a frase do dia - Aguinaldo Silva Digital

Transcrição

a frase do dia - Aguinaldo Silva Digital
Escrito em:29/11/2009
QUE ESTÁS A FAZER, BEBÊ?
_______________________________________
A FRASE DO DIA:
(cortesia de Moacir Jardim)
"Só há uma coisa pior que estar na
boca do povo; é ser simplesmente
ignorado."
by OSCAR WILDE, que aparece vestido de Salomé e arrasando - na foto acima.
É isso aí, quereeeeeeeda!
(postado no dia 03/12 às 06h22m)
_______________________________________
GANHEI O NOBEL DE DATILOGRAFIA!
ANTES DE RESPONDER A ALGUMAS PERGUNTAS QUE ME FORAM
DIRIGIDAS HOJE, UMA DELAS RELACIONADA COM A
METAPATAFÍSICA, OU SEJA, O MEDO DA MORTE, EU, AGUINALDO
SILVA CHAVEZ, TENHO UMA DECLARAÇÃO A FAZER: ADORO QUE ME
ODEIEM. MAS QUE ME ODEIEM COM CLASSE. QUANDO ALGUÉM
ENTRA AQUI PRA DIZER QUE EU NUNCA ESCREVI NADA, ENTÃO NÃO
PASSA DE UM MUQUIRANA INDIGNO DE FREQUENTAR O PEDAÇO. NÃO
POR QUERER ME OFENDER, MAS POR USAR, PRA TENTAR FAZER ISSO,
ARGUMENTOS TÃO IDIOTAS. É CLARO QUE EU JÁ ESCREVI ALGUMA
COISA SIM. EM TERMOS DE NOVELA, FIZ A CONTA OUTRO DIA, EU JÁ
ESCREVI UM TOTAL DE 32400 (SIM, TRINTA E DUAS MIL E
QUATROCENTAS) PÁGINAS. E ISSO JÁ É MATERIAL SUFICIENTE PARA
ME DAR UM PRÊMIO NOBEL, NEM QUE SEJA DE DIGITALIZAÇÃO.
PORTANTO, É ISSO: QUEREM ME INSULTAR? PODEM FAZÊ-LO SIM,
MAS COM INTELIGÊNCIA E CLASSE, OU ENTÃO EU BAIXO O NÍVEL
MAIS AINDA E MANDO TOMAR NO TOBA. AH SIM, E QUANTO ÀS
PERGUNTAS? RESPONDO MAIS TARDE.
(postado no dia 02/12 às 09h24m)
_______________________________________
ANÕES VIRAM ARROZ DE FESTA!
Ao anunciar em sua coluna n´o Globo a presença de dez
“anões dançarinos” numa festa no Rio de Janeiro, Joaquim
Ferreira dos Santos, o colunista, cita a opinião de alguns
promoters: “neste momento a presença de anões é o que
há de mais quente nos eventos”. Atenção, Jackeline
Barroso e Eduardo Pires: é isso mesmo? Se for eu quero a
presença de dez anões, de preferência dançarinos, na aula
inaugural da nossa próxima master class. E se gostar de
algum, não tenho a menor dúvida: levo pra minha casa e
planto no meu jardim.
(postado no dia 02.12 às 08h58m)
_______________________________________
A FRASE DO DIA...
É de Susana Vieira:
“Acredito que eu e Aguinaldo Silva temos temperamentos
bem parecidos. No nosso caso, ou as pessoas nos amam ou
nos odeiam”.
O CONSELHO DO DIA...
Vai para o Jefferson, do site “O Planeta TV”:
Peraí quereeeeeedo, deixa de ser apressado, não escolhe
ainda os melhores do ano antes de ver
“Cinquentinha”!!!!!!!!
E POR FALAR EM “CINQUENTINHA”...
O lançamento foi um sucesso, principalmente culinário,
pois alguns jornalistas fifis caíram de boca no panelão de
picadinho... E rasparam o tacho! É, no meu tempo de
jornalismo os salários eram bem melhores... Ai vão mais
fotos da festa (acima). Numa delas aparece o elenco
inteiro. Na outra, no detalhe, Laura Proença, Ângela
Vieira, Felipe Baitelli... E, toda lindona, nos trinques
mesmo, minha parceira e amiga Maria Elisa Berredo: isso
mesmo quereeeeeda, vamos pras cabeças de novo! Afinal
de contas somos pagos pra isso, né não? Beijo!
(postado no dia 01.12, às 08h06)
_______________________________________
AI, QUE A INVEJA ESTÁ ME MATANDO!
Sim, estou morrendo de inveja. Vejam as fotos
acima: são da festa de lançamento de
"Cinquentinha", que está acontecendo neste
momento no Copacabana Palace com direito a
picadinho e tudo... E eu aqui, comendo macarrão
com mortadela e vendo "Brothers and Sisters"!
Que pobreza, meu Deus! Mas fazer o quê? Tinha
que assinar a escritura da minha nova casa aqui
em Lisboa. E como, apesar de ser sexy, gostosão
e lindo, ainda não tenho o dom da ubiquidade,
quer dizer, não posso estar em dois lugares ao
mesmo tempo... Divirtam-se por mim,
quereeeedos!
(postado no dia 30.11 às 20h30m)
_______________________________________
Olha elas três aqui, gente!
_________________________________
Ai, que essa vida de celebridade me irrita: até no
elevador do Musée des Arts Decoratifs, em
Paris, os paparazzi me perseguem?!!!!
____________________________________
“Que andas a fazer por cá?”
É o que me perguntam aqui em Lisboa amigos
portugueses. E eu respondo – a eles e a vocês – abaixo.
Acompanho, ainda que de longe, o lançamento oficial de
“Cinquentinha”; será nesta segunda-feira, dia 30, no
Copacabana Palace, numa festa em que haverá atores,
atrizes, jornalistas e salgadinhos... O que sempre dá uma
excelente mistura.
Nutro, igualmente de longe, great expectations, grandes
esperanças em relação à minissérie, cuja linguagem - eu
acho - vai ser uma ótima novidade, pelo menos para a
minoria de telespectadores (ainda) pensantes.
Trabalho no roteiro de “Roque Santeiro – o filme”, que
prometi entregar no dia 20 de dezembro aos produtores,
embora – é Natal, bimbalham os sinos! – já esteja
inclinado a espichar um pouco mais este prazo.
Vejo “Brothers and Sisters”, que aqui se chama muito
apropriadamente “Irmãos e Irmãs”, a terceira temporada,
tão boa quanto às anteriores, e mais que estas um novelão
desenfreado a descer, sem vergonha ou pânico, a
acidentada ladeira do melodrama. Uma lição pra quem
quer fazer seriado no Brasil, mas acha que os episódios
não devem ter ganchos: será que eles não perceberam que
os ganchos despudorados de “Donas de Casa
Desesperadas” são uma das razões do seu sucesso?...
