Frecuencia Latinoamérica

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Frecuencia Latinoamérica
Ano 9 - Nº 70 - Dezembro 2005
Edição em PORTUGUÊS
Latinoamérica
www.frecuenciaonline.com
Novas tecnologias de
acesso prometem mudar
o cenário na América
Latina em 2006
ALTA
VELOCIDADE
SKYPE PÕE LENHA NA
FOGUEIRA DA TELEFONIA IP
GSM MÉXICO SUMMIT 2005:
ESPECIALISTAS DEFENDEM
UMA NOVA REGULAMENTAÇÃO
ISSN 1555-855X
COMUNICAÇÃO SEM FIO NA AMÉRICA LATINA
3G CDMA2000 e WCDMA (UMTS)
O carisma da 3G
Localização
Carisma—ou você tem ou não tem. As redes celulares 3G têm. Olhe em volta e você
verá as pessoas sendo atraídas pela grande variedade de recursos e aplicativos de dados
com o padrão CDMA2000 e WCDMA (UMTS) das redes 3G. Com as redes 3G, você não
só pode falar com outras pessoas, como também pode acessar a Internet, os serviços
de localização e de e-mail, além de baixar músicas e jogos, toques personalizados e
protetores de tela.
Para conhecer melhor o carisma das redes 3G,
visite o site www.qualcomm.com/brasil ainda hoje!
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EDITORIAL
Latinoamérica
Nº 70 Dezembro 2005
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FRECUENCIA LATINOAMÉRICA circula oito vezes no ano e é
distribuída às empresas e executivos do mercado de
telecomunicações sem fio.
Assinatura anual: Latinoamérica, EUA e Canadá: US$ 35.
Europa e Ásia: 60 Euros. Brasil R$ 50. México: $ 250
Direitos Reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta
publicação sem prévia autorização da direção. As opiniões contidas
na revista Frecuencia Latinoamérica refletem a posição dos autores e
não necessariamente a da ITP Editorial.
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Em nome
do usuário
O
ano de 2006 promete muitas emoções na região, e
não apenas porque os principais países estarão envolvidos com eleições presidenciais. Mas porque a
América Latina terá, de fato, um ano novo no uso de tecnologias emergentes, especialmente, àquelas que permitem a entrega de serviços de telecomunicações nas áreas mais carentes de infra-estrutura.
O WiMAX promete movimentar a indústria assim como,
certamente, os debates em relação à Terceira Geração devem ficar ainda mais acirrados. O espectro é um bem escasso
e todos os envolvidos no setor sabem que explorar melhor
esse recurso é a melhor alternativa para a oferta dos serviços integrados de voz, dados e imagens. O chamado triple
play não é mais discurso. Ele começa a ganhar forma e conteúdo nas operadoras.
Até que essas novas tecnologias estejam operacionais, o
GSM conquista novas frentes e amplia a oferta de serviços.
Durante o GSM Summit México, primeiro evento realizado
pela ITP Editorial, nos dias 21 a 23 de novembro, os principais
especialistas da área foram unânime ao afirmar que a telefonia celular é, hoje, um importante instrumento de inclusão
social, já que é o serviço mais próximo das camadas mais carentes da população.
Exatamente por isso, uma das conclusões mais significativas do GSM México Summit 2005 foi relativa ao aspecto
regulatório. A questão é emblemática. Se de um lado é preciso garantir a melhor qualidade de serviço ao assinante,
do outro, é preciso assegurar às operadoras, o retorno dos
investimentos realizados. Trabalho não faltará. E claro
FRECUENCIA LATINOAMÉRICA estará, mais uma vez,
atenta aos novos cenários do setor de comunicação móvel na América Latina. Que o ano novo que está chegando possa concretizar as promessas nele depositadas. Nós
da equipe Editorial da Frecuencia estaremos aqui para
fazer e acontecer.
Feliz Natal e um ótimo 2006!
Ana Maria Yumiseva - Diretora
Dezembro 2005
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ÍNDICE
NOTÍCIAS
NOTICIAS
6
8
ESPECIAL
ARGENTINA
Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos
(INDEC), o consumo de serviços públicos na Argentina
registrou, em outubro de 2005, um aumento de 15,5%
em relação ao mesmo mês do ano passado e de 0,3%
comparativamente a setembro, impulsionado pela
telefonia celular.
MÉXICO
O tráfego de serviços de mensagens curtas (SMS) via
telefones celulares aumenta, em média, 20% por trimestre
no país, enquanto o de voz cresce entre 3% e 4%.
10
EQUADOR
As autoridades de telecomunicações têm um novo
motivo para se preocuparem. Trata-se de um projeto de
lei que pretende financiar as atividades da Defesa Civil
com o pagamento, por parte das empresas móveis que
operam no país, de um centavo de dólar por chamada ou
mensagem via celular.
12
COLÔMBIA
As operadoras móveis foram incluídas no Tratado de Livre
Comércio com os Estados Unidos, conforme defendia o
governo colombiano, visando que elas tivessem as
mesmas obrigações e direitos das demais operadoras de
telecomunicações.
13
Brasil é a primeira
parada, mas empresa
planeja abrir subsidiárias
no México, Venezuela,
Chile e Argentina, revela
o diretor geral da
empresa, Carlos Pires.
Questão de
ESTADO
Em 2006, a América Latina discutirá se adotará ou não uma
posição comum em relação à implantação da TV Digital. Dois
dos mais aguerridos países da região – Brasil e Argentina –
buscam um consenso para a escolha de um padrão que
assegure a produção de equipamentos no Cone Sul.
No Brasil, o primeiro canal de TV Digital – ainda sem a
definição do padrão definitivo - estará no ar, em projeto
piloto, a partir de fevereiro.
PÁGINA
14
CAPA
Durante o GSM México Summit 2005, realizado de 21 a 23
de novembro, na cidade do México, e o primeiro evento
patrocinado pela FRECUENCIA LATINOAMÉRICA, os
especialistas do setor de telecomunicações colocaram à
mesa de debates as suas propostas em torno da nova
onda de telecomunicações móveis prometida para a
América Latina. No entanto, também aproveitaram o
evento para deixar claro que o caminho a percorrer em
busca do sucesso ainda é longo.
OPINIÃO
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A posse de um grande legado de tecnologia se
constituía em grande vantagem para as operadoras
tradicionais em relação aos players "entrantes".
Contudo, em face das facilidades e flexibilidade
das novas tecnologias, as operações de adaptação
do legado para o novo ambiente de serviços já vão
se tornando reflexos de uma visão excessivamente
dogmática. Por Leonardo Bon.
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Dezembro 2005
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O logotipo Nokia é marca registrada da Nokia Corporation, Finlândia.
Cada compromisso
é especial.
Já imaginou você tendo um parceiro que é líder do setor, pronto
para entender o seu negócio e totalmente comprometido
com os seus resultados? Agora, imagine trabalhar lado a lado
com um provedor de tecnologia consagrado, que desenvolve
soluções inovadoras, capazes de simplificar seu trabalho
e ajudar você a atender ainda melhor seus clientes.
A Nokia oferece mais do que idéias e serviços.
Ela é a única que dispõe de uma solução completa dentro do
mercado de comunicação com mobilidade. Por isso, está
preparada para acompanhar de perto as suas necessidades e
as dos seus clientes. Então, vamos olhar para o futuro juntos?
Let’s network.
br
NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Forte crescimento
Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos
(INDEC), o consumo de serviços públicos na Argentina
registrou, em outubro de 2005, um aumento de 15,5%
em relação ao mesmo mês do ano
passado e de 0,3% comparativamente a setembro, impulsionado
pela telefonia celular.
Houve um crescimento de
70% no número de aparelhos
em serviço, que chegaram a 20
milhões e 371 mil, enquanto as
chamadas realizadas subiram
53,8%. Já o número de linhas
telefônicas fixas aumentou apenas 0,2%, alcançando
quase 8 milhões e 869 mil. As ligações urbanas caíram
0,3%, e as interurbanas cresceram 15,3%.
Microprocessador
mais veloz
A Qualcomm lançou um novo microprocessador de
alta velocidade, desenhado especificamente para dispositivos móveis. Trata-se do Scorpion, otimizado para as
soluções Mobile Station Modem (MSM) da empresa e
destinado a convergir telefones móveis e aparelhos
eletrônicos de consumo, fornecendo alto desempenho e
reduzida necessidade de energia.
Segundo a Qualcomm, com o novo Scorpion, que
oferece 1GHz de velocidade – um desempenho oito
vezes maior que o das atuais soluções MSM – os
terminais móveis de nova geração poderão contar com
um poder de processamento semelhante ao de
equipamentos de computação pessoais. A empresa informa ainda que o co-processador multimídia que
acompanha o Scorpion implementa a tecnologia ARM
NEON, por meio da qual são realizadas oito bilhões de
operações por segundo, ampliando assim suas capacidades multimídia, requisito indispensável nos dispositivos móveis mais recentes e futuros. Ao longo de
2006, serão anunciadas as plataformas e produtos
MSM que empregarão o Scorpion.
