta Plácido e a Camilo Castelo Branco (Com duas cartas do Dr. Urbino de Freitas). Evora.
Minerva Comercial, Lda. 1924. In-8.º gr. de 64 págs. B.
Edição limitada a 50 xemplares numerados.
Dedicatória autógrafa a Gomes Monteiro, com assinatura que não identificamos.
1242 — FRANCIOSI (Ch. de).- TRENTE JOURS PAR DELA DES MONTS PYRÉNÉES.
Feuillets de Voyage. Lille. MDCCCLXXX. [Imprimerie L. Danel]. In-4.º gr. de IV-206 págs. E.
Palau: “Obra no puesta a venta. Reseña las principales ciudades de España, y algunas de Francia
y Portugal.” Obra publicada anónima, destinada a ofertas, decerto muito reduzida, impressa em excelente
papel com grandes margens. Ostenta sete excelentes gravuras, representando a primeira e única em folha
dupla e também única referente a Portugal: «Vue de Lisbonne - Place D. Pedro IV, Théatre Dona Maria II»;
as outras são assim tituladas: «Cathédrale de Cordoue (La Mezquita)», «Porte d’une rue de Séville», «Une
Gitana», «Hôtel de Los Siete Suellos - Alhambra, Grenade», «Mariano Fernandez, Prince des Gitanes»
e «Une Visite à l’Albaycin, - Grenade, 25 Février 1880». Com seis capítulos referentes a Portugal.
Com dedicatória autógrafa do autor e uma carta anexa, também do autor; tem ainda um cartão de visita de
Marcelo Caetano, dizendo: “Marcello Caetano com afectuosos cumprimentos toma a liberdade de lhe
oferecer o volume que pª si tem o interesse especial de doc. de família. I.V.51”
Encadernação da época, com cantos e lombada em pele, bastante coçada; corte superior dourado
a ouro fino. (ver gravura na pág. 308)
1243 — FRANCO (Chagas) & SOARES (João).- MEMENTO DOS QUADROS DA HISTORIA
DE PORTUGAL, coordenados pelos professores de Historia. Ilustrações de Roque Gameiro
e Alberto de Sousa. Editados pela Papelaria Guedes de Paulo Guedes & Saraiva. Lisboa. S.d. In-8.º
esguio de 143-I págs. B.
Apreciações de António Arroyo, Luís Schwalbach, Agostinho Fortes, José Nunes da Mata, Fidelino de
Figueiredo e outros, incluindo as da Imprensa da época.
1244 — FRANCO (Chagas) & SOARES (João).- QUADROS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL.
Coordenados por... Ilustrações de Roque Gameiro e Alberto de Sousa. Prosa original de Chagas
Franco. Edição da Papelaria Guedes. Lisboa. 1917. In-fólio oblongo de VIII-138-VI págs. E.
Bela e monumental edição executada em papel-cartolina, com as inúmeras e lindíssimas aguarelas de
Roque Gameiro e Alberto de Sousa estampadas a cores, ilustrações que recriam os mais significativos
momentos da História de Portugal.
Encadernação original, gravada a cores com motivo alegórico.
[307]
1242 - ver pág. 307
1245 — [FRANCO (Francisco de Melo)].- O REINO DA ESTUPIDEZ, Poema. Nova edição,
corecta. Parîs, Na Officina de A. Bobée. 1821. In-8.º peq. de X-62 págs. E.
Acerca deste poema herói-cómico diz Alberto Pimentel: “Atribui-se geralmente êste poema ao português-brasileiro Francisco de Melo Franco, natural de Peracatu, bispado de Pernambuco, onde nasceu em 1757. (...)
“Melo Franco veio à metrópole para cursar a faculdade de medicina em Coimbra e, quando estudante, foi
denunciado à Inquisição como hereje: por êste motivo saíu no auto de fé que se realizou naquela cidade a
26 de agosto de 1781 e depois sofreu a pena de reclusão no convento de Rilhafoles, em Lisboa.
“Conseguindo readquirir a liberdade (...) procurou vingar-se dos seus perseguidores conimbricenses
divulgando contra êles, por cópias manuscritas, um poema herói-cómico, em tão cauteloso mistério
compôsto e espalhado, que a muitos foi atribuído, menos ao verddeiro autor. (...)”
Tanto a primeira como esta segunda edição foram impressas em Paris, sendo rara qualquer delas.
Encadernação da época, com a lombada em pele. (ver gravura na pág. 309)
1246 — [FRAZÃO (Paulo Jorge do Amaral)].- CAMILIANISTAS. Cartas a Bento Chumelgas,
moço d’uma esquima da Baixa. 1917. Centro Typographico Colonial. Lisboa. In-8.º de 8 págs. E.
Opúsculo publicado sob o pseudónimo “João Ruim”. Tiragem limitada a 200 exemplares numerados.
Encadernação com a lombada em pele, conservando as respectivas capas da brochura.
1247 — FREIRE (Anselmo Braamcamp).- AMARRADO AO PELOURINHO. Lisboa. Of. Tip.
- Calçada do Cabra, 7. 1907. In-4.º de 77-I págs. E.
Escrito polémico a propósito da crítica feita pelo autor ao livro «História de um Fogo Morto» de José
Caldas. Muito cuidada edição limitada a 150 exemplares impressos em papel de linho. Com citações
camilianas.
Modestamente encadernado, com as capas da brochura manchadas. Apresenta dois ex-libris de
Gustavo d’Avila Perez, um dos quais Camiliano.
1248 — FREIRE (Anselmo Braamcamp).- CARTA AUTÓGRAFA, datada de Lisboa 27 de Março
de 1903. Dim. 12 x 20 cm.
Não refere o nome do destinatário: “Recebi o importante numero de plantas que V. Ex.ª teve a bondade de me offerecer. (...) Já estão plantadas e espero não estranharão muito a differença do clima. (...)”.
1249 — FREIRE (Anselmo Braamcamp).- CRITICA E HISTORIA. Estudos de Anselmo
Braamcamp Freire. Lisboa. Tip. da Antiga Casa Bertrand. 1910. In-4.º gr. de VIII-V-I-414-IV
págs. B.
«Raparigas do Cancioneiro», «Garcia de Resende», «A Rainha D. Leonor», «Trasladação na Batalha»,
«Descendencia de D. João II», «A Amante», «Na Batalha», «Envenenado», «O Camareiro», etc. Com
ilustrações em folhas à parte. Primeiro e único volume publicado. Invulgar.
Assinado no anterrosto e desconjuntado.
1250 — FREIRE (Anselmo Braamcamp).- EXPEDIÇÕES E ARMADAS NOS ANOS DE 1488
E 1489. 1915. Livraria Ferin. Lisboa. In-4.º de X-112-VIII págs. E.
“A empresa mais importante, a que os mandatos [transcritos] se referem, é a da expedição à Graciosa
no ano de 1489”. Com uma grande folha desdobrável explicando minuciosamente como eram constituídas e aonde se destinavam as Armadas de 1488 a 1490. Boa e restrita edição em papel de linho.
Dedicatória do autor a Nuno de Brion. Encadernação em percalina. Sem as capas da brochura.
1245 - ver pág. 310
1251 — FREIRE (Francisco José) [Cândido Lusitano].- O MENTOR DE PHILANDRO:
Epistolas a um escriptor principiante, escriptas e offerecidas a...... por Candido Luzitano.
Coimbra: Em a Nova Imprensa de Trovão e Companhia. 1826. In-8.º de 59-I págs. B.
São raros os exemplares deste livro de Cândido Lusitano escrito em dez Epístolas.
Manchad d água diluídas e secas.
[310]
1252 — FREIRE (Francisco José) [Cândido Lusitano].- REFLEXÕES SOBRE A LINGUA
PORTUGUEZA, escriptas por... publicadas com algumas annotações pela Sociedade
Propagadora dos Conhecimentos Uteis. Lisboa. Typographia da Sociedade Propagadora dos
Conhecimentos Uteis. 1842. 3 vols. In-8.º de XXIV-181-III, 185-III e 140 págs. E. em 1.
Primeira edição, rara, com um extenso prefácio de J. H. da Cunha Rivara. A segunda edição viria a ser
publicada cerca de 20 anos depois.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com dizeres e ferros dourados.
(ver gravura na pág. 311)
1253 — FREIRE (Francisco José) [Cândido Lusitano].- SECRETARIO PORTUGUEZ, ou
Methodo de escrever cartas por meio de huma Instrucçaõ Preliminar: Regras de Secretaria:
Formulario de tratamentos, e hum grande número de Cartas em todas as especies, que tem mais
uso, com varias Cartas Discursivas sobre as Obrigações, Virtudes, e vicios do novo Secretario.
Nova Ediçaõ, augmentada com dous Supplementos sobre muitos pontos concernentes á Theorica,
e Prática do Commercio. Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1815. In-8.º gr. de II-190-II-186 págs. E.
Também conhecido por Cândido Lusitano, o autor foi um dos mais importantes poetas e mentores da
«Arcádia». Edição substancialmente aumentada em relação à primeira, visto trazer 186 páginas finais
com os referidos dois Suplementos, consagrado o primeiro às “Cartas de Commercio” e o segundo
a “varios pontos concernentes á theorica, e pratica do Commercio”.
Encadernação da época, em carneira, com bastante uso. Com algumas manchas antigas na margem das
primeiras folhas.
1254 — FREYRE (Gilberto).- ASSOMBRAÇÕES DO RECIFE VELHO. Ilustrações de Lula
Cardoso Ayres. Ediçõs Condé. [Este livro foi composto e impresso nos estabelecimentos Bloch
Editores S.A., no Rio de Janeiro, no mês de dezembro de 1955. A composição e impressão foi
dirigida por Valentim Bonder. A organisação e direcção geral coube a João Condé]. In-4.º gr. de
124-VI págs. B.
“Quem se surpreender com um livro sôbre assombrações, de escritor que tem na sociologia (como outros na
medicina ou na engenharia) seu mais constante ponto de apoio — embora seja principalmente escritor e não
sociólogo — que contenha sua surprêsa ou modere seu espanto. Pois não há contradição radical entre sociologia e história, mesmo quando a história deixa de ser de revoluções para tornar-se de assombrações. (...)
“O mistério continua conosco, homens do século XX, embora diminuído pela luz elétrica e por outras
luzes. Por que desconhecê-lo ou desprezá-lo em dias tão críticos não só para certas fantasias psíquicas
como para certas verdades científicas, como os dias que atravessamos?”
Primeira edição de um interessantíssimo e original livro de um dos nomes primaciais da Literatura
Brasileira, com curiosas ilustrações em folhas à parte e intercaladas nas páginas do texto. Primeira
e já rara edição limitada a 400 exemplares numerados, todos assinados por Gilberto Freyre, Lula
Chaves e João Condé.
1255 — FREIRE (João Paulo).- FERIAS DE UM JORNALISTA EM 1949. Ílhavo - Costa Nova
- Aveiro - Póvoa de Lanhoso - Gerez - Bouro e Nossa Senhora da Abadia - Paços de Sousa
(A Obra do P.e Américo) - Entre-os-Rios (A Ponte Duarte Pacheco) - Castelo de Paiva - Espinho
- Coimbra (A Obra Bissaya-Barreto) - Sinjeverga - Azurara - Porto (Algumas Considerações
Necessárias) - Porto - Lisboa (Regresso). 1950. Tip. Escola Profissional de Agricultura. Semide.
In-4.º peq. de 184-IV págs. E.
Com referências a numerosas personalidades e acontecimentos da época.
Boa encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
1252 - ver pág. 312
1256 — FREIRE (Pascoal José de Melo).- ALLEGAÇÃO JURIDICA por... feita em Coimbra
no anno de 1782, em que se prova I. Que os Melancolicos por doença naõ pódem fazer testamento: 2. Que as Leis da amortisaçaõ comprehendem as Misericordias do Reino: 3. Que o Juizo
dos Residuos não póde ser herdeiro. Illustraõ-se outros pontos pertencentes á Iurisprudencia
Patria. Tirada á luz por seu sobrinho Francisco Freire de Mello e por elle correcta e annotada.
Lisboa. Na Typographia Rollandiana em 1816. In-8º gr. de 32 págs. Desenc.
Com interesse para a história jurídica das Misericóridas portuguesas. Invulgar.
[312]
1257 — FREIRE (Pascoal José de Melo).- CODIGO CRIMINAL INTENTADO PELA RAINHA D.
MARIA I. Autor... Segunda edição castigada dos erros. Corrector o Licenciado Francisco Freire de
Mello, sobrinho do Autor. Em Lisboa. Estampada no mez de Agosto. O Typographo Simão Thaddeo
Ferreira. CIC .IC CCCXXIII. In-8.º gr. de VIII-XVIII-I-144 págs. Desenc.
Segunda e muito invulgar edição, porque “A primeira edição está deturpada; a ortographia incoherente; faltão periodos inteiros; faltam palavras substanciaes, que transformão inteiramente o sentido do Autor, &c.”
Desencadernado e aparado.
1258 — FREIRE (Pascoal Jose de Melo).- ELENCHUS CAPITUM, TITULORUM ET PARAGRAPHORUM IN HISTORIA ET INSTITUTIONIBUS JURIS CIVILIS ET CRIMINALIS
LUSITANI, quas Paschalis Josephus mellius Freirius elucubravit, contentorum. Adcedit Index
Generaliis rerum et verborum studio Francisci Freirii Melli, pro Desideratissimi Avunculi
Scriptorum faciolori usu. Editio quarta in usum Auditorii Conimbricensis. Conimbricae: Typis
Academicis. 1845. In-8.º gr. de 211-I págs. E.
De págs. 181 em diante decorre: «Resposta de Paschoal José de Mello contra a censura do Compendio
HISTORIA JURIS CIVILIS LUSITANI, feita por Antonio Pereira de Figueiredo».
Encadernação com a lombada em pele, da época.
1259 — FREIRE (Pascoal José de Melo).- ENSAIO DO CODIGO CRIMINAL, a que mandou
proceder a Rainha Fidelissima D. Maria I. Composto por Pascoal José de Mello Freire, que
a Sua Magestade Fidelissima o Senhor D. João VI. Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil
e Algarves, offerece e dedica Miguel Setáro, a quem liberalmente o cederão em publica utilidade
os dignos herdeiros de seu benemerito Autor. Lisboa. Na Typographia Maigrense. 1823. In-8.º
de XIII-I-459-V págs. E.
Inocêncio: “Esta edição feita com bastante incuria, como accusa a estiradissima tabella de erratas
que vem no fim, sahiu por diligencia e industria de Miguel Setaro, consul que fôra de Portugal na
Russia, a quem a cederam para esse fim os herdeiros do auctor. A composição da obra datava de
1789.” No mesmo ano saíu nova edição, sendo muito raros os exemplares desta primeira.
Bela encadernação inteira de pele, da época.
1260 — FREIRE (Pascoal José de Melo).- INSTITUTIONES JURIS CIVILIS LUSITANI CUM
PUBLICI TUM PRIVATI. Conimbricae. Typis Academicis. 1845-1853. 4 tomos In-4.º em 2 vols. E.
O primeiro volume ostenta um bom retrato do Autor gravado pelo grande artista italiano Bartolozzi,
artista que por muitos anos residiu e trabalhou em Portugal.
Obra dividida da seguinte forma: «Liber I. De Jure Publico»; «Liber II. De Jure Personarum»; «Liber
III. De Jure Rerum»; «Liber IV. De Obligationibus et Actionibus». O primeiro volume é da 4ª edição
e os restantes pertencem à 5ª.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
1261 — FREIRE (Pascoal José de Melo).- INSTITUTIONUM JURIS CRIMINALIS LUSITANI.
Liber Singularis. Editio quinta in usum Auditorii Conimbricensis, juxta primam ann. 1815.,
et secundam ann. 1827., sed auctior et emendatior. Conimbricae, Ex Typis Academicis. 1853.
In-8.º gr. de XIX-III-237-I págs. E.
Livro de Direito Criminal da autoria de um dos mais conceituados juristas portugueses e que, segundo
informa a «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», “motivou acerba crítica do padre António
Pereira de Figueiredo, devido a Melo Freire não reconhecer a soberania régia ilimitada, por isso
Figueiredo o reputou ímpio defensor de teorias subversivas.”
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1262 — [FREITAS (Joaquim Ferreira de)].- MEMORIA SOBRE A CONSPIRAÇÃO DE 1817,
VULGARMENTE CHAMADA A CONSPIRAÇÃO DE GOMES FREIRE; Escripta e publicada
por Hum Portuguez, amigo da Justiça e da Verdade. Impressão Liberal. Lisboa: Anno de 1822.
In-4.º peq. de X-281-I págs. E.
[313]
.../...
1262 - ver pág. 313
Inocêncio sobre o autor: “Natural da ilha da Madeira. Depois de vestir o habito franciscano capucho,
cuja regra chegára a professar (...) sahiu do convento não sei como, e appareceu secularisado. —
Entrou em Portugal, vindo ao serviço do exercito francez commandado por Massena, quando este
invadiu o reino em 1810, e com o mesmo regressou a França, donde passados annos se transferiu para
Inglaterra. (...) Era homem dotado de talento, mas de vida folgasã e desregrada; e tinha em escrever
tanta facilidade, quanta era a com que estava sempre prompto a vender-se aos que lhe alugavam a
penna. Recebeu por varias vezes grossas quantias, que lhe foram pagas pelo Marechal Beresford,
pelo Duque de Palmella, e pelo sr. D. Pedro, quando imperador no Brasil; o qual lhe conferiu tambem a condecoração da Ordem do Cruzeiro, em remuneração (dizem) de artigos encommendados,
que em vez de produzirem o fructo que d’elles se esperava, promoveram ao contrario a inquietação
e desagrado publicos, e augmentaram a indisposição dos brasileiros contra o imperador, levando-o
em fim á necessidade de abdicar da corôa. (...) Esta obra, escripta com o fim de justificar o marechal
Beresford (por quem foi encomendada e retribuida) da maneira altamente censuravel e odiosa como
procedêra no negocio da conjuração, e para desviar delle toda a responsabilidade, lançando-a á conta
dos membros da regencia que a esse tempo governava o reino, está seguramente muito longe de poder
julgar-se imparcial. Assim mesmo é interessante, por conter a narrativa miuda de todos os factos
occorridos, e a noticia de particularidades reconditas, que em outra parte se não encontram. Traz na
sua integra a sentença dos réus, e além d’ella alguns outros documentos; em fim, é o que possuimos
de mais amplo ácerca d’aquelle tenebroso e lamentavel episodio da nossa historia moderna.” Curioso
e muito raro.
Encadernação da época, com a lombada em pele. (ver gravura na pág. 314)
1263 — FREITAS (Jordão de).- O DESCOBRIMENTO PRE-COLOMBIANO DA AMÉRICA
AUSTRAL PELOS PORTUGUESES. S.l.n.d. In-4.º de 13-III págs. B.
Separata da revista «Lvsitania» dirigida por Carolina Michaelis de Vasconcelos.
