Fichas de Inventário

Transcrição

Fichas de Inventário
Fichas de Inventário
Volume II
Café
Projeto Inventário de Bens Culturais Imóveis
Desenvolvimento Territorial dos Caminhos
Singulares do Estado do Rio de Janeiro
Fevereiro 2004
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
GOVERNADORA
PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO
Rosinha Garotinho
ESTADUAL
VICE- GOVERNADOR
Paulo Alcântara Gomes
Luiz Paulo Fernandez Conde
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA
Arnaldo Niskier
DIRETOR SUPERINTENDENTE
Paulo Maurício Castelo Branco
SUBSECRETÁRIAS DE CULTURA
Vânia Bonelli
DIRETORES
Cecília Conde
Celina Vargas do Amaral Peixoto
Maria Eugênia Stein
Evandro Peçanha Alves
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO
CULTURAL – INEPAC
GERENTES
Marcus Monteiro, Diretor Geral
Juarez de Paula / UDL - NA
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL
Heliana Marinho / UDL - RJ
E
NATURAL
Maria Regina Pontin de Mattos, Diretora
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO
Amauri Lopes Junior, Diretor
DEPARTAMENTO DE APOIO A PROJETOS DE
PRESERVAÇÃO CULTURAL
Augusto Vargas, Diretor
Coordenação Técnica Geral do Projeto / INEPAC
Arquiteta Dina Lerner
Apoio do Departamento do Patrimônio Cultural e Natural / INEPAC
Supervisão Geral do Projeto
Dalva Lazaroni
Coordenação da Equipe Técnica dos Caminhos do Café
Arquiteta Maria Cristina Soares de Almeida
Arquitetos assistentes
Fernanda Monho
Flávia Antunes
Pesquisa Histórica
Isabel de Souza Lima Junqueira
Consultores
Historiadora Célia Muniz
Leila Alegrio
Agradecimentos
Adriano Novaes e Leila Alegrio, pela contribuição com o texto “Os Caminhos” da publicação
História e Arte das Fazendas de Café – Vale do Paraíba Fluminense, em fase de edição
Alberto Salgado Lootens, Diretor do Departamento de Desenvolvimento Comercial e Industrial
do município de Barra do Piraí
Ana Lúcia Vieira dos Santos e Adriana Nogueira da Costa pelo empréstimo de
dissertações de mestrado
Aníbal Magalhães, Arthur Mário Vianna, Leila Vilela Alegrio e Pedrinho Simões pela
cessão de fotos sobre os imóveis inventariados
Cláudia Sad, Secretária de Cultura de Barra do Piraí e equipe
Elcimar , de Barão de Juparanã e Cristina, de Conservatória pelo apoio ao trabalho de campo
Gilberto Monteiro, Secretário Municipal de Cultura de Valença e equipe
Guido Gelli, Diretor de Geociências do IBGE e equipe pela cessão de cartografia
Isabel Rocha, Responsável pelo Escritório regional do IPHAN – 6º SR
Júlio Graça Melo, Vice-presidente da Associação Rioflorense de Turismo – ARTUR
Laura Bahia e Luciano Jesus de Souza, pelo apoio à programação visual dos trabalhos
Lia Motta e equipe, do Departamento de Identificação e Documentação do IPHAN, pelo apoio à
realização dos trabalhos
Maria Dalva Ferreira e Silva, Chefe de Divisão de Cultura da Secretaria Municipal de Educação
e Cultura de Piraí e equipe
Marta Fonseca, Secretária Municipal de Cultura de Vassouras
Fevereiro 2004
QUADRO SINÓPTICO DOS BENS INVENTARIADOS
CAMINHOS DO CAFÉ
Município/ Código ficha de
inventário
1. Centro Histórico
Barra do Piraí
BPR-CF-U01-00
BPR-CF-U01-01
BPR-CF-U01-02
BPR-CF-U01-03
BPR-CF-U01-04
BPR-CF-U01-05
BPR-CF-U01-06
BPR-CF-U01-07
BPR-CF-U01-08
BPR-CF-U01-09
BPR-CF-U01-10
BPR-CF-U01-11
BPR-CF-U02-00
BPR-CF-U03-00
BPR-CF-U04-00
Denominação do Bem Imóvel
Fotos
atuais
Barra do Piraí
Igreja de Santana
Palácio Episcopal
Casa n.º 180
Chafariz da Carioca
Casario da Rua Angélica
Ponte Getúlio Vargas
Estação Ferroviária D. Pedro II
Rotunda
Santa Casa de Misericórdia
Chaminé
Associação Rural
Dorândia. Igreja de N. Sra. das Dores
S. José do Turvo. Igreja de São José
Ipiabas. Igreja de N. Sra. da Piedade, Estação
Ferroviária, Remonta e Casario
1
11
1
1
2
6
5
10
1
1
1
1
1
2
11
Eng. Paulo de Frontin
9
Mendes
13
Miguel Pereira
5
Paty do Alferes
6
Piraí
Igreja Sant'Ana do Piraí
Prefeitura Municipal
Capela de São Benedito
Delegacia de Polícia
Hospital Flávio Leal
Cemitério do SS. Sacramento
Arrozal
Casarão
Igreja de São João Batista
15
1
1
1
3
2
1
1
Rio das Flores
Usina de beneficiamento
Câmara Municipal
Capela Santana
Estação Ferroviária
Fórum
10
3
0
8
4
2
Valença
Estação Ferroviária
Oficina da Estação
Praça Paulo de Frontin
Hotel Valenciano
Anexo Inst. de Educação
Chalé Tabit
Solar dos Nogueira
Igreja N S da Glória
Imóvel n. 72
Barão de Juparanã
Igreja N S do Patrocínio
Estação Ferroviária
Escola B de Juparanã
Casarão
Praça Duque de Caxias
Conservatória
Igreja de Santo Antônio
Casa de Cultura
Casa - R Pedro Gomes n. 16 e 26
Hotel Vila Real
25
5
2
3
3
1
1
1
1
2
Eng. Paulo de Frontin
EPF-CF-U01-00
Mendes
MEN-CF-U01-00
Miguel Pereira
MPR-CF-U01-00
Paty dos Alferes
PAL-CF-U01-00
Piraí
PIR-CF-U01-00
PIR-CF-U01-01
PIR-CF-U01-02
PIR-CF-U01-03
PIR-CF-U01-04
PIR-CF-U01-05
PIR-CF-U01-06
PIR-CF-U02-00
PIR-CF-U02-01
PIR-CF-U02-02
Rio das Flores
RFL-CF-U01-00
RFL-CF-U01-01
RFL-CF-U01-02
RFL-CF-U01-03
RFL-CF-U01-04
RFL-CF-U01-05
Valença
VAL-CF-U01-00
VAL-CF-U01-01
VAL-CF-U01-02
VAL-CF-U01-03
VAL-CF-U01-04
VAL-CF-U01-05
VAL-CF-U01-06
VAL-CF-U01-07
VAL-CF-U01-08
VAL-CF-U01-09
VAL-CF-U02-00
VAL-CF-U02-01
VAL-CF-U02-02
VAL-CF-U02-03
VAL-CF-U02-04
VAL-CF-U02-05
VAL-CF-U03-00
VAL-CF-U03-01
VAL-CF-U03-02
VAL-CF-U03-03
VAL-CF-U03-04
5
2
2
2
4
2
3
1
3
1
Fotos
antigas
Desenhos
e plantas
Mapas
continuação
Município/ Código ficha de
inventário
VAL-CF-U03-05
VAL-CF-U03-06
VAL-CF-U03-07
VAL-CF-U03-08
VAL-CF-U03-09
VAL-CF-U03-10
VAL-CF-U03-11
VAL-CF-U03-12
VAL-CF-U03-13
VAL-CF-U03-14
VAL-CF-U03-15
Denominação do Bem Imóvel
Fotos
atuais
Casario R Oswaldo Fonseca
Casa - R Oswaldo Fonseca n. 31
Casario R Luiz A Pinto
Casa Desencontro
Casa Praça n. 459
Casa Praça n. 469
Casa R Luiz A Pinto n. 41
Praça Getúlio Vargas
Túnel que chora
Estação Ferroviária
Ponte dos Arcos
1
1
1
1
1
1
1
3
2
1
1
Vassouras
Igreja N S da Conceição
Praça Barão de Campo Belo
Sta. Casa da Misericórdia
Prefeitura e Câmara Municipal
Casa da Hera
Casa de Cultura
Estação Ferroviária
Palacete Barão de Itambé
Praça Sebastião de Lacerda
Palacete Barão do Amparo
Solar Barão do Ribeirão
Solar Barão de Vassouras
Solar Barão de Massambará
Barão de Vassouras
Igreja S Sebastião
4
4
1
7
8
4
2
13
3
7
2
1
1
2
5
1
Santa Maria
Ponte Alta
Taquara
Alliança
Ipiabas
São João Da Prosperidade
Ribeirão Frio
São Sebastião
Monte Alto
Monte Alegre
Jurea
Feliz Remanso
Aterrado
Sant’ana
São Luiz
4
3
4
7
2
5
6
1
3
1
1
10
2
5
2
Palmas
1
Santa Cruz
13
Barão De Javari
Piedade
4
São Fidélis
3
Monte Alegre
Arcozelo
Pau Grande
3
4
12
Santa Rosa
Santa Maria Aymores
Bela Aliança
Três Saltos
Confiança
Botafogo
1
4
4
5
1
1
Grama
2
Saudade
São Polycarpo
Cachoeira
Campos Eliseos
4
5
4
5
Vassouras
VAS-CF-U01-00
VAS-CF-U01-01
VAS-CF-U01-02
VAS-CF-U01-03
VAS-CF-U01-04
VAS-CF-U01-05
VAS-CF-U01-06
VAS-CF-U01-07
VAS-CF-U01-08
VAS-CF-U01-09
VAS-CF-U01-10
VAS-CF-U01-11
VAS-CF-U01-12
VAS-CF-U01-13
VAS-CF-U02-00
VAS-CF-U02-01
2. Fazendas
Barra do Piraí
BPR-CF-R01
BPR-CF-R02
BPR-CF-R03
BPR-CF-R04
BPR-CF-R05
BPR-CF-R06
BPR-CF-R07
BPR-CF-R08
BPR-CF-R09
BPR-CF-R10
BPR-CF-R11
BPR-CF-R12
BPR-CF-R13
BPR-CF-R14
BPR-CF-R15
Eng. Paulo de Frontin
EPF-CF-R01
Mendes
MEN-CF-R01
Miguel Pereira
MPR-CF-R01
MPR-CF-R02
Paraíba do Sul
PBS-CF-R01
Paty dos Alferes
PAL-CF-R01
PAL-CF-R02
PAL-CF-R03
Piraí
PIR-CF-R01
PIR-CF-R02
PIR-CF-R03
PIR-CF-R04
PIR-CF-R05
PIR-CF-R06
Rio Claro
RCL-CF-R01
Rio das Flores
RFL-CF-R01
RFL-CF-R02
RFL-CF-R03
RFL-CF-R04
Fotos
antigas
Desenhos
e plantas
Mapas
continuação
Município/ Código ficha de
inventário
RFL-CF-R05
RFL-CF-R06
RFL-CF-R07
RFL-CF-R08
RFL-CF-R09
RFL-CF-R10
RFL-CF-R11
RFL-CF-R12
RFL-CF-R13
RFL-CF-R14
RFL-CF-R15
RFL-CF-R16
Denominação do Bem Imóvel
Guarita
Forquilha
Santo Antônio
Bananal
Bonsucesso
Paraíso
Santa Luíza
Independência
Santa Genoveva
Recreio De Santa Justa
Santa Justa
União
Fotos
atuais
3
8
3
4
7
22
5
6
4
6
1
Valença
VAL-CF-R01
VAL-CF-R02
VAL-CF-R03
VAL-CF-R04
VAL-CF-R05
VAL-CF-R06
VAL-CF-R07
VAL-CF-R08
VAL-CF-R09
VAL-CF-R10
VAL-CF-R11
VAL-CF-R12
VAL-CF-R13
VAL-CF-R14
VAL-CF-R15
VAL-CF-R16
VAL-CF-R17
VAL-CF-R18
VAL-CF-R19
VAL-CF-R20
VAL-CF-R21
VAL-CF-R22
VAL-CF-R23
Santa Barbara
São Lourenço
São Paulo
São Fernando
Florença
Boa Vista
Veneza
São José
Sant'ana
Vista Alegre
Uricana
Campo Alegre
Chacrinha
Harmonia
Vargas
Destino
Santa Rosa Do Alambique
Pau D'alho
Santo Antônio Do Paiol
Monte Scylene
Santa Mônica
Oriente
Santa Rita
1
5
4
4
3
3
6
8
2
6
6
1
4
1
4
4
1
5
1
4
10
Vassouras
VAS-CF-R01
VAS-CF-R02
VAS-CF-R03
VAS-CF-R04
VAS-CF-R05
VAS-CF-R06
VAS-CF-R07
VAS-CF-R08
VAS-CF-R09
VAS-CF-R10
VAS-CF-R11
VAS-CF-R12
Pocinho
São Roque
Cachoeira Grande
São Fernando
Santa Rita
Mulungu Vermelho
São Luiz Da Boa Sorte
Ubá
Santa Eufrásia
Triunfo
Secretario
Cachoeira Do Mato Dentro
10
3
8
3
1
5
6
1
8
2
Volta Redonda
VRD-CF-R01
Três Poços
TOTAL
165
4
623
Fotos
antigas
Desenhos
e plantas
Mapas
FAZENDAS
BARRA DO PIRAÍ
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SANTA MARIA (Hotel Fazenda do Arvoredo)
localização:
RJ 145, km 18 s/n. Tel.:(24) 2443-5157 ou RJ (021)3084- Município: BARRA DO PIRAÍ
4140
Código de identificação:
Época da construção:
BPR-CF-R01
mapa de localização:
1ª metade do Séc. XIX (1830)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / hotel
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Augusto Pascoli
Situação e ambiência:
A fazenda mantém ainda as características de uma autêntica fazenda do período cafeeiro do Vale do Paraíba Fluminense, cujas
edificações foram adaptadas às necessidades de uso hoteleiro. O tratamento dos ambientes externo e interno e a recepção aos
hóspedes e visitantes procuram passar dos costumes de época. O hotel promove festas com capoeira, jongo, cachambu e outras
danças da cultura negra; e uma visita guiada acompanhada de lanche, com receitas do século XIX, servido pelas mucamas na
companhia da Baronesa.
Abrange uma área de 1200 hectares, cujo acesso se dá pela rodovia RJ 145, entre as cidades de Piraí e Barra do Piraí.
Ambiência - foto retirada do site: www.hotelarv
em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A sede da fazenda está assentada sobre declive natural do terreno. A casa grande conta com 25 cômodos. O primeiro pavimento,
que não dispõe de comunicação com o piso superior, destina-se a tulhas e depósitos, havendo vestígios de uma antiga senzala.
O segundo piso, destinado à habitação propriamente dita, divide-se em três áreas distintas: área comercial, área social e área
íntima, tendo ao centro um átrio. A sala está disposta no centro da edificação, tal como na morada paulista, sendo dividida em
diversos cômodos que se comunicam entre si. Para estes cômodos se abrem todos os demais compartimentos da casa. Este
pavimento conserva até hoje os móveis originais. A grande cozinha conta com despensas generosas, onde se encontra um antigo
fogão à lenha, do século XIX, em pleno funcionamento. Pátio interno é cercado de confortáveis varandas.
Na capela conta com alguns elementos originais do século XVIII, como o altar e as imagens de adorno.
A fazenda obedece às linhas de construção urbana, em estilo neoclássico dos arquitetos da Corte, diferindo-se dos padrões
coloniais.
Características construtivas:
- Embasamento em pedra, tabuado corrido assentado sem baldrame;
- Alvenarias auto portantes em taipa de pilão;
- Madeiramento em caibro armado, sustentando telhado em capa e bica;
- Beirais arrematados por cimalhas e cachorros;
- Vãos de janelas em verga reta, com esquadrias em madeira maciça pintada (internas), associadas a janelas em guilhotina com
vidro (externas);
- Piso em tabuado corrido no 2º piso, apoiado em barrotes de madeira, em saia-e-camisa.
Informações históricas:
A origem da Fazenda Santa Maria data da segunda década do século XIX, sendo José Luiz Gomes - Barão de Mambucaba, o seu
primeiro proprietário. Anos mais tarde a fazenda foi adquirida por Nicolau Neto Carneiro Leão, casado com a filha do Barão de
Vargem Alegre, que veio a receber o título de Barão de Santa Maria em homenagem à própria fazenda.
Dados cronológicos:
1818 - doação das terras a José Luiz Gomes - Barão de Mambucaba.
1858 - conclusão da nova sede em substituição à antiga - obra empreendida por Nicolau Neto Carneiro Leão.
1903 - adquirida pelo Conde João Leopoldo Modesto Leal.
Atualmente - pertence aos irmãos Ana Heloísa e Augusto Pascoli, que a receberam por herança em 1982; e a transformaram no
Hotel Fazenda Arvoredo em 1991.
Informações complementares:
O edifício principal está em bom estado de conservação. As reformas havidas mantiveram a integridade formal da edificação e não
descaracterizaram o partido de implantação.
Intervenções realizadas:
- No início do século XX, o principal quarto da casa, o do Barão, teve um dos seus dois quartos de vestir transformado no primeiro
banheiro da casa.
- Década 50 - O edifício principal passou por reforma, que lhe garantiu uma varanda no 2º pavimento, fazendo as vezes de pórtico.
- A escada original mudou de lugar, mas a entrada principal continua pelo saguão de recepção.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br/rt-ciclodocafe.html, consultado em outubro/2003.
- http://www.hotelarvoredo.com.br/#, consultado em outubro/2003.
- Veja Rio, ano 29, nº 24, jun/ 96, p. 13.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
Registro Fotografico:
Vista da sede da fazenda - foto retirada do site: www.hotelarv
out/ 2003.
Interior - foto retirada do site: www.hotelarvoredo.com.br, em
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA PONTE ALTA
Código de identificação:
localização:
RJ 145 - Km 19 Tel.: (024) 2443-5005 ou 2443-5159
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R02
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / pousada
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Ricardo Pascoli
Situação e ambiência:
O acesso à fazenda Ponte Alta se dá pela rodovia RJ 145, entre as cidades de Piraí e Barra do Piraí, próxima à antiga estação de
trem de Santana de Barra.
O conjunto edificado está situado num vale tendo ao fundo encostas arborizadas. Um renque de palmeiras imperiais compõe a
paisagem. A ambiência externa e interna transpira a memória do século XIX, seja pela presença de vestígios materiais daquela
época, como pelas atividades empreendidas pelos proprietários, como o Sarau Histórico - onde é contada a história da fazenda,
teatralmente, como parte do contexto geral da história do Vale e do Brasil.
Ambiência - foto retirada do site: www.pontealt
out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A sede foi parcialmente reconstruída em 1936. Dos elementos originais restaram a senzala, o engenho, as rodas d'água, a capela
e o terreiro de café. Os cômodos originais da senzala apresentam portas de conexão entre eles, permitindo que os escravos
transitassem pelos mesmos.
Informações históricas:
A origem das terras da Fazenda Ponte Alta data do início do século XIX, quando José Luiz Gomes, o Barão de Mambucaba, que já
era grande sesmeiro em Angra dos Reis, requereu uma sesmaria nessa região, época em que se iniciava o interesse pelo plantio
de café no Vale do Paraíba. Na República, quando a fazenda passou a pertencer a D. Isabel, neta primogênita do Conde Modesto
Leal, foi várias vezes visitada pelo então Presidente Getúlio Vargas, amigo pessoal da proprietária.
Dados cronológicos:
1808 - adquirida por José Luiz Gomes - o Barão de Mambucaba
1855/1890 - passada por herança à filha do Barão de Mambucaba; e, posteriomente, ao Barão de Guanabara; vindo, finalmente, a
terminar na carteira hipotecária do banco de Crédito Real do Brasil
1900 - adquirida do referido banco, entre outras 30 fazendas, por João Leopoldo Modesto Leal - o Conde Modesto Leal, que
quando faleceu, em 1936, a deixou por herança a Isabel Modesto Leal - responsável por construir a atual sede de pedra no lugar
da antiga vivenda
1936 - Construção da nova sede, em estilo mexicano, no lugar da antiga
1960 - adquirida por NeIlie Pascoli, empresária do setor de mineração, co-fundadora da CAEMI, e apreciadora da arte brasileira
1972 - recuperação do antigo moinho de café e aquisição de mobiliário e peças dos séculos XVIII e XIX - projeto de autoria do
arquiteto Jorge de Souza Hüe
1982 - passada por herança a Evelyn, uma das pioneiras do Turismo Cultural no Vale do Paraíba, e a Ricardo Pascoli, sobrinhos
da falecida proprietária, que, posteriormente, a transformam em uma pousada
Atualmente - pertence a Ricardo Pascoli, após o falecimento de sua irmã Evelyn Pascoli, em 2003
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC, 1977. Coleta de dados: José Martins
Rodrigues, responsável técnico, Alcina Ferreira Neves e Josemar da Ressurreição Coimbra.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- http://www.preservale.com.br/, visitado em novembro/2003
- http://www.pontealta.com.br , visitado em outubro/2003
Registro Fotografico:
interior da capela - foto retirada do site: www.pontealta.com.
Vista da sede - foto retirada do site: www.pontealta.com.br, e
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio
Vista da senzala - Leila Alegrio
Vista da antiga tulha - Arthur Vianna.
Vista do antigo engenho de beneficiamento de café - Arthur Via
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA TAQUARA
Código de identificação:
localização:
RJ 145, próxima a BR 393 - Tel.: (024) 2444-7900, 24431221 ou 2443-132
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R03
mapa de localização:
Início do Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / habitação, aberta à visitação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
João Carlos Streva
Situação e ambiência:
O acesso à Fazenda Taquara se dá pela rodovia BR 393, próximo ao acesso à cidade de Barra do Piraí. A sede foi implantada
sobre um terreno com pequeno desnível, cujo embasamento de pedra permite a formação de um porão habitável. Guarda até
nossos dias a rusticidade da arquitetura colonial rural. Apresenta, ainda, um centro de produção de café como no século passado.
A propriedade recebe visitantes mediante reserva prévia, oferecendo um delicioso café. Em algumas ocasiões oferece festas que
são realizadas no porão e na antiga senzala.
Vista frontal da sede da fazenda - Leila
Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A construção em forma de um quadrilátero com um jardim interno encontra-se ainda preservada. Na entrada, a ala social é
composta de três ambientes: à esquerda um grande quarto de hóspedes, ao centro a sala de visitas, e à direita um salão de música.
Na sala principal permanecem fotos da família e sobre uma mesa livros de contabilidade da fazenda, com todas as anotações sobre
gastos rendimentos e escravos. O mobiliário original mostra uma riqueza de simplicidade, com esplêndidos detalhes de entalhes de
pés e cabeças de escravos, assim como pés de animais. Segundo os proprietários, os móveis foram feitos com madeira extraída da
fazenda e confeccionados pelos escravos – o que torna o conjunto mobiliário singular e único. A capela no interior da casa revela a
religiosidade da família, devota de São João Batista. (ALEGRIO, 2003)
Informações históricas:
A sede da Fazenda Taquara foi construída pelo comendador João Pereira da Silva, afilhado do Barão do Rio Bonito - José Pereira
de Faro. A denominação Taquara lhe foi dada mais tarde pelos escravos, em substituição ao nome "Nova Prosperidade", em alusão
a grande quantidade de bambus finos existentes em suas terras.
O comendador foi um dos beneméritos da cidade de Barra do Piraí. Sabe-se que teria doado o terreno para construção da Igreja de
Santana e que toda a madeira empregada na construção igreja foi trazida de suas terras. Quando faleceu, em 1872, seus restos
mortais forram depositados no interior da igreja que ajudou a construir.
Atualmente a propriedade pertence a João Carlos Streva, descendente do Comendador Pereira da Silva.
Fontes:
- ROCHA, Isabel. Arquitetura Rural do Vale do Paraíba Fluminense no Século XIX. Rio de Janeiro: Revista Gávea n.º 1, PUC-RJ,
1985.
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da Costa. Poder, progresso, luxo e opulência: um reexame da arquitetura rural fluminense do
século XIX. Rio de Janeiro: Dissertação de mestrado, UFRJ-FAU-CLA, 1999.
- ALEGRIO, Leila Vilela. Janelas e portas do café. Rio de Janeiro: Catálogo da exposição de fotografias. SESC/RJ, 2003.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
- http://www.preservale.com.br/, visitado em novembro/2003
Registro Fotografico:
Interior sala de jantar - Leila Alegrio.
Escada de acesso - Leila Alegrio
porão - www.preservale.com.br
Altar da capela - Leila Alegrio.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA ALLIANÇA
Código de identificação:
localização:
RJ 145, Km 10 sede a 1 Km
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R04
mapa de localização:
Séc. XIX (2ª metade)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / habitação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / atualização de inventário arquitetônico
Propriedade
Privada/ Marco Rabello
Situação e ambiência:
A sede da fazenda insere-se harmoniosamente na paisagem, apresentando vestígios de que outrora abrigou grande lavoura de
café. Segundo ALEGRIO, 2003, ela, ainda hoje, conta com seus imensos terreiros de secar café em pedra lascada, ruínas de uma
grande enfermaria para escravos e maquinas de beneficiamento de café.
O aceso à fazenda Alliança se dá pela rodovia RJ 145, entre as cidades de Piraí e Barra do Piraí. A implantação do conjunto
construído foi realizada de modo a não permitir a sua visualização de nenhum ponto da área de em torno.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A descrição apresentada a seguir está baseada em informações constantes do inventário do INEPAC, de 1977. O volume
construído distribui-se em três alas distintas, sendo duas delas de serviço. No corpo principal, a fazenda apresenta uma tipologia de
imóvel urbano, com jardins internos. Tem como característica, as várias águas e tamanhos de seus telhados. Nela é possível
encontrar um belíssimo oratório de madeira artisticamente decorado com pintura a óleo -peça obrigatória nas fazendas que não
dispunham de capela.
Apresenta a junção de vários estilos que não propiciam uma unidade e harmonia ao conjunto arquitetônico - muitas vezes há a
inserção de elementos não condizentes e desvinculados do contexto ambiental. A entrada é em arcos romanos; e na ala de estilo
romano, as paredes são em arco de semicírculo. As colunas e frontões romanos agridem o conjunto, bem como as variedades de
estilos dos elementos secundários.
Sob a sede da fazenda existe interessante sistema de drenagem, com cerca de dois mil metros de canais subterrâneos feitos de
pedra, com 1,50m de largura por 2,00m de altura.
Características construtivas:
- Base de pedra aglutinada suspensa 1,5m na parte dos fundos, onde forma um porão;
- Paredes de alvenaria na ala social e pau-a-pique na parte dos fundos;
- Piso de tábua corrida no interior do imóvel e lajotas na ala de serviço frontal à ala social;
- Teto de tábua corrida sobreposto na ala social e esteiras na ala de serviço; e
- Janelas de guilhotina, janelas simples de correr, janelas duplas de abrir com venezianas e vidro e janelas em arco e semicírculo
Informações históricas:
Desde meados do século XIX esta fazenda passou a pertencer ao 1º Barão do Rio Bonito - Joaquim José Pereira de Faro, que
gozava de grande projeção econômica e política na época.