Leio um livro que me entusiasmou como poucos nos
últimos anos: “A fantástica vida breve de Oscar Wao”, de
Junot Diaz, Prêmio Pulitzer de ficção nos Estados Unidos
em 2008. Junot Diaz é o primeiro chicano – descendente
de latinos – a ganhar o prêmio. Nasceu na República
Domicana, mas foi criado (e educado) nos Estados
Unidos. Seu livro é sobre os anos trágicos da ditadura de
Trujillo em seu país de origem, mas é mais que isso: é
sobre o fuku, a maldição que Cristóvão Colombo, um
azarado célebre, trouxe consigo para a América Latina, e
que pesa sobre nós até hoje. O que é exatamente o fuku?
Não se preocupem, eu explicarei... Mas num outro post.
Vou ao teatro – para ver “The Twelve Tenors”, uma dúzia
de meninos bonitinhos e talentosos, e “A Gaiola das
Loucas”, um luxuoso musical produzido por Felipe La
Féria (de quem também vou falar em outro post)... Do
qual, no dia em que eu estava lá, um sério senhor
português levantou depois de cinco minutos de bichices
sobre o palco e saiu a gritar: “isso é um congresso de
paneleiros!”
Que mais ando a fazer?
A me comunicar com vocês, queridos da minha vida, já
que estou sempre dando aqui no blogão dia e noite.
A fazer vida social intensíssima, em parte graças à
passagem por Lisboa de Moacir Jardim, sua amiga Déia
(os dois comigo na foto acima) e a querida Cláudia
Barreiro, com os quais fiz uma programação gastrocultural tão intensa que me rendeu uma azia daquelas.
E a pensar, pensar sempre muito: nos projetos para o ano
que vem; na minha peça “A Vida Começa aos Sessenta”;
em “Marido de Aluguel” e suas possibilidades de elenco...
Glória Pires faz ou não faz Griselda? A esse respeito
prevejo uma novela dentro da novela.
A dar entrevistas... E a melhor de todas saiu num local
insólito: no Valor Econômico, cujo repórter Paulo Totti,
depois de conversar durante horas comigo e ter o seu
gravador roubado quando saía do hotel, mesmo assim
conseguiu reconstituir tudo... E o resultado foi um
suplemento especial que o jornal publicou só comigo e
cujo título era – te mete! – “o senhor do destino”!
Enfim, faço o que posso pra que todos, inclusive eu
mesmo, acreditem que estou vivo.
______________________________________
O Teatro Politeama, aqui em Lisboa, virou uma gaiola
pink and purple pra receber as Loucas.
______________________________________
O “BOUILLON DE CULTURE” DE LARA!
Ah sim: e quanto às perguntas indiscretas, mas sábias
de Lara Romero? Um verdadeiro bouillon de culture!
Trato de respondê-las logo aí embaixo.
O amigo fere mais do que o inimigo?
R. Ferida é ferida meu amor, dói, inflama e infecciona
do mesmo jeito. Mas sou partidário do: “quem com
ferro fere, com ferro será ferido”. E quando é um
amigo (ainda que da onça) que nos desfere o golpe, aí é
mais fácil revidar. Só que, no meu caso, tem que ser no
máximo cinco minutos depois, ou então eu relevo e
perdôo.
Antes sentir raiva do que nada?
R. Faulkner diz em “Palmeiras Bravas”, citando não
me lembro mais quem (talvez Shakespeare): “entre o
vazio e a dor, eu prefiro a dor”. Acho que a mesma
coisa vale para a raiva: entre o nada e a raiva eu
prefiro a última, mesmo que ela venha, num futuro que
eu espero seja remoto, a me provocar um AVC.
É bom ser elogiado-bajulado mesmo que só por interesse
ou sem sinceridade?
R. É bom ser bajulado e ponto final. Mas bom mesmo é
saber que não é a bajulação o que realmente nos
valoriza, e sim o nosso esforço pessoal. Afinal de
contas, quem não gosta de carinho? Pouco importa que
seja verdadeiro ou falso... Desde que nos leve ao
orgasmo.
E vossa senhoria consegue detectar tal fato (relativo a
pergunta anterior)?
R. Se eu consigo perceber quando a bajulação é por
interesse? Kakakakakakakakaka! Eu morei na Lapa,
queridinha, sei bem como é que a banda toca e, quase
sempre, desafina... Ouço ou leio tudo, depois olho pros
meus botões e digo pra eles: “esse tolinho pensa que
pode me enganar!”
É mais difícil pedir perdão ou perdoar?
R. Ih, meu bem, pedir perdão é facílimo, é só dizer:
“me perdoa”. Agora, perdoar... É difícil pra carvalho!
Mas, talvez por isso mesmo, é também uma arte, que a
gente precisa exercitar muitas vezes por dia até se
tornar um especialista. A traição mais difícil de
perdoar é a amorosa. Mas tanto eu me exercitei nela
que hoje tiro de letra...
Teria mudado o final de alguma de suas novelas?
R. O final não. Mas “Suave Veneno”, por exemplo, eu
teria mudado toda. E nem tê-la-ia escrito se eu
soubesse que o resultado seria aquela merda.
Ana Karenina merecia morrer?
R. Ah, nem me fale. Eu li o livro com treze anos, me
apaixonei na hora pelo safado do Conde Vronsky, e me
senti a própria! Quando ela se jogou debaixo daquele
trem eu estava lá, solidário com ela... E também morri
junto. Mas hoje sei que se ela não tivesse morrido o
romance não seria aquela obra prima, portanto...
Antes mal-acompanhado do que só?
R. Sou suspeito pra responder a essa pergunta, já que
adoro a solidão, embora concorde que isso deve ser
uma espécie de fuku. Mas, embora acabe sempre só na
minha cama de dois por dois metros, confesso que
gosto muito de, antes disso, estar na boa companhia
dos amigos.
Beleza, dinheiro ou talento?
R. O talento, quando bem gerido, se torna produtivo e
traz dinheiro. E com dinheiro a gente sempre acaba
por se tornar apresentável, bonitinho, bonito e, numa
fase superior, SEXY, GOSTOSÃO E LINDO!
Portanto...
As aparências enganam?
R. De vez em quando. Mas não há nada que o “Perfect
Touch”, o novo e revolucionário produto de Yves
Saint-Laurent (trate de ir correndo comprar aí na
Mona Lisa!) não possa consertar.
Comentários(1940)
Link deste post
Indique este Post
-------------------------------------------------------------------------------------Escrito em:21/11/2009
ESSA VIDA SOCIAL ME CANSA!
_______________________________________
Pois é fofetes, pra festejar o Emmy conquistado pelas
novelas brasileiras fui jantar na “Varina da Madragoa”,
um restaurante aqui de Lisboa no qual só vai gente fina –
de Jorge Amado a José Saramago, passando por Ronald
Reagan, Fafá de Belém, Maria Zilda, Patrícia Pilar,
Cavaco Silva e José Sócrates, entre outros. Como eles, eu
também assinei o livro de clientes ilustres... Embora não o
seja. E comigo estavam, vejam na foto acima, ninguém
menos que Cláudia Barreiro, vinda diretamente de Viana
do Castelo, e Moacir Jardim, o nosso cônsul em Colônia,
na Alemanha. Olhem só o que sobrou de comida nos
pratos: aqui não tem miséria não!
