Petróleos: "Este é de todos o sector de maior relevancia
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Petróleos: "Este é de todos o sector de maior relevancia
Petróleos: "Este é de todos o sector de maior relevancia na economía angolana, a larga distancia dos outros" O C Technologies SURVEY SERVICES l/ L . lecnnoiogies '% S # NSXU^R V E Y f S E R V I C E S.S 'í í5 N '*í \ ]É jÚ ÍS r^ ~ '~ '^ -. EXPER IEN CE THAT RUNS Rig Positioning A c o u stic Positioning U S B L /L B L /H A IN Pipeline Installation S u rv e y s Tem plate Orientation Metrology S u rv e y s D eepw ater Construction S u rv e y s Angola Tel:2442-330202 / Unted States Tel: 337-261-0660 www.cctechnol.com O Petróleo A n o III n°l 1 Outubro/Novembro/Dezembro-2011 12 Plataforma Inaugurada aterceira plataforma petrolífera A Total Exploragao & Pesquisa Ango la realizou no bloco 17, no “offshore” angolano, a cerimónia oficial de inauguragáo de urna unidade flutuante de produgáo, arm azenam ento e descar ga de petróleo, denominada Plazflor. 15 Economía Sector automóvel absorve maior parte dos lubrificantes produzidos em Angola Parte considerável da produgáo nacio nal de lubrificantes tem sido, até agora, absorvido pelo sector automóvel, com cerca de 79,4 por cento da produgao, numa altura em que as necessidades inter nas de lubrificantes rondam as 50 mil toneladas métricas por ano. 16 Entrevista "Devemos nos unir para enfrentar os desafíos da angolanizacáo" O M inistério dos Petróleos está a desenvolver de forma eficaz o processo de in te g ra d o de nacionais na indústria petrolífera. Mas, existe ainda muito trabalho por ser feito. 14 Infra-estruturas 10 Sector Reaberto tráfego ferroviario inter-urbano Lobito-Benguela Liberalizapao do mercado de combustíveis aumenta utilizapao de produtos petrolíferos A linha Lobito - Benguela paralisada desde os idos anos de 2002, está finalmen te reaberta. O ministro dos Transportes, Augusto Tomás inaugurou a sua reabertu ra, um passo que vai para já, perm itir uma maior fluidez na transportagáo de pessoas e bens a presos baixos entre as duas loca lidades. f c n já « « O Vice-Ministro dos Petróleos, Anibal Silva disse acreditar que a liberalizagáo do mercado de combustíveis em Angola vai contribuir para o aumento da utilizagáo de produtos petrolíferos em diver sos sectores da economía, predominan tem ente no sector dos transportes, com realce para o transporte terrestre. SOCIEDADE PETROLIFERA ANGOLANA, S.A 1a Empresa angolana privada de Petróleos a operar no País. MERCADO PETROLÍFERO - PETROLEUM MARKET COMERCIALIZAQÁO - MARKETING CONSULTORIA - CONSULTING ENERGIA SOLAR E EÓLICA - SOLAR AND WIND ENERGY N° 6 Rúa dos Coqueiros Caixa postal: N° 1945 Tel.: 222 324 878 - Fax 222 338 213 Luanda - Angola E-mail: [email protected] Editorial Tem havido nos últimos anos urna clara e inexpugnável luta da parte do Ministério dos Petróleos em desenvolver de forma eficaz o processo de integragáo de nacionais na indústria petrolífera, um esforgo que vai tendo bons resultados. Em sede de um processo complexo, os resultados, obviamente, devem ser operados numa perspectiva gradual. Na verdade, o processo de angolanizagáo tem seguido o seu curso normal, apesar de existir ainda muito trabalho pela frente, no caso específico de os gestores angolanos virem a ter posigoes mais vantajosas ñas companhias, como defendeu na entrevista que concedeu á revista “ O Petróleo”, o docente da Universidade Lusíada de Angola, Carlos Francisco, autor da obra “competencias e requisitos para a cadeia de logística & Política de Angolanizagáo”. O processo pode levar algum tempo para ser concretizado efectivamente, na medida em que envolve interesses de tres partes: Governo, empresa e os socios das compa____ nhias, directamente envolvidas. Cada urna délas tem interesses diferentes. O sector dos petróleos por ser, entre todos, o de maior releváncia na economía I angolana, a larga distancia dos outros, como reconheceu o Presidente da RepúI blica, José Eduardo dos Santos, o seu desenvolvimento no país deve ser, de facto, acompanhado de um forte processo de angolanizagáo. Se é verdade que o petróleo bruto, por ser fortemente gerador de divisas, é a principal fonte do Orgamento Geral do Estado, com mais de 80 por cento da receita fiscal, também é verdade, que é o grande sustentáculo das importagoes do país, diria o Presidente da República no seu mais recente discurso sobre o estado da Nagáo. Em face disso, há necessidade do Executivo fazer urna monitorizagáo ou acompanham ento do processo de angolanizagáo, para que os resultados tenham efeitos práticos táo rápido, porque esta m atéria tem urna carga de complexidade muito grande, defende Carlos Francisco. Faz todo sentido que este processo decorra sob a monitorizagáo do Executivo, já que se trata de um assunto sensível e complexo, diga-se mais um a vez. Esta edigáo da Revisa “O Petróleo” procura trazer uma abordagem focada pa ra o sector, embora trate de falar também de outros dominios. Neste sentido, trazemos á estampa alguns números do sector da Geología e Minas que cada vez mais vai se desenvolvendo e os registos sáo reveladores disso. Por exemplo, de 2008 a 2011 o sector de Geología e Minas registou um crescimento médio anual de 11,8 por cento, consubstanciado numa taxa média anual de produgáo de diamantes na ordem dos 2,5 por cento e no aumento da produgáo de quartzo e de m ateriais de construgáo de origem mineira, como areia, burgau e brita. No subsector dos diamantes estáo em curso acgoes que visam, além da extracgáo, a valorizagáo de todas as fases da cadeia desta indústria, desde a comercializagáo dos diam antes brutos á sua transformagáo, incluindo a joalharia. A liberalizagáo do mercado de combustíveis em Angola vai contribuir para o aumento da utilizagáo de produtos petrolíferos em diversos sectores da economía, predominan tem ente no sector dos transportes, com realce para o transporte terrestre, declarou recentemente Aníbal Silva, Vice-Ministro dos Petróleos, no seminário nacional sobre as Especificagóes de Produtos Petrolíferos, realizado pelo Ministério dos Petróleos. O actual crescimento económico do país tem-se reflectido no aumento e utilizagáo de vários meios de transporte. Outro aspecto merecedor de realce e que abordamos nesta edigáo é a XXXIa Cimeira da SADC, através da qual Angola assumiu pela segunda vez a presidéncia da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral. Na cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que decorreu recentemente, em Luanda, participaram catorze dos 15 países que compoem a regiáo, nomeadamente Angola, Botswana, Namibia, Zámbia, Mogambique, Suazilándia, Lesotho, Tanzánia, Seychelles, Malawi, África do Sul, Ilhas Maurícias, RDC e Zimbabwe, com auséncia de Madagáscar. Ao presidir um dos organismos de maior peso na economía ao Sul de África, o país tem para frente desafios acrescidos e responsabilidades que deve levar a níveis de de senvolvimento nunca antes vistos. A trigésima primeira reuniáo elegeu como tema de discussáo A consolidagáo das bases da integragáo regional e o desenvolvimento das infra-estruturas para facilitar as trocas comerciáis e a liberalizagáo económica”. 0 Petróleo 4 Emloco Premio "Poor Economics" do ano de Econ "Poor Economics", de Abhijit V. Banerjee e de Esther Duflo, é o livro do ano de Economía e Gestáo segundo o FT/Goldman Sachs. Abhijit Banerjee, co -autor da obra, revelou recentemente que nao esperava receber o galardáo "The best business book of the year". "Estou surpreendido por pensarem neste livro como um livro de economía", disse em tom de brincadeira o autor, que recebeu o prémio das máos de Lloyd Blankfein, chairm an da Goldman Sachs, e de Lionel Baber, editor do Finan cial Times. "Poor Economics" é uma obra que apresenta uma nova abordagem sobre a forma como o mundo deve lutar contra a pobreza. Os autores sao os fundadores do MIT's Poverty Action Laboratory. O livro é publica do no Reino Unido pela Perseus Books e nos Estados Unidos pela Public Affairs. A entrega do prémio ocorreu recentemente no Hertforf House, em Londres, num jantar restrito. O convi dado de honra foi Lord Patten, chancellor da universidade de Oxford e chairman da BBC Trust. Mais uma formada Helena Marques de Figueiredo Campos Passa o tempo e com ele caminhamos na per m anente busca da concretizagáo de aspiragoes e realizagoes pessoais. Mas nem sempre as coi sas sáo fáceis, aliás nada é fácil nesse caminho si nuoso e íngreme, que é a vida, onde há necessidade de ser-se obstinado e persistente. Foi com este espirito que Helena M arques de Figueiredo Campos venceu os dias de sono e iludiu o cansago para abragar as ligoes de econo mía. Foi assim durante quatro anos, tempo em 5 1 Petróleo que estudou economía na Universidade Lusíada de Angola. Náo tardou, em breve receberia o prémio, coroa de todos estes anos de batalha e sacrificios. Em pleno dia 30 de Setembro de 2011. era-lhe outorgado o di ploma. Agora, H elena M ar ques de Figueiredo Cam pos já há muito colocada na Direcgáo Nacional de Recursos Humanos, no departamento de formagáo, secgáo de gestáo de verbas, é licenciada, enfim... tem agora o sonho realizado. Vindi Banga, partner da Clayton, Dubilier and Rice, Lynda Gratton, professora de gestáo da London Bu siness School, Arthur Levitt, ex- Chairman da SEC, Mario Monti, presidente da Bocconi University, Jorma Ollila, chairman da Nokia Corporation e do Royal Dutch Shell e Shriti, directoras da Shriti Vadera, formaram o júri deste galardáo. Exorbitant Privilege, de Barry Eichengreen, Triump of the City, de Edward Glaeser, Wilful Blindness, de M argaret Heffernan, Good Strategy/ Bad Strategy, de Richard Rumelt e The Quest: Energy, Security, and the Remarking of the Modern World, de Daniel Yergin foram as obras que fizeram parte da short-list deste prémio, que marca já o calendário de muitas editoras. imfoco Exoloracáo petrolífera Angola e Congo estabelecem acordos A ngola e a República do Congo assinaram re centemente, na vila do Soyo, acordos quadro no dominio fiscal e comercial para o desenvol vimento do campo Lanzi na zona de unitizapáo (um a espécie de área comum). Os acordos foram assinados durante a 16a reuniáo do Órgáo Inter-Estatal da Zona de Unitiza^áo do Lianzi, pelo ministro angolano dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos e o ministro congolés de Hidrocarbonetos, Loemba Raphael. “No encontro foi analisado o desenvolvimento do pros pecto Lianzi, cuja produgáo deve ocorrer em 2013, anunciou o ministro Botelho de Vasconcelos, referindo que no prospecto participaram os dois países e os consorcios das áreas comuns. Estes acordos, devem dar origem a acordos no domi nio fiscal e comercial váo ser submetidos á apreciagáo dos Conselhos de Ministro de ambos os países e permitem a decisáo final do investimento, necessário para a execugáo do projecto. Toda a documentagáo relacionada com os principios dos acordos sobre as m atérias fiscal e comercial, declarou, vai ser apreciada pelos consorcios petrolíferos e equipas técnicas dos dois Estados e posteriormente subm etida á apreciagáo dos Conselhos de Ministro de ambos os países para a decisáo final do investimento necessário para a execugáo do projecto. Apesar das negociagóes terem sido difíceis, disse, os resultados preconizados foram alcangados e o mais im portante em todo dossier foi a definigáo dos prin cipios sobre m atéria fiscal e comercial, tendo em consideragáo as especificidades das legislagoes dos dois Estados. O ministro congolés afirmou esperar que os rendimentos que advierem da exploragáo petrolífera con junta contribuam para a redugáo da pobreza e desen volvimento dos dois países. Angola assumiu, no final do encontro, a presidencia anual do Órgáo Inter-Estatal na Zona de Unitizagáo. '¡ü&SJÜtSlf Sul-coreana registra aum ento de 44 por cento ñas encom endas Samsung supera Apple ñas vendas de smartphones As vendas da Samsung superaram as da Apple e se tornou na maior fabricante de smartphones do mundo entre Julho e Setembro de 2011, com crescimento de 44 por cento ñas encomendas em relagáo ao trimestre anterior. Os números po sitivos representam 27,8 milhóes de unidades, quase quatro vezes mais que no mesmo período do ano anterior, segundo a consultoria Strategy Analytics. A Apple, por sua vez, registrou queda de 16 por cento, para 17,1 mílhoes de unidades no terceiro trim estre. A em presa langou o primeiro iPhone em 2007. A Sa msung entrou no segmento de smartphones no fim de 2010, mas as vendas dispararam em decorréncia de um sistem a de produgáo que rápidam ente leva novos produtos ao mercado. O lucro da divisáo de telecomunicagóes da sul-coreana dobrou no período de um ano, para o recorde de 2,5 trilhoes de wons (2,2 bilhoes de dólares) e respondeu por 60 por cento do lucro total da Samsung, além