Madre Teresa de Calcutá

Transcrição

Madre Teresa de Calcutá
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 107 - Setembro/2010
Distribuição Gratuita
Madre Teresa de Calcutá
Nesta Edição:
Segunda Parte
O Mal que Ainda Há em Nós...
Faça o Melhor
Os que dizem: Senhor! Senhor!
Lamentemos Menos
Livros: Monte Acima; Chico Xavier em Pedro Leopoldo
PROIBIDA A VENDA
Editorial
editorial
Índice
Na “atmosfera” do Brasil, notamos hoje a grande maioria das pessoas permanecendo nas faixas mais baixas dos ideais morais e cristãos.
Na época que antecedeu a Jesus, a humanidade estava dividida entre o governo,
clero e plebe, onde os mais fortes exerciam poder sobre os mais fracos que eram
escravizados e subjugados pelo império e sacerdotes do templo.
Infelizmente, as regiões que receberam o Salvador (denominação comum na
época, quando esperavam alguém que os salvasse, permanecendo numa condição
passiva), desviaram os ensinamentos para o fanatismo e poder decadentes. Mesmo
a Europa, berço do saber e da intelectualidade, resvalou para caminhos obscuros da
fenomenologia, diversão, relegando vasto material recebido por Allan Kardec.
Lembremos que para o território brasileiro foi concedida a oportunidade de receber pessoas dos diversos continentes, fraternalmente, tal qual Jesus pontuou como
Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, renovando a esperança com mudanças na
humanidade, dependendo do esforço de cada um.
Novas oportunidades a promover aquisição de valores morais e cristãos. Quantos
pioneiros contribuíram para o engrandecimento desta Terra e valorização do povo!
E agora? Impera a viciação no comodismo, conduzindo o povo para total ignorância, relegando a integridade, a dignidade e a honra.
Porém, hoje não são mais impostos esses desatinos ao povo, pois este tem a
chance de escolher seu ideal, mas não o faz de forma digna, escravizando-se à escolaridade funesta, mantendo-se na ociosidade conveniente, através de benefícios
dosados de forma oculta, como veneno fatal, agindo paulatinamente, a denegrir as
possibilidades de cada um. A comodidade, o instinto do privilégio, das vantagens
imediatas, leva nosso povo a mergulhar nos charcos da ignorância, incapacidade e
submissão.
É preciso disciplina e dignidade para que seja conquistado o respeito ao povo,
contudo, esse mesmo povo tem que iniciar, dentro do seu íntimo, a sementeira dos
princípios verdadeiros que Jesus nos trouxe pessoalmente e através de vários emissários.
Jesus, muito além de Salvador, vem como Mestre, Educador, ensinando e exemplificando as máximas rumo à evolução a caminho do Pai.
Já dizia Mahatma Gandhi “A dignidade pessoal e a honra, não podem ser protegidas por outros; devem ser zeladas pelo indivíduo em particular”.
O momento reclama reunir forças morais, intelectuais e espirituais, individualmente, modificando nossas tendências inferiores, e executar da melhor forma possível
nossas possibilidades nesta experiência.
Equipe Seareiro
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Grandes Pioneiros: Madre Teresa de Calcutá - Segunda Parte - Pág. 3
Clube do Livro: Chico Xavier em Pedro Leopoldo - Pág. 9
Tema Livre: Amai-Vos e Instruí-Vos - Pág. 9
Moral e Ética - Pág. 10
Lamentemos Menos - Pág. 11
Aconteceu: Chá Beneficente - Pág. 11
Canal Aberto: O Mal que Ainda Há em Nós... - Pág. 12
Aos Olhos de Deus - Pág. 12
Medos - Pág. 12
Família: Aborto - Pág. 13
Kardec em Estudo: Os que dizem: Senhor! Senhor! - Pág. 14
Cantinho do Verso em Prosa: Essa Velhinha - Pág. 16
Livro em Foco: Monte Acima - Pág. 16
Pegadas de Chico Xavier: Os “Privilégios” de Chico Xavier - Pág. 17
Mensagem: Faça o Melhor - Pág. 17
Contos: Um Grito de Cólera - Pág. 18
Calendário: Setembro - Pág. 19
Publicação Mensal
Doutrinária-espírita
Ano 11 - nº 107 - Setembro/2010
Órgão divulgador do Núcleo de
Estudos Espíritas Amor e Esperança
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CCM: 39.737
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destinada a expandir a divulgação
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Tiragem
12.000 exemplares
Distribuição Gratuita
Grandes Pioneiros
grandes
pioneiros
Madre Teresa de Calcutá
Segunda parte
Junto ao arcebispo, Monsenhor Ferdinand Périer, finalmente Irmã Teresa redigiu a carta endereçada a Roma e
alguns meses depois ela recebeu a autorização do Vaticano
pelo Papa Pio XII, para deixar a Congregação das Irmãs de
Loreto. Assim mesmo, Irmã Teresa permaneceu na Congregação até o final do ano letivo. Foram difíceis as despedidas das alunas que a queriam muito bem, pelo fato de sua
dedicação não ser apenas como professora e orientadora,
mas pelo seu carisma, sua bondade e compreensão. Sua
ausência seria muito triste para as alunas e as Irmãs da
Congregação.
Deixando Loreto, Irmã Teresa foi para Patna. Inscreveu-se em um curso básico de enfermagem. Esse curso era
ministrado pelo famoso hospital “American Medical Sisters”
ou “Medical Missionary Sisters” (Irmãs Médicas Missionárias). Dessa forma, ela saberia como lidar com os doentes e
os desvalidos pela fome, jogados ao relento. Pensava Irmã
Teresa: “Para entrar nos barracos pobres não preciso de
titulo acadêmico”. Completando o curso de enfermagem no
ano seguinte, no mês de dezembro, ela retorna a Calcutá.
Andando pelas ruas, Irmã Teresa pensava: “É a primeira vez
que me vejo sem abrigo. Não estou mais em Loreto e nem
tenho um teto onde ficar”.
De imediato, Teresa se recompõe e fala consigo mesma:
“Não estou só, confio em Deus e na sua Providência Divina.
Ele me abrigará e a seus filhos abandonados, pela falta de
humanidade e amor”.
Nesse instante, um sacerdote para em sua frente e pede-lhe um donativo para uma boa causa. Ela estava com poucas rúpias, pois já havia dado algumas para os pobres que
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
encontrara. Porém, tomando as últimas que estavam nos
bolsos, entregou-as ao sacerdote. Ao entardecer, após ter
amparado alguns doentes da rua, abrigando-os nos cantos
da calçada, refletia que estariam mais protegidos do caos
das ruas, cujo trânsito era muito complicado. Depois de um
dia de muito trabalho, quando pensava encontrar um lugar
para descansar, defronta-se com o mesmo sacerdote a
quem entregara as últimas rúpias. Este, ainda ofegante para
alcançá-la, tendo nas mãos um envelope, entrega-o à Irmã
Teresa, dizendo: “Senhora, um homem desconhecido procurou-me e pediu para que eu passasse às suas mãos este
envelope. Dissera-me que sabia de seus projetos para com
os pobres de Calcutá e ele gostaria muito de poder ajudá-la”. Irmã Teresa, abrindo o envelope, encontra um donativo
de cinquenta rúpias. Com lágrimas nos olhos, ela pede ao
sacerdote que agradeça ao homem desconhecido. Para ela,
Deus havia mandado o recado, seguir em frente, ajudando
aos desvalidos, pois com a firmeza da fé, a Providência de
Deus não lhe faltaria.
Seus projetos para com a futura Congregação tomavam
conta de sua mente, e seria denominada “As Missionárias
da Caridade”. Tinha certeza que encontraria mais almas
boas para ajudá-la. Não sabendo onde poderia passar a
noite, lembrou-se de seu confessor, o padre Jesuíta Celeste Van Exem. Ele fora o primeiro a dar-lhe as boas vindas
em Loreto. Agora, padre Exem também fora enviado a Calcutá, para ajudar os missionários a educar os meninos no
“Xavier’s College”. Ouvindo-a, o padre Exem lembrou-se do
“Asilo São José”, das Irmãzinhas dos Pobres. Disse-lhe que
tinha certeza de que as irmãs que administravam o Asilo
não se oporiam a alojá-la, até que Madre Teresa pudesse alugar uma casa.
Agradecida pela ajuda, ambos dirigiram-se ao Asilo São José. As irmãs
acolheram-na com carinho.
A principal avenida de Calcutá, Chowringhee Avenue, em 1945, Índia
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No dia seguinte, resolvido o seu problema, ela saiu pelos arredores com alguma comida e remédios que as irmãs
do Asilo São José lhe deram, assim como alguns curativos
para as feridas dos moribundos. Após servir aqueles que
estavam cobertos de mosquitos e chagas abertas, e que
estavam jogados nos chamados locais de “lixo”, onde ninguém passava com medo do contágio de doenças infectas, Irmã Teresa orou por eles, pedindo o amparo de Deus.
Depois seguiu para o parque “Motijhil”, onde encontrou um
grupo de meninos sujos, que brincavam num horário que
deveriam estar na escola. Aproximou-se e perguntando o
porquê não estavam nas salas de aulas, ouviu a resposta
de um deles: “Nós não podemos frequentar a escola. Nós
vivemos nas ruas. Dormimos aqui nos bancos do parque”.