Com a sua morte, esta e outras fazendas da família passaram a ser administradas por seu filho neto- José Pereira de Faro, o 3º
Barão do Rio Bonito. Este se destacou; pelo interesse pelo desenvolvimento do então arraial de Barra do Piraí - promovendo a
construção da igreja matriz e da primeira canalização de águas de Barra do Piraí.
Dados cronológicos:
Meados do séc. XIX - adquirida por Joaquim José Pereira de Faro, não se tendo registro da época em que foi alienada
1897 - vendida a Teixeira Borges e Cia., comerciantes estabelecidos a Rua do Rosário, 66 e 68, Rio de Janeiro, pelo comendador
José Joaquim de França Júnior e esposa, D. Ana Barbosa de França, ambos moradores do Rio de Janeiro
1863 - reformada a antiga sede da fazenda
1932 - vendida a D. Fernanda Delbourg Raulino, pela firma Teixeira Borges e Cia, que cerca de 20 anos depois a vendeu a
Fernanda Raulino Lamego, casada com Iranir Ribeiro Lamego
Atualmente - pertence a Marco Rabello
Informações complementares:
Segundo os responsáveis pelo levantamento, em 1977, as alterações e reformas, realizadas no conjunto edificado, alteraram
substancialmente o volume original, sendo impossível enumerar cronologicamente as modificações.
Na ocasião do levantamento, identificaram como riscos potenciais à integridade do imóvel as infiltrações existentes na cobertura e o
desabamento da ala dos fundos devido ao estado dos suportes verticais e horizontais. Nesse sentido, recomendam entendimentos
com os proprietários para com vistas à restauração da cobertura, madeiramento e forros.
Intervenções realizadas antes de 1977:
- As janelas foram gradualmente sendo substituídas por uma gama variável de estilos.
- Acréscimo da entrada principal, em estilo romano com frontão triangular, realizada em 1863.
- União da ala de serviço com a social.
- Aumento na altura do muro nas alas de serviço.
No entanto, segundo fotos recentes, pode-se verificar que o estado do imóvel mostra que passou por reformas após vistoria de 1977.
Ver foto 7 do registro fotográfico.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC, 1977. Coleta de dados: José Martins
Rodrigues, responsável técnico, Alcina Ferreira Neves e Josemar da Ressurreição Coimbra.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Detalhe da capela - Leila Alegrio
Entrada da sede da fazenda - Leila Alegrio
Vista da sede com o terreiro de café em 1º plano - Leila
Alegrio.
Vista parcial da sede da fazenda - Arthur Vianna.
Altar da capela - Leila Alegrio
Detalhe entrada da sede - Leila Alegrio.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA DE IPIABAS
Código de identificação:
localização:
RJ 137
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R05
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / rural
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Família Lindolpho de Paiva
Situação e ambiência:
A sede da Ipiabas foi implantada em terreno sensivelmente acidentado. O acesso à fazenda se dá pela rodovia RJ 137, que liga a
cidade de Barra do Piraí a de Ipiabas. A partir da estrada é possível vislumbrar a sede da fazenda, protegida aos fundos por
pequeno morro.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Foi construída por volta de 1819, em estilo colonial de influencia mineira do século XVIII, caracterizado pelos arcos abatidos nas
janelas, portas e beirais encachorrados, comuns em construções deste gênero. Provavelmente foi reformada ao longo do século
XIX. (ALEGRIO, 2003)
Informações históricas:
A implantação da Fazenda de Ipiabas foi feita pelo Comendador Pereira da Silva. Sua sede foi construída na segunda década do
século XIX, sendo posteriormente reformada, tal como várias outras, ao longo da segunda metade do século.
Dados cronológicos:
1820 - época de construção da sede
1872 - falecimento do Comendador João Pereira da Silva, após o qual seus herdeiros a venderam à família Carvalho e Vasconcellos
1920 - pertencia a Lindolpho de Paiva
Atualmente - pertence ainda à família de Lindolpho de Paiva.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas – Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
? ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Vista da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/10/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SÃO JOÃO DA PROSPERIDADE
Código de identificação:
localização:
RJ 137, Km7 - Tel.:(024) 2442-3194
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R06
mapa de localização:
1ª metade do Séc. XIX (1820/1830)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / habitação, aberta à visitação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Luiz Geraldo Muniz
Situação e ambiência:
A sede da fazenda está situada no km 10 da Estrada Santa Maria, cujo acesso se dá pela RJ 145, estrada que liga Barra do Piraí a
Ipiabas e a Conservatória. O conjunto construído pode ser visto da estrada, de onde se pode observar as edificações
remanescentes da propriedade - casa-grande e o antigo abrigo de mulas.
A sede transpira o ambiente do século XIX pelo gosto e dedicação da proprietária em recepcionar os visitantes que agendam um
passeio. Vestida de Sinhá e acompanhada de suas mucamas oferece um lanche preparado com receitas de época, após visitação
aos ambientes da sede e passeio pelos arredores, inclusive ao alambique.
Vista da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Sendo uma das fazendas pioneiras de plantio de café na região, a casa-grande apresenta uma arquitetura colonial rural, que não
passou por reformas posteriores que tenham alterado sua forma original. As paredes externas contam com mais de um metro de
espessura, o pé-direito dos quartos e salões é avantajado e o telhado possui inclinação acentuada, com telhas feitas à mão.
Do antigo conjunto construído composto de tulha, moinho, senzalas e casa-grande, hoje só existe a casa e o abrigo de tropas de
mulas - construção independente situada no acesso à sede. A casa, de decoração simples, abriga 10 quartos, 05 salões, 01 capela,
01 prédio interno e cozinha.
Na área de em torno há vestígios de antigas edificações, possivelmente de depósitos e senzala.
Informações históricas:
A sede da Fazenda São João da Prosperidade foi construída por Antonio Gonçalves de Moraes, o chamado "Capitão Mata Gente",
entre os anos de 1820 a 1830, época em que iniciou o plantio de café em suas terras. Em seu nome constavam, ainda, outras
propriedades como a Fazenda Braço Grande (atual Ibitira), que foi doada a seu filho José Gonçalves de Moraes; e o sítio
denominado Barra do Piraí, que deu origem à cidade de Barra do Piraí
Com a inauguração da Estrada de Ferro Sapucahy, em 1873, ligando Barra do Piraí a Santa Isabel do Rio Preto, foi construída a
parada Prosperidade, que servia à fazenda.
Atualmente ela pertence a Luiz Geraldo Muniz.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- MUNIZ, Célia Maria Loureiro. Os donos da terra. Um estudo sobre a estrutura fundiária do vale do Paraíba Fluminense no século
XIX. Rio de Janeiro: Dissertação de mestrado, UFF, 1979.
- http://www.turismo-rj.com.br/engine/index.php
- http://www.seresteiros.com.br/faz_s_joao_prosp.htm, consultada em outubro/2003.
- http://www.cosmo.com.br/viagem/materias/foradecircuito/caminho/caminho_990613.shtm, consultada em outubro/2003
- http://www.preservale.com.br/, consultada em novembro/2003.
Registro Fotografico:
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Vista da sede da fazenda - Arthur Vianna.
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Vista da capela - www.preservale.com.br, em out/ 2003.
Vista parcial da fachada principal - Fernanda Monho.
Detalhe do altar - Leila Alegrio.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA RIBEIRÃO FRIO
Código de identificação:
localização:
RJ 141
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R07
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / habitação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Coronel Bento David Gomes
Situação e ambiência:
Ambiência - Leila Alegrio
Informações históricas:
As primeiras referências à Fazenda Ribeirão Frio datam do início do século XIX. No entanto, a sua implantação como fazenda
cafeeira é atribuída ao Barão de Guapy - Joaquim José de Oliveira Ferraz, que a adquiriu de D. Izabel Jacyntha de Souza, em
meados do século. A prosperidade da fazenda alcançada nas décadas seguintes, durante o auge da produção de café, pode ser
aferida pelas impressões deixadas pelo ilustre viajante português Augusto Emilio Zaluar, que se referiu a ela como ‘uma cidade em
planta pequena’.No início do século XX pertenceu a Adolpho de Carvalho Gomes e até hoje está com um de seus filhos: Coronel
Bento David Gomes.
Dados cronológicos:
1814 - doação da sesmaria a José Caetano Alves de Oliveira
1851 - vendida por D. Izabel Jacyntha de Souza ao Barão de Guapy - Joaquim José de Oliveira Ferraz
1890 - passada Banco do Brasil para pagamento de dívidas
1892 - adquirida do referido banco por José Alves de Brito, que a vendeu, no ano seguinte, a Tertuliano Ramos e depois a Adolpho
de Carvalho Gomes
Atualmente - pertence ao Coronel Bento David Gomes
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- CASTRO, M. Vianna. Aristocracia Rural Fluminense. Rio de Janeiro, Gráfica Laemmert, 1961, pp.17-18
- ROCHA, Isabel. Arquitetura Rural do Vale do Paraíba Fluminense no Século XIX. Rio de Janeiro: Revista Gávea n.º 1, PUC-RJ,
1985.
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da Costa. Poder, progresso, luxo e opulência: um reeexame da arquitetura rural fluminense do
século XIX. Rio de Janeiro: Dissertação de mestrado, UFRJ-FAU-CLA, 1999.
- ALEGRIO, Leila Vilela. Janelas e portas do café. Rio de Janeiro: Catálogo da exposição de fotografias. SESC/RJ, 2003.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003.
Registro Fotografico:
Portão de acesso - Leila Alegrio
Vista lateral - Leila Alegrio
Sino da capela - Leila Alegrio
Altar da capela - Leila Alegrio
Escadaria lateral em pedra - Leila Alegrio
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SÃO SEBASTIÃO
Código de identificação:
localização:
RJ 141, Km 4
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / sem informação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Sem informação
Situação e ambiência:
Vista parcial da sede da fazenda - Leila
Alegrio.
Fontes:
- Registro fotográfico Leila Alegrio, 2003
Registro Fotografico:
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
BPR-CF-R08
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA MONTE ALTO
Código de identificação:
BPR-CF-R09
localização:
RJ 141
Município: BARRA DO PIRAÍ - 2º DISTRITO DORÂNDIA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / rural
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / atualização de inventário arquitetônico
Propriedade
Pedro Guimarães
Situação e ambiência:
O sítio onde foi implantada a sede da fazenda é particularmente pitoresco: um vale onde passa o ribeirão que a serve, rodeado de
montanhas - daí o nome da fazenda - onde se conserva, em alguns a mata primitiva; um arvoredo segue o leito do rio. O acesso à
sede da fazenda se dá pela RJ-141.
Anteriormente, cercavam a sede: o pátio de secagem de café, a tulha, o moinho, a senzala onde existia torre com relógio e as casas
de colonos. Todos esses elementos desapareceram, restando apenas ruínas.
Ambiência - foto retirada do Inventário de
Bens de Interesse Histórico e Cultural.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Segundo inventário realizado (INEPAC, 1976), a sede da fazenda possui uma configuração em planta, cujos elementos se
distribuem em 3 corpos. O primeiro deles compreende o corpo principal, cujas fachadas são orientadas uma para o sul e a outra
para o norte. Ambas as fachadas são compostas por um avarandado, sendo que na 1ª (sul) este se estende entre 2 cômodos
fechados - o escritório e a capela. Os avarandados se destacam devido à cobertura em 2 pequenas águas, transversais às do
telhado maior. O segundo corpo, mais estreito e alongado, se estende além do ribeirão, sobre o qual se assenta sobre uma ponte de
madeira. Neste corpo da edificação estão localizadas dependências destinadas a despejo de detritos e águas servidas diretamente
sobre o ribeirão. O terceiro corpo, de menores proporções, liga-se ao segundo em disposição paralela ao corpo principal.
O prédio está assentado sobre porão baixo que, na área correspondente ao corpo principal, é rebaixado no subsolo. No interior do
edifício, ainda se encontram vestígios do período de fausto: lustre de cristal, piano de cauda, acabamentos como papel de parede
(vestígios), forro de madeira trabalhado, uso de tabuado corrido na maioria das peças e de "parquet" na principal.
No pátio, que se estende entre as fachadas norte e leste, há um pequeno lago de forma oval. Na torre junto à senzala havia um
grande relógio de pêndulo. Fala-se da existência de um ramal particular de estrada de ferro nas terras da fazenda (notícia não
confirmada). No período cafeeiro, parece ter havido também produção de azeite, pois foi encontrado maquinário com que seria
produzido.
A sede desta fazenda apresenta um partido que parece ter sido apreciado em finais do séc.XIX. A varanda entre os 2 corpos
fechados, voltados para a fachada principal - elementos usados na casa paulista dos séculos anteriores. Nos últimos anos do XIX
esses corpos foram tratados como pequenos "chalés" com 2 águas, beirais com acabamento em lambrequins, que ornamentavam
também o acabamento da cobertura da varanda, cujo guarda-corpo era composto por tábuas recortadas. Aspecto semelhante
apresenta, por exemplo, a sede da fazenda Santa Luiza, em Rio das Flores.
Características construtivas:
- Estrutura de madeira, com paredes de vedação de pau-a-pique;
- Cobertura com telhas francesas;
- Janelas de guilhotina com caixilhos simples e folhas de venezianas;
- Portas externas em 2 folhas, com 3 almofadas em cada uma;
- Calhas para o esgotamento das águas pluviais, com acabamentos em madeira já referidos.
Informações históricas:
Dados cronológicos:
1850 - construção da sede com senzalas para os escravos
1888 - novas construções de casas de colonos
Atualmente - pertence a Pedro Guimarães
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC, 1976. Coleta de dados: Dora Monteiro e
Silva de Alcântara, responsável técnico; Selso Dal Belo; Roberto h. de Queiroz e Isabel Cristina Castro da Rocha.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
Registro Fotografico:
Ambiência – foto retirada do Inventário de Bens de Interesse
Histórico e Cultural.
Detalhe da fachada sul - foto retirada do Inventário de Bens
de Interesse Histórico e Cultural.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA MONTE ALEGRE
Código de identificação:
localização:
RJ 141
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / rural
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Situação e ambiência:
Vista da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Informações históricas:
Pertenceu ao 3º Barão do Rio Bonito.
Fontes:
- Foto Leila Alegrio.
Registro Fotografico:
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
BPR-CF-R10
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA JUREA
Código de identificação:
localização:
RJ 141
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R11
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / rural
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Família a Fragoso Pires
Situação e ambiência:
A fazenda apresenta como destaque o conjunto casa grande, tulha e terreiro, raramente encontrado nos dias de hoje, na sua
integridade.
Vista da sede da fazenda - Leila Alegrio
Informações históricas:
A Fazenda Jurea foi recebida pelo Visconde de Tocantins, irmão do Duque de Caxias, quando do seu casamento com uma filha do
Barão de Piraí. Esta propriedade foi transferida em vida a seu filho Luiz César de Lima e Silva. Apenas duas famílias foram suas
proprietárias: a Lima e Silva, no passado; e a Fragoso Pires, no presente.
O nome Jurea em língua indígena significa "lugar alto", origem do nome da fazenda em função do ponto de maior altitude na região
se localizar no centro de suas terras.
Fontes:
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- Fazendas - Solares da região cafeeira do Brasil imperial. Ed. Nova Fronteira.
Registro Fotografico:
Vista da sede da fazenda com o terreiro de café em 1º
plano - Arthur Vianna.
Vista da senzala - Arthur Vianna.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/203
Data: 01/11/203
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA FELIZ REMANSO
Código de identificação:
localização:
BR 393
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R12
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Médio
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / rural
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / atualização de inventário arquitetônico
Propriedade
Família Monteiro de Barros
Situação e ambiência:
A sede da fazenda está situada em terreno plano num sítio bastante arborizado localizado entre as margens do rio Paraíba do Sul e
a estrada Br 116, que corta as terras da fazenda.
A fachada norte da parte mais antiga da fazenda está voltada para os terreiros de café, envolvidos pela antiga senzala parcialmente arruinada, tulha e engenho, atualmente com outras funções.
Vista parcial da fachada principal da sede da
fazenda - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Segundo inventário realizado (INEPAC, 1976), a sede da fazenda é composta de 2 edifícios, interligados por um 3º corpo, com
planta em L e alpendre voltado para leste.
O 1º é mais antigo, porão bastante elevado, acesso por escada externa. A fachada principal é dividida em 3 tramos por esteios de
madeira, aparentes; 2 janelas em cada tramo e mais uma porta no 3º, protegida por pequeno alpendre de construção posterior.
O edifício mais recente, com pavimento térreo menos elevado, volta a fachada principal, exígua, para o poente e extensa lateral com
alpendre avarandado para o norte. Chama a tenção um pequeno campanário junto à casa do capataz. É notável também a extensão
dos aquedutos que servem respectivamente, ao engenho de açúcar e ao de fubá e tanque de lavagem de café. O 1º ainda abastece
a roda d’água que continua em funcionamento; o 2º encontra-se bastante arruinado.
No interior, interessante banheiro; o local para banho necessitando de escada de cesso tal a profundidade, bem como extensão do
mesmo. Mobiliário, louças, além de outros objetos antigos (álbum fotográfico, por ex.) de bastante interesse.
Quanto à tipologia, a edificação é descrita como: composta de 3 corpos distintos, não oferece esta sede um aspecto homogêneo. O
1º com madeiramento estrutural aparente, faz pensar na arquitetura que se desenvolvia em Minas Gerais, local de procedência dos
primeiros proprietários das terras, que o fizeram construir em 1845.
O 2º, datando de 1878, reflete a influência que exercia a arquitetura urbana sobre a rural, nesta época: fachada principal exígua, de
grande profundidade, corredor lateral servindo como elemento de circulação - partido típico das construções implantadas em lote
urbano de grande profundidade e pouca testada. O tratamento da fachada principal, nesse, é mais uma prova desta influência,
revelando gosto neoclássico na simetria de composição e num coroamento por frontão triangular, com ornamentos singelos.
O 3º é um corpo intermediário, já citado. O mesmo pode ser observado na casa de engenho (1880) com aspecto de sobrado urbano.
Características construtivas: sede inicial (1845): estrutura de madeira, paredes de taipa, sobre embasamento de alvenaria de pedra,
telhado em 4 águas com telha canal. Datando, provavelmente de 1878, o tratamento externo do porão alto em massa simulando
aparelho de cantaria e o pequeno alpendre que protege o patamar da escada.
Sede posterior (1878): paredes perimetrais de alvenaria; divisórias internas de taipa e cobertura em 2 águas com telhas francesas
(importadas de Marseille); embasamento de alvenaria (porão baixo) com revestimento em massa, simulando aparelho de cantaria.
Informações históricas:
No início do séc. XIX a Fazenda Feliz Remanso pertencia ao capitão José Tomaz da Silva. Com sua morte, a propriedade passou,
por venda, a pertencer ao Comendador Lucas Antônio Monteiro de Barros - Visconde de Congonhas do Campo. É uma das poucas
propriedades que se mantém na mesma família até os dias de hoje.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse Histórico e Artístico do Estado do Rio de Janeiro - INEPAC. Dora Monteiro e Silva Alcantara,
Selso d’Al Belo, Roberto H. Queiroz, Isabel Cristina Castro da Rocha, dezembro/ 1976.
Registro Fotografico:
Detalhe da entrada - Leila Alegrio.
Detalhe do altar - Leila Alegrio
Vista da casa do capataz - Leila Alegrio
Detalhe da torre sineira - Leila Alegrio.
Leila Alegrio
Leila Alegrio
Registro fotográfico do inventário de 1976
Registro fotográfico do inventário de 1976
Registro fotográfico do inventário de 1976
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA DO ATERRADO
Código de identificação:
localização:
BR 393, Rod. Lúcio Meira, Km274 Tel.:9914-2540
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R13
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / turístico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / inventário arquitetônico
Propriedade
Myrthes Eli Gomes Junqueira e filhos
Situação e ambiência:
Vista da entrada da sede - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A casa, edificada em forma de "L" invertido e com influência da arquitetura colonial mineira, com suas janelas em arco abatido, o
telhado acabando em uma singela cimalha. A porta de entrada é feita através de uma escada em pedra lavrada que se encontra
protegida por um alpendre. Na base do "L" encontram-se distribuídas as salas de estar, visitas e jantar, assim como alguns quartos
que dão ora para a sala de jantar, ora para a sala de visitas. A área de serviço dispõe-se na parte perpendicular à base do "L",
ficando a cozinha no final da construção. Aqui e ali ainda pode-se ver alguns vestígios do que outrora fora o engenho, a tulha e as
senzalas. (ALEGRIO, 2003)
Fontes:
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Detalhe dos cunhais - Leila Alegrio.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SANT’ANA
Código de identificação:
localização:
BR 393, Km 39
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R14
mapa de localização:
1ª metade do Séc. (1836)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / habitação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / atualização de inventário arquitetônico
Propriedade
Manoel Coutinho de Carvalho
Situação e ambiência:
A sede da fazenda foi implantada num platô delimitado por muro, cuja configuração assemelha-se a uma aldeia que procura se
defender de supostos invasores.
O acesso à fazenda Sant’Ana se dá pela BR-393, entre as cidades de Barra do Piraí e Vassouras. Por uma estrada lateral, se tem
acesso aos terreiros de café, depósitos e antigas oficinas da fazenda, destacando-se ali uma imponente alameda de palmeiras.
Entrada da fazenda - Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Segundo descrição de inventário (INEPAC, 1977), a sede da fazenda e construções anexas apresenta um volume construído em
forma de U. O conjunto é uma verdadeira fortaleza, cujas posições principais destinam-se a residências. Compõe a área construída:
terreiro, depósito, antigas senzalas, jardins, oficinas e capela. Tem um grande forno de cal e bons engenhos de café e açúcar,
movidos por motores hidráulicos.
Apesar de ser um belo exemplar de arquitetura rural brasileira, a edificação sofreu algumas alterações quando da substituição das
antigas janelas por modelos mais recentes, troca de pisos de lajota para tijolos maciços, demolição de uma ala nos fundos da
fazenda, mudanças de estilos na entrada principal - intervenções que descaracterizaram o volume original.
Características construtivas:
- Embasamento de pedra aglutinada;
- Paredes de pau-a-pique e alvenaria de tijolos de barro, alternando-se. Originalmente, todas eram de pau-a-pique;
- Piso nas áreas de serviço em cimentado liso; nas áreas sociais em tábua corrida, sendo que nas varandas, o piso é composto por
lajotas de barro e tijolos maciços;
- Cobertura em de telha colonial original;
- Pilares, originalmente, eram todos de madeira maciça, alguns deles foram refeitos em tijolos;
- Balaústres de ferro, colocados posteriormente;
- Janelas originalmente eram do tipo de guilhotina, hoje, há uma mistura de estilos
Informações históricas:
A Fazenda de Sant’ Ana foi um dos marcos na colonização de Barra do Piraí. Sua sede foi construída pelo pai do 1º Barão do Rio
Bonito - o Comendador Joaquim Pereira de Faro. Posteriormente, esta se tornou a principal fazenda da família Faro.
Dados cronológicos:
1812 - vendida para o 1º Barão do Rio Bonito, Joaquim José Pereira de Faro, que somente se instalou definitivamente na fazenda
em 1852
1856 - passada por herança aos herdeiros, respectivamente, os 2º e 3º Barões do Rio Bonito, João Pereira Darrigue de Faro e José
Pereira de Faro
1892 - vendida ao comendador José Joaquim de França Júnior
Atualmente ? pertence a Manoel Coutinho de Carvalho que promoveu uma série de reformas desde quando a adquiriu, em 1966
Informações complementares:
Segundo os responsáveis pelo levantamento, em 1977, houve uma verdadeira cirurgia nos detalhes arquitetônicos do imóvel
durante um século, sem registro dessas modificações. Na ocasião, foi identificado um único perigo potencial à edificação,
representado por uma parede fora de prumo à direita da entrada principal. Esta ameaça pode ser vista pelo lado interno onde está
localizado o terreiro de café. Ressaltam que a deformação encontrada pode ter tido origem nas sucessivas alterações dos
elementos originais; e recomendam entendimentos com os proprietários para recomposição dos elementos originais.
Intervenções realizadas antes de 1977:
- Demolição de uma ala nos fundos da fazenda.
- Mudança de parte do madeiramento do telhado.
- Colocação do balaústre de ferro ornamentado.
- Retirada das calhas de coleta de águas pluviais.
- Complementação do piso de lajotas com tijolos maciços.
- Substituição de esquadrias por modelos diferentes do original.
- Mudanças nos banheiros.
- Ampliação da sacristia da capela.
- Modificações nos jardins internos e externos.
- Acréscimo de duas varandas nas extremidades.
- Mudança de alguns pilares de madeira maciça por tijolos.
(ver foto 4 do Registro Fotográfico)
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC, 1977. Coleta de dados: José Martins
Rodrigues, responsável técnico, Alcina Ferreira Neves e Josemar da Ressurreição Coimbra.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Entrada principal - Leila Alegrio.
Leila Alegrio
Vista da capela - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SÃO LUIZ
Código de identificação:
localização:
RJ 143
Município: BARRA DO PIRAÍ
Época da construção:
BPR-CF-R15
mapa de localização:
2ª metade do Séc. XIX (1860)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / sem informação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / atualização de inventário arquitetônico
Propriedade
Família Costa e Souza
Situação e ambiência:
A casa grande foi construída num vale, em terreno com pequena declividade, junto ao córrego que a abastece. O acesso à fazenda
se dá pela RJ 143.
Outrora, a composição do quadrilátero era formada pela casa grande num dos lados, onde as senzalas ocupavam os outros dois.
No centro do quadrilátero existiam 3 terreiros para secagem do café.
Ambiência - foto retirada do Inventário de
Bens de Interesse Histórico e cultural.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Segundo inventário realizado (INEPAC, 1976), a sede da fazenda é uma construção assobrada, seguindo planta em L. Possui
escada de acesso externo ao 2º pavimento, que atinge uma varanda (fachada oeste).
A edificação é coberta com telhado em 4 e 3 águas, respectivamente, no corpo principal e no que lhe é transversal. O
prolongamento de 2 destas águas (1 em cada corpo do edifício) parece indicar acréscimos à construção primitiva. No seu interior
encontra-se: um oratório, uma farmácia, um piano e um gramofone.
A fazenda conserva moinho de café e roda d’água. Registra-se a presença de instalações sanitárias em construção à parte, sobre o
córrego.
A tipologia arquitetônica da sede apresenta um aspecto comum a várias construções rurais desta região: o neoclássico, estilo oficial
da capital do Império. De maneira discreta, essa tipologia se reflete na preocupação com a composição simétrica da fachada
principal: vergas retas encimadas por frisos salientes, constituindo pequenas cimalhas: o espaço entre o beiral e as vergas das
janelas do pavimento superior, com tratamento à maneira de entablamento clássico. Com o mesmo espírito, os cunhais são tratados
como pilastras de ângulo, encimadas por capitéis. A varanda lateral, acrescida no final do século, apresenta interessante guardacorpo, assim como lambrequins ao gosto da época.
