câncer de mama

Transcrição

câncer de mama
Nº 104
Outubro/2012
CÂNCER DE MAMA
ainda não é diagnosticada em
estágios precoces.
O movimento popular
internacionalmente conhecido
como Outubro Rosa começou na
Califórnia, no início dos anos 90,
com o objetivo de dar visibilidade
à causa do câncer de mama no
mundo, fortalecendo a importância do diagnóstico. Teve seu
início marcado pela iluminação de
monumentos históricos, tomou
proporções mundiais passando
pela Torre de Pisa na Itália, Arco
do Triunfo na França e chegou ao
Brasil há três anos.
Para este ano, o símbolo
escolhido é o Museu de Arte de
São Paulo (Masp), na Avenida
Paulista.
Veja os detalhes na página 2
SAIBA MAIS:
foto: divulgação Femama
Monumentos públicos e privados
foram iluminados
com a cor rosa no País todo
para lembrar às mulheres
sobre a importância da prevenção
contra o câncer de mama
foto: ronaldo romano
Neste ano, são esperadas,
no Brasil, 52.680 ocorrências
novas de câncer da mama,
com um risco estimado de 52
casos a cada 100 mil mulheres,
segundo informações contidas
no relatório bienal do Instituto
Nacional do Câncer (Inca) que
acaba de ser divulgado e mostra o total de 12.852 mortes em
2010, sendo 147 homens de
12.705 mulheres.
Segundo o Inca, o câncer de
mama responde por 22% dos
casos novos a cada ano em todo
o mundo e é o mais comum
entre as mulheres. Se diagnosticado e tratado adequadamente, o prognóstico é bom. O
diagnóstico precoce eleva para
95% as chances de cura de
tumor de origem hereditária,
garantem as autoridades.
No Brasil, no entanto, o câncer de mama ainda responde
por aproximadamente 13 mil
mortes a cada ano. É uma taxa
ainda bastante elevada, muito
provavelmente porque a doença
foto: Christian Rodrigues
A Cabesp ficou cor-de-rosa neste mês de outubro. Foi para participar da terceira
edição do Movimento Outubro Rosa que este ano tem como tema “Toque de
Coragem – Nós acreditamos em um mundo sem câncer de mama. Acredite também” e demonstrar sua adesão a todo o trabalho voltado à orientação da mulher e ao despertar da população à importância da prevenção na luta contra o
câncer de mama, tipo que mais acomete as mulheres em todo o mundo. O maior
objetivo é estimular as mulheres a procurarem seu ginecologista e realizarem a
mamografia, exame indicado para diagnóstico precoce dessa doença.
foto: digitalsignagebrasil.com/FEMAMA
É cor-de-rosa choque: a favor da prevenção
Sorriso saudável começa na infância
As armadilhas do mundo digital
Doenças coronarianas tiram milhares de vidas precocemente
Evento da Cabesp leva informação ao Guarujá
Infância: ato de brincar gera uma melhor qualidade de vida
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câncer de mama
Incidência aumenta com a idade
A idade continua sendo um importante fator de risco para o câncer de mama.
As taxas de incidência aumentam rapidamente até os 50 anos e, posteriormente, esse aumento ocorre de forma mais lenta. Contudo, outros fatores de risco
já estão bem estabelecidos, como, por exemplo, aqueles relacionados à vida
reprodutiva da mulher (menarca precoce, nuliparidade, idade da primeira gestação a termo acima dos 30 anos, anticoncepcionais orais e menopausa tardia),
história familiar de câncer da mama e alta densidade do tecido mamário.
Hereditariedade é o Os grandes inimigos
os principais
maior fator de risco Conheça
fatores de risco para as mamas femininas
Mulheres com história
familiar de câncer de mama,
especialmente se uma ou
mais parentes de primeiro
grau (mãe ou irmãs) foram
acometidas antes dos 50 anos,
apresentam maior risco de
desenvolver a doença.
Esse grupo deve ser
acompanhado por médico a
partir dos 35 anos. Primeira menstruação precoce,
menopausa tardia (após os 50
anos), primeira gravidez após
os 30 anos e não ter tido filhos
também constituem fatores de
risco para o câncer de mama.
Mulheres que se encaixem
nesses perfis também devem
buscar orientação médica. As
formas mais eficazes para a
detecção precoce do câncer de
mama são o exame clínico e a
mamografia.