Irmã Teresa pergunta-lhes então: “E a comida? Como
vocês se alimentam?” Respondeu-lhe outro: “Se ninguém
nos dá um pedaço de pão, nós roubamos nos mercados
livres e bebemos a água dos cavalos, que os donos deixam
embaixo das árvores”. Irmã Teresa sentiu que o trabalho seria bem maior do que esperava contar. E conversando com
os meninos, conquistando a confiança deles, Irmã Teresa
reuniu-os à sombra de uma árvore, contando, em forma de
história, a vinda de Jesus à Terra. Viu que estes se empolgavam. Porém, vendo-os tão sujos, ela num certo momento,
falou:
— Sei que vocês estão com fome, mas antes de comer
alguns biscoitos que estão nesta sacola, eu proponho que
todos lavem as mãos e o rosto, querem?
As crianças aceitaram de imediato, mas, como lavar-se,
perguntou um deles. Irmã Teresa respondeu: “Vamos procurar o vigilante do parque e pediremos a ele o favor de abrir
o registro de água. Com isso, as torneiras do parque nos
darão a água necessária e depois agradeceremos ao vigilante e voltaremos aqui para um belo piquenique”. E, com a
alegria das crianças, assim foi feito. Irmã Teresa conseguira
dar a eles a primeira noção de higiene.
Após despedir-se, com abraços das crianças, ela
prometeu que voltaria no dia seguinte. Foram muitos dias que se sucederam ao primeiro e, nas
vésperas desse Natal, Irmã Teresa já alfabetizara mais de quarenta crianças, sob as
sombras das árvores. Antes de terminar o
ano de 1948, uma pessoa que havia conhecido Teresa de Calcutá, quando morava em
Loreto, alugou uma casa nas proximidades
do parque, para que ela pudesse abrigar seus
alunos. Esse aluguel fora permutado por aulas
para as crianças das redes públicas.
Aos poucos, o movimento que Irmã Teresa
realizava foi crescendo. As ex-alunas, quando
souberam que a querida professora estava de
volta e cuidando de uma comunidade praticamente ao ar livre, juntaram-se a ela. Irmã
Teresa agradecia a Deus por essa ajuda
espontânea das meninas. E uma a uma,
formaram a futura Congregação da Irmã
Teresa, que ainda não tinha sido reconhecida pela Santa Sé. Mas, a dedicada discípula do Cristo já começara a elaborar
os estatutos das futuras “Missionárias
da Caridade”. E nesses estatutos,
além do que era obrigatório pela lei
eclesiástica, ela acrescentara: 1º
obediência, 2º pobreza, 3º castidade; e mais um, que para ela era o
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principal item, a “Caridade”.
Madre Teresa ensinava suas ajudantes logo após as orações matinais: “Não pedimos a ninguém que nos faça a caridade. Deveremos ir até os necessitados. Não importa que
sejam hindus, muçulmanos ou cristãos. Todos somos filhos
de Deus e algo bom e digno deveremos fazer por ‘Ele’”. E
completava com essas palavras: “Ofertem até que lhes fira,
pois o amor verdadeiro fere. A cruz feriu Jesus”.
No final do ano de 1948 foi concedida a nacionalidade
indiana à Madre Teresa de Calcutá.
A luta desse espírito empreendedor continuava junto às
ex-alunas que procuravam seguir aqueles passos firmes,
levando um pouco de consolo ao grande número dos rejeitados pela sociedade e pela indiferença dos bem conceituados na vida.
Teresa, a querida irmã entre todas as missionárias, principalmente aquelas ex-alunas que se agregaram a ela no
ardoroso trabalho assistencial, aderiu ao traje comum entre
as mulheres indianas.
A Irmã Teresa passou a vestir-se do sári usual na Índia,
abandonando o hábito da Congregação de Loreto. Adotou
um sári branco com faixas azuis, simbolizando a paz e homenageando a Virgem Maria e o seu manto divino. Em seu
ombro, uma pequena cruz. Dizia às suas auxiliares que
dessa forma não estariam humilhando aos carentes, mas
sim levando respeito e carinho em nome do Senhor Jesus.
Completamente desprendida dos bens terrenos, ensinava
às jovens missionárias que deveriam ter apenas o necessário, tais como: um prato com uma tampa, uma troca de
roupas, uma troca de roupas íntimas, um par de sandálias,
um pedaço de sabão, um travesseiro e um colchonete, dois
lençóis e um balde metálico. Dessa maneira, se precisassem atender algum caso grave a distância, a mudança seria
fácil e rápida, pois todos os pertences poderiam ser levados
nas mãos.
Irmã Teresa, como fazia todas as manhãs, saía para
prestar socorro aos desvalidos e, com a ajuda das irmãs missionárias, os trazia para o abrigo. Porém,
ao chegar ao portão ouviu o seguinte: “Querida
irmã perdoe-me, mas creio que não temos como
abrigar mais ninguém aqui. O nosso cômodo
está lotado, não temos onde dormir e nem
como cuidar dos doentes”. Irmã Teresa ouvia apreensiva o que lhe comunicava uma de suas ajudantes. Ela
já sabia do fato, por isso respondeu: “Vamos ter fé, minha filha.
Jesus nos auxiliará”. E seguiu
seu caminho para cuidar dos
doentes que encontrava pelas
ruas. Após ter atendido a várias
pessoas, ela deparou-se com
uma mulher jogada na sarjeta. O
quadro era terrível. O corpo da
pobre anciã mostrava mordidas
de ratos e estava cheio de formigas e mosquitos. A pobre gemia,
sem poder movimentar-se. Irmã
Teresa, vendo o triste estado
daquele ser, não teve dúvidas;
conseguiu um carrinho de mão,
cedido por alguns homens que
transportavam pequenas cargas
para os comerciantes locais, e,
com a ajuda deles, ergueu o po-
bre corpo inanimado e conduziu-a ao hospital mais próximo.
De forma alguma queriam prestar socorro. Irmã Teresa pôs-se a falar alto e gesticular exageradamente para chamar
atenção. Com isso, ela conseguiu que a mulher fosse encaminhada ao ambulatório para receber os curativos precisos.
Porém, ali não poderia ficar e Irmã Teresa teve que recorrer
ao padre Exem, seu confessor, para abrigar a mulher.
O padre Exem, ao ver a Irmã chegar, acompanhada pela
doente toda enfaixada, pôs a mão na cabeça e falou:
— Meu Deus! Irmã Teresa, conheço seu trabalho e seu
senso de caridade, mas por favor seja mais comedida!
Teresa nada pronunciou, apenas colocou a mulher no catre, que algumas vezes fora seu leito, e agradecendo ao
padre, despediu-se prometendo voltar no dia seguinte.
Voltando às ruas, entre as demolições de várias casas,
ouviu alguém pedindo socorro. Teresa, de imediato, começou a procurar e, atraída pela voz, encontrou outra mulher
em terrível estado terminal. Abaixando-se para ouvir o que
ela dizia em sussurros: “Foi... foi meu filho... que me jogou
nestes escombros... eu me tornei... um peso... para ele”.
Irmã Teresa só pôde fechar os olhos desse coração materno. Orou a Jesus para que, no futuro, o filho não tivesse o
mesmo fim.
Saindo do local onde outros buscavam sua ajuda, mostrando corpos cadavéricos, Irmã Teresa parou ali mesmo,
em frente a tanto desprezo dos que por ali passavam, sem
demonstrar qualquer compaixão. Olhando para o céu falou:
“Senhor por piedade, como atender e abrigar este grande
número de moribundos?” E continuou o seu desabafo a Jesus: “Por vezes, creio que o Senhor nos abandonou. Estamos praticamente sem abrigo. Não temos rúpias para alugarmos um depósito qualquer. Senhor, não sei como voltar
e falar às missionárias que a nossa instituição está falida,
sem mesmo ter começado, pelas bênçãos do Vaticano”.
Irmã Teresa não havia reparado que enquanto se dirigia a
Jesus, andava. E qual não foi sua surpresa, quando observou que estava em frente à secção de higiene da Câmara
Municipal de Calcutá. Num impulso, pensou: “É aqui... aqui
pedirei uma solução para o problema. Foi Jesus... foi o Senhor que me encaminhou para buscar ajuda na prefeitura
local”.
E, num ato de arrependimento por sua falta de fé, pe-
diu perdão ao Senhor, pela sua atitude de minutos atrás.
Irmã Teresa, renovada e esperançada, adentrou à sala de
atendimento ao povo. Após algumas horas, expôs o assunto sobre a falta de moradia aos abandonados. Tanta foi a
ênfase colocada em suas palavras, que lhe foram ofertados
dois imóveis, dos quais escolheria um, que seria a casa que
procurava para os seus propósitos. Um deles, mais adequado, limpo, pronto para ser ocupado, ficava nos subúrbios
de Calcutá. O outro, mal conservado, sujo, ficava no centro
da cidade e ao lado do templo da deusa Kali, considerada
a protetora de Calcutá. Após visitá-los, Irmã Teresa, preferiu o imóvel próximo ao templo, isto porquê, conhecendo os
indianos e sua crença, eles, por certo, sentindo a aproximação da morte, iriam preferir morrer sob olhares da deusa
Kali.
O local estava em péssimo estado. Mas, juntas, as irmãzinhas missionárias começaram de imediato o trabalho de
restauração. Em pouco tempo estava tudo em ordem. Tomadas as providências em busca de catres, colchões, roupas etc., de que precisariam, Irmã Teresa estava feliz. Junto
de seu confessor, o padre Exem e do padre Julien Henry,
que também simpatizou com a dedicação de Irmã Teresa,
conseguiu o necessário para acolher os “pobres de Calcutá”, como denominava Irmã Teresa.