1264 — FREITAS (Jordão de).- A IMPRENSA DE TIPOS MÓVEIS EM MACAU E NO
JAPÃO NOS FINS DO SÉCULO XVI. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1916. In-4.º gr. de
15-I págs. B.
Estudo publicdo em separata dos «Anais das Bibliotecas e Arquivos de Portugal».
1265 — FREITAS (Jordão de).- O MARQUEZ DE POMBAL E O SANTO OFFICIO DA
INQUISIÇÃO. 1916. Sociedade Editora “José Bastos”. Lisboa. In-8.º de 127-III págs. B.
“Memoria enriquecida com documentos inéditos e facsimiles de assignaturas do benemerito reedificador
da cidade de Lisboa”.
1266 — FREITAS (Jordão de).- O NAUFRAGIO DE CAMÕES E DOS LUSIADAS. Lisboa.
Typographia Castro Irmão. 1915. In-4.º gr. de 50-II págs. B.
1269 — FREITAS (Padre Senna).- AO VEIO DO TEMPO. (Ideas, Homens e factos). Lisboa.
Parceria Antonio Maria Pereira. 1908. In-8.º gr. de VII-I-359-I págs. E.
“Conformando-me com o conselho de Jesus, collijo eu tambem aqui em livro muitos artigos que ao
veio ou ao correr do tempo tenho successivamente publicado em diversos jornaes e revistas, para que
não pereçam de todo, porque, apezar da humildade da fórma, alguns assumptos encerram, que não me
parecem, pela sua importancia maior ou menor, de um interesse ephemero, e que por tanto convem
conservar á sombra da estabilidade do livro; que o jornal é arroyo que deslisa e passa, o livro é lago
que collige e guarda. (...)” Escritos interessantes e do mais variado interesse.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Carimbo antigo no frontispício.
1270 — FREITAS (Padre Senna).- NO PRESBYTERIO E NO TEMPLO. Livraria Internacional
de Ernesto Chardron... 1874. 2 vols. In-8.º de IX-VII-292 e 344 págs. E.
Alguns dos capítulos que dão forma a esta interessante e invulgar obra: Atravez da Hespanha, A Cartuxa de
Burgos, A Cathedral de Burgos, De Burgos a Madrid, Madrid, O ideal christão nas bellas--artes, Estudos historico-christãos, Através do caminho de ferro, Primeira parte d’uma pratica dirigida ás recolhidas da
Conceição em Braga na conclusão do mez Mariano, Assumpção de Maria, Sermão prégado na igreja de
Nossa Senhora da Oliveira na cidade de Guimarães, Panegyrico de Santa Quiteria prégado na capella do
mesmo nome na villa de Margaride, Fragmento d’um sermão sobre a importancia da salvação prégado no
sertão da provincia do Ceará (imperio do Brazil) no lugar chamado Arraial, Exordio do primeiro sermão de
uma missão que havia de ser dada (e o não foi) na cidade da Fortaleza (...), Instrucção familiar sobre a maledicencia prégado no lugar de Santo Antonio de Sapatuí sertão da província da Bahia, Discurso pronunciado
na academia da associação catholica portuense no dia 16 de março de 1873, Discurso pronunciado na primeira academia da associação catholica de Braga que teve lugar a 22 de junho de 1873 por occasião do xxvii
anniversario da ascensão ao throno pontificio do N. SS. Padre Pio xx, Oito annos nos sertões da America do
Sul ou o Brazil por dentro.
Valiosa dedicatória do autor para Camilo Castelo Branco “como minimo testemunho de profunda
admitação, de sincera sympathia; e como saudosa recordação dos bellos dias da Povoa, de annos passados”, sendo diferente mas igualmente amistosa a dedicatória, para o mesmo romancista que o autor
deixou no segundo volume. Do punho de Camilo consta uma anotação a lápis na margem da pág. 83
do 1.º volume e alguns sublinhados.
Boas encadernações da época, com as lombadas em pele.
1271 — FREITAS (Padre Senna).- A PALAVRA DO SEMEADOR. Sermões, Orações funebres,
Discursos, Conferencias, Allocuções, pronunciados no templo e fora d’elle. 1867 - 1903. Lisboa.
Parceria Antonio Maria Pereira. 1905. In-8.º gr. de XVII-III-280-IV págs. E.
Peças oratórias de natureza religiosa e de notável qualidade literária.
Encadernação simples, inteira em percalina granitada.
A edição total deste interessante trabalho constou apenas de 324 exemplares numerados e assinados.
1272 — FREITAS (Padre Senna).- PERFIL DE CAMILLO CASTELLO BRANCO. Nova
edição, auctorisada pelo auctor. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. 1888. In-8.º
de 151-V págs. E.
Tem no fim uma árvore genalógica em folha desdobrável de grande formato.
Dedicatória autógrafa do Visconde de Santarém.
1273 — FREITAS (Padre Senna).- STAMBUL, ou Itinerario d’uma viagem a Constantinopla.
1909. Prceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. In-8.º gr. de 225-III págs. E.
1267 — FREITAS (Jordão de).- ONDE NASCEU O 2.º VISCONDE DE SANTAREM?
(Memoria publicada pelo 3.º Visconde de Santarem). 1913. Imprensa Libanio da Silva. Lisboa.
In-4.º gr. de 24 págs. B.
1268 — FREITAS (Justino António de).- INSTITUIÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
PORTUGUEZ. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1857. In-8.º gr. de XI-I-292 págs. E.
O autor, madeirense nascido na cidade do Funchal, foi Doutor e Lente na Faculdade de Direito da
Universida de Coimbra, Deputado às Côrtes em várias Legislaturas, redactor principal do jornal
«Academico», etc. Desta obra foram publicadas duas edições, sendo da primeira o exemplar que apresentamos.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros a ouro.
[315]
“(...) O que se offerece ao leitor é o contôrno rapido d’um enorme vulto litterario, delineado por um dos
seus cultores. É a anthropologia, ou o duplo perfil physico e moral d’um amigo tracejado por um
amigo, mas por um amigo independente. (...)”
Edição esmerada, pouco frequente. Encadernação com lombada em pele e as capas da brochura conservadas.
Livro escrito em forma de cartas, ilustrado com numerosas fotogravuras em folhas à parte.
Encadernação dos editores, inteira em percalina, com ferros dourados, prateados e a negro.
1274 — FRIAS (César de).- BIBLIOTECA DAS NOIVAS, organisada por... Livrarias Aillaud e Bertrand.
Paris-Lisboa. S.d. 3 vols. In-12.º E.
Colecção de pensamentos extraídos das obras de alguns de escritores portugueses e brasileiros, em três
volumes com os seguintes títulos: «O Amor», «A Mulher» e «O Lar».
Modestamente encadernados, tendo conservadas as capas da brochura. Assinados nos frontispícios.
[316]
1275 — FRIAS (Pedro de).- CRÓNICA DEL-REI D. ANTÓNIO. Estudo e Leitura de Mário
Alberto Nunes Costa. 1955. [Coimbra]. In-4.º de IV-420-II págs. B.
Texto inédito do fim do século XVI, importante para a reconstituição dos episódios finais da perda da
independência portuguesa e da luta que se lhe seguiu para a recuperação do trono nacional, numa
cuidada edição dos «Acta Universitatis Conimbrigensis».
Capas da brochura com manchas de acidez.
1276 — OS GAFANHOTOS. Revista mensal. Redactor - Urbano Loureiro. Porto. Typographia
Lusitana. 1868. 7 números In-4.º de 223-I págs. E.
Colecção completa desta muito curiosa, sarcástica e invulgar publicação periódica, em prosa e verso,
especialmente valiosa pelos assuntos e autores citados: Porto, Palácio de Cristal, Teatro de S. João,
Jornal «O Comércio do Porto», Brasil, Circo, Tauromaquia, Camilo, José Cardoso Vieira de Castro,
António Feliciano de Castilho, Manuel Roussado, Ciríaco Cardoso, Alves Mendes, Luciano Cordeiro,
Júlio Diniz, Oliveira Martins e Ernesto Biester entre outros.
Boa encadernação à amador, com as capas da brochura conservadas e as margens intocadas.
1277 — GAIO (Manuel da Silva).- CHAVE DOURADA. Edição do autor. 1916. [Tipografia da
«Renascença Portuguesa». Porto]. In-8.º de 184-VIII págs. B.
Livro de versos prefaciado pelo próprio autor, acompanhado de um seu retrato reproduzido de uma
sanguínea, cujo autor não vem indicado. Do prefácio: “Sendo, no fundo, uma apologia da Acção, votada
ás novas gerações portuguêsas, este poêma tinha de ser, essencialmente, uma evocação do Passado
nacional...”
Segundo informação recolhida na «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», M. da Silva Gaio
foi «colaborador efectivo das «Novidades», jornal então, dirigido por Emídio Navarro. Ali conheceu
Eça de Queirós, que o convidou para o lugar de secretário da «Revista de Portugal». Com Eugénio de
Castro, fundou em 1894 a revista «Arte», uma das revistas mais interessantes e europeias que se têm
publicado em Portugal.”
Pequena mancha na capa da brochura.
1278 — GALSWORTHY (John).- CARAVAN. The Assembled Tales of... 1927. London:
William Heinemann Ltd. In-8.º gr. de X-950 págs. E.
Galsworthy, notável escritor, romancista e dramaturgo inglês, “foi sobretudo um analista penetrante
e um realista sincero que pintou, sem indulgência, a moralidade das classes médias do seu tempo”,
segundo palavras de Henrique Perdigão. Autor da «Saga dos Forsyte», obra que lhe valeu o Prémio
Nobel, e se encontra incluída no volume que temos presente.
Encadernação editorial em fina pele maleável, com o título a ouro na lombada e pasta, estando ainda
dourado à cabeça.
1279 — GALVÃO (Duarte).- CHRONICA DE EL-REI D. AFFONSO HENRIQUES. Lisboa.
1906. In-8.º gr. de 190-X págs. E.
Crónica integrada na prestimosa «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» de Melo de Azevedo, seu
proprietário e fundador.
Boa encadernação com a lombada em pele que apresenta nervos e ferros a ouro., tendo conservadas
as capas da brochura. Dedicatória autógrafa de Melo de Azevedo.
1280 — GALVÃO (Duarte).- CRONICA DELREY DOM AFFOMSSO HAMRRIQUES primeiro
Rey destes Regnos de Portuguall por Duarte Galluam Fidallguo da Casa Delrey e do seu
Conselho. M.D.V. Publicada pelo Bacharel Manuel de Castro Guimarães, Conde de Castro
Guimaraes em commemoração da morte do cronista. [Editora L.da aos 22 dias do mez de Maio
do anno de mil novecentos e dezoito]. In-4.º gr. de XLI-I-216-II págs. E.
“(...) O desejo de dar a conhecer de modo integral e na sua forma genuina a Chronica d’elRey dom
Affomsso Hamriques primeiro Rey destes regnos de Portuguall por Duarte Galluam, motivou a reso-
[317]
.../...
lução de a copiar de um velho manuscripto do seculo XVI que possuo na minha livraria, dando-a
á estampa na presente edição. (...)
“Impressa a Cronica pela primeira vez em Lisboa no anno de 1726, editada por Miguel Lopes Ferreira,
foi concedida a indispensavel licença do Santo Officio mediante a prévia amputação de quatro capitulos,
os XXI, XXII, XXIII e XXIV; saindo a Chronica com 56 capitulos em vez dos 60, de que se compõe
o texto original.
“Os quatro capitulos votados ao ostracismo pelo rigor inquisitorial, relatam o episodio do Bispo Negro.
“O theor da narração, e o que é mais, a forma do dialogo, quiça menos reverente para com a authoridade papal, com a aggravante do applauso á manifesta rebeldia do fundador da monarchia em face das
intimidações da Curia Romana, explicam embora não justifiquem a mutilação imposta. (...)”
Edição esmerada, impressa a negro e vermelho, com duas estampas em folhas à parte tiradas do
manuscrito reproduzido. “Desta Cronica foi feita uma unica tiragem de duzentos exemplares, todos
rubricados pelo seu publicador, sendo destinado á Santa Casa da Misericordia da villa de Cascaes
o producto dos que forem postos é venda.”
Encadernação inteira em pele, restaurada, com ferros a ouro na lombada e as armas de Portugal em
ambas as pastas; com as capas da brochura preservadas e inteiramente por aparar.
1281 — GALVÃO (Henrique).- OUTRAS TERRAS, OUTRAS GENTES. (Viagens em África).
Emprêsa do Jornal de Notícias. Porto. [S.d.] 2 vols. In-4.º de 625-XXV divididas pelos dois
volumes. E.
Uma das mais conhecidas, interessantes e estimadas obras da bibliografia luso-africana, numa edição
cuidadosamente executada e copiosamente ilustrada com centenas de fotogravuras e pequenos
desenhos disseminados pelo texto, além de 40 belos extra-textos, na sua maior parte impressos a cores,
da autoria de Pires de Moura, Eduardo Malta, Fausto Sampaio, Neves e Sousa, Martins Barata,
António Ayres e Rui Filipe.
Exemplar nº 108, assinado pelo autor, de Tiragem Especial não referida. Bonitas encadernações editoriais em pele à cor natural, decoradas com ferros a seco posteriormente pintados a negro, alusivos ao
tema africano, e dizeres dourados.
1282 — GALVÃO (Henrique).- RONDA DE ÁFRICA. (Outras Terras, Outras Gentes: Viagens
em Moçambique). Editorial “Jornal de Notícias” Porto. Realização de Neogravura, Ltda. Lisboa.
S.d. 2 vols. In-4.º de 609-XXXI págs. divididas pelos dois volumes. E.
Uma das mais importantes obras portuguesas da especialidade, em bom papel e documentada com
grande número de fotogravuras e desenhos disseminados pelas páginas do texto e ainda com dezenas
de excelentes extra-textos a cores de José de Moura e Fortunato Anjos.
Encadernações editoriais em pele, decoradas nas pastas com ferros dourados e a cores e dourados nas
lombadas.
1283 — GALVÃO (Henrique) & CRUZ (Freitas) & MONTÊS (António).- A CAÇA NO
IMPÉRIO PORTUGUÊS. Editorial “O Primeiro de Janeiro”. Porto. [1943-1945]. 2 vols. Infólio de II-314-VI e II-302 a 638-II E.
Obra das mais importantes da bibliografia cinegética portuguesa e das antigas colónias portuguesas em
África, numa excelente edição ilustrada com centenas de fotogravuras a negro e a cores em folhas
à parte e nas páginas do texto.
Encadernações originais em pele, decoradas com ferros dourados e a seco.
1284 — GAMA (Arnaldo).- O BALIO DE LEÇA. (Lenda do seculo XIV). Porto. Typographia
de Antonio José da Silva Teixeira. 1872. In-8.º de 231-I págs. B.
Um dos mais apreciados romances de Arnaldo Gama, onde se descrevem cenas da Idade-Média ocorridas no mosteiro de Leça do Balio com os Cavaleiros da Ordem do Hospital, em 1324. Primeira e mais
procurada edição.
Assinatura vertical na margem interior do frontispício. Capa da brochura mal cuidada.
[318]
1285 — GAMA (Arnaldo).- A CALDEIRA DE PERO BOTELHO. Porto. E. Casa de Cruz
Coutinho - Editor. 1866. In-8.º de 324 págs. E.
Romance com interesse para a bibliografia camoniana, romance que encerra com esta curiosa nota:
“Terminando, tenho a dizer ao leitor, que a historia dos amores de Diogo Botelho e D. Beatriz, bem
como a caldeira de Pedro Botelho, foram tiradas da Relação de uma viagem a Espanha, escripta por
Thomé Pinheiro da Veiga, que dizem ser author da celebre Arte de furtar; viagem de cujo manuscripto
é possuidor o snr. Antonio Rodrigues da Cruz Coutinho, proprietario e editor d’este livro.”
Encadernação com a lombada em pele; um tanto aparado. Assinatura-carimbo no frontispício.
1286 — GAMA (Arnaldo).- EL-REI DINHEIRO. Porto. Livraria de Jacinto A. Pinto da Silva Editor. 1876. In-8.º gr. de X-385-III págs. E.
Primeira edição de um dos mais apreciados livros do popular romancista histórico portuense.
Encadernação com lombada e cantos em pele, com as capas da brochura conservadas e só de leve
aparado à cabeça. Com dois carimbos antigos do “Alfarrabista Portuense”.
1287 — GAMA (Arnaldo).- O FILHO DO BALDAIA. Porto. Em Casa de Viuva Moré —
Editora. 1866. In-8.º de IV-511-I págs. E.
É a muito estimada primeira edição deste interessante romance histórico.
Encadernação com a lombada em pele, da época. Assinatura-carimbo no frontispício.
1288 — GAMA (Arnaldo).- HONRA OU LOUCURA. Porto. Em Casa de Cruz Coutinho Editor. 1858. In-8.º gr. de 296 págs. E.
Exemplar da primeira edição, a mais estimada e valiosa.
Encadernação com lombada e cantos em pele, não contemporânea. Só de leve aparado à cabeça.
1289 — GAMA (Arnaldo).- POESIAS E CONTOS. Porto. Em Casa dos Editores Moré & C.ª. 1857.
In-8.º gr. de 658-II págs. E.
Um dos mais raros livros deste muito estimado autor portuense.
Encadernação inteira em pele, da época; carimbo de livraria brasileira no rosto e anterrosto
1290 — GAMA (Arnaldo).- O SEGREDO DO ABBADE. Porto: Typographia do Commercio.
1864. In-8.º de 389-III págs. E.
Este romance descreve o “tempo da invasão francesa, no Minho em 1809, dando-nos a visão nítida do
que eram os soldados de Soult em frente das guerrilhas minhotas...”. Primeira edição, a mais estimada
e invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros a ouro.
1293 — GAMA (Arnaldo).- VERDADES E FICÇOENS. . Collecção de romances. Porto. Em
Casa de J. A. Pinto da Silva - Editor. 1859. 2 tomos In-8.º de VIII-316 e 302 págs. em 1 vol. E.
Com os seguintes escritos: «Um defeito de Organisação», «O chefe dos Abencerragens», «Paulo»,
«Carolina» e «A Tomada de Ormuz». Raro.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Corte em diagonal no anterrosto do primeiro volume,
decerto feito para eliminar eventual dedicatória. Assinatura-carimbo no frontispício.
1294 — GAMA (José Basílio da).- O URUGUAI. Edição comemorativa do Segundo Centenario
anotada por Afrânio Peixoto, Rodolfo Garcia e Osvaldo Braga. Publicações da Academia
Brasileira. Rio de Janeiro. 1941. In-8.º de XXXVII-I-VI-177-III págs. B.
A edição, muito cuidada, inclui a «Nota Preliminar» de Afranio Peixoto, a reprodução fac-similar
da primeira edição, de 1769, as «Notas Complementares, às anotações do poeta ao seu poema», de Rodolfo
Garcia e «Nota Bibliografica das Edições do “Uruguai”», de Osvaldo Braga.