E por falar em miséria: está faltando luz aí no Leblon e
Ipanema? Que tal pedir um pouco de energia elétrica
emprestada a Portugal? Aqui não tem hidrelétricas
fantásticas nem usinas atômicas, mas nunca, nunca,
NUNCA falta luz! E olhem só como estão iluminadas as
ruas: na primeira foto abaixo, a fachada do Teatro Dona
Maria II; na segunda, a Rua Augusta. A neblina da foto é
“fake”, quer dizer, é produzida pela fumaça que sai dos
carrinhos de vendedores de castanhas assadas na hora.
Esse que aparece em primeiro plano na foto não pode ver
uma câmera e já faz pose. Por causa disso apenas a mulher
dele é que trabalha...
______________________________________
UM "EMMY" PARA A GLÓRIA!
Are Baba! Finalmente saiu um Emmy Internacional
para a televisão brasileira que, em matéria de
qualidade, disputa pau a pau o título de melhor do
mundo com a norte-americana. E saiu logo para o que
fazemos de melhor: uma novela. Vejam na foto acima
Glória Perez e Marcos Schetmann, autora e diretor de
“Caminho das Índias”, os dois todos pimpões, exibindo
o troféu de melhor novela que lhes foi conferido há
apenas algumas horas. Parabéns a Glória, cuja
concepção muito pessoal do que seja uma telenovela é
assim premiada; parabéns a Schetmann, que se dedica
com rara fidelidade à realização do que escreve a
autora; e parabéns à Rede Globo de Televisão, cuja
primazia mundial no gênero fica assim, de uma vez por
todas, reconhecida.
(postado no dia 24/11 às 04h27m)
____________________________________
BELA NOITE DE DOMINGO
Sim, bela noite de domingo, no Begold, o
restaurante de Olbaque (à direita, na foto), aqui
na Rua da Rosa, no Bairro Alto, em Lisboa, com
Moacir Jardim (à esquerda), o nosso Moá
comentarista, que veio de Colônia, na Alemanha,
especialmente pra me ver. Jantar de primeira, por
conta do chef, que é meu conterrâneo lá de
Pernambuco (de São José da Coroa Grande!), e
astral altíssimo! Agora já estou em casa, vou
dormir, amanhã ataco, com as minhas cinco mil
garras, o roteiro de "Roque Santeiro - o filme"...
Mas sobre isso eu falo depois. Beijos!
_______________________________________
MAS EU TAMBÉM SOU NEGUINHO!
Um jantar no "Jules Verne", na Torre Eiffel: os
brancos no salão, os negros na cozinha, e a cidade
muito, mas muito lá embaixo.
_______________________________________
Eu hoje ia escrever sobre este feriado esquisitíssimo
intitulado “Dia Nacional da Consciência Negra”. Ia dizer
que, por conta de iniciativas desse tipo, estamos a correr o
risco de nos tornarmos um país racista; e que, numa nação
onde as diferenças entre brancos e negros simplesmente
não existem, pois a maioria tem um pé na senzala e outro
na casa grande – somos todos bundudos/quer dizer:
mulatos! – isso pode se tornar um grave problema no
futuro.
Sim, ia escrever a respeito... Mas não vou fazer isso,
mesmo que dois comentários recentes de José Franklin,
publicados aqui sobre o tema, tenham fortalecido a minha
impressão de que estou certo: o problema no Brasil não é a
cor da pele, mas a miséria ética e moral, que afeta
igualmente brancos, mulatos e negros. E se os últimos
merecem homenagens e benesses da parte de alguns
políticos são por razões eleitoreiras – juntar os assim
chamados “negros” debaixo do mesmo guarda-chuva
protetor lhes rende votos.
Não vou falar sobre este assunto porque estou cansado de,
aqui de longe, voltar os olhos para o Brasil e perceber que,
por mais que vivamos agora a grande oportunidade de
nossa vida como nação, continuamos a cometer erros que,
no futuro, acabarão por anular todas essas vantagens de
que agora usufruímos... E o erro principal de todos é o
nefando populismo que tanto atrai nossos políticos.
Enfim: não vou falar sobre isso porque este não é um tema
para um simples, mero e desimportante telenovelista, e
sim para os analistas da grande hora, ou seja: sociólogos,
antropólogos e analistas políticos.
E também porque, depois de cinqüenta anos de todo tipo
de ativismo e de muita indignação, simplesmente cansei, e
agora vos digo:
QUE SE F**AM!
Vou é cuidar de minha própria vida, ou pelo menos da
vida que me resta.
Sem, no entanto, esquecer que, enquanto simples, mero e
desimportante telenovelista, tenho mais a dar – e dou – ao
povo desse país que qualquer merdinha metido a político.
Quanto estou a escrever novela falo diariamente para 50
milhões de pessoas, que, se votassem no mesmo candidato
a Presidente, bastariam para eleger Serra ou Dilma
E a essas pessoas eu dou alegria.
Dou distração.
Dou tema pra discussão e debate.
Dou a minha visão pessoal dos fatos da vida pra que as
pessoas, através dela, cheguem à sua própria visão a
respeito.
Por isso vos digo: aquela famosa cena de DUAS CARAS,
durante um jantar na casa de Barretão (Stênio Garcia), na
qual uma discussão sobre TODOS os tortuosos meandros
do racismo acontece diante dos olhos pasmos dos
telespectadores como se eles estivessem diante de um
flagrante absurdo e cruel da vida, valeu mais que cem
feriados intitulados Dia da Consciência Negra... E mais do
que mil discursos de políticos negros de costumes cada
vez mais brancos – porque de classe média ou ricos.
E assim, mesmo sendo eu neguinho, sobre o vitimismo
que alguns querem colar na pele dos nossos negros só pra
tirar vantagens pessoais disso eu não falo mais...
Porque tenho dito.
Jeanne d´Arc (douradésima) e eu: negrinhas ou
branquelas?
Pegando um cascalho no caixa eletrônico: coisa de
branco?
Comentários(2813)
Link deste post
Indique este Post
-------------------------------------------------------------------------------------Escrito em:11/11/2009
AINDA: ECOS DA NOSSA FESTA!
______________________________________
SANTA BRUNA SURFISTINHA
Deborah Secco, que está protagonizando um filme sobre a
vida de Bruna Surfistinha, a garota de programa que virou
autora de um livro autobiográfico, tem uma explicação
bastante peculiar pra moça ter escolhido a profissão de,
digamos, assim, puta:
"Ela tem um vazio de amor. Foi abandonada pela
família biológica e não teve amor dos pais adotivos. Por
isso entrou nessa vida."
Ah Débora, fala sério!... Se toda menina que passou por
esse tipo de problemas virasse puta, esta seria a profissão
mais usual na população feminina mundial...
Tudo bem que atores procuram sempre uma motivação
que sirva para absolver suas personagens de todos os
pecados... E a motivação mais comum é a de que sofreram
abusos na infância. Mas assim também já é demais.
Bruna Surfistinha é o que foi e o que é, e pronto. E
continua ganhando dinheiro graças à profissão que
escolheu, e da qual visivelmente se orgulha.
(postado no dia 19/11 às 06h04m)
___________________________________
Yes, ele tem pernas!