Essa casa, em tempos passados, servia de dormitório
aos peregrinos que chegavam a Calcutá. Irmã Teresa deu-lhe o nome de “Casa do Moribundo”, que seria então o lar
dos desvalidos. Nessa nova propriedade pôde Irmã Teresa
desdobrar o atendimento aos doentes. Começou a recolher
e medicar os que apresentavam o vírus H.I.V., a Aids, e também os leprosos. Teresa de Calcutá dava continuidade à
sua obra iniciada após ter conhecido o Mestre Jesus, como
Maria Madalena, reunindo os leprosos que eram jogados no
vale dos “imundos”.
Tudo parecia transcorrer com mais tranquilidade para
Teresa e as missionárias, no grandioso trabalho que desenvolviam. Mas, muitos habitantes dessa região que eram
chamados de “bonzos”, isto é, os encarregados do culto à
deusa Kali, achavam que a Irmã Teresa estava profanando
aquele lugar sagrado. Começaram a perseguir todos os passos e atitudes tomadas pelas missionárias, tendo como alvo
principal a Irmã Teresa. As crianças e os adultos, ali aconchegados sob seu teto, sofriam, sem saber, forte esquema
Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
DIA
LIVROS ESTUDADOS
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan
Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*
3ª
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador –
Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
4ª
O problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis;
Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis
Morais – Roque Jacintho
5ª
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns –
Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
6ª
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros –
André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho
Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro de mensagens de Emmanuel*
2ª
*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas
3ª e 6ª, às 15 horas
Domingo, às 10 horas
Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas
Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas na nova
sede (Rua dos Marimbás, 220, Jd. Guacuri, São Paulo)
Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as
reuniões
Terapia de apoio espiritual aos dependentes
químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30
Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45
3ª e 6ª, às 14h45
Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas
Rua das Turmalinas, 56 / 58
Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345
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de espionagem. Por várias
vezes o local foi apedrejado
com tentativas de invasão
pelo bonzos mais fanáticos.
Porém, o coração de Irmã
Teresa, sempre voltado
para Deus, mantinha a calma. Transmitia aos doentes
e às missionárias a confiança de que, através da prece
e da fé, nada lhes aconteceria. Porém, por ordem do
líder dos bonzos, foi designado um espião para matar
Irmã Teresa, na primeira
ocasião em que ela estivesse sozinha. Quando ela
teve a certeza do fato, que sabia poder acontecer, procurou
o chefe dos bonzos, para lhe dizer: “Se quiser, pode me
matar agora mesmo, não precisa esperar dia propício para
isso. Apenas peço-lhe que não cause mal aos moribundos,
que já sofrem tantas amarguras. Muitos estão apenas esperando o chamado de Deus para partirem”.
O líder dos bonzos não precisou responder porque, nesse exato momento, o espião encarregado de matar Irmã
Teresa adentrou o local e falou com emoção: “Senhor, Deixemos essa mulher em paz. Tenho vigiado seus passos e
confesso que o trabalho que desenvolve me dá a impressão
de ver a própria deusa Kali em ação. Todas as mulheres do
Templo de Kali deveriam aprender a servir à deusa, como
faz esta santa mulher”. A partir desse dia, o líder dos bonzos
e outros encarregados do templo, tornaram-se amigos de
Irmã Teresa.
E essa amizade firmou-se ainda mais, quando um deles
contraiu tuberculose. Irmã Teresa deu-lhe abrigo e cuidados
com o tratamento para reprimir um pouco a doença que, por
essa época, era certo, o levaria ao óbito. Irmã Teresa tudo
fez para curá-lo, envolvendo-o em suas orações. A reação
do enfermo era de revolta. Quando os companheiros vinham
visitá-lo, ele blasfemava contra Deus, dizendo ser condenado por Ele, por acompanhar os sacerdotes do Templo Kali,
e por querer expulsar a Irmã Teresa e os doentes desse
local. Mas, Irmã Teresa estava sempre por perto, procurando acalmá-lo e pedindo que rezasse com ela. E sua atitude
era de colocar suas mãos na cabeça confusa do enfermo,
que aos poucos se acalmava. Com o progresso da recuperação, o moribundo, já pedia as bênçãos de Irmã Teresa. E,
em seus últimos dias de vida terrena junto de Irmã Teresa,
orava com ela o Pai Nosso. Assim, o desencarne o alcança
numa manhã, onde vários bonzos ali se encontravam ao
redor do catre e, ante o último suspiro, todos puderam ouvi-
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-lo, balbuciar: “Perdoe-me
Irmã Teresa. Reze a Deus
por mim”. Os companheiros estavam emocionados
por terem acompanhado a
transformação que se dera
com ele, que no princípio
foi o mais ferrenho perseguidor de Irmã Teresa.
Com este acontecimento, que chegara aos ouvidos dos sacerdotes do
Templo Kali, estes juraram
à deusa que nunca mais
a perseguiriam, pois que,
para os bonzos, tornou-se
uma santa. E os sacerdotes
prometeram ajudar Irmã Teresa a recolher os enfermos da
rua e tratá-los com mais respeito.
Todos esses fatos eram anotados pelos padres, Celeste Van Exem, o confessor de Irmã Teresa e por Julien
Henry, que embora não tolerasse essa tarefa, terrível aos
seus olhos, praticada por Teresa de Calcutá, passou a ser
simpatizante da causa e ajudava o padre Exem nas anotações. Essas anotações foram transformadas em relatórios,
a pedido do Arcebispo D. Fernando Périer, que os enviaria
à Roma.
Irmã Teresa e as missionárias trabalhavam arduamente
pela congregação, mas esta ainda não existiria juridicamente, enquanto não chegasse o decreto de Roma, que autorizasse o funcionamento legal da instituição. E graças a esses relatórios, foi promulgado, no dia 7 de outubro de 1950,
o surgimento dessa instituição. Nesse dia, homenageia-se
a Festa de Nossa Senhora do Rosário. Considerou-se em
Roma que a instituição, fundada por uma religiosa eslavo-albanesa, prescrevia todas as garantias de fé, baseada
“nos princípios de felicidade cristã, por amor a Deus”. A notícia trouxe alegria para os corações das Missionárias da
Caridade e para a fundadora, que passou a ser chamada
Madre Teresa de Calcutá, denominação essa do Arcebispo
Périer.
Os ataques à Madre Teresa continuavam. Os mais abastados não se compraziam com o trato aos moribundos. Para
eles os pobres deveriam morrer a míngua, já que nada possuíam, e assim a prole iria diminuindo. Arquitetaram, então,
um plano que, de imediato, puseram em ação. Começaram
a instigar as prostitutas a entrarem na instituição, para dar
a impressão ao povo que Madre Teresa estava a camuflar
o local, para que entrasse mais dinheiro através do sexo
e, também, que ela obrigava os moribundos a serem convertidos ao catolicismo, revoltando os sacerdotes budistas.
Para tanto, os manifestantes, sob esses
pretextos, foram à polícia exigir que a expulsassem do imóvel junto com as missionárias e os doentes. A polícia, registrando
as denúncias, foi ao local para averiguar a
verdade do que ali ocorria. A investigação
não apresentou censura alguma que apontasse danos morais a ninguém; ao contrário, o que ali se passava, eram exemplos
de amor ao próximo.
Os denunciantes foram chamados para
ouvir o resultado das investigações policiais. A condição proposta pela polícia fora
de que, cada um que se sentisse incomo-
dado, procurasse praticar os mesmos atos caridosos de
Madre Teresa de Calcutá. Naturalmente que os denunciantes não aceitaram essa proposta policial, e recolheram-se
contrariados.
A maioria do povo hindu consagrava à Madre Teresa o
carinho dispensado à uma mãe. Saindo às ruas, as crianças
corriam para serem abraçadas e beijadas por essa “santa
mulher”, como a chamavam. Mas, com sua humildade, Madre Teresa pedia a todos que orassem a Jesus, porque Ele
é que merecia ser glorificado, por ser pregado na cruz para
nos ensinar a amar.
A “Casa dos Moribundos” estava demonstrando que o
espaço físico se tornara pequeno diante da procura dos doentes abandonados, principalmente os leprosos, que continuavam a agonizar pelas ruas. Madre Teresa pediu ajuda ao
seu confessor, o padre Exem. Este se uniu ao padre Julien
Henry e, conhecendo ambos a personalidade forte de Madre Teresa, passaram de imediato a buscar um imóvel para
que abrigasse mais carentes, adultos e crianças.
O padre Julien tomou conhecimento que estava à venda
a casa de um juiz mulçumano, mas que, tendo se aposentado, resolveu vendê-la, para ir morar no Paquistão. O
encarregado da venda do imóvel era irmão do juiz, e foi a
ele que o padre Julien recorreu. Após várias negociações,
padre Julien acompanhado pelo irmão do juiz, apresentou
a proposta referente ao preço do imóvel, e explicou qual
seria a destinação da casa, onde estaria à frente da habitação Madre Teresa. O juiz ficou um tanto constrangido
por saber tornar-se seu antigo lar numa instituição católica.
Pediu ao padre Julien um tempo, que lhe foi concedido. O
juiz muçulmano dirigiu-se à mesquita mais próxima, para
poder consultar Alá (nome dado a Deus pelos muçulmanos).
Padre Julien fez o mesmo, pedindo a Deus que os desejos de Madre Teresa pudessem ser atendidos em defesa de
uma causa nobre, pensava ele, em favor dos desabrigados.
