4ª, 6ª, 8ª EF e 3ª EM - Saresp

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4ª, 6ª, 8ª EF e 3ª EM - Saresp
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
EXEMPLOS DE ITENS NOS PONTOS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA
LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 125 – 4ª EF
REX em “Tá limpo!”
Instruções:
Para responder à questão de número 2 leia a história em quadrinhos abaixo.
(Revista Ciência Hoje das Crianças. Ano 20/n. 176,
Jan./Fev. 2007)
2. No final da história, Rex fica envergonhado porque:
(A)
(B)
esqueceu de tomar banho.
desobedeceu a mãe.
(C)
(D)
gritou com o amigo.
esqueceu datas de aniversário, no de telefones, letras de música...
Descritor/Habilidade: Estabelecer relações entre texto escrito (verbal) e recursos gráfico-visuais presentes no texto.
Esfera de atividade: Entretenimento.
Gênero de texto: Historieta em quadrinhos.
Descrição: Ao responder a esse item, os alunos são levados a reconhecer, no enredo da tirinha, as
causas que explicam o seu desfecho, apoiando-se, para tanto, nas imagens e nos recursos gráficos
disponíveis.
86% acertos
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LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 150 – 4ª EF
Atenção: Para responder à questão de número 22, leia a propaganda abaixo.
22. Onde você poderia encontrar esta propaganda?
(A) No Posto de Saúde.
(B) Na padaria.
(C) No mural da sala de aula.
(D) No consultório do dentista.
Descritor/Habilidade: Identificar a finalidade do texto, considerando seu gênero, estrutura, tema/assunto, possível interlocutor/leitor.
Esfera de atividade: Publicitária.
Gênero de texto: Propaganda.
Descrição: Ao responder a esse item, os alunos são levados a determinar, com base na identificação
do gênero, do tema ou do destinatário em jogo, a circulação social própria do texto. Portanto, indiretamente, identificam a sua finalidade.
81% acertos
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Nível 175 – 4ª EF
Atenção: A questão de número 16 baseia-se no texto apresentado abaixo.
Instinto selvagem
Chris Everhart e seus três filhos
acampavam em uma floresta ao
Com uma paulada, Chris Everhart matou o bicho
norte do estado americano da
Geórgia. Um dos meninos,
assustado com a presença de
um urso que vasculhava a
cozinha do camping, jogou
uma pá na direção do animal.
Irritado, o bicho avançou. O
pai, ao ver a cena, não teve
dúvida: pegou um tronco seco
de árvore e com uma única
investida matou o urso, informa
a agência AP . "Pensei que o
tivesse apenas ferido", disse
Everhart. "Minutos depois
Everhat, assustado com o avanço do
percebi que o matara. Não
urso contra o filho não vacilou: liqüidou-o
havia outra solução".
com a ajuda de um tronco de árvore
(Revista da Semana. encarte publicitário)
16. A notícia fala de um pai e seus três filhos que estavam em uma floresta ao norte do estado
americano da Geórgia. O que eles estavam fazendo lá?
(A) Caçando.
(B) Estavam perdidos.
(C) Acampando.
(D) Fazendo uma pesquisa.
Habilidade em Jogo: Localizar no texto informações explícitas.
Esfera de atividade: Jornalística.
Gênero de texto: Notícia.
Descrição: Por meio desse item, os alunos localizam, na notícia, uma informação explícita básica,
necessária para o entendimento da situação reportada.
74% acertos
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LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 200 – 4ª EF
Atenção: A questão de número 12 baseia-se no texto apresentado abaixo.
(Revista Ciência Hoje das Crianças. Ano 19/ no 166. Março de 2006)
12. O ninho do joão-do-barro proporciona segurança para os ovos e a prole do animal porque
(A) é construído em forma de espiral e
os ovos ou os filhotes ficam protegidos em uma parte interna; para alcançá-los é preciso passar por um
corredor curvo.
(C) o joão-de-barro constrói o ninho, mas
abriga seus filhotes no ninho de outras aves como o canário-da-terra e
a andorinha-parda.
