1 DIOCESE DE GUAXUPÉ

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1 DIOCESE DE GUAXUPÉ
JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ
DIOCESE DE GUAXUPÉ
ANO XXIX - 283
JUNHO DE 2013
1
editorial
Jovens somos nós!
Jovens com milhares de perguntas...
Jovens à procura de respostas!
Jovens à procura de algo mais.
Não estamos satisfeitos com os rumos deste mundo.
E é por isso que avançamos para as águas mais profundas.
O que está bom deve ficar.
Enquanto o Brasil se prepara para sediar o maior evento da Igreja e um dos
maiores do país neste ano, a Jornada
Mundial da Juventude, discute-se, em
seu território, a questão da maioridade
penal.
Ninguém nega que violência e ondas
de furtos são nítidas até nas menores
cidades. De outro lado, qualquer cidadão um pouco mais crítico também entende que os fatos não serão resolvidos
com medidas de punição apenas, se não
agravarem mais a situação. Bons resultados conseguidos nesta área estão em
alternativas socioeducativas espalhadas
O que não é tem que mudar.
Jovens somos nós!
Jovem é a nossa voz...
Não sabemos tudo.
Mas sabemos que podemos ajudar!
pelo país, em muitos casos, sem apoio
do Estado, sobreviventes da caridade da
população.
Quando um grande tema cai na opinião popular, entende-se que decidir por
uma coisa ou por outra dará ao país uma
solução para o específico ponto em debate. Não será este o momento de ouvir
aqueles que têm cuidado de tais problemas, como responsáveis por casas de retenção de menores, pequenos projetos
de incentivo cultural e educativo ao menor das periferias das médias e grandes
cidades?
Quase sempre, uma opinião é dada
Pe. Zezinho, Jovens somos nós
por todos. Aprender a ouvir antes de
dizer e opinar é necessário em tempos
de variados comentários sobre variadas
questões. A Igreja apresenta seu ponto
de vista. Embora em nota oficial da CNBB,
não deixa de ser opinativa ao se tratar de
uma instituição religiosa dentro de uma
conjuntura nacional. No entanto, para os
católicos, uma Igreja que ouve para então falar, sua voz é de grande valor.
COMUNHÃO de junho traz questões
que tocam desafios e sonhos juvenis. O
mundo do jovem, afinal, nunca será um
outro mundo, mas o condensado mundo
de todos!
Dom José Lanza Neto
voz do pastor
ADORAÇÃO EUCARÍSTICA MUNDIAL
É admirável a iniciativa do Papa
Francisco de promover uma hora de
Adoração Eucarística (02 de junho de
2013) para concretização do Ano da
Fé, a pedido do Pontifício Conselho da
Promoção para nova Evangelização.
O objetivo é despertar a todos para o
sentido mais profundo da fé celebrada
na liturgia, particularmente na Eucaristia, meta para qual se encaminha a
Ação da Igreja e fonte de onde promana toda sua força.
A proposta é que esta adoração
aconteça em todas as catedrais, segundo o horário local, à hora de Roma.
Desse modo, muitos fiéis poderão
unir-se, ao mesmo tempo, com seu bispo e com o sucessor de Pedro, junto a
Jesus vivo no Santíssimo Sacramento
do altar. Este momento de alcance universal pretende ser um gesto de partilha espiritual. Tal atitude comprova
sua simplicidade, mostrando-nos que
nossa vida é construída nas pequenas
coisas, talvez insignificantes para o
mundo. Poderia apresentar um grande
projeto em vista de grandes impactos,
mas não. É diante de Jesus Eucarístico,
escondido no pão, que colocamos sonhos, ideais, desafios nossos e da Igreja.
Na oportunidade desta Oração Eucarística, o Papa Francisco apresentará
suas intenções particulares e teremos
oportunidade de colocar as nossas
também. É comum, nas paróquias, a
exposição do Santíssimo Sacramento –
momento de oração, meditação, adoração e escuta da Palavra do Senhor. Só
através da oração, teremos motivações
e forças para testemunhar a fé. Sem a
oração é como a fé sem obras, nos tornamos teóricos, cheios de argumentação, mas sem vida, vazios e prepotentes.
Que vivamos este Ano da Fé em
profunda comunhão com Cristo, “Único mediador entre Deus e os homens”
(1Tm 2,5). Nele nasce nossa comunhão
e fortalece os vínculos fraternos. Caminhemos com olhos fixos em Cristo
Jesus!
expediente
Diretor geral
DOM JOSÉ LANZA NETO
Editor e Jornalista Responsável
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Revisão
MYRTHES BRANDÃO
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2
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Conselho editorial
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NEVESTON DA SILVA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS
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Redação
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Uma Publicação da Diocese de Guaxupé
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JORNAL COMUNHÃO
opinião
NOTA SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
“Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9)
O debate sobre a redução da maioridade penal, colocado em evidência mais
uma vez pela comoção provocada por
crimes bárbaros cometidos por adolescentes, conclama-nos a uma profunda
reflexão sobre nossa responsabilidade
no combate à violência, na promoção da
cultura da vida e da paz e no cuidado e
proteção das novas gerações de nosso
país.
A delinquência juvenil é, antes de
tudo, um aviso de que o Estado, a Sociedade e a Família não têm cumprido
adequadamente seu dever de assegurar, com absoluta prioridade, os direitos
da criança e do adolescente, conforme
estabelece o artigo 227 da Constituição
Federal. Criminalizar o adolescente com
penalidades no âmbito carcerário seria
maquiar a verdadeira causa do problema, desviando a atenção com respostas
simplórias, inconsequentes e desastrosas
para a sociedade.
A campanha sistemática de vários
meios de comunicação a favor da redução da maioridade penal violenta a imagem dos adolescentes, esquecendo-se
de que eles são também vítimas da reali-
dade injusta em que vivem. Eles não são
os principais responsáveis pelo aumento
da violência que nos assusta a todos, especialmente pelos crimes de homicídio.
De acordo com a ONG Conectas Direitos
Humanos, a maioria dos adolescentes internados na Fundação Casa, em São Paulo, foi detida por roubo (44,1%) e tráfico
de drogas (41,8%). Já o crime de latrocínio atinge 0,9% e o de homicídio, 0,6%.
É, portanto, imoral querer induzir a sociedade a olhar para o adolescente como se
fosse o principal responsável pela onda
de violência no país.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao contrário do que se pro-
“
paga injustamente, é exigente com o
adolescente em conflito com a lei e não
compactua com a impunidade. Ele reconhece a responsabilização do adolescente autor de ato infracional, mas acredita
na sua recuperação. Por isso, propõe a
aplicação das medidas socioeducativas
que valorizam a pessoa e lhe favoreçam
condições de autossuperação para retornar a sua vida normal na sociedade. À
sociedade cabe exigir do Estado não só
a efetiva implementação das medidas
socioeducativas, mas também o investimento para uma educação de qualidade,
além de políticas públicas que eliminem
as desigualdades sociais. Junta-se a isto
A Igreja no Brasil continua acreditando
na capacidade de regeneração do
adolescente, quando favorecido em seus
direitos básicos e pelas oportunidades
de formação integral nos valores que
dignificam o ser humano.
a necessidade de se combater corajosamente a praga das drogas e da complexa
estrutura que a sustenta, causadora de
inúmeras situações que levam os adolescentes à violência.
