001 a 052 - 2013

Transcrição

001 a 052 - 2013

VANDERLEY LIMA - 2013
Publicado por Lugar da Adoração – Edição e Arte.
Ditribuição: igcristo.com.
ISBN –
Todos os direitos reservados.
Permitida a reprodução por reprografia total ou parcial da presente obra
desde que informado ao Autor por e-mail.
Utilizada a Versão da Bíblia Sagrada - Almeida Corrigida Fiel e Almeida
Revisada, imprensa Bíblica.
Revisão – Bruno Veras Ferreira
1ª. Impressão –2013.
Conteúdo
Introdução
05
Aplicação
07
Número
Alimento
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
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13
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19
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21
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23
24
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26
27
28
Título do Alimento
Princípio da descendência
Princípio da frutificação
Princípio do recomeço
Princípio da firmeza
Princípio da pureza
Princípio do entendimento
Princípio da permanência
Princípio da liberdade
Princípio da lembrança
Princípio da oportunidade
Princípio da sabedoria
Princípio do fortalecimento
Princípio da expiação
Princípio do sacrifício
Princípio da gratidão
Princípio do limite
Princípio da negligência
Princípio da organização
Princípio do livramento
Princípio da aliança
Princípio da conquista
Princípio da conduta
Princípio da renovação
Princípio do efeito
Princípio da preservação
Princípio do resultado
Princípio de vitória
Princípio da celebração
Semana
Página
6 a 12/Jan-13
13 a 19/Jan-13
20 a 26/Jan-13
27 a 2/Fev-13
3 a 9/Fev-13
10 a 16/Fev-13
17 a 23/Fev-13
24 a 2/Mar-13
3 a 9/Mar-13
10 a 16/Mar-13
17 a 23/Mar-13
24 a 30/Mar-13
31 a 6/Abr-13
7 a 13/Abr-13
14 a 20/Abr-13
21 a 27/Abr-13
28 a 4/Mai-13
5 a 11/Mai-13
12 a 18/Mai-13
19 a 25/Mai-13
26 a 1/Jun-13
2 a 8/Jun-13
9 a 15/Jun-13
16 a 22/Jun-13
23 a 29/Jun-13
30 a 6/Jul-13
7 a 13/Jul-13
14 a 20/Jul-13
08
15
23
30
37
45
53
62
71
80
88
96
104
114
122
130
140
150
161
171
181
190
200
211
223
233
243
252
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
Conclusão
Princípio da obediência
Princípio da responsabilidade
Princípio da derrota
Princípio do esclarecimento
Princípio do temor
Princípio da confiança
Princípio da sinceridade
Princípio da ação
Princípio do testemunho
Princípio da limpeza
Princípio da resposta
Princípio da edificação
Princípio da maturidade
Princípio do aprendizado
Princípio da caminhada
Princípio da solidão
Princípio da modelagem
Princípio da justiça
Princípio da certeza
Princípio do serviço
Princípio da alegria
Princípio da visão
Princípio da restauração
Princípio da perturbação
21 a 27/Jul-13
28 a 3/Ago-13
4 a 10/Ago-13
11 a 17/Ago-13
18 a 24/Ago-13
25 a 31/Ago-13
1 a 7/Set-13
8 a 14/Set-13
15 a 21/Set-13
22 a 28/Set-13
29 a 5/Out-13
6 a 12/Out-13
13 a 19/Out-13
20 a 26/Out-13
27 a 2/Nov-13
3 a 9/Nov-13
10 a 16/Nov-13
17 a 23/Nov-13
24 a 30/Nov-13
1 a 7/Dez-13
8 a 14/Dez-13
15 a 21/Dez-13
22 a 28/Dez-13
29 a 4/Jan-14
263
274
286
297
311
324
335
346
359
370
383
392
404
415
426
437
448
459
471
482
493
504
517
527
537
Introdução
A bíblia não é um livro somente de Regras e Leis, mas de PRINCÍPIOS, onde são
relatados aqueles que norteiam a vida e a forma como queremos que ela seja. Ao
observarmos a Bíblia desta maneira, conseguimos entender que todas as coisas ruins
que acontecem à humanidade começaram com quebras de Princípios.
Na Bíblia encontramos vários
termos relacionados ao nosso
comportamento aqui na terra e
forma como Deus nos trata. O
desenho ao lado representa
bem
esta
hierarquização
mostrando onde é colocada
cada palavra.
Olhando
assim
compreendemos que Deus age
dentro de Princípios. Estes,
necessariamente, carecem de
doutrinas e de ensinos que
possibilitem torná-los conhecidos por nós. Até a vinda de Jesus este assunto ainda
era muito obscuro, mas quando as pessoas o viram falar, logo compreenderam que
seu ensino, sua doutrina era de quem tinha
autoridade.
A GRAÇA atua no terceiro
Num terceiro nível encontramos a forma
Nível, em forma de Parêntese,
racional de expressão dos Princípios, indicando
aliviando os elementos desta
que eles, além de carecerem de ordenação,
classe. Ela não elimina os
precisam também desta lógica. Por isto existem
Princípios e nem extingue as
os mandamentos, as leis, os estatutos, as
consequencias (Juízos e
ordenanças, as alianças, os preceitos e os
Sentenças)
decretos. Neste mesmo nível entra uma
Princípios – Decido andar com JESUS | Alimentos Celulares de Multiplicação
5
expressão em parêntese que é a Graça. Ela não elimina a necessidade de tais lógicas,
apenas atenua o seu cumprimento. Não faz parte do contexto. É uma expressão em
parêntese que apenas funciona por um tempo, sendo depois retirada, no momento
do arrebatamento da Igreja.
No quarto nível estão expressos os Juízos e as Sentenças que estarão sujeitos aqueles
que não observarem os Princípios.
Aprenderemos que não existem Princípios apenas para “coisas boas”. Não é assim.
Os Princípios são uma realidade também para itens que temos como ruins e não
observância destes nos faz vítimas de suas artimanhas. A quebra de Princípios, pela
não observância, tem sido motivo da queda de muitas pessoas, igrejas e ministérios e
quero agora compartilhar com você o estudo de alguns deles que é fruto de uma
revelação nova e surpreendente de Deus.
Logo em Gênesis vemos o homem quebrando o Princípio da Confiança dando mais
ouvido à serpente que a Deus. Na sequência Deus chama Abraão e o escolhe para, a
partir dele, abençoar todas as famílias da terra. Era um chamado lindo que demorou
a cumprir-se porque a geração que veio após Abraão não entendeu que era esta a
vontade de Deus e um Princípio estabelecido. Ao invés de serem modelos de
relacionamento pacífico com o Senhor, o tentaram, quebrando os Princípios de
Aliança e Promessa, querendo, desta forma, frustrar os planos de Deus.
Satanás foi o motivador da quebra do primeiro princípio e usando este artifício tem
induzido as gerações ao mesmo erro. Ele sabe que a quebra e a obediência levam a
caminhos distantes e diferentes um do outro.
Por causa da quebra de Princípios Deus precisa então nos provar como fez com
Israel. Ocorreu com eles e agora serve para nós. Vejamos: “E te lembrarás de todo o
caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos,
para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias
os seus mandamentos, ou não.E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou
com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a
entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do
SENHOR viverá o homem.” Deuteronômio 8:2-3.
6
Alimentos Celulares de Multiplicação| Princípios – Decido andar com JESUS
Aplicação
A versão dos nossos Alimentos Celulares de Multiplicação para 2013 seguirá este
modelo e estaremos aprendendo sobre PRINCÍPIOS.
Os textos sempre são ordenados em introdução, desenvolvimento, conclusão e
resumo. Cabe ao líder de Célula fazer a aplicação adequada ao seu público, sempre
usando o conteúdo completo de modo a não fugir do foco da lição.
Independentemente de como as pessoas vão encarar esta realidade acerca dos
Princípios, é papel de cada discípulo assimilar os conteúdos, multiplicá-los e assim
dar pleno prosseguimento à visão: GANHAR, CONSOLIDAR, TREINAR e ENVIAR.
Preferencialmente estude a lição com antecedência, participe da reunião de governo
e torne a célula um lugar de debate das melhores práticas. Deixe fluir o Espírito do
Senhor que vai dar a cada um a orientação e transformar nossos intentos em
alimentos.
Meu mais nobre objetivo com esta obra é fazer com que sua aplicação sirva de
orientação à Igreja de Cristo, e assim continuemos sempre crescendo na busca da
perfeição em cumprimento ao eterno propósito de Deus para nós.
A Bíblia é um livro completo e quero chamá-lo a sua totalidade de entrega ao que o
Senhor tem a nos ministrar em cada lição semanal.
Faremos muito o uso das escrituras e propositadamente temos alguns objetivos com
esta iniciativa. O primeiro deles é a validação do que estamos ministrando,
evidenciando-os nas Escrituras. O segundo é levá-lo ao conhecimento da Palavra,
dando, desta forma, elementos que enobrecem ainda mais nossa caminhada cristã, e
a terceira é provocar em seu coração um amor ardente pela busca da revelação
contida na Bíblia, chamando-o a não restringir-se apenas aos textos publicados, mas
a ir adiante no universo da pesquisa, tendo como certo que você tambem poderá
receber a mesma unção que está derramada em cada lição.
Enfim, vamos estudar juntos!
7
Número do Alimento Celular de Multiplicação -001/2013
Semana de 6 a 12/Jan-13
Título: Princípio da descendência
E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou
um filho à sua semelhança, conforme a
sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
OBJETIVOS:
Conscientizar quanto à
importância da
preservação da
Família e quebrar
barreiras de divisão
que possam existir
Gênesis 5:3
INTRODUÇÃO
Um dos projetos mais lindos de Deus é a
família. Não existe sociedade equilibrada,
sem que este equilíbrio origine-se na
família, que é peça fundamental na
formação das pessoas.
Deus tem outros projetos que são também maravilhosos, mas no ramo da
unidade social, baseada nos verdadeiros amores paternos, maternos e
fraternos, não existe nenhum que se compara à família. Para que esta família
encontre a felicidade a qual foi destinada, precisa, acima de tudo, ter Deus
como membro dela. É claro que quando pensamos no núcleo familiar, não
existe espaço para uma terceira pessoa, diferente do pai, da mãe e dos filhos.
Aí está a magnitude de Deus! Quando menciono que não há espaço para um
terceiro, implica entender que Deus nunca deve ser mais um.
8
DESENVOLVIMENTO
Em Gênesis, capítulo 5, o Espírito nos
relata os descentes de Adão. A Escritura
nos relata que ele viveu 130 anos e teve
um filho segundo a sua semelhança,
chamado Sete.
Desde nossos primeiros contatos com a história da humanidade, no aspecto
bíblico, fomos ensinados que Adão teve 02 filhos, Caim e Abel. Já nesta
genealogia do capítulo 5, parece que o Senhor não quis falar do assunto do
episódio entre os dois jovens. Ele vai direto para Sete, que seria o terceiro
filho do casal.
Por que Deus não quis mencionar neste capítulo aquele terrível incidente?
Será que Deus está querendo nos ensinar algo? Sinceramente, creio que Deus
não apenas quer nos ensinar algo, mas nos chamar aos princípios que devem
nortear a nossa descendência. Isto, é claro, serve tanto para pais, como para
filhos.
Numa olhada ainda superficial, encontro a ocorrência de muitas lições,
vejamos:
a) Abel foi um bom filho, mas foi vencido por Caim (mau filho);
b) Caim tendo cometido o assassinato de seu irmão, tornou-se fugitivo,
não tendo como dar continuidade à descendência de Adão, segundo
seu desejo;
c) De Sete, a bíblia registra que nasceu Enos, aí a escritura relata o
seguinte: “então se começou a invocar o nome do SENHOR” Gênesis
4:26. O interessante é que não parou por aí. Deste mesmo Sete foram
descendentes Enoque (o homem que andou com Deus) e Noé (que
trouxe o juízo de Deus);
d) Sete foi gerado à semelhança de Adão. E sendo ele parecido com o pai
e o Adão com Deus, logo Sete parecia com Deus.
9
Ocorreu uma mudança radical na vida daquela família com o nascimento de
Sete. Isto nos ensina que Deus quer que nossa descendência nos propicie
alegrias e não tristezas.
O estudo deste texto e as percepções que o Senhor vai nos ensinando
objetivam provocar em nós mudanças quanto ao trato com nossos pais (como
suas descendências) e como estamos tratando nossos filhos. Nesta autoanálise consigo encontrar em mim várias falhas. Muitas delas foram motivos
de tristezas aos meus pais. Também reconheço que não tenho sido o melhor
pai, na tentativa com os filhos. E com você, como tem sido? Será que você
tem conseguido ser motivo de alegria para seus pais? Você tem tido por eles o
devido respeito e prestado a devida honra? E com seus filhos, se é que já os
têm, você consegue ser o pai que desejava ter quando era criança? Você é
omisso na correção e na imposição de limites?
Deus tem um carinho especial pela descendência. Veja que nos evangelhos de
Mateus e Lucas os escritores começam mostrando que Jesus era da
descendência de Davi, ou seja, estava debaixo da mesma unção de governo e
de agrado ao Senhor que Davi esteve.
Observe que Davi semeou boas obras e comunhão com Deus, obtendo do
Senhor a honra de ser PAI (descendência humano) de Jesus. É uma ligação
muito forte!
O Senhor dá tanto valor à descendência que fez questão de catalogar todas as
famílias de Israel. Ele mencionou os nomes dos que entraram no Egito, sabe
quais saíram. Conhece os que foram cativos à Babilônia e registrou os que
voltaram. Ele conhecia os filhos pelos pais. Ele conhecia os pais pelos filhos.
Um estava intrinsecamente ligado ao outro.
Temos perdido nossos laços de descendências e deixado de lado valores que
são essenciais para manutenção de nossa aparência com nosso pai. Neste
sentido preciso que tomemos como base os seguintes textos: “Porque todos
10
os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” Rom
8:14. “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” Gál 3:26.
Desta forma, quero que entendamos que me refiro não somente a
descendência biológica, mas também à descendência divina onde eu você
somos constituídos filhos de Deus. Quando a aprendemos viver no governo de
Deus, o biológico torna-se mera consequência. Também quando conseguimos
ser bons filhos e pais, temos muita facilidade de interação com nossa
descendência divina.
É certo. Deus ama as famílias e quer nos usar como filhos biológicos e divinos
para execução de uma grande obra, assim como fizeram os descendentes de
Sete. Esta deve ser nossa ocupação cotidiana. Afinal, como estamos
procedendo e como influenciamos nossos filhos à boa procedência? Vejamos
os princípios que Deus deseja que alcancemos em nossa descendência, como
ocorreu com Adão e Sete. Tomemos como modelo três de seus descendentes.
São Princípios fundamentais que uma vez observados nos conduzirão ao
alcance do que buscamos em Deus para nossa descendência:
RESSUSCITE O TEMPO DE ENOS - (TEMPO DE BUSCAR A DEUS)
Para Enos as Sagradas Escrituras mencionam que, com sua vida, iniciou-se a
busca real por Deus. Este “iniciou-se” ou começou, mais soa como retornou,
lembrando o tempo em que Deus visitava o jardim e conversava com Adão.
Precisamos implantar em nossa geração e na de nossos filhos o tempo de
buscar a Deus. Não podemos concordar que as pessoas vivam distantes do
seu criador, alheias a sua vontade e destinadas ao inferno. Precisamos
ressuscitar em nós o espírito de enos (no aspecto figurativo de bravura e
ruptura com a farsa humana) e buscar ardentemente o Senhor. A mesma
palavra que o Senhor falou a Israel serve também para mim e para você: “E
serei achado de vós, diz o SENHOR...” Jeremias 29:14.
11
IMPLANTE O TEMPO DE ENOQUE – TEMPO DE INTIMIDADE COM DEUS
Enoque não se preocupava em ser diferente dos demais. Talvez alguém o
apelidasse de algum nome pejorativo, mas isto não importava. Ele falava com
Deus. Ele via Deus. Ele conhecia o Deus que seus contemporâneos não
quiseram conhecer, e isto foi de total importância para sua vida. Isto tocou
tanto o coração de Deus, que um dia procuraram Enoque nos muitos lugares
por onde costumava andar e até hoje não o encontraram. A resposta para seu
sumiço veio de Deus: “E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais,
porquanto Deus para si o tomou” Gênesis 5:24.
Fazemos parte de uma igreja que se prepara para o arrebatamento, um fato
semelhante ao que ocorreu com Enoque. Ao observar esta linda história
percebo que Deus tomará para si somente aqueles que decidem andar com
Ele, que quebram a barreira das formalidades e resolvem ter intimidade.
Nossa descendência precisa ser treinada a não perder esta intimidade que eu
e você somos chamados a viver. É semelhante à intimidade que os pais têm
com os filhos: “E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas,
Diz o Senhor Todo-Poderoso” 2 Coríntios 6:18.
VIVA HOJE O TEMPO DE NOÉ – TEMPO DE PERSERVERANÇA E FÉ NO
CHAMADO
Noé viveu num tempo muito difícil. Creio que nossas dificuldades se
assemelham muito ao seu tempo, com um agravante muito forte: naquela
época o estado era menos participante das políticas públicas de segurança,
deixando as pessoas totalmente à mercê de seus próprios juízos. Quanto a
Noé, vejamos um dos relatos bíblicos: “...Noé era homem justo e perfeito em
suas gerações; Noé andava com Deus” Gênesis 6:9.
Vale à pena refutar: “NOÉ ANDAVA COM DEUS!”
12
Ao invés de andar ou julgar segundo seus próprios juízos ele resolveu andar
com Deus. Isto é notório pela sua disponibilidade em servir ao Senhor.
Em meio a esta sociedade e ouvindo tantas vozes, Noé distingue das demais a
voz de Deus. Ela lhe pareceu audível, assim como eu e você já ouvimos. Sua
missão era fazer uma arca e como sabemos da história ele a fez. A obra não
foi rápida como alguns pesavam ser. Ela demorou bastante, mas Noé não
desistiu de sua empreitada com Deus. Ele não se enfadava, não reclamava,
embora sua grande obra na vida pudesse se resumir a esta arca e a plantação
de uma vinha. Isto não era importante ao ponto de ele abandonar em prol de
algo mais “fast”.
A Bíblia registra sua fidelidade neste texto: “Assim fez Noé; conforme a tudo
o que Deus lhe mandou, assim o fez” Gênesis 6:22.
Somos chamados, por Deus a trazer a nossa geração esta mesma persistência
tida em Noé. Não podemos aceitar ser e nem gerar pessoas fracas,
desanimadas e pessimistas.
Pois bem, sabe aquela alegria que a família
pode proporcionar? Tenho duas notícias
boas para você: (1) Ela pode ser bem
CONCLUSÃO
melhor; (2) Podemos contribuir muito mais
do que estamos fazendo. Temos que ter
um zelo tremendo com nossa descendência. Isto nos chama à
responsabilidade de, como pais e mães, não sermos omissos no ensino e no
andar juntos.
São princípios fundamentais que nos farão viver uma descendência Plena de
Deus.
13
Não Esqueça
1. Como filho você é responsável por trazer os tempos de BUSCA, INTIMIDADE
e PERSERVERANÇA na geração de Seus pais;
2. Como pais não podemos nos furtar à responsabilidade de GERAR uma
descendência que dê continuidade ao tempo de Deus e à obra que ele tem
confiado em nossas mãos;
3. Somos filhos biológicos e divinos. Os princípios empregados numa filiação
são perfeitamente utilizáveis na outra. Não se prive da boa descendência dos
Pais.
14
Número do Alimento Celular de Multiplicação - 002/2013
Título: Princípio da frutificação
O homem bom tira boas coisas do bom
tesouro do seu coração, e o homem mau
do mau tesouro tira coisas más.
Mateus 12:35
OBJETIVOS:
Mostrar que podemos
ser árvores frutíferas e
ensinar como
utilizarmos os bons
frutos que o Senhor
quer que geremos.
Em
muitas
ocasiões, nos Evangelhos, o Senhor Jesus
INTRODUÇÃO
nos
comparou
com
árvores.
Semelhantemente o fez também com
outros objetos e elementos naturais. Isto
fez Jesus objetivando a transmissão de uma mensagem simples e que fosse de
fácil assimilação a todos. Quando o Senhor nos compara com árvores quer
enfatizar a maneira e a naturalidade com as árvores dão seus frutos.
Ninguém precisa dizer a uma árvore que está na época de frutificar. Ela
simplesmente observa as condições de tempo, temperaturas e estações e
sabe que é a hora de emitir os seus frutos. Tudo isto segue detalhado critério
de planejamento, cuja finalidade é a persistência da espécie e tornar o
ambiente agradável e propício à propagação da Vida.
Conosco Deus deseja que ajamos da mesma forma.
15
No texto em referência o senhor usa a
alegoria da árvore e de seus frutos para
nos comunicar algo muito importante
DESENVOLVIda parte de Deus. Esta lição foi muito
MENTO
assimilada por seus discípulos e
transportou-se no tempo chegando até
nossos dias e é muito simples: PELOS
FRUTOS, SE CONHECE A ÁRVOVE.Em complemento o Senhor nos explica que
não há nexo entre o coração mau e as boas palavras, assim como é verdadeira
também a leitura contrária. O Senhor deixa claro que havemos de prestar
contas a Deus por todas as palavras que falamos. Com elas decretamos nossa
justificação ou condenação.
O ponto central desta lição é que a boca fala do que está cheio o coração.
Sabe aquela idéia de “falei sem pensar” ou ainda “não era isto que eu queria
dizer” que muitas vezes já falamos ou ouvimos? Esqueça. Não existe. A boca
só profere o que primeiramente passou pelo coração, seja bom ou mal.Neste
contexto o Senhor trata nossas palavras como frutos e nosso coração como
sendo a árvore. Aí o entendimento de que não existe árvore (coração) ruim
que dê fruto bom e não existe árvore (coração) boa que dê fruto ruim. Num
entendimento complementar o Senhor nos fala que do bom tesouro que
alguém tem de lá ele tira coisas boas. Já do mau tesouro tira coisas más.
Aquela idéia de que existe um pouco de mal no bem e de bem no mal é
mentirosa.
Jesus repassou estes ensinamentos quando foi interpelado acerca da
possibilidade de estar expulsando demônios. Ele considerou as palavras das
afrontas tão sérias que as chamou de blasfêmias e explicou que estas não
eram contra ele e sim contra o Espírito de Deus que o impulsionava a
realização de tais milagres e que agia no coração de cada pessoa trazendo
nelas a certeza de que Jesus era o Messias, o Filho de Deus. Jesus então pára o
16
discurso e repreende seus acusadores explicando-lhes que aquele tipo de
blasfêmia contra o Espírito Santo não haveria perdão. É uma verdade que
muitas pessoas fazem questão de desconsiderar selando assim suas
condenações eternas.
Este texto nos faz entende que existem princípios para uma boa frutificação.
Não é de qualquer forma. Aliás, no reino de Deus, as coisas nunca são obras
do acaso. Deus sempre tem um planejamento e uma meta traçada para cada
uma de suas ações. Desta forma, podemos até nos indagar sobre quais são os
frutos (palavras) que estamos falando. Será que estamos vigiando nosso
coração, uma vez que as palavras ali não liberadas e soltas inadvertidamente
carregam sérias consequências?
Observemos, então quais são os princípios fundamentais para uma boa
frutificação.
1) Deixe os velhos hábitos
Quando você não conhecia Jesus, ou mesmo antes de ser ensinado, caso
ainda não o tenha conhecido como assim me expresso, você certamente
participava de um grupo onde as más tendências, as maquinações perniciosas
e as perversidades faziam parte do cotidiano. Agora a recomendação do
Senhor é para que nos afastemos delas. Esta recomendação alcança 02
grupos:
a) Escarnecedores– indicando aquele que escarnece de Deus e de seus
valores éticos e morais;
b) Falso irmão – que se refere aquela pessoa que está na igreja, mas a
igreja não está nele. Ele convive conosco, mas seu coração, mente e
atos ainda são mundanos. Para pessoas assim o Apóstolo Paulo nos
orienta da seguinte forma: “Seja entregue a Satanás para destruição
da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus” 1 Cor
5:5.
17
Temos uma necessidade enorme de fazer florescer novos hábitos, sendo esta,
inclusive uma determinante de nossa vida ou morte como cristãos. Vejamos a
recomendação que Senhor nos dá, quando assim escrevia aos Efésios: “Por
isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque
somos membros uns dos outros.Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol
sobre a vossa ira.Não deis lugar ao diabo.Aquele que furtava, não furte
mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o
que repartir com o que tiver necessidade.Não saia da vossa boca nenhuma
palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê
graça aos que a ouvem.E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual
estais selados para o dia da redenção.Toda a amargura, e ira, e cólera, e
gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós,Antes sede
uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” Efésios 4:25-32.
Em meio a tanta rica recomendação podemos perceber quando o Senhor nos
fala para não entristecermos o seu Espírito, mostrando que nossos frutos de
novo homem devem exaltar e provocar alegria ao Espírito Santo e não
entristecê-lo, como muitos preferem fazer.
Quando conseguimos nos manter longe do grupo que não procura Deus,
naturalmente começamos a nos fortalecer mais na pessoa de Seu Espírito e de
onde menos esperamos, Deus começa a enviar reforço de modo que nunca
nos sentimos sozinhos. O contrário apenas nos leva ao precipício mostrando
cada vez mais evidente o caminho do inferno.
2) Muito cuidado com o que semeiam em seu coração
Um dos solos mais férteis para ervas daninhas é o coração do Homem.
Perceba que você lembra mais dos fatos ruis que dos bons. Você consegue
lembrar qual foi o seu primeiro presente? Ou qual foi o seu melhor dia? Talvez
não consiga lembrar, mas da sua primeira queda de bicicleta, do seu maior
18
inimigo, das situações desagradáveis ou das palavras ruins você certamente
tem mais facilidade para guardar porque elas foram cravadas em seu coração.
A grande terapia que aprendemos com o Senhor e é um forte princípio para
uma boa frutificação, consiste exatamente em você começar a pôr limites,
impor barreiras de aproximação. Criar obstáculos reais que possam preservar
o seu coração das más sementes que cotidianamente alguém quer lançar em
seu coração.
Para que estas sementes não encontrem a fertilidade natural do coração do
homem é preciso que criemos filtros reais que nos possibilitarão a
participação apenas naquilo que edifica.
a) BEM OU MAL - É de Deus que estão falando. E estão falando bem?
b) SADIO - A discussão é de algo salutar que vise o bem comum da igreja,
da empresa, da sociedade?
c) LEGAL - É algo lícito, o qual você poderá compartilhar com sua esposa
e filhos, ou os pais?
Caso o que querem que você ouça não passe por estas 03 camadas de filtros,
então não ouça. É semente de maldade que o inimigo está lançando em seu
coração. Cuidado porque ele pode encher o seu coração de más sementes e
estas darão seus frutos em momentos que você, talvez não espere.
3) Prepare bem o seu coração.
Para um solo ser sempre fértil ele precisa de elementos corretivos que trarão
a ele os nutrientes necessários a uma boa germinação da semente. Conosco
não é diferente.
Os bons frutos não nascerão espontaneamente sem que antes tenhamos
lançado as sementes. Então investir tempo na seleção das sementes e na
preparação do solo é tão essencial quanto admirar os lindos frutos que aquele
solo pode proporcionar. O problema está exatamente aí. Não investimos
19
tempo na preparação do nosso coração. Também não o treinamos para as
adversidades as quais ele pode ser submetido. Aí nos tornamos pessoas com o
coração fraco.
Um coração fraco não pode dar bons frutos. Aliás, os seus frutos serão tão
fracos e pecadores quanto ele. Daí uma colheita que não agrada a Deus e que
nos faz viver numa dimensão muito distante daquela que Deus tem para nós.
Ora como você vai ajudar alguém se está tão doente quanto?
Prepare o seu coração dando-lhe a ação, o aprendizado e a prática necessária.
Muitos até querem dar bons frutos, mas esquecem que eles brotam do
coração. Vejamos na tabela orientações de como devemos proceder.
Fruto do
Espírito
Ação
Alimentos Principais
Aprendizado
Vá onde há
aglomeração e veja
como as pessoas
vivem
Seja feliz porque o
Espírito Santo habita
em você
Prática
Amor
Mantenha Contato com
Pessoas. Conheça-as
Gozo
Nunca deixe a tristeza ser
mais forte
Paz
Provoque a paz onde
você está e com quem
mantém
relacionamentos
Faça do seu mundo um
mundo de Paz
Elimine os causadores de
perturbação. Pode ser que
estejam mais próximos que
o imaginado
Longanimidade
Seja paciente e
constante. No final
perceberá ter sido mais
fácil
Use a pressa junto
com a prudência,
quando precisar dela
Priorize sempre os melhores
caminhos e as melhores
ações, embora sejam mais
demorados
Benignidade
Seja favorável ao bem
Empregue bons
hábitos. Eles geram
palavras agradáveis
Domine a malignidade,
embora ela queira
prevalecer
Trate com pessoas
Entenda que elas são
diferentes
Seja completo tendo
pessoas ao seu lado. O
contrário o tornará em
alguém incompleto
Bondade
20
Relate as observações e
execute ações de amor
Enalteça os motivos que
trazem felicidade
Fé
Estude a Bíblia
Leia testemunhos e
histórias semelhantes
a sua
Exercite o aprendizado
Mansidão
Use a calma e a
tranquilidade em todas
as situações
Aceite não estar em
evidência e não lute
por isto. Ocorre
naturalmente
Observe que os mansos
sempre têm o que desejam
conquistar
Temperança
Não seja pesado e nem
leve demais
O bom senso é
essencial e todas as
relações
Os extremistas até acham
que vencem, mas sempre
são derrotados
Esta tabela sintetiza muita coisa que precisamos dar ao nosso coração.
Tambem abre a oportunidade para um maior aprofundamento no tema.
Observe que nunca conseguiremos ser os
filhos que pretendemos, ou os pais que
CONCLUSÃO
sonhamos se
primeiramente não
adequarmos o nosso coração ao de Deus.
Sei que não é fácil e constitui-se numa
tarefa diária, mas também sei que os benefícios são incalculáveis.
Como árvores o Senhor nos chamou para sermos frutíferos de coisas boas. Ele
nos criou como árvores perfeitas, mas de tanta maldade semeada no coração
de nossos pais, acabamos nascendo árvores ruins. Ao conhecer o Evangelho o
Senhor nos transforma em árvores que produzem frutos que o agradam.
Os princípios para uma boa frutificação permeiam nosso coração, isto porque
com um coração mau, não podemos dar bons frutos. O Senhor tem muito zelo
e cuidado primeiramente do nosso coração (árvore) e desta forma os frutos
serão bons. Para finalizar meditemos nesta linda citação: “Porque há
esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não
cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco
morrer no pó, Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta”
Jó 14:7-9.
21
Não Esqueça
1. É com coração bom que podemos servir a Deus;
2. Um coração mau, gera maus frutos, os quais Deus não quer em seu pomar;
3. Somente através da purificação de nosso coração é que podemos dar frutos
ao Senhor que he agradam o coração;
4. Antes de estes frutos nascerem no céu, nascem primeiramente na terra.
22
Título: Princípio do recomeço
Porém tu és justo em tudo quanto tem
vindo sobre nós; porque tu tens agido
fielmente, e nós temos agido impiamente.
Neemias 9:33
OBJETIVOS:
Mostrar que a melhor
forma de começar algo
que deu errado é
voltando ao local onde
o erro foi cometido
Tenho entendido com cada vez mais
clareza que não temos o controle de todas
as situações e que quando aceitamos o
INTRODUÇÃO
convite de seguir a Jesus, assumimos a
continuidade do seu ministério de
restaurar para Deus, aquilo que um dia fora motivo de glória.
Verdade é que por mais que vigiemos não conseguimos eliminar por completo
as armadilhas que o diabo monta. Minimizamos em muito seus efeitos, mas
pelo fato de estarmos rodeados de pessoas que amamos e que não tem o
mesmo entendimento que o nosso. Algumas delas acabam dando brecha ao
êxito do mal, ficando assim sob a nossa responsabilidade a correção.
Também havemos de admitir que em certas ocasiões nós fomos a porta por
onde o mal entrou e tem tentado prevalecer. Nestes casos, o melhor caminho
é o do recomeço. Recomeçar é um gesto nobre de hombridade e sobriedade.
23
Deus usa a vida de Neemias para nos
ensinar preciosas lições. Com ele já
DESENVOLVIconhecemos a necessidade de reconstruir
MENTO
muros de proteção. Também o Espírito
nos ministra que uma vez lançando a mão
no arado (no caso de Neemias era a
reconstrução dos muros de Jerusalém) não podemos perder tempo olhando
para trás, embora este arado exija de nós muito trabalho e disciplina. Outra
grande lição é sobre o RECOMEÇO. Os princípios para um bom recomeço.
Todos os dias temos 03 oportunidades dadas por Deus: (1) continuar algo que
já estamos trabalhando; (2) finalizar algum projeto e (3) começar algo novo.
Nossa mente precisa estar sempre ocupada com estas três macro-atividades.
Quando assim não queremos viver, logo nos tornamos meros objetos de
domínio, ora pelo mal, ora pela perda de tempo e o sentimento de inutilidade
passará a ser nosso vizinho.
Neste sentido da ocupação, sempre cometemos erros. Reconhecê-los é algo
salutar, pois somente assim saberemos como evitar, nas próximas
ocorrências.
Israel não havia apenas cometido erros, eles quebraram princípios
estabelecidos por Deus e como consequência foram levados cativos em dois
grupos um à Assíria e outro à Babilônia. Este segundo grupo ficou cativo por
70 anos, tendo seu retorno ocorrido em três etapas. A primeira delas foi sob a
liderança de Sesbasar e Zorobabel, em 538 a.C. O objetivo deste grupo era a
construção do templo, fato que foi tido como finalizado em 516 a.C. Já o
segundo grupo, liderado por Esdras, retornou á Jerusalém em 458 a.C. Sua
principal missão foi o restabelecimento do culto ao Senhor, trazendo sobre o
povo um período de muito arrependimento e também um tempo de
avivamento. O terceiro grupo foi liderado por Neemias em 445 a.C, cuja
principal missão era a reconstrução do muro. Ora, o templo estava pronto, o
24
povo estava sendo ministrado sobre a santidade, mas como os muros
estavam destruídos, suas fragilidades eram visíveis aos inimigos. Neemias
começa então aquela grandiosa obra e o nome do Senhor foi enaltecido.
Muitas vezes ocorre assim em nossa vida. Temos quase tudo sob controle e
de repente descobrimos que ainda tem áreas que precisam ser trabalhadas. Aí
deve entrar a ação de restaurador e para que isto aconteça de forma que o
êxito seja obtido, é necessário recomeçar. Tem horas que não podemos mais
ficar remendando. É melhor começar do zero.
Jesus falou sobre este assunto quando nos ministrava sobre o Jejum. Ele diz
que vinhos novos só dão certos se colocados em recipientes novos, assim
como roupa velha não deve receber remendo novo (citação de Mat 9.17).
Quando Jesus assim nos dizia, estava nos ensinando sobre as formas corretas
do recomeço. Agora vejamos a prática desta aplicação quando o Apóstolo
Paulo nos ensina que somos templos do Espírito Santo. Neste contexto,
podemos considera o Espírito Santo como sendo o Vinho Novo e o nosso
corpo como sendo o Odre. Jamais conseguiremos recebê-lo ou mesmo mantêlo, se não aceitarmos primeiramente a renovação que Deus tem para cada um
de nós. Veja quantas pessoas são frustradas na igreja e na vida porque
quiseram uma experiência sobrenatural como templos do Espírito Santo, mas
não quiseram a renovação, ou o recomeço, proposto por Deus!! Não são
poucas e a recomendação é que vigiemos para não incorrermos na mesma
falha.
Somos chamados por Deus a um RECOMEÇO. A corrigir as brechas ou abrir os
poços que foram tapados, semelhantemente como ocorreu com Isaque que
abriu os poços que os inimigos de seu pai haviam tapados.
Neemias reconstruiu os muros. As brechas foram fechadas. No entanto, o
Espírito do Senhor sabia que o maior muro que deveria ser reconstruído era
em seus corações, por isto ensinou a eles que o melhor caminho do recomeço
25
iniciava com a Confissão dos Erros (pecados) e o local onde estes pecados são
trazidos à consciência para a reparação era a Torah.
Esdras começou uma ler a Torah ao povo. O texto era em hebraico, na forma
como havia sido escrito, já o povo tinha aprendido o aramaico na Babilônia.
Os levitas então faziam a tradução e a explicação, de modo que o povo
pudesse entender claramente o que o Senhor estava falando. Como resultado
houve um grande clamor e choro de arrependimento pelos princípios
quebrados. Era a hora certa de fazer um recomeço, agora da forma correta.
Aprendamos nesta passagem como devemos fazer, para obtermos êxito nos
recomeços.
1. O Recomeço deve ter como base as verdades bíblicas
Tendo ouvido a leitura da Torah (lei) Neemias começa então uma auto-análise
levando o povo ao arrependimento. Ele passa pela história, pelas profecias,
pelos princípios e culmina: “Porém tu és justo em tudo quanto tem vindo
sobre nós; porque tu tens agido fielmente, e nós temos agido impiamente”
Neemias 9:33.
Faz-se necessário, uma vez conhecendo as verdades bíblicas, que as
assumamos como padrão de vida para qualquer recomeço, quer seja no
corpo, alma e espírito. Não podemos ter nossa própria cartilha de boas
práticas se estas não tiverem a bíblia como base. O senhor quer que sejamos
irrepreensíveis em todos os níveis e em todas as formas. Para isto
necessitamos voltar ao local onde erramos e ali descobrir, em Deus, que
nosso recomeço é baseado em sua plena vontade, conforme o texto nos fala:
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e
alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo” 1 Tessalonicenses 5:23.
Tem muita gente esquecendo este princípio e não acertando recomeçar.
26
2. O recomeço exige coragem em romper. Requer um novo ânimo
Somos vítimas do cansaço. Muitas vezes ficamos prostrados diante de um
obstáculo o qual consideramos instransponível. Se não usarmos da coragem
que o Senhor nos dá, jamais conseguiremos romper.
Na época do rei Acabe, Israel estava numa situação de queda espiritual muito
grande. Havia algo no ar que dizia que os homens tementes a Deus tinham
perdido as batalhas contra a cruel rainha Jesabel.
Em meio aos que pensavam diferente levanta-se o profeta Elias. Um homem
que aceitou ser cheio de Deus e marcar sua geração com o retorno do povo à
verdadeira adoração. Ele então convoca um desafio contra Baal, a divindade
que eles adoravam. Dizia Elias que a divindade que recebesse os sacrifícios
com fogo, este seria o deus a quem eles devessem adorar.
Elias rompeu com as condições impostas pela política, pelo costume e pela
culpa trazida nas consciências e mostra ao povo que o Senhor era o Deus
verdadeiro e que eles tinham de recomeçar. Este retorno deveria ser baseado
num novo ânimo, no concerto do Altar de adoração que estava quebrado.
Assim como Deus chamou Elias também nos chama. Necessitamos romper
com a forma errada da adoração e conclamar todos a prostrarem-se somente
diante de Deus. Quem não tem esta coragem nunca conseguirá recomeçar.
Outro bom exemplo é o de Tiago, irmão do Senhor. Ele não se revoltou com
Deus pelo que fizeram com Jesus. No fundo ele cria que a missão de seu irmão
ia muito além de ser apenas o primogênito de seus pais. Quando Jesus foi
assunto aos céus, Tiago assume a liderança da Igreja, em Jerusalém,
tornando-se um dos mais proeminentes defensores da boa doutrina e da
expansão do Evangelho ao mundo.
Ele era um homem simples, mas dotado deu uma inteligência incomparável.
27
Olhemos agora para nós. Quantos dons Deus tem nos dado! Ao invés de
usarmos para glória do seu nome acabamos enterrando tais talentos
esquecendo que Deus irá requerer de nossas mãos. A boa notícia é que ainda
dá tempo de recomeçar, agora este recomeço exige coragem em romper,
vencendo primeiramente a si mesmo.
Neemias também rompeu em sua geração ao levar o povo ao arrependimento
de seus atos. É claro, isto primeiramente iniciou em seu interior. Ele se
convencera de que seus pais é que estavam errados. Eles é que tinham
quebrado princípios e que como consequência haviam sido levados cativos.
Ele reconhece que Deus é justo em tudo. A confissão de Neemias e sua
vontade de recomeçar pode ser aprendida por nós através de suas grandes
ações registradas no capítulo 9. Vejamos:
a) Prostrou-se em pano de saco e jejum (sinal de humilhação);
b) Reconheceu o pecado da nação e não somente de uma pessoa,
indicando a necessidade de repararmos as falhas de nossos familiares;
c) Adorou ao Senhor pelas suas grandes obras;
d) Apelou para a misericórdia de Deus e louvou ao Senhor por sua
bondade.
Como demonstração desta vontade de recomeçar, eles refizeram então
uma aliança com o Senhor, enlaçando os príncipes, os levitas e os
sacerdotes.
CONCLUSÃO
Precisamos sempre recomeçar algo. Agora
é bom que o façamos com as observações
aqui contidas de modo que não venhamos
a ter que recomeçar de novo.
Existem pessoas que passam suas vidas sempre recomeçando, sem
progredir. Esta não é a vontade de Deus.
28
Não Esqueça
1. É bom que não erremos, mas se assim o fazemos, a melhor forma de corrigir
e RECOMEÇANDO;
2. Deus quer nos restaurar por completos:corpo, alma e espírito porque ele
quer que sejamos mora do seu Espírito;
3. Devemos sempre colocar sempre à frente os princípios do Senhor que
norteiam os recomeços. Assim agiremos na sua vontade.
29
Semana de 27 a 02/Fev-13
Título: Princípio da firmeza
E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada
como também esse povo, para fazeres
dele o que bem parecer aos teus olhos.
Ester 3:11
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS:
Evidenciar os efeitos
positivos que firmeza
e a convicção trazem
aos que adotam como
padrão de vida
Os judeus seriam totalmente eliminados
do reinado da Pérsia porque um homem
malvado chamado Hamã estava fazendo
uso inadequado da confiança que o rei
Assuero tinha nele.
O reinado de Assuero arrecadava anualmente cerca de 14.560 talentos. Pela
morte dos judeus Hamã propôs acrescentar ao rei um pouco mais de dois
terços da renda anual. Era uma proposta tentadora e muito inteligente para
alguém que exercia tamanha confiança do rei, se não fora o fato de ele estar
lidando contra um povo que servia ao Deus da FIRMEZA.
Hamã jamais esperava que a Firmeza de Deus, agora expressas por Ester e
Mardoqueu fosse tão forte, ao ponto de destronar qualquer plano maligno
arquitetado até mesmo pelo próprio Diabo. Hamã, talvez não soubesse, mas
era instrumento de destruição. Foi barrado pelo princípio da FIRMEZA.
30
DESENVOLVIMENTO
As experiências servem para forjar nosso
caráter de modo que ele seja firme. É
inconcebível um cristão que não tenha
plena convicção de seu chamado em Deus
e de sua missão enquanto discípulo do
Senhor.
Embora inconcebível, o que mais vemos são cristãos desiludidas de suas vidas,
alheios à vontade de Deus, querendo retornar e não dando o devido valor ao
princípio da FIRMEZA. Este princípio nos propicia como benefícios:
a)
b)
c)
d)
Obtenção de experiências inéditas e maravilhosas com Deus;
Conquista de sonhos que muitos apenas sonharam;
Desenvolve um espírito visionário;
Capacita-nos para sempre, com ânimo, começarmos algo novo.
Percebo que Deus quer que sejamos firmes. Ele também deseja que sempre
sigamos este princípio divino e que de antemão organiza tudo, esperando
apenas nossa ação.
No caso de Ester, ele a preparou para levá-la ao trono, já antevendo a ação do
maldito Hamã. Tambem preparou uma situação onde a lealdade existente em
Mardoqueu pudesse ser vista e reconhecida pelo rei Assuero. Quando Hamã
pensava ter o controle na mão com seu brilhante plano de eliminar os Judeus,
Deus o mostra que o controle estava com pessoas que exerceriam a firmeza e
o enfrentariam com a mesma astúcia que tinha usado para enganar o rei.
Deus faz a sua parte. Assim com fez no caso de Ester, quer também fazer
conosco, mas precisamos seguir de perto o princípio da firmeza e não sermos
levados de um lado a outro, sem perspectiva e sem um plano.
Quando Deus estabeleceu este princípio para, estava querendo com isto, nos
capacitar em algo muito maior que é a persistência em seu reino. Vejamos:
31
O princípio da FIRMEZA
exige de nós que sejamos
estáveis. Uma pessoa com
esta qualidade não tem a
dúvida em seu coração
quanto a sua salvação e
nem quanto à certeza da
vitória. A estabilidade nos
mantém no lugar do
chamado.
Já a fixidez indica nossa capacidade de nos mantermos fixos. Como cristãos
devemos ser movidos apenas pelo Espírito Santo e não pelas circunstâncias.
Observe como Salomão tratou deste assunto: “Viste o homem diligente na
sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição
inferior” Provérbios 22:29. Neste aspecto diligência tem a ver com fixidade.
A solidez requerida pelo Princípio da Firmeza indica a necessidade que temos
de termos resistências. Entenda: uma pessoa sólida, é uma pessoa resistente
e é isto que o Senhor quer para nós. Ele não deseja que quebremos em
qualquer situação, mas sim, com a devida resistência sermos peças
fundamentais na edificação de sua igreja.
A Constância, indica a quantidade de vezes que queremos insistir em algo,
assim como a frequência periódica. Atitudes de constância são explicadas
ensinadas por Jesus na oração, na pregação do evangelho e no serviço ao
reino de Deus. Não adianta começar algo, se não estamos dispostos a sermos
constantes. Sem constância não temos como seguir o princípio da Firmeza.
Uma pessoa insegura de si mesma, da obra que Deus tem para ela, de sua
capacidade criativa e da sua força de mudança, jamais alcançará o princípio da
FIRMEZA. Todas as nossas “inseguranças” devem ser deixadas com Jesus.
32
O dia de Purim (sorte) comemorado pelos judeus, indica a FIRMEZA de Ester e
Mardoqueu no exercício da defesa dos interesses do povo de Deus. Se a
intenção do Diabo era frustrar os planos do Senhor, ao querer eliminar toda a
raça de onde nasceria o Messias, Ester e Mardoqueu provaram que com
FIRMEZA eram os planos do Diabo que seriam frustrados. Agora observe que
no Livro de Ester não há citação do nome de Deus e nenhuma referência ao
templo. Durante muito tempo questionei-me o porque desse fato. Agora, ao
estudar o princípio aprendo que Deus não precisava realmente esta em
evidência e nem mesmo ser citado, isto porque o princípio da FIRMEZA não é
algo que só executaremos se Deus estiver por perto. Ao contrário, é um
princípio que devemos exercer tendo já recebido de Deus a força que
precisamos. Tambem não é de suma importância a citação do templo porque
não precisamos de elementos externos e nem religiosos para sermos firmes.
Este princípio deve estar intrínseco em nossa vida de forma automática,
porque herdamos isto de Deus, que é firme em tudo que FAZ.
Então entenda: Não era Deus quem precisava mostrar o princípio da FIRMEZA
e sim a rainha Ester e seu tio Mardoqueu. Se eles falhassem, nós teríamos
perdido. Se falharmos muitos perderão. Vamos aprender um pouco mais.
A precisão mede nossa
capacidade de acertos.
Por outro lado ena ensina
tambem que só é aquirida
por quem tem humildade
de submeter-se a análise
dos resultados.
Quando Jesus contou as
parábolas dos talentos
onde relata a ação de
cada pessoa que tinha recebido talentos para multiplicar, tambem estava nos
33
transmitindo o ensinamento da precisão ao mencionar que eles foram
avaliados por seus resultados.
O que foram impreciso, fora do resultado pedido, não serviu e lhe foi tirado
até o que já tinha sido dado.
Já a coragem indica nossa capacidade de arriscar o que temos em mãos, em
prol de algo muito maior no reino de Deus. Geralmente o corajoso é chamado
de louco e é tido como alguem que arrisca muito. Não é uma boa colocação,
mas já recebi este título ao empreender na reforma de nossa igreja. Tambem
aprendo que se não tivermos coragem, não serviremos para o princípio da
FIRMEZA.
Pessoas fracas também não conseguem assimilar e viver o princípio da
FIRMEZA. Ela exige que tenhamos força, semelhante ao que Ester teve ao
exercer do seu poder para editar um decreto de libertação ao povo de Deus.
Não bastava apenas a oportunidade que Deus lhe dera, era preciso o exercício
com a força inerentes aos firmes.
O Senhor é aquele que renova o nosso vigor. Ele torna o idoso jovem e o
jovem vencedor de obstáculos de adultos. Deus assim faz para que
entendamos o princípio da FIRMEZA. Vigor tembem indica o tratamento de
Deus não apenas com nosso físico, mas com nossa mente, dando-nos sempre
pensamentos novos e uma mente sempre aberta a novas ministrações do
Espírito.
O vigor fala tambem do nosso valor. Temos um preço inestimável, mas
esquecemos de tal verdade e acabamos nos envolvendo em situações de
pecados e iniguidades que não são feitas para nós, causando-nos forte
depreciação. Ele tambem indica nossa vigência. Ora nossa vigência vem do
Senhor. Quanto mais perto estivermos dele, mas iremos durar. Ele não corta
árvores boas. Elas morrem de velhas. Uma pessoa que assimila o princípio da
34
firmeza precisa durar muito. Não viver esta verdade é estar alheio à vontade
de Deus.
A pessoa FIRME, que é aquela que vive no princípio da FIRMEZA, tem
autoridae. Pode até não ser aquela delegada por homens, mas sim a que foi
conquistada como fruto de suas nobres ações.
Deus tem muita autoridade nos esperando, mas ele não as dará a quem não
sabe o que fazer com ela. A autoridade da pessoa firme é utilizada contra as
artimanhas do diabo. Isto é tão forte que onde ela está o diabo não pode
fazer nenhuma manifestação. Autoridade tambem indica o nível de
intimidade que o princípio da FIRMEZA pode nos proporcionar.
A bíblia registra que Ester orou ao Senhor e apresentou-se diante do rei
Assuero, objetivando mostrar-lhe o tamanho da maldade que Hamã estava
planejando. O rei amava muito aquela linda rainha e tendo conhecimento dos
fatos, deu-lhe autoridade para resolver todas as questões.
O decreto que Hamã havia feito e selado com o anel do rei não poderia ser
revogado. Então Ester usando do princípio da FIRMEZA fez novo decreto
dando ao povo judeu a liberdade de defender-se de seus acusadores. No dia
da matança, ora determinado pelo decreto de Hamã, o povo judeu armara-se
e foram muitos os persas que morreram intentando mal contra o povo de
Deus. Sem a firmeza de Ester e Mardoqueu isto não seria possível.
A prata que seria acrescida aos tesouros
reais não foi suficiente na luta contra o
princípio da FIRMEZA em que Ester e
CONCLUSÃO
Mardoqueu estavam inseridos. Com esta
lição aprendo que por mais que as
dificuldades financeiras, os problemas emocionais, as lutas internas e
externas, pareçam fortes, elas jamais poderão parar o Cristão que utiliza o
princípio da Firmeza. Eu e você somos destes.
35
Não Esqueça
1. O inimigo vai querer ministrar que você não é firme. Quebre estas acusações
com a mesma demonstração de Fé que Ester e Mardoqueu tiveram;
2. Não tenha medo das circunstâncias. Creio que existe um lugar de honra no
céu para os que preferiram ser firmes com o Senhor;
3. Não espere que os outros sejam firmes. Se você já absorveu este princípio
agora coloque-os em prática. Os fracos terão grande inspiração com seu
exemplo.
36
Título: Princípio da pureza
E saiu Diná, filha de Lia, que esta dera a
Jacó, para ver as filhas da terra.
Gênesis 34:1
OBJETIVOS:
Instruir que quando
não vigiamos
acabamos sendo presa
fácil do inimigo
Uma tragédia de grandes proporções
estava para acontecer na família de Jacó.
Isto poderia ter sido evitado, se Diná não
INTRODUÇÃO
tivesse aguçado sua curiosidade para
conhecer as moças que habitavam em
Siquem. A família de Jacó era recém-chegada naquela terra e os costumes, a
religião e a política eram muito diferentes daquelas aprendidas em Padã-Arã.
Diná talvez quisesse apenas conhecer. Ela tinha sido criada num ambiente de
muita pureza e sobre a proteção de seus pais e irmãos. Ela não imaginava que
aquela simples ida às filhas de Siquem iria causar-lhes prejuízos enormes,
tirando-lhe a pureza que era inerente às virgens. Ela foi estuprada!
O princípio da Pureza é muito real e a quebra, mesmo que inadvertidamente,
provoca perdas, muitas vezes irrecuperáveis. Deus nos chamou a uma vida de
pureza, mas o que significa isto?Quais são os benefícios?Como podemos nos
manter puros? É sobre isto que vamos conversar.
37
O Espírito do Senhor nos avisa do perigo
que estamos correndo quando lidamos
DESENVOLVIcom proximidade com o pecado. Mesmo
MENTO
assim ignoramos tais avisos e somos
ludibriados
pelo
inimigo,
ficando
totalmente vulneráveis e encantados com
beleza aparente do mal. Muitas pessoas não têm observado que Deus os
chamou a uma vida de separação e fazem alianças com mal, tornando-se
reféns de suas maquinações.
Seguir a Jesus é muito mais que uma escolha. É absorver uma nova
perspectiva de vida e entender que é necessário haver separação (santidade)
sem a qual não poderemos ver a Deus. O princípio da pureza entra
exatamente aqui, quando Deus nos ensina sobre o que ocorre quando nos
contaminamos.
Jacó era recém-chegado na terra de Siquem e Diná, sua única filha, ficou com
vontade de conhecer como viviam as moças que habitavam naquele lugar. Ela
então sai numa visita de reconhecimento. Em sua saída, o príncipe daquela
terra, também chamado Siquem, desejou muito aquela moça ao ponto de
possuí-la à força.Este fato causou um transtorno muito grande nas duas
famílias.
Quando Jacó soube, ficou atônito e esperou seus filhos chegarem do campo,
ao final da tarde, para comunicar-lhes o fato. Neste meio tempo o Pai de
Siquem, a pedido do Filho, foi pedir a Jacó a mão de Diná.
Na reunião com o rei Hamor, os irmãos de Jacó armaram ciladas contra os
homens de Siquem. Ao aceitarem o casamento sob condição de eles se
circuncidarem, na verdade estavam tramando uma grande chacina para
vingar o ocorrido com sua irmã. Quando os habitantes de Siquem estavam
debilitados, devido à circuncisão imposta pelos israelitas como condição à
38
união matrimonial, os filhos de Jacó, irmãos de Diná, Simeão e Levi, entraram
na cidade e mataram todos os homens de Siquem, além do Rei e do Príncipe.
Aproveitaram ainda para saquear toda a cidade levando o rebanho e demais
bens existentes.
Quando Jacó soube o ocorrido ficou ainda mais temeroso, porque os povos
vizinhos poderiam juntar-se em exército e assim eliminá-los em definitivo
daquele lugar.
Infelizmente mal pior não aconteceu.
A quebra do princípio da Pureza de Diná, implicou em perdas grandes à casa
de Jacó e à casa de Hamor. Para que a perda não fosse ainda maior, Deus teve
de intervir, pedindo a Jacó para levantar-se e ir a Betel. A Escritura também
registra que Deus colocou um pavor no povo vizinho, de modo que não
seguiram os Israelitas.
Deus tem para nós um princípio de Pureza e este não pode ser quebrado, por
maior que seja a curiosidade. Salomão nos ensina que para tudo há um tempo
determinado, então ao invés de aguçar a curiosidade, devemos esperar o
tempo que Deus tem determinado e assim evitar que quebremos este belo
princípio.
No céu não entrarão os impuros. A bíblia classifica pessoas assim com esta
qualidade: “...os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas,
e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” Apoc 22.15. Esta é a
recomendação que tem na entrada do Céu, mas que está expressa a todos
nós. Para os indecisos a recomendação do Senhor é ainda mais clara,
vejamos:“Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se
ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado
ainda” Ap. 22.11.
39
Fomos chamados em Deus para uma vida de separação do mundo e quando
assim menciono lembro bem da oração de Jesus que pedia ao Pai que nos
livrasse do maligno, uma vez estarmos inseridos no mundo. Jesus sabia que
não tínhamos como nos ausentar do mundo, por isto pedia que Deus nos
livrasse do maligno, indicando que o maior responsável por nossa indução à
quebra do Princípio da Pureza era exatamente o mal.
Tem gente que acha que um “pecadinho”, uma “mentirinha” ou algo
semelhante não tem importância, mas quando assim o fazemos,quebramos
princípios como o da Verdade e o da Pureza e nos tornamos semelhantes ao
maligno.
Preciso que entenda que Deus vem buscar um povo Santo. Ele nos chama
impuros, mas não vamos ao céu impuros, é preciso trocar nossa forma de
viver, tendo agora um proceder digno de um representante de Deus na terra.
A VESTE
Veja como a quebra do princípio da Pureza pode trazer danos irreparáveis.
Jesus contou uma parábola de um homem que fizera uma grande ceia e
convidara muitos amigos (Mateus 22.1-14). Como os amigos se negaram a
participar ele então envia seus criados a convidarem pessoas diversas.
Quando o rei sai na sala para ver os convidados percebe que entre eles existe
um homem que não tem vestes nupciais. O rei então manda pegar aquele
homem e atirá-lo para fora, onde há choro e ranger de dentes. O uso deste
termo indica o nível profético desta festa.
Não adianta ter o convite e nem tão pouco ter entrado na festa, é preciso
estar com a vestimenta adequada que neste caso indica a PUREZA. Pode ser
que aquele homem não entendesse tal necessidade e não tenha mantido a
devida pureza, mas como resultado de sua ingenuidade acabou perdendo a
festa.
40
Muito mais que ter o convite, implica na disposição de estar com a veste
adequada à celebração. Não esqueça disto.
É claro, isto implica também em nossos dias. Vestes adequadas, não
depravadas e nem insinuantes da maldade (lascívia).
O FERMENTO
O fermento, na bíblia, atua sempre como elemento inflamador, ora para o
bem, ora para o mal, dependendo do uso.
Para o bem, o Senhor exemplificou como o reino dos céus. “...O reino dos
céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três
medidas de farinha, até que tudo esteja levedado” (Mateus 13:33). Já nas
demais comparações ele é assemelhado ao pecado, indicando que um pouco
de fermento leveda toda a massa.
Jesus orientou os discípulos contra o fermento dos fariseus, dos saduceus e
dos herodianos. Já o Apóstolo Paulo instruiu quanto ao perigo do fermento
velho (mente não renovada – 1º. Cor 5.7).
Quando não pode ser aplicado ao reino de Deus, então o fermento significa
algo que mancha, que dá uma característica diferente ao que era
anteriormente puro.
Como cristãos que prezam pelo Princípio da Pureza, devemos nos guardar do
fermento, muitas vezes lançado sobre nossos sonhos, projetos e sobre nossa
vida com Deus. Tudo começa muito simples e inofensivo, mas quando levado
ao forno (à prova) então ele se manifesta.
Deus nos chamou a uma vida de PUREZA e não podemos proceder como fez
Diná, não zelando ao que realmente tinha valor que era a sua vida com a
unidade familiar. Os conselhos, os maus intentos e até mesmo a forma
41
desordenada como querem nos induzir a levar a vida, objetivam somente tirar
de nós a pureza que o Senhor quer que tenhamos.
O CORAÇÃO - “O que ama a pureza de coração, e é amável de lábios, será
amigo do rei” Provérbios 22:11.
Salomão entendia que era necessário ser puro para crescer na vida. Assim ele
nos instrui que a pureza de coração traz amabilidade de lábios e o que é desta
forma, torna-se amigo do rei. O contrário também é de se analisar, pois o que
é impuro será tratado com os impuros, conforme o Senhor nos fala “Com o
puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável” Salmos
18:26.
Davi era um homem que sabia muito bem a importância deste Princípio.
Quando já estava idoso, em seus últimos dias, ainda teve força de nos ensinar
preciosas lições sobre a pureza:
A DAS MÃOS - “Recompensou-me o SENHOR conforme a minha justiça;
conforme a pureza de minhas mãos me retribuiu” 2 Samuel 22:21.
Não podemos ter apenas o coração puro, mas também as mãos. Desta forma,
entendemos que nossas mãos precisam ser puras de atos que a possam
contaminar-lhes. Como mãos podemos ler a força que utilizamos para realizar
algo. Os fins não justificam o meio. Precisamos ter mãos limpas.
A DOS OLHOS - “E me retribuiu o SENHOR conforme a minha justiça,
conforme a minha pureza diante dos seus olhos” 2 Samuel 22:25.
Nossos olhos (intentos) precisam também ser puros, isto por um simples
motivo: Aquilo que nossos olhos gostam, desce ao coração e depois vem à
ação.
Jesus mencionou sobre a pureza que era advinda do bom uso dos olhos. Ele
foi até duro quando mencionou: “E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o,
42
e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do
que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno” Mateus 18:9. Pode
ser que você também ache estranho, mas a mensagem é muito forte,
objetivando o seu entendimento.
Em uma de suas cartas pastorais, o Apóstolo Paulo instrui Timóteo a
conservar-se puro, pois assim ele teria autoridade sobre aqueles que
precisariam de ajuda: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem
participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” 1Timóteo 5:22.
O princípio da Pureza é seguido por
aqueles que optam em manter-se longe
de tudo aquilo que os contamina.Ela
CONCLUSÃO
indica transparência, limpeza, nitidez e
muitas vezes classifica também a
inocência.Deus tem um zelo muito grande por este Princípio, isto porque ele
sabe que não existe ligação entre a impureza e a pureza, entre a santidade e o
pecado e que o céu é para os puros. Para Deus a pureza é colocada em
primeiro lugar. Ele primou na roupa do sacerdote, no templo e na construção
de nossa futura morada: “E a construção do seu muro era de jaspe, e a
cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro” Apocalipse 21:18.
Uma vez quebrado o princípio da PUREZA por Diná, esta teve de assistir de
perto a violência que entrou em sua casa. Seus irmãos foram envolvidos em
assassinatos e seus familiares tiveram de fugir para não morrerem nas mãos
dos inimigos. Deus não quer nos levar a juízo. Ao contrário. Ele prefere que
sejamos limpos e que o Princípio da Pureza seja nossa motivação de vida.
A contaminação invalida qualquer tentativa de uso de algo, por melhor que
seja. O problema é que o risco inerente é muito grande e torna-se melhor a
inutilização devido estar contaminado. Já Deus é diferente. Ele sabe que
fomos contaminados, mas prefere nos tornar Puros, pelo seu Espírito Santo.
43
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
O Céu é para os que seguem o princípio da Pureza;
É engano, pensar que os impuros herdarão o reino de Deus;
Pureza significa Santidade, Separação, vida com Deus;
Nossa pureza deve ser de Coração, Mãos e Olhos, ou seja, em todos os
aspectos.
44
Título: Princípio do entendimento
Nunca lestes esta escritura: A pedra que
os edificadores rejeitaram, essa foi posta
como pedra angular;
Marcos 12.10
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS:
Mostrar que sem
entendimento não
temos como seguir na
carreira cristã.
Esclarecer que o maior
entendimento que
Deus quer que
tenhamos é sobre Jesus
Para
você,
quem é JESUS CRISTO?Seria ele apenas um
profeta? Seria um grande filósofo? Quem é
Jesus?
Perguntas como estas têm ecoado os tempos e as respostas são as mais
diversas. Para os Judeus ele foi apenas um grande homem. Para os Islâmicos
ele foi o falsário filho de Alá. Para os Espíritas ele é um espírito evoluído. Para
os budistas, ele é aquele que imitou Siddhartha.Para os Hindus, Jesus é um
Avatar e também uma encarnação de Vishnu. Para os do movimento Hare
Krishna, Jesus é uma encarnação de Krishna. Para os babalourichás ele é
aquele que marca os que não podem ser atingidos pelas macumbas. Para os
espiritualistas ele é um bom exemplo, sem, contudo, ser divino. E para nós,
quem é Jesus Cristo?Deixe o princípio do Entendimento que entrar agora em
ação trazendo a revelação de Deus ao nosso conhecimento.
45
A Bíblia é o livro de Deus para nós. Ali o
Senhor revela seu coração, suas vontades
DESENVOLVIe expressa o mais puro dos sentimentos,
MENTO
que é o amor. Na Bíblia Deus se revela a
nós, mas poucas pessoas sabem
reconhecer e entender esta verdade.
Pensam tratar-se apenas de um lindo livro que é idolatrado por
muitos.Somente isto. Quem assim pensa acaba ignorando um dos grandes
princípios existentes da Bíblia que é o do ENTENDIMENTO.
Sempre foi vontade de Deus torna-se conhecido entre os homens. No começo
não era assim. As Escrituras nos informam que Deus visitava Adão na virada
do dia, no jardim do Éden e ali conversavam. Após a queda do homem Deus
sentenciou-lhe à saída do Jardim e ao trabalho para sobrevivência. Fora do
Jardim (da vontade de Deus) o homem conheceu a perversidade e o caminho
do Mal. Deus então chama várias pessoas a fim de revelar-se e ensinar ao
homem o caminho do retorno a Deus. As muitas tentativas culminaram no
envio de Seu próprio filho que veio resgatar o homem, dando por este resgate
a sua própria vida. Jesus exemplificou bem este assunto quando mencionou a
parábola dos trabalhadores maus, da qual o versículo em epígrafe está
inserido.
O princípio do ENTENDIMENTO é muito refutado na Bíblia, uma vez que sem
entendimento não conseguimos progredir em nada. No livro de Jó que é um
livro poético, as questões envolvendo o entendimento foram muito refutadas.
Exemplo bom ocorreu no diálogo entre Deus e Jó “Quem pôs a sabedoria no
íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?” Jó 38:36.
Entendimento vai além da inteligência e da sabedoria. Enquanto a inteligência
é capacidade de absorção de conhecimento e a sabedoria a boa aplicação
desta inteligência, o entendimento é a explicação do PORQUE, do MOTIVO, da
CAUSA. Ela dá razão ao conhecimento e à sabedoria tornando suas aplicações
46
fáceis e úteis e eliminando qualquer tendência ao estado de perdido e
desinformado. É a capacidade que Deus tem para cada um de nós de
entender questões complexas concatenando os vários objetos e assim
decifrar o enorme enigma. O conhecimento e a sabedoria são dádivas
maravilhosas, no entanto, sem entendimento elas não têm muita valia. Por
outro lado, entendimento sem inteligência e sabedoria é inexistente. Vejamos
como o Salmista nos fala, quando se refere à aplicação deste princípio: “O
SENHOR, com sabedoria fundou a terra; com entendimento preparou os
céus” Provérbios 3:19.
Quanto à salvação, havemos de concordar que Deus atenuou o princípio do
Entendimento, dando-nos muito mais que uma ajuda. Ele evidenciou esta
verdade em Jesus Cristo, de modo que apenas os que não querem, não
entendam.
A pessoa que não atenta para o Princípio do Entendimento, lê várias vezes
uma passagem na Bíblia e não consegue compreender. Isto ficou evidente na
vida dos discípulos que iam no caminho de Emaús. A Bíblia registra que Jesus
abriu-lhes o entendimento. “Então abriu-lhes o entendimento para
compreenderem as Escrituras” Lucas 24:45. Já no caso de Pedro e João,
quando foram presos e levados ao Sinédrio (Atos 5) o princípio do
Entendimento agiu na vida de Gamaliel, um célebre membro daquele
conselho. Prudentemente ele instruiu seus companheiros de que a melhor
opção quanto aos açoites dos Apóstolos, era esperar, pois se aquele
movimento fosse de Deus, eles não teriam como parar, mas se fosse dos
homens, naturalmente não iria prosseguir, como ocorrera em tempos
recentes com Teudas e Judas que se levantaram como mestres, mas ao serem
mortos, seus discípulos foram dispersos. Gamaliel agiu com entendimento,
muito contrário aos demais que desejavam agir apenas pelo impulso. O
Entendimento, chama também consigo, entre outros, o Princípio da
Prudência.
47
Precisamos agir no princípio do Entendimento e assim conhecermos mais de
Deus que nos últimos tempos tem aberto os céus e nos revelado sua
maravilhosa vontade e mistérios, até então ocultos. Deus é um Deus de
mistérios e o Entendimento que necessitamos para desvendar tais mistérios
foram também concedidos por ele.
O princípio do entendimento torna-se evidente com elementos como
discernimento e verdade. Observe que quando não sabemos discernir o bem
do mal, o certo do errado, o santo do profano, entre outros, acabamos
cometendo muitas falhas, mas quando temos discernimento, as coisas se
tornam mais claras. Já para a verdade, o seu poder de libertação está quando
se manifesta trazendo clareza. Toda verdade tem este poder, mas a mentira
causa o efeito contrário.
Sabedores deste princípio, não podemos agora simplesmente ignorá-lo,
agindo assim já seria um ato insano. Necessitamos buscar o entendimento
que Deus tem para nós em todas as áreas, mas principalmente nas
mencionadas abaixo:
a) Entendimento da Vida
Quando assim menciono não estou tratando do entendimento filosófico, mas
do empírico, do real, das circunstâncias e da própria razão de ser.
A ausência deste princípio aplicada à vida, tem levado muitas pessoas a não
valorização de um dos maiores presentes que Deus nos deu. E por não
valorizarem vivem dissolutamente, sem procurar agradecer a Deus. Também
agem de forma individualistas, esquecendo que a vida só tem real sentido
quando vivida para Deus e para os próximos. Não adianta ter bens,
sentimentos, vontades e planos se em cada um deles não colocamos Deus e
as pessoas que nos rodeiam.De que adianta ter uma mansão se seus
verdadeiros amigos (aqueles que até mesmo ajudaram você adquirir este
bem) não poderem participar de suas alegrias? De que adianta ter uma Ferrari
48
se seu pai, mãe e irmãos ficam constrangidos até mesmo de entrarem nela?
De que basta ter fama e sucesso se isto nos afasta das pessoas que
efetivamente nos amam e nos aproxima dos interesseiros?
Não quero com isto incentivar cada um a um voto de pobreza e castidade.
Não é isto, pois não vem de Deus. Quero que ENTENDAMOS que deve existir
um limite entre o Dinheiro, a Fama, o Sucesso e o principal balizador deste
limite são nossos amigos e familiares.
Muitas pessoas tornam-se reféns de suas escolhas ao não principiarem o
ENTENDIMENTO. Sua ausência faz com que pessoas dêem valor ao que não
tem valor algum e desvalorizem o que Deus mais ama, que é o ser humano.
Sentimentos como Arrogância e Prepotência evidenciam o quanto estamos
distantes do entendimento: “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua
vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.Quem, pois, tiver bens
do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas,
como estará nele o amor de Deus?Meus filhinhos, não amemos de palavra,
nem de língua, mas por obra e em verdade” 1 João 3:16-18.
b) Entendimento do Relacionamento com Deus.
Podemos optar em ter uma fé que simplesmente coloca Deus acima de nossas
convicções e nós como seus meros servidores e escravos. Isto foi muito
difundido na história, mas seus difusores não tinham entendimento que Deus
não quer isto para seus filhos. Ele deseja muito mais ser o nosso Deus, nosso
amigo e nosso companheiro. Ele prefere muito mais nos perdoar que ser o
JULGADOR de nossos erros.
Quando era criança pensava que Deus era assim, carrasco, mas quando me
permiti conhecê-lo descobri que meu entendimento estava doentio. A partir
de então tenho Deus como meu amigo e a Jesus Cristo como meu eterno
Remidor e Salvador e ao Espírito Santo como meu companheiro. Ao invés de
um deus carrasco, descobri que tinha a oportunidade de ter um Deus AMIGO,
49
SALVADOR E COMPANHEIRO. E o bom é que descobri que ele não deseja ser
assim apenas comigo, mas com todos aqueles que se achegam a ele: “E
andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo.”
Levítico 26:12. Este mesmo sentimento é mencionado pelo Espírito quando
nos escreveu a carta aos Hebreus: “Porque esta é a aliança que depois
daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis
no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por
Deus, E eles me serão por povo;” Hebreus 8:10
O bom relacionamento que Deus deseja conosco, vai além de nossas
expectativas, pois ele tem preparado algo indescritível que só será entregue
aos que mantiverem até o fim este relacionamento.
O princípio do Entendimento nos faz compreender que Satanás, todos os dias,
busca ofuscar esse nosso relacionamento, dando-nos a oportunidade de
pecar. Então cabe a mim e a você uma escolha diária por Deus, pelos seus
princípios e pelo seu amor: “E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste
também na nossa carne mortal” 2 Coríntios 4:11.
Quando Jesus citou a parábola dos lavradores maus, encerra dizendo: “Ainda
não lestes esta escritura...?” Mar 12.10. O uso desta interrogação indicava
que embora tivessem lido, não tinham entendimento de que Deus usaria a
pedra rejeitada pelos edificadores para transformá-lo na principal pedra, a
angular (atualmente esta pedra é simbolizada em nossas construções como
aquelas placas que indicam o engenheiro, o arquiteto e dados da construção).
Ele referia a si mesmo, mas seus ouvintes não queriam usar do princípio do
entendimento, preferindo antes ignorá-lo como filho de Deus.
O entendimento que Jesus queria de seus ouvintes era a revelação de que não
haveria edifício bem ajustado (igreja) sem que fosse usada uma pedra
principal, que fosse devidamente adequada à formação do prédio e que
50
pudesse resistir às pressões que este edifício iria sofrer para romper-se. Eles
não quiseram entender isto.
c) Entendimento da necessidade de concordância conjunta.
No âmbito humano, precisamos do principio do Entendimento para
compreendermos que não há junção entre pessoas que não tem concordância
conjunta.Na verdade nunca somos totalmente isolados, mas a não precisamos
concordar com quem está fora de nossa relação. Tem gente que é hábil em
concordar e dar razão para quem está longe. Na verdade, isto não vai
impactar em nada para o distante, mas para o próximo, para o cônjuge, filho e
amigo, isto faz uma grande diferença, sendo responsável, inclusive, pela
continuidade ou não da união. Assim precisamos concordar CONJUNTAMENTE
com quem está próximo.
Não adianta tentar viver com quem discorda de nós. Nunca iremos prosperar.
Assim precisamos nos juntar aos concordantes e também não sermos contra
aqueles que exercem autoridades sobre nós.
Nossa discordância deve ser apta à separação. Se não for, é melhor concordar.
CONCLUSÃO
Este princípio, bem aplicado, nos faz
entender muitas questões e nos coloca
no centro da vontade de Deus.
Quando entendemos algo, podemos
executá-lo com maior desenvoltura.
Quanto a Jesus, o princípio do Entendimento nos faz compreender que ele é o
FILHO DE DEUS, o MESSIAS, o DESEJADO NAS NAÇÕES, o SENHOR DOS
SENHORES, o REI DOS REIS e o MARAVILHOSO DE DEUS.Se ainda não
compreende assim, então obedeça ao princípio do ENTENDIMENTO e Deus irá
se revelar desta e de outras formas maravilhosas, porque ele é lindo.
51
Não Esqueça
1. Sem ENTENDIMENTO ninguém consegue progredir. Até resolve coisas boas,
mas elas não fazem sentido.
2. O princípio do ENTENDIMENTO nos capacita a melhor compreender Deus,
aos irmãos e aos próximos;
3. Precisamos ENTENDER que não iremos ao Céu, sem ter Jesus como nosso
Salvador.
4. Todas as coisas e situações precisam ser compreendidas. Ao temos
dificuldades de assim o fazermos, então devemos buscar mais em Deus e
seguir o princípio do Entendimento.
52
Título: Princípio da permanência
Permanecei em mim, e eu permanecerei
em vós; como a vara de si mesma não
pode dar fruto, se não permanecer na
videira, assim também vós, se não
permanecerdes em mim.
OBJETIVOS:
Orientar o valor da
permanência ao
propósito que fomos
chamados em Deus.
João 15.4
INTRODUÇÃO
O Princípio do Entendimento (alimento
anterior) me permite saber que não basta
apenas começar uma grande corrida, se
não estou disposto a chegar ao final.
Tambem não basta casar se tenho em mente que não será a morte que irá
causar a separação. Da mesma forma, não basta começar algo em Deus e para
Deus, é preciso persistência, garra, força e vontade de concluir. A isto chamo
de Princípio da Permanência. Jesus foi quem mais elucidou este princípio,
tornando-o ainda mais claro quando mencionou-se como uma videira e nós
como os ramos desta videira. Assim como o ramo não pode, por si, frutificar,
também não conseguiremos nada se estivermos longe dele que é a nossa
videira verdadeira. Decidir-se ligar em Jesus é muito mais que uma opção de
vida, na verdade é A Opção da vida. Quero ajudá-lo mostrando-lhe o princípio
da PERMANÊNCIA.
53
No começo de minha fé em Jesus achava
que não conseguiria ler a bíblia toda
DESENVOLVIporque era muito grande. Daí descobri
que eu estava equivocado. Não deveria
MENTO
me preocupar com seu “tamanho” e sim
com seu conteúdo e com a leitura diária.
Então iria fechar os olhos para os dias seguintes e ver apenas o hoje.
Independentemente de quanto tempo eu demoraria, isto não teria
implicância alguma, porque o do dia eu estava fazendo.
Com relação à santidade imaginava também que era impossível manter-se
distante das iniquidades a vida toda. Tambem aprendi que minha leitura
estava errada, não precisava me preocupar com a “vida toda” e sim com o dia
de hoje. Então minha missão passou a ser conquistar a santidade hoje. O
pecado poderia esperar para outro dia. No dia seguinte a história era a
mesma. Já são decorridos muitos anos. Glória a Deus!
O Princípio da Permanência atua exatamente assim. Ele nos capacita, pelo
Espírito Santo, a permanecermos no propósito que fomos chamados e
também atua de forma corretiva nos ensinando quando o caminho que
estamos seguindo está em dissonância com a vontade de Deus.
Jesus chamou discípulos e treinou a cada um deles orientando-os quanto ao
princípio da permanência. Ele sabia quem era Pedro, por isto além de ensinar,
intercedeu com mais ênfase por sua alma. Conhecia Tomé, por isto fez
questão de mostrar-lhe as mãos furadas. Tambem conhecia João e sabia que
havia de receber uma tremenda visão de Deus. Ele conhecia cada um deles e
sabia que só conseguiriam receber o que Deus havia planejado se
permanecessem nele. Um que não quis este plano foi Judas Iscariotes, que
acabou suicidando-se, pondo fim a um grande ministério. Vejamos um breve
resumo de como estes homens foram fiéis ao senhor e ao seu chamado. Eram
homens simples, mas que entenderam o princípio da permanência.
54
Não encontramos muitas informações sobre os discípulos de Jesus, mas tentei
colocar um breve resumo que evidencia o quanto seguiram perseverantes.
Nome
1- André
2- Natanael –
(Bartolomeu)
3- Tiago –
(Filho de
Alfeu)
Informações
Obra
• Foi discípulo de João que resolveu seguir
Jesus;
• Era irmão de Simão Pedro e Filhos de
um homem chamado João, um próspero
pescador e eles eram também pescadores
como seu pai;
• Seu nome era uma variação de Andréas
(que significa varonil) – Era um homem de
estatura forte, devoto e fiel;
• Filho de Talmai (não identificado na
Bíblia);
• Foi testificado por Jesus como um
Israelita em quem não há dolo;
• Provavelmente irmão de Mateus;
• Conhecido como Tiago, o Menor;
• Provavelmente Primo de Jesus, filho de
Salomé, irmã de Maria;
• Pelo grau de parentesco, eles eram
fisicamente muito parecidos;
• Juntamente com Felipe foi o
primeiro missionário estrangeiro (ao
conduzir uns gregos até Jesus);
• Viveu seus últimos dias em Cítia,
terra dos canibais, países que
formavam a antiga União Soviética.
Pregou também na Ásia Menor –
Turquia e na Grécia, onde foi
crucificado numa cruz em forma de X.
• Fez viagens missionárias na Índia
com Tomé. Foi à Armênia, à Etiópia e
ao Sul da Arábia;
• Foi crucificado na Índia.
• Ministrou na Pérsia/Síria, onde foi
crucificado.
4- Tiago –
(Filho de
Zebedeu)
• Irmão de João – (irmão mais velho);
• Era pescador, juntamente com João e
quando foi chamado estava consertando
as redes da pescaria;
• Foi o primeiro missionário Cristão na
Espanha;
• Foi o primeiro a sofrer martírio (pelo
rei Herodes Agripa I), ainda muito
moço. Sua morte infundiu novo fervor
entre os Cristãos;
• Esteve presente na transfiguração e
tem seu nome sempre mencionado
junto com o de João;
• Eram conhecidos como Filhos do
Trovão;
5- João
Irmão de Tiago, filho de Salomé,
provavelmente primo de Jesus;
• Participou da 1a. pesca maravilhosa;
• Era muito moço e ousado. Entrou para o
círculo íntimo dos discípulos de Jesus e
chegou a pedir a Jesus que queria sentar
ao seu lado, em sua glória.
• Recebeu de Jesus a missão de cuidar de
Maria e isto aconteceu enquanto
pastoreava a Igreja em Éfeso;
• Foi o primeiro a chegar ao túmulo
onde Jesus ressuscitara;
• Foi preso em Éfeso e levado para
Roma, sendo depois jogado na Ilha de
Patmos, onde teve a visão do
Apocalipse;
• Escreveu o Evangelho segundo João,
i a iii João e o Apocalipse.
55
6- Judas, não
o Iscariotes –
Tadeu
• Conhecido como Judas filho de Tiago, e
Tadeu;
• Enviado por Jesus ao rei Abgar da
Mesopotâmia, a fim de orar pela sua
cura. Judas foi a Abgar depois da
ascensão de Jesus e permaneceu por
lá, ministrando em várias cidades da
Mesopotâmia;
• Foi crucificado no Iraque.
7- Judas
Iscariotes
• Natural de Quiriote, cidade próxima a
Hebron;
• Filho de Simão;
• Era o único, dos discípulos, que era
procedente da Judéia e estes
desprezavam os Galileus como rudes
colonizadores da fronteira
• Era o tesoureiro do Grupo;
• João o chama de ladrão;
• Judas traiu Jesus e depois enforcou-se;
• Achava que Jesus iria reagir a Prisão,
iniciando assim a revolva para
conquistar o governo.
8- Mateus
9- Filipe
10- Simão
Pedro
56
• Mateus era do grupo dos cobradores de
impostos que era natural de Israel (não
era romano), grupo dos (Mocksa). O outro
grupo era Gabbai.
• Ele sabia ler e escrever, por causa do seu
trabalho. Os publicanos eram bons de
cálculos;
• Jesus o encontrou a primeira vez em
Betânia;
• Foi chamado por Jesus individulamente;
• Apresentou Jesus a Natanael;
• Participou ativamente da multiplicação
de peixes;
• Pediu para Jesus mostrar-lhes o Pai;
• Conhecido como SIMEON – Hebraico =
Ouvir;
• SIMEÃO – Grego = Variação de Simeon;
• CEFAS – Aramaico = Rocha;• PEDRO =
Pedra
• Conheceu Jesus através de seu Irmão,
André
• Era considerado pelos demais como o
mais importante
• Sugeriu que fosse substituído o Judas
que havia morrido
• Ele e João foram os primeiros a operar
milagres em nome de Jesus, após o
Pentecostes;
• Pregou no Irã e na Etiópia onde
supostamente foi martirizado na
cidade de Nadabá, em 60 dC.
• Há indícios que tenha pregado na
França, Rússia; Ásia Menor e Índia;
• Teve um ministério poderoso em
Catargo, sul da África, onde a esposa
de um pró-consul romano se
converteu e este mandou prendê-lo e
matá-lo com muita crueldade.
• Viajou a Antioquia, Corinto e Roma;
• Foi uma figura preeminente da
Igreja Primitiva;
• Durante a perseguição do Governo
Romano, pelo Imperador Nero, Pedro
foi morto crucificado de cabeça para
baixo a seu próprio pedido, por se
achar índigo de morrer como Jesus
morreu.
11- Simão
Zelote
• Conhecido como Simão, o Cananeu
• Zelote, significa zeloso, Cananeu é a
transliteração da palavra aramaica
KANNA´AH, que também significa Zeloso;
• Provavelmente tenha ministrado na
Pérsia e martirizado após negar
sacrificar ao deus Sol.
12- Tomé
• Conhecido como Dídimo
• Juntou-se a alguns discípulos para
voltarem a pescar após a morte de Jesus
• Provavelmente tenha sido pescador
também;
• Quis ver as mãos de Jesus para
acreditar;
• Foi o mais ativo dos discípulos,
tendo pregado o Evangelho de Jesus
ao Leste da Síria até a Índia;
• Fundou a Igreja que intitularam de
Martoma (Mestre Tomé, na Índia);
• Foi martirizado em Maylapore, hoje
subúrbio de Madrasta, pela lança de
quatro soldados;
Imagine se esses homens não tivessem sido leais e permanecidos no que
Jesus os havia chamado? Certamente este poderoso evangelho teria
encontrado mais dificuldades de chegar até nós.
Outro homem que também permaneceu em Jesus foi Paulo. Ele não foi
testemunha ocular, tendo conhecido a Jesus como sendo a segunda geração
apostólica. Seu chamado foi para ministra aos gentios. Ele foi fiel à doutrina.
Permaneceu no Amor. Desvendou mistérios e edificou igrejas sólidas para e
firmadas no Senhor Jesus.
Observando a vida dos apóstolos e também de Paulo vejo que quanto mais
permaneço em Deus, mais ele compartilha comigo de suas vitórias e minhas
derrotas são expostas na cruz de Cristo que justifica todos os meus pecados.
Quando Jesus mencionou que se nós não permanecermos nele não teremos
como dar fruto, estava nos alertando para um dos principais perigos que o ser
humano corre: de não permanecer em Deus.
A permanência tem 02 aspectos, o da persistência, da continuidade e o de
estar vinculado. Tanto um como o outro são importantes, uma vez que não
adianta ser persistente com conceito errado. Logo ao aceitarmos o princípio
da Permanência devemos ter em mente que este deve ser de acordo com a
vontade de Deus e não segundo a nossa.
57
Podemos agrupar a humanidade em 03 grandes aglomerações: 1) a que ouve
a Palavra de Jesus e permanece, herdando ao final a vida eterna e as bênçãos
destinadas a cada um; 2) a que ouve e não permanece; e 3) a que nunca
ouviu. O pior de todos é a 2ª. aglomeração.
Para melhor entendimento deste 2º, grupo, vamos analisá-lo sob o aspecto do
que falaram sobre eles o Escritor da Carta aos Hebreus, o Apóstolo Pedro, o
Apóstolo Paulo e o nosso Senhor Jesus:
HEBREUS
Para estes o Espírito nos revela na carta aos Hebreus: “Porque é impossível
que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se
tornaram participantes do Espírito Santo. E provaram a boa palavra de Deus,
e as virtudes do século futuro, E recaíram, sejam outra vez renovados para
arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de
Deus, e o expõem ao vitupério. Porque a terra que embebe a chuva, que
muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem
é lavrada, recebe a bênção de Deus; Mas a que produz espinhos e abrolhos,
é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.” Hebreus
6:4-8. Dentre todos os ensinamentos contidos nesta passagem um que
prende os meus olhos é quando o Senhor nos fala da terra que recebe a água
e a semente e mesmo assim não produz bom fruto, servindo apenas para ser
queimada. Podemos usar esta comparação com a pessoa que recebe a Palavra
do Senhor e mesmo assim não permanece nele. A sentença para estes é a
mesma da terra infrutífera.
APÓSTOLO PEDRO
O Apóstolo Pedro usou termos muito fortes para tratar daqueles que voltam
ao pecado: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do
mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra
vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que
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o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça,
do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora
dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz:
O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de
lama.” 2 Pedro 2:20-22.
Retroceder ao mundo, não permanecendo em Jesus é como cão que volta e
come do que havia vomitado.
APÓSTOLO PAULO
Quando escreveu a carta a Timóteo, Paulo mencionou 02 homens que além
de desviados pervertiam a fé dos outros. O Apóstolo os entrega ao próprio
Satanás: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as
profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia; Conservando a
fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.E
entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para
que aprendam a não blasfemar.” 1 Timóteo 1:18-20.
A exortação a Timóteo para seguir o princípio da Permanência e combater os
que faziam o contrário foi muito clara, sendo a mesma para nós.
JESUS CRISTO
Jesus nos ensinava sobre a estratégia de Satanás para prender o que não
permanecia Nele. Vejamos: “Quando o espírito imundo tem saído do
homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz:
Tornarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a varrida e
adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e,
entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o
primeiro.” Lucas 11:24-26. O termo varrida e adornada, indica que ele foi
limpa, mas não indica que esteja habitada pelo Senhor. Aí está o perigo. Uma
pessoa que vive nestas condições, naturalmente não está ligada em Jesus. Isto
59
nos faz entender que não adianta ser boa pessoa, ter boa reputação, ser
alguém honesto e com qualidades semelhantes que demonstram que a casa
está limpa, se esta não for habitada pelo Senhor.
Quando Jesus mencionava casa, naturalmente não se referia à casa no
aspecto da estrutura física de moradia, mas naturalmente referia-se ao nosso
coração, aos nossos intentos e a forma como resolvemos enfrentar a vida.
Neste sentido tenho muito receio porque sei que se eu não tiver minha “casa”
totalmente preenchida e habitada pelo Senhor posso tornar-me alvo fácil de
habitação pelo inimigo, algo que não desejo nem mesmo aqueles que não me
querem bem.
Mais que nunca precisamos permanecer em Jesus, sabendo que esta
permanência não é fruto de uma mera estadia, de uma visita ou mesmo de
um evento especial, é um fato que deve durar a vida toda.
CONCLUSÃO
Jesus não iria nos deixar sem antes ter
mencionado com tanta clareza este belo
princípio da PERMANÊNCIA.
Os discípulos entenderam tão bem este
princípio e os praticaram que são
exemplos para nós que nossa verdadeira PERMANÊNCIA em Jesus é
demonstrada com nossos atos de fé na pregação de suas boas novas.
Não consigo entender um cristianismo que muitos seguem onde a
permanência não é em Jesus, mas em algum santo criado pelos homens. É
verdade que muitos deles foram bons exemplos, mas jamais devemos
permanecer neles, porque, assim como nós, também foram falhos.
Para ter Jesus sempre perto de nós devemos escolher o princípio da
Permanência nele. Veja que ele disse: “Permanecerei em mim, e eu
permanecerei em vós”. A iniciativa deve ser nossa!
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Não Esqueça
1. Não adianta ter conhecido o evangelho, pregado, crido nas boas novas, se
esta escolha não foi para a vida toda;
2. Somos livres para seguir a quem quisemos, mas nunca devemos esquecer
que Jesus, que tinha a liberdade de continuar no seu mundo de glórias,
preferiu, primeiramente nos amar e permanecer neste amor;
3. A vida cristã aqui na terra deve ser semelhante ao casamento: “até que a
morte os separe”, porém com um agravante, enquanto a morte separa as
pessoas casadas, no caso da vida com Jesus, continuaremos nele, não tendo
a morte poder de nos separar;
4. Os Apóstolos dão um bom exemplo de como devemos seguir o princípio da
PERMANÊNCIA: Frutificando!
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Semana de 24 a 02/Mar-13
Título: Princípio da liberdade
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas
as coisas convêm; todas as coisas são
lícitas, mas nem todas as coisas edificam.
I Cor 10.23
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS:
Mostrar que Deus não
nos chamou para
continuarmos
Escravos. Ele nos
libertou.
Imagine alguém que estava preso, como
escravo, sendo libertado e ao invés da
liberdade tão sonhada, torna-se escravo
do novo dominante.
Em casos como esse a liberdade foi
frustrada. É como se o presidiário trocasse apenas de sela.
Tem pessoas que acham a vida Cristã é exatamente desta forma. Eram
escravos do pecado e do senhor da mentira. Agora “libertos” em Jesus Cristo,
recebem o “evangelho da prisão” ao invés da verdade libertadora de nosso
amado Senhor. Mais que nunca, pessoas assim são novamente escravos.
Alguns até oram “sou teu escravo, meu Senhor”, mas esquecem que Deus
abomina a escravidão.
Isso ocorre porque muitos desconhecem o princípio da Liberdade, mas vamos
meditar juntos e assim celebrar ao Senhor pela Liberdade que ele nos deu.
62
DESENVOLVIMENTO
Desde o começo do Cristianismo Satanás
tem lançado suas doutrinas de
aprisionamento do homem. Observe a
história e você verá quantas foram as
investidas.
Primeiro foram as que tentaram invalidar a liberdade com perseguições,
prisões e mortes. O império Romano foi instrumento diabólico e por muitos
anos serviu de arma usada para atingir a liberdade dos filhos de Deus.
Vejamos como isto aconteceu, observando os imperadores romanos:
1 – Nero – 54 a 68 d.C. – Ordenou o incêndio de Roma que durou 6 dias e 7
noites, onde milhares de pessoas pereceram em chamas. Ele descobriu que
sua conduta era deplorável e resolve então culpar os cristãos. Nero inaugurou
o que chamamos de espetáculo do horror, prendendo e matando os cristãos.
Famílias e comunidades inteiras eram levadas para servirem de espetáculos
ao serem devorados por leões, por causa de sua fé em Jesus. A crueldade era
tamanha que os próprios romanos foram movidos de compaixão. Ele inventou
todo o tipo de crueldade, costurando-os com peles de ovelhas; lançando-os
aos cães para serem devorados; queimando-os em seu jardim como tochas
humanas após lançados de pixe e cera; entre outros.
2 – Domiciano – 81 a 96 d.C – A si mesmo entitulou-se Deus e construiu um
templo de adoração ao Imperador. Os cristãos negaram-se a participar de tais
cerimônias. Por este motivo foram acusados de rebeldia contra o império.
Entre os muitos mártires estava o Apóstolo João que foi fervido em óleo
quente e depois desterrado na ilha de Patmos. Tambem mandou queimar
dentro de um boi de ferro, Antipas, fiel testemunha do Senhor (Ap. 2.13).
Nesta ocasião, para dar motivo aos martírios, o Imperador atribuía aos
Cristãos qualquer epidemia, fome ou terremoto que acontecesse.
63
3 – Trajano – 98 A 117 d.C – Tornou a denúncia contra os cristãos motivo de
os levarem à punição. Tambem considerava o Cristianismo uma ameaça ao
Império. As denúncias poderiam surgir por inveja, cobiça de patrimônio,
traição. Estas se intensificavam nas ocasiões das grandes festas quando se
necessitava de mais pessoas para servirem de espetáculos nas arenas.Nesta
ocasião foram mortos Vítalos que foi enterrado vivo e Inácio de Antioquia.
4 – Adriano – 117 a 138 d.C – Continuou as perseguições do antecessor.
Durante o seu reinado muitos cristãos foram crucificados no monte Ararat,
sendo coroados de espinhos e traspassados com lanças, como forma de
escárnio ao sofrimento de Cristo.
5 – Marco Aurélio – 161 a 180 d.C – Embora elogiado no estudo da filosofia e
sua forma de governo, foi duro e feroz contra os cristãos. As crueldades foram
tamanhas que muitos expectadores estremeciam pelo horror ficando atônitos
ante o sofrimento dos cristãos. Nesta ocasião foi morto o Bispo da Igreja de
Esmirna, Policarpo, sobre ele o Senhor escreveu em Ap. 2.9-10. Ele era
discípulo de João e após entregar-se e ser levado diante do Procônsul e ter
recebido a oportunidade de negar a Jesus ele mencionou: “...durante 86 anos
tenho servido a Jesus e ele nunca me fez mal algum, como iria eu blasfemar
agora contra o meu rei que me salvou?”. Foi condenado a ser queimado vivo.
Nesta ocasião tambem foi torturada Blandina, que sofreu tanto martírio ao
ponto de seus algozes terem de revezar. Foi ainda lançada para ser perfurada
pelos chifres de touros ferozes, sendo, ao final, degolada. Felícitas, viúva cristã
assistiu ao martírio de seus sete filhos, e depois foi decapitada.
6 – Sétimo Severo – 193 – 211 – d.C – Imputava aos Cristãos as desgraças
acidentais que ocorriam no império. Os que estavam localizados ao norte da
África foram os que mais sofreram. Entre elas Perpétua e Felícitas que foram
torturadas por um touro ao ponto do animal se cansar restando então ao
algoz decapitá-las.
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7 – Décio e Valeriano – 249 a 260 d.C – O Cristianismo foi tido como uma
ameaça real que precisava ser eliminada, sendo instaurada a primeira
perseguição mundial no nível de Império. A estratégia diabólica focou nos
líderes com a finalidade de eliminá-los. Vários foram decapitados, outros
encarcerados e torturados, como Dionísio e Orígenes de Alexandria. O
número de Cristãos mortos foi incontável. Nesta ocasião ocorreu uma grande
dispersão onde os cristãos fugiram do Império Romano procurando refúgio
em cavernas, praias, montanhas, padecendo necessidades após deixarem
famílias, amigos bem como seus bens materiais que até então possuíam.
Mesmo em meio a tantas perseguições foi na segunda metade dos século III
que começaram a ser edificados os primeiros templos.
8 – Diocleciano – 284 a 305 d.C – O Império Romano, nesta ocasião, era
governado por uma tetrarquia formada por Diocleciano, Galério, Maximiano e
Constâncio Cloro. Os quatro eram considerados Imperadores, mas Diocleciano
exercia comando sobre os demais. Foi decretado que toda a população
deveria fazer sacrifício aos deuses, incluindo ao Imperador e quem não fizesse
seria condenado à morte. Nesta ocasião, deflagrou-se grande perseguição
contra os Cristãos e foi decretado que todos que tinham cargos públicos
fossem cassados, também todas as acusações contra os Cristãos eram
motivos de os levarem à tortura e até à morte. Suas casas e igrejas deveriam
ser destruídas, bem como seus escritos. Os líderes de igrejas deveriam ser
presos e levados ao sacrifício aos deuses. Muitas casas foram incendiadas e
famílias cristãs inteiras pereceram nas chamas.
A perseguição foi mais forte no leste do império, tendo durado 10 anos, sendo
impossível contar a quantidade de mártires nem enumerar as várias formas
de torturas e mutilações sofridas por eles.
9 – Constantino – 306 a 337 a. C – Era adorador do deus Sol (Apolo). Numa de
suas batalhas e frente a uma iminente perda devido ao erro no cálculo, ele
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conta que olha para o céu e vê um escudo com as iniciais X e P (Iniciais de
Cristo em Grego). Abaixo destas letras tinha um escrito dizendo sobre estas
iniciais vencerá. No dia seguinte mandou pintar estas letras nos escudos de
seu exército, conseguindo assim uma vitória esmagadora sobre os inimigos.
A partir de então o Imperador confessou sua devoção à fé. Para ele Jesus
Cristo era o Deus das batalhas sangrentas e varão de guerra, ao invés de ser
um Deus misericordioso, perdoador e Príncipe da Paz. Mesmo depois de
convertido, o Imperador não abandonou sua adoração ao deus Sol, mantendo
sua esfinge na moeda imperial. Tambem mandou matar seu filho e sua
esposa. Em 313 foi proferido o Edito de Milão, dando liberdade religiosa a
todos os povos.
Após a frustrada perseguição sangrenta feita por Satanás para mitigar a fé dos
cristãos, querendo mostra-lhes que não tinham liberdade, ele agora se une à
igreja dando-lhe a religião oficial do império através de Constantino. Esta ação
trouxe para dentro da igreja toda a profanação romana.
Observe que a liberdade que Cristo havia dado a sua igreja, por mais de 300
anos sofreu de investidas sangrentas cujo objetivo era eliminá-la. Já que o
plano de Satanás não tivera êxito, ele une-se à igreja criando assim a doutrina
romanista com a introdução de imagens, indulgências, cultos pagãos,
adoração a vários deuses, profanação de altares e a substituição de Jesus pela
figura do Papa.
Preciso que entenda que não foi o homem quem criou tudo isto, ele apenas
foi instrumento de um plano bem maior que era de suprimir o Princípio da
Liberdade. A evidência desta verdade está no fato de que após a união com
Roma, as perseguições não cessaram. Os verdadeiros cristãos continuam até
hoje sendo perseguidos, torturados e mortos.
O paganismo que fora eliminado por decreto romano, não acabou, na
verdade institucionalizou, sendo trazido para dentro da igreja. A veneração
66
íntima aos santos, substituía os cultos aos deuses pagãos. A saturnália (festival
de honra ao deus saturno, que ocorria no solstício de inverno) foi substituída
pela comemoração do nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro, dia do
aniversário de Mitra, deus dos soldados romanos. O festival dos mortos foi
substituído pelo dia dos finados. Os altares pagãos foram substituídos pelos
“heróis cristãos”. Foram instituídos na adoração elementos como incenso,
imagens de esculturas, velas, flores, orações e cantos repetitivos e as vestes,
além de trazerem para si as procissões. Esses elementos e liturgias satisfaziam
os costumes pagãos até então praticados pelos povos antigos. Passou ainda a
ser implantado dogmas e preceitos enganosos, como o sinal da cruz, o
batismo infantil, além da doutrina do purgatório, onde as almas seriam
atormentadas até que a família pagasse as indulgências à igreja romana.
Com o romanismo a igreja dos fiéis em Jesus Cristo foi praticamente dizimada
e o povo induzido a todo tipo de religiosidade que ofuscava a liberdade com
que Cristo os havia libertado.
Na idade média (século XII), conhecida como a idade das trevas da história, o
comando estava com a igreja romana (que não é a igreja cristã). Foi instituída
a inquisição católica. Nesse século todos os que resistissem aos ensinamentos
da igreja romana eram considerados hereges. Uma vez capturados eram
entregues as autoridades para serem torturados até a morte. Essas mortes
era muitas vezes na fogueira, relembrando a morte dos primeiros cristãos.
Satanás não conseguiu seu plano, pois Cristãos verdadeiros como os
Valdenses (norte da Itália e sul da suíça), declaravam a igreja de Roma a
apostata de Apocalipse. Entre eles eram comuns homens e mulheres que
sabia decorado o Novo Testamento. Em 1380 o Papa Clemente VII, usado pelo
Diabo, envia tropas para tratar com esses “hereges”. Ele ordenou a morte de
mais de 230 valdenses queimados vivos. Muitos fugiram às montanhas alpinas
para morrerem de forme e frio. Por mais de 100 anos eles foram torturados,
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queimados, afogados, presos, sofrendo toda sorte de vitupérios por causa do
amor verdadeiro a Jesus.
Os Anabatistas rejeitavam o batismo das crianças. Seguiam ensinamentos
semelhantes aos Valdenses. Considerados como hereges foram condenados
pelo tribunal da inquisição. Eram perseguidos e caçados por onde estavam.
Para livrar-se deveriam fugir largando tudo para trás.
No século XVI, as pessoas continuavam opressas pelo poder de Satanás. A
igreja os proibia de ler a bíblia, sendo facultada somente a ela esta leitura e
interpretação que assim fazia para dar razão aos seus interesses políticos,
mentiras e malignidades.Deus então levanta homens, como Willian Tindeu e
muitos outros que traduziram a bíblia e a espalhou aos povos para leitura e
libertação. A tentativa maligna contra a liberdade cristã foi mais uma vez
frustrada, pois com a leitura das Escrituras os olhos dos “cegos” foram abertos
e a verdade veio ao conhecimento.