de compensar a queda acentuada nos ganhos da divisáo de chips de memoria. A previsáo para as vendas da Samsung neste trim es tre continuam fortes, segundo o gerente de fundos Kim Hyun-joong, da Midas Asset Management, que detém acgoes da empresa. "Na divisáo de telefones movéis, a Samsung náo tem modelos concorrentes que represen ten! alguma ameaga para os seus produtos". I Petróleo 6 O teu Mundo. O Roaming Movicel A Movicel tem a maior cobertura no mundo: 190 países e 500 operadoras. DESTAQUE Chefe de Eátado angolano, EngQJosé Epuardo dos Santos etrolífero com maior relevancia na econLomia nacional" Produto i divisas e é a principal fonte do OGE c ais de 80 por cento da receita fiscal alé] ser também o grande susten táculo dáMhl i jrtacóe sj^i^oais O Chefe de Estado angolano José Eduardo dos Santos destacou no recente discurso sobre o estado da Na^áo, que marcou a abertura da IV Sessáo Legislativa da Assem bleia Nacional, o papel do sector de petróleo e gás na economía nacional. Por Ary da Luz “Este é de todos, o sector de maior relevancia na eco nomía angolana, a larga distáncia dos outros”, disse, acrescentando que o petróleo bruto, por ser fortemente gerador de divisas, é a principal fonte do Orgamento Geral do Estado, com mais de 80 por cento da receita fiscal, e o grande sustentáculo das importagoes do país. “O destaque neste momento vai para a refinagáo de mais petróleo bruto no país e para a produgáo de combustíveis, lubrificantes, tintas e sol ventes, etc.”, frisou o Presidente da República José Eduardo dos Santos, naquele que foi o discurso sobre o estado da Nagáo. Relativamente ao sector de minas, o Presidente da República disse que de 2008 a 2011 o sector registou um crescimento médio anual de 11,8 por cento, con substanciado numa taxa média anual de produgáo de diamantes na ordem dos 2,5 por cento e no aumento da produgáo de quartzo e de m ateriais de construgáo de origem mineira, como areia, burgau e brita. Afirmou aínda que no subsector dos diam antes estáo em curso acgóes que visam, além da extracgáo, a valorizagáo de todas as fases da cadeia desta indústria, desde a comercializagáo dos diam antes brutos á sua 0 Petróleo 8 transform asáo, incluindo a joalharia. Foi retom ada, anunciou, através de urna sociedade mista entre o sector público e o privado, a exploragáo do ferro e manganés, num projecto integrado que inclui a indústria metalúrgica e siderúrgica e que prevé a criagáo de mais de tres mil empregos na Huíla. O in vestimiento inicial é de cerca de usd 400 milhóes e deve ascender os dois mil milhSes de dólares. “Estao muito avanzadas as negociagoes com parceiros de renome internacional, com vista á exploragáo no Norte do país dos fosfatos e do potássio, para a pro dugáo de adubos e o desenvolvimento da agricultura. Também estao em curso, iniciativas para a produgáo do ouro e do cobre e para aum entar a produgáo das rochas ornam entáis e outras matérias-prim as necessárias para a indústria dos materiais de construgáo”, sublinhou o Presidente no seu discurso sobre o estado da Nagáo. José Eduardo dos Santos disse esperar que a partir de 2013 o sector da Geologia e Minas contribua de modo significativo para o aumento das receitas do Estado e para a diversificagáo da economia nacional e o aumento do emprego. Sector das Aguas Relativam ente ao sector das Aguas, o Presidente da República disse que o programa Agua para todos’ já beneficia com água potável um milháo e 200 mil pessoas, numa altura em que o consumo de água passou de 67 litros por habitante/dia, em 2008, para 101 litros por habitante/dia em 2011. O consumo cresceu em 51 por cento e espera-se que até 2012, o programa assegure o acesso á água potável a pelo menos 80 por cento da populagáo rural. José Eduardo dos Santos disse existirem vários projectos de média e grande envergadura em curso, para assegurar o abastecimento de água a muitos centros urbanos, mas náo existe por enquanto urna carteira nacional de projectos estruturantes que resolvam satisfatoriam ente o problema da água, co mo há no sector da Energia para a energia eléctrica. “Faz-se sentir a necessidade de um Plano Nacional da Agua, que perspective, em fungáo das disponibilidades hídricas, as suas diferentes utilizagóes na agricultu ra, indústria, consumo humano e aproveitamento hi droeléctrico”, realgou, afirmando que já foram tomadas as medidas para que esse Plano Nacional da Agua seja elaborado o mais depressa possível. Logo a seguir vai Sector de energía ser elaborada a carteira de projectos estruturantes pa De forma a superar o desafio de reduzir a zero o défi- ra o sector. ce de energía eléctrica no país, está em curso a reabilitagáo das barragens do Gove, Mabubas, Lomaum Registos na Indústria transformadora e Cambambe I, a ser concluida em 2012. “Esses empreendimentos seráo responsáveis por adicionar 295,6 O Presidente da República falou da indústria transfor madora no país e referiu que de 2008 a 2011, o sector mega w atts ao sistema energético”. O Chefe de Estado angolano referiu que numa altura registou um crescimento médio anual na ordem dos em que o objectivo do Executivo é reduzir a zero o ac 8 por cento. “Foram criadas e entraram em funcionatual défice energético, váo ser também instaladas cen mento 750 empresas privadas, em quase todos os subtráis térm icas de geragáo de energia em 2011 e 2012 sectores, com destaque para a indústria alim entar e em Cabinda, Luanda, Dundo, Lubango, Namibe, Me- de bebidas. O número de postos de trabalho directos cifrou-se em 25.120 e o valor dos investimentos priva nongue, Ondjiva, Huambo e Benguela. Ainda dentro do sector da energia, o Presidente da dos atingiu cerca de 4 mil milhoes de dólares. “O sector República definiu novas estratégias para urna distri- dos téxteis, vestuário e calgado comega agora a dar os buigáo eficaz e abrangente deste bem. “Para melhor primeiros passos, com o relangamento da cultura e da distribuir a energia produzida está a ser criada urna fileira do algodáo e a reabilitagáo e desenvolvimento da ‘grelha de transporte’, cujo principal eixo é a interli- produgáo téxtil, de modo a gerar emprego e a substituir gagáo entre o norte e o centro do país. Neste momento as importagóes. Em 2012, deveráo entrar em funcionaestáo em curso os trabalhos de reabilitagáo e expansáo mento tres fábricas de tecidos, nomeadamente a Texda rede de distribuigáo de energia eléctrica em Cabin tang II, em Luanda, a África Téxtil, em Benguela, e a da, Saurimo, Dundo, Caxito, Sumbe, Porto Amboim, SATEC, no Cuanza-Norte e Dondo”. Prevé-se que de 2012 a 2017 o sector da indústria transformadora vá Huambo, Caála, Lubango, Namibe e Tómbwa”. Estáo aprovados projectos estruturantes que váo ser registar um crescimento médio anual na ordem dos 10 im plementados no Soyo, Cambambe, Laúca, Caculo por cento e que o número médio anual de postos de tra Cabaga, e Keve/Ebo até ao ano de 2016, que váo gerar balho a criar seja de 7.400 directos e 7.580 indirectos, estando o valor dos investimentos a realizar estimado urna potencia de 5 mil megawats. Em torno dos projectos está um investimento de 8 mil em 8 mil e 500 milhSes de dólares, inscritos na car milhoes de dólares para a produgáo e de cerca de 9 mil teira dos ministérios da Indústria e da Geologia e Mi milhóes para o sistema de transporte e distribuigáo de nas. “Ao avaliarmos o grau de implementagáo desses programas, constatamos que estamos a cam inhar na energia. “Assim, se o subprograma do Executivo para o sector da via certa e que náo nos afastámos do rumo definido á Energia for integralmente cumprido, o abastecimento partida. Constatamos também que estamos a acelerar de energia eléctrica vai melhorar significativamente a nossa marcha para chegar o mais depressa possível em 2013 e, a partir de 2017 os principáis problemas aos objectivos gerais ou fináis dessa Estratégia”, afirmou José Eduardo dos Santos. estaráo praticam ente resolvidos”, referiu. 9 B Petróleo SECTOR VICE MINISTRO DOS PETROLEOS Liberalizado do mercado de combustíveis aumenta utilizacáo de produtos petrolíferos Em quatro anos o consum o derivados aum entou em 74 por cento O Vice-Ministro dos Petróleos Aní bal Silva disse acreditar que a libe ralizad o do mercado de combustí veis em Angola vai contribuir para o aumento da utilizacáo de produ tos petrolíferos em diversos secto res da economía, predom inante m ente no sector dos transportes, com realce para o transporte ter restre. Por Ary da Luz Aníbal Silva, que fez estas declaragoes no seminário nacional sobre as Especificagoes de Produtos Pe trolíferos, realizado pelo Ministério dos Petróleos que decorreu, em Luanda e afirmou que o actual crescimento económico do país tem-se reflectido no aumento e utilizagáo de vários meios de transporte. “Es tes meios de transportes terrestres, marítimos e aéreos e um variadíssimo leque de equipam entos tém originado o aumento considerável dos consumos de produtos petrolí feros, cuja qualidade pretendemos que seja cada vez melhor e ambien talm ente sustentável”, disse o ViceMinistro. Lembrou que em apenas quatro anos (2006 a 2010), os consumos de produtos petrolíferos, aum entaram em cerca de 74 por cento, sendo que em 2010 o consumo atingiu aproxi m adam ente os 3,82 de toneladas m étricas contra um consumo de I Petróleol 0 cerca de 2,19 milhoes de toneladas métricas por ano, registados em 2006. Com base nos registos de 2010, o produto mais consumido foi o gasóleo, tendo atingido os 1,98 milhdes de toneladas métricas por ano, o que corresponde a cerca de 52 por cento do total dos consu mos, seguido da gasolina com aproximadamente 894 mil toneladas métricas por ano, o que correspondem a 23 por cento do total de consumos. E specificagóes de p ro d u to s petrolífero s Ao destacar a im portáncia da actualizagáo e observagáo das especificagóes dos produtos petrolíferos, Aní bal Silva referiu que este processo consiste em garantir a seguranza no abastecimento, quer na qualidade do produto, quer na redugáo do impacto ambiental resul tante do aumento do consumo destes produtos. Disse ser necessário que periódicamente se actualize as especificagóes dos produtos petrolíferos comercializados no país, para que possam satisfazer as tendencias e exi gencias da industria de construgáo de automóvel. “Julgamos ser conveniente que os valores dos principáis parámetros das especificagóes dos nossos produtos pe trolíferos estejam harmonizados com as especificagóes dos produtos petrolíferos comercializados a nivel da SADC e do continente”, sublinhou, acrescentando que em face disso nao se deve perder de vista as tendencias tecnológicas m undiais da industria de construgáo de automóveis e de motores para diversos equipamentos. Lembrou que fruto da política de harmonizagáo em resposta á recomendagáo da SADC, aboliu-se, a partir de Janeiro de 2006 a produgáo do uso da gasolina com chumbo no país e aumentou-se o seu nivel de octano, que passou de 91 para 93, o que melhorou a qualidade da gasolina, tornando-a amiga do ambiente. Na ocasiáo pediu aos presentes mais contribuigoes em torno das especificagóes dos produtos petrolíferos para que venham a corresponder as necessidades. Com as contribuigoes, pretende-se substituir o Regulamento aprovado em 2008, através do Decreto Executivo n° 54/08 de 16 de Abril, urna vez que o referido decre to foi revogado por forga da nova Lei sobre Refinagáo de Petróleo Bruto, Armazenamento, Transporte, Distribuigáo e Comercializagáo de Produtos Petrolíferos (Lei 28/11 de 1 de Setembro de 2011). O vice-ministro acredita que com o Regulamento respeitado, evitar-se-á a entrada no mercado interno de produtos adulterados susceptíveis de danificar moto res de diversos equipamentos e contribuir para a degradagáo do ambiente. Espera por isso, boas conclusóes e recomendagoes para o enriquecimento do Regulamento. Pretende-se com o seminário partilhar conhecimentos entre técnicos do sector e especialistas de outras insti tuigóes e companhias que tem interesse no tema, com particular destaque para os combustíveis gasosos, lí quidos e asfaltos. 0 seminário está também voltado para a recolha de contribuigoes para a elaboragáo de um novo Regula mento sobre o assunto. 