1295 — GAMA (Sebastião da).- SERRA-MÃI. Poemas de... Dezembro. 1945. [Imprensa
Artística, Lda. Lisboa]. In-8.º de 124-IV págs. B.
Livro invulgar, o primeiro deste grande poeta. Capa ilustrada por Lino António.
Capas da brochura com manchas de acidez.
1296 — GAMA (Vasco da).- ROTEIRO DA VIAGEM DE VASCO DA GAMA EM
MCCCCXCVII. Segunda edição, correcta e augmentada de algumas observações principalmente
philologicas por A. Herculano e o Barão do Castello de Paiva. Lisboa. Imprensa Nacional.
MDCCCLXI. In-8.º gr. de XIII-I-180-II págs. E.
“A narrativa da viagem de Vasco da Gama no descubrimento da India, escripta por um dos que tiveram
parte naquella expedição naval a mais celebre da historia moderna, é um dos ineditos de maior importancia publicados em Portugal neste seculo. A avidez com que foi procurada e lida a primeira edição,
e a raridade dos exemplares della moveram-nos a reimprimir essa narrativa”, agora expurgada
de defeitos e incorreções. Com as seguintes peças iconográficas litografadas em folhas à parte: retrato
de Vasco da Gama; “Fac-simile da letra do Manuscripto”, em folha dupla; retrato de D. Manuel
e “Carta demonstrativa da Viagem que em Descobrimento da India fez Vasco da Gama em 1497”, em
folha desdobrável de grandes dimensões.
Bonita e perfeita encadernação inteira em pele decorada com ferros a ouro nas pastas e na lombada.
1297 — [DOURO.TRATADO SOBRE A NAVEGAÇÃO DESTE RIO]. GAMINDE (Benito
Alejo).- CARTA ENVIADA AO DR. FRANCISCO JOAQUIM MAIA, do Porto, datada de
Lisboa, 20 Julio 1838. Dim. 20 x 25 cm.
Romance baseado no célebre motim popular de 1757, pelo qual o Marquês de Pombal “mandou ao
Porto a famosa alçada que sentenciou atrocidades, que cobriram de horror e de luto toda a cidade”.
Primeira edição, muito invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
Importante carta manuscrita sobre duas das quatro páginas da folha. “Habiendo V. tenido la bondad de
manifestarme en esa, que apoyaria con todo el peso que le dan su posicion social y sus conocimientos,
la pronta ratificacion del tratado relativo á la libre navegacion del Duero, me tomo la libertad de solicitar
su inmediata y eficaz cooperacion y la del S.or Dr. Manuel Oliveira Braga, como personas cuyas luces
y conocimientos especiales en este negocio se podrán menos de ser atendidas y vindas por el Gobierno
portugués con la deferencia debida.
“A mi llegada á esta me he convencido que el Gobierno de S. M. Fidelissima, penetrado delas ventajas
reciprocas que deben resultar á la España , y al Portugal dela mencionada ratificacion del tratado,
hubiera desde hace tiempo concluido este negocio, si el temor de herir los intereses mercantiles de esa
ciudad de Oporto, no selo hubiese impedido. La repugnamcia, los clamores de ese comercio contra
el tratado en cuestion eran justa y fundados, entanto que la letra y el espiritu del mismo autorizaban la
estracion por la barra del Duero de los Vinos provenentes de España; pero las indicaciones mas
ó menos (fuentes?), mas ó menos directas que contra la inclusion, en el tratado de Vinos se han dirigido
ál gobierno Portugues, han provocado de su parte reclamaciones y estas reclamaciones han sido
atendidas. Parecia que aclarado este punto grave debrá recibir el tratado su inmediata ratificacion, pero
desgraciadamente no es este caso (...)”
[319]
[320]
1291 — GAMA (Arnaldo).- A ULTIMA DONA DE S. NICOLAU. (Episodio da historia do
Porto no seculo XV). Porto. Typographia do Commercio. 1864. In-8.º de 506-III págs. E.
Edição original de um dos mais procurados livros do autor, especialmente interessante para a bibliografia portuense.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1292 — GAMA (Arnaldo).- UM MOTIM HA CEM ANNOS. Chronica portuense do seculo
XVIII. Porto. Typographia do Commercio. 1861. In-8.º de 618 págs. E.
1298 — [PORTO]. GANDRA (João Nogueira).- ODE AO GRANDIOSO OBJECTO COM
QUE NO DIA 18 DE JUNHO DE 1808, VIMOS RESTAURAR PELOS PORTUENSES O
VERDADEIRO ESFORÇO, E LIBERDADE DO NOME PORTUGUEZ. Coimbra, Na Real
Imprensa da Universidade. 1808. In-8º de 8 págs. B. No mesmo volume e do mesmo autor:
––– ODE AO ILL.MO e EXCELLL.MO SENHOR BERNARDIM FREIRE DE ANDRADA,
Senhor e Alcaide Mór da Villa das Galvêas (...) Governador das Armas do Partido do Porto, pelo
Principe Regente N. S., e General Comandante do Exercito Portuguez etc. etc. etc. Coimbra, Na
Real Imprensa da Universidade. 1808. In-8º de 11-I págs. B.
O Autor, nascido na cidade do Porto, que além de outras distinções foi condecorado com a medalha n.º 2
da Campanha Peninsular, foi Bibliotecário da Biblioteca Pública do Porto e também redactor principal do
periódico «Borboleta Constitucional», colaborador da «Chronica Constitucional», do «Artilheiro» e de
outros jornais. Inocêncio regista outros escritos seus, mas não refere o primeiro aqui anunciado.
1299 — GARÇÃO (P. A. Correia).- OBRAS POETICAS E ORATORIAS DE P. A. CORRÊA
GARÇÃO. Com uma introducção e notas por J. A. de Azevedo Castro. Roma. Typographia dos
Irmãos Centenari. 1888. In-8.º de LXXXIV-II-622-II págs. E.
Primorosa e muito luxuosa edição das obras poéticas e oratórias de Correia Garção, impressa em magnífico
papel e com todas as páginas decoradas com delicadas vinhetas, cercaduras e outros motivos estampados a diversas cores e ouro.
Excelente encadernação inteira em pele, não contemporânea, com belos ferros e dizeres a ouro na
lombada e na pasta da frente; com o corte superior dourado e as restantes margens intactas, tendo
preservadas as capas da brochura.
1300 — GARÇÃO (Pedro António Correia).- OBRAS // POETICAS // DE // PEDRO ANTONIO
// CORREA GARÇÃO, // DEDICADAS // AO ILLUSTRISSIMO, E EXCELLENTISSIMO //
SENHOR // D. THOMAZ DE LIMA // E VASCONCELLOS BRITO // NOGUEIRA TELLES
// DA SILVA, // Visconde de Villa Nova da Cerveira, Ministro, // e Secretario de Stado dos
Negocios // do Reino, &c. &c. &c. // LISBOA // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. //
ANNO MDCCLXXVIII. In-8.º de X-414-II págs. E.
Primeira e rara edição das Obras de Garção, que, segundo Inocêncio, “não obstante as suas deficiencias
e defeitos de todo o genero, é ainda ssim preferível em tudo ás que posteriormente se fizeram: porque,
além dos 57 sonetos, 30 Odes, 2 dithyrambos, 2 satyras, 3 epistolas, 2 dramas, e outras poesias, que
em todas se acham, encerra varias dissertações recitadas na Arcadia, e outros discursos em prosa, que
foram, não sei como, nem porque, ommitidas nas edições seguintes”; “O pobre poeta, se tal edição
visse, ficaria decerto pasmado: elle que, como dizem os contemporaneos, só compunha devagar,
emendando e limando por muitas vezes e com a maior severidade as suas obras, que não queria se avaliassem pelo numero, mas pela qualidade!”
Encadernação inteira em pele, da época, com um defeito na parte superior da lombada. Com poucos
e finíssimos picos de traça na margem interior das últimas folhas. (ver gravura na pág. 321)
1301 — GARCIA GOYENA (D. Florencio).- CONCORDANCIAS, MOTIVOS Y COMENTARIOS DEL CÓDIGO CIVIL ESPAÑOL. Madrid: 1852. Imprenta de la Sociedad TipográficoEditorial. 4 vols. In-4.º peq. E.
O autor foi “Senador del Reino, Magistrado del Supremo Tribunal de Justicia, Vice-Presidente de la
Comision General de Códigos, y Presidente de la Seccion del Código Civil”. Obra importante ao
tempo da sua publicação e hoje bastante invulgar.
Excelentes encadernações inteiras de pele, com dizeres e frisos dourados nas lombadas. Leves picos
de traça na margem superior.
1300 - ver pág. 322
1302 — GARCIA (José Manuel).- PORTUGAL E OS DESCOBRIMENTOS - O ENCONTRO
DE CIVILIZAÇÕES. Comissariado de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha. 1992.
[Composição de texto e selecção de cores, Textype, Artes Gráficas, Lda; Impressão: Printer
Portuguesa]. In-fólio de 259-V págs. B.
Luxuoso catálogo de uma grandiosa exposição dedicada aos Descobrimentos Portugueses, impresso
[322]
.../...
em excelente papel, largamente ilustrado a cores com iconografia alusiva ao tema dos Descobrimentos
e coordenado por Francisco Faria Paulino. Apresentação de Vasco Graça Moura. Com os seguintes
capítulos: Introdução; O PORTUGAL DOS DESCOBRIMENTOS - A Terra, as Gentes, o Poder e a Arte
no Portugal dos Descobrimentos; Economia; Poder Militar. OS MUNDOS NOVOS DO MUNDO África e Ilhas Atlânticas; Ásia e Oceânia; América. A CULTURA CIENTÍFICA E TÉCNICA DOS
DESCOBRIMENTOS - Náutica; Cartografia; Construção Naval; Medicina, Flora e Fauna; BREVE
CRONOLOGIA DA EXPANSÃO PORTUGUESA; BIBLIOGRAFIA GERAL ESSENCIAL.
1303 — GARCIA (Prudêncio Quintino).- JOÃO DE RUÃO. MD...- MDLXXX. Documentos
para a biographia de um Artista, colligidos por... Com um Prefacio do Dr. Teixeira de Carvalho.
Coimbra. Imprensa da Universidade. 1913. In-8.º gr. de II-XXXV-270 págs. B.
Colectânea de mais de 170 documentos de fundamental importância para a história de um artista que
em Coimbra deixou numerosos testemunhos do seu grande talento de escultor. Com 22 fac-símiles de
assinaturas nas últimas páginas.
Dedicatória (do autor?) no frontispício. Com falta de um pequeno fragmento de papel da capa da brochura
e desconjuntado.
1304 — GARNIER (Christine).- VACANCES AVEC SALAZAR. Bernard Grasset, Éditeur.
Paris. [1952]. In-8º de 244-VI págs. B.
Livro célebre da bibliografia apologética de Salazar, da autoria da jornalista e etnógrafa belga
Christine Garnier, que “a eu la faveur de vivre dans l’intimité du Président pendant un mois, dans sa
«quinta» de Vimieiro”. Com ilustrações em separado.
1305 — [GARRETT (Alexandre José da Silva de Almeida)].- AS VIAGENS A LEIXÕES, ou
a troca das Nereidas. Poema heroi-comico offerecido ás Senhoras portuguezas, especialmente ás
Ill.mas e Ex.mas Senhoras Cirnes... Porto. 1855. In-8.º de XI-I-347-I págs. E.
O poema, publicado anónimo mas da autoria do autor indicado, irmão de Garrett, “envolve a relances
a crítica dos costumes - das modas e bailes do Pôrto, da vida balnear nas praias de Leça e Matozinhos,
dos barões de fresca data, etc.”, segundo palavras de Alberto Pimentel na sua obra dedicada ao estudo
dos «Poemas Herói-Cómicos Portugueses». Publicação bastante procurada e invulgar.
Encadernação inteira em pele, da época.
1306 — GARRETT (J. B. Almeida).- CARTA AUTÓGRAFA datada de “Lx.ª Rua da Saudade
n.º 9. A - 18 Jan.ro de 1828. Dim. 18,5 x 23 cm.
Carta pré-flatélica, dirigida a António Ferreira Velho, do Porto, manuscrita sobre três das suas quatro
páginas, dizendo: “Tenho summo desgôsto em me ver obgº a communicar-lhe que não pôde ter effeito
a subscripção para o Parnaso Lusitano [título sublinhado], que V. S. honrou com a sua assignatura. —
Esta obra é minha, mas não é minha a propried.e d’ella por q’ a cedi ao livreiro de Paris Aillaud.
Imprimiu-se; e elle não me quiz mandar exemplares p.ª os subscriptores mandando-os alias vender
aqui pelos livreiros por 200 Rs menos que a subscripção! — Este foi um dos muitos dissabores que se
me originaram da attroz perseguição que soffri. A pequena somma que resultou da subscripção devia
indemnizar-me de parte do preço que me era devido por aquella cessão. N’esta boafé o recebi: Não
obstante devo e quero, e heide restitui-la aos srs. que a assignaram e que nada teem com minhas
transacções particulares. Como porém é tam publico o que ultimam.te soffri de perdas improvaveis
e incalculaveis damnos, não me envergonho de confessar que algum sacrif.º me será necess.º p.ª o fazer
actualm.te, e que agradeceria m.to a V. S, se quizesse ou esperar até eu arranjar meus dilacerados
negocios, ou receber (o que maior favor será) alguns outros opusculos meus em desconto. (...)”
VALIOSO E IMPORTANTE CONJUNTO DE CARTAS DE ALMEIDA GARRETT,
ENDEREÇADAS AO ILUSTRE PORTUENSE FRANCISCO JOAQUIM MAIA
1307 — GARRETT (J. B. Almeida).- QUATRO CARTAS AUTÓGRAFAS, datadas respectivamente de 23 de Junho de 1838, 25 de Julho de 1838 (duas com a mesma data) e 7 de Dezembro
de 1845. Dim. 19 x 22,5 cm.
Cartas endereçadas ao cidadão portuense Francisco Joaquim Maia, versando principalmente
[323]
.../...
questões políticas.
1ª Carta, com sinete heráldico de Garrett, manuscrita sobre três páginas: “(...) E o meu maior empenho
e sahir do regimen excepcional em q’ vivemos ha 4 pª 5 an.s - Tenho de V. S. o conceito (firme?)
q. se não offenderá de q. o conte no nº dos q. commungam n’esta mª igreja. Dir-lhe-hei pois q. temos
aqui uma especie de associação central , e q. o Govº prometteu apoiar (nossos?) esforços pª eleições.
Não as desejamos exclusivas: ao contrario vê-lo eleito pelo Porto a V. S. é um de (nossos empenhos?)
e por q. consta q. em Bragança e Villa Real sem possibilidades tambem pª lá se manda o seu nome
a ver se se segura. Mas não conviria formar ahi no Porto uma associação (média?) q. se posesse de
intellig.a com a d’aqui e quebrar as pontas bicudas e inconciliaveis dos extremos q. se guerreiam? —
Veja se faz por isto. (...)
“Devia lhe dizer sem rebuço q. trago atravessada a idea de não ser eleito pela minha terra. Mas não
sou hum egoista q. | apesar de m’o lembrarem gentes e se offerecerem pª isso | quem (vir) lançar o meu
nome de trambolho a empecer as coisas. (...)”;
2.ª Carta, com três paginas manuscritas: “A antiga amizade e favor com que eu toda a minha familia
fomos sempre honrados por V. S., dão-me ânimo para o ir importunar sobre um negocio que posto q’
interessa a todos, tómo por meu n’esta occasião.
“Intendem os meus amigos aqui que esse fraco serviço que fiz nas côrtes passadas sustentando as opiniões
moderadas, oppondo-me com risco da minha vida aos excessos dos exaltados e sustentando os direitos da
Rainha como necessaria garantia dos direitos dos cidadãos e da bem intendida liberd.e — é conveniente
á causa pública que recebam pela urna a confirmação da opinião pública. — E nenhuma eleição poderia
ser para mim tam lisongeira como a da minha patria cuja glória e interêsses me são tam caros, e de
quem tanta vaid.e tenho em ser filho. - A minha profissão de fé politica assás pública está em meus
bons ou maus escriptos, e no meu proceder nas passadas côrtes. Não sou partidario, desejo a paz e conciliação: prézo-me de ser o Portuguez que mais tenho feito por ella, e de ter levantado esta bandeira
neutra q’ ou me engano muito, ou é a que nos pode salvar. Lamentei sinceram.te a perda da Carta, mas
não intendi nem intendo que os males da Revolução se podiam sanar com a espada. — Eis aqui o meu
modo de pensar a que serei fiel até á morte como tenho sido desde que me (intendo?).
“Parece-me que V. S., já por nossa antiga amiz.e de familia, já por acreditar na sincerid.e de minhas
(?) não duvidará concorrer com os amigos q. ahi promovem minha eleição, na certeza de q. a invicta
cid.e poderá ter outro mais habil, mas nunca tão zelozo procurador como este que é De V. S.ª (...)”;
3.ª Carta, manuscrita sobre três das suas quatro páginas: “(...) O seu nome vai para Tras os Montes e Minho,
conforme o indicou, altamente recomend.º pela Commissão Central: não larguei mão dos trabalhos
provinciaes q. alli me foram distribuidos enquanto o não recusei.
“Desde q. recebi aquella por carta, o negocio da minha eleição no Porto tem tomado melhor figura:
hoje (?) me escreveu, tem-se tornado mais facil. (...)”;
4.ª Carta, manuscrita numa só página: “Perdoe-me V. S. por quem é. o tarde que vou agradecer -lhe a sua
carta de 31 d’Agosto. Ma a minha (?) e o muito que tenho tido q. fazer me tem feito ser tam omisso. (...)”
1308 — GARRETT (J. B. Almeida).- ADOZINDA, Romance. Londres: Em Casa de Boosey
& Son... 1828. In-8.º de LIII-III-122-II págs. E.
Primeira edição deste estimado romance em verso, uma das mais apreciadas e raras obras de Garrett.
Bonita encadernação à amador, não contemporânea, com belos ferros a ouro na lombada; só de leve
aparado à cabeça e com as outras margens intactas; ex-libris heráldico da Biblioteca Salema Garção.
(ver gravura na pág. 325)
1309 — GARRETT (J. B. Almeida).- O ALFAGEME DE SANTAREM ou A ESPADA DO
CONDESTAVEL. Pelo auctor de Catão e Auto de Gil-Vicente. Lisboa. Na Imprensa Nacional.
MDCCCXLII. In-8.º gr. de II-148 págs. E.
Primeira e muito rara edição desta muito estimada produção dramática de Garrett, publicada sem o seu nome.
Encadernação simples, embora com cantos e lombada em pergaminho. Dedicatória antiga no pé do
frontispício. Conserva a raríssima capa da brochura da frente; apenas e só de leve aparado à cabeça,
estando intactas as outras margens; com o ex-libris heráldico da Biblioteca Salema Garção.
(ver gravura na pág. 325)
[324]
1309 - ver pág. 324
1310 — GARRETT (J. B. Almeida).- O ARCO DE SANC’TANNA. Chronica Portuense.