_________________________________________
Como vocês sabem, eu estava em Lisboa. Estava, disse-o bem...
Porque agora já estou em Paris.
Kakakakakakakakakakakakakakkaka!
Pois a vida é rápida, e tem que ser vivida intensamente enquanto,
tal como Marlene Dietrich nos seus bons tempos e Tina Turner
até há pouco, ainda se tem pernas.
E pernas, meus queridos, eu as tenho! Longas, elegantes e
resistentes, capazes de andar, sem perder o ritmo, sete
quilômetros em uma hora e meia.
Aqui estou, portanto, gozando das delícias dessa cidade, que é a
mais bela do mundo, porém começa a sofrer com o cerco da
muquiranagem (depois eu dou detalhes!)... Mas sem esquecer de
vocês.
Só pra lembrar da nossa fraternidade, que, esta sim, sobreviverá a
tudo, posto mais algumas fotos alusivas ao nosso último evento: o
brunch na pérgola do Cocapabana Palace, na manhã seguinte à
noite do lançamento de “Deu no Blogão”.
Vejam, pela ordem: 1, Pedro, Alexandre Ganso, Índira, Rogério
Sabath e Virgílio Neto; 2, Lucas Nobre, Daniel Berlinsky, Bruno
Fracchia e Pedro; 3, Adriano Rafael, Davi Vallerio e Bruno
Fracchia; 4, Eduardo Pires e Jackeline Barroso, fotografados da
varanda de minha suíte no Copa; 5, Davidson Azevedo, Estevão
Ribeiro, Rodrigo Ribeiro, Leina Quadros e, meio encobertos,
Marcos Bittencourt, Rogério Sabath e Daniel Berlinsky a
conversar comigo. Detalhe: na foto de Jacke e Edu, atentem para
o velhote, a sorrir todo pimpão, pois achou que eu estava tirando a
foto dele!
(postado no dia 16/11 às 06h43m)
___________________________________
MARA: UMA GRANDE MULHER DO POVO
No dia do lançamento de “Deu no Blogão” Wolf Maya
me pediu para autografar o livro da Mara Manzan:
“Ela queria muito vir, mas não pôde, e me encarregou
desta missão” – ele disse, discreto.
Eu, no entanto, já sabia: depois de lutar feito uma leoa
contra a doença, Mara estava muito mal.
Agora ela se foi, e todos nós que a conhecíamos
estamos tristes. Pois, além de ser uma criatura capaz
de uma alegria contagiante, Mara Manzan era uma
dessas raras atrizes que têm cara de gente, que são
altamente populares e por isso conseguem manter um
canal de comunicação direto e instantâneo com o
público.
Foi assim em “Senhora do Destino”, onde ela fez
“Janice” uma inesquecível e humaníssima mãe de
família (foto).
E também foi assim em todos os seus trabalhos na
televisão.
Nunca vamos te esquecer, Mara: beijo!
(postado no dia 13/11 às 12h25m)
_________________________________
CLÁUDIA RAIA É UMA "LADY"!
Leiam a nota a seguir, publicada na coluna de Flávio
Ricco, na UOL, e vejam a que ponto chegamos:
Mais uma da série "como assim?". Pequena coletiva
no lançamento do novo sorvete da Magnum, a
reportagem de plantão resolveu fazer perguntas a
Cláudia Raia sobre os tempos em que ela foi casada
com Alexandre Frota.
Coisa de mais de 10 anos.
E ela, com a maior paciência e elegância, não
deixou ninguém sem resposta.
Este é um exemplo perfeito de como os setores mais xiitas
da imprensa Fifi tratam as assim chamadas “celebridades”.
Cláudia Raia casou em 1986 com Alexandre Frota, então um
promissor galã da televisão brasileira. Três anos depois estavam
separados.
Em 1994 Cláudia casou com o ator Édson Celulari, com quem
teve dois filhos. Os dois formam um dos casais mais unidos – e
bonitos – da televisão brasileira. Nunca se ouviu um bochincho
ou um disse-me-disse qualquer sobre os dois e, portanto, pode-se
dizer que levam uma vida exemplar.
Nestes anos todos Cláudia teve – tem, e ainda terá – grande
sucesso profissional, e mostrou um visível crescimento como atriz
e pessoa.
Mas não é isso que interessa ao Fifi. Como o primeiro
marido de Cláudia, muito tempo depois de separado dela,
entregou-se a uma vida, digamos assim, fora dos padrões,
ele prefere interrogá-la sobre acontecimentos de 23 anos
atrás, dos quais ela está inteiramente desligada...
OU NÃO HAVERIA ESCÂNDALO!
É esse tipo de atitude de certo tipo de imprensa que somos
obrigados a aturar todos os dias.
Segundo Flávio Ricco, Cláudia Raia respondeu às perguntas do
Fifi com “a maior paciência e elegância”.
Mas ela também seria paciente e elegante, além de justa e
apropriada, se em vez disso simplesmente lhe dissesse:
“VAI TOMAR NO TOBA!”
(postado no dia 13/11 às 09h16m)
_________________________________________________________________
A FRASE DO DIA:
eu fugi literalmente de Governador Valadares
porque näo suportava pisar em bosta de VACA...
(Moacir Jardim, hoje um ilustre morador de Colônia,
na Alemanha)
______________________________________
EMPRESTEM-ME VOSSAS ORELHAS!
Tudo bem que já faz uma semana do lançamento de
DEU NO BLOGÃO e eu devia mudar de assunto.
Mas vou falar do quê?
Do apagão generalizado, a provar que até nisso a
administração Lula imita a anterior, do Fernando
Henrique Cardoso?
Da campanha presidencial descarada e ilegal (porque
feita antes da hora) assumida por uma certa
candidata?
Do jornalista de São Paulo que, depois de fazer comigo
uma entrevista que durou duas horas e meia, teve a
mochila, com o gravador dentro, arrancada de suas
costas por um ciclista na saída do hotel?
Não, meus quereeeedos, prefiro falar apenas de coisas
positivas...
E positiva mesmo foi a nossa reunião durante o
lançamento do livro, como vocês poderão constatar nas
fotos abaixo.
Sobre a festa em si me abstenho de escrever de novo, já
que descobri um texto, que reproduzo depois das fotos,
no qual eu assinaria embaixo. Ele foi escrito por um
rapaz chamado Stanford (vejam a foto dele junto com
o texto de sua autoria), que assina um site (ou “saite”,
como escreve a Ressentida Mooca) chamado DIVA
DIZ.
Well done, Stanford quereeeedo!
(Nas fotos a seguir: Adriano Rafael, autor do prefácio
do livro; Meg Santos; Rodrigo Ribeiro e Luciana, sua
esposa; Danuza Barreira, autora da capa lindíssima:
Arthur Dória, o editor do livro, com a esposa Bianca;
Bruno Pires; Rodrigo (outra vez), Bruno Fracchia e
Meg; Meg (de novo!) e o marido Leon; Rosana
Baggini, a nossa querida Princesa; Davi Vallerio; Guto
Colunga; Marco Bittencourt; e Kátia Moraes.
