Jornal APASE
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Jornal APASE 1 Ano XXII nº 220 - Março de 2012 Novos Supervisores de Ensino escolhem cargos A Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Educação realizou, na tarde do dia 14 de fevereiro, a Sessão de Escolha de 122 cargos vagos de Supervisor de Ensino, no auditório da EE Zuleika de Barros Martins Ferreira, na Capital, com a convocação de 168 candidatos, classificados na lista geral de número 732 a 900. A Sessão transcorreu conforme o previsto, porém com o grande número de ausências sobraram nove vagas na Capital, sendo duas na Diretoria Sul 2 e sete na Sul 3. Por esta razão, a CGRH fez uma nova convocação de candidatos (do no 901 a 940) para mais uma Sessão de Escolha na manhã de 27/02, na sede da Coordenadoria. O Sindicato-APASE foi representado por sua Diretora-Presidente, Neli Cordeiro de Miranda Ferreira, que recepcionou todos os Supervisores. Após a escolha, as Diretoras, Maria Conceição Macedo Alves F. de Paula, Maria Clara Paes Tobo e equipe de funcionários APASE prestaram esclarecimentos e assessoria aos candidatos. Esse concurso teve sua validade prorrogada até 27/11/2012, conforme Resolução SEE no 64, publicada em 29/09/2010. Veja a cobertura do evento na página 05. XXVI Encontro Estadual APASE Conheça as Atividades de Enriquecimento programadas para ampliar conhecimentos de caráter culturais PESQUISA - As atividades agendadas para a tarde do dia 17 de maio dependem de prévia manifestação, para reserva dos respectivos lugares. Para tanto, solicitamos informar seu interesse até dois de maio, pelo tel. 11 3337-6895 ou pelo e-mail [email protected] Mais informações na página 04. Mulher, parabéns pelo seu dia, 08 de março Esta edição do Jornal APASE faz uma homenagem especial a todas as mulheres pelo 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Para este tributo, algumas editorias da publicação fazem referência à mulher educadora, sindicalista e lutadora em artigos e poesia produzidos por filiados. Parabéns a todas e boa leitura! Palestra Saúde Dia 15 de março, 13h30 “Memória no envelhecimento Como manter a memória saudável?” com Eva Bettine, gerontóloga pela USP Inscrições até 09/03 Dia 23 de março - Reunião Conselho Deliberativo seguida de Assembleia Geral Ordinária O estudo da nova Estrutura da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo será o primeiro item da pauta da Reunião do Conselho Deliberativo Índice . Curta - ........................................... 05 . Editorial - 3Comunicação, Ações APASE e Dia Internacional da Mulher ............ 02 . Jurídico ............................................... 06 . Política Sindical - 3 Convite: Que tal abandonar a heteronomia? ............... 03 . Em foco - 3 A mulher e o movimento sindical ......................................... 08 . Ação - 3Sindicato-APASE continua visitas às Diretoria de Ensino ....................... 04 . Fala, Supervisor - ........................ 08 à 10 No mês de junho Viagem ao Vale do Café 3Programa de residência médica do HSPE é eleito o melhor do País ................... 04 Leia mais sobre o passeio em Cultura & Lazer, pág. 12 3 Frente Nacional discute rumos das PECs no 555 e 270 ................................. 05 . Legislação ......................................... 07 3 Essência e Existência 3 Um pouco da história APASE 3 A Presença Feminina na Educação – Luta e Coragem 3Azul e Branco . Acontece ........................................ 11 . Cultura & Lazer .............................12 220 - Março de 2012 Filiado à FESSP-ESP e ao DIEESE 220 - Março de 2012 2 Jornal APASE Editorial Comunic ação, Ações AP ASE e Comunicação, APA Dia Internacional d a Mulher da E A comunicação é fundamental para a vida sindical, a participação fortalece e legitima a representação, objetivo primordial APASE Escrever este editorial, a cada mês, neste espaço do Jornal APASE, constitui-se em oportunidade importante de falar e conversar sobre a vida sindical APASE. Momento em que se faz uma reflexão sobre as ações já realizadas, em andamento e se programa novas ações, sempre fundamentadas nas finalidades do Sindicato. Representação legítima da categoria, APASE age na sua defesa e valorização. Iniciase o mês de março, com programação das datas das reuniões da Comissão Paritária instituída pela Resolução SE 60, de 30/08/2011. A Resolução SE, de 8/02/2012, em seu artigo primeiro, determina as datas e horário da realização das reuniões, as quais ocorrerão às segundas-feiras, às 15 horas, no Gabinete do Secretário de Estado da Educação, nos dias 5/03, 26/03, 2/04, 16/04, 30/04 e 7/05 do ano de 2012. As discussões sobre a regulamentação dos institutos da evolução funcional e da promoção dos profissionais da educação do Estado de São Paulo terão prosseguimento nestas reuniões já previstas para este semestre. Os meios de comunicação do SindicatoAPASE serão os canais para divulgação do desenvolvimento das discussões e deliberações ocorridas nas reuniões semanais da Comissão, com a participação efetiva da categoria nas mesmas. A comunicação é fundamental para a vida sindical, a participação fortalece e legitima a representação, objetivo primordial APASE. Nos critérios para evolução acadêmica e não acadêmica na carreira do Magistério, um longo caminho a percorrer, os estudos foram iniciados em 2011, há muito que se discutir. Envie suas sugestões para o Sindicato! Até este momento, não há notícias sobre o pagamento do bônus mérito. APASE participou das Sessões de Escolhas de vagas de cargo de Supervisor de APASE SINDICATO DOS SUPERVISORES DE ENSINO DO MAGISTÉRIO OFICIAL NO ESTADO DE SÃO PAULO GESTÃO 2011-2014 Diretoria Executiva: Neli Cordeiro de Miranda Ferreira - Diretor-Presidente Maria Lúcia Lanza - Diretor 1º Vice-Presidente Márcia Delfim Borges - Diretor 2º Vice-Presidente Maria Conceição Macedo Alves Ferreira de Paula - Diretor de Secretaria Nereide de Miranda Marques Pereira - Diretor Geral de Finanças Maria José dos Santos - Diretor de Finanças Albertina de Fátima Esteves Passos - Diretor de Organização Sindical Selma Denise Gaspar - Diretor de Assuntos Educacionais (afastada) Aparecida Antonia Demambro - Diretor de Assuntos Educacionais Maria Clara Paes Tobo - Diretor de Legislação e Normas Maria José Antunes Rocha Rodrigues da Costa - Diretor de Comunicação Vera Maria Rosa Zuffo Rossetti - Diretor de Cultura e Lazer Suplentes da Diretoria Executiva: Eliene Bonetti, Marco Aurélio Bugni, Luiz Augusto Olberg e Sonia Maria Busnardo Almeida Conselho Fiscal: Vicente Diniz Filho - Presidente Maria Inês Sani Franco Lourdes Gomes Macário Suplentes do Conselho Fiscal: Ivanilde Elias Zamae, Elisabeth Lerussi Gomes e Marcia Strazzer de Novais Conselho Deliberativo: Rosângela Aparecida Ferini V. Chede - Presidente - Vice-Presidente Irene Machado Pantelidakis - Secretário Conselheiros: Grande São Paulo - Centro: T-Alfredo Sérgio Ribas dos Santos, S-Wilson Alves Ferraz Sobrinho; CentroOeste: T-Flávia Geni Zeraik, S-Dilma Terezinha Rodrigues Franchi; Centro-Sul: T-Maria do Carmo Rodrigues Del Bianco Pedroso, S-Maria Alice Rosmaninho Perez; Leste 1: T-Gisele Kemp Galdino Dantas, S-Lucilia Ap. de Freitas Costa; Leste 2: T-Fátima Regina Preti, S-Neuci do Carmo Daniel Azevedo; Leste 3: T-Margarida Masetto Manzano; Leste 4: T-Tânia Maria Gomes Stocco, S-Luís Alberto Alves; Leste 5: T-Rodolpho Marques Filho, S-Ivany Theodósio Lérco Flygare; Norte 1: T-Maria Cecília Soares da Anunciação, S-Norma Sueli Ghiraldi Paladini; Norte 2: T-Robinson Felix Augusto de Oliveira, S-Joana Vera Simacek Paulesini; Sul 1: TDiego Antonio Arsenio Brea Fernandez, S-Célia Regina Martinatti; Sul 2: T-Francisca Alves de Lima, S-Edilene Ferreira Antunes de Souza; Sul 3: T-Eliana Pahim Martins Gomes, S-Francisco Fernandes Campos; Caieiras: T-Alcides Domingues, S-Ana Maria Cesário Moraes; Carapicuíba: T-Benedito Vieira; Diadema: T-Elisa Sonoe de Avila Ono, S-Maria Lucia Franco Florentino; Guarulhos Norte: T-Alexandre de Paula Franco, S-Marisa Regina de Camargo Semansin; Guarulhos-Sul: T-Maria Angélica Onoda, S-Valdete Estevinho Rinaldi; Itapecerica da Serra: T-Ives Banqueri da Silva; Itapevi: T-Joyce Marins Araújo Santos, S-Jurandir Monteiro de Souza; Itaquaquecetuba: T-José da Conceição Nogueira, S-Juarez Bernardino de Oliveira; Mauá: T-Maria do Carmo Santana Alves, S-Rita de Oliveira Nunes Franco; Mogi das Cruzes: T-Araci Nunes Camargo, S-Teresinha Cristina Alves da Silva; Osasco: T-Irene Machado Pantelidakis; Santo André: T-Ana Maria Bôa Ventura Fabian, S-Maria Antonia de Oliveira Vedovato; São Bernardo do Campo: T-Luis Amauri Caratin, S-Helenir Marossi Georgetti; Suzano: T-Marco Antonio de Carvalho, S-Iracema Costa da Silva Mariano; Taboão da Serra: T-Graciete Galvão de Paula Leite, S-Mirna Elisa Bonazzi. Ensino, nos dias 14 e 27 de fevereiro, acolhendo os colegas que passarão a integrar a categoria, dando-lhes boas-vindas. Comemoramos, neste mês, o Dia Internacional da Mulher, no dia 8 de março. No magistério, a mulher ocupa lugar de destaque, a grande maioria de profissionais femininas caracteriza a carreira, desvalorizada socialmente, portanto há que se refletir se este é o motivo dos baixos salários; refletir sobre a situação da mulher no contexto atual, fundamentando-se em sua qualificação profissional, escolarização e condições de vida o que deve levar a firmar posição pelo reconhecimento de sua igualdade social. Há muito que ser feito ainda, muitas são as mulheres arrimo de família, mas não assim consideradas nas diversas carreiras. No Magistério, muito pouco pensadas são as condições de trabalho, de carreira e de salário, muitas são as mulheres que trabalham longas horas fora de casa e acumulam com as atividades domésticas. A participação política feminina ainda é muito reduzida, seja ela nos partidos políticos, seja em outras organizações, pois esse acúmulo de funções da mulher dificulta esse envolvimento. O aperfeiçoamento da democracia brasileira passa pelo engajamento político das mulheres, maioria dos eleitores, mas com reduzida participação política. A formação política deve ser iniciada na infância, na família e na escola. O Brasil avançou muito, pois elegeu Presidenta, mas há muito que avançar ainda. Parabéns, companheiras, pela conquista de igualdade de gênero. Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher! A luta continua, companheiras! Neli Cordeiro de Miranda Ferreira - Diretora-Presidente Interior - Adamantina: T-Anita Alcoba Montialli, S-Maria da Penha Oliveira Schuindt; Americana: T-Luis Antonio Nunes, S-Célia Maria Benati Veríssimo; Andradina: T-Maria de Fátima Moises Tobal; Apiaí: T-Carla Ceriani; Araçatuba: T-Jane Fátima Paiva Furtado Bedran de Castro, S-Faustina Amorim da Silva; Araraquara: T-Marli Aparecida da Silva Vigoti, S-Maria Auxiliadora Pinto Schiavone; Assis: T-Marlene Aparecida Barchi Dib, S-Rosinei Cristina Ribeiro Victor Alves; Avaré: T-(...); Barretos: T-Sandra Sueli de Castro Lacerda, SCleuvanir Aparecida Tojeira Firmino Carlos; Bauru: T-Maria Manoela Maschietto Brito, S-Maristela Bárbara Rodrigues de Lima; Birigui: T-Maria Noemi Gonçalves do Prado, S-Vera Marcia Saes Coghi; Botucatu: TMaria Nazareth Gonçalves, S-Regina Littério de Bastos Ferrari; Bragança Paulista: T-Rosangela Aparecida Ferini Vargas Chede, S-Elenira Martins Sanches Garcia; Campinas-Leste: T-Corintha Aimbiré de Moraes Santos Batista Carlos; Campinas-Oeste: T-Clarete Paranhos da Silva, S-Maria de Jesus Ferreira Martins Taveira da Gama; Capivari: T-; Caraguatatuba: T-Maria de Lourdes Pace de Barros; Catanduva: T-Márcia de Campos Barbosa, S-Rita de Cássia Baldan Batista; Fernandópolis: T-Rosângela Caparroz Garcia; Franca: T-Sônia Lúcia da Silva Rodrigues, S-Aurélio Luis da Silva; Guaratinguetá: T-Terezinha Maria de Souza Alves Nunes, S-Nice Hornburg da Silva Sampaio; Itapetininga: T-Elídia Vicentina de Jesus Ribeiro, S-Telma Elizabete de Moraes; Itapeva: T-Maria Alcione Marques da Silva Batista; Itararé: T-Maria Aparecida da Rocha, S-José Maria Ferreira; Itu: T-Rita de Cássia Kühne Império, S-Maria Cristina Urban Telles de Menezes; Jaboticabal: T-Maria Dalva Bertani de Freitas, S-Edna Apparecida Soares de Carvalho; Jacareí: T-Benedita Raimunda da Silva, S-Elsa Pereira Timoteo; Jales: T-João Luiz Sene, S-Errivaine Aparecida Ferreira; Jaú: T-Silvana Regina da Cruz Bueno Ribeiro Branco, S-Maria Medianeira de Almeida Pacheco Fraga; José Bonifácio: T-Anália Fernandes da Rocha, S-Célia Aparecida Mendes Machado; Jundiaí: TRosaura Aparecida de Almeida; Limeira: T-Heide Lambertucci; Lins: T-Ana Lúcia Zanotte, S-Luciene Pereira Paiva Marchioreto; Marília: T-Maria Regina Pereira de Araújo, S-Rosa Virgínia Muff Machado; Miracatu: TLourdes Maria Baptista da Costa Silva; Mirante do Paranapanema: T-Marisa Bezerra de Melo, S-Joceli Sevilha Gonçalves Barbeto; Mogi Mirim: T-Josimeire Ricardo da Rocha, S-Sueli Mara Scarin Barzon; Ourinhos: T-Edson Machado, S-Ednéia de Fátima Evangelista; Penápolis: T-Zilce Aparecida Maciel, S-Vania Maria Soares; Pindamonhagaba: T-Ailton José Agostini; Piracicaba: T-Luiz Carlos Marconi; Piraju: TMargareti de Fátima Quinteiro Carneiro da Silva; Pirassununga: T-Marta de Fátima Silva Forsan, S-Lucimeire dos Santos; Presidente Prudente: T-Dorlei Aparecida Maurício Geremias; Registro: T-Alencar Neves Gato, S-Eugênio Dodecézino Berto; Ribeirão Preto: T-Ana Cláudia Sampaio dos Santos Ribeiro; Santo Anastácio: T-Luciene Pereira Barreto; Santos: T-Irene Weller de Holanda, S-Sandra Faria Fernandes; São Carlos: TLeila Leane Lopes Leal, S-Aparecida Fátima Martins da Silva; São João da Boa Vista: T-Helena Leal Sampaio Delbin, S-José Milton Pavani Parolin; São Joaquim da Barra: T-Eduardo Aparecido Ambrozeto, SKenia Colombo Colmanetti; São José do Rio Preto: T-Márcia Rita Mesquita Ferraz de Arruda, S-Marilda Machado Tebar Palhares; São José dos Campos: T-Sheila Roberti Pereira da Silva, S-Luz Heli Maria de Paiva Oliveira; São Roque: T-Catarina da Penha de Albuquerque Quadros Altieri; São Vicente: T-Ariadeney Valente Ferreira, S-Evelyn Soares Urquieta; Sertãozinho: T-Gláucia Bertelli dos Reis; Sorocaba: TRosangela Quequetto de Andrade Arcos, S-Helena Aparecida de Lima; Sumaré: T-Alice Maria Gerolamo Gonçalves, S-Marisa Cortez Rangel; Taquaritinga: T-Chelsea Maria de Campos Martins, S-Simone Andrela; Taubaté: T-; Tupã: T-Marilza Andrêo Corrêa Emed; Votorantim: T-Evelize Assunta Padovani Monteiro; Votuporanga: T-Nelson Valdo Moreira. Periódico mensal de divulgação do Sindicato dos Supervisores de Ensino do Magistério Oficial no Estado de São Paulo Comissão responsável: Neli Cordeiro de Miranda Ferreira, Maria José Antunes Rocha R. da Costa e Albino Astolfi Neto. As matérias publicadas, nesta edição, são de inteira responsabilidade dos autores. Jornalista Responsável e Editoração Eletrônica: Rose Stefanelli - MTb. 22.810 Colaboradora : Lúcia Yoco Hatanaka Impressão: Neo Graf Indústria Gráfica e Editora Ltda - Tiragem - 4.600 exemplares APASE SINDICATO DOS SUPERVISORES DE ENSINO DO MAGISTÉRIO OFICIAL NO ESTADO DE SÃO PAULO Rua do Arouche, 23, 1º andar - CEP 01219-001 São Paulo/SP Tel/Fax.: (11) 3337 6895 site: www.sindicatoapase.org.br / e-mail: [email protected] Jornal APASE Convite: Que t al abandonar tal a heteronomia? Se observarmos algumas representações referentes ao sindicato ficará nítido como, muitas vezes, agimos como bois, isto é “desconsideramos a força que temos”. Tentam nos fazer crer que somos anacrônicos e ultrapassados. Porém, o que desejam é que percamos a capacidade de resistir e de nos organizarmos. É, pois como seres de práxis e só enquanto tais, ao assumir a situação concreta em que estamos, como condição desafiante é que somos capazes de mudar-lhe a significação por meio de nossa ação (FREIRE, p.157). Ora, será que pensarmos em condições de trabalho dignas, plano de carreira que contemple os profissionais (que até então suportaram a triste realidade da Educação do Estado de São Paulo) e valorização profissional são assuntos ultrapassados? É engraçado, falar em salário, por exemplo, parece uma blasfêmia. Ora, não vivemos no Capitalismo, na sua fase mais avançada, fase essa em que conhecimento tem alto preço? Os professores somos imprescindíveis! Já estamos em falta. Não adianta discurso que promete atratividade para a carreira docente. Podem esquecer, a realidade destrói quaisquer palavras ocas que não se sustentam no dia a dia. Também podem esquecer que os Administradores de Empresas, os Economistas, os Advogados ou os Contadores resolverão os problemas educacionais que vivenciamos. Tudo bobagem! O tempo dirá que temos razão. Lembremos a fadada Progressão Continuada. Pois é, ela não resolveu o problema da aprendizagem nas nossas escolas. Por que será? Talvez, porque as condições reais para que desse certo foram desconsideradas. O fato é que, nós, os educadores, temos a razão nessa história. Fomos humilhados, falaram que éramos elitistas, depois, que éramos mal formados, que não sabemos nada de educação, mas o tempo evidenciou que os problemas são outros, por exemplo, falta de investimentos nas escolas, salas superlotadas, falta de professores etc. Pois bem, a discursiva ideológica neoliberal tenta incutir na nossa cabeça que tudo está bem. Vivemos a Democracia. Isso é uma falácia, pois as medidas implementadas há anos vão à contramão dos interesses dos profissionais da educação, mais que isso, vão contra os educandos, cada vez mais analfabetos funcionais. Quaisquer ações trazem no bojo elementos que levam à destruição da carreira do magistério e mais do que isso, gera desunião. Por exemplo, há profissional que fez prova mérito e obteve aumento salarial, o que feriu o princípio de isonomia salarial, ele até pode se sentir recompensado pelo Governo, mas não pode acreditar que é superior aos colegas, que é mais inteligente. Na verdade, se ele pensar assim, ele aderiu à lógica da pseudo meritocracia. Contudo, muitas vezes nem ele se dá conta disso. Quem pensa assim foi consumido pelo Capitalismo, são os sujeitos acríticos, vítimas da rinoceronite1. A participação ativa (talvez isso seja um pleonasmo) é condição sine qua non para tentarmos uma intervenção radical. Todavia, a tentativa de fazer com que as pessoas acreditem que, no século XXI, não há mais espaço para a mobilização, para a reflexão crítica, para movimentos de oposição e luta pelos direitos dos trabalhadores são tentativas de desconstrução do alicerce que é o sindicato. É impossível a existência de qualquer resistência sem organização, que é o cerne do sindicato. Por outro lado, também não podemos acreditar na concessão de “democracia mínima”, isto é, o chamamento para “pactuar”, pois são aceitos na estrutura posta apenas frágeis e caricaturais mecanismos de consulta e de deliberação. Temos que lutar contra o solilóquio, pois conforme denuncia Gentili: “as democracias podem garantir, de forma pacífica e consensual, os mesmos objetivos que os dos governos autocráticos e ditatoriais; ao mesmo tempo em que oferecem a possibilidade de voltar a eles, caso não tenham sido cumpridas as metas esperadas” (GENTILI, 1998, p. 62). Na verdade, não sabemos muito bem exercer a democracia. Muitas vezes pensamos que ela é a maneira pela qual escolhemos nossos representantes. Sim, a democracia contempla isso, é um passo. Mas, ela vai além disso, democracia na forma radical é alimentada pelo comprometimento com os pares e pela participação. É muito fácil criticarmos quaisquer ações do Sindicato, mas permanecermos no aconchego do lar, esperando que outras pessoas ajam da maneira como imaginamos que deva ser. Por que não a discussão frutífera rumo à construção de um consenso legítimo? Por exemplo, nas eleições APASE alguns colegas indagaram porque houve uma chapa. A pergunta deveria ser outra: Por que eu não participei de uma chapa? Talvez, a resposta a essa questão revela a nossa acomodação e/ou ingenuidade política. Porém, aos colegas que possuem plena consciência da necessidade e legitimidade do sindicato, é importante ressaltar mais uma vez o árduo papel que lhes cabe, pois vivemos os tempos da “imbecilização planetária promovida pela indústria cultural de massas, como diria Theodor Adorno” (ALVES, p.8). Vivenciamos a barbárie social do capital, produzindo sujeitos humanos incapazes de uma intervenção prático-sensível radical. Eis as palavras de ALVES:[...]”Pensar é perigoso, na ótica do capital. Por isso, a construção cultural da ordem burguesa é reduzir a formação humana a mera conformação/adaptação aos requisitos da ordem burguesa que produz (e reproduz) “escravos assalariados” (ALVES, 2011, p.08). Assim, a ausência de um enunciador coletivo que tenha crédito ou, nas palavras de Alves, “uma democracia sem povo organizado e consciente é o sonho dourado das classes dominantes da ordem burguesa. Uma democracia sem democratização radical é o anseio oculto do capitalismo histórico” (ALVES, 2011, p.09). Precisamos ir além da tomada de consciência de uma situação de opressão, pois isso não basta para mudar a realidade opressiva, temos que desenvolver uma política de organização com uma estratégia capaz de orientar uma ação de transformação social e política. Isto é, cabe a nós. Esse é o desafio posto. Precisamos da inteligência de todos para não cair no risco de legitimar decisões tomadas por outros. Quanto a isso conseguimos recentemente uma vitória em nosso sindicato ao elaborarmos no Fórum Sindical as nossas teses. Precisamos deixar claro pelo que nós lutamos. Isso foi um avanço na nossa organização. Vivenciamos anos de autoritarismo, perdemos a voz. Recentemente, fomos chamados para participar. Porém, o significado dessa participação é responsabilidade coletiva nossa. Lembremse “APASE somos todos nós”. Não adianta criticar os rumos tomados se não nos comprometermos. Nas palavras de Gentili: [...] realizar a necessária crítica aos mecanismos de consenso educacional não supõe, creio desistir do desafio imprescindível de mudar a escola que temos. Ao contrário, é aceitar que essa mudança deve ocorrer; ainda que só será genuinamente democrática se a atividade política deixar de se reduzir a um jogo de simulacros, tornando-se um mecanismo legítimo de transformação social e de emancipação, a serviço do bem-estar das maiorias (GENTILI, 1998, P. 70). Portanto, cabe a TODOS NÓS, SUPERVISORES, construirmos um discurso contrahegemônico, realizando todas as etapas possíveis de elaboração, desde a desmontagem da ideologia dominante até a criação de uma fala nova, capaz de exprimir a crítica das ideias e práticas existentes, capaz de mostrar a todos as ilusões do senso comum e, sobretudo, de transformar o interlocutor em parceiro e companheiro para a mudança. Gisele Kemp Galdino Dantas - Supervisora de Ensino, Conselheira APASE - DE Leste 1 REFERÊNCIAS ALVES, Giovanni. Formação humana e reprodução social para além do capital (prefácio). In: BATISTA, Eraldo Leme; NOVAES, Henrique (orgs). Trabalho, Educação e Reprodução Social: as contradições do capital do século XXI. Bauru, São Paulo: Canal 6, 2011. FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. 11 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006 GENTILI, Pablo. A falsificação do consenso: simulacro e imposição na reforma educacional do neoliberalismo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. IONESCO, Eugène. O Rinoceronte. São Paulo: Abril Cultural, 1976. 1 Ionesco na peça “O Rinoceronte” conta a história de uma cidade pacata que se transforma completamente após a passagem de um rinoceronte por suas ruas. À medida que a origem do paquiderme é discutida e em alguns casos rebatida, ele, misteriosamente vai se proliferando de maneira incontrolável, até finalmente notarmos que os próprios cidadãos da cidade vão aos poucos se metamoforseando em rinocerontes. Nas entrelinhas, é claro que o rinoceronte vem simbolizando o conformismo na qual a sociedade está estacada. Essa metamorfose sofrida pelos habitantes é a rinoceronite, uma analogia ao processo continuo de mediocrização que a sociedade vem sofrendo há tempos, um processo que nos dias atuais vem se agravando. (http://anatoli-oliynik.blogspot.com/ 2009/07/o-rinoceronte.html). 