Versão - Gazeta Rural

Transcrição

Versão - Gazeta Rural
Director: José Luís Araújo
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N.º 258
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1 de Novembro de 2015
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Preço 2,00 Euros
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Cores e Sabores de Outono
"Plantar e cuidar para colher"
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Sumário
4 Marvão promove XXXII Festa do Castanheiro -
Feira da Castanha
5 Festival de Outono mostra gastronomia de
Manteigas
6 Feira dos Santos de Mangualde à espera de 100 mil
pessoas
8 Vila Nova de Cerveira recebe Feira do Mel e Fórum
de Apicultura
10 Carrazedo de Montenegro recebe Feira da
Castanha
12 Vila Pouca de Aguiar mostra produtos de Outono
13 Míscaros - Festival do Cogumelo ‘baniu’ a
utilização de plásticos
14 Meruje prepara XIII Feira do Porco e do Enchido
15 Pedra Cancela Selecção do Enólogo no Top 7 dos
‘100 Best Buys’
16 Melgaço lança primeira Festa do Espumante
Alvarinho
17 Pinhel promove
vinhos
e sabores da Beira Interior
GAZETARURAL.pdf
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30/10/15
14:01
18 Wine in Azores 2015 teve mais expositores e
visitantes
20 CVR Dão premiou os ‘Melhores Vinhos do Dão’
2015
22 Fiscalização revelou ausência de risco nos
enchidos transmontanos
24 Micólogos em Vinhais alertam para o potencial
dos cogumelos
25 Rural Castânea pode “evoluir para feira agrícola”
26 Armamar deverá produzir este ano cerca de 70
MT de maçã
27 Câmara de Aguiar da Beira e Associação de
Apicultores assinaram protocolo
34 XVIII Festa da Castanha e do Vinho em Pindo
35 Trancoso recebe Feira da Castanha e Paladares
de Outono
36 Guia de Restaurantes Certificados do Alentejo
integra 84 estabelecimentos
37 Jornadas de Enoturismo promovem “O Centro de
Portugal como Destino de Enoturismo”
MANGUALDE
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FEIRA DOS S
Da tradição
ANTOS
à modernid
ade
2015
7 E 8 NOV
Centro da cidade
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Nos dias 14 e 15 de Novembro
Marvão promove
XXXII Festa do Castanheiro - Feira da Castanha
Nos dias 14 e 15 de Novembro, o Município de Marvão promove a XXXII
Feira da Castanha - Festa do Castanheiro, um evento reconhecido como
o mais autêntico e genuíno do país, pretende homenagear uma espécie
endógena da região, o castanheiro, e o seu fruto, a castanha.
Ao longo do fim-de-semana, a vila de Marvão torna-se uma grande
mostra de produtos locais e regionais, com dezenas de pontos de venda,
uma tenda de produtores locais, no Largo do Terreiro, onde os visitantes
poderão encontrar produtos hortícolas, frutos secos, enchidos, queijos,
vinhos, licores, azeite, compotas ou doces caseiros, e uma área de restauração, no Largo de Camões. Para as 10 horas de sábado, dia 14, está
agendada a abertura dos quatro magustos, situados no Largo do Terreiro, Largo de Santa Maria, Largo do Pelourinho e Largo do Espírito Santo.
Do ponto de vista cultural, este evento é um dos melhores cartões-de-visita de toda a região. Ao longo dos dois dias, os visitantes poderão
apreciar diversas exposições, assistir a espectáculos de animação circense, teatro de rua, ou música popular, por todas as ruas e praças da
vila. Pelo palco principal, no Largo do Terreiro, vão passar nomes como
Augusto Canário e Amigos, no dia 14; Amantes do Alentejo e Cant’areias,
no último dia do certame.
De 5 a 8 de Novembro, o chocolate estará em destaque
Semana Gastronómica de Grândola aposta
em sabores doces e salgados
Cogumelos, frutos secos, batata-doce e chocolate são os principais ingredientes das ementas propostas pelos dezanove restaurantes do concelho que participam na quinta edição das Semanas Gastronómicas promovidas pelo Município de Grândola.
No total são cerca de 100 pratos diferentes confeccionados
à base dos produtos típicos desta época do ano (cogumelos,
frutos secos e batata-doce) e chocolate aproveitando a doce
coincidência da realização da Feira de Chocolate que vai decorrer no Parque de Feiras e Exposições de Grândola de 5 a 8
de Novembro.
Nesta edição das Semanas Gastronómicas, que vai decorrer
de 31 de Outubro a 8 de Novembro, os Chefes dos restaurantes aderentes apresentam os tradicionais pratos de carne e de
peixe com acompanhamentos requintadamente preparados
com Batata-doce, Cogumelos ou Frutos Secos. O chocolate é
o principal ingrediente das cartas de sobremesas que apresen-
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tam deliciosas tentações.
Segundo o município, na feira, através de vários expositores,
os visitantes vão poder apreciar a exposição e a produção ao
vivo de peças artísticas em chocolate e saborear licores, espetadas de frutas com chocolate, bombons, bolos, crepes e
chocolates artesanais, entre “muitas outras tentações doces”.
A feira também vai oferecer aos visitantes animação musical a cargo de Josef Jordão, no dia 5, às 20,30 horas, e dois
concertos. Dia 6, a partir das 22 horas, actuará David Antunes
& The Midnight Band, que terá como convidado especial Herman José, e no dia seguinte será a vez de Mónica Sintra subir
ao palco.
As “Semanas Gastronómicas” decorrem até ao final do ano,
na primeira semana de cada mês incluindo dois fins-de-semana, e apresentam uma ementa preparada com um ou vários
produtos da época.
De 6 e 8 de Novembro, na Praça Municipal
Festival de Outono
mostra gastronomia de Manteigas
A gastronomia e os produtos locais são o mote do Festival
de Outono, uma iniciativa da Câmara de Manteigas que decorrerá de 6 e 8 de Novembro, na Praça Municipal. O Festival
será uma boa ocasião para os visitantes conhecerem alguns
dos pratos típicos do Coração da Serra da Estrela, bem como
reencontrar-se com sabores tradicionais e descobrir a riqueza gastronómica desta região.
Para além da mostra de produtos regionais, a truta e a
feijoca de Manteigas estão em destaque neste evento, mas
onde não faltará também o cabrito serrano, o borrego, as
castanhas e o burel, que tem no concelho três unidades de
transformação. As sessões de showcooking são outro dos
atractivos, com renomados Chefs de cozinha, como José
Vinagre, natural de Manteigas; Valdir Lubave e Chakall, este
como cabeça de cartaz, bem como os alunos e docentes da
Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas, que foi o palco
da apresentação deste evento gastronómico.
Divulgar os produtos e potencialidades locais são os objectivos do Festival de Outono, que promete atrair muitos visitantes ao coração da Serra da Estrela. É que o presidente da
Câmara de Manteigas quer tornar o concelho um destino turístico e gastronómico. “Existem muitas razões para colocar
este Festival nas principais rotas de ofertas sazonais”, afirmou o presidente da Câmara de Manteigas, numa alusão ao
facto do concelho integrar a Rota das Aldeias de Montanha, a
Rede das Judiarias e das Aldeias Históricas e que, brevemente, irá integrar as Aldeias de Xisto. “Estas especificidades somadas irão dar origem a um conjunto de rotas, entre as quais
a gastronomia”, referiu José Manuel Biscaia na apresentação
do certame.
O autarca evidenciou também os produtos que distinguem
o concelho, como a feijoca e a truta, um produto endógeno
que a autarquia pretende promover e fomentar a sua produção, tendo em conta a quebra verificada dos últimos anos no
rio Zêzere. Recorde-se que a Rota do Zêzere, apresentada
recentemente, começa em Manteigas e termina em Constância. O concelho tem produção de truta num viveiro do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.
O autarca aproveitou a ocasião para relevar o trabalho desenvolvido na Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas,
que nesta altura conta com meia centena de alunos. “Este
festival tem também como missão dizer a todos os agentes da
gastronomia e da restauração, que em Manteigas temos boas
condições formativas, que têm que ser apresentadas e dadas
a conhecer aos visitantes, de modo a que a gastronomia seja
um ponto de contacto e de atractividade para o concelho”,
salientou José Manuel Biscaia.
Os alunos da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas
têm praticamente garantida a sua colocação no mercado de
trabalho, o que demonstra a excelência e qualidade do ensino
que ali é praticado. A preocupação da Escola, no que toca ao
ensino ministrado, passa por acompanhar a evolução da cozinha, que os seus alunos mostrarão neste evento, onde terão
um papel importante na sua dinamização.
No plano de animação, o Festival de Outono conta, entre
outros, com The Black Mamba e The Swet Children.
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nos frutos, de frutos secos, de queijo e os pequenos agricultores para estarem presentes. Neste grupo, temos produções
seculares e produções mais novas e queremos que todos os
sectores estejam representados.
“Mangualde vai ter “uma grande unidade
de produção de queijo Serra da Estrela
certificado”
Nos dias 7 e 8 de Novembro
Feira dos Santos de Mangualde
à espera de cerca de 100 mil pessoas
É um dos eventos mais marcantes nesta época do
ano na região. A Feira dos Santos, em Mangualde,
já se tornou num local de passagem obrigatório, e
a cidade espera a visita de mais de 100 mil pessoas
durante os dias 7 e 8 de Novembro.
A estimativa é difícil de fazer, como reconhece o
presidente da Câmara de Mangualde, mas que não
será difícil de aferir tendo em conta a área ocupada
e o número de expositores presentes. João Azevedo,
à Gazeta Rural, confirmou que este ano houve mais
pedidos, o que demonstra a importância do certame, que pretende ser, também e principalmente,
uma mostra do que de melhor se produz no sector
primário do concelho.
Gazeta Rural (GR): Que haverá de diferente na Feira
dos Santos 2015?
João Azevedo (JA): Vamos ter novamente um certame
muito rico em ofertas e uma demonstração daquilo que é o
nosso património no sector primário. O património da história,
da cultura e das pessoas.
Vamos ter uma mostra dos produtos do concelho, sendo
certo que teremos algumas novidades, nomeadamente no
plano da gastronomia e na exploração dos produtos que
mais têm a ver com esta feira, nomeadamente a carne de
porco, o vinho, os pequenos frutos, bem como a doçaria tra-
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GR: Falou do queijo. Vai surgir em Mangualde uma
nova unidade de produção de queijo Serra da Estrela?
JA: Sim, a curto prazo iremos ter uma grande unidade de
produção de queijo Serra da Estrela certificado. Será a primeira no concelho de Mangualde com esta dimensão.
Com isto, estamos a dar um impulso para que possamos ter
uma organização de produtores de leite, sediada em Mangualde, que já está referenciada através da Cooperativa Agro-pecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE), que está a
fazer o seu trabalho neste e noutros concelhos da região.
Estamos a lançar sementes naquilo que é o nosso trabalho
do dia-a-dia na atracção de investidores, mas também, e ao
mesmo tempo, procurando valorizar os nossos produtos e criar
valor acrescentado. Isto poderá representar pouco no imediato, mas a marca e a divulgação, daqui a um ou dois anos, pode
valer muito. Aliás, é bom referir que o sector primário no concelho evoluiu muito nos últimos anos.
GR: Tem ideia de quanto vale hoje o sector primário
para a economia do concelho?
JA: Vale muito dinheiro, com certeza. Há bem pouco tempo
dei uma volta pelo concelho e tenho a convicção que, desde o
vinho, à avicultura, aos frutos vermelhos, aos frutos secos, ao
queijo, que vai ser muito valorizado com o novo projecto, passando pelas hortícolas, área onde tivemos grande investimento na área, o concelho tem hoje muitas centenas de pessoas a
viver com um complemento muito significativo da agricultura
no seu rendimento mensal.
E costumo usar a expressão: “façam a comparação!” É que
quando chegamos ao município não havia esta expressão.
Havia muito pouco queijo, não havia frutos vermelhos, o vinho
está estabilizado como agora, e pouco mais. Por exemplo, não
havia a indústria avícula ou a produção de caracóis em Mangualde. Hoje há.
Ou seja, hoje temos uma série de exemplos de gente que
apostou fortemente nos produtos da terra, tudo isto alavancado naturalmente com os programas comunitários, mas nós
tivemos que fazer uma aposta forte nesse sentido. E a criação
do primeiro gabinete de agricultura municipalizado foi exemplo
disso. Aliás, tenho a convicção plena de que se não o tivéssemos feito, hoje não tínhamos o apoio técnico que as pessoas merecem e o sector não teria a dimensão que hoje tem no
concelho.
dicional. Para isso, teremos a presença de alguns Chefs de
cozinha a preparar pratos diferentes com os nossos produtos regionais, mostrando como podem ser transformados de
acordo como os novos conceitos da cozinha.
Vamos também fazer a avaliação da ideia avançada o ano
passado, com o lançamento do bolo ou a bola dos Santos,
que pode ser doce ou salgado. Lançámos um concurso para
que as pessoas, os produtores ou os mestres da pastelaria
possam fazer um bolo que fique na história e se torne numa
referência do concelho.