Características construtivas:
- Estrutura de madeira, com paredes de vedação de pau-a-pique; os elementos estruturais não ficam aparentes;
- Janelas de guilhotina com caixilhos simples; outras 2 folhas cegas, de tábuas rejuntadas;
- O guarda-corpo da varanda é feito com elementos de tábuas caprichosamente recortadas, assim como os lambrequins, também de
madeira;
- A escada apóia-se em arcos de alvenaria.
Fazenda São Luís
1º pavimento
2º pavimento
Registro Fotografico:
Vista parcial da sede da fazenda - foto retirada do
Inventário de Bens de Interesse Histórico e cultural.
Levantado por: Flávia Antunes
Revisado por:
M. Cristina Soares de Almeida
Data: 01/10/2003
Data: 01/11/2003
ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA PALMA
localização:
Código de identificação: EPF-CF-R01
RJ 121
Município: ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / habitação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
A Fazenda Palma está localizada no fundo de um vale, cercada por árvores de grande porte e por imponentes palmeiras. A sua
frente, um lago ocupa o lugar do que provavelmente foi o terreiro de secagem de café.
Ambiência - Arthur Vianna.
Fontes:
- Registro fotográfico Arthur Vianna.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
MENDES
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SANTA CRUZ
Código de identificação:
localização:
RJ 127, em frente a Av. Governador Roberto Silva
Município: MENDES
Época da construção:
MEN-CF-R01
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / habitação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção de um único pavimento, coberta por telhas coloniais.
Informações históricas:
Pertenceu ao Barão de Santa Cruz.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
MIGUEL PEREIRA
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA BARÃO DE JAVARY
Código de identificação:
localização:
RJ 125
Município: MIGUEL PEREIRA
Época da construção:
MPR-CF-R01
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Fazenda cafeeira/ Turístico-cultural (Hotel Fazenda Javary)
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada
Situação e ambiência:
A fazenda Barão de Javary localiza-se as margens do grande lago piscoso da Serra do Mar, sendo cercada por frondosas árvores
seculares.
Fontes:
- http://turismo-rj.com.br, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA PIEDADE
Código de identificação:
localização:
RJ 125/ RJ 117
Município: MIGUEL PEREIRA
Época da construção:
MPR-CF-R02
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Cercada por morros e com palmeiras imperiais a sua frente, a construção de apenas um pavimento se apresenta imponente no
cenário rural da cidade de Miguel Pereira.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A antiga sede da fazenda, com característica neoclássica simples, sofre modificações na segunda metade do século XIX. Um
alpendre sustentado por duas colunas protege a porta de entrada da casa. A simplicidade das janelas em arco abatido permite
vislumbrar a maravilhosa cimalha e os capitéis sobre as pilastras dos cunhais.
Construída em forma de "U" fechado por belas grades de ferro, e um pequeno muro ornado com azulejos, não deixa escapar a
beleza imprimida pela originalidade. Imensas palmeiras imperiais estão perfiladas ao longo da entrada principal, como se ali
tivessem sido colocadas para se harmonizar com as pilastras do alpendre.
Informações históricas:
Originária nas terras concedidas para Manoel de Azevedo Mattos, mais conhecidas como sesmaria do Padre Verneck, estabelecido
inicialmente a margem direita do ribeirão de Sant’Anna, no final do século XVIII. As terras foram divididas após seu falecimento em
1822. A sua filha Ana Mathilde Werneck, casada com Francisco Peixoto de Lacerda, foi legado o lado esquerdo da margem do dito
ribeirão, e a propriedade passa a ser conhecida como Fazenda da Piedade.
Quando Francisco morre em 1848, já se encontrava viúvo e a propriedade passa para o filho, seu único herdeiro, Francisco Peixoto
de Lacerda Werneck, que mais tarde recebe o título de Barão do Paty do Alferes e que em seguida adquire de seu primo, Francisco
de Lacerda Brum, as terras do lado direito do ribeirão de Sant’Anna retornando às dimensões territoriais originais de Manoel de
Azevedo.
A antiga sede da fazenda com característica neoclássica simples já na segunda metade do século XIX, sofre grandes modificações
arquitetônicas então feitas por Francisco Peixoto e já no final do século por seu genro o Visconde de Arcozelo, Joaquim Teixeira de
Castro, que lhe dá o toque final que ora se vê.
O inventário do Barão do Paty do Alferes mostra que somente a Fazenda da Piedade possuía 108 cativos, e uma cultura de café
estimada em 152 mil pés de café. O monte mor de seu patrimônio ultrapassava mais de 848 contos de réis. Embora residisse na
Fazenda Monte Alegre, a Piedade era sem dúvida a segunda maior propriedade, seguida das Fazendas Manga Larga e Santa
Anna, todas na região de Miguel Pereira.
O último proprietário do clã dos Werneck foi o filho do Visconde de Arcozelo, o Major Luiz Werneck Teixeira de Castro que a vende
em 1891, para o Coronel Joaquim Ribeiro de Avellar. Hoje seu atual proprietário é o Sr.José Aparecido de Oliveira. (ALEGRIO, 2003)
Fontes:
- História de fazendas para o Inepac
Registro Fotografico:
Detalhe do cunhal - Leila Alegrio.
Detalhe dos azulejos portugueses - Leila Alegrio.
Vista da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
PARAÍBA DO SUL
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SÃO FIDÉLIS
Código de identificação:
localização:
RJ 151
Município: Paraíba do Sul
Época da construção:
PBS-CF-R01
mapa de localização:
Séc. XIX (1847)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
ruim
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ pecuária e suíno cultura.
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Jackson Machado da Fonseca
Situação e ambiência:
Sua sede situa-se em local plano, à margem do Rio Preto, circundada por região montanhosa. A fachada principal está voltada para
a estrada que liga Valença a Juiz de Fora, acesso não asfaltado. Anteriormente a região era servida por ferrovia que fazia este
mesmo trajeto. A recepção é feita por uma alameda de palmeiras. O portão de entrada e os muros baixos, providos de grades,
marcam o limite fronteiro da propriedade. Está em estado de abandono, invadido por matagal.
Ambiência - foto retirada do site
www.fazendacomposeliseos.com.br, em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O aspecto é típico das construções rurais desta região, onde o neoclássico se reflete de maneira discreta na preocupação da
composição simétrica da fachada principal; vergas retas encimadas por frisos salientes; beiral com cimalha sublinhada por espaço
correspondente ao friso e por pequeno conjunto de molduras marcando a posição da arquitrave, na intenção de constituir
entablamento clássico; cunhais arrematados por capitéis toscanos. Os dois blocos que constituem o edifício, bastante compacto,
tornam-se menos pesados devido ao grande número de vãos da fachada.
Desenvolve-se a sede segundo planta em "L". Os dois corpos do edifício tem aspecto homogêneo. A área social ocupa o 2º
pavimento de um dos corpos, enquanto que a capela, de grandes proporções, ocupa o mesmo pavimento no outro corpo. Esta
localização é pouco usual. Nela encontramos: mesa de altar e retábulo em madeira com pintura branca e filetes dourados; 7
imagens de santos, sendo 4 de madeira; pia batismal em mármore e missal datando de 1872. A talha da capela é de gosto comum
no século XIX, conservando traços de um rococó empobrecido, dentro de composição um tanto rígida.
O fogão original, de 1886, foi adquirido para complementar a casa da Hera em Vassouras, sendo substituído em São Fidélis por
fogão à lenha de inox. Na fachada oeste, um sino tem gravado o brasão do império, palmetas e louros ornamentais. O telhado, em 4
águas no corpo principal e em 3 no outro, é de telha canal, marcado por fiadas transversais de entalhamento duplo que lhe conferem
um ritmo característico dos telhados de origem portuguesa.
Dados Técnicos:
- Estrutura de madeira sobre embasamento de pedra.
- Alvenarias de vedação do 1º pavimento parecem ser de adobe e as do 2º, de pau a pique.
- Esteios estruturais, agora aparentes, em muitos pontos, assim como a madre que marca linha divisória entre os 2 pavimentos,
eram totalmente emassados e pintados.
- Janelas de guilhotina com caixilhos ornamentais na folha superior (losangos); folhas cegas de tábuas justapostas. Folhas
venezianas de provável inclusão posterior.
Informações históricas:
Em 1812, João Francisco Pimentel requereu e obteve do governo português a respectiva sesmaria de origem da fazenda. Já na 1ª
metade século XIX, foi adquirida pelo Comendador Manoel do Vale Amado e sua esposa D. Bernardina Cerqueira Vale. Pai do
Barão de Santa Mafalda e de Angelo do Vale Amado, primeiro prefeito de Juiz de Fora.
Foi vendida em 1839 para Jacintho Alves Barbosa, um ex-tropeiro que mais tarde se tornou o 1º Barão de Santa Justa. Este
comprou a fazenda com os 1.500 escravos que já existiam nela. Jacintho construiu a bela sede da Fazenda e a equipou com móveis
fabricados na própria fazenda e outros importados da França. Este faleceu em 1872, deixando grande fortuna e a Fazenda São
Fidélis para sua filha Maria Jacintha, casada com o médico Dr. Balduino Joaquim de Menezes, os Barões de Menezes.
Em 1880, a capela passa por reforma, destacando-se a decoração em ouro. Durante todo o século XX, a fazenda passa por vários
proprietários, e em 1959, Imina César Vale e Jackson Machado da Fonseca adquirem metade da fazenda em terras, pastos, matas,
capoeiras, casa de morada e demais benfeitorias.
A outra metade fica de propriedade de Oswaldo da Cunha da Fonseca. Mais tarde, Jackson Machado (genro de Inimá Vale) adquire
todas as partes, tornando-se assim, único proprietário. Em 1965, algumas mudanças são realizadas, levando a cozinha para o 2º
pavimento, instalando banheiro neste mesmo pavimento, a escada interna de madeira é substituída por uma de alvenaria, além de
ser refeita a pintura da sala e quartos.
Informações complementares:
Atualmente a residência se limita ao 2º pavimento, ficando o 1º destinado a: depósito de móveis e ferramenta, galinheiro, estocagem
de alimento e lavanderia. A má utilização do 1º pavimento do sobrado, o abandono da entrada principal, bem como a conservação
deficiente, conferem um aspecto de decadência lamentável ao edifício.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC, 1976. Coleta de dados: Dora Monteiro e
Silva de Alcântara, responsável técnico; Selso Dal Belo; Roberto h. de Queiroz e Isabel Cristina Castro da Rocha.
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira - Memória Brasileira,
1980.
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Rio de Janeiro: SEBRAE - RJ,
Preservale, IPHAN, ABAV E TurisRio.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Ambiência - foto retirada do livro Fazendas - Solares da
Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986.
Detalhe capela - foto retirada do livro Fazendas - Solares
da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
PATY DOS ALFERES
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA MONTE ALEGRE
Código de identificação:
localização:
RJ 125
Município: PATY DO ALFERES
Época da construção:
PAL-CF-R01
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/ Antônio Gabriel de Paula Fonseca
Situação e ambiência:
Vista parcial da fachada principal da sede foto retirada do livro Fazendas - Solares da
Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A sede da fazenda é uma construção assobradada, naturalmente assentada sobre declive do terreno. Neste tipo de casa rural, o 1º
pavimento desenvolve-se menor que o superior. Ambos tem, no entanto, pé-direito de 4,5 metros. A fachada do primeiro pavimento
apresenta seis janelas e cinco portas e a superior onze sacadas. Sua base é em paredões de cantaria de 65 cm de espessura.
Informações históricas:
Foi uma das sete fazendas de Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, o 2º Barão de Pati do Alferes, onde este recebeu o
Imperador do Brasil.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
Registro Fotografico:
Interior - foto retirada do livro Fazendas - Solares da
Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986.
Detalhe janela - foto retirada do livro Fazendas - Solares
da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA ARCOZELO
Código de identificação:
localização:
RJ 125
Município: MIGUEL PEREIRA
Época da construção:
PAL-CF-R02
mapa de localização:
Séc. XVIII (1792)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Fazenda cafeeira/ intitucional
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Fundação João Pinheiro
Situação e ambiência:
Dispõe de 57 mil m², sendo 10 mil m² de área construída , constituída por: casa sede, capela, restaurante, bar, apartamentos,
albergues, teatro ao ar livre (Itália Fausta), teatro fechado (Renato Viana), salas de exposição e de música, biblioteca, galerias de
arte, entre outros espaços para atividades artísticas.
Foto retirada do site
http://www.patydoalferes.hpg.ig.com.br/arquivos
_novos/turismo.htm, em out/ 2003.
Informações históricas:
Era a antiga Fazenda da Freguesia, uma das propriedades do Capitão-Mor Manoel Francisco Xavier, que durante muitos anos foi
dos grandes produtores de Paty do Alferes e palco da mais importante fuga de escravos da região, liderada por Manoel Congo.
Em 1958, Paschoal Carlos Magno investiu na reforma da fazenda, construção de alas, albergues para juventude, restauração da
capela e transformação dos currais de bois e senzala em oficinas de trabalhos artísticos, sendo inaugurada o complexo cultural da
Aldeia Arcozelo, em 1965.
Informações complementares:
Nos meses de Julho/Agosto, a aldeia cede suas dependências para a realização do Festival de Teatro Amador do Rio de Janeiro.
Fontes:
- http://www.patydoalferes.hpg.ig.com.br/arquivos_novos/turismo.htm,consultado em out/ 2003.
- http://www.patydoalferes.rj.gov.br/pontos/aldeia.htm, consultado em out/ 2003
- www.folhademocratica.com.br, consultado em out/ 2003
Registro Fotografico:
Vista parcial da sede da fazenda - foto retirada do site:
www.folhademocratica.com.br, out/ 2003.
Vista parcial da fazenda - foto retirada do site:
www.folhademocratica.com.br, out/ 2003.
Vista aérea da fazenda - foto retirada do site:
www.folhademocratica.com.br, out/ 2003.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA PAU GRANDE
Código de identificação:
localização:
RJ 125
Município: PATI DO ALFERES
Época da construção:
PAL-CF-R03
mapa de localização:
Século XVIII (1797)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/ Plácido Guthierrez
Situação e ambiência:
Aos fundos da casa sede encontra-se um pátio, a sua frente o terreiro de café, que se apresenta como grande área plana e a
esquerda estão as antigas instalações do grande engenho.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Esta sede de fazenda, construída entre 1797 e 1810, tem sua capela incrustada no corpo da casa, disposição arquitetônica muito
rara no século XVIII. Dedica-se, depois de 1810, à lavoura de café, quando se tornou uma das mais importantes produtoras da
região. O enorme casarão e seus anexos se desenvolveram com planta em "U", onde as duas alas são unidas pela capela.
A feição grandiosa, com as três escadas de acesso ao nível da casa, e as dezesseis sacadas de ferro importadas que
impressionaram o relato da visita de Saint-Hilaire, vem naturalmente do ciclo do café, quando foram seus donos o Barão de
Capivari e depois seu filho, o Visconde de Ubá, ambos chamados Joaquim Ribeiro Avelar.
Informações históricas:
Segundo Antonil, a Fazenda existe desde 1709. Antes da vertigem cafeeira, Pau Grande produziu açúcar no segundo maior
engenho do Brasil de então, ruínas ainda hoje existentes na fazenda. Farta e rara documentação remanescente noticia a febril
atividade da fazenda a partir de 1790, acervo rico em detalhes e de grande valor histórico, registrando inclusive as visitas à fazenda
de personalidades ilustres e os preparativos para os eventos. Esta Fazenda foi ponto de passagem do caminho do ouro, aberto
pelo filho do Caçador das esmeraldas.
Informações complementares:
Farta e rara documentação remanescente, noticia a febril atividade da fazenda a partir de 1790, acervo rico em detalhes e de
grande valor histórico, registrando inclusive as visitas à fazenda de personalidades ilustres e os preparativos para os eventos.
A visitação só é possível com autorização especial.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
Registro Fotografico:
Ambiência - Leila Alegrio.
Obra da sede da fazenda - Arthur Vianna.
Detalhe balaustrada - foto retirada do livro: Fazendas - Solar
Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1
Interior - foto retirada do livro: Fazendas - Solares da Regiã
Imperial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
Capela - foto retirada do livro: Fazendas - Solares da Região
Imperial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
PIRAÍ
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTA ROSA
localização:
Código de identificação: PIR-CF-R01
RJ 141
Município: PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Ambiência - Leila Alegrio.
Fontes:
- Arquivo fotográfico Leila Alegrio.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SANTA MARIA AYMORES
Código de identificação:
localização:
RJ 141
Município: PIRAÍ
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
ruim
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Ambiência - Leila Alegrio.
Fontes:
- Arquivo fotográfico Leila Alegrio, 2002.
PIR-CF-R02
Registro Fotografico:
Fotos de Leila Alegrio. Detalhe janela
Detalhe entrada lateral
Detalhe janela
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA BELA ALIANÇA
Código de identificação:
localização:
RJ 141
Município: PIRAÍ
Época da construção:
PIR-CF-R03
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Turístico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Manoel de Azevedo Leão
Situação e ambiência:
Vista parcial da sede da fazenda - Leila A
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A sede da fazenda, que provavelmente foi construída antes de 1850, apresenta características arquitetônicas singulares. Plantada
a cavaleiro de uma encosta, é composta por um porão alto, que certamente não devia ser habitado em sua época e por primeiro
pavimento, onde há um jardim interno quadrado cercado pelos cômodos.
As janelas internas apresentam todos os traços e características arquitetônicas do período colonial, em arco pleno, enquanto as
janelas da fachada principal e de uma das laterais foram todas maravilhosamente construídas no mais puro estilo neogótico.
A varanda da casa grande, certamente em virtude da influência de Haritoff, apresenta alterações arquitetônicas que a afastam do
usual da província. A entrada da casa faz-se pela lateral, através de uma escadaria em pedra lavrada entornada por graciosos
gradis, que dá acesso ao vestíbulo no primeiro piso.
Informações históricas:
A Fazenda Bela Aliança foi de propriedade do Comendador Silvino José da Costa, que recebeu parte das terras da fazenda por
ocasião de seu casamento com Anna Clara Breves de Moraes Costa, filha do Barão de Pirahy. Apesar de ser pequeno cafeicultor,
se comparado a seus vizinhos ilustres, teve seu prestígio reconhecido como vereador e presidente da Câmara de Pirahy entre os
anos de 1846 e 1848.
A fama da fazenda ocorreu na década de 80, quando Mauricio Haritoff, natural da Rússia, casado com a filha do comendador,
adquire parte das terras e a casa da fazenda Bella Alliança de Manoel Eugenio de Moraes Costa, um dos herdeiros de sua finada
sogra; e passa a promover grandes recepções com requintes da nobreza européia. Em 1887, o casal recebeu a visita do Grão-
Duque Alexandre, da Rússia, entre outros ilustres visitantes.
Dados cronológicos:
1ª metade do séc. XIX - propriedade de Gonçalves de Moraes, lavrador de café pioneiro na região, passada por dote ao
Comendador Silvino José da Costa
1880 - adquirida por Mauricio Haritoff
1888 - meses antes da abolição da escravatura, Haritoff decide libertar todos os seus escravos com ato cerimonial, uma missa na
capela da fazenda, com a presença de pessoas ilustres como Joaquim Nabuco, que, a descreve em seu livro Minha Formação,
como um dos momentos mais emocionantes vividos por ele em Bella Alliança
1889/1908 - hipotecada ao Banco do Brasil, sendo executada em 1908
1910/1959 - adquirida por Jaguanharo Rocha Miranda, sendo posteriormente passada por diversos proprietários até ser comprada
por Manoel Azevedo Leão
Atualmente - pertence à herdeira de Manoel A. Leão
Fontes:
- LOUREIRO, Célia Muniz.
- ROCHA, Isabel. Arquitetura Rural do Vale do Paraíba Fluminense no Século XIX. Rio de Janeiro: Revista Gávea n.º 1, PUC-RJ,
1985.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Fotos de Leila Alegrio. Detalhe dos afrescos de um dos cunhais
Vista parcial da fachada
Detalhe do gradil da escada de acesso
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA TRÊS SALTOS
Código de identificação:
localização:
RJ 141
Município: PIRAÍ
Época da construção:
PIR-CF-R04
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Industrial
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Laticínios Boa Nata Ind. e Com. Ltda
Situação e ambiência:
A fazenda Três Saltos está harmoniosamente localizada num vale, em meio a uma densa arborização que a protege. A sede está
próxima a três quedas d’água, de um riacho que corta o território da fazenda. É daí a origem de seu nome.
Ambiência - Arthur Vianna.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Embora tenha sido construída em forma de "O", com pátio interno também retangular, a cavaleiro de uma encosta, o que a
diferencia das demais fazendas é a ausência de uma escada de acesso para o primeiro piso, o que era feito por uma escadaria em
pedra lavrada que ia do pátio interno até um corredor que levava aos demais cômodos da casa.
Trata-se também de um tipo comum de construção colonial que não obedece a nenhuma simetria na disposição de suas janelas e
portas. Na fachada principal, sacadas compõem o segundo pavimento. Solar de arquitetura simples, explicada pela época de sua
construção, provavelmente início do ciclo do café no Vale Paraíba Fluminense.
Com porão habitável, limitado ao flanco da colina em que se apóia a edificação. Possui uma das mais belas capelas interiores.
Também resiste ao tempo um cemitério daquela família, com algumas tumbas de mármore com inscrições.
Informações históricas:
A Fazenda Três Saltos foi a primeira fazenda da família do Barão de Piraí, José Gonçalves de Morais. O nome da fazenda se deve
à localização da sede próxima a três quedas de um riacho que atravessa a fazenda. Foi construída quando de seu casamento com
a irmã do "Rei do Café", Cecília Pimenta de Almeida Breves.
Em meados do século XIX era reconhecido como um dos maiores benfeitores da Freguesia de Santana de Piraí, se empenhando
na emancipação da freguesia junto com outros fazendeiros da região e na arrecadação de verbas para a construção da matriz de
Santana de Piraí, do prédio da Câmara, da cadeia e do júri. Foi proprietário de diversas fazendas além da Três Saltos - entre elas:
Fortaleza, Santa Rita do Bracuhy, Passa Três, Confiança, Botafogo, e Poço de Espuma - era ainda possuidor de dois vapores de
nomes Pirahy e Cecília. Quando faleceu com 83 anos, em 1859, deixou uma grande fortuna para a viúva, sendo, em 1866, legada
a seu filho Joaquim José Gonçalves de Moraes.
Atualmente pertence a Arlindo H. Vergaças.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Fotos de Leila Alegrio. Vista da fachada dos fundos
Detalhe do altar
Vista da sede da fazenda
Detalhe do portão do cemitério
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA CONFIANÇA
Código de identificação:
localização:
RJ 141
Município: PIRAÍ
Época da construção:
PIR-CF-R05
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Ambiência - Leila Alegrio.
Fontes:
- Arquivo fotográfico Leila Alegrio.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA BOTAFOGO
Código de identificação:
localização:
RJ 141
Município: PIRAÍ
Época da construção:
PIR-CF-R06
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
A fazenda Botafogo segue a mesma implantação da maioria das sedes de fazenda, construídas no século XIX, ou seja, fundo de
vale, cercada por mata nativa e pequenos morros. A sua frente o terreiro de secagem de café.
Ambiência - Leila Alegrio.
Fontes:
- Arquivo fotográfico Leila Alegrio.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
RIO CLARO
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA DA GRAMA DO RIO CLARO
localização:
RJ 149
Código de identificação: RCL-CF-R01
Município: Rio Claro
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Semi- demolida
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Ambiência - Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
No interior da igreja encontrava-se sepultada, até a poucos anos, toda sua família. Encontra-se em total estado de abandono.
Informações históricas:
A Fazenda Grama foi o principal estabelecimento do Comendador Joaquim Breves, figura lendária, conhecido como o "Rei do Café",
tamanho o vulto de suas plantações.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
Registro Fotografico:
Igreja da fazenda - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
RIO DAS FLORES
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SAUDADE
Código de identificação:
localização:
RJ 145
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R01
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Situação e ambiência:
Foto: Leila Alegrio
Fontes:
- Fotos Leila Alegrio
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SÃO POLICARPO
Código de identificação:
localização:
RJ 145
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R02
mapa de localização:
Séc. XIX (1870 a 1872)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Turistico (Pousada São Policarpo)
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Carlos Arnoldo Fonseca
Situação e ambiência:
A fazenda São Polycarpo está localizada em terreno plano, onde a escada semicircular em pedra dá acesso a varanda de
balaustrada em madeira.
Ambiência - Arthur Vianna.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A casa sede, edificada no melhor padrão da arquitetura neoclássica da época, se desenvolve em planta em “L”, possuindo dois
pavimentos onde o 2º é menor e centrado em relação ao 1º. Em geral, os aposentos deste, se destinavam aos hóspedes.É
constituída por 56 cômodos, num total de 1350 m2. Existem 5 quartos e 3 banheiros em cada um dos dois pavimentos, sendo
estes últimos revestidos em azulejo na parede e cerâmica no piso. Em seu interior, ainda é possível encontrar uma cozinha
azulejada e com piso em cerâmica e vitral feito pelo italiano Gastão Formentes.
As alvenarias internas são de pau a pique, enquanto que as externas foram feitas em adobe. Ao todo, a sede possui 40 janelas e
50 portas, em vãos de verga reta. As janelas são constituídas por folhas externas em madeira e internas em guilhotina com vidro.
O telhado é constituído de telhas de barro, tipo capa-canal, com beiral. A fazenda é dotada de energia elétrica e rede de água. O
sistema de esgoto usado é o de fossa e não existem instalações de gás, nem telefone.
‘A sede da Fazenda São Polycarpo, construída em estilo neoclássico, contém 56 cômodos e é um exemplo de sobrado urbano, de
tradição colonial, transposto para o meio rural do café. O segundo andar, ladeado por terraços, apóia-se nas colunas de um
avarandado frontal e é menor que o pavimento térreo, o que confere um aspecto aristocrático à construção. As portas e janelas
apresentam vidraças decoradas e sobrevergas.’ ALEGRIO, 2003.
Informações históricas:
Em 1802, a São Polycarpo foi aberta em terras de sesmaria concedida a Laureano José de Amaral, este impossibilitado de explorála, vende à João Pereira Nunes, em 1813. Um ano depois é vendida para o Capitão Bernardo Vieira Machado, iniciando sua
exploração e batizando-a com o nome de Fazenda do Paraíso.
O Capitão Bernardo Vieira Machado falece em 1838, passando a Paraíso para sua viúva, Escolástica Maria de Jesus e filhos. Dos
13 filhos do Capitão Bernardo, 9 estabeleceram-se na sesmaria, dando origem a outras fazendas: Santa Tereza (hoje Natividade),
União, Divisa, Esperança (anexada a Fazenda União), São Luiz (onde hoje situa-se o Bairro dos Ingleses), parte da Fazenda São
Polycarpo (onde hoje ocupa a cidade de Rio das Flores) e o Sítio Sossego.