Manuscripto achado no convento dos Grillos do Porto por um soldado do Corpo Academico.
Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1845-1850. 2 vols. In-8.º de 214-II e VI-318-II págs. E.
Um dos mais estimados romances de Garrett, bastante raro nesta sua edição original, impressa em
papel de linho.
Encadernações da época com a lombada em pele; um tanto aparado e com assinaturas antigas nas
folhas de rostos e anterrostos. (ver gravura na pág. 327)
1311 — GARRETT (J. B. Almeida).- THE “BROTHER LUIZ DE SOUSA” of Viscount de...
Done into English by Edgar Prestage. Published by Elkin Mathews, Vigo Street, London
MCMIX. In-8º de 137-I págs. E.
Rara tradução inglesa de uma das mais importantes e conhecidas obras de Garrett, antecedida de uma
extensa e erudita Introdução do grande lusófilo que foi Edgar Prestage. Edição executada em bom
papel e acompanhada de um excelente retrato de Garrett.
Exemplar valorizado com dedicatória autógrafa do tradutor. Cartonagem dos editores.
1312 — GARRETT (J. B. Almeida).- CAMÕES. Poema. Paris, na Livraria Nacional e Estrangeira.
1825. In-8.º de VII-III-216-II págs. E.
Trata-se da edição original deste apreciado poema, a mais rara e estimada, publicada em Paris sem
o nome do autor.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Dedicatória contemporânea de António Augusto Lessa.
(ver gravura na pág. 329)
1313 — GARRETT (J. B. Almeida).- CAMÕES. Prefaciado por Camillo Castello Branco.
Setima edição. Livraria Internacional de Ernesto Chardron - Editor. Porto e Braga. 1880. In-8.º
de LXXXIV-273-I págs. E.
1308 - ver pág. 324
É nesta edição, com os prefácios das quatro primeiras edições, que pela primeira vez aparece o importante «Estudo sobre Camões - Notas biographicas», assinado por Camilo e mais tarde publicado em
edição independente. Com um execelente retrato do autor gravado a água-forte.
Boa encadernação não contemporânea, com as capas da brochura conservadas e aparado apenas à cabeça.
1314 — GARRETT (J. B. Almeida).- DA EDUCAÇÃO. Livro Primeiro, educação doméstica
ou paternal. Londres: Em casa de Sustenance e Stretch, MDCCCXXIX. In-8.º gr. de IV-XXVIII-273-I págs. B.
É bastante rara esta primeira edição, executada em Londres. O prometido segundo volume nunca foi
publicado.
O primeiro caderno tem a composição descentrada, o que deixa parecer que a margem foi aparada.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros românticos a ouro.
(ver gravura na pág. 330)
1315 — [GARRETT (J. B. Almeida)].- D. BRANCA, ou A Conquista do Algarve, Obra posthuma
de F. E. París, Em Casa de J. P. Aillaud... M DCCC XXVI. In-8.º de VIII-251-I págs. E.
Primeira edição de uma das mais apreciadas e raras obras de Garrett, esta publicada sem o seu nome.
Encadernação inteira de pele, da época, cansada; com uma mancha de água, antiga, na margem interior.
(ver gravura na pág. 330)
1316 — GARRETT (J. B. Almeida).- PHILIPPA DE VILHENA Etc. Lisboa. Na Imprensa
Nacional. 1846. In-8.º de 271-I págs. E.
É a edição primitiva desta apreciada obra, apresentada como sendo o IV volume do «Theatro de J. B.
de Almeida-Garrett». Rara.
Bonita encadernação com a lombada em pele decorada a ouro, da época. Ex-libris heráldico da
Biblioteca Salema Garção.
[326]
1317 — GARRETT (J. B. Almeida).- FLORES SEM FRUCTO. Lisboa. Na Imprensa Nacional.
1845. In-8.º de VII-I-236 págs. E.
Primeira e rara edição de uma das muito estimadas obras de Garrett, impressa em excelente papel de linho.
Encadernção com a lombada em pele, não contemporânea da edição. (ver gravura na pág. 331)
1318 — [GARRETT (J. B. Almeida)].- FOLHAS CAHIDAS. Lisboa. Em Casa da Viuva
Bertrand e Filhos. 1853. [Na Imprensa Nacional]. In-8.º de X-112 págs. E.
Primeira edição deste livro de versos, em fino papel, um dos mais raros de toda a bibliografia de
Garrett, publicado sem o seu nome, livro que deu lugar a duas paródias literárias: «Folhas Caídas
apanhadas na lama» e «Folhas caídas apanhadas a dente».
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1319 — GARRETT (J. B. Almeida).- FREI LUIZ DE SOUSA. Lisboa. Imprensa Nacional.
1844. In-8.º de VIII-236 págs. E.
É a primeira edição desta valiosa obra de Garrett, uma das mais célebres de toda a sua vasta bibliografia. Com um retrato litográfico do autor.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros a ouro. Ex-libris da Biblioteca
Salema Garção.
1320 — GARRETT (J. B. Almeida).- HELENA. Fragmento de um romance inedito pelo
Sr. Visconde de Almeida-Garrett. Precedido do Catalogo dos autographos, diplomas, documentos
politicos e litterarios pertencentes ao Sr. Visconde de Almeida-Garrett. Lisboa. Imprensa
Nacional. 1871. In-8.º de LII-185-III págs. E.
Primeira edição, constituindo o tomo XXII das «Obras Completas do Sr. Visconde de Almeida--Garrett».
Encadernação da época, com a lombada em pele; assinatura-carimbo no anterrosto.
1321 — [GARRETT (J. B. Almeida)].- LYRICA DE JOÃO MINIMO. Publicada pelo auctor do
Resumo da Historia da Lingua e Poesia Portugueza, do Poema Camões, D. Branca, Adozinda,
&c. Londres: Sustenance e Stretch. MDCCCXXIX. In-8.º de IV-XLIV-II-203-I págs. E.
Livro de poesias de Garrett, muito raro, impresso em Londres sem o seu nome.
Encadernação da época, com a lombada em pele; um pouco aparado. Ex-libris a cores de Aulo Gélio
Severino Godinho. (ver gravura na pág. 333)
1322 — GARRETT (J. B. Almeida).- O RETRATO DE VENUS, Poema por J. B. da Silva Leitão
d’Almeida Garrett. Coimbra, na Imprensa da Universidade. Anno I. [1821]. In-8.º de 156-II págs. E.
Exemplar da mais estimada e valiosa edição, a primeira. Com a folha de “Advertência”, nas duas páginas
inumeradas finais, folha que falta em grande parte dos exemplares. De págs. 95 em diante decorre
o «Ensaio sobre a Historia da Pintura».
Encadernação da época, com lombada em pele. Falta o anterrosto.
1323 — GARRETT (J. B. Almeida).- ROMANCEIRO E CANCIONEIRO GERAL. Lisboa.
Typ. da Soc. Propagadora dos Conhecim. Uteis. 1843-1851. 3 vols. In-8.º de XXIII-I-216,
XLVI-300-IV e IV-294-II págs. E.
O 1.º volume contém: «Adozinda e outros», e os 2.º e 3.º «Romances Cavalheirescos Antigos».
Bonitas encadernações recentes, com lombadas e cantos em pele, mas um pouco aparados. Ex-libris
de Aulo-Gélio Severino Godinho.
1324 — GARRETT (J. B. Almeida).- THEATRO DE J-B. S. L. A. GARRETT. Tomo I. Lisboa,
Anno II. [1822]. Na Impr. Liberal. In-8.º de VIII-132 págs. E.
1310 - ver pág. 326
Primeira e muito rara edição deste volume de «Theatro» de Garrett, volume que integra as duas seguintes
obras: «CATÃO», tragédia representada pela primeira vez em Lisboa, no Teatro do Bairro Alto em 29
de Setembro de 1821 e «O CORCUNDA POR AMOR», farça representada pela primeira vez no
mesmo Teatro e na mesma data.
Encadernação inteira em pele, da época.
[328]
1312 - ver pág. 326
1314 - ver pág. 326
1315 - ver pág. 326
1325 — GARRETT (J. B. Almeida).- THEATRO DE J-B. S. L. A. GARRETT. Lisboa, Typographia
de José Baptista Morando. 1840-1841. 2 vols. In-8.º de XLIX-III-253-I e II-309-I págs. E.
O 1º vol. contém a terceira edição de «Catão» e a primeira de «Merope» e «Gil-Vicente».
Encadernações com as lombadas em pele, da época e iguais. (ver gravura na pág. 334)
1326 — GARRETT (J. B. Almeida).- VIAGENS NA MINHA TERRA. Lisboa. Na Typographia
da Gazeta dos Tribunaes. 1846. 2 vols. In-8.º de VIII-289-I e IV-247-I págs. E.
Primeira e muito rara edição de uma das mais estimadas e reeditadas obras de Garrett e também uma
das mais belas da literatura romântica portuguesa.
Encadernações da época, com as lombadas em pele. Assinatura antiga no frontipício e folha seguinte
do 1.º volume. (ver gravura na pág. 336)
1327 — GASCO (António Coelho) & ABREU (António de).- CONQUISTA, ANTIGUIDADE
E NOBREZA DA MUI INSIGNE, E INCLITA CIDADE DE COIMBRA, escriptas por Antonio
Coelho Gasco, e Obras Ineditas de Antonio de Abreu, Amigo, e Companheiro de Luiz de
Camões no Estado da India, Offerecidas ao Muito Alto e Poderoso Senhor D. João Principe
Regente por Antonio Lourenço Caminha... Segunda Edição Novamente corrigida. Lisboa. Na
Impressão Regia. Anno 1807. In-8.º de IV-IV-207-IX-50 págs. E.
É a segunda edição da obra de Coelho Gasco, escrita e 1666 e publicada pela primeira vez em 1805,
considerada no «Discurso Preliminar» de António Lourenço Caminha como “Precioso Monumento
(...) hum daquelles nobres escritos que a idade aurea da nossa litteratura produziu”. As «Obras
Ineditas» de António de Abreu apresentam frontispício próprio.
Encadernação antiga mas não contemporânea, com a lombada em pele.
1328 — GAUME (J.).- RESUMO DO CATECISMO DE PERSEVERANÇA, ou Exposição
historica, dogmatica, moral e liturgica da Religião, desde a origem do mundo aos nossos dias,
pelo abbade... 1ª versão em portuguez sobre a 10ª edição de Paris. Por J. S. da Silva-Ferraz
e seguido de uma analyse por Camillo Castello Branco. Porto. Publicado por F. G. da Fonseca,
Livreiro e Edictor. Typographia da Revista, 1853. In-8.º gr. de 340-II págs. E.
Frontispício decorado com uma larga cercadura de desenho alegórico e bela portada litográfica também
alegórica. O texto de Camilo corresponde às págs. 329 a 334. Primeira edição.
Encadernação simples.
1329 — GAZETA DE LISBOA. N.º 152 a 307. Ano 1826. Págs. 609 a 1402. [Lisboa. Na
Impressão Régia]. E. em 1 vol.
Com o maior interesse para a história da vida portuguesa do período a que respeita. Com falta das
págs. 1353-1354, cremos que correspondentes a um Suplemento.
Encadernação da época, com a lombda em pele mas com falta do papel de forro exterior.
1330 — GAZETA DOS SONEGADOS. Semanario intransigente. Orgão da classe typographica
do Porto e defensor acerrimo de todas as classes laboriosas. [1.º Anno. Domingo, 30 de Março
de 1890. N.º 1]. Rua da Victoria. 166 - Porto. In-4.º gr. de IV págs. B.
É o primeiro número publicado, tendo na primeira pagina o conhecido retrato de Camilo gravado por Pastor
acompanhando um artigo de abertura intitulado «Camillo Castello Branco», não assinado; em «Jornais e
Revistas Portugueses do Séc, XIX», de Gina Guedes Rafael e Manuela Santos, vem, a págs, 373 do 1.º vol.
referência a um nº programa, (23 Março 1890) e a um n.º 2, (27 Novembro 1880), omitindo este n.º 1.
Em brochura, dobrado em quatro, mas conservado num estojo-encadernação com badanas, tendo
a lombada em pele e atilho em seda.
1317 - ver pág. 328
1331 — GAZUL (Clara).- THÉATRE DE CLARA GAZUL, Comédienne espagnole, suivi de
LA JACQUERIE, scènes féodales et de LA FAMILLE CARVAJAL par Prosper Mérimée. Paris.
Charpentier, Libraire-Éditeur. 1842. In-8.º de IV-470-II págs. E.
Com as iniciais de Camilo ao alto do frontispício. Encadernação nova, com ferros a ouro na lombada,
mantendo resguardadas as capas da brochura.
[332]
1325 - ver pág. 332
1321 - ver pág. 328
1332 — GENEALOGIAS DA “CASA DA TAPADA”, fundada pelo insigne poeta Sá de
Miranda e da “Casa do Castro” dos Machados, antigos senhores de Entre Homem e Cávado.
Publicação commemorativa da visita da Academia de Braga ao tumulo de Sá de Miranda, em
Carrazedo, aos 8 de Junho de MCMXXIII. [Famalicão: 1923. Typ. Minerva», de Cruz, Sousa &
Barbosa, Limitada]. In-4.º peq. de XXVIII págs. inums. B.
Deve ter sido muito reduzida a tiragem deste trabalho genealógico.
1333 — GÉRALDY (Paul).- L’AMOUR. Illustrations de Georges Lepape. Paris. MCMXLV.
Éditions de l’Ile de France. In-8.º gr. de 132-VI págs. B.
Edição de muito cuidada apresentação gráfica, numerada, com as belas ilustrações de Georges Lepape
apresentadas a cores.
1334 — GIL (Augusto).- AVENA RÚSTICA. Lisboa. Guimarães & Cª. S.d. [1927]. In-8.º de
126-II págs. B.
Primeira edição, publicada em 1927.
1335 — GIL (Augusto).- GENTE DE PALMO E MEIO. 1913. Guimarães & Cª. Lisboa. In-8.º
de 133-I págs. B.
Primeira edição deste estimado livro em prosa de Augusto Gil, poeta nascido no Porto em 1873 e autor
com lugar de destaque na poesia portuguesa do século XX.
Capa da brochura com alguma sujidade.
1336 — GIL (Augusto).- LUAR DE JANEIRO. Lisboa. 1909. [Edição da empreza d’A Lanterna.
Typ. do Commercio]. In-8.º gr. de 111-III págs. B.
Primeira edição de uma das mais estimadas e divulgadas obras poéticas de Augusto Gil. Invulgar.
Capa da brochura ilustrada, mas assinada.
1337 — GIL (Augusto).- ROSAS DESTA MANHÃ. (Versos, interpretações e paráfrases dalguns epigramas gregos). [«Ottosgrafica, Ltda». Lisboa. S.d.]. In-8.º gr. de 166-II págs. B.
Belo livro póstumo de Augusto Gil, prefaciado por Júlio Dantas, numa excelente edição ilustrada com
um retrato do autor e com gravuras intercaladas nas páginas do texto. Tem no fim um In Memoriam
com textos em prosa e verso assinados por Campos Lima, Fausto Guedes Teixeira, Guedes de Oliveira,
João de Barros, Júlio Dantas, Ladislau Patrício, Nuno de Montemor, Rocha Martins e outros.
Capas da brochura mal cuidadas.
1338 — GIRALDES (J. P. C. Casado).- TRATADO COMPLETO DE COSMOGRAPHIA,
E GEOGRAPHIA-HISTORICA, PHYSICA E COMMERCIAL, ANTIGA E MODERNA,
offerecido a S. M. Fmª o Senhor D. João VI. Pariz. Chez Fantin, Libraire... MDCCCXXV-MDCCCXXVIII. 4 vols. In-4.º gr E.
A obra apresenta, respectivamente em gravura aberta em chapa de cobre e em litografia, os retratos de
D. João VI e do autor, Joaquim Pedro Cardoso Casado Giraldes. Tem ainda, em folhas desdobráveis
de grandes dimensões o seguinte: «Tabella Genealogica dos Soberanos d’Inglaterra desde Guilherme
I até Jorge IV»; «Tabella Geral Historica, Chronologica e Genealogica da Dynastia Capeta»; «Tabellas
Genealogicas das Casas Soberanas d’Allemanha»; «Tabella Genealogica da Antiga Casa d’Austria
e Moderna, ou Austro-Lorena»; «Carta Genealogica das Familias Soberanas d’Hespanha».
O autor, natural da cidade do Porto, correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, foi militar
e exerceu por muitos anos as funções de Cônsul de Portugal em vários países, tendo terminado esta
sua carreira em Génova. Segundo Inocêncio “Casado Giraldes foi perseguido em 1809 pelo bispo do
Porto, patriarcha eleito, como jacobino, pelas rasões que elle diz em uma folha de papel de sua letra.
Era elle quem sabia de todas as baixezas e actos praticados pelo mesmo bispo para com os francezes
em 1808 (...)”.
Apenas foram publicados quatro dos seis volumes anunciados.
Encadernações da época, com as lombadas em pele, cansadas.
[335]
1326 - ver pág. 332
1339 — GIRÃO (A. de Amorim).- ESBOÇO DUMA CARTA REGIONAL DE PORTUGAL.
Com a indicação das Bases para a classificação das sub-regiões portuguesas. Composto e impresso
nas Oficinas da «Coimbra Editora, L.da». 1930. In-4.º de VIII-68 págs. B.
1345 — GOMES (A. Luís).- D. CARLOS DE BRAGANÇA. O seu portuguesismo na pintura,
nos estudos oceanográficos, na vida. As três realezas que tanto amou D. Carlos I, rei e súbdito
de Portugal. Papelaria e Tipografia Leixões. Matosinhos. S.d. In-4.º de 18 págs. B.
1340 — GIRÃO (Júlio Ferreira).- ESBOÇO BIOGRAPHICO DE ANTONIO LUIZ FERREIRA
GIRÃO. Porto. Typographia Progresso. 1902. In-8.º gr. de 60 págs. B.
1346 — GOMES (A. Luís).- DOM MANUEL II UNIVERSITARIO, INVESTIGADOR E MECENAS DA CULTURA. Portugália Editora. Lisboa. [1957?]. In-4.º de de 49-I págs. B.
Exemplar da primeira edição, publicado em reduzida separata da revista «Biblos».
Dedicatória do autor “Ao ilustre Ministro das Finanças Dr. Oliveira Salazar”. Capa da brochura da
frente mal cuidada.
A págs. 48 e 49 decorrem períodos do «Cancioneiro Alegre» e há referências a Camilo a págs. 49 e 50.
Cuidada edição ilustrada com um retrato de Luís Ferreira Girão, em tiragem única de 200 exemplares
numerados, impressos em encorpado papel de linho.
1341 — GODIN (A.).- NEUE MÄRCHEN UND ERZÄHLUNGEN. Mit füf Bildern
Farbendruck von O. Förstering. Glogan. Verlag von Carl Flemming. S.d. [18..]. In-8.º de IV-158-II págs. E.
Livro de contos infantis, numa edição ainda composta em caracteres góticos e ilustrada com cinco
belas litografias a cores, representando a primeira uma cena de circo.
