IDENTIFICADOR DE RAMAIS TELEFÔNICOS
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IDENTIFICADOR DE RAMAIS TELEFÔNICOS
IDENTIFICADOR DE RAMAIS TELEFÔNICOS Josimar Klechowicz1,2; Werner T. Bachmann1,2; Nataniel Bona2; Ivan J. Chueiri1,2; João A. Pereira1 Caixa Postal 19067 81531-990 – Curitiba, PR [email protected] (1) – LACTEC – Instituto para o Desenvolvimento da Tecnologia (2) – PUCPR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná ABSTRACT The mean purpose of this paper is to present the project of a branch-line identifier that use EPLD and wireless comunications tecinologies. The branch-line identification is showed in a mimic display and instaled in a colective place for a esasy identification. displays, podendo também ser implementado de forma em que se utilize quatro conjuntos de painéis, caso haja um grande número de ramais. RESUMO O objetivo deste artigo é apresentar o projeto de um identificador de ramais telefônicos que utiliza tecnologia EPLD e rádio comunicação. Sua finalidade é realizar a identificação de ramais telefônicos através de um painel mímico instalado em local de acesso coletivo, onde são mostrados os números dos ramais que estão sendo chamados. Figura 1- (a) Diagrama de blocos do módulo transmissor (TX); (b) Diagrama de blocos do módulo receptor (RX). 1. INTRODUÇÃO O equipamento Identificador de Chamadas Telefônicas foi projetado para ser instalado em local onde haja inúmeros ramais telefônicos. O mesmo é utilizado para identificar e mostrar em um painel mímico os números dos ramais que estão chamando. Ou seja, quando o aparelho telefônico de um ramal sinaliza, um circuito eletrônico digital instalado junto ao aparelho, identifica, através de um sensor eletrônico, que o ramal está chamando. Posteriormente, um circuito digital codifica de forma serial o número do ramal ativo e o envia para um rádio transmissor. Um circuito rádio receptor instalado junto ao painel luminoso, recebe a informação e, através um circuito lógico digital, identifica o sinal transmitido, iniciando assim sua decodificação. Na seqüência o dado, ou número do ramal que está chamando, é mostrado no painel mímico. 2. PROJETO O projeto está representado simplificadamente nos diagramas de blocos da Figura 1(a) e 1(b), onde se tem o respectivamente a representação do circuito do módulo transmissor (TX), que deve ser instalado junto a cada um dos ramais telefônicos, e do circuito do módulo receptor (RX), que por sua vez recebe a informação enviada pelo TX e controla o painel mímico de quatro dígitos, ilustrado na Figura 2. A amostragem dos ramais ativos no painel mímico é feita de forma multiplexada em um único conjunto de O sistema age após a terceira chamada do telefone, ou terceiro toque de ring, para que assim haja tempo disponível para que o usuário possa identificar e atender o telefone sem que o mesmo seja identificado no painel. Figura 2 – Ilustração do painel mímico. 2.1. Funcionamento Quando o aparelho telefônico de um determinado ramal chamar, o sensor de ring, instalado junto ao aparelho, leva sua saída que estava inicialmente em nível lógico 0 (0 Volts) para nível lógico 1 (+5 Volts). Com este sinal na entrada do circuito do módulo TX o circuito lógico inicia a contagem dos três rings necessários para ativar a transmissão do número do ramal. Quando a entrada do circuito recebe o terceiro pulso de ring, o circuito digital (EPLD) utiliza-se dos dados de codificação do ramal, previamente programados via straps ou teclado, e os multiplexa no tempo em dados serias. Além disso, o circuito adiciona a este sinal um start-bit. Com este dado serial pronto o circuito o envia para o rádio transmissor que o transmite de forma a ser captado pelo o rádio receptor do painel mímico. Por sua vez, o rádio receptor que está sempre no modo de espera, assim que detecta o start-bit do sinal transmitido já inicia o processo de demultiplexação e de decodificação dos dados. A partir do recebimento do startbit o circuito passa a demultiplexar os dezesseis bits seriais de dados para posterior decodificação BCD para 4 displays de 7 segmentos. Logo, tem-se o número do ramal que toca apresentado nos displays do módulo RX. O sensor de ring apresenta a configuração de seu circuito de forma a que o mesmo possa detectar a presença de um ring telefônico na linha. Suas entradas são fisicamente as mesmas do aparelho telefônico. Sabe-se ainda que este circuito deve obrigatoriamente apresentar casamento adequado de impedância com a linha em questão, de forma a não influenciar na operação do aparelho telefônico. Isso pode ser implementado pela inserção dos resistores de entrada (R) antes da ponte retificadora, observados no esquema do sensor, ilustrado na Figura 4. 2.2 . Desenvolvimento O princípio de funcionamento do projeto está representado de forma simplificada nos diagramas de blocos da Figura 1 e será detalhado a seguir dando ênfase em suas características e respostas. 