•Predisposição genética – mulheres com história familiar de câncer
de mama apresentam maior risco de desenvolver a doença.
•Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os
50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido
filhos (nuliparidade).
•Exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 40 anos.
•Ingestão regular de bebida alcoólica, mesmo que em quantidade
moderada (30g/dia).
•Obesidade, principalmente quando o aumento de peso se
dá após a menopausa.
•Sedentarismo.
Lembre-se: a prática de atividade física e o aleitamento materno
exclusivo são considerados fatores protetores.
Fonte: www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/
nobrasil/programa_controle_cancer_mama/fatores_risco
Sintomas
A mulher deve se conhecer, tocar seu corpo, observar-se no espelho com regularidade na busca
de qualquer alteração fora de sua
normalidade. Esse cuidado vale
para tudo e pode ser um primeiro
alerta. Mas, atenção, porque o
autoexame não substitui o exame
físico realizado pelo médico.
De qualquer forma, é fundamental que a mulher conheça
as suas mamas. Em frente a um
espelho tente sempre perceber
alterações na pele (textura, cor),
abaulamentos, retrações, posição
dos mamilos, secreção, nódulos
(caroços), dor. E não se esqueça
das axilas e pescoço. Sempre
compare o lado direito com o
esquerdo. Pequenas alterações
só serão perceptíveis pelas
mulheres que realizam o
autoexame constantemente.
Fique atenta!
Como se cuidar
Campanha criada pelo Ministério da
Saúde em Parceria com o Instituto
Nacional do Câncer (INCA), com o
tema “Câncer de Mama. Cuidar da
Saúde é um gesto de amor à vida”,
é protagonizada pela cantora e atriz
Zezé Motta
Fique esperta com os fatores de risco e
previna-se contra o câncer de mama:
•Olhe, sinta e perceba o que é normal para suas mamas. Em caso
de alterações, procure um médico antes da consulta regular;
•Inclua o autoexame da mama em sua rotina (uma vez por mês
ao banho e após a menstruação);
•Toda mulher com 40 anos ou mais deve procurar o seu
ginecologista anualmente;
•Entre 50 e 69 anos, a mulher deve fazer uma mamografia pelo
menos a cada dois anos;
•Após os 35 anos o médico pode indicar a mamografia como
exame complementar na prevenção do câncer;
•Não abusar de bebidas alcoólicas, não fumar, alimentar-se bem e
praticar atividade que movimente seu corpo podem ajudar na
prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.
divulgação
Fontes:
•www.afecc.org.br/
•www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home
•www.facebook.com/BCABrasil#!/BCABrasil/photos_stream
•www.femama.org.br/novo/
•Dr. Anderson Issamu Iamanaca, ginecologista da Auditoria Médica Cabesp.
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Uma boa saúde oral começa no início da vida, antes
até o nascimento do bebê, quando este ainda se encontra na barriga da mamãe. Acompanhe algumas
dicas para criar uma criança com um belo sorriso
e, assim, desenvolver os hábitos que repercutirão
num adulto com boa saúde bucal.
Quando se fala em boa saúde
bucal, a principal recomendação é sempre frequentar
regularmente o consultório
do dentista e praticar a
escovação ao menos três
vezes ao dia, ou após todas
as refeições. Esta regra vale
também para as crianças. Mas
quando, afinal, devemos levar
a criança ao dentista pela
primeira vez? O ideal seria
que a gestante, da mesma
forma que realiza o pré-natal,
fosse ao dentista antes do
nascimento da criança. Essa
consulta serviria para verificar
o estado da saúde bucal da
mãe, garantindo uma gravidez
mais segura, e para tirar dúvidas a respeito dos cuidados
com a cavidade oral do seu
futuro bebê.
Os primeiros dentinhos do
bebê começam a aparecer por
volta dos seis meses de vida.
É neste momento que deve
acontecer a primeira visita
ao dentista. O normal é que
os pais levem a criança ao
dentista habitual da família,
mas o ideal é que esse dentista
seja um Odontopediatra, mais
preparados para lidar com o
comportamento infantil, evitando traumas que comprome-
tam futuros tratamentos.
A limpeza da boca deve
começar antes mesmo da
erupção dos primeiros dentes.
