Relatorio de Sustentabilidade GRI 2010-2012

Transcrição

Relatorio de Sustentabilidade GRI 2010-2012
2010 2011
Relatório de
Sustentabilidade
GRI
Relatório de asseguração limitada
dos auditores independentes
Ao
Engagements, emitida pelo International
Conselho de Administração e à Diretoria da
Auditing and Assurance Standards Board -
MRN – Mineração Rio do Norte
IAASB, ambas para trabalhos de asseguração
Oriximiná – PA
que não sejam de auditoria ou de revisão de
informações financeiras históricas.
Introdução
Os procedimentos de asseguração limitada
Fomos contratados com o objetivo de aplicar
compreenderam: (a) o planejamento dos
procedimentos de asseguração limitada sobre
trabalhos, considerando a relevância, coerên-
as informações divulgadas no Relatório Bianu-
cia, o volume de informações quantitativas e
al de Sustentabilidade da MRN – Mineração
qualitativas e os sistemas operacionais e de
Rio do Norte, relativo aos exercícios findos em
controles internos que serviram de base para
31 de dezembro de 2011 e 2010, elaborado
a elaboração do Relatório Bianual de Susten-
sob a responsabilidade de sua Administra-
tabilidade da MRN; (b) o entendimento da
ção. Nossa responsabilidade é a de emitir um
metodologia de cálculos e da consolidação
Relatório de Asseguração Limitada sobre essas
dos indicadores através de entrevistas com
informações.
os gestores responsáveis pela elaboração
das informações; (c) confronto, em base de
Procedimentos aplicados
amostragem, das informações quantitativas
Os procedimentos de asseguração limitada
e qualitativas com as informações divulgadas
foram realizados de acordo com a Norma NBC
no Relatório Bianual de Sustentabilidade; e
TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente
(d) confronto dos indicadores de natureza
de Auditoria e Revisão, emitida pelo Conselho
financeira com as demonstrações financeiras
Federal de Contabilidade - CFC e com a ISAE
e/ou registros contábeis.
3000 - International Standard on Assurance
KPMG Risk Advisory Services Ltda.
R. Dr. Renato Paes de Barros, 33
04530-904 - São Paulo, SP - Brasil
Caixa Postal 2467
01060-970 - São Paulo, SP - Brasil
Central Tel Fax Nacional Internacional Internet 55 (11) 2183-3000
55 (11) 2183-3001
55 (11) 2183-3034
www.kpmg.com.br
KPMG Risk Advisory Services Ltda., uma sociedade
simples brasileira, de responsabilidade limitada, e
firma-membro da rede KPMG de firmasmembro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.
KPMG Risk Advisory Services Ltda., uma sociedade simples
brasileira, de responsabilidade limitada, e firma-membro da
rede KPMG de firmasmembro independentes e afiliadas à
KPMG International Cooperative (“KPMG International”),
uma entidade suíça.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
3
Critérios de elaboração das informações
relativo às informações de sustentabilidade
para os exercícios findos em 31 de dezembro
As informações divulgadas no Relatório Bia-
de 2011 e 2010.
nual de Sustentabilidade da MRN, anos-base
2010 e 2011, foram elaboradas de acordo com
A MRN reportou os itens de perfil, os indica-
as diretrizes para relatórios de sustentabilida-
dores essenciais de desempenho, além dos
de emitidas pela Global Reporting Initiative
indicadores adicionais considerados mate-
(GRI G3).
riais para seus stakeholders. Desta forma, os
procedimentos aplicados foram considerados
Escopo e limitações
Nosso trabalho teve como objetivo a aplicação
de procedimentos de asseguração limitada
sobre as informações divulgadas no Relatório
Bianual de Sustentabilidade da MRN, anos-
suficientes para nos certificarmos de que o
nível de aplicação declarado pela MRN está
em conformidade com as orientações das
diretrizes GRI-G 3.
Conclusão
-base 2010 e 2011, nos itens de perfil (informações que fornecem o contexto geral para a
Com base em nossa revisão, não temos conhe-
compreensão do desempenho organizacional,
cimento de nenhuma modificação relevante
incluindo sua estratégia, perfil e governança),
que deva ser feita nas informações divulgadas
na forma de gestão e nos indicadores de de-
no Relatório Bianual de Sustentabilidade da
sempenho em sustentabilidade, não incluindo
MRN, relativo aos exercícios findos em 31 de
a avaliação da adequação das suas políticas,
dezembro de 2011 e 2010, para que este este-
práticas e desempenho em sustentabilidade.
ja de acordo com as diretrizes GRI-G 3 e com
os registros e arquivos que serviram de base
Os procedimentos aplicados não represen-
para a sua preparação.
tam um exame de acordo com as normas
de auditoria das demonstrações financeiras.
Adicionalmente, nosso relatório não proporciona asseguração limitada sobre o alcance
São Paulo, 15 de agosto de 2012
de informações futuras (como por exemplo:
metas, expectativas e ambições) e informa-
4
ções descritivas que são sujeitas a avaliação
KPMG Risk Advisory Services Ltda.
subjetiva.
CRC 2SP023233/O-4
Nível de Aplicação GRI – G3
Eduardo V. Cipullo
Contador CRC SP – 135597/O-6
Seguindo as orientações das diretrizes GRI-G3, a MRN declara um Nível de Aplicação C+
em seu Relatório Bianual de Sustentabilidade,
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Sumário
Executivo
A
Mineração Rio do Norte (MRN) é uma so-
tal a perda e fragmentação dos habitat naturais.
ciedade anônima de capital fechado, criada
em 1967 para minerar bauxita na região do Rio
Os impactos do negócio na biodiversidade e a
Trombetas, em jazidas nos municípios de Oriximiná,
localização da empresa são motivos que levam a
Terra Santa e Faro, no Estado do Pará.
MRN a investir, muito além das exigências legais,
em projetos focados no reflorestamento das áre-
Atualmente, a MRN é a maior mineradora brasi-
as mineradas, na conservação da biodiversidade
leira de bauxita e tem como acionistas: Vale S.A.,
e educação ambiental.
Alcan Alumina Ltda., BHP Billiton Metais S.A.,
Companhia Brasileira de Alumínio, Alcoa Alumínio
Ainda na dimensão ambiental, a MRN destaca-se
S.A., Norsk Hydro Brasil Ltda, Alcoa World Alumina
também por seu inovador sistema de tratamen-
LLC e Alcoa World Alumina Brasil Ltda.
to de rejeito, que recicla quase 80% da água
utilizada e evita o assoreamento dos rios e lagos
Para minerar bauxita a MRN construiu uma
da região.
completa infraestrutura industrial e residencial
com capacidade para mais de 6 mil moradores,
Além das ações ambientais, a MRN investe tam-
localizada em área limítrofe de duas Unidades
bém fortemente nas ações sociais, visando princi-
de Conservação Ambiental: a Floresta Nacional
palmente o desenvolvimento local e regional. Tal
Saracá-Taquera e a reserva Biológica do Rio
investimento começa com o seu público interno,
Trombetas.
onde a empresa destaca-se pela sua política de
benefícios aos funcionários e pelos seus progra-
O processo produtivo da MRN envolve a retirada
mas de saúde e segurança e estende-se até a
da bauxita, o beneficiamento, o transporte fer-
comunidade, onde atualmente conta com mais
roviário, a secagem e o embarque do minério em
de 40 projetos focados no desenvolvimento local.
navios. As atividades de lavra são desenvolvidas
nas minas e têm como principal impacto ambien-
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
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Índice
Sumário Executivo05
Estratégia08
Missão08
Visão08
6
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Mensagem da Presidência
10
Perfil Organizacional
12
Marco Histórico
16
Governança e Engajamento
18
Estrutura de Governança da MRN
18
Princípios Norteadores da MRN
19
Conselho de Administração
20
Administração da Gestão
22
Engajamento dos Stakeholders
26
Índice
Prêmios e Reconhecimentos
28
Parâmetros para o Relatório
30
Biodiversidade68
Perfil do Relatório
30
Energia78
Escopo e Limite do Relatório
31
Gestão da Água
79
Processo Produtivo da MRN
36
Emissões Atmosféricas
81
Infraestrutura da MRN em Porto Trombetas
38
Resíduos83
Desempenho Econômico
40
Conformidade Ambiental
89
Desempenho Econômico e Financeiro
40
Índice Remissivo GRI
92
Presença no Mercado Local
41
Créditos
116
Impacto Econômico Indireto
44
Desempenho Social
46
Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente
46
Segurança e Saúde no Trabalho
52
Treinamento e Educação
58
Diversidade e Igualdade de Oportunidades
61
Desempenho Ambiental
68
7
Sociedade 62
Comunidade62
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Estratégia
Missão
Visão
Nossa missão é produzir bauxita
Ser uma empresa economicamen-
e fornecer o minério com pleno
te saudável, alcançando níveis de
atendimento às especificações de
desempenho compatíveis com as
qualidade, assegurando a satis-
melhores operações do mundo,
fação dos clientes e o retorno
respaldada nos princípios de res-
adequado do investimento de
ponsabilidade pública e social.
nossos acionistas, mantendo uma
relação de profundo respeito ao
homem e à natureza.
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Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
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Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Mensagem
da Presidência
É
com muito orgulho que a Mineração Rio do
investimos em projetos que beneficiam morado-
Norte publica, pela primeira vez, seu Rela-
res de comunidades localizadas no entorno de
tório de Sustentabilidade com base nas diretrizes
nossas operações.
GRI – Global Reporting Initiative. Entendemos a
importância desta ferramenta no que se refere
Entendemos que temos que ir além da geração
ao compartilhamento de práticas voltadas para
de empregos e pagamentos de impostos para
a sustentabilidade do nosso negócio e estamos
deixar um saldo positivo na sociedade. Por isso,
certos de que os processos de construção deste e
executamos mais de 40 projetos socioambientais
de nossos próximos relatórios representam opor-
focados na melhoria da qualidade de vida da
tunidades únicas de aprendizado e crescimento.
população dos municípios localizados em nossa
área de influência: Oriximiná, Terra Santa e Faro.
O tema sustentabilidade é central na estratégia
A pontuação da Pesquisa de Imagem 2011 no
da MRN. Ao longo de nossa história, nos orgu-
município de Oriximiná, que sofre influência
lhamos de realizar nossas atividades com respeito
direta da MRN, foi de 85,80, índice considerado
ao homem e à natureza. Iniciamos, em 1981, um
Bom, conforme metodologia utilizada.
processo pioneiro no Brasil de reflorestamento
10
de áreas mineradas utilizando espécies nativas da
Quando pensamos em desafios de médio e
Amazônia e, desde o início de nossas operações,
longo prazo, um de nossos focos é o processo de
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Mensagem da Presidência
licenciamento de novos platôs, com o objetivo
nutenção dos trabalhos de recuperação de áreas
de mantermos nossa capacidade produtiva de 18
mineradas e na relação de satisfação com as
milhões de toneladas de bauxita por ano. Refor-
comunidades vizinhas. Acreditamos que nenhu-
çamos, ainda, o compromisso diário da empresa
ma empresa pode atuar sem considerar em suas
com a segurança de nossos trabalhadores.
ações resultados que contribuam com a licença
social da organização. Ou seja, um contrato de
Durante os anos de 2010 e 2011, avaliamos como
confiança renovado em um intervalo muito curto
pontos de sucessos os resultados dos nossos pro-
entre a empresa e a sociedade. Ele deve ser claro
cessos ambientais voltados para a recuperação
entre as partes envolvidas e representa um pro-
de áreas mineradas. Nesse período, atendemos o
cesso continuado, que não se interrompe nunca.
nosso propósito de minerar e recuperar imediatamente. Sobre insucessos, tivemos algumas
questões importantes no que se refere a processos de licenciamento ambiental que demandaram quantidades de recursos elevados e que
impactaram o processo operacional da empresa
nesse período.
Julio Cesar Ribeiro Sanna
Julio Cesar Ribeiro Sanna
Diretor Presidente da MRN
Diretor Presidente da MRN
11
Para os próximos anos, nosso foco será na ma-
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Perfil
Organizacional
Somos uma empresa mineradora de bauxita,
Brasil. Contamos também com um escritório
com sede e operação localizadas no complexo
comercial em Belém – PA. O nosso produto, a
industrial de Porto Trombetas, no município
bauxita, é comercializado tanto úmido quan-
de Oriximiná, no oeste do Estado do Pará -
to seco.
ÓBIDOS
ORIXIMINÁ
s
ta
be
m
ro
oT
Ri
FARO
PORTO
TROMBETAS
TERRA SANTA
SANTARÉM
PARÁ
Localização PORTO TROMBETAS
12
Brasil
PORTO TROMBETAS
ORIXIMINÁ
SANTARÉM
ALENQUER
MONTE ALEGRE
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Perfil Organizacional
No ano de 2010, 63,37% do total de nossas
As vendas somaram 17,46 milhões de tone-
vendas foram destinadas ao mercado interno,
ladas, representando um aumento de 11,7%
suprindo as refinarias das empresas Alunorte
comparadas com o volume de 15,64 milhões
e Alumar. O restante de 36,63% do total das
de toneladas vendidas em 2009. Essa retomada
vendas foi destinado ao mercado externo como
foi em decorrência do aumento da demanda
segue: 12,51% para os Estados Unidos, 9,39%
no mercado mundial de alumínio, após a crise
para o Canadá, 11,34% para a Europa e 3,39%
enfrentada em 2009.
para o Suriname na América do Sul.
Mercado atendido pela MRN 2010 e 2011
11,34%
21,9%
Europa
Estados Unidos
e Canadá
3,39%
Suriname
63,37%
16,8 Milhões (2011)
17,46 Milhões (2010)
13
Brasil
Alunorte
e Alumar
Valor absoluto de vendas
(Milhões de TON)
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Perfil Organizacional
No ano de 2011 mantivemos a proporção de
paradas com o volume de 17,5 milhões de
vendas para o mercado interno e mercado
toneladas vendidas em 2010. Nosso efetivo
externo, com uma leve variação. Produzimos
médio de funcionários foi de 1.180, em 2010 e
16,8 milhões de toneladas de bauxita. As
1.304 em 2011.
vendas somaram 17,0 milhões de toneladas,
representando um decréscimo de 3% com-
Capitalização
Capitalização (em R$ milhares)
2010
2011
1.174.480
919.691
Patrimônio Líquido
587.333
590.080
Capitalização total1
1.761.813
1.509.771
Passivo
1
A capitalização total corresponde à soma do total dos empréstimos e financiamentos (circulante e longo prazo) e o total do patrimônio líquido.