Encadernação dos editores inteira de percalina, ilustrada a ouro, vermelho e negro. Com vestígios de
humidade na margem inferior e lateral das últimas folhas.
1342 — GODINHO (Padre Manuel).- RELAÇÃO DO NOVO CAMINHO QUE FEZ POR
TERRA E MAR, VINDO DA INDIA PARA PORTUGAL, NO ANNO DE 1663, o... da
Companhia de Jesus. Segunda edição. Publicada pela Sociedade Propagadora dos
Conhecimentos Uteis. Lisboa. 1842. In-8.º gr. de XVI-234-IV págs. E.
O autor, “partindo da India para o Reino com encargos e papeis relativos áquelle Estado, (...) sahiu de
Baçaim em Dezembro de 1662; deste ponto começa a sua narração; descreve Damão e Surrate, e parte
da costa d’Arabia; dá noticia de Ormuz, da jornada que fez a Baçorá, da que ousadamente levou a cabo
por meio da Arabia Deserta, de como seguiu até a Syria, e de Alexandria veio á França, e por fim
a Portugal, onde aportou a salvamento a dar conta da sua particular missão”.
Obra clássica estimada, muito invulgar nesta sua primeira reimpressão.
Tem colado no frontispício um rectângulo de papel impresso com um anúncio ou verbete desta mesma
obra e edição, que em nada desvaloriza o exemplar.
Encadernação simples, com a lombada em percalina.
1343 — GOLDONI (Carlo).- SCELTA DI ALCUNE COMMEDIE DEL GOLDONI, Per uso de’
Dilettanti della lingua italiana. Decima edizione. Parigi, Presso Luigi Fayolle, Librajo. 1828.
In-8.º de 516 págs. E.
O volume abre com a «Vita de Carlo Goldoni», a que se seguem as comédias «Pamela», «La Villeggiatura»,
«Il Burbero Benefico, o sia Il Bisbetico di buon cuore», «La Locandiera», «La Scozzese» e «Il Nuovo
Ricco».
Bonita encadernação inteira em pele, da época, com dourados na lombada, frisos também dourados
e com o corte das folhas pintado identicamente às folhas de guarda.
1344 — GOLDSMITH (Olivier).- HISTORIA D’INGLATERRA por Olivier Goldsmith, continuada
até 1815 por Ch. Coote, E até nossos dias pela traductora, Mme. Alexandrina Aragon. Com varias
notas de M.M. Thierry, de Barante, de Norvins, e Thiers. Vertida em portuguez. Lisboa, Typ.
da Academia das Bellas Artes. 1842-1843. 2 vols. In-8.º gr. de XXXII-821-I e 769-I págs. E.
Boa edição portuguesa em papel muito fino, muito invulgar, com doze excelentes litografias em folhas
à parte, mais uma das que os volumes referem, sendo esta 12ª um retrato de Cromwell. Sem referência ao
nome do tradutor.
Boas encadernações da época, com as lombadas em pele decoradas com ferros a ouro.
[337]
Com estampas em separado, incluindo um retrato a cores de D. Carlos. Reduzida separata do «Boletim
da Biblioteca Pública Municipal de Matosinhos».
Dedicatória do autor.
Prefácio de Maximino Correia. Lição inaugural do Curso de Férias da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra, em 17 de Julho de 1957. Com ilustrações em separado.
Dedicatória autógrafa do autor.
1347 — GOMES (A. Luís).- VILA VIÇOSA - O Encanto desta terra e os seus títulos de
Nobreza. D. FERNANDO I - Alocução proferida na inauguração do seu monumento em
Bragança. 1965. [Oficinas Gráficas da Papelaria Fernandes. Lisboa]. In-4.º de 27-III págs. B.
Prefácio de Ramiro Valadão. Com ilustrações em folhas à parte.
Dedicatória do autor.
1348 — GOMES (A. Luís).- VIVER EM BELEZA NA TERRA E NO CEU. Livraria Portugália.
Lisboa. [1954]. In-8.º gr. de 70-II págs. B.
“Conferência realizada no Seminário Maior Patriarcal de Lisboa e repetida no Museu Malhoa das
Caldas da Rainha, no dia 15 de maio, precedida de um prólogo dedicado a esta cidade e à Vila de Óbidos, a Sempre Leal.”
1349 — GOMES (Alexandre Caetano).- MANUAL // PRACTICO // JUDICIAL, CIVEL //
E CRIMINAL, // EM QUE SE DESCREVEM RECOPILADAMENTE OS MODOS // de proceder em hum, e outro Juizo; Acçoens summarias, ordinarias, // Execuçoens, Aggravos, e Appelaçoens,
a que accrescem // ACÇOENS DE EMBARGOS A PRIMEIRA, // Arremataçoens de real por
real, Acçoens in factum, // e huma observaçaõ sobre as revists das sen- // tenças finaes: // Obra
mui util, e necessaria para Juizes no foro Ecclesiastico, // e Secular, // AUTHOR //ALEXANDRE CAETANO GOMES, // (...) // LISBOA, // NA OFFICINA DE JOZÉ ANTONIO PLATES.
// Anno de MDCCL. In-4.º de VI-271-I págs. E.
“Deo-me motivo para a presente Obra (benevolo Leitor) a experiencia de ver que nos Juizos
Ordinarios, de que abunda este felicissimo Reyno, se praticaõ informe, incurial, e diversamente os processos,
principalmente na expediçaõ dos aggravos, e respostas a elles, conservando-se abusos, e corruptélas,
que querem introduzir com força de Leys, como tambem ver que os Assessores dos Juizes, que naõ
saõ Letrados, laboraõ vulgarmente com a falta da pratica (ainda que aliunde sejaõ insignes na
Jurisprudencia) como os mesmos Juizes Ordinarios: e o que mais he, que muitos dos Bacharéis,
a quem ElRey nosso Senhor (que Deos guarde) faz mercê de lugares chamados de primeira entrancia,
tem a mesma falta, e se accommodaõ ao que nos seus Auditorios achaõ introduzido. Para estes escrevo,
e naõ para os que já sabem. Accresceo-me a curiosidade de dar á estampa huma praxe das Acçoens,
que chamaõ de Embargos á primeira, Execuçoens chamadas Real por real, Acçoens In factum, que
nascem das sentenças, na fórma, que nesta Corte achey praticadas; como tambem huma reflexaõ
a respeito das revistas das sentenças finaes. Naõ espero q me louves a Obra, nem agradeças o trabalho;
porêm nem por isso será acertado que me culpes o atrevimento.”
Encadernação inteira em pele, da época.
1350 — GOMES (Bernardino António).- ANALYSE DAS SENTENÇAS PROFERIDAS PELO
TRIBUNAL DA NUNCIATURA, NO PLEITO DE DIVORCIO proposto por D. Leonor
Violante Roza Morão, a Bernardino Antonio Gomes. Lisboa: Na Impressão De João Nunes
Esteves. Rua dos Correeiros, 1822. In-8.º de 36 págs. Desenc.
[338]
.../...
Inocêncio regista este curioso e raro folheto com o título ligeiramente alterado. Bernardino António
Gomes, nascido na comarca de Viana do Castelo, insigne médico e investigador com vasta e importante
obra publicada, morria, acabado de regressar do Rio de Janeiro, no ano seguinte ao da publicação do
folheto acima referido,
1351 — GOMES (Bernardino António).- O MARECHAL DUQUE DE SALDANHA E OS
MEDICOS. Breves considerações ácerca da mesma sobre o estado da Medicina em 1858.
Lisboa. Imprensa Ncional. 1859. In-8.º gr. de 62-II págs. B.
Folheto prtencente a uma polémica em que o ilustre médico Bernardino António Gomes, defende
o uso da medicina homeopática, uso que foi contraditado pelo Marechal Duque de Saldanha no seu
livro «Memoria sobre o estado da medicina em Portugal». Muito invulgar.
Dedicatória do autor para a Redacção do jornal «Comercio do Porto».
1352 — GOMES (Francisco Dias).- OBRAS // POETICAS // DE // FRANCISCO DIAS
GOMES: // MANDADAS PUBLICAR // POR ORDEM // DAACADEMIA R. DAS SCIENCIAS,
// A BENEFICIO // DA VIUVA E ORFAÕS DO AUTHOR, // (vinheta) // LISBOA // NA
TYPOGRAPHIA DA ACAD. R. DAS SCIENCIAS. // ANNO DE 1799. In-8º gr. de XXVII-I-425-III págs. E.
Francisco Dias Gomes, “celebre critico, e o homem talvez de mais apurado ingenho, que Portugal tem
tido, para avaliar os meritos de escriptores“, como disse Herculano, foi um dos homens mais eruditos
do seu tempo e considerado ainda como “corretissimo escriptor e consummado philologo.” Dele disse
também José Silvestre Ribeiro “que as annotações de Francisco Dias Gomes são um primor de philologia,
uma rica e preciosa mina de doutrina litteraria, que este grande humanista legou á sua nação, e que
devem ter presentes todos os que pretenderem obter cabal conhecimento da lingua e litteratura portugueza.” Quase todas as págs. prels. são preenchidas com uma noticia critico-biográfica da autoria de
Francisco de Borja Garção Stockler. Inocêncio dedica a este escritor uma vasta rubrica onde os traços
principais da sua vida e os seus méritos de escritor são invulgarmente postos em relevo.
Encadernação não contemporânea e imperfeita. (ver gravura na pág. 339)
1353 — GOMES (M. Teixeira).- GENTE SINGULAR. Lisboa. Livraria Clássica Editora. 1909.
In-8.º de 273-I págs. B.
Primeira edição de um dos mais invulgares e interessantes livros do grande prosador algarvio, diplomata
e Presidente da República Portuguesa de 1923 a 1925.
Capa da brochura com manchas de acidez.
1354 — GOMES (M. Teixeira).- OBRAS COMPLETAS. Portugália Editora. Lisboa. [19581960]. 13 obras em 14 vols. In-8.º B.
Com as seguintes obras: «Agosto Azul», 3ª edição, com um retrato do Autor por Marques de Oliveira;
«Cartas a Columbano», 2ª edição, com três retratos do Autor por Columbano; «Cartas sem Moral
Nenhuma», 4ª edição; «Correspondência. Cartas para Políticos e Diplomatas», Colectânea, Introdução
e Notas de Castelo Branco Chaves. 2 vols.; «Gente Singular», 3ª edição; «Inventário de Junho», 4ª edição; «Londres Maravilhosa e outras páginas dispersas», Colectânea, Notas e Posfácio de Castelo
Branco Chaves, 2ª edição; «Maria Adelaide», 2ª edição; «Miscelânea», 2ª edição - Volume I ;
«Carnaval Literário», (2ª parte de «Miscelânea»), 2ª edição; «Novelas Eróticas», 2ª edição;
«Regressos», 3ª edição; «Sabina Freire», Comédia em 3 actos. Com um estudo crítico de Carlos
Malheiro Dias, 3ª edição.
Ex-libris a óleo nos anterrostos.
1352 - ver pág. 340
1355 — GOMES (Soeiro Pereira).- ENGRENAGEM. Romance. Edições SEN Porto. 1951.
In-8.º de 261-III págs. B.
Obra importante no moderno panorama da literatura portuguesa, integrada no movimento neo-realista,
movimento de que o autor foi um dos mais notáveis cultores. Primeira edição, apreendida aquando do
seu aparecimento no mercado e publicada postumamente.
[340]
1356 — GOMES (Soeiro Pereira).- ESTEIROS. Edições “Sirius”. 1941. [Lisboa. Oficinas de
Severo, Freitas, Mega & Cª]. In-8.º de 297-V págs. B.
1364 — GONÇALVES (Luís da Cunha).- DA COMPRA E VENDA NO DIREITO COMERCIAL
PORTUGUÊS. 2.ª Edição. Coimbra Editora, Lda. Coimbra, 1924. In-4.º peq. de 841-I págs. E.
1357 — GOMES JÚNIOR (João Baptista).- NOVA CASTRO, Tragedia. Terceira edição, correcta,
e augmentada. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1815. In-8.º de 114-II págs. B.
1365 — GONÇALVES (Luís da Cunha).- TRATADO DE DIREITO CIVIL, em Comentário ao
Código Civil Português. Coimbra Editora, Limitada. Coimbra. 1929-1944. 15 vols. In-4.º E.
Edição original, ilustrada com desenhos e capa de Álvaro Cunhal. Obra destacada do neo-realismo
português, impedida de circular pela censura oficial da época. Único livro que o autor pôde ver publicado.
Rara edição, com uma boa gravura em cobre representando D. Ignez de Castro, ajoelhada e acompanhada
de seus filhos, implorando perdão ao Rei.
Encadernação com a lombada em pele decorada com nervos e ferros dourados. Capas da brochura
conservadas.
1358 — GONÇALVES (António Augusto) & CASTRO (Eugénio de).- NOTÍCIA HISTÓRICA
E DESCRIPTIVA DOS PRINCIPAES OBJECTOS DE OURIVESARIA EXISTENTES NO
THESOIRO DA SÉ DE COIMBRA. Coimbra. Imprensa Académica. 1911. In-8.º gr. de 47-I págs. B.
Trabalho fundamental para o estudo do Direito Civil no nosso país e obra máxima deste grande
mestre da jurisprudência portuguesa. Cunha Gonçalves nasceu em Nova Goa descendente de ilustre
família, foi advogado, professor, deputado da Nação, escritor e jurisconsulto, tendo deixado publicada
vasta e ainda insubstituível bibliografia na sua especialidade. Os exemplares deste notabilíssimo tratado
só muito raramente aparecem à venda.
Encadernações com as lombadas em pele, tendo preservadas as capas da brochura.
1359 — GONÇALVES (Flávio).- ROCHA PEIXOTO. Nas vésperas do centenário do seu
nascimento. Edição da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. 1965. In-8.º gr. de 116-II págs. B.
Segundo a relação dada por Inocêncio, esta será a quarta edição da obra, uma das mais estimadas da
poesia portuguesa, com as três partes que a constituem. Rara.
Encadernação inteira em pele, da época.
Interessante monografia de arte, impressa em papel de linho e ilustrada em folhas à parte com estampas
que reproduzem alguns dos objectos do referido tesouro.
Capa da brochura com uma mancha devida a exposição à luz.
Rocha Peixoto, “sábio naturalista, etnógrafo e arqueólogo que foi uma das figuras marcantes da vida
cultural portuguesa na transição do século XIX para o nosso século, nasceu na Póvoa de Varzim” em
1866. Com numerosas ilustrações. Separata do boletim cultural «Póvoa de Varzim».
1360 — GONÇALVES (J. Cardoso).- UMA JÓIA DA ILUMINURA PORTUGUESA. O Missal
Pontifical de Estevão Gonçalves. Gaia. 1931. In-8.º gr. de 64-IV págs. B.
Interessante estudo deste notável códice iluminado, datado de 1610 e considerado como uma obraprima da arte portuguesa.
Edição ilustrada com estampas a negro, a cores e ouro coladas nas páginas do texto e, em folha própria, a reprodução da portada iluminada.
Da apreciada colecção «Estudos Nacionais».
Picos de traça na margem superior das últimas folhas.
1361 — GONÇALVES (Joaquim Freitas).- BEETHOVEN - O Santo de Bonn. 1770-1827.
Edições Lopes da Silva. Pôrto. 1942. In-8.º gr. de 158-II págs. E.
Estudo biográfico documentado com várias estampas impressas em folhas à parte, incluído na
«Colecção de Cultura Artística».
Encadernação inteira de pele azul, com ferros dourados na lombada.
1362 — GONÇALVES (Joaquim Freitas).- MOZART, O GÉNIO DE SALZBURGO. 1756-1791. Edições Lopes da Silva. Pôrto. 1943. In-8.º gr. de 157-I págs. E.
Trabalho biográfico amplamente com estampas impressas em separado e integrado na «Colecção de
Cultura Artística».
Artística encadernação inteira em pele azul, com nervuras e dourados na lombada.
1363 — GONÇALVES (Luís da Cunha).- COMENTÁRIO AO CÓDIGO COMERCIAL
PORTUGUÊS. [Registo editorial a que foi sobreposta uma etiqueta da Livraria Moraes. Lisboa.
1916-1919. Composto e impresso na Tipografia José Bastos]. 3 vols. In-4.º gr. de IV-626-II, IV-652-II e IV-625-III págs. E.
Trabalho de referência na importantíssima bibliografia de Cunha Gonçalves, jurisconsulto cuja notoriedade colheu enorme reconhecimento tanto em Portugal como no estrangeiro.
Com assinaturas de posse. Modestas encadernações da época, com cantos e lombadas em percalina.
[341]
1366 — GONZAGA (Tomás António).- MARILIA DE DIRCEO. Por T. A. G. Nova edição.
Lisboa: Na Typographia Lacerdina. 1811. In-12.º esguio de 226 págs. E.
1367 — GONZAGA (Tomás António).- MARILIA DE DIRCEO. Por T. A. G. Nova edição.
Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1840. In-12.º de 251-I págs. E.
Rara edição da obra do poeta portuense Tomás António Gonzaga, edição que Inocêncio não regista
entre as muitas outras que conheceu. Esta edição reúne as três partes da obra.
Encadernação da época, com bonita lombada dourada.
1368 — GORDO (Manuel Ferreira).- MEMORIA HISTORICA E JURIDICA DOS PROCEDIMENTOS CRIMINOSOS, QUE TEVE O DESENBARGADOR VICTORINO JOSÉ CERVEIRA
BOTELHO DO AMARAL, no dia 8 de Julho contra Manoel Ferreira Gordo, Por este o accusar
em alguns impressos de prevaricação do feito da Nação. Lisboa: Na Typografia de M. P. de
Lacerda. 1822. In-8.º de 42 págs. B
“(...) A impunidade em que vivem os Desembargadores, faz crer, que a toga tem a mesma virtude, para
os crimes, que o saial de S. Francisco para os peccados.
”O caso, a que se refere esta Memoria, he a mais decedida prova, do que vem ponderado, por quanto
desde o mez de Fevereiro, que publiquei o aviso impresso, ao diante junto, no qual accuso tres
Desembargadores de terem julgado, que os bens de morgado podem ser vendidos por dividas do administrador, sem que por ora tenhamos visto cahir sobre elles o raio do castigo; e hum dos taes não satisfeito
com o opprobrio d’hum crime, acaba de commetter outros gravissimos, autoando-me por suppostos
abusos de Liberdade de Imprensa. (...)”
1369 — GOURAUD (Charles).- ENSAIO SOBRE A LIBERDADE DO COMMERCIO DAS
NAÇÕES. Exame da Theoria Ingleza da Liberdade do Commercio. Porto. Typographia da
«Imprensa». 1859. In-8.º gr. de XII-368 págs. E.
No fim vem declarado que o tradutor da obra foi Agostinho Albano. Com a transcrição de duas cartas
respectivamente de António da Silva Pereira Magalhães e Antero Albano da Silveira Pinto. Muito invulgar.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1370 — GOUVÊA (Visconde de).- O DOURO. Poesia do Visconde de Gouvêa. Com uma carta
preambular e annotações ao texo por Alberto Pimentel. Livraria Magalhães & Moniz - Editora.
