Edição 51

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Edição 51
EXPEDIENTE
Editorial
Governo do
Estado de São Paulo
Governador
José Serra
O
Departamento de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP tem
como mote a educação continuada, a geração de novas tecnologias e a formação através da
pesquisa de novos docentes.
Secretário da Saúde
Luiz Roberto Barradas Barata
Hospital das Clínicas
da Faculdade de
Medicina da USP
Presidente do
Conselho Deliberativo
Marcos Boulos
A assistência é focada para
o atendimento terciário e
quaternário, aplicando novas
técnicas baseadas no que foi desenvolvido nos projetos de
pesquisas do nosso Departamento.
Seguindo sempre este propósito, apresentaremos artigos
de revisão e atualização para reciclagem profissional,
trabalhos oriundos de dissertações e teses defendidas,
além de sempre mostrar um artigo original publicado há
mais de 40 anos por antigos docentes do Departamento.
Neste número destacamos o parafuso Godoy Moreira, que
ficou conhecido internacionalmente.
Prof. Dr. Olavo Pires de Camargo - Editor
03
Editorial
Sumário
Artigo Reeditado - TTratamento
ratamento da PPseudoartrose
seudoartrose
04
do Colo do Fêmur pela Osteossíntese
Artigo - Análise da sensibilidade e
reprodutibilidade da escala de Basso,
08
Beattie e Bresnahan (BBB)
10
Artigo - Alternativas na Revisão Acetabular
14
Teses e Dissertações Defendidas
no PPrimeiro
rimeiro Semestre de 2007
17
Padronização na Comunicação Visual
Disciplinas do curso de Pós
-graduação
Pós-graduação
18
e Cursos do Segundo Semestre
Superintendente
José Manoel de C. Teixeira
Diretor Clínico
José Otávio Costa Auler Júnior
Instituto de Ortopedia
e Traumatologia
Professores Titulares
Tarcísio Eloy P. de Barros Filho
Arnaldo Valdir Zumiotti
Olavo Pires de Camargo
Diretor Científico
Alberto Tesconi Croci
Diretor Executivo em Exercício
Sérgio Yoshimasa Okane
Editor
Olavo Pires de Camargo
Cartas para a Redação
Sandra Maria Silveira
Claudia Helena dos Santos
Instituto de Ortopedia
e Traumatologia
“Prof. F. E. Godoy Moreira”
Rua: Dr. Ovídeo Pires de
Campos, 333 - Tel./Fax: (11)
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Jornalista Responsável
Antonio Luiz Mello Jr.
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Tiragem: 6.000 exemplares
Distribuição Nacional
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
3
Artigo reeditado
Tratamento da Pseudoartrose
do Colo do Fêmur pela
OSTEOSSÍNTESE
Publicado originalmente em
janeiro de 1946, na Revista
do Hospital das Clínicas Volume I / Número I
F. E. Godoy Moreira
Professor de Clínica Ortopédica e
Traumatológica da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo
ste trabalho visa demonstrar que se pode
obter a consolidação em casos de
pseudoartrose do colo do fêmur por meio
de osteossíntese com parafuso especial.
E
apresenta inconvenientes sobretudo tratando-se
de enfermos e idosos.
O enxerto ósseo e as operações reconstrutivas
de Whitman, Brackett, Colonna, Albee e outras
Observam-se freqüentemente casos de
pseudoartrose em seguida a fraturas do colo do
fêmur não tratadas ou tratadas de maneira
inadequada. Entretanto, esta complicação pode
aparecer mesmo em casos tratados convenientemente, cirúrgica ou conservativamente.
são operações mais ou menos graves e chocantes, exigindo além disso a aplicação de aparelho
gessado com todas as suas desvantagens.
Além disso, todos estes métodos assim como
a osteotomia subtrocanteriana acarretam sempre
maior ou menor grau de encurtamento do
A cura da pseudoartrose constituída apresenta
muitas vezes sérias dificuldades. Os métodos mais
eficientes de tratamento nestes casos são:
1º) - Aparelho ortopédico que permita a
deambulação dos pacientes quando há
contra-indicação operatória.
membro. Tivemos ocasião de tratar três casos de
pseudoartrose do colo femural em que aplicamos
com bons resultados o mesmo parafuso que
temos recomendado no tratamento das fraturas
simples do colo do fêmur.
Este parafuso cuja técnica de colocação
2º) - Osteotomia subtrocanteriana.