Satanás não tem descansado e mesmo após a reforma protestante, vemos
homens e mulheres iludidos com a falsa liberdade e voltando aos mesmos
costumes pagãos instituídos pela igreja romana.
Após esta explanação da história. Fica então a pergunta: Você é livre em
Jesus? O Evangelho tem servido para quebras as algemas ou somente para
trocá-las de lugar? Você tem seguido dogmas e costumes que contrariam a
palavra de Deus?
Cristo nos chamou para a liberdade e a mesma história que mostra as
investidas de Satanás contra os cristãos verdadeiros, também registra que
Satanás nunca conseguiu macular a liberdade dada por Jesus Cristo, porque
ela não é aparente, mas na alma, no espírito e na felicidade que somente os
filhos de Deus, em Jesus Cristo, podem experimentar.
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Escrevendo sobre este assunto foi que o Apóstolo Paulo retrata esta liberdade
não no nível da escravidão, como Satanás quer mostrar, mas num patamar de
alegria da escolha. Não como a mera troca de cela, mas como uma genuína
transformação. Assim ele menciona: “Todas as coisas são lícitas, mas nem
todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas
edificam.” I Cor 10.23.
Deus nos libertou, em Jesus Cristo, e não podemos mais voltar ao mundo de
pecado que muitos querem que voltemos e isto só não acontece se
estivermos alicerçados na verdade das Sagradas Escrituras.
A liberdade Cristã, abrange níveis como:
a) Intelecto - Nossa maneira de ver e entender se transforma; b)
Expressão – Deus nos possibilita uma nova expressão que abrange
tanto a capacidade de falar como de se fazer entendido; c) Domínio –
Não nos deixamos mais ser dominados por ninguém a não ser pelo
Espírito do Senhor; d) Conhecimento – À medida que nos
aproximamos de Deus, mais conhecedores nos tornamos; e) Social – A
maior inclusão social ocorre por meio do evangelho de Jesus que
restaura nossa dignidade e honra. Entre outras.
CONCLUSÃO
O que nos aprisiona é pecado, por isso
devemos banir de nosso meio toda
forma e manifestação.
Ora, se somos livres, então não somos
condenados,
desta
forma
o
entendimento da palavra do Senhor é muito clara, quando menciona:
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus,
que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” Romanos 8:1.
Como livres sabemos que todas as coisas nos são lícitas, mas a sabedoria nos
livres nos indica que nem todas CONVÉM.
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Não Esqueça
1. Satanás esteve presente em toda a história, tentando acabar com a liberdade
dos filhos de Deus. Ele não conseguiu, mas sei que ainda continuará
tentando;
2. A liberdade dos filhos de Deus os coloca no mais alto padrão de santidade,
então não queira voltar à vida de prisioneiro e escravo;
3. Deus não está à procura de escravos (pessoas que aceitam ser escravas) e
sim de livres que o sirvam em alegria e o amem verdadeiramente;
4. Nunca aceite as acusações do Diabo contra você. Lembre-se que você é livre
e que os livres não vivem numa vida de pecado, dando razão ao inimigo.
70
Título: Princípio da lembrança
E quando teu filho te perguntar no futuro,
dizendo: Que é isto? Dir-lhe-ás: O SENHOR
nos tirou com mão forte do Egito, da casa
da servidão.
OBJETIVOS:
Mostrar que Deus
deseja que tenhamos
lembraça Dele.
Êxodo 13:14
INTRODUÇÃO
Deus operara grandes milagres com o
povo de Israel quando os tirou do Egito.
Este fato não poderia ser esquecido ou
mesmo tido como invenção humana,
como hoje alguns querem afirmar.
Pensando assim, por diversas vezes Deus incentivou o povo a fazer menção
deste ocorrido aos seus filhos e os filhos aos seus filhos, seguindo assim uma
cadeia que não teria fim.
Sendo Deus tão poderoso porque ele tinha essa preocupação tão grande em
tornar aqueles fatos lembrados aos filhos de Israel? Não poderia ele operar
semelhante sinal? Não seria isto um acontecimentozinho insignificante?
Por tempos tentei compreender este enigma, mas somente agora é que ele se
torna claro e como já o decifrei, tenho a alegria de poder compartilhar com
você este grande princípio que serviu naquela época, durante a história e
serve hoje para mim e para você: PRINCÍPIO DA LEMBRANÇA.
71
Nossa memória não é tão fotográfica
quanto pensamos. Deus sabe disso
DESENVOLVImelhor que nós. Por ser assim
MENTO
precisamos e elementos que trazem a
nossa lembrança as situações boas e
ruins. Estes elementos geralmente
estão associados à alma (sentimentos), e os mais comuns são: MÚSICA,
PERFUME, FOTO, ALIMENTOS, ou seja, aqueles que estão ligados a um dos
nossos cinco sentidos.
Estes elementos são úteis tanto para memória de coisas boas, quanto ruins,
no entanto o que mais reforça nossa memória são as histórias que ouvimos,
principalmente aquelas que falam de como éramos antes do entendimento
(quando crianças) e das que retratam nossos ancestrais.
Sabendo disto, Deus providenciou elementos que nos fizessem lembrar dele.
O mais popular é a BÍBLIA SAGRADA, mas existem outros, como as histórias
contadas. Lembro que quando era pré-adolescente minha mãe adotiva
sentava-nos ao seu redor e lia a Bíblia de uma forma contada. Passados
aproximadamente 30 anos, ainda guardo em minha mente a forma como ela
mencionava a história de José. Enquanto falava, imaginava-me na prisão,
cuidando das pessoas, revelando sonhos e depois reinando com Faraó.
Achava aquilo formidável!
Ao olharmos à Bíblia descobriremos que Deus quer sempre ser lembrado por
nós. Por isto os elementos que cria aguçam a nossa lembrança, no entanto,
muitas pessoas acabam rejeitando-os ao contaminarem suas mentes com
toda sorte de mentiras, enganos, filmes malignos e imagens pornográficas.
Ficamos como que cegos à lembrança de Deus.
Realmente temos memória curta! Você lembra qual foi o seu jantar ontem? E
como foi a ministração de domingo? Consegue enumerar os principais pontos
72
falados pelo Pastor ou mesmo onde foi que ele leu na Bíblia? Não temos uma
capacidade boa de retenção do que ouvimos. Esse “problema” não é de
“fabricação”. Não é que fomos feitos desta forma, mas é que o pecado
consome grande parte de nossa memória e para aquilo que é realmente útil
ela acaba não dando a devida atenção.
Temos 02 tipos de memórias: a que utilizamos para realizar alguma atividade
(chamada de memória de trabalho – memória RAM dos computadores) e a
que usamos para guardar fatos e acontecimentos (memória de
armazenamento – memória ROM dos computadores).
A droga, principalmente o crack, trabalha desgastando a memória de
trabalho. A pessoa começa a ficar esquecida de como realiza as atividades,
por mais simples que sejam. É como se elas não soubessem fazer. Após atingir
a memória de trabalho, a droga age então na de armazenamento e a pessoa,
por causa disto, deixa de dar valor à família, aos amigos e em desprezo a tudo,
isolam-se vivendo de lombras que por momentos fazem ele se sentir como
era antes do primeiro uso. É um enorme perigo.
Assim como a droga, não podemos ter nenhum elemento que atrapalhe nossa
memória, principalmente nossa lembrança de Deus.
Nosso cérebro é preparado para descartar, ou guardar em lugar menos
acessado, as informações que utilizamos pouco e quanto mais tempo ficarmos
sem utilizar, mais difícil será para ele localizar.
Analisando os fatos desta forma, podemos então, entender melhor que existe
um princípio de Deus para nos deixar sempre com lembranças dele. Isto é
muito enfatizado na Bíblia quando são mencionados, por exemplo, os textos
de Salomão: “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade,
antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a
dizer: Não tenho neles contentamento” Eclesiastes 12:1. Salomão escreveu
73
este provérbio quando estava já idoso e sabia da necessidade que os jovens
tinham de lembrar-se do Senhor no tempo oportuno.
Tambem podemos mencionar o texto que o Senhor escreveu à igreja de
Sardes: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e
arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não
saberás a que hora sobre ti virei” Apocalipse 3:3. Aquela igreja tinha
cometido algumas falhas e somente a lembrança das coisas ouvidas da parte
de Deus, anunciada pelos seus apóstolos, é que poderia trazer a cura que ela
necessitava.
Existem muitas passagens bíblicas sobre este princípio, mas ele fundamentase principalmente no êxodo, quando o povo foi convocado a lembrar-se das
maravilhas que Deus havia feito, pois iriam entrar pelo deserto e a lembrança
deles estaria mais focada na dificuldade que nos milagres ora recebidos e
presenciados.
No livro de Êxodo, quando o Senhor entrega a Lei através de Moisés, Deus
enfatiza bastante que o povo não deveria esquecer-se de Deus. Parece que
eles não entenderam que era um princípio que o Senhor estava ensinando e
logo na sequência passaram a blasfemar do Senhor. Então Deus repassa a lei
com eles em Deuteronônio e ali enfatiza mais que nunca o PRINCÍPIO DA
LEMBRANÇA, tendo em vista o risco que tinham de novamente esqueceremse do Senhor.
Não podemos errar onde Israel errou.
Eles eram escravos no Egito. Trabalhavam somente pela comida e já estavam
na segunda geração escrava. Clamaram ao Senhor e Deus os livrou de lá
saqueando o Egito, a fim de levá-los para uma terra deleitosa, onde
plantariam e cuidariam de seus filhos, mas nunca esquecendo:
74
a) Que foram escravos: “E lembrar-te-ás de que foste servo no Egito; e
guardarás estes estatutos, e os cumprirás” Deuteronômio 16:12;
b) Que tentaram ao Senhor quando duvidaram de sua ação salvadora:
“Lembra-te, e não te esqueças, de que muito provocaste à ira ao
SENHOR teu Deus no deserto; desde o dia em que saístes do Egito,
até que chegastes a esse lugar, rebeldes fostes contra o SENHOR”
Deuteronômio 9:7;
c) Que Deus os havia tirado do Egito e os guiado pelo Deserto por
quarenta anos: “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o
SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te
humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se
guardarias os seus mandamentos, ou não” Deuteronômio 8:2;
d) Que o Senhor deveria receber a glória pela ação e não o homem: “E
quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que é isto? Dir-lheás: O SENHOR nos tirou com mão forte do Egito, da casa da servidão”
Êxodo 13:14.
Sempre menciono que devemos ler o capítulo 8 de Deuteronômio pelo menos
quatro vezes por ano. Isto porque o Senhor fala claramente que foi Ele quem
levou o povo ao deserto e o humilhou, provou, sondou o coração e soube se
eles serviriam ou não a Deus. Eles deveriam se lembrar disto por toda a vida,
pois sendo necessário o Senhor iria novamente os levar ao Deserto. E levou!
É no deserto que DEUS conhece coração de CRENTE!
Nossa história tem muito a ver com a de Israel.
Tambem éramos escravos no mundo (egito). Deus nos tirou da escravidão e
nos conduz a uma terra deleitosa (nos fazendo passar pelo deserto). Temos
tambem grandes chances de nos esquecermos de Deus, de sua obra, de seu
amor e nos entregarmos então às paixões que soam mais alto, muitas vezes,
que a voz de Deus, em nosso coração.
75
Lembre do filho Pródigo de Lucas 15. Ele esqueceu-se de seu pai, gastando
tudo o que tinha. Quando nos ESQUECEMOS de Deus (nosso pai), temos
grandes possibilidades de perdemos o que temos.
Então, como cristãos maduros que reconhecem a ação salvívica do Senhor
devemos tomar contramedidas acerca do esquecimento, fazendo valer em
nossa vida o PRINCÍPIO DA LEMBRANÇA.
Satanás tentou deturpar este princípio inserindo nele as imagens de ídolos
com a mensagem sutil de que não é para adoração e sim para lembrança.
Nunca devemos corrigir um erro com outro erro, pois ao invés de um,
teremos dois e assim sucessivamente às tentativas do uso da mesma ação.
Então, muito mais que TER uma IMAGEM (real) de um santo, amuleto, ou até
mesmo de Jesus Cristo e Maria, devemos ter IMAGENS (não reais) de suas
obras e do que fizeram em Deus e para Deus. Com base nessas imagens é que
nossa lembrança será ativada. Mais que isto, precisamos criar elementos que
nos fazem lembrar de Deus, vejamos:
ELEMENTOS HUMANOS
Deus tem os seus homens e mulheres que são exemplos para nós. Eles jamais
devem ser venerados, mas tidos como modelos os quais podemos nos
orientar. A palavra que certamente mais cabe neste contexto é MENTOR.
Quando encontramos alguém que nos aproxima de Deus, devemos nos
aproximar dele, assim como os discípulos de Paulo eram instruídos a tê-los
como exemplo. Ele assim o fez quando escreveu aos Corintos, aos Efésios, aos
Filipenses, vejamos:
“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” 1 Coríntios 11:1 - “Sede,
pois, imitadores de Deus, como filhos amados” Efésios 5:1 – “Sede também
meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes
em nós, pelos que assim andam” Filipenses 3:17.
76
Em momento nenhum o Apóstolo pediu que fosse feito uma procissão ou
pedido de milagre em ou ao seu nome, mas apenas que o tomassem como
exemplo. Isto, é claro, não é um fato isolado do Apóstolo, mas o escritor da
carta aos Hebreus tambem mencionou algo similar: “Para que vos não façais
negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as
promessas” Hebreus 6:12.
Quais são as pessoas que você admira como homens e mulheres de Deus?
Preferencialmente escolha alguém que seja próximo e com quem você possa
se relacionar. Siga estas pessoas e torne-se seus imitadores e naquilo que são
falhos, seja seu intercessor na oração.
Ao agir desta forma, estamos trazendo o Princípio da Lembrança sabendo que
Deus tem seus homens e mulheres e estamos nos candidatando ao cargo de
tambem sermos assim conhecidos.
Pessoas que fazem você lembrar apenas do que não é de Deus, devem ser
evitadas.
ELEMENTOS NATURAIS
Deus criou todas as coisas e admirar sua criação (admirar é diferente de
adorar!) nos aproxima Dele.
Observe o planeta, toda a sua complexitude, bem como o universo que brilha
a noite e esconde-se durante o dia. Realmente estas coisas não apareceram
do nada. Tem uma mente muito maior que planeja e controla todas estas
coisas. Esta pessoa é Deus.
Entenda, Deus não está nestas coisas, como alguns imaginam e acabam
fazendo altares em homenagem ao sol, à lua e aos astros. Eles apenas servem
de elementos para nos aproximar da fonte. Eles não são a fonte. Não se
contente apenas com o reflexo da luz, ache o Sol da Justiça, que é Jesus Cristo.
77
ELEMENTOS ESPIRITUAIS
Não somos somente matéria (corpo) temos alma e espírito e é na dimensão
do espírito que encontramos Deus mais evidentemente. Nesta dimensão
nosso espírito é convidado a juntar-se ao Espírito de Deus, retornando assim
ao tempo de sua criação.
Muitas pessoas tornam-se materialistas e esquecem que a inteligência
espiritual é tão importante quando a material. Deus sempre está presente
livrando do mal e protegendo não somente à pessoa mas sua família. Vamos
sempre nos lembrar de onde Deus nos tirou.
Os elementos espirituais (não os espiritualistas) estão muito relacionados à fé,
tendo a Bíblia como principal condutor destes elementos. Então é lá, na
leitura e na meditação das sagradas escrituras, que nosso espírito é
alimentado.
Uns
dos
princípios
mais
mal
interpretado da Bíblia é este da
LEMBRANÇA.
Ao
interpretarem
CONCLUSÃO
maldosamente querem com isto
justificar os sacrifícios, sacramentos e
imagens contidos nos templos religiosos. Na verdade, uma coisa não tem
nada a ver com a outra. Não precisamos criar elementos físicos para nos
aproximarmos de Deus. Fazemos isto estando ao lado de pessoas crentes,
estudando as Sagradas Escrituras e vigiando para que o mundo não roube
nossas melhores lembranças.
Lembramos apenas do que vimos ou sentimos. Então mais que nunca somos
convidados a um relacionamento com Deus, marcados pela VISÃO e pelo
TOQUE do seu Espírito. Não adianta queremos compor uma lembrança de
algo que nunca experimentamos. Então experimente DEUS de uma maneira
incomparável. Deixe-se ser marcado por ele! Aí você vai lembrar.
78
Não Esqueça
1. Deus quer fazer parte de nossa vida. Por isto ele nos resgatou do mundo
e nos levará, em Jesus Cristo, a um lugar de descanso eterno;
2. Devemos sempre nos lembrar de onde Deus nos tirou. Lá era lugar de
sofrimento e prisão. Ele nos libertou e lembrar-se deste dia é como
comemorar o dia da proclamação da liberdade de um país;
3. Procure lembra-se de Deus com elementos que ele nos deixou como os
muitos homens e mulheres que o servem verdadeiramente, nos
elementos naturais e nos espirituais;
4. Nunca confunda o princípio da Lembrança com o pecado da idolatria. O
Diabo sempre vai querer confundir.
79
Título: Princípio da oportunidade
e, quando soube que era da jurisdição de
Herodes, remeteu-o a Herodes, que
também naqueles dias estava em
Jerusalém.
OBJETIVOS:
Evidenciar que as
oportunidades são
únicas e não devem ser
desperdiçadas.
Lucas 23.7
INTRODUÇÃO
O nome dele era Pôncio Pilatos, que era
procurador romano e uma espécie de
prefeito da província da Judéia, quando
Jesus foi preso para ser condenação à
morte.
A história registra muito pouco sobre ele e o porque é o que desejo comentar
com você ao analisarmos o Princípio da Oportunidade.
Em 35 d.C. ele foi acusado da morte de muitos samaritanos que recorreram a
Vitelo, seu superior (legado provincial da Síria) que o destituiu e o enviou a
Roma para desculpar-se com o Imperador Calígula. Este não achou graça
diante do Imperador e acabou cometendo suicídio, segundo o historiador
Eusébio, de Cesaréia.
Ele era muito mais que um homem estranho. Ele era um perdedor de
oportunidades. Hoje poderia ser contato como um dos grandes homens da
história se não tivesse deixado a oportunidade passar.
80
DESENVOLVIMENTO
As oportunidades raras devem ser
provocadas e existem para serem
aproveitadas.
Na ciência do provocar oportunidades
devemos entender que quanto mais nos
preparamos, mais elas surgirão. Agora quanto menos formos preparados,
mais veremos apenas elas passarem.
Oportunidades são portas que se abrem trazendo um tempo novo em nossas
finanças, nos relacionamentos e na vida com Deus. Então quando elas surgem
não podemos ficar brincando, pois outros estão na “fila” aguardando a vez.
Lembre agora quantas oportunidades você já perdeu! Deixou de casar com
quem você amava, porque tinha medo. Não se aventurou num negócio
porque o receio foi maior. Nunca se lançou na obra de Deus, porque as
prioridades sempre foram outras, mesmo que isto atraia muito o seu coração
e você admire pessoas que assim fizeram. São exemplos de oportunidades
que as pessoas perdem e muitas não voltam mais. A moça ou rapaz que já
constituiu outra família não vai abandonar tudo para o sonho adolescente. O
negócio foi fechado com outro pessoa e Deus já levantou outros para fazer a
obra que estava disponível para você.
Tenho aprendido que as melhores oportunidades não são aquelas que nos
causam certos privilégios financeiros. Geralmente elas vêm acarretadas de
uma carga de responsabilidade muito grande. Tambem não quero que vocês
as rejeitem. Não é isso. Apenas desejo que sabia que as melhores
oportunidades são aquelas que acima de tudo nos causam alegrias, podendo
ou não serem remuneradas.
Tenho visto muitas pessoas com a mesma motivação que tinha Pilatos. O de
não abraçar as oportunidades que batem a sua porta.
81
Ele assumira o governo da Judéia em 26 a.C. (nome que é aceito como
tradução ao cargo que exercia que mais era o de procurador romano). Nesta
ocasião Jesus tinha aproximadamente 31 anos e já havia iniciado seu
ministério. Eu creio que Pilatos sempre ouviu falar do Nazareno Galileu que de
vez em quando estava na Judéia e sempre era motivo de questionamento
entre os sacerdotes. Não entendo que ele tenha se sabido de Jesus apenas no
momento do julgamento.
Nós sabemos que Jesus haveria de ser crucificado, assim como haveria de ser
traído. Mas Deus não comissiona alguém especificamente para execução de
tais atos. Aqueles que ouvem a voz do inimigo tem maior capacidade de
habilitarem-se ao cargo. O mesmo pensamento devemos ter com relação à
salvação. Sabemos que nem todos se salvarão, mas nós é que escolheremos
de qual lado queremos estar.
Na primeira oportunidade Pilatos o remete a Herodes, pelo fato de Jesus não
ser da Judéia e sim da Galiléia. Como o ocorrido era na Judéia, Herodes não o
quis condenar, devolvendo-o a Pilatos. Na segunda oportunidade, Pilatos até
queria soltá-lo, mas a conveniência dizia que era melhor constituir-se amigo
dos judeus que desejavam a crucificação do Mestre que amigo de Deus. Então
ele, num, gesto simbólico, lava suas mãos e entrega Jesus para crucificação.
Com esta ação ele perde, pela segunda vez, a maior oportunidade de sua vida.
Se ele tivesse entendido, era melhor lutar pela soltura de Jesus, deixando
somente aos Judeus tal culpa, do que ser Imperador de Roma.
Certamente se alguém dissesse que ali estava a oportunidade de deixar de ser
Procurador para ser Imperador, certamente Jesus não teria morrido sob seu
comando. Mas ele não dava valor defender o Nazareno Galileu. Para ele era
apenas mais um. Esta ação de Pilatos, tirou-o do circuito dos grandes heróis
do céu, como foram, a exemplo, Raabe e Rute, que não eram da descendência
dos Judeus, mas tornaram-se mães de Davi.
82
Conosco ocorre exatamente da mesma forma. Desprezamos o Princípio da
Oportunidade e ao invés de abraçarmos as coisas de Deus, que é fiel patrão e
justo Juiz, preferimos muito mais servir aos homens e ao mundo.
Poderia enumerar vários nomes de pessoas que receberam oportunidades
para desempenharem papel importante na igreja onde pastoreio e elas
simplesmente não deram valor. Mas se a oportunidade envolvesse uma
quantia grande de dinheiro ao final do mês, certamente não conteria a fila.
São nesses momentos que descobrimos quem é bom ou mau na hora de
aproveitar oportunidades.
No final de 2012, na última mensagem do Ano, ministramos uma palavra na
Igreja que evidenciava que seriamos condecorados por Deus de acordo com
nossas obras. Está em Apoc. 22.12. Então entendo que fazer uma obra para
Deus é uma oportunidade que ele está me dando de receber de sua mão o
galardão que haverei de conquistar com minhas obras.
OPORTUNIDADES SURGEM QUANDO OBEDECEMOS AO SENHOR
Muitos filhos de Deus assumem o papel de que nunca receberam
oportunidades para nada na Igreja e assim não desenvolveram seus
ministérios. Isto é um grande absurdo, tendo em vista que o ministério do
verdadeiro homem ou mulher de Deus não é feito da igreja para fora e sim de
fora para dentro da igreja. As almas estão para serem ganhas é no mundo e
esta questão extrapola a jurisprudência dos pastores e líderes da Igreja, uma
vez que ela foi dada pelo próprio Senhor Jesus. Então a oportunidades surgem
quando obedecemos a que Jesus nos mandou.
Não tem pastor que fique triste com a ovelha produtiva. Aí a oportunidade na
Igreja (ou cargo como alguns querem assim chamar) naturalmente surge, por
causa dos frutos. É infantilidade pensar que são as oportunidades ministeriais
que geram os frutos. Ocorre exatamente o contrário. Os frutos geram as
83
oportunidades ministeriais. Então não há porque reclamar do líder, do pastor
ou mesmo da organização chamada igreja. Obedeça a Jesus. Ganhe Almas.
OPORTUNIDADES SÃO PROVOCADAS E SÃO RESULTADO DE UMA
PREPARAÇÃO
O Egito iria passar por um momento muito grande de Seca. Para evitar perdas
maiores José aconselhou o Faraó a constituir sobre o seu reino um homem
que fosse inteligente o suficiente para controlar toda a produção e
armazenamento de grãos (uma espécie de Ministro da Agricultura) por sete
anos. Diante de tal sugestão Faraó não vê em seu reino alguém com tamanha
capacidade que não fosse o próprio José.
Idéias geram OPORTUNIDADES.
Você tem idéias? Tem um plano? Tem uma sugestão? Então apresente a
quem deve ouvir e veja o Princípio da Oportunidade BRILHANDO para você.
Ocorre que muitos querem oportunidade, mas não tem Idéias. Não provocam
as oportunidades.
Você gostaria de ser um grande pregador? Quantas mensagens já tem
escrito? Você tem uma website? No facebook você é do tipo que só publica
bobagens? Já imaginou que imagens os que tem oportunidades em aberto
pensarão de você?
José havia se preparado durante o tempo de prisão, mas o maior preparativo
(melhor arma) não era o conhecimento secular. Havemos de concordar que
quem estivera preso nos últimos 10 ou 15 anos não tinha a mesma percepção
de mercado de quem estava operando diariamente ou tivesse acabado de sair
da faculdade! A melhor preparação chama-se intimidade com Deus. Pessoas
com esta qualidade podem assumir qualquer desafio que certamente vai ser
coroado com glória. Agora o fulano não quer ter vida com Deus, não é um
bom aluno, não participa das atividades do mercado e ainda chora pela perda
84
da oportunidade. Aí é demais! Ao invés disto a pessoa deve preparar-se. As
oportunidades são para os preparados.
O Princípio da Oportunidade sempre esteve presente na Bíblia. Algumas
pessoas que entenderam lograram êxito e estão catalogados no Galeria dos
Heróis da Fé. Outros nem se quer aparecem ali.
Josué viu em Moisés a Oportunidade para ser o Líder de Israel e levá-lo a uma
grande conquista.
Eliseu viu em Elias a Oportunidade de tornar-se um dos profetas mais
brilhantes do Antigo Testamento.
Paulo de Tarso viu no Evangelho de Jesus a oportunidade de ser muito maior
que o “empreguinho” de perseguidor de fanáticos.
Daniel viu na Babilônia a oportunidade de destronar os panteões babilônicos
e o fez sem reclamar tornando-se uma referência no Antigo Testamento e
sendo o profeta com maior visão apocalíptica da Bíblia.
Neemias viu na reconstrução dos muros de Jerusalém a oportunidade de
trocar a função de copeiro para de Governador.
Já a grande parte dos discípulos de Jesus viram nele a Oportunidade de saírem
do anonimato da pescaria na Galiléia, para a maior projeção mundial que
poderiam alcançar.
Davi viu em Saul a oportunidade ser um grande rei. Por isto nunca levantou a
mão contra o seu rei. Ele conseguiu ser o maior rei que a terra já conheceu.
Sansão viu em Dalila a oportunidade de se destruir. Não pensou direito.
Seguiu seus instintos e acabou suicidando-se.
Acabe viu em Jesabel, uma mulher astuta, em quem poderia encostar-se.
Conseguiu muito mais e ainda contribuiu para disseminação do pecado de
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JESABEL na igreja de Apocalipse, tornando-se símbolo de fraqueza e de
ausência de governabilidade.
Saul viu em Samuel a oportunidade de, enganando-o, continuar rei em Israel.
Deus percebeu e baniu num só dia toda a casa de Saul.
Balaão viu em Balaque a oportunidade de enriquecer, profetizando contra os
filhos de Israel. Conseguiu mais que isto, acabando sendo morto e
disseminando tambem no seio da igreja apocalíptica o Pecado de Balaão.
São muitos exemplos. O PRINCÍPIO DA OPORNIDADE agora está conosco. Qual
delas vamos querer abraçar?
Poderíamos escolher simplesmente jogar fora as oportunidades ou
trabalharmos de forma a mitigar os LIMITADORES deste PRINCÍPIO que são:
- MEDO - Os medrosos não podem abraçar nenhuma oportunidade, porque
vão acabar sofrendo. É só lembrarmos-nos do servo que escondeu o seu
talento!
- INSEGURANÇA – O inseguro não confia em si mesmo e muito menos no
impossível de Deus. Então este sentimento acaba sendo um limitador de
crescimento.
Pilatos não pôde mais voltar ao tempo e
com o mesmo tempo acabou
entendendo que não é lavando as mãos
CONCLUSÃO
que
jogamos
nossas
melhores
oportunidades fora. Este ato o levou ao
suicídio. Ele fora ingênuo ao avaliar os valores, dando mais ênfase em agradar
aos homens que ao próprio Deus. Perdeu a maior oportunidade de sua vida.
Não quero que você perca Oportunidades, então observe este grande
Princípio de Deus e abrace com toda força aquelas que o Senhor tem dado.
86
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
Na Bíblia temos exemplos de pessoas que abraçaram boas e más
oportunidades. Naturalmente as más não foram dados pelo Senhor;
O Princípio da Oportunidade foi deixado por Deus para podermos chegar,
com estas janelas abertas, ao seu coração;
As oportunidades são motivacionais a nossa premiação;
Descarte os limitadores de OPORTUNIDADES e abrace as que Deus está
dando a você.
87
Título: Princípio da Sabedoria
Feliz é o homem que acha sabedoria, e o
homem que adquire entendimento;pois
melhor é o lucro que ela dá do que o lucro
da prata, e a sua renda do que o ouro.
OBJETIVOS:
Mostrar que com a
sabedoria que Deus
nos dá, seremos mais
prósperos e felizes.
Provérbios 3.13-14
Imaginemos que descobrimos uma
aplicação que tenha poder de renda e
acúmulo de riqueza maior que o ouro ou
INTRODUÇÃO
algum negócio extremamente lucrativo.
Certamente deixaríamos de realizar certos
gastos e investimentos duvidosos para
aplicar nossos recursos e tempos somente nesta aplicação.
No final de 2012 ocorreu o sorteio de mais de R$250 milhões pela Mega-Sena.
Certamente seria um retorno do investimento estrondoso para quem
apostasse algo em torno de R$2,00 e ganhasse toda esta bolada. Alguns
conseguiram dividir este prêmio, mas a probabilidade era de 1 a cada 50
milhões de apostas (jogo de azar). Então, não é sobre este tipo de
investimento que desejo referir-me e sim aquele que tem retorno garantido.
Para isto precisamos entender o seu Princípio que é exatamente a aplicação
lucrativa a qual Salomão se referia quando dizia que o homem que fizesse
este investimento seria feliz pelos grandes lucros.
88
Conhecimento ajuda muito, mas sem
aplicação prática não tem valor algum.
DESENVOLVIComo assim? Se você souber tratar
MENTO
patologicamente uma pessoa, mas
nunca aplicar este conhecimento, então
ele não serve para o fim a qual se
destinava. O mesmo sentido é útil para qualquer área onde você tem
conhecimento, sabe como fazer, mas não aplica.
Observo muitas pessoas estudarem para concursos públicos. Em seus estudos,
ele adquirem CONHECIMENTO, mas quando vão prestar os exames, embora
conhecendo o assunto, não conseguem a tão sonhada colocação.
Tambem vejo pessoas que têm muitos recursos financeiros e os adquiriram
por causa do CONHECIMENTO nas artes negociais e funcionais, no entanto,
não conseguem reter ou multiplicar estes ganhos. Acabam perdendo.
Pessoas muito inteligentes e conhecedoras são hábeis na arte de dizer-nos o
que devemos fazer em determinadas situações e são conselhos que dão certo,
mas estas pessoas não conseguem aplicá-los em sua própria vida.
Existem outros que têm expertise em arrumar amigos, mas são péssimos
quando o assunto é mantê-los. Semelhantemente moças e rapazes, às vezes
são cheios de “pretendentes”, mas quando casam não conseguem
compartilhar a vida com o tão sonhado “esposo ou esposa” e terminam tendo
uma relação frustrada.
Todos estes exemplos e mais os que foram aguçados em sua mente,
evidenciam que o conhecimento é muito bom, mas ele necessita de um
elemento essencial: A SABEDORIA.
A sabedoria é o conhecimento aplicado de forma correta, eficaz e produtiva.
Conseguir esta equação é um grande desafio e ela está presente em nossos
89
negócios, nos relacionamentos e nas próprias escolhas que fazemos. Então
desprezar este Princípio deixado por Deus, é não querer fazer uso de uma das
melhores ferramentas que Ele deixou para nossa felicidade.
Tambem havemos de convir que a sabedoria empírica é limitada. O senhor
nos orienta que devemos nos esmerar para comprar sabedoria e
conhecimento, logo o empírico é resultado apenas da observação e não indica
a totalidade. “A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria,
emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento.” Provérbios 4:7.
Noutro momento, o Senhor nos fala que a sabedoria anda de mãos dadas com
a Verdade, com a Instrução e com o Entendimento.
São pilares da construção de uma felicidade que homem nenhum pode
desprezar.
Não havemos de imaginar que Salomão recebeu a “UNÇÃO DA SABEDORIA” e
passou a entender todas as coisas e a ser o homem mais sábio por causa
desta UNÇÃO! Pensar assim é espiritualizar muito as coisas e tornar-se
distante do que o Senhor tem para nós. Salomão realmente foi muito sábio,
mas ela veio através da aquisição do conhecimento e neste aspecto devemos
ser maduros entendendo que houve tempo de estudo, observação, pesquisa,
conversa com outros sábios e ainda compartilhamento destes conhecimentos.
Daí quando ele menos observou já era o homem mais sábio da terra, em sua
época. Vejamos, pois, o conselho que ele nos dá: “Pois quando a sabedoria
entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma, O bom
siso te guardará e a inteligência te conservará” Provérbios 2:10-11.
E quanto a UNÇÃO, como alguns assim pensam? Não foi bem assim. Vejamos
como a Palavra do Senhor nos fala: “E deu Deus a Salomão sabedoria, e
muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na
praia do mar” 1 Reis 4:29. Com não ouve uma UNÇÃO DE SABEDORIA e sim
90
uma dádiva de Deus, então a pergunta que fica é: Será que temos tambem, de
Deus, esta mesma dádiva?
Vamos continuar na Bíblia.
“A rainha do sul se levantará no juízo com os homens desta geração, e os
condenará; pois até dos confins da terra veio ouvir a sabedoria de Salomão;
e eis aqui está quem é maior do que Salomão” Lucas 11:31.
Jesus mencionou ser maior que Salomão. E quando o Senhor usa este termo
maior, não se refere apenas ao reino secular, mas à posição celestial e nisto
está incluído maior SABEDORIA. E sabemos que não estamos ligados a
Salomão e sim a Cristo, desta maneira estamos debaixo de uma SABEDORIA
muito maior e quando Senhor soprou sobre os discípulos o Espírito, estava
soprando sobre a igreja a chave que nos possibilitaria ser mais sábio que
Salomão: “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o
Espírito Santo” João 20:22.
Quando começamos a ler o livro de Atos dos Apóstolos e encontramos Pedro,
aquele discípulo confuso, dando um sermão onde se converteram quase três
mil pessoas e na sequência outro onde foram mais de cinco mil, ficamos
maravilhados, mas, maior surpresa e confirmação da utilização do Princípio da
Sabedoria estava ainda por vir e foi reconhecido pelos membros do Sinédrio,
vejamos: “Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que
eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que
eles haviam estado com Jesus” Atos 4:13.
Desta forma, havemos de concluir que sabedoria deles, ali demonstrada,
evidenciava que eles haviam estado com Jesus, mostrando realmente que os
que estão Jesus tem esta capacidade sobre-humana de SABEDORIA. Sendo
assim todos nós somos habilitados a conhecer e usar o PRINCÍPIO DA
SABEDORIA, lembrando que este princípio envolve a busca do conhecimento
e do entendimento, o que foi evidenciado por Pedro em seu discurso.
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O Princípio da Sabedoria é base de sustentação de Ministérios, Famílias,
Empresas, Empreendimentos e da própria Vida. Desprezá-lo evidencia um ato
de loucura, pois muitas vezes conseguimos ministérios, famílias, empresas,
empreendimentos e vida, mas não os sustentamos com ações insensatas.
Este princípio evidencia-se pelo:
ERUDISMO – Quando alguém é um exímio conhecedor de algo
Olhe quanta falta de conhecimento existe sobre determinado assunto e o
Erudismo nos ensina que não adianta apenas conhecer, mas precisamos ser
ESPECIALISTAS naquilo que conhecemos. Pela falta de ESPECIALISMO é que
muitas pessoas acabam se confundindo, não entendendo o que Pastor está
falando, compreendo mal as verdades da bíblia e sendo levados por qualquer
vento de doutrina.
DESTREZA - Capacidade de fazer com habilidade alguma coisa
Em Jesus Cristo, nossas incapacidades de resolver problemas foram sanadas,
mas muitos acabam fazendo mau uso das coisas de Deus e ao invés de
resolvedores de problemas, são mesmo, de fato, os causadores.
Precisamos ser destros na obra de Deus e assim desempenhar com alegria as
atividades que existem no seu reino.
Não podemos ser do tipo que fala: “nunca me ensinaram, por isso eu não fiz”
Já pensou como seria o mundo se os grandes inventores pensassem assim!
Pobres de nós! A destreza traz RIQUEZA.
Com relação ao ministério vejamos como o Senhor nos fala:
“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é
profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar;
se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em
92
exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado;
o que exercita misericórdia, com alegria” Romanos 12:6-8.
A palavra chave deste contexto é DEDICAÇÃO. Não há destreza, sem
DEDICAÇÃO
SENSATEZ – Domínio de tomar decisões certas
O insensato age seguindo seus próprios sentimentos. O Sensato age no tempo
e no momento de Deus, logo este acaba adquirindo virtudes como domínio
próprio e absorve maior clareza nos ensinamentos recebidos, uma vez ter a
capacidade de aplicar em si mesmo os bons conselhos.
O mundo diz que servir a Deus é bobagem. O comércio diz que comprar cada
vez mais é bom. O sentimento maldoso diz que pecar um pouquinho faz bem.
O Sábio pega tudo isto e aplica a sensatez, deixando de lado a precipitação, a
arrogância e a falsa modéstia, agindo com inteligência no serviço a Deus, na
administração de suas finanças e no controle de suas emoções.
Pela falta de sensatez, que exige tempo de análise para saber qual a decisão
mais certa a ser tomada, muitas guerras têm iniciado, muitos lares desfeitos e
amigos separados.
Como pessoas de Cristo, precisamos deixar de meninices espirituais e
passarmos a outro nível de crescimento, usando como degrau este
maravilhoso Princípio da Sabedoria e assim estaremos cumprindo o dito de
Paulo a Timóteo, que soa como uma palavra do Senhor a mim e a você:
“Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.” 1 Timóteo 4:13.
Outra forma de tambem aprendemos sobre o Princípio da Sabedoria é
verificando os efeitos que ele causa em quem busca até achar. Os mais visíveis
são Prudência, Conhecimento e Razão. Quando nos deixamos ser impactados
por estes três efeitos benéficos, temos um crescimento espiritual grande e
nossa capacidade de aprendizado é aprimorada.
93
Prudência - O Sábio é prudente e a prudência
evita que acidentes ocorram. Ela nos
possibilita andar nos conformes da lei,
evitando assim que venhamos sofrer
penalizações pela não observância. Tambem
ela age antecipadamente trazendo paz em
nossa alma quando da ocorrência de fatos indesejáveis, pelo motivo de não
nos sentirmos culpados.
A prudência tira o peso da culpa. Já a imprudência imputa os erros da má
condução, das inobservâncias e da insensatez.
Conhecimento - É algo que eleva nosso espírito. Quando tratamos de um
assunto em que nos empenhamos e conhecemos, temos muito mais destreza
no trato. O conhecimento é adquirido através do estudo sistemático,
autodidata, pesquisas, viagens, leituras e conversas com pessoas inteligentes.
Não querer conhecimento é não querer ser sábio e a ausência dele distancia
até mesmo a pessoa do plano de Salvação e dos projetos de Deus para sua
vida.
Razão - Para tudo na vida existe uma razão e o Princípio da Sabedoria nos
ensina a tornar esta aplicação prática e quando assim o fazemos eliminamos
de nosso meio todo vento de doutrina contrária à salvação e a alegria da
liberdade que o Senhor tem nos dado.
Praticar o Princípio da Sabedoria é muito
mais que querer ser sábio, é aprender
com os erros, levantar-se diante da
CONCLUSÃO
queda, submeter-se à liderança e assim
como Salomão, fazer um grande
sacrifício ao Senhor, além de, é lógico, saber pedir. Não aceitar tudo isto é
realmente querer viver na pobreza e você é um sábio investidor. Boas Rendas!
94
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
O mundo está repleto de pessoas bobas, e continua assim porque a
bobagem não deixa a pessoa seguir o princípio da sabedoria;
Você não é um desses bobos. Você já fez a decisão mais sábia do mundo,
que foi entregar sua vida a Deus, agora continue na Escola;
Sabedoria não é um DOM ou uma UNÇÃO é estudo, preparação e
dedicação. Assim, saiba que você já é um UNGIDO;
Existe uma separação muito grande entre a SABEDORIA HUMANA e o
PRINCÍPIO DA SABEDORIA. Ambas proporcionam crescimento, no entanto,
uma está direcionada ao mundo e a outra a Deus e esta última chega a ser
tão sublime que confunde os sábios do primeiro grupo.
95
Título: Princípio do fortalecimento
para que, segundo as riquezas da sua
glória, vos conceda que sejais
robustecidos com poder pelo seu Espírito
no homem interior;
OBJETIVOS:
Evidenciar que nosso
fortalececimento vem
de Deus, através do
bom alimento.
Efésios 3.16
É verdade. O Apóstolo Paulo era um
homem forte. Ele sofreu todo tipo de
perseguição por causa do evangelho a fim
INTRODUÇÃO
de torná-lo conhecido a mim e a você. Ele
foi um diferencial na pregação desta
maravilhosa graça a nós, gentios segundo
a carne. O que tinha em Paulo que o tornava tão forte? Seriam suas muitas
visões espirituais, ou será que tenha sido fortalecido pelas muitas lutas,
embora estas objetivassem paralisar-lhe? Estas e outras perguntas são
respondidas quando aprendemos e aplicamos o Princípio do Fortalecimento.
Aí a verdade ministrada por este homem valoroso torna-se nítida ao meu e ao
seu coração: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de
fortaleza, e de amor, e de moderação” 2 Timóteo 1:7 – Glórias a DEUS!!
Tambem é verdade que ele era um sofredor. Mas que importa, se também
era um VENCEDOR?
96
O texto de Efésios é uma narrativa do
desejo de Paulo de que aquela igreja
DESENVOLVIfosse fortalecida pelo Espírito de Deus,
mas este fortalecimento não era
MENTO
somente uma força sobrenatural vinda
sobre os corpos dos membros daquela
comunidade, mas sobre o espírito de cada um. Era um fortalecimento vindo
de dentro para fora e não de fora para dentro.
Ele menciona que era um mistério que estava sendo revelado, em que Cristo
havia de manifestar-se ao mundo, mas não podia fazê-lo, a não ser pela igreja,
e esta não deveria ser uma igrejinha trêmula e fraquejante. A composição de
sua membresia deveria ser de pessoas realmente fortes, vibrantes,
ganhadores de prêmios e acima de tudo desbravadoras de territórios. Ele
menciona que não quer que os irmãos vejam sua prisão como motivo de
enfraquecimento, pois eles deveriam saber que enquanto o Apóstolo estava
naquela condição, eles tinham a oportunidade de serem fortalecidos pelo seu
testemunho, conforme explicita: “Portanto, vos peço que não desfaleçais nas
minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.” Efésios 3:13
Por este motivo era que o Apóstolo tanto orava. Para que a igreja fosse
fortalecida.
Noutro momento, agora já tratando da estruturação da igreja, ele menciona
aos membros daquela comunidade a sua liberdade de falar de Jesus, mesmo
que estivesse retido como prisioneiro. Assim menciona: “Pelo qual sou
embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me
convém falar” Efésios 6:20, e quando todos pensavam ser realmente o fim,
ele então recomenda: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e
na força do seu poder” Efésios 6:10. Neste contexto encontramos um
princípio muito belo, do Senhor, que é o do FORTALECIMENTO.
97
Não devemos ser fortes em nossas próprias forças. Elas são enganosas e
falhas. Um bom exemplo, sempre mencionado, é de Gideão que foi para uma
guerra com 32 mil soldados e após o filtro do Senhor acabou vencendo com
apenas 300. Aqueles que pensam que o evangelho é difundido segundo a sua
sabedoria, técnica e teoria, estão totalmente enganados. Tornam-se presas
fáceis do inimigo. Tambem o evangelho não é feito por pessoas medrosas,
covardes e tímidas, mas por valentes. É exatamente aí, servindo como ponte
entre a capacidade humana e a divina, que entra este maravilhoso princípio,
mostrando ao homem que nosso maior e mais certo fortalecimento vem de
Deus e não de nossos próprios méritos.
Vejamos alguns exemplos, na Bíblia, onde este Princípio foi atuante:
Esdras era um homem formidável. Ele havia se dedicado ao estudo das leis do
Senhor e em seu ensino no mundo persa. Ele soube que os trabalhos de
reconstrução do templo estavam parados e sentiu vontade de ajudar aqueles
irmãos, mas as condições político-financeiras não eram favoráveis.
Esdras então resolve buscar fortalecimento em Deus e quando foi procurar o
Rei Artaxerxes foi surpreendido ao perceber que o que estava acontecendo
não era algo humano. Era o próprio Deus mudando o coração do rei para serlhe benigno. Vejamos como ele descreve: “Este Esdras subiu de babilônia; e
era escriba hábil na lei de Moisés, que o SENHOR Deus de Israel tinha dado;
e, segundo a mão do SENHOR seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe deu
tudo quanto lhe pedira” Esdras 7:6. Em sua narrativa ele reconheceu que era
a MÃO DO SENHOR que o estava fortalecendo.
Após quatro meses de viagem ele chegou a Jerusalém e fez uma grande obra
porque não marchara como um derrotado, mas como um vencedor, sendo
um representante do rei naquela missão e tendo todo o provimento
necessário em prata, ouro e dinheiro para custear não apenas as despesas de
viagem, mas, inclusive, os atos de adoração que iria fazer naquela terra.
98
“E toda a prata e o ouro que achares em toda a província de babilônia, com
as ofertas voluntárias do povo e dos sacerdotes, que voluntariamente
oferecerem, para a casa de seu Deus, que está em Jerusalém. Portanto
diligentemente comprarás com este dinheiro novilhos, carneiros, cordeiros,
com as suas ofertas de alimentos, e as suas libações, e as oferecerás sobre o
altar da casa de vosso Deus, que está em Jerusalém. Também o que a ti e a
teus irmãos bem parecer fazerdes do restante da prata e do ouro, o fareis
conforme a vontade do vosso Deus” Esdras 7:16-18. Deus o FORTALECEU
para execução de uma das mais importantes obras da Bíblia que foi o
encerramento do Cânon do Antigo Testamento.
Esdras foi fortalecido não porque era fraco, mas porque tinha projetos,
planos, desejos e o seu coração ardia pela causa do Senhor. Sobre ele a Bíblia
registra algo que serve muito para nosso exemplo: “Porque Esdras tinha
preparado o seu coração para buscar a lei do SENHOR e para cumpri-la e
para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos” Esdras 7:10.
Tudo bem, você quer seguir o Princípio do Fortalecimento, mas uma das
primeiras placas fazem uma pergunta contundente: “Fortalecido, pra quê?” O
que tem em seu coração que arde pela causa do mestre? Vejo muitos orando
pedindo poder, força, vigor, unção... mas não consigo ver em que eles querem
aplicar tanto poder, tanta força, tanta unção. Seria apenas para o
embelezamento? No reino de Deus não funciona assim! O fortalecimento tem
objetivos. Já vi tambem pessoas que estavam à beira da morte e suplicam ao
Senhor que lhes conceda mais uma oportunidade e após sua restauração eles
usam deste tempo de vida adicional para empreenderem em ações apenas
para benefício próprio em detrimento até mesmo das muita carências
existentes no Reino de Deus. Assim tambem não funciona.
Neemias era o copeiro do rei e quando soube de notícias sobre o estado de
Jerusalém ficou de sobremodo entristecido. Ele desejava muito ir à Jerusalém
99
restaurar-lhe os muros, ajudar na estruturação da cidade e executar ali uma
missão do Senhor que era a de apaziguar aquele local.
Durante uma de suas assistências ao rei este percebeu a tristeza de Neemias e
havia um costume naquela época, aos serviçais, de nunca estarem tristes
quando estivessem em serviço, muito menos na presença do rei. Ao ser
indagado sobre o estado de seu rosto, logo temeu algo muito pior.
Então o rei, sendo usado por Deus, atendeu ao que Neemias lhe pedira em
Oração. Ele estava enfraquecido, mas tinha um objetivo celestial no coração e
por causa disto foi fortalecido pelo rei, como simbologia da bondade de Deus.
Após chegar a Jerusalém, ele observou que a luta seria muito grande, então
precisou novamente ser fortalecido pelo Senhor e a este respeito ele
testemunha: “Então lhes respondi, e disse: O Deus dos céus é o que nos fará
prosperar: e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos; mas vós não
tendes parte, nem justiça, nem memória em Jerusalém” Neemias 2.20. Ele
não teria como executar tamanha obra se, de fato, não ocorresse ali o
Princípio do Fortalecimento.
Otoniel era sobrinho de Calebe, companheiro de Josué e Moisés. Com a
morte de Josué e de sua geração, os filhos de Israel passaram a adorar os
deuses daquela terra, provocando o Senhor à ira. Para libertá-los, Deus
fortalece o espírito de Otoniel que foi à guerra com um exército pequeno e
sem habilidades, massacrados por mais de 08 anos pelos rei da Mesopotâmia,
e os venceu naquela sangrenta batalha.
Otoniel sabia que não teria como vencer a guerra contra aquele poderoso
exército, a menos que o Princípio do Fortalecimento fosse evidente e ocorreu
exatamente assim. Vejamos como a Bíblia registra: “E veio sobre ele o
Espírito do SENHOR, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o SENHOR entregou
na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; contra o qual prevaleceu a sua
mão” Juízes 3:10.
100
Nestes exemplos vemos o Princípio do Fortalecimento atuando de três
maneiras distintas: a) Em Esdras ele ocorreu no aspecto financeiro; b) Em
Neemias na disposição para o trabalho; c) Já em Otoniel ele veio capacitandoo a vencer um inimigo muito mais forte que ele. Apesar serem três aspectos
de diferentes atuações, existe um ambiente que é comum a todos que é da
disposição de cada um de fazer algo para Deus.
No Novo Testamento a atuação deste Princípio foi tão evidente quanto no
Antigo, mas foi mais presente, até mesmo porque enquanto o Antigo foi
escrito num período de mais de 2.000 anos, o novo ocorreu em período
inferior a 50 anos. Então ele torna-se mais visível. Tomemos como exemplo o
ocorrido com os discípulos de Jesus. Eles receberam muito mais que um
chamado para serem auxiliares de Jesus. Eles foram capacitados a representálo e também servirem de embaixadores do Reino de Deus, aqui na terra. Era
uma função muito nobre que eles só conseguiriam realizar se fossem
fortalecidos. Era impossível aquele grupo de pessoas, em sua maioria
pescadores, terem ousadia para levarem este evangelho a todo o mundo.
Na Igreja pós-apostólica, este Princípio atua ainda de forma clara, pois agora a
missão não estaria mais com Deus e nem com Jesus Cristo e sim com o
Espírito Santo que é o mentor e executor deste maravilhoso Princípio, uma
vez que Ele atua no espírito do homem, fortalecendo-o à obra de Deus, fato
evidente nas muitas perseguições sofridas pela Igreja de Cristo. Sem observar
este Princípio eles não teriam vencido. Isto tambem ocorreu em cumprimento
ao que fora predito por três grandes homens da Bíblia: Isaías, Davi e Jó, ao
relatarem o princípio do Fortalecimento. Vejamos: “Não sabes, não ouviste
que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem
se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e
multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e
se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no SENHOR
renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se
cansarão; caminharão, e não se fatigarão” Isaías 40:28-31.
101
“Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido pela inquietação do meu
coração.” Salmos 38:8.
“Como ajudaste aquele que não tinha força, e sustentaste o braço que não
tinha vigor?” Jó 26:2.
Enquanto Isaías ministrava que Deus fortalecia o fraco, renovando suas forças,
Davi reconheceu este fortalecimento frente à confissão de pecados e Jó,
respondendo a Bildade, mencionou o fortalecimento como sendo a ação de
nos sustentar. Quando aprendemos que existe este princípio, tambem
aprendemos que ele pode ser usado por nós para outras pessoas, conforme
aconteceu com Paulo quando estava indo preso a Roma e o seu navio ficou à
deriva: “Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se
perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio” Atos 27:22
Deus sabia de nossa fragilidade, nossa
incapacidade e acima de tudo de nossa
singeleza em reconhecer que isto existe.
CONCLUSÃO
Por ser tão amoroso e bondoso ele não
nos envia numa missão a qual ele,
antecipadamente, não tenha nos capacitado. Ele capacita, ordena, comissiona
e cuida. A junção de todas estas ações de zelo de Deus conosco denominamos
de Princípio do Fortalecimento.
Deus é tão maravilhoso que nem mesmo nos prova além de nossas forças:
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos
deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o
escape, para que a possais suportar” 1 Coríntios 10:13.
Nenhum comandante quer em seu exército soldados fracos, medrosos,
mentirosos e com qualidades afins, mas quer os fortes. Jesus não é diferente,
entretanto, Ele capacita seus soldados dando-lhes o Fortalecimento. Eu e você
não devemos ignorar este belo Princípio. Somente assim venceremos.
102
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
Deus tem porções de fortalecimento para cada um de nós, na medida e
no sabor adequado;
Deus não lança os fracos à morte. Ele não trilha a cana quebrada e nem
apaga o pavio que fumega. Ao invés disto ele planta a cana trilhada e
coloca azeite na lamparina deste pavio – “Não esmagará a cana
quebrada, E não apagará o morrão que fumega, Até que faça triunfar o
juízo” Mt 12:20;
O Inimigo sempre vai querer ministrar que somos fracos. De fato somos,
quando estamos sozinhos, mas com Deus, somos invencíveis, disto ele
parece não saber, ou quer que ignoremos;
O Princípio do Fortalecimento ocorreu no Antigo Testamento, no Novo e
agora está mais evidente em nós, igreja pós-testamentária. Que eu e você
reconheçamos que realmente somos fortes em Deus, trazendo à memória
esta grande verdade: “Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das
vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte” Joel 3:10.
103
Semana de 31 a 06/Abr-13
Título: Princípio da expiação
E porá a sua mão sobre a cabeça do
holocausto, para que seja aceito a favor
dele, para a sua expiação.
Levítico 1:4
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS:
Esclarecer a obra
salvadora de Jesus por
nós.
Yom Kippur é o nome hebraico do dia da
Expiação, festa que era comemorada no
décimo dia do sétimo mês, no calendário
hebraico, provavelmente no mês de
outubro de nosso calendário.
Deus percebera que o povo precisava purificar-se diariamente para estarem
diante Dele e o dia da Expiação era marcado como sendo o momento em que
todos eram perdoados pelo Senhor, sendo uma iniciativa do próprio Deus de
tirar o pecado do meio do povo.
Este dia era marcado por jejum, humilhação e confissão dos pecados. Neste
dia o Sacerdote entrava no Templo 03 vezes: uma com um incensário cheio de
brasas; outra com um novilho para o holocausto em sacrifício por si e por sua
família e outra vez com a oferta pelo pecado do povo.
Existem muitos outros elementos envolvidos neste dia que implica num
princípio muito forte para nossa vida e um diferencial de nossa existência em
Deus que é o PRINCÍPIO DA EXPIAÇÃO.
104
DESENVOLVIMENTO
Expiar
significa
remir,
resgatar,
purificar-se de crimes ou pecados.
Aplica-se tanto a locais (templos) como
a pessoas. É acima de tudo uma porta
aberta por Deus para que nós possamos
gozar de plena comunhão com ele
através do ato da reconciliação.
A festa da Expiação era a mais solene de todas as festividades judaicas, sendo
proclamado um jejum que começava na tarde do dia anterior e se alongava
até à tarde do dia dez do sétimo mês. Nesta festividade o Sacerdote entrava
uma vez por ano no Santo dos Santos no Templo (compartimento pequeno
onde ficava a Arca da Aliança - arca revestida de ouro que continha as tábuas
originais onde Deus havia dado os Dez Mandamentos, um vaso de Maná e o
cajado de Arão que floresceu). Somente o sumo sacerdote podia entrar
naquele local e assim o fazia enquanto os outros sacerdotes e o povo ficava
do lado de fora. Este local não poderia ser visto porque tinham cortinas que o
separava dos outros compartimentos.
O sacerdote oferecia quatro sacrifícios: O primeiro deles era de um novilho, o
qual era sacrificado ao Senhor como oferta pelos seus próprios pecados e
pelos pecados de sua família. Daí eram introduzidos mais três animais que
seriam oferecidos ao Senhor completando os quatro sacrifícios, sendo dois
bodes, um para o Senhor, outro para emissário e um carneiro para
holocausto.
Os bodes tinham sorte lançada entre si e sobre o que caía a sorte era
sacrificado ao Senhor como oferta pelo pecado do povo, da tenda da
congregação e do altar.
Após o sacrifício do bode, então o sacerdote pega o segundo, que ficou para
emissário, impõe as mãos sobre sua cabeça e sobre ela confessa todas as
105
iniquidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus
pecados. Ele citava todos os pecados e com as duas mãos sobre a cabeça do
animal vivo e declarava que aquele animal estava levando sobre si todas
aquelas iniquidades. Após as confissões o animal era enviado ao deserto, para
local incerto, simbolizando que dos pecados do povo, Deus não se lembraria
mais. O termo usado era AZAZEL – uma combinação dos termos hebraicos
utilizados para bode e enviado.
É impossível imaginar o cristianismo sem levar em consideração o Princípio da
Expiação, isto porque foi muito evidente no Antigo Testamento e sempre
direcionava para Jesus Cristo. Este princípio nos aponta para um sacerdócio
maior que o sacerdócio arâmico e prefigura o dia da expiação como símbolo
do sacrifício do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.
O dia da Expiação hoje, pela graça, torna-se desnecessário, sendo por Deus
transformado no Princípio da Expiação que devemos observar e seguir:
I – Liberdade de Adoração e no acesso a Deus (Hebreus 9)
Apenas o sacerdote poderia entrar no Santo dos Santos uma vez por ano, para
ali sacrificar pelo povo. Arão passava horas se preparando para aquele
momento de encontro com Deus. Agora, na Nova Aliança de Jesus, não
precisamos dos ritos para nos achegar a Deus, uma vez ter Cristo removido a
cortina que nos separava do Senhor. Isto, como Princípio de Expiação, não
quer dizer que podemos chegar diante do Senhor de qualquer maneira, de
qualquer forma, com qualquer linguajar.
O princípio da Expiação nos remete a algo que temos mais costume de ouvir:
REVERÊNCIA.
Muitos, usando de forma inadequada da graça, querem excluir o Princípio da
Expiação e são irreverentes na casa do Senhor, na Adoração, na Celebração.
Havemos de nos conscientizar que em todos os ambientes são exigidos de
106
seus frequentadores posturas corretas e adequadas. Na igreja, é lógico, temos
tambem nossas regras de condutas e quando assim menciono, não estou
tratando da religiosidade abolida por Jesus, e sim da Santidade e da
Reverência que Ele nos ensinou. Principalmente quando açoitou os cambistas
que faziam do templo um lugar de comércio, ou, como disse Jesus: covil de
ladrões.
“E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os
que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos
cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas. E não consentia que
alguém levasse algum vaso pelo templo. E os ensinava, dizendo: Não está
escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração?
Mas vós a tendes feito covil de ladrões.” Mc 11:15-17.
O templo, onde celebramos, é um lugar sagrado e assim deve ser tratado.
Para nos achegarmos a Deus, embora não sendo necessário estar somente no
templo, devemos fazê-lo com a devida reverência e honra e não como: “o
cara lá de cima”, “o véi”, “ô meu chapa!” ou termos correlatos.
II – Forma como Deus trata o pecado (Hebreus 10)
Os bodes representavam as duas maneiras como Deus lidava com o pecado.
Ele perdoava através do bode que era imolado, e fazia a remoção da culpa,
através do bode emissário. São duas questões muito interessantes. Uma delas
é você ser perdoado e a outra é a de não sentir-se mais culpado. Por mais que
pareça uma só coisa, na verdade são duas mesmo. Tem muita gente que já foi
perdoada por Deus, mas ainda leva o peso da culpa. Esta pode ser de maneira
real, por exemplo quando o presidiário aceita a Jesus, já preso. Ele está
perdoado, mas ainda leva o peso da culpa inserido pelo Estado. E pode ser
tambem de maneira mental que ocorre quando a pessoa tambem já foi
perdoada pelo mal praticado, mas ainda carrega traumas que precisam ser
superados. Embora ele tenha uma carta de liberdade, ainda se sente preso.
107
Em Jesus Cristo essa questão tambem foi solucionada porque ele tem poder
de Perdoar e ainda de TIRAR O PESO DA CULPA. Isto é evidente quando ele
menciona: “Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mt 11:30. Fica
mais claro ainda neste trecho: “Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão
perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e
anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para
perdoar pecados (disse ao paralítico), A ti te digo: Levanta-te, toma o teu
leito, e vai para tua casa.” Mc 2:9-11.
Para Jesus tanto faz perdoar os pecados ou tirar o peso da culpa. Para ele é a
mesma coisa, o que não era na Lei.
III – Questão do tempo (Hebreus 10)
O sacerdote podia oferecer o sacrifício da Expiação apenas uma vez no ano.
Então quando chegava o dia da festa o povo estava carregado de iniquidades
e muitas delas eles já nem se lembravam mais. Em Jesus a confissão e o
perdão devem ser feitos imediatamente ao erro. Assim sendo, não
precisamos carregar fardos e nem tão pouco sofrer por erros cometidos e sim
nos achegarmos a Deus, em nome de Jesus, e requeremos diretamente nosso
perdão.
O tempo para ser livre não está mais nas mãos do Sacerdote e sim do povo
que agora, em Jesus Cristo, tem acesso a Deus e assim pode exercer deste
direito de liberdade, não sendo mais escravo do pecado.
Estes três pontos nos colocam agora em pé de igualdade e nos mostra que
não pretendo mencionar os rituais da Antiga Aliança como novos
mandamentos, e sim trazer à memória o Princípio da Expiação ali contido e
nos fazer achegar ainda mais a Deus.
Muitas pessoas têm Jesus como Salvador e o seguem, agora conhecendo o
Princípio da Expiação poderão fazê-lo com maior razão e gratidão,
108
reconhecendo o tamanho imensurável da obra salvívica de Jesus por toda a
humanidade, tendo ele mesmo se oferecido em sacrifício em 03 etapas
diferentes:
NOVILHO DO SACERDOTE
Como sendo o novilho que purificaria a casa sacerdotal, Jesus precisava
sacrificar-se pelos sacerdotes. Agindo assim ele operou uma restauração
enorme, pois naquela época o ofício sacerdotal estava fragimentalizado pela
instalação de meios políticos e havia certa indecisão sobre quem era, de fato,
o sumo Sacerdote. Temos duas figuras que são mais influentes como Sumo
Sacerdotes na época de Jesus, Anás e Caifás, sendo o segundo, genro do
primeiro. Anás havia exercido o ofício de 6 a 15 d.C., sendo substituído, em
exercício, por Caifás 18-36 d.C. Apesar do governo do genro, Anás ainda
exercia grande influência. A confusão de liderança era tanta que é comum
lermos no Novo Testamento o termo “principais sacerdotes”. Vejamos esta
citação em João que evidencia que o próprio escritor tinha dificuldade de
saber quem, de fato, era o Sumo Sacerdote: “Depois os principais dos
sacerdotes e os fariseus formaram conselho, e diziam: Que faremos?
porquanto este homem faz muitos sinais.” Jo 11:47.
A história registra que na época de Jesus um círculo fechado de Sacerdotes
mais importantes governavam Jerusalém, sendo liderados por Anás e Caifás,
mesmo que entre eles não soubessem quem era o Sumo Sacerdote. Era algo
que contrariava a lei que descrevia o sacerdote como alguém que se colocava
entre o homem e Deus, diferentemente do ofício profético que o colocava
entre Deus e o homem.
Funcionava assim: O sacerdote ouvia o que o povo queria e conversava com
Deus. Já o profeta ouvia o que Deus queria e conversava com o povo. Estas
funções estavam confusas na época de Jesus e Ele precisava então oferecer-se
pelos sacerdotes.
109
Este assunto é tão importante que culminou, após o sacrifício, na eliminação
do ofício sacerdotal no Cristianismo. Em Cristo todos os crentes são
considerados como sacerdotes, mas os que ministram o Evangelho, distintos
dos leigos, nunca foram tratados no Novo Testamento como Sacerdotes e sim
como Presbítero, Ancião, Pastor, Diácono, termos que têm idéia totalmente
diferentes do Sacerdote. Mesmo quando a Bíblia menciona os crentes como
sacerdotes, não se refere a um crente específico e sim ao corpo sacerdotal de
Cristo. Vejamos: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis
a Deus por Jesus Cristo. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que
vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” 1Pe 2:5;9.
Jesus tendo oferecido-se como novilho pelo sacerdote, teve então a
autoridade dada por Deus para iniciar uma nova linhagem, não segundo a
levítica, mas segundo a de Deus, substituindo os Sumos Sacerdotes por sua
figura como Sacerdote Eterno e os sacerdotes por pastores, aqueles que
cuidam do povo. É simples: o povo não precisa mais que alguém se sacrifique
por eles e sim que sejam ensinados a irem diretamente a Deus, e este é um
papel pastoral. O pastor não é o responsável pelo crescimento da grama da
ovelha, ele simplesmente a leva aos pastos verdejantes.
Os crentes hebreus tinham Jesus como Redentor, mas não como Sacerdote e
foi por este motivo que o Senhor fez o registro da carta aos Hebreus, para
mostrar que agora existia um SACERDOTE que intercedia pelo povo de forma
definitiva. Que tambem o tenhamos não apenas como redentor, mas como
SACERDOTE (SUMO SACERDOTE).
O BODE IMOLADO
Observe que tem na história (Levíticos 16) a figura do bode que fora imolado
e a figura de um cordeiro que o Espírito apenas menciona, mas não dá
110
destinação e isto vem aparecer somente quando buscamos mais a fundo o
significado nas Escrituras.
Agora vejamos: Jesus ofereceu-se pelo pecado do Povo. Diferentemente do
bode do dia da Expiação, ele ofereceu-se voluntariamente, mas não o fez
como bode e sim como cordeiro. Aí se explica a figura daquele cordeiro do
holocausto mencionado em Lev 16:5 “E da congregação dos filhos de Israel
tomará dois bodes para expiação do pecado e um carneiro para holocausto.”
A oferta de holocausto era aquela em que o animal era queimado por inteiro,
coisa que não acontece com o bode da expiação.
Ao olharmos desta forma, vemos então com clareza a abertura dos nossos
entendimentos ao termo usado por João quando se referiu a Jesus e
respondia a pergunta do povo sobre onde estava o cordeiro do holocausto:
“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo.” Jo 1:29.
Jesus substituiu o bode, que mais representa a minha e a sua pessoa, nos
indicando que não precisamos mais morrer no pecado. Enquanto aquele bode
era imolado indicava para Deus que haveria de ter uma solução para o fim da
humanidade e por isto Deus apresenta-se em Jesus Cristo como o holocausto,
ou seja, dando-se por inteiro, para nossa redenção. Glória a Deus.
O BODE EMISSÁRIO
O bode emissário era aquele que recebia sobre sua cabeça a condenação de
nossos pecados e levava a culpa para muito longe, indicando o perdão de
Deus.
Jesus, como bode emissário, cumpriu todos os rituais, levando nossos pecados
para quem tinha nos acusado. A bíblia menciona que quando Jesus esteve
111
morto sobre a Terra, Ele foi e pregou aos espíritos que estavam em prisão e
tambem recebeu de Deus toda autoridade nos céus e na terra.
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos em
prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de
Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual
poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água;” 1Pe 3:18-20.
Jesus levou nossos pecados para muito longe e tentar resgatá-los é tornar seu
sacrifício vão.
CONCLUSÃO
Sem a devida observação ao Princípio da
Expiação, não conseguiremos entender
por completo a obra redentora de Jesus.
Ele, muito mais que nos redimiu; deu a
oportunidade de nos aproximarmos de
Deus, eliminando os sacrifícios de animais e permitindo a cada crente, em seu
nome, o acesso direto a Deus.
É pelo Princípio da Expiação que Jesus nos reconcilia com Deus e nos faz gozar
de plena comunhão com Ele. Não tendo Deus estabelecido este Princípio
seríamos seus inimigos por causa do pecado lançado sobre nós que nos torna
culpados diante Dele.
Este princípio serve tambem de elo entre a Antiga e a Nova aliança dando
razão de valor a toda a Escritura Sagrada, mostrando que Deus já tinha uma
forma de nos remir do Mal.
Semelhantemente como Deus fez conosco, devemos fazer em nossa igreja,
em nossa célula, tornando verídico que podemos ser um em Cristo Jesus e
assim sermos reconhecidos como seus discípulos.
112
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
Jesus se entregou totalmente por nós. Devemos fazer o mesmo por Ele e
por sua obra;
Deus nos amou e nos libertou do Mal. Devemos tambem amar aqueles
que ainda estão nos caminhos das trevas, trazendo-os à Expiação de seus
pecados em Jesus Cristo;
Ao fazermos parte da Igreja de Cristo (Seu corpo) nos tornamos
sacerdotes e desta forma o sacerdócio da igreja poderá ser exercida,
colocando-se como intercessora dos homens perante o Senhor;
Ao aceitar Jesus receba Dele tanto o perdão quando o livramento pela
culpa. Você é nova Criatura. Seus pecados foram perdoados. Pode tomar
seu leito (vida) e seguir ao Senhor.
113
Título: Princípio do sacrifício
pois saiu fogo de diante do Senhor, e
consumiu o holocausto e a gordura sobre
o altar; o que vendo todo o povo,
jubilaram e prostraram-se sobre os seus
rostos.
OBJETIVOS:
Mostrar que as
grandes conquistas são
obtidas através do
sacrifício. Vida boa não
significa facilidade.
Levíticos 9.24
Existe uma balança que pesa os
benefícios com as responsabilidades. Esta
mesma, pesa tambem o esforço com a
INTRODUÇÃO
facilidade e mostra que nem sempre o
caminho mais fácil, menos trabalhoso,
que exige menos conhecimento e disciplina, é o que garante a vitória.
Em meio aos desafios da vida, e principalmente na análise do texto bíblico,
encontro descrito de forma muito clara o PRINCÍPIO DO SACRIFÍCIO, e
quando assim o faço não estou querendo mirar apenas no caminho mais
árduo, na forma mais difícil e nem tão pouco na indução de que apenas
SOFRENDO é que recebemos nossas conquistas. Não é isto, mas consigo ver
muitos elementos que em diversos casos acabamos não valorizando, em
detrimento a uma mentira, a uma facilidade ou mesmo a uma benefício
pessoal. Agir assim mostra o efeito contrário deste Princípio tão evidente.
114
A narrativa bíblia de Levíticos 9
menciona o momento em que o serviço
DESENVOLVIsacerdotal foi inaugurado em Israel e
Deus culmina este início de trabalho
MENTO
recebendo os sacrifícios de Arão. A
Escritura revela que Deus enviou fogo
do céu e consumiu o holocausto, a gordura e o povo quando viu aquele ato
sobrenatural ficou maravilhado e passou a crer ainda mais em Deus. O fogo
derramado naquele momento, indicava a necessidade de ter sempre fogo no
altar de modo que este nunca se apagasse. Era maravilhoso ter isto, mas
manter o fogo, preparar a oferta, deixar tudo organizado exigia sacrifício,
coisa que muita gente não quer ter. Deus nos comunica através desta palavra
que é preciso sacrificar para obter resultados.
Até que o fogo fosse derramado sobre o altar, Arão imolou um bezerro como
oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto por si mesmo e depois uma
oferta pelo pecado, de holocausto, uma oferta de manjares e uma oferta
pacífica em favor do povo. Observe o trabalho que antecedeu o milagre! Em
ordem as ofertas foram de expiação, dedicação, sustento e comunhão e estas
prepararam o ambiente para a oferta pelo pecado (vs 15). Foi muito
trabalhoso e exigiu dele muito sacrifício. Tem gente que quer ver apenas o
fogo descer, o milagre ocorrer, mas não quer pagar o preço da santificação,
do jejum e da oração, e sem estes elementos corremos sérios riscos de
oferecer fogo estranho. O que não é aceito pelo Senhor.
Entenda
Tipos de Ofertas
Holocausto
Manjares
Pacíficas
Sacrif. pelo Pecado
Oferta pela Culpa
Elementos Ofertados
Animais
Elementos Vegetais
Animais
Animais escalonados de acordo com as
posses. Em extrema pobreza, flor de farinha
De acordo com o estabelecido pelo
sacerdote, para reparação da culpa
Objetivo
Propiciação pelo pecado em geral
Homenagem e gratidão a Deus
Expressão de gratidão e paz
Pecados de Ignorância e rebelião
Pecados de Ignorância
115
O Princípio do Sacrifício aparece com
duas vertentes, as quais analisadas em
conjunto permitem-nos a compreensão
por completo.
Uma delas relaciona-se
com o
esforço que cada pessoa tem de fazer
para vencer na vida. Este esforço, certamente, deve ser rodeado de
autodisciplina, de moderação e acima de tudo de muita persistência. É não ser
fraco. É sacrificar-se por aquilo que você realmente deseja.
Esta vertente nos leva primeiramente a descobrirmos o que, de fato,
queremos em nossa vida. Tanto faz ser na cristã, como na secular. Somente
sabendo o que queremos é que vamos saber o preço e o esforço que devemos
fazer para alcançar.
Suponhamos que na análise você tenha descoberto que quer ser um grande
executivo de uma empresa, um pastor de uma grande igreja, uma pessoa
bem-sucedida nos negócios ou mesmo o detentor de uma família sólida. Tudo
bem, isto tem um preço e somente aqueles que estão dispostos pagarem este
preço é que conseguem o que almejam. Quando menciono preço, falo tanto
do valor financeiro, propriamente dito, quanto do esforço físico necessário à
obtenção.
A pessoa que está disposta a ser a melhor aluna de um curso, certamente
deverá dedicar menos tempo em frente à TV, ao computador e ao travesseiro.
Os livros acadêmicos devem ser seus melhores “amigos”.
Para se ter uma família unida, onde todos os dias a pessoa possa acordar ao
lado de sua esposa e filhos, naturalmente ela tem de saber que o preço será a
não priorização da carreira. Não existe executivo bem sucedido que tem este
privilégio, principalmente quando ele é o empregado. Ou trabalha-se muito
116
para ter dinheiro suficiente para pagar outras pessoas, sendo o patrão e aí
poder melhor gerenciar o seu tempo, ou então, esqueça em definitivo a
sonhada família “feliz” como você imaginava antes da carreira profissional.
Para ser pastor de uma grande igreja, é necessário passar muitas horas em
oração, estudando a Bíblia, lendo livros instrutivos, escrevendo material para
sua igreja e liderança, participando de congressos, viajando para ministração,
e dedicar muito tempo de sua vida no serviço de ouvir e aconselhar os outros.
Não existe pastor de grande igreja que não tenha estas atividades como suas
prioridades. O esforço é tanto que se não gerenciar bem acaba deixando de
lado a própria família.
Para ser líder de grande célula é necessário priorizar o tempo, exercer o
cuidado, manter os contatos, orar, ouvir as pessoas e não saber receber o
NÃO. Quem está indisposto a isto contente-se com seus dois discípulos.
A outra vertente diz respeito ao próprio ato de sacrificar ao Senhor e
neste aspecto encontramos as muitas maneiras de ofertar, de dedicar algo ao
nosso Deus.
Enquanto a vertente anterior é mais secular, esta outra é mais bíblica. Ela está
em todas as escrituras e ora apresenta-se como sacrifício de animais, da
Antiga Aliança, ao sacrifício do tempo e da própria vida na Nova Aliança. Atos
que antecedem o relacionamento com Deus.
“E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.
Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de
mim, achá-la-á.” Mt 10:38-39.
Esta análise nos remete a várias situações onde para consumação da vitória é
necessário haver a disponibilidade do sacrifício. E pense em algo que dói!
Agente chega a gemer e se não fosse o Espírito Santo, creio que não
conseguiríamos suportar.
117
Enquanto na Antiga Aliança a pessoa sacrificava animais e bolos, na Nova o
sacrifício é humano, no sentido figurado da palavra. Nós é que somos
entregues à morte por amor do Evangelho de Jesus, a fim de edificar uma
igreja forte que vive na Sua glória.
Falando sobre este assunto, o escritor da carta aos Hebreus menciona: “Os
quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas,
fecharam as bocas dos leões, Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da
espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em
fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os
seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para
alcançarem uma melhor ressurreição; E outros experimentaram escárnios e
açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados,
mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras,
desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo não era digno),
errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos
estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós
não fossem aperfeiçoados” Hb 11:33-40.
Agora que sabemos destas duas vertentes, a análise conjunta nos possibilita o
entendimento completo, como mencionado. Desta forma, o Princípio do
Sacrifício é muitos mais que algo para ser estudado. Ele deve ser vivido, isto
observando que (1) tudo na vida tem um preço e comprar exige sacrifício; (2)
a oferta ao Senhor antecede o momento de honra e muitas vezes nós é que
somos a oferta que Ele deseja.
Agora sim, vamos a fundo dando uma passeada pela Bíblia.
O Princípio do Sacrifício esteve presente na história dos grandes homens da
Bíblia, e quanto maior foi o sacrifício que estavam dispostos a realizarem
maiores foram as conquistas. Vejamos apenas 03 exemplos:
118
I - PAI DA FÉ E AMIGO DE DEUS - “E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu
Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o
amigo de Deus.” Tg 2:23
Os Títulos de Abraão são dos mais nobres de toda a Bíblia, mas consegui-los
exigiu-lhe muito sacrifício. Ele teve de ser provado em sua fé, e uma vez
vencendo cada prova, dá-nos razão para entender que também podemos ser
aprovados.
Quase 100 anos sem o filho. Daí Deus entrega-lhe Isaque e depois pede de
volta, a fim de testar o Patriarca. Talvez não estivéssemos preparados para tal
oferta, mas Abraão estava e levou a criança ao sacrifício, no entanto, antes de
imolá-lo Deus bradou dos céus dizendo que agora sabia que ele o temia.
II - HOMEM MANSO - “E era o homem Moisés mui manso, mais do que
todos os homens que havia sobre a terra.” Nm 12:3.
É difícil ser cordeiro quando as situações nos exigem ações de urso e leão.
Com Moisés era diferente. Num momento de indignação do Senhor ele
intercede pelo povo e evita que estes sejam destruídos.
Ele foi traído por seus melhores líderes e irmãos: Arão e Miriam. O mesmo
Arão que era boca de Deus para Moisés, foi boca do povo para profanação do
altar do Senhor através da confecção de um ídolo de ouro para adoração e
tambem de sedição, expondo seu líder e irmão ao ridículo. A mesma Miriam
que cantou após a travessia do Mar Vermelho, que cuidou de Moisés
enquanto era criança foi quem se levantou com Arão, contra Moisés.
O povo que Moisés havia tirado da escravidão do Egito, ao invés de agradecêlo, quase o levaram à loucura. O estresse foi tanto que Moisés perdeu sua
entrada na terra prometida.
Ele foi provado de todas as formas, mas ofereceu-se em sacrifício ao Senhor e
embora não tenha entrado na terra, fez uma liderança forte que agiu em Seu
119
lugar, seguiu Seu plano de governo e conquistou as terras que os inimigos
habitavam.
É dele tambem a escrita de vários Salmos, de muitos Cânticos e da Torah.
Sua vida foi dividida em 03 etapas de 40 anos. Sendo a primeira como Príncipe
do Egito, a Segunda como Pastor de Ovelhas e a Terceira como Legislador. Sua
existência foi marcada pelo Sacrifício. A narrativa de Hebreus deixa isto muito
evidente: “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da
filha de Faraó, Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que
por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; Tendo por maiores riquezas o
vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a
recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou
firme, como vendo o invisível.” Hb 11:24-27.
III - HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
É verdade que Davi era um homem segundo a vontade de Deus, mas para
conquistar este título teve de realizar muitos sacrifícios, e tambem de
sacrificar-se bastante. Sabendo o tempo de esperar o agir de Deus, e de
assumir as promessas que o Senhor tinha feito a Ele. Não é fácil. Um dos
grandes aprendizados que tenho com Davi é exatamente este, o de Celebrar,
Compor Canções, Adorar, mesmo na dificuldade da espera.
Não existe conquista que não seja
baseada no Princípio do Sacrifício e
quem deseja vida boa aqui na terra, não
CONCLUSÃO
deve procurar o Cristianismo porque
haverá muito trabalho. Mas graças a
Deus que todo Sacrifício, em Jesus, tem grande recompensa. “Se sofrermos,
também com Ele reinaremos; se o negarmos, também Ele nos negará;” 2Tm
2:12.
120
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
O Princípio do Sacrifício tem como base o amor. Só nos sacrificamos por
aquilo que amamos. Fazer isto sem amor, é loucura, agora não fazer é não
querer ser feliz;
Sacrificar-se é uma escolha sábia de quem quer pagar o preço do sucesso;
O sacrifício indica o tamanho da Bênção. Olhe para o seu sacrifício e veja o
quanto você será abençoado;
Os grandes homens da Bíblia se sacrificaram. Jesus foi o maior exemplo,
quando Ele mesmo se entregou como Sacrifício. Então conosco não pode
ser diferente, a menos que não o queiramos como Senhor, pois para os
seus discípulos Ele menciona: “E odiados de todos sereis por causa do
meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo” Mt 10:22
121
Título: Princípio da gratidão
Exalta-te, Senhor, na tua força; então
cantaremos e louvaremos o teu poder.
OBJETIVOS:
Evidenciar a
necessidade de sermos
gratos a Deus.
Salmos 21.13
Quando fazemos um favor a alguém, o
mínimo que exigimos é um muito
INTRODUÇÃO
obrigado. Nem sempre queremos uma
ação semelhante, mas um obrigado já
ajudaria bastante, e nem sempre ele
vem. Os seres humanos têm uma natureza ingrata. É comum em todas as
classes sociais e agir diferentemente é até um contra-senso, mas Deus não
chamou-nos à ingratidão, e sim a gratidão. Este é um Princípio divino que
norteia nosso futuro, bem como amplia nosso círculo de conquista.
Tenho muitos motivos para agir na ingratidão, mas como cristão, não posso
deixar ser guiados pelos meus próprios intentos e sim pelos Princípios que o
Senhor nos ensinou e neste aspecto ouço sua voz meiga e instrutiva sempre
orientando. Ora a gratidão é exemplificada com fidelidade, amor,
companheirismo, obediência, mas acima de tudo é algo que me faz lembrar
da condição de escravo que vivia, mostra-me a condição de amigo que agora
tenho e projeta-me a um futuro de fidelidade a amor ao Senhor.
122
Nos últimos dias tenho descoberto o
quanto as pessoas são ingratas. De
DESENVOLVIinício, pensei que era algo normal, que
eu não tinha tanto conhecimento,
MENTO
porque tambem servia menos, antes de
ser pastor. No entanto, por mais que
seja normal, entendo que isto não é algo que deve fazer parte dos filhos de
Deus e que ser ingrato fecha portas para novas bênçãos. Vejo pessoas que
aproveitaram muito pouco do que eu podia fazer por elas ao agirem com
ingratidão logo nos primeiros benefícios. É como aquele homem que tem uma
galinha com ovos de ouro e resolve matar a galinha para comer a carne,
esquecendo que a carne vale menos que os ovos!
Por mais que seja normal ser ingrato, os filhos de Deus não podem agir assim
e quando me refiro a um gesto de ingratidão para com o próximo, na verdade
percebo que esta ação já foi muito evidenciada no tratamento com Deus. É
simples, antes de o irmão ser ingrato ao outro irmão, primeiramente ele já o
foi com seus pais e esta mesma analogia aplicamos em nosso relacionamento
com Deus.
O que Davi tinha de mais evidente era o coração grato ao Senhor, daí explicase as muitas canções, os instrumentos, a organização do tabernáculo, a
confecção dos elementos de adoração que posteriormente foram utilizados
no templo, a forma como fez a planta do templo, as ofertas e todas as ações
que fazia com este objetivo nobre.
Ao olhar para vida de Davi, principalmente na forma como descreve o Salmos
21, que é um canção que enaltece o nome do Senhor pela sua obra na vida do
rei, vemos quão profunda é sua gratidão pelos atos do Senhor. Ali ele
descreve Deus não como aquela pessoa distante, mas como um amigo muito
mais poderoso que ele que o socorreu no momento da angústia. Deu-lhe
lonjura de dias de modo que este viesse a permanecer por longos anos, ouviuPrincípios – Decido andar com JESUS | Alimentos Celulares de Multiplicação
123
lhe e conhecendo o que o fazia feliz, fez de tudo para agradar o seu coração,
como uma pessoa que era digna de confiança, uma vez que seus atos de
fidelidade faziam plena demonstração desta verdade. Esta alegria de Davi é
culminante quando ele assim menciona: “Exalta-te, SENHOR, na tua força;
então cantaremos e louvaremos o teu poder” Salmos 21:13.
Quando leio esta palavra tenho o entendimento de que ocorre como se Davi
falasse ao Senhor, algo com estes termos: “Pode ficar alegre Senhor, não
tenha receio de assim o fazer em nossa humilde festa, pois quando o Senhor
se exaltar nós iremos atrás louvando o teu poder, porque sabemos que é
verdadeiro”. Consegue entender desta forma tambem? É como se nos
tornássemos
participantes
da
celebração.
O caminho para o trono, segundo
Davi, é pavimentado pelo Princípio
É bom quando vemos as muitas
da GRATIDÃO.
vitórias na vida de Davi e dá até
vontade de ter tambem estas
mesmas conquistas, mas entendo que este caminho é pavimentado pelo
Princípio da Gratidão.
A aplicação do Princípio da Gratidão tem ação em duas esferas: na material e
na espiritual. Isto dá a entender que não é algo somente para os crentes. Para
muitos o sucesso ocorre apenas na
material e funciona de forma mágica.
A tabela abaixo nos mostra o efeito positivo da gratidão na esfera natural
(humana):
Efeito natural da Gratidão
Cena
Favor profissional
Estudos pagos pelos pais
Cuidado do Cônjuge
Ajuda financeira
Cuidado com a família
Favor na Justiça
Livramento da Morte
124
Ação de Gratidão
Reconhecimento
Boas notas e boa formação
Elogios
Pagamento com o valor ou
com favores
Recompensa pelo trabalho
Agradecimento
Amizade profunda
Efeito
Crescimento Profissional
Aceitação no mercado de trabalho
Nunca cessa
Sempre haverá
O cuidado seguirá nas gerações
A justiça não será mais acessada
A vida será melhor
Podemos usar esta analogia para saber o impacto da ingratidão. Com relação
aos favores profissionais esquecidos, haverá uma interrupção, quando pouco
a demissão. Os estudos não compensados revelam o mau profissional que o
mercado vai conhecer. O cônjuge ingrato será fruto de tratamentos cada vez
mais frios. A ajuda financeira ignorada resultará em mais apertos. A causa na
justiça não agradecida implica em maiores gastos e mais causas que ainda
aparecerão. Já para o livramento de morte, tambem esquecido, torna a
pessoa tão amarga ao ponto de a morte o acompanhar, deixando-o apenas
entre os vivos, mas de alma morta.
Somos nós quem escolhemos seguir, ou não, o Princípio da Gratidão. Tambem
devemos calcular os reais impactos, mas o interessante não é que sejamos
gratos apenas para continuar obtendo préstimos e sim como uma ação
natural de quem tem disponibilidade de tambem ajudar. O grato é livre, é
espontâneo, não é misterioso, tem coração de criança e é um excelente
amigo. Ele naturalmente se faz ser ajudado.
A ingratidão tem um efeito negativo muito grande na vida do beneficiador,
pois uma vez contactado com a Ingratidão esta quer transformá-lo numa
pessoa má, mostrando que não vale a pena ser do bem.
Enumere quantas pessoas já fizeram grandes favores para você e
simplesmente as esqueceu. Creio que a lista é bem extensa. Então para
aprender e praticar o princípio da Gratidão, enumere o favor que esta pessoa
fez a você, os impactos positivos desta ação e o que você deveria fazer como
gesto de gratidão.
O Princípio da Gratidão, na esfera natural, exige muito mais que um simples
“obrigado”, “valeu”, “quando precisar...”. Quem está efetivamente grato não
se contenta apenas com palavras, mas o Princípio exige que estas palavras
sejam materializadas em gestos que efetivamente demonstrem. Quem age
apenas nas palavras ainda não entendeu o Princípio.
125
Já na esfera
espiritual o impacto é ainda maior, pois além dos benefícios
que são vividos na esfera material, ainda tem o impacto celestial que tambem
é sentido aqui na Terra. Alguém que nos ajudou apenas na esfera humana,
dando-nos o necessário ao sustento já faz uma grande obra, mas a pessoa que
nos conduziu à salvação, que nos ensinou caminhar de acordo com os
princípios do Senhor, que ora e intercede por nós, além de ser um investidor
no nosso ministério, deve não apenas ser mencionado, mas admirado,
considerado, honrado. O Princípio da Gratidão nos reporta tambem a outro,
que é o Princípio da Honra. Somente pessoas gratas conseguem honrar
aqueles que lhes foram amigos. Quando assim o fazemos entendemos
quando o Senhor nos fala: “O homem de muitos amigos deve mostrar-se
amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão” Pv 18:24.
O impacto espiritual na vida de uma pessoa que segue o Princípio da Gratidão
é muito grande. Vejamos como exemplo o que ocorreu na vida de Davi, que
viveu avidamente este princípio:
Efeito espiritual da Gratidão, na vida de Davi
Cena
Ação de Gratidão
Efeito
Salvou as ovelhas de seu pai
Obediência e Valentia
Poupou a Saul
Reconheceu o Rei como Ungido
Recuperou sua família em Zicglague Repartiu os despojos com todos
Tornou-se principal na linhagem de Jesus
Foi o UNGIDO que Deus sonhara
Sua família continuou no trono
Foi amigo de Jônatas
Teve de Jônatas o cuidado de irmão
Cuidou de Mefibosete como Deus cuida de nós
Não deixou o mal dominar-lhe
Ocupou-se com as coisas de Deus
Cometeu falhas / pecados
Usou de bondade com as pessoas
Ofertou e planejou o templo
Arrependeu-se
Recebeu a bondade de Deus
Ainda hoje é reconhecido na terra e no céu
Foi um homem segundo coração de Deus
Olhando desta forma, fica fácil entender o porquê de Davi ser um homem tão
mencionado na literatura judaica e cristã. Ele recebeu os impactos espirituais
e os efeitos positivos da gratidão praticada na esfera humana.
Agora entendamos que ninguém é grato apenas espiritualmente. Este
Princípio tem impacto na vida espiritual, mas sua ocorrência é
especificamente com atos humanos. Temos então a capacidade dada por
126
Deus de sermos gratos a Ele em todas as circunstâncias. Isto deve ocorrer com
crentes que busquem a maturidade e que entendem que suas mentes são
pequenas em comparação com a de Deus que é eterno. Então questionar com
Deus, achar que Ele agiu errado, emitir opiniões quando não solicitado e até
mesmo agir tentando invalidar algo que o Senhor fez é um ato de insanidade
e mostra o quão distante estamos de um relacionamento maduro com Deus.
O Apóstolo Paulo é quem dá a orientação de como devemos agir quando as
coisas não acontecem como pensávamos ser certas: “E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito” Rm 8:28.
Tenho plena consciência de que não é fácil agir no Princípio da Gratidão com o
Senhor quando realmente pensamos que não éramos para estar passando por
esta ou aquela situação difícil que mais foi fruto de uma ação inimiga. Já
pensei assim algumas vezes, e admitir tal feito não me leva à passividade, mas
soa como uma pergunta que desejava que o Senhor respondesse. O mais
interessante é que muitas dessas respostas ocorreram com o silêncio do
Senhor. É como se o Ele assim me falasse: “fique quieto, apenas observe e
veja como irá finalizar”. Então, quando sentia que o caminho era este, logo
entendia que a melhor opção era seguir esta direção.
No sentido espiritual, o contrário de Gratidão não é Ingratidão e sim
MURMURAÇÃO e olhando desta forma conseguimos entender com mais
clareza os efeitos negativos que a Ingratidão pode provocar quando traz
consigo os males da MURMURAÇÃO. Israel foi prova deste ato no deserto.
Sejamos bastantes francos e sigamos o Princípio da Gratidão a Deus não como
mandamento, mas como ato de maturidade observando que devemos ser
gratos a Deus porque:
a) Ele tem cuidado de nós - “Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã
louvarei com alegria a tua misericórdia; porquanto tu foste o meu
127
alto refúgio, e proteção no dia da minha angústia” Sl 59:16.
Ninguém tem nos guardado como o Senhor que tem nos livrado da mão do
mal e não deixado que sejamos sucumbidos diante das adversidades.
b) Ele nos amou - “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém
a sua vida pelos seus amigos.” Jo 15:13.
Quando éramos pecadores, Ele resolveu nos amar de maneira incondicional e
ainda mais forte: Ele não se esquece de nós: “Porventura pode uma mulher
esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho
do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me
esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus
muros estão continuamente diante de mim” Is 49:15-16.
c) Ele tem um consolo para nossa alma - “Por que estás abatida, ó minha
alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois
ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus” Sl
42:11.
Deus nos olha com olhar de amor e fala ao meu e ao seu coração da
necessidade da gratidão, uma vez que ele fortalece tambem a nossa alma.
Os ingratos conhecem apenas uma parte
das bênçãos que Deus tem para seus
filhos. Ele torna-se INDIGNO do cuidado.
CONCLUSÃO
Antes da famosa frase “Pedi, pedi e darse vos á...” Mat 7.7, o Senhor retrata o
INGRATO quando menciona: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis
aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e,
voltando-se, vos despedacem.” Mt 7:6. Siga o Princípio da Gratidão e tome
posse do que é mencionado no que segue ao capítulo 7 de Mateus.
128
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
Satanás sempre vai ministrar que sejamos ingratos. Muitas vezes ele nos
fará agir repentinamente e quando percebermos já teremos agido
ingratamente com alguém. Vigie – “Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” Mt
26:41;
A ingratidão fecha as portas e transforma bênçãos em maldição;
Não procure motivos para ser ingrato. Eles existem de modo que você não
terá dificuldades de encontrá-los. Busque os que o faz ser agradecido.
Veja como O Senhor nos instrui: “Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei
bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão,
e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os
ingratos e maus” Lc 6:35;
O Princípio da Gratidão tem o poder de nos unir às melhores pessoas e ao
Deus único e Verdadeiro. Ele libera bênçãos tanto na esfera Humana
como na Espiritual – “E a paz de Deus, para a qual também fostes
chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede
agradecidos” Cl 3:15.
129
Título: Princípio do limite
Não sejas demasiadamente justo, nem
demasiadamente sábio; por que te
destruirias a ti mesmo?
Eclesiastes 7.16
OBJETIVOS:
Mostrar que os limites
funcionam como
cercas de proteção.
Tiago começa sua narrativa de forma
bem direta quando menciona: “Meus
irmãos, tende grande gozo quando
INTRODUÇÃO
cairdes em várias tentações; Sabendo
que a prova da vossa fé opera a
paciência. Tenha, porém, a paciência a
sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa
alguma.” Tg 1:2-4. Ele foi tão claro que muitos não conseguem assimilar a
profundidade de suas simples e sábias palavras. Neste contexto ele fazia
alusão a elementos vitais e compreendê-los esclarece várias questões que
muitos não conseguem responder. Uma delas é sobre LIMITES e existe um
Princípio divino que nos orienta sobre este tema.
Deus impôs limites em tudo que fez. O Sol continua da mesma forma, as
estrelas, a terra, o ar... Tudo tem limites. E esta percepção não se restringe
apenas às ações divinas, mas ao nosso cotidiano. Este maravilhoso Princípio
estabelecido pelo Senhor, em muito nos orienta a andarmos de acordo com
130
DESENVOLVIMENTO
sua vontade e nos faz caminhar nas
veredas da retidão, do amor e da
santidade; Caminhos que são vitais a
todo ser humano.
Uma pessoa que vive desregrada é
aquela que não gosta de seguir regras e procedimentos. Quem vive assim
naturalmente se exclui da sociedade econômica e passa a viver às margens
desta sociedade. Ela não foi excluída, mas se excluiu. Isto porque em todos os
lugares existem regras, limites, procedimentos, orientações que devem ser
seguidas por aqueles que ali decidem viver.
Estas regras, embora muitas têm criação estritamente humana, têm sua
origem num Princípio muito maior que coordena toda a ordenação do mundo.
Em linhas gerais, elas são partes do Princípio do Limite que rege que, ou os
seguimos, ou teremos que construir nosso próprio mundo.
Há um adágio popular que menciona que “regras existem para serem
quebradas”. Enquanto regras, tudo bem, mas Princípios não se mudam. Eles
não devem ser quebrados. Então, numa esfera menor as regras podem ser
alteradas porque são humanas, mas os Princípios, não.
Observe nos órgãos públicos, nas empresas privadas e de economia mista.
Veja que aonde você chega e tem dificuldade de atendimento mandando você
de um a outro lado, logo percebe que falta ordem naquele local. Falta que
alguém estabeleça procedimentos e manuais que orientem as pessoas. Nisto
podemos concluir que o Princípio do Limite não existe apenas pelas questões
naturais e sim pelas questões humanas, para que o homem seja melhor
servido no “jardim” onde habita. Sem limites, o mar avançaria a orla com
normalidade. O sol enviaria radiação sobre a terra de maneira aleatória. Não
existiriam as estações do ano e consequentemente seria muito difícil
controlar as colheitas, uma vez que as chuvas seriam desordenadas, o calor
131
juntaria com o frio e teriam árvores com as características da estação da
primavera e outras com as do verão, no mesmo bioma.
Sem limites as espécies seriam geradas de maneira que a vida se tornasse
inviável, pois a cada momento nasceriam novas espécies, assim como outras
seriam descontinuadas. Não havendo Deus estabelecido o Princípio do Limite,
não haveria raça humana e nem mesmo consigo imaginar quais seriam os
“habitantes” deste planeta que nem mesmo sei se existiria. Agora consegue
entender o quanto os limites são necessários? O Salmista dá então o resumo
do que estamos falando: “Estabeleceste todos os limites da terra; verão e
inverno tu os formaste” Sl 74:17.
Olhando a “bagunça” que seria gerada, não tendo Deus estabelecido o
Princípio do Limite, fica difícil então compreender como é a vida daqueles que
não querem seguir este princípio. A lógica aplicada com relação à Terra é
tambem utilizada na projeção da vida deste tipo de pessoas, e o mais incrível
é que conhecemos muitos que assim vivem, ou pensam viver, ao verem a vida
passar, e elas, totalmente alienadas à cultura da loucura, apenas observam.
I - MODERAÇÃO
A palavra dita por Salomão “Não sejas demasiadamente justo, nem
demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?” Eclesiastes 7:16
aponta para algo muito forte que é a Moderação.
Preciso falar sobre este assunto porque muitos pegam o Princípio do Limite e
o usam inadequadamente justificando seus atos de fanatismo, quando na
verdade não existe abertura nenhuma neste Princípio para tais atos e sim a
uma meditação e conhecimento dos caminhos saudáveis que cada um de nós
devemos seguir, sabendo que quando atravessamos “a cerca” do vizinho,
estamos em outro território e sujeito então as suas leis.
132
A pessoa que é FANÁTICA está numa linha mental muito tênue porque seu
fanatismo pode ser por algo errado ou pode até ser que ele se ache nestas
condições porque foi mal orientado com relação a Deus. Neste segundo caso
há ainda uma atuação da Graça do Senhor que pode levá-lo à libertação, mas
no primeiro grupo as chances são remotas porque o Fanatismo atua num local
do cérebro que acaba eliminando o canal da Razão. Daí a pessoa tornar-se
irracional, sendo então alienada. O perigo consiste exatamente aqui, pois é no
canal da Racionalidade que Encontramos Deus.
Não me interpretem mal, mas um torcedor de um time que larga tudo e que
tem sua vida é reduzida aos momentos de euforia dos estádios, é um
Fanático. Tambem aquele “crente” que não consegue ter uma vida social, não
se relaciona, não constrói negócios, não conversa sobre outros assunto, não
se inteira dos fatos que ocorrem no mundo, também é um fanático, isto
porque ele busca um deus que não existe. Devemos ter muito cuidado com a
Religião, porque ela atua exatamente no canal do cérebro que nos conecta a
Deus e muitas vezes coloca-se como obstrutora deste canal. Jesus falou-nos
sobre este assunto em vários capítulos dos Evangelhos, mas em Mateus 23, o
Senhor deixou de forma clara, quando junta os Escribas e os Fariseus numa só
palavra “HIPÓCRITAS”. Podemos até chamar este capítulo de “CAPÍTULO DA
LIÇÃO CONTRA A HIPOCRISIA”. Ali o Senhor menciona:
a) “...pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais
nem deixais entrar aos que estão entrando” 23:13.
b) “...pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de
prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo” 23:14.
c) “...pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e,
depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do
que vós” 23:15.
d) “...pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora
realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de
ossos de mortos e de toda a imundícia” 23:27.
133
Tem mais. Por favor, leia o capítulo 23 de Mateus, pois corremos sérios riscos
de nos tornarmos HIPÓCRITAS e o Princípio do Limite nos mostra exatamente
que o caminho da Santidade não passa por esta vila.
O Evangelho de Jesus é as boas novas da racionalidade, da razão da fé, da
cristandade do governo, ou seja, da moderação que deve abranger nosso
corpo, alma e espírito.
- CORPO - A advertência bíblica mencionada pelo Apóstolo Paulo abrange,
mas não se restringe, aos Obreiros, à Senhoras e aos Jovens. Vejamos:
Obreiros do Senhor – “Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de
torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento” 1Tm 3:3.
Senhoras - “A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus
maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” Tt 2:5.
Jovens - “Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados” Tt 2:6.
- ALMA - Nossa alma não pode ser doente e radical, mas de forma racional
deve buscar uma sabedoria que segue uma regra, um limite.
“Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura,
depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e
de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.” Tg 3:17
A escada é instrutiva e evidencia itens que muitas vezes
desprezamos na busca da Sabedoria que Edifica e não destrói
as pessoas, principalmente os filhos de Deus.
134
- ESPÍRITO - A falta de moderação no Espírito remete pessoas ao exagero e
todo excesso é prejudicial. O nome já é bem claro indicando tratar-se daquilo
que excede. A recomendação do Apóstolo Paulo é que nosso espírito não seja
egoísta, mas que pense nos outros com a devida moderação: “Porque pela
graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo
além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da
fé que Deus repartiu a cada um” Rm 12:3.