14
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Perfil Organizacional
Somos uma sociedade anônima de capital fechado, com a seguinte composição acionária:
40
8,58
14,8
5
12
5
10
4,62
(Alumínio S.A)
(World Alumina)
(AWA Brasil)
Vale ressaltar que nossos acionistas são os
principais consumidores e promotores de venda do minério produzido pela MRN e que nos
anos de 2010 e 2011 não houve mudanças no
15
porte, estrutura ou participação acionária.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Marco
Histórico
16
17
Governança e
Engajamento
Governança
Estrutura de Governança da MRN
Legislação
Societária
Estatuto
Social
Acordo de
Acionistas
Conselho de Administração
Comitês
Acionistas
- Técnico
Contrato de
Gestão
Co-sponsors
- Financeiro
18
- Comercial
- Auditoria
- Saúde, Seg.,
M. Amb. e
Rel. Com.
Diretoria Executiva
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Governança e Engajamento
Princípios Norteadores MRN
Os Princípios Norteadores são um conjunto de valores e normas que guiam a atuação de todos
os nossos trabalhadores.
 Praticar um modelo de gestão participativa e transparente como meio de administração.
 Respeitar o meio ambiente, estabelecendo medidas para prevenção e controle de todas as
formas de poluição, desenvolvendo e aplicando tecnologia voltada para a eliminação, o aproveitamento e minimização de resíduos, bem como implementando ações de recuperação de
áreas impactadas pelas operações.
 Proporcionar ambiente de trabalho saudável, seguro e confortável aos seus empregados e aos
empregados das empresas contratadas.
 Manter um clima organizacional onde a credibilidade e o respeito à pessoa sejam permanentes
e espontâneos.
 Promover a comunicação com seus diversos públicos, de modo a fortalecer e reservar a sua imagem.
 Valorizar seus recursos humanos, promovendo o seu permanente desenvolvimento profissional
e pessoal.
 Fazer o aproveitamento racional de suas reservas de minério, o que lhe garante a existência.
 Promover o tratamento adequado para todos os riscos da organização, de modo a minimizá-los.
 Contribuir para o desenvolvimento socioeconômico regional com ações e programas nas áreas
de geração de renda, saúde, meio ambiente e educação.
Relatório
de Sustentabilidade
GRI 2010-2011
Relatório
de Sustentabilidade
2012
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Governança e Engajamento
Conselho de
Administração
Atualmente, o Conselho de Administração
conselheiros se reúnem em intervalos mínimos
da MRN é presidido por um representante da
de três meses. Compete ao nosso Conselho de
acionista Vale S/A, composto por sete con-
Administração a fixação de normas que devem
selheiros e, para cada conselheiro titular, os
ser seguidas pela companhia quanto à sua
acionistas que têm participação ordinária (com
política econômico-financeira, à gestão dos ne-
direito de voto) mínima de 5% têm direito
gócios sociais e nas relações com as entidades
de eleger dois suplentes. Os conselheiros são
governamentais, o público e outras empresas.
escolhidos por um processo de votação através
da Assembleia Geral Ordinária dos acionistas,
Não temos um mecanismo formal para que os
que também elege o presidente do Conselho
empregados façam recomendações ou deem
de Administração.
orientações ao mais alto órgão de governança.
O mandato dos membros do Conselho tem duração de dois anos, com direito a reeleição e os
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Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Governança e Engajamento
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Relatório de Sustentabilidade 2012
Governança e Engajamento
Administração da Gestão
A Diretoria Executiva da Mineração Rio do
responsáveis pela condução do Sistema Inte-
Norte pauta suas ações seguindo o estabeleci-
grado de Gestão, através do detalhamento
do: na legislação vigente; no estatuto da em-
dos macro objetivos em planos e projetos, e
presa; nos acordos firmados com as empresas
do monitoramento e avaliação constantes do
acionistas; e nas políticas estabelecidas pelo
Sistema Integrado de Gestão.
Conselho de Administração.
A uniformização dos procedimentos e o zelo
Na condução dos negócios contamos também
para que as normas, padrões administrativos e
com o apoio, de caráter consultivo, de comi-
procedimentos sejam preservados e seguidos
tês compostos por especialistas indicados por
para garantir uma boa governança corporati-
cada empresa acionista.
va é de responsabilidade do Conselho Diretor
e dos Comitês.
No âmbito interno, nossa administração está
organizada para assegurar uma gestão par-
A tabela 1 ilustra a composição e os líderes
ticipativa e transparente. Ela é composta de
responsáveis pelos Conselhos e Comitês da
Conselho Diretor, Conselhos de Facilitadores
Administração.
e Comitês. O Conselho Diretor é responsável
22
pela orientação estratégica e a condução da
análise crítica do nosso Sistema Integrado de
Gestão. Os Conselhos de Facilitadores são
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Governança e Engajamento
Composição de Conselhos e Comitês Internos da MRN e seus respectivos líderes.
Estrutura
Composição
Líder
Conselho Diretor
Diretores e Gerentes de Área
Diretor Presidente
Conselho de Facilitadores
Gerentes de Área e Gerentes
de Departamento
Gerente de Área
Comitê de Saúde, Segurança
e Meio Ambiente
Gerentes de Área e Gerentes
de Departamento
Comitê de Segurança da
Informação
Gerente da Área Financeira,
Gerente de Informática,
Administração de Rede e
Jurídico
Comitês de
Avaliação de Cargos
Gerente da Área de Saúde,
Segurança, Meio Ambiente e
Relações Comunitárias
Gerente da Área Financeira
- Diretores e Gerente
Recursos Humanos
Diretor Presidente
- Gerente de Recursos
Humanos e Gerentes de Área
Gerente de Recursos
Humanos
- Cargos e Salários e
Gerentes de Departamento
Cargos e Salários
Comitê de Impostos
Gerente Área Financeira,
Gerentes de Departamento,
da Área Financeira e Jurídico
Gerente da Área Financeira
Comissão de Contratação
Gerente Área Suprimentos,
Gerente Área Financeira e
Jurídico
Gerente da Área de
Suprimentos
Para apoiar o desenvolvimento de programas
dores, em dedicação part-time para atuar nas
institucionais, Círculos de Controle de Quali-
diversas áreas em apoio à condução desses
dade e 5S, contamos ainda com um grupo de
programas.
assistentes técnicos da qualidade e de facilitaRelatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
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Comitês Acionistas: estrutura e objetivos
24
Comitê Acionista
Estrutura
Objetivos
Comercial
Um membro efetivo e um
suplente indicados por cada
acionista, sendo o
presidente indicado pelos
membros do Comitê. Todas
as reuniões contam com a
participação do Diretor
Comercial da MRN.
Prestar assessoria comercial
ao Conselho de Administração no que diz respeito ao
embarque de bauxita e
navegação. Avaliar situação
competitiva de mercados e
desenvolver mercados de
longo prazo para bauxita.
Técnico
Um membro efetivo e um
suplente indicados por cada
acionista, sendo o
presidente indicado pelos
membros do Comitê. Todas
as reuniões contam com a
participação do Diretor
Presidente da MRN.
Canalizar a assessoria e o
aconselhamento especializado que a Administração da
MRN deseje obter de seus
acionistas. Proporcionar
aconselhamento e suporte
ao Conselho de Administração em todos os aspectos
operacionais da MRN.
Financeiro
Um membro efetivo e um
suplente indicados por cada
acionista. O presidente será
o membro indicado pela
acionista VALE. Todas as
reuniões contam com a
participação do Diretor
Financeiro da MRN.
Prestar assessoria de ordem
financeira, econômica e
fiscal ao Conselho de
Administração e eventual
suporte à Diretoria quando
solicitado pelo Conselho.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Comitê Acionista
Estrutura
Auditoria
Um membro efetivo e um
suplente indicados por cada
acionista, sendo o
presidente indicado pelos
membros do Comitê. Todas
as reuniões contam com a
participação do Diretor
Presidente da MRN.
Assessorar e aconselhar o
Conselho de Administração na
adoção de políticas, planos e
métodos de trabalho de auditoria
interna e externa da MRN, bem
como na implementação de ações
recomendadas pelos auditores.
Avaliar, discutir e interpretar
relatórios de auditoria interna e
externa e recomendar ações,
práticas e outras medidas que
julgar cabíveis ou convenientes à
segurança patrimonial da MRN.
Meio Ambiente, Saúde,
Segurança e Responsabilidade Social
Um membro efetivo e um
suplente indicados por cada
acionista, sendo o
presidente indicado pelos
membros do Comitê. Todas
as reuniões contam com a
participação do Diretor
Presidente da MRN.
Canalizar a assessoria e o
aconselhamento especializado
que a Administração da MRN
deseje obter de seus acionistas.
Proporcionar aconselhamento e
suporte ao Conselho de Administração em todos os aspectos
operacionais da MRN. Recomendar políticas apropriadas de
controle Ambiental, Saúde,
Segurança e Responsabilidade
Social para as operações da MRN.
Objetivos
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
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Governança e Engajamento
Engajamento dos Stakeholders
Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização.
Atualmente a MRN foca seu trabalho de engajamento com os seguintes públicos:
Fornecedores
Comunidades
do Entorno
Lideranças
Comunitárias
Órgãos
Reguladores
Empregados
Imprensa
26
Poder Público
Acionistas
Organizações não
Governamentais
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar.
A nossa priorização e seleção de stakeholders é feita por projeto ou ação estratégica e sua definição passa pelos seguintes critérios:
 Quem será afetado pela operação da MRN (positiva ou negativamente).
 Quem poderá influenciar o projeto (positiva ou negativamente).
 Que indivíduos, grupos ou agências precisam ser envolvidos na operação, consultados sobre a
operação e envolvidos nas decisões relativas a aspectos da operação.
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Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Prêmios e
Reconhecimentos
2011
200 Maiores Minas Brasileiras
Reconhecimento proveniente de pesquisa
anual realizada pela Revista Minérios e
Minerales, que avalia o desempenho
operacional das 200 maiores minas do
Brasil. Realizado anualmente em parceria
com Sindiextra e Câmara da Indústria
Mineral da Fiemg às maiores minas do
Brasil. A Mineração Rio do Norte se destaca
anualmente nesse prêmio desde 2007, por
ter as maiores minas de bauxita do Brasil.
2010
28
BHP Billiton Health, Safety,
Environment & Community
Awards
Reconhecimento do Programa Medicina
do Sono como o segundo melhor projeto
na área de Saúde entre as operações da
BHP Billiton no mundo.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
29
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Parâmetros
para o Relatório
Perfil do relatório
Essa primeira edição foi construída a partir
das Diretrizes do GRI, em sua versão G3 conjuntamente com o seu Suplemento Setorial
No desejo de aprimorar nossas práticas de
gestão transparente e responsável, apresentamos o nosso primeiro relatório de sustentabilidade com base no GRI.
de Mineração e Metais. Buscamos atender aos
requisitos estabelecidos para o nível C do GRI,
conforme exposto no quadro 1.
Níveis de aplicação das Diretrizes do GRI
Informações
sobre a forma
de gestão
Não Exigido
Indicadores de
Desempenho da G3 &
Indicadores de
Desempenho do
Suplemento Setorial
Responda a um mín.
de 10 indicadores de
Desempenho (Essen.),
incluindo pelo menos
1 de cada área: econ.,
social e ambiental.
Setorial: mín. 7 G3
e 3 setoriais
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
B
Responda a todos os
itens elencados para
o nível C, mais:
1.2;
3.9 a 3.13;
4.5 a 4.13;
4.16 a 4.17.
Informações sobre a
Forma de Gestão para
cada categoria de
Indicador.
Responda a um mín.
de 20 indicadores de
Desempenho (Essen.),
incluindo pelo menos
1 de cada área: econ.,
ambiental, direitos
humanos, práticas trab.,
Sociedade e Responsab.
pelo produto.
Setorial: mín. 14 G3
e 6 setoriais
B+
A
A+
O mesmo exigido
para o nível B.
Informações sobre
a Forma de Gestão
para cada categoria
de Indicador.
Responda a cada
Indicador essencial da
G3 e do Suplemento
Setorial, com a devida
consideração ao
princípio da materialidade de uma das
seguintes formas:
A) respondendo ao
indicador ou
B) explicando a omissão.
Com verificação externa
Perfil da G3
Responda aos itens:
1.1;
2.1 a 2.10;
3.1 a 3.8, 3.10 a 3.12;
4.1 a 4.4, 4.14 a 4.15.
C+
Com verificação externa
C
Com verificação externa
30
Conteúdo do relatório
Nível de aplicação
do relatório
Parâmetros para o Relatório
Esse primeiro relatório, engloba a divulgação
vimento sustentável, definimos o conteúdo
conjunta dos anos de 2010 e 2011, ambos
da primeira edição de nosso relatório a partir
relativos ao período de 01 de janeiro a 31 de
de: estudos sobre o setor de mineração e
dezembro dos respectivos anos. Para as próxi-
condicionantes legais e principais demandas
mas edições a periodicidade será anual.
de nossas partes interessadas (acionistas,
funcionários, comunidade). Tais demandas
Escopo e limite
do relatório
Processo para definição de conteúdo
foram captadas a partir de pesquisas internas,
pesquisas socioeconômicas realizadas para
licenciamento ambiental e canais de diálogo
da empresa com a comunidade. Além disso,
realizamos um treinamento específico sobre
as Diretrizes da GRI com gestores da empresa,
oportunidade em que pudemos levantar os
Cientes de que um relatório de sustentabili-
assuntos mais relevantes a serem relatados
dade deve retratar as principais contribuições
nessa primeira edição. A tabela 2 ilustra os re-
e impactos econômicos, ambientais e sociais
sultados da pesquisa e dos painéis realizados
da Mineração Rio do Norte para o desenvol-
no respectivo treinamento.