3 220 - Março de 2012 “(...) uma democracia sem povo organizado e consciente é o sonho dourado das classes dominantes da ordem burguesa. Uma democracia sem democratização radical é o anseio oculto do capitalismo histórico (...)” Política Sindical 220 - Março de 2012 4 Ação Sindicato-APASE continua visitas às Diretoria de Ensino No mês de fevereiro, foram cinco as Diretorias de Ensino visitadas pela Diretora-Presidente, Neli Cordeiro de Miranda Ferreira, duas delas acompanhada pela Assistente de Diretoria, Sueli Ripa Nayme. Nos dias 6 e 7, aconteceram as visitas às DEs Leste 2 e Leste 3, situadas na capital paulistana. As outras três, DEs de Marília, dia 27/02, Assis e Ourinhos, dia 28, ocorreram após o fechamento desta edição. Essas visitas propiciam a aproximação da entidade com seus filiados e, principalmente, com os que ainda não aderiram. Estes recebem as orientações sobre as ações da entidade, tiram dúvidas sobre questões administrativas e informam-se sobre os serviços disponibilizados aos sindicalizados. Alguns desses Supervisores, presentes à reunião, preencheram a ficha de filiação e dessa forma engrossaram as fileiras da categoria na luta pela melhoria na educação, por melhores condições de trabalho, salário digno, entre outras reivindicações. As visitas foram iniciadas no mês de janeiro, a partir de quatro DEs do interior. Os Grupos de Supervisão de Itu, Votorantim, São Roque e Sorocaba, receberam a Diretora-Presidente. Com essa ação, Neli Ferreira cumpre item do Plano de Ação proposto para 2012. Os Conselheiros das demais regiões que desejarem pré-agendar uma visita do representante APASE devem entrar em contato com Secretaria APASE (11 3337-6895) ou pelo e-mail [email protected]. Jornal APASE Atividades culturais enriquecem Encontro APASE 2012 As tradicionais atividades culturais promovidas nos Encontros APASE mais uma vez estão presentes nesta 26a edição. A noite de abertura contará rojeto Guri - PPolo olo Barra Bonita com a apresentação da Orquestra “P “Projeto Bonita”” , composta por jovens da comunidade. No segundo dia do Encontro, o artista Silvionê Chaves encenará o Cardápio Rubem Alves monólogo “Cardápio Alves”, homenagem ao escritor e aos educadores, e, na sequência, o momento de integração dos participantes no Coquetel de Confraternização. A costumeira Visita à Comunidade terá, desta vez, mais duas opções na tarde do dia 17 de maio. Uma é o Passeio de Barco, incluindo a eclusagem, pelo Rio Tietê, saída às 14h30, e, logo depois, a visita ao Território do Calçado, em Jaú. Os interessados em realizar estes passeios devem confirmar a participação no ato da inscrição ou até 02/05 02/05,, tendo em vista a reserva de lugares no barco e no transporte para essas atividades. Neste mesmo dia, no período da noite, haverá também a exibição do filme As Melhores Coisas do Mundo Mundo, e um debate com a participação de Cláudia Mogadouro, historiadora e educadora audiovisual do Projeto Educativo Tela Brasil, idealizado por Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, diretora e roteirista do filme. O XXVI Encontro Estadual APASE será realizado de 15 a 18 de maio de 2012 2012, no Hotel Estância Barra Bonita Bonita,, na cidade de Barra Bonita/ SP, com o tema “Educação contemporânea: desafios frente à lógica da mercadoria”. Hospedagem no final de semana Os participantes interessados, incluindo familiares, em permanecer no hotel após o evento, de 18 a 20/05, poderão se inscrerver desde já com preços promocionais oferecidos pelo Hotel Estância Barra Bonita: Programa de residência médica do HSPE é eleito o melhor do País A representante APASE na Comissão Consultiva Mista do IAMSPE, Maria Antonia de O. Vedovato encaminhou a informação de que o programa de residência médica em neurocirurgia do Instituto foi eleito o melhor do País entre 50 outros cursos da área pública e privada. A avaliação foi feita pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia que analisa a nota média obtida pelos residentes (76,6 - média do IAMSPE) na prova anual aplicada pela SBN e a visita que a entidade realiza, a cada dois anos, aos programas de residência. Por sinal, é grande a procura pelos cursos de residência do Instituto, realizados há 44 anos. Para Maria Antonia, é um fato relevante que merece ser divulgado para que os contribuintes, detentores do patrimônio IAMSPE, saibam da importância do ensino nele desenvolvido e da qualidade técnica e acadêmica dos seus profissionais. Ao mesmo tempo, diz ela, que sirva como incentivo na luta pelas reivindicações da CCM, entre elas a defesa da contribuição paritária do Estado ao Instituto, bem como a implantação do Conselho de Administração com a participação dos servidores na gestão do IAMSPE. Consulte o site APASE, www.sindicatoapase.org.br, para saber dos valores, condições de hospedagem e formas de pagamento para o período do Encontro. As inscrições deverão ser feitas por meio da internet (é só clicar no quadro do Encontro) ou mediante o envio, para o Sindicato-APASE, por correio ou fax, da Ficha de Inscrição, disponível no mesmo site, acompanhada do comprovante de depósito da primeira parcela. O montante relativo à inscrição e hospedagem poderá ser parcelado conforme a data da inscrição. Esta só será cadastrada no sistema após o recebimento do comprovante de quitação da primeira parcela, por meio de depósito bancário ou cheque. Jornal APASE O Sindicato-APASE esteve presente, em 03 de fevereiro, na primeira reunião de 2012 da Frente Nacional São Paulo pelas PECs n o 555 (proposta dispõe sobre o fim da contribuição previdenciária para aposentados e pensionistas) e n o 270 (institui a aposentadoria integral para servidores aposentados por invalidez). A Diretora-Presidente, Neli Cordeiro de Miranda Ferreira, representou APASE na reunião realizada na sede do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), em São Paulo, cujo objetivo foi avaliar o momento político e traçar as estratégias de ação, já em fevereiro, para a aprovação, em segundo turno, da PEC 270 e para que a PEC 555 seja colocada em votação no Plenário. Grupo APASE visita exposição Roma “Roma - A Vida e os Imperadores”, exposição em cartaz no MASP, foi o programa dos supervisores de ensino que formaram o grupo APASE, organizado pela Diretora de Cultura & Lazer, Vera Rosseti, na tarde de 14/02 (acima, parte do grupo). Dia 14 de fevereiro, a Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Educação realizou a Sessão de Escolha de 122 cargos vagos de Supervisor de Ensino. Das vagas oferecidas (77 nas Diretorias da Capital, 34 nas da Grande São Paulo e 11 nas Diretorias do interior do Estado), devido ao grande número de ausências, restaram nove Diretora-Presidente APASE vagas na Capital, sendo duas na Diretoria Sul 2 apresenta-se aos candidatos e sete na Sul 3. Para completar essas vagas momentos antes da escolha remanescentes, a CGRH fez nova chamada para Escolha dia 27 de fevereiro, tendo sido escolhidas as nove vagas, sendo o número 916 a última candidata a escolher. Além do Sindicato-APASE, estiveram presentes no dia 14/02 para recepcionar e desejar boas-vindas aos colegas ingressantes, representantes dos Grupos de Supervisão das DEs Centro, Leste 3, Norte 1 e Sul 3. Esse trabalho já rendeu algumas filiações de imediato e expectativa de novas adesões após a posse. De acordo com informação fornecida pela Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos, a publicação no Diário Oficial do Ato de Nomeação dos Supervisores ingressantes está prevista ainda em fevereiro (após o fechamento desta edição) e a perícia para fins de Laudo Médico agendada para os dias 1o ou 5 de março. Veja todas as fotos da Sessão de Escolha no site APASE. Para Vera, esta rica exposição, repleta de elementos que permeiam três séculos da história romana, não pode deixar de ser apreciada. Diretoria APASE reúne-se ordinariamente Na manhã de 25 de fevereiro, na sede APASE, os membros da Diretoria Executiva reuniram-se conforme calendário para tratar de pauta específica. Entre os informes: 3 a concretização da filiação APASE ao DIEESE; 3o processo de alteração estatutária do Sindicato-APASE; 3 a participação APASE na Sessão de Escolha para ingresso de Supervisores; 3 as visitas da Diretora-Presidente às Diretorias de Ensino do interior e Capital atrelada à campanha de filiação; e o andamento do projeto de reformulação do site APASE. A escolha do Diretor de Assuntos Educacionais esteve entre os itens dos Assuntos Sindicais e a nova representante é a suplente Aparecida Antonia Demambro. Conselho Fiscal - Os integrantes do Conselho Fiscal APASE fizeram sua reunião mensal no dia 29 de fevereiro (após o fechamento desta edição), na sede, para analisar os balancetes de dezembro/2011 e janeiro/2012. As conclusões desta reunião serão divulgadas na próxima edição do Jornal. Dia 27/02, as Diretoras Maria Conceição de Paula e Maria Clara Tobo recepcionaram as candidatas. ANUÁRIO DA MULHER BRASILEIRA O Sindicato-APASE recebeu do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) o Anuário da Mulher Brasileira, produzido em parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). O anuário apresenta indicadores referentes a temas como demografia e família; trabalho e autonomia da mulher; trabalho doméstico; infraestrutura e equipamento social; educação; saúde; espaços de poder; e violência. No tópico educação, por exemplo, há o percentual da distribuição das mulheres e meninas que frequentam escola ou creche. Os interessados podem consultar essa mídia na sede APASE ou solicitar o envio do material em PDF, por e-mail. Neli Cordeiro de M. Ferreira, Maria Bernadete Souza (representante da DE Centro) e sua futura colega de Diretoria, Mônica Menin Martins (a dir.), primeira candidata a escolher em 14/02. 5 220 - Março de 2012 Frente Nacional discute rumos das PECs no 555 e 270 Ação APASE presente nas Sessões de Escolha dos novos Supervisores 220 - Março de 2012 6 Jornal APASE Jurídico Posse e Exercício Instruções para o ingressante O Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado de São Paulo. Os artigos 46 a 55 estabelecem regras para a posse e os artigos 57 a 75, regras para o exercício. Posse Prazos A posse do ingressante deverá se verificar no prazo de 30 dias, contados sequencialmente da data da publicação do ato de nomeação, conforme dispõe o artigo 52 da Lei 10.261/68. Esse prazo poderá ser prorrogado por mais 30 dias (§ 1º do citado artigo 52), mediante requerimento do interessado. A autorização para essa prorrogação será publicada no Diário Oficial do Estado. Sugere-se que, ao pedir a prorrogação, se faça constar que a mesma deve ser a partir do 31º dia da publicação da posse. Atenção – Comparecer na Diretoria de Ensino em que foi nomeado antes do 30º dia, para pedir a prorrogação, para que a nomeação não seja tornada sem efeito (§ 3º do mesmo artigo 52). Os prazos citados devem ser contados em dias corridos, não se computando o dia inicial e, prorrogando-se o vencimento, que incidir em sábado, domingo, feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte (Parágrafo único do artigo 323 da Lei 10261/68). Documentos Para tomar posse, o nomeado deverá apresentar ao superior imediato, original e cópia, de cada documento, abaixo elencado: 3 cédula de identidade (RG), comprovando ser brasileiro; 3 título de eleitor e prova de que votou na última eleição ou de que pagou a respectiva multa ou, ainda, de que se justificou perante a Justiça Eleitoral; 3 comprovante de estar em dia com as obrigações militares; 3 declaração, de próprio punho, de boa conduta e de não ter sofrido penalidades, dentre as previstas nos incisos IV, V e VI do artigo 251 da Lei 10.261/68; 3 se pai/mãe ou responsável por criança em idade escolar, comprovante de que a mesma está matriculada em estabelecimento de ensino; 3 documento comprovando a habilitação para a investidura no cargo, rigorosamente de acordo com o previsto nas Instruções Especiais SE – 3/ 08, que regem o presente concurso, ou seja: a)diploma, devidamente registrado, de licenciatura plena em Pedagogia; b) diploma de Mestrado ou Doutorado, na área de Educação; c) certificado de conclusão de curso de especialização na área de educação, destinado a licenciados, criado e aprovado nos termos de normas específicas do Conselho Estadual de Educação. 