Penso que temos novidades suficientes para que a Feira
do Santos fique mais rica, isto sem contar com as pessoas, que são a razão da sua existência e que nos visitam em
grande número, bem como as centenas de expositores. Aliás, este ano a procura foi muito maior que em anos anteriores, o que significa que a Feira dos Santos irá ser diferente
para melhor.
GR: Tem uma estimativa de quantas pessoas passam
por Mangualde nesta altura?
JA: É muito difícil de saber isso, pois não temos nenhum contador. Acredito que deverão passar cerca de 100 mil pessoas
nos dois dias. Fazemos esta estimativa pela avaliação da área
ocupada e pelo movimento e rotatividade das entradas e saídas, nos dois dias.
GR: A Feira dos Santos foi-se transformando numa
montra do sector primário do concelho?
JA: Queremos que esse seja o objectivo principal. Nós contactamos os produtores de vinho, de fruta, incluindo os peque-
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do sector se quer aberta e
informada. Haverá ainda
palestras, mostra e venda
de produtos, e pela primeira
vez, o Fórum contem uma vertente gastronómica associada à confecção de pratos com este produto.
Apicultores analisam quebras na produção
De 20 e 22 de Novembro
Vila Nova de Cerveira recebe
Feira do Mel e Fórum de Apicultura
Numa iniciativa da Associação Apícola de Entre Minho e
Lima (APIMIL), Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP) e a Câmara de Vila Nova de Cerveira, vai decorrer
nesta vila minhota, de 20 a 22 de Novembro, a XIV Feira Nacional do Mel e o XVI Fórum Nacional de Apicultura, que vai
contar com a presença de especialistas e de instituições de
ensino superior, portugueses e espanholas.
A organização refere que estes são dois eventos de grande
relevância para a apicultura nacional e que coloca Portugal na
rota dos principais eventos apícolas internacionais. As condições naturais existentes, e a relevância histórica e económica
da apicultura na região do Minho, foram factores preponderantes na atracção deste evento para Vila Nova de Cerveira.
A organização prevê uma grande afluência de público à
Feira Nacional de Mel e espera que o Fórum Nacional de Apicultura tenha a maior participação de apicultores, técnicos
e investigadores na área apícola, e onde serão abordados os
principais temas com relevância na actualidade do sector, nomeadamente para as questões técnicas (alimentação, sanidade), políticas (ambiente, ajudas e ordenamento) e comerciais
(qualidade e certificação). “Todos estes aspectos, que tão bem
conhecemos como motores do desenvolvimento da activida8
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de apícola no país e na Europa, são de vital importância para a
sustentabilidade do sector num contexto de globalização dos
mercados e de forte concorrência nas produções agrícolas”,
referem os promotores.
A organização espera cerca de 400 expositores, nacionais
e estrangeiros, para um evento que pretende ser a principal
mostra da variedade e qualidade dos produtos de apicultura
ao nível nacional, constituindo-se como a oportunidade ideal
para produtores e organizações divulgarem os seus produtos
junto de consumidores e dos principais operadores do mercado nacional e europeu do mel, bem como o contacto com
empresas fornecedoras de factores de produção a operar na
fileira apícola.
O mel é cada vez mais considerado uma preciosidade da gastronomia, pelo que neste Fórum o curso de Hotelaria da ETAP
de Vila Praia de Âncora fará uma demonstração de confecção
de pratos com mel. Aveludado e aromático, a solicitação de
mel cada vez mais específico ocorre porque uma das funções
da alta gastronomia é elevar a qualidade dos produtos.
Do programa da XIV Feira Nacional do Mel e do XVI Fórum
Nacional de Apicultura constam quatro workshops temáticos,
em dois dias de trabalho, onde a participação dos operadores
O Fórum Nacional de Apicultura vai ser aproveitado por mais de 400 apicultores de todo o país e de
Espanha vão analisar as causas da redução, em cerca de
50%, da produção de mel afectada pela expansão da vespa
asiática. O presidente da Associação Apícola Entre Minho e
Lima (APIMIL), Alberto Dias explicou que a expansão daquela
espécie veio “sobrecarregar as preocupações” dos apicultores
a braços com outros problemas que ameaçam a produção de
mel.
“Além da vespa asiática, temos as condições climatéricas,
com uma seca intensa, os fogos florestais que destruíram muitas colmeias e conduziram à diminuição da alimentação das
abelhas, bem como a proliferação de espécies invasoras na
floresta”, explicou o responsável.
Em Julho passado, a Câmara de Vila Nova de Cerveira apelou à colaboração da população no combate à vespa asiática,
sendo que no concelho, desde o início do ano, tinham sido destruídos mais 21 ninhos daquela espécie.
Dados da APIMIL indicam que cada ninho pode albergar até
2.000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias, que no ano
seguinte poderão vir a criar pelo menos seis novos ninhos.
Segundo os apicultores, esta espécie, “mais agressiva”, faz com
que as abelhas não saiam para procurar alimento por estarem
sob ataque, enfraquecendo as colmeias, que acabam por morrer
colocando
em causa a produção de mel.
Esta espécie predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus,
em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença
em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a
partir no final do ano seguinte. Viana do Castelo, capital do Alto
Minho é o concelho com maior número de casos registados.
Em dois anos foram sinalizados 619 ninhos de vespa asiática e
destruídos mais de 400.
De acordo com Alberto Dias, as 14.000 colmeias existentes
no distrito de Viana do Castelo, exploradas por cerca de 340
apicultores, registaram este ano uma quebra na produção “da
ordem dos 50%”. “Num ano normal, a produção de mel pode
ser superior às 200 mil toneladas. Este ano, foi muito fraco no
Alto Minho, com uma produção de cerca de 100 a 120 mil toneladas”, explicou.
Segundo Alberto Dias o problema estende-se a vizinha Espanha, adiantando que os apicultores galegos “sofreram perdas significativas”, com cerca de “60 a 70% na produção de
mel”.
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Iniciativas decorrem em conjunto com a Qualifica
CNEMA promove
produtos nacionais
com a realização de vários concursos
De 6 a 8 de Novembro, no concelho de Valpaços
Carrazedo de Montenegro recebe Feira
da Castanha e outros produtos da terra
Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, vai
receber de 6 a 8 de Novembro a edição 2015 da Feira da Castanha, evento que contará com 79 stands de venda de castanha, vinho, azeite, mel, licores e artesanato. A principal atracção continua a ser o bolo de castanha com 600 a 700 quilos.
A feira, que vai na décima nona edição, inclui a realização
das jornadas técnicas da castanha, onde se vai falar sobre as
doenças e pragas que afectam os soutos, como a vespa do
castanheiro e a tinta. Na apresentação do certame, o presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, lembrou que
o município investiu 80 mil euros na luta contra a vespa, que
foi detectada pela primeira vez este ano na região, e sublinhou que na Primavera as brigadas criadas pela câmara irão
percorrer, de novo, todos os soutos para procurarem as galhas infestadas. A vespa aloja os seus ovos nos gomos dos
castanheiros que, depois de infectados, não conseguem dar
mais fruto.
O autarca de Valpaços defendeu que é preciso inovar no
sector da castanha. Por isso mesmo, sublinhou que o município disponibiliza terrenos na zona industrial a preços simbólicos e está disposto a isentar as taxas e licenças para quem
invista na área da transformação da castanha e crie postos
de trabalho.
Região tem quebra de 20%
na produção de castanha
A produção de castanha no concelho de Valpaços regista
nesta campanha uma quebra de 20% comparativamente com
um ano médio, uma situação lamentada por autarcas e pelos
agricultores que têm neste fruto a sua principal fonte de rendimento.
O presidente da Câmara de Valpaços referiu que o concelho
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O CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, volta a colocar em destaque os produtos portugueses ao promover várias iniciativas como o IV Concurso
Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses, a 26 de Novembro, o IV Concurso Nacional de Frutos Secos Tradicionais Portugueses, a 27 de Novembro, e o IV Concurso Nacional de
Bolo Rei Tradicional Português, a 3 de Dezembro.
Estas iniciativas, que o CNEMA realiza em conjunto com a Qualifica, têm como objectivo estimular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões
do país, incentivar o seu consumo, promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e
apreciadores. Com a realização destas actividades o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas pretende premiar, promover, valorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a
diversidade dos produtos portugueses.
As competições decorrem no âmbito da 53ª Feira Nacional de Agricultura/63ª Feira do Ribatejo e de outras acções como os Concursos Nacionais de Queijos, de Enchidos, Ensacados
e Presuntos, de Carnes Qualificadas, de Mel, de Azeite Virgem Extra, de Doçaria Conventual e
Popular, de Conservas de Pescado, de Pães, Broas, Folares e Bôlas, de Licores, de Azeitonas de
Conserva, de Ervas Aromáticas e de Sal, de Vinagres e de Chocolates e do Salão Prazer de Provar. Os interessados podem consultar os respectivos regulamentos em www.cnema.pt.
possui uma produção média de castanha que ronda as 10 a 12
mil toneladas, o que representa cerca de 40 milhões de euros
de volume de negócio. “Este fruto representa 40% do rendimento do sector primário no concelho”, salientou o autarca.
Filipe Pereira, técnico da Associação Regional de Agricultura das Terras de Montenegro (ARATM), referiu que devido
à seca sentida neste verão muitas castanhas não cresceram
dentro do ouriço e, para além disso, a região ainda se está a ressentir com os efeitos do fungo que, no ano passado, atingiu as
zonas mais altas da Denominação de Origem Protegida (DOP)
da Padrela. Este fungo, a septoriose do castanheiro, provocou
quebras brutais em 2014 e, segundo o responsável, este ano os
castanheiros só estão a produzir a 60 ou 70%.
Hernâni Sousa, presidente da junta de freguesia de São João
da Corveira, uma das áreas maia afectadas pelo fungo, disse
que houve alguma melhoria de produção este ano, mas ainda
aquém do esperado pelos produtores. “Foi um ataque bastante
forte. No ano passado foi uma situação dramática e este ano,
nos meus 836 castanheiros, que costumam dar 10 mil quilos de
castanha, eu prevejo apanhar apenas metade”, salientou. Segundo Hernâni Sousa, cerca de 80% das famílias destas aldeias
têm na castanha o seu “principal meio de subsistência”.
Muitos arranjam emprego também na altura da apanha.
“Pago normalmente jeiras do valor de 1.300 a 1.400 euros. Este
ano infelizmente não vou gastar metade, porque não há castanhas para apanhar e eu não posso chamar as pessoas”, salientou o autarca de São João da Corveira.
Na aldeia de Sobrado, também Armando Ferreira, com um
souto de seis hectares, referiu que “há menos castanha do que
um ano normal, mas a qualidade é de primeira, é óptima”.
Os produtores queixam-se ainda que a procura “ainda é diminuta”, até porque o fruto caiu mais cedo da árvore, mas acreditam que, com o começo das feiras, se consiga vender melhor.
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Em Alcaide, Fundão, de 11 a 15 de Novembro
Míscaros - Festival do Cogumelo
‘baniu’ a utilização de plásticos
Evento gastronómico realiza-se a 7 e 8 de Novembro
Vila Pouca de Aguiar mostra produtos
de Outono que alavancam economia local
Castanhas, cogumelos e cabrito, produtos que movimentam
milhões de euros na economia de Vila Pouca de Aguiar, vão estar em destaque numa mostra gastronómica que inclui, pela primeira vez, um concurso de apanhadores de castanha, informou
a autarquia.
A XIV Mostra Gastronómica realiza-se nos dias 7 e 8 de Novembro, em Vila Pouca de Aguiar, numa iniciativa da Câmara
Municipal para divulgar e promover os três produtos que estão
a ajudar a desenvolver a economia neste concelho do distrito
de Vila Real.
“A castanha é o produto que assume a nível económico uma
dimensão maior. Temos uma produção a rondar as mil toneladas e cerca de dois milhões de euros de rendimento”, afirmou
o vereador Duarte Marques. Serão à volta das “300 a 400 famílias” do concelho que retiram rendimento da castanha neste
concelho, que está inserido na área da Denominação de Origem
Protegida (DOP) da Padrela.
Em Vila Pouca de Aguiar os cogumelos são também sector em
expansão. A apanha movimenta centenas de pessoas, algumas
das quais apenas para consumo próprio, mas uma percentagem
significativa também recolhe para comercialização, o que representa um rendimento complementar ao orçamento familiar.
Pelo concelho espalham-se ainda cerca de cinco mil cabeças
de cabra bravia e serrana. “São produtos que ainda precisam
de ser mais valorizados e é nessa estratégia de valorização, de
inovação e de desenvolvimento que estamos a apostar”, frisou
Duarte Marques. Por isso mesmo, segundo o autarca, a Câmara de Vila Pouca de Aguiar está já a preparar o “Micofest”, que
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decorrerá em simultâneo com a mostra gastronómica de 2016
e que vai espalhar pelas ruas da vila esculturas e pinturas que
terão como principal temática o cogumelo.
Um dos pontos altos da edição de 2015 é a primeira edição
do concurso “Melhor apanhador de castanhas”. As regras são
simples e ganha quem conseguir apanhar mais castanhas, que
estarão como no ambiente natural cheias de ouriços e de folhas,
no espaço de dois minutos.