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Dezembro 2005
Licitação da Movistar
sob o crivo do TDLC
O Tribunal de Defesa da Livre Concorrência
(TDLC) emitiu um parecer no qual desaprovou os
fundamentos da licitação apresentada pela Movistar
quanto à concessão do serviço público de telefonia
móvel, que implica o uso de 25 MHz do espectro de
radiofreqüência na banda de 800 MHz.
No parecer, o TDLC deixou aberta a possibilidade de a empresa submeter à sua avaliação
um novo texto, ajustado aos critérios estabelecidos. A Movistar, por sua vez, deixou claro
que não se trata de uma
recusa frontal e que poderão ser realiza das
reuniões com o TDLC
para a formulação de uma
nova proposta, pois entendeu que "há pontos a
serem esclarecidos."
O TDLC advertiu que
as bases contêm "condições de licitação e de
transferência consistentes em prestações e contra-prestações que, por
sua entidade e natureza,
poderiam gerar conseqüências competitivas distintas das que este tribunal levou em conta ao
determinar a resolução n° 2/2005". Esta resolução refere-se à aprovação da compra da Bellsouth
Chile, sob determinadas condições.
Outro argumento do tribunal é que os prazos da proposta da Movistar superam bastante
o tempo máximo – 18 meses – que ele outorga
para transferir as concessões. O documento
registra também que as bases foram apresentadas sem seus anexos, "que formam parte integrante das bases em questão e não podem
ser excluídos da análise necessária para a eventual aprovação das mesmas."
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Só precisa de dar um pequeno passo para
mudar para HSDPA. Mas o efeito é enorme.
Está à procura de uma actualização fácil para melhorar o desempenho da sua rede?
A Siemens Communications Mobile Networks está pronta para oferecer uma solução HSDPA de
ponta a ponta com poder real:
Desenvolvimento de acesso às Internet de alta velocidade, transmissão de vídeo, teletrabalho,
jogos e muito mais – desfrute de todo um novo mundo de serviços móveis!
www.siemens.com/mn
NOTÍCIAS
SMS cresce 20%
por trimestre
Menos tarifas nas
ligações móveis
O tráfego de serviços de mensagens curtas (SMS)
via telefones celulares aumenta, em média, 20% por
trimestre no México, enquanto o de voz cresce entre
3% e 4%. Os dados foram divulgados por Jorge
González, diretor de Engenharia e Relações com a
Indústria e Governo da Telcel.
No primeiro trimestre de 2005, a empresa registrou
um total de 2,5 bilhões de SMS. No mesmo trimestre de
2003, o tráfego foi de 500 milhões, o que significa que
em dois anos este serviço multiplicou por cinco.
O Órgão Supervisor de Investimento Privado em
Telecomunicações (Osiptel), do Peru, divulgou as
novas tarifas devidas pelas operadoras de telefonia
móvel nas ligações procedentes de outra operadora.
Edwin San Román, presidente da Osiptel, explicou
que estas novas tarifas permitirão diminuir o custo
das chamadas entre celulares e também a partir de
telefones públicos para celulares.
A redução gradual começou em janeiro de 2006 e
irá até 2009, totalizando, nesses quatro anos, 53,47%
com relação à tarifa máxima atual. O percentual de
queda em cada chamada dependerá da política de
concorrência estabelecida pelas próprias empresas.
Durante o processo de estabelecimento das tarifas máximas, as operadoras apresentaram suas
propostas de tarifas de terminação. A Telefónica
Móviles propôs uma taxa de US$ 0,228; a Nextel,
de US$ 0,1345; e a América Móviles (ex Tim) sugeriu US$ 0,280.
Depois de análise pela Osiptel, foram feitas
modificações: a América Móvil terá uma tarifa
máxima 62% abaixo da de sua proposta; a Nextel,
31% inferior, e a Telefónica Móviles, 60% menor.
Comunicação global
As operadoras América Móvil e Vodafone assinaram um acordo de cooperação que permitirá a ambas
oferecer a seus clientes serviços de roaming internacional. A proposta é que ambas estendam seus esforços de colaboração para que os usuários corporativos
multinacionais contem com um atendimento compartilhado.
Com o acordo, que abrange 53 países da América, Europa, Ásia e
África, os clientes da
América Móvil poderão
aproveitar os benefícios do roaming da
Vodafone por meio da cobertura mundial desta operadora, enquanto os usuários
da Vodafone terão acesso aos serviços móveis internacionais da América Móvil quando estiverem na América Latina.
Em uma primeira etapa, estarão incluídos serviços como roaming de voz e GPRS, roaming preferencial e discagem rápida de acesso a serviços de
valor agregado na rede de origem, mensagens de
boas vindas e aperfeiçoamento de ligações (Virtual
Home Environment). Posteriormente, também serão oferecidos serviços de roaming para pré-pago e
atualização de saldo.
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Dezembro 2005
Montagem de celulares
A VIT iniciará este ano, na Venezuela, a montagem de
celulares, a um custo menor que o do mercado. A informação é José Brett Mundo, presidente da empresa
Venezuelana de Indústrias Tecnológicas (VIT), que trabalha com a companhia chinesa Lang Chao.
Mundo explica que os telefones móveis serão vendidos com a tecnologia GSM, e poderão ser utilizados nas
redes das três operadoras do país: Movilnet, Movistar e
Digitel. De acordo com o presidente da VIT, a data do
início da fabricação ainda não foi estabelecida porque falta definir alguns detalhes. "O projeto contempla preços
competitivos e produtos de qualidade", enfatiza.
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NOTÍCIAS
Mais mobilidade
A Telefônica Movistar Panamá lançou no mercado nacional o novo serviço "Correo Movistar",
que provê, aos clientes corporativos e profissionais, acesso ilimitado à Internet e e-mails. Fazem
parte da iniciativa os
aparelhos PalmOne Treo
650 e Sony Ericsson
P910, que têm preços
de referência respectivamente de US$ 500 e
US$ 450, variáveis de
acordo com o plano de
cada cliente.
O assinante receberá seus e-mails no celular em tempo real, por
meio do sistema "e-mail
push", que envia imediatamente as mensagens
para a caixa de entrada
, sem necessidade de
download. Entre as funcionalidades do "Correo
Movistar", estão o recebimento, visualização e
edição de arquivos anexados no formato de programas como o Word, Excel, Power Point e PDF.
Até outubro de 2005, a Movistar Panamá contava com pouco mais de 788 mil assinantes.
"Um centavo pela
minha segurança"
As autoridades de telecomunicações do Equador têm um novo motivo para se preocuparem.
Trata-se de um projeto de lei que pretende financiar as atividades da Defesa Civil com o pagamento, por parte das empresas móveis que operam no
país, de um centavo de dólar por chamada ou
mensagem via celular.
O projeto de lei para o Financiamento da Direção Nacional de Defesa Civil, do deputado Segundo Serrano, foi enviado ao presidente Alfredo
Palacio no dia 28 de outubro passado. Em 14 de
novembro, foi encaminhado ao Ministério de Economia e Finanças. Essencialmente, o deputado propõe a criação de um fundo denominado "Um centavo pela minha segurança".
De acordo com o projeto de lei, "arrecada-se
das empresas telefônicas móveis um centavo por
ligação ou mensagem efetuada por celular para o
financiamento do fundo acima mencionado."
As autoridades do Conselho Nacional de Telecomunicações (Conatel) e do Ministério de
Economia e Finanças (MEF) analisaram o documento e emitirão um pronunciamento técnico.
Mas já advertiram que uma proposta dessa natureza sem dúvida aumenta o custo do serviço
de telefonia móvel.
Viva: investimento de US$ 14 milhões em 2006
Em cinco anos, desde sua criação, a Viva tornouse uma empresa integrada de telecomunicações, e
sua meta atual é chegar ao posto de primeira operadora do país. A afirmação é de seu vice-presidente executivo, Juan Pablo Calvo. Nos primeiros cinco
anos de operação, a empresa faturou US$ 81 milhões, com investimentos de US$ 120,2 milhões.
Conta, atualmente, com cerca de 355 mil assinantes e 24 mil telefones públicos.
A empresa, que faz parte do consórcio Nuevatel –
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Dezembro 2005
formado pela Cooperativa de Telefones de
Cochabamba (Comteco) e a multinacional norte-americana Western Wireless International (WWI) – começou a operar em novembro de 2000. Segundo o
vice-presidente executivo, em 2005, o lucro operacional projetado foi de US$ 23,4 milhões, e os investimentos somaram US$ 17,8 milhões. Para alcançar
o objetivo de tornar-se a primeira operadora de telecomunicações do país, revela Calvo, serão investidos, em 2006, US$ 14 milhões.
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NOTÍCIAS
Em busca de um
parceiro internacional
O mercado da telefonia móvel na Colômbia está diante de
uma nova etapa, e desta vez os protagonistas não são os espanhóis
da Telefónica Móviles, nem os mexicanos da Comcel. Agora, a
operadora nacional Colombia Móvil - OLA negocia com a empresa
européia Millicom International Cellular (MIC), que, no país, foi
proprietária da empresa Celcaribe até dezembro de 2002.