UMA QUESTÃO DE PONTO DE
VISTA
Stanford (na foto), o autor do texto abaixo.
Celebridades são seres que deveriam habitar um mundo à
parte. Egos inflados, flashes disparados, fofocas imensas
sobre assuntos que não deveriam interessar a ninguém a
não ser as próprias celebridades. E, graças a esse culto aos
famosos, somos brindados com situações hilárias e, muitas
vezes, inacreditáveis!
E euzinho, Stanford, o seu melhor amigo gay, viveu uma
experiência incrível na semana passada no meio de várias
estrelas de todas as grandezas da nossa televisão. E, digo
para vocês, nenhum filme de comédia poderia ser tão
engraçado.
Na última quarta-feira, o autor de novelas da Globo,
Aguinaldo Silva, fez o lançamento oficial de seu novo
livro Deu no Blogão, na Livraria da Travessa, dentro do
BarraShopping, no Rio de Janeiro, e o pobre Stanford que
vos escreve foi convencido por alguns amigos, fãs do
novelista, a acompanhá-los ao ‘evento’. Como eu não
tinha absolutamente nada de melhor pra fazer na noite,
resolvi ir. E digo-lhes, foi uma coisa bem surreal na minha
vida. O lançamento estava marcado para as 19h30min e
cheguei à livraria por volta das 21h. Parece que escolhi a
pior hora possível para aparecer naquele lugar.
Todos sabem que o que o Aguinaldo Silva tem de talento,
tem de ego. O autor tem um blog bastante conhecido na
internet e adora que lhe joguem confete. Eu,
particularmente, me divirto lendo o dito cujo pois o
melhor de tudo é o bom humor do autor, que sabe ser
polêmico e ao mesmo tempo, provocador. O seu novo
livro nada mais é que uma compilação de textos
publicados em seu blog e editados. Convenhamos, apenas
uma boa forma de capitalizar.
Agora, pense comigo: se eu sou um ator mediano ou uma
estrela que gosta de aparecer, qual seria o melhor lugar
para eu estar numa noite de quarta feira? Resposta óbvia:
no lançamento do livro de um dos maiores autores de
novela das 20h vivo e em atuação (ainda).
Assim que entrei na livraria, o que primeiro me chamou a
atenção foi a presença de Letícia Spiller na fila. Admito: a
atriz é linda pessoalmente e achei sua postura excelente.
Na fila, aguardando sua vez, com uma classe de dar inveja
aos demais famosos que chegariam a seguir. Euzinho, que
não sou dado a ataques de histeria ao encontrar com um
famoso no shopping (afinal, moro no Rio, e os ‘famosos’
estão em todos os lugares nessa cidade, desculpa aí!) fui
para a fila com meus amigos e fiquei observando o
movimento da livraria. Em poucos minutos, parecia que
um carnaval havia começado.
Pânico na TV, CQC e mais algumas câmeras de programas de
televisão sobre celebridades ocuparam a livraria e causaram um
verdadeiro fuzuê naquele lugar. O público do shopping, que até o
momento não tinha idéia do que estava acontecendo dentro da
livraria, ao ver aquele mundo de câmeras e personagens de
programas de humor, começou a entrar e o circo estava armado.
Entre as subcelebridades presentes, tenho de destacar a
postura de Narjara Turetta. Não se lembra dela? Nem eu,
mas fui informado que ela já foi uma atriz conhecida (por
quem?) e que depois de um momento de dificuldades na
vida começou a vender cocos na praia e a frequentar esses
programas vespertinos que exploram a miséria humana.
Me dá dó! Enfim, ela estava digna na fila,
preocupadíssima com o pessoal do Pânico e do CQC!
Ouvi de relance o momento em que ela disse para alguém
ao seu lado: “Tomara que eles não me vejam aqui, não
quero aparecer!” SEI! Tudo que ela queria era ser
entrevistada e voltar à mídia.
Enquanto estava na fila com meus conhecidos que
esperavam sua vez de terem seus livros autografados (juro,
eu não comprei o livro!), vi ela adentrar no recinto. Aliás,
não tinha como não ver: todas as câmeras foram em sua
direção e as pessoas cochichavam ‘É a Susaninha! A
Susana Vieira! Ela veio!’. E como um furacão ela chegou!
Pude ouvi-la perguntando onde era o fim da fila e quando
lhe mostraram ela foi para lá, não sem antes anunciar para
todas as câmeras: ‘Eu sou educada, não vou furar fila!
Vou esperar como todos vocês que também estão
esperando! Aproveito para dar entrevistas nesse tempo!’
Fina demais a grande atriz que estava acompanhada de seu
atual namorado (um rapazinho simpático, sorridente,
bonitinho… Me senti mega identificado com ele, sabe?
Tenho certeza que temos muito em comum, se é que vocês
me entendem! Pronto, falei!) Entretanto, sinto-lhes
informar, 10 minutos depois ela estava tirando fotos com o
Aguinaldo Silva e autografando o seu livro. E eu
permanecia na fila, num local originalmente na frente dela.
Vá entender o conceito de fila indiana desse povo, né?
Aliás, eu acho que estou totalmente defasado com esse
conceito de fila. Afinal, enquanto estava lá acompanhando
meus amigos aguardando por um autógrafo, vi surgirem à
nossa frente e entrarem na ‘fila’ várias pessoas que não
estavam lá antes. David Brasil, Leonardo Vieira, Ildi
Silva, Eri Johnson, Wolf Maia, entre outros. Chegavam
como quem não quer nada, cumprimentavam os amigos
atores, davam um risinho para as câmeras e paravam na
fila. NA NOSSA FRENTE!
O tempo passava, a ‘fila’ aumentava e os micos corriam
soltos. Rafael Cortez (gatíssimo ao vivo), do CQC,
entrevistava as ‘celebridades’ presentes com classe e bom
humor. Já Amaury Dumbo, do Pânico, chamava uma
atenção absurda acompanhado de um gordo todo pintado
de tinta prata, servindo cachaça aos seus entrevistados na
fila. Os presentes se acabavam de rir daquilo e eu pensava:
o que estou fazendo aqui, my God!
Mas nem só de furas fila foi feito o ‘evento’. Carol Castro,
Maria Padilha, Tuca Andrada, e alguns atores que eu não
sei o nome mas que certamente querem trocar a Record
pela Globo, estavam lá, felizes, na fila, esperando sua
oportunidade de puxar o saco do Aguinaldo.
Na hora que meus amigos finalmente chegaram até o
Aguinaldo, achei-o até que bem simpático. Foi atencioso e
escreveu para cada uma daquelas pessoas uma dedicatória.
Acho digno pessoas que NÃO mandam fazer um carimbo
e só rubricam o nome em cima dele em noites de
autógrafo (desculpe aí, Adriana Calcanhoto).
No fim da noite, descobri que o mundo das celebridades
pode até ter muito glamour… Mas também falta uma boa
dose de bom senso! E é nessas horas que eu penso
seriamente em me inscrever no BBB e virar um verdadeiro
ícone gay do Brasil. Tenho tanto pra ensinar à
humanidade. Muito franco.