II - SEPARAÇÃO
Além de tratar das questões da
moderação, o Princípio do Limite tambem
abrange um tema muito grande que é a
Separação, não com o sentido de dividir
algo, mas de se conhecer os limites
previamente
estabelecidos
nesta
DIVISÃO.
NÃO EXISTE LIGAÇÃO ENTRE
CÉU
VIDA
SENHOR 1
PASTOR
TRIGO
BEM
JUSTO
SIM, SIM
X
X
X
X
X
X
X
X
INFERNO
MORTE
SENHOR 2
MERCENÁRIO
JOIO
MAL
PECADOR
NÃO, NÃO
Assim questões de “meios termos”
colocados pelos homens como elos entre pontos distintos, perdem
totalmente as razões, mesmo que alicerçadas em mentiras contadas como
verdades. A exemplo podemos citar que não existe ligação entre o céu e o
inferno. Sendo o primeiro a habitação de Deus e o segundo, criado pelo
próprio Deus como lugar para prisão de Satanás, dos anjos caídos e de todos
os homens que rejeitarem a Jesus Cristo. Não existe purgatório, reencarnação
ou itens similares. Após a morte, seguirá o juízo. Para os santos será de
galardões e para os ímpios de sofrimento. É a Bíblia quem diz e eu creio. “E os
que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal
para a ressurreição da condenação” Jo 5:29.
Da mesma forma não existe ligação entre a morte e a vida e quem não ama
seu irmão continua morto, embora pense estar vivo: “Nós sabemos que
135
passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama
a seu irmão permanece na morte. Qualquer que odeia a seu irmão é
homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna
permanecendo nele.” 1Jo 3:14-15. Tambem não existe ligação entre um
coração dividido entre dois senhores; entre o pastor e o mercenário, pois
enquanto um dá a sua vida pelas ovelhas, o segundo consome as vidas das
ovelhas. Não existem meio termos entre o Joio e o Trigo, pois enquanto o
Trigo foi semeado pelos filhos de Deus, o Joio o foi pelos filhos do Diabo. Não
tem elos entre o Pecado e a Santidade, pois a Santidade nos identifica como
vivos e o pecado como mortos.
Esta mesma analogia serve para todos os temas antagônicos que a Bíblia nos
relata e quando assim o faço, lenvando-o a meditação destes itens, apenas
quero que entenda que você deve estar de um ou de outro lado, uma vez não
existir ponte e apenas por Jesus Cristo podemos sair das trevas para a luz e o
transporte não é por ponte e sim por transposição, então tentar fazer isto
usando as pontes humanas apenas trazem mais cansaço e fadiga a quem já
está preso.
A narrativa Bíblica sintetiza bem este item: “Mas, como é santo aquele que
vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;
Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” 1Pe 1:15-16.
III - ELEIÇÃO
Outro assunto que tambem está ancorado no Princípio do Limite é sobre a
eleição e abrange a Escolha de Israel e da Igreja e elimina o pensamento de
que Deus criou pessoas para a perdição e outros à salvação, como assim
ensinam alguns com a Doutrina da Predestinação. É verdade que numa casa
existem vasos de honra e de desonra, mas não foi o oleiro responsável pelo
uso dos vasos e sim eles o foram com suas ações.
136
Quando Deus escolheu Israel, estava mostrando ao mundo, em maneira
reduzida, que era possível à humanidade ter um relacionamento com seu
Criador. Deus não se apresenta a Israel como sendo de uma determinada
área, mas como Criador dos céus e da terra, como um Deus soberano e sobre
todos os deuses de ouro, prata, bronze, madeira ou qualquer outro material.
Mesmo Israel não tendo aceitado esta escolha, Deus então deixou registrado
sua Palavra que servia tambem para nós, gentios. Então Deus escolhe,
através de Jesus Cristo, uma nova nação chamada igreja. Esta funciona como
uma grande arca onde todos os que estão dentro tem os cuidados do Senhor
e serão salvos da ira que será derramada sobre a terra como julgamento das
ações malignas dos homens.
Em Romanos o Senhor nos fala desta eleição, mencionando que fomos
predestinados a sermos como Jesus Cristo, se assim o quisermos, com nosso
livre arbítrio. Vejamos:
“Porque os que dantes
conheceu também os
predestinou para serem
conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos
irmãos. E aos que predestinou
a estes também chamou; e aos
que chamou a estes também
justificou; e aos que justificou a
estes também glorificou. Rm
8:29-30
137
Deus se fez conhecer a nós. Ele então nos predestina a fazer parte da sua
Igreja, nos chama pelo nome, nos justifica em nossos erros, e então nos
conduz a sua glória. São etapas onde uma se distingue da outra e tornam a
escada específica para este fim. É um limite que é
colocado na vida de cada Cristão.
IV - CERCAS
Limites tambem reportam-nos às cercas, ou muros,
tão comuns nas propriedades rurais e urbanas e
assim como é chamada de invasão o acessar ao
território além das cercas, também o é a não observação dos termos os quais
estamos inseridos. Neste sentido ouvimos a voz do Senhor que nos fala:
“Maldito aquele que remover os limites do seu próximo. E todo o povo dirá:
Amém” Dt 27:17. As cercas são observadas e seguidas, então o Princípio do
Limite deve ser tambem observado, nesta esfera maior.
Devemos estar atentos para não sermos
vítimas do que é imposto sobre nós
como limite, cujo objetivo é paralisar
CONCLUSÃO
nossas carreira profissional, eclesiástica
e familiar. Não aceite limitarem seus
sonhos, vontades ministeriais ou mesmo da edificação de uma família em
Deus. Nas questões do nosso relacionamento com Deus, Ele é o Limite e Nele
somos ILIMITADOS. Então ouse ser feliz, acredite no seu ministério.
Desenvolva os dons que Deus lhe deu. Cause impacto na sua geração. Seja
extravagante na Adoração. Culmine seus desejos na maior intimidade com
Deus. Isto é o Princípio do Limite que você deve aprender.
Tiago nos falou sobre o gozo que devemos sentir na prova da Fé. É que esta
prova produz grandes lições do Princípio do Limite sobre a PACIÊNCIA e sobre
a PERFEIÇÃO e a TOTALIDADE que Deus tem para nós.
138
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
Os limites nos permitem um aprendizado profundo sobre determinados
assuntos;
Este maravilhoso Princípio nos propicia a oportunidade de fazer as coisas
da maneira certa;
Assim como somos convidados a respeitar limites, tambem temos a
liberdade de não deixar que os nossos sejam desrespeitados;
Para aprendermos a ser ILIMITADOS com Deus, devemos primeiramente
saber quais são os limites humanos.
139
Semana de 28 a 04/Mai-13
Título: Princípio da negligência
como escaparemos nós, se descuidarmos
de tão grande salvação? A qual, tendo sido
anunciada inicialmente pelo Senhor, foinos depois confirmada pelos que a
ouviram: testificando Deus juntamente
com eles, por sinais e prodígios, e por
múltiplos milagres e dons do Espírito
Santo, distribuídos segundo a sua vontade.
Hebreus 2.3-4
OBJETIVOS:
Evidenciar que a
negligêcia é um mal
terrível e que os que
assim procedem
tornam-se escravos
deste mal, além de
limitados em suas
conquistas em todas as
áreas.
É viver numa área de
constante conflito.
Uma das cartas mais profundas da Bíblia, tanto
em termos de conteúdo como de
abrangência de temas é a de Hebreus.
Nela o mistério do Sacerdócio de Jesus é
INTRODUÇÃO
mostrado de maneira formidável como
em nenhum outro local das escrituras. O
retrato da Fé, também encontrado nesse livro, já seria suficiente para elencálo entre os mais conceituados. A narrativa dos fatos heróicos da Bíblia, ali
registrados, evidenciam um profundo conhecimento, do autor, das Escrituras
Sagradas. Tudo isto é maravilhoso, principalmente porque um dos princípios
mais fortes da vida Cristã: O PRINCÍPIO DA NEGLIGÊNCIA está ali contido.
140
DESENVOLVIMENTO
Com qual tipo de pessoa você gosta de se
relacionar? Seria com as mentirosas? As
falsas? As melindrosas? As fofoqueiras?
Ou quem sabe, com as negligentes?
Sejamos francos. Não gostamos de nos
relacionar com pessoas assim, e não é que as evitemos, mas, naturalmente,
acabamos selecionando pessoas verdadeiras, originais, relevantes e acima de
tudo pessoas que não fazem da vida um jogo onde o descuido, a preguiça e a
inobservância aos fatos reais, sejam seus aliados.
Isto é uma grande verdade, mas não querendo evitar tal conversa, quero dar
outro foco, mencionando que muitas vezes não somos nós quem
selecionamos, e sim somos selecionados e certamente encontrarão em nós as
qualidades do mentiroso, do falso, do melindroso, do fofoqueiro e do
negligente. Assim, o espelho não dever ser colocado para o colega que
conhecemos, e sim para nós mesmos e entre as qualidades ruins que desejam
ser nossas amigas, destaco a negligência como sendo uma das piores.
A bíblia trata a Negligência como um Princípio a ser evitado que está latente
em toda a Escritura Sagrada e funciona para nós como indicativo de caminhos
errados e nos casos mais sérios, como advertência de modo que não
venhamos sofrer os dados da inobservância. Vejamos alguns exemplos de
como sofremos com a Negligência.
I - Perdas pela não conquista - “E disse Josué aos filhos de Israel: Até quando
sereis negligentes em chegardes para possuir a terra que o SENHOR Deus de
vossos pais vos deu?” Js 18:3
Josué havia conquistado 31 reinos, mas ainda existia muita terra a ser
conquistada e chegou o ponto que estava ficando velho e não via nos hebreus
a mesma disposição para conquistar o restante da terra. Aí ele pergunta,
entre outras palavras: “será que vocês não percebem que estão sendo
141
negligentes na obediência? Até quando ficarão assim?” Conosco não é
diferente. Até quando ficaremos sem conquistar o que o Senhor tem nos dado
como herança?
II - Perdas por não perceber que é escolhido de Deus - “Agora, filhos meus,
não sejais negligentes; pois o SENHOR vos tem escolhido para estardes
diante Dele para o servirdes, e para serdes seus ministros e queimadores de
incenso” 2Cr 29:11.
O Rei Josias descobrira as Escrituras enquanto reformava o templo e ao ler foi
fortemente impactado. Sua conversão foi tão forte que mandou que esta
Palavra fosse ensinada em seu reinado e conduziu um grande avivamento
naquela terra que há muito haviam negligenciado o mandamento do Senhor.
Ele sabia que a observância das Sagradas letras lhes seriam suficiente contra
qualquer adversidade. Tambem convenceu-se de que eles haviam sido
escolhidos para serem representantes de Deus e isto era uma missão muito
nobre, era algo que não deveriam esquecer.
Cada vez que leio este testemunho percebo que embora estando no caminho
certo, ainda tenho que melhorar em muita coisa, até que me torne
semelhante a Josias.
III - Perdas de aprendizados que não voltam mais - “Do qual muito temos
que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para
ouvir” Hb 5:11.
A lição do Sacerdócio de Jesus, vindo de Melquisedeque, poderia ter sido
muito mais profunda, mas o escritor aos Hebreus percebeu que o povo não
estava preparado para estes ensinamentos, principalmente acerca da figura
de Melquisedeque. Estavam acostumados com lições básicas e não tinham
crescido para um nível mais profundo. Veja como ele trata esta realidade:
“Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos
142
torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e
vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento”
Hebreus 5:12.
Nós da Igreja de Cristo não podemos ser como aprendizes dos primeiros
rudimentos, mas devemos nos lançar para outros níveis de crescimento e
assim aprendermos mais de Deus, nesta grande escola de treinamento.
Após estas ministrações sobre Princípios, não podemos mais ser os mesmos.
Devemos dar um salto de qualidade na percepção da vontade de Deus e sobre
o seu chamado para nós. “Para que vos não façais negligentes, mas sejais
imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.” Hb 6:12.
A
negligência
é
exatamente o contrário
da Dilingência. Importa
sempre em desleixo,
preguiça, auto-engano
pela
ausência
de
reflexões necessárias às
tomadas de decisões e
tambem associa-se com
a inação, indolência, inércia e principalmente com a passividade.
Uma pessoa desleixada age de qualquer maneira, não segue
procedimentos, é suja e não consegue colocar ordem nas suas atividades e
nem na sua vida. Quando nos aproximamos de Jesus, algo que Ele nos ensina
a abandonar imediatamente é o desleixo. Ele fez isto ao curar as pessoas, ao
mostrar-lhes a ter novas atitudes e a chamá-las a fazer parte do seu reino que
naturalmente não seria feito de maneira desordenada. Semelhantemente Ele
faz conosco.
143
Observemos como Jesus exemplificou na parábola dos talentos ao retratar o
servo improdutivo: “Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e
negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não
espalhei?” Mateus 25:26. O negligente associado ao mau, indica um nível
muito grande de desleixo e de relapsidez, qualidade que é nata aos que
sabem o que devem fazer e não fazem ou quando intentam, querem fazer do
seu modo e não segundo consta manual do Reino de Deus.
Os desleixados não tem parte com Deus. Tenho aprendido isto nas atividades
da Igreja. Cada vez que algo não é bem feito, requer que seja novamente feito
e isto aplica-se não apenas as rotinas administrativas, mas tambem nas
relacionadas aos cuidados espirituais do discipulado.
Uma das qualidades mais imundas do homem (ser humano) é a preguiça. Ela
serve de impeditivo da prosperidade. Salomão foi um homem que teve muitos
bens e riquezas, e mesmo sendo rei, ele teve de trabalhar arduamente para
assim obter a fortuna. Foi um dos homens, na Bíblia, que mais combateu a
preguiça, pois entendia que com ela vinha a pobreza e consequentemente a
miséria.
Nem sempre o contrário de preguiçoso é trabalhador, mas sim DISPOSTO. É a
pessoa que tem disposição para trabalhar em qualquer serviço, em qualquer
atividade, mesmo que não seja sua área de expertise. Olhe que os efeitos da
preguiça manifestam-se pela indisposição de atuar em áreas diferentes uma
vez estando a sua sem oportunidade. Já trabalhei em duas empresas grandes
e com boas funções, mas antes de chegar nelas atuei em serviços muito
básicos e nenhuma destas atividades reduziram meu currículum e nem me
tornaram menos nobre. Quando assim trabalhava sabia que Deus estava
moldando em algo que seria um impeditivo do meu sucesso: O ORGULHO.
Incrível! mas o Preguiçoso é ORGULHOSO. Parece não ter nenhuma relação,
mas observe o que geralmente se ouve de quem não está trabalhando!
144
Salomão não foi um homem de ORGULHO ferido, mas tratado. Ele sabia que
era somente trabalhando que a prosperidade viria, então ele combate
arduamente a preguiça e nos orienta:
“Por muita preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos a casa
goteja” Eclesiastes 10:18. Teto tem dois sentidos, o da cobertura da casa física
onde residimos e o da espiritual. A advertência é que não deixemos que
nossas casas sofram o gotejamento da chuva e por consequente traga perdas
aos bens e à própria estadia. Para o preguiçoso estas questões não lhe
incomoda, mas para os dispostos, incomoda, e muito.
A preguiça tambem está associada ao ato de JUSTIFICATIVAS. Particularmente
tenho aprendido que a justificativa só é cabida para casos fortuitos e de força
maior, que se explicam por si mesmos. Noutros eventos ela é totalmente
descabida. Salomão nos dá dois exemplos de estórias que o preguiçoso
arranja para justificar sua preguiça:
“O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na
sega, mas nada receberá” Provérbios 20:4.
Nesta soa como aquela pessoa que é negligente para trabalhar com os
recursos que têm em mãos e quando chega à época de usufruir da plantação,
acabam tendo de mendigar porque não plantaram.
“Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas”
Provérbios 22:13.
Nesta outra a justificativa é relacionada a pessoa que deixa o trabalho porque
não aguenta as “pressões”, as “cobranças” e então associa esta pressão por
resultados como uma opressão de morte. É preguiça mesmo. Já sofri tanta
pressão por resultado e quanto mais fortes eram, mas me empenhava por
atender em prazo em qualidade.
145
Tenho aprendido tambem que as decisões carecem de Análises, de
Reflexões e não fazê-las é um ato de negligência trazendo
consequentemente falhas, muitas delas irreparáveis.
Lembro de dois exemplos de pessoas que foram apressadas e imprudentes na
tomada de decisões e isto lhes custou a vida. Uma delas foi o rei da Assíria,
Senaqueribe. Ele intentou contra Ezequias, mas fora presunçoso ao achar
estar tratando com uma pessoa qualquer. Não levou em consideração que
existiam em Jerusalém homens e mulheres de Deus. Ele vinha de muitas
conquistas, mas quando SE ESBARROU em Ezequias, fora imprudente. Olhe só
o nível de recado que ele mandava a Ezequias: “Assim diz Senaqueribe, rei da
Assíria: Em que confiais vós, para vos deixardes sitiar em Jerusalém?” 2
Crônicas 32:10.
Acabou tendo seu exército destruído por um anjo e depois foi morto em
Nínive por um de seus filhos.
Outro exemplo tambem vem de um inimigo dos Judeus. O nome dele era
Hamã. Era um homem dotado de uma grande inteligência, bom de cálculos e
gozava da confiança do Rei Xerxes I, estando acima, inclusive dos outros
príncipes que assistiam o rei. Aí ele comete um ato impensado e quando foi
avisado já era tarde demais.
“E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos, tudo quanto
lhe tinha sucedido. Então os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram:
Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos
judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele”.
Ester 6:13
Quando sua mulher percebeu que ele não prevaleceria contra o judeu
Mardoqueu, já era tarde. O mal, a seu respeito, já estava decretado e o seu
146
fim era certo. Faltou-lhe mais atenção, mais planejamento, mais preparo.
Este é o fim dos precipitados.
Outra percepção que o Princípio da Negligência nos remete é à ausência de
atenção não apenas
em
nossa
vida
espiritual, mas nas
rotinas diárias e isto
causa um impacto
negativo muito ruim
ao levar-nos à inação,
à indolência, à inércia
e à passividade.
A inação reflete nossa
falta de ação com
relação às questões
que
nos
são
submetidas.
Certamente
você
conhece pessoas assim, que são difíceis de decidirem por algo e em
consequencia causam esperas aos que necessitam desta decisão. É muito
comum nos órgãos públicos e dá vazão a algo inda mais perigoso que é a
propina oferecida para que as decisões sejam tomadas. Não podemos ser
inativos no Reino de Deus. Fomos chamados para uma grande obra e
devemos ser conhecidos como resolvedores de problemas. Se ainda não
somos, então é hora de aprendermos e praticarmos.
A Indolência é aquela falta de estímulo para agir no momento certo. Aí vemos
a quantidade de pessoas que perdem a oportunidade de uma ação corretiva e
instrutiva pela indolência. Acabam atraindo algo ruim que é murmuração ao
dizerem que Deus não lhes dá oportunidades. Na verdade pessoas assim são
hábeis em perder o que Deus dá.
A inércia aponta para a falta de movimento onde a pessoa prefere errar por
não agir, que tentar e correr o risco de acertar. Pessoas inertes não
encontram solução com facilidades. Imaginem como seriam as aves se fossem
inertes na procura de alimentos. Semelhantemente somos nós. Devemos nos
movimentar e assim ser instrumento de Deus na transformação.
147
O Passivo é aquela pessoa que é alheio às situações. Ele atua em nada, não
toma decisão, não serve nem para ser mandado. Não tem um senso crítico e
não consegue, muitas vezes, assimilar o certo do errado. Pessoas assim não
servem para funções de destaques porque são indecisas, imprecisas e muitas
vezes omissas.
O Princípio da Negligência indica tambem características como Descuido,
Esquecimento e tambem aponta para aquela pessoa que vive errando por
imprudência. Gideão venceu seus inimigos num momento de Descuido deles.
Vejamos: “E subiu Gideão pelo caminho dos que habitavam em tendas, para
o oriente de Nobá e Jogbeá; e feriu aquele exército, porquanto o exército
estava descuidado” Jz 8:11.
Por muitas ocasiões as Escrituras nos alertam para não sermos esquecidos do
que Deus tem feito por nós. Tiago menciona isto com muita clareza indicando
que lograremos êxitos nas atividades ao agirmos assim: “Aquele, porém, que
atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo
ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no
seu feito” Tg 1:25. Este, inclusive, foi um dos principais erros de Israel,
mencionado por Jeremias: “Contudo o meu povo se tem esquecido de mim,
queimando incenso à vaidade, que os fez tropeçar nos seus caminhos, e nas
veredas antigas, para que andassem por veredas afastadas, não aplainadas”
Jr 18:15.
A inobservância ao Princípio da
Negligência tem levado muitas pessoas
a uma obra relapsa, a um agir
CONCLUSÃO
imoderado, a um viver insensato. Que
sejamos diferentes em nossas ações,
colocando, acima de tudo a prudência e a sensatez, trazendo sempre à
memória nossa real comunhão com Deus e nela perseverarmos.
148
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
Não negligencie sua salvação. Não troque por nada. Veja a grandeza do
Evangelho que garante que somos salvos em Jesus Cristo;
Não negligencie seu ministério. Deus tem chamado a cada um de nós para
uma grande obra;
Não negligência sua Igreja. É aqui que Deus irá nos fazer crescer;
Não negligencie você mesmo. Veja suas falhas e submeta-as ao Senhor e
Ele vai providenciar para cada uma delas uma solução. Então as falhas
decorrentes da Negligência, já podem ser tratadas com a observação
deste PRINCÍPIO ensinado.
149
Título: Princípio da organização
Então eu descerei e ali falarei contigo, e
tirarei do espírito que está sobre ti, e o
porei sobre eles; e contigo levarão a carga
do povo, para que tu não a leves sozinho.
OBJETIVOS:
Mostrar que
necessitamos ser
organizados para
sermos produtivos
Números 11:17
Moisés chegou a um nível de estresse
tão grande que seus termos ficaram
como que “sem sentido”, uma vez estar
INTRODUÇÃO
balbuciando palavras que causavam uma
verdadeira balbúrdia de entendimento.
Ainda bem que a conversa era com Deus
que olha para Moisés, desconsidera as palavras soltas e vai direto ao
problema que nem mesmo Moisés conseguia expressar.
O que levou Moisés ao nível tão grande de estresse? Teria sido o calor do
deserto? Os jejuns prolongados? A saudade da família? Para responder a
perguntas como estas devemos recorrer à resposta do Senhor que ao olhar a
confusão mental de Moisés, pára tudo e dá-lhe orientações preciosas acerca
do Princípio da Organização. Então não eram os fatores externos e internos os
responsáveis pelos cansaço e sim o não saber lidar com eles de maneira
organizada. Para evitar fato semelhante, aprendamos então este tão útil
PRINCÍPIO que é o da ORGANIZAÇÃO.
150
Deus é muito organizado em tudo que
faz. Esta mesma capacidade Ele dera ao
DESENVOLVIhomem quando estava no Jardim do
Éden. Organização é um Princípio
MENTO
Celestial responsável pela manutenção
das atividades dos anjos, dos anciãos e
de todos os habitantes do céu. Engana-se quem pensa que no céu seja
bagunçado, como contam as piadas utilizando o nome do Apóstolo Pedro.
Antes da queda, vemos claramente a Organização como aliada de Adão,
quando colocava nome nos animais e nas árvores, bem como quando
entendia os tempos e as estações. Foi uma ferramenta de trabalho que Deus
deixou ao homem.
Havemos de concordar tambem que o Princípio da Organização tem um efeito
muito positivo sobre o domínio. Assim, quem é organizado tem mais
capacidade de exercer o domínio. Foi o próprio Senhor quem nos ensinou
isto, através de Adão: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as
aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que
se move sobre a terra” Gênesis 1:26.
A organização propicia um domínio que abrange todos os elementos contidos
no MAR, no AR e na TERRA. Assim foi possível ao homem grandes invenções
nestas três áreas.
Com a queda e consequentemente a saída do Jardim, o homem perde essa
capacidade diretiva de controle e passa a agir de maneira que a
desorganização se tornou aparente.
A palavra que mais representava a organização, nos primeiros momentos da
criação era “sabedoria”, e sobre este assunto o Senhor falou através de
Salomão, no capítulo oito de Provérbios:
151
“Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia
fontes carregadas de águas. Antes que os montes se houvessem assentado,
antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda Ele não tinha feito a terra, nem os
campos, nem o princípio do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí
estava eu, quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; Quando
firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo, Quando
fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu
mando, quando compunha os fundamentos da terra. Então eu estava com
Ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante
Ele em todo o tempo” Provérbios 8:24-30.
Com a ausência da sabedoria divina e para evitar perdas ainda maiores devido
à desorganização, Deus passa então a tratar com o homem não mais da
maneira subjetiva, mas com objetividade, dando-lhe as medidas claras do que
desejava que o homem fizesse. Isto aconteceu com Noé, com Davi, com
Moisés e com outros que receberam instruções claras com largura, altura,
comprimento, tipo de material e outros itens. Se Deus assim não agisse, o
homem jamais conseguiria atender uma vez ter quebrado o Princípio da
Organização. Antes, não. O homem sabia o que Deus queria e poucas palavras
eram suficientes para uma grande obra.
Exemplo muito claro desta desordem está na torre de Babel. Deus havia dado
aos homens a ordem de espalharem-se sobre a terra, eles entenderam o
contrário e intentaram, então, fazer um monumento que chegasse ao céu,
que os deixasse sempre unidos e nunca separados. Eles eram desorganizados
e não tinham parado para calcular o peso da estrutura, o material que seria
utilizado, o porque de tamanha obra, bem como sua importância. Era tudo
muito evasivo. Faltava organização.
A desordem humana se tornou tão grande ao ponto de levar Deus a
arrepender-se de sua criação: “Então se arrependeu o SENHOR de haver feito
o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração” Gn 6:6.
152
Com o pecado o homem perdeu o Princípio da Organização e como evidência,
torna-se comum, em toda a história, seu envolvimento com obras de
monumentos inúteis como os encontrados no Egito e na antiga Babilônia, que
mais parecem verdadeiras perdas de tempo e recursos. Outra evidência está
também na desordem ética e moral que se alastrou em todas as classes,
tornando vil os valores, o direito, e a ordem pública, com governos
descompromissados com a sociedade e associados à guerra, ao sexo e à
corrupção. Este fato levou Deus a estabelecer a Lei, usando Moisés como
principal instrumento de divulgação e implantação.
Quando o Senhor nos entregou a Lei, ela não objetivava levar o homem à
salvação eterna, mas trazê-lo à Ordem, dando-lhes mandamentos e estatutos.
Então a LEI tinha objetivo de ORDENAR. Já a graça, tanto objetiva ORDENAR,
como SALVAR.
Esta leitura nos leva à meditação de que o mundo tornou-se mais Organizado
com o Advento de Jesus Cristo. Os principais impactos foram de ordem:
MORAL – Com a divulgação de Deus, não apenas aos Judeus, mas a todos nós,
trouxe um efeito muito grande na Moralidade do Homem, haja vista o
ordenamento de valores que até então eram desprezíveis.
SOCIAL - Havemos de admitir que a sociedade é muito melhor organizada
hoje, que antes de Jesus. Embora ainda persistam itens como corrupção e má
administração do público, mesmo assim existem leis mais claras que melhor
regem os direitos dos idosos, das crianças e adolescentes, dos menos
favorecidos.
POLÍTICA - O mundo está cada vez menos tolerante a governantes de regimes
autoritários. Para melhor elucidação, basta olharmos os fatos ocorridos nos
últimos anos no mundo muçulmano, no evento que ficou conhecido como a
primavera Árabe, abrangendo o Oriente Médio e Norte da África,
principalmente na Tunísia, no Egito, na Líbia, na Síria, na Argélia, no Bahrein,
153
no Djibuti, no Iraque, na Jordânia, no Omã, no Iêmen, no Kuwait, no Líbano,
na Mauritânia, no Marrocos, na Arábia Saudita, no Sudão e na Saara
Ocidental.
O mundo pede políticas mais sérias e governantes menos corruptos.
RELIGIOSO – Antes de Jesus o mundo vivia debaixo de um politeísmo muito
grande, pois quem prevalecia era o deus que cada um criava e vendia. O fato
se tornou tão alarmante que na Antiga Babilônia tinham tantos deuses, que
era necessário você fechar os olhos e escolher um, caso contrário ficaria
totalmente perdido.
Este é um campo que ainda tem muito a melhorar, mas o início da reforma foi
dado com Jesus Cristo.
Não temos como ser alguém que segue o Princípio da Organização, não
valorizando os ensinamentos de Jesus e não considerando suas doutrinas
como pilares elementares de qualquer cultura. Como Cristãos devemos
considerar algumas placas indicativas dos ensinamentos do nosso Mestre que
são importantes para tambem aplicarmos em nossa vida:
1 - PREVALESCÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO - O ORGANIZADO PERMANECE
O discurso do culto de inauguração da Igreja de Jesus foi de poucas palavras,
proferidas por ele mesmo, mas de um profundo impacto. Ele estava
estabelecendo os limites dos seu reino e um dos seus ensinamentos é sobre a
prevalescência da Organização: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela” Mateus 16:18.
A Igreja de Jesus é a instituição mais organizada, já existente sobre a face da
terra. Ela sobrepuja reinos, ultrapassa tempos, permeia gerações e continua
viva como que se tivesse sido fundada em data muito recente.
154
Satanás tentou infiltrar suas bagunças na igreja, usando todas as formas
possíveis, mas sempre é barrado na palavra de ordem dada por Jesus, que o
inferno não seria páreo para ela. Então, por mais que ele tenha tentado, até
mesmo eliminar a igreja, ela continua santa, linda e adornada para morar no
céu.
Jesus organizou sua igreja como Deus organizara o Corpo do Ser humano.
Quem entendeu e difundiu esta verdade foi o Apóstolo Paulo, guiado pelo
Espírito Santo. Como corpo, logo entendemos que os membros deste corpo
têm atividades específicas e distintas, e todas são de extrema utilidade.
Ninguém é considerado inútil. “... da qual todo o corpo, provido e organizado
pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus.” Cl 2:19.
Outra beleza que evidencia a Organização da Igreja está no CORPO gerencial,
que o Senhor chamou de Ministérios, onde a responsabilidade é
compartilhada com homens realmente compromissados. Tudo isto sem falar
do programa de premiações, tambem instituído pelo Senhor, que garante
bênçãos aos participantes da Igreja, aqui na terra e tambem no céu.
Realmente a igreja é linda e Organizada. Isto serve de lição para nós, pois
quem é organizado permanece. Você quer permanecer? Seja organizado.
Jesus ordenou a Igreja de modo que ela realmente fosse imbatível e estas
lições Ele nos passou em atividades diárias como:
COMER – “E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em ranchos, sobre
a erva verde” Marcos 6:39 – Cuidado com a hora das refeições!
SEGUIR COMANDO – “E, estando com eles, determinou-lhes que não se
ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que
(disse ele) de mim ouvistes” Atos 1:4. Existe um comando central na Igreja,
não pense em agir por suas próprias convicções. Se alguém assim o fizer
estará deixando de ser Igreja de Cristo.
155
RESPEITAR AS INDIFERENÇAS - “E o seu mandamento é este: que creiamos
no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o
seu mandamento” 1 João 3:23. O amor compreende as diferenças.
2 - PREVALESCÊNCIA DA UNIDADE – O REINO NÃO PODE SER DIVIDIDO.
“Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra
perversa” Tiago 3:16. “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz,
como em todas as igrejas dos santos” 1 Coríntios 14:33.
Tão importante quando fundar a igreja era fazer com que ela permanecesse,
mas que fosse unida. Conhecemos várias organizações que permanecem, mas
são desunidas e nisto, no desfacelamento, não há real crescimento. Então
Jesus nos mantém unidos a Ele. Por isso nos ensinou que um reino dividido
não pode prevalecer.
Olhando de longe, achamos a igreja dividida (muitas denominações), mas
olhando conforme nos instrui o Senhor, como um corpo, não conseguimos ver
divisões e sim atuações conjuntas em prol de um mesmo objetivo e do
cumprimento da meta que o Senhor nos comissionou - BUSCAR e SALVAR o
perdido: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia
perdido” Lc 19:10.
3 – A IMPORTÂNCIA DOS ELOS NA ORGANIZAÇÃO
De tudo que Deus criou podemos separar em dois grandes grupos, os que têm
aplicações específicas e múltiplas e os que servem de elos que propiciam a
execução do objetivo fim do primeiro grupo. Estes elos aparecem na Bíblia em
termos como FORÇA, ÂNIMO e outros correlatos.
Como “força” cito o exemplo mencionado por Salomão, quando assim dizia:
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças,
porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem
conhecimento, nem sabedoria alguma” Eclesiastes 9:10. Já como ânimo faço
156
menção ao termo que o Senhor usou para tratar com Josué e que foi também
utilizado por Jesus, quando ensinava os discípulos: “Esforça-te, e tem bom
ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes
daria” Josué 1:6. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no
mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” João 16:33.
Os elos servem para dar razão à organização. Logo quando pensamos em
Força, nos perguntamos: Para quê? Ou quando alguém diz que está animado,
logo perguntamos: Para quê?
Então podemos concluir que nunca seremos organizados se não dispormos
destes e de outros elos. Eles atuam como os verbos ser e estar do nosso
português. Não podemos rejeitar os elos que Deus disponibilizou para nós,
como Amor, Alegria, Disposição, Saúde, Sonhos, Vontades, Desejos e muitos
outros. Quando os rejeitamos, a desorganização ganha espaço.
4 – A LEITURA CORRETA DO PRINCÍPIO
O princípio da Organização aponta para dois entendimentos amplos. Um
deles está relacionado ao fato de pôr em ordem as coisas, dando
procedimentos, estabelecendo regras, medindo tempos e tambem calculando
cada etapa. O outro se refere à forma
jurídica, mesmo que informal, de uma
Organização. Neste sentido podemos ler
uma Igreja, uma associação, uma
empresa, ou qualquer outro elemento
que una as pessoas em prol de objetivos
comuns, como sendo uma Organização.
No entanto, a Organização, como
Princípio, não seriam nenhuma dessas
vias, mas uma terceira que busca
157
ordenar, dando sentido, dando razão, criando metas, estabelecendo valores e
alinhando com outros princípios.
Então a leitura mais correta seria melhor representada pela figura de Ciclos de
Processo. A diferença consiste no fato de que independentemente do
processo, precisamos ser
Organizados. Esta leitura é
mais ampla que a leitura de
ordenação e de organismo
jurídico.
Nela mostramos que nossa
vida consiste num grande
ciclo. Este é formado por
processos derivados de
projetos variados, de ordem
pessoal, de ordem familiar,
de ordem religiosa e de
ordem de ocupação laboral. Então, independentemente do processo,
precisamos ser organizados. Não adianta sermos excelentes cristãos,
preocupados com as coisas do Reino de Deus e da Igreja, alguém muito
participativo, amigo do Pastor e uma pessoa exemplar, se no trabalho laboral
não conseguimos agir da mesma maneira. Na igreja você é uma pessoa
dinâmica e no trabalho é tímido e não-participativo. O contrário tambem não
é adequado, pois o ser um profissional de sucesso, alheio as atividades de sua
igreja, tambem não é bom.
Esta leitura aplica-se em todos os processos e a ordem não é,
necessariamente a expressa no desenho. A grande mensagem que devemos
captar é que para seguirmos o Princípio da Organização, não o podemos ser
em apenas um processo de nossa vida, mas em todos eles, uma vez que a
Organização, como Princípio, não é externo e sim interno.
158
O trabalhador Organizado, tambem deve ser na igreja, na família, nas
atividades pessoais e nos projetos variados. O não saber lidar com esses Elos,
provoca em nós o mesmo estresse que Moisés adquiriu, por isso Deus o
orientou a escolher pessoas para ajudá-lo.
Convenhamos, ser ORGANIZADO tem impactos positivos em todas as áreas da
vida, mas principalmente no fato de que os problemas são menores. Por outro
lado, ser organizado dá trabalho e a maioria de nós não quer ter trabalhos e
nem responsabilidades. Admiro muito a organização que existia no Reino de
Salomão, principalmente porque ela está ligada à mesma sabedoria que
homem perdera com o advento da queda do pecado. Esta Organização nos
remonta ao trabalho. Nesta leitura onde relacionamos o Princípio da
Organização com o fato de ser TRABALHOSO, não quero desanimá-lo, mas
desejo encorajá-lo a trabalhar, pois é mais fácil fazer algo nas coxas, sem
padrão, sem referência, sem poder ser avaliado, que submeter todas as
nossas atividades à avaliação do céu.
O princípio da Organização nos remete a
dois lindos caminhos. Um deles é
relacionado ao impacto que causamos
CONCLUSÃO
com nossa presença, que pode trazer
transformações enormes no ambiente
onde atuamos. A outra diz respeito ao trabalho que é feito em nosso próprio
caráter, uma vez que nos tornamos mais seletivos em nossas escolhas e nas
avaliações pessoais.
Outro grande benefício é a forma como passamos a entender vários assuntos
que até então estavam ocultos aos nossos olhos. Então falar de Esporte, não
tem problema, de Economia também não, de Educação e Saúde, muito menos
e de Igreja, menos ainda. As “coisas” soltas começam a ser colocadas em sua
determinadas gavetas e se tornam de fácil acesso. Isto aguça a criatividade.
Seja organizado. Siga este Princípio e veja grandes transformações pessoais.
159
Não Esqueça
1.
2.
3.
4.
160
O princípio da Organização nos liga tambem à prudência, uma vez que o
Senhor falou: “E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver
procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais
prudentes na sua geração do que os filhos da luz” Lc 16:8. Não podemos
ser imprudentes;
A verdadeira organização só é conseguida quando tomado o modelo de
Jesus como referência;
Não adianta sermos especialista em determinadas áreas e péssimos
noutras. A meditação nesses casos é aceita, mas devemos escolher
mediar para cima;
Comece com uma auto-análise, assim poderá perceber, onde, de fato, não
está no Princípio da Organização.
Título: Princípio do livramento
Livra-me dos que praticam a iniqüidade, e
salva-me dos homens sanguinários. Pois
eis que armam ciladas à minha alma; os
fortes se ajuntam contra mim, não por
transgressão minha nem por pecado meu,
ó Senhor.
OBJETIVOS:
Ensinar sobre a
preciosidade de ter um
Deus que é livrador,
amigo e companheiro e
que faz tudo isto por
amor a nós.
Salmos 59.2-3
Ao pensarmos em Deus, naturalmente
vinculamos seu nome a palavras como
Amor, Bondade, Justiça... e Livramento.
INTRODUÇÃO
Isto não está errado porque Ele é tudo
isto e muito mais que se possa imaginar
com estas características. Mas, neste Alimento, não vou ensinar o Livramento
como uma característica de Deus, apesar de ser muito tentando a isto, mas
sim como um Princípio a ser seguido. A leitura é um pouco diferente.
Conseguiremos entender ao relacionarmos o livramento com o seguro
(veicular, residencial...). É algo que não queremos usar, então as medidas
contra o roubo ou o acidente são mais evidentes que o próprio uso do seguro.
A leitura é um pouco anterior ao acontecimento do fato e retrata mais a
prevenção. É neste aspecto que diferenciamos a qualidade do Princípio.
161
DESENVOLVIMENTO
É preciso crer, mesmo contra a
Esperança, que não somos obras do
acaso, nem o acaso nos lançou no círculo
onde não sabemos quem somos, o que
estamos fazendo e nem nossa real
importância para Deus.
Crer em Deus é muito mais que uma dádiva; é uma escolha sábia de quem
realmente está determinado a viver não apenas como a maioria, mas muito
acima dos cuidados humanos, da sabedoria secular e da separação
meramente imposta pelo sistema financeiro, que segrega pessoas, distancia
amores e cava poços de depressão muitas vezes insuperáveis. Nesse aspecto,
tão oculto e até não percebido pela maioria das pessoas, é que está inserido o
Princípio do Livramento. Ele existe. É algo de Deus. Muitos são beneficiários
dele e por não conseguirem perceber, tornam-se meros espectadores de um
evento não identificado e acabam creditando tal fato a um deus estranho. Ao
olharmos nas Escritura Sagradas encontramos que somente Deus pode nos
Livrar. Somente Nele está o Princípio do Livramento e uma vez atuado, ele
então divide com sua Igreja. Divide comigo e com você, nos chamando ao ato.
Isto se tornou evidente num sábado, numa sinagoga judaica, especificamente
na cidade de Nazaré, na Galiléia. Ali Jesus, utilizando a Escritura dos Profetas,
declara: “O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para
evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A
pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em
liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o
livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na
sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu
esta Escritura em vossos ouvidos.” Lucas 4:18-21
As pessoas, na Sinagoga, ficaram atônitas, mas Jesus estava dizendo que
aquela palavra de Livramento, agora se fazia evidente não apenas naquela
162
geração, mas a partir daquele dia. Nestes sentido, Princípio do Livramento
ecoa com verbos como CURAR, PREGAR, RESTAURAR, LIBERTAR E
ANUNCIAR. Veja que o assunto era bem mais complexo que apenas um
livramento de uma guerra ou a sustentação de uma nação. Agora era a
humildade que estava sendo abraçada pelo Senhor e teria Dele a ação da
cura, da mudança de vida pelas boas novas, da restauração do que houvera
sido destruído, da libertação dos oprimidos e da anunciação das novidades,
tornando sua Palavra sempre viva.
Então já podemos aprender que Livramento, enquanto Princípio, vai além que
uma ajuda espiritual para saída de uma situação embaraçosa. Ele contempla
uma ação maior da parte de Deus. Outro: embora atuante no Antigo
Testamento, fato muito evidenciado na vida de Davi, tornou-se mais
abrangente com a vinda de Jesus, levando-o a vencer a morte na cruz.
Ao compreendermos estes primeiros degraus, conseguiremos melhor
assimilar estas passagens mencionadas por Jesus com relação ao Caminho e
ao Alívio das cargas:
Caminho: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim” João 14:6.
Alívio: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o
meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28-30.
Outro detalhe tambem muito importe, é a ação promovida pelo Princípio do
Livramento que ora nos coloca na pessoa passiva e ora pressupõe que
sejamos ativos, ou seja, ora somos beneficiados, ora o Espírito nos incomoda
para sermos instrumento de bênçãos na vida dos outros.
163
Então vamos dividir aqui, nosso estudo em dois caminhos. O da Passividade e
o da Atividade e vamos iniciar pelo mais simples:
1 - PASSIVIDADE NO PRINCÍPIO DO LIVRAMENTO
Enquanto passivos, somos apenas recebedores dos livramentos de Deus,
como ocorreu nos dois exemplos mencionados na sequência.
Primeiro Exemplo: DAVI
Antes de torna-se rei de Israel, ele constituiu alguns
inimigos, mas de todos eles o Senhor o Livrou. Vamos
relembrar:
- Para guardar as ovelhas de se pai, foi-lhe necessário lutar
com ursos e leões; - Para garantir o reino de Saul em Israel,
teve de vencer um gigante, sendo ele ainda muito jovem e
sem experiência bélica e ainda teve de fugir para não ser
morto por Saul; Para sobreviver, lutou arduamente contra
os filisteus que se constituíam uma ameaça a segurança
pública de Israel; Para preservar seu reino teve de fugir de
Absalão que acabou morto por um soldado.
Humanamente falando era impossível Davi ter vencido
tantos obstáculos, mas Deus o livrou de cada um deles. Ele
ficou tão grato ao Senhor que presenteou-lhe com várias
canções de adoração, uma delas é esta: “Livra-me dos que praticam a
iniqüidade, e salva-me dos homens sanguinários. Pois eis que armam
ciladas à minha alma; os fortes se ajuntam contra mim, ...” Salmos 59:2-3.
Segundo Exemplo: JACÓ
Jacó teve sua vida em duas fases, uma como Jacó e a outra como Israel. Em
ambas ele conheceu o livramento do Senhor, pois embora perseguido,
164
caluniado, difamado e até mesmo tido como fugitivo,
conheceu que Deus falava com Ele e que o orientava a
tomar as decisões certas, abrangendo não só a ele, mas
a futura nação de Israel. Vejamos:
- Seu pai tinha preferências por Esaú e isto, de certa
maneira o incomodava por não conseguir agradá-lo;
- Esaú procurou-o para matá-lo e às pressas sua mãe o
enviou à Padã-Arã, terra de seus parentes;- Ele viveu
com seu tio Labão o qual mudou o seu salário 10 vezes
retendo-lhe o direito; Para mudar de vida, luta com um
anjo que o fere; Sentiu a dor pela perda de Diná e de
José; Viveu uma terrível seca, em Canaã; Teve de
encerrar os seus dias no Egito para não ser consumido
pela pobreza que a seca estava deixando.
Em todas estas circunstâncias, vemos o livramento de
Deus atuando e preservando o Patriarca com vida. Por
último, seus filhos ouvem de José esta grande afirmação: “Pelo que Deus me
enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para
guardar-vos em vida por um grande livramento” Gn 45:7.
Existem muitos exemplos no Antigo Testamento. Para não fugir do Princípio
em comento quero ater-me a estes dois e usá-los como âncora para um
aprendizado ainda maior e responder perguntas como esta:
a) O QUE DEVO FAZER PARA ESTAR DEBAIXO DO LIVRAMENTO?
Para melhor resposta, recorramos ao Capítulo 28 de Deuteronônio, onde o
Senhor evidencia com clareza a atuação do Princípio do Livramento, mas
antes vamos consensar que os Princípios requerem uma ação anterior de
“querer estar sob o determinado manto”. Isto implica entender que se
165
quisermos gozar de qualquer princípio, devemos ter uma pré-disposição em
seguir as orientações contidas que mais sugerem um caminho que meras
regras.
A chave para todo o livramento e bênção está em saber ouvir a voz do Senhor
e guardar os seus mandamentos. Foi isto que o Senhor mencionou aos filhos
de Israel, no Egito: “E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo
cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o
SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra” Dt 28:1.
O Senhor promete bênçãos que atingem os negócios no campo, na cidade,
nos laços familiares, nas moradias e na liderança comunitária, tudo isto, sem
mencionar a prosperidade financeira advinda da Obediência. Já para os
desobedientes o Senhor promete maldições que abrangem todas as áreas,
além da miséria que se alastra não somente na geração do desobediente, mas
tambem na geração que se levanta, oriunda de suas entranhas.
Ao observarmos desta forma, entendemos o porquê de muitas pessoas não
gozarem da proteção de Deus. Quando assim menciono não descarto o
versículo que fala: “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e
a chuva desça sobre justos e injustos.” Mt 5:45, mas enfatizo uma diferença
muito grande entre o ter o sol e o ser molhado pela chuva, com a aquele que
tem uma sombra e não passa por temporais.
Como agentes recebedores do livramento de Deus, e uma vez tendo
disposição para obedecê-lo, devemos crer, conforme nos ensina o salmista,
que Deus é aquele que nos dá cantos de livramento: “Tu és o lugar em que
me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de
livramento. (Selá.) Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir;
guiar-te-ei com os meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula,
que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que
166
não se cheguem a ti. O ímpio tem muitas dores, mas àquele que confia no
SENHOR a misericórdia o cercará.” Sl 32:7-10
Jesus evidenciou este Princípio quando mencionou a parábola da Ovelha
Perdida (Lucas 15), mencionando que o pastor toma a ovelha pelos braços e a
leva de volta ao seu lugar de descanso, de onde ela não deveria ter saído.
Tambem nos alertou a fugir da Aparência do mal e da prostituição.
Além de tudo isto, Jesus ainda fez por nós a oração específica onde pede que
Deus nos livre do Mal, evidenciando uma ação antecipada como ocorreu com
Ester: “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de
outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e
quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” Et 4:14
Trata-se de uma questão de crer ou não crer, conforme ocorreu com o rei
Jeoás, que não acreditou que Deus estava com ele para o livrar e acabou
perdendo a oportunidade de uma vida longa. Vejamos: “E disse: Abre a janela
para o oriente. E abriu-a. Então disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha
do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os sírios; porque
ferirás os sírios; em Afeque, até os consumir. Disse mais: Toma as flechas. E
tomou-as. Então disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes, e
cessou. Então o homem de Deus se indignou muito contra ele, e disse: Cinco
ou seis vezes a deverias ter ferido; então feririas os sírios até os consumir;
porém agora só três vezes ferirás os sírios.” 2Rs 13:17-19
Este Princípio atuou tambem quando Deus estabeleceu leis como a do
Resgate e do Jubileu. No resgate Deus menciona a necessidade que havia de
resgatar a terra e depois finaliza com Jesus dizendo que veio nos Resgatar:
“Portanto em toda a terra da vossa possessão dareis resgate à terra.”
Levítico 25:24. “Se lhe for imposto resgate, então dará por resgate da sua
vida tudo quanto lhe for imposto” Êxodo 21:30. “Porque o Filho do homem
167
também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate de muitos” Marcos 10:45.
O jubileu foi a forma que Deus encontrou de dar descanso à terra. Neste ano
(a cada cinquenta) as pessoas deveriam ser mais solidárias, perdoar dívidas,
apagar intrigas e era como se tudo tivesse recomeçando. Era Deus, dando
livramento a terra e aos filhos obedientes: “E santificareis o ano
qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores;
ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à
sua família.” Lv 25:10.
2 – ATIVIDADE NO PRINCÍPIO DO LIVRAMENTO
Uma coisa é sermos beneficiados com este Princípio divino, a outra é nos
tornarmos participantes dele. Então o Senhor nos convida a agirmos com os
outros da mesma forma que ele agiu conosco. Assim, sentimentos como ódio,
rancor e ira, não podem existir no meio de nós. Tambem não podemos
simplesmente ignorar a situação difícil que alguém esteja passando,
simplesmente pela interpretação de que ela está colhendo o que plantou.
Devemos olhar um pouco mais além e assim livrar da mão opressora levando
a Palavra de Deus até mesmo aqueles que foram, um dia, contra nós. A
recomendação mais brilhante que encontro está em Romanos. Vejamos:
“Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao
Senhor; Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai
na oração; Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a
hospitalidade; Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não
amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que
choram; Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas
acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos; A ninguém
torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não
168
vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito:
Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu
inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque,
fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes
vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rm 12:11-21.
Não podemos ser omissos, como cidadãos terrenos e celestiais, às questões
envolvidas nestes dois reinos.
É inadmissível que, como igreja, não olhemos aos mais necessitados e não
ajamos trazendo a eles o alento que temos recebido de Deus. Como cidadãos
celestiais tambem não podemos ignorar a situação a qual muitas pessoas
passam, ora por erros pessoais, ora pela convivência com pessoas de má
índoles. A grande lição que devemos aprender com o Princípio do Livramento,
na Atividade, é que precisamos orientar os PASSIVOS a não transformarem as
bênçãos em Maldições. (gestos de ingratidão).
Enquanto
Princípio,
somos
constrangidos pelo Senhor a agir no
Livramento.
Ou
somos
agentes
CONCLUSÃO
dissipadores do mal, livrando os filhos
de Deus e conduzindo-os ao céu, ou
assumimos nossa posição de combate no reino contrário.
Certamente todos nós já fomos beneficiados como o Livramento de Deus,
agora porque iremos agir diferentes com aqueles que precisam de nós? Isto, é
claro, não implica entender Serviço Cego. Não. Temos de usar a racionalidade
e ajudar apenas os que querem ser ajudados. O Princípio do Livramento traz
consigo termos como: Amor, Perdão, Serviço, Mordomia, Companheirismo,
Adoração e acima de tudo GRATIDÃO. Foi isto, e muito mais, que Jesus
demonstrou por nós e devemos fazer o mesmo com nossos irmãos e com
nossa igreja.
169
Não Esqueça
1. Davi era um homem muito grato, porque ele sabia reconhecer o quanto Deus
o havia livrado;
2. Só tem inimigos aqueles que intentam em algo para o Senhor. A comodidade
não conduz ao êxito ministerial e consequentemente faz com que o sal perca
a sua utilidade e com que a luz deixe de brilhar. Ora, o sal que não é sal e a
luz que não brilha, para que servem?;
3. O livramento, como Princípio, é muito mais que a ação de livrar alguém de
algo, e importa num serviço mais amplo, abrangendo corpo, alma e espírito,
num trabalho de levar a pessoa a Deus, que de fato pode nos livrar;
4. Não podemos esquecer que Deus tem um pacto de nos guardar. Então se
estiver em apuros, não hesite. Clame por Ele e saiba tambem que Ele deixou
várias pessoas aqui na terra com esta capacidade de livrar você. Se ainda não
reconheceu que você tem esta capacidade, então procure alguém que tenha
e desfrute do melhor de Deus. Isto é ser livre e não aceitar viver aprisionado.
170
Título: Princípio da aliança
E a fortaleza de Efraim cessará, como
também o reino de Damasco e o resto da
Síria; serão como a glória dos filhos de
Israel, diz o Senhor dos exércitos.
OBJETIVOS:
Mostrar o valor de
uma aliança firmada
com Deus e com sua
igreja.
Isaías 17.3
INTRODUÇÃO
Uma das formas que qualquer
governante tem de fazer um bom
governo é construindo alianças.
Na atual democracia, não seria um ato
sábio tentar governar sozinho, no
entanto, com intensidade maléfica ainda pior é o ato de firmar alianças com
pessoas ou partidos quem têm planos diferentes dos propostos. É aliar-se à
oposição, tornando vil o desejo inicial. Uma vez estando firme no projeto de
governo previamente estabelecido, as alianças servirão de pavimentação para
consecução de tais objetivos.
Ninguém firma uma aliança sem intenções. Com Deus tambem não é
diferente. Ele firmou alianças com Noé, Abraão, Moisés, Davi, findando numa
com Ele mesmo, através de Jesus Cristo, pactuada na presença dos discípulos.
Construir aliança é muito mais que uma forma de governo. É um princípio
divino.
171
Para tratarmos melhor deste tema, nada
como começarmos pensando nas
DESENVOLVIpromessa feitas por Deus. O texto base,
MENTO
nos indica uma parte delas quando
menciona que os inimigos cessarão e
que eles serão como uma glória para
nós. Isto implica entendermos que após as lutas, lembraremos apenas como
memória e fortalecimento de nossa fé. É como um triunfo (Isa 17.30). Isto é
para quem tem aliança. Pessoas desaliançadas vivem às margens, apenas
vendo a vitória dos fiéis.
O termo Aliança (em hebraico: berith; em grego, segundo a tradução da
Septuaginta, diatheke) é utilizado para definir o pacto divino entre Deus e os
homens. Foi muito utilizado no Antigo Testamento e culmina no Novo quando
o Senhor menciona que faria uma aliança nova com o seu povo, conforme
relatado em Hebreus “Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em
seus entendimentos; acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e
de suas iniqüidades.” Hb 10:16-17.
Os moradores de Canaã eram proibidos, por Deus, de constituir alianças com
os povos da terra, a fim de evitar que estes viessem a subvertê-los com o
serviço e adoração aos deuses dos povos confinantes. Esta ordem não foi
observada, pois Salomão efetuou alianças com Hirão, rei de Tiro, e com o
Faraó, rei do Egito. Para o primeiro ele objetivava conseguir madeira e pessoal
para construção do Templo e de navios. Para o segundo, ele deu ao Faraó o
monopólio dos negócios dos cavalos. Foi nesta época que Israel conheceu
grande decadência espiritual e por causa das alianças feitas, Salomão chegou
a construir templos aos deuses pagãos e desviou-se totalmente do que Deus
havia determinado.
172
Na elaboração de uma aliança eram utilizados elementos que servissem de
prova. Quando Abraão fez uma aliança com Deus ele pegou uma novilha, uma
cabra e um cordeiro e os abriu ao meio. Colocou as bandas dos animais de
frente uma para a outra. Era o costume da época que as pessoas que estavam
fazendo a aliança deveriam passar entre as partes dos animais e a quebra da
aliança por uma delas dava a outra o direito de fazer com ela a mesma ação
que tinha sido feita com os animais. Deus firmou esta aliança com Abraão e
por muito tempo este ritual foi usado em Israel. Era comum tambem o uso do
sal, daí a expressão, Aliança de Sal.
Olhando de modo superficial achamos que a aliança era apenas um ritual, o
que nos remete a um grande engano, pois ao observarmos com maior
veemência descobrimos tratar de algo muito maior, aparecendo então um
Princípio que envolve o ritual e os objetivos que a realização destina-se.
Tambem está evidente em toda a Bíblia e mostra as bênçãos que
acompanham aos que mantém a aliança e a maldição dos que quebram.
Olhando como Princípio, então a visão alarga-se ainda mais e sai da mera
história e vem para uma aplicação diária. Vejamos na bíblia, olhando sob este
aspecto e entendendo que as alianças firmadas pelos homens de Deus servem
de orientação para nossa vida, e nos coloca no mesmo patamar de fé e
obediência que estiveram. Se serviu para eles, serve também para nós. Não é
necessário Deus fazer uma “NOVA” aliança com nossa geração:
1 –NOÉ - A aliança de Deus com Noé consistia em preservá-lo frente a um
grande dilúvio que haveria sobre a Terra. Ambos cumpriram suas partes, pois
Noé, em obediência, construiu a arca e Deus o preservou, juntamente com
sua família.
Aqui está uma grande chave de aprendizado.
Vejo muitas pessoas envolvidas em obras que objetivam salvar suas famílias.
Ora são os filhos perdidos nas drogas ou indecisos com relação à formação e
173
ao futuro. Ora é o próprio matrimônio que está se desfazendo. Com Noé
aprendo que construindo “arcas”, de acordo com a vontade de Deus, estou
fazendo um ato de preservar minha família contra a destruição que está à
solta no mundo. Se entendêssemos melhor isto, ao invés de nos envolvermos
em atividades variadas e terapias infundadas, passaríamos grande parte de
nosso tempo fazendo arcas para salvação das pessoas. Isto é uma grande
obra.
Fazemos arcas ao ensinarmos as pessoas o caminho de Deus, o caminho do
arrependimento, do amor e do perdão. São tábuas que são estruturadas
numa arca que tem medida certa de flutuar, pois estão na orientação dada
pelo Senhor: “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e
nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e,
vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará
nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de
língua, mas por obra e em verdade.” 1Jo 3:16-18.
Observe sua própria vida e veja se tem conseguido construir arcas para os
outros, ou será que a ocupação com sua vida já é suficiente para tomar todo o
seu tempo? Fazer arcas, como fez Noé, é um ato nobre de sabedoria que o
Espírito Santo nos convida todos os dias.
Um grande exemplo destas “arcas” foi o Apóstolo Paulo. Daí passei muito
tempo perguntando sobre sua família, uma vez que a história registra quase
nada. Então numa leitura minuciosa encontrei algumas passagens que
evidenciavam o cuidado de Deus sobre os seus:
a) “Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros
na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram
antes de mim em Cristo.” Rm 16:7.
b) “Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de Narciso,
os que estão no Senhor.” Rm 16:11.
174
c) “Saúdam-vos Timóteo, meu cooperador, e Lúcio, Jasom e Sosípatro,
meus parentes.” Rm 16:21.
d) “E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e
entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.” At 23:16.
Fiquei encantando com a quantidade de parentes de Paulo que direta e
indiretamente estavam envolvidos no seu ministério, evidenciando ter valido
a pena o trabalho de edificador de Igrejas, estabelecedor de ministérios e da
execução dos planos que Deus havia traçado para sua vida.
2–ABRAÃO - Com Abraão a aliança firmada foi a da provação da fé. É uma
aliança difícil de ser seguida, uma vez que a fé está no nível da irracionalidade.
Não que ela não seja racional, por tratar-se de uma ciência, mas sua essência
é irracional, uma vez derrubar as cadeias físicas e atuar trazendo o mundo do
espírito ao material.
Abraão foi provado. Foi uma prova muito difícil, mas tudo isto só aconteceu
porque a bênção que Deus tinha para ele era muito grande e certamente
Deus julgou em não entregá-la a alguém que ele não conhecesse o coração.
Considero esta uma das alianças mais difíceis de serem mantidas, mas não é
impossível, uma vez que já foi conquistada por Jesus e por muitos heróis da
galeria da fé mencionados em Hebreus 11.
A bênção que Deus tinha para Abraão era constituí-lo pai de uma grande
nação. Era começar tudo, de novo, com ele. Isto custou-lhe muito, mas ao
final foi aprovado sendo hoje o exemplo de homem que conhecemos. Nesta
aliança, quem a quebrasse seria feito semelhante aos animais que foram
partidos em duas bandas. É como se o reino fosse dividido, como se a família
fosse dividida e nunca prosperasse. Como ele manteve a aliança, ao invés da
divisão conheceu o mistério das 12 tribos e da cidade mais importante do
mundo, Jerusalém, além de nos colocar no mesmo caminho da multidão.
175
3 –MOISÉS - A aliança firmada com Moisés baseava-se na libertação do povo e
no ensino da lei. Moisés tornou-se um ícone da presença do Senhor,
destronando o malvado Faraó e deixando o Egito na lama. Ele foi um
poderoso instrumento de transformação de vidas.
É um excelente exemplo para cada um de nós. Do outro lado, Deus cumpriu a
sua parte, libertando o povo, entregando a lei, levando-os à Canaã, terra que
mana leite e mel.
Atualmente podemos nos comparar como sendo Moisés, e Canaã como a
nossa Sião Celeste. Estamos todos no mesmo caminho, mas um de nós é o
Moisés, aquele que recebe a lei, interpreta e torna a sua aplicação real. É
muito bom querermos ser apenas a “igreja” e com a multidão seguirmos
juntos à Jerusalém, mas não é bem assim. Deus procura pessoas como eu e
você que queiramos pagar o preço do estudo das Sagradas Letras e fazer a
entrega dela ao corpo de Cristo. Deus conta conosco nesta grande obra e o
simples não fazê-lo torna-se um impeditivo do conhecimento das promessas
de Deus.
É certo que as lutas vêm, mas é certo tambem que a vitória já é chegada, pois
nosso redentor, Jesus Cristo, já está apenas aguardando o momento de “abrir
as águas do Jordão” para nós passarmos a pés enxutos.
4 – DAVI - Já com Davi, a aliança era de manutenção do reinado. Ele foi fiel,
cumpriu cada sentença da aliança e quando falhou, soube retroceder,
levantou-se e continuou na caminhada.
Tornou-se um homem segundo o coração de Deus e este deve ser o meu e o
seu desafio.
Não adianta apenas sermos mais um dos filhos de Jessé. Deus tem para nós
um trono que só será conquistado quando aceitarmos vencer os desafios que
a aliança de governo nos propõe. É bom então que entendamos que quem se
176
predispõe a aceitar esta aliança deve trazer consigo a certeza de que passará
por privações, poderá ser perseguido, terá seus direitos tolhidos, poderá viver
em cavernas e terá que acreditar piamente neste chamado. É uma parte difícil
da aliança, mas é certo tambem que a vitória vem e com ela os galardões que
receberemos do nosso Senhor Jesus.
5–JESUS - A aliança de Jesus foi a mais difícil de todas, pois enquanto os
outros pagavam com suas disposições, trabalhos e provas, Jesus pagou com
sua própria vida. É como se todas as outras alianças fossem sintetizadas em
Cristo. É através dele que a humanidade pôde então celebrar seu acesso ao
céu, fato que as outras alianças não permitiram.
Tudo bem. Temos entendido que as Alianças feitas por Deus com os homens,
firmadas em seu Filho Jesus Cristo, tinham algo em comum: Trazer o homem
à provação e depois colocá-lo num patamar mais elevado. Mesmo com o
esclarecimento acima, ainda resta uma questão a ser respondida: Como
Cristãos, onde entramos no Princípio da Aliança?
Primeiro precisamos nos certificar (tirar todo vestígio de dúvida) de que Deus
tem algo conosco. Ele nos escolheu, assim como escolheu a Noé, Abraão,
Moisés e Davi. Não somos uma pessoa qualquer. Temos uma escolha feita por
Deus, confirmada por Jesus Cristo.
Desta forma, sendo escolhidos por Deus, temos então que nos portar como
tais, pois uma vez escolhidos, Ele irá nos provar. É claro que existem as
particularidades, mas em linhas gerais havemos de passar pelas provas as
quais estes homens passaram:
Homem de Deus
Noé
Abraão
Prova
De acreditar no que nunca tinha acontecido antes dele:
Chuva. Esta crença foi seguida de muito trabalho.
De largar tudo e ir para uma terra distante, passar por
dificuldades e conhecer a provisão no momento da
177
Moisés
Davi
guerra. Com Abraão aprendo muito sobre como chegar
diante de Deus. Ele sempre tinha uma oferta para
entregar ao Senhor. Basta lembrar-se dos sacrifícios, da
oferta aos anjos, do dízimo a Melquisedeque. Aquilo
chamava tanto a atenção de Deus que para prová-lo
Deus pede seu filho da promessa e Abraão não exita
em ofertar.
As vezes temos muitas dificuldade de romper quando o
assunto é este.
De saber viver as fases, procurando em cada uma delas
agradar a Deus. É o saber ser educado no Egito, sem se
contaminar. É o ser pastor de um rebanho alheio e
cuidar como sendo seu. É o ser um legislador aplicado
no ensino das Sagradas Escrituras.
As vezes somos muito apressados e esquecemos que
Deus tem um tempo para cada coisa.
A da coragem. Davi não era medroso. Era valente,
conquistador, bravo guerreiro, mas isto só tem valor
quando ele pára tudo isto e adora ao Senhor com
Salmos, quando se empenha por organizar o culto,
quando tem um coração quebrantado diante do
Senhor. É uma grande lição que Davi nos ensina que
não basta apenas querer vencer. É necessário vencer,
de fato.
É o esperar o momento certo de assumir o trono.
Além destas, podemos ser submetidos a outros testes, mas no Princípio da
Aliança descobrimos algo tremendo de Deus, que se relaciona com o seu
caráter:
a) Ele é verdadeiro. Tendo firmado uma aliança conosco, não volta atrás;
b) Ele é amigo. Em Jesus, descobrimos um Deus que nos entende em
nossas fraquezas e nos capacita a viver acima da mediocridade, e
178
necessário sendo, submeter-se ainda mais à vontade de Deus. Ele
mostra-se um grande amigo;
c) Ele não mede esforço para nos encontrar – Durante tempos o homem
viveu escondido de Deus, numa herança herdada de Adão. Em Jesus
aprendemos o caminho da cruz. O caminho da exposição em defesa de
ideais claros, santos e verdadeiros. Não precisamos mais viver em
cavernas. Se caiu, levante. Se está cansado, descanse. Se está com
fome, alimente-se. Ele nos entende e não mede esforço para estar ao
nosso lado;
d) Ele é fiel – A fidelidade de Deus é algo maravilhoso. Embora sejamos
infiéis, ele permanece fiel. Sua fidelidade nos constrange!
O Princípio da Aliança nos convida à
meditação de temas que retratam nosso
estado caótico diante de Deus. Por mais
CONCLUSÃO
que queiramos nos justificar, sempre
encontramos falhas que nos levam a
recorrer à Graça. Caso contrário não teremos nem mesmo a liberdade de
estar em Sua presença.
Nesta auto-reflexão, observamos que a Bondade de Deus é sempre presente.
E quanto a nós? Como estamos? Temos permanecidos verdadeiros, amigos de
Deus e inimigos do mundo? Temos nos esforçado para estar em sua presença,
ou temos sido infiéis? Ao meditarmos nestes itens, logo nos vêm à mente que
a Bíblia é repleta de promessas aos que mantém o Princípio da Aliança
firmada com Deus, e isto só é possível por causa do seu imenso amor. Tão
forte que faço questão de refutá-lo novamente em nosso texto base: “E a
fortaleza de Efraim cessará, como também o reino de Damasco e o resto da
Síria; serão como a glória dos filhos de Israel, diz o Senhor dos exércitos.”
Isaías 17:3. Este texto evidencia que para os aliançados, Deus tem muito mais
que uma promessa. Ele tem algo que se cumpre agora e no futuro, e as lutas
serão apenas lembranças passadas.
179
Não Esqueça
1. Deus é um construtor de Alianças. Ele sabe que não adianta impor. É preciso
conscientizar, chamar aos resultados e dar concessões, desde que não fira
seu valor maior que é a Santidade;
2. Aprenda a fazer alianças. Elas devem ser com pessoas corretas e de formas
corretas. Nunca ache que as alianças não devem ser escritas. O maior
exemplo é a Bíblia a qual Deus deixou duas grandes alianças. A Antiga e a
Nova;
3. Se a pessoa não tem aliança, ela naturalmente não passará em nossos testes,
assim como tambem não passaremos nos de Deus. É uma questão racional;
4. O Princípio da Aliança nos chama a repensarmos algumas questões que são
vitais a nossa sobrevivência como cristãos. Se em você isto não está
acontecendo é porque ainda não reconheceu que Deus tem uma aliança com
você e requer que a sua parte seja feita.
180
Semana de 26 a 01/Jun-13
Título: Princípio da conquista
No amor não há medo antes o perfeito
amor lança fora o medo; porque o medo
envolve castigo; e quem tem medo não
está aperfeiçoado no amor.
OBJETIVOS:
Evideciar a
importância da
Conquista como
elemento diferenciador
do sucesso.
I João 4.18
Há alguns anos em nossa cultura
existiam os casamentos arranjados. As
INTRODUÇÃO
famílias
mais
favorecidas
financeiramente definiam previamente
com quem seus filhos iriam casar-se. A
idéia não era ruim, mas o tempo provou que o caminho do matrimônio vai
além da procriação e passa pelo estágio da convivência. Naquela ocasião,
muitas pessoas apenas mantinham a aparência, mas não eram efetivamente
felizes. Principalmente as mulheres que tinham frustrados seus sonhos de
princesas. O tempo provou que melhor que uma escolha de terceiros está a
conquista que cada pessoa deve fazer ao coração da outra. Não se ganha um
amor, uma confiança, o “corpo da outra pessoa”; se conquista. Deus sabia da
importância da Conquista, por isto nunca impôs nada. Ele sempre preferiu
conquistar, tornando isto um grande Princípio que, quando bem
administrado, torna a pessoa mais segura, feliz e realizada.
181
Como pai tinha uma preocupação muito
grande de deixar heranças (bens e
DESENVOLVIpatrimônios) aos meus filhos, mas com
uma melhor análise descobri que isto
MENTO
não os tornaria ricos, uma vez não terem
participado diretamente da aquisição de
tais bens. Nesta análise, descobri que a melhor “fortuna” que poderia deixar
para eles eram as suas conquistas. Assim empenho-me muito mais em darlhes uma boa educação, algo que eles devem conquistar com suas boas notas,
que em construir patrimônios de herança.
Entendo claramente que se eu conseguir formá-los em bons profissionais e
servos de Deus, eles serão muito prósperos, pois ninguém poderá tirar deles
esta conquista. Eles sentirão o sabor da vitória e lembrar-se-ão do tempo em
que entravam na escola às 07h00 e saiam às 19h00 de segunda a sexta, fora
as atividades de fim de semana, apenas como triunfo. Eles saberão que valeu
a pena o esforço.
Damos mais valor aquilo que vem do esforço do que as meras premiações
derivadas de um favorecimento paterno ou algo recebido de forma imerecida.
Observe os casais que cresceram juntos. Eles tem um relacionamento mais
sólidos que aqueles onde um dos cônjuges herdou uma herança. Muitas vezes
o outro cônjuge acaba jogando tudo fora, não de propósito, mas pela quebra
do Princípio da Conquista. Casais tambem que conquistaram-se um ao outro
vivem mais felizes. Quanto às separações, isto é outra história e fruto de uma
análise mais profunda e portanto, não invalida a Conquista.
Deus poderia ter nos criado como meros participantes de seu reino,
semelhantes a robôs previamente programados, mas Ele não o fez. Ele nos
criou em semelhança Dele. Então para sabermos como Deus é, basta
olharmo-nos fisicamente. Se retirarmos o pecado, seremos exatamente como
182
Deus. Ele nos criou a sua semelhança e então, desde a criação, vem fazendo
de tudo para nos atrair. Deus tem em Seu coração, como princípio divino,
CONQUISTAR. Observe seus atos, em toda a Bíblia e conseguirá ver a
Conquista, como Princípio divino, impedindo que a imposição prepondere.
Vejamos alguns exemplos:
Algo que deve tambem ser regulado em nós é a capacidade que temos de ser
vítimas de nossas próprias fraquezas. Isto é evidente quando alguém trabalha
arduamente num projeto e logra êxito. Ao final ele menciona que foi por seu
esforço, por sua garra, por sua determinação que conquistou aquele tão
sonhado cargo ou bem. Na verdade, é um grande equívoco, pois embora
existindo o Princípio da Conquista, ele não merita as honras apenas ao
vencedor, este há de lembrar que fora ajudado pelo próprio Senhor e com a
inteligência, persistência e principalmente pela obediência à doutrina, todos
dados pelo Senhor, é que conseguiu. Nossas conquistas não são frutos de um
trabalho somente pessoal. Fazer isto mostra uma falha muito grande de
caráter. O salmista sabia desta verdade, por isto nos instrui: “Pois não
conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os salvou, mas a tua
183
destra e o teu braço, e a luz da tua face, porquanto te agradaste deles” Sl
44:3. Ao invés da vanglória, vamos procurar agradar a Deus.
O MILAGRE NÃO ELIMINA A CONQUISTA
Precisamos entender tambem a relação existente entre milagre e conquista.
Agora vejamos alguns exemplo ocorridos no ministério de Jesus aqui na terra:
a) VIÚVA DE NAIM
Ao chegar a Naim (Lucas 7.11-16), Jesus viu um cortejo e uma mãe
desesperada por ter seu único filho morto naquele caixão. Jesus, então,
movido de íntima compaixão, dá uma ordem e o menino ressuscita. Foi
um fato realmente inusitado e neste caso a viúva não conquistou o
milagre, ela apenas o recebeu.
b) CEGO DE JERICÓ
Jesus estava entrando em Jericó quando teve sua atenção atraída pelos
gritos desesperado de Bartimeu, que era cego. Ele então manda chamar o
homem e ordena a cura de sua visão. Neste evento, Bartimeu conquistou
o milagre através de sua persistência em gritar o nome de Jesus;
c) CENTURIÃO DE CAFARNAUM
O Centurião de Cafarnaum estava com seu criado enfermo e Jesus fora
solicitado para curar-lhe. Ocorre que aquele homem não se achou digno
de receber Jesus em sua casa, pelo fato de ser romano, então pediu a
Jesus que desse apenas uma ordem e seu criado seria curado. Aquele fato
chamou tanto a atenção de Jesus que o milagre foi instantâneo.
Observe que temos exemplos de pessoas que conquistam o milagre e as que
foram apenas beneficiadas. Quero com isto chamar sua atenção a um fato
184
muito relevante: O MILAGRE NÃO TORNA A CONQUISTA desnecessária. Ao
contrário, ele valida o esforço.
No exemplo da viúva de Naim ela recebeu o filho ressuscitado, mas não se
menciona nenhum fato grandioso a respeito dela e de seu filho nas Escrituras.
Já no caso de Bartimeu, ele marcou nossa vida ao nos ensinar que devemos
persistir porque é somente em Jesus que temos a oportunidade de ter nossa
vida mudada do estado de escuridão para a clareza do evangelho. Já o
centurião nos ensina algo tão profundo quanto Bartimeu. Ele nos ensina a
confiar no poder de Jesus e a reconhecer a sua autoridade. São exemplos de
vida maiores que o milagre da viúva.
Quero, desta forma, desafiá-lo a não somente esperar o milagre acontecer,
mas a ser um agente de mudança e de transformação como o foram Zaqueu,
a mulher do fluxo de sangue, a mulher do unguento caro e outros exemplos.
Estes estão alinhados ao que o Senhor nos ensina sobre oração: “Pedi, e darse-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que
pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.” Mt
7:7-8.
Tenha sempre uma inspiração. As grandes conquistas são 90% inspiração e
10% de transpiração. O que isto quer dizer? É melhor passar mais tempo
pensando, analisando, criticando, sonhando, desenhando, que fazendo.
Existem pessoas que pensam ser exatamente o contrário e acabam
trabalhando muito e recebendo pouco, ou igual a quem o faz de maneira mais
inteligente. A Inspiração nos convida a observar os bons exemplos dos
conquistadores, como os foram os discípulos que saíram do anonimato e
conquistaram uma multidão para o Senhor. Antes mesmo do trabalho, eles
tiveram uma Inspiração em Jesus, foram cheios do Espírito Santo e assim
partiram para conquistas, dispostos a pagar qualquer preço, até mesmo suas
vidas. Minha grande inspiração é o Senhor Jesus e sei que meu trabalho e
esforço não invalida seu milagre cotidiano em minha vida e ministério.
185
CONQUISTAS BASEADAS NO EMPENHO E NO ESFORÇO
Quero agora sair da esfera “espiritual” e numa atmosfera mais humana trazer
a aplicação do Princípio da Conquista abrangendo áreas importantes de nossa
vida. Vejamos.
Tem gente sonhando com um grande
ministério, mas não imagina que ele
passa pelo crivo da Conquista.
Exatamente aqui ocorre a frustração por
achar que viria de graça. O problema não
está nem mesmo “numa prova mandada
por Deus”, mas é que o próprio inimigo
sabendo que existe esse Princípio,
trabalha arduamente para que a vitória só
seja alcançada por meio da Conquista.
As amizades verdadeiras são construídas à
base do conhecimento e nunca sob o álibe
do favoretismo ou do segundo interesse.
Quando estes prevalecem acabamos
descobrindo que fomos vítimas de um
golpe e o que era para ser uma amizade
duradoura torna-se escassa, sem contatos
e esquecida. Os amigos são conquistados,
eles não são comprados e quando assim
menciono coloco a questão financeira em
outra mesa, noutra instância.
186
Cada dia aprendo que uma família
realmente feliz não é construída sob o
solo financeiro e que os presentes não
devem ser usados para compra de amor,
fidelidade e companheirismo e sim como
premiação de gratidão por receber de
graça estes tão valiosos sentimentos.
A felicidade familiar tambem não é fruto
de meros acasos e sim de um trabalho
árduo e de uma vigilância muito grande na
orientação dos filhos.
Aqui está algo realmente importante, não
que os outros itens não sejam, mas este
item é motivado de muitas desavenças.
Devemos conquistar nossa independência
financeira e isto só é possivel com muito
trabalho, com muito estudo, com muita
persistência e com muita prudência. As
oportunidades de crescimento finaneiro
são mais reais para as pessoas preparadas,
mas algo é certo: É REQUERIDO O
TRABALHO. Dinheiro fácil, custa caro.
INIBIDORES DE CONQUISTAS
De modo muito espontâneo vamos meditar um pouco sobre os inibidores de
conquistas e quando assim menciono, não trato de uma área específica, mas
de todas as áreas onde devemos romper. Então vejamos:
a) AUTOCONFIANÇA - Todas as vezes que quero ser mais “valente” do
187
que eu realmente seja, lembro de um versículo moderador, o qual
compartilho com você: “E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do
SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim
pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” Zc 4:6
O Governador Zorobabel estava diante de um grande desafio que era a
edificação do templo em Jerusalém. Ele não podia demonstrar sua
autoconfiança, pois esta seria suficiente para levá-lo à destruição. A
autoconfiança é muito útil, apenas em algo que já conhecemos. Onde o
terreno ainda não é desvendado, a melhor opção é saber que as coisas são
feitas pelo Espírito de Deus e não pela nossa força. A autoconfiança exige
experiência. Se ainda não tem, é melhor adquirir, deixando a altivez de lado.
b)
MEDO - João tinha conhecimento de causa para nos ensinar sobre este
assunto, por isto ele fala com tanta clareza: “No amor não há medo antes o
perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem
tem medo não está aperfeiçoado no amor” I João 4.18. Para chegar à idade
que chegou e ministrar o amor desta forma, ele teve de vencer o medo que
tanto queria aprisioná-lo. Lembremos do evento em que chegou primeiro no
sepulcro, após a ressurreição de Jesus. Ele ficou de fora, esperando Pedro. Era
medroso e sabia que não conquistaria se mantivesse consigo o medo.
É lógico que medo nos chama a uma melhor prevenção, a uma cálculo mais
certo, a um melhor planejamento. Ao fazermos isto iremos mitigar qualquer
causa de insucesso.
O Princípio da Conquista torna-nos
fortes para ser um abençoador, assim
como foi Abraão que conquistou o título
CONCLUSÃO
de Pai da Fé. Ele serve de impulso para
que estejamos sempre ao lado de Deus,
conquistando para o seu reino, desenvolvendo o papel Apostólico planejado.
188
Não Esqueça
1. Quem segue o Princípio da Conquista sabe reconhecer seus pontos fracos e
trabalhar em suas potencialidades. Ele sabe onde pode perder e sabe
tambem onde terá mais destaque;
2. Não devemos assumir o papel de meros recebedores de milagres, mas de
agentes de transformação. Pessoas que são cumpridoras de promessas;
3. As conquistas devem sempre ser baseadas na Inspiração e na Transpiração,
dando mais ênfase à atividade de criação que meramente a de trabalho. Esta
segunda etapa deve ser sempre a segunda e nunca a primeira, caso contrário
seremos escravos de nós mesmos, como o cachorro que corre atrás do seu
rabo;
4. Somos chamados por Deus para conquistar, assim como foram os homens da
Bíblia que demarcaram territórios, implantaram reinos e difundiram o
evangelho de amor.
189
Título: Princípio da conduta
O SENHOR nosso Deus fez conosco aliança
em Horebe.
OBJETIVOS:
Mostrar que a conduta
cristã fala mais alto
que as palavras.
Deuteronômio 5:2
INTRODUÇÃO
Com o advento das projeções utilizando
projetores e televisores não usamos
mais as transparências que até alguns
anos eram muito comuns.
Eram feitas de um material tipo filme de
poliéster de modo que eram realmente transparentes, fazendo jus ao nome.
Tinham em diversos tamanhos sendo as mais comuns nas medidas padrão A4.
Tudo que escrevíamos nelas podíamos projetar ao colocá-las sobre os vidros
dos retroprojetores. Eram interessantes!
Primeiramente eram as de escritas somente manuais, depois vieram as que
poderiam receber impressões à laser ou jato de tinta. Já era uma tremenda
evolução. Foi um bom tempo, mas não quero tratar especificamente das
folhas e sim da transparência como modo de vida, de gestão e de controle
como sendo um dos mais importantes delineadores da conduta. Alem de
Transparência, conduta tem a ver tambem com a POSTURA. É algo complexo
mas que desejo facilitar para o seu entendimento deste lindo Princípio.
190
O livro de Deuteronômio foi escrito num
momento em que o Senhor precisava
DESENVOLVIrepassar as leis para o povo. Eles haviam
MENTO
esquecido. Estavam perto de entrarem
na terra prometida e o sucesso deles era
diretamente relacionado à capacidade
de percepção da lei e da disposição em seguir seus mandamentos. Por isto
Moisés lembrou-lhes da aliança que tinham feito com o Senhor em Horebe.
Naquela primeira ocasião eles passaram aproximadamente 02 anos ao pé do
monte, sendo ministrados sobre a lei. Mesmo assim, haviam esquecido.
Conosco não é muito diferente. Temos uma facilidade enorme de esquecer o
que o Senhor tem nos ensinado, por isto Deus não apenas ensina, mas
transforma em Princípios que melhor regem nossa vida e o da Conduta é um
deles.
A conduta do servo de Deus é retratada em toda a Bíblia e mesmo Abraão, já
com 99 anos de idade ainda tem um chamado de Deus quanto ao seu
proceder: “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o
SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha
presença e sê perfeito” Gn 17:1. Ora, ele já estava velho, tinha passado pelo
deserto, deixado a casa de seu pai, peregrinado nas terras vizinhas e mesmo
assim ainda era necessário andar na presença do Senhor e ser perfeito. Veja
que não há “alívio” para deslize. Nossa conduta é sempre observada por
outros, embora não estejamos percebendo. Jesus falou-nos tambem sobre
este assunto: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está
nos céus” Mt 5:48.
Alguns chegam a mencionar que Deus está interessado apenas no coração,
mas é um engano muito grande. Não existe coração tratado de executor de
uma má conduta. A resposta para muitas questões relacionadas à conduta
está neste Salmos: “Salmo de Davi. SENHOR, quem habitará no teu
191
tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que anda
sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração. Aquele
que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita
nenhum opróbrio contra o seu próximo; A cujos olhos o réprobo é
desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que jura com
dano seu, e contudo não muda. Aquele que não dá o seu dinheiro com
usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será
abalado.” Sl 15:1-5. Sua leitura nos remete a um texto muito conhecido que
foi proferido por Jesus: “Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos
digo que muitos procurarão entrar, e não poderão. Quando o pai de família
se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo:
Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde
vós sois; Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença,
e tu tens ensinado nas nossas ruas. E ele vos responderá: Digo-vos que não
sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a
iniqüidade. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e
Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora.” Lc
13:24-28.
Observe que, no tempo, estas leituras se encontram e uma ajuda a esclarecer
a outra. Enquanto a do Salmos é uma resposta a uma pergunta de Davi ao
Senhor, a de Jesus é uma resposta a uma pessoa que lhe perguntou se seriam
muitos os que se salvariam. O que mais me chama a atenção nesta passagem
não é, necessariamente, a largura da porta ou a estreitura do caminho, mas o
fato de as pessoas conhecerem a Jesus ao ponto de dizerem que comiam e
bebiam com Ele, e que ouviam seus ensinamentos nas ruas. Isto mostra uma
proximidade inerentes aos que estão na igreja, mas ainda têm suas vidas
baseadas na quebra do Princípio da Conduta. Em ambos está evidente que a
Salvação tem a ver não apenas com a Justificação dada na Graça, mas a uma
conduta que efetivamente evidencie nossa transformação pela Justificação.
Nossas obras retratam se aceitamos, ou não, o tratamento de Deus.
192
A lei dada por Deus através de Moisés objetivava exatamente ensinar ao povo
como deveriam comportar-se frente às muitas adversidades e como deveriam
fazer como autênticos representantes de Deus. Infelizmente não foi
observada como deveria, caindo então na desobediência e os códigos de
conduta acabaram perdendo o valor para os que não queriam seguir.
Quando Jesus chegou, encontrou um grupo de pessoas que pela aparência
eram tidos pela sociedade como pessoas de boas condutas. Jesus os
confrontou mostrando que muito mais importante que o que as pessoas
pensam, estão as nossas ações diante de Deus. Então não adianta ter uma
conduta baseada numa máscara. Um dia ela cai e a farsa perderá o
encantamento. Devemos ser reais diante de Deus e daqueles que nos
rodeiam.
I - O PRINCÍPIO DA CONDUTA, SEGUNDO JESUS
No antigo Testamento a conduta é tratada mais como a separação do povo de
Israel das demais nações. Já no Novo, o Princípio ganha mais notoriedade
porque o Evangelho confronta o homem a fim de tirar dele o pecado que está
chapado em suas ações. Para melhor compreensão vejamos alguns tópicos
dos ensinamentos de Jesus, no sermão da montanha. O assunto é muito
extenso e para melhor sintetização vou dividir em dois grupos. O que trata de
nossa Conduta relacionada ao próximo e o que trata dela relacionada às
questões interiores.
De modo geral, não temos como prosseguir na caminhada Cristã sem
observar e seguir o Princípio da Conduta. Muitos até tentam, mas acabam
levando nomes inadequados aos Cristãos. Compreender este princípio requer
renúncia e decisão em fazer as coisas do modo certo.
1) Relacionada ao próximo
193
a) Resplandeça a nossa luz
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mt 5:16.
Em Jesus nossas obras não podem ser ocultas ou inacessível às demais
pessoas. O que está nestas condições é pecado e deve ser extirpado de nosso
meio. Ele nos orienta a ter a nossa luz resplandecente e que as nossas boas
obras seja motivos de glórias a Deus.
Nossa Conduta deve sempre ascender, não no sentido de estar aceso, mas de
crescer a cada dia trazendo brilho e servindo de exemplo.
b) Equidade
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mt 5:20
Não podemos apenas ser certos, devemos ser justos e se não estamos
conseguindo agir com a devida justiça em nossos negócios, em nossa família,
sociedade e igreja e nas questões, até mesmo mínimas, que nos são
colocadas, então estamos longe da equidade que Deus deseja para nós.
Justiça, bondade e mansidão devem ser âncoras em nossas ações.
194
c) Irmandade
“Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra
seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será
réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do
inferno.” Mt 5:22.
Tem pessoas que têm o dom de causar ódio nos outros e muitas delas chegam
a provocar intrigas, brigas e palavras de desentendimentos. Este, de fato, não
é um proceder cristão. Jesus chegou a dizer que as pessoas que cedem a tais
implicâncias perdem a razão e tem como destino o inferno.
Só conseguiremos ter uma vida feliz, em irmandade, se deixarmos prevalecer
sentimentos como perdão, nos portarmos como solucionadores de problemas
e cobrir cada um de nossos atos com amor.
2) Relacionada a questões interiores
a) Cobiça dos olhos
“Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar,
já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mt 5:28.
Enquanto a lei marcava como pecado o ato, Jesus marca a intenção. Então
devemos ter muito cuidado com a cobiça que é lançada sobre nossos olhos
com a finalidade de nos contaminar.
195
A cobiça nos leva a premeditar algo errado e embora não tenhamos coragem
de fazer, acabamos pensando e aceitando a convivência como harmoniosa.
Ela não nos deixa enxergar que para Jesus já é como se tivéssemos cometido o
erro.
b) Firmeza das palavras
“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é
de procedência maligna.” Mt 5:37.
Precisamos aprender a controlar melhor nossas palavras, pois nos tornamos
vítimas de nossa boca. Foi isto que Jesus nos ensinou quando dizia que não
podemos ser pessoas de duas palavras, de duas promessas e de um discurso
que transcorra de acordo com o público onde pecado é pecado em um lugar e
em outro não.
É comum pessoas usarem as palavras como meros instrumentos de
descompromissos e em benefícios próprios dando a elas a razão da mentira.
c) Caráter de Ovelha
“Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na
face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e
tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a
caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies
daquele que quiser que lhe emprestes...” Mt 5:39-42.
Trazemos em nós um ímpeto do velho homem que tem suas formas de
resolver as coisas, mas Jesus nos confronta dizendo que devemos oferecer a
outra face, dar ao pleiteador mais que o pedido, carregar a bolsa de um
romano mais que ele pensava, e não nos desviarmos de quem pede
emprestado. Quando leio esta palavra chego a dizer: “BASTA, SENHOR, É
MUITO!”, mas o Espírito diz que não tem outra forma de entrar no reino de
Deus. Imagino então um judeu que era constrangido a carregar as bagagens
196
de um soldado romano num ato humilhante, fazendo aquilo mais do que o
romano pedia e vejo que posso fazer igual e que em Deus o depósito não vai
secar. Isto tira de nós o caráter de “bode” e implanta o de ovelha,
principalmente quando é pedido que amemos nossos inimigos e oremos por
quem nos persegue.
Quem tem o caráter de ovelha, segundo Jesus, é sofredor, pacificador e
verdadeiro. Ele sabe quando deve avançar e quando o recuo é a melhor
opção.
II - O PRINCÍPIO DA CONDUTA QUANTO A AUTO-EXALTAÇÃO
Não é necessário que ajamos com conduta apenas para manter as boas
aparências. A bíblia chama isto de exaltação e Jesus nos instruiu dizendo:
“Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele
que a si mesmo se humilhar será exaltado” Lc 14:11. Esta palavra foi
mencionada por Jesus quando observava como as pessoas preferiam os
primeiros lugares. Aí ele mencionou a vergonha que alguém pode passar por
ter de dar lugar a outro de maior relevância.
Com relação à conduta, a leitura é a mesma. Não podemos nos exaltar
sabendo que Deus, que nos conhece profundamente, saberá dosar esta
exaltação e transformá-la numa humilhação.
II - O PRINCÍPIO DA CONDUTA QUANTO AOS NOSSO ATOS
Ultimamente tenho sido vítima de falsários. É incrível! Quando mais precisei
de pessoas verdadeiras, elas se aproximaram de mim com a intenção de
fraudar-me. Até então fiquei apenas bravo e ressentido achando que Deus
não estava vendo tal situação. Mas um belo dia descobri algo fantástico o qual
compartilho com você:
- As pessoas podem facilmente tornar-se instrumento do DIABO que age em
suas vidas fazendo-as quebrar o Princípio da Conduta e levando-as a provocar
197
a ira nos outros. Imaginava que isto só poderia acontecer com quem era do
“mal”, mas não é. Quando não agimos no Princípio da Conduta, nos tornamos
instrumentos do Diabo e cumpridores do seu ministério (roubar, matar e
destruir). Daí a importância com que o Senhor nos instruía a vigiarmos para
não entrarmos em tentação.
Poderia enumerar agora várias pessoas que os vi, nitidamente, como
instrumentos diabólicos na quebra do Princípio da Conduta, mas não quero
atrair sua atenção a mim e sim ao fato, uma vez que eu e você podemos
tambem ser vítimas do inimigo e assim fraudular as pessoas de Deus em
descumprimento ao mandato do Senhor de sermos perfeitos.
Esta verdade foi evidenciada por João, quando mencionou: “E a condenação é
esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a
luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia
a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.
Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras
sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” João 3.19-21.
CONCLUSÃO
Quando penso neste Princípio logo me
vêm à mente uma divisão muito grande
em minha conduta. Uma antes de Cristo,
outra, depois de Cristo. Assim como
aconteceu na história da humanidade,
deve tambem acontecer na nossa.
Nossa conduta, como filhos de Deus deve diferenciar-se de qualquer
semelhança com o mundo e com o velho homem. Não podemos refletir duas
luzes, alimentar dois egos, impulsionar duas correntes e nem tão pouco ter
duas aparências. Lembro tambem da velha “transparência”, que embora em
desuso ainda reflete sua lucidez.
198
Não Esqueça
1. Somos embaixadores de Deus aqui na terra e como tais não podemos ter
condutas de mal feitores, mas de reais representantes destes maravilhoso
reino;
2. Nossa conduta reflete nossos maiores sentimentos. Se formos devassos,
seremos devassos, se formos crentes seremos crentes. De uma mesma fonte
não pode minar dois tipos de água e nem de uma mesma árvore saírem
frutos de espécie diferente;
3. Devemos vigiar muito para não sermos instrumentos do Diabo na quebra
deste maravilhoso Princípio;
4. A vigilância deve ser constante e seguida de atos de bondade, respeito e
amor ao próximo e a si mesmo.
199
Título: Princípio da renovação
Cantai ao Senhor um cântico novo, porque
ele tem feito maravilhas; a sua destra e o
seu braço santo lhe alcançaram a vitória.
Salmos 98.1
OBJETIVOS:
Instruir quanto a
necessidade que temos
de sempre renovar.
Nosso cérebro gosta de rotinas. Ele
sente-se menos incomodado. Por isso
ele tem uma dificuldade enorme de
INTRODUÇÃO
aceitar mudanças. No entanto, a mera
rotina chega a um estágio onde o
próprio cérebro pede coisas novas. Ele é
uma máquina dinâmica que necessita reciclar-se, reenquadrar-se em novos
ambientes e manter-se sempre criativo. Isto é um reflexo da nossa própria
alma que muitas vezes requer que viajemos, conversemos com pessoas
diferentes, assistamos a um filme novo, fortaleçamos nossos laços de amor e
construamos novas amizades. Então, por mais que queiramos ignorar a
mudança faz parte da vida. É uma realidade tão grande que por mais que
existam as rotinas, elas nunca ocorrem da mesma forma.
Em nosso relacionamento com Deus não é diferente. Precisamos de coisas
novas, de uma unção fresca, de uma visão renovada. É por estes e outros
motivos que iremos comentar que Deus nos deixou o Princípio da Renovação.
Assim, nunca seremos “velhos”.
200
DESENVOLVIMENTO
Você tem uma idéia de qual seja a idade de
Deus? E Jesus, realmente morreu aos 33
anos? Faz quanto tempo que a
humanidade vivencia a era do Espírito
Santo? E a terra, qual a sua idade? Entre os
numerais 1 e 2 quantos números existem?
É claro que perguntas como estas não tem resposta exata na matemática
humana, isto porque nós estamos limitados ao tempo, mas para Deus o
tempo não existe, ele trata com Passado, Presente e Futuro, mas navega
nestes mundos de maneiras claras e sem contratempos. O Salmista assim nos
fala, ao tratar deste tema: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de
ontem que passou, e como a vigília da noite” Sl 90:4.
Falando tambem sobre este assunto, o escritor da Carta aos Hebreus
menciona: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” Hb 13:8.
Veja que o verbo não está conjugado como normalmente faríamos ao
mencionar “Cristo foi o mesmo ontem, é o mesmo hoje e será amanhã”. Para
Deus o tempo é algo irrelevante e o Apóstolo Pedro, querendo exprimir esta
realidade nos fala: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o
Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia” 2Pe 3:8.
Deus não está preso ao nosso tempo porque o tempo é algo humano. Nossos
anos seguem a contagem pelo sistema Solar, mas quando observamos a
criação vemos que Deus criou primeiramente a Luz, depois os luminares. Não
é o sol o detentor da luz, mas a luz que é detentora do sol. Deus viu que a luz
era boa e mesmo antes do sol já existia tarde e manhã. Então a “tarde e
manhã” mencionados não são de nosso sistema solar, mas de outro lugar:
1) 1º Dia: “E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a
tarde e a manhã, o dia primeiro” Gn 1:5.
201
2) 2º Dia: “E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o
dia segundo” Gn 1:8.
3) 3º Dia: Deus fez a separação entre a terra e o mar, tambem ordena
que as árvores frutifiquem. Este dia é encerrado tambem com esta
citação: “E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro” Gn 1:13.
4) 4º. Dia: Somente neste dia foi que Deus criou o Sol, a Lua e as Estrelas
e fez a separação entre tempos (dias, anos) conforme conhecemos
hoje: “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver
separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para
tempos determinados e para dias e anos” Gn 1:14.
Desta forma, fica evidente que Deus não se rege pelo nosso tempo. Ele tem
um calendário diferente do nosso e tentar colocá-lo em nosso pequeno frasco
é algo inatingível. No entanto, precisamos estabelecer tambem como bases
algumas verdades que não podem ser ignoradas:
a) Mesmo tendo o tempo em sua mão, sendo o Senhor do tempo e de
todas as coisas, o que Ele mais interessa é viver o nosso tempo;
b) Embora não conhecendo, em seu mundo, nossos dias e noites, Ele os
tem devidamente relacionados e sabe cada um dos nossos momentos.
Ele não é alheio a sua mais linda criação.
Este esclarecimento todo é para nos indicar que como Deus não está
relacionado ao nosso tempo, Ele é sempre JOVEM, e o renovo é uma de suas
principais qualidades, tendo isto muito claro na pessoa de Jesus e do Seu lindo
Espírito o qual tem compartilhado conosco. Desta forma, não precisamos ser
tambem velhos e quando assim menciono estou deixando de lado o fator ano,
o qual estamos submetidos, mas trazendo nossa mente para outra dimensão,
onde o Apóstolo Paulo chama de homem interior: “Por isso não
desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e
202
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui
excelente” 2Co 4:16-17.
O Princípio da Renovação requer alguns conhecimentos e tem ao menos 04
fases as quais vamos detalhar, mas primeiramente pensemos nos
conhecimentos prévios que são:
- Não existe cansaço para quem serve a Deus
Isto não é uma utopia. É a mais linda realidade. Fadigamo-nos, mas nosso
homem interior se renova.
Tenho descoberto que o melhor remédio para a Depressão e para a Tristeza é
ganhar almas. Isto porque quando estamos nesta ocupação nossa mente se
volta mais às coisas de Deus e tambem o Espírito Santo ministra ao nosso
coração o estado pecador que vivíamos.
Vejamos como Isaías trata desta questão, que é uma grande lição para nós:
“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da
terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá
força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os
jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que
esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias;
correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” Is 40:28-31.
- Quem serve ao Senhor tem a Mente de Cristo
Este assunto é muito amplo e não tenho como detalhá-lo neste Princípio, mas
de forma simples, podemos entender que ocorre uma mudança em nossa
vida quando aceitamos o evangelho e passamos a ter uma mente que se
difere da biológica herdada de nossos pais. A isto as Escrituras chamam de
Mente de Cristo: “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que
possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” 1Co 2:16. O contexto
203
menciona com muita clareza que isto é para os espirituais, então os carnais
ficam ainda com a mente velha.
- Quem conhece ao Senhor não vive na monotonia
O termo mais apropriado aos servos do Senhor é Multiforme (sabedoria ou
graça). As expressões utilizadas pelos Apóstolos Paulo e Pedro são de
fundamental importância para entendermos o que Deus faz com aqueles que
o conhecem: “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus
seja conhecida dos principados e potestades nos céus” Ef 3:10. “Cada um
administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graça de Deus” 1Pe 4:10. Em ambos os textos as figuras principais
são os membros das igrejas que são portadores de uma multiforme (muitas
formas) maneiras de Deus manifestar-se. Tudo isto deve acontecer
primeiramente em nossa mente, conforme o Senhor nos orienta: “E vos
renoveis no espírito da vossa mente” Ef 4:23.
FASES DA RENOVAÇÃO
O Princípio da Renovação
não ocorre de forma
instantânea, como alguns
imaginam. Ele existe, mas
sua atuação é gradual.
Considero como sendo por
fase, onde em cada uma
delas os cristãos vão
crescendo
e
sendo
renovados. Primeiramente
ele é IGNORANTE, depois É
CONVENCIDO, depois é
CONVERTIDO, por fim é RENOVADO. Volta ao estado de novo.
204
1ª Fase
A primeira fase é da Ignorância. É quando não
queremos conhecer o Senhor ou mesmo quando
ainda não tivemos oportunidade para tal. Somos
cegos e miseráveis pecadores.
Você já observou a quantidade de cegos que Jesus curou? Foram muitos, mas
a cegueira a qual nos referimos aqui é a de entendimento, a que conduz ao
pecado, mesmo assim as curas efetuadas pelo Senhor eram retratos do que
ele desejava fazer com os homens.
Muitas pessoas não conseguem completar o Princípio da Renovação porque
preferem viver neste estágio de repleta escuridão com relação às coisas de
Deus. É nesta fase que se desenvolve a idolatria. A pessoa torna-se insensível
ao que Deus fala e tudo, relacionado às escrituras, lhe é estranho. No culto,
fica com sono. Na leitura da Bíblia, ela dorme. Na Célula, ela não compreende.
A miséria, aqui mencionada não tem relação com não posse de bens, mas à
escassez de conhecimento e interesse das coisas de Deus. Conheço vários
miseráveis. O Senhor falou deste assunto quando instruía a Igreja de
Laodicéia, que pensava já estar em outra fase da Renovação, mas Ele faloulhes muito claro: “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada
tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego,
e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te
enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha
da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” Ap
3:17-18
2ª Fase
A segunda fase é a do CONVENCIMENTO, quando
reconhecemos nosso estado pecador. Vemos que
205
somos uma velha criatura e que precisamos mudar para ter uma vida melhor
com Deus e com o próximo. Nesta fase o espelho é aberto e a vemos o quanto
somos Pretensiosos. Ao mesmo tempo o Espírito ministra-nos que este
sentimento não deve permear com os filhos de Deus. Aí o Senhor troca esta
pretensão maligna pelo ato do serviço, onde, ao invés de fazer tudo com
pretensões, passamos a fazer por amor ao Deus que nos convence.