11I Petraleo Participantes sugerem criagáo de urna comissáo técnica multidisciplinar Os participantes ao Seminário Nacional sobre Especi ficagóes de Produtos Petrolíferos, realizado em Luan da, sugerem a criagáo de urna Comissáo Técnica M ulti disciplinar sobre a questáo. O Seminário teve como objectivo a partilha de conheci mentos entre técnicos do sector, especialistas de outras instituigóes e companhias com interesse no tem a so bre Especificagóes de Produtos Petrolíferos, com realce para os combustíveis gasosos, combustíveis líquidos e asfaltos. Com o seminário pretendeu-se igualmente a recolha de contribuigoes para a elaboragáo de um novo Regulamento sobre Especificagóes de Produtos Petro líferos, em substituigáo do Regulamento aprovado em 2008, através do Decreto Executivo n° 54/08 de 16 de Abril, urna vez que o referido Decreto foi revogado por forga da nova Lei sobre Refinagáo de Petróleo Bruto, Armazenamento, Transporte, Distribuigáo e Comer cializagáo de Produtos Petrolíferos (Lei 28 de 1 de Set embro de 2011). Os participantes deixaram algumas conclusóes e re comendagoes, que passam por desenvolver acgóes com vista ao aumento do índice de cetano do gasóleo co mercializado no mercado interno; empreender esforgos visando a redugáo do teor de enxofre no gasóleo, bem como a inclusáo na ficha de especificagóes do gasóleo os valores do parámetro de filtrabilidade. Incluir a ficha do asfalto 60/70 na regulamentagáo das Especificagóes de Produtos, bem como rever a praticidade e aplicabilidade de alguns métodos de ensaios laboratoriais de determ inados parám etros dos pro dutos petrolíferos, sáo outras das conclusóes saídas do seminário nacional. Pretende-se com isso, a sua substituigáo por métodos mais expeditos e que sáo igualmente reconhecidos internacionalmente. Partici paran! do seminário representantes de instituigóes e companhias como Ministério dos Transportes/Direcgáo Nacional dos Transportes Rodoviários, Instituto Angolano de Normalizagáo e Qualidade (IANORQ), Sonangol Refinaria de Luanda e a Sonagás. Partciparam igualmente representantes da Sonangol Logística, Sonangol Distribuidora, Sonangol, Laboratorio Central da Sonangol, ITGA, Pumangol e da Sonangalp, entre outras instituigóes. Durante o Seminário foram apresentados e discutidos vários tem as relacionados com as especificagóes de pro dutos e efectuadas visitas ao Laboratorio Central da Sonangol e ao Laboratorio da Refinaria de Luanda. Fruto das apresentagóes, das visitas efectuadas e das discussóes havidas durante o seminário, os participantes reconheceram o mérito do Ministério dos Petróleos em ter realizado o Seminário Nacional sobre Especificagóes de Produtos, iniciativa que atingiu os objectivos preconizados, e que deve contribuir para o melhoramento da regulamentagáo sobre especificagáo dos produtos petrolíferos no país. A sessáo de encerramento do Seminário foi presidida pelo Director Nacional de Comercializagáo do Ministério dos Petróleos Eng“ Albino Ferreira. Plataforma Total Explorado & Pesquisa langa "olhar" em águas profundas no bloco 17 IN A U G U R A D A TERCEIRA PLATAFORMA PETROLÍFERA Plazflor produz diariamente 220 mil barris de petróleo e tem capacidade de armazenamento de 1.9 milhóes barris de petróleo P A Í TESE* f fe A Total Exploragáo & Pesquisa Angola realizou no bloco 17, no “offshore” angolano, a cerimónia ofi cial de inauguragáo de uma unidade flutuante de produgáo, arm azenam ento e descarga de petróleo, denominada Plazflor. A unidade produz diariam ente 220 mil barris de petró leo e tem capacidade de armazenam ento de 1.9 milhóes de barris de petróleo. Com a sua entrada em operagáo eleva para 700 mil a produgáo total do bloco 17. O Pazflor ou Flor da Paz, em portugués, nome escolhido em alusao aos acordos de Paz assinados em Angola em 2002, é formado pelos campos Perpetua, Antúrio, Zínia e Horténsia. O Ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, que presidiu a cerimónia, destacou as inovagóes da Total E & P Angola no dominio da exploragáo em águas profundas, a comegar pelo campo do Girassol e, agora, com o Plazflor que, que como notou, “vai mais longe com o seu sistema de produgáo subm arina que extrai óleos com diferentes densidades, nomeadamente pesado, mioceno, leve e oligoceno”. Se a extracgáo do petróleo pesado é, por si, um verdadeiro desafio tecnológico, a sua separagáo bi-fásica (gás/ liquido) e a consecutiva injecgáo até a superficie sao, igual mente, um a vitória tecnológica, acrescentou o ministro dos Petróleos. Além do óleo, o ministro realgou o gás associado que, argumentou, “se nao é reinjectado, é armazenado em reservatórios do Plazflor podendo posteriormente ser transfor mado em gas natural liquefeito”. Esse gás nao é queimado, os ganhos sao consideráveis e o ambiente é poupado, concluiu. A Total está em Angola há 30 anos e é hoje o maior produtor de petróleo entre as companhias estrangeiras a ope rar em Angola. O presidente do Conselho de Administragáo do Grupo Total, Christophe de Margerie disse ter recebido do esta dista angolano elogio pelo nivel de cooperagáo entre o seu Grupo, a Sonangol e o M inistério dos Petróleos e a recomendagáo para mais investimentos no capital humano. Os müitos números do Pazflor O Pazflor tem um a profundidade equivalente a 1.200 metros de profundidade de água, ou seja, quatro vezes a torre Eiffel e tem uma pressáo equivalente a 350 vezes a 0 Petroleol 2 ■ ■ pressáo atmosférica. A área é equivalente a 6 vezes a regiáo de Paris, ou seja cerca de 600 quilómetros quadrados e tem urna profundidade do pogo em metros 3900. O investimento é comparado ao programa espacial Ariane 5, tendo um peso (FPSO) equivalente a 300 Airbus A-380 e urna área equiva lente a 4 campos de futebol. A altura do FPSO equivale a um predio de quatro anda res. Cerca de 1.900.000 habitantes beneficiam dos progra mas de responsabilidade social. O Pazflor fez 10 anos entre a pesquisa e a produgáo e registou 25 milhoes de horas de trabalho; presente em quatro continentes e envolve 4.500 pessoas. Situado a 150 quilómetros da costa angolana e a 40 qui lómetros do Campo Dália, o campo Pazflor é formado por quatro reservatórios de turbiditos terciários com uma ar quitectura interna complexa, constituida por sedimentos massivos (canais e lobos) e de fácies compostos (misturas de areias e de argilas com canais marginais) conforme o contexto dos depósitos. Esta unidade sedim entar esconde especificidades próprias a cada tipo de campo: o Miocénio (Hortensia, Perpétua e Zínia) e do Oligocénico (Acácia). Enquanto os outros sao pouco profundos, cerca de 1200 metros, pouco estruturados e muito extensos (15 quilóme tros do Norte ao Sul), o campo Acácia é mais compacto com grandes inclinagoes e constituido por unidades sobrepostas e desconexas. Sao óleos diferentes: um, pesado e viscoso, no Mioceno, outros mais leves, no Oligoceno; este foi um dos desafios mais importantes para as equipas das geociéncias. Com uma lámina de água que varia entre os 600 e 1200 me tros, os campos estendem-se numa área de 600 quilómetros quadrados reunindo dois desenvolvimentos num só. Parceria sustentável Uma parceria sustentável com Angola deve decidir-se também ñas águas ultra profundas do bloco 32, no qual a Total efectúa 13 descobertas, a uma profundidade entre 1.400 e 2000 metros de água. Um dos principáis produtores petrolíferos da Africa subsahariana, Angola viu sua produgáo triplicar entre 2001 e 2009, atingindo mais de 1,8 milhoes de barris por dia. Actor principal deste crescimento, a Total, apoiada pela Sonangol e os seus parceiros do bloco 17, definiu com a Pazflor, um novo lim iar decisivo para este crescimento, de acordo com uma publicagáo da companhia. O Pazflor deve elevar a capacidade de produgáo instalada do bloco 17 para mais de 700 mil barris de petróleo por dia, um incremento em torno dos 10 por cento, o que eleva a ca pacidade de produgáo do país. O Pazflor vem no seguimento do desenvolvimento do Girassol (2001), Jasmim (2003), Dá lia (2006) e Rosa (2007). Esta rentabilidade m utua caracteriza, desde há muito, o espirito de parceria que une o grupo a Angola, terreno privilegiado da competéncia da Total em grandes fundos. O bloco 17 tornou-se palco de inovagóes cruciais para a con quista das grandes profundidades. Desde 1995, 15 descobertas sucessivas vieram revelar o imenso potencial deste “Golden block”. 1 3 0 Petróleo Transmissáo de Know-how Os operadores do FPSO Pazflor devem ser na sua maioria angolanos nos próximos tempos. Cerca de 50 novos opera dores recrutados pela Total E&P Angola para o bloco 17 beneficiaram já de dois anos de formagáo teórica nos cam pos do Girassol e Dália. Esta transferéncia de Know-how abrange igualm ente os engenheiros angolanos, através da sua integragáo no projecto, frequentemente a níveis de res ponsabilidade elevados. Em 2010, a primeira unidade de separagáo subm arina (SSU) tinha iniciado a sua longa série de testes fináis na Noruega. A segunda rem essa de Christm as trees navega entre a Escocia e Angola, todas as cabegas de pogos reque ridas para o arranque da produgáo de petróleo tinham chegado a Luanda e o fabrico angolano dos colectores estava concluido. Apesar da sua missáo se encontrar ainda longe de estar concluida, a equipa do sistem a subm arino de produgáo e separagáo (SSPS) pode orgulhar-se de ter honrado os seus compromissos e cumprido o seu objectivo principal: o fabri co de SSU conjugando a separagáo gás- líquido e a activagáo dos líquidos para os reservatórios miocénicos. Infra-estru turas SECTOR FERROVIARIO Linha Benguela-Huambo coloca regiáo na rota do crescimento A poucos metros da estagáo de Benguela estava o velho Ernesto. Dirigimo-nos a ele e perguntamos o que significau va aquele momento. Com olhar seco e repleto de satisfagáo, - r v % • 9 1 j! » fi Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (...) todo mundo é composto de mudanzas, disse um dia, Luis de Camóes. Por cá as m udanzas chegam e os sinais de algum progresso sáo cada vez mais eviden tes. Por Ary da Luz Com o relangarnento da circulagáo ferroviária do comboio na linha Benguela-Huambo, conectadas ao Porto do Lobito e ao futuro Aeroporto Internacional da Catumbela, a situagáo económica torna-se favorável e o crescimento eco nómico e a facilidade ñas trocas comerciáis entre as duas provincias, se evidencia. O Presidente da República, José Eduardo dos Santos inaugurou, na provincia do Huambo, o comboio de transporte de passageiros composto por dez carruagens, na presenga de membros do Executivo. Além disso, o aeroporto Albano Machado que tinha sido fechado para obras, reabriu as portas na mesma ocasiáo e a provincia passa a ter dois voos semanais da companhia aérea de bandeira. “O comboio é fundam ental para o desenvolvimento das provincias do país e do seu povo. Há povoados encravados que váo precisar do comboio para conhecer algum cresci mento”, disse á reportagem da Revista “O Petróleo, Manuel Macedo, m aquinista do CFB há mais de 40 anos. “Nao tenhamos dúvidas, com este passo, o Huambo es tá na rota do desenvolvimento”, acrescentou o maquinista M anuel Macedo ao destacar a importáncia deste meio de transporte ferroviário. A circulagáo do comboio é um a necessidade nao só pa ra Angola mas também para os países vizinhos. As regioes que váo do Kwanza até ao Luena váo ser beneficiados em grande medida pelo comboio. Temos também casos de pa íses encravados como o Congo e a Zámbia, que váo igual mente beneficiar desse meio. disse que os dias de dificuldades no escoamento de produtos do campo para cidade estava prestes a ter fim. “Agora poderemos levar a nossa produgáo para cidade sem muitas dificuldades e sem gastar tanto dinheiro”, disse e acrescentou: “parece que a nossa vida, enquanto camponeses e membros de cooperativas, vai mudar com a chegada do comboio”. Partimos madrugada adentro (OOhOO) do pequeño muni cipio do Cubal em direcgáo á provincia do Huambo. As 6hl5 estávamos em pleno eoragáo da cidade do Huambo, m ar cando assim o inicio da circulagáo do comboio de Benguela-Huambo, há muito interrompida. Quáo o espanto da populagáo! Q uanta alegría! Disso nao houve brecha para dúvida. O simples aceno, o grito de satisfagáo e o singelo sorriso eram revelador disso. Em cada povoado, em cada municipio, era visível a satisfagáo das pessoas. Gongalves Joaquim, residente na provincia do Huambo acredita á semelhanga dos primeiros, que com a chegada do comboio, os produtos do campo e mesmo os importados que poderáo chegar a cidade através do Porto do Lobito, váo conhecer uma significativa redugáo de pregos. “O comboio transporta em grandes quantidades e é barato. Se é assim, entáo náo tem como o prego final dos produtos ser alto”, concluí. De optimismo náo é tudo. Irene da Silva sente que com a chegada do comboio á provincia do Huambo e poste rior rumo ao Bié e finalmente ao Moxico, a vida deve rum ar para tempos de “pequeñas glorias”, sem fome e privagóes. Uma vida dedicada á actividade ferroviária O maquinista, Manuel Macedo, ainda no activo, tem toda uma vida dedicada á actividade ferroviária. Sáo 40 anos, entre altos e baixos, momentos memoráveis e amargos. Dos tempos das locomotivas a vapor ás m áquinas diesel, as actuais, Manuel Macedo reserva um optimismo face ao futuro. Lembra que em 1975 frequentou o curso de maqui nista de locomotiva diesel. Hoje é chefe de departam ento de servigo de tracgáo e material, um departam ento que regu la o tráfego de comboios entre as diversas localidades até á fronteira com a RDC. De lá para cá, diversas situagóes se passaram . Umas boas e outras nem por isso. “As que mais me marcaram era quando nos encontramos ñas casas de pasáagens e reportávamos sobre o comportamento das locomotivas ao longo das linhas”. Somos os sobreviventes desse mau bocado que o país atravessou por forga da guer ra. Mercé deste mal, hoje conta-se menos de um a dezena de maquinistas da sua época. 