todas as dimensões

Transcrição

todas as dimensões
BELO E SUSTENTÁVEL
Telhado verde é opção para aumentar
a vegetação em áreas urbanas
ESTADO DA ARTE
Projeto faz referência
a diferentes artistas
DESCARTE DE RESÍDUOS
Setor de construção civil precisa
adotar medidas para não poluir
alumínio
# 42
TODAS AS
DIMENSÕES
Com foco em um mercado em forte
crescimento, a Alcoa amplia a sua
capacidade de produção de materiais
próprios para a impressão 3D
& Cia.
set/out/nov/dez de 2015
// CARTA AO LEITOR
O ponto de mudança
N
os últimos anos, a tecnologia transformou quase tudo o que fazemos. Novas ligas deram aos materiais – sobretudo o alumínio
– a possibilidade de ser aplicado em situações que eram impossíveis anteriormente – como a fabricação aditiva, ou impressão
3D, nosso assunto principal dessa edição. Com a possibilidade
de imprimir peças de formatos complexos utilizando materiais
como alumínio, surge um mundo de possibilidades para diversas
indústrias, sobretudo a aeroespacial.
Estamos, portanto, em uma mudança de paradigma numa
indústria que precisa olhar para o futuro.
Foi olhando para frente também que a Alcoa acabou de disponibilizar a Nova Linha Gold, com design e desempenho superiores.
Pensar no futuro também significa cuidar do mundo em que
vivemos, principalmente no que se refere a questões ambientais,
tão em alta nos dias de hoje. Na construção civil, um dos maiores
impactos nesse sentido é o descarte de resíduos sólidos, tema da
entrevista dessa edição.
Enfim, seguimos trabalhando para oferecer soluções mais
eficientes e arrojadas para diferentes aplicações. Na seção de
Projetos, você confere um exemplo esse esforço, com o edifício
Via Ômega, um prédio com referências por todos lados, que lhe
conferem um ar de obra de arte – uma ótima inspiração para
planejar as conquistas do ano que está chegando.
Boa leitura.
alumínio
ALUMÍNIO & CIA. é uma publicação da ALCOA ALUMÍNIO S.A.
COORDENAÇÃO TÉCNICA: Jacqueline Rempel e Camila
Boaventura | PRODUZIDA por GRUPO CDI cdicom.com.br
JORNALISTA RESPONSÁVEL: Lena Miessva - Mtb 13.695/SP
REDAÇÃO: Dado Carvalho e Rodrigo Bifani | DESIGNER: Hewerton
Matos | REVISÃO: Monica Giacomini FALE CONOSCO: Encaminhe
suas dúvidas, críticas ou sugestões para a Alumínio & Cia., por meio do endereço eletrônico [email protected] ou via
Correios para a Rua Felipe Camarão, 454 - Bairro Utinga - Santo André (SP) - CEP 09220-580. Tel.: 11 3583-7000 | aluminioecia.com.br
& Cia.
4 | www.aluminioecia.com.br
// nesta edição
20
TODAS AS
FORMAS
Centro Técnico da Alcoa, nos EUA, amplia
sua produção de materiais para impressão
3D, um mercado em franco crescimento.
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ECOEFICIENTE. Além de proporcionar um
ambiente de lazer, coberturas ajardinadas
geram benefícios ambientais.
24
28
NOVOS PROJETOS. Sistema BIM muda a
lógica dos projetos e traz novas possibilidades,
tornando a obra mais eficiente.
ERUDITO. Edifício Via Ômega faz referência a
diferentes tendências artísticas, a começar pela
fachada inspirada no pintor holandês Mondrian.
6 Panorama. Secovi-SP lança ferramenta para melhorar a sustentabilidade em condomínios.
7 Funcionários. Alcoa é destaque no ranking das Melhores Empresas para Trabalhar.
8 Espaço Alcoa. Companhia lança mais uma edição do seu Relatório de Sustentabilidade.
10 LANÇAMENTO. Nova Linha Gold traz sofisticação e eficiência para esquadrias de médio e alto padrão.
12 INOVAÇÃO. Conheça as soluções em alumínio apresentadas na edição de 2015 da Fenatran.
14 ENTREVISTA. Saiba mais sobre o descarte correto de resíduos sólidos na construção civil.
32 Segurança. Prevenção de incêndios começa antes mesmo do edifício ser construído.
34 Dúvida técnica. Quais são as melhores formas de fazer solda com alumínio.
set/out/nov/dez de 2015
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// Panorama
Secovi-SP lança Programa de
Ecoeficiência em Condomínios
A
administração de condomínios
acaba de ganhar uma nova ferramenta. O Secovi-SP (Sindicato
da Habitação), em parceria
com o CBCS (Conselho Brasileiro
de Construção Sustentável), acaba de
lançar o Programa de Ecoeficiência em
Condomínios. A ideia é fazer levantamentos sobre o estágio do consumo
médio de água, luz e gás de áreas
comuns em edifícios residenciais na
capital paulista, criando o primeiro
banco de dados do tipo.
A partir da coleta dos dados, os
condomínios poderão comparar o
seu consumo com outros e verificar
se seus gastos estão na média. Isso
faz com que seja possível analisar a
existência de problemas como vazamentos ou desperdícios e, com isso,
adotar medidas corretivas.
As informações serão consolidadas e analisadas pelo CBCS,
para comparações periódicas. Os
resultados serão publicados no próprio site do programa. Essa iniciativa permitirá que cada vez mais
pessoas acessem informações e referências atuais sobre o consumo de
energia nas áreas comuns de suas
moradias e, com isso, poderá estimular a conscientização sobre a
necessária mudança de comportamento para o uso racional e a possível adoção de novas tecnologias
e fontes alternativas de energia em
empreendimentos residenciais.
Uma segunda etapa consistirá
no fornecimento de dicas e orientações sobre medidas que podem ser
adotadas, com vistas à redução das
despesas condominiais.
Para participar, os síndicos devem
acessar o site ecoeficienciaemcondominios.com.br.
// ESPAÇO ALCOA
Instituto Alcoa lança livro sobre
atividades das Missões ECOA
d
urante o Programa ECOA –
Educação Comunitária Ambiental
de 2014, alunos de 30 escolas municipais localizadas em seis estados
brasileiros foram convidados a participar das Missões ECOA. São atividades
realizadas no contraturno escolar, na
forma de um jogo colaborativo, com o
objetivo de promover transformações
positivas nos relacionamentos entre as
crianças e nas relações delas com o meio
ambiente. Cerca de 400 alunos, com
idade entre nove e 12 anos, atenderam
ao convite em todas as localidades da
Alcoa no Brasil e participaram das atividades, que foram além da educação
ambiental e incluíram assuntos como
ética, cidadania e responsabilidade.
Os resultados desta jornada foram
publicados no livro Juntos pela transformação, lançado pelo Instituto Alcoa e
6 | www.aluminioecia.com.br
pela editora Evoluir, em agosto. O livro
foi escrito pelas próprias crianças que
vivenciaram esta experiência e mostraram seu poder de transformação.
Em Poços de Caldas (GO), o livro foi
lançado nas escolas municipais Maria
Ovídia Junqueira, CAIC Prof. Arino
Ferreira Pinto, Centro Educacional João
Monteiro, Dr. Pedro Affonso Junqueira
e Vitalina Rossi.
Para marcar o lançamento do livro,
as escolas promoveram uma tarde de
autógrafos com a presença de representantes da comunidade escolar, da
Secretaria Municipal de Educação e
dos pais dos alunos participantes das
Missões ECOA. No CAIC, a presidente
da Academia Poços-caldense de Letras,
Regina Alves, também foi convidada.
“Para nós foi uma alegria participar deste
projeto, principalmente por ver como
as crianças adquiriram a consciência
de que podem transformar o ambiente
onde vivem”, destacou Lígia Podestá,
diretora da escola.
O Programa ECOA é uma iniciativa
do Instituto Alcoa, em parceria com as
secretarias de Educação, que tem como
objetivo fomentar a participação comunitária na construção de sociedades
sustentáveis, por meio de processos de
educação socioambiental voltados para
valores humanos, conhecimentos, habilidades e atitudes. O Programa acontece
em duas etapas: a primeira de capacitação
dos professores e a segunda de promoção de atividades no contraturno escolar
com os alunos, com idade entre nove e
12 anos, com o objetivo de promover
transformações positivas nos relacionamentos entre as crianças e nas relações
delas com o meio ambiente.
// espaço alcoa
TIME. A pesquisa leva em conta pontos como relacionamento líder-liderado, o orgulho do funcionário e camaradagem entre os colegas, além de gestão de pessoas.
Alcoa APARECE entre AS Melhores
Empresas para Trabalhar
Companhia conquistou mais uma vez o prêmio e foi
reconhecida como a 8ª melhor entre as grandes empresas
M
ais uma vez, a Alcoa é um dos
destaques no ranking “Melhores
Empresas para Trabalhar –
GPTW Brasil”. A pesquisa é
conduzida pelo instituto Great Place to
Work, em parceria com a revista Época.
Esta é a 14ª vez que a Alcoa se destaca
na lista – este ano, a empresa alcançou
a 8ª posição entre as grandes empresas.
O instituto Great Place to Work é
uma empresa global de pesquisa, consultoria e treinamento que estimula
as organizações a identificar, criar e
manter excelentes ambientes de trabalho por meio do desenvolvimento de
culturas de alta confiança. Com uma
metodologia própria, a pesquisa é realizada há mais de 20 anos.