“É uma iniciativa que visa a valorização da actividade e que
quer ainda introduzir algum divertimento. Muitos não têm noção da dificuldade que é apanhar as castanhas e queremos
que haja um reconhecimento dessa actividade”, frisou Duarte
Marques.
No recinto da feira, dezenas de expositores vão vender cogumelos recolhidos na região e o programa do certame inclui
ainda uma apanha de cogumelos para quem quiser e uma caminhada pelo trilho da castanha. À mostra gastronómica aderiram 14 restaurantes do concelho que vão propor pratos como
a “míscarada”, feito com cogumelos refogados, ou ainda caldo
ou pudim de castanha e cabrito assado.
Por esta altura, estes são mesmo os produtos de Outono
que estão em destaque nas ementas dos restaurantes locais
como salientou Maria das Dores, uma enfermeira reformada de
72 anos, que abriu uma cozinha regional na aldeia de Telões.
E é por aqui que colhe muitos dos produtos que serve, como
os cogumelos e as castanhas. Esta empresária juntou a paixão
pela cozinha à dinamização da aldeia e diz que são muitos os
que vêm à sua casa provar a gastronomia local.
A freguesia de Alcaide, no concelho do Fundão, vai receber
de 11 a 15 de Novembro o Míscaros - Festival do Cogumelo, que
este ano se quer afirmar como um evento ecológico, sem recurso ao plástico.
“Queremos contribuir para a sustentabilidade ecológica do
meio ambiente e reduzir a pegada deixada por este evento.
Portanto, o plástico foi banido e também haverá uma forte
aposta na reciclagem e separação dos resíduos sólidos”, explicou Fernando Tavares, presidente da Liga dos Amigos do Alcaide, instituição que promove o “Míscaros” em parceria com a
Junta de Freguesia do Alcaide e a Câmara do Fundão.
De acordo com este responsável, os pratos e tigelas e talheres de plástico, que normalmente eram utilizados, dão lugar a
um `kit` com as mesmas peças, mas produzidas num material
à base de folha de cana-de-açúcar. Já os copos serão substituídos por uma caneca de alumínio que tem o preço simbólico
de um euro e meio, ou, em alternativa, por copos de plástico.
“Queremos que todos estejam envolvidos. Às tascas e restaurantes lançámos o desafio de não usarem material em plástico e de separarem o lixo, e aos visitantes pediremos que recorram a uma das alternativas ecológicas, sendo que a caneca
pode ser guardada como recordação ou até para usar nas próximas edições do
festival”, destacou.
Fernando Tavares explicou ainda que há uma multa prevista
para os participantes que transgridam (perdem a caução de
50 euros), mas mostrou-se convicto de que não será preciso aplicar essa regra, já que o sucesso deste festival se deve
muito ao “forte empenho e adesão” dos que transformam as
suas casas em tascas, restaurantes e espaços de exposição de
artesanato.
Para esta edição, está já confirmada a abertura de 60 espaços (45 tascas/restaurantes e 15 espaços de artesanato), um
número que a organização espera que continue a crescer até
que seja possível estender o festival por todas as ruas da aldeia. Um crescimento que já se verifica em termos da duração
do certame, que este ano começa dois dias mais cedo (abertura a ser antecipada de sexta para quarta-feira) e com os dois
primeiros dias a serem “inteiramente dedicados” à temática do
cogumelo.
Do programa constam a realização de vários “workshops”,
palestras e passeios micológicos. O objectivo é ajudar as pessoas a conhecer e identificar os diferentes tipos de cogumelos,
bem como mostrar-lhes todas as potencialidades e diferentes possibilidades de utilização do cogumelo, que vão desde
a gastronomia até à cosmética, tal como se verificará durante
os “live cookings” ou na oficina de produção de sabão de cogumelo.
A animação está garantida com vários grupos de música a
percorrerem as diferentes ruas da aldeia, que estarão decoradas, num trabalho que é garantido pela organização em
conjunto com os habitantes da aldeia e com os alunos do
curso de artes do Agrupamento de Escolas do Fundão,
bem como pelos próprios “tasqueiros”, que não deixarão de tentar ganhar o prémio do “espaço mais
criativo”.
Outro dos prémios que a organização atribui é o do “melhor prato do cogumelo”, que
pretende motivar os participantes a preparem iguarias e produtos à base do cogumelo, que, a julgar pelas ementas de
outras edições, podem ir do típico arroz
de míscaros à telha de cogumelos e enchidos ou às espetadas de cogumelos e
à feijoada de cogumelos, entre outras.
O Míscaros, que este ano também
terá um espaço dedicado às crianças
e onde os pais poderão deixá-las devidamente acompanhados, bem como
uma componente social e solidária.
No último dia do Festival decorrerá um almoço comunitário de arroz de
cogumelos, cuja participação implica o
pagamento de um euro, e durante o qual a
organização prevê servir cerca de duas mil
refeições.
Com um orçamento global de cerca de
40 mil euros, este festival deverá receber
ao longo dos cinco dias entre 30 a 40 mil
visitantes nacionais e internacionais, que
contribuirão para dinamizar a economia
local e concelhia.
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“Tesouros com excelente preço”, segundo a Wine Enthusiast
Aveleda 2014 e Pedra Cancela Selecção
do Enólogo no Top 7 dos ‘100 Best Buys’
Os críticos da revista americana Wine Enthusiast provaram, ao longo dos últimos 12 meses, milhares de vinhos com o objectivo de encontrar “tesouros com excelente preço”, vinhos de excelência a
um valor acessível para o consumo diário.
Entre as escolhas, estão o Vinho Verde Aveleda da colheita 2014 da Quinta da Aveleda conquistou
o terceiro lugar da lista de premiados com 90 pontos e o vinho Pedra Cancela Seleção do Enólogo
da colheita de 2010, da região do Dão obteve o sétimo lugar com 92 pontos. A lista é designada
como “Top 100 Best Buys”, as cem melhores compras, e premeia a alta qualidade de certos vinhos
e a moderação dos preços com que são colocados no mercado.
Os 100 vinhos premiados destacaram-se em três parâmetros nomeadamente a nota de prova, o
preço de comercialização (nunca acima de 15 dólares, no mercado americano) e num acerto final,
para garantir um leque de ofertas, do mais variado possível. Dos 19.500 vinhos avaliados menos
de sete por cento alcançaram esta distinção, este facto por si só já dá a entender o quanto são
especiais.
Os vinhos portugueses distinguiram-se em mais nove posições na tabela. Portugal e Espanha
partilham a quarta posição na lista dos países mais premiados. Em destaque esteve também o
alentejano Herdade dos Machados (2012) em 12º lugar, com 90 pontos.
Pelo décimo terceiro ano consecutivo, em Meruje
Laje Grande e “Arroz de Suã”
são atractivos para a Feira do Porco e do Enchido
A Laje Grande volta a ser o palco da Feira do Porco e do Enchido, iniciativa impar no panorama gastronómico e turístico
da Beira-Serra, que vai ocorrer em Meruge, no concelho de
Oliveira do Hospital, no próximo dia 8 de Novembro, pelo décimo terceiro ano consecutivo.
Nascida para enaltecer o papel dos “porqueiros” no desenvolvimento económico da Freguesia de Meruge e valorizar a
excelência dos enchidos amanhados por mulheres de mãos artífices e paladares apurados, a Feira é organizada pela Junta de
Freguesia de Meruge e pela Associação de Desenvolvimento
do Vale do Cobral (ADSCVC).
Ao longo de 13 anos, a Feira afirmou-se como um espaço
único de gastronomia genuína, de animação permanente e variada, de valorização dos produtos e do mundo rural, de aposta
na música e na cultura populares.
A organização e o Grupo Profissional de Teatro “Vivarte” escolhem em cada ano um tema novo para dar mote ao Teatro
de Rua. Para esta edição vão ser representadas no espaço da
Feira “Cenas e Apontamentos da Vida de José do Telhado”, figura mítica de bandoleiro, famoso por roubar aos ricos para
distribuir pelos pobres. O “Vivarte” vai fazer passar pelo palco
natural do Terreiro do Santo e da Lage Grande lutas encarniçadas entre as tropas régias e o bando do José do Telhado, feiras
oitocentistas “varridas” à paulada (Associação dos Jogadores
de Pau da Guarda), duelos de honra por afronta política. Tudo
encenado e representado com o rigor de época, a experiência,
a arte dramática e a comicidade únicas do Vivarte.
Para além da animação teatral, a música, e da boa, será parte imprescindível da Feira. Assegurados estão os “Bombos e as
Adufeiras do Paúl”, Covilhã; o “Grupo de Concertinas e Cantadores ao Desafio do Minho”; os insuperáveis “Fonte da Pipa”,
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de Arzila, Coimbra, e os “FanfarraKaústica”, grupo de metais, o
melhor do género que existe no País, razão que explica a legião
de fãs que os acompanha para os ouvir e aplaudir.
A feira atrai, todos os anos, milhares de visitantes, atraídos
pela certeza de um dia bem passado. A Lage Grande e o Terreiro do Santo, na rudeza milenar dos seus granitos, emprestam
um ambiente rústico genuíno à centena de barraquinhas que
oferecem, para além do prato forte dos enchidos, variedade e
qualidade de artesanato, de licores, de doçaria tradicional, de
queijos e de produtos da agricultura familiar.
A Mostra do Porco Bísaro, os Passeios de Burro (só para
crianças), os palhaços, malabares e saltimbancos, fazem da
Feira do Porco e do Enchido um acontecimento inimitável.
Os amantes das caminhadas podem também inscrever-se no
Passeio Pedestre a realizar dia 8, pelas 8 da manhã.
Foi este evento que criou, para o património da gastronomia nacional, o inimitável “Arroz de Suã”, pitéu que todos os
anos mobiliza um número infindável de apreciadores. Mas não
se esgota naquela iguaria a “ementa”. O “Porco no Espeto com
Arroz de Feijão”; os “Torresmos à Moda de Meruge”, feitos à
fogueira em caçoila de barro, e a “Feijoada à Moda de Nogueirinha” são outras tantas propostas colocadas à disposição do
visitante pelas associações locais, no recinto da Feira.
Para quem preferir um menu menos substancial, mas não
menos tradicional, pode encomendar uma Bôla de Carne, de
Bacalhau ou de Sardinha ou adquirir simplesmente uma Broa
de Milho e aprender a arte de “tender” ali, ao vivo, no recuperado Forno Comunitário ou utilizar as fogueiras e caçoilas de
acesso livre na Feira, para confeccionar a sua própria refeição.
Podem ainda inscrever-se no XI Concurso de Doçaria Tradicional.
Pedra Cancela Selecção do Enólogo
Produzido na região do Dão, o Pedra Cancela Selecção do Enólogo, conquistou a sétima
posição. Da autoria de João Paulo Gouveia, enólogo e professor universitário de viticultura, e
distribuído pela Lusovini, o Pedra Cancela faz parte da lista de 100 marcas que os críticos da
Wine Enthusiast escolheram. “É para a Lusovini muito compensador ver reconhecida pela
crítica mundial um elemento central da sua estratégia: nas diferentes gamas, a percepção
da qualidade do vinho pelo consumidor tem de ser, pelo menos, superior em 50% ao seu
preço na prateleira ou no restaurante”, afirma Casimiro Gomes. “O Pedra Cancela Selecção do Enólogo é um Dão de estilo jovem e moderno, com uma excelente relação
qualidade-preço no seu segmento”.
Com um preço de 11 dólares nos Estados Unidos, e cerca de 4,5 euros em Portugal,
o Pedra Cancela é o segundo vinho português melhor classificado. “Para além do interesse de cada produtor ou distribuidor, é muito significativo para a ‘marca Portugal’
no mundo dos vinhos que, numa lista com a exigência e com a visibilidade do ‘Top
100’ da Wine Enthusiast, quase 10% dos vinhos sejam portugueses”, afirma Casimiro
Gomes. “Actualmente os vinhos produzidos em Portugal são, em qualquer segmento,
melhores e mais competitivos do que alguma vez foram”, conclui.
Lista dos vinhos portugueses incluídos no top 100:
3º Aveleda 2014, Quinta da Aveleda Estate Bottled (Vinho Verde, 90 pontos)
7º Pedra Cancela 2010, Selecção do Enólogo (Dão, 92 pontos)
12º Herdade dos Machados 2012, Morgado da Canita (Alentejano, 90 pontos)
21º Dão Sul 2012, Quinta do Encontro Q do E (Bairrada, 89 pontos)
27º Adega Cooperativa do Cartaxo 2014, Bridão Clássico Branco (Tejo, 87 pontos)
30º Casa Santos Lima 2012, Reserva do Monte (Lisboa, 90 pontos)
40º Herdade de São Miguel 2013, Alicante Bouschet (Alentejano, 91 pontos)
74º DFJ Vinhos 2014 Aluado, Alicante Bouschet (Lisboa, 90 pontos)
81º Quinta de la Rosa 2013, douROSA (Douro, 90 pontos)
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De 20 a 22 de Novembro, com 13 produtores
Melgaço lança primeira
Festa do Espumante Alvarinho
Criar nova oportunidade de promoção
para os produtores de espumante é o objectivo da Câmara de Melgaço que lança
em Novembro, de 20 a 22, um novo certame
dedicado àquela categoria de vinhos, “cada
vez mais procurada”, disse o presidente da
autarquia. Manoel Batista estimou que “os
cerca de 30 produtores de vinhos do concelho
estejam a lançar anualmente no mercado, uma
média anual de 150 mil garrafas de espumantes”.