0Petrileal4 Economía MINISTRO DOS PETRÓLEOS Sector automóvel absorve maior parte dos lubrificantes produzidos em Angola Parte considerável da produgáo nacional de lubri ficantes tem sido, até agora, absorvido pelo sector automóvel, com cerca de 79,4 por cento da produgáo, numa altura em que as necessidades internas de lu brificantes rondam as 50 mil toneladas métricas por ano. Por Ary da Luz A informagáo foi prestada, recentemente em Luanda pe lo M inistro dos Petróleos José Maria Botelho de Vasconce los, quando presidia a abertura do Seminário Nacional de Lubrificantes, que visou capacitar os funcionarios do sector sobre o negocio, desde a sua produgáo a comercializagáo. O sem inário pretendeu igualm ente p artilhar conhecimento sobre o que de mais inovador existe no país e no mundo, sobre os lubrificantes e a lubrificagao. O Ministro disse que actualmente o país tem uma única fábrica de lu brificantes, cuja produgáo atingiu a cifra de 20 mil e 987 to neladas métricas em 2010. Desta produgáo 16 mil e 665 to neladas métricas sao de lubrificantes automotivos, tres mil e 424 toneladas métricas de lubrificantes de marinha, 686 toneladas métricas lubrificantes para o sector industrial e 212 toneladas métricas destinados a outras aplicagóes. Relativamente a comercializagáo de lubrificantes no pa ís, Botelho de Vasconcelos disse que diversas empresas estáo a desenvolver o negocio com realce para a Sonangol Distribuidora com a marca Ngol, a Sonangalp com as mar cas Ngol e Galp, a Pumangol com a marca Puma e a Cosal com a marca Castrol.“Contrariamente ao que se passa com maior parte dos combustíveis, o prego no negocio de lubrifi cantes é livre. Este negocio tem se revelado bastante com petitivo e dinámico”, notou o Ministro. Preocupagóes O M inistro frisou que entre as preocupagoes do sector destacam-se as questoes que tém a ver com a produgáo lo cal de lubrificantes versus importagáo. “Para determinados tipos de lubrificantes, muito específicos, de pouco consumo e cuja m atéria-prim a nem sequer dispomos talvez náo seja viável a sua produgáo interna”, sublinhou. Na ocasiáo, o M inistro apelou os participantes a fazerem uma profunda reflexáo sobre a problemática da importa gáo de lubrificantes versus produgáo local. “Devemos todos 1 5 I Petróleo fazer um esforgo visando o incremento da produgáo local destes produtos em detrimento das importagóes, sobretudo para os lubrificantes mais comuns”, referiu, afirmando que deste modo vai se contribuir para a criagáo de mais postos de trabalho e consequentemente, transferencia de tecnolo gía para a redugáo da pobreza no nosso país. O Ministro afirmou que há necessidade de se melhorar alguns aspectos relacionados com a importagáo de lubrifican tes. “Devemos, por exemplo, rever a questáo da rotulagem das embalagens dos lubrificantes importados, exigindo que os rótulos destas embalagens sejam escritos em portugués de forma a facilitar a leitura por parte dos compradores destes produtos”, sublinhou Botelho de Vasconcelos. O Ministro dos Petroleos salientou que uma questáo que também preocupa o sector tem a ver com a necessidade e o papel dos servigos de assisténcia técnica no negocio dos lu brificantes para garantir-se um melhor servigo aos clientes particularm ente na implementagáo e consolidagáo da cul tura de manutengáo dos seus equipamentos. Para o efeito, Botelho de Vasconcelos pediu aos participantes que abordassem com profundidade a questáo sobre o tratam ento dos lubrificantes usados, por se pretender encontrar solugóes para o assunto. Espera, no entanto que estas solugoes sejam as mais económicas e am bientalmente sustentáveis, náo descurando a possibilidade da sua reciclagem. Por se tra ta r de um tem a transversal, a organizagáo do seminário convidou especialistas da fábrica de lubrifi cantes de Luanda da Sonangol distribuidora e técnicos da Sonangalp e da Pumangol, além das concessionárias da marca Hyundai, Caterpillar Angola. ‘Veremosnosunirpara enfrentarosdesafíos daangoianizacaoH Entrevista com Carlos Francisco, docente universitário O Ministério dos Petróleos está a desenvolver de forma eficaz o processo de integragáo de nacionais na indústria petrolífera. Mas, existe ainda muito trabalho pela frente, no caso específico de os gestores angolanos virem a ter posigóes mais vantajosas ñas companhias, defendeu na entrevista que concedeu a revista “Opetróieo”, o docente da Universidade Lusíada de Angola, Carlos Francisco, autor da obra “competéncias e requisitos para a cadeia de logística & Política de Angolanizaqáo”. Domingos Golombole Revista Opetróieo - O Sr. lanqou recentemente uma obra científica sobre angolanizaqáo no sector. Que avaliaqáo faz deste processo? Carlos Francisco - Este é um processo que pode levar algum tempo para ser concretizado efectivamente, sabendo que sáo interesses de tres partes, no caso o Governo, a empresa e os socios das companhias que estáo directam ente envolvidas. Cada uma délas tem interesses náo comuns ou diferentes. Por exemplo, sem publicitar, na empresa onde estou neste momento, o processo de angolanizacáo, diremos, está a ser implementado a 35%. O P - U m a das g ra n d e s questóes que os especialistas defendem é o facto de os nacionais náo ocuparem posigóes vantajosas ñas empresas estran geiras, relativam ente aos cargos de direcpáo. Acredita que este quadro pode mudar a longo prazo? CF- governamental que vela por estas questoes, possui um plano estratégico que terá a sua eficácia. Queremos que o próprio Governo faga um a monitorizagáo ou acompanhamento do processo de angolamzagáo, para que os resultados tenham efeitos práticos táo rápido, porque esta matéria tem um a carga de complexidade muito grande. É bastante sensível... OP- Que opiniáo tem sobre o desempenho de alguns gestores nacionais ñas companhias? CF- Antes de aprofundarm os esta questáo, temos que olhar para várias vertentes: prim eira, temos angolanos que estudaram no exterior do país e há os que estudaram internam ente. A tendencia é sempre priorizarem os que se form aram no exterior do país, por vários motivos, um dos quais o dominio da língua inglesa, pontualidade e profissionalismo em alguns casos. Mas, também temos os que estudaram localmente que sáo bons técnicos. Nós angolanos devemos nos u n ir p ara este grande desafio de enfrentarmos os estrangeiros, claro, no bom sentido, com a nossa sapiencia peculiar e tornarm os mais profissionais em muitos aspectos. OP-A nivel remuneratorio ou salarial também existe um a d isp arid ad e enorm e entre os nacionais e expatriados. Deve haver algum a legislaqáo sobre isso? CF- Seria bom que existisse, mas também já temos angolanos a ganharem mais do que os expatriados, apesar de ser na sua m inoría. Agora, quanto á legislarlo também concordo que este processo devia ser revisto e readaptá-lo ao contexto actual. Tem algum conhecimento de sucesso da Creio que sim, mas, conforme disse anteriormente, OPpolítica valorizaqáo dos quadros locáis? isso vai levar algum tempo mas, no futuro, poderá ser CF- Sim, de diremos que a Africa do Sul tem um processo um facto, já que o Ministério dos Petróleos, a entidade que se chama “Black Economic Empowerment”, e é I Petróleo 1 6 1 7 0 Petróleo “A mera transferencia dos cusios entre empresas dentro da mesma cadeia de logística náo irá tornar a oferta mais atraente para o consumidor final” similar ao da angolanizacáo, em que as empresas foram orientadas para até 2014 implementarem o programa. Caso contrário, poderáo vir a perder o direito de fazer negocios com o Governo, embora este processo sul-africano tenha sido aplicado em todos os sectores económicos por causa do apartheid na altura. OP- Quais os requisitos para a cadeia de logística e política de angolanizacáo? CF- Todas as áreas tém os seus requisitos técnicos para serem angolanizadas, mas, primeiramente, deve-se saber completamente o processo logístico que existe na em presa, sobretudo as políticas internas e externas, assim como a eficácia na gestao da cadeia de logística que é fundamental, um a vez que a cadeia de logística tem muito a ver com a satisfagáo dos fornecedores e clientes. As relagoes entre estas duas partes tém sido tradicionalmente encaradas mais numa óptica de oposigáo do que de cooperagao. OP- Porqué? Será que a m aior parte olha mais para os lucros do que na melhoria dos servidos? CF- E uma das razoes, porque o mercado está cada vez mais exigente. As empresas tentam aum entar os seus rendimentos á custa dos seus parceiros da cadeia de logística, porém, a mera transferéncia dos custos entre empresas dentro da mesma cadeia de logística náo irá tornar a oferta mais atraente para o consumidor final. Todas as empresas que fazem parte de uma cadeia devem esforgar-se pelos mesmos objectivos e manter-se associadas de forma integrada (fornecedores, CF Internas e Cliente). A tendéncia vai no sentido de tornar toda a cadeia logística mais competitiva, pelo que requer-se a introdugao de sistemas de informagáo integrados, que perm itam a partilha de informagoes entre diferentes organizagoes numa cadeia de logística. Esta é a chave para o sucesso da gestáo da cadeia de logística. OP- De que maneira devem ser desenvolvidas as competéncias? CF- Existem várias m aneiras, entre as quais, o treinamento prático na área onde este funcionário será angolanizado, além da componente de desenvolvimento pessoal e educacional. Por outro lado, trabalhar directam ente com a pessoa ou o expatriado que tiver que o substituir. OP- Quais sáo os grandes desafios para o aprisionamento? CF- A tecnología, porque futuram ente náo se poderá utilizar mais a máo-de-obra, mas sim a tecnología avangada. Um bom exemplo prático é o uso de cartóes para pagar o combustível a qualquer hora do dia e, isso, tem muitas tendéncias na área de aprovisionamento. Era necessário sublinhar que a estrutura do aprisionamento sofreu algumas mutagoes, ás quais exigem um a constante adaptagao e transformagáo. Por exemplo, os riscos devem ser geridos em toda a cadeia de logística, uma vez que a globalizagáo e a externalizagáo tornam o processo de abastecim ento m ais complexo. Todavía, as empresas vivem actualmente num clima caracterizado por grandes mudanzas e uma forte concorréncia. Estas condigoes levam á necessidade de fomentar a colaboragáo em toda a cadeia de logística para que o produto final seja competitivo. Uma das medidas para satisfazer as novas exigencias, é a especializagáo. OP- Porqué as empresas separem a componente estratégica o da operacional das compras? CF- E um a área bastante complexa, cada empresa tem o seu nivel de gestáo. Tudo que for gizado pela companhia deve ser planificado a nivel de direcgáo (estratégico). Defendo que esta área deve ser separada, aliás, sabe que há certas decisoes que náo chegam normalmente a níveis operacionais, mais sim sao dados alguns conhecimentos básicos do que se discutiu. O servido de compras é responsável por todas as actividades relacionadas com a aquisigáo de m ateriais ou servigos a fornecedores externos e internos da forma mais eficiente e eficaz possível. Para um a competitividade, deve haver a optimizagáo de custos, menores custos de transacgoes e despesas gerais, a utilizagáo de activos, externalizagáo e gestáo de inventários, bem como a criagáo de valor, desenvolvimento de processos ou ainda produtos e melhoria de qualidade. O servido de compras poderá agilizar a produgáo e garantir a qualidade do produto final ao assegurar a contratagáo de fornecedores que facultem os produtos ou servigos adequados, com qualidade e no prazo devido. Este facto poderá contribuir ainda para reduzir os prazos de entrega do produto final e garantir o cumprimento dos mesmos. OP- O prego do petróleo disparou no mercado internacional. Na sua opiniáo, esta subida poderá perdurar por muito tempo? CF- Tudo depende da variagáo do mercado. O prego é sempre volátil. Como sabe, actualm ente existem conflitos na zona árabe, e enquanto esta situagáo perdurar, a alta do crude será ainda um facto. Ao manter-se a tendéncia, Angola continuará a beneficiar-se desse recurso para continuar a concretizar os seus programas de desenvolvimento económico e social. Carlos Domingos Francisco, docente universitário, natural de Luanda, nascido aos 16 de Maio de 1980, é licenciado em Gestao de Empresas, pela Cape Península University