A cerimônia de premiação foi realizada em São Paulo. “Mais que uma
premiação importante para a nossa
organização, esse reconhecimento
reflete a dedicação de cada funcionário que, há 50 anos, faz esta grande
empresa trilhar sua história de sucesso
sempre com segurança, em busca de
soluções inovadoras, com muito respeito às pessoas, às comunidades e
ao meio ambiente”, afirmou José A.
Drummond, presidente da Alcoa para
a América Latina e do grupo global
Soluções de Transporte e Construção.
A pesquisa leva em conta a percepção do funcionário em relação à
empresa, considerando as dimensões
do relacionamento líder-liderado, o
orgulho do funcionário e camaradagem
entre os colegas, além de analisar as
práticas de gestão de pessoas.
“Manter um diálogo transparente e
valorizar cada funcionário é de extrema
importância para nós. Esse reconhecimento nos deixa muito orgulhosos e
motivados para continuar buscando um
excelente ambiente de trabalho”, afirma
Ricardo Khauaja, diretor de Recursos
Humanos e Assuntos Institucionais da
Alcoa para a América Latina.
set/out/nov/dez de 2015
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// espaço alcoa
Alcoa apresenta a 12ª edição do
Relatório de Sustentabilidade
Investimentos em inovação, redução de emissões e projetos
de responsabilidade social estão entre os destaques da
companhia em 2014
A
Alcoa divulgou o Relatório de
Sustentabilidade 2014, que
apresenta os principais resultados, aprendizados e desafios
da companhia – o material é elaborado sempre depois da consolidação
dos dados do período em questão,
por isso é divulgado somente no ano
seguinte. Com base nas diretrizes
do GRI (Global Reporting Initiative),
o documento oferece informações
sobre as seis unidades produtivas,
além dos três escritórios no Brasil, e
das quatro usinas hidrelétricas com
participação acionária na empresa.
Este é o 12º ano em que o relatório
é divulgado.
GRANDES
CONQUISTAS
8 | www.aluminioecia.com.br
Embasado em sete temas, o relatório inclui desenvolvimento local e
regional, gestão e desenvolvimento
de pessoas, estratégia das relações de
trabalho, cadeia de valor, acesso e uso
eficiente de energia, gestão ambiental de resíduos, efluentes e emissões,
além de conservação dos recursos
naturais e da biodiversidade. O material também traz dois temas transversais: diálogo com partes interessadas,
e transparência e responsabilidade.
“O ano de 2014 registra a evolução
na estratégia de transformação dos
negócios da Alcoa em todo o mundo.
Foram efetivadas diversas medidas
para alcançar a competitividade nos
negócios de commodities e a ampliação do portfólio de alto valor agregado. A sustentabilidade sempre
acompanhou toda essa estratégia”,
explica João Batista Menezes, diretor
de Saúde, Segurança, Meio Ambiente
& Sustentabilidade da Alcoa para a
América Latina. “Em 2015, completamos 50 de atuação no Brasil e 25 anos
do Instituto Alcoa, reforçando o nosso
compromisso em operar de maneira
diferenciada e inovadora, e respeitando o meio ambiente e as comunidades onde a Alcoa está inserida.”
A íntegra do Relatório de
Sustentabilidade 2014 está disponível no site alcoa.com.br. AL&CIA.
PRÊMIOS E
RECONHECIMENTOS
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
A Alcoa conquistou pelo quarto ano
consecutivo o selo Ouro pelo Programa
Brasileiro GHG Protocol, que atesta
o mais alto nível de transparência
no relatório de emissões e certifica
a qualidade dos dados publicados.
Entre as publicações especializadas, a
Alcoa foi reconhecida pela 8ª vez pelo
Guia Exame de Sustentabilidade como
uma das empresas com as melhores
práticas do País em sustentabilidade
e pelo índice Dow Jones de
Sustentabilidade pela 13ª vez. Na área
de Recursos Humanos, a Alcoa foi
eleita Entre as Melhores Empresas para
Começar a Carreira, pela revista Você
S/A, e pela 13ª vez entre as Melhores
Empresas para Trabalhar pelo instituto
Great Place to Work.
Na área social, por meio do Instituto
Alcoa, foram investidos, em 2014,
cerca de 5,6 milhões de reais nas
comunidades onde a Alcoa atua por
meio dos Programas de Voluntariado,
das Iniciativas Globais e dos Programas
de Apoio a Projetos Locais. O trabalho
dos mais de dois mil funcionários
voluntários da Alcoa alcançou 23
mil horas de ações comunitárias em
diversas comunidades. Destaque
para o Programa ECOA, que estimula
a mudança de comportamento em
promover atitudes sustentáveis entre
alunos, professores e comunidades.
O projeto teve mais de 15.200 alunos,
além de suas famílias e comunidades.
PERMANENTE. A sustentabilidade sempre acompanhou a estratégia de negócios da Alcoa, com ações nas comunidades onde a empresa está inserida.
VALorização dos
colaboradores
A companhia investe em um modelo
amplo para o desenvolvimento de seus
profissionais, em diferentes estágios de
carreira. Participaram de treinamentos
4.791 pessoas, totalizando quase
119 mil horas. De acordo com a
Global Voices, rede internacional de
pesquisa não governamental, o índice
de engajamento dos colaboradores
da Alcoa atingiu 88 por cento, seis
por cento a mais que em 2013. O
número zero de fatalidades é outro
dado destacado no relatório. Já a taxa
de incidentes com afastamento ou
restrição de trabalho (DART) caiu para
0,19 contra 0,25 do ano retrasado. Os
valores estão dentro da meta da Alcoa
para 2030.
proteção dos
recursos naturais
Para reduzir os impactos ambientais
e aumentar a produtividade, a Alcoa
atua com projetos de ecoeficiência
relacionados a consumo de
energia e água, emissões de
gases de efeito estufa e geração
de resíduos. Diversas iniciativas
foram realizadas em 2014, como na
unidade de São Luís (MA), onde foi
possível reduzir a emissão de gases
perfluorcarbonetos (PFC) em 75 por
cento apenas com otimização de
processos. No índice referente à
redução de resíduos, a Alcoa vem
avançando ano a ano nas iniciativas.
RECUPERAÇÃO DE
ÁREAS MINERADAS
EM JURUTI
Com o objetivo de garantir a
reabilitação do local utilizado para
mineração de bauxita, o Programa
de Recuperação de Áreas Mineradas
da unidade da Alcoa, em Juruti (PA),
consolidou o uso da técnica da
nucleação em 2014. A companhia
é a pioneira em criar microbacias
com a utilização de solo superficial
e de parte da floresta original
coletada durante a supressão de
vegetação, o que faz com que haja
maior aproveitamento do banco de
sementes e da matéria orgânica
disponível na floresta original.
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// ESPAÇO ALCOA
Nova Linha Gold,
um sistema inovador
de esquadrias
Com design arrojado e um processo de fabricação e montagem
mais prático, produto chegou ao mercado em outubro
ENCONTRO. Clientes, representantes das Redes Alumínio & Cia. e Esquadria & Cia., arquitetos, construtoras e fabricantes em geralconferiram de perto a novidade.
A
Nova Linha Gold da Alcoa já está
disponível – um sistema completo
de esquadrias destinadas ao segmento residencial, de médio e alto
padrão. O evento de lançamento ocorreu em outubro, em São Paulo, com a
participação de clientes, representantes
das Redes Alumínio & Cia. e Esquadria
& Cia., arquitetos, construtoras e fabricantes em geral.
A Nova Linha Gold conta com três
versões diferentes, destinadas às principais tipologias do mercado. Uma das
novidades é que diferentes tipologias
podem agora ser fabricadas com os
mesmos perfis em um mesmo estampo,
com design único e desempenho superior, que garantem uma grande versatilidade na fabricação de portas e janelas.
A linha foi recriada por completo,
tanto os perfis como os componentes
utilizados. O objetivo foi elaborar um
10 | www.aluminioecia.com.br
produto pensando nas necessidades
do mercado, sem deixar de lado pontos como design, conforto acústico e
maior desempenho.
“O desenvolvimento dessa linha ressalta a importância do segmento da construção civil na Alcoa. Também reforça
nossos diferenciais, pois não vendemos
apenas um produto, nós oferecemos
um sistema completo que garante qualidade. Ele se diferencia em inovação,
soluções otimizadas em engenharia, criatividade e design, além de chegar com
excelência à rede de distribuição, dar
suporte técnico ao cliente, treinamento
e capacitação”, diz Philippe Sierro, responsável pelo Mercado e Produtos para
Construção Civil.
DESIGN
Visualmente, a Nova Linha Gold conta
com uma área envidraçada maior,
principalmente se comparada às mais
tradicionais. Um dos recursos utilizados
para permitir este novo ganho foi o da
aplicação de baguetes ocultas, além de
fechos instalados no marco. Todas as
tipologias da linha têm um alto potencial acústico. A versão Contact, por
exemplo, é classificada com desempenho A (superior), segundo o índice
que constará na próxima versão da
norma NBR 10.821 (esquadrias externas), e oferece totais condições para
que o edifício seja classificado como
Desempenho Superior de acordo com
a norma NBR 15.575 (desempenho),
mesmo em regiões com altos níveis
de ruído.
DESEMPENHO
Com relação à estanqueidade (capacidade de vedar e estancar a entrada
de ar ou de água), a performance foi
melhorada. Outra característica positiva da Nova Linha Gold está na otimização de perfis – uma redução de
73% em relação à linha anterior. Isso
traz vantagens logísticas. O benefício
mais estratégico é a possibilidade de
fabricar diferentes tipologias utilizando
os mesmos perfis. Por exemplo: para
montar uma janela Maxim-Ar e uma
Abre e Tomba, antes eram necessários oito perfis diferentes. Agora, com
apenas quatro perfis, ambas podem
ser montadas, o que promove um uso
mais inteligente da linha. Outra vantagem está no processo produtivo:
tanto as esquadrias comuns como as
de desempenho acústico superior são
produzidas com o mesmo estampo e
com os mesmos perfis.