Comentários(3272)
Link deste post
Indique este Post
-------------------------------------------------------------------------------------Escrito em:5/11/2009
SERÁ QUE EU MEREÇO TUDO ISSO?...
__________________________________________________________
Eram 19h10m quando adentrei na Livraria da Travessa, no
Barrashopping, na última quarta-feira. A noite de autógrafos
estava marcada para 19h30 e lá, além dos funcionários e clientes
usuais, não havia viv´alma.
Fiquei logo de pescoço duro. Pensei: e se não vir ninguém? Olhei
pra Jacqueline Barroso e Eduardo Pires e percebi que os dois,
igualmente tensos, deviam estar pensando a mesma coisa. Pra me
acalmar, ela disse:
“Primeiro vamos atender a imprensa!”
E eu perguntei aos meus botões:
“Mas que imprensa?”
Sim, havia um jornalista a bancar o gato pingado. Ele veio e me
fez uma saraivada de perguntas. Eu respondi, mas não me
perguntem o quê, pois não lembro. Estava com um olho nele e
outro na porta... E vi quando entraram os editores do livro. Um
deles trazia o filhinho nos braços e eu pensei ao vê-lo:
“Quando crescer esta criança vai contar aos filhos que foi em sua
primeira noite de autógrafos quando ainda era um bebê de colo...
E ela foi o maior fracasso!”
Foi nesse instante, em pleno inverno da minha desesperança, que
surgiu Liége Monteiro, a promoter de dez entre dez estrelas (e,
portanto, minha promoter), e anunciou:
“É melhor ocupar o seu lugar, Aguinaldo, porque eu vou
organizar a fila”.
Pensei, enquanto olhava a livraria imensa, de dois andares, e a via
completamente vazia de novo:
“Mas que fila? Essa mulher está louca?!”
Foi aí que comecei a ouvir um bochincho, um zum-zum, um
bruhahá... E percebi que as pessoas estavam chegando!
Eram exatamente 19h30m. Em poucos instantes uma fila
serpenteou pela livraria e ocupou todos os seus recantos. E eu,
levado pelo meu séquito de assessores e amigos, tratei de ocupar
o lugar a mim reservado. Fiz isso de modo triunfante... E, nas
próximas três horas e meia, num total de 480, não parei de dar
autógrafos.
No final estava com os dedos duros e o restante do corpo,
inclusive aquilo, completamente mole.
Sim, quereeeedos, graças inclusive a vocês, a noite de autógrafos
de Deu no Blogão foi o maior sucesso! Mas, antes que tudo
deslanchasse... Que sofrimento! Pois é sempre assim nesta minha
cabeça cheia de culpa: tudo que faço, pra mim está sempre
destinado ao fracasso. Aí acontece justamente o contrário, e então
eu me surpreendo e me pergunto:
“Mas como Deus pode ser tão bom comigo, se eu, malvado que
sou, não o mereço?!”
E aí meu anjo da guarda, cheio de impaciência, resmunga ao meu
pé de ouvido:
“Deixa de frescura, viado!”
Pois é: mesmo que eu não mereça, fiz sucesso de novo. A noite de
autógrafos de Deu no Blogão foi um momento mágico. No final,
antes de expulsar de lá a mim e aos remanescentes que ainda
insistiam em querer autógrafos, os funcionários da livraria me
disseram:
“Nunca antes na história da Livraria Travessa Barrashopping
houve algo sequer parecido”.
Saí de lá em estado de graça é claro... E fui dormir na suíte 450 do
Hotel Copacabana Palace, pois no dia seguinte, na pérgola do
hotel, aconteceria o brunch com a turma aqui de casa, ou seja, o
pessoal do blog.
Acordei às 7 horas, abri as portas da varanda que dá para a piscina
do Copa, vi o mar lá no fundo... E acreditem: justo nessa hora ia
passando um enorme, imenso, felliniano transatlântico! Pensei: se
começa com uma visão destas é porque esse dia será perfeito.
E foi! Vejam nas fotos abaixo: 1, a turma toda reunida; 2, Índira,
a bela esposa de Alexandre Ganso, Rogério Sabath e Virgílio
Neto; e 3, o garçon a esperar pelo meu autógrafo.
O nosso brunch foi um desses momentos mágicos, de raras
harmonia e felicidade. Estávamos todos em estado de graça, eu
inclusive. Além dos velhos amigos da master class, algumas
pessoas que eu só conhecia virtualmente estavam ali, ao vivo e a
cores... E nenhuma delas me decepcionou, pelo contrário.
Ficamos lá, a comer e a charlar, a trocar de lugar a todo instante, e
só saímos porque os maitres e garçons, que precisavam preparar
o ambiente para o almoço, tiveram que nos expulsar... De novo!
Mas antes de fazê-lo não resistiram: surgiram com alguns
exemplares de Deu no Blogão tirados não se sabe de onde e me
dirigiram a frase de praxe:
“Será que o senhor pode me dar um autógrafo?”
Mesmo sem querer partir, nos despedimos todos... Prometendo
que, no prazo máximo de um ano, e talvez até antes, faremos de
novo esse encontro. Pois, embora espalhados pelo mundo a fora,
mais que nunca temos a certeza disso: somos uma família, não
somos?
Sei que dali a turma toda foi se reunir em outras paragens, e lá
continuaram com a farra. Eu tive que ir pra casa, pois à noite
haveria no Restaurante Enotria do Casashopping um jantar da
turma de CINQUENTINHA em minha homenagem.
De novo foi o máximo: o jantar, cujo cardápio, planejado pela
minha querida Marluce Dias da Silva, era vintage”, feito à base
de pratos que estavam em moda nos anos 50, incluía um
“picadinho a carioca” divino, o qual, mal provei a primeira
garfada, me remeteu proustianamente ao restaurante Gôndola, em
Copacabana, point de gays e intelectuais naquela época, e onde
Paulo Francis lia aos domingos seu enorme exemplar do “Estado
de São Paulo” com toda a pompa e circunstância... Mas já com os
pés inchados!
Não vou citar a lista dos presentes ao jantar pra não cometer a
injustiça de esquecer algum nome. Vou dizer apenas que foi
divertidíssimo.
Do elenco da minissérie só Marília Gabriela não pôde
comparecer, pois àquela altura – e até as duas da matina -,
deambulava pelos jardins de um palacete em Botafogo...
INTEIRAMENTE NUA! Mas não se preocupem, não era vida
real, era apenas a gravação de mais uma cena de
CINQUENTINHA.
Sim, foram dias memoráveis estes primeiros de novembro. Não
sei se mereço ou não, mas o fato é que, embora eu não possa
cantar aquela musica do folclore mexicano que diz: “yo tengo un
novio yo tengo un novio yo tengo un novio que me lleva ala
bahia y que me dice mia mia”, o fato é que, quanto resto, eu tive
tudo... Mesmo o que não merecia.
__________________________________________________________
GENTE, A FESTA FOI DE ARRASAR!
LA VIEYRA A MIL POR HORA!
