ESTUDO DE OPORTUNIDAES FINAL

Transcrição

ESTUDO DE OPORTUNIDAES FINAL
ESTUDO DE
Versão 1
IDENTIFICAÇÃO DE
OPORTUNIDADES
DE INVESTIMENTOS
PARA O TURISMO
NO DISTRITO
FEDERAL
Brasília
Outubro de 2010
FICHA TÉCNICA
Estudo para o Levantamento das Oportunidades de Investimentos para o Setor de Turismo no
Distrito Federal
2010 Ministério do Turismo – Mtur / Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal Sebrae-DF/ Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília – CET-UnB
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Endereço para contato: Centro de Excelência em Turismo
Campus Universitário Darcy Ribeiro Gleba A Módulo E – Universidade de Brasília Asa Norte Brasília - DF
Telefone: 3107-5959 Fax (61) 3107- 6380
E-mail: [email protected]
Ministério do Turismo – MTUR
Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho
Ministro de Estado do Turismo
Mário Augusto Lopes Moysés
Secretário Executivo
Frederico Silva da Costa
Secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento doTurismo
Hermano Gonçalves de Souza Carvalho
Diretor do Departamento de Financiamento e Promoção de Investimentos no Turismo
SEBRAE-DF
Antonio Rocha da Silva
Presidente
José Carlos Moreira De Luca
Maria Eulalia Franco
Rodrigo de Oliveira Sá
Diretoria Executiva
Banco de Brasília S.A - BRB
Banco do Brasil S.A.- BB
Caixa Econômica Federal - CAIXA
Companhia de Planejamento do Distrito Federal - CODEPLAN
Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal - FAPE/DF
Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Distrito Federal - FACI/DF
Federação das Indústrias do Distrito Federal - FIBRA
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal - FECOMÉRCIO
Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico do Distrito Federal – SDE
3
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas – SEBRAE
Universidade de Brasília - UnB
Conselho Deliberativo
Maria Eulalia Franco
Fernando Neves dos S. Filho
Roberto Faria Santos Filho
Aparecida Vieira Lima
Giana Maria Gagno
Maria Auxiliadora Umbelino de Souza
Equipe Técnica do Sebrae-DF
Regina Célia Xavier dos Santos
Consultora Técnica
CET-UNB
José Geraldo de Sousa Junior
Reitor da Universidade de Brasília
Neio Lúcio de Oliveira Campos
Diretor do Centro de Excelência em Turismo
Domingos Sávio Spezia
Assessoria Técnica do Centro de Excelência em Turismo
Maria de Lourdes Rollemberg Mollo
Coordenação do Núcleo de Economia do Turismo
Klécios Renato Silveira Celestino
Coordenação de Projetos de Gastronomia
Ariádne Pedra Bittencourt
Coordenação de Projetos em Hotelaria
Elisângela Aparecida Machado da Silva
Coordenação de Projetos em Turismo
Karen Furlan Basso
Luiz Carlos Spiller Pena
Davi Bimbatti
Ana Rosa Domingues dos Santos
Analistas de Projetos em Turismo
Milene Takasago
Responsável Técnica do Projeto
Ananda Martins
Fernando Sobrinho
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
4
Joanlise Marco Leon
Lilian Santos
Luciana Cavalcante
Valéria Gentil
Sara Poletto
Pesquisadores envolvidos
Dázia Bezerra
Gleisson Carvalho
Técnicos em turismo
Humberto Sales de Andrade
Keila Karine Silva Rabelo
Estagiários
Sandra Alves
Supervisora da Pesquisa Quantitativa em Campo
Alice Pessoa
Ângela Sônia
Daniel Eduardo Castilho
Denila Oliveira
Gabriel Jaques Pereira
Humberto Sales de Andrade
Kaio César Amorim de Paiva
Loiane Barbosa
Entrevistadores Pesquisa Quantitativa
Davi Bimbatti
Karen Basso
Cristina Pimentel
Angela Maria Lopes
Denila de Oliveira
Entrevistadores Pesquisa Qualitativa
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
5
SUMÁRIO
________________________________________________________________
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................................................................... 7
LISTA DE QUADROS ................................................................................................................................................. 7
LISTA DE SIGLAS ........................................................................................................................................................ 8
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................ 10
Capítulo 1: Metodologia ....................................................................................................................................... 11
1.1 Oportunidades de investimento .................................................................................................................. 11
1.2 Ambiente externo e interno do turismo ................................................................................................... 13
1.3 Metodologia Análise SWOT correlacionada ........................................................................................... 19
Capítulo 2: Lazer e Entretenimento .................................................................................................................. 23
2.1 Descrição das Subcategorias, seus produtos e serviços, e oportunidades identificadas ...... 24
2.2 Público-alvo .......................................................................................................................................................... 49
2.3 Principais fornecedores e concorrentes .................................................................................................... 49
2.4 Legislação Relativa............................................................................................................................................. 50
2.5 Fonte de Pesquisa .............................................................................................................................................. 51
Capítulo 3: Agenciamento .................................................................................................................................... 52
3.1 Descrição das Subcategorias, seus produtos e serviços, e oportunidades identificadas ...... 53
3.2 Público-Alvo ......................................................................................................................................................... 58
3.3 Principais Fornecedores e Concorrentes .................................................................................................. 58
3.4 Legislação Relativa............................................................................................................................................. 59
3.5 Fonte de Pesquisa .............................................................................................................................................. 60
Capítulo 4: Meios de Hospedagem .................................................................................................................. 61
4.1 Descrição das Subcategorias, seus produtos e serviços, e oportunidades identificadas ...... 62
4.2 Público-Alvo ......................................................................................................................................................... 80
4.3 Principais Fornecedores e Concorrentes .................................................................................................. 80
4.4 Legislação Relativa............................................................................................................................................. 80
4.5 Fonte de Pesquisa .............................................................................................................................................. 81
Capítulo 5: Gastronomia ....................................................................................................................................... 82
5.1 Descrição das Subcategorias, seus produtos e serviços, e oportunidades identificadas ...... 82
5.2 Público-Alvo ......................................................................................................................................................... 104
5.3 Principais Fornecedores e Concorrentes .................................................................................................. 104
5.4 Legislação Relativa............................................................................................................................................. 105
5.5 Fonte de Pesquisa .............................................................................................................................................. 105
Capítulo 6: Transportes ......................................................................................................................................... 106
6.1 Descrição das Subcategorias, seus produtos e serviços, e oportunidades identificadas ...... 107
6.2 Público-Alvo ......................................................................................................................................................... 126
6.3 Principais Fornecedores e Concorrentes .................................................................................................. 126
6.4 Legislação Relativa............................................................................................................................................. 128
6.5 Fonte de Pesquisa .............................................................................................................................................. 130
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
6
Capítulo 7: Eventos.................................................................................................................................................. 130
7.1 Descrição das Subcategorias, seus produtos e serviços, e oportunidades identificadas ...... 131
7.2 Público-Alvo ......................................................................................................................................................... 133
7.3 Principais Fornecedores e Concorrentes .................................................................................................. 183
7.4 Legislação Relativa............................................................................................................................................. 183
7.5 Fonte de Pesquisa .............................................................................................................................................. 184
Capítulo 8: Outros serviços .................................................................................................................................. 185
8.1 Descrição das Subcategorias, seus produtos e serviços, e oportunidades identificadas ...... 185
8.2 Público-Alvo ......................................................................................................................................................... 198
8.3 Principais Fornecedores e Concorrentes .................................................................................................. 198
8.4 Legislação Relativa............................................................................................................................................. 199
8.5 Fonte de Pesquisa .............................................................................................................................................. 200
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 201
ANEXOS ......................................................................................................................................................................... 209
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
7
LISTA DE FIGURAS
________________________________________________________________
Figura 1 – Modelo de macroambiente com quatro aspectos de relevância ..................................... 13
Figura 2 – Categorias de mercado consideradas no estudo .................................................................... 16
Figura 3 – Modelo conceitual de Setor Turismo desenvolvido para a Análise Setorial ................ 17
Figura 4 – Principais fontes de subsídio para análise interna do setor turismo no DF ................. 18
LISTA DE QUADROS
________________________________________________________________
Quadro 1 – Temas que compõem a primeira parte do Relatório Setorial ......................................... 14
Quadro 2 – Aplicação da metodologia SWOT correlacionada ............................................................... 22
Quadro 3 – Empreendimentos de lazer e entretenimento ....................................................................... 23
Quadro 4 – Subcategorias de agenciamento................................................................................................. 52
Quadro 5 – Subcategorias de hospedagem ................................................................................................... 61
Quadro 6 – Subcategoria de gastronomia ...................................................................................................... 82
Quadro 7 – Subcategoria de transportes ........................................................................................................ 107
Quadro 8 – Espaços e infraestrutura para eventos ...................................................................................... 132
Quadro 9 – Empresas organizadorase prestadoras de serviços para eventos ................................. 133
Quadro 10 – Subcategoria de outros serviços .............................................................................................. 185
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
8
LISTA DE SIGLAS
________________________________________________________________
ABARE – Associação Brasileira das Agências de Receptivo do DF
ABIH – Associação Brasileira da Indústria Hoteleira
ABRASEL – Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Similares
ACT – Atividades Características do Turismo
ADASA – Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF
ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico
BNB – Biblioteca Nacional de Brasília
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRASILIATUR – Empresa Brasiliense de Turismo
BRB – Banco de Brasília
CAT – Centros de Atendimento ao Turista
CCP – Classificação Central de Produtos
CESPE – Centro de Seleção e de Promoção de Eventos
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
CNT – Conselho Nacional de Turismo
CODEP – Coordenação de Desenvolvimeto de Pessoas
Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF
COL – Comitê Organizador Local
CONCLA – Comissão Nacional de Classificações
CONDETUR-DF – Conselho de Desenvolvimento do Turismo do Distrito Federal
CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CSN – Companhia Siderúrgica Nacional
CTNDT – Câmara Temática Nacional de Desenvolvimento Turístico
DF – Distrito Federal
EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo
FAC – Fundo de Apoio à Cultura
FACITEC – Faculdade de Ciências Tecnológicas e Sociais
FACEB – Faculdade Cenecista de Brasília
FAGAMA – Feira de Amostra do Gama
FAP-DF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
FCO – Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste
FITUR-DF – Fundo de Fomento à Indústria do Turismo do Distrito Federal
Fornatur – Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo
GDF – Governo do Distrito Federal
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Ibram – Instituto Brasília Ambiental
IESB – Instituto de Educação Superior de Brasília
IHGDF – Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal
Infraero – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
ISIC – International Standard Industrial Classification
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MTur – Ministério do Turismo
OMT – Organização Mundial do Turismo
PAC – Programa de Apoio à Cultura
PDG Turismo – Programa de Desenvolvimento Gerencial do Turismo
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
9
PIB – Produto Interno Bruto
PNEs – Pessoas com Necessidades Especiais
PNT – Plano Nacional de Turismo
PPA – Planos Pluri Anuais
PRODETUR – Produção Associada ao Turismo e Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Regional do Turismo
RURALTUR – Sindicato de Turismo Rural e Ecológico do DF
RAs – Regiões Administrativas
SEBRAE/DF – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal
SECT – Secretaria de Ciência e Tecnologia
SEDUMA – Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente
SENAC – Serviço Nacional do Comércio
SETUR – Secretaria de Estado de Turismo do Distrito Federal
SDE – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal
SIA – Setor de Industrias e Abastecimento
SLU – Serviço de Limpeza Urbana do DF
Sinaenco – Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva
SINDGTUR – Sindicado dos Guias de Turismo do Distrito Federal
SINDHOBAR – Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília
SMPW – Setor de Mansões Park Way
SUREC – Subsecretaria da Receita
SUTES – Subsecretaria do Tesouro
Terracap – Companhia Imobiliária de Brasília
UAT – Unidade de Administração Tecnológica
UAG – Unidade de Administração Geral
UHs – Unidades Habitacionais
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
UNICEUB – Centro Universitário de Brasília
UNIEURO – Centro Universitário Euro-Americano
UNIPLAN – Centro Universitário Planalto do Distrito Federal
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
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APRESENTAÇÃO
O presente relatório reúne as análises finais relativas ao Projeto Estudo para o
Levantamento das Oportunidades de Investimentos para o Setor de Turismo no
Distrito Federal, executado pela Fundação Universidade de Brasília (FUB), por
meio do Centro de Excelência em Turismo (CET-UnB), para o SEBRAE-DF e o
Ministério do Turismo, entre dezembro de 2009 e outubro de 2010.
Nesse período, ampla pesquisa foi concebida e executada com o objetivo de
identificar oportunidades de investimento em turismo no Distrito Federal,
reunindo informações amplas e variadas sobre as categorias que integram a
atividade turística no destino Brasília. Ao final deste projeto, são apresentadas
nesse relatório as principais informações que deverão subsidiar novos
investimentos, negócios e ações, com uma abordagem dirigida às
potencialidades existentes em curto e médio prazo, organizadas em fichas
técnicas e matrizes de análise SWOT correlacionada.
O Estudo de Oportunidades de Investimentos em Turismo no Distrito Federal é o
resultado de um amplo trabalho de pesquisa realizado pelo CET-UnB a partir
das especificações técnicas do SEBRAE-DF. Sua síntese envolve resultados
obtidos de análise macroambiental, setorial do turismo, pesquisas quantitativas
e qualitativas com diferentes agentes envolvidos, estudos comparados, entre
outros.
Destaca-se, no entanto, que as oportunidades de investimento dependem
sempre da criatividade e do olhar do investidor e, consequentemente, da
complexidade do estudo. Esta é a capacidade do empresário e que está além de
qualquer estudo: a vocação de enxergar oportunidades onde ninguém mais viu
até o momento. Neste sentido, a expectativa é que a análise do conteúdo da
dinâmica do turismo possa fornecer o ambiente propício para que novas e
inventivas idéias floresçam e convertam-se posteriormente em empreendimentos
coroados de sucesso.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
11
1. Metodologia
Este capítulo visa apresentar a metodologia que envolve a execução do Projeto
Estudo de Identificação de Oportunidades de Investimentos para o Setor de
Turismo no Distrito Federal, desenvolvido com o objetivo de mapear as
principais oportunidades e deficiências do setor turismo no DF, de forma que
possibilite a identificação de investimentos para micro e pequenos empresários
e empreendedores individuais, entre outros agentes da cadeia produtiva do
turismo.
Inicialmente, será delimitada a compreensão do CET-UnB com relação às
oportunidades de investimento identificadas por meio de uma análise
comparada das condições do ambiente interno e externo do DF. Em seguida, irá
expor o que considera ambiente externo e interno do turismo no DF e
apresentar a metodologia SWOT, entre outras técnicas e ferramentas
metodológicas utilizadas neste estudo em síntese.
1.1 Oportunidade de Investimento
Considera-se a existência de uma oportunidade de investimento no setor
turismo quando sua totalidade, ou parte, pode auferir lucros ao atender às
necessidades de determinados consumidores. No caso deste Estudo de
Oportunidades de Investimentos, as oportunidades não estão vinculadas
exclusivamente à lucratividade relacionada à escassez da oferta existente, mas a
toda e qualquer ação que em si própria possa desencadear um processo de
desenvolvimento em sentido amplo, o que inclui o papel do Estado e a
qualidade de vida da população.
Nesse contexto, são consideradas para esse Estudo três fontes principais de
oportunidades de investimento. A primeira está relacionada à necessidade de
oferecer algo cuja oferta é escassa. A segunda considera, em geral, a
oportunidade de oferecer um produto ou serviço já existente de uma maneira
nova ou superior. E a terceira, resulta da possibilidade de desenvolver um
produto ou serviço totalmente novo por meio da criatividade e da capacidade
de inovação inerente ao ser humano (KOTLER, 2006). Assim, considera-se no
levantamento de oportunidades de investimento em turismo, o
desenvolvimento de negócios, produtos e serviços já existentes, de forma
inovadora e a criação de novos negócios, produtos e serviços.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
12
A oportunidade de investimento objetiva a aplicação de algum tipo de recurso
com a expectativa de retorno futuro superior ao aplicado. A oportunidade, em
si, não se aplica apenas à compra/aplicação e fornecimento de bens e serviços
com o objetivo de atender à demanda da cadeia produtiva do turismo; engloba
também possibilidades de adaptação e inovação, corroborando para o
desenvolvimento da capacidade produtiva do turismo já existente por meio da
expansão da oferta de bens e serviços de acordo com as necessidades ou com a
criatividade do próprio mercado.
Além do grande desafio central deste Projeto que é a identificação das
oportunidades de investimento vinculadas à escassez ou inovação da oferta
existente, há ainda a limitação quando se reconhece que os subsídios, dados e
informações que levam ao resultado refletem o momento da análise, ou seja,
envolvem um recorte espaço temporal incapaz de refletir (congelar) o constante
dinamismo do mercado, do território e de sua sociedade.
Para prosperar neste setor extremamente competitivo, empresas e seus
negócios precisam se antecipar e se adaptar com rapidez às condições do
mercado global (LIAUTAUD, 2002; MITROFF, MASON E PERARSONM, 1994),
algo que, para ocorrer, pressupõe a existência de dados e subsídios que
permitam reflexão e construção de cenários prospectivos por parte dos agentes
do mercado.
Para se ter uma ideia da transitoriedade dos acontecimentos, constantes e
inerentes à globalização, na medida em que o documento foi sendo produzido
fez-se necessário ajustes e atualizações de acordo com as novas informações e
dados coletados. Contudo, deve-se considerar que, apesar de amplos esforços,
no momento em que os resultados desse estudo forem publicados, novas
dinâmicas e ações do território analisado estarão sendo desencadeadas,
redirecionando algumas possibilidades.
Ainda assim, assumiu-se o desafio de realizar o estudo de forma inovadora,
considerando a “instabilidade” e constante dinâmica dos processos que se dão
em determinado território, reconhecendo-se a validade dos esforços em sua
capacidade de auxiliar investidores em amplo aspecto na tomada de decisão
quanto a seus investimentos.
O Estudo de Oportunidades de Investimento em Turismo envolveu, portanto, um
processo de coleta, conformação e sistematização de informações
contextualizadas do ambiente externo e interno do turismo, de modo a fornecer
aos diferentes agentes envolvidos conhecimento amplo à tomada de decisões.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
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1.2 Ambiente interno e externo do turismo
Para a aplicação da Análise SWOT no setor do turismo, foi necessário delimitar
os ambientes internos e externos do setor turismo, possibilitando a análise dos
principais fatores envolvidos, de modo a identificar seus pontos fortes, fracos,
oportunidades e ameaças.
Para a análise do ambiente externo do turismo (oportunidades e ameaças),
denominado de macroambiente do turismo no Distrito Federal, foram
considerados aspectos socioculturais, econômicos, políticos e infraestruturais
(Figura 1) que integram a dinâmica do território e exercem influência na
promoção ou entrave ao desenvolvimento do turismo no mesmo.
Figura 1 – Modelo de Macroambiente com quatro aspectos de relevância
Fonte: CET-UnB (2009)
Esse escopo, foi concebido a partir da adaptação de metologias desenvolvidas
por autores como Narayanan e Fahey (1999) e Hitt et al (2002), sem delimitar
necessariamente um aspecto ambiental/natural por estes serem entendidos
como intrínsecos ao território e aos elementos observados na sociedade, em
sua cultura, desenvolvimento econômico, infraestrutura existente, como
elemento apropriado no processo de construção social1.
1
Essa construção conceitual empreendida por Milton Santos ao longo de sua produção acadêmica refere-se a
formulação acerca da teoria espacial na qual o entendimento de espaço geográfico envolve uma dinâmica construção
permanente da natureza social, denominada por este autor (com base em Marx) de segunda natureza.
Vide SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São Paulo: EDUSP, 2004.
Capítulo 1 - STEINBERGER, Marília (Org.). Território, Ambiente e Políticas Públicas. LGE Editora, 2006.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
14
O ambiente externo foi analisado de forma ampla em documento integrante
desse Estudo, apresentado ao SEBRAE-DF em março de 2010 – a Análise
Macroambiental. Esse documento foi elaborado por meio de pesquisa
exploratória, pautada no levantamento de dados secundários sobre o Distrito
Federal encontrados em documentos técnicos, relatórios de órgãos oficiais,
bases de dados de centros de pesquisas, internet, entre outros.
As informações contidas na análise do ambiente externo do turismo
(macroambiente) foram obtidas a partir das bases de dados das seguintes
instituições: Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Companhia de
Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN), Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos (DIEESE), Empresa Brasiliense de Turismo (Brasília Tur),
Governo do Distrito Federal (GDF), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), Junta Comercial do Distrito Federal, Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), Ministério do Turismo (MTur), Secretaria de Desenvolvimento
Econômico e Turismo do Distrito Federal (SDE DF), entre outras.
No documento elaborado para análise do ambiente interno – a Análise Setorial
– foram considerados na Parte I dados referentes ainda ao ambiente externo,
mas diretamente relacionados ao setor do turismo que impactam a cadeia
produtiva no DF. Assim, as políticas públicas diretamente relacionadas ao setor,
em âmbito federal e distrital, foram consideradas, em certa medida, externas ao
setor por serem consideradas fora da competência de atuação direta do
mercado do turismo (Quadro 1).
Quadro 1 – Temas que compõem a primeira parte do Relatório Setorial e foram
integrados à matriz SWOT como aspectos externos
Política pública de turismo e suas instituições
O Ministério do Turismo e Lei Geral do Turismo
Os Planos Nacionais de Turismo – PNT 2003/2007 e PNT 2007/2010
Políticas e programas de outros Ministérios que afetam indiretamente o setor turismo
Política pública de turismo de âmbito distrital e suas instituições
Instituições públicas de turismo de âmbito distrital
Políticas públicas de âmbito distrital
Capacitação em Turismo no Distrito Federal
Sistema de Informações Turísticas
Investimentos para o Setor Turismo no Distrito Federal
Fonte: CET-UnB, 2010
A análise descritiva de aspectos e elementos que compõem o ambiente externo
do setor turismo no Distrito Federal permitiu a extração de dados,
sistematizados em oportunidades e ameaças, que possibilitaram uma análise
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
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correlacionada com aspectos internos do setor em si.
Estes aspectos internos foram construídos na Ana´laise Setorial do Turismo no
DF onde foram considerados os elementos setoriais também em constante
rearranjo, em meio à dinâmica permanente do ambiente externo e das pressões
globais. Ele alimenta e é constantemente alimentado pelo ambiente, sendo
efetivado à medida em que dialoga com sua legitimação social. Trata-se,
portanto, de uma atividade capaz de gerar, no macroambiente como um todo,
negócios formais e informais, de pequeno, médio e grande porte, caracterizada
por aspectos basicamente empresariais.
A diversidade de empresas e profissões que atuam nesse setor é enorme, cada
qual com seu ramo de especialização. Sob o ponto de vista da atividade
econômica, o turismo é modelado a partir da perspectiva de quem o consome,
ou seja, da demanda e do que se pode oferecer a esse consumidor, da oferta. A
diversidade de perfis e motivações da demanda, aliada às condições naturais e
econômicas do local visitado, dentre outras condicionantes sócio-territoriais,
implicam em um conjunto significativamente heterogêneo de produtos e
serviços produzidos e consumidos. Disso resulta a impossibilidade de existência
de um processo de produção único e comum ao turismo, que possibilite
determiná-lo enquanto uma atividade econômica padrão, fechada e de simples
domínio.
Compreende-se, portanto, que um estudo de oportunidades de investimento
para o setor turismo deve observar especificidades advindas do território e da
população residente e visitante. Dessa forma, optou-se por trabalhar, na análise
setorial, com uma listagem de categorias e subcategorias de atividades
relacionadas ao turismo, construída com base no cruzamento de classificações
da OMT (Conta Satélite do Turismo), do IBGE (Classificação Nacional das
Atividades Econômicas) e do MTur (Inventário da Oferta Turística), delimitando
um escopo próprio de análise setorial, analisado dentro de uma perspectiva de
mercado (Figura 2).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
16
Figura 2 – Categorias de mercado de oferta consideradas no estudo
Atrativos turísticos
Hospedagem
Agenciamento
Gastronomia
Eventos
Transportes
Lazer e entretenimento
Outros serviços
Fonte: CET-UnB, 2010.
Por outro lado, entende-se ainda, que o mercado turístico do Distrito Federal,
como qualquer outro mercado, é dinâmico e em constante evolução. Assim,
apenas pesquisa em fontes secundárias e direcionadas para categorias e
subcategorias da oferta do setor não seriam o bastante para apontar a
complexidade deste mercado. Com base na oferta, demanda e instituições
integrantes do setor, foi elaborado um modelo conceitual baseado
principalmente em Beni (2003), de modo a ilustrar as partes integrantes da
dinâmica do Sistema Turístico consideradas na análise do ambiente interno
deste Estudo (Figura 3).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
17
Figura 3 - Modelo conceitual de Setor Turismo desenvolvido para a Análise Setorial
Fonte: Baseado em Beni, 2003 e adaptado pela equipe técnica do CET-UnB, 2010.
Dessa forma, o mercado turístico foi analisado com base em pesquisa
exploratória das oito categorias acima expostas, permeadas por dados advindos
de outras pesquisas, envolvendo outros aspectos, quais sejam (Figura 4):
pesquisa exploratória de gabinete – que resultou na construção de uma base
cadastral de empresas, atrativos e empreendimentos turísticos, utilizada como
fonte de consulta constante a partir desse capítulo; pesquisa qualitativa
realizada por telefone entre abril e maio de 2010 junto aos administradores e
proprietários de atrativos turísticos; pesquisa qualitativa junto a operadores
nacionais realizada em abril de 2010; pesquisa qualitativa junto a agentes que
se relacionam à cadeia produtiva do turismo realizada em abril e maio de 2010,
pesquisa qualitativa junto a guias de turismo realizada em abril de 2010,
pesquisa quali-quantitativa junto a empresários da cadeia produtiva do turismo
realizada em junho de 2010 e pesquisa qualitativa de demanda, realizada no
ano de 2008.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
18
Figura 4– Principais fontes de subsídio para análise interna do setor turismo no DF
Análise
descritiva da
oferta de
turismo no
Distrito
Federal
Análise
descritiva e
qualitativa da
demanda por
turismo no
Distrito
Federal
Análise
QualiQuantita
tiva dos
agentes do
turismo no
Distrito
Federal
Análise do
Mercado do
Turismo no
Distrito
Federal
Fonte: CET-UnB, 2010
Os dados e informações obtidos foram, em grande parte, coletados da própria
base de dados do CET-UnB e por meio do apoio das principais entidades
representativas do setor2, como: a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira ABIH, a Associação Brasileira das Agências de Receptivo do DF - ABARE, a
Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Similares - ABRASEL, o Sindicado
dos Guias de Turismo do Distrito Federal - SINDGTUR, o Sindicato de Turismo
Rural e Ecológico do DF – RURALTUR, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares
e Similares de Brasília – SINDHOBAR e o Convention & Visitors Bureax. Ainda,
foram consultados os bancos de dados do Ministério do Turismo (CADASTUR),
da Listel, da Acesso Eventos, de revistas e sítios eletrônicos do setor de turismo
do Distrito Federal e do google3.
Com base nessa coleta, foi possível identificar as fragilidades (pontos fracos) e
potencialidades (pontos fortes) existentes em cada categoria do setor, de modo
a gerar subsídios para uma análise dos atuais negócios, e outros fatores
relacionados ao turismo, e seus impactos mais significativos e menos
significativos.
Com a realização da pesquisa setorial dados específicos com relação as
principais empresas que integram o setor turismo, com especial atenção às
micro e pequenas empresas, foram obtidos para serem cruzados com dados
analíticos gerais de fatores aos quais essas empresas dependem para seu
crescimento e sucesso comercial, sistematizados de acordo com sua categoria
(atrativos turísticos, agenciamento, meios de hospedagem, gastronomia,
eventos, lazer e entretenimento, transportes e outros serviços).
2
Cabe destacar que os principais entidades de classe do setor turismo de Brasília foram contatadas por e-mail e
telefone, com envio de ofício assinado pelo Diretor do Centro de Excelência em Turismo.
3
O google é o maior sítio eletrônico de pesquisas e consultas do país atualmente. Embora ele não garanta a
confiabilidade das informações prestadas, ele reune as principais referências a algum tema disponível na internet.
Acesso: www.google.com.br.
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19
Para identificação das principais possibilidades de investimento ao final deste
Estudo, aplicou-se a metodologia de Análise SWOT, correlacionando
oportunidades, ameaças, fraquezas e forças de forma a permitir o entendimento
do processo de formação, consolidação e expansão do Distrito Federal e suas
complexidades, e com isso, apontar elementos capazes de fornecerem o aporte
necessário para a identificação das Oportunidades de Investimentos no Setor
Turismo do Distrito Federal.
1.3 Metodologia Análise SWOT correlacionada
A utilização de uma ferramenta que permitisse fornecer uma visão de futuro
levou a equipe do CET-UnB a optar analíticamente pela área da gestão
estratégica. Porém, a complexidade do setor turismo e a compreensão de uma
realidade submetida a constantes mudanças, levou à constante adaptação dos
processos, das técnicas, dos métodos e do uso da ferramenta durante a
execução deste Projeto, considerando um tema novo, nunca antes pesquisado e
submetido a uma análise nesse formato.
Para a execução desse Estudo, tomou-se de empréstimo uma ferramenta que,
devido à sua simplicidade, é amplamente utilizada para análise de cenários (ou
análise de ambiente), tanto como base de gestão e planejamento estratégico de
uma corporação ou empresa, como para auxiliar a tomada de decisão quanto à
criação de um website, ou até mesmo à criação de uma nova multinacional.
Trata-se da Análise SWOT, sistema simples de posicionamento ou verificação da
posição em que uma empresa ou organização se insere em determinado
ambiente, adaptado neste estudo de forma inovadora para todo um setor
produtivo: o turismo.
A avaliação das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, conhecida pelo
termo Análise SWOT, que integra a sigla oriunda do conjunto das iniciais de
quatro palavras inglesas: Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas),
Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), envolve o monitoramento
dos ambientes externos e internos que se relacionam com o turismo (KOTLER,
2006)4.
Em linhas gerais, na aplicação prática da ferramenta analítica optada neste
Projeto busca-se construir o cenário da empresa ou organização por meio de
uma síntese de análises do ambiente externo e do ambiente interno, que são
compreendidos por:
4
KOTLER, P. (KOTLER, P. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. Pg.50
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
20
Ambiente interno – principais aspectos, que diferenciam a empresa dos seus
concorrentes (decisões e níveis de performance que podem ser gerenciadas).
Ambiente externo - perspectivas e fatores provenientes do meio que envolve
a empresa, cujas decisões e circunstâncias são externas ao poder de decisão da
mesma.
Nota-se que o ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da
empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas por
seus próprios membros. Já o ambiente externo está totalmente fora do controle
da organização.
Desta forma, durante a análise do ambiente interno, busca-se identificar pontos
fortes que possam ser ressaltados ao máximo, e fraquezas, das quais a
organização possa agir para controlar, minimizar, ou até mesmo sanar.
Enquanto na análise do ambiente externo, busca-se identificar oportunidades,
que possam ser aproveitadas pela capacidade da organização, e ameaças que
possam colocá-la em risco.
Embora não se controle os efeitos advindos do ambiente externo, a empresa
que busca conhecê-los e monitorá-los, tem maiores possibilidades de
aproveitá-los a seu favor, estando melhor preparada para evitar que fenômenos
prejudiquem sua sustentabilidade no mercado (ameaças) e transformando
determinadas situações a seu favor, para estar à frente da concorrência
(oportunidades).
Assim, as forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e
se relacionam, quase sempre, a fatores internos, enquanto as oportunidades e
ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos. A
combinação destes dois ambientes, interno e externo, e suas variáveis (forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças) permite a análise e a procura de subsídios
válidos para a tomada de decisões na definição das estratégias de negócios da
empresa.
Alguns fatos e acontecimentos muitas vezes traduzem oportunidades ou
ameaças ao setor, necessitando de conhecimento, classificação e
monitoramento de acordo com sua gravidade e probablididade de ocorrência.
O monitoramento desses aspectos significaria um meio para idenficação e
análise constante de tendências e mudanças importantes, de forma a
possibilitar a ação/tomada de decisão diante de oportunidades e ameaças
configuradas, e permitir uma classificação da atratividade global do destino
diante do negócio turístico pretendido.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
21
A análise do ambiente interno do turismo (forças e fraquezas), por sua vez, está
vinculada à identificação das oportunidades e ameaças a partir do momento em
que permite identificar a capacidade do setor de tirar o melhor proveito das
oportunidades e agir frente às ameaças existentes. Por isso, é importante avaliar
frequentemente as forças e fraquezas internas do DF no que diz respeito ao
setor turismo, tendo um conhecimento amplo das dinâmicas existentes no
território independentemente das atividades turísticas em si.
Em geral nem todas as fraquezas podem ser corrigidas e nem todas as forças
aproveitadas a contento. Porém, pode-se constantemente avaliar se o setor
deve se limitar às oportunidades para as quais dispõe os recursos necessários
ou se deve examinar as melhores opções, para as quais pode precisar adquirir
ou desenvolver maiores forças. Muitas vezes pode-se ter um desempenho ruim
não por falta das forças necessárias, mas por não haver um esforço conjunto.
Portanto, ao examinar o ambiente interno é muito importante avaliar as
relações de trabalho intersetoriais existentes.
Oportunidades e ameaças reúnem duas listas distintas de fatores que
influenciam o turismo. As oportunidades e ameaças são passíveis de
aproveitamento e superação, porém fogem ao controle direto da região e
envolvem decisões estratégicas, que no caso do turismo, devem envolver
diferentes agentes. Já as fraquezas e forças envolvem fatores gerenciáveis,
internos à região estudada e passíveis de intervenções diretas que viabilizem a
tomada de decisão e ação dos agentes que fazem o turismo no Distrito Federal.
Assim, numa tentativa de explicar a aplicação prática da metodologia, que
resultou nas planilhas em anexo a este documento, lista-se os principais
aspectos de decisões a nível de performance que podem ser geridas pelo
próprio setor e suas vantagens e desvantagens internas em um eixo Y (forças e
fraquezas); e as perspectivas de evolução do mercado, fatores provenientes do
meio envolvente, vantagens e desvantagens que o ambiente externo fornece ao
setor, em um eixo X (Matrizes anexas).
Uma etapa importante da Análise Externa e Interna de uma organização é
cruzamento dos elementos desses ambientes, que é feita por meio de uma
estrutura denominada matriz SWOT correlacionada. Essa forma de apresentação
dos dados levantados permite perceber a posição do setor a organização em
um ambiente turbulento (TARAPANOFF, 2001). Na matriz SWOT correlacionada
aplicada não mais a uma organização, mas a um setor, as relações existentes
entre os quatro itens levantados: pontos fortes, pontos fracos, ameaças e
oportunidades, levam a correlações que ajudam à tomada de decisão de
diferentes agentes.
Assim, correlações entre Oportunidades, com Forças resultam em quadrante que
aponta para um cenário de desenvolvimento; correlações entre Oportunidades,
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22
com Fraquezas resultam em quadrante que aponta para um cenário de
crescimento; correlações entre Ameaças, com Forças resultam em quadrante
que aponta para um cenário de manutenção; enquanto, por fim, correlações
entre Ameaças com Fraquezas resultam em quadrante que aponta para um
cenário de sobrevivência (Quadro 2).
Quadro 2- Metodologia de Análise SWOT correlacionada
AMBIENTE EXTERNO
Oportunidades
Pontos Fortes
Pontos Fracos
AMBIENTE INTERNO
-
-
DESENVOLVIMENTO
de mercado
de produto
financeiro
de capacidade
de estabilidade
diversificação
CRESCIMENTO
inovação
internacionalização
parceria
expansão
Ameaças
-
MANUTENÇÃO
estabilidade
nicho
especialização
-
SOBREVIVÊNCIA
redução de custos
Desinvestimento
Depois de realizar uma análise SWOT é fundamental estabelecer estratégias,
metas e ações planejadas, integradas e coerentes com as opções do conjunto
de agentes (diretos e indiretos), que fazem do turismo uma realidade no Distrito
Federal. Nesse sentido, foi dada maior atenção às correlações resultantes dos
quadrantes de desenvolvimento e de crescimento, por apontarem para as
principais oportunidades, as quais poderão orientar os empreendedores, com
atenção aos micro e pequenos empresários e os empreendedores individuais, à
traçar metas e planejar ações para otimização de seus negócios.
Por fim, a análise tecida para a construção desse documento foi sistematizada
em fichas técnicas que traduzem cada capítulo a seguir, considerando: categoria
do setor turismo, as subcategorias de cada uma destas categorias com
indicação dos códigos CNAE a elas relacionadas, produtos/serviços, principais
oportunidades relacionadas aos produtos e suas justificativas, público-alvo,
principais fornecedores e concorrentes, legislação relativa e fontes de pesquisa,
conforme termo de referência do SEBRAE-DF.
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23
2. Lazer e Entretenimento
A categoria de Lazer e Entretenimento refere-se aos locais destinados a
proporcionar divertimento, dotados de equipamentos e serviços indispensáveis
à atividade turística (BENI, 2003). No Distrito Federal, a maior parte desses
equipamentos e serviços, sejam públicos ou privados, foram criados para
atender à população. No entanto, eles também são frequentemente utilizados
por turistas, justiticando sua análise nesse estudo e seu monitoramento
constante para o planejamento do turismo no território.
O Estudo de Oportunidades de Investimentos no Setor Turismo do Distrito Federal
foi desenvolvido com base na metodologia oficial adotada para o Inventário da
Oferta Turística (INVTUR) do Ministério do Turismo no que diz respeito às
subcategorias consideradas. Além disso, buscou-se comparar as subcategorias
existentes com a Classificação de Atividades Econômicas (CNAE) das quais
representam, facilitando a identificação de novos negócios e empreendimentos.
Assim, foram analisados como componentes desta categorias: os parques de
diversões temáticos; parques, jardins e praças urbanas; clubes; pistas de
patinação/ motocross/ bicicross; estádios/ ginásios e quadras; hipódromo;
autódromo / kartódromo; marinas e atracadouros; mirantes e belvederes;
boates/ discotecas; casas de espetáculos e shows; casas de dança; cinemas;
pistas de boliche; campos de golfe; parques agropecuários/ vaquejadas; teatros;
e outros (Quadro 3).
Quadro 3 – Empreendimentos de lazer e entretenimento
LAZER E ENTRETENIMENTO
Parques de diversões temáticos
Parques, jardins e praças
Clubes
Pista de Patinação/ Motocross/Bicicross
Estádios/ Ginásios e Quadras
Hipódromo
Autódromo / Kartódromo
Marinas e atracadouros
Mirantes e belvederes
Boates/ Discotecas
Casas de espetáculos e shows
Casas de Dança
Cinemas
Pistas de Boliche
Campos de Golfe
Parques agropecuários/ vaquejadas
Teatros
Outros
Fonte: CET/UnB 2010
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24
Mesmo tendo sido identificado que essa categoria apresenta itens que podem
ser confundidos com os atrativos turísticos (mirantes e belvederes) e com
espaços para eventos (estádios/ ginásios e quadras), buscou-se respeitar a
classificação oficial adotada pelo órgão federal responsável pelo planejamento e
desenvolvimento do turismo no país, o Mtur.
