Paralisia Cerebral X Deficiência Intelectual – Mitos e

PARALISIA CEREBRAL X
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
MITOS E VERDADES
Egon Frantz
Especialista em Pediatria e Neurologia Infantil
Pós-graduação em Neuropsicopedagogia
O QUE É INTELIGÊNCIA ?
O QUE É INTELIGÊNCIA ?
IDENTIFICAR
AVALIAR POSSIBILIDADES
PROBLEMA
RACIOCINAR
Problemas do dia a dia, que para serem resolvidos
não dependem de sabedoria acadêmica
Julgar
Solucionar
O QUE É INTELIGÊNCIA ?
“Capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver
problemas, abstrair, compreender idéias e aprender”
IDENTIFICAR
AVALIAR POSSIBILIDADES
PROBLEMA
RACIOCINAR
Problemas do dia a dia, que para serem resolvidos
não dependem de sabedoria acadêmica
Julgar
Solucionar
INTELIGÊNCIA CONCEITUAL OU ACADÊMICA:
Capacidade de resolver problemas intelectuais, utilizar a
linguagem. Inclui a noção de QI e competências
escolares.
INTELIGÊNCIA PRÁTICA:
Capacidade de manejar aspectos físicos da vida. Preditor
de sucesso
INTELIGÊNCIA SOCIAL:
Capacidade de entender e lidar de forma adequada com
situações sociais.
COEFICIENTE DE INTELIGÊNCIA
COEFICIENTE DE INTELIGÊNCIA
Q.I. = Idade mental / idade cronológica X 100
IM – idade em que uma criança média é
capaz de realizar determinadas tarefas
IC – como a IC corresponde a própria
idade da criança, aplicando a fórmula
teremos que o valor médio normal é 100
COEFICIENTE DE INTELIGÊNCIA
Testes psicométricos:
WISC
WAIS
Stanford-Binet
COEFICIENTE DE INTELIGÊNCIA
Testes psicométricos:
WISC
WAIS
Stanford-Binet
Motivação pessoal
Problemas sensoriais
Problemas de comunicação
COEFICIENTE DE INTELIGÊNCIA
Testes psicométricos:
WISC
WAIS
Stanford-Binet
Motivação pessoal
Problemas sensoriais
Problemas de comunicação
ERROS NO QI SÃO MUITO
FREQUENTES
Coeficiente de Inteligência
+ 2 DP
+ 1 DP
QI = 100
- 1 DP
- 2 DP
Testes psicométricos
Coeficiente de Inteligência
+ 2 DP
+ 1 DP
Inteligência “normal”
QI = 100
- 1 DP
- 2 DP
Desvio padrão = 15 pontos
Coeficiente de Inteligência
Inteligência superior - “superdotados”
+ 2 DP
+ 1 DP
QI = 100
- 1 DP
- 2 DP
Deficientes Mentais
Desvio padrão = 15 pontos
WISC
Escala para Inteligência Wechsler para Crianças (WISC III)
Aborda a inteligência como algo global
O WISC III é composto por 13 subtestes:
- grupo de testes verbais
- grupo de testes perceptivos-motores
Testes verbais:
- Informação, semelhança, aritmética
- vocabulário, compreensão, dígitos
Testes perceptivos-motores:
- completar figuras, código, arranjo de figuras,
- cubos, armar objetos, labirintos, procurar símbolos
WISC
Resultados são 3 medidas que estimam o intelecto:
- QI verbal
- QI de execução
- QI total
Uso muito abrangente:
- avaliação psicoeducacional
- crianças com suspeita de DM
- avaliação neuropsicológicas pré-operatória
- pesquisas clínicas
- identificar pontos de maior e menor potencial
WISC
Padronização Brasileira do Instrumento:
n = 801 crianças (6 anos a 16 anos e 11 meses)
Meninos (49%) e meninas (51%)
Seleção aleatória
Pelotas (RS) – 34 instituições de ensino
Excluídos DM, deficientes motores e sensoriais
WISC
Padronização Brasileira do Instrumento:
n = 801 crianças (6 anos a 16 anos e 11 meses)
Meninos (49%) e meninas (51%)
Seleção aleatória
Pelotas (RS) – 34 instituições de ensino
Excluídos DM, deficientes motores e sensoriais
O que dizem os neuropsicólogos experientes:
“A pontuação do WISC III é objetiva e permite pouca ou
quase nenhuma interpretação do aplicador. Contudo,
experiência na utilização do teste é absolutamente
fundamental para que se obtenha resultados fidedignos”
PARALISIA CEREBRAL
Armand Trousseau (1801-1867), médico francês,
exerceu a medicina em Paris e dominou a clínica
francesa durante o século XIX. Participou do ensino a
partir de 1839 e assumiu a Cátedra de Clínica Médica
no Hôtel-Dieu local em 1852. O primeiro a utilizar o
termo “encefalopatia crônica infantil” em 1841.
William John Little, 1843: “diplegia espástica”
Sigmund Schlomo Freud, médico neurologista,
fundador da psicanálise, nasceu Checoslovaquia e aos
quatro anos de idade sua família transferiu-se para
Viena, onde permaneceu até 1938 quando, com a
vinda do nazismo (Freud era judeu), foge para a
Inglaterra. Por ser judeu, só poderia escolher entre os
cursos de Direito ou Medicina optando por este último.