Porto. 1906. In-8.º gr. de XXVIII-19-I págs. E.
É muito extensa e interessante a carta de Alberto Pimentel, a que se segue a poesia de José Freire de
Serpa Pimentel, 2º Visconde de Gouvêa.
Modestamente encadernado mas com as capas da brochura conservadas.
[342]
1371 — GRACIAS (João Baptista Amâncio).- UMA HEROINA LUSO-FRANCESA, ou a celebre
JAN BEGUM, Marquesa de Dupleix. Estudo histórico e crítico dum dos períodos mais notáveis
do domínio europeu na Índia. Nova Goa. 1937. Impresso na Tipografia Rangel, Bastorá, Índia
Portuguesa. In-4.º gr. de VI-226-II págs. B.
Valiosa e extensa página dedicada à história de Portugal na Índia, neste trabalho dedicado a Jan
Begum, que foi “de creoula a vice-rainha e marquesa”. Edição de limitada tiragem, como todas as que
em português se editaram na Índia.
Exemplar valorizado com dedicatória do autor “Ao grande estadista financeiro, Ex.mo Sr. Dr. Antonio
de Oliveira Salazar - honra e lustre de Portugal.”
1372 — GRAND-CARTERET (John).- CONTRE ROME. La Bataille Anticléricale en Europe.
Louis Michaud, Éditeur. Paris. S.d. In-8.º gr. de 318-II págs. B.
“282 images françaises, italiennes, allemandes, austrichiennes, hollandaises, belges, suisses, portugaises,
anglaises, américaines, etc... Apréciations d’hommes marquants de la France et de l’étranger sur la
séparation de l’Église et de l’État”. Obra reunida por Grand-Carteret conhecido como grande conhecedor
da caricatura universal.
Capa da brochura ilustrada a cores. Assinado na folha de guarda.
1373 — GRAND-CARTERET (John).- LE JEUNE PREMIER DE L’EUROPE. Devant l’objectif
caricatural. Louis-Michaud, Éditeur. Paris. S.d. In-8.º gr. de XVIII págs. B.
Livro assim constituído: “Lettre ouverte à S. M. Très Catholique, Alphonse XIII, roi de toutes les
Espagnes»; «Les Caricatures sur Alphonse XIII intime»; «Les Caricaures politiques jusqu’a la
Révolution de Barcelone»; «La Guerre au Maroc et le soulèvement de Barcelone». Com cerca de duas
centenas de caricaturas.
Assinado na folha de guarda.
1374 — GRAND-CARTERET (John).- KAISER, KRONPRINZ & Cie. Paris. Librairie
Chapelot. 1916. In-4.º de 80 págs. B.
Volume integrado na série «Caricatures et Images de Guerra», com 184 caricaturas francesas e estrangeiras, quatro estampas em separado e frontispício de Robida. 4.º milhar.
Com um assinatura no anterrosto.
1375 — GRAND-CARTERET (John).- LA KULTUR ET SES HAUTS FAITS. Frontispice en
couleurs de Louis Raemaekers. 180 caricatures françaises et étrangères, 8 planches hors-texte.
Paris. Librairie Chapelot. 1916. In-8.º gr. de 80 págs. B.
Livro integrado na série «Caricatures et Images de Guerre», caricaturas seleccionadas e reunidas por
Grand-Carteret, que fez delas uma verdadeira e dramática crónica da Primeira Grande Guerra.
Desconjuntado e assinado no anterrosto.
1376 — GRAND-CARTERET (John).- RICHARD WAGNER EN CARICATURES. Paris.
Librairie Larousse. S.d. In-8.º gr. de 336 págs. B.
Livro curiosíssimo e muito invulgar, tendo por tema o grande compositor alemão, com “130 reproductions
de caricatures françaises, allemandes, anglaises, italiennes, portraits, autographes (lettre et musiques).
Dessins originaux de J. Blass, Moloch et Tiret-Bognet”.
Assinado numa folha branca.
1377 — GRAND-CARTERET (John).- VERDUN. Images de Guerre. Frontispice de Robida.
Pièces historiques, Estampes, Portraits, Curiosités, 350 Images et Caricatures françaises, alliés,
neutres et ennemies. 12 planches hors-texte. Paris. Librairie Chapelot. 1916. In-8.º gr. de 256
págs. B.
Um dos muitos e estimados livros de Grand-Carteret, que durante a Primeira Grande Guerra reuniu
e publicou milhares de caricaturas, quase sempe marcadas por profundo dramatismo e sofrimento.
Assinado no anterrosto e com uma mancha de água na capa da brochura.
[343]
1380 - ver pág. 345
1378 — GRAVE (João).- A DOR E A TERNURA. Novelas. Porto. Livraria Chardron, de Lélo
& Irmão, Ldª. 1930. In-8.º de 211-I págs. E.
Excelente encadernação à amador, com as capas da brochura conservadas. Assinado no anterrosto.
1379 — GRAY (Thomas).- THE // POEMS // OF // MR. GRAY. // To which are prefixed //
MEMOIRS // OF HIS // LIFE and WRITINGS // BY // W. MASON, M. A. // YORK: PRINTED BY A. WARD; AND SOLD BY DODSLEY, PALL-MALL. // LONDON; AND J.
TODD, STONEGATE, YORK. // MDCCLXXV. In-4.º gr. de IV-416-111-III págs. E.
Thomas Gray, célebre poeta inglês, recusou a dignidade de poeta laureado que lhe quiseram dar
logo após a publicação do poema «O bardo», considerado a sua obra-prima; “passou a consagrarse aos conhecimentos enciclopédicos, o que não obstou a que escrevesse ainda, algumas poesias,
que, com com outras anteriormente publicadas, foram como que o prenúncio do romantismo
inglês”, como diz Henrique Perdigão no seu smpre útil «Dicionário Universal de Literatura». Com
um retrato do Poeta gravado em chapa de metal num oval constituído por folhas de louro. É,
segundo o que se depreende da descrição de Brunet, a primeira edição da obra, embora outras
melhores se lhe tivessem seguido.
Com falta das pastas da encadernação,
1380 — GRIMM (Irmãos).- KINDER UND HAUSMARCHEN gesammelt durch die Brüder
Grimm ill. v. Herm Vogel. München, Verlag von Braun u. Schneider. 2 Auflage.[1894?]. In-4.º
de IV-286-II págs. E.
Muito bela e luxuosa edição de contos dos irmãos Grimm, em alemão e em caracteres góticos, com
portada e sete admiráveis litografias a cores e ouro em folhas à parte e centenas de outras ilustrações
a negro nas páginas do texto, sendo algumas delas em plena página, da autoria do conhecido ilustrador
alemão Hermann Vogel-Plauen, fundador da Sociedade dos artistas alemães e incluído por Osterwalder
no seu «Dictionnaire des illustrateurs. 1800-1914 (illustrateurs, caricaturistes et affichistes)», que
inclui entre as suas obras a edição que temos presente.
Luxuosa encadernação dos editores em percalina creme, admiravelmente ilustrada a cores e ouro.
(ver gravura na pág. 344)
1381 — GUEDES (Armando Marques).- A ALIANÇA INGLESA. (Notas de História
Diplomática). Editorial Enciclopédia Ldª. Lisboa. MCMXXXVIII. In-4.º de 358 págs. B.
Do Índice: «Na Idade Média»; «No século dos Áustrias»; «No século dos Bourbons»; «Contra
a Revolução e o Império»; «Um século inglês (1815-1914)»..
1382 — GUEDES (Armando Marques).- A ALIANÇA INGLESA SOB O SIGNO DA DINASTIA
DE BRAGANÇA. Fundação da Casa de Bragança. 1958. [Lisboa]. In-4.º de 32-VI págs. B.
Cuidada edição da Fundação da Casa de Bragança, esgotada.
Dedicatória do autor.
1383 — GUERRA (Luís de Figueiredo da).- MANUAL DO BRAZÃO. Vianna. Typ. d’André
J. Pereira & Filho. 1902. In-8.º gr. de II-38 págs. E.
Folheto raro de que ainda não tinhamos tido conhecimento.
Com algumas correcções à margem, provavelmente do punho do autor. Encadernação simples, mas
com o título e o nome do autor gravados a ouro num rótulo colado na pasta.
1384 — GUERREIRO (Cónego Alcântara).- MOÇAMBIQUE NUM POEMA SEISCENTISTA.
[1950. Imprensa Nacional de Moçambique. Lourenço Marques]. In-4.º gr. de 31-I págs. B.
Título do Poema transcrito em fac-símile de 15 páginas de papel couché: «Socorro q de Mosambique
foi a sam L.ço contra o Rei arrenegado de Mombaça fortificado na Ilha de Massalagem, sendo Capitaõ
Mor Roque Borges: E vitoria q do Rei se alcançou este anno de 1635». Com o estudo de Alcântara
Guerreiro antecedendo o poema. Rara separata do documentário «Moçambique».
[345]
1387 - ver pág. 347
1385 — GUERREIRO (João Tavares de Vellez).- JORNADA DE ANTONIO DE ALBUQUERQUE
COELHO. Com uma carta-prefacio de J. F. Marques Pereira. Lisboa. 1905. In-8.º de 168 págs. E.
A primeira edição da obra foi estampada em Macau em 1718, “em papel dobrado, segundo o estylo
chinez”, sendo raríssimos os exemplares existentes, porquanto Inocêncio dava notícia de que eram
conhecidos apenas dois, sendo a obra importante para a história da presença dos portugueses na China.
Edição invulgar, integrada por Melo de Azevedo na sua «Bibliotheca de Classicos Portuguezes».
Boa encadernação com lombada e cantos em pele, mantendo conservada a capa da brochura da frente.
Dedicatória autógrafa de Mello de Azevedo.
1386 — GUIA DE PORTUGAL. Colaboração dos mais ilustres escritores portugueses. [Lisboa.
Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional de Lisboa e outras. 1924-1970]. 5 vols. em 7 tomos In-8º E.
É a colecção completa desta notável e ainda hoje muito estimada publicação, abundantemente ilustrada
com mapas, plantas e gravuras e colaborada por alguns dos mais relevantes nomes da literatura portuguesa: Miguel Torga, Jorge Dias, Aquilino, Jaime Cortesão, Reynaldo dos Santos, Pascoaes, João
Barreira, Raul Brandão, Amorim Girão, Ferreira de Castro, Egas Moniz, Aarão de Lacerda, Diogo de
Macedo, Nemésio, Rodrigues Miguéis, Abel Viana, Montalvão Machado, Afonso Lopes Vieira,
António Sérgio, Câmara Reis e outros.
Assim constituída: 1º volume - Generalidades — Lisboa e Arredores; 2º - Estremadura, Alentejo
e Algarve; 3º - Beira Litoral, Beira Baixa e Beira Alta; 4º - Entre Douro e Minho, 2 tomos; 5º - Trás-os-Montes e Alto Douro, 2 tomos. Os três primeiros volumes foram publicados pela Biblioteca
Nacional e os restantes pela Fundação Calouste Gulbenkian. Juntámos o seguinte opúsculo em brochura,
sem capas: «Guia de Évora e seus Arredores». Espécimen do Guia de Portugal. 1923
Todos os volumes são da edição original. Encadernações dos editores.
1387 — GUIDE DES PLAISIRS À PARIS. Nouvelle édition. Édition photographique. Paris.
S.d. In-8.º de 209-VII págs. B.
Curioso livro talvez do início do século XX, em papel couché. “140 illustrations obtenues par la photographie d’après nature. Un plan des Plaisirs de Paris. Les Portraits des plus jolies femmes de Paris.
Paris le jour, Paris la nuit, Comment on s’amuse, où l’on s’amuse, Ce qu’il fut voir, Ce qu’il faut faire.
Nouvelle édition”.
Capa da brochura ilustrada a cores. (ver gravura na pág. 346)
1388 — GUIMARÃES (Alberto Dias).- FARRAPOS. 1905-1906. Artigos publicados nos
numeros 50 a 78 do semanario «O Comercio» de Ponte do Lima. Lisboa. 1907. [Typ. da Livraria
Ferin. Lisboa]. In-4.º gr. de 110-II-VI-II págs. E.
Luxuosa edição “ESPECIAL E UNICA, SEM DESTINO À VENDA”, de presumível muito restrita
tiragem, com os exemplares assinados pelo autor e impressos em papel Ingres. Com numerosos artigos
de muito variada temática. Tem, em separado, ilustrações de Augusto Ribeiro da Silva, Manuel de Arriaga
Nunes, Manuel de Matos Lopes e José Luís da Silva. No fim vem um «Excerpto Bibliographico» assinado
por Augusto Ribeiro. Os artigos contidos no volume foram, como acima se refere, anteriormente publicados no semanário «O Comercio» de Ponte de Lima.
Com dedicatória do autor e um belo ex-libris de António Maria d’Oliveira Bello. Excelente encadernação
com a lombada em chagrin com nervuras e ferros a ouro, tendo conservadas as capas da brochura.
1389 — GUIMARÃES (Avelino da Silva).- A CRISE AGRICOLA PORTUGUEZA ESPECIALMENTE DO MINHO. Causas Geraes – Historicas, Juridicas e Economicas. Meios de attenuação.
Porto. Typographia de A. J. da Silva Teixeira. 1890. In-8.º de II-XXV-I-278-II págs. E.
“(...) É a agricultura o ramo principal de todas as industrias: fortalecel-a, desenvolvel-a, é o dever de
todos os governos, o interesse de todos os cidadãos.
“Que na lucta de idéas e de aspirações a melhoramento e progresso não fique em prejudicial insulação
a classe agricola, é o desejo do auctor, como a sua intenção mais viva na presente publicação”.
Modestamente encadernado.
[347]
1390 — [GUIMARÃES (Daniel M. de Moura)].- GUIA DO AMADOR DE BELLAS-ARTES.
Porto. Typographia Commercial. 1871. In-4.º peq. de 633-III págs. E.
O trabalho, primeiro na sua especialidade feito em Portugal, refere-se ao que de mais importante existia
nos vários países europeus, informações sobre as cidades a visitar, etc. A primeira parte do volume
é referente a Portugal: Lisboa, Sintra, Setúbal, Évora, Caldas da Rainha, Alcobaça, Batalha, Leiria,
Coimbra, Aveiro, Porto, Gaia, Foz, Matosinhos, Leça da Palmeira, Famalicão, Guimarães, Taipas,
Braga, Ponte de Lima, Viana, Caminha, Valença, Monção, Barcelos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde,
Amarante, Vila Real, etc. Publicado com as iniciais do autor.
Encadernação editorial, solta do volume.
1391 — GUIMARÃES (Francisco Vaz de).- AUTO DA MUITO DOLOROSA PAIXAÕ DE NOSSO
SENHOR JESUS CHRISTO, conforme a escreverão os quatro evangelistas. Obra feita pelo
muito Reverendo Padre... Lisboa: 1849. Na Typ. de Mathias José Marques da Silva. In-4.º peq.
de 39-I págs. B.
No frontispício tem uma gravura em madeira que ocupa toda a largura da página representando o Calvário.
O texto aparece adornado de 20 pequenas xilogravuras de rústica execução e diversas dimensões.
Edição não referida em «Teatro de Cordel», de Forjaz de Sampaio, catálogo da «Literatura de Cordel
da Fundação Calouste Gulbenkian, «Folhetos de Cordel e outros da minha colecção» de Arnaldo
Saraiva e «Catálogo da Literatura de Cordel. Colecção Jorge de Faria», organizado por José Oliveira
Barata e Maria da Graça Pericão.
1392 — GUIMARÃES (Horácio de Castro).- A SÁTIRA VICENTINA. Conferência pronunciada
no Salão de Festas da Casa do Minho, em Lisboa, na noite de 12 de Fevereiro de 1958, num
Serão Vicentino promovido pela Academia Portuguesa de Ex-Libris. 1958. Escola Profissional
de Santa Clara. Vila do Conde. In-8.º de 42 págs. B.
Separata ilustrada e numerada do «Boletim da Academia Portuguesa de Ex-Libris».
Dedicatória do autor.
1393 — GUIZOT.- DE LA DÉMOCRATIE EN FRANCE. (Janvier 1849). Par M. Guizot.
Bruxelles. Meline, Cans et Compagnie. 1849. In-8.º peq. de II-149-III págs. E
Trabalho importante da obra política de François Guizot, considerado como o seu testamento político,
publicado pouco depois da eleição de Louis-Napoléon. Rara edição, contemporânea da primeira, de Paris.
Encadernação com a lombada em pele com ferros a ouro.
1394 — GUIZOT.- HISTORIA D’INGLATERRA CONTADA AOS MEUS NETOS POR GUIZOT
E RECOLHIDA POR SUA FILHA MADAME DE WITT. Traducção de Maximiano Lemos
Junior. Porto. Lemos & C.ª - Editores. 1886 [1888]. 4 vols. In-4º gr. E.
“Guizot, ao contar aos seus netos a história d’essa gloriosa nação, impressionou-os sobretudo pela
simplicidade da narrativa e pela insistencia n’aquelles assumptos de sua natureza mais commoventes,
de modo que o seu livro conservando todo o rigor historico, tivesse a paixão e o interesse d’um verdadeiro
romance”. Edição ilustrada com boas gravuras talhadas em madeira, impressas em plena página e nas
páginas do texto.
Cuidadas encadernações com as lombadas em pele.
1395 — HAMONIERE (G.).- GRAMMATICA FRANCEZA, dividida em quatro partes; Das
quaes a Primeira trata da Pronunciação; a Segunda, das Varias Partes da Oração; a Terceira, da
Syntaxe; e a Quarta, da Orthographia, Pontuação, e Prosodia. Com hum Appendix, Que contém
Observações diversas. Seguida de hum Tratado de Versificação. Nova edição. Lisboa,
MDCCC.XXVIII. Na Typographia Rollandiana. In-8.º de IV-207-V págs. E.
Gramática decerto rara, porquanto a não encontramos registada na bibliografia consultada.
Bonita encadernação inteira em pele, da época, com a lombada decorada com flores e título dourados.
Em perfeito estado, o que não é vulgar em livros escolares.
[348]
1396 — HARDUNG (Victor Eugène).- CANCIONEIRO D’ÉVORA, publié d’aprés le manuscrit
original et accompagné d’une notice littéraire-historique par... Lisboa. Imprensa Nacional. 1875.
In-8.º gr. de 77-I págs. B.
São bastante invulgares os exemplares deste valioso cancioneiro do século XVI.
“(...) ce monument littétaire représente l’école da medida velha, pour ainsi dire les épigones des poëtes qui
avaient assisté aux Serões do Paço, il nous fait voir le dernier restes de cette époque brillante à la cour
de la reine D. Cathérine et de D. Sébastien, jusqu’à ce que l’usurpation vint mettre terme à l’indépendence
nationale et à une cour splendide; d’autre, il nous offre, par des compositions insipides, le triste
spectacle de la décadence littéraire.”