Contudo, foram consideradas internamente (CET-UnB) algumas especificidades
quanto a análise de empreendimentos no contexto da atividade que permite
desenvolver e do espaço que fornece para usos diversos. Para esta construção,
foram priorizadas principalmente as subcategorias que possuem características
empresariais e ou privadas, atendendo à demanda por informações solicitada
pelo SEBRAE-DF.
Da mesma forma que aponta Beni (2003), a base conceitual do Ministério do
Turismo define a categoria de empreendimentos de lazer e entretenimento
como infraestrutura e serviços prestados com o objetivo de proporcionar
diversão, recreação e outras atividades de lazer. As subcategorias que compõem
essa categoria de empreendimentos de lazer e entretenimento são
caracterizadas a seguir.
2.1 Descrição das subcategorias, seus produtos e
serviços, e oportunidades identificadas
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25
2.1.1
PARQUES DE DIVERSÕES TEMÁTICOS
2.1.1.1 Descrição
Áreas delimitadas ou restritas, contando com serviços e equipamentos
adequados para a animação e lazer em uma localidade.
2.1.1.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 932 – Atividades de Recreação e Lazer
Classe: 9321-2 – Parques de diversão e parques temáticos
Subclasse: 9321-2/00 – Parques de diversão e parques temáticos
2.1.1.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços envolvem a exploração de diversas atrações,
acionadas por meios mecânicos, percorridas por cursos d’água, exposições
temáticas, etc., como:
1) Exploração de Parque Aquático
2) Exploração de Parque de Diversão
3) Exploração de Parque Temático
2.1.1.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas neste Estudo oportunidades vinculadas ao setor
público.
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado no que diz
respeito a:
1) Criação de um Parque Temático
2) Criação de um Parque Aquático
2.1.1.4.1
Justificativa
Algumas correlações indicadas na Matriz SWOT reforçam observações advindas
das Pesquisas Qualitativas quanto a deficiência do DF em relação a
empreendimentos de parques aquáticos, parques temáticos e opções de
grandes resorts (Correlação C378 a C385, Matriz anexa). O investimento para
implementação destes produtos/serviços envolve, ao longo de todo o processo,
empreendimentos de todos os portes e de diferentes atividades econômicas,
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26
que possuem acesso a linhas de crédito seja junto ao BNDES, seja junto ao FCO,
desde que cumpram com os requisitos solicitados.
A exemplo de empreendimentos como o Bay Park, parque aquático localizado
no Plano Piloto do DF, no qual estão sendo investidos cerca de R$12 milhões
(Investimentos para o Setor Turismo no Distrito Federal, Relatório Setorial), as
pesquisas permitem identificar chances de sucesso em empreendimentos que
atendam a essas duas demandas (aquático e temático). Itens reforçados em
entrevistas qualitativas com guias de turismo do DF, entrevistados na Pesquisa
Qualitativa que compõem este estudo – que reclamam a falta de opções e a
qualidade dos existêntes -, e operadores nacionais, que enfatizaram a
necessidade da construção de um parque temático como elemento para maior
atração de turistas para o destino Brasília.
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27
2.1.2
PARQUES, JARDINS E PRAÇAS
2.1.2.1 Descrição
Áreas destinadas ao lazer, com tratamento paisagístico, podendo ou não ter
instalações desportivas.
2.1.2.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Os parques, jardins e praças não são classificados economicamente. Porém,
neste estudo foram considerados diretamente relacionados com a categorias de
produtos e serviços 9329-8/99 (Outras atividades de recreação e lazer não
especificadas anteriormente), uma vez que podem abrigar a seguinte oferta de
atividades econômicas:
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 932 – Atividades de Recreação e Lazer
Classe: 9329-8 – Atividades de Recreação e Lazer não especificadas anteriormente
Subclasse: 9329-8/99 – Outras atividades de recreação e lazer não especificadas
anteriormente
2.1.2.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços envolvem as atividades de operação da
infraestrutura de equipamentos recreacionais existentes em parques, praças e
jardins, como organização de feiras e shows de natureza recreacional;
exploração de pedalinhos e trenzinhos recreacionais; e outras atividades
relacionadas ao lazer não especificadas anteriormente.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Aquário para visitação (9329-8/99)
Locação de Bicicletas para Fins Recreativos (9329-8/99)
Locação de Charretes para Passeio (9329-8/99)
Prestação de Serviços de Entretenimento Infantil (9329-8/99)
Locação de Escunas para Fins Recreativos e de Lazer (9329-8/99)
Exploração de pebolim, futebol de mesa, totó (9329-8/99)
Locação de Pedalinhos (9329-8/99)
2.1.2.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com
possibilidade de parceria com a iniciativa privada no que tange a:
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28
1) Construção e estruturação de parques, jardins e praças – principalmente
em Regiões Administrativas que apresentam forte cenário de expansão
urbana;
Com relação a oportunidades vinculadas exclusivamente à iniciativa privada,
embora nas pesquisas não tenham sido apontadas oportunidades específicas,
identifica-se em geral oportunidades para:
1) Locação de Bicicletas para fins recreativos no Eixo Monumental e no
Parque da Cidade aos domingos
2.1.2.4.1
Justificativa
Foi apontado pelos turistas de negócio e de lazer (CET-UnB, 2008) na pesquisa
de demanda apresentada na Análise Setorial (CET-UnB, 2010, p. 110), a falta de
praças e atrativos naturais voltados a atividades de lazer e entretenimento. Para
a construção e descentralização de equipamentos inclusos nesta subcategoria
de forma sustentável, o IBRAM desenvolve o programa Cidade dos parques, que
visa implantar, manter, conservar e revitalizar parques ecológicos, parques de
uso múltiplo e unidades de conservação do Distrito Federal (GDF, 2009).
A possibilidade de ampliação do setor turismo e da categoria de lazer e
entretenimento por meio desta subcategoria aponta para necessidade de
investimentos na estuturação dos parques urbanos, o que, segundo os relatos
apresentados por meio da pesquisa qualitativa, ainda não apresenta progressos.
(Correlação C316, Matriz SWOT anexa)
Nesse contexto, identifica-se a importância de maior integração e diálogo entre
o poder público e a iniciativa privada de modo a viabilizar a concretização
dessas oportunidades.
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29
2.1.3
CLUBES SOCIAIS
2.1.3.1 Descrição
Podem ser associação, grêmio esportivo, cultural, recreativo, etc. Tem
instalações para a prática esportiva, recreação, reuniões, entre outras,
franqueadas somente a seus associados, mas em sua maioria permitindo
visitação de turistas/ visitantes mediante pagamento.
2.1.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9312-3 – Clubes Socias, Esportivos e Similares
Subclasse: 9312-3/00 – Clubes sociais, esportivos e similares
2.1.3.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços existentes envolvem as atividades que
possibilitam a seus membros a realização de práticas de lazer e esportivas,
como: futebol, futebol de salão, voleibol, basquete, natação, equitação, golfe,
tiro, etc., listadas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas em:
1) Clube Social (9312-3)
2) Clube Recreativo (9312-3)
3) Clube de Vôo (9312-3)
4) Clube de Vôlei (9312-3)
5) Clube de Remo (9312-3)
6) Clube de Regatas (9312-3)
7) Clube de Futebol (profissional ou não) (9312-3)
8) Clube de Bridge (9312-3)
9) Clube de Boxe (9312-3)
10) Clube de Basquete (9312-3)
2.1.3.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Criação de novos clubes distribuídos em RAs consolidadas (Taguatinga,
Sobradinho, Gama5);
2) Maior estruturação e revitalização de clubes existentes no Lago Paranoá;
5
É preciso consultar a legislação vigente para conhecimento das normas referentes a empreendimentos deste porte.
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30
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao Poder Público:
1) Regularização fundiária para empreendimentos de clubes esportivos,
culturais e recreativos.
2.1.3.4.1
Justificativa
A oportunidade de investimento vinculada à iniciativa privada quanto ao
indicativo de construção de novos clubes de forma descentralizada é apontada
na Análise Setorial e explicitada na Matriz SWOT correlacionada como uma
orientação do GDF, por meio da Secretaria da Cultura, para a categoria de lazer
e entretenimento como um todo (Correlações C6, C80, C134, C157, C164, C202,
C259, C321, C390, C416, Matriz anexa).
Ainda assim, o Lago Paranoá continua sendo uma área territorial importante
para investimentos nestes equipamentos, sejam os já existentes ou em relação a
implantação de novos clubes, tendo em vista sua importância para o
desenvolvimento econômico do setor e do DF como um todo.
As oportunidades relacionadas a ampliação do número de clubes sociais no DF
está relacionada ainda ao estímulo a práticas esportivas, a dinamização e
popularização de esportes náuticos, desenvolvimento de atividades de
recreação popularizando o lago como espaço de lazer, entre outras
(informações da Análise Setorial, 2010). A demanda por mais clubes sociais foi
apontada ainda na pesquisa de demanda (CET-UnB, 2008) pelos turistas de
negócio e de lazer.
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31
2.1.4 PISTA DE PATINAÇÃO/ MOTOCROSS/ BICICROSS
2.1.4.1 Descrição
Locais, pavimentados ou não, com graus de dificuldade adequados para a
prática de patinação, motocross ou bicicross.
2.1.4.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
As pistas de motocross e bicicross não são classificadas especificamente como
atividades econômicas na base do IBGE (CNAE). Porém, foram considerados
diretamente relacionados com a categorias de produtos e serviços 9329-8/99
(Outras atividades de recreação e lazer não especificadas anteriormente), uma
vez que podem envolver algumas atividades econômicas, conforme sugerido a
seguir.
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9311-5 – Gestão de Instalações de Esporte
Subclasse: 9311-5/00 – Gestão de Instalações de Esportes
2.1.4.3 Principais produtos e serviços
Gestão de instalações esportivas para a organização de eventos esportivos e
prática de esportes, em espaços cobertos ou ao ar livre, com ou sem assentos
para espectadores, tais como pistas e circuitos para corridas automobilísticas e
pistas de patinação. Algumas atividades relacionadas à patinação, bicicross e
MotoCross são listadas a seguir.
1)
2)
3)
4)
Gestão de Pista de Gelo para Patinação (9311-5/00)
Exploração de Pista de Patinação (9311-5-00)
Locação de Bicicletas para Fins Recreativos (9329-8/99)
Atividade de organização e exploração de corrida de motos (9319-1/01)
2.1.4.4 Oportunidades identificadas
Não há oportunidades identificadas nesse Estudo para esta subcategoria.
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32
2.1.5 ESTÁDIOS/GINÁSIOS E QUADRAS
2.1.5.1 Descrição
Campos de jogos desportivos; locais cobertos para a prática de ginástica e
outros esportes; locais onde se realizam competições e jogos.
2.1.5.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9311-5 – Gestão de Instalações de Esporte
Subclasse: 9311-5/00 – Gestão de Instalações de Esportes
2.1.5.3 Principais produtos e serviços
Gestão de instalações esportivas para a organização de eventos esportivos e
prática de esportes, em espaços cobertos ou ao ar livre, com ou sem assentos
para espectadores, tais como estádios de futebol, estádios de atletismo,
piscinas, ginásios e quadras de basquete, ginásios e quadras de voleibol,
quadras de tênis, ginásios para boxe, ginásios, quadras e outros tipos de
instalações para a prática de outros esportes.
1) Exploração de Estádio de Esportes (9311-5/00)
2) Estádio de Futebol (9311-5/00)
3) Gestão de Estádio (9311-5/00)
4) Gestão de Ginásio de Esportes (9311-5/00)
5) Gestão de Instalações Esportivas (9311-5/00)
6) Exploração de Quadras de Basquete (9311-5/00)
7) Gestão de Quadras de Boxe (9311-5/00)
8) Gestão de Quadras de Tênis (9311-5/00)
9) Gestão de Quadras de Voleibol (9311-5/00)
10) Gestão de Quadras Poliesportivas (9311-5/00)
2.1.5.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas como oportunidades vinculadas à iniciativa privada a:
1) Construção de quadras esportivas em empreendimentos específicos –
Atrativos Turísticos;
2) Criação de instalações esportivas para locação (campos de futebol,
quadras de squash, etc.) em RAs em consolidação, como Águas Claras,
Guará, Lago Sul – setor de condomínios -, entre outras.
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33
Foram identificadas oportunidades de investimentos vinculadas ao poder
público, em parceria com a iniciativa privada ou não, no que tange a:
1) Instalação e manutenção de estádios, ginásios e quadras esportivas em
todo o território do DF;
2) Estruturação dos estádios para realização dos grandes eventos esportivos
captados para o DF nos próximos anos;
3) Descentralização de quadras esportivas em áreas residenciais,
principalmente nas Regiões Administrativas em processo de expansão
urbana;
4) Recuperação e melhoria da estrutura existente em ginásios e quadras
existentes em todo o território do DF.
2.1.5.4.1
Justificativa
Esta subcategoria ganha ainda mais importância a partir da captação de
megaeventos a serem sediados no DF (Correlações C48, C77, C108, C115, C121,
C163, C170, C184, 214, C246, C282, C312, C372, C437, C443 e C450 da matriz
em anexo), sendo importante a atuação do poder público, mas também a
interlocução entre este e a inciativa privada. As oportunidades de investimentos
acima indicadas tem mobilizado vários agentes da cadeia produtiva do turismo
no sentido de definir os encaminhamentos para efetivação das obras que
movimentam ainda a construção civil e diversos tipo de prestação de serviços.
Na Pesquisa Qualitativa com guias de turismo, estes indicaram a incorporação
desses equipamentos para a promoção de eventos, segundo eles concentrados
em excesso na Esplanada. A demanda, portanto, da estruturação e manutenção
dos ginásios, quadras e estádios passar a ter visibilidade com advento,
principalmente, da Copa 2014.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
34
2.1.6 HIPÓDROMO
2.1.6.1 Descrição
Espaços adequados para corridas de cavalos.
2.1.6.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9311-5 – Gestão de Instalações de Esporte
Subclasse: 9311-5/00 – Gestão de Instalações de Esportes
2.1.6.3 Principais produtos e serviços
Gestão de instalações esportivas para a organização de eventos esportivos e
prática de esportes, em espaços cobertos ou ao ar livre, com ou sem assentos
para espectadores, tais como centros de equitação e hipódromos.
1)
2)
3)
4)
Gestão de Centros de Equitação (9311-5/00)
Gestão de Hipódromos (9311-5/00)
Hípicas (9319-1/99)
Operação de estábulos (9319-1/99)
2.1.6.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
35
2.1.7 AUTÓDROMO/ KARTÓDROMO
2.1.7.1 Descrição
Espaços adequados para corridas de automóveis, karts, etc. Envolvem
classificações diferentes na CNAE.
2.1.7.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
AUTÓDROMO
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9311-5 – Gestão de Instalações de Esporte
Subclasse: 9311-5/00 – Gestão de Instalações de Esportes
KARTÓDROMO
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 932 – Atividades de Recreação e Lazer
Classe: 9329-8 – Atividades de Recreação e Lazer não especificadas anteriormente
Subclasse: 9329-8/99 – Outras atividades de recreação e lazer não especificadas
anteriormente
2.1.7.3 Principais produtos e serviços
Os autódromos envolvem atividades econômicas de gestão de instalações
esportivas para a organização de eventos esportivos e prática de esportes, em
espaços cobertos ou ao ar livre, com ou sem assentos para espectadores. Os
kartódromos envolvem atividades de operação da infraestrutura de transportes
recreacionais que envolvem a exploração de karts.
1)
2)
3)
4)
Exploração de karts (9329-8/99)
Gestão de Autódromos (9311-5/00)
Organização e Exploração de Corrida de Automóveis (9319-1/01)
Organização e Exploração de Corrida de Karts (9319-1/01)
2.1.7.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
36
2.1.8
MARINAS E ATRACADOUROS
2.1.8.1 Descrição
Portos de recreio e pontos de atracação, construídos para abrigar embarcações
de pequeno e médio porte e oferecer equipamentos de lazer e serviços
mecânicos aos velejadores em trânsito. São construídos segundo critérios que
atendam ao controle de possíveis impactos ambientais.
2.1.8.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 932 – Atividades de Recreação e Lazer
Classe: 9329-8 – Atividades de Recreação e Lazer não especificadas anteriormente
Subclasse: 9329-8/99 – Outras atividades de recreação e lazer não especificadas
anteriormente
Espaços adequados para corridas de automóveis, karts, etc. Envolvem
classificações diferentes na CNAE.
2.1.8.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que em geral envolvem as atividades de operação da infraestrutura de transportes recreacionais, como as marinas, garagens,
estacionamentos para a guarda de embarcações, atracadores, etc.
1) Locação de Barcos Recreativos/ para Lazer (9329-8/99)
2) Locação de Embarcações para Fins Recreativos ou de Lazer (9329-8/99)
3) Locação de Escunas para Fins Recreativos ou de Lazer (9329-8/99)
4) Serviços de Estadia de Barco (9329-8/99)
5) Serviços de Estadia para Embarcações de Esporte e Lazer (9329-8/99)
6) Garagem de Barcos/ Lanchas (9329-8/99)
7) Garagem Náutica/ Guarda de Barcos de Lazer (9329-8/99)
8) Serviços de Guarda de Embarcações (9329-8/99)
9) Marina/ Guarda de Iates e Jet Ski (9329-8/99)
10) Locação de equipamentos de náutica para lazer (9329-8/99)
2.1.8.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada no que
tange à:
1) Construção de marinas no Lago Paranoá;
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
37
2) Investimentos em transportes náuticos, iatismo e vela para consolidação
de marinas como atividades de lazer e entretenimento;
3) Serviços vinculados ao público das Embaixadas e Profissionais de
Organismos Internacionais.
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com relação à:
1) Promoção de infraestrutura turística para construção de marinas e decks;
2) Construção de uma marina pública.
2.1.8.4.1
Justificativa
A construção de marinas como oportunidade indicada foi delineada ao longo
da elaboração desta pesquisa diante do alto número das embarcações que
compõem a frota náutica em Brasília e da parcela da população que desenvolve
atividades de esporte e lazer no Lago Paranoá. No que se refere aos turistas, a
possibilidade de exploração ainda não desenvolvida deste atrativo
(referenciadas nas correlações C8, C35, C138, C290, C326 e C397 da matriz em
anexo) deixa latente a potencialidade de investimentos voltados a embarcações
turísticas e equipamentos de esportes náuticos diversos.
A pesquisa qualitativa com os agentes que se relacionam com a cadeia
produtiva do turismo no DF aponta para o uso ainda em pequena escala em
relação a escolas náuticas e indica a importância de que haja uma marina
pública para garantir o acesso a essas atividades por parte dos turistas, mas
também pela população como um todo, criando empregos e gerando renda.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
38
2.1.9 BOATES E DISCOTECAS
2.1.9.1 Descrição
Estabelecimentos de diversão que tem pista de dança e apresentam música ao
vivo ou mecânica e, às vezes, shows artísticos.
2.1.9.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 932 – Atividades de Recreação e Lazer
Classe: 9329-8 – Atividades de Recreação e Lazer não especificadas anteriormente
Subclasse: 9329-8/01 – Discotecas, danceterias, salões de dança e similares
2.1.9.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que envolvem as atividades de exploração de discotecas,
cabarés, danceterias e atividades similares, como:
1)
2)
3)
4)
5)
Boate (9329-8/01)
Atividade de Cabaré (9329-8/01)
Danceteria (9329-8/01)
Discoteca (9329-8/01)
Atividades de gestão de espaços para espetáculos e outras atividades
artísticas (9003-5/00)
2.1.9.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Abertura de casas noturnas;
2) Diversificação de opções noturnas com música ao vivo ou eletrônica;
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades vinculadas ao poder
público.
2.1.9.4.1
Justificativa
A necessidade de ampliação de casas noturnas, bem como a diversificação das
opções existentes é indicada pela pesquisa de demanda (CET-UnB, 2008) que
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
39
integra a Análise Setorial, e também na pesquisa qualitativa a partir das
entrevistas realizadas com os guias turísticos.
A matriz SWOT correlacionada também reforça a demanda por lazer e
entretenimento noturno direcionada a jovens e turistas estrangeiros
(correlações C14 a C27 da matriz em anexo), e a diversificação quanto as opções
existentes (correlações C281 a C303). Atende ainda a demanda do público
vinculado às embaixadas e os profissionais de organismos internacionais
(correlação C287 da matriz em anexo).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
40
2.1.10 CASA DE ESPETÁCULOS E SHOWS
2.1.10.1 Descrição
Estabelecimentos de diversão noturna para shows artísticos.
2.1.10.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 90 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Grupo: 900 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Classe: 9329-8 – Atividades de Recreação e Lazer não especificadas anteriormente
Subclasse: 9329-8/01 – Discotecas, danceterias, salões de dança e similares
2.1.10.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que envolvem a exploração de casas de espetáculos, gestão
de salas de música e de outras atividades culturais, gestão de casas de cultura,
como:
1) Casa de Cultura (9003-5/00)
2) Casa de Espetáculo (9003-5/00)
3) Casa de Shows (9003-5/00)
4) Exploração de Cafés-Teatro (9003-5/00)
5) Exploração de Salas de Espetáculo (9003-5/00)
6) Gestão de Salas de Espetáculo (9003-5/00)
7) Gestão de Salas de Música (9003-5/00)
2.1.10.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada com relação
à:
1) Construção de Casas de show e espetáculos artísticos.
Não foram identificadas neste Estudo oportunidades vinculadas ao poder
público.
2.1.10.4.1 Justificativa
Uma grande casa de espetáculos e de show com estrutura para grandes eventos
e espetáculos, sejam estes locais, regionais, nacionais e/ou internacionais é
apresentada como uma carência em termos de infraestrutura de lazer e
entretenimento no DF. Esta indicação surge neste estudo, principalmente, por
meio da fala dos operadores nacionais que compõem a Pesquisa Qualitativa,
exposto também no conteúdo da Análise Setorial que integra este estudo.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
41
2.1.11 CASA DE DANÇA
2.1.11.1 Descrição
Estabelecimentos de diversão noturna que têm pista de dança.
2.1.11.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 932 – Atividades de Recreação e Lazer
Classe: 9329-8 – Atividades de Recreação e Lazer não especificadas anteriormente
Subclasse: 9329-8/01 – Discotecas, danceterias, salões de dança e similares
2.1.11.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços que envolvem as atividades de exploração de
salões de dança, salões de bailes e atividades similares, como:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Atividade de Casa de Dança (9329-8/01)
Casa de Funk (9329-8/01)
Casa de Pagode (9329-8/01)
Salão de Forró
Salão de Gafieira (9329-8/01)
Salão de Baile (9329-8/01)
Atividades de gestão de espaços para espetáculos e outras atividades
artísticas (9003-5/00)
2.1.11.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
42
2.1.12 CINEMA
2.1.12.1 Descrição
Salas de espetáculos onde se projetam filmes.
2.1.12.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: J – Informação e comunicação
Divisão: 59 – Atividades cinematográficas, produção de vídeos e de programas de
televisão; gravação de som e edição de música
Grupo: 591 – Atividades cinematográficas, produção de vídeos e de programas de
televisão
Classe: 5914-6 – Atividades de exibição cinematográfica
Subclasse: 5914-6/00 – Atividades de exibição cinematográfica
2.1.12.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que envolvem a projeção de filmes e fitas de vídeo em salas
de cinema, projeção de filmes em cineclubes, ao ar livre, em salas privadas e em
outros locais de exibição, como:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
Auto-cine (5914-6/00)
Cineclubes (5914-6/00)
Cinema (5914-6/00)
Drive-In (5914-6/00)
Espaço cultural de projeção de filmes e vídeos (5914-6/00)
Atividades de Exibição de Filmes Cinematográficos (5914-6/00)
Salas de Exibição de Películas, Vídeos (5914-6/00)
Projeção de Filmes e de Vídeos (5914-6/00)
Salas de Projeção de Filmes (5914-6/00)
2.1.12.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Investimento em novas salas de cinema distribuídas nas RAs mais
consolidadas e melhor estruturadas (Sobradinho, Águas Claras,
Taguatinga, Gama, Ceilândia);
2) Divulgação e incentivo de espaços com atividades relacionadas (Aliança
Francesa, Casa Thomas Jefferson)
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público:
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
43
1) Estruturação e manutenção do Cine Brasília
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada com
possibilidade de parceria com o setor público:
1) Revitalização e estruturação do Cine Drive In;
2) Produção de mostras cinematográficas e festivais;
3) Oportunidade para produção cinematográfica.
2.1.12.4.1 Justificativa
Ao longo da construção da presente pesquisa foi possível identificar grande
efervescência que envolve a produção cinematográfica no DF em termos de
documentários e curtas-metragens, que também reflete a importância do Cine
Brasília – ícone histórico representativo da evolução do mercado
cinematográfico no Brasil nas décadas de 1950 a 1980, sendo um dos poucos
legados de concepção arquitetônica dos cinemas desta época.
Nesse contexto, há oportunidade para produção de mostras e festivais, além da
produção cinematográfica para a promoção de espaços de lazer e
entretenimento com valorização do trabalho local/regional (informações com
base na Análise Setorial, 2010).
Quanto à indicação de ampliação do número de salas de cinema e a
descentralização para RAs consolidadas, esta surge como indicativo na pesquisa
qualitativa com operadores e organizadores do turismo nacional que compõe a
Análise Setorial (2010). Para tanto, é possível criar novos espaços ou aproveitar
espaços em processo de consolidação como o Pólo de Cinema e Vídeo Grande
Otelo em Sobradinho e o Teatro da Praça em Taguatinga (Análise Setorial,
2010).
Um fator importante para potencializar tais oportunidades é a elaboração de
um sistema mais eficiente de divulgação das programações existentes nestes
espaços.
Segundo informações extraídas da Análise Setorial para indicação das
oportunidades acima indicadas, já são consolidados o Festival de Cinema
Brasileiro, a Mostra Brasil Candango, a Mostra de Curtas Premiados do CCBB,
entre outros, demonstrando a popularidade e a tradição de realizações do
gênero na capital.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
44
2.1.13 PISTA DE BOLICHE
2.1.13.1 Descrição
Locais específicos para a prática de jogos de boliche.
2.1.13.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 932 – Atividades de Recreação e Lazer
Classe: 9329-8 – Atividades de Recreação e Lazer não especificadas anteriormente
Subclasse: 9329-8/02 – Exploração de Boliche
2.1.13.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços relativos às atividades de exploração dos estabelecimentos
de boliche.
1) Exploração de Boliche (9329-8/02)
2.1.13.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
45
2.1.14
CAMPO DE GOLFE
2.1.14.1 Descrição
Locais específicos para a prática de golfe.
2.1.14.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9311-5 – Gestão de Instalações Esportivas
Subclasse: 9311-5/00 – Gestão de Instalações Esportivas
2.1.14.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços relativos às atividades de exploração dos campos de golfe.
1) Gestão de campos de golfe (9311-5/00)
2.1.14.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
46
2.1.15 PARQUES AGROPECUÁRIOS E VAQUEJADAS
2.1.15.1 Descrição
Parques agropecuários: locais destinados à realizações de exposições, eventos e
comercialização de produtos agropecuários. Parques de vaquejadas: locais
destinados a realizações do esporte vaquejada, cujo objetivo é derrubar o boi
no local demarcado na arena.
2.1.15.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 90 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Grupo: 900 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Classe: 9001-9 – Artes Cênicas, Espetáculos e Atividades Complementares
Subclasse: 9001-9/05 – Produção de Espetáculos de Rodeios, Vaquejadas e
Similares
2.1.15.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que envolvem a produção e promoção de espetáculos de
rodeios, vaquejadas e similares, como:
1)
2)
3)
4)
Produção de Espetáculo de Rodeio (9001-9/05)
Produção de Espetáculo de Vaquejada (9001-9/05)
Arenas de Rodeio
Parques Agropecuários
2.1.15.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
47
2.1.16
TEATROS
2.1.16.1 Descrição
Espaços e edificações para fins de apresentação de peças teatrais, musicais etc.
2.1.16.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 90 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Grupo: 900 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Classe: 9003-5 – Gestão de Espaços para Artes Cênicas, Espetáculos e Outras
Atividades Artísticas
Subclasse: 9003-5/00 – Gestão de Espaços para Artes Cênicas, Espetáculos e Outras
Atividades Artísticas
2.1.16.3 Principais produtos e serviços
Gestão de salas de teatro e de outras atividades culturais; atividades de
produção e promoção de apresentações ao vivo de grupos e companhias de
teatro em casas de espetáculos; demais atividades de companhias de teatro e
demais atividades de atores independentes, conforme listado a seguir.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
Exploração de café-teatro (9003-5/00)
Gestão de salas de teatro (9003-5/00)
Gestão de salas dedicadas à atividades artísticas (9003-5/00)
Produção Teatral (9001-9/01)
Artes Cênicas Teatrais Independentes (9001-9/01)
Atividades de ator independente (9001-9/01)
Companhia de Teatro (9001-9/01)
Evento Cultural Teatral (9001-9/01)
Conjunto/Grupo Teatral (9001-9/01)
2.1.16.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público:
1) Manutenção de antigos teatros;
2) Construções de novos teatros em novas RAs consolidadas para
desconcentração desses equipamentos (Águas Claras, Gama, Ceilândia).
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
48
1) Criação de espaços privados para teatros e outros espetáculos em novas
RAs consolidadas (Águas Claras, Gama, Ceilândia, Samambaia, Lago Sul –
setor de condomínios).
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com possível
parceria com a iniciativa privada e o terceiro setor:
1) Dinamização dos eventos de teatros por meio da cultura local/regional;
2) Sistema de informações quanto às atividades teatrais para estímulo do
consumo pela população e pelos turistas.
2.1.16.4.1 Justificativa
As informações da Análise Setorial (CET-UnB, 2010) indicaram diversos
equipamentos existentes para esta subcategoria, sendo a manutenção desses
espaços um fator de grande dificuldade para a sua ampliação (correlações C176,
1203, C323 e C344).
Destaca-se que em alguns desses espaços também se observa visitação
turística, a exemplo do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) e do Teatro
Nacional, o que reforçaria investimentos por parte do poder público, uma vez
que beneficiaria outras atividades econômicas que fazem uso do
empreendimento.
Assim, como as atividades e espaços relacionados ao cinema, o teatro foi
identificado, ao longo da construção da Análise Setorial, como uma atividade
com demanda crescente seja no que se refere a demanda de público, seja no
que tange a classe artística, e também a gestão dos espaços.
Nas pesquisas qualitativas com operadores e organizadores do turismo nacional
e com guias de turismo do DF foi indicada a importância de ampliar as opções e
dar maior visibilidade as atividades culturais e de lazer na promoção, inclusive,
de peças de teatro com artistas nacionais e internacionais. Ainda, segundo
pode-se consultar na na fala dos operadores nacionais, exposta na pesquisa
setorial que integra este estudo de oportunidades, esse movimento poderia
modificar a perspectiva dos turistas de forma positiva na capital federal.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
49
2.2 Público-alvo
População em geral, visitantes e turistas, pessoas vinculadas às Embaixadas e
profissionais de Organismos Internacionais.
2.3
Principais fornecedores e concorrentes
1) Atividades de plantio, tratamento e manutenção de jardins e gramados
(81.30-3)
2) Manutenção e reparação de motocicletas e motonetas (4543-9/00)
3) Reparação e manutenção de bicicletas, triciclos e outros veículos
recreativos (9529-1/04)
4) Atividades dos instrutores independentes de dança e as academias de
dança (8592-9/02)
5) Serviços de Figuração (9001-9/01)
6) Serviços de cenografia ligada às atividades artísticas (9001-9/99)
7) Efeitos especiais ligados às atividades artísticas (9001-9/99)
8) Elaboração de roteiros (9001-9/99)
9) Serviço de criação de figurinos estilizados (9001-9/99)
10) Serviço de montagem de cenários (9001-9/99)
11) Serviços auxiliares às atividades artísticas (9001-9/99)
12) Arquivos de filmes cinematográficos (5911-1/01)
13) Atividade de Estúdio Cinematográfico (5911-1/01)
14) Atividade de Produção Cinematográfica (5911-1/01)
15) Serviços de Produção de Filmes Cinematográficos (5911-1/01)
16) Computação Gráfica na Produção de Fimes (5911-1/99)
17) Produção de Gravação de Programas de TV Fora dos Estúdios de
Televisão (5911-1/99)
18) Produtores Independentes (5911-1/99)
19) Exploração de pebolim, futebol de mesa, totó (9329-8/99)
20) Criação de Cavalos (0152-1/02)
21) Eqüinocultura (0152-1/02)
22) Produção de Sêmen de Eqüino (0152-1/02)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
50
2.4 Legislação relativa
Portaria Interministerial n.º 33, de 03 de Março de 2005
A Portaria ressalta que os lucros financeiros obtidos por empresas que
trabalham com parques temáticos, prestação de serviços de hotelaria ou
organização de feiras e eventos ficam sujeitos ao regime de incidência
cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins). É importante lembrar que as
disposições aplicam-se somente às pessoas jurídicas previamente cadastradas
no Ministério do Turismo.
Decreto n.º 4.898, de 26 de Novembro de 2003
O Decreto define que foram transferidas da Embratur (Instituto Brasileiro de
Turismo) para o Ministério do Turismo as competências relacionadas ao
cadastramento de empresas turísticas. Além disso, ficam transferidas as
obrigações e os acervos técnico e patrimonial utilizados no desempenho das
atividades.
Deliberação Normativa n.º 392/98, de 06 de Agosto de 1998
A Deliberação estabelece que seja obrigatória a formalização de contrato escrito
dos prestadores de serviços turísticos entre si e fornecedores, inclusive
transportadoras, regulares ou não. Para assegurar o ressarcimento do
consumidor em caso de eventuais prejuízos, assim como das empresas, em
contratos de venda de pacotes turísticos, deverá ser celebrado seguro de
responsabilidade para cobertura do dano.
LEI nº - 11.771, de 17 de Setembro de 2008
Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo
Federal no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico;
revoga a Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977, sobre atividades e serviços
turísticos, e condições para o seu funcionamento e fiscalização; o Decreto-Lei nº
2.294, de 21 de novembro de 1986, relacionado ao exercício e à exploração de
atividades e serviços turísticos; e dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de
1991, que renomeia a Embratur e dá outras providências.
Normas Técnicas ABNT/MTur
O Ministério do Turismo, em parceria com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, disponibiliza para visualização e impressão as normas
brasileiras publicadas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
51
2.5 Fontes de pesquisa
BENI, 2003. Análise Estrutural do Turismo. 8ª Ed. Atual. São Paulo: editora
SENAC São Paulo, 2003.
CNAE (HTTP://www.cnae.ibge.gov.br)
MINISTÉRIO DO TURISMO (HTTP://www.turismo.gov.br)
PESQUISAS REALIZADAS PELO CET-UNB EM 2008, 2009 e 2010.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
52
3. Agenciamento
A categoria de Agenciamento engloba todos os prestadores de serviço turístico
capazes de informar, organizar e tomar medidas necessárias, em nome de uma
ou mais pessoas que desejam viajar (BENI, 2003). São empresas criadas em
função do turismo e dele dependentes, que podem executar atividades de
venda comissionada ou intermediação remunerada de passagens individuais ou
coletivas; intermediação remunerada em reserva de alojamento; passeios e
excursões; recepção; traslado; transferência e assistência especializada ao
turismo; operação de viagens e execursões; contratação e execução de
programas, roteiros e itinerários; credenciamento de empresas transportadoras
e empresas de hospedagem para emissão de bilhetes, vouchers, e outras
prestações de serviços turísticos; divulgação pelos meios adequados, inclusive
propaganda e publicidade, de todos esses serviços.
Além disso, as empresas da categoria de agenciamento, observada a legislação
específica, podem prestar sem caráter privativo, serviços de obtenção e
legalização de documentos para viajantes; reserva e venda, mediante
comissionamento de ingressos para espetáculos públicos, artísticos, culturais e
outros; transporte turístico de superfície; prestação de serviços para congressos,
convenções, feiras e outros eventos; entre outros.
Para o Estudo de Oportunidades de Investimentos no Setor Turismo do Distrito
Federal e com base na metodologia oficial adotada para o Inventário da Oferta
Turística (INVTUR) do Ministério do Turismo, foram consideradas as seguintes
subcategorias (Quadro 4):
Quadro 4 – Empreendimentos de Agenciamento
AGENCIAMENTO
Agência de Viagem e Turismo
Agências de Viagem
Consolidadoras
Fonte: CET/UnB 2010
Destaca-se que a metodologia de Inventário Turístico do Mtur possui
formulários para identificação e cadastro de agências de viagem e turismo e de
agências de viagem. Nesse Estudo, porém, foram inseridas as consolidadoras
como subcategoria específica para facilitar a identificação das mesmas dentro
do DF, considerando em todas elas seus principais serviços e características
(operadoras internacionais, nacionas, regionais; emissivas e/ou receptivas).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
53
3.1 Descrição das subcategorias, seus produtos e
serviços, e oportunidades identificadas
3.1.1
Agência de Viagem e Turismo
3.1.1.1 Descrição
são aquelas que prestam serviços de agenciamento no Brasil e exterior, também
chamadas de operadoras. A escala de atuação pode ser compreendida em
internacional, nacional, regional e local. As agências de receptivo prestam
serviços às operadoras e agências em geral oferecendo serviços de city tour,
transfer, assessoria ao turista, além de possibilitar a compra de passeios e
programas diretamente ao turista (receptivo).
3.1.1.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 79 – Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas
Grupo: 791 – Agências de viagens e operadores turísticos
Classe: 7912-1 – Operadores turísticos
Subclasse: 7912-1/00 – Operadores turísticos
3.1.1.3 Principais produtos e serviços
Organização e reunião de pacotes turísticos e excursões vendidas em agências
de viagens ou diretamente ao público cliente. As excursões podem incluir uma
ou todas dentre as seguintes atividades: transporte, alojamento, alimentação,
visitas a museus, lugares históricos e culturais, teatro, música e eventos
esportivos. Também compreende as atividades dos guias de turismo.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
Serviços de guia de turismo (7912-1/00)
Serviços de intermediação de viagem (7912-1/00)
Serviços de operação de turismo (7912-1/00)
Serviços de operações de viagens (7912-1/00)
Serviços de organização de excursões (7912-1/00)
Serviços de organização de pacotes de turismo (7912-1/00)
Serviços de organização de programas turísticos (7912-1/00)
Serviços de organização de roteiros de viagem e turismo (7912-1/00)
Serviços de organizadores de viagens (7912-1/00)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
54
3.1.1.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades vinculadas ao setor
público.
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado no que diz
respeito a:
3) Expansão de roteiros turísticos para além do eixo central de Brasília
(Plano Piloto);
4) Investimento para consolidação de um roteiro que se diferencia do
roteiro sol e praia.