3º) - Osteossíntese e enxerto ósseo.
4º) - Operações re-construtivas.
Quando a operação é contra-indicada resta
somente o recurso do aparelho. A osteotomia
subtrocanteriana é uma operação simples, mas
descrevemos no "The Journal of Bone and Joint
Surgery" (Boston) Vol. XXII - nº 3 - pg. 684 - 697
em julho de 1940, permite obter uma fixação
extremamente sólida.
Há vários critérios para determinar quando
se deve falar de pseudoartrose propriamente
exige a aplicação de aparelho gessado que
dita ou apenas de consolidação retardada.
“Observam-se freqüentemente casos de
pseudoartrose em seguida a fraturas do colo
do fêmur não tratadas ou tratadas de
maneira inadequada”.
4
Maio - Agosto 2007
Operação: Redução de fratura e coloFig. 01
cação do parafuso a 5-4-41. Nenhum aparelho gessado foi colocado. A marcha foi iniciada 30 dias depois da intervenção. As
radiografias de frente e de perfil (Figs. 2 e 3)
mostram consolidação perfeita um ano depois.
A marcha é normal.
Caso 2. - J. B. J. - masc. 43 anos - 26 de
agosto de 1941.
Há três meses fratura do colo do fêmur direito.
Esteve em tração com esparadrapo durante 50
dias. Queixa-se de dores e só pode ficar de pé
com muletas. A radiografia mostra pseudoartrose
em varo (Fig. 4).
Operação: a 21 de setembro - Redução de
fratura e osteossíntese com parafuso especial.
Nenhum aparelho foi colocado. Começou a
No caso do colo do fêmur, julgamos que
se pode falar de pseudoartrose se a fratura
depois de três meses não mostrar nenhum
sinal de formação do calo. Se a fratura não
tiver sido reduzida, então a experiência
nos mostra que podemos prever desde logo
que a pseudoartrose será fatal caso não seja
feito o tratamento adequado dentro de algumas
semanas, no máximo dentro do primeiro mês.
andar 40 dias depois da operação, mostram
consolidação perfeita (Figs. 5 e 6). Marcha
inteiramente normal.
Caso 3. - M. R. - Fem. 50 anos - 11 de
setembro de 1941.
Fig. 02
OBSERVAÇÕES:
Caso 1. - ª S. B. - fem. 52 anos - 27 de março
de 1941.
Há quatro meses fratura do colo do fêmur
esquerdo. Não fez tratamento algum e ficou
de cama até a data da consulta. A radiografia (Fig. 1) mostrava fratura não reduzida
e pseudoartrose. Completa impotência do
membro lesado.
Tratamento prévio: Tração contínua com
esparadrapo durante uma semana.
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
5
Artigo reeditado
Há três meses fratura do colo femural
esquerdo. Não fez tratamento algum tendo
ficado em repouso na cama. Radiografia
(Fig. 7). A marcha é impossível e a paciente
queixa-se de dores.
Tratamento prévio: Tração contínua com
esparadrapo durante uma semana.
Operação: a 18 de setembro de 1941.
Foi usada a mesma técnica que nos dois
anos anteriores. Não foi colocado aparelho gessado. A marcha teve inicio somente
30 dias após a operação, devido a dores
no joelho. As radiografias de 13 de abril de
Fig. 03
1942 (sete meses depois da operação)
mostram consolidação óssea (Figs. 8 e 9).
A função do membro é completamente
normal.
6
Fig. 04
Fig. 05
É possível obter função normal sem
encurtamento, mesmo em casos muito
CONCLUSÃO:
Em casos de pseudoartrose do colo femural pode-se obter consolidação e fun-
desfavoráveis de fraturas antigas não tratadas
nem reduzidas, acompanhadas de grave
osteoporose. (Caso 1).
Isso prova que no caso particular
do colo do fêmur a simples fixação mecânica
de fratura sem nenhum meio complementar
ção perfeita por meio de uma osteossíntese
extra-articular com parafuso. Nos nossos
casos nenhum aparelho gessado foi aplicado como meio suplementar de imobilização depois da osteossíntese.
de imobilização, como o aparelho gessado,
é capaz de dar resultados que muitas vezes
somos levados a pensar que somente podem
ser obtidos por meio da função biológica
do enxerto ósseo.