O autarca socialista disse que “o evento é para
ter continuidade”, depois de em Julho passado, em
parceria com o município vizinho de Monção, ter lançado em Lisboa a primeira edição do ‘Alvarinho Wine
Fest’. “Estimamos que este novo evento atraia a Melgaço vários visitantes, não apenas locais como de
fora da sub-região (Monção/Melgaço). Será precisamente um pretexto acrescido de visita até Melgaço,
numa época do ano em que o calendário de eventos
tem menos oferta. Todos sabemos como o vinho e
a gastronomia são fundamentais para impulsionar a economia local e levar esses novos públicos
a contactar com a oferta cultural e de turismo de
natureza que também podemos proporcionar”,
realçou.
A primeira Festa do Espumante de Melgaço vai decorrer
de 20 a 22 de Novembro, com a presença de 13 produtores de espumantes, três expositores de fumeiro e outros
produtores regionais típicos do concelho, bem como dois
restaurantes que vão apresentar propostas gastronómicas,
harmonizadas com os vinhos.
Segundo os especialistas trata-se “de um vinho de cordão
fino, mousse cremosa, acidez no ponto e grande capacidade
de harmonização gastronómica”, sendo que, “a generalidade dos espumantes é elaborada a partir da casta Alvarinho,
mas também com algumas versões rosado e tinto”.
Além da degustação, a Festa do Espumante de Melgaço,
que se realizar, no Largo Hermenegildo Soalheiro, no centro
histórico do concelho incluirá ainda sessões de showcooking,
“em que chefes de cozinha convidados irão reinterpretar o
receituário com produtos e ingredientes bem identificados
com Melgaço”. Provas comentadas por especialistas e música completam o programa da primeira edição do evento.
Desde 1995 que a Câmara de Melgaço organiza anualmente a Festa do Alvarinho para apoiar os cerca de 600
produtores de uva do concelho a promover aquele produto
endógeno, responsável “por um volume de negócios da cerca de 10 milhões de euros”.
Evento integra o programa das Festas da Cidades
Torres Vedras recebe
Festival do Vinho até 13 de Novembro
Torres Vedras recebe até 13 de Novembro o Festival do Vinho, certame que se iniciou no passado dia 30 de Outubro e
que decorre no Pavilhão Multiusos da Expotorres, integrado no
programa comemorativo das Festas da Cidade. A quarta edição deste evento vínico conta com a participação de 11 produtores de vinho do concelho, num espaço dedicado à mostra
e venda de vinhos, provas, concurso e uma mostra de uvada.
O Festival do Vinho é, também, mais uma forma de celebração do S. Martinho, da vinha e do vinho, num concelho com
tradição no sector. “Com esta iniciativa brindamos ao nosso
bom vinho e enaltecemos a importância socioeconómica que
este tem em Torres Vedras, um dos concelhos com maior tradição vitivinícola do país”, afirma a autarquia, que juntamente
com os produtores locais, promove várias iniciativas em torno
do vinho.
No Pavilhão Multiusos da Expotorres haverá, em permanência, um espaço dedicado à mostra e venda de vinhos, tintos,
brancos e rosés, dinamizado pelos onze produtores presentes,
como a Sociedade Agrícola Quinta da Folgorosa, Lda; Sociedade Vitivinícola do Formigal, Lda; Santos & Santos, Lda; João
Melícias – Unipessoal, Lda; António Francisco Bonifácio & Filhos, Lda; Adega Cooperativa da Carvoeira, CRL; Adega Cooperativa de Dois Portos, CRL; Adega Cooperativa de S. Mame-
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de da Ventosa, CRL; Vinhas do Portuxo, Lda; AVA – Associação
para Valorização Agrária e Adega Mãe – Sociedade Agrícola,
Lda. No evento, haverá um espaço onde cada produtor evidencia as suas referências e dinamiza a sua marca, dando provas e fazendo venda personalizada.
No âmbito deste certame, decorrerá o concurso “O Vinho
Tinto e Branco de Torres Vedras 2015”, organizado pela Câmara de Torres Vedras, com orientação técnica do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) – Unidade
Estratégica de Investigação e Serviços de Biotecnologia e Recursos Genéticos, que premiará a qualidade dos vinhos tintos
e brancos produzidos no concelho. Esta acção, segundo a autarquia, “constitui um incentivo que se materializa em prémio,
passando os vencedores a integrar as ofertas institucionais do
Município em todos os seus eventos do ano de 2016”. Os vencedores serão conhecidos a 14 de Novembro, na Grande Final
do Festival das Vindimas, no Pavilhão Multiusos da Expotorres.
Decorrerá ainda uma mostra de uvada que contará com a
participação de 10 produtores.
O Festival é organizado pela Câmara de Torres Vedras, com
o apoio dos produtores de vinho do concelho, Associação de
Agricultores de Torres Vedras e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária de Dois Portos.
A 14 e 15 de Novembro, no pavilhão Multiusos
Pinhel promove
vinhos e sabores da Beira Interior
Pinhel recebe nos dias 14 e 15 de Novembro a primeira edição do evento Beira Interior – Vinhos e Sabores, que pretende
promover vinhos e produtos da gastronomia tradicional daquela região. O certame, organizado pela Câmara de Pinhel e
pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI),
irá decorrer no Pavilhão Multiusos e contará com a presença
de 27 produtores de vinho e de 20 de produtos regionais (mel,
azeite, queijos, entre outros).
Segundo as entidades promotoras, o programa do evento
pretende reunir em Pinhel “o melhor da Beira Interior com uma
variada panóplia de actividades, nomeadamente salão de vinhos, degustações e provas comentadas, animação musical,
mostra gastronómica regional, ‘workshops’ e ‘show cooking’
com convidados de renome no panorama nacional”.
A iniciativa, que pretende ter “uma dimensão regional e uma
projecção nacional”, permitirá que os visitantes assistam “a reflexões sobre os rumos da região” e provem “o que de melhor”
o vasto território da Beira Interior tem para oferecer.
O presidente da Câmara de Pinhel, Rui Ventura, disse na
apresentação do programa, tratar-se de uma realização que
pretende “projectar os vinhos da região” e fazer com que a sua
qualidade “seja conhecida do público em geral”. Segundo o
autarca, a iniciativa tem “todos os ingredientes” necessários
para que “seja um sucesso”.
Por sua vez João Carvalho, presidente da CVRBI, disse que
um certame desta natureza “já fazia falta” na região. Referiu
que a cidade de Pinhel tem todas as condições para acolher a
iniciativa, uma vez que a CVRBI tem um total de 16 mil hectares
de vinha e “cerca de 25% estão na região de Pinhel”. “É a região com maior volume de vinhas em toda a Beira Interior. É por
excelência que se deve fazer este certame aqui”, acrescentou.
O dirigente lembrou ainda que o sector do vinho cresceu na
região nos últimos 15 anos, passando de oito produtores (quatro particulares e quatro adegas) para mais de meia centena.
Um dos pontos altos do evento Beira Interior – Vinhos e Sabores será o seminário “Vinhos da Beira Interior, Rumos e Desafios”, a realizar a partir das 9 horas do dia 14 de Novembro.
Durante o seminário serão proferidas intervenções como “A
Beira Interior no panorama vitivinícola português” (Anselmo
Mendes), “Vinhos biológicos, um caminho para a Beira Interior?” (Frederico Gomes), “Adegas Cooperativas. ‘Gigantes’
adormecidos? (Nuno Galvão) e “Beira Interior, a grande região
vitícola portuguesa injustamente subvalorizada” (Malfeito Ferreira).
A CVRBI abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo,
Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo
Branco.
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Potencial do certame acompanha crescimento do investimento nos Açores
Wine in Azores 2015 teve mais expositores
e bateu o record de visitantes
A edição 2015 do Wine in Azores, que este ano decorreu no Parque de
Exposições de São Miguel, em Santana, no concelho da Ribeira Grande,
teve mais de 13 mil visitantes, ultrapassando a fasquia de 12.500 visitantes estimada pela organização. O balanço “foi bastante positivo”, afirmou
o director do certame, Joaquim Costa, recordando que só no primeiro dia
o número de ingressos duplicou face à edição anterior.
A feira de vinhos açoriana tem um potencial de crescimento ainda
por explorar, face ao que se passa em feiras congéneres, “mas para isso
acontecer o mercado local também tem que se desenvolver. Há mais investimento nos Açores e a feira deve acompanhar esse aumento da economia do arquipélago”, afirmou Joaquim Costa.
Para o responsável do maior evento do género nos Açores, “o objectivo
é alargar ainda mais esta montra vínica portuguesa, sobretudo no mercado internacional, embora em termos de presenças devemos confinar-nos ao nosso mercado, porque o que é português é bom”.
Joaquim Costa lembrou que o evento começou com 22 produtores e
nesta edição contou com 120 expositores nacionais de vinho. Aquele responsável justificou a mudança do Pavilhão do Mar para Santana, dado
que em 2014 “foi necessário limitar o número de visitantes para 10 mil,
através do valor dos ingressos, depois de em 2013, ao serem atingidas as
12.500 entradas, se terem levantado questões logísticas no espaço em
que o evento tinha lugar e que se revelou insuficiente face à procura”.
O “Wine in Azores” 2015 contou com a presença de 12 Chefs, incluindo três estrelas Michelin, que deliciaram os presentes com sessões de
showcooking. Leonel Pereira, Pedro Lemos e Ricardo Costa, os “Michelin”, mostraram a sua arte com produtos açorianos, assim como António
Alexandre, André Magalhães, Diogo Rocha, Francisco Gomes, Nuno Dinis,
Paulo Matos, Tiago Santos e Dalila e Renato Cunha.
Nas Tascas Gourmet os visitantes provaram pratos confeccionados
por chefes regionais e nacionais, com os melhores produtos dos Açores,
como a carne e o peixe, conhecidos pelo sua qualidade e frescura de excelência.
A edição 2016 está em marcha, “acompanhando o facto de os Açores
estar na moda. São as low cost, os novos investimentos em bares e restaurantes e a aposta na economia regional nível vínico e gastronómico,
precisamente a base do Wine in Azores”, remata Joaquim Costa.
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Gala decorreu na Pousada de Viseu
CVR Dão premiou
os ‘Melhores Vinhos do Dão’ 2015
A Pousada de Viseu foi o palco de mais uma gala anual de en- Quinta da Regada, pertencente à Madre D’Água, em Gouveia.
trega de prémios aos vencedores dos concursos ‘Os Melhores
Entre os diversos convidados da gala esteve presente o SeVinhos do Dão Engarrafados’ e ‘As Melhores Vinhas do Dão’, or- cretário de Estado da Agricultura, que se mostrou entusiasganizada pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão.
mado com a evolução que o Dão tem vindo a ter nos últimos
Intercalados por momentos musicais protagonizados pela anos. “O Dão tem um grande potencial de crescimento e isso
banda ‘Notas de Prova - Quintet Jazz’, foram entregues os pré- verifica-se pelo aumento das exportações, nomeadamente na
mios às melhores vinhas, assim como as medalhas de Prata e Europa” afirmou José Diogo Albuquerque. O governante diz que
Ouro nas diversas categorias (Brancos, Tintos, Rosados, Espu- “o modelo para o sucesso do vinho desta região está traçado e
mantes Naturais e Vinhos de Casta).
para isso muito tem contribuído o empenho dos produtores e o
Foram também anunciados os três prémios prestígio deste acompanhamento da CVR Dão”.
ano: os vinhos Condessa de Santar branco 2012; Vinha do ConPor sua vez o presidente da CVR do Dão mostrou-se orgulhotador tinto 2009 e Villa Oliveira
tinto
2010.
Quanto
à
‘Melhor
Viso
da sua região salientando que que “finalmente o Dão tem o
VI CONCURSO "OS MELHORES VINHOS ENGARRAFADOS DO DÃO" - 2015
nha do Dão’, mais uma vez a medalha de Ouro foi para a parcela reconhecimento que merece”, afirmou Arlindo Cunha.
LISTA DE PREMIADOS
PRÉMIO PRESTÍGIO
EMPRESA /AGENTE ECONOMICO
MARCA COMERCIAL
SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A.
CONDESSA DE SANTAR
PAÇO DE SANTAR - VINHOS DO DÃO, S.A.