(B) sua entrada é tão estreita que apenas os pássaros da espécie do joãode-barro conseguem passar.
(D) o macho do joão-de-barro fica vigiando durante o dia e a noite a entrada do ninho expulsando os intrusos
que queiram ocupar sua construção.
Habilidade em Jogo: Estabelecer relação de causa e conseqüência entre partes ou elementos do
texto.
Esfera de atividade: Escolar.
Gênero de texto: Artigo de divulgação científica para público infantil.
Descrição: Nesse item, o aluno é conduzido a identificar a causa dos fatos expostos, selecionando,
entre as alternativas dadas, aquela que melhor parafraseia a parte correspondente do texto.
59% acertos
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LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 225 – 6ª EF
Instruções:
Para responder à questão de número 4, leia o texto abaixo.
CRIANÇA DIZ CADA UMA...
Aninha já estava com dois anos. Loira, linda. Nunca tinha cortado os cabelos. Eram amarelos-ouro e cacheados. “Parecia um anjinho barroco”, diz a mãe coruja.
Lá um dia, a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas
já estavam nos ombros. Chama a menina, que chega ressabiada, olhando a cintilante tesoura.
− Mamãe vai cortar o cabelinho da Aninha.
− Aninha olha para a tesoura, se apavora.
− Não quero, não quero, não quero!!!
− Não dói nada...
− Não quero!, já disse.
E sai correndo. A mãe sai correndo atrás. Com a tesoura na mão. A muito custo, consegue tirar a filha que
estava debaixo da cama, chorando temendo o pior. Consola a filha. Sentam-se na cama. Dá um tempo. A menina
pára de chorar. Mas não tira o olho da tesoura.
− Olha, meu amor, a mamãe promete cortar só dois dedinhos.
Aninha abre as duas mãos, já submissa, desata o choro, perguntando, olhando para a enorme tesoura e
para a própria mãozinha:
− Quais deles, mãe?
(PRATA, Mário. 100 crônicas de Mário Prata. São Paulo: Cartaz editorial, 1997)
4.
As palavras "menina", "que" e "filha" referem-se a Aninha e são utilizadas com a intenção
de:
(A) dar continuidade ao texto, evitando a
repetição do nome de Aninha.
(C) fazer substituições desnecessárias
para o entendimento do texto.
(B) reforçar a idéia de que a mãe é a
personagem principal do texto.
(D) tornar o texto incoerente.
Habilidade em Jogo: Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade.
Esfera de atividade: Artístico-literária.
Gênero de texto: Crônica narrativa.
Descrição: O enunciado deste item leva o aluno a reconhecer a função textual dos termos sublinhados, que estabelecem, ao longo da crônica, uma cadeia coesiva (por substituições) que se refere à
personagem principal.
68% acertos
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LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 250 – 6ª EF
Instruções:
Para responder à questão de números 10, leia o poema abaixo.
Lampião e Lancelote
[...]
Agora eu lhes apresento
Um grande cangaceiro
Nascido em nosso país
Leal e bom companheiro
Para uns foi criminoso
Para outros justiceiro
Criado nas terras secas
Vaqueiro trabalhador
Cuidava de um ralo gado
Com coragem e com valor
Seu nome era Virgulino
Mas um dia veio a dor
Ao ver seu pai baleado
Ele partiu pra vingança
À frente dos cangaceiros
Se pôs logo em liderança
Bando de cabras armados
Ao inimigo com ganância*!
Com este bando temido
Atirava igual canhão
Com seu rifle poderoso
Tornava a noite um clarão
Por isso todo orgulhoso
Se chamou de lampião
[...]
(*Ganância significa um desejo grande de alcançar algum objetivo)
(Vilela, Fernando. Lampião e Lancelote, São Paulo: Cosac Naify, 2006)
10. “Para uns foi criminoso
Para outros justiceiro”
A palavra “justiceiro” foi utilizada para mostrar que o personagem era visto como alguém
que:
(A) respeitava muito a justiça.
(C) fazia justiça com as próprias mãos.
(B) julgava bandidos no tribunal.