3.1.1.4.1
Justificativa
A possibilidade concreta de expansão dos roteiros turísticos para Ras fora do
eixo central é apontada na Pesquisa de demanda (CET-UnB, 2008), utilizada na
Análise Setorial. Tendo sido esta uma das informações extraídas para a Matriz
SWOT correlacionada no que se refere a categoria de Agenciamento, observase a indicação de turistas que visitaram o Distrito Federal em 2008 quanto a
visita à outras RAs, fora do eixo central de Brasília (C20) que corresponde ao
Plano Piloto e áreas adjacentes (Cruzeiro, Lago Sul, Lago Norte).
Nesse sentido, considerando a captação dos megaeventos esportivos, previstos
para os próximos anos, e o número significativo de micro e pequenas empresas
de Agenciamento indicado pela Pesquisa Survey (C27), a ampliação de
equipamentos relacionados a categoria de Agenciamento em RAs já
consolidadas (C31) reforça o processo de desconcetração que vem sendo
delineado para todas as categorias trablhadas neste estudo.
Um fator positivo nesse processo é a desburocratização para a regularização de
micro e pequenas empresas (C33), embora tenha sido identificada pouca
integração entre as diferentes esferas do governo e a iniciativa privada (C36),
comprometendo esta possibilidade.
Elementos importantes surgiram na pesquisa como indicativos para
investimento na consolidação de um roteiro que se diferencia dos roteiros de
sol e praia amplamente comercializados. Entre eles, a alta qualificação dos
música do DF que resulta em intensa efervescência musical e atrações culturais
relacionadas ao samba-choro, e, consequentemente, desencadeando
oportunidades de produção de eventos (C209); assim, manifestações culturais
divulgam o destino Brasília impulsionado, em certa medida, o turismo
regional/local para ampliação da competitividade do destino (C210; C211).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
55
3.1.2
Agência de Viagem
3.1.2.1 Descrição
São aquelas que prestam serviços de agenciamento dentro do território
nacional.
3.1.2.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 79 – Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas
Grupo: 791 – Agências de viagens e operadores turísticos
Classe: 7911-2 – Agências de viagens
Subclasse: 7911-2/00 – Agências de viagens
3.1.2.3 Principais produtos e serviços
Atividades de organização e venda de viagens, pacotes turísticos, excursões;
atividades de reserva de hotel e de venda de passagens de empresas de
transportes; fornecimento de informação, assessoramento e planejamento de
viagens para o público em geral e para clientes comerciais; atividades de venda
de bilhetes de viagens para qualquer finalidade.
1) Serviços de agência de viagens (7911-2/00)
2) Serviços de assessoramento e planejamento de viagens (7911-2/00)
3) Serviços de assessoria técnica de turismo (7911-2/00)
4) Venda de excursões (7911-2/00)
5) Intermediário na venda de passagens aéreas (7911-2/00)
6) Venda de pacotes de viagem marítima (7911-2/00)
7) Venda de programas e pacotes turísticos (7911-2/00)
8) Serviços de reserva de meios de hospedagem (7911-2/00)
9) Venda de viagens de turismo (7911-2/00)
10) Venda de passagens aéreas (7911-2/00)
3.1.2.4 Oportunidades identificadas
Com relação a oportunidades vinculadas à iniciativa privada, embora nas
pesquisas não tenham sido apontadas oportunidades específicas, identifica-se
em geral oportunidades para:
2) Expansão de oferta dos roteiros locais/regionais (BA; GO; MG);
3) Expressão do receptivo para (C56) C187 diminuição da sazonalidade
existente (C265 - desburocratização)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
56
Foi identificada oportunidade que aponta para a necessidade de parceria entre
o poder público e a iniciativa privada:
1) Implantação dos CAT´s como apoio e assessoria aos turistas;
2) Expansão das atividades ligadas ao turismo rural;
3) Oportunidade de investimento em qualificação profissional voltada às
demandas do setor.
3.1.2.4.1
Justificativa
Segundo Ansarah (2000), o assesoramento ao turista tem se tornado central nas
atividades relacionadas a categoria de agenciamento, o que passa a distinguir
as agências de viagem de outros prestadores turísticos. Nesse contexto, os
CAT´s – Centro de Atendimento Turístico – associados as atividades de
informação e assesoria ao turista no destino se tornam componentes
importantes identificado ao longo da construção deste estudo, principalmente
em pontos como a rodoviária e rodoferroviária, além da melhoria dos serviços
já prestados no aeroporto (C306) como parte de melhoramento na
infraestrutura local.
No que tange o aproveitamento das potencialidades existentes no Distrito
Federal como destino turístico com alto nível de comercialização expansão de
determinadas atividades relacionadas ao turismo potencializam a ação das
agências de viagem e os elementos que podem dispor para comercialização do
destino. Dessa forma, atividades ligadas ao turismo rural (C160; C161), que
corresponde de alguma forma a uma atividade ainda pouco explorada, indica
um componete de atração que soma para proposta de desenvolvimento e
execução de programas de viagem.
Também para o serviço de assessoramento ao turista, desde a escolha do
destino turístico, combinação de rotas, formas de alojamento, entre outras
questões, há o indicativo de parceria entre o poder público e a iniciativa privada
no que tange a qualificação profissional voltada às demandas do setor (C274,
C275, C276, C277, C278).
Diretamente voltada a iniciativa privada tem-se como oportunidades a
expansão dos roteiros turísticos em âmbito regional considerando o fluxo entre
o Distrito Federal, como um nó rodoviário central no país, e atrativos turísticos
de Goiás, Minas Gerais e Bahia (C44; C45).
A expressão do receptivo, identificada ao longo da construção da Análise
Setorial, relacionada a atrativos com forte potencial de exploração a exemplo do
Lago Paranoá, aponta para oportunidade estratégica no que se refere a ações
para diminuição da sazonalidade existente atualmente referente ao destino
Brasília.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
57
3.1.3
Consolidadoras6
3.1.3.1 Descrição
Tem como função a consolidação de serviços junto às transportadoras aéreas,
repassando bilhetes às agências que não possuem credenciamento para este
fim.
3.1.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 79 – Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas
Grupo: 791 – Agências de viagens e operadores turísticos
Classe: 7911-2 – Agências de viagens
Subclasse: 7911-2/00 – Agências de viagens
3.1.3.3 Principais produtos e serviços
Intermediário na venda de passagens aéreas.
1) Venda de passagens aéreas (7911-2/00)
2) Agência de empresa estrangeira de venda de passagens aéreas Serviços
de agência de viagens (7911-2/00)
3.1.3.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas
subcategoria.
nesse
Estudo
oportunidades
vinculadas
esta
6
Esse conceito não integra as subcategorias do Inventário da Oferta Turistica. Conceito inserido a partir da proposta
SEBRAE-DF para o estudo. Base conceitual retirada de http://www.partes.com.br/turismo/poliana/agenciamento.asp.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
58
3.2 Público-alvo
População em geral, visitantes e turistas, pessoas vinculadas às Embaixadas e
profissionais de Organismos Internacionais.
3.3
Principais fornecedores e concorrentes
1) Serviços de CPD (6311-9/00)
2) Serviços de preenchimento, selagem e despacho de encomendar (82199/99)
3) Uso compartilhado de instalações informática (6311-9/00)
4) Serviços de processamento de dados (6311-9/00)
5) Provedores de acesso às redes de comunicações (6190-6/02)
6) Provedores de voz sobre protocolo internet – VOIP (6190-6/02)
7) Serviços de certificação digital (6319-4/00)
8) Serviços de distribuição on line de conteúdo (6319-4/00)
9) Serviços de compartilhamento de computadores (6311-9/00)
10) Manutenção, reparo de sistemas de circuitos internos de segurança
(9512-6/00)
11) Reparação e manutenção de computadores e equipamentos periféricos
(9511-8/00)
12) Companhia seguradora (6520-1/00)
13) Serviços de hospedagem na internet (6311-9/00)
14) Empresas de seguro de saúde (6520-1/00)
15) Serviços de arquivamento de documentos (8211-3/00)
16) Serviços de escaneamento para entrada de dados (6311-9/00)
17) Serviços de preparo de folhas de pagamento (8211-3/00)
18) Serviços de digitação de faturas, documentos, carnês (8219-9/99)
19) Manutenção e reparo de aparelhos de informática (9511-8/00)
20) Serviços de assistência técnica em equipamentos de informática (95118/00)
21) Manutenção de equipamentos emissores de cupom fiscal (9511-8/00)
22) Serviços de hospedagem de dados na internet (6311-9/00)
23) Manutenção, reparo e conserto de impressoras (9511-8/00)
24) Assistência técnica em máquina copiadora, xerográfica, fotostática
(9511-8/00)
25) Manutenção, reparo e conserto de máquina de cartão de crédito (95118/00)
26) Reparação e manutenção de aparelhos telefônicos e fax (9512-6/00)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
59
3.4 Legislação relativa
LEI nº - 11.771, de 17 de Setembro de 2008
Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo
Federal no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico;
revoga a Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977, sobre atividades e serviços
turísticos, e condições para o seu funcionamento e fiscalização; o Decreto-Lei nº
2.294, de 21 de novembro de 1986, relacionado ao exercício e à exploração de
atividades e serviços turísticos; e dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de
1991, que renomeia a Embratur e dá outras providências.
Deliberação Normativa n.º 310/92, de 30 de Abril de 1992
A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) define os procedimentos para o
exame dos pleitos de credenciamento para operação no mercado de câmbio de
taxas flutuantes, por empreendimentos turísticos, com o objetivo de simplificar
o atendimento do empresariado. O documento destaca que os pleitos serão
instruídos conforme regulamentação do Banco Central do Brasil (BACEN).
Deliberação Normativa n.º 400/98, de 06 de Novembro de 1998
A Diretoria da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) aprova o Programa de
Financiamento de Agências de Turismo, que tem por objetivo prover recursos
para o financiamento das empresas devidamente registradas no Instituto. O
valor destinado é voltado para obras na construção civil, móveis e utensílios,
capacitação de mão de obra, meios de transporte e equipamentos. O teto
máximo por operação de financiamento é de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Decreto n.º 4.898, de 26 de Novembro de 2003
O Decreto define que foram transferidas da Embratur (Instituto Brasileiro de
Turismo) para o Ministério do Turismo as competências relacionadas ao
cadastramento de empresas turísticas. Além disso, ficam transferidas as
obrigações e os acervos técnico e patrimonial utilizados no desempenho das
atividades.
Deliberação Normativa n.º 392/98, de 06 de Agosto de 1998
A Deliberação estabelece que seja obrigatória a formalização de contrato escrito
dos prestadores de serviços turísticos entre si e fornecedores, inclusive
transportadoras, regulares ou não. Para assegurar o ressarcimento do
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
60
consumidor em caso de eventuais prejuízos, assim como das empresas, em
contratos de venda de pacotes turísticos, deverá ser celebrado seguro de
responsabilidade para cobertura do dano.
Normas Técnicas ABNT/MTur
O Ministério do Turismo, em parceria com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, disponibiliza para visualização e impressão as normas
brasileiras publicadas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54).
3.5 Fontes de pesquisa
BENI, 2003. Análise Estrutural do Turismo. 8ª Ed. Atual. São Paulo: editora
SENAC São Paulo, 2003.
CNAE (HTTP://www.cnae.ibge.gov.br)
MINISTÉRIO DO TURISMO (HTTP://www.turismo.gov.br)
PESQUISAS REALIZADAS PELO CET-UNB EM 2008, 2009 e 2010.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
61
4. Meios de Hospedagem
A categoria de Meios de Hospedagem engloba diversos empreendimentos que
oferecem serviços de hospedagem para turistas e visitantes. Na medida em que
o turismo foi, ao longo do tempo, alcançando proporções mundiais, os
governos passaram a exercer um controle cada vez maior sobre os meios de
hospedagem, visando assegurar ao cliente a qualidade dos serviços, o grau de
conforto, e, ainda, a oportunidade de escolha antecipada, fazendo-se
necessários desenvolver uma classificação dos empreendimentos dessa
categoria de serviços.
Nos últimos anos, os órgãos internacionais e nacionais de turismo tem debatido
por uma equiparação das categorias dos estabelecimentos hoteleiros existentes
no mundo, não somente quanto à denominação, mas, sobretudo, quanto ao
conteúdo mínimo necessário com relação ao que os classifica em determinada
categoria. Isso porque, em todo o mundo, determinada categoria deveria
preencher os padrões de requisitos mínimos de conforto e qualidade para o
qual estão classificados. Pois, um hotel “cinco estrelas” na Holanda, por
exemplo, nem sempre corresponde a um hotel “cinco estrelas” no Brasil em
termos de padronização dos produtos e serviços ofertados. Essa diferenciação
pode ser observada, inclusive, até mesmo dentro do próprio território nacional
(CASTELLI, 2003).
O Estudo de Oportunidades de Investimentos no Setor Turismo do Distrito Federal
foi elaborado considerando a atual classificação dos meios de hospedagem
existente no Brasil, mesmo sabendo que ela ainda se encontra em revisão por
parte do MTur e demais entidades representativas. No caso deste estudo,
portanto, foram consideradas as seguintes subcategorias (Quadro 5):
Quadro 5 – Subcategorias de Hospedagem
HOSPEDAGEM
Hotel/ Hotel Urbano
Hotel Histórico
Hotel de Lazer/ Resort
Pousada
Apart-hotel/ Flat / Condotel
Motel
Camping
Albergue
Hotel Fazenda
Fonte: CET/UnB 2010
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
62
Além dessas subcategorias, o CET-UnB analisou ainda, a possibilidade de
investimentos em “hospedagem alternativa”, da qual não há subcategoria
(termo e descrição) consolidada ainda no país.
4.1 Descrição das subcategorias, seus produtos e
serviços, e oportunidades identificadas
4.1.1 HOTEL/ HOTEL URBANO
4.1.1.1 Descrição
Estabelecimento comercial de hospedagem localizada em área urbana que
oferece aposentos mobiliados para ocupação eminentemente temporária.
4.1.1.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 551 – Hotéis e similares
Classe: 5510-8 – Hotéis e similares
Subclasse: 5510-8/01 – Hotéis
4.1.1.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços envolvem a exploração de atividades dos
hotéis, combinadas ou não com serviços de alimentação.
1) Administração de Hotéis (55108/01)
2) Hotel com ou sem serviço de restaurante (55108/01)
4.1.1.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor público no que diz
respeito à:
1) Desenvolvimento de infraestrutura de acesso e turística nos setores
hoteleiros do Plano Piloto (asa norte, asa sul, proximidades do Palácio da
Alvorada) – construção de calçadas, sinalização, lixeiras, postos de táxi e
informação turística, entre outros;
2) Maior incentivo à hospedagem alternativa para público diferenciado em
todo o território do DF.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
63
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado no que diz
respeito a:
5) Criação de novos hotéis no Plano Piloto e em RAs consolidadas para o
mercado business
6) Criação de hotéis com serviços e tarifas diferenciadas (mais acessíveis)
em todo o território do DF
7) Reforma e incremento nas instalações e serviços de hotéis existentes no
Plano Piloto (considerados obsoletos);
8) Oportunidade de investimento em hotéis de pequeno e médio porte
próximos à nova rodoviária do DF.
4.1.1.4.1
Justificativa
Foram identificados, nas pesquisas qualitativas com operadores e organizadores
nacionais do turismo (Relatório Setorial, pg. 157), um potencial ainda crescente
para investimentos no mercado hoteleiro dirigido para o business (turismo de
negócios e eventos), com tarifas competitivas no mercado nacional e alta
ocupação ao longo do ano (Correlações C287 a C292, matriz SWOT
correlacionada em anexo).
No entanto, nas pesquisas in loco identificou-se uma baixa oferta de hotéis com
tarifas reduzidas, para um público-alvo classe média com motivações distintas
das existentes no mercado corporativo, o que aponta para oportunidades
pontuais de investimentos nesse nicho de mercado (Relatório Setorial, pg. 163).
Em pesquisa com guias de turismo da capital, observa-se a baixa qualidade dos
serviços e da estrutura hoteleira existente, apontando para oportunidades de
investimento em capacitação específica e em reforma e manutenção de
edificações e instalações existentes (Relatório Setorial, pg. 162, 163).
Observa-se que a oferta existente não supre a procura em determinados
períodos do ano e não atende a nichos específicos (Relatório Setorial, pg. 165 e
224), apontando para uma demanda existente e real por novas áreas para
construção de equipamentos de hospedagem (C59 a C71). No entanto, há
alguns entraves para essa expansão devido ao alto custo do terreno e
impeditivos de localização em territórios específicos do DF, principalmente nas
áreas residenciais do Plano Piloto, considerados, inclusive, como bons locais
para a instalação de hotéis e pousadas de pequeno porte (Correlações C80 a
C94).
Na matriz de análise SWOT, a falta de opções de hospedagem para um público
de menor poder aquisitivo aponta para possibilidades de investimento pelo
setor privado com o uso de linhas de financiamento específicas do governo
federal, como a destinada para hotéis com certificação de sustentabilidade
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
64
BNDES Pro Copa Turismo (Correlação C293). Esses e outros investimentos
poderiam gerar beneficios em cadeia, com maior número de empregos e
dinamização da economia como um todo, principalmente se desconcentrados
do Plano Piloto, em RAs consolidadas como Núcleo Bandeirantes, Guará e
Taguatinga, cuja hotelaria já se encontra em expansão. (Correlações C294 a 299,
C3 a C21; C95 a C97).
O indicativo de oportunidades de investimento relacionado à reforma e melhor
manutenção de hotéis localizados principalmente no Plano Piloto é apontado
em diversas pesquisas deste Estudo de Oportunidades, seja nas entrevistas
qualitativas com guias de turismo do DF, seja inclusive nas pesquisas de
demanda. Segundo a percepção de muitos entrevistados, existem hotéis
relativamente novos, com boa estrutura no Plano Piloto, em paralelo à hotéis
mais antigos e já obsoletos, que precisariam de reformas e novos investimentos
em sua estrutura para vencerem em competitividade. Além disso, em pesquisa
com os próprios empresários/gerentes de empreendimentos hoteleiros na
capital, constatou-se que a grande maioria (84%) pretende ampliar e reformar
suas instalações (Pesquisa Quantitativa com Empresários e Dirigentes do
Turismo e Correlações C199 a C203, matriz SWOT anexa). A existência de linhas
de crédito e financiamento, somada à captação de megaeventos na capital,
indica boas possibilidades desse tipo de investimento nos próximos anos
(Correlações C116 a C125, Matriz anexa).
Por fim, observa-se que a ausência de meios de hospedagem próximos à
rodoviária e rodoferroviária traduz-se em oportunidades de investimento,
principalmente quando somada à distância das mesmas dos setores hoteleiros e
precariedade dos serviços de transporte e informações existentes. Se esse
cenário não for alterado nos próximos anos, investimentos em hoteis próximos
a esses terminais poderão obter bons resultados, além de auxiliar a distribuição
e o atendimento de turistas em trânsito pela capital, principalmente de classe
média (Correlações C279 a C286).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
65
4.1.2 HOTEL HISTÓRICO
4.1.2.1 Descrição
Estabelecimento comercial de hospedagem localizada em área urbana que
oferece aposentos mobiliados para ocupação eminentemente temporária,
acrescentando-se o fato do imóvel utilizado constituir-se de um prédio
histórico, preferencialmente tombado pelo IPHAN.
4.1.2.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 551 – Hotéis e similares
Classe: 5510-8 – Hotéis e similares
Subclasse: 5510-8/01 – Hotéis
4.1.2.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços envolvem as atividades dos hotéis combinadas
ou não com serviços de alimentação.
1) Administração de Hotéis (55108/01)
2) Hotel com ou sem serviço de restaurante (55108/01)
4.1.2.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com
possibilidade de parceria com a iniciativa privada no que tange a:
1) Tombamento de hotéis no DF cuja história e representatividade de uma
época da hotelaria nacional sejam comprovadamente relevantes à
preservação;
2) Apoio à reforma e manutenção de hotéis históricos da capital.
Com relação a oportunidades vinculadas exclusivamente à iniciativa privada,
identificam-se em geral oportunidades para:
1) Reforma e manutenção de hotéis históricos;
2) Ampliação da oferta de hotéis históricos em edificações tombadas,
inclusive na área rural.
4.1.2.4.1
Justificativa
Em pesquisa (entrevista) com gestores de empreendimentos rurais no DF,
identificou-se potencial para ampliação da prestação de serviços turísticos em
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
66
atrativos já consolidados, tendo entre eles, atrativos turísticos tombados por sua
representatividade histórica, com procura por hospedagem (Relatório Setorial,
pg. 90).
Um ícone dos Hotéis históricos da capital federal é o recentemente restaurado
Brasília Palace Hotel, que ainda demanda melhorias estruturais segundo
entrevistas e pesquisas que integram este Estudo (Relatório Setorial, pg.102)
Além disso, haveria oportunidade para o reconhecimento de outros hotéis que
compoem um legado histórico das primeiras décadas da capital federal e
poderiam ser analisados do ponto de vista do tombamento, como exemplo, o
Hotel Nacional.
A existência de novos hotéis em paraleto a hotéis antigos, considerados em
alguns casos como obsoletos (pesquisas qualitativas), reforçam a necessidade
de investimentos em reformas e melhorias nas instalações dos hotéis históricos
tombados ou não (Correlações C 116 a C125).
Além disso, observou-se que cerca de 84% dos empresários/gestores de meios
de hospedagem do DF pretendem ampliar ou reformar suas instalações
(pesquisa quantitativa com empresários e dirigentes do turismo no DF). A
capatação de megaeventos como a Copa do Mundo FIFA 2014 (Correlação
C199, matriz anexa) e a disponibilidade de linhas de crédito no BNDES para
empreendimentos turísticos e meios de hospedagem (Correlações C200 e C201)
incentivam investimentos em reformas de meios de hospedagem mais antigos
do DF.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
67
4.1.3
HOTEL DE LAZER/RESORT
4.1.3.1 Descrição
Estabelecimento comercial de hospedagem que tem seu maior atrativo na
recreação, no bem-estar e nos esportes.
4.1.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 551 – Hotéis e similares
Classe: 5510-8 – Hotéis e similares
Subclasse: 5510-8/01 – Hotéis
4.1.3.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços existentes envolvem as atividades de hotéis e
lazer e entretenimento, combinadas ou não com serviços de alimentação.
1) Administração de Hotéis (55108/01)
2) Hotel com ou sem serviço de restaurante (55108/01)
3) Serviços de SPA com serviços de alojamento (55108/01)
4.1.3.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Maior estruturação e revitalização dos hotéis de lazer e resorts existentes
no Lago Paranoá;
2) Edificação de grandes resorts no DF, com destaque à área de influência
do Lago Paranoá.
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao Poder Público:
1) Regularização fundiária para empreendimentos de hotéis de lazer/resorts
no DF.
4.1.3.4.1
Justificativa
Em meio às pesquisas identificou-se poucos hotéis de lazer/resorts no DF,
necessitando, em alguns casos, de manutenção e revitalização de alguns
equipamentos e estruturas (Correlações C199 a C203, matriz SWOT anexa). Nas
pesquisas qualitativas com agentes que se relacionam com a cadeia produtiva
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
68
do turismo no DF oportunidades vinculadas à edificação de grandes resorts no
território do DF ou em áreas próximas, como à beira do Lago de Corumbá IV
(Relatório Setorial, pg. 189).
Em análise da Matriz SWOT correlacionada resultante dos dados obtidos com as
diversas pesquisas que integram esse Estudo de Oportunidades, constata-se uma
demanda por novas áreas para construção de equipamentos de hospedagem
dessa subcategoria, o que corrobora com a necessidade de descentralização da
oferta de hospedagem para além do território do Plano Piloto (Correlação C59,
matriz anexa).
Observa-se que a ampliação da oferta de meios de hospedagem da
subcategoria hotéis de lazer e resorts poderá atender não apenas aos turistas,
mas à própria população do DF em si, com o maior PIB per capita do país e alto
índice de consumo de produtos e serviços de lazer e cultura. Além disso,
investimentos podem ser efetuados em parceria com o setor público, no que há
como premissa a regularização da terra urbana do DF para esse tipo de
edificação/empreendimento (Correlações C60 a C70).
Observa-se que alguns hotéis de lazer/resorts do DF possuem em sua estrutura
apart-hotéis e flats, com menos de 50% dos cliente de fora do DF (turistas de
fato) – caso comumente constatado nos meios de hospedagem existentes às
margens do Lago Paranoá. Ou seja, alguns desses empreendimentos atendem à
própria população de Brasília, como moradia temporária (Correlações C175 a
C193). Constata-se assim, que embora Brasília tenha empreendimentos dessa
subcategoria, a procura por meios de hospedagem ainda reflete um perfil de
negócios e eventos e esbarra na falta de opções competitivas do mercado
imobiliário para habitação dessa população.
Alguns programas e iniciativas do poder público estão sendo desenvolvidas
para alterar esse cenário, com maior incentivo ao aumento do fluxo de turistas
culturais e de lazer na capital, maior qualificação da oferta turística do DF (para
o mercado internacional), adaptação das instalações para pessoas com
necessidades especiais, entre outros (Correlações C175 a C193, matriz SWOT
anexa).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
69
4.1.4
POUSADA
4.1.4.1 Descrição
Estabelecimento comercial de hospedagem, sem parâmetros predefinidos de
classificação. Caracteriza-se pela hospitalidade, ambientação aconchegante,
paisagismo do entorno, serviços como atendimento personalizado e integração
à região.
4.1.4.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 551 – Hotéis e similares
Classe: 5510-8 – Hotéis e similares
Subclasse: 5510-8/01 – Hotéis
4.1.4.3 Principais produtos e serviços
Atividades dos hotéis e pousadas, combinadas ou não com serviços de
alimentação.
1) Administração de Pousadas (55108/01)
2) Pousada com ou sem serviço de restaurante (55108/01)
4.1.4.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades ao poder público relacionadas a:
1) Regularização de áreas para exploração dessa atividade econômica
2) Apoio à formalização, regularização e estruturação de pousadas
existentes
3) Redução de entraves burocráticos para criação e estruturação de
pousadas e meios de hospedagem alternativos no DF.
Foram identificadas oportunidades para a iniciativa privada vinculada a:
1) Criação de novas pousadas no DF (regulares);
2) Reforma, manutenção e regularização das pousadas existentes.
4.1.4.4.1 Justificativa
As pesquisas que integram o presente Estudo de Oportunidades permitiram a
identificação de algumas oportunidades com relação às pousadas no DF. Uma
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
70
delas estaria vinculada à pesquisa realizada junto a atrativos turísticos, que
identificou interesse por parte dos empresários, e forte potencial para
ampliação de atividades econômicas em empreendimentos turísticos localizado
em área rural no DF, cuja oferta se limita a atividades de aproveitamento diário,
não permitindo que o visitante pernoite no empreendimento (Relatório Setorial,
p. 90 e 91).
Além disso, também foi observado potencial para ampliação de pousadas
direcionadas a um público em específico, como o de idosos, por exemplo
(Relatório Setorial, p. 100), e pessoas de menor poder aquisitivo (Correlações
C293 a C299, matriz SWOT correlacionada anexo).
De acordo com a Base Cadastral que integra o Estudo (Relatório Setorial, p.
149), observa-se um alto índice de Pousadas em comparação com outras
subcategorias da categoria de meios de hospedagem. No entanto, chama à
atenção a situação irregular constatada, principalmente para as antigas
pousadas que funcionavam na Avenida W3 Sul (quadras 700), em área tombada
da cidade. A princípio, não deveria haver empreendimentos comerciais desse
tipo nessa localidade, o que resultou em sua interdição pelo Governo do
Distrito Federal em 2008. No entanto, foi possível observar que alguns
empreendimentos continuam funcionando na clandestinidade (Relatório
Setorial, p. 151).
Esse fato foi observado em paralelo à alta demanda por esse tipo de serviço no
DF. Boa parte das pousadas em situação irregular oferece serviços básicos com
tarifas reduzidas e localização privilegiada para um público de renda média, que
busca por serviços distintos dos dirigidos aos turistas de negócios e eventos,
com interesses corporativos. Brasília é movimentada nos finais de semana por
pessoas vindas de diferentes territórios do país em torno de oportunidades
traduzidas em concursos públicos ou outras motivações profissionais, de lazer,
familiares ou de saúde, que não estão dispostas, ou não possuem condições de
pagar pelas tarifas médias dos hotéis disponíveis no plano piloto e RAs
consolidadas (Relatório Setorial, pesquisa de demanda, p. 155).
Na ausência de opções regulares, surgem meios de hospedagem praticamente
clandestinos permeando o Plano Piloto e outras Regiões de atividades
econômicas que fogem do controle do Estado e das garantias mínimas de
qualidade e direito de consumo esperadas. Esse fato, em si, aponta para
oportunidades, não apenas de regularização e desburocratização por parte do
poder público, como de investimentos regulares por parte da iniciativa privada
em áreas permitidas (Correlações C334 a C338, matriz SWOT correlacionada em
anexo).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
71
Existem linhas de financiamento para criação de meios de hospedagem e eixos
consolidados para descentralização e dinamização das atividades econômicas
no DF, que somados à uma ampliação dos meios de transporte podem auferir
bons retornos e ampliar a oferta de pousadas para um público identificado no
DF para o consumo desse tipo de serviço (Pesquisa de Demanda CET/2008 e
Correlações C59 a C71; C80 a C94 matriz SWOT correlacionada anexo).
Além disso, Brazlândia e Sobradinho se destacam pela oferta de pousadas em
área rural, com possibilidades de expansão para essas e outras RAs (Correlações
C42 a C58). Para tanto, recomenda-se o desenvolvimento de planos específicos
e estudos prévios pontuais para investimentos específicos.
Alguns programas e projetos do governo federal e distrital que antecedem a
realização de megaeventos previstos para os próximos anos também apontam
para oportunidades de melhoria e novos investimentos, principalmente junto a
pousadas já existentes. É o caso do Projeto de Gestão Estratégica para Bares,
Restaurantes e Similares, Hotéis, Pousadas e outros Meios de Hospedagem,
entre outros (Correlações C98 a C115). Soma-se a isso o fato de que quase 85%
das empresas de meios de hospedagem entrevistadas durante a pesquisa
manifestaram interessem em ampliar ou reformar suas instalações, sinalizando
investimentos futuros e a movimentação da economia do turismo no DF como
um todo (Correlações C199 a C203).
Por fim, identificasse oportunidades de investimentos em pousadas próximas a
terminais rodoviários do DF (Correlações C279 a C286).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
72
4.1.5 APART-HOTEL/ FLAT/ CONDOTEL
4.1.5.1 Descrição
Estabelecimento comercial de hospedagem eminentemente temporária no qual
investidores particulares são proprietários de unidades habitacionais,
disponibilizando-as para aluguel como meio de hospedagem através de um
pool7 de proprietários e da administração de uma empresa especializada neste
tipo de negócio.
4.1.5.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 551 – Hotéis e similares
Classe: 5510-8 – Hotéis e similares
Subclasse: 5510-8/02 – Apart-hotéis
4.1.5.3 Principais produtos e serviços
Atividades dos apart-hotéis usados como hotéis.
1) Serviços de Apart-Hotel (5510-8/02)
2) Serviços de reserva e outros serviços não especificados (7990-2/00)
4.1.5.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas como oportunidades vinculadas à iniciativa privada a:
1) Construção de novos apart-hotéis no território do DF (plano piloto e RAs
consolidadas);
Foram identificadas oportunidades de investimentos vinculadas ao poder
público, em parceria com a iniciativa privada ou não, no que tange a:
1) Desenvolvimento de infraestrutura turística nas proximidades dos aparthotéis previstos e/ou existentes.
4.1.5.4.1
Justificativa
Reforça-se a importância de ampliar empreendimentos desta subcategoria a
partir da captação de megaeventos a serem sediados no DF (Correlações C82,
7
Segundo o Dicionário Houaiss (2001, pág 2260), pool é um acordo temporário entre duas ou mais empresas para a
execução de determinado serviço, formando um caixa único e posteriormente rateando os lucros entre as partes. No
caso específico do apart hotel, flat e ou condohotel o pool será formado entre os proprietários das unidades
habitacionais e a empresa administradora do empreendimento.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
73
C97, C118, C129, C179 e C199), sendo também muito importante a interlocução
da iniciativa privada com o poder público no sentido de garantir a estruturação
do entorno de empreendimentos previstos, com infraestrutura para
atendimento de visitantes e turistas (pontos de táxi, ônibus, telefones públicos,
lixeiras, sinalização, calçadas, etc.), buscando garantir uma movimentação
turística constante frente à sazonalidade (Correlações C287 a C292, matriz
anexo).
Em pesquisa com agentes que se relacionam com a cadeia produtiva do DF
constata-se, no entanto, que apesar de existir uma boa oferta de leitos e
apartamentos dessa subcategoria, 30 a 40% dos mesmos não estão disponíveis
para turistas por abrigarem uma demanda de mensalistas (Relatório Setorial, p.
165 e Correlações C175 a C193).
A maior parte dos apart-hotéis de Brasília está localizada em um local
privilegiado, próximo aos principais órgãos da administração pública federal, de
setores bancários e de autarquias, entre outros, tendo novas construções
previstas para os próximos anos, em um cenário de expansão não apenas para
o turismo, como para a própria população de Brasília que opta por esses
serviços para moradia temporária por motivações diversas (Correlações C60 a
C63, C68, C80 a C94).
Novas áreas para construção desses tipo de equipamento de hospedagem
mostram-se necessárias e viáveis para futuros investimentos, principalmente por
parte de médias e pequenas empresas – responsáveis diretas por parte dos
apart-hotéis/flats e condotéis do DF segundo pesquisas (Survey, Correlações
C128 a C160), de forma a promover a descentralização desses
empreendimentos no Plano Piloto gerando maior dinamização da economia e
das opções existentes (Correlações C59, C64, C65 a 67, C70 e C71). A
constatação de um aumento da procura por apart-hotéis e flats em RAs do
entorno de Brasília, principalmente devido à competitividade dos serviços e
tarifas cobradas o que reforça as boas chances de retorno nesse tipo de
investimento (Correlações C95 e C96).
Cumpre destacar que alguns apart-hotéis/condotéis necessitarão de
investimentos em reforma de suas estruturas e instalações, bem como serviços
para poder competir com os novos empreendimentos que se instalam na
capital, questões identificadas não apenas nas pesquisas de demanda do CET
(2008), como nas análises correlacionadas em Matriz SWOT (Correlações C116 a
C125, matriz anexo). Para viabilizar essa necessidade, constata-se linhas de
financiamento e outros incentivos do poder público (Correlações C201 a C203).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
74
4.1.6 MOTEL
4.1.6.1 Descrição
Hotel, localizado na beira das estradas de grande movimento, que aluga
quartos ou apartamentos e tem relativa infra-estrutura como estacionamento
para carros, restaurante, etc. Um dos principais elementos que diferem o motel
de outros meios de hospedagem é a cobrança por hora do uso da unidade
habitacional, ao invés da cobrança por diária (período de 24 horas).
4.1.6.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 551 – Hotéis e similares
Classe: 5510-8 – Hotéis e similares
Subclasse: 5510-8/03 – Motéis
4.1.6.3 Principais produtos e serviços
Atividades dos motéis cuja característica é o alojamento por período inferior a
24 horas.
1) Serviços de Motel (5510-8/03)
4.1.6.4 Oportunidades identificadas
Não fora, identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
75
4.1.7
CAMPING
4.1.7.1 Descrição
Estabelecimento comercial de locação de espaço, instalações e serviços,
destinado à cessão individual de lotes para instalação de barracas e ou
estacionamento de trailers ou motorhomes.
4.1.7.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 559 – Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente
Classe: 5590-6 – Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente
Subclasse: 5590-6/02 – Campings
4.1.7.3 Principais produtos e serviços
Atividades de campings (acampamentos).
1) Serviço de Alojamento e Acampamento (5590-6/02)
4.1.7.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades de investimentos vinculadas ao poder
público, em parceria com a iniciativa privada ou não, no que tange a:
1) Desenvolvimento de infraestrutura turística nas proximidades dos
campings existentes.
4.1.7.4.1
Justificativa
Nas pesquisas com guias de turismo do DF (Relatório Setorial p. 208) foi
constatada a necessidade de maior estruturação das áreas de entorno dos
campings, uma vez que, segundo a fala de entrevistados, não há informação
sobre meios de transporte disponíveis, calçamento e faixa de pedestres em
áreas próximas, entre outros equipamentos e instalações básicas para um bom
aproveitamento por parte do perfil de turista que opta por acampar.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
76
4.1.8
ALBERGUE
4.1.8.1 Descrição
Estabelecimento comercial de hospedagem com instalações e serviços básicos
que visam atender segmentos sociais com recursos financeiros modestos, como
estudantes ou aposentados. Apresenta unidades habitacionais simples,
comportando quartos individuais ou dormitórios coletivos.
4.1.8.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 559 – Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente
Classe: 5590-6 – Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente
Subclasse: 5590-6/01 – Albergues, exceto assistenciais
4.1.8.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que em geral envolvem as atividades de albergues não
assistenciais, como disponibilidade de leitos em unidades habitacionais
compartilhadas, uso de computadores e internet, uso de instalações de cozinha
e restaurante, entre outros.
1) Serviço de Alojamento Albergue, exceto assistencial (5590-6/01)
4.1.8.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada no que
tange à:
1) Construção de novas opções de albergues segundo concepção moderna;
2) Investimentos em novas instalações/equipamentos/serviços em
empreendimento existente
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com relação à:
1) Regularização e ordenamento para possibilitar novos meios de
hospedagem (albergues, cama e café e outras alternativas) no Plano
Piloto e/ou outras RAs;
2) Maior estruturação da área de influência do albergue existente no Plano
Piloto.
4.1.8.4.1
Justificativa
Embora as pesquisas qualitativas e quantitativas não tenham identificado
oportunidades diretas nessa subcategoria de meios de hospedagem, cumpre
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
77
destacar a identificação de um perfil de turistas que vem à capital federal e
enfrenta dificuldades em encontrar meios de hospedagem que atendam a suas
expectativas e motivações, com destaque ao público jovem.
Pesquisas com relação aos empreendimentos atuais da categoria de meios de
hospedagem no DF demonstram a reduzida oferta de albergues na capital,
tendo apenas um em situação regular localizado em área de influência do Plano
Piloto. Destaca-se, no entanto, que apesar de existir oferta, faltam investimentos
do poder público no sentido de dotar sua área de influência da infraestrutura
turística necessária para um bom aproveitamento da cidade por parte dos
turistas que utilizam esse equipamento, como pontos de ônibus que realmente
protejam o indivíduo de intempéries (chuva, sol, etc.), com informações
atualizadas dos horários de ônibus, calçamento, lixeiras, sinalização turística e
de trânsito, entre outros cuidados mínimos de uma capital escolhida para sediar
megaeventos e apresentar competitividade como destino turístico internacional.
