A poderosA - Horse Society Lifestyle

Transcrição

A poderosA - Horse Society Lifestyle
Hipismo em
terras cariocas
Os melhores
momentos de 2009
Prêmio Hipismo Brasil
entrega troféu Nelson Pessoa
A poderosa
indústria do cavalo
Hipismo em
terras cariocas
Os melhores
momentos de 2009
Prêmio Hipismo Brasil
entrega troféu Nelson Pessoa
A PODEROSA
INDÚSTRIA DO CAVALO
Ed i torial
Simplesmente Paixão
Para ficar aqui registrado, nesta edição de lançamento,
que o real motivo de trazer à tona esta revista, de realizar
este sonho, foi simplesmente uma grande paixão...
Sem deixar de considerar a necessidade de criar um
veículo de comunicação de qualidade, direcionado a
um público tão seleto e exigente, admiradores dos
cavalos, e, ainda, diante da oportunidade de colocar
no mercado um instrumento de integração social e
comercial que agregue valor e promova o desenvolvimento deste segmento em vertiginosa ascensão, que é a indústria
equina hoje no Brasil, não poderia deixar, entretanto, de explicitar
aqui a minha declaração de amor
aos cavalos que me trouxeram até
aqui. Pois é por causa deles, estes
seres graciosos, que transcendem
sentimentos em olhares e atitudes, e encantam pela na harmonia
e elegância de seus movimentos,
que estou aqui hoje escrevendo esta
mensagem. Foi por estes animais
tão especiais, que mudei a minha
vida, que cheguei até aqui, virando
o meu mundo de cabeça para baixo
para ir atrás de um sonho e atender
à esta demanda sedenta de informações sobre este
mundo tão lúdico e ao mesmo tempo tão real que
gira em torno destes nobres seres.
Esta revista é muito mais do que um simples meio
de comunicação segmentado. Muito mais do que um
mero instrumento de informação para aqueles que,
assim como eu, praticam e frequentam o ambiente
dos esportes equestres, da indústria equina, e compartilham um pouco deste estilo de vida único, que
envolve animais, esportes, medicina, economia, fi-
Diretora Executiva:
Aida de Mendonça Nunes
[email protected]
Jornalista Responsável:
Daniela Matos
[email protected]
Fotógrafos: Russo, Alexandre Vidal, Anna Paula
Carvalho Tupamaru, Pedro Accioly;
nanças, gastronomia, moda, consumo e informação...
Tudo isso é muito pouco perto de tudo que aprendemos com estes seres extraordinários que são os
cavalos! Não poderia produzir nenhuma das próximas páginas que vocês verão a seguir, se não tivesse
aprendido com eles um pouco sobre sentimentos sinceros, sobre atitudes, caráter, lealdade, amizade, força, coragem, determinação, disciplina, cumplicidade,
dedicação, respeito, e, acima de tudo, paixão!
Quem vive este mundo e não compreende os seus cavalos, nem
aprende com eles a identificar e
alimentar sentimentos tão simples
e ao mesmo tempo tão nobres, não
conseguirá compreender também
os seres humanos, e não desenvolverá a capacidade de entender as
sutilezas da vida sob a perspectiva
da sensibilidade e será, portanto,
incapaz de lidar com a complexidade do sucesso de viver este estilo de
vida com toda a intensidade digna
de uma paixão verdadeira.
Desejo agora que, assim como eu,
declaradamente apaixonada pelos
meus cavalos, pela vida que levo junto a eles, e pelo
que aprendo com eles a cada dia, vocês, que também
fazem parte desta sociedade e compartilham deste
estilo de vida, possam sentir a energia dos sentimentos impressos nestas páginas inspiradas nestes sublimes animais. E que se divirtam com as nossas histórias e sejam capazes de se apaixonar pelo que eu,
com toda a audácia que me foi ensinada pelo cavalos
vencedores, ousei chamar de Horse Society Lifestyle.
Aida de Mendonça Nunes.
Capa: Modelo: Antônia Campos (Ford Models Brasil)
Fotografia: Pedro Accioly
Gomes, Juliana Ribas, Henrique Saldanha, Giani
Tartari, Ruthe Araújo.
Projeto Gráfico e diagramação: Nilmon Filho (2NT),
colaboração: Danilo Matos
Agradecimento Especial: Márcia e Paulo Roberto Nunes
Colaboraram nesta edição: Antônio Carlos Magalhães
Júnior, Luiz Augusto Amoedo, Ana Borges, Cristiano
Nabuco Dantas, Marcello Servos, Mariana Mattoso,
Luiz Fernando Monzon, Mariana Pessoa, Nardele
Departamento Comercial:
2NT Comunicação | [email protected]
Av. Marechal Floriano 38, sl 307 - Centro - RJ
tel. 21 2233 7755 / 2516 8595
A Horse Society Lifestyle é uma publicação da Horse Society Lifestyle. Todos os direitos estão reservados. Fica proibida qualquer reprodução do conteúdo. Os artigos de
opinião são de exclusiva responsabilidade dos autores. A Horse Society Lifestyle não se responsabiliza pelos anúncios e mensagens publicitárias incluídos nessa edição.
4
|
horse society lifestyle
Rua Dr. Altino Teixeira, Porto Seco - Salvador, BA
www.cmarinho.com.br
horse society lifestyle
|
5
Ed i torial
sumário
Da história ao life style
E
m sua primeira edição, a Revista Horse
Society vem com a inovadora proposta
de agregar em páginas de papel couché
o fantástico universo do hipismo nacional. O desafio é tão grandioso quanto a
própria história do esporte no Brasil, onde a influência militar foi decisiva. Marcante também na trajetória mundial do hipismo quando, mais ou menos
no início do que hoje conhecemos por civilização,
os ingleses começaram a usar o animal em nobres
caçadas pelos campos.
mo. No governo do general carioca João Figueiredo, último da dinastia militar, a criação de cavalos deu inclusive
um belo salto de qualidade.
O fato é que a cavalaria sempre foi uma das principais armas em qualquer tropa. Nesse sentido, ter
domínio do cavalo era simplesmente indispensável
para o sucesso de uma investida. O Exército Brasileiro, logo após a Primeira Grande Guerra, percebeu a importância de aperfeiçoar os cavaleiros locais e solicitou o apoio da Missão Militar Francesa.
Estava fundada a base para a tradicional Escola de
Equitação do Exército.
A paixão de Figueiredo pelos animais fez com que empresários brasileiros investissem pesado na criação de
cavalos. Afinal, quem em sã consciência não queria se
aproximar do presidente da república? Foi desse jeito,
fazendo política, que o país desenvolveu a raça BH, o
cavalo brasileiro de hipismo. O BH é um híbrido com
boas características de salto. Um cavalo bonito, geneticamente competitivo e que vem chamando atenção de
pesquisadores estrangeiros. Uma grande promessa.
Assim se formou uma doutrina de equitação muito
importante para a história do hipismo em verde amarelo, não à toa todos os grandes cavaleiros do passado tinham alguma ligação militar. É, só que não parou
por aí: depois de duas guerras mundiais e uma longa
ditadura Vargas, os militares tomaram de vez o Brasil
no Golpe de 64. Foram anos difíceis, sombrios, dignos
de serem esquecidos, mas significativos para o hipis-
6
|
horse society lifestyle
Figueiredo era um amante da montaria. Entre as muitas declarações polêmicas e que pese o fato de ser o
presidente de um regime repressor, vale comentar o
dia em que foi indagado sobre seu sucessor Tancredo
Neves. “No dia da posse vou embora de Brasília levando apenas minhas mulheres”, disse. Detalhe: as
mulheres eram os cavalos.
Enfim, tudo isso pra dizer, em resumo, que o futuro
do hipismo brasileiro está só começando. Ele partiu das mãos de militares, mas é na democracia que
vem se estabelecendo em toda a sua elegância. Um
futuro que a Revista Horse Society vai acompanhar
de perto, entre competições e novidades de bastidores. Afinal, hipismo não é só montar, é viver um
completo life style. Seja bem vindo.
No Paddock
08
Reportagem
10
Horse Society Tour
14
Rapidinhas
20
Mundo Corporativo
22
Entrevista
24
Galeria
28
Ping Pong
34
Galeria
36
Regulamentos
40
Notas da CBH
41
Especial
42
Galeria
44
Perfil
46
Galeria
48
Veterinária
50
Saúde
52
Cultura
54
Brinquedos de gente grande
55
Galeria
56
Ensaio
60
Galeria
68
Economia
70
Investimento
74
Turismo
76
Wine
78
Gastronomia
80
Comportamento
82
Guia de Serviços
83
14
24
56
68
76
horse society lifestyle
|
7
n o paddock
O Paddock aqui é para você, leitor
da Revista Horse Society Lifestyle!
Fique atento e participe da nossa edição, pois você está sendo chamado ao nosso Paddock e esperamos a sua atuação. Aproveite a chance, se apresente, e seja muito bem vindo ao Clube Horse Society!
Estaremos esperamos ansiosamente para divulgar o resultado das suas sugestões. Sinta-se à vontade para comentar, criticar, indicar e nos dizer o que quiser, pois este espaço é seu!
*Sua mensagem poderá ser publicada
Mande a sua correspondência para o endereço:
Av. Bartolomeu Mitre, 448 – Leblon,
Rio de Janeiro – RJ CEP: 22.431-000
Contato:
tel. 011 35671221
[email protected]
Ou entre em contato conosco através do e-mail:
[email protected]
8
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
9
re p ortag e m
A
poderosa indústria
do cavalo no Brasil
Poderosa e, diga-se de passagem, promissora. Segundo dados da Comissão Nacional do Cavalo, órgão
ligado a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a indústria já bateu a casa dos R$ 7,5
bilhões em faturamento. A pesquisa é de 2006, a última oficial. O que significa dizer que, de lá pra cá,
certamente este número já aumentou de forma considerável.
É
bom levar em conta que, grande parte desse movimento exorbitante é “culpa” do hipismo, afinal estamos falando da Formula
1 da indústria do cavalo. “O hipismo brasileiro é um dos mais respeitados do mundo,
nossos cavaleiros estão entre os tops internacionais.
Considerando-se a prática esportiva e os setores ligados direta e indiretamente ao esporte podemos dizer
que o hipismo é uma das principais molas propulsoras
da equinocultura e do agronegócio nacional”, palavra
de presidente. Nesse caso o presidente da Confederação Nacional de Hipismo, Luiz Roberto Giugni.
As próximas páginas se destinam a traçar um panorama deste quadro, pensado através de números e
vivências de pessoas ligadas a uma área ainda em
ascensão por estes trópicos.
Há apenas um ano o Governo Federal lançou linhas de
créditos oficiais para a área, segundo informações do
presidente da Comissão Nacional do Cavalo, Pio Guerra. O que, num país de dimensões continentais e ainda
notadamente agrário, é um salto gigantesco. Atrasado,
mas gigantesco. São poucos os pecuaristas que conseguem investir de forma maciça sem incentivos federais.
“
O agronegócio do cavalo
emprega mais funcionários que
a própria indústria automotiva,
com pouco mais de 100 mil
empregos no mesmo período”
A indústria traduzida em $$ – São quase 27 federações estaduais de agricultura e pecuária, mais
de dois mil sindicatos rurais e 1,7 milhões de produtores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui quase seis
milhões de cabeças, só em equinos. Se comparados
com os Estados Unidos, número um no ranking (com
9,5 milhões de cabeças), o Brasil fica na bem colocada quarta posição.
A tendência deste quadro é melhorar ainda mais.
As pesquisas (ponto a ser abordado com mais calma depois), a profissionalização e, principalmente,
o enquadramento da equideocultura como atividade
pecuária no Ministério da Agricultura, que torna o
setor capaz de receber os mesmos recursos e financiamentos oferecidos a outras criações, são fatores
decisivos neste caminho.
10
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
11
re p ortag e m
“
O setor, por
exemplo, não
sofreu efeitos da
crise mundial do
ano passado”
Dentro e fora da porteira – Entender a indústria do cavalo é entender as infinitas atividades que
a compõe. Esportes como hipismo e pólo são apenas
uma pequena parcela do que este setor movimenta
em serviços de um modo geral. Não é à toa que foram gerados 642,5 mil empregos diretos e outros 2,6
milhões indiretos até 2006. “O agronegócio do cavalo
emprega mais funcionários que a própria indústria
automotiva, com pouco mais de 100 mil empregos no
mesmo período”, afirma a assessora técnica da CNA,
Marina Zimmermann.
A indústria é tão ampla e complexa que fica mais fácil compreender os processos se dividirmos em três
partes: antes, dentro e fora da porteira. A separação
foi proposta pelo próprio Pio Guerra, da CNA, em estudo recente sobre a dinâmica da atividade.
1. Antes da porteira – insumos, produtos e serviços que tornam possíveis a criação do cavalo. Aqui
estão reunidos desde medicamentos veterinários até
cursos universitários na área, passando pelo comércio de selaria, acessórios, transporte de animais e até
a moda country.
2. Dentro da porteira – agentes que dependem
diretamente do cavalo no dia a dia. Escolas de equitação, exposições e eventos (como as competições
de hipismo) e tudo que jamais existiria sem este belo
animal. Cavalos para lida e de uso da polícia e do
Exército também entram nesta conta.
12
|
horse society lifestyle
3. Fora da Porteira – Basicamente leilões e importações e exportações, tanto de cavalos vivos quanto da
carne do animal.
A divisão é simplificada, não tem outra forma. A ideia
é mostrar, ainda que em linhas gerais, onde estão
empregadas todas aquelas pessoas citadas em números na pesquisa comentada antes. E, claro, mostrar a grandiosidade da indústria em questão. “O setor, por exemplo, não sofreu efeitos da crise mundial
do ano passado”, comenta Zimmermann. O volume
movimentado em feiras e leilões (leia-se: fora das
porteiras) foi superior aos anos de 2007 e 2008, ainda
segundo a assessora técnica. Mais uma garantia da
força do agronegócio equino no Brasil.
Cavalos invadem a universidade – Parece uma
daquelas notícias bizarras, de jornais sensacionalistas, mas não passa da mais pura verdade. Os cavalos
tomaram conta do mundo acadêmico. A PUC do Paraná oferece curso superior em Ciências Eqüinas, da
Faculdade de Tecnologia Uirapuru, em São Paulo, saíram inúmeros gestores em equideocultura, já a Associação Nacional de Deficientes Físicos (ANDE-Brasil)
lançou a pós-graduação em equoterapia no Rio de Janeiro. Isso sem contar com as tradicionais formações
em medicina veterinária, zootecnia, agronomia e etc.,
também relacionadas ao cavalo.
Os cursos específicos são a prova de que existia uma
demanda, até pouco tempo reprimida, formada por jo-
vens fissurados no mundo do cavalo que não queriam
abrir mão nem de uma paixão nem de uma formação
acadêmica. É o caso de Tárcio Agostini, hoje treinador,
árbitro de provas de andamento e, mais recentemente, gestor em equideocultura.
Mineiro da cidade de Ipatinga, é em Patrocínio do Muriaé, também em Minas Gerais, que ele encontra mercado para suas muitas qualificações. “A paixão pelo
cavalo é o que move meu trabalho. Vivo numa região
muito pobre e fui obrigado a perceber que a maioria
dos animais por aqui vale menos do que o que os donos gastavam comigo”, afirma Tárcio. “Tive proposta
para morar nos Estados Unidos, no Chile, mas decidi ficar. Nestes lugares seria apenas mais um. Aqui
sinto que posso ser pioneiro, criando novas maneiras
de lidar com os animais, organizando provas. Sei lá,
atraindo mais apaixonados”.
“
O Brasil é um dos
países que mais realizam
transferência de embriões
no mundo graças aos
estudos na área”
A vontade de fazer o mercado mineiro crescer e
crescer junto com ele é tanta que, apesar dos coices (literalmente!), Tárcio não pensa em desistir.
Em dezembro do ano passado, ele levou uma pancada tão grande que teve que encostar as selas,
pelo menos até o fim de 2010, segundo as previsões
mais otimistas dos médicos. “Ainda estou me recuperando, foi o primeiro acidente, mas acho que não
vai ser o último”, conta.
A história de Tárcio tem algo em comum com a trajetória de outra jovem gestora no assunto, Cristiane
Oliveira, paulista de Sorocaba. Ambos cultivam a tal
paixão por cavalos: “Eu sempre gostei deles, o que
é um pré-requisito para entrar nesta área”, afirma.
Também formada em Ciências da Computação, Cristiane resolveu unir o útil ao mais útil ainda e criou o
portal equinocultura.com.br. “A ideia do site surgiu de
uma ‘revolta’ entre amigos. Era difícil achar informações interessantes em um único lugar. Claro que ainda não temos todas as ferramentas, mas aos poucos
o projeto está crescendo”.
Entre cursos e pesquisas – O bom de todo
este cenário, impulsionado pelas universidades, é
que a pesquisa no setor cresceu vertiginosamente
nos últimos anos. Assim garante Marina Zimmermann: “O Brasil é um dos países que mais realizam transferência de embriões no mundo graças
aos estudos na área”.
Uma prova disso é que o número de publicações científicas brasileiras foi tão representativo em 2009 que a
cidade do Guarujá, São Paulo, foi escolhida para sediar o
11º Congress of the World Equine Veterinary Association
(WEVA) que aconteceu no último mês de setembro.
Hoje o país tem acordos de exportação de material
genético com os Emirados Árabes, Estados Unidos,
União Europeia e Mercosul. África do Sul e Chile estão
ainda em negociação, mas tudo indica que também
devem entrar na lista em breve.
Pode-se dizer que o Brasil tem tudo para virar uma
superpotência mundial do cavalo. O panorama exposto
aqui indica que o caminho está certo: pesquisa e investimentos em qualificação de mão-de-obra são importantes passos rumo a este objetivo. Vale apenas lembrar
mais um: a desmistificação da ideia de que o cavalo está
relacionado apenas às elites. Estes velhos companheiros do homem são mais populares do que se imagina,
do Oiapoque ao Chuí, eles estão por toda parte.
horse society lifestyle
|
13
H o rs e Society Tour
A festa para os
melhores do hipismo
A entrega do “Prêmio Hipismo Brasil 2009” movimentou o Salão Nobre do Jockey Clube de São Paulo
na noite de sexta-feira, 5 de março, quando a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) condecorou
amazonas e cavaleiros vencedores do Ranking CBH 2009 em sete diferentes modalidades: Adestramento, Equitação Especial, Concurso Completo de Equitação, Enduro, Rédeas, Salto e Volteio.
Entre os homenageados estavam quatro cavaleiros de Salto, medalhistas Olimpicos: Luiz Felipe de
Azevedo, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, Rodrigo Pessoa e André Johannpeter. Também foram
homenageados o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro
Carlos Nuzman, o cavaleiro olímpico e técnico da equipe de Salto Neco Pessoa e as entidades Clube
Hípico de Santo Amaro e Jockey Club de São Paulo representados por seus presidentes, respectivamente Luis Duílio de Oliveira Martins e Márcio Correa de Toledo. Outra novidade na festa do “Prêmio
Hipismo Brasil 2009” foi o reconhecimento oficial da Atrelagem como a 8ª modalidade sob supervisão
da Confederação Brasileira de Hipismo.
14
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
15
H o rs e Society Tour
Luiz Felipe e
Elizabeth de Azevedo
Hortência com João e Antonio Victor
Manuel Tavares,
Pedro e Thaisa
Neco Pessoa, Renata Milani,
Aida Nunes, Roberta Milani e
Hélio Pessoa
Cel. Salim Nigri e Ten. Cel. Jeferson Sgnaolim
Marquinhos Fernandes e Marcelo Artiaga de Castro
Manuel, Luiza e Gilberta Almeida
Jose Carlos Macedo, Carlos Nuzman,
Luiz Roberto Giugni e Jorge Gerdau
Victor Oliva e Rogerio Clementino
Alvaro Coelho da Fonseca e Carol Borja
16
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
17
18
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
19
rap idinh as
CONFIRMADO
PAN EM
TORONTO
O hipismo brasileiro já está confirmado nas
Olimpíadas até os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. Na próxima Olimpíada, em 2012, as provas
eqüestres devem ser realizadas em Greenwich,
na margem sul do rio Tamisa e a 10km do centro
de Londres. Devem porque ainda há muita polêmica em torno do local escolhido.
A cidade de Toronto, no Canadá, foi eleita
sede dos Jogos Pan-Americanos de
2015. Na votação, Toronto recebeu 33
votos, Lima, no Peru, teve 11 e Bogotá,
na Colômbia, sete votos. Esta será a terceira vez que o Canadá será palco de um
Pan-Americano. A edição de 2011 está
prevista para Guadalajara, no México.
CRIATIVIDADE
Uma professora britânica está fazendo sucesso em
aulas de anatomia eqüina. Gillian Higgins pinta no
próprio pelo do cavalo toda a divisão do esqueleto e
da musculatura do animal. A tinta utilizada é à base
de água e sai com facilidade. No curso, a professora
inova também com aulas de massagem, alongamento e pilates para cavalos.
celebridade
A cantora Madonna gastou quase US$ 10 milhões
para comprar um haras da ex-mulher do estilista Calvin Klein na luxuosa região dos Hamptons,
nos arredores de Nova York. A nova propriedade
da artista americana tem 12 hectares de área
dedicados à criação de cavalos. Segundo o jornal
“The New York Post”, o haras comprado por Madonna não possui instalações de hospedagem,
motivo pelo qual a cantora pretende comprar
mais 10 hectares de terra de um terreno vizinho,
área avaliada em US$ 2,4 milhões.
HIPISMO NA MODA
Mais uma vez a moda se inspira no Hipismo. No desfile de alta-costura da Dior,
na Avenue Montaigne em Paris, amazonas do final do século 19 foram a base da
inspiração para a coleção verã0 2010. No desfile as jovens amazonas tinham seus
casacos bem cortados, acinturados, luvas, botas e chicote na mão. O estilista da
marca John Galliano de casaca, culote e bota apareceu no final do desfile.
20
|
horse society lifestyle
CASAMENTO
Mais uma união. O cavaleiro Rodrigo Pessoa e a amazona Alexa Weeks estão juntos oficialmente desde
setembro de 2009. A cerimônia foi
realizada em Connecticut, nos Estados Unidos, terra natal da moça.
ENCONTRO
Já a ex-tenista Martina Hingis,
longe das quadras há mais de
um ano e meio, está dedicada ao
hipismo. Depois de dez anos de
carreira, importantes premiações e título de melhor jogadora,
Martina quer mesmo montar
cavalos. Por enquanto suas disputas são em provas amadores.
Mas quem sabe, né?