Para Paulo Gentile, coordenador do
Centro Tecnológico de Esquadrias Alcoa
(CTEA), o desempenho e design são
os grandes diferenciais da Nova Gold.
Ele também ressalta a preocupação da
empresa em relação ao treinamento
dos fabricantes. “Preparamos um material bem detalhado, com as principais
montagens e fabricações para orientar o
Uma das novidades é que diferentes tipologias podem
agora ser fabricadas com os mesmos perfis em um
mesmo estampo, com design único e desempenho
superior, que garantem uma grande versatilidade na
fabricação de portas e janelas.
fabricante a montar as esquadrias dessa
linha do jeito mais adequado”, afirma.
QUALIDADE ASSEGURADA
A Nova Linha Gold teve os componentes projetados com exclusividade em
conjunto com empresas parceiras. Para
atestar a qualidade, a marca da Alcoa
agora está mais visível no conjunto da
esquadria. A inovação também foi criada
com o objetivo de inibir a pirataria.
A Nova Linha Gold está disponível em três soluções: Nova Gold
Tradicional, Nova Gold Contact e Nova
Gold+. A linha Tradicional preza por
componentes de alta qualidade, que
aliam desempenho a praticidade da
montagem. O travamento é feito com
fecho-concha e a vedação usa escovas.
Já a linha Contact se destaca por oferecer um altíssimo desempenho acústico à esquadria, melhor opção para
quem quer silêncio e conforto dentro da residência. A Gold + é cerca
de sete por cento mais leve do que a
Tradicional. Além disso, a sua configuração permite que haja menos alumínio
aparente na esquadria. Os perfis para
a fabricação das versões Tradicional,
Contact e Gold+ são os mesmos, apenas os componentes variam.
A Nova Gold permite uma grande
variedade de montagens e tipologias
sem mudar o design da esquadria, tornando o projeto esteticamente mais
harmonioso, além de proporcionar sofisticação aos ambientes. Saiba mais em
novagold.com.br
// Espaço Alcoa
Inovação, tecnologia
e sustentabilidade
Alcoa participa da Fenatran e apresenta caminhão repleto
de soluções que geram significativa redução de peso para
transporte mais eficiente e sustentável
a
Alcoa esteve presente na 20ª
edição do Salão Internacional
do Transporte Rodoviário de
Carga (Fenatran). A companhia
aproveitou o evento para apresentar
em seu estande um caminhão-conceito com soluções inovadoras que
aumentam a competitividade dos
clientes denominado “Arte da Edificência”. Com diversos componentes
fabricados com alumínio, a solução
apresentada pela Alcoa vai da cabine
ao reboque. A redução de peso pode
chegar a uma tonelada por caminhão.
Esta é a primeira vez que o caminhão-conceito é apresentado no
Brasil. O projeto do caminhão está
totalmente alinhado com a tendência mundial da indústria de transportes, que visa produzir veículos
cada vez mais eficientes e sustentáveis. “O alumínio é um metal infinitamente reciclável e, por ter a mesma resistência que o aço e ser um
terço mais leve, é a opção mais eficaz para atender as necessidades do
segmento dos transportes. A Alcoa
investe no desenvolvimento de soluções que garantem maior eficiência
no frete, economia de combustível,
maior durabilidade de peças e menor emissão de poluentes”, explica
Celso Soares, diretor de Laminados
da Alcoa para a América Latina.
De acordo com um estudo do
International Aluminium Institute
(IAI), com a colaboração da European Aluminium Association (EAA)
e da Aluminum Association (AA),
para cada 100 quilos de alumínio
12 | www.aluminioecia.com.br
aplicado em substituição a um material pesado em um caminhão, é
possível evitar a emissão de até 4,5
toneladas de dióxido de carbono
durante toda a vida útil do veículo.
O caminhão-conceito apresenta
uma nova geração de chassi, cem
por cento feito de alumínio, desenvolvido em parceria com a Metalsa
e que reduz em 40 por cento o peso
da estrutura. Além disso, o caminhão destaca diversos componentes, como portas, rodas, radiador,
proteções laterais, engate de reboque (quinta roda), tanque de combustível, suporte da suspensão, eixo
cardã e fixadores.
EXTRUDADOS
Soluções desse tipo estão presentes no para-choque traseiro, nos
suportes e travessas do chassi e na
estrutura do ar-condicionado. Também foi apresentada uma carroceria Carga-Seca Super Leve toda de
alumínio extrudado. Voltada para
veículos médios, com capacidade
de carga de até quatro toneladas
(dependendo do peso bruto total do
caminhão), a estrutura não usa pontos de solda e pode ser totalmente
rebitada com os fixadores da Alcoa.
A carroceria pesa 258 quilos, cerca
de 40 por cento menos que uma de
madeira e 50 por cento menos que
uma de aço. O resultado é um menor desgaste de peças, maior capacidade de carga e um consumo de
combustível mais baixo, principalmente quando o veículo está vazio.
REINVENÇÃO DA RODA
Em um caminhão, as rodas de
alumínio são fundamentais para
manter o conceito de levar mais,
gastando e emitindo menos. Em
média, as rodas de alumínio Alcoa
têm a metade do peso de uma roda
comum de aço. Dependendo da
quantidade de eixos do veículo e
do implemento, é possível reduzir
em até uma tonelada o peso bruto
total (PBT).
Outra vantagem das rodas forjadas de alumínio é a resistência,
cinco vezes superior às de aço. O
caminhão-conceito foi equipado
com rodas com o novo acabamento
LvL ONE®, indicado para todos os
tipos de implementos rodoviários,
ônibus e caminhões. O modelo com
apenas 22,6 quilos é a solução ideal
para aplicações que visam redução
de peso aliada à estética do veículo.
Outra solução apresentada no
evento é a Dura-Flange®, uma
tecnologia que inibe o desgaste prematuro da flange da roda, evitando
assim a criação de vincos que podem prejudicar os pneus. Voltada
aos veículos que trafegam em condições severas, a tecnologia garante
percursos de até 386 mil quilômetros sem a necessidade de manutenção da flange.
A Alcoa também apresentou a roda
Single, que é 75 por cento mais leve
que um rodado duplo de aço, proporcionando ainda mais redução de peso
em diversas aplicações. AL&CIA.
MODERNO. O caminhão-conceito “Arte da eficiência”, com várias soluções em alumínio, foi exibido no estande da Alcoa durante a Fenatran.
LIGAS DE FUNDIÇÃO
LAMINADOS
FIXADORES
GUARDA DE ALUMÍNIO
CHAPA PRÉ-PINTADA
CHAPA XADREZ
Composto para carrocerias cargaseca, solução indicada para
substituição de madeira, que
oferece leveza e resistência para
transportadoras e fabricantes.
Aumenta a vida útil e a resistência à
corrosão das carrocerias.
Excelente produto para ser utilizado em
pisos de ônibus e aplicações gerais
nos implementos.
Sempre na vanguarda nos
desenvolvimentos de novas soluções
em ligas leves, a Alcoa lançou quatro
famílias de ligas de fundição em
alumínio. São elas: VersaCast™,
EverCast™, EZCast™ e SupraCast™,
todas com objetivo de reduzir peso em
função das propriedades mecânicas,
com ganho adicional de fundibilidade
e resistência a altas temperaturas.
Essa versatilidade tem resultados
comprovados em diversas aplicações,
nas quais se atingiu de 40 a 62 por
cento de redução de peso em peças
estruturais para aplicação no setor de
transportes, tradicionalmente feitas de
aço ou ferro fundido.
As soluções foram aplicadas nas
portas e no tanque de combustível.
Além disso, para atender a demanda
do setor de transportes, a Alcoa
adicionou ao seu portfólio a liga
5052, uma das mais utilizadas pelos
fabricantes do setor.
Na Fenatran, a Alcoa exibiu toda a
linha de fixadores, tanto de alumínio
como de aço. Essa inovação é
ideal para quem busca uma fixação
definitiva, principalmente em
condições extremas de vibração.
No caminhão “Arte da Eficiência”,
os fixadores estão presentes nos
compartimentos de carga. Em
relação à fixação com solda, eles se
sobressaem por serem mais rentáveis
e resistentes.
set/out/nov/dez de 2015
| 13
// entrevista
Destino correto
O descarte de resíduos sólidos é um processo bastante
complexo – mas fundamental para preservar o meio
ambiente. Se realizado corretamente, pode até reduzir
custos e render bons negócios
o
Quais são os principais
equívocos cometidos na
hora de descartar resíduos
sólidos?
Nem sempre os geradores de resíduos
estão atentos para a correta contratação
dos transportadores e da escolha das
áreas de destinação. Tanto os transportadores como as áreas de destinação
devem estar legalizados, e esse processo
passa pelos órgãos municipais e ambientais. Outro equívoco é o envio de resíduos
para locais que não estão autorizados a
receber o respectivo tipo de material.
Quais são os itens com o
descarte mais complexo?
A complexidade passa por algumas
situações. Uma delas é a dificuldade do
reaproveitamento ou da reciclagem de
alguns tipos de resíduos, bem como a falta
de soluções ou custos elevados para o
tratamento. Outra são os resíduos considerados perigosos, pois eles necessitam de
emissão de documentação específica do
órgão ambiental e apresentam custos de
destinação mais elevados.
