Seu Investimento em Foco
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Seu Investimento em Foco
MAR Newsletter Mensal Seu Investimento em Foco 2 0 1 4 Referente a fevereiro Moedas (contra o dólar) Taxas básicas de juros - variação Fevereiro marcou a recuperação das moedas dos países mais frágeis, como África do Sul, Turquia e Brasil. Nos últimos 12 meses continuam a ser as que mais desvalorizaram. A Turquia roubou do Brasil o primeiro lugar no campeonato do aumento dos juros ao dar um choque de juros para tentar controlar o câmbio, em janeiro. 5,50 10,4 Últimos 12 meses 4,7 4,0 1,5 1,2 4,50 2,7 2,7 2,4 1,8 1,5 1,3 1,1 -0,1 -1,4 -3,5 1,75 0,75 0,25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -0,25 Chile Japao EUA China Colombia India Australia Brasil Fonte: Bloomberg / Bancos Centrais Turquia Mexico Euro Chile Australia Colombia EUA Japao Malasia Reino Unido India China Brasil Indonesia 0 Euro 0 Mexico 0 Reino Unido 0 -0,50 -0,50-0,50 -0,75 -1,00 Turquia Iene Won - Coréia Peso - México Rupia Indiana Euro Libra Esterlina Dólar Australiano Nova Lira Turca Real Fonte: BDS Rande - Áf. do Sul Nova Lira Turca Real Rande - Áf. do Sul Dólar Australiano Iene Rupia Indiana Dólar HK Peso - México Iuan - China Euro Won - Coréia -15,3 -16,3 -18,4 0 Malasia 0,25 Indonesia Fevereiro -12,0-12,6 Dólar HK -9,6 Libra Esterlina Últimos 3 meses Últimos 12 meses 3,50 0,2 0,1 Iuan - China 5,6 Bolsas do mundo (em dólar) Principais contribuições para o IBrX Ao contrário do que aconteceu com os juros e as moedas, as bolsas dos emergentes não se recuperaram de maneira relevante. Mais um mês negativo para a bolsa, com os culpados de sempre: Petrobras, Vale... 0,52% Fonte: BDS 4,5 4,3 3,9 3,7 3,7 3,4 -0,3 -0,8 -0,8 -1,4 -7,6 Fevereiro Fonte: Bloomberg Bradesco Vale Gerdau Petrobras IBrX Cielo Vale Petrobrás IBrX México Seul Tóquio IBrX Hong Kong Istambul S&P 500 Bombaim Londres Sidnei Frankfurt Istambul IBrX Sidnei México Bombaim Hong Kong Seul Tóquio -0,36% -0,22% -8,85% -35,7 Londres -0,74% Últimos 12 meses -22,9 S&P 500 -0,32% -0,38% -4,1 -15,2 Frankfurt -0,82% -0,52% 0,35% 0,38% 0,49% Itaú 6,9 6,7 6,4 -1,47% -1,45% Souza Cruz 16,1 BM&Fbovespa 18,2 Fevereiro Últimos 12 meses Bradesco 22,8 Ambev 32,2 Renda fixa local - I Renda fixa local - II Os juros se recuperaram de maneira relevante em fevereiro, mas ainda perdem do CDI nos últimos 12 meses. As taxas prefixadas não só zeraram as perdas do ano, como apresentam ligeiro ganho. As taxas reais também se recuperaram, mais ainda estão devendo no ano. 8,8% 5,59% 5,2% 4,6% 4,44% 0,3% Prefixado 2,87% 2,74% 2,18% 0,79% 322 308 319 191 229 IPCA Fonte: BM&F/ANBIMA 300 243 248 252 259 260 Fevereiro IMA-S IRF-M IMA-Geral IMA-B IMA-B 5+ IMA-B 5+ IMA-B IMA-Geral IRF-M IMA-B 5 15 16 17 21 24 30 4 -3 Últimos 12 meses Fonte: Andima/Western Asset -15,5% IMA-S 21 Fevereiro IMA-B 5 Últimos 12 meses -8,1% 45 -57 -62 15 16 -65 17 4 10 16 24 30 45 -9 -74 21 © Western Asset Management Company DTVM Limitada 2014. Esta publicação é de propriedade da Western Asset Management Company DTVM Limitada e não poderá ser reproduzida ou utilizada sob qualquer forma sem a nossa expressa autorização. Comentário Econômico Newsletter Mensal FATOS QUE MARCARAM OS MERCADOS EM FEVEREIRO Renda Fixa Câmbio Bolsa O ISM da indústria nos EUA veio muito abaixo das expectativas (51,3 contra consenso de 56), provavelmente devido às más condições meteorológicas. A produção industrial de dezembro veio bem abaixo das expectativas (-3,5% contra expectativa de -1,7%). O IPCA de janeiro surpreendeu positivamente: 0,55%, abaixo do piso das expectativas. O governo anunciou meta de 1,9% de superávit primário. Apesar das incertezas sobre as premissas adotadas, de maneira geral o anúncio foi bem recebido pelo mercado, que esperava algo bem pior. A Petrobras anunciou lucro do 4T13 acima das expectativas, mas não sinalizou recuperação dos preços dos combustíveis para o ano. O BC sacramentou a expectativa do mercado, e reduziu o ritmo de alta da SELIC para 25 bps. O PIB do 4º tri de 2013 surpreendeu positivamente, crescendo 0,7%, contra consenso do mercado de 0,3%. O PIB de 2013 fechou com crescimento de 2,3%. A falta de novas notícias