31
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Parâmetros para o Relatório
Nível de relevância para STAKEHOLDERS
Resultado do Levantamento da Materialidade dos Assuntos Abordados no Relatório MRN 2010/2011
RELEVÂNCIA ALTA
RELEVÂNCIA ALTA
RELEVÂNCIA BAIXA
RELEVÂNCIA ALTA
Stakeholders
Empresa
Stakeholders
Empresa
Stakeholders
32
Nível de relevância para a MRN
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Empresa
Parâmetros para o Relatório
ASSUNTOS DE RELEVÂNCIA ALTA - EMPRESA E
STAKEHOLDERS
• Informações administrativas
• Resultados financeiros
• Recolhimento de tributos e impostos
• Valor econômico distribuído
• Clima organizacional
• Proteção à biodiversidade
• Desenvolvimento de carreira e empregabilidade
• Atendimento a legislação, multas e sanções
• Diversidade e igualdade de oportunidades no
ambientais
trabalho
• Geração de emprego e renda local
• Remuneração e benefícios para empregados
• Impacto da operação na comunidade
• Desenvolvimento econômico de Porto Trombetas
ASSUNTOS DE RELEVÂNCIA ALTA – EMPRESA
• Ética empresarial
• Visão de futuro
• Direitos quilombolas
• Compromissos com o desenvolvimento sustentável
• Relações entre os trabalhadores e governança
• Saúde e segurança no trabalho
• Consumo e geração de energia
• Dependência de combustíveis fósseis
• Emissões, efluentes e resíduos
• Materiais utilizados
• Recuperação de áreas / fechamento de minas
• Uso da água
• Eco-eficiência
ASSUNTOS DE RELEVÂNCIA ALTA – STAKEHOLDERS
• Dados sobre produtividade
• Apoio à educação em Porto Trombetas
ASSUNTOS DE RELEVÂNCIA BAIXA – EMPRESA E
STAKEHOLDERS
• Transporte
• Comunicação de marketing
• Trabalho forçado/escravo
• Corrupção
• Trabalho infantil
• Investimentos na promoção dos direitos humanos
• Liberdade de associação e negociação coletiva
• Inovação
• Rotulagem de produtos e serviços
• Saúde e segurança do cliente
• Incentivos financeiros do governo
• Apoio às políticas públicas
• Práticas para evitar concorrência desleal
• Canais de comunicação
• Estratégias e metas para manutenção do
• Mineração artesanal e de pequena escala
negócio
• Incidentes relativos a disputas por terra
• Reassentamentos / perda de propriedade
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
33
Parâmetros para o Relatório
Importante ressaltar que os assuntos demandados pelas partes interessadas foram organizados a partir da nossa experiência de diálogo
Para mais informações sobre o nosso relatório:
e engajamento nos anos de 2010 e 2011. Não
Ana Cunha - Gerente de Comunicação
realizamos pesquisas externas específicas para
E-mail: [email protected]
a determinação da relevância do conteúdo,
Telefone: (93) 3549-7015
no entanto, tais consultas serão feitas para as
próximas edições.
Limite do relatório
As informações contidas neste relatório englobam todas as operações da MRN, localizadas em Porto Trombetas/PA e redondezas, e o
escritório em Belém/PA.
Ressaltamos que as operações terceirizadas
não fazem parte do escopo desse relatório.
34
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Parâmetros para o Relatório
35
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Processo
Produtivo
Nosso processo produtivo envolve a retirada
tação densa e uma camada estéril composta
da bauxita, o beneficiamento, o transporte
de solo orgânico, argila amarela, nódulos de
ferroviário, a secagem e o embarque de na-
bauxita em matriz argilosa e laterita ferrugi-
vios. As atividades de lavra são desenvolvidas
nosa. Para se chegar até a camada de bauxita
nas minas. Atualmente as minas em operação
é necessário decapear o solo. Desde 1998,
estão no platô Saracá, Bacaba e Bela Cruz.
não usamos mais explosivos no processo de
As minas de Aviso e Almeidas não estão mais
retirada da bauxita. O desmonte passou a ser
em operação, no entanto servem de apoio às
mecânico, feito por escarificação com tratores
atividades das minas de Bela Cruz e Bacaba,
de grande porte. Primeiramente se retira o
respectivamente. A mina de Bela Cruz entrou
solo orgânico, depois as camadas de argila,
em operação em outubro de 2011 e a Mina
bauxita nodular, e laterita.
de Monte Branco está prevista para começar a
operar em 2013.
Depois de lavradas, as minas são reflorestadas
com espécies nativas da região, e seguindo a
O minério encontra-se em uma camada única
legislação nacional pertinente a esse tipo de
com cerca de 4m de espessura média, numa
operação.
profundidade de 8m, coberto por uma vege-
36
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Processo Produtivo
Do processo de beneficiamento da bauxita,
Depois de beneficiado, o minério é transpor-
resulta como rejeito aproximadamente 29%
tado da mina até o Porto, onde é descarre-
da massa argilosa, sem qualquer aditivo
gado. Como esse minério pode ser comer-
químico. Esse material é bombeado e disposto
cializado tanto úmido como seco, ele tem
em tanques construídos nas áreas. Atualmen-
dois caminhos distintos no processo antes do
te, no platô Saracá, as áreas lavradas são des-
embarque nos navios. No primeiro caso ele
tinadas à construção dos reservatórios para o
segue para o pátio de estocagem da bauxita
rejeito oriundo da planta de beneficiamento.
úmida e no segundo ele é seco em fornos.
Com o próprio material do decapeamento são
erguidas paredes compactadas (barragens)
que recebem o rejeito do beneficiamento do
minério. Além de conter o rejeito na própria
área lavrada, estes reservatórios permitem a
recuperação da água de processo, reduzindo
o bombeamento de água nova. Após estarem
completamente cheios de rejeito e adensados,
os reservatórios são revegetados.
37
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
A Infraestrutura da
MRN em Porto Trombetas
Nossas instalações industriais encontram-se
localizadas em plena floresta amazônica, com
acesso somente por via fluvial ou aérea. Por
esse motivo, o complexo industrial de Porto
Trombetas conta com uma vila residencial
dotada de completa infraestrutura de saneamento básico e social, além de um terminal
para embarque de navios. O núcleo urbano
de Porto Trombetas possui escola, hospital e
serviços laboratoriais, clube de lazer, hotel,
cine-teatro, igrejas, centro comercial, aeroporto para aviões tipo Boing 737 e sistemas de
telefonia fixa, móvel e Internet.
Possui ainda coleta seletiva, triagem e
compostagem de lixo, além de estações de
tratamento de água e de esgoto sanitário. A
energia elétrica que supre o núcleo urbano
e as operações industriais é produzida pela
38
própria MRN, em usina termoelétrica.
Atualmente Porto Trombetas conta com aproximadamente 6 mil moradores.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
PORTO TROMBETAS,
CERTIFICADO PELA
ISO 14001.
A Infraestrutura da MRN em Porto Trombetas
39
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho
Econômico
Desempenho Econômico e Financeiro
Valor econômico direto gerado e distribuído.
Valor Econômico Direto Gerado e Distribuído (R$ Milhares)
2010
2011
766.924
868.379
497.510
500.242
Salários e benefícios de empregados
87.747
92.990
Pagamentos para provedores de capital
66.177
124.993
117.503
140.899
7.168
7.097
-9.181
2.158
Componente
Valor econômico direto gerado
Receitas
Valor econômico distribuído
Custos operacionais
Pagamentos ao governo (por país –
vide observação abaixo)
Investimentos na comunidade
40
Valor econômico acumulado (calculado como
valor econômico gerado menos valor econômico
distribuído)
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Econômico
Cobertura das obrigações do plano
de pensão de benefício definido
que a organização oferece.
um fundo de benefícios, que é aplicado no
mercado financeiro para obter rendimentos.
Esses rendimentos são creditados nas contas
individuais, corrigindo o capital depositado. O
Pensando no futuro de nossos empregados e
MRN Previ é um plano de aposentadoria com-
de seus familiares instituímos no ano 2008 o
plementar com contribuição definida onde o
plano de previdência MRN Previ, em parceria
empregado tem benefícios progressivos sobre
com o Bradesco Vida e Previdência, com a
a parcela de recursos que a MRN deposita
missão de modernizar o antigo plano da em-
para a formação do fundo de aposentadoria
presa à nova realidade de mercado. A adesão
do empregado. Além disso, o plano MRN Pre-
ao MRN Previ é voluntária e podem participar
vi conta com seguro para casos de invalidez
todos os nossos empregados e dirigentes que
ou morte, custeados pela MRN. Atualmente,
estão em plena atividade de trabalho. A soma
100% de nossos funcionários participam do
dos depósitos de todos os participantes forma
MRN Previ.
41
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Econômico
Presença no Mercado Local
Políticas, práticas e proporção de
gastos com fornecedores locais em
unidades operacionais importantes.
O desenvolvimento socioeconômico regional
é um de nossos princípios norteadores. Essa
é a motivação para sermos mantenedores do
programa REDES – Rede de Desenvolvimento
de Fornecedores do Pará, promovido pela
Federação das Indústrias do Pará. O programa
REDES atua como um elo entre as empresas
paraenses e as demandas específicas da cadeia
de suprimento de cada mantenedor. Atualmente, o programa está dividido em regiões e
focamos o nosso esforço no oeste do Estado.
Além disso, apesar da atual não existência de
práticas de preferência, quando possível, buscamos comprar de fornecedores regionais, ou
seja, provenientes do Estado do Pará. A tabela
3 ilustra o percentual de volume de compras
de materiais e serviços realizados no ano de
2010 e 2011.
TABELA 3
Percentual de volume de compras relativo à procedência de fornecedores (milhões de reais)
2010
Materiais
42
Serviços
Pará
Total
%
33,74
77,54
44
Pará
Total
125,02 210,87
Total
%
59
Pará
Total
158,76 288,41
Materiais / Serviços
%
Oeste Pará
55
127,48
% Outras Reg. Pará
%
80
20
31,28
2011
Materiais
Pará
Total
48,89 110,54
Serviços
%
44
Pará
Total
130,06 266,65
Total
%
49
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Pará
Total
178,95 377,19
Materiais / Serviços
%
47
Oeste Pará %
141,24
79
Outras Reg. Pará
%
37,71
21
Desempenho Econômico
Procedimentos para contratação local e proporção de membros da alta
gerência e trabalhadores recrutados na comunidade local em unidades
operacionais importantes
Buscamos também valorizar e desenvolver a mão de obra local desde o início de nossas operações. Isso pode ser constatado no fato de que em 2010, 77% de nossos funcionários eram
originários do Estado do Pará e em 2011 essa proporção subiu para 85%. A tabela 4 ilustra a
proporção do efetivo médio de funcionários em relação à sua origem.
TABELA 4
Proporção do efetivo médio de funcionários em relação ao seu estado de origem
Origem
% do quadro
% do quadro
funcional (2010)
funcional (2011)
Estado do Pará
77%
85%
Região Norte do Brasil
(exceto Pará)
5%
2%
Demais estados brasileiros
18%
13%
43
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Econômico
Impacto Econômico Indireto
Desenvolvimento e impacto de
investimentos em infraestrutura e
serviços oferecidos, principalmente
para benefício público, por meio
de engajamento comercial, em
espécie ou atividades pro Bono.
Nos anos de 2010 e 2011 investimos um total
de 14,3 milhões de reais em ações focadas no
benefício público das comunidades do entorno da MRN.
Nossos programas sociais são geralmente
desenvolvidos em parceria com as comunidades locais, instituições técnicas, científicas,
44
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
públicas, privadas e sociais, e seguem a nossa
Política de Responsabilidade Social, apoiada
nos pilares de Educação, Saúde e Segurança,
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Os programas também seguem as Diretrizes da empresa para o relacionamento com as
partes interessadas.
Nosso apoio pode se diversificar em uma das
seguintes formas: investimentos em infraestrutura, doações diretas sistemáticas a serviços
orientados ao bem-estar público, doações
diretas pontuais, doações através da Lei de
Incentivo a Cultura e da Lei de Incentivo ao
Esporte, apoio com trabalho voluntário e
fornecimento de mão de obra.
Desempenho Econômico
Alguns exemplos de investimento em infraes-
 Construção de um microssistema de água na
trutura no período são:
comunidade Saracá, dois poços artesianos no
 Parceria com a Prefeitura de Oriximiná para
reforma do Hospital Municipal, entregue oficialmente à população em 2011.
 Repasse de verbas para implantação do sistema de distribuição de água do bairro Penta e
manutenção de 75 km de estrada para escoamento de produção agrícola-extrativista, ambos em parceria com a Prefeitura de Oriximiná.
lago Batata, reforma de oito microssistemas
de água nas comunidades Boa Nova e Saracá
e manutenção em sete poços manuais no lago
Batata.
Investimento em infraestrutura e serviços para
benefício público.
Investimento (R$ Milhões)
 Parceria com a Prefeitura de Terra Santa
para conclusão e entrega de escola à popu-
7,2
7,1
lação, em 2010, atendendo uma demanda
existente de 400 alunos que estavam fora da
rede de ensino.
 Convênio com a Prefeitura de Faro, em
2011, para a construção de uma escola de
ensino infantil e fundamental com 06 salas de
aula, beneficiando 180 alunos.
45
 Apoio à reforma do Clíper Santo Antônio em
Oriximiná, reforma da igreja da comunidade de
Boa Vista e construção de salão social na comunidade do Curuçá-Mirim, no Alto Trombetas.
2010
2011
 Melhoria na estrada que liga Faro a Terra
Santa e construção de canaletas de drenagem.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho
Social
Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente
Total de trabalhadores por tipo de
emprego, contrato de trabalho e
região.