Tambem reconhecemos o quanto éramos maliciosos e, convencido pela
Palavra, deixamos o Senhor retirar de nós este maligno sentimento e
recebemos de Deus o dom de abençoar os outros. As palavras que mais soam
neste convencimento são as proferidas por Paulo que dizem: “Mas agora,
despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência,
das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já
vos despistes do velho homem com os seus feitos, E vos vestistes do novo,
que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o
criou” Cl 3:8-10.
Tambem descobrimos que a Desonestidade e a Mentira são aliadas fortes em
nossas ações e agora como novo homem, somos convencidos a trocá-las pela
honestidade e pela verdade.
Vemos o quanto éramos enganadores e falsos. Temos certeza que precisamos
mudar nosso caráter para sinceros e confiáveis.
Esta fase é maravilhosa e já causa um grande impacto naqueles que nos
rodeiam. As bênçãos são tantas que muitos até param nesta auto-análise por
já entenderem ser suficiente a mudança. Fato é que o Princípio ainda não foi
estabelecido por completo e para que isto aconteça é necessário muito mais
que uma meditação e que estas palavras, estes termos agora adotados como
valores, sejam transformados em ações. Devemos entender que apenas as
boas intenções não causam mudança. Ela, de fato, ocorre quando as ações
passam a falar de forma mais nítida. Quando nossas vontades são reeducadas.
206
3ª Fase
Esta fase é marcada por uma palavra de ordem dada
pelo Senhor quando ensinava a Igreja de Colosso. “E
vos vestistes do novo, que se renova para o
conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; Onde não há grego,
nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas
Cristo é tudo em todos. Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e
amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade,
mansidão, longanimidade” Cl 3:10-12.
Ele nos convida a migrarmos da fase do CONVENCIMENTO, quando damos
razão ao que a bíblia diz, ao contrário do que pensávamos antes, para a fase
do CONVERTIMENTO: “Converte-nos a ti, SENHOR, e seremos convertidos;
renova os nossos dias como dantes” Lm 5:21.
Conversão é um processo de metanóia, mudança de rumo. Enquanto o
convencimento nos pára e evita que continuemos no caminho mau, o
convertimento nos chama a tomar outro rumo, a crescer um pouco mais.
Ao invés de Servidor, passamos a ser organizador de eventos que incentivem
as pessoas a servirem umas as outras e juntas servirem a Deus. Aprendemos o
valor do voluntariado e aprendemos tambem o valor que tem a oferta como
elemento transformador de estado. Ao invés de simplesmente abençoar
alguém, passamos a ser sensíveis não com uma pessoa, mas com um grupo,
com uma classe e então descobrimos efetivamente qual é o nosso ministério
que vai além de dar uma “esmola” ou “fazer uma caridade” e sim ensinar as
pessoas o caminho da libertação no Senhor. Jesus tinha esta sensibilidade
aflorada, por isto operou tantos milagres, inclusive para incrédulos.
Descobrimos tambem que o ser simplesmente honesto não nos habilita como
vencedores. Somos então convidados a sermos multiplicadores deste valor e
207
do impacto que provoca nas pessoas. Percebemos então que além de
honestos, precisamos ser tambem competentes.
O ser verdadeiro já é um grande feito, mas é pouco para quem deseja o
Princípio da Renovação. Então somos chamados por Deus à lealdade,
implicando em ações que transformam em práticas de lealdade com aqueles
que nos ensinaram este caminho e com os perdidos. Quando somos leais,
impactamos as pessoas.
Ao invés de sermos somente sinceros e confiáveis, precisamos agir como
orientadores da sinceridade e como reais responsáveis, ou seja, é a prática da
sinceridade e da confiança. Isto acontece quando adquirimos um nível de
convertimento elevado e nossas ações passam a falar mais alto que nossos
intenções.
4ª Fase
Nesta quarta fase nos sentimos mais renovados.
Migramos do estado da CONVERSÃO para o da
Renovação, onde passamos a ser promotores de
ações que mitiguem a má pretensão. Transformamos
a sensibilidade em Misericórdia. Deixamos de ser multiplicadores de verdades
acerca da honestidade e passamos a treinar, formar pessoas com este mesmo
caráter, que transforma a honestidade em resultados.
Logo migramos da Lealdade para o estágio da referencialidade onde os outros
passarão a testemunhar de atos que contradizem ao mentiroso que éramos.
Deixamos de ser orientadores da sinceridade para portadores da
compassividade, onde é entendido a fraqueza do homem e a capacidade de
Deus de restaurá-lo: “Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua
mocidade se renova como a da águia” Sl 103:5.
208
A responsabilidade até então assumida, em detrimento à falsidade, passa a
ser substituída pela capacidade de Facilitador. Aquela pessoa que simplifica
tudo a fim que outros sejam tambem abençoados. Dá muito trabalho, mas os
renovados encontram ânimo e força no Espírito Santo para execução de tais
atividades. É nesta fase que realmente assumimos nossa posição no reino de
Deus. Isto porque ele não trabalha com pessoas velhas, mas somente com
renovados.
As fases são complementares e
cumulativas, ou seja, o renovado adquiriu
conhecimento para atuar em todas as
CONCLUSÃO
outras fases, podendo assim ajudar
pessoas a migrarem com maior rapidez
de uma à outra fase e assim completar o que Jesus nos Ensinou sobre o ser
perfeito. Nesta análise entendemos que não
conseguiremos migrar do estado de
Pretensioso ao de Promotor de ações de
serviço gratuito, sem antes passar pelas
fases do convencimento e da conversão. A
mesma lógica aplica-se aos outros estados.
Estas instruções soam em nossa vida como o
Cântico entoado pelo Salmista que dizia:
“Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas; a sua
destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.” Salmos 98.1. O Senhor é
um Deus de novidade e não adianta nos achegarmos a ele com odres e
sentimentos velhos. Isto não tem valor algum. O que atrai o seu coração é o
nosso espírito jovem e empreendedor no seu reino. Foi isto que sustentou
Paulo ao ponto de ele se tornar um multiplicador deste maravilhoso Princípio
da Renovação, ao mencionar: “Mas agora temos sido libertados da lei, tendo
morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em
novidade de espírito, e não na velhice da letra” Rm 7:6.
209
Não Esqueça
1. O Senhor é um Deus de novidade. Embora tendo formado a terra há tanto
tempo, deu a ela o poder de renovar-se;
2. A renovação deve ocorrer em nosso corpo, alma e espírito e estas ações
fazem menção ao ato criativo do Senhor quando nos formou novos;
3. Independentemente da idade o que envelhece não somos nós e sim as
coisas. Então renovar é uma ordem do Senhor;
4. Existem muitas canções no céu que ainda não foram cantadas na terra.
Existem tambem muitas poesias, histórias, revelações e melodias que
precisam ser trazidas à existência em nosso mundo, então porque as pessoas
insistem tanto em coisas passadas? É necessário entender que Deus tem,
para cada geração algo novo. Isto não implica somente na área tecnológica,
mas principalmente na espiritual.
210
Título: Princípio do efeito
Deixa-te estar com os teus
encantamentos, e com a multidão das
tuas feitiçarias em que te hás fatigado
desde a tua mocidade, a ver se podes tirar
proveito, ou se porventura podes inspirar
terror.
OBJETIVOS:
Ensinar que por causa
dos efeitos indesejávei,
muitas ações devem
ser eliminadas de
nossa rotina
Isaías 47.12
Pela lei da física de ação e reação
conseguimos entender como os corpos
se movimentam e tambem qual a força
INTRODUÇÃO
que deve ser aplicada sobre
determinado corpo para consecução da
velocidade requerida, fato este obtido pela aplicação de fórmulas da física.
Embora não sejamos expert no uso de tais fórmulas, não podemos negar que
esta lei exista e nem que não sejamos beneficiados por tais cálculos.
Semelhante à lei da ação e reação, temos na Bíblia a Lei da Semeadura, onde
os cálculos matemáticos não são aplicáveis, mas sabemos que toda plantação
precede uma colheita. Se plantarmos o que não é bom, a colheita tambem
não será. Se plantarmos o bem, certamente não colheremos o mal. Numa
visão mais abrangente que estas duas leis, aparece o Princípio do Efeito.
211
DESENVOLVIMENTO
O Princípio do Efeito vai além da lei da
semeadura, mas não a despreza e nem a
invalida, ao contrário, torna-a de mais fácil
compreensão, uma vez esclarecer sua
ligação com outros entes existentes na
Bíblia e na nossa vida. Efeito é aquilo que
altera algo.
Inicialmente, havemos de compreender que existem os Efeitos Positivos e
Negativos, sendo os desta segunda classe oriundos de um erro de cálculo ou
mesmo de uma inobservância de outros Princípios.
A leitura do Positivo ou Negativo depende do ponto de vista. Imaginemos que
um assaltante saiba da possibilidade de concluir uma investida apenas como
uma tentativa de assalto, ou ainda de concluir e ter seu plano frustrado ao ser
pego pelas autoridades. Por isto ele deve investir tempo analisando as
oportunidades do Efeito Negativo. Já para nós, o fato de seus planos serem
frustrados é um Efeito Positivo. Esta classificação tem muito a ver com
moralidade, indicando aquilo que é ou não é correto moralmente.
Temos ainda de considerar que existem os efeitos Desejados e os
Indesejados. Eles ocorrem quando alguém planeja algo e, na execução, o
produto final gerado não é como se estava esperando. Aí é um efeito
indesejado. Já o fato de sair como imaginado, torna-o padrão a novos
procedimentos. Com erros e acertos, é assim que os cientistas trabalham.
Outra classificação que tambem não podemos desprezar é o que a aplicação
de determinada ação causa em alguém, podendo gerar um Efeito colateral.
Uma pessoa que administra um remédio contra determinada doença tem de
saber se não é alérgico aquela droga, pois pode ocorrer de combater o mal e
surgir outro. Isto é algo colateral. Ocorre não apenas com remédios, mas nas
relações humanas e tambem nas espirituais. Como exemplo podemos citar
212
um trabalho de “macumba” feito para um caso amoroso. Aquela interferência
maligna causa um efeito colateral na família do(a) pretendido(a), em caso de
ser compromissado(a). Geralmente os efeitos colaterais indicam pouca
análise, poucos critérios e pouco conhecimento de causa.
Olhando sob estas classificações (positivos x
negativos; desejados e indesejados; e colaterais) fica
mais fácil uma análise agora sob o aspecto bíblico.
Nas escrituras encontramos o termo Efeito com
muitas aplicações, no entanto, com o mesmo
objetivo. Estas se alinham dando razão ao Princípio
que permeia em toda a Escritura. Então, palavras
como Sinal, Fato, Argüição, Propósito, Resultado,
Eficácia, Publicação, Prontidão, Certeza, Verdade e
Eficiência, interligam-se formando o Princípio que os
homens de Deus utilizaram, mesmo sem saber que o
nomearíamos como Efeito. Cada Efeito gera algo.
O Espírito do Senhor, que derrama sobre a Igreja de
Cristo uma porção renovada de conhecimento, nos capacita a olharmos os
exemplos destes homens e assim sabermos que nossas ações causam efeitos
no céu e na terra. Quem tem conhecimento e domínio deste Princípio
naturalmente tem mais capacidade de exercer o domínios em qualquer área.
Vejamos o exemplo de Elias, que levantou sua voz e ordenou que não
choveria em Israel até que ele voltasse a ordenar a chuva. Era um efeito
devastador, mas o controle estava com ele. Já Moisés, embora não tendo
tanto domínio do assunto como Elias, foi um poderoso instrumento de Deus
na execução de um efeito tambem devastador no Egito. José dominava muito
bem este Princípio e sabia que seu Dom de Revelação, recebido do Senhor
iria causar-lhe um efeito positivo inimaginável por seus irmãos. Observemos
tambem o efeito que causaram Daniel, na Babilônia; Ester, na Pérsia; Jesus,
213
em Roma; os Apóstolos, no mundo. Suas estadias na terra não foram
despercebidas como muitos de nós deseja viver e é algo maligno.
Definitivamente isto deve ser esquecido, uma vez que conhecemos a Jesus
Cristo, que nos envia a obras de Efeito na vida das pessoas. Deus não procura
uma multidão para usar. Ele procura pessoas como eu e você que decidimos
causar Efeitos nas demais pessoas.
“Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa,
e o comprado por teu dinheiro; e estará a minha
aliança na vossa carne por aliança perpétua.” Gn
17:13.
Deus havia feito uma aliança com Abraão e assim
como usara o Arco-íris como sinal da Aliança que fizera
com Noé, Ele utiliza com Abraão a circuncisão. O patriarca
deveria circuncidar os seus filhos e tambem os que fossem agregados a sua
família. Este sinal servia para diferenciar o povo de Deus dos demais povos da
Terra. Não fazê-lo implicava entender que a pessoa não era do lado de Abraão
e não estaria debaixo da bênção de Multiplicação prometida ao patriarca. O
Princípio do Efeito age aqui mostrando que devemos ser diferentes e termos
compromisso com o Senhor. A Aliança de Abraão passou mas não está
inválida uma vez que o Princípio permaneceu. Precisamos ter o Sinal do nosso
Senhor Jesus, que é traduzido pela Presença do Espírito Santo, símbolo da
Aliança da Graça.
“Descerei agora, e verei se com efeito têm praticado
segundo o seu clamor, que é vindo até mim; e se
não, sabê-lo-ei.” Gn 18:21.
Deus soubera do que estava acontecendo em
Sodoma e Gomorra, onde a Bíblia registra que o
clamor (reclamação) acerca desta cidade havia
214
multiplicado e o seu pecado se agravado muito. Existia uma dúvida no ar e
Deus então aparece numa teofania, conversa com Abraão, revela-lhe o plano
de verificar Sodoma e se, de fato, era realidade o que tanto falavam.
O pecado de Sodoma (homossexualismo) era tamanho que os homens
daquela cidade queriam “possuir” até os anjos do Senhor.
O acontecimento acerca dos fatos nos leva a perceber que Deus está
interessados em nós. Ele não está disposto a julgar sem conhecer
primeiramente os fatos. Então o Princípio do Efeito nos leva a compreensão
de que os fatos valem mais que as intenções, e fatos retratam obras. Sabemos
que Sodoma e toda a região circunvizinha foi destruída naquele grande
julgamento. Será que nossos fatos e o que dizem sobre nós, e no que estamos
empreendendo, tem tambem chamado a atenção de Deus? Contra fatos, não
há argumentos! Contra imagens não há alegação.
“E disse Josué: Ah! Senhor DEUS! Por que, com
efeito, fizeste passar a este povo o Jordão, para
nos entregares nas mãos dos amorreus para nos
fazerem perecer? Antes nos tivéssemos
contentado em ficar além do Jordão!” Js 7:7.
Josué conduz o exército de Israel a uma grande
perda na batalha de Ai. Foram mortos mais de 30 soldados e
o restante dos 3.000 fugiu amedrontado diante do inimigo. Para Josué aquilo
era uma situação muito grave que precisava ser resolvida. Ele então rasga
suas vestes, entra em jejum, juntamente com os anciãos e diante da arca do
Senhor começa a arguir-lhe acerca daquela terrível derrota. Josué usou o
Princípio do Efeito para evidenciar que era necessário haver uma resposta.
Eles deveriam saber o que tinha dado errado, ou onde estava o erro, porque
precisavam conquistar aquela cidade.
215
A arguição deve fazer parte de nosso relacionamento com Deus,
principalmente porque não trabalhamos para ser derrotados, mas para
conquistar territórios, e quando isto não está acontecendo é hora de
sabermos o porquê de tanta derrota.
Cristãos que não usam o Princípio do Efeito para arguir com o Senhor ficam
sem resposta. Fato que não aconteceu com Josué. Deus mostrou-lhe onde
estava a falha e como deveria fazer para corrigir. Josué desejava a vitória. Se
tambem desejamos, então a derrota tem motivos e o Espírito Santo nos fará
orar de modo correto que obtenhamos tal resposta do Senhor. Arguição gera
vitória.
“Ele aniquila as imaginações dos astutos, para que as
suas mãos não possam levar coisa alguma a efeito”
Jó 5:12.
Jó estava num estado miserável e lamentável. De
homem nobre, rico e de boa fama, passou a ser
conhecido como pobre, falido e sua fama agora era de
um chaguento. Alguns de seus amigos, quando souberam do
que lhe havia ocorrido, vieram condoer-se com ele. Um deles, Elifaz, faz então
um discurso onde o texto acima está inserido. Suas palavras são de conforto e
encorajamento de modo que Jó viesse buscar mais a Deus.
Elifaz então menciona que Deus frustra os planos dos astutos para que suas
maquinações não cumpram seus propósitos malignos. É uma grande verdade
que muitas vezes ignoramos e não percebemos que este Princípio do Efeito
nos possibilita receber de Deus livramento dos planos das pessoas más.
Deus frustra os planos deles e por isto devemos ser gratos ao Senhor. Imagine
quantos foram os livramentos que o Senhor já nos deu e muitos não
conseguimos nem saber! Os planos dos maquiavélicos não nos atingem, por
estarmos guardados em Deus. Propósito gera coragem.
216
“E o efeito da justiça será paz, e a operação da
justiça, repouso e segurança para sempre” Is 32:17
Isaías dá uma conotação do Princípio do Efeito
como Resultado. Para ele, a Paz é resultado da
Justiça, e a aplicação da Justiça implica na
obtenção de repouso e segurança eterna.
Olhando o assunto sob este prisma conseguimos entender o
porquê de tantas mazelas no mundo: falta de justiça. E quando assim
menciono não me refiro ao Poder Judiciário e a sua estrutura orgânica, não é
isto. É a ausência da aplicação das leis. Não adianta ter lindos prédios, juízes
maravilhosos, tribunais elegantíssimos, se a justiça não é para todos.
Numa retro-análise podemos pensar sobre quais os resultados que
imprimimos nas outras pessoas, ou mesmo os que conseguimos entregar.
Como cristãos não podemos ser infrutíferos para o Reino de Deus. Somos
avaliados por nossos resultados e assim como a Paz é Resultado da Justiça, o
Amor é Resultado de quê? E o Cuidado, de que é resultado? O Crescimento é
resultado de quê? E a felicidade, a alegria, a família... Veja que praticamente
tudo é resultado de algo. Consegue perceber? Então o importante para
obtenção dos resultados é o que vem antes deles, uma vez que os resultados
propriamente ditos, são automáticos. Resultados geram impressões.
“Porque eis que eu suscitarei e farei subir contra a
Babilônia uma congregação de grandes nações da
terra do norte, e se prepararão contra ela; dali
será tomada; as suas flechas serão como as de
valente herói, nenhuma tornará sem efeito” Jr
50:9.
No momento da escrita desta profecia, Nabucodonosor estava
no processo de levar o povo judeu cativo à Babilônia. Inicialmente os Judeus
217
quiseram resistir e Jeremias aconselhava os reis a se entregarem à Babilônia
uma vez que aquele cerco era direcionado por Deus como correção pelos
pecados da nação. Ficava então uma grande pergunta com relação à Jeremias:
Estava ele do lado dos Babilônicos ou dos Judeus? A resposta do profeta veio
com as palavras registradas a partir do capítulo 46 onde em uma das profecias
ali proferidas ele menciona uma que diz respeito à destruição da Babilônia.
Ele então menciona que nações viriam do norte e suas investidas seriam tão
pesadas contra os babilônicos e todas as suas flechas seriam como as de um
valente herói. Todas elas seriam eficazes na destruição de seus alvos.
Eficácia é a palavra chave deste texto, quando Jeremias diz “nenhuma tornará
sem efeito”. Algo que cumpre com excelência o propósito a que está
destinado é eficaz. Atinge somente de uma vez e resolve. Eficaz tambem deve
ser nossa atuação no reino de Deus. Devemos dar frutos que permaneçam,
uma vez que estes permanecentes é que nos darão credibilidade diante do
Pai. Ineficácia é algo que não é aceito no Princípio do Efeito, pois ele nos
conduz a acertarmos no alvo e com poucos tiros, semelhantes a Davi, quando
derrotou Golias: Apenas uma pedra na testa do gigante. Eficácia gera Alvo.
“Antes que o decreto produza o seu efeito, e o dia
passe como a pragana; antes que venha sobre vós
o furor da ira do SENHOR, antes que venha sobre
vós o dia da ira do SENHOR.” Sf 2:2.
Os decretos só têm efeito após sua publicação. Até
então são textos para consulta. Se conseguíssemos
entender a profundidade que têm as publicações
daríamos mais valor aos escritos bíblicos e livros que tratam do
tema. Uma vez publicado e sancionado vira lei. Tem de ser cumprida.
218
Sofonias então fala ao povo filisteu, no capítulo 2, mencionando que eles
deveriam se arrepender antes que saísse o decreto, e teria de ser logo porque
os dias passavam rápido como a palha. A profecia continua.
Olhemos do lado positivo. Tudo que precisamos para ser felizes, em Jesus, já
foi publicado. Tambem já o foi a condenação dos ímpios. Hoje ainda sofremos
as afrontas, mas chegará o dia em que restarão apenas lembranças dos
sofrimentos aqui suportados por amor ao Evangelho. Isto faz parte do
Princípio do Efeito. Já está publicado! Glória a Deus! Publicação gera
legalidade.
“O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos
por mão de Barnabé e de Saulo” At 11:30.
A prontidão, no Princípio do Efeito, é algo formidável.
Vemos isto acontecendo na Igreja de Antioquia da Síria. Lá
existiam muitos prosélitos e entre eles havia um profeta por
nome Ágabo que tinha vindo de Jerusalém. Ele profetizou acerca de uma
grande escassez de alimentos, e quando isto acontecesse os cristãos da Síria
deveriam socorrer a igreja que estava na Judéia.
Prontamente eles colheram bens e enviaram aos líderes daquela igreja. Isto
foi tão rápido que nos causa espanto. Tem gente que é lenta para ajudar, mas
o Princípio do Efeito nos ensina que devemos ser prontos, ágeis, rápidos e
corteses quando o assunto é o socorro de um irmão. Prontidão gera Serviço.
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem algum; e com efeito o
querer está em mim, mas não consigo realizar o
bem” Rm 7:18.
219
Paulo tinha certeza de coisas boas e ruins. Ele sabia reconhecer suas fraquezas
e tambem que carecia de Deus para ser mais feliz.
Nesta passagem, quando escreve à Igreja de Roma, ele menciona que tem
certeza que o querer fazer o bem estava nele, mas não conseguia realizar de
modo espontâneo. Esta sinceridade apontada pelo Apóstolo é motivo de
glória nos céus, pois quando estamos fracos, aí o Senhor age, trazendo a
nosso coração a certeza de que seremos vencedores. No Princípio do Efeito, a
dúvida não tem espaço. Certeza gera Realidade.
“Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não
furtarás, não darás falso testemunho, não
cobiçarás; e se resume: Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo se há algum outro
mandamento, tudo nesta palavra” Rm 13:9
Outro fato tambem mencionado por Paulo que se
refere ao Princípio do Efeito é o saber que existem verdades
que são inquestionáveis. Ao ensinar sobre o amor ao próximo como
cumprimento da lei, ele menciona que não é para devermos nada a ninguém,
a não ser o amor, uma vez que quando amamos estamos cumprindo a lei. Aí
ele fala “com efeito”, ou seja, na verdade inquestionável porque não
adulteramos, não furtamos, não damos falso testemunho, não cobiçamos
porque amamos e isto é uma grande verdade, pois quem ama não pratica o
mal contra o próximo. Verdade gera Conhecimento.
“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns
pelos outros, para que sareis. A oração feita por um
justo pode muito em seus efeitos” Tg 5:16
Eficiência é a palavra que pode traduzir o EFEITO que a
oração de um justo provoca no enfermo.
220
Quando liberamos palavras de ordem, no nome de Jesus, a cura divina ocorre
numa esfera espiritual de libertação, e somente para os casos em que o
Senhor já ordenou (liberou) a morte, ela não é eficiente. Mas se for opressão,
depressão, enfermidades causadas por vírus, bactérias ou qualquer outro mal,
o Senhor age trazendo a cura. Precisamos ter esta confiança de que a Oração
de um Justo pode operar maravilhas. Ela é eficiente no fim a que se destina.
Eficiência gera Poder.
Com a explicação do Princípio, então a
leitura de Isaías fica mais fácil de ser
entendida: “Deixa-te estar com os teus
CONCLUSÃO
encantamentos, e com a multidão das
tuas feitiçarias em que te hás fatigado
desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura podes
inspirar terror” Isaías 47.12. Ele refere-se há dias futuros quando Deus trará o
julgamento final sobre a Babilônia, não a cidade, mas ao principado que age
na mesma motivação.
O Senhor a alerta sobre o mal que as suas feitiçarias causam na humanidade e
fala que este ato não é algo novo, mas que desde a mocidade deste
principado ele vem enganando as pessoas. O Senhor ainda menciona que
embora ela pense que será salva pelas nações com quem se prostituía, estas a
deixarão cambaleando. Ficará sozinha e conhecerá o lado Negativo do
Princípio do Efeito (de suas maldades).
Glória a Deus que preferimos o lado POSITIVO, sem efeitos colaterais
indesejáveis. Isto é o que o Senhor nos alerta e aqui o Princípio justifica a lei
da semeadura. Deixemos então as más obras, pelas boas plantações, segundo
a ação e reação e lembremos que para todo Efeito existe uma causa.
221
Não Esqueça
1. Para toda ação existe uma reação. Para toda semeadura existe uma colheita.
Para toda causa existe um EFEITO;
2. Muito mais que nos preocuparmos com a vida dos outros, devemos nos
preocupar com a qualidade do Efeito positivo que estamos causando nelas;
3. O Princípio do Efeito é resultado de uma influência boa;
4. Observe em sua vida e perceba que existem muitas conquistas a serem ainda
realizadas. Isto ocorrerá na rapidez que você entender o Princípio do Efeito.
Então se quiser ser alguém na vida, é preciso ESTUDAR, TRABALHAR, FAZER
COISAS E ESCOLHAS CERTAS... Você sabe e se ainda não fez, então estude
ainda mais o princípio do efeito, enumere quais são suas conquistas
desejadas e o que precisa fazer para alcançar a cada uma delas. Eu sei que
desejo conquistar o coração de Deus e servindo a você, certamente vai surtir
EFEITO.
222
Título: Princípio da preservação
Dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua
mãe e vai para a terra de Israel; porque já
morreram os que procuravam a morte do
menino.
OBJETIVOS:
Convencer que somos
frutos de um trabalho
contínuo de Deus, de
nos preservar em seu
amor
Mateus 2.20
Com os adventos das descobertas
científicas acerca dos gases de efeito
estufa e seus impactos no meio
INTRODUÇÃO
ambiente, o tema PRESERVAÇÃO
ganhou muita notoriedade. Governos,
sociedade civil e comercial passaram então a empreenderem esforços e
traçarem metas de redução, principalmente do CO2. Mais que nunca os
olhares se voltaram aos pólos do planeta que contam com uma degelação em
ritmo acelerado, colocando em risco, até mesmo, a sobrevivência da
humanidade. Temas como energias renováveis, empresas sustentáveis e o
envolvimento da sociedade, tambem caminham juntas com o objetivo de
realizarem ações que visem a preservação do planeta terra, sua fauna e flora.
Embora este tema seja recente nos noticiários, na Bíblia ele já é muito antigo
e demonstra um cuidado de Deus em nos Preservar. Então fazer isto é muito
mais que ação. É um Princípio que o Senhor deseja que aprendamos.
223
Alguns textos da bíblia tornam-se
intrigantes
se
realmente
não
o
DESENVOLVIcompreendermos. Um deles é o descrito
MENTO
quando Jesus, ainda bebê, teve de fugir
para o Egito com o objetivo de preservar
sua vida. Ora, porque Deus não mandou
um anjo e destruiu Herodes que buscava matar ao Senhor? Por causa de um
Princípio. Porque Deus queria nos ensinar algo sobre Preservação.
O contrário de preservação não é destruição e sim extinção. Pode até ser que
para extinção, haja tambem a destruição, mas esta não é o fim. Então quando
agimos com ações de preservação, estamos evitando que a extinção aconteça.
Isto ocorre não apenas com seres vivos, mas com outros seres, como
empresas e todo tipo de sociedade organizada, incluindo famílias. Tambem
abrange os valores e as leis.
A preservação pode ser aplicada tanto para coisas boas, como ruins. Enquanto
Deus tem ações de preservação do bem, Satanás age na preservação do Mal.
Nesta guerra, o Senhor já decretou a vitória, mas Satanás não se dá por
vencido. Lembro da ocasião em que Moisés e Arão foram enviados por Deus
para libertar os judeus das mãos de Faraó. Enquanto eles pensavam ter uma
arma poderosa que era o cajado, Deus precisava mostrar-lhes que aquele
cajado não era uma arma e sim uma isca.
Na segunda audiência com o Faraó, Moisés e Arão jogaram a vara no chão e
ela transformou-se em serpente. Aquilo era um feito maravilhoso, mas Faraó
chamou seus sábios e encantadores que com suas ciências ocultas fizeram o
mesmo com seus bordões. Cada um jogou sua vara ao chão e estas tambem
transformaram-se em serpentes. Imagino que o salão da reunião ficou
infestado de cobras e só não ficou pior porque a cobra transformada da vara
de Arão devorou as outras serpentes. Noutra ocasião Moisés ordenou que as
224
águas do Egito se transformassem em sangue. Os magos fizeram o mesmo
com suas magias ocultas.
Na segunda praga Moisés ordenou que surgissem rãs de modo que a nação
ficasse infestada. Isto aconteceu. Faraó chamou então seus magos que
fizeram o mesmo. O Senhor pede que Moisés ordene que surjam piolhos,
muitos piolhos na terra do Egito sobre pessoas e animais. Mais uma vez Faraó
pediu aos seus magos e eles fizeram o mesmo.
Eles pareciam imbatíveis, mas não eram. Apenas haviam mordido a Isca. Até
então os sinais eram indistintos à terra, pessoas e animais. Então o Senhor os
surpreende com um grande exame de moscas sobre o Egito, mas livra da
peste os filhos de Israel, seu gado e sua terra. Quando os enxames sentiam o
cheiro dos Judeus, desviavam-se para longe! Os magos não puderam fazer o
mesmo.
Moisés e Arão, direcionados pelo Senhor, faziam ações de libertação do povo
Israelense do Egito. Já os magos faziam ações de preservá-los escravos. Era
uma luta do bem contra o mal.
O Princípio da Preservação está presente em toda a Bíblia e mostra uma
familiaridade de Deus com nossas situações cotidianas, indicando que Ele não
resolve tudo como DEUS, mas que existem ações feitas por Deus que são
inerentes ao ser
humano. O Princípio
da Preservação tem
uma característica
muito humana. Neste
aspecto
vejamos
como este Princípio
foi atuante na vida
de muitos homens e
mulheres de Deus e
em
todos
eles
perceberemos que
muitas vezes Deus
não
elimina
a
ameaça de extinção, mas os preserva dela. Ameaça continuará existindo e
para os que não tem Deus são uma armadilha. Agora podemos compreender
225
o porquê de tantas pessoas que consideramos boas, mas que não
prevaleceram sobre uma luta, uma enfermidade ou outro mal. É porque não
foram alcançados pelo Princípio da Preservação, que só é encontrado em
Deus. Vejamos alguns exemplos Bíblicos que evidenciam este Princípio.
Mulher Sunamita
Eliseu previu uma grande seca em Israel, atingindo muitas localidades e existia
na terra de Issacar, especificamente na cidade de Suném, no vale de Jezreel,
próximo ao monte Gilboa, uma mulher que tinha o coração muito bondoso, e
esta havia feito em sua casa uma acomodação que era utilizada pelo profeta,
todas as vezes que assistia naquela localidade. Por causa deste cuidado o
homem de Deus manda-lhe dizer para sair de sua terra e procurar outro lugar
por algum tempo,
porque haveria uma
“E o rei perguntou à mulher, e ela
grande fome em
Israel.
lho contou. Então o rei lhe deu um
oficial, dizendo: Faze-lhe restituir
tudo quanto era seu, e todas as
A fome durou sete
anos e foi de um
rendas das terras desde o dia em
efeito devastador, no
entanto,
Deus
que deixou a terra até agora” 2Rs
preservou
aquela
mulher
desta
8:6
dificuldade. Ao final
do período da fome
ela retorna e o rei, sabedor dos milagres ocorridos em sua vida,
principalmente da ressurreição de seu filho, manda restituir-lhe todas as suas
propriedades, que tudo indica tinham sido ocupadas por outras pessoas.
Deus não apenas preservou sua vida, como tambem a sua riqueza.
Rute e Noemi
Na época dos Juízes, em Israel, ocorreu uma fome muito grande. Elimeleque,
natural de Belém, resolve peregrinar pelas terras de Moabe com finalidade de
sobrevivência. As coisas não foram muito boas e acabaram morrendo ele e
seus dois filhos, restando então três viúvas, Noemi (mãe), Rute e Orfa
(esposas dos filhos). Tudo indicava que agora elas tambem seriam mortas,
226
mas aí entrou a Preservação de Deus, quando Noemi resolve sair do lugar
errado e voltar a Belém. O que, aparentemente, significava um recomeço
difícil foi facilitado por Deus quando permitiu que um dos homens mais ricos
daquela
terra
tomasse a Rute como
“Ele te será por restaurador da
alma, e nutrirá a tua velhice, pois
esposa.
Deus
preservou
então
a
tua nora, que te ama, o deu à luz, e
descendência de
Elimeleque
e
Rute
ela te é melhor do que sete filhos.”
tornou-se avó de
Davi.
Rt 4:15
Rute e Noemi conheceram o Princípio da Preservação quando tudo parecia
ser destruído.
Abraão
Abraão tinha uma promessa de ser pai de uma multidão, mas enfrentou lutas
e por muitas vezes foi necessário recorrer ao Princípio da Preservação para
manter viva a “E fez bem a Abrão por amor dela; e herança recebida do
ele teve ovelhas, vacas, jumentos,
Senhor.
servos e servas, jumentas e
camelos.” Gn 12:16
Houve uma grande
fome nas terras de
Canaã,
então
Abraão teve de recorrer
ao Egito para sobrevivência. Lá ele ainda teve de sobreviver ainda contra a
fúria de Faraó, mas Deus estava sempre perto, dando a Abraão a certeza de
que quem tem uma promessa vive no Princípio da Preservação. Foi ali, no
meio daquela tremenda dificuldade que Abraão não apenas foi preservado,
mas tambem enriqueceu.
Noutra ocasião tambem Abraão peregrinou em Gerar e o rei Abimeleque quis
tomar Sara como esposa. Mais uma vez Deus interviu colocando temor no rei
e esterilidade nas mulheres daquele reino, de modo que este não apenas não
tocou em Sara, mas tambem retribuiu seu mal com ovelhas, gados, servos e
prata. Aprendo com Abraão que o Princípio da Preservação não apenas
preserva, mas tambem nos ensina e enriquecer na adversidade.
227
Isaque
Semelhante ao ocorrido nos dias de Abraão, houve tambem nos dias de
Isaque houve uma grande seca na terra de Israel, e ele teve de recorrer às
terras dos Filisteus, tendo de enfrentar outra vez Elimeleque (título do rei).
A princípio pensava em ir ao Egito, mas o Senhor, que conhece muito bem a
Preservação,
instruiu-lhe
a
“E semeou Isaque naquela mesma
terra, e colheu naquele mesmo ano
permanecer
em
Gerar. Naquela terra ele
cem medidas, porque o SENHOR o
semeou
e
foi
muito
abençoado,
abençoava. E engrandeceu-se o
tornando-se
um
dos
homens
mais
homem, e ia enriquecendo-se, até
que se tornou mui poderoso. E
prósperos da terra
dos filisteus. Tambem
tinha possessão de ovelhas, e
aproveitou
para
reabrir os povos que seu
possessão de vacas, e muita gente
pai havia cavado e
os filisteus tapado e
de serviço, de maneira que os
filisteus o invejavam” Gn 26:12-14
ainda cavou novos.
Deus era com ele de
modo que Abimeleque ficou temeroso, por perceber que ele se tornava
poderoso.
É assim que Deus faz conosco, quando estamos debaixo do Princípio da
Preservação.
José (filho de Israel)
Haveria outra grande fome na terra de Canaã, nos dias de Israel. Eles seriam
facilmente exterminados porque eram sete anos de sequidão. Esta seca
atingiu não apenas Canaã, mas toda a região, chegando ao Egito.
Para preservá-los
“Pelo que Deus me enviou adiante
de vós, para conservar vossa
ao Egito, coloca-o
sucessão na terra, e para guardarFaraó, dá-lhe a
vos em vida por um grande
sonhos do rei e
livramento” Gn 45.7
grande colheita que foi seguida por mais seis anos.
228
Deus envia então José
no trono, próximo à
interpretação
dos
consegue fazer uma
Os Egípcios armazenaram alimentos, sob o comando de José, ao ponto de
terem não apenas para manutenção de seu povo, mas tambem para negociar
com as outras nações.
Em meio à seca e sabedor que havia alimento no Egito, Israel envia seus filhos
a abastecerem os celeiros. Lá eles encontram José. É uma linda história! Não
vou detalhar aqui.
Quando pensavam que estavam destruídos, Deus lembra a Jacó que ele
estava debaixo de um Princípio e não seria extinto. Isto é confirmado nas
palavras de José.
Ló
Deus iria trazer destruição sobre Sodoma e Gomorra, por causa da maldade
que praticavam. Em conversa com Abraão, este se lembra de seu sobrinho Ló
que habitava em Sodoma, então conversa com o Senhor e no final do diálogo
Deus convence Abraão que não tem outra forma de correção a não ser a
destruição
das
cidades.
“Ele, porém, demorava-se, e
Antes
da
liberaram Ló e
retirarem-se
da
de suas vidas.
seus genros, estes
aqueles homens lhe pegaram pela
mão, e pela mão de sua mulher e de
suas duas filhas, sendo-lhe o
SENHOR misericordioso, e tiraramno, e puseram-no fora da cidade.”
Gn 19.16
destruição os anjos
seus
parentes
a
cidade para preservação
Quando Ló foi falar com
o ignoraram.
Ló recebeu de perto o Princípio da Preservação. Caso este princípio não
existisse teríamos outra narrativa da história.
Jonas
Sua história é muito interessante. De um homem fugitivo da vontade do
Senhor acabou sendo lançado ao mar e tragado por um grande peixe. No
229
ventre deste grande ser todos os seus conceitos acerca da obediência foram
corrigidos e então resolve obedecer ao Senhor.
O que agiu na vida de Jonas não foi apenas o fato de ele se arrepender, mas
acima de tudo o Princípio da Preservação. Nunca ouvi falar de alguém que foi
tragado por um
peixe
e
que
“Quando desfalecia em mim a
sobrevivesse.
Jonas foi preservado
minha alma, lembrei-me do
SENHOR; e entrou a ti a minha
porque Deus tinha
um plano para a bárbara
oração, no teu santo templo. Os
cidade de Nínive.
que observam as falsas vaidades
deixam a sua misericórdia” Jn 2:7-8
Naquela
época
uma metrópole com mais de 120 mil habitantes.
(~780 a.C) Nínive já era
Deus queria preservar não apenas Jonas, mas ensinar-lhe sobre a misericórdia
e o amor que antecedem a preservação. Deus não iria destruir uma cidade
apenas porque alguém se negou a pregar-lhes o arrependimento. Isto
acontece hoje. Precisamos dar as pessoas elementos que possibilitem sua
salvação ou julgamento.
Com Jonas aprendemos que na Preservação é momento de conversão, assim
como aconteceu com ele quando estava no ventre do peixe.
Paulo
O homem que ficou conhecido como Apóstolo dos Gentios quase não
conseguia cumpri sua missão de ir a Roma. Ficou náufrago por 14 dias no Mar
Adriático. Os 276 tripulantes e passageiros pensavam realmente que iriam
morrer, e de fato iriam se Deus não tivesse agido com o Princípio da
Preservação.
No meio da maior luta Paulo então os consola dizendo que ninguém haveria
de ser perder, mas somente o navio sofreria danos. Era uma confiança
tremenda que tinha em Deus. Eles foram preservados.
230
Muitos outros
Havemos de lembrar tambem de Ester e Mardoqueu que foram instrumentos
de Deus para preservação do povo de Deus na Pérsia, levando à forca o
malvado Hamã e decretando que povo se defendesse de seus inimigos. Outro
nome que tambem não pode ser esquecido é o de Daniel que sobreviveu aos
ataques, sendo livre por Deus da morte, quando foi decretado pelo rei que
todos os sábios deveriam morrer e quando foi lançado na cova dos leões. Por
muitas ocasiões Deus preservou o seu povo, dando o livramento que eles
precisavam, e acima de tudo, dando a eles a oportunidade de fazerem as
coisas certas. Fato que nem sempre foi realizado. Tambem aprendo que Deus
não elimina a ameaça, Ele nos livra delas. Muitas vezes nos faz passar no meio
dela como se não fosse uma ameaça, e no entanto, ela continua existindo.
Após esta análise bíblica podemos
concluir que realmente o Princípio da
Preservação não é fruto da modernidade,
CONCLUSÃO
mas algo que já estava há tempos nos
anais celestiais, sendo manifesto em toda
a história, e ainda será mais notória quando o Senhor nos Preservar da
Grande Tribulação.
Nos exemplos que
citamos existe algo
em comum em todas
estas pessoas. Elas
não eram especiais ou
sobrenaturais. Não é isto. Elas tinham uma promessa. O Princípio da
Preservação é muito aplicado a quem tem promessa. Devemos buscar em
Deus não apenas as gerais, mas as específicas, pois Deus não corta árvores
frutíferas. Elas envelhecem, ainda frutificando! Podemos melhor entender
porque Jesus foi levado ao Egito. Deus o preservou - Hoje somos seus frutos.
231
Não Esqueça
1. Se não tivéssemos sidos preservados por Deus, já teríamos sido extintos;
2. Você é um ser raro e único. Não aceite ser extinto, mas use do Princípio da
Preservação, e multiplique de modo que você nunca morra. Você acha que
Abraão está morto? E Davi, morreu? E Jesus foi vencido na Cruz? Os
preservados não morrem;
3. Deus age antecipadamente, nos nutrindo com sua palavra, de modo que não
sejamos infrutíferos, mas multiplicadores de seu amor. Um animal é extinto
pelas condições de intempéries, ou pela sua dificuldade de procriação. O
tempo é controlado por Deus e a procriação é de nossa responsabilidade.
Quem tem filhos é sempre dominante;
4. Satanás é agente de extinção de coisas boas, ao passo que, como
embaixadores do Céu, somos responsáveis pela preservação do bem, então,
mais que nunca precisamos trazer nossa família, amigos e demais pessoas ao
Reino de Deus, de modo que aqui, sob o comando do Senhor, nenhum mal
lhes suceda, como ocorre conosco.
Que o Senhor nos PRESERVE!
232
Semana de 30 a 06/Jul-13
Título: Princípio do resultado
Quem quer que se rebelar contra as tuas
ordens, e não ouvir as tuas palavras em
tudo quanto lhe mandares, será morto.
Tão-somente esforça-te, e tem bom
ânimo.
OBJETIVOS:
Mostrar que as boas
intenções não
satisfazem quando o
que o superior quer é
resultado
Josué 1.18
Não adianta. Quando o assunto é
resultado, os números falam mais alto
INTRODUÇÃO
que qualquer intenção ou boa
pretensão. Os números indicam se o
resultado foi positivo ou negativo.
Indicam, estatisticamente, qual a tendência, qual o ritmo e ainda falam das
perspectivas. Tambem dizem se o aluno foi ou não aprovado. Mencionam se
um produto é ou não caro. Mostram se devemos muito ou pouco. Falam se
conseguiremos comprar algo com um valor previamente separado. Informam
tambem o horário e a idade das pessoas. Enfim, não conseguimos viver sem
contar com os números. Eles são importantes tambem na bíblia, não somente
por sua simbologia, mas porque indicam o Princípio do Resultado.
Jesus foi quem mais falou-nos sobre este assunto, mencionando em suas
parábolas os muitos exemplos de como os senhores, representando a pessoa
de Deus, analisavam os resultados de sua colheita, dos seus servos.
233
No Gênesis, sempre após uma criação a
Bíblia menciona: -e viu Deus que era bomDESENVOLVIIsto só era possível porque Deus avaliava
os resultado de sua criação. Se algo desse
MENTO
errado, creio que Ele faria novamente. A
verificação requerida pelo resultado
consegue antecipar algo que viesse dar errado. Às vezes sofremos muito
quando não somos criteriosos na verificação. Eu mesmo posso dizer que sou
vítima desta falha e os que não foram ou não são, realmente merecem muitos
elogios.
Deus nos chamou para uma vida de resultado e este Princípio aplica-se não
somente em nossa vida cristã, mas em todas as áreas. Algumas pessoas até
pensam que devem correr atrás dos resultados apenas nas empresas ou na
formação, esquecendo-se que isto tambem é necessário na Igreja. Desprezálo nesta aplicação é, realmente, querer ser ignorante em algo tão essencial.
Há, entretanto, uma diferença muito
grande ao analisarmos algo como
resultado de um processo, e
analisarmos Resultado como um
Princípio.
Enquanto consequência, poderíamos
encerrar aqui e migrar a discussão para
um âmbito mais humano e comercial. Já como Princípio, somos convidados a
levar a discussão a uma amplitude maior de conhecimento, analisando que é
algo que existe universalmente, sendo motivo de frustração e de condução a
uma auto-análise. Enquanto o primeiro ocorre naturalmente, o segundo vem
através de uma conquista. Passamos a não ser meros expectadores, mas
operadores das máquinas que nos darão os resultados que necessitamos.
234
Assumimos o papel de construtores e conquistadores de resultados. Você
consegue então ver que a diferença é maior que a calculada inicialmente?
Como consequência podemos citar os resultados
mais voltados aos valores monetários. As pessoas
são meras expectadoras, uma vez que sua área de
atuação é um pouco restrita. Tambem os
resultados são mais humanos. Já como Princípio,
necessitamos conhecer de estratégias, nos
transformarmos em operadores, passarmos a
medir e nos tornarmos conhecedores do assunto
onde desejamos alcançar resultados. Tambem é muito voltado à esfera
espiritual. É como uma estratégia de guerra e de conquista de território.
Na área da Construção de Resultados, como Princípio, temos muito a
aprender e quando tivermos total domínio, teremos absorvido verdades como
trabalho, esforço, ânimo e persistência. Passamos a criticar e a verificar o que
estamos analisando, usando a criatividade como principal arma, incluindo a
oração e o estudo das Sagradas Letras que são excelentes ferramentas dos
estrategistas, construtores de resultados.
Sob este aspecto, a mensagem dada por Jesus acerca dos lavradores maus
(Mat 21.33-40) que receberam uma vinha arrendada, e quando foram acertar
a produção, mataram os servos do dono da vinha e tambem o filho, torna-se
mais fácil de compreensão. Eles assim fizeram porque tinham os resultados
apenas como conseqüências e não como Princípio. Eles não entendiam que o
dono da vinha iria requerer o resultado do arrendamento a qualquer custo, e
que tentar ganhar tempo apenas os complicaria.
Já na Parábola dos Talentos (Mat 25.14-31) encontramos os servos mais
capacitados que entendiam o Resultado como Princípio, e o menos capacitado
que entendia como consequencia. Enquanto os dois primeiros, que haviam
235
recebido dez e cinco talentos, multiplicaram, o que recebeu um ficou
temeroso. Teve então sua condenação proferida pelo Senhor: “Tirai-lhe pois o
talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será
dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á
tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e
ranger de dentes. E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os
santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória” Mt 25:2831.
Encontramos nas escrituras tanto os que compreendem Resultado como
Princípio, como aqueles que acham ser fruto da aleatoriedade. Já que Deus
está nos dando então esta capacidade de compreensão, vamos meditar como
podemos melhor nos portar neste Princípio.
I – SOMOS SERVOS CONSTRUTORES DE RESULTADOS
Onde estamos? Onde queremos chegar? O que devemos fazer? Que esforço
devemos empreender? Existe necessidade de recurso humano? Existe
carência de Recurso Financeiro? Qual o Planejamento? – O Princípio do
Resultado nos leva a estes e outros questionamentos e nos fazem
empreender em ações que realmente apresentem resultados.
A análise dos textos bíblicos nos levam a pensar em algumas frases que não
são cabidas de serem faladas diante de Deus, e que são justificativas do que
não consegue entregar os resultados, os quais ele era responsável pela
construção:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
236
g)
h)
i)
j)
k) ....
Imaginemos um homem como Moisés justificando o fato de não ter
conseguido tirar os Israelitas do Egito. Suas justificativas fariam com que o
povo fosse libertado?
Tudo bem. Imaginemos então nos nossos dias, quando tentamos justificar
para Deus o fato de não sermos construtores de resultados. Isto muda o
cenário que construímos (ou destruímos)?
Em ambas as perguntas a resposta é NÃO. No entanto, o fato mais
preocupante é que pessoas que conhecem a quem servem, são verdadeiros
servos inúteis. Eles não constróem resultados e quando veêm alguém
envolvido, tornam-se meros expectadores, nunca estendem a mão ou o bolso
para ajudar. A estes a Bíblia chama de inúteis.
Para sermos construtores de resultados, primeiramente precisamos
realmente saber onde estamos e onde queremos chegar. Uma vez definido
claramente, temos então de TER INICIATIVA, TOMAR A FRENTE, DEFINIR
CRITÉRIOS, ESTABELECER PADRÕES, DESEJAR RESULTADOS, MENSURAR OS
ALCANÇADOS e TER A CONSCIÊNCIA DE QUE A CHAVE ESTÁ EM NOSSAS
MÃOS E NÃO NAS DOS OUTROS.
Quem não tem iniciativa assume duas características muito ruins: A de
acusador e de defensor. Sempre estará culpando alguém ou se defendendo
de seu desleixo. O Céu é para muitos, mas a bonificação é criteriosa e pessoas
que não atendem aos requisitos colocados pelo Senhor ficarão a ver os outros
se darem bem, enquanto amargam o gostinho da perda.
237
Que resultados estamos construindo para o reino de Deus? Será que isto faz
parte de nossas prioridades ou estamos mais ocupados com outras coisas que
são efêmeras?
Temas como este eram presentes, até o momento que resolvi compreender o
que o Senhor queria-me dizer quando menciona: “Buscai antes o reino de
Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” Lc 12:31, e tambem
quando usa o Salmista para transmitir esta palavra: “Entrega o teu caminho
ao SENHOR; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como
a luz, e o teu juízo como o meio-dia” Sl 37:5-6.
Moisés construiu o resultado de entregar o povo livre do Egito. Esdras
entregou o resultado do Cânon Bíblico. Davi entregou o resultado de seu
reino. Jesus nos resgatou do mal, como grande resultado de sua obra.
Estes homens, a exemplo, eram construtores de resultados e nos ensinam que
tambem podemos ser.
II – TEMPO E RESULTADOS
Inicialmente vamos considerar que o resultado é reflexo de ações feitas
anteriormente, então, mais que nunca devemos ter cuidado com nossas ações
e verificar se elas estão produzindo o resultado que necessitamos ou
planejamos. Muitos desses resultados são refletidos em períodos bem
distantes das ações, mas sempre existirão.
Um bom exemplo é o cuidado que Davi teve com Mefibosete, filho de
Jônatas, em cumprimento ao juramento feito ao amigo muitos anos antes.
Mefibosete que vivia num lugar de esquecimento foi trazido para morar no
palácio com Davi. Isto foi resultado do cuidado que Jônatas demonstrou com
seu amigo quando era perseguido por Saul, que era seu pai.
Tambem, após a morte de Davi, Salomão assumiu o trono e levou a juízo
quatro pessoas, entre elas seu irmão Adonias que usurpara seu trono.
238
Expulsou Abiatar como resultado das maldades feitas por Eli, o Sacerdote, há
muito tempo atrás. Matou Joabe, como resultado de sua traição a Abner e a
Amasa que eram chefes do exército de Israel. Tambem matou a Simei por ter
difamado a Davi enquanto este fugia de Absalão, seu filho. O resultado
aplicado nestas pessoas veio como forma de juízo.
Quando penso em resultado, como Princípio, logo me lembro de Josué, sobre
o qual está a citação base deste Alimento. Embora já tendo escrito livros
acerca deste valoroso homem, sempre temos algo a aprender, principalmente
pelo fato de que o resultado fazia parte de suas metas.
Ele entrava em choque quando não conseguia os resultados que pretendia.
Tamanha era sua ousadia que numa batalha, ele chegou a ordenar que o sol
parasse até que ele tivesse derrotado seu inimigo: “Então Josué falou ao
SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus nas mãos dos filhos de
Israel, e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeom, e tu, lua,
no vale de Ajalom. E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou
de seus inimigos. Isto não está escrito no livro de Jasher? O sol, pois, se
deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro” Js
10:12-13.
A pessoa que compreende o Princípio do Resultado sabe que ele está atrelado
diretamente ao tempo. Nem tudo que fazemos surte efeito imediato. Muitas
de nossas ações serão transformadas em resultados positivos anos depois,
então mais que ficar preocupado com o tempo, é necessário se ocupar com
execução de ações que efetivamente vão representar bons resultados.
Como pais devemos saber que nossos filhos serão resultado do que fizermos
por eles. Isto é muito importante e numa visão de governo, precisamos
pavimentar a estrada que nossos filhos passarão, pois assim eles irão onde
não conseguimos chegar. O Apóstolo Paulo tinha esta percepção muito clara
em sua mente e quando escrevia à igreja de Corinto, considerando-os como
239
filhos, menciona: “Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter
convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas
sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais
para os filhos” 2Co 12:14.
Sempre que pensamos nos filhos, logo fazemos uma relação com o tempo,
então mais que nunca precisamos gerar resultados neles.
III – UM GRANDE EXEMPLO DE RESULTADOS
Josué estava totalmente enquadrado nos planos do Senhor. Não que fosse
algo automático, mas ele construiu esta escolha, através de suas ações. Isto
nos ensina que as pessoas não precisam nos aceitar como somos. Devemos
procurar sempre ser melhores e aceitáveis. É uma atitude pessoal.
Antes de atravessar o Jordão, Moisés despede-se do povo deixando o novo
líder, Josué, no comando da tão sonhada conquista. Ele era um homem que
tinha amadurecido na escola dos resultados.
Ele então arma uma estratégia de guerra que o levou a conquistar 31 reinos.
O que não conquistou, fez a separação e dividiu ao povo para que a conquista
fosse completa. É uma pena que ele não conseguiu gerar muitos líderes como
ele.
Enquanto estava no comando ele entregou resultados. Foram 31 reinos. Os
números falavam de sua audácia e faziam jus ao que o Senhor tinha
recomendado a ele quando dizia:
“Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu
disse a Moisés. Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio
Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol,
será o vosso termo. Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida;
como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te
desampararei. Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo
240
herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem
mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que
meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem
para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que
andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e
noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está
escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.
Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te
espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que
andares”. Js 1:3-9. Para Josué, entregar resultados não era apenas um ato de
obediência, mas um Princípio divino que não podia ser quebrado.
Quantas vezes temos quebrado este Princípio ao agirmos diferentes de Josué
e não nos ocuparmos com as coisas de nosso Pai? Agimos exatamente
diferente do que Jesus nos ensinou quando mencionou que Deus trabalha e
que ele tambem trabalhava, e ainda quando mencionou que a seara estava
pronta, mas o trabalhadores eram poucos.
Sei que trabalhamos para um bom patrão
e Deus não nos trata segundo nossas
falhas, no entanto, devemos ter
CONCLUSÃO
compreensão que estamos numa guerra
e nesta batalha vence quem entrega mais
resultados. Creio que chegamos a um bom nível, onde as igrejas correm atrás
de qualquer pecador e até “brigam” por eles. Eu sou um pastor assim e desejo
imensamente que você seja tambem, pois são os resultados que nos fazem
desfrutar de maior intimidade com Deus... ou é o contrário? À medida que
nos tornamos mais íntimos, entregamos mais resultados? As duas leituras são
de acordo com este que é um dos mais belos Princípios, e que por muitos é
desprezado. Não vamos apenas esperar os resultados. Vamos gerar e
monitorar, e verdadeiramente povoar o céu com milhões de Almas. Somos
pais e mães de Multidões. Isto é Resultado. Deixemos os números falarem.
241
Não Esqueça
1. Nós somos resultados do Amor de Deus;
2. Nossos discípulos serão resultados do nosso amor. Quanto mais amor, mais
discípulos. Eles são resultado de nossa fé, de nossa obediência, de nossa
capacidade de assimilação de verdades. Então investir tempo nestas
atividades é algo que se faz necessário para quem deseja uma grande
colheita;
3. Não seremos avaliados por Deus por nossa capacidade de gerar desculpas e
nem pela paciência em “esperar” resultados. Seremos analisados pelos
resultados. Que isto fique claro em nossa mente e em nosso coração;
4. O mal tem o seus agentes geradores de maus resultados. Estamos do lado
bom e devemos gerar bons resultados em todas as áreas. Isto é inerente aos
filhos de Deus. É um sinal de separação.
242
Título: Princípio da vitória
Então o SENHOR disse a Josué: Estende a
lança que tens na tua mão, para Ai,
porque a darei na tua mão. E Josué
estendeu a lança, que estava na sua mão,
para a cidade.
OBJETIVOS:
Evidenciar que Deus
nos chamou à vitória e
meios termos indicam
que ainda estamos
longe do propósito.
Josué 8.18
Por mais controverso que pareça, é
necessário existir a guerra, para que a
INTRODUÇÃO
paz seja procurada. É necessário existir
a fome para que o alimento seja
valorizado. Nesta mesma linha, não
quero dizer que é necessário existir o mal para que as pessoas se apeguem ao
bem, mas por causa da maldade já existente em cada um, isto acaba sendo
uma realidade. A vitória é fruto de uma luta tremenda, tanto para o bem
quanto para o mal. Para nós que somos do reino de Deus, contamos com uma
vitória que é esmagadora sobre o inimigo que tanto tem nos tirado a paz.
A bíblia é um dos livros que mais fala de vitória. Tambem fala muito de guerra,
e no meio destes dois mundos, Deus estabeleceu um Princípio que norteia as
ações que conduzem à Vitória. Este Princípio foi pavimentador de caminhos
para os grandes homens da Bíblia e pós-testamentários. Sempre esteve
presente e mais que nunca precisamos de sua atuação. Estamos em guerra!
243
Josué sabia muito bem o que eram as
guerras e naquela época elas não eram
DESENVOLVIsomente mentais, como acontece hoje na
MENTO
maioria dos casos. Ele enfrentava o calor
causticante do deserto, guerreava com
sua própria vida, derramava seu próprio
sangue, pagava com sua própria alma, mas foi um dos homens mais vitoriosos
das Sagradas Escrituras.
Ele tinha uma grande missão que era levar o povo de Israel e possuírem a
terra que o Senhor os tinha dado como herança. No entanto, estava em
condição bélica menos favorável, não tinha um grande exército, seu povo não
era composto por hábeis guerreiros, vinham de uma cultura escrava e
passado os últimos 40 anos no deserto. E isto não era a maior dificuldade que
tinha. A maior luta que precisava vencer era a interna. O arraial de Israel era
formado por pessoas obstinadas, desobedientes, revoltadas e que precisam
ser domesticadas para obtenção da vitória conjunta.
Para quem é conhecedor da vitória, tambem tornou-se da perda, da dor, do
sofrimento, da solidão e da escassez. Sentiu tambem o peso do deserto e da
provação. A vitória é para todos, mas é comum apenas aos que conseguem.
Ela é a etapa final de êxito de quem busca algo, abrangendo principalmente
família, trabalho, finanças, igreja e o amor.
Elemento
Meta
Princípio da Vitória
Aprendizado
Luta
Família
Manter a união e as
conquistas
O amor é como bálsamo
Treinar filhos à conquistas.
Formar vencedores
Trabalho
Ser reconhecido
Ser eficiente no que faz
Nunca aceitar fazer de
qualquer forma
Finança
Ter paz e não ser
inadimplente
Ser rigoroso no controle e
ter sempre reservas
Aprender a diferença entre
despesas e investimentos
244
Igreja
Amor
Ser exemplar como
membro e amigo
Vigilância é a palavra de
Ordem
Manter-se longe do pecado
e não ceder às tentações
Encontrar alguém para
fazer feliz
O amor é sofredor, benigno;
não é invejoso; não trata
com leviandade, não se
ensoberbece.
Não se porta com
indecência, não busca os
seus interesses, não se irrita,
não suspeita mal;
Não folga com a injustiça,
mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta.
Amar por escolha e não por
circunstância.
Existem outros elementos, mas a lógica utilizada para análises destes pode ser
aplicada a qualquer outro. Tenho combatido diariamente para manutenção
de minha família, trabalho ou negócio, finanças, igreja e do amor, no sentido
de conquistar todos os dias a mesma mulher. É uma luta tremenda, porque
são principalmente nestas áreas que Satanás deseja nos derrotar. Veja seu
plano:
Elemento
Família
Trabalho
Plano de Deus
Plano do Inimigo
Família unida, fazendo a obra do Senhor. Filhos
prósperos. Lar referencial. Lugar de refrigério.
Extensão da Igreja
Separação. Ódio. Guerra.
Abandono. Choro. Morte. Intriga.
Destruição.
Tornar-me destro nas atividades de modo que eu
seja reconhecido por meu trabalho ou negócio
Colocar maus chefes, maus
amigos. Criar confusão. Colocar
falhas de modo que eu não seja
reconhecido. Colocar maus
clientes. Indicar maus Parceiros.
Demitir-me. Levar-me à falência e
ao Desespero.
245
Finança
Condição de estabilidade de modo que esta não
seja uma preocupação constante. Recursos
necessários para custeamento das despesas
familiares. Realização de viagem de férias.
Aquisição de bens. Enriquecimento
Tirar os recursos de modo que
fiquemos tão preocupados com
estas coisas que não reste mente
para criação no reino de Deus.
Levar a morar em lugar de miséria.
Secar a despensa. Levar à fome e a
necessidade.
Igreja
Ser amigo da liderança e pessoa parceira nos
projetos financeiros e espirituais
Colocar intriga com os líderes e
com os irmãos. Implantar um
espírito crítico negativo
Amor
Dá-nos a pessoa certa e sermos felizes com esposa
e filhos. Gerar confiança entre os cônjuges e ajuda
mútua no crescimento. Sempre um amor renovador
em cada pessoa.
Criar antipatia, enjôo. Levar à
separação e consequentemente à
solidão.
- LUTAS INTERNAS
Cuidado com suas lutas internas. Elas são mitigadoras de vitórias. Estas
aparecem tanto nos medos internos, como nos membros fracos de um grupo.
Vencida as lutas internas, levado o povo a crer em Deus, Josué, juntamente
com os filhos de Israel estariam então aptos a vencerem qualquer batalha.
Isto nos ensina a EVITAR certos contatos com pessoas que mais são
instrumentos de desmontes que de construção. É sempre alguém que se
aproximada com uma negatividade tão grande que se passarmos muito
tempo perto, saímos doentes. Conheço muitas pessoas assim: INSTIGADORAS
DO MEDO. Certamente você conhece tambem e preciso que as evitemos. A
história tem de ser assim: SE ESTIVER COM A MINHA VISÃO, ME ACOMPANHE.
SE TIVER DÚVIDAS, FIQUE ONDE ESTÁ.
Já tentei levar pessoas nos “ombros” que me cansaram muito, principalmente
porque elas não eram o personagem da parábola do bom samaritano. No final
reclamaram que a viagem foi ruim, que o cavalo não era marchador, que as
feridas não poderiam ter pêgo sol, que a hospedaria não prestava. Glória a
246
Deus! (me controlo para não os entregar nas mãos do Diabo, como o Apóstolo
Paulo fazia).
Josué nos ensina que as lutas internas devem ser tratadas antes de se iniciar a
batalha. Ele junta todas as pessoas próximas ao rio Jordão, que estava muito
cheio naquela época do ano e, em outras palavras, diz que assim como Deus
abrira o mar Vermelho no ministério de Moisés, Deus iria abrir o rio Jordão
em seu ministério, de modo que não existisse nenhuma dúvida no povo com
relação ao seu chamado. Vejamos suas palavras: “...Nisto conhecereis que o
Deus vivo está no meio de vós; e que certamente lançará de diante de vós
aos cananeus, e aos heteus, e aos heveus, e aos perizeus, e aos girgaseus, e
aos amorreus, e aos jebuseus. Eis que a arca da aliança do Senhor de toda a
terra passa o Jordão diante de vós.” Js 3:10-11.
Alem de tirar a dúvida do meio do povo, com a boa explanação da Palavra do
Senhor e com o milagre que estariam percebendo, aprendo tambem que
Josué deu ao povo elementos de certeza da vitória, quando mencionou que
Deus estava no meio deles que ia adiante tirando seus inimigos.
Muitas vezes as lutas internas são um indicadores de que alguma medida
ainda pode ser tomada, a fim que a vitória seja certa. Então Josué tira do meio
deles a DÚVIDA e dá-lhes CERTEZA. Precisamos
“Prepara-se o cavalo para o dia
tambem agir desta forma, deixando de lado toda
da batalha, porém do SENHOR
vem a vitória”. Pv 21:31
a dúvida, uma vez que a vitória vem através do
Senhor.
- VITÓRIA X SUCESSO
O conceito de sucesso, em momentos, diverge do Princípio da Vitória. Isto
porque existem pessoas que dizem ter alcançado sucesso na vida profissional,
mas não o tem na conjugal. Existem os que não tem problemas financeiros,
mas o tem no relacionamento. Tambem é comum pessoas que se dizem ser
bons cristãos, mas vivem numa vida de solidão, sendo infelizes no amor. Elas
247
não conseguem construir uma família, por causa de suas escolhas erradas
quando o assunto é relacionamento afetivo.
Neste sentido, precisamos tambem ser realistas. Um vitorioso não o é em
todas as áreas, mas diferentemente do sucesso, eles não conseguem algo em
detrimento de outra menos
importante. Para o vitorioso
todas
as
coisas
são
essenciais. Para os que
buscam apenas o sucesso, a
atenção é somente para
aquilo que está nos seus planos. Os demais elementos são desprezíveis.
Precisamos ter muito cuidado para não buscarmos apenas o sucesso,
esquecendo-se de itens que realmente nos fazem felizes.
- A QUEM SERVIMOS
O Princípio da Vitória nos leva tambem a uma meditação sobre a quem
servimos. Tem ocasiões que as lutas são tão grandes que nos sentimos
sozinhos, e até mesmo pensamos que não iremos conseguir obter a vitória.
Então o conhecimento acerca de quem é o nosso senhor nos ajudará, nestes
momentos, a requerer o auxílio de Deus para realmente vencermos.
O Diabo não tem escrúpulo. Ele é mentiroso, enganador, meticuloso, astuto e
sempre busca nos pegar em alguma falha. Ao perceber que estamos
vulneráveis em algo ele age no seu ministério próprio que é matar, roubar e
destruir. Ele não apenas vai fazer um “medinho”. Ele vai é matar mesmo. Se
for para destruir nossas finanças, ele a faz de modo que fiquemos devendo,
com nome sujo e nos leva à falência; Se for para destruir a família, ele destrói
mesmo. Já vi casais que passaram a odiar-se por motivos banais. Tambem
vemos pais matando filhos e filhos matando pais; Se for para nos levar ao
cansaço afetivo ele coloca as piores pessoas em nosso caminho de modo que
248
estes relacionamentos sejam baseados em traições, filhos sofredores e pais
separados; Tambem na igreja as intrigas que ele lança são tão grandes que
chegam a fechar ministérios e levar membros a uma total desavença. Que
fique claro: O Diabo é inescrupuloso. Ele é semelhante a um traficante que
deixa a pessoa viciada e cativa de seus desejos.
Como cristãos, é bom sabermos que não estamos do lado do Diabo e sim de
Deus e do seu filho Jesus Cristo. Não temos o espírito do mundo, mas o
Espírito Santo e o Diabo precisa saber, ouvindo isto através de nossa voz e de
nossas ações. Não servimos a uma pessoa qualquer, servimos ao Senhor que
criou todas as coisas que nos enviou Jesus Cristo para nos resgatar do império
das trevas. O nome de Jesus é o nome mais lindo que existe sobre a terra e
todo joelho vai confessá-lo como Senhor: “Pelo que também Deus o exaltou
soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao
nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra, toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória
de Deus Pai.” Fil 2.9-11.
Ele é a nossa redenção. Servimos é ao Senhor. Desta forma, não podemos ser
instrumentos nas mãos do Diabo e assim sermos cumpridores de seus
malignos planos. Será que estamos levando as pessoas à vitória, como fez
Josué, ou somos provocadores de iras e dissenções no corpo de Cristo e ainda
expomos nosso irmão ao inimigo? A vitória de nosso irmão tem uma ligação,
tambem, direta com nossa postura com relação a ele.
AÇÕES DE UM VENCEDOR
Josué usava de estratégia para conseguir as Vitórias. Vejamos:
Cidade
Jericó
Estratégia
Vitória
Enviou espias. Rodeou a cidade por sete dias e
no sétimo rodeou sete vezes gritando
O muro da cidade caiu e eles a
dominaram
249
Ai
Enviou exército à dianteira para atrair os
moradores de Ai. Eles perseguiram o primeiro
grupo e foram surpreendidos com o segundo
grupo que ficou com Josué, por trás da cidade.
Tocaram fogo e destruíram os
exércitos inimigos
Jerusalém,
Hebron,
Jarmute,
Laquis, Eglon
Estão preparados não apenas para livrar os
amigos, mas para vencer os inimigos.
Quando Josué socorria os
Gibeonitas, venceu a guerra e
conquistou no mesmo dia 05
cidades.
Saiu num grande exército arrastando tudo
que tinha pela frente
Tomou numa só investida a região
montanhosa, Neguebe, as campinas
e as descidas das águas. De CadesBarnéia à Gaza, toda a terra de
Gósem até Gibeão.
Maquedá,
Libna, Laquis,
Geser, Eglon,
Hebrom, Debir
Um vencedor tem suas lutas, mas sua postura, dentro do Princípio da Vitória,
levam ao êxito em todas elas: “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por
nosso Senhor Jesus Cristo” 1Co 15:57. Um vencedor sabe a quem serve,
sabem em quem confia. Tem certeza que Deus não o abandona e só desiste
quando vence.
CONCLUSÃO
Falar em vitória é fácil. Difícil é vivê-las.
Sem a observância do Princípio da Vitória
acabaremos aceitando a derrota como
condição dominante.
Ao olharmos à história, principalmente a
de Josué, vemos páginas sangrentas. Isto porque era a luta que ele
enfrentava. Hoje, nossa luta é outra, mas o Princípio não mudou.
Vamos conquistar o fluir de um tempo novo ao povo de Deus e só
descansarmos quando ganharmos uma multidão ao Senhor. Temos Deus
conosco e não iremos desistir do chamado, assim como Josué não largou. Por
isto, lembremos: O Diabo se levanta somente para cair. As dificuldades
existem para serem vencidas e nós fomos alistado num exército de
vencedores. Estamos com o Senhor e quem está com Ele é maioria.
250
Não Esqueça
1. A partir de hoje nosso nome será VITÓRIA e nosso sobrenome é
CONQUISTADOR: “Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em
segurança está tudo quanto tem; Mas, sobrevindo outro mais valente do
que ele, e vencendo-o, tira-lhe toda a sua armadura em que confiava, e
reparte os seus despojos. Quem não é comigo é contra mim; e quem
comigo não ajunta, espalha” Lc 11:21-23;
2. O inimigo é audaz, mas o Senhor nos capacita e faz nossos braços vergarem
arcos de bronze – “Ensina as minhas mãos para a guerra, de sorte que os
meus braços quebraram um arco de cobre”. Salmos 18:34;
3. A vitória é resultado da estratégia e da persistência. Quais são as suas
estratégias? Você está persistindo?;
4. Como Princípio, a Vitória é muito mais que o contrário da Derrota. É o
caminho da felicidade em Deus: “Porque todo o que é nascido de Deus
vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é
que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?”
1Jo 5:4-5.
251
Título: Princípio da celebração
Louvem-lhe o nome com danças, cantemlhe louvores com adufe e harpa.
OBJETIVOS:
Mostrar a alegria em
estar no Senhor que
supera as dificuldades.
Salmos 149.3
As baterias têm uma utilidade muito
grande. São usadas nos celulares, nos
carros, nos computadores, em diversos
INTRODUÇÃO
eletrodomésticos e equipamentos. É
difícil imaginar a tecnologia portátil
sem as baterias. O que as torna tão importantes? - O fato de acumularem
energia. Embora a tecnologia com as baterias tenha apresentado crescimento,
com o surgimento dos vários equipamentos com necessidade de mobilidade,
uma coisa é certa: Elas precisam ser recarregadas. Algumas duram 12, outras
36 ou até 42 horas entre uma carga e a outra, mas sempre precisam ser
recarregas. Mantidas as devidas proporções e utilidades, somos muito
parecidos com as baterias, quando o assunto é RECARGA.
Essa idéia de SUPERCRENTE, SUPERPAI, SUPERMÃE... não existe. Somos
humanos condutores de uma alma de portadores de um espírito que
precisam ser recarregados. Foi Deus quem deixou o Princípio da Celebração,
onde recarregamos nossas baterias. A vida não é feita somente de guerras!
252
Sorria, você está sendo filmado!
DESENVOLVIMENTO
Existe uma diferença muito grande entre
seriedade e rancorosidade no rosto.
Existem pessoas tão rancorosas que
chegamos a evitá-las, uma vez que a
proximidade sempre é entendida como uma invasão de privacidade e quebra
de seriedade. Isto é bobagem.
Outras são inacessíveis, não sorriem, não têm amigos e não aceitam uma vida
comunitária. Estão sempre em guerras. Elas são doentes e pensam que os
doentes é que são os felizes. Pessoas com estas e outras qualidades
semelhantes precisam conhecer o Princípio da Celebração.
Celebrar é festejar. É comemorar as vitórias. É ter o Espírito Santo e até
mesmo tornar as situações desagradáveis em algo bom, convertendo-as para
a glória de Deus. Celebrar é sorrir quando as situações não são favoráveis. Isto
não é como ato de loucura mas, pela graça, saber que elas vão mudar e a
alegria será completa.
Deus não nos fez para vivermos em eternos litígios, mas para que
experimentássemos o sabor da vitória e assim celebrássemos junto com Ele.
Quando estava lendo o capítulo 24 de Êxodo tive um sobressalto, pois sempre
me alegrara muito o fato relatado ali de que Moisés subira ao monte, e ficara
40 dias com o Senhor. Entretanto o sobressalto só me veio nestes versículos:
“E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. E
viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que uma
pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade.
Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel, mas
viram a Deus, e comeram e beberam” Êx 24:9-11. Sempre me apegava mais
ao fato de Moisés ter subido, mas agora percebo que antes de passar os 40
dias com o Senhor, ele, os anciãos e os sacerdotes estiveram com o Senhor
253
numa espécie de banquete, ou numa festa para comemorar o tempo de
conquista de Israel. Isto é incrível! Eles estiveram comendo e bebendo com o
Senhor!
Nesta passagem entendo que a necessidade de estarmos celebrando com o
Senhor é mais importante do que podemos imaginar. Não há como vencer,
sem ter consigo, um espírito alegre e feliz; Um coração sarado. Existe
recomendações sobre este assunto em toda a Bíblia, evidenciando não tratarse apenas de um conceito, mas de um Princípio divino que devemos observar.
Quando celebramos atraímos a presença do Senhor e afastamos as obras
malignas, então celebrar é uma questão de sobrevivência, e não devemos nos
importar com o que pensarão a nosso respeito. A recomendação do Apóstolo
Paulo é exatamente esta quando escrevia a Igreja de Colosso. Vejamos:
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos
dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados” Colossenses 2:16. Existe, no
entanto, uma diferença muito grande da celebração do novo homem, com a
do velho homem. Isto tambem foi mencionado por Paulo, aos Coríntios: “Por
isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da
maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.” 1
Coríntios 5:8.
Para melhor estudarmos este princípio vou dividi-lo em 03 estágios, os quais
são: ENTENDIMENTO, COMPREENSÃO e PRÁTICA. Então vejamos, nesta
sequência.
I - Entendimento
É necessário que entendamos os benefícios que o Princípio da Celebração
pode nos proporcionar, e tambem os malefícios advindos de sua ignorância.
Quanto às coisas boas, enfatizo principalmente a forma motivacional com que
o Espírito ministra a nossa vida, quando agimos neste Princípio, trazendo novo
ânimo e nos fazendo como que atrativo de boas pessoas e ações.
254
Tristeza
Celebração
Rancor
Nervosismo
Perdas
Passado
Depressão
Fuga
Pecado
Distância
Destruição
Falência
Inimizades
...
Perdão
Calma
Criatividade
Futuro
Ascensão
Coragem
Temor
Proximidade
Construção
Crescimento
Amizades
...
O quadro ao lado registra em perfil simples,
mas amplo, os efeitos que nos são causados
pela Tristeza (ausência de alegria) e pela
Celebração.
Quando agimos na tristeza, algo que fica
muito notório é que nos tornamos pessoas
intra
(sentimentos
internos
quando
explodem é para o mal), acumulando
sentimentos doentios que mais parecem
chagas malignas. Agora o entendimento nos
capacita a escolher realmente não ser uma
pessoa com estas qualidades. É algo que está
diretamente ligado as nossas reações e precisa ser externalizado de forma
positiva. A pessoa que age na Tristeza torna-se rancorosa. Certamente você
conhece alguém assim. O Rancor é sua grande aliada em detrimento a
capacidade perdoativa que a Celebração nos possibilita viver. Outro detalhe
tambem notável é o nervosismo. Quando agimos de forma nervosa,
perdemos a razão e atuamos numa esfera onde o mal tem grandes
probabilidades de prevalecer. Já o Princípio da Celebração nos faculta a Calma
e nos ensina que com calma tudo se resolve.
São visíveis tambem as perdas que uma pessoa que age na tristeza adquire, e
estas vêm principalmente pela ausência da criatividade que é absorvida pelos
que seguem o Princípio da Celebração.
O passado torna-se um grande vilão, sempre prendendo a pessoa que age na
tristeza. Ora foi uma conquista de algo que não vale mais nada, ora foi uma
amor não aproveitado, ora foi uma perda irrecusável. Fato contrário ocorre
com quem age no Princípio da Celebração, uma vez ser agora motivado não
ao que passou, mas ao que está por vir. É claro, quando olhamos o passado
ele nos remonta a um período curto, talvez 50 ou 100 anos, mas quando
255
projetamos o futuro, ele é algo interminável, pois quando acabar nosso tempo
de conquista terrena, viveremos para sempre ao lado do Senhor.
Quem segue o Princípio da Celebração sempre vê a vida eterna.
Já a depressão age não como motivadora da tristeza, mas como consequencia
da escolha errada. O que prefere a Celebração, não decai. Vive sempre em
ascensão e isto não é uma utopia. É uma realidade.
Fugir é uma das grandes vontades de quem vive na tristeza. Isto ocorre não
porque fazer assim é mais fácil, mas porque a fuga possibilita momentos de
euforia e paz que são ligeiramente tirados com a realidade, que não muda.
Fugir não muda a realidade. A bebida e a droga é uma espécie de FUGA.
Quem escolhe o Princípio da Celebração não foge, mas recebe coragem para
enfrentar as mais simples e complicadas situações, e ao invés de protelar as
soluções, torna-se um agente motivador de mudanças que atingem não
apenas a si mesmo, mas aqueles que o rodeiam.
Quem vive triste tem maior probabilidade de pecar. Isto porque a tendência
de pessoas assim é aproximar-se de coisas erradas, coisas mais fáceis e
maldosas, além do fato de que a mente é cauterizada. O contrário ocorre com
quem Celebra, pois traz um coração sempre temeroso e calcula claramente o
impacto do pecado. Não é inconsequente.
Observe como as pessoas tristes gostam do distanciamento. Elas preferem o
anonimato, a escuridão, a solidão. Elas ignoram o fato de que as pessoas são
provocadoras de alegria nos outros e ao agirem em desconformidade acabam
sucumbindo ainda mais. Já os que andam no Princípio da Celebração vivem a
proximidade e a cada novo relacionamento, descobrem o quanto podem ser
mais felizes.
A tristeza provoca destruição, ao passo que a Celebração incita à Construção.
256
A falência acompanha os tristes e não é que ficaram tristes porque faliram,
mas faliram porque eram tristes. Acham que foram longe demais. É claro que
a falência a qual me refiro não é apenas a derivada de um negócio malsucedido, mas tambem dos sonhos, das vontades, da própria alegria.
Quem segue o Princípio da Celebração cresce, mesmo quando a conotação é a
de que não está bem.
Quem é triste tem facilidade em contrair inimizades. Já os que celebram
sempre constroem algo novo com os amigos.
Durante muito tempo pensei que
as pessoas eram tristes porque o
Rancor, o Nervosismo, as Perdas, o
Passado, a Depressão, a Fuga, o
Pecado, a Solidão, a Destruição, a
Falência e as Inimizades os faziam
desta forma, mas agora entendo
que estas palavras aparecem como
qualidades do triste. Não são elas
as responsáveis e sim os efeitos.
Fato semelhante ocorre tambem com as pessoas que Perdoam, são Calmas,
usam da Criatividade, acreditam no Futuro, vivem em Ascensão, tem
Coragem, reconhecem o Temor, gostam da Proximidade, sempre são
Construtivas, estão em constante Crescimento e vivem novas Amizades.
Pensava que elas eram felizes por assim estarem rodeadas destas coisas boas,
mas acontece exatamente o contrário. Elas são rodeadas de coisas boas
porque vivem o Princípio da Celebração. Todas as vezes que celebram ao
Senhor, novas dádivas são acrescentadas. É algo que não tem fim.
Neste aspecto do entendimento, algo que deve ficar muito claro, é a nossa
disposição em estar ao lado do Senhor, semelhante à Palavra mencionada em
257
Naum: “Eis sobre os montes os pés do que traz as boas novas, do que
anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque
o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.”
Naum 1:15
II - Compreensão
Tudo bem. Já aprendemos que as nossas escolhas em viver no Princípio da
Celebração nos possibilita atrair os favores nas áreas dos relacionamentos
interpessoais, nos desafios, nas conquistas e na intimidade com Deus. Agora a
compreensão nos leva a viver uma fase crescente. Isto porque quem
compreende pode defender a causa com conhecimento. Assim, vale a pena
aprender algumas verdades.
Podemos celebrar porque o Ímpio (nosso opressor na área humana) já é
derrotado. Foi isto que o Senhor mencionou quando falou através de Naum
“...porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente
exterminado” Naum 1:15. Então viver sob esta opressão é não aceitar a
oração feita por Davi no Salmo 23.
Tambem existe uma palavra profética, mencionada pelo Senhor através de
Isaías, quando diz que haverá um cântico em nossa boca: “Um cântico haverá
entre vós, como na noite em que se celebra uma festa santa; e alegria de
coração, como a daquele que vai com flauta, para entrar no monte do
SENHOR, à Rocha de Israel”. Isaías 30:29.
258
Devemos celebrar porque o Senhor nos deu liberdade e é neste sentimento
de livres que podemos fazer nossas escolhas por Ele. Uma vez escolhendo
Deus, ninguém pode nos impedir de celebrar. Os livres celebram. Os presos
reclamam!
“Louvem-lhe o nome com danças, cantem-lhe louvores com adufe e harpa”
Salmos 149:3.
Devemos parar de reclamar e celebrar ao Senhor como aquele que estava
preso e agora pode ver o mundo com todas as coisas e pessoas que existem.
Fato que antes lhe era negado. Devemos celebrar porque Deus nos ensinou
um novo Cântico. Isto foi notório em Israel que ao serem libertos, receberam
do Senhor um cântico de livramento e uma ordem de Celebração como um
memorial. Era um cântico novo que deveria ser celebrado com muita alegria e
com disposição na alma: “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis
por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto
perpétuo” Êxodo 12:14. Conosco é da mesma forma.
A celebração também é motivada pela Santidade que somente o Senhor
poderia nos ensinar como ser. É algo que as regras não nos balizam e o
simples estar recluso não nos capacita. Somente Deus, em sua Graça, em
Jesus Cristo, nos deu a liberdade da Santificação, franqueando a nós esta
oportunidade maravilhosa. Este é um grande motivo para celebração,
sabendo que uma vez santificados, somos agora diferentes e vivemos em
novidade de vida.
Os santos sabem que precisam celebrar e assim estarem sempre aptos a
vencerem o destruidor, que vem contra nossos sonhos, projetos e promessas
de Deus. “O destruidor subiu contra ti. Guarda tu a fortaleza, vigia o
caminho, fortalece os lombos, reforça muito o seu poder” Naum 2:1.
A santidade tambem nos reporta a outro motivo muito nobre de porque
devemos celebrar: A Separação. Quando santificados somos separados, mas
259
não é fácil viver esta nova fase, então Deus, em seu Espírito, nos ensina como
proceder nas diversas ocasiões, mostrando-nos o que realmente significa ser
separado. Algo que é muito contrário de ESQUISITO, INCOMUNICÁVEL,
TRISTE, PRESO e termos correlatos que alguém quer titular os seguidores de
Jesus.
Tambem precisamos considerar o que ocorreu nos dias de Ezequias, rei de
Judá, em que não puderam celebrar a páscoa no tempo certo porque
faltavam pessoas separadas para o sacerdócio. “Porquanto não a puderam
celebrar no tempo próprio, porque não se tinham santificado sacerdotes em
número suficiente, e o povo não se tinha ajuntado em Jerusalém” 2 Crônicas
30:3. Assim, separação é muito mais que simplesmente estar noutro lugar,
mas estar disponível a outra função, a outro serviço, a outra vida. É isto que o
Senhor espera de nós.
Devemos celebrar ao Senhor porque Ele nos separou em novas classes e nos
ensinou verdadeiros louvores e nos ministrou a diferença que há entre
descanso e vacilo.
III - Prática
Já aprendemos que o Entendimento sobre o Princípio da Celebração faz com
que à medida que celebramos e as coisas boas nos acompanham. Já na
Compreensão, aprendemos que existem elementos que nos motivam a viver
260
celebrando. Agora na Prática, quero chamar sua atenção para algo muito
importante, pois uma vez Entendendo e Compreendendo, podemos ser bons
praticantes da Celebração.
A lógica é a seguinte: Quem vive na alegria tem mais paz, saúde e cura. E
quem vive na Felicidade, desenvolve melhor a Liberdade e a Confiança em
Deus e em si próprio. Sei que é difícil, mas a soma destes dois elementos:
Alegria e Felicidade, resultam na Celebração e naturalmente quem está neste
Princípio desfruta de uma vida sempre Avante e Vive mais.
Então o caminho do Princípio da Celebração passa pela prática da Alegria e da
Felicidade. Não é que nos tornamos máquinas nestas escolhas, mas
aprendemos com o Senhor a fazer assim e então tornar-se algo natural.
Viver alegre é sorrir com a dificuldade. Viver feliz é saber que está num plano
maior que o do problema. Quem aprende a viver assim CELEBRA. “Louva, ó
Jerusalém, ao SENHOR; louva, ó Sião, ao teu Deus” Salmos 147:12.
Ah, sim! E as baterias? Pois bem. Nosso
corpo é semelhante a elas e a recarga das
nossas
energias
ocorre
quando
CONCLUSÃO
celebramos, quando festejamos ao
Senhor.
Olhando
desta
forma,
conseguimos entender porque tanta gente está “batendo o coração”,
“pedindo arrego”, cansado, “só piscando”, “falhando”. É porque na hora de
celebrar parecem escravos proibidos de manifestarem-se. Aí, terminado o
culto voltam todos os problemas.
Quem celebra tem Fé e a FÉ É O QUE NOS MANTÉM VIVOS. O tempo não é de
reclamação, de resmungo, mas de Celebração e isto acontece em qualquer
lugar, mas o melhor local é no TEMPLO, onde temos a liberdade de
extravasar. Quem celebra se MANIFESTA. Que se mexe tem milagre em todas
as áreas da vida, como diz o poeta: quem canta seus males espanta.
261
Não Esqueça
1. A Celebração atrai. A tristeza retrai;
2. Jesus é o Senhor da Alegria. Não há motivos para viver triste;
3. O Princípio da Celebração passa pelo caminho da alegria e estaciona na
estrada da felicidade;
4. Muito mais que ser feliz, Deus quer nos ensinar a ser gratos a Ele e vivermos
não somente em guerras, mas sentirmos o prazer da vitória, aqui mesmo, em
vida.
262
Título: Princípio da obediência
Não tomarás a ti mulher, nem terás filhos
nem filhas neste lugar.
OBJETIVOS:
Evidenciar a
importância que Deus
dá à Obediência.
Jeremias 16.2
As palavras simples tem um poder
muito grande de transformação. Amor,
a exemplo, exprime uma devoção. Um
INTRODUÇÃO
sentimento tão forte que sobrepuja as
razões da vida. Ciúme, é outro bom
exemplo. Tanto amor quanto ciúmes, foram vividos por Salomão que resume
dizendo ser um forte como a morte e o outro duro como a sepultura.
Já pensou no impacto das grandes palavras? Outra que tem esta mesma
conotação é o TEMPO. Podemos fazer infinitas coisas com ele. E quanto à
vida? Ela serve de separação entre dois grandes mundos. Já a Paz, com apenas
03 letras, é capaz de revolucionar gerações e nações em todos os tempos.
Uma palavra que certamente merece nossa atenção e aparece na Bíblia como
um Princípio é OBEDIÊNCIA. Afinal o que é? Como ocorre? Quais os impactos
positivos e negativos? Para resposta de estas e outras perguntas, convido
você a meditar comigo neste que é um dos mais belos PRINCÍPIOS da Bíblia.
263
É verdade, Deus conhece todas as coisas e
o tempo, o amor, o ciúme e a PAZ são tão
DESENVOLVIconhecidas por Ele, ao ponto de habilitá-lo
MENTO
a nos ensinar sobre estes assuntos na
maior naturalidade e com a mais alta
complexidade e profundidade. Ele
tambem tem em sua mão a vida e conhece todos os caminhos. Sabe onde há
buracos, onde há ondulações, onde estão as depressões, onde estão as
pontes problemáticas e qual o caminho mais perto para o local onde
desejamos chegar. Então quando Deus nos chama à obediência não está
querendo tomar de volta o livre arbítrio que nos concedeu, mas está nos
alertando que onde Ele já caminhou é mais fácil. Enfatizando que os seus
caminhos não são de dores.
Deus fala no Silêncio. Até nestes momentos sua voz é muito audível. Então
quando Ele nos chama à obediência, não nos convida a um prolongado
discurso. Na verdade esta “conversa” acontece no decorrer do caminho.
Na passagem que lemos no livro de Jeremias o Senhor fala ao profeta para
não tomar mulher e nem ter filhos naquele lugar. O profeta não deveria
questionar o porquê. Deveria obedecer e depois entender. Deus então lhe
explica que ele não deveria ter filhos para que o sofrimento, com ele, não
fosse tão grande quanto aos que os tinham, pois o Senhor iria lançar os
moradores daquela terra, Judá, nas mãos dos inimigos. Isto aconteceu quando
Nabucodonosor invadiu Judá levando cativo alguns homens e matando a
maioria deles, estuprando as mulheres e saqueando a terra. Aconteceu com
Judá porque eles não quiseram obedecer ao mandado do Senhor.
Naquela época, a lei que podemos resumir no trecho abaixo não havia sido
dada a toda a humanidade, mas a Israel: “Não terás outros deuses diante de
mim; Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do
que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da
264
terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu
Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a
terceira e quarta geração daqueles que me odeiam....Não tomarás o nome
do SENHOR teu Deus em vão; ... Lembra-te do dia do sábado, para o
santificar...Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias
na terra que o SENHOR teu Deus te dá.Não matarás.Não adulterarás.Não
furtarás.Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.Não cobiçarás a
casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu
servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa
alguma do teu próximo.” Êxodo 20:3-17.
Com o advento de Cristo ela foi estendida a toda a humanidade e resumida
desta forma:
“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande
mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo
como a ti mesmo.” Mateus 22:37-39.
Como agora, na dispensação da Graça, a lei tornou-se mundial, então todo ato
que desabone nossa conduta nos pilares do Amor a Deus e ao próximo,
semelhantemente ao que ocorreu com Judá e Israel, nos coloca na mesma
condição de desobediente que os filhos de Israel estavam. Assim como
naquela época, está tornando-se cada vez mais comum as pessoas
questionarem Deus, ignorá-lo como criador e seguirem seus próprios deuses.
Então quando o Senhor falou esta palavara: “E vós fizestes pior do que vossos
pais; porque, eis que cada um de vós anda segundo o propósito do seu mau
coração, para não me dar ouvidos a mim” Jr 16:12, estava referindo-se
tambem a nossa época.
Observe a conversa de pessoas amantes do mesmo sexo e veja que sempre
têm um agravo contra Deus. Observe tambem os hipócritas e veja como são
265
parecidos com os da época em que Jesus esteve com a humanidade em Israel.
São semelhantes. A retórica é a mesma, mudando-se apenas os personagens.
Da mesma forma Deus agirá com nossa geração se não mudarmos
urgentemente.
No texto de Jeremias, vemos Deus dando-lhe uma mensagem de obediência
ao celibato, pois o Senhor objetivava demonstrar como eles iriam sentir-se
com a submissão ao jugo babilônico: Sozinhos! Foram 70 anos de choro!
1 - OBEDIÊNCIA É UM ATO DE CONFIANÇA E AMOR
Obediência, como Princípio, é muito mais que seguir regras. Transforma-se
num ato de confiança, de amor, de respeito e de se deixar ser cuidado por
Deus, ao passo que a desobediência nos conduz ao caminho da correção.
Por falar em correção, entendamos então uma verdade que muitas vezes
passa despercebida: Deus não corrige a todas as pessoas. Veja que têm
pessoas que erram, cometem crimes, fazem toda atrocidade contra o próximo
e contra si mesmo e depois apenas morrem, não recebendo em vida,
nenhuma correção da parte de Deus. Já outros, quando “pisam na bola” logo
ouvem o chamado do técnico à responsabilidade e a mensagem é simples, ou
obedecem ou saem do “jogo”. Estes dois tratamentos acontecem porque
Deus conhece o seu povo, e estas “correções” são frequentes, principalmente
naqueles que já entregaram suas vidas a Cristo. Então se cumpre a palavra
que fala que Deus corrige ao que ama: “Porque o Senhor corrige o que ama, E
açoita a qualquer que recebe por filho” Hebreus 12:6. As correções são
frequentes em sua vida, quando erra? Caso
positivo fique alegre. Caso negativo,
busque urgentemente ao Senhor.
O Princípio da obediência consiste em 04
fases bem distintas, mas complementares
que são: CUMPRIMENTO DA VONTADE DE
266
OUTRA PESSOA; SUBMISSÃO, HOMENAGEM E AUTORIDADE.
Não temos como obedecer, como ato de Amor, se não adicionarmos à
primeira fase o Empenho e a Dedicação em fazer a vontade de Deus. Tambem
à Submissão devemos acrescentar termos como Saber e Proteção, ou seja,
quando somos submissos estamos debaixo de uma linha de aprendizado e
proteção.
O Princípio tambem nos ensina que a Homenagem vem seguida do
Reconhecimento e do Serviço. Só reconhecemos e trabalhamos a quem
queremos homenagear, embora muitos fazem isto por dinheiro. Já no nível da
Autoridade, ela vem acompanhada de ordem e do conhecimento da área de
sua atuação.
A junção destas quatro fases representa, integralmente, o Princípio da
Obediência.
2 - OBEDIÊNCIA É UMA ESCOLHA
Acredite. Deus não irá forçar ninguém a obedecê-lo. Se não fez isto com Eva e
Adão, muito menos conosco. Então obedecer ao Senhor é uma escolha
facultada a mim e a você. Assim como desobedecer tambem é uma escolha.
Ambas se materializam em nossas ações.
Deus não está interessado na obediência passiva (obediência cega) e sim
obediência por amor.
Como escolha, a obediência
precisa ultrapassar barreiras, as
quais expomos no quadro ao lado,
sendo os medos, as adversidades,
as dificuldades, a falta de fé, as
circunstâncias e falta de direção.
267
MEDO
O medo é uma das barreiras que aparece como dificultadora de nossa
obediência.
Olhemos o exemplo de Abraão que recebeu um chamado de Deus e não
deixou que o medo fosse um empecilho, uma vez que este seria capaz de
paralisá-lo. A análise da história de Abraão nos mostra que o medo realmente
não foi páreo, uma vez ter ele escolhido obedecer a Deus, seguindo para uma
terra distante.
Já um Baraque, que foi escolhido por Débora como chefe do exército de
Israel, foi enviado à peleja contra Sísera, capital do exército de Jabim, mas
hesitou em não obedecer. Para ele, a vitória só viria se Débora, que naquela
época assistia como Juíza, fosse com o exército à guerra. Fato que era
totalmente desnecessário. Tudo bem, Débora foi, mas a vitória não veio pela
mão do Baraque.
Temos de ter muito cuidado, pois o medo tem agido de maneira muito forte,
nos fazendo desistir, ou mesmo não decidir em obedecer a Deus. O medo age
sempre na precaução. Então quando começamos a prever muitas situações
desagradáveis, naturalmente nos tornamos receosos em agir. Porque o medo
é tão forte? Pelo simples fato de que quando obedecemos ao Senhor
precisamos abrir mão de muitas coisas. Afinal não há conveniência entre
servi-lo e tambem dedicar-se aos nossos interesses com a mesma prioridade.
Um exemplo muito conhecido da atuação deste medo por ser visto na história
do jovem rico. Ele queria obedecer e seguir a Jesus, mas o medo não o deixou:
“E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende
tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem,
toma a cruz, e segue-me” Marcos 10:21. Precisamos nos desprender do medo
e fazer como nos ensina o Apóstolo Pedro: “...Senhor, para quem iremos nós?
Tu tens as palavras da vida eterna” João 6:68.
268
ADVERSIDADES
Adversidade vem de adversário, ou situação onde apresente dificuldades
generalizadas.
Lembro de que quando resolvi obedecer ao Senhor, várias adversidades foram
desenhadas em minha vida. Muitas delas pareciam como muros
intransponíveis, mas à medida que ia caminhando via Deus resolvendo cada
situação.
Tambem quando resolvi dedicar somente ao Ministério, aí sim vi
adversidades. Elas surgiram sob a perspectiva financeira, emocional,
ocupacional, gerencial, pessoal... eram (são) muitas e vieram com um objetivo
muito claro de me fazer voltar atrás na decisão. Eram situações que se
opunham cruelmente a minha felicidade e realização ministerial.
Nestas ocasiões, onde as investidas eram mais fortes, aprendi a recorrer a
Deus e a conformar-me com as pessoas. Descobri o quanto as pessoas são
maravilhosas e necessárias à minha felicidade. Era Deus, ensinando-me na
adversidade. Certamente não sou especial neste ponto. Sei que você tambem
tem seus momentos adversos e enfrenta muitos inimigos. Quando temos
posições firmes, adquirimos seguidores, mas tambem adversários. O meio
termo nem sempre é o melhor caminho, uma vez não representar o que Deus
ministrou em nosso coração.
Uma das pessoas mais exemplares que considero, neste assunto, é o Apóstolo
Paulo que enfrentou muitas adversidades para implantação do Evangelho, e
se estivesse vivo hoje ainda as teria, mas findou seu trabalho sendo coroado
com êxito, resumindo que o que Deus tem para nós não pode ser calculado,
imaginado e nem criado pelos homens. Glórias a Deus!
Parece loucura, mas não é: - Na adversidade aprendemos ser mais criativos,
generosos e fortes.
269
DIFICULDADES
Num terceiro nível aparecem as dificuldades. Temos forte tendência de
colocar elas na frente da obediência. Faz parte do processo da obediência
sabermos que as dificuldades hão de surgir, mas não podem nos paralisar,
uma vez já termos vencido os medos e as adversidades.
Moisés tinha dificuldade de expressão. Deus trabalhou e corrigiu. A de Elias
era a do cansaço físico e psicológico. Deus o ajudou, levantando Eliseu que foi
um grande profeta e deu prosseguimento ao ministério de Elias, cuidando da
profecia e da escola de profetas. Já Tomé era a de fé. Para ele Jesus mostrou
as mãos furadas... Quando olhamos para a Bíblia encontramos homens que
tiveram dificuldades, mas ao resolverem obedecer, estas foram naturalmente
sendo vencidas. Conosco ocorre da mesma forma, ou você pensa que Moisés
não temia diante do grande desafio, Elias diante de Jesabel e Tomé diante da
falta de conhecimento? É claro que eles temiam, mas suas inabilidades não os
fizeram parar de ter fé e nem de obedecer. Moisés conduziu o maior número
de pessoas pelo Deserto. Elias matou os profetas de Baal e Assera e Tomé
tornou-se um dos mais proeminentes dos apóstolos.
FALTA DE FÉ
A fé é a maior ferramenta de sucesso que Deus deixou para nós e justamente
aqui o inimigo entra tentando miná-la. Então, neste momento, precisamos
separar fé da obediência. Existem inúmeros momentos onde não temos
elementos que nos possibilitem crer e não cremos. Acabamos pagando o
preço da não crença ao não nos arriscarmos. Quando isto ocorre, evidêncía
que ainda não conseguimos separar uma coisa da outra.
A Fé opera num nível. A obediência em outro. Quando conseguimos entender
este mecanismo, somos felizardos na obediência. Obedecer a Deus é algo que
270
anda adiante da Fé. O bom é que obedeçamos pela fé, mas quando não
conseguirmos crer, devemos obedecer da mesma forma.
Enquanto a fé é efervescente, a obediência é um ato. Nós resolvemos
obedecer e quando assim decidimos é como se a fé “acordasse” e visse a
bobagem que está fazendo e então desperta para continuar guiando o “carro
de nossa vida”.
Abraão ainda não era o Pai da Fé, mas tornou-se primeiramente exemplo de
obediência. Muitos de nós ainda não conseguimos o que nossa fé almeja,
mas, assim como Abraão, não podemos deixar de obedecer.
CIRCUNSTÂNCIAS
Circunstâncias são momentos. Alguns deles são muito duradouros, outros de
passagem rápida. Nosso cérebro foi preparado para responder positivamente
quando as circunstâncias são boas. Já quando não são favoráveis, ele se retrai,
respondendo negativamente aos estímulos. É uma luta constante. Seguir o
Princípio da Obediência é não oscilar de acordo com as circunstâncias. É um
treinamento que somente a utilização traz à prática. Não é fácil.
Devemos aprender com Jesus Cristo a não sermos levados pelas
circunstâncias, mas obedecer em todas as ocasiões. Isto era tão evidente para
ele ao ponto de obedecer (fazer a vontade de Deus) tornou-se algo
automático e foi executado dia e noite, no frio e no calor, na vida e na morte.
SEM DIREÇÃO
Num sexto nível aparece a falta de direção. Isto ocorre quando ficamos
tempos parados “no tempo”, à espera de maior clareza de Deus. É um
tremendo engano. Isto aconteceu comigo, atrasando meu ministério por mais
de dez anos, mas vi ocorrendo com colegas e custou-lhes a vida toda. Quando
forem despertar já não terão mais o vigor e a força.