14 | www.aluminioecia.com.br
Guilherme Kardel
setor de construção civil é um
grande gerador de resíduos sólidos: são cerca de 100 milhões
de toneladas anualmente. A fim
de minimizar o impacto ambiental,
uma série de medidas são tomadas
pelo governo, mas muitas empresas
ainda têm dúvidas. A Alumínio &
Cia. conversou com Lilian Sarrouf,
coordenadora técnica do Comitê de
Meio Ambiente (Comasp) do Sindicato da Construção (SindusCon-SP).
Confira as orientações a seguir.
Quais são as consequências
ambientais de um descarte
inadequado?
O descarte inadequado gera impactos
como obstrução de ruas e estradas,
contaminação do solo e lençol freático,
alagamentos e inundações de rios e córregos em períodos de chuva, proliferação
de doenças, ocupação irregular de áreas
preservadas e supressão de vegetação,
entre outros.
Existe alguma
regulamentação nesse
sentido?
Sim, temos a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Resolução CONAMA nº
307/2002 e suas alterações, e a Política
Nacional de Saneamento Básico. Além
disso, no Estado de São Paulo temos a
Política Estadual de Resíduos Sólidos e
o Sistema Estadual de Gerenciamento
Online de Resíduos Sólidos (Sigor), instituído pelo Decreto Estadual nº 60.520
de 2014. É importante ressaltar que a
Resolução CONAMA 307 traz os principais conceitos e diretrizes para a correta
gestão de resíduos de construção envolvendo geradores, transportadores, áreas
de destinação e os governos municipais.
O setor de construção
sofre com a questão da
informalidade nas relações
trabalhistas. Como isso
interfere na hora de
descartar os resíduos
corretamente?
O setor sofre com a informalidade dos
agentes envolvidos, tais como transporta-
dores e áreas de destinação. Na maioria
das vezes, esses são os responsáveis
pelo descarte irregular. Há a necessidade
de um grande esforço desses agentes e
dos órgãos municipais e ambientais para
sua formalização.
O descarte correto de
resíduos aumenta o custo da
obra? Isso costuma ser um
impeditivo para a implantação
de boas práticas?
Aplicar os conceitos da não geração,
da correta segregação e da destinação
ambientalmente adequada dos resíduos
da construção civil traz ganhos para
as obras. Dentre eles, destacam-se a
redução de desperdícios, que leva à
diminuição de custos para a destinação. A
preocupação com a gestão nos canteiros
tem se refletido em obras mais organizadas, melhorias na limpeza e, consequentemente, queda no número de acidentes
de trabalho.
Além do descarte, o
reaproveitamento de materiais
é uma alternativa possível?
Sim. No caso de reformas e demolições, a primeira orientação é distinguir
materiais e bens reutilizáveis, assim
como acompanhar a forma como eles
são retirados. É necessário observar os
cuidados específicos relacionados aos
riscos ambientais e à saúde humana
para que os materiais possam manter o
potencial de reutilização. Louças, esquadrias e revestimentos são exemplos de
materiais que podem ser reaproveitados
nesta etapa. Nas obras em execução, os
resíduos mais comumente reutilizados
são os cimentícios e cerâmicos, madeira
e materiais de fácil reciclagem, como
plásticos, metais e embalagens. Há
também potencial para reaproveitamento
de resíduos de alvenaria, concreto e
argamassas para produção de agregados reciclados, por meio de processos
mecanizados de britagem.
A falta de uma infraestrutura
adequada para o descarte
correto, como pontos de
coleta, impede que a prática
seja mais difundida?
Sim, a falta de infraestrutura adequada
é a principal dificuldade para a correta
destinação destes resíduos. Lembrando
O descarte inadequado gera impactos como
obstrução de ruas, contaminação do solo,
alagamentos, doenças e supressão de vegetação.”
que na maioria das cidades, 70 por cento
da geração dos resíduos de construção
são provenientes do pequeno gerador e de
forma difusa como em reformas, pequenas obras e autoconstrução. É importante
que a prefeitura municipal estabeleça um
formato de gestão que inclua infraestrutura
tanto para a coleta como para os locais de
destinação que facilitem que o pequeno
gerador faça o correto descarte.
O descarte de resíduos é uma
atividade com potencial para
gerar uma cadeia de negócios?
A cadeia produtiva da construção tem se
engajado no estudo das possibilidades
de reaproveitamento e reciclagem dos
resíduos, além da criação de negócios
relacionados à cadeia da reciclagem.
Exemplo disso é o uso de agregado
reciclado em obras de pavimentação.
É necessário, todavia, maior empenho
na busca de soluções para outros tipos
de resíduos para atender à logística
reversa, que começa a ser instalada no
País. Comprovadamente, os negócios
relacionados à reciclagem e produção de
agregados reciclados são viáveis economicamente. Cada vez mais, percebemos
a instalação de empresas de reciclagem
em todo o País. Também resíduos como
metais, madeira, plásticos e papel têm o
ciclo econômico consolidado.
Como a tecnologia pode
ajudar no descarte de
resíduos?
A tecnologia pode ajudar na rastreabilidade dos resíduos. O SindusCon-SP,
em parceria com a Secretaria de Meio
Ambiente do Estado de São Paulo
(SMA) e com a Companhia Estadual
de Meio Ambiente (CETESB), desenvolveu o Sigor – Sistema Estadual de
Gerenciamento Online de Resíduos
Sólidos – Módulo Construção Civil. O
Sigor - Módulo Construção Civil consiste em uma plataforma eletrônica que
permitirá a elaboração dos Planos de
Gerenciamento de Resíduos (PGRCC)
por parte dos geradores de resíduos da
construção civil e a emissão dos documentos que acompanham os resíduos
transportados denominados Controle
de Transporte de Resíduos (CTR). As
Áreas de Destino que receberem os
resíduos deverão dar baixa nos CTR.
Sua correta utilização assegura que os
resíduos gerados sejam transportados
por empresas cadastradas/legalizadas
e destinados a locais devidamente
licenciados/legalizados, permitindo,
assim, que os resíduos tenham destinos
ambientalmente adequados.
O que pode ser feito para
incentivar boas práticas?
É necessário orientar todos os envolvidos sobre os procedimentos corretos de
gestão dos resíduos e facilitar a troca de
informações. É importante também haver
capacitação de empresas e profissionais,
divulgação de experiências bem sucedidas realizadas nas obras e das pesquisas
das universidades.
Como a Política Nacional de
Resíduos Sólidos contribui com
essa atividade?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos
contribui por meio das diretrizes nela
estabelecidas. Além disso, esta Política
disciplina a gestão dos resíduos de construção de maneira diferenciada das regras
para a indústria em geral e à semelhança
do que é determinado para resíduos
sólidos urbanos. Um aspecto fundamental
de seu decreto regulamentador é que a
gestão de resíduos de construção deve
ser tratada de acordo com as regulamentações específicas do Sistema Nacional
de Meio Ambiente (Sisnama), que inclui
as resoluções do Conama. Além disto
a Política trata da logística reversa, que
é fundamental para as soluções para o resíduo da construção com o engajamento
dos fornecedores e incentivo à reciclagem
dos resíduos. AL&CIA.
set/out/nov/dez de 2015
| 15
// melhores práticas
NO TOPO. Edifícios
com telhado verde
contam com um
espaço agradável para
convivência e lazer.
PARA O ALTO
E AVANTE
Os telhados verdes são alternativas para criar espaços
agradáveis nos edifícios, além de contribuir de várias formas
com o meio ambiente. Em alguns lugares do mundo, eles já
passaram a ser obrigatórios
o
aumento da poluição e o aquecimento global chamam a atenção
para um problema das grandes
cidades: a falta de arborização.
Em ambientes com cada vez mais prédios, ruas e avenidas, no entanto, onde
há espaço para mais áreas verdes? A
solução encontrada foi um tanto inusitada: o topo dos edifícios, e a instalação das coberturas ajardinadas (ou
telhados verdes) já virou tendência em
alguns locais do mundo.
Na França, já virou lei: os prédios
comerciais precisam ter telhados verdes ou placas solares (que produzem
energia elétrica sem o impacto ambiental de hidrelétricas, por exemplo). No
Brasil, já começaram a surgir iniciativas semelhantes: a prefeitura de Recife
aprovou uma lei que determina que
edifícios residenciais novos com mais
de quatro pavimentos e área coberta
acima de 400 metros quadrados tenham
coberturas ajardinadas.
Os telhados verdes trazem uma
série de vantagens. Para quem está
dentro do prédio, o mais evidente é
a redução do calor (que é absorvido
pelas plantas e pela terra), o que reduz
a necessidade do ar-condicionado (e
da energia elétrica). Isso gera um resultado mais amplo. Em centros urbanos,
JARDIM SECRETO
Antes de colocar a ideia em prática, alguns pontos devem ser
levados em conta
• A estrutura do prédio precisa suportar o sobrepeso que um
jardim vai gerar. Para se certificar disso, recomenda-se que
um engenheiro faça os cálculos.
• As espécies de plantas devem ser escolhidas levando em
conta a incidência de sol e de vento, que costumam ser mais
fortes dependendo da altura do edifício.
• Uma cobertura ajardinada requer manutenção frequente
para que as plantas continuem bonitas e saudáveis.
• As lajes que receberão as plantas precisam de uma manta
impermeabilizante para evitar infiltrações.
O fenômeno da ilha de calor, que ocorre quando há
grande concentração de edifícios, pode aumentar a
temperatura em até seis graus. Esse efeito pode ser
minimizado com a presença de áreas verdes – mesmo que estejam localizadas no topo dos edifícios.
set/out/nov/dez de 2015
| 17
PELAS PAREDES.
Os jardins verticais
requerem algumas
adaptações, mas têm
os mesmos benefícios.
