Madre Teresa de Calcutá
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Madre Teresa de Calcutá
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 107 - Setembro/2010 Distribuição Gratuita Madre Teresa de Calcutá Nesta Edição: Segunda Parte O Mal que Ainda Há em Nós... Faça o Melhor Os que dizem: Senhor! Senhor! Lamentemos Menos Livros: Monte Acima; Chico Xavier em Pedro Leopoldo PROIBIDA A VENDA Editorial editorial Índice Na “atmosfera” do Brasil, notamos hoje a grande maioria das pessoas permanecendo nas faixas mais baixas dos ideais morais e cristãos. Na época que antecedeu a Jesus, a humanidade estava dividida entre o governo, clero e plebe, onde os mais fortes exerciam poder sobre os mais fracos que eram escravizados e subjugados pelo império e sacerdotes do templo. Infelizmente, as regiões que receberam o Salvador (denominação comum na época, quando esperavam alguém que os salvasse, permanecendo numa condição passiva), desviaram os ensinamentos para o fanatismo e poder decadentes. Mesmo a Europa, berço do saber e da intelectualidade, resvalou para caminhos obscuros da fenomenologia, diversão, relegando vasto material recebido por Allan Kardec. Lembremos que para o território brasileiro foi concedida a oportunidade de receber pessoas dos diversos continentes, fraternalmente, tal qual Jesus pontuou como Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, renovando a esperança com mudanças na humanidade, dependendo do esforço de cada um. Novas oportunidades a promover aquisição de valores morais e cristãos. Quantos pioneiros contribuíram para o engrandecimento desta Terra e valorização do povo! E agora? Impera a viciação no comodismo, conduzindo o povo para total ignorância, relegando a integridade, a dignidade e a honra. Porém, hoje não são mais impostos esses desatinos ao povo, pois este tem a chance de escolher seu ideal, mas não o faz de forma digna, escravizando-se à escolaridade funesta, mantendo-se na ociosidade conveniente, através de benefícios dosados de forma oculta, como veneno fatal, agindo paulatinamente, a denegrir as possibilidades de cada um. A comodidade, o instinto do privilégio, das vantagens imediatas, leva nosso povo a mergulhar nos charcos da ignorância, incapacidade e submissão. É preciso disciplina e dignidade para que seja conquistado o respeito ao povo, contudo, esse mesmo povo tem que iniciar, dentro do seu íntimo, a sementeira dos princípios verdadeiros que Jesus nos trouxe pessoalmente e através de vários emissários. Jesus, muito além de Salvador, vem como Mestre, Educador, ensinando e exemplificando as máximas rumo à evolução a caminho do Pai. Já dizia Mahatma Gandhi “A dignidade pessoal e a honra, não podem ser protegidas por outros; devem ser zeladas pelo indivíduo em particular”. O momento reclama reunir forças morais, intelectuais e espirituais, individualmente, modificando nossas tendências inferiores, e executar da melhor forma possível nossas possibilidades nesta experiência. Equipe Seareiro 2 Grandes Pioneiros: Madre Teresa de Calcutá - Segunda Parte - Pág. 3 Clube do Livro: Chico Xavier em Pedro Leopoldo - Pág. 9 Tema Livre: Amai-Vos e Instruí-Vos - Pág. 9 Moral e Ética - Pág. 10 Lamentemos Menos - Pág. 11 Aconteceu: Chá Beneficente - Pág. 11 Canal Aberto: O Mal que Ainda Há em Nós... - Pág. 12 Aos Olhos de Deus - Pág. 12 Medos - Pág. 12 Família: Aborto - Pág. 13 Kardec em Estudo: Os que dizem: Senhor! Senhor! - Pág. 14 Cantinho do Verso em Prosa: Essa Velhinha - Pág. 16 Livro em Foco: Monte Acima - Pág. 16 Pegadas de Chico Xavier: Os “Privilégios” de Chico Xavier - Pág. 17 Mensagem: Faça o Melhor - Pág. 17 Contos: Um Grito de Cólera - Pág. 18 Calendário: Setembro - Pág. 19 Publicação Mensal Doutrinária-espírita Ano 11 - nº 107 - Setembro/2010 Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança CNPJ: 03.880.975/0001-40 CCM: 39.737 Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Direção e Redação Rua das Turmalinas, 56 / 58 Jardim Donini Diadema - SP - Brasil CEP: 09920-500 Tel: (11) 2758-6345 Endereço para correspondência Caixa Postal 42 Diadema - SP CEP: 09910-970 Tel: (11) 4044-5889 com Eloisa E-mail: [email protected] Conselho Editorial Antonio Ceglia Ribeiro Cladi de Oliveira Silva Fátima Maria Gambaroni Geni Maria da Silva Indaiá Christiano Nereide Conceição Grecco Ribeiro Reinaldo Gimenez Roberto de Menezes Patrício Rosangela Araújo Neves Silvana S.F.X. Gimenez Vanda Novickas Wilson Adolpho Jornalista Responsável Eliana Baptista do Norte Mtb 27.433 Diagramação e Arte Reinaldo Gimenez Silvana S.F.X. Gimenez Imagem da Capa http://margaridasempapel.files.wordpress. com/2010/11/madre-teresa-1-784x1024.jpg Impressão Van Moorsel, Andrade & Cia Ltda Rua Souza Caldas, 343 - Brás São Paulo - SP - (11) 2764-5700 CNPJ: 61.089.868/0001-02 Tiragem 12.000 exemplares Distribuição Gratuita Grandes Pioneiros grandes pioneiros Madre Teresa de Calcutá Segunda parte Junto ao arcebispo, Monsenhor Ferdinand Périer, finalmente Irmã Teresa redigiu a carta endereçada a Roma e alguns meses depois ela recebeu a autorização do Vaticano pelo Papa Pio XII, para deixar a Congregação das Irmãs de Loreto. Assim mesmo, Irmã Teresa permaneceu na Congregação até o final do ano letivo. Foram difíceis as despedidas das alunas que a queriam muito bem, pelo fato de sua dedicação não ser apenas como professora e orientadora, mas pelo seu carisma, sua bondade e compreensão. Sua ausência seria muito triste para as alunas e as Irmãs da Congregação. Deixando Loreto, Irmã Teresa foi para Patna. Inscreveu-se em um curso básico de enfermagem. Esse curso era ministrado pelo famoso hospital “American Medical Sisters” ou “Medical Missionary Sisters” (Irmãs Médicas Missionárias). Dessa forma, ela saberia como lidar com os doentes e os desvalidos pela fome, jogados ao relento. Pensava Irmã Teresa: “Para entrar nos barracos pobres não preciso de titulo acadêmico”. Completando o curso de enfermagem no ano seguinte, no mês de dezembro, ela retorna a Calcutá. Andando pelas ruas, Irmã Teresa pensava: “É a primeira vez que me vejo sem abrigo. Não estou mais em Loreto e nem tenho um teto onde ficar”. De imediato, Teresa se recompõe e fala consigo mesma: “Não estou só, confio em Deus e na sua Providência Divina. Ele me abrigará e a seus filhos abandonados, pela falta de humanidade e amor”. Nesse instante, um sacerdote para em sua frente e pede-lhe um donativo para uma boa causa. Ela estava com poucas rúpias, pois já havia dado algumas para os pobres que Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança encontrara. Porém, tomando as últimas que estavam nos bolsos, entregou-as ao sacerdote. Ao entardecer, após ter amparado alguns doentes da rua, abrigando-os nos cantos da calçada, refletia que estariam mais protegidos do caos das ruas, cujo trânsito era muito complicado. Depois de um dia de muito trabalho, quando pensava encontrar um lugar para descansar, defronta-se com o mesmo sacerdote a quem entregara as últimas rúpias. Este, ainda ofegante para alcançá-la, tendo nas mãos um envelope, entrega-o à Irmã Teresa, dizendo: “Senhora, um homem desconhecido procurou-me e pediu para que eu passasse às suas mãos este envelope. Dissera-me que sabia de seus projetos para com os pobres de Calcutá e ele gostaria muito de poder ajudá-la”. Irmã Teresa, abrindo o envelope, encontra um donativo de cinquenta rúpias. Com lágrimas nos olhos, ela pede ao sacerdote que agradeça ao homem desconhecido. Para ela, Deus havia mandado o recado, seguir em frente, ajudando aos desvalidos, pois com a firmeza da fé, a Providência de Deus não lhe faltaria. Seus projetos para com a futura Congregação tomavam conta de sua mente, e seria denominada “As Missionárias da Caridade”. Tinha certeza que encontraria mais almas boas para ajudá-la. Não sabendo onde poderia passar a noite, lembrou-se de seu confessor, o padre Jesuíta Celeste Van Exem. Ele fora o primeiro a dar-lhe as boas vindas em Loreto. Agora, padre Exem também fora enviado a Calcutá, para ajudar os missionários a educar os meninos no “Xavier’s College”. Ouvindo-a, o padre Exem lembrou-se do “Asilo São José”, das Irmãzinhas dos Pobres. Disse-lhe que tinha certeza de que as irmãs que administravam o Asilo não se oporiam a alojá-la, até que Madre Teresa pudesse alugar uma casa. Agradecida pela ajuda, ambos dirigiram-se ao Asilo São José. As irmãs acolheram-na com carinho. A principal avenida de Calcutá, Chowringhee Avenue, em 1945, Índia 3 No dia seguinte, resolvido o seu problema, ela saiu pelos arredores com alguma comida e remédios que as irmãs do Asilo São José lhe deram, assim como alguns curativos para as feridas dos moribundos. Após servir aqueles que estavam cobertos de mosquitos e chagas abertas, e que estavam jogados nos chamados locais de “lixo”, onde ninguém passava com medo do contágio de doenças infectas, Irmã Teresa orou por eles, pedindo o amparo de Deus. Depois seguiu para o parque “Motijhil”, onde encontrou um grupo de meninos sujos, que brincavam num horário que deveriam estar na escola. Aproximou-se e perguntando o porquê não estavam nas salas de aulas, ouviu a resposta de um deles: “Nós não podemos frequentar a escola. Nós vivemos nas ruas. Dormimos aqui nos bancos do parque”. Irmã Teresa pergunta-lhes então: “E a comida? Como vocês se alimentam?” Respondeu-lhe outro: “Se ninguém nos dá um pedaço de pão, nós roubamos nos mercados