271
Gideão era do tipo de Cristão que não obedecia sem uma direção clara. Então
ele faz vários testes com Deus. Junta um exército muito grande e no final Deus
ministrou-lhe que o mais necessário, o mais simples, que era obedecer, ele
demorara, gerando inclusive trabalho ao Senhor de mandar voltar os fracos,
os medrosos, os muito ocupados e os covardes. Foi isto que ele conseguiu em
não obedecer de imediato ao Senhor! (uma tremenda perda de tempo!).
Tenho aprendido a cada dia na Vida Cristã que Deus dá o mapa; nós
Construímos o Caminho, e quando assim aprendo, jamais acredito na idéia da
solidão, pois à medida que vou obedecendo e que vou me desprendendo o
Espírito Santo ministra-me uma nova lição. É um excelente Couching!
Não espere a estrada pavimentada. Não tenha receio de andar primeiramente
na vereda, na carroçal e “quem sabe” na pavimentada com asfalto de
primeira classe. Não espere o mundo perfeito para obedecer. Está em nossas
mãos a construção. O caminho é feito pelos obedientes.
Obedecer não é fácil porque sempre
queremos mandar, coordenar, estar à
frente... mas a estrada para estas
CONCLUSÃO
posições passa pelo Princípio da
Obediência, uma vez que, se estamos
indispostos a obedecer só encontraremos pessoas com esta mesma
qualidade, tornando-se inviável qualquer comando. Obedecer implica em
abrir mão de nosso aprendizado medíocre por outro de maior valia.
Muitas pessoas creram em Jesus, mas foram indispostas em seguir o Princípio
da Obediência por causa do incômodo aparente. “... muitos dos principais
creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem
expulsos da sinagoga. Porque amavam mais a glória dos homens do que a
glória de Deus.” Jo 12:42-43. Conosco será diferente. Nossa obediência deve
sobrepujar qualquer pensamento advindo da crítica dos desobedientes.
272
Não Esqueça
1. O Princípio da Obediência, aplicado ao Senhor, marca pessoas e gerações que
o entendem e o colocam em prática, em detrimento de pensamentos
humanos, ordenanças carnais e preceitos diabólicos;
2. Quando aplicado em nossas relações, Ele nos coloca num nível de proteção,
amizade e companheirismo, pois quem obedece adquire respaldo para ser
obedecido;
3. Obedecer, como mencionado, é muito mais que um simples conceito. É algo
que precede a honra e é seguido pelo cumprimento da vontade alheia,
através do empenho e dedicação, nos projeta na submissão, através do saber
e da proteção, nos possibilita homenagear com reconhecimento e serviço, e
nos permite reconhecer exatamente os níveis de autoridades que são
apresentados através da ordem e da delimitação de áreas. Desta forma, nos
tornamos vencedores dos medos, das adversidades, das dificuldades, da falta
de fé, das circunstâncias e nos capacitamos a caminhar onde não existe
estrada;
4. Quem segue o Princípio da Obediência é capaz de amar, uma vez ser o amor
um elemento essencial na construção de qualquer relacionamento.
Deus nos amou primeiro!
273
Número do Alimento Celular de Multiplicação – 030/2013
Semana de 28 a 03/Ago-13
Título: Princípio da responsabilidade
Porque cada um será salgado com fogo.
Marcos 9.49
OBJETIVOS:
Mostrar a importância
da Responsabilidade
na formação do
caráter.
Creio que nunca deveríamos chamar
alguém de irresponsável, porque esta
qualidade não é algo nato do ser
INTRODUÇÃO
humano. Na verdade todos somos
responsáveis. O problema é que não o
conseguimos ser em todas as áreas e com todas as pessoas. Então as
irresponsabilidades, em sua grande maioria, vem da inabilidade de gerenciar
limites. Aí acabamos assumindo compromissos onde sua realização não
depende unicamente de nós, e o pior, com várias pessoas ao mesmo tempo.
Saber dizer não, poder gerenciar os limites, impor regras e ter a capacidade de
assumir compromissos exequíveis fazem parte de um aprendizado que chamo
de desenvolvimento do Princípio da Responsabilidade.
Certamente você já falhou em algo. Eu tambem. A boa notícia é que existe
uma providência de Deus para nossa remissão. É um lindo Princípio que
vamos aprender juntos e assim cumprirmos integralmente o que o Senhor
espera de nós.
274
Você sabe o que é irresponsabilidade. O
saber é natural do ser humano, que tem
DESENVOLVImais habilidade em aprender o errado que
MENTO
o certo. Acontece o mesmo com ROUBO,
MENTIRA, INJUSTIÇA, PECADO... Temos
uma mente mais aguçada para saber o
que é errado e como devemos fazer para evitá-los, mas não conseguimos,
mesmo, fazer com que estas contramedidas sirvam principalmente para nós.
Ora, quem não sabe como se faz para roubar, mentir, ser injusto e pecar?
Sabemos, mas não temos a mesma disposição para praticar o contrário.
Quando assim menciono não estou nos considerando ladrões, mentirosos,
injustos e pecadores, mas mencionando que muitas vezes, embora não os
fazendo, somos em grande maioria, coniventes com os que os praticam. Isto,
por si, já é motivo para uma grande condenação.
Quanto à irresponsabilidade, ela ocorre quando agimos de maneira
inconsequente ao não mensurarmos os riscos, não calcularmos as falhas, não
seguirmos o projeto, fazermos de acordo com o que está em nossa cabeça,
não ouvirmos os outros e tambem quando, mesmo sabendo de tudo isto,
ainda continuamos agindo como cegos, surdos e mudos. Nestes aspectos,
existem pelo ao menos três tipos
de
irresponsáveis:
os
inadvertidos, os despreocupados
e os desinformados.
Os inadvertidos são aqueles que
não observam as regras e
assumem riscos desnecessários.
Os despreocupados são os que,
mesmo sabendo dos riscos, não
temem
em
assumir
275
compromissos, os quais têm certeza que não irão cumprir. Já os
desinformados, são aqueles que não tem a mínina preocupação com as
situações e simplesmente vão palavreando, sem medir se podem ou não
cumprir. Ambos são extremamente prejudiciais.
O texto que lemos em Marcos nos leva a uma meditação bem profunda neste
Princípio da Responsabilidade. Ali, ao tratar dos tropeços, o Senhor desenha
como é que devemos assumir as responsabilidades, num primeiro nível, com
nossa própria vida. Vejamos:
a) Indução dos outros ao erro - “E qualquer que escandalizar um destes
pequeninos que crêem em mim...” Marcos 9:42;
b) Uso das mãos para a obra do mal – “E, se a tua mão te escandalizar...”
Marcos 9:43;
c) Partilhar caminhos tortuosos; “E, se o teu pé te escandalizar...”
Marcos 9:45;
d) Olhar de forma inconveniente e pecaminosa – “E, se o teu olho te
escandalizar...” Marcos 9:47
Daí vem a célebre ministração do Senhor que nos fala: “Porque cada um será
salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal” Marcos 9:49. Neste
texto aparecem as duas formas de ações. Na primeira parte o Senhor nos fala,
entre outras palavras, que nossas IRRESPONSABILIDADES serão provadas,
queimadas, desmascaradas... e as nossas RESPONSABILIDADES serão salgadas
com Sal, fazendo menção à durabilidade que o sal pode dar a um alimento de
origem animal.
I - BENEFÍCIOS DA RESPONSABILIDADE
Precisamos assumir o Princípio da Responsabilidade tendo em vista,
principalmente, os benefícios que ele traz, os quais de maneira muito simples,
e de fácil compreensão citamos como credibilidade, confiança, promoção e
inserção:
276
- Credibilidade: Não é somente o fato
de
adquirirmos
crédito,
mas
principalmente o de não sermos
acreditados e isto é um mal terrível.
A descredibilidade ocorre quando as
pessoas começam a mentir, negar,
inventar histórias e transparecer com a
mente que não é de uma pessoa que
age na equidade. É difícil, depois de agir
assim,
conseguir
novamente
a
credibilidade, e isto tem um valor inestimável.
- Confiança: Ninguém delega ou confia algo em quem não é digno de
confiança. Aí surge, então, a desconfiança que não é, ainda, o julgamento final
da irresponsabilidade, mas é um marco diferencial da maldade que ela está
fazendo na vida da pessoa.
É muito difícil quando precisamos conviver com alguém a qual não confiamos,
mas isto só foi provocado porque ela demonstrou atos de irresponsabilidade.
- Promoção: A função é um pouco mais abrangente que o nome, quando lido
isoladamente. Promover vem do ato de FAZER ACONTECER e não
simplesmente de ascensão profissional. A Promoção ocorre quando agimos
com responsabilidade. Ninguém promove algo com alguém irresponsável e
nem promove o irresponsável.
- Inserção: Um dos termos muito usados hoje é a inclusão que indica a
inserção da pessoa numa sociedade, quer seja a inclusão religiosa, inclusão
social, inclusão digital... É o ato de tirar a pessoa do anonimato e mostrar sua
face na sociedade organizada. A Responsabilidade faz exatamente assim
conosco. Ela nos insere, nos mantém e nos projeta, onde os irresponsáveis
falharam.
277
II - INSTALAÇÃO DA IRRESPONSABILIDADE
A irresponsabilidade não aparece de
maneira isolada e não se caracteriza na
ação solitária. Ela age em conjunto e traz
consigo termos correlatos que mostram sua
ação na mente, no coração e nos membros.
São aspectos degenerativos da imagem do
homem que foi criado por Deus a sua
semelhança.
Egoísmo
A pessoa que é egoísta não pensa na
coletividade. Ela coloca suas prioridades
como primordiais, e o que sobra tanto em
tempo, como em bens, aos outros. Mesmo
assim ela dificilmente compartilha.
O Egoísmo é prejudicial porque, ao nos
consideramos primordiais, desprezamos a
consciência nos dada por Deus que nos
diferencia dos demais animais.
Precisamos entender que nossas prioridades não são mais importantes que
atos de amor, e agir responsavelmente previne uma série de malefícios ao
local onde estamos inseridos.
Nossa consciência e mente não pode ser egoísta, mas composta de ações e
pensamentos onde a coletividade, o bem de todos retratem ações de
verdadeira responsabilidade.
Ao assumirmos o Princípio da Responsabilidade em nossa mente, teremos
mais compromisso com as pessoas, com a sociedade e com o reino de Deus:
278
“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas” Mateus 6:33.
Negligência
A negligência atinge o coração do irresponsável deixando-o alheio, desatento
e com menosprezo ao que não lhe é interessante. Isto é muito prejudicial,
pois nesta análise, ele age somente em assuntos em que seus interesses
possam ser supridos e aí assuntos como os mencionados no reino de Deus,
onde, nem sempre o pagamento é imediato, não lhe causa interesse.
Isto já é um grande mal, mas o pior de todos, na negligência, ocorre quando a
pessoa sabe (tem consciência) do que deve ser feito, mas não o faz,
contribuindo diretamente para os malefícios oriundos das ações benéficas
que poderia ser feito.
A negligência instala-se no coração do Irresponsável, impedindo-lhe de
assumir qualquer risco, expor-se por algo, defender uma bandeira e lutar por
ideais cristãos de amor ao próximo.
Roubo
O Irresponsável, para manter seu padrão mentiroso de honesto, correto e
verdadeiro, age com facilidade no Roubo. Para ele, ser beneficiado em algo
não altera o seu padrão podre de conduta.
Não precisamos ir longe, como de fato não iremos, neste Alimento, mas um
grande exemplo de roubo é o ocorrido em nossa política, abrangendo as
esferas federais, estaduais e municipais e envolvendo os três pilares de
governo: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Nós os colocamos ali para agirem de forma responsável com a sociedade,
agirem de forma justa e verdadeira, mas o que mais vemos são verdadeiros
desvios de dinheiro e mau uso da máquina pública em benefício próprio,
279
deixando a sociedade à mercê dos cuidados com saúde, segurança e
educação, que são os mínimos exigidos por nós. Esta ocorrência não é
meramente humana, mas é o próprio maligno que os induz a quebrar o
Princípio da Responsabilidade e assim continuar dando-lhe legalidade para
sua maldade. Por isso é que devemos orar por nossas autoridades.
O termo que demonstra suas ações vem exatamente da irresponsabilidade.
Ocorre assim: Faço leis para me beneficiar, Governo para me beneficiar, Julgo
para me beneficiar e NINGUEM É RESPONSABILIZADO. Isto é o que o maligno
os leva a pensar. Com Deus é diferente: “Bem-aventurados os que têm fome
e sede de justiça, porque eles serão fartos” Mateus 5:6.
Jesus conviveu com situação semelhante em seu ministério, com Judas: “Ora,
ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era
ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” João 12:6.
Instrumento
(Essa é forte, mas preciso dizer!) O Irresponsável é instrumento do Diabo. Isto
porque ele trai o Princípio da Responsabilidade e torna-se aliado maligno ao
prejudicar pessoas e a si mesmo com suas ações imorais, inescrupulosas,
mentirosas e más. Ou vocês acham que os que traficam drogas e armas
trabalham para Deus? E os que levam as pessoas aos vícios, para quem
trabalham? E os que destroem lares e famílias inteiras com traições e
intrigas?... Cuidado. Vigie. Nós trabalhamos na edificação de um Reino
Glorioso e não podemos nos aliar com o mal.
Esses dias tive de chamar a atenção de uma pessoa e dar-lhe algumas
orientações, pois enquanto ministrávamos a libertação dos vícios, ele, que já
havia entregado sua vida a Jesus, estava vendendo bebida alcoólica
justamente para essas as quais estávamos ministrando a libertação. Daí
chamei e o interroguei perguntando para quem ele trabalhava! Tem horas
que precisamos dar um basta, senão o inimigo, que é sutil, toma o território.
280
III - CARACTERÍSTICA DO PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE
O Senhor nos chama a um Princípio Maravilhoso, que é o da Responsabilidade
e nos convida a sermos seus parceiros nesta grande empreitada de anunciar o
Evangelho de Jesus em todos os lugares. Isto não é feito de maneira
irresponsável, mas sábia e com entendimento. Então vejamos algumas das
características das pessoas realmente responsáveis:
a) Reconhece seus próprios Erros
Ao reconhecermos nosso erro, abrimos uma porta de libertação e provisão
divina muito grande, e ninguém pode fechá-la. Ao o encobrirmos, liberamos
sobre nossa vida uma nuvem de escuridão, onde se torna difícil alguém nos
achar para conceder ajuda e tambem sairmos deste emaranhado com as
próprias pernas.
O responsável sabe reconhecer quando falhou, sabe medir seus resultados e
sabe pedir ajuda quando não está exitando em seu propósito.
Um dos exemplos muito comentados e que vale a pena (re)meditar é o de
Adão que ao ser interpelado por Deus, coloca a culpa em Eva. Puxa vida! A
culpa foi dele e então perde a oportunidade de uma correção por Deus e
motivar sua restauração. Preferiu a colheita do distanciamento e da perda de
autoridade, que lhe foram conferidas por Deus.
Outro bom exemplo é o de Geazi, que mentindo, aproximou-se de Naamã e
obteve vantagens pelo milagre realizado pelo Senhor através de Eliseu. Como
consequencia adquiriu uma lepra, ao mentir quando questionado pelo
profeta.
Lembremos ainda de mais um que foi a de Ezequias, que ao mostrar toda a
glória de seu reino aos babilônicos atraiu a atenção do seus governantes,
culminando então numa guerra onde Judá foi vencido e levado cativo. Isto
ocorreu com Ezequias porque Deus queria provar o seu coração. Vejamos:
281
“Contudo, no tocante aos embaixadores dos príncipes de babilônia, que
foram enviados a ele, a perguntarem acerca do prodígio que se fez naquela
terra, Deus o desamparou, para tentá-lo, para saber tudo o que havia no seu
coração” 2 Crônicas 32:31.
b) Assume compromissos. Não espera que sejam delegados
Voltemos ao Gênesis, para melhor compreensão desta verdade: “E disse o
SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu
guardador do meu irmão?” Gênesis 4:9. É claro que não estava escrito em
lugar algum que Caim fosse responsável por Abel, mas a moral indicava que
sim. A lógica indicava tambem que sim, pelo fato de terem uma ligação
biológica muito forte que os diferenciava das demais pessoas.
Caim, por não assumir responsabilidades, acabou cometendo um crime
bárbaro, por motivo fútil. Faltou-lhe amor. Faltou-lhe respeito. Faltou-lhe uma
série de coisas as quais considero importante, mas o fato de ele não querer
assumir a responsabilidade é o que prepondera.
Hoje não é diferente. As pessoas só querem fazer (quando querem) aquilo
que está escrito, que foi delegado. A delegação veio porque as pessoas
tornaram-se inertes aos problemas e ao invés do proativismo, assumiram uma
postura reativista, alheios à melhoria e ao bem estar coletivo.
Não espere ser “MANDADO”. Viu algo errado, corrija. Viu alguém com
dificuldade, ajude. Viu alguém matando-se, livre-o. Poderia ser mais duro,
pois a isto o Senhor já nos mandou, mas serei brando apelando para uma
nova postura sua: a de assumir responsabilidades.
O que tem ao seu redor, principalmente em se tratando do reino de Deus, que
você pode fazer, mas ainda não recebeu um comando de sua liderança? É
algo bom? É construtivo? Vai edificar vidas? Vai trazer-lhe crescimento? Então
o que você está esperando? Assuma as responsabilidades! Tomemos como
282
exemplo o próprio Senhor: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o
qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a
afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”. Hebreus 12:2. E ainda:
“De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador” Hebreus 7:22.
c) É confiável, independentemente da idade
Tenho descoberto que a responsabilidade não é apenas para as pessoas mais
maduras na idade. Esta relação não é tão direta como alguns pensam. Tenho
dois exemplos que mostram tanto um quanto o outro e ambos se dão muito
bem.
O primeiro deles é o de Eliezer. Vejamos o texto: “E disse Abraão ao seu
servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía:
Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa,” Gênesis 24:2. Ele recebeu a
missão de ir buscar uma noiva para Isaque e o fez com excelência. Isto
ocorreu-lhe porque era alguém confiável.
Outro exemplo é o de Davi, quando viu Golias desafiar o exército de seu país.
Ele era jovem, mas não temeu em ir ao combate e assim vencer aquele que
tanto aprisionava o povo e difamava a Deus. “E Davi deixou a carga que
trouxera na mão do guarda da bagagem, e correu à batalha; e, chegando,
perguntou a seus irmãos se estavam bem” 1 Samuel 17:22.
Conhecemos o final da história.
Não espere ser velho e não tenha receio por sua tenra idade. As
responsabilidades são assumidas por pessoas como Eliezer e Davi que não
temem em fazer algo para Deus e para aqueles que são seus parceiros.
Temos exemplos de Jovens, como Daniel, Misael, Hananias e Azarias, na
Babilônia. Jeremias, em Judá. Ezequiel, na Babilônia. Ester, na Pérsia. José, no
Egito, que não temeram em assumir responsabilidades as quais foram
desafiados. Eles confiavam em Deus e venceram grandes desafios.
283
d) Age como dono, embora não sendo.
O Princípio da Responsabilidade nos convida a assumir compromissos agindo
como donos, embora tendo consciência de que não somos. Ora, como donos,
muitas de nossas ações com relação ao bem alheio não seriam aceitáveis,
inclusive por nós mesmo. Então muito mais que esperar alguém fazer, o dono
faz com que aconteça, e necessário sendo, ele mesmo “bota a mão na massa”
e resolve o problema. O dono fica até mais tarde. O dono sabe quanto custa.
O dono sabe quanto vai ganhar. O dono sabe onde investir. O dono Sabe onde
abrir nova filial.
Estamos trabalhando no reino de Deus não como “SERVOS”, mas fomos
chamados por Deus como donos e o termo que o Senhor usa é MORDOMO
que vem do termo em latim Major Domu, maior da casa. Nós fomos colocados
por Deus como maiores. Que ajamos da forma como os donos agem
Uma das qualidades mais vibrantes do Mordomo é o de dar satisfação.
Precisamos assumir como nossa esta grande atitude. Não deu para cumprir,
dê satisfação, não pode atender ao telefone agora, retorne a ligação no
primeiro momento, se puder atender, atenda, não deixe o telefone tocando.
Desligar o telefone para não ser incomodado é uma ação de
Irresponsabilidade, coisa que o mordomo não faz.
Observando agora este Princípio,
havemos de concordar que realmente
não deveríamos chamar ninguém de
CONCLUSÃO
irresponsável, porque não tem como
ainda alguém agir com tal procedência
recebendo de Deus a oportunidade de ser alguém que assume compromissos
exeqüíveis e que valoriza, PRINCIPALMENTE, as pessoas.
Não haja com irresponsabilidades, porque você não o é e tambem porque
muitos esperam por você, inclusive Deus.
284
Não Esqueça
1. O Princípio da Responsabilidade exige principalmente COMPROMISSO;
2. Os responsáveis crescem. Deus nos chamou à responsabilidade porque ele
acredita em nós e quer nosso crescimento;
3. Os lugares de destaques, quando assumidos por irresponsáveis, suas
permanências são vulneráveis, mas quando assumidos por responsáveis,
filhos de Deus, somente ele mesmos podem sair de lá;
4. Nosso papel de Cristãos exige que tenhamos ações responsáveis com a
sociedade, com a família, com os negócios. O nome disso tudo é
sustentabilidade que tem uma vertente verde, mas tambem indica a
permanência de nossas reais ações por muito tempo, cumprindo assim o que
o Senhor nos disse sobre o sal.
285
Título: Princípio da derrota
E Mica consagrou o levita, e aquele moço
lhe foi por sacerdote; e esteve em casa de
Mica.
OBJETIVOS:
Ensinar que muitas
vezes nós provocamos
a nossa derrota
Juízes 17:12
O que tem levado muitas pessoas a
terem uma vida de fracasso, de
derrotas, de intrigas, de medos? O Que
INTRODUÇÃO
tem levado tantas pessoas a não
quererem enfrentar a vida e serem
felizes? Existe algo que determina se
seremos vencedores ou perdedores. Existe um Princípio estabelecido, onde
são elencadas as formas e os modos como os caminhos que nos levam a uma
vida de derrota ou vitória são montados.
Deus não nos fez para sermos perdedores, mas vencedores. Ocorre que
muitas vezes nossas ações e a maneira como resolvemos encarar a vida tornase determinante em nosso fracasso e, registre-se, os derrotados, em número,
são mais que os vitoriosos. Ao analisarmos a Derrota como um Princípio, um
véu que obscurecia nosso conhecimento se abre, dando então motivos para
escolhermos não seguir tal Princípio, uma vez que sua existência não foi
motivada por nossa vontade, mas segui-lo depende unicamente de nós.
286
A história de Mica parece meio perdida na
Bíblia. Ela é feia, de conteúdo inadequado,
DESENVOLVImas retrata a realidade dos derrotados:
MENTO
Achar que estão agradando a Deus, agindo
segundo seus próprios conselhos. Este é
um dos motivos porque está ali registrada.
Outro é que Deus não tem nada a nos esconder. Para Ele verdade é verdade.
A mãe de Mica percebera o sumiço de mil e cem moedas de pratas,
aproximadamente 13 kg, mas não consegui descobrir quem havia furtado.
Então Mica, que furtara de sua mãe, confessou o crime. Nesse momento ela
pega a prata, diz que vai consagrar ao Senhor e entra numa tremenda
contradição ao dar o dinheiro para seu filho fazer uma imagem que lhe
servisse de deus. Embora ele tenha devolvido a ela as moedas, mesmo assim
ela separou uma parte e mandou construir uma imagem e a deu a seu filho.
Mica pega a imagem, junta com outros ídolos familiares, arruma os altares,
constrói uma casa de deuses, faz uma roupa sacerdotal, unge seu filho
sacerdote e depois pega um viajante levita, e o separa em definitivo como
sacerdote responsável por aqueles altares, e ainda o assalaria.
“E Mica consagrou o levita, e aquele moço lhe foi por sacerdote; e esteve em
casa de Mica” Juízes 17:12.
A história que, de início parecia sem sentido, torna-se totalmente necessária
ao conhecimento de que foi através deste ato de Mica que a idolatria por
adoração a imagens se iniciou em Israel, no tempo em que a casa de Deus
esteve em Siló.
Mica conseguiu atrair uma derrota muito grande, que atingiu toda a nação,
incluindo os sacerdotes. Mica nos mostra como seguir o Princípio da Derrota.
287
Primeiramente vamos definir, sob a ótica das escrituras, o que é DERROTA e o
que é a VITÓRIA, mas antes, deixe-me registrar algo que achei interessante na
eleição do Papa Francisco: Um líder da igreja estava quase que “achando
graça, o quanto estávamos perdendo para a Argentina”. Como se não
bastasse o futebol, dizia ele, agora até o Papa eles tinham ganhado de nós! Fiz
um comentário mencionando a ele que “existem certas lutas onde, a derrota,
é a melhor vitória”. É claro que para nós, cristãos brasileiros, um Papa de
nossa nação não seria algo benéfico. Imagine como a idolatria iria ganhar
espaço! Então perder para a Argentina era bom. Com isto chamo a atenção
para os seguintes fatos;
a) A derrota ou vitória depende do ponto de vista;
b) O ser um vitorioso ou um fracassado, depende do motivo o qual
estamos analisando;
c) O não aceitar certos desafios, não significa que a pessoa teve medo.
Em muitos casos significa prudência.
Feito isto, voltemos então ao que pretendíamos inicialmente que era
esclarecer sobre a conceituação. Uma das palavras esclarecedores deste
assunto foi proferida por
Jesus quando mencionou: “O
ladrão não vem senão a
roubar, a matar, e a destruir;
eu vim para que tenham
vida, e a tenham com
abundância” João 10:10.
Neste texto, ele relata inicialmente a derrota que é caracterizada em 03
pilares. Assim, entendemos que o que sustenta a derrota e a caracteriza é a
morte, o roubo e a destruição e o seu efeito é tanto para quem é vítima como
para quem é infrator, ou seja, tanto ao que mata como ao que morre, tanto
ao que rouba, como ao que é roubado, ao que destrói e ao que é destruído.
288
Jesus comenta tambem a
Vitória quando menciona
que veio para nos dar
vida, e assim a termos em
abundância. É lógico que
nem sempre o ter a
ausência de algo implique
que ainda não temos a vida de Jesus, uma vez já o termos recebido como
nosso senhor. Quando nossas ações são de uma pessoa que segue a Cristo,
então, o passar por algumas limitações, indica que estamos no caminho. Na
construção da vida abundante.
Esta construção está sustentada pelo ministério de Jesus que nos assegura
Vida, Trabalho e Edificação, assim aplicados em nova oportunidade de ser feliz
a cada manhã; trabalho de excelência no seu reino; e edificação de novas
vidas, como a nossa foi edificada.
Outro texto que tambem retrata as faces da Vitória e da Derrota está em
Isaías, num texto muito conhecido, que nos fala: “Se quiserdes, e
obedecerdes, comereis o bem desta terra. Mas se recusardes, e fordes
rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse”
Isaías 1:19-20. Olhando este texto, vejo claramente que a escolha quanto a
ser um derrotado ou um vitorioso recai sobre os nossos ombros e não sobre
os de Deus, como alguns assim o querem responsabilizar.
Agora que já temos pelo ao menos dois textos, podemos então concluir que a
derrota, aqui analisada, não é segundo a minha e nem a sua concepção, mas
segundo a de Deus e é de sua elaboração o resumo que nos fala que os
derrotados são:
- Dominados pelo inimigo que os incita a Matar (e morrer); - Ensinados pelo
próprio Diabo que os induz ao roubo e tambem a permitirem-se serem
289
roubados; - Guiados pelo maligno que os ensina a Destruir e serem destruídos;
- Está em nossas mãos a escolha, segundo as Escrituras Sagradas, o ser ou não
ser um DERROTADO. Seguir ou não o princípio da Derrota.
Uma vida vitoriosa não é necessariamente aquela onde somos bemaventurados ou bem realizados em tudo. Não. É aquela em que nós tínhamos
um desafio e o vencemos, ou ainda quando estávamos numa condição de
perdedores, e com a luta que adveio de nossa fé e vontade de lutar e de
passar esta barreira, nos possibilitou então galgar outro patamar. A interface
que fez com que galgássemos esse novo patamar e que nos projetou nesta
nova fase chama-se VITÓRIA.
Então vitória, como nos disse o Senhor, é uma vida abundante. Ora se é
abundante, então pode ter problemas, pode ter preocupações, perigos,
dificuldades, mas tem principalmente a certeza de que com Jesus a nossa
vida não será marcada pelo fracasso, mas sim pela vitória em cada uma destas
anuências.
Semelhantemente nos disse Isaías, quando colocou como pré-condição da
nossa vitória (de nós comermos o melhor da terra), o fato de obedecermos ao
Senhor. Desta forma, podemos resumir dizendo que uma vida vitoriosa é
aquela onde tem as lutas, as batalhas, mas em cada uma delas Deus nos faz
vitoriosos.
Qualquer análise, em qualquer texto bíblico, nos levará a mesma conclusão.
A Palavra de Jesus para nós é que não sejamos vitoriosos numa ou noutra
situação, mas em todas. Por isto o Apóstolo Paulo conclui esta síntese dizendo
que: “...em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele
que nos amou”. Romanos 8:37.
O que seria, então, uma vida de Derrota? É quando ocorre exatamente o
contrário de uma vida de vitória. Isto pode ser entendido quando nos vemos
290
ou vemos alguém num patamar, diria, adequado, e aí a pessoa começa a
decair. Vai descendo degrau por degrau até chegar ao fundo do poço. Quando
menciono descendo, não o aplico a elementos que são prejudiciais como o
orgulho, a presunção e outros nocivos à pessoa, mas na perspectiva de vida,
na qualidade, na motivação dos sonhos e na realização destes. Tudo isto é
uma derrota que vai se iniciando e tem dificuldade em paralisar-se. Jesus
deixou este Princípio da Derrota para que entendêssemos que para sermos
vitoriosos, nós precisaríamos estar ao lado dele e estender a nossa mão a ele
e assim sermos colocados, por ele, diante Deus, para sermos vitoriosos.
A derrota existe e não foi deixada pelo mal, mas ela existe para os maus.
Existe para que os maus vejam que o caminho no qual estão andando são
caminhos de morte. A cerca disto o Apóstolo Paulo registrou: “Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna,
por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23
Então morte, no sentido real da palavra e no sentido figurado, demonstra
uma forma de perda, de subtração. Ela evidencia que e derrota é exatamente
o contrário da Vitória.
Este Princípio, deixado por Deus, não foi para que fôssemos vítimas, mas para
que nós, uma vez o conhecendo, tomemos novas posturas e assim saiamos
daquela de perdedor, falido, desacreditado, de acabado, para uma vida em
que, realmente, a vitória seja marcada pela presença de Deus e pelas sábias
escolhas que Ele nos leva a fazer.
I - O que leva uma pessoa a ser DERROTADA, a seguir o PRINCÍPIO DA
DERROTA?
O Senhor nos fala para nós
encararmos a vida, não com a
perspectiva de um perdedor
ou de um derrotado. Veja
291
bem, o que torna a pessoa um derrotado não é o local onde ela se encontra, é
a perspectiva que ela adota para a sua própria vida e isto faz com que ela
permaneça decaída ou com que se levante. É uma relação direta. Então Deus
nos chama a termos uma nova perspectiva de vida, onde o pecado é
condenado, onde o distanciamento dele não é certo e onde o mal é tirado.
Nessa nova perspectiva nós vamos entender que somente em Jesus Cristo nós
podemos ser vitoriosos.
Imaginemos, pois, aquela pessoa que vive num lixão, às margens da sociedade
e de repente o evangelho começa a entrar na sua mente e em seu coração e
ela vai se olhando no espelho e passa a se ver não mais como os seus
antepassados ou companheiros, mas como alguém que pode mudar aquela
situação, como uma pessoa que pode trazer transformação aquele lugar.
Então a perspectiva de vida que ela vai assumir leva-lhe a uma vida de vitória.
Cuidado com as suas perspectivas! Quais tem sido as suas reais? Em que você
tem mirado? Em que você tem atirado? O que você tem desejado? O que
você tem planejado? O que você tem almejado? Estas perspectivas de vida é
que vão levar você a uma vida de Vitória e realmente não compartilhar com o
Princípio da Derrota.
Tem pessoas que são péssimas
nas
escolhas
de
seus
relacionamentos.
São
sonhadores e irreais.
Para uma pessoa que vai construir um relacionamento conjugal, deve fazer
isto com alguém que vai ajudá-la a sair do “buraco” onde está. Isto serve para
ambos os sexos. Não queira um relacionamento apenas como forma de
procriação. Não. Não é assim. O relacionamento é feito para que haja
construção, edificação. Para que haja crescimento. Então, muito mais que
procriar, está a responsabilidade com a função de criar, e quando assim
292
menciono refiro-me tambem a criar VALORES, criar MOTIVAÇÕES, criar outros
ambientes. Criar! Então não se relacione apenas para procriar, mas se
relacione com alguém que vai ajudar. Alguém que pode estender a mão e tirar
você do lugar onde está. Se não pensar diferente, estará passando aos seus
filhos uma responsabilidade que é sua.
Outro relacionamento que tambem é importante é o de amizade. Sem
desprezar ninguém, devemos escolher nossos amigos. Deus vai ministrar em
seu coração quais são aqueles que verdadeiramente o serão. Aquele que
serão os seus companheiros e que verdadeiramente vão ajudar você. Vejamos
como Salomão nos alerta, com relação a este assunto: “O que anda com os
sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído.” Provérbios
13:20.
Nós somos frutos da influência. Ora estamos influenciando, ora sendo
influenciados. Então a influência é algo muito latente no Ser Humano.
Cuidado com as amizades que você escolhe.
Deixe-me falar um dado interessante para você: A maioria das pessoas que
estão na igreja vieram através de um relacionamento. Ora por filiação,
parentesco ou por amizade. Vieram porque o parente o convidou, alguém o
chamou, alguém em quem ele confiava estendeu a mão e tirou daquele local
de derrota onde ela se encontrava. Nossos amigos devem sentir algo
semelhante conosco. Nossa mão deve ser muito parecida com a de Jesus, pois
primeiramente ele pegará a nossa, depois nós o ligaremos ao Senhor. Faça
isto com muito cuidado e oração.
Filtre seus relacionamentos. Filtre suas emoções. Isto é muito importante.
Tem pessoas que, por causa da má relação construída, abandonaram valores
morais e acabaram entrando no mundo da maldade, dando mais ênfase a tais
amigos que aos próprios pais, que são pessoas que nos amam de forma
verdadeira.
293
Outros relacionamentos que tambem são importantes, além dos já
mencionados, são os de negócios. Cuidado com estes relacionamentos e
posso assim orientar porque fui vítima de tais pessoas, que usadas pelo Diabo,
usurparam do que Deus tinha me dado e planejando o mal, por pouco não me
levaram a uma falência financeira. Quando penso neles, o sentimento que me
vêm é o de ódio, mas como Cristão, faço então a imediata correção para o de
perdão e assim vivo feliz, mas se alguém tivesse me orientado, como faço
agora com você, eu não teria entrado nesses apertos.
Salomão nos alerta que
devemos trabalhar segundo as
nossas forças: “Tudo quanto te
vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças...”
Eclesiastes 9:10. Este texto nos direciona a duas linhas de pensamento: Uma a
de não ser fraco, mas empenhar-se no que for fazer e a outra a de
reconhecimento de nosso limite. A primeira é muito comentada, mas a
segunda nos remete a um entendimento de que nós temos nossos limites,
nossas forças, nossas capacidades e quando trabalhamos acima destes,
acabamos sucumbindo à derrota. Reconheça seus limites, identifique suas
falhas e entenda que quando Deus nos chama a um pouco de esforço, Ele não
nos convida ao estresse e sim que trabalhemos no limite de nossa capacidade
e uma vez superando, somos então transferidos a outra categoria.
A pessoa que vive sempre acima, sem a orientação de Deus, e sem o Princípio
do Fortalecimento, já comentado aqui, torna-se um alvo muito fácil do
inimigo.
Cuidado ao mensurar os seus limites. Não aceite trabalhar abaixo de sua
capacidade e nem muito acima. Quando o peso for muito grande, a melhor
alternativa é pedir ajuda.
294
O Princípio da Derrota é latente em toda a Bíblia, mas em todas as ocorrências
sempre tem relação direta com o pecado, com a hipocrisia, com a
maquinação maligna e com o engano. O Salmista resume todo este nosso
discurso com as seguintes palavras:“Por isso os ímpios não subsistirão no
juízo, nem os pecadores na congregação dos justos” Salmos 1:5.
Quando estava numa luta tremenda para
resolver um problema que estava me
tornando um derrotado, tive um sonho,
CONCLUSÃO
numa madrugada em Brasília. No sonho,
eu e algumas pessoas entrávamos numa
casa e quando menos percebia existiam cães bravos naquela casa. Os
proprietários ficaram abismados de termos passado por eles. Neste momento
um se levanta, cheira os meus pés e morde com muita veemência. Não tive
como reagir. Começamos a gritar com aquele cão, mas era em vão. Pegava
uma madeira e o surrava, mas mesmo assim ele não soltava os meus pés. Daí
tive a idéia de queimá-lo (tocar fogo nele). Nesse momento, mesmo em
chamas ele ainda tecia ameaças contra mim, mas meus pés começaram a ser
livres.
É claro que aquele sonho era uma revelação de Deus de que o inimigo estava
tentando me prender e me amedrontar. Tambem que sua vontade era a de
que eu fosse um perdedor, que eu assumisse o Princípio da Derrota como algo
próprio, assim como fez Mica. No entanto, Deus revelou-me que a vitória vem
quando, com autoridade uso o FOGO de Deus. Não queira ir à guerra sozinho.
Conheço muitas pessoas que se aventuraram e hoje são derrotados. Não vá a
batalha desarmado. Conheço tambem muitos que hoje tem a vitória apenas
na lembrança. Enfrente a vida, os relacionamentos e os desafios, mas faça isto
com JESUS. Nunca despreze o FOGO (Espírito Santo) que Ele deixou para nós.
295
Foi bom ter estudado este Princípio. Durante sua escrita Deus levou-me à
lições práticas que hoje percebo o quanto foram importantes a mim, a minha
família e ao meu ministério.
Não Esqueça
1. O Princípio da Derrota é algo real, que devemos conhecer a fundo, mas sua
aplicação deve ser evitada por mim e por você;
2. Este Princípio serve como pré-julgamento das más ações e escolhas que
fazemos;
3. O “ser um DERROTADO” ou “VITORIOSO”, depende de como nós encaramos
a vida, os relacionamentos e os desafios. Também, é claro, que podemos
continuar sendo derrotados se os encararmos bem, deixando Jesus fora;
4. Deus nos fez para sermos vitoriosos, o simples fato de não crer nisto, já nos
coloca do outro lado.
296
Título: Princípio do esclarecimento
E, havendo ele dito estas palavras,
partiram os judeus, tendo entre si grande
contenda
OBJETIVOS:
Mostar o quanto
podemos ser felizes, ao
nos tornarmos
esclarecidos
Atos 28.29
INTRODUÇÃO
Você já ouviu falar da ignorância, e não
apenas naquela forma rudimentar de
tratar alguém, mas tambem da
ausência de esclarecimento ou
conhecimento de algo.
Em conversa com uma pessoa acerca das coisas de Deus, fiquei boquiaberto
com suas declarações de que não acreditava em nada, que não tinha
nenhuma preocupação com sua vida após a morte e que cria que a vida se
resumia aos seus dias na terra. Aquele homem cauterizou a sua mente contra
o conhecimento ao ponto de tornar-se difícil convencê-lo de algo diferente.
Faltava-lhe o Esclarecimento.
Esclarecimento não é apenas um conceito que explique o antídoto para a
ignorância, é um Princípio que deve ser estudado e trazido à prática, pois sua
aplicação torna evidente a vontade de Deus em comunicar-nos seus projetos
de maneira clara e precisa.
297
DESENVOLVIMENTO
O encontro de Paulo com a Igreja que
estava em Roma, retratado no último
capítulo de Atos, não foi um dos
melhores. Diria que ficou certo ar de
frustração.
Quando Paulo escreveu a Epístola destinada a esta igreja, ele a aconselhou, a
ensinou e a preparou para a uma vida cristã irrepreensível no serviço celestial.
Chegou até a elogiar o trabalho que era feito. Aquelas belas palavras
provocaram-lhes certa euforia em conhecer pessoalmente a Paulo. Ocorre
que eles não esperavam que o Apóstolo fosse visitá-los como um prisioneiro.
Era algo que estava fora de qualquer plano e por mais que demonstrassem
certa cortesia e atenção, ao recepcioná-lo, suas palavras não foram suficientes
para persuadir a todos a crerem que aquela tambem era uma obra de Deus e
que o fato de ele estar prisioneiro não tirava o brilho da Palavra que tinham
recebido pela epístola.
O Livro de Atos é encerrado mencionando que eles abandonaram o homem
de Deus, tendo entre si grande contenda.
O que ocorreu com aquela igreja? Eles teriam se decepcionado ao verem
Paulo preso, em contradição ao que lhes tinha sido enviado na carta? O
encontro teria sido frustrante? O evangelho não lhes deveria ter sido
anunciado por um homem preso? O que explica este fato?
Existem muitas respostas que poderiam ser convincentes, mas uma sobrepuja
a qualquer explicação. Eles entraram em dissensão, porque lhes faltou o
Princípio do Esclarecimento.Quando não buscamos este Princípio,
naturalmente atraímos sentimentos de esvaziamento da razão e acabamos
cometendo ações que serão motivos de arrependimento, quando bem
pensado. Por sua ausência muitas loucuras têm sido cometidas, por pessoas,
diria, de boa sanidade. Por sua falta, excelentes profissionais têm visto
298
grandes oportunidades apenas de longe. Por sua negligência, famílias inteiras
são desfeitas, amores antigos abandonados e inspirações divinas desprezadas.
Não há como ser feliz, sem observá-lo.
Este Princípio funciona
como um processador de
resultados.
Toda pessoa recebe,
INFORMAÇÃO, ESTUDO
(que é transformado em
conhecimento)
e
CRÍTICA, mas poucas
conseguem transformar
em
ESCLARECIMENTO
acerca de algo.
Geralmente, quem não observa este Princípio, transforma a INFORMAÇÃO em
elemento de discussão vazia, ou mesmo a menospreza. Quanto ao ESTUDO, a
pessoa considera desprezível e as CRÍTICAS são sempre vistas como negativas.
Já os que buscam o Princípio do Esclarecimento, pegam a INFORMAÇÃO sobre
algo e transformam aquilo em elemento de trabalho. Pegam o estudo e
compreende que somente por este caminho é que logrará êxito. E quanto às
críticas ele as vê de duas formas: a) Sempre trazem algo a ensinar; b) Se não
forem úteis, apenas as desprezam.
299
O Princípio do Esclarecimento nos leva a COMPREENDER. Logo a
compreensão evita discussões infundadas e permeia trazendo alegria à alma,
uma vez tirá-la da obscuridade. Ele nos possibilita fazer comunicações reais de
ocorridos, de maneira clara e tambem de exposição de idéias e vontades,
levando em consideração as opiniões favoráveis e contrária. Tambem nos leva
a associar fatos, evitando que tomemos decisões precipitadas, baseadas em
elementos vazios.
Como um processador, age onde as informações, o estudo e as críticas entram
e são processadas, dando então vazão à compreensão, à comunicação e a
associação de fatos. Acerca deste assunto o Apóstolo Paulo faz algumas
considerações, que julgo serem de extrema importância. Uma delas diz
respeito ao que ele chama de mistério de Cristo, que consiste no fato de como
o Evangelho podia nos ser anunciado. Isto só foi possível pelo Princípio da
Esclarecimento, vejamos:
“Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério
de Cristo, O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens,
como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e
profetas; A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e
participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; Do qual fui feito
ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação
do seu poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça
de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas
incompreensíveis de Cristo,” Ef 3:4-8
A outra consideração relaciona-se com interpretação pessoal e mentirosa das
Sagradas Escrituras. “Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de
humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando
debalde inchado na sua carnal compreensão, E não ligado à cabeça, da qual
todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo
em aumento de Deus” Cl 2:18-19
300
O Princípio do Esclarecimento não atua apenas na esfera espiritual, embora
traga consigo elementos de suma importância e utilidade como a visão, a
interpretação de mistério e a revelação de algo oculto. Ele atua tambem na
esfera humana, tornando-nos melhores ouvidores de algo, menos
precipitados, mais assertivos e sábios nas colocações e decisões. Isto nos leva
a entender que não necessitamos ser esclarecidos apenas nas coisas
espirituais, mas nas seculares, inclusive. O contrário é tambem é verdadeiro.
Vejo pessoas ignorando este Princípio e tornando-se alheios, ora ao que tem
no mundo, ora ao que tem no Reino de Deus. É bom lembrarmos que se não
nos esforçarmos, acabaremos cedendo a qualquer vento de heresias ou
mesmo não querendo seguir no Reino de Deus, por achar desnecessário tal
entendimento. Isto é um grande perigo!
Deus sempre desejou nos esclarecer sua vontade e motivado por isto, Ele
nunca age na obscuridade, tornando-nos meros elementos de seus planos,
mas coloca-nos no centro de suas atenções. Vejamos alguns exemplos:
- ABRAÃO
Em certa ocasião Abraão estava junto aos carvalhos de Manre quando
observou que 03 pessoas se aproximavam dele. Ao olhar bem, o patriarca
percebe não tratar de pessoas comuns, mas representações do próprio Deus.
Ele então os recepciona, prepara-lhes um banquete e quando estavam saindo,
rumo a Sodoma, comentaram uns com os outros: “E disse o SENHOR:
Ocultarei eu a Abraão o que faço, Visto que Abraão certamente virá a ser
uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da
terra? Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus
filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR,
para agir com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que
acerca dele tem falado” Gênesis 18:17-19. Neste texto, Deus evidencia que
não deseja que tenhamos dúvidas com relação ao seus planos, ou seja, que
301
acha bom compartilhar conosco. Trazer-nos o esclarecimento. No entanto,
cabe deixar ESCLARECIDO que Deus não o fará a uma pessoa despreparada,
sem compromisso e sem conhecimento das Sagradas Letras. Se assim o fizer,
transformará o ESCLARECIMENTO em MOTIVOS DE HERESIAS. Veja quantas
existem!
Sendo sabedor da vontade de Deus, Abraão pôde então interceder por aquele
povo e teve Deus como justo, ao verificar que a maldade daquele lugar era
realmente grande e que trazer correção não seria um ato de tirania de Deus,
mas de tratamento de um mal cujo impacto negativo era de grandes
proporções. Para termos uma idéia, o pecado cometido por aquele povo,
conhecido como sodomismo, ultrapassou as barreiras do fogo visto por Ló,
contaminou reinos, destruiu nações e até hoje mostra sua cara, tornando-se
evidente nos últimos dias pelo apoio recebido dos meios de comunicação e do
próprio governo no financiamento de passeatas homossexuais.
- SANSÃO
Manoá era da tribo de Dã e sua esposa era estéril. Um dia o anjo do Senhor
apareceu a sua esposa disse que sua esterilidade seria posta fim, ao nascerlhe um menino. Esta criança seria um nazireu de Deus.
Muito perturbada ela contou ao seu esposo que orou ao Senhor pedindo que
o homem a qual sua esposa tinha visto, votasse a aparecer.
Um dia ela estava no campo e o anjo do Senhor apareceu-lhe novamente e ela
correu a chamar Manoá. Ao aproximar-se do anjo, Manoá perguntou alguns
detalhes sobre como seria a criação do menino. Depois quis oferecer-lhe uma
refeição. Até este momento Manoá não sabia que se tratava do anjo do
Senhor.
Deus enviou o seu anjo a mostrar, a esclarecer a Manoá sobre como deveria
criar e educar seu filho, que recebeu o nome de Sansão. “E nunca mais
302
apareceu o anjo do SENHOR a Manoá, nem a sua mulher; então
compreendeu Manoá que era o anjo do SENHOR” Jz 13:21
A vida de Sansão foi iniciada dentro de um ESCLARECIMENTO. No entanto,
pela não observância deste grande Princípio acabou sucumbindo num templo
filisteu.
Sempre, antes de acontecer algo prejudicial, Deus me revela. Sei que Ele faz
isto com muitas pessoas, tornando-se evidente não tratar-se apenas de um
bom proceder, mas de um Princípio. É algo que Deus assumiu como regra e
assim coloca em prática a todos que desejam saber, vejamos como a Escritura
nos ensina: “Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os
mortos, e Cristo te esclarecerá” Ef 5:14. Deus tem prazer em nos esclarecer
algo,
para
isto
precisamos ter coração
aberto para aprender,
aceitar desafios e não ter
medo de ousar em Deus.
De
maneira
muito
simples,
podemos
afirmar que Deus quer
nos esclarecer acerca
dos
seus
planos,
propósitos, vontades, de
sua forma de trabalho,
sobre como ocorre o crescimento, sobre como devemos nos portar em seus
planos, sobre a evazividade e ainda o que está por traz de uma mensagem a
qual não entendemos de imediato.
Recentemente tive uma experiência muito forte deste esclarecimento e pude
então compreender que não estava sozinho, que Deus estava trabalhando e
303
que as orações teriam efeito com a minha ação. Após esta compreensão
grandes dificuldades foram derribadas e o caminho de muitas conquistas foi
aberto. Então, não há porque ficar na obscuridade, vamos juntos aprender
sobre como Deus nos Esclarece.
- DOS PLANOS, PROPÓSITOS E DESEJOS
Deus tem um plano para cada um de nós. Isto não é uma frase de efeito. É
uma grande verdade que precisamos assumir como únicas em nossa vida.
Vejo muitas pessoas aplicando errado este plano, numa visão muito
imediatista.
Tomemos como exemplo a igreja apostólica. Eles entendiam, pela falta da
busca do Princípio do Esclarecimento, que Cristo iria voltar no dia seguinte.
Por este motivo eles vendiam tudo, largavam tudo, abandonavam tudo e não
atentavam que o TUDO de Deus passava pelo esclarecimento acerca de seus
planos.
Preciso foi Deus agir de muitas maneiras, chamar outros pregadores, anunciar
o Evangelho noutros lugares, trazer transformação na vida de outras pessoas,
porque aquela igreja tinha confundido plano com IMEDIATISMO.
Deus age no imediatismo, desde que isto tenha sido planejado, ou seja, para
Deus não há imediatismo, há planos, projetos e vontades.
Quando era criança queria abandonar tudo porque Jesus estava voltando e
não adiantava mais estudar, crescer, ter família. Pra quê, se fim do mundo
estava próximo? Depois, ao ler as Escrituras, fui esclarecido pelo Senhor que
não era desta forma. Existiam muitas evidências que estavam por vir e muitos
sinais a se cumprirem. Hoje entendo que a sua volta está muito mais próxima,
pelos sinais dos tempos, que quando era criança.
Se eu tivesse sido orientado, quando naquela época, teria tomado outras
posturas, ganhado mais almas, preparado melhor o ministério e vivido melhor
304
a vontade de Deus. Vejamos então que o Esclarecimento da vontade de Deus,
de seus planos e vontades, não é algo somente ESPIRITUAL. É uma lição que
aprendemos no dia-a-dia, sendo ministrado, estudando a Palavra de Deus. É
algo que é repassado.
A pergunta em pauta então é esta: VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA MINISTRAR
A VONTADE DE DEUS AS OUTRAS PESSOAS? VOCÊ SABE QUAL É A VONTADE
DE DEUS?
Fique tranqüilo. Não são perguntas de fáceis respostas, mas indicam
exatamente qual é o nosso papel.
Somos embaixadores do Reino de Deus. Somos porta-vozes de sua Palavra.
Somos condutores de vida ao arrependimento, através do Espírito Santo.
Somos soldados numa grande batalha e pelejamos pelo bem.
Quando aos planos de Deus, que são muitos, podemos ter um norte através
da sua palavra: “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao
conhecimento da verdade” 1Tm 2:4
Sabe aquela história da Arca de Noé? Pois é. Estamos noutra fase e a salvação
não é somente para você e sua família (juntamente com o animais). É para
todos os homens. A história do Patriarca foi uma alegoria da vontade de Deus,
onde os animais são símbolos das muitas formas e raças de pessoas que
podem adentrar na Arca que é JESUS.
Quanto aos propósitos de Deus eles aparecem em muita clareza nas profecias,
principalmente nas de Isaías, no entanto elas apontam para um julgamento
das nações e estas profecias são esclarecidas, para nossos dias, com as
palavras de Paulo, quando escreveu sobre o ministério de Jesus, vejamos: “De
tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude
dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; Nele,
digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados,
305
conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho
da sua vontade; Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que
primeiro esperamos em Cristo” Ef 1:10-12. Este texto nos evidencia que o
PROPÓSITO de Deus é de nos ajuntar em Jesus Cristo, fazendo assim um
grande corpo de santos. Ignorar este propósito é escolher estar fora, e o
cumprimento dele é certo. Isto foi evidenciado por Jó, quando mencionou:
“Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser
impedido” Jó 42:2
Quanto ao desejo de Deus, ele está voltado para nossa felicidade, para a
alegria dos seus filhos. Nós estamos totalmente dentro deste desejo. O Céu é
para nós.
- DE SUA FORMA DE TRABALHAR
Deus tem a sua forma de Trabalhar e esta se difere da minha e da sua. Se
estamos entregues ao seu governo, então não há porque reclamar quando
suas leis nos são aplicadas.
Tem muita gente inteligente querendo ensinar a Deus. Isto é bobagem. Ele
sabe todas as coisas. Ele escreve o futuro. Registra o Passado. Muda o
presente. A melhor maneira de entender Deus, de ser esclarecido quando a
sua forma de trabalho é através da entrega total ao seu terno e maravilhoso
governo. Esta entrega nos esvazia de nós mesmo e nos enche do seu Espírito.
A partir daí, qualquer mudança sempre ocorrerá para o nosso bem. Ele tem a
capacidade de transformar situações desagradáveis em belos testemunhos de
vitória.Deus está com você.
- A QUESTÃO DA ESCADA (Crescimento)
Os elevadores existem desde pelo ao menos 1.500 a.C. Naquela época os
egípcios já utilizavam de formas rudimentares para elevar as águas do Nilo. As
formas modernas começaram a ser produzidas somente a partir de 1.853 d.C.
306
Foram mais de 3.000 anos para se aprimorar algo que hoje é tão útil. As
escadas, então, estas é que são antigas.
Tem uma que muitos parecem que não desejam ser esclarecidas sobre ela. É a
escada celestial, ou espiritual.É simples. Trata-se da forma como Jacó viu os
anjos descendo e subindo, para ali determinar que existia um lugar que dava
acesso diretamente ao Céu. Após aquela visão a vida de Jacó começou a ser
mudada e as profecias sobre ele iniciaram um período de cumprimento. Anos
depois Deus ainda se lembrava do altar que tinha erguido, na ocasião da vista
das escadas.
Nosso acesso a Deus, em muitas ocasiões são feitas através de escadas e
como cristãos estamos subindo uma grande escada que nos leva ao Pai. Um
dia estaremos tão alto, que seremos então arrebatados pelo Senhor. Aqueles
que não observam a vida cristã desta forma, encontrarão dificuldades de
serem achados pelo Senhor, quando da ocasião do arrebatamento da Igreja,
pois estará muito envolvido nas caminhadas horizontais, enquanto Deus nos
chama para uma caminhada vertical, que só é feita através de escadas
(aprendizados diários).
A grande diferença entre o a marcha do povo de Israel do Egito para Canaã e
da Igreja da Terra para o Céu, é que enquanto um caminhava na
horizontalidade, nós caminhamos na verticalidade, por isto é que não
deveremos nos embaraçar com as coisas deste mundo. É uma ESCADA.
Quem teve visão semelhante deste escalonamento celestial foi Paulo que
menciona ter ido até o terceiro céu. Ora se é terceiro (degrau) é porque
existem o primeiro e o segundo!
Quanto mais alto, mais próximos de Deus estivermos, mas cresceremos em
nossa dimensão de fé e sairemos das dimensões mais baixas, ou iniciais, e
passaremos à segunda, terceira, quarta, quinta... “Até que todos cheguemos
307
à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à
medida da estatura completa de Cristo” Ef 4:13
- DE NOSSA ATUAÇÃO
Muitas vezes assumimos um papel de passividade que extrapola qualquer boa
aceitação. Esperamos. Confiamos. Acreditamos. Pregamos... mas não temos
ações que demonstrem todas estas que estão apenas em nosso interior.
Nosso papel no Reino de Deus, não é apenas de passividades, mas de ação, de
movimentação, de determinação de conquistas, de demarcação de territórios.
Então devemos esperar, confiar, acreditar, pregar... em cima de uma ação
concreta.
Ninguém espera o ônibus na porta de casa, mas no lugar certo de ele passar e
parar. Ninguém confia sem correr riscos. Ninguém acredita sem saber que
muitas vezes não ocorre como planejou e sem conhecer o valor de sua fé.
Ninguém prega (ou ministra publicamente) algo a qual ele não seja exemplo.
Então fiquemos esclarecidos disto: DEUS QUER QUE SIGAMOS O EXEMPLO
MAIOR QUE NOS CONFIOU: JESUS. Pegue um mapa das viagens que ele fez e
veja o quanto ficou parado!
Ele agiu, falou, ministrou, curou, acreditou, sacrificou-se a fim de nos garantir
o reino.
- NÃO SATISFAZER-SE COM RESPOSTAS EVAZIVAS
Tenho compreendido com cada vez mais clareza que a evazividade não faz
parte de um relacionamento maduro. As crianças são meu maior exemplo.
Quantas vezes respondo a um filho que me pergunta onde eu estava, com um
simples “Ali”. É claro a próxima pergunta é ainda mais desafiadora: “ALI,
AONDE, TEM NOME, LOCA, PESSOAS, FAZENDO O QUE?”
308
Não fique pensando que Deus quer tenhamos com ele este relacionamento
de poucas palavras, ou termos que nada indicam. A evazividade, está longe
dos propósitos do Senhor.
Para melhor esclarecimento, basta lembrar-se da resposta de Caim e da outra
pergunta do Senhor, que soa com o tom de “diga-me a verdade”: “E disse o
SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu
guardador do meu irmão? E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu
irmão clama a mim desde a terra.” Gn 4:9-10
Deus é detalhista e conversa com ele requer um aprofundamento do tema,
das descrições, dos ocorridos dos fatos e de muito mais.
- SABER QUE EXISTE ALGO POR TRÁS
A percepção das intenções das palavras é uma das lições mais difíceis de um
relacionamento. Isto porque podemos mentir com ar de verdade e contar
uma verdade com ar de mentira.
Estava num grande congresso e na hora de receber a oração, Deus falou-me
claramente por várias vezes: LEIA O CORAÇÃO. LEIA O CORAÇÃO. A partir de
então entendi que Deus queria que eu não lesse apenas (ouvisse) as palavras
proferidas por alguém, mas que conhecesse o intento, o objetivo, a real
mensagem, pois somente assim é que iria ter mais êxito. Aprendi esta lição e
tenho sido mais atento ao que ouço, sabendo que existe algo por trás.
Quanto mais conhecimento, mais
esclarecidos
seremos.
Pessoas
esclarecidas podem ajudar mais que as
CONCLUSÃO
ignorantes. Quanto mais ajudadoras mais
úteis, quanto úteis mais vitais. Isto é o
que rege o PRINCÍPIO DO ESCLARECIMENTO, então seja esclarecido que Deus
tem um ESCLARECIMENTO de TUDO, para nos fazer TUDO Nele.
309
Não Esqueça
1. O grande diferencial do Ministério de Paulo para o de outros, não está no
CHAMADO e sim na prática deste chamado. Ele buscou de Deus o
esclarecimento de temas que até então ninguém nem imaginava que estava
existisse, muito menos que estivesse oculto. Como resultado nos passou
lindos ensinamentos sobre o ministério de Jesus e de sua Igreja. Agora que já
conhecemos este primeiro Degrau, devemos lembrar que Deus tem muito
mais a nos ESCLARECER;
2. Este Princípio nos coloca no Alvo, no Centro da vontade de Deus.
3. A ignorância (tanto pela falta de esclarecimento como pela ação não
pensada) é uma brecha muito grande que abrimos e torna-se um impeditivo
das bênçãos do Senhor;
4. Estamos matriculados numa grande escola. Os professores são os mesmos
para todos, o que nos diferenciará é a nossa capacidade aplicada de buscar
esclarecimentos adicionais, sobre algo que foi falado em sala de Aula a todos.
Então tão importante quanto estar sentado na carteira, aprendendo, é
levantar-se e ir à biblioteca e continuar pesquisando.
310
Título: Princípio do temor
Sobe a Gileade, e toma bálsamo, ó virgem
filha do Egito; debalde multiplicas
remédios; não há cura para ti.
OBJETIVOS:
Evidenciar o grande
valor que segue por
tras de tão pequena
palavra.
Jeremias 46.11
O estado caótico que se encontravam
os filhos de Israel, na Época de
Jeremias, mostrava que há muito
INTRODUÇÃO
haviam cometido um erro gravíssimo.
Não obstante, muitos de nós
cometemos o mesmo erro daquela nação e acabamos, tambem, sofrendo os
vexames da opressão, do engano, da mortandade e da prisão. Qual é o elo
existente entre nós e a geração de Jeremias, em se tratando do tamanho
vexame a qual tambem somos submetidos? O que a Bíblia tem a nos ensinar,
quando menciona a queda de Judá e sua consequente deportação à
Babilônia?
Muitas respostas podem ser dadas, mas todas elas terão como âncora um
Princípio divino que ambos, tanto a geração de Jeremias, como a anterior e
posterior, até chegar a nossos dias, têm quebrado: O Princípio do Temor.
Existe algo muito forte neste ensinamento. É sobre esta questão que desejo
meditar com você, neste maravilhoso Princípio do Temor.
311
Para qualquer cristão de meia-idade a
resposta a uma pergunta sobre o que
antecede a honra, é consensada como
DESENVOLVI“a humildade” e para a sabedoria
MENTO
tambem encontramos resposta em
côro: “o temor do Senhor”. É uma
grande verdade e está em consonância ao que nos foi ensinado pelo Senhor
através de Jó, do salmista e de Salomão, quando juntos (apesar de ser em
épocas diferentes) falaram a mesma coisa: “...Eis que o temor do Senhor é a
sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência” Jó 28:28, “O temor do
SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência”
Pv 9:10, “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento
têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece
para sempre.” Sl 111:10.
Assim como a resposta é côro, tambem o é em nosso conhecimento, quando
temos consciência de que sem temer a Deus não temos como ser pessoas
boas. Embora sendo sabedores disto, o que mais vemos, nesses últimos
tempos, principalmente no meio cristão, é uma disseminação muito forte da
falta de temor. As pessoas estão trocando o temor pela irreverência, pela
normalidade, pela mesmice. Estão cometendo um tremendo engano, não
dando o temor devido na hora da celebração, no momento da oração e nem
mesmo quando se referem ao nome do Senhor.
Israel pensou que Deus era NORMAL. Que era natural considerá-lo comum,
não dando a Ele a devida honra e o temor. Eles pereceram neste pensamento
e muitos de nós caminhamos na mesma estrada.
Satanás tem levado as pessoas a quebrarem o Princípio do Temor para que
tambem sejam feitas escravas, como foram Israel e Judá, bem como o Egito,
conforme a palavra que lemos em Jeremias, quando o Senhor o orienta a
subir à Gileade buscar bálsamo, pois os muitos remédios não o podiam curar.
312
Este fato foi tambem comentado por Salomão que nos instrui sobre o que é o
Temor, quando se refere a Deus: “O temor do SENHOR é odiar o mal; a
soberba e a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu odeio” Pv 8:13.
Vejamos que não é apenas uma conceituação, mas um chamado a ação de
não querer ter relacionamento com outros cinco elementos extremamente
nocivos: LIGAÇÃO COM O MAL, SOBERBA, ARROGÂNCIA, ANDAR NO MAU
CAMINHO E TER BOCA PERVERSA. A lição, é claro, não se encerra aí, então
Salomão nos diz qual o reflexo do temor em nossa vida: “No temor do
SENHOR há firme confiança e ele será um refúgio para seus filhos” Pv 14:26.
TEMOR X MEDO
“No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o
temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor” 1 Jo 4:18.
O texto acima apresenta o temor como a vertente do MEDO. Temor é isto ou
a leitura que fazemos é incompleta?
Muitos confundem TEMOR com MEDO. São coisas diferentes. Enquanto o
medo nos direciona a um distanciamento, o temor nos ensina sobre o
respeito, sobre o reconhecimento de autoridade e sobre a maioridade de
alguém sobre nós. Então não é por MEDO que devemos manter distância de
Deus e até mesmo fazer SINAL DE CRUZ quando passamos próximo a uma
igreja, mas é pelo RESPEITO de podemos chamar a Deus de Pai e nos
aproximarmos dele com a condição de filho e não a
Os ESCRAVOS têm
de escravo. Veja como ocorre numa relação
MEDO. Os filhos têm
meramente humana, onde não há temor, há
TEMOR.
desrespeito, descabimento e o uso de termos de
baixo calão torna-se comum.
Aprendemos como nos dirigir ao Juiz, ao Governador ou a outra Autoridade
de mesmo porte e assim o fazemos. Não chamamos o Juiz de “você”. O
Governador de “cara” e nem o Presidente da República de “moleque”. Os
313
tratamos com termos adequados não por MEDO, mas por respeito e como
pano de fundo a este respeito está o TEMOR.
O respeito, quando bem aplicado, é alvo de uso nos relacionamentos entre
pais e filhos e tambem entre pessoas iguais.
Os pais NUNCA devem ser chamados de VOCÊ. Este termo utilizamos para
tratar pessoas do nosso mesmo nível. Os pais devem ser tratados de SENHOR
ou SENHORA. Muitos filhos quebram o Princípio do Temor, sem nem mesmo
perceberem, ao tratarem seus pais de maneira comum como “você e tu”.
Assim como não podemos entrar em num tribunal com qualquer vestimenta,
numa reunião com um Ministro de Estado ou com o Governador ou Prefeito,
sem a roupa adequada, tambem não podemos nos aproximar de Deus, para
uma celebração, de qualquer forma. É necessário colocar a melhor roupa,
passar o melhor perfume, causar uma boa impressão, ser agradável no
recinto, portar-se decentemente, falar adequadamente.... Isto é TEMOR.
As pessoas, cada vez mais, estão querendo ir para o culto com a roupa que se
usa na praia, ou em casa, num momento de descanso, ou ainda com a da
prática do esporte. Não é assim. Isto demonstra um despreparo muito grande
para tratar do que Deus quer nos ministrar.
Quanto à oferta, aí está outra grande demonstração de falta de temor. As
pessoas querem ofertar aos pastores ou líderes da igreja, roupa velha, roupa
usada, peça de marido que já faleceu... E quando o assunto é oferta no
templo querem submeter ao Senhor a oferta mais medíocre, o animal mais
feio... o aleijado, o coxo, o cego, o magrelo, ou ainda aquele que estava
sobrando no rebanho. Mesmo assim querem que a oferta seja aceita. É um
engano. O Senhor trata deste assunto com muita clareza, quando menciona
através do Ministério de Malaquias: “O filho honra o pai, e o servo o seu
senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde
está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que
314
desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu
nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te
havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível.
Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E
quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao
teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua
pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos”. Ml 1:6-8.
A proposta do Senhor, para casos como os descritos por Malaquias, é simples:
Quer apresentar algo ruim para o Senhor? Apresente primeiro ao Governador
do seu Estado e veja se ele aceita!
Devemos ofertar ao Senhor aquilo que gostamos. O melhor, o mais saudável,
o mais adequado ao uso. Nunca devemos ofertar aos nossos irmãos, roupas
velhas e usadas, isto é uma falta de consideração muito grande e um exemplo
da falta do Princípio do Temor.
TEMOR X PRÓXIMO
Pela ausência do Temor no relacionamento com o próximo, muitas amizades
são desfeitas e relacionamentos conjugais entram em crise. Precisamos,
realmente, repensar esta situação.
A Bíblia nos dá direções certas de como devemos tratar deste assunto,
evitando que situações de animosidades sejam desenvolvidas em nossos
relacionamentos. O salmista alerta que ele é motivador de aumento de dias
de vida: “O temor do SENHOR aumenta os dias, mas os perversos terão os
anos da vida abreviados” Pv 10:27.
a) No pagamento do contratado.
Jacó havia trabalhado para seu sogro, Labão, que tambem era seu tio, por
muitos anos e neste período constituíra família e assumira responsabilidades
315
diferentes das que tinha, enquanto solteiro. Estas careciam de maior atenção
e dispêndios financeiros.
Seu sogro nunca foi leal com ele e por dez vezes mudou sua forma de
remunerá-lo. Quando Jacó percebeu que a situação estava tomando
proporções desagradáveis, resolveu então juntar o que tinha conseguido com
o fruto do seu trabalho e voltar às terras de seu pai.
Quando Labão soube que Jacó havia partido, procurou-o até encontrá-lo, a
fim de manietá-lo e levá-lo novamente ao serviço “escravo”. Antes de Labão o
apanhar, o Anjo do Senhor apareceu para ele em sonhos, e ordenou-lhe que
não tocasse em Jacó, sob duras penas. No encontro dos dois, no dia seguinte,
Jacó, respondendo a pergunta de Labão sobre o porquê de sua fuga, fala algo
forte e verdadeiro, que serve para nossa orientação hoje. “Se o Deus de meu
pai, o Deus de Abraão e o temor de Isaque não fora comigo, por certo me
despedirias agora vazio. Deus atendeu à minha aflição, e ao trabalho das
minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite” Gn 31:42.
Jacó falou ao seu tio que o TEMOR de ISAQUE fora com ele, de modo que,
amparado por Deus, não partira de mãos vazias. Labão conheceu muito perto
e aprendeu a lição que num relacionamento funcional é necessário haver o
temor de um para com o outro.
O temor ELIMINA a PREPOTÊNCIA: “Nada façais por contenda ou por
vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si”
Fp 2:3.
b) No exercício do governo.
Este assunto precisou ser pautado novamente nas Escrituras, transformandose em lei que todos deveriam observar, sendo mencionado por mais de uma
ocasião: “Ninguém, pois, engane ao seu próximo; mas terás temor do teu
Deus; porque eu sou o SENHOR vosso Deus”. Lv 25:17, sendo, inclusive
316
acrescentado de contrariações, atos como opressão ao próximo pela cobrança
de juros e pela toma de algo com rigor: “Não tomarás dele juros, nem ganho;
mas do teu Deus terás temor, para que teu irmão viva contigo” Lv 25:36,
“Não te assenhorearás dele com rigor, mas do teu Deus terás temor” Lv
25:43.
Nesta relação humana, aplica-se também o exercício do ato de superioridade,
ou governo e a lição vem de Neemias, vejamos: “Mas os primeiros
governadores, que foram antes de mim, oprimiram o povo, e tomaram-lhe
pão e vinho e, além disso, quarenta siclos de prata, como também os seus
servos dominavam sobre o povo; porém eu assim não fiz, por causa do
temor de Deus” Ne 5:15. Neemias nos ensina que foi por causa do temor ao
Senhor que seu governo foi regido de forma mais humana e harmônica, e
devido a estas ações houve paz em Israel. Onde não há temor do Senhor,
principalmente executado por governantes, há uma corrupção generalizada
que se alastra, saindo da esfera governamental e adentrando nos lares,
tornando-o num lugar onde a desonra prevalece.
Abraão passou por uma situação onde viu que a falta de temor nos
relacionamentos seria suficiente para que fosse morto: “E disse Abraão:
Porque eu dizia comigo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e
eles me matarão por causa da minha mulher” Gn 20:11.
Ao escrever aos Romanos, Paulo tambem retrata a mesma maldade vista por
Abraão, evidenciando nossa necessidade de uma postura diferente daquela
encontrada no mundo: “Não há temor de Deus diante de seus olhos”. Rm
3:18, por isto o Apóstolo nos instrui a como proceder: “Portanto, dai a cada
um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem
temor, temor; a quem honra, honra”Rm 13:7.
É necessário que pessoas que exercem liderança façam-na dentro do Princípio
do Temor, pois assim procedendo, a bênção de Deus os acompanha. Um
317
exemplo claro desta verdade vem do Rei Josafá, que era um homem que
temia ao Senhor e o colocava em suas decisões. Por este motivo, durante o
seu reinado, aqueles que eram acostumados a virem roubar de Israel,
passaram a vir presentear o rei. Foi uma mudança drástica de atitude do
inimigo. Isto nos ensina que nosso Temor ao Senhor age de forma atenuante
no inimigo, deixando-o desguarnecido e ao invés de nos assaltar, passa a
trazer presentes: “E veio o temor do SENHOR sobre todos os reinos das
terras, que estavam ao redor de Judá, e não guerrearam contra Jeosafá. E
alguns dentre os filisteus traziam presentes a Jeosafá, e prata como tributo;
também os árabes lhe trouxeram gado miúdo; sete mil e setecentos
carneiros, e sete mil e setecentos bodes” 2Cr 17:10-11.
Josafá aprendeu tanto este Princípio que quando foi orientar o trabalho dos
juízes, no exercício de suas atividades, assim destaca como sendo a missão
prima de cada um: “...Assim fazei no temor do SENHOR, com fidelidade, e
com coração íntegro” 2Cr 19:9. Não haveria como aqueles homens exercerem
a fidelidade e a integridade se suas ações não fossem antecedidas pelo
TEMOR. Aqui está uma chave de sucesso que tanto precisamos para sermos
fiéis e íntegros.
c) No exercício da irmandade cristã.
Fomos chamados, por Deus, através de Jesus, para uma nova família e nela
encontramos o ambiente propício para desenvolvimento de nossas mais
lindas qualidades de amor e tambem de trato com as pessoas. Então se torna
essencial que estes novos relacionamentos sejam feitos no Temor do Senhor.
Grandes lições, a cerca deste assunto, são mencionadas por Paulo quando se
dirigia a igreja de Corinto e em nada buscava a ser maior que eles, mas servirlhes em amor: “E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande
tremor. A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras
persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de
318
poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas
no poder de Deus” 1Co 2:3-5.
Tambem devemos ter cuidados com aqueles que são falsos irmãos e uma das
dicas para reconhecimento do tal, está na ausência de temor em suas vidas.
Acerca deles Judas nos ensina: “Estes são manchas em vossas festas de amor,
banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são
nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como
árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas” Jd 1:12.
TEMOR X GOVERNANTES
Se de um lado os governantes (aqueles que estão investidos de autoridade)
precisam exercer suas atividades dentro do Princípio do Temor, tambem os
liderados assim o devem proceder.
Ocorreu um momento, quando Moisés estava recebendo a lei do Senhor, no
monte, que os filhos de Israel ouviram os trovões, os relâmpagos e o barulho
das trombetas. Eles não subiram o monte, mas ao pé, pareciam estar
vivenciando cada momento no cume. Eles então procuram Moisés e pedem
que ele ouça Deus e transmita-lhes a mensagem, porque estavam com medo
de, chegando perto de Deus, serem fulminados. Moisés então lhes explica que
toda aquela demonstração de poder, era para que tivessem temor de pecar
contra Deus: “E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos
provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não
pequeis” Êx 20:20.
Estava evidente que Moisés exerceria muito mais que um papel estadista, mas
tambem de Profeta, e com autoridade Sacerdotal. Embora estivesse a cargo
de seu irmão. Mesmo com isto, o povo se levantou várias vezes contra ele,
culminando com seus irmãos Arão e Miriam, os quais foram repreendidos
pelo Senhor: “Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois
319
ele vê a semelhança do SENHOR; por que, pois, não tivestes temor de falar
contra o meu servo, contra Moisés?” Nm 12:8.
Moisés tinha credibilidade diante de Deus, e seria um ato de loucura alguém
se levantar contra seu governo. Moisés era respaldado pela obra de
intercessor e pelo tremendo amor que sentia pelo povo. Fatos estes
comprados durante toda a peregrinação.
Temos que ter muito cuidado para não agirmos de forma tempestiva contra
nossa liderança, perdendo assim o temor do Senhor e abrindo uma grande
brecha para atuação do inimigo. A vigilância, tanto ministrado por Jesus, tem
muito a ver com esta verdade.
Muitas pessoas em Israel, na época de Jesus, não reconheceram sua
autoridade como filho de Deus e só o foram fazer quando já não o tinham
mais entre si. Parte destas pessoas estavam acompanhando a crucificação e
vejamos o que mencionaram: “E o centurião e os que com ele guardavam a
Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande
temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus”. Mt 27:54. Já os
discípulos deram logo vazão ao temor e foram alvos de muitos milagres: “E
sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que
até o vento e o mar lhe obedecem?” Mc 4:41.
Nosso temor com relação à autoridade de Deus que está sobre a nossa
liderança não pode ser algo temerário, mas alvo de análise e decisão madura.
Muitos tiveram este sentimento de temerariedade, mas não continuaram e
acabaram não recebendo a revelação completa do ministério de Jesus: “E
todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus; e ficaram cheios de
temor, dizendo: Hoje vimos prodígios” Lc 5:26, “E de todos se apoderou o
temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre
nós, e Deus visitou o seu povo” Lc 7:16.
320
A igreja de Atos foi iniciada dentro do Princípio do Temor, e desfrutaram de
um tempo maravilhoso da bondade e da misericórdia de Deus. Este temor
evidenciava-se por suas ações, principalmente pela de confiança nos
Apóstolos que o Senhor tinha dado a eles.
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do
pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e
sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e
tinham tudo em comum” At 2:42-44.
Pela falta de confiança na pessoa que Deus tem colocado sobre nós,
acabamos ferindo o Princípio do Temor e deixamos de estar debaixo do
manto das maravilhas, da comunhão, da oração e do partir do pão, que era
certo na Igreja de Atos.
A sujeição deve ser conjunta e em temor. Assim o êxito será certo:
“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” Ef 5:21.
TEMOR X PROJETOS
É natural que tenhamos projetos pessoais, planos de desenvolvimento de
carreira e metas a serem atingidas a curto, médio e longo prazo. O anormal é
encontrar alguém que não tenham tais objetivos. Entretanto, muito mais que
projetos, precisamos desenvolver a capacidade de atingimento e vejo
claramente que esta capacidade é alicerçada pelo Princípio do Temor. Se
tememos a Deus, ao próximo e aos que estão em autoridade sobre nós,
naturalmente portas vão se abrindo e novos caminhos de desenvolvimento
passam a fazer parte de nossa vida.
Estas verdades estão fortalecidas de forma muito nítida quando o Salmista
nos ensina que o temor é acompanhado tambem da alegria que nos faz
reconhecer e servir ao Senhor: “Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos
com tremor” Sl 2:11. Já o sábio nos ensina que o conhecimento é principiado
321
pelo temor e não temer é uma ação de louco, uma vez desprezando a
sabedoria e a instrução: “O temor do SENHOR é o princípio do
conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” Pv 1:7.
Não há como sermos pessoas de realizações se estas não forem feitas em
conhecimento. Então o temor entra como que preenchendo um ciclo e nos
ensinando que precisamos temer para conhecer, e conhecer para temer. Uma
coisa está intrinsecamente ligada à outra: “Se clamares por conhecimento, e
por inteligência alçares a tua voz, Se como a prata a buscares e como a
tesouros escondidos a procurares, Então entenderás o temor do SENHOR, e
acharás o conhecimento de Deus” Pv 2:3-5.
Nossos sonhos, uma vez alicerçados no temor do Senhor e na sabedoria que
seu Espírito nos proporciona, têm realização garantida, seguidos de muito
mais alegrias que as planejadas inicialmente: “O galardão da humildade e o
temor do SENHOR são riquezas, honra e vida” Pv 22:4.
O Princípio do Temor serve como
argamassa para muitos outros Princípios
evidenciando que nunca seremos sábios,
CONCLUSÃO
realizados e felizes, enquanto nosso
coração for presunçoso, articuloso e
medroso. Tambem esclarece que não seremos grandes, em Deus, se
continuarmos agindo com a mesma ignorância que tínhamos antes de
confessar a Jesus como Salvador.
O Princípio do Temor é algo muito forte porque abre portas para a adoração,
troca a irreverência, pela submissão nos ensina a reconhecer o próximo como
pessoas de Deus e a nossos líderes como companheiros que podemos contar.
Não ande sozinho. Quem teme sempre está bem acompanhado! Observando
assim, a leitura do verdadeiro amor torna-se nítida a cada manhã: “No amor
não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo” 1 João 4:18.
322
Não Esqueça
1. O medo nos retrai, o temor nos projeta. Qual dos dois caminhos você prefere
seguir?;
2. Pela ausência do Princípio do Temor, Israel foi levado cativo à Assíria, Judá à
Babilônia e muitos seguem ao inferno. Já temos visto este filme, não há
porque desejar para nós o mesmo final;
3. O temor traz consigo vários elementos de felicidade, e entre eles a
Humildade. Uma vez temendo, reconhecemos o próximo e a Deus como
pessoas as quais devemos repartir, compartilhar e viver juntas;
4. Não são os fracos que temem, são os fortes. Então temer é um sinal de
fortalecimento, de maturidade e de certeza que é Deus quem está no
comando e não nós mesmos. A recomendação do Senhor ao Egito serve para
mim e para você. É em Gileade que encontramos a cura e o temor que
precisamos carregar: “Sobe a Gileade, e toma bálsamo, ó virgem filha do
Egito; debalde multiplicas remédios; não há cura para ti” Jeremias 46:11.
323
Título: Princípio da confiança
Pelo que todo aquele é piedoso ore a ti, a
tempo de te poder achar; no trasbordar
de muitas águas, estas e ele não chegarão.
OBJETIVOS:
Mostrar o quanto
precisamos da
confiança para sermos
felizes e servir a Deus.
Salmos 32:6
INTRODUÇÃO
Existe um mal muito grande que fere
um princípio divino de grande valor, e
este mal é a AUTOCONFIANÇA.
Esta frase soa meio estranho, mas está
contida numa verdade absoluta. A
autoconfinança, ou ato de confiar em si mesmo, exclui a pessoa do Princípio
da Confiança, uma vez que nos remete a auto-suficiência. A compreensão
incompleta desta verdade têm sido motivo de muita publicação colocando o
homem com centro e Deus como mero expectador.
Por outro lado, não podemos ser pessoas inseguras, medrosas, indecisas.
Então o elo existente entre a Confiança e a nossa PROJEÇÃO, entre o fato de
acreditarmos em nós mesmo e em Deus, é o Princípio da Confiança. Este
princípio atua trazendo esclarecimento e colocando cada ator em seu devido
papel, evitando assim que entendimentos equivocados sejam transformados
em lemas de verdades, quando são mentirosos.
324
DESENVOLVIMENTO
Precisamos nos conhecer. Investimos
muito tempo tentando conhecer os
outros, mas o grande desafio que
precisamos vencer é o de conhecer a
nós mesmos. É uma montanha que
muitos não conseguem escalar.
Neste autoconhecimento, estão relacionados nossa reações para cada
situação, nosso comportamento frente a uma pressão, como exprimimos
nossas emoções e como tratamos nossos valores.
Para melhor moldagem, torna-se essencial que reconheçamos ações
desastrosas e as convertamos em aprendizados que evitarão novas
incidências.
Nesta descoberta enumero alguns itens que considero importantes, e estão
no conjunto do Princípio da Confiança:
- Saber onde está nosso depósito, para o momento que precisarmos de
reservas;
- Saber onde temos colocado nossas esperanças;
- Certificar-se que o ambiente habitado é realmente seguro e como fazer para
torná-lo, caso não seja;
- Ter plena consciência dos erros e da necessidade de acertar;
- Reconhecer as fraquezas e as potencialidades.
Todo ser humano precisa ter estas verdades bem claras, e se ainda não tem
precisa procurar de modo que no cerne da questão encontra a confiança que
não pode ser um elemento solteiro e solitário, mas algo que está ancorado
numa plataforma muito maior que o tamanho do navio.
325
Pessoas que não exprimem tais sentimentos de ordem, têm dificuldades de
assimilarem conceitos mais profundos da vida, dos relacionamentos e da
própria existência em Deus, tornando-se meros frutos do acaso.
Nesta busca, muitos de nós somos ministrados que devemos desenvolver um
senso de confiança em si mesmo. Em certa parte está correta, uma vez que
não podemos ser pessoas inseguras, mas o ensinamento é incompleto quando
ministrado que isto deve ser desenvolvido dentro da mente, quando na
verdade para que este desenvolvimento ocorra ele carece de fatores externos
que não podem ser desprezados.
Orientação pelo conceito humano e espiritual
A confiança é caracterizada pela coragem proveniente do próprio valor, da Fé
que se deposita em alguém, da esperança firme, do atrevimento e da
insolência. Para ter confiança de algo que precisamos falar, temos que buscar
estudar diligentemente o assunto, pesquisando opiniões contrárias e
favoráveis e buscar uma linha de raciocínio que coincida com o que fomos
levados a acreditar. Quanto mais conhecermos algo, mais confiança teremos
sobre seus efeitos, causas e origens, bem como nos habilitamos para
responder a qualquer questão tida por necessária. Veja que não foi algo
gerado simplesmente no coração, mas foi preciso a inserção de
conhecimentos novos, tempos de pesquisas e estudos que foram e sempre
serão essenciais.
A mesma sistemática deve ser aplicado em todas as questões onde buscamos
confiança interna. No mundo corporativo isto é muito bem representado:
326
Para os materialistas a confiança pode ser feita em duas leituras, sendo uma à
direita e outra à esquerda. Então a partir do centro para a esquerda, a
confiança está nas pessoas e nos processos, e quando estas titubearem as
pessoas podem ser motivadas com melhores remunerações e os processos
com as automações. Já do centro para a direita, ela é depositada em
máquinas e nos métodos e estes podem ser motivados com investimentos e
treinamentos. São conceitos simples, mas que refletem como as empresas
compram a confiança, deixando de ser um sentimento e passando a ser um
produto.
Na esfera espiritual, o conceito materialista não é aplicado. Não adquirimos
confiança em Deus através de
métodos, mas de experiências, da
execução da fé e da persistência em
estar perto dele.
O diagrama ao lado exemplifica bem
esta verdade, mostrando que a
CONFIANÇA, como PRINCÍPIO é base
do conhecimento de Deus.
Muitos querem adquirir a confiança
em Deus, mas não querem conhecêlo, impossibilitando assim tal feito.
Tambem
é
componente
o
Relacionamento com o Espírito Santo.
A partir do momento que não o
tratamos como um conceito, ou
estado, mas como uma pessoa, tudo
se transforma. É preciso tambem que
se creia que a Salvação vem através
327
de Jesus e que nada melhor para aprimorar nossa confiança do que conviver
com nossos irmãos, compartilhando sempre algo novo de Deus.
Como centro de decisões
Enquanto conceituação, é fácil tratarmos da confiança, mas enquanto
Princípio, o assunto torna-se mais restrito de conhecimento, porém não é
impossível de compreensão. Assim a confiança deixa de ser um agente
passivo e passa a um papel fundamental, o qual todos nós precisamos seguir.
No conceito correto do
Princípio da Confiança,
precisamos
aprender
que ele é mentor de
várias
sensações
e
ações. Ou seja, não tem
como termos confiança
sem
conseguirmos
externá-la de alguma
forma.
Quem tem confiança em
Deus, sabe o que é
ESPERAR, uma vez que
só esperamos algo que
temos certeza que irá
acontecer. Se você não
consegue esperar em
Deus é porque não confia Nele.
Outra característica tambem muito latente numa pessoa que tem sua vida
orientada pelo Princípio da Confiança é o fato de saber glorificar a Deus em
todas as circunstâncias. Esta lição foi muito bem aprendida por Jó, servindo
328
assim de modelo para nós. Quando aprendemos a dar Glórias a Deus, cumprese em nós este belo versículo: “E sabemos que todas as coisas contribuem
juntamente para o bem daqueles que amam a Deus...” Rm 8:28. Por
momentos já fui tentado a pensar que este era o versículo do conformado,
mas esta leitura não era correta. Este trecho fala exatamente da confiança em
Deus, pois se o glorificamos é porque sabemos que o controle da situação
está em suas mãos.
Quem confia sabe agradecer. Tem um espírito grato e cheio de amor, e isto
não é uma fraqueza, mas uma linda virtude.
Só obedece verdadeiramente quem confia. Caso a obediência não seja pela
confiança, será então por obrigação e não devemos servir a Deus e as pessoas
desta forma.
A alegria tambem faz parte de quem confia, pois embora as tristezas tentem
nos afastar da firme esperança, sabemos que isto é uma armadilha, então a
alegria torna-se a mais pura defesa da alma. Observe que as pessoas alegres
assim o são não porque não tem problemas, mas porque sabem que estes
problemas serão resolvidos cada um no seu devido tempo. E para quem
confia em Deus, esta alegria torna-se ainda mais forte.
O testemunho faz parte da boca de quem confia. No início são testemunhos
simples, depois as coisas vão melhorando e quando menos percebemos estes
serão de profunda comoção. É lógico que estes testemunhos tambem
objetivam levas os ouvintes a confiarem mais em Deus.
Quem confia arrisca. Isto é lindo. Só arriscamos porque sabemos que é em
Deus, e que Ele nunca nos desampara, então arriscar-se se torna uma arte de
administrar conflitos.
O conhecimento acerca de Deus ou de algum assunto gera confiança, e quem
segue o Princípio da confiança investe tempo, dedicação e estudo.
329
A correta visão
No Salmos 32, onde lemos que o piedoso ora ao Senhor e o acha, e quando
vem os transbordamentos de águas, estas não o encontram, em evidência à
confiança que o Salmista tinha no Senhor. O que levou Davi a uma confiança
tão grande? Certamente, independentemente das experiências, estava o fato
de ele saber que confiança não era algo que nasceria internamente, mas que
seria motivado por fatores externos, ou seja, a confiança dele não estava na
sua habilidade de guerra, no seu
conhecimento,
no
seu
instrumento de trabalho, mas
estava em Deus e era nele e
através dele que Davi seria
encorajado a vencer qualquer
desafio.
Precisamos tambem fazer esta
correção
de
conceituação,
trazendo a visão correta.
A
autoconfiança
é
muito
prejudicial e motivo de muitas
derrotas. A bíblia nos instrui que
não devemos confiar no homem,
pois ele é falível. Então confiar
apenas em si mesmo é um sinal
de fraqueza, de impotência e
tambem de prepotência.
No Salmos 49 é tratada a
condição do homem, sob o
aspecto de sua falibilidade. Entre
330
as muitas palavras mencionadas pelo Salmista, transcrevi algumas que
evidenciam tal discurso:
“O pensamento íntimo deles é que as suas casas são perpétuas e as suas
habitações de geração em geração; dão às suas terras os seus próprios
nomes. Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é
como os animais que perecem. Este é o destino dos que confiam em si
mesmos; o fim dos que se satisfazem com as suas próprias palavras. Como
ovelhas são arrebanhados ao Seol; a morte os pastoreia; ao romper do dia
os retos terão domínio sobre eles; e a sua formosura se consumirá no Seol,
que lhes será por habitação”. Salmos 49:11-14.
A autoconfiança está no
coração e na mente, e
aí reside um grande
problema.
A pessoa que é
autoconfiante, ou que
confia em si mesmo,
naturalmente encontra
para si a solidão. Uma
vez que ela entende
que não precisa do
apoio e nem da ajuda
de ninguém.
Também aflora nos seus
relacionamentos
a
Prepotência
e
a
Arrogância, sendo estas motivos de intrigas e de decisões erradas pelo fato de
não querer ouvir as outras pessoas. Ela torna-se insegura, ou limitada em sua
331
segurança, por não ter fonte externa e logo acaba conhecendo tambem a
ruína.
Entenda que não estou defendendo o fato de a pessoa conhecer suas
habilidades e as desenvolver com destreza, mas sim o de não confiar em si
mesmo, mas em Deus. Vejamos como é tratado em Provérbios: “O sábio
escala a cidade do poderoso e
derruba a força da sua confiança” Pv
21:22.
Outro fator errado, que tambem
precisamos corrigi,r é quando nós
passamos a confiar nos outros,
depositando neles todas as nossas
esperanças.
Isto é comum numa relação funcional
e até mesmo numa relação
matrimonial. Não é que não devamos
confiar nos seres humanos, mas é que
não podemos colocar neles toda a
nossa confiança, porque os homens
são tentados pelo Diabo e quando
menos percebem abandonam, falam
mal, entram em conflitos, assumem
posturas
diferentes,
executam
atitudes que nos causa medos... em fim, os homens são falhos.
É isto que as Escrituras nos ensinam, então muito mais que depositar a
confiança na promessa feita por algum homem, devemos orar ao Senhor para
que Ele use este homem a fim de cumprir a promessa feita. No entanto, se
confiarmos apenas no homem, devemos nos preparar para as frustrações.
332
É uma relação humana que quando bem ordenada, tira o homem do foco e
coloca Deus. Esta lição é prática a nós, seres humanos que servimos ao
Senhor, lembrando que é NELE que
devemos confiar.
Agora ficou claro que nossa confiança
não deve estar posta em nós
mesmos, e nem nos homens, mas em
Deus.
Isto é um Princípio que devemos
praticar e quanto mais praticarmos,
mais esta confiança vai aumentar ao
ponto de sentarmos com Deus e
conversarmos com Ele frente a
frente, como fazia Moisés. Através de
Jesus Cristo, Deus deu para nós um
voto de confiança. Ele sabe que nem
todos confiarão nele, mas por causa de mim e de você, é que Deus continua
insistindo.
Confiança. É através da correta aplicação
deste Princípio que conhecemos o
caminho da fé, do sacrifício e do serviço
CONCLUSÃO
ao Senhor. Mais que nunca, precisamos
confiar em Deus. Acreditar no que ele nos
fala. Crer em suas promessas. Fazer uso de sua Palavra e acima de tudo ser
um referencial de Deus aqui na terra, como foi Ezequias “E Rabsaqué lhes
disse: Ora, dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Que
confiança é esta em que te estribas?” 2Rs 18:19 e tambem como o Senhor
nos ensina “Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos
333
firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim” Hb 3:14. O Senhor
ainda completa: “E é por Cristo que temos tal confiança em Deus” 2Co 3:4.
Não Esqueça
1. Nossa confiança não deve estar em nós mesmos e nem no homem, mas no
Senhor: “Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança, e
que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a mentira” Sl
40:4;
2. Quando confiamos no Senhor passamos a habitar num lugar de bênçãos,
contrário ao lugar onde estão os que não confiam Nele: “Bendito o homem
que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR.” Jr 17:7. Já para
Moabe a palavra é esta: “Porque, por causa da tua confiança nas tuas obras,
e nos teus tesouros, também tu serás tomada; e Quemós sairá para o
cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente” Jr 48:7;
3. A Confiança em Deus, através de Jesus Cristo, nos garante o atendimento dos
pedidos feitos em Oração: “E esta é a confiança que temos nele, que, se
pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” 1Jo 5:14;
4. Não há como crescer na vida, no ministério, no conhecimento de Deus, se
este caminho não for de CONFIANÇA. Se existe algo em nós que ministra o
contrário, hoje devemos definitivamente abandonar.
334
Semana de 01 a 07/Set-13
Título: Princípio da sinceridade
Sucedeu, porém, que depois o coração
doeu a Davi, por ter cortado a orla do
manto de Saul.
1 Samuel 24:5
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS:
Evidenciar o caminho
de sofrimento que
percorrem os que não
são siceros e caminho
de paz dos sinceros.
A cena, apesar de intrigante, é real.
Talvez hoje seja rara, mas o fato de já
ter existido a habilita a reaparecer
tendo um de nós como personagem
principal.
Até creio que existem encenações diárias do mesmo momento sofrido por
Davi, mas como não estamos tão atentos, acabamos não percebendo. O gesto
de Davi com Saul, principalmente o sentimento dele após a ação, muito nos
ensina sobre um dos mais belos Princípios da Bíblia que é o da SINCERIDADE.
Os sinceros prosperam.
O contrário da sinceridade é falsidade, traição, desonra, desamor e outros
termos correlatos. O que existe de tão importante neste Princípio? Será que
hoje posso ainda expressar sentimentos como fez Davi? Vamos aprender
juntos e assim crescer ainda mais no Reino de Deus.
335
Por muitos anos Saul perseguiu Davi a fim
de matá-lo, eliminando em definitivo sua
DESENVOLVIpossibilidade de reinar sobre Israel. Saul
MENTO
já sabia que o óleo tinha sido derramado
sobre a cabeça de Davi e que Deus iria
colocá-lo no trono. Mesmo assim,
pensava, que eliminando Davi estaria contrariando os planos de Deus e
passando o reino a um de seus descendentes, permanecendo assim sua
dinastia.
Após uma guerra contra os Filisteus, Saul soube da notícia do paradeiro de
Davi. Pega então três mil homens de guerra, selecionados criteriosamente, e
sai ao encalço de Davi. No campo Saul sentiu vontade de aliviar o ventre, e
como não tinham residências com banheiros por perto, resolve então fazer
isto numa caverna. Ele não sabia, mas os homens de Davi o estavam
observando e naquela mesma caverna estava Davi, já preparado para
combater, caso houvesse alguma batalha. Quando Davi percebe a fragilidade
com que o Rei se encontrava, aproxima-se e corta uma parte de seu manto.
Quando fez isto, sentiu um aperto tremendo no coração por ter tocado em
algo de Saul, que era Rei e tambem era um ungido do Senhor para tal função.
Se fosse um de nós, certamente não cortaria uma parte de suas vestes, mas o
pescoço, pondo fim aquela tão sofrida perseguição. Ao contrário de nós, Davi
sentiu remorsos. Isto só foi possível porque ele era mais sincero que eu e
você.
Já do lado de fora da caverna, Davi fala com Saul e mostra-lhe o pedaço do
tecido. Quando Saul viu e soube que Davi poderia ter-lhe ferido disse: “...Mais
justo és do que eu; pois tu me recompensaste com bem, e eu te
recompensei com mal. E tu mostraste hoje que procedeste bem para
comigo, pois o SENHOR me tinha posto em tuas mãos, e tu não me mataste.
Porque, quem há que, encontrando o seu inimigo, o deixaria ir por bom
336
caminho? O SENHOR, pois, te pague com bem, por isso que hoje me fizeste.
Agora, pois, eis que bem sei que certamente hás de reinar, e que o reino de
Israel há de ser firme na tua mão” 1Sm 24:17-20.
Naquele momento Saul teve certeza que Davi seria o próximo rei e que ele
não poderia fazer nada, porque Davi era um homem diferente dos que ele
conhecia. As qualidades de Davi eram tão fortes que até seus inimigos o
reconheciam como superior. Uma destas, que está neste texto, é o da
Sinceridade.
Davi não foi meticuloso, não tinha segundas intenções, não maquinava se dar
bem em cima de Saul, não queria ser maior que o rei. Ao contrário, Davi o
chamada de “meu pai”. Ele sabia que Deus gostava da sinceridade: “E bem sei
eu, Deus meu, que tu provas os corações, e que da sinceridade te agradas;
eu também na sinceridade de meu coração voluntariamente dei todas estas
coisas; e agora vi com alegria que o teu povo, que se acha aqui,
voluntariamente te deu” 1Cr 29:17.
A sinceridade de Davi, depois de muitos anos, ainda soava como exemplo a
ser seguido. Foi o que o Senhor mencionou a Salomão, quando este fazia a
dedicação do templo: “E se tu andares perante mim como andou Davi, teu
pai, com inteireza de coração e com sinceridade, para fazeres segundo tudo
o que te mandei, e guardares os meus estatutos e os meus juízos, Então
confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre; como falei acerca
de teu pai Davi, dizendo: Não te faltará sucessor sobre o trono de Israel” 1Rs
9:4-5.
Grandes lições
a) No serviço e na adoração ao Senhor
Sinceridade não é apenas uma qualidade de um bom homem, como Davi, mas
é um Princípio que deve anteceder muitas de nossas ações. Isto está descrito
337
quando Josué nos introduz algo maior sobre este tema, ao pedir que os filhos
de Israel usassem de sinceridade no serviço ao Senhor: “Agora, pois, temei ao
SENHOR, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses
aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao SENHOR” Js
24:14. Não adiantava querer esconder nada de Deus, pois ele sabia ao
conhecer o coração e as intenções de cada um.
O mais estranho, neste contexto de Josué, é que esta geração ainda era nova.
Não era a que fora sucumbida no deserto, mas a que se levantou após a
falecida, e mesmo assim Josué os instrui a jogarem fora os deuses do Egito,
dando a entender que o coração do povo estava ainda dividido. No versículo
seguinte o texto fica ainda mais contundente, pois Josué introduz um terceiro
deus, que era o dos amorreus: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos
servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem
serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus,
em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” Js
24:15. A mensagem de Josué era forte ao mencionar que eles é que deveriam
escolher a quem iriam servir e que suas escolhas em nada influenciaria Josué
que já tinha escolhido servir ao Senhor Deus, na sinceridade do seu coração.
Não adiantava aquele povo ter os benefícios de Deus se suas mentes estavam
divididas, ou poderiam entrar em divisão a qualquer momento.
Precisamos compreender bem esta mensagem de que Deus quer de nós um
serviço de qualidade, e somente a Ele, cabendo assim lembrar que não temos
como servir a dois senhores, conforme o Jesus tanto nos ensinou.
b) No testemunho público com minhas ações
Jó é tido tambem na Bíblia como um homem sincero. Suas atitudes eram
motivos de glórias no céu, ao ponto de o próprio Deus o elogiar: “E disse o
SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra
semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do
338
mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra
ele, para o consumir sem causa” Jó 2:3.
Sua sinceridade era algo tão forte que chegava a perturbar sua esposa que
achava aquilo desnecessário: “Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua
sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre” Jó 2:9. Ao perceber como ela
tratava destas questões, Jó a repreende severamente, mencionando que ela
falava palavras impensadas.
Com sua sinceridade ele estava disposto a receber tanto o bem como o “mal”
do Senhor. Ele chega a pedir que Deus o pesasse em balança fiel: “Pese-me
em balanças fiéis, e saberá Deus a minha sinceridade” Jó 31:6.
Jó desenvolvera, com sua integridade, um testemunho forte diante da
sociedade e daqueles que estavam mais próximos como seus amigos e sua
esposa. Esta verdade muitas vezes me incomoda e chego a questionar se
estou sendo ou não sincero ao ponto de servir de referência.
E com você, como ocorre? Você tem agido com sinceridade nos seus
relacionamentos? Tem conseguido ser espelho e exemplo aos outros?
Não precisa responder, apenas medite e creia que se mentalmente você não
formulou boas respostas hoje, mas está atento aos Princípios do Senhor,
muito breve terá um grande testemunho.
Para melhor retratar esta questão do testemunho, o Apóstolo Paulo usa um
termo o qual denominou “FALSIFICADORES DA PALAVRA”. É um termo forte,
mas foi a maneira mais clara que encontrou de mencionar que era com
sinceridade que ministrava àquela Igreja: “Porque nós não somos, como
muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com
sinceridade, como de Deus na presença de Deus” 2Co 2:17.