Além disso, faltam opções de albergues para jovens e perfis de turistas
nacionais e internacionais cuja motivação de interação com a cidade se dá de
forma sofisticada, com disponibilidade de gastos em atrações culturais em
detrimento de instalações de hospedagem. Também há de se considerar o
mercado jovem nacional, com menor disponibilidade para gastos com
hospedagem, que configura um perfil de turista sem muitas opções de
hospedagem na capital federal atualmente (Correlações C293a C299).
Empreendimentos cujo padrão de serviços seja inovador e alinhado com o
padrão de serviços existentes em albergues mundiais e de destinos de
competitividade internacional brasileiros, como o Rio de Janeiro, por exemplo,
acabam por traduzir novas oportunidades no DF uma vez que não existem pelo
território.
Essa oportunidade também se vincula com a existência de demanda por novas
áreas para construção de equipamentos de hospedagem, uma vez que não são
permitidos esse tipo de empreendimento em qualquer área do território do DF
(Correlações C59 a C71). Constata-se, inclusive, a existência de demanda e
linhas de financiamento para tal tipo de investimento, que poderia ser instalado
próximo às principais linhas de transporte, como o metrô, uma vez que seu
perfil de usuário geralmente se desloca por meio do transporte público coletivo,
ampliando assim a oferta de serviços referente à hospedagem na capital federal
(Correlações C80 a C94).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
78
4.1.9 HOTEL FAZENDA
4.1.9.1 Descrição
Estabelecimento comercial de hospedagem situado
localizadas na zona rural ou próximas de áreas urbanas.
em
propriedades
4.1.9.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 55 – Alojamento
Grupo: 551 – Hotéis e similares
Classe: 5510-8 – Hotéis e similares
Subclasse: 5510-8/01 – Hotéis
4.1.9.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que envolvem as atividades dos hotéis e pousadas,
combinadas ou não com serviços de alimentação, localizadas em área rural.
1) Administração de Hotéis (55108/01)
2) Hotel com ou sem serviço de restaurante (55108/01)
3) Hotel fazenda (55108/01)
4.1.9.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Diversificação de opções de serviços e ampliação da oferta de
hospedagem em empreendimentos localizados em área rural
Vinculadas ao poder público, foram identificadas oportunidades de:
1) Terraplanagem e recapeamento de vias de acesso federais e distritais de
acesso a empreendimentos turísticos.
4.1.9.4.1
Justificativa
A necessidade de ampliação de leitos e apartamentos em área rural foi indicada
pela pesquisa com responsáveis por atrativos turísticos em área rural (Relatório
Setorial) como possíveis investimentos dos quais desejam realizar. No entanto,
não foi constatada demanda real para esse tipo de investimento na pesquisa de
demanda ou em outras pesquisas que integram esse Estudo.
A matriz SWOT correlacionada reforça a demanda por maiores opções de meios
de hospedagem e descentralização desses serviços pelo DF, com linhas de
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
79
financiamento e incentivo do poder público para essa expansão (Correlações
C42 a C58, e C199 a C203).
Investimentos em infraestrutura de acesso, divulgação e sinalização por parte
do poder público surgem como necessidades reais para maior incentivo e
comercialização dos empreendimentos de hotel fazenda atualmente existentes
no DF.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
80
4.2 Público-alvo
População em geral, visitantes e turistas nacionais e internacionais.
4.3 Principais fornecedores e concorrentes
1)
2)
Provedores de acesso às redes de comunicações (6190-6/02)
Manutenção, reparo de sistemas de circuitos internos de segurança
(9512-6/00)
3) Serviços de preparo de folhas de pagamento (8211-3/00)
4) Manutenção e reparo de aparelhos de informática (9511-8/00)
5) Serviços de assistência técnica em equipamentos de informática (95118/00)
6) Manutenção de equipamentos emissores de cupom fiscal (9511-8/00)
7) Manutenção, reparo e conserto de impressoras (9511-8/00)
8) Manutenção, reparo e conserto de máquina de cartão de crédito (95118/00)
9) Reparação e manutenção de aparelhos telefônicos e fax (9512-6/00)
10) Comércio atacadista de artigos de caça, pesca e camping (4763-6/04)
11) Comércio varejista de artigos de caça, pesca e camping (4763-6/04)
12) Comércio varejista de barracas para camping (4763-6/04)
4.4 Legislação relativa
Portaria nº 17, de 12 de Fevereiro de 2010
A Portaria nº 17, tem como objeto, tornar sem efeito o Regulamento do Sistema
Oficial de Classificação de Meios de Hospedagem aprovado pela Deliberação
Normativa da EMBRATUR nº 429, de 23 de abril de 2002 e revogar a
Deliberação Normativa da EMBRATUR nº 376, de 14 de maio de 1997.
Deliberação Normativa n.º 429, de 23 de Abril de 2002
A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) define parâmetros para o novo
Sistema de Classificação dos Meios de Hospedagem. Os novos regulamentos
alteram integralmente o processo de classificação dos meios de hospedagem e
consolidam disposições dispersas na legislação referentes à atividade hoteleira.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
81
LEI nº - 11.771, de 17 de Setembro de 2008
Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo
Federal no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico;
revoga a Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977, sobre atividades e serviços
turísticos, e condições para o seu funcionamento e fiscalização; o Decreto-Lei nº
2.294, de 21 de novembro de 1986, relacionado ao exercício e à exploração de
atividades e serviços turísticos; e dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de
1991, que renomeia a Embratur e dá outras providências.
Decreto n.º 4.898, de 26 de Novembro de 2003
O Decreto define que foram transferidas da Embratur (Instituto Brasileiro de
Turismo) para o Ministério do Turismo as competências relacionadas ao
cadastramento de empresas turísticas. Além disso, ficam transferidas as
obrigações e os acervos técnico e patrimonial utilizados no desempenho das
atividades.
Deliberação Normativa n.º 392/98, de 06 de Agosto de 1998
A Deliberação estabelece que seja obrigatória a formalização de contrato escrito
dos prestadores de serviços turísticos entre si e fornecedores, inclusive
transportadoras, regulares ou não. Para assegurar o ressarcimento do
consumidor em caso de eventuais prejuízos, assim como das empresas, em
contratos de venda de pacotes turísticos, deverá ser celebrado seguro de
responsabilidade para cobertura do dano.
Normas Técnicas ABNT/MTur
O Ministério do Turismo, em parceria com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, disponibiliza para visualização e impressão as normas
brasileiras publicadas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54).
4.5 Fontes de pesquisa
BENI, 2003. Análise Estrutural do Turismo. 8ª Ed. Atual. São Paulo: editora
SENAC São Paulo, 2003.
CASTELLI, 2003. Administração Hoteleira. 9ª Ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2003.
CNAE (HTTP://www.cnae.ibge.gov.br)
MINISTÉRIO DO TURISMO (HTTP://www.turismo.gov.br)
PESQUISAS REALIZADAS PELO CET-UNB EM 2008, 2009 e 2010.
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82
5. Gastronomia
A categoria de Gastronomia envolve diversos empreendimentos que oferecem
serviços de alimentação segundo aspectos variados, atendendo a exigência de
todos os tipos de visitantes.
Para o Estudo de Oportunidades de Investimentos no Setor Turismo do Distrito
Federal, no entano, foi necessário adaptar a classificação existente para a
categoria na metodologia desenvolvida para o Inventário da Oferta Turística do
Ministério do Turismo, com as especificações técnicas solicitadas pelo SEBRAEDF e a própria base de classificação das atividades econômicas (CNAE-IBGE). A
equipe do CET-UnB, também não deixou de considerar algumas subcategorias
inovadoras no mercado, como os Espaços Gourmets, que, inclusive, não possui
classificação nas plataformas do Mtur e da CNAE. Assim, este Estudo considerou
as seguintes subcategorias, cuja descrição específica é apresentada na próxima
seção (Quadro 6):
Quadro 6 – Subcategorias de Gastronomia
GASTRONOMIA
Restaurantes
Bares/ Cervejarias e similares
Cafés/ Lanchonetes
Quiosques/ Barracas e serviços ambulantes
Sorveterias
Casas de Sucos
Padarias
Catering/ Buffêt e outros serviços de comida preparada
Chocolaterias
Espaço Gourmet / Confrarias
Fonte: CET/UnB 2010
5.1 Descrição das subcategorias, seus produtos e
serviços, e oportunidades identificadas
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
83
5.1.1 RESTAURANTE
5.1.1.1 Descrição
Estabelecimento que se destina à prestação de serviços de alimentação e que
pode oferecer culinária internacional, regional, local ou típica.
5.1.1.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 56 – Alimentação
Grupo: 561 – Restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas
Classe: 5611-2 – Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de
alimentação
Subclasse: 5611-2/01 – Restaurantes e similares
5.1.1.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços envolvem atividades de vender e servir comida
preparada, com ou sem bebidas alcoólicas ao público em geral, com serviço
completo; compreendem também restaurantes self-service ou de comida a
quilo; e atividades de restaurante e bares em embarcações explorados por
terceiros.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
Alimentação, comida, refeição a quilo (5611-2/01)
Serviços de alimentação com serviço completo (5611-2/01)
Serviços de alimentação, churrascarias (5611-2/01)
Serviços de alimentação exploração de vagões restaurantes por terceiros
(5611-2/01)
Serviços de alimentação pizzaria, com serviço completo (5611-2/01)
Serviços de alimentação, rotisseria (5611-2/01)
Serviços de alimentação self-service (5611-2/01)
Serviços de alimentação trattoria (5611-2/01)
5.1.1.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor público, em possível
parceria com o terceiro setor ou a iniciativa privada, no que diz respeito a:
1) Incentivos à iniciativa privada por meio da redução da alta carga de
tributos;
2) Incentivo à instalação de equipamentos de gastronomia no Conjunto
Cultural da República;
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
84
3) Promoção de maior qualificação dos serviços (para mercado nacional e
internacional);
4) Destinação de territórios regulares para instalação de novos restaurantes.
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado no que diz
respeito à:
1) Criação de novos restaurantes, considerando estacionamento para
veículos turísticos (ônibus e outros) e capacidade de atendimento
simultâneo (grandes grupos);
2) Construção ou reforma de restaurantes em atrativos turísticos;
3) Novas opções de restaurantes especializados (gastronomia indiana);
4) Novas opções de restaurantes com tarifas e serviços diferenciados em
todo o território do DF;
5) Restaurantes adaptados para público específico, com cardápios e
atendentes bilíngües e adaptados para PNEs.
Com relação ao terceiro setor, foram identificadas oportunidades vinculadas a:
1) Projetos de capacitação de mão de obra especializada;
2) Projetos para maior conscientização dos empresários com relação às
vantagens em parcerias com o setor turístico (gratuidade para guias e
motoristas).
5.1.1.4.1
Justificativa
Brasília apresenta boa diversidade quanto aos tipos de serviços prestados por
sua oferta de restaurantes, com amplas opções em culinária, considerada um
dos maiores pólos gastronômicos do Brasil (Correlações C34 a C47; C287 a
C297).
As pesquisas realizadas para este Estudo permitiram constatar que a capital
federal tem condições de competir com os principais destinos brasileiros em
gastronomia, oferecendo uma boa diversidade de opções (Relatório Setorial, p.
171). No entanto, ainda há espaço para investimentos e melhorias (Relatório
Setorial, p. 168, Correlações C64 a C66).
Anualmente ocorrem na cidade diversos festivais gastronômicos que
movimentam a economia e ampliam as opções para a população e os turistas,
com apoio e envolvimento de entidades representativas da categoria. Além
disso, a grande concentração de servidores públicos federais de alto escalão e
do corpo diplomático residindo na capital amplia as chances de sucesso de
diversos empreendimentos, principalmente os que se concentram no Plano
Piloto, amplamente freqüentados em dias de semana.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
85
De modo geral, as pesquisas permitiram identificar oportunidades para a
subcategoria de restaurantes vinculadas tanto à iniciativa privada quanto ao
poder público, podendo envolver parcerias e terceirizações.
Dentre as oportunidades e ações por parte do poder público está o maior
incentivo à categoria (correlações C431 a C438), por meio da redução da carga
de tributos, considerada por mais de 50% dos empresários entrevistados como
o principal fator limitante da administração e manutenção de sua empresa no
mercado (Correlações C377, C379, C382, C384, C385, C387, C390).
Outros entraves, traduzidos em oportunidades de ação do poder público,
estariam relacionados com dificuldades em obtenção de alvarás para
funcionamento (correlações C317 a C320), ausência de locais para instalação de
empreendimentos (correlações C321 a C323), falta de planejamento voltado ao
turismo (correlações C324 a C326), falta de recursos e determinação de áreas
específicas para investimentos em bares e restaurantes (C353 a C358 e Relatório
Setorial, p.179)
Pontualmente, constatou-se nas pesquisas com atrativos turísticos do DF
(Relatório Setorial, p.101) a necessidade de instalar um equipamento de
gastronomia em locais específicos, concentrados na Esplanada dos Ministérios,
junto ao Conjunto Cultural da República (Correlações C257 a C260), por
exemplo.
Esse equipamento poderia ser um restaurante, uma cafeteria ou outro da
categoria, conforme um estudo de oportunidade específico possa apontar.
Tanto o Museu Nacional quanto a Biblioteca Nacional de Brasília integram
importantes roteiros turísticos comercializados na capital e foram inauguradas
sem a oferta de serviços e produtos da área de gastronomia. Atualmente, as
opções de alimentação existentes na área resultam de comerciantes
autônomos/ ambulantes. Porém, entende-se necessário o apoio do poder
público para facilitar obtenção de financiamento e a regularização do
empreendimento neste local (Correlação C359 a C364).
A baixa qualidade da prestação de serviços em geral para a categoria, desde
garçons até gerentes, também foi constatada nesse Estudo em diversas
pesquisas. Na pesquisa quantitativa com empresários da categoria de
gastronomia, mais de 40% dos entrevistados apontaram a dificuldade de
administração dos empreendimentos advinda da baixa capacitação da mão-deobra disponível, mesmo existindo diversos cursos e projetos de formação na
capital (Relatório Setorial – Cursos técnicos e profissionalizantes, p. 67).
Os guias de turismo do DF também relataram enfrentar dificuldades na
qualidade dos serviços prestados, principalmente quanto à conciliação da rapidez
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
86
no atendimento, à qualidade ofertada, e à variedade de restaurantes que
conseguem atender à determinada demanda turística (Relatório Setorial, p.173).
Esses dados traduzem oportunidades de investimento para o poder público, o
terceiro setor e a própria iniciativa privada (correlações C374, C375, C376, C378,
C380, C381; C24 a C33).
Especialmente vinculado ao setor privado, foi constatada oportunidade de
investimento em restaurantes com capacidade para atender grandes grupos de
maneira rápida e eficiente, corroborando com a motivação de alguns
segmentos do turismo (Relatório Setorial, p. 173/174 – pesquisa qualitativa com
guias de turismo, correlações C298 a C306).
Em paralelo, também foi constatada opções de investimentos em restaurantes
internacionais específicos, como um restaurante indiano, por exemplo, a
adaptação dos serviços para atender ao estrangeiro e à acessibilidade (Correlações
C264 a C275); e, por fim, e mais uma vez, a sugestão para ampliar ainda mais a
variedade de opções gastronômicas da capital (Relatório Setorial, p. 177,
Correlações C68 a C74; C91 a 99).
Destaca-se algumas ameaças para ampliação da capacidade de atendimento de
determinados restaurantes advindas de fatores externos, como a logística em
transportes urbanos, por exemplo (C247 a C256). A infraestrutura, o acesso e até
mesmo as linhas de transporte coletivo urbano disponíveis atualmente, além de
determinar a escolha das agências e guias de turismo ao levar grupos, determina a
contratação da mão-de-obra, uma vez que em alguns casos, o funcionário precisa
deixar o estabelecimento antes do último cliente sair para conseguir voltar à sua
residência (Relatório Setorial, p. 177, Correlações C68 a C74; C91 a 99).
Foram constatadas oportunidades de investimento em restaurantes vinculados
a atrativos turísticos do DF, seja para criação de restaurantes no local, como
constatado no Vale do Amanhecer em Planaltina (Relatório Setorial, p.88), seja
para abertura de restaurantes próximos a determinados atrativos, como no caso
da Catedral Militar Rainha da Paz (Relatório Setorial, p. 99).
Cumpre ressaltar que alguns administradores de restaurantes, principalmente os
localizados na área rural do DF, manifestaram interesse em ampliar ou reformar
suas instalações (Relatório Setorial, p. 90 e p. 94, correlações C75 a C90). Aliás,
em pesquisa com empresários da categoria, mais de 60% dos entrevistados
manifestaram interesse em ampliar ou reformar suas instalações (Correlações
C157 a C169), e mais de 40% manifestaram interesse em investir em tecnologia
(informatização, automação) e compra de novos equipamentos e máquinas para
o empreendimento (Correlações C170 a C179). Esse interesse, somado à
existência de linhas de financiamento para esse tipo de investimento no DF, e
somado à possibilidade real de descentralizar a oferta existente, poderá
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
87
promover diversas novas oportunidades nos próximos anos (correlações C236 a
C242).
Nesse sentido, destacam-se alguns territórios reservados para a ampliação da
oferta de lazer e gastronomia, como o setor de clubes sul, área localizada
próxima ao atrativo turístico Ponte JK, às margens do Lago Paranoá, por
exemplo. (Correlações C388, C365 a C373) No entanto, constata-se que novas
áreas ainda são necessárias para serem destinadas à instalação de novos
equipamentos de gastronomia no DF (correlações C243 a C246).
Considera-se o cenário da subcategoria “restaurante” bastante favorável para os
próximos anos, principalmente ao considerar a mobilização dos empresários da
categoria e o alto índice de consumo por parte da população residente em
Brasília (Correlações C180 a C195).
Soma-se a esse cenário, o turismo com seus programas e projetos para os
próximos anos, tendo em vista a captação de megaeventos para a capital
federal. Nesse sentido, identifica-se a necessidade de maior sensibilização do
empresariado local para a importância da parceria com agencias de turismo,
guias de turismo e motoristas de transportadoras, uma vez que delas parte a
decisão de um restaurante em detrimento de outro. Durante as pesquisas,
observou-se que existe resistência em diversos restaurantes para a gratuidade
desses serviços, o que determina a escolha da agência/guia/motorista a não
optar pelo restaurante e considerar poucas opções (pois só considera as que
fornecem a gratuidade) (correlações C261 a C263 matriz anexa).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
88
5.1.2 BAR/ CERVEJARIA E SIMILAR
5.1.2.1 Descrição
Estabelecimento que serve bebidas, sanduíches, petiscos e refeições ligeiras no
balcão ou em pequenas mesas. Destaca-se o consumo de bebidas alcoólicas
além de outras bebidas como refrigerantes e sucos. As cervejarias
compreendem estabelecimentos onde são fabricados e ou comercializados
cerveja ou chope.
5.1.2.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 56 – Alimentação
Grupo: 561 – Restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas
Classe: 5611-2 – Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de
alimentação
Subclasse: 5611-2/02 – Bares e outros estabelecimentos especializados em
servir bebidas
5.1.2.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços envolvem as atividades de servir bebidas
alcoólicas, com ou sem entretenimento, ao público geral, com serviço completo
1) Adega com serviço completo (5611-2/02)
2) Bar com serviço completo, serviço de alimentação (5611-2/02)
3) Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas (56112/02)
4) Choperia com serviço completo (5611-2/02)
5) Cyber café com predominância de serviço de bar (5611-2/02)
6) Snack-bar, serviço de alimentação (5611-2/02)
7) Whiskeria, whiskaria; com serviço completo (5611-2/02)
5.1.2.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com
possibilidade de parceria com o terceiro setor e a iniciativa privada no que
tange a:
1) Regularização e reserva de uso do território urbano para instalação de
empreendimentos do gênero;
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
89
2) Desburocratização dos processos administrativos de concessão ou
suspensão de alvarás para funcionamento de bares/ cervejarias e
similares;
3) Redução da carga tributária;
4) Maior apoio da administração pública à subcategoria, promovendo uma
maior capacitação da mão-de-obra local, maior parceria e articulação,
entre outras ações de incentivo.
Dentre as oportunidades vinculadas à iniciativa privada, identificam-se:
1) Necessidade de adaptação dos serviços e equipamentos para o público
internacional e a Pessoa com Necessidades Especiais (PNE);
2) Investimentos em bares temáticos;
3) Abertura de novos bares/ cervejarias e similares em RAs em processo de
consolidação.
Com relação ao terceiro setor, destaca-se por fim oportunidades identificadas
com relação à:
1) Capacitação da mão de obra contratada em bares/ cervejarias e similares
2) Investimentos em consultoria e assessoria a bares temáticos ou não.
5.1.2.4.1
Justificativa
Em pesquisa (entrevista) com guias de turismo do DF observou-se que um fator
importante para a tomada de decisão dos turistas em frequentar bares e
similares durante sua estada em Brasília exerce forte relação com a distância do
empreendimento de seu local de hospedagem (Relatório Setorial, p.186), a
disponibilidade de estacionamento de veículos turísticos (C313 a C316), e a
programação complementar do empreendimento (programação cultural
envolvida).
Esses fatores, somados às dificuldades de ampliação/alteração da estrutura dos
empreendimentos localizados em perímetro tombado do Plano Piloto,
constantes reclamações de moradores com relação ao barulho provocado por
bares e empreendimentos de serviços similares, aponta para a necessidade de
uma maior regularização do funcionamento dos mesmos, bem como da
importância da destinação de terrenos no DF onde a movimentação provocada
por bares e similares seja permitida e prevista. (Correlações C365 a C373)
Uma cidade que tem como meta a competitividade internacional para o
turismo, como é o caso de Brasília, precisa possuir em sua oferta de serviços e
produtos, boas opções de bares e similares, reduzidas as atuais restrições
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
90
quanto a funcionamento, atendimento, estacionamento, entre outros. (C399,
C265, C248)
Assim, cabe ao poder público auxiliar essa estruturação, exercendo seu papel
frente à dificuldade identificada neste Estudo e vivenciada por parte dos
empresários com relação à falta de locais para a instalação de seus
empreendimentos (C321 a C323). O Planejamento e a reserva de setores
específicos para investimentos em bares, restaurantes e opções de lazer e
entretenimento são possibilidades exequíveis, que frente ao cenário dos
megaeventos previstos, recebe ainda um maior incentivo advindo de programas
federais (C324 a C326; C352 a C358). Além disso, o poder público poderia agir
para dar maior simplicidade, acesso e agilidade aos atuais processos
administrativos de concessão de alvarás para funcionamento de bares/
cervejarias e similares(C317 a C320).
A alta carga de tributos foi apontada por mais de 50% dos empresários da
categoria de gastronomia como principal responsável pelas dificuldade
administrativas do negócio (C377, C379, C382, C384 a C390). Assim, o setor
público pode investir ainda na ampliação do apoio à subcategoria, incentivando
e promovendo também uma maior capacitação da mão-de-obra no DF para o
setor, entre outras ações de incentivo e melhoria (C374 a C390; C431 a C438).
O setor privado, por sua vez, poderá investir na adaptação de seus serviços e
equipamentos para públicos específicos, traduzindo seus cardápios para outras
línguas, contratando equipes de profissionais bilíngues (ou investindo na
capacitação de seus funcionários), adaptando instalações e serviços para
pessoas com necessidades especiais (cegos, mudos, cadeirantes, entre outros),
com cardápios em braile, funcionários que saibam como atender a esse perfil de
consumidor (C101, C121, C264 a C274, C314, C360, C419). Os empresários que
se adiantarem nessas especialidades, apresentarão um diferencial que lhes dará
destaque nos próximos anos.
Outra importante oportunidade de investimento para o setor privado
identificada neste estudo diz respeito à criação de um bar temático direcionado
ao turista nacional e/ou internacional. Tanto os agentes que se relacionam à
cadeia produtiva do turismo no DF, quanto os guias de turismo, relataram em
entrevistas qualitativas em profundidade a ausência de bons equipamentos
desse tipo dirigidos para o turista no DF (Relatório Setorial, p. 180 e C276 a
C286).
A expansão de bares/ cervejarias e similares em todo o território do DF, sejam
temáticos ou não, é uma real oportunidade para investidores do DF,
principalmente quando se consideram as áreas residenciais em expansão em
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
91
determinadas RAs e no próprio Plano Piloto, e mais ainda, ao analisar os futuros
investimentos na estruturação da capital para sediar a Copa do Mundo 2014 e
outros megaeventos previstos (C287 a C297). Locais com grande concentração
de residências (ou leitos/hospedagem), somados ao atual cenário de baixa
mobilidade urbana da população, podem obter bons resultados em
investimentos do gênero (C313 a C316; C321 a C323).
Por fim, constatam-se oportunidades vinculadas ao terceiro setor, no que diz
respeito à projetos de qualificação técnica especialida nos próximos anos,
principalmente ao considerar que mais de 70% dos empresários entrevistados
da categoria apontam para a necessidade de capacitação da mão-de-obra
(C439 a C446).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
92
5.1.3
CAFÉ / LANCHONETE
5.1.3.1 Descrição
Estabelecimentos que servem bebidas, sanduíches, petiscos e refeições ligeiras
no balcão ou em pequenas mesas.
5.1.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 56 – Alimentação
Grupo: 561 – Restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas
Classe: 5611-2 – Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de
alimentação
Subclasse: 5611-2/03 – Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares
5.1.3.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços existentes envolvem os serviços de
alimentação para consumo no local, com venda ou não de bebidas, em
estabelecimentos que não oferecem serviço completo, tais como lanchonetes,
fast-foods, pastelarias, casas de chá, casas de suco e similares.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
Serviços de alimentação sem serviço completo (5611-2/03)
Bar com serviço completo (5611-2/03)
Serviço de alimentação, birosca (5611-2/03)
Caldo de cana, serviço de alimentação (5611-2/03)
Casas de doce e salgado, serviços de alimentação (5611-2/03)
Casa de suco, serviço de alimentação (5611-2/03)
Casas de chá (5611-2/03)
Fast-food, serviço de alimentação (5611-2/03)
Lancheria, serviço de alimentação (5611-2/03)
Pastelaria, serviço de alimentação (5611-2/03)
Pizzaria (tipo fast-food), serviço de alimentação (5611-2/03)
5.1.3.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada quanto a:
1) Instalação de um “Café Literário” na Biblioteca Nacional de Brasília, no
Conjunto Cultural da República – em parceria com o setor público;
2) Expansão das lanchonetes e cafeterias em RAs em consolidação no DF.
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao Poder Público:
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
93
1) Regularização e reserva de uso do território urbano para instalação de
lanchonetes e cafeterias;
2) Promoção de maior capacitação da mão-de-obra (em possível parceria
como setor público e o terceiro setor)
5.1.3.4.1
Justificativa
Nas pesquisas realizadas com administradores de atrativos turísticos da capital,
foi identificada oportunidade de investimento em empreendimento da
subcategoria (“Café Literário) no andar térreo da Biblioteca Nacional de Brasília,
edifício que integra o Conjunto Cultural da República (Relatório Setorial, p. 101).
Além disso, com base no Estudo em geral, identifica-se oportunidade de
expansão das lanchonetes e cafeterias em RAs em processo de consolidação
(C321 a C326; C287 a C297). No entanto, a dificuldade de acesso e divulgação
para o mercado alvo, o alto preço dos serviços e a falta de infraestrutura local
(energia, transporte, segurança, entre outros) podem limitar essa oportunidade
(C413 a C430).
Com relação ao poder público, de modo geral foi identificado para toda a
categoria de gastronomia, incluindo cafeterias e lanchonetes, a necessidade de
regularização do funcionamento desses empreendimentos, considerando a
destinação de áreas para esse fim no DF, onde a movimentação provocada
pelas lanchonetes e cafeterias, principalmente as que oferecem opções culturais
variadas (música ao vivo, sarau, exposição de artistas locais, etc.) seja prevista e
permitida de forma regular (Correlações C365 a C373).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
94
5.1.4 QUIOSQUE E SERVIÇOS AMBULANTES
5.1.4.1 Descrição
Estabelecimento ou estrutura geralmente pequena, fixas ou não, nos quais são
comercializados produtos alimentícios, artesanato e conveniências.
5.1.4.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 56 – Alimentação
Grupo: 561 – Restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas
Classe: 5612 -1 – Serviços ambulantes de alimentação
Subclasse: 5612-1/00 – Serviços ambulantes de alimentação
5.1.4.3 Principais produtos e serviços
Serviço de alimentação de comida preparada, para o público em geral, em
locais abertos, permanentes ou não, tais como trailers, carrocinhas e outros
tipos de ambulantes de alimentação preparada para consumo imediato.
Compreende também serviço de venda de alimentos preparados em máquinas
de serviços automáticas.
1) Serviços de alimentação em barracas (5612-1/00)
2) Serviços de alimentação em local aberto (5612-1/00)
3) Serviço de alimentação ambulante (5612-1/00)
4) Barraqueiro, serviço de alimentação (5612-1/00)
5) Carrocinha, serviço de alimentação (5612-1/00)
6) Em veículos, serviço de alimentação (5612-1/00)
7) Pipoqueiro, serviço de alimentação (5612-1/00)
8) Quiosque, serviço de alimentação (5612-1/00)
9) Trailler, serviço de alimentação (5612-1/00)
10) Venda de alimentos em máquinas de serviços automáticas (5612-1/00)
5.1.4.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades ao poder público relacionadas a:
1) Incentivos à padronização de preços e garantia de qualidade dos
produtos e serviços comercializados por ambulantes no Eixo
Monumental;
2) Fiscalização dos produtos e serviços comercializados por ambulantes
3) Regularização de quiosques no DF
Foram identificadas oportunidades para a iniciativa privada vinculada a:
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
95
1) Instalação de quiosques na orla do Lago Paranoá (parceria públicoprivado);
2) Regularização da atividade econômica empreendida (redução da
informalidade).
5.1.4.4.1 Justificativa
As pesquisas que integram o presente Estudo de Oportunidades permitiram a
identificação de algumas oportunidades com relação aos ambulantes e
quiosques do DF apontando para a possibilidade de redução da informalidade.
Em pesquisa com guias de turismo, agentes que se relacionam à cadeia
produtiva do turismo e gestores de alguns atrativos localizados no Eixo
Monumental, constatou-se a presença de muitos ambulantes na cidade,
suprindo a ausência de comercialização de determinados serviços e produtos.
No entanto, esses serviços/produtos, segundo constatado em pesquisa, muitas
vezes não atende à qualidade mínima necessária e não apresenta uma
padronização de valores com os quais o mesmo produto é comercializado.
Esses
dados
indicam
a
necessidade
de
promover
uma
qualificação/conscientização ou uma padronização dos preços cobrados pelos
empreendedores individuais, autônomos, especificamente, dos ambulantes.
(Relatório Setorial, p. 98, p. 102, p. 103, p. 247).
O DF possui quiosques de alimentação e outros serviços e produtos dispersos
em suas regiões administrativas. Ainda assim, identifica-se necessidade de
regularização de alguns quiosques e oportunidade de instalações de novos
quiosques de alimentação, principalmente às margens do Lago Paranoá (em
áreas públicas que necessitam de infraestrutura turística e outros
equipamentos) e RAs consolidadas (Relatório Setorial, p. 91, C317 a C320; C321
a C323).
O Estudo também aponta para oportunidades de instalação de quiosques por
micro e pequenos empresários, e novos serviços e produtos comercializados
por ambulantes em toda a orla do Lago Paranoá, em processo de estruturação
para os megaeventos, no Eixo Monumental, próximo a atrativos turísticos em
geral, em parques e outras áreas públicas, entre outros locais de ampla visitação
em todo o DF. (Relatório Setorial, p. 104, C353 a C358; C450 a C486).
Cumpre destacar que com a Lei do Empreendedor Individual e a atuação de
todo o Sistema S, com especial atenção ao SEBRAE-DF, tem-se uma maior
facilidade para a regularização da atividade econômica, reduzindo o grau de
informalidade das atividades no DF e ampliando as garantias e coberturas da
população cuja fonte de renda está vinculada a essa subcategoria (C48 a C63;
C65, C66, C100 a C116; C236 a C242; C243 a C246; C247 a C256; C264 a C275;
C439 a C446) .
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
96
5.1.5 SORVETERIA
5.1.5.1 Descrição
Local e ou empreendimento onde são vendidos sorvetes e outras iguarias.
5.1.5.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 56 – Alimentação
Grupo: 561 – Restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas
Classe: 5611-2 – Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de
alimentação
Subclasse: 5611-2/03 – Sorveteria, serviço de alimentação
5.1.5.3 Principais produtos e serviços
Serviço de alimentação para consumo no local, com venda ou não de bebidas,
em estabelecimentos que não oferecem serviço completo.
1) Serviços de alimentação sem serviço completo (5611-2/03)
2) Casa de suco, serviço de alimentação (5611-2/03)
3) Sorveteria, serviço de alimentação (5611-2/03)
5.1.5.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
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97
5.1.6 CASA DE SUCO
5.1.6.1 Descrição
Local onde são vendidos sucos variados e acompanhamentos.
5.1.6.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 56 – Alimentação
Grupo: 561 – Restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas
Classe: 5611-2 – Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de
alimentação
Subclasse: 5611-2/03 – Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares
5.1.6.3 Principais produtos e serviços
Serviço de alimentação para consumo no local, em estabelecimentos que não
oferecem serviço completo, tais como casas de suco e similares.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
Serviços de alimentação sem serviço completo (5611-2/03)
Serviço de alimentação, birosca (5611-2/03)
Caldo de cana, serviço de alimentação (5611-2/03)
Casas de doce e salgado, serviços de alimentação (5611-2/03)
Casa de suco, serviço de alimentação (5611-2/03)
Casas de chá (5611-2/03)
Fast-food, serviço de alimentação (5611-2/03)
Lancheria, serviço de alimentação (5611-2/03)
Pastelaria, serviço de alimentação (5611-2/03)
5.1.6.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
98
5.1.7
PADARIA8
5.1.7.1 Descrição
Local e ou empreendimento onde são produzidos e comercializados produtos
de panificação e confeitaria, entre outros alimentos e bebidas.
5.1.7.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: G– Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas
Divisão: 47 – Comércio varejista
Grupo: 472 – comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumos
Classe: 4721-1 – Comércio varejista de produtos de padaria, laticínio, doces,
balas e semelhantes
Subclasse: 4721-1/01 – Padaria e confeitaria com predominância de
produção própria
5.1.7.3 Principais produtos e serviços
Comércio varejista de pães e roscas, bolos, tortas e outros produtos de padaria
com venda predominante de produtos produzidos no próprio estabelecimento.
1) Comércio varejista de baguetes, bisnagas, pães em geral (4721-1/01)
2) Comércio varejista de bolos, tortas e doces de confeitaria ou padaria
(4721-1/01)
3) Padaria e confeitaria com predominância de produção própria, comércio
varejista (4721-1/01)
4) Produtos de padaria (exceto biscoitos) e confeitaria com predominância
de produção própria, comércio varejista (4721-1/01)
5) Torradas (panificadora), comércio varejista (4721-1/01)
5.1.7.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
8
Esse conceito não integra as subcategorias do Inventário da Oferta Turistica. Conceito inserido a partir da proposta
SEBRAE-DF para o estudo. Base conceitual retirada de http://www.cnae.ibge.gov.br/
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
99
5.1.8
CATERING/ BUFÊ E OUTROS SERVIÇOS DE
COMIDA PREPARADA9
5.1.8.1 Descrição
Compreende empreendimentos onde ocorre a preparação de refeições em
cozinha central por terceiros (catering) para fornecimento a empresas de linhas
aéreas e outras empresas de transporte. Compreende também cantinas,
restaurantes de empresa e outros serviços de alimentação. O bufê é
caracterizado pelo serviço de alimentação fornecidos para banquetes,
coquetéis, recepções, etc.
5.1.8.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 56 – Alimentação
Grupo: 562 – Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada
Classe: 5620-1 – Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida
preparada
Subclasses:
5620-1/01 Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente
para empresas
5620-1/02 Serviços de alimentação para eventos e recepções – bufê
5620-1/03 Cantinas – serviços de alimentação privativos
5620-1/04 Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente
para consumo domicilar
5.1.8.3 Principais produtos e serviços
Serviços de bufê para banquetes, coquetéis, recepções, etc.; preparação de
refeições em cozinha central por conta de terceiros (catering) para fornecimento
a empresas de linhas aéreas e outras empresas de transporte; cantinas,
restaurantes de empresas e outros serviços de alimentação.
1) Serviços de alimentação, bufê (5620-1)
2) Cantina (serviço de alimentação privativo) – exploração por terceiros
(5620-1)
3) Cantina (serviço de alimentação privativo) – exploração própria (5620-1)
9
Esse conceito não integra as subcategorias do Inventário da Oferta Turistica. Conceito inserido a partir da proposta
SEBRAE-DF para o estudo. Base conceitual retirada de http://www.cnae.ibge.gov.br/
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
100
4)
5)
6)
7)
8)
Catering; serviço de alimentação (5620-1)
Cozinha industrial; serviço de (5620-1)
Fornecimento de refeições para empresa aérea, aviões (5620-1)
Fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar (5620-)
Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para
empresas (5620-1)
9) Fornecimento de marmitas para consumo domiciliar (5620-1)
10) Fornecimento de marmitas preponderantemente para empresas (5620-1)
11) Serviços de fornecimento de marmitex (5620-1)
12) Fornecimento de refeições industriais; serviço de alimentação (5620-1)
5.1.8.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
101
5.1.9 CHOCOLATERIA10
5.1.9.1 Descrição
Local e ou empreendimento onde são vendidos chocolates e outras iguarias.
5.1.9.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: G – Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas
Divisão: 46 – Comércio por atacado, exceto veículos automotores e
motocicletas
Grupo: 461 – Representantes comerciais e agentes de comércio, exceto veículos
automotores e motocicletas
Classe: 4617-6 – Representantes comerciais e agentes do comércio de produtos
alimentícios, bebidas e fumo
Subclasse: 4617-6/00 – Representantes comerciais e agentes do comércio
de produtos alimentícios, bebidas e fumo
5.1.9.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que envolvem as atividades de representantes comerciais e
agentes de comércio de produtos alimentícios industrializados em geral,
hortifrutigranjeiros, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, fumos e produtos do
fumo.
1) Representante comercial e agente do comércio de chocolates (46176/00)
2) Representante comercial e agente do comércio de conhaque (4617-6/00)
3) Representante comercial e agente do comércio de gêneros alimentícios
(4617-6/00)
4) Representante comercial e agente do comércio de licores ou creme
(4617-6/00)
5) Representante comercial e agente do comércio de produtos alimentícios
diversos (4617-6/00)
5.1.9.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
10
Esse conceito não integra as subcategorias do Inventário da Oferta Turistica. Conceito inserido a partir da proposta
SEBRAE-DF para o estudo. Base conceitual retirada de http://www.cnae.ibge.gov.br/
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
102
5.1.10 ESPAÇO GOUMERT/ CONFRARIAS11
5.1.10.1 Descrição
O espaço gourmet, além de reunir as características de uma cozinha
propriamente dita, deve proporcionar conforto aos convidados. O ambiente é
composto por uma cozinha com todos os seus equipamentos necessários
(freezer, geladeira, fogão, armários, etc) além de espaço para a convivência das
pessoas, como sofás, jogos, TV e música. Confraria é definida como associação
ou conjunto das pessoas com interesses comuns em gastronomia e bebidas.