de problemas com emergentes após a desvalorização na Argentina e o choque de juros na Turquia, ajudou a diminuir a volatilidade dos mercados. Western Asset –2– Março 2014 (referente a fevereiro) Comentário Econômico (cont.) Newsletter Mensal o PBoC vem apertando as condições monetárias da economia desde junho do ano passado, justamente em uma tentativa de segurar o crescimento do crédito. O QUE ESPERAMOS Internacional Aparentemente, os investidores começaram a separar o “joio do trigo”, identificando aqueles países cujos fundamentos não estão tão ruins daqueles que merecem ser penalizados. A megadesvalorização do peso argentino e o choque de juros na Turquia, neste contexto, teriam se constituído em eventos isolados, e não nos primeiros dominós de uma reação em cadeia. Além disso, o FED continuou no seu já anunciado passo de redução das compras de títulos, enquanto o discurso da recém empossada presidente Janet Yellen manteve-se em linha com o de seu predecessor Ben Bernanke, reforçando a percepção de que a política monetária continuará bastante acomodatícia até onde a vista alcança. Com este cenário um pouco mais calmo no front internacional, vamos aproveitar para aprofundar na análise de um outro potencial foco de volatilidade: a China. Na verdade, esta pergunta pode ser generalizada para todo o shadow banking system. E a resposta, tornando curta uma longa história, é que o governo chinês tem sim fôlego e vontade de não deixar que um credit crunch desacelere significativamente o ritmo de crescimento econômico. Mesmo porque, caso acontecesse, uma forte desaceleração poderia, inclusive, colocar em risco o ativo mais precioso aos olhos de qualquer governo, principalmente um que não tem instituições democráticas: a paz social. Se a disposição do governo em evitar um credit crunch parece fora de dúvida, resta-nos investigar se há espaço no balanço do governo chinês para resgatar o shadow banking. Alguns fatos são bastante positivos neste aspecto: •• O mercado financeiro chinês é bastante fechado: apenas 4% da dívida pública e menos de 3% dos passivos bancários são detidos por estrangeiros3; Muito se tem falado sobre a transição que a China deve enfrentar nos próximos anos, de uma economia baseada em investimentos para uma puxada pelo consumo das famílias. Trata-se de um movimento secular, que deve tomar uma geração para ser completada. No meio do caminho, no entanto, há vários obstáculos, dos quais a chamada “bolha financeira” talvez seja a que tem maior potencial destrutivo no curto prazo. Do que se trata? Muitos dos investimentos feitos na China foram financiados através de instrumentos não contabilizados nos balanços dos bancos oficiais, o chamado shadow banking. Segundo o People Bank of China (PBoC – o BC Chinês), o shadow banking representa 30% do total de empréstimos no sistema financeiro, ou algo próximo a 3 trilhões de dólares1. Este percentual era de 23% há dois anos. Os principais veículos2 são os trusts e os wealth management products, respondendo ambos por cerca de 60% de todo o shadow banking system. Trusts são companhias que financiam empresas. Três são os principais setores que lançam mão desse instrumento: os LGFVs (Local Government Financial Vehicles – fundos de financiamento das províncias e cidades), as incorporadoras imobiliárias e as mineradoras. Por exemplo, em janeiro, o default de um trust patrocinado pelo China Credit Trust, e que financiava uma mina de carvão, deixou os mercados inseguros. No final, o trust foi salvo pelo governo local da província de Shanxi, onde estava localizada a mina. A pergunta que fica é a seguinte: até onde as províncias, ou mesmo o governo central, têm fôlego e estão dispostas a resgatar estes trusts nos próximos meses, caso os defaults se tornem mais frequentes? A questão torna-se mais relevante na medida em que 1 2 Fonte: Financial Times. Fonte: Merrill Lynch. Western Asset •• A dívida pública representa apenas 15% do PIB, bem abaixo da média dos países emergentes4; •• O tamanho do shadow banking (cerca de US$3 trilhões) ainda é relativamente pequeno. O total estimado do shadow banking no mundo era de aproximadamente US$67 trilhões em 20115, ou cerca de 100% do