Logo o juiz muçulmano retorna com um sorriso que agradou
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
padre Julien, e diz-lhe que a proposta estava aceita. Finda
as negociações, ao se despedir, o juiz declarou ao padre
Julien que estava feliz por saber que o imóvel seria bem
aproveitado, pois era do agrado de Alá.
Madre Teresa recebeu a boa noticia da aquisição de outro
imóvel onde poderia abrigar mais doentes. A esse local ela
deu o nome de Nirmal Hriday, que em bengalês significa
“Coração Puro”. Essa denominação agradou aos hindus,
em sua maioria, hansenianos.
Os doentes foram encaminhados para esse abrigo, que,
com o tempo, foi destinado apenas aos adultos. Madre
Teresa viu que o número de crianças que ficavam órfãs pela
morte dos pais era grande. Ela não poderia abrigá-las ali
naquele alojamento, onde os pequenos poderiam contaminar-se pelos vários tipos de vírus que os doentes apresentavam. Para tanto, seria necessário encontrar outro imóvel,
a fim de que essas crianças tivessem um lar decente e uma
orientação segura.
Iniciou-se uma nova procura de imóvel, o qual Madre
Teresa dizia ser um lar-matriz, isto é, lar “materno”, pois
todas as missionárias seriam mães das crianças que ali
fossem abrigadas. A preocupação do padre Exem e padre
Julien era enorme. “Como faremos?” Essa pergunta lhes
tirava o sono. Sabiam que quando Madre Teresa colocava
algo para ser realizado, ela não descansava enquanto não
se cumprisse seu desejo. E todos se puseram a procurar o
novo lar para as crianças. Conversando com Madre Teresa,
os padres Exem e Julien comentavam que não sabiam
como realizar outro negócio na compra de mais um imóvel,
pois ainda não haviam quitado a compra anterior. Madre
Teresa, como sempre, firme em sua fé, dizia-lhes: “Vocês se
lembram da oração ‘Lembrai-vos’?” Essa oração aprendemos desde criança, quando sentíamos dificuldades; nossa
mãezinha junto a imagem de Nossa Senhora, orava assim:
“Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se
ouviu dizer que daqueles que recorreram à vossa proteção,
Nirmal Hriday
7
que imploravam vossa assistência, que reclamaram por vosso socorro, algum fosse por vós desamparado. Animada, pois, com igual
confiança, a vós, Virgem entre todas singular, como Mãe eu recorro,
de vós me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados, me
prostro aos vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe
do Filho de Deus humano, mas dignai-vos de ouvi-las propícia e de
me alcançar o que vos rogo. Amém”1.
Os dois padres ouviram em silêncio a oração que Madre Teresa
fizera com emoção. Após, tanto padre Exem como padre Julien, disseram achar peculiar a oração, principalmente por ser dirigida diretamente à Virgem Santíssima, que, por certo, nunca deixara de ouvir
um coração materno, numa prece dita com tanta convicção. As missionárias também aderiram à oração do “Lembrai-vos”, seguindo,
como acreditava Madre Teresa, a sagração da Providência Divina. E
essa providência teve seu êxito, pois o imóvel apareceu praticamente de graça. Padre Exem louvou a oração “Lembrai-vos”. Esse lar
abrigaria as crianças órfãs. Madre Teresa denominou essa casa de:
“Nirmala Shishu Bhavan”, cujo significado seria quase o mesmo do
“Lar do Moribundo Abandonado”. Essa denominação favorecia aos
povos budistas como aos católicos.
O grandioso trabalho das Missionárias da Caridade prosseguia
em ritmo acelerado. Madre Teresa, vendo aumentar o número de
hansenianos pelas ruas, criou um atendimento móvel, para minorar
os sofrimentos dos doentes chagados. Ela e as missionárias saiam
divididas em pequenos grupos e faziam a higiene necessária para
cuidar dos curativos e dos remédios, que, com muita dificuldade,
Madre Teresa conseguia dos médicos e hospitais que simpatizavam
com o seu trabalho caritativo. E quando elas sabiam que doentes
eram confinados em barracos ou casebres em ruínas, de imediato
Madre Teresa estava a disciplinar a tarefa, para que todos fossem
atendidos, já que não havia mais locais para abrigá-los com humanidade. Isso deixava Madre Teresa preocupada. Agora ela procurava
fazer a oração do “Lembrai-vos”, com visão mais ampla. Ela, mentalmente, dizia à Virgem Santíssima que era preciso encontrar um
local onde fosse erguida uma cidade, que ela já deslumbrara como
a “Cidade da Paz”.
Padre Julien, ao saber dessa tão ousada pretensão de Madre
Teresa, assustadíssimo, procurou padre Exem que, como seu confessor, poderia demovê-la desse empreendimento. Padre Exem, rindo, contrapõe: “E quem irá fazê-la retroceder de mais esse ideal?”
E continuou: “Vamos ajudá-la a buscar recursos necessários, sem
discutirmos o assunto. Você sabe tão bem quanto eu, que Madre
Teresa apenas nos informa do que ela tem em mente, apenas isso.
Portanto, meu amigo, pensemos desde já como angariaríamos recursos para o novo empreendimento de Madre Teresa”.
Final da segunda parte.
Eloísa
Bibliografia
1. A oração “Lembrai-vos”, consta do livro: Teresa de Calcutá, Uma Vida de Amor a
Jesus nos Pobres – Jose Luis Gonzáles-Balado.
• Grandes Espíritas do Brasil – Zeus Wantuil, Editora FEB, 1ª ed.,
1969.
• Madre Teresa de Calcutá – José Luis Gonzáles-Balado, Editora
Paulinas, 3ª ed., 1976.
• Maria de Magdala – Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 1ª ed.,
1992.
• Teresa de Calcutá – A Mulher do Século – M. Rouxinol, Editora Lis.
• Teresa de Calcutá – Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – José
Luis Gonzáles-Balado, Editora Paulinas, 1ª ed., 2003.
• Imagens:
• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/59/
ChowringhrrKolkata1945.jpg
• http://www.asianews.it/files/img/madre_teresa_ABBRACCIO.jpg
• http://lh5.ggpht.com/_JPReeI0N5wU/S3D0IynR0aI/AAAAAAAADDw/
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• http://snpcultura.org/fotografias/Madre%20Teresa%20de%20
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• http://www.exileimages.co.uk/masanorik/MotherTeresa/MK.ASI.006.jpg
• http://1.bp.blogspot.com/_NZrQ-Je690k/THoWGuYmPpI/AAAAAAAAB-A/
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Chico Xavier em Pedro Leopoldo
Escolhida pelo Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves
Natanael respondeu a Filipe, ao saber que Jesus era ori(Jô)”, no mês de junho/2010, “Chico Xavier em Pedro
ginário de Nazaré: “Ora, de Nazaré pode sair alguma coisa
Leopoldo” é a 1ª edição da obra, em homenagem prestada
boa?”, alguém, fazendo a mesma indagação sobre quem sepela editora DIDIER, através de Divaldinho
ria o famoso Chico, retrucou: “Ora, de Pedro
Matos.
Leopoldo pode sair alguma coisa boa?”
Como sugere o título, pretende mostrar ao
Na cidade onde tudo começou, tanto a
público leitor a vida de Chico na cidade de
vida do homem, como a do médium Chico,
Pedro Leopoldo, Minas Gerais, no período
foram psicografados 59 livros, os quais são
de 1927 a 1958. São relatados e abordados
enumerados cronologicamente.
fatos, passagens, “causos”, entrevistas, reO autor esclarece que a obra não pretengistrando sua vida durante sua permanência
de ser biográfica, mas, “resgatar a saga do
em Pedro Leopoldo, com fotos da época, até
Espiritismo na mediterrânica Minas Gerais,
de alguns documentos, como por exemplo, o
dando ênfase a Pedro Leopoldo, berço do
primeiro emprego.
instrumento de precisão absoluta”.
Logo no início na frase “Pedro Leopoldo
É uma forma de conhecer e aprender um
está para Chico Xavier, assim como Nazaré
pouco mais sobre quem foi esse homem huestá para Jesus.” é feito um paralelo entre
milde e valoroso, conhecido como o médium
o início da vida pública de Chico, em Pedro
Chico Xavier, em sua terra natal.
Leopoldo e da vida pública de Jesus, em
Vamos conferir?
Nazaré.
Que Deus nos abençoe.
Divaldinho Matos
Conta-se que da mesma forma que
Rosangela
Editora DIDIER
Tema Livre
tema
livre
Amai-Vos e Instruí-Vos
“Espíritas! Amem-se, eis o primeiro ensinamento; instruam-se, eis o segundo”. – O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo VI, item 5.
Esta é a palavra do Espírito de Verdade.
Amar...
Sabemos nós, que longe estamos de compreender – e
mesmo de saber – o que é o amor, no sentido exato que o
Mestre Jesus nos ensina.
Embora já distantes do primitivismo dos tempos, esse
doce sentimento ainda não tocou o nosso coração em sua
plenitude. Tão pouco conhecemos a nossa infinita capacidade de amar. Infinita, sim, já que fomos criados à imagem e
semelhança do Criador. Assim, teoricamente sabemos, mas
ainda não experimentamos a grande e verdadeira ventura
do amor.
Ouvimos em todo o meio espírita, repetidas vezes, que é
preciso aprendermos e por em prática esse primeiro mandamento.
Mas... e o segundo? Instruí-vos, eis o segundo.
Parece que este anda um pouco esquecido, um pouco
negligenciado por nós espíritas. Infelizmente, é comum encontrarmos núcleos, para onde se dirigem almas necessitadas e inadvertidas, à espera de soluções miraculosas, preocupados tão somente com o fenômeno, o personalismo e a
vaidade de um nome conhecido.