Adotada em 42 países de 54 pesquisados pela UNICEF, a maioridade penal
aos 18 anos “decorre das recomendações
internacionais que sugerem a existência
de um sistema de justiça especializado
para julgar, processar e responsabilizar
autores de delitos abaixo dos 18 anos”
(UNICEF). Reduzi-la, seria “ignorar o contexto da cláusula pétrea constitucional
– Constituição Federal, art. 228 –, além
de confrontar a Convenção dos Direitos
da Criança e do Adolescente, as regras
Mínimas de Beijing, as Diretrizes para
Prevenção da Delinquência Juvenil, as
DIOCESE DE GUAXUPÉ
Regras Mínimas para Proteção dos Menores Privados de Liberdade (Regras de
Riad), o Pacto de San José da Costa Rica e
o Estatuto da Criança e do Adolescente”
(cf. Declaração da CNBB contra a redução
da maioridade penal – 24.04.2009).
O Conselho Episcopal Pastoral da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília, nos dias
14 a 16 de maio, reafirma que a redução
da maioridade não é a solução para o fim
da violência. Ela é a negação da Doutrina
da Proteção Integral que fundamenta o
tratamento jurídico dispensado às crianças e adolescentes pelo Direito Brasileiro.
A Igreja no Brasil continua acreditando
na capacidade de regeneração do adolescente, quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de
formação integral nos valores que dignificam o ser humano.
Não nos cansemos de combater a violência que é contrária ao Reino de Deus;
ela “nunca está a serviço da humanidade,
mas a desumaniza”, como nos recordava o
papa Bento XVI (Angelus, 11 de março de
2012). Deus nos conceda a todos um coração materno que pulse com misericórdia
e responsabilidade pela pessoa violentada em sua adolescência. Nossa Senhora
Aparecida proteja nossos adolescentes e
nos auxilie na defesa da família.
Brasília, 16 de maio de 2013
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Presidente da CNBB, em exercício
Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB, em exercício
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
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notícias
CEBS REALIZAM 30 o ENCONTRO DIOCESANO
Por José Luiz Gonzaga do Prado
Foto: Marco Antônio
Pela trigésima vez na diocese, reuniu-se um grupo de pessoas que busca realizar o sonho do jeito “antigo-novo” de ser
Igreja. A primeira vez foi em janeiro de
1984, em Machado. Agora, aconteceu de
26 a 28 de abril, em Carmo do Rio Claro.
Participaram do Encontro 138 pessoas. As reuniões tiveram lugar no Centro de Formação São José, local amplo
e acolhedor, como é o coração do povo
de Carmo do Rio Claro. A cordial acolhida
foi na sexta feira (26) à noite, que incluiu
uma motivadora celebração. Os participantes ficaram hospedados em casas de
famílias da cidade.
No sábado de manhã, os encontristas
tomaram melhor conhecimento da cartilha ‘Grupos de Reflexão – o que é?’ Na
parte da tarde, irmão Márcio Diniz, com
uma equipe de Jovens, provocou a reflexão em oficinas sobre as questões mais
importantes que afetam a juventude no
Brasil, hoje.
No intervalo da tarde, foi prestada
uma homenagem ao Sr. Sebastião José
de Paula, morador do Carmo do Rio Cla-
Em Carmo do Rio Claro encontro deu ênfase à aspectos juvenis
ro, que esteve presente ao 1º Encontro
diocesano e ainda hoje, com seus 86
anos, participa de todos os encontros e
reuniões.
No domingo de manhã, o grupo teve
a imensa alegria da presença do bispo e
do coordenador diocesano de pastoral.
Presidindo a Eucaristia de encerramento
do Encontro, dom Lanza, em sua homilia,
refletiu o tema da última Assembleia da
CNBB e reforçou a proposta de uma Igreja, rede de comunidades ou Paróquia,
Comunidade de Comunidades. Na mesma linha, as palavras do coordenador de
pastoral, ao final da missa, trouxeram a
todos grande esperança e incentivo.
Na parte restante da manhã, os participantes se reuniram por setores para
chegar às conclusões práticas como reforço aos Grupos de Reflexão; eleição
dos delegados ao 13º Intereclesial, a realizar-se em Crato, no Ceará; avaliação do
Encontro e decisões práticas como data
e local do 31° Diocesano; programação
dos Setores e coordenações.
COMUNICADORES DISCUTEM SOBRE REDES SOCIAIS NA EVANGELIZAÇÃO
Por Sérgio Bernardes
Foto: PASCOM
e, também, conteúdos de espiritualidade
e formação.
Para Bruno Luiz, da paróquia São Sebastião, de São Sebastião do Paraíso, o
trabalho com as redes sociais são complementares às mídias tradicionais. “O
informativo tem maior aceitação entre
os adultos e possui um conteúdo mais
voltado à formação, enquanto o site e
o facebook têm atraído mais os jovens.”
Segundo ele, dois ingredientes colaboram para uma aceitação positiva na comunidade, “a parceria com as pastorais e
uma atualização constante [dos conteúdos publicados].“ Em razão da temática
da Juventude da CF 2013 e a forte participação dos jovens nas redes sociais, a
Pastoral da Juventude desenvolveu um
momento de reflexão, no início do encontro, com analogia sobre o poder de
“comunicação” da água.
Pascom, Setor Juventudes e o professor Pablo Moreno articularam o evento
“Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de
oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos”. Esta afirmação faz parte
da mensagem do papa emérito, Bento
XVI, para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se realizou no dia 12
de maio.
Em consonância com a temática
proposta por Bento XVI, a Diocese de
Guaxupé promoveu encontro para aperfeiçoamento técnico dos agentes da Pastoral da Comunicação, principalmente
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nas ações realizadas nas redes sociais. O
evento aconteceu em Guaxupé, no dia
27 de abril e contou com a participação
de representantes de seis setores diocesanos.
A assessoria foi realizada pelo professor Pablo Moreno Fernandes Viana, com
mestrado em Comunicação e docente na
Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (PUC-Minas), no campus de Poços
de Caldas. O professor apresentou um
panorama da recente evolução do meio
digital, desenvolvendo temas como democratização do acesso, interatividade
e processos de produção de conteúdo
online. Em relação à construção coletiva
da informação, afirma: “estas ferramentas [de mídia social] dão a possibilidade
de todos sermos autores, porém falta a
consciência do que é importante.”