livres e bebemos a água dos cavalos, que os donos deixam embaixo das árvores”. Irmã Teresa sentiu que o trabalho seria bem maior do que esperava contar. E conversando com os meninos, conquistando a confiança deles, Irmã Teresa reuniu-os à sombra de uma árvore, contando, em forma de história, a vinda de Jesus à Terra. Viu que estes se empolgavam. Porém, vendo-os tão sujos, ela num certo momento, falou: — Sei que vocês estão com fome, mas antes de comer alguns biscoitos que estão nesta sacola, eu proponho que todos lavem as mãos e o rosto, querem? As crianças aceitaram de imediato, mas, como lavar-se, perguntou um deles. Irmã Teresa respondeu: “Vamos procurar o vigilante do parque e pediremos a ele o favor de abrir o registro de água. Com isso, as torneiras do parque nos darão a água necessária e depois agradeceremos ao vigilante e voltaremos aqui para um belo piquenique”. E, com a alegria das crianças, assim foi feito. Irmã Teresa conseguira dar a eles a primeira noção de higiene. Após despedir-se, com abraços das crianças, ela prometeu que voltaria no dia seguinte. Foram muitos dias que se sucederam ao primeiro e, nas vésperas desse Natal, Irmã Teresa já alfabetizara mais de quarenta crianças, sob as sombras das árvores. Antes de terminar o ano de 1948, uma pessoa que havia conhecido Teresa de Calcutá, quando morava em Loreto, alugou uma casa nas proximidades do parque, para que ela pudesse abrigar seus alunos. Esse aluguel fora permutado por aulas para as crianças das redes públicas. Aos poucos, o movimento que Irmã Teresa realizava foi crescendo. As ex-alunas, quando souberam que a querida professora estava de volta e cuidando de uma comunidade praticamente ao ar livre, juntaram-se a ela. Irmã Teresa agradecia a Deus por essa ajuda espontânea das meninas. E uma a uma, formaram a futura Congregação da Irmã Teresa, que ainda não tinha sido reconhecida pela Santa Sé. Mas, a dedicada discípula do Cristo já começara a elaborar os estatutos das futuras “Missionárias da Caridade”. E nesses estatutos, além do que era obrigatório pela lei eclesiástica, ela acrescentara: 1º obediência, 2º pobreza, 3º castidade; e mais um, que para ela era o 4 principal item, a “Caridade”. Madre Teresa ensinava suas ajudantes logo após as orações matinais: “Não pedimos a ninguém que nos faça a caridade. Deveremos ir até os necessitados. Não importa que sejam hindus, muçulmanos ou cristãos. Todos somos filhos de Deus e algo bom e digno deveremos fazer por ‘Ele’”. E completava com essas palavras: “Ofertem até que lhes fira, pois o amor verdadeiro fere. A cruz feriu Jesus”. No final do ano de 1948 foi concedida a nacionalidade indiana à Madre Teresa de Calcutá. A luta desse espírito empreendedor continuava junto às ex-alunas que procuravam seguir aqueles passos firmes, levando um pouco de consolo ao grande número dos rejeitados pela sociedade e pela indiferença dos bem conceituados na vida. Teresa, a querida irmã entre todas as missionárias, principalmente aquelas ex-alunas que se agregaram a ela no ardoroso trabalho assistencial, aderiu ao traje comum entre as mulheres indianas. A Irmã Teresa passou a vestir-se do sári usual na Índia, abandonando o hábito da Congregação de Loreto. Adotou um sári branco com faixas azuis, simbolizando a paz e homenageando a Virgem Maria e o seu manto divino. Em seu ombro, uma pequena cruz. Dizia às suas auxiliares que dessa forma não estariam humilhando aos carentes, mas sim levando respeito e carinho em nome do Senhor Jesus. Completamente desprendida dos bens terrenos, ensinava às jovens missionárias que deveriam ter apenas o necessário, tais como: um prato com uma tampa, uma troca de roupas, uma troca de roupas íntimas, um par de sandálias, um pedaço de sabão, um travesseiro e um colchonete, dois lençóis e um balde metálico. Dessa maneira, se precisassem atender algum caso grave a distância, a mudança seria fácil e rápida, pois todos os pertences poderiam ser levados nas mãos. Irmã Teresa, como fazia todas as manhãs, saía para prestar socorro aos desvalidos e, com a ajuda das irmãs missionárias, os trazia para o abrigo. Porém, ao chegar ao portão ouviu o seguinte: “Querida irmã perdoe-me, mas creio que não temos como abrigar mais ninguém aqui. O nosso cômodo está lotado, não temos onde dormir e nem como cuidar dos doentes”. Irmã Teresa ouvia apreensiva o que lhe comunicava uma de suas ajudantes. Ela já sabia do fato, por isso respondeu: “Vamos ter fé, minha filha. Jesus nos auxiliará”. E seguiu seu caminho para cuidar dos doentes que encontrava pelas ruas. Após ter atendido a várias pessoas, ela deparou-se com uma mulher jogada na sarjeta. O quadro era terrível. O corpo da pobre anciã mostrava mordidas de ratos e estava cheio de formigas e mosquitos. A pobre gemia, sem poder movimentar-se. Irmã Teresa, vendo o triste estado daquele ser, não teve dúvidas; conseguiu um carrinho de mão, cedido por alguns homens que transportavam pequenas cargas para os comerciantes locais, e, com a ajuda deles, ergueu o po- bre corpo inanimado e conduziu-a ao hospital mais próximo. De forma alguma queriam prestar socorro. Irmã Teresa pôs-se a falar alto e gesticular exageradamente para chamar atenção. Com isso, ela conseguiu que a mulher fosse encaminhada ao ambulatório para receber os curativos precisos. Porém, ali não poderia ficar e Irmã Teresa teve que recorrer ao padre Exem, seu confessor, para abrigar a mulher. O padre Exem, ao ver a Irmã chegar, acompanhada pela doente toda enfaixada, pôs a mão na cabeça e falou: — Meu Deus! Irmã Teresa, conheço seu trabalho e seu senso de caridade, mas por favor seja mais comedida! Teresa nada pronunciou, apenas colocou a mulher no catre, que algumas vezes fora seu leito, e agradecendo ao padre, despediu-se prometendo voltar no dia seguinte. Voltando às ruas, entre as demolições de várias casas, ouviu alguém pedindo socorro. Teresa, de imediato, começou a procurar e, atraída pela voz, encontrou outra mulher em terrível estado terminal. Abaixando-se para ouvir o que ela dizia em sussurros: “Foi... foi meu filho... que me jogou nestes escombros... eu me tornei... um peso... para ele”. Irmã Teresa só pôde fechar os olhos desse coração materno. Orou a Jesus para que, no futuro, o filho não tivesse o mesmo fim. Saindo do local onde outros buscavam sua ajuda, mostrando corpos cadavéricos, Irmã Teresa parou ali mesmo, em frente a tanto desprezo dos que por ali passavam, sem demonstrar qualquer compaixão. Olhando para o céu falou: “Senhor por piedade, como atender e abrigar este grande número de moribundos?” E continuou o seu desabafo a Jesus: “Por vezes, creio que o Senhor nos abandonou. Estamos praticamente sem abrigo. Não temos rúpias para alugarmos um depósito qualquer. Senhor, não sei como voltar e falar às missionárias que a nossa instituição está falida, sem mesmo ter começado, pelas bênçãos do Vaticano”. Irmã Teresa não havia reparado que enquanto se dirigia a Jesus, andava. E qual não foi sua surpresa, quando observou que estava em frente à secção de higiene da Câmara Municipal de Calcutá. Num impulso, pensou: “É aqui... aqui pedirei uma solução para o problema. Foi Jesus... foi o Senhor que me encaminhou para buscar ajuda na prefeitura local”. E, num ato de arrependimento por sua falta de fé, pe- diu perdão ao Senhor, pela sua atitude de minutos atrás. Irmã Teresa, renovada e esperançada, adentrou à sala de atendimento ao povo. Após algumas horas, expôs o assunto sobre a falta de moradia aos abandonados. Tanta foi a ênfase colocada em suas palavras, que lhe foram ofertados dois imóveis, dos quais escolheria um, que seria a casa que procurava para os seus propósitos. Um deles, mais adequado, limpo, pronto para ser ocupado, ficava nos subúrbios de Calcutá. O outro, mal conservado, sujo, ficava no centro da cidade e ao lado do templo da deusa Kali, considerada a protetora de Calcutá. Após visitá-los, Irmã Teresa, preferiu o imóvel próximo ao templo, isto porquê, conhecendo os indianos e sua crença, eles, por certo, sentindo a aproximação da morte, iriam preferir morrer sob olhares da deusa Kali. O local estava em péssimo estado. Mas, juntas, as irmãzinhas missionárias começaram de imediato o trabalho de restauração. Em pouco tempo estava tudo em ordem. Tomadas as providências em busca de catres, colchões, roupas etc., de que precisariam, Irmã Teresa estava feliz. Junto de seu confessor, o padre Exem e do padre Julien Henry, que também simpatizou com a dedicação de Irmã Teresa, conseguiu o necessário para acolher os “pobres de Calcutá”, como denominava Irmã Teresa. Essa casa, em tempos passados, servia de dormitório aos peregrinos que chegavam a Calcutá. Irmã Teresa deu-lhe o nome de “Casa do Moribundo”, que seria então o lar dos desvalidos. Nessa nova propriedade pôde Irmã Teresa desdobrar o atendimento aos doentes. Começou a recolher e medicar os que apresentavam o vírus H.I.V., a Aids, e também os leprosos. Teresa de Calcutá dava continuidade à sua obra iniciada após ter conhecido o Mestre Jesus, como Maria Madalena, reunindo os leprosos que eram jogados no vale dos “imundos”. Tudo parecia transcorrer com mais tranquilidade para Teresa e as missionárias, no grandioso trabalho que desenvolviam. Mas, muitos habitantes dessa região que eram chamados de “bonzos”, isto é, os encarregados do culto à deusa Kali, achavam que a Irmã Teresa estava profanando aquele