PIB mundial. No caso da China, representa menos de 50% do PIB. A tarefa do governo chinês é desafiadora: desacelerar o crescimento do crédito, ao mesmo tempo em que muda o foco do crescimento do econômico para o consumo das famílias. Esta tarefa é facilitada pelo ainda forte ritmo de crescimento econômico (acima de 7% ao ano), o que permite uma boa margem de manobra para o PBoC. De qualquer forma, o nível de ruído em torno do tema pode crescer nos próximos meses, gerando volatilidade nos mercados. Avaliamos, no entanto, que o cenário mais provável continua sendo de leve desaceleração do crescimento econômico chinês nos próximos dois ou três anos, apesar dos percalços de curto prazo gerados pelas incertezas sobre o mercado de crédito. 3 Fonte: Merrill Lynch. 4 Fonte: Fitch Ratings. 5 Fonte: Boletim Asia Focus, produzido pelo Federal Reserve de San Francisco. –3– Março 2014 (referente a fevereiro) Comentário Econômico (cont.) Newsletter Mensal Câmbio Brasil Renda Fixa Conforme as expectativas do mercado, o BC desacelerou o ritmo de alta da SELIC para 25 pontos-base. Já teria feito isso na reunião de janeiro, não fosse a turbulência causada por Argentina e Turquia. Os dados bem mais fracos de atividade econômica, principalmente do setor industrial, e o fim das surpresas negativas na inflação há já alguns meses autorizavam este movimento. Este é o copo meio cheio. Para quem enxerga o copo meio vazio, entretanto, a inflação continua ameaçando o teto da meta mesmo com o represamento de vários preços administrados. E o desemprego nas mínimas parece não deixar espaço para ilusões de que uma convergência para o centro da meta estaria contratada. Para entender os próximos passos da política monetária, a questão central continua sendo entender a agenda do Banco Central. Se este é o BC de sempre (e não há motivos para entendê-lo de outra forma, ao menos por enquanto), a sua agenda é não deixar que a inflação ultrapasse o teto da meta. A convergência para o centro da meta é também um objetivo, mas que pode ser entregue em “suaves prestações”. Então, ficamos assim: dado que já se procedeu a um aperto de 350 pontos-base, o BC aparentemente entendeu que está se aproximando a hora de se interromper o ciclo, para observar os efeitos sobre a atividade econômica nos próximos meses. O atual nível da SELIC claramente não é suficiente para forçar a convergência do IPCA para 4,5% nos próximos, digamos, 12 a 18 meses. Mas, lembre-se, esta não é a agenda do BC. Portanto, avaliamos que o cenário mais provável é que o BC faça mais um aumento de 25 pontos-base (conforme se pode entender da ata publicada no início de março), interrompendo aí o presente ciclo de aumento da taxa básica. Para 2015, ainda é muito cedo para antecipar como seria um segundo movimento de política monetária, que dependerá de fatores como a regularização dos preços administrados, a execução do superávit primário e um eventual racionamento de energia elétrica. Western Asset O real recuperou todas as perdas de janeiro, e ainda conseguiu acumular valorização no ano de 0,4% contra o dólar. Não houve um motivo macroeconômico claro para este movimento, a não ser a diminuição do risco Brasil e o desmonte de posições vendidas na moeda. Aparentemente, do ponto de vista dos fundamentos internos, o real encontrou um patamar estável (R$2,30 – 2,40) para os próximos meses, e que se modificará de maneira relevante novamente somente se o risco dos emergentes voltar a subir, o que pode acontecer se as tensões na China (ver parte internacional acima) voltarem a assombrar os mercados. Bolsa O cenário para 2014 inspira cuidados para o investimento em bolsa. Teremos um ano com o crescimento doméstico sendo afetado negativamente por uma política monetária mais apertada, um quadro fiscal mais restritivo e, provavelmente, uma desaceleração do crescimento do crédito bancário, principalmente por parte dos bancos públicos. Mesmo considerando a Copa do Mundo e o ano eleitoral, o PIB deve crescer cerca de 1,5% em 2014. Portanto, menos do que em 2013. Além disso, os investidores temem que, para ajustar os atuais desequilíbrios da economia brasileira, uma nova rodada de aperto fiscal e monetário, com