Nesta fase, a mãe deve fazer
a higiene da boca do bebê
esfregando levemente sobre
toda a gengiva e língua uma
gaze, pano ou toalha umedecida em água. Após o nascimento dos primeiros dentes
devemos utilizar uma escova
própria para essa idade, ou a
escovinha de dedo. Apesar
de todo o benefício conhecido, o flúor é uma substância
tóxica quando utilizado em
grandes quantidades. Por
isso, nos primeiros anos de
vida, quando a criança ainda
não consegue cuspir direito e
sempre acaba por engolir uma
grande quantidade de creme
dental, devemos dar preferência para os cremes sem flúor.
O flúor nesta fase deve ser
administrado pelo dentista.
A criança ainda não tem
habilidade para fazer a
escovação sozinha, por isso
recomendamos que a mãe dê
uma escova de dentes para a
criança, mas depois complemente a higiene, certificandose de que todos os dentes e a
língua foram limpos.
foto: office.microsoft
O sorriso bonito
começa na infância
Quando a criança está sendo amamentada não devemos
adoçar a mamadeira. Mesmo
sem adoçar o leite, após cada
mamada a higiene deve ser
feita seja com a gaze, fralda
ou escova de dedo, dependendo da idade da criança.
É um erro achar que por
ser um dente de leite, e que
irá cair, esses não devam ser
tratados. Ao contrário. Todos
os dentes são importantes. A
perda precoce de um dente
decíduo (de leite) compromete
todo o desenvolvimento da
boca e atrapalha a erupção dos
permanentes. E não podemos
esquecer que os dentes de leite,
quando cariados, doem como
os dentes permanentes.
Por volta dos seis anos de
idade nasce o primeiro molar
permanente (atrás dos últimos
dentes de leite), sem que
nenhum dente de leite caia.
Atenção especial deve ser
dada a este molar, pois dele irá
depender toda a oclusão (mordida) da criança no futuro.
Crianças adoram doces,
chicletes e refrigerantes,
considerados os grandes
vilões e maiores causadores
de cárie. Devemos desestimular o hábito frequente destes
e sempre orientar as crianças
a escovarem os dentes após o
consumo.
É normal também as
crianças utilizarem chupeta e/
ou chuparem o dedo. No caso
das chupetas devemos dar
preferência às ortodônticas.
Este hábito deve ser mantido
até no máximo os dois ou três
anos de vida. Ambos causam
prejuízos, mas os prejuízos
causados pela sucção do dedo
prolongada são normalmente
maiores do que os causados
pela sucção da chupeta. A
chupeta pode ser jogada fora,
esquecida em casa em algum
passeio ou mesmo ser retirada
pelos pais enquanto a criança
dorme ou brinca. Já o dedo
está sempre disponível e, por
isso, é mais difícil de ser retirado. Provoca alterações na
arcada, na fala, na respiração
oral e perturbações sociais.
Colaborou: Dr. Paulo Sérgio Trevelin Pícolo – Gerente de Auditoria e Regulação Odontológica
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MUNDO DIGITAL
As armadilhas navegam nas redes
foto: office.microsoft
É cada vez maior a presença de crianças e adolescentes na rede e esse
acesso os tornam as maiores vítimas de uma internet navegada sem
segurança: pedofilia, ofensas por meio de montagens de fotos ou
imagens comprometedoras, roubo de senhas para utilização de e-mails
pessoais, são apenas alguns dos riscos a que ficam expostos. Com o
aumento significativo da presença de crianças e adolescentes na rede,
todos nós precisamos estar atentos e ter alguns cuidados. Filtros e outros
softwares de segurança podem ajudar, mas o acompanhamento presencial
e o diálogo são as formas mais eficazes e, portanto, indispensáveis de
proteção.
“Muitos pais acreditam que os adolescentes podem usar a internet sem
supervisão. Engano: eles precisam de tutela – e não apenas do tempo de uso
–, já que podem sofrer ou provocar constrangimentos e passar por experiências
desastrosas. Aprender a usar bem a internet exige ensinamentos”, diz a psicóloga
Rosely Sayão. Acompanhe, nesta reportagem preparada pelo Cabesp +Vida como
você pode ajudar sua família a navegar com segurança e tirar o melhor desse
fantástico mundo virtual.