lugar sagrado. Começaram a perseguir todos os passos e atitudes tomadas pelas missionárias, tendo como alvo principal a Irmã Teresa. As crianças e os adultos, ali aconchegados sob seu teto, sofriam, sem saber, forte esquema Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” DIA LIVROS ESTUDADOS O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz* 3ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec 4ª O problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque Jacintho 5ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec 6ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel* 2ª *Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas 3ª e 6ª, às 15 horas Domingo, às 10 horas Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas na nova sede (Rua dos Marimbás, 220, Jd. Guacuri, São Paulo) Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniões Terapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30 Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45 3ª e 6ª, às 14h45 Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas Rua das Turmalinas, 56 / 58 Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345 5 de espionagem. Por várias vezes o local foi apedrejado com tentativas de invasão pelo bonzos mais fanáticos. Porém, o coração de Irmã Teresa, sempre voltado para Deus, mantinha a calma. Transmitia aos doentes e às missionárias a confiança de que, através da prece e da fé, nada lhes aconteceria. Porém, por ordem do líder dos bonzos, foi designado um espião para matar Irmã Teresa, na primeira ocasião em que ela estivesse sozinha. Quando ela teve a certeza do fato, que sabia poder acontecer, procurou o chefe dos bonzos, para lhe dizer: “Se quiser, pode me matar agora mesmo, não precisa esperar dia propício para isso. Apenas peço-lhe que não cause mal aos moribundos, que já sofrem tantas amarguras. Muitos estão apenas esperando o chamado de Deus para partirem”. O líder dos bonzos não precisou responder porque, nesse exato momento, o espião encarregado de matar Irmã Teresa adentrou o local e falou com emoção: “Senhor, Deixemos essa mulher em paz. Tenho vigiado seus passos e confesso que o trabalho que desenvolve me dá a impressão de ver a própria deusa Kali em ação. Todas as mulheres do Templo de Kali deveriam aprender a servir à deusa, como faz esta santa mulher”. A partir desse dia, o líder dos bonzos e outros encarregados do templo, tornaram-se amigos de Irmã Teresa. E essa amizade firmou-se ainda mais, quando um deles contraiu tuberculose. Irmã Teresa deu-lhe abrigo e cuidados com o tratamento para reprimir um pouco a doença que, por essa época, era certo, o levaria ao óbito. Irmã Teresa tudo fez para curá-lo, envolvendo-o em suas orações. A reação do enfermo era de revolta. Quando os companheiros vinham visitá-lo, ele blasfemava contra Deus, dizendo ser condenado por Ele, por acompanhar os sacerdotes do Templo Kali, e por querer expulsar a Irmã Teresa e os doentes desse local. Mas, Irmã Teresa estava sempre por perto, procurando acalmá-lo e pedindo que rezasse com ela. E sua atitude era de colocar suas mãos na cabeça confusa do enfermo, que aos poucos se acalmava. Com o progresso da recuperação, o moribundo, já pedia as bênçãos de Irmã Teresa. E, em seus últimos dias de vida terrena junto de Irmã Teresa, orava com ela o Pai Nosso. Assim, o desencarne o alcança numa manhã, onde vários bonzos ali se encontravam ao redor do catre e, ante o último suspiro, todos puderam ouvi- 6 -lo, balbuciar: “Perdoe-me Irmã Teresa. Reze a Deus por mim”. Os companheiros estavam emocionados por terem acompanhado a transformação que se dera com ele, que no princípio foi o mais ferrenho perseguidor de Irmã Teresa. Com este acontecimento, que chegara aos ouvidos dos sacerdotes do Templo Kali, estes juraram à deusa que nunca mais a perseguiriam, pois que, para os bonzos, tornou-se uma santa. E os sacerdotes prometeram ajudar Irmã Teresa a recolher os enfermos da rua e tratá-los com mais respeito. Todos esses fatos eram anotados pelos padres, Celeste Van Exem, o confessor de Irmã Teresa e por Julien Henry, que embora não tolerasse essa tarefa, terrível aos seus olhos, praticada por Teresa de Calcutá, passou a ser simpatizante da causa e ajudava o padre Exem nas anotações. Essas anotações foram transformadas em relatórios, a pedido do Arcebispo D. Fernando Périer, que os enviaria à Roma. Irmã Teresa e as missionárias trabalhavam arduamente pela congregação, mas esta ainda não existiria juridicamente, enquanto não chegasse o decreto de Roma, que autorizasse o funcionamento legal da instituição. E graças a esses relatórios, foi promulgado, no dia 7 de outubro de 1950, o surgimento dessa instituição. Nesse dia, homenageia-se a Festa de Nossa Senhora do Rosário. Considerou-se em Roma que a instituição, fundada por uma religiosa eslavo-albanesa, prescrevia todas as garantias de fé, baseada “nos princípios de felicidade cristã, por amor a Deus”. A notícia trouxe alegria para os corações das Missionárias da Caridade e para a fundadora, que passou a ser chamada Madre Teresa de Calcutá, denominação essa do Arcebispo Périer. Os ataques à Madre Teresa continuavam. Os mais abastados não se compraziam com o trato aos moribundos. Para eles os pobres deveriam morrer a míngua, já que nada possuíam, e assim a prole iria diminuindo. Arquitetaram, então, um plano que, de imediato, puseram em ação. Começaram a instigar as prostitutas a entrarem na instituição, para dar a impressão ao povo que Madre Teresa estava a camuflar o local, para que entrasse mais dinheiro através do sexo e, também, que ela obrigava os moribundos a serem convertidos ao catolicismo, revoltando os sacerdotes budistas. Para tanto, os manifestantes, sob esses pretextos, foram à polícia exigir que a expulsassem do imóvel junto com as missionárias e os doentes. A polícia, registrando as denúncias, foi ao local para averiguar a verdade do que ali ocorria. A investigação não apresentou censura alguma que apontasse danos morais a ninguém; ao contrário, o que ali se passava, eram exemplos de amor ao próximo. Os denunciantes foram chamados para ouvir o resultado das investigações policiais. A condição proposta pela polícia fora de que, cada um que se sentisse incomo- dado, procurasse praticar os mesmos atos caridosos de Madre Teresa de Calcutá. Naturalmente que os denunciantes não aceitaram essa proposta policial, e recolheram-se contrariados. A maioria do povo hindu consagrava à Madre Teresa o carinho dispensado à uma mãe. Saindo às ruas, as crianças corriam para serem abraçadas e beijadas por essa “santa mulher”, como a chamavam. Mas, com sua humildade, Madre Teresa pedia a todos que orassem a Jesus, porque Ele é que merecia ser glorificado, por ser pregado na cruz para nos ensinar a amar. A “Casa dos Moribundos” estava demonstrando que o espaço físico se tornara pequeno diante da procura dos doentes abandonados, principalmente os leprosos, que continuavam a agonizar pelas ruas. Madre Teresa pediu ajuda ao seu confessor, o padre Exem. Este se uniu ao padre Julien Henry e, conhecendo ambos a personalidade forte de Madre Teresa, passaram de imediato a buscar um imóvel para que abrigasse mais carentes, adultos e crianças. O padre Julien tomou conhecimento que estava à venda a casa de um juiz mulçumano, mas que, tendo se aposentado, resolveu vendê-la, para ir morar no Paquistão. O encarregado da venda do imóvel era irmão do juiz, e foi a ele que o padre Julien recorreu. Após várias negociações, padre Julien acompanhado pelo irmão do juiz, apresentou a proposta referente ao preço do imóvel, e explicou qual seria a destinação da casa, onde estaria à frente da habitação Madre Teresa. O juiz ficou um tanto constrangido por saber tornar-se seu antigo lar numa instituição católica. Pediu ao padre Julien um tempo, que lhe foi concedido. O juiz muçulmano dirigiu-se à mesquita mais próxima, para poder consultar Alá (nome dado a Deus pelos muçulmanos). Padre Julien fez o mesmo, pedindo a Deus que os desejos de Madre Teresa pudessem ser atendidos em defesa de uma causa nobre, pensava ele, em favor dos desabrigados. Logo o juiz muçulmano retorna com um sorriso que agradou Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança padre Julien, e diz-lhe que a proposta estava aceita. Finda as negociações, ao se despedir, o juiz declarou ao padre Julien que estava feliz por saber que o imóvel seria bem aproveitado, pois era do agrado de Alá. Madre Teresa recebeu a boa noticia da aquisição de outro imóvel onde poderia abrigar mais doentes. A esse local ela deu o nome de Nirmal Hriday, que em bengalês significa “Coração Puro”. Essa denominação agradou aos hindus, em sua maioria, hansenianos. Os doentes foram encaminhados para esse abrigo, que, com o tempo, foi destinado apenas aos adultos. Madre Teresa viu que o número de crianças que ficavam órfãs pela morte dos pais era grande. Ela não poderia abrigá-las ali naquele alojamento, onde os pequenos poderiam contaminar-se pelos vários tipos de vírus que os doentes apresentavam. Para tanto, seria necessário encontrar outro imóvel, a fim de que essas crianças tivessem um lar decente e uma orientação segura. Iniciou-se uma nova procura de imóvel, o qual Madre Teresa dizia ser um lar-matriz, isto é, lar “materno”, pois todas as missionárias seriam mães das crianças que ali fossem abrigadas. A preocupação do padre