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TEMPO DE PLANTAR
O prédio do Centro de Excelência em Tecnologia de Software do
Recife (SOFTEXRECIFE) recebeu um telhado verde antes mesmo
disso virar lei na cidade. A princípio, o edifício só contava com um
terraço – que não permitia o acesso das pessoas. A implantação
do jardim foi decidida a partir da necessidade de uma reforma para
cuidar da impermeabilização.
Com um projeto de paisagismo arrojado de Marcelo Kosminski, o
telhado se transformou quase em uma pequena praça. Foram plantadas
mais de dez espécies de plantas – escolhidas para suportar os fortes
ventos e o calor, dada a proximidade com o mar.
O investimento foi de cerca de cem mil reais. Já a manutenção é de
cerca de 250 reais por mês.
RESERVA DE SEGURANÇA
A Lei Municipal 18.112/2015, de Recife (PE), também propõe a construção de
reservatórios para captação de água da chuva em imóveis tanto residenciais
como comerciais, com área de solo acima de 500 metros quadrados e com
pelo menos 25 por cento do terreno impermeabilizado. Além de promover a
reutilização da água (para regar plantas e lavar calçadas, por exemplo), o
reservatório ajuda a drenagem, o que diminui o risco de alagamentos.
QUANTO MAIS VERDE, MELHOR
A prefeitura de Recife também sancionou a lei nº 18.111/2015.
O texto propõe ampliar as áreas verdes ao redor de parques
e praças. Com isso, os novos empreendimentos nesses locais
precisarão manter um recuo de dois metros na parte da frente dos
edifícios, voltados à arborização.
ocorre um fenômeno chamado “ilhas
de calor”. Funciona assim: quando há
uma grande concentração de edifícios,
o excesso de concreto faz com que a
temperatura seja até seis graus mais
alta. Isso faz com que haja alterações
na umidade do ar, no vento e até na
incidência de chuvas – como é o caso
das repentinas tempestades de verão.
Com telhados verdes, esse fenômeno
é consideravelmente reduzido.
Além disso, a presença de vegetação ajuda a absorver a água da chuva
(que não é bem escoada pelo asfalto e
pelo concreto) – ou seja: ajuda a prevenir alagamentos.
Outra vantagem vem de uma vocação natural das plantas: durante o processo de fotossíntese, elas absorvem o
gás carbônico e liberam oxigênio puro.
Com isso, ajudam a diminuir a poluição ao redor. A vegetação também
diminui o nível de barulho.
Por fim, a presença de jardins (seja
no telhado, seja no solo) contribui com
a biodiversidade do entorno – outra
questão fortemente ligada ao meio
ambiente.
set/out/nov/dez de 2015
| 19
// capa
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FABRICAÇÃO ADITIVA.
Camadas de material
são sobrepostas até
formar um objeto
completo. Técnica pode
ampliar a capacidade da
indústria.
Camada
POR
CAMADA
Com ampliação do Centro Técnico nos EUA, Alcoa aumenta
sua capacidade de produzir material para a crescente
indústria de impressão 3D
set/out/nov/dez de 2015
| 21
O
Centro Técnico da Alcoa, o maior
centro de pesquisa de metais
leves do mundo, localizado na
cidade de Pittsburgh, nos EUA,
está passando por uma ampliação. A
ideia é acelerar o desenvolvimento de
materiais e processos avançados para
impressão 3D. O investimento é de 60
milhões de dólares.
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A Alcoa vai produzir materiais projetados especificamente para uma série
de tecnologias de fabricação aditiva
(impressão 3D), para atender à crescente demanda por peças complexas
e de alto desempenho para a indústria aeroespacial e outros mercados
em expansão, como o automotivo, o
médico e o de construção civil.
“Combinando nossa experiência em
ligas metálicas, fabricação, projeto e qualificação de produtos, vamos ultrapassar os limites da fabricação aditiva de
hoje. Esse investimento fortalece nossa
posição de liderança no atendimento à
crescente demanda por componentes”,
afirmou Klaus Kleinfeld, presidente do
Conselho e executivo-chefe da Alcoa.
POTENCIAL
A ampliação do Centro Técnico da
Alcoa se baseia na capacidade de fabricação aditiva das unidades da Alcoa
localizadas na Califórnia, Geórgia,
Michigan, Pensilvânia e no Texas. A
companhia vem criando ferramentas,
moldes e protótipos impressos em 3D
pelos últimos 20 anos. Além disso,
conta com um dos maiores complexos do mundo de prensagem isostática
a quente (HIP, na sigla em inglês) da
indústria aeroespacial, uma tecnologia que fortalece a estrutura metálica
das peças produzidas na fabricação
tradicional e na aditiva, feitas a partir de superligas de titânio e níquel.
Com a recente aquisição da RTI, a
Alcoa ganhou capacidade de impressão 3D em titânio, além de produção
de outros metais e plásticos especiais
para os mercados: aeroespacial, gás,
O QUE É A FABRICAÇÃO ADITIVA?
Fabricação aditiva é o processo de criação de produtos tridimensionais por
deposição de várias camadas de material, como metais e plásticos, umas sobre
as outras, a partir de um modelo digital. O processo pode ajudar no aumento da
produtividade, auxiliar os clientes a introduzir produtos no mercado com maior
rapidez e permitir a criação de designs complexos que não são possíveis de se
obter com os materiais e processos tradicionais.
petróleo e médico. Essa expansão
coloca a Alcoa em posição de industrializar sua avançada capacidade de
impressão 3D nessas e em outras unidades de produção.
COMUNIDADE
O término da construção da nova unidade está previsto para o primeiro trimestre de 2016. O projeto criará até
2017 mais de cem empregos permanentes – incluindo especialistas em
materiais, peritos em design e técnicos de processos e inspeção – e aproximadamente 45 empregos temporários
durante a construção.
O Departamento de Desenvolvimento
Comunitário & Econômico, o condado
de Westmorelan, o município de Upper
Burrell e o distrito da Burrell School da
Pensilvânia concordaram em apoiar o
projeto por meio de uma combinação de
apoio financeiro e benefícios fiscais, que
resultam em uma diminuição nos custos
de até 10 milhões de dólares.
FORMA E CONTEÚDO
A estratégia da companhia para promover o avanço da fabricação aditiva inclui:
LIDERANÇA
EM MATERIAIS
Os cientistas de materiais da Alcoa
produzirão pós de ligas de alumínio,
titânio e níquel exclusivos, projetados
especificamente para impressão 3D.
Esses pós serão feitos sob medida
para vários processos de fabricação
aditiva, para produzir peças impressas
em 3D mais fortes e atender outros
requisitos de qualidade e desempenho.
A Alcoa tem uma longa experiência
no desenvolvimento de ligas e pós
metálicos, tendo inventado mais de
90% das ligas de alumínio utilizadas
hoje na indústria aeroespacial, além
de uma história de mais de cem anos
no desenvolvimento de pó de alumínio
para combustível de foguetes, tintas e
outros produtos.
combinação de
processo e design
A Alcoa incrementará seu
desenvolvimento de projetos e
técnicas de fabricação avançados
para impressão 3D – como o
processo Ampliforge™ – para
melhorar a velocidade de produção,
reduzir custos e alcançar geometrias
que não são possíveis pelos métodos
tradicionais. A produção direta
de peças de metal impressas em
3D representa uma nova forma de
fabricar componentes aeroespaciais
e requer um novo conjunto de
ferramentas de design inovador para
atingir seu pleno potencial.
perícia na
qualificação
Com a mais longa experiência
na certificação de componentes
e processos de qualificação da
indústria aeroespacial, a Alcoa
utilizará sua experiência em testes e
controles de processos para superar
os desafios da certificação de novas
peças impressas em 3D, começando
pelas aplicações aeroespaciais.
set/out/nov/dez de 2015
| 23
Um projeto
que já nasce
completo
O uso do sistema BIM muda a maneira de planejar as obras:
em vez de pensar apenas no desenho, o método leva em conta
todos os sistemas relacionados à construção, do momento da
concepção até a manutenção durante o uso. Pode parecer
complexo, mas os resultados são promissores – e ao que tudo
indica, esse é o futuro da construção civil
O
s avanços tecnológicos trouxeram
mais rapidez e precisão para o
setor de construção civil. Um dos
pontos mais importantes de uma
obra, no entanto, demorou um pouco
para sair do convencional. Estamos
falando do projeto. Antes da era da
informática, os projetos eram feitos em
grandes pranchetas, em folhas muitas
vezes de tamanho A0, que precisavam
ser guardadas em canudos para evitar
que amassassem. Então, vieram os computadores e os softwares de desenho
assistido por computador (CAD - na
sigla em inglês). Foi uma grande evolução: os programas permitiam a elaboração de projetos bem mais detalhados
e precisos – em alguns casos, até com
modelos em 3D. Porém, ainda estamos
falando apenas na parte do desenho
– que, mesmo feito pelo computador,
continua sendo o desenho.
É aqui que entra o Building
Information Modeling (BIM), um sistema de modelagem de informações
de construção pensado para auxiliar
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no planejamento e no gerenciamento
das obras em tempo real.
A princípio, pode parecer que o
BIM é uma forma de projetar edifícios
em 3D. Também é isso, mas vai muito
além. O uso do BIM pressupõe uma
completa mudança na mentalidade do
projeto. Isso porque o desenho em si
é apenas uma das partes.