O encontro promoveu, ainda, uma
avaliação sobre as atividades realizadas
nas comunidades e suas perspectivas de
atuação nos veículos online. O resultado
demonstrou que todas as paróquias que
enviaram seus representantes já possuem suas contas nas principais redes sociais para a divulgação de suas atividades
JORNAL COMUNHÃO
saicí ton
ANUNCIADA AGENDA DO PAPA FRANCISCO NO BRASIL
Por Assessoria de Imprensa JMJ2013
O Papa Francisco terá uma agenda
repleta de atividades em sua primeira
grande viagem internacional, em julho
deste ano. A programação no Rio de Janeiro, por ocasião da Jornada Mundial
da Juventude Rio2013, inclui desde Atos
Protocolares, como o encontro com a
presidente do Brasil, Dilma Rousseff, até
a visita a uma comunidade carente, a um
hospital e a jovens detentos.
CHEGADA E PRIMEIROS ATOS OFICIAIS
O Papa chegará ao Brasil no dia 22 de
julho, segunda-feira. A acolhida oficial
será feita no Aeroporto Internacional do
Galeão/Antônio Carlos Jobim, a partir
das 16h. Logo após, haverá uma cerimônia de boas vindas no jardim do Palácio
Guanabara, onde o Santo Padre fará seu
primeiro discurso. No local, acontecerá a
recepção protocolar das três esferas de
governo, a cargo da presidente da república, Dilma Rousseff, do governador do
Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e
do prefeito da cidade, Eduardo Paes.
A residência do Sumaré receberá o
Sumo Pontífice durante sua estada no
Brasil. A casa hospedou o beato João Paulo II em suas duas visitas ao nosso país,
em 1980 e 1997. É um lugar reservado,
pacato e longe dos grandes movimentos
da cidade. Além do Papa Francisco, lá se
hospedará toda a comitiva papal.
Com a simplicidade que o mundo já
conhece, o Santo Padre vai presidir missas diárias privativas na Residência.
VISITA A APARECIDA
O Santo Padre visitará, na quarta-feira, dia 24 de julho, o Santuário Nacional
de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, maior santuário mariano do mundo.
A visita foi um pedido pessoal do Papa
Francisco, já que possui uma devoção
pública por Maria, mãe de Jesus. Ao lado
do cardeal Dom Raymundo Damasceno,
presidente da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de
Aparecida, o Sumo Pontífice celebrará
uma Missa, após a veneração da imagem
da Virgem na Basílica.
UM DOS LEGADOS SOCIAIS DA
JMJ RIO2013
Ainda na quarta-feira, o Papa Francisco participa da inauguração do Pólo
de Atenção Integrada da Saúde Mental
(PAI), voltado para a recuperação e dependência química, um dos legados sociais da JMJ Rio2013. Com 350 médicos,
cerca de 500 profissionais de saúde, 648
leitos de internação, 323 leitos de enfermaria, 12 leitos de emergência, 75 leitos
de UTI e 11 salas de cirurgia, o Hospital
São Francisco da Tijuca (antiga Ordem
Terceira da Penitência/VOT) é um hospital geral que oferece atendimento em
22 especialidades. A instituição presta
DIOCESE DE GUAXUPÉ
atendimento particular, para clientes de
planos de saúde e para pacientes do SUS,
encaminhados via Secretaria do Estado
de Saúde do Rio de Janeiro. O Papa discursará na ocasião.
UMA QUINTA-FEIRA EMOCIONANTE
No dia 25 de julho, quinta-feira, Eduardo Paes, prefeito do Rio, em um gesto simbólico e tradicional, entregará as
chaves da cidade ao Sumo Pontífice,
traduzindo o respeito pelo Santo Padre
e a autoridade que representa. Além
disso, também está previsto um rápido
encontro com representantes do mundo
esportivo, com a bênção das bandeiras
olímpicas.
Ainda pela manhã, o Papa Francisco
parte para um encontro emocionante.
Depois de 33 anos, um Papa volta a visitar uma comunidade carente. Desta vez,
ao invés do Vidigal, na Zona Sul do Rio,
por onde passou João Paulo II, em 1980, a
visita será a uma favela da Zona Norte. A
comunidade escolhida foi a de Varginha,
dentro do Complexo de Manguinhos, recentemente pacificada pelo Governo do
Estado do Rio de Janeiro. O Papa falará
aos moradores e dará sua bênção.
Às 18h, o Santo Padre participa da
festa de acolhida dos jovens na orla de
Copacabana, um dos Atos Centrais da
JMJ Rio2013. Haverá a primeira saudação
aos peregrinos da Jornada e um discurso
papal.
UM DIA SÓ PARA OS JOVENS
Um dos pontos turísticos mais visitados da cidade e antiga casa de repouso
do imperador Dom Pedro, a Quinta da
Boa Vista receberá um dos maiores pontos de catequese do evento e a Feira Vocacional. O Santo Padre atenderá quatro
confissões de jovens no local, na manhã
de sexta-feira, dia 26.
Em seguida, alguns jovens detentos
se encontrarão com o Papa Francisco no
Palácio Arquiepiscopal São Joaquim. Ao
meio dia, o Sumo Pontífice fará a Oração
Angelus Domini do balcão central do Palácio. Antes do tradicional almoço com
os jovens de todos os continentes, que
acontece nas Jornadas, o papa fará uma
saudação ao Comitê Organizador Local
da JMJ Rio2013 e aos patrocinadores.
Às 18h, acontece a Via Crucis com os
jovens, na orla da Praia de Copacabana, o
terceiro Ato Central da JMJ, com um discurso do Santo Padre.
UM SÁBADO DE ENCONTROS
E ORAÇÃO
As atividades oficiais começam com a
Santa Missa, da qual participarão bispos,
sacerdotes, religiosos e seminaristas, na
Catedral São Sebastião, presidida pelo
Santo Padre. Logo após, o Papa Francisco se encontrará com representantes da
sociedade da cidade e do Brasil, no Teatro Municipal. A estrutura, construída no
século XIX, por muito tempo foi palco
principal das apresentações artísticas de
todo o país.
À tarde, participa de um almoço com
os cardeais brasileiros, a presidência da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os bispos do Regional Leste 1
da CNBB (que compreende as dioceses
do Estado do Rio de Janeiro) e o Séquito
Papal, no grande refeitório do Centro de
Estudos do Sumaré.
A partir das 19h30, o Papa Francisco
estará em Guaratiba, no Campus Fidei
para a Vigília de Oração com os jovens,
quarto Ato Central da JMJ Rio2013,
quando ele fará um discurso aos peregrinos e passará um momento de adoração
ao Santíssimo Sacramento com os jovens
presentes.
DOMINGO DE DESPEDIDAS
Às 10h da manhã, o Papa Francisco
reencontra os jovens da noite anterior
no Campus Fidei para a Santa Missa de
envio da JMJ Rio2013 e anunciará o próximo local que acolherá a Jornada Mundial da Juventude. Ao meio dia, também
fará a oração do Angelus Domini com os
peregrinos.