VINHA DO CONTADOR
O ABRIGO DA PASSARELA, LDA
VILLA OLIVEIRA
CATEGORIA
BRANCO
2012
I
TINTO
2009
II
TINTO - TOURIGA-NACIONAL
2010
IV
TINTO
2012
II
II
MEDALHA DE OURO - VINHOS TINTOS
EMPRESA /AGENTE ECONOMICO
MARCA COMERCIAL
CATEGORIA
ALAMEDA DE SANTAR, LDA
QUINTA DA ALAMEDA
DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA
FOUR C
TINTO
2011
QUINTA DOS MONTEIRINHOS, LDA
QUINTA DOS MONTEIRINHOS
TINTO
2011
II
CHÃO DE SÃO FRANCISCO - SOC. DE VITICULTURA E TURISMO, LDA
CHAO DA QUINTA
TINTO - TOURIGA-NACIONAL
2012
IV
SOCIEDADE AGRÍCOLA BOAS QUINTAS, LDA
QUINTA DA FONTE DO OURO
TINTO - TOURIGA-NACIONAL
2012
IV
UDACA - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DO DÃO, UCRL
TESURO DA SÉ
TINTO
2011
II
ADEGA COOPERATIVA DE MANGUALDE, CRL
CASTELO DE AZURARA
TINTO - ARAGONÊS
2012
IV
QUINTA DO PERDIGÃO - SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA
QUINTA DO PERDIGÃO
TINTO - TOURIGA-NACIONAL
2009
IV
O ABRIGO DA PASSARELA, LDA
CASA DA PASSARELA
TINTO - ALFROCHEIRO
2011
IV
CM WINES - SOCIEDADE VINÍCOLA, LDA
ALLGO
TINTO
2012
II
TINTO
2011
II
MARIA DE LOURDES MENDES OLIVA NUNES ALBUQUERQUE OSÓRIO QUINTA DA PONTE PEDRINHA
RESERVA ESPECIAL
RESERVA
ADEGA COOPERATIVA DE PENALVA DO CASTELO, CRL
PENALVA 50
TINTO - TOURIGA-NACIONAL
2008
IV
DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA
CABRIZ
TINTO - TOURIGA-NACIONAL
2010
IV
TINTO
2011
II
MEDALHA DE PRATA - VINHOS TINTOS
EMPRESA /AGENTE ECONOMICO
MARCA COMERCIAL
CATEGORIA
MAGNUM - CARLOS LUCAS VINHOS, LDA
RIBEIRO SANTO VINHA DA NEVE
MAGNUM - CARLOS LUCAS VINHOS, LDA
RIBEIRO SANTO
RESERVA
TINTO
2012
II
QUINTA DO SOBRAL - ENG. ECOM. DE VINHOS, LDA
QUINTA DO SOBRAL
RESERVA
TINTO
2012
II
UDACA - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DO DÃO, UCRL
INVULGAR
TINTO
2010
II
UDACA - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DO DÃO, UCRL
ADRO DA SÉ
TINTO
2012
II
JAIME DE ALMEIDA BARROS, LDA
QUINTA DAS CAMÉLIAS
TINTO - TOURIGA-NACIONAL
2010
IV
CM WINES - SOCIEDADE VINÍCOLA, LDA
ALLGO
ROSADO
2014
III
EMPREENDIMENTOS TURISTICOS MONTE BELO, S.T.R, SA.
CASA DA ÍNSUA
ROSADO
2014
III
RESERVA
MEDALHA DE PRATA - VINHOS ROSADOS
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Acções decorreram em vários operadores da região
Fiscalização revelou ausência de risco
nos enchidos transmontanos
O Ministério da Economia revelou que as acções de fiscalização e investigação a vários operadores transmontanos revelaram a ausência de risco no consumo de enchidos regionais.
O gabinete do ministro Pires de Lima resumiu, em comunicado, o resultado das acções realizadas pela Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Direcção Geral
do Consumidor (DGC) e a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), na sequência do botulismo alimentar associado ao consumo de alheiras de uma marca comercial de uma
empresa de Bragança.
“Resultou das respectivas acções de inspecção e fiscalização, em estreita colaboração com os operadores económicos,
a garantia da qualidade e segurança dos produtos tradicionais
produzidos na região de Trás-os-Montes, cujo consumo não
representa qualquer risco”, lê-se no comunicado.
O Governo indica que a ASAE desencadeou acções de fiscalização e de investigação, avaliando a rastreabilidade, no circuito comercial, dos vários operadores económicos da região.
As três entidades envolvidas neste processo esclarecem ainda
que os cinco casos de botulismo, uma intoxicação que pode
ser fatal, “estão circunscritos a produtos de uma só marca -“Origem Transmontana”- de um único operador económico”.
O Governo lembra que a ASAE assegurou que o operador económico procedeu à retirada imediata do mercado dos respectivos produtos.
Nos últimos dois dias Governo e autoridades nacionais têm
tomado posições públicas de apoio à alheira e ao fumeiro
transmontano, depois de a produção ter sido afectada, com
quebras nas vendas, na sequência
dos casos de botulismo.
Os secre-
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tários de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira Brito, e o adjunto da Saúde, Fernando Leal
da Costa, participaram, em Vinhais, numa sessão pública de
prova de fumeiro regional, na abertura da Rural Castanea, a
Feira da Castanha.
Por sua vez o director-geral da Saúde, Francisco George, foi
a Mirandela degustar alheira num almoço com os autarcas da
região e assegurou, enquanto autoridade da Saúde, que o risco de consumir estes produtos “é zero” e que a situação está
controlada.
A polémica dos casos de botulismo, desencadeada em Setembro, provocou reduções na ordem dos “70 por cento” nas
encomendas de Alheira de Mirandela e os produtos temem que
o impacto se prolongue para a época alta do fumeiro que se
aproxima e que é o inverno.
Comunidade Intermunicipal manifesta confiança no fumeiro
da região
Entretanto, o Conselho Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes manifestou confiança nos produtos de fumeiro regional, após uma reunião que juntou os nove autarcas que integram aquele organismo em Mogadouro.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes manifestou, por outro lado, o seu desagrado pela “facilidade” com que se procede ao registo de marcas comerciais com
recurso a designação do território, permitindo a sua utilização,
por vezes de forma “negligente”.
O botulismo alimentar é uma doença grave de
evolução aguda e é desde 1999 de
declaração obrigatória em
Portugal, tendo-se registado até 2013
menos de uma
centena de
casos.
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23
Revelou o presidente da Câmara de Vinhais
Rural Castânea pode “evoluir
para feira agrícola”
Encontro em Vinhais reuniu 90 especialistas
Micólogos alertam
para o potencial por explorar dos cogumelos
Micólogos portugueses e espanhóis reuniram-se em Vinhais, no Nordeste Transmontano, num encontro ibérico que
lançou um alerta para o potencial por explorar da variedade de
milhares de espécies de cogumelos existentes na região.
Da alimentação, à ornamentação, medicina ou tinturaria,
há uma fileira por explorar, como afirmou Francisco Xavier, um
dos micólogos mais conhecidos de Trás-os-Montes e membro
do Grupo Micolóxico Galego, que organizou o encontro ibérico,
em parceria com entidades locais.
Tratou-se de um encontro científico bienal que juntou 90
especialistas em saídas de campo e recolha de cogumelos
seguidas de estudo e identificação para posterior publicação,
além de seminários e degustação.
O trabalho destes micólogos já permitiu identificar “milhares
de variedades de cogumelos” na chamada zona de influência
climática do Atlântico, que abrange os dois lados da fronteira norte e que é considera das mais importantes da Península
Ibérica, em termos micológicos.
“Nós só podemos cuidar, preservar, aproveitar se soubermos aquilo que temos e onde temos”, realçou Francisco Xavier,
indicando que do que já se conhece e está devidamente registado “existe um grande potencial”, mas, sobretudo, do lado
português, ainda não se avançou para a fase de aproveitar as
possibilidades existentes.
Estima-se, segundo o micólogo, que na zona Norte de Portugal se movimente perto de um milhão de euros anualmente
com os cogumelos, porém “num mercado negro, com muito
pouca transparência, muito clandestino”.
As florestas são esventradas por pessoas à procura de cogumelos silvestres que se limitam a vender a intermediários
espanhóis” “Há 15 anos que me bato pela valorização deste
património silvestre que pode ser aproveitado em benefício
das populações”, enfatizou, defendendo que falta iniciativa do
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Estado e privada também.
O micólogo realçou que “Portugal é o único país que não tem
legislação para regulação da apanha”, apesar de há quase uma
década, em 2006, ter feito parte de um grupo de trabalho, que
incluiu o Ministério da Agricultura, e que elaborou um esboço
de decreto-lei para regulamentar a apanha”. “Ficou pronto
quase para publicação e não sei onde para”, afirmou.
As associações como o Grupo Micolóxico Galego “facultam
informação gratuita” sobre o potencial que existe e como pode
ser aproveitado, porém não têm, seguindo disse, procura por
parte de privados para projectos empresariais.
Francisco Xavier garantiu que oportunidades de negócio
não faltam entre os milhares de espécies existentes neste território. Além das espécies para alimentação tradicional, “está-se a descobrir que há cogumelos com propriedades medicinais do novo conceito de alimento nutricêntrico”, uma espécie
de suplemento alimentar. O Instituto Politécnico de Bragança
está a desenvolver investigação nesta área, da qual deu conta
do processo no encontro ibérico de Vinhais.
A tinturaria micológica poderá ser outra frente da fileira de
negócio, recuperando uma prática ancestral em que os cogumelos eram utilizados para tintos, que não são contaminantes
para o meio ambiente. A ornamentação e decoração são outras propostas apontadas.
Os estudiosos têm a expectativa de novas descobertas em
Vinhais, considerada uma “das zonas mais ricas” de Trás-os-Montes em cogumelos, e onde existe um Centro Micológico
que dá conta da biodiversidade conhecida.
O encontro esgotou a capacidade hoteleira de Vinhais, nomeadamente as 110 camas disponíveis no Parque Biológico,
como adiantou Carla Alves, directora deste espaço que é uma
réplica da fauna e flora do Parque Natural de Montesinho, que
abrange este concelho e o de Bragança.
Concluída mais uma edição da Rural Castânea - Festa da
Castanha, é tempo de pensar no futuro do certame de Vinhais,
que pode transformar-se “numa feira agrícola mais abrangente”, revelou o presidente desta autarquia do nordeste transmontano.
Para Armindo Pereira, “esta é uma feira de Outono, enquanto
a Feira do Fumeiro é mais temática, mas esta, pelo ponto de
vista dos produtos que estão expostos, penso que justificaria
que avançasse para uma feira agrícola”, adiantou o autarca,
acrescentando que este ano a disposição do evento já foi a
pensar nesse passo. “Já ensaiámos com mais um pavilhão, dedicado à castanha, à floresta, ao mel e com uma exposição de
animais”, referiu Armindo Pereira, adiantando que “o caminho
será transformar esta feira numa verdadeira feira agrícola, já
no próximo ano”, revelou o autarca.
No que toca à edição deste ano, para além do aumento de
visitantes, espelhados na opinião dos expositores, de que “a
feira correu melhor do que em anos anteriores”, o certame
contou este ano com várias
novidades, caminhando no
sentido daquilo que a Câmara
de Vinhais, a entidade promotora,
pretende para oi futuro do evento.
Para além da castanha, que foi, naturalmente, a rainha da Festa, num pavilhão dedicado à produção da castanha, os produtores, pela primeira
vez, tiveram oportunidade de esclarecer as suas dúvidas sobre
a cultura do castanheiro. “Haver um espaço específico dedicado ao castanheiro, ao conhecimento, à inovação e à investigação, é sempre um espaço atraente”, afirmou presidente da
Arborea, Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria
Transmontana, uma das entidades envolvidas na organização
do certame faz um balanço positivo da utilização do pavilhão.
“Cada vez mais as pessoas querem ir a estas feiras e encontrar
lá alguém que possa dar informação sobre estas questões”, referiu Abel Pereira.
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Em marcha a criação de uma Organização de Produtores
Evento contou com elevada participação
Armamar deverá produzir este ano
cerca de 70 mil toneladas de maçã
Míscaro foi rei num Certame Gastronómico
em Aguiar da Beira
O concelho de Armamar deverá produzir este ano cerca de 70 mil toneladas de maçã, numa altura em que está
em marcha a criação de uma Organização de Produtores. No rescaldo de mais uma edição da Festa da Maçã,
certame que reafirmou a importância da fruticultura no
concelho, a questão do frio é prioritária, pois neste momento no concelho só há capacidade para armazenar,
com frio, menos de metade da produção de maçã.
A Câmara de Armamar, entidade promotora da iniciativa, faz um balanço” muito positivo” da Feira da Maçã, que
reuniu agentes económicos, sociais e culturais do município e contou com a visita de milhares de pessoas. No
certame, para além da maçã, havia também expositores
de vinhos do Douro, Porto e Távora Varosa, cogumelos,
um sector em franca expansão e com procura no mercado, entre outros. A indústria transformadora ligada ao
fumeiro e aos enchidos também esteve bem representada e a mostrar qualidade e inovação.
O presidente da Câmara de Armamar, à Gazeta Rural,
destacou “o ano fabuloso” de produção de maçã, que já
chega a mercados tão díspares como a Inglaterra, Brasil
ou Sudão. João Paulo Fonseca diz que a criação de uma
Organização de Produtores no concelho “irá ajudar a
minimizar” o problema do armazenamento com frio, que
neste momento não chega para metade da produção
estimada para este ano.
