Mustang, 45 anos de força e charMe
Transcrição
Mustang, 45 anos de força e charMe
| carros Mustang, 45 anos de força e charme Marca nasceu com estratégia de ser esportiva e popular, associada às emoções das corridas, aos filmes de aventura e com preços acessíveis. Resultado: mais de 9 milhões de carros vendidos em todo o mundo e nenhum sinal de envelhecimento 104 | LIDE LIDE | 105 | carros E sportivos são carros por excelência. Emocionam quem está dentro, despertam suspiros entre observadores e povoam o imaginário de milhões de pessoas em todo o mundo. Impossível tratar deles sem abrir um capítulo especial para um dos maiores ícones norte-americanos: o Mustang. A marca está iniciando agora as comemorações dos seus 45 anos, trajetória aberta com o lançamento do modelo conhecido como 1964 ½ , cuja entrada no mercado aconteceu em abril daquele ano. Desde então, atualizações e mudanças que jamais mexeram nas linhas fundamentais do seu design – a exceção que confirma a regra é o modelo Mach One, da década de 1970 – mantiveram acesa a paixão dos aficionados. Nas 106 | LIDE A carreira do cavalo selvagem contas oficiais da marca, mais de 9 milhões de Mustangs foram comprados pelo público global. A característica de ser um esportivo popular, aceito por largas camadas de consumidores, acompanha esse “pony car” desde o seu nascimento. Ao abrir uma linha de fabri- Lançado em 1964 com o preço de 2.380 dólares (abaixo), o Mustang nasceu com seis versões de motorização e o marketing agressivo de esportivo popular. O modelo 2010 (acima) prova que a estratégia foi perfeita 1964 – O Mustang estreia em grande estilo. Uma versão esportiva se torna o Pace Car das 500 Milhas de Indianápolis e também destaque no filme 007 contra Goldfinger 1968 – O cinema outra vez promove o carro como um sonho de consumo, agora como o maior parceiro de Steve McQueen em Bullitt 1971 – Com motor de 350 cavalos, marca lança o modelo mais esportivo de sua história 1973 – Interrompida a produção dos modelos conversíveis 1975 – Crise do petróleo leva a Ford a produzir Mustangs movidos a gás 1983 – Atendendo a pedido, voltam a ser produzidos os conversíveis 1984 – Lançado o Mustang SVO 1987 – O Mustang com “aerolook” chega ao mercado, dotado de inovações aerodinâmicas 1995 – O histórico motor V-8 de cinco litros pára de ser produzido 1998 – Um Mustang redesenhado passa a ser comercializado 2003 – O consagrado Mustang Mach 1 volta em novo estilo 2008 – Marca chega a 9 milhões de unidades vendidas 2009 – Em homenagem aos 45 anos da marca, modelo com teto envidraçado é lançado LIDE | 107 | carros cação para o novo carro, nos arredores de Los Angeles, a Ford esperava vender 100 mil unidades no primeiro ano. Os executivos da companhia apostavam na fórmula do esportivo bonito e barato, estabelecendo um preço abaixo do da concorrência. Ao mesmo tempo, a Ford ousou fabricar modelos conversíveis desde o início, para acentuar a esportividade. Vista em retrospectiva, dá para classificar como perfeita a estratégia de lançamento. O nome veio do famoso avião ger e tornou-se o esportivo do astro e piloto Steve McQueen em Bullit, um clássico das telas. O Mustang nasceu com seis versões de motorização, de 101 cavalos aos V8 com 271 cv. O preço do modelo de entrada foi estabelecido em 2.368 dólares, uma pechincha mesmo para o ano de 1964. Resultado: já no primeiro dia de vendas as reservas chegaram a 22 mil unidades. Doze meses depois, havia 417 mil Mustangs nas ruas norte-americanas, deixan- cular com os modelos das últimas gerações, pega tão bem quanto sempre pegou. Aqui ou em qualquer um dos mais de 80 países para os quais é exportado. Afinal, a marca não envelheceu. Ao contrário, atualizouse sob o signo do retrofuturismo, adaptando suas linhas sem perder a expressão clássica dos seus antepassados. Coerentemente, a Ford também investiu em motores cada vez mais potentes – a recente versão Shelby GT 500 ganhou o epíte- P-51 Mustang, um dos orgulhos dos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial. No mesmo ano da estreia, o verdadeiro avião de quatro rodas foi o pace car das 500 milhas de Indianápolis, apareceu em destaque no filme 007 contra Goldfin- do na poeira a previsão (otimista) de 100 mil vendas. No Brasil, quem não se lembra da frase musical “um Mustang cor de sangue”, cantada por Wilson Simonal? Hoje, ter um desses carros como peça de colecionador, ou cir- to de King of the Roads graças aos seus 548 cavalos, o mais potente feito pela empresa – e, assim, assitiu pelo retrovisor à descontinuidade de muitos carros esportivos, renovando a mística do cavalinho veloz que o tempo só faz aumentar. n Com 9 milhões de modelos vendidos, a marca só mudou seu estilo com o Mach 1 (ao lado), da década de 1970, mas logo retomou as linhas clássicas do original 108 | LIDE Anúncio Concept Blindagens LIDE | 109