5.1.10.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: I – Alojamento e Alimentação
Divisão: 56 – Alimentação
Não possui classificação específica na CNAE.
5.1.10.3 Principais produtos e serviços
Produtos e serviços que envolvem as atividades de confrarias e gastronomia,
com cursos e palestras básicas de temas específicos da gastronomia para
pequenos grupos (confrarias), ministrados por chefes de cozinha de renome.
5.1.10.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Criação de novos espaços gourmets pelo DF devido à alta demanda;
Não foram identificadas neste Estudo oportunidades vinculadas ao poder
público.
5.1.10.4.1 Justificativa
Por meio das pesquisas, foi possível constatar um aumento da sofisticação do
paladar dos brasilienses nos últimos anos, seguindo uma tendência nacional.
Pesquisas de novos temperos, interesse na elaboração de pratos exóticos e
principalmente, a reunião de amigos em torno dessas motivações à mesa são
programas constatados como de interesse crescente do brasiliense (Revista Veja
Brasília)12.
11
Esse conceito não integra as subcategorias do Inventário da Oferta Turistica. Conceito inserido a partir da proposta
SEBRAE-DF para o estudo. Base conceitual produzida pela equipe de pesquisa.
12
Revista Veja Brasília, o Melhor da Cidade –http://veja.abril.com.br/melhor_da_cidade/brasilia/culinaria.shtml
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
103
Um bom termômetro do apreço do brasiliense pela boa mesa advém da última
edição do Festival Sabor Brasil. Segundo dado divulgado pela Revista Veja
Brasília13, 56 restaurantes participaram do festival, oferecendo pratos especiais
para serem consumidos a preços convidativos nos 41 dias de evento. Ao final
do período, a capital federal do país obteve a maior cifra nacional de
comercialização entre todas as cidades onde o festival foi realizado, com mais
de 22 mil pratos servidos. Essas informações corroboram com os dados
levantados no Relatório Macroambiental que indica o alto PIB per capita do país
como indicativo de investimentos no setor de comércio e serviços, alto poder
aquisitivo de parte significativa da população, e propensão à aquisiçao de bens
e serviços culturais, resultando na identificação de oportunidade de expansão
desse novo nicho de mercado no DF.
Além das escolas de culinária e gastronomia existentes em Brasília, observa-se
que diversos restaurantes de alta culinária estão oferendo cursos de
gastronomia a pequenos grupos, no padrão dos Espaço Gourmetts, dentre eles
cumpre destacar os restaurantes Alice Mesquisa, Babel, As Marias, e La
Boucherie.
13
Idem.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
104
5.2 Público-alvo
População em geral, visitantes e turistas nacionais e internacionais.
5.3 Principais fornecedores e concorrentes
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)
14)
15)
16)
17)
18)
19)
20)
21)
22)
23)
24)
Comércio atacadista de artigos descartáveis em geral (copos, talheres,
guardanapos, embalagens para alimentos preparados e similares)
(4649-4/99)
Comércio atacadista e varejista de talheres (4649-4/99)
Horticultura, exceto morango (0121-1/01)
Cultivo de morango (0121-1/02)
Fabricação de produtos alimentícios diversos (Divisão 10)
Produção de gás, processamento de gás natural; distribuição de
combustíveis gasosos por redes urbanas (3520-4)
Serviço de sommelier, degustação de vinhos (7491-1/99)
Comércio atacadista de vinhos (4635-4/99)
Atividades de manobristas de automóveis (9609-2/99)
Comércio atacadista de alimentos preparados (4637-1/99)
Abate de animais associado ao comércio (4722-9/01)
Comércio atacadista de pães, biscoitos e similares (4637-1/04)
Representante comercial e agente do comércio de bebidas alcólicas e
não alcoólicas (4617-6/00)
Comércio atacadista de bebidas em geral com acondicionamento
(4635-4/03)
Máquinas e equipamentos para a industria de bebidas, reparação e
manutenção executada por unidade especializada (3314-7/19)
Máquinas e equipamentos para a indústria alimentar, de bebidas e
fumo, instalação e montagem executada por unidade especializada
(3314-7/19)
Fabricação de unidades fornecedoras de sucos e outras bebidas (28232/00)
Provedores de acesso às redes de comunicações (6190-6/02)
Manutenção, reparo de sistemas de circuitos internos de segurança
(9512-6/00)
Serviços de preparo de folhas de pagamento (8211-3/00)
Manutenção e reparo de aparelhos de informática (9511-8/00)
Serviços de assistência técnica em equipamentos de informática (95118/00)
Manutenção de equipamentos emissores de cupom fiscal (9511-8/00)
Manutenção, reparo e conserto de impressoras (9511-8/00)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
105
25) Manutenção, reparo e conserto de máquina de cartão de crédito (95118/00)
26) Reparação e manutenção de aparelhos telefônicos e fax (9512-6/00)
5.4 Legislação relativa
LEI nº - 11.771, de 17 de Setembro de 2008
Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo
Federal no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico;
revoga a Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977, sobre atividades e serviços
turísticos, e condições para o seu funcionamento e fiscalização; o Decreto-Lei nº
2.294, de 21 de novembro de 1986, relacionado ao exercício e à exploração de
atividades e serviços turísticos; e dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de
1991, que renomeia a Embratur e dá outras providências.
Decreto n.º 4.898, de 26 de Novembro de 2003
O Decreto define que foram transferidas da Embratur (Instituto Brasileiro de
Turismo) para o Ministério do Turismo as competências relacionadas ao
cadastramento de empresas turísticas. Além disso, ficam transferidas as
obrigações e os acervos técnico e patrimonial utilizados no desempenho das
atividades.
Deliberação Normativa n.º 392/98, de 06 de Agosto de 1998
A Deliberação estabelece que seja obrigatória a formalização de contrato escrito
dos prestadores de serviços turísticos entre si e fornecedores, inclusive
transportadoras, regulares ou não. Para assegurar o ressarcimento do
consumidor em caso de eventuais prejuízos, assim como das empresas, em
contratos de venda de pacotes turísticos, deverá ser celebrado seguro de
responsabilidade para cobertura do dano.
Normas Técnicas ABNT/MTur
O Ministério do Turismo, em parceria com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, disponibiliza para visualização e impressão as normas
brasileiras publicadas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54).
5.5 Fontes de pesquisa
BENI, 2003. Análise Estrutural do Turismo. 8ª Ed. Atual. São Paulo: editora
SENAC São Paulo, 2003.
CNAE (HTTP://www.cnae.ibge.gov.br)
MINISTÉRIO DO TURISMO (HTTP://www.turismo.gov.br)
PESQUISAS REALIZADAS PELO CET-UNB EM 2008, 2009 e 2010.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
106
6. Transportes
A infraestrutura de transportes esta diretamente relacionada com o
desenvolvimento econômico e configura-se como o principal indutor das
transformações socioespaciais, pois o efeito multiplicador do seu desempenho
influi diretamente na competitividade de todos os outros setores da economia.
Sua influencia recai sobre as decisões de localização dos investimentos por
parte das instituições e dos empreendedores, como também na decisão de
produção e nos fluxos de bens, serviços e pessoas. Isto sinaliza que o setor de
transportes possui papel de destaque na economia, necessitando de políticas
públicas e ação do Estado para estimular seu desenvolvimento e desempenho.
No turismo, a categoria de transportes exerce função primordial devido a
diversos aspectos. Trata-se do elemento de ligação entre destinos, uma vez que
há a locomoção dos turistas para fora de seus locais de origem e entre os
atrativos do núcleo receptor. Representa a mobilidade e a acessibilidade, ou
seja, torna o destino turístico e suas atrações acessíveis ao viajante. Ao mesmo
tempo, exerce papel facilitador da acessibilidade, condição fundamental para o
desenvolvimento de qualquer localidade e para a movimentação dos fluxos
turísticos. As ações de intervenção na infra-estrutura dos transportes – nos
terminais, nas vias, nos serviços e nos equipamentos de apoio ao viajante
refletem na qualidade do turismo, repercutindo também na localidade de
destino.
Os resultados dessas ações podem ser identificados em todos os setores,
sobretudo na circulação de bens, mercadorias e capitais que movimentam a
economia. São benefícios que possuem amplo alcance social, uma vez que
representam estímulo constante ao desenvolvimento de novas infra-estruturas e
serviços. Assim como os transportes, o turismo também exerce relevante papel
como agente impulsionador do crescimento e do desenvolvimento econômico
local, regional e nacional.
Neste Estudo de Oportunidades de Investimentos no Setor Turismo do Distrito
Federal foram consideradas as categorias da classificação existente no
Inventário da Oferta Turística do Ministério do Turismo, em respeito às
especificações técnicas solicitadas pelo SEBRAE-DF e à própria base de
classificação das atividades econômicas (CNAE-IBGE), resultando nas seguintes
subcategorias (Quadro 7):
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
107
Quadro 7 – Subcategorias de Transportes
TRANSPORTES
Transportadora turística
- aluguel de automóveis e vans
- aluguel de embarcações
- aluguel de onibus e microônibus
- Transfer/ translado
Táxi
Transporte aéreo
Tranporte Rodoviário
Transporte aquaviário
Transporte metroviário
Fonte: CET/UnB 2010
Cumpre destacar que aspectos relacionados aos transportes ferroviários foram
também considerados, principalmente no que tange ao ambiente externo, uma
vez que não há prestação desses serviços para o transporte de indivíduos no DF.
6.1 Descrição das subcategorias, seus produtos e
serviços, e oportunidades identificadas
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
108
6.1.1 TRANSPORTADORA TURÍSTICA
6.1.1.1 Descrição
Serviços e equipamentos prestados para promover o deslocamento de pessoas
segundo formas e facilidades disponíveis para que os visitantes possam chegar
ou se deslocar pelo destino, por via terrestre e hidrovia. Os serviços e
equipamentos de transporte turístico têm a finalidade específica de realizar
excursões, traslados e outras programações turísticas, em veículos terrestres ou
embarcações. As transportadoras turísticas em suas atividades podem
desenvolver atividades de aluguel de automóveis (com motorista e sem
motorista), aluguel de embarcações, aluguel de microônibus (com motorista e
sem motorista), aluguel de van (com motorista e sem motorista), aluguel de
ônibus e transfer/ translado.
6.1.1.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 49 – Transporte terrestre
Grupo: 492 – Transporte rodoviário de passageiros
Classe: 4929-9 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de
fretamento, e outros transportes rodoviários não especificados anteriormente
Subclasses:
4929-9/01 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de
fretamento, municipal
4929-9/02 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de
fretamento, intermunicipal, interestadual e internacional
4929-9/03 Organização de excursões em veículos rodoviários próprios,
municipal
4929-9/04 Organização de excursões em veículos rodoviários próprios,
intermunicipal
4929-9/99 Outros
anteriormente
transportes
de
passageiros
não
especificados
6.1.1.3 Aluguel de Automóveis sem motorista
6.1.1.3.1 Classificação como Atividade Econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades Administrativas e serviços complementares
Divisão: 77 – Aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos intangíveis nãofinanceiros
Grupo: 771 – Locação de meios de transporte sem condutor
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
109
Classe: 7711-0 – Locação de automóveis sem condutor
Subclasses: 7711-0/00 – Locação de automóveis sem condutor
6.1.1.3.2 Principais produtos e serviços
Locação e leasing operacional de automóveis sem condutor ou motorista.
1) Locação, aluguel, leasing operacional de automóveis sem condutor
(7711-0/00)
2) Arrendamento sem opção de compra de automóveis (7711-0/00)
3) Locação de, aluguel de autos de passeio sem motorista (7711-0/00)
4) Aluguel de, locação de bugres (7711-0/00)
5) Locação, aluguel de camionetes de passeio sem motorista (7711-0/00)
6) Locaçäo de, aluguel de carros de passeio sem motorista (7711-0/00)
7) Locadora de automóveis (7711-0/00)
8) Locadora de autos (7711-0/00)
9) Locadora de carros (7711-0/00)
6.1.1.4 Aluguel de automóveis com motorista
6.1.1.4.1 Classificação da Atividade Econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 49 – Transporte terrestre
Grupo: 492 – Transporte rodoviário de passageiros
Classe: 4923-0 – Transporte rodoviário de táxi
Subclasse: 4923-0/02 – Serviços de transporte de passageiros – locação de
automóvel com motorista
6.1.1.4.2 Principais Produtos e Serviços
Locação de automóveis com motorista ou com condutor.
1) Aluguel de automóveis com condutor ou motorista, municipal (49230/02)
2) Aluguel de veículos rodoviários com motorista, municipal (4923-0/02)
3) Locação de veículos rodoviários de passageiros com motorista, municipal
(4923-0/02)
4) Aluguel de automóveis com condutor ou motorista, intermunicipal,
interestadual e internacional (4929-9/02)
6.1.1.5 Aluguel de embarcações
6.1.1.5.1 Classificação como atividade econômica (CNAE)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
110
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 50 – Transporte aquaviário
Grupo: 509 – Outros transportes aquaviários
Classe: 5091-2 – Transportes aquaviários não especificados anteriormente.
Subclasse: 5091-2/01 – Transporte aquaviário para passeios turísticos
6.1.1.5.2 Principais produtos e serviços
Transporte de passageiros e carga, na travessia de rios, lagos, lagoas, canais,
baías e etc, em zona urbana, dentro do município.
1) Aluguel de embarcações para transporte aquaviário municipal urbano,
com tripulação (5091-2/01)
2) Transporte aquaviário de passageiros municipal, urbano (5091-2/01)
3) Serviços de transporte por navegação de travessia, municipal; (50912/01)
6.1.1.6 Aluguel de ônibus, microônibus, e vans com motorista
6.1.1.6.1 Classificação como Atividade Econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 49 – Transporte Terrestre
Grupo: 492 – Transporte rodoviário de passageiros
Classe: 4929-9 – Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de
fretamento, e outros transportes rodoviários não especificados anteriormente
Subclasse: 4929-9/02 – Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob
regime de fretamento, intermunicipal, interestadual e internacional
6.1.1.6.2 Principais Produtos e Serviços
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento no
âmbito intermunicipal, fora da região metropolitana, interestadual e
internacional.
1) Aluguel de ônibus intermunicipal, interestadual e internacional com
motorista (4929-9/02)
2) Aluguel de veículos rodoviários com motorista intermunicipal,
interestadual e internacional (4929-9/02)
3) Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento,
intermunicipal, interestadual e internacional (4929-9/02)
4) Locação de veículos rodoviários de passageiros com motorista (49299/02)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
111
6.1.1.7 Transfer e Translado
6.1.1.7.1 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 52 – Armazenamento e atividades auxiliares dos transportes
Grupo: 522 – Atividades auxiliares dos transportes terrestres
Classe: 5229-0 – Atividades auxiliares dos transportes terrestres não
especificadas anteriormente
Subclasse: 5229-0/00 – Outras atividades auxiliares dos transportes
terrestres não especificadas anteriormente
6.1.1.7.2 Principais Produtos e Serviços
Serviços de guarda-volumes em terminais rodoviários; serviços de gestão e
operação de tráfego; serviços de translado de passageiros entre terminais;
serviço de liquefação de gás para fins de transporte em veículos dutos móveis;
serviço de escolta no transporte rodoviário de cargas especiais; outras
atividades auxiliares dos transportes terrestres não especificadas anteriormente.
1) Serviços de translado de passageiros entre terminais, no transporte
terrestre (5229-0/00)
2) Serviços de translado de passageiros no transporte terrestre (5229-0/00)
6.1.1.8 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada quanto a:
1) Ampliação da quantidade de ônibus turístico com rotas alternativas;
2) Serviços de locação de carros;
3) Qualificação de mão de obra para city tours;
4) Melhor estruturação dos equipamentos em ônibus turístico;
5) Investimento em vans e microônibus voltados ao receptivo regional.
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público:
1) Melhor estruturação quanto à infraestrutura de estacionamentos para
ônibus turístico e de excursão;
2) Melhores acessos à cidade;
3) Melhor sinalização para carros e ônibus turístico;
Foram identificadas oportunidade vinculadas ao poder
possibilidade de parceria com a iniciativa privada:
1) Linha de ônibus coletivo específica para roteiro turístico.
público
com
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
112
6.1.1.8.1 Justificativa
Os serviços de meios de transporte e sua interface com as atividades turísticas
pode proporcionar uma relação de hospitalidade, e a má prestação desse
serviço pode comprometer a competitividade do destino em questão.
Uma característica observada em várias categorias do setor do turismo ao longo
da elaboração desse Estudo é a tendência e/ou demanda de descentralização de
atividades e equipamentos turísticos. No caso da categoria de transportes há
um indicativo, a partir das pesquisas qualitativas com os operadores e
organizadores nacionais, para ampliação do número de ônibus turísticos e
alternativas às rotas existentes, explorando os atrativos menos divulgados.
Além do aumento da frota desses equipamentos voltados especificamente para
atividade turística, é necessário equipá-los adequadamente tendo em vista o
relato/trabalho dos guias turísticos que apontam a falta de microfones para
comunicação das informações sobre a cidade e os atrativos visitados (Pesquisa
Qualitativas com os guias turísticas, Análise Setorial, p. 211).
A iniciativa privada tem oportunidade de investimento ainda quanto aos
serviços de locação de automóveis, tendo em vista a indicação da Análise
Macroambiental quanto a rentabilidade de atividades de aluguel de automóveis
e de outros meio de transportes terrestre (C74).
Nesse contexto, investimentos em aquisição e regulamentação de vans e
microônibus para o receptivo local/regional e a qualificação da mão de obra
contratada para realizar os city tours (motoristas) (Pesquisa qualitativa com
guias turísticos, Análise Setorial, p. 210) são oportunidades que estão postas
para o pequeno e micro empresário do DF.
Relacionado ao poder público as oportunidades de investimentos indicadas
estão concentradas em infraestrutura voltada a provisão de estacionamentos
específicos para os ônibus turísticos (C174), a melhoria dos acessos à cidade
(Pesquisa qualitativa com os guias turísticos, Análise Setorial, p. 207), e a
sinalização para demarcação de áreas para estacionamento de carros e ônibus
turísticos.
Atrativos como o santuário Dom Bosco, o Espaço Cultural ECCO, o Museu
Nacional do Conjunto Cultural da República, entre outros, representa para os
guias turísticos dificuldade pela falta de estacionamentos e adaptação dos
mesmos para Portadores de Necessidades Especiais, além da deficiência quanto
a sinalização (Pesquisa Qualitativa com os guias turísticos, Análise Setorial, p.
99/100).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
113
Em parceria com a iniciativa privada, o poder público tem ainda como
oportunidade de investimento a provisão de uma linha de ônibus coletivo com
roteiro específico focado nos principais atrativos turísticos da cidade, a exemplo
do Catetinho atrativo no qual só é possível chegar de carro particular, táxi ou
em excursão (Pesquisa Qualitativa com os guias de turismo, Análise Setorial, p.
213). Ou seja, há menor mobilidades para aqueles turistas que viajam sozinhos,
sem pacotes turísticos contratados nas agências de viagens.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
114
6.1.2 TÁXI
6.1.2.1 Descrição
Veículo destinado ao transporte de passageiros, mediante pagamento, para um
local determinado.
6.1.2.2 Classificação com atividade econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 49 – Transporte terrestre
Grupo: 492 – Transporte rodoviário de passageiros
Classe: 4923-0 – Transporte rodoviário de táxi
Subclasses: 4923-0/01 – Serviços de táxi
6.1.2.3 Principais Produtos e Serviços
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
Moto táxi (4923-0/01)
Serviços de transporte de passageiros, motoboy (4923-0/01)
Empresa de Táxi (4923-0/01)
Serviços de Táxi (4923-0/01)
Serviços de apoio ao transporte por táxi, centrais de chamada (52290/01)
Exploração de central de chamada e reserva de táxi (5229-0/01)
Serviços de cooperativa de táxi (5229-0/01)
Serviços de rádio chamada (5229-0/01)
Serviços de rádio táxi (5229-0/01)
Serviços de tele táxi (5229-0/01)
6.1.2.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada quanto a:
1) Investimentos em melhoria na padronização do atendimento ao turista
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público em parceria
com a iniciativa privada quanto a:
1) Qualificação profissional para os motoristas;
6.1.2.4.1 Justificativa
Sendo o serviço de táxi, um dos mais utilizadas pelo turista de negócio (44,6%),
segundo a Pesquisa de Demanda (Análise Setorial, p. 194), surge como
oportunidade de investimento tanto para a iniciativa privada quanto para o
setor público melhor qualificação para prestação desse serviço ao turista.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
115
No sentido de empreender a capacitação de taxistas para melhor prestação
desse serviço, a Secretaria de Estado do Trabalho do DF direciona a este público
o Projeto Brasília Turística para fomento da atividade turística (C59).
A padronização dos táxis está regulamentada por lei desde outubro de 2009
(Pesquisa Qualitativa com os guias turísticos, Análise Setorial, p. 247) (C76),
Contudo, há o indicativo identificado ao longo da construção desse Estudo de
que os serviços de táxis atendem em termos quantitativo e de distribuição
geográfica (C96), no entatno, em termos qualitativos não atende a expectativa
dos turistas (382), mesmo sendo este o serviço mais utilizado para
deslocamento na cidade.
Nesse contexto, é preciso ter como foco uma visão infraestrutural do turismo e
a compreensão de que é preciso construir estratégias e padrões para incutir no
viajante o desejo de voltar a cidade e transmitir a outras pessoas a boa
impressão obtida quanto aos serviços utilizados.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
116
6.1.3 TRANSPORTE AÉREO
6.1.3.1 Descrição
Formas e facilidades disponíveis para que os visitantes possam chegar ou se
deslocar pelo município, utilizando-se da modalidades de transporte aéreo e
dos respectivos terminais de passageiros e serviços complementares.
6.1.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 51 – Transporte aéreo
Grupo: 511 – Transporte aéreo de passageiros
Classe: 5111-1 – Transporte aéreo de passageiros regular
Subclasse: 5111-1/00 – Transporte aéreo de passageiros regular
6.1.3.3 Principais Produtos e Serviços
O transporte aéreo de passageiros em linhas domésticas e internacionais, com
itinerários e horários estabelecidos.
1) Transporte aéreo de passageiros regular, em linhas domésticas (51111/00)
2) Transporte aéreo de passageiros regular; serviço (5111-1/00)
3) Transporte aéreo de passageiros, regular, internacional (5111-1/00)
6.1.3.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada quanto a:
1) Investimento em equipamentos e serviços para os viajantes que precisam
fazer conexão no Aeroporto Juscelino Kubitschek;
2) Ampliação de linhas/rotas nacionais e internacionais.
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público quanto a:
1) Reforma e ampliação do Aeroporto Juscelino Kubitschek;
2) Melhoria
da
infraestrutura
aeroportuária
–
área
embraque/desembarque e sinalização na saída do Aeroporto.
de
6.1.3.4.1 Justificativa
O transporte aéreo é o meio de transporte mais utilizados pelos turistas para
chegar ao Distrito Federal, segundo dados da pesquisa de demanda (CET-UnB,
2008), correspondendo ao percentual de 53,9% dos turistas de lazer e 65,8%
dos turistas de negócios (Análise Setorial, p. 193).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
117
Com a captação dos megaeventos que serão sediados no DF nos próximos anos
(C18), a estrutura para maior comodidade dos passageiros no aeroporto, bem
como melhores possibilidades de acessos e deslocamento para aqueles que
desembarcam em Brasília representam oportunidades de investimento para o
setor privado, como sistema de internet wifi mais eficiente e meios de
transporte para o deslocamento para pontos específicos da cidade, a exemplo
do serviço prestado pela empresa Caprioli no estado de São Paulo14.
A ampliação de novas linhas/rotas aéreas também é uma oportunidade
apontada diante do protagonismo crescente do Aeroporto Juscelino Kubitschek
e sua centralidade estratégica o que reflete, inclusive, no possível aumento do
número de pessoas contratadas para trabalhar neste equipamento (C188). A
operação recente da Azul linhas Aéreas e da Américan Airlines em Brasília
indicam o reflexo do cenário promissor para investimento no destino diante do
destaque crescente deste aeroporto como novo gate internacional (Análise
Setorial, p. 192).
A reforma e ampliação do Aeroporto Juscelino Kubitschek é uma oportunidade
de investimento para o setor público no sentido de fortalecer a competitividade
do destino Brasília (C09), tendo em vista a sua localização estratégica como hub
da aviação brasileira (C10, C26), e mesmo a intenção de 38,1% dos empresários
entrevistados na pesquisa Survey em investir em desenvolvimento e lançamento
de novos produtos/serviços (C166).
Contudo, a ausência de planejamento juntamente com a falta de mecanismos e
vantagens aéreas que incentive o viajante a sair do aeroporto e pernoitar da
cidade, acaba por comprometer o estímulo para que este viajante retorne ao
destino (C305, C306), o que enfraquece a venda da cidade como potencial para
atividades turísticas.
14
A empresa Caprioli oferece translado entre o aeroporto de Guarulhos e Campinas, e entre o aeroporto de Campinas
(Viracopos) e o centro da cidade de Campinas, tendo em vista a distância desses equipamentos da cidade.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
118
6.1.4 TRANSPORTE RODOVIÁRIO
6.1.4.1 Descrição
Prestação de serviços para o deslocamento de pessoas por via terrestre de
âmbito intermunicipal, interestadual ou internacional, utilizando-se de
modalidades de transporte rodoviário e dos respectivos terminais de
passageiros e serviços complementares.
6.1.4.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 49 – Transporte terrestre
Grupo: 492 – Transporte rodoviário de passageiros
Classes:
4921-3 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo,
municipal em região metropolitana
4922-1 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo,
intermunicipal, interestadual e internacional
4929-9 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de
fretamento, e outros transportes rodoviários não especificados
anteriormente
6.1.4.3 Principais Produtos e serviços
Este grupo compreende as atividades de transporte rodoviário, de passageiros e
de carga, com ou sem itinerário fixo, abertos ao público ou não, em regime
permissionário ou não, sob regime de fretamento, de curta, média ou longa
distância.
1) Transporte rodoviário de passageiros, regular, municipal urbano, ônibus
(4921-3/01)
2) Transporte rodoviário de passageiros, regular, intramunicipal, não
metropolitano, ônibus (4921-3/02)
3) transporte rodoviário de passageiros, regular, intermunicipal
metropolitano (4921-3/02)
4) ônibus; transporte rodoviário de passageiros, regular, intermunicipal, não
metropolitano (4922-1/01 )
5) transporte rodoviário de passageiros, regular, intermunicipal não urbano
(4922-1/01)
6) ônibus; transporte rodoviário de passageiros, regular, interestadual
(4922-1/02)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
119
7) ônibus; transporte rodoviário de passageiros, regular, internacional
(4922-1/03)
8) aluguel de automóveis com condutor, intermunicipal, interestadual,
internacional (4929-9/02)
9) aluguel de automóveis com motorista, intermunicipal, interestadual,
internacional (4929-9/02)
10) aluguel de ônibus, intermunicipal, interestadual, internacional, com
motorista (4929-9/02)
11) organização de excursões em veículos rodoviários próprios, municipal
(4929-9/03)
12) organização de excursões em veículos rodoviários próprios
interestadual, intermunicipal e internacional (4929-9/04)
6.1.4.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público quanto a:
1) Efetiva integração do transporte coletivo urbano do DF;
2) Melhoria das vias de acesso ao DF e estradas;
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado quanto a:
1) Renovação da frota de ônibus coletivo;
2) Construção da nova rodoferroviária;
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com
possibilidade de parceria com o setor privado quanto a:
1) Reforma e melhoria na Rodoviária do Plano Piloto;
2) Serviço de informações para turistas e viajantes;
3) Transporte circular gratuito da rodoviária do Plano Piloto à Esplanada
dos Ministérios. 200
6.1.4.4.1 Justificativa
Utilizado por parte significativa dos turistas de lazer entrevistados (25,6%) em
2008 por pesquisa realizada pelo CET-UnB (Análise Setorial, p. 194), o transporte
urbano coletivo é um serviço implementado para deslocamento da população
local apropriado pelo turismo para mobilidade de turistas com perfil mais
despojado.
Dessa forma, como oportunidades apontadas à ação do poder público tem-se a
efetiva integração do transporte coletivo urbano, de modo a agilizar menor
tempo de viagem aos passageiros com menor custo (C37, C40), o que requer
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
120
melhor planejamento por meio de plano diretor setorial que ganha força a
partir da atuação das cooperativas existentes (C42, C43)
O Programa Brasília Integrada é uma estratégia proposta feita para diminuição
do custo tarifário e do tempo de deslocamento (C85, C141, C173). No entanto, a
sua não efetivação continua onerando os usuário do transporte público urbano
do Distrito Federal que tem uma das taxas tarifárias mais altas do país o que
não reflete na boa prestação desse serviço à população e visitantes (Análise
Macroambiental).
A melhoria de vias de acessos e estradas no DF traduz oportunidade para o
poder público com reflexo direto no turismo local e regional por meio da malha
viária com maior acessibilidade (C283). Contudo, o impacto de falhas na
manutenção e conservação de estradas federais e distritais pode comprometer
a capacidade produtiva do turismo no DF (C285).
Tendo em vista que o transporte público coletivo é um gargalo tanto para o uso
da população quanto para a utilização de turistas e viajantes, e que é um serviço
prestado por empresas licitadas tem-se como oportunidade de investimento
relacionada a iniciativa privada o aumento e renovação da frota de ônibus
coletivo com adaptação, inclusive, para Pessoas com Necessidades Especiais
(PNE´s). A construção da nova Rodoferroviária traz oportunidades de
investimento, ainda ao setor privado, quanto as melhores condições para
prestação dos serviços para deslocamento intermunicipal e interestadual (C45,
C85, C145).
Quanto a Rodoviária do Plano Piloto de Brasília há a oportunidade de
investimento do poder público em parceria com a iniciativa privada para
reforma e melhoria da estrutura e serviços prestados de modo a modificar a
imagem de um lugar “feio e sujo” como apontado pelos turistas de lazer
abordados pela pesquisa de demanda realizada pelo CET-UnB em 2008 (Análise
Setorial, p. 200). Neste processo de reforma, um ponto importante apontado é a
implementação de um centro de informações para orientar os turistas, viajantes
e a população em geral, quanto as possibilidades de ônibus para deslocamento
para as diferentes localidades (Análise Setorial).
Os turistas de lazer e de negócio (CET-UnB, 2008) indicam a oportunidade de
implementação de um ônibus circular gratuito que vá da rodoviária do Plano
Piloto à Esplanada dos Ministério (Análise setorial, p. 200). No sentido de
potencializar as oportunidades relacionadas ao transporte no DF, a pesquisa
Survey, indica que os empresário pretendem investir em gestão de processos
adinistrativos e implementação de tecnologia e informatização em seus
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
121
negócios, levando em consideração de que 75% das empresas entrevistadas
50% do faturamento bruto advém dos turistas.
Assim, a importância em estabelecer um padrão de qualidade que poderá ser
usufruída pelos turistas no que se refere aos meios de transportes ganha maior
ênfase a partir da realização dos grandes eventos esportivos que serão sediados
no Distrito Federal nos próximos anos (C31, C34). Para tanto, é possível buscar
apoio em instituições federais por meio dos macroprogramas existentes e linhas
de financiamento disponíveis (C32, C33).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
122
6.1.5 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
6.1.5.1 Descrição
Formas e facilidades disponíveis para que os visitantes possam chegar ou se
deslocar utilizando-se de modalidades de transporte aquaviário e dos
respectivos terminais de passageiros e serviços complementares.
6.1.5.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 50 – Transporte aquaviário
Grupo: 509 – Outros transportes aquaviários
Classe: 5099-8 – Transportes aquaviários não especificados anteriormente
Subclasse: 5099-8/01 – Transporte aquaviário para passeios turísticos
6.1.5.3 Principais Produtos e Serviços
O transporte aquaviário destinados a passeios turísticos em águas costeiras ou
em vias internas (rios, lagoas, lagos e canais), em embarcações de menor porte
(lanchas, escunas, jangadas e similares)
1)
2)
3)
4)
5)
Serviços de passeio de escuna (5099-8/01)
Serviços de passeio turístico em vias internas (5099-8/01)
Serviços de transporte aquaviário turístico (5099-8/01)
Serviços de transporte hidroviário turístico (5099-8/01)
Serviços de turismo fluvial (5099-8/01)
6.1.5.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado quanto a:
1) Exploração do potencial do Lago Paranoá;
2) Investimentos em transportes naútico.
6.1.5.4.1 Justificativa
Segundo informações da Análise Setorial (CET-UnB, 2010), a exploração do
transporte aquaviário para fins turísticos ainda é pequena em comparação ao
tamanho da frota náutica da capital, atualmente uma das maiores do país.
Existem apenas três (3) empresas desenvolvendo atividades com este tipo de
transporte (p. 192), e tendo em vista a potencialidade apresentada pelo Lago
Paranoá como atrativo turístico tem-se uma oportunidade de investimento
concreta para empreendedores/empresários que pode agregar oportunidades
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
123
de investimentos apontados também para outras categorias, a exemplo de
gastronomia e lazer e entretenimento.
O investimento em transporte náutico também é indicado na Análise Setorial.
Considerando que a pesquisa realizada com os empresários desta categoria
aponta para intenção de investimento de 38,1% deles quanto ao
desenvolvimento e lançamento de novos produtos/serviços, podendo
contemplar a ampliação de serviços e produtos relacionados a esta
subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
124
6.1.6 TRANSPORTE METROVIÁRIO
6.1.6.1 Descrição
Formas e facilidades disponíveis para que os visitantes possam se deslocar
utilizando-se da modalidade de transporte metroviário e dos respectivos
terminais de passageiros e serviços complementares.
6.1.6.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: H – Transporte, armazenagem e correio
Divisão: 49 – Transporte terrestre
Grupo: 491 – Transporte ferroviário e metroviário
Classe: 4912-4 – Transporte metroviário de passageiros
Subclasse: 4912-4/03 – Transporte metroviário
6.1.6.3 Principais Produtos e Serviços
1) Metro; transporte de passageiro (4912-4/03)
2) Transporte metroviário (4912-4/03)
6.1.6.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com
possibilidade de parceria com o setor privado quanto a:
1) Integração do sistema de transporte público urbano (metrô-ônibus);
2) Expansão do sistema de metrô;
3) Implantação do VLT.
6.1.6.4.1 Justificativa
A integração dos sitema de transporte público, ônibus-metrô, é uma demanda
já consolidada no Distrito Federal. A captação de megaeventos esportivos que
serão realizados nos próximos anos na cidade requer atenção a essa questão,
além da necessidade atual da própria população (C34, C37, C39).
A adoção de um sistema integrado de transporte implica, além das melhorias já
indicadas na subcategoria referente ao transporte rodoviário, na expansão do
metrô – aumento de extensão e provisão de acesso a esse modal – com
bilhetagem única integrada, como previsto no Programa Brasília Integrada,
ainda não efetivado na capital federal (Análise Setorial, p. 199; C85, C39, C40).
Há ainda o indicativo dos turistas de lazer quanto a melhoria dos serviços
prestados no metrô (Análise Setorial, p. 198). Esse indicativo é reforçado na fala
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
125
dos opoeradores e organizadores nacionais que mencionam as experiências
européias de investimento nesse tipo de transporte e mesmo o caso do Rio de
Janeiro e São Paulo, indicando o retorno direto e indireto da boa prestação
desse serviço (Pesquisa Qualitativa, Análise Setorial, p. 201).
Por fim, a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), prevista no PDOT
(Plano Diretor de Ordenamento Territorial) em abril de 2009 traduz importante
oportunidade tanto para ação do poder público quanto para o setor privado, no
sentido de lançar novo produto/serviço como intenciona 38,1% dos
empresários (C172, C173, C175).
Para todas as oportunidades de investimento apontadas é preciso ter especial
atenção quanto a sobrecarga dos terminais, planejando o processo de expansão
e melhorias de forma descentralizadas e considerando, inclusive, inserção de
atividades comerciais nas estações de metrô oferecendo opções aos usuários
(C246, C248, C252).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
126
6.2 Público-alvo
População em geral, visitantes e turistas, pessoas vinculadas às Embaixadas e
profissionais de Organismos Internacionais.