a consequente contenção da demanda doméstica, seria necessária no início de 2015. Se esse cenário se materializar, teríamos pelo menos mais dois anos de crescimento modesto, abaixo do potencial, afetando negativamente o crescimento dos lucros das empresas. Por outro lado, as eleições podem se configurar em um divisor de águas: se crescer a percepção de uma mudança positiva neste quadro, seja pela eleição de um candidato mais “market-friendly”, seja por uma mudança de postura do atual governo - mudança esta levada pela necessidade de se evitar uma deterioração maior das expectativas -, a bolsa pode responder positivamente. Traduzindo em números: hoje o consenso do mercado para o P/L da bolsa brasileira para o final de 2014 é de 10,5x; considerando um crescimento de lucros de 15% ao ano no biênio 2014/15, isso nos levaria a uma valorização da bolsa da ordem de 15%. Se, no entanto, o P/L subir para 12x, a valorização da bolsa seria de 30% para os mesmos 15% ao ano de crescimento dos lucros. A isso chamamos de “expansão de múltiplos”, e pode acontecer se a percepção geral sobre a gestão da economia brasileira melhorar. –4– Março 2014 (referente a fevereiro) Renda Fixa Newsletter Mensal FUNDOS E CARTEIRAS DE BENCHMARK COMPOSTO CDI (ou IMA-S) + IMA-B: de maneira geral, apresentaram performance acima do benchmark. Pensávamos que... Portanto nós... E os resultados foram... ...os prêmios que haviam sido embutidos pelo mercado nas taxas de juros locais ao longo do mês de janeiro, seriam reduzidos à medida que os temores em relação ao risco de ruptura dos países emergentes fosse dissipado durante o mês de fevereiro. Além disso, continuávamos acreditando que as curvas de juros prefixadas refletiam uma expectativa de alta da Selic acima do que acreditamos que será implementada pelo Banco Central. Por conta disso, os prêmios embutidos na curva de juros estavam acima da média histórica e investimentos em juros prefixados mostravam-se uma excelente alternativa de investimento. ...iniciamos o mês com uma exposição em contratos futuros de taxas prefixadas através dos vértices jan/16 e jan/17. Ao longo do mês, reduzimos parte da posição no jan/16, à medida que o mercado foi reduzindo o prêmio embutido nesse vértice. Mais ao final do mês, reduzimos também a posição no jan/17 em função de riscos associados ao cenário fiscal doméstico. + As taxas de juros recuaram de forma significativa, com o arrefecimento dos temores quanto aos mercados emergentes. Outro fator de redução dos juros foi a divulgação pelo governo brasileiro de uma meta de superávit primário factível, na leitura do mercado. A curva acabou cedendo praticamente de forma paralela, sendo que o jan/16 terminou fevereiro com um recuo de 69 pontosbase, enquanto o jan/17 encerrou o mês com recuo de 74 pontosbase. A performance do portfólio foi favorecida pelo movimento das taxas. ...apesar do elevado grau de incerteza que predominava no mercado doméstico de juros, havia um prêmio bastante razoável na curva de juros reais nos níveis atuais. ... mantivemos uma exposição à classe de juros reais concentrada em NTNs-B com vencimentos em 2018 e 2050 durante o mês de fevereiro. + O comportamento da curva de juros reais foi positivo para o portfólio. O vencimento ago/18 caiu 84 pontosbase. ...mantivemos posição em um fundo ...investimentos alternativos poderiam multimercado multiestratégia gerido ser uma boa forma de diversificação dos pela própria Western Asset para riscos. investidores institucionais. + O resultado dessa estratégia favoreceu o portfólio no mês. ...os títulos privados seriam boas alternativas de retorno no longo prazo, mesmo podendo sofrer perdas no curto prazo. + O prêmio de carregamento dos títulos de crédito voltou a beneficiar o desempenho do portfólio. Western Asset ...mantivemos as atuais posições em títulos privados e adquirimos 1 letra financeira com taxa de 115,90% do CDI e prazo de 2 anos. –5– Março 2014 (referente a fevereiro) Newsletter Mensal Renda Fixa (cont.) TEMAS E ESTRATÉGIAS Temas de Investimento Estratégias O BC em sua reunião ao final de fevereiro reduziu o passo de aumento da taxa SELIC para 0,25%, conforme esperado pelo mercado. As taxas