O almoço será com o Séquito Papal
no refeitório do Centro de Estudos do
Sumaré. O Papa Francisco deverá encontrar-se com o Comitê de Coordenação do
Conselho Episcopal Latino Americano
(CELAM) antes de sua despedida.
Para agradecer pessoalmente aos 60
mil voluntários envolvidos nos trabalhos
da Jornada, o Papa deverá encontrar-se
com eles no Pavilhão 5 do Rio Centro, às
17h30.
Haverá ainda uma cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, onde o Santo Padre fará
um discurso. Sua partida de volta a Roma
está marcada para as 19h.
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reportagem
JOVENS: E O FUTURO?
Por Douglas Ribeiro Lima
Diante dos grandes desafios que se impõem à humanidade no mundo moderno, em que carecem atitudes imediatas que proporcionem à juventude um
futuro melhor, vem à lembrança a máxima de que “os jovens são o futuro da humanidade.” Mas, ao pensar no jovem como futuro, perguntam-se: quais são,
portanto, os anseios da juventude? Quais são os seus sonhos e medos? Como vê a Igreja? Alguns jovens de diferentes cidades foram ouvidos e responderam
às perguntas acima enunciadas. Apontam-se aqui quatro delas:
PERCEPÇÃO DO
MUNDO
SOBRE SONHOS
E ESPERANÇAS
“O mundo nos
oferece muitas coisas, boas ou ruins,
depende de como
usufruímos delas.
No mundo, temos
a oportunidade de sermos humanos,
de trabalharmos, de convivermos com
pessoas diferentes que, com toda certeza, nos acrescentam algo bom. Também neste mesmo mundo, temos a
oportunidade de conhecer coisas que
não nos fazem bem, como os vícios e
a violência”, disse Luiza Aparecida Oliveira Mariano, 22 anos, participante
do grupo de jovens “Amor Maior”, da
paróquia Nossa Senhora Aparecida de
Alfenas (MG).
O
seminarista
Douglas Luiz Marciano, 18 anos, da
paróquia São José
de Machado (MG),
falou um pouco sobre perspectivas dos jovens no mundo
atual: “Os sonhos e as esperanças dos
jovens no mundo atual estão baseados, em sua maioria, à parte material.
Almejam sucesso na carreira profissional, isso tudo devido à propaganda que a mídia proporciona. Porém
percebemos, cada vez mais, uma sede
de Deus: os jovens também querem
conhecer esse plano salvífico que
Deus propõe. Agora, cabe à Igreja suprir essa ânsia de Deus, cabe à mesma
mostrar para o jovem a beleza de estar
com Deus.”
MEDOS
A aluna de enfermagem da USP,
Bruna de Almeida
Ocana, 22 anos e
que reside em São
Paulo (SP), disse sobre o medo dos jovens de hoje: “Acredito que os jovens
de hoje têm muito medo de desapontar seus familiares, portanto procuram buscar o caminho que seus pais
acreditam. Jovens têm medo de não
conseguirem sucesso profissional, já
que na sociedade em que vivemos, o
trabalho é elemento importante para
que uma pessoa seja atuante. Além
disso, podemos dizer que a maioria
também tem medo de não conseguir
formar sua própria família, estágio importante na vida de qualquer pessoa e
que mostra total independência e responsabilidade.”
O JOVEM E A
IGREJA
Como vê a Igreja? O que espera
dela? “A Igreja ainda é o sacramento
de Jesus Cristo no
mundo, sua testemunha e continuadora de sua missão,
tendo os fiéis e seus pastores como
principais protagonistas. Ainda hoje,
ela representa e apresenta aquilo de
que o mundo precisa. Deve ser a esperança que nasce dentro de cada coração de que é possível seguir Jesus
Cristo. Espero que a Igreja continue a
anunciar o Evangelho, a formar cristãos conscientes e fiéis e que através
da oração, cheguemos todos àquela
unidade que nos pede o próprio Cristo”, disse João Marcos Acácio, 19 anos,
participa do grupo de jovens “Life” na
paróquia São Judas Tadeu de São Sebastião do Paraíso (MG).
“A Igreja precisa de vós, e vós precisais da Igreja”,
disse o Papa emérito, Bento XVI. A Igreja e o Mundo
precisam de jovens que se sintam motivados a ser o
futuro do mundo, para que assim, sem medo e com
coragem, possam desbravar horizontes.
6
JORNAL COMUNHÃO
juventudes
JUVENTUDE E NAMORO
Por Ir. Márcio Diniz, SC, Religioso pertencente à Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração – Paraguaçu/MG, na função de assessor do Setor Diocesano da Juventude
“Como é bom no namoro descobrir que, naquela pessoa podemos confiar!
Como é maravilhoso descobrir que temos alguém com quem podemos dialogar!
Claro que no namoro é bom o carinho que trocamos.
São importantes os beijos e abraços,
mas o bom mesmo é a oportunidade de ter com quem partilhar minha vida.”
(Subsídio da Pastoral da Juventude - Afetividade e Sexualidade)
Juventude e namoro, tema pertinente
na conjuntura atual, tendo em vista as dificuldades de alguns jovens lidarem com
sua afetividade e sexualidade. Essa ação
acaba normalizando relações superficiais
entre eles. Há uma crescente na experiência do “ficar”, momento sem compromisso
e fugaz, em detrimento de uma relação de
namoro, como espaço de encontro com o
outro, onde se busca morar no abraço do
outro.
A meu ver, essa realidade não afeta somente o espaço juvenil. É uma crescente
também no mundo adulto que acaba normalizando essa ação. Isso ocorre por haver
uma crise instaurada na instituição familiar, que deveria orientar a caminhada dos
jovens, como destaca o documento de
Aparecida, nº 303: “é dever dos pais, especialmente através de seu exemplo de vida,
a educação dos filhos para o amor como
dom de si mesmos...” Infelizmente muitas
famílias têm pouco contribuído na formação da afetividade e sexualidade juvenil e,
por isso, temos uma crescente dificuldade
nesta dimensão vivida pelos jovens, jovens
esses que serão adultos muito em breve.
É nessa perceptiva que destacamos a
importância da experiência do namoro
para o mundo juvenil, como tempo de
conhecer o outro, tempo de crescimento
a dois, quando se conhecem os limites e as
DIOCESE DE GUAXUPÉ
riquezas do outro. O conhecimento prévio
pode ajudar bastante para que o namoro
seja sinônimo de crescimento: conhecer as
características da pessoa, seu jeito próprio
de ser, pensar, comportar-se, relacionar-se
com os outros e com mundo ao seu redor.
Esse conhecimento prévio do outro pode
ser resultado da amizade que se estabelece quando gostamos de uma pessoa e
mantemos com ela um grau de proximidade.
Namorar exige maturidade de ambos, especialmente na dimensão afetiva.