(D) justificava seus atos de vingança.
Habilidade em Jogo: Reconhecer o efeito de sentido produzido no texto, decorrente da escolha de
palavra ou expressão.
Esfera de atividade: Artístico-literária.
Gênero de texto: Poema narrativo (épico) dirigido para o público infanto-juvenil.
Descrição: O item conduz o aluno a reconhecer, pela compreensão do trecho apresentado, o sentido
que a palavra focalizada assume, no contexto do poema.
54% acertos
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LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 275 – 6ª EF
Instruções: Leia o texto a seguir e responda a questão de número 17.
LUZ EM UM MUNDO SOB MUDANÇA
Saiba que tipo de lâmpada os australianos e canadenses não querem mais em suas casas
Você sabia que as tradicionais lâmpadas incandescentes − aquelas com formato redondinho, como a que vemos na foto − podem não
fazer parte do futuro do planeta? Pois é: neste ano, dois países − Austrália e Canadá − anunciaram que irão
acabar com a venda desse tipo de produto em 2010 e 2012, respectivamente. A razão? A existência de um
outro tipo de lâmpada que consome menos da metade da energia exigida pelas incandescentes. Estamos
falando das lâmpadas fluorescentes.
Em nações como a Austrália e o Canadá, em que a energia elétrica é gerada em grande parte pela
queima de carvão em termoelétricas, a troca de uma lâmpada por outra reduziria em larga escala a produção
de gás carbônico, um dos gases envolvidos com o aquecimento do planeta. No Brasil, por conta do racionamento de energia que vigorou até 2002, muitas famílias optaram pelas lâmpadas fluorescentes na hora das
compras. Uma boa escolha. Afinal, embora elas sejam mais caras à primeira vista − podem custar cinco vezes
mais do que as incandescentes −, as lâmpadas fluorescentes duram dez vezes mais e podem representar, no
final das contas, uma economia e tanto.
Então, o que você acha de fazer uma inspeção na sua casa, ver se está em uso alguma lâmpada incandescente e incentivar seus pais a
fazerem a troca por uma fluorescente o quanto antes? Com essa escolha, não só vocês, mas todo o planeta tem a ganhar!
(FIGUEIRA, Mara. Luz em um mundo sob mudança. In Ciência Hoje para Crianças. Rio de Janeiro: agosto de 2007)
17. “No Brasil, por conta do racionamento de energia que vigorou até 2002, muitas famílias
optaram pelas lâmpadas fluorescentes na hora das compras”.
O trecho acima se refere
(A)
(B)
(C)
(D)
a um fato que deverá ocorrer.
a uma dúvida dos consumidores.
a uma opinião da autora em relação ao ocorrido.
a um fato ocorrido no passado.
Habilidade em Jogo: Distinguir, no texto, um fato da opinião relativa a esse fato.
Esfera de atividade: Escolar
Gênero de texto: Divulgação científica para público infantil.
Descrição: Nesse item, o aluno é levado a reconhecer um trecho do texto como relativo a um (dos)
fato(s) retratados e/ou comentados, distinguindo esse trecho, portanto, dos que se referem a opiniões
da autora.
46% acertos
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LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 300 – 8ª EF
Instruções:
Para responder à questão de número 1, leia o texto abaixo.
Medidas, no espaço e no tempo, de Stanislaw Ponte Preta
Sérgio Porto
A medida, no espaço e no tempo, varia de acordo com as circunstâncias. E nisso vai o temperamento de cada um, o ofício, o
ambiente em que vive.
Nossa falecida avó media na base do novelo. Pobre que era, aceitava encomendas de crochê e disso tirava o seu sustento. Muitas
vezes ouvimo-la dizer: – Hoje estou um pouco cansada. Só vou trabalhar três novelos.
Nós todos sabíamos que ela levava uma média de duas horas para tecer cada um dos rolos de lã. Por isso, ninguém estranhava
quando dizia que queria jantar dali a meio novelo. Era só fazer a conversão em horas e botar a comida na mesa sessenta minutos depois.