Fontes próximas ao negócio afirmam que as conversas entre a
Millicom e a OLA já duram aproximadamente seis meses e que a
companhia européia é, no momento, "a melhor opção" para a
empresa colombiana, que precisa de recursos para enfrentar a
forte concorrência das operadoras internacionais Telefónica Móviles - Movistar e América Móvel - Comcel.
No caso da Telefónica, sabe-se que a intenção dos espanhóis
não se limitava a entrar no capital da OLA, mas ficar com toda a
empresar e ir mais além: comprar a ETB e a EPM. Desde 2004,
estas duas operadoras buscam opções de negócios com empresas
estrangeiras e uma das mais sondadas foi a Telefónica. Tudo isso
ao mesmo tempo em que a Colombia Telecomunicaciones - Telecom tentava encerrar um acordo com a Telmex.
Estes movimentos no setor geraram todo tipo de controvérsia, até
o momento em que a Telecom decidiu suspender o memorando de
entendimento que pretendia assinar com a Telmex, depois de tomar
conhecimento de um parecer jurídico emitido pelo controlador Geral,
Antonio Hernández Gamarra. A suspensão do negócio Telecom-Telmex também freou as negociações da Telefónica, ETB e EPM.
Celular com Skype
A empresa taiwanesa Accton Technology Corporation anunciou o lançamento, no Japão, do primeiro telefone móvel com o programa Skype. O aparelho WiFi
SkyPhone WM1185-T pode acessar conexões Internet
sem fio para realizar chamadas gratuitas para outros
usuários do programa Skype. Para a empresa, “este
telefone beneficiará mais de 50 milhões de usuários
potenciais deste serviço e também empresas e pessoas
que ainda não utilizam o Skype."
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Dezembro 2005
Operadoras
móveis no Tratado
de Livre Comércio
As operadoras móveis foram incluídas no Tratado de Livre Comércio com
os Estados Unidos, conforme defendia o
governo colombiano, visando que elas tivessem as mesmas obrigações e direitos
das demais operadoras de telecomunicações. Na posição contrária, estavam o
governo norte-americano e as empresas
celulares instaladas no país, a Comcel e
a Telefônica Móviles.
De acordo com o vice-ministro de Comunicações da Colômbia, Germán
González, as empresas móveis estão incluídas no capítulo de salvaguardas competitivas, que impede as operadoras dominantes de abusar do poder, criando
monopólios ou restringindo o acesso a
informações técnicas, que devem ser públicas. Este capítulo prevê ainda que não
haja subsídios cruzados, por exemplo, entre serviços de dados e voz, como aconteceu durante anos com a telefonia local e
de longa distância.
O tema da revenda de minutos, entretanto, ficou definitivamente descartado. Os Estados Unidos insistem que o mercado móvel já está suficientemente aberto e com tarifas que concorrem com outros países, não sendo assim necessário
obrigar as operadoras a revender minutos a terceiros para baixar tarifas.
Depois de os Estados Unidos terem
aceitado a inclusão das operadoras móveis
no capítulo de salvaguardas, os negociadores colombianos passaram a uma nova fase.
Negociam a inclusão do tema da interconexão com relação às operadoras móveis, o
que as obrigaria a permitir a conexão imediata com novas operadoras.
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Skype busca aliança
com as celulares
BRASIL É A PRIMEIRA PARADA,
MAS EMPRESA PLANEJA ABRIR
SUBSIDIÁRIAS NO MÉXICO, VENEZUELA,
CHILE E ARGENTINA, revela o diretor
geral da empresa, Carlos Pires.
Ana Paula Lobo
São Paulo, Brasil
O maior sucesso da telefonia IP desembarca na
América Latina. A Skype nomeou um diretor geral
para comandar os negócios no Brasil, a primeira parada da empresa na região. Uma das principais
estratégias da companhia será o de melhorar a
qualidade das chamadas de VoIP para celulares, hoje,
muito aquém da expectativa dos usuários.
De acordo ainda com o diretor geral da Skype
no Brasil, Carlos Pires, as próximas subsidiárias
da empresa – recém-adquirida pelo ebay por 2,6
bilhões de dólares, serão no México, Venezuela,
Chile e Argentina. No Brasil, a estratégia comercial já foi definida.
A intenção é buscar as operadoras como parceiras
estratégicas, mesmo reconhecendo que o serviço de
VoIP afeta a rentabilidade nas chamadas de longa
distância nacional e internacional. "Não vejo o serviço
de VoIP mais como uma ameaça. É possível
negociarmos e encontrarmos uma receita para todos
os participantes", determinou Pires.
Também faz parte da estratégia da Skype, formular um site dedicado para a venda do serviço em
moeda brasileira para o mercado corporativo. Até
estruturar essas novas ações, a empresa busca atrair
novos clientes. A aposta é atuar no varejo,
distribuindo o que chama de starter kit ou candy
pack, com CD de instalação do software Skype, cartão
pré-pago para 30 minutos de chamas via web e um
fone de ouvido. Aproximadamente 30 mil
www.frecuenciaonline.com
estabelecimentos comerciais no país irão vender o
produto, informa Pires.
A chegada da empresa no Brasil é respaldada
pelos números. O país é o quarto colocado no ranking mundial de usuários do Skype no mundo (3,8
milhões) - atrás apenas dos Estados Unidos, da
Alemanha e da Polônia. Hoje, a Skype registra mais
de 212 milhões de downloads, conta com aproximadamente 70 milhões de usuários ativos, sendo quatro
milhões simultâneos.
Para confirmar a intenção da empresa de se
aproximar do mercado móvel, o gerente geral da
empresa no Brasil, diz que o projeto futuro da empresa é usar o Skype nas redes de dados das operadoras de celular ou em hotspots Wi-Fi. “Para isso, já
fechamos um acordo com a Motorola. É um mercado
precioso para nós”, antecipa Carlos Pires.
Na lista de ações do Skype no Brasil também estão
previstas negociações com fabricantes locais de
equipamentos de telefonia para a produção ou
montagem local de produtos com a marca Skype. “A
nacionalização de produtos é necessária até para a
redução dos preços, porque as tarifas de importação
são muito altas”, explica Pires.
Dezembro 2005
é
TV DIGITAL
Questão de
ESTADO
Em 2006, a América Latina discutirá se adotará ou não uma
posição comum em relação à implantação da TV Digital.
DOIS DOS MAIS AGUERRIDOS PAÍSES DA REGIÃO – BRASIL
E ARGENTINA – BUSCAM UM CONSENSO PARA A ESCOLHA
DE UM PADRÃO QUE ASSEGURE A PRODUÇÃO DE
EQUIPAMENTOS NO CONE SUL. No Brasil, o primeiro canal
de TV Digital – ainda sem a definição do padrão definitivo estará no ar, em projeto piloto, a partir de fevereiro
m dos mais bilionários negócios do mundo do entretenimento começa a ficar cada
vez mais próximo da realidade latinoamericana. Trata-se da adoção da TV Digital. Os países da região debatem o melhor modelo e tentam definir a escolha do
melhor padrão (leia quadro abaixo), de acordo com as
possibilidades reais de investimentos no desenvolvimento local de tecnologia e de equipamentos.
A decisão também mexe com uma paixão latina. No
Brasil, por exemplo, dados divulgados em novembro pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ligado ao Governo, revelam que 91% dos lares brasileiros
possuem pelo menos um aparelho de TV. O negócio mexe
U
é
Dezembro 2005
Ana Paula Lobo e Camilo Garcia
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Diciembre/Enero
2005/06
Dezembro
2005
é
TV DIGITAL
com toda uma cadeia produtiva. Calcula-se no Brasil,
por exemplo, que a implantação da TV Digital exigirá
investimentos de US$ 1 bilhão.
E é exatamente no Brasil, que acontecerá o primeiro
teste oficial da tecnologia na região. Em fevereiro de 2006,
o país terá o primeiro canal de TV digital, numa estaçãopiloto do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). O canal estará disponível para o telespectador na cidade de
São Paulo e terá conteúdo das principais emissoras do
país - Globo, SBT, Record, Band e Rede TV! - que, numa
espécie de pool, se uniram para formar o canal experimental de TV de alta definição (HDTV, na sigla em inglês).
TELA MÁXIMA
O projeto é conduzido pela Universidade do Estado
de São Paulo (USP); Universidade Mackenzie, também
de São Paulo; e Universidade Federal da Paraíba. Até a
Copa do Mundo, em julho de 2006, o governo federal,
em especial o Ministro das Comunicações, Hélio Costa,
espera que pelo menos cinco mil aparelhos estejam habilitados para a TV digital. Mas, para que isso ocorra, há
ainda muitas definições e a primeira e mais importante
dessas decisões é a escolha do melhor sistema de HDTV.