2.2.1. Linha telefônica Neste item vale mencionar algumas características da linha telefônica que serão de fundamental importância para o desenvolvimento do projeto em questão. A linha telefônica possui normalmente uma tensão de 48V contínuos quando a mesma está em aberto, ou seja, com o aparelho telefônico no gancho. Durante a utilização do aparelho telefônico esta tensão sobe alguns volts. No entanto, no momento em que ocorre o ring do telefone a central telefônica, injeta na linha um sinal pulsante de 25Hz com uma amplitude de aproximadamente 90V de pico, e é este sinal que o sensor deve detectar. Outra característica importante sobre a linha telefônica é que o sinal de ring tem duração de aproximadamente 1 segundo ocorre a cada 5 segundos, ou seja, o aparelho chama em um período de um segundo e fica o restante do tempo em “silêncio”. A Figura 3 ilustra o formato do sinal que caracteriza eletricamente a linha telefônica. Figura 3 – Característica elétrica da linha telefônica. 2.2.2. Sensor de ring Figura 4 – Figura esquemática do sensor de ring. Para isolar a linha telefônica do restante do módulo transmissor foi utilizado, neste circuito, um fotoacoplador. O mesmo apresenta em sua saída um sinal de nível lógico alto somente quando da presença de um ring telefônico na entrada do sensor. Para deixar o sinal de saída do sensor analógico com níveis compatíveis com lógicas TTL foram adicionados, em série, buffers TTL na saída do mesmo (não ilustrados na Figura 4). 2.2.3. Codificação do ramal Cada ramal possui um número específico que é pode ser codificado de forma binária de 0000 até 9999. Isto permite um certa gama de combinações de códigos. Esta codificação é feita na EPLD onde os números do código são adicionados ao circuito através de jumpers externos ao circuito digital. A codificação também poderia ser realizada através de um teclado digital onde a configuração seria feita através de senha para evitar modificação acidentais ou não-autorizadas, conseguindo-se assim maior segurança. Na forma como implementado na versão teste, são utilizados dezesseis jumpers para simular o código desejado, ou seja, quatro conjuntos de quatro jumpers para codificar quatro números em forma binária BCD. 2.2.4. Comunicação serial Este bloco, composto por circuitos lógicos, possui seus circuitos implementados em uma EPLD e têm a função de fazer a multiplexação dos dados provenientes dos jumpers, que estão no formato paralelo, para o formato serial, mais adequado para a transmissão via rádio. Como comentado anteriormente, os dados para codificação do ramal são inseridos no circuito da EPLD através de jumpers. Tem-se assim dezesseis entradas de dados de codificação do ramal. Os circuitos digitais iniciam assim os procedimentos de multiplexação e transmissão de dados somente após receber o terceiro sinal de ring detectado pelo sensor. Isso porque deseja-se que a identificação do ramal ativo ocorra a partir de um determinado tempo. Esta característica pode ser facilmente alterada pelo usuário através de straps externos, ou via teclado. O circuito digital, além da função descrita, insere, ao conjunto de 16 bits de dados, um bit de sinalização de envio de dados, o start-bit, que por sua vez é utilizado pelo receptor como indicação de início de recepção de dados. O start-bit seguido dos 16 bits de dados é transmitido num intervalo de 17ms, ou seja, numa taxa de transmissão de 1Kbit/s. 2.2.5. Rádio Transmissor À princípio, utilizou-se de um rádio AM de baixo custo para a função de transmitir o sinal serial com os dados gerados. O mesmo funcionou satisfatoriamente durante os teste. No entanto na versão final será utilizado transmissão via módulos de rádio FM, mais seguros quanto ao fato de imunidade à ruídos causados por equipamentos eletrônicos, normalmente presentes em ambientes de escritórios (computadores, ar condicionado, etc.). O rádio utilizado neste projeto foi um rádio de modulação AM que trabalha numa faixa de freqüência de 300 a 433MHz. A utilização de um módulo de rádio FM, não altera o projeto do circuito digital, bastando apenas alterar as conexões referentes à entrada, antena e alimentação na placa de circuito final. 2.2.6. Rádio receptor O rádio receptor utilizado também é um utiliza modulação AM e possui uma saída digital e uma saída analógica. Neste projeto utilizou-se a saída digital do rádio receptor, já que a mesma alimenta diretamente o circuito lógico. O módulo receptor já é adquirido como par casado com o módulo receptor, não havendo a necessidade de implementação de circuitos extras. 