Globo poderá diminuir a duração das suas novelas - Pablo

CADERNO
DIA & NOITE
da Bahia
Tribuna
Terça, 22/1/2013
21
Editor - Tonny Oliveira
A hora e a vez de Pablo
FOTOS:REGINALDO IPÊ
RIVÂNIA NASCIMENTO
Repórter
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
Um dos precursores do ritmo
arrocha na Bahia, Pablo foi eleito
o queridinho do público e dos artistas. Com doze anos de carreira, 9
CDs e 3 DVDs gravados, o cantor
conquista, a cada dia que passa,
um número maior de fãs . Com uma
média de 30 shows por mês, ‘a voz
romântica’ já emplacou nas rádios
da Bahia hits de sucessos que estão fazendo a cabeça do Brasil.
Ele é um jovem carismático
que, aos 26 anos, decidiu desde
cedo o que queria para sua vida:
cantar. Obstinado, Pablo aproveita
a fama com simplicidade e a maturidade de alguém que já conheceu
o lado ruim da vida e hoje experimenta o sucesso como resultado do
seu trabalho. Modesto, ele atribui
sucesso com o público as canções
que falam de amor. Pablo recebeu
a reportagem da Tribuna na sua
produtora e falou sobre fama, família, preconceito e o sucesso que o
Arrocha está fazendo no Brasil.
Confira a entrevista.
TB- Você saiu de casa com 11
anos de idade por que não queria
ser vendedor de picolé o resto da
vida. Quando a música passou a fazer parte da sua vida?
P- O envolvimento com a música a gente herdou da família. Eu
acompanhava sempre meu pai,
cantando com ele nas serestas e
nos barzinhos. Eu sempre fui muito determinado e sempre tive orgulho do que fazia, mas, dentro de
mim eu sentia que um dia a música
iria trazer melhorias e alegrias para
mim e para a toda minha família.
TB- Como surgiu a participação
no grupo Asas Livres? Por que você
revolveu deixar o grupo?
P-Quando saí de Sergipe para
Candeias, montei uma dupla com
um amigo chamada de Pablo e Gilson e começamos a fazer barzinho. Depois de 14 anos meu colega desistiu de cantar foi quando
surgiu a oportunidade de fazer parte do grupo Asas Livres onde gravei
o primeiro CD da banda que foi um
sucesso. A minha saída aconteceu
porque eu não estava satisfeito com
o empresário e também queria ser
dono do meu próprio trabalho, então joguei tudo para cima e deixei
Deus no comando. Hoje, graças a
Ele, Pablo é o sucesso que é.
cantar muito, é claro.
TB- Você é uma pessoa muito
religiosa. O que a fé significa em
sua vida? .
P- Deus é a base de tudo eu
cresci ouvindo música evangélica,
meus pais são cristãos e isso com
certeza é a base de tudo. Tudo que
sou e conquistei agradeço a Deus.
PABLO
cha”, que seria arrocha para os rapazes dançarem agarradinhos, para
chamar as meninas para dançarem
coladinho, uma dança mais sensual. Antigamente era seresta, e as
pessoas já não diziam “Vamos para
a seresta” e sim “Vamos para o arrocha”. “Hoje vai ter arrocha, hoje vai
ter Pablo”. E as pessoas foram dando este nome ao movimento que
TB- Você se considera o precursor do arrocha?
P – Sim. Mas eu costumo dizer
que quem criou o estilo foi o povo.
Porque veio de uma expressão sim,
de uma expressão que logo no início eu falava no Asas Livres, “Arro-
hoje está aí.
TB- Quando o arrocha começou,
era tido como ritmo vulgar. E hoje o
show de Pablo reúne todas as classes sociais. Como você acha que
se deu essa mudança e por que
isso aconteceu? Você sofreu preconceito no início?
P- O arrocha teve sua origem
nas serestas e inicialmente, realmente, sofri muito preconceito. Não
pelo ritmo ser vulgar, mas pela forma que alguns artistas divulgavam
o arrocha sem noção nenhuma de
música ou melodia. Isso acabou
prejudicando o trabalho de artistas
sérios como eu, Júnior Cigano, Silvano Sales, Nara Costa, dentre outros nomes que elevam o nosso ritmo para o Brasil. Quanto a aceitação do público, foi uma coisa natural. E pela persistência da gente
também em manter uma linha romântica. As pessoas tiraram esse
foco de que o arrocha é uma coisa
imoral. O público tinha essa impressão do movimento. Mas se deram
conta de que o arrocha é um estilo
romântico, que agrada a todos os
gostos e todas as classes. Hoje em
dia, a gente vê criança curtindo o
arrocha. A classe A também. Enfim,
todos abraçaram com muito carinho
o nosso trabalho.
TB- Você gravou em novembro
do ano passado seu primeiro DVD
com a participação Alinne Rosa,
Claudia Leitte, Daniela Mercury e
Tatau cantando o ritmo. Você acha
que de certa forma isso é bom para
divulgar o arrocha?