1397 — HARO (Cervantes de).- DESENHO ORIGINAL assinado e datado de “Lisboa 1927-8-3 –
/ Pascoaes 7-1912”. Dim. 15,5 x 20,5 cm.
Belo desenho a preto com finas pinceladas a branco, representando uma paisagem com árvores, divididas
pelo que parece ser um ribeiro; o desenho tem, contornando-o pela esquerda uma “figura” de perfil
que o proprietário da biblioteca diz representar a cabeça do poeta Teixeira de Pascoaes.
Sobre Cervantes de Haro transcrevemos parte do capítulo que Adolfo Faria de Castro lhe dedica no
seu livro «Impressões de Arte»: “A sua arte penetra o mundo arbóreo, e é a árvore que guia o artista
na peregrinação através dos zenites luminosos, dos clarões incendiados de Beleza, dos gritos purificadores
da Dôr que o saüdosismo sublinha em notas sugestivas e lívidas. A árvore tenta o artista, e o artista
deixa-se prender à árvore, que lhe comunica tôda a sua poesia elegíaca, toda a sua unção mística, tôda
a sua pureza artística. Por isso, a arte de Cervantes de Haro é incorpórea e subjectiva e integra-se na
euritmia da árvore: — árvore-Sonho, árvore-Mistério, árvore-Ideal. (...)
“Na galeria de trechos arbóreos, que Pascoais exalta, a Lusíada, árvore do Buçaco, formosa concretização das gentes e da natureza, sobreleva-se pelo fulgor lírico que a envolve.” Com moldura antiga
coberta com decoração em relevo em gêsso dourado.
1402 — HENRIQUES (Mário Ventura).- ASPECTOS DA VIDA LITERÁRIA DE ALMEIDA
GARRETT. Palestra precedida de algumas palavras de apresentação pelo publicista Ex.mo Sr.
Raul Esteves dos Santos. Lisboa. 1951. In-8.º gr. de 30-II págs. B.
Edição fora do mercado, provavelmente de muito rduzida tiragem.
Dedicatória autógrafa do autor.
1403 — HERCULANO (Alexandre).- CARTAS DE A. HERCULANO. Antigas Casas Aillaud
e Bertrand. Lisboa. S.d. 2 vols. In-8.º de IV-296-II e 288 págs. E.
Primeira edição das cartas de Herculano, em grande parte importantes e dirigidas a marcantes individualidades do seu tempo: Barros Gomes, Padre Francisco Recreio, António José de Ávila,
Henrique O’Neill, Passos Manuel, Oliveira Martins, Duque de Saldanha, Garrett, Pinheiro Chagas,
Fernandez de los Rios, Casal Ribeiro, Rebelo da Silva, Teixeira de Aragão, Gomes de Amorim, M.
J. Fernandes Tomás, Soares de Passos, Duque de Palmela, Júlio de Vilhena, Mendes Leal, Costa
Goodolfim, etc.
Encadernações em percalina vermelha, com dizeres e ferros dourados.
1404 — HERCULANO (Alexandre).- COMPOSIÇÕES VARIAS. Antigas Casas Aillaud e Bertrand.
Lisboa. [S.d.] In-8.º de IV-271-III págs. E.
Primeira edição. Com os seguintes escritos: «Conversão dos godos ao catholicismo», «Instrucção
publica», «Da educação e instrucção das classes laboriosas», «Aristocracia hereditaria»,
«Jurados», «Tumultos d’Evora», «A questão de Salvaterra», «A padeira d’Aljubarrota», «D.
Francisco Manuel de Mello», «Do Christianismo» e «Memoria sobre a origem dos Livros de
Linhagens».
Encadernação inteira de percalina vermelha, com ferros a ouro na lombada e pasta.
1398 — HAYWARD (J. F.).- THE ART OF THE GUNMAKER. Volume one. 1500 - 1660.
By J. F. Hayward of the Victoria and Albert Museum. Barrie and Rockleff. London. [1965].
In-4.º de 332 págs. E.
1405 — HERCULANO (Alexandre).- DA ESCHOLA POLYTECHNICA E DO COLLEGIO
DOS NOBRES. Por A. Herculano (Deputado pelo Porto). Lisboa: Na Typographia da Sociedade
Propagadora dos Conhecimentos Uteis. 1841. In-4.º gr. de 19-I págs. B.
1399 — HENRIQUES (Guilherme J. C.).- O PRINCIPE DE GALLES. Estudo Historico,
Biographico e Genealogico sobre o illustre viajante que, regressando da India, vem abordar
á «Occidental Praia Lusitana». Lisboa. Typographia Universal. 1876. In-8.º gr. de 29-I págs. B.
1406 — HERCULANO (Alexandre).- A HARPA DO CRENTE. Tentativas poeticas pelo Auctor
da Voz do Propheta. Lisboa. 1838. Na Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis.
In-4º peq. de 120 págs. E.
Excelente instrumento de trabalho para coleccionadores e antiquários de armas de fogo, com numerosas
fotografias de raros exemplares e valiosas informações de fabricantes de 1500 a 1660.
Encadernação editorial em tela, com sobrecapa ilustrada.
Com um retrato litográfico do Príncipe de Galles ass. “Salema. Lith. Palhares”. Tem no fim uma folha
desdobrável com uma “Taboa Genealogica que mostra o parentesco que existe entre as Familias Reaes
de Portugal e Inglaterra”.
Acerca da proposta pelo deputado por Lamego José Maria Botelho “para a extincção da Eschola
Potytechnica, e restabelecimento do Collegio dos Nobres”. Uma das mais antigas e mais raras publicações do grande historiador.
Com as três séries que constituem a edição original desta estimada a rara obra poética de Herculano.
Encadernação com a lombada em carneira, da época. Tem na página 7 o ex-libris a óleo de Pedro
A. Ferreira, Abade de Miragaia.
1400 — HENRIQUES [Da Carnota] (Guilherme João Carlos).- ALEMQUER E SEU CONCELHO. Lisboa. Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes, Impressor da Casa Real.
1873. In-8.º gr. de 316-IV págs. B.
1407 — HERCULANO (Alexandre).- HISTORIA DE PORTUGAL. Lisboa. Em casa da viuva
Bertrand e Filhos. MDCCCXLVI-MDCCCLIII. 4 vols. In-8.º gr. E.
1401 — HENRIQUES (Júlio).- TRÊS CARTAS AUTÓGRAFAS, sem o nome do destinatário,
com o timbre da Universidade de Coimbra, Jardim Botânico e datadas de 21 e 24 de Dezembro
de 1910 e 17 de Janeiro de 1911.
1408 — HERCULANO (Alexandre).- [O MONASTICON]. Lisboa. [Editores e datas diversas].
3 vols. In-8.º E.
Muito rara primeira edição desta valiosa monografia, com uma folha desdobrável de grandes dimensões
representando o Concelho de Alenquer.
Com um rasgão na capa da brochura da frente, restaurado e sem falta de papel.
Cartas subscritas por Júlio Henriques, ao tempo Director do Jardim Botânico. Trata quase exclusivamente de assuntos botânicos e de autores que sobre eles escreveram.
[349]
Todos os volumes são da primeira edição. Obra muito estimada e fundamental da bibliografia histórica
portuguesa, com inúmeras edições publicadas.
Bonitas encadernações da época, com as lombadas em pele. Leves picos de traça marginais nas duas
primeiras e quatro últimas folhas.
Com as obras que constituem «O Monasticon»: «Eurico o Presbytero», 4.ª edição, e «O Monge de Cistér»,
2 vols, 2.ª edição.
Encadernações da época, uniformes, com as lombadas em pele. Assinatura antiga nos frontispícios.
[350]
1409 — HERCULANO (Alexandre).- A REACÇÃO ULTRAMONTANA EM PORTUGAL ou
a Concordata de 21 de Fevereiro. Lisboa. Na Typ. de José Baptista Morando. Maio de
MDCCCLVII. In-4.º peq. de XI-I-56-II págs. B.
São bastante invulgares os exemplares deste escrito de Herculano a propósito da Concordata celebrada
entre Portugal e a Santa Sé em 1857, em que foi regulado o exercício do Padroado do Oriente e criada
a diocese de Damão.
Capa da brochura com um pequeno rasgão no ângulo inferior esquerdo, com falta de papel não impresso.
1410 — HERCULANO (Alexandre).- SEIS CARTAS AUTÓGRAFAS, cremos que todas
endereçadas a Francisco Joaquim Maia, constando este nome em quatro delas, pré-filatélicas,
datadas entre 6 de Março de 1840 e 1842, duas provavelmente de 1842 e 1846 e outra sem qualquer
data. Dim. aprox. 18,5 x 25 cm.
Valioso e importante conjunto de seis cartas políticas e particulares do grande historiador, cartas de
que fazemos os seguintes extractos:
1.ª Carta, datada de “Lisboa 6 de Março” [de 1840]: “(...) Esta tem por objecto principal a politica, na
qual, sem que eu saiba bem o como me acho outra vez mettido. Fallo das Eleições.
“O meu amº Seabra partiu para ahi hontem com as outras pessoas influentes nas provincias para
tractarem das eleições. Aquelle meu am.º pela consideração que merece não só aos homens dos nossos
principios politicos, mas ás principaes personagens do estado [três últimas palavras sublinhadas],
é hoje considerado na camara legislativa como o Chefe ou centro dos homens moderados e firmes. Elle
entendeu, e bem, que V. S.ª era um dos individuos que convinha formassem parte do corpo legislativo.
Com elles pois, desejo eu tracte o meu am.º sobre este negocio e sobre o geral das eleições; porq. me
parece que tanto elle como V. S.ª se comprehenderão perfeitamente (...)”;
2ª Carta com data de “Lxª 31 Março” de 1840: Pede desculpa do atrazo na resposta à carta de Francisco
Maia, desta destinatário, “porque tambem eu estava secretario de uma mesa eleitoral, e alem disso
trabalhando em geral nas eleições, que por cá não foram tão faceis de ganhar como ahi. Domingo 5
reunimos os portadores d’actas na camara, e espera-se que os patriotas façam lá grande barulho. Eu
vou prevenido, e espero que os nossos o vão igualmente. Veremos o que os homens fazem e se o governo
(que porventura nos tem feito mais mal q. os proprios patriotas) tome as necessarias medidas. Por aqui
tractam os setembristas de fazer bernarda, e seriamente, mas creio que acabarão de se perder.”. Pede
depois um emprego para “um homem que trabalhou nas eleições, e a quem eu dei a mª palavra de que
o arranjaria. Ao governo não peço nada porque lhe não quero dever obrigações e ficar preso [palavras
sublinhadas] (...)”;
3.ª Carta, datada de “Lisboa 19 de 8.bro” [de 1840?]: “(...) O negocio dos Lentes do Porto tem sido
demorado nos Senadores, não foi m.ª culpa porque ja por duas vezes fallei nelle ao Serpa Machado —
e agora lhe tornarei a fallar — Quanto ás freiras parece-me que será melhor quando se discutir essa
verba nos Encargos Geraes [palavras sublinhadas] do Orçamento - e era para lá que eu reservava
o apresentar alguma cousa a este respeito. Fechar as Cortes, é cousa de que se não tracta, porque o
Governo, que não tem maioria se contra (?) quer conservar o que tem aqui.
“Maioria e Governo tudo está cego; o peior é que nós seremos precipitados com ellle. (...)”;
4.ª Carta, datada de “26 de Maio” de 1842: “No dia em que d’aqui partiu contava eu ir ve-lo e despedir-me
a bordo do vapor, não tendo ido no sabado á Hospedaria por me achar incommodado. (...) Escrevo para
que me dê noticias suas, e de toda a sua respeitavel familia, tendo em especial a bond.e de agradecer
em meu nome á Ex.ma Snra D. Anna o mimo que teve a bond.e de me fazer, enquanto eu não lhe escrevo
uma carta bem estirada, como tenciono logo que me ache com disposição para isso.
“Novidade não lh’as dou, porque não as sei nem me importam. Das cousas sabidas e velhas só direi
agora que sou De V. Ex.ª Am.º obrig.mo A. Herculano”
5.ª Carta, datada de “Junho 26” de 1844 ou 1846, sem o nome do destinatário, mas que, cremos, será
o mesmo Francisco Joaquim Maia: “Hesitei muito se devia escrever esta carta, attento o fim principal
della. Lembrava-me que V. S.ª com justissima razão diria: “Este homem que recebeu de nós tantos
obsequios e favores; a quem nesta casa se deram provas de tanta e tão boa amizade, passa mezes e
mezes sem escrever, e só o faz quando nos quer incommodar?!” - Essa reflexão de V. Sª que na minha
consciencia entendo ser inevitavel, fazia-me cair a pena da mão. Por outra parte pensava que escrevendo sobre o mesmo objecto a outros amigos, e deixando de o fazer a V. S.ª com melhor fundamento
[351]
.../...
ainda, se é possivel, V. S.ª imaginaria que eu tinha quebrado as nossas antigas relações, não tendo para
isso motivo, antes sobrada obrigação de recordar sempre dellas com saudade e agradecimento. (...)
“Agora para o que eu não tenho cara é para fallar na Ex.ma Snra D. Anna. Tenho sido tão ingrato que
só talvez merecesse perdão indo ao Porto e pedindo-lhe misericordia com as mãos postas e de joelhos,
pouco mais ou menos como o A. A. pedia aos eleitores de Penafiel pª o fazerem deputado. (...) Espero
ir ainda um dia ao Porto: compre uma boa vara de marmeleiro: de-lha a ella que a guarde para me tocar
a pavana em eu lhe aparecendo. Será um acto de justiça, e a justiça é também caridade. (...)
“Vamos ao negocio. Vou imprimir um volume por minha conta. V. Sª tem ahi influencia e relações,
e eu não sou inteiramente desconhecido no Porto. Remetto-lhe por isso o projecto, sem recommendação;
porque a recommendação é a sua boa amizade. (...)”
6.ª Carta, sem lugar, data ou destinatário, provavelmente o mesmo das cartas anteriores: “Com que
gosto eu veria a sua carta e noticias de toda a sua tão lembrada familia, é escuzado dize-lo, que pelos
tempos que ora correm cada vez me lembram mais aquellas santas noites das questões e da musica,
e o jardim e o tanque, e as flores, e os passeios, e as noites de luar, e todas as memorias da sua casa
em que tão bem todos e tudo sabe fazer esquecer os tedios e desgostos da vida. (...)
“Eu aqui vivo no meu eremiterio, sem saber nem m’importar com o que vae pelo mundo politico,
tendo feito ha muito a tenção de ser macaco a bordo de navio, que quando a tempestade submerge este,
crusa as mãos por cima da cabeça e deixa-se ir para o fundo com a resignação que faria honra a um
martyr da primitiva egreja. A proposito d’egreja devo confessar que no meio de tantas borracheiras,
imoralid.es, torpezas, miserias e vergonhas de que este cadaver de mendigo, amortalhado em lençol
roto chamado Portugal, é theatro, só perturba ainda a minha beatifica indiferença philosophica, o que
se passa com os negocios de Roma, e só m’excita colera e ver que em nós, esbofeteados pelas grandes
nações, se verifique a fabula do Leão moribundo, e que possamos dizer a um clerigo velho que está
daqui outocentas leguas, cujos soldados calçam meias de seda e cuja armada é alguma rasca de sardinhas
(...). Pois é isto o que nos sucede, e que ainda me afflige. Espero todavia curar-me, e dizer como certa
canalha = E viva (?) nostro signore il Papa!”
“Mas em consciencia, e no fim de tudo sempre é triste assistir ao enterro de uma nação de sete seculos,
quando pertencemos a ella.
“Agora, para fugir a estas reflexões que teem muito de tristes mas não sei se ainda mais de dramaticas,
responderei á minha antiga arguente naquellas celebres conclusões das noites de S. Thereza ao pé do
piano, que da mãe do afilhado não ha por ora noticias; não por falta de boa vontade, porque quem visse
assim só, puxa muito para o sancto matrimonio; mas porque ir tirar uma pobre rapariga do gasalho
domestico para vir aturar um homem, que sempre é bicho mau de soffrer, por mim o digo, sem a poder
cercar de novos commodos, que lhe suavisem a nossa natural rudeza, parece-me crueldade, e eu, ainda
que me não tenha na conta dos mais miseraveis, não tenho tambem tudo o que entendo precisar para
tornar agradavel a vida domestica n’um ermo como este meu. (...)”
VALIOSO E IMPORTANTE CONJUNTO DE CARTAS
DE ALEXANDRE HERCULANO.
1411 — HERCULANO (Alexandre).- TRES CARTAS AUTÓGRAFAS, Datadas de “Lisboa 5
de 7bro. Não é Lisboa: é Ajuda. Enganei-me”, (Nota a lápis. Não será 1842? Deve ser. É.);
“Ajuda. 20 7bro 1844”; “Ajuda 24 de março de 1857.
Cartas de quatro páginas cada uma, de diferentes dimensões, dirigidas a Senhora não identificada.
1ª carta, manuscrita nas suas quatro páginas: “Exma. Quasi sempre me acontece não saber por onde
hei-de começar quando escrevo qualquer carta, que não seja de negocio, por falta de materia - aqui me
acontece o mesmo, mas por contrario motivo, podendo dizer que a abundancia me faz pobre. Sendo,
todavia, necessario começar por alguma cousa, agradecerei em primeiro logar o mimo com que V. Ex.ª
se lembrou de mim, valioso por ser doce [palavra sublinhada], valiosissimo por vir das mãos que veio,
e sobre tudo generoso por que mostra que V. Exª sabe perdoar e esquecer a culpa em que tenho caido
de não procurar mais vezes noticias de V. Exª, culpa tanto mais hedionda, que tem seus visos de
ingratidão, não o sendo, mas só effeitos da minha invencivel preguiça em escrever cartas. (...)
“Athé este ponto final, tenho parecido um cordeirinho: não é assim? - Pois agora verá convertida
[352]
.../...
a mansidão em colera. Tomei uma (?): franzi a testa: bem pode socorrer-se V. Exª a todos os santos da
corte do céu. Estou mais assanhado que vinte deputados a descomporem-se para saberem quaes
delles hão-de pilhar as pastas. Sabe porque? - É por V. Exª não vir a Lisboa. Da-se caso como este?
Com mar de leite; vapor magnifico; tempo suave; todos os commodos; e uma capital como esta que
nunca viu, a espera-la; com o S. Carlos e Cintra que a chamavam, atreve-se V. Exª a ficar no Porto,
sem consciencia, sem remorsos,sem temor de Deus, nem do que eu e todas as pessoas que a estimam
dirão de tão temerario arrojo? (...) Commeteu V. Exª um crime espantoso, que não tem perdão nem
neste mundo, nem no outro, salvo se, com verdadeira contrição e arrependimento prometter, levantando
o dedo ao ar (olhe V. Exª que ha-de ser o index) de vir em romaria para o verão seguinte resar um padre
nosso e uma avemaria á Senhora da Rocha, diante da sua capella na sé de Lisboa, mais cheia de milagres
de cera, do que o Mendanha é capaz de furtar de moedas de dez réis em uma noite de voltarete. (...)