Empenhar-se e constantemente saber
“
Devemos nos perguntar: O que falta para colocarmos Cristo no centro do
namoro? Dois personagens nos ajudam
a refletir sobre isso. O primeiro é Santo
Agostinho que disse “simplesmente ame”
e o próprio Jesus, que considerava que
por amor tudo é possível. Por isso, queridos jovens, sigamos esses personagens e
efetivemos relações saudáveis e cuidantes de/para/com as pessoas que amamos,
indo contra a correnteza que reverbera os
“ismos” e as relações coisificadas e superficiais.
“Jovens, sejam fortes e corajosos, e que
Namorar exige maturidade de ambos,
especialmente na dimensão afetiva.
lidar com a complexidade das realidades
humanas, em vista de um ideal, à luz da
experiência de Jesus que é amor e dos ensinamentos da Igreja, como destaca o documento Evangelização da Juventude: “a
ação pastoral deve responder às necessidades de amadurecimento afetivo e à necessidade de acompanhamento” (nº 304).
Se os jovens namorados dizem “sim”
ao que constrói e “não” ao que destrói,
estão aproveitando esta experiência tão
importante – o namoro – para construir
a própria autonomia diante das pressões
massificantes.
a Palavra de Deus permaneça em Vós” (Cf.
1 Jo 2,14).
ORAÇÃO:
Senhor Jesus,
Seja o centro na vida dos casais enamorados
Para que possam viver
Em comunhão permanente de amor
e acolher os frutos dessa vivência:
a harmonia, a paz, a ternura, a compaixão e
a plena felicidade.
Vós que viveis com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém
PARA APROFUNDAR NO TEMA:
Aos jovens com afeto: Vida e sexualidade Vol. 1
Aos jovens com afeto: Desafio e Atualidades – Vol. 2
A obra está organizada no formato de
um fichário em dois volumes. Ao todo,
são abordados 50 temas, distribuídos ao
longo de quatro partes (Vida, Sexualidade, Desafios e Atualidade). Entre esses
50 temas, estão, por exemplo: Liberdade, Autoestima, Família, Amor, Relação
Sexual, Castidade, Gravidez, Amizade,
Erotismo, Aborto, Masturbação, Adoção,
Células Tronco etc.
Aos jovens com afeto pode ser adquirido
nas livrarias católicas ou no site das Edições CNBB, http://www.edicoescnbb.com.
br/loja/busca-302647-aos_jovens_com_
afeto
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liturgia
CANTANDO O QUE SE CELEBRA E CELEBRANDO O QUE SE CANTA
Por Pe. Gledson Antonio Domingos, pároco da Paróquia São Francisco de Assis e Santa Clara de Poços de Caldas,
coordenador de liturgia do Setor Poços e coordenador da música litúrgica na diocese
“Cantai ao Senhor um cântico novo,
Seu louvor na assembleia dos fiéis!” ( Sl 149, 1)
Quando falamos em música litúrgica, logo nos vem à ideia de que são
músicas difíceis, ou que ninguém
sabe, e sendo assim, a participação
da assembleia eucarística não acontece. Daí, então, serem introduzidos
outros cantos que são considerados
bonitos, ou simplesmente porque o
povo gosta. Fazendo isso, será que
nossas comunidades cantam realmente a liturgia celebrada, obser-
“
determinado canto que toda assembleia chorou ou se exaltou, mas nem
se lembram de qual foi a liturgia falada. Ficaram apenas na cantada, sem
vínculo com a verbal.
Quando a Igreja com sua equipe
de liturgia fala sobre música litúrgica, ela fala desta vinculação que não
vem acontecendo. Os textos da liturgia cantada devem ligar-se à liturgia
falada, para não celebrar um tempo
Celebrar não é apenas cumprir um
rito, mas sim, encarnar-se no mistério
celebrado, isto é, fazer de nossas
celebrações eucarísticas verdadeiros
encontros, verdadeiros lugares de
debruçar-se e deliciar-se da ceia tão
sonhada por Jesus.
vando o dia, o tempo, ou seja, o mistério pascal?
“Cantar é próprio de quem ama”,
já dizia Santo Agostinho, e se amamos, temos que nos dedicar cada
vez mais ao cantar correto, pois o
amor exige sabedoria e inspiração.
Infelizmente muitas de nossas celebrações eucarísticas têm levado o
povo apenas a um êxtase momentâneo. As pessoas saem dessas celebrações achando que o mais bonito que
aconteceu nela foi quando cantaram
e cantar outro. Ou só porque estamos em uma missa “intitulada”, as
músicas podem fugir do que a Igreja
celebra naquele dia.
A Igreja do Brasil, há muitos anos,
vem se desdobrando para apresentar
ao povo um repertório condizente
com o que celebramos. Hoje já temos
o Hinário Litúrgico, porém aberto a
novas composições que podem ser
introduzidas nos livros já existentes.
Foram escolhidos textos e melodias
com espiritualidade, poesia e ligação
íntima ao nosso lecionário cristão. À
guisa de curiosidade, nosso repertório foi considerado o melhor da
Igreja na América Latina. Quem disse
isso foram os bispos no encontro do
CELAM, em Aparecida, pedindo-nos
que lhes enviássemos nosso hinário.
Disseram também que: “O Brasil tem
um rico repertório e quase não o usa,
e nós queremos ter e ainda não conseguimos.”
Logo, é urgente a conscientizarão
de nossos grupos de músicas. Juntamente com os padres, é preciso valorizar o que temos, não apenas porque
temos, mas para levarmos realmente
nossas assembleias eucarísticas a ce-
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lebrarem o Mistério Pascal de Cristo,
que passa pela Eucaristia, vai ao nosso dia a dia e volta para a Eucaristia,
na forma de uma espiral, sempre em
direção ao Reino de amor.
Celebrar não é apenas cumprir um
rito, mas sim, encarnar-se no mistério celebrado, isto é, fazer de nossas
celebrações eucarísticas verdadeiros
encontros, verdadeiros lugares de
debruçar-se e deliciar-se da ceia tão
sonhada por Jesus. O caminho é sintonizarmos com o que viemos buscar. Há uma necessidade imensa de
sabermos o que cantar, quando e o
porquê cantar.
JORNAL COMUNHÃO
bíblia
UM DEUS APAIXONADO
Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia Bíblica no Centro de Estudos Superiores da Arquidiocese de Ribeirão Preto. Reside em Nova Resende
EXPERIÊNCIA PESSOAL
Oséias tirou Gomer da zona de prostituição. Fez da prostituta sua esposa e com
ela teve filhos. Passado algum tempo, a esposa o abandonou e voltou à prostituição.
Oséias, porém, continuava apaixonado, fez
tudo para que ela voltasse a viver com ele,
deu-lhe um tempo de provação e tornou a
unir-se a ela.
NA VIDA DEUS LHE FALA
Na sua história de vida, no que aconteceu entre ele e Gomer, Deus se revelou
a Oséias, mostrou-lhe o que pensava sobre seu povo. Assim, os acontecimentos e
sentimentos vividos tornaram-se metáfora
ou parábola do que acontecia entre Javé e
seu povo: Javé, um marido apaixonado e o
povo, uma esposa inconstante e infiel.