Para tanto, entendem que bastam “bons guias”. Os espíritos são a solução e desnecessário o estudo, que passa a
segundo plano, que se reduz à “perfumaria”.
E, a partir dessa teoria, encontramos inúmeros confrades
que se dedicam a servir à casa, e não à causa.
Mas, a casa espírita, a par de ser um pronto socorro espiritual, é, primordialmente, um educandário. Há de ser sempre um núcleo educativo, guardando rigorosa fidelidade aos
princípios espíritas contidos na codificação kardequiana.
E onde buscar estes princípios? Resposta simples:
ESTUDAR. Estudar as obras básicas da Doutrina Espírita,
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Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
9
em primeiro lugar: O Livro dos Espíritos, O Livro dos
Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o
Inferno, A Gênese, Obras Póstumas. Aí estão contidos os
princípios fundamentais da doutrina dos Espíritos.
A casa espírita tem o dever do estudo, a obrigação do
ensinamento, se pretende atender e servir fielmente à
Doutrina Espírita.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Vemos assim, que só através do conhecimento da verdade é que nos libertaremos. Mas, que verdade é esta, que
liberdade é esta? Como conhecer a verdade sem o estudo?
Como conhecer a libertação, se nem mesmo sabemos o
que seja a tão cantada e decantada liberdade?
É muito acanhado ainda o nosso conceito de liberdade.
Queremos ser livres. Mas, livres do quê? Livres dos pais,
dos preconceitos, das convenções sociais etc. etc.
E quando nos encontramos livres de tudo o que parecia
nos limitar, quedamo-nos frustrados, amargurados, sentindo
que não nos libertamos de nossas amarras.
Do que então precisamos nos libertar? E aí entra o papel
do centro espírita: orientar, estudar, ensinar... libertar.
É comum ouvirmos: “não estou legal; preciso ir ao centro
tomar um passe”. E pronto; está resolvido. Tudo está bem.
“Nossa, foi bom ir lá, eu estava carregado, mas o passe me
libertou”.
Libertou? Como? Se no momento em que se sentir, de
novo, “carregado”, vai precisar “ir lá novamente?” Será difícil
entendermos que a casa espírita que não esclarece, ao contrário de libertar, escraviza? Que mantém cativo aquele que
necessita, que virá sempre pela dor e jamais pelo amor?
Por que não indagarmos: por que o passe me é benéfico, traz alento, alívio para as minhas dores? Afinal: o que
é o passe? O que está “oculto” sob a imposição de mãos?
Como se processa esse mecanismo magnético?
Se estudarmos, encontraremos respostas para todas as
nossas indagações. Veremos que nada está oculto e nada
é milagre.
Esta é a verdade que necessitamos e que nos libertará.
Vamos buscar o estudo; estudo sério e contínuo, sem nos
confundirmos. As orientações de Allan Kardec são a essência da doutrina e não se confundem com tantos e tantos
outros modernismos e terapêuticas alternativas, muitas destas respeitáveis, mas que não são Espiritismo, mas frutos
da criação dos homens, que, desavisados, imaginam estar
prestando grande concurso para a evolução da humanidade e que, muito pelo contrário, são perfeitos medianeiros
daqueles que almejam retardá-la cada vez mais. É o desvirtuamento da doutrina.
Tenhamos sempre presente que a Doutrina dos Espíritos
foi ditada pelos espíritos e que a casa espírita é organização
dos homens. Portanto, como tal, da casa espírita não esperemos perfeição.
Os centros espíritas não são propriedade de quem quer
que seja, mas há de ser sempre escola de almas, destinados sim, ao atendimento fraterno, mas também, ao atendimento elucidativo.
Ensinar, educar, para libertar. Eis um dos princípios que
deve nortear o centro espírita. Estudar, aprender, educar-se,
para libertar-se. Eis o dever de todo espírita.
Só assim vamos entender porquê tantos, libertos de todas as convenções humanas, sentem-se eternamente aprisionados; e outros tantos, ainda que algemados a estas
mesmas convenções, sentem-se absolutamente libertos.
Eis a liberdade a que se refere o Evangelho: a liberdade
da alma, que é eterna. E não a liberdade do corpo, que é
efêmera.
Busquemos com maior empenho o conhecimento da verdade que nos oferece a doutrina, e que as casas espíritas,
longe de competições, assumam, em definitivo, a responsabilidade que a elas cabe: estruturar-se para o estudo e o
ensino da doutrina.
Afinal, se o nosso norte é traçado pelo “O Evangelho
Segundo o Espiritismo”, lembremo-nos: “Não pôr a luz
debaixo do velador” (capítulo XXIV).
“Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos os que estão em casa”
(Mateus, capítulo V, versículo 15).
Voltemos ao início: Amai-vos e instruí-vos
A partir da instrução vamos começar a entender o que é
o amor.
Indaiá
Moral e Ética
Felizmente, os estudiosos da área educacional já
defendem a ideia de que é necessário também trabalhar as virtudes em sala de aula, por terem relação
com os sentimentos e que estes participam da construção da “personalidade moral”.
Por exemplo, a generosidade não se enquadra dentro da
definição de dever ético, pois ocorre justamente quando se
dá ao outro, sem qualquer obrigação.
Emmanuel, no item 28 do “Livro da Esperança”, denomina a passagem do Bom Samaritano como a psicologia
da caridade. O samaritano, que não era religioso,
foi o único que parou na estrada e
ajudou, sem limites, obrigação,
tampouco interesse pessoal,
uma criatura, pelo simples fato
de que ela carecia de auxílio naquele momento.
O dever moral, acima das obrigações éticas, é advertido pela nossa
consciência. Ninguém o vê ou acusa
na sociedade, pois as regras foram
seguidas, mas, se fielmente observado eleva-nos espiritualmente.
Atualmente fala-se muito em “ética”. Segundo os estudiosos em educação, a palavra “moral” foi considerada de
caráter autoritário. A própria disciplina “Educação, Moral e
Cívica” banida do currículo, foi objeto de crítica, em
face da associação com o regime político ditatorial
da época.
Discute-se, no âmbito pedagógico, qual a
forma correta de introduzir a ética (ou moral) aos alunos na atualidade.
Fala-se em sistema de deveres e direitos éticos.
Em filosofia o estudo da ética
contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo-sociedade. A justiça corresponde a uma exigibilidade
de conduta, o que implica no respeito ao
direito alheio.
10
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec,
tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 8ª ed., 2010
Dessa forma, só poderemos crescer como seres melhores, mais íntegros, não nos mascarando por trás de regras,
mas agindo com o coração, praticando as virtudes que o Pai
nos ensinou, através de Seu filho Jesus.
Esta é a moral que devemos aprender, para ensinar aos
nossos pequenos a verdadeira humildade e caridade.
Queremos um futuro melhor? “Não nos cansemos,
pois, de repetir que todos os bens e todos os males que
Lamentemos Menos
Mas por que só eu? Por que tudo acontece comigo? Será
que não mereço a atenção de Deus? Será que fui designado a sempre sofrer e carregar as dores dessa reencarnação
para sempre?
Quantas vezes não nos pegamos com esses pensamentos negativos em nossa cabeça? É só acontecer algo que
nos desagrade que eles logo aparecem.
Aqui temos uma conta impagável. Será que não mereço
um descanso?
Se bem analisarmos a situação, talvez não deveríamos
ter assumido uma dívida tão pesada, mesmo considerando
nossa invejável situação financeira e saúde física excelentes. Os dias passam rápido e as coisas mudam de lugar.
Nosso “eu” se modifica, pode melhorar-se ou piorar. Um
passo em falso e podemos colocar muita coisa a perder, senão tudo. Era mesmo necessário investir tão forte naquele
projeto? Poderia eu ter aguardado um pouco mais? E agora, se meu coração não aguentar mais, e se meus órgãos
continuarem a se deteriorar cada vez que entro em pânico?
O que fazer?
Do erro muitas vezes aprendemos o acerto. Quando dá
tempo!
Lendo outro dia uma mensagem de Emmanuel sobre os
padecimentos a que estamos submetidos, sempre, em nossa romagem reencarnatória, lembro-me de suas palavras
Aconteceu
depositarmos no espírito da criança ser-nos-ão devolvidos.”
Emmanuel, obra citada.
Rosangela
Bibliografia: Pátio-Revista Pedagógica – Yves de La Taille, Editora
Artmed, ano 4, nº 13, mai/jul 2000.
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Tradução de
Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 2004.
Imagem: http://centralrocknet.com.br/thumbnail.
php?file=Crianca_1_671857479.jpg&size=article_medium
de alento: por mais difíceis sejam as situações, por
mais doloridas sejam as provas, nunca nos esqueçamos que Deus nos reserva o melhor!
Kardec ainda nos assegura com vigor que Deus
está sempre presente em nossa vida diária. Se por
acaso nos desencantamos com a vida, com as maldades
existentes no mundo, pois, atualmente somos informados
em mínimos detalhes sobre tudo que de ruim acontece (e
muito pouco de bom) no mundo, jamais percamos de vista
esta mensagem excelente que o Mestre Lionês nos deixou
em “A Gênese”, no capítulo XVIII, item 3, esclarecendo que
o movimento progressivo da humanidade é inevitável, porque faz parte da natureza e não se pode dizer que Deus seja
indiferente e, que após estabelecer Suas Leis, Ele tenha se
mantido na inatividade, deixando as coisas à sua própria
sorte. Suas Leis são eternas e imutáveis sem dúvida, mas,
devido Sua Vontade ser eterna e constante e Seu Pensamento animar as coisas sem interrupção; Seu Pensamento
que tudo penetra, é a força inteligente e permanente que
mantém tudo em harmonia; se esse Pensamento parasse
um instante de agir, teríamos então um Universo semelhante a um relógio sem o balanço regulador das horas. Deus
portanto, vela incessantemente pela execução de suas Leis
e os Espíritos que povoam o espaço são seus ministros encarregados dos detalhes, de acordo com suas atribuições e
conforme sua escala de evolução.