P- Eu vejo isso como outro mercado se abrindo, outras portas se
abrindo. Porque assim, grandes artistas como Léo Santana, a Claudinha Leitte, como a Alinne Rosa, Ivete
Sangalo, todo mundo abraçando
esse movimento, eu acho que abre
as portas também. Leva o nome da
gente para um nível nacional. E isso
é muito bom!
TB - Você é muito vaidoso está
sempre com cabelos e roupas impecáveis em suas apresentações
quem cuida do seu figurino?
P- Sou meio careta (risos), eu
mesmo escolho minhas roupas com
a ajuda da minha mulher. Vou até a
loja, gosto e compro.
"
O arrocha teve sua
origem nas serestas e
inicialmente, realmente, sofri muito preconceito”.
TB- Quando saiu em busca dos
seus sonhos esperava que fosse
voar tão alto? O que Pablo ainda
sonha?
P-Quando estamos no fundo do
poço o único desejo que temos é
sair dele. Naquele momento, eu só
desejava uma vida melhor para minha família. Esse ainda continua
sendo meu maior sonho além de
Flávio Ricco e José Carlos Nery - [email protected]
canal
1 TELEVISÃO
Globo poderá diminuir a
duração das suas novelas
A forte repercussão alcançada pela microssérie “O
Canto da Sereia”, protagonizada por Isis Valverde, apenas reforçou a tese ou a tendência de que as novelas,
num futuro próximo e para o
próprio bem de todos, serão
mais curtas e terão uma narrativa mais ágil.
Dentro da Globo essa é
uma ideia que já há algum
tempo existe ou passou a
existir mais precisamente a
partir das exibições de “O
Astro” e “Gabriela”, as duas
com sucesso, na faixa das 11
da noite.
Isto, vale recordar, até
aqui foi evitado, porque sem-
pre se usou como justificativa o fato de haver um menor
impacto no custo de produção ao longo de cento e tantos capítulos. Durante determinado tempo as séries de
curta duração foram evitadas
por causa disso. Dizia-se,
inclusive, que custavam tanto quanto as novelas, sem
oferecer as mesmas margens
de lucro.
Como se observa, de uns
anos para cá, a direção da
Globo passou a pensar e agir
de maneira diferente. A experiência, que já se realiza
às 11 da noite, poderá gradativamente se estender a
outras faixas de horário.
Novo ano
Fortalecido na grade da Band, o “Claquete”, do Otávio Mesquita, promete algumas surpresas interessantes nesta nova
temporada. Além de reforçar a sua equipe com a entrada de
mais dois repórteres e - provavelmente - uma correspondente
em Miami, o programa pretende intensificar as reportagens internacionais. Começa pela Alemanha e Espanha em abril.
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
Anna Sophia Folch foi
chamada pela Globo para
uma participação especial
em “Lado a Lado”. Heloisa,
uma jovem viúva, é a
personagem, amiga de
Margarida (Bia Seidl).
Recém-chegada de Paris,
ela vai se envolver com
Edgar (Thiago Fragoso),
filho de Margarida, para
desespero de Laura
(Marjorie Estiano).
Mercado
O executivo Cláudio Martins não é mais funcionário da Tec
Net, empresa de Amilcare Dallevo, dono da Rede TV!.
Você pode perguntar, mas quem é Cláudio Martins? É filho
do ex-ministro da Comunicação Social, Franklin Martins. Entendeu?
A propósito...
Para diminuir as despesas, a Rede TV! dispensou todas
as secretárias dos seus diretores. Sobraram duas ou três,
mas até aí é um direito da empresa.
O problema é que todas as demitidas se queixam que não
receberam nada até agora, nem a segunda parcela do 13º.
Consultada, a Rede TV! informa que “todas as verbas rescisórias estão sendo pagas no prazo legal”.
Falha imperdoável
Tem gente minhocando
na Globo. De acordo com
as informações, quem não
assistiu à série “O Canto
da Sereia” na TV e recorre
ao site do Globo.com para
ver os quatro episódios se
depara com uma página
anexa, que revela sem dó
nem piedade, de cara, a
identidade o assassino da
história.
Tem graça isso?
BA
TE - REB
ATE
BATE
REBA
1
-A maioria das produções do SBT, depois das
férias, volta a trabalhar no
dia de hoje.
2
-Informalmente, alguns
contatos com profissionais
do mercado já existiram.
3
-Giuliana Morrone já
está em Brasília, entrando
praticamente todos os dias
no “Jornal Nacional”.
4
-Só que a Globo ainda
não definiu quem irá subs-
tituí-la como correspondente nos Estados Unidos.
5
-Não existem dúvidas
sobre o “Sai de Baixo” especial no Viva. O programa
vai sair.
6
-Autorizada pela Rede
TV!, Gabriela Pasqualin participa do “Todo seu”, da Gazeta, nesta terça-feira.
7
- Letícia Wiermann grava em Florianópolis para o
Rota Mix, da Mix TV.
8
-No embalo do carnaval, o Viva irá reapresentar
programas do “Estação
Globo”, com Ivete Sangalo.
O primeiro deles irá ao ar
no dia 2.