“A grande mudança conceitual é
que, antes, ao pensar em um projeto,
como edificação, obra de arte, infraestrutura etc., criava-se um modelo
em 2D. Esse modelo era associado
a memoriais descritivos, nos quais
eram especificadas as características
do produto. Ou seja: o projeto era
um modelo plano com as informações da planta e outras informações
arquivadas com memoriais descritivos
para ajudar a especificação”, explica
Francisco Vasconcellos, vice-presidente do SindusCon-SP (Sindicato da
Construção). Ele afirma que o BIM
estabeleceu um modelo totalmente
diferente. “Você consegue, com a
estruturação de bancos de dados de
TI, inserir as informações da obra
de forma organizada. Com isso, os
softwares traduzem os dados em um
modelo 3D.”
Dessa forma, o BIM é um grande
banco de dados, cuja forma de apresentação das informações é um modelo
3D. Mas qual é a diferença entre isso e
o desenho 3D que já existe há alguns
anos? “Nem tudo o que é projeto 3D
é BIM. O BIM é muito mais”, pondera
Vasconcellos. A grande diferença é que
o novo sistema leva em conta todos
os parâmetros de uma construção,
como arquitetura, topografia, fundações, estruturas de concreto e metal,
instalações elétricas e hidráulicas, arcondicionado e ventilação.
“Um modelo realmente BIM contém informações sobre o tipo de acabamento, qual material está sendo
usado, com que outra parte do edifício ele se relaciona, quantificação,
características técnicas desses materiais, orientações sobre segurança do
Bolsa de Valores de Xangai
Xangai, China
Um dos símbolos do acelerado crescimento chinês dos
últimos anos, o prédio da Bolsa de Valores de Xangai
chama atenção por sua imponência.
Ele está longe de ser um dos maiores prédios do
mundo: são 26 andares e cerca de 180 metros de altura.
Mas é um projeto arrojado: com duas torres formando um
vão livre, o edifício foi pensado para ser um “portal para
o futuro”, já sinalizando os rumos que a China trilharia
desde a época de sua inauguração, em 1997.
Projetado pelo premiado escritório WZMH, o edifício
é recoberto por um exoesqueleto de alumínio, que causa
um efeito elegante sobre o vidro.
O empreendimento tem soluções desenvolvidas
pela Kawneer e contou com as inovações do sistema
BIM em sua execução.
set/out/nov/dez de 2015
| 25
Crédito da foto: MR. INTERIOR Shutterstock.com
Museu de Ciência de Miami (MiaSci)
Miami, EUA
O Museu de Ciência Patricia e Phillip Frost, ou MiaSci,
está sendo construído na orla marítima de Miami, nos
EUA. A obra deve ser concluída em 2016.
A grande preocupação é ambiental, com soluções
elaboradas a partir de simulações com sistema BIM.
A direção do sol foi considerada na hora de
desenhar o edifício, para que houvesse maior
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aproveitamento possível. Além disso, a fachada e
o telhado são recobertos por painéis solares para
geração de energia.
O edifício conta com elementos de arquitetura
passiva (que não dependem de tecnologia) tanto
para aquecimento como para arrefecimento.
A captação de água da chuva é tão eficiente, que
faz com que o prédio seja comparado a uma esponja.
O formato do edifício foi pensado para aproveitar
a incidência do vento para melhorar a circulação
de ar em seu interior, diminuindo a necessidade de
ar-condicionado.
trabalho, sustentabilidade, enfim,
uma infinidade de informações”,
enumera Vasconcellos.
Com todos esses dados, a tecnologia BIM permite simular os detalhes
estruturais, interferências externas
e internas, além de cálculos de eficiência energética e hidráulica.
Por fazer parte de um mesmo banco
de dados, cada um desses componentes
criados no projeto passa a ser associado
aos outros, de maneira automática, o
que permite elaborar um orçamento
mais claro e identificar rapidamente
os eventuais conflitos – um duto de
ar-condicionado que passa pelo meio
de uma pilastra, por exemplo.
Tais conflitos são responsáveis
por até 25 por cento dos sobrepreços
durante a execução de uma obra –
e, em situações normais, só seriam
percebidos durante a execução do
projeto. Isso porque o surgimento de
uma alteração de última hora causa
atrasos e aumento de mão de obra,
cerca de 25% do sobrepreço de uma obra se deve por
conflitos, que costumam ser identificados apenas
durante a execução – a não ser que o projeto seja
feito a partir do sistema bim.
além de demandar mais materiais
do que o previsto.
São tantas vantagens, que a adoção
do BIM é uma tendência mundial em
escritórios de arquitetura e engenharia. Em alguns países, como Alemanha,
Hong Kong, Noruega e Singapura, o
sistema é utilizado para o total gerenciamento de suas edificações. No Reino
Unido, o governo já trabalha com a
ideia de adotar completamente a metodologia até 2016.
Não é por menos. Uma pesquisa
realizada pela empresa McGraw-Hill
Construction, em 2012, com companhias que atuam com empreendimentos de infraestrutura, apontou alguns
dados bastante favoráveis à novidade.
Segundo os entrevistados, os empreendimentos tiveram reduções de 22% no
custo, 33% no tempo de projeto e execução, 33% nos erros em documentos,
38% de reclamações de clientes após a
entrega da obra e 44% de retrabalhos.
Com o sistema BIM, também é possível fazer simulações de desempenho,
dependendo do software de apoio que
é utilizado – isso porque o banco de
dados estruturado para o projeto pode
ser estendido para outras aplicações.
Com isso, alguns fatores podem ser
testados, como ação do vento, incidência do sol, necessidade de refrigeração e isolamento acústico.
COMPLETO. Da dimensão das paredes até a eficiência acústica, o sistema BIM permite um planejamento muito mais abrangente da obra.
set/out/nov/dez de 2015
| 27
Estado da arte
Com elementos
que remetem a
diferentes nomes
e períodos da
arte, o Via Ômega
é um sofisticado
empreendimento
residencial erguido
em Brasília com
soluções da Alcoa
// PROJETOS
GEOMETRIA. A fachada do Via Ômega foi inspirada da obra do pintor holandês Piet Mondrian.
O
leque de referências do edifício
Via Ômega, de Brasília, é bastante vasto. Nada foi projetado
por acaso, e analisar os elementos da obra é quase uma aula de artes.
Sofisticação é o fio que liga todas as
correntes. O empreendimento fica em
Brasília, na superquadra 404 da Asa Sul,
com uma ótima localização: perto da
Esplanada dos Ministérios e com diversas opções de comércio, restaurantes,
bares, cafés e mercados.
O residencial possui lofts lineares de
33 ou 46 metros quadrados, apartamentos duplex de 51 a 72 metros quadrados
e duplex de cobertura de 98 a 113 metros
quadrados. A fachada é feita de alumínio composto, com brises de alumínio
e vidros verdes. O conceito arquitetônico é assinado pela Dávila Arquitetura.
REALIDADE PARALELA
À primeira vista, a fachada do Via Ômega
parece estranhamente familiar. Suas formas geométricas remetem às obras mais
famosas do pintor holandês Piet Mondrian
(que também serviu de inspiração para a
arte desta matéria). Sua fase neoplástica,
caracterizada por linhas pretas ortogonais formando retângulos e quadrados
com cores mínimas (além do branco, só
MÚLTIPLO. O edifício utiliza diferentes tipologias de esquadria, com destaque para os brises em forma de painel.
set/out/nov/dez de 2015
| 29
MODULAR. Detalhe da janela
visto por dentro do prédio.
GEOMETRIA. Painel nos pilotis
remete ao trabalho do artista
Athos Bulcão.
30 | www.aluminioecia.com.br
as primárias azul, amarelo e vermelho)
entraram para a cultura pop e estamparam de vestidos a embalagens de produtos para o cabelo. São essas linhas que
formam as janelas, com brises e vidros
remetendo aos painéis do artista.
VISUAL CLÁSSICO
Apesar da referência a Mondrian, que
data do começo do século 20, um elemento pra lá de clássico foi aproveitado:
a proporção áurea. O conceito teria sido
utilizado pela primeira vez pelo escultor grego Fídias, no templo Partenon.
Baseada em fórmulas matemáticas, essa
proporção ganhou status de ideal e já
foi aplicada a uma infinidade de obras
de arte, sobretudo no Renascimento. O
que torna essa proporção (sintetizada
no phi, o chamado “número de ouro”)
intrigante é que ela é encontrada na
natureza, em plantas, colmeias e até no
corpo humano. No Via Ômega, ela está
na disposição das esquadrias na fachada.
MENOS É MAIS
Apesar de datar do período clássico, a
proporção áurea foi utilizada pelo arquiteto modernista suíço Le Corbusier,
um dos mais importantes do século
20. Com suas formas minimalistas e
focadas nas necessidades humanas
(em detrimento da ornamentação),
suas obras inspiraram justamente o
projeto da cidade de Brasília, onde o
Via Ômega foi construído a partir de
alguns de seus conceitos. O formato
Nome: Via Ômega
Projeto: Dávila Arquitetura
Construtora: Via Engenharia
Fabricante: Stal Esquadrias
Distribuidor Alcoa: Albra Alumínio
Consultoria: Santa Clara
Linhas utilizadas: Inova, Gold e Universal
Local: Brasília (DF)
retangular é um deles (os detalhes
ficam por conta da posição das esquadrias), bem como o pilotis, que forma
um vão tão característico do período
(vide o prédio do Masp, um dos mais
famosos exemplos brasileiros).
UMA PEÇA, MUITAS FORMAS
Obras do artista plástico Athos Bulcão
estão presentes em vários edifícios
de Brasília. São painéis de azulejos
com um uso elegante de cores e formas. Em sua homenagem, foi criada a
Fundação Athos Bulcão, a fim de preservar e difundir sua obra. No pilotis
do Via Ômega, há painéis inspirados no
artista, criados por Alexandre Mancini,
que faz parte da fundação, e batizados de Dois Quadrados e Dois Traços.