de juros acabaram recuando de forma significativa ao longo do mês de fevereiro em função da redução da aversão ao risco que se apresentou ao longo de janeiro. Além disso, no front doméstico, o governo divulgou a meta de superávit primário para 2014 em 1,9% do PIB, número que pareceu bastante razoável ao mercado. Apesar do recuo expressivo das taxas de juros, seguimos acreditado que os prêmios embutidos na curva de juros estão acima da média histórica e investimentos em juros prefixados ou indexados à inflação, mostram-se como uma boa alternativa de investimento. Trabalhamos com uma SELIC de 11% para o final deste ano, nível suficiente para manter a inflação nos atuais patamares, ou seja, próximo do teto da meta. Deveremos manter posições nesse mercado, ainda que menores do que vínhamos mantendo nos meses anteriores, uma vez que a curva de juros prefixados embute prêmios atrativos, mas já com algum risco. Em um caráter mais tático, um posicionamento na parte mais curta da curva de juros parece ser justificável. Apesar da melhora na percepção de risco da região europeia, saindo do radar como potencial fonte de volatilidade em 2014, e podendo inclusive surpreender positivamente, caso a atividade econômica da região retome antes do esperado pelos mercados, as políticas monetárias expansionistas do Japão e dos EUA deveriam resultar em novas medidas de expansão da base monetária por parte do BCE, no entanto, o BCE parece cada vez menos disposto a implementar medidas de relaxamento quantitativo. O movimento recente de apreciação do euro justifica um posição vendida em euro. Na nossa visão, uma vez que a economia australiana é muito dependendente dos preços de commoditties, uma desaceleração mais forte que o esperado na economia chinesa deveria prejudicar o dólar australiano frente a moeda americana. De acordo com algumas métricas, o mercado imobiliário do Canadá vive uma bolha que pode estar prestes a estourar. Isso poderá resultar em um cenário econômico mais desafiador para o país. Com esse pano de fundo, uma posição comprada em dólar americano e vendida em dólar canadense nos parece razoável. Adicionalmente, pode se configurar uma importante estratégia de proteção frente a uma possibilidade de mudança na política monetária dos EUA. Deveremos manter uma posição estratégica comprada em peso mexicano. Na outra ponta, manteremos uma posição vendida em euro, dólar australiano, iene e dólar canadense. Além disso, movimentos táticos com o intuito de capturar as oscilações das moedas no curto prazo podem ser feitos para agregar valor ao portfólio. Além de colher os frutos de um balanço macroeconômico bastante ajustado, a economia mexicana deverá se beneficiar da agenda de reformas recentemente implementadas e de uma retomada da atividade econômica americana, além de manter a inflação em patamares relativamente baixos, justificando assim, uma posição comprada em peso mexicano. O quantitative easing anunciado pelo governo japonês no final do ano passado deve continuar provocando uma desvalorização do iene e justificar uma posição vendida em relação ao dólar.. Não acreditamos em um ataque especulativo contra o real, uma vez que uma desvalorização expressiva do real traria riscos reais para o teto da meta de inflação. Assim, trabalhamos com um nível de câmbio próximo do corrente. Acreditamos que o cenário para o investimento em bolsa inspira cuidados. Teremos um ano com o crescimento doméstico sendo afetado negativamente por uma política monetária mais apertada, um quadro fiscal mais restritivo e, provavelmente, uma desaceleração do crescimento do crédito bancário, principalmente por parte dos bancos públicos. Por outro lado, as eleições do ano que vêm podem ser um divisor de águas: se crescer a percepção de uma mudança positiva neste quadro, seja pela eleição de um candidato mais “marketfriendly”, seja por uma mudança de postura do atual governo, mudança esta levada pela necessidade de se evitar uma deterioração maior das expectativas, a bolsa pode responder positivamente. Traduzindo em números: hoje o consenso do mercado para o P/L da bolsa brasileira para o ano que vem é de 12, considerando um crescimento de lucros de 15% em 