GAME
A nintendo teve uma boa idéia! Já foi registrado e patenteado o novo acessório para seus games, o “Wii Horse
Riding Saddle”. Trata-se de uma almofada redonda que pode ser usada para os jogos eletrônicos com cavalos. O
jogador senta uma almofada como se estivesse montando em um cavalo.
master
O cavaleiro Jorge
Gerdau, presidente do
Grupo Gerdau, resolveu deixar as pistas. A
despedida ao hipismo,
esporte que lhe rendeu
orgulho por muito tempo foi em grande estilo,
durante o Campeonato
Brasileiro de Máster
2009, em Porto Alegre.
horse society lifestyle
|
21
mundo corpo r ati vo
por Antônio Carlos Magalhães Jr.
ADAPTAR-SE APENAS PARA
SOBREVIVER É PARA OS FRACOS
Recentemente fui paraninfo de duas turmas de Administração da Universidade Federal da Bahia,
ocasião em que aproveitei para falar àqueles formandos, ex-alunos e agora meus colegas, sobre
o mundo que os aguarda, um mundo em transformação, em crise, mas, por isso mesmo, fértil
em oportunidades.
Cito esse episódio porque, respeitadas as devidas
proporções, as inquietações que certamente afligem
aqueles novos profissionais, recém chegados ao mercado de trabalho, de certa forma, habitam corações e
mentes do empresariado.
Há muito se tornou lugar comum associar momentos de crise com oportunidades de investimentos.
A doutrina nos ensina isso e as revistas especializadas estão repletas de registros de casos que
corroboram a tese. Ainda assim, em momentos de
crise, são inúmeras as empresas que recuam em
seus planos de investimentos, algumas até mesmo
interrompendo projetos já em andamento. Como se
vê nesses casos, determinadas “certezas empresa-
riais”, - investir em tempos de crise é uma dessas
certezas -, costumam ser abaladas ao primeiro sinal concreto de incertezas.
Este cenário é preocupante? Sim, é preocupante, mas
já foi mais. A economia é um fenômeno extremamente dinâmico e, como disse Cazuza, o tempo não para!
não coadjuvantes. Empresas adaptáveis, criativas,
saberão enfrentar esses desafios e, estejam certos,
saberão vencê-los.
Hoje estamos todos melhor preparados. Melhor do
que estávamos antes do início dessa crise. Se o mundo atravessou e ainda atravessa momentos de apreensão, principalmente porque assistiu serem derrubados paradigmas e dogmas que pareciam eternos,
ele também tem feito surgir grandes oportunidades
de negócios, especialmente para aqueles que, sem
brigar com os fatos, aceitando que o mundo mudou,
estão dispostos também a mudar, a adaptar-se.
Há mais ou menos dez anos, Stephen Kanitz escreveu
um artigo, cujo título era “O Fim da Incompetência”.
Nele, Kanitz defende a tese de que no Brasil moderno,
assim como ocorre nos países desenvolvidos, o talento será cada vez mais valorizado e a competência fator
determinante de sucesso.
Peter Drucker diz que “a melhor maneira de prever
o futuro é criá-lo”. Ora, se o futuro é incerto, cabe
a nós diminuir o grau dessa incerteza. Tracemos
nossos próprios destinos. Sejamos protagonistas e
Claro, não há como desconhecer a crise financeira
que se abateu mundialmente e da qual o Brasil não
poderia estar imune. As variações cambiais, a aguda
contração do crédito, a queda nas demandas interna e externa. As empresas precisavam mesmo, - e
ainda precisam -, rever seus planos, eventualmente
adiando, até paralisando, alguns negócios. Afinal, encomendas foram canceladas e este é um movimento
em cascata: cancelamentos de pedidos geram novos
cancelamentos na cadeia produtiva e na cadeia comercial em uma espiral indesejável.
Em um mundo globalizado, competitivo, extremamente exigente, se não for verdadeiramente boa, uma
empresa não sobrevive. De outro lado, neste mesmo
mundo hostil, nem tão hipotético assim, a empresa
guerreira, criativa, inovadora, que não se abate frente
às dificuldades, a elas se adapta, não apenas sobrevive. Essa empresa cresce.
Antonio Carlos Magalhães Jr. é empresário, professor de Finanças Empresariais e Mercado Financeiro de Capitais da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e Senador da República.
!
22
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
23
e n trevis ta
O hipismo em
terras cariocas
Se tem uma pessoa apta a falar sobre o cenário atual do esporte no Rio de Janeiro, esta pessoa se
chama Pedro Valente. Cavaleiro nato, amante antigo do hipismo e da luta (Valente é da família Gracie,
responsável por desenvolver um conjunto de técnicas conhecidas internacionalmente como Gracie Jiu
Jitsu e patriarca da modalidade no país), ele está à frente da Federação Equestre do estado, a FEERJ,
que reúne mais de 350 filiados, pelo menos 500 cavalos e ainda 20 instituições, entre escolas e núcleos.
Um verdadeiro celeiro de jovens e promissores talentos, a Cidade Maravilhosa tem hoje a missão de
se tornar referência esportiva. São exatos seis anos até os Jogos Olímpicos de 2016 e Pedro Valente
carrega a responsabilidade de alavancar o hipismo ao merecedor patamar de campeão.
24
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
25
e n trevis ta
Qual é a situação do hipismo no estado hoje?
O Rio estava numa situação muito difícil há cerca de
quatro anos. O hipismo estava decadente, a federação cheia de dívidas, com problemas, o presidente
faleceu (ele está falando de Ibsen Villaça, brutalmente assassinado quando saía de um haras em Vargem
Grande, zona oeste do Rio de Janeiro), tudo muito
complicado. Foi quando um grupo de amigos da hípica me procurou e perguntou se eu queria assumir
novamente a federação (novamente porque ele já
havia sido presidente da instituição na década de 70)
e eu me achei na obrigação de aceitar, pelo amor que
eu tenho aos cavalos e pela minha filha, a Joana, que
estava começando no esporte.
“
Agora temos um
número enorme de
jovens que, fatalmente,
continuarão honrando o
Rio de Janeiro”
Pelo visto foi um início difícil...
Foi sim. Mas montamos uma equipe boa, trabalhamos muito, pagamos todas as dívidas e fizemos um
movimento para recuperar o hipismo. Não só o salto,
mas também modalidades como o adestramento.
E os torneios? Quais os planos da FEERJ
para 2010 e que balanço pode ser feito do
ano passado?
Hoje temos bons patrocinadores como a Embratel e a
OI que, inclusive, é responsável pelo Torneio Oi Serra
e Mar. Tivemos no ano passado o primeiro Derby do
Rio de Janeiro, o Derby de Palmas, e este ano a final das competições pelo país vai ser aqui, no mês de
agosto. Conquistamos o Athina Onassis que, por si só,
já trás muita visibilidade ao estado e conseguimos,
no calendário da Confederação Brasileira de Hipismo,
que a final do brasileiro de amadores seja realizada
também no Rio. Tudo isso para dizer que o ano passado foi bom e 2010 vai ser melhor ainda.
Brasil (isso porque muitos cavaleiros profissionais se
exilam na Europa). A gente tem a vantagem de poder
treinar antes e na nossa própria pista. Tem que acabar
com essa cultura de que pra ser bom tem ir pra morar em outro continente, eu acho que temos um clima
maravilhoso e recursos pra isso, pra cultivar grandes
cavaleiros em solo brasileiro.
E as Olimpíadas? A FEERJ já está de olho nos
jogos de 2016?
Ainda é prematuro dizer alguma coisa porque ainda
não sabemos quem vai ser o presidente da federação
até lá (o mandato dele acaba em 2011), nem quem vai
estar no comando da confederação. Agora, é evidente
que os cavalos que vão pular a Olimpíada são os cavalos que estão hoje com quatro, cinco anos. Ou seja,
a preparação já começou!
Nenhum nome em específico?
Não vou te dar nenhum, porque poderia acabar cometendo injustiças. Na minha posição de presidente da
federação eu tenho que contemplar a todos.
Esta é a função de vocês nos jogos? Preparar o campo?
Nossa função é incentivar o esporte ao máximo, fazer bons torneios como já estamos fazendo, oferecer
boas pistas, bons armadores, bons prêmios... estas
são minhas lutas. A Olimpíada vai ser aqui e é importante que até os treinamentos sejam feitos no
26
|
horse society lifestyle
Quais são nossas promessas?
O Rio de Janeiro sempre se notabilizou por ter excelentes cavaleiros. Daqui saíram Eloy Menezes, Neco,
Gerson Monteiro, Luiz Felipe Azevedo, Elizabeth Assaf
e agora temos um número enorme de jovens que, fatalmente, continuarão honrando o estado.
Você chegou a citar rapidamente o adestramento. Geralmente só se fala em saltos
quando o assunto é hipismo.
Eu, particularmente, sou fã do adestramento. Além de
interessante é uma prática de extrema importância no
esporte. Acho o adestramento a base da equitação. É
ali que se estabelece o domínio do cavalo pelo cavaleiro, a relação dos dois. O passo, o trote, o galope... a
preparação para o salto. Sem este domínio o cavaleiro
não tem nada. Eu também sempre defendi a teoria de
que o adestramento é a musculação do cavalo. É como
um jogador de futebol: não se treina só com bola, tem
que ter preparação física, o que dá uma tremenda velocidade, que é o que o futebol tem de mais bonito hoje.
Quando o cavalo deixou de ser um animal selvagem,
parou de fugir das onças, dos leões, das hienas, e veio
para o convívio do homem, ele perdeu muito da sua
musculatura original. O adestramento consegue mexer com músculos que uma atividade específica como
o salto não mexe. Todo cavaleiro de salto deveria ter conhecimento de adestramento, esta é a minha opinião.
Nesse caso, que incentivos estão sendo dados a esta modalidade aqui no Rio?
O adestramento também estava com problemas
quando voltei à federação, muitas brigas entre correntes (técnicas e políticas) diferentes, mas finalmente chegamos a um consenso. Hoje temos bons
torneios e até prêmios em dinheiro, o que é um
grande incentivo. O esporte é um esporte caro e tem
que ter prêmios deste tipo, que garantam algum retorno a quem pratica.
O que você tem a dizer sobre o futuro do hipismo no Brasil?
Considero bastante promissor por conta da TV, pois
esta busca imagens, e o hipismo é um dos esportes
mais plásticos que existe. A beleza do conjunto, da
harmonia entre cavalo e cavaleiro é algo encantador.
Atualmente a transmissão de competições eqüestres
é uma realidade nos países desenvolvidos, e acredito que as grandes redes brasileiras não tardarão a
descobrir esse efeito fascinante da interação entre
um animal e um homem unidos pelo esporte.
horse society lifestyle
|
27
ga leria
Melhores
M omen to s 2009
S o c i edade H íp ic a
B ra s il e ir a - RJ
E o Rio continua lindo...
Cristina Harbich, Karina e Jorge Gerdau Jonhannpeter
Gabriela e Antônia Gomes
Ana Carolina Drummond
Rodrigo Marinho
Joana Valente
Gisele e José Augusto Mesquita
Marcela Kromer Bueno
Pedro Figueira de Melo e seu
filhote
Raquel Groissman e
Stephanie Macieira
Léa Gomes
Lourenço Vieira da Silva
Edward Amadeo
Luiza Leivas
Carlos Palermo
28
|
horse society lifestyle
Marco Antônio Alencar e Luiz
Felipe de Azevedo
horse society lifestyle
|
29
ga leria
Melhores
M omen to s 2009
Andrea Guzzo Muniz Ferreira
Patrick Sterea
S o c i edade H íp ic a
Caco e Catarina Jonnhanpeter
Mariana Osório
B ra s il e ir a - RJ
Karina Harbich Jonhannpeter
Ana Luiza e Rodolfo Figueira de Melo
Loisse e Nicole Garcia
José Francisco Mesquita Musa
Alexandre Gorberg
Luiz Francisco de Azevedo
Marcos Bobba e
César Almeida
Renata e Fernando Sterea
Hélio de La Pena, Dra. Ana Quintella, Fabio e Marcella Leivas
Manuela e Daniel Borges Gomes
Dra Laura com Cissa Berckheuser e
seu filhote
Yuri Mansur Gueiros
Equipe SHB
30
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
31
32
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
33
p i ng pong
“O” Musa
do Hipismo
2009 foi o ano dele. O cavaleiro Francisco Musa, primeiro no ranking da CBH, vem conquistando títulos
por onde passa. A fala mansa e a paixão pelo Cruzeiro (além dos cavalos, claro) não negam: trata-se
de um típico mineiro. Conheça a seguir um pouco mais da trajetória desde mais novo grande nome do
hipismo no Brasil.
Nome completo: Francisco José Mesquita Musa
Pretensões para 2010: Espero que seja um ano tão
bom quanto 2009.
Idade: 31 anos, dezenove deles no hipismo
Cidade natal: Sou de Três Corações, interior de Minas gerais
Cavalos: Chantree, So Long , Mc Grafite, Xindoctro
Metodo e Carthoes BZ
Principais conquistas no esporte: (pausa pra
pensar) Foram muitas, graças a Deus. Assim de cabeça? Ganhei a prova de 1,35 do Derby da Cidade de
São Paulo, fui terceiro lugar do Grande Premio do
Derby também em São Paulo, primeiro no torneio Vodka Finlândia. Ao todo, foram quase vinte prêmios só
em 2009.
Momento inesquecível: Sem dúvida quando
venci o Indoor de 2008. Foi meu primeiro Grande
Prêmio importante. É muito difícil, poucos cavaleiros ganham...
Hobby (não vale dizer montar, é claro): – Não
pode ser montar mesmo? (Risos). Não tem outra coisa
não... Pode colocar montar, é o que eu gosto de fazer.
34
|
horse society lifestyle
Sonho ainda não realizado: Participar das Olimpíadas. Estou batalhando pra isso!
Sonho já realizado: Ganhar o ranking da CBH,
consegui agora.
Um ídolo: Meu avô, o cavaleiro e militar José Afonso
Musa. Comecei no hipismo por causa dele.
Time do coração: Cruzeiro
Perfume: Carolina Herrera 212
Uma música: One do U2
Uma frase: Posso pular essa? Não consigo pensar
em nenhuma...
Um recado pra quem está começando: A única
opção é lutar e correr atrás dos seus sonhos. Todos
são possíveis, basta dedicação. Acho que vale como
frase também (Risos). Acabei de responder a pergunta de cima!
horse society lifestyle
|
35
ga leria
Melhores
M omen to s 2009
S o c i edade H íp ic a
B ra s il e ir a - RJ
Athina Onassis no Brasil
Gianni Govoni
Patrícia Carvalho e Neco Pessoa
Guilherme Sariva de Moraes
Floriano Peixoto
Livia Neves
Athina Onassis de Miranda
André Miranda e Joana Valente na platéia
Doda e Gustavo El Jaick
Flavia Mendonça
Cel. Renyldo Ferreira e sua
esposa
Dra. Mônica, Stephan, Danielle
Marco Antonio Alencar
36
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
37
ga leria
Melhores
M omen to s 2009
Luis Felipe de Azevedo Filho
Miro Camarão
S o c i edade H íp ic a
B ra s il e ir a - RJ
Joao Pedro Cabral
Stephan Barcha
Marcelo Blessman e Doda
João Roberto Marinho
Alfinete, Fabio
Leivas, Oscar
Metsava
Lorenzzo Burguer bem
acompanhado
Rodrigo Marinho
Aida Nunes
Princesa Charlotte de Monaco
Rodrigo Pessoa
Natália Guimarães
(Miss Brasil 2007)
Alexandre Vidal
38
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
39
re gulamento s
notas da CBH
por Luiz Fernando Monzon
por Ruthe Araújo
Foto: Ney Messy/Cedida ABPSL
Vamos jogar
“Catchanga”?
U
m viajante em desespero, já quase sem dinheiro, resolveu tentar a sorte no jogo de
cartas. Aproximou-se de alguns malandros
que jogavam baralho. Rapidamente aprendeu o jogo e entrou na roda. Após ganhar
algumas apostas, foi desafiado a jogar a “Catchanga”.
O jogo, segundo os parceiros, era muito mais lucrativo
e emocionante. Meio baralho na mão de cada um... Um
contra o outro... O viajante esperou a aposta.
- Aposto vinte! Disse o ladino.
- Eu pago! Retrucou o viajante, meio sem saber o
que fazer com todas aquelas cartas, mas não querendo perder a pose de ganhador.
- Catchanga! Gritou o marinheiro abaixando todas as cartas misturadas e recolhendo todo o dinheiro
da mesa... O viajante olhou para os lados, sentindo-se
enganado, mas todos balançavam suas cabeças afirmativamente, concordando com a vitória do amigo.
Irritado, mas em minoria, o viajante desafiou o
ganhador para nova rodada. Baralho dividido ao meio,
olhar fixo nos olhos do malandro, desafiou:
- Aposto tudo! E empilhou tudo que já havia ganho e o pouco com que começou.
Seu oponente fez cara de dúvida, mostrou o
enorme leque de cartas ao parceiro ao lado... Pensou
um pouco e disse:
- Eu pago!
- Catchanga! Adiantou-se o viajante e, sorrindo,
tentou recolher o dinheiro da mesa.
- Não tão depressa! Reagiu o marinheiro, abriu o
leque de cartas e sentenciou:
- Catchanga REAL! Pegou todo o dinheiro e cercado pelos companheiros foi embora.
Você jogaria sem conhecer as regras? Investiria
seu tempo e trabalho sem dominar o regulamento?
Não responda tão rápido... Se você compete no hipismo pode fazer parte de uma grande maioria que nunca leu o regulamento... Lembra de uma ou outra dica
A Atrelagem Esportiva é, agora, a 8ª modalidade sob coordenação
da Confederação Brasileira de Hipismo. Incluída no final de 2009,
foi oficializada pela entidade no dia 5 de março durante o “Prêmio
Hipismo Brasil 2009”.
que um amigo ou instrutor mencionou em alguma
ocasião. É incrível, mas é uma constatação. Afirmo
baseado em mais de vinte e cinco anos trabalhando
nos júris das provas de salto no Brasil.
Isto se soma à velocidade com que nosso regulamento vem mudando, desde o término dos Jogos
Olímpicos de Sidney – Austrália 2000 – quando o segundo refugo passou a eliminar o conjunto, o primeiro
refugo passou a penalizar como uma falta (4 pontos)
e as correções de tempo passaram a ser de 4 segundos, mas não se a prova for “Indoor”.
Já não entendeu a última ‘regrinha’? Não fique
encabulado, você está na média!
Há pouco tivemos uma mudança regulamentar
que já causou alguns “estragos”...
O uso do chicote. Quando, como e quantas vezes
pode ser usado? O que pode ser considerado como
uso excessivo e desqualificar o concorrente? Ele pode
ser multado por isso? Existe cartão amarelo no hipismo, como no futebol?
O regulamento determina: três vezes por evento,
que o cavaleiro não pode usar o chicote para descontar
sua raiva, define o que é uso excessivo e que depois
de eliminado ou depois do último salto da pista o uso
do chicote ‘desqualifica’ o conjunto. A critério do Juiz, o
concorrente pode sim ser multado, se for reincidente,
por exemplo, ou pode receber o cartão amarelo.
Conselho de amigo: vá até o Artigo 257, ARREAMENTO, do Regulamento de Salto da CBH. Leia
atentamente o item 2.2.1. Ele se refere a outros artigos... Por que não dar uma boa lida também? Com
suas dúvidas sanadas, quem sabe você não se anima
e continua lendo... Você não precisa decorar, basta ler.
Garanto que vai entender coisas que são do seu interesse e vai evitar muitos insucessos.
Ou será que prefere continuar jogando
‘Catchanga’ pelas pistas?
Luiz Fernando Monzon é Juiz Nacional Oficial da CBH e Juiz Oficial Internacional FEI
40
|
horse society lifestyle
Elegância e tradição da
Atrelagem agora na CBH
A Atrelagem animal surgiu há cerca de 4 mil anos a.C. sendo preservada no mundo inteiro para lazer e competição. Reconhecida como modalidade esportiva pela Federação Equestre
Internacional (FEI) em 1970, é praticada na Europa e na América do Norte. A Atrelagem é um show de movimentos sincronizados e ritmados - sempre no andamento trotado -, elegância de trajes e carros, beleza plástica dos
animais e destreza dos condutores. Em concursos de Atrelagem são realizadas provas diferenciadas, entre elas
o Concurso Completo composto por provas de Adestramento, Maratona e Maneabilidade. São realizadas, ainda,
provas de “Condução e Elegância” e “Precisão”.
Foto: Alexandre Vidal/Divulgação
Clean Sport
A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) adotou a Campanha “FEI Clean Sport” - Campanha pelo esporte limpo – que se
traduz em um esforço coordenado em vários níveis com o objetivo de combater o doping e o uso de substâncias proibidas
nos esportes equestres. Para cuidar do tema a CBH constituiu
uma Comissão formada por dirigentes, cavaleiros, veterinários,
tratadores e organizadores de eventos.
A campanha “FEI Clean Sport” abrange todas as modalidades da CBH e seu sucesso depende de todas as pessoas
envolvidas com o esporte: veterinários, atletas, treinadores, tratadores, proprietários de cavalos, organizadores de
prova e entidades relacionadas ao hipismo. As primeiras ações do “Clean Sport” foram implantadas na abertura da
temporada de Salto, o “Torneio de Verão” do Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo (SP), em fevereiro.
Foto: Ney Messy/Cedida ABPSL
Brasileira na Final da Copa do
Mundo do Adestramento
Luiza Tavares de Almeida faz parte do seleto grupo de 15 atletas do Adestramento - modalidade do hipismo -, representantes de 9 países que disputam a Final do FEI World Dressage Cup em ‘s-Hertogenbosch, Holanda,
entre 25 e 27 de março. É a primeira vez a América do Sul tem representante na competição.
Criada em 1985, a FEI World Dressage Cup reúne os melhores atletas do mundo da modalidade Adestramento. A
competição compreende quatro campeonatos realizados na Europa Ocidental, Europa Central, América do Norte
(Estados Unidos e Canadá) e no Pacífico (Austrália, Nova Zelândia, Ásia). Para reivindicar vaga na competição o
atleta precisa registrar dois índices acima da 68,000% com juizes de nível olímpico no Freestyle – prova com coreografia e música – em dois Concursos de Dressage Internacional, categoria 3 ou mais estrelas.
horse society lifestyle
|
41
e sp ecial
“
Quando a gente percebe
que os pôneis estão
enjoados de ficar muito
tempo nas concheiras,
levamos todos para
descansar na fazenda”
Falando em personalidade – Os pôneis são animais espertos, bota espertos nisso! Às vezes, um
pouco teimosos. “A gente sempre escolhe o pônei certo para cada criança”, garante Françoise. Os meninos
e meninas inseguros, por exemplo, começam com os
mais mansos e tranquilos, enquanto as crianças levadas (no bom sentido, claro) passam a ter aulas com
animais mais ligeiros. Acaba que um influencia na
personalidade do outro. É uma relação e, como toda
relação, uma troca.