Os nomes dos filhos de Oséias também
se tornaram figura do que Deus dizia: Jezrael, nome do primeiro filho, é o nome do
sítio onde o general Jeú exterminou a fa-mília real de Israel; “Não-Compadecida” e
“Não-Meu-Povo”, nomes da filha e do filho
seguintes, por si só já falam.
Mas o amor apaixonado de Oséias por
Gomer vai fazê-lo tirá-la novamente da
prostituição. É Javé que se casa novamente
com seu povo e para sempre, conforme a
DIOCESE DE GUAXUPÉ
justiça e o direito, com amor e com carinho
(Os 2,21). Jezrael, nome do primeiro filho
de Oséias, significa ‘Deus semeia’, agora
Deus vai semear, vai multiplicar seu povo,
terá compaixão da “Não-Compadecida” e
ao “Não-Meu-Povo” vai dizer ‘Tu és o meu
povo’ e ele responderá: ‘Tu és o meu Deus!’
(Os 2,24-26).
ALIANÇA, CASAMENTO DE JAVÉ COM O
POVO
A partir daí, firmou-se a figura da aliança como um casamento de Deus com o
povo pobre e sem terra que fugira do Egito. Já Oséias dizia: “Pois agora eu é que vou
seduzi-la, levando-a para o deserto e falando-lhe ao coração. Ela, então me responderá como na juventude, quando escapou
da terra do Egito. Naquele dia, ela passará
a chamar-me de ‘meu marido’ e não mais
de ‘meu Baal’. Caso-me contigo com toda a
fidelidade e então conhecerás Javé!”.
Jeremias também lembra o tempo
quando o povo vivia acampado no deserto
à procura de uma terra boa de cultivo. “Assim diz Javé:
Eu bem me
lem-
bro de ti, da paixão da tua juventude, do
amor do teu noivado, quando me seguias
pelo deserto, terra onde não se planta.” (Jr
2,2).
O mesmo Jeremias diz mais adiante:
“Um povo de sobreviventes da espada encontra caminho no deserto. É Israel a caminho do lugar do seu repouso! Lá de longe,
Javé lhe apareceu: ‘Eu te amo com amor de
eternidade, por isso guardo por ti tanta ternura!’” (Jr 31,3).
O Segundo Isaías, falando da esperança de fim do cativeiro da Babilônia diz: “Não
fiques com vergonha, não há motivo para
corar o rosto! Deverás esquecer para sempre a vergonha que passavas na juventude,
nunca mais hás de lembrar as desilusões do
teu tempo de viúva, pois teu marido é teu
criador, Javé dos exércitos é o seu nome!
Mulher abandonada e aflita, Javé te chama.
Esposa da juventude, um dia abandonada,
contigo fala o teu Deus. Por um breve instante, eu te abandonei, com imenso amor
de novo eu te recolho. Na raiva, por um
momento eu te escondi
o meu rosto,
com
amor eterno voltei a me apaixonar por ti”
(Is 54,4-8).
Já o Terceiro Isaías, celebrando a esperança do retorno para a Terra e a reconstrução de Jerusalém canta: “Não mais terás o
nome de ‘Abandonada’ nem tua terra será
chamada de ‘Lugar Ermo’. Ao contrário, serás chamada de ‘Meu Bem’ e tua terra será
chamada de ‘Senhora’, pois Javé se apaixonou por ti, a tua terra estará casada. Como
um jovem que se casa com uma jovem,
assim teu criador se casará contigo. Mais
que um recém casado feliz com a esposa,
contigo estará feliz Javé” (Is 62,4-5).
NO NOVO TESTAMENTO
Não só as Bodas de Caná figuram num
casamento a passagem da antiga para a
Nova Aliança como mudança da água para
o vinho, mas inúmeras parábolas também
falam da realização plena do Reinado de
Deus como uma festa de casamento. O
Apocalipse arremata, convidando para a
festa do casamento do cordeiro e falando
da cidade nova que desce do céu para a
terra como uma noiva arrumada para o casamento.
9
a caminho do centenário
DOM ANTÔNIO AUGUSTO DE ASSIS, 1 o BISPO DA DIOCESE DE GUAXUPÉ
Por Clayton Bueno Mendonça, seminarista e estudante de Teologia na Faculdade Católica de Pouso Alegre (FACAPA)
Foto: Arquivo Arquidiocese de Pouso Alegre
PRIMEIROS ANOS E VOCAÇÃO
Antônio Augusto de Assis nasceu em
Lagoa Dourada, então Diocese de Mariana, no Estado de Minas Gerais, em 5 de
dezembro de 1863. Seus pais foram Pedro Augusto de Assis e Maria Francisca
de Assis. Tinha um irmão: Carlos Augusto
de Assis.
Com 20 anos, foi para o seminário em
Mariana, onde o recebeu Dom Antônio
Maria Corrêa de Sá e Benevides, bispo
diocesano. Ali ficou durante 3 anos. Entrou para o seminário maior e completou os cursos de filosofia e teologia. Das
mãos de Dom Benevides recebeu a tonsura e as quatro ordens menores; as três
ordens maiores recebeu-as de Dom Silvério Gomes Pimenta.
1907, como bispo titular de Sura e bispo
coadjutor da Diocese de Pouso Alegre.
Ordenou-se bispo no dia 17 de novembro do mesmo ano. Adotou como lema
episcopal In caritate non ficta (Na caridade não fingida), à luz de 2 Cor 6, 6ss.
Com a transferência de Dom Nery
para sua terra natal, Campinas (SP), Dom
Assis foi nomeado Vigário Capitular de
Pouso Alegre, em outubro de 1907. Em
27 de janeiro de 1909, tornou-se bispo
de Pouso Alegre, tomando posse a 17 de
novembro do referido ano.
Em agosto de 1913, Dom Assis embarcou para a Europa, regressando em
novembro. Autorizado pela Sagrada
Congregação Consistorial, transferiu a residência episcopal para Dores de Guaxupé, atual Guaxupé, aonde chegou em 21
de novembro de 1913. Fixou residência
em um prédio, no Largo da Matriz (atualmente praça Américo Costa), cedido pelo
Sr. Conde Ribeiro do Valle.
Em fevereiro de 1914, deu início aos
cursos do Ginásio Diocesano. E, aos 9
de agosto daquele mesmo ano, benzeu
a primeira pedra do edifício onde funcionaria o Seminário Menor e o Colégio
Diocesano. Naquela época, chegaram à
Guaxupé as primeiras religiosas Concepcionistas e instalaram estabelecimento
para educação de meninas e moças. Daí
em diante, Dom Assis desenvolveu muitas atividades com o objetivo de organizar o futuro bispado.