2014, e uma valorização da bolsa de 20%. Se, no entanto, o P/L subir para 14, a valorização da bolsa seria de 40% para os mesmos 15% de crescimento dos lucros. Deveremos manter a exposição à bolsa local através de posições estruturais e derivativos, porém, dado o elevado grau de incerteza atual, deveremos adotar uma postura mais cautelosa a fim de proteger a nossa estratégia em caso de uma deterioração adicional da classe de ativos. Continuaremos a diversificar parte da posição através de contratos futuros de S&P 500. Esperamos a continuidade da recuperação gradual da economia americana, apesar da recente desaceleração devida ao mau tempo. Ao mesmo tempo, entendemos que a redução do programa de estímulos do Fed continuará ao longo do ano, mas não representará aperto adicional das condições monetárias, o que reforça a diâmica econômica positiva.. Western Asset –6– Março 2014 (referente a fevereiro) Renda Variável e Balanceados Newsletter Mensal FUNDOS E CARTEIRAS DE BENCHMARK IBOVESPA: rentabilidade abaixo do benchmark, que caiu 1,1% no mês. Pensávamos que... Portanto nós... E os resultados foram... ... após apresentar excelente resultado no 4º trimestre, mostrando bom controle de custos, ... mantivemos a posição acima tendência positiva inadimplência e melhora de do benchmark. margens de intermediação, as ações do Itaú ainda parecem estar bastante depreciada. + ... positivos. Apesar do mercado bastante negativo, as ações do Itaú tiveram boa performance no mês de fevereiro. + ... positivos. As ações do Porto Seguro tiveram boa performance no mês de fevereiro, após a empresa anunciar um dividendo extraordinário equivalente a 70% do lucro referente à reversão de uma provisão de impostos. - ... o papel sofreu ao longo do mês, à medida que o mercado incorporava a expectativa de um possível aumento na inadimplência do setor, dada a volatilidade no cenário macroeconômico em relação as altas na taxa de juros e a possibilidade do aumento do desemprego. ... no setor de metalúrgicas, as ações de Gerdau ... aumentamos a exposição poderiam se beneficiar por conta de uma acima do benchmark. desvalorização no câmbio. - ... movidos pela valorização do câmbio, indo no sentido oposto do que pensávamos, impactando de forma negativa o papel. ... o setor de educação, setor o qual a Kroton atua, ...mantivemos a posição abaixo tem perspectivas de melhora de margens EBITDA do benchmark. e crescimento de novos alunos. - ... o papel acabou subindo devido, principalmente, aos rumores de consolidação do setor, o que beneficiaria a companhia. ... após apresentar excelente resultado no 4º trimestre, com sinistralidade bem controlada e competição aparentemente racional. Acreditamos ... mantivemos a posição acima que a Porto Seguro venha a aumentar do benchmark. gradativamente seu payout, garantindo assim um dividend yield bastante atrativo. ... no setor de varejo, as ações de Magazine Luiza ... mantivemos a posição acima ainda não refletiam as melhorias nos resultados do benchmark. recentes. FUNDOS E CARTEIRAS DE BENCHMARK IBrX: em geral, tiveram rentabilidade abaixo do benchmark, que caiu 0,3% no mês. Pensávamos que... Portanto nós... E os resultados foram... ... após apresentar excelente resultado no 4º trimestre, com sinistralidade bem controlada e competição aparentemente ... mantivemos a posição acima do racional. Acreditamos que a Porto Seguro benchmark. venha a aumentar gradativamente seu payout, garantindo assim um dividend yield bastante atrativo. + ... positivos. As ações do Porto Seguro tiveram boa performance no mês de fevereiro, após a empresa anunciar um dividendo extraordinário equivalente a 70% do lucro referente à reversão de uma provisão de impostos. ... após apresentar excelente resultado no 4º trimestre, mostrando bom controle de custos, ... mantivemos a posição acima do tendência positiva inadimplência e melhora de benchmark. margens de intermediação, as ações do Itaú ainda parecem estar bastante depreciada. + ... positivos. Apesar do mercado bastante negativo, as ações do Itaú tiveram boa performance no mês de fevereiro. ... o setor de educação, setor o qual a Kroton ...mantivemos a posição abaixo do atua, tem perspectivas