6.3 Principais fornecedores e concorrentes
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)
14)
15)
16)
17)
18)
19)
20)
21)
22)
23)
24)
25)
refino de óleos lubrificantes usados; recuperação, reciclagem (1922-5)
automóveis, montagem de (2910-7)
utilitários; fabricação de (2910-7)
barcos a vela, construção de (3012-1/00)
barcos infláveis; fabricação de (3012-1/00)
botes infláveis para esporte e lazer; fabricação de (3012-1/00)
caiaques, construção de (3012-1/00)
construção de embarcações para esporte e lazer (3012-1/00)
fabricação de peças e acessórios para embarcações para esporte e lazer
(3012-1/00)
comércio varejista automóvel, caminhonetes (camionetas, camionetes) e
utilitários usados (4511-1)
comércio varejista de automóvel, camionetas (caminhonetes, camionetes) e
utilitários novos, inclusive traillers (4511-1)
comércio atacadista de ônibus e microônibus novos e usados (4511-1)
comércio sob consignação de veículos automotores; atacado e varejo
(4512-9)
representante comercial e agente do comércio de veículos automotores,
atacadista e varejista (4512-9)
serviços de adaptação de veículos automotores para deficientes físicos
(4520-0)
instalação de alarmes e sistemas de segurança em automóvel (4520-0)
serviços de alinhamento e balanceamento de automóvel (4520-0)
serviços de alinhamento e balanceamento de ônibus, caminhões e veículos
pesados (4520-0)
instalação e manutenção ar condicionado para veiculo automotor (4520-0)
manutenção e reparação de baterias e acumuladores elétricos para
veículos automotores (4520-0)
serviços de borracharia de veiculo automotor (4520-0)
serviços de cambagem de automóvel (4520-0)
manutenção mecânica e elétrica caminhões, ônibus e veículos pesados
(4520-0)
colocação de insulfilm para automóvel (4520-0)
serviços de lava jato, lava rápido de veiculo automotor (4520-0)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
127
26)
27)
28)
29)
30)
31)
32)
33)
34)
35)
36)
37)
38)
39)
40)
41)
42)
43)
44)
45)
46)
47)
48)
49)
50)
51)
52)
53)
54)
55)
56)
57)
58)
59)
60)
61)
62)
63)
64)
serviços de lubrificação e polimento de veiculo automotor (4520-0)
manutenção e reparação elétrica de automóvel (4520-0)
serviços de montagem de calibradores em ônibus e caminhões (4520-0)
oficina mecânica de veiculo automotor (4520-0)
serviços de pintura, lanternagem e funilaria de ônibus, caminhões e
veículos pesados (4520-0)
serviços de pintura, lanternagem e funilaria de veiculo (4520-0)
reparação de pneus e câmaras-de-ar de veiculo automotor (4520-0)
serviços de vidraçaria em caminhões, ônibus e veículos pesados (4520-0)
serviços de vidraçaria, vidraceiro em veiculo (4520-0)
comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores
(4530-7/03)
comércio a varejo de peças e acessórios usados para veículos automotores
(4530-7/04)
comércio a varejo de pneumáticos e câmaras-de-ar (4530-7/05)
representantes comerciais e agentes do comércio de peças e acessórios
novos e usados para veículos automotores (4530-7/06)
comércio varejista de combustíveis e lubrificantes (4731-8)
comércio varejista lubrificantes para uso automotivo (4732-6)
exploração de edifício garagem (5223-1)
serviços de estacionamento de veículos (5223-1)
exploração de estacionamento (5223-1)
parque de estacionamento para veículos (5223-1)
assessoria e consultoria em recursos humanos (7020-4/00)
serviços de assessoria em comunicação (7020-4/00)
atividade de assessoria em gestão empresarial (7020-4/00)
consultoria em negociação trabalhista (7020-4/00)
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores (294)
Fabricação de combustíveis para aviação (1921-7/00)
Fabricação de gasóleo (óleo diesel) (1921-7/00)
Fabricação de gasolina comum e especial para autoveículos (1921-7/00)
Fabricação de óleos lubrificantes básico (1921-7/00)
Fabricação de querosene para aviação (1921-7/00)
Centro de controle de vôo (52401-1/01)
Serviços de estações de radar para navegação aérea (52401-1/01)
Exploração de aeroportos e campos de aterrissagem (52401-1/01)
Gestão e operação de aeroportos e campos de aterrissagem (52401-1/01)
Operação de campo de pouso de aeronaves (52401-1/01)
Operação de campos de aterrissagem (52401-1/01)
Servicos de operação de radiofaróis para navegação aérea (52401-1/01)
Serviços de agências de viagem (7911-2/00)
Serviços intermediários na venda de passagens aéreas (7911-2/00)
Agências de empresas estrangeiras de venda de passagem aérea (79112/00)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
128
65)
66)
67)
68)
Serviço de gerenciamento de trânsito, tráfego;
Serviço de gestão e operação de tráfego
Serviço de guarda malas em terminais, estaçoes rodoviáris ferroviárias
Serviços de guarda-volumes em terminais rodoviários
6.4 Legislação relativa
Normas da Autoridade Marítima -03/DPC, de 30 de Abril de 2008
As Normas da Autoridade Marítima para Amadores, Embarcações de Esporte
e/ou Recreio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinas, Clubes e
Entidades Desportivas Náuticas estabelecem condições para o emprego das
embarcações não comerciais, visando à segurança da navegação e da vida
humana no mar e à prevenção contra a poluição do meio ambiente marinho
por tais embarcações.
Normas da Autoridade Marítima - 02/DPC, de 19 de Dezembro de 2007
As Normas da Autoridade Marítima para Embarcações Empregadas na
Navegação Interior classificam as embarcações e determinam os valores para
vistoria em diversas situações. Determinam meios para a obtenção da Certidão
de Capacitação de Embarcações para o Registro Especial Brasileiro e listam os
requisitos mínimos para o transporte de determinadas matérias.
Decreto n.º 4.543, de 26 de Dezembro de 2006
Regulamenta a administração das atividades aduaneiras, a fiscalização, o
controle e a tributação das operações de comércio exterior. Determina as ações
dos portos, aeroportos e pontos de fronteira em território nacional e estipula
normas para o transporte de mercadorias de importador e exportador, entre
outras competências.
Decreto n.º 4.406, de 03 de Outubro de 2002
Estabelece diretrizes para a fiscalização em embarcações comerciais de turismo,
seus passageiros e tripulantes. O Ministério do Esporte e Turismo, por meio da
Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), definirá os portos turísticos
internacionais para passar por essa vistoria. Encaixam-se nesse padrão aqueles
designados mediante critérios de interesse turístico e onde ocorra a primeira ou
a última escala de embarcações comerciais, procedentes ou com destino ao
exterior.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
129
Deliberação Normativa n.º 392/98, de 06 de Agosto de 1998
A Deliberação estabelece que seja obrigatória a formalização de contrato escrito
dos prestadores de serviços turísticos entre si e fornecedores, inclusive
transportadoras, regulares ou não. Para assegurar o ressarcimento do
consumidor em caso de eventuais prejuízos, assim como das empresas, em
contratos de venda de pacotes turísticos, deverá ser celebrado seguro de
responsabilidade para cobertura do dano.
Lei nº 9.432, de 08 de Janeiro de 1997
Dispõe sobre a ordenação do transporte aquaviário, como quais empresas têm
o direito de arvorar a bandeira brasileira nas embarcações. Além disso, estipula
as normas para afretamento dessas naus e institui o Registro Especial Brasileiro
(REB), no qual poderão ser registradas embarcações brasileiras operadas por
empresas brasileiras de navegação.
Decreto n.º 2181/97, de 13 de Maio de 1997
O decreto dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor (SNDC) e estabelece normas gerais de aplicação das sanções
administrativas previstas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que define
códigos de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse
social. Ainda, revoga o Decreto nº 861, 9 julho de 1993, que organiza o SNDC e
assegura os direitos e a representação legal do consumidor.
LEI nº - 11.771, de 17 de Setembro de 2008
Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo
Federal no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico;
revoga a Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977, sobre atividades e serviços
turísticos, e condições para o seu funcionamento e fiscalização; o Decreto-Lei nº
2.294, de 21 de novembro de 1986, relacionado ao exercício e à exploração de
atividades e serviços turísticos; e dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de
1991, que renomeia a Embratur e dá outras providências.
Decreto n.º 4.898, de 26 de Novembro de 2003
O Decreto define que foram transferidas da Embratur (Instituto Brasileiro de
Turismo) para o Ministério do Turismo as competências relacionadas ao
cadastramento de empresas turísticas. Além disso, ficam transferidas as
obrigações e os acervos técnico e patrimonial utilizados no desempenho das
atividades.
Deliberação Normativa n.º 392/98, de 06 de Agosto de 1998
A Deliberação estabelece que seja obrigatória a formalização de contrato escrito
dos prestadores de serviços turísticos entre si e fornecedores, inclusive
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
130
transportadoras, regulares ou não. Para assegurar o ressarcimento do
consumidor em caso de eventuais prejuízos, assim como das empresas, em
contratos de venda de pacotes turísticos, deverá ser celebrado seguro de
responsabilidade para cobertura do dano.
Normas Técnicas ABNT/MTur
O Ministério do Turismo, em parceria com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, disponibiliza para visualização e impressão as normas
brasileiras publicadas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54).
6.5 Fontes de pesquisa
BENI, 2003. Análise Estrutural do Turismo. 8ª Ed. Atual. São Paulo: editora
SENAC São Paulo, 2003.
CNAE (HTTP://www.cnae.ibge.gov.br)
MINISTÉRIO DO TURISMO (HTTP://www.turismo.gov.br)
PESQUISAS REALIZADAS PELO CET-UNB EM 2008, 2009 e 2010.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
131
7. Eventos
Atualmente, o segmento de turismo de eventos é uma dos mais promissores do
turismo de Brasília, com notável crescimento de atividades comerciais após a
construção do Centro de Convenções, e com diversos novos espaços privados
dinamizando a oferta da cidade para novas captações.
Toda primeira edição de um evento é fruto de uma iniciativa de alguma
organização, corporação, empresa, órgão governamental ou até pessoa física. A
partir dessa primeira edição, há a possibilidade do evento se repetir
regularmente ou não, tornando-se itinerante ou fixo quanto à cidade sede de
realização. (MTur, 2008, p. 38)
Os eventos itinerantes são passíveis de captação (atração para um destino), uma
vez que admitem a mudança de sede. De modo geral, essa captação envolve
diversas atividades relacionadas à atração do evento para a localidade
interessada. Para isso, faz-se necessária a candidatura por parte de um membro
associado de organização não turística (exceto no caso de atração de eventos
que tenham o turismo como área de atividade), a competição entre os diversos
postulantes, e uma tomada de decisão por parte de uma organização
hierarquicamente superior ao órgão/membro postulante. (MTur, 2008)
Assim, para Brasília sair à frente em uma concorrência desse nível, faz-se
fundamental comprovar que ela possui as condições fundamentais para que o
evento possa ocorrer com grandes chances de sucesso. Para isso é preciso um
enfoque promocional que priorize a identificação da infraestrutura e dos
serviços essenciais disponíveis na cidade. É preciso, também, a preparação de
material específico, com informações determinadas pela associação ou
corporação promotora – denominado Livro ou Projeto de Candidatura ou
Bidding Book15. Por ser específico, esse material deve ser produzido
individualmente, contendo informações técnicas, que devem ser
complementadas por apresentações virtuais sobre o evento e o destino. (MTur,
2008)
Durante a promoção e realização do evento captado, busca-se a sensibilização
dos participantes potenciais para incentivá-lo a prolongar sua estadia, por meio
de diferentes estratégias como a oferta de pacotes turísticos no pré e pósevento, informações e divulgação dos serviços e atrativos da cidade, entre
outros.
15
No caso de apoio a entidades que queiram captar eventos internacionais para sediá-los, o Ministério do Turismo
recomenda consultar um modelo de bidding book disponível na Embratur, por meio do contato:
[email protected].
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
132
A comercialização e a execução de eventos em determinado destino ocorre em
grande parte graças à atuação do mercado turístico e das empresas e entidades
relacionadas diretamente com eventos. Além disso, para sua realização são
utilizadas estruturas comuns, como centros de convenções, hotéis, salas e
outros espaços específicos. Assim, um evento da área médica, por exemplo,
pode ser realizado em Brasília utilizando o Centro de Convenções, tendo as
inscrições do público envolvido realizadas pela entidade promotora, e/ou ainda
envolver a terceirização de diversos serviços para sua realização como
sonorização, buffet, cerimonial, entre outros; além disso, a prestação de serviços
de hospedagem, transporte, alimentação e passeios pode ser fornecido pelo
mercado turístico. (Mtur, 2008)
Observa-se que a categoria de eventos, portanto, envolve uma complexidade
ímpar, que reflete na dificuldade de obter a classificação das atividades
econômicas para todas as subcategorias contidas nesta categoria, que para fins
deste Estudo de Oportunidades foram divididos em Espaços e Infraestruturas
para Eventos (Quadro 8) e Empresas Organizadoras e Prestadoras de Serviços
para Eventos.
Quadro 8 – Espaços e infraestrutura para eventos
ESPAÇOS E INFRAESTRUTURA PARA EVENTOS
Centros de Convenções e Congressos
Pavilhões de Feiras de Exposições
Auditórios e Salôes de Convençôes
Salão de Festas
Clubes Sociais
Hotéis (auditórios e salões de festas)
Ginásio de Esportes
Estádios
Fonte: CET-UnB, 2009.
Observa-se que alguns espaços e empreendimentos de infraestrutura para
eventos considerados nesta categoria, como clubes sociais, ginásios de esportes
e estádios, por exemplo, também integram as categorias de Lazer e
Entretenimento. Reconhece-se que diversos equipamentos de lazer e
entretenimento e inclusive atrativos turísticos podem vir a sediar diferentes
eventos, em diferentes contextos. No entanto, figuram nesta categoria os
empreendimentos comumente utilizados, respeitando a especificidade do caso
dos equipamentos de eventos situados em empreendimentos hoteleiros.
Cumpre destacar que a transversalidade das atividades que integram a
categoria também torna complexa a classificação dos serviços e produtos
envolvidos. Observa-se uma inter-relação dos serviços prestados com diversos
outros serviços que, por vezes, também integram outras categorias do turismo,
como gastronomia, por exemplo. (Quadro 9)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
133
Quadro 9 – Empresas organizadoras e prestadoras de serviços para eventos
EMPRESAS ORGANIZADORAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS PARA EVENTOS
Locação de equipamentos de som e imagem Locação de materiais
Serviços de recepção
Serviços de cerimonial público
Serviço de decoração
Serviços de intérpretes, tradução simultânea
Serviços gerais
Serviços de segurança
Serviço de manobristas
Serviços gráficos, convites e de sinalização de eventos
Serviços de filmagem e fotografia
Serviços de sonorização
Serviço de assessoria e comunicação
Organizador de eventos corporativos
Montadoras de estandes, feiras e exposições
Organizador de formatura
Banheiro químico
Climatização
Gerador de energia
Pastas e brindes
Infláveis e balões promocionais
UTI Móvel
Outros fornecedores de serviços para eventos
Fonte: CET-UnB, 2009.
Por fim, ressalta-se que o segmento de turismo de eventos é uma das maiores
promotoras de micro e pequenas empresas e empreendedores individuais
dentre as categorias que compões esse Estudo de Oportunidades de
Investimento de Turismo no DF.
7.1 Descrição das subcategorias, seus produtos e
serviços, e oportunidades identificadas
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
134
7.1.1 ESPAÇO E INFRAESTRUTURA PARA EVENTOS
7.1.1.1 CENTRO DE CONVENÇÕES E CONGRESSOS
7.1.1.1.1 Descrição
Equipamento que possui infraestrutura específica para a realização de
congressos, convenções, exposições, feiras e outros.
7.1.1.1.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Consideram-se as atividades econômicas relacionadas à gestão do
empreendimento em si.
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 82 – Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços
prestados às empresas
Grupo: 823 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Classe: 8230-0 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
7.1.1.1.3 Principais produtos e serviços
Os principais serviços da subcategoria envolvem as atividades de organização e
promoção de congressos, convenções, conferências e exposições comerciais e
profissionais, incluindo ou não o fornecimento de pessoal para operar a
infraestrutura dos lugares onde ocorrem esses eventos; e a gestão de espaço
para exposição para uso de terceiros.
1) Gestão de espaço para exposição, para uso de terceiros (8230-0)
2) Serviços de organização, promoção e produção de encontros e
congressos (8230-0)
3) Serviços de organização, promoção e produção de feiras e exposições
(8230-0)
7.1.1.1.4 Oportunidades identificadas
Com relação às oportunidades vinculadas ao setor público, apontam-se:
1) Apoio à captação de eventos nacionais e internacionais
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
135
2) Aporte de infraestrutura e equipamentos de apoio para áreas de
influência do Centro de Convenções Ulysses Guimarães e outros que
possam vir a ser construídos, como:
a. Estacionamento para maior número de veículos, incluindo
ônibus/microônibus e vans de turismo
b. Pontos de transporte coletivo estrategicamente planejado para o
público usuário
3) Promoção à adaptação dos espaços e equipamentos disponíveis para
acessibilidade de pessoas com necessidades especiais (PNEs)
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado no que diz
respeito a:
1) Captação de eventos nacionais e internacionais
2) Adaptação dos espaços e equipamentos disponíveis para acessibilidade
de pessoas com necessidades especiais (PNEs)
3) Reforma e manutenção de centros de convenções existentes
Para o terceiro setor, constatam-se oportunidades vinculadas à:
1) Apoio e captação de eventos no exterior
2) Promoção e adaptação dos espaços e equipamentos disponíveis para
acessibilidade de pessoas com necessidades especiais (PNEs)
3) Qualificação dos gestores de centros de convenções para captação e
maior articulação com o mercado nacional e internacional.
7.1.1.1.4.1 Justificativa
Embora detenha de outros equipamentos da subcategoria, Brasília atualmente
possui como principal espaço para eventos o Centro de Convenções Ulysses
Guimarães, com capacidade para receber 9,4 mil pessoas, sendo o principal
equipamento utilizado como referência para a captação de eventos à capital.
Com relação à captação, destaca-se que o poder público federal possui, no
Ministério do Turismo e na EMBRATUR, atribuições voltadas à promoção e
apoio à comercialização de destinos turísticos brasileiros no Brasil e no exterior,
o que inclui ações para captação de eventos (C15).
Uma das metas do Plano Nacional de Turismo 2007-2010 envolve a
estruturação de Brasília (destinos turísticos) com padrão de qualidade
internacional, o que inclui adaptação dos espaços, equipamentos, produtos e
serviços do segmento de turismo de eventos na capital federal para esse
mercado (C16).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
136
No âmbito do poder público distrital, o Programa de Desenvolvimento Turístico
da Secretaria de Turismo do DF sinalizava investimentos para a promoção do
turismo de eventos na capital, com intenções claras de intensificar a utilização
do Centro de Convenções Ulysses Guimarães (C17). No entanto, observa-se a
necessidade de ampliar uma visão mais infraestrutural no trato do turismo no
DF, prevendo estruturas básicas e de apoio, como maior oferta de vagas no
estacionamento do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, considerando
ônibus de turismo, vans, táxis e pontos estratégicos de transporte coletivo
urbano. (C18)
Embora a Secretaria de Turismo do DF tenha sinalizado durante a realização
dessa pesquisa a intenção de promover o turismo de eventos na capital,
constatou-se que apenas 10,3% dos empresários entrevistados da categoria
intencionam investir no desenvolvimento e lançamento de novos
produtos/serviços, o que sugere a necessidade de aprofundar uma pesquisa
dirigida para identificar a razão dessa baixa motivação (C159).
A adaptação dos espaços e equipamentos disponíveis na capital para a
acessibilidade de pessoas com necessidades especiais (PNEs) também traduz
oportunidades de investimento tanto para o setor privado, quanto o público e o
terceiro setor (C368).
A identificação de dificuldade de agendamentos advinda, entre outros fatores,
da oferta de equipamentos e espaço de eventos já não conseguir atender à
demanda indica novas oportunidades de investimento em espaços para
eventos, com possibilidade de apoio do poder público (C377).
Dificuldades inerentes à administração pública, no caso de espaços para
eventos geridos pelo poder público, foram apontadas nas pesquisas como, por
vezes, limitantes à captação e realização de grandes eventos na capital (C412).
As razões que levam a essa limitação dizem respeito à falta de compreensão do
papel do estado, do setor privado e de parcerias entre ambos para a captação e
realização de megaeventos (C420); à morosidade das ações do estado, que
geralmente esbarra em processos burocráticos que tomam um tempo maior do
que o disponível/exeqüível pelo mercado (setor privado); à própria ausência de
pessoas capacitadas frente às negociações, principalmente quando envolve o
mercado internacional (Relatório Setorial, pesquisa qualitativa com agentes que
se relacionam à cadeia produtiva do turismo no DF, C465) e, por fim, à
necessidade de maior apoio do poder público local para captação de eventos
(Relatório Setorial, pg. 229-300, pesquisa qualitativa com agentes que se
relacionam à cadeia produtiva do turismo no DF).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
137
7.1.1.2 PAVILHÕES DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES
7.1.1.2.1 Descrição
Áreas permanentes, com instalações próprias, para a realização de exposições
agrícolas, industriais, comerciais, etc.; atividades de organização e promoção de
feiras, leilões e exposições comerciais e profissionais, incluindo ou não o
fornecimento de pessoal para operar a infraestrutura dos lugares onde ocorrem
esses eventos; gestão de espaço para exposição para uso de terceiros.
7.1.1.2.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Consideram-se as atividades econômicas relacionadas à gestão do
empreendimento em si.
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 82 – Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços
prestados às empresas
Grupo: 823 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Classe: 8230-0 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
7.1.1.2.3 Principais produtos e serviços
1)
2)
Gestão de espaço para exposição, para uso de terceiros (8230-0)
Serviços de organização, promoção e produção de feiras e exposições
(8230-0)
3) Exposição de animais em feiras (8230-0)
4) Gestão de instalações para eventos (8230-0)
5) Serviço de organização de festas (8230-0)
6) Serviços de organização, produção e promoção de eventos, exceto
culturais e esportivos (8230-0)
7) Organização de parque de leilão de gado (8230-0)
8) Gestão de parque para feiras agropecuárias (8230-0)
9) Serviços de remates rurais (8230-0)
10) Gestão de show-room (8230-0)
7.1.1.2.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado no que diz
respeito a:
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
138
1) Adaptação dos espaços e equipamentos disponíveis para acessibilidade
de pessoas com necessidades especiais (PNEs);
2) Reforma e manutenção dos pavilhões existentes.
Com relação às oportunidades vinculadas ao setor público, apontam-se:
1) Promoção à adaptação dos espaços e equipamentos disponíveis para
acessibilidade de pessoas com necessidades especiais (PNEs);
2) Estudo para reforma e manutenção dos pavilhões existentes;
3) Estudo para expansão de espaços para a oferta de pavilhões de feiras e
exposições modernos para o destino Brasília
Para o terceiro setor, constatam-se oportunidades vinculadas à:
1) Promoção e adaptação dos espaços e equipamentos disponíveis para
acessibilidade de pessoas com necessidades especiais (PNEs);
2) Qualificação dos gestores de pavilhões para captação de eventos e maior
articulação com o mercado nacional e internacional.
7.1.1.2.4.1 Justificativa
Em pesquisa com operadores e organizadores do turismo nacional constata-se
oportunidade de reforma do pavilhão de feiras e exposições do Parque da
Cidade (Relatório Setorial, pg.224). E de modo geral, a adaptação dos pavilhões
de feiras e exposições para pessoas com necessidades especiais (correlações
C34, C138, C147, C155, C242, C366, C369).
Segundo dado obtido na pesquisa setorial identifica-se a possibilidade de
expansão da oferta de pavilhões de exposições “dentro das mais modernas
técnicas exigidas para eventos, como um possível grande investimento público,
estratégico para o destino Brasília” (Relatório Setorial, pesquisa com agentes
que se relacionam com a cadeia produtiva do turismo no DF, p. 228). Soma-se a
isso, a possibilidade de ampliar a oferta de espaços disponíveis para sediar
grandes eventos, apontado como algo que atualmente atende à demanda, mas
que deverá melhorar na capital federal nos próximos anos, em um cenário de
crescimento do turismo (C301 a C313).
Considerando que mais de 50% das empresas entrevistadas da categoria afirma
ter a pretensão de ampliar ou reformar as instalações (C135 a C144), soma-se a
existência de linhas de financiamento e outras facilidades para a realização de
projetos do gênero, o que traduz oportunidades de investimento relativas à
reforma de pavilhões e outras melhorias nesses empreendimentos - serviços,
equipamentos, instalações, etc. (C234 a C271 e C151).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
139
Tendo em vista alguns dados obtidos com as pesquisas qualitativas que
apontam para dificuldades na captação e realização de grandes eventos na
capital por falta de capacitação da própria administração pública de alguns
espaços para eventos, identificam-se oportunidades de investimento em
qualificação e maior articulação com o mercado, que pode ser promovido
principalmente pelo terceiro setor (C407 a C416).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
140
7.1.1.3 AUDITÓRIOS E SALÕES DE CONVENÇÕES
7.1.1.3.1 Descrição
Salas e/ou conjunto de salas acusticamente preparadas para a realização de
palestras, conferências, cursos, etc.
7.1.1.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 82 – Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços
prestados às empresas
Grupo: 823 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Classe: 8230-0 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Subclasse: 8230-0/02 – Casas de festas e eventos
7.1.1.3.3 Principais produtos e serviços
1) Gestão de instalações para eventos (8230-0/02)
2) Gestão de espaço para exposição, para uso de terceiros (8230-0/02)
3) Gestão de auditórios e salas para eventos (8230-0/02)
7.1.1.3.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado no que diz
respeito a:
1) Construção de salas de convenções e treinamento em empreendimento
rural para suprir demanda do setor público.
Não foram identificadas neste Estudo oportunidades vinculadas ao poder
público.
7.1.1.3.4.1 Justificativa
Nas pesquisas com atrativos turísticos do DF, constatou-se que boa parte dos
proprietários de empreendimentos em área rural apontaram interesse em
ampliar a oferta de leitos em seus empreendimentos e investir em centros de
convenções, demonstrando uma compreensão comum com relação à existência
de demanda para a ampliação do mercado (Relatório Setorial, p. 87).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
141
A construção de salas para convenções e outros eventos surge nas pesquisas
vinculada à ampliação dos meios de hospedagem de modo a possibilitar
eventos de imersão (cujos participantes pernoitem no local), dirigidos
principalmente ao setor público federal, distrital para treinamentos, reuniões de
planejamento, encontros, entre outros (Relatório Setorial, p. 88).
Por fim, destaca-se que a maior parte dos espaços destinados para eventos na
capital são de responsabilidade da iniciativa privada, pertencendo a clubes,
hotéis e outros tipos de empreendimentos com capacidade de sediar eventos
de médios e pequeno porte com boa qualidade (C1 a C14).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
142
7.1.1.4
SALÃO DE FESTA
7.1.1.4.1
Descrição
Salas e/ou conjunto de salas acusticamente preparadas para a realização de
festas, confraternizações entre outros tipos de eventos; as atividades de gestão
de casas de festas e eventos.
7.1.1.4.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 82 – Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços
prestados às empresas
Grupo: 823 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Classe: 8230-0 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Subclasse: 8230-0/02 – Casas de festas e eventos
7.1.1.4.3 Principais produtos e serviços
1)
2)
3)
4)
Gestão de casa de eventos (8230-0/02)
Gestão de casa de recepções (8230-0/02)
Gestão de espaço para exposição, para uso de terceiros (8230-0/02)
Gestão de instalações para eventos (8230-0/02)
7.1.1.4.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
143
7.1.1.5 CLUBES SOCIAIS
7.1.1.5.1 Descrição16
Local onde se realizam reuniões de caráter recreativo, cultural, artístico, político,
social, etc. O clube social é dotado de instalações para a prática de esportes
e⁄ou recreação (jogos, conversação, danças, etc.) de seus associados, alguns
podem ser abertos e utilizados por turistas17.
7.1.1.5.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9312-3 – Clubes Socias, Esportivos e Similares
Subclasse: 9312-3/00 – Clubes sociais, esportivos e similares
7.1.1.5.3 Principais produtos e serviços
Os principais produtos e serviços existentes envolvem as atividades que
possibilitam a seus membros a realização de práticas de lazer e esportivas,
como: futebol, futebol de salão, voleibol, basquete, natação, equitação, golfe,
tiro, etc., mas também podem oferecer salas e auditórios para realização de
eventos, bailes de confraternização, entre outros.
7.1.1.5.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Criação de novos clubes distribuídos em RAs consolidadas (Taguatinga,
Sobradinho, Gama18);
2) Maior estruturação e revitalização de clubes existentes no Lago Paranoá;
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao Poder Público:
1) Regularização fundiária para empreendimentos de clubes esportivos,
culturais e recreativos.
16
Dicionário Houaiss (2001, pág 744).
Inventário da Oferta Turística (2006, Manual B, pág 43).
18
É preciso consultar a legislação vigente para conhecimento das normas referentes a empreendimentos deste porte.
17
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
144
7.1.1.5.4.1 Justificativa
Com base nas análises relacionadas à categoria de lazer e entretenimento,
constatou-se oportunidade de investimento por parte da iniciativa privada
quanto ao indicativo de construção de novos clubes de forma descentralizada, o
que poderá ampliar a oferta de espaços para eventos no DF (C1 a C14; C234 a
C271). Essa ampliação, por sua vez, poderá gerar novas oportunidades de
eventos em outras áreas, que não apenas em negócios, acadêmicas e
comerciais (C44 a C54). Cumpre destacar, nesse sentido, que boa parte da oferta
de festas e opções de lazer noturno da cidade ocorrem nesses espaços (C221 a
C226), apresentando potencial para ampliar sua utilização e divulgação (C272 a
C292).
O Lago Paranoá, conforme apontado na matriz SWOT correlacionada para lazer
e entretenimento, continua sendo uma área territorial importante para
investimentos nestes equipamentos, sejam os já existentes ou em relação a
implantação de novos clubes, com novos espaços para eventos, ampliando e
melhorando a qualidade da oferta existente.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
145
7.1.1.6 GINÁSIO DE ESPORTES E QUADRAS
7.1.1.6.1 Descrição
Instalações esportivas para a organização de eventos e prática de esportes, em
espaços cobertos ou ao ar livre, com ou sem assentos para espectadores, tais
como: ginásios e quadras de basquete, ginásios e quadras de voleibol, quadras
de tênis, ginásios para boxe, quadras e outros tipos de instalações para a prática
de outros esportes; campos de jogos desportivos; locais cobertos para a prática
de ginástica e outros esportes; locais onde se realizam competições e jogos;
Gestão de instalações esportivas para a organização de eventos esportivos e
prática de esportes, em espaços cobertos ou ao ar livre, com ou sem assentos
para espectadores, tais como ginásios e quadras de basquete, ginásios e
quadras de voleibol, quadras de tênis, ginásios para boxe, ginásios, quadras e
outros tipos de instalações para a prática de outros esportes.
7.1.1.6.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9311-5 – Gestão de Instalações de Esporte
Subclasse: 9311-5/00 – Gestão de Instalações de Esportes
7.1.1.6.3 Principais produtos e serviços
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Gestão de Ginásio de Esportes (9311-5/00)
Exploração de Quadras de Basquete (9311-5/00)
Gestão de Quadras de Boxe (9311-5/00)
Gestão de Quadras de Tênis (9311-5/00)
Gestão de Quadras de Voleibol (9311-5/00)
Gestão de Quadras Poliesportivas (9311-5/00)
7.1.1.6.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas como oportunidades vinculadas à iniciativa privada a:
1) Construção de quadras esportivas em empreendimentos específicos –
Atrativos Turísticos;
2) Criação de instalações esportivas para locação (campos de futebol,
quadras de squash, etc.) em RAs em consolidação, como Águas Claras,
Guará, Lago Sul – setor de condomínios -, entre outras.
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146
Foram identificadas oportunidades de investimentos vinculadas ao poder
público, em parceria com a iniciativa privada ou não, no que tange a:
1) Instalação e manutenção de ginásios e quadras esportivas em todo o
território do DF;
2) Descentralização de quadras esportivas em áreas residenciais,
principalmente nas Regiões Administrativas em processo de expansão
urbana;
3) Recuperação e melhoria da estrutura existente em ginásios e quadras
existentes em todo o território do DF.
7.1.1.6.4.1 Justificativa
Na análise da matriz de análise SWOT correlacionada para a categoria de Lazer
e Entretenimento, constatou-se oportunidade vinculada à construção de novas
quadras e ginásios no DF para locação, além de reforma e manutenção dos
equipamentos existentes.
Na matriz de análise SWOT correlacionada para a categoria de eventos, essas
oportunidades são mantidas, destacando oportunidades de captação, realização
e promoção de eventos em outras áreas que não apenas de negócios,
acadêmicos e comerciais, mas de esportes, lazer e entretenimento, por exemplo
(C48 a C54). Destaca-se, nesse sentido, a possibilidade de apoio de órgãos
públicos federais, como o Ministério da Cultura (diversos eventos culturais que
utilizem quadras e ginásios públicos ou privados do DF); a Fundação Palmares
(eventos que enfatizem a cultura afro-brasileira, como batizados de capoeira,
festivais de maracatu, entre outros eventos que utilizam esses espaços para
realização); e a própria EMBRATUR, auxiliando na captação de grandes eventos
(C44 A C46).
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147
7.1.1.7 ESTÁDIOS
7.1.1.7.1 Descrição
Instalações esportivas para a organização de eventos e prática de esportes, em
espaços cobertos ou ao ar livre, com ou sem assentos para espectadores, tais
como: estádios de futebol, pistas e circuitos para corridas, estádios de atletismo
e outros tipos de instalações para a prática de outros esportes; campo para
jogos e provas esportivas, circundado por arquibancadas ou outras instações
destinadas ao público19.
7.1.1.7.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades Esportivas
Classe: 9311-5 – Gestão de Instalações de Esporte
Subclasse: 9311-5/00 – Gestão de Instalações de Esportes
7.1.1.7.3 Principais produtos e serviços
Gestão de estádios e grandes instalações esportivas para a organização de
eventos esportivos e prática de esportes, em espaços cobertos ou ao ar livre,
com ou sem assentos para espectadores, tais como estádios de futebol e
estádios de atletismo.
1)
2)
3)
4)
Exploração de Estádio de Esportes (9311-5/00)
Estádio de Futebol (9311-5/00)
Gestão de Estádio (9311-5/00)
Gestão de Instalações Esportivas (9311-5/00)
7.1.1.7.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas como oportunidades vinculadas à iniciativa privada a:
1) Construção de estádios e instalações correlatas
Foram identificadas oportunidades de investimentos vinculadas ao poder
público, em parceria com a iniciativa privada ou não, no que tange a:
1) Criação, manutenção e estruturação dos estádios para realização dos
grandes eventos esportivos captados para o DF nos próximos anos
19
Dicionário Houaiss (2001, pág 1243/1244).
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148
2) Revitalização do entorno dos Estádios existentes,
acessibilidade, mobilidade, limpeza e segurança.
considerando
7.1.1.7.4.1 Justificativa
Tem-se com a realização da Copa do Mundo FIFA 2014 oportunidades de
reforma e manutenção do Estádio Mané Garrincha, além da edificação de
outros empreendimentos que deverão movimentar a economia como um todo,
com destaque à construção civil em um primeiro momento (C138 a 144; C234,
C237, C238, C242 a C271; C301 a C315).
A proximidade do principal Estádio onde serão realizados os jogos da Copa, de
outros espaços para eventos e atrativos turísticos de Brasília, aponta para
necessidade de estruturação da área de entorno desses equipamentos (C19,
C20), considerando inclusive o deslocamento e acesso das pessoas ao local,
com planejamento eficiência da distribuição de pontos de transporte coletivo,
táxis, estacionamento (carros, vans, micro-ônibus, onibus, entre outros), faixas
de pedestre, calçadas, paisagismo, entre outros (C21 a C24).
Outro item a considerar é a relação dessa categoria com outras categorias do
trade turístico, com especial atenção aos meios de hospedagem. No caso do
Estádio Mané Garrincha, por exemplo, a proximidade dos setores hoteleiros é
vantajosa, mas demanda do poder público ações de estruturação urbana para
acesso à pé, por exemplo (C31 a C34). Cumpre destacar que esses e
equipamentos poderão ser utilizados posteriormente para receber grandes
eventos culturais, como festivais de música, e campeonatos esportivos,
dinamizando a oferta de turismo de eventos do DF (C35 a C39; C48). Nesse
sentido, é preciso garantir para os próximos anos a manutenção e o bom
funcionamento não apenas do equipamento, mas de sua relação com todo o
território do DF, incluindo os setores energéticos (C40), de transporte (C41, C42,
C43), de hospedagem, alimentação, e até mesmo promoção, divulgação e
articulação com o trade do país, de modo a evitar dificuldades administrativas
advindas da sazonalidade de uso do equipamento (demanda) (C519 a C529).
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149
7.1.2 EMPRESAS ORGANIZADORAS E PRESTADORAS DE
SERVIÇOS PARA EVENTOS
7.1.2.1 LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SOM, IMAGEM E
GERADORES DE ENERGIA
7.1.2.1.1 Descrição
Empresas, cooperativas ou profissionais autonômos que prestam serviços de
locação de equipamentos de som, imagem e geração de energia para festas e
eventos. A locação de equipamentos audiovisuais pode envolver os serviços de
empresas especializadas na locação de mídias virgens, magnéticas ou ópticas,
para gravação de som, imagem ou dados informáticos para produção e ou
realização de eventos; aluguel e leasing operacional, de curta ou longa duração,
de outros tipos de máquinas e equipamentos, elétricos ou não, sem operador,
tais como: geradores, equipamentos cinematográficos, equipamentos
profissionais para rádio, televisão e comunicações, e outros tipos de máquinas e
equipamentos não especificados anteriormente.
7.1.2.1.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 77 – Aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos intangíveis nãofinanceiros
Grupo: 773 – Aluguel de máquinas e equipamentos sem operador
Classe: 7739-0 – Aluguel de máquinas e equipamentos não especificados
anteriormente
Subclasse: 7739-0/99 – Aluguel de outras máquinas e equipamentos
comerciais e industriais não especificados anteriormente, sem operador
7.1.2.1.3 Principais produtos e serviços
1) Aluguel/locação de aparelhos, equipamentos de som (para uso
profissional) (7739-0/99)
2) Aluguel/locação de equipamento profissional de som e vídeo (7739-0/99)
3) Aluguel/locação de equipamento profissional de telecomunicações
(7739-0/99)
4) Aluguel/locação de equipamentos cinematográficos sem operador
(7739-0/99)
5) Aluguel/locação de equipamentos de áudio visual (7739-0/99)
6) Aluguel/locação de equipamentos de filmagem (7739-0/99)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
150
7)
8)
9)
10)
Aluguel/locação de equipamentos de som (7739-0/99)
Aluguel/locação de filmadora digital (7739-0/99)
Aluguel de máquinas filmadoras profissionais (7739-0/99)
Aluguel/locação de microfones, caixas acústicas e auto falantes (77390/99)
11) Aluguel/locação de câmaras de vigilância (7739-0/99)
12) Aluguel/locação de câmeras digitais (7739-0/99)
13) Aluguel/locação de geradores (7739-0/99)
7.1.2.1.3.1 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
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151
7.1.2.2 LOCAÇÃO DE MATERIAIS
7.1.2.2.1
Descrição
Empresas especializadas na locação de materiais de mobiliário, toalhas, louças,
etc., para produção e ou realização de eventos.