Equitação tamanho mirim
Aqui tudo é muito pequeno. Dos praticantes de hipismo aos cavalos usados nas aulas. Estamos falando
do clube do pônei, mais precisamente, do Pônei Clube Brasil. A proposta surgiu em 2006, quando a belga Françoise Denis resolveu importar o projeto, já muito conhecido na Europa, para o Rio de Janeiro.
“Eu já tinha um clube do tipo lá na Bélgica e, com ajuda do meu marido, o Dom, trouxe 24 dos meus pôneis pra cá. Hoje temos mais de 200 alunos entre o Rio e São Paulo”, resume a pioneira realizadora.
Autonomia desde cedo – A iniciação ao hipismo
é recomendada a partir dos 18 meses de vida. Qualquer criança, próxima dos dois anos pode sim começar a “montar” (desse jeito mesmo, entre aspas!). A
ressalva é porque existe todo um trabalho de base,
para que os pequeninos sintam, antes de qualquer
coisa, firmeza, confiança nos animais. “É surpreendente como a criança desgruda dos braços dos pais
para ficar com os pôneis já nos primeiros contatos”,
comemora Françoise.
Desenvolvimento das coordenações motoras, postura correta e autonomia são alguns dos benefícios
posteriores da prática constante, segundo a própria
Françoise Denis. “Tem médicos que dizem que montar
muito cedo faz mal à coluna. O que, no nosso caso,
42
|
horse society lifestyle
não é verdade. Não exageramos no trote e procuramos
sempre corrigir qualquer desvio de postura. Só a partir
dos quatro anos começam as aulas mais ‘avançadas’”.
Pelas normas da Federação Equestre Internacional
(FEI), a equitação com pônei vai até os 17 anos. Aqui
os jovens cavaleiros já aprenderam todas as exigências do hipismo clássico e são capazes de passar para
os cavalos o que aprenderam de pequenos.
Em resumo, para dissipar de vez qualquer visão preocupada de pais e mães responsáveis, pense que o
simples fato de ter a impressão de dominar estes cavalos tão pequenos para a gente, mas tão grande para
eles, já é uma prova concreta do que o hipismo pode
trazer de bom à personalidade de um bebê.
Segundo especialistas, o pônei precisa ser trabalhado. O que significa dizer que quanto mais bem tratado e respeitado menos chucro ele vai ser. Ou seja, é
como educar um filho: requer prática. Por isso, eles
vivem sob tratamento especial no clube: “Quando a
gente percebe que eles estão enjoados de ficar muito
tempo nas concheiras, levamos todos para descansar
na fazenda”. Esta é a rotina.
Equitação lúdica – Vale ressaltar que, no caso do
hipismo para crianças, o importante mesmo é a diversão. É brincando que elas aprendem boa parte do que
vão levar para o resto da vida. O objetivo de uma escola como esta fundada no Rio e em São Paulo é, basicamente, ensinar de forma lúdica como ter respeito
aos animais e às outras crianças, em um ambiente
seguro e todo pensado justo para elas.
Não é só montar. Dar banho nos pôneis, participar de
competições, enfim ter contato com o vasto mundo da
equitação. O clube de Françoise desenvolveu ainda os
chamados pônei shows. “Eles são o modo que encontrei de mostrar ao público brasileiro que é possível fazer de tudo no dorso dos pôneis”. Corridas, imitações
coreográficas de faroeste e até provas de potência são
exemplos das muitas maneiras que o grupo encontrou de exibir os pequenos cavalos e cavaleiros. Uma
atração e tanto para eventos de hipismo Brasil afora.
Como tudo começou – “Eu venho acompanhando o
hipismo brasileiro há muitos anos”, confessa a veterana amazona. Ainda na Bélgica, Françoise conheceu
o medalhista olímpico carioca Luiz Felipe de Azevedo.
Isso foi lá pelos anos 80. Na época, Luiz Felipe importou pôneis da Europa e lançou competições aqui no
Brasil, mais ou menos quando Felipe Filho e Francisco,
os filhos dele, começaram a montar. “Lembrei disso, da
ideia dos pôneis, só que adaptei para uma faixa etária
ainda menor quando vim morar no país”, confessa.
O modelo tradicional europeu, onde as crianças iniciam na equitação com pôneis, era uma certeza de
que o projeto daria certo no Brasil. Não deu outra: hoje
o Pônei Clube é mais que uma realidade, é um sucesso. Local para pequenos grandes cavaleiros darem as
primeiras passadas rumo ao futuro do hipismo.
horse society lifestyle
|
43
ga leria
Melhores
M omen to s 2009
Har a s Va l e
da s E st r e l a s - RJ
O vale é das estrelas!
Hércules e Dra. Nina
Gadelha
Bartolomeu Bueno de
Miranda Neto
André Américo de Miranda
Vinicius da Motta e Caroline
Hugo Drummond e José Carlos
Palhares
César Faria
Francisco Giacomo e Julio
Mattos
Elizabeth Assaf, Fátima e Luciano Salim
Aida Nunes em premiação
Júlia Costa
José Roberto Reynoso
Fernandes Filho
Maria Candida Palhares
Rodrigo Cunha em premiação
Ricardo Pimentel
Tiago Mattos, Guilherme Saraiva e Antonio Pimentel
44
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
45
p e r fil
Novos talentos
Ana
Carolina
Cançado
de Andrade
Ao primeiro contato, Ana Carolina Cançado de
Andrade parece uma garota comum de 15 anos.
Um pouco tímida, ar de menina sonhadora e
olhar de moça séria e responsável. Mas o que
a torna diferente das meninas de sua idade é a
experiência de gente grande. Pelo menos no que
diz respeito à dedicação ao esporte.
C
arol começou bem cedo. Aos 6 anos estava
na escolinha do Chevals, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Nem mesmo as quedas
que sofreu quando pequena, a fez desistir
de continuar montando cavalos. Contra a
vontade do pai, ela decidiu voltar de vez ao hipismo,
aos 10 anos. E não parou mais. Em 2005 e 2006, estava
disputando na série escolas com obstáculos a 0,60m
de altura, por onde brilhou por quase dois anos, sendo campeã do Ranking Chevals e vice-campeã (por
equipe) no V Campeonato Brasileiro de Escolas. Em
2007 ainda na série escolas, com obstáculos a 0,80, foi
Campeã Mineira de Amazonas. Em 2008, ela iniciou
uma nova fase, marcada principalmente pelo encontro
com o professor Marquinhos Fernandes, que acreditou
no seu talento, passando a tranqüilidade e segurança
necessárias para seu desenvolvimento como jovem
atleta. Ana Carolina passou a saltar 1,00m, e sagrou-se
novamente Campeã Mineira de Amazonas B. Mas, foi
após comprar a égua sela francesa “Nuance do Gerezin” que começou a despontar no hipismo, e em 2009
que passou a ser considerada vitoriosa. Começou na IV
Copa JK, em Brasília, onde foi pela primeira vez campeã de um torneio nacional, na categoria Jovens Cavaleiros A (1,10m). Parece que tomou gosto pelas vitórias
e sagrou-se também campeã no 74º Aniversário CHSA;
no concurso Agromen e no Campeonato Brasileiro de
46
|
horse society lifestyle
Jovens Cavaleiros; foi vice-campeã no Campeonato Mineiro de Jovens Cavaleiros e no 71º Aniversário
SHB, desta vez ao dorso de sua segunda montaria, a
égua BH Rivabella Jmen, na ocasião, recém adquirida
do cavaleiro Nando Miranda, irmão do Doda.
Com tantas vitórias, conquistou o primeiro lugar no
Ranking Brasileiro e no Ranking Mineiro na temporada de 2009. Com uma largada dessas, a jovem
amazona tem todo o suporte para sonhar. E sonhar
alto, é claro! Desde já se prepara para as olimpíadas
de 2016. São 16 horas de treino por semana. Afinal,
foi graças a essa disciplina que ganhou destaque no
hipismo. E sem dúvida, junto a isso um pensamento
que sempre a acompanha. Ela garante que não fica
feliz simplesmente quando vence uma prova, mas
quando vai bem. Ana Carolina entende bem que cada
passo à frente deve ser dado com muita cautela e
prudência, se o objetivo não é apenas ser uma vitoriosa, mas fazer uma história vencedora. História que
já começou a construir!
horse society lifestyle
|
47
ga leria
Melhores
M omen to s 2009
H e rdade d e
Pa l ma s - R J
Palmas para o Dia dos Pais
Felipe Amaral
João Roberto Marinho
em premiação
Antonio Pimentel
Felipe e Hércules
Gadelha
Gisela Marinho
Audifax de Azevedo e Fábio Leivas
Pedro Paulo Lacerda
Futura geração do hipismo brasileiro
Felipe e Rodrigo Marinho
Manuel Lopes da Costa
Felipe Durval e Yves Sportiello
Natália Espírito Santo e
Pedro Barbosa Lima
Simone e Marcelo Carneiro
Equipe Tamborete
Nelson, Antônio da Costa, Ricardo Lindgreen e Débora Latouf
Luis Carlos Nolasco
Marco Alho
Natália Sang, Luiz Felipe Neto
e Luiz Francisco de Azevedo
Paula Cavendish
Luciano Blessman
Heraldo Grilo
48
|
horse society lifestyle
Miguel Burlamarqui bem acompanhado
horse society lifestyle
|
49
v e t erinária
por Marcello Servos
PREVENIR e PREVENIR
Nos esportes eqüestres, temos a particularidade de observar sempre dois atletas agindo em conjunto,
homem e animal. Ambos procuram harmonia em seus movimentos e, através de árduo treinamento,
atingir determinado objetivo, seja este velocidade (no caso de animais de turfe), potência e altura (no
caso de animais de hipismo) ou resistência (no caso de animais de enduro).
É de grande importância, portanto, que consideremos
os cavalos como verdadeiros atletas. Eles merecem
atenção especial desde o seu nascimento até o treinamento diário, pois o exercício ao qual nossos animais
serão submetidos não são benéficos para os mesmos
e, sim, irão com o tempo promover neles lesões de
grande importância. O que podemos fazer para que
isso não ocorra ou que ocorra o mais tarde possível?
Prevenir, prevenir e prevenir.
Desde o início do trabalho dos animais, quando eles
ainda são jovens, é muito importante que se pratique
alongamento antes e depois dos exercícios diários. Isso
pode ser facilmente realizado, iniciando o trabalho com
50
|
horse society lifestyle
andaduras soltas e amplas, estimulando que seu cavalo estique o pescoço para frente e para baixo, alongando toda a musculatura cervical, lombar e sacral. Este
início do trabalho deve durar por volta de 3 a 5 minutos,
tempo suficiente para que a musculatura esteja pronta
para suportar cargas maiores de exercício.
O animal de alta performance deve ter seu trabalho
dividido em técnico e físico. No do que diz respeito ao
físico, devemos observar a que tipo de exercício o nosso animal vai ser submetido, conforme acima citado
(turfe, hipismo ou enduro), qual o objetivo(dificuldade)
teremos à frente e quanto tempo temos para alcançar
este objetivo. Assim, deve ser criada uma rotina pré-
determinada de trabalho diário para nosso animal,
minuciosamente elaborada e estrategicamente pensada, para que nosso atleta chegue sempre próximo
às competições no seu máximo físico e técnico. Após
o exercício, devemos também realizar um alongamento, pratica esta ainda pouco praticada por nossos
ginetes. Iremos abordar este tema mais profundamente em outras edições.
Devemos também realizar prevenções terapêuticas, a
termoterapia, que nada mais é fazer gelo após exercícios de maior intensidade, massagens relaxantes
com ou sem substancias anti-inflamatórias e analgésicas e fisioterapias preventivas como o ultrassom
terapêutico, laser, tens, etc.
Uma conduta que tem se tornado cada vez mais comum - e que é sem duvida de grande importância
para a longevidade dos nos atletas - é o cuidado com
as articulações dos mesmos através da prescrição de
substâncias condroprotetoras (vide fotos). Costumo
dizer que tal conduta seria semelhante a “vacinar” as
articulações, assunto que também merece ser abordado com maior profundidade a posteriori.
Acredito que um dos fatores de maior importância
para a longevidade dos nossos atletas é a realização
de check-up esporádico nos mesmos, podendo neste momento identificar com antecedência lesões em
estágio inicial e tratá-las, evitando assim que as mesmas sejam responsáveis por abreviar a carreira dos
nossos atletas.
Estas condutas poderão, e com certeza irão, permitir que
os atletas eqüinos consigam superar mais facilmente
seus limites, tornando-se verdadeiros campeões.
Marcello Servos é médico veterinário, especialista em ortopedia equina
e medicina esportiva equina
horse society lifestyle
|
51
s a úde
por Cristiano Nabuco Dantas
ARTROSCOPIA DE OMBRO
Um avanço da medicina no tratamento das luxações
Dr. Marcelo Campos, Dr. Cristiano e Dr. Michel Simoni
Dr. Cristiano em cirurgia
Considerada a doença do século XXI, o trauma vem
sendo tratado em diversas áreas com melhores resultados e com menos impacto ao paciente, como era
em um passado recente.
Quando falamos de trauma estamos nos referindo a
acidentes automobilísticos, agressões, acidentes de
trabalho, prática esportiva e muitas outras causas.
Acredito que cerca de 80 a 90% das pessoas que não
são da área de saúde entendam essa patologia de
forma absolutamente equivocada. A luxação de uma
articulação é definida como a perda da congruência
articular de forma permanente, ou seja, no caso o
ombro sai do lugar e não volta espontaneamente. A
tendência é que os leigos no assunto pensem tratarse de uma contusão, pancada, escoriação, etc.
Quando em vigência de uma luxação do ombro, a articulação perde a sua funcionalidade sofrendo quebra
da sua estabilidade dinâmica, com lesão de uma série de estruturas estabilizadoras. Para que essa articulação volte a ser funcional é preciso intervenção
médica com redução da cabeça umeral na glenoide,
ou melhor, colocar o ombro de volta no lugar. Muitas
vezes apenas essa medida seguida de tratamento
conservador com reabilitação e fisioterapia não é suficiente, principalmente em pacientes jovens e muito
ativos, onde essa luxação se torna recidivante. Cerca
de 90% dos pacientes com menos de 20 anos com essa
patologia voltam a luxar e são sintomáticos, a percentagem cai com o avançar da idade atingindo menos de
80% aos 30 anos.
O reparo cirúrgico dessa lesão antigamente era obtida de forma aberta, com grandes incisões cirúrgicas,
recuperação mais lenta e maiores índices de complicações. Com o advento da artroscopia do ombro, muita
dedicação, estudo e treinamento, temos a possibilidade
de tratar quase todas as patologias dessa articulação
por essa pequena via, agregando o menor impacto
possível ao paciente. Hoje a grande maioria dos casos
de instabilidade (luxação) tratados de forma artroscópica, apresenta os mesmos resultados e muitas vezes
melhores que as técnicas antigas. Para quem não conhece a artroscopia do ombro, ela é uma cirurgia feita
por vídeo assim como no joelho, onde são necessários
de 02 a 04 orifícios (1 cm cada) no ombro.
Cristiano Nabuco Dantas é médico ortopedista, especialista em cirurgia do ombro e
cotovelo. Integra o Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Laboratório de Artroscopia
(HUPE), é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e
da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC).
52
|
horse society lifestyle
Salvador - BA
horse society lifestyle
|
53
bri nque dos de ge nte grand e
c u ltura
por Nardele Gomes
COM ELE, TUDO PODE DAR CERTO!
Fãs de Woody Allen, saudai-vos uns aos outros! O
cineasta acerta mais uma vez em Whatever Works,
que no Brasil chegou como Tudo Pode Dar Certo. E
além do mais, cá pra nós, ter um filme novinho de
Allen pronto pra começar é um raro prazer por si
só (ok, nem tão raro, já que ele produziu 11 filmes
nos últimos 10 anos, mas não importa, é um deleite
assim mesmo).
Para alegria de uns e tristeza de muitos, Woody Allen
mais uma vez não atua. Porém Larry David (co-criador de Seinfeld e protagonista em Whatever Works)
veste sua persona. Alguns trejeitos, aquele ar de nada-me-agrada e até uma gagueira ou outra estão em
cena através do ator. Boris Yellnikoff, personagem de
David, é um coroa que mora sozinho num endereço
meio caído em Chinatown (sim, Allen andou filmando
novamente em Nova York), é manco por conta de uma
tentativa fracassada de suicídio, mal-humorado ao
extremo e tem uma visão bem particular do mundo.
Para ele, as pessoas são quase todas e quase sempre
ignorantes e pouquíssimo interessantes.
INDICAÇÃO
Para quem não conhece bem a obra
de Woody Allen, alguns filmes são
simplesmente imperdíveis:
Noivo Nervoso, Noiva Neurótica - 1977
Dorminhoco - 1983
Manhattan - 1979
Zellig - 1983
A Rosa Púrpura do Cairo - 1985
Poucas e Boas - 1999
Match Point - 2005
O Sonho de Cassandra - 2007
Vicky Cristina Barcelona - 2008
54
|
horse society lifestyle
Eis que nesta cinzenta vida aparece Melody (nomezinho sugestivo, hein!), uma garota caipira que tentava
a sorte em NY, mas que acabou pedindo comida a Boris na entrada da casa dele. Ele a recebe por uns dias
muito a contragosto. Mas toda a “caipirice ignorante”,
vamos dizer assim, de Melody, o encantam de certa
maneira. E por aí o filme vai e eu não conto mais nada
para não estragar o seu doce deleite de descobrir
cada desdobramento.
Evan Rachel Wood (Melody) a princípio causa restrições com tantos pulinhos, gracejos e o sotaque carregado do sul. Mas aos poucos a gente se acostuma
e até gosta. No fim todos torcemos por ela. A atriz
parece reunir requisitos para trabalhar com o cineasta outras vezes. Patrícia Clarkson (lembram dela
em Vicky Cristina Barcelona?) está brilhante como a
mãe de Melody, e tem grande importância na trama.
Enfim, todo o elenco está bastante envolvido e funciona como equipe. Whatever Works parece ser o filme
mal-humorado mais engraçado do ano.
LUXO EM DUAS RODAS
A bicicleta mais cara do mundo, criação da empresa sueca
Aurumania, é toda feita à mão. E o melhor, banhada a ouro 24
quilates e adornada com 600 cristais Sawarovski. O valor? Cerca de
80 mil euros. Um brinquedinho para poucos, é claro, afinal só foram
fabricadas dez unidades!
!
HELLO, BABY
A marca francesa Christian Dior já está na sua segunda geração de aparelhos
celulares de luxo! A nova linha será banhada a ouro, com revestimento PVD
preto e cristais de safira. Modelos incrustados com diamantes só serão
vendidos sob encomenda: o Zelie, com cobertura vermelha custará US$ 7.900
e o Zenaide, em branco, sairá por US$ 13.400. Valores para quem realmente
nem “liga” pra preço!
“PRA QUEM PODE”
Que mulher não gosta de um sutiã poderoso? Esse é de cair
o queixo! Em todos os sentidos, a começar pelo preço. Uma
bagatela de dois milhões de euros! Lançamento da Victoria´s
Secret, o Harlequin Fantasy Miracle possui 2900 diamantes, 22
rubis e um coração de diamante de 16 quilates no centro. A peça
será apresentada em dezembro, no desfile de Marisa Miller. É,
admirar, pelo menos, todo mundo pode.
!
ESPERANDO CHEGAR
Os ansiosos devem estar contando os dias. O novo modelo da MercedesBenz será comercializado ano que vem na Europa. O SLS AMG tem motor
6.3
! V8, potência de 571cv, sete velocidades de dupla embreagem, e vai
de 0 a 100km/h em 3.7 segundos, com
velocidade máxima de 317km/h. Preço
estimado em 177 mil euros.
!
horse society lifestyle
|
55
ga leria
Na Serra a festa fOi Do Mar...
Melhores
M omen to s 2009
M an e g e D O MA R - RJ
Rodrigo Marinho
Luiz Felipe de Azevedo
Bernardo Rezende Alves
Pedro, Érica Mader e
Marcelo Alencar
Fabio Leivas, Araújo e Alexandre Rodrigues
Rodrigo Marinho
56
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
57
ga leria
Karina Smith
Rodrigo Sarmento
Melhores
M omen to s 2009
M an e g e D O MA R - RJ
Marco Antonio Alencar
Camarote Domar
Pedro Valente, Marco Antônio Alencar,
Rodrigo Marinho e ZK Palhares Salgado
Área Vip
Jose Roberto Reynoso
Fernandes Filho
58
|
horse society lifestyle
José Mário Osório
entre amigos
horse society lifestyle
|
59
e n s aio
Alta costura
aos pés do
CRISTO
REDENTOR
60
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
61
e n s aio
62
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
63
e n s aio
64
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
65
e n s aio
Fotografia: Pedro Accioly
Modelos: Antônia Campos/Ford Models Brasil
e Debby (égua)
Produção de Moda: Alex Duprat
Cenários: Aida Nunes, Sérgio Rodrigues
Local: Sociedade Hípica Brasileira - Rio de Janeiro - RJ
66
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
67
ga leria
Melhores
M omen to s 2009
Har a s
M a s s angana - RJ
No alto com estilo
Lúcia, Vivi Nabuco, Marco Batista, Silvia e Roberto Moura
Luiz Francisco de Azevedo
Plateia
Priscila Luminatti
Marco Batista
Marcelo
Granadeiro
João Pedro Neves Cabral
Andrea Reginatto
Nicole Garcia
Bope e Lua
Loisse Garcia
César Sansão
Gustavo Padilha
Marco Antônio Alencar em premiação
Atração bucólica
Eduardo Groissman
Antônio Moura
Fernanda Conde e Fernanda Oliveira
68
|
horse society lifestyle
Lúcia Faria Alegria Simões
Carina Grael
horse society lifestyle
|
69
e c o nomia
por Mariana Mattoso
“
O Brasil pode desviar sua economia da
crise mundial através do saneamento do seu
sistema financeiro, do acúmulo de reservas
em dólares e euros e do ajuste fiscal”
em grande parte do Japão e principalmente dos
países “em vias de desenvolvimento”.
Esse excedente é decorrente de uma mudança significativa da gestão da economia interna. Ao longo dos
últimos anos um grande número de países, como o
Brasil, colocaram ordem em suas finanças públicas e
reforçaram os seus sistemas bancários encorajando
reformas estruturais destinadas a aumentar a produtividade de suas economias. Essas ações originaram
frutos: o endividamento crônico de alguns foi bastante
reduzido pelos excedentes orçamentários de outros e
a mudança da taxa de câmbio para um câmbio flexível
evitando o retorno da crise de câmbio que por vários
anos interromperam o desenvolvimento econômico.