Estabelecer limites com regras claras é
Diálogo aberto, orientação,
respeito e confiança mútua são
as bases da relação familiar
que valem também para a
colocação de limites ao uso
da internet às crianças/adolescentes, diz a psicóloga Iolanda
Rosemary Martins, credenciada Cabesp, nesta entrevista
ao Cabesp +Vida. Confira a
reportagem:
Cabesp +Vida – A maior
parte dos serviços de internet encontra-se sem qualquer restrição ou controle.
Como a senhora vê isso?
Psicóloga Iolanda Rosemary Martins – A premissa básica
da internet é que ela só existe
por não possuir nenhuma censura por parte de governos, organizações ou pessoas. Se você
bloquear o acesso à informação
aos seus filhos, vai agir como
sempre a humanidade tratou
o conhecimento, simplesmente
proibindo a informação àquele
que não tem poder. Quem
detém a informação, detém o
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poder. Acompanhamos estarrecidos casos na mídia, em que
crianças são atraídas para um
mundo adulto sem intervenção
dos pais, vítimas de sequestros
em porta de escola, shoppings,
etc., atraídas por uma sedução
com a qual não sabem lidar, se
defender e reagir. Hoje em dia
devemos orientar sobre o que
é bom e o que é prejudicial. Só
assim poderemos desenvolver
o senso crítico, o discernimento
e o caráter da futura geração,
que poderá e deverá ser muito
melhor do que a nossa.
Que tipo de controle a senhora recomenda aos pais?
O diálogo, a orientação,
o estabelecimento de uma
relação de confiança e respeito.
Fica mais difícil para os pais que
não exercitam tais pressupostos
em sua relação cotidiana com
seus filhos. Precisa haver uma
vigilância constante no tempo
de uso e com as conversas que
ocorrem nos sites de relaciona-
mento. Essa vigilância deverá
ocorrer por compartilhamento,
com perguntas para os filhos,
pedindo que eles mostrem
as novidades da Net, participando das comunidades com
explicação dos filhos sobre o
funcionamento e entendimento
delas. Participar das atividades
dos filhos, levando e buscando
dos lugares onde forem. Não
negligenciar e ficar atento a
alguns sinais que os próprios
filhos comunicam: como tempo
excessivo na internet, utilização
em horários em que você está
dormindo ou ocupado, baixar
o monitor ou minimizar telas
quando tem alguém chegando, mudança de humor e de
comportamento.
O que a senhora recomendaria aos pais para o equilíbrio da necessidade de
privacidade de um adolescente e a necessidade de
controle a esses acessos?
Como disse antes, o equi-
líbrio está na conversa e na
participação da vida dos seus
filhos, da sua rotina, do seu
dia a dia e de seus amigos.
Penso que se uma criança e/
ou adolescente fica por muito
tempo na internet e os pais não
se dão conta do que está acontecendo, temos aí o diagnóstico
do problema. Essa estrutura
familiar está em desequilíbrio,
não há compartilhamento familiar. E a partir daí a criança/
adolescente busca na internet o
que não encontra no seu meio
familiar e no mundo real.
Os pais têm direito a
inspecionar as navegações
dos filhos?
Os pais devem evitar tal
caminho, pois se trata de uma
violação na relação de confiança
estabelecida. Mas em casos
extremos em que se percebe um
risco real para os filhos, temos a
obrigação de agir para protegêlos, pois não devemos confundir
omissão com cautela ou respeito.
•Pesquise, leia, aprenda mais
sobre a internet, conheça
como funciona e quais são as
possibilidades de uso.
•Navegue sozinho e junto com
seus filhos.
•Limite o tempo de utilização
da internet pelas crianças e
adolescentes.
•Saiba por quais sites eles
navegam e quais comunidades
virtuais integram.
•Peça para ler o que eles
divulgam em seus blogs,
comunidades e salas de
bate-papo.
•Instrua-os a não divulgar
dados pessoais, como nome,
endereço, telefone, fotografias,
escola e endereço eletrônico
(e-mail) em locais públicos da
internet.
foto: office.microsoft
Pais: estejam antenados
•Mantenha o computador
numa área comum da casa e
com a tela visível.
•Caso encontre algum material
violento ou ofensivo durante
a navegação, explique aos
seus filhos o que pretende
fazer sobre o fato.