Os índios, por sua vez, marcavam o tempo pela lua. Isso é ponto pacífico, embora, há alguns anos, por distração, eu assistisse a
um desses terríveis filmes de carnaval do Oscarito, em que apareciam diversos índios, alguns dos quais, com relógio de pulso.
Sim, os índios medem o tempo pelas luas, os ricos medem o valor dos semelhantes pelo dinheiro, vovó media as horas pelos seus
novelos e todos nós, em maior ou menor escala, medimos distâncias e dias com aquilo que melhor nos convier.
Agora mesmo houve qualquer coisa com a Light [companhia de luz] e a luz faltou. Para a maioria, a escuridão durou duas horas;
para Raul, não. Ele, que se prepara para um exame, tem que aproveitar todas as horas de folga para estudar. E acaba de vir lá de dentro, com os
olhos vermelhos do esforço, a reclamar:
– Puxa! Estudei uma vela inteira.
Comigo mesmo aconteceu de recorrer a tais medidas, que quase sempre medem melhor ou, pelos menos, dão uma idéia mais
aproximada daquilo que queremos dizer. Foi noutro dia quando certa senhora, outrora tão linda e hoje tão gorda, me deu um prolongado olhar de
convite ao pecado. Fingi não perceber, mas pensei:
“Há uns quinze quilos atrás, eu teria me perdido”.
(In Flora Bender e Ilka Laurito, Crônica: história, teoria e prática. São Paulo: Scipione, 1993, p. 96-97)
1.
Assinale a alternativa que contém a tese da crônica.
(A) “Para a maioria, a escuridão durou
duas horas; para Raul, não”.
(B) “Era só fazer a conversão em horas
e botar a comida na mesa sessenta
minutos depois”.
(C) “Agora mesmo houve qualquer coisa
com a Light [companhia de luz] e a
luz faltou”.
(D) “todos nós, em maior ou menor escala, medimos distâncias e dias com
aquilo que melhor nos convier”.
Habilidade em Jogo: Identificar a tese defendida pelo autor no texto.
Esfera de atividade: Artístico-literária.
Gênero de texto: Crônica reflexiva.
Descrição: O item conduz o aluno a identificar, entre os trechos selecionados do texto, aquele que
explicita a tese defendida pelo autor.
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LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 325 – 8ª EF
Atenção: A questão de número 26 baseia-se nos textos apresentados abaixo.
No dia 1o, o fiscal me impediu de expor na feira do Trianon. Me inscrevi em 2004, fiz teste de
aptidão, paguei taxas de uso de solo e de licença, e comecei a trabalhar na semana seguinte.
O juiz que cassou a liminar provavelmente nem leu o processo. Nossa advogada anexou documentos provando a legalidade dos expositores − que estão com problemas porque funcionários da Prefeitura perderam os documentos de quem fez teste em 2004. Nós, artesãos, criamos objetos de arte considerados cultura no mundo todo − menos no Brasil. E, aos 63 anos,
não tenho perspectiva de conseguir outro trabalho.
José Eduardo Pires
Vila Maria Alta
A Prefeitura responde:
Com referência à feira do Trianon, jamais houve perda de documentos. No início de 2006, a
Sub Pinheiros entregou as pastas de documentação para a Sub Sé. Na análise técnica do material, viu-se que havia expositores trabalhando irregularmente, sem que as aprovações fossem publicadas no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, obrigatórias para que a comunidade
saiba quem foram os aprovados e as atividades para as quais estão autorizados.
Andrea Matarazzo
Secretário das Subprefeituras e Subprefeito da Sé
(São Paulo Reclama. O Estado de S.Paulo, 12 de agosto de 2007, p. C2)
26. Considerando-se a carta do leitor e a resposta da Prefeitura, é correto afirmar que
(A)
(B)
(C)
(D)
ambas apresentam a mesma opinião referente à proibição de trabalhar numa feira.
elas divergem quanto à origem do problema surgido com a fiscalização do trabalho.
o Subprefeito aceita a opinião do Remetente, propondo-se a autorizar seu trabalho.
a opinião da Advogada dos queixosos é idêntica à dos funcionários da Prefeitura.