Exem e padre Julien era enorme. “Como faremos?” Essa pergunta lhes tirava o sono. Sabiam que quando Madre Teresa colocava algo para ser realizado, ela não descansava enquanto não se cumprisse seu desejo. E todos se puseram a procurar o novo lar para as crianças. Conversando com Madre Teresa, os padres Exem e Julien comentavam que não sabiam como realizar outro negócio na compra de mais um imóvel, pois ainda não haviam quitado a compra anterior. Madre Teresa, como sempre, firme em sua fé, dizia-lhes: “Vocês se lembram da oração ‘Lembrai-vos’?” Essa oração aprendemos desde criança, quando sentíamos dificuldades; nossa mãezinha junto a imagem de Nossa Senhora, orava assim: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que daqueles que recorreram à vossa proteção, Nirmal Hriday 7 que imploravam vossa assistência, que reclamaram por vosso socorro, algum fosse por vós desamparado. Animada, pois, com igual confiança, a vós, Virgem entre todas singular, como Mãe eu recorro, de vós me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro aos vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humano, mas dignai-vos de ouvi-las propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém”1. Os dois padres ouviram em silêncio a oração que Madre Teresa fizera com emoção. Após, tanto padre Exem como padre Julien, disseram achar peculiar a oração, principalmente por ser dirigida diretamente à Virgem Santíssima, que, por certo, nunca deixara de ouvir um coração materno, numa prece dita com tanta convicção. As missionárias também aderiram à oração do “Lembrai-vos”, seguindo, como acreditava Madre Teresa, a sagração da Providência Divina. E essa providência teve seu êxito, pois o imóvel apareceu praticamente de graça. Padre Exem louvou a oração “Lembrai-vos”. Esse lar abrigaria as crianças órfãs. Madre Teresa denominou essa casa de: “Nirmala Shishu Bhavan”, cujo significado seria quase o mesmo do “Lar do Moribundo Abandonado”. Essa denominação favorecia aos povos budistas como aos católicos. O grandioso trabalho das Missionárias da Caridade prosseguia em ritmo acelerado. Madre Teresa, vendo aumentar o número de hansenianos pelas ruas, criou um atendimento móvel, para minorar os sofrimentos dos doentes chagados. Ela e as missionárias saiam divididas em pequenos grupos e faziam a higiene necessária para cuidar dos curativos e dos remédios, que, com muita dificuldade, Madre Teresa conseguia dos médicos e hospitais que simpatizavam com o seu trabalho caritativo. E quando elas sabiam que doentes eram confinados em barracos ou casebres em ruínas, de imediato Madre Teresa estava a disciplinar a tarefa, para que todos fossem atendidos, já que não havia mais locais para abrigá-los com humanidade. Isso deixava Madre Teresa preocupada. Agora ela procurava fazer a oração do “Lembrai-vos”, com visão mais ampla. Ela, mentalmente, dizia à Virgem Santíssima que era preciso encontrar um local onde fosse erguida uma cidade, que ela já deslumbrara como a “Cidade da Paz”. Padre Julien, ao saber dessa tão ousada pretensão de Madre Teresa, assustadíssimo, procurou padre Exem que, como seu confessor, poderia demovê-la desse empreendimento. Padre Exem, rindo, contrapõe: “E quem irá fazê-la retroceder de mais esse ideal?” E continuou: “Vamos ajudá-la a buscar recursos necessários, sem discutirmos o assunto. Você sabe tão bem quanto eu, que Madre Teresa apenas nos informa do que ela tem em mente, apenas isso. Portanto, meu amigo, pensemos desde já como angariaríamos recursos para o novo empreendimento de Madre Teresa”. Final da segunda parte. Eloísa Bibliografia 1. A oração “Lembrai-vos”, consta do livro: Teresa de Calcutá, Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – Jose Luis Gonzáles-Balado. • Grandes Espíritas do Brasil – Zeus Wantuil, Editora FEB, 1ª ed., 1969. • Madre Teresa de Calcutá – José Luis Gonzáles-Balado, Editora Paulinas, 3ª ed., 1976. • Maria de Magdala – Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 1ª ed., 1992. • Teresa de Calcutá – A Mulher do Século – M. Rouxinol, Editora Lis. • Teresa de Calcutá – Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – José Luis Gonzáles-Balado, Editora Paulinas, 1ª ed., 2003. • Imagens: • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/59/ ChowringhrrKolkata1945.jpg • http://www.asianews.it/files/img/madre_teresa_ABBRACCIO.jpg • http://lh5.ggpht.com/_JPReeI0N5wU/S3D0IynR0aI/AAAAAAAADDw/ NwP-bLpk7Ss/IMG_2940.JPG • http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSQAM90InjqjhDeC4TvOEpsZ l8LCdITFIKDxtfvaoCRgqbFL-Ld4w • http://snpcultura.org/fotografias/Madre%20Teresa%20de%20 Calcut%C3%A1%202/1.jpg • http://www.exileimages.co.uk/masanorik/MotherTeresa/MK.ASI.006.jpg • http://1.bp.blogspot.com/_NZrQ-Je690k/THoWGuYmPpI/AAAAAAAAB-A/ UK6nhldO-DM/s1600/mother%2Bteresa%2Bhelping%2Bsick.jpg Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)” Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livros psicografados por Chico Xavier, romances de diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas. Distribuição permanente de edificantes mensagens. 8 Praça Presidente Castelo Branco Centro - Diadema - SP - Telefone (11) 4055-2955 Horário de funcionamento: 8 às 19 horas Segunda-feira a Sábado Clube do Livro clube do livro Chico Xavier em Pedro Leopoldo Escolhida pelo Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves Natanael respondeu a Filipe, ao saber que Jesus era ori(Jô)”, no mês de junho/2010, “Chico Xavier em Pedro ginário de Nazaré: “Ora, de Nazaré pode sair alguma coisa Leopoldo” é a 1ª edição da obra, em homenagem prestada boa?”, alguém, fazendo a mesma indagação sobre quem sepela editora DIDIER, através de Divaldinho ria o famoso Chico, retrucou: “Ora, de Pedro Matos. Leopoldo pode sair alguma coisa boa?” Como sugere o título, pretende mostrar ao Na cidade onde tudo começou, tanto a público leitor a vida de Chico na cidade de vida do homem, como a do médium Chico, Pedro Leopoldo, Minas Gerais, no período foram psicografados 59 livros, os quais são de 1927 a 1958. São relatados e abordados enumerados cronologicamente. fatos, passagens, “causos”, entrevistas, reO autor esclarece que a obra não pretengistrando sua vida durante sua permanência de ser biográfica, mas, “resgatar a saga do em Pedro Leopoldo, com fotos da época, até Espiritismo na mediterrânica Minas Gerais, de alguns documentos, como por exemplo, o dando ênfase a Pedro Leopoldo, berço do primeiro emprego. instrumento de precisão absoluta”. Logo no início na frase “Pedro Leopoldo É uma forma de conhecer e aprender um está para Chico Xavier, assim como Nazaré pouco mais sobre quem foi esse homem huestá para Jesus.” é feito um paralelo entre milde e valoroso, conhecido como o médium o início da vida pública de Chico, em Pedro Chico Xavier, em sua terra natal. Leopoldo e da vida pública de Jesus, em Vamos conferir? Nazaré. Que Deus nos abençoe. Divaldinho Matos Conta-se que da mesma forma que Rosangela Editora DIDIER Tema Livre tema livre Amai-Vos e Instruí-Vos “Espíritas! Amem-se, eis o primeiro ensinamento; instruam-se, eis o segundo”. – O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo VI, item 5. Esta é a palavra do Espírito de Verdade. Amar... Sabemos nós, que longe estamos de compreender – e mesmo de saber – o que é o amor, no sentido exato que o Mestre Jesus nos ensina. Embora já distantes do primitivismo dos tempos, esse doce sentimento ainda não tocou o nosso coração em sua plenitude. Tão pouco conhecemos a nossa infinita capacidade de amar. Infinita, sim, já que fomos criados à imagem e semelhança do Criador. Assim, teoricamente sabemos, mas ainda não experimentamos a grande e verdadeira ventura do amor. Ouvimos em todo o meio espírita, repetidas vezes, que é preciso aprendermos e por em prática esse primeiro mandamento. Mas... e o segundo? Instruí-vos, eis o segundo. Parece que este anda um pouco esquecido, um pouco negligenciado por nós espíritas. Infelizmente, é comum encontrarmos núcleos, para onde se dirigem almas necessitadas e inadvertidas, à espera de soluções miraculosas, preocupados tão somente com o fenômeno, o personalismo e a vaidade de um nome conhecido. Para tanto, entendem que bastam “bons guias”. Os espíritos são a solução e desnecessário o estudo, que passa a segundo plano, que se reduz à “perfumaria”. E, a partir dessa teoria, encontramos inúmeros confrades que se dedicam a servir à casa, e não à causa. Mas, a casa espírita, a par de ser um pronto socorro espiritual, é, primordialmente, um educandário. Há de ser sempre um núcleo educativo, guardando rigorosa fidelidade aos princípios espíritas contidos na codificação kardequiana. E onde buscar estes princípios? Resposta simples: ESTUDAR. Estudar as obras básicas da Doutrina Espírita, VISITE NOSSO SITE www.espiritismoeluz.org.br Você poderá obter informações sobre o Espiritismo, encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá também comprar livros espíritas e ler o Seareiro eletrônico. Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança 9 em primeiro lugar: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese, Obras Póstumas. Aí estão contidos os princípios fundamentais da doutrina dos Espíritos. A casa espírita tem o dever do estudo, a obrigação do ensinamento, se pretende atender e servir fielmente à Doutrina Espírita. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Vemos assim, que só através do conhecimento da verdade é que nos libertaremos. Mas, que verdade é esta, que liberdade é esta? Como conhecer a verdade sem o estudo? Como conhecer a libertação, se nem mesmo sabemos o que seja a tão cantada e decantada liberdade? É muito acanhado ainda o nosso conceito de liberdade. Queremos ser livres. Mas, livres do quê? Livres dos pais, dos preconceitos, das convenções sociais etc. etc. E quando nos encontramos livres de tudo o que parecia nos limitar, quedamo-nos frustrados, amargurados, sentindo que não nos libertamos de nossas amarras. Do que então precisamos nos libertar? E aí entra o papel do centro espírita: orientar, estudar, ensinar... libertar. É comum ouvirmos: “não estou legal; preciso ir ao centro tomar um passe”. E pronto; está resolvido. Tudo está bem. “Nossa, foi bom ir lá, eu estava carregado, mas o passe me libertou”. Libertou? Como? Se no momento em que se sentir, de novo, “carregado”, vai precisar “ir lá novamente?” Será difícil entendermos que a casa espírita que não esclarece, ao contrário de libertar, escraviza? Que mantém cativo aquele que necessita, que virá sempre pela dor e jamais pelo amor? Por que não indagarmos: por que o passe me é benéfico, traz alento, alívio para as minhas dores? Afinal: o que é o passe? O que está “oculto” sob a imposição de mãos? Como se processa esse mecanismo magnético? Se estudarmos, encontraremos respostas para todas as nossas indagações. Veremos que nada está oculto e nada é milagre. Esta é a verdade que necessitamos e que nos libertará. Vamos buscar o estudo; estudo sério e contínuo, sem nos confundirmos. As orientações de Allan Kardec são a essência da doutrina e não se confundem com tantos e tantos outros modernismos e terapêuticas alternativas, muitas destas respeitáveis, mas que não são Espiritismo, mas frutos da criação dos homens, que, desavisados, imaginam estar prestando grande concurso para a evolução da humanidade e que, muito pelo contrário, são perfeitos medianeiros daqueles que almejam retardá-la cada vez mais. É o desvirtuamento da doutrina. Tenhamos sempre presente que a Doutrina dos Espíritos foi ditada pelos espíritos e que a casa espírita é organização dos homens. Portanto, como tal, da casa espírita não esperemos perfeição. Os centros espíritas não são propriedade de quem quer que seja, mas há de ser sempre escola de almas, destinados sim, ao atendimento fraterno, mas também, ao atendimento elucidativo. Ensinar, educar, para libertar. Eis um dos princípios que deve nortear o centro espírita. Estudar, aprender, educar-se, para libertar-se. Eis o dever de todo espírita. Só assim vamos entender porquê tantos, libertos de todas as convenções humanas, sentem-se eternamente aprisionados; e outros tantos, ainda que algemados a estas mesmas convenções, sentem-se absolutamente libertos. Eis a liberdade a que se refere o Evangelho: a liberdade da alma, que é eterna. E não a liberdade do corpo, que é efêmera. Busquemos com maior empenho o conhecimento da verdade que nos oferece a doutrina, e que as casas espíritas, longe de competições, assumam, em definitivo, a responsabilidade que a elas cabe: estruturar-se para o estudo e o ensino da doutrina. Afinal, se o nosso norte é traçado pelo “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, lembremo-nos: “Não pôr a luz debaixo do velador” (capítulo XXIV). “Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos os que estão em casa” (Mateus, capítulo V, versículo 15). Voltemos ao início: Amai-vos e instruí-vos A partir da instrução vamos começar a entender o que é o amor. Indaiá Moral e Ética Felizmente, os estudiosos da área educacional já defendem a ideia de que é necessário também trabalhar as virtudes em sala de aula, por terem relação com os sentimentos e que estes participam da construção da “personalidade moral”. Por exemplo, a generosidade não se enquadra dentro da definição de dever ético, pois ocorre justamente quando se dá ao outro, sem qualquer obrigação. Emmanuel, no item 28 do “Livro da Esperança”, denomina a passagem do Bom Samaritano como a psicologia da caridade. O samaritano, que não era religioso, foi o único que parou na estrada e ajudou, sem limites, obrigação, tampouco interesse pessoal, uma criatura, pelo simples fato de que ela carecia de auxílio naquele momento. O dever moral, acima das obrigações éticas, é advertido pela nossa consciência. Ninguém o vê ou acusa na sociedade, pois as regras foram seguidas, mas, se fielmente observado eleva-nos espiritualmente. Atualmente fala-se muito em “ética”. Segundo os estudiosos em educação, a palavra “moral” foi considerada de caráter autoritário. A própria disciplina “Educação, Moral e Cívica” banida do currículo, foi objeto de crítica, em face da associação com o regime político ditatorial da época. Discute-se, no âmbito pedagógico, qual a forma correta de introduzir a ética (ou moral) aos alunos na atualidade. Fala-se em sistema de deveres e direitos éticos. Em filosofia o estudo da ética contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo-sociedade. A justiça corresponde a uma exigibilidade de conduta, o que implica no respeito ao direito alheio. 10 Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 8ª ed., 2010 Dessa forma, só poderemos crescer como seres melhores, mais íntegros, não nos mascarando por trás de regras, mas agindo com o coração, praticando as virtudes que o Pai nos ensinou, através de Seu filho Jesus. Esta é a moral que devemos aprender, para ensinar aos nossos pequenos a verdadeira humildade e caridade. Queremos um futuro melhor? “Não nos cansemos, pois, de repetir que todos os bens e todos os males que Lamentemos Menos Mas por que só eu? Por que tudo acontece comigo? Será que não mereço a atenção de Deus? Será que fui designado a sempre sofrer e carregar as dores dessa reencarnação para sempre? Quantas vezes não nos pegamos com esses pensamentos negativos em nossa cabeça? É só acontecer algo que nos desagrade que eles logo aparecem. Aqui temos uma conta impagável. Será que não mereço um descanso? Se bem analisarmos a situação, talvez não deveríamos ter assumido uma dívida tão pesada, mesmo considerando nossa invejável situação financeira e saúde física excelentes. Os dias passam rápido e as coisas mudam de lugar. Nosso “eu” se modifica, pode melhorar-se ou piorar. Um passo em falso e podemos colocar muita coisa a perder, senão tudo. Era mesmo necessário investir tão forte naquele projeto? Poderia eu ter aguardado um pouco mais? E agora, se meu coração não aguentar mais, e se meus órgãos continuarem a se deteriorar cada vez que entro em pânico? O que fazer? Do erro muitas vezes aprendemos o acerto. Quando dá tempo! Lendo outro dia uma mensagem de Emmanuel sobre os padecimentos a que estamos submetidos, sempre, em nossa romagem reencarnatória, lembro-me de suas palavras Aconteceu depositarmos no espírito da criança ser-nos-ão devolvidos.” Emmanuel, obra citada. Rosangela Bibliografia: Pátio-Revista Pedagógica – Yves de La Taille, Editora Artmed, ano 4, nº 13, mai/jul 2000. O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 2004. Imagem: http://centralrocknet.com.br/thumbnail. php?file=Crianca_1_671857479.jpg&size=article_medium de alento: por mais difíceis sejam as situações, por mais doloridas sejam as provas, nunca nos esqueçamos que Deus nos reserva o melhor! Kardec ainda nos assegura com vigor que Deus está sempre presente em nossa vida diária. Se por acaso nos desencantamos com a vida, com as maldades existentes no mundo, pois, atualmente somos informados em mínimos detalhes sobre tudo que de ruim acontece (e muito pouco de bom) no mundo, jamais percamos de vista esta mensagem excelente que o Mestre Lionês nos deixou em “A Gênese”, no capítulo XVIII, item 3, esclarecendo que o movimento progressivo da humanidade é inevitável, porque faz parte da natureza e não se pode dizer que Deus seja indiferente e, que após estabelecer Suas Leis, Ele tenha se mantido na inatividade, deixando as coisas à sua própria sorte. Suas Leis são eternas e imutáveis sem dúvida, mas, devido Sua Vontade ser eterna e constante e Seu Pensamento animar as coisas sem interrupção; Seu Pensamento que tudo penetra, é a força inteligente e permanente que mantém tudo em harmonia; se esse Pensamento parasse um instante de agir, teríamos então um Universo semelhante a um relógio sem o balanço regulador das horas. Deus portanto, vela incessantemente pela execução de suas Leis e os Espíritos que povoam o espaço são seus ministros encarregados dos detalhes, de acordo com suas atribuições e conforme sua escala de evolução. Que assim seja! Antoine Bibliografia: A Gênese – Allan Kardec, Capítulo XVIII, item 3, Sinal dos tempos, Editora FEB, 42ª ed., 2002. aconteceu Chá Beneficente Num clima de muita alegria realizou-se no dia 14/08/2010, o Chá Beneficente no nosso Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança, com toda a renda revertida para a construção de nossa nova sede na Rua dos Marimbás, 220 Jardim Guacuri, São Paulo, SP. Tivemos a oportunidade de nos confraternizar com muitos amigos numa tarde agradável e agradecemos a presença de todos que compartilharam conosco destes momentos. Equipe Seareiro ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃO Sua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança CNPJ: 03.880.975/0001-40 Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0 Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança 11 Canal Aberto canal aberto Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores. Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados. O Mal que Ainda Há em Nós... O Espiritismo nos ensina que a raiz de todos os males provém do egoísmo e que para promovermos a nossa reforma moral, necessitamos extirpá-lo. Analisando a fundo todas as guerras, todos os conflitos internos e externos, notamos sinais dessa chaga social, visto que os homens estão mergulhados no imediatismo; no materialismo; no aqui e agora; com os olhos voltados para o seu próprio umbigo. O homem perdeu a consciência de si mesmo, esqueceu de onde veio e não sabe para onde vai. Procura incessantemente pela felicidade e para tal, é capaz de esmagar seu próprio irmão para satisfazer o seu desejo. A Doutrina Espírita não proíbe que o homem busque o melhor, pelo contrário, dá subsídios para que ele se melhore cada vez mais... Não condena a riqueza, mas nos adverte sobre o abuso da mesma... Mostra-nos que é preferível viver uma vida humilde, na simplicidade, tendo a consciência tranquila, do que viver banhado em ouro, mas com a mente e o coração em trevas. Devemos combater o mal que ainda há em nós, começando por nos desapegarmos dos bens transitórios, dos quais somos apenas usufrutuários e não donos. Enxergar o nosso próximo como a um irmão, filho do mesmo Pai, e fazermos a ele o que gostaríamos que nos fizesse. Dividir os nossos tesouros, seguindo os conselhos do Mestre Jesus... Quando estivermos imunizados e regenerados, fortalecidos com o tônico do Cristo, o mundo será um lugar melhor. Paz e bem! Carlo Augusto Sobrinho - Rio de Janeiro - RJ Aos Olhos de Deus De nada vale a moeda adquirida de maneira ilícita. Assim, todas as nossas conquistas materiais devem ser produto de trabalho honesto. Aquele que usa de meios escusos para angariar riquezas materiais, erra duplamente. Um dia, o Pai lhe pedirá em conta o mau uso de tudo o que adquiriu. Medos Para Ele, a justiça divina é pródiga em amor e bondade, mas, é igualmente firme na disciplina ante aos que erraram para angariar vantagens em detrimento de outros. Se quiseres conquistar tesouros, conquiste os do céu. Eles são adquiridos somente pelo cumprimento do dever e pela consciência limpa. Ricardo Santos - São Paulo - SP para poder enfrentar a questão. O grande problema do medo está na expectativa que criamos sobre determinados acontecimentos que talvez nunca venham a ocorrer e também, na maioria dos casos, na preocupação exagerada Temos encontrado considerável número de pessoas que sobre o que os outros vão dizer ou vão pensar. Quer dizer: alegam medos diversos. Medos que variam de preocupações no fundo, tememos julgamentos; o que é uma bobagem, naturais ou exageradas até aqueles provenientes de diga-se de passagem. Não somos obrigados a dar traumas causados também por diferentes origens. explicações a ninguém, senão por força da lei. Por outro Sentir medo é humano, normal, natural. O problema lado, se estivermos em paz com a consciência, não há o está quando o medo extrapola os limites do bom senso. que temer. Ele, o medo, é muitas vezes necessário, pois nos preserva Percebe o leitor o alcance da questão? Agindo em de perigos e constitui um mecanismo sábio do instinto de conformidade com o bem, estando em paz com a conservação. Mas quando ultrapassa os níveis estabelecidos consciência, não há o que temer. pela natureza, torna-se perigoso inimigo. Sim, pois nos Mas, e os perigos próprios da vida humana? Bom, eles trava a potencialidade, paralisa as forças, gera doenças e existem, é verdade. Viver é sempre um risco, em vários provoca estragos consideráveis, especialmente na mente. sentidos. Mas, é esse risco de viver que nos amadurece. O O segredo está em entender os próprios medos. Para importante é confiar em Deus e seguir adiante. isso, é preciso inteirar-se sobre a temática que nos assusta Medo do quê? Da morte, de perdas financeiras, de altura, Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)” de chuva, de bala perdida, de assalto, de avião, de espíritos, da Informe-se através: CHICO perda de entes queridos? Qual ou E-mail: [email protected] quais são os nossos medos? www.espiritismoeluz.org.br Vivamos com naturalidade, (11) 2758-6345 com mais alegria, confiando, e Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP tudo melhora. Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas. 12 Valorizamos muito as expectativas sombrias, esquecendonos de que a sintonia com a alegria de viver, adotada por comportamento, altera os rumos dos acontecimentos, modifica o ambiente, os panoramas, influencia pessoas e é Família Aborto familia De tempos em tempos, o aborto e sua legalização vêm à tona, sendo discutido os seus aspectos de saúde, sociais, direito à liberdade etc. Cada vez que tentam colocar a legalização do aborto na pauta de assuntos que devem ser discutidos pelos políticos, várias organizações (principalmente as religiosas) alertam que precisamos observar o aborto pela ótica da ética cristã. Mas fica sempre uma pergunta: — Por que será que, mesmo sendo rejeitada várias vezes, insistem em querer discutir a legalização do aborto? A resposta está na importância que existe na oportunidade da reencarnação. Devido aos muitos débitos de amor não vivido, que contraímos em vidas passadas, Deus, por misericórdia, nos dá novas oportunidades, através da reencarnação, para podermos viver na Terra algo de bom, cumprindo assim a máxima “o amor cobre a multidão de pecados”. Ou seja, pela reencarnação poderemos praticar o bem, o respeito ao próximo e, com isso, irmos modificando e melhorando os nossos sentimentos. Acontece que, por outro lado, os espíritos infelizes, que querem manter as pessoas do jeito que elas estão, sem se melhorarem, e servindo de “pasto” para os seus instintos, estes espíritos infelizes, que nós, espíritas, comumente chamamos de “as sombras”, não querem que as reencarnações aconteçam, sendo abortados aqueles que receberiam mais uma chance de evoluírem. Não nos deixemos levar pela história de que socialmente é melhor a legalização do aborto. Lembremos o que André Luiz nos relata no livro “Missionários da Luz”: “Fala-se em resolver os problemas sociais, mas ninguém pensa em resolver os problemas espirituais. Na discussão deste assunto ninguém fala em Jesus, Maria e José.” Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança atitude saudável que faz bem à alma. Claro que nunca devemos esquecer a prudência nos gestos, decisões, comportamentos e atitudes. Mas viver sem medo, claro! Viver para aprender continuamente. Orson Peter Carrara - Matão - SP Realmente, José e Maria não eram ricos, passaram por “pressões sociais” imensas e não fraquejaram diante do compromisso que assumiram perante Deus, de acolher o Seu filho Jesus. Fiquemos atentos. Analisemos e lembremos da doce e firme figura de Maria de Nazaré. Ela estará amparando todas as mães que quiserem enfrentar as dificuldades para terem em seus braços um filho de Deus para reeducá-lo moralmente. Deus estará a proteger a estes pais. Wilson Imagem: http://sites.google.com/site/ldsmeetinghouselibrarypicsot/_/rsrc/1237 682823094/Home/New-Testament-Pics/Nativity.62495%2C201%2C1-16%2C2-6.jpg 13 Kardec em Estudo kardec em estudo Os que dizem: Senhor! Senhor! O Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo XVIII “Muitos os chamados, poucos os escolhidos” – itens 6 a 9 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus, capítulo VII, versículos 21 a 23). Não basta conhecer a Lei de Deus, reverenciá-Lo apenas por palavras, dirigir-Lhe preces e não agir de acordo com esta Lei. Nosso amado Mestre Jesus expressou e exemplificou a Lei de Deus, com Suas palavras e, principalmente, atitudes. Sabemos que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, contudo não adianta somente reconhecer Sua missão, chamá-Lo de Irmão, Mestre, Senhor e não seguir o Seu roteiro de Luz, isto é, Seus ensinamentos e exemplos. Nossos atos e pensamentos representam o que existe em nosso íntimo. Profetizar em nome de Deus, em nome de Jesus, e ficar apenas em belas palavras, fará com que sejamos excelentes tribunos. Mas não é a quantidade de palavras ou a qualidade das palavras ou a quantidade de preces que nos fará melhor diante de Deus e sim nossas atitudes para com o próximo, pois é através das obras no campo do bem, que se reconhece o verdadeiro cristão. O que adianta honrá-Lo com palavras ditas da boca para fora, ou com atos exteriores de devoção, e ao mesmo tempo honrar a Mamom e aos “deuses” dos instintos? No momento que não fazemos aquilo que falamos ou prometemos estamos sendo falsos profetas, mentirosos, deste modo dando maus exemplos, comprometendo-nos, e, o pior de tudo, indo contra a lei do amor e da caridade. Agindo apenas exteriormente, conseguimos enganar aos homens, mas não a Deus. Já sabemos que não fazer nada representa deixar de fazer o bem e quem não faz o bem está fazendo o mal, isto é, violando Seus mandamentos, dando mau exemplo. Falar sobre brandura, humildade, caridade, paciência, boa-vontade é fácil! O difícil é exemplificar através de nossa postura no dia a dia diante de alguma situação, principalmente aquela que nos contraria. Precisamos nos tornar melhores, mais indulgentes, caridosos, agradecidos e benevolentes