•Coloque-se sempre à
disposição para ajudar caso
eles se sintam em perigo,
mesmo se não dominar a
tecnologia.
uma das saídas
Como estabelecer os limites e regras nesses casos?
Devemos deixar as regras
e limites bem claros para os
filhos, o que permitimos, aceitamos, toleramos ou concordamos. Se possível, construir
com eles essas regras ajuda a
que os filhos comprometam-se
com o que foi combinado e
estabelecido mutuamente.
é atribuída aos meios eletrônicos. Essas pessoas que se
viciam na internet fazem parte
de um grupo vulnerável, com
comportamentos introvertidos,
baixa autoestima, com uma
vida familiar frustrante, que
buscam na internet criar um
mundo virtual que os satisfaçam, o que não ocorre no
mundo real.
A psicologia tem se deparado com casos crescentes
de crianças/adolescentes
vítimas de distúrbios por
conta dos meios eletrônicos? Que tipo de distúrbios? Como isso pode ser
tratado?
Essa colocação é meio equivocada. Os distúrbios já são
preexistentes, não começaram
a existir em função dos meios
eletrônicos. O comportamento
da criança/adolescente/adulto
começou a ficar exposto aos
olhos dos familiares e a responsabilidade de tal distúrbio
Protegidas pelo anonimato, cada vez mais crianças
têm usado o mundo eletrônico para discutir temas
como sexo e drogas. Como
a senhora vê isso?
Discutir é sempre a melhor
solução, mas você deve se
antecipar e fazer isso de
uma forma esclarecedora e
amigável, sem imposição, pois
quando ele for discutir esses
temas com outras pessoas
ou na internet, já terá uma
opinião formada com o que
é adequado ou inadequado
nesses temas.
•Opte por programas que
filtram e bloqueiam sites.
Pesquise para encontrar um
que se ajuste às regras
previamente estabelecidas e
acordadas com seus filhos.
•Os programas ajudam, mas
nunca podem substituir o
acompanhamento dos pais.
Diálogo e confiança ainda
são as melhores tecnologias
de segurança.
•Conheça os amigos virtuais
da criança. É possível
estabelecer relações humanas
benéficas e duradouras na
internet. Contudo, há muitas
pessoas com más intenções,
que tentarão levar vantagem
sobre a criança.
•Se surgirem dúvidas, verifique!
Não ignore qualquer
sensação de insegurança.
Prevenir nunca é demais!
•Sempre que vir alguma coisa
errada, denuncie por meio
dos sites http://denuncie.org.br
ou http://nightangel.dpf.gov.br
ou, ainda, diretamente às
autoridades policiais pelo
disque 100.
Denúncias
O cidadão pode utilizar o disque 100, do governo federal, para
denúncias ou informações sobre abusos ou exploração sexual de
crianças e adolescentes. A ligação é gratuita e sigilosa. Sempre que,
involuntariamente, você tiver acesso aos tipos criminosos como
imagens ou textos de pornografia infantil ou pedofilia, anote tantos
dados quantos forem possíveis acerca do fato (endereço eletrônico,
e-mails, números de IP, etc.). Encaminhe os dados diretamente para
a Polícia Federal no site: http://nightangel.dpf.gov.br.
Serviço:
Bloqueador de sites - NetFilter Família - www.netfilter.org/
Fontes:
Iolanda Rosemary Martins, psicóloga credenciada Cabesp
Childhood Brasil (Instituto WCF-Brasil)
www.childhood.org.br/programas/programa-protecao-em-rede
www.safernet.org.br/site/prevencao/cartilha/safer-dicas
Associação Família Viva - www.portaldafamilia.org
http://denuncie.org.br
www.censura.com.br/
www.internetresponsavel.com.br/pais/como-proteger-seus-filhos.php
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DOENÇAS CORONÁRIAS
Bate, bate, bate coração
Ataques cardíacos, insuficiência cardíaca e outras doenças coronarianas tiram milhares de vidas prematuramente. O coração é um órgão delicado e também o mais resistente do organismo humano. Nesta reportagem, o
Dr. Rubens Tadeu A. Biagi, cardiologista da Auditoria Médica da Cabesp, esclarece questões importantes sobre
o coração e explica maneiras de se manter em ordem esse grande aliado para uma vida saudável e longa.