7.1.2.2.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 77 – Aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos intangíveis nãofinanceiros
Grupo: 772 – Aluguel de objetos pessoais e domésticos
Classe: 7729-2 – Aluguel de objetos pessoais e domésticos não especificados
anteriormente
Subclasse: 7729-2/02 – Aluguel de móveis, utensílios e aparelhos de uso
doméstico e pessoal; instrumentos musicais
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 77 – Aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos intangíveis nãofinanceiros
Grupo: 773 – Aluguel de máquinas e equipamentos sem operador
Classe: 7733-1 – Aluguel de máquinas e equipamentos para escritórios
Subclasse: 7733-1/00 – Aluguel de máquinas e equipamentos para
escritórios
7.1.2.2.3 Principais produtos e serviços
1) Aluguel de aparelhos de dvd (7729-2/02)
2) Aluguel/locação de aparelhos eletrodomésticos (7729-2/02)
3) Aluguel de aparelhos eletroeletrônicos (7729-2/02)
4) Aluguel de ar condicionado (7729-2/02)
5) Aluguel/locação de cadeiras (7729-2/02)
6) Aluguel de geladeira, freezer (7729-2/02)
7) Aluguel/locação de instrumentos musicais (7729-2/02)
8) Aluguel/locação de mesas (7729-2/02)
9) Aluguel/locação de móveis e utensílios para festas (7729-2/02)
10) Aluguel/locação de móveis (7729-2/02)
11) Aluguel/locação de objetos e utensílios domésticos (7729-2/02)
12) Aluguel/locação de televisor, televisão (7729-2/02)
13) Aluguel/locação de utensílios e aparelhos de uso doméstico (7729-2/02)
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152
14) Aluguel de utensílios e aparelhos eletroeletrônicos de uso doméstico
(7729-2/02)
15) Aluguel/locação de celular (7733-1/00)
16) Aluguel/locação de, leasing operacional de computadores (7733-1/00)
17) Aluguel/locação de equipamento telefônico (7733-1/00)
18) Aluguel, locação de fax (7733-1/00)
19) Aluguel/locação de fotocopiadoras e impressoras (7733-1/00)
20) Aluguel/locação de, leasing operacional de máquinas reprodutoras de
cópias (7733-1/00)
21) Aluguel/locação de máquinas, equipamentos e móveis de escritório
(7733-1/00)
22) Leasing operacional de máquinas, equipamentos e móveis de escritório
(7733-1/00)
23) Aluguel/locação de material telefônico (7733-1/00)
24) Aluguel/locação de microcomputadores (7733-1/00)
25) Aluguel/locação de celular (7733-1/00)
26) Aluguel de móveis, utensílios e aparelhos eletroeletrônicos de uso
doméstico e pessoal (7729-2/02)
27) Aluguel de instrumentos musicais (7729-2/02)
28) Aluguel e leasing operacional, de curta ou longa duração, de todo tipo
de máquinas e equipamentos de escritório, tais como computadores e
equipamentos periféricos, reprodutoras de cópias, projetores, data-show,
equipamento telefônico, etc. (7733-1/00)
7.1.2.2.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
153
7.1.2.3 SERVIÇOS DE RECEPÇÃO
7.1.2.3.1
Descrição
As atividades de fornecimento de pessoal de apoio para prestar serviços em
eventos e ou locais de eventos, desenvolvendo uma combinação de serviços de
recepção, portaria e outros, relacionados ao apoio à administração e
organização de eventos.
7.2.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 78 – Seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra
Grupo: 782 – Locação de mão-de-obra temporária
Classe: 7820-5 – Locação de mão-de-obra temporária
Subclasse: 7820-5/00 – Locação de mão-de-obra temporária
7.2.3.3 Principais produtos e serviços
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Agências de trabalho temporário (7820-5/00)
Alocação de mão-de-obra temporária em empresa cliente (7820-5/00)
Serviços de contratação de mão-de-obra temporária (7820-5/00)
Serviços de disponibilização de mão-de-obra temporária (7820-5/00)
Locação de mão-de-obra, de pessoal, temporária (7820-5/00)
Mão-de-obra temporária terceirizada
Serviços de empresa de terceirização de pessoal temporário (7820-5/00)
7.2.3.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
154
7.1.3 SERVIÇOS
CERIMÔNIAS
DE
CERIMONIAL
E
MESTRE
DE
7.1.3.1 Descrição
Empresas ou profissionais autonômos especializados em serviços relacionados a
cerimônia, solenidades, eventos públicos de cunho político, social, religioso que
contemplem a utilização de normas e regras de protocolo.
7.1.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
EVENTOS EM GERAL (EXCETO CULTURAIS/ARTÍSTICOS E ESPORTIVOS)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 82 – Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços
prestados principalmente às empresas
Grupo: 823 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Classe: 8230-0 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Subclasse: 8230-0/01 – Serviços de organização de feiras, congressos,
exposições e festas
EVENTOS CULTURAIS/ARTÍSTICOS
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 90 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Grupo: 900 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Classe: 9001-9 – Artes cênicas, espetáculos e atividades complementares
Subclasse: 9001-9/99 – Artes cênicas, espetáculos e atividades
complementares não especificadas anteriormente
EVENTOS ESPORTIVOS
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 93 – Atividades esportivas e de recreação e lazer
Grupo: 931 – Atividades esportivas
Classe: 9319-1 – Atividades esportivas não especificadas anteriormente
Subclasse: 9319-1/01 – Produção e promoção de eventos esportivos
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
155
7.1.3.3 Principais produtos e serviços
1) Fornecimento de pessoal para operar a realização de conferências e
outros eventos (8230-0/01)
2) Atividades relacionadas a eventos e competições esportivas com ou sem
infra-estrutura (9319-1/01)
3) Atividades relacionadas a espetáculos artísticos e eventos culturais não
especificados anteriormente (9001-9/99)
4) Serviços auxiliares às atividades artísticas (9001-9/99)
5) Serviço de cerimonial em festas (8230-0/01)
6) Serviço de cerimonial em formaturas (8230-0/01)
7.1.3.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
156
7.1.4 SERVIÇO DE DECORAÇÃO
7.1.4.1 Descrição
A atividade de decoração de interiores (cenário, cobertura e palco) para festas,
eventos, solenidades, etc.
7.1.4.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 74 – Outras atividades profissionais, científicas e técnicas
Grupo: 741 – Design e decoração de interiores
Classe: 7410-2 – Design e decoração de interiores
Subclasse: 7410-2/02 – Decoração de interiores
7.1.4.3 Principais produtos e serviços
1) Serviço de decoração de interiores (7410-2/02)
2) Design de interiores (7410-2/02)
7.1.4.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para essa subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
157
7.1.5 SERVIÇO
SIMULTÂNEA
DE
INTÉRPRETE/
TRADUÇÃO
7.1.5.1 Descrição
Empresas e ou profissionais autonômos que prestam os serviços de tradução,
tradução simultânea, de interpretação e similares para festas, eventos,
solenidades, etc.
7.1.5.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 74 – Outras atividades profissionais, científicas e técnicas
Grupo: 749 – Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas
anteriormente
Classe: 7490-1 – Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas
anteriormente
Subclasse: 7490-1/01 – Serviços de tradução, interpretação e similares
7.1.5.3 Principais produtos e serviços
Inclui os serviços de tradução, interpretação e similares; os serviços de tradução
simultânea; os serviços de revisão gramatical; os serviços de tradução de textos
juramentados.
1) Serviços de tradução simultânea (7490-1/01)
2) Serviços de tradução, interpretação (7490-1/01)
7.1.5.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao setor privado no que diz
respeito à:
1) Aumento da procura por serviços de tradução e interpretação de
documentos, cartazes, cardápios, etc;
2) Aumento da procura de tradução simultânea em eventos.
7.1.5.4.1 Justificativa
Brasília está entre os destinos indutores priorizados pelo Ministério do Turismo
para ordenamento e estruturação ao mercado nacional e internacional. Essa
meta faz com que sejam necessárias diversas adaptações pela cidade de modo
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
158
a torná-la mais amigável ao turista estrangeiro, resultando em novas
oportunidades para tradutores e intérpretes (Correlações C2, C234, C301, C317,
C509). Cardápios em restaurantes, placas de sinalização e cartazes, revistas e
materias de promoção da capital, websites e diversos outros produtos e serviços
precisarão ser traduzidos nos próximos anos, principalmente considerando os
megaeventos (Relatório Setorial – pesquisa qualitativa com guias de turismo, p.
177).
Além disso, com base nas pesquisas realizadas, constata-se o perfil e potencial
crescente da capital para sediar eventos, o que também irá refletir no aumento
da oportunidade de trabalho aos profissionais e empresas que prestam serviço
de tradução simultânea, e tradutores em geral, principalmente para tradução da
documentação necessária a captação de determinados eventos no exterior (C16,
C301, C419, Relatório Setorial – pesquisa qualitativa com agentes que se
relacionam à cadeia produtiva, p. 230).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
159
7.1.6 SERVIÇOS GERAIS
7.1.6.1 Descrição
Empresas, cooperativas, profissionais autonômos que prestam uma combinação
de serviços de manutenção, limpeza e apoio para garantir a conservação e o
funcionamento das instalações onde se realizam eventos.
7.1.6.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 81 – Serviços para edifícios e atividades paisagísticas
Grupo: 811 – Serviços combinados para apoio a edifícios
Classe: 8111-7 – Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto
condomínios prediais
Subclasse: 8111-7/00 – Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto
condomínios prediais
A classificação não compreendem, no entanto, as atividades de fornecimento de
um único tipo de serviço de apoio que são classificadas de acordo com os
serviços oferecidos; e as atividades de fornecimento de equipes de gestão e
equipes operacionais para o desenvolvimento de uma operação completa no
estabelecimento de um cliente (em um hotel, em uma mina, em um hospital,
etc.) que devem ser classificadas na classe da atividade principal do
estabelecimento.
7.1.6.3 Principais produtos e serviços
Atividades de fornecimento de pessoal de apoio para prestar serviços em
instalações prediais de clientes, desenvolvendo uma combinação de serviços,
como a limpeza geral no interior de prédios, serviços de manutenção,
disposição do lixo, serviços de recepção, portaria e outros serviços relacionados
para dar apoio à administração e conservação das instalações. As unidades aqui
classificadas fornecem pessoal para as atividades de apoio mas não estão
envolvidas ou têm responsabilidade com o desenvolvimento da atividade
empresarial do cliente.
1) Fornecimento de serviços combinados de limpeza, disposição de lixo e
outros serviços de conservação (8111-7/00)
2) Fornecimento de serviços combinados de limpeza, manutenção,
recepção em prédios (8111-7/00)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
160
7.1.6.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
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161
7.1.7 SERVIÇOS DE SEGURANÇA
7.1.7.1 Descrição
Prestação de serviços a terceiros por entidades privadas ou profissionais
autonômos, com vista à proteção de pessoas e bens por meio da vigilância, do
controle da entrada, presença e saída de pessoas, bem como a prevenção da
entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos ou suscetíveis
de provocar atos de violência em locais condicionados ao público para
realização de eventos.
7.1.7.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 80 – Atividades de vigilância, segurança e investigação
Grupo: 801 – Atividades de vigilância, segurança privada e transporte de valores
Classe: 8011-1 – Atividades de vigilância e segurança privada
Subclasse: 8011-1/01 – Atividades de vigilância e segurança privada
7.1.7.3 Principais produtos e serviços
Envolve o fornecimento de um ou mais dentre os seguintes serviços: os serviços
de vigilância a propriedades; os serviços de escolta de pessoas e de bens; os
serviços de proteção a lugares e serviços públicos; os serviços de impressão
digital; a assessoria no campo da segurança industrial.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Empresa de segurança (8011-1/01)
Empresa de vigilância (8011-1/01)
Serviço de escolta de pessoas e bens (8011-1/01)
Serviço de guarda patrimonial (8011-1/01)
Serviço de proteção de pessoas (8011-1/01)
Serviço de segurança de lugares e instituições públicas (8011-1/01)
Serviços de vigilância e segurança (8011-1/01)
7.1.7.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
162
7.1.8 SERVIÇO DE MANOBRISTA
7.1.8.1 Descrição
Empresas, cooperativas, profissionais autonômos especializados na terceirização
de serviços de manobristas, valet, estacionamento e segurança de veículos para
atendimento em locais onde se realizam eventos, festas, solenidades, etc.; as
atividades de manobristas de automóveis (serviços de valet).
7.1.8.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: S – Outras atividades de serviços
Divisão: 96 – Outras atividades de serviços pessoais
Grupo: 960 – Outras atividades de serviços pessoais
Classe: 9609-2 – Atividades de serviços pessoais não especificadas
anteriormente
Subclasse: 9609-2/99 – Outras atividades de serviços pessoais não
especificadas anteriormente
7.1.8.3 Principais produtos e serviços
1) Serviços de manobrista de automóveis (9609-2/99)
2) Serviços de manobrista de veículos (9609-2/99)
3) Serviços de manobristas (9609-2/99)
7.1.8.4 Oportunidades identificadas
Não foram identificadas nesse Estudo oportunidades para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
163
7.1.9 SERVIÇOS GRÁFICOS, CONVITES E SINALIZAÇÃO
DE EVENTOS
7.1.9.1 Descrição
As atividades de empresas, cooperativas, profissionais autonômos para a
produção de serviços gráficos como banners, mapas, convites, memoriais
descritivos, etc.
7.1.9.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: C – Indústrias de transformação
Divisão: 18 – Impressão e reprodução de gravações
Grupo: 181 – Atividade de impressão
Classe: 1813-0 – Impressão de materiais para outros usos
Subclasse: 1813-0/99 – Impressão de material para outros usos
Seção: C – Indústrias de transformação
Divisão: 18 – Impressão e reprodução de gravações
Grupo: 181 – Atividade de impressão
Classe: 1813-0 – Impressão de materiais para outros usos
Subclasse: 1813-0/01 – Impressão de material para uso publicitário
7.1.9.3 Principais produtos e serviços
Entre os principais produtos e serviços está a produção e impressão de convites
e sinalização para a realização de festas, eventos, solenidades, etc.; a impressão,
sob contrato, de impressos publicitários ou promocionais (calendários, pôsteres,
cartazes, catálogos promocionais, catálogos de arte, tablóides e encartes, kits
promocionais, banners, outdoors, malas diretas, etc) – 1813-0/01; a impressão,
sob contrato, de impressos para usos diversos (cardápios, cartões de
apresentação e de mensagens, diplomas, convites, etc.), entre outros listados
abaixo.
1) Serigrafia em brindes (1813-0/01)
2) Cartazes de propaganda, impressão sob encomenda (1813-0/01)
3) Catálogos de arte, kits promocionais, impressão sob encomenda (18130/01)
4) Catálogos, cartazes, folhetos, encartes e outros impressos para fina
promocionais, impressão sob encomenda (1813-0/01)
5) Faixas e cartazes de propaganda, impressão sob encomenda (1813-0/01)
6) Outdoors, malas-diretas, banners, impressão sob encomenda (1813-0/01)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
164
7) Prospectos e volantes, impressão sob encomenda (1813-0/01)
8) Serviço de serigrafia em material publicitário (1813-0/99)
9) Serviços de cardápios, diplomas, convites e semelhantes; impressão
encomenda (1813-0/99)
10) Gráfica, cardápios, diplomas, convites e semelhantes; impressão
encomenda (1813-0/99)
11) Materiais diversos (plástico, tecido, couro, etc); impressão
encomenda (1813-0/99)
12) Rótulos de qualquer material impressos sob encomenda (1813-0/99)
13) Serigrafia em peças do vestuário (camisetas, etc); impressão
encomenda (1813-0/99)
sob
sob
sob
sob
7.1.9.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado a necessidade de ampliar a divulgação do
destino em geral (C222, C223, C232, C293 a C300, C556 a C578) os dados
coletados não foram suficientes para identificar especificamente oportunidades
nessa subcategoria.
No entanto, cumpre ressaltar que as pesquisas apontam para a necessidade de
maior divulgação do destino, promovendo maior movimentação de serviços e
produtos realizados por autônomos, agências de publicidade e propaganda, e
empresas gráficas.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
165
7.1.10 SERVIÇOS DE FILMAGEM E FOTOGRAFIA
7.1.10.1
Descrição
As atividades de empresas, cooperativas, profissionais autonômos para
produção fotográfica com fins comerciais, de publicidade e pessoais em festas,
eventos, solenidades, etc.
7.1.10.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 74 – Outras atividades profissionais, científicas e técnicas
Grupo: 742 – Atividades fotográficas e similares
Classe: 7420-0 – Atividades fotográficas e similares
Subclasse: 7420-0/01 – Atividades de produção de fotografias, exceto aérea
e submarina
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 74 – Outras atividades profissionais, científicas e técnicas
Grupo: 742 – Atividades fotográficas e similares
Classe: 7420-0 – Atividades fotográficas e similares
Subclasse: 7420-0/04 – Filmagem de festas e eventos
7.1.10.3 Principais produtos e serviços
Envolve atividade de filmagem e de gravação de vídeos de festas e eventos; as
atividades de produção fotográfica, para fins comerciais, de publicidade e
pessoais, tais como: a fotografia para passaportes, escolas, casamentos, a
fotografia para anúncios, editoriais, comerciais, atividades relacionadas com a
moda, atividades imobiliárias e para fins turísticos e as atividades dos fotógrafos
independentes
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Produção de vídeo para festas e eventos (7420-0/04)
Serviços de filmagem de eventos culturais (7420-0/04)
Serviços de filmagem de eventos (7420-0/04)
Serviços de filmagem de festas (7420-0/04)
Gravação de vídeos para festas e eventos (7420-0/04)
Atelier fotográfico (7420-0/01)
Serviços de cobertura fotográfica para jornais, revistas e eventos (74200/01)
8) Estúdio fotográfico (7420-0/01)
9) Serviços de fotógrafo de imprensa (7420-0/01)
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166
10) Produção por fotógrafos independentes (7420-0/01)
11) Produção fotográfica para festas e outros eventos (7420-0/01)
12) Produção fotográfica para publicidade (7420-0/01)
7.2.11.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
167
7.1.11
SERVIÇOS DE SONORIZAÇÃO
7.1.11.1
Descrição
As atividades de empresas, cooperativas, profissionais autonômos para
sonorização e iluminação de salas de teatro, de música e de outros espaços
dedicados a atividades artísticas e culturais, festas e eventos.
7.1.11.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: R – Artes, cultura, esporte e recreação
Divisão: 90 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Grupo: 900 – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Classe: 9001-9 – Artes cênicas, espetáculos e atividades complementares
Subclasse: 9001-9/06 – Atividades de sonorização e de iluminação
7.1.12.3 Principais produtos e serviços
1)
2)
3)
4)
Atividade de equipamento de som com operador (9001-9/06)
Serviços de fornecimento de som para casas de espetáculos (9001-9/06)
Serviços de sonorização de espaços para artes cênicas (9001-9/06)
Atividade de fornecimento de telão com operador (9001-9/06)
7.1.12.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
168
7.1.12
SERVIÇO DE ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
7.1.12.1
Descrição
Inclui prestadores de serviço de publicidade & propaganda e assessoria de
imprensa/relações públicas. Os prestadores de serviço de publicidade &
propaganda atuam com campanhas publicitárias, comerciais, anúncios, entre
outros. A assessoria de imprensa tem como principal tarefa tratar da gestão do
relacionamento entre pessoa física, entidade, empresa ou órgão público
promotor do evento e a imprensa/ formadores de opinião, atuando com
informação jornalísticas, preparando press-releases, e procurando controlar o
fluxo de informação que é veiculado na mídia sobre o evento.
7.1.12.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 70 – Atividades de sedes de empresas e de consultoria em gestão
empresarial
Grupo: 702 – Atividades de consultoria em gestão empresarial
Classe: 7020-4 – Atividades de consultoria em gestão empresarial
Subclasse: 7020-4/00 – Atividades de consultoria em gestão empresarial,
exceto consultoria técnica específica
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 70 – Atividades de sedes de empresas e de consultoria em gestão
empresarial
Grupo: 731 – Publicidade
Classe: 7311-4 – Agências de publicidade
Subclasse: 7311-4/00 – Agências de publicidade
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 70 – Atividades de sedes de empresas e de consultoria em gestão
empresarial
Grupo: 732 – Pesquisas de mercado e de opinião pública
Classe: 7320-3 – Pesquisas de mercado e de opinião pública
Subclasse: 7320-3/00 – Pesquisas de mercado e de opinião pública
7.1.12.3 Principais produtos e serviços
1) Serviços de assessoria de imprensa (7020-4/00)
2) Serviços de assessoria em comunicação (7020-4/00)
3) Atividade de assessoria empresarial (7020-4/00)
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169
4)
5)
6)
7)
Consultoria em relações públicas (7020-4/00)
Atividade de consultoria em relações públicas (7020-4/00)
Serviços de checking de publicidade (7320-3/00)
Serviços de controle de veiculação publicitária (7320-3/00)
7.1.12.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
170
7.1.13
ORGANIZADOR DE EVENTOS CORPORATIVOS
7.1.13.1
Descrição
Empresas, cooperativas e/ou profissionais autonômos responsáveis pelo
planejamento, consultoria e realização de eventos.
7.1.13.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e Serviços Complementares
Divisão: 82 – Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços
prestados às empresas
Grupo: 823 – Atividades de organizaçao de eventos, exceto culturais e
esportivos
Classe: 8230-0 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Subclasse: 8230-0/01 – Serviço de organizaçao de feiras, congressos,
exposiçoes e festas
7.1.13.3 Principais produtos e serviços
Os produtos e serviços prestados empresas organizadoras de eventos envolvem
captação de recursos, secretaria pré, durante e pós o evento; atividades de
organização e promoção de feiras, leilões, congressos, convenções, conferências
e exposições comerciais e profissionais, incluindo ou não o fornecimento de
pessoal para operar a infra-estrutura dos lugares onde ocorrem esses eventos, e
outros.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Serviço de organização de festas familiares (8230-0/01)
Exposição de animais em feiras (8230-0/01)
Serviço de organização de festas infantis (8230-0/01)
Serviço de organização de festas (8230-0/01)
Serviço de organização de formaturas (8230-0/01)
Serviços de organização, produção e promoção de encontros e
congressos (8230-0/01)
7) Serviços de organização, produção e promoção de eventos, exceto
culturais e esportivos (8230-0/01)
8) Serviços de organização, produção e promoção de feiras e exposições
(8230-0/01)
9) Organização de parque de leilão de gado (8230-0/01)
10) Gestão de parque para feiras agropecuárias (8230-0/01)
11) Serviços de remates rurais (8230-0/01)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
171
12) Gestão de show-room (8230-0/01)
Os produtos e serviços listados nessa ficha não incluem a organização,
produção e promoção de eventos culturais (90.01-9 na CNAE) e a produção e
promoção de eventos esportivos (9319-1/01 na CNAE).
7.1.13.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas como oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Criação e/ou ampliação de empresas de organização de eventos
2) Ampliação das parcerias entre empresas existentes e fornecedores
Foram identificadas oportunidades de investimentos vinculadas ao poder
público, em parceria com o terceiro setor ou não, no que tange a:
1) Captação de eventos nacionais e internacionais
2) Apoio à realização de eventos na capital
7.1.13.4.1 Justificativa
Nas pesquisas que integram esse Estudo de Oportunidade constatou-se que
Brasília está vocacionada para o Turismo de Negócios e Eventos, o que
representa oportunidades para toda a categoria de eventos da cadeia produtiva
do turismo local. Nesse contexto, identificam-se oportunidades para empresas
de organização de eventos e ampliação das parcerias com fornecedores das
mesmas, aquecendo o setor como um todo.
Dados que justificam essa identificação de oportunidades dizem respeito à
previsão de investimentos em eventos para dinamização do turismo
local/regional (C33 a C43), com possibilidades de apoio de diversos programas
de governo (âmbito nacional ou distrital). Além disso, existem oportunidades
vinculadas à captação, realização e promoção de eventos em outras áreas que
não apenas de negócios, acadêmicos e comerciais (C44 a C54), oportunidade
que pode ser extendida a produtores culturais e outros empresários do ramo de
cultura, lazer e entretenimento.
Destaca-se que mais de 90% dos empreendimentos que integram a categoria
de eventos representam micro e pequenas empresas, foco de atuação do
SEBRAE-DF, onde constatou-se falta de padronização dos serviços prestados
(C55 a C77), baixa qualidade dos produtos e serviços de fornecedores (C489 a
C484; C507 a C508), alto índice de clientes fora do DF (C78 a C87; C90), baixa
motivação para inovação nos produtos e serviços (C152 a C172), entre outros
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
172
dados que reforçam oportunidades de atuação ao poder público e sistema S
para melhoria da categoria como um todo.
Também foi constatado que o alto índice de encargos e tributos dificulta a
administração das empresas organizadoras de eventos (C530 a C537), o que
poderá reduzir o índice de informalidade existente na categoria. E por fim, a
falta de linhas de financiamento (31% dos empresários entrevistados) para
ampliação ou melhoria dos serviços, produtos e instalações (C551 a C555)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
173
7.1.14 MONTADORAS
EXPOSIÇÕES
DE
ESTANDES,
FEIRAS
E
7.1.14.1 Descrição
Empresas que prestam serviços especializados em criação, gerenciamento,
montagem e decoração de estandes, show-rooms, displays, quiosques e balcões,
também incluindo as montadoras de eventos externos (carretas volantes e feiras
agrícolas).
7.1.14.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: F – Construção
Divisão: 43 – Serviços especializados para construção
Grupo: 433 – Obras de acabamento
Classe: 4330-4 – Obras de acabamento
Subclasse: 4330-4/02 – Instalação de portas, janelas, tetos, divisórias e
armários embutidos de qualquer material
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 77 – Aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos intangíveis nãofinanceiros
Grupo: 773 – Aluguel de máquinas e equipamentos sem operador
Classe: 7739-0 – Aluguel de máquinas e equipamentos não especificados
anteriormente
Subclasse: 7739-0/03 – Aluguel de palcos, coberturas e outras estruturas de
uso temporário, exceto andaimes
7.1.14.3 Principais produtos e serviços
1) Instalação de estandes (stands) para feiras e eventos (4330-4/02)
2) Colocação ou instalação de forros ou divisórias de qualquer material
(4330-4/02)
3) Montagem de stands para feiras (4330-4/02)
4) Aluguel de locação de estandes para feiras e eventos, sem montagem
(7739-0/03)
5) Aluguel de, locação de módulos metálicos para alojamento (7739-0/03)
6) Leasing operacional de palcos, coberturas e outras estruturas de uso
temporário (7739-0/03)
7) Locação de, montagem de tabuleiros de feira (7739-0/03)
8) Locação de tendas (7739-0/03)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
174
9) Aluguel de toldos (7739-0/03)
7.2.15.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
175
7.1.15 ORGANIZADOR DE FORMATURA
7.1.15.1
Descrição
As atividades de empresas, cooperativas, profissionais autonômos para a
organização, produção, divulgação e realização de formaturas.
7.1.15.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e Serviços Complementares
Divisão: 82 – Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços
prestados às empresas
Grupo: 823 – Atividades de organizaçao de eventos, exceto culturais e
esportivos
Classe: 8230-0 – Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Subclasse: 8230-0/01 – Serviço de organizaçao de feiras, congressos,
exposiçoes e festas
7.1.15.3 Principais produtos e serviços
1) Serviço de organização de festas familiares (8230-0/01)
2) Serviço de organização de festas (8230-0/01)
3) Serviço de organização de formaturas (8230-0/01)
7.2.16.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
176
7.1.16 BANHEIRO QUÍMICO
7.1.16.1 Descrição
Empresas e/ou cooperativas que prestam serviço de locação de banheiros
químicos para festas e eventos.
7.1.16.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 77 – Aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos intangíveis nãofinanceiros
Grupo: 773 – Aluguel de máquinas e equipamentos sem operador
Classe: 7739-0 – Aluguel de máquinas e equipamentos não especificados
anteriormente
Subclasse: 7739-0/03 – Aluguel de palcos, coberturas e outras estruturas de
uso temporário, exceto andaimes
7.1.16.3 Principais produtos e serviços
1) Locação de sanitários portáteis (7739-0/03)
2) Aluguel de sanitários químicos (7739-0/03)
7.1.16.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas como oportunidades vinculadas à iniciativa privada:
1) Criação e/ou ampliação da oferta de produtos e serviços das empresas
de banheiro químico.
7.1.16.4.1 Justificativa
Dados obtidos no presente Estudo apontam para um baixo número de
empresas de banheiro químico no DF, somado à ausência de banheiros públicos
em diversos locais da cidade, sendo muitos deles turísticos (Relatório Setorial, p.
122). Essa constatação aponta para oportunidades nessa subcategoria, de modo
a ampliar a oferta existente de fornecimento de banheiros químicos e serviços
vinculados, principalmente quando são realizados eventos na cidade utilizando
espaços que sofrem a falta de estrutura (banheiros públicos inexistentes, em
pequeno número e/ou em situação precária).
A provisão de banheiros químicos foi identificada em diversas pesquisas que
integram esse estudo, como item de grande demanda pela categoria de
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
177
eventos, e de lazer e entretenimento, com baixas opções de empreendimentos
na cidade (Relatório Setorial, pg.221, pg.222, pg.270, 286, 290, C227 a C231;
C241).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
178
7.1.17 CLIMATIZAÇÃO
7.1.17.1
Descrição
Empresas, cooperativas ou profissionais autonômos que prestam serviço de
locação de equipamentos de climatização (ar condicionado) para festas e
eventos.
7.1.17.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: D – Eletricidade e gás
Divisão: 35 – Eletricidade, gás e outras utilidades
Grupo: 353 – Produção e distribuição de vapor, água quente e ar condicionado
Classe: 3530-1 – Produção e distribuição de vapor, água quente e ar
condicionado
Subclasse: 3530-1/00 – Produção e distribuição de vapor, água quente e ar
condicionado
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 77 – Aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos intangíveis nãofinanceiros
Grupo: 772 – Aluguel de objetos pessoais e domésticos
Classe: 7729-2 – Aluguel de objetos pessoais e domésticos não especificados
anteriormente
Subclasse: 7729-2/02 – Aluguel de móveis, utensílios e aparelhos de uso
doméstico e pessoal; instrumentos musicais
7.1.17.3 Principais produtos e serviços
1) Produção de água gelada para fins de resfriamento (3530-1/00)
2) Produção de ar condicionado para efeitos de climatização de ambientes
(3530-1/00)
3) Serviço de suprimento de ar condicionado (3530-1/00)
4) Produção, captação e distribuição de vapor e água quente para
calefação, energia e outros usos (3530-1/00)
5) Aluguel de aparelhos eletrodomésticos (7729-2/02)
6) Aluguel de ar condicionado (7729-2/02)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
179
7.1.17.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
180
7.1.18 PASTAS E BRINDES
7.1.18.1 Descrição
Produção e comercialização de pastas e brindes para distribuição em eventos diversos.
7.1.18.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: C – Indústrias de transformação
Divisão: 18 – Impressão e reprodução de gravações
Grupo: 181 – Atividade de impressão
Classe: 1813-0 – Impressão de materiais para outros usos
7.1.18.3 Principais produtos e serviços
1) Serigrafia em brindes (1813-0)
2) Impressão sob encomenda de cardápios, diplomas, convites e
semelhantes
3) Impressão sob encomenda de cartazes de propaganda (1813-0)
4) Impressão sob encomenda de cartões de felicitações, cartões de visita,
catálogos de arte, kits promocionais, encartes e outros impressos para
fins promocionais (1813-0)
5) Impressão sob encomenda em couro (1813-0)
6) Impressão sob encomenda gráfica, cardápios, diplomas, convites e
semelhantes (1813-0)
7) Impressão sob encomenda gráfica de materiais para escritório e outros
materiais diversos (plástico, tecido, couro, etc) (1813-0)
7.1.18.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
181
7.1.19 INFLÁVEIS E BALÕES PROMOCIONAIS
7.1.19.1
Descrição
As atividades de empresas, cooperativas, profissionais autonômos para a produção e
ou comercialização e distribuição de infláveis e balões promocionais para festas e
eventos.
7.1.19.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 73 – Publicidade e pesquisa de mercado
Grupo: 731 – Publicidade
Classe: 7319-0 – Atividades de publicidade não especificadas anteriormente
Subclasse: 7319-0/99 – Outras atividades de publicidade não especificadas
anteriormente
7.1.19.3 Principais produtos e serviços
1) Serviços de propaganda volante (7319-0/99)
2) Serviços de publicidade aérea (7319-0/99)
3) Veiculação de publicidade e propaganda em balões e bonecos infláveis
(7319-0/99)
7.1.19.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
182
7.1.20 UTI MÓVEL
7.1.20.1
Descrição
As atividades de unidades móveis terrestres (ambulâncias) e aéreas com
equipamentos análogos aos usados nas unidades de terapia intensiva e com a
presença de médicos preparados para realizarem, em suas instalações,
atendimento a urgências, inclusive para realizarem pequenas intervenções
cirúrgicas.
7.1.20.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: Q – Saúde humana e serviços sociais
Divisão: 86 – Atividades de atenção à saúde humana
Grupo: 862 – Serviços móveis de atendimento a urgências e de remoção de
pacientes
Classe: 8621-6 – Serviços móveis de atendimento a urgências
Subclasse: 8621-6/01 – UTI MÓVEL
7.1.20.3 Principais produtos e serviços
1)
2)
3)
4)
Ambulâncias com UTI (8621-6/01)
Serviços de unidades móveis aéreas com UTI (8621-6/01)
Serviços de unidades móveis terrestres com UTI (8621-6/01)
UTI móvel (8621-6/01)
7.1.20.4 Oportunidades identificadas
Embora os estudos tenham apontado o potencial de crescimento da categoria
de eventos em geral, os dados coletados não foram suficientes para identificar
oportunidades específicas para esta subcategoria.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
183
7.2 Público-alvo
Empresários e funcionários de diversas áreas do setor privado, servidores
públicos, individuos que atuam no terceiro setor, população local, visitantes ou
turistas.
7.3 Principais fornecedores e concorrentes
1)
Fabricação de estruturas metálicas (pesquisar atividades correlatas (25110/00)
2) Fabricação de construções pré-fabricadas de metal; (2511-0/00)
3) Fabricação de elementos modulares (módulos) de metal para
exposições (2511-0/00)
4) Fabricação de estrutura metálica para passarelas (2511-0/00)
5) Montagem de estruturas metálicas, quando realizada pela unidade
fabricante (2511-0/00)
6) Locação/aluguel de Caminhonetes de passeio sem motorista (77110/00)
7) Locação/aluguel/leasing operacional de automóveis sem condutor
(7711-0/00)
8) Locação/aluguel/leasing operacional de automóveis sem motorista
(7711-0/00)
9) Locação/aluguel de autos de passeio sem motorista (7711-0/00)
10) Serviços de carga e descarga com locação de mão-de-obra e
equipamento de movimentação ao contratante (5212-5/00)
11) Criação e montagem de estandes para feiras e exposições (7319-0/01)
7.4
Legislação relativa
Portaria Interministerial n.º 33, de 03 de Março de 2005
Portaria que ressalta que os lucros financeiros obtidos por empresas que
trabalham com parques temáticos, prestação de serviços de hotelaria ou
organização de feiras e eventos ficam sujeitos ao regime de incidência
cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Disposições aplicadas somente
para pessoas jurídicas previamente cadastradas no Ministério do Turismo.
Instrução Normativa SNT, nº1, de 15 de Janeiro de 1997
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
184
A Instrução Normativa disciplina a celebração de convênios de natureza
financeira que tenham por objeto a execução de projetos ou realização de
eventos e dá outras providências.
Portaria nº73, de 30 de Setembro de 2010
Altera o artigo 17, da Portaria nº 153, de 06 de outubro de 2009, que institui
regras e critérios para a formalização de apoio a eventos do turismo e de
incremento do fluxo turístico local, regional, estadual ou nacional. A partir desta
Portaria poderão ser apresentados projetos para as categorias de eventos com
foco na locação de bens e contratação de serviços (locações de estruturas –
som, iluminação, entre outros –, serviço de seguranças, contratação de
recepcionistas, pagamento de cachês artísticos, entre outros).
Portaria nº 06, de 14 de Janeiro de 2010
Dispõe sobre a transferência voluntária de recursos do Ministério do Turismo
para apoio a realização de Eventos Geradores de Fluxo Turístico, no Período
Eleitoral.
Portaria nº 153, de 06 de Outubro de 2009, republicada em 18 de janeiro
de 2010
Revoga a portaria 171/2008 e institui regras e critérios para a formalização de
apoio a eventos do turismo e de incremento do fluxo turístico local, regional,
estadual ou nacional.
7.5
Fontes de pesquisa
MTUR, 2008. Turismo de Negócios e Eventos: orientações básicas. Ministério
do Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, Departamento de
Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Coordenação Geral de
Segmentação. – Brasília: Ministério do Turismo, 2008.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
185
8. Outros serviços
A base conceitual do Ministério do Turismo insere na categoria de outros
serviços relacionados ao Turismo os equipamentos utilizados pelo visitante para
serviços diversos, como informações no local de destino, entidades e
associações representativas do setor, guias de turismo cadastrados no órgão
oficial de turismo, condutores de visitantes, piloteiros entre outros serviços,
equipamentos e estabelecimentos não-contemplados nas categorias anteriores
e que sejam, diretamente, utilizados para fins turísticos.
A categoria outros serviços e equipamentos relacionados ao setor do turismo
teve como foco as empresas do terceiro setor e prestadores de serviços
autônomos com função importante na movimentação da economia do setor
(Quadro 10)
Quadro 10 – Subcategorias de Outros Serviços
PROPOSTA CET/UNB
Centros de Informações Turísticas
Guias de Turismo Locais
Entidades, associações e prestadores de serviços relacionados ao
turismo
Empresas de consultoria, assessoria e planejamento do turismo
Empresas e instituições de ensino e capacitação
CET-UnB, 2010.
Nesse contexto, foram incorporadas atividades que envolvem também os
empreendedores individuais.
8.1 Descrição das subcategorias, seus produtos e
serviços, e oportunidades identificadas
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
186
8.1.1
8.1.1.1
Centros de Informações Turísticas
Descrição
Referente aos Centros de Atendimentos Turístico (CAT), ou Centros de
Informações Turísticas (CITs), geralmente mantidos por órgãos oficiais de
turismo, ou até mesmo por associações e particulares, com o objetivo de prestar
informações ao turista, proporcionando-lhe melhor estada. Serve aos turistas a
partir de dados e especificações compilados e sistematizados com o objetivo de
orientar e informar sobre atrativos, serviços e equipamentos turísticos de
determinado local.
8.1.1.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 79 – Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas
Grupo: 799 – Serviços de reservas e outros serviços de turismo não
especificados anteriormente
Classe: 7990-2 – Serviços de reservas e outros serviços de turismo não
especificados anteriormente
Subclasse: 7990-2/00 – Serviços de reservas e outros serviços de turismo
não especificados anteriormente
8.1.1.3 Principais produtos e serviços
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Agência de venda de ingressos para teatros, cinemas e outras
atividades artísticas (7990-2/00)
Atividades de assistência a turistas, inclusive de órgãos municipais,
estaduais e federais (7990-2/00)
Serviços de assistência a turistas e viajantes (7990-2/00)
Serviços de informações turísticas (7990-2/00)
Serviços de reserva e venda de ingressos para recreação e lazer (79902/00)
Serviços de informação e assistência ao turismo (7990-2/00)
8.1.1.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao terceiro setor em parceria
com o poder público, e possível parceria com a iniciativa privada:
1) Sistematização de informações turísticas;
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
187
2) Instalação/melhorias de CAT´s em locais estratégicos (Rodoviária do
plano Piloto, Rodiferroviária, Esplanada/Praça dos Três Poderes,
Aeroporto);
3) Capacitação de recursos humanos – atendimento e formação bilíngüe;
4) Elaboração/produção de folders e mapas.
8.1.1.4.1 Justificativa
A sistematização das informações turísticas e referentes a equipamentos
disponíveis na cidade é uma questão recorrente na falas dos agentes envolvidos
na cadeia produtiva do turismo.
Os Centros de Atendimento ao Turista agregam a função de sistematização e
divulgação das informações e representam várias oportunidades quanto ao
processo de sistematização das informações em si – roteiros, atrativos, formas
de deslocamento na cidade, roteiros alternativos.
Segundo informações da Análise Setorial a abertura de novos CATs está em
processo de negociação no sentido de promover descentralização da gestão
destes equipamentos (p. 69) e a indicação de que a localização seja em locais
estratégicos é apontada nas pesquisas qualitativas. Para tanto, surge as
oportunidades referentes a instalação em locais estratégicos e a preparação de
recursos humanos por meio da SETUR-DF (p. 69/70).