Após a morte da viúva do Capitão Bernardo, a maior parte dos herdeiros se desfaz de suas propriedades. Neste período, a Paraíso
é adquirida pelos irmãos Antônio Corrêa de Azevedo e Francisco Corrêa de Azevedo em uma sociedade denominada "Azevedo e
Irmãos". Em 1862, falece Francisco Correa de Azevedo e, no ano seguinte, falece Antônio Correa de Azevedo, deixando ambas as
viúvas endividadas. Estas por sua vez, resolvem leiloar a fazenda para quitar as dívidas.
Em 1865, a Fazenda Paraíso é arrematada por Domingos Teodoro de Azevedo Júnior, genro do Visconde do Rio Preto. Capitalista,
foi um dos fundadores da Companhia Estrada de Ferro Rio das Flores. No ano de 1870, Domingos Teodoro de Azevedo Jr, que
residiu até este ano na Fazenda São Policarpo, assim passada a se chamar por ele, então a vende a seu cunhado, o tenente
coronel Domingos Custódio Guimarães, futuro Barão do Rio Preto. São Polycarpo passa a compor o complexo formado pelas
vizinhas fazendas de Santa Tereza e União.
Estas duas ultimas foram doadas pelo Visconde do Rio Preto à seu filho em 1859. A atual sede foi construída pelo Barão do Rio
Preto e só ficou pronta em 1872. No ano seguinte, falecendo a Viscondessa do Rio Preto, o Barão do Rio Preto herda metade da
fortuna da mãe, alem da grandiosa fazenda Flores do Paraíso e, em 1874, a São Polycarpo é adquirida por Antônio Vieira
Machado da Cunha e Silva, filho do Barão de Rio das Flores. Apesar de possuir menos recursos que o Barão do Rio Preto,
continua as obras na fazenda, instalando modernas maquinas para o beneficiamento do café.
Mas Antônio é surpreendido com a derrocada do café. Não conseguindo assegurar manutenção da fazenda, se desfaz dela
vendendo-a aos sócios Augusto Pessoa Machado e Sabino Eloy Alvim Pessoa. Neste período, São Polycarpo substitui o café pela
pecuária leiteira, atravessando o século nas mãos dos Machado e Alvim Pessoa. Com o passar do tempo Nadir, a filha mais velha
de Augusto Pessoa Machado, torna-se a única proprietária da fazenda. No final do século XX, em 1978, a propriedade é adquirida
por Carlos Arnoldo Abruzzini da Fonseca.
Informações complementares:
Os atuais proprietários realizaram um trabalho de reforma na sede da fazenda que perdurou por 12 anos. Realizado por meio de
plantas encontradas, procurou manter toda a originalidade da fazenda, inclusive as cores originais de pintura da época em todo o
casarão, embora tenha eliminado 9 dos 56 cômodos originais. Atualmente a Fazenda não desenvolve qualquer atividade agrícola,
estando aberta para visitação e almoços para grupos.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Rio de Janeiro: SEBRAE - RJ,
Preservale, IPHAN, ABAV e TurisRio.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003.
- http://www.palmeiraimperial.com.br/, consultado em out/ 2003.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Interior - foto retirada do site http://www.palmeiraimperial.c
Vista parcial sede da fazenda - Leila Alegrio.
Detalhe escada - Leila Alegrio
Detalhe poste - Leila Alegrio
Detalhe escultura jardim - Leila Alegrio
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA CACHOEIRA DA ALEGRIA
Código de identificação:
localização:
RJ 145
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R03
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservada
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ pecuária
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
irmãos Antonio Dias Garcia Bisneto e Paulino Campos Dias
Garcia
Situação e ambiência:
Foto: Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
‘Na entrada da casa, uma escada com degraus em pedra lavrada em forma de leque leva a uma ante-sala toda envidraçada com
janelas arqueadas e contíguas, permitindo uma visão ampla do pomar que outrora verdejava nesse imenso vale. Da ante-sala
chegava-se à sala de visitas ladeadas por quatro enormes quartos, dois de cada lado. Daí, passava-se à sala de jantar, e ainda
mais dois quartos que completavam a base do L da edificação. Da sala de visitas, uma porta levava a um corredor pleno de
janelas, à direita, que davam para um jardim, e à esquerda, mais quartos com suas janelas voltadas para o terreiro em frente à
senzala em forma de Z e, no final deste corredor, uma saleta com um oratório. Junto a este, um outro cômodo com a despensa e,
a seguir, a cozinha com saída para uma escadaria também em pedra lavrada.’ ALEGRIO, 2003.
Informações históricas:
João Baptista Soares de Meirelles importante mestre na cidade do Rio de Janeiro durante quase toda a vida, veio a casar-se com
D. Joana Leonisia e a ela jurara amor eterno. Depois de sua viuvez, tornou-se padre, passando então a ser chamado de Padre
Mestre.
Em 10 de dezembro de 1802, recebe a carta de sesmaria, assinada por D. Fernando, confirmada, em 22 de março de 1804, pelo
Príncipe regente D. João. Em 1812, pede a medição e a demarcação de sua sesmaria que, até 1817, ainda se encontrava em
processo de demarcação. Sabe-se porém que, provavelmente em 1826, já viera a residir por motivo de saúde naquelas terras,
onde fundou a Fazenda São João Batista, situada na antiga Vila de Santa Thereza, hoje município de Rio das Flores.
De sua união com D. Joana nasceram três filhos: Teresa de Jesus Maria Soares de Medeiros, que veio a se casar com Mateus
Gomes do Val, José Estanislau e João Batista.
Após a morte do Padre Mestre, as terras onde se encontrava a sede da Fazenda S. João Batista passam para seu filho João
Batista. Outra parte fica para o genro Mateus, que ali constrói a sede da Fazenda Cachoeira da Alegria, que mais se chamaria
tarde passa somente Fazenda Cachoeira. No início do século XIX, todas essa terras eram cobertas de mata virgem.
No silêncio de um vale quebrado apenas pelo canto dos pássaros, o Sr. Matheus Gomes do Val fez construir essa singular sede.
Em 1890, falece o Sr. Matheus e a fazenda passa às mãos de seu filho, José Gomes do Val. No cartório da Cidade de Rio das
Flores verificou-se que, em 1939, a fazenda foi adquirida pelo Dr. Hisbelo Florentino Correa de Mello, das mãos do Sr. Cleyton
Lemos de Orlando e sua esposa. Mas não foi possível precisar até que data a fazenda permaneceu com a família de seus
fundadores.
De 1939 até a presente data, a fazenda passou por vários proprietários, encontrando-se hoje com os irmãos Antonio Dias Garcia
Bisneto e Paulino Campos Dias Garcia que, aí desenvolvem a pecuária de leite.
Fontes:
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Fotos Leila Alegrio
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA CAMPOS ELISEOS
Código de identificação:
localização:
RJ 145 - Sebastião Lacerda
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R04
mapa de localização:
Séc. XIX (1851)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ turistico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Maximo e Luciana Japelli
Situação e ambiência:
Situada entre as arredondadas colinas do Vale do Paraíba, região onde melhor se adaptou a lavoura do café, a fazenda viveu o
auge da expansão do plantio do café do Brasil Imperial.
Pertenceu ao Barão de Aliança, Manoel Vieira da Cunha, que a recebeu ao se casar com Maria Peregrina, filha do Visconde de
Ipiabas. Foi fundada em terras da sesmaria de São João, aberta pelo pai do Visconde de Ipiabas, genro de Inácio de Sousa
Werneck, mais conhecido como Padre Werneck.
Ambiência - foto retirada do site: www.camposeli
em out/ 2003.
Informações históricas:
A fazenda Campos Elyseos foi aberta em terras da sesmaria concedida em princípios do século XIX, a José Joaquim França, que
impossibilitado de explorá-la vende-a ao capitão Joaquim José de Araújo Maia, que a batiza com o nome de fazenda Bom Jardim. .
Maia morreria em 1847, e seu inventário mostra uma fazenda ainda modesta, no capital e na renda, com vivenda e mobília tosca,
as terras estavam divididas em duas fazendas a de Bom Jardim e de Santa Bárbara, esta última explorada por Christiano.
Após a partilha dos bens do casal, a viúva Teodósia, tutora dos filhos menores, requer ao juiz autorização para vender a parte que
lhe tocou na herança. A forma da venda é feita através de leilão em hasta pública. O pregão ocorre em 16 de maio de 1851, e a
fazenda é arrematada pelo vizinho fazendeiro, o major Peregrino José da América Pinheiro, senhor da fazenda do Oriente e
futuramente visconde de Ipíabas.
Na ocasião da venda a fazenda teve seu nome mudado para Campos Elyseos. Embora nunca atenha residido nesta, Major
Peregrino José mais tarde Barão e Visconde de Ipiabas, construiu nova sede, ampliou as instalações e cafezais.
O visconde de Ipiabas faleceu em sua fazenda do Oriente em 1882, no auge de seu prestígio e de sua fortuna.
Quando da morte da viscondessa em 15 de novembro de 1889 e depois de realizada a partilha dos bens, a Fazenda Campos
Elyseos coube por inteira ao genro o excelentíssimo barão da Aliança.
O barão da Aliança, que nesta época já possuía as fazendas Saudade e Santa Maria, não fica muito tempo com Campos Elyseos,
resolve vendê-la em 1895, juntamente com as outras duas acima mencionadas, para então adquirir a milionária fazenda Flores do
Paraízo.
Em 1900, Campos Elyseos encontrava-se hipotecada e seu cafezal era composto de 165. 000 pés de café. Em 1906, após e
resgate da hipoteca seu proprietário, Alfredo Vieira Machado resolve vendê-la a Camilo Martins Lage.
Em 1919, é posta novamente à venda, o adquirente e o Dr. Caio Júlio Tavares, que por sua vez, a transfere pouco tempo depois,
ao cidadão de nacionalidade portuguesa, João Manoel da Costa.
Quase 70 anos depois, Campos Elyseos volta para as mãos dos Werneck. A fazenda é adquirida em 1959 pelo descendente direto
do visconde de Ipiabas, Dr. Marcos Vieira da Cunha.
Em princípios da década de 80, Dr. Marcos falece repentinamente. Campos Elyseos passa a seus herdeiros, que por sua vez,
impossibilitados de explorá-la, entregam a fazenda como pagamento de dívidas ao BCN Arrendamento Mercantil S. A.
Na década de 1990, Campos Elyseos é adquirida pelo empresário carioca Omar Resende Perez, que tempos depois a vende ao
casal Maximo e Luciana Japelli, atuais proprietários.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/historia.htm, consultado em out/ 2003.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Vista parcial sede da fazenda - foto retirada do site
www.fazendacamposeliseos.com.br, em out/ 2003.
Vista sede da fazenda - Leila Alegrio.
Vista parcial sede da fazenda - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA GUARITÁ
Código de identificação:
localização:
RJ 145
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R05
mapa de localização:
Séc. XIX (1875)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ turistico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Omar Resende Peres
Situação e ambiência:
Possui uma entrada principal alpendrada, consignando a data da fundação (1875). Na época do café, a fazenda pertenceu ao
segundo Barão de Ipiabas, Francisco Pinheiro de Sousa Werneck. Suas terras foram desmembradas da vizinha fazenda São João,
cuja sede foi destruída por um incêndio.
Guarita foi fundada em 1875, sendo, portanto, uma das últimas fazendas a surgirem, bem próximo da decadência da cultura
cafeeira. Nos fundos da casa aparecem algumas copas das oito mil mangueiras existentes no local e em primeiro plano, um bonito
gramado substitui o antigo terreiro, outrora transbordante de café.
Ambiência - Leila Alegrio.
Informações históricas:
O proprietário é o mesmo das fazendas vizinhas de Campos Elíseos e Santo Antônio. Fazenda proveniente do desdobramento da
sesmaria de São João. Na época do café, a fazenda pertenceu ao 2° Barão de Ipiabas, Francisco Pinheiro de Souza, único filho
homem da numerosa prole do Visconde de Ipiabas.
Suas terras foram desmembradas da vizinha fazenda São João, cuja sede foi destruída por um incêndio. Foi fundada em 1875,
sendo, portanto, uma das últimas fazendas a surgirem, bem próximo da decadência da cultura cafeeira. Esta fazenda já sofreu
intervenções de restauro.
Fontes:
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira - Memória Brasileira,
1980.
Registro Fotografico:
Vista parcial da senzala - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA FORQUILHA
Código de identificação:
localização:
RJ 135 - 7 Km do centro
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R06
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
irmãs Ana Maria de Almeida Araújo e Maria Aparecida de
Almeida Santos
Situação e ambiência:
Foto: Arthur Vianna
Informações históricas:
Sua origem é remota, datando de princípios do século XIX, mais precisamente 1805, quando foi concedida através do sistema de
sesmaria a João Rodrigues da Cruz. Caberia a Cruz a fundação da sesmaria, que consistia numa área de meia légua em quadra,
igual a 225 alqueires geométricos ou 1.090 hectares. Foi batizada com o nome de Oriente, embora durante quase todo o tempo
fosse popularmente chamada de Forquilha, devido ao ribeirão do mesmo nome que corta a fazenda. Somente no século XX foi
oficialmente registrada com o nome com que hoje é conhecida.
Cruz vendeu a sesmaria a José de Souza Freitas, que, por sua vez, a revendeu a Antonio Joaquim Campos, genro de Cruz. Em
1813, Campos pede a confirmação da sesmaria à Coroa portuguesa,o que só foi deliberado em 1815.
Alguns anos depois, a fazenda aparece em nome de Jacintho Ferreira Paiva e sua mulher, D. Maria dos Anjos Sanches Paiva.
Jacintho viveria até por volta de 1850 e sua mulher administraria a fazenda até o final do século XIX.
Pouco se conhece sobre a passagem dessa família pela fazenda. O que se sabe é que, após o falecimento de D. Maria dos Anjos,
por volta de 1885, seu filho Alexandre adquiriu a parte dos outros herdeiros, tornando-se o único proprietário.
Alexandre Ferreira Paiva e sua mulher, D.Maria José de Carvalho Paiva, construíram a nova sede da fazenda, uma das mais belas
do Vale.
Diz a tradição que a construção do Chalé da Oriente atendeu a um capricho de D. Maria José, que, acostumada ao luxo de Paris,
teria dito ao marido que só residiria na fazenda se ele construísse uma casa à sua maneira.
Tradições à parte, Paiva não só construiu a nova sede, como modernizou todo o sistema de beneficiamento de café, ampliando as
instalações e os cafezais que atingiram, nessa época, o número de 205.000 pés. Implantou na fazenda um gasômetro para
iluminar todo o complexo e ainda é possível encontrar parte desse nas paredes do engenho. Tais investimentos não impediram
que a fazenda fosse afetada pela crise cafeeira, obrigando seu proprietário a hipotecá-la em 1899 ao Banco do Estado do Rio de
Janeiro.
Em princípios do século XX, a fazenda foi adquirida por Sílvio dos Santos Paiva, membro da família Rodrigues Barbosa, uma das
mais tradicionais da antiga freguesia de Santa Thereza de Valença, de cuja jurisdição Oriente fazia parte.
Durante o período em que a família Santos Paiva foi proprietária da Forquilha, a fazenda se firmou como uma das maiores
produtoras de leite e café da região. Paiva, que era político influente em Santa Thereza, chegou a instalar em sua propriedade uma
linha telefônica, iniciativa pioneira na região.
Após a morte de Sílvio, a fazenda é herdada por seu filho Júlio dos Santos Paiva, casado com a filha do Ddeputado Sebastião de
Lacerda, D. Silvina Gonçalves de Lacerda. É nesse período que um sobrinho do casal, o menino Carlos Lacerda, passa férias na
propriedade em companhia dos primos. Em sua obra editada em 1977 e intitulada A Casa de meu Avô, o polêmico ex-governador
do antigo Estado da Guanabara narra suas aventuras na Forquilha.
Em 1940, os vários herdeiros da família Paiva Lacerda vendem a fazenda a Vicente Miggiolaro, que permanece nesta família até
1988, quando Osmar Vicente Miggiolaro, filho de Vicente, a vende para Levindo Batista de Almeida e sua mulher, Emília Novaes
de Almeida. Em 1995, falece Levindo e, em 1996, sua viúva. Após a partilha, Forquilha é herdada pelas irmãs Ana Maria de
Almeida Araújo e Maria Aparecida de Almeida Santos, em cuja posse a fazenda permanece atualmente.
Registro Fotografico:
Fotos Leila Alegrio
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SANTO ANTONIO
Código de identificação:
localização:
RJ 135 - Fica em Comércio, divisa com Valença.
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R07
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ turistico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Marcos Vieira da Cunha
Situação e ambiência:
Vista parcial da sede da fazenda - foto retir
www.fazendacomposeliseos.com.br, em out/ 20
Informações históricas:
Em 1843, o Visconde de Ipiabas dá a fazenda Santo Antônio, como presente de casamento entre sua filha, Cândida Peregrina, e o
Comendador Benjamin Salles Pinheiro, mais tarde Vereador e chefe do executivo do Município de Valença e um dos fundadores
da Estrada de Ferro Rio das Flores. Em 1865, a casa grande é ampliada e dotada de todo o luxo e conforto, próprio da burguesia
do oitocentos.
Informações complementares:
Foi restaurada recentemente.
Fontes:
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira - Memória Brasileira,
1980.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Detalhe chafariz - foto retirada do site: www.fazendastoantoni
em out/ 2003.
Vista da entrada da fazenda - foto retirada do site:
www.fazendastoantonio.com/historia.htm, em out/ 2003.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA BANANAL
Código de identificação:
localização:
RJ 145
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R08
mapa de localização:
Século XIX (cerda de 1830)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ turistico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Filhos de Antônio Sampaio Fernandes
Situação e ambiência:
A fazenda possui um segmento de 120 hectares de mata totalmente preservado, cortado por uma estrada de 4 Km de extensão.
Vista parcial da sede da fazenda - foto retir
www.fazendacamposeliseos.com.br, em out/ 20
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
No final do século XVIII, alguns colonos vindos de Sacra Família do Tinguá ou de Paty do Aleferes, transpuseram a serra e
começaram a estabelecer fazendas ao longo das margens dos rios Preto e Paraíba do Sul.A fazenda Bananal teve início em terras
de sesmaria de Laureana, concedida pelo governo português a Antônio Machado Botelho em 1811 e demarcada em 1814. Este se
estabeleceu com pequena lavoura e batizou-a de Fazenda São Leandro.
Por volta de 1830, Antônio Machado vende sua propriedade a Francisco Rodrigues Barbosa, que construiu a sede da fazenda
Bananal na parte norte da sesmaria e estabeleceu seu filho, Francisco Barbosa Jr., na parte sul, dando origem a fazenda São
Leandro, posteriormente denominada São Francisco. Francisco Barbosa residiu nela até seu falecimento em 1850 e em 1856,
falece sua viúva, Mariana Rosa de Jesus, passando a fazenda aos filhos. José Rodrigues Alves Barbosa, mais tarde Barão de
Santa Fé, compra as partes de seus irmãos e torna-se o único proprietário.
José desenvolveu grande atividade, conseguindo aumentar significativamente seu pecúlio. Adquiriu outra fazenda, onde construiu
entre 1876 e 1877 uma magnífica vivenda, maior e mais luxuosa. Isso lhe valeu gozar renome, sendo em 1877 mudou-se com a
família para a nova fazenda São Felipe, deixando Bananal sob administração de outro.
Após sua morte, a fazenda Bananal passa as mãos de seu genro, José Alves Horta, em sociedade com o administrador José
Manoel Fernandes. Por volta de 1903, Horta vende sua parte na sociedade iniciando nova fase na história da fazenda, passando
por três gerações de Sampaio Fernandes. Atualmente a fazenda pertence aos filhos de Antônio Sampaio Fernandes, que faleceu
em 1986.
Fontes:
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Rio de Janeiro: SEBRAE - RJ,
Preservale, IPHAN, ABAV E TurisRio.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Altar da capela - Leila Alegrio.
Detalhe altar - Leila Alegrio.
Detalhe altar - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA BONSUCESSO
Código de identificação:
localização:
RJ 145, Km 30
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R09
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Pecuária de corte
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Rivanides Faria
Situação e ambiência:
O conjunto expressa grande harmonia, transmitida pelo abundante emprego de granito lavrado, pelo equilíbrio das três sacadas
dispostas no terceiro andar e pela escada de pedra de dois lances opostos.
Fotos: Pedro O.Cruz - Solares da região
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A fazenda apresenta raro exemplar remanescente de sede com três pavimentos, uma vez que o porão é habitável. Sua planta é
retangular, 30x15m, onde o acesso ao primeiro pavimento é feito por escada de pedra em dois lances opostos. Cozinha e
despensa ligadas à casa grande por cobertura disposta perpendicularmente ao corpo da casa.
A área da fachada que corresponde ao terceiro pavimento é marcada por uma linha de sacadas com gradil de ferro. A alvenaria
externa tem espessura de 1 m. Cimalha em argamassa. O quadro das janelas tem 2x1 m, sendo em madeira no 3º pavimento e
em pedra nos pavimentos inferiores. Abundante emprego do granito lavrado.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira - Memória Brasileira,
1980.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA PARAÍSO
Código de identificação:
localização:
RJ 145
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R10
mapa de localização:
Séc. XIX (1845)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ turistico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Celso Belfort Arantes e Paulo Roberto Belfort
Situação e ambiência:
Chega-se a sede da fazenda através de uma alameda de palmeiras imperiais e é cercada por bosques de eucaliptos.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Em estilo neoclássico, esta obra de Visconde do Rio Preto era considerada a "Jóia de Valença". Edificação com planta em "U" e
dois pavimentos, afasta-se da disposição mais comum de fazendas, onde o 1º pavimento é ocupado por porão. A ala esquerda é
ocupada pela imponente capela, que ocupa espaço dos dois pavimentos, dispondo de coro no pavimento superior. A ala direita é
ocupada por dormitórios, pela grande cozinha, parte de serviços e seus anexos e no corpo principal ou área central, a parte social
com salões em toda extensão.
A casa sede apresenta na fachada principal decoração em cantaria, fazendo original composição decorativa que emoldura as
janelas, e pode-se afirmar que é única naquela região, remetendo ao alto padrão dos ricos solares rurais portugueses barrocos do
século XVIII, que apresentavam em suas fachadas exuberantes trabalhos em granito.
A entrada imponente, localizada no vão central da casa sede, se dá através de três grandes portas almofadadas, que se abrem
para o hall, são encimadas por artísticas bandeiras e por balcões em ferro trabalhado, que representam uma nova expressão para
a arquitetura rural, considerando que não são muito comuns nas sedes de fazenda.
Conforme descrito por Vianna de castro, quem também descreve que a casa apresentava luxo no mobiliário, na pureza dos cristais
e espelhos, nos desenhos das tapeçarias, na sobriedade dos damascos, nas pratarias lavadas", além de possuir "galeria de
quadros de valor, museu de raridades, capela, tudo."².
Dados Técnicos:
- Portas almofadadas, com bandeiras artisticamente desenhadas.
- Paredes que não receberam papel pintado, foram decoradas com pintura marmorizada (faux marble) e trompe l’oeil. Pinturas
murais executadas pelo artista catalão José Maria Villaronga, que além de pintor era arquiteto e escultor. Pintou uma paisagem da
Baia de Guanabara de 1860, usando como modelo um desenho de Warrer, litografado por Alfred Martinet.
- Piso em assoalhos especiais, com trabalho de marchetaria e em ladrilho hidráulico no vestíbulo de acesso.
- Escadas entalhadas.
- Balcões com gradil de ferro trabalhado.
A fachada apresenta uma composição neoclássica e a decoração é de tendência eclética, expressa na seqüência dos vãos e nas
janelas em verga retilínea com requintadas sobrevergas. Portas de entrada em madeira trabalhada, situadas no vão central da
construção, destacam-se em arcos plenos com bandeiras em ferro. Vêem-se ainda gradis no segundo andar e nas colunas, que
terminam em pequenos capitéis. Vidros coloridos nas bandeiras das portas. Azulejos portugueses decorando a cozinha. Pisos
hidráulicos.
Informações históricas:
João Pedro Maynard d’Afonseca e Sá foi o primeiro proprietário da fazenda, em 1810, quando iniciou a derrubada das matas e as
instalações primitivas, explorando a terra com lavouras de subsistência. Este falece em 1843, passando a fazenda para sua viúva
e herdeira, Joana Ediviges de Menezes e Souza, que vende a propriedade um ano depois, para Domingos Custódio Guimarães,
Barão do Rio Preto.
Era chamada de Fazenda Flores do Paraíso e foi palco de festas suntuosas com presença da Princesa Isabel e do Conde D’Eu. Já
em 1854, utilizava iluminação a gás, a primeira do Brasil, gerada por equipamentos importados pelo Visconde. Em 1867, passa as
mãos do filho do Barão do Rio Preto, de mesmo nome, o Visconde do Rio Preto.
Informações complementares:
² CASTRO, M. Vianna de. Op. cit., p. 27.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da Costa. Poder, progresso, luxo e opulência: um reeexame da arquitetura rural fluminense do
século XIX. Rio de Janeiro: Dissertação de mestrado, UFRJ-FAU-CLA, 1999.
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira - Memória Brasileira,
1980.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003.
- http://www.palmeiraimperial.com.br/, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista da sede da fazenda - foto retirada do site
www.fazendacamposeliseos.com.br, em out/ 2003.
Vista da área de beneficiamento do café - Leila Alegrio.
Detalhe estátua jardim - Leila Alegrio.
Detalhe copiar - Leila Alegrio.
Detalhe altar - Leila Alegrio.
Detalhe altar - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SANTA LUÍZA
Código de identificação:
localização:
RJ 151, Km 17, sede a 3 Km
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R11
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ turistico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Marcio Moreira Alves
Situação e ambiência:
Situada sobre um platô, afastada dos currais e campos de plantio, distingue-se das demais antigas fazendas de café, que de um
modo geral, eram localizadas num vale entre montanhas e sem o cuidado do isolamento, o que não acontece em Santa Luíza,
onde o seu isolamento é total, pela sua excelente localização.
É protegida pela vegetação alta que circunda, não sendo vista de nenhum ponto da fazenda, conseguindo-se visualizar sua
fachada principal apenas do jardim em frente a mesma.
Vista parcial da sede da fazenda - Leila A
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
As ferrovias trouxeram novas soluções arquitetônicas e construtivas que foram se difundindo pelo interior, influenciando sob vários
aspectos a arquitetura. Como conseqüência dessas transformações deve ser reconhecido o chalé. Com esse modelo, pretendia-se
adotar as características das residências rurais de algumas regiões européias, especialmente a Suíça. Isoladas, em geral, essas
casas tinham seus telhados dispostos no sentido oposto ao da tradição luso-brasileiro: as empenas voltadas para os lados
menores - à frente e os fundos - e as águas para os lados menores, isto é as laterais.
A fazenda Santa Luíza é composta de dois chalés, unidos na sua fachada principal, em estilo paulista, lembrando os antigos
casarões petropolitanos, fazendo vir à tona o sentido predominante entre os Barões do Café. A casa sede é dividida internamente
em três alas distintas: serviço, social e intima. Foram utilizadas soluções rebuscadas com peças de acabamento decorativo,
serradas ou torneadas, principalmente nos pilares da varanda. O beiral tem acabamento em lambrequins, sendo que na empena
voltada para a fachada principal, existe uma espécie de frontão associado a um óculo central. A composição apoiada nos
arremates do beiral, forma um triangulo em cada extremidade (ocultando as calhas) e um outro no vértice. Junto a cumeeira,
arrematada por um elemento vasado com letras SL e encimada por um mastro torneado.
