Não vendemos design. O design como tecnologia.

Transcrição

Não vendemos design. O design como tecnologia.
Não vendemos design. O design como tecnologia.
Fernando Del Vecchio
Junho 01, 2010
Tradução para português: Raquel Costa Pinto.
Não vendemos o que cremos que vendemos (ou “o cliente não compra o que cremos”)
Eficácia, eficiência e rentabilidade parecem ser termos unicamente relacionados com a parte
comercial de qualquer negócio, seja este um estúdio de design, uma empresa criativa, ou
outro tipo de empreendimento.
No entanto, não existe diferença entre uma empresa e um estúdio de design, salvo para os
designers que iniciam o seu próprio projecto. Com o tempo, muitos vão-se dando conta desta
situação (“cai-lhes a ficha”), normalmente quando estão dispostos a fazer o que seja
necessário para levar para a frente um projecto que não levou aos resultados projectados no
início.
A negação e/ou rejeição dos aspectos comerciais do seu projecto conformam a primeira
barreira a superar por qualquer designer e/ou criativo para ganhar dinheiro com aquilo que
desejam fazer, ou seja, trabalhar naquilo que desejam. Tradução: ganhar dinheiro a vender
os seus produtos e/ou serviços “de design”.
“Somos uma empresa (ou estúdio) de design e vendemos design”. Isto é incorrecto e está
incorrectamente concebido. O objecto é ineficaz e ineficiente; não efectivo.
“Somos uma empresa (ou estúdio) que comercializa (certos) produtos/serviços, e utiliza o
design como tecnologia (competência central)”. Isto é correcto e está correctamente
definido. A definição é eficaz e eficiente; efectiva.
A diferença não é semântica. A diferença é a perspectiva, o foco do nosso trabalho.
Ainda assim, a efectividade no foco não garante a rentabilidade do negócio, porque a
rentabilidade é uma consequência, e não a causa (por ele não desenhamos negócios
rentáveis, mas sim projectamos negócios que sob certas condições, prometem ser rentáveis).
Não existe uma receita para ter um negócio de sucesso, apesar da extensa bibliografia que
nos é apresentada, para chegar a tê-lo, há que repetir os passos descobertos nos “casos de
sucesso”.
Fernando Del Vecchio
Doctor en Dirección de Empresas, UCEMA. Especialista en dirección, gestión e innovación de
negocios del sector de industrias creativas. Conferencista internacional.
http://www.fernandodelvecchio.com/
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