Não se imaginava que alguém pudesse dizer que amava a Cristo, e seu amor
não fosse verdadeiro e sincero. Paulo, então, ao registrar a saudação final à
339
igreja de Éfeso, assim menciona: “A graça seja com todos os que amam a
nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade. Amém” Ef 6:24. Como esta
saudação ele faz alusão a dois grupos: os sinceros e os falsos. Então é possível
que falsos dizem amar a Deus, mas na verdade não o amam. Observe que a
bênção pedida a Deus, por Paulo, é para os que amam em sinceridade.
Orientando Tito a como proceder com relação à Igreja, o Senhor, usando a
vida de Paulo, pede que ele se dê por exemplo de sinceridade: “Em tudo te dá
por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade,
sinceridade, Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se
envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós” Tt 2:7-8.
c) No enlace com outros termos
A pessoa nunca é somente sincera. Na verdade quando atingimos este
patamar o qual Deus
deseja muito, trazemos
outras belas qualidades
como:
- Compromisso - O
Princípio da sinceridade
nos ensina tambem a
sermos compromissados.
Quando assumimos algo,
levamos a cabo, não
deixamos pela metade,
nos empenhamos ao
máximo e somente o sucesso é que irá nos interessar. Tambem aprendemos a
dizer não, frente a compromissos que não conseguiremos cumprir.
- Fidelidade - Uma vez assumida a sinceridade como Princípio, logo nos
remeterá a não sermos desleais, mas a sermos fiéis com nossos pares,
340
parceiros e amigos. Pessoas infiéis não progridem e nunca serão sinceros,
mesmo que esta se incline a dizer sobre a verdade da infidelidade. Não
adianta assumirmos que somos infiéis. Não é um grande feito, o correto é que
tomemos posturas de pessoas fiéis e as façamos na maior singeleza de
coração.
- Companheirismo - Tenho aprendido todos os dias que os melhores
companheiros são os sinceros. Aqueles que têm coragem de dizer quando
estou errando, que apontam minhas falhas, sem levá-las a público e que
aceitam desafios juntamente comigo após pesar as possibilidades.
Precisamos entender que o evangelho é feito (anunciado) por pessoas
companheiras. Sentimentos contrários trazem divisões.
Escrevendo aos Coríntios, Paulo menciona sobre a SINCERIDADE DO AMOR,
mostrando que não temos como ser companheiros se não formos sinceros em
amor: “Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência
dos outros, a sinceridade de vosso amor” 2Co 8:8.
- Amizade - Nem sempre os verdadeiros amigos estão por perto quando mais
precisamos, mas quando os comunicamos eles se pré-dispõem.
Chegou uma época no Ministério de Jesus que Ele não chamou os discípulos
de aprendizes, ou de servos, mas de amigos.
Amizade é algo que precisamos tomar como vital e somente os sinceros
conseguem ser verdadeiros.
- Responsabilidade – Os irresponsáveis não podem ser sinceros, pois sempre
estão nos deixando na mão e sinceridade exige esforço no cumprimento de
obrigações.
- Cuidado – Toda pessoa sincera é cuidadosa. Ela administra situações
conflitantes a fim de que o próximo sempre fique mais bem atendido. Ela
341
tambem pensa na outra pessoa. O cuidado é algo que deve ser expresso na
simplicidade, conforme nos orienta o Apóstolo Paulo, ao instruir a Igreja de
Corinto: “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência,
de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal,
mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular
convosco” 2Co 1:12.
- Veracidade – A verdade é sempre uma das qualidades de quem é sincero. Já
a mentira é a causadora de destruição de relacionamentos. Isto porque ela é
presunçosa, ao passo que a verdade é simples e traz libertação.
O Apóstolo Paulo, quando escrevia aos Coríntios, mencionou que deveríamos
utilizar os pães ázimos da SINCERIDADE e da VERDADE, evidenciando que não
temos como e nem porque tentar enganar a Deus: “Por isso façamos a festa,
não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia,
mas com os ázimos da sinceridade e da verdade” 1Co 5:8.
Observemos que a Sinceridade
aparece como aponta de um Iceberg
que traz consigo qualidades como as
descritas acima e termos correlatos.
Então buscar o Princípio da
Sinceridade importa tambem receber
outras qualidades como Retidão,
Firmeza,
Confiança,
conforme
expressa Davi nestes lindos Salmos:
“Guardem-me a sinceridade e a
retidão, porquanto espero em ti” Sl
25:21, “...Julga-me, SENHOR, pois
tenho andado em minha sinceridade;
tenho confiado também no SENHOR;
342
não vacilarei” Sl 26:1.
Livramentos
O Princípio da Sinceridade nos remete tambem a outra grande verdade que é
a do livramento.
Quando somos sinceros diante de Deus, Ele nos livra do mal e isto não é um
extremismo, mas uma compreensão ampla do querer do Senhor. Esta
verdade está em toda a Bíblia, mas que nos dá ricas lições a este respeito é
Salomão, mencionando que Deus
é escudo para os Sinceros: “Ele
reserva a verdadeira sabedoria
para os retos. Escudo é para os
que caminham na sinceridade”
Pv 2:7.
Noutro momento o Senhor
tambem nos fala desta verdade
mencionando que além de
escudo Ele fornece segurança aos que são sinceros: “Quem anda em
sinceridade, anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará
conhecido” Pv 10:9.
Tambem a sinceridade de nosso coração funciona como guia, quando
estivermos em integridade: “A sinceridade dos íntegros os guiará, mas a
perversidade dos aleivosos os destruirá” Pv 11:3. Além de guiar nossos
passos, ela serve de orientação a nossa descendência, evidenciando que seus
frutos são colhidos há muitas gerações: “O justo anda na sua sinceridade;
bem-aventurados serão os seus filhos depois dele.” Pv 20:7.
343
Quem Deus busca
Tenho aprendido que Deus não busca homens perfeitos para usar, mas usa
nossa imperfeição para moldar a sua vontade.
Então o fato de
reconhecermos que não somos SINCEROS, já é uma grande evolução de quem
deseja partilhar sua vida na sinceridade.
Os grandes homens da Bíblias foram todos marcados pela sinceridade com
que fizeram a obra de Deus e com que trataram os temas relacionados ao
Reio de Deus. Em meio a uma geração corrupta, cega, e escrava, Deus levanta
Jeremias que, em sinceridade, confrontava o pecado do povo e não os
convidava mais ao arrependimento e sim à justiça de Deus. Do outro lado, na
Babilônia, Deus levanta Ezequiel, que cria e ministrava ao povo que eles iriam
voltar, e a bênção do Senhor era com eles a fim de restaurá-los como nação.
Daniel descobriu quanto tempo iria demorar o cativeiro, observando as
sinceras palavras de Ezequiel.
Para mencionar a forma desastrosa como o povo estava servindo a Deus, e já
haviam se esquecido dos setenta anos de cativeiro, Deus levanta um homem
sincero para pregar uma palavra sincera que foi Malaquias. São muitos
exemplos, e todos remontam a mesma verdade de que Deus busca pessoas
SINCERAS.
A vez de profetas e escribas da Bíblia já
passou. Assim como passou tambem a
vez dos Discípulos de Jesus, mas todos
CONCLUSÃO
eles nos deixaram exemplos de
SINCERIDADE no serviço do Reino de
Deus que hoje servem como manuais de nossa sobrevivência. O tempo já está
próximo onde Anjos vão separar os Joios dos Trigos, onde os Peixes serão
separados, e onde nossas obras serão provadas. Somente os que seguem o
Princípio da Sinceridade é que passarão por estas provas. Até este Dia!
344
Não Esqueça
1. Deus conhece nosso coração. Não adianta querer ludibriá-lo com falsa
SINCERIDADE. É perca de tempo e de oportunidade;
2. A sinceridade nos coloca no patamar de quem precisa ser orientado por
Deus. Aí começamos a conhecer um mundo de bênçãos que nem mesmo
sabíamos que existia;
3. Davi foi sincero, por isto persiste até hoje. O Princípio da Sinceridade nos
capacita a continuar existindo;
4. Aquele que não deixar amor de pai, mãe e irmãos por amor ao Evangelho
não é digno do reino de Deus. A sinceridade com a dor destas despedidas
causa em Deus um sentimento de amparo. É por isto que vencemos.
345
Título: Princípio da ação
Cheguei-me, pois, a ele, e o matei, porque
bem sabia eu que ele não viveria depois
de ter caído; e tomei a coroa que ele tinha
na cabeça, e o bracelete que trazia no
braço, e os trouxe aqui a meu senhor.
OBJETIVOS:
Esclarecer sobre a
beleza das ações
corretas na edificação
de boas pessoas e do
reino de Deus.
II Samuel 1.10
Não adianta tentar fazer o certo.
Tambem não é aceitável a estagnação.
INTRODUÇÃO
É necessário agir, mas estas ações não
podem ser frutos da inconseqüência,
da irracionalidade, e de pensamentos
inacabados ou conduzidos de forma errada.
Deus nos chamou para nos movimentarmos. Não apenas nós, mas toda a
natureza deve movimentar-se. O mar é impelido pelas ondas provocadas pelo
sal e pelo vento. O Automóvel é movimentado pela energia gerada através do
processo de combustão. Os animais irracionais movimentam-se diariamente
(dia ou noite) em busca de alimento e abrigo.
Ficar parado não é algo aceitável. Quem assim escolhe viver acaba contraindo
doenças e torna-se sem utilidade. A ordem de Deus é muito SIMPLES sobre o
nosso dever de ter ações. No entanto como devem ser estas ações?
346
Agir, ter ação, tomar decisão, andar nos
caminhos escolhidos, são bases de um
DESENVOLVIPrincípio divino muito importante, o da
MENTO
Ação. O grande problema é que muitas
vezes não sabemos como agir. E quando
nos movimentamos acabamos gerando
efeitos negativos, ao invés da obtenção do fim proveitoso o qual havíamos
inicialmente pensado.
Ação é um PRINCÍPIO, mas não podemos confundir este princípio com apenas
o fato de movimentarmo-nos sem uma direção correta.
Quando agimos na direção correta, seguindo a orientação do Senhor, é que
colhemos os bons frutos. A Bíblia é repleta de exemplo de boas ações, mas
tambem relaciona várias más ações e suas conseqüências ruins.
Para acontecer um milagre, além da fé, é necessário haver ação.
A oração tem seu efeito positivo quando nos movimentamos. Então, tão
importante que orar é agir, mas fazer isto de maneira correta.
Vejamos alguns exemplos de milagres e obras maravilhosas que ocorreram na
história, devido à ação correta feitas por grandes homens e mulheres de
Deus:
a) Libertação do Dilúvio
Para haver a libertação do grande dilúvio que Deus enviaria sobre a terra, Ele
mandou Noé fazer uma Arca. Os próximos anos de sua vida foram voltados
àquela grande obra. Ele teve de trabalhar, teve de ter ação.
Se ele ficasse apenas observando o tempo, sem agir, seria tambem vítima da
justiça que já estava liberada sobre a terra. Muitas vezes, por nossa inércia,
acabamos sucumbindo frente aos dilúvios enviados sobre os homens maus.
347
A mesma ordem dada a Noé abrange tambem a mim e a você. Será que
estamos levando as pessoas para a Arca, que é Cristo? Será que estamos
ajudando na elaboração da obra completa de salvação dos ímpios ou será que
já estamos satisfeito com a nossa vaga reservada na Arca?
Vejo uma inércia muito grande, que não é boa.
b) Libertação da Seca
Uma grande seca atingira a Palestina na época de Jacó. Então o Senhor leva
José para o Egito e o capacita a exercer um bom cargo no governo egípcio,
sendo o responsável pelas colheitas e armazenagens, bem como por sua
comercialização e distribuição.
No momento certo, para salvar o filhos de Israel, José pede aos seus irmãos
para apanharem carros, cavalos do Egito e fazerem suas mudanças para
aquele pais. Eles não podiam ficar esperando. Era uma ordem que os livraria
da morte. Eles deveriam ter ação e foi isto que fizeram.
José agiu, mas seus irmãos tambem agiram, e em conjunto, contando com a
bênção de Deus e a permissão de Faraó, José os leva ao Egito e os sustenta.
Muitas pessoas vivem hoje numa tremenda seca e aguardam a ação de
“Josés” que os ajudem a sair da miséria. Deus tem levantado a nós com o
mesmo espírito de José, para que não venhamos a reter a mão para aqueles
que tambem tem a promessa de Deus.
c) Libertação da Escravidão
Para libertar o povo de Israel do Egito, Moisés e Arão foram instigados por
Faraó a fazerem milagres e muitos prodígios. Eram ações que trariam
convencimentos a Faraó. Foi isto que fizeram. Passaram os próximos meses
“derramando” uma verdadeira chuva de prodígios em todo o Egito. Eles
348
agiram. Moisés tinha aprendido esta lição quando o Senhor o chamou no
Monte Sinai e mandou agir na libertação do Povo.
O clamor de muitas pessoas chegam a todo o momento diante de Deus, assim
como Ele direcionou Moisés e Arão a agirem no livramento daquele povo,
tambem chama a mim e a você para esta mesma missão. Mudam-se apenas
os atores e o tempo, mas a retórica é a mesma. Será que vamos ficar parados
enquanto nossos irmãos clamam por socorro?
Deus requereu de Moisés ações, e tambem requer de nós.
d) Libertação da Pecado
O povo de Israel que entrou na terra prometida era filho do pecado, ocorrido
no deserto da prevaricação de seus pais contra o Senhor.
Josué era o condutor deste novo povo no alcance de suas promessas, mas
estas não seriam entregues a pessoas pecadoras. Ele precisava então,
seguindo uma orientação do Senhor, circuncidar aquele povo.
Ele fez facas de pedras e executou o mandado do Senhor, como forma de
santificá-los ao novo tempo de Deus, que seria iniciado a partir daquele
momento. Josué não ficou esperando. Ele agiu de acordo como o mandado do
Senhor e santificou o povo de modo que a presença do Senhor pudesse estar
com eles naquela terra, que há tempos tinha sido prometida. Josué teve
ação.
“Naquele tempo disse o SENHOR a Josué: Faze facas de pedra, e torna a
circuncidar segunda vez aos filhos de Israel. Então Josué fez para si facas de
pedra, e circuncidou aos filhos de Israel no monte dos prepúcios. E foi esta a
causa por que Josué os circuncidou: todo o povo que tinha saído do Egito, os
homens, todos os homens de guerra, já haviam morrido no deserto, pelo
caminho, depois que saíram do Egito” Js 5:2-4.
349
Da mesma maneira Deus chama-nos a levar o povo à santidade, mostrando e
confrontando toda forma de pecado e iniquidade. Não podemos ficar
parados, enquanto o pecado tira as pessoas das bênçãos de Deus. É uma ação
que Deus espera de nós, como esperou e recebeu de Josué.
São muitos exemplos contidos na Bíblia, e elas evidenciam uma verdade
muito clara: QUANDO NOS MOVIMENTAMOS, OS MILAGRES ACONTECEM!
I - Quando agimos, Deus age em nosso favor:
Ocorreu uma época em Israel que a maldade de seus opressores era tamanha
que para que houvesse paz entre Israel e os Amonitas, que haviam cercado
Jabes-Gileade, o rei de Amon propôs, como símbolo da aliança, arrancar o
olho direito dos filhos de Israel, embora estes já estivessem dispostos a
servirem aos seus inimigos.
Aquela proposta não era apenas absurda, era louca. Era sem noção alguma.
Como que as pessoas iriam entregar o olho direito para serem arrancados,
simplesmente para satisfazer a maldade de alguém?
Eles pediram sete dias de prazo e foram buscar em Israel quem os podia livrar,
sob pena de se entregarem se não encontrassem ninguém.
Quando esta notícia chegou até Saul, a Bíblia registra que o Espírito do Senhor
o impulsionou a uma grande conquista sobre os Amonitas:
“Então o Espírito de Deus se apoderou de Saul, ouvindo estas palavras; e
acendeu-se em grande maneira a sua ira. E tomou uma junta de bois, e
cortou-os em pedaços, e os enviou a todos os termos de Israel pelas mãos
dos mensageiros, dizendo: Qualquer que não seguir a Saul e a Samuel, assim
se fará aos seus bois. Então caiu o temor do SENHOR sobre o povo, e saíram
como um só homem” 1Sm 11:6-7.
350
Saul movimentou-se e experimentou o milagre de livramento do Povo. Aquela
terrível marca nos olhos era algo determinante de derrota que seria muito
difícil tirar deles.
Veja quantas vezes o inimigo tem “furado os olhos” das pessoas porque elas
não agem. Não buscam em Deus. Não recorrem a alguém que é maior que o
inimigo.
Não deixe que os seus olhos sejam furados. Deus age em nosso favor.
Este é apenas um exemplo dos muitos contidos na Bíblia, como os muitos
livramentos dados pelo Senhor a Israel porque eles se movimentaram, e
tambem os muitos fatos miraculosos existentes no Novo Testamento, como o
Cego de Jericó, a Mulher do Fluxo de Sangue, o homem da mão mirrada, o
coxo do tanque de Betesda e do templo. São muitos milagres que evidenciam
que precisamos nos movimentar, sabendo que todos passamos por tempos
de dificuldades, e este pode prolongar-se por muitos anos, até que
aprendamos a nos portar com ações corretas e no momento certo. Se agirmos
dentro do Princípio migraremos para o tempo de milagres. Tambem havemos
de convir que este tempo não perdure eternamente, pois além de receber o
milagre, Deus quer que desfrutemos dele, então nossas ações novamente nos
conduzirão a um tempo de bonança. Mais uma vez precisamos aprender que
isto tambem não será eterno, então deve ser comum sabermos que novos
tempos de dificuldades podem vir à tona. E assim será por toda a nossa vida.
Já aprendemos que precisamos agir e que estas ações é que nos farão migrar
para a próxima fase, mas é bom compreendermos que elas devem ser
edificantes e não destruidoras.
351
Vejamos então ações que a Bíblia registra e que considero de extrema
importância para qualquer cristão.
- Ofertar ao Senhor
“E Elcana, seu marido, lhe disse: Faze o que bem te parecer aos teus olhos;
fica até que o desmames; então somente confirme o SENHOR a sua palavra.
Assim ficou a mulher, e deu leite a seu filho, até que o desmamou. E,
havendo-o desmamado, tomou-o consigo, com três bezerros, e um efa de
farinha, e um odre de vinho, e levou-o à casa do SENHOR, em Siló, e era o
menino ainda muito criança” 1Sm 1:23-24.
Num momento de muita dificuldade, e tendo somente um filho, fruto de
muita oração, Ana leva a criança para ser ofertada ao Senhor. Ele era novo,
ainda sentia falta da mãe, mas Ana compreendeu que para ter um filho que
tivesse uma vida impactante em Israel, este precisava ser depositado aos pés
do Senhor, como oferta viva e voluntária.
A partir daquela entrega de Ana, Samuel passou a viver seus dias no templo,
aprendendo, ensinando e sendo usado por Deus para implantação de um
grande período de transformação.
Abel ofertou o melhor animal de seu rebanho. Abraão ofertou seu filho
Isaque, Davi ofertou sua fortuna para edificação do templo.... Deus ofertou
Jesus Cristo, por nós. A Bíblia é o livro das ofertas e todas elas são tipos de
ações que agradam o coração de Deus, pois a oferta tem o poder de quebrar a
miséria e de aproximar pessoas distantes e diferentes. Não espere surgir a
necessidade de ofertar. Oferte por sua felicidade e esta deve ser cotidiana.
- Colocar a Arca do Senhor no Altar
Nos últimos dias de Eli, o Sacerdote, Israel saiu à peleja contra os filisteus. Na
primeira batalha eles tiveram em torno de quatro mil baixas e isto causou
muita preocupação nos anciãos de Israel. Então se dirigiram, pois, à Siló e de
352
lá apanharam a Arca da Aliança e levaram à frente da batalha, na esperança
de, portando a presença de Deus, eles pudessem vencer aquela terrível
guerra.
Ocorre que a presença de Deus não é algo que se carrega de um ao outro
lado, conforme entendemos. Então, ao invés de vencerem a segunda batalha,
acabaram sucumbidos em definitivo, caindo mais trinta mil homens, inclusive
os filhos do Sacerdote Eli. De quebra os filisteus levaram tambem a arca do
Senhor e a colocaram na casa de Dagon. No dia seguinte a imagem daquele
deus amanheceu prostrada diante da Arca do Senhor e no dia seguinte,
apesar de a terem levantado, ela estava caída novamente com o rosto em
terra, diante da arca do Senhor, tendo ainda os dois membros superiores e a
cabeça cortados. Deus ainda feriu os moradores daquela província filistéia
com hemorróidas. Não suportando, eles a enviaram à Gate, outra principal
província filistéia. Tambem nesta terra o Senhor feriu os moradores com
hemorróidas. Sabedor da ação divina, os moradores de Ecrom, para onde iria
a arca do Senhor, fizeram comissão e concordaram com os outros príncipes
filisteus a enviarem a Arca para Israel.
Quando a arca chegou em Israel ficou na casa de Josué, em Bete-Semes.
Ocorre que eles fizeram pouco caso de reverência da arca e por este motivo o
Senhor feriu mais de cinqüenta mil pessoas. Mais uma vez a arca foi enviada a
outro local, chegando em Quiriate-Jearim, onde permaneceu nos próximos
vinte anos, na casa de Abinadabe.
Quando Davi já estava no governo, teve vontade de levar a Arca do Senhor, e
no caminho, Uzá, filho de Abinadabe, pegou de forma inadequada na arca e
por esta imprudência acabou morrendo. Este fato entristeceu o coração de
Davi, que o fez deixar a arca na casa de Obede-Edom, pelos próximos 03
meses. Após este período, e sabendo Davi que o Senhor abençoara a casa de
Obede-Edom, organizou então a forma adequada de levar a Arca para
Jerusalém.
353
Para melhor condução, Davi orientou os transportadores a fazerem sacrifícios
a cada seis passos. A multidão, juntamente com o Rei, seguia com júbilo,
cantando e dançando até que a arca fosse colocada no lugar preparado, no
Altar.
Enquanto os filhos de Israel fizeram uso inadequado da Arca do Senhor,
levando para a Guerra, sofreram perdas de mais de trinta e quatro mil
pessoas. Pelo mesmo motivo, os Filisteus, além de terem seu deus totalmente
destruído, ainda foram feridos de hemorróidas. Já Uzá, seguindo os mesmos
passos, foi destruído.
Davi sabia onde a Arca do Senhor deveria ficar, que era no altar, e assim o fez,
trazendo grande bênção a sua vida, e tambem a toda a nação de Israel.
Davi nos ensina que nossa melhor ação é colocar a Arca do Senhor, que hoje é
representado pelo Espírito Santo, no lugar adequado, que é no altar do nosso
coração, dando a ele toda a primazia e contando com sua maravilhosa ajuda
de nos ensinar a adorar verdadeiramente o Senhor.
Erramos muito, não dando ao Espírito Santo este lugar de honra, e quando
assim fazemos nos sujeitamos ao mesmo tempo de morte e enfermidade
sofrido pelos filisteus e pelos israelitas displicentes. Onde temos colocado a
Arca do Senhor? Temos dedicado ao Espírito Santo esta mesma honra? Temos
ouvido a voz do Senhor quando nos orienta sobre ações erradas? Precisamos
colocar o Senhor no lugar de honra. Isto foi o que Davi nos ensinou.
- Construir um lugar de Adoração
Davi desejou muito construir um Templo para o Senhor ser adorado. Então,
mesmo impossibilitado por Deus, devido ter sido homem de guerras,
organizou tudo para que Salomão o fizesse na mais perfeita obra. O templo
ficou lindo, e foi motivo de muita bênção a todo o Israel. Eles agora sabiam
como ofertar, como sacrificar e entenderam que Deus não habitaria mais em
354
tabernáculo (morada móvel), mas num templo (morada fixa), indicando
inclusive um novo tipo de relacionamento com Deus. Haveria agora uma
referência firme da presença de Deus.
Devido à desobediência, eles acabaram perdendo este templo, e por setenta
anos choraram amargamente. Ouvindo Deus o clamor do povo, permitiu que
um novo templo fosse construído, na época dos Profetas Ageu e Zacarias, do
Sacerdote Josué e do Governador Zorobabel. Na inauguração eles perceberam
que este segundo templo era bem menor e mais simples que o anterior.
Choraram muito, mas foram consolados com uma palavra profética de que “a
glória da segunda casa era maior que a da primeira”.
Mais uma vez, eles desobedeceram e tiveram este templo profanado, durante
o governo grego. Somente no governo romano foi que Herodes reformou o
templo, ampliando-o e dando um ar de graça, tornando-o num centro de
referência aos próprios judeus, na época de Jesus. Quando o Senhor Jesus
passeava, sendo-lhe apresentado aquela magnífica obra, Ele mencionou que
aquele templo seria destruído e em três dias ele o reedificaria. Isto aconteceu
e a nova edificação, conforme Jesus mencionou, não foi mais física e sim nos
corações dos filhos de Deus, daqueles que recebem a Jesus como Senhor e
Salvador. Este é o novo templo, onde o Espírito Santo habita. Ele mora em
nós, e quando levamos pessoas a confessarem a Jesus, eles recebem a mesma
ressurreição tida por Jesus ao terceiro dia. É o templo que se reedifica, porém
agora não mais como morada do Sacerdote (institucionalização), mas como
lugar de adoração onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo tornam-se um e nós
nos tornamos um com Deus, numa maravilhosa adoração.
Deus nos chama a esta construção. São obras de construção de um lugar de
adoração ao Senhor, no coração de cada ser humano.
355
Agir com Fé e Estratégia
O Espírito nos capacita. A fé nos habilita. A estratégia nos
indica.
Precisamos agir tendo este três trilhos indicativos. Assim
não penderemos para nem um dos lados e cumprir-se-á
em nós esta bela profecia: “Amplia o lugar da tua tenda, e
estendam-se as cortinas das tuas habitações; não o
impeças; alonga as tuas cordas, e fixa bem as tuas
estacas. Porque transbordarás para a direita e para a
esquerda; e a tua descendência possuirá os gentios e fará
que sejam habitadas as cidades assoladas” Is 54:2-3.
Quando agimos com ações corretas, Deus tambem age em nosso favor. Foi o
que aconteceu com Moisés no deserto: “Agora, pois, se tenho achado graça
aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei,
para que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu
povo” Êx 33:13.
Quando temos Deus agindo por nós, naturalmente podemos então
contemplar a sua glória, lição tambem aprendida com Moisés: “Porém ele
disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o
nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver
misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer” Êx 33:19.
Precisamos realizar ações corretas
No texto que usamos como âncora, menciona a história contada por um
amalequita que viu Saul morrendo, e foi instrumento de aliviar sua dor,
antecipando a morte do monarca. Ele então pega a coroa e corre até Ziclague,
encontrar-se com Davi e dar-lhe as boas de que seu inimigo era morto, e que
ele havia contribuído naquele ato.
356
Quando Davi soube da história, rasgou suas vestes, pranteou até o final do dia
por Saul e por Jônatas, então chama o amalequita e pergunta-lhe: “Como não
temeste tu estender a mão para matares ao ungido do SENHOR?” 2 Sm 1.14,
então chamou um de seus soldados e ordenou a execução do amalequita,
derramando sobre ele a culpa da morte de Saul.
A intenção do amalequita era boa, mas a ação não! - Aqui. Exatamente aqui,
muitos cometem erros fatais, com suas más ações.
Agora, sai o amalequita e entra em cena eu e você, no mesmo papel. Quantas
vezes cometemos erros semelhantes! Deixamos de analisar, criticar os fatos,
pesando suas conseqüências, erramos nos cálculos e somos inconseqüentes,
como resultado cavamos nossa própria sentença.
Outra ação tambem muito errada foi a de Arão que cedeu ao ouvido do povo,
e fez um deus que os guiasse de volta ao Egito. Olhe quantas vezes queremos
fazer nossos próprios deuses para voltarmos!
Outra, tambem muito forte, foi a de Saul que foi consultar uma feiticeira, para
conseguir falar com Samuel que já havia falecido. Pobre, tornou-se vítima de
sua própria desgraça.
Ações corretas levam ao sucesso. O não agir causa estagnação e morte. Ações
erradas levam ao fracasso imediato.
Quando olho para minhas mãos, não
consigo ver o futuro, mas o passado. As
marcas retratam o que fiz, mas não me
CONCLUSÃO
projetam por elas mesmas a um futuro
diferente, mas quando olho para as mãos
de Jesus vejo o quanto ainda preciso agir, tendo ações corretas, valorizando o
seu amor, transbordando de sua presença e amando cada vez mais seu
sacrifício. Olhe desta forma. Pese suas ações. Tenha ações que edificam.
357
Não Esqueça
1. Não adianta apenas agir. É preciso fazer isto na direção de Deus. Certamente,
o aguardar sua direção não implica em ficar parado, mas movimentar-se na
obtenção do que está esperando.
2. A inatividade tem levado muitas pessoas ao atrofiamento de sua fé, uma vez
que a fé é como um músculo, e quanto mais exercitado, maior será a sua
elasticidade e vitalidade;
3. A falta de ação é responsável tambem por muitas doenças que se instalam na
igreja (seus membros). Por isto, não reclame quando em nossa agenda do
ministério temos muitos compromissos. Uma igreja que não age na
implantação do reino de Deus está doente, e precisa ser tratada;
4. Para melhor agirmos, necessitamos de Saúde. Ou será que conquistamos
saúde, quando nos movimentamos? Independentemente da ordem, sem
ação não conquistamos nada, inclusive saúde. Então, aja!
358
Título: Princípio do Testemunho
Vós sois a nossa carta, escrita em nossos
corações, conhecida e lida por todos os
homens,
OBJETIVOS:
Evidenciar que o bom
testemunho fala mais
que um belo sermão e
mostrar os ataques
que sofremos.
II Cor 3.2
Deve existir uma coerência entre o que
pregamos, ensinamos e acreditamos,
com a forma como vivemos. Muitas
INTRODUÇÃO
leituras sobre o que pregamos,
ensinamos ou acreditamos, são feitas
em ordem inversa, a partir de nossa forma de viver. Tambem a coerência deve
ser evidente entre a teoria e a prática. Sem um viver justo e moderado nos
tornamos meras peças de um teatro que não objetiva levar mensagem e nem
trazer pessoas às mudanças.
Ao lermos algum conselho, ou descobrimos algo bom da parte de Deus, e
alguém nos pergunta o que aprendemos, logo enumeramos as muitas
instruções ensinadas. De início até as queremos seguir, mas depois acabamos
não “dando conta” e deixamos de lado. Essa qualidade de saber o que tem de
ser feito e não o fazer, bem como o de não conseguir ser exemplo de boas
práticas evidencia que estamos quebrando o Princípio do Testemunho.
359
A vida cristã ocorre como que num local
cercado de vidro transparente. As
DESENVOLVIpessoas querem exemplos bons para
seguirem e ao nos observarem vêem
MENTO
tanto os bons como os maus. É até de se
admirar o fato de mencionar sobre os
maus testemunhos, mas a verdade é que eles existem e tornam-se um perigo,
e quando são mais que os bons, induzem à morte. Aos maus testemunhos
chamamos de escândalos e sobre eles o Senhor nos diz: “...É impossível que
não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora
que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar,
do que fazer tropeçar um destes pequenos” Lc 17:1-2. Achamos que não
existem os agentes dos maus e os agentes dos bons testemunhos, mas na
verdade, eles querem habitar na mesma pessoa, e um observar detalhado nos
leva a descobri que não há como alguém dar um bom testemunho sendo ele
agente do mal. Assim os testemunhos que, de início, achamos proveitosos,
oriundos de alguém mal, soam como uma grande maquiagem para nos
impressionar e enganar. É como a pessoa que deseja perfumar o porco. É
complicado, porque porco é porco. Ele gosta de lama, de comida velha, de
não assear-se, de viver aleatoriamente, comer desordenadamente, andar de
cabeça baixa. Não há como perfumá-lo.
Exatamente nesta linha tênue que separa nossa conceituação sobre os bons e
os maus que habita o Princípio do Testemunho. Tiago, irmão do Senhor,
comentou sobre este assunto ao mencionar a respeito da língua. Em sua
epístola ele fala que de uma mesma boca não pode proceder a bênção e a
maldição. Não pode, mas procede. Aí ele enfatiza: “Meus irmãos, não
convém que isto se faça assim” Tiago 3:10. Então, nesta mesma linha é que
devemos nos atentar ao fato de em nós querer habitar os dois agentes, o do
bom e o do mau testemunho. Quando o Senhor nos fala através de Tiago, esta
palavra: “Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce
360
e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas,
ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e
doce. Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as
suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e
sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra
a verdade” Tg 3:11-14, de fato está nos alertando para não agirmos na dupla
personalidade, aí Tiago eleva um pouco o nível da discussão mencionando
sobre a sabedoria, alertando que o que é sábio tem sua comprovação pelas
evidências de seus atos, eliminando de seu caminho a inveja, o coração
faccioso, a vanglória e a mentira, assim mencionado deixa claro que os que
praticam tais atos não são sábios. O poder ou o ter a liberdade de praticar,
assim como a rejeição de tais atitudes, estão dentro de nós. É uma escolha
que fazemos todos os dias. Então ser sábio não é algo indestrutível, mas algo
que se faz diariamente com ações que demonstram sua existência.
Então, assim como na lei natural não existe azeitona na videira, ou figos na
oliveira, também não devemos portar em nós os maus e os bons
testemunhos. Neste momento quero que façamos um pacto com o Senhor,
pois por muitas vezes fomos alvos de elogios da fé, mas noutras fomos objeto
de repúdio. Ore comigo, de coração:
“Senhor, reconheço que já fui alvo de dúbia leitura e tambem sei que o testemunho
não é interno, composto de intenções, mas externo, representado de ações que
refletem a tua presença ou a tua ausência dentro de mim. Por assim reconhecer, peço
perdão e graça para ser a tua LUZ que brilha intensamente, como registrado em
Provérbios que diz: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai
brilhando mais e mais até ser dia perfeito”Pv 4:18, sendo exemplo de bom cristão e
levando com isto, pessoa ao exercício pleno da fé no Senhor. Ao Espírito Santo, peço
que me ajude, orientando em minhas fraquezas e me fazendo lembrar desta oração.
Em nome de Jesus. Amém.”
361
Agora, sim. Não vou mais comentar sobre os maus testemunhos, porque com
esta oração, feita de coração, tenho plena certeza que quando o mal quiser
nos induzir aos maus exemplos, seremos santos o suficiente para lembrar que
o Senhor nos chamou à santidade, à separação e não a uma vida com
amizades com o mundo: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a
amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser
ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4:4.
O testemunho de Enoque foi tão forte que
Deus o tomou para si. Quando foram
procurá-lo,
ele
simplesmente
havia
desaparecido e seu corpo não encontrado.
Já Noé teve uma experiência tão real que foi
capaz de colaborar com o Senhor a fim de
trazer juízo sobre a terra.
Abraão enfrentou todas as dificuldades para
nos ensinar sobre como ser pai de multidão
e a receber a promessa pela fé e pelas obras.
Moisés teve uma vida exemplar como
estadista e como legislador.
Davi nos ensina qual o caminho correto para
se chegar e permanecer no trono. Segundo
este homem de Deus, o caminho do governo
duradouro está em ter relações duradouras com Deus.
Jó suportou todas as afrontas, mas não contrariou a Palavra do Senhor. Ele
nos ensina, com seu testemunho único, que devemos estar preparados para
fazer valer a Palavra que o Senhor tem liberado, quer seja em nossa vida, em
nossa família, em nossos negócios ou na Igreja. Satanás tentou invalidar a
362
palavra de admiração que o Senhor tinha por Jó, mas mesmo sem saber do
contexto, Jó posicionou-se do lado de Deus.
Daniel nos ensina o caminho do poder, com seu testemunho. Para ele o poder
consiste em saber lidar com as questões espirituais com a mesma habilidade
das questões materiais, então ser assistente do Rei ou Profeta de Deus,
apesar de aparentemente serem funções distintas, tinha algo que as
transformavam em iguais: A excelência que Daniel aplicava em cada questão.
Jesus é o nosso maior exemplo de amor, fé, devoção, sabedoria,
companheirismo, treinamento e liderança. Ele não apenas se sacrificou por
nós, mas nos ensinou a estar com ele em toda as circunstâncias. Nos amou de
maneira tal que chegamos a nos sentir constrangidos quando cedemos ao
pecado.
Paulo foi exemplar na pregação do Evangelho. Além de ensinar, fazia questão
de registrar estes ensinamentos em epístolas que transpuseram tempos,
estações e gerações, chegando até nossos dias com a mesma eficácia de
quando foram dirigidas às igrejas e pessoas, e lidas pela primeira vez.
O que dizer então de homens como Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias, Ezequiel,
Josué, Pedro, Tiago, João...? A Bíblia é o livro dos testemunhos e todos eles
são edificantes, uma vez trazerem consigo ensinamentos que nos provocam
mudanças de pensamentos, atitudes e gestos. Acrescentam nossa fé, nos
admoestam, nos capacitam e nos habilitam a estar diante do Senhor, agora
como filhos, dispostos a fazermos o mesmo que estes homens fizeram em
prol do Reino de Deus.
Perceba que os maus exemplos existem na Bíblia, mas nenhum deles foi
coroado com glória, como os foram os dos bons reis de Judá. Basta olhar a
história e escolher qual caminho queremos seguir.
Deus deixou este maravilhoso Princípio pelo ao menos por 03 motivos:
363
O primeiro deles é para indicar que o Evangelho de Jesus Cristo não é
somente teórico, mas prático e este aprendizado vem através de homens
simples, que doaram seus tempos, corações e serviços ao Senhor. Assim todos
nós, indistintamente, podemos aprender com tais lições, entendendo qual o
melhor caminho de chegar a Deus.
Em segundo, tambem creio que o Senhor estabeleceu este Princípio para que
nós, uma vez tomando atitude corretas no Reino de Deus, sirvamos de
exemplo aos demais que precisam ter uma orientação clara e certificarem que
ainda têm pessoas do bem.
O terceiro motivo é que Deus quer que nos moldemos a sua vontade, nos
transformando como Espelhos que refletem a sua glória, para que, quando as
pessoas olharem para nós, não vejam apenas o homem natural, mas o que
nasceu da água e do Espírito e sintam-se atraídos ao Senhor.
Carta LIDA
No texto lido em II Coríntios, o Apóstolo Paulo menciona que os Coríntios são
para ele como uma carta escrita, servindo de recomendação em todo o
mundo, como de fato foi naquela época e o é até hoje.
Para melhor compreensão deste texto precisamos retornar ao capítulo 2,
onde ele relata que tanto em Trôade, como na Macedônia o Senhor tinha lhe
dado graças, e o feito triunfar. Tambem por meio dele havia manifestado
àqueles povos a fragrância de Cristo, por ser ele o bom perfume de Cristo que
exalava a presença de Deus. Ele enfatiza que este perfume servia tanto para a
vida como para a morte. Aí culmina ao mencionar sobre a idoneidade que o
habilitava a tal ato: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da
palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na
presença de Deus” 2Co 2:17. Então, não como falsificador, mas como alguém
que pregava a Cristo com sinceridade e que falava de Deus como que na
presença Dele, é que ele diz no capítulo 3 que não louva a si mesmo e nem
364
precisa de carta de recomendação, porque as suas obras falavam mais que
qualquer palavra.
Para Paulo, os Coríntios não eram apenas um carta escrita com tinta, mas uma
especial. Escrita com o Espírito de Deus, não em tábuas de pedra, mas nos
próprios corações. Paulo representava muito para aquela igreja, mas eles
tambem falavam muito a respeito do ministério deste homem de Deus. Esta
leitura nos leva a algumas compreensões, acerca do Testemunho que Paulo
dava àquela igreja e que tambem recebia dela. Era como uma carta LIDA.
1 - Quem tem testemunho, gera pessoas de testemunho
Nossa maior mensagem sobre o amor de Deus é expressa através de nosso
testemunho. Paulo sabia desta verdade, por isto, para gerar uma igreja de
testemunhos, ele precisava ser um homem de bom testemunho.
Se não tivéssemos o bom testemunho de Cristo, certamente teríamos
dificuldades em testemunhar de Deus. No entanto, o Senhor nos deu
exemplo.
Do mesmo modo como Paulo e Jesus nos foram modelos, tambem o devemos
ser aos que nos rodeiam. Somente pessoas de testemunho podem gerar
outros que dêem tambem bom testemunho.
Que tal se alguém o visse cometendo algo que, embora não sendo verdade, o
aparentasse com o mal? Certamente não seria algo bom. Então o Princípio do
Testemunho nos remete a uma grande verdade, a de que precisamos manter
distância da má aparência. As nossas boas intenções não terão tanto efeito se
os meios pelas quais as queremos implantar nos aproximarem a situações de
perigo, pois pomos em risco a vida dos que nos observam.
Você não está sozinho. Alguém (ou alguéns) está sempre observando você. E
assim como o Senhor falou de Jó, alguém, certamente, fala de você:
365
“Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a
ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.” Jó 1:8.
Antes de praticar algo “duvidoso”, pense no impacto que acarretará na vida
do próximo. Aquela idéia da irresponsabilidade no sentido de dizer que “não
interessa” não vale para os cristãos, quando o assunto é a representação do
Senhor para os que necessitam de salvação.
2 - Quem tem testemunho não gera crentes, mas discípulos.
Existe uma diferença muito grande entre o crente e o discípulo. Crente é
aquele que crê. Já o discípulo é aquele que segue, que recebe ensinamento e
que está sempre disposto a ser moldado, de acordo com a instrução do seu
orientador.
Como cristãos, não podemos continuar gerando crentes (apesar de bom, não
representa a visão completa do Cristianismo). Necessitamos gerar discípulos.
Foi isto que o Senhor Jesus fez e tambem orientou seus Apóstolos a fazerem.
Isto é uma grande verdade que precisamos internalizar. Não vou entrar a
fundo neste assunto agora. Apenas quero refutar o seguinte item: Só
conseguimos gerar discípulos se tivermos testemunhos. É lógico que existem
discípulos do mau testemunho, mas sobre estes não vamos nos prender, uma
vez que nos propomos a gerar os bons discípulos.
Os crentes continuariam crendo em Deus, uma vez não termos bons
testemunhos. Já o discípulo, não. Ele encerra sua carreira conosco ao não nos
vêem como exemplos de bons filhos de Deus.
Esta foi uma das grandes lições que Paulo nos ensina, ao mencionar este
assunto com a Igreja de Corinto, uma comunidade de DISCÍPULOS que eram
crentes em Jesus e não de CRENTES que não eram discípulos de Jesus. A
inversão desta ordem altera totalmente o produto, uma vez que o Senhor nos
366
chama primeiramente ao discipulado, depois a crença. Tem muita gente
confundindo isto. A crença é aprendida do DISCIPULADO.
3 - Quem tem testemunho sabe diferenciar a letra do Espírito
“O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento,
não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica” 2Co
3:6.
A revelação das escrituras não foi dada a uma pessoa que não tivesse
testemunho de bom discípulo do Senhor. Da mesma maneira ocorre hoje.
Alguém pode até nos enganar com sermões lindos, mas não o conseguirá por
muito tempo, se não tiver um testemunho que habilite sua pregação.
Nesta linha, vejo Paulo entendendo um grande Mistério que era o da
Revelação do Espírito através da letra. Neste sentido as escrituras deixaram
de ser um mero conglomerado de palavras e passaram a ser fontes de vida e
inspiração divina. Alguns iriam continuar lendo como Letras, mas Paulo não
fazia mais desta forma, uma vez ter entendido que fazia parte de um novo
testamento, elemento este gerado pelo próprio Espírito. Para conseguirmos
um entendimento das Escrituras que ultrapasse as barreiras da própria letra
(lei) precisamos ter testemunho. Isto está evidente na vida de Paulo.
4 - Quem tem testemunho tem a interpretação da Palavra, pois Deus não o
revela para maus usos.
“E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória,
de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de
Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, Como não
será de maior glória o ministério do Espírito?” 2Co 3:7-8.
A revelação dada por Deus ao Apóstolo não abrangia somente a questão da
verificação pelo Espírito, mas tambem tornava reveladora textos até então
367
entendidos somente no aspecto literal, por isto ele chama a glória de Moisés
de transitória, enquanto a do Espírito denomina de maior abrangência. É um
entendimento simples, mas até então, obscuro às pessoas. Deus tem muitos
outros mistérios a serem revelados, e o fará, tão logo tenhamos testemunhos
de bons cristãos. Sei que ele não chama pessoas capacitadas, mas um dos
primeiros pilares de sua capacitação é a testificação do seu governo para
aqueles que desejam segui-lo.
5 - Quem tem testemunho tem OUSADIA
“Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar” 2Co 3:12.
Paulo era um homem simples, mas de uma ousadia fora do comum. Quem
ousa, expõe-se mais. Sofre mais. Conhece mais e conquista mais. Isto foi
possível na vida do Apóstolo porque ele tinha testemunho. Não seria barrado
em público por algum escândalo ou ação que o aproximasse do mal. O
Testemunho nos impulsa a OUSADIA. Então se há desejo em seu coração de
ser alguém ousado, lembre de acertar, primeiramente sua vida de
testemunho, passando a lidar somente com algo que edifique os outros.
O Princípio do Testemunho soa para nós
como um CONVITE, quando o Senhor nos
chama para sermos uma carta LIDA. Algo
CONCLUSÃO
que ele escreveu e que podemos tambem
escrever na vida dos outros. Não é
apenas uma conceituação de bom proceder, mas soa como que estando nós
numa missão, não podemos carregar nossa própria bandeira, nosso próprio
modo de trabalho, mas servir como espelho do caráter e da personalidade
daquele que nos chamou. Mais que ser exemplares, precisamos ser discípulos,
pois os que assim procedem, tanto ensinam quanto aprendem. Tornam-se
Testemunhas tanto da experiência, quanto da prospecção, neste ponto
aprendemos o que é, de fato, ter uma vida CRISTÃ baseada em Princípios.
368
Não Esqueça
1. Os discípulos pareciam com Jesus, não no aspecto físico, mas no
procedimento, nos pensamentos e no relacionamento de fé com Deus. Eles
aprenderam isto porque seguiram o Senhor como seus discípulos, copiando e
aprendendo em cada ensinamento;
2. Existem aqueles que podem testemunhar algo porque viram e os que
testemunham porque passaram. Dos dois, o segundo tem mais impacto. É
por isto que Deus nos permite passar por algumas situações;
3. Ao termos testemunho de bons cristãos, logo atraímos discípulos para o
Senhor. Nosso mau testemunho não altera o posicionamento de Deus,
apenas nos exclui da cena.
4. Temos muitos testemunhos na Bíblia. Agora é a nossa vez de construir
testemunhos edificantes na vida das pessoas, assim como fizeram os grandes
homens da Bíblia, em especial o nosso Senhor Jesus;
369
Título: Princípio da limpeza
Ela tem-se cansado com trabalhos;
contudo não sai dela a sua muita
ferrugem pelo fogo. A ferrugem é a tua
imundícia de luxúria, porquanto te
purifiquei, e tu não te purificaste, não
serás purificada nunca da tua imundícia,
enquanto eu não tenha satisfeito sobre ti
a minha indignação
OBJETIVOS:
Relatar a importância
da limpeza em todos os
aspectos e evidenciar
as ações que trazem a
harmonização dos
ambientes da vida
cristã e que
determinam nosso
suceso ou fracasso.
Ezequiel 24.12-13
Existem vários tipos de limpezas e em
cada uma delas são aplicados produtos
de acordo com a quantidade e a
INTRODUÇÃO
qualidade da sujeira. Se for algo simples
como um pequeno pó, um espanador e
um pano úmido são suficientes. Se a
sujeira é aparente e pegajosa, então é necessário água e sabão, muito sabão.
Se existirem manchas, então se utiliza algum produto adequado ao tipo de
mancha. Existe ainda a limpeza pessoal, do local de trabalho, do veículo e da
cidade. Todas são extremamente necessárias e não as fazer implica no fato de
uma manchar a outra. Limpeza é um Princípio e não podemos quebrá-lo, fato
que muitos fazem sem perceber o mal que estão atraindo.
370
Particularmente não gosto de ambientes
sujos. Quando a limpeza deste não está
DESENVOLVIsob minha responsabilidade, então
MENTO
suporto por algum momento, até que a
possa fazer ou orientar sua execução.
Sujeira nos deixa de mau humor, nos
empobrece, nos envelhece e ainda traz perturbação de ordem ambiental,
uma vez trazer consigo a poluição e a doença.
Pessoas acostumadas com a sujeira, logo se acostumam com ambientes
pesados e nocivos à vida. Ambientam-se facilmente com locais miseráveis e
com situações de descaso do serviço público. Isto é mal terrível.
Sujeira não tem a ver com pobreza. São elementos distintos. Sujeira está
relacionado com a falta de asseio e cuidado.
Se não conseguimos conviver com um ambiente sujo, maior perigo é quando
a sujeira não é externa, mas no coração, nos pensamentos, nas ações
oriundas da maquiavelice da mente maldosa. Neste aspecto tanto faz estar
numa mansão bem cuidada por muitos zeladores, ou estar num casebre de
pau a pique. O problema deixa de ser no ambiente e passa a ser nos agentes,
nos atores destes ambientes.
O Senhor é sabedor que quando somos bem resolvidos em nossas questões
mentais, o somos tambem nas questões relativas ao ambiente onde
convivemos. É na raiz do problema que o Senhor atua.
Para melhor compreensão deste Princípio da Limpeza, recorramos ao texto
que lemos em Ezequiel, analisando-o sobre três contextos: o histórico, o
poético e o profético.
- Contexto histórico - Jerusalém, a cidade que fora escolhida por Davi para
estadia da Arca da Aliança, estivera rebelde ao prostituir-se diante dos deuses
371
das nações vizinhas, erigindo altares, sacrificando os filhos no fogo e fazendo
todo tipo de oferendas de animais e objetos a estes Deuses. Então o Senhor
resolve levá-los à correção, usando para isto o rei da Babilônia, que cercou a
cidade e em cativeiro levou seus habitantes mais jovens e mulheres para a
Babilônia.
Deus havia dado muitas oportunidades de eles se arrependerem, mas não o
quiseram fazer, jogando fora todas as chances do perdão sem dor.
Semelhantemente o Senhor faz conosco e assim como aconteceu com Judá,
ocorrerá com o mundo, quando vier o grande e terrível dia do Senhor.
Em Jerusalém ficaram poucas pessoas, em sua maioria doentes, aleijados e
velhos. Este exílio foi feito por Nabucodonosor em duas etapas, sendo a
primeira em 598 a.C. Nesta época Jerusalém foi sitiada e Joaquim, rei de Judá,
rende-se voluntariamente, e o templo é saqueado e parcialmente destruído.
Nesta ocasião são levados cativos o rei, os nobres, os oficiais militares e os
artífices.
A segunda deportação ocorreu 11 anos após a primeira, quando Zedequias,
rei vassalo de Nabucodonosor e tio de Joaquim, revoltou-se contra a
Babilônia, dando origem a uma cruel batalha, culminando com a destruição
completa do Templo.
Ezequiel foi com a primeira deportação, e sua profecia sobre a destruição de
Jerusalém, a qual lemos parte, no texto âncora, ocorre exatamente um pouco
antes da destruição completa do templo. Ela foi dirigida, inicialmente, aos que
estavam cativos na Babilônia, e o Senhor menciona que foi no Nono ano do
cativeiro, no dia dez, do décimo mês, ou seja, um ano e pouco antes da
finalização do fato predito.
- Contexto poético - Deus já havia falado sobre o assunto do julgamento de
Jerusalém por diversas vezes e formas. Agora ele resolve fazê-lo de maneira
372
poética, usando uma parábola de uma panela cheia de carne que é levada ao
fogo, e ferve até que a carne esteja cozida.
O Senhor menciona que Ele mesmo é quem põe o fogo e pede para trazer
mais lenha até ferver e secar o caldo e os ossos que ficarem torrados. Ainda
assim o juízo ainda não está completo, pois o Senhor objetivava tirar a
ferrugem. Então ordena que a panela seja deixada ao fogo até que fique
vermelha, e de sua ferrugem seja purificada. Neste momento o Senhor
observa que aquela panela não ficaria purificada com aquele fogo, porque a
maldade não era mais aparente e sim no coração.
- Contexto profético - O Senhor menciona que a ferrugem da panela, que
representava Jerusalém, era a imundícia da luxúria, que significava os seus
atos imorais, e que estes atos, por mais que o Senhor tivesse tentado tirá-los,
não havia conseguido, a menos que pusesse nela (na panela) toda a sua fúria.
A imundícia dos atos imorais de Jerusalém não são peculiares apenas aquela
terra. Então esta palavra não é somente para eles, é tambem para nós, que
precisamos ser purificados pelo Senhor, passar pelo processo de limpeza não
apenas da mente, mas principalmente do coração.
Feita esta análise em observação a estes três contextos, temos agora
elementos para trazer a mensagem aos nossos dias. Quando nos colocamos
no lugar de Jerusalém, percebemos que somos tão pecadores quanto eles.
Nossa mente é má, nossos intentos são ruins, nossos pactos ferem a pessoa
do Senhor, fazemos alianças com o mal e vivemos quebrando princípios.
Olhando desta forma, percebo então que naquela panela, a qual o Senhor
figuradamente referiu-se, estamos nós com todos os nossos erros,
necessitando ser purificados pela bondade, ao invés de o ser pelo fogo do
Senhor. Se com Judá o Senhor percebeu que a limpeza viria somente por sua
ira, conosco devemos entender que será pela sua eterna bondade e pela
graça derramada sobre nossa vida, através de Jesus Cristo e do Espírito Santo.
373
Tem uma palavra que o Senhor nos fala através de Pedro que retrata muito
bem nossa condição, no Princípio da Limpeza. Vejamos: “Porque é bastante
que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando
em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e
abomináveis idolatrias” 1 Pedro 4:3.
Pedro relata que andávamos em:
DISSOLUÇÕES
CONCUPISCÊNCIA
BORRACHICES
GLUTONARIAS
BEBEDICES
IDOLATRIA
Perversão de costumes; devassidão;
ruína.
Desejo
imoderado
de
satisfazer
a
sensualidade. Apetite sexual.
Perversão
de
práticas
pecaminosas,
contrárias à vontade de Deus relativos a
Bebedeiras
(confusão
advinda
da
embriaguês)
Vício de glutão. Comer desenfreadamente.
Vício de Beber
Formas variadas de adoração a deuses e
santos.
Precisamos entender que quando andávamos assim, estávamos associados à
sujeira da alma e após o encontro com o Senhor Jesus, ele nos lavou pela sua
Palavra. Então não há porque nos envolvermos mais em tais práticas. Elas não
condizem mais com o nosso andar que precisa ser SANTO.
Imaginemos em quantas dissoluções nos envolvemos; Quantas formas
sensuais de apetites sexuais fora desenvolvidas; Quantas confusões advindas
da embriaguês; Quantas vezes fomos ou conhecemos alguém que era doente
ao comer demasiadamente, ou ainda à ingestão de bebidas alcoólicas de
maneiras desenfreadas; e tudo isto sem mencionar as novenas, os terços, as
missas, os santos e as procissões que fazíamos pensando estar agradando a
Deus. Eram muitas lutas que indicavam quão suja estava nossa cela!
374
1 - Aplicando o Princípio da Limpeza
Respondendo a uma pergunta sobre quem morará no céu, o Senhor nos
responde: “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega
a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá do Senhor
uma bênção, e a justiça do Deus da sua salvação” Salmos 24:4-5. No Salmos
15, tambem respondendo uma pergunta semelhante, o Senhor nos diz:
a) Andar irrepreensível; b) Praticar a Justiça; c) Falar a verdade de
coração; d) Não difamar, não falar mal e nem aceitar afronta contra o
próximo; e) Não rejeitar quem merece desprezo; f) Honrar os que temem
ao Senhor; g) Manter sua palavra; h) Não emprestar dinheiro com usura
e; i) Não aceitar suborno contra inocentes.
Estes textos, e outros correlatos, são usados pelo Senhor para nos ensinar que
necessitamos prezar pelo Princípio da Limpeza, tirando do nosso coração tudo
aquilo que nos afasta dele e de sua
vontade.
Precisamos admitir que quando
olhamos nosso coração, vemos a
quantidade de sujeira que existe,
podendo ser denominadas como
Desobediência,
Rebeldia,
Maledicência, Torpeza, Amargura,
Egocentrismo, Intriga, Inveja e
outros.
Jesus queria dar um ensinamento
sobre humildade e serviço, por isto
lavou os pés dos discípulos.
Quando chegou em Pedro, e este reconhecendo o Senhorio de Jesus, não o
quis deixar lavar-lhe os pés. Então Jesus insistiu mencionando que se não o
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deixasse, Pedro não teria parte com ele. Neste momento Pedro então pede a
Jesus que o lave completamente. O Senhor então o responde dizendo que
somente os pés eram necessários, porque o restante já estava limpo. Creio
que ficou uma pergunta sobre quem ou o que os havia limpado. Esta pergunta
só foi respondida mais tarde, pelo próprio Senhor: “Vós já estais limpos pela
palavra que vos tenho falado” João 15:3. Esta mesma resposta serve hoje
para nós. Estamos limpos pela PALAVRA do SENHOR, mas não indica que
estamos LIMPOS AUTOMATICAMENTE e sim que temos um produto poderoso
que pode nos LIMPAR que é a sua Palavra. Tem uma diferença enorme se
compreendermos desta forma.
Deus nos deixou sua Palavra, que provoca em nós uma verdadeira mudança
quando a ingerimos e a degustamos, sentindo todo o seu conteúdo e
deixando-o agir em nosso coração. É um processo de limpeza que foi deixado
pelo Senhor para que pudéssemos nos desvencilhar do velho homem e
migrarmos para o novo.
A limpeza do Senhor não inicia nas aparências, mas no coração. Por isto a
recomendação dele com relação à sua Palavra não é que a tenhamos apenas
na Bíblia, na estante aberta em alguma passagem, tatuada no corpo, escrita
nos carros. Não. Sua recomendação é que a ingeramos, levando-a ao nosso
ventre, deixando-a fazer a limpeza de dentro para fora. Isto foi orientado pelo
Senhor em pelo ao menos duas passagens. Uma com Jeremias. Outra com
João. Vejamos:
“E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas
entranhas deste rolo que eu te dou. Então o comi, e era na minha boca doce
como o mel” Ezequiel 3:3.
“E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce
como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo” Apocalipse
10:10.
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Há limpeza de Deus para:
a) Desobediência
Não é fácil obedecer. É fácil conhecer. É fácil ver. Mas não o é obedecer. Isto
porque em nós há um ímpeto maligno que leva-nos a querer ser maior, e o
grande não gosta de obedecer, e sim de mandar.
Esta sujeira precisa sair da nossa casa, sendo ela uma das grandes
responsáveis pela queda de Israel e de Judá, podendo também ser da nossa.
Obedecer não significa não poder
pensar diferente. Não ter qualidades
próprias. Não é isto. Obedecer é seguir o
caminho que já foi percorrido pelo
Senhor, já tendo Ele removido os
perigos que existiam. Deus conhece os
caminhos, e quando nos convida a o
obedecer, nos chama a andar pelo
caminho onde não sofreremos. É assim
que fazemos aos nossos filhos. Como
não queremos que Deus faça o mesmo
conosco?
Precisamos aceitar a limpeza do Senhor, retirando de nós toda a
desobediência, conforme a palavra que o Senhor, usando Paulo, escreveu a
Filemom: “Escrevi-te confiado na tua obediência, sabendo que ainda farás
mais do que digo” Filemom 1:21.
b) Rebeldia
A rebeldia é uma desobediência, que importa em desobedecer e, ainda,
tentar convencer outros a fazerem o mesmo. Não existe espaço no reino de
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Deus para os rebeldes. Tudo bem que a pessoa não esteja querendo
obedecer, mas isto não lhe dá o direito de fazer o mesmo com outros.
O lixo da rebeldia precisa sair do nosso coração, e há uma abertura muito
grande na Palavra do Senhor a este respeito. Um dos textos foi mencionado
pelo Senhor através do Profeta Jeremias que nos instrui a retornar,
independentemente de quais tenham sido nossos atos: “Voltai, ó filhos
rebeldes, eu curarei as vossas rebeliões. Eis-nos aqui, vimos a ti; porque tu
és o SENHOR nosso Deus” Jeremias 3:22.
c) Malediência
A maledicência é tanto aquela pessoa que vivem maldizendo-se como aquela
que tem a mente má. Em tudo ele coloca malícia. Santidade é um termo que
não passa por seus pensamentos, porque eles são maus.
O lixo da maledicência é prejudicial porque ele tem o poder de trazer vida aos
pensamentos promíscuos, e aos estados das palavras de xingamentos.
Deus não nos fez maledicentes, e logo em Gênesis vemos o Senhor
mencionando após cada dia da criação que tudo era bom. Foi Satanás quem
jogou este lixo, que traz consigo tambem a murmuração, a injúria e a
desordem do que Deus estabeleceu como Princípio.
A recomendação do Senhor é clara, e precisamos usá-la como instrumento de
limpeza: “Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da
malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca” Colossenses
3:8.
d) Torpeza
A forma como falamos algo, ou os termos que usamos para exprimir algo,
indicam muito sobre nosso caráter e forma de pensar. Então usar palavras de
baixo calão, palavras torpes, não condizem com uma pessoa que é de Deus.
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Caso não reconheçamos este lixo, ele acabará denegrindo a imagem de
santidade que estamos construindo diariamente: “Não saia da vossa boca
nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação,
para que dê graça aos que a ouvem” Efésios 4:29.
e) Amargura
É outro lixo muito tóxico que muitas vezes existe dentro de nós. Amargura
retrata uma pessoa que é ruim de relacionamento porque é “indigesta”. É
incabida porque é salgada demais ou sem sal. É desnecessária porque
contamina o grupo.
O problema é que a amargura tenta pegar todas das pessoas. Devemos lutar
diariamente fazendo uma varredura em nossos sentimentos, e não deixando
que o acúmulo de coisas ruins repercutam nos próximos com ações amargas,
ou mesmo em nós mesmos, quando internamos tais sentimentos e nos
tornamos alheios à felicidade e ao bem.
A amargura, muitas vezes, vem enraizada, e tambem deve ser tirada desta
forma, com suas raízes: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de
Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela
muitos se contaminem” Hebreus 12:15.
f) Egocentrismo
A Bíblia é o livro do comum, do natural, do compartilhar, do aceitar as
diferenças e do transformar de Deus na vida do homem.
Na bíblia, o homem não é o centro. Nela Cristo é o centro. Desta forma, é
bobagem, ou infantilidade, deixar que o lixo do egoísmo tome de conta do
nosso coração, contaminando-o para o mal.
Precisamos deixar de ser estrelas, egocêntricas, e deixar Cristo ser o centro de
nossa vida e coração. Só assim conheceremos o poder de Deus que “...se
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aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas
fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” 2 Coríntios 12:9.
g) Intriga
Como é difícil conviver num ambiente de intrigas! O pior é que tem pessoas
que se acostumam nestes ambientes, tornando-se, inclusive, participantes
dele.
Como filhos de Deus só temos que lutar contra o inimigo de nossas almas e
não com os vizinhos, com os colegas e trabalho, com os irmãos da igreja, com
os familiares... com ninguém. Somente com Satanás e seus anjos, que são os
maiores mentores das intrigas.
Tiago, irmão do Senhor, nos dá resposta a perguntas que fazemos sobre a
origem das confusões: “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós?
Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos
membros guerreiam? Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada
podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis”
Tiago 4:1-2. Precisamos tirar de nosso meio o que quer nos separar das
pessoas. Isto é um lixo que o Senhor nos chama a remoção pela sua palavra.
Devemos nos amar uns ao outros, mas com intrigas isto nunca irá acontecer.
h) Inveja
A inveja é um lixo perigoso porque ela nos distancia da capacidade que o
Senhor nos deu de conquistar todas as coisas com fé e no nome de Jesus,
através da oração.
2 – Colhendo os efeitos do Princípio da Limpeza
Um ambiente limpo naturalmente propicia maior alegria e maior produção. Já
um ambiente sujo, primeiramente precisa ser limpo, para depois usá-lo para
fazer algo. É assim que o Senhor nos trata. Primeiramente Ele nos limpa, nos
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lava com sua palavra, nos deixa resplandecentes de sua glória, para depois,
nos encher com a sua presença. Existem muitos benefícios quando aplicamos
o Princípio da Limpeza, os quais podemos destacar:
a) Saúde mental e física; b) Menor risco de acidentes (e incidentes); c)
Melhor comunicação, uma vez não haver ruídos; d) Maior interação entre
as pessoas; e Maior produtividade; f) Melhor entendimento do que é
ensinado; g) Melhor processamento dos conceitos cristãos.
Sendo nós desejosos dos milagres do Senhor, devemos procurar seguir o
Princípio da Limpeza, tendo em vista os benefícios que Ele no propicia.
Deus nos deixou vários Princípios que,
quando
aplicados
corretamente,
proporcionam vida, saúde, alegria... São
CONCLUSÃO
elementos simples, mas muito úteis e
funcionais, dos quais a Limpeza é um
deles. Com este Princípio somos chamados pelo Senhor a verificar a carga que
estamos levando, tanto em volume, quanto em peso, uma vez que podemos
estar carregando lixo que nos impedirão de entrar no céu.
Lembra quando o Senhor nos falava no Antigo Testamento (principalmente
em Levíticos) sobre os animais limpos e imundos? Já era um ensaio a este
Princípio. Tanto é que depois os animais saíra de cena, no Novo Testamento e
entraram os demônios, que o Senhor chama de espíritos Imundos as nossas
ações. Então a Placa EXISTENTE no Céu, aplica-se a nossos atos hoje, assim
como serviram no Antigo Testamento: “Quem é injusto, faça injustiça ainda;
e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é
santo, seja santificado ainda”. Apocalipse 22:11. Certamente não somos
SUJOS, uma vez termos uma palavra para nos purificar. Então, mais que não
ser SUJO é não se sujar e nem fazer sujeira, mas ser limpo, seguindo o
Princípio da Limpeza.
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Não Esqueça
1. Há uma revelação muito grande neste Princípio. Ele está contido na Lei, no
Novo Testamento e se finda no Apocalipse, quando o Senhor menciona as
qualidades limpas dos que habitarão no céu e esclarece as qualidades dos
que ficarão fora: “...os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”
Apocalipse 22:15;
2. Este Princípio nos remete à separação, à santidade, ao distanciamento do
pecado com suas várias formas de sujeiras e contaminações;
3. Corremos muito risco de não percebermos a necessidade da limpeza. Isto foi
bem retratado pelo Apóstolo Paulo, que menciona: “Porque receio que,
quando chegar, não vos ache como eu quereria, e eu seja achado de vós
como não quereríeis; que de alguma maneira haja pendências, invejas, iras,
porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos; Que, quando for outra
vez, o meu Deus me humilhe para convosco, e chore por muitos daqueles
que dantes pecaram, e não se arrependeram da imundícia, e prostituição, e
desonestidade que cometeram” 2 Coríntios 12:20-21;
4. Deus nos chama a uma vida de PUREZA. Impureza indica sujeira,
contaminação, pecado. Precisamos reconhecer que é na Palavra de Deus que
somos purificados de todo este mal, por seu amor e não por sua IRA.
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Semana de 29 a 05/Out-13
Título: Princípio da resposta
Por que diriam as nações: Onde está o seu
Deus? Torne-se manifesta entre as
nações, à nossa vista, a vingança do
sangue derramado dos teus servos.
OBJETIVOS:
Evidenciar que Deus
tem resposta aos seus
filhos e que tambem
devemos ter com
relação a ele e a
sociedade.
Salmos 79.10
Dúvida não é de Deus. Ele é o Senhor da
certeza e o Mestre da resposta. Nada
para Deus fica obscuro, e mesmo para os
INTRODUÇÃO
casos em que não pode falar do assunto
no momento Ele explica o porquê: “As
coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas
nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos
todas as palavras desta lei” Dt 29:29.
A vida quer nos emaranhar nos quebra-cabeças das dúvidas e muitos dos
nossos dias consistem nas tentativas de encontrar respostas a tais
questionamentos. Muitos findam suas existências levando consigo dúvidas
ainda não esclarecidas, isto porque fogem de onde está a resposta de nossas
mais profundas indagações. Respostas é um Princípio divino que nos leva à
verdade e ao conhecimento de Deus, eliminando a dúvida e o distanciamento.
383
Os Salmos 79 e 74 são correlatos de um
mesmo período. Época em que o templo
DESENVOLVIde Jerusalém foi destruído pelo exército
MENTO
de Nabucodonosor e o povo foi levado
cativo à Babilônia. Neles o Salmista vê o
estado caótico que Jerusalém se
encontrava, e então passa a conversar com Deus a respeito daquela cena. São
Salmos de perguntas e todo Salmo com esta característica tem outra tambem
muito forte que é a do diálogo.
As dúvidas vêm quando passamos por situações difíceis e não encontramos
resposta em nossa própria observação dos fatos. O Salmista estava num
desses momentos, então questiona, parecendo muito com nossos atuais
discursos:
- “Até quando, SENHOR? Acaso te indignarás para sempre? Arderá o teu zelo
como fogo?” Sl 79:5;
- “Porque diriam os gentios: Onde está o seu Deus?” Sl 79:10;
- “...Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira
contra as ovelhas do teu pasto?” Sl 74.1;
- “Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o
teu nome para sempre?” Sl 74:10
- “Porque retiras a tua mão, a saber, a tua destra? Tira-a de dentro do teu
seio” Sl 74:11
Teria Deus resposta a todas os questionamentos do Salmista? Estaria Deus
agindo a seu bel prazer, sem dar satisfação a ninguém e mudando o que
outrora Ele mesmo estabelecera? Será que Deus se esquecera da Aliança feita
com Abrão e com Davi? Deus agora não era capaz de manter o povo e por isto
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estava entregando-os à maldade dos caldeus? Será que Deus não via o
sofrimento que o povo estava passando e não tinha compaixão?
Estas e outras questões são as que passam pela mente de uma pessoa
desatenta, despreparada e desprovida do conhecimento do Senhor, ao lerem
estes Salmos e, principalmente, ao verificarem os relatos históricos dos fatos.
Com Deus tenho aprendido que a resposta vem antes da dúvida. Então, muito
antes de nos questionarmos acerca de algo, devemos primeiramente
procurar, em Deus a compreensão de tais fatos.
O que acontece na vida humana, já o foi, inicialmente ensaiado na espiritual.
Então as situações as quais Deus nos deixa passar tem resposta clara quando
olhamos nosso passado. Quando observamos a vida promíscua que levamos.
Quando verificamos os Princípios que, diariamente, quebramos. Eles vêm
quando olhamos para nós mesmo e vemos que somos tão pequenos, tão
insignificantes para questionar, e que somente por sua imensa graça é que
podemos nos achegar a Ele, olhando para sua Palavra e encontrando as
respostas que precisamos.
Deus tem resposta para tudo.
Quando o Salmista perguntava acerca da postura de Deus, o Senhor já o
respondia, dando ao poeta a oportunidade de, ele mesmo, relatar a resposta
de Deus: “Não te lembres das nossas iniqüidades passadas; venham ao
nosso encontro depressa as tuas misericórdias, pois já estamos muito
abatidos. Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; e
livra-nos, e perdoa os nossos pecados por amor do teu nome” Sl 79:8-9.
Ele reconhece o estado pecaminoso do povo cometido no passado e suplica a
misericórdia. Ora, se eram pecaminosos, se tinham consciência de seus erros,
então a resposta já estava com eles, restando apenas a súplica da
misericórdia.
385
Eles haviam pecado. Preferiram ficar distanciados do Senhor. Seguiram seus
próprios passos. Esqueceram-se da bondade do Senhor. Então Deus os
entregou nas mãos dos opressores que durante tanto tempo os havia livrado.
Deus não os lançou à destruição. Não foi assim. Simplesmente Deus tirou sua
proteção de sobre eles, deixando-os totalmente vulneráveis à ação maligna,
que durante tanto tempo tinham tido, de Deus, o livramento.
A dúvida, no contexto bíblico, representa muito mais que a ausência de
resposta. É uma relação direta com a ausência de fé, com a falta de
conhecimento e com a indisposição em servir a Deus verdadeiramente. Esta
verdade está expressa em toda a Escritura Sagrada.
No Gênesis vemos Deus dando respostas claras a Noé, a Abraão, a Isaque, a
Jacó, e a José. Estes homens não agiram no ímpeto da falsa sensação da
verdade. Eles trilharam caminhos que foram pavimentados pela certeza. Eles
tinham respostas de Deus aos seus questionamentos, e muitas dessas
respostas foram feitas através da própria história. Aprendo em Gênesis que o
Tempo é um excelente instrumento de Resposta.
No Êxito vemos o Senhor dando respostas à Moisés, à Arão, à Faraó e ao
próprio povo. Qualquer pergunta tinha resposta, e mesmo as que não eram
assimiladas de início, não ficavam na obscuridade. Aprendo em Êxodo que
Deus não nos quer no Egito e que nos salvar quando clamamos por Ele.
Em Levíticos Deus dá ao povo a resposta que tanto careciam acerca de quem
era realmente Deus e qual o intento de levá-los ao deserto para depois
adentrá-los na terra prometida. Aprendo que o Senhor quer primeiramente
nos moldar o coração com a sua Palavra, tirando de nós o velho homem
egípcio que tenta imperar.
Em Números Deus leva o povo a tirar de seu coração toda dúvida, chamandoos ao conhecimento da fé, não apenas como um elemento, mas como uma
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ferramenta de trabalho. Esta lição coustou-lhes muito tempo pela ignorância
da leitura correta das respostas. Aprendo que quando Deus nos chama para
algo ele tambem já nos dá o questionário com as respostas. O problema é que
não queremos ler, nem mesmo, o questionário.
No livros históricos (Josué a Ester) são inúmeras as inserções de Deus na
história, trazendo respostas a homens com Josué, Otiniel, Gideão, Jefté,
Sanção, Samuel, Davi, Salomão, Elias, Eliseu, Isaías, Neemias, Esdras e a
mulheres como Rute, Noemi, Débora e Ester.
Nos livros poéticos vejo Deus agindo com respostas a todos os
questionamentos de Jó, dos Salmistas, de Salomão, ao ponto de a Rainha de
Sabá, após ter resposta de todos os seus questionamentos, chegar a dizer:“E
eu não cria naquelas palavras, até que vim e os meus olhos o viram; eis que
não me disseram metade; sobrepujaste em sabedoria e bens a fama que
ouvi. Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos,
que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o
SENHOR teu Deus, que teve agrado em ti, para te pôr no trono de Israel;
porque o SENHOR ama a Israel para sempre, por isso te estabeleceu rei, para
fazeres juízo e justiça” 1Rs 10:7-9.
Já nos livros Proféticos, aí é que o Senhor dá resposta às nações, falando do
julgamento de cada uma, das bênçãos e maldições advindas das
desobediências, dos tempos de implantação e destruição de reinos, das
prospecções dos governos futuros. Fala com mais clareza sobre o nascimento
de Jesus, dando o local, a ocasião e a época do nascimento do Salvador. Os
profetas foram tão usados por Deus para trazer resposta ao Povo que em
alguns momentos, quando lemos nas escrituras, ocorre como que se eles
estivessem vendo pessoalmente as cenas, tendo em vista a clareza dos
detalhes que o Senhor faz questão de nos falar.
387
Nos Evangelhos vemos o próprio Deus, através de Jesus, trazendo a resposta
que as pessoas tanto precisavam para receber o amor de Deus e participar de
sua eterna graça. Ele, Jesus, o próprio verbo de Deus veio trazer as respostas,
calando a boca dos Saduceus, dos Fariseus, dos Herodianos e de todos os
membros do Sinédrio e do Sacerdócio. Ele respondeu com tanta avidez que
até quando manteve silêncio, falou às mentes e aos corações sobre o reino de
Deus.
Em Atos, vemos a Resposta de Deus saindo de Jerusalém e permeando
oceanos, territórios e nações. Esta resposta ganhou a extensão globalizada
trazendo o amor de Deus até nossos dias, usando os discípulos do Senhor, o
Apóstolo Paulo e os muitos discípulos que se levantaram como colunas na
implantação de Igrejas.
Nas Epístolas, a Resposta do Senhor ganhou a forma escrita, sendo lida, relida
e decorada pelas igrejas e pessoas as quais eram destinadas, fazendo valer
ensinamentos como estes registrados pelo Apóstolo Pedro: “Porque, se Deus
não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno,
os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; E não
perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com
mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; E
condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a
cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente; E livrou o
justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (Porque este
justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e
ouvindo sobre as suas obras injustas); Assim, sabe o Senhor livrar da
tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem
castigados; Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em
concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos,
obstinados, não receando blasfemar das dignidades” 2Pe 2:4-10.
388
No livro da Revelação, vemos a
A resposta não é para os
coroação da Resposta de Deus,
impios. É para os santos.
quando Jesus torna-se digno de abrir
o livro e desatar os seus selos,
trazendo sobre a terra a ira de Deus, uma vez que os homens não quiseram a
misericórdia. Por fim, esta Resposta, que anda com a Verdade e a Sinceridade
clamam em alta voz, representando os anseios da própria Igreja: “Aquele que
testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor
Jesus” Ap 22:20.
Deus sempre agiu na Resposta, Sendo este um Princípio divino deixado pelo
Senhor. Devemos nos apossar desta verdade, tendo como caminho de vida e
como Princípio de nossas ações. Vamos encontrar as respostas e tambem
ensinar aos outros. Tambem devemos ser ágeis nas respostas. Tem gente que
é tão devagar, que “... só a misericórdia”. Chega a irritar.
Deus tem resposta para cada uma das situações que passamos. Ele conhece
nosso coração, sabe o que pensamos, lê nossos sentimentos, conhece nossas
situações e recebe nossas orações.
Não podemos aceitar a dúvida como companhia, uma vez que o Senhor é
aquele Pai amoroso que
nos trata como filhos e
nos ensina as mais lindas
lições que o agradam. O
Quadro retrata a ação do
Princípio da Resposta
que vem por Deus como
um tom de INSTRUÇÃO,
antes que a dúvida
apareça.
389
Nestes aspecto, precisamos entender que para Deus, NÃO é resposta. ESPERE.
Tambem é resposta. TENHA FÉ... MANTENHA FIRME... NÃO SE DESESPERE...
CREIA EM DEUS...ORE MAIS... CREIA SOMENTE...JEJUE NESTE SENTIDO...ISTO
VAI PASSAR... JÁ ENVIEI MEU ANJO... LUTE CONTRA ESTE MAL... RESISTA AO
DIABO... ESFORCE E TENHA BOM ÂNIMO...OLHE O RELÓGIO... GUARDA O QUE
TENS PARA QUE NINGUEM TOME A TUA COROA... CONTINUE FIRME... e
termos correlatos, tambem são formas de respostas. Precisamos deixar de ser
infantis e de achar que a resposta de DEUS sempre é um SIM. Se Ele assim o
fizesse não construiria em nós uma personalidade forte de um conquistador,
não nos moldaria como cidadãos dos céus e não nos habilitaria para estar
entre os seres celestiais.
Imagine. Se até Jesus teve de conquistar, quanto mais nós!
Ter dúvida é natural. Buscar a resposta
em fontes mentirosas é um erro. Não
querer respostas é ignorância. Deus nos
CONCLUSÃO
deixou o Princípio da Resposta para
andarmos na verdade e tambem para
darmos aos que estão perdidos as respostas as suas mais íntimas indagações.
O que mais vemos são cegos guiando cegos. Isto porque estão com os olhos
fechados porque não encontraram ainda a Resposta e não foram ensinados
sobre este Princípio maravilhoso.
A maior fonte onde encontramos as RESPOSTAS é nas Sagradas Escrituras,
através da revelação do Espírito de Deus, vindo em Oração.
Dúvidas, para quê? Temos de Deus a Resposta para o que necessitamos.
Ocorre que muitas vezes, não queremos ler o manual sagrado das perguntas e
respostas. Tambem precisamos aplicar este Princípio aos que nos cercam,
transformando-os pela verdade da Palavra Salvadora do Senhor. Quando
fizermos assim, teremos entendido plenamente este lindo Princípio.
390
Não Esqueça
1. A dúvida foi semeada por Satanás no coração de Eva, fazendo-a titubear
quanto ao ter de Deus as respostas que necessitava saber. Esta tática é
velha, mas creio que os Demônios tornam a polir todos os dias,
transformando-a numa arma poderosa, inclusive hoje.
2. Não tenha dúvidas com relação ao seu chamado e a sua Salvação. Deus já
nos deu as respostas que precisamos sobre estes assuntos. Não há porque
ficar indagando novamente;
3. Quando acontecer algo que você não entender de imediato, não se
desespere. O tempo é um aliado de Deus no Princípio da Resposta;
4. Muitas respostas das situações atuais estão nas situações passadas. Uma
visitada de vez em quando ajuda muito, desde que ele não sirva de prisão,
assim como fez o Salmista ao mencionar: Por que diriam as nações: “Onde
está o seu Deus? Torne-se manifesta entre as nações, à nossa vista, a
vingança do sangue derramado dos teus servos” Salmos 79:10.
391
Título: Princípio da edificação
Volve-te, pois, para a oração de teu servo,
e para a sua súplica, ó SENHOR meu Deus,
para ouvires o clamor e a oração que o
teu servo hoje faz diante de ti.
1 Reis 8:28
OBJETIVOS:
Mostrar que Deus nos
chamou a Edificação e
o não participar deste
projeto, implica em
ociosidade.
Tem gente que acostuma viver em
casebres, outros embaixo de pontes, de
viadutos ou ainda nas marquises dos
INTRODUÇÃO
prédios. É um espírito imundo que age
na vida da pessoa tornando-a escrava,
amiga do mal, preguiçosa, acomodada,
doente. Alguém que vive quebrando princípios. Deus não nos criou deixando
em nós esta capacidade imunda. Foi o próprio Diabo que lançou este espírito
de molambo, de miséria tirando o homem do foco e do padrão em que foi
criado por Deus. O Senhor nos chamou à edificação. Ele colocou em nós o seu
Espírito e este é quem nos impulsiona a não nos acostumarmos com as
situações que muitas vezes são impostas pelo Diabo.
Deus nos chama à transformação e muitas vezes o maior milagre começa em
nós mesmos. Edificação é um Princípio que precisamos conhecer e praticar.
392
Existe algo em Davi que eu admiro
muito. Não era sua capacidade de
DESENVOLVIguerreiro, que por si, já é muito
MENTO
interessante. Nem tão pouco sua ousadia
em conquistar. E nem sua postura frente
às dificuldades. O que mais admiro em
Davi, na verdade, não é algo específico, mas um momento na história em que
ele demonstrou quem realmente ele era. É uma qualidade que sobrepuja a de
guerreiro, a de conquistador, a de pai e de rei. Ele pára, vê o seu estado
glorioso e lembra-se de como estava a casa do Senhor, e naquele momento
ele decide, então, fazer um templo para lugar de habitação do Senhor. Davi
chamou o profeta Natã e falou: “Eis que eu moro em casa de cedro, e a arca
de Deus mora dentro de cortinas” 2 Sam 7:2.
Desde a saída do Egito, a arca da Aliança ficava em tendas. Davi resolve
acabar com a época das tendas e estabelecer um tempo novo onde o Senhor
seria atraído pelas ações de graças que seriam ministradas no templo. Fato,
este, que perdura até hoje.
A decisão de Davi de edificar um lugar para o Senhor foi algo que supreendeu
muito a Deus. Até então as pessoas haviam feito apenas o que Deus pedia (e
ainda com muita dificuldade). Ninguém pensara ainda em algo que fosse bom,
necessário e que não precisasse Deus pedir. E aquela ação de Davi foi tão
impactante que Deus, ao ver aquele ato, ficou maravilhado e então se revela a
Natã e enumera as bênçãos que adviria sobre Davi, devido sua iniciativa:
a) Deus o fará casa: “a ti, porém, te dei descanso de todos os teus
inimigos; também o SENHOR te faz saber que te fará casa” 2 Sm 7:11.
b) Deus garante-lhe o trono, por suas gerações vindouras: “então farei
levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das
tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa
ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre.
393
Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de
ti; teu trono será firme para sempre” 2 Sm 7:12-13;16.
c) Deus manterá a benignidade sobre sua descendência: “Mas a minha
benignidade não se apartará dele...” 2 Sm 7:15.
Quem vive no Princípio da Edificação pensa em algo que Deus não pediu. Faz
para Ele algo que o surpreenda. Foi isto que Davi fez, e serve de inspiração
para nós. Vejamos como o Senhor ficou surpreso: “E em todo o lugar em que
andei com todos os filhos de Israel, falei porventura alguma palavra a
alguma das tribos de Israel, a quem mandei apascentar o meu povo de
Israel, dizendo: Por que não me edificais uma casa de cedro?” 2 Sm 7:7.
Pessoas que assim procedem recebem de Deus algo que Ele não deu a mais
ninguém, como foi com Davi.
ONDE ESTAMOS
Muitos, mesmo nos dias atuais, ainda vivem sob o regimento da Lei. Não que
estejam condenados ao inferno por suas decisões, mas elas os levam ao
deserto, ao lugar da tenda, ao improviso da adoração. Fato que não é mais
necessário no tempo da Graça. Tambem não o chamo de desprezíveis. Não é
isto. É a compreensão de que existe um Novo Testamento. O tempo do
Deserto já passou e Deus nos chama realmente a este tempo novo. Isto foi
muito bem esclarecido por Jesus: “Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o
Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que
o adoram o adorem em espírito e em verdade” João 4:23-24.
Não queiramos mais voltar ao deserto, com as suas tendas, mas migremos
nossa mente para o tempo do Templo, da Igreja. Do novo mandamento. Uma
vez estando nós no tempo da Graça, então as bênçãos advindas a Davi por sua
iniciativa são atenuadas sobre nós, pois o templo que Davi tanto sonhou e que
Salomão edificou foi destruído e o que Cristo nos chama a edificar não será
394
destruído por ser ele morada do Espírito Santo: A ilustração abaixo demonstra
bem esta realidade:
No Antigo Testamento as
pessoas viviam no entorno
do Templo. Suas vidas, suas
adorações, suas gratidões a
Deus
eram
sempre
relacionadas
com
a
proximidade
com
que
tinham do templo. Isto não
era errado. Era o esquema
certo para aquele tempo. Já
no Novo Testamento, o
Senhor concede a cada um o “direito” de serem templos; Moradas do Seu
Espírito e Deus então deixa de ser referenciado apenas na templo da antiga
aliança e o passa a ser em cada pessoa, ficando então no centro de nossas
mais sinceras atenções. Inicia-se o cumprimento em nós do que foi escrito na
Lei e depois sintetizado em Apocalipse: “E porei o meu tabernáculo no meio
de vós, e a minha alma de vós não se enfadará. E andarei no meio de vós, e
eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo” Lv 26:11-12; “E nela não vi
templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro”
Ap 21:22.
Nós somos extensão de uma promessa feita por Deus a Israel, quando
Ezequiel profetizou que Israel e Judá seriam resgatados e ainda comporiam
uma única nação: “E farei com eles uma aliança de paz; e será uma aliança
perpétua. E os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no
meio deles para sempre. E o meu tabernáculo estará com eles, e eu serei o
seu Deus e eles serão o meu povo” Ez 37:26-27.
395
Nesta compreensão de onde estamos, e agora sabedores que fazemos parte
de um projeto grande do Senhor de habitar entre nós, tornam-se as bênçãos
proferidas a Davi mais reais ainda para nós, à medida que assumimos o
Princípio da Edificação como caminho a ser seguido, e passamos a EDIFICAR
em cada pessoa um novo templo para morada do Espírito Santo. É uma tarefa
de grande valor, muitas vezes desprezada por nós, e está totalmente ligada no
processo da CONSOLIDAÇÃO.
Queremos muito ter as mesmas bênçãos que Davi recebeu, mas é Princípio de
Deus nos entregar coisas inéditas à medida que usamos ações de inetidão na
implantação de novos templos nos corações das pessoas.
A PALAVRA DE ORDEM NESTE PRINCÍPIO É ROMPER.
Não podemos aceitar continuar na condição de meros expectadores dos
milagres do Senhor, e para que ocorra o início de um novo tempo, precisamos
ROMPER.
O que é ROMPER: É o processo pelo qual deixamos hábitos, até então
enraizados, e assumimos, mesmo contra nossa própria vontade, um processo
novo, crescente e que nos conduz a outro patamar em termos espirituais e
como pessoas. Este rompimento foi muito sentido em Israel, no entanto, com
uma particularidade muito grande: A decisão de ROMPER não foi deles e sim
de DEUS. E como esta iniciativa veio de Deus, eles então tiveram de amargar
o gosto ruim do sentimento de abandono e desprezo, nunca antes sentido.
O rompimento o qual me refiro não deve partir de Deus, e sim de cada um de
nós, pois somos nós que sabemos onde devemos ROMPER, e cada lista é
pessoal, pois cada pessoa tem suas fragilidades e é contra elas que deve haver
o rompimento.
Suponhamos que uma pessoa seja tímida, então a maneira mais fácil de
romper com a timidez é através da exposição. Suponhamos que a pessoa seja
396
medrosa, então para haver o rompimento ela tem de suportar o
enfrentamento deste medo ao ponto de torná-lo vencido. Suponhamos ainda
que a pessoa seja valente demais, tenha um gênio indomável. A melhor
maneira é submetendo-a a situações onde ela vai precisar domar seu gênio.
Para ser tratado de
picada de cobra, usamos
Pecador
Santo
Iniquidade e Pecado
veneno de cobra. É um
Infiel
Fiel
Abandonar a mentira
rompimento científico
Infrutífero
Pai de Multidão
Ganhar Almas
que dá muito certo,
Infeliz
Feliz
Fugir do Mal
então aplicando isto em
Derrotado
Vitorioso
Vigiar
nossa vida espiritual,
podemos entender que
Esquecido
Lembrado
Agradar os outros
para sairmos do estado
Conhec da Biblia
Hábil Manejador
Ler a Palavra e Orar
de Pecador para o de
Falido
Bem-sucedido
Estudar, Economizar e Investir
Santo,
necessitamos
Odiado
Amado
Ame a Deus
ROMPER com o pecado,
Desprezado
Cuidado
Ame as pessoas
dominá-lo ao ponto de
não
sermos
mais
escravos dele. Fato semelhante ocorre com a infidelidade, com a infrutilidade,
com a infelicidade, com a derrota, com o esquecimento social, com a ausência
de conhecimento bíblico, com a falência, com o ódio e com o desprezo. Para
vencermos cada uma destes atuais estados, é preciso que ROMPAMOS. É uma
decisão pessoal que tem profundo impacto.
ESTADO ATUAL
ESTADO DESEJADO
ROMPIMENTO
Então se você não estiver disposto a ROMPER, é melhor que não se atrever.
Somente os que rompem são capazes de edificar algo.
397
COMO EDIFICAMOS
Num processo de edificação de um imóvel, encontramos vários materiais que
juntos compõem o edifício. Existe tambem a atuação de vários profissionais,
que vão do Arquiteto ao funcionário que fez a limpeza final da obra.
Ninguém edifica nada sozinho. Tambem não se edifica sem ter algo em mãos.
Então nesse Princípio, o que precisa ficar claro é que necessitamos constituir
equipes, ora como membro, ora como líder. Tambem havemos de convir da
necessidade de ter algo em mãos para, com isto, ocorrer a transformação.
Então vejamos o diagrama abaixo que faz um paralelo entre a edificação de
um imóvel, com a edificação de um templo no coração das pessoas e tambem
no nosso:
CASA
TEMPLO
EXPLICAÇÃO E APLICAÇÃO
Terreno
Projeto
Tijolos
Cimento
Ferro
Loucas
Luminárias
Mat Elétrico
Mat Hidráulico
Mat de Pintura
Mão-de-obra
Água
Coração
Plano
Bíblia
Amor
Provações
Dons
Visão
Oração
Jejum
Cultos
Trabalho
Lágrimas
Lugar das emoções verdadeiras e tambem da desistência
Conhecer que Deus tem um plano em sua vida
Ler e estudar a Palavra do Senhor
Dom precioso que nos faz executar, dando consistência
Sustentação necessária para sobrevivência
Capacidade que cada um tem de desempenhar algo
Sonhar os sonhos de Deus
Conhecer Deus através da Oração
Meio de fortalecimento do espírito
Louvar ao Senhor juntamente com sua igreja
Saber que o reino de Deus é feito com trabalho
Modo de chegar diante de Deus com coração quebrantado
Coração - Não se edifica nada sem que o coração esteja preparado. Muitas
vezes demoramos edificar porque Deus primeiramente trabalha em nosso
coração. Demorei entender isto, até que um dia Deus falou-me claramente a
este respeito e do zelo que tinha por meu coração. Com sua explicação,
muitas ocorrências ficaram claras, e pude então glorificá-lo ainda mais pelas
coisas que não tinham dado certo, pelos discípulos que tinha abandonado,
398
pelas palavras incabidas que ouvi de alguns e pelas críticas destrutivas que
muitos fizeram a meu respeito. Deus me falou para gerar cura.
Pessoas com coração ferido não progridem. Não edificam.
Não sei como está o seu coração, mas quero levá-lo a uma mudança radical
das más atitudes e dos ressentimentos. Se não houver a mudança o solo
precisará ser ainda mais trabalhado.
Tambem tenho aprendido que não podemos contaminar o coração dos
outros, como muitas vezes fazemos. Precisamos estar atentos nesta questão e
assim ajudarmos na edificação que a pessoa está empenhada.
Plano– Não trata-se apenas de um frase de efeito. É uma grande verdade:
DEUS TEM UM PLANO PARA SUA VIDA. Compreendi isto ainda muito cedo e
a partir de então pude colocar Sua vontade acima das minhas, e a cada dia
entendo que seu plano (projeto) é melhor que o meu. Com você ocorre da
mesma forma. Não há porque ficar fazendo as coisas de forma desordenada,
gastando energia e recursos financeiros quando elas podem ser feitas num
Plano e com a certeza da obtenção do efeito esperado.
Enumere e veja quantas vezes “quebrou a cara”. Creio que já está na hora de
parar com esta situação e seguir o Plano de Deus.
Bíblia – Os tijolos dão produtividade numa obra e servem para sustentação e
separação de ambientes. Da mesma forma é a Palavra do Senhor. Tentar
edificar um templo sem considerar o estudo da Bíblia é o mesmo que
trabalhar arduamente e no final do dia, a parede cair. Não vale a pena. Então,
mais que nunca, invista tempo estudando, conhecendo, meditando na Palavra
do Senhor que é inspirada de Gênesis a Apocalipse.
Amor – O amor dá consistência nos relacionamentos e dá razão à obra de
edificação. Se tentarmos executá-la sem amor, ao final poderá ser apenas
mais um edifício, mais uma casa, e não um residência do Senhor. Por causa do
399
amor, muitas vezes tenho de repensar um série de atitudes e conceitos que o
mundo ensina de maneira errada.
Provação – Ela serve para que Deus conheça o nosso coração, e prove a
sustentação de nossa obra. Pessoas que não aceitam o processo da provação
desprezam o sentido da caminhada da vida Cristão, que envolve a qualidade
na edificação, sendo necessários os testes. Deus conhece o nosso coração. O
problema é que nós é que não conhecemos.
Dons – Assim como as louças embelezam os ambientes, Deus tambem tem
nos dado dons que nos diferenciam um dos outros. Então não resista em
desenvolver seus talentos no reino de Deus. Há espaço para você. Quais são
suas habilidades?
Visão – Precisamos sonhar os sonhos de Deus, e assim como as luminárias, os
lustres fazem muito mais que clarear o ambiente. Um projeto que é feito na
visão do Senhor surte tambem o mesmo efeito. É algo que surpreende nosso
Pai.
Oração – Um imóvel sem energia não pode dar vida a nenhum
eletrodoméstico. Atualmente torna-se inapropriado para habitação. Da
mesma forma é a nossa vida, nosso templo. Não podemos esquecer que é a
oração que nos mantém vivos, acessos e que nos liga para os projetos de
Deus, bem como tambem nos diz qual o momento de desligar, descansar e
começar tudo de novo. A oração é vital no templo onde o Senhor há de
morar. Isto é uma verdade que precisa estar ESTAMPADA em nossos OLHOS,
pois é um dos ministérios mais difíceis de ser executado, embora sendo tão
vital;
Jejum – Um imóvel sem água em todos os ambientes necessários tambem é
de difícil habitação. Semelhantemente é o templo que estamos edificando. Ele
precisar ser orientado no Jejum. Considere que assim como os dejetos
400
deixados no vaso causam mal-estar, pela ausência da descarga, tambem é a
nossa vida sem JEJUM.
Cultos– A pintura de um imóvel fala muito a seu respeito. Causa uma boa ou
uma má impressão. Tem muita gente causando má impressão por não gostar
de cultuar a Deus. O culto é algo sagrado, assim como é necessário que haja a
renovação da pintura do imóvel, no culto ao Senhor nos renovamos. Tambem
havemos de saber que por mais que a reunião de célula, ou pequeno grupo,
ou grupo de crescimento, seja boa, ela não substitui o culto na Igreja, com os
irmãos. O momento de celebração é algo lindo e indescritível; Trabalho – Não
se faz uma obra sem trabalhadores. Da mesma forma é no reino de Deus, e na
edificação do templo. Precisamos nos conscientizar disto e não reclamar
quando somos demandados a trabalhar; Lágrimas – É uma expressão da alma,
que interagindo com o corpo exprime alegrias e tristezas. Está diretamente
ligada às emoções. Muitas vezes, para conseguir edificar algo, só o fazemos
com lágrimas que são tão essenciais quanto à água em uma obra.
BENEFÍCIOS PARA QUEM EDIFICA
Ao vermos uma obra pronta, logo nos vêm diversas reações. Quando estamos
edificando templos para o Senhor, ocorre da mesma maneira. As reações são
boas e sempre positivas. Olhando assim, conseguimos entender melhor as
palavras de Jó, quando conversava com Deus: “Bem sei eu que tudo podes, e
que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” Jó 42:2. Ele sentia
alegria, confiança, certeza. Isto gerava conhecimento.
1 – Quem Edifica sente-se REALIZADO – Aquela sensação de dever cumprido
só pode ser sentida quando levantamos novos templos para o Senhor e
quando nos colocamos como instrumentos de uso do Seu Espírito. É um
grande regozijo. Foi o que Jesus falou ao Pai quando em alta voz mencionou:
“Está Consumado”. Ele dizia que estava realizado, acabado, pronto,
concluído.
401
2 – Quem Edifica sabe o VALOR – Somente quem participa do Princípio da
Edificação sabe o quanto custa o trabalho de fazer e de ser templo do Senhor.
Então não despreze, mas valorize a obra que Deus o comissionou: “Porque
fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e
no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” 1Co 6:20.
3 – Quem Edifica é RECONHECIDO - Haverá reconhecimento pleno aos que
trabalham na edificação. Não tenha por demeritado o seu trabalho, pois há
um Senhor que é fiel e justo e Ele é quem nos reconhece e nos premia.
4 – Quem edificar é LEMBRADO – Damos nomes nos prédios, nas ruas e nos
locais de maior circulação, a fim de tornar o nome da pessoa lembrada. Com
Deus tambem é assim. Seremos lembrados por nosso trabalho de Edificador.
5 – Quem edificar PARTICIPA – Não se edifica apenas tendo idéias, apenas
sonhando. É preciso participar de todas as etapas e ao final ser tambem
premiado.
Salomão edificou um templo ao Senhor e
este foi referenciado em muitos livros do
Antigo Testamento. Foi uma obra
CONCLUSÃO
magnífica que custou tempo e recursos
financeiros e humanos. A obra foi
concluída e Deus recebeu. As bênçãos foram derramadas sobre a
descendência de Davi, por causa de sua idéia de fazer um templo para o
Senhor. E você, qual é a sua idéia? Antes mesmo de responder, deixe-me dizer
que Deus nos chama para edificação, não especificamente e somente, de
templos ou igrejas, mas tambem de vidas, de pessoas, de lares, de famílias, de
irmãos. É uma tarefa nobre, confiada a pessoas especiais.
Somos edificadores e as mesmas bênçãos de Davi são derramadas tambem
sobre nós. É algo PROFÉTICO que será real e nos fará governar. Deus nos
chama a seguir este PRINCÍPIO e assim sermos tambem edificados CASA.
402
Não Esqueça
1. Davi surpreendeu a Deus e foi ainda mais surpreendido. Quero desafiá-lo a
surpreendê-lo com idéias novas, formas novas de trabalho, modos novos de
aprendizado. Quem surpreende é surpreendido e que seja para o bem e não
para o mal.
2. Reconheça seu lugar no espaço e na vontade Deus. Só assim poderá edificar
e ser edificado;
3. O Princípio da Edificação foi a forma, o meio criado por Deus para nos fazer
participantes do seu reino;
4. Aqui na terra existem várias formas de calcular a riqueza de uma pessoa.
Uma delas é a soma dos valores financeiros dos seus bens. Isto tambem pode
ser aplicado para nós no reino de Deus. Então, você já edificou algo para
Deus Hoje? Isto tem valor que gera riqueza. Não seja pobre!
403
Título: Princípio da maturidade
Digo isto, para que ninguém vos engane
com palavras persuasivas.Porque ainda
que eu esteja ausente quanto ao corpo,
contudo em espírito estou convosco,
regozijando-me, e vendo a vossa ordem e
a firmeza da vossa fé em Cristo.
Colossenses 2.4-5
OBJETIVOS:
Esclarecer que Deus
precisa que sejamos
maduros para tratar
de certos assuntos que
não dá para ser
conversado com
crianças espirituais.
Não seria lógico de nossa parte tratar de
comércio exterior com uma criança de 5
INTRODUÇÃO
anos. Seria irracional queremos discutir
políticas públicas com uma pessoa de 8
anos de idade. Tambem seria insanidade
admitir como normal que uma pessoa de sessenta anos mantenha sua paixão
infantil de brincar com carrinhos ou bonecas. As atividades e os desafios têm
relações muito grandes com a idade, mas percebo que maior relação têm elas
com a Maturidade e neste aspecto, excluindo os dois extremos, conseguimos
colocar no mesmo local pessoas com idades diferentes e com entendimentos
completamente distintos sobre determinados assuntos. Pode ainda ocorrer
de o de menor idade ter melhor alusão ao tema que o de maior idade. Isto
porque a relação da idade com a maturidade não é uma incógnita, mas sim
um Princípio que precisamos aprender e praticar.
404
Na vida cristã existem algumas fases que
muito
se
assemelham
ao
DESENVOLVIdesenvolvimento humano. Estas vão do
nascimento, como nova criatura, e
MENTO
continuam até a estatura perfeita. Não
creio que alcancemos a estatura perfeita,
aqui na terra, embora muitos cheguem próximos, mas o que vai
pavimentando e dando a orientação se estamos no rumo certo é a forma
como assimilamos as questões da vida Cristã. Ou ainda a maneira como
reagimos frente a algumas situações muitas vezes embaraçosa que
dependendo de nossa reação pode tomar tamanhos desnecessários ou ser
eliminado, não dando vazão a nenhum outro ato de maldade. A isto a Bíblia
chama de Maturidade, ou PRINCÍPIO DA MATURIDADE.