“Ca estou encarrapitado no alto da Ajuda, mettido em poeira de livros, que é uma delicia. Nascem
todos os portugueses para caranguejos; porque a nação não é mais do que uma grande caranguejola
a andar para traz: eu fui porém exceptuado; porque nasci para traça; aqui vou cumprindo o meu fado,
e roendo mestres defunctos. (...)”
2.ª carta, manuscrita em duas páginas: “Minha Senhora. Se eu naõ soubesse qual era o animo nobre
e generoso de V. Exª teria dado por explicaçaõ do meu longo silencio a variedade das minhas muitas
ocupações, a pouca saude, o que sendo verdade, nem por isso bastaria para descargo da culpa; porque
naõ ha trabalho, naõ ha incommodo de saude, que naõ dê uma hora de lazer (do Porto ainda me lembra
até as expressões vulgares) para traçar meia-duzia de linhas; e esta hora e estas linhas devia eu reserva-las
para escrever a V. Exª. Foi confiado na indulgencia do juiz, que de plano me confessei culpado. Acertei
no alvo. Agora estou como os cathecumenos dos tempos primitivos da Igreja, que se baptizavam
depois de vida larga e menos ajustada, obtendo assim, sem castigo neste mundo ou no outro uma innocencia q tinham perdido não só pelo nascimento mas pelos proprios erros. V. Exª foi como Deus:
bastou-lhe o arrependimento tardio, e liberalisou-me o baptismo do perdão. Grita-me, porém, a consciencia
que não devo recebe-lo tanto a meu salvo; e por isso fiz voto de ir em romagem aos santos logares,
que são, não em Jerusalem, mas na praça de S. Theresa, sentindo só que o verão esteja em demazia
adiantado, e não me permita cumprir este anno a promessa. (...)”
3.ª Carta, ocupando as suas quatro páginas: “Minha Senhora. Recebi a carta de 17 de março com que
V. Ex.cia me honrou. (...) Comprehendo tudo o que V. Ex.cia me diz, e creio avaliar devidamente as
amarguras que tem passado pelo seu bom coração. Doente como estava teria logo ido falar ao Ferrer
se por um lado não esivesse inhibido disso e por outro naõ fosse inutil a minha diligencia. Estava
inhibido porque Antonio Jorge de Oliveira Lima me havia pedido para falar ao Ministro a favor de
Guilherme Maia e eu, que não tinha compromisso algum, lh’o havia promettido (Espero sobre isto
segredo porque é um negocio a que não tenho direito de dar publicidade porque não é meu; mas
sei a quem o confio). (...) Ferrer é um homem de caracter duro, mas recto. Ha-de despachar quem for
proposto em primeiro logar. Escuzo de dizer mais nada.
“Ante-hontem foi o primeiro dia que as sezões me permittiram sair de casa, e nesse dia estive com
Ferrer. Sem me mostrar interessado por alguem perguntei-lhe pelo provimento do logar de contador
vago no Porto, disse-me que naõ achava outro expediente senaõ manda-lo pôr a concurso, porque os
empenhos eram tantos e taes que não sabia resolver-se. O proprio Duque de Saldanha, sendo adversario
politico da actual situação, lho fora pedir com grande insistencia naõ sei para quem. (...)
“Aqui tem V. Ex.cia o que ha na materia. Naõ estava na minha maõ alterar os factos consummados;
mas estes esclarecimentos poderaõ ser uteis: por isso os dou a V. Ex.cia.
“Vivendo retirado da vida publica pouca influencia posso exercer; mas se V. Ex.cia entender que
eu posso servir daqui para alguma cousa esteja certa da minha sincera vontade em satisfazer ás suas
recomendações. (...)
1413 — HYMNO A S. BARTHOLOMEU, PARA CANTAR-SE NO SEU DIA A ESTE MILAGROSO MARTYR, A fim de que não solte o Diabo Pedreiro. Porto: Anno de 1823. Typ. á Praça
de Santa Thereza. In-8.º gr. de 8 págs. Desenc.
“Se é certo que Miguel Torga se presta a uma lírica compreensão peninsular pelas suas afinidades
vitais e estéticas, não é menos certo que Unamuno e Ortega são ímpares parceiros da viagem que o autor
faz nesta sua análise.” Ao trabalho de Jesús Herrero segue-se uma «Antologia de textos auto-biográficos
de Torga», uma «Breve tábua cronológica da biografia de Miguel Torga», uma relação das «Obras
publicadas de Miguel Torga (até 1977)» e a «Bibliografia sobre Miguel Torga». Obra integrada na colecção
«Artes e letras / arcádia».
Folheto de cordel publicado na colecção «Livraria do Povo», com uma gravurinha em madeira representando a Princesa parcendo segurar os seios com ambas as mãos.
Folheto não referido em «Teatro de Cordel», por Forjaz de Sampaio, também não em «Folhetos de
Cordel e outros da minha colecção», de Arnaldo Saraiva, nem no «Catálogo da Literatura de Cordel Colecção Jorge de Faria», de José Oliveira Barata e Maria da Graça Pericão, nem ainda no catálogo
da «Literatura de Cordel» da Fundação Calouste Gulbenkian.
Curioso e raro folheto em verso, de apologia a D. Miguel e, como tal, para juntar às colecções bibliográficas liberais.
1414 — HISTÓRIA DA CIDADE DO PORTO. Portucalense Editora. [Companhia Editora do
Minho. Barcelos. 1962-1965]. 3 vols. In-4.º gr. E.
Trata-se da obra mais significativa e vasta de quantas até hoje foram consagradas à história da cidade
do Porto. Foi dirigida por A. de Magalhães Basto e colaborada por António Cruz, Bernardo Gabriel
Cardoso Júnior, Xavier Coutinho, Conde de Campo Belo, Cruz Malpique, Damião Peres, Eugénio da
Cunha e Freitas, João Pinto Ferreira, Luís de Pina e Torquato Soares, sendo a colaboração artística
devida a Gouvêa Portuense.
Edição luxuosa, ilustrada com vasta e importante documentação iconográfica antiga e moderna nas
páginas do texto e em folhas à parte, a negro e a cores, e ainda com inúmeros desenhos e pinturas de
Gouvêa Portuense.
Encadernações editoriais, em pele, com títulos dourados e a seco na lombada e nas pastas.
1415 — HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA DO BRASIL. Edição Monumental
comemorativa do Primeiro Centenário da Independência do Brasil. Direcção e coordenação literária
de Carlos Malheiro Dias. Direcção cartográfica do conselheiro Ernesto de Vasconcelos.
Direcção artística de Roque Gameiro. Litografia Nacional. Porto. 1921-1924. 3 vols. In-fólio E.
Obra da máxima importância para o estudo das Histórias de Portugal e do Brasil, com colaboração dos
mais destacados vultos da literatura e historiografia dos dois países, numa edição sob todos os aspectos
verdadeiramente notável: Impressão executada a preto e vermelho sobre excelente papel e adornada
com um extraordinário conjunto de mapas e ilustrações, impressos nas páginas do texto e em separado,
muitas das quais a cores e metais.
Encadernações editoriais ilustradas a cores.
1416 — HISTÓRIA DA LITERATURA PORTUGUESA ILUSTRADA. Publicada sob a Direcção
de Albino Forjaz de Sampaio. Aillaud e Bertrand. Paris-Lisboa. [e Livraria Fernando Machado.
Porto]. 1929-1942. 4 vols. In-fólio de IV-387-I, IV-386-II, IV-378-II e IV-353-III págs. E.
Obra monumental, única no seu género entre nós, primorosamente impressa sobre papel couché e enriquecida com centenas de excelentes ilustrações, muitas das quais impressas em separado e algumas
a cores, reproduzindo retratos, portadas e gravuras de livros antigos e modernos, originais autógrafos,
etc. Teve como colaboradores nomes ilustres como os de Afonso Lopes Vieira, Fidelino de Figueiredo,
Fortunato de Almeida, Lopes de Mendonça, J. Joaquim Nunes, Leite de Vasconcelos, Moses Bensabat
Amzalak, Reynaldo dos Santos, J. Maria Rodrigues. A. Baião, Hernâni Cidade, Henrique de Campos
Ferreira Lima, Sousa Costa, Vitorino Nemésio, Costa Pimpão, Bruno Carreiro, Prado Coelho, João de
Barros, Damião Peres, etc.
O quarto volume, muito raro e o mais estimado, refere-se à História da Literatura Portuguesa dos
séculos XIX e XX.
Encadernações editoriais, com ferros a seco e a ouro.
1412 — HERRERO (Jesús).- MIGUEL TORGA - POETA IBERICO. Editora Arcádia. Lisboa.
1979. In-8.º gr. de 247-VII págs. B.
1417 — HISTORIA DA PRINCEZA MAGALONA, Filha d’El-Rei de Napoles e do Nobre
e Valoroso Cavalleiro Pierres, Pedro de Provença E dos muitos trabalhos e adversidades que passaram,
sendo sempre constantes na Fé e virtudes, e como depois reinaram e acabaram sua vida virtuosamente no serviço de Deus. Porto: 1871 - Em Casa de Cruz Coutinho. Caldeireiros, 18 e 20.
In-4.º peq. de 17-I págs. B.
[353]
[354]
1418 — HISTORIA DA VIDA E FEITOS DO ENGENHOSO FIDALGO D. QUIXOTE DE
LA MANCHA. Porto: 1863. Typ. de Antonio José da Silva Teixeira, Cancella Velha, 62. In-4.º
de 16 págs. B.
Com uma grande e muito curiosa gravura mostrando D. Quixote caindo do seu cavalo quando lutava
contra um moinho de vento. Ao alto está inscrito o nome da colecção: «Livraria do Povo», estando
todo o frontispício emoldurado por sequências de minúsculas gravurinhas em madeira.
Forjaz de Sampaio não regista o folheto no seu «Teatro de Cordel», como não consta da colecção
reunida por Arnaldo Saraiva, nem do «Catálogo da literatura de Cordel», da colecção Jorge de Faria,
redigido por José Oliveira Barata e Maria da Graça Pericão, nem mesmo do catálogo da «Literatura
de Cordel» da Fundação Calouste Gulbenkian.
1419 — HISTORIA D’EL-REI D. JOÃO SEXTO. Em que se referem os principaes actos,
e occurrencias do seu governo; bem como algumas particularidades da sua vida privada. Vertida
do francez pelo Traductor da Cartilha do Bom Cidadão. Lisboa. Typ. Patriotica de C. J. da Silva
e Compª. 1838. In-8.º de VI-220-II págs. B.
Inocêncio: “Dizem que o traductor d’esta Historia foi o conselheiro João Paulo Pereira (...). Em 1865
appareceu uma reimpressão d’este livro, dando-se como obra totalmente nova, porém não é mais que
uma fiel reproducção”. Muito invulgar.
1420 — HISTORIA DO GRANDE ROBERTO DUQUE DE NORMANDIA E IMPERADOR
DE ROMA. Em que se tracta da sua concepção e nascimento, e da sua depravada vida, por onde
mereceu ser chamado Roberto do Diabo, e do seu grande arrependimento e prodigiosa penitencia por onde mereceu ser chamado Roberto de Deus, e prodigios que por mandado de Deus
obrou em Batalha. Porto: 1866. Typ. de A. A. Pereira Leite. In-4.º de 16 págs. B.
Tem na primeira página uma tosca gravura em madeira representando o personagem, coroado, a cavalo,
às portas de um castelo.
Forjaz de Sampaio não o menciona no seu «Teatro de Cordel; O catálogo da «Literatura de Cordel»
da Fundação Calouste Gulbenkian, tmbém o não regista, nem Arnaldo Saraiva no seu catálogo
«Folhetos de Cordel e outros da minha colecção», nem, por fim, vem referido por José Oliveira
Barata e Maria da Graça Pericão no seu vasto «Catálogo da Literatura de Cordel - Colecção de Jorge
de Faria».
1421 — HISTÓRIA DO REGÍMEN REPUBLICANO EM PORTUGAL. Publicada por Luís de
Montalvor. Lisboa / MCMXXX-MCMXXXII. [Tipografia da Emprêsa do Anuário Comercial].
2 vols. In-4.º gr. de 387-I e 416 págs. E.
Sobre o assunto versado é a obra mais competente que temos publicada, colaborada por autores da maior
responsabilidade e saber: Jaime Cortesão, Agostinho Fortes, Joaquim de Carvalho, Francisco Reis
Santos, Manuel Maria Coelho, Lopes de Oliveira, Luz de Almeida e Bourbon e Menezes.
É valiosa e abundante a documentação iconográfica, constituída por retratos, mapas, facsimiles de
frontispícios de livros, jornais e revistas, caricaturas, etc. etc., tudo impresso em folhas à parte, sendo
algumas a cores.
Esmeradíssima edição da Editorial Ática, executada sobre papel de excelente qualidade.
Encadernações inteiras de pele à cor natural, com dizeres dourados e ferros a seco nas lombadas.
Só de leve aparados à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1422 — HISTORIA POPULAR DA REGENERAÇÃO DA LIBERDADE. Ou A Revolução de
Paris nos Dias 26, 27, 28, e 29 de Julho de 1830. Porto: Typographia Commercial Portuense:
Largo de S. João Novo N.º 12. 1842. In-8.º de II-166 págs. E.
Não encontramos registo do nome do autor desta invulgar obra, que apresenta no frontispício uma gravura
em madeira de simbologia militar.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
[355]
1423 — OLANDA (Francisco de).- DA FABRICA QUE FALECE Á CIDADE DE LISBOA.
Edição preparada por Alberto Cortês (+ 1918) que agora publica Vergilio Correia. Madrid. 1929.
In-4.º de 16 págs. e estampas. B.
Muito rara edição de 100 exemplares numerados e rubricados, em separata do «Archivo Español de
Arte y Arqueología». Com estampas em separado reproduzindo alguns dos originais do precioso e
clássico tratado iluminado quinhentista.
Rica encadernação inteira em pergaminho, com belos ferros dourados na lombada e em ambas as pastas
e ainda com o corte das folhas dourado.
1424 — HOLLANDA (Francisco de).- DE AETATIBVS MVNDI IMAGINES. LIVRO DAS
IDADES. Edição fac-similada com um estudo de Jorge Segurado. Portugal - Lisboa - 1983.
[Gráfica Maiadouro. Maia] In-fólio de 491-V págs. E.
“O Códice «De Aetatibvs Mvndi Imagines», embora na posse da Espanha, pertence na realidade do
direito de autoria legítima ao português Francisco D’Ollanda, portanto à Cultura de Portugal. É, além
disto, valiosíssima obra artística de Quinhentos no panorama da Renascença da Europa.”
É verdadeiramente notável esta edição fac-similada do precioso códice quinhentista iluminado, publicada
sob os auspícios do comissariado para a XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura, com
o patrocínio do Banco Totta & Açores. De realçar a importante «Análise descritiva e crítica das 155
composições» de Francisco d’Ollanda feita pelo Arquitecto Jorge Segurado. Obra da maior importância
para a bibliografia artística portuguesa quinhentista.
Encadernação dos editores e sobrecapa policromada.
1425 — HOLSTEIN (D. Francisco de Sousa e).- LITERATURA & HISTORIA. Ensaios de
Critica Litteraria e Historica, precedidos de um «In Memoriam» pela Condessa de Sabugosa
e por «Luzia», J. Lucio de Azevedo, Justino de Montalvão e Ayres d’Ornellas. Lisboa. Esc. Tip.
das Oficinas de S. José. 1929. In-4.º de XVIII-II-230 págs. E.
Estudos de variadíssima e muito interessante temática, concernentes a destacados escritores portugueses e estrangeiros. Com um retrato do autor impresso em separado. Edição cuidada, em tiragem confinada a 300 exemplares em papel avergoado.
Boa encadernação com a lombada e os cantos em pele, só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1426 — HOMEM (Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira).- CHAVES NA REVOLTA DE
1808. Chaves. Tip. e Papelaria Mesquita. 1930. In-4.ºde 24-IV págs. E.
Edição confinada a 500 exemplares numerados e rubricados pelo autor. Com uma estampa fotográfica,
em separado, representando a «Capela de Nossa Senhora do Populo, em Chaves, onde os conjurados
de 1808 receberam as insignias revolucionarias».
Boa encadernação à amador, nova, com as capas da brochura conservadas.
1427 — HOMENAGEM DO POVO DE DAMÃO, INDIA PORTUGUESA, AOS HEROICOS
AVIADORES PORTUGUESES GAGO COUTINHO E SACADURA CABRAL em 6 de
Agôsto de 1922. Travessia aérea de Lisboa ao Rio de Janeiro, 31 de Março - 17 de Junho de 1922.
Tip. Bragança & C.ª Nova Goa. 1922. In-8.º gr. de IV-41-III págs. B.
Com a transcrição dos discursos e outros actos que constituiram a homenagem aos aviadores portugueses.
Rara edição impressa em Damão, então cidade portuguesa na Índia.
Dedicatória de Roque da Costa feita em nome da Coissão dos festejos. Capa da brochura alegoricamente
ilustrada, mas com sujidade.
1428 — HUBNER (Emilio) & SARMENTO (Martins).- CORRESPONDÊNCIA EPISTOLAR
ENTRE... (Arqueologia e Epigrafia). 1879 - 1899. Coligida e anotada por Mário Cardozo.
Edição da Sociedade Martins Sarmento. Guimarães. 1947. In-4.º de XXI-329-I págs. E.
Colectânea de alto interesse para o estudo da arqueologia portuguesa. Com numerosos desenhos
e fotogravuras intercalados nas páginas de texto e em separado. Edição de 500 exemplares numerados.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele, só minimamente aparado à cabeça e com as capas
da brochura conservadas.
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1429 — HUGO (Victor).- OS MISERAVEIS. (Traducção de A. R. de Souza e Silva). Segunda
edição. Porto: Typographia do Commercio. 1864. 5 vols. In-8.º E
Encadernações da época, com as lombadas em pele decoradas com títulos e ferros dourados.
1430 — HUGO (Victor).- NOSSA SENHORA DE PARIS. Traducção de João Pinheiro
Chagas. Livraria Civilização de Eduardo Costa Santos — Editor. Porto. [1887]. In-4.º gr.
de XI-I-725-I págs. E.
Excelente edição ilustrada com numerosas e bem executadas gravuras talhadas em madeira.
Com uma mancha de água, seca, na parte inferior do volume. Encadernação da época com cantos
e lombada em pele, tendo os dourados um tanto delidos pela exposição à luz.
1431 — HUGUES (Baron Gudenus et du Saint-Empire).- DEUX CENTS PATIENCES NAPOLEON. Librairie Haar & Steinert A. Eichler, Succ. Paris. S.d. In-8.º gr. de XII-100-II págs. E.
Belo livro de paciências de cartas impresso e negro e vermelho, tendo em separado as «Clefs des Deux
Cents Patiences Napoleón».
Encadernação dos editores decorada com um busto de Napoleão e elementos decorativos arte-nova
a negro e vermelho.
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