de melhora de margens benchmark. EBITDA e crescimento de novos alunos. - ... o papel acabou subindo devido, principalmente, aos rumores de consolidação do setor, o que beneficiaria a companhia. ... no setor de mineração, as ações da Vale ... aumentamos marginalmente a permaneciam descontadas. posição acima do benchmark. - ... negativos. Houve uma piora na percepção da economia chinesa, o que impactou o preço do minério de ferro. O movimento de valorização do câmbio também impactou negativamente os preços das ações. ... no setor de metalúrgicas, as ações de Gerdau ... aumentamos a exposição acima poderiam se beneficiar por conta de uma do benchmark. desvalorização no câmbio. - ... movidos pela valorização do câmbio, indo no sentido oposto do que pensávamos, impactando de forma negativa o papel. Western Asset –7– Março 2014 (referente a fevereiro) Renda Variável e Balanceados (cont.) Newsletter Mensal FUNDOS E CARTEIRAS DE BENCHMARK IBrX-50: em geral, tiveram rentabilidade abaixo do benchmark, que caiu 8,2% no mês. Pensávamos que... Portanto nós... E os resultados foram... ... após apresentar excelente resultado no 4º trimestre, com sinistralidade bem controlada e competição aparentemente ... mantivemos a posição acima do racional. Acreditamos que a Porto Seguro benchmark. venha a aumentar gradativamente seu payout, garantindo assim um dividend yield bastante atrativo. + ... positivos. As ações do Porto Seguro tiveram boa performance no mês de fevereiro, após a empresa anunciar um dividendo extraordinário equivalente a 70% do lucro referente à reversão de uma provisão de impostos. ... após apresentar excelente resultado no 4º trimestre, mostrando bom controle de custos, tendência positiva inadimplência e ... mantivemos a posição acima do melhora de margens de intermediação, as benchmark. ações do Itaú ainda parecem estar bastante depreciada. + ... positivos. Apesar do mercado bastante negativo, as ações do Itaú tiveram boa performance no mês de fevereiro. - ... o papel acabou subindo devido, principalmente, aos rumores de consolidação do setor, o que beneficiaria a companhia. a - ... negativos. Houve uma piora na percepção da economia chinesa, o que impactou o preço do minério de ferro. O movimento de valorização do câmbio também impactou negativamente os preços das ações. ... no setor de metalúrgicas, as ações de ... aumentamos a exposição acima do Gerdau poderiam se beneficiar por conta de benchmark. uma desvalorização no câmbio. - ... movidos pela valorização do câmbio, indo no sentido oposto do que pensávamos, impactando de forma negativa o papel. ... o setor de educação, setor o qual a Kroton atua, tem perspectivas de melhora de ...mantivemos a posição abaixo do margens EBITDA e crescimento de novos benchmark. alunos. ... no setor de mineração, as ações da Vale ... aumentamos marginalmente permaneciam descontadas. posição acima do benchmark. Western Asset –8– Março 2014 (referente a fevereiro) Renda Variável e Balanceados (cont.) Newsletter Mensal TEMAS E ESTRATÉGIAS Temas de Investimento Estratégias O setor de mineração passa por uma forte dicotomia entre bons fundamentos atuais e o risco macroeconômico de uma desaceleração mais forte da economia chinesa. O principal tema de discussão tem sido os efeitos da reestruturação da parte não bancaria do sistema financeiro chinês e seus efeitos sobre o volume Devemos manter posição acima dos respectivos benchmarks de crédito e do investimento por decorrência. Mantemos nossa no setor de mineração. visão de que o processo de urbanização da China e o crescimento das demais economias emergentes devam continuar ocorrendo no médio/longo prazo, dando suporte para o preço das commodities nos próximos anos. Mantemos nossa visão construtiva para o setor de incorporação imobiliária. Acreditamos que o ciclo de alta de juros sendo implementado pelo Banco Central para conter a inflação, tem impacto limitado sobre o setor (cujo funding é bem mais dependente da TR do que da SELIC), e na verdade contribui para Devemos manter posição acima dos respectivos benchmarks o restabelecimento da confiança do comprador de imóveis, que no setor de construção civil. precisa de previsibilidade