para com todos, e em qualquer situação que nos encontremos. Geralmente, diante da doença, ou qualquer outra dificuldade, pedimos ajuda a Deus ou a Jesus, mas muito nos esquecemos Deles, nos momentos de “alegria”. Como pedir ajuda e não ajudar ao próximo? Por que lembrar Deles somente na tristeza, no desespero e não na alegria? Por que só pedir e não agradecer? Nossa vida futura depende do cumprimento de nossas tarefas, sobretudo as que nos comprometemos ou foram pré-estabelecidas na Espiritualidade. Para tanto, devemos utilizar todas as nossas capacidades intelectuais, materiais e morais. Lembrando que tudo aquilo que é feito seguindo os mandamentos de Deus, mais os preceitos de Jesus, terá seus alicerces permanentes, como a casa construída sobre a rocha e, deste modo, encontraremos a felicidade perene, além de nos prepararmos para a vida futura. Contudo, aquilo que violar Seus princípios será como a casa construída sobre a areia, que cede com o tempo. Portanto, ser cristão é seguir os preceitos de nosso Irmão Jesus Cristo, reverenciando a Deus, o nosso Pai, através de palavras, de atitudes fraternas, contribuindo assim para um mundo melhor, com o sacrifício do nosso orgulho, egoísmo, vaidade, inveja e dos outros instintos. Sabemos que não somos perfeitos, que nem todos estão na mesma faixa de entendimento ou compartilham de nossas opiniões, contudo somos todos irmãos e, ajudando uns aos outros, tornaremos a nossa caminhada mais harmoniosa e menos dolorosa. Senhor! Que saibamos agradecer a bênção da “vida”, a alegria de fazermos parte desta família universal e as oportunidades da instrução e do trabalho! Que sejamos úteis no campo do bem e façamos por merecer todas estas bênçãos! Silvana Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 8ª ed., 2010. Imagem: http://i.olhares.com/data/big/11/110976.jpgtp://www. sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=804322 14 Está difícil encontrar um bom livro? iais Preços Espec Que tal estes! s. oras e livraria id u ib tr is d ra pa Consulte-nos! Série Evangelho e Juventude Livros espíritas para jovens JASÃO, O CEGO Conta a história de Jasão, que saía todos os dias para pedir esmolas. Num dia ele se depara com o Mestre Jesus e, este explica aos apóstolos, o porquê do mesmo ter nascido cego. O Gastão e o Egoísta Este livro conta a história de Silas, filho de Lino e irmão de Timóteo, quando ele pede para seu pai dividir a herança, a fim de que ele possa sair em busca dos prazeres da vida. Preço: R$ 9,00 Preço: R$ 9,00 Grandes Vultos do Espiritismo JESUS E KARDEC Este livro nos traz temas do O Evangelho Segundo o Espiritismo, tais como: muitas moradas, nascer de novo, nas aflições, o consolador, humildes de espírito, pureza do coração, os pacificadores, salvar-se a si mesmo, amar os inimigos, a perfeição, os chamados, a fé, a prece, entre outros. Preço: R$ 17,00 Doutrinário ANÁLIA FRANCO, O ANJO DA CARIDADE Este livro nos apresenta a história de Anália Franco, grande educadora e também jornalista, romancista, teatróloga, contista e conferencista. Lutou, destemidamente, para livrar a mulher do império do jugo masculino, colocando-a não apenas como esposa e mãe, mas acima de tudo, elevando a mulher a ser uma educadora dentro do Lar. Preço: R$ 17,00 O Evangelho Segundo o Espiritismo Livros Infantis Traduzido do original francês por Roque Jacintho. Nova edição revisada, em versão de fácil leitura e entendimento. Compre já o seu! Por apenas R$ 12,00 Histórias cristãs que irão encantar os pequeninos! Preço: R$ 9,00 com es d enhos pa ra colorir! Para comprar o seu livro, entre em contato! Caixa Postal, 42 - Diadema - SP - CEP 09910-970 (11) 2758-6345 [email protected] EDITORA LUZ NO LAR www.luznolar.com.br Cantinho do Verso em Prosa cantinho do verso em prosa Essa Velhinha Essa velhinha que vês, Passando sempre ao sol-posto, Todo dia, todo mês, Penosamente a esmolar, Também foi criança, um dia, Não conhecia o desgosto, Brincava, jogava e ria, Era o anjo de seu lar! Depois vieram mudanças, Trabalhou, sofreu na vida, Morreram-lhe as esperanças, Cansou-se-lhe o coração. Hoje, triste, quase morta, Sozinha, desiludida, Esmola, de porta em porta, A fim de ganhar o pão. Não te esqueças, meu filhinho, Que um velhinho abandonado Tem sede de teu carinho, De tua doce afeição... Aprende a viver mais cedo, Não fujas amedrontado, Aproxima-te, sem medo, Anda cá! Beija-lhe a mão! João de Deus Livro em Foco A lição ensina-nos que todo ser já foi uma criança, um lindo bebê que, como todos os outros foi inocente, teve candura, beleza, e distribuiu alegria e felicidade por onde habitou. Devemos ensinar às crianças que os idosos seremos nós amanhã e aqueles que perambulam pelas ruas já tiveram um passado, uma juventude, uma infância. Ensinar o respeito e a não julgar quem quer que seja. Devemos sim, ofertar o melhor de nós para amenizar a dor, as necessidades físicas e morais e, principalmente, lembrar de fazer a todos esses velhinhos o que pretendemos que seja feito por nós: respeito e amor. Araújo Bibliografia: Antologia da Criança – Francisco Cândido Xavier / Autores diversos, Editora IDEAL, 3ª ed., 1992. Imagem: http://4.bp.blogspot.com/_-TtBzdiCfiY/TCksMz81JAI/AAAAAAAAABw/4O0HYVD9oD4/s1600/ mulher_idosa.jpg livro Monte Acima em Questão de Consciência Guardemos a consciência tranquila. A prática do bem ser-nos-á garantia da paz e a paz em nós se nos fará fonte de permanente alegria. A criatura de consciência culpada é semelhante à pessoa que carrega uma carga superior às próprias forças, parecendo arrastar-se entre o cansaço e a irritação. Emmanuel *** Esta, acima, é uma das mensagens que constam do livro “Monte Acima”, com escrita característica de Emmanuel, o companheiro constante de Chico Xavier, em sua peregrinagem pela Terra. Chico foi tão bom que se sacrificou bastante, física e espiritualmente, para conosco repartir essas pérolas vindas de Emmanuel, que, por sua vez, incansável companheiro, respeitável admirador e fiel seguidor do Cristo, não via entraves para nos trazer informações e modos de bem agir nesta nossa romagem terrena, tão cheia de armadilhas e desvios que nossas fraquezas teimam em não reconhecer. 16 foco Francisco Cândido Xavier Espíritos Diversos Editora GEEM - 2ª edição - 1989 Se nos sentirmos tal qual na situação citada em questões de consciência, saibamos todos que Emmanuel e Chico, Chico e Emmanuel, ambos em nome de Jesus, e todos juntos, velam por nós. Tenhamos essa certeza, confiança e fé nas suas palavras e procuremos seguir as suas recomendações. Que vamos cair, eles já sabem; mas eles sabem também que, em caindo, vamos nos levantar novamente e levantando, precisaremos de apoios: palavras de coragem, ânimo e determinação. Jamais coloquemos em dúvida a nossa segurança aqui na Terra, pois somos possuidores dos melhores amigos que poderíamos merecer em nossas vidas, despertando-nos para o trabalho cristão. Este pequeno livro de bolso editado pelo GEEM (Grupo Espírita Emmanuel), contém 20 mensagens, 82 páginas de fácil leitura, que nos dão uma visão muito precisa no reconhecimento de nossos momentos de fraqueza e as indicações de como superá-las. Vamos então lê-lo, absorver suas recomendações e viver melhor! É fácil... É simples... Antonio Pegadas de Chico Xavier pegadas de chico xavier Os “Privilégios” de Chico Xavier Muito trabalhou o médium querido no exercício da mediunidade, mas, nunca foi favorecido pela vida, no sentido comum que entendemos, ou seja, da vida prazerosa. Muito pelo contrário! Provavelmente, para nos dar o exemplo vivo de que todos podemos trabalhar no campo do Bem, Chico Xavier viveu como qualquer criatura na Terra, passando por dificuldades familiares, financeiras e de saúde, além dos ataques sofridos pelos que não entendiam a sua missão. Ao completar 68 anos de idade, Chico também alcançara 50 anos no serviço da mediunidade. Conta-se no livro Encontros no Tempo, que ao ser abordado por um senhor sobre os privilégios que teria recebido, após tantos anos de serviços prestados ao Além e aos semelhantes, Chico respondeu: “Meu amigo, eu não sei quais são os meus privilégios perante os Céus, porque fiquei órfão de mãe aos cinco anos de idade, fui entregue à proteção de uma senhora que durante dois anos, graças a Deus, me favorecia com três surras de vara de marmelo por dia, empregueime numa fábrica de tecidos aos oito anos de idade. E nela trabalhei durante quatro anos seguidos à noite, estudando na escola primária durante o dia. Não podendo continuar na fábrica, empreguei-me como auxiliar de cozinha, balcão e horta, num pequeno empório, durante mais quatro anos, em seguida empreguei-me numa repartição do Ministério da Agricultura, na qual trabalhei trinta e dois anos, começando na limpeza da repartição até chegar a escriturário, quando me aposentei; em criança sofri moléstia de pele, fui operado no calcanhar onde me cresceu um grande tumor; sofri dos doze aos quinze anos Mensagem Bibliografia: Encontros no Tempo – Francisco Cândido Xavier / Espíritos diversos, organizado por Hércio Marcos C. Arantes, Editora IDE. mensagem Faça o Melhor Certo é que, ainda, nenhum de nós poderá pretender agir e reagir como o Mestre Jesus. Devemos, no entanto buscar sempre agir pelas leis misericordiosas do Evangelho, dentro dos limites de nosso entendimento. Somente em nos realizando, com aquelas noções de vida que já adquirimos