Cabesp +Vida – O que são doenças coronárias?
Cardiologista Rubens Tadeu A. Biagi – São doenças que acometem as coronárias, os
vasos que levam sangue rico em oxigênio
para o músculo cardíaco. Têm como causa
principal a aterosclerose (doença inflamatória
crônica caracterizada pela formação de ateromas
dentro dos vasos sanguíneos).
Como o diabetes compromete as artérias?
O diabetes mellitus está associado ao desenvolvimento de anormalidades no metabolismo
(hiperglicemia, dislipidemia e resistência à
insulina) que alteram a parede das
artérias, tornando-as mais suscetíveis a
desenvolver aterosclerose.
Controlar a pressão arterial,
o colesterol, a glicemia,
ter uma atividade física
regular e parar de fumar são
cuidados necessários para
se ter uma vida longa
e saudável.
Como se desenvolvem as doenças coronárias?
A formação das placas ateroscleróticas, que
são acúmulos de lipídios (gorduras) e componentes fibrosos nas coronárias, são responsáveis pela
redução do suprimento sanguíneo ao coração.Estas placas, que levam anos para serem formadas,
vão se acumulando dentro das artérias, causando
a obstrução das mesmas e desenvolvem-se, em
grande parte, devido aos hábitos de vida do paciente.
Quais hábitos de vida propiciam as doenças coronárias?
Fatores como uma dieta rica em gorduras, o tabagismo, a
hipertensão arterial e o diabetes, participam ativamente da
formação das placas ateroscleróticas.
O que é aterosclerose?
É uma doença progressiva, caracterizada pelo acúmulo de
lipídios e componentes fibrosos na parede das artérias (não só
coronárias), que obstruem mecanicamente o fluxo sanguíneo,
causando uma diminuição da oxigenação dos tecidos irrigados
por estas artérias.
Quais são os principais fatores de risco?
Colesterol alto, tabagismo, hipertensão, diabetes mellitus, sedentarismo, obesidade abdominal, idade avançada, uso excessivo de
bebida alcoólica e história familiar de doenças coronárias.
Os hipertensos devem tomar remédio sempre?
Nem sempre a hipertensão é tratada com remédio; em alguns
casos a mudança de estilo de vida, com hábitos alimentares
saudáveis, a diminuição do peso, atividade física regular e parar
de fumar podem controlar a pressão arterial. Porém, nos casos
em que a medicação é necessária, o paciente nunca poderá
deixar de tomar o remédio, pois é uma doença de curso crônico
e, sem o medicamento, aumenta a chance de o paciente vir a ter
infarto e acidente vascular cerebral.
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A hipertensão está associada a
acidentes vasculares cerebrais. A que mais?
Não só a acidentes vasculares cerebrais, como
também a lesões em outros órgãos, como rins,
olhos e coração, lesões que podem ser evitadas
com diagnóstico precoce e controle rigoroso da
pressão arterial.
O que é dissecção da aorta?
É uma condição grave na qual ocorre ruptura
de uma das camadas da parede da aorta (maior artéria do corpo
humano). Isso faz com que o fluxo sanguíneo, que está em alta
pressão na aorta, se separe do seu trajeto normal e se acumule entre as camadas do vaso, formando um falso trajeto. A hipertensão
arterial está presente na maioria dos pacientes que têm dissecção
aórtica, sendo um importante fator de risco.
Qual o peso da dieta nos problemas cardíacos?
Fundamental. Dieta equilibrada, com redução de gorduras e
doces, diminuição do sal, rica em fibras (saladas, frutas e verduras),
contribui muito para controle de hipertensão arterial, diabetes e
obesidade, favorecendo todo o sistema cardiovascular.
Qual a importância da atividade física nos problemas
cardíacos?
A atividade física regular contribui no melhor controle dos níveis
sanguíneos de glicose, aumenta o “bom” colesterol, diminui a pressão arterial, melhora todo o rendimento cardiovascular, incluindo
diminuição do stress emocional e melhora do humor.
O que é mais importante informar sobre a prevenção de
doenças coronarianas?
Lembro que a prevenção é eficiente e está ao controle de todos.