Como temos apenas uma unidade produtiva,
temos nossos trabalhadores alocados exclusivamente na região de Porto Trombetas e
Belém, ambas no Estado do Pará.
2010
Contrato de Trabalho
Tipo de Trabalho
Nº Trabalhadores
Período Integral
565
Regime de Turno
607
Meio Período (Jovem Aprendiz )
8
Empregados
Temporários
1180
Total:
2011
Contrato de Trabalho
46
Tipo de Trabalho
Nº Trabalhadores
Período Integral
579
Regime de Turno
697
Meio Período (Jovem Aprendiz)
15
Período Integral (Trainee)
13
Empregados
Temporários
Total:
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
1304
Desempenho Social
47
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Social
Número total e taxa de rotatividade de empregados por faixa etária e gênero.
2010
GÊNERO
Gênero
Masculino
Feminino
Total (sem jovem - 8)
Efetivo
Admissão
1083
89
1172
70
7
77
Demissão
113
16
129
Rotatividade
7,81
0,98
FAIXA ETÁRIA
Idade
De 18 a 25 anos
De 26 a 35 anos
De 36 a 45 anos
De 46 a 55 anos
Acima de 56 anos
Total (sem jovem - 8)
Efetivo
Admissão
26
428
369
267
82
1172
5
53
18
1
0
77
48
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Demissão
0
46
50
24
9
129
Rotatividade
0,21
4,22
2,90
1,07
0,38
Desempenho Social
2011
GÊNERO
Gênero
Masculino
Feminino
Total (sem jovem - 15)
Efetivo
1195
94
1289
Admissão
194
20
214
Demissão
Rotatividade
85
12
97
10,82
1,24
Demissão
Rotatividade
FAIXA ETÁRIA
Idade
De 18 a 25 anos
De 26 a 35 anos
De 36 a 45 anos
De 46 a 55 anos
Acima de 56 anos
Total (sem jovem - 15)
Efetivo
Admissão
46
475
426
265
77
1289
31
124
52
6
1
214
2
44
18
15
18
97
1,28
6,52
2,72
0,81
0,74
49
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não
são oferecidos a empregados
temporários ou em regime de
meio período, discriminados pelas
principais operações.
Para a MRN, a Política de Benefícios é um fator importante de integração entre o empregado e a empresa. Ela demonstra, de um lado,
fício de auxílio doença concedido pela previdência social
 convênio com o INSS para processamento
de requerimento e pagamento de benefícios
previdenciários e acidentários
 subsídio para curso de inglês
 homenagem aos empregados com 10, 15,
20, 25 e 30 anos de casa
 parcelamento do adiantamento de férias
a dimensão de nosso compromisso com o
bem-estar e qualidade de vida do empregado
e de sua família e, do outro, um conjunto de
estímulos para o engajamento do empregado
com nossos objetivos.
Os benefícios concedidos a todos os funcionários da MRN, em 2010 e 2011, foram:
50
 assistência médica supletiva
 auxílio creche
 complemento de salário em caso de bene-
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
 participação nos resultados da empresa
 presente de natal para filhos de empregado
 seguro de vida em grupo
 seguro por acidentes pessoais
 plano de aposentadoria suplementar – MRN
PREVI
 subsídio à mensalidade do clube desportivo
e de lazer localizado em Porto Trombetas
Desempenho Social
Devido à localização de Porto Trombetas, os
aparelhos intra-orais PLP, para empregados
funcionários alocados nessa região recebem
diagnosticados com distúrbio do sono
também os seguintes benefícios:
 tratamento fonoaudiológico no hospital de
 moradia (casa ou alojamento)
Porto Trombetas
 ajuda de custo de viagem fluvial até Santa-
 assistência odontológica
rém para trabalhadores locais
 auxílio funeral
 passagem de férias de ida e volta, uma vez
por ano
 ensino fundamental e médio realizado na
escola de Porto Trombetas
 assistência médica em Porto Trombetas
 apoio financeiro à educação de filhos, em
 tratamento fora de domicílio, quando o
nível técnico ou universitário
tratamento médico não está disponível no
hospital de Porto Trombetas
 kit escolar para dependentes
 encaminhamento para o serviço de mus-
 transporte de bens de empregados, com
culação do clube de Porto Trombetas, quan-
cobertura dos custos da mudança de bens na
do recomendado como suplementação de
mobilização, transferência e desmobilização
tratamento fisioterápico em função de lesões
51
laborais
 programa da medicina do sono com adiantamento para aquisição de aparelhos de pressão positiva contínua de vias aéreas (CPAP) e
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Social
Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação
coletiva.
ça e com as lideranças.
Desde 2003, somos certificados pela Norma OHSAS 18001, padrão internacionalmente reconhecido para sistemas de gestão de saúde ocupa-
Todos os nossos funcionários, ou seja, 100%
cional e segurança. No ano de 2010 a auditoria
de nosso quadro funcional próprio são cober-
confirmou a manutenção da OHSAS 18001.
tos por acordos de negociação coletiva.
Estimulamos também nossas empresas contra-
Segurança e
Saúde no Trabalho
tadas a buscarem essa certificação. Atualmente
as empresas GRSA, Electron, DService e Souza
Terraplanagem têm seus processos totalmente
ou parcialmente certificados nas suas operações
Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo
e óbitos relacionados ao trabalho
por região.
Proporcionar um ambiente de trabalho sau-
52
dável, seguro e confortável aos nossos empregados e aos empregados de nossas empresas
contratadas são objetivos que trabalhamos
diariamente em nossa área de saúde e seguran-
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
em Porto Trombetas.
Além da auditoria da OHSAS 18001, no ano de
2011 passamos por um processo de auditoria
de saúde, segurança, meio ambiente e relações
com as comunidades, mais conhecida como
auditoria de HSEC – “health, safety, envinronment
and communities”, realizada por representantes
de nossos acionistas, onde foram identificados
pontos de destaque e oportunidades de melhoria nesses temas e que estão sendo incorporados
pelas áreas responsáveis.
Desempenho Social
A nossa área de gestão de obras tem um
do contratado, durante a atividade de manu-
amplo programa de segurança que se iniciou
tenção da rede elétrica residencial de Porto
na análise de riscos e continua com um forte
Trombetas. Em 2011, tivemos um acidente
programa de gestão de segurança.
com um caminhão de transporte de combustível que culminou com duas fatalidades, um
Ressalta-se que no ano de 2010, na constru-
empregado da MRN e um empregado de em-
ção da infraestrutura para a mina de Bela
presa contratada, proprietária do caminhão
Cruz, onde trabalharam 900 pessoas no pico
acidentado. Esses fatos reforçaram a revisão
da obra, envolvendo atividades de alto risco,
de vários dos nossos padrões de segurança e
como terraplanagem e construção civil, re-
saúde ocupacional, com o intuito de mitigar
gistramos dois acidentes reportáveis de baixa
eventuais riscos de fatalidade que possam
gravidade.
ter escapado ao nosso rigoroso padrão de
Em 2011 atingimos o recorde histórico de
controle.
174 dias sem acidentes reportáveis, tanto nas
No que se refere às obras realizadas nas minas
operações da MRN quanto nas operações das
Bela Cruz e Monte Branco, as taxas de frequên-
empresas contratadas: um de nossos melhores
cia em 2011 fecharam em 2,56 e 4,43, respec-
índices de taxa de frequência de acidentes por
tivamente, correspondentes a 9 acidentes de
milhão de horas trabalhadas.
baixa gravidade ocorridos desde o início das
No entanto, apesar de todo nosso esforço
obras das novas minas, iniciadas 2008.
para assegurar à segurança no trabalho, dois
A tabela 5 ilustra nossa taxa de frequência de
acidentes resultaram em três fatalidades nos
acidentes envolvendo nossos funcionários e
anos de 2010 e 2011. Em novembro de 2010,
funcionários de contratadas.
ocorreu um acidente fatal com um emprega-
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
53
Taxa de frequência de acidentes1
ACIDENTES
Taxas de Frequência (*)
MRN
Contratadas
MRN + Contratadas
2010
2011
2010
2011
2010
2011
Com afastamento
0,66
0,93
1,73
1,19
1,27
1,08
Sem afastamento
0,99
0,31
2,47
0,95
1,84
0,68
Total
1,66
1,25
4,20
2,15
3,11
1,76
* Acidente por um milhão de horas trabalhadas
1
Os primeiros socorros não são reportáveis, portanto não entram no cálculo da Taxa de Frequência, nem da MRN nem das contratadas.
2
TAXA DE FREQUÊNCIA - É o número de acidentes por milhão de horas de exposição ao risco, em determinado período. Essa taxa é expressa e calcula-
da pela seguinte fórmula: TF = N.A x 1.000.000 / HHT
Onde: TF = Taxa de Frequência de acidentados, N.A = Número de acidentes, HHT= Horas-Homem de exposição ao risco
54
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Social
Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em
andamento para dar assistência
a empregados, seus familiares ou
membros da comunidade com
relação a doenças graves.
O programa tem como objetivo identificar e
tratar problemas relacionados a desordens
respiratórias durante o sono, sonolência
diurna, insônia, além de identificar possíveis
causas neurológicas e psiquiátricas que afetam as pessoas durante essa fase de descanso,
reorganizando a cronobiologia dos pacientes.
O programa também atua em ações ambientais e comportamentais que possam combater
Programa de Gestão de Fadiga
Um dos principais focos do programa de saúde
ocupacional da empresa tem sido o tratamento
adequado das questões envolvendo a fadiga
o desgaste excessivo ou mitigar os impactos
da fadiga sobre o indivíduo.
O passo inicial à criação do programa foi dado
em 2008, com a conclusão da implantação do
- um aspecto que afeta não somente a qualida-
mesmo no ano seguinte. O programa Gestão
de de vida das pessoas, como a segurança delas
de Fadiga começou beneficiando os opera-
no ambiente de trabalho.
dores de equipamentos de mineração e de
ferrovia e profissionais da geração de energia
O programa de Gestão da Fadiga foi reconhecido internacionalmente, em 2010, pela BHP
Billiton, empresa acionista da MRN, como a
segunda melhor iniciativa nessa área entre as
operações da empresa no mundo. O reconhecimento foi alcançado pelos benefícios gerados
na busca de soluções para um problema que
afeta milhões de pessoas mundialmente.
elétrica. Depois, foram incluídos os trabalhadores em turno e, por fim, todos os demais
empregados da empresa e seus familiares
que, embora de grupos não priorizados, apresentavam quadro clínico sugestivo de distúrbios do sono, tais como sonolência excessiva,
dificuldades de memória ou concentração e
irritabilidade.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
55
Desempenho Social
As ações também foram direcionadas para
a escola Jonathas Pontes Athias, gerenciada
pela Fundação Vale do Trombetas, com o
A realização do programa Gestão de Fadiga é
objetivo de levar informação e possibilitar aos
do Hospital de Porto Trombetas (HPTR), onde
professores a identificação de dificuldades de
construímos o Laboratório do Sono. O espaço
aprendizagem e comportamento relacionados
dispõe de dois leitos completamente equipa-
aos distúrbios do sono.
dos e uma equipe de odontologia treinada
para avaliação e adaptação de aparelhos
A avaliação dos casos é feita através de
intra-orais usados no tratamento da apnéia
questionário de matutinidade e vespertini-
obstrutiva do sono.
dade; além de testes de atenção e vigília. Em
56
seguida, os empregados são submetidos ao
Transformações - A implantação do programa
exame de polissonografia. Os que apresentam
provocou mudanças na estrutura física de
alteração são avaliados clinicamente para
algumas áreas. Na área da lavra foram coloca-
verificação específica de distúrbios do sono e
das lâmpadas fluorescentes de 2000 Lux, com
suas consequências e encaminhados a trata-
baixa emissão Ultra-Violeta nas cabines dos
mento. Nos casos sintomáticos ainda é feita
caminhões que operam na lavra, que se acen-
a avaliação no domicílio do paciente, com
dem toda vez que o freio de estacionamen-
uso de oxímetro e frequencímetro de pulso.
to é acionado. Este equipamento leva uma
Os aparelhos permitem ao médico investigar
inibição da produção de melatonina, que está
a variação cardíaca associada a períodos de
diretamente relacionada à indução do sono.
queda de saturação de oxigênio no sangue.
Pelo programa também são adotadas ações
de adequação do ambiente, correção de
exposição a agentes ambientais e de organização do trabalho.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Também nos caminhões, foram trocadas as
lâmpadas dos faróis por outras que permitiram maior iluminação, menor ofuscamento
e, em consequência, menor fadiga visual.
As salas de descanso foram substituídas por
Desempenho Social
Salas de Interação e Estímulo à Vigília, onde
região do Alto Rio Trombetas, no Pará.
o trabalhador, nos períodos de descanso após
as refeições, é banhando por uma iluminân-
Mensalmente, 18 comunidades das margens
cia de 2000 Lux, tendo à disposição jogos de
do rio Trombetas recebem atendimento mé-
salão, televisão e ações que o estimulam a
dico com a visita do barco Barão do Mar, que
permanecer desperto e interagir com seus
leva a elas uma equipe de 12 a 15 profissio-
companheiros. Do mesmo modo, as máqui-
nais - médicos, enfermeiras e técnicos. O obje-
nas de pátio tiveram seus postos de comando
tivo é prover as comunidades com assistência
adaptados aos profissionais, como forma de
curativa e preventiva.
associar conforto à capacidade produtiva.
Os atendimentos acontecem nos barracões
O tratamento de problemas do sono con-
das comunidades e o trabalho tem gerado
templa ainda ações como: acompanhamento
resultados positivos, seja na redução dos casos
nutricional para adoção de dieta alimentar
de doenças em adultos ou na desnutrição
balanceada; visita à residência do profissional
infantil, que caiu de 39% para 7% desde o
para checagem do ambiente de descanso,
início das atividades do projeto.
com orientação da família sobre o tema, e
troca de colchões, se necessário.