para tomar a decisão de investimento. Esperamos geração positiva de caixa para várias das empresas por conta do retorno dos lançamentos de 2009/10, e também pela retração das aquisições de terrenos. Os bancos de grande porte continuam sendo uma das melhores opções de investimento da bolsa. Os resultados de 4o trimestre consolidaram a normalização dos índices de inadimplência dos bancos privados, o fim da compressão dos spreads, a melhora da eficiência e o contínuo crescimento das receitas de serviços. Destacamos uma clara distinção entre os bancos privados (notadamente o Itaú) e os estatais. Os primeiros apresentam hoje um retorno sobre o capital consideravelmente superior, fruto de políticas de concessão de crédito mais acertadas. Western Asset –9– Devemos manter posição acima dos respectivos benchmarks no setor de bancos, concentrada em Itaú, moderadamente overweight em Bradesco e underweight em Banco do Brasil. Os resultados de 4o trimestre confirmaram, até de forma surpreendente, nossa crença de que o Itaú estava com a postura correta com relação ao risco de sua carteira de crédito e seus esforços para incrementar a receita de serviços e controlar suas despesas. O Banco do Brasil, por outro lado, teve resultados muito fracos, com tendência duvidosa com relação à qualidade de sua carteira de crédito e uma forte compressão de ROE. Março 2014 (referente a fevereiro) Renda Variável e Balanceados (cont.) ASSET ALLOCATION: em geral, efeito positivo sobre os portfólios balanceados. Pensávamos que... Portanto nós... E os resultados foram... ... as perspectivas ainda desanimadoras dos resultados das empresas brasileiras (por conta de uma economia fraca e pressão persistente nas margens), associadas a ... fizemos mais uma rodada de redução uma política fiscal leniente e à redução da alocação em bolsa. dos estímulos monetários concedidos pelo Banco Central Americano, poderiam impactar negativamente a classe de ativos. + ... positivos em função do mau desempenho bolsa brasileira, onde o IBrX acabou performando -0,32%. Este movimento ocorreu devido ao aumento da aversão a risco internacional decorrente de turbulências em mercados emergentes. Este material é um breve resumo de determinados assuntos econômicos, sob a ótica dos gestores da Western Asset Management Company DTVM Limitada (“Western Asset”) e possui finalidade meramente informativa. O conteúdo deste material não tem o propósito de prestar qualquer tipo de consultoria financeira, de recomendação de investimentos, nem deve ser considerado uma oferta para aquisição de produtos da Western Asset. A relação das instituições distribuidoras dos produtos da Western Asset pode ser obtida por meio do telefone: (11) 3478-5200. Recomenda-se ao leitor consultar seus analistas e especialistas particulares antes de realizar qualquer investimento. A Western Asset não se responsabiliza pelas decisões de investimento tomadas pelo leitor. Seguem informações para contato com o SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente/Cotista por meio dos seguintes canais: 1) telefone (11) 3478-5200, em dias úteis, das 9h às 18h; 2) website www.westernasset.com.br ou www.leggmason.com.br – Seção Fale Conosco; ou 3) correspondência para Av. Presidente Juscelino Kubitschek, n.º 1.455, 15º andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 04543-011. Caso a solução apresentada pelo SAC não tenha sido satisfatória, acesse a Ouvidoria da Western Asset pelos seguintes canais: 1) telefone (11) 3478-5088, em dias úteis, das 9h às 12h e das 14h às 18h; 2) website www.westernasset.com.br ou www.leggmason.com.br; 3) e-mail [email protected]; ou 4) correspondência para Av. Presidente Juscelino Kubitschek, nº 1.455, 15º andar, CEP 04543-011, São Paulo – SP. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU, AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS - FGC. A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA. LEIA O PROSPECTO, O REGULAMENTO E A LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS DO FUNDO DE INVESTIMENTO ANTES DE APLICAR SEUS RECURSOS. Western Asset – 10 – Março 2014 (referente a fevereiro)
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