Que assim seja!
Antoine
Bibliografia: A Gênese – Allan Kardec, Capítulo XVIII, item 3, Sinal
dos tempos, Editora FEB, 42ª ed., 2002.
aconteceu
Chá Beneficente
Num clima de muita alegria realizou-se no dia 14/08/2010, o
Chá Beneficente no nosso Núcleo de Estudos Espíritas Amor
e Esperança, com toda a renda revertida para a construção de
nossa nova sede na Rua dos Marimbás, 220 Jardim Guacuri, São
Paulo, SP.
Tivemos a oportunidade de nos confraternizar com muitos
amigos numa tarde agradável e agradecemos a presença de
todos que compartilharam conosco destes momentos.
Equipe Seareiro
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Sua doação é importante para o custeio da postagem
do Seareiro e pode ser feita em nome do
Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança
CNPJ: 03.880.975/0001-40
Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
11
Canal Aberto
canal
aberto
Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.
Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.
O Mal que Ainda Há em Nós...
O Espiritismo nos ensina que a raiz de todos os males
provém do egoísmo e que para promovermos a nossa reforma moral, necessitamos extirpá-lo.
Analisando a fundo todas as guerras, todos os conflitos
internos e externos, notamos sinais dessa chaga social, visto que os homens estão mergulhados no imediatismo; no
materialismo; no aqui e agora; com os olhos voltados para o
seu próprio umbigo.
O homem perdeu a consciência de si mesmo, esqueceu
de onde veio e não sabe para onde vai. Procura incessantemente pela felicidade e para tal, é capaz de esmagar seu
próprio irmão para satisfazer o seu desejo.
A Doutrina Espírita não proíbe que o homem busque o
melhor, pelo contrário, dá subsídios para que ele se melhore
cada vez mais... Não condena a riqueza, mas nos adverte
sobre o abuso da mesma... Mostra-nos que é preferível viver uma vida humilde, na simplicidade, tendo a consciência
tranquila, do que viver banhado em ouro, mas com a mente
e o coração em trevas.
Devemos combater o mal que ainda há em nós, começando por nos desapegarmos dos bens transitórios, dos
quais somos apenas usufrutuários e não donos. Enxergar o
nosso próximo como a um irmão, filho do mesmo Pai, e fazermos a ele o que gostaríamos que nos fizesse. Dividir os
nossos tesouros, seguindo os conselhos do Mestre Jesus...
Quando estivermos imunizados e regenerados, fortalecidos com o tônico do Cristo, o mundo será um lugar melhor.
Paz e bem!
Carlo Augusto Sobrinho - Rio de Janeiro - RJ
Aos Olhos de Deus
De nada vale a moeda adquirida de maneira ilícita.
Assim, todas as nossas conquistas materiais devem ser
produto de trabalho honesto.
Aquele que usa de meios escusos para angariar riquezas
materiais, erra duplamente.
Um dia, o Pai lhe pedirá em conta o mau uso de tudo o
que adquiriu.
Medos
Para Ele, a justiça divina é pródiga em amor e bondade,
mas, é igualmente firme na disciplina ante aos que erraram
para angariar vantagens em detrimento de outros.
Se quiseres conquistar tesouros, conquiste os do céu.
Eles são adquiridos somente pelo cumprimento do dever
e pela consciência limpa.
Ricardo Santos - São Paulo - SP
para poder enfrentar a questão. O grande problema do
medo está na expectativa que criamos sobre determinados
acontecimentos que talvez nunca venham a ocorrer e
também, na maioria dos casos, na preocupação exagerada
Temos encontrado considerável número de pessoas que
sobre o que os outros vão dizer ou vão pensar. Quer dizer:
alegam medos diversos. Medos que variam de preocupações
no fundo, tememos julgamentos; o que é uma bobagem,
naturais ou exageradas até aqueles provenientes de
diga-se de passagem. Não somos obrigados a dar
traumas causados também por diferentes origens.
explicações a ninguém, senão por força da lei. Por outro
Sentir medo é humano, normal, natural. O problema
lado, se estivermos em paz com a consciência, não há o
está quando o medo extrapola os limites do bom senso.
que temer.
Ele, o medo, é muitas vezes necessário, pois nos preserva
Percebe o leitor o alcance da questão? Agindo em
de perigos e constitui um mecanismo sábio do instinto de
conformidade com o bem, estando em paz com a
conservação. Mas quando ultrapassa os níveis estabelecidos
consciência, não há o que temer.
pela natureza, torna-se perigoso inimigo. Sim, pois nos
Mas, e os perigos próprios da vida humana? Bom, eles
trava a potencialidade, paralisa as forças, gera doenças e
existem, é verdade. Viver é sempre um risco, em vários
provoca estragos consideráveis, especialmente na mente.
sentidos. Mas, é esse risco de viver que nos amadurece. O
O segredo está em entender os próprios medos. Para
importante é confiar em Deus e seguir adiante.
isso, é preciso inteirar-se sobre a temática que nos assusta
Medo do quê? Da morte, de
perdas financeiras, de altura,
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Aborto
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De tempos em tempos, o aborto e sua legalização vêm à
tona, sendo discutido os seus aspectos de saúde, sociais,
direito à liberdade etc.
Cada vez que tentam colocar a legalização do aborto na
pauta de assuntos que devem ser discutidos pelos políticos,
várias organizações (principalmente as religiosas) alertam
que precisamos observar o aborto pela ótica da ética cristã.
Mas fica sempre uma pergunta:
— Por que será que, mesmo sendo rejeitada várias vezes, insistem em querer discutir a legalização do aborto?
A resposta está na importância
que existe na oportunidade da reencarnação.
Devido aos muitos débitos de
amor não vivido, que contraímos
em vidas passadas, Deus, por misericórdia, nos dá novas oportunidades, através da reencarnação,
para podermos viver na Terra algo
de bom, cumprindo assim a máxima “o amor cobre a multidão de
pecados”.
Ou seja, pela reencarnação poderemos praticar o bem, o respeito
ao próximo e, com isso, irmos modificando e melhorando os nossos
sentimentos.
Acontece que, por outro lado,
os espíritos infelizes, que querem
manter as pessoas do jeito que elas
estão, sem se melhorarem, e servindo de “pasto” para os seus instintos, estes espíritos infelizes, que
nós, espíritas, comumente chamamos de “as sombras”, não querem
que as reencarnações aconteçam,
sendo abortados aqueles que receberiam mais uma chance de evoluírem.
Não nos deixemos levar pela
história de que socialmente é melhor a legalização do aborto.
Lembremos o que André Luiz
nos relata no livro “Missionários da
Luz”:
“Fala-se em resolver os problemas sociais, mas ninguém pensa
em resolver os problemas espirituais. Na discussão deste assunto
ninguém fala em Jesus, Maria e
José.”
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
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atitude saudável que faz bem à alma.
Claro que nunca devemos esquecer a prudência nos
gestos, decisões, comportamentos e atitudes. Mas viver
sem medo, claro! Viver para aprender continuamente.
Orson Peter Carrara - Matão - SP
Realmente, José e Maria não eram ricos, passaram por
“pressões sociais” imensas e não fraquejaram diante do
compromisso que assumiram perante Deus, de acolher o
Seu filho Jesus.
Fiquemos atentos. Analisemos e lembremos da doce e
firme figura de Maria de Nazaré. Ela estará amparando todas as mães que quiserem enfrentar as dificuldades para
terem em seus braços um filho de Deus para reeducá-lo
moralmente.
Deus estará a proteger a estes pais.
Wilson
Imagem: http://sites.google.com/site/ldsmeetinghouselibrarypicsot/_/rsrc/1237
682823094/Home/New-Testament-Pics/Nativity.62495%2C201%2C1-16%2C2-6.jpg
13
Kardec em Estudo
kardec
em
estudo
Os que dizem: Senhor! Senhor!
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XVIII “Muitos os chamados, poucos os escolhidos” – itens 6 a 9
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus.” (Mateus, capítulo VII, versículos 21 a 23).
Não basta conhecer a Lei de Deus, reverenciá-Lo apenas
por palavras, dirigir-Lhe preces e não agir de acordo com
esta Lei.
Nosso amado Mestre Jesus expressou e exemplificou a
Lei de Deus, com Suas palavras e, principalmente, atitudes.
Sabemos que Jesus é o caminho, a verdade e a vida,
contudo não adianta somente reconhecer Sua missão, chamá-Lo de Irmão, Mestre, Senhor e não seguir o Seu roteiro
de Luz, isto é, Seus ensinamentos e exemplos.
Nossos atos e pensamentos representam o que existe
em nosso íntimo.
Profetizar em nome de Deus, em nome de Jesus, e ficar
apenas em belas palavras, fará com que sejamos excelentes tribunos. Mas não é a quantidade de palavras ou a qualidade das palavras ou a quantidade de preces que nos fará
melhor diante de Deus e sim nossas atitudes para com o
próximo, pois é através das obras no campo do bem, que
se reconhece o verdadeiro cristão.