no campo do Cristianismo, estaremos nos ajustando para ir além. Que dizer de alguém que, tendo de fazer uma grande Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança de Coréia ou “mal de São Guido”, fui operado em 1951 de uma hérnia estrangulada, acompanhei a desencarnação de irmãos que me eram particularmente queridos em família; sofri um processo público em 1944, de muitos lances difíceis e amargos, por causa das mensagens do grande escritor Humberto de Campos; em 1958, passei por escandalosa perseguição com muitos noticiários infelizes da imprensa, perseguição de tal modo intensa que me obrigaram a sair do campo reconfortante da vida familiar em Pedro Leopoldo onde nasci, transferindo-me para Uberaba, em 1959, para que houvesse tranquilidade para os meus familiares que não tinham culpa de eu haver nascido médium; em 1968 fui internado no Hospital Santa Helena aqui em São Paulo, para ser operado numa cirurgia de muita gravidade e agora, no princípio deste ano do cinquentenário de minhas pobres faculdades mediúnicas, agravou-se em mim um processo de angina que começou em novembro do ano passado... angina essa com a qual estou lutando muito. Se tenho privilégios, como o senhor imagina, devo ter esses privilégios sem saber.” Será que nós aguentaríamos toda essa carga? Com certeza, ainda não. Mas, o esforço que fizermos para cumprir o que nos compete neste momento carnal, será um dos degraus para a elevação futura. Sigamos o exemplo do Chico, afinal esta é a finalidade da vinda desses grandes Espíritos na Terra! Neves caminhada – se desalenta, antes de empreender o menor esforço de iniciar a marcha? Que diríamos daquele que detendo semente de trigo, se negue a confiá-las ao solo, alegando que a colheita é muito trabalhosa e demorada? Busquemos, pois, viver gotas de bondade a cada dia, porque somente a soma de gotas faz o rio e vivifica todos os tratos de terra bruta por onde passa. Admiremos o bem e as esferas superiores da vida, mas saibamos que não basta admirar, porque o momento é de fazer. Paz. Roque Jacintho 17 Contos contos Um Grito de Cólera Leandro, por uma insignificante contrariedade, gritou com a mãezinha pouco antes do almoço. Pronunciou palavras muito feias em voz alta, destruindo a paz doméstica. — Ah! Meu filho, que susto! — disse a mãezinha aflita, que voltou a sentir forte dor de cabeça. — Meu filho, quanto mal foi atraído para nosso lar por seu gesto de cólera! — pronunciou a mãezinha pacientemente, mas seu coração, anteriormente diagnosticado doente pelo médico da família, tornou a descompassar-se. As irmãs, que cuidavam da refeição, largaram tudo no fogão e correram para o quarto para socorrê-la e, assim, todo o almoço foi inutilizado. Em razão das circunstâncias provocadas por Leandro, o pai, que aguardava o almoço, foi obrigado a esperar mais tempo em casa, chegando irritado e muito atrasado de volta ao serviço. O chefe, desequilibrado, não estava disposto a tolerar-lhe a falta, humilhou-o e o demitiu, qual fosse alguém imprudente. Quem quer que visse a cena, sentiria compaixão. Homem idoso e correto, o pai de Leandro, suportou as consequências de um gesto impulsivo e, por vários meses, fez um trabalho aqui e outro ali para amparar a família. Os resultados da gritaria, porém, foram mais vastos. A mãezinha piorou ainda mais do coração e foi levada às pressas para o hospital, onde ficou internada e, infelizmente, veio a desencarnar. Por mais seis meses, toda a família lutou e solidarizou-se para pagar as altas contas hospitalares e tentar recompor a harmonia do lar, perdida por um segundo de cólera, por um segundo de ira infantil. *** Pensemos na lição e não repitamos o mesmo, em atos imprudentes! Estamos unidos através de laços provenientes de Deus. Nenhum de nós está reunido ao acaso e, por isso, estamos juntos para aprendermos a nos amar, respeitando-se mutuamente. A tempestade derruba árvores de um momento para o outro, mas a ação impensada do homem é muito pior. Um grito colérico é um raio mortífero que penetra o coração das pessoas, causando doenças, dificuldades e desgostos. Aprendamos a falar e a calar. Ajudemos, ao invés de reclamar. A cólera é a força infernal que nos distancia uns dos outros e de Deus. A guerra não é senão o grito colérico de alguns homens raivosos que se alastram e exterminam milhões de criaturas, prejudicando o mundo inteiro por tempo indeterminado. Reinaldo Bibliografia: Adaptação do livro Alvorada Cristã – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Neio Lúcio, capítulo “Um grito de cólera”, Editora FEB, 8ª ed., 1986. Imagem: http://revuloangelo.files.wordpress.com/2009/11/url.jpg HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações para comprar: os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser genéricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral); fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços umedecidos e álcool gel 70%. 18 Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE, através dos seguintes bancos: • Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6 • Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1 • Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9 Maiores informações: • Telefone (34) 3318-2900 • [email protected] Calendário calendario Setembro DIA 02 1914 desencarna Eugène Auguste Albert de Rochas d’Aiglun (Grenoble - França). Foi um engenheiro militar, administrador da Escola Politécnica de Paris, historiador militar e pesquisador dos fenômenos psíquicos. Após ter concluído os estudos no Liceu de Grenoble, iniciou os estudos de Direito visando ingressar na magistratura, como o haviam feito o seu pai e seu avô, mas sem interesse pela área, voltou-se para outros estudos. No campo do magnetismo e do Espiritismo, estudou a polaridade, contribuiu para a atual classificação das fases do estado sonambúlico, observou sistematicamente os fenômenos espíritas, pesquisou a exteriorização da sensibilidade e mostrou o mecanismo do desdobramento físico. Das várias obras escritas destaca-se, no meio espírita, o livro “As vidas sucessivas”. DIA 03 2010 lançamento, em nível territorial brasileiro, do filme “Nosso Lar”, baseado no livro psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz. DIA 05 1890 desencarna Lea Fox, uma das médiuns envolvidas nos fenômenos de Hydesville, ocorrido em 1848, na América do Norte. Allan Kardec se interessou bastante pelos acontecimentos ocorridos na residência dos Fox, para estudo e início dos trabalhos que culminaram com o Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança desenvolvimento do Espiritismo como ciência, filosofia e religião. 1892 desencarna William Stainton Moses em Londres, Inglaterra; pesquisador, médium e escritor espírita. DIA 06 1881 realizado o 1° Congresso Espírita do Brasil, visando reunir e orientar as instituições espíritas então existentes. 1881 o Imperador Dom Pedro II recebe uma comissão de espíritas, no Rio de Janeiro, que lhe entrega um documento narrando as perseguições sofridas, e pedindo-lhe o fim delas. DIA 13 1909 a médium Linda Gazerra realiza a última sessão de figurações telepáticas e corporificações luminosas em Turim, Itália, na residência da Princesa Rispoli, sob a investigação cientifica do Dr. Enrique Imoda. DIA 15 1879 nasce, no Rio de Janeiro, a professora Júlia Pêgo de Amorim. Foi diretora de escola de música e, sozinha, aprendeu o Braille. Fundou a “Sociedade Amigos dos Cegos” e a “Instituição das Cegas Hellen Keller”, sendo um baluarte da Sociedade Pró-livro Espírita em Braille (SPLEB). DIA 17 1839 nasce, em Buffalo, EUA, Ira Erastus Davenport, um dos conhecidos irmãos Davenport, notáveis médiuns de efeitos físicos, notabilizados pelas sessões públicas que promoveram. 1865 fundado, por Luiz Olímpio Teles de Menezes, o primeiro Centro Espírita do Brasil, em Salvador, Bahia, denominado “Grupo Familiar de Espiritismo”. DIA 22 1868 nasce, no Rio de Janeiro, Caírbar de Souza Schutel, médium, escritor e divulgador da Doutrina Espírita. Considerado o “Pai da Pobreza” de Matão. Desencarnou em Matão, SP, em 30/01/1938. Convertido ao Espiritismo, após observação prática e estudos doutrinários. Fundou em 1904 o Centro Espírita “Amantes da Pobreza” e, em 1905, o jornal “O Clarim”, que circula até hoje. Em 1925, lançou a Revista Internacional do Espiritismo. Escreveu 17 livros espíritas. Foi pioneiro na divulgação da doutrina pelo rádio. DIA 25 1914 nasce, em Avaré, São Paulo, o professor José Herculano Pires, filósofo, parapsicólogo, escritor, jornalista e conferencista espírita. Mais de 70 obras editadas, fundador do “Clube dos Jornalistas Espíritas”. Destaca-se a tradução dos livros de Kardec feita por Herculano. DIA 28 1971 desencarna, em São Paulo, o professor Júlio Abreu Filho, jornalista e tradutor da “Revue Spirite” do francês para o português; colaborou assiduamente em muitos jornais e publicações espíritas; foi ainda representante no Brasil em vários organismos espíritas do Exterior. DIA 30 1891 nasce, em Cepa Forte, BA, Leopoldo Machado Barbosa, grande propagandista espírita. Participou dos trabalhos de unificação do espiritismo brasileiro. Imagem: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=down load&id=1280496 19 FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela ECT Destinatário Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” Caixa Postal 42 Diadema - SP 09910-970