Introduziu o termo “paralisia cerebral” em 1927.
Museu Freud em Londres
DEFINIÇÃO
1. Lesão cerebral irreversível e não progressiva
2. Comprometimento motor
“Caracterizada por uma alteração dos movimentos ou da
postura, surgindo precocemente, secundária a uma lesão ou
disfunção cerebral, sendo afastados diagnósticos de doenças
cerebrais progressivas ou degenerativas. O evento lesivo pode
ocorrer no período pré, peri ou pós-natal”.
FATORES DE RISCO
• Fatores endógenos: herança familiar
• Fatores exógenos: atuação do agente,
duração e intensidade
FATORES DE RISCO
• Pré – natal: infecções e parasitoses,
intoxicação, radiações, traumatismos e
fatores maternos
• Peri- natal: asfixia aguda (APGAR)
• Pós –natal: traumatismo crânioencefálico, infecções e PCR
INCIDÊNCIA
7 : 1.000 nascidos vivos (geral)
2,5 : 1.000 nascidos vivos (graves e severas)
15 a 20 : 1.000 nascidos vivos (geral)
7,5 : 1.000 nascidos vivos (graves e severos)
INCIDÊNCIA
Mesmo dentro do Brasil há grandes diferenças
de incidência quando se compara as regiões
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS
Deficiência mental: 30 a 70% dos casos.
Epilepsia: 25 a 65% dos casos.
Distúrbios de linguagem: 20 a 40%.
Distúrbios visuais: 15 a 20%.
Alterações do comportamento: 40 a 70%.
Distúrbios ortopédicos:
retrações tendíneas – 50%
cifoescoliose – 15%
coxa valga – 5%
deformidades nos pés – 25 a 50%
CLASSIFICAÇÃO
•
•
•
•
•
Espástica
Discinética
Atáxica
Hipotônica
Mista
PARALISIA CEREBRAL
• Espástica Quadriplégica: grave,
acometimento dos quatro membros
PARALISIA CEREBRAL
• Espástica Hemiplégica: Déficit motor e
espasticidade unilaterais
PARALISIA CEREBRAL
• Espástica Diplégica: Bilateral com
predomínio dos membros inferiores
PARALISIA CEREBRAL
• Discinética: Movimentos involuntários e
posturais anormais
• Forma coreoatétósica
• Forma distônica
PARALISIA CEREBRAL
• Atáxica: pouco comum, etiologia
genética e prénatal
PARALISIA CEREBRAL
• Hipotônica: rara, 1% dos portadores
• Hipotonia além dos 2 anos
• Fisiopatologia pouco compreendida
PARALISIA CEREBRAL
• Mista: associação das apresentações
citadas de paralisia cerebral
TRATAMENTO
Terapias associadas:
- Fisioterapia (motora e respiratória)
- Fonoaudiologia
-Terapia ocupacional
- Psicologia (criança e família)
- Dentista
TRATAMENTO
Drogas antiepilépticas:
- iniciar com monoterapia
- politerapia se necessário
- há inúmeras combinações possíveis
Distúrbios de comportamento mais severos:
- antipsicóticos
- benzodiazepínicos
Distúrbios de sono:
- benzodiazepínicos
TRATAMENTO
Espasticidade:
- Baclofen (agonista do GABA)
- Benzodiazepínicos (receptores pré e pós-sinápticos)
- Dantrolene sódico
- Clonidina, tizanidina, fenotiazínicos
- Morfina intratecal (efeito relaxante muscular)
TRATAMENTO ORTOPÉDICO - CIRÚRGICO
TOXINA BOTULÍNICA
PARALISIA CEREBRAL
Prognóstico
• Dificuldade motora
• Qualidade da reabilitação
• Crises epilépticas
• Família
• Deficiência mental
DEFICIÊNCIA MENTAL
“Redução da capacidade intelectual”
• Baixo rendimento escolar
• Alteração de comportamento
• Atraso na linguagem
DEFICIÊNCIA MENTAL
• Capacidade de adaptação
• Condição relativa
DEFICIÊNCIA MENTAL
Incidência
• Países desenvolvidos: 2 a 3%
• Países em desenvolvimento: 10%
DEFICIÊNCIA MENTAL
Etiologia
• Pré – natal: infecções e parasitoses,
intoxicação (alcoolismo), radiações,
traumatismos e fatores maternos
• Peri- natal: prematuridade, asfixia aguda
(APGAR)
• Pós –natal: desnutrição proteico calórica
traumatismo crânio- encefálico, infecções
e PCR
DEFICIÊNCIA MENTAL
Prognóstico
• Requer mais esforço para aprender
• Características físicas iguais às crianças
normais
PARALISIA CEREBRAL
MITOS E VERDADES
Educação & Escola
PARALISIA CEREBRAL
MITOS E VERDADES
Sociedade & Trabalho
PARALISIA CEREBRAL
MITOS E VERDADES
Deficiência Intelectual
DEFICIÊNCIA MENTAL
MITOS E VERDADES
Sexualidade &
Adolescência
DEFICIÊNCIA MENTAL
MITOS E VERDADES
Sociedade & Trabalho
DEFICIÊNCIA MENTAL
MITOS E VERDADES
Esportes
VENCEDOR!!!!!