O que adianta honrá-Lo com palavras ditas da boca para
fora, ou com atos exteriores de devoção, e ao mesmo tempo
honrar a Mamom e aos “deuses” dos instintos?
No momento que não fazemos aquilo que falamos ou prometemos estamos sendo falsos profetas, mentirosos, deste modo dando maus exemplos, comprometendo-nos, e, o
pior de tudo, indo contra a lei do amor e da caridade.
Agindo apenas exteriormente, conseguimos enganar aos
homens, mas não a Deus.
Já sabemos que não fazer nada representa deixar de fazer o bem e quem não faz o bem está fazendo o mal, isto é,
violando Seus mandamentos, dando mau exemplo.
Falar sobre brandura, humildade, caridade, paciência,
boa-vontade é fácil! O difícil é exemplificar através de nossa
postura no dia a dia diante de alguma situação, principalmente aquela que nos contraria.
Precisamos nos tornar melhores, mais indulgentes, caridosos, agradecidos e benevolentes para com todos, e em
qualquer situação que nos encontremos.
Geralmente, diante da doença, ou qualquer outra dificuldade, pedimos ajuda a Deus ou a Jesus, mas muito nos
esquecemos Deles, nos momentos de “alegria”. Como pedir
ajuda e não ajudar ao próximo? Por que lembrar Deles somente na tristeza, no desespero e não na alegria? Por que
só pedir e não agradecer?
Nossa vida futura depende do cumprimento de nossas
tarefas, sobretudo as que nos comprometemos ou foram
pré-estabelecidas na Espiritualidade. Para tanto, devemos
utilizar todas as nossas capacidades intelectuais, materiais
e morais. Lembrando que tudo aquilo que é feito seguindo
os mandamentos de Deus, mais os preceitos de Jesus, terá
seus alicerces permanentes, como a casa construída sobre
a rocha e, deste modo, encontraremos a felicidade perene,
além de nos prepararmos para a vida futura. Contudo, aquilo que violar Seus princípios será como a casa construída
sobre a areia, que cede com o tempo.
Portanto, ser cristão é seguir os preceitos
de nosso Irmão Jesus Cristo, reverenciando
a Deus, o nosso Pai, através de palavras, de
atitudes fraternas, contribuindo assim para
um mundo melhor, com o sacrifício do nosso
orgulho, egoísmo, vaidade, inveja e dos outros instintos. Sabemos que não somos perfeitos, que nem todos estão na mesma faixa
de entendimento ou compartilham de nossas
opiniões, contudo somos todos irmãos e, ajudando uns aos outros, tornaremos a nossa
caminhada mais harmoniosa e menos dolorosa.
Senhor! Que saibamos agradecer a bênção da “vida”, a alegria de fazermos parte
desta família universal e as oportunidades da
instrução e do trabalho! Que sejamos úteis
no campo do bem e façamos por merecer todas estas bênçãos!
Silvana
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo –
Allan Kardec, tradução de Roque Jacintho, Editora Luz
no Lar, 8ª ed., 2010.
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Cantinho do Verso em Prosa
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do
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Essa Velhinha
Essa velhinha que vês,
Passando sempre ao sol-posto,
Todo dia, todo mês,
Penosamente a esmolar,
Também foi criança, um dia,
Não conhecia o desgosto,
Brincava, jogava e ria,
Era o anjo de seu lar!
Depois vieram mudanças,
Trabalhou, sofreu na vida,
Morreram-lhe as esperanças,
Cansou-se-lhe o coração.
Hoje, triste, quase morta,
Sozinha, desiludida,
Esmola, de porta em porta,
A fim de ganhar o pão.
Não te esqueças, meu filhinho,
Que um velhinho abandonado
Tem sede de teu carinho,
De tua doce afeição...
Aprende a viver mais cedo,
Não fujas amedrontado,
Aproxima-te, sem medo,
Anda cá! Beija-lhe a mão!
João de Deus
Livro em Foco
A lição ensina-nos que todo ser já foi uma criança, um lindo bebê que, como
todos os outros foi inocente, teve candura, beleza, e distribuiu alegria e felicidade por onde habitou.
Devemos ensinar às crianças que os idosos seremos nós amanhã e aqueles
que perambulam pelas ruas já tiveram um passado, uma juventude, uma infância.
Ensinar o respeito e a não julgar quem quer que seja.
Devemos sim, ofertar o melhor de nós para amenizar a dor, as necessidades
físicas e morais e, principalmente, lembrar de fazer a todos esses velhinhos o
que pretendemos que seja feito por nós: respeito e amor.
Araújo
Bibliografia: Antologia da Criança – Francisco Cândido Xavier / Autores diversos, Editora
IDEAL, 3ª ed., 1992.
Imagem: http://4.bp.blogspot.com/_-TtBzdiCfiY/TCksMz81JAI/AAAAAAAAABw/4O0HYVD9oD4/s1600/
mulher_idosa.jpg
livro
Monte Acima
em
Questão de Consciência
Guardemos a consciência tranquila.
A prática do bem ser-nos-á garantia da paz e a paz em
nós se nos fará fonte de permanente alegria.
A criatura de consciência culpada é semelhante à
pessoa que carrega uma carga superior às próprias forças,
parecendo arrastar-se entre o cansaço e a irritação.
Emmanuel
***
Esta, acima, é uma das mensagens que constam do livro
“Monte Acima”, com escrita característica de Emmanuel, o
companheiro constante de Chico Xavier, em sua peregrinagem
pela Terra. Chico foi tão bom que se sacrificou bastante, física
e espiritualmente, para conosco repartir essas pérolas vindas
de Emmanuel, que, por sua vez, incansável companheiro,
respeitável admirador e fiel seguidor do Cristo, não via
entraves para nos trazer informações e modos de bem agir
nesta nossa romagem terrena, tão cheia de armadilhas e
desvios que nossas fraquezas teimam em não reconhecer.
16
foco
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos
Editora GEEM - 2ª edição - 1989
Se nos sentirmos tal qual na
situação citada em questões
de consciência, saibamos
todos que Emmanuel e Chico,
Chico e Emmanuel, ambos
em nome de Jesus, e todos
juntos, velam por nós.
Tenhamos essa certeza,
confiança e fé nas suas
palavras e procuremos seguir
as suas recomendações. Que
vamos cair, eles já sabem;
mas eles sabem também que,
em caindo, vamos nos levantar novamente e levantando,
precisaremos de apoios: palavras de coragem, ânimo e
determinação.
Jamais coloquemos em dúvida a nossa segurança aqui
na Terra, pois somos possuidores dos melhores amigos que
poderíamos merecer em nossas vidas, despertando-nos para
o trabalho cristão.
Este pequeno livro de bolso editado pelo GEEM (Grupo
Espírita Emmanuel), contém 20 mensagens, 82 páginas
de fácil leitura, que nos dão uma visão muito precisa no
reconhecimento de nossos momentos de fraqueza e as
indicações de como superá-las. Vamos então lê-lo, absorver
suas recomendações e viver melhor!
É fácil... É simples...
Antonio
Pegadas de Chico Xavier
pegadas
de
chico
xavier
Os “Privilégios” de Chico Xavier
Muito trabalhou o médium querido no exercício da
mediunidade, mas, nunca foi favorecido pela vida, no sentido
comum que entendemos, ou seja, da vida prazerosa. Muito
pelo contrário! Provavelmente, para nos dar o exemplo vivo
de que todos podemos trabalhar no campo do Bem, Chico
Xavier viveu como qualquer criatura na Terra, passando por
dificuldades familiares, financeiras e de saúde, além dos
ataques sofridos pelos que não entendiam a
sua missão.
Ao completar 68 anos de idade, Chico
também alcançara 50 anos no serviço da
mediunidade. Conta-se no livro Encontros no
Tempo, que ao ser abordado por um senhor
sobre os privilégios que teria recebido, após
tantos anos de serviços prestados ao Além e
aos semelhantes, Chico respondeu:
“Meu amigo, eu não sei quais são os meus
privilégios perante os Céus, porque fiquei órfão
de mãe aos cinco anos de idade, fui entregue
à proteção de uma senhora que durante dois
anos, graças a Deus, me favorecia com três
surras de vara de marmelo por dia, empregueime numa fábrica de tecidos aos oito anos de
idade. E nela trabalhei durante quatro anos
seguidos à noite, estudando na escola primária durante o
dia. Não podendo continuar na fábrica, empreguei-me como
auxiliar de cozinha, balcão e horta, num pequeno empório,
durante mais quatro anos, em seguida empreguei-me numa
repartição do Ministério da Agricultura, na qual trabalhei
trinta e dois anos, começando na limpeza da repartição até
chegar a escriturário, quando me aposentei; em criança
sofri moléstia de pele, fui operado no calcanhar onde me
cresceu um grande tumor; sofri dos doze aos quinze anos
Mensagem
Bibliografia: Encontros no Tempo – Francisco Cândido Xavier /
Espíritos diversos, organizado por Hércio Marcos C. Arantes, Editora
IDE.
mensagem
Faça o Melhor
Certo é que, ainda, nenhum de nós poderá pretender agir
e reagir como o Mestre Jesus.
Devemos, no entanto buscar sempre agir pelas leis misericordiosas do Evangelho, dentro dos limites de nosso
entendimento.
Somente em nos realizando, com aquelas noções de vida
que já adquirimos no campo do Cristianismo, estaremos nos
ajustando para ir além.