3 documento em que comprove atender ao requisito temporal estabelecido no Anexo III a que se refere o artigo 8º da Lei Complementar 836/97, ou seja, ter no mínimo de 8 (oito) anos de exercício, efetivamente prestado no Magistério, desde que exercido em escola devidamente autorizada e reconhecida pelo órgão do respectivo sistema, dos quais 2 (dois) anos no exercício de cargo ou função de suporte pedagógico educacional ou de direção de órgãos técnicos, ou ter, no mínimo, 10 (dez) anos de Magistério. 3 Certificado de Sanidade e Capacidade Física (laudo médico) declarandoo apto ao exercício do cargo, expedido pelo Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME). No ato da posse, o ingressante deverá, também, informar se exerce ou não outro cargo/função no serviço público. Exercício O exercício do ingressante dar-se-á no prazo máximo de 30 dias, contados da data da posse, podendo este prazo ser prorrogado por igual período, mediante requerimento do interessado e com autorização do superior imediato, a ser publicada no Diário Oficial do Estado. O ingressante que pretenda exercer o cargo em regime de acumulação, somente poderá assumir o exercício após ato decisório favorável/legal devidamente publicado em Diário Oficial, conforme dispõe o artigo 19 do Decreto 53.037/08. Observação A Instrução DRHU-1, de 25 de novembro de 2010, que uniformiza os procedimentos relativos à posse e exercício está disponível no site APASE. Caso seja publicada outra instrução relativa a este ingresso, será prontamente disponibilizada. Ações Ganhas Pleiteando a equiparação de vencimentos de Delegado de Ensino para Dirigente Regional: O Tribunal de Justiça, mantendo sentença de 1ª instância da 5ª Vara da Fazenda Pública, garantiu a Clélia Maria Uchoa Falcão, Célia Regina De Marchi Bauduco, Ivone Bergamasco Calore, Ivone Galvani Gomes de Almeida, Maria Carolina Pilan, Marilena Rissuto Malvezzi e Suely Natali Pacheco o direito a receber os décimos incorporados, com base na remuneração do cargo de Dirigente Regional de Ensino e não na remuneração de Delegado de Ensino. (1824) Pleiteando a atribuição de vagas, nos termos da Resolução SE 57/08: Sentença de 1ª instância, da 12ª Vara da Fazenda Pública, em Mandado de Segurança, garantiu a Fátima Regina Preti, em estágio probatório, o direito à atribuição de vagas, nos termos da Resolução 57/08. (1942) Pleiteando o pagamento correto do art. 129 da Constituição Estadual: O Tribunal de Justiça, confirmando sentença de 1ª instância da 6ª VFP, garantiu a Hélio José dos Santos, Jair Lopes Fiamengui, Lolita Andrade Leal Dantas, Márcia Helena Martins Lopes dos Santos, Maria José Liduena, Mércia Cristina Zoqui Frugoli, Paulo Cesar Cedran, Roseli Aparecida Peghin Cenale e Wanderlei Sebastião Gabini o direito a receber a 6ª parte incidindo sobre as Vantagens Incorporáveis. (1860) Ação Ordinária distribuída Pleiteando a equiparação de vencimentos de Delegado de Ensino para Dirigente Regional: Processo encabeçado por Mario Basacchi Autores: José Mauricio Grothe, Maria Inês Gonçalves de Oliveira Bancatelli, Maria Ozélia Moreira Figueiredo de Souza, Moacyr da Silva, Roberta Froncillo, Washington Luiz Freire e Zilá Cerizze Marcondes. A ssistência Jurídica Plantão Às terças -feiras, das 9 às 11 horas terças-feiras, às quintas-feiras, das 14 às 16 horas _ [email protected] a_ Jornal APASE Legislação A íntegra da legislação pode ser encontrada nos sites: www.sindicatoapase.org.br, www.in.gov.br (Federal) e www.imesp.com.br (Estadual) Federal Lei 12.593/12, DOU 19/01/12 (pág. 01 e 02) Institui o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. Lei 12.594/12, DOU 19/01/12 (pág. 03 a 08) Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e altera as Leis no 8.069, de 13/07/1990 (ECA); 7.560, de 19/12/1986, 7.998, de 11/01/1990, 5.537, de 21/11/1968, 8.315, de 23/12/1991, 8.706, de 14/07/1993, os Decretos-Leis nos 4.048, de 22/01/1942, 8.621, de 10/01/1946, e a CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º/05/1943. Resolução CNE/CEB 01/12, DOU 24/01/12 (pág. 10) Dispõe sobre a implementação do regime de colaboração mediante Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE), como instrumento de gestão pública para a melhoria da qualidade social da educação. Resolução CNE/CEB 02/12, DOU 31/01/12 (pág. 20 e 21) Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Parecer CNE/CEB 05/11 – homologado por Despacho Mlnisterial, publicado em 24/01/12 (pág. 10) Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Parecer CNE/CEB 14/11, DOU 13/02/12 (pág. 20) Diretrizes para o atendimento de educação escolar de crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância. Estadual Decreto 57.733/12, DOE 11/01/12 (pág. 01 a 21) Fixa normas para a execução orçamentária e financeira do exercício de 2012. Decreto 57.769/12, DOE 08/02/12 (pág. 01) Dispõe sobre o expediente nas repartições públicas estaduais pertencentes à Administração Direta e Autarquias, relativo aos dias que especifica. Resolução SEE 05/12, DOE 20/01/12 (pág. 23) Dispõe sobre a reorganização curricular do Ensino Fundamental, nas Escolas Estaduais de Tempo Integral. Resolução SEE 06/12, DOE 20/01/12 (pág. 23 e 24) Altera dispositivos da Resolução SE nº 06, de 28/01/2011, que redireciona as diretrizes do Projeto "Revitalizando a Trajetória Escolar" nas classes de ensino fundamental e médio em funcionamento nas Unidades de Internação - UIS, da Fundação CASA, instituído pela Resolução SE nº 15, de 3/02/2010. Resolução SEE 07/12, DOE 20/01/12 (pág. 24) Dispõe sobre o exercício das atribuições de Professor Mediador Atualizando o SAS - 03/2012 Pág. 49 – 10 – Atribuição de Classes / Aulas -Resolução SE 08/12 - Dispõe sobre a carga horária dos docentes da rede estadual de ensino. -Resolução SE 10/12 - Altera dispositivos da Resolução SE 03/11, que dispõe sobre o processo de atribuição de classes, turmas e aulas de Projetos da Pasta aos docentes do Quadro do Magistério. -Portaria CGRH 02/12 - Fixa datas e prazos para cadastramento e divulgação da classificação para o processo de atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2012. Pág. 56- 26 – Currículos Comunicado CGEB, de 18/01/12 - Objetiva orientar as equipes escolares e gestoras responsáveis pela implementação das diretrizes contidas na Res. SE 81/2011, que trata da organização curricular do EF e do EM. Pág. 68 – 40 – Ensino Fundamental Resolução SE 05/12 - Dispõe sobre a reorganização curricular do Ensino Fundamental, nas Escolas Estaduais de Tempo Integral. Escolar e Comunitário do Sistema de Proteção Escolar. Resolução SEE 08/12, DOE 20/01/12 (pág. 24) Dispõe sobre a carga horária dos docentes da rede estadual de ensino. Resolução SEE 09/12, DOE 21/01/12 (pág. 20 e 21) Estabelece diretrizes para a organização curricular e atribuição de aulas da modalidade Ensino Médio integrado à Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Resolução SEE 10/12, DOE 25/01/12 (pág. 47) Altera dispositivos da Resolução SE 03, de 28-01- 2011, que dispõe sobre o processo de atribuição de classes, turmas e aulas de Projetos da Pasta aos docentes do Quadro do Magistério. Resolução SEE 11/12, DOE 01/02/12 (pág. 50) Dispõe sobre a composição do Grupo Setorial de Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas e de sua Equipe Técnica. Resolução SEE 12/12, DOE 01/02/12 (pág. 50) Institui o Projeto Escola Estadual de Ensino Médio de Período Integral e estabelece diretrizes para a organização e funcionamento das Escolas Estaduais de Ensino Médio de Período Integral, de que trata a Lei Complementar 1.164, de 4 de janeiro de 2012. Resolução SEE 16/12, DOE 09/02/12 (pág. 21) Acrescenta dispositivo à Resolução SE 44, de 7 de julho de 2011, que dispõe sobre a elaboração do calendário escolar anual das escolas da rede estadual de ensino. Resolução SEE 17/12, DOE 09/02/12 (pág. 21) Dispõe sobre o calendário de reuniões da Comissão Paritária instituída pela Resolução SE 60, de 30 de agosto de 2011. Resolução SEE 18/12, DOE 11/02/12 (pág. 21) Acrescenta dispositivo à Resolução SE 44, de 7 de julho de 2011, que dispõe sobre a elaboração do calendário escolar anual das escolas da rede estadual de ensino. Resolução SEE 19/12, DOE 11/02/12 (pág. 21) Altera dispositivo da Resolução SE 44, de 18/04/1997, que institui Núcleo de Educação Indígena. Resolução SEE 21/12, DOE 14/02/12 (pág. 32) Dispõe sobre a implementação do Programa “Aprimoramento da Gestão Participativa”, destinado às Associações de Pais e Mestres – APMs, instituído pela Lei 14.689, de 4/01/2012. Resolução SEE 22/12, DOE 15/02/12 (pág. 33) Dispõe sobre as atribuições de Professor Coordenador nas Escolas Estaduais de Ensino Médio de Período Integral. Resolução Conjunta SGP/SES 02/12, DOE 01/02/12 (pág. 03 e 50) Institui grupo de trabalho com objetivo de definir atribuições e responsabilidades, e elaborar instrumento jurídico destinado à cooperação entre as Secretarias de Gestão Pública e de Educação Pág. 69 – 41 – Ensino Médio -Resolução CNE/CEB 02/12 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. -Resolução SE 09/12 - Estabelece diretrizes para a organização curricular e atribuição de aulas da modalidade Ensino Médio integrado à Educação Profissional Técnica de Nível Médio. -Resolução SE 12/12 - Institui o Projeto Escola Estadual de EM de Período Integral e estabelece diretrizes para a organização e funcionamento das Escolas Estaduais de EM de Período Integral, de que trata a LC 1.164, de 4/01/2012. -Parecer CNE/CEB 05/11 - Diretrizes Curriculares Nacionais para EM. Pág. 72 – 46 – Estatuto da Criança e do Adolescente Lei Federal 12.594/12 - Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e altera as Leis nos 8.069, de 13/07/1990 (ECA); 7.560, de 19/12/1986, 7.998, de 11/01/1990, 5.537, de 21/11/1968, 8.315, de 23/12/1991, 8.706, de 14/07/1993, os Decretos-Leis nos 4.048, para a implementação do Programa Interdisciplinar de Atenção à Saúde dos Servidores da SEE/SP. Portaria CGRH 02/12, DOE 31/01/12 (pág. 24) Fixa datas e prazos para cadastramento e divulgação da classificação para o processo de atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2012. Portaria SPPREV 25/12, DOE 31/01/12 (pág. 21) Dispõe sobre novo procedimento para concessão de aposentadoria no Estado de São Paulo, determinando o envio de Processo de Aposentadoria SPPREV, que deve reunir documentos essenciais e suficientes para concessão do benefício de aposentadoria através de trâmite digital monitorado pelo Sistema de Gestão de Benefícios Previdenciários - SIGEPREV, e posterior fiscalização do Tribunal de Contas do Estado, tornando o procedimento dinâmico e célere. Portaria Conjunta CGEB/CGRH, de 01/02/12, DOE 02/02/12 (pág. 59) Altera o Anexo II da Portaria Conjunta COGSP/CEI/CENP/ DRHU de 11, publicada em 12/11/2011( ficha de inscrição para regularização de vida escolar de alunos procedentes de escolas e cursos cassados). Comunicado CGEB, de 18/01/12, DOE 19/01/12 (pág. 79) Objetiva orientar as equipes escolares e gestoras responsáveis pela implementação das diretrizes contidas na Resolução SE 81/11, que trata da organização curricular do EF e do EM. Comunicado Conjunto CC/SF/SGP 01/12, DOE 04/02/12 (pág. 17) Disciplina procedimentos a serem adotados até a implantação do regime de providência complementar no âmbito do Est. São Paulo. Comunicado SPPREV, DOE 31/01/12 (pág. 21) Comunica que, até que não esteja disponível para utilização o atestado de frequência no SIGEPREV, previsto na Portaria SPPREV 25/12, fica mantida situação anterior com relação à Certidão de Contagem de Tempo, modelos 