Gazeta Rural (GR): Esta é uma mostra do melhor que
Armamar produz?
João Paulo Fonseca (JPF): Sim. Temos um ano fabuloso
de produção de maçã, quer em quantidade quer em qualidade.
Portanto, este evento é uma grande mostra de maçã, um produto de excelência que Armamar produz. É claro que a maçã
‘baptiza’ o evento, mas nesta mostra estiveram representadas
todas as actividades económicas do concelho, a maior parte
ligadas ao sector primário.
GR: Satisfeito com a edição deste ano?
JPF: Bastante satisfeito, porque o número de expositores
aumentou exponencialmente em relação ao ano anterior, o
que se revela o interesse por este certame e isso deixa-nos satisfeitos. Percebemos, também, que Armamar tem um mercado atractivo para outras actividades.
GR: Está em marcha a criação de uma Organização
de Produtores. Uma das questões levantadas é a necessidade de frio, que neste momento é insuficiente?
JPF: Resolve parte do problema em duas vertentes. Em primeiro lugar por já há alguns anos detectamos que em Armamar
havia falta de organização dos nossos produtores e num mercado cada vez mais apertado, cada um por si torna as coisas
mais difíceis. Depois temos, efectivamente, a questão do frio.
Armamar deverá produzir este ano cerca de 70 mil toneladas
de maçã, mas frio de qualidade teremos para menos de metade. Portanto, precisamos de investimentos nesta área para
valorizar mais o produto, para que os nossos produtores não
tenham que o comercializar ainda na árvore ou a seguir à apanha.
GR: A exportação é um dos aspectos relevantes. Há
quem esteja a exportar para o Brasil e para o Sudão?
JPF: Isso mostra que temos um produto de excelência e
depois porque há mercados apetecíveis para exportar, como
o Brasil e, mesmo, para Inglaterra, que consome maçã de calibres mais baixos, com grande sucesso, no âmbito da alimentação escolar. Na cultura inglesa uma criança dos 8 aos 11 anos
não come uma maçã calibre 65/75, mas uma mais pequena.
Num mundo global temos que nos adaptar, produzir bem e
procurar novos mercados para valorizar o produto.
O pavilhão Municipal de Aguiar da Beira recebeu a segunda
edição do Certame Gastronómico do Míscaro, evento promovido pela autarquia local e que pretende aproveitar um dos
produtos naturais muito procurado nesta época do ano.
Alguns milhares de pessoas passaram pelo no concelho durante o fim-de-semana, a grande maioria porque pretendeu
degustar alguns pratos que têm como ingrediente o míscaro,
mas também aqueles que, para consumo próprio ou para negócio, demandam as florestas do concelho.
“Este evento existe porque o actual executivo da Câmara
tem vindo a apostar fortemente na marca ‘Aguiar da Beira’ em
muitas áreas da nossa economia, com particular realce para os
produtos endógenos característicos deste concelho”, afirmou
Joaquim Bonifácio. O autarca diz que o míscaro “é um produto
endógeno e abundante no concelho de Aguiar da Beira”, para
além de que “a sua qualidade impar proporciona a todos que
nos visitam, não só apanhá-los, mas especialmente degustá-los nos mais variados restaurantes”.
Para Joaquim Bonifácio, este produto “é importantíssimo
para a economia do concelho, facto demonstrado pelo factos
das unidades hoteleiras do concelho terem esgotado”, para
além de que “as pessoas aproveitaram para, também, visitar e
conhecer este concelho do interior”.
Na inauguração do certame estiveram presentes, para além
de autarcas da região, Adelina Martins, directora Regional de
Agricultura do Centro; Pedro Machado, da Entidade de Turismo
do Centro. A ocasião foi aproveitada para a apresentação do
projecto “Sabor a Cogumelo”, uma iniciativa de dois alunos da
Escola de Aguiar da Beira, no âmbito do Concurso Municipal de
Ideias de Negócios.
Autarquia disponibiliza posto de atendimento no gabinete de apoio ao agricultor
Câmara de Aguiar da Beira
e Associação de Apicultores assinaram protocolo
Com o objectivo de apoiar, de forma efectiva, os produtores
de mel do concelho, a Câmara de Aguiar da Beira e Associação
de Apicultores da Beira Alta (AABA) assinaram protocolo, que
contou com a presença do autarca local, bem como do presidente da AABA.
“Este protocolo é importante porque em Aguiar da Beira
já existem muitos apicultores e há jovens que nos procuram
para desenvolver essa actividade”, afirmou Joaquim Bonifácio,
adiantando que, no âmbito do mesmo, a autarquia disponibilizará no gabinete de apoio ao agricultor um posto de atendimento para ajudar na resolução dos problemas dos apicultores, bem como das possíveis candidaturas que se possam vir
fazer”, afirmou o autarca de Aguiar da Beira.
Por sua vez, o presidente da AABA destacou a importância
do protocolo, que considera “fundamental” para o desenvolvimento da apicultura no concelho que tem vindo a crescer e
conta nesta altura com 34 apicultores.
António Ferreira afirmou, ainda, que 2015 “foi dos piores
anos” para a produção de mel, estimando uma quebra de cerca
de 50% na região. A AABA representa mais de quatro centenas
de apicultores, com uma produção de mel na ordem das dez mil
toneladas e com tendência para crescer.
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Evento atraiu milhares de pessoas a Sernacelhe
Festa da Castanha foi a melhor de sempre
Segundo presidente da direcção, Casimiro Alves
Milhares de pessoas passaram pelo pavilhão multiusos de
Sernancelhe na XXIII Feira da Castanha, naquela que o município, no balanço ao certame, considerou “a melhor edição
de sempre”. O evento, que contou com expositores de outros
produtos do concelho, como maçã, os enchidos, queijos e fumeiro, mostrou a importância económica da castanha para as
gentes de Sernancelhe, mas também a balança nacional sente
os efeitos positivos do valor crescente deste fruto e do aumento da procura registada a cada ano.
A inauguração do certame contou com a presença do Secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, além de
vários autarcas do Douro Sul. Na ocasião, o presidente da Câmara de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, recordou os 23
anos de Festa da Castanha, elogiou as empresas do sector,
os produtores, as associações, as juntas de freguesia e todos
quantos contribuem com o seu trabalho para que Sernancelhe
seja hoje conhecido como a Terra da Castanha. Por seu turno,
o José Cesário evidenciou os concelhos que têm a capacidade
de dar valor aos produtos da terra e que têm a capacidade para
os transformar em imagens de marca.
Campanha da castanha deixa os produtores satisfeitos
A produção de castanha em Sernancelhe está a ser melhor,
em quantidade e qualidade, do que em 2014, afirmam produtores deste concelho do norte do distrito de Viseu. “Este ano
a castanha é boa, há qualidade e quantidade”, frisou José Augusto, que tem cerca de 50 hectares de terreno com castanheiros. A meio da campanha deste ano, o produtor já tinha
colhido “entre sete e oito toneladas” e prevê que a quantidade
Cooperativa de Felgueiras prevê aumento
de 30 por cento na produção de kiwis
mento, estão a ser reforçados. No conjunto do país há cerca de
600 produtores daquele fruto, concentrados sobretudo no Vale
do Sousa e Oliveira do Bairro.
A cooperativa está também a apostar na produção de espargos, tendo recebido várias toneladas que foram escoadas para
o mercado nacional e para Espanha. “Estamos a incentivar os
produtores a plantar espargos, porque têm um bom escoamento”, salientou Casimiro Alves.
Além da liderança na produção nacional de kiwis, a Cooperativa de Felgueiras é também a maior da região do Tâmega e
Sousa e uma das maiores do país na produção de vinho verde,
recebendo uvas de vinicultores associados de vários municípios,
nomeadamente Felgueiras, Lousada, Amarante, Vizela, Celorico
de Basto, Marco de Canaveses e Castelo de Paiva, entre outros.
Este ano, a instituição quase duplicou a quantidade de uvas recebidas na campanha de vindimas, face a 2014.
duplique até ao final. “No ano passado apanhei metade e mais
ruim. Este ano é de boa qualidade, pouco bichosa. E o sabor é
sempre melhor quando não é bichosa”, explicou.
Também Daniel Azevedo está satisfeito com a forma como
tem estado a decorrer a colheita da castanha nos seus cerca
de 20 hectares de soutos. “A produção este ano é muito melhor do que no ano passado. Não é dos melhores anos, mas é
um bom ano”, realçou, acrescentando que a castanha da campanha actual, “além de ter menos bicho, é mais doce e mais
saborosa do que a do ano passado”.
Preço rondou os 20 euros o quilo
IX Feira do Míscaro de Sátão
recebeu milhares de visitantes
Milhares de pessoas passaram pela Feira do Míscaro,
em Sátão, evento que já é uma marca deste concelho. A
Capital do Míscaro acolheu turistas, visitantes, especialistas na degustação de míscaros, artesãos, vendedores
e compradores de míscaros que fizeram com que este
certame fosse mais uma vez um sucesso.
No evento participaram noventa vendedores de míscaros e de artesanato típico. A meio da manhã, e apesar
do preço rondar os 20 euros o quilo, já muitos expositores tinham esgotado o stock, o que mostra a qualidade
do míscaro produzido neste concelho.
O evento contou com várias actividades, como prova
de míscaros, de pão e vinho do Dão, o tradicional magusto de S. Martinho, actuação de Quim Barreiros e do
Grupo de Concertinas de S. Miguel de Vila Boa.
Sátão, a Capital do Míscaro, continua a oferecer aos
satenses e visitantes um certame já com tradição, onde
o míscaro e uma vasta oferta cultural e gastronómica
proclamaram a “Arte de Bem Receber” das gentes de
Sátão.
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A Cooperativa Agrícola de Felgueiras prevê que a produção de
kiwis no concelho aumente este ano cerca de 30 por cento face
a 2014, avançou o presidente da direcção, Casimiro Alves.
“Vamos ter mais produção, embora com kiwis de calibre mais
pequeno”, precisou. O acréscimo corresponde a uma produção
de cerca de 900 toneladas, mais 300 do que no ano passado.
A tendência, esclareceu ainda o dirigente, deve-se ao maior
número de associados e a novos pomares que este ano serão
contabilizados. A campanha dos kiwis vai arrancar na primeira
semana de Novembro, no concelho que, segundo números do
sector, lidera a produção nacional daquele fruto.
O representante da instituição adiantou que está tudo preparado para receber a colheita de 2015. “Adquirimos 1.300 caixas
para os kiwis, num investimento de cerca de 100.000 euros”,
assinalou, frisando haver cada vez mais produtores e área de
exploração.
Cerca de 80 por cento da produção de kiwis da Cooperativa
de Felgueiras destina-se à exportação, com o mercado espanhol a ser o maior cliente. Só em Felgueiras, concelho que tem
a maior área de produção do país, no próximo ano entrarão em
produção várias explorações, a maioria de jovens agricultores,
duplicando a produção actual.
Também os equipamentos de frio, destinados a armazena-
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Instalada na Incubadora de Empresas de Base Rural
Empresa vai produzir sementes
em Idanha-a-Nova
A Incubadora de Empresas de Base Rural (IBR), em
Idanha-a-Nova, conta com três novos promotores de
projectos na área dos mirtilos, do olival e das sementes
– todos em modo de produção biológico.
Na cerimónia de assinatura dos contratos, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, destacou o facto destes projectos produzirem com
“qualificação, certificação e em modo biológico”, indo
ao encontro “daquela que tem sido a estratégia para o
concelho”.
A empresa Living Seeds - Sementes Vivas SA vai desenvolver um projecto que inclui produção, investigação
e multiplicação de sementes, em modo biológico e biodinâmico, a partir de variedades tradicionais portuguesas. O projecto perspectiva um investimento de cerca de
cinco milhões de euros, ao longo dos próximos 15 anos,
e estima para o mesmo prazo a criação de 30 empregos
qualificados directos em Idanha-a-Nova, vários postos
de trabalho indirectos e o estabelecimento de uma rede
de parcerias com múltiplos produtores.
A Câmara de Idanha-a-Nova, através da IBR, contratualizou com a empresa 25 hectares de terra produtiva
na Herdade do Couto da Várzea. Legumes e hortícolas,
ervas aromáticas e medicinais, pseudocereais (como o
amaranto, trigo-sarraceno e quinoa) são algumas das
produções em fresco e de semente previstas, com vista
aos mercados de Portugal, Espanha e outros países do
sul da Europa.
A Living Seeds pretende agregar vários produtores em
todo o país e envolve colaboradores alemães, portugueses, belgas, holandeses e de outras nacionalidades,
que irão trabalhar a partir de Idanha-a-Nova. A empresa
é membro da Associação Biodinâmica de Portugal, da
Associação Portuguesa de Agricultura Biológica e tem o
apoio do INIAV, colaborando ainda com as escolas superiores agrárias de Coimbra, Ponte de Lima e Castelo
Branco.
