Nome do exame: Ataxia de Friedreich
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Nome do exame: Ataxia de Friedreich – Análise de mutação já detectada na família - Pré-natal Código: • FXN Sinonímias: • AF; • FRDA1; • FA; • Frataxin; • X25; • Ataxia de Friedreich com reflexos repetidos (FARR). Prazo para resultado: • 15 a 30 dias. Coleta, processamento, estocagem e envio do material biológico: • Material: Vilosidades Coriônicas - Através da data da última menstruação ou ecografia recente, verificar se a gestante está na 12ª semana de gestação, período ideal para a coleta de vilosidades coriônicas, apesar desta poder ser coletada entre a 11ª e 13ª semana da gestação. Coletar 25 mg de vilosidade coriônica numa seringa estéril, com meio de cultura de células (o meio de cultura de células poderá ser fornecido pelo Genetika, mediante solicitação). Remeter o material refrigerado, em gelo reciclável, sem que a amostra entre em contato direto com o gelo, via SEDEX. Sugerimos que o material seja enviado IMEDIATAMENTE ao Genetika, devendo chegar em 24 horas, não podendo ultrapassar o prazo de 48 horas após a coleta; • Material: Líquido Amniótico - Através da data da última menstruação ou ecografia recente, verificar se a gestante está na 16ª semana de gestação, período ideal para a coleta do líquido amniótico, apesar deste poder ser coletado da 15ª semana até o final da gravidez. Coletar 20 ml de líquido amniótico - descartar o primeiro ml coletado - colocando em 2 seringas plásticas estéreis com 10 ml cada, numerando a 1ª e a 2ª. Vedar bem a seringa com agulha descartável e estéril. Remeter o material na própria seringa prendendo a agulha com esparadrapo, refrigerado, em gelo reciclável, sem que a amostra entre em contato direto com o gelo, via SEDEX. Sugerimos que o material seja enviado IMEDIATAMENTE após a coleta, sendo ideal a chegada no Genetika em 24 horas, não podendo ultrapassar o prazo de 48 horas após a coleta; • Material: Sangue Fetal - Através da data da última menstruação ou ecografia recente, verificar se a gestante está entre a 18ª e a 22ª semana de gestação, período ideal para a coleta de sangue fetal. Coletar 5 ml de sangue fetal em um tubo com EDTA. Remeter o material, em temperatura ambiente, via SEDEX. Sugerimos que o material seja enviado IMEDIATAMENTE ao Genetika, devendo chegar em 24 horas, não podendo ultrapassar o prazo de 48 horas após a coleta; • Evitar enviar amostra Pré-natal na 6ª feira, preferindo sempre enviar na 2ª feira; • Enviar obrigatoriamente amostra de sangue dos pais para controle de contaminação (10 ml em EDTA). Informações necessárias para envio deste exame: • Dados da Gestante: nome, idade, idade gestacional, endereço, telefone, dados clínicos; • Dados do Médico: nome, endereço e telefone; • Termo de Consentimento informado livre e esclarecido; • Cópia do laudo de exame de DNA realizado anteriormente em familiar com a mutação já detectada, a qual será testada neste exame; • Tipo de material coletado; • Dados específicos para este exame. Causas de rejeição de amostras: • Amostras dos pais hemolisadas e/ou coaguladas; • Coleta, estocagem e/ou envio impróprio do material; • Falta de documentos exigidos pelo Genetika, incluindo consentimento informado; • Falta de dados do médico e/ou do paciente. Metodologia: • Extração de DNA de vilosidades trofoblásticas ou amniócitos ou sangue fetal, seguida de Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR). Determinação do número de repetições do trinucleotídeo GAA, contido no gene FRDA mutado na Ataxia de Friedriech (9q13). (Campuzano, V. et al. Friedriech`s ataxia: autossomal recessive disease caused by an intronic GAA triplet repeat expansion. Science, 271: 1423-1427, 1996). Estratégia de análise genética: • Pesquisa de mutação já detectada na família. Valores de referência: • Normal: 5 - 30 repetições GAA; • Intermediário: 31 – 69 repetições GAA; • Alterado: acima de 70 repetições GAA. Interpretação dos resultados: • Um resultado alterado (ou positivo) indica que o feto possui duas mutações no gene FRDA; • Um resultado normal (ou negativo) ou portador para um