É preciso consciência e disposição para usarmos os instrumentos a
nosso favor. Controlar a pressão arterial, o colesterol, a glicemia, ter
uma atividade física regular e parar de fumar, definitivamente, não
são coisas impossíveis de serem feitas. Nem sempre é fácil, mas é
possível e é necessário para se ter uma vida longa e saudável.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Evento leva informação ao Guarujá
A 10ª edição do Espaço Saúde
Cabesp aconteceu em setembro, na Colônia de Férias da
Afabesp, no Guarujá, durante
a Festa da Primavera. Foram
três dias de atividades, em
que mais de 400 beneficiários
puderam realizar controles
clínicos, cálculo do Índice de
Massa Corporal e receber
orientações nutricional e
odontológica.
Com a supervisão de fisioterapeutas parceiros, foram realizadas atividades ressaltando a
importância de fugir do sedentarismo. O médico ortopedista
da Auditoria Médica Cabesp,
Dr. Décio Blecher, cativou a
plateia com a palestra “Ai que
dor nas juntas... Saiba mais
sobre Artrites e Artroses” e
chamou à atenção para os
tratamentos disponíveis na
atualidade para essas doenças.
Foi um sucesso!
É a Cabesp promovendo a
saúde de seus beneficiários
e conscientizando sobre a
importância do autocuidado
para a manutenção da qualidade de vida.
Mais uma vez, o Espaço Saúde Cabesp
levou informações aos associados da
Afabesp, em evento no Guarujá que
envolveu mais de 400 beneficiários
FOTOS: Arquivo Cabesp
planos cabesp
DENGUE
Abaixo os resultados dos planos de Assistência Direta,PAP,PAFE e
FAMÍLIA relativos aos valores médios de janeiro até agosto 2012
Previna-se para um
horário oficial de verão
sem dengue. Reveja seus
hábitos e não esqueça:
•Água parada é
ambiente propício para
o mosquito da dengue.
Não deixe água parada
acumulada e ajude o
Brasil a acabar com a
dengue.
Valores em R$ Mil
ASSISTÊNCIA
Fontes:
CABESP
PAFE
PAP
•www.saude.gov.br
DIRETA
FAMÍLIA
•Jornal
Brasileiro
de Pneumologia – “Formas não habituais
de uso do tabaco”
– Viegas, Carlos
Alberto de Assis13.299
RECEITA
OPERACIONAL
9.825
517
1.271
•http://www.jornaldepneumologia.com.br/PDF/2008_34_12_13_portugues.pdf
Receita com Brasileira
Contribuições
457
1.270
13.296
•Associação
de Odontologia - www.abo.org.br 7.605
Coparticipação + Outras
1.392
60
1
2
Receita com Administração de Planos
828
0
0
DESPESA OPERACIONAL
-27.933
-629
-1.293
-13.715
Desp. Assistencial ( Médico + Odonto )
-25.360
-552
-1.265
-12.953
Despesa Administrativa
-2.573
-76
-27
-763
RESULTADO OPERACIONAL
-18.108
-112
-21
-417
RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 53.036
554
127
518
SUPERÁVIT / DÉFICIT
34.928
442
106
101
RESERVA FINAL
5.126.409
48.257
11.008
36.441
BASE BENEFICIÁRIOS - UNITÁRIOS
54.323
3.202
1.168
31.748
OBS 1 - Os saldos de reserva e base de associados são referentes a agosto de 2012
OBS 2 - Em razão do demonstrativo ser em R$ MIL, podem ocorrer divergências no somatório.
0
INFÂNCIA
As brincadeiras são o modo que as crianças têm de se
manifestar com naturalidade, conforme suas vontades e exigências. E também a maneira de elas entrarem em contato com valores e hábitos sociais antigos
e contemporâneos. Para ampliar esse conhecimento,
Cabesp +Vida ouviu a psicóloga infantil Stella Maria
de Aguiar Bessi. Veja o que ela diz:
Cabesp +Vida – Como
poderia ser qualificado o
“brincar” na vida de uma
criança?
Psicóloga Stella Maria de
Aguiar Bessi – É a atividade
mais importante da criança; é
o hábito essencial para ela ter
uma melhor qualidade de vida
e deveria ser considerado com
muito mais seriedade do que
é normalmente. Tem, inclusive, uma atuação terapêutica
natural.
O que a brincadeira proporciona à infância?