2.2.7. Conversor série paralelo e decodificador Este bloco, também possui seus circuitos digitais implementados na EPLD e é utilizado basicamente para demultiplexar o sinal serial recebido pelo rádio receptor. O circuito da EPLD inicia seu procedimento de recepção quando em sua entrada há a presença do startbit comentado no item 2.2.4. Assim, a partir do recebimento do start-bit o circuito inicia a demultiplexação à taxa de 1ms por bit. Com os dados de codificação de ramal em forma paralela, este circuito separa os dezesseis bits de dados em quatro conjuntos compostos de quatro bits para a decodificação de BDC para os quatro display de 7 segmentos do painel mímico. Vale a observação de que os dados recebidos ficam amostrados nos painel até que exista na entrada da EPLD um novo start-bit com novos dados na seqüência, ou seja, se dois telefones de ramais tocarem dentro de um mesmo período de tempo, porém não no exato momento, o circuito terá uma alternância na amostragem dos dados recebidos. 3. CIRCUITOS ANALÓGICOS Basicamente foram utilizados dois circuitos analógicos externos a EPLD neste projeto, que não foram apresentados no diagrama do projeto, entretanto os mesmos possuem características importantes para do projeto como um todo. 3.1. Fonte de alimentação DC Este circuito foi utilizado tanto para módulo transmissor (TX) quanto para módulo receptor (RX) e tem a função de alimentar os circuitos analógicos e também as EPLDs. Para ambos, o circuito da fonte de alimentação é constituído por um transformador e um regulador de tensão LM7805. No entanto, o mesmo poderia utilizar-se da própria tensão da linha telefônica para alimentar os circuitos eletrônicos, caso o consumo destes como um todo fosse reduzido. Isso seria possível se substituíssemos, por exemplo, a EPLD por um circuito integrado dedicado de menor consumo. 3.2. Oscilador a cristal Este circuito foi projetado para gerar o sinal de sincronismo, ou clock, para o circuitos síncronos das EPLDs. O mesmo é constituído de um cristal oscilador de freqüência 32,768kHz. O mesmo foi escolhido por apresentar excelente precisão em seu sinal de saída. 4. RESULTADOS ESPERADOS Para este projeto o envio de dados do transmissor para o receptor ocorre quando na linha do ramal a ser identificado tem-se o terceiro ring, ou seja, nos dois primeiros sinais de ring o transmissor não inicia seu funcionamento. Esta característica foi adicionada para que o ramal fosse identificado somente quando o usuário do telefone do ramal não estivesse diretamente em contado com seu aparelho telefônico, ou seja, esta margem é prédefinida para que o ramal seja identificado somente se o usuário não atender seu telefone num certo período que o mesmo esteja chamando. Se o telefone for atendido, e assim o ramal parar de receber o sinal de ring, somente após um período de 8s o transmissor estará pronto para enviar novos dados, depois do terceiro ring como inicialmente. Esta característica permite que o receptor não se sobrecarregue. No caso de dois ramais sinalizarem, não no mesmo instante, o receptor mostrará os números dos ramais alternadamente no mesmo intervalo de tempo. A probabilidade de que dois ou mais ramais sejam sinalizados no mesmo instante é muito pequena. Porém se isso ocorrer o circuito receptor apresentará na saída um dado errado. 5. ALTERAÇÕES FUTURAS Para o projeto final futuras alterações deverão ser realizada de forma a se solucionar pequenos problemas como o de redução de consumo e de inserção de estágios de memória, permitindo assim que o mesmo utilize da própria linha telefônica para alimentar o circuito do módulo transmissor e permitir a recepção e amostragem simultânea de vários ramais no painel mímico. Uma outra proposta a ser estudada é a de que, além de números, o identificador de ramais possa, com algumas alterações fazer a identificação do ramal através do nome de seu usuário. 6.CONCLUSÃO O projeto de identificador de ramal telefônico permite realizar de forma segura e simples a tarefa de identificar ramais telefônicos. O mesmo ainda foi desenvolvido com o intuito de se obter baixo custo no caso do mesmo vir a ser comercializado futuramente. O curto prazo de desenvolvimento do projeto, em parte, se deve ao fato do mesmo ter sido implementado com tecnologia digital EPLD. Isso também insere ao projeto pequenas dimensões e excelente repetibilidade para produção em série além da garantia de sigilo das principais informações do projeto. 7. BIBLIOGRAFIA [1] ALTERA, Data Books e Max+Plus II Getting Started, 1998. [2] BIGNELL, J.; DENOVA, R., Eletrônica Digital– Lógica Seqüencial, São Paulo, 1997, cap. 10 e 14. [3] MILLMAN, J.; HALKIAS, C. C.; Eletrônica 1, São Paulo, 1981, cap. 7 e 8. [4] LANGNER, Cristiane G.; PEREIRA, João A.; Equipamento Identificador de Fase Para Redes de Baixa Tensão, VII Workshop IBERCHIP, Montevidéu, pp. 11, 2001. [5] TEMIC SEMICONDUCTORS, Optocoupler with Phototransistor Output – 4N25, Jun. 1996. [6] WENSHING Data Sheet, RWS-371 RECEIVER e RWS-315 TRANSMITTER, 1999.