feto sintomático, não explica os sintomas clínicos, porém não exclui totalmente a possibilidade deste diagnóstico e recomenda outras avaliações. Se o feto for assintomático, o resultado normal reduz muito a possibilidade deste vir a desenvolver a AF. Sensibilidade/especificidade/taxa de detecção da análise: • Taxa de detecção de aproximadamente 100% das mutações identificadas previamente na família. Indicações do exame: • Gestantes com risco de gerar uma criança com AF por possuírem filhos ou familiares afetados com esta doença. Exames relacionados e oferecidos pelo Genetika: • Ataxias Espino Cerebelares – Painel para adultos – Código AE1, Setor de Genética Molecular; • Ataxias Espino Cerebelares – Painel para crianças – Código AE2, Setor de Genética Molecular; • Ataxia Telangiectasia – Seqüenciamento completo do gene – Código ATG, Setor de Genética Molecular; • Ataxia com apraxia oculomotor – Análise de mutação – Código AOA, Setor de Genética Molecular; • Atrofia Dentatorubro Palidolusiana (DRPLA) – Análise de mutação – Código AR0, Setor de Genética Molecular; • Ataxia de Friedreich – Análise de mutação no gene FRDA (FXN) – Código AT0, Setor de Genética Molecular; • Deficiência de Vitamina E – Seqüenciamento completo do gene – Código AVE, Setor de Genética Molecular; • Distrofia Miotônica – PCR e Southern Blot – Código DI1, Setor de Genética Molecular. Resumo da doença: • A Ataxia de Friedreich (AF) é a forma mais comum de ataxia recessiva. É uma doença degenerativa caracterizada por ataxia progressiva (fraqueza e fragilidade) nos membros. Há também perda dos reflexos dos tendões das pernas, disartria e perda dos sentidos de localização. Muitos pacientes têm uma cardiomiopatia e, em alguns, diabetes ou intolerância a carboidratos pode ser detectada. A manifestação dos sintomas geralmente ocorre na puberdade e quase sempre antes dos 25 anos. Os pacientes acabam ficando limitados à cadeira de rodas. As variações patológicas são uma perda progressiva dos neurônios sensoriais no gânglio de origem dorsal seguido por perda dos neurônios nas colunas posteriores sensoriais, regiões • • espinocerebelares, células motoras na medula espinhal e fibras sensoriais nos nervos periféricos. Pequenos danos no cérebro são vistos, em comparação com Ataxia telangiectasia. A Ataxia de Friedreich é uma doença autossômica recessiva com uma prevalência de 1 em 50.000 e uma freqüência de portadores de 1 em 120 caucasóides. Em 1996, o gene FRDA (frataxin) foi identificado e mapeado no cromossomo 9q13-q21.1 e identificada a mutação causadora da doença. A mutação é uma expansão de uma repetição GAA. Assim como na Distrofia miotônica, a expansão que causa FRDA é na região não-codificadora do gene, porém, é o primeiro exemplo de uma expansão no intron de um gene. Mais que 95% dos pacientes afetados tem esta expansão. Como todas as expansões desta natureza, o fragmento de DNA expandido é instável e pode ampliar-se ou reduzir-se durante a transmissão para futuras gerações. Portanto, a natureza recessiva de FRDA encontra-se em total contraste com outras doenças causadas por expansões de repetições de trinucleotídeos. A função do gene frataxin ainda não é conhecida. Como é típico de uma doença recessiva, portadores não são afetados e não suspeitam da doença até o nascimento de uma criança com FRDA. Futuros irmãos de um indivíduo afetado terão um risco de 25% de também terem a doença e um risco de 50% de serem portadores. E os irmãos e irmãs dos pais tem um risco de 1 em 900 de terem seus próprios filhos com AF. Benefícios advindos da realização do exame: • Confirmar a hipótese diagnóstica de fetos possivelmente afetados; • Prevenção de complicações futuras; • Melhora na capacidade de prognosticar, baseada na comparação com outros casos da doença descritos na literatura; • Permite o aconselhamento genético adequado; • A confirmação do diagnóstico pode alterar a conduta médica para o indivíduo e permite suspender condutas e terapias inadequadas e avaliar possíveis terapias específicas para esta doença; • Em muitos casos o teste de DNA pode fornecer informação diagnóstica a um custo