SOLUÇÕES
Para tornar realidade um projeto
tão arrojado, foram necessárias algumas soluções em esquadrias, planejadas
com a consultoria da empresa Santa
Clara. Ao todo, foram aplicados 2,8
mil metros quadrados de esquadrias
(cerca de 25 toneladas). “Participar
FICHA
TÉCNICA
da obra foi importante inicialmente
pelo desafio de viabilizar a produção
de esquadrias. Depois, pela beleza
da arquitetura do empreendimento”,
comenta o arquiteto Paulo César de
Oliveira, consultor da Santa Clara.
A tipologia predominante é a janela
de correr, que está inserida nas fachadas-cortina. O sistema é composto de
colunas e travessas com a seção de
50 por 180 milímetros. As janelas de
correr têm trilho quádruplo – sendo
três folhas de vidro e uma quarta com
fechamento em réguas/tubinhos de
alumínio com acabamento estilizando
madeira. Alguns módulos possuem
revestimento com painel de alumínio
composto (ACM). Complementando a
paginação da fachada-cortina, existem alguns módulos de vidro fixos
coloridos e outros módulos fixos com
fechamento em venezianas.
As janelas de correr e as portas de
abrir são da Linha Inova. Já as portas
de correr são da Linha Gold. Por fim,
os guarda-corpos envidraçados foram
feitos com a Linha Universal. Nas esquadrias dos duplex foi necessário fazer
uma adaptação especial: o desenvolvimento de um fecho-alavanca.
set/out/nov/dez de 2015
| 31
// FIQUE POR DENTRO
direto no foco
O risco de incêndios estruturais exige uma série de medidas
de segurança em um edifício – e as ações de proteção vão
bem além da presença de alarmes e extintores. Desenvolver
corretamente o projeto da construção também é importante
U
ma construção está sujeita a diversos tipos de acidentes. Uma das
preocupações mais comuns no
que se refere à segurança são os
incêndios estruturais – aqueles que
ocorrem em locais construídos.
De acordo com o Instituto Sprinkler
Brasil – que realiza um levantamento
anual de ocorrências em estabelecimentos comerciais e industriais – em
2014, foram contabilizadas 1275 ocorrências de incêndio, uma média de 106
incêndios por mês. Dentre as diferentes
categorias de estruturas, a que registrou o maior número de ocorrências
foi a de estabelecimentos comerciais
(lojas, shoppings e supermercados),
com 342 registros, seguida pela de
depósitos, com 259 reportes.
A principal causa de óbitos é a
exposição à fumaça tóxica, que prejudica a visibilidade durante a fuga e
possui gases como monóxido e dióxido
de carbono, ácido cianídrico, ácido
clorídrico e dióxido de enxofre – que
podem causar intoxicação e asfixia.
Durante uma obra, o que não faltam
são pontos de risco. A condição propícia
para que surja fogo é quando há materiais oxidáveis (combustível), materiais
oxidantes (comburente) e uma fonte
de ignição (energia). Um exemplo é o
uso de uma serra (comburente) em um
componente de aço, expelindo faíscas
(energia), próximo a um combustível,
que pode ser parafina ou componentes de madeira – o suficiente para criar
uma reação em cadeia.
A SEGURANÇA NO PROJETO
Para evitar riscos e minimizar os
impactos em um acidente, a segurança depende de uma boa concepção
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do projeto, para permitir a desocupação dos ambientes atingidos e ameaçados pelas chamas de forma rápida
e eficiente.
Como cautela, deve haver também
um comprometimento no planejamento
estrutural – que, durante um incêndio,
pode por em risco a equipe de salvamento e a própria vizinhança. Alguns
materiais estruturais como o aço, o concreto e a madeira têm sua capacidade
estrutural reduzida quando submetidos
a altas temperaturas. Como etapa do
planejamento, outros componentes
devem ser considerados, como o projeto arquitetônico, o projeto hidráulico,
elétrico e de ar-condicionado.
PLANO DE COMBATE
AO INCENDIO
Um plano para combate ao incêndio
deve conter um conjunto de medidas
divididas em duas categorias: as ações
classe de incêndio
a
B
Incêndios em líquidos e gases
inflamáveis ou em sólidos que
se liquefazem para entrar em
combustão, como gasolina,
gás liquefeito de petróleo
(GLP), parafina etc.
Incêndios em materiais
sólidos fibrosos, como
madeira, papel, tecido etc.,
que se caracterizam por
deixar resíduos como carvão
e cinza após a queima.
C
Incêndios que envolvem
equipamentos elétricos
energizados, como motores,
geradores e cabos.
D
Incêndios em metais
combustíveis, como magnésio,
titânio, potássio, zinco e sódio.
RISCOS DURANTE UM INCÊNDIO
fumaça
chamas
gases tóxicos
CALOR
É a maior causa de morte nos
incêndios, pois prejudica a visibilidade,
dificultando a fuga.
A inalação pode causar asfixia e
outras reações ao organismo.
Se tiverem contato direto com a pele,
podem provocar queimaduras.
Pode provocar queimaduras,
desidratação, exaustão etc.
CINCO PASSOS PARA o COMBATE
PREVENÇÃO
COMBATE
rotas de escape
São as medidas de segurança
que visam evitar acidentes ou
a combinação de combustível
e comburente. Ou seja: são as
medidas que trabalham o controle
dos materiais combustíveis (no que
se refere ao armazenamento e à
quantidade), das fontes de calor
(como solda, eletricidade ou cigarros)
e do treinamento das pessoas para
hábitos e atitudes preventivas (como as
brigadas de incêndio nas empresas).
Compreende tudo o que é usado
para se extinguir incêndios, como
equipamentos manuais (hidrantes
e extintores) complementados
por equipes treinadas, sistemas
de detecção e alarmes, sistemas
automáticos de extinção, Planos
de Auxilio Mútuo (PAM), corpo de
bombeiros, condições de acesso
à edificação pelo socorro público,
reserva de água etc.
PROTEÇão
gerenciamento
São normalmente constituídas por
medidas de proteção passiva, como
escadas seguras, paredes e portas
corta-fogo. Podem incluir proteção
ativa, como sistemas de pressurização
de escadas. Dependem ainda dos
sistemas de detecção, alarme,
iluminação de emergência e, em
alguns casos, de uma intervenção
complementar de equipes treinadas
para viabilizar o abandono,
especialmente nos locais de reunião
de público.
São as medidas tomadas para
dificultar a propagação do incêndio e
manter a estabilidade da edificação.
Normalmente, são divididas em
proteções ativas e passivas, conforme
trabalham reagindo ou não em caso
de incêndio.
Abrange a manutenção dos sistemas
e a administração da resposta às
emergências, como o treinamento do
pessoal e sua ação em locais onde
circulam pessoas.
passivas, que consistem em medidas
de proteção presentes na construção
e que devem, portanto, ser previstas
e projetadas pelo arquiteto; e como
esses agentes reagirão ao incêndio
independe de agentes externos. Um
exemplo disso é a compartimentação
horizontal e vertical, que consiste em
dividir a construção em células que
devem suportar o calor da queima
dos materiais em seu interior por
certo período de tempo, e que devem
conter o crescimento do fogo nesse
ambiente para evitar sua propagação.
A compartimentação horizontal diz
respeito a impedir a propagação do
incêndio entre ambientes do mesmo
pavimento, enquanto a vertical se
destina a impedir a propagação do
incêndio nos demais andares.
As ações ativas, que devem ser
complementares às passivas, incluem
a instalação de um sistema de alarme,
além da presença de extintores e
orientações para abandono, com iluminação especial e sinalização das
rotas de fuga.
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// Dúvida técnica
Ponto de fusão
A soldagem é um dos procedimentos mais utilizados na
metalurgia. No caso do alumínio, algumas técnicas são mais
indicadas por conta das características do material
N
a metalurgia, uma técnica bastante utilizada é a de soldagem.
Ela consiste em um processo que
fixa permanentemente dois elementos e é aplicada a uma infinidade de
peças, de bicicletas a naves espaciais.
O procedimento teve origem na
Idade Média – na época, o estilo mais
utilizado era por forjamento. Até o
século 19, só era possível soldar qualquer coisa com o auxílio do ferreiro e
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de seu forno – ainda assim, de maneira
bem rudimentar.
As coisas evoluíram bastante desde
então. Hoje, há métodos sofisticados,
com melhor aparência e muito mais
segurança – afinal, era comum o local
soldado ter a resistência menor.
Nem todos os materiais, porém,
eram propícios à técnica. O alumínio,
apesar de todos os seus bons atributos,
tem um ponto de fusão mais baixo e a
condutividade mais alta do que o aço.
Para diversas aplicações, essas são ótimas características, mas tornavam a
solda pouco indicada por formar pequenas covas no local da intervenção – o
que comprometia a resistência.
Essa questão foi contornada com
o desenvolvimento de novas técnicas. O alumínio é bem trabalhado
com as técnicas TIG, MIG e MAG
(confira o quadro).
TIPOS DE
SOLDAGEM
Os tipos de soldagem são
classificados de acordo
com a fonte de energia que
é utilizada ou conforme a
união dos materiais
Soldagem por fusão
O material é aquecido até uma
temperatura alta para a dissolução
de um ou mais elementos de liga, e,
logo em seguida, é temperado para
que estes elementos se mantenham
em solução sólida. Essa fusão pode
ser feita tanto por meio de uma chama
(com maçarico) como com um arco
elétrico. Nesse último caso, é utilizado
um eletrodo revestido com material
especial. Ao entrar em contato com a
peça, esse eletrodo recebe uma carga
elétrica que o faz derreter junto com a
área a ser soldada.