Padre Assis, em 1907, no dia de sua ordenação
episcopal
SACERDÓCIO E EPISCOPADO
No dia 24 de abril de 1892, foi ordenado sacerdote por Dom Silvério Gomes
Pimenta. Sua primeira paróquia foi a cidade mineira de São José del Rei (atual
Tiradentes). Mais tarde, como coadjutor,
por seis meses, residiu em Juiz de Fora
(MG). Na Diocese de Pouso Alegre (MG),
foi pároco na paróquia Nossa Senhora
da Conceição, em Pouso Alto (a partir de
1907, esta paróquia passou a pertencer à
Diocese de Campanha). De 1903 a 1905,
foi pároco em Borda da Mata e de 1905
a 1907, de Vargem Grande (atual Brazópolis). Chamado por Dom João Batista
Corrêa Nery foi para Pouso Alegre, sede
do bispado, onde exerceu as funções de
secretário do bispado, visitador diocesano, coordenador da obra das vocações
sacerdotais, reitor do seminário (1902),
arcipreste do cabido diocesano e vigário
geral.
Com apenas 43 anos de idade, o Papa
Pio X nomeou-o bispo , em 10 de julho de
10
Dom Assis, sentado à esquerda, no dia de sua ordenação episcopal
Pouso Alegre, até a posse do novo bispo
desta Diocese. Segundo consta dos arquivos da Cúria Diocesana de Guaxupé,
a cerimônia de posse consistiu em Missa, na nova catedral, pela manhã, com
comunhão geral dos fiéis. À tarde, foi
prestada uma homenagem ao Sr. Bispo,
sendo saudado pelo povo. Às dezoito horas, fez-se a leitura das bulas pontifícias,
entoando-se o “Te Deum”, dando-se a
bênção solene com o Santíssimo Sacramento.
Após a fundação do bispado, Dom
Assis continuou a trabalhar ardorosamente pelo estabelecimento das instituições diocesanas. Conseguiu ajuda às
paróquias para a conclusão das obras do
prédio destinado à instalação do Seminário e Colégio Diocesanos.
Visitou, com frequência e zelo apostólico, a Diocese; pregava, administrava o
Sacramento da Confirmação e animava o
movimento religioso. Organizou a Cúria
Diocesana e o serviço paroquial. Realizou
em Guaxupé as Conferências do Episcopado da Província Eclesiástica de Mariana.
NOVAS ATUAÇÕES E ÚLTIMOS
ANOS
Dom Assis - 1913
BISPO DE GUAXUPÉ
Na quinta-feira, 3 de fevereiro de
1916, criou-se a Diocese de Guaxupé
e, na segunda-feira, 7 de fevereiro do
mesmo ano, o Papa Bento XV nomeou
Dom Assis primeiro bispo de Guaxupé.
No domingo, 28 de maio, Sua Excelência
tomou posse da nova Diocese, continuando como administrador apostólico de
No dia 2 de agosto de 1918, foi nomeado bispo titular de Diocletianópolis e
auxiliar de Dom Silvério Gomes Pimenta,
arcebispo de Mariana. Visitou pessoalmente toda aquela arquidiocese e assistiu com carinho e desvelo Dom Silvério,
até seus últimos momentos. Em 24 de
fevereiro de 1922, recebeu o título de
arcebispo titular de Berito. Com a morte
de Dom Silvério, transferiu-se Dom Assis
para o Rio de Janeiro. Lá, trabalhou como
auxiliar do cardeal Dom Sebastião Leme;
exerceu, entre outras funções, as de capelão do convento da Ajuda, onde morava e professor do Seminário Maior de Niterói. A convite de Dom Duarte Leopoldo
e Silva, arcebispo de São Paulo, realizou
na referida arquidiocese longas viagens
pastorais.
Com a criação da Diocese de Jaboticabal (SP), a 25 de janeiro de 1929, Dom
Assis foi nomeado pelo Papa Pio XI, em
31 de julho de 1931, seu primeiro bispo.
Com quase 68 anos de idade, Sua Excelência tomou posse da nova Diocese no
dia 8 de novembro do mesmo ano, com
o título pessoal de arcebispo. Em Jaboticabal, Dom Assis também realizou um
fecundo trabalho pastoral.
Os últimos anos de vida, passou-os
em São João del Rei, rodeado pelos seus
e em perfeita lucidez. A Diocese de Jaboticabal estava sob a imediata administração do bispo coadjutor, Dom José Varani.
Como uma das grandes datas da
vida de Dom Assis, destaca-se o jubileu
de ouro de ordenação episcopal, transcorrido no dia 17 de novembro de 1957,
em Jaboticabal. Foi um acontecimento
ímpar na história eclesiástica brasileira
e raro na história da Igreja. Naquela ocasião, seu nome foi inscrito na ordem nacional do mérito.
Faleceu numa terça-feira, 7 de fevereiro de 1961, às 9 horas, em São João
del Rei. Estava com 97 anos de idade. O
sepultamento aconteceu na Catedral
daquela cidade; posteriormente seus
restos mortais foram transferidos para a
Catedral de Nossa Senhora do Carmo, em
Jaboticabal, aos pés da Excelsa Mãe que
ele tanto amou.
Foi um homem que acreditou na sua
vocação e missão apostólica, de grande
cultura, um poliglota, um estudioso que,
até o final da vida, esteve sempre às voltas com os livros de sua biblioteca. Foi,
sobretudo, um homem bom, um evangelizador incansável, além de carinhoso
amigo de todos seus parentes e de quantos com ele tiveram a felicidade de conviver. Pelo Espírito Santo, viveu a caridade
não fingida...
JORNAL COMUNHÃO
comunicação
COMEMORAÇÕES DE JUNHO
14
19
22
29
NATALÍCIO
Pe. Sidney da Silva Carvalho
Diácono Wellington Cristian Tavares
Pe. Donizete Miranda Mendes
Diácono Pedro Alcides Sousa
26
29
30
ORDENAÇÃO
Pe. Bruce Éder Nascimento
Pe. Olavo Amadeu de Assis
Pe. Guido Motinelli
Pe. Luiz Caetano de Castro
9
Setores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da
Catequese
Diocese: Reunião da Pastoral Presbiteral
Setores: Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPSs)
Diocese: Reunião com os Agentes do SAV
Setor Poços: Encontro de MECEs
Diocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministério
Diocese: Reunião do Setor Famílias em Guaxupé
AGENDA PASTORAL DE JUNHO
1
6
7-9
8-9
8
Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral em Guaxupé
Reunião do Clero
Diocese: Encontro Vocacional no Seminário São José em Guaxupé
Encontro Diocesano de Oração – RCC
Diocese: Reunião do Setor Juventude em Guaxupé
Reunião da Coord. Diocesana de CEBs em Guaxupé
Reunião do Conselho Diocesano do ECC em Guaxupé
Setores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord.