PARADOXO NO CENÁRIO
FINANCEIRO MUNDIAL
A crise financeira desencadeada em agosto de 2008, oriunda da série de erros nos empréstimos hipotecários (subprimes) nos Estados Unidos e a queda brusca de créditos, aconteceu dessa vez nos países
ditos “avançados”. Contrariamente as décadas de 1980 e 1990, os países emergentes, como o Brasil,
não foram nem os ocasionadores e - salvo exceções - nem as vítimas dessa perturbação.
As razões dessa “imunidade” são profundas e podem
ser explicadas pela evolução das relações financeiras
internacionais dos últimos anos. Mudanças importantes foram sentidas na última década no que diz
respeito à repartição dos déficits e dos excedentes
das balanças de pagamentos mundiais. Comparando números reais, o déficit dos Estados Unidos foi de
6,2% de seu PIB em 2006 enquanto que o excedente
da China representou 9,4% de seu PIB no mesmo ano.
São números que representam recordes históricos e
refletem uma situação paradoxal.
Tradicionalmente os países industrializados detinham os excedentes da balança de pagamentos
e exportavam o surplus para o Terceiro Mundo.
Hoje, assistimos a um fenômeno inverso. Nos
últimos dez anos, a economia norte-americana
seguiu uma política monetária de taxa de juros
baixa no intuito de encorajar o seu consumo interno. Assim, os depósitos internos não asseguraram o financiamento de necessidades de investimentos do país fazendo com que os Estados
Unidos recorressem ao capital externo, oriundos
Além disso, a alta dos preços do mercado energético
(devido principalmente ao aumento da demanda chinesa) se traduziu em excedentes consideráveis para
os países produtores de petróleo. A OPEP dispõe de
uma posição de força considerável no mercado internacional diante dos países desenvolvidos. Estes cada
vez mais dependentes em energia.
Apesar dos excedentes da balança de pagamentos, os países emergentes vivem um paradoxo: recorrem ainda às importações de capitais privados
provenientes dos países “ricos”. A transferência de
capitais é sentida principalmente na América Latina e África em direção à Ásia através da exportação de matérias primas. Mas, em termos brutos, os países “em desenvolvimento” são grandes
importadores de capitais privados. Além disso, o
mercado de ações destes são ainda interligados
ao mercado de ações das grandes potências mun-
diais, principalmente americano. Esta correlação
se manifesta através da volatilidade, sentida por
exemplo, por diversas empresas brasileiras cotadas na bolsa durante os últimos meses.
A priori, as consequências da crise devem ainda
ser fortes e mesmo amplificadas. A economia dos
EUA é ainda dominante. Ela representa 25% do total
das importações mundiais e 20% do PIB global (em
termos de paridade de poder de compra). Mas, a
integração econômica mundial foi intensificada o
que possibilita a transmissão dos reflexos do choque financeiro.
A crise financeira e o fechamento dos mercados de
créditos podem acentuar os mecanismos de contagio. Essa seria a ordem natural. Porém, observamos que a desaceleração da economia norte americana teve até agora pouco impacto nos paises em
transição (com exceção do México). As possíveis
explicações são que a desaceleração americana
atinge principalmente o mercado imobiliário (que
não tem influência direta sobre o comércio exterior)
se limitando até então a um fenômeno interno. Isso
não isola a possibilidade de um impacto a longo
prazo. A crise imobiliária poderá refletir no poder
de consumo e, consequentemente, nas importações originárias dos países emergentes.
O Brasil pode desviar sua economia da crise mundial
através do saneamento do seu sistema financeiro, do
acúmulo de reservas em dólares e euros e do ajuste
fiscal. Consequências a longo prazo podem ser inevitáveis, mas as respostas a elas podem ser devidamente planejadas e prevenidas desde já.
Mariana Mattoso é economista, mestre Relações Internacionais e doutora em
Políticas Energéticas pela Universidade Paris IV – Sorbonne, na França
!
70
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
71
Salvador-BA
72
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
73
i nv e s timento
por Luiz Augusto Amoedo
A SEGURANÇA DO MERCADO
IMOBILIÁRIO DO BRASIL
O mercado imobiliário brasileiro tem característica diferentes da apresentada pelo congênere americano, principalmente no que diz respeito ao financiamento. Enquanto
nos EUA ele se dá em boa parte com base na rolagem de
hipotecas, que pode chegar até 4 ou 5 vezes, em operações
de alto risco (o que acarretou a bolha e quebra dos bancos
e financeiras), no Brasil o sistema financeiro impõe restrições a esse tipo de operação e mesmo o mercado secundário de recebíveis imobiliário ainda é pouco usado, basicamente em algumas operações de imóveis comerciais
As fontes de financiamento do mercado de imóveis no país
têm lastro nas operações do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, SBPE, nos recursos do Fundo de
Garantia de Garantia do Trabalhador, FGTS, e em recursos
livre dos bancos, no âmbito das instituições estatais, como
Banco do Brasil e Caixa Econômica, e privadas.
As garantias exigidas tanto no que concerne ao financiamento às construtoras e ao adquirente do imóvel
dão proteção ao mercado e evitam a formação de
bolhas especulativas, como aconteceu nos Estados
Unidos. Um dos pilares do sistema é a medição da
capacidade de endividamento do consumidor e reais
garantias de quitação da dívida.
Nesse sentido, usa-se um instrumento valioso que é a
alienação fiduciária que assegura à fonte financiadora a
retomada do imóvel quando o atraso da prestação ultrapassa o limite estipulado no contrato.
No que concerne a garantia de que o comprador receberá seu imóvel, ainda por construir – a maioria das
operações imobiliárias no Brasil acontece com o imóvel na planta -, o mecanismo do Patrimônio de Afetação garante que se estabeleça uma comissão tripartite,
consumidor, banco e construtora, que vão acompanhar
o desenvolvimento da obra, vedando a aplicação dos
recursos em qualquer outro empreendimento. No caso
da construtora falir a obra pode ser executada por outra
empresa, porque os recursos estão assegurados
Hoje com os juros baixos, o mercado imobiliário brasileiro alcançou recorde de aplicação pela poupança,
e agora em setembro os empréstimos se situaram na
casa dos R$3,6 bilhões e nos últimos 12 meses já somam R$ 30,4 bilhões. Mesmo com esse desempenho, o
crédito imobiliário no Brasil ainda demanda uma grande expansão, principalmente se olharmos para a relação crédito X PIB. Nos EUA ele é 78%, na Espanha 46%,
no Chile15%, no Mexico11% e no Brasil míseros 3%.
Luiz Augusto Amoedo é engeheiro civil, é Vice Presidente da Câmara Brasileira
da Indústria da Construção
74
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
75
t u r is mo
por Ana Borges
ISTAMBUL, CAPITAL
DOS CONTRASTES
Mulheres recatadas escondidas por trás dos véus.
Homens, quase sempre de bigode, tentando vender
tapetes. Sagradas e suntuosas mesquitas celebrando
rituais em nome de Alah. É nesse cenário óbvio, até
mesmo para quem nem conhece, que está a maior
cidade da Turquia. Mas, a grande surpresa para os
precipitados é que Istambul é também uma grande
metrópole. Toda a tradição da capital dos impérios bizantino e otamano, fundada em 667 antes de Cristo, se
mistura às características de um lugar que ferve.
Trânsito agitado, lojas internacionais, culinária sofisticada, espetáculos incríveis... A ex Constantinopla não
deixa nada a desejar quando comparada aos grandes
centros urbanos da Europa. Afinal, ela também é européia. É a única cidade do mundo dividida em dois
continentes. Por um fantástico passeio pelo Estreito
de Bósforo, apreciamos ao mesmo tempo o Mar Negro e o Mar de Mármara.
Inexplicavelmente oriente e ocidente conseguem conviver em paz. Dá pra imaginar mulçumanas usando
bolsas Luis Vuitton? Executivos fumando narguilê? Ou
até mesmo você apreciando o famoso “chai” de maçã
enquanto barganha algum produto?
PARA COMER
360- O nome
já convence a
visita. A bela
vista da Hagia
Sofia e da Mes
quita Azul
contemplada
junto aos exót
icos sabores
dos pratos da
cozinha contem
porânea
torna o 360 um
dos restaura
ntes mais
badalados da
cidade.
Istiklal, 32, B
eyoglu.
PARA FICAR
entes
Até os mais freqü
Four Seasonsam. O
de se impression
hóspedes da re
cial.
l é pra lá de espe
hotel em Istambu
alquer
ida certa, sem qu
Requinte na med
va e
calização exclusi
extravagância, lo
ifhane
a do terraço. Tevk
vista privilegiad
hmet-Eminönü
Sokak, 1, Sultana
PARA LEMBRAR
Os turcos são hosp
italeiros e simpátic
os,
eradamente que po
dem
parecer invasivos.
Quando precisar pe
gar um
taksi (táxi), peça o
serviço pelo hotel
. Alguns
motoristas abusam
da boa vontade do
turista
e chegam a cobrar
a tarifa noturna, qu
eé
mais cara, inclusive
durante o dia.
às vezes tão exag
76
|
horse society lifestyle
horse society lifestyle
|
77
wine
por Gianni Tartari
Esse processo tem duração de quatro a oito semanas.
Logo após este processo o vinho deve ficar em contato
com as leveduras por um período mínimo de quinze meses. Quanto maior for esse contato, que pode
durar anos, os aromas se desenvolvem e tornam o
Champagne cada vez mais complexo. O vinho fica
efervescente e forma-se um depósito de sedimentos
devido às leveduras mortas. É por isto que se procede
à remuage, como uma centrifugação manual.
“Merecido na vitória e
necessário
na derrota”
Napoleon I
Le Champagne
A região da Champagne está localizada no extremo norte da França, no limite de plantio da Vitis vinifera, onde o clima é rigoroso, mas levemente amansado pela influência oceânica. O subsolo é em maioria calcário o que propicia à vinha uma irrigação natural constante. Os vinhedos estão plantados nas
encostas, favorecendo uma ótima insolação das vinhas e uma perfeita drenagem do excesso de água.
Outra característica desse terroir é a impressionante divisão dos vinhedos. Aproximadamente 260.000
parcelas (digamos, pedaços de terra), tratadas
como jardins pelos viticultores, possuem particularidades únicas que se revelarão durante a produção
do vinho. Esses pedaços de terra receberam seus
nomes há muitos anos: Cotes à Brás, Gouttes D’Or,
Côte des Blancs...
O vinho da Champagne já era apreciado desde a Idade Média, quando os religiosos cuidavam das vinhas.
Desde o século XII o vinho da Champagne atravessa
fronteiras e seu prestígio não pára de crescer. Apenas
no final do século XVII que o vinho da Champagne, até
então claro, leve, fresco e delicadamente frisante, se
torna efervescente. A partir daí se tornou o rei incontestável das festas no mundo inteiro.
78
|
horse society lifestyle
Nessa época também foram introduzidos dois avanços fundamentais na produção: a vinificação em branco das uvas tintas (sem contato das cascas tintas com
o mosto – suco - das uvas) e o cuidadoso processo de
prise de mousse (ganho de espuma). As uvas utilizadas até hoje são: Pinot Noir, Pinot Meunier, duas uvas
tintas e Chardonnay, uma uva branca.
O Champagne pode ser produzido apenas com
a uva branca, recebendo a menção de Blanc de
Blancs. Após a colheita as três uvas são vinificadas
separadamente e passam por uma assemblage,
dando origem ao vinho-base. Esse vinho é engarrafado com leveduras e um composto de açúcar, o
liqueur de tirage, e começa a segunda fermentação
para criar espuma, a prise de mousse, e formar o
perlage (bolinhas).
As garrafas são colocadas na posição horizontal em
pupitres, estantes de madeira com buracos para encaixar as garrafas, e diariamente, durante 30 – 40 dias,
recebem rotações, levando-a progressivamente à posição vertical. O sedimento desce para o gargalo e acumula-se em uma tampa especial. Procede-se a seguir
o dégorgement: o gargalo é congelado a 30ºC negativos em segundos, formando uma pedra de gelo. Basta então destampar a garrafa para que esta pedra de
sedimentos congelada seja expulsa pela pressão.Vem
então a dosage, adição do liqueur d’expédition à base
de açúcar e vinho-base que permite realizar diferentes
variedades, sendo as principais Brut, que recebe até
15 gramas de açúcar por litro, e Demi-sec, que recebe
açúcar entre 35 e 50 gramas por litro. Para a produção
do Champagne Rose, o produtor pode iniciar o processo de elaboração com um vinho rosado ou adicionar
um vinho tinto da região no processo de dosage.
Finalizado esse processo a garrafa recebe a rolha, a
gaiola – uma espécie de presilha da rolha, a cápsula e o
rótulo, estando pronta para o mercado. Uma das maiores Maisons de Champagne é a Moët & Chandon, que
produz uma série de Champagnes importantes, além de
produzir a famosa, e maravilhosa, Dom Pérignon. Outra
grande Maison da região é a Ponsardin, que produz os
não menos maravilhosos Veuve Clicquot e a cuvée especial La Grande Dame. São muitas Maisons produtoras
de Champagne de altíssima qualidade: Gosset, Taittinger,
Pol Roger, Bollinger, Ayala, Ruinart, Tsarine, LarmandierBernier, J. Lassalle, Barnaut, De Sousa, Pierre Moncuit,
Delamotte, Salon, Billecart-Salmon, Jacquesson, EglyOuriet, Jacques Selosse... Escolha o seu Champagne
e celebre, pois estamos chegando ao final do ano e as
grandes comemorações já vão começar. E como diz a famosa música de Pepino di Capri, lançada em novembro
de 1973, “Cameriere, Champagne!”. Salut...
Gianni Tartari é Sommelier, formado e homologado como Sommelier Profissional
pela ABS – Associação Brasileira de Sommeliers Seção Rio de Janeiro
horse society lifestyle
|
79
ga s tronomi a
por Henrique Saldanha
Você sabe o que é “Hype Molecular”?
No Brasil, a maioria da população desconhece essa
nova maneira de lidar com a comida. Até para pessoas da área gastronômica esse material pode causar
certa confusão e até dividir opiniões.
Agora, sem enrolação, vou tentar explicar um pouco
sobre o tema. Gastronomia Molecular é o estudo científico dos processos físicos e químicos que ocorrem
durante o cozimento, criando novos métodos e técnicas e até aperfeiçoando os já existentes.
tos dessa natureza o efeito “ANHHHH???” é inevitável.
Para exemplificar, algumas técnicas conseguem
mexer na estrutura física de alguns alimentos e,
com reações químicas aplicadas a estes, transformam as formas comuns que geralmente vemos
nos pratos tradicionais.
Hoje, o nome mundialmente conhecido é o do grande
Chef Ferran Adrià, proprietário do famoso elBulLi, na
Espanha, onde a reserva tem que ser feita com muitos
dias e até meses de antecedência. Mas, se formos a
fundo na origem da Gastronomia Molecular, veremos
que ela teve início através de estudos do físico húngaro Nicholas Kurti e do químico francês Hervé This, que
continua até hoje com suas pesquisas nessa área.
Um exemplo simples pra começar. Hoje conseguimos transformar uma polpa de fruta em um caviar
através da esferificação do líquido. Caviar de frutas, espumas com sabores, spaghetti de morango
e esferas de todos os tipos que explodem na boca
são alguns dos produtos da cozinha molecular. Sua
aplicação em um simples prato é algo que não somente adiciona texturas inusitadas e sabores nunca
antes imaginados, mas vai muito além disso. Mexe
com a imaginação; nos faz sair do lugar seguro e
descobrir que realmente tudo é possível na cozinha, basta criatividade.
Okay, okay, você deve estar se perguntando: “mas como
isso é aplicado na cozinha? Como isso vira algo palpável para mim?”. Bom, como falei, com essas novas técnicas as possibilidades são infinitas e, geralmente, os
resultados são tão inusitados que ao ver alguns produ-
Eu sei, parece estranho ou até impossível, mas em
breve, tenho certeza, você irá se deparar com um prato desse tipo na mesa e tudo fará mais sentido. Afinal,
na maioria das vezes, só acreditamos naquilo que vemos com os próprios olhos.
Henrique Saldanha é formado em gastronomia pela Le Cordon Bleu America,
além de ter se formado em publicidade e feito MBA em Gestão Empresarial na
Fundação Getúlio Vargas.
80
|
horse society lifestyle
c o mp ortamento
gui a de s e rvi ç os
Lady Godiva
ENTIDADE NACIONAL
CBH - Site Oficial da Confederação Brasileira de Hipismo
Rua Sete de Setembro, 81 - Ed. Moscoso Castro, 3º andar
CEP: 20050-005 Rio de Janeiro (RJ)
Tel: (21) 2277-9150 / Fax: (21) 2277-9165
www.cbh-hipismo.com.br
“A mulher que mostra o poder do seu intelecto merece mais
respeito que a mulher que mostra o poder das suas pernas.
Mas os homens preferem sempre as pernas...” (Desconhecido)
Já perceberam como os homens ficam
hipnotizados com certas partes do corpo de uma
mulher? Porque vocês acham que alguns homens
têm tara por pés pequenos? No Japão, as mulheres
de pés pequenos valem mais...
Já repararam como eles olham para a boca de uma
mulher? A cor, o tamanho... Por isso é que não
tem nada mais excitante que beijo na boca! Ora,
imagina o que passa na cabeça deles durante um
beijo bem dado... (Certamente estão pensando nos
nossos “sentimentos interiores...”)
A própria ciência tenta explicar determinadas
proporções corporais, como que o tamanho do pé é
proporcional ao antebraço etc. (Essa é velha né?)
Mas acho que tenho algo novo a dizer sobre este
assunto... Algo que talvez choque muito os homens e
confira um pouco mais de poder às mulheres!
Já repararam nas mãos de um homem? Pois a partir
de agora, observem bem os detalhes, principalmente
nos dedos. Os dedos de um homem podem revelar
muito sobre o seu “interior”... (Não riam! É sério...)
Reparem no tamanho, na cor, na espessura e
no formato... Depois façam suas comparações e
divirtam-se! E já que eles dão tanto poder às pernas
de uma mulher, vamos ver se eles terão mãos
suficientemente fortes para merecer um pouco mais
do nosso respeito... (Aposto que você olhou pras
suas mãos agora né?) Acreditem, é IMPRESSIONANTE!
82
|
horse society lifestyle
Federação Hípica do Mato Grosso - FHMT
Endereço: Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 1836 Edifício Cuiabá Work Centro - conjunto 1302/1303 , Bosque da Saúde , Cuiabá
CEP: 79050-000
Telefone: (65) 3642-5553 ; 9971-0991
Fax: (65) 3642-5553
E-mail: [email protected] ; [email protected]
ENTIDADES ESTADUAIS
Federação Equestre de Alagoas - FEA
Endereço: Av. Siqueira Campos, nº 1.295 , Trapiche da Barra Parque da Pecuária , Maceió
CEP: 57010-001
Telefone: (82) 3336-1642
Fax: (82) 3336-8797 ; 3351-8086
E-mail: [email protected]
Site: www.feahipismo.com.br
Federação Equestre Paraibana - FEPA
Endereço: Av. João Maurício, nº 1341 - Sala 1 , Manaira , João Pessoa
CEP: 58038-000
Telefone: (83) 3246-8811
Fax: (83) 3246-8811
E-mail: [email protected]
Site: www.fepa.com.br
Federação Amazonense de Hipismo - FAHI
Endereço: Rua Barão de Indaiá, nº 1.700 - Sala 01/A , Manaus
CEP: 69048-750
Telefone: (92) 3654-8492 ; 9185-6788
E-mail: [email protected]
Federação Equestre do Pernambuco - FEP
Endereço: : Av. Caxangá, nº 5362 , Várzea , Recife
CEP: 50800-000
Telefone: (81) 3453-1405
Fax: (81) 3272-7172 ; 3271-6896
E-mail: [email protected]
Site: www.fep-hipismo.com.br
Federação Hípica da Bahia - FHBA
Endereço: Av. Praia de Itapuã, sem nº (Equus Clube do Cavalo) Vilas do Atlântico , Lauro de Freitas , Salvador
CEP: 42700-000
Telefone: (71) 3379-3499
Fax: (71) 3379-3499
E-mail: [email protected] ; [email protected]
Site: www.fhb-ba.com.br
Federação Equestre do Ceará - FEC
Endereço: Rua Itaboraí, n° 560 , Passaré , Fortaleza
CEP: 60861-630
Telefone: (85) 3295-2898 / (85) 3234-7233 Tel: (85) 9927-9243/ (secr. Carol)
Fax: (85) 8897-9284
E-mail: [email protected]; [email protected] ; [email protected]
Federação Hípica de Brasília - FHBr
Endereço: Setor de Áreas Isoladas, nº 12 , Brasília
CEP: 70610-000
Telefone: (61) 3245-5870 ; 3445-1864
Fax: (61) 3245-5870
E-mail: [email protected]; [email protected]
Site: www.fhbr.com.br
Federação Hípica do Espírito Santo - FHES
Endereço: Rua Rodoviária do Sol, km 10 - nº 1020 , Itaparica , Vila Velha
CEP: 29120-022
Telefone: (27) 3339-1557 - SecretᲩa Bete Firmino: 9241 9727
Fax: (27) 3349-3411
E-mail: [email protected]; [email protected]
Federação Hípica de Goiás - FeHGO
Endereço: Rua das Gameleiras, Quadra 26-B, lote 09 , Aldeia do Vale , Goiânia
CEP: 74680-220
Telefone: (62) 84-16 21-60 nextel (62) 7812 3955 ID 85*29917
E-mail: [email protected] ; [email protected]
Site: www.fehgo.com.br
Federação de Esportes Equestres do Maranhão - FEEM
Endereço: Av. Village Bonanza, nº 6 , Araçagi , São José Ribamar
CEP: 65130-000
Telefone: (98) 3248-3533 ; 3235-8395
Fax: (98) 3248-3533 ; 3235-8395
E-mail: [email protected] ; [email protected]
Federação Hípica de Minas Gerais - FHMG
Endereço: Av. Brasil 283 – salas 707/708 , Santa Efigiênia , Belo Horizonte
CEP: 30140-000
Telefone: (31) 3241-1116 / (31) 9981-2241
Fax: (31) 3241-3151
E-mail: [email protected]; [email protected]
Site: www.fhmg.com.br
Federação Sul Matogrossense de Hipismo - FSMH
Endereço: Rua Valério Fabiano, nº 100 , Jd. Alhambra , Dourados
CEP: 79843-1333
Telefone: (67) 3331-2158 ; 9971-7773
Fax: (67) 3312-8919
E-mail: [email protected]
Site: www.fsmh.com.br
Federação Paranaense de Hipismo - FPrH
Endereço: Rua Itupava, nº 1299 - sala 11 - Shopping Itupava , Hugo Lage , Curitiba
CEP: 80040-000
Telefone: (41) 3363-3406 ; 7815-1895
Fax: (41) 3363-3406
E-mail: [email protected]
Site: www.amigosdohipismo.com.br
Comissão de Desportos do Exército - CDE
Endereço: Estrada Marechal Mallet, nº 1283 , Vlia Militar - Deodoro , Rio de Janeiro
CEP: 21615-220
Telefone: (21) 2301-4054 ; 2301-2178 ; 3357-5945
Fax: (21) 2301-4054
E-mail: [email protected] ; [email protected] ;
[email protected]
Site: www.eseqex.ensino.eb.br
Federação Norteriograndense de Hipismo - FNRGH
Endereço: Rua Sandoval Cavalcante, n° 3618 - apt° 702 , Candelária , Natal
CEP: 59064-735
Telefone: (84) 3234-5048
Fax: (84) 3234-5048
E-mail: [email protected]; [email protected]
Federação Equestre do Rio de Janeiro - FEERJ
Endereço: Rua Jardim Botânico, nº 421 , Jardim Botânico , Rio de Janeiro
CEP: 22470-050
Telefone: (21) 2286-3930 ; 2539-4602
Fax: (21) 2286-9714
E-mail: [email protected]
Site: www.feerj.com.br
Federação Gaúcha dos Esportes Equestres - FGEE
Endereço: Av. Juca Batista, 4931 , Belém Novo , Porto Alegre
CEP: 91780-070
Telefone: (51) 3264-1297
Fax: (51) 3264-1334
E-mail: [email protected]; [email protected]
Site: www.fgee.com.br
Federação Catarinense de Hipismo - FCH
Endereço: Rodovia Antônio Heil - km 29,5 - nº 33 - sala 4 , Brusque
CEP: 88353-100
Telefone: (47) 3350-6881 ; 7812-8429 ; 9989-1680
Fax: (47) 3350-6881
E-mail: [email protected] ; [email protected]
Site: www.fch.com.br
Federação Hípica de Sergipe - FHSE
Endereço: Rua Poeta José Sales Campos, nº 260 , Atalaia , Aracajú
CEP: 49035-650
Telefone: (79) 9134-4236
E-mail: [email protected]
Federação Paulista de Hipismo
Endereço: Rua Carmo do Rio Verde, nº 241 - 10º andar conjuntos 101 e 102 , Jardim Caravelas , São Paulo
CEP: 04729-010
Telefone: (11) 5642-3350
Fax: (11) 5642-3358
E-mail: [email protected]
Site: www.fph.com.br
horse society lifestyle
|
83
E D I TORIAL
Simplesmente Paixão
Para ficar aqui registrado, nesta edição de lançamento,
que o real motivo de trazer à tona esta revista, de realizar
este sonho, foi simplesmente uma grande paixão...