Dados Técnicos:
- Esquadrias duplas (externo: veneziana; interno: vidro) formam uma seqüência de grande valor estético.
- Alvenaria de tijolo de barro.
- Base principal composta de pedras com 1,80m de largura.
- Piso de tábua corrida internamente e ladrilhos hidráulicos nas varandas.
- Pilares e balaústres das varandas em madeira maciça trabalhada.
- Escadas externas em granito e balaústre de ferro ornamentado.
- Forro de madeira corrida
Informações históricas:
Em 1819 foi concedida sesmaria em nome da esposa de João Pedro Maynard da Fonseca e Sá, Joana Edwirges Menezes e
Souza, em terras próximas ao Rio Preto. Dona Joana, após a morte de seu marido, vende suas terras ainda incultas a Braz
Carneiro da Costa e Gama, futuro Conde de Baependy, que constrói a sede da fazenda, ficando pronta somente em 1842, ainda
chamada de Santa Rosa.
O filho de mesmo nome do Conde, Dr. Braz Carneiro da Costa e Gama, casado com Luiza Henrique Vianna Nogueira da Gama,
funda a fazenda Santa Luíza, em 1870, utilizando mão de obra da região, principalmente, de colonos italianos. Em 1891, Dr. Braz
resolve construir nova sede para a fazenda Santa Luiza e, ainda inacabada, foi vendida neste ano a Domingos Theodoro de
Azevedo, proprietário da vizinha fazenda Santa Genoveva, casado com a herdeira do Barão do Rio Preto, proprietário da fazenda
Paraíso.
Dona Maria Amélia, a herdeira, foi presenteada com a Santa Luiza, para que servisse de bangalô da família, unida a Santa
Genoveva por linha particular de trem puxado a burro, e conservaram a fazenda até hoje como local de lazer. No ano de 1894,
Domingos Theodoro de Azevedo, prevendo a decaída do café com a libertação dos escravos, uniu-se ao sogro, o Barão do Rio
Preto e fundou a Companhia do Alto Paraíba, formada pelas fazendas da região: Santa Rosa, Santa Genoveva, Anápolis, Paraíso
e Luanda, utilizando-se de mão de obra paga, principalmente, italianos.
Dona Maria Amélia falece em 1899, passando a fazenda as mãos de sua filha primogênita, também com o nome de Maria Amélia
de Azevedo, sendo conhecida como Sinhá. Esta empreendeu inúmeras modificações na casa, sendo que em 1903 colocou sobre
os papéis de parede originais (estampados de cores diferentes em cada cômodo) uma única cor marrom, comprados na Inglaterra,
e que até hoje permanecem em toda casa. Também pintou as esquadrias da mesma cor.
Em 1942, Sinhá faleceu e deixou a fazenda para sua irmã, dona Eugênia, viúva do Barão do Rio Negro, que estando doente,
deixou a fazenda fechada durante dez anos, período este em que a casa ficou totalmente abandonada. Ao morrer, em 1952, Dona
Eugênia legou a fazenda a sua terceira irmã, Leonor, que criava uma sobrinha de nome Branca, a qual legou a fazenda e que a
conserva até hoje.
Dentre as reformas que Branca fez na fazenda, vale ressaltar a colocação de repuxo d’água trabalhado em ferro, trazido de uma
mansão, localizada no bairro do Leme - Rio de Janeiro, em substituição ao existente em pedra, em 1959; o aterramento de uma
piscina interna, com profundidade de três metros, localizada no pavimento inferior, em 1966 e a substituição do telhado colonial por
cobertura em telha, tipo Marselha, em 1968.
Informações complementares:
Desde 1942 a fazenda, após o falecimento de Maria Amélia de Azevedo, encontra-se em processo de inventário, sendo que
atualmente, a proprietária beneficiada no espólio, está ultimando o registro do imóvel na Prefeitura.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC. Coleta de dados: José Martins
Rodrigues e Alcina Ferreira Neves, s/d.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da Costa. Poder, progresso, luxo e opulência: um reexame da arquitetura rural fluminense do
século XIX. Rio de Janeiro: Dissertação de mestrado, UFRJ-FAU-CLA, 1999.
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira - Memória Brasileira,
1980.
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Rio de Janeiro: SEBRAE - RJ,
Preservale, IPHAN, ABAV E TurisRio.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Vista parcial fachada de fundos da sede - Leila Alegrio.
Detalhe lambrequis - Leila Alegrio.
Vista da fachada principal da sede - Leila Alegrio.
Detalhe estatua "Gladiadores", localizada no jardim - Leila Al
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA INDEPENDÊNCIA
Código de identificação:
localização:
RJ 151
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R12
mapa de localização:
Séc. XIX (cerca de 1850)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Semi abandonada
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
A casa grande situa-se em platô mais elevado em relação ao resto do terreno, na margem direita do Rio Preto.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A casa sede da fazenda Independência é do tipo assobradada, com seus vãos de janela em verga reta, associados a folhas
externas em guilhotina com vidro e internas em madeira. O telhado é formado por quatro águas, em telha colonial.
Informações históricas:
Construída por Nicolau Nogueira da Gama, o Visconde Nogueira da Gama, que em 1848 era vereador da Imperatriz. O estado de
semi abandono deixou goteiras e infiltrações que comprometem o madeiramento da cobertura e as alvenarias de pau a pique.
D. Pedro e Dona Tereza costumavam se hospedar na fazenda. Ao se hospedar na fazenda escreveu o seguinte: "Desde
anteontem estou na fazenda do Nicolau. Que é muito bem situada na margem direita do Rio Preto, que corre a poucas braças da
casa (carta de 09/02/1847).
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC. Coleta de dados: autor não
identificado, s/d.
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da Costa. Poder, progresso, luxo e opulência: um reexame da arquitetura rural fluminense do
século XIX. Rio de Janeiro: Dissertação de mestrado, UFRJ-FAU-CLA, 1999.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SANTA GENOVEVA
Código de identificação:
localização:
RJ 151
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R13
mapa de localização:
Séc. XIX (1845)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Gado leiteiro e de corte.
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Isolina Machado
Situação e ambiência:
Ambiência - Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Está entre as raras sedes de fazendas construídas no fim do ciclo cafeeiro. Sua arquitetura assemelha-se à do Palácio Rio Negro,
construído em Petrópolis pelo Barão do Rio Negro, e a do Solar do 2º Barão do Amparo, em Vassouras. Apresenta todas as
características das grandes residências de arquitetura erudita no Rio de Janeiro, da mesma época.
A capela, verdadeira igreja pelas dimensões, erguida próximo ao palacete de dois pavimentos., apresenta aspectos comuns às
construções da fase republicana.
Dados Técnicos:
- Janelas constituídas por folhas externas em madeira e vidro e folhas internas em venezianas.
- Piso em assoalho com trabalho de marchetaria.
- Paredes com decoração de pinturas à óleo
Informações históricas:
Santa Genoveva integrava o grupo das fazendas Paraíso, Loanda, Santa Rosa e Santa Luíza, pertencentes a família do Visconde
do Rio Preto. Domingos Theodoro de Azevedo Jr., presidente da estrada de ferro de Rio das Flores, também foi proprietário da
fazenda Santa Genoveva. A fazenda foi restaurada recentemente.Foi construído um anexo a casa sede, onde funciona o setor de
serviço, o que não implicou na modificação de sua planta baixa.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da Costa. Poder, progresso, luxo e opulência: um reexame da arquitetura rural fluminense do
século XIX. Rio de Janeiro: Dissertação de mestrado, UFRJ-FAU-CLA, 1999.
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira - Memória Brasileira,
1980.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Fotos Leila Alegrio. Capela
Detalhe capitel
Detalhe janela
Detalhe altar
Detalhe escadaria de acesso
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA RECREIO DE SANTA JUSTA
Código de identificação:
localização:
RJ 151, Km 26
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R14
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Sem informação
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ sem informação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ José Geraldo Machado
Situação e ambiência:
Localizada a 47 Km da cidade de Valença e a 26 Km da sede do município de Rio das flores, ao qual pertence. A fazenda Recreio
encontra-se num vale, cercada por altos morros, que ladeiam sua paisagem e parecem querer resguarda-la, como entendessem
do valor e suntuosidade daquela obra, onde a finura e o requinte da arquitetura do século XIX se faz perceptível.
A sede da fazenda dominada o olhar, devido seu posicionamento de frente para a entrada do vale. De sua entrada principal se
visualiza os currais e depósitos espalhados lateralmente a entrada de direção frontal ao sitio. A paisagem é totalmente alterada,
devido a derrubada de matas (hoje, apenas 10 a 15 alqueires de mata existem o resto foi todo aberto em pastos).
Ambiência - Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A Fazenda Recreio é um retrato do fim do século XIX, em que o proprietário rural, influenciado pela arquitetura oficial, o
neoclássico, mistura com o estilo dos sobrados portugueses. O imóvel é de aspecto sóbrio, constando de dois pavimentos, sendo
que no superior é onde se encontram os principais elementos.
A alvenaria externa do 1º pavimento é de pedra aglutinada e tijolos, tendo até .75cm de espessura. Enquanto no 2º pavimento
encontramos "pau a pique". As paredes foram trabalhadas a rolo com matriz de papel, pintura em alto relevo. A escada principal foi
feita em pedras de granito com balaustrada de ferro trabalhado, sendo o seu topo coberto por um copiar.
Destacam-se esquadrias arrematadas em arco pleno, com bandeiras fechadas por vidros coloridos, sendo constituídas por
venezianas do lado externo e vidros do lado interno. Sua porta principal é em veneziana de quatro folhas.
Informações históricas:
Em 1855, Manoel Jacinto Nogueira da Gama, alto funcionário do Império, recebeu em torno de Valença, 12 léguas de terra da
beneficência régia, no chamado curato de Sta Tereza, hoje Rio das Flores. Parte da propriedade, passou a pertencer a Fazenda de
Santa Justa,em 1876, de propriedade do Barão de Santa Justa.
O Barão de Santa Justa, resolve construir o imóvel, em 1890, hoje conhecido como Fazenda Recreio, para receber e alojar seus
convidados, por isso, dista 1 légua da casa sede de Santa Justa onde era a residência oficial do Barão e sede da propriedade.
É vendida bem mais tarde, no ano de 1923, sendo adquirida por Salathiel Machado da Fonseca e Dona Dorina Alves Machado, sua
esposa. Sete anos depois é vendida a Domiciano Pereira Machado e João Machado da Fonseca. Em 1931, um ano depois, é
adquirida por João Machado da Fonseca e Maria Madalena. Em 1942, terminado o Termo de Partilha, a fazenda passa para João
Machado Fonseca, sendo este seu proprietário até 1966, quando passa a pertencer a José Raimundo Machado, médico residente
em Juiz de Fora.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse Histórico e Artístico do Estado do Rio de Janeiro - INEPAC. José Martins Rodrigues, Alcina
Ferreira Neves, s/ data.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Vista da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Vista da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Detalhe tanque de lavar roupas - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA SANTA JUSTA
Código de identificação:
localização:
RJ 151
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R15
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ turistico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Antônio Candido Cardão
Situação e ambiência:
Localiza-se na margem fluminense do Rio Preto, e a casa sede é guardada por imponente alameda de palmeiras. A beira da
estrada de acesso, à margem do rio, encontra-se ruínas de um importante muro da cantaria com gradil de ferro.
Ambiência - Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A casa sede segue mesmo partido tipológico da fazenda São Polycarpo, isto é, o 2º pavimento é caracterizado por ser menor e
estar centrado em relação ao 1º pavimento. O acesso se dá pelo 1º pavimento, por meio de escadaria em pedra, de lances
opostos, terminando em patamar, junto ao alpendre fechado, encimado por delicados lambrequins.
‘Localizada às margens do Rio Preto, a fazenda é marcada pela presença de palmeiras imperiais.
Observando a sede, verificamos que ela sofreu uma modificação em sua forma original. Hoje ela apresenta um alpendre fechado,
com lambrequins no telhado e quatro janelas de correr, com bandeiras e vidros. À frente do alpendre, encontra-se uma escada de
um lance de cada lado, levando ao patamar de acesso à entrada da casa. A forma de chalé desse alpendre indica que ele foi
construído algum tempo depois de finalizada a casa, no final do século XIX, seguindo as últimas novidades arquitetônicas, da
época. Sua parte posterior, de grande simplicidade, revela uma maior preocupação do proprietário com a decoração da fachada. O
segundo andar é menor que o primeiro, traço neoclássico da arquitetura urbana de então, transportado para o interior.
Certamente, essa modificação na fachada da edificação foi mais uma das excentricidades da Sra. Viscondessa de Santa Justa.’
ALEGRIO, 2003
Informações históricas:
A propriedade foi provavelmente fundada por volta de 1820 por Geraldo Carneiro Belenz. Após seu falecimento, em 1831, foi
herdada por seu filho, Brás Carneiro Bellens, que, em 1852, empregou 115 famílias vindas da província de Holstein, no norte da
Prússia.
Em 10 de julho de 1862, falece o herdeiro e, nesse mesmo ano, sua viúva, D. Guilhermina Rosa, vende a fazenda a Jacintho Alves
Barbosa, futuro Barão de Santa Justa, título adquirido em 30 de novembro de 1866 e elevado à condição de grandeza, por decreto,
em 30 de janeiro de 1867. O barão chegou a possuir cerca de 2.000 escravos e a exportar 50.000 arrobas de café. Ao falecer, em
20 de dezembro de 1872, a Fazenda Santa Justa coube a um de seus nove filhos, Francisco Alves Barbosa, segundo Barão de
Santa Justa. Este casou-se com uma prima, D. Francisca Bernardina Silva Alves Barbosa, que marcou presença na história da
fazenda e veio a herdar também o baronato, após a morte do marido, em 1889, quando a produção de café já entrava em declínio
na região do Vale do Paraíba.
Essa mulher atravessou o séc. XIX como se já vivesse no séc. XX vindo a falecer em 4 de maio de 1915. Nessa mesma época, em
documentos encontrados no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro (reconhecimento de dívida), pode-se constatar que, ao morrer, a
senhora viscondessa ainda era proprietária da Fazenda Santa Justa e da fazenda do Recreio, que eram vizinhas e tinham cerca de
700.000 pés de café distribuídos entre as duas propriedades, além de maquinarias para beneficiamento de café, casas para
trabalhadores, tulhas, paiol, enfermaria, farmácia e outras plantações.
A propriedade ficou para sua filha, Maria Bernardina Alves Barbosa Nunes que a vendeu em 23 de outubro de 1924 para
Domiciano Pereira Machado permanecendo nessa família até o ano de 1992, quando os herdeiros a venderam para o Sr. Antônio
Candido Cardão.
Hoje, a outrora próspera fazenda de café se tornou uma grande propriedade produtora de leite. Seus atuais donos vêm
recuperando o esplendor do passado, restaurando os muros e gradis da entrada e o conjunto arquitetônico da sede, mobiliando-o
mais uma vez com os móveis de época, os ambientes tenazmente conservados pela Viscondessa de Santa Justa.
Do café e de D. Bernardina, a Sra. Viscondessa de Santa Justa, restaram apenas as histórias de seu solar e alguns vestígios
deixados nos detalhes dos elementos decorativos, como a pinha, símbolo da fertilidade, na subida da escada, além das estátuas
da entrada do pórtico da fazenda e sua crença de que o café do Estado do Rio de Janeiro sobreviveria e continuaria reinando
ainda que só em suas terras.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira – Memória Brasileira,
1980.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Fotos Leila Alegrio. Entrada da fazenda
Detalhe estatua do portão de entrada
Detalhe estatua do portão de entrada
Detalhe pinha de vidro do corrimão da escada principal
Vista parcial sede da fazenda
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação:
FAZENDA UNIÃO
Código de identificação:
localização:
Localiza-se a 4Km do centro por estrada de terra
Município: RIO DAS FLORES
Época da construção:
RFL-CF-R16
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Turístico-cultural
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Vista parcial da sede da fazenda - foto retir
www.fazendacomposeliseos.com.br, em out/ 20
Informações históricas:
Em 1802, a fazenda, edificada em terras da sesmaria do Paraíso, é concedida a Laureano José do Amaral, que mais tarde, em
1813, a vende para João Pereira Nunes. No ano seguinte, é comprada pelo Capitão Bernardo Vieira e Dona Escolástica Maria de
Jesus, que a chamam Fazenda do Paraíso.
Em 1838, falece o Capitão Bernardo Vieira e a Fazenda do Paraíso é dividida em sete partes, surgindo assim, as seguintes
Fazendas: União, Esperança, Sapucaia, São Luiz, São Policarpo, Divisa e Sossego. Neste mesmo ano, a fazenda é herdada por
José Vieira Machado e Dona Lina Laudegária Vieira e Souza, que a mudam seu nome para Fazenda da União.
Antônio Pereira da Fonseca Jr. adquire a fazenda em 1853, que também compra a Fazenda Esperança e passa a denominá-la
Saudades do Rio. Em 1859, é comprada pelo Visconde do Rio Preto e retoma o seu nome primitivo de Fazenda União. Nesta
época transforma-se em uma das mais prósperas fazendas da recém criada freguesia de Santa Tereza de Valença.
Em 1867, Domingos Custódio Guimarães Filho a recebe como dote de casamento, com Dona Maria Balbina de Araújo. No ano de
1873, é comprada pelo médico Dr. Camilo Bernardino da Fraga e sua mulher Dona Luísa Vieira da Cunha Fraga, que a hipotecam
em 1901, sendo somente vendida em 1918, desta vez para o ex-padre Melchiades Algusto de Mourão Matos, casado com Dona
Olga Morgante Ferreira.
Em 1922, passa para o casal José Rodrigues de Almeida e Dona Prudência, quando a atividade econômica principal do Vale era o
gado leiteiro.Após a morte de José Rodrigues a fazenda é dividida entre Dona Leonídia e sua irmã, e em 1992, passa as mãos de
João Manoel dos Reis Filho, que mais tarde se casa com Dona Rosalina Monteiro dos Reis. Finalmente em 2002, é transformada
em espaço de cultura e lazer. A recuperação dos espaços da fazenda visando sua utilização como hospedagem rural, devolveu-lhe
o encanto e recuperou toda a ambientação original.
Fontes:
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Rio de Janeiro: SEBRAE - RJ,
Preservale, IPHAN, ABAV E TurisRio.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/fazendas_historicas.htm, consultado em out/ 2003
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
VALENÇA
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTA BÁRBARA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R01
RJ 137
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Engenheiro Pedro Morand
Situação e ambiência:
Situa-se bem próxima ao leito da antiga estrada de ferro, que ligava Santa Rita do Jacutinga (MG) e PassaTrês (RJ), inaugurada
em 1883 e desativada em 1961. O acesso rodoviário se dá pela RJ 137, que liga Barra do Piraí à Conservatória.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Possui mais de 25 cômodos, que, na maior parte, comunicam-se entre si, através de um pátio interno. Na fachada destaca-se
pequena escada na entrada principal e seqüência de janelas com vergas retilíneas.
Informações históricas:
Em 1841, Manoel Correa de Aguiar e José Jerônimo Pereira Mesquita eram donos de uma fazenda denominada S. Lourenço e
outra denominada Santa Bárbara e mandam medir a propriedade. No século XX a propriedade era da família Tasso Fragoso.
Fontes:
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da C. Poder, Progresso, Luxo e Opulência: Um Reexame da Arquitetura Rural Fluminense do
Século XIX. UFRJ/ CLA/ FAU. Rio de Janeiro.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SÃO LOURENÇO
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R02
RJ 137
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1ª metade)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Pedro Salgado
Situação e ambiência:
A casa sede está localizada privilegiadamente sobre uma elevação, permitindo um longo alcance de visão em toda a sua volta.
Foto: Artur Mário Vianna
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Apresenta fachada simples. Janela com vergas retas, pequena escada em lances opostos na entrada principal, onde a porta é
protegida por copiar. Os ângulos da construção são marcados por cunhais.
Informações históricas:
Foi fundada em 1833 pelo Coronel Lourenço Vieira da Silva. Era uma das fazendas pioneiras da região. A casa sede é ladeada por
duas mangueiras centenárias. São Lourenço conserva, até hoje, o único engenho de café remanescente, funcionando há mais de
um século. Planta ainda conservada da sesmaria do Coronel Lourenço Vieira da Silva revela que a fazenda foi aberta em 1833,
portanto nos primórdios da cultura cafeeira, sendo o Coronel seu primeiro proprietário. Pertence, atualmente, ao Sr. Fernando
Tasso Fragoso Pires.
Mantém-se arquitetonicamente autêntica. Foi uma das fazendas de café pioneiras na província Fluminense. Ainda conservados o
terreiro de café e o engenho de beneficiar café. Este possui maquinário em madeira em condições de funcionamento. Tem-se
referência da construção datar da 1° metade do século XIX.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SÃO PAULO
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R03
Acesso pela RJ 137
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Situação e ambiência:
Foto: Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A sede, um casarão construído no início do século XIX, caracteriza-se pela imponência e originalidade de suas janelas em estilo
neogótico e de suas portas, voltadas para os imensos terreiros de café, um dos quais se encontra, hoje, ajardinado. A área íntima
da casa, no segundo pavimento, compreende vários quartos, salas, alcovas e uma capela, revelando a devoção de seus
proprietários a São Paulo. Registra-se ainda um pequeno jardim interno em um pátio quadrado. (ALEGRIO, 2003)
Informações históricas:
A origem das terras da Fazenda São Paulo data do final do século XVIII, com o pioneirismo de Francisco Dionísio Fortes de
Bustamante, que nelas chegou, por volta de 1780, vindo de São João Del Rey. A ele também se deve a construção da famosa
fazenda Santa Clara, localizada em Minas Gerais, na região de Rio Preto. O inicio do plantio do café e da construção da sede
datam da 2a década do século XIX, tendo sido empreendidas por um de seus filhos, Antônio Joaquim Fortes de Bustamante.
Dados cronológicos:
1870 - passada por herança aos herdeiros
1915 - vendida ao Coronel Manoel Cardoso, que se tornou um dos maiores produtores de café, sendo ainda proprietário de várias
fazendas vizinhas, como São Fernando, São Francisco e Capoeirão, que 20 anos depois é passada à família Magalhães
Atualmente - pertence à uma empresa, cujos administradores vêm recuperando toda a construção da sede, que, inabitada desde
1915, perdeu parte de suas paredes e telhado.
Fontes:
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SÃO FERNANDO
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R04
Acesso pela RJ 137
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Pecuária
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A sede da fazenda está apoiada em um porão, tendo acesso ao pavimento principal por uma bela escada. Este recurso permitiu
uma base horizontal paralela a linha do telhado, quebrada pelo ritmo constante das esquadrias e do copiar, que marca o eixo exato
da composição.
A casa se desenvolve conforme a compartimentação das casas coloniais de Minas Gerais, onde o acesso se dá diretamente a
uma sala/ nave, que é um cômodo de dupla função. Servia ao mesmo tempo para introduzir o visitante e de capela. Esta
disposição servia para que os ‘estranhos’ assistissem a missa, sem que entrassem na casa propriamente dita.
Na falta de banheiros, o anseio do corpo era feito com jarras e bacias acopladas em móveis que funcionavam como Iavatório.
Técnicas Construtivas
- Fundações em pedra e barro.
- Materiais básicos utilizados, pedra, madeira e barro.
- Telhas tipo capa, canal em cerâmica simples, tabuladas possivelmente na própria fazenda.
- Esquadrias em madeira maciça.
Croqui das plantas do porão e primeiro pavimento - plantas
retiradas do livro
Fontes:
- Fotos Leila Alegrio
Registro Fotografico:
Detalhe corrimão escada de acesso - Leila Alegrio.
Detalhe altar da capela - Leila Alegrio.
Vista parcial das dependências da fazenda - Leila Alegrio.
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA FLORENÇA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R05
RJ 143
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Família Castro
Situação e ambiência:
O estilo de construção empregado apresenta características raras nas sedes de fazendas de menor porte, sendo mais encontrado
nos grandes solares. Assim é que a casa se apóia em grossas muralhas de pedra, o que permite manter até hoje o perfeito
nivelamento do assoalho.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Exemplar original de casa de fazenda de café, destacando-se o alpendre fronteiriço, sustentado por colunas de madeira
trabalhada, apoiadas em pilares de cantaria, que formam uma varanda saliente na composição da fachada. As paredes da sala,
igualmente grossas, embutem as janelas em seu interior, quando abertas.
Informações históricas:
Foi propriedade dos Leite, numerosa família de cafeicultores oriundos de Minas Gerais e depois, da família Castro, em cujas mãos
ainda se encontra.
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
Registro Fotografico:
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA BOA VISTA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R06
RJ 143
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Situação e ambiência:
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA VENEZA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R07
RJ 143
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1858)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/ Lili de Carvalho Marinho
Situação e ambiência:
A Fazenda Veneza se mantêm protegida pelos morros que formam o vale onde está localizada. A sua frente, palmeiras imperiais
indicam sua vocação como sede de um dos Barões do café.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A casa grande em formas de "L", tinha originalmente um só pavimento, sobre o porão alto. De inspiração arquitetônica neoclássica
simplificada, deixa à mostra o ecletismo dominante no ciclo. As janelas do nível superior possuem vergas em arco pleno, vidraças
tipo guilhotina e o recorte das bandeiras com vidro colorido. O telhado inclinado segue a tradição colonial.
Mantém as elegantes linhas arquitetônicas originais, fazendo conjunto com um belo engenho que obedece a estilo completamente
diverso do imprimido a esta. A casa sede apresenta ainda, jardim de inverno com correr de janelas guilhotina, com bandeiras em
vidro multicolorido. Esta disposição é muito utilizada em substituição à varanda, ausente na fase cafeeira oitocentista.
Informações históricas:
A Fazenda Veneza foi construída nas terras de Manuel Gomes de Carvalho, o Barão do Amparo. Na 2a metade do século XIX, seu
proprietário mais ilustre foi o Barão de Guaraciaba, Francisco Paulo de Almeida – único titular do império que tinha tez negra.
Comerciante e homem culto, manteve a produção de café até a morte de sua mulher em 1889. No séc. XIX passou pelas mãos de
muitos senhores e viu-se recentemente à beira da ruína total, quando foi adquirida pelo Sr. Horácio de Carvalho.
Dados cronológicos:
1989 - vende a fazenda para adquirir apólices e legá-las aos seus filhos
Inicio do séc. XX - adquirida por Gabriel Vilela Sobrinho, que em 1970 vende-a a Horácio Gomes Leite de Carvalho Jr, que
empreende enorme reforma
Atualmente - pertence a Lili de Carvalho Marinho
Informações complementares:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Fazendas - As grandes casas rurais do Brasil.
Registro Fotografico:
Ambiência - Leila Alegrio.