101 e 102. Comunicado CGEB/CIMA, DE 08/02/12, DOE 09/2/12 (pág. 24) Comunica a realização de provas de Língua Portuguesa e Matemática para Avaliação da Aprendizagem em Processo. Comunicado SEE, DOE 15/02/12 (pág. 33) Comunica a distribuição de exemplares da obra “Reorganização da Secretaria da Educação”aos Dirigentes Regionais, Supervisores de Ensino e Diretores de Escolas. Instrução Conjunta CGEB/CGRH, de 03/02/12 DOE 04/02/12 (pág. 29) Instrui sobre seleção e classificação do Professor Mediador Escolar e Comunitário, escolas contempladas e atribuição de aulas. Convocação da CGRH, DOE 02/02/12 (pág. 145) Convoca os candidatos aprovados e classificados, para sessão de escolha de vaga para provimento de cargos de Supervisor de Ensino/2008. de 22/01/1942, 8.621, de 10/01/1946, e a CLT, aprovada pelo DecretoLei nº 5.452, de 1º/05/1943. Pág. 84 – 67 – Projetos e Programas -Resolução SE 06/12 - Altera dispositivos da Res. SE nº 06, de 28/ 01/2011, que redireciona as diretrizes do Projeto "Revitalizando a Trajetória Escolar" nas classes de EF e EM em funcionamento nas Un. de Internação - UIS, da Fundação CASA, instituído pela Resolução SE nº 15, de 3/02/2010. -Resolução Conjunta SGP/SES 02/12 - Institui grupo de trabalho com objetivo de definir atribuições e responsabilidades, e elaborar instrumento jurídico destinado à cooperação entre as Secretarias de Gestão Pública e de Educação para a implementação do Programa Interdisciplinar de Atenção à Saúde dos Servidores da SEE/SP. Pág. 87 – 76 – Sistema de Proteção Escolar -Resolução SE 07/12 - Dispõe sobre o exercício das atribuições de professor Mediador Escolar e Comun. do Sist. de Proteção Escolar. -Instrução Conjunta CGEB/CGRH, de 03/02/12 – Instrui sobre seleção e classificação do Professor Mediador Escolar, escolas contempladas e atribuição de aulas. 220 - Março de 2012 Legislação - Ementas das publicações do período de 16/01 a 15/02/2012 7 220 - Março de 2012 8 Jornal APASE Em foco A mulher e o movimento sindical “Se por um lado essa característica feminina de ‘olhar apurado’ e ‘atuação quase maternal’ traz ao Magistério vantagens, por outro lado, por ser formado na sua grande maioria por mulheres, carrega todo o estigma de discriminação que historicamente tem sido dispensado às mulheres...” O mês de março, em que se celebra o “Dia Internacional da Mulher”, é oportuno para pôr em foco o papel da mulher na sociedade e, em especial, o da dirigente sindical, realçando, sobretudo, o olhar feminino nesse fazer político. E passo a fazer isso na exata medida de minhas experiências como mulher, mãe, educadora, funcionária pública, sindicalista e, em particular, como dirigente sindical. A princípio quero falar da data que, pinçada da história de luta de mulheres trabalhadoras, apesar de controvérsias, constituiu-se, por relembrar evento de máximo desrespeito e violência à dignidade da pessoa humana, num marco para movimentos que se levantaram para fazer valer os direitos de homens, mulheres e crianças, de grande significado político para a emancipação feminina, em todas as suas dimensões, inclusive a sindical. Já quanto ao papel da mulher e da mulher dirigente sindical na sociedade, quero falar do lugar de minha praxis, do lugar da Educação, mais especificamente do lugar do Magistério, que no Brasil, histórica e culturalmente, é por excelência feminino. Ao contrário de outros ramos, em que o aumento da participação das mulheres como força de trabalho e na luta sindical só se deu entre as décadas de 1970 e 1980, no Magistério, pelo fato de por muito tempo o trabalho docente não ter sido considerado uma profissão e sim uma atividade de menos valor, uma extensão mesmo dos trabalhos da mulher no lar, e aí está presente nas escolas, até hoje, o “tia”, que não me deixa mentir, a participação da mulher foi sempre preponderante e, por consequência, tivemos também uma grande sindicalização feminina. Se, por um lado, essa característica feminina de “olhar apurado” e “atuação quase maternal” traz ao Magistério vantagens, por outro lado, por ser formado na sua grande maioria por mulheres, carrega todo o estigma de discriminação que, historicamente, tem sido dispensado às mulheres em quase todos os cantos do mundo. Educação e Mulher, historicamente, receberam em nossa sociedade de tradição machista quase sempre o mesmo tratamento: periférico e secundário. No movimento das mulheres trabalhadoras em geral, a maior adesão à vida sindical pode ser explicada pelo novo sindicalismo, consolidado como ator coletivo, a partir dos anos 80. Também contribuíram para essa maior adesão os movimentos de mulheres das associações de bairro, das comunidades eclesiais de base, surgidos na mesma época e que lutaram pela anistia, por berçários e creches e levantaram, ao mesmo tempo, a problemática dos direitos de homens, mulheres e crianças. É o novo momento do sindicalismo, denominado por alguns estudiosos de classista autêntico e combativo, em que as questões de gênero passaram a ter importância e a constar de suas pautas de luta. Já no Sindicalismo da Educação, do Magistério, a maior adesão das mulheres talvez tenha vindo mais da predominância da presença feminina nessa carreira e menos dessa maior consciência da problemática social. Presença feminina que carrega todas as consequências nefastas da discriminação das mulheres na sociedade, presente no próprio conceito de classe trabalhadora enquanto categoria universal, uma vez que tudo que se refere ao universo do trabalho traz desde suas origens uma visão masculina de mundo, na qual as mulheres aparecem como subordinadas e que, por conseguinte, precisa ser rompida. E na busca da ruptura dessa subordinação de classe e de gênero, as sindicalistas procuram essa representação do poder no espaço público, sobretudo, pela viabilização do discurso da capacidade da mulher para ocupar espaços de fala, de tomada de decisões e de poder, antes reservados aos homens dentro da estrutura sindical. Busca essa que tem ocorrido em qualquer tipo de sindicato, inclusive nos do Magistério, que tem se constituído em espaços de aprendizagem de uma nova postura política de cidadania. E quanto a essa aprendizagem, podemos dizer que a participação das mulheres tem crescido no movimento sindical, porém com incorporação que ocorre de forma lenta. A cultura masculina que reserva ao homem o espaço público e os cargos de direção, funciona também nas instituições e sindicatos. Trata-se de um quadro de dominação masculina, de difícil alteração, pois supõe mudança de consciência de homens e mulheres, uma vez que tal dominação está fortemente impregnada nas práticas cotidianas, na ocupação e divisão do espaço e na organização do tempo de cada indivíduo, seja homem ou mulher. De difícil alteração, sim, pois ao lado das tarefas na esfera pública existem outras da esfera privada, onde as mulheres se cobram e são mais cobradas, pesando aí também a concorrer com a militância sindical, seus papéis como trabalhadora, como mãe e esposa na educação dos filhos e nos afazeres domésticos, bem como a discriminação por estar saindo de casa, indo do espaço privado para o público. É o sindicato, ainda, um espaço muito masculino, onde a participação das mulheres é vista apenas como apêndice nas lutas presididas por homens, pois a educação as preparou para a subordinação aos pais, irmãos e maridos, isto é, participar do poder sempre pela intermediação desses homens, que não querem de maneira nenhuma abrir mão de seus espaços e nem estão dispostos a dividir o poder com elas. Apesar de tudo que já falamos, resta afirmar que, apesar dos últimos avanços das lutas das mulheres e das novas estruturas das direções dos sindicatos, nota-se ainda muita discriminação em relação a elas. Isso, no entanto, não é tão gritante nos sindicatos da educação, nos quais tive possibilidade de militar. E, isso ocorre pela presença maciça de mulheres na docência, direção e supervisão das escolas, também presente nas entidades sindicais onde acabam participando como sindicalistas ou até como dirigente sindical. Mas essa participação, embora “mais feminina”, não é suficiente para eliminar preconceitos e hábitos masculinos nas práticas sindicais, pois a mulher, devido à socialização “machista” a que foi submetida, acabou por incorporar algumas práticas dos homens, “as aceitas pela sociedade”, inclusive pelas próprias mulheres, para exercitá-las nas direções sindicais. Tais praticas “machistas” muito têm prejudicado o trabalhos sindical, uma vez que não levam em conta o que o olhar e a prática feminina podem trazer de benefícios para esse fazer, inibindo, ao mesmo tempo a participação feminina, na medida em que fica difícil elaborar um contra discurso, em que as mulheres ficassem mais à vontade para se expor e debater questões ligadas a gênero, à classe e ao próprio conteúdo de ocupação da categoria que deu origem ao sindicato. Maria Antonia de Oliveira Vedovato - Supervisora de Ensino, Santo André Fala, Supervisor Essência e Existência “É o que um vereador sorocabano disse há uns trinta anos e que caracteriza bem, não só Sorocaba, mas o Brasil: ‘Nóis tá por cima, nóis fais o que qué’. É o mito do poder.” A diferença entre o ser humano e o animal é que além da ação que ambos podem fazer, o homem é também capaz de refletir sobre a sua ação. Com isso o homem desenvolve a temporalidade, criticidade e as relações de transcendência. A criticidade desencadeia a liberdade de opções. A teoria da pedagogia libertadora de Paulo Freire esclarece que a educação ou é autoritária ou libertadora; a educação ou é massificante ou direcionada à libertação, ou seja, ela pode manipular ou personalizar. Essa educação libertadora também não acontece por meras denúncias verbais. É uma tentação na qual se cai muito facilmente. Em geral, ocorrem manifestações contra as falhas existentes na escola, por meio de artigos publicados e pronunciamentos verbais, como por exemplo, os que ocorrrem no Dia do Professor, e ou durante reuniões, como as da Associação de Pais e Mestres (APM). No entanto, para uma parcela do corpo docente, dos diretores de escola e supervisores de ensino, a verbalização não gera, automaticamente, um processo de reflexão e ação direcionado a resultados concretos. Por essa razão, as denúncias escritas e ou verbais, embora verdadeiras e corajosas não solucionam os problemas identificados. Essa indignação ética, esse “pôr para fora”, com toda verdade e coragem aquilo que se pensa que está errado, e, realmente, muitas vezes está, em geral, não transformará o contexto escolar com a solução dos problemas identificados. Como se realiza, então, a pedagogia libertadora? Segundo o pensamento de Paulo Freire, pela ruptura com a situação vigente. No entanto, ao adotar-se a ruptura com a situação vigente, ou seja, uma nova forma de agir, não significa que as mudanças sejam instantâneas, porque as mesmas exigem um longo processo de reflexão e ação. Contudo, é imprescindível que haja uma ruptura com a situação vigente. Qual é essa situação vigente? O que se passa neste momento no Brasil, em São Paulo, no Sindicato Apase? Qual é a situação vigente, na qual estamos “mergulhados”? Alguns indivíduos totalmente “mergulhados” outros menos; alguns com a “cabeça para fora”, mas, até certo ponto ainda “mergulhados”? A situação vigente é uma situação mitificada, porque ninguém quer tocar nela, ela está mitologizada. Ela está Jornal APASE sobre o mundo, sobre a realidade e nosso cotidiano. Ação e reflexão são concomitantes. Pode haver momentos mais intensos de ação do que de reflexão, como pode haver momentos mais intensos de reflexão do que ação, mas o ideal humano é sempre de ação e reflexão sobre o mundo. O que se propõe neste artigo é o interesse pelo inédito viável, quer dizer, em alguma coisa nova que vai se concretizando na medida em que vamos agindo e pensando e ou pensando e agindo. Isso é que é práxis. Os filiados da Apase querem uma práxis da comunicação e participação. Práxis da comunicação e participação