Além do atendimento, o projeto Quilombo
contempla atividades de educação em saúde,
Projeto Quilombo
que incluem orientações sobre aleitamento
Há onze anos, somos parceiros da Fundação
e tratamento de água; prevenção de doenças
Esperança e da Secretaria Municipal de Saúde
como diarreia, infecção urinária e câncer no
de Oriximiná no Projeto Quilombo, que tem
colo do útero e próstata; bem como infor-
alcançado resultados satisfatórios na melhoria
mações sobre a importância das vacinas e do
da saúde e qualidade de vida das populações
planejamento familiar.
materno; alimentação complementar; higiene
remanescentes de quilombos que habitam a
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
57
Desempenho Social
da empresa S.O.S – Serviços Operacionais de
Projeto de Combate à Malária
Desenvolvemos o projeto de Combate à Malária há mais de uma década em comunidades
isoladas do oeste paraense. O resultado dessa
iniciativa é redução significativa no número
de casos da doença.
Atendemos 21 comunidades do Alto Rio Trombetas com uma série de ações preventivas, que
consistem na realização de pulverizações intradomiciliares (nas paredes das casas e em locais
Hospital de Porto Trombetas (HPTR), que monitora os números de incidência da infecção;
do Projeto Quilombo, que atua nas comunidades com ações educativas; e do Setor de Endemias da Secretaria de Saúde do Município de
Oriximiná, que acompanha as estatísticas da
doença e faz o empréstimo de equipamentos.
Treinamento e Educação
as formas de prevenção da doença.
Média de horas de treinamento
por ano, por empregado, discriminada por categoria funcional.
As ações são promovidas a cada quatro meses,
Os treinamentos corporativos obrigatórios
sempre considerando os períodos de maior
que norteiam a política da MRN dentro dos
propagação do mosquito do gênero Anophe-
pilares Segurança, Saúde, Meio Ambiente e
les, transmissor da infecção.
Qualidade fecharam o ano de 2010 com 64%
úmidos e escuros), termonebulização (fumacê)
e distribuição de panfletos informativos sobre
58
Saneamento e conta ainda com a parceria do
dos empregados treinados e em 2011 esse
Quando o projeto começou as ações o nú-
número elevou-se para 85%. Nos treinamen-
mero de registros da doença chegava a 1.126
tos operacionais, houve 461 participações em
casos.
2010, totalizando 29.331 homens/ horas. No
ano de 2011, foram 849 participações, resul-
O projeto é realizado pela MRN por meio
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
tando em 59.959 homens/horas.
Desempenho Social
aos empregados da MRN à educação formal,
Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que
apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para
gerenciar o fim da carreira.
Uma de nossas premissas é a aprendizagem
contínua de nosso quadro funcional, através
permitindo-lhes uma continuidade em sua
empregabilidade. Fazem parte do programa
educação as parcerias com SENAI, Instituto
Federal de Ciência e Tecnologia do Pará, Universidade Federal do Pará, Fundação Getúlio
Vargas e Grupo Pitágoras.
2010
de treinamentos e cursos. Contamos com um
No ano de 2010 as parcerias com o SENAI e o
Sistema de Gestão por Competências (SGC)
Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do
focado no aprimoramento de nossos funcioná-
Pará - IFPA foram renovadas, dando continui-
rios, através do estímulo ao desenvolvimento
dade aos cursos de capacitação e formação
das competências requeridas para os diferentes
técnica. O processo seletivo do IFPA iniciou em
cargos.
2010. De lá para cá, 100 alunos participaram
dos cursos técnicos de Eletrotécnica, Mecânica
Na linha de apoio e inserção do jovem no mer-
e Mineração. No programa do SENAI, 48 alunos
cado de trabalho, apoiamos o programa Jovem
concluíram os cursos de capacitação em Mecâ-
Aprendiz, realizado em parceria com o SENAI
nica de Manutenção Industrial, Mecânica de
de Santarém. Em 2010 e 2011 foram contempla-
Manutenção de Máquinas Móveis e Eletricista
dos 46 jovens no programa, respectivamente.
de Manutenção Industrial. O Programa Jovem
Além disso, destacam-se também nessa linha o
Aprendiz, realizado também em parceria com
programa Trainee e o programa Estágio.
Desenvolvemos também o Programa de
Educação, com o objetivo de facilitar o acesso
o SENAI de Santarém, contemplou 46 jovens do
oeste do Pará.
A parceria com a Universidade Federal do
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
59
Desempenho Social
Pará – UFPA permitiu que os empregados da
Cultura e Mudança Organizacional, Liderança e
MRN e pessoas da comunidade tivessem aces-
Gerência, Instrumentos de Controle Gerencial (Fi-
so ao ensino universitário à distância. Na área
nanças) e Gestão. O programa evoluiu em 75% e
de pós-graduação, a parceria com a Fundação
no primeiro semestre de 2012 concluiremos todos
Getúlio Vargas (FGV) possibilitou o desenvol-
os módulos.
vimento dos programas de MBA Executivo
em Administração de Empresas - ênfase em
No caso do Programa Trainee, foram selecio-
Finanças - e do MBA Internacional em Ge-
nados 20 jovens no Brasil, nas mais diversas
renciamento de Projetos. Ao todo, foram 40
áreas e, principalmente, com formação em En-
alunos formados em 2010 pela FGV.
genharia e Administração. Do grupo inicial do
Programa, que tem duração de dois anos, seis
2011
jovens já foram efetivados na empresa por ter
havido oportunidade de contratação e terem
60
Fechamos o ano de 2011 com 183 profissionais
apresentado bom desempenho nas compe-
cursando a formação técnica, 29 cursando
tências requeridas. No caso do Programa de
Graduação e 30 fazendo Pós-Graduação. Outro
Estágio, 16 jovens de formação técnica em
ponto forte de 2011 foi a consolidação do Progra-
Eletrotécnica, Mineração e Mecânica foram
ma de Desenvolvimento de Líderes, em parceria
selecionados na região Norte pelo Programa,
com a Fundação Instituto em Administração – FIA.
que tem duração de seis meses. Cinco desses
Atualmente, a empresa possui 114 profissionais
jovens foram contratados pela MRN.
cursando os Módulos do Programa que abordam:
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Social
Percentual de empregados que
recebem regularmente análises de
desempenho e de desenvolvimento de carreira.
Diversidade e Igualdade
de Oportunidades
Proporção de salário-base entre
homens e mulheres por categoria
funcional.
Em 2010, o Sistema de Gestão por Competências (SGC) contemplou o nível gerencial da
Trabalhamos com tabela salarial e uma po-
empresa, onde se obteve uma cobertura de
lítica de salários baseada numa estrutura de
94% dos planos de treinamento formais pro-
cargos e salários. Tal tabela é determinada in-
postos. A partir de 2011, todos os empregados
ternamente pelas descrições de cargos e suas
passaram a ser avaliados e ter seus Planos
avaliações e comparada externamente através
Individuais de Desenvolvimento (PID) elabo-
de pesquisa de mercado. Não há distinção de
rados, o que permitiu estender o SGC para
gênero para definição de salário.
todos os níveis da empresa. Em 2011, 97% dos
treinamentos formais propostos e aprovados
a partir dos PID foram realizados.
61
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Sociedade
Comunidade
Natureza, escopo e eficácia de
quaisquer programas e práticas
para avaliar e gerir os impactos das
operações nas comunidades, incluindo entrada, operação e saída.
onde também se mapeiam as percepções
das comunidades do entorno em relação à
MRN. Em 2009 foi efetuado um levantamento
socioeconômico que foi atualizado em 2011 e
envolveu as seguintes regiões e comunidades:
 Alto Trombetas: Juquiri Grande, Lago do
Palhal, Curuçá Mirim, Jamari, Paraná do Abuí,
Lago do Abuí, Mãe-Cué, Sagrado Coração,
Tapagem, Erepecú/Último Quilombo, Cachoei-
Aprendemos que não há desenvolvimento econômico sem desenvolvimento local.
ra Porteira, lago Ajudante, Moura, Boa Vista e
As comunidades do entorno da MRN são
Sacuri, Sacuri Boa Vista, Mussurá, Bacabal, Sa-
formadas principalmente por descendentes de
maúma II, Acari, Varjão, Axipicá, Lago Batata,
quilombolas. Inicialmente, não existiam canais
Curupira, Tapixaua e Flexal.
Água Fria.
 Médio Trombetas: Camixá, Jacupá, Nova
formais de diálogo da MRN com essas comunidades.
 Alto Sapucuá: Castanheiro/Icatú, Maceno, Curral Velho, Cunuri/Chinelo, Nova Macedônia/Vila
62
Iniciamos esse processo em 1995 e em 2003
Ribeiro, Aimim, Ascensão, Castanhal/Cumã/Nos-
institucionalizamos a área de relações com a
sa Senhora de Nazaré, Saracá/Boa Nova, Amapá,
comunidade (RELATÓRIO SOCIAL MRN, 2008).
Ajará/Lero, Casinha/Sustento/Anjos.
As demandas que apoiamos são levantadas
a partir do relacionamento de nosso de-
 Terra Santa: Chuedá, Paraíso, Capote,
partamento de Relações Comunitárias com
Urubutinga, Jauaruna, Jamari, Cabeceira dos
as comunidades do entorno e através de
Cláudios, Alema.
levantamentos socioeconômicos da região,
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Sociedade
O levantamento de 2011 (STCP, 2011) aponta
vegetal, pesca e caça e há pouco dinheiro
que, ao todo, as regiões do Alto Trombetas,
circulando na região. As fontes de renda
Médio Trombetas, Alto Sapucuá e Terra Santa
familiar destacam a importância da produção
englobam 9305 habitantes organizados em
local, capaz de gerar renda, especialmente da
pequenas comunidades rurais com foco na
produção agrícola, ou seja, da produção da
agricultura familiar, extração vegetal e criação
farinha de mandioca para venda e consumo
de animais.
doméstico.
Os homens predominam no conjunto da
Como estão distantes do Centro Urbano de
população na proporção de 112 homens para
Oriximiná ou Terra Santa, as famílias dessas
cada 100 mulheres. Tal situação é característi-
comunidades não têm acesso à água trata-
ca do meio rural e região Norte do Brasil.
da, saneamento básico e energia elétrica. O
abastecimento de água se faz através do uso
Na região, 5,63% da população acima de 15
de poços artesianos, nem sempre bem loca-
anos é analfabeta. Por sua vez, 69,73% dos
lizados e com profundidade adequada, em
moradores ainda não concluíram ou estão cur-
número insuficiente e que secam no período
sando o ensino fundamental e, apenas, 9,55%
de estiagem. Por esse motivo, muitas famílias
estão cursando ou finalizaram o ensino médio.
captam água diretamente de lagos, igarapés,
Em 48% dos domicílios a renda mensal era inferior a 1 salário mínimo. O valor é baixo, quando
se consideram as necessidades básicas de uma
família, como alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário e transporte.
rios e nascentes, muitas vezes impróprias
para o consumo. Os Agentes Comunitários de
Saúde (ACS) dos órgãos municipais distribuem
hipoclorito para se adicionar a água, mas muitas famílias não têm o hábito de fazê-lo. As
estruturas de atendimento médico e odonto-
Muitos habitantes não declaram renda mone-
lógico concentram-se apenas no meio urbano
tária, pois eles vivem da agricultura, extração
e nem todas as comunidades recebem a visita
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
63
Sociedade
dos ACS, responsáveis por dar orientações
Fazem parte do PES doze projetos desenvol-
básicas e acompanhar a saúde das famílias.
vidos nos municípios de Terra Santa, Faro e
Oriximiná, que têm como base os pilares de
A partir dos resultados do levantamento
Educação e Cultura, Sustentabilidade, Saúde e
socioeconômico de 2009/2011, elaboramos ou
Segurança e Meio Ambiente. O PES tem par-
adequamos projetos sociais focados na saúde,
ticipação ativa das comunidades envolvidas,
educação e geração de renda para as comu-
que discutem e planejam juntamente com a
nidades de nosso entorno, com o objetivo de
MRN o desenvolvimento dos projetos dividi-
melhorar a sua qualidade de vida.
dos nas seguintes áreas:
Além do levantamento socioeconômico de
Saúde e Segurança
2009/2011, a partir de 2010, a organização
de nossos projetos sociais levou em conta
Microssistemas e Poços Artesianos - Tem como
também a demanda do Instituto Brasileiro
objetivo a construção de microssistemas e
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
poços artesianos de água para atender as fa-
Renováveis (IBAMA), que segue os princípios
mílias das comunidades que sofrem influência
descritos no Art. 4° da Política Nacional de
do Projeto Trombetas, propiciando o forneci-
Educação Ambiental (Lei n° 9.796/99) e das
mento de água potável.
condicionantes do licenciamento das nossas
atividades de extração mineral.
64
Combate à Malária - Tem por objetivo melhorar as condições de vida das comunidades
Assim, em 2010 adequamos os nossos projetos
ribeirinhas em relação ao controle da malá-
e ações educacionais, ambientais e sociais e
ria, reduzindo a morbidade e a mortalidade
criamos o Programa de Educação Socioam-
infantil e adulta.
biental (PES).
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Sociedade
Projeto Leme – Orienta a população sobre a
porcionando geração de renda, abastecimen-
segurança na navegação. Desenvolve ações
to do mercado local e preservação do estoque
como palestras, campanhas e melhorias nas
natural de pescado.
embarcações.