Soldagem por pressão
(ou deformação)
A energia aplicada provoca uma
tensão no material de base, capaz
de produzir a solubilização na fase
sólida. A soldagem feita neste estado
envolve energia mecânica para poder
aproximar a estrutura dos materiais,
gerando uma atração atômica.
TIG
TOCHA
MIG E MAG
O processo de soldagem TIG
(tungsten inert gas) é definido como o
processo de soldagem a arco elétrico,
estabelecido entre um eletrodo não
consumível (à base de tungstênio) e a
peça a ser soldada. A poça de fusão é
protegida por um fluxo de gás inerte.
Os benefícios desse tipo de soldagem
são inúmeros. As soldas são de
ótima qualidade e o acabamento do
cordão de solda é impecável, além de
produzir um menor aquecimento da
peça soldada e gerar menor risco de
corrosão granular. Em contrapartida,
é um processo de difícil uso com
corrente de ar, sendo inadequado
para a soldagem de chapas de mais
de seis milímetros. Também possui
baixa produtividade devido à alta
taxa de deposição. O processo TIG é
especialmente indicado para alumínio,
magnésio e suas respectivas ligas,
aço inoxidável e para metais especiais
como titânio e molibdênio.
O alumínio também pode ser soldado
utilizando um maçarico alimentado a
gás, mas esse método é mais difícil
do que as soldagens MIG e TIG, uma
vez que é mais difícil controlar o calor
da tocha, além do fato de o alumínio
ter um ponto de fusão mais baixo do
que outros metais. A tocha de solda de
alumínio exige um soldador mais hábil.
No processo de soldagem MIG (metal
inert gas) ou MAG (metal active gas),
o arco elétrico é aberto entre um
arame alimentado continuamente e o
metal de base. A principal diferença
entre eles é o gás utilizado.
Esse tipo de soldagem é um processo
em que o arco elétrico, obtido por
meio de uma corrente contínua,
é estabelecido entre a peça e
um arame de alumínio ou liga de
alumínio, que combina as funções
de eletrodo e metal de adição, numa
atmosfera de gás inerte ou ativo. Além
disso, ao utilizar versões automática
e semiautomática, é possível soldar o
alumínio desde espessuras finas até
espessuras sem limite. Tal como no
processo TIG, o gás inerte protege a
região do arco contra a contaminação
atmosférica durante a soldagem.
Neste processo, há uma boa
facilidade de operação, bom
acabamento no cordão de solda,
alta produtividade, possibilidade
de automatização, baixo custo e
ausência da formação de escória
(resíduos metálicos). Ele, contudo,
exige uma regulação bastante
complexa e também não deve ser
feito na presença de corrente de ar.
Há também produção de respingos
e necessidade de manutenção mais
trabalhosa. Sem falar que há uma alta
probabilidade de se criar porosidade
no cordão de solda.
LIMPEZA
É muito importante que as peças
estejam bem limpas antes de começar
a solda. Isso porque o óxido de
alumínio tem um ponto de fusão
bem mais alto do que a base de
alumínio. Por isso, qualquer óxido que
permaneça na superfície da peça pode
causar interferências, como redução da
força e mudanças no aspecto da peça.
set/out/nov/dez de 2015
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// contatos
Rede ALumínio & Cia.
Saiba onde estão localizadas as principais lojas Alumínio & Cia. instaladas no País. Quem estiver
fora do Brasil deve acrescentar 55 antes dos números dos telefones indicados abaixo.
Ceará
Mato Grosso do Sul
CAA - Comércio Amazonense
de Alumínio
Tel. (92) 2123-0123
Alconort - Passaré
Tel. (85) 3469-5777
Distrito Federal
Centro do Alumínio
Tel. (92) 3643-9000
Alconort - Fortaleza
Tel. (85) 3464-2255
Fort Alumínio
Tel. (92) 3656-6111
Maranhão
Região Norte
Amazonas
Metal Alumínio
Tel. (92) 3214-1400
Amapá
A. D. Junior
Tel. (96) 3225-0500
Pará
Alupará - Belém
Tel. (91) 3276-8899
Alupará - Marabá
Tel. (94) 3321-4519
Santarém Alumínio
Tel. (93) 3523-1272
Rondônia
Aluacro
Tel. (69) 3222-6000
Roraima
Alumínio Boa Vista
Tel. (95) 3627-4666
Região Nordeste
Alagoas
Aluma - Arapiraca
Tel. (82) 3530-9237
Aluma - Maceió
Tel. (82) 3324-1186
Bahia
Bahia Alumínio - Salvador
Tel. (71) 3616-0711 / 3616-0702
Aluma Paulo Afonso
Tel. (75) 3282-7219 | 3281-1610
Alconort - Cariri
Tel. (85) 3571-6464
Alumapi - São Luís
Tel. (98) 3269-1010
Paraíba
Meganordeste - Campina Grande
Tel. (83) 3341-5500
Meganordeste - João Pessoa
Tel. (83) 3236-6868
Pernambuco
Meganordeste - Carpina
Tel. (81) 3621-5886
Meganordeste - Garanhuns
Tel. (87) 3762-3002
Meganordeste - Recife
Tel. (81) 3878-4526
Piauí
Alumapi - Teresina
Tel. (86) 3233-3363
Rio Grande do Norte
Alunor - Natal
Tel. (84) 3213-2001
Metalnor - Mossoró
Tel. (84) 3312-3700
Sergipe
Alumíniobr
Tel. (67) 3253-7503
Albra Alumínio
Tel. (61) 3462-8500
Goiás
Alcoeste Alumínio
Tel. (62) 3282-2500
Região Sudeste
Espírito Santo
Aludir
Tel. (31) 3389-6800
Minas Gerais
Aludir - Belo Horizonte
Tel. (31) 3389-6800
Aludir - Divinópolis
Tel. (37) 3691-7002
São Paulo
Alumínio Campinas
Tel. (19) 2511-1025
Comaço Alumínio
Tel. (16) 3615-8551
Raw Alumínio
Tel. (11) 2341-0546
Região Sul
Paraná
Alumíniobr
Tel. (41) 3344-1100
Alumibox - Aracaju
Tel. (79) 3211-9270
Rio Grande do Sul
Região Centro-Oeste
Alcont - Porto Alegre
Tel. (51) 3092-7800
Mato Grosso
Santa Catarina
Alumínio Pantanal - Cuiabá
Tel. (65) 3627-1500
Alcont - Caxias do Sul
Tel. (54) 3218-7777
Alumínio São José
Tel. (48) 2106-6600
Para conhecer mais sobre a Rede Alumínio & Cia. e contatos das lojas, acesse: www.aluminioecia.com.br
36 | www.aluminioecia.com.br
Rede Esquadria & Cia.
Saiba onde estão localizados os principais fabricantes da Rede Esquadria & Cia. instalados no País.
Quem estiver fora do Brasil deve acrescentar 55 antes dos números dos telefones indicados abaixo.
Região Centro-Oeste
Distrito Federal
Aluminium Elit Esquadrias de
Alumínio
Tel. (61) 3387-6987 / 9809-3553
Novix Esquadrias de Alumínio
Tel. (61) 3021-3747
Mato Grosso
Casa Nova
Tel. (65) 3661-1712
Mato Grosso do sul
MMS Esquadrias de Aluminio
Tel. (67) 3029-4550
Região Nordeste
Ceará
Unit Metalurgia
Tel. (85) 3469-2418
Metal Leste
Tel. (85) 3485-1010
Maranhão
HB Alumínio
Tel. (98) 3232-5793
Paraíba
Decor Esquadrias
Tel. (83) 3243-8484
Piauí
Lopes Vidros
Tel. (86) 3232-9940
Região Sudeste
São Paulo
Atalumínio Indústria e Comércio
de Esquadrias de Alumínio
Tel. (18) 3625-5010
Foppa Esquadrias de Alumínio
Tel. (49) 3622-1344
Stylo Alumínio
Tel. (48) 3242-3732
Paraná
D&A Comércio de Vidros
Tel. (19) 3405-9506
Domínio Esquadrias
de Alumínio
Tel. (41) 3095-2858
Usa Perfis
Tel. (16) 3382-4369
Squadrilar
Tel. (41) 3049-3211
Minas Gerais
Comércio de Alumínios Vera
Tel. (45) 3226-5780
Alumont Esquadrias
Tel. (31) 3493-3500
Rio de Janeiro
SV Esquadrias
Tel. (21) 2482-0769
Alumitemper
Tel. (24) 3337-5610
Região Sul
Santa Catarina
Agimax Esquadrias Metálicas
Tel. (49) 3442-2257
Durante Esquadrias de Alumínio
Tel. (48) 3621-7500
Esquadrias de Alumínio Delagnello
Tel. (47) 3365-1439
Esquadrimed Esquadrias Medeiros
Tel. (48) 3631-1200
Esqualumi Indústria
e Comércio de Alumínio
Tel. (43) 3276-5764
Esquadrilon Comércio
de Esquadrias
Tel. (43) 3321-1117
Las Vegas Indústria
e Comércio de Esquadrias
de Metais
Tel. (44) 3026-7711
OK Alumínio
Tel. (44) 3622-1571
Pizani Ribeiro & Cia.
Tel. (44) 9981-1081
Alutol Alumínios Toledo
Tel. (45) 3252-3430
Rio-Sul
Tel. (45) 3573-3370
Para conhecer mais sobre a Rede Esquadria & Cia. e contatos dos fabricantes credenciados,
acesse: www.esquadriaecia.com.br
// na internet
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dúvidas, críticas ou sugestões
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