Que dizer de alguém que, tendo de fazer uma grande
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
de Coréia ou “mal de São Guido”, fui operado em 1951 de
uma hérnia estrangulada, acompanhei a desencarnação de
irmãos que me eram particularmente queridos em família;
sofri um processo público em 1944, de muitos lances difíceis
e amargos, por causa das mensagens do grande escritor
Humberto de Campos; em 1958, passei por escandalosa
perseguição com muitos noticiários infelizes da imprensa,
perseguição de tal modo intensa que me
obrigaram a sair do campo reconfortante da
vida familiar em Pedro Leopoldo onde nasci,
transferindo-me para Uberaba, em 1959, para
que houvesse tranquilidade para os meus
familiares que não tinham culpa de eu haver
nascido médium; em 1968 fui internado no
Hospital Santa Helena aqui em São Paulo,
para ser operado numa cirurgia de muita
gravidade e agora, no princípio deste ano do
cinquentenário de minhas pobres faculdades
mediúnicas, agravou-se em mim um processo
de angina que começou em novembro do
ano passado... angina essa com a qual estou
lutando muito. Se tenho privilégios, como o
senhor imagina, devo ter esses privilégios sem
saber.”
Será que nós aguentaríamos toda essa carga? Com
certeza, ainda não. Mas, o esforço que fizermos para
cumprir o que nos compete neste momento carnal, será um
dos degraus para a elevação futura.
Sigamos o exemplo do Chico, afinal esta é a finalidade da
vinda desses grandes Espíritos na Terra!
Neves
caminhada – se desalenta, antes de empreender o menor
esforço de iniciar a marcha?
Que diríamos daquele que detendo semente de trigo, se
negue a confiá-las ao solo, alegando que a colheita é muito
trabalhosa e demorada?
Busquemos, pois, viver gotas de bondade a cada dia,
porque somente a soma de gotas faz o rio e vivifica todos os
tratos de terra bruta por onde passa.
Admiremos o bem e as esferas superiores da vida, mas
saibamos que não basta admirar, porque o momento é de
fazer.
Paz.
Roque Jacintho
17
Contos
contos
Um Grito de Cólera
Leandro, por uma insignificante contrariedade, gritou com a mãezinha pouco antes do
almoço.
Pronunciou palavras muito feias em voz alta,
destruindo a paz doméstica.
— Ah! Meu filho, que susto! — disse a mãezinha aflita, que voltou a sentir forte dor de cabeça.
— Meu filho, quanto mal foi atraído para nosso lar por seu gesto de cólera! — pronunciou
a mãezinha pacientemente, mas seu coração,
anteriormente diagnosticado doente pelo médico da família, tornou a descompassar-se.
As irmãs, que cuidavam da refeição, largaram tudo no fogão e correram para o quarto
para socorrê-la e, assim, todo o almoço foi inutilizado.
Em razão das circunstâncias provocadas
por Leandro, o pai, que aguardava o almoço,
foi obrigado a esperar mais tempo em casa,
chegando irritado e muito atrasado de volta ao
serviço.
O chefe, desequilibrado, não estava disposto a tolerar-lhe a falta, humilhou-o e o demitiu,
qual fosse alguém imprudente.
Quem quer que visse a cena, sentiria compaixão.
Homem idoso e correto, o pai de Leandro, suportou as
consequências de um gesto impulsivo e, por vários meses,
fez um trabalho aqui e outro ali para amparar a família.
Os resultados da gritaria, porém, foram mais vastos.
A mãezinha piorou ainda mais do coração e foi levada às
pressas para o hospital, onde ficou internada e, infelizmente, veio a desencarnar.
Por mais seis meses, toda a família lutou e solidarizou-se
para pagar as altas contas hospitalares e tentar recompor a
harmonia do lar, perdida por um segundo de cólera, por um
segundo de ira infantil.
***
Pensemos na lição e não repitamos o mesmo, em atos
imprudentes!
Estamos unidos através de laços provenientes de Deus.
Nenhum de nós está reunido ao acaso e, por isso, estamos
juntos para aprendermos a nos amar, respeitando-se mutuamente.
A tempestade derruba árvores de um momento para o
outro, mas a ação impensada do homem é muito pior. Um
grito colérico é um raio mortífero que penetra o coração das
pessoas, causando doenças, dificuldades e desgostos.
Aprendamos a falar e a calar.
Ajudemos, ao invés de reclamar.
A cólera é a força infernal que nos distancia uns dos outros e de Deus.
A guerra não é senão o grito colérico de alguns homens
raivosos que se alastram e exterminam milhões de criaturas, prejudicando o mundo inteiro por tempo indeterminado.
Reinaldo
Bibliografia: Adaptação do livro Alvorada Cristã – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Neio Lúcio, capítulo “Um grito de cólera”,
Editora FEB, 8ª ed., 1986.
Imagem: http://revuloangelo.files.wordpress.com/2009/11/url.jpg
HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA
O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que
atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações para comprar:
os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser genéricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo
para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral);
fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços
umedecidos e álcool gel 70%.
18
Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito
pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE, através
dos seguintes bancos:
• Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6
• Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1
• Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9
Maiores informações:
• Telefone (34) 3318-2900
• [email protected]
Calendário
calendario
Setembro
DIA 02
1914 desencarna Eugène Auguste Albert
de Rochas d’Aiglun (Grenoble - França).
Foi um engenheiro militar, administrador
da Escola Politécnica de Paris, historiador militar e pesquisador dos fenômenos
psíquicos. Após ter concluído os estudos
no Liceu de Grenoble, iniciou os estudos
de Direito visando ingressar na magistratura, como o haviam feito o seu pai e seu
avô, mas sem interesse pela área, voltou-se para outros estudos. No campo do
magnetismo e do Espiritismo, estudou a
polaridade, contribuiu para a atual classificação das fases do estado sonambúlico,
observou sistematicamente os fenômenos
espíritas, pesquisou a exteriorização da
sensibilidade e mostrou o mecanismo do
desdobramento físico. Das várias obras
escritas destaca-se, no meio espírita, o livro “As vidas sucessivas”.
DIA 03
2010 lançamento, em nível territorial
brasileiro, do filme “Nosso Lar”, baseado
no livro psicografado por Francisco
Cândido Xavier, pelo espírito André
Luiz.
DIA 05
1890 desencarna Lea Fox, uma das
médiuns envolvidas nos fenômenos de
Hydesville, ocorrido em 1848, na América do Norte. Allan Kardec se interessou
bastante pelos acontecimentos ocorridos
na residência dos Fox, para estudo e início dos trabalhos que culminaram com o
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
desenvolvimento do Espiritismo como
ciência, filosofia e religião.
1892 desencarna William Stainton Moses em Londres, Inglaterra; pesquisador,
médium e escritor espírita.
DIA 06
1881 realizado o 1° Congresso Espírita
do Brasil, visando reunir e orientar as
instituições espíritas então existentes.
1881 o Imperador Dom Pedro II recebe
uma comissão de espíritas, no Rio de
Janeiro, que lhe entrega um documento narrando as perseguições sofridas, e
pedindo-lhe o fim delas.
DIA 13
1909 a médium Linda Gazerra realiza a
última sessão de figurações telepáticas e
corporificações luminosas em Turim, Itália, na residência da Princesa Rispoli, sob
a investigação cientifica do Dr. Enrique
Imoda.
DIA 15
1879 nasce, no Rio de Janeiro, a professora Júlia Pêgo de Amorim. Foi diretora
de escola de música e, sozinha, aprendeu
o Braille. Fundou a “Sociedade Amigos
dos Cegos” e a “Instituição das Cegas
Hellen Keller”, sendo um baluarte da
Sociedade Pró-livro Espírita em Braille
(SPLEB).
DIA 17
1839 nasce, em Buffalo, EUA, Ira Erastus Davenport, um dos conhecidos irmãos Davenport, notáveis médiuns de
efeitos físicos, notabilizados pelas sessões públicas que promoveram.
1865 fundado, por Luiz Olímpio Teles
de Menezes, o primeiro Centro Espírita
do Brasil, em Salvador, Bahia, denominado “Grupo Familiar de Espiritismo”.
DIA 22
1868 nasce, no Rio de Janeiro, Caírbar
de Souza Schutel, médium, escritor e
divulgador da Doutrina Espírita. Considerado o “Pai da Pobreza” de Matão. Desencarnou em Matão, SP, em 30/01/1938.
Convertido ao Espiritismo, após observação prática e estudos doutrinários. Fundou em 1904 o Centro Espírita “Amantes da Pobreza” e, em 1905, o jornal “O
Clarim”, que circula até hoje. Em 1925,
lançou a Revista Internacional do Espiritismo. Escreveu 17 livros espíritas. Foi
pioneiro na divulgação da doutrina pelo
rádio.
DIA 25
1914 nasce, em Avaré, São Paulo, o
professor José Herculano Pires, filósofo, parapsicólogo, escritor, jornalista e
conferencista espírita. Mais de 70 obras
editadas, fundador do “Clube dos Jornalistas Espíritas”. Destaca-se a tradução
dos livros de Kardec feita por Herculano.
DIA 28
1971 desencarna, em São Paulo, o professor Júlio Abreu Filho, jornalista e tradutor da “Revue Spirite” do francês para
o português; colaborou assiduamente em
muitos jornais e publicações espíritas; foi
ainda representante no Brasil em vários
organismos espíritas do Exterior.
DIA 30
1891 nasce, em Cepa Forte, BA, Leopoldo Machado Barbosa, grande propagandista espírita. Participou dos trabalhos de
unificação do espiritismo brasileiro.
Imagem: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=down
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FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela ECT
Destinatário
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
Caixa Postal 42
Diadema - SP
09910-970