A questão é tão importante que Brasil e Argentina –
tradicionais rivais na área econômica – decidiram buscar um consenso. Tanto é assim que a Argentina, que já
tinha optado pelo sistema norte-americano, decidiu
rever a sua decisão e aguarda, agora, uma melhor negociação conjunta com o Brasil, visando a atração de
recursos externos para o desembarque de parques fabris no Cone Sul. Outro país bastante interessado em
acompanhar os passos brasileiros e argentinos é a Colômbia. Tanto é assim que os três países já agendam
reuniões para debater o tema e tentam atrair os demais países da região. A idéia é uma política comum
que viabilize uma escala de produção mundial de equipamentos para TV Digital na região.
Tecnologicamente, o sistema digital é muito mais que
qualidade de imagem. Significa a interatividade com a
tela da TV, o que implicará mudança na forma como se
assiste TV atualmente. O telespectador deixará de ser
um usuário apenas receptor e poderá interagir com o
PADRÃO
CARACTERÍSTICAS
Advanced Television
Systems Comitee
(ATSC)
Trata-se do padrão adotado nos EUA, onde as transmissões digitais começaram
em novembro de 1998, com 28 estações. Existem 1525 emissoras em 211
cidades.No ano que vem, serão suspensas as transmissões analógicas. Também o
Canadá e a Coréia do Sul optaram por esse padrão. É o padrão mais antigo, foi
projetado exclusivamente para recepção por antenas externas e limita-se a
fornecer televisão em alta definição (HDTV).
Digital Video
Broadcasting
(DVB)
Padrão adotado pela Comunidade Européia. A Inglaterra iniciou o serviço de
radiodifusão terrestre digital em novembro de 1998. Também está em teste na
Austrália, Cingapura, Suécia e Espanha. O Digital Video Broadcasting (DVB)
Project é um consórcio organizado pelo próprio setor, com mais de 250 empresas
difusoras, fabricantes, operadoras de rede, desenvolvedores de software,
entidades reguladoras e outras instituições em mais de 35 países. Os padrões do
DVB cobrem todos os aspectos de televisão digital, da transmissão à interface,
interatividade e acesso condicional para dados, áudio e vídeo digital.
Integrated Services
Digital Broadcasting
(ISDB-T)
Sistema utilizado no Japão, que lançou o serviço digital por satélite no final de
2000 e o serviço terrestre em 2003. O sistema é bastante flexível, permitindo alta
definição, transmissão em múltiplos canais e transmissão móvel. O padrão
permite interação total com a internet, t-commerce, HDTV e mobilidade.
é
Dezembro 2005
www.frecuenciaonline.com
aparelho. Mas, pelo menos pela visão dos especialistas,
essa migração deve ser lenta porque o custo do set top
box é considerado alto (cerca de US$ 200, em média,
preços de hoje) e o preço dos televisores digitais é quase
inacessível. Exatamente por isso, os Governos da região
buscam um consenso, até para baratear o custo de produção das novas TVs. Só assim, avaliam os gestores dos
projetos será possível fazer uma rápida universalização
da TV de alta definição.
Ocorre uma disputa global e acirrada entre as três
maiores tecnologias do planeta para TV digital - dos EUA,
da Europa e do Japão (veja quadro). Para obter ganhos
relacionados a investimentos e isenção de pagamento
de royalties, o governo brasileiro, assim como ocorre na
China, decidiu desenvolver um sistema próprio, o SBTVD,
o que provocou uma disputa entre norte-americanos,
europeus e japoneses, com suas respectivas tecnologias.
No Brasil, há uma sinalização – não de todo declarada do governo pela escolha do padrão japonês.
Mas há resistências. O Congresso Nacional se mobilizou e exige maiores informações. A expectativa é
que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá
optar, em fevereiro, por um dos três padrões. Até lá,
fica a exigência do Ministro das Comunicações do
Brasil, Hélio Costa. “O (padrão) que oferecer melhores condições de pagamento de royalties, condições
técnicas de TV de alta definição, mobilidade e interatividade é o que vai nos atender”, sentenciou o executivo. É esperar pra ver.
HOJE, A INFORMAÇÃO É GERADA EM ESTÚDIO NA FORMA
DE SINAIS DIGITAIS. Estes sinais são convertidos em
sinais analógicos e transmitidos para os receptores de
TV, que apesar de ainda analógicos, já utilizam sinais
digitais em algumas funções. Um exemplo disso é o
uso do controle remoto.
NA TV DIGITAL TODOS OS PROCESSOS PASSAM A
SER DIGITAIS. Ou seja, a imagem, o áudio e demais
informações são geradas, transmitidas e recebidas na
forma de sinais digitais.
A TV DIGITAL TEM MELHOR QUALIDADE DE IMAGEM E
DE SOM. A imagem poderá ser mais larga que a atual (tela
panorâmica), com maior grau de resolução (alta definição)
e um som estéreo realisticamente envolvente (surround).
COM A INFORMAÇÃO 100% DIGITALIZADA, a TV viabiliza,
entre outras coisas, a interatividade para o telespectador.
TECNICAMENTE A TV DIGITAL PERMITE AINDA UMA
MELHOR UTILIZAÇÃO DO ESPECTRO DE FREQÜÊNCIAS
devido a maior imunidade dos sinais digitais a
interferência, o que torna possível a utilização de canais
adjacentes em uma mesma área geográfica.
Fonte: portal Teleco (www.teleco.com.br)
PONTO FINAL
Apesar de todos os atrativos, a migração da TV analógica para a Digital não é uma tarefa simples. Nos Estados
Unidos, por exemplo, o processo demorou mais tempo do que se esperava. O alto custo dos equipamentos foi um dos
fatores de desgaste, mesmo que 85% dos sinais transmitidos no país já sejam digitalizados.
Agora para liberar freqüências, alocadas hoje para a TV analógica, para novos serviços de comunicação sem fio – e
também para arrecadar cerca de US$ 10 bilhões com a venda de licenças de novos serviços - o Governo norteamericano determinou uma data final para completar a migração: todos os aparelhos de TV deverão ser digitais até 07
de abril de 2009.
Uma das principais razões para a determinação desse prazo limite foi a falta de comunicação entre os principais
serviços de emergência do país durante o ataque terrorista de setembro de 2001. Especialistas asseguram que a
comunicação entre os serviços foi prejudicada porque vários dos equipamentos utilizados utilizam diferentes bandas de
transmissão, favorecendo a perda da informação. O importante dessa decisão é que quando os Estados Unidos
estiverem finalizando a sua migração, muito provavelmente, a América Latina deverá dar os primeiros passos oficiais
rumo à nova era da TV Digital.
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Dezembro 2005
é
TV DIGITAL
Briga na,
TELA GRANDE,
disputa na
TELINHA DO
CELULAR
Dois padrões, DVB-H,
capitaneado pela Nokia, e o
MediaFLO, da Qualcomm,
DISPUTAM A PREFERÊNCIA
DOS CONSUMIDORES
Paralelamente à disputa de padrões e às mudanças
culturais, uma outra batalha pela telinha é deflagrada
telefonia móvel. No mundo, dois padrões concorrem pelo
domínio da transmissão multicast (pelo qual o sinal de
programação é enviado para toda a base de usuários) no
celular: o Digital Video Broadcast Handheld (DVB-H),
capitaneado pela Nokia, e o MediaFLO, tecnologia
desenvolvida pela Qualcomm.
Segundo os cálculos da Qualcomm, o MediaFLO estará pronto para ser comercializado no ano que vem. A
empresa deve investir cerca de US$ 800 milhões neste
projeto. No Brasil, quando o padrão de TV digital for
escolhido, já está definido que os aparelhos móveis poderão
ter recepção gratuita da programação da TV aberta.
Já no final deste ano, os fabricantes de handsets
testam os primeiros chips MediaFLO. Apesar da
concorrência com outros padrões como o próprio DVBH, o DMB e o padrão japonês ISDB-T, a Qualcomm se
apressa e por isso planeja lançar comercialmente seu
é
Dezembro 2005
próprio padrão para o ano que vem. O modelo de
negócios do MediaFLO é o mesmo da TV por assinatura:
dezenas de canais digitais, conteúdos pay-per-view e
sob-demanda cobrados por assinatura.
No Brasil, a Qualcomm estuda, com a Vivo, a
integração de sua tecnologia MediaFLO por meio do MDS
(Multimedia Distribution System), que é um dispositivo
que gerencia o conteúdo distribuído e permite agregar
funcionalidades como gerenciamento de assinantes,
escolha de canais e programação. Já a Nokia, anuncia
testes com o DVB-H a partir do próximo ano com a Telecom Itália, na Itália. Também está à frente de projetos
em vários países da Europa.
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9 anos de COMPROMISSO com a América Latina
Latinoamérica
COBERTURA ÚNICA E ANALÍTICA
da indústria de comunicação sem fio e de TI
TV DIGITAL
Vem aí a
TV CELULAR!