Maio - Agosto 2007
REFERÊNCIAS:
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Fig. 06
Fig. 07
Fig. 08
“O aparelho
gessado, é capaz
de dar resultados
que muitas vezes
somos levados
a pensar que
somente podem ser
obtidos por meio da
função biológica do
enxerto ósseo”.
Fig. 09
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
7
Atualização
Artigo
Análise da sensibilidade e
reprodutibilidade da escala de Basso,
Beattie e Bresnahan (BBB)
em ratos Wistar
Alessandra E. I. S. Molina1, Marcos Sleiman Molina2, Tarcisio E. P. Barros Filho3
1 - Fisioterapeuta, mestre em
Ciências Médicas pelo Instituto
de Ortopedia e Traumatologia
do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo Brasil.
2 - Médico, doutor em
Ciências Médicas pelo
Instituto do Coração da
Faculdade de Medicina
da Universidade de São
Paulo - Brasil.
@
E-mail: [email protected]
RESUMO
Molina, AIS. Análise da sensibilidade e reprodutibilidade da escala de Basso, Beattie
e Bresnahan (BBB) em ratos Wistar [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina,
Universidade de São Paulo; 2006.
P
rocurou-se avaliar a sensibilidade e a
reprodutibilidade da escala funcional de
Basso, Beattie e Bresnahan (escala BBB)
para a avaliação da capacidade locomotora de
ratos após lesão medular. Submeteram-se 30
ratos Wistar, machos à laminectomia e à contusão
medular leve, moderada e grave produzida pelo
equipamento de impacto por queda de peso
desenvolvido pela Universidade de Nova Iorque
(NYU Weight-Drop Impactor). A movimentação
foi registrada no 28o. dia após lesão medular,
simultaneamente, por 3 câmeras digitais e após
a edição, cópias idênticas dos filmes foram
encaminhadas à seis pesquisadores independentes, para a determinação da capacidade
locomotora segundo a escala funcional de Basso,
Beattie e Bresnaham.
8
Maio - Agosto 2007
3 - Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo - Brasil. Trabalho desenvolvido no Instituto de Ortopedia
e Traumatologia.
Unitermos: coluna vertebral; traumatismo da
coluna vertebral; métodos; recuperação de
função fisiológica; escalas.
Compreender os mecanismos fisiopatológicos
da lesão medular é de grande importância para
a sociedade científica, mesmo havendo grande
quantidade de estudos sobre este assunto, não
há um consenso sobre a ferramenta mais
adequada para analisar a recuperação funcional
de animais submetidos à lesão medular. Apesar
de alguns testes que avaliam a recuperação
funcional serem de simples utilização, alguns
autores criticam sua sensibilidade à pequenas
alterações1,2.
Desde os estudos de Galileu no século XVII
d.C., tenta-se desenvolver modelos experimentais
sensíveis e de fácil reprodutibilidade. Diferentes
espécies animais foram utilizadas porém, o
modelo experimental por contusão medular em
queda de peso idealizado inicialmente por Allen
(1911 e 1914) apud 1 alicerçou vários estudos
sobre lesão medular 3-5. Resultados
contraditórios quanto ao método, ao tipo animal
e a análise estatística dificultam a reprodutibilidade entre laboratórios. Os métodos de
avaliação comportamental, as definições e os
critérios para a avaliação da capacidade locomo-
tora dos ratos variam consideravelmente na literatura -6. .
A análise do comportamento
funcional após lesão medular
deve ser realizada de maneira
sistematizada afim de avaliar a
sensibilidade à pequenas alterações de forma reprodutível e
com isso demonstrar o processo
de recuperação fisiopatológica e
eficácia terapêutica (7,8). Testou
- se a sensibilidade e a reprodutibilidade da escala funcional de
Basso, Beattie e Bresnahan
Caixa confeccionada em vidro transparente (80X80X30cm) com
fundo e a parede superior forradas com materiais em cor azul
(escala BBB) para a avaliação da
marinho para proporcionar alto contraste com a cor branca
capacidade locomotora em ratos
dos ratos. Em detalhe, o posicionamento das três câmeras
digitais para a filmagem silmultânea da motricidade
após lesão medular.
dos ratos no 28º dia pós-operatório.