Quem mais mencionou este tema foi o Apóstolo Paulo. Isto porque ele
recebera de Deus um ensino muito forte e precisava compartilhar com a
Igreja, mas muitos não o acompanhavam, ou respondiam negativamente com
seus instintos. Este é um dilema de todo Líder: Levar seus liderados a
pensarem, no mínimo, como ele. É uma tarefa trabalhosa, mas muito
proveitosa e necessária, uma vez que sua inexistência propicia um abismo
enorme na comunicação.
Maturidade não é apenas um conceito relacionado ao aprendizado. É um
Princípio divino estabelecido pelo Próprio Senhor. Isto porque, lembro bem,
meus primeiros contatos com Deus não foram no mesmo nível e intensidade
dos de hoje. Eles cresceram gradativos e às vezes até acelerados, para que o
seu conhecimento pudesse ser difundido, como está sendo agora.
A maturidade, enquanto Princípio, nos impulsiona a aprender mais. Tambem
nos vocaciona a compartilhar, uma vez que o local onde o aprendizado foi
tirado não seca. Quem é maduro não tem medo de compartilhar o que sabe,
de ensinar com seus erros. Ele sabe que é de Deus que vem a sua força.
405
1 – TIPOS E ESTÁGIOS DE MATURIDADE
A maturidade deve ser encarada como degraus de uma escada que todo
Cristão precisa subir. É lógico que ela, como mencionado, não tem relação
direta com o tempo, com a idade. Os diagramas a seguir exemplificam bem
esta realidade:
É muito comum
encontrar pessoas que
estão com sua
maturidade normal. Ela
está alinhada a idade
biológica e consegue
conviver muito bem,
sem criar transtornos.
Tambem não causa
nenhuma boa
impressão.
A maturidade ideal é
aquela que descasa da
Idade e traz
compreensão para
discussão de temas que
estão além do tempo.
Neste quadro, junta-se
os jovens com os
anciãos e o resultado
sempre é o
conhecimento.
A irregularidade ocorre
porque a pessoa oscila.
Ora tem coerência. Ora
não tem. No geral tende
mais para um
retardamento da
compreensão. É
prejudicial pelos
impactos negativos que
provoca.
Cada dia tenho aprendido que a
maturidade não é um dom herdado geneticamente. É fruto de trabalho árduo,
de persistência, de estudo e principalmente da qualidade da relação com
Deus. Naturalmente, se não queremos trilhar este caminho, então teremos de
construir nossos próprios conceitos e quase sempre eles não são abrangentes
406
como os de Deus. É desejo de Deus que sejamos maduros, que subamos de
nível, porque ele precisa tratar conosco de assuntos mais “difíceis”, nos enviar
em missões mais complicadas, compartilhar conosco de assuntos que não são
falados no geral.
Deus necessita que sejamos maduros.
O caminho da MATURIDADE passa, é claro, pelo estudo. Então os quadros
abaixo demonstram com clareza nosso estado à medida que cruzamos, num
gráfico o TEMPO, numa linha X e a MATURIDADE, numa coluna Y. Vejamos:
Nesta correlação, encontramos pessoas com vários tipos de Maturidade que
apresentam-se com um X mostrando os dois extremos: ALTA x IGNORANTE,
NORMAL x PERDIDA. A migração de um para outro quadrante depende das
407
reações que temos, frente às diversas
ocasiões as quais somos submetidos.
Paulo falou sobre isto quando tratava com
a Igreja de Corinto, por isto ele disse: “E
eu, irmãos, não vos pude falar como a
espirituais, mas como a carnais, como a
meninos em Cristo. Com leite vos criei, e
não com carne, porque ainda não podíeis,
nem tampouco ainda agora podeis,
Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e
dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?
Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não
sois carnais?” 1 Coríntios 3:1-4.
A carnalidade é uma forte evidência de nossa imaturidade.
a) Maturidade Ignorante - É o pior estágio da Maturidade. Ocorre
quando a pessoa já está com sua mente totalmente cauterizada e não
consegue mais concatenar idéias e valores. Nesse ponto, seu coração é
tomado por um espírito de ignorância, arrogância, prepotência e não
aceita mais ser admoestado, orientado e corrigido. É o estágio da
IMATURIDADE e é bom que se comente que a Imaturidade é tambem
uma ferida na alma que precisa ser tratada com a entrega total do
coração ao Senhor. Somente assim o quadro pode ser revertido, ou
então amargaremos o gosto da derrota, conforme foi profetizado por
Isaías: “E dar-lhes-ei meninos por príncipes, e crianças governarão
sobre eles.E o povo será oprimido; um será contra o outro, e cada um
contra o seu próximo; o menino se atreverá contra o ancião, e o vil
contra o nobre” Isaías 3:4-5.
A imaturidade produz muitos males, como: - Dissensões; - Divisões; - Intrigas;
- Pecado.
408
b) Maturidade Perdida - Uma pessoa que tem uma Maturidade Perdida é
aquela em que o tempo correu mas sua compreensão é retrógrada. É
uma pessoa regressiva e parte da culpa está em não aceitar ser
orientada e nem admitir que é desordenada.
Conheci uma pessoa que estava exatamente desta forma. Ele já era
um senhor de quase sessenta anos, mas estava com a vida toda
bagunçada. Nesta idade, quando já era para estar sendo avô, tornouse pai de uma criança de poucos anos, tinha separado da esposa,
abandonado seu lar, deixado seus filhos, construído sob ambiente de
ruínas e agora chorava as mágoas de suas más escolhas.
É certo que este tipo de comportamento muitas vezes quer nos
envolver. Olhe a sua frente e veja quantas pessoas estão nesta
condição. Foram envolvidas porque não tiveram controle de suas
emoções, foram meninos no proceder, inconseqüentes nas vontades e
não calcularam o risco de suas aventuras. Deus não quer isto para nós.
c) Maturidade Normal
Mesmo normal ainda podemos dividi-la em duas fases, a primeira é a
da PRÁTICA. É aquela pessoa que sabe praticar o que aprendeu. Sabe
colocar os assuntos no momento certo. A outra é aquela que apenas
OBSERVA. A prática não faz parte de suas prioridades. Ele é muito
teorista. No entanto, a Palavra do Senhor nos convida não à
normalidade, mas à perfeição: “Por isso todos quantos já somos
perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra
maneira, também Deus vo-lo revelará” Filipenses 3:15.
Ser normal é bom, mas Deus quer mais. Ele não deseja apenas que
pratiquemos o que ouvimos ou mesmo que apenas observemos. Ele
quer que isto seja internalizado e transformado em novo
409
conhecimento, em novas atitudes, em novos pensamentos, em ações
que impliquem na construção do conhecimento e sua exposição.
Encontramos muitas pessoas com Maturidade Normal, mas elas vivem
apenas na normalidade. Deus quer que estejamos à frente, que
tenhamos percepções novas, que participemos de novas
conceituações. Deus quer trazer um assunto novo e precisa
compartilhar isto, não com aqueles que têm maturidade normal, mas
sim aos que estão além do tempo.
d) Maturidade Alta - A pessoa que tem uma percepção rápida e assimila
com facilidade muitos assuntos, sabendo pontuar cada um deles no
momento e no local certo, desenvolve uma maturidade ALTA. Este é o
desejo de Deus, quando nos chama criança, nos alimenta, e faz tudo
isto nos projetando para algo maior: “Por isso, deixando os
rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não
lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas
e de fé em Deus” Hebreus 6:1.
Um excelente exemplo de Maturidade Alta está em Jesus, vejamos:
a) Com 12 anos conversava com Doutores (instigando-os e questionandoos);
b) Com 30 anos já era um líder conhecido nacionalmente, sabendo
conversar sobre política, religião, passado e presente, bem como
tornou-se especialista na alma do homem, sabendo compreender e
diferenciar com muita clareza as classes sociais e os tratamentos entre
homens e mulheres; Sabia lidar com pessoas mais velhas e mais jovens
e tornou-se um exímio treinador e um influente líder;
c) Com 33 anos já dispunha de conhecimento suficiente para instalação
da maior instituição que o mundo haveria de conhecer.
410
2 – CONHECENDO A MATURIDADE
Podemos dizer que uma fruta está madura quando ela atinge a idade certa de
sua colheita. Já conosco, como vimos, não ocorre desta forma. A maturidade
vem, não necessariamente, com o tempo, mas com a capacidade de
compreensão que cada pessoa resolve desenvolver. Nestes aspecto, então a
maturidade é percebida pelas ações e reações e não pela idade. Às vezes
confundimos senso de humor e alegria com imaturidade. Esta leitura não é
tão correta se feita
horizontalmente. Uma
pessoa pode ser alegre,
gostar de brincar com os
filhos, interagir com
outras
de
idades
diferentes, sonhar e ter
outras
atitudes
semelhantes, sem ser
imaturo. A imaturidade
ocorre quando a pessoa
não consegue fazer cada
uma destas atividades no
tempo e no local
adequado
Conforme demonstrado,
o CONHECIMENTO é a chave para quem quer adquirir maturidade. Logo,
tendo esta virtude, a pessoa começa a expressar em palavras e em gestos
aquilo que deseja transmitir, assumindo assim nova POSIÇÃO de COMANDO e
DIREÇÃO. Tudo isto ocorre tendo a RAZÃO e mantendo o CONTROLE
necessário de suas emoções e vontades. Atrelado a isto soma-se a
REVELAÇÃO que é advinda com a PRUDÊNCIA aplicada e com o exercício
contínuo do DOMÍNIO PRÓPRIO. Tambem desenvolve uma VISÃO dos
411
processos, pessoas e métodos, usando o RESPEITO e obtendo o VALOR de
quem é realmente maduro. Quem é Maduro sabe o caminho que está
seguindo.
Ao analisar o texto que lemos no epígrafe deste Princípio encontramos o
Apóstolo Paulo orientando a Igreja de Colossos a não serem enganados, por
mais que alguém usasse de persuasão, pois o conhecimento que haviam
adquirido do Senhor, através de Paulo, era suficiente para mantê-los firmes,
mesmo que o Apóstolo não estivesse presente. Era algo que tinha sido
plantado no coração deles que estava sendo gerado maturidade. Isto nos traz
a compreensão de algumas verdades:
a) A imaturidade aproveita-se de nossa fraqueza em internalizar a
Palavra do Senhor;
b) A verdadeira Maturidade não ocorre apenas com o conhecimento
científico e filosófico. Ocorre principalmente com o conhecimento da
Palavra do Senhor. Não há como alcançá-la desprezando sua maior
fonte de inspiração.
Aquela igreja estava sendo atacada pelos judaizantes que negavam a eficácia
do sacrifício de Jesus e ensinavam sobre a lei. No entanto, Paulo alegra-se
com FIRMEZA e a ORDEM da FÉ que eles haviam depositado em Jesus.
Somente em Deus e na meditação de Sua palavra é que podemos migrar dos
níveis deploráveis de MATURIDADE para o padrão que Ele quer.
3 – APLICANDO A MATURIDADE
Cotidianamente somos chamados a atuar em níveis baixos de MATURIDADE,
mas conhecendo a Palavra e as consequências da quebra de um Princípio,
então devemos optar pelo contrário. Devemos aplicar a Maturidade em
nossas ações, até que elas se tornem um hábito.
412
Isto será possível somente quando a usamos nas mais simples atitudes. Deixar
para usá-la somente nas coisas mais “sérias” ou quando a situação está
incontornável, não é um ato de sabedora.
Então devemos aplicar a MATURIDADE em:
a) Nossos relacionamentos – Tanto faz ser no matrimonial, ou numa
amizade. A maturidade com que as questões devem ser encaradas é a
mesma;
b) Nossa vida com Deus – Queremos muito receber os milagres do
Senhor, crescer em níveis de entendimento de sua palavra, mas
havemos de crer que nossas atitudes é que devem demonstrar o quão
preparados estamos para ter, ou não, estes milagres. Deus não vai nos
dar uma corda para nos enforcarmos, assim como não damos às
crianças de tenra idade material cortante e pontiagudos para
brincarem.
c) Na Fé – Para ter fé é necessário ter maturidade. Isto numa visão mais
alongada do reino. Quando pequenos temos “fé” que nossos pais vão
voltar após o dia de trabalho. Temos fé que iremos passar de ano na
escola. Mas não temos fé para remover montes, para crer no
impossível, para ressuscitar mortos. Isto só vem com a Maturidade ou
às vezes Deus usa este elemento como fomentador do Segundo.
Não importa o quanto imaturos fomos. O
que importa é a nossa disposição de
mudar. Falando sobre isto o Apóstolo
CONCLUSÃO
Pedro assim nos instrui: “Deixando, pois,
toda a malícia, e todo o engano, e
fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, Desejai afetuosamente,
como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para
que por ele vades crescendo” 1Pe 2:1-2 Fazer assim já é um indício de que
estamos querendo andar do Princípio da MATURIDADE.
413
Não Esqueça
1. Todos os dias tenho descoberto que existem assuntos e questões no céu que
Deus deseja tratar comigo e não o fez anteriormente porque eu era imaturo
na compreensão. Agora percebo o quanto é necessário ter maturidade não
apenas nas questões sociais, mas principalmente nas espirituais;
2. Quando cremos, o Espírito no separa para outro grupo, diferente dos que
ainda não creram e quando assim menciono, não falo dos primeiros
rudimentos da fé, falo de algo mais profundo, de mistérios maiores. Descobri
isto em oração, quando o Espírito me PERGUNTOU se eu cria NO QUE ELE
estava dizendo. Quando respondi que sim, então Ele me mostrou que eu
deveria estar noutro grupo. Isto foi para mim uma lição de Maturidade;
3. As revelações e os milagres, de maneiras mais profundas, não são para as
criancinhas espirituais, mas para os MADUROS: “Para que não sejamos mais
meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo
engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes,
seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
Cristo, Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas
as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo,
para sua edificação em amor” Ef 4:14-16;
4. O Princípio da Maturidade nos convida a aprender sobre o tema e a aplicá-lo
nas diversas atividades que desempenhamos. É como se, demonstrando
nosso preparo, estejamos dizendo ao Senhor que podemos assimilar novos
desafios. É por este motivo que o Senhor deixou este tão maravilhoso
Princípio: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos
na malícia, e adultos no entendimento” 1Co 14:20.
414
Título: Princípio do aprendizado
Agora, pois, eu, Nabucodonozor, louvo, e
exalço, e glorifico ao Rei do céu; porque
todas as suas obras são retas, e os seus
caminhos justos, e ele pode humilhar aos
que andam na soberba.
Daniel 4.37
OBJETIVOS:
Mostrar a necessidade
que temos de aprender
com os bons ensinos.
Entender que Deus nos
chamou a aprender a
coisa certa e não sofrer
com o errado.
Somos resultado do que aprendemos.
Com esta afirmação quero chamar sua
INTRODUÇÃO
atenção para verdades importantes que
passam muitas vezes despercebidas
como: a) o que fazemos com o que
aprendemos?; b) Conseguimos aplicar, tornar em crescimento, ou
simplesmente desprezamos as orientações?; c) Temos sido categóricos,
quando o assunto é aprendizado, ou simplesmente pensamos que a lição vai
se repetir?; d) Questionamos, quando não conseguimos assimilar algo, ou
deixamos pra lá? É Verdade: SOMOS RESULTADO DO QUE APRENDEMOS. E
nossas maiores experiências podem ser bem-sucedidas se tivermos absorvido
com clareza e entendido o que a vida nos ENSINOU. Aprendizado não é
somente o que acumulamos. É um Princípio que precisa ser praticado.
Somente assim podemos subir diariamente os degraus da escada da vida.
415
Como tem sido sua persistência? Você
tem se mantido fiel ao seu chamado e ao
DESENVOLVIque mais arde em seu coração? Ou será
MENTO
que isto não importa e você é uma
pessoa de poucas iniciativas, sendo
apenas levado como um vento que sopra
a palha sem, contudo, dizer o que pretende? Quando você lê as Escrituras,
algo arde em seu coração? Você procura entender, saber do contexto,
analisar aquele texto e assim obter do Espírito o verdadeiro ensinamento, ou
simplesmente deixa sem compreender?
Tem muitos mistérios na Bíblia que o Senhor quer nos comunicar, mas o fará
somente quando aplicarmos tempo no estudo e no conhecimento do que está
por trás das letras. Percebo que pessoas que se empenham mais em
aprender, sofrem menos, decifram mais, vão mais longe. O conhecimento nos
projeta, ao passo que a sua ausência nos retrai. Existem conhecimentos bons
e maus, então, além de desejar aprender, ainda precisamos escolher o que
devemos aprender.
Quando Deus chamou o povo de Israel e os direcionou à terra da Palestina,
por muitas vezes o Senhor os orientou a não aprenderem a fazer conforme as
abominações daquelas nações onde iriam habitar. Infelizmente foi o que mais
aprenderam. Isto está bem retratado neste Salmo: “Antes se misturaram com
os gentios, e aprenderam as suas obras. E serviram aos seus ídolos, que
vieram a ser-lhes um laço. Demais disto, sacrificaram seus filhos e suas filhas
aos demônios, E derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e de
suas filhas que sacrificaram aos ídolos de Canaã; e a terra foi manchada com
sangue. Assim se contaminaram com as suas obras, e se corromperam com
os seus feitos.” Sl 106:35-39.
Conosco não tem sido diferente. O Senhor tem nos chamado para aprender
com Ele. Jesus enfatizou bem isto quando viu as pessoas sem uma direção,
416
sem uma referência, sem um mestre. Ele assumiu o papel de Rabôni (título de
Mestre). Esta sua iniciativa está bem clara neste texto: “Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o
meu fardo é leve” Mt 11:29-30. O problema é que muitas vezes temos nos
matriculado noutras escolas, seguindo o conselho do mundo, e assim somos
reprovados pelo Senhor, por não querermos ser seus aprendizes ou
discípulos.
Deus não nos chamou apenas para crer, mas para aprender; Para ser
discípulo. Aprendizado é um PRINCÍPIO que foi estabelecido pelo Senhor para
imprimir em nós o seu caráter que perdemos com o pecado. É por isto que a
sua palavra tem tanto poder. O escritor da Carta aos Hebreus mencionou
sobre o poder eficaz da Palavra de Deus assim dizendo: “Porque a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois
gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas,
e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” Hb 4:12.
O Apóstolo Paulo percebeu uma debilidade muito grande na Igreja de Éfeso,
por isto trouxe-lhes uma instrução, que serve tambem para nós: “E digo isto,
e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os
outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento,
separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu
coração; Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à
dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não
aprendestes assim a Cristo, Se é que o tendes ouvido, e nele fostes
ensinados, como está a verdade em Jesus; Que, quanto ao trato passado,
vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do
engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo
homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Por
isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque
somos membros uns dos outros” Ef 4:17-25.
417
Há uma similaridade muito grande deste texto com o que ocorre hoje.
Ensinamos as pessoas o caminho certo. Direcionamos para os caminhos de
Deus, e quando menos percebemos estão envolvidas novamente no mundo
do pecado, achando que Deus não os tomará a juízo.
Como Princípio, precisamos entender que na escola em que estamos
aprendendo, é nela, que vamos prosperar. Então se estamos aprendendo
numa má escola, seremos maus. Se estamos aprendendo numa boa, seremos
bons. Aí está a chave de muita sabedoria, pois vemos pessoas que
permanecem do lado ruim, querendo dar boas dádivas, e pessoas do lado
bom, querendo dar maus exemplos. Isto não é possível e nos chama a uma
decisão: O QUE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A APRENDER? Para melhor resposta,
vejamos exemplos de maus e bons ensinamentos.
1 – MAUS ESINAMENTOS
Quando nos negamos a aprender as coisas de Deus, quebramos o Princípio do
Aprendizado. A partir daí tudo que for assimilado terá efeito apenas para um
fim específico, e nunca nos projetará para algo com Deus. Ao passo que
quando nos dispomos a aprender de Deus, além de ter nossa mente voltada
para as coisas de Deus, ainda absorvemos tambem as várias ciências que
necessitamos. A mente que aprende sobre o bem é a mesma que aprende
sobre o mal. Não mudam os ensinamentos, mudam a escolhas. Tambem não
havemos de esperar que o mundo mude, para mudarmos. Isaías teve
entendimento que validava esta teoria. Ele observa e percebe que a mudança
deveria ser dele e não dos outros. Vejamos: “Com minha alma te desejei de
noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscarte; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo
aprendem justiça. Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso
aprende a justiça; até na terra da retidão ele pratica a iniqüidade, e não
atenta para a majestade do SENHOR” Is 26:9-10.
418
Outro fato tambem muito importante e que merece destaque é a TENDÊNCIA.
Não como ritmo, mas como vocação. Existem pessoas que tem tendência ao
mal e estas devem ter consciência disto, pois somente assim, quando a pessoa
assume tal risco, é que Deus poderá ministrar um ensinamento específico e
melhor doutrinar o gênio mau, transformando-o em uma pessoa santa.
Os maus ensinamentos estão por todos os
lugares, mas cabe a mim e a você escolher o
que queremos aprender. Lembro que
quando tinha cerca de 16 anos me
ofereceram droga, mas consciente do
impacto negativo que a dependência
trazia, optei por não usar. Com isto chamo
a atenção ao fato de que somos nós quem
escolhemos o que queremos aprender.
É comum encontrarmos ensinamentos maus
de que a Convivência com o pecado não traz impactos negativos. É algo
extremamente nocivo, mas que é aceito normalmente. No entanto, o
ensinamento do Senhor é outro: “Não reine, portanto, o pecado em vosso
corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; Nem
tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de
iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os
vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado
não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da
graça” Rm 6:12-14.
Outro ensinamento tambem muito perigoso é a aceitação do errado como
algo normal. Existe recuperação, em Jesus, para o pecador, mas não podemos
simplesmente conviver com ele, ou às vezes até pactuando com seus erros,
achando que isto é normal. A Bíblia nos ensina que o errado deve ser
extirpado de nosso meio. Isto ficou evidente quando o Apóstolo Paulo
419
orientou a igreja de Corinto a agir com severidade com a pessoa que estava
tendo relações sexuais com a esposa de seu pai. Ele ordena que o mesmo seja
entregue a Satanás para destruição da carne. Aí complementa dizendo o
seguinte: “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de
fermento faz levedar toda a massa?” 1Co 5:6. Tambem quando instruía a
Igreja de Romanos, Paulo orientou a lançar fora os que promoviam divisões.
Vejamos: “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e
escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os
tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com
suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples” Rm 16:17-18.
Um ensinamento tambem tido como bom, sendo extremamente ruim é a
prática de abominações. É tudo aquilo que provoca a ira de Deus, como
exemplo: a) Manter os ídolos domésticos em casas, mesmo dizendo ser
cristão; b) Agir na mentira e no engano, mesmo assumindo ser nova criatura;
c) Ser dissimulado, sempre achando que o errado é o outro e não ele; d) Fazer
de conta que é santo, quando na verdade é o próprio diabo agindo para
disseminar a maldade; e) Agir em nome de Deus, cometendo com isto toda
atrocidade contra o próximo e contra si mesmo. É aquela velha frase do “se
deus quiser”. Ora, de que deus a pessoa está falando?
Sentimos ira de quem faz isto conosco, imaginemos como não fica Deus! O
termo mais adequado é realmente este “abominação”. É como se Deus
respondesse assim: “Fique tranquilo. Um dia nós vamos acertar as contas!”
A cultuação a ídolos é algo deplorável e está impregnado na sociedade. Para
haver a transmissão do futebol, o narrador precisa criar um ídolo. Para haver
a divulgação em massa de uma música, tambem a mídia faz uso do ídolo. Fato
semelhante ocorre nas novelas, no cinema, na política e até na fé errada. É
algo detestável e as pessoas fazem questão de continuarem cultuando,
contrariando o ensinamento do Senhor: “Não farás para ti imagem de
escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem em
420
baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; Não te encurvarás a elas,
nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito
a iniqüidade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles
que me odeiam”. Dt 5:8-9.
A consulta a mortos é algo extremamente perigoso e, no entanto, muito
praticado atualmente. Sem perceber as pessoas fazem isto quando fazem
promessas a algum santo ou outro ser que já morreu. Jesus tornou-se digno
de adoração, porque ele VENCEU a MORTE. Então quando oramos em seu
nome, o fazemos porque ELE ressuscitou. Fato que não ocorreu com mais
ninguém. Vejamos como a Palavra do Senhor nos ensina: “Entre ti não se
achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem
encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico,
nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é
abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os
lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o SENHOR teu Deus. Porque
estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os
adivinhadores; porém a ti o SENHOR teu Deus não permitiu tal coisa. O
SENHOR teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos,
como eu; a ele ouvireis” Dt 18:10-15.
Observe que Deus, quando tratou do assunto da consulta aos mortos,
tambem mencionou que haveria de levantar um profeta a quem nós
ouviríamos. Este profeta é o Senhor Jesus.
É comum hoje as pessoas praticarem o adultério. E o fazem na maior
normalidade, quebrando Princípios. A mídia é que mais influencia, mas a
culpa não está somente nela, pois antes da mídia em massa, as pessoas já
eram más e traiam-se umas as outras. O Adultério é prejudicial, porque ele
viola o Casamento que é uma instituição divina, tornando-o vil e fazendo com
que os laços sejam cada vez mais quebrados, contrariando o ensino do
421
Senhor: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula;
porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará” Hb
13:4. A Bíblia é muito clara quanto aos adúlteros e cada um deve responder
por seus atos: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de
Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros,
nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos,
nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino
de Deus.” 1Co 6:9-10.
Outro ensino que tambem é errado e as pessoas estão tomando como certo,
é a prática do segundo casamento. A Bíblia não dá nenhuma abertura para
este assunto. Ela é clara quando menciona: “E, aproximando-se dele os
fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua
mulher? Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? E eles
disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus,
respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele
escrito esse mandamento; Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez
macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á
a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas
uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. E em
casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo. E ele lhes
disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra
ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera” Mc
10:2-12. Alguém tem dúvidas do texto? O que passar disto é pretexto!
Somos de Deus? Então havemos de separar nossos ouvidos para ouvirem
somente o que for relacionado a Deus e a sua Palavra. Ouvir canções que
edificam. Ouvir música mundana contraria o padrão de quem deseja morar no
céu. Quando cantamos canções de adoração a Deus, é como se estivéssemos
participando de um ensaio ao que será cantado na glória, então como
participaremos do seleto coral celestial se ainda partilhamos do que é
contrário à vontade de Deus que é a nossa santificação?
422
BONS ENSINAMENTOS
O que você tem aprendido tem sido edificante? Onde tem levado você?
Quero o convidar para matricular-se na ESCOLA DO SENHOR e assim aprender
mais de Deus.
Esdras, que foi um excelente homem de Deus, chegou a admitir que parte de
seu aprendizado acerca de Deus foi possível através da aflição que sentiu:
“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” Sl
119:71. Isto nos leva a entender que o aprendizado acerca de Deus requererá
de nós mais esforço que o aprendizado acerca do mundo. Por outro lado, à
medida que vamos aprendendo, o
“Está escrito nos profetas: E serão
fardo do mal vai saindo e a
todos ensinados por Deus. Portanto,
compreensão fica mais completa,
todo aquele que do Pai ouviu e
conforme foi ensinado por Jesus:
aprendeu vem a mim” Jo 6:45
“Ide, porém, e aprendei o que
significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar
os justos, mas os pecadores, ao arrependimento” Mt 9:13.
Não tem problema se você até agora aprendeu apenas coisas que
contrariavam a vontade de Deus. O que importa é a sua disposição de mudar,
e de assimilar novos conceitos que sejam baseados na Bíblia Sagrada.
Para absorção dos bons ensinamentos é necessário que se faça uma migração,
primeiramente
na
mente. Então onde foi
aprendido a Convivência
com o pecado, deve ser
absorvido a Separação
dele. E assim vai
sucessivamente, item a
item, até que os velhos hábitos adquiridos pelos maus ensinos sejam
423
totalmente abandonados.
O Apóstolo Paulo, ensinando aos Filipenses, mencionou algo formidável: “O
que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso
fazei; e o Deus de paz será convosco” Fp 4:9. Este texto nos ensina
exatamente que o Aprendizado deve ser contínuo, e que quando ocorrer
algum mau ensinamento, devemos recorrer ao Senhor que é quem nos dá
boas lições.
O EXEMPLO DE NABUCONOSOR
O Rei da Babilônia teve a chance de aprender boas lições, mas não o fez a seu
tempo, antes se tornou maligno, presunçoso e prepotente. Deus então o
abate, levando-o a ficar como um animal feroz, até que reconhecesse que o
poder pertencia a Deus, e que era em sua escola que ele deveria ter se
matriculado. Quando ele compreendeu, então escreve aos povos dando as
melhores recomendações de Deus.
Deus tem muitas escolas. Muitas formas de ensinar. Minha orientação é que
queiramos o caminho da obediência, assim a aula será melhor e o
aprendizado não trará dores, como foi com o monarca.
Deus quer fazer uma verdadeira mudança
em nossa vida, e ela começa nos
colocando novamente no “banco” da
CONCLUSÃO
escola. Não mais na escola do mundo,
mas em sua escola, onde os verdadeiros
valores e princípios nos sejam ministrados, trazendo grande transformação
em nossa vida. Aprender é uma dádiva dada por Deus. Assim como não
jogamos fora os bons presentes, tambem não devemos desperdiçar esta
maravilhosa graça, e assim aplicarmos entendimento e Principiarmos com
nosso Aprendizado, recebendo Dele o melhor ensinamento, através de sua
Palavra que sempre nos proporciona vida.
424
Não Esqueça
1. O Princípio do Aprendizado é alicerçado pelo da PERMANÊNCIA no que foi
ensinado. Não adianta nada aprender algo maravilhoso e depois esquecer,
pela falta da prática: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e
de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que
desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazerte sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” 2Tm 3:1415;
2. O maior exemplo de bom aluno vem de Jesus. Então Ele não nos pede algo
que Ele já não tenha, antecipadamente, feito: “Ainda que era Filho,
aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” Hb 5:8;
3. Quando praticamos o Princípio do Aprendizado, conforme a Palavra do
Senhor, somos colocados noutro patamar de fé e tratamento. É isto que
Deus quer que recebamos dele. Vejamos o maravilhoso texto onde esta
verdade é evidenciada: “Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor
surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo
consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas? O que
anda em justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da
opressão, o que sacode das suas mãos todo o presente; o que tapa os seus
ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue e fecha os seus
olhos para não ver o mal. Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas
serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão
certas.” Is 33:14-16;
4. Todos os dias tenho aprendido que APRENDIZADO é algo sempre NOVO.
Então não deixe sua mente envelhecer. Recicle-a com a Palavra de Deus.
425
Semana de 27 a 02/Nov-13
Título: Princípio da caminhada
Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos teus
estatutos, e eu o guardarei até o fim.
OBJETIVOS:
Evidenciar o valor da
caminhada com Deus e
mostrar o quanto este
caminho pode ser
maravilhoso.
Salmos 119.33
Imagino a vida como uma estrada e nós
como os veículos que trafegam por ela.
Nesta
estrada
encontramos
os
INTRODUÇÃO
transeuntes - aqueles que não querem
andar rápido; assustamos-nos com as
pessoas que vêm na contramão – aqueles que retrocedem em seus sonhos e
retornam rumo à destruição; ultrapassamos outros veículos – quando
estamos com mais pressa que os que apenas observam. Tambem nos
envolvemos nos acidentes, alguns até fatais.
Quando meditava sobre o Princípio da Caminhada, percebi que a vida não era,
necessariamente, uma estrada, mas um caminho. Como estrada não
saberíamos onde ela iria chegar, mas como caminho, sabemos que nossas
escolhas, nossos sonhos e nossa fé é que vão direcionando e determinando
futuros. Mais que isto: Caminhar é uma ordem e Caminhada é um PRINCÍPIO
de quem resolve estar no CAMINHO com DEUS. Vamos aprender!
426
DESENVOLVIMENTO
Uma das maiores dificuldades que
podemos passar é a de escolher os bons
caminhos. Nem todos têm a felicidade de
fazerem boas escolhas, e por causa disto
sofrem conseqüências muitas vezes
dolorosas.
Quando pensamos na vida como CAMINHOS devemos ter a consciência que
estes caminhos não são reais, e sim literais. Na realidade eles aparecem
timbrados de ESCOLHAS, DESTINOS, AÇÕES, OPÇÕES e termos afins que
indicam que, após certo tempo, saberemos aonde esses timbres vão nos
levar.
Nossa vida é fruto das escolhas que fizemos. Nossa chegada depende do
destino que tomamos. Nossas conquistas dependem de nossas ações e por
menos que percebamos, temos muitas opções a serem decididas. Então não
somos infelizes por falta de opção. Não entramos no mundo das drogas por
falta de opção, e nem tão pouco contraímos determinado relacionamento por
falta de opção. Isto é uma justificativa maligna que Satanás tenta transformar
em verdades à medida que começamos a pronunciar e a aceitar.
Todos os caminhos que tomamos nos levam a destinos certos. Sabendo disto
foi que Jesus nos orientou dizendo: “...Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” Jo 14:6. Então podemos tomar
caminhos que nos levam onde não desejamos chegar. Observe como Salomão
tratou deste assunto: “Há um caminho que parece direito ao homem, mas o
seu fim são os caminhos da morte” Pv 16:25. Veja, como exemplo, esta
realidade na vida de uma pessoa que usa entorpecentes:
a) A cocaína causa euforia, mas torna a pessoa impotente sexual.
b) O crack dá uma sensação de bem-estar, mas tira o apetite e mata os
neurônios de forma acelerada, tornando a pessoa magra e boba;
427
c) A maconha causa alegria rápida, mas com a mesma intensidade
provoca a depressão;
d) O cigarro dá uma sensação de prazer, mas provoca vários tipos de
câncer;
e) A bebida alcoólica desperta sentimentos de domínio e poder, mas
provoca cirrose, levando a pessoa à morte.
A lógica destes exemplos, onde os destinos não são os pretendidos
inicialmente quando a pessoa começa a caminhada, pode ser aplicada a
qualquer outro item que tem efeito similar. No início parece bom, mas o fim é
a morte. São caminhos enganosos e temos uma tendência muito grande para
o que é efêmero. Gostamos das sensações rápidas e esquecemos que os bons
caminhos geralmente são duradouros. Neste sentido é que a Bíblia nos instrui
na educação dos pequeninos: “Educa a criança no caminho em que deve
andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” Pv 22:6. Então parte
do bom caminho está na instrução certa, no momento correto para que o
homem não tenha seu caminho perdido, semelhante ao que foi mencionado
pelo sábio: “Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço:
O caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do
navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem” Pv 30:1819. Se não observamos os ensinamentos do Senhor, teremos nosso caminho
como foi mencionado pelo sábio: sem rastro.
Os caminhos são de importante análise, mas não o quero fazer observando
apenas eles. Desejo ampliar a nossa visão, não para o caminho, mas para a
CAMINHADA; para cada passo que damos; cada escolha que fazemos; cada
sonho. O Princípio da Caminhada nos convida a meditar neste assunto com
esta profundidade, sabendo que Deus quer nos levar ao seus caminhos, mas
não aceitará que façamos, com Ele, o que geralmente fazemos em nossas
próprias escolhas. Antes de iniciarmos esta análise, deixe-me dizer algo que é
tambem muito importante:
428
a) Não nascemos predestinados ao céu, ou ao inferno, ou à alegria, ou ao
sofrimento, ou aos infortúnios ou às felicidades. Nunca encare a vida
desta forma. São nossas escolhas que informam o que estamos
fazendo no caminho que definem o local, ou o estado que nos
encontraremos. Se a predestinação fosse uma realidade, não haveria
necessidade da Regeneração, da Redenção, do Sacrifício de Cristo e
nem tão pouco da pregação do Evangelho.
Você é fruto do amor de Deus. É resultado de sua criação inteligente e
foi dotado do LIVRE ARBÍTRIO. É por isto que Deus quer nos atrair a Ele
e deseja que o sirvamos de coração verdadeiro.
Olhando assim, podemos crer na transformação do homem pelo
conhecimento de Deus, e pela aceitação de sua vontade soberana.
b) A mudança de atitude implica na construção de um novo caminho. É
isto que Deus espera de nós. Ele não quer que sejamos fruto das
circunstâncias, mas que construamos um ambiente novo, onde a livre
vontade e o amor prepondere.
Paulo foi um homem de um conhecimento fora do normal. Isto, é claro, não
veio dele, mas do Espírito Santo que estava com ele e que tambem está
conosco. Então podemos empreender em algo com a mesma grandeza como
fez este bom Apóstolo, mas tem um item que realmente me chama atenção,
que é a capacidade que ele teve de entender o Princípio da Caminhada, por
isto ele menciona: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas
Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho
de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” Gl 2:20. Esta
sua capacidade de assimilação é algo que me surpreende, porque vejo tantas
pessoas que já conheceram ao Senhor e mesmo assim não se deixam ser
marcados por Ele. Não aceitam que Cristo seja agora seu parceiro de
Caminhada e continuam vivendo ainda em si e não em Cristo.
429
Precisamos assimilar esta grande verdade, pois, para ser bem real, havemos
de saber que somos como cegos e precisamos do ombro ou do braço de Jesus
para nos guiar, para orientar nossos passos e assim construir uma caminhada
nova e que nos leva a uma vida de PAZ.
Quando caminhamos, exercitamos nossos músculos, respiramos melhor,
eliminamos toxinas e nos tornamos mais saudáveis. Semelhantemente ocorre
quando praticamos o PRINCÍPIO da CAMINHADA. Existem muitas pessoas que
estão doentes, porque não querem caminhar mais com Deus. Assumem seus
próprios riscos e acabam morrendo da doença maligna chamada pecado.
Além de Paulo, temos vários outros exemplos de homens que resolveram
mudar suas vidas ao convidarem ao Senhor para CAMINHAR com eles,
guiando-lhes os passos e dando a direção certa em suas tomadas de decisões.
Vejamos alguns:
1 - ESDRAS
Ele foi um grande homem. É dele a escrita dos livros de 1ª e 2ª Crônicas, parte
dos Salmos, bem como a do Livro que tem por título o seu nome. Além disto,
coube tambem a ele o papel de ordenação dos livros do Antigo Testamento, e
de efetuar o encerramento do Cânon do Antigo Testamento (período da
revelação para escrita bíblica). Ele conduziu um grande avivamento aos
repatriados de Judá, ao levar o povo a lerem a Torá. Foi um período de muita
graça onde a tristeza foi transformada em alegria, em plena praça pública.
Esdras foi um homem de grandes obras. O maior Salmo, 119, tem sua autoria
e lá ele menciona algo muito forte sobre o Caminhos. Dos 176 versículos,
Esdras dedica 10% mencionando diretamente este tema e outros que
indiretamente tambem nos convidam a pensar no assunto. Ali ele nos
evidencia o Princípio da Caminhada, retratado em pelo ao menos 03 esferas,
ou tipos que são: a) Os caminhos do homem; b) Os caminhos do Mundo; e c)
Os Caminhos de Deus.
430
Esdras nos ensina tambem a desenvolver uma visão abrangente de um
problema ou situação, uma vez que isto nos fará melhor compreender, e nos
possibilitará a melhor tomada de decisão. Os caminhos, segundo ele, devem
ser analisados conforme nos expõe, direcionado pelo Próprio Senhor.
a) – Os caminhos do Homem - Nós podemos escolher nossos caminhos.
Exemplo disto está na Parábola do Filho Pródigo. Ele pediu a parte da herança
que lhe era cabida e foi conhecer os prazeres que os seus caminhos poderiam
lhe proporcionar.
Os caminhos do homem são, em sua maioria, seguidos de muito prazer, de
orgias e de uma falsa sensação de felicidade. Esdras sabia disto, por isto orou
a Deus pedindo que seus caminhos fossem dirigidos: “Quem dera que os
meus caminhos fossem dirigidos a observar os teus mandamentos” Sl 119:5.
Sabendo que poderia ser direcionado pelo Senhor, ele complementa: “Desvia
de mim o caminho da falsidade, e concede-me piedosamente a tua lei” Sl
119:29.
Tem muita gente que anda por caminhos errados e precisa purificá-lo.
Falando sobre isto e atenuando na Juventude, o Senhor responde a Esdras
“Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua
palavra” Sl 119:9.
Esdras aprendeu que a purificação do caminho do homem inicia com o
arrependimento, por isto menciona: “Considerei os meus caminhos, e voltei
os meus pés para os teus testemunhos” Sl 119:59. E que a permanência vem
das escolhas diárias: “Desviei os meus pés de todo caminho mau, para
guardar a tua palavra” Sl 119:101
Ele sabia que não tinha como esconder seu caminho de Deus, por isto era
melhor deixá-lo à vista e seguir o que o Senhor orientava: “Eu te contei os
meus caminhos, e tu me ouviste; ensina-me os teus estatutos” Sl 119:26.
Estava tão certo desta verdade que preferia observar os preceitos e os
431
estatutos de Deus: “Tenho observado os teus preceitos, e os teus
testemunhos, porque todos os meus caminhos estão diante de ti” Sl
119:168.
b) Os caminhos do mundo - O mundo tambem tem seus caminhos e nos
convida diariamente a andar por eles, mas Esdras nos ensina a escolhermos os
bons caminhos, ao invés daqueles sugeridos pelo mundo. Esdras então ora a
Deus pedindo isto: “Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e
vivifica-me no teu caminho” Sl 119:37. E uma vez tendo encontrado caminho
melhor que o do mundo, Esdras passou a odiar os que não são verdadeiros.
Ele os chama de falsos: “Pelos teus mandamentos alcancei entendimento;
por isso odeio todo falso caminho” Sl 119:104.
c) Os caminhos de Deus - Nossa alma pede para que sigamos nosso próprio
caminho. Já o corpo pede para andarmos no caminho do mundo e nosso
espírito suplica que andemos nos caminhos de Deus.
Tem muita gente querendo seguir os caminhos de Deus pela emoção, mas
Esdras nos ensina que não é desta forma. Precisamos ter consciência e assim
seguí-lo verdadeiramente: “Faze-me entender o caminho dos teus preceitos;
assim falarei das tuas maravilhas” Sl 119:27. Isto vem de uma escolha
madura por Deus: “Escolhi o caminho da verdade; propus-me seguir os teus
juízos” Sl 119:30. Requer que após conhecida a verdade, ela então migre ao
nosso coração, nos faça correr a sua procura e largar o que não é de seu
agradado: “Correrei pelo caminho dos teus mandamentos, quando dilatares
o meu coração” Sl 119:32. Somente o seguir em verdade, baseada na Palavra
de Deus é que descobriremos o regozijo de andar em seus caminhos:
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” Sl
119:105.
Deus tem seus caminhos e nos convida a andar por eles. Os que assim
conseguem, são denominados por Esdras como felizes: “Bem-aventurados os
432
retos em seus caminhos, que andam na lei do SENHOR” Sl 119:1. A escolha
pelo caminho do Senhor passa, inicialmente, pelo coração: “Bem-aventurados
os que guardam os seus testemunhos, e que o buscam com todo o coração.
E não praticam iniqüidade, mas andam nos seus caminhos.” Sl 119:2-3.
Ter o Senhor como parceiro de Caminhada nos traz alegria e riqueza: “Folguei
tanto no caminho dos teus testemunhos, como em todas as riquezas” Sl
119:14. Por este motivo devemos sempre meditar no que Ele nos ensina e ter
respeito por seus caminhos: “Meditarei nos teus preceitos, e terei respeito
aos teus caminhos” Sl 119:15. Isto, é claro, deve ser feito cotidianamente, até
o fim: “Ensina-me, ó SENHOR, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei
até o fim” Sl 119:33.
2 - JOSIAS
Josias começou a reinar com oito anos, e pelos próximos trinta e um fez Judá
conhecer um dos melhores reinados daquela terra. Ele foi próspero e
administrou com inteligência, sendo feliz em tudo que fazia. Isto aconteceu
porque ele resolve, ainda muito jovem, convidar o Senhor para ser seu
parceiro de caminhada. Assim a Bíblia registra sobre ele, logo no começo de
sua história:“E fez o que era reto aos olhos do SENHOR; e andou nos
caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para
a esquerda. Porque no oitavo ano do seu reinado, sendo ainda moço,
começou a buscar o Deus de Davi, seu pai; e no duodécimo ano começou a
purificar a Judá e a Jerusalém, dos altos, e dos bosques, e das imagens de
escultura e de fundição” 2Cr 34:2-3.
Ele autorizou e providenciou o recurso para fazer uma reforma no templo, e
quando da ocorrência da obra, os trabalhadores encontraram o Livro do
Senhor esquecido, talvez muito empoeirado. O livro é então levado ao
Sacerdote que o lê para o Rei. A partir daí iniciou-se uma grande renovação
espiritual em Judá, tirando fora toda a idolatria. Aquele livro tambem
433
mencionava o castigo que Deus traria sobre eles pela desobediência.
Preocupado, Josias manda consultar ao Senhor que responde para ele:
“Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar ao SENHOR, assim lhe
direis: Assim diz o SENHOR Deus de Israel, quanto às palavras que ouviste:
Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus,
ouvindo as suas palavras contra este lugar, e contra os seus habitantes, e te
humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim,
também eu te ouvi, diz o SENHOR” 2Cr 34:26-27.
Josias nos ensina grandes verdades acerca do Princípio da Caminhada, as
quais podemos elencar abaixo:
a) Deus quer que governemos logo cedo, e este governo deve ser baseado em
sua Palavra; b) A Palavra de Deus deve ser posta acima de qualquer pretensão
pessoal e política; c) Quando pedimos o Senhor para caminhar conosco, ele
nos garante futuro e o mal não nos cerca. Ele nos protege e nos projeta em
seu reino; d) Deus se interessa muito com nosso futuro. Ele não nos julga pelo
nosso passado, pois o Avô e o Pai de Josias foram dos mais perversos reis que
Judá tinha conhecido, mas o reflexo de suas maldades não foram trazidas
sobre Josias. Interessa, hoje, convidar o senhor para andar conosco!
3 - ASA
Asa foi um bom rei, mas poderia ter sido melhor. Ele convidou o Senhor para
andar com ele, mas não o fez de coração verdadeiro. Isto representou um
risco muito alto e ele acabou sendo duramente repreendido. O rei tinha boa
índole, mas era fraco quando o assunto era influência. Conheço pessoas
assim. Elas não são más, mas facilmente são influenciadas pela maldade dos
outros. É um grande perigo.
Um dia o Senhor, usando o profeta Azarias, o orientou a fazer uma mudança
em Judá, tirando toda a idolatria. Ele tomou aquilo como caminho certo e o
fez. Deus, no entanto o alertou: “...O SENHOR está convosco, enquanto vós
434
estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos
deixará. Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa
obra tem uma recompensa” 2Cr 15:2;7. O recado era muito claro. Deus
estaria caminhando com o rei se o rei quisesse caminhar com Deus. Se ele não
preferisse, Deus tambem não iria querer. Num momento de dificuldade em
seu reinado, devido à afronta de outro reino, ele pega os tesouros da casa de
Deus e os envia a Ben-Hadade, rei da Síria e faz com ele aliança. Isto
contrariou muito ao Senhor, pois se Deus já estava no caminho com ele, não
precisaria fazer aliança com mais ninguém. Isto tambem serve para nós. Para
que desesperar? Deus está conosco? Ele já está em nosso caminho?
Com esta ação Deus envia o profeta Hanani que o confronta dizendo que pela
mão do Senhor ele já havia vencido guerras de exércitos menores, mas pelo
fato de não ter confiado no Senhor, iria amargar o gosto das derrotas. Isto
irritou tanto o rei que ordenou a prisão do profeta, mas a sentença já estava
liberada: “Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra,
para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com
ele; nisto, pois, procedeste loucamente porque desde agora haverá guerras
contra ti” 2Cr 16:9. Isto nos ensina que se Deus não estiver conosco,
experimentaremos tanta dificuldade que poderemos até mesmo morrer.
Esdras tinha muita razão quando pedia a
Deus que o ensinasse o caminho dos Seus
estatutos. O conhecimento da Palavra do
CONCLUSÃO
Senhor nos faz convidá-lo para andar
conosco, segurando em nossa mão, como
fez com Ciro e nos conforta em Israel: “...Não temas, porque eu te remi;
chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas estarei
contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo
fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” Is 43:2-2. Deus quer nos
dar novos caminhos e nos fazer andar no Princípio da CAMINHADA.
435
Não Esqueça
1. Quem escolhe o Senhor para caminhar junto experimenta um tempo de
vitória e aprendizado. Deus nos promete fazer como fez com Ciro: “Assim diz
o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para
abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para
abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão. Eu irei adiante de
ti, e endireitarei os caminhos tortuosos; quebrarei as portas de bronze, e
despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros escondidos, e as
riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o SENHOR, o Deus de
Israel, que te chama pelo teu nome” Is 45.1-3;
2. Escolher caminhar com Deus não pode ser fruto de uma ação emotiva. Deve
ser algo ardente no coração pela Palavra recebida. Então convide-o agora.
Ele deseja que seus passos sejam bem guiados: “SENHOR, guia-me na tua
justiça, por causa dos meus inimigos; endireita diante de mim o teu
caminho” Sl 5:8;
3. Podemos andar nos nossos próprios caminhos ou nos caminhos do mundo.
Mas a melhor opção é escolher os caminhos de Deus, tornando-o para nós
como sendo nossos e assim andarmos lado a lado com o Seu maravilhoso
Espírito;
4. Quem nos dá graça para andar nos caminhos de Deus e assim participar do
Princípio da Caminhada é o Espírito Santo. Não o despreze. Adore-o e saiba
que Ele já tem um caminho de Paz para nós. Basta querermos.
436
Título: Princípio da solidão
E o SENHOR feriu o rei, e ficou leproso até
ao dia da sua morte; e habitou numa casa
separada; porém Jotão, filho do rei, tinha
o cargo da casa, julgando o povo da terra.
OBJETIVOS:
Mostrar que o homem
é quem provoca sua
solidão, mas que Deus
quer ser seu
companheiro, mesmo
nestes momentos
2 Reis 15:5
Um quarto escuro. Uma cama vazia. Um
lar desfeito. Uma noite em claro. Uma
vida desfacelada. Somente um copo na
INTRODUÇÃO
mesa. Somente uma voz na Sala... O que
estas situações têm em comum? Qual o
elo existente entre elas? A resposta passa pela depressão, pelo choro, pelas
lamúrias, pelas injúrias e saudades, mas culmina com uma única palavra:
SOLIDÃO. Há muitas maneiras de nos sentirmos sozinhos e alguns dizem até
já ter se acostumado, mas não funciona bem assim. O homem não foi feito
para viver em solidão, mas para ter amigos, famílias, pessoas queridas e
confiáveis. Então o que tem levado tantas pessoas a este estado? Seriam as
incapacidades de fazer e manter relacionamentos? Seriam os seus defeitos
que os tornam pessoas amargas? Existem muitas respostas, e é sobre isto que
iremos comentar, ao analisarmos o Princípio da Solidão e permitirmos que
Deus trabalhe em nossa alma, nos transformando espelhos de sua glória.
437
Fomos atender a um pai que estava
desesperado, porque há mais de trinta
DESENVOLVIdias seu filho de onze anos estava
MENTO
agressivo, falando com voz estranha,
fazendo ameaças de morte aos familiares
e extremamente violento. Os pais sabiam
que aquele que proferia tais palavras não era o seu filho, mas entidades
malignas que tinha se apossado do corpo daquela criança. A casa estava em
completa ruína. O pai chorava de desespero pelo estado do filho e por
presenciar o mal arruinando tambem a sua vida.
Logo que entramos na casa ouvimos aquela voz estranha falando pela boca da
criança, em termos como estes: “Quem são estas pessoas?”, “Eu odeio elas”,
“Mande elas irem embora”, “Não quero ser incomodado”, “Quero ficar aqui”.
Aquele espírito imundo havia tomado de conta daquela família e estava
levando seus membros à loucura. Antes, no entanto, tinha aprisionado-os na
solidão.
É comum vermos pessoas perambulando pelas ruas, muitas delas há muito
tempo sem tomar banho, cortar as unhas ou fazer qualquer outro tipo de
asseio. Elas não cheiram bem e estão quase sempre caladas, presas em seu
mundo de solidão.
Conheci uma pessoa que ainda muito jovem adquiriu uma obsessão por
riqueza. Por este motivo envolveu-se em crimes. Sua vida era muito solitária.
Tornou-se violento com seus pais adotivos, chegando a proferir todo tipo de
palavra agressiva, além das constantes ameaças. Como consequencia de sua
má conduta, acabou sendo detido e preso pela polícia, sendo condenado a
muitos anos de reclusão. Ele estava muito perdido em seu mundo solitário.
Crianças que são abusadas sexualmente tem suas vidas controladas pelo
marginal, devido às ameaças que fazem de trazer morte a elas e aos seus
438
familiares. Elas não denunciam. O mal prevalece. Isto acontece porque a
pessoa está presa pela solidão, que funciona como uma algema.
Existem pessoas que mudam repentinamente de personalidade. Num dia
estão sorridentes e cumprimentam a todos. No outro estão fechadas, caladas
e solitárias. Estão presas em seus próprios medos.
O que tem de comum entre essas pessoas é aquele sentimento que muitas
vezes quer nos aprisionar, levando-nos ao medo e ao desespero, e que tanto é
mostrado nos filmes e nas novelas? É a SOLIDÃO.
A solidão pode ser analisada como um ser. Aquele que atua, conforme
mencionamos acima, mas tambem pode ser vista como um Princípio. Isto
parece um pouco contraditório quando imaginamos os princípios todos como
sendo uma lei boa, da vontade amorosa de Deus. Mas, não funciona bem
assim. Princípios são elementos que antecedem algo e não mudam. Então,
enquanto Princípio, a solidão pode ser vista não como um ser, mas como
elemento que antecede uma ruína. Vejamos:
- A solidão leva: a) O homem à loucura - Não é a loucura que leva o homem à
solidão; b) A ocorrência de fenômenos nada naturais – fazendo com que a
pessoa visualize uma realidade de alucinações mentais; c) Depressão – Não é
depressão que leva a pessoa à solidão.
- A solidão provoca: a) Uma sensação de abandono; b) Um sentimento de
incapacidade; c) Medo – tornando a pessoa insegura;
- A solidão faz: a) A pessoa se isolar cada vez mais; b) A pessoa sentir-se não
amada; c) A pessoa sentir-se impotente frente às dificuldades;
- A solidão suscita: a) Angústia – sentimento que tanto provoca doença; b)
Ódio – quando a pessoa lembra o porquê de estar naquela forma; c) Rancor –
fazendo a pessoa lembrar-se do mal que alguém pode lhe ter provocado.
439
Observe que a solidão principia vários outros sentimentos e reações, então
vale apena estudarmos, e assim aprendermos a evitar entrar neste
emaranhado que aprisiona muitas almas.
A solidão, enquanto Princípio, é nociva porque fere radicalmente outros
princípios benéficos como o da conquista, e leva o atingido a andar na
contramão do Evangelho. O solitário é improdutivo e larga mão das
promessas de Deus de
nos fazer pais e mães
de multidões.
Ela é perigosa porque
afasta a pessoa do
local onde pode ser
mais feliz, que é na
Igreja. Então tudo
relacionado
com
igreja não combina
com
solidão.
Enquanto a igreja
ministra a vida em
comunidade
e
o
crescimento
da
quantidade
de
pessoas, o solitário
quer diferente, contrariando inclusive o ide de Jesus, que é fazer discípulos
em todas as nações.
O pai de uma grande multidão não pode viver sozinho! Enquanto o evangelho
liberta, a solidão aprisiona. Enquanto a Bíblia nos manda viver em harmonia, a
solidão prega o isolamento. Isto acontece com vários grupos radicais que são
440
formados por pessoas que não conseguem compartilhar nada e nem aceitar
opiniões contrárias.
Quando analisamos a Solidão como Princípio,
somos direcionados pelo Senhor e ver suas
reais conseqüências. Ele nos mostra que suas
evidências são inquestionáveis. Quando
analisamos como um ser, como uma pessoa,
descobrimos sua atuação como uma
ferramenta nas mão do inimigo que usa desta
verdade para nos trazer prisão.
Como Princípio a Solidão
mostra suas
consequencias e chama
uma verdade
incontestável.
Como Ser ela age como
uma pessoa. Ora
tambem serve como
instrumento de trabalho
para o mal
Davi tinha muita propriedade para tratar deste
assunto com a inteligência com que tratou. Ele
sabia que a solidão era algo real, pois por
muitas vezes suas companhias eram apenas as
ovelhas de seu pai, nos campos dos pastores. Ele compreendeu que somente
Deus poderia ter feito ele habitar em família, preservando sua vida e
guardando sua alma do erro. “Deus faz que o solitário viva em família; liberta
aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra
seca” Sl 68:6.
Moisés, ao referir-se a Israel, como nação, e correlacionando com o cuidado
de Deus assim menciona: “Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário
cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu
olho” Dt 32:10. Observe que assim como Deus fez com Israel, tambem faz
conosco. Ele deseja nos cercar, nos instruir e nos guardar.
Quando o Senhor menciona o termo CERCAR, está relacionando ao seu poder
que está em todos os nossos lados, livrando-nos dos ataques atirados pelo
inimigo.
441
Já quando menciona INSTRUIR, faz relação ao seu poder maravilhoso de nos
ensinar seus estatutos, nos dar conhecimentos novos de sua pessoa, e de nos
fazer instrumentos em sua obra.
Agora, quando menciona GUARDAR como a menina dos olhos, demonstra o
cuidado que tem por nós, e nos faz lembrar que assim como não deixamos
nossos olhos serem perfurados, por nós age da mesma forma.
Deus quebra a SOLIDÃO, assim como quebrou a Morte. Este é o seu desejo
que está profetizado por Isaías, servindo para Israel e tambem para nós, igreja
de Cristo: “Porque nos teus desertos, e nos teus lugares solitários, e na tua
terra destruída, agora te verás apertada de moradores, e os que te
devoravam se afastarão para longe de ti” Is 49:19.
Existem muitas questões que nos fazem viver sozinhos, mas nenhuma delas é
superior ao amor que podemos receber de nossos amigos e familiares.
Particularmente nunca gostei da solidão, mas por diversas vezes já a senti
rodeando minha alma e convidando-me a seguir seus conselhos que são
sempre perigosos.
A solidão atua na alma, aprisiona o espírito e afugenta o corpo, fazendo com
que apareçam doenças nestas três áreas do ser humano. É muito comum ver
pessoas que, aparentemente estão felizes, mas são solitárias, não tem amigos
e foram vítimas ou provocadoras de divisões familiares. Pessoas assim nunca
saberão efetivamente o valor da felicidade e do compartilhamento de sonhos
e desejos.
1 - CAUSAS DA SOLIDÃO
Existem muitas causas para a solidão. Todas elas podem ser evitadas. A
maioria está ligada as nossas reações e aos caminhos que resolvemos seguir.
Mas a verdadeira causa está no Pecado. Vejamos como o Salmista trata o
assunto sob este ângulo: “Olha para mim, e tem piedade de mim, porque
442
estou solitário e aflito. As ânsias do meu coração se têm multiplicado; tirame dos meus apertos. Olha para a minha aflição e para a minha dor, e
perdoa todos os meus pecados” Sl 25:16-18.
Observe que a pessoa que tem uma vida livre do Pecado é mais feliz. É
sorridente. Gosta de fazer amizades. É construtor de fortes relacionamentos.
O texto que lemos em epígrafe conta parte da história de Azarias, rei de Judá.
Ele não foi um rei ruim, no entanto, foi displicente quanto à retirada dos
ídolos, deixando o povo à vontade em sua cultuações. Foi então ferido de
lepra e por causa desta enfermidade ficou solitário em um quarto, até o dia
de sua morte.
A solidão de Azarias foi causada pela sua dificuldade em obedecer
completamente as ordens do Senhor, mas existem outras causas. Vejamos:
- Desavenças - Não temos como concordar com todos, se assim fizermos é
porque não temos opiniões formadas. No entanto, nossa discordância não
deve ser motivo de desavenças, de intrigas e de causa de divisões nas famílias
e na igreja.
É comum pessoas lutarem por seus ideais, mas tenho aprendido que a vida
cristã é feita não de ideais próprios, mas sim de obediência que foi
previamente determinado por nosso Senhor, e em seu livro Ele menciona o
seguinte: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os
homens” Rm 12:18. Noutro momento Ele é ainda mais enfático: “Eu, porém,
vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem
aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para
que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” Mt 5:44.
Quer pensar diferente? Não tem problema, mas aprenda a conviver com a
outra pessoa numa atitude mais correta, e alie-se aos que pensam como você.
Nunca fique sozinho.
443
- Não ouvir a voz do Espírito Santo - Quantas vezes o Senhor nos fala para
retrocedermos, não persistirmos em algo que vem somente do nosso coração,
e acabamos lutando contra sua vontade, e contraindo aquele relacionamento
conjugal que fere a Palavra de Deus?
Como resultado de nossa imaleabilidade, acabamos descobrindo depois o
mundo do abandono, do choro e da solidão.
Não vigiar - A falta de vigilância é o que mais tem levado pessoas à solidão. Os
avisos são claros que existe perigo no negócio. Que a situação não está
favorável. Que a pessoa não é adequada. Que o sentimento não está correto.
Que o tempo não é propício. Mesmo assim a pessoa não vigia e cai na cilada.
A Vigilância que o Senhor tanto nos orientou tinha um objetivo muito
específico: Não cair em tentação: “Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” Mt 26:41.
O que mais vemos são pessoas presas nestes laços, quando cederam ao mal e
não foram vigilantes.
2 - DIAGNÓSTICO
Deus usa o Princípio para nos trazer
libertação. O inimigo para nos
aprisionar.
A pessoa que escolheu viver
na solidão tem a sua volta um
mundo vazio. É como se tudo
coincidisse para a sua
destruição, e quanto mais se
aprisiona,
mais
sente-se
sozinho e acaba encontrando
a morte precoce como companhia.
444
O Salmista chegou num destes estágios almáticos e fez para si várias
comparações, vejamos: “Por causa da voz do meu gemido os meus ossos se
apegam à minha pele. Sou semelhante ao pelicano no deserto; sou como um
mocho nas solidões. Vigio, sou como o pardal solitário no telhado. Os meus
inimigos me afrontam todo o dia; os que se enfurecem contra mim têm
jurado contra mim. Pois tenho comido cinza como pão, e misturado com
lágrimas a minha bebida” Sl
102:5-9.
Quem foi liberto pelo Senhor
e não vive mais em solidão,
logo tem sua vida muito
ativa. Está sempre envolvido
em algo. Para ele o dia
parece pequeno e as horas
voam.
Sempre estão ocupadas com as coisas de Deus. Tem seus sonhos. Projeta
desafios. Elabora estratégias. Participa e organiza eventos. Efetua belos
planos. Tem uma mente muito criativa. Mantem contatos. Troca e-mails, sms,
tem conta nas
redes sociais, gosta
de fazer amigos e
sempre quer estar
em
crescimento.
Outro
ponto
tambem a ser levado em consideração é que o
Solitário; Aquele que aceita viver em solidão, torna-se uma pessoa egoísta. Ela
gosta de chamar a atenção e pensa que o mundo só existe por causa dele, ao
passo que a pessoa que não é solitário gosta de compartilhar. Ela sabe que é
dando que se recebe e que quem está na posição de dar algo, está melhor do
que o que está apenas recebendo.
445
3 - CURA
Uma das maiores dádivas que podemos aprender é a de fazer amigos; de não
andarmos sozinhos; de influenciar pessoas. Fique tranquilo. Deus não nos
criou para vivermos em solidão. É seu desejo que não soframos a
consequencia deste Princípio. Por isto nos convida a andar com Ele, deixando
que Ele preencha totalmente os espaços vazios do nosso coração.
Jesus olhou para os discípulos de João Batista e viu que eles ficaram como
ovelhas que não tinham pastor. Sabe o que ele fez? Alimentou-os. Deu a eles
pão e peixe. Curou a alma deles e tambem limpou-lhes as feridas. É assim que
Ele deseja fazer conosco. Quer nos dar o Seu Espírito, como fez com os
discípulos, não os deixando sozinhos.
Existe uma Solidão que é boa. É quando
estamos com o Senhor, em oração, mas
para ser sincero, não podemos chamar de
CONCLUSÃO
solidão uma vez que estamos com Sua
pessoa, ouvimos a Sua voz, contamoslhes os nossos segredos. Assim como não existe solidão quando duas pessoas
se encontram e comungam algo, tambem não é verdadeiro sentimento de
solidão quando estamos com o Senhor.
Deus, em Jesus Cristo, veio quebrar a força da lei e do pecado que tanto nos
aprisionava, e nos fez entender que o Princípio da Solidão existe para ser
conhecido, estudado, e evitado. Assim como Ele está conosco, devemos
tambem ser companheiros.
Azarias não observou o mandado do Senhor e acabou solitário, recluso pela
lepra. O pecado tem em nós este mesmo efeito. Evitemos, com toda
vigilância, sempre sabendo que Deus não tem para nós casas de leprosos, mas
uma igreja linda, santa, alegre e que é composta de pessoas felizes que vão
morar no céu. Viver em solidão para que? Podemos estar juntos em DEUS.
446
Não Esqueça
1. A solidão é a porta de entrada de muitas mazelas. Uma pessoa que prefere
viver sozinha, torna-se refém dos maus pensamentos;
2. A preferência pela ausência de amizades, de parentes ou de outras pessoas
indica o início de um processo de aprisionamento da alma. Para a libertação,
compreenda que ter medo de pessoas, de relacionamentos, é algo errado e
que tambem é perigoso carregar um coração rancoroso;
3. Aprenda a RELEVAR. Temos a mania de dar valor às questões insignificantes,
dando-lhe mais destaque que assuntos realmente importantes. Releve.
Perdoe. Esqueça. Olhe para frente. Decepção todo mundo passa, mas nem
por isto todos preferem o isolamento;
4. Compreenda que o PECADO anda de mãos dadas com a Solidão. Então, não
queira aceitar o pecado como normal, senão, será normal tambem viver
esquecido, não ligar para os sentimentos alheios e achar que você é que
merece atenção. O inimigo quer colocar você de mãos dadas com o PECADO
e a SOLIDÃO. Rejeite este plano maligno e viva o que Deus tem para você.
447
Título: Princípio da modelagem
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e
mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até a divisão de
alma e espírito, e de juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração.
Hebreus 4.12
OBJETIVOS:
Evidenciar o poder
transformador de Deus
sobre nós, quando nos
deixamos ser
trabalhados por sua
Palavra
Certamente você já ouviu falar das
fôrmas. Lembro bem daquelas que são
utilizadas nas cozinhas, para formar
INTRODUÇÃO
bolos redondos. A massa, devidamente
preparada, é colocada nela e após algum
tempo no forno, nasce um bolo muito bonito e gostoso. As fôrmas são
utilizadas em toda a indústria de transformação. Com o tempo o homem
descobriu que, fazendo formas, iria ganhar produtividade na hora de fazer
algo por mais de uma vez. Então, antes mesmo de iniciar a produção, é
investido um tempo na planta, na formatação, na criação dos moldes. Depois
torna-se fácil a execução da produção do bem ou produto desejado.
A modelagem está presente nos bens, nos livros, nas estradas. Tudo é
performado. Tudo é adequado ao estado que se queira. É um Princípio que
precisamos aplicar tambem a nossa vida cristã.
448
DESENVOLVIMENTO
Visualizo uma cena imaginária onde o Pai,
o Filho e o Espírito Santo conversem
sobre como manter o homem no padrão
de santidade em que foi criado, pois este
havia pecado e distanciado do fim e da
beleza inicial.
Alguém poderia sugerir o envio de seres celestiais esporádicos com uma
mensagem renovadora. Outro talvez sugerisse suas intervenções diretas na
humanidade de modo que o homem viesse a ter consciência do seu erro e
assim voltasse ao estado original. Outro talvez sugerisse que não havia jeito,
que seria necessário começar tudo de novo. Estas sugestões não foram ruins e
até aceitas, pois os profetas foram enviados com uma mensagem dura,
chamando o povo ao arrependimento. Tambem Jesus veio e morreu por
nossos pecados, nos mostrando o caminho de volta a Deus e ainda ocorreu
um evento de purificação mundial, que foi o dilúvio, mas tudo isto não surtiu
o efeito esperado. Daí, creio, surgiu o Princípio da Modelagem, onde os três
combinaram que a obra só seria perfeita se os homens pudessem se adequar
aos modelos e que estes modelos precisavam ser escritos e ensinados aos
homens, surgindo assim a Bíblia Sagrada, como maior PLANTA modeladora de
pessoas.
Esta idéia foi boa porque para consecução desta maior obra, foi necessária a
ação direta de Deus, a atuação de Jesus e a inspiração do Espírito Santo. Os
três trabalharam diretamente e ainda mobilizaram mais de quarenta pessoas
distintas, em tempos diferentes, em situações adversas. Esta obra demorou
mais de mil anos para ser concluída. Foi a maior obra de Deus. Para
imaginarmos esta complexitude, é só comparar que a terra com tudo que há,
juntamente com o sol, a lua e as estrelas, foram feitos em sete dias e a Bíblia
foi em mais de mil anos. Já pensou?
449
Nesta planta de modelagem, chamada Bíblia, encontramos como fôrma
principal o homem como cidadão dos céus. É claro que não foi feita somente
esta fôrma, mas tambem foram produzidas outras como:
a) A da mulher virtuosa
“Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.
O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo.
Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.
Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos.
Como o navio mercante, ela traz de longe o seu pão.
Levanta-se, mesmo à noite, para dar de comer aos da casa, e distribuir a tarefa das servas.
Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.
Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.
Vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.
Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca.
Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado.
Não teme a neve na sua casa, porque toda a sua família está vestida de escarlata.
Faz para si cobertas de tapeçaria; seu vestido é de seda e de púrpura.
Seu marido é conhecido nas portas, e assenta-se entre os anciãos da terra.
Faz panos de linho fino e vende-os, e entrega cintos aos mercadores.
A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia futuro.
Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.
Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça.
Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva.
Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!” Prov 31.10-29
b) A do homem temente
“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos.
Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua
mesa.
Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR.
O SENHOR te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel” Sl 128:1-6
450
c) A do servo vigilante
“Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?
Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.
Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.
Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;
E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios,
Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe,
E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.” Mt24.45-51
d) A da responsabilidade em seguir a Jesus
“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua
cruz, e siga-me;
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa
da sua alma?
Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.
Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do
homem no seu reino.” Mt16.24-28
E muitas outras que fazem parte da formatação do homem como cidadão dos
céus. Todas estas fôrmas estão intrinsecamente mencionadas no texto que
lemos em Hebreus. Vejamos novamente: “Porque a palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até
a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração” Hebreus 4:12.
O escritor da carta aos Hebreus é um dos mais sábios da Bíblia porque
consegue condensar em seus escritos praticamente toda a história da
humanidade e mostra a ação de Cristo em todo o momento. Apresenta a
Jesus não somente como governante, mas como sacerdote e como sacrifício,
indicando ser o próprio Deus sofrendo por nossos pecados a fim de nos
451
garantir a redenção deles e a possibilidade de nos achegarmos novamente a
Ele. Nesta sua sabedoria Ele menciona a Palavra do Senhor e o faz de maneira
muito simples e completa, comparando ela com uma espada que é cortante
dos dois lados. Como aquela agulha que penetra em nosso corpo trazendo
saúde. Como aquela cirurgia a laser que de maneira eficaz vai até a junção das
juntas e medulas. De maneira espiritual a esta Palavra é concedida o poder de
entender nossos pensamentos, e saber os intentos do nosso coração.
Desta forma, a Bíblia é uma grande fôrma. Somos modelados por ela, através
a atuação dos Espírito Santo e transformados numa nova criatura.
COMPREENDA O PROCESSO
As fôrmas já estão prontas para trabalhar nosso caráter e nos modelar ao de
Cristo. Então tudo que temos de fazer é aceitar passar pelo processo da
formatação. Pode ser doloroso. E será, mas ao final sentiremos o prazer do
imenso cuidado de Deus que nos abraça como novas Criaturas. Quanto mais
fácil nos deixarmos ser formados, mais vitoriosos seremos na vida.
O Apóstolo Paulo mencionou sobre este processo quando falava aos
Romanos: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e
também do grego” Rm 1:16.
Nós sabemos que através da siderurgia os metais são formatados nas muitas
peças que utilizamos em nossos veículos e residências. Tambem sabemos do
óleo da pedra que é transformado em combustível para nossos veículos e
ainda atende à indústria plástica. Sabemos das pedras que são transformadas
em vários tipos de argamassas e dão origem às mais lindas construções que os
arquitetos podem imaginar.
Não é estranho falar da indústria da transformação que trabalha com
matérias- primas com a finalidade de transformá-las em utensílios úteis a nós
452
em todas as áreas. Para chegar ao produto final, os materiais foram
transformados. Passaram por processos, até serem modelados. Ora, se não é
estranho a compreensão do processo para os itens primários, porque haveria
de ser quando o assunto é modelagem de Deus? Existe um processo. Existe
um método. Existe uma forma de fazer as coisas, e quanto mais dura for a
matéria, mais demorado e trabalhoso será o processo.
Quando aceitamos a Jesus, somos considerados como uma matéria a ser
transformada em cidadãos celestiais. Somos trabalhados. Então não se irrite
com Deus, com os seus líderes e nem tão pouco desista da performação. A
desistência só faz você ser contado no índice de perdas, mas é bom que se
lembre que para Jesus a perda é ZERO: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e
o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” Jo 6:37, então se
você não se deixar ser performado é porque nunca foi Dele.
COMPREENDA O AUTORIDADE – MATERIAIS DOMINANTES
Existe um engano muito grande quando alguém afirma que TODA RELIGIÃO É
BOA. Na verdade existe muita religião MALIGNA e a forma mais direta de se
saber disto é observando seus ensinamentos com relação a Jesus. A este
respeito o Senhor já nos orientou, através da vida de João. Vejamos: “E o
testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu
Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem
a vida” 1Jo 5:11-12 e ainda complementa explicando como tais pessoas agem:
“Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não
confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o
anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos
ganho, antes recebamos o inteiro galardão. Todo aquele que prevarica, e
não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na
doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho” 2Jo 1:7-9. Então
existe uma autoridade estabelecida nos céus sobre alguém que tem poder de
modelar. Isto está evidente quando este mesmo João viu, em Apocalipse o
453
Livro que ninguém podia abrir-lhe. Até que surgiu Jesus e mencionou ter
conquistado com sua morte a autoridade não apenas para abrir o livro, mas
para tambem desatar os seus selos.
A autoridade de Jesus o habilita a nos moldar de acordo com o seu caráter, e
não podemos aceitar que isto seja feito por outra pessoa que não pagou com
a sua vida a nossa redenção. Fazer isto indica o quanto distante estamos dos
planos de Deus.
Neste aspecto vemos quando o Senhor chama Jeremias e o leva à casa do
oleiro para observar o que estava acontecendo. Jeremias viu o momento em
que o oleiro estava performando um vaso de argila e deu algum problema.
Então o oleiro pega a argila e coloca novamente para ser modelada até que o
vaso pudesse ser feito.
Entenda: COMO MATÉRIA (ARGILA) não servimos para NADA. Deus não nos
quer como ARGILAS mas como VASOS. Então está dado a Jesus Cristo a
autoridade de nos modelar e, necessário sendo, nos colocar novamente no
rolo, até que sejamos formatados. Somente ele pôde dizer: “E, chegando-se
Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra”. Mat
28:18.
Muitas pessoas envereda-se por caminhos onde pensam encontrar a
modelagem certa para formatá-las. É perda de tempo, as fôrmas já estão
prontas para trabalhar nosso caráter e nos modelar, mas isto só é possível
através de Jesus.
Numa modelagem sempre existem os materiais que estão sofrendo a
modelagem e os materiais dominantes. Nunca seremos modelados pelo
Senhor se não deixarmos que Ele seja o material dominante. Quantas vezes
queremos exercer o domínio, e quando assim procedemos, apenas
descobrimos que o processo conosco deve ser mais demorado e, às vezes, até
doloridos. Deus só irá controlar nosso gênio, se entregarmos a Ele. É
454
semelhante a um cavalo ou um cão bravo. Eles só serão dominados se o
entregarmos aos seus adestradores. Se ficarmos apenas observando, mas com
medo de entregar, nunca teremos um animal domado.
ATUAÇÃO DO PRINCÍPIO
Deus desejava muito que fosse construído para Ele uma tenda, mas esta não
deveria ser de qualquer forma, era necessário que fosse de acordo com um
modelo. Para entendimento de Moisés, Deus o chama em particular e mostralhe como deve ser o tabernáculo. Deus dá a ele o modelo e ainda detalha
como devem ser feitas as roupas sacerdotais, bem como todo os utensílios do
tabernáculo. Tudo tinha um significado. Então, depois, vemos várias
advertências do Senhor a Moisés lembrando-lhe do modelo: “Atenta, pois,
que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte” Êx
25:40.
Josué chamou os rubenitas, os gaditas e à meia tribo dos manassitas e os
abençoou para retornarem às terras de suas possessões que estavam antes
do Jordão. Quando Eles chegaram na divisa da terra, próximo ao Jordão,
fizeram um altar em memória ao Senhor. Quando os demais souberam deste
altar e não conhecendo o fim a que se destinava, mandaram uma comitiva ir
verificar se tratava de um altar profano. Ao receberem a explicação, seus
corações se acalmaram: “Por isso dissemos: Quando suceder que amanhã
assim nos digam a nós e às nossas gerações, então diremos: Vede o modelo
do altar do SENHOR que fizeram nossos pais, não para holocausto nem para
sacrifício, porém para ser testemunho entre nós e vós” Js 22:28. O que mais
me chama a atenção é que a referência para a fé deles estava no modelo do
Altar. Com isto aprendo que existem modelos de fé. Modos de acreditar, e
que devemos ter fé no melhor modelo e edificar altares ao Senhor que
demonstrem nosso modelo. Esta palavra está em coerência com o que nos diz
o Senhor através de Tiago, ao mencionar sobre a fé sem obras. Nos
comentários de Tiago entendemos que a fé precisa de obras, então as obras
455
funcionam demonstrando aquilo que é imaterial. As obras servem de
exemplos, de modelos: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta
em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me
a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”
Tg 2:17-18. Para tratar deste assunto Jesus falou tambem sobre como
devemos estabelecer a nossa fé, mencionando o seguinte: “Se alguém vier a
mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs,
e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” Lc 14:26.
O Princípio da modelagem funciona tambem em dois momentos. Um deles é
quando já podemos ser modelos, moldes, para outras pessoas. Noutro, é
quando nós buscamos nos outros este modelo.
Deus tem tudo programado. Deus tem os seus e para que nós possamos nos
achegar a Ele e nos moldarmos ao caráter de Cristo, Wle usa algumas pessoas
como moldes. É um processo semelhante ao que ocorre na indústria de
confecção. Para não fugir do padrão, é gerado um molde da roupa que se
deseja produzir. É claro que o molde ainda não é uma produção em série, mas
serve de direcionamento. Neste sentido é que Deus tem nos escolhido. Agora
pense: Em que você pode se dar como modelo? Seriam nos tratamentos
pessoais? Seria na forma como você compreende as coisas de maneira
rápida? Seria na facilidade de interpretação de algo? Seria o empenho que
você aplica quando vai trabalhar
em algo? Quais são ou onde você
pode ser modelo? Isto no aspecto
material.
Já no âmbito espiritual, para
reforçar esta idéia, vejamos como
o Senhor tratou dos elementos
que são moldes na modelagem do
bom cristão.
Falo dos DONS
456
ESPIRITUAIS: 1) Palavra da Sabedoria, 2) Palavra de Ciência; 3) Fé; 4) Dons de
Curar; 5) Operação de Maravilhas; 6) Profecias; 7) Discernimento dos
espíritos; 8) Variedades de línguas e; 9) Interpretação de Línguas. Os dons são
dados pelo Espírito Santo a nós, como forma de nos moldarem ao serviço de
Deus. Então é bom que andemos com pessoas que têm tais dons. Assim
estaremos visualizando a atuação do Espírito Santo e isto serve de exemplo
para ampliar nossa fé.
Os dons do Espírito são diferenciais dos cristãos comuns aos que tem maior
proximidade com Deus. Eles não são indicadores de salvação. São para os
salvos. Estão disponíveis a todos os que buscam de coração verdadeiro servir
ao Senhor. Funcionam como ferramentas no processo de modelagem.
Outra atuação do Princípio ocorre quando nós nos colocamos como modelo.
Este, diria, é um bom padrão para o que Deus procura. Então, mais
importante que buscar estar ao lado de uma pessoa que tem os dons
espirituais, é buscar tais dons. É desenvolver uma obra onde sua aplicação
seja necessária. É servir de modelo, de exemplo para que outras pessoas
possam tambem encontrar Deus e que nós sejamos as pessoas que dêem as
mãos a fim de levá-los ao Pai.
O Princípio da Modelagem é real em
todos os materiais e não poderia deixar
de atuar tambem em nós, a fim de nos
CONCLUSÃO
moldar ao projeto do Senhor. Nesta
modelagem, alguns elementos são
necessários. Para modelar o carvão mineral em diamante, é preciso 03
elementos. Tempo, Pressão e Calor. Então para nos transformar na pessoa
que o Senhor deseja, como seus diamantes, é preciso tambem que seja
utilizado o TEMPO, a PRESSÃO e o CALOR. Então não reclame com o barulho
das máquinas, não se questione com relação ao tempo e nem resmunguem
pelo calor. Você está sendo moldado para DIAMANTE.
457
Não Esqueça
1. Li uma palavra na Bíblia que achei fantástica e está totalmente adequada ao
Princípio da Modelagem. Veja qual é:“Quando profeta ou sonhador de
sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, E suceder o
tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros
deuses, que não conheceste, e sirvamo-los;Não ouvirás as palavras daquele
profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o SENHOR vosso Deus vos
prova, para saber se amais o SENHOR vosso Deus com todo o vosso
coração, e com toda a vossa alma” Deuteronômio 13:1-3. O que mais me
chama a atenção é ao fato de o Senhor nos avisar que ele deixa isto
acontecer para provar o nosso coração. Em toda modelagem, fazemos os
testes finais do produto, para saber se foi performado como pretendíamos.
Da mesma forma Deus faz conosco;
2. Se Deus está moldando algo em você, não tenha receio. Aceite o tratamento:
“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos
corações, como na provocação” Hebreus 3:15;
3. Saiba que existe um processo de Modelagem e que o Senhor Jesus é quem
tem poder de nos mudar. Então não reclame mesmo que esteja difícil. Ao
final, a obra estará completa: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que
em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”
Filipenses 1:6;
4. Deus ouve oração. Então além do sua forma, ele tambem aceita pedidos.
Então o que não está bom em você. Peça para Deus melhorar. A obra que ele
deseja fazer é crescente e completa, mesmo que para isto envolva TEMPO
com Deus, PRESSÃO do inimigo e o CALOR dos irmãos.
458
Título: Princípio da justiça
Corra, porém, a justiça como as águas, e a
retidão como o ribeiro perene.
OBJETIVOS:
Mostrar a atuação da
Justiça de Deus para
nos ajudar e nos
orientar em amor
Amós 5.24
Amós foi um homem fora do comum.
Era fazendeiro e viveu numa época de
grande prosperidade nos reinados de
INTRODUÇÃO
Uzias, em Judá e de Jeroboão II, em
Israel. Mesmo vendo aquela aparente
abastança financeira, Amós sabia que aquilo não era reflexo da bênção de
Deus, uma vez que estas nações tinham quebrado princípios, estabelecido leis
e criado sua própria justiça. A mensagem deste profeta foi então direcionada
ao chamado do povo ao arrependimento, para que não experimentassem a
justiça de Deus. Sua voz ecoou firmemente até chegar aos nossos dias, onde
tambem somos carentes deste retorno ao amor de Deus.
Justiça não é apenas o fato jurídico de pesar as acusações e defesas, emitindo
parecer favorável ou contrário. Justiça é um Princípio estabelecido por Deus
que rege os relacionamentos humanos, os divinos e o relacionamento de
Deus conosco e nosso com Ele. Sem a aplicação deste Princípio não haveria lei
que pudesse ordenar tais relacionamentos e nem direcioná-los à verdade.
459
A decadência de Israel tornava-se
visível quando era observado o que
DESENVOLVIeles haviam feito com a Justiça. Amós
registrou que eles a tinham jogado por
MENTO
terra. Tambem converteram o juízo
em alosna. Assim não conseguiam ver
a maldade que faziam com os pobres impondo-lhes pesados tributos e com o
dinheiro recolhido, seus governantes faziam riquezas particulares. Era um
estado de decadência muito grande, semelhante ao que ocorre hoje. A
mensagem de Amós de que Justiça deveria correr como água e a retidão
como um ribeiro, não era específica para aquele tempo, mas para a
circunstância; então serve para nós tambem, que vemos a Justiça ser negada,
os pobres afligidos e as altas cargas tributárias não serem revertidas à
população com obras de infraestrutura, urbanísticas, e na melhoria da
segurança, da saúde e da educação.
Na época de Jesus, Israel vivia sob comando do governo romano. Eram
pessoas desumanas, injustas, levavam pobreza com suas altas cargas
tributárias e era composto de governantes malucos que achavam ser deuses.
Em Israel foi gerado uma revolta muito grande. Eles careciam de justiça. Jesus,
sabendo disto, os alegra com esta bela palavra: “Bem-aventurados os que
têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” Mt 5:6. A justiça que
Jesus referia não era, necessariamente, aquela vinda do desejo de vingança
com o governo romano. Era um pouco mais profunda, tratando-se da causa
que os tinha levado ao aprisionamento. Existiam pessoas verdadeiras que
sabiam e intercediam por este motivo, pedindo a Deus o perdão e o
restabelecimento do reino de Israel. Este entendimento fica claro quando
lemos: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus” Mt 5:10. A mensagem é para este grupo.
Esta palavra serve para nós que tambem sofremos privações por desejar a
justiça de Deus e por lutar por Sua causa.
460
A JUSTIÇA EXISTENTE NO CORAÇÃO DE DEUS
Encontramos muitas qualidades em Deus, como amor, compaixão, fidelidade,
misericórdia, verdade... São qualidades lindas que nos unem mais e mais a
Ele. Tem uma que sempre fazemos menção, mas quase não conseguimos
medir sua dimensão: É a Justiça. Ocorre assim porque ela não é somente uma
qualidade, mas um Princípio que está presente em toda a Escritura, tambem
na sociedade e serve como balança equilibrando o rico com o pobre, o
poderoso com o simples e do altivo com o humilde.
Quando o Senhor chega em Apocalipse e menciona algo sobre a justiça,
demorei muito para compreender e só o tive o entendimento agora,
meditando sobre este Princípio. A palavra é a seguinte: “Quem é injusto, faça
injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça
ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” Ap 22:11. A compreensão é
esta: Se a pessoa não consegue aprender a justiça, a limpeza e a santidade,
observando de Gênesis a Apocalipse, então ela deve realmente continuar
sendo INJUSTA, SUJA e IMUNDA, pois não há fonte mais confiável que a Bíblia
para aprender tais Princípios.
Olhando assim vejo que é como se Deus nos dissesse: “Você teve toda a
Escritura para aprender, não o quis fazer, então não se preocupe, você já está
julgado, pode continuar sua injustiça, sua sujeira e sua imundícia”. Fazer assim
não é um ato de injustiça de Deus, mas uma evidência de que Ele é justo.
Para que esta palavra não seja direcionada a nós, vamos agora compreender o
Princípio da Justiça, e assim aplicar em nossa vida, nos relacionamentos, nas
ações cotidianas, nos pensamentos e na própria cultuação a Deus.
Abraão é uma pessoa que nos ensina muito sobre a justiça. É a respeito dele
que é registrada esta bela citação: “E creu ele no SENHOR, e imputou-lhe isto
por justiça” Gn 15:6. Ele estava velho, não tinha filhos e Deus o manda contar
as estrelas do Céu. Creio que ele olhou, começou a contar e viu que era algo
461
incontável por serem muitas. Deus então fala que da mesma forma seria a
descendência dele. Ocorre que ele não tinha nenhuma evidência, pois não
conseguira, até aquela idade, já com quase cem anos, ser pai de um herdeiro
legítimo. Mas ele olhou, viu as estrelas e CREU. Veja bem: ele ACREDITOU. Ele
não olhou as circunstâncias, mas resolveu crer e a bíblia menciona que por
causa da sua fé, ela GEROU em Deus um ato de Justiça. Foi algo que ele
conquistou porque creu na promessa de Deus. Com isto aprende que nossa fé
tem o poder de provocar atos de JUSTIÇA de Deus.
Noutro momento, sendo sabedor da destruição que viria sobre Sodoma,
Gomorra, Admá e Zeboim por causa dos pecados deles, resolve interceder
pelos justos que talvez existissem naquelas cidades. Para tal intercessão ele
interpelou a Deus com uma palavra de muita sabedoria, alegando a justiça:
“Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo
seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” Gn
18:25.
Outro exemplo muito forte é o de Davi. Sobre ele as escrituras registram: “E
me retribuiu o SENHOR conforme a minha justiça, conforme a minha pureza
diante dos seus olhos” 2Sm 22:25. Esta palavra proferida num momento de
gratidão a Deus parecia ir de encontro a tudo o que a lei dizia sobre a autojustificação, mas não era.
Na lei estava registrado uma precaução ao coração soberbo: “Quando, pois, o
SENHOR teu Deus os lançar fora de diante de ti, não fales no teu coração,
dizendo: Por causa da minha justiça é que o SENHOR me trouxe a esta terra
para a possuir; porque pela impiedade destas nações é que o SENHOR as
lança fora de diante de ti. Não é por causa da tua justiça, nem pela retidão
do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela impiedade destas
nações o SENHOR teu Deus as lança fora, de diante de ti, e para confirmar a
palavra que o SENHOR jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó. Sabe, pois,
que não é por causa da tua justiça que o SENHOR teu Deus te dá esta boa
462
terra para possuí-la, pois tu és povo obstinado” Dt 9:4-6. Já a palavra de Davi
era direcionada não à soberba, mas à retidão. Assim tambem deve ser nossa
relação com a Justiça. Sabemos que não somos responsáveis pelos bons atos
de Deus, mas tambem não queremos ser os que mais dão trabalho. Queremos
vigiar e assim estar ao lado de Deus para o que ele precisar, por isto é que
Davi tinha propriedade ao falar: “O SENHOR julgará os povos; julga-me,
SENHOR, conforme a minha justiça, e conforme a integridade que há em
mim” Sl 7:8.
O testemunho, é claro, não era somente dele, mas dos que o assistiam e
assim registraram: “Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi fazia direito
e justiça a todo o seu povo” 2Sm 8:15.
DEFININDO UM REFERENCIAL
O Senhor nos explicou, através de João, que a justiça é que serve de
balizadora para discernimento dos filhos de Deus e dos filhos do diabo: “Se
sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido
dele” 1Jo 2:29.
Observe que não somos convidados, como filhos de Deus, para apenas
apreciar ou até mesmo aplaudir atos de justiça, mas a praticar. É algo que
deve estar dentro de nós. Então a pergunta que fica é a seguinte: “ESTAMOS
SENDO JUSTOS? ESTAMOS PRATICANDO A JUSTIÇA?”. Antes mesmo de
respondermos, existe outra questão que precisa ser tambem esclarecida. A
Justiça precisa de um referencial. Só conseguimos saber se algo está certo ou
errado se compararmos com o que serve de balizamento. Então para sermos
justos, para praticarmos a justiça, precisamos nos conscientizar que ela deve
ter como referência a Palavra de Deus. Se o fizermos apenas referenciando a
Justiça institucional do homem, descobriremos muitos atos de injustiça onde
a lei torna-se igual não para todos, mas para os iguais. Ela aplica-se para quem
não tem condição de defender-se. Isto é um fato que pode nos causar
463
frustrações, mas se balizarmos na Palavra de Deus, sabemos que sempre será
um ato assertivo, porque Deus é Santo e Justo. Assim, já podemos então
continuar tendo como referencial as Sagradas Letras e o Senhor, comentando
ainda com mais clareza sobre nossos atos, como filhos de Deus, assim
menciona: “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo.
Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus”
1Jo 3:10. A palavra é clara. Praticar a justiça é algo que deve ser nato do filho
de Deus, sendo inclusive uma maneira de perpetuação da bondade de Deus
sobre nossa descendência: “Mas a misericórdia do SENHOR é desde a
eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça
sobre os filhos dos filhos” Sl 103:17.
Nosso referencial de Justiça deve sempre ser a Bíblia. A partir dela é que
devemos nos moldar e aplicar nos relacionamentos: “Justiça e juízo são a
base do teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto” Sl
89:14.
Agora sim, baseado nas Escrituras: Você é justo? Você está praticando a
Justiça? Seus atos demonstram a equidade nos tratamentos? São perguntas
de difícil resposta, porque as escrituras mencionam que não há um justo,
sequer. Para termos este título, precisamos estar ao lado daquele a quem o
Senhor chama de meu servo, o Justo: “Ele verá o fruto do trabalho da sua
alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo,
justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si” Is 53:11.
Somente em Jesus podemos ser justificados. Isto é, inclusive, uma doutrina do
Cristianismo, que pode ser estudado noutro momento.
PRÁTICA DA JUSTIÇA HUMANA
Geralmente fazemos orações no amanhecer do dia, na Igreja. Quando
chegamos, por volta das quatro horas ainda está tudo escuro. No decorrer do
tempo de oração, as coisas vão clareando até que o dia amanheça e logo o sol
464
aponta no horizonte e o dia fica realmente claro. No começo estava tudo
silencioso, mas ao final de algumas horas em oração, as pessoas são
despertadas de seus sonos e iniciam o seu dia. Numa dessas madrugadas, li
uma Palavra que achei muito interessante: “Mas a vereda dos justos é como
a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” Pv 4:18.
Nesta palavra aprendo que o caminho da pessoa que pratica a justiça não
desperta de forma instantânea, mas gradual. É semelhante ao nascimento do
dia. Então, praticar a justiça funciona como uma plantação que gera destaque.
Quando Moisés repassava a Lei aos filhos de Israel, antes de entrar em Canaã,
o profeta do Senhor falou algo tambem muito interessante sobre a prática da
justiça em nossas relações: “A justiça, somente a justiça seguirás; para que
vivas, e possuas em herança a terra que te dará o SENHOR teu Deus” Dt
16:20. A prática da justiça abrange conquistas em pelo ao menos duas áreas:
na vida e no recebimento da herança que Deus tem para nós. É algo de
extrema importância e que poucas pessoas atentam. Observe a quantidade de
pessoas que você conhece que querem ter vida, mas são injustas, ou que
querem fazer parte do testamento de Deus, mas não são por causa de seus
atos de injustiça. São muitos.
O Senhor tinha muita razão quando nos orientou a buscar primeiramente o
reino de Deus e sua justiça: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” Mt 6:33. Tem muita
gente lendo este versículo pela metade, achando que deve buscar somente o
reino de Deus, esquecendo-se tambem de buscar a Justiça, e quando não o
fazem tornam-se reféns de seus atos incompletos e não recebem as outras
coisas que o Senhor menciona. Também foi muito inteligente da parte do
Salmista, quando usado pelo Senhor, nos dá um dos mais belos conselhos
para a vida: “Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará. E
ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia” Sl
37:5-6. A ilustração evidencia o entregar como o ato de soltar balões, o
confiar como o ato de voar em balões. Como conseqüência destas ações o
465
Senhor nos promete uma Justiça
Brilhante e um Juízo (justiça
aplicada corretamente) atuante.
Quando estamos próximos do
Senhor, nunca seremos tidos
como ignorantes quando o
assunto for a aplicação do
Princípio da Justiça em nossas
relações humanas.
Nesta prática da Justiça devemos
observar como o Senhor nos
orienta tambem através de Moisés: “Não torcerás o juízo, não farás acepção
de pessoas, nem receberás peitas; porquanto a peita cega os olhos dos
sábios, e perverte as palavras dos justos” Dt 16:19. Uma pessoa não pode
dizer-se justa se o faz sob suborno ou ainda se discrimina pessoas tratando
um melhor que ao outro. Sei que não é fácil praticarmos a justiça, mas foi
uma das recomendações que recebemos do Senhor e Ele chega a mencionar o
termo Sacrifício de Justiça, indicando que não o devemos fazer porque somos
bons, mas como ato de obediência a Deus: “Oferecei sacrifícios de justiça, e
confiai no SENHOR” Sl 4:5. Já Salomão nos aconselha, informando a diferença
entre o pouco com justiça, e a abastança com injustiça: “Melhor é o pouco
com justiça, do que a abundância de bens com injustiça” Pv 16:8.
Salomão, de fato, foi um homem dotado de
uma sabedoria muito grande, e ao observar
o Princípio da Justiça, ele conclui quais as
bênçãos alcançam tais seguidores:
“O que segue a justiça e a beneficência
achará a vida, a justiça e a honra” Pv 21:21.
466
Quem segue a justiça e pratica juntamente com a bondade, semeia uma
colheita farta que vem em VIDA, em recebimento de Atos de Justiça consigo e
tambem em Honra. Olhando desta forma, conseguimos compreender o
porquê de tanta gente não conseguir receber este três preciosos elementos;
ao contrário, recebem morte, injustiças e desonra, tornando-se cada vez mais
amarga, sem coração e injusta. Precisamos compreender que não temos
justificativas, diante de Deus e dos homens para sermos pessoas injustas, pois
quando assim agimos, entramos para os grupo dos que já recebem tais
condenações. Ao analisar este Princípio lembro-me de como já fui objeto de
injustiça, e agora entendo o porquê de tantas pessoas receberem algo tão
ruim em suas vidas: É porque são injustas nos seus relacionamentos.
Quebram este maravilhoso Princípio e acham que não estão contraindo
maldição, quando, na verdade, a bíblia já os condena por seus maus atos.
Somos injustos com nossos filhos, em nossos negócios, e principalmente com
nossas esposas. Olhe quanta gente quebra este princípio ao abandonar a
esposa e ainda querem ser santos: “E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi
testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste
desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança” Ml 2:14.
Você já foi injustiçado? Já injustiçou? Não queira tambem ser contado com os
que fazem injustiça achando que Deus não está vendo. Observe a sabedoria
de Davi quando pedia ao Senhor para guiá-lo pelas veredas da Justiça. Creio
que ele sabia muito bem o que estava pedindo: “Refrigera a minha alma;
guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome” Sl 23:3. Para os
desavisados, aqueles que agem como se Deus não falasse com eles, o Senhor
os tratou quando usou a vida do Profeta Miquéias para orientá-los: “Ele te
declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão
que pratiques a justiça, e ames a
benignidade, e andes humildemente
com o teu Deus?” Mq 6:8.
467
DECIDINDO SER MAIS JUSTOS
Não adianta conhecer um Princípio, como este, que é totalmente baseado na
Palavra do Senhor e não resolver mudar de atitudes. Creio que esta não é a
nossa intenção, então vejamos como podemos ser mais justos. O Senhor nos
instrui, através de Sofonias: “Buscai ao SENHOR, vós todos os mansos da
terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a
mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do SENHOR” Sf 2:3.
Se agirmos segundo o que as Escrituras nos ensinam, poderemos alcançar o
favor de Deus ao invés de sua ira. Este texto está alinhado à obra que o
Espírito Santo quer fazer em cada um de nós: “E, quando ele vier, convencerá
o mundo do pecado, e da justiça e do juízo” Jo 16:8. Esta palavra foi dita
antes do Espírito Santo vir, entretanto, já estamos na época em que Ele está
conosco querendo nos CONVENCER da JUSTIÇA.
Não é fácil. Isto foi evidenciado por Paulo quando dizia a respeito do tipo de
pessoa que existiria sobre a terra. Mas um grupo que me chama a atenção
não é, necessariamente, os infratores mencionados por Paulo e sim o grupo
dos que apóiam tais atos. A respeito deles o Apóstolo nos ensina: “Os quais,
conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas
praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as
fazem” Rm 1:32. Para andarmos no Princípio da Justiça, necessitamos mudar
de atitudes e praticar pelo ao menos os itens abaixo:
Pensar Coletivo - Não é justo beneficiar alguém em detrimento de todo um
grupo. Quem assim procede está sendo injusto, uma vez que todos
trabalharam e só conseguiram tal vitória pela equipe e não pela estrela.
468
Olhar o outro lado – Antes de qualquer veredito, certo ou errado, faz-se
necessário como ato de justiça que nos coloquemos no lugar da pessoa em
análise. Será que gostaríamos de receber tal tratamento?
Medir as Palavras – A sabedoria nos convida a medir as palavras. Tenho
aprendido que não é um gesto sábio falar tudo que pensa. Nem todo mundo
está pronto e quer ouvir. Muitas vezes é uma tremenda perda de tempo.
Saber ouvir – A compreensão de algo só é possível quando ouvimos. Agora
veja. Não ouvimos somente com o ouvido, mas com as mãos, com o rosto e
com os olhos. Quando agimos assim conseguimos de fato ouvir e não apenas
escutar.
Não ser Justiceiro – Tem gente que acha que a Justiça consiste em ser
justiceiro. É um engano tremendo. Quando agimos com nossa própria forma
de justiça, nos tornamos tão vil quanto a ato cometido com a outra pessoa. A
justiça, enquanto paga por injúria, pertence é a Deus.
Ser grato – A gratidão é uma ferramenta poderosa que se faz necessária para
quem deseja ser mais justo. Então quando a injustiça quiser aparecer, lembrese de ser grato pelos favores recebidos.
Saber perder – É uma dádiva. Não vivemos só de vitória. Reconhecer a
inteligência do outro é um ato de justiça e provoca um ambiente harmônico
para vitória.
O Princípio da Justiça aparece como um
convite de Deus para agirmos de forma
mais parecida com Ele. Está em toda a
CONCLUSÃO
escritura, mas em nosso coração ela deve
correr como água. Nossos atos de justiça
evidenciam nossa filiação de Deus. Não fique constrangido pelo
confrontamento. É para mudança de Atitude. É um ato de Justiça.
469
Não Esqueça
1. Davi nos ensina que podemos chegar diante de Deus com nossa justiça, mas
isto implica entender que esta pureza deve ser alicerçada na humildade. A
arrogância e a auto-justificação não são aceitas: “Porque vos digo que, se a
vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no reino dos céus” Mt 5:20;
2. Desejamos muito que Deus haja com justiça em nossos casos, mas será que
estamos agindo assim com os outros? “Portanto, tudo o que vós quereis que
os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os
profetas” Mt 7:12;
3. Conhecer o Princípio da Justiça e não o praticar, torna-se um grave delito:
“Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que,
conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado”
2Pe 2:21;
4. Agir no Princípio da Justiça exige determinação e fé. Necessário sendo,
devemos sofrer, pois se isto acontecer agora, significa entender que teremos
vida longa com Deus: “Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois
bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis” 1Pe
3:14.
470
Título: Princípio da certeza
E João, chamando a dois deles, enviou-os
ao Senhor para perguntar-lhe: És tu
aquele que havia de vir, ou havemos de
esperar outro?
OBJETIVOS:
Mitigar toda incerteza.
Ensinar o caminho da
correção e da fé em
Deus e em Jesus.
Lucas 7.19
INTRODUÇÃO
No Novo Testamento encontramos
apenas duas pessoas que tinham certeza
que Jesus era o Cristo.