Alberto Vegas
São Paulo, Brasil
Ronaldinho Gaúcho dribla um, dois da defesa do Real
Madrid e marca um golaço para o Barcelona. Os torcedores no Brasil que não tiveram a sorte de ver ao vivo o gol
histórico do craque ligam os telefones móveis da Vivo
(joint-venture da Telefónica Móviles e Portugal Telecom)
e assistem ao jogo na telinha. O arquivo de vídeo que
girou o mundo foi transmitido pela rede IP e os bits
transformados em imagens dentro
de um telefone 3G de última geração. Será esse o início de uma nova
era da comunicação? Se depender
da indústria de telecomunicações
e conteúdo, a resposta é sim. Mas
ainda estamos longe de um cenário no qual milhões de assinantes
gastam dinheiro para assistir televisão por celular diariamente.
São vários os desafios que a indústria terá pela frente para transformar a nova tecnologia em faturamento para as operadoras, fabricantes e provedores de conteúdo. O
principal é a regulamentação, que
deve estar pronta para a nova onda
da indústria de mídia, a TV digital. "A TV aberta é gratuita e
deve continuar assim. Não importa se é recebida em aparelhos fixos ou móveis", declarou Roberto Franco, presidente
da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET).
Enquanto estas questões não são resolvidas no Brasil e
em toda a América Latina, o que existe hoje é uma pequena
amostra da TV IP móvel. No Brasil, existem canais disponíveis da TV Bandeirantes, Nickelodeon e Discovery Channel.
Existe muito conteúdo sob demanda, como, por exemplo, da
seleção brasileira de futebol e do Campeonato Brasileiro.
é
Dezembro 2005
Mas isso ainda é muito incipiente na opinião dos especialistas. "A transmissão ainda tem uma qualidade muito baixa e
não é viável. São poucos os celulares que têm essa função e
os clientes estão cada vez mais exigentes", acrescenta Barbara
Coutinho, especialista de mobile marketing em São Paulo.
MARKETING
A especialista acredita que a TV por celular será usada como instrumento de marketing por empresas e operadoras, disputando anúncios com os canais de televisão
abertos. "Entretanto, é necessário cuidado nessas ações
para que não sejam um spam insuportável. Imagina o
telefone tocando a toda hora para mostrar propaganda",
ressalta. Para os fabricantes de telefones e infra-estrutura, essa questão passa ao largo dos lançamentos recentes
- o que importa é apresentar o aparelho mais moderno
para os early adopters.
A finlandesa Nokia, por exemplo, apresentou no final de
outubro o novo 6165, com 14 MB de memória interna e
capacidade para streaming de vídeo ao vivo. O novo presidente e COO da Nokia, Olli-Pekka Kallasvuo, afirmou na
Cidade do México que "o mobile TV set (celular com TV) vai
decolar em 2006. Teremos aparelhos cada vez mais completos e convergentes". A Motorola, por sua vez, aproveita seu
know-how em infra-estrutura de TV a cabo para levar a TV
IP à telefonia móvel, segundo Roberto Shigeo, do grupo de
pesquisas da casa conectada da Motorola em Miami.
As operadoras estão trabalhando para oferecer um conjunto completo - telefones e conteúdo - com o objetivo de
vender tráfego de dados. Um dos mais avançados no mercado
é a norte-americana Verizon Wireless, que acaba de anunciar
um acordo com a fabricante de tecnologia CDMA Qualcomm.
Juntas, irão oferecer serviços de entrega de vídeo em tempo
real, usando a tecnologia MediaFLO na rede de banda larga
CDMA 1X EV-DO. No Brasil, onde a rede EV-DO da Vivo
ainda está na tenra infância, a TV IP já é uma realidade.
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CAPA
COBERTURA ESPECIAL DO EVENTO
Telefonia móvel:
UM POTENCIAL DE
OPORTUNIDADES
é
Dezembro 2005
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Durante o GSM México Summit 2005, os especialistas do
setor de telecomunicações colocaram à mesa de debates as suas
PROPOSTAS EM TORNO DA NOVA ONDA DE TELECOMUNICAÇÕES
MÓVEIS PROMETIDA PARA A AMÉRICA LATINA. No entanto,
também aproveitaram o evento para deixar claro que o caminho
a percorrer em busca do sucesso ainda é longo.
Fabiola V. González
Cidade do México, México
e 21 a 23 de novembro, a cidade do México foi a sede do GSM México
Summit 2005, o primeiro de muitos encontros a serem organizados
pela divisão de Eventos da FRECUENCIA LATINOAMÉRICA na região,
com o objetivo de promover a troca de experiências em torno do que
está acontecendo em termos de telecomunicações móveis, uma
indústria que ainda tem muito a oferecer, independentemente do
modo como a mobilidade tenha se desenvolvido no resto do mundo, seja no mundo
corporativo ou nos produtos ligados para o consumidor final.
O fórum reuniu personalidades de renome de todas as áreas que compõem
a indústria: operadoras móveis, provedores de plataformas, serviços e conteúdo
móvel, reguladores, analistas e consultores internacionais, que em mais de uma
dezena de mesas-redondas abordaram temas como a adoção do GSM, oportunidades de crescimento da plataforma, questões regulatórias, o desafio da retenção
de usuários, a oferta de serviços de valor agregado, o aproveitamento do roaming,
competição e consolidação, assim como o grande mercado de entretenimento
móvel, entre outros.
O destaque foi dado ao fato de que o setor de telecomunicações - em grande
parte impulsionado pelo grande desempenho das telecomunicações móveis nos
últimos anos - está em franco crescimento e tem diante de si um cenário ainda
melhor nesse sentido: crescimentos muito acima do da economia geral, tarifas em
queda, avanços tecnológicos em quantidade, o potencial de dados e conteúdo
como um novo mercado a explorar, etc. Por outro lado, há a necessidade de ajustar
a regulamentação para que sirva como um habilitador dos negócios, permitindo
que as operadoras se tornem independentes da voz e diversifiquem-se através de
serviços e conteúdos em um ambiente competitivo saudável. Veja, a seguir, a
cobertura completa do GSM México Summit 2005.
D
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Dezembro 2005
é
CAPA
COBERTURA ESPECIAL DO EVENTO
Dados:
NASCE UMA
NOVA ESTRELA
Até 2010, de acordo com dados divulgados pela Pyramid Research, o faturamento do setor de comunicação móvel
na América Latina atingirá os US$ 50 bilhões. No México, os serviços e negócios
gerados pela adoção da tecnologia GSM,
GPRS e UMTS representarão cerca de
90% do mercado celular.
Os serviços de dados desempenham e desempenharão - um papel significativo
para tornar a previsão uma realidade de
mercado. "Nos próximos anos, o grande
desafio dos prestadores de serviços móveis
é reduzir a dependência do ARPU (rentabilidade média por usuário) do serviço de
voz. A missão é identificar como diversificar o consumo com a oferta de conteúdos e
novos serviços”, avalia Gabriela Báez, analista sênior da Pyramid Research.
"O futuro potencial só poderá ser explorado através de uma relação correta
entre produtos e alianças, além de um
grande trabalho de evangelização que
ainda não foi iniciado", completou. Para
a analista, é possível que o mercado
venezuelano encabece a região em termos de faturamento originário de outros serviços independentes de voz. O
país teria, daqui a cinco anos, 35% do
faturamento total do mercado móvel vindo de outros serviços. Já o Equador deDezembro 2005
OS 10 MELHORES
Os maiores mercados GSM
na América Latina (por
milhões de usuários)
1. BRASIL
38.1 M
2. MÉXICO
22.6 M
3. COLÔMBIA
10.8 M
4. ARGENTINA
7.5 M
5. CHILE
6.1 M
6. EQUADOR
2.8 M
7. JAMAICA
2.1 M
8. VENEZUELA
1.7 M
9. PERÚ
1.6 M
10. EL SALVADOR
1.5 M
Fonte: Informa Telecoms & Media, WCIS, Set/2005
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verá ter 31% e o México contabilizará
20% da receita, a partir dos produtos
ligados a conteúdo e dados.
Se os prognósticos futuros são otimistas, hoje, o panorama é muito diferente. O mercado de dados ainda está
aquém dos planos das principais operadoras celulares da região. Segundo
Víctor Seoane, diretor de Serviços de
Valor Agregado da Telefónica Móviles
México, apenas 10% do faturamento da
empresa são oriundos dos serviços de
dados, sendo 90% deles, vindos do SMS.
"Parece que, em geral, as operadoras não
estão utilizando os portais de multiacesso
de maneira útil. Existe uma infinidade
de conteúdos, mas faltam aplicações; ou
seja, não estamos dando ao usuário o
que ele quer e do jeito que deseja”, comenta Seone. Para o executivo da Telefónica Móviles, as operadoras precisam
MERCADO PARA TODOS
A divisão dos rendimentos no segmento
de serviços móveis por país, para 2010
2010: US$ 50,000 milhões
BRASIL
31%
MÉXICO
29%
ARGENTINA
8%
COLÔMBIA
7%
CHILE
6%
VENEZUELA
5%
OUTROS
14%
Fonte: Pyramid Research
MVNOS: AMEAÇA OU INCENTIVO?