and Technology (Africa do Sul- 2005) e mestre em Gestáo & Logística, em Florida, EUA, em 2007, na Atlantic International University, onde também concluiu o doutoramento em Economía e Gestáo Estatística, em 2010. Neste mesmo ano, publicou a sua primeira obra intitulada “Competencias e Requisitos para a Cadeia de Logísti ca & Política de Angolanizaí^ao”, da 1 9 I Petróleo “A estrutura do aprisionamento sofreu algumas mutacóes, as quais exigem uma constante adapta^áo e transformado”. qual vendeu 950 copias. Este trabalho de cariz científico analisa as necessidades futuras das empresas em matéria de logística, face á continua evoluq:áo macroeconómica e identi ficar potenciáis cidadaos angolanos que, eventualmente, possam bene ficiar do processo de angolanizacao em curso na indústria petrolífera angolana. O autor já trabalha numa próxima obra, que deve designar-se “O impacto de derramamento de petróleo na economia e ambiente em Angola”. Em Agosto de 2011, lan^ou a obra "Mercado de Capitais em Angola”. Arte Arquitetura e designer petulante A Ecología em acpao dos prétfios do futuro Arquitetura futurista, estrutura ecológica e design petulante. Essas sao algumas das características que definem os prédios do futuro, formagoes verticais que parecem ter saído da mente de um roteirista de ficgáo científica. Com projetos espalhados por todo o mundo, esses edificios sao a saída encontrada pelos arquitetos para exibir o poder de gigantes multinacionais, ou resolver o continuo aumento da populagao ñas grandes cidades, cada vez mais sem espago. Dancing Towers ou Signature Towers (Dubai) Com carácter de obra faraónica, as Torres que dangam de Dubai, nos Emirados Arabes Unidos, vao ser a sede da empresa Business Bay. O projeto comegou a ser construido em 2008, mas já foi paralisado e ainda nao há previsao de retorno. As tres torres foram “coreografadas” para reflectir o movimento de fluidos, de acordo com a arquiteta iraniana Zaha Hadid, responsável pelo projeto e vencedora de diversas competigoes intemacionais. Bosco Verticale (Milán) Proeza incrível da arquitectura verde, a Bosco Verticale promete ser a primeira floresta vertical do mundo. A construgáo coberta de vida vegetal será erguida em Milao, na Itália, e protege os moradores da poluigáo do ar e sonora através da capacidade das plantas em gerar umidade, absorver C02, produzir oxigénio e proteger o edificio da poluigao atmosférica. Todas estas características melhoram a qualidade do espago e eco nomizan) dramáticamente o consumo de energia durante todo o ano. Cada um dos 27 andares do edificio terá uma varanda planta da com árvores capazes de responder ao clima da cidade - sombra será fomecida no verao, e luz do sol entrará ñas casas no invernó, uma vez que as árvores estarao despidas. A Bosco Verticale é de autoría do arquiteto Stefano Boeri. 56 Leonard Street (Nova lorque) Este arranha-céu modernista e residencial terá 145 andares e será localizado na cidade de Nova lorque, nos Estados Unidos. O prédío é projetado pela empresa suíga Herzog & de Meuron e descrito pelo arquiteto como "casas empilhadas no céu." O 56 Leonard Street já foi elogiado por publicagoes como Vanity Fair e New York Magazine, mas atualmente está embargado e com as obras paradas. I Petróleo 2 0 Burj Al Alam (Dubai) energía do edificio. O projeto, de autoría do arquiteto Chad Oppenheim, é o primeiro condominio sustentável de Miami, Com um elevador que chega a mais de 350 km por hora, o nos Estados Unidos. Burj Al Alam (Torre do mundo, em portugués) é um luxuoso arranha-céu que será construido na cidade de Dubai, nos Logistic City (Shenzhen) Emirados Árabes Unidos. A estrutura terá 501 metros de altu ra e uma espécie de coroa na cobertura, com jardim suspenso Com impressionantes 1111 metros de altura, a torre auto sus e spa. Sua construyo comegou em 2006, mas o projecto foi tentável projectada para a cidade de Shenzhen, na China, será paralisado devido ao atraso no pagamento das parcelas de uma comunidade vertical com residencias, empreendimenclientes e investidores. A previsao actual para a conclusao do tos, comércio e áreas verdes. projecto é no final de 2012. A altura do super arranha-céu permitirá a circulado abun dante de vento que será colectado por turbinas eólicas para a Edificio COR (Miami) geragao de energia. Para manter as plantas sempre verdes, um sistema de reciclaO edificio COR consiste em um condominio vertical multi- gem vai aproveitar a água da chuva para regar e cultivar as funcional de estrutura metálica e vidro cercado por um exoes- partes naturais da construpao. queleto parecido com um queijo sui'90. No topo, os orificios Outro aspecto positivo é o uso de energia solar para alimentar circulares - ás vezes individual, ás vezes juntos - possuem todas as áreas comuns aos moradores. grandes turbinas eólicas que agem em conjunto com o sis O projecto audacioso ainda nao passa de uma ideia e nao há tema de painéis fotovoltáicos e colectores solares para o qualquer previsao de sua implantado ou do inicio de suas aquecimento de água, que formam o sistema de gerayao de obras na cidade de Shenzhen. 2 1 I Petróleo Opiniáo STEVE JOBS “Seu espirito sempre será a base da Apple’ O aforism o segu n d o a q u a l a “arte é lon ga e a v id a b rev issim a” (a rs longa, vita b revis em la tim ), p o p u la riz a d a pelo poeta rom an o S é neca, tem razáo de ser, na m ed id a em que a ex p re ssá o dos nossos feitos, q u e r tan gíveis, q u e r in ta n g ív e is se p r o lo n g a m p a ra lá d a sim ples v id a física do hom em , en quanto ser m ortal. P o r A ry da Luz E verdade e os latinos sempre tiveram razáo. Fica a marca e os feitos do homem, que náo raro, penetram o “ámago” de geragoes inteiras. Mas será que sem Jobs, o mundo ficará realmente órfáo das verdadeiras obras prima das tecnologías dos nossos dias? Esta é de facto uma pergunta cuja resposta está reservada para o tempo. O mundo está hoje repleto de homens criativos, génios e inovadores cujo olhar está voltado para a mudanga do mundo. Mas, diga-se, Steve Jobs, é na minha visáo, o maior visionário que o mundo um dia teve. Sempre com elegáncia, arte e inovagáo, mudou o mundo e deixou uma marca indelével no universo das tecnologías. Se há radicalismos para o mal, é também verdade que há radicalismos para o bem e Steve Paul Jobs, nascido em Sáo Francisco, California a 24 de Fevereiro de 1955, é disso exemplo. A sua morte já náo é novidade para ninguém, principalmente para aqueles que sáo “os filhos e aficcionados pelas tecnologias”. Porém, a verdade é que a morte daquele que é tido como visionário, provocou comogáo universal e náo foi porque tenha sido um mau ou bom chefe, foi sobretudo porque os seus feitos cessaram com a sua morte e o mundo fica órfáo de possíveis obras geniais para o futuro, como foram as que mudaram o nosso mundo hoje e a forma de se comunicar, trabalhar e até ouvir música. Será verdade? Como será o futuro da Apple? Diante de uma questáo destas, despontam duas posigoes. A primeira leva-nos a questionar se com a morte de Jobs, o génio inventivo da Apple há-de permanecer. A outra, por sinal mais pessimista, leva-nos a pensar que toda a “nata criativa”, que levou a empresa á mó de cima desaparece com a sua morte. Verdade ou náo, paira uma preocupagáo no ar sobre como vai ser doravante a Apple sem Jobs. Há um antes e um depois de Steve Jobs. Antes de fundar a empresa de informática Apple os com putadores eram máquinas difíceis de operar, lentas e complexas, que exigiam dos seus utilizadores a leitura de manuais volumosas. Com a Apple, os compu tadores humanizaram-se, tornando-se poderosos aliados no nosso dia-a-dia. Em plena década de 80, o mercado esta va repleto de entusiastas. A Apple fundada no final dos anos 70 por Steve Jobs, Steve Wozniak e Mike Markkula, teve o seu revés, as suas lutas e difi culdades. Entre tentativas e dificuldades, a Apple langa Macintosh, um computador pessoal que viria a servir de molde para os futuros computadores (os actuais). No final da década de 1970, Jobs, em conjunto com os seus companheiros, Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II. Estava langada a sorte. Mas nem tudo estava bem, apesar de ter estado entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica do usuário guiada pelo mouse, o que levou á criagáo do Macintosh. Estava-se em plena década de 80. Após perder uma disputa de poder com a mesa di rectora, 4 anos depois, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma poderosa companhia de des envolvimento de plataformas direccionadas aos mercados de educagáo superior e administragáo, na altura. Todavia, Jobs náo se dá por satisfeito e parte para a compra da NeXT pela Apple em 1996, o que lhe garantiu o seu regresso á companhia que ele ajudara a fundar, na qual serviu como seu di rector executivo de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook como sucessor. Morreu em 5 de Outubro de 2011, aos 56 anos, devido a um cáncer no páncreas. Foi um inventor, empresário e magnata americano no sector da in formática. Notabilizou-se como co-fundador, presi dente e director executivo da Apple Inc. Foi tam bém director executivo da empresa de animagáo por computagáo gráfica Pixar e accionista indivi dual máximo da The Walt Disney Company. (Petróleo 2 2 Reflexáo Há mercado para os combustiveis alternativas? Com o surgimento da revolugiáo industrial, o homem es tá incansavelmente a procura de u m “modus operandi” favo rável para melhorar cada vez mais a sua forma de viver. Mas nem sempre as coisas se revelaram fáceis. Em face disso, o homem, génio que é, correu sempre para as alternativas. Hoje, há inegavelmente uma frenética corrida aos combustíveis alternativos. Por Joana Pires Há mercado para estes combustiveis? Esta é uma questáo, cuja resposta está a mercé do tem po. Verdade ou náo, o certo é que a necessidade de satisfazer determinados fins conduziu sempre a solugoes. A busca pelo alternativo está em evidéncia. Pesquisas com biomassa, hidrogénio, gás e híbridos já saíram da fase dos prototipos e os novos combustiveis, aos poucos, váo sendo comercialmente testados. Cerca de 800 milhoes de veículos em circulagáo, em to do mundo, no ano 2000, devem se multiplicar, supe rando os 2 mil milhoes até o ano 2050. Ainda que novos pogos de petróleo continuem a ser descobertos, as re servas sao limitadas e concentradas em alguns poucos países, o que assegura uma perspectiva favorável para o desenvolvimento de combustiveis alternativos. A par do álcool, já consolidado como fonte renovável, a indús tria automobilística testa outras alternativas, tendo passado, em muitos casos, da fase de prototipos para testes comerciáis. Entre as alternativas, capazes de reduzir náo só a de pendencia em relagáo ás reservas de petróleo, como também as emissdes de poluentes, despontam o hidrogénio, o gás natural veicular, os motores eléctricos, bio-combustíveis e sistemas híbridos. Estes náo substituem os derivados de petróleo, mas aumentam signi ficativamente seu aproveitamento. Durante o Michelin Challenge Bibendum 2003, realizado entre 23 e 25 de Setembro, na California, Estados Unidos, mais de 100 veículos, entre automóveis ligeiros, camióes e autocarros movidos com combustiveis alternativos foram testados. O objectivo foi comparar seu desempenho. Do conjunto destes veículos, diversos modelos já sao expe rim entalm ente comercializados, na Europa e Estados 23 IPetrilei Unidos. Entretanto, iniciativas desta natureza e a este nivel exigem parcerias novas e fortes. Muitos estados fede ráis e até prefeituras, caso dos Estados Unidos e Brasil, desenvolvem programas experimentáis, para substituigáo de combustiveis nos sistemas urbanos de trans porte colectivo. Existe, inclusive, um guia com directrizes internacionais de transporte limpo, resultante de uma reuniáo realizada em Bellagio, na Itália, em 2001, e um Conselho Internacional para o Transporte Limpo (cuja sigla, em inglés, é ICCT), com sede em Sao Francisco, EUA. No Brasil, a titulo de exemplo, foram adquiridos em 2004, através do financiamento da Hewlett Founda tion, 10 autocarros híbridos (diesel e sistema eléctri co) da empresa brasileira Electra. Os autocarros foram testados. Com este passo pretendeu-se comprovar a redugáo estimada de 50 a 60 por cento das emissoes. No sector de biomassa, a Empresa Brasileira de Pes quisa Agropecuária (Embrapa) assinou um convénio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) e a Petrobrás, para ampliar os projec tos de pesquisa com combustiveis, incluindo inovagoes tecnológicas relacionadas ao álcool de cana. Biocombustíveis á base de soja, girassol, amendoim, mamo na e dendé estao na lista de prioridades e as pesquisas devem incluir análises das cadeias produtivas, além de desenvolver processos tecnológicos. O Brasil