A brincadeira é a linguagem
da criança, a forma pela qual
ela expressa seus sentimentos
e se comunica com o mundo
ao seu redor. A brincadeira
proporciona o desenvolvimento
cognitivo, afetivo, motor e social. Quanto mais oportunidade
de brincar, mais fácil será seu
desenvolvimento.
Por que é importante?
O bebe aprende pelo brincar
a diferenciação entre o seu
“eu” e o do “outro”. Ele vai se
percebendo, se conhecendo,
entrando em contato com
seu corpo e aprendendo que
existem outras pessoas, um
mundo no qual está inserido; a
criança desenvolve coordenação motora, habilidades visuais,
auditivas, raciocínio, criatividade e inteligência; compreende
como o mundo funciona e
aprende que existem regras
que devem ser respeitadas; a
criança expressa sua angústias,
representa o mundo no qual
está inserida, transformando-o
de acordo com suas vontades e
fantasia e, desta forma, solucionando problemas; aprende a lidar com a separação, o crescer,
a autonomia e os limites.
Há quem acredite que a
brincadeira tem perdido
seu espaço físico e temporal. O que a senhora acha?
Concordo e, em contra partida, o que temos presenciado
é que o tempo que as crianças
dispõem sem atividades, ao invés de estarem brincando, interagindo com outras crianças, é
substituído por atividades como
assistir televisão e, principalmente, videogames e jogos em
computadores (N. da R. veja
reportagem nas páginas 4
e 5). Torna-se urgente resgatar
as brincadeiras tradicionais
como amarelinha, escondeesconde, corre cutia, cabracega, queimada, dentre várias
outras, em que a criança pode
FOTO: keystone
Roda, roda, roda...
pé, pé, pé!
exercitar aspectos de interação,
tais como liberdade, escolhas,
limites, autonomia, enquanto
mantém uma atividade física.
Qual a melhor diversão
para cada idade?
Respeitando sempre a personalidade e o gosto da criança,
cito alguns exemplos:
0 – 3 anos: chocalho; brinquedos musicais; brinquedos
de berço; móbiles; brinquedos
flutuantes e livro para banho;
brinquedos para martelar, empilhar e desmontar; brinquedos
que emitem sons por meio de
botões de apertar, girar ou empurrar; brinquedos de variadas
texturas (estimulam os sentidos
da visão, da audição e do tato);
brinquedos de montar e desmontar; brinquedos de encaixe,
de empurrar ou puxar, etc.
Passeios em parques infantis,
lugares onde a criança possa
interagir com outras crianças,
se soltar e correr, se possível na
terra, grama. Peças de teatro
infantil.
3 – 7 anos: triciclo; carrinho
grande de puxar, aviões; trenzinhos; casa de bonecas; ferramentas de brinquedo; massinha
de modelar; fantoches; pandeiro,
pianinho, trombetas e tambores;
brinquedos de montar mais com-
plicados; jogos e quebra-cabeças simples; lápis de cor e papel;
livros com diferentes ilustrações;
jogos de tabuleiro, pipas, carros
de corrida, argila para modelar,
pincel, tinta atóxica; jogos da
memória e quebra-cabeças; para
as maiores, bicicletas, patins,
skate (sempre com equipamentos de proteção e supervisão
de um adulto). Também há a
necessidade de contato com a
natureza e animais.
7 – 10 anos: jogos de
tabuleiro; jogos de raciocínio
e com regras mais complexas; quebra-cabeças; kits de
profissões como mecânico,
médico, iniciação científica;
instrumentos musicais; leitura;
bicicleta (com equipamentos
de proteção); pipa; iniciação
esportiva. Sempre há necessidade de brincadeiras ao ar livre
e parques.
10 – 12 anos: kits elaborados de peças de construção,
de química, de experimentos
científicos; enigmas e quebracabeças; esportes ao ar
livre; representações teatrais;
jogos de tabuleiro e de cartas
(principalmente os que exigem
decisões estratégicas e conhecimentos adquiridos na escola);
instrumentos musicais; artes
plásticas; leitura.
IMPORTANTE: Verifique sempre se o brinquedo escolhido é indicado para a
idade da criança e se possui o selo de Segurança do Brinquedo do Inmetro.
Entrevistada: Stella Maria de Aguiar Bessi é psicóloga, especializada em Psicologia Infantil, Distúrbios do Desenvolvimento, Pessoas com Necessidades Especiais
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