Um tema-chave do GSM México Summit 2005 foi o relacionado com a visão preparativa ante a
seguinte onda no evoluído mercado das comunicações móveis no mundo, que inclui uma tendência
para os serviços de dados, a convergência e os renovados modelos de negócio, como é o caso da
chegada dos operadores de redes virtuais celulares (MVNOs).
No marco latinoamericano, o conceito aparece como uma oportunidade de mercado, pois
permite aos operadores incrementar a capacidade de suas redes, sua presença geográfica e o
alcance de seus nichos de mercado, desde que se rompam as barreiras entre estes e os MVNOs,
sobre se darão ou não valor agregado ao negócio ou se este tipo de empresa pode ser visto como
rival para as operadoras.
Para Abel Hilbert, da Cofetel, é necessário revisar a preocupação dos operadores no sentido
de, com os MVNOs, se ter uma canibalização do tráfico. Não obstante, segundo Eduardo L.
Lugo, presidente da International Mobile Consulting, “o MVNO pode vir oferecer os serviços
especializados para setores definidos que atualmente estão fazendo falta; com isto se estaria
abrindo novos mercados, se incrementaria o tráfico e, assim, o operador celular veria seus
ganhos aumentados”.
Durante a palestra "Considerações Regulatórias e a prática dos MVNOs: a ameaça por parte dos
provedores de serviços de banda larga”, Hilbert concordou que, com este modelo, as operadoras
podem pôr em uso infra-estruturas que de outra forma permaneceriam ociosas, “e isto poderia ser
a um custo quase zero. Conquanto os minutos vão dividir entre o operador e o MVNO, o que as
operadoras devem ver é que terá poupanças de comercialização, distribuição e cobrança, bem
como minimização dos riscos de negócio”.
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Dezembro 2005
CAPA
COBERTURA ESPECIAL DO EVENTO
ainda aprender como interagir de forma mais amigável com os assinantes e,
especialmente, se comprometerem a incorporar serviços de terceiros, ao invés
de oferecer apenas um link.
Os analistas reconhecem que ainda há
muito por fazer para ampliar o mercado de
dados, uma vez que, atualmente, na América Latina, 15% do faturamento médio vêm
dos dados, a grande parte SMS, enquanto
que na Europa, por exemplo, o percentual
é mais de 20 pontos superior, além da diversificação da oferta ser muito maior. A
lista de serviços de dados que poderiam
ser ofertados através de um celular com
conexão à Internet parece estar limitada
mais à imaginação que a tecnologia.
Somente no setor financeiro, observa
Antonio Carrasco, representante da
BANSEFI, entidade ligada à oferta de crédito financeiro popular no México, existem diversos mercados potenciais, como
por exemplo, os caixas eletrônicos
(conectar cartões de crédito a telefones
móveis), banco móvel, remessas por SMS,
transações interbancárias e pagamentos
de serviços, etc. "A indústria poderia ser
reinventada através do que a tecnologia
O PULSO DO SETOR, DE 1 A 10
1. Entre setembro de 2004 e o mesmo mês de 2005, o GSM na América Latina cresceu
128%. Esta plataforma tem mais de 77% DO MERCADO MUNDIAL atual.
2. Para 2010, a perspectiva é ter 67.8 MILHÕES DE USUÁRIOS MÓVEIS NO MÉXICO,
com um crescimento anual média de 9,8%.
3. Adquirir um novo cliente custa entre 5 E 30 VEZES mais do que reter um cliente atual.
4. Em toda a América Latina há 221 MILHÕES de usuários de GSM; 40 deles estão em México.
5. Enquanto no México 92% dos usuários móveis são pré-pagos e o ARPU médio ascende
a US$ 17, no Brasil o ARPU é de US$ 12, ainda com uma taxa menor de usuários
de pré-pago (80% do total)
6. No México, no terceiro trimestre de 2005 o setor das telecomunicações cresceu
26.5 %, enquanto o aumento no PIB nacional foi de 3,3%.
7. Em 2004, o roaming gerou US$ 78.600 MILHÕES em rendimentos e representou
15% dos rendimentos mundiais da indústria celular. Estima-se que para 2010 a cifra
seja de US$ 211.800 MILHÕES, e a percentagem se multiplique para representar 30%
do total gerado.
8. A área móvel na América Latina está atualmente em pleno crescimento: em mais cinco
anos terá 18 MILHÕES DE NOVAS INCLUSÕES, o que expõe o amplo potencial de negócios
que existe na região porque, se estes novos usuários compram mais do que voz e atingem
uma taxa de 20% em serviços de dados, o faturamento anual das operadoras poderia
ser de US$ 14.000 milhões.
9. Em 2008, os DISPOSITIVOS DE 3G venderão mais do que os de 2G.
10. Estima-se que para 2010, os SEGMENTOS DE GSM, GPRS E UMTS representarão cerca
de 90% do mercado celular mexicano.
Fonte: dados obtidos com os palestrantes do GSM México Summit 2005
Dezembro 2005
CAPA
COBERTURA ESPECIAL DO EVENTO
ainda aprender como interagir de forma mais amigável com os assinantes e,
especialmente, se comprometerem a incorporar serviços de terceiros, ao invés
de oferecer apenas um link.
Os analistas reconhecem que ainda há
muito por fazer para ampliar o mercado de
dados, uma vez que, atualmente, na América Latina, 15% do faturamento médio vêm
dos dados, a grande parte SMS, enquanto
que na Europa, por exemplo, o percentual
é mais de 20 pontos superior, além da diversificação da oferta ser muito maior. A
lista de serviços de dados que poderiam
ser ofertados através de um celular com
conexão à Internet parece estar limitada
mais à imaginação que a tecnologia.
Somente no setor financeiro, observa
Antonio Carrasco, representante da
BANSEFI, entidade ligada à oferta de crédito financeiro popular no México, existem diversos mercados potenciais, como
por exemplo, os caixas eletrônicos
(conectar cartões de crédito a telefones
móveis), banco móvel, remessas por SMS,
transações interbancárias e pagamentos
de serviços, etc. "A indústria poderia ser
reinventada através do que a tecnologia
O PULSO DO SETOR, DE 1 A 10
1. Entre setembro de 2004 e o mesmo mês de 2005, o GSM na América Latina cresceu
128%. Esta plataforma tem mais de 77% DO MERCADO MUNDIAL atual.
2. Para 2010, a perspectiva é ter 67.8 MILHÕES DE USUÁRIOS MÓVEIS NO MÉXICO,
com um crescimento anual média de 9,8%.
3. Adquirir um novo cliente custa entre 5 E 30 VEZES mais do que reter um cliente atual.
4. Em toda a América Latina há 221 MILHÕES de usuários de GSM; 40 deles estão em México.
5. Enquanto no México 92% dos usuários móveis são pré-pagos e o ARPU médio ascende
a US$ 17, no Brasil o ARPU é de US$ 12, ainda com uma taxa menor de usuários
de pré-pago (80% do total)
6. No México, no terceiro trimestre de 2005 o setor das telecomunicações cresceu
26.5 %, enquanto o aumento no PIB nacional foi de 3,3%.
7. Em 2004, o roaming gerou US$ 78.600 MILHÕES em rendimentos e representou
15% dos rendimentos mundiais da indústria celular. Estima-se que para 2010 a cifra
seja de US$ 211.800 MILHÕES, e a percentagem se multiplique para representar 30%
do total gerado.
8. A área móvel na América Latina está atualmente em pleno crescimento: em mais cinco
anos terá 18 MILHÕES DE NOVAS INCLUSÕES, o que expõe o amplo potencial de negócios
que existe na região porque, se estes novos usuários compram mais do que voz e atingem
uma taxa de 20% em serviços de dados, o faturamento anual das operadoras poderia
ser de US$ 14.000 milhões.
9. Em 2008, os DISPOSITIVOS DE 3G venderão mais do que os de 2G.
10. Estima-se que para 2010, os SEGMENTOS DE GSM, GPRS E UMTS representarão cerca
de 90% do mercado celular mexicano.
Fonte: dados obtidos com os palestrantes do GSM México Summit 2005
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CAPA
COBERTURA ESPECIAL DO EVENTO
“A TECNOLOGIA DERRUBARÁ MUITOS
PARADIGMAS E BARREIRAS AO PERMITIR QUE NOVOS
COMPETIDORES POSSAM INGRESSAR AO MERCADO
DAS COMUNICAÇÕES MÓVEIS COM MUITO POUCO
INVESTIMENTO. NÃO OBSTANTE, DEVEMOS SUPERAR A
CONJUNTURA ATUAL DE UMA SITUAÇÃO FINANCEIRA DIFÍCIL
DAS EMPRESAS DO SETOR, A QUAL PODERIA ARCAR O
RISCO DE UMA MAIOR CONCENTRAÇÃO. É NECESSÁRIO
REVISAR ESQUEMAS REGULATÓRIOS NESTE SENTIDO”
Abel Hilbert, da Cofetel
“NA AMÉRICA LATINA, O CHURN ANUAL É DE 33 POR
CENTO, O DOBRO QUE NO CASO DE MERCADOS MAIS
CONSOLIDADOS. AQUI HÁ UM GRANDE DESAFIO PARA A
INDÚSTRIA NA REGIÃO”
Gabriela Báez, da Pyramid Research
“SERÁ QUE A NEGOCIAÇÃO É FATOR CHAVE
PARA CONSEGUIR UMA INTERCONEXÃO MMS ENTRE
OPERADORES? NÃO DEVE SER ASSIM. O QUE SE
PRECISA É A INTERVENÇÃO PONTUAL E A AUTORIDADE,
SOBRETUDO ANTE O DESACORDO DAS PARTES E UMA
VEZ TENDO-SE DEFINIDO QUE É TECNICAMENTE VIÁVEL.