deve aproveitar melhor as boas condigoes cli m áticas para produgáo de bio-combustíveis, visando também o mercado externo de energías renováveis. Em Angola, embora náo estejam identificadas as em presas que eventualm ente possam vir a desenvolver o sector das energías alternativas, deve haver algum interesse da parte do Executivo em canalizar algum investimento neste dominio, ou se náo reforgar as Par cerias Público ou Privadas (PPP), no ámbito do desen volvimento das energías renováveis ou alternativas. De resto, o país tem vastíssimas parcelas de térra associado a um clima favorável para desenvolver combustíveis alternativos, através de cultura da cana-deagúcar, dendém e outros cultivos. Omeu ponto de vista ENERGIAS Renováveis na vanguarda das fontes energéticas do Sec. XXI i ( < i esde os primordios da h u m a n id a d e que os bens que a n a tu re z a dispóe rep resen tam quase que de forma inquestionável a fonte de riqueza que os homens tém para a satisfagáo das suas necessidades. Es tas necessidades sao dinámicas e estáo sempre em constantes mutagóes, mudanzas constantes e obedecem sempre a um critério de valoragáo em fun^áo do uso que se faz das mesmas. ♦POR OSWALDO CAPEJA Embora algumas opinioes caminhem em sentido con trario, o uso que o homem faz dos bens que a natureza fornece tem em vista a melhoria das suas condigoes de vida. Os seres hum anos sempre buscaram e ainda hoje buscam tira r dos recursos naturais as maiores vantagens possíveis e fazendo uso da sua inteligen cia, do seu engenho e da sua capacidade de criar e aperfeigoar, váo desenvolvendo tecnologías cada vez mais avanzadas tendo em atengáo a melhoria da sua qualidade de vida. Desde os tem pos im emoráveis que o homem busca aperfeigoar os instrum entos usados para explorar e extrair tais recursos. Antes da revolugáo industrial operada na Inglaterra no século XVIII, existiam re cursos energéticos que eram explorados com tecnolo gía bastante rudim entar. Hoje o quadro é bem dife rente, havendo um a clara e favorável incursáo no pro cesso de exploragáo das energías renováveis com alta tecnología, o que abre caminho para a táo apregoada sustentabilidade. Mas a descoberta de matérias-prim as dentre as quais se destaca o carváo e o advento da máquina a vapor e os principios da termodinámica, propiciaram o surgimento dos meios de transporte e consequentemente a descoberta de novos recursos naturais dentre os quais o petróleo e gás natural. Entenda-se por energías re nováveis aquelas em que existe uma taxa de utiliza gáo bastante inferior a taxa de renovagáo. Sao na sua esséncia energías provenientes de recursos naturais, tais como o Sol, chuva, vento, calor, marés, etc., etc., Sao reabastecidos pelas forgas da natureza. Isto é, na turalm ente. As energías renováveis tém vindo a ganhar destaque ao nivel dos Estados ñas últim as déca das isto porque, por um lado sao praticam ente inesgotáveis. O seu uso e aproveitamento náo comprometem a sua disponibilidade para as geragoes futuras. Os ris cos ecológicos da sua utilizagáo sao mais baixos, se nos ativermos ao modo clássico de produgáo de energia e permitem reduzir em grande escala a dependencia do petróleo e do carváo, para se ter algum exemplo. Por outro, o modo como a atmosfera está constituida tem sido alterado em grande medida, devido ao uso em grande escala dos combustíveis fósseis. O aquecimento global, as chuvas ácidas, degelo nos polos sao alguns exemplos. O recurso ás energías limpas e sustentáveis é uma condigáo que se impoe com uma certa urgencia, embora se reconhegam os custos elevados de investi mento no sector e os períodos de recuperagáo muito longos. Assiste-se a uma certa atitude de resistencia generalizada a mudanga, existem também problemas ligados ás flutuagoes sazonais de certas energías (eólica e solar). Em Angola, há uma clara “viagem” para esta direcgáo. O país tem potencial para aproveitar fontes de energia renováveis e o Executivo está empenhado em que sec tores importantes da economía se desenvolvam dentro das “melhores práticas am bientáis”. A transigáo para a economía verde “é um a realidade internacional” e que parece ser imprescindível para uma economía como é a Angolana. Este esforgo permi te que Angola dé passos rumo a uma economía mais verde e um desenvolvimento sustentável. Actualmente, a populagáo m undial ronda aos 6 mil milhóes de habitantes. E segundo dados demográfi cos, até meados do sec XXI, poderá atingir a cifra dos 10 mil milhóes de habitantes, sendo que a maior taxa de crescimento está localizada nos países em vía de de senvolvimento. Estima-se que o consumo de energia mundial venha a atingir duas a tres vezes o consumo actual. Portanto, prevé-se que os grandes aumentos na procura de energia no futuro sejam dos países em vias de desenvolvimento, devido ao maior crescimento da populagáo e desenvolvimento económico e tecnoló gico. Nos países industrializados, mesmo com grandes quantidades de consumo, assiste-se ao iniciar de uma gestáo de eficiéncia e poupanga energética relaciona da com a evolugáo. *Jurista IPetróleo24 Ciencia Os portáis Web e a sua importáncia na nova era N o mundo moderno onde o uso das tecnolo gías de informagáo e comunicagáo tem vindo a melhorar a relagáo entre os seus cidadáos, o processo de prestagáo de servigo tem sido araplamente discutido. Se anteriormente a oferta de servidos e/ou produtos era feita de forma fí sica, na actualidade este procedimento já náo é a única alternativa. POR GILBERTO MOISÉS * poderá criar um portal onde irá disponibilizar este material. Os portáis permitem melhorar a gestáo de pessoas: No sentido de tornar mais eficiente o processo de ges táo de pessoas, as organizagóes deveráo disponibili zar nos seus portáis catálogos com cursos para que os seus funcionários seleccionem os cursos que preten dan» fazer e que estejam de acordo com o seu perfil e as suas habilidades. Podem até matricularem-se em on-line. Os portáis deveráo permitir que os funcionários solicitem material de escritorio, equipamentos, e caso a organizagáo tenha algum contrato com uma clínica, deveráo permitir que os funcionários marquem as su as consultas médicas sem precisarem sair do local de trabalho. Os portáis melhoram os servigos prestados á comunidade: Em alguns países, com maior realce para a Europa e os Estados Unidos da América, a interacgáo na comunidade é feita utilizado portáis electrónicos. Sáo utilizados os portáis para entrega das declaragóes de rendimentos (IRC e IRS), sáo utilizados os portáis, por exemplo, do Ministério da Educagáo onde é apresentada a classificagáo das escolas a fim dos país e encarregados de educagáo escolherem quais as melhores escolas para m atricular os filhos. Os portáis sáo utilizados também, pelas instituigóes de saúde para divulgarem os seus servigos a fim de captarem o maior número de clientes. O mesmo acon tece com empresas que queiram divulgar os seus pro dutos e/ou servigos. Os portáis ampliam os canais de vendas, aumentam a competitividade das empresas, reduzem os custos em todos os processos realizados com auxilio da In ternet, disponibilizam operagóes 24 horas por día, permitem rapidez na realizagáo dos processos, redu zem da incidencia de erros nos processos, agilizam a integragáo com fornecedores, reduzem a circulagáo física de documentos e diminuem o ciclo de compras. No entanto, e apesar dos grandes beneficios trazidos pelos portáis electrónicos, a sua criagáo e desenvolvim ento é uma tarefa difícil. Para criar um portal que tenha sucesso é preciso em primeiro lugar torná-lo atraente aos utilizadores e disponibilizar os servigos e ferram entas certos. Desta forma, os utilizadores seráo atraídos até o portal e comegaráo a usá-lo regularmente. A Internet tem sido o grande veículo utilizado para a transformagáo dos servigos oferecidos fisicamente, e as vezes restrito apenas a pessoas e entidades que se encontravam num espago físico relativamente próxi mo da empresa, para oferta um público cada vez mais abrangente, ultrapassando desta forma as barreiras físicas, como distáncia, espatos geográficos e até bar reiras lingüísticas e tradigóes e costumes. Mas para que a oferta de servigos fosse feita de forma organi zada, surgiu uma ferram enta informática, conhecida por portal. Os portáis electrónicos sáo aplicativos que permitem as organizagóes fornecer informagóes arm azenadas interna e externam ente e fornecer aos utilizadores uma única porta de entrada para a informagáo perso nalizada necessária para a tomada de decisáo. Quanto ao contexto de utilizagáo os portáis podem ser classificados como em: • Portáis Públicos - também conhecidos como Por táis Web ou Portáis de Internet. Oferecem aos utili zadores uma interface com a rede de servidores que compóem a Internet. Possuem a fungáo de atrair o público em geral e funcionar como uma meio adicio nal para o marketing de produtos. • Portáis de negocios ou corporativos - incorporam novas tecnologías que possibilitam a identificagáo, captura, armazenamento, recuperagáo e distribuigáo de grandes quantidades de informagáo de múltiplas fontes, internas e externas, para as pessoas e equipas de uma organizagáo. O desenvolvimento dos portáis tem sido de impor táncia fundam ental para as empresas, permitindo maiores ganhos com a reorganizagáo dos processos produtivos. Os portáis permitem melhorar os processos organizacionais: Geralmente, m uitas organizagóes possuem diversos processos e para a sua execugáo é necessário que esteja munida de normas, regulamentos, m anu ais de procedimentos e catálogos de servigo. Assim, em vez da organizagáo gastar grandes somas de di- *Doutorando em Engenharia e Gestáo nheiro para im pressáo destes m anuais em papel, de Sistemas de Informagáo 25 IP etrilei Análise — — —^ 1 O uso de dispersantes e os planos de contingencias no offshore angolano a semana de 7 a 10 de N ovem bro de 2011, foi realizado no Ministério dos P etróleo s, em L u an d a , o W orkshop sobre o “Uso de Dispersantes e os Planos de Contingéncia Local”. N Por Octávio Alves Macieira Louren^o * O Ministério dos Petróleos, sendo o órgáo da administragáo central do estado que tutela o sector dos petró leos é o responsável pela execugáo da política nacional, coordenagáo, supervisáo, controlo e fiscalizagáo de toda actividade petrolífera, tendo por isso, o direito de coor denar e supervisionar o workshop, através do seu gabi nete de Seguranga e Meio ambiente. O workshop visou esclarecer e ilustrar a importancia do Uso de Despersantes e os respectivos Planos de Contin géncia do Executivo Angolano e das companhias petro líferas contra derrames de petróleo no offshore (mar). E ste workshop dem onstrou o interesse comum das autoridades nacionais e da indústria petrolífera em desenvolver o mapeamento de sensibilidade da costa nacional, permitindo que os participantes chegassem a um acordo sobre uma metodología específica para o mapeamento de sensibilidades costeira de Angola e de propor uma estrutura de projecto envolvendo o Execu tivo e a indústria petrolífera. Como resultado, um projecto de mapeamento está a ser implementado como um passo essencial para a preparagáo e as operagóes de respostas a derrames de petró leo no offshore. A realizagáo do evento dem onstra a preocupagáo do Executivo face aos problemas ambientáis causados por derram es em águas m arinhas. Cada companhia presente no workshop, procurou apresentar os seus planos de contingéncia, os devidos processos de acgáo em caso de derrame no m ar e os meca nismos esséncias de uso dos dispersantes na contengáo das gotículas de petróleo langados ao mar. E de louvar a iniciativa, que visou criar condigoes de debates sobre questóes que dizem respeito da protecgáo de derram es, salvaguardando um clima harmonioso entre o petróleo e o meio em que nos rodeia. Há a necessidade destes tem as chegarem até ás uni versidades que adm inistram cursos de Engenharia de Petróleos e Ambiental, através de palestras e seminá- rios para que os estudantes possam conhecer melhor as perspectivas e tecnologías a serem usadas no futuro. Derrames de petróleos no m ar prejudicam de forma in tensa e duradoura a vida m arinha. Desde o Fitoplanton, base da cadeia alim entar oceánica até as aves. To dos sofrem com esta triste ocorréncia. As manchas de petróleo impedem e diminuem a entra da da luz no mar, o que prejudica a fotossíntese dos vegetáis, sobre tudo o fitoplanton, o petróleo também fica impregnado ñas penas da aves, matando-as por hi potermia, entope as vias respiratorias dos mamíferos, interfere nos químio-receptores dos anim ais migrato rios, deixando-os desorientados, afecta as actividades de quem vive da pesca e do turismo, promove em fim uma auténtica devastagáo ambiental. Também em térra sao graves os problemas causados por derrames de petróleo e seus derivados, na