Ainda na mesma ocasião foram assinados contratos
com dois outros jovens promotores, igualmente para
instalação na Herdade do Couto da Várzea. Carina Veloso irá produzir mirtilos em modo de produção biológico, numa exploração com 2,5 hectares, enquanto Rui
Tavares irá desenvolver 27 hectares de olival em modo
biológico.
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Reuniu 33 investigadores de 12 países
Estudo avalia resposta da floresta
para a mitigação do efeito estufa
Um estudo internacional sem precedentes, publicado na revista
“Nature Plants”, do conceituado Grupo “Nature”, avaliou o mecanismo de formação e crescimento dos anéis das árvores e a sua
dinâmica de aquisição do carbono, contribuindo para entender
melhor o ciclo global do carbono e o fenómeno das alterações
climáticas.
Este estudo reuniu 33 investigadores de 12 países (Alemanha,
Áustria, Canadá, China, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França,
Portugal, República Checa, Rússia e Suíça). A equipa portuguesa
é constituída por três investigadores do Centro de Ecologia Funcional (CEF) da Universidade de Coimbra (UC).
Considerando que a formação e desenvolvimento dos anéis
das árvores interferem no processo de aquisição e acumulação
de carbono, os investigadores estudaram, ao longo de três anos,
o mecanismo de formação dos anéis em florestas de climas distintos.
Além de contribuir para a “compreensão do ciclo global do carbono”, que tem sofrido profundas mudanças ao longo do tempo,
este estudo pode “permitir estimar a quantidade de carbono sequestrado anualmente pelas florestas, ou seja, avaliar o contributo das árvores no controlo do dióxido de carbono (CO2). As
florestas são grandes reservatórios de CO2 a longo prazo, mas a
dinâmica deste processo é ainda pouco entendida”, observa Cristina Nabais, coordenadora da equipa portuguesa.
Os anéis das árvores “fornecem importantes sinais climáticos
e, por isso, se entendermos toda a mecânica envolvida na sua
formação e crescimento, bem como os impactos que essa mecânica tem na acumulação de carbono, temos pistas para prever
respostas futuras das florestas no complexo problema das alterações climáticas”, salienta Filipe Campelo, outro dos investigadores envolvidos na pesquisa.
O estudo demonstrou que a formação dos anéis é altamente
sensível ao fotoperíodo (horas de exposição à luz), sendo o processo de acumulação do carbono nos anéis mais sensível à temperatura, e que a dinâmica de acumulação do carbono é muito
diferente entre as florestas do Mediterrâneo e as florestas temperadas do Norte da Europa, um dado importante para perceber o
contributo relativo destas florestas para o ciclo do carbono.
Defende investigadora do Instituto Superior de Agronomia
Eucalipto pode ser usado em produtos de madeira
ou na área farmacêutica
Portugal utiliza essencialmente o eucalipto para produção
de pasta de papel, mas uma investigadora do Instituto Superior
de Agronomia defendeu a aposta em outros aproveitamentos,
como o fabrico de produtos de madeira ou outros com utilidade farmacêutica.
“Temos praticamente só uma espécie de eucalipto, o ‘eucalyptus globulus’, e também praticamente só uma utilização,
a produção de pasta de papel, que é óptima, a qualidade desta
espécie é adequada a este produto, mas de facto a diversidade
é pequena”, disse Helena Pereira. A coordenadora do Centro
de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia (ISA)
realçou a possibilidade de “ir para produtos do tipo mais químico, ou seja, extrair compostos químicos com potencial bioactividade, por exemplo, antioxidantes ou produtos com utilidades
farmacêuticas e extrair esses compostos não só da madeira
mas, por exemplo, também da casca”.
Uma outra utilização apontada pela especialista é a energética, através da produção de biomassa. Este é um conceito de
aproveitamento integral do recurso, neste caso do eucalipto,
que se dividem em várias espécies, evitando desperdícios.
Helena Pereira falava durante um seminário sobre “Eucalipto - Produção e Ambiente”, que decorreu em Lisboa, iniciativa
integrada no ciclo “Da Investigação à Aplicação”, com o objectivo de apresentar o trabalho do Centro de Estudos Flores32
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tais não só para conhecer melhorar as espécies florestais, mas
também para encontrar formas de aproveitar as suas características. “Podemos ter, por exemplo, a utilização para produtos
de madeira sólida, produtos de madeira, que em Portugal e na
Europa não utilizamos, mas que em outros países já são utilizados”, a partir de eucaliptos, explicou.
Questionada acerca da sanidade das espécies florestais, a
investigadora referiu que a área “das doenças, das pragas é
sempre um pano de fundo preocupante” já que ao afectar os
eucaliptos, por exemplo, “têm como consequência a morte das
árvores e a redução da oferta de madeira”.
Em Portugal, segundo a professora do ISA, o norte litoral e
o centro litoral, até ao Algarve, são as áreas com mais aptidão
para o eucalipto, uma espécie que “não se dá bem” em zonas
de montanha, onde haja frio e geadas, ou em zonas com muita
baixa precipitação e solos muito pobres, como aqueles existentes no interior do país. Actualmente, o eucalipto é a espécie que ocupa maior área na floresta portuguesa, com 812 mil
hectares, ou 25,8% do total, e o principal recurso industrial,
a que são afectados 7,7 milhões de metros cúbicos de árvore sem casca, ou seja, 92% da madeira consumida para pasta
de papel, segundo números do Centro de Estudos Florestais.
Cerca de 94% do total da indústria papeleira baseia-se no eucalipto, acrescentou.
Breves
Macieira recebe XVII edição da Festa da Castanha e do Mel
Decorre no fim-de-semana de 7 e 8 de Novembro a XVII edição
da Festa da Castanha e do Mel, em Macieira, freguesia de Sul. Este
evento, com grande tradição no concelho de S. Pedro do Sul, irá
contar com diversos expositores, assumindo lugar de destaque a
castanha e o mel, além do artesanato e produtos endógenos.
A animação musical, ranchos folclóricos, magusto típico, jantar
tradicional, e uma caminhada para apanha da castanha são os
pontos fortes do programa, que inclui ainda sessões de showcooking e espaço de restauração com os produtos anfitriões da
festa.
A Festa da Castanha e do Mel afirma-se, cada vez mais, como
um evento de promoção e divulgação dos produtos endógenos,
tornando-se um ex-libris da região.
Produtores agro-alimentares de Serpa visitam
feiras em Lisboa
A Câmara de Serpa vai promover, no dia 22 de Novembro, uma
viagem de produtores do sector agro-alimentar do concelho a
Lisboa para visitarem duas feiras agrícolas. Os produtores vão
visitar as feiras PortugalAgro e Alimentaria Horexpo, na Feira Internacional de Lisboa, que pretendem mostrar a diversidade e a
riqueza e equipamentos e recursos da agricultura.
A visita às feiras “permitirá aos empresários do concelho trocar
experiências com produtores de outras regiões do mundo, realizar
contactos e entrar em novos mercados e conhecer produtos inovadores e os avanços da tecnologia no sector agro-alimentar”.
A viagem, no âmbito do trabalho de proximidade que a autarquia
tem vindo a desenvolver junto dos empresários do concelho, e as
entradas nas feiras são oferta do município sob coordenação do
seu Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico.
Festival do Borrego da Marofa
Numa organização do município de Figueira de Castelo Rodrigo,
com o apoio da Associação Douro Altitude, vai decorrer de 9 a 21
de Novembro o II Festival do Borrego da Marofa. Esta iniciativa,
para além de procurar divulgar o concelho, o seu vasto património, as suas tradições e as suas gentes, brindará os participantes
com esta gastronomia única, que bem caracteriza a região.
Este ano, no programa, acresce ao cartaz a “Rota das Adegas”,
em que os visitantes, através de inscrição prévia, podem participar em almoços e jantares nas adegas aderentes. Durante o Festival, no Mercado Municipal, decorrerá uma exposição e venda de
produtos regionais.
Soutosa recebe Festival “Serranias – Sabores
e Tradições”
Em Soutosa, no concelho de Moimenta da Beira, realiza-se o primeiro festival “Serranias – Sabores e Tradições”, no fim-de-semana de 7 e 8 de Novembro. É um evento de cultura multifacetada com recriações de tradições e costumes locais, matança do
porco que dará almoço e jantar/ceia, passeio pedestre, magusto,
um espaço cultural marcado pela apresentação de um livro, feira
rural, animação, música, colóquios de interesse regional sobre a
castanha e o mel, feirinha de produtos regionais, concurso de fotografia, etc.
A iniciativa realiza-se no Largo Aquilino Ribeiro, em frente à igreja
local e em redor do busto em bronze do mestre, nas proximidades
da Casa Museu – Biblioteca da Fundação Aquilino no Ribeiro.
A organização do festival é da responsabilidade das Associações
de Soutosa, Peva, S. Martinho e Segões, e conta com o apoio dos
“Baldios Terras de Aquilino Ribeiro”, da União das Freguesias de
Peva e Segões e da Câmara de Moimenta da Beira.
Cartaxo comemora Dia Europeu do Enoturismo
A Câmara do Cartaxo estabeleceu parcerias com restaurantes,
produtores de vinho, associações e empresários para assinalar o
Dia Europeu do Enoturismo. O programa decorre de 1 a 8 de Novembro e inclui um conjunto de iniciativas que contam com a participação de onze restaurantes, que criaram ementas especiais
para serem acompanhadas por vinhos do concelho.
A 8 de Novembro, o Mercado Municipal do Cartaxo receberá, das
9,30 às 18 horas, o Mercado do Vinho & Companhia, onde poderá encontrar a gastronomia tradicional e os vinhos do concelho,
enquanto desfruta da animação musical e aprecia o artesanato
regional. A mostra de produtos regionais, com a presença de produtores do concelho, inclui caspiadas, queijos, azeite, vinho, mel,
pão, doces, ervas aromáticas e artesanato.
Às 13,30 horas, será servido o Almoço Vínico preparado pelo restaurante Copo 3. Situado no Mercado Municipal, o restaurante
escolheu os vinhos da Adega Cooperativa do Cartaxo, da Casa
Agrícola Pitada Verde e da Sociedade Agrícola Casal do Conde,
para acompanharem a Tábua Mista de Sabores Ribatejanos, o
Ossobuco Avinhado Bem Acompanhado e os Paladares Natalícios.
Feira de S. Martinho de Portimão com animação
para todos os gostos
Entre 6 e 15 de Novembro, o Parque de Feiras e Exposições abre
as portas à 353ª Feira de São Martinho, o mais antigo evento popular que se realiza em Portimão e que remonta ao longínquo ano
de 1662.
Neste que é um dos polos incontornáveis de animação outonal, o
visitante poderá encontrar os tradicionais expositores de produtos agroalimentares, louça, plásticos, brinquedos, bijuteria, calçado, entre outros, e também um espaço de animação, com tômbolas, jogos, pistas de carrinhos de choque e outros equipamentos,
numa feira que promete fazer as delícias de crianças e adultos.
Não irão ainda faltar as tradicionais castanhas assadas, as farturas, as pipocas, os cachorros quentes, o pão com chouriço e
outros petiscos tentadores nos bares e tasquinhas existentes no
recinto, num total superior a 140 expositores presentes nesta 353ª
edição da Feira de S. Martinho.
II Jornadas Técnicas de Agricultura Biológica
A Lipor, em Ermesinde, recebe a 10 de Novembro II Jornadas Técnicas de Agricultura Biológica, com o objectivo de permitir aos
intervenientes do sector - produtores, técnicos, manipuladores,
distribuidores e outros interessados - o acesso a informação sobre factores de produção, métodos e técnicas culturais, requisitos
específicos do modo de produção e circuitos de comercialização
de produtos biológicos.
Para o efeito, foram convidados um conjunto de oradores que
irão partilhar a sua experiência e os seus conhecimentos e, com
certeza, apontar alguns caminhos para o futuro da Agricultura
Biológica em Portugal.
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ÚLTIMA HORA
ÚLTIMA HORA
De 6 a 8 de Novembro,
no Pavilhão Multiusos de Trancoso
Feira divulga
Castanha
e Paladares de Outono
A 14 de Novembro, no pavilhão de exposições da freguesia
Pindo recebe Festa da Castanha e do Vinho
Pindo, no concelho de Penalva do Castanha, promove a 14
de Novembro a XVIII Festa da Castanha e do Vinho, evento que
pretende promover e divulgar dois produtos com expressão no
sector primário desta freguesia situada na margem direita do
rio Dão.
A castanha e do vinho são dois produtos que representam
um contributo importante para a economia da freguesia de
Pindo, que tem também tradição na produção de maçã e de
azeite. A festa exalta aqueles dois produtos, mas os visitantes
poderão apreciar outros produtos da terra, bem como artesanato produzido na freguesia.
A presidente da Junta de Pindo, Fátima Marques, espera “uma
grande festa”, salientando que Pindo é a freguesia do concelho
que mais vinho produz e de onde saem algumas toneladas de
castanhas, que este ano, devido ao Verão mais seco, é de calibre um pouco inferior ao habitual.
Gazeta Rural (GR): O que espera da edição deste
ano?