Manejo de Copaíbas - Proporciona capacita-
Educação
ção e assessoria técnica para o manejo sustentável das espécies de copaíba, preservando
Educação Ambiental e Patrimonial - Visa
a espécie e gerando renda e autonomia aos
fortalecer a identidade cultural por meio do
produtores locais.
resgate patrimonial. Tem ainda como objetivo estimular o uso sustentável dos recursos
Meliponicultura - Contribui com os criadores
naturais por meio da realização de cursos
de abelhas sem ferrão no município de Terra
e oficinas de artesanato em barro, além da
Santa, por meio da capacitação profissional
exposição em feiras dos produtos fabricados
e assessoria técnica. Auxilia nas formas de
pelas comunidades.
manejo e na produção sustentável. O projeto
Atividades Sustentáveis
Agricultura Familiar- Oferece treinamentos e
tem como parceiros o SEBRAE e o Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Terra
Santa, além da participação de 20 famílias.
assistência técnica aos agricultores. Estimula
Sistemas Agroflorestais - Visa promover a
ainda a produção de produtos orgânicos e sua
preservação da floresta e o desenvolvimento
comercialização.
socioeconômico e ambiental das comunidades
Desenvolvimento da Piscicultura - Oferece
capacitação profissional, infraestrutura e
assessoria técnica às famílias produtoras, pro-
Saracá, Boa Nova, Casinha e Castanhal, proporcionando às famílias beneficiadas qualidade de vida.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
65
Sociedade
Meio Ambiente
pital de Porto Trombetas, Projeto Quilombo,
Projeto de Odontologia Preventiva, Projeto
Instituto Gaya de Defesa das Águas- Atua no
Prevenir, Projeto Sorriso Saudável, Proje-
processo de sensibilização sobre a importância
to de Apoio à Escola Boa Vista, Projeto de
da preservação do meio ambiente, em parti-
Apoio à Educação Formal – Bolsa de Estudos
cular em defesa das águas.
para Ribeirinhos, Projeto Esporte na Cidade,
ATAAV (Associação Terrasantense dos Agentes
Ambientais Voluntários) - Oferece capacitação
técnica para agentes ambientais voluntários
no município de Terra Santa, visando parce-
Programa Educação de Ribeirinhos Adultos
(PERA), Projeto Inclusão Digital, Projeto Escola
do Campo, Projeto Educação Ambiental e
Patrimonial.
rias com o governo e a MRN para o desenvol-
Temos orgulho de ser reconhecidos como um
vimento de atividades de educação ambiental
parceiro importante para o desenvolvimento
(principalmente nas comunidades ribeirinhas
local das comunidades de nosso entorno.
do município).
Outras iniciativas:
Projeto Mel (Apicultura), Desenvolvimento da
Piscicultura, Projeto Regularização Fundiária,
66
Projeto Agricultura Familiar, Projeto Pé-de-Pincha, Atendimento de Ribeirinhos no Hos-
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Número e percentual de operações
com planos para o encerramento
das atividades.
Atualmente nossa única unidade de operação
Sociedade
possui plano de encerramento e a provisão de
recursos para tal atividade está constituída no
passivo do Balanço Patrimonial da empresa.
67
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho
Ambiental
O meio ambiente a gente
trata com respeito
Biodiversidade
Respeitar o meio ambiente, estabelecendo
Localização e tamanho de área
possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas,
ou adjacentes a elas, e áreas de
alto índice de biodiversidade fora
das áreas protegidas.
medidas para prevenção e controle de todas
as formas de poluição, desenvolvendo e aplicando tecnologia voltada para a eliminação,
aproveitamento e minimização de resíduos,
bem como implementando ações de recuperação de áreas impactadas pelas operações é um
dos nossos princípios norteadores.
Para seguir esse princípio, utilizamos como
principal ferramenta a norma ISO 14001. Trabalhamos também continuamente a conscientização ambiental da comunidade de Porto
Trombetas e de seu entorno.
68
Estamos localizados dentro da Floresta Nacional Saracá-Taquera e em área limítrofe à
Reserva Biológica do Rio Trombetas.
Descrição de impactos significativos da biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas
protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas
protegidas.
A mineração da bauxita implica em um processo
de mudança do uso da terra, pois o processo de
lavra envolve a supressão da cobertura vegetal
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
com retirada de solo. Tal ação gera uma perda
Saracá-Taquera é resultado de um convênio
e fragmentação de habitat , principal impacto
assinado inicialmente com o Instituto Brasilei-
direto de nossa atividade na biodiversidade. ro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
3
Hábitats protegidos ou restaurados
Até o final de 2011 a área total reflorestada
pela MRN foi de 4.448 hectares. O monitoramento e auditoria dessas áreas foram realizados pelas instituições ICMBio e IBAMA.
Renováveis (IBAMA), com o objetivo de monitorar, fiscalizar, realizar pesquisas científicas,
promover educação ambiental e implantar
projetos de alternativa de renda voltados à
conservação dos recursos naturais. Posteriormente, em 2007, com a criação do ICMBio
pelo governo federal, este assumiu a tarefa
As atividades de mineração de bauxita da
que hoje garante, entre outros, a preservação
empresa são realizadas no interior da Floresta
de espécies em extinção, como a tartaruga-
Nacional (Flona) Saracá-Taquera, uma unidade
-da-amazônia. O convênio com o órgão prevê
de conservação de uso sustentável criada por
repasses financeiros anuais.
Decreto Federal em 1989 e que está sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio).
A Reserva Biológica do Trombetas (Rebio
Trombetas), criada por Decreto Federal em
21 de setembro de 1979, também é preser-
A Flona tem 429.600 hectares de área e está
vada com apoio da Mineração Rio do Norte.
localizada à margem direita do rio Trom-
Somos parceiros do Instituto Chico Mendes de
betas, limitando-se ao norte com a Reserva
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na
Biológica do Rio Trombetas, outra unidade
preservação da reserva. Anualmente, desti-
de conservação federal. A parceria com o
namos recursos financeiros que auxiliam o
órgão ambiental para a preservação da Flona
Instituto na fiscalização e no desenvolvimento
de atividades de educação ambiental junto às
A fragmentação de habitat é um processo de alteração do meio ambiente. Descreve o aparecimento de descontinuidade (fragmentação) no
meio ambiente de um organismo (habitat).
3
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
69
Desempenho Ambiental
comunidades que habitam a reserva.
A área de 385 mil hectares da Rebio Trombetas é berço da reprodução de quelônios no
Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade.
projeto Tartarugas da Amazônia, executado
numa parceria do ICMBio, Instituto de Pesqui-
Para minimizar os impactos advindos do pro-
sas da Amazônia (INPA), Petrobras Ambiental,
cesso de mineração da bauxita, atuamos com
Prefeitura Municipal de Oriximiná, Polícia Mi-
as estratégias de: (1) monitoramento, avalia-
litar do Pará, Mineração Rio do Norte (MRN) e
ção, prevenção e mitigação de impactos sobre
as comunidades ribeirinhas da reserva.
a biodiversidade; (2) conservação da biodiversidade; (3) educação.
Na Rebio Trombetas são soltos na natureza,
todos os anos, milhares de filhotes de traca-
Atualmente os programas em vigor, orienta-
jás, pitiús e tartarugas-da-amazônia, espécies
dos por essas estratégias são:
que até bem pouco tempo eram alvo da caça
predatória.
O projeto que apoiamos vem contribuindo
para transformar essa realidade, numa iniciativa que une fiscalização, educação ambiental,
70
alternativas de geração de renda para as comunidades ribeirinhas, além do envolvimento
delas na preservação.
Em 2011, 31 mil filhotes foram soltos na reserva.
PROGRAMA RESGATE DE FAUNA
Realizado em parceria com o Zoológico das
Faculdades Integradas do Tapajós (Zoofit) de
Santarém, consiste no resgate e remanejamento de diversas espécies da fauna amazônica para áreas reflorestadas, antes do início das
atividades de mineração numa determinada
região da floresta. Atualmente, o programa é
realizado nas áreas de influência do projeto
de mineração dos platôs Saracá, Almeidas,
Aviso, Bacaba, Bela Cruz, Monte Branco, Papagaio e Periquito.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
O Programa de Resgate de Fauna é executa-
 Triagem de animais - De acordo com crité-
do por equipe técnica composta por biólogo,
rios, os animais são tirados para a Translo-
veterinário, tratador e auxiliares de campo
cação de Espécies ou para Aproveitamento
(afugentadores) que seguem as seguintes
Científico.
etapas:
 Monitoramento de animais resgatados - Os
 Deslocamento (afugentamento de fauna)
animais, objetos de translocação, são monito-
dos animais para dentro da floresta, antes da
rados com vistas à avaliação de sua reintegra-
entrada de máquinas. Para realizar a ação, os
ção ao ambiente.
“afugentadores” do Zoofit operam aparelhos
produtores de ruídos com diferentes frequências.
Nossa avaliação dos resultados é feita por
meio de estações de amostragem. Temos 22
 Captura e resgate - Depois do deslocamen-
estações destinadas à análise dos efeitos de
to, equipes entram na mata para verificar os
borda e 24 destinadas à avaliação do suces-
animais que não conseguiram se deslocar. As
so da recuperação ambiental ao longo de
capturas se restringem a grupos de pequenos
oito diferentes platôs presentes na Floresta
animais: serpentes, pequenos mamíferos e
Nacional Saracá-Taquera. Cada estação conta
anfíbios. Aves e mamíferos de médio e grande
com transectos de amostragem, onde ocorrem
porte podem ser capturados, quando cons-
procedimentos de captura, marcação e coleta
tatadas debilidades físicas, acidentes ou nos
de espécimes de grupos biológicos tidos como
casos de filhotes desgarrados.
indicadores ambientais: abelhas, borboletas,
 Marcação e anilhamento - Parte dos espécimes capturados é marcada para futuro monitoramento. Na medida do possível, alguns
insetos galhadores, formigas, anfíbios, répteis,
aves, pequenos mamíferos, mamíferos de
médio e grande porte e morcegos.
lagartos podem ser identificados mediante uso
No caso específico dos animais aquáticos,
de marcas naturais (cicatrizes, manchas, etc.).
temos uma parceria com a STCP Engenharia
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
71
Desempenho Ambiental
para realizar o monitoramento, feito através
de busca ativa, onde toda a área é cuidado-
do Programa de Monitoramento da Fauna
samente vistoriada para localizar o maior
Aquática, restrito a área de influência do
número possível de ninhos.
platô Bacaba. O acompanhamento é realizado desde 2010 e contempla anfíbios, répteis
Os ninhos localizados são georeferenciados.
e mamíferos aquáticos nos igarapés e lago
Algumas operárias de cada ninho são coleta-
Sapucuá.
das e montadas em alfinetes entomológicos
(para insetos) para identificação. O resgate
O Programa Resgate de Fauna tem impacto
dos ninhos previamente localizados é feito,
positivo direto na preservação e conservação
preferencialmente, dentro dos troncos das
das comunidades de anfíbios, répteis, aves,
árvores onde estão alojados. Somente quando
mamíferos e determinados grupos de insetos.
essa atividade não é possível é feita em col-
RESGATE DE ABELHAS
Criado em 2010, o projeto Resgate de Abelhas
Nativas busca estabelecer um banco genético
das espécies habitantes das áreas impactadas,
especialmente as mais raras, ameaçadas ou endêmicas, com vistas à sua reintrodução nas áreas
72
em processo de recuperação ambiental.
meias artificiais de madeira, adequadas a cada
espécie. Os troncos com ninhos são cortados
com motosserra e transportados aos locais
onde ficarão definitivamente. Os ninhos que
exigem algum tipo de manejo intensivo após
o resgate são levados ao meliponário, onde
recebem todos os cuidados necessários até
sua recuperação. Buscamos, ainda, realizar a
translocação (movimentação) de forma que os
O trabalho começa com a localização e res-
ninhos sejam instalados o mais perto possível
gate dos ninhos de abelhas antes do desmate
do local onde foram resgatados e sempre em
das áreas que serão mineradas. A busca é
áreas que não serão desmatadas ou que este-
feita nas árvores intactas e, depois do desma-
jam em processo de recuperação ambiental.
te, nas árvores já tombadas. É um processo
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
Os ninhos translocados são georeferenciados
Por isso, após o desflorestamento para iniciar
para viabilizar o seu posterior monitora-
a lavra da bauxita, uma equipe percorre toda
mento, que visa, principalmente, verificar a
a área recolhendo epífitas, hemiepífitas e es-
adaptação das colmeias aos locais onde foram
pécies raras, identificando a espécie da árvore
instaladas.
onde se encontram fixadas.
Ainda faz parte do projeto, a capacitação téc-
Os espécimes coletados são levados ao nosso
nica para criação de um meliponário em Porto
horto florestal, onde são classificados e culti-
Trombetas. Além do aspecto ambiental, o pro-
vados. O projeto teve início em 2001, man-
jeto também tem um foco econômico-susten-
tendo-se até 2008 um banco de germoplasma
tável: disponibilizar colônias de espécies de
de aproximadamente 60 espécies da família
abelhas com maior potencial comercial para
Orchidacea e 15 espécies das famílias Brome-
o desenvolvimento de atividades econômicas
liaceae e Araceae, na área do Horto Botânico.
pelas comunidades do entorno da empresa.
Os resultados desse trabalho são animadores.
Em 2011, foram localizados 135 ninhos de
Durante o 1º semestre de 2011 foram resga-
abelhas da subfamília Meliponini, dos quais 61
tadas 7.735 epífitas de 124 espécies de 14 fa-
foram resgatados e translocados. Deste total,
mílias botânicas. A próxima etapa do trabalho
houve um sucesso aproximado de 70% de
será reintroduzi-las nas florestas replantadas,
sobrevivência, indicando alta viabilidade do
levando em consideração a espécie da árvore
projeto, que é realizado em parceria com a
de onde foram retiradas.
STCP Engenharia.
RESGATE DE FLORA
O objetivo do programa Resgate de Flora é
promover a preservação genética de uma importante parcela da flora dos platôs onde são
desenvolvidas as atividades de mineração.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
73
Desempenho Ambiental
Espécies - Especificamente na Floresta
Nacional Saracá-Taquera são encontradas nove espécies de primatas. Duas
delas, Saguinus martinsi (Sauim) e Chiropotes sagulatus (Cuxiú) mereceram destaque
devido ao status de conservação observado dentro dos respectivos gêneros e
à carência de estudos focando ambas
as espécies, escolhidas como nosso foco
de monitoramento. O Sauim é a menor
das espécies de primatas encontradas na
FLONA, enquanto o Cuxiú é uma espécie
de médio porte que chama a atenção
pela dieta especializada em frutos verdes e sementes.