Detalhe roda d’água - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTANA
localização:
RJ 143
Época da construção:
Código de identificação: VAL-CF-R09
Município: VALENÇA
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ herdeiros de Antonio Dias
Situação e ambiência:
Informações históricas:
A Fazenda Santana teve origem na sesmaria concedida a João da Silveira Caldeira. Seu apogeu como fazenda cafeeira se deu
com Antônio Alves Ferreira Poyares. Conta a tradição local que sua antiga sede foi destruida por um incêndio na 2a metade do
século XIX, sendo uma nova construida em outro local da fazenda. Tal suposição pode ser averiguada recentemente quando da
realização de uma reforma, onde foi constatado o uso de material reaproveitado, inclusive de madeira queimada.
Dados cronológicos:
1830- vendida a Francisco Martins Pimentel, proprietário da fazenda de Santa Thereza
1854/final séc. XIX - passada por herança a sua filha Cândida, casada com Antônio Alves Ferreira Poyares, que, posteriormente
herda a fazenda deixando para seus sucessores
Atualmente - pertence aos herdeiros de Antonio Dias, que a adquiriu da família Meireles - proprietários desde meados do século
XX a 1980.
Fontes:
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Fotos: Leila Alegrio
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA VISTA ALEGRE
localização:
RJ 143. Tel.: (24) 2453-5116
Código de identificação: VAL-CF-R10
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX (1858)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Turístico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/ Délio Aloizio de Mattos Santos
Situação e ambiência:
A exuberante vegetação fronteira a casa dificulta sua visão de corpo inteiro; não obstante, sente-se o estilo sóbrio e equilibrado
que lhe imprimiu seu construtor, o Visconde de Vista Alegre. Apoiada na encosta do morro possui porão perfeitamente habitável,
muito embora de área inferior ao andar principal da casa, que é nivelado com bonito jardim lateral.
Logo identificada ao longe pelas palmeiras imperiais e situada no alto de uma colina, com uma privilegiada vista para a região, o
antigo casarão, da segunda metade do século XIX, é uma imponente edificação assobradada em estilo neoclássico.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Pouco decorado, com avarandados, é um típico exemplar dos casarões do café. Apresenta uma planta em forma de "C", um
jardim no interior, seqüência de janelas no segundo andar, na entrada principal um pequeno alpendre com estrutura de ferro
fundido. No antigo espaço do terreiro de café, situado em frente ao casarão, frondosas árvores lançam suas sombras onde,
outrora, o sol era essencial.
Os materiais utilizados na construção foram pedra, cal e madeiras-de-lei. O pavimento inferior possuía três cômodos que eram
utilizados para depósito e o pavimento superior, treze cômodos para morada. Cabe destacar a existência da capela de Santa
Teresa, uma construção bem cuidada, "assoalhada, envidraçada e forrada", que possuía ainda "coro, estantes, bancos, cadeirões,
altar com imagem, castiçais, paramentos e um puxado para sacristia".
Características construtivas:
- Constituída por escritório, latrina, um banheiro de mármore com água encanada.
- Os materiais utilizados: pedra, cal, madeira-de-lei e já se tem o registro da utilização também de tijolos.
- Capela construída em cal, pedra e madeira-de-lei.
Intervenções realizadas:
- Observam-se alterações expressivas na planta: os 15 cômodos originais foram completamente redimensionados e redistribuídos.
O térreo era destinado a arreios e depósitos.
Informações históricas:
A origem das terras da Fazenda Vista Alegre data de antes de 1829. O proprietário, Francisco Martins Pimentel, deixa-a como
herança a seu filho, o Alferes Joaquim Gomes Pimentel - o Visconde de Pimentel, grande amante da música e das artes que ficou
conhecido pelos saraus que promovia em sua propriedade, trazendo artistas e músicos famosos, como o pianista Gotshalk, que se
apresentou na fazenda em 1869. O alferes criou sua própria banda de música, com diversos instrumentos, composta por 27
escravos libertos que se apresentavam majestosamente trajados e calçavam sapatos luzidios. Com sua atitude de vanguarda
promoveu, ainda, a construção em Valença da primeira escola do país destinada a alfabetizar filhos de escravos e crianças pobres
da região, conhecida como Escola de Ingênuos - fato amplamente noticiado nos jornais de Valença e da capital; angariou doações
para a construção da Biblioteca Municipal de Valença e de ramais da estrada de ferro, os quais ligavam suas propriedades a de
seus vizinhos, indo até a estação de Esteves.
Na fazenda, implantou várias inovações, como maquinaria para o beneficiamento de café, compreendendo engenhos, moinhos,
prensa, fornos, lavadores, batedores, ventiladores, despolpadores a seco, tirador de goma, cilindro para torrar farinha e gasômetro
– fatos que motivaram a visita do Conde D´Eu à Valença em setembro de 1876. Faleceu sem deixar herdeiros, com seus bens
hipotecados e executados pela irmã, Maria Francisca Esteves.
Os documentas históricos da Fazenda Vista Alegre encontram-se na Fazenda Santo Antonio do Paiol, construída por Francisco
Martins Pimentel, pai do Visconde.
Dados cronológicos:
antes de 1829 - adquirida por Francisco Martins Pimentel
1860 - passada por herança a seu filho Francisco M. Pimentel - futuro Visconde de Pimentel; e data aproximada da construção da
sede
1860/fins do séc. XIX - época áurea da fazenda, vindo, no final do período, a ser hipotecada ao Banco; executada pelo banco após
a sua morte
1902 - adquirida em leilão pelo Barão de Oliveira e Castro, junto com as fazendas Campo Alegre e Chacrinha
Atualmente - pertence ao casal Délio e Clair de Mattos Santos, que a adquiriu em 1980, e encontra-se aberta à visitação
Informações complementares:
Francisco Martins Pimentel ficou consagrado pelo seu dinamismo, por ser grande promotor de encontros sociais e por introduzir
métodos e tecnologia de produção inovadores em sua fazenda, como equipamentos mecanizados movidos a vapor e maquinismo
de beneficiamento do café (moinhos, lavadores, batedores, etc).
As inovações implantadas na Fazenda Vista Alegre motivaram uma histórica visita do Conde D'Eu, de 16 a 18 de setembro de
1876. Nesta ocasião o visitante ilustre participou de animados saraus, visitas às instalações das propriedades de Pimentel,
cavalgadas e passeios no lago que existia onde é hoje o parque de exposições de Valença.
Donativos e investimentos para o desenvolvimento regional foram amplamente concedidos pelo Visconde de Pimentel a
instituições e iniciativas, tais como a Biblioteca Municipal de Valença; a abertura da estrada que liga Valença a Rancho Novo e
Conservatória; a União Valenciana, assentando m ramal que interligava suas propriedades as Fazendas de Chacrinha e Campo
Alegre, pertencentes a Manoel Pereira de Souza Barros, Barão de Vista Alegre, desembocando na estação de Esteves.
Embora tenha atingido fama e grande prestigio em vida, o Visconde de Pimentel faleceu sem ter deixado herdeiros, no início da
década de 80, já com seus bens inteiramente hipotecados, eexecutados, por sua irmã, Maria Francisca de Esteves.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC, 1977. Coleta de dados: José Martins
Rodrigues, responsável técnico, Alcina Ferreira Neves e Josemar da Ressurreição Coimbra.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Prefeitura de Barra do Piraí, Piraí,
Rio das Flores, Valença e Vassouras.
Registro Fotografico:
Detalhe da escada de acesso - Leila Alegrio.
Detalhe da bica - Leila Alegrio.
Detalhe estatua jardim - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA URICANA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R11
RJ 143
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Situação e ambiência:
A sede da fazenda encontra-se implantada num sítio privilegiado. Observa-se uma floresta de eucalipto ao fundo e jardins com
tratamento paisagístico adequado.
Foto: Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Casa térrea de boas proporções, cercada por um avarandado com guarda-corpo em madeira. A arquitetura é simples, em estilo
colonial.
Conta com imponente capela, cujo porte destoa da casa-grande.
Fontes:
- Fotos Leila Alegrio
Registro Fotografico:
Foto: Leila Alegrio
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA CAMPO ALEGRE
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R12
RJ 145
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Semi-demolida
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Regina Oliveira e Castro e Augusto César Marães da
Costa
Situação e ambiência:
O acesso à fazenda Campo Alegre é feito pela RJ 143, estando a sede da fazenda cercada por morros e montanhas, que
atualmente passaram por grande processo de reflorestamento, recuperando 15 alqueires de Mata Atlântica. Palmeiras Imperiais
marcam a entrada da fazenda, seguindo os costumes ditados pela Corte na época.
Hoje é desenvolvida na fazenda a criação de gado leiteiro e de corte, o plantio de café, projetos de piscicultura e fruticultura. A
fazenda também está aberta a visitação.
Ambiência - Arthur Vianna.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Do conjunto da fazenda restam hoje apenas o paiol e o terreiro em macadame
Informações históricas:
A Fazenda Campo Alegre foi implantada na 1a metade do século XIX por Manuel Pereira de Souza Barros, pai do Barão de Vista
Alegre. Com a sua morte, a fazenda passa a ser gerida pelo filho, que aprimorou seus equipamentos para a produção cafeeira.
Sua história é similar a da Fazenda Chacrinha, passando para os mesmos herdeiros e em seguida sendo hipotecada no Banco do
Brasil. A data da construção da sede é desconhecida. O notório desta fazenda é que no inventário do Barão de Vista Alegre, a
sede foi descrita de forma sucinta: uma casa coberta de telhas, com todas as suas dependências, enquanto segue uma descrição
detalhada de mobiliário, objetos e equipamentos, incluindo casa para banheiro e latrina, maquinismos de moer café de Lidgerwood,
os mais avançados da época, linha de bondes (7 Km), conectando a fazenda à estação de Souza Barros, tanques e
encanamentos para água potável e uma linha de telefone com todos os seus pertences.
Dados cronológicos:
Início do séc. XIX - aquisição das terras da fazenda, juntamente com a da fazenda de Chacrinha, pela família Souza Barros
1891/1892 - passada aos herdeiros, após a morte do Barão de Vista Alegre, em 1891, que a hipotecam ao Banco do Brasil
1892/1901 - adquirida em leilão pelos irmãos Nicolau, Vito e Caetano Pentagna; e mais uma vez hipotecada
1901 - adquirida em leilão pelos irmãos Horácio e Álvaro Mendes de Oliveira Castro
Atualmente - pertence a mesma família, sendo gerida pelo casal Regina Oliveira e Castro e Augusto César Marães da Costa.
Regina é neta de Álvaro de Oliveira Castro
Fontes:
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da C. Poder, Progresso, Luxo e Opulência: Um Reexame da Arquitetura Rural Fluminense do
Século XIX. UFRJ/ CLA/ FAU. Rio de Janeiro - 1999.
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Prefeitura de Barra do Piraí, Piraí,
Rio das Flores, Valença e Vassouras.
- Histórico fazendas Valença
Registro Fotografico:
Ambiência - Arthur Vianna.
Detalhe da capela - Leila Alegrio.
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Detalhe da máquina de beneficiamento de café - Leila Alegrio.
Detalhe do altar - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA CHACRINHA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R13
RJ 145
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Sérgio Sahione Fader Fadel
Situação e ambiência:
A palavra chacrinha é diminutivo de chácara. O nome provém do local escolhido para a construção da sede. Esta fazenda deriva
do complexo da fazenda vizinha, a Campo Alegre. Sua fundação repete um costume nas famílias de cafeicultores.
‘A Casa-Grande, em estilo neoclássico, localizava-se num belíssimo vale cercado de pequenas montanhas verdejantes, palmeiras
imperiais, jardins e um imenso pomar, retratando fielmente o status dessa família, nos anos de glória e riqueza do café.
Em 1889 - casa de vivenda, engenho de café e farinha, alambique, depósitos de aguardente, paiol, moinho, casa de carros e tulha,
e ainda a Casa-Grande, que compreendia: sala nobre, gabinete, saleta, sala de música, sala da capela, salão de baile, gabinete,
sala de jantar, cinco quartos e sala de copa.’ ALEGRIO, 2003.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
É descrita como, "uma casa coberta de telhas, forrada e assoalhada", sem qualquer descrição de mobiliário, mas sua avaliação
totaliza o valor de 138 contos e 850 mil réis. Daí pode-se tirar duas hipóteses: ou que o mobiliário, os objetos e os equipamentos
não foram inventariados propositalmente para evitar os problemas com a partilha de bens, já que fora construída para o filho do
Barão, ou a casa estava realmente vazia, em vias de conclusão (já que a data na fachada é de 1881), e a estimativa da avaliação
do imóvel está relacionada apenas com os gastos com a construção.
Independente do custo, de fato o que se pode concluir é que a Fazenda Chacrinha possui um grande refinamento na construção
para o gosto daquela época. O volume arquitetônico remete aos "solares coloniais urbanos mais prestigiosos".
Combina vãos de verga reta com vãos de verga em arco pleno - novidade também na cidade -, sobrevergas trabalhadas em
massa, janelas em guilhotina com vidro por fora e com folhas de madeira abrindo para dentro e bandeiras fixas em madeira
desenhada.
Informações históricas:
A origem da Fazenda Chacrinha data da 2a metade do século XIX por iniciativa de Manuel Pereira de Souza Barros - o Barão de
Vista Alegre, após herdar as terras de seu pai.
Dados cronológicos:
Início do séc. XIX - aquisição das terras da fazenda, juntamente com a da fazenda de Campo Alegre, pela família Souza Barros
1881 - construção da sede
1891/1893 - passada aos herdeiros, após a morte do Barão de Vista Alegre, em 1891, que a hipotecam ao Banco do Brasil
1893 - adquirida em leilão pelos irmãos Nicolau, Vito e Caetano Pentagna, que a vendem à firma Irmãos Esteves & Cia, sendo
mais uma vez hipotecada
1901 - adquirida em leilão pelos irmãos Horácio e Álvaro Mendes de Oliveira Castro
Atualmente - pertence a Sérgio Sahione Fader Fadel desde em 1991, que cria gado leiteiro e mantém a produção da famosa
cachaça Chacrinha, utilizando-se ainda da antiga roda d´água para a moagem da cana
Informações complementares:
Com o sucesso do café nas terras brasileiras e sua boa aceitação no mercado internacional, os morros da fazenda são
desmatados para darem lugar a 4,5 milhões de pés do fruto precioso. Com a madeira das florestas tombadas, são construídas as
tulhas, a casa-grande, o engenho e a senzala.
Fontes:
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da C. Poder, Progresso, Luxo e Opulência: Um Reexame da Arquitetura Rural Fluminense do
Século XIX. UFRJ/ CLA/ FAU. Rio de Janeiro - 1999.
- Material USU.
Registro Fotografico:
Detalhe aqueduto - Leila Alegrio.
Detalhe aqueduto - Leila Alegrio.
Detalhe chafariz - Leila Alegrio.
Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA HARMONIA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R14
RJ 145 - Estrada Harmonia
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Foto: Leila Alegrio.
Fontes:
- Fotos Leila Alegrio.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA VARGAS
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R15
RJ 145 - Estrada Harmonia
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
A sede da fazenda Vargas está assentada sobre platô, donde se tem uma visão completa da propriedade.
Ambiência - Leila Alegrio.
Informações históricas:
A implantação da Fazenda Vargas data da 2a metade do século XIX e é atribuída à iniciativa do Doutor Emílio Guadagni, cidadão
de origem italiana, que além de se dedicar à lavoura de café, clinicava em Valença, tornando-se um conceituado médico na
cidade. Esta fazenda permaneceu com a família por muitos anos.
Fontes:
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Prefeitura de Barra do Piraí, Piraí,
Rio das Flores, Valença e Vassouras.
Registro Fotografico:
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Vista da roda d’água - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA DESTINO
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R16
RJ 145
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/
Situação e ambiência:
Foto: Leila Alegrio.
Fontes:
- Fotos Leila Alegrio.
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTA ROSA - ALAMBIQUE
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R17
RJ 145, Km 82 (24) 2453-4114 (www.cachacasr.com.br) Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Primeira metade do século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Lucio Pentagna Guimarães
Situação e ambiência:
A entrada da fazenda, que possui longos gradeados, é anunciada por uma ala de palmeiras imperiais, símbolo de prestígio no
passado. Foi construída aproveitando a declive do terreno, após o terreiro de café. Assim, quem vê a casa pela frente não imagina o
tamanho da construção pela lateral direita e, em especial, pelos fundos.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O pequeno casarão da Fazenda Santa Rosa, de arquitetura simples, apresenta, na fachada, janelas com verga retilínea e um
discreto alpendre com escadas na porta de entrada. Este alpendre e outro na lateral direita, dão gracioso realce à simplicidade das
fachadas, despojadas dos acréscimos neoclássicos, tão usados no final do ciclo do café. Nas fachadas lateral e dos fundos, a casa
passa a ter dois níveis, com porão aproveitável.
O terreno é plano e o acesso é lateral. Apresenta porão alto e 1 pavimento, com 6 quartos, 6 salas e 6 banheiros. A planta é
caracterizada como um duplo ‘L’ e o telhado é composto por telhas de barro, capa e bica e cachorro. Não há varanda e a
balaustrada existente é de ferro. O forro é de madeira e as esquadrias são de madeirado tipo guilhotina e apresentam verga reta.
Possui ainda energia elétrica, instalação de água e o esgoto é de fossa. Não possui instalação de gás, nem telefone.
‘Edificada em forma de “C”, com escadas em lances opostos e cobertas por alpendre. Na entrada, uma ante-sala, tem-se uma porta
à esquerda, onde situa-se a sala de visitas. À direita, uma pequena capela singular que possui uma curiosa janela interna que se
abre para a sala de jantar e um corredor que leva aos demais cômodos da moradia.
Sua característica de construção é tipicamente colonial, com janelas em vergas retas e beirais encachorrados.
A Fazenda Santa Rosa permanece intacta. O casarão, que preserva sua construção original, é mais uma prova. Outra é o engenho
movido por uma roda d'água de oito metros de altura.
A dualidade agrícola gerou a convivência do terreiro de café e do engenho de cana (embora a primeiro não atenda mais a finalidade
original), fazendo parte do retângulo fechado que movia, também, a casa-sede, depósito (ex-tulhas), oficinas e senzalas, estas não
mais existentes.
Na visitação se destaca o funcionamento do antigo alambique, de 1871’ ALEGRIO, 2003
Informações históricas:
As terras da Fazenda Santa Rosa do Alambique são originárias da antiga sesmaria de Santa Rosa da Cachoeira, de Joaquim
Marques da Silva e Faustina Angélica de Moura. O desmembramento da sesmaria também deu origem a outras fazendas na região
de Valença, como Pau D’Alho, Cambota, São Manoel e aos sítios da Cachoeirinha e Escobar, que tinham a Santa Rosa como
centro. Na 1a metade do século XIX, além do café, a fazenda produzia açúcar, algodão, milho, farinha de mandioca e a aguardente,
cuja produção vem sendo mantida até os dias atuais. No século XIX, a Santa Rosa viveu sua fase áurea nas mãos da família do
Comendador Manoel Antônio Rodrigues Guião.
Dados cronológicos:
1839 - vendida a Eleutério Delfim da Silva, que investiu na ampliação da extensão de suas terras e na realização de benfeitorias
1852 - passada ao credor, João Pereira Darrigue Faro - futuro Visconde do Rio Bonito, que vendeu-a no mesmo ano a Antônio
Vieira Machado, que fez fortuna com o café
1858/1872 - vendida pelos herdeiros de Antônio Vieira Machado ao Comendador Manoel Antônio Rodrigues Guião, que lá se
estabeleceu até a sua morte
1888/1914 - passada ao credor Vito Pentagna, que realizou novas benfeitorias, vindo a instalar nesta e em outras fazendas de sua
propriedade uma rede telefônica ligando-as à cidade de Valença. Faleceu sem inaugurar a sua tão sonhada fábrica de tecidos
Fiação Tecidos Santa Rosa
Atualmente - pertence a mesma família desde a morte de Vito Pentagna, hoje representada por Lucio Pentagna Guimarães, e se
encontra aberta à visitação
Informações complementares:
Segundo um “Anuário Estatístico/Informativo da Província do Rio de Janeiro” de 1875, dos fazendeiros, proprietários de
“estabelecimentos rurais em ponto grande” em Valença, voltados fundamentalmente para a produção de café, apenas três
fabricavam, também, aguardente em escala comercial: o futuro Barão da Vista Alegre, Manoel Pereira de Souza Barros (proprietário
das Fazendas Vista Alegre, Campo Alegre e Chacrinha - esta última não existente à época); Pedro Gomes Pereira de Moraes e D.
Iria Umbelina Vieira Guião, dona da Fazenda Santa Rosa que herdou do marido, Comendador Manoel Antonio Rodrigues Guião,
falecido em 20 de agosto de 1872.
Fontes:
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Prefeitura de Barra do Piraí, Piraí, Rio
das Flores, Valença e Vassouras.
- http://www.cachacasr.com.br/index2.htm, consultado em out/ 2003.
- http://www.valenca.rj.gov.br/, consultado em out/ 2003.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Vista parcial da sede da fazenda - Leila Alegrio.
Vista parcial da sede da fazenda, com destaque para o
chafariz - Leila Alegrio.
Detalhe do altar da capela - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA PAU D’ALHO
localização:
RJ 145. Telefone (024) 2452-1803
Época da construção:
Código de identificação: VAL-CF-R18
Município: VALENÇA
mapa de localização:
Início do século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Turístico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Humberto Pentagna
Situação e ambiência:
Precedida por uma cerca de ficus e um vasto gramado, onde havia o terreiro de café, o casarão da fazenda Pau D'alho é um dos
mais antigos da região de Valença, provavelmente do início do século XIX.
Uma característica importante da fazenda é que de qualquer ponto da Casa Grande tem-se vista quase que 180 graus das terras. E
que a sua esquerda encontra-se a Usina Hidrelétrica Vitor Pentagna, responsável pelo fornecimento de energia para a Companhia
Fiação e Tecidos Santa Rosa, além de casas de Valença e outras fazendas da região.
Ambiência - foto retirada do site
www.fazendacomposeliseos.com.br, em out/ 2003.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Por isso sua arquitetura é simples, com janelas e porta em verga reta. Possui grandes salões sociais na parte central e outros
menores no porão. Pau D'alho, sem apresentar luxo ou requinte, conserva, ainda hoje, o mobiliário, com grande mesa, cristaleira,
cadeiras de palhinha e objetos do século XIX e XX.
Como elementos construtivos marcantes para a sua caracterização, destacamos o arcabouço todo montado em toras de madeira
toscas, aparentes em forma de pilares na sala e nas vigas que sustentam o piso do pavimento superior (acesso). Um dos cunhais,
formado por uma peça de madeira contínua, com cerca de 15 metros, foi certamente aproveitada do desmatamento da floresta.
A casa é apoiada sobre embasamento de pedra, fechada com adobe e com as paredes internas executadas em taipa de mão. Notase ainda a falta de acabamentos na fachada, como a ausência de cimalha, sobrevergas em portas e janelas ou quaisquer outros
elementos decorativos.
O antigo porão foi totalmente remodelado. Três imensas salas deram lugar a diversos cômodos onde impera a beleza suave e
aconchegante de vários móveis. Uma escada conduz ao andar superior, onde tem-se a sala de jantar em estilo francês, tendo ao
centro uma enorme mesa para 24 convidados. Armários guardam louças finas e em uma das paredes existe interessante coleção
de retratos da família.
A área intima tem acesso por um corredor alto e iluminado, composta de quatro quartos, cada qual com sua cor e mobília próprios.
Por fim, há uma sala de almoço, a cozinha, com fogão a lenha e a lavanderia, que possui imensas bancadas de mármore e um
curioso forno de barro, mantido ali pela adequação ao ambiente.
O forro de madeira, as janelas de vidro em guilhotina pelo lado externo e o piso assoalhado são resultado das reformas executadas
à construção original. Hoje em dia, o local onde eram as senzalas é onde funcionam os currais da fazenda.
Informações históricas:
A casa de Pau D’Alho foi construída logo após a aquisição das terras e, segundo informações da família Pentagna, proprietária da
fazenda há três gerações, a casa mantém sua forma original (planta retangular) tendo, porém, sofrido três reformas, incluindo uma
ampliação, pois possuía inicialmente dois quartos. A fazenda do Pau D'alho teve origem nas terras da sesmaria concedida a
Joaquim Marques da Silva e sua mulher D. Faustina Angélica de Moura, denominada Cachoeira de Santa Rosa.
1835 - Faustina Angélica de Moura vende ao Comendador José da Silveira Vargas, uma "sorte de terras" denominada Pau D'Alho,
pertencente à citada fazenda, vizinha dos herdeiros de José Pereira dos Santos e as margens do Rio das Flores.
Final século XIX - Luís Damasceno Ferreira, neto do Comendador Vargas assume a administração da fazenda.
1897 - A fazenda foi vendida ao comerciante italiano Vito Pentagna, que já era proprietário nesta ocasião da vizinha Fazenda Santa
Rosa.
1914 - Morre Vito Pentagna passando a fazenda as mãos da viúva Urbana de Castro Pentagna. Esta legou por sua morte, em 1940,
ao filho Dr. Savério Pentagna, advogado, industrial e político.
O atual proprietário é o Dr. Humberto, que já tem sua continuidade assegurada em seus filhos Carla Neves Pentagna e Savério Vito
Pentagna, 4° geração da família na fazenda, um fato raro nos dias atuais.
Fontes:
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da C.Poder, Progresso, Luxo e Opulência: Um Reexame da Arquitetura Rural Fluminense do
Século XIX. UFRJ/ CLA/ FAU. Rio de Janeiro - 1999.
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo.Prefeitura de Barra do Piraí, Piraí, Rio
das Flores, Valença e Vassouras.
- http://www.palmeiraimperial.com.br/ - consulta em:10/03
- http://www.valenca.rj.gov.br/ - consulta em:10/03
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTO ANTÔNIO DO PAIOL
localização:
RJ 145, Km 20 - TEL (24) 2453-5306
Época da construção:
Código de identificação: VAL-CF-R19
Município: VALENÇA
mapa de localização:
Séc. XIX (1804 / 1852)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Turístico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/ Rogério Viana
Situação e ambiência:
A casa grande, cercada por palmeiras imperiais, situa-se numa elevação e, por conta disso, possui o primeiro piso semi-enterrado.
Em casas com esta situação, o piso inferior quando não era apenas utilizado como porão sanitário, com o objetivo de afastar a casa
do chão para evitar a umidade, era ocupada pelos escravos numa espécie de senzala, chamada de senzala de dentro, onde
ficavam os escravos domésticos.
Vista parcial da sede da fazenda - Arthur
Vianna
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
O casarão da Fazenda Santo Antônio, em estilo neoclássico, é uma construção de um pavimento sobre porão alto por onde se faz o
acesso a casa. A base da construção é saliente, com cunhais nas extremidades. Possui planta em “U”, com pátio interno, que neste
caso, exemplifica precisamente a divisão dos espaços da casa em social, Íntimo e serviço.
Observando a planta, percebemos que de um lado do “U” estão cozinha e área de serviço, do lado oposto estão os quartos
dispostos em fila e na base do “U”, as salas de estar e os quartos de hóspedes abertos para a sala. Fazendo a ligação das salas à
área externa da casa está a sala de jantar, neste caso, também um cômodo de acesso.