por quê? Por causa da vocação histórica e ontológica do ser humano. Ontológico é aquilo que define o nosso ser existência, porque não somos chamados apenas a ser, mas somos chamados também a existir. Os seres humanos não apenas são, mas existem. Para refletirmos melhor o que é existir, é bom pensarmos no que é desistir. O prefixo “de” no termo desistir induz ao significado “saltar de lado; tirar o corpo fora”; “tirar o time de campo”. A palavra existir, em latim “exsistere”, quer dizer estar firme, sustentar-se. O ser humano é um modo de ser que sabe que existe. Eu não só existo, mas eu sei que existo. Eu não só existo, mas eu posso refletir sobre o meu existir. É por isso que para o ser humano existir é o existir cultural. O homem faz cultura, faz história. Então a vocação ontológica de toda a pessoa é existência, é cultura e é história. Então – é vocação Um pouco da história AP ASE APASE Colegas Supervisores. Faz algum tempo que não escrevo para o Jornal APASE, mas, retomo a minha colaboração porque acredito, e venho reafirmando, “é importante conhecer a história para não repetir seus erros”, ou cometer novos. Para quem não sabe, a entidade nasceu fruto de muita luta, inclusive na justiça. A associação APASE foi resultado do encontro dos antigos Inspetores de Ensino Secundário e Normal, Inspetores Escolares (destes alguns já concursados por títulos e provas) e nós da 1ª turma do Concurso de Supervisores de Ensino para o 1º e 2º Graus (pós 1971- Lei 5692/71- LDB). Alguns de nós fomos parar no Dops, no auge da repressão, porque nesses tempos qualquer reunião de pessoas, mesmo que fossem poucas, era considerada pelo regime militar como sendo.subversão. Algumas pessoas costumavam delatar outras como suspeitas de estarem contra a ordem estabelecida , de modo que os sindicatos foram perseguidos e as pessoas pertencentes a associações como a nossa que visavam transformação, mudanças, humanização, eram chamadas compulsoriamente a prestar esclarecimentos e/ou serem fichadas. E as dificuldades continuavam surgindo: sala alugada, despesa por nossa conta, móveis emprestados ou doados. Reuniões noturnas para a nossa organização. Os colegas foram se agregando e muitos dos que atuam hoje, são daquele tempo, outros já partiram; não vou citar nomes, não por receio de esquecer alguém, mas por sermos muitos os que realmente vestiram a camisa. Vieram os Coordenadores Pedagógicos, apoiados por nós, já que sempre acreditamos e lutamos por supervisão em nível de sistema e de unidade. Primeiro Jornal, em mimeógrafo, montado e pago por nós tanto o material quanto o despacho. Não havia nenhum dinheiro. Buscamos sócios. Alguns se aproximaram por interesse, logo se afastaram, outros até ficaram. Primeiro advogado, o Inspetor Escolar Aldo Bergamasco, fez um trabalho praticamente voluntário. O pagamento para locomoção era quase briga. A conquista da assistência Jurídica APASE foi e continua sendo a nossa esperança de justiça. Campanha salarial, greve, reconhecimento da Categoria – Helena Albuquerque e eu em Brasília, por nossa conta em albergue, longas caminhadas – não havia dinheiro para o táxi. Participação em Congressos em outros Estados com outras entidades como a FENASE – Federação Nacional de Supervisores de Ensino com Aurelina sendo a primeira Presidente (Maceió) e o Vice Pedro Nocci (APASE); Fóruns, Sessões de Estudos. Respeito sempre. Na garra fomos aprendendo. O que imperava era a ontológica e histórica. Todo ser humano faz história até mesmo “o que está sendo levado”, sem saber ao certo onde pretende chegar. Esta é uma outra forma de fazer história. Cabe a cada um contribuir para a construção da história, alguns com mais consciência que outros, em busca de uma finalidade, de um objetivo, de um futuro melhor. Pretende-se neste artigo, reforçar a importância da comunicação e participação porque, culturalmente, enquanto seres humanos, devemos exercitar o processo de ação, reflexão e ação, interagindo com os nossos pares para a solução de problemas, segundo os princípios da pedagogia libertadora. A partir dessa vocação ontológica, histórica e dialética, consegue-se compreender e transformar a realidade e o nosso cotidiano. Quem respeita e segue as premissas da teoria de Paulo Freire, pode nelas encontrar a dimensão filosófica-pedagógica das ações que o sindicato se propõe, ou seja, a nossa essência enquanto seres humanos e as razões de nossa existência à transformação da nossa realidade e cotidiano social e político. Maria José Antunes Rocha Rodrigues da Costa - Diretora de Comunicação, Supervisora de Ensino e Mestre em Educação Maria Lúcia Morrone - Super. de Ensino e Doutora em Educação Fontes de Referência: FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 50ª edição. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2011. VANNUCCHI, Aldo. Prefácio nº 2 da obra FREIRE, Paulo ao vivo. São Paulo: Editora Loyola, 1983, p.20 a 43. relação harmoniosa com as demais entidades. Greves. Quase a entrega da nossa entidade para outra. Já houve e ainda poderá haver essa situação: o desaparecimento da nossa e este momento que vivemos é grave, temos que estar atentos. Transformação da Associação em Sindicato, compra da primeira sede. Dispensa de ponto para a participação, afastamentos. Precisamos que APASE continue, acima de tudo, ética na defesa da educação e da categoria. Cabe a nós, filiados, coibir abusos e estarmos alertas. O Jornal APASE é a maior forma de comunicação, sem censura. O Suplemento de Legislação, hoje extinto, também é importante instrumento de subsídio ao Supervisor. Na minha opinião deve ser reeditado. Independência dos partidos políticos e do Governo, uma bandeira. Nossos funcionários, conquista. Tem havido sempre respeito e colaboração. Quando de nossas dúvidas e inquietações eles têm esclarecido por estarem sempre presentes. O cuidado com nosso Estatuto e reformulação (sempre precisando de atualização) é uma necessidade. Neste momento é para se pensar na importância de abrir a eleição do cargo de Diretor-Presidente para os aposentados – bandeira que nunca defendi, mas que hoje visto a camisa. Vivendo e mudando. Heráclito – sábio. Assumo minha culpa. Grandes desencontros com a Secretaria da Educação, presença na Praça da República, Sessões de Cinema, Palestras, almoço de final de ano, comemoração ao Dia do Supervisor de Ensino, Mostra com Arte, todas as nossas atividades são fruto do nosso amadurecimento e aprendizagem. O que tem pautado a nossa organização é o respeito, harmonia, discussão aberta, democracia, enfim. Existe também uma expectativa em relação à edição de um livro sobre a história APASE. Alguns colegas já fizeram horas de pesquisa em jornais, atas, fotos e outros documentos e entrevistas. Foram dias e dias de pesquisa na sede, seleção e organização dos dados. Textos já foram redigidos e há outros de colegas nossos já publicados em revistas ou livros que merecem ser incluídos. Eu mesma já tenho um texto pronto. Acredito que, mesmo com as dificuldades de tempo e agenda, a equipe já existente (e outros colegas que queiram se agregar) deverá retomar os trabalhos porque esse rico acervo não poderá ser perdido. O livro precisa ser publicado. Isso tudo denota que o Sindicato está vivo e os colegas aposentados estão prontos a participar. Este é só um pedaço da história. Como já sou história, tenho mais para contar. Não esqueçamos que hoje os aposentados são uma grande força e estão sempre presentes quando deles precisamos. E os colegas, hoje na ativa, são a grande força para a existência do Sindicato-APASE. Meu abraço a todos. Tereza Maria dos Reis Toledo - Supervisora de Ensino, São Paulo 9 220 - Março de 2012 se autodefendendo, constantemente, por determinados mitos. Entre os mitos, está o do poder. O mito do poder é um dos mitos que garante a situação. É o que um vereador sorocabano disse há uns trinta anos atrás e que caracteriza bem, não só Sorocaba, mas o Brasil: “Nóis tá por cima, nóis fais o que qué!”. É o mito do poder. Normalmente, na escola, quem está no poder? Evidente, é a Direção: o poder dos poderes! Depois, o poder mais ou menos do Supervisor (que não tem poder de decisão, mas de orientação e às vezes de inspeção), o poder médio dos professores, um poder mais ou menos do servente, do inspetor de alunos. Todo mundo quer uma fatia do poder. Por quê? Porque é mais fácil usar o poder, do que a razão. Retomando à questão da ruptura com a situação vigente, deve-se considerá-la como a desmitificação dessa situação. Como isso acontece? Pela criação de algo novo. Em que consiste esse algo novo? Segundo Paulo Freire é o inédito viável, ou seja, o que ainda não foi editado, o que ainda não foi “dado à luz”. Se tivermos certeza de que esse inédito é válido, muita coisa muda no nosso cotidiano. Esta criação de algo novo possível, viável, se faz pela práxis da comunicação e da participação. Práxis não é uma palavra nova. Aristóteles já a empregava. É a palavra que se encontra, inclusive, no novo testamento em grego. Práxis não é a mesma coisa que teoria e não é a mesma coisa que prática. É uma palavra riquíssima que supõe ação e reflexão Fala, Supervisor 220 - Março de 2012 10 Jornal APASE Fala, Supervisor A Pr esença Feminina na Educação – Luta e Coragem Presença A alta porcentagem de mulheres na educação vem de longa data. O fato é que da convivência uterina, com a passagem para a amamentação e para a assistência materna na primeira infância, criou-se a ideia de que a mulher tem a vocação para o ensino. Daí a impressão de que não se trata de uma profissão. Trata-se, para alguns, de uma forma de as solteiras realizarem seus instintos maternais, de as casadas se valorizarem com a ajuda financeira no lar, colaborando com o “chefe da casa”. Já seriam bem pagas por isso somente... O conceito de “professorinha”, ou “tia” paciente internalizou-se como ideologia. Muitas vezes se ouve que o magistério é um trabalho suave, mais apropriado à delicadeza das mulheres – quanta ideologia. Entretanto, se formos voltar no tempo, veremos que, entre 1930 e 1945, ampliou-se o número de escolas rurais, com alunos de faixas etárias diversas agrupados em uma única sala – fato impensável nos dias de hoje. As professoras enfrentavam estradas perigosas e se submetiam a condições de hospedagem muitas vezes ruins, sem nenhum conforto, precária alimentação, para levar o ensino aos filhos dos lavradores e prover o seu próprio sustento. Algumas contraíam doenças: malária, febre tifoide, e definhavam lá mesmo; outras, só anos depois, viriam a saber que haviam contraído o Mal de Chagas, fatal, pois as moradias de madeira escondiam o temível “barbeiro”, transmissor do trypanosoma cruzi. Que aventura perigosa para mulheres, até então abrigadas na casa paterna. Com a urbanização crescente, as escolas ampliaram-se e o ambiente tornou-se mais acolhedor para os educadores. Houve um período de grande respeito pela figura do mestre. Infelizmente não durou muito. Podemos até concluir que quanto mais se passou a exigir de preparo profissional, menor consideração passou a haver com os profissionais. Concursos, bibliografia quilométrica, inversamente proporcional ao tamanho dos salários. Aos poucos, foi diminuindo a presença de homens no Magistério, em busca de carreiras mais bem remuneradas. O próprio Ministério do Trabalho informa, nas palavras de seu ministro: ”quanto maior é o nível de escolaridade, como nas regiões Sul e Sudeste, maior é a diferença salarial entre homens e mulheres. É mais barato contratar uma mulher do que contratar um homem". Corroborando isso, há poucos dias, a mais antiga mulher na composição atual do STF, ministra Carmen Lúcia, durante seu voto, fez uma apreciação muito reveladora. Sobre sua própria experiência, observou que ainda hoje sofre preconceito por ser ministra. “Acham que juízas desse tribunal (o STF!) não sofrem preconceito, mas sofrem. Há gente que acha que isto aqui não é lugar de mulher” – foram suas palavras para a mídia. É óbvio que a discriminação de gêneros