MONITORAMENTO DE PRIMATAS
BANCO DE GERMOPLASMA
Criado a partir da consciência da exposição da
O projeto Banco de Germoplasma visa con-
floresta a alterações ambientais causadas pelo
tribuir com a preservação da espécie de
nosso negócio e em atendimento às condicio-
castanheira do brasil (Bertholletia excelsa,
nantes ambientais de licenciamento, o estudo
Lecythidaceae) na Amazônia. Realizado em
visa ao censo, coleta e avaliação de diversos
parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas
dados sobre os primatas monitorados, possibi-
da Amazônia (INPA) e com o Instituto Brasilei-
litando a compreensão de como eles reagem
ro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
às interferências de atividades humanas em
Renováveis (IBAMA), trabalha na catalogação
seus ambientes.
de itens como sementes, pólen, tecidos ou
indivíduos cultivados, para a conservação de
Espera-se que esse monitoramento identifi-
amostras da variabilidade genética de dife-
que riscos potenciais às populações e comuni-
rentes populações de Castanheiras existentes
dades de primatas, definindo medidas pre-
no Brasil.
ventivas que anulem ou minimizem os efeitos
dinâmica natural desses animais.
MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E
ICTIOFAUNA
O programa conta com cinco pesquisadores
Em convênio com a Universidade Federal do
em atividades de campo e é realizado em
Rio de Janeiro (UFRJ), monitoramos a limnolo-
parceria com a Universidade Federal de Goiás.
gia, bem como as espécies de peixes da região
Atualmente os campos de trabalho do progra-
(ictiofauna). Tais análises nos permitem avaliar
ma são os platôs Bacaba e Bela Cruz.
a qualidade da água, visto que os pequenos
negativos das atividades antrópicas sobre a
74
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
organismos existentes nela indicam alterações
trófica funcional (guildas tróficas).
no meio. As variáveis analisadas são:
 Ictiofauna: medida pela composição taxonô Comunidade fitoplanctônica: analisada quan-
mica e a riqueza de espécies e abundância de
titativamente, em termos de densidade, rique-
indivíduos por localidade.
za de espécies, diversidade e equitabilidade.
 Comunidade zooplanctônica: as amostras
REABILITAÇÃO DE ÁREAS MINERADAS - REFLORESTAMENTO
quantitativas são analisadas através de contagem total dos organismos ou subamostragens
Todos os anos, de janeiro a maio, durante o
quando o número de organismos é muito
período chuvoso na região amazônica, inicia-
elevado. A riqueza específica é estimada a
mos mais um ciclo de recuperação florestal
partir de número de táxons presentes em
de áreas mineradas. O reflorestamento é
cada amostra e diversidade específica (H’)
realizado em conformidade com as atividades
estimada pelo Índice de Shannon (Shannon;
de lavra da bauxita, previstas em nosso plano
Weaver, 1963). Quando possível, as estações
quinquenal de operações.
são comparadas através do emprego do índice
de similaridade de Sorensen (1948).
As mudas são produzidas em nosso Viveiro
Florestal, que funciona em Porto Trombetas,
 Comunidade de Macroinvertebrados Bentô-
e todas as espécies que plantamos são da
nicos: para análise da macrofauna bentônica
região. Nenhuma espécie exótica é utilizada.
são utilizadas a riqueza taxonômica total, a
Cabe ressaltar, ainda, os benefícios variados
abundância média (densidade) e a diversidade
das espécies usadas no reflorestamento.
Algumas são produtoras de frutos, servem de
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
75
Desempenho Ambiental
atração para a fauna, podem ser usadas no
na hora do plantio, somada a outros fatores
paisagismo, no uso medicinal ou têm ainda
técnicos de reflorestamento, garante o cresci-
alto valor comercial, como é o caso da ma-
mento adequado das espécies. O processo de
deira de lei. Entre as espécies estão: castanha
revegetação também inclui os taludes (pare-
do Pará, sucupira, muruci da mata, andiroba,
des inclinadas) das estradas de acesso às minas
breu rosa, piquiá, gombeira, açaí, acapu, envi-
e paredes dos tanques de rejeito. A técnica
ra preta, amapá amargo e achuá sapotilha.
utilizada nesses casos é a hidrossemeadura.
Em 2011, foram hidrossemeados 16 hectares.
O viveiro da MRN tem capacidade de produção anual de 500 mil mudas. Também compra-
Pelo trabalho desenvolvido, somos hoje refe-
mos das comunidades quilombolas Boa Nova
rência em reflorestamento na área de mine-
e Saracá, localizadas no entorno da empresa,
ração.
as sementes para o reflorestamento. A atividade de recomposição da floresta é pensada nos mínimos detalhes: desde o preparo
eficiente da área até o cuidado com o banco
de sementes no solo. A adubação correta e o
controle de pragas nas mudas, por exemplo,
Quantidade de terras (próprias ou
arrendadas, usadas para atividades
produtivas ou extrativistas) alteradas ou reabilitadas.
demonstram o nível de detalhamento desse
76
processo.
Desde o início de nossa operação até o final
de 2011, alteramos uma área total de 7.633
Até a área ocupada por cada planta é pen-
hectares. Desse montante total alterado
sada. Cada espécie ocupa uma área de seis
reflorestamos até o final do mesmo período
metros quadrados. Essa divisão de espaço
uma área total de 4.448 hectares. A diferen-
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
ça entre o montante de terras alteradas e o
montante de terras recuperadas equivale a
3.186 hectares, classificadas como Áreas de
Servidão. As Áreas de Servidão são aquelas
destinadas, por lei, a área industrial do porto,
área industrial da mina, rodoferrovia, estradas
de ligação entre as minas e demais instalações
e reservatórios de rejeito.
Número e percentual de unidades
operacionais que necessitam de
planos de gestão da biodiversidade (PGB) de acordo com critérios
estabelecidos, e número (percentual) dessas unidades com planos
em vigência.
No ano de 2011 lavramos uma área de aproximadamente 313 hectares e reflorestamos 175
Toda a nossa unidade operacional na região
hectares de áreas de lavra inativadas. No ano
de Oriximiná no Estado do Pará tem Plano de
de 2010, a área lavrada foi de 311 hectares e a
Gestão de Biodiversidade em vigência.
área reflorestada foi de 200 hectares.
77
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
Energia
Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia
primária.
Estamos localizados à margem esquerda do rio
Amazonas, uma região sem acesso ao SIN - Sistema Interligado Nacional. Consequentemente,
não temos acesso à energia elétrica da rede
nacional e para operarmos temos que produzir a
nossa própria energia.
Consumo de energia elétrica (TJOULES)*
789,5
777,8
78
Atualmente nossa energia é gerada por meio
de usinas termoelétricas. A Usina de Geração
II – UGII é responsável pela geração e distribuição de toda energia elétrica de Porto Trombetas, bem como pela produção e distribuição
de vapor para a área industrial do Porto. O
sistema da Usina é composto de cinco motores
MAN 9L 48/60 e geradores ABB AMG-1600
LH14, com potência instalada de 45.800 kW.
Os motores consomem óleo combustível BPF
e óleo diesel. Os combustíveis são fornecidos
pela Petrobrás, através da BR Distribuidora.
Temos também a Usina de Geração I – UGI,
que atualmente é colocada em funcionamento
para atender situações de emergência em decorrência de alguma falha na UGII. A potência
instalada da UGI é de 14.800 kW, sendo composta de quatro motores, sendo quatro deles
em operação (dois motores Pielstick/Ishibrás
PC2-5L e Geradores Toshiba de 3.200 kW e dois
motores Mirrlees K9 Major e Geradores Brush
de 4.200 kW) e um motor Pieltick/Ishibrás
PC2-5V e Gerador Toshiba de 5.200 KW que se
encontra desativado.
Toda a energia gerada nas usinas UGII e UGI é
exclusiva para consumo nas instalações industriais e comunitárias da MRN. Não utilizamos
fonte de energia renovável.
2010
2011
Fonte Primária: Óleo Combustível.
*Geração de energia medida nas usinas termoelétricas
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
Gestão da água
Total de retirada de água por fonte.
A água utilizada em nosso processo produtivo é quase toda proveniente de águas de
superfície, especificamente de rios da região.
Temos, ainda, algumas outorgas de águas
subterrâneas para uso da empresa.
Total de retirada de água (m3/ano)
20.350.439
18.162.533
79
2010
2011
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada.
Água no processo (EN10): porcentagem e volume de água reciclada e reutilizada (2010 e 2011):
O nosso atual sistema de tratamento de rejeito possibilitou que, em 2011, 76% da água captada para o nosso processo produtivo fosse reaproveitada. Esse índice chegou a 79% em 2010.
Volume de água recuperada (m3/ano)
36.739.105
39.863.597
Recuperação de água (%)
79%
76,40%
80
2010
2011
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
2010
2011
Desempenho Ambiental
Emissões Atmosféricas
Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores do efeito
estufa por peso.
A Mineração Rio do Norte realiza, desde 2007,
vernmental Panel on Climate Change), tendo
como base o ano de 2007. A empresa firma o
compromisso de divulgar os dados referentes
aos anos de 2010 e 2011 em seu próximo Relatório de Sustentabilidade.
seu Inventário de GEE, alinhado à Política de
Com relação aos limites organizacionais para
Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente
o inventário, optamos por uma abordagem
da empresa, que busca, entre outros pontos, a
com base no controle operacional, de modo
permanente redução da poluição, a melhoria
que todas as fontes que contribuem direta-
contínua de seu desempenho no âmbito am-
mente para as emissões da empresa fossem
biental e o uso racional de recursos.
incluídas no escopo 1, ainda que algumas
A empresa conta com relatórios atualizados
até 2009, considerando todas as fontes que
contribuem direta ou indiretamente para
emissões ocorridas no âmbito do complexo
operacional e de infraestrutura da empresa,
sendo estas próprias ou de terceiros.
Para os processos de elaboração e revisão de
seu Inventário de Emissões de GEE, a MRN
contratou empresas especializadas, que
desenvolveram metodologia de cálculo com
base nas diretrizes do GHG Protocol (Protocolo
de Gases de Efeito Estufa) e do IPCC (Intergo-
dessas emissões sejam relativas às empresas
terceirizadas. As atividades relativas ao escopo 1 são: Operações de Mina, Beneficiamento,
Operações do Porto, Termoelétrica, Sistemas
de Água e Rejeito, Horto Florestal, Estocagem
de Resíduos, Prédio Administrativo, Transportes em geral e Contratados.
As atividades relativas ao escopo 3 são Saneamento Básico, Vila, Transporte Coletivo e
Balsa Petrobras. Com relação ao escopo 2, não
há medição, pois não compramos eletricidade
de terceiros.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
81
Desempenho Ambiental
Total de emissões de CO2e (toneladas)
Escopo
2009
1
253.722,46
2
--
3
18.714,10
2010
2011
Obs.: Para cada fonte de emissões, foram calculadas e reportadas as
emissões dos gases CO2, CH4 e N2O separadamente, e com a unidade
comum CO2.
Foram utilizados fatores de emissões distintos para fontes estacionárias e
móveis, e por tipo de veículo, retirados do IPCC (2006).
As emissões diretas de CO2 da combustão de biomassa não foram incluídas nos valores acima. Elas foram levantadas separadamente, conforme
estabelece o protocolo do GHG.
Total de emissões de CO neutro (toneladas)
82
Escopo
2009
1
870
2
--
3
488
2010
2011
Obs.: As emissões de CO2 provenientes da queima de biomassa são consideradas neutras e não foram contabilizadas no inventário, apenas como
item de memorando. Já as emissões de CH4 e N2O da queima de biomassa
foram incluídas no inventário.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
Resíduos
Peso total de resíduos, por tipo e
métodos de disposição.
Os principais resíduos da nossa operação são
resíduos de obra, madeira, óleos lubrificantes,
combustíveis, lixo de escritório e lixo urbano.
No ano de 2010 geramos um total de 1.836,2
toneladas de resíduo industrial e no ano de
2011 um total de 2.587,9 toneladas, divididos
Peso total de resíduos por método de disposição
Método de disposição
Reciclagem
Incineração (ou uso
como combustível)
Co-processamento
2010
(toneladas)
2011
(toneladas)
1659,3
2.378,7
174,7
209,2
2,1
conforme a Tabela 9.
Dos resíduos industriais gerados em 2010,
aproximadamente 90% foram submetidos a
Peso total de resíduos perigosos e não perigosos
Tipo de Resíduo
Perigosos
Não Perigosos
2010
(toneladas)
2011
(toneladas)
487,1
532,3
1349,1
2.055,6
processos de reciclagem e 10% foram submetidos a processo de incineração. No ano de
2011 essas proporções foram, respectivamente, 92% e 8%.
83
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
Os resíduos gerados nos setores da MRN e
presas destinadoras emitem o Certificado de
das empresas terceirizadas são encaminhados
Destinação Final que nós conferimos e arqui-
para a área de logística reversa, onde são
vamos. Temos o cuidado de realizar parcerias
quantificados, separados por compatibilida-
com empresas portadoras de licenças ambien-
de de resíduo e armazenados em depósito
tais e autorizações específicas para atuarem
temporário.
em seus respectivos ramos. Antes de se tornarem parceiras da MRN, passam ainda por uma
Os resíduos não recicláveis são encaminhados
inspeção detalhada em suas instalações, com
para uma empresa incineradora na capital
foco ambiental, de segurança e operacional.
do estado, Belém. Os resíduos recicláveis são
84
destinados a empresas recicladoras em quatro
Uma vez por ano, realizamos o Inventário
processos distintos: descontaminação do ma-
de Resíduos Sólidos Industriais gerados no
terial poluente (ex: lâmpadas mistas, mercú-
processo produtivo da empresa e no núcleo
rio e vapor de sódio), reciclagem (ex: sucata,
urbano de Trombetas. Esse inventário, junta-
baterias), reutilização (ex: correias, pneus),
mente com o Plano de Gerenciamento de Re-
re-refino do óleo contaminado (ex: óleo lubri-
síduos Sólidos Industriais e o Plano de Geren-
ficante usado) e co-processamento em fornos
ciamento de Pneus, é registrado no Ibama, na
de Clinquer (ex: lã de rocha). Neste último
secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema)
processo, implantado em 2008, o resíduo
e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária
sólido industrial transforma-se em insumo
(Anvisa), seguindo todas as legislações am-
para indústria de cimento, sendo agregado ao
bientais vigentes no país.
processo produtivo do material, contribuindo
para a preservação dos recursos naturais.