A DIFICULDADE QUE ULTIMAMENTE APRESENTOU A
INTERCONEXÃO DE REDES ESTÁ TOMANDO UM
TOM ALTAMENTE PREOCUPANTE”
Eduardo Ruiz Vega, da Holland & Knight – Gallastegui y Lozano
“ALÉM DE INCREMENTAR O RENDIMENTO MÉDIO POR
USUÁRIO (ARPU), OS OPERADORES TÊM, AGORA,
O DESAFIO DE DEFINIR O CONTEÚDO IDEAL”
Newton De Souza E Silva Neto,
da Meantime Mobile Creations de Brasil
“EM 2010, NESTE FÓRUM NÃO SE FALARÁ DE
PLATAFORMAS MÓVEIS, A NÃO SER DE UM SÓ CANAL
DE COMUNICAÇÃO, INTEGRADO E PADRONIZADO.
ALÉM DISSO, FALTA PERCORRER UM LONGO CAMINHO
QUE IMPLICA TAMBÉM CONCEBER AS COMUNICAÇÕES DE
UM PONTO DE VISTA DIFERENTE E QUE ENVOLVE
ASPECTOS REGULATÓRIOS”
Gabriela Báez, da Pyramid Research
Dezembro 2005
móvel permite", apontou o executivo.
Para Carlos Silva, diretor de Produtos
Fixos e 3G da Iusacell, a chave deveria ser
buscar, desde o início, o uso de dispositivos com arquiteturas abertas. Além disso,
as operadoras precisam implementar redes de alto desempenho e com uma forte
infra-estrutura de segurança. De acordo
com o diretor da Iusacell, é um erro pensar que a mobilidade estará concentrada
em aplicações de nicho. “Todas as ferramentas que existem hoje no âmbito empresarial de computação podem ser beneficiadas pela mobilidade. É um fato a ser
considerado", completou Silva.
Diante de tal premissa, Emilio Flores,
representante da Telefónica Movistar, acredita que as operadoras da região estão ainda muito longe de levar aos usuários a
quantidade de aplicações possíveis:
"Estamos ainda muito limitados em vários
aspectos, como capacidade, hardware e
custos", admitiu. Um elemento prioritário
na adoção é a segurança. De acordo com
Flores, hoje, há sim, muitas aplicações financeiras bem-sucedidas no setor móvel.
“Mas as operadoras ainda precisam trabalhar na parte da autenticação e da identidade. Também é preciso encontrar soluções para questões como interconexão com
CDMA e TDMA", adverte o executivo.
O diretor geral da Lucent Technologies
México, Osvaldo Di Campli, considerou o
IP como a melhor resposta diante do desafio imposto pela convergência. O executivo
destacou o novo padrão IP Multimídia
System (IMS), que interrelaciona os domínios das telecomunicações e da Internet,
facilitando aos operadores o oferecimento
de serviços de aplicações como o Skype e o
Instant Messaging no celular. "Com a implementação do IMS, é criada uma camada
de sessão comum, independente da plataforma, para montar qualquer tipo de aplicação considerando um repositório comum
de dados, o que facilita a administração e
minimiza os custos", finalizou.
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EL PRINCIPAL EVENTO MUNDIAL DE TECNOLOGÍA INALÁMBRICA
DE BANDA ANCHA VUELVE AL CORAZÓN DE SILICON VALLEY
XII Simposio Internacional Anual
y Exhibición de la WCA
Liderando la Evolución de la Tecnología Inalámbrica
de Banda Ancha en el 2006
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PRINCIPALES TEMAS A DISCUTIRSE….
EVALÚE las principales tecnologías
inalámbricas de banda ancha en un solo
lugar – WiMax, Wi-Fi, UMTS, CDMA,
WiBro, 3GPP, cobertura de ciudades – y
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PARTICIPE en las reuniones más
relevantes organizadas por las
principales organizaciones de la industria
inalámbrica, tales como la Alianza de
Comunicaciones Inalámbricas (WCA Wireless Communications Alliance), y la
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DIAMANTE
• Cambio de Operadores: Qué es lo que los
Operadores Realmente Quieren?
• El Mercado Chino: El Impacto en el
Desarrollo de la tecnología WiMax
• De Fijo a Móvil: Mapa Comparativo de
Acceso Inalámbrico de Banda Ancha
• Comparando las tecnologías 3G, WiMAX,
y Soluciones Móviles 802.11n
• Las Nuevas Bandas 2/5 GHz de la FCC:
Impacto en Operadores y Educadores
• Obteniendo Rentabilidad en un Marco de
Tres Operadores
• Aplicaciones Inalámbricas para Recuperación de Desastres y Redundancia
• Financiamiento a través de Capital de
Riesgo: Áreas Atractivas para Invertir
• Requerimientos en la Red para la
Convergencia Fijo-Móvil
• Derechos del Espectro vs. Modelos sin
Licencia
• Pronósticos del Lanzamiento de
Productos WiMax
• Transiciones de Voz sobre el Internet (VoIP)
• FCC: Alocación y Subastas del Espectro
Radioeléctrico
• Últimas Novedades Tecnológicas Inalámbricas en los Mercados Emergentes
…y mucho más! Más de 125 expertos
de la principales empresas líderes de la
industria presentando en este evento.
PLATA
Sean Maloney
Vice Presidente Ejecutivo,
Gerente General, Grupo Mobil
Intel Corp.
Nicolas Kauser
CTO & Director, Clearwire Corp., y
Presidente, Clearwire International
Len J. Lauer
COO
Sprint Nextel
ANFITRIONES DEL SIMPOSIO
Andrew Kreig
Presidente, WCA
Ronald J. Resnick
Presidente del WiMax Forum
Miembro del Comité Ejecutivo de WCA
ORO
®
CAPA
COBERTURA ESPECIAL DO EVENTO
EDGE impulsiona o
OFFSHORE
As tecnologias wireless de banda larga de última geração
REDUZEM CUSTOS E FACILITAM O ACESSO À
COMUNICAÇÃO EM ÁREAS DE DIFÍCIL ACESSO, COMO,
POR EXEMPLO, AS PLATAFORMAS DE PETRÓLEO.
Tim Kridel
No golfo do México, uma conexão Internet offshore decente já foi considerada incomum e cara. Mas, agora, uma nova
espécie de tecnologia wireless móvel oferece serviços dados e voz com a qualidade da comunicação fixa tradicional de
banda larga, assim como, bastante competitiva em relação aos serviços existentes – tais como microondas – em termos
de custo e equipamento. Isto é traduzido
numa gama mais ampla de aplicações
potenciais para a indústria petrolífera,
incluindo monitoramento remoto de depósitos de carvão fóssil, estatísticas de
produção em tempo real e cibercafés a
bordo de navios petroleiros e plataformas de petróleo.
No meio da década dos 80, a PetroCom, operadora sem fio, baseada em
Nova Orleans, nos Estados Unidos, e que
oferecia serviço ao golfo do México, construiu uma rede usando a tecnologia celular analógica. Essa infra-estrutura transmitia voz e dados em baixa velocidade
comutados em circuitos, e pode ser usaDezembro 2005
da com a tecnologia celular digital de pacotes de dados (CDPD) para oferecer
velocidades de até 19,2 Kbps.
No começo de 2004, a PetroCom
construiu uma segunda rede paralela
baseada na família de tecnologias GSM
abaixo relacionadas:
GSM – a tecnologia wireless mais popular do mundo com mais de 1,6 bilhão
de clientes, suporta voz e dados comutados em circuitos a uma velocidade de até
14,4 Kbps. Sua popularidade gera uma
gama variada de modems e telefones a
preços variados, e permite o roaming em
redes GSM de mais de 200 países. Agora
os usuários comerciais podem ser localizados pelo mesmo número de telefone,
independentemente de sua posição geográfica, ao invés de terem que alugar um
telefone com tecnologia de satélite com
um número diferente.
GPRS – é adicionado às redes GSM
para suportar pacotes de dados em velocidades de até 115 Kbps, permitindo que
os usuários acessem correio eletrônico,
mensagens instantâneas e Internet.
EDGE – está disponível atualmente
em mais de 100 países e suporta pacotes de dados a velocidades médias de
100 a 130 Kbps.