existe. Mediante tais evidências, ouso perguntar algo que me renderá muitas antipatias e hipócrita indignação: seria a Educação um setor tão Azul e Branco Aposentado, um tanto distanciado do sítio em que exercitava minhas atividades, hoje, apenas de quando em quando, me reúno a grupos de colegas, a quem chamo de “lirios do campo”, devido à cor dos cabelos acariciados pelo tempo. Este distanciamento, porém, não me tirou o prazer de participar da festa, mais do que sabiamente instituída do “Dia Internacional da Mulher”. Contudo, perdoem-me, sinto-me tolhido de me referir à mulher moderna, que já alcançou sua autonomia e ocupa seu devido lugar no mundo atual. Tenho uma dívida, que sufoco há anos, e a cada dia em que abro os olhos e aprecio a beleza do mundo, dói-me o peito e sinto necessidade de resgatá-la. E é prazerosa a missão. Fecho os olhos, eis-me numa sala de aula do Instituto de Educação “Mons. Bicudo”, de Marília, rodeado de meninas de azul e branco, do “Curso Normal”. São as meninas do meu tempo dos bancos escolares. De um grupo de 30 alunos, havia apenas dois rapazes. Nesta época, não era fácil escolher um curso pós-ginasial. Dizia-se que o Curso Normal era limitado, pois visava “apenas” à preparação de professores do Curso Primário, motivo pelo qual seu programa oferecia matérias pedagógicas básicas que não abrangeriam o conhecimento geral. “Serviria para ensinar a cuidar de crianças, por isso tão atraente para moças”, ouvi de um professor, ao saber de minha escolha. Mas tive outros motivos: cursar uma escola pública de qualidade; alcançar um status profissional valorizado e, sobretudo, ser professor que, na época, era respeitado, ponto de referência e admiração, liderança e exemplo para juventude. Modelo que motivou por muitas décadas a escolha da profissão. menosprezado pelos governantes não fosse desenvolvida por maioria de mulheres? Deixo que esta maioria responda, pois as corajosas professoras não se esquivarão de refletir sobre o assunto. E os homens respeitáveis que desenvolvem seu trabalho nesta área conhecem seu próprio valor e também o do contingente feminino. Sim, porque a diferença de salários entre homens e mulheres em outros setores profissionais, estatisticamente comprovada, vem dizer-nos que se trata de um problema de gênero, de preconceito, gerado pelo machismo caduco, que resiste, ainda que velado. Pergunto mais: quem, em sã consciência, iria economizar no material dos alicerces de um grande edifício? Entretanto, para o edifício humano, que começa na infância, não há licitações, os números são aleatórios, nada tendo a ver com a real necessidade do setor. Só podemos deduzir que os governantes já se esqueceram de seus tempos de escola e de suas professoras. Mas as mulheres, determinadas e cheias de coragem, continuam em seu trabalho diário a demonstrar que, mais que “professorinhas”, formam indispensável segmento profissional, o das educadoras, dedicado a encaminhar mentes para caminhos mais seguros, sob a luz da ética, tendo como guia a cultura criativa, eliminados os preconceitos, para o bem de toda a humanidade. Só poderemos comemorar o Dia Internacional da Mulher quando as razões pelas quais ele foi criado deixarem de existir. Paradoxo? Não realidade e esperança. Sonia Adharias S. Bruno - Supervisora de Ensino, Santos Convivi, de forma intensa, no vigor da mocidade, durante três anos, neste universo, quase totalmente feminino. Compreendi o significado das diferenças individuais e a importância de respeitar os limites pessoais; aprendi a compartilhar nossos problemas e administrar nossas precariedades. Organizamos bibliotecas circulantes para dividirmos livros didáticos; grupos de leitura, para discussão das obras literárias; montamos e encenamos peças teatrais infantis que levávamos às escolas da cidade. Nosso coral era famoso e solicitado nas festas cívicas. Ah, “meninas do meu tempo”, quanta responsabilidade; quanto compromisso com construção do espírito profissional; quanta dedicação para criar uma pedagogia que, mais pelo afeto, despertasse nas crianças o amor pelo estudo. Foi nesta interatividade que conheci a visão feminina no tratamento com o mundo e a beleza da visão integral da educação. Quanta razão quando se dizia que, no curso, se aprendia a cuidar das crianças: sim, da criança diferenciada que existe na alma de cada ser humano; da criança que é este nosso país, ainda adormecido “em berço esplêndido” e que tanto negligencia a educação. Ah, minhas valentes professorinhas de quem nunca me esqueci e cujas faces, hoje as projeto nas mestras com quem trabalhei pela vida e a quem tanto devo pelas lições delas recebidas. A vocês, meninas, do Curso Normal, que vestiam azul e branco e hoje, de cabelos branquinhos, hão de se orgulhar da missão executada, das sementes de autonomia lançadas pelas suas mãos e que hoje brotam, viçosas. A vocês, minhas amigas, mestras e esposa, que me propiciaram o orgulho de ser normalista, a vocês, minha homenagem tardia e a esperança sempre presente de um brasil azul e branco, dos nossos sonhos. Vicente Diniz Filho - Presidente do Conselho Fiscal e Supervisor de Ensino - SP Jornal APASE Acontece Balancete referente Dezembro/2011 Valor R$ Balancete referente Janeiro/2012 Receitas Valor R$ Contribuições de Sócios 122.479,05 Rendimentos de Aplicações Financeiras 1.105,43 Receitas Eventuais Despesas Recuperadas Total das Receitas 123.584,48 Contribuições de Sócios 123.119,28 Rendimentos de Aplicações Financeiras 1.368,81 Receitas Eventuais Despesas Recuperadas Total das Receitas 124.488,09 DESPESAS Despesas Administrativas Despesas Operacionais Total das Despesas 68.949,23 43.141,34 112.090,57 DESPESAS Despesas Administrativas Despesas Operacionais Total das Despesas ASSISTÊNCIA JURÍDICA Receitas Custas Judiciais Despesas Assist. Jurídica Resultado Líquido Depto. Jurídico 793,75 6.714,05 (5.920,30) ASSISTÊNCIA JURÍDICA Receitas Custas Judiciais Despesas Assist. Jurídica Resultado Líquido Depto. Jurídico ENCONTRO APASE Receitas Encontro APASE Despesas Encontro APASE Resultado Líquido do Encontro 7.159,48 1.280,65 5.878,83 45.277,55 30.270,45 75.548,00 472,25 266,75 205,50 ENCONTRO APASE Receitas Encontro APASE Despesas Encontro APASE Resultado Líquido do Encontro 8.144,29 2.440,50 5.703,79 325.921,66 323.638,58 2.283,08 PLANO DE SAÚDE UNIMED Receitas de Conveniados Despesas de Conveniados Resultado Líquido Plano Unimed 326.517,20 321.369,92 5.147,28 RESUMO Saldo Anterior (+) Receitas Subtotal (-) Despesas (+) Resultado Líquido Unimed (-) Resultado Líquido Depto. Jurídico (+) Resultado Líquido Encontro APASE Saldo Atual 301.419,65 123.584,48 425.004,13 112.090,57 2.283,08 5.920,30 5.878,83 315.155,17 RESUMO Saldo Anterior (+) Receitas Subtotal (-) Despesas (+) Resultado Líquido Unimed (+) Resultado Líquido Depto. Jurídico (+) Resultado Líquido Encontro APASE Saldo Atual 315.155,17 124.488,09 439.643,26 75.548,00 5.147,28 205,50 5.703,79 375.151,83 DEMONSTRATIVO DO SALDO Caixa Santander - Ag. República Banco do Brasil - Ag. V. Buarque Banco do Brasil S/A - Fundo Curto Prazo Contas a receber IRRF a compensar 600,00 92.632,97 19.357,38 201.048,02 1.516,80 DEMONSTRATIVO DO SALDO Caixa Santander - Ag. República Banco do Brasil - Ag. V. Buarque Banco do Brasil S/A - Fundo Curto Prazo Contas a receber IRRF a compensar 600,00 155.492,18 15.126,02 202.416,83 1.516,80 TOTAL DO DEMONSTRATIVO 315.155,17 TOTAL DO DEMONSTRATIVO 375.151,83 PLANO DE SAÚDE UNIMED Receitas de Conveniados Despesas de Conveniados Resultado Líquido Plano Unimed São Paulo, 31 de dezembro de 2011 Jorge Costa – CRC – 1SP132311/07 Dia 01 – Reunião CCM – IAMSPE Dia 05 – Reunião Com. Paritária – SEE Dia 15 – Pal. Memória Saudável – sede Dia 21 – Cine Café – sede Dia 23 – Reuniões Diretoria Executiva, Conselhos Deliberativo e Fiscal – sede – Assembleia Geral Ordinária – sede Dia 26 – Reunião Com. Paritária – SEE Dia 27 – Reunião Comitê de Ética em Pesquisa – IAMSPE Dia 29 – Reunião CCM – IAMSPE Novos Filiados - Mar/2012 3Edna Caldeira Martins Guellere 3Eliane Leal Novaes Pereira 3Fátima Martins Broslavschi 3Marília Santos Carvalho de Polillo 3Tereza Cristina Adami Latuf Ayres Parabéns pela adesão. A luta é Nossa! São Paulo, 31 de janeiro de 2012 Jorge Costa – CRC – 1SP132311/07 CONSELHO FISCAL: Vicente Diniz Filho, Maria Inês Sani Franco e Lourdes Gomes Macário. OBS: Estes balancetes foram analisados pelo Conselho Fiscal em 29 de fevereiro/2012, após o fechamento desta edição. As conclusões serão publicadas no mês de abril. Os documentos referentes aos balancetes estão à disposição para análise dos filiados, na sede deste Sindicato. ATENÇÃO COLEGA APOSENTADO - Neste mês de aniversário, seu recadastramento em qualquer agência do Banco do Brasil é obrigatório. A não realização implica em suspensão de pagamento. Recadastre-se por meio do www.gestaopublica.sp.gov.br/recadastramentoanual Dia 01 - Angelina Pagés Ribas, Chelsea Maria de Campos Martins, Eliana Albarrans Leite, Jacy Yeda de Souza, João Eduardo Gomes, Luís Alberto Alves, Maria Aparecida dos Santos Moutinho, Maria José dos Santos, Marilena Morais Bassetti, Teresa Lucia dos Anjos Brandão e Vera Byczynski de Souza. Dia 02 - Altimar Costa da Silva, Antonia dos Santos, Antonio Machado Pontes, Dazila Noronha, Helena Itália Carobrez Pozza, Ilca Oliveira de Almeida Vianna, Lucia Yoco Hatanaka, Maria Alice Zomenhan Silva, Maria Inês Martinez, Marlene de Lourdes Mendonça, Nanci Trojeckas, Orlenia Rodrigues Alves Barbera, Roberto Bueno Sobrinho e Tânia Maria Gomes Stocco. Dia 03 - Aparecida Gizelda P. Ventura, Armando Josi Suda, Célia Maria M. Viam Rocha, Célia Regina T. Marcozo, Helenice M. Sbrogio Muramoto, Luci Ap. Cabral Costa, Maria Ap. Sanches Cardoso Neves, Maria Beatriz C. Klapka e Paulo Antonio de L. Caldas. Dia 04 - Dirce Merichello Ramos, Iracema do Carmo Soares Vieira de Paula, Maria José da Silva Nicolosi, Regina Cátia Spada L. dos Santos, Walderi Biolcati. Dia 05 - Irene Manteli, Joselene Feitosa da Silva, Marcia Cortellini Abrahão, Marcia Helena Martins Lopes dos Santos, Maria Josefina Jesus, Marlene Herbst Florenzano, Sérgio Farias Moraes, Sueli Maria Sabadin Gatto, Sylvia Apparecida Rodrigues Paulini. Dia 06 - Ademir Antonio de Freitas, Alda Maria N. Figueiredo, Eliana Val Nogueira Cruz, Ermelinda Abrahão Branisso, Helena M. Claro Saniotti, Maria Adelia Santucci, Maria Ivonilda Boccoli, Sônia Dias Martins, Vilma T. Casari e Wilma Rodrigues Camargo. Dia 07 - Adenir Ap. da Silva, Benedita R. da Silva, Conceição Martin Moreno, Flávia Pereira Valério, Maria E. Pereira de Souza, Maria J. de Moura, Maria Leonor L. Thomatieli e Neuza M. Bortolan. Dia 08 - Cicera de L. Simões Yoshida, Horma Costa, Lela Chaddad Yamin, Marciana A. Fernandes Ribeiro, Maria Celia T. de Andrade, Maria do Carmo C. Fragnani, Miladi C. Coelho Barrionuevo e Tereza Pachioni. Dia 09 - Aparecida Souza da Veiga, Dagoberto Buim Arena, Evangelina Alcântara Moreira, Ivana Muller, Ivana Ramirez Urizzi, Lúcia Climene Giannasi, Marcia Rodrigues da Costa, Olinda Jesus da Silva Souza, Pedro Carlos Lorenço Garcia e Vera Mineco Komatsu. Dia 10 - Arlette Octaviano Rodrigues, Celina Rosa da Silva Nascimento, Elaine Cristina Torres, Eliana Selma de C. Cremm, Júlio Marcos P. Rocha, Lygia Ferraz, Márcia Bozza Gomez, Maria Inês Borelli Marin, Maria Resina Rotoli, Marlene de Lima, Regina Helena Bueno de Assis e Valquíria Estevinho Bitencourt. Dia 11 - Domingos Amato, Hilza Ap. Gouvêa Carvalho, Júlio José Campigli, Lineu Sergio M. Siqueira, Malory S. Delapria, Maria Izabel F. dos Santos, Myriam José C. Nassar, Patrícia H. Bonati, Rosemary T. Nicácio, Sônia R. Alves Cordeiro e Vera Lucia R. Pinto. Dia 12 - Anna Thereza M. Lovera, Cairbar de O. Mendonça, Carmen Dalpino R. Mendonça, Edna Ap. S. de Carvalho, Elisa Sonoe de A. Ono, Enedina S. Jardim, Eni Pontes Alonso, Iene H. Villa Tucunduva, Maria Gloria Monge, Maurílio Ap. Gabriel e Norival Perez. Dia 13 - Adriana G. Mariano, Angélica M. Magri, Celso de Carvalho, Lais Falleiros da S. Faggioni, Marcia