Para José ter certeza foi necessário o
anjo dizer-lhe o que deveria fazer. Já os discípulos andaram três anos com o
Senhor e só creram após a sua ressurreição. Maria Madalena, da qual foram
expulsos vários espíritos imundos não cria, ao ponto de ir ao sepulcro
perfumar o defunto. José de Arimatéria e Nicodemos, que eram doutores da
lei e membros do Sinédrio, não criam e prepararam-lhes uma sepultura das
melhores possível. Os soldados que o maltrataram não criam, e chegaram a
dividir entre si a túnica do Senhor. O Centurião responsável pela crucificação
só creu após os eventos ocorridos na natureza. Porque estas pessoas não
creram logo de início? Porque Certeza é algo difícil de ser assumida. É um
Princípio que norteia nosso sucesso ou insucesso no reino espiritual e quase
sempre carece de evidências. Vamos buscá-las na Palavra do Senhor.
471
Conhecemos a Fé. Até sabemos dar a
devida explicação do significado
DESENVOLVIpoderoso desta palavra tão pequena.
Tambem conhecemos a confiança e
MENTO
sabemos que ela é
fundamental num
relacionamento. E a esperança? Esta sim é que
conhecemos, pois
sem esperança não conseguimos viver.
Pessoas
sem
esperança estão enfadadas ao
insucesso.
A certeza, como Princípio ocorre
quando
conseguimos juntar no mesmo frasco a
Fé,
a
Confiança e a Esperança. Aí está o perigo que causa em nós o não ter certeza,
e ela manifesta-se em elementos como os abaixo
relacionados:
1 – Da Certeza de estar na ORIENTAÇÃO do
Senhor.
a) Da Salvação em Jesus Cristo;
b) De que você está casado com a pessoa
escolhida por Deus;
c) Do ministério que Deus tem para você;
d) De estar fazendo a vontade de Deus;
e) Que está no lugar onde Deus quer;
f) Que suas convicções são as de Deus.
2 – Da certeza das realidades como:
a)
b)
c)
d)
472
De que o céu existe;
Que o inferno é real;
Da vida após a morte;
De que a bíblia é a Palavra de Deus;
e) De que Jesus Cristo, e não outro, seja o único
caminho a Deus;
f) Da existência de Deus.
3 – Da certeza quanto às mais reais convicções:
a) Da Volta de Jesus;
b) Do arrebatamento da Igreja;
c)
d)
e)
f)
Da existência de galardão aos que servem a Deus;
Da condenação dos ímpios;
Que o que a Bíblia diz é real;
Que Deus julga retamente.
4 - E outras de conseqüências naturais, como:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Da consequencia lei da Semeadura;
Da realidade dos Princípios;
Da eficácia dos mandamentos;
Da necessidade de obediência às leis do Senhor;
Da carência dos Estatutos como orientadores do Senhor;
Do poder da oração.
O Agricultor lança a semente ao solo, porque sabe que existe uma lei celestial
que regula o nascimento das sementes férteis. Ele sabe que se houver a chuva
no momento certo, aquela semente vai germinar e logo será árvore de frutos
maduros. A semente só não germina se ela for estéril. O crescimento só não
ocorre se faltar um dos elementos naturais como água e sol. O fruto só não
amadurece se ocorrer alguma contaminação da planta de modo que tenha
alterado o seu ciclo natural. Mesmo não tendo qualquer conhecimento
científico, o agricultor só lança a semente porque tem certeza que ela vai
germinar e que a colheita será maior que a quantidade de sementes lançadas.
É uma lei natural que está dentro do Princípio da Certeza.
473
Os seres do sexo feminino, independentemente da espécie, sabe que irá gerar
uma nova vida se seu óvulo for fecundado. No caso do ser humano, a mulher
tem certeza que vai nascer um bebê, e isto só não ocorrerá se houver algum
problema. O nascimento do bebê, assim como seu crescimento,
amadurecimento e geração de novas vidas, só ocorre porque existe uma lei
que estabelece isto. Esta lei está tambem dentro do Princípio da Certeza. Ou
seja, a mulher tem certeza, tão logo saiba que está grávida, que o bebê vai
nascer, se não acontecer nada contrário.
Ao aplicarmos persistência naquilo que estamos fazendo, temos a certeza que
o projeto logrará êxito. Isto ocorre porque tambem há uma lei que rege tal
acontecimento.
Todos os fatos que são regidos por uma lei natural, dentro de um Princípio
Divino, transcorrem como foi determinado. Então a grande questão que
necessitamos transacionar nossa mente é aplicar esta verdade nas questões
espirituais.
O Princípio da Certeza existe para eliminar a dúvida. Porque Deus não age na
DÚVIDA. Assim, precisamos então ter certeza que:
I - NOSSAS ORAÇÕES SÃO ATENDIDAS
Jesus falou muito sobre orações. Tambem orou bastante. Sua vida era
baseada na intimidade conseguida com Deus através da Oração. Não fique
surpreso ao constatar a humanidade de Jesus. Ele era homem, como eu e
você. Sentia as mesmas necessidades e passava pelas mesmas tentações.
Como homem, ele precisava orar para estar mais próximo de Deus.
A oração produz certeza.
Jesus usou deste artifício quando foi ressuscitar Lázaro. Ele disse: “Eu bem
sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que
está em redor, para que creiam que tu me enviaste” Jo 11:42. Jesus não
474
tinha dúvidas que Deus o ouviria. O seu coração não era marcado pela
incerteza, mas pela convicção gerada pela intimidade.
Nossas orações são atendidas quando feitas:
a) Observando a bondade de Deus – “Se vós, pois, sendo maus, sabeis
dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos
céus, dará bens aos que lhe pedirem?” Mt 7:11;
b) Feitas em concordância com o corpo de Cristo: “Também vos digo
que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa
que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles” Mt 18:19-20;
c) Utilizando como cartão de entrada o nome de Jesus: “E tudo quanto
pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” Jo 14:1314;
d) Quando feitas com credibilidade: “Não me escolhestes vós a mim,
mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e
o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome
pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” Jo 15:16;
e) Quando pedidas para aplicação correta: “De onde vêm as guerras e
pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos
deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais, e nada
tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e
guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não recebeis,
porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” Tg 4:1-3.
II –O QUE FAZEMOS PARA DEUS TEM RECOMPENSA
É hora de pararmos de reclamar das oportunidade que Deus nos dá de
fazer algo para Ele. Alguém chega a chamar de sacrifício, quando, na
475
verdade é uma oportunidade que Deus está dando de poder abençoar a
pessoa, pela sua fidelidade, em cumprimento ao que o Senhor falara
sobre o servo que foi fiel no pouco e sobre o muito seria colocado.
Enquanto alguns consideram como sacrifício, aprendo com os discípulos
que eles estavam dispostos a morrerem por amor a Jesus e os que assim
fossem mortos, ficariam felizes. Veja como isto é real nas primeiras
gerações dos membros do corpo de Cristo.
- Pedro – Geração Apostólica Judia: “Mas ele disse com mais veemência:
Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te
negarei. E da mesma maneira diziam todos também” Mc 14:31;
- Paulo – Geração Apostólica Gentílica: “Porque para mim o viver é Cristo,
e o morrer é ganho” Fp 1:21;
- Estêvão – Geração dos Primeiros Diáconos: “E, pondo-se de joelhos,
clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo
dito isto, adormeceu” At 7:60;
Isto sem mencionar os muitos mártires que já comentamos no Princípio
da Liberdade. Estes homens sabiam a quem estavam servindo e tinham
certeza do que estava esperando eles: “Ora, o que planta e o que rega
são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho”
1Co 3:8 e ainda “Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer,
esse receberá galardão” 1Co 3:14;
A Palavra mais correta que indica a ação de Deus com os seus
trabalhadores é esta: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e
que é galardoador dos que o buscam” Hb 11:6. Olhando assim é que
compreendemos o que nos testemunhou o Apóstolo Paulo: “Combati o
bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da
476
justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele
dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua
vinda” 2Tm 4:7-8.
Há recompensa para quem trabalha para Deus, mas não o faça pensando
no salário, mas sim pela alegria gerada em seu Espírito. Aí o galardão
torna-se uma mera consequêcia e não um objetivo final.
III –SOMOS SALVOS EM JESUS E QUE ELE É O CRISTO
João Batista havia batizado Jesus, visto o Espírito Santo vir sobre Ele em
forma corpórea de uma pomba. Ele tinha um papel fundamental que era
de ser o precursor do Cristo. Era tambem parente biológico de Jesus, e
mesmo assim ainda ficou com dúvidas a respeito de quem era Jesus. Ele
enviou discípulos perguntarem se Ele era o Cristo, ou se haveria de
esperar outro. Creio que quando Jesus soube do intento dos discípulos de
João, ficou perplexo. Então chamou os coxos, os cegos, os mudos, os
possessos de espíritos imundos e os curou. Disse aos discípulos de João
que levassem estas evidências como respostas as suas indagações.
Não precisamos fazer como João Batista. Precisamos crer nesta poderosa
verdade. Jesus é o Cristo, o enviado de Deus. Ele é o EMANUEL, Deus
conosco.
Outro ponto tambem desta dúvida diz respeito ao poder salvívico de
Jesus. Se você já o confessou como Salvador, e agora mantém firme esta
confissão, então não há porque duvidar da sua salvação. Tem horas que o
inimigo vem semear dúvida, para a partir daí, inserir o pecado, que de
fato é o que nos faz perder esta maravilhosa salvação. Então não deixe a
dúvida entrar, mas mantenha-se firme.
Os que confessam mas não permanecem tambem não precisam ter
dúvidas. Estão perdidos, e o retorno ao Senhor é a única opção correta
477
que lhes resta, sob pena de irem ao inferno se permanecerem no mundo.
Não tem espaço para muita teologia, neste momento, mas para os
desavisados, basta ler a parábola do Semeador (Mateus 13). As dúvidas
certamente serão esclarecidas.
IV–HÁ PROTEÇÃO PARA OS FILHOS DE DEUS
Nem todos os seres humanos são filhos de Deus, mas criaturas. Os filhos
são aqueles que recebem a Jesus como salvador. Isto está claro num dos
textos mais conhecidos da Bíblia: “Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu
nome” Jo 1:12.
Sendo filhos, não somos mais criaturas, mas alguém que tem, ou deve
ter, intimidade com o Pai. Esta intimidade gera proteção. Isto está claro
na Parábola do filho pródigo. Seu pai o recebeu com as mais altas honras,
mostrando a importância do seu cuidado.
Tambem quando o Senhor se referia a Jesus, sempre o chamava de Filho
Amado, e em Jesus nós podemos participar do mesmo amor de Deus. O
Apóstolo Paulo nos ensina a chamar Deus de Paizinho (aba Pai).
V–A LEI DA SEMEADURA É REAL
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará” Gl 6:7.
O Apóstolo Paulo falou esta palavra quando estava tratando dos atos de
bondade que cada pessoa deveria ter com o seu irmão. Ele enfatiza que
os que são instruídos na Palavra devem repartir os seus bens com quem o
instruiu. Orienta que não devemos nos cansar de fazer o bem, e que cada
pessoa dever executar sua própria obra e não somente gloriar-se na obra
do outro. O ápice deste ensinamento está exatamente na verdade
existente na lei da semeadura, quando menciona que tudo o que
478
semearmos, tambem ceifaremos. Não tenha dúvidas. A lei da semeadura
é real. Este é um dos grandes motivos que insistimos tanto em ensinar a
importância de efetuarmos boas plantações, porque será exatamente isto
que iremos colher.
VI–OS PRINCÍPIOS SERVEM PARA NOS GUIAR NA VONTADE DE DEUS
Precisamos ter certeza desta verdade. Não observar os Princípios é o
mesmo que desejar viver sem orientação. É querer o sofrimento, e isto
não pode, agora, ser justificado como um ato de desconhecimento. Ao
contrário. Deus traz o esclarecimento para poder dar os elementos
necessários a sua ação.
Precisamos ter certeza disto, pois sabendo desta verdade e não a
observando, nos tornamos réus de ações conscientes.
Mesmo evidenciando vários itens que devemos ter certeza, não quero, com
isto, assumir um legalismo e achar que a incerteza é o pior mal. Não é isto.
Desejo conscientizá-lo que ter dúvida não é ruim. O problema é quando
resolvemos permanecer com elas, sendo reféns de nossas incertezas. Não se
condene por sentir incertezas, mas dê um passo adicional, eliminando
definitivamente qualquer vestígio de tal sentimento. Jesus sabia que os
homens haviam de ser suscetíveis a tais fatos, por isto ele usou um termo
muito conhecido na Bíblia: em verdade. Todas as vezes que você ler esta
expressão, veja que é o Senhor dizendo assim: “não tenha dúvida deste
assunto. Isto é uma certeza”. Vejamos alguns exemplos:
a) Reconciliar-se com o seu adversário enquanto há disposição de
diálogo, pois se o caso for para a justiça e você condenado, terá de pagar cada
centavo devido: “Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali
enquanto não pagares o último ceitil” Mt 5:26;
b) Deixar de lado a hipocrisia quando orar, quando der esmolas ou
quando jejuar. Não chame a atenção para si por tais fatos, pois assim
479
ocorrendo você receberá o seu galardão pela glória humana, e não pela de
Deus;
c) Cuidado com o que você faz com o Evangelho recebido. Se você optar
pela sua rejeição, o Senhor nos diz que no dia do juízo você obterá maior rigor
do que o ocorrido com Sodoma e Gomorra. Isto serve para cidades e pessoas:
“Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país
de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade” Mt 10:15;
d) Atenção com relação às pretensões e a altivez. Se não formos como
meninos não entraremos no reino dos céus: “E disse: Em verdade vos digo
que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo
algum entrareis no reino dos céus” Mt 18:3;
e) Cuidado com a riqueza que sobe ao coração. Ela é prejudicial,
tornando-se elemento de destruição: “Disse então Jesus aos seus discípulos:
Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus” Mt 19:23;
CONCLUSÃO
Sim. As pessoas que tinham certeza de
que Jesus era o Cristo foram Maria (sua
mãe biológica) e Simeão (Sacerdote que o
apresentou a Jesus no templo).
Quando Maria soube que ficaria grávida
do Senhor, simplesmente disse que fosse feita nela a vontade de Deus. Já
Simeão, ao ver a criança, falou que Deus o podia levar porque Ele havia visto a
salvação de Deus. Eles tiveram certeza, por isto foram tão notórios na História
do Cristianismo.
O Princípio da certeza foi estabelecido por Deus como algo diário e
permanente, nos possibilitando ter fé, esperança e confiança todos os dias.
Mais que nunca, diante de tantas oportunidades de eliminação destes
elementos, devemos fazer uso deste Princípio e assim registrar nosso nome,
como fizeram Maria e Simeão. Não interessa se seremos contados sozinhos,
importa mesmo é que não percamos tempo com as INCERTEZAS.
480
Não Esqueça
1. Deus age na Certeza. O inimigo, na dúvida. Sabendo disto, não deixe a
incerteza, como porta inicial da dúvida, entrar em seu coração;
2. A melhor forma de adquirir confiança é através da oração. Quando oramos
menos, nossas incertezas aumentam;
3. João tinha um papel específico a ser desenvolvido no ministério de Jesus. Ele
o vez, mas ficou com dúvidas de sua eficácia. Não podemos aceitar ser
acometidos deste mesmo mal. Uma vez aplicando na obra nosso empenho,
força, fé, coragem e tudo baseado na orientação do Espírito e na Palavra, não
há porque enviar mensageiros a Jesus questionando nosso trabalho.
Compreende?;
4. Deus sempre age na Certeza. Que façamos do mesmo modo.
481
Semana de 01 a 07/Dez-13
Título: Princípio do serviço
Disse, pois, Davi a seu filho Salomão:
Esforça-te e tem bom ânimo, e faze a
obra; não temas, nem te desalentes, pois
o Senhor Deus, meu Deus, é contigo; não
te deixará, nem te desamparará, até que
seja acabada toda a obra para o serviço da
casa do Senhor.
OBJETIVOS:
Ensinar que não há
como fazer o Reino de
Deus, se não
estivermos dispostos a
executar serviços. Deus
procura adoradores,
mas tambem quer
trabalhadores.
I Crônicas 28.20
Quanto você está disposto a pagar por
um bom serviço? É claro, depende do
tipo de serviço, mas certo é que ser for
INTRODUÇÃO
realizado com qualidade, o valor
acordado será pago com alegria. Já para
o serviço que não cumprem seu papel de servir, ou de tornar o objeto
trabalhado útil ao serviço, torna-se motivo de contenta o convertimento
daquela atividade em dinheiro. Não gostamos de serviço mau feito. Logo, a
realização do serviço é menos importante que o benefício que ele propicia. Se
não conseguir atingir o alvo, mesmo que tenha sido trabalhoso, torna-se
inútil. Serviço não é apenas o ato laboral em alguma atividade, mas um
Princípio de Deus para nos avaliar e assim nos ressarcir não pelo esforço, mas
pelo resultado.
482
DESENVOLVIMENTO
Serviço, como Princípio, foi estabelecido
por Deus como ferramenta para execução
de Propósitos, em todas as esferas. É a
realização de préstimos, de trabalhos, de
atividades que são proveitosas, de ações
úteis na construção de algo que tambem
sirva para uso.
Para execução de um serviço faz-se necessária a aplicação de diligência, de
amor e a análise dos benefícios que aquela atividade vai proporcionar. Aí
descobrimos um grande problema que é comum a todos os seres humanos:
Não observar quanto serviço foi aplicado na realização de algo, mas apenas
beneficiar-se do resultado.
Neste Princípio precisamos reeducar nossos olhos e observar o esforço, o
tempo, a dedicação, a insistência e os sofrimentos aplicados em algo. Assim
compreenderemos que Deus nos chama não apenas para apreciar, mas para
ser participantes de sua obra. Vejamos alguns exemplos desta aplicação:
a) NOVA JERUSALÉM
Numa visita ao céu, João viu coisas maravilhosas. De tão perfeitas que eram
João entendeu que tratava-se de um novo céu. Um dos anjos convidou-o para
ver a cidade santa, a Nova Jerusalém. Ele observou que aquela obra era muito
diferente do que conhecia. O seu resplendor era semelhante a um brilho de
jaspe cristalino. As estruturas dos muros tambem eram de jaspe. Os
fundamentos dos muros eram adornados com todo tipo de pedras preciosas.
A cidade era toda de ouro, que de tão puro, chegava a ser límpido. Ela tem
doze portas e cada uma delas é composta de uma única pérola.
João observou tambem que lá não tinha eletricidade, nem luz solar. Tambem
não tinha templo e as portas da cidade não fechavam em nenhum momento.
A cidade era iluminada pela glória do próprio Deus, tendo como lâmpada o
483
Cordeiro de Deus. Sua claridade era tão boa que servia de direção para todas
as nações. A cidade funcionava como um condomínio fechado e somente os
que tinham seus nomes inscritos no Livro da Vida do Cordeiro é que podiam
morar ali.
Esta visão foi concedida a João após ele ter tido várias que mostravam a
execução dos juízos de Deus sobre os habitantes da terra. Creio que ele estava
cansado e o Senhor então apaziguou o seu espírito mostrando as belezas
desta cidade onde nós iremos morar.
Tudo isto é muito maravilhoso, mas admitindo que já temos conquistado a
bênção da residência, então quero levar-lhe a uma visão um pouco mais
abrangente. Observe a perfeição da obra. Veja a maravilhosa criação.
Observe o rio da água da vida que emana diretamente do trono de Deus e de
Jesus. Vislumbre-se com a praça central que margeia o rio e observe uma das
árvores mais desejadas do mundo, a árvore da vida, bem vigorosa, produzindo
seus doze frutos anuais. Olhe ao seu redor e perceba que não há maldição,
nem morte, nem pranto, nem choro e que as pessoas poderão estar
diariamente, face a face com Deus e com Jesus. Não fique assustado porque
ali não haverá noite. Será sempre dia. As coisas serão sempre claras e,
morando ali, nós, servindo ao Senhor, reinaremos pelos séculos dos séculos.
Nesta nova visão, onde tudo nos chama muito a atenção, calcule agora o
trabalho que foi empreendido em tal obra! A quantidade de serviços feitos!
Conscientize-se que a perfeição ali apresentada não é fruto do acaso, mas do
Serviço e o Senhor faz questão de nos avisar que estas coisas novas são para
os seus trabalhadores. Aos que laboram boa atividade e se tornam
vencedores: “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço
novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são
verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega,
o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte
da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus,
484
e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos
abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos
idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com
fogo e enxofre; o que é a segunda morte” Ap 21:5-8.
Os preguiçosos. Os que não querem trabalhar porque são tímidos. Os que não
crêem nas promessas. Os que cometem atos deploráveis. Os que matam. Os
que praticam sexo fora do matrimônio. Os que fazem feitiços. Os fabricantes,
os servidores e os adoradores dos ídolos e todos os que não estão na verdade
(JESUS CRISTO), embora não sendo praticantes dos atos mencionados
anteriormente, não herdarão as maravilhas da cidade Santa, mas sofrerão os
danos da segunda morte. Podemos chamar este grupo dos que não querem
fazer o serviço de Deus.
Ao analisarmos a Sião Celeste sob o aspecto dos serviços executados,
havemos de concordar que trabalhar para Deus implica numa obra de muito
serviço. Não há espaço para os desocupados, e aqueles que pensam que o
evangelho é um lugar de moleza, estão totalmente enganados, pois apenas os
que forem fieis, que trabalharem até o fim é que serão coroados. Trabalhar
não deve ser algo penoso, mas prazeroso, sabendo que o Senhor é quem nos
galardoa justamente.
b) TEMPLO DE SALOMÃO
Uma das obras mais magníficas contida na história hebréia é o templo feito ao
Senhor pelo rei Salomão. Era uma maravilha, com detalhes que chamavam
atenção dos mais criativos arquitetos. Era feita de pedra trabalhada, sem uso
de ferramentas metálicas. As pedras eram cortadas fora e trazidas apenas
para encaixes. Obra de mestre!
Na festa de dedicação o Senhor apareceu a Salomão e mencionou:
- Ter escolhido aquele lugar como local de receber sacrifícios;
485
- Ter elegido o templo como lugar de encontro com Ele, onde o povo se
humilhasse, orasse, buscasse e se convertesse e tivesse suas orações
atendidas;
- Ter santificado a casa para pôr nela o seu nome e os seus olhos estariam
continuamente ali.
Realmente o objetivo foi atingido, mas para isto foi necessário sete anos de
árduos trabalhos. Eram muitos serviços, e somente com muita dedicação e
empenho era que a obra seria feita.
Para Salomão lograr êxito nesta tarefa, ele precisava seguir os conselhos
sábios de seu pai que o instruiu quatro anos antes do início da obra, no
momento que o apresentava como novo rei de Israel.
Davi foi muito enfático e nos ensina através da orientação dada a Salomão,
qual o caminho que precisamos percorrer para execução de uma grande obra.
Elas funcionam como placas indicativas que nos orientam até o final. Vejamos
como o texto nos relata: “...Esforça-te e tem bom ânimo, e faze a obra; não
temas,
nem
te
desalentes, pois o Senhor
Deus, meu Deus, é
contigo; não te deixará,
nem te desamparará, até
que seja acabada toda a
obra para o serviço da
casa do Senhor” I
Crônicas 28:20.
Este é o caminho dado por
Davi, que serviu a
Salomão e serve para nós.
486
Podemos melhor dividir este caminho em três fases que apesar de distintas,
complementam-se, dando a mensagem final:
A primeira fase é aquela que está
diretamente ligada a nossa
mudança de atitudes e isto não
depende de nenhum fator externo,
mas de uma decisão pessoal.
Quando o Senhor nos chama a ser
FORTES, CORAJOSOS, TRABALHADORES, CRENTES, E PERSISTENTES,
é porque estas qualidades já estão
dentro de nós e cabe-nos uma
decisão apenas por chamar à
existência o que pode estar
adormecido. Somos parecidos com
Deus e Ele tem todas estas
qualidades, então não há porque
continuar sendo fraco, medroso,
preguiçoso, incrédulo e desanimado. Tem muita gente que fica retido toda
sua vida, ou por muito tempo apenas nesta fase. Assim como Davi sabia que
Salomão tinha herdado isto dele, Deus tambem sabe que temos herdado do
DNA de Cristo.
A outra fase é aquela em que Deus nos diz que
está a nossa disposição para nos ajudar. Ocorre
que muitas vezes não queremos a ajuda de Deus,
mas queremos ajudá-lo. Aí não temo como!
Chegamos até a orar dizendo “Senhor vai, Senhor
faz, Senhor traz..” Deus responde do outro lado
dizendo: “Ei, é você quem deve fazer, trazer, levar,
487
trabalhar, agir. Eu estou aqui para ajudar você e não o contrário”.
Deus está junto quando nós nos lançamos. Ele não desampara quando nos
projetamos. Nunca será diferente. Deus não está com quem não quer fazer
nada.
A outra fase vem sempre
depois das duas primeiras. É
quando precisamos contar
com as pessoas. Entenda:
CONTAR COM AS PESSOAS.
Agir sozinho é querer sofrer.
Assim como Deus deixou para
Salomão os projetos, deixou
tambem as pessoas hábeis,
destras em cada atividade.
Tambem tinha direcionado o
coração dos Príncipes e do
Povo para ajudá-lo naquele
maravilhoso serviço. Não seja tolo. Aceite a ajuda que Deus está enviando. Ela
pode até mesmo vir de alguém que você não esperava, mas, e daí, se é Deus
quem está mandando. A outra grande lição desta fase é que devemos
desenvolver a capacidade de manter tais ajudas e isto vem principalmente da
capacidade de transmissão de sua mensagem aos demais. Tem gente que é
ruim de comunicação; depois vive reclamando! Poderia não reclamar e
aprender a comunicar. É mais fácil, mais prazeroso e surte melhores
resultados.
Agora sim. Quando você ver uma grande obra, lembre que foi empregado um
grande esforço e um grande serviço. Tambem assuma a postura de executor
de obras semelhantes e não apenas apreciador: “Quem observa o vento,
nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará” Ec 11:4.
488
FORÇAS PARA O SERVIÇO
Davi sabia que a força externa que precisava vinha do próprio Deus. No Salmo
18 ele nos dá uma série de evidências deste poder maravilhoso de Deus.
a) O Senhor o faz resplandecer: “Porque tu acenderás a minha candeia;
o SENHOR meu Deus iluminará as minhas trevas” Sl 18:28;
b) Com Deus ele vence exércitos e salta muralhas: “Porque contigo
entrei pelo meio duma tropa, com o meu Deus saltei uma muralha”
Sl 18:29;
c) Deus o reveste de força e aperfeiçoa seus caminhos: “Deus é o que me
cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho” Sl 18:32;
d) Com o Senhor ele se torna rápido como uma corça: “Faz os meus pés
como os das cervas, e põe-me nas minhas alturas” Sl 18:33;
e) Deus o torna hábil guerreiro e faz seus braços tão fortes ao ponto de
conseguir dobrar um arco de bronze: “Ensina as minhas mãos para a
guerra, de sorte que os meus braços quebraram um arco de cobre” Sl
18:34.
Esta força vinda de Deus fazia com que Davi perseguisse os inimigos, os
alcançasse e os vencesse.
Falhamos muito quando pensamos que podemos vencer somente com nossas
habilidades. Na verdade, nos tornamos objeto de derrota do inimigo, por
estarmos totalmente vulneráveis. Aí conhecemos o peso de não conseguir
fazer para Deus algo que realmente valha a pena. Precisamos nos
conscientizar disto, pois muitas vezes até nos empenhamos, mas o inimigo
vem e semeia o joio, junto com nossa plantação, e quando vemos o resultado
acabamos desvanecendo. Ter Deus nestas situações é pedir que, dos nossos
serviços, Ele elimine o que foi semeado pelo inimigo, ora diretamente, ora
através de um enviado.
Não perca tempo tentando encontrar força onde não existe. Vá direto a Deus.
489
EMPECILHOS PARA EXECUÇÃO DO SERVIÇO
Outro fato que tambem precisamos comentar neste Princípio são os
empecilhos que cada pessoa arruma para não fazer a obra de Deus e quando
fazem assim não percebem que estão quebrando um Princípio e toda quebra
tem consequência.
As desculpas mais comuns são estas:
- Falta de Tempo – Quem pensa que Deus chama pessoas desocupadas está
totalmente enganado. A falta de tempo é interpretada por mim como falta de
prioridade.
- Ausência de Conhecimento – Tem pessoas que acham que para fazer o
Serviço de Deus precisam ser graduados em algo. É um tremendo engano.
Para se ganhar uma pessoa para Cristo, o único pré-requisito é que você seja
tambem um Cristão. Não tem serviço mais nobre que este.
- Não saber o que deve ser feito – Para saber o que deve ser feito basta
conversar com sua liderança e ler a bíblia. Mas, de modo muito simples, nossa
maior serviço é o de GANHAR almas. Depois vem a CONSOLIDAÇÃO, o
TREINAMENTO e o ENVIO. Mas ganhar é a porta de entrada.
- Desconhecer como faz o Serviço – Para ganhar uma alma ao Senhor, basta
testemunhar do amor de Cristo e levá-la à conscientização de sua vida de
pecado e do perdão de Deus para ela, através de Jesus.
- Achar que é para outro fazer – Nunca deixe para outro o serviço que é seu, e
se tem algo que ninguém está fazendo, não hesite. Faça. O nome disto é
proativismo;
- Ter outras prioridades – Tudo bem. Deus tambem terá outras prioridades.
490
- Não dar a devida importância–Deus tambem vai saber a quem dar
importância. O Senhor deixou muito claro a Salomão que estaria com ele
enquanto ele fosse fiel. Tão logo ele o deixasse em segundo lugar, tambem
seria deixado.
Jesus olhou para os campos e viu que a
seara já estava madura, mas os
trabalhadores eram poucos. Assim
CONCLUSÃO
acontece até hoje. A seara é grande e
ainda faltam trabalhadores, pessoas que
queiram pagar o preço da santidade e do anúncio do evangelho poderoso e
verdadeiro. Muitos até se ocupam, mas o fazem de maneira errada, em algo
que apenas tomam seus preciosos tempos. Isto aconteceu com Marta, irmã
de Lázaro, que estava tão atarefada ao ponto de não ter tempo de ouvir os
ensinamentos de Jesus, ao contrário de Maria.
Deus nos chama como seus serviçais, mas não como escravos e sim como
livres, por isto diz que cada trabalhador é digno de seu salário.
Um termo que me chama muito atenção era o que ocorria em Israel. Se
existisse escravo entre eles, por seis anos o escravo serviria e ao final, no
início do sétimo ano ele era dispensado dos serviços e podia ainda tomar
parte da colheita ou dos bens adquiridos por seu senhor. Se aquele servo não
quisesse ir, então sua orelha era furada como mostra de que ele servia o seu
Senhor, não como escravo mais como livre: “Porém se ele te disser: Não
sairei de ti; porquanto te amo a ti, e a tua casa, por estar bem contigo; Então
tomarás uma sovela, e lhe furarás a orelha à porta, e teu servo será para
sempre; e também assim farás à tua serva” Dt 15:16-17. Deus nos chamou
para o servirmos de coração verdadeiro fazendo a obra de um evangelista,
como nos falou Paulo. Não desfaleça, faça um serviço útil, enquanto é dia.
491
Não Esqueça
1. Através do Princípio do Serviço descobrimos o valor que tem nosso trabalho
no reino de Deus, e que tambem não bastam apenas as boas intenções. É
necessário trabalhar;
2. Nossos serviços só tem valor se forem feitos de modo que o fim seja
atingido. Então mais importante que o laborar está o atingir a meta
participando dos benéficos de tais atividades;
3. Existem muitos serviços que não passam na prova do fogo. Este é um assunto
que precisa, cotidianamente, ser pensado por nós;
4. O tempo que você vai perder tentando arrumar desculpas, use fazendo a
obra que o Senhor tem para você. É mais prazeroso. Não se esqueça do
método ensinado por Davi a Salomão que incluem atitudes pessoais, aceite
da ajuda celestial e da cooperação humana.
492
Título: Princípio da alegria
Mas Deus, que consola os abatidos, nos
consolou com a vinda de Tito;e não
somente com a sua vinda, mas também
pela consolação com que foi consolado a
vosso respeito, enquanto nos referia as
vossas saudações, o vosso pranto, o vosso
zelo por mim, de modo que ainda mais me
regozijei.
OBJETIVOS:
Mostrar onde está a
nossa verdadeira fonte
de alegria. Levar um
ensinamento de que
podemos descobrir o
poder que temos de
fazer os outros alegres.
II Coríntios 7.6-7
Alegria é uma expressão de sentimento
que traz cura na alma, paz no espírito e
comunhão no corpo. É um presente de
INTRODUÇÃO
Deus para nos fortalecer diante das
lutas, nos direcionar rumo à vitória e
nos guiar nas decisões. Salomão nos ensina: “O coração alegre aformoseia o
rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate” Pv 15:13. Tenho
aprendido que Deus não tem para nós um espírito angustiado, mas uma
alegria que transforme nosso estado abatido num tempo de formosura de
rosto. Não consigo ver você de rosto abatido pelas lutas e vencido pelas
circunstâncias, mas alegre, feliz, formoso, com unção nova e fresca. Creio que
foi por motivos semelhantes que Deus nos deixou o Princípio da Alegria.
493
Ao ler o texto da carta de II Coríntios,
quando Paulo fala de sua tribulação
quando chegou na Macedônia, vejo
DESENVOLVIcaracterísticas um homem triste. Ele
MENTO
comenta que não teve descanso,
sofrendo combates por fora e temores
por dentro. O contexto, no entanto, me direciona para outro pensamento.
Como alguém que estava em constante guerra, sofrendo ataques e sendo
martirizado por causa do evangelho, tudo isto sem contar de suas prisões,
podia nos ministrar algo sobre alegria? Na verdade, se olharmos para o texto
de maneira rápida não conseguimos ver nada neste sentido. Ocorre que o
Espírito que estava sobre Paulo queria nos ministrar algo muito forte sobre
este assunto, mostrando que alegria não é apenas um estado momentâneo e
circunstancial da alma, mas uma dádiva de Deus.
Paulo menciona que sua alegria era transbordante nas tribulações e a base
desta estava no seu relacionamento com Deus e os motivos nos
relacionamentos humanos. Ele se alegra porque soubera que os coríntios
tinham por ele grande apreço e porque Deus havia enviado um companheiro,
Tito, para estar com ele.
Isto é uma revelação tremenda. É como se Deus dissesse que não é
responsável por nossa alegria, uma vez que ela já estar liberada, mas nós é
que somos os responsáveis diretos por sofrer e por provocar a alegria nos
outros.
O “simples” fato de Paulo saber que era amado, muito alegrou o seu coração.
O “simples” fato de saber que um amigo dedicaria um tempo com ele,
também fez seu coração transbordar.
Esta verdade é ainda mais abrilhantada quando Paulo menciona sua relação
com o evangelho, mostrando tratar-se de uma pessoa que sabia realmente
494
onde estava a fonte de sua alegria, uma vez que a causa já lhe era tambem
muito clara. Vejamos como ele menciona, dando-nos o exemplo de como
proceder: “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso
ministério não seja censurado; Antes, como ministros de Deus, tornandonos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas
necessidades, nas angústias, Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos
trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, Na pureza, na ciência, na longanimidade,
na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, Na palavra da
verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda,
Por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e
sendo verdadeiros; Como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como
morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos; Como
contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a
muitos; como nada tendo, e possuindo tudo” 2Co 6:3-10. Embora a tristeza
quisesse aparecer internamente, externamente ele controlava ela, mantendose sempre alegre e com boa relação com os irmãos.
O Princípio da Alegria está relacionado
diretamente com nossas relações humanas.
Deus já liberou e cabe a nós compartilharmos
com nossos próximos sendo sabedores que
somos portadores da capacidade de provocar
alegria ou tristeza na vida de alguém, por
mais que nossas ações sejam simples, aos
nossos olhos. Teste isto cedendo seu ouvido
a uma pessoa idosa. Você verá a alegria em
seu rosto!
Precisamos entender esta verdade e não sermos pessoas moribundas,
cabisbaixas, cansadas, apagadas; mas resolvidas, desenroladas, pessoas de
forte caráter e de personalidade valente. Quem é sarado em suas relações
humanas pode cantar como fez Davi: “Em ti me alegrarei e saltarei de prazer;
495
cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo” Sl 9:2. Ele era tão alegre que
podia celebrar ao Senhor, mostrando que era mais importante confiar em
Deus que nos homens. Isto ocorreu quando trazia a arca do Senhor à
Jerusalém. Já sua esposa, que trazia consigo o coração carregado de Saul, quis
questionar Davi, por seus atos de júbilo a Deus, no meio do povo e foi
repreendida por ele e nunca mais foi sua mulher.
1 - APRENDER A SER ALEGRE
Não nascemos felizes. Aprendemos a ser. Não nascemos alegres, precisamos
tambem aprender esta que é uma das mais lindas competências que Deus
deixou para nossa alma.
A Bíblia é o livro da alegria e por mais de quatrocentas vezes há citações que
nos ensinam a desenvolvê-la, contando com exemplos pessoais e de situações
onde todas apontam para uma grande verdade: Não nascemos alegres, mas
nascemos matriculados na escola de Deus que nos ensina.
Você já parou para pensar o que faz você ficar alegre? O que traz aquele
sentimento de contentamento e grande regozijo? Se ainda não parou pra
pensar, não tem problemas, você não precisa de muito tempo de meditação
para descobrir que uma má notícia, um desapontamento, o não alcançar um
objetivo, o ser desconsiderado ou desprezado e itens similares são suficientes
para tirar o brilho do seu rosto. Isto, é claro, não é só com você. Ocorre com
qualquer pessoa e estes elementos são tão fortes que se tornam suficientes
para mudar radicalmente nossas feições, e no lugar da alegria vem aquele
sentimento de impotência, de fracasso ou ainda de invalidez.
Uma grande questão que precisamos decifrar e o faremos no decorrer do
estudo deste princípio é este enigma: A ALEGRIA É RESULTADO DO AMBIENTE
E DAS CIRCUNSTÂNCIAS, OU AS CIRCUNSTÂNCIAS E OS AMBIENTES SÃO
RESULTANTES DA ALEGRIA? Alguns chegam a pensar que o melhor desenho
seja este: mostrando que alegria ocorre quando há uma combinação das
496
circunstâncias, dos ambiente e das escolhas. Os defensores desta teoria
acreditam que não podem estar alegres combinando
apenas as circunstâncias e os ambientes, quando as
escolhas foram erradas. Seria semelhante ao
assaltante que está alegre porque o assalto foi bem
sucedido. Tambem não conseguem quando as
escolhas e as circunstâncias são certas, mas os
ambientes não são adequados, como no caso do torcedor
de
futebol que manifesta seu apoio, mas dentro da torcida do outro time. Ou
ainda quando as escolhas e os ambientes são adequados, mas as
circunstâncias não são favoráveis, como a pessoa que se alegra num velório,
lugar de comoção.
Pessoas assim aprisionam a alegria, por considerá-la somente racional. É
como se elas tivessem fugido da escola onde estavam matriculados, ou não
quiseram aprender esta matéria com o Senhor. Surge então uma terceira
questão. Vejamos: a) A alegria é resultante? (Sou alegre, porque tudo está
bem); b) A alegria é promovente? (Está tudo bem porque sou alegre); c) Ou, a
alegria está contida? (Sou alegre, embora não esteja tudo bem).
2 - LICÕES DE ALEGRIA
Estas questões, é claro, não são de fáceis
respostas e para melhor compreensão,
vamos ver pelo ao menos doze situações
ou fatos, que, naturalmente, contribuem
para nossa alegria, assim como ocorreu
na vida de muitos homens e mulheres
de Deus, na Bíblia.
- LIÇÃO UM–QUANDO FAZEMOS A CASA
DE DEUS - “E celebraram a festa dos pães
497
ázimos por sete dias com alegria; porque o SENHOR os tinha alegrado, e
tinha mudado o coração do rei da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer
as mãos na obra da casa de Deus, o Deus de Israel” Ed 6:22
Em muitas ocasiões eles pensavam que não conseguiriam terminar aquela
obra, mas sob a profecia de Ageu e Zacarias, a casa foi finalmente terminada,
causando grande alegria em todo o povo, pelo milagre de Deus e pela
oportunidade que tiveram de fazer este segundo templo.
Outro exemplo está na construção do primeiro templo. Vejamos como a
Palavra do Senhor nos fala: “E o povo se alegrou porque contribuíram
voluntariamente; porque, com coração perfeito, voluntariamente deram ao
SENHOR; e também o rei Davi se alegrou com grande alegria” 1Cr 29:9.
LIÇÃO DOIS – QUANDO VEMOS A BOA OBRA DE DEUS – “E alegrou-se Jetro
de todo o bem que o SENHOR tinha feito a Israel, livrando-o da mão dos
egípcios” Êx 18:9.
O sogro de Moisés foi visitá-lo e ver de perto tudo que de longe tinha ouvido.
Ele ficou muito alegre pelo que viu, ficando certo que não eram apenas as
notícias que eram boas, mas a obra tambem era.
LIÇÃO TRÊS – QUANDO VENCEMOS UM GRANDE DESAFIO–“Então orou Ana,
e disse: O meu coração exulta ao SENHOR, o meu poder está exaltado no
SENHOR; a minha boca se dilatou sobre os meus inimigos, porquanto me
alegro na tua salvação” 1Sm 2:1
Ana era estéril e após receber de Deus o milagre de poder ser mãe, ficou de
sobremodo feliz, por vencer aquele tão grande desafio.
LIÇÃO QUATRO – QUANDO VIVEMOS NA UNIDADE APOSTÓLICA - “E,
perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa,
comiam juntos com alegria e singeleza de coração” At 2:46
498
A Igreja Apostólica estava reunida todos os dias tanto no templo como em
suas casas. Eles comiam juntos e havia alegria no povo por estes atos tão
simples e verdadeiros.
LIÇÃO CINCO - QUANDO DECRETOS CONTRÁRIOS, SÃO MUDADOS A NOSSO
FAVOR - “E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra. Também em
toda a província, e em toda a cidade, aonde chegava a palavra do rei e a sua
ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e
muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus
tinha caído sobre eles” Et 8:16-17.
A preeminente destruição dos judeus foi mudada para um dia de livramento e
de opressão de seus opositores. Ao final eles celebraram com grande alegria
pelo milagre de Deus.
LIÇÃO SEIS - QUANDO DEUS FALA CONOSCO: “Disse-lhes mais: Ide, comei as
gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada
preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto
não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força” Ne 8:10.
Estava ocorrendo um grande avivamento em Judá, conduzido pelo Senhor
através da vida de Esdras, que fazia a leitura das Escrituras ao povo. Eles
ficaram tão contristados pela Palavra, que Esdras teve de dizer-lhes que era
para se alegrarem, porque a alegria do Senhor era a força deles.
LIÇÃO SETE - QUANDO VEMOS O RESULTADO DO TRABALHO – “Os que
semeiam em lágrimas segarão com alegria” Sl 126:5.
Foi o que o Salmista sentiu ao mencionar esta grande verdade que a
semeadura pode ser feita em lágrimas, mas a colheira é feita em alegria. Isto
ocorre pelos resultados gerados.
LIÇÃO OITO - QUANDO CONHECEMOS A MISERICÓRDIA – “Porque a sua ira
dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma
499
noite, mas a alegria vem pela manhã” Sl 30:5.
O Salmista sabia mencionar a escuridão da noite, mas tinha certeza tambem
que aquela dificuldade iria passar e que alegria viria tão logo o dia clareasse.
LIÇÃO NOVE -QUANDO RECONHECEMOS QUE ESTAMOS DEBAIXO DE UMA
PROMESSA – “Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; e em lugar da
afronta exultareis na vossa parte; por isso na sua terra possuirão o dobro, e
terão perpétua alegria” Is 61:7.
Com a desobediência, Israel conheceu a desonra. Então o Senhor promete
que chegaria o tempo em que onde foram desonrados, teriam dupla honra.
Eles precisavam tomar posse e saber que estariam debaixo de uma promessa,
cabendo-lhes o papel da obediência. Com alegria o Senhor ainda lembra-os de
quando chegar o tempo do cumprimento;
LIÇÃO DEZ -QUANDO SOFREMOS POR AMOR DO EVANGELHO - “Exultai e
alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram antes de vós” Mt 5:12.
Parece contraditório, mas não é. O sofrer por amor ao evangelho provoca
uma alegria muito grande em quem serve de coração.
LIÇÃO ONZE -QUANDO SABEMOS O NOSSO DESTINO – “Mas, não vos alegreis
porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos
nomes escritos nos céus” Lc 10:20
Os discípulos ficaram felizes por efetuarem milagres em nome de Jesus, mas o
Senhor os alertou que maior alegria deveriam sentir pelo fato de terem seus
nomes escritos no livro da vida.
LIÇÃO DOZE -QUANDO CUMPRIMOS O PAPEL QUE DEUS NOS DESIGNOU –
“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com
alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus...”At
500
20:24. O executar o chamado de Deus na vida de Paulo não era somente uma
atividade, mas algo que lhe dava alegria. Estas doze lições nos instruem que a
alegria vinda do algo é completa quando podemos compartilhar com pessoas
este sentimento, sendo-lhes multiplicadoras.
3 – AGENTE DE APLICAÇÃO DAS LIÇÕES
Temos aprendido que a origem da alegria de Paulo consentia em Deus, mas os
motivos vinham das pessoas. Semelhantemente ocorreu com os demais
homens e mulheres da Bíblia. Este aprendizado nos leva a outra leitura da
alegria, nos colocando então como agentes de promoção, ao invés de meros
recebedores. A leitura é simples, mas de profundo entendimento, nos
chamando à compreensão de que
podemos promover a alegria dos
outros:
Devemos ensinar as pessoas a
fazerem a casa de Deus, ver os
milagres da boa obra, vencer
desafios, escrever novos
decretos a seu favor, ouvir a
voz de Deus, trabalhar pelo
resultado,
conhecer
a
misericórdia de Deus, a
andarem debaixo de uma
promessa, sofrerem por amor ao
evangelho de Jesus, conhecerem seus
destinos
em
Deus e cumprirem o ministério recebido de Deus.
Assim elas serão felizes por descobrirem que são tambem agentes de
execução de tais atos, não dependendo somente de Deus para tais execuções.
Elas aprenderão a ter humor e a serem alegres, independentemente das
circunstâncias. No Salmo 20 o Senhor nos dá aplicação prática desta lição ao
501
usar o pronome “nós”, indicando tratar-se de uma ação conjunta, envolvendo
seres humanos que decidiram ser felizes: “Nós nos alegraremos pela tua
salvação, e em nome do nosso Deus arvoraremos pendões; cumpra o
SENHOR todas as tuas petições” Sl 20:5.
4 – ATITUDES ADICIONAIS
Alem das atitudes mencionadas, vale a pena tambem lembrar que existem
umas que precisam ser adicionadas ao nosso dia-a-dia, pois somente assim
aprenderemos, de fato, a ser alegres: - Evite situações desagradáveis. Quando
for possível evite, até mesmo, o contato com pessoas que provocam tais
sensações, pois pessoas têm a capacidade de trazer tanto alegria quanto a
tristeza; - Não deixe o inimigo roubar seus sonhos; - Não se esqueça das
promessas; - Pense muito antes de decidir por algo.
Com o Apóstolo Paulo aprendo muitas
lições, mas esta de estar alegre em todas
as circunstâncias, é uma das melhores.
CONCLUSÃO
Sei que não é fácil. Ele tambem sabia e
teve de desenvolver, esperando pátria
maior. Ele tinha um desejo mais excelente e pensava mais nas coisas do céu.
Dá muito valor nas pessoas ligando elas a sua alegria, e isto para nós é outra
grande lição, trazendo-nos à reflexão sobre que tipo de reação estamos
provocando em nossos irmãos. Que tipo de sensação estamos levando eles a
terem? Será que estamos contribuindo para a alegria deles, ou para tristeza e
decepção? Quando mencionou aos Filipenses ele chegou a chamá-los de
alegria e coroa: “Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha
alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados” Fp 4:1. Este Princípio
é maravilhoso e nos convida ser mais HUMANOS e ALEGRES sabendo que foi o
próprio Deus quem estabeleceu e nos convida a viver nele: “Canta
alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te, e exulta de todo o
coração, ó filha de Jerusalém” Sf 3:14
502
Não Esqueça
1. Não nascemos alegres. Então devemos aprender com as situações que nos
deixam tristes. Somente o contato com elas é que vamos poder ser tratados
pelo Senhor que transformará nosso pranto em risos: “No coração dos que
maquinam o mal há engano, mas os que aconselham a paz têm alegria” Pv
12:20;
2. Enquanto Princípio, a Alegria me convida não apenas para expectar, mas a
participar efetivamente na colaboração da ocorrência de tal sensação nas
outras pessoas: “A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos
perversos perecerá” Pv 10:28;
3. Deus é a fonte da nossa alegria, mas os motivos precisam, primeiramente,
estarem nas pessoas e não nas coisas- “A ansiedade no coração deixa o
homem abatido, mas uma boa palavra o alegra” Pv 12:25;
4. A sensação de ter posse, de ser dono, provoca uma reação de muito boa de
alegria. Então não perca tempo e tome posse das promessas de Deus. Sintase Alegre por isto! Glória a DEUS.
503
Título: Princípio da visão
E eu chorava muito, porque não fora
achado ninguém digno de abrir o livro
nem de olhar para ele.
OBJETIVOS:
Evidenciar a
importância de uma
visão ampla sobre
quem é Deus. Sua obra,
Seu reino e nosso
serviço.
Apocalipse 5.4
A palavra VISÃO nos reporta a pelo a
menos três significados. Um deles
refere-se ao sentido do corpo humano
INTRODUÇÃO
representado pela ação dos olhos. O
outro refere-se à visão espiritual,
quando Deus abre nossos olhos e passamos e enxergar as coisas do espírito.
Outro está ligado à forma como nos enxergamos ou desenhamos a estrada
onde iremos caminhar na vida.
Estes três conceitos, creio, estão bem difundidos e o que pretendemos
ministrar neste Alimento é algo um pouco mais profundo. Vamos mostrar a
visão como um PRINCÍPIO divino que existe no céu claramente e, em Jesus, foi
estabelecido tambem para nós, sua igreja. Neste aspecto aprenderemos a
criar um ambiente propício à visão, conheceremos seu inestimado valor e
compartilharemos de um entendimento novo. Um Princípio.
504
João, discípulo do Senhor, teve várias
visões. A maioria delas está registrada no
livro de Apocalipse. Eram imagens mais
DESENVOLVIreais que os filmes seis dimensões que
MENTO
atualmente dispomos, pois ele não
apenas via as cenas e sentia suas
vibrações, mas participava como ator, em cada momento, fazendo com que
suas emoções fossem realmente levadas pelo que estava vendo.
Numa dessas visões ele viu-se diante de um grande trono e na mão do que
estava assentado sobre o trono, um livro, escrito por dentro e por fora. João
ouviu a voz de um anjo que ecoava em todo o céu perguntando se alguém era
digno de abrir o livro e desatar o seus selos. Não foi encontrado uma única
pessoa no céu e nem na terra que tivesse tal dignidade. João sabia que o
futuro da humanidade e o ápice do cristianismo está nos escritos daquele
livro. Como não havia quem pudesse dar conhecimento aos fatos, ele então
chora, e o seu choro, de tão alto, chega ao trono dos anciãos (ao redor do
trono do Senhor, existem vinte e quatro tronos que são usados pelos anciãos
que servem de conselheiros). Um dele falando alto disse a João que não
chorasse porque o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, que havia vencido e
tornado-se digno de abrir o livro e desatar os seus selos.
João olha. Vê no meio dos tronos, próximo ao dos quatro seres viventes, um
cordeiro que tinha os sete Espíritos de Deus. Aquele cordeiro pega o livro das
mãos de Deus e começa uma grande celebração envolvendo céu, terra e mar.
Veja como está registrado: “E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra,
e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer:
Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de
graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. E os quatro animais
diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao
que vive para todo o sempre”. Ap 5:13-14.
505
As experiências até então vividas por João, em nada se assemelhavam aqueles
fatos tão maravilhosos, pois a partir desta visão, sua perspectiva a respeito de
Cristo foi mudada e por mais que já fosse boa, passou a ser melhor ainda.
Aqui. Exatamente aqui, está um grande ensinamento de Deus sobre o que Ele
deseja fazer conosco. Ele quer alterar nossa perspectiva de vida, nossa forma
de enxergar as coisas, nosso modo de interpretar algo, nossa dinâmica de
resposta a suas orientações. Ele deseja nos ensinar algo profundo sobre o
Princípio da Visão, que abrange nossa maneira de pensar, de opinar, de ver e
de considerar as pessoas, os assuntos e os objetos. É como se Deus nos
chamasse ao desenvolvimento de uma nova visão, abrangendo o
amadurecimento, a criatividade e a moderação, transformando radicalmente
nossa vida como fez na de João ao mostrar-lhe o poder existente em Jesus. A
partir daquele momento a visão dele não foi mais a mesma. A forma como ele
via a Jesus foi transformada.
1 – PENSAMENTO.
Deus já tem uma visão diferente da nossa. Enquanto Jerusalém via-se
totalmente destruída pelos Caldeus, Deus levanta sua voz e faz estrondar uma
das profecias que mais falam a respeito de seu coração para com Judá e
conosco: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito,
diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que
esperais. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E
buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso
coração” Jr 29:11-13. Observe que nós somos tendencionados a ver as
circunstâncias. Deus, não. Ele vê o plano perfeito, que muitas vezes contradiz
com o momento que estamos passando. Isto foi tambem evidenciado por
Davi, ao orientar Salomão sobre como deveria se portar, sendo sabedor que
506
Deus conhecia os seus pensamentos: “E tu, meu filho Salomão, conhece o
Deus de teu pai, e serve-o com um coração perfeito e com uma alma
voluntária; porque esquadrinha o SENHOR todos os corações, e entende
todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti;
porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre” 1Cr 28:9. Não adiantava
Salomão agir com outras intenções porque para Deus não existem outras
intenções, apenas uma, sendo boa ou má.
Isaías culmina esta nossa compreensão mencionando o chamado universal de
Deus para termos os pensamentos segundo os seus: “Deixe o ímpio o seu
caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao
SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque
grandioso é em perdoar.Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.
Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus
caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos
mais altos do que os vossos pensamentos” Is 55:7-9. As palavras de ordem
são: DEIXAR, CONVERTER, TORNAR. Então não há porque ficarmos com a
nossa forma arcaica de pensar, mas havemos de sofrer uma mudança de
mente.
Reflexão – como tem sido
nossa reflexão com relação às
coisas de Deus? Isto tem
tomado certa parte de nosso
tempo, ou será que temos nos
ocupado mais em nossas
preocupações? Quando agimos
somente em nosso mundo,
acabamos deixando de lado
fatores importantes como santidade, meditação na Palavra de Deus e
acabamos não refletindo o amor de Deus aos que precisam. Precisamos
507
desenvolver esta habilidade de refletir, de analisar efetivamente e assim
chegarmos as mais belas interpretações da vontade de Deus e de seu
maravilhoso plano. O que você está recebendo de alimento, neste momento
de estudo, é fruto de uma profunda reflexão, buscando diretamente do
coração de Deus, seu real pensamento sobre Princípios. Semelhantemente
Deus irá fazer com você, tão logo compreenda esta maravilhosa verdade. Um
espírito de Sabedoria quer tomar posse de sua vida.
Certamente você já cometeu vários erros por falta de reflexão. Eu tambem já
o fiz, mas é tempo de crescermos, conhecendo efetivamente a vontade de
nosso Pai. Veja como a Palavra do Senhor nos instrui: “Laço é para o homem
apropriar-se do que é santo, e só refletir depois de feitos os votos” Pv 20:25.
O Problema é que temos a mania feia de apenas ler e não refletir. Noutro
momento o Senhor nos convida e instrui que esta reflexão deve ser no
coração: “Por isso hoje saberás, e refletirás no teu coração, que só o SENHOR
é Deus, em cima no céu e em baixo na terra; nenhum outro há” Dt 4:39.
Raciocínio – Enquanto a reflexão nos convida ao pensamento antecedente de
modo geral e generalizado, o Raciocínio nos convida a aplicação do
pensamento da maneira mais exata, com mais lógica. É nesse momento que
descobrimos que Deus tambem trabalha com matemática, com lógicas, com
exatidão e nós, muitas vezes, somente na emoção acabamos não percebendo
que o diabo está armando um laço para nos apanhar. O Raciocínio nos faz
antecipar os resultados, antever o futuro e partilhar de soluções novas. A falta
dele tem efeito contrário e devastador uma vez que os resultados não são
apenas sentidos no momento certo. As vezes eles não ocorrem e o futuro
deixa de existir, passando a ser uma nuvem de obscuridade, semelhante ao
que ocorre com a maioria dos seres humanos. Já para as novas soluções,
deixamos não apenas de partilhar, mas sofremos o peso do não poder
vivenciar nesta novidade. É uma perda muito grande que às vezes não
paramos para compreender.
508
A aplicação clara desta verdade está no momento em que Elias desafiou os
profetas de Baal, no monte Carmelo: “...Até quando coxeareis entre dois
pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o
povo nada lhe respondeu” 1Rs 18:21. O termo coxear pode ser melhor
entendido assim: “porque vocês não raciocinam, mas preferem ficar em
dúvidas? Vejam os fatos, vejam as evidências, vejam os resultados. Baseiemse por isto e decidam...” Ocorre que aquele povo não tinha parado para ver
como os olhos de Elias, aplicando o raciocínio, então se tornaram reféns da
maldade diabólica, através da rainha Jesabel.
A falta de raciocínio a respeito das coisas de Deus tem sido o motivo de muito
aprisionamento mental, e responsável pela entrada de muitas pessoas no
inferno. Se pararmos para raciocinar, saberemos que não há salvação em
nenhum outro, como fez Pedro: “Então disse Jesus aos doze: Quereis vós
também retirar-vos? Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem
iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e
conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente” Jo 6:67-69.
Parecer – Quando alguém perguntar a você o que acha de determinado
assunto, está querendo saber o seu parecer, o seu pensamento específico.
Como cristãos precisamos ter parecer claro sobre, principalmente, as coisas
de Deus. Qual o seu parecer sobre: a) O tempo de Deus?; b) A cura?; c) A
salvação?; d) A Igreja?; e) As ofertas, dízimos e primícias?; f) O louvor?; g) A
Bíblia?; h) O mundo; i) O inferno; e outros itens semelhantes. Parece sem
necessidade, mas não é. Nós precisamos ter nosso parecer claro a respeito de
tais assuntos, e estes devem ter como base as Sagradas Escrituras, pois quem
tem parecer baseado na bíblia não é enganado pelas heresias, tambem evita o
legalismo religioso que tanto prepondera nas religiões, afastando as pessoas
de Deus.
Tendência – Existem pensamentos tendenciosos ao mal. Você concorda? Eles
atuam em todos os seguimentos, inclusive na Igreja. Eles ocorrem de forma
509
gradual até conduzirem à consumação do pecado e o afastamento do Plano
de Deus. É algo que não temos como lutar contra, mas apenas evitar que
aconteça conosco e em nossa comunidade tambem. No entanto, a ação mais
sábia é fazer com que esta tendência não seja direcionada ao mal, mas ao
bem. Como devemos então proceder: - Decifre as sutilezas – Elas são muito
perigosas; - Observe as intenções – Elas é que dizem o real objetivo; - Conheça
a origem dos pensamentos – A origem tem muito a ver com destinação;
Estas pequenas observações servem para que corrijamos os pensamentos
tendenciosos ao mal, subjugando-os a Senhoria de Cristo e ao crivo das
Sagradas Escrituras: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se
humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus
caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei
a sua terra” 2Cr 7:14.
Imaginar – É o ato de criar imagens com os pensamentos. É a maneira mais
rápida de dar forma ao que ainda é abstrato. Esta habilidade tem aspectos
positivos e negativos, dependendo muito do uso e do usuário. Se for uma
pessoa má, formará más imagens de pensamentos ruins que tem em sua
mente. Se for uma pessoa boa, as imagens serão tambem boas. Então,
partindo do pressuposto que as imagens ruins podem ser descartadas dos
pensamentos das pessoas boas, então teremos somente imagens boas, e é
sobre elas que desejo que aprendamos um pouco mais, pois o ato de imaginar
tem um conteúdo profético muito grande.
Quando recebemos uma promessa de Deus, ocorrem alguns passos que são
fundamentais até a sua consumação. A começar pela fé no que foi ministrado,
passamos pelo processo de criar imagens, imaginar como será, e vincular
estas imagens à realidade mais próxima possível. É algo maravilhoso porque
este processo nos possibilita antecipar a felicidade pelo cuidado de Deus. O
Senhor capacitou a cada um de nós com esta habilidade, então mais que
nunca precisamos criar imagens do que Deus tem nos prometido. De como
510
será nossa vida futura. De como seremos após aceitarmos o tratamento
completo de Deus. Como seremos depois de conquistada a formação superior
ou o cargo que estamos pretendendo. Necessitamos sair do realismo, e no
imaginário criar o cenário mais adequado ao momento ótimo da vida. É bom
tambem que lembremos que antes de algo vir à realidade, primeiramente ele
é imaginado. A transformação em nossa visão, tendo como Pilar inicial o
PENSAMENTO, nos convida ao aprendizado de Deus envolvendo nossa
capacidade de refletir; De raciocinar; De ter um parecer sobre os assuntos; O
controle da nossa tendência e da capacidade de criar imagens positivas.
Noutro pilar encontramos a opinião. É o ato de ter uma posição clara e assim
melhor discutir qualquer assunto, sabendo sempre que opiniões tem a
característica forte de serem suscetíveis à mudança, uma vez que elas sempre
buscam a maior proximidade com o que é razoável.
Juízo – Na busca da razoabilidade, um
dos primeiros itens que aparece é o
juízo, não como forma condenatória,
mas no sentido de nos chamar a emitir
uma opinião de caráter julgatório
quanto a alguém. Aqui consiste uma
armadilha que muitas pessoas caem,
pois não podemos assumir o papel de
juiz contra e nem a favor de ninguém. Enquanto seres humanos, pessoas
físicas, não temos o direito de julgar ninguém, então não entre por este
caminho. Avalie as coisa e as ações e deixe que elas falem mais alto que
qualquer juízo condenatório. Isto implica entender que nós também somos
condenados ou absorvidos pelas nossas ações, pelos nossos atos.
Outro ponto tambem importante neste processo é que devemos ter bem
claro, um juízo sobre diversas questões que na bíblia são muito claras e que as
pessoas querem deturpar. Uma delas é o pecado. Ora, pecado é pecado,
511
sendo tudo aquilo que contraria a pessoa e a vontade de Deus. Então tenha
um juízo certo sobre este assunto e outros similares.
Convicção – A falta de convicção tem levado muitas pessoas a desistirem das
melhores coisas da vida e até mesmo de Deus. O que não é convicto é
semelhante a um veículo numa estrada que não sabe para onde vai, não tem
um mapa e não tem certeza de nada. Acaba não indo a lugar algum, porque,
para ele, o algum é tambem um lugar. Como cristãos não podemos ser
inconvictos de nossa fé, de nossa responsabilidade e de nossa esperança.
Aprenda a desenvolver convicções, porque elas funcionam como a
pavimentação de uma estrada carroçal. Ou seja, se você tiver convicção, a
caminhada será melhor. A vida não é fácil mesmo para os convictos, imagine
para quem não tem convicção!
Crença – É outro item de muito questionamento, principalmente porque
fomos ensinados a ver a crença como uma forma de religião, quando de fato,
ela representa algo muito mais profundo nos apontando para valores e nos
questionando sobre o que, e em que, cremos. Vamos lá. Você crê que é
possível ser feliz? Você crê que é possível romper? Você crê em Milagres?
Você crê que é possível ter paz? Você crê que existe vida para quem está em
Cristo? Em quem você crê? Seriam nos homens? Nos políticos? Na economia?
As suas reais crenças funcionam como uma capa de apresentação de sua
pessoa. Tem gente que crê que vai reencarnar, outros crêem que vão
simplesmente desaparecer, outros que serão levados por extras-terrestres,
outros crêem no fim do mundo. Sei lá, são tantas crenças que geralmente são
baseadas em teorias humanas e só afastam as pessoas do verdadeiro
propósito de Deus.
Isto é muito polêmico, e para evitar tais extremos a melhor sugestão é crer
em Deus, em seu filho Jesus Cristo, no Espírito Santo e no que as Escrituras
nos dizem. Por mais que pareça simples, mas é o verdadeiro. O real.
512
Sentimento – Não no sentido das emoções, mas no de opinião, que chama
mais ao pressentimento, nos chamando a pensarmos com qual é o nosso
sentimento sobre algo ou determinada pessoa. Já percebi que neste assunto
as mulheres são mais assertivas. Elas conseguem pressentir algo que muitas
vez os homens não conseguem. Embora os homens não sejam expert,
tambem não podem ser totalmente tolos, não dando valor a tal contato da
alma e nem tão pouco deixando de ouvir suas esposas. Então, qual o seu
sentimento sobre determinada pessoa ou situação? Seria de amor ou de
ódio? Seria de confiança ou de desconfiança? Nesta meditação que
precisamos ter sobre o sentimento, algo que vamos perceber como real é que
os antagonismos sempre vão estar próximos um dos outros, então mais que
nunca necessitamos ter sentimentos certos, para que a opinião tambem seja
certa.
Valor – Não no sentido monetário, mas relacionado à opinião, nesta leitura
não é quanto vale algo, mas quanto você está disposto a dar por algo,
independentemente de quanto alguém queira pagar. Qual o valor que você dá
a sua família? O que você está disposto a fazer por ela? E para sua igreja? E
para sua Célula? E para você mesmo? Estes itens nos remetem a um assunto
mais amplo que de forma bem singela podemos sintetizar: - Quem valoriza
não despreza, não agride, não denigre, não desonra... Simplesmente
considera em maior importância. Cuidado! Tem muita gente dando valor ao
que não merece e trocando pérolas por banana. Que loucura! É quebra do
Princípio da Visão.
Outro pilar tambem muito importante
neste Princípio é o da Idéia. Por falta de
formação de uma boa idéia é que
muitas pessoas têm se dado mal na
vida. Certamente já fomos vítimas
desta deficiência que agora é quebrada
513
pelo conhecimento da Palavra de Deus.
Aparência – Para formação de uma boa idéia necessitamos lembrar que nossa
aparência tem grande poder de comunicação. Então não tente confundir, mas
cause uma boa impressão, observe a forma adequada de vestir-se e de portarse.
Estilo – Acabamos por imprimir um estilo e diz o bom senso que este seja o
mais aceitável possível. Tudo bem que você não precisa ser igual a ninguém,
mas quem disse que você conseguirá. A única coisa que se pede é que seu
estilo seja um estilo agradável, passivo de cópia, suficiente para influenciar
positivamente a idéia.
Percepção – Já a percepção é aquela faculdade que nos possibilita uma leitura
ambiental e melhor nos posicionarmos, melhor falarmos, melhor
comunicarmos o que necessitamos. Tem gente que é péssimo neste item, e aí
ferem totalmente a formação de idéia a respeito dele.
Plano – Idéias tambem falam de planos. É uma ferramenta de Deus para não
sermos pêgos desprevenidamente, mas de forma moderada sempre ter um
plano, uma opção adicional, uma saída. Viver sem ter um plano é semelhante
ao avião que navega sem um plano de vôo. Na verdade é proibido. Tambem
poderíamos tomar como proibido o não ter um plano, e assim melhor nos
moldarmos ao planos de Deus.
Doutrina – Neste aspecto a idéia me
convida a ser uma pessoa doutrinada.
Se não consigo me doutrinar então é
porque quero ser doutrinado pelos
outros, e aí reside um grande risco,
porque por este motivo é que muitos
são ensinados de maneira errada e no
objeto tambem errado. O melhor
514
mesmos é nos doutrinarmos com base na vontade de Deus, revelado em sua
Palavra.
Outro pilar tambem muito sublime é o da consideração. O que entra em
questão então é a forma, a maneira como consideramos as pessoas. Isto tem
um peso muito grande na compreensão do Princípio da Visão, pois da mesma
forma como você considera as pessoas, elas tambem irão considerar você, e
para que seja um item de alegria é necessário pelo ao menos:
Examinar – Não tenha receios. Examine, critique, analise atentamente e veja
que sempre terá motivos para considerar bem uma pessoa. Mesmo que, em
seu exame, ela não tenha tal classificação. A bíblia nos instrui a viver em paz
com as pessoas. Este já é um grande motivo. Outro, ele nunca vai tomar
dinheiro emprestado com você!
Reputar – A reputação é aquela imagem formada de alguém mesmo que
longe dela. É o que as pessoas comentam. Como cristãos não podemos nos
dar ao desprazer de denegrir ninguém, mas levar sua reputação na mais alta
estima, fazendo conosco as devidas ponderações.
Meditar – A meditação acerca de como devemos considerar alguém é de
suma importância e nos chama a uma maior responsabilidade com nossos
atos e falas.
A mudança que Deus deseja fazer em nós
é profunda. É uma reforma geral que
abrange nosso Pensamento, nossa
CONCLUSÃO
Opinião,
nossa
Idéia
e
nossa
Consideração, e com isto nos colocar
totalmente no centro de sua VISÃO, dentro do seu Princípio. Sabendo disto,
precisamos nos adequar ao que o Senhor nos instrui, aceitando sua mudança
que só tende a nos tornar melhores pessoas aqui na terra e no céu. Você pode
ser diferente. Você pode ver diferente!
515
Não Esqueça
1. Deus tem muito mais que uma visão natural ou uma conceituação de vida e
boas ações. Ele tem transformações, nos dando uma nova Visão;
2. O Princípio da Visão nos leva a uma maior maturidade concernente a vida e
as coisas de Deus;
3. Nunca seremos grandes, se nossas visão ainda for medíocre, pequena e
distante do Princípio estabelecido pelo Senhor;
4. Deus é aquele que nunca desiste de nós e sempre tem uma visão, melhor
que a nossa. Ele pensa em nós, tem uma opinião formada, tem uma idéia não
evasiva, uma consideração, ou seja uma visão de excelência.
516
Título: Princípio da restauração
Assim diz o Senhor dos exércitos: Ainda
nas praças de Jerusalém sentar-se-ão
velhos e velhas, levando cada um na mão
o seu cajado, por causa da sua muita
idade. E as ruas da cidade se encherão de
meninos e meninas, que nelas brincarão.
Zacarias 8.4-5
OBJETIVOS:
Mostra que Deus não
tem para nós uma vida
de sofrimento. Ele quer
restaurar-nos por
completo.
Quebrado, fraturado, caído, partido,
fragmentado, interrompido, cortado,
inutilizado, batido, falido, empobrecido,
INTRODUÇÃO
abatido, cessado... são exemplos de
estados de quem passou por um
grande sofrimento ou por uma grande decepção. Por não conhecerem os
Princípios de Deus, muitos ainda continuam na mesma situação.
Pelas Escrituras entendemos que para todas as circunstâncias acima, existe
um plano de Deus, um antídoto corretivo que possibilita ao sofredor a volta
ao estado inicial de felicidade: O nome deste antídoto é RESTAURAÇÃO, no
entanto, chamar apenas de antídoto é muito pequeno, não expressa o plano e
nem a totalidade da vontade de Deus. Então a palavra que expressa tal
realismo é PRINCÍPIO DA RESTAURAÇÃO. Indicando que ocorreu no passado,
ocorre agora e acontecerá no futuro, envolvendo pessoas e locais.
517
Lembra do quadro Lata Velha, de um
programa televisivo de Sábado à tarde?
DESENVOLVINele o apresentador identifica pessoas
que são apaixonadas por seus carros
MENTO
velhos, e então monta uma parceria que
consiste na reforma do carro, e para o
proprietário reaver o bem reformado precisa ir ao palco fazer alguma coisa.
Geralmente são atividades muito simples, porque o foco não está no
espetáculo do telespectador, mas na engenharia de criatividade empregada
na reforma do carango.
Quando vejo este quadro percebo algo interessante, pois a reforma a qual o
apresentador propõe não é apenas a restauração ao estado de novo. Não é
somente isto. Na verdade é uma reinvenção do veículo, mantendo-se apenas
o chassi e quase nada do que tinha antes. São trocados motor, lataria, pneus,
painel, cor, documentação... Em fim, o veículo fica mais que novo, ele fica
moderno, todo equipado com instrumentos de última geração. Atualizado.
Numa visão bíblica da vida, vejo que o Princípio da Restauração implica
exatamente nisto - na elevação do estado de novo, pois se Deus apenas nos
restaurasse ao estado original ainda teríamos dificuldades de progredir. Por
isto ele utiliza a palavra ADORNAR, indicando que sua restauração é muito
mais que manutenção, conserto ou correção. Vejamos esta verdade em
alguns trechos bíblicos:
a) Isaías: “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegrará
no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me
com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante
sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias” Is 61:10.
b) Mardoqueu: “Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como
também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-selhe a coroa real na sua cabeça. E entregue-se a veste e o cavalo à
518
mão de um dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele
homem a quem o rei deseja honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas
da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem
o rei deseja honrar!” Ester 6:8-9;
c) Sião Celeste – “E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de
Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu
marido” Apocalipse 21:2;
d) Jerusalém – “Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel!
Ainda serás adornada com os teus tamboris, e sairás nas danças dos
que se alegram”. Jeremias 31:4; “E assim foste ornada de ouro e
prata, e o teu vestido foi de linho fino, e de seda e de bordados;
nutriste-te de flor de farinha, e mel e azeite; e foste formosa em
extremo, e foste próspera, até chegares a realeza” Ezequiel 16:13.
O Princípio da Restauração nos leva num patamar mais alto que o de um
simples reparo.
OCORRÊNCIA EM JERUSALÉM
Para quem tinha visto Jerusalém antes da devastação feita pelos babilônicos
não poderia reconhecê-la, tamanho foram as depredações dos órgãos, dos
palácios, do templo, dos muros e das ruas da cidade, além das casas. Ficou
tudo em ruínas.
Famílias inteiras foram dizimadas. Parte dos homens castrados, parte das
mulheres estupradas e os que restaram, não sendo inválidos, foram levados
cativos à babilônia. Na terra ficaram os velhos, os doentes e os inválidos.
Quem agora via este quadro não tinha como imaginar que um dia tudo aquilo
seria restaurado, seria restituído à condição de Cidade do Grande Rei.
O mais interessante é que esta não foi a única destruição sofrida por aquela
cidade. Diz a história que eles já foram destruídos por mais de vinte e cinco
519
vezes, sendo esta, a de 70 d.C conduzida pelo comandante romano, Tito, e a
de 135 d.C, determinada pelo imperador romano, Adriano, as maiores delas.
Em meio ao tom caótico da destruição babilônica, aparece um profeta de
origem camponesa, filho de família sacerdotal, que tambem era historiador e
pesquisador, de aparência tímida, melancólico, que tinha sido escolhido por
Deus desde o ventre da mãe e recebido um ministério profético com dom de
arrancar e derribar, destruir e arruinar, edificar e plantar. Seu nome é
Jeremias que significa algo como: o Senhor exalta: “Olha, ponho-te neste dia
sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares, e
para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para
plantares” Jeremias 1:10.
Sua mensagem era corretiva. Era uma mensagem dura, pois pregava a
rendição à Babilônia e tinha uma conotação de ser contra os reis de Judá.
Enquanto parte da população esperava uma mensagem de que eles iriam
vencer os babilônicos, Jeremias ministrava a rendição, sendo por isto
contradito pelo falso profeta Hananias, queimando seu rolo onde havia
registrado as profecias, preso, lançado num poço e salvo pelo etíope EbedeMeleque. Estando ele preso por causa da dura profecia, veio ainda o Espírito
do Senhor para ensinar-lhe uma das mais belas palavras da Bíblia, quando
menciona: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes
e firmes que não sabes” Jer 33:3. Era Deus dizendo ao encarcerado que a
saída e o início da restauração começava com um clamor respondido e
prosseguia com uma revelação ainda não conhecida. Neste mesmo momento
o Senhor dá-lhe a palavra de restauração, abrangendo ações de aspectos
social, político, religioso e familiar:
Social - Saúde, Cura, Paz, e Verdade: “Eis que eu trarei a ela saúde e cura, e
os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade” Jer 33:6.
520
Político – remoção do cativeiro, edificação como dantes, utilização como
referência às nações do mundo – “E removerei o cativeiro de Judá e o
cativeiro de Israel, e os edificarei como ao princípio” Jer 33:7. “E este lugar
me servirá de nome, de gozo, de louvor, e de glória, entre todas as nações
da terra, que ouvirem todo o bem que eu lhe faço; e espantar-se-ão e
perturbar-se-ão por causa de todo o bem, e por causa de toda a paz que eu
lhe dou” Jer 33:9.
Religioso - purificação e perdão de toda a maldade, cessão de local aos
pastores com seus rebanhos: “E os purificarei de toda a sua maldade com
que pecaram contra mim; e perdoarei todas as suas maldades, com que
pecaram e transgrediram contra mim” Jer 33:8. “Assim diz o SENHOR dos
Exércitos: Ainda neste lugar, que está deserto, sem homem nem animal, e
em todas as suas cidades, haverá uma morada de pastores, que façam
repousar aos seus rebanhos” Jer 33:12.
Familiar–restauração da voz da família: “...Neste lugar de que vós dizeis que
está desolado, e sem homem, sem animal nas cidades de Judá, e nas ruas de
Jerusalém, que estão assoladas, sem homem, sem morador, sem animal,
ainda se ouvirá: A voz de gozo, e a voz de alegria, a voz do esposo e a voz da
esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao SENHOR dos Exércitos, porque
bom é o SENHOR, porque a sua benignidade dura para sempre; dos que
trazem ofertas de ação de graças à casa do SENHOR; pois farei voltar os
cativos da terra como ao princípio, diz o SENHOR” Jer 33:10-11.
Setenta anos após o cativeiro, Deus levanta outro profeta, Zacarias, com
mensagem semelhante à de Jeremias, com foco na Restauração de Deus para
Israel. Enquanto Jeremias tinha profetizado antes, e durante parte do
cativeiro, Jeremias profetizou somente depois. Possivelmente ele tenha
nascido na Babilônia. Já era filho do cativeiro. De origem de uma família
sacerdotal, ele não perdeu a comissão de Deus. Participou do primeiro grupo
que retornou da Babilônia, liderado por Zorobabel e por Josué. Sua ênfase
521
profética era na incentivação do povo na conclusão do templo em Jerusalém,
e refutar-lhes da palavra profética que dizia acerca da restauração completa:
“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém habitarão
velhos e velhas; levando cada um, na mão, o seu bordão, por causa da sua
muita idade. E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, que
nelas brincarão” Zc 8:4-5.
Por mais que eles ainda não estivessem vendo o cumprimento da profecia de
Jeremias, o Senhor os animava dizendo que iria acontecer, que Ele iria
restaurar. A palavra que o Senhor usa para selar esta profecia é SEMENTE DE
PROSPERIDADE, indicando que a restauração é como uma semente que
germina: “Porque haverá semente de prosperidade; a vide dará o seu fruto,
e a terra dará a sua novidade, e os céus darão o seu orvalho; e farei que o
restante deste povo herde tudo isto” Zc 8:12. Como semente de
prosperidade entendemos tambem que Deus trata a restauração não apenas
como conserto do velho, mas como implantação do novo, do atual, do
moderno, no aconchegante, do surpreendente. É semelhante à glória da
segunda casa, profetizada por Ageu, colega de Zacarias.
A AÇÃO DE CRISTO NESTE PRINCÍPIO
Deus nos criou perfeitos. Adão era um homem dotado de uma inteligência
fenomenal. Eva, creio, foi a mais bela de todas as mulheres que o mundo já
conheceu. Tudo era muito perfeito, até que o inimigo lançasse a dúvida no
coração de Eva e consequentemente o pecado. Com a queda o homem
enfrentou um período de escuridão muito grande. Estavam em densas trevas
e esta situação só foi mudada com a vinda de Jesus, fato profetizado nestes
mesmos termos por Isaías: “O povo que andava em trevas, viu uma grande
luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a
luz” Isaías 9:2. Jesus veio restaurar o estado de luz que fora criado por Deus,
quando mencionou haja luz: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos
homens. E a luz resplandece nas trevas...” João 1:4-5.
522
Em Jesus aprendemos várias lições do Princípio da Restauração. A começar
pela sua missão que é resgatar o que se havia perdido. Ele é a porta que nos
leva ao poço da restauração, completando, assim, a vontade perfeita de Deus.
Quando ele ministrava sobre a relação entre a velhice dos odres e a frescura
dos vinhos, mencionou algo muito poderoso: “E ninguém deita vinho novo
em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o
vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres
novos” Mar 2:22. Ele nos diz que para recebermos algo de Deus,
primeiramente necessitamos renovar o nossos odres. Entenda como odre, na
maneira mais simples, o coração do homem. Deus quer derramar uma unção
fresca sobre nossa cabeça que desce ao nosso coração, mas não o fará se
primeiramente não formos restaurados, caso contrário o vinho pode vir a
derramar sobre o chão.
Seja crítico agora. Veja quantos “vinhos” não foram entornados, porque os
odres eram podres! Os corações dos que receberam eram maus! Ou ainda
porque ouviram a voz do inimigo e deixaram-se ser dominados pela maldade.
Quando isto quiser ocorrer com você, lembre-se de Adão, do estado de luz
que ele vivia, da sua queda e da restauração feita por Jesus.
Noutro momento Pedro perguntou a Jesus quantas vezes deveríamos perdoar
os nossos irmãos. Ele contou e disse que sete vezes já seria de bom tamanho.
De fato, seria mesmo, na minha e na sua visão, mas na de Jesus, não. O
Senhor falou que seriam setenta vezes sete. Veja que não somos ainda
restaurados completamente porque temos imensa dificuldade de efetuar três
perdões, imagine quatrocentos e noventa vezes!
A Restauração ao que o Senhor nos propõe em sua palavra, passa tambem
pelo nosso altar. Ele precisa estar restaurado para que Deus venha receber as
ofertas e os holocaustos que trazemos para ele, e esta restauração culmina
principalmente na obediência.
523
COMPREENDENDO O PRINCÍPIO
O profeta Oséias foi um homem de muito sofrimento. Através de sua vida
conhecemos uma figura de Deus, que praticamente é incompreendida aos
olhos humanos. Em Oséias Deus não é somente o perdoador, Ele é o
galardoar, o amigo, o esquecedor do passado, o sofredor do abandono, o
marido que espera a esposa prostituta a fim de perdoar-lher, tratar-lhe, curar
as suas enfermidades e levá-la novamente ao seu regaço. Confesso que é
difícil para nós, seres humanos, termos um coração como o de Deus, que é
apresentado em Oséias. Realmente sentimos dificuldade e só conseguimos a
compreensão quando partimos para a obediência.
Veja como o Senhor se apresenta como Deus restaurador, através de Oséias.
É como um Deus que não conhecemos: “Vinde, e tornemos ao SENHOR,
porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de
dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos
diante dele. Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a
sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva
serôdia que rega a terra. Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque
a vossa benignidade é como a nuvem da manhã e como o orvalho da
madrugada, que cedo passa. Por isso os abati pelos profetas; pelas palavras
da minha boca os matei; e os teus juízos sairão como a luz,Porque eu quero
a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os
holocaustos” Oséias 6:1-6.
A bondade de Israel (Efraim) e de Judá é passageira e Deus fala que não quer
saber de sacrifícios. Isto não o agradaria mais. Ele quer de fato é que o
conheçamos. E o conheçamos mais ainda até ao ponto de a mensagem
ministrada conforme Oséias não seja estranha aos nossos olhos.
Ele é aquele que faz a ferida, mas tambem é o traz a cura. É quem nos deu
vida em Jesus no segundo dia e nos ressuscitou no terceiro.
524
O Princípio da Restauração implica no aceitar o tratamento de Deus que nos
dá perdão, esquece nosso passado, nos apresenta vida nova, nos chama ao
recomeço, traz uma unção específica
para atuação em seu reino, treina nossas
habilidades e nos faz discípulos de Jesus.
E isto, ocorrendo conosco, deve tambem
ser nossa ferramenta de trabalho, e
passarmos
a
ser
perdoadores,
esquecedores dos males que nos
fizeram, apresentadores de um plano de
vida abundante aos moribundos, a
ensinadores das pessoas a recomeçarem
quando não deu certo da primeira vez, a
mostrador do caminho da unção nova às pessoas e a treinador de suas
melhores habilidades no reino e tornando-as discípulas de Jesus.
Não tem problemas se quebrou, fraturou,
caiu, partiu, fragmentou, interrompeu,
cortou,
inutilizou,
bateu,
faliu,
CONCLUSÃO
empobreceu, abateu, cessou... Deus é
aquele que age no Princípio, trazendo um
tempo de restituição, cura e transformação. Ainda nos adorna com seu
Espírito Santo, nos comissiona em sua obra e nos faz seus representantes aqui
na terra. Assim como o Senhor fez com Jerusalém, tambem deseja fazer
conosco, pois já plantou em cada um de nós uma SEMENTE de
PROSPERIDADE. Agora é só germinar e crescer. Glória a Deus! Somos
RESTAURADOS para novidades.
Andando agora em Jerusalém vemos as belezas existentes naquele lugar que
se tornou referência ao mundo e recebe visitantes de todos os lugares. A
profecia, liberada debaixo de um Princípio se cumpriu. Conosco tambem vai
ser da mesma forma. Seremos irreconhecíveis!
525
Não Esqueça
1. A Restauração, como Princípio, vai além de nossa imaginação. A melhor coisa
a fazer é participar ativamente dela, mostrando ao nosso Restaurador o que
desejamos e como queremos ser;
2. A Bíblia menciona que estamos sujeitos às intempéries, mas o Senhor é o que
acalma a tempestade e nos levanta de nossas quedas;
3. Uma vez sendo alcançados por este maravilhoso Princípio, devemos trazer
mais pessoas à igreja, local da oficina onde Deus trabalha, com Seu Espírito
restaurando vidas;
4. Já foi restaurado, então cuidado, continue novo, brilhante e adornado.
526
Título: Princípio da perturbação
Os assombros o espantarão de todos os
lados, e o perseguirão a cada passo.
Jó 18:11
OBJETIVOS:
Mostrar que nossas
ações nos levam a ter
uma vida perturbada,
diferente do que Deus
planejou.
Uma questão precisa ser posta em
mesa para discussão e compreensão:
De onde vêm as lutas, as tribulações, as
INTRODUÇÃO
perturbações? Há quem defenda que
vêm dos nossos maus intentos. Outros
defendem que elas vêm do inimigo, que nos odeia e quer ver o nosso mal. Há
ainda os que dizem que vêm de Deus. Que Ele é o responsável e o único
mentor de tudo que sofremos. E para você, de onde vem? Seria resultado de
uma mesclada destas defesas? Seria um ponto específico ou vem de outro
caminho ainda não relacionado?
Perturbação não é apenas um desarranjo, um transtorno ou mesmo uma
confusão. É um Princípio que mostra o caminho da queda de muitas pessoas e
o motivo da entrada de milhares no inferno. Precisamos conhecer este
Princípio e trilharmos no caminho, sabendo do perigo que está às portas e
sendo conhecedores, evitarmos ser vítimas de suas armadilhas.
527
DESENVOLVIMENTO
Fomos convidados às pressas para
visitar uma família onde a filha do casal
houvera ingerido veneno. O que levou
aquela moça a cometer tal ato?
Soube de um caso de um rapaz de boa
família e aparência que surpreendeu seu pai ao pendurar-se pelo pescoço
numa corda, num gesto mortal de suicídio. O que ocorreu com este jovem?
Um cantor de música secular muito conhecido entre os jovens deu cabo a sua
vida em 2013. Quando o encontraram morto em seu apartamento, viram que
o imóvel estava todo revirado, como sendo palco de um confronto corporal,
mas a perícia constatou que nenhuma outra pessoa estivera ali. O que teria
acontecido com este rapaz?
Com apenas trinta e seis anos, morreu em 1996 um dos maiores cantores de
música secular destinada à juventude. Seu nome era Renato Manfredini
Russo, cantor e compositor da banda Legião Urbana. Era uma pessoa de muito
talento, mas de muitas anuências. Morreu de complicações oriundas da AIDS.
O que teria levado uma pessoa com tamanho potencial a envolver-se com
este tipo de situação?
A resposta para estas e muitas outras perguntas está na palavra
PERTURBAÇÃO. Ela atua num campo restrito, de pouca penetração, mas causa
um efeito devastador em quem convive com ela. É uma doença da alma que
entristece o espírito e usa o corpo como forma de descarrego.
Enquanto conceito, a perturbação pode ser entendida como uma alteração no
fluxo normal das coisas, como um transtorno ocorrido por algo que deu
errado, como uma desordem mental pelo excesso de preocupações, como
uma inquietação e desassossego motivado por confusão. É quando a pessoa
perde a serenidade de espírito, e noutra dimensão sofre afrontas que não
está preparado, trazendo com isto uma mudança mental e espiritual.
528
Enquanto Princípio, perturbação é tudo que o conceito indica, mas agravado
ao ponto de fazer a pessoa ficar fora de si, cometer atos que não se lembre,
perder o autocontrole e ficar totalmente transtornada. Funciona como uma
brecha muito grande para entrada do inimigo e consequente possessão,
quando são tomadas as funções mentais da pessoa, fazendo-a cometer todo
tipo de atrocidade, muitas vezes contra ela mesma. Aqui entramos trazendo
um conhecimento esclarecedor, que nos possibilite não perder o controle e
lançar fora todo tipo de perturbação.
Inicialmente, é bom que lembremos que Jesus veio libertar os oprimidos de
espíritos, e uma pessoa nesta condição está perturbada. Vejamos alguns
exemplos:
1 – Paulo em Filipos –Ele ficou nesta vila alguns dias quando chegou a
Macedônia. Pelas manhãs ia à região praiana orar e falar de Jesus às pessoas.
Por alguns dias uma moça que tinha espírito de adivinhação aproximou-se de
Paulo e gritava com voz alta palavras de ordem, indicando que eles eram
homens de Deus. Era um espírito perturbador que quando ministrava estas
palavras, na verdade queria atrair a si a atenção e receber tambem os créditos
do evangelho ministrado pelo Apóstolo.
Usando de autoridade, Paulo repreendeu aquele demônio que tanto
perturbava a garota e agora queria trazer confusão no seu ministério: “E isto
fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito:
Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu”
Atos 16:18.
2 – Jesus em Cafarnaum – Jesus encontrou-se com um oficial romano que
relatou-lhe o estado de tormenta que seu criado se encontrava. O Mestre deu
uma ordem e o espírito maligno o largou: “Então disse Jesus ao centurião:
Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou”
Mateus 8:13.
529
3 – Jesus em Decápolis – Ao chegar em Gadara um jovem que há muito
estava possesso de um espírito cigano maluco, encontrou-se com Jesus e este
deu uma palavra contra aquelas legiões, e elas largaram o rapaz que passou a
viver normalmente, inclusive queria seguir Jesus, juntamente com os outros
discípulos: “E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a
legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram” Marcos 5:15.
Existem tambem as perturbações causadas pelo nível de compromisso que
assumimos. Estas não chegam a ser prejudiciais, por ocorrerem numa esfera
de menor importância. Parece mais com uma preocupação. Jesus ficou nesta
condição quando estava próximo ao seu calvário. Outros tambem que
sentiram efeito semelhante foram o Sacerdote Zacarias, ao ver um anjo
dentro do templo, e Herodes, quando soube que o Messias já era nascido.
Este tipo de perturbação estão previstos no termo aflição, mencionado por
Jesus, onde ele nos pede para termos bom ânimo.
PORTAS DE ENTRADA – ZONA DE PERIGO
O Princípio da Perturbação existe para que reconheçamos o risco que as
pessoas correm ao não aceitarem a ajuda de Deus, ao preferirem levar a vida
sozinhas, construindo seus
próprios mundos e ideais,
estando sempre na zona de
perigo.
Numa análise muito rápida
podemos identificar que
uma das portas de entrada
da perturbação é o pecado.
Quando pecamos, ferimos
os planos de Deus e nos
tornamos vulneráveis.
530
Outra porta é a da displicência. É quando não queremos nos adequar a
nenhum padrão moral e espiritual, preferindo quebrar as regras do que
obedecê-las. É aquela pessoa que prefere o caminho do sacrifício.
Pela falta de vigilância, traduzida por descuido, a perturbação tambem entra,
trazendo todo tipo de inquietação. É bom que aprendamos que o melhor
livramento é aquele que você não viu e que o melhor pecado é aquele que
você não cometeu, ou seja, ele nunca vai atingir você. A vigilância serve para
nos manter alertas no reino de Deus, evitando que a perturbação chegue.
Outra porta muito perigosa é a culpa, não no sentido de senti-la para
abandoná-la, mas no âmbito de gostar de andar com ela. Isto é muito comum
no mundo do crime, onde o marginal de maior periculosidade é aquele que
cometeu maior número de homicídios ou roubos. É uma atitude impensada,
pois num momento de solidão a culpa é derramada sobre a pessoa fazendo-a
sentir o peso de seu erros, isto sem mencionar o que ocorrerá no porvir.
O melhor é aceitar o perdão dado por Deus através de Jesus.
Já o engano age caladamente fazendo com que a pessoa aparente algo que
não é. É muito perigoso, e todo enganador traz em sua essência uma
aparência maligna que não é compartilhada com os verdadeiros filhos de
Deus. O Engano funciona como um veneno mortal.
O risco vem da maneira como muitas pessoas resolvem enfrentar a vida longe
de Deus, não observando os perigos que está correndo. Toda pessoa nesta
condição está sujeita a uma vida de perturbação.
É preferível que não vivamos nesta zona de desconforto, estando sempre
prestes a uma vida perturbada, por isto, mais que nunca devemos estar
atento as nossas ações, lembrando, conforme já ministrado, que elas tem
efeito e não podem ser devastadores, como muitos convivem.
531
O Princípio da Perturbação nos chama tambem a análise da vontade de Deus
para nós. Isto pode ser compreendido ao observarmos o quadro a seguir,
onde com o nome Princípio mostramos ações que trazem perturbação, e as
que não trazem, cabendo a nós decidirmos de que lado gostaríamos de estar.
A partir do nome Princípio
podemos compreender como
ocorre a sua atuação para as
pessoas que vivem na Perturbação
e os que não vivem.
P – Quem vive fora, naturalmente,
pode experimentar um tempo de
Paz, mesmo em meio às lutas. Seu
coração sempre está tranquilo e
confiante. Já os que vivem dentro
têm sempre, sobre si, uma
preocupação excessiva, sendo motivo de desinteresse pela vida e de
constituição de inimigos.
R – O respeito é a maior marca dos que estão fora da perturbação. Tanto
respeitamos, como somos respeitados. Temos respaldo, com nossas ações, ao
exigir isto de alguém. Para quem vive dentro está sempre em área de risco e
por esta insegurança, contraem doenças na alma e tem espírito enfraquecido.
I – O interesse no bem é notório dos que vivem fora da perturbação. Logo ele
é amigo, trata as pessoas com dignidades, é servidor e fiel companheiro. O
que estão dentro sempre têm mais aptidão ao mal e por causa desta má
índole, acaba atraindo a si, pessoas da mesma espécie.
N – O saber da existência de um campo perigoso tambem é um diferencial
entre os que vivem fora e dentro da perturbação, enquanto o primeiro grupo
532
tem noção do perigo, do pecado, das más alianças, o outro não faz
observação e por esta causa torna-se displicente, cometendo os mesmos
erros repetidamente.
C – O Cálculo do Risco está presente em que vive fora da perturbação, já para
os que vivem dentro, preferem as situações de risco porque elas atraem mais
a atenção a si mesmos.
I – Quem vive fora tem interesse em Deus, na sua Palavra, na igreja, nas
pessoas. É alguém pró-ativo quando o assunto é o Senhor. Quem vive
perturbado tem interesse primeiramente em si. Desta forma, não consegue
manter bons relacionamentos, não coloca valor nas coisas certas e sempre o
que lhe interessa é colocado acima de qualquer prioridade.
P – Quem vive fora tem precisão em suas escolhas, em suas decisões, em seus
momentos de fazer e de deixar de fazer algo. Já quem vive dentro tem
dificuldade de decidir, e a procrastinação torna-se uma de suas mais reais
característica. Isto acontece porque a pessoa tem medo de decidir errado e
por causa deste medo acaba não decidindo.
I – Interesses na prosperidade existem para os membros dos dois grupos. A
diferença é que os que vivem fora preferem a prosperidade sustentável, sem
mácula, sem restrições, ao passo que os membros do outro grupo preferem
as coisas mais rápidas, sem padrão, sem postura e com ligação com o errado.
O – Enquanto os que vivem fora têm uma vida organizada e funciona como
um livro aberto, observando os Princípios e tendo tudo em ordem, os que
vivem dentro são de origem duvidosa. Hoje existem, amanhã não se sabe para
onde foram. Conheço pessoas assim, cujas origens (e destinos) são duvidosos;
533
S – Problemas existem. A diferença é que os pertencentes do grupo que vive
fora sabe dar a cada um a solução adequada, ao passo que os que vivem
dentro tem como marca o sofrimento advindo dos problemas não resolvidos.
Para não vivermos PERTURBADOS, torna-se necessário que tenhamos
algumas posturas que são essenciais aos cristãos. Elas foram ensinadas por
Jesus, mas estão em todas as Escrituras.
-Evite confrontos com pessoas – Não adianta! Jesus nos chamou para
vivermos em PAZ e as pessoas não são nosso alvo de guerra. O inimigo é o
diabo e seus demônios, e não as pessoas. Compreenda que diante de uma
ação maligna cometida por alguém, sempre tem uma ação diabólica que agiu
antecipadamente. Ore contra o mal e não contra as pessoas. Por causa dos
confrontos é que muitos vivem perturbados, ameaçados, encurralados, com
medo da vida e de tudo.
-Não decida nada em momento de raiva – A raiva é uma brecha grande para
entrada da perturbação, e a decisão de algo neste momento funciona como o
cadeado que fecha a porta da prisão. Não decida nada com raiva, quebre as
cadeias com ações de calma e de confiança no cuidado de Deus.
- Use de sabedoria nas decisões – Decisões erradas são motivos de muitas
perturbações, pois elas causam prejuízos, machucam pessoas amadas, e nos
distancia de quem realmente é nosso aliado. Decisões precisam ser tomadas
com sabedoria e nunca com imprudência.
- Prudência ao fazer algo – Use sempre de prudência e assim estará fechando
toda artimanha maligna que visava tirar a sua PAZ, trazendo transtornos e
complicações diversas. Prudência é uma das virtudes mais lindas que o Senhor
deixou para nós, sua igreja.
- Se errar, admita o erro, peça desculpas. Isto é um gesto nobre – Quem não
erra? Quem não se exalta? Quem não fala o que não é devido? Nós
534
cometemos tais atos cotidianamente, então mais que nunca é preciso que
tenhamos humildade para reconhecer tais erros e não cometê-los mais, mas
esta decisão de não errar passa primeiramente pelo filtro da ida até a pessoa
magoada e do pedido de perdão, culminando com a assunção da culpa. Fazer
o contrário tem efeito negativo.
A palavra do Livro de Jó, que lemos no
começo, retrata o estado de uma pessoa
perturbada. Bildade chama esta pessoa
CONCLUSÃO
de ímpia e menciona que sua luz se
apagará, o seu fogo será sem efeito, os
passos firmes se estreitarão, cairá sobre seus próprios conselhos, será como
alguém preso aos pés, estará sujeito a laços e armadilhas, os assombros o
espantará por todos os lados, perseguindo-o pelos seus passos, passará fome,
será parceiro da destruição, será sujeito a todo tipo de doença, será
desconfiado e andará em terror, morará em lugar escuso, seus ascendentes
serão mortos e seus descendentes não prosperarão, não será alguém
lembrado e viverá sempre em guerras tendo inimigos de todos os lados. O
retrato é bastante feio, mas foi a maneira encontrada para registrar o estado
de uma pessoa que vive perturbada. Na leitura do contexto, entendemos que
perturbação não é para quem serve a Deus, mas para os ímpios, para os que
não querem saber de Deus. Estes acabam sendo vítimas de suas más escolhas
e de suas reais intenções.
Fazendo a leitura completa você até compreende que não está mais em
estado tão calamitoso, mas certamente conhece pessoas que vivem assim.
Deus tem nos chamado para vivermos em Paz, e isto inclui uma visita ao
estado que nos encontraríamos se não estivéssemos com Ele. Precisamos ter
consciência do que o Senhor fez por nós, e assim aprendermos a difundir o
seu amor aos milhões que vivem neste estado de PERTURBAÇÃO. Observe
atentamente as verdades do Evangelho, e seja grato a Deus, porque foi Ele
quem nos livrou, dando-nos a PAZ que recebemos de Jesus.
535
Não Esqueça
1. A perturbação, na maioria dos casos, é provocada. Tambem pode ser evitada,
basta que observemos o Princípio;
2. Se você está sofrendo perturbações então tome uma postura diante de Deus
e feche as portas;
3. Olhando agora a Perturbação como Princípio, conseguimos responder de
onde vêm as lutas e as tribulações, sendo muitas delas oriundas de nossa
provocação ao Princípio;
4. Deus tem um mundo de PAZ para nós. Nele tambem encontraremos
tribulações, mas elas nunca tem o poder de nos perturbarem. Elas não tiram
a nossa paz e não roubam o nosso sono.
536
Conclusão
Foram dias trabalhosos, mas valeu à pena. Foram muitas horas dedicadas, mas o
resultado foi surpreendente. Fora horas de oração, mas as respostas foram dadas
pelo Senhor em forma de ensino de um assunto novo, edificante e que serve de
alimento à Igreja de Cristo.R esta ainda aquela sensação de que ainda tinha mais a
falar, mas como primeiro volume já é material para muita “degustação”!
Desejo imensamente que você tenha crescido nesta leitura. Eu cresci bastante.
Tornei-me outra pessoa. Aprendi coisas que nunca me ensinaram. Tambem descobri
que Deus sempre tem uma revelação nova para compartilhar conosco.
Este material não é recomendado apenas para leitura, mas como manual de estudo,
consulta, e pesquisa, comentário e de indicação. Desta forma, não fique restrito a
este primeiro contato .Dúvidas, testemunhos ou outros comentários podem ser
feitos diretamente no Email do autor, assim o canal estará sempre aberto para novas
amizades e aprendizados conjuntos.
Tambem aprenda a aplicar esta dinâmica para tudo que necessita compreender no
Reino de Deus. Lembre-se: Deus age dentro de
Princípios, então com as perguntas abaixo, qualquer
assunto pode, facilmente, ser resolvido:
a) Existe um Princípio Estabelecido?; b)
Existem doutrinas ou ensinos para este Princípio?;
c) Foram publicados mandamentos, ou leis, ou
estatutos, ou ordenanças, ou alianças, ou preceitos,
ou decretos para o Princípio?; d) Quais são os juízos
ou sentenças?
Caso o assunto em questão não passe por estes filtros então é porque não tem base
bíblica e não merece nosso apreço.
Agradeço sua estadia nestes dias de leitura e desejo encontrá-lo noutros momentos,
neste e em outros assuntos. Fiquem na PAZ. Vivam com Princípios!
537

001 a 052 - 2013

Transcrição

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