Habilidade em Jogo: Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas a um
mesmo fato.
Esfera de atividade: Jornalística.
Gênero de texto: Carta-denúncia e carta-resposta.
Descrição: O item leva o aluno a: 1) relacionar ambos os textos; 2) inferir o fato comum a que se referem; 3) distinguir duas opiniões diferentes em relação a esse fato.
46% acertos
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LÍNGUA PORTUGUESA – SARESP 2007
Nível 350 – 8ª EF
Instruções:
Para responder à questão de número 3, leia o texto abaixo.
Aí pelas Três da Tarde
Raduan Nassar
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se
em idéias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual
você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco
quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo "ciao" ao trabalho do dia, assim como quem se
despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos
armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a
intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos,
tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pêlo, mas sem ferir
o decoro (o seu decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um
banhista incerto, assome em seguida no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa
toda como se andasse numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado) e se achegue depois, com cuidado e
ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá ao fundo nesse
mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado
pelo mundo.
(Texto extraído do livro Menina a caminho, Companhia das Letras. São Paulo, 1997. p.71)
3.
Este texto recorre, de forma bastante significativa, a advérbios de lugar (destacados no
texto) que concretizam
(A) as ordens do narrador.
(C) a indignação do narrador.
(B) o sonho do narrador.
(D) os desejos de outras pessoas.
Habilidade em Jogo: Estabelecer relações lógico-discursivas, marcadas no texto pelo uso de advérbios, conjunções, pronomes, tempos verbais etc.
Esfera de atividade: Artístico-literária.
Gênero de texto: Conto (trecho).
Descrição: Neste item, o aluno é conduzido a identificar o efeito de sentido provocado pelo uso reiterado de um recurso morfossintático (advérbios de lugar) explicitado pelo próprio item.
34% acertos
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Nível 375 – 3ª EM
Instruções:
O texto abaixo serve como base para a questão de número 14.
Uma tecnologia controversa
Os genomas dos diferentes seres vivos, organizados durante a evolução da vida na Terra, são eventualmente alterados por mutações,
mas esse processo é lento e limitado por sistemas internos de proteção e por barreiras naturais entre as espécies. Nas últimas décadas, porém,
os cientistas desenvolveram técnicas – chamadas, em seu conjunto, de biotecnologia – que permitem alterar o material genético e até transferir
genes de uma espécie para outra.
As técnicas de transformação genética podem ser consideradas uma continuação de uma longa lista de métodos tradicionais de melhoramento, como a indução de mutações, a hibridização entre espécies e gêneros,
a duplicação de cromossomos, a cultura de células e tecidos in vitro e a fusão de
células somáticas. A modificação de bactérias, animais e plantas com essas novas
técnicas, superando as barreiras naturais, vem gerando muita polêmica.
O ser humano, ao longo de toda a sua história, tem aplicado sua
engenhosidade para ter acesso à variabilidade genética disponível em organismos
usando diversos métodos, entre eles mutações, seleção artificial, hibridizações e,
recentemente, a transgenia. Até há pouco tempo não era comum que mudanças
tecnológicas provocassem grandes discussões na sociedade.
Entretanto, por sua novidade e pelo aumento de sua incidência, a
transgenia tem causado preocupações e transformações, sejam de caráter
científico, social, econômico ou cultural. Assim, a controvérsia provocada pelas
A área de plantações transgênicas em 18 países (em
novas técnicas da biotecnologia, em especial o uso de organismos transgênicos ou
verde, no mapa) chegou a 67,7 milhões de hectares
de organismos geneticamente modificados (OGMs), deve ser considerada uma
em 2003
mudança na percepção pública sobre a ciência e sobre as conseqüências das suas
aplicações tecnológicas.
(Obtido em http://cienciahoje.uol.com.br/852 − com cortes)
14. Releia o trecho inicial do texto:
“Os genomas dos diferentes seres vivos, organizados durante a evolução da vida na Terra, são eventualmente alterados por mutações, mas esse processo é lento e limitado por sistemas internos de proteção e por barreiras naturais entre as espécies.”