A divulgação das informações sistematizada traduz oportunidades para
elaboração de folders e mapas indicando a parceria necessária entre o terceiro
setor, o poder público e a iniciativa privada, com oferta de demanda de serviços
para gráficas, empresas de designer e universidade (geógrafos-cartógrafos).
(Pesquisa qualitativa com os guias turísticos, Análise Setorial, 9. 240).
Além da falta de Centros de Atendimento e de folheteria, diversas falas das
pesquisas qualitativas abordam a falta de capacitação e domínio de línguas
estrangeiras por parte de atendentes em postos de informações turísticas,
recomendando também que os profissionais nesses centros tenham amplo
conhecimento sobre o DF e articulação com o trade em geral. (Análise Setorial,
p. 241). Esta oportunidade para formação/capacitação é fortemente vinculata ao
Sistema S, o Mtur e as IES (Análise setorial, p. 242).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
188
8.1.2 Guias de Turismo Local
8.1.2.1 Descrição
São profissionais que acompanham turistas em excursões locais, nacionais ou
internacionais, prestando assistência e fornecendo informações sobre os lugares
a serem visitados.
8.1.2.2 Classificação da Atividade Econômica (CNAE)
Seção: N – Atividades administrativas e serviços complementares
Divisão: 79 – Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas
Grupo: 791 – Agências de viagens e operadores turísticos
Classe: 7912-1 – Operadores turísticos
Subclasse: 7912-1/00 – Operadores turísticos
8.1.2.3 Principais Produtos e Serviços
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
Serviços de guia turístico (7912-1/00)
Serviços de intermediação de viagem (7912-1/00)
Serviços de operação de turismo (7912-1/00)
Serviços de organização de excursões (7912-1/00)
Serviços de organização de programas de viagem (7912-1/00)
Serviços de organização de programas turísticos (7912-1/00)
Serviços de organização de roteiros de turismo (7912-1/00)
Serviços de organizadores de viagem (7912-1/00)
Serviços de programas turísticos (7912-1/00)
8.1.2.4 Oportunidades Identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao terceiro setor
possibilidade de parceria com o poder público e a iniciativa privada:
com
1) Formação e especialização de guias turísticos – especialização histórica e
formação bilíngüe;
2) Atuação de guias mais experientes no estímulo e preparação de guias
mais jovens;
3) Proposta e realização de roteiro histórico com base em
experiências/vivências da população candanga;
4) Disponibilização dos serviços dos guias nos CATs;
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
189
5) Workshop com os guias para conhecimento das estrututras e
funcionamento dos equipamentos disponíveis (hotelaria, gastronomia,
entre outros). 247
6) Estruturas físicas para qualificação dos guias e demais profissionais do
trade.
8.1.2.4.1 Justificativa
As principais oportunidades referentes a esta categoria estão relacionadas à
formação e otimização do trabalho destes profissionais. Tais oportunidades se
justificam na fala dos agentes que se relacionam com a cadeia produtiva do
turismo e apontam para importância de maior qualificação e articulação com o
trade (Análise setorial, p. 251).
A oportunidade para formação/capacitação indicada envolve a especialização
em línguas estrangeiras e a adequação de informações referentes à história do
destino em questão que são passadas aos turistas por meio dos guias de
turísticos. Há, portanto, a perspectiva de envolvimento de empresas do Sistema
S, IES e do poder público (Análise Setorial, p. 242).
Na fala dos guias (Pesquisa qualitativa, Análise Setorial, p. 248) a
qualificação/formação deve orientar o planejamento para o setor, tendo em
vista que estes profissionais podem ser fonte de informações quali-quantitativas
para a elaboração de estratégias setoriais, traduzindo as reais condições do
setor no DF. Assim, as oportunidades para os guias de turismo mais experientes,
profissão inserida na lista de empreendedores individuais do SEBRAE, repassar e
estimular os jovesn em processo de formação.
Este estímulo deve promover articulação com o trade em geral servindo como
catalizadores e parceiros para uma comercialização mais eficiente dos serviços
turísticos em geral (Análise Setorial, p. 246/247). Já a divulgação do trabalho do
próprio guia pode ser feita por meio de parceria com os CATs dando maior
autonomia ao turista (Pesquisa qualitativa com os guias turísticos, Análise
Setorial, p. 246)
A realização de um roteiro histórico que se aproxime da vivência de atores
importantes na construção da cidade traduz oportunidade de alternativas aos
roteiros existentes, sendo mais um produto a ser comercializados pelas agências
e trabalhados pelos guias turísticos, aproveitando os jovens e experientes
profissionais que atuam como guias e seus conhecimentos cotidianos.
Para tanto é importante estimular uma cultura de hospitalidade o que, segundo
os próprios guias, deve se estender, inclusive, aos policiais, no sentido de
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
190
proporcionar melhor atendimento à população e aos turistas (Pesquisa
qualitativa com os guias turísticos, Análise Setorial, p. 243).
A realização de workshops para conhecimento do que o setor turismo pode
ofertar aos turistas, a exemplo de hospedagem e equipamentos de
gastronomia, requer, mais uma vez, a estruturação de espaços físicos que
comportem e viabilizem essa atividade representando oportunidades dem
parceria entre o terceiro setor, poder público e a inciativa privada (análise
Setorial, p. 240).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
191
8.1.3 Entidades, associações e prestadores de serviços
relacionados ao turismo
8.1.3.1 Descrição
Trata-se de entidades públicas ou privadas que prestam serviços de interesse
para a atividade turística local, tais como Convention Bureau, associações de
classe e outras, além de prestadores de serviços autônomos, como guias de
turismo etc.
8.1.3.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: S – Outras atividades de serviços
Divisão: 94 – Atividades de organizações associativas
Grupo: 941 – Atividades de organizações associativas patronais, empresariais e
profissionais
Classe: 9412-0 – Atividades de organizações associativas profissionais
Subclasse: 9412-0/00 – Atividades de organizações associativas
profissionais
8.1.3.3 Principais produtos e serviços
Envolvem as atividades das organizações e associações constituídas em relação
a uma profissão, área técnica ou área de saber e prática profissional, tais como:
1) Entidade de associação profissional (9412-0/00) – agências de viagem,
indústria de hotéis, albergues, bares, restaurantes e similares, entre
outros.
2) Instituição de representação profissional (9412-0/00) – guias de turismo,
bacharéis em turismo, entre outros.
3) Estabelecimento e fiscalização do cumprimento de normas profissionais
(9412-0/00)
4) Representação perante órgãos da administração pública (9412-0/00)
5) Atividades de organizações e associações constituídas por membros da
comunidade científica (9412-0/00)
8.1.3.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à terceiro setor quanto a:
1) Fortalecimento da entidade de classe – sindicato – para melhor
integração com o trade;
2) Articulação do trade turístico;
3) Fortalecimento do Sistema S.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
192
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao terceiro setor em parceria
com o poder público:
1) Descentralização da promoção e divulgação do destino atualmente sob
responsabilidade do GDF.
8.1.3.4.1 Justificativa
A oportunidade referente ao fortalecimento das entidades de classe para
melhor integração do trade, embora não traduza diretamente oportunidade de
investimento concreta, viabiliza a organização para reivindicações de melhorias
da estrutura e equipamentos que servem, direta ou indiretamente, a ampliação
do setor turismo. A importância dessa integração entre os diversos agentes é
apontada na fala dos guias turísticos coletada por meio das pesquisas
qualitativas (Análise Setorial, p. 247).
Entre as entidades e prestadoras de serviços relacionados ao turismo, as
empresas do Sistema S ganham destaque potencializando a formação
direcionada ao setor representando oportunidade de inovação com cursos de
formações específicos para atender a demanda apresentada nas categorias
pesquisadas.
A descentralização da promoção e divulgação, atualmente de responsabilidade
do GDF, para o terceiro setor e, em alguns casosa inicitaiva privada, como meio
de ampliar as possibilidades de exploração das potencialidades e informações
existentes no DF, utilizando mais uma vez a vivência, experiências e ideias para
inovação na venda do destino por agentes diversos relacionados a cadeia
produtiva do turismo.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
193
8.1.4 Empresas
de
consultoria,
planejamento do turismo
assessoria,
e
8.1.4.1 Descrição
Profissionais autônomos, empresas públicas ou privadas que prestam serviços
de consultoria, assessoria e planejamento de interesse para outras empresas/
entidades/órgãos que compõem a atividade turística local.
8.1.4.2 Classificação com atividade econômica (CNAE)
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 70 – Atividades de sedes de empresas e de consultoria em gestão
empresarial
Grupo: 702 – Atividades de consultoria em gestão empresarial
Classe: 7020-4 – Atividades de consultoria em gestão empresarial
Subclasse: 7020-4/00 – Atividades de consultoria em gestão empresarial,
exceto consultoria técnica específica
Seção: P – Educação
Divisão: 85 – Educação
Grupo: 855 – Atividades de apoio à educação
Classe: 8550-3 – Atividades de apoio à educação
Subclasse: 8550-3/02 – Atividades de apoio à educação, exceto caixas
escolares
Seção: M – Atividades profissionais, científicas e técnicas
Divisão: 74 – Outras atividades profissionais, científicas e técnicas
Grupo: 749 – Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas
anteriormente
Classe: 7490-1 – Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas
anteriormente
Subclasse: 7490-1/99 – Outras atividades profissionais, científicas e técnicas
não especificadas anteriormente
8.1.4.3 Principais Produtos e Serviços
1)
2)
3)
Consultoria em tecnologia da informação (6204-0/00)
Informação geográfica e estatística – federal estadua, municipal (84116/00)
Assessoria à gestão hospitalar (7020-4/00)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
194
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)
14)
15)
16)
17)
18)
19)
20)
21)
22)
Assessoria às empresas de turismo em questões de gestão (7020-4/00)
Atividade de assessoria em gestão empresarial (7020-4/00)
Assessoria, orientação e assistência prestada às empresas em matéria
de planejamento, organização, reengenharia, controle e gestão (70204/00)
Serviços de orientação, assistência, assessoria (7020-4/00)
Atividade de lobista (7020-4/00)
Consultoria em logística de localização (7020-4/00)
Agências promotoras de intercâmbio de estudantes (8550-3/02)
Atividades de apoio à educação (8550-3/02)
Gestão, assessoria, consultoria, orientação e assistência em educação
(8550-3/02)
Fundações de apoio a pesquisas ligadas a universidades exceto na
área de saúde (8550-3/02)
Agências promotoras de integração empresa-escola (8550-3/02)
Serviços de intercâmbio cultural (8550-3/02)
Agências promotoras de intercâmbio de estudantes (8550-3/02)
Assessoria e consultoria em culinária (7490-1/99)
Assessoria e consultoria em projetos culturais (7490-1/99)
Serviços de consultoria em questões de sustentabilidade do meio
ambiente (7490-1/99)
Serviços de consultoria, assessoria em projetos de meio ambiente
(7490-1/99)
Avaliação de riscos para classificação de empresas (7490-1/99)
Serviços de sommelier, degustação de vinhos (7490-1/99)
8.1.4.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas à iniciativa privada quanto a:
1) Formação/ampliação de empresas de consultoria especializadas;
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público com
possibilidade de parceria com a iniciativa privada e o terceiro setor quanto a:
1) Elaboração de plano setorial específico;
2) Elaboração de pesquisas específicas para cada categoria do setor;
8.1.4.4.1 Justificativa
A ampliação de empresas de consultoria foi identificada a partir da alta
demanda quanto a qualificação e a promoção de pesquisas que retroalimentem
órgãos públicos e privados em relação a dinâmica do setor, suas possibilidades
e limitações, bem como a construção de metodologias que auxiliem no
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
195
processo de superação das dificuldades existentes e/ou melhor aproveitamento
das oportunidades que surjam (Análise Setorial, p. 237)
Este processo, no entanto, segundo informações da pesquisa qualitativa com os
agentes que se relacionam com a cadeia produtiva do turismo, não deve estar
desvinculado de um planejamento efetivo voltado ao setor como um todo no
DF (Análise Setorial, p. 250). Como oportunidade, principalmente, para a
atuação do poder público, mas com intervenção do terceiro setor e
representantes de empresas privadas, o planejamento setorial é indicado como
necessário para efetiva ampliação das atividades turísticas no DF de forma
sustentável e mais otimizada (Análise Setorial, p. 250).
A elaboração de pesquisas com maior detalhamento focadas em cada uma das
categorias indicadas nesta pesquisa (gastronomia, hospedagem, eventos, lazer e
entretenimento, transportes, agenciamento e outros serviços) indica também
oportunidades de atuação para empresas de consultoria e assessoria, podendo
orientar, ainda, o processo de construção do planejamento para o setor.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
196
8.1.5 Empresas e instituições de ensino e capacitação
8.1.5.1 Descrição
Conjunto de instituições educacionais de um município, responsáveis pelo nível
de instrução e formação profissional da população residente e pela qualidade
da mão-de-obra disponível para a prestação dos serviços turísticos.
8.1.5.2 Classificação como atividade econômica (CNAE)
Seção: P – Educação
Divisão: 85 – Educação
Grupo: 853 – Educação superior
Classe: 8531-7 – Educação superior - graduação
Subclasse: 8531-7/00 – Educação superior - graduação
Seção: P – Educação
Divisão: 85 – Educação
Grupo: 853 – Educação superior
Classe: 8532-5 – Educação superior - graduação e pós-graduação
Subclasse: 8532-5/00 – Educação superior - graduação e pós-graduação
Seção: P – Educação
Divisão: 85 – Educação
Grupo: 853 – Educação superior
Classe: 8533-3 – Educação superior - pós-graduação e extensão
Subclasse: 8533-3/00 – Educação superior - pós-graduação e extensão
8.1.5.3 Principais Produtos e Serviços
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
Educação superior - graduação (8531-7/00)
Ensino superior militar (8532-5/00)
Curso de doutorado (8532-5/00)
Educação superior - graduação e pós-graduação (8532-5/00)
Curso de mestrado (8532-5/00)
Curso de pós-doutorado (8533-3/00)
Curso de pós-graduação (8533-3/00)
Curso MBA (8533-3/00)
Educação superior - extensão (8533-3/00)
Educação superior – pós-graduação e extensão (8533-3/00)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
197
8.1.5.4 Oportunidades identificadas
Foram identificadas oportunidades vinculadas ao poder público em parceria
com o terceiro setor, e a possibilidade de ação conjunta com a iniciativa
privada quanto a:
1) Atuação das IES de forma integrada com o trade e a realidade social por
meio dos cursos de graduação em turismo;
2) Expansão do Sistema S;
3) Construção de infraestrutura para capacitação de profissionais.
8.1.5.4.1 Justificativa
Conforme indicado na Análise Macroambiental, a existência de cursos de
garduação em turismo, com atenção voltada ao início da graduação em turismo
da Universidade de Brasília, alocado no Centro de Excelência em Turismo,
indicam oportunidade de atuação voltada à formação acadêmica de uma
ciência que se consolida cada vez mais enquanto área de pesquisa, sendo o
poder público o principal empreendedor desta iniciativa.
O Sistema S novamente surge com oportunidade de expansão diante da
demanda de qualificação indicada ao longo de toda a Análise Setorial. Para
tanto, é necessário a construção de espaços e infraestruturas que comportem
essas atividades de forma descentralizada e atingindo o maior número de
profissionais possível.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
198
8.2 Público-alvo
População em geral, visitantes e turistas, pessoas vinculadas às Embaixadas e
profissionais de Organismos Internacionais.
8.3 Principais fornecedores e concorrentes
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)
14)
15)
16)
17)
18)
Serviços de hospedagem de dados na internet (6311-9/00)
Manutenção, reparo e conserto de impressoras (9511-8/00)
Reparação e manutenção de aparelhos telefônicos e fax (9512-6/00)
Reparação e manutenção de computadores e equipamentos periféricos
(9511-8/00)
Uso compartilhado de instalações informática (6311-9/00)
Serviços de distribuição on line de conteúdo (6319-4/00)
Serviços de processamento de dados (6311-9/00)
Provedores de acesso às redes de comunicações (6190-6/02)
Serviços de certificação digital (6319-4/00)
Provedores de voz sobre protocolo internet – VOIP (6190-6/02)
Serviços de compartilhamento de computadores (6311-9/00)
Serviços de hospedagem na internet (6311-9/00)
Serviços de arquivamento de documentos (8211-3/00)
Serviços de escaneamento para entrada de dados (6311-9/00)
Serviços de assistência técnica em equipamentos de informática (95118/00)
Serviços de digitação de faturas, documentos, carnês (8219-9/99)
Manutenção e reparo de aparelhos de informática (9511-8/00)
Serviços de preparo de folhas de pagamento (8211-3/00)
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
199
8.4 Legislação relativa
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, de 08 de junho de 2008.
Agrupa as disciplinas conforme suas características científicas e tecnológicas em
12 eixos que somam, ao todo, 185, possibilidades de oferta de cursos.
Cumprindo a função de apresentar denominações que deverão ser adotadas
nacionalmente para cada perfil de formação, com foco em dois cursos devido à
atenção voltada à capacitação relacionada ao setor: Técnico em Agenciamento
de Viagem e Técnico em Guia de Turismo.
Deliberação Normativa n° 427, de 04 de outubro de 2001.
A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) adota critérios para a
regulamentação do plano de curso das instituições de formação técnica e
profissional para Guias de Turismo. Instituições que buscam a apreciação do
Instituto devem, primeiramente, ter o plano devidamente aprovado no órgão de
ensino e comprovar o cumprimento de todas as exigências quanto a
instalações, equipamentos e pessoal qualificado.
Deliberação Normativa n.º 426, de 04 de outubro de 2001
A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) legitima ações previstas para a
produção ou renovação do crachá de Guia de Turismo, como a obtenção da
ficha para cadastramento e a confirmação do pagamento do preço dos serviços.
Independentemente da classe escolhida em território nacional, o Guia deve
apresentar o certificado de conclusão de curso em instituição administrada pelo
Ministério da Educação (MEC) e apreciada pela Embratur. O crachá de Guia de
Turismo tem validade de dois anos.Decreto n.º 4.406, de 03 de Outubro de 2002
Deliberação Normativa n.º 326/94, de 13 de janeiro de 1994
Recomendação da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) aos Órgãos Oficiais
de Turismo que estabeleçam normas próprias para cadastro e fiscalização de
prestadores do serviço. O documento dá garantias aos profissionais sem
formação superior, mas que trabalham com o segmento por conhecerem o
produto que apresentam devido ao tempo de vivência. Principalmente aos que
conduzam o turista em passeios realizados no interior de determinado atrativo,
como a selva amazônica, dunas, passeios náuticos e empreendimentos de valor
histórico.
Lei nº 8.623/93, de 28 de Janeiro de 1993
A Lei valida o exercício da profissão de Guia de Turismo. Dentre os artigos, o
documento ressalta que o profissional deve ser devidamente cadastrado no
Instituto Brasileiro de Turismo e exercer as atividades de acompanhar, orientar e
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
200
transmitir informações em excursões nacionais e internacionais. Além disso,
garante a entrada gratuita do profissional em estabelecimentos de patrimônio
nacional com a utilização do crachá de Guia de Turismo.
Decreto n.º 946/93, de 10 de Janeiro de 1993
O Decreto regulamenta a Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993, e ressalta
outros pontos. Um deles é a responsabilidade do guia de agendar previamente
a visita com os organizadores dos locais escolhidos para as excursões. Além
disso, classifica o profissional como Guia Regional, de Excursão Nacional e
Internacional, e Especializado em Atrativo Turístico. O decreto descreve as
características que o interessado deve possuir para ser um Guia de Turismo, e
destaca o que é considerado infração disciplinar.
Deliberação Normativa n° 431/2002, de 12 de Agosto de 2002
Considerando a necessidade de se estabelecer padrões de conduta ética, pelos
quais os profissionais responderão perante seus usuários e a categoria,
instituiu-se o Sistema de Cadastramento dos Bacharéis em Turismo junto a
EMBRATUR, visando quantificar e qualificar o universo profissional.
Lei 11.771, de 17 de setembro de 2008
A Lei estabelece normas sobre a Política Nacional de Turismo, define as
atribuições do Governo Federal no planejamento, no desenvolvimento e no
estímulo ao setor turístico e disciplina a prestação de serviços turísticos, o
cadastro, a classificação e a fiscalização dos prestadores de serviços turísticos.
Normas Técnicas ABNT/MTur
O Ministério do Turismo, em parceria com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, disponibiliza para visualização e impressão as normas
brasileiras publicadas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54).
8.5 Fontes de pesquisa
BENI, 2003. Análise Estrutural do Turismo. 8ª Ed. Atual. São Paulo: editora
SENAC São Paulo, 2003.
CNAE (HTTP://www.cnae.ibge.gov.br)
MINISTÉRIO DO TURISMO (HTTP://www.turismo.gov.br)
PESQUISAS REALIZADAS PELO CET-UNB EM 2008, 2009 e 2010.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
201
Considerações Finais
A análise das categorias que compõem o setor do turismo e das oportunidades
identificadas para investimentos de negócios consideram, como já dito, o
cenário atual da formação sócio-territorial do DF quando da realização dessa
pesquisa, e as perspectivas futuras com a realização de grandes eventos na
capital federal, a exemplo da Copa do Mundo em 2014 e a as Olimpíadas em
2016.
A proposta de elaboração de fichas técnicas de todas as categorias trabalhadas
na Análise Setorial – lazer e entretenimento, agenciamento, meios de
hospedagem, gastronomia, transportes, eventos e outros serviços – considerou
também as informações relevantes obtidas com relação à categoria de atrativos
turísticos, que não representa negócios em si, mas que é capaz de incentivar o
desenvolvimento das outras categorias do setor em torno de seu uso no DF.
Os atrativos turísticos foram, assim, considerados fundamentais para esta
análise uma vez que são a matéria-prima do turismo, sem a qual nenhuma
região poderia empreender o desenvolvimento turístico (Boullón, 2002),
viabilizando maiores fontes de renda e potencialidades de expansão para o
setor.
Nesse contexto, alguns elementos externos, entre oportunidades e ameaças,
extraídas da Análise Macroambiental e das Políticas Públicas diretamente
relacionadas ao Turismo, na Análise Setorial, indicam oportunidades de
expansão para o setor de turismo no DF. Ainda que não se tratem de
oportunidades de investimentos concretos, no sentido de apontar negócios
específicos, é importantante considerar as possibilidades que indicam para o
setor.
Nesse sentido, apontam-se diversas oportunidades que remetem à função do
Estado, do poder público, na manutenção e garantia de continuidade de um
cenário promissor para investidores do setor privado, considerando também
oportunidades ao terceiro setor, que consequentemente poderão beneficiar
toda a economia do turismo no DF, sejam as grandes, médias, pequenas e
micro empresas, os prestadores de serviços autônomos ou os empreendedores
individuais.
Assim, as oportunidades de acesso a programas e projetos federais e distritais
foram identificadas como boas fontes de incentivo para a expansão do turismo
no DF em todas as categorias pesquisadas (lazer e entretenimento,
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
202
agenciamento, gastronomia, transporte, meios de hospedagem, eventos, outros
serviços).
O Macroprograma de Qualificação dos Equipamentos e Serviços Turísticos do
MTur, por exemplo, oferece possibilidade de melhoria contínua dos produtos e
serviços turísticos, podendo ser melhor explorado pelo governo do GDF,
terceiro setor e pelo setor privado para incremento das possibilidades de
investimento.
O Macroprograma de Fomento à Iniciativa Privada, apontado na Análise
Setorial, viabiliza incentivo ainda maior para o aumento das opções de lazer e
entretenimento, realização e divulgação de eventos, estabelecimentos
gastronômicos, e equipamentos de hospedagem na capital federal, por meio do
incentivo ao turismo em todo o país através da criação de linhas de
financiamento, crédito e outros benefícios para a criação de novos
empreendimentos ou inovação dos serviços existentes.
Outro programa federal importante é o Programa de Apoio à Infraestrutura
Turística do Ministério do Turismo, que indica a possibilidade de benefícios para
maior exploração turística de diversos atrativos, no que cabe ressaltar o Lago
Paranoá, que, segundo esse Estudo, tem possibilidades de melhor
aproveitamento para o turismo desde que receba maior estruturação (marinas,
decks, entre outros equipamentos que se façam necessários).
Como estrutura de apoio, o desenvolvimento de centros de informações
turísticas e quiosques multimídia também foram analisados como potenciais
promotores de maior acesso aos empreendimentos do setor turismo existentes
no DF por parte dos turistas, ampliando futuramente novas oportunidades.
Em âmbito distrital, algumas secretarias cumprem papel importante para o
fortalecimento de sua interface com o turismo no DF. No que tange às categoria
de lazer e entretenimento, eventos e outros serviços, tem destaque a Secretaria
de Cultura do DF que, para o incentivo da cultura em Brasília, pode ampliar
ainda mais a oferta e a qualidade das opções de lazer e entretenimento
existentes, dinamizando o uso de cinemas, teatros e outros espaços, cuja boa
impressão já se observa entre os turistas que visitam a capital. Essa
dinamização, por sua vez, poderia gerar uma ampliação de negócios em cadeia,
beneficiando toda a cadeia produtiva do turismo.
A Secretaria de Esportes do DF adotou política de incentivo e manutenção das
práticas esportivas e de lazer e entretenimento, estando também relacionada à
promoção e manutenção de diversos estádios, ginásios e quadras esportivas em
todo o território do DF. Nesse sentido, faz-se urgente a definição do modelo de
estádio para a efetivação dos megaeventos que serão realizados no DF no
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
203
sentido de garantir as oportunidades de investimentos que construções deste
porte possam propiciar, não apenas relacionado ao setor da construção civil
mas, posteriormente, no que tange à ampliação das atividades e oportunidades
nas áreas de eventos, lazer e entretenimento, esportes, cultura e em
consequência, toda a cadeia produtiva do DF.
A possibilidade de ampliar a oferta existente para as categorias de eventos,
gastronomia, e lazer e entretenimento dá indícios para a expansão destas
atividades para as demais RAs, fora do eixo central de Brasília, principalmente
no que diz respeito a clubes para eventos culturais, que também tem grande
potencialidade no território de influência do Lago Paranoá.
Nesse contexto, a Secretaria de Obras do DF tem função importante na
manutenção de projetos voltados para a proteção dos recursos hídricos, que
aliada às pastas de meio ambiente, devem garantir a qualidade do recurso
natural, fundamental para a manutenção daa atratividade do Lago Paranoá
junto à população e aos turistas. A falta de fiscalização quanto à conservação
dos recursos naturais do DF, entre estes o Lago, poderá, a médio prazo,
prejudicar a qualidade do recurso e, conseqüentemente, os diversos
empreendimentos e negócios turísticos que dependem de seu uso.
O processo de exploração e ocupação da área do Lago Paranoá implica em
especial atenção para a realização do EIA/RIMA, instrumento utilizado por se
tratar de uma área de vulnerabilidade ambiental, sendo obrigatório ainda a
aprovação do IPHAN, tendo em vista que trata-se de um espaço que compõe a
área tombada de Brasília. O atropelo desse processo pode prejudicar a
potencialidade identificada no Lago Paranoá para a ampliação de atividades de
lazer e entretenimento e eventos.
No perímetro de influência do Lago Paranoá, assim como outros atrativos a
exemplo da torre de TV, existem monumentos, equipamentos e áreas públicas
que merecem especial atenção e revitalização por parte da Secretaria de
Turismo do DF e outras Secretarias com autonomia para desenvolver ações que
possam ampliar o uso e aproveitamento da região pela população e por
turistas, incentivando investimentos privados associados.
A alta opção de exploração dos atrativos identificados na Análise Setorial na
diversas RAs, muitos deles ainda fora do circuito turístico vendido pela agências
de viagem e turismo, deve ser planejada e direcionada por meio de planos
diretores e planos de uso, que definam e regularizem possíveis atividades e
empreendimentos em clubes, empreendimentos de lazer e entretenimento em
geral, empreendimentos de gastronomia, hospedagem, entre outros.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
204
Outro item importante que aponta para oportunidade de investimento
relacionado ao setor diz respeito à constatação de poucas iniciativas privadas
direcionadas ao lazer e entretenimento no DF diante da demanda existente, em
especial por parte de órgãos internacionais e das embaixadas. Dentre as áreas
de investimento com possibilidade de inserção da iniciativa privada.
Contudo, mecanismos de proteção à alta especulação imobiliária devem ser
pensados e estabelecidos para o território de influência do Lago Paranoá
evitando que elevem o preço da terra a ponto de inviabilizar investimentos
comerciais competitivos que tragam benefícios reais à população e fortaleçam a
cadeia produtiva do turismo regional. Item identificado como entrave
atualmente, à investimentos nas categorias de meios de hospedagem e
gastronomia em determinados pontos do DF.
Como instrumentos que garantam, em certa medida, a potencialidade que
envolve as categoriaa do turismo em geral, a existência de projetos como o Olá
Turista na capital federal poderá ampliar a qualidade do atendimento e dos
serviços prestados, possibilitando capacitação dos agentes da cadeia produtiva
para línguas estrangeiras, demanda recorrente em todas as categorias
analisadas.
Associada à qualificação necessária para os recursos humanos, o investimento
em infraestrutura básica e infraestrutura turística faz-se necessário para melhor
aproveitamento das oportunidades identificadas. A expansão do metrô e o
Programa Brasília integrada podem auxiliar no uso e na expansão da oferta de
lazer e promoção de eventos, principalmente, considerando os jovens turistas
que terão maior facilidade para se deslocar a diferentes RAs e às diversas
opções que estas apresentam ou podem vir a apresentar.
Por outro lado, a falta de segurança ao usuário de transporte público urbano do
DF pode minimizar oportunidades de expansão de empreendimentos turísticos,
uma vez que, se mantida a situação de risco, poderão não ser consideradas
como opção por visitantes para aproveitamento da oferta existentente –
atrapalhando o desenvolvimento do turismo no DF.
A possível descentralização dos equipamentos/empreendimentos de lazer e
entretenimento, eventos, meios de hospedagem, gastronomia, transporte, para
as RAs fora do eixo central de Brasília, contam com as possibilidades de acesso
às linhas de crédito existentes no BNDES para empreendimentos turísticos
incrementando novos negócios.
A Secretaria de Esportes do DF também pode auxiliar na disseminação de
empreendimentos de lazer e entretenimento fora do eixo central de Brasília por
meio da promoção e do apoio à infraestrutura e logística de eventos esportivos
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
205
e de lazer no DF. Somado a este auxílio, melhorias na urbanização e
infraestrutura básica do DF fora do eixo central de Brasília contribuirão para a
desconcentração de empreendimentos diversos.
Para tanto, faz-se essencial a elaboração de planos diretores locais que
considerem o turismo no território e a disseminação de empreendimentos que
possam ser apropriados pela população, principalmente a que reside fora do
eixo central, e também utilizados pelos turistas.
Considerando, a expansão urbana (migração) direcionada às RAs fora do eixo
central de Brasília desacompanhada da infraestrutura e urbanização necessárias,
identifica-se ameaça à descentralização de atividades turísticas e pode levar à
empreendimentos privados não-regularizados, informais, sem a estrutura
mínima e qualidade necessárias à população, e consequentemente, aos turistas.
Um indicativo comum a todas as categorias refere-se a falta de divulgação, seja
do destino Brasília, seja às atividades e equipamentos existentes na cidade para
uso turístico. Para sanar esta lacuna, no entanto, é importante haver maior
mobilização do empresariado, que pode acessar incentivos do poder público
também por meio do Fundo Constitucional de Centro-Oeste (FCO – SEDE/DF).
A captação de megaeventos sediados no DF nos próximos anos indica
importante oportunidade para estes e outros investimentos; entre eles, a
estruturação de áreas verdes destinadas ao uso de lazer e recreação no DF
como um todo. O uso de parte do Patrimônio Ambiental previsto no
PDOT/2009 viabiliza esse tipo de investimento que pode, inclusive, promover a
ampliação de parcerias entre o poder público e o setor privado.
Contudo, a falta de fiscalização desse patrimônio, assim como a falta de
segurança se não “corrigidos” podem afetar negativamente o setor e as
atividades turísticas.
Nota-se, portanto, que como um dos 65 destinos indutores priorizados pelo
PNT 2007/2010, o DF é alvo de investimentos governamentais diversos,
privilegiado pelo patrimônio tombado. Contudo, a insuficência de recursos com
destinação específica à manutenção dos espaços de lazer e entretenimento,
incentivos a captação e produção de eventos, entre outros elementos, aponta
para uma situação de alerta que pode ser transformada em oportunidade de
investimento tanto por parte do poder público, quanto da inciativa privada,
sendo a educação patrimonial um componente importante a ser considerado
como investimento a curto e médio prazo.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
206
A construção de parcerias entre o poder público e o setor privado, no caso
dessa análise, deve contemplar a potencialização cada vez maior da capacidade
competitiva do destino Brasília, para além do turismo de negócios que
movimenta a cidade. Novamente, a elaboração de um Plano Diretor direcionado
a este setor faz-se necessário para que os esforços e investimentos realizados
para estruturação, ordenamento, qualificação e diversificação das atividades
turísticas no DF sejam ampliados.
A intervenção por meio de planos locais para o desenvolvimento turístico pode
ter apoio a partir da elaboração dos Plano de Desenvolvimento Locais
referentes a cada RA que deve incentivar e ampliar suas potencialidades e coibir
as ameaças locais a esta ampliação, o que terá repercussão no destino como um
todo.
Nesse contexto, o acesso do turista às atividades e equipamentos turísticos
enfrenta ainda dificuldade em termos de deslocamento no que diz respeito a
acessibilidade de veículos turísticos, quando trata-se de excursões. O
PRODETUR, nesse contexto, é um programa que objetiva, em seu escopo,
reverter situações agraventes com relação à infraestrutura de transportes e
mesmo com a elaboração de plano diretor específico, já visualizando o
planejamento necessário para execução de obras e empreendimentos para a
realização da Copa do Mundo de 2014 no DF, cuja atuação e investimentos em
infraestruturas, produtos e serviços ainda não foi definido de forma clara.
Associado à expansão do metrô e a implementação do Programa Brasília
Integrada, a renovação da frota de ônibus traduz oportunidades de
investimento que aponta para o desenvolvimento e crescimento do setor e do
DF em geral. Estas oportunidades podem ser potencializadas a partir da
efetivação de um Plano Diretor de Transportes com participação ativa das
cooperativas relacionadas ao transporte público urbano, contemplando
melhorias para a malha viária e estimulando a diminuição do uso de transporte
individual.
Para aqueles turistas com menor disponibilidade para se deslocar, há o
indicativo, a partir das correlações identificadas na matriz swot correlacionada,
quanto a oportunidade de investimentos em estruturas e opções de lazer e
etretenimento próximos aos setores hoteleiros e equipamentos de
hospedagem. A oportunidade, neste caso, pode estar voltada ao uso de espaços
já existentes, a exemplo da concha acústica na orla sul do Lago Paranoá, mas
também à criação/construção de novos espaços, com foco na captação feita
para realização dos megaeventos que serão sediados no DF (Copa do Mundo
2014, Jogos olímpicos 2016, entre outros).
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
207
Assim, podem ser tratados aqui duas possibilidades de investimentos
específicos: a primeira delas relacionada a construção física de novos espaços –
oportunidade para construção civil em empresas de médio porte em geral. A
segunda possibilidade, refere-se a oportunidade para pequenas e médias
produtoras para organização e promoção de eventos culturais diversos, sejam
estes localizados em estruturas próximas aos equipamentos de hospedagem,
sejam descentralizados nas RAs do DF com exploração das particularidades de
cada uma dessas regiões.
Um fator que pode refletirem menor aproveitamento de algumas
oportunidades no setor turístico, apontado pelos cruzamentos das matrizes
SWOT correlacionadas e na fala de diversos entrevistados nas pesquisas
qualitativas realizadas, é a rigidez que envolve a manutenção do conjunto
urbanístico tombado, limitando determinados usos e alterações urbanísticas. A
rigidez, por sua vez, está relacionada com a própria configuração atual do
planejamento urbano do DF, que como resultado de ações dirigidas para
proteção do patrimônio, acaba traduzindo um território ora limitado, ora
“abandonado”, que apresenta como resultado um mosaico de desmandos, sem
padronização, regularização e fiscalização concreta dos usos permitidos em
todo o território do DF. Nesse configuração, o principal agente beneficiário é o
especulador de terras e entre os principais prejudicados estão à população de
média e baixa renda do DF, os empresários da cadeia produtiva do turismo e do
lazer e entretenimento e o destino Brasília, em competitividade turística.
A inatividade por parte do empresariado no sentido de aproveitar e criar
oportunidade de investimentos em um setor em ascendência como o turismo
implica na subutilização de programas e projetos como os da Secretaria de
Cultura do DF, da Secretaria de Turismo do DF, entre outros, deixando de
explorar além do mercado turístico, a própria população que apresenta, em
determinada fração, propensão à aquisição de bens e serviços culturais.
Deve-se considerar ainda, para a potencialização das oportunidades
identificadas e o setor do turismo como um todo no DF a regulamentação
recente da Lei Geral do Turismo, em 03 de dezembro de 2010. O Decreto nº
7.381, que define as atribuições das instâncias responsáveis pelo planejamento,
desenvolvimento e estímulo ao setor, bem como as regras para cadastramento,
classificação e fiscalização dos prestadores de serviços turísticos. A
regulamentação da Lei Geral do Turismo representa um marco no processo de
consolidação de crescimento do turismo no Brasil como atividade econômica
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
208
aperfeiçoando, por exemplo, mecanismos de proteção ao consumidor de
produtos e serviços turísticos.
Ressalta-se que uma maior articulação e mobilização do próprio empresariado
em torno de seus objetivos poderá surtir grandes efeitos à seus negócios, uma
vez que deles dependem a ação efetiva do estado, com auxílio ou não do
terceiro setor. Embora se tenha destacado aqui, em grande parte, ações gerais,
reforça-se que todos, setor público, privado e terceiro setor, possuem um papel
fundamental a exercer para que as oportunidades de investimento identificadas
sejam promissoras no mercado de turismo do DF.
Por fim, os principais resultados constatados por meio da execuçao deste Estudo
para Identificação de Oportunidades de Investimentos para o Turismo no DF veio
confirmar a necessidade premente de um planejamento integrado do turismo
que se quer para a capital federal, como resultado da consolidação de tantas
boas idéias existentes e identificadas nas pesquisas com agentes direta e
indiretamente relacionados com a cadeia produtiva do turismo no Distrito
Federal. Ordenamento, regulamentação, facilidades administrativas, legais,
financeiras e estruturais devem ser pensadas e construídas em conjunto, nessa
capital de apenas 50 anos, já cosmopolita, cheia de criatividade e boas idéias.
ELABORADO PELA COORDENAÇ ÃO DE PROJETOS DE TURISMO CET/UNB
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ANEXOS
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