medida em que oleoductos sem manutengáo prévia adequada podem romper-se e provocar sérios problemas com o agravante de tornarem difícil a identificagáo do vazamento, em fungáo das suas grandes extensóes. Pogos em térra (Onshore), tanques de arm azenamento, vagóes e camióes de armazenamento, podem trazer pro blemas drásticos ao solo. E todos estes danos demoram muito tempo para serem recuperados, além do risco de contaminagáo de eventuais lengóis freáticos, que po dem afectar negativam ente o abastecim ento de água ñas cidades. O sector petrolífero angolano constituí 80 por cento das receitas fiscais da economía nacional. Em face disso, é relevante redobrar a atengáo no que concerne aos Pro gram as de Desenvolvimento e Prevengáo de Futuros Impactos Ambientáis causados pelo Derrame de Petró leo de grande dimensao no On/Offshore Angolano. O derram e do golfe do México, Estados Unidos em 2010, resultado da explosáo de um a plataform a pe trolífera da BP, culminando num a enorme catástrofe ambiental, fortaleceu a perspectiva local nos aspectos relacionados ao controlo e planos de acgáo no combate e prevengáo de derrames de petróleo em Angola. As denúhcias de derrames de petróleo em Angola feito por entidades locáis, populagoes em geral, imprensa nacional - internacional, e mesmo pelas companhias petrolíferas que actuam no offshore, sao encaradas com seriedade e releváncia pelos Ministérios do Ambiente e dos Petróleos. As companhias devem ajudar o governo Angolano a identificar as zonas poluídas, apresentar os seus pro jectos e trabalhar conjuntam ente com especialistas e I Petrólei 2 6 am bientalistas nacionais com vista a minimizar os im pactos criado pela insergáo do crude no mar. Diante dos potenciáis riscos inerentes as actividades das empresas petrolíferas, muitos investimentos estáo a ser realizados no desenvolvimento de novas tecnolo gías de protecgáo ambiental, bem como treinamentos de pessoal especializado de políticas e programas de preservagáo na defesa ambiental. O uso de Despersantes como tecnología de Combates a Derrames, traz ao offshore uma forma evidente de controlo aos derrames em Angola, dando esperanga aos que diariam ente usam o Mar como fonte de rendimentos, e uma luz efectiva na preservagáo da fauna e da flora marinha. Os dispersantes sao utilizados principalmente em de rram es de petróleo no alto mar. Como o próprio diz, possuem a propriedade de quebrar a mancha de petró leo em milhóes de partículas, permitindo a oxigenagáo na água e a passagem de luz. Assim, o ambiente marinho é protegido, pois o processo de biodegradagáo do petróleo é acelerado. Os dispersantes sendo produtos químicos, necessitam ter os devidos cuidados e serem aprovados o seu uso, para se verificar se estáo com baixa toxidade, se sáo biodegradáveis e se obedecem os padróes específicos de utilizagáo.Para alem dos dispersantes exitem ainda outros produtos tecnológicos usados contra derram es petrolíferos tais como: Os Absorventes Sintéticos e Na turais, os Adsoventes para óleos viscosos, as Barreiras de Contengáo para prevenir ou conter vazamentos de petróleo ou derivados. O plano de Contingéncia contra os derram es de pe tróleo aprovado pelo executivo Angolano desde 2008, vem cimentar mais uma vez, o que já acima referí, da preocupagáo neste momento do Governo de Angola em introduzir mecanismos suficientes, eficazes e econó micos para se impor no offshore barreiras tecnológicas apropriadas contra derrames de petróleo no mar. A Industria petrolífera a nivel mundial é considerada como sendo a principal poluidora das águas do mar, lo go todos os planos de contingencias contra derram es devem ser encarados em primeiro lugar como sendo a forga motriz de defesa marinha. A criagáo de planos de fiscalidade para se confrontar com exactidáo se os produtos utilizados estáo a satisfazer as necessidades desejadas, e se os planos pré estabelecidos pelas entidades governamentais estáo a ser implementados com rigorosidade, poderáo ajudar no desenvolvimento do sector. *jEngenheiro de Petróleo e Professor Universitário. Regiáo ANGOLA ACOLHEU A XXXIa CIMEIRA Os desafios da presidencia angolana da SADC Angola assumiu pela segunda vez a presidéncia da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que decorreu recentemente, em Luanda, onde participaram catorze dos 15 países que compóem a regiáo, nomeadamente Angola, Botswana, Namibia, Zámbia, Mozambique, Suazilándia, Lesotho, Tanzánia, Seychelles, Malawi, África do Sul, IIbas Maurícias, RDC e Zimbabwe, com ausen cia de Madagáscar. Ismael Botelho Ao presidir um dos organismos de maior peso na economía ao Sul de Africa, o país tem para frente desafíos acrescidos e responsabilidades que deve le var a níveis de desenvolvimento nunca antes vistos. A trigésima primeira reuniáo elegeu como tema de discussáo “A consolidagáo das bases da integragáo regional e o desenvolvimento das infra-estruturas para facilitar as trocas comerciáis e a liberalizadlo económica”. Entre outros aspectos, foi ponto assente que o processo de integragáo regional está a ser reconhecido como um factor im portante e complemen tar para os passos de desenvolvimento dos países da comunidade. Existem esforgos maiores para que os Estados consigam im plem entar os programas de finidos, embora especialistas afirmem haver ainda algumas dificuldades para o alcance de progressos nessa direcgáo, como a falta de pessoal qualificado, recursos adequados e uma “massa crítica” necessária á implementagáo de mudangas, sobretudo para Angola, em que a questáo das infra-estruturas é o principal desafio do país, bem como a base para a entrada na zona de comércio livre (ZCL), a dominar a agenda. Desafios de Angola D urante o presente mandato de um ano, a presi dencia rotativa da SADC definiu entre os principáis assuntos, o estabelecimento de uma regiáo forte, próspera e que promova os interesses dos povos que a representa. Entre as prioridades, merece des taque a questáo da consolidagáo das bases da in tegragáo regional, através do desenvolvimento de infra-estruturas do comércio e da liberalizagáo eco nómica, bem como da revisáo do Plano Indicativo Estratégico de Desenvolvimento Regional (RISDP). A implementagáo de uma Estratégia de Financiamento do Fundo de Desenvolvimento Regional e a sua operacionalizagáo para a preparagáo e des envolvimento de Projectos de Infra-estruturas e a execugáo do Observatorio Regional da Pobreza da SADC, bem como, o incremento do combate e con trolo das doengas transmissíveis, nomeadamente, o HIV/SIDA, malária, tuberculose e a materializagáo dos programas para a gestáo conjunta de recur sos naturais transfronteirigos, com énfase para as Areas de Conservagáo, constam das prioridades da presidencia da organizagáo. Outras prioridades tém a ver com a concepgáo de um Programa de Desenvolvimento Industrial e im plementagáo do Centro de Coordenagáo de Pesquisa Agrícola e Desenvolvimento, bem como a resolugáo pacífica dos conflitos existentes na regiáo e para a consolidagáo da paz, da seguranga, dos Direitos H u manos e da Democracia. Conforme disse o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na sua intervengáo, a SADC já percorreu uma longa trajectória, desde os tem pos dos Países da Linha da Frente, e soube sempre ultrapassar as m uitas provagoes e adversidades com as quais se confrontou, gragas a dedicagáo dos seus actuais líderes e dos seus antecessores, além do espirito de sacrificio e abnegagáo dos respectivos povos. Indicadores da regiáo Recorrendo ao exemplo de Angola, para ilustrar as grandes transformagóes que a regiáo tem vivido, o agora Presidente da SADC lembrou que registou-se o aumento da taxa de crescimento da economía em 3,4 por cento no ano de 2010, a redugáo da taxa de inflagáo de tres mil por cento para os actuais 14,13, além do aumento do investimento público e priva do constituem prova inequívoca da forga regional. Por esta razáo, avangou que a recuperagáo e cons trugáo de estradas, caminhos-de-ferro, sistem as de energía eléctrica e abastecimento de água potável levaráo á melhoria significativa do índice de des envolvimento humano no país, o que fez com que José Eduardo dos Santos solicitasse á adequagáo dos planos regionais, que constam do Programa In I Petróleo 2 8 dicativo Estratégico de Desenvolvimento Regional (RISP), aos procedimentos da organizagáo para a obtengáo de melhores resultados. Integragáo e comércio No que toca á integragáo e o comércio, o novo Pre sidente da SADC reconheceu que a zona nao é aín da um espago económico homogéneo, no qual os efeitos benéficos do crescimento económico podem ser absorvidos pelos países com mais elevados ín dices de desenvolvimento, caso náo se estabelegam regras adequadas. Por essa razáo, pediu que o pro cesso de integragáo acautelasse as diferengas estruturais, sociais e de ritmos de crescimento exis tentes entre os países, para que náo desemboque em altas taxas de desemprego e pobreza. Ainda sobre a integragáo na Regiáo Austral, o es tadista angolano pediu que esta seja sustentada e equilibrada, de forma a influenciar uma nova ordem económica, onde os legítimos interesses de todas as Nagoes sejam respeitados e tidos em consideragáo. Mas para isso, advogou a necessidade de a SADC se tornar parte activa do desenvolvi mento de África e do mundo, através da elevagáo dos seus patam ares. O estabelecimento de uma verdadeira zona de livre comércio, integrada por todos os países membros da regiáo, persiste en tre os grandes desafios da organizagáo. Contudo, a presidencia da SADC acredita que este desiderato é já um a realidade, pois os países que ainda náo a aderiram estáo empenhados na criagáo de condigoes internas para a concretizagáo, em breve, deste compromisso. Assim, a intengáo agora é de se avangar para a criagáo da grande Zona de Co mércio Livre COMESA-EAC-SADC, processo que vai integrar as regióes leste e austral do continen te africano, como sendo objectivo final da acgáo da comunidade. Balangas comerciáis Na visáo do Presidente José Eduardo dos Santos, o défice ñas balangas comerciáis dos Estados-membros estáo na base da migragáo de muita máo-deobra da regiáo para outras partes do mundo. Daí que para o equilibrio e superagáo destes constrangimentos deve surgir o aumento da competitividade de cada Estado e que se preste a atengáo de vida á conjugagáo dos interesses colectivos entre os países. Na sua condigáo de Presidente de An gola, Eduardo dos Santos adiantou que o seu país está interessado em fomentar o desenvolvimento de infra-estruturas que constituam um estímulo adicional para o crescimento económico e muito, em particular, para o investimento e o desenvol vimento do comércio, quer seja na regiáo, quer no continente em si. A manutengáo da paz no conti nente e, particularm ente, na Regiáo Austral, a situagáo da fome prevalecente na Somália, causada 2 9 1 Petrtlei pelo conflito interno e pela sua situagáo de seca constituem outras das grandes preocupagóes da lideranga da comunidade. Os Chefes de Estado e de Governo acordaram que a XXXIIa Cimeira da SADC tem lugar em Agosto de 2012 na cidade de Maputo, em Mogambique. Neste evento, Mogambique vai assum ir também a presidencia rotativa da organizagáo. Tratado de Luanda O tratado Okavango-Zambeze, aprovado em Luan da, no decurso da Cimeira, é um projecto transfronteirigo que vai contribuir para o desenvolvi mento do turismo na Regiáo Austral do continen te. O documento, segundo o Secretário Executivo da SADC, Tomaz Salomáo, visa o estabelecimento de uma área transfronteiriga de conservagáo que se estende por cinco países da comunidade, nomeadam ente Angola, Botswana, Namibia, Zámbia e Zimbabwe, cuja aplicagáo deve promover o desenvolvimento sustentável da área abrangida pelo projecto, através de práticas de conservagáo e do ecoturismo. Segundo ele, o projecto OkavangoZambeze deve constituir, também, um meio eficaz para a redugáo da pobreza e facilitagáo da livre circulagáo de pessoas e bens na regiáo. O Tratado, na visáo de alguns analistas, pode ainda benefi ciar o desenvolvimento das comunidades locáis e residentes na área abrangida pelo projecto, criar postos de trabalho para jovens desmobilizados e constituir-se numa mais-valia para a economía no seu todo. Saudacao aos participantes dos Presidentes da Namibia, Lucas Pohamba e de Angola, Engenheiro José Eduardo dos Santos De acordo com dados apresentados, o OkavangoZambeze tem uma dimensáo de 278 mil quilómetros quadrados, detendo Angola a segunda maior parce la, com 87 mil quilómetros quadrados. O facto de existirem na área grandes parques nacionais, como o do lona, do Luengue e a Coutada Pública do Mucusse, a Reserva de Caga de Mavinga, tornam o país num dos marcos fundamentáis para o desenvolvimento, náo só cultural, histórico e social, mas sobretudo económico. Da