Sem deixar de considerar a necessidade de criar um
veículo de comunicação de qualidade, direcionado a
um público tão seleto e exigente, admiradores dos
cavalos, e, ainda, diante da oportunidade de colocar
no mercado um instrumento de integração social e
comercial que agregue valor e promova o desenvolvimento deste segmento em vertiginosa ascensão, que é a indústria
equina hoje no Brasil, não poderia deixar, entretanto, de explicitar
aqui a minha declaração de amor
aos cavalos que me trouxeram até
aqui. Pois é por causa deles, estes
seres graciosos, que transcendem
sentimentos em olhares e atitudes, e encantam pela na harmonia
e elegância de seus movimentos,
que estou aqui hoje escrevendo esta
mensagem. Foi por estes animais
tão especiais, que mudei a minha
vida, que cheguei até aqui, virando
o meu mundo de cabeça para baixo
para ir atrás de um sonho e atender
à esta demanda sedenta de informações sobre este
mundo tão lúdico e ao mesmo tempo tão real que
gira em torno destes nobres seres.
Esta revista é muito mais do que um simples meio
de comunicação segmentado. Muito mais do que um
mero instrumento de informação para aqueles que,
assim como eu, praticam e frequentam o ambiente
dos esportes equestres, da indústria equina, e compartilham um pouco deste estilo de vida único, que
envolve animais, esportes, medicina, economia, fi-
Diretora Executiva:
Aida de Mendonça Nunes
[email protected]
Jornalista Responsável:
Daniela Matos
[email protected]
Fotógrafos: Russo, Alexandre Vidal, Anna Paula
Carvalho Tupamaru, Pedro Accioly;
nanças, gastronomia, moda, consumo e informação...
Tudo isso é muito pouco perto de tudo que aprendemos com estes seres extraordinários que são os
cavalos! Não poderia produzir nenhuma das próximas páginas que vocês verão a seguir, se não tivesse
aprendido com eles um pouco sobre sentimentos sinceros, sobre atitudes, caráter, lealdade, amizade, força, coragem, determinação, disciplina, cumplicidade,
dedicação, respeito, e, acima de tudo, paixão!
Quem vive este mundo e não compreende os seus cavalos, nem
aprende com eles a identificar e
alimentar sentimentos tão simples
e ao mesmo tempo tão nobres, não
conseguirá compreender também
os seres humanos, e não desenvolverá a capacidade de entender as
sutilezas da vida sob a perspectiva
da sensibilidade e será, portanto,
incapaz de lidar com a complexidade do sucesso de viver este estilo de
vida com toda a intensidade digna
de uma paixão verdadeira.
Desejo agora que, assim como eu,
declaradamente apaixonada pelos
meus cavalos, pela vida que levo junto a eles, e pelo
que aprendo com eles a cada dia, vocês, que também
fazem parte desta sociedade e compartilham deste
estilo de vida, possam sentir a energia dos sentimentos impressos nestas páginas inspiradas nestes sublimes animais. E que se divirtam com as nossas histórias e sejam capazes de se apaixonar pelo que eu,
com toda a audácia que me foi ensinada pelo cavalos
vencedores, ousei chamar de Horse Society Lifestyle.
Aida de Mendonça Nunes.
Capa: Modelo: Antônia Campos (Ford Models Brasil)
Fotografia: Pedro Accioly
Gomes, Juliana Ribas, Henrique Saldanha, Giani
Tartari, Ruthe Araújo.
Projeto Gráfico e diagramação: Nilmon Filho (2NT),
colaboração: Danilo Matos
Agradecimento Especial: Márcia e Paulo Roberto Nunes
Colaboraram nesta edição: Antônio Carlos Magalhães
Júnior, Luiz Augusto Amoedo, Ana Borges, Cristiano
Nabuco Dantas, Marcello Servos, Mariana Mattoso,
Luiz Fernando Monzon, Mariana Pessoa, Nardele
Departamento Comercial:
2NT Comunicação | [email protected]
Av. Marechal Floriano 38, sl 307 - Centro - RJ
tel. 21 2233 7755 / 2516 8595
A Horse Society Lifestyle é uma publicação da Horse Society Lifestyle. Todos os direitos estão reservados. Fica proibida qualquer reprodução do conteúdo. Os artigos de
opinião são de exclusiva responsabilidade dos autores. A Horse Society Lifestyle não se responsabiliza pelos anúncios e mensagens publicitárias incluídos nessa edição.
4
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
Rua Dr. Altino Teixeira, Porto Seco - Salvador, BA
www.cmarinho.com.br
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
5
E D I TORIAL
sumário
Da história ao LIFE STYLE
E
m sua primeira edição, a Revista Horse
Society vem com a inovadora proposta
de agregar em páginas de papel couché
o fantástico universo do hipismo nacional. O desafio é tão grandioso quanto a
própria história do esporte no Brasil, onde a influência militar foi decisiva. Marcante também na trajetória mundial do hipismo quando, mais ou menos
no início do que hoje conhecemos por civilização,
os ingleses começaram a usar o animal em nobres
caçadas pelos campos.
mo. No governo do general carioca João Figueiredo, último da dinastia militar, a criação de cavalos deu inclusive
um belo salto de qualidade.
O fato é que a cavalaria sempre foi uma das principais armas em qualquer tropa. Nesse sentido, ter
domínio do cavalo era simplesmente indispensável
para o sucesso de uma investida. O Exército Brasileiro, logo após a Primeira Grande Guerra, percebeu a importância de aperfeiçoar os cavaleiros locais e solicitou o apoio da Missão Militar Francesa.
Estava fundada a base para a tradicional Escola de
Equitação do Exército.
A paixão de Figueiredo pelos animais fez com que empresários brasileiros investissem pesado na criação de
cavalos. Afinal, quem em sã consciência não queria se
aproximar do presidente da república? Foi desse jeito,
fazendo política, que o país desenvolveu a raça BH, o
cavalo brasileiro de hipismo. O BH é um híbrido com
boas características de salto. Um cavalo bonito, geneticamente competitivo e que vem chamando atenção de
pesquisadores estrangeiros. Uma grande promessa.
Assim se formou uma doutrina de equitação muito
importante para a história do hipismo em verde amarelo, não à toa todos os grandes cavaleiros do passado tinham alguma ligação militar. É, só que não parou
por aí: depois de duas guerras mundiais e uma longa
ditadura Vargas, os militares tomaram de vez o Brasil
no Golpe de 64. Foram anos difíceis, sombrios, dignos
de serem esquecidos, mas significativos para o hipis-
6
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
Figueiredo era um amante da montaria. Entre as muitas declarações polêmicas e que pese o fato de ser o
presidente de um regime repressor, vale comentar o
dia em que foi indagado sobre seu sucessor Tancredo
Neves. “No dia da posse vou embora de Brasília levando apenas minhas mulheres”, disse. Detalhe: as
mulheres eram os cavalos.
Enfim, tudo isso pra dizer, em resumo, que o futuro
do hipismo brasileiro está só começando. Ele partiu das mãos de militares, mas é na democracia que
vem se estabelecendo em toda a sua elegância. Um
futuro que a Revista Horse Society vai acompanhar
de perto, entre competições e novidades de bastidores. Afinal, hipismo não é só montar, é viver um
completo life style. Seja bem vindo.
No Paddock
08
Reportagem
10
Horse Society Tour
14
Rapidinhas
20
Mundo Corporativo
22
Entrevista
24
Galeria
28
Ping Pong
34
Galeria
36
Regulamentos
40
Notas da CBH
41
Especial
42
Galeria
44
Perfil
46
Galeria
48
Veterinária
50
Saúde
52
Cultura
54
Brinquedos de gente grande
55
Galeria
56
Ensaio
60
Galeria
68
Economia
70
Investimento
74
Turismo
76
Wine
78
Gastronomia
80
Comportamento
82
Guia de Serviços
83
14
24
56
68
76
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
7
N O PADD OCK
O Paddock aqui é para você, leitor
da Revista Horse Society Lifestyle!
Fique atento e participe da nossa edição, pois você está sendo chamado ao nosso Paddock e esperamos a sua atuação. Aproveite a chance, se apresente, e seja muito bem vindo ao Clube Horse Society!
Estaremos esperamos ansiosamente para divulgar o resultado das suas sugestões. Sinta-se à vontade para comentar, criticar, indicar e nos dizer o que quiser, pois este espaço é seu!
*Sua mensagem poderá ser publicada
Mande a sua correspondência para o endereço:
Av. Bartolomeu Mitre, 448 – Leblon,
Rio de Janeiro – RJ CEP: 22.431-000
CONTATO:
TEL. 011 35671221
[email protected]
Ou entre em contato conosco através do e-mail:
[email protected]
8
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
9
RE P O RTAGEM
A
PODEROSA INDÚSTRIA
DO CAVALO NO BRASIL
Poderosa e, diga-se de passagem, promissora. Segundo dados da Comissão Nacional do Cavalo, órgão
ligado a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a indústria já bateu a casa dos R$ 7,5
bilhões em faturamento. A pesquisa é de 2006, a última oficial. O que significa dizer que, de lá pra cá,
certamente este número já aumentou de forma considerável.
É
bom levar em conta que, grande parte desse movimento exorbitante é “culpa” do hipismo, afinal estamos falando da Formula
1 da indústria do cavalo. “O hipismo brasileiro é um dos mais respeitados do mundo,
nossos cavaleiros estão entre os tops internacionais.
Considerando-se a prática esportiva e os setores ligados direta e indiretamente ao esporte podemos dizer
que o hipismo é uma das principais molas propulsoras
da equinocultura e do agronegócio nacional”, palavra
de presidente. Nesse caso o presidente da Confederação Nacional de Hipismo, Luiz Roberto Giugni.
As próximas páginas se destinam a traçar um panorama deste quadro, pensado através de números e
vivências de pessoas ligadas a uma área ainda em
ascensão por estes trópicos.
Há apenas um ano o Governo Federal lançou linhas de
créditos oficiais para a área, segundo informações do
presidente da Comissão Nacional do Cavalo, Pio Guerra. O que, num país de dimensões continentais e ainda
notadamente agrário, é um salto gigantesco. Atrasado,
mas gigantesco. São poucos os pecuaristas que conseguem investir de forma maciça sem incentivos federais.
“
O agronegócio do cavalo
emprega mais funcionários que
a própria indústria automotiva,
com pouco mais de 100 mil
empregos no mesmo período”
A INDÚSTRIA TRADUZIDA EM $$ – São quase 27 federações estaduais de agricultura e pecuária, mais
de dois mil sindicatos rurais e 1,7 milhões de produtores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui quase seis
milhões de cabeças, só em equinos. Se comparados
com os Estados Unidos, número um no ranking (com
9,5 milhões de cabeças), o Brasil fica na bem colocada quarta posição.
A tendência deste quadro é melhorar ainda mais.
As pesquisas (ponto a ser abordado com mais calma depois), a profissionalização e, principalmente,
o enquadramento da equideocultura como atividade
pecuária no Ministério da Agricultura, que torna o
setor capaz de receber os mesmos recursos e financiamentos oferecidos a outras criações, são fatores
decisivos neste caminho.
10
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
11
RE P O RTAGEM
“
O setor, por
exemplo, não
sofreu efeitos da
crise mundial do
ano passado”
DENTRO E FORA DA PORTEIRA – Entender a indústria do cavalo é entender as infinitas atividades que
a compõe. Esportes como hipismo e pólo são apenas
uma pequena parcela do que este setor movimenta
em serviços de um modo geral. Não é à toa que foram gerados 642,5 mil empregos diretos e outros 2,6
milhões indiretos até 2006. “O agronegócio do cavalo
emprega mais funcionários que a própria indústria
automotiva, com pouco mais de 100 mil empregos no
mesmo período”, afirma a assessora técnica da CNA,
Marina Zimmermann.
A indústria é tão ampla e complexa que fica mais fácil compreender os processos se dividirmos em três
partes: antes, dentro e fora da porteira. A separação
foi proposta pelo próprio Pio Guerra, da CNA, em estudo recente sobre a dinâmica da atividade.
1. ANTES DA PORTEIRA – insumos, produtos e serviços que tornam possíveis a criação do cavalo. Aqui
estão reunidos desde medicamentos veterinários até
cursos universitários na área, passando pelo comércio de selaria, acessórios, transporte de animais e até
a moda country.
2. DENTRO DA PORTEIRA – agentes que dependem
diretamente do cavalo no dia a dia. Escolas de equitação, exposições e eventos (como as competições
de hipismo) e tudo que jamais existiria sem este belo
animal. Cavalos para lida e de uso da polícia e do
Exército também entram nesta conta.
12
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
3. FORA DA PORTEIRA – Basicamente leilões e importações e exportações, tanto de cavalos vivos quanto da
carne do animal.
A divisão é simplificada, não tem outra forma. A ideia
é mostrar, ainda que em linhas gerais, onde estão
empregadas todas aquelas pessoas citadas em números na pesquisa comentada antes. E, claro, mostrar a grandiosidade da indústria em questão. “O setor, por exemplo, não sofreu efeitos da crise mundial
do ano passado”, comenta Zimmermann. O volume
movimentado em feiras e leilões (leia-se: fora das
porteiras) foi superior aos anos de 2007 e 2008, ainda
segundo a assessora técnica. Mais uma garantia da
força do agronegócio equino no Brasil.
CAVALOS INVADEM A UNIVERSIDADE – Parece uma
daquelas notícias bizarras, de jornais sensacionalistas, mas não passa da mais pura verdade. Os cavalos
tomaram conta do mundo acadêmico. A PUC do Paraná oferece curso superior em Ciências Eqüinas, da
Faculdade de Tecnologia Uirapuru, em São Paulo, saíram inúmeros gestores em equideocultura, já a Associação Nacional de Deficientes Físicos (ANDE-Brasil)
lançou a pós-graduação em equoterapia no Rio de Janeiro. Isso sem contar com as tradicionais formações
em medicina veterinária, zootecnia, agronomia e etc.,
também relacionadas ao cavalo.
Os cursos específicos são a prova de que existia uma
demanda, até pouco tempo reprimida, formada por jo-
vens fissurados no mundo do cavalo que não queriam
abrir mão nem de uma paixão nem de uma formação
acadêmica. É o caso de Tárcio Agostini, hoje treinador,
árbitro de provas de andamento e, mais recentemente, gestor em equideocultura.
Mineiro da cidade de Ipatinga, é em Patrocínio do Muriaé, também em Minas Gerais, que ele encontra mercado para suas muitas qualificações. “A paixão pelo
cavalo é o que move meu trabalho. Vivo numa região
muito pobre e fui obrigado a perceber que a maioria
dos animais por aqui vale menos do que o que os donos gastavam comigo”, afirma Tárcio. “Tive proposta
para morar nos Estados Unidos, no Chile, mas decidi ficar. Nestes lugares seria apenas mais um. Aqui
sinto que posso ser pioneiro, criando novas maneiras
de lidar com os animais, organizando provas. Sei lá,
atraindo mais apaixonados”.
“
O Brasil é um dos
países que mais realizam
transferência de embriões
no mundo graças aos
estudos na área”
A vontade de fazer o mercado mineiro crescer e
crescer junto com ele é tanta que, apesar dos coices (literalmente!), Tárcio não pensa em desistir.
Em dezembro do ano passado, ele levou uma pancada tão grande que teve que encostar as selas,
pelo menos até o fim de 2010, segundo as previsões
mais otimistas dos médicos. “Ainda estou me recuperando, foi o primeiro acidente, mas acho que não
vai ser o último”, conta.
A história de Tárcio tem algo em comum com a trajetória de outra jovem gestora no assunto, Cristiane
Oliveira, paulista de Sorocaba. Ambos cultivam a tal
paixão por cavalos: “Eu sempre gostei deles, o que
é um pré-requisito para entrar nesta área”, afirma.
Também formada em Ciências da Computação, Cristiane resolveu unir o útil ao mais útil ainda e criou o
portal equinocultura.com.br. “A ideia do site surgiu de
uma ‘revolta’ entre amigos. Era difícil achar informações interessantes em um único lugar. Claro que ainda não temos todas as ferramentas, mas aos poucos
o projeto está crescendo”.
ENTRE CURSOS E PESQUISAS – O bom de todo
este cenário, impulsionado pelas universidades, é
que a pesquisa no setor cresceu vertiginosamente
nos últimos anos. Assim garante Marina Zimmermann: “O Brasil é um dos países que mais realizam transferência de embriões no mundo graças
aos estudos na área”.
Uma prova disso é que o número de publicações científicas brasileiras foi tão representativo em 2009 que a
cidade do Guarujá, São Paulo, foi escolhida para sediar o
11º Congress of the World Equine Veterinary Association
(WEVA) que aconteceu no último mês de setembro.
Hoje o país tem acordos de exportação de material
genético com os Emirados Árabes, Estados Unidos,
União Europeia e Mercosul. África do Sul e Chile estão
ainda em negociação, mas tudo indica que também
devem entrar na lista em breve.
Pode-se dizer que o Brasil tem tudo para virar uma
superpotência mundial do cavalo. O panorama exposto
aqui indica que o caminho está certo: pesquisa e investimentos em qualificação de mão-de-obra são importantes passos rumo a este objetivo. Vale apenas lembrar
mais um: a desmistificação da ideia de que o cavalo está
relacionado apenas às elites. Estes velhos companheiros do homem são mais populares do que se imagina,
do Oiapoque ao Chuí, eles estão por toda parte.
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
13
H O RS E S OCIETY TOUR
A festa para os
MELHORES DO HIPISMO
A entrega do “Prêmio Hipismo Brasil 2009” movimentou o Salão Nobre do Jockey Clube de São Paulo
na noite de sexta-feira, 5 de março, quando a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) condecorou
amazonas e cavaleiros vencedores do Ranking CBH 2009 em sete diferentes modalidades: Adestramento, Equitação Especial, Concurso Completo de Equitação, Enduro, Rédeas, Salto e Volteio.
Entre os homenageados estavam quatro cavaleiros de Salto, medalhistas Olimpicos: Luiz Felipe de
Azevedo, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, Rodrigo Pessoa e André Johannpeter. Também foram
homenageados o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro
Carlos Nuzman, o cavaleiro olímpico e técnico da equipe de Salto Neco Pessoa e as entidades Clube
Hípico de Santo Amaro e Jockey Club de São Paulo representados por seus presidentes, respectivamente Luis Duílio de Oliveira Martins e Márcio Correa de Toledo. Outra novidade na festa do “Prêmio
Hipismo Brasil 2009” foi o reconhecimento oficial da Atrelagem como a 8ª modalidade sob supervisão
da Confederação Brasileira de Hipismo.
14
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
15
R A P IDINHAS
CONFIRMADO
PAN EM
TORONTO
O hipismo brasileiro já está confirmado nas
Olimpíadas até os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. Na próxima Olimpíada, em 2012, as provas
eqüestres devem ser realizadas em Greenwich,
na margem sul do rio Tamisa e a 10km do centro
de Londres. Devem porque ainda há muita polêmica em torno do local escolhido.
A cidade de Toronto, no Canadá, foi eleita
sede dos Jogos Pan-Americanos de
2015. Na votação, Toronto recebeu 33
votos, Lima, no Peru, teve 11 e Bogotá,
na Colômbia, sete votos. Esta será a terceira vez que o Canadá será palco de um
Pan-Americano. A edição de 2011 está
prevista para Guadalajara, no México.
CRIATIVIDADE
Uma professora britânica está fazendo sucesso em
aulas de anatomia eqüina. Gillian Higgins pinta no
próprio pelo do cavalo toda a divisão do esqueleto e
da musculatura do animal. A tinta utilizada é à base
de água e sai com facilidade. No curso, a professora
inova também com aulas de massagem, alongamento e pilates para cavalos.