A Fazenda possui onze quartos, três banheiros, salas, copa e cozinha. Possui, também, uma fonte na frente da sede e um bonito
pátio interno. Dentro da sede, ressurge o luxo do estilo do mobiliário, tudo muito bem restaurado. A casa foi dotada com todos os
requisitos exigidos de uma fazenda de café do ciclo.
Os quartos estão voltados para o leste, as áreas de serviço para o oeste, e as salas para o norte. A circulação existente entre os
quartos e o pátio interno recebe todo o sol poente, não deixando que o calor indesejável da tarde invada os compartimentos de
dormir.
Características construtivas:
- Portas trabalhadas e com vidro (tanto das circulações quanto das que fazem a ligação entre as salas).
- Cimalha em madeira.
- No pavimento superior a disposição dos vãos apresenta certa regularidade, mas as janelas do pavimento inferior estão dispostas
de forma completamente irregular.
Construída seguindo o mais puro estilo neoclássico, guarda, no entanto, uma certa simplicidade, principalmente na forma de
confecção das janelas e portas externas, embora seu interior revele um gosto requintado nos pequenos detalhes. É o caso das
bandeiras das portas e das maçanetas, ora em porcelana, ora em cristal colorido, dos azulejos da cozinha e do banheiro, além de
uma biblioteca rica e quase sempre rara nas sedes de fazendas.
Guardando uma memória do passado, até hoje encontra--se parte de um conjunto de construções, que tais como a sede da
Fazenda, foram recuperados, e atualmente servem de depósitos e baias. A fazenda também se dedica á criação de gado Jersey,
Canchin e ao plantio do café. ALEGRIO, 2003
Informações históricas:
A Fazenda Santo Antônio do Paiol foi criada na 1a metade do século XIX por Francisco Martins Pimentel. A fazenda se destacou na
segunda metade do século, quando foram proprietários o casal Francisca Martins Pimentel e Manoel Antônio Esteves - homem de
grande visão comercial. Incrementou o plantio de café e cuidou da comercialização da produção, através de sua firma exportadora
Esteves & Filhos, que operava nos portos do Rio de Janeiro e de Santos. Seus interesses comerciais também foram direcionados
para a construção da Estrada de Ferro União Valenciana, da qual foi o seu primeiro presidente. Em função de seu destaque na
sociedade cafeicultora, acabou recebendo do governo imperial a comenda da Ordem da Rosa.
Dados cronológicos:
1814 - concessão de semarias a João Soares Pinho, que posteriormente é vendida a Francisco Martins Pimentel, seu vizinho da
sesmaria de Santa Theresa
1850 - passada por dote a Francisca Martins Pimentel, quando se casa com Manoel Antônio Esteves
1852 - conclusão das obras da sede com tudo que havia de moderno na época
1879 - passada por herança a Francisco Martins Esteves, que posteriormente deixa-a para seu filho Marcos Zacarias Manoel
Esteves, que vindo a falecer em 1941, deixa a propriedade, ja desmantela, para sua esposa,
1941 - passada por herança à viuva Francisca Olympia Alves de Queiroz Esteves, que assume as atividades da fazenda e
desenvolve trabalho de preservação do acervo móvel e imóvel da fazenda
Atualmente - pertence à Congregação da Pequena Obra da Divina Providência (Don Orione), que a recebeu por doação da
proprietária, em 1969, que desejava garantir a proteção daquele patrimônio histórico
Informações complementares:
Desenvolvendo profícua atividade, Esteves ampliou os cafezais, adquirindo ou abrindo novas fazendas, tais como São Manuel,
Ribeirão, Santa Catarina, São Francisco, Nazaré e Boa Vista. Nelas chegou a ter mais de seiscentos escravos. Eliminando
intermediários, ele mesmo negociava a produção, operando no Rio de Janeiro e em Santos com a firma exportadora Esteves &
Filhos.
Como uma das figuras mais proeminentes do vale, Esteves se empenhou nas gestões que viabilizaram a construção da Estrada de
Ferro União valenciana, com evidentes benefícios para a economia local. Da estrada de ferro seria o primeiro presidente, e por seu
trabalho receberia do governo imperial a comenda da Ordem da Rosa.
Segundo a atual arrendatária da fazenda, alguns vãos, como uma das portas da frente que foi colocada recentemente, são fruto de
intervenções de reforma, que inclusive, modificaram algumas divisões internas.
Fontes:
- FIGUEIREDO, Adriana Nogueira da C. Poder, Progresso, Luxo e Opulência: Um Reexame da Arquitetura Rural Fluminense do
Século XIX. UFRJ/ CLA/ FAU. Rio de Janeiro - 1999.
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Prefeitura de Barra do Piraí, Piraí, Rio
das Flores, Valença e Vassouras.
- http://www.valenca.rj.gov.br/noticias/25jun/paiol.htm, consultado em out/ 2003.
- http://www.valenca.rj.gov.br/, consultado em out/ 2003.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Detalhe ladrilho hidráulico - Leila Alegrio
Interior - Leila Alegrio
Detalhe chafariz - Leila Alegrio
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA MONTE SCYLENE
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R20
RJ 115 - Barão de Juparanã
Município: VALENÇA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Clínica
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Situação e ambiência:
Encontra-se implantada no alto de uma colina situada próxima à entrada da cidade de Barão de Juparanã.
Foto: Leila Alegrio
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
"O casarão, no mais puro estilo neoclássico, chama a atenção no alto de uma colina, em meio a um bosque de sapotis, às margens
da estrada que liga o antigo arraial de Desengano, atual Barão de Juparanã, em Valença, à cidade de Vassouras, cuja visão revela
a imponência aristocrática." ALEGRIO, 2003
Informações históricas:
A origem Monte Scyllene remonta a meados do século XIX, quando Francisco Nicolau Carneiro Nogueira da Gama - Barão de
Santa Mônica, desmembrou parte das terras da Fazenda Santa Mônica para formar sua fazenda, e nela construiu uma majestosa
sede. Contratempos causados por endividamento impediram o barão de concretizar o intento, restringindo-se a residência, tanto que
durante muito tempo ficou conhecida apenas como chácara do Monte Scyllene.
Construído em 1866, sob planos e direção de engenharia de José Joaquim de Lima e Silva, o solar da Monte Scyllene foi um dos
mais sofisticados de sua época. Em fins do século XIX, o casarão foi ocupado pela Associação da Infância Desamparada, instituição
fundada pelo Conde D’Eu.
A inauguração da associação ocorreu no dia 28 de abril de 1876, data em que também se comemorava o aniversário natalício do
conde. A cerimônia contou com a presença da família imperial e a instituição foi batizada com o nome de Azilo Agrícola Santa
Isabel, em homenagem à princesa imperial.
Com o advento da República, a associação entrou em dificuldades financeiras, sendo extinta em 1916.
O seu patrimônio, com direitos e encargos, foi transferido para outra associação, que por sua vez também não conseguiu se manter.
Em 1923 o Ministério da Justiça ali criou um Patronato de Menores e sua manutenção passou a ser assegurada por subvenção
anual.
Em 2000, a antiga Fazenda Monte Scyllene foi vendida com seus aproximados 30 alqueires geométricos de terras ao governo do
Estado do Rio de Janeiro, que, depois de uma esplêndida reforma, transformou-a em clínica para recuperação de dependentes
químicos.
Fontes:
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTA MÔNICA
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R21
RJ 115 - Barão de Juparanã
Época da construção:
Município: VALENÇA
mapa de localização:
2° Década do séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Rural e Turístico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Tombamento federal
Propriedade
Privada/ Embrapa
Situação e ambiência:
Situada entre as localidades de Barão de Vassouras e Barão de Juparanã, na margem esquerda do rio Paraíba. Mantém suas
características originais. Foi uma das mais importantes fazendas de café na província Fluminense.
A sede da fazenda, segue o padrão urbano para sobrado, aqui ampliado em terreno plano e sem limites de vizinhanças. Volume em
"U", formado pelo pátio interno, com planta típica da arquitetura praticada no século XIX para a zona rural, separando e isolando as
diversas áreas de distribuição de uso.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção retangular, em feitio de asa, com pátio interno. No telhado clarabóias cônicas, hastes de pára-raios. Escadas de pedra
dão acesso aos vários planos do terreno. No primeiro piso, além do vestíbulo de acesso ao sobrado, encontram-se as áreas de
serviço, com depósitos, despensas e cozinhas, junto a essa o acesso de serviço ao segundo piso.
O vestíbulo tem tratamento próprio das áreas sociais, onde se encontram os melhores acabamentos, aqui ainda marcando o centro
da edificação, bem ao gosto clássico com a elegante escada de acesso iluminada por clarabóia demarcando e destacando esse
nobre cômodo. No sobrado, à frente, as salas de estar, receber, música, jantar, escritório e quartos para hospedagem, comuns no
programa rural.
A sala central abre-se para sacada com guarda corpo de ferro que compõe, com a porta principal do primeiro piso, o eixo da
composição. Em cada lateral que se desenvolve, formando o pátio interno, estão os quartos de dormir e a área íntima da família. A
fachada é marcada pelos dois pavimentos da casa.
Na bandeira principal do casarão assobradado vêem-se as iniciais M.B. (Marquês de Baependi) modeladas em ferro batido. A
mansão, em estilo colonial, guarda seu aspecto nobre. Duas estátuas de mármore, eretas nos ângulos do telhado, figurando deuses
mitológicos contrastam com o restante da edificação. Por seu terreno ser muito acidentado, possui muralhas de pedra cobertas por
hera que dividem o terreno ao redor da casa-sede em vários planos, tirando partido da topografia acidentada. Encontra-se também
uma pequena capela de uso privativo.
Características construtivas:
- As paredes chegam a espessura de 1m, com madeiramento tosco;
- Janelas simétricas, com a tipologia neoclássica rodeiam toda a casa,
- Apresenta três portas centralizadas sendo a do meio com fechamento em arco.
- Possui clarabóias cônicas e hastes de pára-raios, sendo seus beirais encachorrados.
- Sua planta é retangular, em feitio de asa, com pátio interno (típico das casas de fazenda do Vale), com escadas de pedra que dão
acesso aos vários planos que dividem a fazenda.
Informações históricas:
A história da Fazenda Santa Mônica começou com Manoel Jacinto Nogueira da Gama - o marquês de Baependy, quando ele
recebe de D. João VI enormes extensões de terras pela margem esquerda do rio Paraíba do Sul por ocasião de seu casamento. O
nome da fazenda foi dado em homenagem à Marquesa de Baependy, Dona Francisca Mônica Carneiro da Costa e Gama, filha de
Bráz Carneiro Leão, um dos mais abastados negociantes. Seus herderios foram: Bráz, futuro Conde de Baependy, Manoel Jacinto e
Francisco Nicolau, que futuramente seriam os barões de Juparanã e de Santa Mônica, respectivamente. O Barão de Juparanã se
destacou na administração da fazenda e no desenvolvimento da Vila de Desengano, hoje Barão de Juparanã, pois, entre outros,
custeou a construção da Estação Ferroviária, escolas e da igreja.
Dados cronológicos:
Inicio do séc. XIX - formação da fazenda com doação de sesmarias de São Jacintho, parte da sesmaria de Santa Mônica e parte da
sesmaria de São Bráz do Paraizo
1831 - inicio da construção da sede, inaugurado anos depois
1847/1869 - passada por herança à viúva e filhos, em 1847; em 1869 é passada aos filhos Manoel Jacinto e Francisco Nicolau barões de Juparanã e de Santa Mônica, quando da morte da marquesa
1876/1880 - deixada para o Barão de Santa Mônica, casado com Luíza Loreto Vianna de Lima e Silva, filha do Duque de Caxias,
com a morte do irmão, em 1876; quando em 1880 este vem a falecer
1885 - passada ao Banco do Brasil, após a morte do Barão de Santa Mônica, pois seus bens já estavam hipotecados
Século XX - transformada em Campo Experimental Fazenda Santa Mônica, em 1912, sendo absorvida pela EMBRAPA em 1975;
após a morte de Duque de Caxias, que faleceu na fazenda, a propriedade é passada ao Exército
Atualmente - a sede encontra-se cedida à Fundação Educacional Dom André Arcoverde para o desenvolvimento de pesquisas
conjuntas com a Embrapa; e a criação de um museu em convênio com o Exército voltado à memória do Duque de Caxias.
Informações complementares:
O Marquês e seus herdeiros cultivaram parte destas terras através de três grandes fazendas: Santa Mônica, Santana e Paraíso,
além dos sítios Papagaio e Desengano Feliz. Fizeram de santa Mônica uma pequena cidade, onde trabalhavam quase 700
escravos, juntamente com feitores, capatazes e outros.
O Barão de Santa Mônica, filho mais novo do casal, casou com Luisa Viana de Lima e Silva, filha do Duque e Duquesa de Caxias.
Dom Pedro II e outras altas personalidades do império foram hóspedes da fazenda luxuosamente decorada. A partir da abolição da
escravatura, a fazenda entrou em decadência. Os herdeiros do Marquês tentaram, em vão, salvar a cultura do café, fazendo
empréstimos e diversificando a economia, além de instalar um engenho de açúcar.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) em 1973.
Processo N.º 881-T-73
Inscrição N.º 444 no Livro do Tombo Histórico Volume N.º 1 folha 73 data: 17/12/73
Fontes:
- PIRES, Fernando Tasso Fragoso. Antigas Fazendas de Café da Província Fluminense. Ed. Nova Fronteira - Memória Brasileira,
1980.
- LARROZZONI, Maria Elisa. Guia dos bens tombados - Brasil
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Prefeitura de Barra do Piraí, Piraí, Rio
das Flores, Valença e Vassouras.
- http://srv1lx.6sr.iphan.gov.br/ - consultado em out/ 2003.
Registro Fotografico:
Escadaria principal - Leila Alegrio.
Detalhe fachada - Leila Alegrio.
Vista parcial da fachada da sede - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA ORIENTE
localização:
Código de identificação: VAL-CF-R22
RJ 115 - Sebastião de Lacerda
Época da construção:
Município: VALENÇA
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Turístico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Frank Wlasek
Situação e ambiência:
Um jardim, à frente da casa e do prédio que serve de capela, ainda preserva sua pequena murada com um singelo gradil de ferro, e
do lado oposto ainda permanece um grande pomar com suas jaboticabeiras, goiabeiras e mangueiras.
Ambiência - Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
"Com característica neoclássica e construída sobre um porão alto apresenta assim um aspecto assobradado, não deixando, no
entanto fugir da forte influência do estilo colonial mineiro com um vão interno que lhe confere uma geometria em forma de "O", com
os cômodos em torno deste espaço, nitidamente concebido para conferir a casa maior luminosidade e ventilação, proporcionando a
seus moradores maior salubridade. Na entrada principal um belíssimo alpendre imprime um ar majestoso e aristocrático, com sua
porta em vidros coloridos que, provavelmente devem ter sido colocados anos após a construção da casa. A capela, situada ao lado
direito do terreno, exibe em seu interior um dos mais interessantes exemplares de altar e imagens da "arte sacra cafeeira" do século
XIX, com predominância do neoclássico." ALEGRIO, 2003
Informações históricas:
A história da Fazenda Oriente se inicia na primeira década do século XIX com a doação de uma sesmarias a João Pinheiro de
Souza, que anos mais tarde fez uma doação ao seu filho, Peregrino José d’ América Pinheiro, por ocasião do casamento. O novo
proprietário, futuro Visconde de Ipiabas, responsável por a implantar a sede, optou por construi-la no lado oriental da propriedade,
dando origem ao nome da fazenda.
Dados cronológicos:
1807 - concessão de sesmarias a João Pinheiro de Souza
1834 - doada a Peregrino José d’ América Pinheiro, futuro Visconde de Ipiabas
1882 - passada por herança à viúva, que a mantém até 1892, quando morre
Atualmente - pertence a Frank Wlasek, que vem recuperando e mantendo o patrimônio
Fontes:
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Detalhe porta de entrada - Leila Alegrio.
Detalhe copiar - Leila Alegrio.
Altar da capela - Leila Alegrio.
Detalhe altar - Leila Alegrio.
Levantado por:
Data:
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTA RITA
localização:
RJ 151 - Tel: (024) 2452-2705
Época da construção:
Código de identificação: VAL-CF-R23
Município: VALENÇA
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira/ Turístico
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhum
Propriedade
Privada/ Cícero Queiroz
Situação e ambiência:
Hotel Fazenda Repouso dos Guerreiros
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A adaptação da casa-sede, de 1854, para comportar confortavelmente vinte e quatro hóspedes, foi feita sem desfiguração da
arquitetura original. Acrescentaram-se mais banheiros, somando onze suítes, além de dois quartos simples, quatro salões e outras
dependências. Interessante capela lateral, comportando cerca de 50 pessoas.
Informações históricas:
Em 1841, Cipriano Gomes Carneiro adquire a fazenda Santa Rita do Rio Bonito - como era conhecida - que já era explorada pela
lavoura cafeeira. Cipriano com a ajuda do irmão Bernardo, aumentou as plantações, construiu casas, intensificou a produção de
café e adquiriu mais escravos e terras, vindo a falecer em 1856, deixando seus sobrinhos como herdeiros.
1859 - Bernardo Cipriano falece deixando viúva e filhos. Joaquim Gomes Ferreira, esposo de sua filha Ana Umbelina toma à frente
dos negócios.
1874 - Joaquim Gomes Ferreira falece e sua viúva e o filho Bernardino assumem a direção da fazenda. No final do século a fazenda
é adquirida por Francisco Bernardo da Luz Figueira.
1912 - É comprada por Brasílio Bressane, avô da atual proprietária, buscando abrigo para sua numerosa prole contra a gripe
espanhola que então assolava o Rio de Janeiro, contava só com cem alqueires, hoje reduzidos a escassos sessenta hectares.
Meados de 1985 - A atual proprietária, que já tinha uma terça parte da propriedade, comprou-a dos demais herdeiros. A Fazenda
estava abandonada e a sede, em péssimo estado: custou mais caro recuperá-la do que adquiríi-la.
Hoje, a Fazenda está toda plantada com pasto, mormente "Coast-cross"; tem um haras de cavalos, quarto-de-milha; algum gado
Jersey que abastece de leite, queijo e manteiga, pequena Iavoura de café, horta, pomar, aviário de significativo porte, pequenos
animais -tudo dimensionado para o autoconsumo.
Tem o nome de ‘Hotel Fazenda Repouso dos Guerreiros".
Fontes:
- Material USU - 2000.
- NOVAES, Adriano e MAGNAVITA, Paulo. Você está convidado para uma viagem no tempo. Prefeitura de Barra do Piraí, Piraí, Rio
das Flores, Valença e Vassouras.
VASSOURAS
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA POCINHO
localização:
Código de identificação: VAS-CF-R01
BR 393, Estrada Ipiranga
Município: VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
1850
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Mal / ruínas
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / abandonada
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Processo n. º E-03/38 239/78 - Tombamento Provisório - Data:
15.02.79 Tombamento Definitivo - Data: 09.11.87.
Propriedade
Irmãos Furtado
Situação e ambiência:
Em 2003, a sede foi demolida, restando apenas o engenho e o aqueduto.
A sede era composta de construção térrea em formato de "U", com pátio central. Compunha a edificação: senzala, tulhas, engenho
e casa de empregados. A casa grande possuía varanda externa corrida, sustentada por várias colunas, que dá acesso à quase
todos os cômodos.
Vista do engenho e do aqueduto, 2003
Aqueduto, 1978. Foto: INEPAC.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Segundo descrição da Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro (INEPAC, 1976) a fazenda
"era, na época, uma das mais importantes deste trecho do Vale do Paraíba. A sede, cujas linhas apresentavam as características
arquitetônicas inconfundíveis da fase inicial do ciclo do café, era constituída inicialmente, de duas alas em forma de "L", de acordo
com planta de 1831, feita pelo engenheiro César Cordolino. Na década seguinte, provavelmente é que veio a ser edificada a lateral
direita, que lhe deu a forma atual de "U", rodeada de terraços, para onde se deitavam os quartos, salas, capela, enfermaria, cozinha
e outros cômodos.
No centro, entre as duas alas laterais, ficava o pátio cujo piso era todo revestido de laje. Do lado da casa dos brancos, erguia-se
lúgubre a senzala compreendendo um casarão largo e comprido. Poucas fazendas fluminenses, nessa época, apresentavam tanto
luxo como a do Pocinho. Tinha piano, mobília fina, retratos à óleo, etc."
Informações históricas:
A Fazenda Pocinho foi uma das fazendas tradicionais do Vale do Paraíba. Suas terras tiveram origem na incorporação das antigas
fazendas Pocinho e Iguaba. No final do século XIX foi adquirida por hipoteca pelo Banco do Brasil, sendo, posteriormente,
comprada por Francisco Paulo de Almeida - Barão de Guaraciaba, que buscou reerguê-la da situação de quase abandono em que
se encontrava. Atualmente pertence a Irmãos Furtado que estão sofrendo um processo por demolição da fazenda.
Foi na época do Cel. Joaquim Pereira de Faro, que nela se hospedaram diversas e importantes personalidades, entre as quais,
figuram o Imperador D. Pedro II e o Duque de Saxe, além do Visc. de Vergueiro, do Conselheiro André Augusto de Pádua Fleuri dos
Lages e muitos outros membros da família Faro.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC.
- http://www.bbsvp.com.br/pmvrj/turis.html - consulta em: 10/03.
- Laudo técnico de vistoria. Isabel Rocha, responsável pelo ET-6ªSR/IPHAN, de 18/10/2002.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SÃO ROQUE
localização:
BR 393, Km 42
Código de identificação: VAS-CF-R02
Município: VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Mal / abandonada
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / s/ informação
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Reinaldo Medeiros Duarte
Situação e ambiência:
Situada a margem direita do Rio Paraíba do Sul, tendo sua fachada principal voltada para a Rodovia 393. Está situada próxima à
antiga Estação de Ipiranga, margeando a esquerda a linha férrea da Central do Brasil.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Segundo descrição da Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro (INEPAC, 1976), a
construção era "originalmente de pau-a-pique, com revestimento de massa e cal. Algumas paredes de pedra. Assoalho de tábuas
largas e corridas. Pintura colonial. Elemento estranho ao entorno da caixa d’água, situada a direita da casa."
"Entra-se no prédio por uma escada de pedra que leva ao segundo pavimento, cercado por gradil de ferro, onde estão localizados
os cômodos principais da casa. O primeiro pavimento, anteriormente um porão, foi modificado quando era proprietário o Dr.
Henrique Duvivier e transformado em salão de recreação.
A fachada é colonial, com janelas azuis e paredes pintadas de branco. A parte lateral esquerda é toda envidraçada, possuindo 16
janelas tipo guilhotina, e existe aqui um grande e original pátio de café, cercado por muro de pedra que revela a grande importância
histórica e econômica da fazenda. Na parte dos fundos da casa da fazenda existem ruínas de uma senzala.
Possui quatro salas, uma varanda, nove quartos ligados por um corredor central, sendo um dos quartos isolado dos demais, três
banheiros, duas cozinhas e sete despensas; móveis antigos de diversos estilos e épocas, trazidos de outras fazendas;
originalidades: fogão a lenha com mais de 150 anos, pilão duplo, tacho de cobre, lustre de porcelana e relógio antigo; cama, que
segundo Sr. Huber, tem mais de 200 anos; aparelho de lavatório com acessórios em prata antiga com aproximadamente 150 anos.
Construção assobradada, onde o 2º pavimento é a parte principal da residência - o 1º pavimento foi inteiramente modificado.
Varanda tipo corredor em forma de "L" com 16 janelas na parte frontal, anterior a casa. Terreiro de café em plano menos elevado do
que o imóvel, cercado por um muro de pedra e grande escada com vinte degraus, que eleva a parte mais baixa da fazenda, onde
existem ruínas da antiga senzala."
Informações históricas:
As terras da Fazenda Sâo Roque tiveram sua origem na sesmaria concedida a Miguel Ângelo Fagundes de Franco no final do
século XVIII. Não foram encontradas referências sobre proprietários durante o século XIX. Em 1908, o então proprietário, Jerônimo
de Freitas Guimarães, vendeu a fazenda para Manoel José dos Reis. Durante o século XX, é vendida várias vezes. Obteve-se
referência que, em 1927, a sede passou por reformas; e que, em 1951, outras modificações ocorreram sem, contudo, alterar sua
forma arquitetônica original.
Atualmente pertence a Reinaldo Medeiros Duarte.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC.
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA DA CACHOEIRA
localização:
Código de identificação: VAS-CF-R03
Rod. RJ 127, Km 42 - Vassouras/ Mendes
(24) 2471-1264
Época da construção:
Município:
mapa de localização:
Primeira metade do século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Núbia Caffarelli
Situação e ambiência:
Circundada por paisagem natural, tem na entrada do atrativo um renque de palmeiras. Datada da primeira metade do século XIX, e
construção térrea, com planta com formato em "T".
Foto: www.preservale.com.br
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A fachada frontal apresenta uma seqüência de 11 janelas do tipo guilhotina, com caixilhos de vidro e proteção de madeira, e uma
porta de entrada. Nas laterais e fundos, a construção apresenta um total de 35 janelas, todas do tipo guilhotina, com caixilhos de
vidro e proteção de madeira.
Informações históricas:
A Fazenda Cachoeira Grande pertenceu a Francisco José Teixeira Leite - Barão de Vassouras que a recebeu como dote de
casamento com sua prima Maria Esméria Leite Ribeiro. A fazenda possuia um engenho, do qual só restam as ruínas. A casa grande
foi recuperada e hoje se encontra aberta à visitação. Atualmente pertence a Núbia Caffarelli.
Fontes:
- http://www.bbsvp.com.br/pmvrj/turis.html - consulta em: 10/03.
- www.preservale.com.br - consulta em 01/04.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SÃO FERNANDO
localização:
Fica a 1Km de Massambará. (24) 2471-2144
Época da construção:
Código de identificação: VAS-CF-R04
Município: VASSOURAS
mapa de localização:
1850
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Ronaldo César Coelho
Situação e ambiência:
Delicadamente assentada na encosta da colina, a casa grande da Fazenda São Fernando encontra-se mais elevada em relação ao
terreiro de café e aos prédios destinados ao seu beneficiamento. lsto se deve além da questão primordial do controle, mas também
as técnicas construtivas de então, que evitavam a implantação das edificações 20 nível do solo em virtude da excessiva umidade do
terreno. A solução recorreu ao apoio de um porão e uma bela escada de acesso. Este recurso permitiu uma base horizontal paralela
à linha do telhado, quebrada pelo ritmo constante das esquadrias e do copiar, que marca o eixo exato da composição.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A planta da casa seguiu uma compartimentação muito conhecida em Minas Gerais, cuja base era um quadrado que se multiplicava
em módulos, permitido pelo pau-a-pique por ser uma estrutura independente. Essa distribuição possibilitava interpenetração nos
cômodos, atendendo aos princípios de controle moral, não apenas para os escravos, mas também para os brancos, que tinham
suas vidas sob vigilância constante da Senhora, que seguia normas impostas pelo seu marido.