Fátima Marques (FM): Espero que tenha a mesma afluência de visitantes que nos anos anteriores, dado que tem ajudado
à divulgação da castanha e do vinho que são produtos de excelência da nossa freguesia.
Vai ser uma grande festa e, apesar de termos um pavilhão de
exposições, esperemos que o S. Pedro ajude, pois o bom tempo
trará muito mais gente. Deixo uma mensagem para as pessoas
vinham a Pindo, à Festa do Vinho e da Castanha, pois têm a garantia de serem muito bem recebidos, com muita castanha e o
nosso vinho do Dão.
GR: Como foi a produção de castanha na freguesia?
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FM: A castanha, devido à falta de água no verão, é um pouco
mais pequena e há menos quantidade. Porém, ainda assim, na
freguesia ainda se produzem algumas toneladas de castanha e é
uma boa fonte de rendimentos para algumas famílias.
As chuvas que caíram no último mês vieram, de certo modo, a
compensar o Verão mais seco e que não foi bom para os castanheiros, mas a castanha é de boa qualidade, embora de calibre
um pouco inferior a outros anos.
GR: A freguesia tem muitos hectares de vinha. Como
foi a vindima?
FM: As vindimas correram bem e esperamos uma boa colheita. Foi um grande ano, em quantidade e qualidade. Ao nível do
concelho de Penalva do Castelo, Pindo é a freguesia com mais
produção de vinho e a que mais toneladas de uvas entrega na
Adega Cooperativa, para além de ter três produtores/engarrafadores, a Adega da Corga, a Quinta da Rebôtea e os Vinhos
Serrano.
Felizmente, os produtores da freguesia não têm grandes problemas no escoamento das uvas, pois na sua quase totalidade
são associados das Adegas Cooperativas de Penalva e de Mangualde.
GR: Pindo é uma freguesia essencialmente agrícola?
FM: Sim, os habitantes de Pindo, na sua grande maioria, dedicam-se à agricultura, havendo muitos que trabalham em Penalva, Mangualde e Viseu e que têm na agricultura um complemento ao seu rendimento mensal. O vinho dá emprego a muita
gente, mas também a castanha, a maçã e o azeite, outros dois
produtos com expressão na freguesia, bem como o artesanato,
nomeadamente na latoaria e bordados.
A castanha e os paladares de Outono estão em destaque
num evento promovido pela Câmara e pela empresa municipal
Trancoso Eventos. A Feira da Castanha e Paladares de Outono
vai decorrer de 6 a 8 de Novembro no Pavilhão Multiusos de
Trancoso.
A Feira realiza-se após o “enorme sucesso” da edição de
2014, pelo que “este ano a aposta será ainda maior com a duplicação do espaço destinado aos expositores”, refere a autarquia. A Feira contará com a participação de produtores de
castanha, empresas de maquinaria agrícola especializada para
a cultura de soutos, empresas comercializadoras de produtos
para tratamento do castanheiro, empresas transformadoras
da castanha, associações, cooperativas e instituições ligadas
a este sector produtivo de enorme importância na região.
O programa do certame conta com diversos eventos, envolvendo os produtores e o público potencial consumidor, como
sessões de showcooking, conferências, exibição de jogos tradicionais e espectáculos musicais. No sábado, terão lugar as
“Jornadas Técnicas sobre o Castanheiro” no auditório do Pavilhão Multiusos de Trancoso.
No âmbito da parceria estabelecida entre a Câmara de
Trancoso e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
(UTAD) foi assinado, em Julho passado, um protocolo que visa
promover o reforço da cultura do castanheiro no concelho. O
documento pretende fomentar a implementação de práticas
de cultivo conducentes à melhoria da produtividade do castanheiro no concelho de Trancoso, mediante a realização de
um conjunto de acções de experimentação em soutos disponibilizados para o efeito, bem como através da transferência
de conhecimentos quer para o Gabinete Técnico do Município,
quer directamente para os produtores.
A área de castanheiro evoluiu em Trancoso de 855 ha em
1999 para 1348 ha em 2009, o que representa um aumento de
57%. Este concelho é responsável por 5% da produção nacional, que gera para os produtores um rendimento de cerca de 3
milhões de euros anuais.
Trancoso integra uma das quatro regiões demarcadas de
produção de castanha, a DOP “Soutos da Lapa”, detendo o
maior número de explorações e área plantada nesta região,
de onde se destacam As variedades “Longal” e a “Martaínha”,
sendo esta última verdadeiramente a imagem de marca da
castanha de Trancoso e da DOP “Soutos da Lapa”.
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ÚLTIMA HORA
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Nos dias 12 e 13 de Novembro, em seis concelhos da região de Lisboa
Obra vai estar à venda em livrarias espalhadas pelo país
Guia de Restaurantes Certificados
do Alentejo integra 84 estabelecimentos
Oitenta e quatro estabelecimentos integram o “Guia de
Restaurantes Certificados do Alentejo”, lançado pela Entidade Regional de Turismo, no âmbito de um projecto pioneiro de
valorização da gastronomia da região e da sua cadeia de valor.
O guia “é uma mais-valia enorme e corresponde a uma necessidade do mercado e da procura turística”, destacou o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e
do Ribatejo, António Ceia da Silva.
A obra, editada e com concepção gráfica da editora Caminho das Palavras, resulta do projecto “Alentejo Bom Gosto”,
implementado pela ERT, que o considera “pioneiro”, com vista
à valorização da gastronomia regional e de toda a sua cadeia
de valor. “Com a edição deste guia, fechamos o ciclo de es-
truturação do produto ‘Gastronomia e Vinhos’”, ainda que, do
ponto de vista técnico, se trate de “um processo sempre contínuo”, disse Ceia da Silva.
O projecto “Alentejo Bom Gosto” incluiu a elaboração da
Carta Gastronómica da região, com “mais de 1.050 receitas da
cozinha tradicional, a criação de roteiros enogastronómicos e
a certificação dos 84 restaurantes que, agora, fazem parte do
guia.
Espalhados por toda a região, os restaurantes ostentam o
selo da certificação, “título que atesta o compromisso de respeitar e pôr em prática um referencial de qualidade que abrange o serviço, os produtos, a confecção e o acolhimento”, explicou a ERT.
Com edição impressa em português e inglês, a obra vai estar
à venda em livrarias espalhadas pelo país. O projecto disponibiliza ainda uma versão electrónica do guia, em português,
inglês, francês e espanhol, alojada na página da ERT (www.visitalentejo.pt). “A edição digital vai permitir que os restaurantes
que não estiveram envolvidos na primeira fase de certificação
e que não constam do guia possam aderir ao processo de certificação, a qualquer momento”, realçou o responsável da ERT.
Quanto ao guia em papel, Ceia da Silva admitiu que, no futuro,
poderão surgir novas edições: “Pela receptividade que o guia
tem tido, nos contactos informais que temos feito, não tenho
dúvidas de que vai ter muita procura e penso que vão existir
outras edições, com certeza”, disse.
A “Gastronomia e Vinhos”, frisou, “continua a ser uma das
motivações de visita a um destino turístico” e, no caso do Alentejo, que tem turistas “cada vez mais exigentes, cultos e formados e com mais poder de compra”, este guia “vai, claramente,
na direcção deste segmento de mercado”. “O turista que faz
‘birdwatching’ ou ‘touring cultural’ gosta sempre de uma boa
refeição e, portanto, a procura dos restaurantes é algo muitíssimo decisivo na afirmação de um destino turístico”, argumentou.
Ano XI - N.º 258
Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.
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Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
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Jornadas de Enoturismo promovem “O Centro
de Portugal como Destino de Enoturismo”
Seis concelhos da região de Lisboa recebem a quinta edição
das Jornadas de Enoturismo “O Centro de Portugal como Destino de Enoturismo” agendadas para os dias 12 e 13 de Novembro.
Destinadas ao público em geral, mas sobretudo a técnicos, para
melhor saberem receber enoturistas, as jornadas dividem-se
entre visitas a quintas de vinho, almoços e jantares vínicos, provas de vinhos e conferências.
Após a Bairrada em 2011, o Dão em 2012, a Beira Interior em
2013 e o Médio Tejo em 2014, estas jornadas decorrem na Região da Estremadura, com destaque para as áreas com denominação de origem de Alenquer, Arruda, Encostas d’Aire (Alcobaça
e Medieval de Ourém), Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras, cuja
complexidade do solo, clima e vegetação garantem a produção
de vinhos e aguardentes com forte personalidade.
As jornadas dão continuidade ao ciclo de trabalhos iniciado em 2011 visando reforçar a ligação do sector vitivinícola ao
sector turístico, dar a conhecer as diferentes sub-regiões e os
equipamentos de enoturismo existentes no Centro de Portugal,
apresentar boas práticas e casos de sucesso, assim como, debater as oportunidades para o sector envolvendo na discussão
os diferentes atores regionais.
As jornadas são uma organização conjunta da Turismo Centro de Portugal, Comissão de Coordenação de Desenvolvimento
Regional do Centro, Escolas de Hotelaria e Turismo de Coimbra e
do Oeste, Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e Comunidade Intermunicipal do Oeste - Oeste CIM.
Centro do país quer afirmar-se
como região enoturística
O Turismo Centro de Portugal quer afirmar o centro do país
como região enoturística e atrair turistas para visitar adegas e
vinhas e degustar vinhos e a gastronomia, disse em Torres Ve-
dras o seu presidente. O objectivo é “posicionar o enoturismo
como segmento de excelência da região Centro, valorizando o
enoturismo além da venda de vinhos, ou seja contemplando a
produção e comercialização dos vinhos, mas também a gastronomia, o património e a cultura”, disse Pedro Machado.
O presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP) diz que as
V Jornadas de Enoturismo se enquadram nessa “estratégia de
afirmação”. Pela primeira vez, o TCP escolheu a sub-região do
Oeste, integrada na área do TCP, mas também dos Vinhos de
Lisboa, para acolher estas jornadas. “A complementaridade de
produtos é um factor de atracção e de fixação de turistas”, afirmou Pedro Machado, para quem é fundamental trabalhar em
conjunto, sobretudo na promoção externa, com várias regiões.
A Entidade Regional de Turismo do Centro reúne 100 municípios do território entre os rios Douro e Tejo, abrangendo os distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Guarda,
Santarém e Viseu.
Até meados de Dezembro em 12 restaurantes do concelho
Festival Gastronómico promove
produtos do campo de Penacova
O Município de Penacova promove, durante o mês de Novembro, o Festival Gastronómico
“Mês dos Míscaros e do Sarrabulho”, evento que visa atrair visitantes ao concelho, mas que pretende também promover os produtos endógenos da região.
Durante um mês os apreciadores de Míscaros e Sarrabulho poderão degustá-los num dos doze
Restaurantes aderentes ao Festival, que se prolongará até meados de Dezembro, permitindo
descobrir uma das maravilhas da gastronomia local. O evento, que tem como principal objectivo,
a promoção do território e da gastronomia do concelho, alia-se, durante os dias 13, 14 e 15 de
Novembro, à Feira do Mel e do Campo 2015, que conta com a participação de trinta produtores
O mel e os produtos do campo unem-se, no Parque Verde de Penacova e durante os três dias
do certame, a muita animação musical, ao tradicional magusto oferecido pelo município e a momentos de convívio entre a população local e os visitantes, que se esperam em grande número.
O presidente do município de Penacova salienta que “a Feira do Mel e do Campo, tem ao longo
dos anos evoluído muito positivamente, quer relativamente ao número de expositores e produtos
expostos, quer à qualidade da animação oferecida aos seus visitantes, tendo-se tornado, num
ex-libris da agenda cultural penacovense”, afirma Humberto Oliveira.
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De 27 a 29 de Novembro,
na NERVIR – Associação Empresarial
Vila Real recebe
Feira de Artesanato
e Gastronomia
A NERVIR – Associação Empresarial, em parceria com a Câmara de Vila
Real, promove de 27 a 29 de Novembro a XVIII Feira de Artesanato e Gastronomia, um dos mais antigos, senão o mais antigo evento do género da
região, onde os visitantes poderão apreciar o artesanato, do mais tradicional ao contemporâneo, assim como descobrir as mais diversas iguarias
gastronómicas.
Vão estar presentes artesãos com joalharia, pintura, tapeçarias e malhas,
bordados em linho, olaria, artesanato em pele, artigos em cortiça, cerâmica, tecelagem, bijuteria, trabalhos em madeira, em casca de ovo, escamas
de peixe, e muitos outros artigos únicos e originais, feitos ao vivo e fruto da
criatividade dos artesãos. O certame não esquece a gastronomia, com os
queijos, vinhos, licores, enchidos e fumeiro, doçaria conventual, compotas,
geleias, mel, chás, entre outros produtos regionais.
Segundo a organização, “visitar a FAG é também uma forma de privilegiar
a economia regional, privilegiar as empresas familiares, que continuam a
preservar no tempo o que outrora constituiu, na economia e na mesa, a sua
identidade”. A FAG conta, no domingo, 29 de Novembro, com a transmissão
do programa Somos Portugal, da TVI, que ajudará a divulgar o artesanato e
a gastronomia, assim como a própria região.
A entrada no certame é livre.
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