CELEBRIDADE
A cantora Madonna gastou quase US$ 10 milhões
para comprar um haras da ex-mulher do estilista Calvin Klein na luxuosa região dos Hamptons,
nos arredores de Nova York. A nova propriedade
da artista americana tem 12 hectares de área
dedicados à criação de cavalos. Segundo o jornal
“The New York Post”, o haras comprado por Madonna não possui instalações de hospedagem,
motivo pelo qual a cantora pretende comprar
mais 10 hectares de terra de um terreno vizinho,
área avaliada em US$ 2,4 milhões.
HIPISMO NA MODA
Mais uma vez a moda se inspira no Hipismo. No desfile de alta-costura da Dior,
na Avenue Montaigne em Paris, amazonas do final do século 19 foram a base da
inspiração para a coleção verã0 2010. No desfile as jovens amazonas tinham seus
casacos bem cortados, acinturados, luvas, botas e chicote na mão. O estilista da
marca John Galliano de casaca, culote e bota apareceu no final do desfile.
20
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
CASAMENTO
Mais uma união. O cavaleiro Rodrigo Pessoa e a amazona Alexa Weeks estão juntos oficialmente desde
setembro de 2009. A cerimônia foi
realizada em Connecticut, nos Estados Unidos, terra natal da moça.
ENCONTRO
Já a ex-tenista Martina Hingis,
longe das quadras há mais de
um ano e meio, está dedicada ao
hipismo. Depois de dez anos de
carreira, importantes premiações e título de melhor jogadora,
Martina quer mesmo montar
cavalos. Por enquanto suas disputas são em provas amadores.
Mas quem sabe, né?
GAME
A nintendo teve uma boa idéia! Já foi registrado e patenteado o novo acessório para seus games, o “Wii Horse
Riding Saddle”. Trata-se de uma almofada redonda que pode ser usada para os jogos eletrônicos com cavalos. O
jogador senta uma almofada como se estivesse montando em um cavalo.
MASTER
O cavaleiro Jorge
Gerdau, presidente do
Grupo Gerdau, resolveu deixar as pistas. A
despedida ao hipismo,
esporte que lhe rendeu
orgulho por muito tempo foi em grande estilo,
durante o Campeonato
Brasileiro de Máster
2009, em Porto Alegre.
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
21
M U NDO CORP OR ATI VO
por Antônio Carlos Magalhães Jr.
ADAPTAR-SE APENAS PARA
SOBREVIVER É PARA OS FRACOS
Recentemente fui paraninfo de duas turmas de Administração da Universidade Federal da Bahia,
ocasião em que aproveitei para falar àqueles formandos, ex-alunos e agora meus colegas, sobre
o mundo que os aguarda, um mundo em transformação, em crise, mas, por isso mesmo, fértil
em oportunidades.
Cito esse episódio porque, respeitadas as devidas
proporções, as inquietações que certamente afligem
aqueles novos profissionais, recém chegados ao mercado de trabalho, de certa forma, habitam corações e
mentes do empresariado.
Há muito se tornou lugar comum associar momentos de crise com oportunidades de investimentos.
A doutrina nos ensina isso e as revistas especializadas estão repletas de registros de casos que
corroboram a tese. Ainda assim, em momentos de
crise, são inúmeras as empresas que recuam em
seus planos de investimentos, algumas até mesmo
interrompendo projetos já em andamento. Como se
vê nesses casos, determinadas “certezas empresa-
riais”, - investir em tempos de crise é uma dessas
certezas -, costumam ser abaladas ao primeiro sinal concreto de incertezas.
Este cenário é preocupante? Sim, é preocupante, mas
já foi mais. A economia é um fenômeno extremamente dinâmico e, como disse Cazuza, o tempo não para!
não coadjuvantes. Empresas adaptáveis, criativas,
saberão enfrentar esses desafios e, estejam certos,
saberão vencê-los.
Hoje estamos todos melhor preparados. Melhor do
que estávamos antes do início dessa crise. Se o mundo atravessou e ainda atravessa momentos de apreensão, principalmente porque assistiu serem derrubados paradigmas e dogmas que pareciam eternos,
ele também tem feito surgir grandes oportunidades
de negócios, especialmente para aqueles que, sem
brigar com os fatos, aceitando que o mundo mudou,
estão dispostos também a mudar, a adaptar-se.
Há mais ou menos dez anos, Stephen Kanitz escreveu
um artigo, cujo título era “O Fim da Incompetência”.
Nele, Kanitz defende a tese de que no Brasil moderno,
assim como ocorre nos países desenvolvidos, o talento será cada vez mais valorizado e a competência fator
determinante de sucesso.
Peter Drucker diz que “a melhor maneira de prever
o futuro é criá-lo”. Ora, se o futuro é incerto, cabe
a nós diminuir o grau dessa incerteza. Tracemos
nossos próprios destinos. Sejamos protagonistas e
Claro, não há como desconhecer a crise financeira
que se abateu mundialmente e da qual o Brasil não
poderia estar imune. As variações cambiais, a aguda
contração do crédito, a queda nas demandas interna e externa. As empresas precisavam mesmo, - e
ainda precisam -, rever seus planos, eventualmente
adiando, até paralisando, alguns negócios. Afinal, encomendas foram canceladas e este é um movimento
em cascata: cancelamentos de pedidos geram novos
cancelamentos na cadeia produtiva e na cadeia comercial em uma espiral indesejável.
Em um mundo globalizado, competitivo, extremamente exigente, se não for verdadeiramente boa, uma
empresa não sobrevive. De outro lado, neste mesmo
mundo hostil, nem tão hipotético assim, a empresa
guerreira, criativa, inovadora, que não se abate frente
às dificuldades, a elas se adapta, não apenas sobrevive. Essa empresa cresce.
Antonio Carlos Magalhães Jr. é empresário, professor de Finanças Empresariais e Mercado Financeiro de Capitais da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e Senador da República.
!
22
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
23
E NTREV IS TA
O hipismo em
TERRAS CARIOCAS
Se tem uma pessoa apta a falar sobre o cenário atual do esporte no Rio de Janeiro, esta pessoa se
chama Pedro Valente. Cavaleiro nato, amante antigo do hipismo e da luta (Valente é da família Gracie,
responsável por desenvolver um conjunto de técnicas conhecidas internacionalmente como Gracie Jiu
Jitsu e patriarca da modalidade no país), ele está à frente da Federação Equestre do estado, a FEERJ,
que reúne mais de 350 filiados, pelo menos 500 cavalos e ainda 20 instituições, entre escolas e núcleos.
Um verdadeiro celeiro de jovens e promissores talentos, a Cidade Maravilhosa tem hoje a missão de
se tornar referência esportiva. São exatos seis anos até os Jogos Olímpicos de 2016 e Pedro Valente
carrega a responsabilidade de alavancar o hipismo ao merecedor patamar de campeão.
24
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
25
E N TREVIS TA
QUAL É A SITUAÇÃO DO HIPISMO NO ESTADO HOJE?
O Rio estava numa situação muito difícil há cerca de
quatro anos. O hipismo estava decadente, a federação cheia de dívidas, com problemas, o presidente
faleceu (ele está falando de Ibsen Villaça, brutalmente assassinado quando saía de um haras em Vargem
Grande, zona oeste do Rio de Janeiro), tudo muito
complicado. Foi quando um grupo de amigos da hípica me procurou e perguntou se eu queria assumir
novamente a federação (novamente porque ele já
havia sido presidente da instituição na década de 70)
e eu me achei na obrigação de aceitar, pelo amor que
eu tenho aos cavalos e pela minha filha, a Joana, que
estava começando no esporte.
“
Agora temos um
número enorme de
jovens que, fatalmente,
continuarão honrando o
Rio de Janeiro”
PELO VISTO FOI UM INÍCIO DIFÍCIL...
Foi sim. Mas montamos uma equipe boa, trabalhamos muito, pagamos todas as dívidas e fizemos um
movimento para recuperar o hipismo. Não só o salto,
mas também modalidades como o adestramento.
E OS TORNEIOS? QUAIS OS PLANOS DA FEERJ
PARA 2010 E QUE BALANÇO PODE SER FEITO DO
ANO PASSADO?
Hoje temos bons patrocinadores como a Embratel e a
OI que, inclusive, é responsável pelo Torneio Oi Serra
e Mar. Tivemos no ano passado o primeiro Derby do
Rio de Janeiro, o Derby de Palmas, e este ano a final das competições pelo país vai ser aqui, no mês de
agosto. Conquistamos o Athina Onassis que, por si só,
já trás muita visibilidade ao estado e conseguimos,
no calendário da Confederação Brasileira de Hipismo,
que a final do brasileiro de amadores seja realizada
também no Rio. Tudo isso para dizer que o ano passado foi bom e 2010 vai ser melhor ainda.
Brasil (isso porque muitos cavaleiros profissionais se
exilam na Europa). A gente tem a vantagem de poder
treinar antes e na nossa própria pista. Tem que acabar
com essa cultura de que pra ser bom tem ir pra morar em outro continente, eu acho que temos um clima
maravilhoso e recursos pra isso, pra cultivar grandes
cavaleiros em solo brasileiro.
E AS OLIMPÍADAS? A FEERJ JÁ ESTÁ DE OLHO NOS
JOGOS DE 2016?
Ainda é prematuro dizer alguma coisa porque ainda
não sabemos quem vai ser o presidente da federação
até lá (o mandato dele acaba em 2011), nem quem vai
estar no comando da confederação. Agora, é evidente
que os cavalos que vão pular a Olimpíada são os cavalos que estão hoje com quatro, cinco anos. Ou seja,
a preparação já começou!
NENHUM NOME EM ESPECÍFICO?
Não vou te dar nenhum, porque poderia acabar cometendo injustiças. Na minha posição de presidente da
federação eu tenho que contemplar a todos.
ESTA É A FUNÇÃO DE VOCÊS NOS JOGOS? PREPARAR O CAMPO?
Nossa função é incentivar o esporte ao máximo, fazer bons torneios como já estamos fazendo, oferecer
boas pistas, bons armadores, bons prêmios... estas
são minhas lutas. A Olimpíada vai ser aqui e é importante que até os treinamentos sejam feitos no
26
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
QUAIS SÃO NOSSAS PROMESSAS?
O Rio de Janeiro sempre se notabilizou por ter excelentes cavaleiros. Daqui saíram Eloy Menezes, Neco,
Gerson Monteiro, Luiz Felipe Azevedo, Elizabeth Assaf
e agora temos um número enorme de jovens que, fatalmente, continuarão honrando o estado.
VOCÊ CHEGOU A CITAR RAPIDAMENTE O ADESTRAMENTO. GERALMENTE SÓ SE FALA EM SALTOS
QUANDO O ASSUNTO É HIPISMO.
Eu, particularmente, sou fã do adestramento. Além de
interessante é uma prática de extrema importância no
esporte. Acho o adestramento a base da equitação. É
ali que se estabelece o domínio do cavalo pelo cavaleiro, a relação dos dois. O passo, o trote, o galope... a
preparação para o salto. Sem este domínio o cavaleiro
não tem nada. Eu também sempre defendi a teoria de
que o adestramento é a musculação do cavalo. É como
um jogador de futebol: não se treina só com bola, tem
que ter preparação física, o que dá uma tremenda velocidade, que é o que o futebol tem de mais bonito hoje.
Quando o cavalo deixou de ser um animal selvagem,
parou de fugir das onças, dos leões, das hienas, e veio
para o convívio do homem, ele perdeu muito da sua
musculatura original. O adestramento consegue mexer com músculos que uma atividade específica como
o salto não mexe. Todo cavaleiro de salto deveria ter conhecimento de adestramento, esta é a minha opinião.
NESSE CASO, QUE INCENTIVOS ESTÃO SENDO DADOS A ESTA MODALIDADE AQUI NO RIO?
O adestramento também estava com problemas
quando voltei à federação, muitas brigas entre correntes (técnicas e políticas) diferentes, mas finalmente chegamos a um consenso. Hoje temos bons
torneios e até prêmios em dinheiro, o que é um
grande incentivo. O esporte é um esporte caro e tem
que ter prêmios deste tipo, que garantam algum retorno a quem pratica.
O QUE VOCÊ TEM A DIZER SOBRE O FUTURO DO HIPISMO NO BRASIL?
Considero bastante promissor por conta da TV, pois
esta busca imagens, e o hipismo é um dos esportes
mais plásticos que existe. A beleza do conjunto, da
harmonia entre cavalo e cavaleiro é algo encantador.
Atualmente a transmissão de competições eqüestres
é uma realidade nos países desenvolvidos, e acredito que as grandes redes brasileiras não tardarão a
descobrir esse efeito fascinante da interação entre
um animal e um homem unidos pelo esporte.
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
27
P I NG PO NG
“O” MUSA
do Hipismo
2009 foi o ano dele. O cavaleiro Francisco Musa, primeiro no ranking da CBH, vem conquistando títulos
por onde passa. A fala mansa e a paixão pelo Cruzeiro (além dos cavalos, claro) não negam: trata-se
de um típico mineiro. Conheça a seguir um pouco mais da trajetória desde mais novo grande nome do
hipismo no Brasil.
NOME COMPLETO: Francisco José Mesquita Musa
PRETENSÕES PARA 2010: Espero que seja um ano tão
bom quanto 2009.
IDADE: 31 anos, dezenove deles no hipismo
CIDADE NATAL: Sou de Três Corações, interior de Minas gerais
CAVALOS: Chantree, So Long , Mc Grafite, Xindoctro
Metodo e Carthoes BZ
PRINCIPAIS CONQUISTAS NO ESPORTE: (pausa pra
pensar) Foram muitas, graças a Deus. Assim de cabeça? Ganhei a prova de 1,35 do Derby da Cidade de
São Paulo, fui terceiro lugar do Grande Premio do
Derby também em São Paulo, primeiro no torneio Vodka Finlândia. Ao todo, foram quase vinte prêmios só
em 2009.
MOMENTO INESQUECÍVEL: Sem dúvida quando
venci o Indoor de 2008. Foi meu primeiro Grande
Prêmio importante. É muito difícil, poucos cavaleiros ganham...
HOBBY (NÃO VALE DIZER MONTAR, É CLARO): – Não
pode ser montar mesmo? (Risos). Não tem outra coisa
não... Pode colocar montar, é o que eu gosto de fazer.
34
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
SONHO AINDA NÃO REALIZADO: Participar das Olimpíadas. Estou batalhando pra isso!
SONHO JÁ REALIZADO: Ganhar o ranking da CBH,
consegui agora.
UM ÍDOLO: Meu avô, o cavaleiro e militar José Afonso
Musa. Comecei no hipismo por causa dele.
TIME DO CORAÇÃO: Cruzeiro
PERFUME: Carolina Herrera 212
UMA MÚSICA: One do U2
UMA FRASE: Posso pular essa? Não consigo pensar
em nenhuma...
UM RECADO PRA QUEM ESTÁ COMEÇANDO: A única
opção é lutar e correr atrás dos seus sonhos. Todos
são possíveis, basta dedicação. Acho que vale como
frase também (Risos). Acabei de responder a pergunta de cima!
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
35
RE GU LAMEN TO S
N OTA S DA CBH
por Luiz Fernando Monzon
por Ruthe Araújo
Foto: Ney Messy/Cedida ABPSL
Vamos jogar
“CATCHANGA”?
U
m viajante em desespero, já quase sem dinheiro, resolveu tentar a sorte no jogo de
cartas. Aproximou-se de alguns malandros
que jogavam baralho. Rapidamente aprendeu o jogo e entrou na roda. Após ganhar
algumas apostas, foi desafiado a jogar a “Catchanga”.
O jogo, segundo os parceiros, era muito mais lucrativo
e emocionante. Meio baralho na mão de cada um... Um
contra o outro... O viajante esperou a aposta.
- Aposto vinte! Disse o ladino.
- Eu pago! Retrucou o viajante, meio sem saber o
que fazer com todas aquelas cartas, mas não querendo perder a pose de ganhador.
- Catchanga! Gritou o marinheiro abaixando todas as cartas misturadas e recolhendo todo o dinheiro
da mesa... O viajante olhou para os lados, sentindo-se
enganado, mas todos balançavam suas cabeças afirmativamente, concordando com a vitória do amigo.
Irritado, mas em minoria, o viajante desafiou o
ganhador para nova rodada. Baralho dividido ao meio,
olhar fixo nos olhos do malandro, desafiou:
- Aposto tudo! E empilhou tudo que já havia ganho e o pouco com que começou.
Seu oponente fez cara de dúvida, mostrou o
enorme leque de cartas ao parceiro ao lado... Pensou
um pouco e disse:
- Eu pago!
- Catchanga! Adiantou-se o viajante e, sorrindo,
tentou recolher o dinheiro da mesa.
- Não tão depressa! Reagiu o marinheiro, abriu o
leque de cartas e sentenciou:
- Catchanga REAL! Pegou todo o dinheiro e cercado pelos companheiros foi embora.
Você jogaria sem conhecer as regras? Investiria
seu tempo e trabalho sem dominar o regulamento?
Não responda tão rápido... Se você compete no hipismo pode fazer parte de uma grande maioria que nunca leu o regulamento... Lembra de uma ou outra dica
A Atrelagem Esportiva é, agora, a 8ª modalidade sob coordenação
da Confederação Brasileira de Hipismo. Incluída no final de 2009,
foi oficializada pela entidade no dia 5 de março durante o “Prêmio
Hipismo Brasil 2009”.
que um amigo ou instrutor mencionou em alguma
ocasião. É incrível, mas é uma constatação. Afirmo
baseado em mais de vinte e cinco anos trabalhando
nos júris das provas de salto no Brasil.
Isto se soma à velocidade com que nosso regulamento vem mudando, desde o término dos Jogos
Olímpicos de Sidney – Austrália 2000 – quando o segundo refugo passou a eliminar o conjunto, o primeiro
refugo passou a penalizar como uma falta (4 pontos)
e as correções de tempo passaram a ser de 4 segundos, mas não se a prova for “Indoor”.
Já não entendeu a última ‘regrinha’? Não fique
encabulado, você está na média!
Há pouco tivemos uma mudança regulamentar
que já causou alguns “estragos”...
O uso do chicote. Quando, como e quantas vezes
pode ser usado? O que pode ser considerado como
uso excessivo e desqualificar o concorrente? Ele pode
ser multado por isso? Existe cartão amarelo no hipismo, como no futebol?
O regulamento determina: três vezes por evento,
que o cavaleiro não pode usar o chicote para descontar
sua raiva, define o que é uso excessivo e que depois
de eliminado ou depois do último salto da pista o uso
do chicote ‘desqualifica’ o conjunto. A critério do Juiz, o
concorrente pode sim ser multado, se for reincidente,
por exemplo, ou pode receber o cartão amarelo.
Conselho de amigo: vá até o Artigo 257, ARREAMENTO, do Regulamento de Salto da CBH. Leia
atentamente o item 2.2.1. Ele se refere a outros artigos... Por que não dar uma boa lida também? Com
suas dúvidas sanadas, quem sabe você não se anima
e continua lendo... Você não precisa decorar, basta ler.
Garanto que vai entender coisas que são do seu interesse e vai evitar muitos insucessos.
Ou será que prefere continuar jogando
‘Catchanga’ pelas pistas?
Luiz Fernando Monzon é Juiz Nacional Oficial da CBH e Juiz Oficial Internacional FEI
40
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
Elegância e tradição da
Atrelagem agora na CBH
A Atrelagem animal surgiu há cerca de 4 mil anos a.C. sendo preservada no mundo inteiro para lazer e competição. Reconhecida como modalidade esportiva pela Federação Equestre
Internacional (FEI) em 1970, é praticada na Europa e na América do Norte. A Atrelagem é um show de movimentos sincronizados e ritmados - sempre no andamento trotado -, elegância de trajes e carros, beleza plástica dos
animais e destreza dos condutores. Em concursos de Atrelagem são realizadas provas diferenciadas, entre elas
o Concurso Completo composto por provas de Adestramento, Maratona e Maneabilidade. São realizadas, ainda,
provas de “Condução e Elegância” e “Precisão”.
Foto: Alexandre Vidal/Divulgação
Clean Sport
A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) adotou a Campanha “FEI Clean Sport” - Campanha pelo esporte limpo – que se
traduz em um esforço coordenado em vários níveis com o objetivo de combater o doping e o uso de substâncias proibidas
nos esportes equestres. Para cuidar do tema a CBH constituiu
uma Comissão formada por dirigentes, cavaleiros, veterinários,
tratadores e organizadores de eventos.
A campanha “FEI Clean Sport” abrange todas as modalidades da CBH e seu sucesso depende de todas as pessoas
envolvidas com o esporte: veterinários, atletas, treinadores, tratadores, proprietários de cavalos, organizadores de
prova e entidades relacionadas ao hipismo. As primeiras ações do “Clean Sport” foram implantadas na abertura da
temporada de Salto, o “Torneio de Verão” do Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo (SP), em fevereiro.
Foto: Ney Messy/Cedida ABPSL
Brasileira na Final da Copa do
Mundo do Adestramento
Luiza Tavares de Almeida faz parte do seleto grupo de 15 atletas do Adestramento - modalidade do hipismo -, representantes de 9 países que disputam a Final do FEI World Dressage Cup em ‘s-Hertogenbosch, Holanda,
entre 25 e 27 de março. É a primeira vez a América do Sul tem representante na competição.
Criada em 1985, a FEI World Dressage Cup reúne os melhores atletas do mundo da modalidade Adestramento. A
competição compreende quatro campeonatos realizados na Europa Ocidental, Europa Central, América do Norte
(Estados Unidos e Canadá) e no Pacífico (Austrália, Nova Zelândia, Ásia). Para reivindicar vaga na competição o
atleta precisa registrar dois índices acima da 68,000% com juizes de nível olímpico no Freestyle – prova com coreografia e música – em dois Concursos de Dressage Internacional, categoria 3 ou mais estrelas.
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
41
E SP ECIAL
“
Quando a gente percebe
que os pôneis estão
enjoados de ficar muito
tempo nas concheiras,
levamos todos para
descansar na fazenda”
FALANDO EM PERSONALIDADE – Os pôneis são animais espertos, bota espertos nisso! Às vezes, um
pouco teimosos. “A gente sempre escolhe o pônei certo para cada criança”, garante Françoise. Os meninos
e meninas inseguros, por exemplo, começam com os
mais mansos e tranquilos, enquanto as crianças levadas (no bom sentido, claro) passam a ter aulas com
animais mais ligeiros. Acaba que um influencia na
personalidade do outro. É uma relação e, como toda
relação, uma troca.