Paroquiais da Catequese
13
15
16
19
27
pais e filhos
JOVENS A CAMINHO DO ENCONTRO
Por Maria do Carmo Noronha, reside em Guaxupé
Sabemos que não é fácil... Nesses
momentos da realidade em que vivemos, quando parece dominar a violência, quando tantos conflitos mostram indícios alarmantes de guerras
religiosas, quando o desrespeito é uma
constante no cotidiano de muitos povos, qual será nossa resposta? O que é
feito desse ecumenismo que devemos
viver? Sabemos que o ecumenismo é
um processo que vai se desenvolvendo
com avanços e retrocessos, enfrentando barreiras religiosas e sociais. Essa é
nossa missão.
DIOCESE DE GUAXUPÉ
Vivemos agora a fase de preparação para o encontro dos jovens, para
uma verdadeira tomada de consciência da nossa missão de possibilitar
o ecumenismo.
Temos que romper
preconceitos, derrubar muros políticos
e econômicos, condenar as discriminações baseadas em valores tradicionais
e possibilitar a vivência e o respeito, as
diversidades culturais. Isso vai exigir
muita humildade, maturidade e práticas
que fecundem o surgimento de
uma nova mentalidade, de uma cultura ecumênica.
É realmente uma nova mentalidade. São novas formas de viver a fé e de
não desistir dos sonhos e da esperança. É uma programação para se alcançar a unidade das Igrejas, o que é importante, insubstituível. São sinais que
indicam nova espiritualidade ampla,
profunda, singela e amorosa.
As Campanhas da Fraternidade da
Igreja, mesmo aquelas que não se declaram ecumênicas, vão alimentando
a construção de uma mentalidade em
que o compromisso com a vida é a chave do verdadeiro ecumenismo.
Então, é o Espírito que nos chama
para sermos nós, juventude, um sinal
de esperança diante de um mundo dividido e ameaçado pela sede do lucro
e do poder.
Senhor, em ti está a fonte da vida. Só
tu, Senhor, nos colocas a serviço da
pessoa humana na defesa e na participação de tudo o que criaste, Senhor.
Tenhamos, então, olhos com brilho
para ver os corações e grandes para
celebrar a caminhada ecumênica.
11
educação e vida
JUVENTUDE - MEDOS E ANGÚSTIAS
Por Neusa Maria Figueiredo, psicóloga em Cabo Verde, Botelhos e Guaxupé
Somos nós, os adultos, que temos medo
dos jovens ou os jovens que têm medo de
nós, adultos?
Certo é que ultimamente temos vivido
momentos de tensão constante por não
sabermos como lidar com os jovens e eles,
por sua vez, estão cada vez mais descrentes
de nós, de nossas orientações, de nossos
valores e de nossas crenças. O momento
pelo qual o mundo está caminhando é um
tempo de ameaças no que diz respeito a futuro, empregabilidade, satisfação pessoal e
realizações concretas profissionais, pessoais
e das relações.
Valores que determinaram os comportamentos dos dois últimos séculos, como trabalhar para conquistar, casar para ter filhos
e pessoas com valores próximos aos seus,
permitindo trabalharem e crescerem juntos,
já não são fundamentais neste período em
que poucos são os vencedores. Muitas são
as influências políticas e sociais, as famílias
não mais são vistas como essenciais e importantes e, consequentemente, os jovens
se percebem sós, inseguros, ameaçados, na
defensiva e claro, amedrontados.
É bom lembrar que todo animal ameaçado se defende agressivamente e o humano não é diferente. Para enfatizar esta
frase, busquei uma definição de juventude
de 1983: “Juventude é uma daquelas palavras cuja definição se presta a todo tipo de
manipulação, entre outras coisas, porque é
uma categoria que tende a ser percebida e
definida biologicamente, ignorando-se que
as ‘divisões entre idades são arbitrárias’ e
‘objeto de disputa em todas as sociedades’”
(Bourdieu, 1983).
É desta maneira que toda a sociedade
vem lidando com os jovens, esquecendo-se
de fazer prevalecer autoridade, uma manei-
12
ra de demonstrar que se está preocupado e
interessado no outro, utilizando de autoritarismos que quase sempre são ameaçadores
e amedrontadores.
Freud constatou que apesar dos jovens
se rebelarem contra a autoridade dos pais,
sempre recorrem a eles quando em situações de conflitos ou dores. É necessidade
implícita e real que o ser humano carece de
apoio e segurança. Se a família é este ponto de apoio, com certeza desenvolveu na
criança e no jovem condutas seguras, com
correspondência familiar e social de aprovação e incentivo. O jovem é passível de vulnerabilidade por não estar ainda maduro nas
suas emoções e apresentar reações mais impulsivas do que pensadas. Neste momento,
toda e qualquer ação ameaçadora do adulto faz com que o jovem responda de maneira também ameaçadora.
Jovens são formados à imagem e semelhança da sociedade que os educa e os
forma. É a sociedade em que vivem, inclusas
as instituições que frequentam, as responsáveis diretas para orientá-los na compreensão dos valores positivos ou negativos
que irão determinar a capacidade do jovem
de estruturar e formar uma personalidade
sadia. Assim, o jovem poderá desbravar,
acreditar e perceber que obstáculos existem para serem contornados, permitindo
aos mesmos trabalharem tanto emoções
positivas quanto negativas com a segurança de sobrevivência e capacidade de novas
conquistas.
É muito importante compreender que
autoridade é responsável direta pela organização dos indivíduos e dos grupos, por
ser a detentora das regras, valores e procedimentos da boa convivência. É bom também lembrar-se de uma fala de Winnicott,
quando ele diz que criança normal quando
tem confiança nos pais provoca sobressaltos para exercer seu poder de desunião,
destruição, cansaço, medo e sedução. Um
jovem também pode ser interpretado desta
maneira, se o que a sociedade familiar, social ou religiosa pratica estiver em acordo
com o que ela prega, permitindo ao jovem
desenvolver ações críticas, questionadoras
e desafiantes, pois sabe que encontrará um
grupo social estável, capaz de ouvi-lo e debater com ele.
Maiores são os medos tanto quanto
mais inseguro se sente o indivíduo; portanto é muito importante que pais, igreja, instituições formadoras sejam mais modelos
do que críticos. Muitas vezes, a crítica vem
acompanhada de ameaças que tornam
crianças e jovens inseguros, pouco questionadores, ameaçados e quase sempre incapazes de reação frente ao menor obstáculo,
levando-os a atitudes defensivas, agressivas
ou até mesmo automutiladoras, quando
não homicidas ou suicidas.
Como cristã, acredito que a religião e a
base de fé permitem ao jovem perceber que
catástrofes não acontecem sozinhas. Depois
delas sempre vem o socorro, as ações benevolentes e o fortalecimento do “eu’ após as
dores sofridas. Cada vez que nos fortalecemos, mais distante fica o medo.
Disse Davi a Salomão: “Seja forte e corajoso! Mãos ao trabalho! Não tenha medo e
nem desanime, pois Deus, o Senhor, o meu
Deus está com você” (1 Cr 28, 20).
JORNAL COMUNHÃO

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