Regina O. Foger, Mercedes Ap. Segura Bertoli, Neiva Ap. Ferraz Nunes, Neusa L. Nascimento, Neusa M. de O. Dorriguello, Sonia M. Liette Sprenger e Vilma M. Lucci. Dia 14 - Aiko Suzuki, Antonietta S. Vieira, Célia Nicolau G. Izidoro, Inês Sbicca S. Felix, Laura J. Marquete, Maria Celia P. Arena, Maria Regina Tridapalli, Marta M. Campos, Nilda M. L. Costa e Roseli Ap. Peghin Cenale. Dia 15 - Denise L. Gomes, Dirce F. Cury da Silva, Geralda I. Garbin, Ivette G. Moreira, Maria Rute P. de Souza, Tânia M. Scapin Murias, Wilma F. Borghi e Yolanda S. dos Santos Martins. Dia 16 - Eunice Falasco, Idemercia D. Bochembuzio Ribeiro, José Rubens de O. Fortes, Maria Lucia S. da Silva, Maria Sueli P. Barboza, Mariza Lauretti, Moisés Gouveia, Osmar Scucuglia, Silvia Ap. B. Masutti e Zulmira I. Dorgam. Dia 17 - Egle B. da Cunha, Maria Cristina R. de Oliveira, Maria de Fátima R. César, Miriam M. Inácio, Odila M. B. Cansian, Suely J. Smarzaro e Valéria de P. Lima. Dia 18 - Helenice Dias M. Rocha, Isabel C. de Castro Bacile, Ivanil B. da Silva, Maria Helena T. Faustino e Maria José H. De Nardi. Dia 19 - Adriana A. Ribeiro, Cleide B. de Souza, Edna Ap. Guidugli Carneiro, Francisca de A. Carlos, José Antonio Guariglia, Malvina A. Gruppi, Maria Ignes N. Parise, Maria S. de Souza Malta, Maria Tereza M. Vilicev, Maristela Romano, Mitiko I. Kawata, Nazira Ap. Gibim Sabbag, Regina de F. Ponciano, Rubens J. Monteiro, Silvia F. Simão, Uziel Gião e Wanderlei J. Dias. Dia 20 - Carmen Amália C. Costa, Ivone M. Morokuma, Ligia Regina M. de Castro, Marisa Regina de C. Semensin e Mary S. Camargo. Dia 21 - Deise M. Bellandi, Maria Regina de A. Pinto, Miguel J. Caram, Nadir Fonseca, Nilza Ap. Berlinga, Sueli T. Pereira e Tirza P. Guimarães. Dia 22 - Ana T. Diniz, Elena M. Júdica, Kenia C. Colmanetti, Maria da Penha O. Schuindt, Nobuko Okuma Shinzato e Odinalva Teixeira. Dia 23 - Adriana Franco Neme Siqueira, Ana Maria Pires Romão Saggioro, Eugenio Antonio Grecco, Marinel Pereira Abbade, Paulo Cesar Cedran e Sônia Michelletti de Araújo. Dia 24 - Carla Luciana Pereira de Almeida, Eny Terezinha Gazzoni, Ilda Maria Fernandes Rosas, Iracema de Oliveira Kondo, Layde Rodrigues Martins, Nelza Maria Fiani Gentil e Solange de Oliveira. Nota de Falecimento Com pesar, noticiamos o falecimento do Supervisor filiado APASE Perdemos... Dia seis de dezembro de 2011, perdemos o Prof. Acácio Pereira, sócio fundador do Sindicato-APASE. Nascido em Botucatu, o jovem filho de ferroviário veio morar em São Paulo, onde realizou os estudos no antigo Curso de Mestria na Escola Técnica Getúlio Vargas, formando-se na segunda metade dos anos quarenta. Em 1955, momento em que trabalhava na ETI de Sorocaba, conheceu sua futura esposa, a Sra. Luzia Joanna, que lecionava na mesma Unidade. Contraíram núpcias dois anos após e passaram a residir e trabalhar na ETI de Botucatu. Convidado pela Diretoria da extinta DRECAP, Acácio abraçou mais um desafio em sua carreira. Inicia-se então sua empreitada em São Paulo como Inspetor de Ensino na Primeira IREP. Com denodo e dedicação, nosso professor terminou sua carreira, já na condição de Supervisor Pedagógico, prosseguindo ainda por mais treze anos como Diretor de Escola em instituição particular. Deixou esposa, dois filhos e cinco netos. Paulo de Tarso Pereira Coord. Pedagógico Dia 25 - Celia de Castro Malavazi, Cleusa Trasse de Oliveira Barbosa, Delmira Julio Monteiro, Dilma Terezinha Rodrigues Franchi, Dirce Maiolli Bueno, Dirley Aparecida Malavazi Martins da Silva, Gabriel Archanjo Amorim, José Carlos Francisco, Maria Paula Ferreira, Rosa Rodrigues e Valtílio Alves dos Anjos. Dia 26 - Ana Maria Borges, Antonio Luiz Pioltine, Deise de Sales Rustichelli, Eulalia Bonamini Lima, Maria Ozélia Olivetti, Milma Alves de Menezes Diogo, Renato de Azevedo e Zacarias Pereira Borges. Dia 27 - Aurea Calestini Rodrigues Martinho, Caetano Antonio Camargo, Elenira Martins Sanches Garcia, Ester Ribeiro da Silva Hortense, Evelize Assunta Padovani Monteiro, Faustina Amorim da Silva, Luzia Aparecida dos Santos Sodré, Magdalena Mendonça Garcia, Maria Lucia Porto Scavone, Maria Teresa da Silva Braga, Nassim Mahamud, Nidia Mara Rando e Therezinha de Jesus Nogueira. Dia 28 - Adelaide Nóbrega Arraes Foizer, Ebe Bruno Massafelli Caprara, Maria Eliza Harteman Torrichelle, Maria Helena Avino, Maria Lídia Simões Dias de Carvalho, Maria Lucia de Aquino Chad Ramos, Maria Noemi Gonçalves do Prado, Maristela Yuriko Aoki, Nadir Aparecida Prado de Abreu, Salim Andraus Júnior e Shirley Pascucci Loffel. Dia 29 - Claudete Thomaz Ferreira Lindquist, Leda Coletti, Leonor Isolina Bertanha Lopes Silva, Maria Helena Cadioli, Mariana Guimarães Zimmermann, Neusa Marques Bessa, Newton Ramos de Oliveira e Rosana Tobias Melo dos Santos. Dia 30 - Aparecida Roeda G. Zambroz, Cinira C. Magoga, Eni Béra G. Bizarra, Helena de Carvalho, Maria Alice A. Cunha, Maria Helena de Amaral, Marli Ap. Russo Toselli, Rosa M. Fortes Mestrinelli, Roseli Lara M. Aguirra e Silvia Molnár Casseb. Dia 31 - Alda Lúcia Lousada Dias, Elenice Maria de Alcântara Dalbon, Helena Fátima Lazari Ruiz Lourenço, Iaci Bertolaso do Valle, José Bronzeri Camargo, José Julião de Almeida Ramos, Márcia Strazzer de Novais, Maria Ângela Paié Rodella Innocente, Marisa Novaes de Miranda e Mitã Guaçu Amorim Ribeiro. 220 - Março de 2012 Receitas 11 Cultura & Lazer - Eu recomendo... Um momento de lazer recheado de história e cultura: a viagem ao Vale do Café e Conservatória, de 7 a 10 de junho. O passeio reserva a visita a fazendas tradicionais do Vale do Paraíba, retrato vivo da típica arquitetura rural, da memória social e parte da rica história desse período. São casas grandes, senzalas e capelas construídas pelos senhores do café; móveis, peças e utensílios que retratam o cotidiano de seus antigos moradores. Além do roteiro pelas fazendas, haverá um tour pela cidade de Conservatória, nesta que é considerada a “capital mundial das serestas e serenatas”. No local respira-se versos, música e sonho, responsáveis por manter vivas importantes tradições como os seresteiros. Entre seus pontos turísticos há a Ponte dos Arcos que dava passagem à antiga estrada de ferro, com 55 metros de comprimento, 12 de altura e 4 de largura. Ela foi construída pelos escravos entre 1880 e 1883 com pedras, ferro, chumbo fundido e óleo de baleia, que dava liga às pedras na falta do cimento. Os interessados em fazer parte desse grupo devem contatar Maria Aparecida Sonia (11 2507-4127); Luiza Helena (11 35864127; ou Shirley (11 3685-2674), organizadoras do evento. O pacote dá direito a transporte, lanche durante a viagem de ida, hospedagem, café da manhã, 3 almoços e 3 jantares. Valores: 3Quarto Duplo – 7X R$ 125,00 ou 6X R$ 145,00 3Quarto Triplo – 7X R$ 120,00 ou 6X R$ 138,00 Maria Conceição M. A. Ferreira de Paula - Diretora de Secretaria ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Nuvem - “Ficar nas nuvens” não é mais uma mera expressão. Em plena praça, lá estão elas, e nós a passear e fluir como uma, entre elas. A instalação Nuvem, Exposição integrante do Projeto Arte na Cidade, apresenta cinco Guerra e Paz, de caixas de luz com cerca de 5m x 5m, com a imagem de Portinari - Os dois uma nuvem seccionada. As lacunas entre esses painéis, painéis de 14m de por onde o público passeia, dão a ideia de que é possível altura por 10m de atravessá-la. As laterais espelhadas permitem que a largura, realizados por estrutura das caixas se camufle, reforçando a ideia de Candido Portinari leveza que se tem de uma nuvem. Toda essa ilusão é entre 1952 e 1956 e obra do carioca Eduardo Coimbra. Além do Brasil, o presenteados à ONU artista já realizou exposições na Inglaterra, EUA, pelo Governo Brasileiro, finalmente podem ser Espanha, Portugal, Áustria e Argentina. Nuvem está vistos pelo grande público, após mais de 50 anos na Pça. Charles Miller, Pacaembu. Grátis. Até 08/04. no hall de entrada da Assembleia Geral, de acessso apenas aos delegados das Nações, por questões de segurança. No Brasil desde 2010, para restauração em ateliê no Rio de Janeiro, Guerra e Paz chega a São Paulo juntamente com cerca de 100 dos estudos preparatórios do artista para a obra. Memorial da América Latina, Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, portão 1, Barra Funda, tel. 38234600. De ter. a dom., das 9 às 18 horas. Grátis. Até 21/04. Dicas do mês O colega filiado Fernando Souto de Castro, residente em Santos, foi o autor da cativante poesia Mãos, publicada no Vida Viva da edição do Jornal APASE de fevereiro/2012. Parcerias e Convênios APASE Com descontos ou preços especiais para filiados Saúde Plano de Assistência Médica Hospitalar Confed. das UNIMEDS - fone (11) 3337-6895 GÉIA Consultoria e Corretora de Seguros - fones (11) 3660-2000 / 2691-7601 AESP Odonto - fone (11) 2813-5656 Educação: COGEAE/PUC-SP - Cursos, fone (11) 3670-3300 Jornal APASE Domingas M. do Carmo Rodrigues Primiano ○ 220 - Março de 2012 12 Cultura e Lazer: APEL Turismo fone (11) 4508-6549 US Tour fone (11) 3815-8262 Club de Férias - hospedagens para filiados em diversas regiões do país, (11)3101-0002/4002, www.clubdeferias.com.br Hotelaria: San Raphael Hotel Largo do Arouche, 150, Centro, São Paulo fone: (11) 3334-6000 Seguros Autos e residência ALFAMARC Av. Conde de Porto Alegre, 1884 sl 4 Campo Belo São Paulo fone: (11) 3079-3977 Canto Aberto Provação Clarice Lispector (1920-1977/Ucrânia)* Agora entendo o que é provação. Provação: significa que a vida está me provando. Mas provação: significa que eu também estou provando. E provar pode se transformar numa sede cada vez mais insaciável. *Conheça mais lendo: “A Paixão Segundo G.H.", Ed. Rocco - Rio de Janeiro - 1998 Colaboração: Editoria de Cultura & Lazer Vida Viva Universo Feminino Somos todas únicas carregadas de paixão carreamos estrelas ao nosso destino solitário. Falar sobre mulheres não é tarefa simples, mesmo para quem é mulher. Gostaria de tratar do tema de maneira poética. Seria mais leve e sedutor o enfoque. Infelizmente, temo não conseguir fazê-lo. A complexidade de papéis desempenhados e o modo como expressamos nossos sentimentos, é de difícil compreensão para quem não pertence ou não compreende o mundo feminino. Vislumbramos isso no modo como são referidos certos transtornos hormonais que nos acometem sazonalmente. Já os encontros e desencontros amorosos dizem mais acerca das nossas idiossincrasias, que anos e anos de pesquisa sobre comportamento, aliás, ditados culturalmente e absorvidos através da educação reproduzida, infelizmente na maioria das vezes, por mulheres. Portanto, é necessária uma visão crítica e todo o cuidado possível para não repetirmos valores que tanto questionamos. Temos conseguido através dos tempos grandes conquistas. Não para todas, é verdade. Mas, para muitas, o que é positivo e também verdadeiro. Pouco a pouco ganhamos importância e consideração de muitos homens e mulheres. Já temos presidenta. Em que pese à questão gramatical e a polêmica desnecessária criada em torno do tema, deixem que ela seja chamada como quer: presidenta. O que realmente importa é o olhar feminino em um universo escandalosamente masculino e que nossa expectativa de um governo solidário e justo, se concretize. Paradoxalmente, há ainda, o preconceito da mulher para com a mulher. É a rivalidade, um grande entrave para que nossas conquistas se alarguem e se solidifiquem. Mas, planando acima das dificuldades, do acúmulo de funções exercidas cotidianamente e que levariam à exaustão qualquer outro personagem que não a mulher, podemos ainda, sermos lindas, leves e soltas. Encantadoras. Quando queremos. E somente quando esse é o nosso desejo. Para todas as maravilhosas mulheres que conheço e às que ainda não me foram reveladas, minha profunda e sincera homenagem, não por um único dia, e sim, por todos os outros dos quais somos merecedoras. Merli Maria Garcia Diniz - Poeta, cronista, professora, advogada e supervisora de ensino - São José do Rio Preto
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