EQUITAÇÃO tamanho mirim
Aqui tudo é muito pequeno. Dos praticantes de hipismo aos cavalos usados nas aulas. Estamos falando
do clube do pônei, mais precisamente, do Pônei Clube Brasil. A proposta surgiu em 2006, quando a belga Françoise Denis resolveu importar o projeto, já muito conhecido na Europa, para o Rio de Janeiro.
“Eu já tinha um clube do tipo lá na Bélgica e, com ajuda do meu marido, o Dom, trouxe 24 dos meus pôneis pra cá. Hoje temos mais de 200 alunos entre o Rio e São Paulo”, resume a pioneira realizadora.
AUTONOMIA DESDE CEDO – A iniciação ao hipismo
é recomendada a partir dos 18 meses de vida. Qualquer criança, próxima dos dois anos pode sim começar a “montar” (desse jeito mesmo, entre aspas!). A
ressalva é porque existe todo um trabalho de base,
para que os pequeninos sintam, antes de qualquer
coisa, firmeza, confiança nos animais. “É surpreendente como a criança desgruda dos braços dos pais
para ficar com os pôneis já nos primeiros contatos”,
comemora Françoise.
Desenvolvimento das coordenações motoras, postura correta e autonomia são alguns dos benefícios
posteriores da prática constante, segundo a própria
Françoise Denis. “Tem médicos que dizem que montar
muito cedo faz mal à coluna. O que, no nosso caso,
42
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
não é verdade. Não exageramos no trote e procuramos
sempre corrigir qualquer desvio de postura. Só a partir
dos quatro anos começam as aulas mais ‘avançadas’”.
Pelas normas da Federação Equestre Internacional
(FEI), a equitação com pônei vai até os 17 anos. Aqui
os jovens cavaleiros já aprenderam todas as exigências do hipismo clássico e são capazes de passar para
os cavalos o que aprenderam de pequenos.
Em resumo, para dissipar de vez qualquer visão preocupada de pais e mães responsáveis, pense que o
simples fato de ter a impressão de dominar estes cavalos tão pequenos para a gente, mas tão grande para
eles, já é uma prova concreta do que o hipismo pode
trazer de bom à personalidade de um bebê.
Segundo especialistas, o pônei precisa ser trabalhado. O que significa dizer que quanto mais bem tratado e respeitado menos chucro ele vai ser. Ou seja, é
como educar um filho: requer prática. Por isso, eles
vivem sob tratamento especial no clube: “Quando a
gente percebe que eles estão enjoados de ficar muito
tempo nas concheiras, levamos todos para descansar
na fazenda”. Esta é a rotina.
EQUITAÇÃO LÚDICA – Vale ressaltar que, no caso do
hipismo para crianças, o importante mesmo é a diversão. É brincando que elas aprendem boa parte do que
vão levar para o resto da vida. O objetivo de uma escola como esta fundada no Rio e em São Paulo é, basicamente, ensinar de forma lúdica como ter respeito
aos animais e às outras crianças, em um ambiente
seguro e todo pensado justo para elas.
Não é só montar. Dar banho nos pôneis, participar de
competições, enfim ter contato com o vasto mundo da
equitação. O clube de Françoise desenvolveu ainda os
chamados pônei shows. “Eles são o modo que encontrei de mostrar ao público brasileiro que é possível fazer de tudo no dorso dos pôneis”. Corridas, imitações
coreográficas de faroeste e até provas de potência são
exemplos das muitas maneiras que o grupo encontrou de exibir os pequenos cavalos e cavaleiros. Uma
atração e tanto para eventos de hipismo Brasil afora.
COMO TUDO COMEÇOU – “Eu venho acompanhando o
hipismo brasileiro há muitos anos”, confessa a veterana amazona. Ainda na Bélgica, Françoise conheceu
o medalhista olímpico carioca Luiz Felipe de Azevedo.
Isso foi lá pelos anos 80. Na época, Luiz Felipe importou pôneis da Europa e lançou competições aqui no
Brasil, mais ou menos quando Felipe Filho e Francisco,
os filhos dele, começaram a montar. “Lembrei disso, da
ideia dos pôneis, só que adaptei para uma faixa etária
ainda menor quando vim morar no país”, confessa.
O modelo tradicional europeu, onde as crianças iniciam na equitação com pôneis, era uma certeza de
que o projeto daria certo no Brasil. Não deu outra: hoje
o Pônei Clube é mais que uma realidade, é um sucesso. Local para pequenos grandes cavaleiros darem as
primeiras passadas rumo ao futuro do hipismo.
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
43
P E RF IL
Novos talentos
Ana
Carolina
Cançado
de Andrade
Ao primeiro contato, Ana Carolina Cançado de
Andrade parece uma garota comum de 15 anos.
Um pouco tímida, ar de menina sonhadora e
olhar de moça séria e responsável. Mas o que
a torna diferente das meninas de sua idade é a
experiência de gente grande. Pelo menos no que
diz respeito à dedicação ao esporte.
C
arol começou bem cedo. Aos 6 anos estava
na escolinha do Chevals, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Nem mesmo as quedas
que sofreu quando pequena, a fez desistir
de continuar montando cavalos. Contra a
vontade do pai, ela decidiu voltar de vez ao hipismo,
aos 10 anos. E não parou mais. Em 2005 e 2006, estava
disputando na série escolas com obstáculos a 0,60m
de altura, por onde brilhou por quase dois anos, sendo campeã do Ranking Chevals e vice-campeã (por
equipe) no V Campeonato Brasileiro de Escolas. Em
2007 ainda na série escolas, com obstáculos a 0,80, foi
Campeã Mineira de Amazonas. Em 2008, ela iniciou
uma nova fase, marcada principalmente pelo encontro
com o professor Marquinhos Fernandes, que acreditou
no seu talento, passando a tranqüilidade e segurança
necessárias para seu desenvolvimento como jovem
atleta. Ana Carolina passou a saltar 1,00m, e sagrou-se
novamente Campeã Mineira de Amazonas B. Mas, foi
após comprar a égua sela francesa “Nuance do Gerezin” que começou a despontar no hipismo, e em 2009
que passou a ser considerada vitoriosa. Começou na IV
Copa JK, em Brasília, onde foi pela primeira vez campeã de um torneio nacional, na categoria Jovens Cavaleiros A (1,10m). Parece que tomou gosto pelas vitórias
e sagrou-se também campeã no 74º Aniversário CHSA;
no concurso Agromen e no Campeonato Brasileiro de
46
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
Jovens Cavaleiros; foi vice-campeã no Campeonato Mineiro de Jovens Cavaleiros e no 71º Aniversário
SHB, desta vez ao dorso de sua segunda montaria, a
égua BH Rivabella Jmen, na ocasião, recém adquirida
do cavaleiro Nando Miranda, irmão do Doda.
Com tantas vitórias, conquistou o primeiro lugar no
Ranking Brasileiro e no Ranking Mineiro na temporada de 2009. Com uma largada dessas, a jovem
amazona tem todo o suporte para sonhar. E sonhar
alto, é claro! Desde já se prepara para as olimpíadas
de 2016. São 16 horas de treino por semana. Afinal,
foi graças a essa disciplina que ganhou destaque no
hipismo. E sem dúvida, junto a isso um pensamento
que sempre a acompanha. Ela garante que não fica
feliz simplesmente quando vence uma prova, mas
quando vai bem. Ana Carolina entende bem que cada
passo à frente deve ser dado com muita cautela e
prudência, se o objetivo não é apenas ser uma vitoriosa, mas fazer uma história vencedora. História que
já começou a construir!
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
47
V E T ERINÁRIA
por Marcello Servos
PREVENIR e PREVENIR
Nos esportes eqüestres, temos a particularidade de observar sempre dois atletas agindo em conjunto,
homem e animal. Ambos procuram harmonia em seus movimentos e, através de árduo treinamento,
atingir determinado objetivo, seja este velocidade (no caso de animais de turfe), potência e altura (no
caso de animais de hipismo) ou resistência (no caso de animais de enduro).
É de grande importância, portanto, que consideremos
os cavalos como verdadeiros atletas. Eles merecem
atenção especial desde o seu nascimento até o treinamento diário, pois o exercício ao qual nossos animais
serão submetidos não são benéficos para os mesmos
e, sim, irão com o tempo promover neles lesões de
grande importância. O que podemos fazer para que
isso não ocorra ou que ocorra o mais tarde possível?
Prevenir, prevenir e prevenir.
Desde o início do trabalho dos animais, quando eles
ainda são jovens, é muito importante que se pratique
alongamento antes e depois dos exercícios diários. Isso
pode ser facilmente realizado, iniciando o trabalho com
50
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
andaduras soltas e amplas, estimulando que seu cavalo estique o pescoço para frente e para baixo, alongando toda a musculatura cervical, lombar e sacral. Este
início do trabalho deve durar por volta de 3 a 5 minutos,
tempo suficiente para que a musculatura esteja pronta
para suportar cargas maiores de exercício.
O animal de alta performance deve ter seu trabalho
dividido em técnico e físico. No do que diz respeito ao
físico, devemos observar a que tipo de exercício o nosso animal vai ser submetido, conforme acima citado
(turfe, hipismo ou enduro), qual o objetivo(dificuldade)
teremos à frente e quanto tempo temos para alcançar
este objetivo. Assim, deve ser criada uma rotina pré-
determinada de trabalho diário para nosso animal,
minuciosamente elaborada e estrategicamente pensada, para que nosso atleta chegue sempre próximo
às competições no seu máximo físico e técnico. Após
o exercício, devemos também realizar um alongamento, pratica esta ainda pouco praticada por nossos
ginetes. Iremos abordar este tema mais profundamente em outras edições.
Devemos também realizar prevenções terapêuticas, a
termoterapia, que nada mais é fazer gelo após exercícios de maior intensidade, massagens relaxantes
com ou sem substancias anti-inflamatórias e analgésicas e fisioterapias preventivas como o ultrassom
terapêutico, laser, tens, etc.
Uma conduta que tem se tornado cada vez mais comum - e que é sem duvida de grande importância
para a longevidade dos nos atletas - é o cuidado com
as articulações dos mesmos através da prescrição de
substâncias condroprotetoras (vide fotos). Costumo
dizer que tal conduta seria semelhante a “vacinar” as
articulações, assunto que também merece ser abordado com maior profundidade a posteriori.
Acredito que um dos fatores de maior importância
para a longevidade dos nossos atletas é a realização
de check-up esporádico nos mesmos, podendo neste momento identificar com antecedência lesões em
estágio inicial e tratá-las, evitando assim que as mesmas sejam responsáveis por abreviar a carreira dos
nossos atletas.
Estas condutas poderão, e com certeza irão, permitir que
os atletas eqüinos consigam superar mais facilmente
seus limites, tornando-se verdadeiros campeões.
Marcello Servos é médico veterinário, especialista em ortopedia equina
e medicina esportiva equina
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
51
S A ÚDE
por Cristiano Nabuco Dantas
ARTROSCOPIA DE OMBRO
Um avanço da medicina no tratamento das luxações
Dr. Marcelo Campos, Dr. Cristiano e Dr. Michel Simoni
Dr. Cristiano em cirurgia
Considerada a doença do século XXI, o trauma vem
sendo tratado em diversas áreas com melhores resultados e com menos impacto ao paciente, como era
em um passado recente.
Quando falamos de trauma estamos nos referindo a
acidentes automobilísticos, agressões, acidentes de
trabalho, prática esportiva e muitas outras causas.
Acredito que cerca de 80 a 90% das pessoas que não
são da área de saúde entendam essa patologia de
forma absolutamente equivocada. A luxação de uma
articulação é definida como a perda da congruência
articular de forma permanente, ou seja, no caso o
ombro sai do lugar e não volta espontaneamente. A
tendência é que os leigos no assunto pensem tratarse de uma contusão, pancada, escoriação, etc.
Quando em vigência de uma luxação do ombro, a articulação perde a sua funcionalidade sofrendo quebra
da sua estabilidade dinâmica, com lesão de uma série de estruturas estabilizadoras. Para que essa articulação volte a ser funcional é preciso intervenção
médica com redução da cabeça umeral na glenoide,
ou melhor, colocar o ombro de volta no lugar. Muitas
vezes apenas essa medida seguida de tratamento
conservador com reabilitação e fisioterapia não é suficiente, principalmente em pacientes jovens e muito
ativos, onde essa luxação se torna recidivante. Cerca
de 90% dos pacientes com menos de 20 anos com essa
patologia voltam a luxar e são sintomáticos, a percentagem cai com o avançar da idade atingindo menos de
80% aos 30 anos.
O reparo cirúrgico dessa lesão antigamente era obtida de forma aberta, com grandes incisões cirúrgicas,
recuperação mais lenta e maiores índices de complicações. Com o advento da artroscopia do ombro, muita
dedicação, estudo e treinamento, temos a possibilidade
de tratar quase todas as patologias dessa articulação
por essa pequena via, agregando o menor impacto
possível ao paciente. Hoje a grande maioria dos casos
de instabilidade (luxação) tratados de forma artroscópica, apresenta os mesmos resultados e muitas vezes
melhores que as técnicas antigas. Para quem não conhece a artroscopia do ombro, ela é uma cirurgia feita
por vídeo assim como no joelho, onde são necessários
de 02 a 04 orifícios (1 cm cada) no ombro.
Cristiano Nabuco Dantas é médico ortopedista, especialista em cirurgia do ombro e
cotovelo. Integra o Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Laboratório de Artroscopia
(HUPE), é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e
da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC).
52
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
SALVADOR - BA
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
53
BRI N QU ED OS D E GEN TE GR AN D E
C U LT URA
por Nardele Gomes
COM ELE, TUDO PODE DAR CERTO!
Fãs de Woody Allen, saudai-vos uns aos outros! O
cineasta acerta mais uma vez em Whatever Works,
que no Brasil chegou como Tudo Pode Dar Certo. E
além do mais, cá pra nós, ter um filme novinho de
Allen pronto pra começar é um raro prazer por si
só (ok, nem tão raro, já que ele produziu 11 filmes
nos últimos 10 anos, mas não importa, é um deleite
assim mesmo).
Para alegria de uns e tristeza de muitos, Woody Allen
mais uma vez não atua. Porém Larry David (co-criador de Seinfeld e protagonista em Whatever Works)
veste sua persona. Alguns trejeitos, aquele ar de nada-me-agrada e até uma gagueira ou outra estão em
cena através do ator. Boris Yellnikoff, personagem de
David, é um coroa que mora sozinho num endereço
meio caído em Chinatown (sim, Allen andou filmando
novamente em Nova York), é manco por conta de uma
tentativa fracassada de suicídio, mal-humorado ao
extremo e tem uma visão bem particular do mundo.
Para ele, as pessoas são quase todas e quase sempre
ignorantes e pouquíssimo interessantes.
INDICAÇÃO
Para quem não conhece bem a obra
de Woody Allen, alguns filmes são
simplesmente imperdíveis:
Noivo Nervoso, Noiva Neurótica - 1977
Dorminhoco - 1983
Manhattan - 1979
Zellig - 1983
A Rosa Púrpura do Cairo - 1985
Poucas e Boas - 1999
Match Point - 2005
O Sonho de Cassandra - 2007
Vicky Cristina Barcelona - 2008
54
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
Eis que nesta cinzenta vida aparece Melody (nomezinho sugestivo, hein!), uma garota caipira que tentava
a sorte em NY, mas que acabou pedindo comida a Boris na entrada da casa dele. Ele a recebe por uns dias
muito a contragosto. Mas toda a “caipirice ignorante”,
vamos dizer assim, de Melody, o encantam de certa
maneira. E por aí o filme vai e eu não conto mais nada
para não estragar o seu doce deleite de descobrir
cada desdobramento.
Evan Rachel Wood (Melody) a princípio causa restrições com tantos pulinhos, gracejos e o sotaque carregado do sul. Mas aos poucos a gente se acostuma
e até gosta. No fim todos torcemos por ela. A atriz
parece reunir requisitos para trabalhar com o cineasta outras vezes. Patrícia Clarkson (lembram dela
em Vicky Cristina Barcelona?) está brilhante como a
mãe de Melody, e tem grande importância na trama.
Enfim, todo o elenco está bastante envolvido e funciona como equipe. Whatever Works parece ser o filme
mal-humorado mais engraçado do ano.
LUXO EM DUAS RODAS
A bicicleta mais cara do mundo, criação da empresa sueca
Aurumania, é toda feita à mão. E o melhor, banhada a ouro 24
quilates e adornada com 600 cristais Sawarovski. O valor? Cerca de
80 mil euros. Um brinquedinho para poucos, é claro, afinal só foram
fabricadas dez unidades!
!
HELLO, BABY
A marca francesa Christian Dior já está na sua segunda geração de aparelhos
celulares de luxo! A nova linha será banhada a ouro, com revestimento PVD
preto e cristais de safira. Modelos incrustados com diamantes só serão
vendidos sob encomenda: o Zelie, com cobertura vermelha custará US$ 7.900
e o Zenaide, em branco, sairá por US$ 13.400. Valores para quem realmente
nem “liga” pra preço!
“PRA QUEM PODE”
Que mulher não gosta de um sutiã poderoso? Esse é de cair
o queixo! Em todos os sentidos, a começar pelo preço. Uma
bagatela de dois milhões de euros! Lançamento da Victoria´s
Secret, o Harlequin Fantasy Miracle possui 2900 diamantes, 22
rubis e um coração de diamante de 16 quilates no centro. A peça
será apresentada em dezembro, no desfile de Marisa Miller. É,
admirar, pelo menos, todo mundo pode.
!
ESPERANDO CHEGAR
Os ansiosos devem estar contando os dias. O novo modelo da MercedesBenz será comercializado ano que vem na Europa. O SLS AMG tem motor
6.3
! V8, potência de 571cv, sete velocidades de dupla embreagem, e vai
de 0 a 100km/h em 3.7 segundos, com
velocidade máxima de 317km/h. Preço
estimado em 177 mil euros.
!
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
55
GA LERIA
Na Serra a festa fOi Do Mar...
MELHORES
M OM E NTO S 2009
M AN E GE D OMA R - RJ
Rodrigo Marinho
Luiz Felipe de Azevedo
Bernardo Rezende Alves
Pedro, Érica Mader e
Marcelo Alencar
Fabio Leivas, Araújo e Alexandre Rodrigues
Rodrigo Marinho
56
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
57
E N SAIO
Alta costura
aos pés do
CRISTO
REDENTOR
60
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
61
E N SAIO
Fotografia: Pedro Accioly
Modelos: Antônia Campos/Ford Models Brasil
e Debby (égua)
Produção de Moda: Alex Duprat
Cenários: Aida Nunes, Sérgio Rodrigues
Local: Sociedade Hípica Brasileira - Rio de Janeiro - RJ
66
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
67
E C O NOMIA
por Mariana Mattoso
“
O Brasil pode desviar sua economia da
crise mundial através do saneamento do seu
sistema financeiro, do acúmulo de reservas
em dólares e euros e do ajuste fiscal”
em grande parte do Japão e principalmente dos
países “em vias de desenvolvimento”.
Esse excedente é decorrente de uma mudança significativa da gestão da economia interna. Ao longo dos
últimos anos um grande número de países, como o
Brasil, colocaram ordem em suas finanças públicas e
reforçaram os seus sistemas bancários encorajando
reformas estruturais destinadas a aumentar a produtividade de suas economias. Essas ações originaram
frutos: o endividamento crônico de alguns foi bastante
reduzido pelos excedentes orçamentários de outros e
a mudança da taxa de câmbio para um câmbio flexível
evitando o retorno da crise de câmbio que por vários
anos interromperam o desenvolvimento econômico.
PARADOXO NO CENÁRIO
FINANCEIRO MUNDIAL
A crise financeira desencadeada em agosto de 2008, oriunda da série de erros nos empréstimos hipotecários (subprimes) nos Estados Unidos e a queda brusca de créditos, aconteceu dessa vez nos países
ditos “avançados”. Contrariamente as décadas de 1980 e 1990, os países emergentes, como o Brasil,
não foram nem os ocasionadores e - salvo exceções - nem as vítimas dessa perturbação.
As razões dessa “imunidade” são profundas e podem
ser explicadas pela evolução das relações financeiras
internacionais dos últimos anos. Mudanças importantes foram sentidas na última década no que diz
respeito à repartição dos déficits e dos excedentes
das balanças de pagamentos mundiais. Comparando números reais, o déficit dos Estados Unidos foi de
6,2% de seu PIB em 2006 enquanto que o excedente
da China representou 9,4% de seu PIB no mesmo ano.
São números que representam recordes históricos e
refletem uma situação paradoxal.
Tradicionalmente os países industrializados detinham os excedentes da balança de pagamentos
e exportavam o surplus para o Terceiro Mundo.
Hoje, assistimos a um fenômeno inverso. Nos
últimos dez anos, a economia norte-americana
seguiu uma política monetária de taxa de juros
baixa no intuito de encorajar o seu consumo interno. Assim, os depósitos internos não asseguraram o financiamento de necessidades de investimentos do país fazendo com que os Estados
Unidos recorressem ao capital externo, oriundos
Além disso, a alta dos preços do mercado energético
(devido principalmente ao aumento da demanda chinesa) se traduziu em excedentes consideráveis para
os países produtores de petróleo. A OPEP dispõe de
uma posição de força considerável no mercado internacional diante dos países desenvolvidos. Estes cada
vez mais dependentes em energia.
Apesar dos excedentes da balança de pagamentos, os países emergentes vivem um paradoxo: recorrem ainda às importações de capitais privados
provenientes dos países “ricos”. A transferência de
capitais é sentida principalmente na América Latina e África em direção à Ásia através da exportação de matérias primas. Mas, em termos brutos, os países “em desenvolvimento” são grandes
importadores de capitais privados. Além disso, o
mercado de ações destes são ainda interligados
ao mercado de ações das grandes potências mun-
diais, principalmente americano. Esta correlação
se manifesta através da volatilidade, sentida por
exemplo, por diversas empresas brasileiras cotadas na bolsa durante os últimos meses.
A priori, as consequências da crise devem ainda
ser fortes e mesmo amplificadas. A economia dos
EUA é ainda dominante. Ela representa 25% do total
das importações mundiais e 20% do PIB global (em
termos de paridade de poder de compra). Mas, a
integração econômica mundial foi intensificada o
que possibilita a transmissão dos reflexos do choque financeiro.
A crise financeira e o fechamento dos mercados de
créditos podem acentuar os mecanismos de contagio. Essa seria a ordem natural. Porém, observamos que a desaceleração da economia norte americana teve até agora pouco impacto nos paises em
transição (com exceção do México). As possíveis
explicações são que a desaceleração americana
atinge principalmente o mercado imobiliário (que
não tem influência direta sobre o comércio exterior)
se limitando até então a um fenômeno interno. Isso
não isola a possibilidade de um impacto a longo
prazo. A crise imobiliária poderá refletir no poder
de consumo e, consequentemente, nas importações originárias dos países emergentes.