A mentalidade conservadora do século XIX traçou as casas rurais os mesmos elementos privatizadores que utilizados nas casas
urbanas. As áreas sociais eram voltadas para o acesso principal e o fato de aparecerem alcovas nesses espaços denota a
preocupação constante de se manter o hóspede fora da área intima da casa, reservada exclusivamente a família. A sala de jantar
funcionava como cômodo de ligação e separação entre as duas áreas, situando-se na maioria dos casos, no que pode ser chamado
de ponto de barreira social, com um papel semelhante ao do cancelão nas residências urbanas.
Na casa grande da Fazenda São Fernando este esquema foi reproduzido, sendo ainda mais elaborado, pequeno compartimento
situado na extremidade da edificação. A entrada, o acesso é direto a uma sala / nave, um cômodo com dupla função que não
apenas introduzia o visitante corno também servia de nave a capela. Esta disposição servia para que os ‘estranhos’ assistissem a
missa, sem que entrassem na casa propriamente dita. Na falta de banheiros, o anseio do corpo era feito com jarras e bacias
acopladas em móveis que funcionavam como Iavatório.
Por volta de 1850 a fazenda já estava formada, possuindo a casa grande, paiol, casa de armazenar café, 26 lances de senzalas,
telheiros, várias casas para empregados e tropas, chiqueiro murado e Iajeado; além de 189 escravos, empregava vários
assalariados, entre médicos, capelão, administrador, arreador, hortelão, feitores de roça e terreiro. Referenciais como terras,
escravaria, fortuna e prole numerosa haviam garantido a Fernando Luis, em vida, prestígio político e social, colocando a Fazenda
São Fernando em posição de destaque no Vale do Paraíba fluminense.
Técnicas Construtivas
- Fundações em pedra e barro.
- Materiais básicos utilizados, pedra, madeira e barro.
- Telhas tipo capa, canal em cerâmica simples, tabuladas possivelmente na própria fazenda.
- Esquadrias em madeira maciça.
Demonstram o conforto e a abastança em que vivia a família Santos Werneck, a essa época, conforme em seu inventário: o vasto
mobiliário da fazenda, em jacarandá, cabiúna e vinhático, incluindo mesas de jantar, estante de livros, piano, mesas de jogo,
aparadores, lavatórios; expressiva quantidade de serviços de cristal e aparelhos de porcelana.
Informações históricas:
A origem das terras da Fazenda São Fernando deve-se a Antonio Luis dos Santos. Casando-se com uma das filhas de Inácio de
Souza Werneck - patriarca dos Werneck, deu início ao tronco dos Santos Werneck, integrado por ilustres fazendeiros e figuras de
influência política na época. Fernando Luis dos Santos Werneck, um dos filhos do casal, fundou e deu seu nome à fazenda. Em
1813, seu território foi mais uma vez acrescido com a incorporação da fazenda Alferes, herança da mãe, Luiza Maria Angélica. Até
sua morte, em 1850, Fernando Luis com seus doze filhos construiu a casa grande e desenvolveu a fazenda, que nos anos
cinqüenta atingiu o apogeu, não só no tamanho como na produção de café, colocando-a em posição de destaque no Vale do
Paraíba. Era casado com Jesuína Polucena que ficou com a fazenda após sua morte e se casou com João Arsênio Moreira Serra.
Dados cronológicos:
Até 1850 - Construção da casa grande
1850 - passada por herança à Jesuína Polucena, que se casa com o espanhol João Arsênio Moreira Serra.
1850/1865 - ampliação das terras com a incorporação do Pasto das Éguas; construção de novas edificações como enfermaria, casa
para mantimentos, olaria e engenho a vapor; e embelezamento da casa grande e dos jardins.
1865 - passada por herança a Guilhermina Leopoldina d’Oliveira Werneck, que a vende a Mathias Bernardino Alexandre. Dois anos
após foi vendida a José Ferreira das Neves, que faleceu em 1879 sem saldar dívidas bancárias.
Após a república - comprada por Paulino Barroso Salgado, com a intenção de adaptá-la para local de lazer, em 1948; que a vende a
Pedro Alberto Guimarães, em 1980, época foi iniciada uma grande obra de restauração.
Atualmente - pertence a Ronaldo César Coelho, desde 1983, que completa a reforma e enriquece o acervo da casa-grande; e a
transforma em uma fundação.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC, 1977. Coleta de dados: José Martins
Rodrigues, responsável técnico, Alcina Ferreira Neves e Josemar da Ressurreição Coimbra.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- LIMA, Tânia Andrade. Fazenda São Fernando. Esplendor e glória do café no Vale do Paraíba Fluminense - Coordenadora da
pesquisa para o projeto Arqueologia histórica no Rio de Janeiro: o século XIX. Rio de Janeiro: CNPq, 1988.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTA RITA DO PAU FERRO
localização:
BR 393
Código de identificação: VAS-CF-R05
Município: VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado integralmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Sem informações
Situação e ambiência:
Está situada próxima à rodovia BR 393. Apesar de ser uma construção de menor porte que a das vizinhas, destaca-se pela tipologia
da arquitetura rural mineira, típica de época.
Não foi encontrada nehuma informação adicional, referente a dados históricos.
Fontes:
- Fotos Leila Alegrio, 2003
Registro Fotografico:
Fotos: Leila Alegrio
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA MULUNGU VERMENLHO
localização:
Código de identificação: VAS-CF-R06
BR 393
Município: VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Sem informações
Situação e ambiência:
Esta fazenda, localizada próxima à rodovia BR 393. Construção de um pavimento assentada em meia encosta, apresenta uma
arquitetura colonial mineira.
Não foram encontradas informações acerca de sua história.
Fontes:
- Fotos Leila Alegrio, 2003
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SÃO LUIS DA BOA SORTE
localização:
BR 393
Código de identificação: VAS-CF-R07
Município: VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / abandonada
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Banco do Brasil
Situação e ambiência:
A Fazenda São Luiz da Boa Sorte, fundada pela prestigiosa família Avelar, no ciclo do café, apresenta fachada em estilo bastante
original, distanciado do mais comum das fazendas. Com belíssimo alpendre e, ao centro, uma escadaria que assume ares de uma
pequena varanda no andar superior. Conservava peças do mobiliário original, inclusive quadros a óleo da primeira família
proprietária.
A fazenda São Luiz da Boa sorte foi construída sobre um platô, elevado 5,00m, aproximadamente, em relação ao seu entorno. À
sua frente, no mesmo platô, existe um jardim, com passarelas de lajes de pedra, limitado por um gradil. Ligando o jardim ao plano
inferior, existe uma escadaria de pedra bifurcada. Desta, até o limite da faixa do DNER, existe um acesso, também de lajes de
pedra, para quaisquer veículos. Nas laterais deste acesso existem majestosas palmeiras imperiais.
Aos fundos da sede, o terreno se alteia formando um "morro". À esquerda do acesso existe uma chácara, predominando as
mangueiras. À direita estão: o estábulo, o silo, os galpões para rações e máquinas, os currais e piquetes para bovinos.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Segundo dados do inventário (INEPAC, 1976), a construção é parcialmente assobradada (parte frontal e lateral esquerda). O 2°
pavimento é o principal, sendo o 1° apenas um aproveitamento complementar, de utilização secundária. Destaca-se neste prédio a
escadaria bifurcada, construída de pedra trabalhada com gradil de proteção e coberta. A varanda coberta e fechada, com dez
janelas, cuja porta anterior constitui a entrada principal é um cômodo original e de grande beleza arquitetônica e funcionalidade.
Existe ainda um pátio interno, com piso coberto de lajes de pedra, em cujo centro foi construído um tanque de pedra para lavar
roupa.
Dados Técnicos:
- Construção originalmente de pau-a-pique, com revestimento de massa de cal
- Alicerces: base de pedra.
- Assoalho: sobre barrotes de madeira de lei, formado por tábuas largas e corridas.
- Teto: madeira de lei.
- Telhado: coberto por telha colonial.
- Pintura externa: paredes brancas e janelas e portas azul escuro.
Informações históricas:
A sede Fazenda Sâo Luiz da Boa Sorte data, provavelmente, de 1877, conforme inscrição no seu portão de entrada. Durante o
período compreendido entre 1877 a 1942 a fazenda possuiu vários proprietários, entre eles Orlando Gomes dos Reis.
Consta que, em 1942, Rodrigo Ventura Magalhães adquiriu a fazenda quase em ruínas e sem mobiliários. Nessa ocasião, chamavase São Luiz, vindo a mudar de nome para fazenda São Luiz da Boa Sorte após o proprietário ter adquirido a fazenda Boa Sorte,
contígua a ela. Um ano depois foram iniciadas as obras de restauração da sede, que preservou as características arquitetônicas
originais e incluiu a construção de cinco banheiros no interior da casa.
No início da década de 1970, a sede passou por outra reforma, quando foi trocada toda a madeira do assoalho, feita a raspagem
das janelas e portas internas, a restauração do telhado e benfeitorias próximas a sede, como oficina, estábulos, entre outras.
Atualmente a propriedade está nas mãos do Banco do Brasil e vem sendo depenada.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA UBÁ
localização:
BR 393
Código de identificação: VAS-CF-R08
Município: VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Século XVIII
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Luís Antônio Magalhães Lins
Situação e ambiência:
Localiza-se próxima à Andrade Pinto. A imagem simples da entrada principal da casa é enriquecida com a bem lançada escada de
pedra em curva e com a bela balaustrada que ornamenta a varanda. O Barão de Ubá, João Rodrigues Pereira de Almeida foi seu
proprietário de maior projeção durante o ciclo do café.
Pioneira na serra Fluminense, a Fazenda Ubá foi fundada ainda no século XVIII, antes, portanto, da avalanche cafeeira. Exibe como
destaque a imensa varanda, o que lhe imprime feição arquitetônica própria de engenho de açúcar colonial, pouco adotada na
fazenda de café imperial. As largas tábuas empregadas no assoalho são acabamento típico da casa rural brasileira.
A sede está situada em terreno plano, envolvido, no entanto, por região montanhosa. Está localizada nas proximidades do rio
Paraíba do Sul. As terras da fazenda localizam-se à margem da Br 116 (Km 91) e são cortadas pela linha da RFFSA. São também
cortadas pelos ribeirões de Ubá e Boa Sorte. Em 50 alqueires dela existe ainda mata virgem com alguma fauna (jaguatirica, paca,
cotia e capivara, além de aves, entre as quais tico-ticos e canários).
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A planta desenvolve-se com alguma simetria a partir de um eixo central formado pela sala de estar e uma circulação; ele é
prolongado em corpo transversal onde se localizam as dependências de serviços; esse conjunto dá a planta uma forma em "T". Aos
fundos, outro corpo de serviço a parte. Uma varanda envolve o corpo principal, terminando junto à entrada para a capela, em um
dos lados e à entrada para uma sala, do outro. Essa varanda serve como circulação para os cômodos da casa. A varanda surge
como elemento mediador entre as áreas social e íntima.
Dados Tipológicos:
Construção simples; é marcada apenas pelas dimensões e pelo avarandado. O guarda-corpo deste, de tábuas recortadas, empresta
ao conjunto algum enriquecimento. Dos partidos até agora encontrados, em construção rural da região, este não é, certamente, dos
mais freqüentes, esses avarandados são mais característicos nas casas de fazendas nordestinas.
Intervenções Realizadas:
Acréscimo de banheiros, cozinha, sala de jantar e copa.
Dados Técnicos:
A construção possui estrutura de madeira e paredes de pau-a-pique. Em certos trechos, no entanto, aparece um embasamento em
alvenaria de pedra arrematada por peças de cantaria cortadas em lancil sobre as quais se elevam paredes.
Informações históricas:
A Fazenda Ubá iniciou suas atividades no final do século XVIII com o plantio de açucar e milho. No início do século XIX, foi
comprada por João Rodrigues da Cruz – Visconde de Ubá, do tio, tendo promovido a construção da sede e melhorias no engenho,
forjas e moinho; e iniciando o cultivo do café paralelamente a outras culturas. Em 1816, a propriedade foi passada a Pereira de
Almeida, homem de cultura que receberia de D. Pedro I o título de Barão de Ubá. Durante o século XIX, hospedaram-se na fazenda
ilustres viajantes como Saint Hilaire e Charles Ribeyrolles.
Atualmente a fazenda pertence a Luís Antônio Magalhães Lins e senhora.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC.
- http://www.fazendacamposeliseos.com/historia.htm - consulta em: 10/03.
- ROCHA, Isabel. "Arquitetura Rural do Vale do Paraíba Fluminense no Século XIX". IN: Revista Gávea, n°1, Rio de Janeiro,
PUC/RJ, pp.55-65.
- Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial, Ed. Nova Fronteira.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SANTA EUFRÁSIA
localização:
RJ 127, Estrada da Fazenda Eufrásia
Época da construção:
Código de identificação: VAS-CF-R09
Município: VASSOURAS
mapa de localização:
Século XVIII (final)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Tombamento pelo IPHAN, em 1970. Processo N.º 789-T-67
Propriedade
Alzira Lemos Inglês de Souza
Situação e ambiência:
Situada em área de vegetação abundante, tem como entorno amplo gramado - onde ficava o antigo terreiro de café, um açude e
árvores seculares.
A Fazenda Santa Eufrásia, cuja sede data provavelmente do século XVIII, teve o seu apogeu no século XIX, quando era de
propriedade do Comendador Ezequiel de Araújo Padilha, personalidade de vulto em Vassouras no século passado.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Construção térrea, cuja fachada principal apresenta seqüência de sete janelas do tipo guilhotina e duas portas. Os tetos são de
estuque e tábua corrida. Na cozinha o piso é composto por cerâmica preta e branca e as paredes são com azulejos brancos com
friso decorado. Encontra - se hoje com algumas descaracterizações por reformas e uma parte demolida. Destaca - se o antigo
mobiliário, ainda hoje conservado, com grandes mesas, cadeiras, marquesas e objetos do século XIX, entre outros.
O conjunto atual é formado pela casa principal e, paralela a essa construção, existe outra que tem a função de estábulo e garagem,
e casa para empregados.
Esta construção de serviço, que a princípio era ligada a casa principal, se encontra em péssimo estado do conserva-ção. Devido a
esse estado podemos estudar as técnicas constru-tivas, que mostram uma (diversidade de métodos que vão do uso de pedras com
paredes espessas até o uso de tijolos comuns a nossa época).
A construção original formava um pátio interno, interligadas que eram as duas edificações hoje existentes. Outras modificações
foram executadas no início deste século, entre elas as portas envidraçadas que abrem para um copiar construído sobre a calçada
alta com as pedras retiradas do terreiro de café. O vazio do terreiro foi ocupado per extenso gramado, ao fundo ficavam as
construções de engenho, tulha e senzalas cujo local está demarcado por pequeno trecho de muro de pedra. No interior, importante
acervo composto por mobiliário, louças e objetos comum a uma residência do século XIX, entre eles destacam-se a liteira e as
carruagens. Compõem ainda o acervo tombado, o bosque e a represa, esta criada para mover a roda d’água do antigo engenho. O
bosque guarda árvores centenárias.
Informações históricas:
A história da Fazenda Santa Eufrásia inicia com a família Araújo Padilha na primeira metade do século XIX, permanecendo com ela
até o início do século XX. Em meados do século do século XIX pertenceu ao Comendador Ezequiel de Araújo Padilha, fazendeiro
de destaque social e cavaleiro da Ordem da Rosa. Em 1905, a fazenda foi adquirida pela família Inglês de Souza, hoje em posse de
Alzira Inglês de Souza.
Informações complementares:
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1970. Inclusive a edificação da sede com o
mobiliário e objetos antigos.
Processo N.º 789-T-67
Inscrição N.º 48 no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico folha 12 data: 23/01/70
Inscrição N.º 424 no Livro do Tombo Histórico Volume N.º 1 folha 69 data: 22/01/70
Fontes:
- http://www.bbsvp.com.br/pmvrj/turis.html - Consulta em: 10/03
- http://srv1lx.6sr.iphan.gov.br/ - Consulta em: 10/03
- Fonte: Material USU 2000
- CARRAZZONI, Maria Elisa. Guia dos Bens Tombados. Rio de Janeiro: Ed. Expressão e Cultura, 1980.
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA TRIUNFO
localização:
Código de identificação: VAS-CF-R10
RJ 127
Município: VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / pecuária
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Ronaldo Vale Simões
Situação e ambiência:
Está situada na rodovia RJ 127. Possui 300 ha de extensão de terras para criação de gado. Foi recentemente reformada pelo
proprietário.
Foto: Arthur Mário Vianna
Fontes:
- Dados e foto de Arthur Mário Viana
Registro Fotografico:
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA SECRETÁRIO
localização:
Código de identificação: VAS-CF-R11
Bifurcação da estrada para Ferreiros - (24) 2544-8850
Época da construção:
Município: VASSOURAS
mapa de localização:
Século XIX (1825)
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / pecuária
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Marta Ribeiro Brito
Situação e ambiência:
Fazenda localizada em sítio montanhoso em sua maioria. Possui quedas d’água e um riacho chamado secretário. Esta passa aos
fundos da sede (situada em meia encosta), correndo para um vale, numa das laterais da mesma.
À frente da casa (onde passava uma bifurcação deste riacho, ora canalizado) extendendo-se um pouco mais, existem um jardim e
pasto. Em volta do conjunto de edificações, reconstituiu-se mata embora muito menos densa do que a original, destruída no período
de plantio cafeeiro.
Foto: Arthur Mário Vianna
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Edifício de notável mérito arquitetônico, desenvolvido em dois pavimentos: térreo e superior. Apresenta planta em "U", com uma das
pernas mais alongada (a que corresponde, no térreo, à parte de serviço). No interior registra-se a presença de uma escadaria com
curiosa solução. No escritório, pinturas murais (uma das quais com 11,40m de comprimento) - paisagem de expressão acadêmica e
brasões - provavelmente de princípios do século XX ou de finais do passado. A maior parte do mobiliário original (parte do
inventário organizado por Matoso Maia Forte "Vassouras de Ontem") foi transferida para o apartamento do atual proprietário, do Rio
de Janeiro. Na cozinha, curioso armário em prateleiras de madeira disposto em torno de um pilar central. Junto a portada principal
estátuas em ferro fundido de dois negros servindo para suporte de luminárias e duas de cachorros.
Sua fachada é ladeada por 2 frontões laterais, marcada por uma porta central almofadada, ladeada por 2 estátuas de escravos, e
encimada por bandeira em arco, as vergas de suas janelas são retas no primeiro e segundo pavimento, o que difere da porta
central. Possui um embasamento de pedra devido seu terreno acidentado, tirando partido também dos acidentes topográficos
(característica constante nas fazendas rurais do vale). Pode-se observar com clareza a preocupação do construtor de conseguir
uma simetria neoclássica, mostrando uma clara evidência em sua composição das influências da Missão artística Francesa. Com
certeza essa sede de fazenda é um grande exemplo do ciclo do café.
Nobre solar abrigava mobília com guarnição francesa estofada, feita sob encomenda; espelhos de cristal; candelabros de bronze
com mangas de cristal lavrado; mobília de mogno e palhinha executada por artistas de marcenaria; cortinas adasmacadas; tapetes;
mesa de sala de jantar com 48 cadeiras; 4 aparadores e 1 relógio-armário; serviços de porcelana inglesa e faqueiros de prata. As
delicadas pinturas que ornamentam o salão de estar foram descobertas atrás de pintura posterior. Representam em seqüência
temas literários e musicais famosos, como, por exemplo, Romeu e Julieta. Na gravura de Victor Frond, a liteira puxada por cavalos e
o movimento de pessoas transitando próximas ao solar nos dá idéia precisa do ambiente na época. Pertence atualmente ao Dr.
Mário Kroeff.
Dados Tipológicos:
Residência assobradada, do início do século XIX, implantada no campo, com características marcantes da arquitetura citadina da
época: o neoclássico, que se expressa na grande correção formal de plantas de fachadas. A fachada principal está subdividida por
pilastras toscanas em 3 tramos: as laterais; mais estreitos, estão encimados por frontões clássicos. As janelas são encimadas por
vergas retas, nos dois pavimentos; já a porta central, no 1° pavimento, é terminada em arco pleno; a ela correspondem 2 janelas no
andar superior. Essa porta abre-se para um hall central, com correspondente andar superior; liga-os uma escadaria ao fundo.
Intervenções Realizadas:
1825 - data da construção da sede.
1918 - (presumível) influência francesa no acréscimo da varanda lateral e nos murais existentes no salão, e a escada lateral à
capela. Presença de relógio em cima da senzala, com lambrequins, telha francesa e uso de tijolos.
1952 - atual proprietário - acréscimo de terraço sobre à cozinha, destruindo o telhado da mesma. Alterações nos quartos inclusive
no corpo da capela, e construção de lareira no interior da mesma. E é nesta época que ruíram parte da senzala, casa do
administrador.
Informações históricas:
A sede da Fazenda do Secretário foi construída na década de 1830 por Laureano Corrêa e Castro - o Barão de Campo Belo. Com o
falecimento do barão e da baronesa de Campo Belo, o filho Christovão Corrêa e Castro herdou a propriedade, em 1873. A fazenda
pertenceu à família até 1908, quando sus herdeiros, Maria Cândida e o filho Julio Corrêa e Castro, perderam a propriedade para o
Banco do Brasil. Em meados do século XIX, a sede da fazenda e seus jardins foram remodelados com enorme requinte do estilo
neoclássico.
Em 1918, a fazenda foi adquirida por Damphna Josephine Berthe Boogaests, de nacionalidade francesa, Posteriormente, viria a
pertencer ao Dr. Mario Kröeff, importante médico oncologista do Rio de Janeiro.
Desde 1985, a pertence à atual proprietária - Martha Ribeiro de Britto, que, ao longo desses últimos anos, vem restaurando as
pinturas dos imensos salões.
Fontes:
- Inventário dos Bens de Interesse histórico e artístico do Estado do Rio de janeiro. INEPAC.
- MIRANDA, Alcides da Rocha e CZAJKOWISK, Jorge. Fazendas - Solares da Região Cafeeira do Brasil Imperial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1986.
- Fotos Leila Alegrio e Arthur Mário Vianna
Registro Fotografico:
Fotos: Leila Alegrio
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA CACHOEIRA DO MATO DENTRO
localização:
RJ 115
Código de identificação: VAS-CF-R12
Município: VASSOURAS
Época da construção:
mapa de localização:
Século XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
bom
preservado parcialmente
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira / pecuária
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma / levantamento de campo
Propriedade
Sem informações
Situação e ambiência:
Está situada próxima à rodovia RJ 115. Possui 1000 ha de extensão de terras para criação de gado e a sede encontra-se
preservada e em bom estado de cooservação.
Foto: Arthur Mário Vianna
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
Em estilo neoclássico, mantém características originais do séc. XIX. Possui mobiliário, louças e acervo da época.
Informações históricas:
A Fazenda Cachoeira do Mato Dentro teve como primeiro proprietário José de Avelar e Almeida - o Barão de Ribeirão, que deixou
treze filhos, entre os quais: o Barão de Massambará, o Barão de Avelar e Almeida, o Visconde de Cananéia ea Baronesa de
Werneck. Com a morte do Barão de Ribeirão, a fazenda foi partilhada, cabendo a Cachoeira a Hilário Rodrigues de Avelar, Após
este último casal a fazenda foi vendida, em 1892, para José Machado de Carvalho.
Com a crise do café foi levada a leilão na cidade do Rio de Janeiro. Sylvio Ferreira Rangel arrematou a fazenda em 1896 e desde
então permaneceu com a família. Atualmente pertence a Luiz Felipe Rangel e Lilia Gilson Rangel.
Fontes:
- Dados e foto de Arthur Mário Vianna
- Fotos de Leila Alegrio
Registro Fotografico:
Fotos: Leila Alegrio
Levantado por: Fernanda Monho
Data: 01/11/2003
Revisado por:
Data:
VOLTA REDONDA
Inepac
Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Secretaria de Estado de Cultura - RJ
INVENTÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Denominação: FAZENDA TRÊS POÇOS
localização:
BR 393
Código de identificação: VRD-CF-R01
Município: VOLTA REDONDA
Época da construção:
mapa de localização:
Séc. XIX
Estado de conservação/ grau de caracterização:
Uso original/uso atual:
Sede de fazenda cafeeira
Categoria:
Arquitetura Civil
Proteção existente/ proposta:
Nenhuma
Propriedade
Privada/ Maria Amélia Monteiro de Barros e Araújo.
Situação e ambiência:
Vista parcial da fachada principal da sede Leila Alegrio.
Descrição arquitetônica/ identificação gráfica:
A construção é formada por dois pavimentos, sendo primeiro um porão habitável. Uma escada interna no andar inferior dá acesso
ao segundo andar. Sua planta tem formato de “O”. A entrada principal e externa da casa se faz através de uma escadaria em forma
de leque, ladeada por uma balaustrada de ferro, onde a porta, protegida por um pequeno copiar, se abre para um imenso salão
onde encontra-se a capela com um maravilhoso altar e a imagem de Nossa Senhora da Conceição, hoje instalada na Fazenda Feliz
Remanso.
Deste ambiente de proporções avantajadas, várias portas levam às demais dependências, como sala de visitas, de jantar e quartos
que se interligam e se dispõem ao redor do vão central. Do lado oposto à entrada principal, no andar superior, uma varanda se
alinha ao longo do prédio com uma balaustrada em treliça de madeira. Os ambientes foram decorados com o que havia de mais
moderno na época. Na sala de visitas, sofás de palhinha em medalhão duplo, aparadores e um piano de cauda. Espelhos, mangas
de cristal e, como em quase todas as fazendas de prestígio, havia um retrato a óleo do Imperador.
Os vãos das janelas são em arco abatido. Toda a construção é marcada por cunhais, que terminam em capitéis simples. Ainda é
possível encontrar ruínas das paredes inferiores da enfermaria, que era um sobrado de portas e janelas singelas e paredes de
alvenaria.
Informações históricas:
A Fazenda Três Poços veio a se tornar uma grande produtora de café quando Lucas Antonio Monteiro de Barros a recebeu como
dote quando se casou com uma das filhas do Barão do Piraí, Cecília Breves de Moraes. Mais tarde expandiu seus domínios e
adquiriu outras propriedades, como as Fazendas do Brandão, Volta Redonda e Feliz Remanso, esta última ainda pertencente à
família Monteiro de Barros.
Após a sua morte, em 1862, a esposa manteve a fazenda até 1918, quando faleceu aos 98 anos. A propriedade foi legada aos
Padres Cistercienses da mais estrita observância (Trapista), que posteriormente a transferiu para a Ordem de São Bento. Em 1967,
foi implantada a Fundação Oswaldo Aranha, que promove diversos cursos de graduação. Atualmente pertence a Maria Amélia
Monteiro de Barros e Araújo.
Fontes:
- ALEGRIO, Leila Vilela e NOVAES, Adriano. Históricos das fazendas do Vale do Paraíba. Rio de Janeiro: mimeo, 2003
Registro Fotografico:
Detalhe maquinário de beneficiamento do café - Leila Alegrio
Detalhe maquinário de beneficiamento do café - Leila Alegrio
Detalhe fachada fundos - Leila Alegrio
Levantado por:
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