menor e com menos risco do que outros procedimentos clínicos-laboratoriais; • O teste diagnóstico pode ser realizado em indivíduos sintomáticos de qualquer idade. Vantagens competitivas do Genetika: • O Genetika é o primeiro laboratório brasileiro de apoio especializado em genética a obter o Certificado de Qualidade ISO 9001/00 e possui mais de uma década de experiência na área de genética, já tendo realizado milhares de exames laboratoriais de genética; • Aconselhamento genético pré e pós-exame, feito por Médico especialista em Genética Clínica; • Dedica toda a sua infra-estrutura para realizar exclusivamente exames da área de genética médica; • O resultado do exame é facilmente compreendido e no laudo constam a metodologia utilizada, interpretação e conclusão. O diretor do laboratório revisa todos os resultados e assina o laudo final. Os resultados são imediatamente transmitidos por telefone ou enviados via fax, e-mail e/ou correio para o médico solicitante, sempre respeitando a privacidade e o sigilo das partes envolvidas no teste; • Possui profissionais qualificados para a realização dos exames, Biólogos e Bioquímicos com Mestrado e Doutorado que realizam o processamento das amostras e analisam os resultados obtidos; • O Laboratório oferece uma tabela de exames com indicação dos testes mais adequados para cada caso (por exemplo: uma mutação específica no gene, um painel de mutações ou o seqüenciamento completo do gene); • As informações sobre os exames são facilmente obtidas via fax, telefone, Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC (ligação gratuita) ou pela internet (web site ou e-mail); • Possui laboratórios conveniados nas diversas localidades do País, que estão treinados para realizar a coleta e envio das amostras biológicas à sede do Genetika. Limitações do exame: • Somente o número de repetições do trinucleotídeo GAA no gene FRDA implicado na doença será estudado. Alterações em outros genes não serão detectadas; • O teste diagnóstico de um indivíduo pode ter implicações reprodutivas e/ou psicossociais negativas para outros membros da família; • Para estabelecer um diagnóstico definitivo pode ser necessário mais que um tipo de teste genético; • O teste de DNA nem sempre é a melhor maneira de confirmar um diagnóstico clínico; • O teste genético molecular de um membro da família afetado pode ser necessário para determinar a mutação causadora da doença presente na família. Especialidades médicas com interesse no exame: • Cardiologia; • Clínica Médica; • Endocrinologia; • Neurologia; • Ortopedia; • Pediatria; • Reprodução Humana. Referências bibliográficas: • OMIM (Online Mendelian Inheritance in Man) #229300. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=229300> Acesso em: 21 junho, 2007. • De Biase I, Rasmussen A, Monticelli A, Al-Mahdawi S, Pook M, Cocozza S, Bidichandani SI. Somatic instability of the expanded GAA triplet-repeat sequence in Friedreich ataxia progresses throughout life. Genomics. Jul; 90(1):1-5, 2007 • Greene E, Mahishi L, Entezam A, Kumari D, Usdin K. Repeat-induced epigenetic changes in intron 1 of the frataxin gene and its consequences in Friedreich ataxia. Nucleic Acids Res. 35(10):3383-90, 2007. • Boddaert N, Le Quan Sang KH, Rotig A, Leroy-Willig A, Gallet S, Brunelle F, Sidi D, Thalabard JC, Munnich A, Cabantchik ZI. Selective iron chelation in Friedreich ataxia: biologic and clinical implications. Blood. Jul 1; 110(1):401-8, 2007. • De Biase I, Rasmussen A, Endres D, Al-Mahdawi S, Monticelli A, Cocozza S, Pook M, Bidichandani SI. Progressive GAA expansions in dorsal root ganglia of Friedreich's ataxia patients. Ann Neurol. Jan;61(1):55-60, 2007. • Pandolfo M. Friedreich ataxia: Detection of GAA repeat expansions and frataxin point mutations. Methods Mol Med. 126:197-216, 2006. • Mantovan MC, Martinuzzi A, Squarzanti F, Bolla A, Silvestri I, Liessi G, Macchi C, Ruzza G, Trevisan CP, Angelini C. Exploring mental status in Friedreich's ataxia: a combined neuropsychological, behavioral and neuroimaging study. Eur J Neurol. Aug; 13(8):827-35, 2006.
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