O Brasil pode desviar sua economia da crise mundial
através do saneamento do seu sistema financeiro, do
acúmulo de reservas em dólares e euros e do ajuste
fiscal. Consequências a longo prazo podem ser inevitáveis, mas as respostas a elas podem ser devidamente planejadas e prevenidas desde já.
Mariana Mattoso é economista, mestre Relações Internacionais e doutora em
Políticas Energéticas pela Universidade Paris IV – Sorbonne, na França
!
70
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
71
Salvador-BA
72
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
73
I N V E S TIMENTO
por Luiz Augusto Amoedo
A SEGURANÇA DO MERCADO
IMOBILIÁRIO DO BRASIL
O mercado imobiliário brasileiro tem característica diferentes da apresentada pelo congênere americano, principalmente no que diz respeito ao financiamento. Enquanto
nos EUA ele se dá em boa parte com base na rolagem de
hipotecas, que pode chegar até 4 ou 5 vezes, em operações
de alto risco (o que acarretou a bolha e quebra dos bancos
e financeiras), no Brasil o sistema financeiro impõe restrições a esse tipo de operação e mesmo o mercado secundário de recebíveis imobiliário ainda é pouco usado, basicamente em algumas operações de imóveis comerciais
As fontes de financiamento do mercado de imóveis no país
têm lastro nas operações do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, SBPE, nos recursos do Fundo de
Garantia de Garantia do Trabalhador, FGTS, e em recursos
livre dos bancos, no âmbito das instituições estatais, como
Banco do Brasil e Caixa Econômica, e privadas.
As garantias exigidas tanto no que concerne ao financiamento às construtoras e ao adquirente do imóvel
dão proteção ao mercado e evitam a formação de
bolhas especulativas, como aconteceu nos Estados
Unidos. Um dos pilares do sistema é a medição da
capacidade de endividamento do consumidor e reais
garantias de quitação da dívida.
Nesse sentido, usa-se um instrumento valioso que é a
alienação fiduciária que assegura à fonte financiadora a
retomada do imóvel quando o atraso da prestação ultrapassa o limite estipulado no contrato.
No que concerne a garantia de que o comprador receberá seu imóvel, ainda por construir – a maioria das
operações imobiliárias no Brasil acontece com o imóvel na planta -, o mecanismo do Patrimônio de Afetação garante que se estabeleça uma comissão tripartite,
consumidor, banco e construtora, que vão acompanhar
o desenvolvimento da obra, vedando a aplicação dos
recursos em qualquer outro empreendimento. No caso
da construtora falir a obra pode ser executada por outra
empresa, porque os recursos estão assegurados
Hoje com os juros baixos, o mercado imobiliário brasileiro alcançou recorde de aplicação pela poupança,
e agora em setembro os empréstimos se situaram na
casa dos R$3,6 bilhões e nos últimos 12 meses já somam R$ 30,4 bilhões. Mesmo com esse desempenho, o
crédito imobiliário no Brasil ainda demanda uma grande expansão, principalmente se olharmos para a relação crédito X PIB. Nos EUA ele é 78%, na Espanha 46%,
no Chile15%, no Mexico11% e no Brasil míseros 3%.
Luiz Augusto Amoedo é engeheiro civil, é Vice Presidente da Câmara Brasileira
da Indústria da Construção
74
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
75
T U R IS MO
por Ana Borges
ISTAMBUL, CAPITAL
DOS CONTRASTES
Mulheres recatadas escondidas por trás dos véus.
Homens, quase sempre de bigode, tentando vender
tapetes. Sagradas e suntuosas mesquitas celebrando
rituais em nome de Alah. É nesse cenário óbvio, até
mesmo para quem nem conhece, que está a maior
cidade da Turquia. Mas, a grande surpresa para os
precipitados é que Istambul é também uma grande
metrópole. Toda a tradição da capital dos impérios bizantino e otamano, fundada em 667 antes de Cristo, se
mistura às características de um lugar que ferve.
Trânsito agitado, lojas internacionais, culinária sofisticada, espetáculos incríveis... A ex Constantinopla não
deixa nada a desejar quando comparada aos grandes
centros urbanos da Europa. Afinal, ela também é européia. É a única cidade do mundo dividida em dois
continentes. Por um fantástico passeio pelo Estreito
de Bósforo, apreciamos ao mesmo tempo o Mar Negro e o Mar de Mármara.
Inexplicavelmente oriente e ocidente conseguem conviver em paz. Dá pra imaginar mulçumanas usando
bolsas Luis Vuitton? Executivos fumando narguilê? Ou
até mesmo você apreciando o famoso “chai” de maçã
enquanto barganha algum produto?
PARA COMER
360- O nome
já convence a
visita. A bela
vista da Hagia
Sofia e da Mes
quita Azul
contemplada
junto aos exót
icos sabores
dos pratos da
cozinha contem
porânea
torna o 360 um
dos restaura
ntes mais
badalados da
cidade.
Istiklal, 32, B
eyoglu.
PARA FICAR
entes
Até os mais freqü
Four Seasonsam. O
de se impression
hóspedes da re
cial.
l é pra lá de espe
hotel em Istambu
alquer
ida certa, sem qu
Requinte na med
va e
calização exclusi
extravagância, lo
ifhane
a do terraço. Tevk
vista privilegiad
hmet-Eminönü
Sokak, 1, Sultana
PARA LEMBRAR
Os turcos são hosp
italeiros e simpátic
os,
eradamente que po
dem
parecer invasivos.
Quando precisar pe
gar um
taksi (táxi), peça o
serviço pelo hotel
. Alguns
motoristas abusam
da boa vontade do
turista
e chegam a cobrar
a tarifa noturna, qu
eé
mais cara, inclusive
durante o dia.
às vezes tão exag
76
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
77
WINE
por Gianni Tartari
Esse processo tem duração de quatro a oito semanas.
Logo após este processo o vinho deve ficar em contato
com as leveduras por um período mínimo de quinze meses. Quanto maior for esse contato, que pode
durar anos, os aromas se desenvolvem e tornam o
Champagne cada vez mais complexo. O vinho fica
efervescente e forma-se um depósito de sedimentos
devido às leveduras mortas. É por isto que se procede
à remuage, como uma centrifugação manual.
“Merecido na vitória e
necessário
na derrota”
Napoleon I
Le Champagne
A região da Champagne está localizada no extremo norte da França, no limite de plantio da Vitis vinifera, onde o clima é rigoroso, mas levemente amansado pela influência oceânica. O subsolo é em maioria calcário o que propicia à vinha uma irrigação natural constante. Os vinhedos estão plantados nas
encostas, favorecendo uma ótima insolação das vinhas e uma perfeita drenagem do excesso de água.
Outra característica desse terroir é a impressionante divisão dos vinhedos. Aproximadamente 260.000
parcelas (digamos, pedaços de terra), tratadas
como jardins pelos viticultores, possuem particularidades únicas que se revelarão durante a produção
do vinho. Esses pedaços de terra receberam seus
nomes há muitos anos: Cotes à Brás, Gouttes D’Or,
Côte des Blancs...
O vinho da Champagne já era apreciado desde a Idade Média, quando os religiosos cuidavam das vinhas.
Desde o século XII o vinho da Champagne atravessa
fronteiras e seu prestígio não pára de crescer. Apenas
no final do século XVII que o vinho da Champagne, até
então claro, leve, fresco e delicadamente frisante, se
torna efervescente. A partir daí se tornou o rei incontestável das festas no mundo inteiro.
78
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
Nessa época também foram introduzidos dois avanços fundamentais na produção: a vinificação em branco das uvas tintas (sem contato das cascas tintas com
o mosto – suco - das uvas) e o cuidadoso processo de
prise de mousse (ganho de espuma). As uvas utilizadas até hoje são: Pinot Noir, Pinot Meunier, duas uvas
tintas e Chardonnay, uma uva branca.
O Champagne pode ser produzido apenas com
a uva branca, recebendo a menção de Blanc de
Blancs. Após a colheita as três uvas são vinificadas
separadamente e passam por uma assemblage,
dando origem ao vinho-base. Esse vinho é engarrafado com leveduras e um composto de açúcar, o
liqueur de tirage, e começa a segunda fermentação
para criar espuma, a prise de mousse, e formar o
perlage (bolinhas).
As garrafas são colocadas na posição horizontal em
pupitres, estantes de madeira com buracos para encaixar as garrafas, e diariamente, durante 30 – 40 dias,
recebem rotações, levando-a progressivamente à posição vertical. O sedimento desce para o gargalo e acumula-se em uma tampa especial. Procede-se a seguir
o dégorgement: o gargalo é congelado a 30ºC negativos em segundos, formando uma pedra de gelo. Basta então destampar a garrafa para que esta pedra de
sedimentos congelada seja expulsa pela pressão.Vem
então a dosage, adição do liqueur d’expédition à base
de açúcar e vinho-base que permite realizar diferentes
variedades, sendo as principais Brut, que recebe até
15 gramas de açúcar por litro, e Demi-sec, que recebe
açúcar entre 35 e 50 gramas por litro. Para a produção
do Champagne Rose, o produtor pode iniciar o processo de elaboração com um vinho rosado ou adicionar
um vinho tinto da região no processo de dosage.
Finalizado esse processo a garrafa recebe a rolha, a
gaiola – uma espécie de presilha da rolha, a cápsula e o
rótulo, estando pronta para o mercado. Uma das maiores Maisons de Champagne é a Moët & Chandon, que
produz uma série de Champagnes importantes, além de
produzir a famosa, e maravilhosa, Dom Pérignon. Outra
grande Maison da região é a Ponsardin, que produz os
não menos maravilhosos Veuve Clicquot e a cuvée especial La Grande Dame. São muitas Maisons produtoras
de Champagne de altíssima qualidade: Gosset, Taittinger,
Pol Roger, Bollinger, Ayala, Ruinart, Tsarine, LarmandierBernier, J. Lassalle, Barnaut, De Sousa, Pierre Moncuit,
Delamotte, Salon, Billecart-Salmon, Jacquesson, EglyOuriet, Jacques Selosse... Escolha o seu Champagne
e celebre, pois estamos chegando ao final do ano e as
grandes comemorações já vão começar. E como diz a famosa música de Pepino di Capri, lançada em novembro
de 1973, “Cameriere, Champagne!”. Salut...
Gianni Tartari é Sommelier, formado e homologado como Sommelier Profissional
pela ABS – Associação Brasileira de Sommeliers Seção Rio de Janeiro
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
79
GA S TRONOMIA
por Henrique Saldanha
Você sabe o que é “Hype Molecular”?
No Brasil, a maioria da população desconhece essa
nova maneira de lidar com a comida. Até para pessoas da área gastronômica esse material pode causar
certa confusão e até dividir opiniões.
Agora, sem enrolação, vou tentar explicar um pouco
sobre o tema. Gastronomia Molecular é o estudo científico dos processos físicos e químicos que ocorrem
durante o cozimento, criando novos métodos e técnicas e até aperfeiçoando os já existentes.
tos dessa natureza o efeito “ANHHHH???” é inevitável.
Para exemplificar, algumas técnicas conseguem
mexer na estrutura física de alguns alimentos e,
com reações químicas aplicadas a estes, transformam as formas comuns que geralmente vemos
nos pratos tradicionais.
Hoje, o nome mundialmente conhecido é o do grande
Chef Ferran Adrià, proprietário do famoso elBulLi, na
Espanha, onde a reserva tem que ser feita com muitos
dias e até meses de antecedência. Mas, se formos a
fundo na origem da Gastronomia Molecular, veremos
que ela teve início através de estudos do físico húngaro Nicholas Kurti e do químico francês Hervé This, que
continua até hoje com suas pesquisas nessa área.
Um exemplo simples pra começar. Hoje conseguimos transformar uma polpa de fruta em um caviar
através da esferificação do líquido. Caviar de frutas, espumas com sabores, spaghetti de morango
e esferas de todos os tipos que explodem na boca
são alguns dos produtos da cozinha molecular. Sua
aplicação em um simples prato é algo que não somente adiciona texturas inusitadas e sabores nunca
antes imaginados, mas vai muito além disso. Mexe
com a imaginação; nos faz sair do lugar seguro e
descobrir que realmente tudo é possível na cozinha, basta criatividade.
Okay, okay, você deve estar se perguntando: “mas como
isso é aplicado na cozinha? Como isso vira algo palpável para mim?”. Bom, como falei, com essas novas técnicas as possibilidades são infinitas e, geralmente, os
resultados são tão inusitados que ao ver alguns produ-
Eu sei, parece estranho ou até impossível, mas em
breve, tenho certeza, você irá se deparar com um prato desse tipo na mesa e tudo fará mais sentido. Afinal,
na maioria das vezes, só acreditamos naquilo que vemos com os próprios olhos.
Henrique Saldanha é formado em gastronomia pela Le Cordon Bleu America,
além de ter se formado em publicidade e feito MBA em Gestão Empresarial na
Fundação Getúlio Vargas.
80
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
C O M PORTAMEN TO
GU IA D E S E RVI Ç OS
Lady Godiva
ENTIDADE NACIONAL
CBH - Site Oficial da Confederação Brasileira de Hipismo
Rua Sete de Setembro, 81 - Ed. Moscoso Castro, 3º andar
CEP: 20050-005 Rio de Janeiro (RJ)
Tel: (21) 2277-9150 / Fax: (21) 2277-9165
www.cbh-hipismo.com.br
“A mulher que mostra o poder do seu intelecto merece mais
respeito que a mulher que mostra o poder das suas pernas.
Mas os homens preferem sempre as pernas...” (Desconhecido)
Já perceberam como os homens ficam
hipnotizados com certas partes do corpo de uma
mulher? Porque vocês acham que alguns homens
têm tara por pés pequenos? No Japão, as mulheres
de pés pequenos valem mais...
Já repararam como eles olham para a boca de uma
mulher? A cor, o tamanho... Por isso é que não
tem nada mais excitante que beijo na boca! Ora,
imagina o que passa na cabeça deles durante um
beijo bem dado... (Certamente estão pensando nos
nossos “sentimentos interiores...”)
A própria ciência tenta explicar determinadas
proporções corporais, como que o tamanho do pé é
proporcional ao antebraço etc. (Essa é velha né?)
Mas acho que tenho algo novo a dizer sobre este
assunto... Algo que talvez choque muito os homens e
confira um pouco mais de poder às mulheres!
Já repararam nas mãos de um homem? Pois a partir
de agora, observem bem os detalhes, principalmente
nos dedos. Os dedos de um homem podem revelar
muito sobre o seu “interior”... (Não riam! É sério...)
Reparem no tamanho, na cor, na espessura e
no formato... Depois façam suas comparações e
divirtam-se! E já que eles dão tanto poder às pernas
de uma mulher, vamos ver se eles terão mãos
suficientemente fortes para merecer um pouco mais
do nosso respeito... (Aposto que você olhou pras
suas mãos agora né?) Acreditem, é IMPRESSIONANTE!
82
|
HORSE SOCIETY Lifestyle
Federação Hípica do Mato Grosso - FHMT
Endereço: Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 1836 Edifício Cuiabá Work Centro - conjunto 1302/1303 , Bosque da Saúde , Cuiabá
CEP: 79050-000
Telefone: (65) 3642-5553 ; 9971-0991
Fax: (65) 3642-5553
E-mail: [email protected] ; [email protected]
ENTIDADES ESTADUAIS
Federação Equestre de Alagoas - FEA
Endereço: Av. Siqueira Campos, nº 1.295 , Trapiche da Barra Parque da Pecuária , Maceió
CEP: 57010-001
Telefone: (82) 3336-1642
Fax: (82) 3336-8797 ; 3351-8086
E-mail: [email protected]
Site: www.feahipismo.com.br
Federação Equestre Paraibana - FEPA
Endereço: Av. João Maurício, nº 1341 - Sala 1 , Manaira , João Pessoa
CEP: 58038-000
Telefone: (83) 3246-8811
Fax: (83) 3246-8811
E-mail: [email protected]
Site: www.fepa.com.br
Federação Amazonense de Hipismo - FAHI
Endereço: Rua Barão de Indaiá, nº 1.700 - Sala 01/A , Manaus
CEP: 69048-750
Telefone: (92) 3654-8492 ; 9185-6788
E-mail: [email protected]
Federação Equestre do Pernambuco - FEP
Endereço: : Av. Caxangá, nº 5362 , Várzea , Recife
CEP: 50800-000
Telefone: (81) 3453-1405
Fax: (81) 3272-7172 ; 3271-6896
E-mail: [email protected]
Site: www.fep-hipismo.com.br
Federação Hípica da Bahia - FHBA
Endereço: Av. Praia de Itapuã, sem nº (Equus Clube do Cavalo) Vilas do Atlântico , Lauro de Freitas , Salvador
CEP: 42700-000
Telefone: (71) 3379-3499
Fax: (71) 3379-3499
E-mail: [email protected] ; [email protected]
Site: www.fhb-ba.com.br
Federação Equestre do Ceará - FEC
Endereço: Rua Itaboraí, n° 560 , Passaré , Fortaleza
CEP: 60861-630
Telefone: (85) 3295-2898 / (85) 3234-7233 Tel: (85) 9927-9243/ (secr. Carol)
Fax: (85) 8897-9284
E-mail: [email protected]; [email protected] ; [email protected]
Federação Hípica de Brasília - FHBr
Endereço: Setor de Áreas Isoladas, nº 12 , Brasília
CEP: 70610-000
Telefone: (61) 3245-5870 ; 3445-1864
Fax: (61) 3245-5870
E-mail: [email protected]; [email protected]
Site: www.fhbr.com.br
Federação Hípica do Espírito Santo - FHES
Endereço: Rua Rodoviária do Sol, km 10 - nº 1020 , Itaparica , Vila Velha
CEP: 29120-022
Telefone: (27) 3339-1557 - Secret a Bete Firmino: 9241 9727
Fax: (27) 3349-3411
E-mail: [email protected]; [email protected]
Federação Hípica de Goiás - FeHGO
Endereço: Rua das Gameleiras, Quadra 26-B, lote 09 , Aldeia do Vale , Goiânia
CEP: 74680-220
Telefone: (62) 84-16 21-60 nextel (62) 7812 3955 ID 85*29917
E-mail: [email protected] ; [email protected]
Site: www.fehgo.com.br
Federação de Esportes Equestres do Maranhão - FEEM
Endereço: Av. Village Bonanza, nº 6 , Araçagi , São José Ribamar
CEP: 65130-000
Telefone: (98) 3248-3533 ; 3235-8395
Fax: (98) 3248-3533 ; 3235-8395
E-mail: [email protected] ; [email protected]
Federação Hípica de Minas Gerais - FHMG
Endereço: Av. Brasil 283 – salas 707/708 , Santa Efigiênia , Belo Horizonte
CEP: 30140-000
Telefone: (31) 3241-1116 / (31) 9981-2241
Fax: (31) 3241-3151
E-mail: [email protected]; [email protected]
Site: www.fhmg.com.br
Federação Sul Matogrossense de Hipismo - FSMH
Endereço: Rua Valério Fabiano, nº 100 , Jd. Alhambra , Dourados
CEP: 79843-1333
Telefone: (67) 3331-2158 ; 9971-7773
Fax: (67) 3312-8919
E-mail: [email protected]
Site: www.fsmh.com.br
Federação Paranaense de Hipismo - FPrH
Endereço: Rua Itupava, nº 1299 - sala 11 - Shopping Itupava , Hugo Lage , Curitiba
CEP: 80040-000
Telefone: (41) 3363-3406 ; 7815-1895
Fax: (41) 3363-3406
E-mail: [email protected]
Site: www.amigosdohipismo.com.br
Comissão de Desportos do Exército - CDE
Endereço: Estrada Marechal Mallet, nº 1283 , Vlia Militar - Deodoro , Rio de Janeiro
CEP: 21615-220
Telefone: (21) 2301-4054 ; 2301-2178 ; 3357-5945
Fax: (21) 2301-4054
E-mail: [email protected] ; [email protected] ;
[email protected]
Site: www.eseqex.ensino.eb.br
Federação Norteriograndense de Hipismo - FNRGH
Endereço: Rua Sandoval Cavalcante, n° 3618 - apt° 702 , Candelária , Natal
CEP: 59064-735
Telefone: (84) 3234-5048
Fax: (84) 3234-5048
E-mail: [email protected]; [email protected]
Federação Equestre do Rio de Janeiro - FEERJ
Endereço: Rua Jardim Botânico, nº 421 , Jardim Botânico , Rio de Janeiro
CEP: 22470-050
Telefone: (21) 2286-3930 ; 2539-4602
Fax: (21) 2286-9714
E-mail: [email protected]
Site: www.feerj.com.br
Federação Gaúcha dos Esportes Equestres - FGEE
Endereço: Av. Juca Batista, 4931 , Belém Novo , Porto Alegre
CEP: 91780-070
Telefone: (51) 3264-1297
Fax: (51) 3264-1334
E-mail: [email protected]; [email protected]
Site: www.fgee.com.br
Federação Catarinense de Hipismo - FCH
Endereço: Rodovia Antônio Heil - km 29,5 - nº 33 - sala 4 , Brusque
CEP: 88353-100
Telefone: (47) 3350-6881 ; 7812-8429 ; 9989-1680
Fax: (47) 3350-6881
E-mail: [email protected] ; [email protected]
Site: www.fch.com.br
Federação Hípica de Sergipe - FHSE
Endereço: Rua Poeta José Sales Campos, nº 260 , Atalaia , Aracajú
CEP: 49035-650
Telefone: (79) 9134-4236
E-mail: [email protected]
Federação Paulista de Hipismo
Endereço: Rua Carmo do Rio Verde, nº 241 - 10º andar conjuntos 101 e 102 , Jardim Caravelas , São Paulo
CEP: 04729-010
Telefone: (11) 5642-3350
Fax: (11) 5642-3358
E-mail: [email protected]
Site: www.fph.com.br
HORSE SOCIETY Lifestyle
|
83

Documentos relacionados

horse society #09 - Horse Society Lifestyle

horse society #09 - Horse Society Lifestyle Fotografia de moda: Pedro Accioly Colaboraram nesta edição: Márcia Nunes, Patsy Zurita, Bruna Matos, Rogério Saito, Elizabeth Brosnan, Manuela Cunha, Carola May e Sara Paes Projeto gráfico e diagra...

Leia mais

Onde existia fim, eu vi um começo.

Onde existia fim, eu vi um começo. Foto da capa: Anna Paula Carvalho Conselho Editorial Especial Álvaro Afonso de Miranda Neto Athina Onassis de Miranda André Stuart Beck

Leia mais