parte de Angola, integram a comissáo, que é coordenada pelo M inistério de Hotelaria e T uris mo e coadjuvado pelo Ambiente, os Ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas, do Interior, Transportes, Geología e Minas e da Indústria. Área protegida Segundo alguns observadores que participaram do encontro, a área protegida com base no tratado assinado é do tam anho correspondente a metade da Franga, e abrange as bacías dos rios Zambeze e Okavango.Tem por vocagáo transform ar-se num paraíso do ecoturismo no mundo. A área protegida de Okavango-Zambeze está situada entre os territo rios de Angola, Botswana, Namibia, Zámbia e Zimbabwe. Permite, entre outras, a ligagáo a 14 p ar ques nacionais e reservas naturais desses países e, principalmente, para as C ataratas Vitoria e o Delta do Okavango, permitindo-lhe, assim, ser a maior zona protegida com vocagáo turística do mundo. O projecto tem por objectivo a conservagáo da biodi0 Petróleo 3 0 versidade, o desenvolvimento sustentável das comunidades locáis, o estímulo ao ecoturismo e a partilha dos recursos da regiáo, muito rica em espécies raras, especialm ente Leopar dos, Rinocerontes e antílopes diversos. Por exemplo, só a populagáo de Elefantes que habita na área ronda aos cerca de 250 mil. Os países membros do projecto assinaram o memorando de entendim ento em Dezembro de 2006 e só agora entra em vigor. tariado Executivo da SADC, a atengáo está concentrada na revisáo do Plano Estratégico Indicativo do Desenvolvimen to Regional 2000-2010 e na conclusáo do Plano Director do Desenvolvimento de Infra-estruturas. Além disso, anunciou que será dada especial atengáo á operacionalizagáo e Desen volvimento dos Produtos, para a criagáo do Centro de Coordenagáo de Investigagáo Agrária da África Austral. Integragáo de Angola Metas económicas da regiáo Para o Secretário Executivo, os Chefes de Estado e de Governo devem trabalhar para a concretizagáo dos objectivos propostos aos mais diversos níveis para a regiáo, reflectindo, igualmente, os esforgos dos países da regiáo para vencer a pobreza e prepa rar um futuro melhor para as novas geragóes. O executivo salientou que a situagáo económi ca da regiáo apresenta, actual mente, uma viragem positiva, após o abrandam ento provo cado pela crise económica e financeira mundial, sublinhando que em 2010 a regiáo registou um crescimento do Produto In terno Bruto (PIB) na ordem dos cinco por cento, em comparagáo com os 2,4 por cento registados em 2009. A regiáo ainda enfrenta algumas dificuldades, apesar de a taxa média de inflagáo ter sido de cerca de cinco por cento em 2011, contra 2,4 por cento de 2010, e as poupangas iniciáis registaram melhorias, subindo de 13 para 15,6 por cento. Já a taxa de investim ento em relagáo ao PIB cresceu de 22 para 24 por cento. O grande desafio que se coloca á comunidade é fazer com que os vários Estadosmembros continuem a registar subidas ñas suas receitas, ñas projecgóes de médio prazo, e que os principáis indicadores macroeconómicos permanegam estáveis. Tomaz Salomáo disse também que, a nivel do Secre 31 IPetrdlei O Centro de Estudos e Investi gagáo Científica da Universidade Católica de Angola (CEIC) promoveu também recentemente, em parceria com a Fundagáo Open Society, uma conferencia subordinada ao tema genérico “Integragáo Regional de Angola na SADC: Mito ou Realidade”, cujo objectivo principal foi o de promover uma discussáo públi ca, e estratégica sobre as opor tunidades, desafios e constrangimentos da integragáo regio nal efectiva de Angola na zona e o seu impacto na vida e os inte resses dos cidadáos angolanos. Segundo o economista Carlos Rosado, se Angola é um impor tante ponto central para o des envolvimento e de estabilidade na Regiáo Austral do continen te africano é indispensável a construgáo de infra-estruturas básicas para darem suporte ao crescimento de Angola e da Regiáo. Segundo ele, Angola enfrenta ainda desafios que devem ser ultrapassados nos próximos anos, nomeadamente os aspectos que tém a ver com a elaboragáo de regras aduaneiras, os padróes de qualidade dos produtos e servigos, as questóes meteorológicas, medidas sanitárias, a promogáo do sector pri vado para resolver as restrigóes do lado da oferta, a avaliagáo do investimento público, o aum en to e facilidade do comércio agrí cola, bem como a aplicagáo dos acordos já existentes. Carlos Rosado disse igualmente ser necessária a eliminagáo das tarifas aduaneiras, pelo menos até 2012, referindo que existem ainda grandes im passes nos países da regiáo neste aspecto particular. Passos dados Até ao momento aderiram ao pacto da Zona de Comércio Livre 12 dos 15 países que integram a SADC, restando Angola, RDC e as Ilhas Seychelles, que aderiu nesta cimeira. Em 2008, foram elim inados os direitos sobre 85 por cento do comércio intra-comunitário. Já em 2010, estes passaram para 98 por cen to, encerrando a entrada em vi gor da Uniáo Aduaneira. A totalidade dos processos de criagáo de um mercado comum deverá estar pronta em 2015. O proto colo da Zona de Comércio Livre foi assinado em 1996 e entrou em vigor em 2000. Comércio intra-regional No que toca ao comércio intraregional, o especialista é de opiniáo que se deve aum entar o volume de negocios entre os países da regiáo em todos os do minios, para se promover a concorréncia. Por seu turno, o presidente da Associagáo Industrial de An gola (AIA), José Severino, defendeu que seja quadruplicado o crédito agro-industrial e se aprove a reforma aduaneira e fiscal, bem como o Imposto so bre Valor Acrescentado (IVA), e adequar a pauta aduaneira e a Lei Geral de Trabalho á nova realidade do país. Segundo ele, um país que ficou cerca de 40 anos sem crescer, náo pode correr o risco de aderir á integragáo de forma alea toria. José Severino referiu igualm ente ser necessário in vestir fortemente na educagáo e na saúde, salientando serem áreas que faráo a diferenga na zona e perm itiráo uma concorréncia moderada com os paí ses da comunidade. Eventos Lopes A angolana Leila Lopes venceu a 60a edigáo do concurso Miss Universo 2011, numa eleigáo que decorreu em Sáo Paulo, Brasil, num cenário reple to de glamour, requinte e elegáncia. De resto, a eleigáo da angolana tem constituido destaque noticioso na im prensa mundial. Ela tem 25 anos e é natural de Benguela. No universo das 98 candidatas, Leila destacou-se pela sua extraordinária beleza mas também pela dimensáo intelectual, que para já pareceu ser acutilante e profunda. A sua eleigáo mereceu felicitagoes. O Presidente da República de Ango la, José Eduardo dos Santos felicitoua, por via de uma nota de imprensa. O Comité Miss Angola náo ficou de parte. Pela conquista Leila Lopes, foi convidada a ser embaixadora das Regioes Aridas da Convengáo das Nagoes Unidas sobre o Combate á Desertificagáo. A ser convidada, o que se pretende é sensibilizar, entre os decisores pú blicos, grupos da sociedade civil, da política sobre a importáncia do com bate á desertificagáo e degradagáo da térra, bem como a mitigagáo dos efeitos da seca. Durante o seu mandato, Leila Lo pes vai residir em Nova Iorque. Neste concurso de beleza universal, a repre sentante angolana bateu na concorréncia as candidatas da U cránia e do Brasil, Olesya Stefanko e Priscila Machado, respectivamente. O concurso Miss Universo é orga nizado pelo m agnata americano Donald Trump, que reúne candidatas com idades dos 18 aos 27 anos, todas solteiras, sem filhos e que nunca posaram nuas. 0 Petróleo 3 2 Leila Lopes passa "legado” á Marcelina Miss Angola 2012 A Miss Universo, Leila Lopes, deixou Nova Iorque e veio a Angola passar a coroa, um verdadeiro “legado” á Marcelina Vahekeni, agora eleita Miss Angola 2012, que deixou para trás 23 candidatas ao prémio. O titulo dá a Marcelina Vahekeni novos e hori- Na Pra^a da Independencia zontes e “amontoados de sonhos”. Mas para disso, a nova Miss Angola vai caminhar para os “caminhos” de Leila, já que é a representante de Angola ao concurso Miss Universo 2012. E se vencer? Leila vai passar-lhe, mais uma vez, o testemunho. Gerafoes de músicos “cruzam-se” num só palco Há muito que a praga da independencia tem sido o palco, aonde diferentes geragoes de mú sicos “se cruzam” para comercializar “música”. Em Angola ela vende e esta evolugáo comega a marcar geragóes. Recentemente, trés músicos venderam “música” no local, em simultáneo. Bonga, Big Nelo e C4 Pedro náo se coibiram e dividir o espago. O mesmo viria a repetir-se, dias depois, com a cantora Lina Alexandre, Chetekela e Edmásia. Lina Alexandre comercializou e autografou o seu DVD, baseado num seu espectáculo, rea lizado em 2009, no Cine Atlántico. No palco da música, a artista aproveitou para vender o seu terceiro disco, “Kilulieve”. A voz da jovem cantora Edmásia também foi posta á prova na “Praga da Cultura”, no seu disco de estreia “Erro Bom”. Quem aproveitou o local para a apresentagáo dos seus discos foram os artistas Chetekela com o seu disco de origináis, “Wpite”, e o kudurista Da Beleza com o álbum “Le vantado das Cinzas”. 33 IPttrilei Gente da Casa: Manuel Joaquim M an u el Jo a q u im , té c n ic o de te le c o m u n ic a g ó e s é o convidado p a ra o “G ente da C asa” d e sta edigáo e neste m o m e n to e s tá c o lo c ad o n o D e p a r ta m e n to de T ecnologías de Inform agáo e C om unicagáo (DTIC) do M in isté rio dos P e tró le o s, onde foi adm itido no final da d écad a de 70. A ngolano de “gem a”, M anuel Joaquim tem n a h um ildad e, a sua m aior v irtu d e , em b o ra te n h a no outro lado da m oeda, o ciúm e como defeito. Mas defende ser um com portam ento n atu ral, que deve ser visto igualm ente com n a t u r a 1i d a d e , fu n d a m e n ta lm e n te q uan d o se é casado e com sete filhos, com o é o seu caso. Mas náo é tu d o, o convidado p a ra o “Gente da C asa” desta edigáo aprecia tam bém boa m úsica, com realce p ara o sem ba feito com a rte e m agia pelo m ais recente vencedor do Top dos M ais Q ueridos: Paulo Flores. De resto , boa cerveja e um a ja rd in e ira á m an eira, fazem sem p re um bom c a rd á p io p a ra M anuel Joaquim . Nom e Joaquim c o m p le t o : Ocupagáo: Telecomunicagoes M anuel T é c n ic o de Desde quando? 2010 A n o de a d m is s á o : 19 de Novembro de 1979 A r e a a c t u a l: D e p a rta m e n to de Tecnologías de Inform agáo e Comunicagáo (DTIC) Sonho: Chefe de departam ento ídolo: Desidério Costa Estado Civil: Casado Filhos: 7 Nacionalidade: angolana D a ta de n ascim en to : 28 de Margo de 1961 Virtude: ser hum ilde E ciumento? Sim P o rq u é: acho que o ciúm e é comportamento natu ral Músico preferido: Paulo Flores Calcado: 42 Religiáo: Comida: Bebida: Já a lg u m a vez foi aliciado? Católica Jardineira Cerveja sim. J á fui aliciado O Petróleo Propriedade Ministério dos Petróleos Edi^ao CDI Director Miguel da Concei^áo Conselho Editorial Amadeu Azevedo Manuela Coelho Margareth dos Santos Colaborado Domingos Golombole Jorge Caldeira Ary da Luz Joana Pires Octávio Lourenfo Ismael Botelho Gilberto Moisés Oswaldo Capeja Projecto Gráfico CICNOK Publicidade Acyr dos Anjos Impressao EAL-EdÍ9oes de Angola, Lda Tiragem 2000 exemplares O Petróleo é uma publicafáo trimestral, propriedade do Ministério dos Petróleos. Os artigos assinados reflectem a opiniáo dos autores e nao, necessariamente, da revista "O Petróleo". Toda a transcrifáo ou reprodujo, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte. Redac^áo Av.4 de Fevereiro, 105 R/C Luanda - Angola IPetrilei34 AH Cambambe NOSSAS ACgÓES SOCIAIS GE RAM TANTA QUANTO NOSSAS AH Gove Programa Semear Aprendí no Gove Programa Acreditar Programa Acreditar Programa Semear Há quase 27 anos em Angola, a Odebrecht mantém o compromisso de criar oportunidades de crescimento ñas comunidades onde actúa e, com sua política de reinvestimento, fortalece sua responsabilidade social. Com foco na melhoria da qualidade de vida da comunidade, o Projecto AH Gove implantou os programas Semear e Aprendí no Gove. Programas que buscam, além de proporcionar a fo rm a d o da máo de obra local, incentivar e apoiar na gera^áo de renda, a ¡mpulsionar o desenvolvimento sócio-económico da regiáo. No Projecto AH Cambambe o Programa de Qualificagáo Profissional Continuada Acreditar já é realidade, a formar pessoas, a desenvolver suas habilidades técnicas, pessoais e sociais, a prepará-las para o mercado de trabalho. : ' Na Sonangol trabalhamos todos os dias para melhorar a distribuicáo e a comercializacáo • a de derivados de petróleo. A nossa missáo é promover a sustentabilidade e o crescimento da indústria petrolífera nacional, de forma a garantir maior retorno para o Estado Angolano, assegurando a participacao das empresas e dos quadros nacionais ñas actividades da industria e o beneficio da Sociedade nos resultados gerados. -* Sonangol PRODUZIR PARA T R ANSFO RM AR