__________________________________________________________
___________________________________________________________
Outro link para um vídeo sobre o lançamento, este
do site "Te Contei", e garimpado pelo nosso
quereeeedo Guto Colunga: imperdível!
http://www.tecontei.com.br/video/325/deu-no-blogao.html
___________________________________________________________
Sim: foi, sem nenhum exagero, uma noite de arrasar. Centenas de
pessoas, mais de 500 livros vendidos, pelo menos 400
autografados. Gente de todas as tribos a ocupar as dependências
da Livraria da Travessa, cujos funcionários, atônitos, mal
conseguiam controlar a confusão. No final um deles confessou:
“aqui nunca aconteceu uma noite de autógrafos igual a essa”.
Quando tudo terminou fui dormir na suíte 450 do Copacabana
Palace, mas antes tive que fazer compressas na munheca, que só
não desmunhecou porque já vive desmunhecada. Lá, foi só o
tempo de comer um magnífico ravióli encomendado ao room
service, e depois caminha. Mas às 6h30m já estava em pé de
novo, para escolher – e postar as fotos abaixo.
Vejam, pela ordem: 1, com Daniel Filho; 2, a mídia e os
convidados; 3, Susana Vieira e o namorado; 4, João Emanoel
Carneiro; 5, Walcyr Carrasco, 6, Thaís de Campos, Monique
Alfradique e Wolf Maya; 7, Ricardo Linhares; 8, a turma do
blogão, ou seja: o pessoal aqui de casa.
Às 9h15m o frege começou de novo, dessa vez na pérgola do
Copa, onde o café da manhã se prolongou até às 11h. Mais
autógrafos. Até o maitre e os garçons levaram seus exemplares de
DEU NO BLOGÃO assinados pelo autor, ou seja: euzinho!
É claro que estou apenas fazendo um relato sucinto. Mas se vocês
quiserem ver imagens mais quentes, acessem a reportagem que o
VIDEO SHOW postou logo cedo. Eis o link:
http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM1154363-7822AGUINALDO+SILVA+LANCA+LIVRO+NO+RIO+DE+JANEIRO,00.html
Ainda estou me refazendo dessas emoções todas. Como diria
Roberto Carlos... São tantas! Haverá mais nesta noite quando irei
a um jantar no qual estará boa parte do elenco de
“CINQUENTINHA”, além de outros amigos. Amanhã contarei
mais, darei mais detalhes, e publicarei mais fotos.
Por enquanto, ficam os meus beijos.
Escrito em:1/11/2009
É HOJE O DIA DO ABRAÇO!
_____________________________________
É hoje o dia do abraço, pessoal! A partir de 19h30m,
na Livraria da Travessa, no Barrashopping (Avenida
das Américas 4666, loja 220, nível América), eu estou
esperando por vocês!
_____________________________________
DANDO UMA DE "TUITEIRO":
Acabei de receber a lista dos atores que confirmaram
presença no lançamento de "Deu no Blogão": até
agora tem dois elencos de novela das oito! (139 toques.
Pronto, tuitei!)
___________________________________
LÁ VEM O BOQUIRROTO DE NOVO!
Minha querida Meg Santos escreve num dos seus
comentários:
“Mestre, está na hora de mudar o post!”
Eu sei quereeeeeeda. Mas, atolado de trabalho até o
gogó como estou agora, cadê tempo? Mal começo a
procurar um assunto o telefone toca e eu já tenho que
fazer outra coisa. Por isso resolvi apelar... E publicar a
entrevista abaixo, uma das minhas favoritas deste ano
de tantas entrevistas, feitas pelo jornalista Miguel
Arcanjo Prado, o meu querido Miguelito, para o portal
R-7 dias após sua estréia. Quem não leu vai adorar, e
quem já leu vai adorar de novo.
Divirtam-se!
Mas antes constatem, na foto abaixo, o quanto
continuo “sexy”, gostosão e lindo.
- Por que você decidiu renovar com a Globo? Quando
bateu o martelo? Renovou por quantos anos? Terá de
escrever o que neste período?
R. Eles me chamaram para antecipar a renovação.
Fizeram
uma proposta, que eu considerei insultuosa. Fiz uma
contrapoposta, e assim demos início a uma longa
negociação, que, acho, terminou bem para ambas as
partes. Eu assinei o melhor contrato de toda a minha
vida, e
a Rede Globo mantém este que é, modestamente, um
dos
seus melhores autores. O contrato é de cinco anos, sem
prorrogação, durante os quais farei duas novelas e dois
seriados ou uma minissérie.
- Você chegou a dizer que pensava em ser autônomo. Por
que desistiu? Ainda pensa nisso para o futuro?
R. Acho que esta é a saída para os autores de peso:
tornarem-se independentes, autônomos, assinarem
contratos
por obra. O problema é que todos eles já atingiram
uma
idade, digamos assim, bastante madura, e temem o
risco. Mas
este não é o meu caso, continuo pensando a respeito.
- (O jornalista Miguel Arcanjo Prado na foto acima) Você
estava
negociando com outras emissoras? O que te ofereceram?
R. Sim, estava em fase de conversas. O Sílvio Santos
chegou a falar em números. A Record, que também me
procurou, não chegou a esse ponto. Mas como deixou
claro
que estava disposta a pagar minha multa contratual,
presumo
que sua oferta seria irrecusável. Pena que não chegou a
tempo, pois eu não via - e ainda não vejo - o menor
problema em mudar de emissora.
- Quando estreia Cinquentinha? Como é a parceria com a
Maria Elisa Barredo?
R. Cinquentinha estréia no começo de dezembro.
Maria
Elisa Berredo, além de grande amiga, é minha parceira
de
muitos anos. Resolvi promovê-la de colaboradora a
co-autora porque ela merece. Não entendo porque a
Rede
Globo até hoje não a convidou para escrever suas
próprias novelas. E se alguma outra emissora me
perguntasse que autor eu lhes recomendaria, eu não
hesitaria em dizer: Maria Elisa Berredo.
- Como foi transformar algo pensado para ser um seriado
em
uma minissérie? Terá quantos capítulos agora?
R. Primeiro eu achei que era fácil. Claro, eu sou a
própria Pollyanna, sempre otimista. Mas depois, como
expliquei no meu blog, descobri que era dificílimo. Mas
não tenho frescuras, sou pago pra escrever, por isso
escrevi e fui em frente. No final, acho que
Cinquentinha
como minissérie ficou melhor ainda.
- Você sente saudade da parceria com Ana Maria
Mortetzohn
e Ricardo Linhares? Qual a novela desse trio de que mais
gostou?
R. Sem dúvida foi "Tieta". Sinto saudades de como nos
entendíamos, como tudo fluía na mais santa paz.
Nunca
houve dissensões nem brigas. Se eu fosse um crápula
teria mantido os dois sob a minha asa pro resto da
vida. Mas
achei que eles eram bons demais pra continuar em
segundo
plano. Ana e Ricardo são ótimos novelistas, e deviam
cuidar mais de suas respectivas carreiras solo.
- Qual personagem da Renata Sorrah você prefere:
Heleninha Roitman ou Nazaré Tedesco? Por quê?
