bom médico - Fenacerci
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bom médico - Fenacerci
Quando os nossos doentes são… …diferentes! André dos Santos Rocha Catarina Avillez de Basto Índice • Fundamentos básicos da relação médico-doente • A disciplina de Introdução à Saúde Mental – Trabalho de campo na CERCICA – Importância da intervenção formativa em comunicação – Relação clínica na deficiência mental – Modelo comunicacional SPIKES – Case-study: A vida da Sássia O que é um bom médico? • “Saiba escutar” • “Saiba resolver problemas” Se a Medicina não fosse objectiva seria impossível; Se fosse só científica e objectiva, seria inumana. Christian MEDICINA BASEADA NA RELAÇÃO O que é um bom médico? Ser capaz de um diagnóstico preciso é uma prova da competência médica Ser capaz de dizer ao doente o que deve saber é arte médica Informar os pais que o bebé tem uma doença geradora de uma grave perturbação do desenvolvimento, designadamente um défice cognitivo, é uma das mais difíceis tarefas que estão cometidas aos profissionais de saúde, muito particularmente aos pediatras. M. Palha, pediatra Comunicação Médico-Doente Tem como ingredientes principais a afectividade e o intelecto, em proporções sempre variáveis, conforme as gentes e as circunstâncias. J. Lobo Antunes As vantagens de COMUNICAR (bem): • Colhe-se mais e melhor informação • Doente percebe melhor o que se quer transmitir • Cumpre melhor as nossas recomendações • Valor terapêutico da linguagem Antunes, J.L.; Numa Cidade Feliz. Lisboa, 1999 Aluno-Médico-Doente Capacidades a desenvolver nos alunos e jovens médicos: I.Atention Disease often tells its secrets in a casual parenthesis II.Intuition III. The art of handling the living flesh IV.The art of healing the sick man’s mind Trotter Antunes, J.L.; Numa Cidade Feliz. Lisboa, 1999 Aluno-Médico-Doente Aluno inexperiente… … diálogo é mais empático, mais quente, procurando com mais atenção os factores psicológicos e sociais Aluno mais avançado… … diálogo mais estruturado, mais seco, de perguntas fechadas. Davis et al., 1992 Introdução à Saúde Mental ISM - Trabalho de campo Na prática clínica… Na prática clínica… A maior parte dos doentes pretende saber o máximo possível sobre a sua doença, causas, tratamentos e prognóstico. Ley, 1988 Muitos doentes consideram que o período de maior stress é o anterior ao diagnóstico. Roslyn Corney, 1996 Nunca me deviam ter ocultado nada. Visto ainda hoje ser quase uma incógnita o que é que se passou. Não houve ninguém que se dirigisse a mim e dissesse: "... Olhe, durante o parto passou-se isto e isto”. (mãe de uma criança com paralisia cerebral) Na prática clínica… Intervenção Formativa em Comunicação Os profissionais de saúde com boas aptidões de comunicação: • Têm maior satisfação profissional e menos stress laboral • Identificam os problemas dos doentes e famílias de forma mais pertinente •Vêem os seus doentes aderirem melhor e ficarem mais satisfeitos Correu bem, porque o médico explicou-me com calma, deu-me toda a oportunidade de eu também falar, de eu dizer o que estava a sentir na altura, e apoiou-me bastante, acho que sim, acho que ele me apoiou. Pronto, foi uma pessoa que ao me comunicar, também estava a sentir o que me estava a dizer. E depois tentou tranquilizar-me, acalmar-me um bocadinho. (Mãe de uma criança com Síndrome de Down) Maguire, 2002 Relação Clínica em situação de doença j Su b iví d Ind Ind ic át pr o/ o ífic im nt sân c i e De t o ro – en Er im ncia – ec nh ficiê Co Insu uo ecti - S va ife ing çã re nç ula o rid De a – N ad sa e e mp gli a r gê n o cia – Médico Inquietude Vulnerabilidade Fragilidade o Incerteza – Risco – Desespero Doente Sofrimento/Dolência Doença Barbosa, A.; Neto, I.G.; Manual de Cuidados Paliativos, 2006 Estratégias Adaptativas Focalização Hipervigilante Actuação CONTROLO Afe ta en Minimização am ort mp Co cti vo Agressividade/Rejeição Resignação l Cognitivo Negação Dependência Evitamento “Não quero estar como estou” Redução “A “Penso Procura “Era minha “Odrástica um que obstinada vida tumor não está da sei posso “Não tensão pequeno, nas de não informação éfazer suas me nada através fere, mãos, era mais detudo importância” de não nada etenho monitorização comportamentos oquero que por a certeza isto, eu ouvir queria é falar oque constante meu ouvir” exagerados nisso” serei destino” salvo” Barbosa, A.; Neto, I.G.; Manual de Cuidados Paliativos, 2006 Modelo SPIKES S and trategy Summary Adaptado de Buckman, 2005; Gronita, 2008; Matos & Marques ,2008 Sássia: um exemplo de vida • Sássia • 19 anos • S. Prader-Willi Síndrome de Prader-Willi CERCICA - Curso de Tratadora de Animais Eu gosto muito de animais. Os meus animais preferidos são: o golfinho, o chiwawa, o yorkshire e o doberman. Sássia Zoo – Um projecto de coragem Para a minha filha Sássia, Às vezes penso e sinto, como desejaria ter tido o poder de transformarte numa menina como todas as outras…. Sinto orgulho de ti, sobretudo por seres como és e quero que saibas que todos nós somos um pouco de ti. Mãe Que Te Adora