A rede analógica da PetroCom não foi
desativada. Ela ainda presta serviço aos
clientes, mas a maioria deles migrou para
•
•
•
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CAPA
COBERTURA ESPECIAL DO EVENTO
GSM/GPRS/EDGE para obter conexões
de dados mais rápidas e confiáveis.
"Quando tentávamos discar para acessar
a rede analógica era preciso discar muitas vezes. Além disso, a ligação caía logo",
aponta Robert James, programador de
operações e coordenador de offshore da
Saybolt L.P., que, agora, usa EDGE para
acessar a Internet a partir de laptops a
bordo dos petroleiros e de outros navios.
"Com a nova rede a conexão é imediata”,
destaca o programador.
Um dos benefícios da tecnologia EDGE
é a transmissão permanente dos dados,
um modelo ideal para os serviços
"pushed”, como por exemplo, um servidor da empresa que envia automaticamente mensagens de correio eletrônico ao dispositivo do usuário assim que são recebidos. Além disso, como se trata de uma tecnologia baseada em pacotes, o EDGE utiliza muito mais eficientemente os recursos
da rede da operadora do que a tecnologia
analógica. Esta eficiência permite à carrier
cobrar um preço mais competitivo por seus
serviços EDGE. Desta forma, os usuários
pagam apenas pelos dados que enviam e
recebem, e não mais, pelo tempo de conexão aos servidores.
COMPARTILHAR CONEXÕES
A família de tecnologias GSM também
pode ser utilizada para suportar aplicações fixas de voz e dados -- e mantê-las
simultaneamente. Por exemplo, um dispositivo EDGE pode descarregar um arquivo enquanto o usuário está realizando uma chamada. Esta flexibilidade melhora a produtividade dos empregados
porque um único usuário pode realizar
tarefas múltiplas, ou vários usuários e
dispositivos podem compartilhar a mesma conexão EDGE.
Além de melhorar os processos do negócio, os dispositivos wireless fixos ajudam
também as empresas petrolíferas e de gás
a atrair e manter empregados. "A qualidaDezembro 2005
de de vida está ganhando cada vez mais
importância", afirma Jay Andrew, gerente
de marketing da PetroCom. "As empresas
estão solicitando ajuda para instalar
cibercafés". Por exemplo, com uma unidade Fixed Freedom Wireless instalada em
uma área comum da plataforma de petróleo, os trabalhadores da perfuração podem
navegar a Internet conectando um laptop
na porta Ethernet. A unidade suporta também chamadas de voz, podendo assim, ser
usada também como telefone.
POR QUE TECNOLOGIA WIRELESS?
Fixed Freedom Wireless, o plano de
serviços de $1000 mensais da PetroCom,
inclui voz e dados ilimitados, além de serviços como correio de voz, identificação
de chamadas e chamadas tripartidas.
"Se fizermos uma comparação, o aluguel de hardware (microondas) pode
oscilar entre $500 e $2.000 por mês,"
comenta Andrew. "O transporte custa
$500 a $1.000 por DSO. A instalação, a
manutenção e o reparo são variáveis. O
custo total por mês por DSO é de $1.000
a $3.000. Conseguimos que o fornecedor anterior dos serviços de microondas
prestasse atenção tomasse nota."
Ao contrário do GSM/GPRS/EDGE,
a tecnologia microondas também tem
custos de manutenção, como o realinhamento das antenas após uma tempestade. Além disso, é pouco confiável -- a tal
ponto da PetroCom preferir usar a tecnologia de satélite em vez de microondas para conectar cada ponto offshore
da sua rede backbone.
Os benefícios da família de tecnologias GSM têm atraído integradores de sistemas e outras pessoas especializadas na
indústria de gás e petróleo. "Os fabricantes de rádio, como a AirLink, estão adotando GSM/GPRS. Também estão a ponto de lançar um produto EDGE," garante
Andrew. "É um voto enorme de confiança no caminho escolhido pela PetroCom."
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EVENTOS
ANUNCIANTES
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PÁGINA
Qualcomm
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Nokia
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Siemens
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CMA
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Página 9
Evistel
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Frecuencia Online
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Página 13
Frecuencia Latinoamérica
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Página 19
Capa 2
Páginas 11
CTIA
Página 23
WCAI
Página 29
Expocomm México
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Página 31
CMA
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Capa 3
Lucent
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Capa 4
DEZEMBRO
Diplomado en Redes
de Datos Corporativas
Dezembro, 14-17
Centro Banamex
Cidade do México
FEVEREIRO 2006
3 GSM
Fevereiro, 13-16
Barcelona, España
Expocomm México
Fevereiro, 14-17
Centro Banamex
Cidade do México
MARÇO 2006
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Março 15-17
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ABRIL 2006
Capacity Latam 2006
Abril, 4-5
São Paulo, Brasil
CTIA
Abril, 5-7
Las Vegas, EUA
SETEMBRO 2006
CTIA WIRELESS I.T. & Entertainment 2006
Setembro, 12-14
Los Angeles, EUA
OUTUBRO 2006
EXPO COMM ARGENTINA
Outubro, 3-6
Buenos Aires, Argentina
NOVEMBRO 2006
Mobile México 2006
Novembro, 7-9
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Dezembro 2005
OPINIÃO
Até quando insistir
NO LEGADO?
Por Leonardo Bon
A posse de um grande legado de tecnologia se constituía em
grande vantagem para as operadoras tradicionais (um dia
chamadas "incumbentes"), em relação aos players
"entrantes". Contudo, em face das facilidades e flexibilidade
das novas tecnologias, as operações de adaptação do legado
para o novo ambiente de serviços já vão se tornando reflexos
de uma visão excessivamente dogmática
Os novos patamares tecnológicos
atingidos pelo padrão Ethernet e o forte
empuxo da tecnologia de fibras, por
exemplo, comparecem neste cenário
para apontar a estratégia de MANs
(Metropolitan Area Networks) como
parte indispensável das novas políticas
de competitividade das operadoras e
provedores. Na verdade, já em meados
da década passada, o modelo ATM deu
um primeiro impulso a projetos nesta
linha, com sua bem sucedida promessa
de convergir dados, voz e vídeo.
Porém, o fato é que, mesmo bem combinados em excelentes soluções de serviços; nem as redes tradicionais SONET/
SDH, nem o ATM, puderam acompanhar
a drástica necessidade de redução de
custos que a nova competitividade instaurou. Redução de custos que, ao contrário já é oferecida pela enorme disponibilidade de fibras, cujo investimento
inicial já foi absorvido e cuja capacidade
de tráfego ainda está por ser explorada.
Se, no passado, a implementação de
Metro-LANs dependida de caras linhas
alugadas; hoje, as evoluções do padrão
Ethernet já permitem a criação de ambientes de serviço público de alta qualidade
em Metro-LANs sobre linhas de baixo custo. E considerando o Ethernet como o padrão de fato das LANs, é natural que, o
usuário corporativo fuja das múltiplas conversões e dê preferência por conectar suas
Metro-LANs usando protocolos "nativos".
Restrição do legado SONET/SDH:
Projetada nativamente para voz, a
infra-estrutura SONET/SDH apresenta
particular dificuldade na conexão com
novos dispositivos do mundo predominantemente de tráfego de dados. Em
contraste, as novas gerações de comutadores de alta velocidade, são capazes
de oferecer a mesma magnitude de serviços das redes convencionais, a custos
incomparavelmente menores.
A ineficiência da estrutura SONET/
SDH para o tráfego não uniforme compromete, por exemplo, o seu desempenho para a oferta de serviços IP, que hoje
são uma inegável exigência do mercado.
Entre as desvantagens destas redes
legadas SONET/SDH, no atual cenário,
Dezembro 2005
está ainda a operação por ciclo de tempo, totalmente inflexível e inadequada
para um ambiente não uniforme, que
exige novas formas de "billing" para serviços como VPNs, web hosting, colocation ou aplicações de outsourcing.
Se é com razão considerada altamente protegida, a arquitetura SONET/SDH
tipicamente faz uso de um segundo par
de fibra para garantir a recuperação em
questão de milisegundos. Mas já é possível hoje obter este mesmo nível de segurança em GB-Ethernet, através de
espelhamento, usando o tráfego
bidirecional, sem a exigência de uma fibra extra. Além disto, as novas funcionalidades do Multi-Protocol Label
Switching (MPLS) permitem estabelecer
múltiplos pontos de proteção crítica, com
comutação imediata em caso de falhas.
Novos algoritmos de recuperação
estão preparados para agir nesta tecnologia em apenas 50 milisegundos, o que
representa, de fato, a superação dos últimos argumentos em favor da SDH/
SONET. Resumindo, se a proteção do
legado, até outro dia mesmo, representava a preservação do investimento e
manutenção da vantagem nativa; hoje,
o avanço e disseminação das tecnologias
de conexão local em alta velocidade significam, de fato, um ambiente completamente novo. E tudo indica que, aos
poucos, este mundo vai se tornando inóspito para as tecnologias legadas.
Leonardo Bon é diretor regional da
Extreme Networks para a América do Sul
[email protected]
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