Contextualizando o trecho destacado, deduz-se que as modificações genéticas artificiais
têm como uma de suas características
(A) a rapidez com que se processam, e
(C) a rapidez com que se processam, e
por isso diferem das modificações
por isso são equivalentes às modifinaturais.
cações naturais.
(B) a lentidão com que se processam, e
(D) a lentidão com que se processam, e
por isso diferem das modificações
por isso são equivalentes às modifinaturais.
cações naturais.
Habilidade em Jogo: Inferir no texto informações implícitas.
Esfera de atividade: Escolar.
Gênero de texto: Artigo de divulgação científica.
Descrição: O aluno é levado a reconhecer, entre as paráfrases propostas pelas alternativas, informações implícitas relevantes para a compreensão do assunto tratado.
32% acertos
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Nível 400 – 3ª EM
Instruções:
Para responder à questão de números 24, leia o artigo abaixo.
Por que o mundo está tão desorientado
Domenico de Masi
Se eu tivesse de indicar qual denominador comum psicológico caracteriza a sociedade atual no mundo inteiro, não teria dúvida. Alguns povos são dominadores, outros, submissos; alguns são tímidos, outros agressivos. Há os desorganizados e os extremamente metódicos.
Alguns são laicos e outros fundamentalistas. Também existem os povos voltados para a modernidade e outros que são tradicionalistas. No entanto, todos os povos do mundo estão, hoje, desorientados.
O que leva a essa desorientação é a rapidez e a multiplicidade das mudanças. Seis séculos antes de Cristo, quando as transformações ocorriam lentamente, Heráclito escreveu: "É na mudança que as coisas se assentam". Mas poderíamos dizer isso hoje? A invenção das
técnicas para dominar o fogo, o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, as grandes descobertas científicas e geográficas
realizadas entre os séculos XII e XVI representam saltos. No entanto, nenhuma dessas mudanças se realizou em espaço de tempo inferior à vida
média de uma pessoa. Nenhum ser humano pôde assistir ao processo inteiro.
Hoje as coisas são diferentes. Ao longo de poucas décadas, passamos de uma economia industrial centrada na produção de automóveis e de eletrodomésticos a uma economia pós-industrial centrada na produção de serviços, informação, símbolos, valores e estética. Passamos de uma cultura moderna de livros e de jornais a uma pós-moderna feita de televisão e internet. Saímos do poder exercido por capitães da
indústria para o de cientistas, artistas e da mídia de massa. (...)
É como se, de improviso, uma imensa avalanche, uma enorme massa d’água, uma erupção vulcânica e um terremoto se abatessem
de uma só vez sobre uma região tranqüila, aterrorizando seus habitantes. Alguns desses habitantes talvez até contassem com a destruição, mas
a grande maioria foi surpreendida durante o sono e vive agora na maior desorientação.(...)
Quem está desorientado passa, de fato, por uma profunda sensação de crise, e quem se sente em crise deixa de projetar o próprio
futuro. Quando uma pessoa, uma família ou um país renuncia a projetar seu futuro, outro o projetará no lugar deles. E não fará por bondade
altruísta, mas em proveito próprio.
(Revista Época, p. 92, 13/09/2007)
24. De acordo com o autor, Heráclito teria escrito: "É na mudança que as coisas se assentam."
Assinale a alternativa que traz uma opinião divergente:
(A) "(...) Todos os povos do mundo es(C) "Hoje as coisas são diferentes."
tão hoje desorientados.".
(B) "Se eu tivesse de indicar (...) não teria dúvida."
(D) "Nenhum ser humano pôde assistir
ao processo inteiro."
Habilidade em Jogo: Identificar posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas a um mesmo
fato ou tema.
Esfera de atividade: Jornalística.
Gênero de texto: Artigo de opinião.
Descrição: O item conduz o aluno a identificar, entre as alternativas, uma opinião distinta daquela que
se expressa na posição de um filósofo citado pelo texto.
46% acertos
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