A preocupação ambiental também existe
quando o assunto é a separação e destinação
Após o processamento dos resíduos, as em-
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
adequada dos resíduos secos e úmidos gera-
Desempenho Ambiental
dos nas vilas residenciais do núcleo urbano.
Por isso, criamos a UTC (Unidade de Triagem e
Compostagem) de Porto Trombetas.
Quantidades totais de estéril, rejeitos e lamas e seus riscos associados.
O nosso atual sistema de disposição do rejeito foi
O processo de segregação do resíduo inicia-se
desenvolvido inicialmente pelas minas de fosfato
com a separação manual e posterior enfar-
na Florida (EUA). Em 1986, depois de uma série
damento do que pode ser reciclado: papelão,
de estudos e testes, consolidamos o projeto para
plásticos rígidos, garrafas PET, latas e latinhas
a sua implantação, concluída em 1989.
de alumínio.
O sistema consiste em tanques construídos nas
Todo o papelão é transportado e doado para
áreas previamente mineradas, onde o rejeito
a República de Emaús, em Belém, que vende o
é disposto, adensado e a água recuperada
material para empresas de reciclagem ou uti-
retorna em circuito fechado para as instala-
liza o lixo reaproveitável na produção de ma-
ções de beneficiamento. Esse sistema, comple-
teriais como cadernetas, blocos de anotação,
tamente limpo em termos ambientais, evita o
entre outros. A verba gerada com os recicla-
assoreamento de rios e lagos ou a inundação
dos é destinada aos projetos desta instituição,
de grandes áreas da floresta, normalmen-
que atende crianças e adolescentes carentes
te provocada pela utilização de barragens
de Belém. O restante do material residual é
convencionais na indústria da mineração para
recolhido e vendido como sucata.
disposição do rejeito. Os tanques, depois de
O lixo úmido também é aproveitado pela
empresa. Enviamos os resíduos para compos-
cheios, passam por um processo natural de
secagem e, em seguida, são reflorestados.
tagem, onde viram adubo orgânico. O adubo
é utilizado no projeto Jardim Somando Verde
da Mineração Rio do Norte, que estimula a
plantação de jardins nas residências da vila.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
85
Desempenho Ambiental
Rejeito gerado (toneladas)
86
5.307.053
5.337.609
2010
2011
Volume decapeado de estéril (m3)
21.449.373
22.813.050
2010
2011
Para adotar esse modelo de disposição de
mina no platô Saracá, distante cerca de 30
rejeito, tivemos que realizar mudanças sig-
km. Esse platô tem extensão suficiente para a
nificativas em nossas operações. Entre elas
construção de reservatórios necessários para
destaca-se a transferência das instalações
a disposição de todo o rejeito até o final da
de beneficiamento da área do Porto para a
vida útil das jazidas.
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
Mina
Decapeamento
Escavação de Bauxita
Transporte
Disposição de Rejeito
Beneficiamento
Lavagem
Britagem
Produto Lavado
Disposição Final
87
Revegetação
Relatório de Sustentabilidade 2012
Desempenho Ambiental
Aprendendo com o caso do lago Batata
de um novo equilíbrio ecológico na área.
Em nossos primeiros anos de operação, o
Depois de mais de 20 anos de trabalhos para
rejeito resultante do beneficiamento da bau-
a recuperação do lago Batata, os sinais desse
xita foi disposto no lago Batata. Isto foi feito
novo equilíbrio ecológico são visíveis. Houve
porque na época não existia tecnologia dispo-
redução na turbidez da água, aumento da
nível que pudesse evitar o assoreamento de
presença de peixes característicos da área de
corpos hídricos ou o alagamento de grandes
igapó, maior concentração de matéria orgâ-
áreas da floresta.
nica no sedimento de fundo e frutificação de
várias espécies plantadas, fato que sugere o
Apesar de inerte (só argila), a presença do re-
início da sustentabilidade na área pela reposi-
jeito no lago criou uma área de elevada turbi-
ção de sementes.
dez na coluna d’água e provocou a supressão
de parte da vegetação de igapó, acarretando,
O registro formal e a disponibilização dos
como consequência, danos à cadeia alimentar
resultados alcançados têm sido tão importan-
naquela área.
tes quanto o avanço nas pesquisas e a recuperação do lago. Publicamos o livro: “Lago
88
A partir de 1987, iniciamos o monitoramento
Batata: Impacto e Recuperação de um Ecossis-
e o estudo ecológico daquele ecossistema.
tema Amazônico”, de autoria dos professores
Desta forma, foi possível avaliar a magnitude
doutores Reinaldo Bozelli (UFRJ), Francisco
das modificações sofridas e dimensionar pro-
Esteves (UFRJ) e Fábio Rolland (UFJF).
cedimentos para promover o estabelecimento
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desempenho Ambiental
Conformidade Ambiental
Valor monetário de multas significativas e número total de sanções
não monetárias resultantes da não
conformidade com leis e regulamentos ambientais.
Em cada fase de licenciamento são desenvolvidos os respectivos estudos ambientais para
instrução do processo, tais como, Estudo de
Impacto Ambiental e Relatório de Impacto
Ambiental – EIA/RIMA, Projeto Básico Ambiental – PBA, Relatório de Controle Ambiental e Plano de Controle Ambiental – RCA/PCA
O processo de licenciamento de nossas atividades é realizado junto aos órgãos ambientais
competentes. Dependendo do objetivo da
licença ou autorização, a mesma pode ser de
competência do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria de
Estado de Meio Ambiente (Sema) e Agência
Nacional de Águas (ANA).
e Inventários Florísticos e Faunísticos.
Todas as etapas do processo de licenciamento
têm prazos estabelecidos para tramitação de
documentos, realização de estudos ou relatórios de impacto socioambiental e execução
de condicionantes (obrigações, medidas ou
atividades exigidas pelo órgão licenciador)
como pressuposto para a respectiva licença. O
objetivo das etapas é adequar o empreendimento às medidas de proteção, preservação,
Nossos processos de licenciamento são reali-
conservação e melhoria do meio ambiente.
zados conforme prevê a Resolução Conama nº
São etapas que nós, da Mineração Rio do Nor-
237/1997, obedecendo às etapas: licenciamen-
te, cumprimos e fazemos questão de respeitar.
to prévio (LP), licenciamento de instalação (LI)
e licenciamento de operação (LO).
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
89
Desempenho Ambiental
Com relação às multas ambientais:
ICMBio
Foi lavrada multa no valor de R$30 mil sob
a alegação de “causar dano direto à Floresta
Nacional Saracá-Taquera”, motivada pela ocorrência de evento erosivo de borda. Estamos
nos defendendo na esfera administrativa,
dadas” referente à lavra de bauxita do platô
Bacaba. Estamos nos defendendo através
de Defesa Administrativa, através da qual
demonstramos a correção do cumprimento do
PRAD.
MPF
tendo em vista que o fato ocorrido foi de
Fomos citados, em conjunto com o ICMBio,
natureza acidental, principalmente pela preci-
na Ação Civil Pública movida pelo Ministé-
pitação pluvial e sem qualquer constatação de
rio Público Federal, cujo valor da causa é de
situação semelhante em mais de vinte anos de
R$ 669 mil, na qual foi concedida liminar de
operação.
suspensão da ASV (Autorização de Supressão
IBAMA
Foi lavrada multa no valor de R$ 300 mil em
razão do suposto descumprimento da condicionante ‘2.6’ da Licença de Operação nº
90
“Programa de Recuperação de Áreas Degra-
966/2010, que determina a implantação do
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
da Vegetação) para o Platô Monte Branco,
devido a possíveis inconsistências no processo
administrativo de emissão da mesma. Apresentamos defesa e estamos em processo de
negociação com as partes envolvidas para que
os fatos sejam esclarecidos e seja emitida nova
ASV.
Relatório de Sustentabilidade 2012
Indice
Remissivo GRI
Indicador
Descrição
Indicador
Descrição
Página (s)
(s) onde
onde
Página
encontrar
resposta
encontrar//resposta
1. Estratégia e análise
1.1
Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua
estratégia
10 e 11
2. Perfil organizacional
2.1
Nome da organização
12
2.2
Principais marcas, produtos e/ou serviços
12
2.3
Estrutura operacional da organização
32 a 34
2.4
Localização da sede da organização
12
2.5
Número de países em que opera e nome de países em as que principais
operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as
questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório.
12
2.6
Tipo e natureza jurídica da propriedade
15
2.7
Mercados atendidos pela organização
13
2.8
Porte da organização
2.9
Principais mudanças no período coberto pelo relatório
13 e 14
15
2.10
Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório
28
Período coberto pelo relatório
29
3. Parâmetros para o relatório
3.1
92
3.2
Data do relatório anterior mais recente (se houver)
3.3
Ciclo de emissão de relatórios
29
3.4
Dados para contato sobre o conteúdo do relatório
34
3.5
Processo para a definição do conteúdo do relatório
31, 32 e 33
3.6
Limite do relatório
34
3.7
Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao
limite do relatório
34
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Não há relatório anterior
Indice Remissivo GRI
3.8
Base para a elaboração do relatório
31
3.10
Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações
fornecidas em relatórios anteriores e as suas razões
Não há relatório anterior.
3.11
Mudanças significativas em comparação com anos anteriores quanto ao
escopo, limitações ou métodos de medição aplicados no relatório
Não há relatório anterior.
Sumário de conteúdo da GRI
3.12
Tabela que identifica a localização das informações no relatório
92 a 96
4. Governança, compromissos e engajamento
4.1
Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto
órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização
18
4.2
Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja
um diretor executivo
20
4.3
Declaração do número de membros independentes ou não executivos do
mais alto órgão de governança
20
4.4
Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ao
mais alto órgão de governança
20
4.14
Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização
26
4.15
Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se
engajar
27
Engajamento dos stakeholders
Indicador
Indicador
Descrição
Descrição
Página (s) onde
encontrar/
Página (s)resposta
onde
encontrar / resposta
93
Indicadores de Desempenho Econômico
Aspecto: Desempenho Econômico
EC1.
Valor econômico direto gerado e distribuído
40
EC3.
Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido oferecido pela organização
41
Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em
unidades importantes
42
Aspecto: Presença no mercado
EC6.
Indice Remissivo GRI
EC7.
Procedimentos para contratação local e proporção de membros da alta
gerência recrutados na comunidade local de unidades operacionais importantes
43
Aspecto: Impactos econômicos indiretos
EC8
Investimentos em infraestrutura e apoio a serviços que proporcionam
benefício público por meio de engajamento comercial, em espécie ou
atividades pro bono
Indicador
Descrição
Indicador
Descrição
44 e 45
Página
Página(s)
(s)onde
onde
encontrar
resposta
encontrar// resposta
Indicadores de Desempenho Ambiental
Aspecto: Energia
EN3.
Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária
78
EN8.
Total de retirada de água por fonte
79
EN10.
Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada
80
EN11.
Localização e tamanho de área possuída, arrendada ou administrada
dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e as áreas externas com
alto índice de biodiversidade
68
EN12.
Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades,
produtos e serviços em áreas protegidas e de alto índice de biodiversidade
fora delas
68
EN13.
Hábitats protegidos ou restaurados
69
EN14.
Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos
na biodiversidade
70
Aspecto: Água
Aspecto: Biodiversidade
94
Aspecto: Emissões, efluentes e resíduos
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Indice Remissivo GRI
EN22.
Peso total de resíduos por tipo e método de disposição
83
Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não
monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos
ambientais
89
Aspecto: Conformidade
EN28.
Descrição
Página
Página(s)
(s)onde
onde
encontrar
resposta
encontrar// resposta
LA1.
Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região
46
LA2.
Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero
e região
48 e 49
LA3.
Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações
50 e 51
Indicador
Indicador
Descrição
Indicadores de Desempenho Social
Aspecto: Emprego
Aspecto: Relações entre trabalhadores e a governança
LA4.
Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva
52
Aspecto: Saúde e segurança no trabalho
LA7.
Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e
óbitos relacionados ao trabalho, por região
52
LA8.
Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e
controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus
familiares ou membros da comunidade com relação a doenças grave
55
Aspecto: Treinamento e educação
LA10.
Média de horas de treinamento, por ano, por funcionário, discriminadas por
categoria funcional
58
95
Indice Remissivo GRI
LA11.
Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que
apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira
59
LA12.
Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira
61
Aspecto: Diversidade e igualdade de oportunidades
LA14.
Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria profissional
61
Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar
e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada,
operação e saída
62
Aspecto: Comunidade
SO1.
Descrição
Página (s) onde
encontrar / resposta
MM1.
Quantidade total de terra (adquirida, arrendada e gerenciada para as atividades de produção ou uso extrativista), perturbada ou reabilitada.
76
MM2.
Número/percentual de operações identificadas que requerem planos de
gerenciamento da biodiversidade, e o número (percentual) de operações
onde os planos estão implementados
77
MM3.
Quantidade totais de estéril, rejeitos e lamas e seus riscos associados
85
MM10.
Número percentual de operações com planos de encerramento das atividades
67
Indicador
Indicadores setoriais – Metais e mineração
96
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
97
Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Créditos
Coordenação geral do relatório
Gerência de Comunicação MRN
Consultoria de conteúdo
STCP Engenharia de Projetos e
Takada Consultoria
Projeto gráfico
DC10 Comunicação
Fotos
Banco de Imagens da MRN
Agradecimentos
Agradecemos a todas as áreas envolvidas e os
colaboradores que participaram deste relatório.
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Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
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Relatório de Sustentabilidade GRI 2010-2011
Desenvolvimento e respeito ao homem e à natureza
www.mrn.com.br

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