R. Heleninha Roitman, como diria Marília Pera, era
apenas
uma coadjuvante, não tinha peso na história. Já
Nazaré Tedesco... Era muitíssimas vezes maior que a
vida. Prefiro Nazaré Tedesco, sem dúvida. E prefiro
até mesmo Renata Sorrah fazendo a caftina Zenilda
em "A
Indomada" do que Heleninha Roitman.
- Como você encarou o sucesso estrondoso de ‘Senhora do
Destino” no Vale a Pena Ver de Novo? Esperava já por
isso?
Acha que essa novela é sua obra prima?
R. Não, minha obra prima é "Tieta". Mas "Senhora do
Destino" sempre fará sucesso porque tem uma
mensagem muito
clara, que é: a preservação dos valores famíliares
é nossa única possibilidade de escapar à barbárie.
- O sucesso de “Senhora do Destino” na reprise
ajudou na renovação de seu contrato com a Globo? Como?
R. Sim. Depois de 40 anos nas Organizações Globo eu
me
tornara meio "móveis e utensílios". Embora seja o
autor
de seis das 15 novelas de maior audiência da casa,
tinha
me tornado invisível para eles. Foi só a partir dessa
reprise que eles me notaram de novo. Não é incrível?
- Você acha que Tiago Santiago vai dar certo fazendo
“Uma
Rosa com Amor” no SBT?
R. Não sei, não tenho bola de cristal, e muito menos sou
bruxo. Mas se quer minha opinião sincera: acho que
Thiago,
se quer mesmo se tornar um grande autor, precisa se
preocupar menos com intrigas palacianas e se esforçar
mais
um pouquinho. Talento ele tem, sem dúvida, o que
precisa
é caprichar no quesito perseverança.
- O que você acha das novelas da Record? O que falta
nelas para conquistarem mais o público? Viu “Os
Mutantes”? E
“Bela, a Feia”?
R. Ah. Falta tanta coisa! Falta um Aguinaldo Silva e
um
Jayme Monjardim, por exemplo. Eu pergunto: os dois
com os
contratos prestes a acabar... Como é que a Record
pôde
comer mosca? Dos Mutantes, achei o primeiro uma
proposta
interessante, e a decisão de continuar por duas
temporadas
um desastre, que agora está mostrando suas
consequências.
Quanto a “Bela, a Feia” não sei o que houve. Deu certo
em
todo lugar do mundo!...
(na foto abaixo, no escritório da minha casa na Barra)
- Você concorda com a máxima que diz que os autores
sempre repetem as mesmas novelas? Por quê?
R. Concordo... Em relação aos outros. No meu caso é
diferente, e isso e notório. Tenho feito novelas sempre
diferentes uma das outras. E isso é reconhecido até
pelos meus colegas. Dia desses, numa conferência, o
Gilberto Braga falou isso.
- Você tem quantas casas e onde? Por que você resolveu
ter essa "vida cigana"?
R. tenho casas em Itaipava, no Castelo (centro do Rio),
na
Barra da Tijuca (casa), na Barra da Tijuca
(apartamento) e
em Lisboa (no bairro do Castelo). Já tive um
apartamento
em Paris, mas vendi durante a bolha imobiliária.
Resolvi
levar essa vida cigana porque vida de escritor, sempre
trancado em casa a escrever, é um pé no saco. Assim,
pelo menos mudo de ambiente. O único problema é que
preciso ter exatamente as mesmas coisas em cada casa.
- Você quer pedir cidadania portuguesa?
R.Quero. Mas como o processo é longo, a não ser que
as
autoridades portuguesas dêem um jeito vou morrer
antes de
consegui-la. Por enquanto só tenho a autorização de
residência.
(na foto abaixo, no escritório da minha casa em Itaipava)
- Em que parte do mundo está neste momento? Qual será
seu itinerário nos próximos dias?
R. Cheguei de Paris ontem, hoje amanheci em Lisboa.
Dia 8
volto pra minha casa no Rio, dou início às obras no
apartamento da Barra, e aí vou pra minha casa em
Itaipava.
Depois sigo para o apê no Castelo, volto pra casa na
Barra, dia 8 de novembro venho pra Lisboa, e aí...
Paris
de novo.
- Você já foi vítima de preconceito por ser
homossexual? E nordestino?
R. Já, mas é engraçado, porque até hoje só fui
vítima de preconceito por parte de pessoas que
ganhavam
muito menos do que eu...
- Qual foi a barra mais pesada que você enfrentou na
vida?
R. Quando fiquei preso na Ilha das Flores, na década
de
70, por delito de opinião. Foram 75 dias incomunicável.
Mas eu contrário de muitos outros que passaram pela
mesma
situação não pedi indenização ao governo por causa
disso, pois não acho que o povo tenha que pagar pelo
que
sofri por conta das minhas convicções políticas.
- Seu blog foi eleito vencedor no prêmio Topblog. Por que
você acha que ele faz tanto sucesso com internautas? Ele
tem quantos acessos?
R. Meu blog faz sucesso porque ao mesmo tempo é
pessoal e
jornalístico... E porque, modéstia à parte, eu sei
como incrementar o negócio. Essa história de acessos é
como o Ibope, meio secreta, mas da última vez que eu
soube, me diseram que ele tinha 130 mil acessos por
dia.
- Você gosta de um barraco?
R. Adoro. Todo mundo adora. Até os esquimós são
barraqueiros.
- Você está namorando ou apaixonado no momento por
alguém? Ainda acredita no amor?
R. Não estou namorando, nem estou apaixonado, mas
continuo
com meu nome no mercado. Se o cavalo passar
ajaezado na
minha frente eu monto... E saio a soltar beijinhos.
- O gênero do realismo fantástico não tem uma grande
Novela há tempos. Você tem vontade de voltar a escrever
uma
novela assim? Por quê?
R. Tenho, mas li no jornal que Marcílio Moraes vai
fazer
uma na Record. Tomara que dê certo.
- Qual remake você gostaria de fazer?
R. Não um remake, mas uma continuação: de "A
Indomada", com Altiva Pedreira voltando, linda e
loura no
primeiro capítulo, à cidade onde morreu queimada.
Afinal de contas, no último capítulo ela anunciou: “I
Will be back!”
- Você acha que o sucesso de “Senhora” ajudou Dado
Dolabella, que estava no elenco, a ganhar A Fazenda?
R. Não, acho que o Dado ganhou porque é ótimo
comunicador, além de jovem e bonito. Gosto muito
dele.
- Qual a sua novela preferida?
R. Fico indeciso entre "a Indomada" e "Tieta".
- Você manterá a parceria com Wolf Maya? Por quê?
R. Até que a morte nos separe. Porque a parceria dá
certo
quando, mais do que uma parceria, vira uma espécie
de
casamento.
Ufa! Cansei:
É isso.
Comentários(1077)
Link deste post
Indique este Post
--------------------------------------------------------------------------------------

Documentos relacionados

Foi o que aconteceu. - Aguinaldo Silva Digital

Foi o que aconteceu. - Aguinaldo Silva Digital Quanto a mim, tirei minhas próprias conclusões. Baseado nas respostas sobre a masturbação, eu vos digo: ou os portugueses são uns tolinhos ou são uns grandes mentirosos! ___________________________...

Leia mais