Submeteu-se neste estudo,
resultados funcionais e da reprodutibilidade
30 ratos Wistar, machos, à laminectomia e à
através de testes não paramétricos de correlação.
contusão medular leve, moderada e grave
Conclui-se que a escala BBB apresenta: a)
produzida por equipamento computadorinas lesões leves sensibilidade satisfatória e
zado de impacto por queda de peso desenvolvido
pela Universidade de Nova Iorque (NYU WeightDrop Impactor). No 28º dia após a contusão medular, cada rato foi colocado numa caixa transparente (80x80x30cm), forrados com material antiderrapante azul e estimulado à se movimentar.
A movimentação foi registrada, simultaneamente, por 3 câmeras digitais e após a edição,
cópias idênticas dos filmes foram encaminhadas
à seis pesquisadores independentes, sem a
informação sobre a gravidade da lesão correspondente de cada rato, para a determinação da
capacidade locomotora segundo a escala
funcional de Basso, Beattie e Bresnaham.
A escala de Basso, Beattie e Bresnahan (BBB)
(13,14) é uma escala semi-quantitativa, baseada
na resposta locomotora de ratos, e que atribui
uma pontuação de zero à vinte e um.
Notou-se que há sensibilidade do método
para detectar diferenças entre os resultados das
patas do lado esquerdo e direito, entre às lesões
leves, moderadas e graves, e que há diferença
entre os avaliadores através de comparações dos
elevada reprodutibilidade; b) nas lesões
moderadas sensibilidade insatisfatória e
reprodutibilidade satisfatória; c) nas lesões graves
sensibilidade insatisfatória e redução da
reprodutibilidade.
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MS,,
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open field testing in rats. JJ.. Neurotrauma. 1995;12:1-21.
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
9
Grupo de Quadril
Alternativas na
Revisão Acetabular
Prof. Alberto Tesconi Croci
Chefe do Grupo de Quadril do IOT HC FMUSP
“Quem se propõem a
atuar na área de
reconstrução articular,
precisa ter o
conhecimento das
várias possibilidades
para as revisões de
artroplastia, já que
muitas vezes os casos
são diversos e distintos
e não seria possível
usar apenas uma
só técnica para
todos os casos”.
N
os últimos anos houve um elevado
número de indicações para a
artroplastia total de quadril, muitas
delas indicadas para pacientes jovens, com maior
atividade física ou mesmo em algumas situações
onde não puderam ser realizadas outras cirurgias
alternativas.
As solturas das próteses, sejam elas
assépticas ou sépticas, constituem um grande
problema para quem atua na área. Com a
necessidade de novas intervenções para troca dos
componentes da prótese e, muitas vezes, há a
necessidade de utilizarmos vários métodos
conforme o tipo de perda óssea. Quem se
propõem a atuar na área de reconstrução
articular, precisa ter o conhecimento das várias
possibilidades para as revisões de artroplastia,
já que muitas vezes os casos são diversos e
distintos e não seria possível usar apenas uma
só técnica para todos os casos.
Com o problema existente, novos
materiais foram desenvolvidos possibilitando as
reconstruções, inclusive a necessidade do
desenvolvimento dos Bancos de Tecidos, visando
aumentar a massa óssea que fora perdida na
evolução da artroplastia primária. Assim,
abordaremos as possibilidades da revisão na
soltura acetabular.
O diagnóstico da soltura deve ser feito
através de radiografias seriadas no
Figura 1 - Raios-X
pré-operatório,
paciente com 64
anos, 10 de ATQ Perda óssea com
descontinuidade
pélvica (IV).
10
Maio - Agosto 2007
acompanhamento dos pacientes submetidos às
artroplastias primárias do quadril. Para as
próteses cimentadas levamos em consideração
as zonas de radiolucência existentes ao redor do
componente acetabular, que não deve exceder
dois milímetros em qualquer das zonas.
do material principalmente com relação ao
acetábulo da fratura e migração dos parafusos
de fixação do componente.
Na soltura e com a presença dos "debris"
gerados do desgaste há perda óssea que pode
ser variável para cada caso. Procuramos em
nosso Grupo classificá-la pela AAOS como sendo
do tipo I quando cavitária que pode ser periférica
ou central, do tipo II segmentar que também pode
ser periférica ou central, do tipo III combinada
Figura 2 - Raios-X
pós-operatório,
com anel de
reforço e
aloenxerto.
(com os dois anteriores), do tipo IV
descontinuidade pélvica quando há uma
dissociação do ilíaco e do restante da bacia, e
do tipo V quando há artrodese, neste caso
considerado perda óssea quando na necessidade
de se fazer a artroplastia temos que desfazer a
Outro fato que deve ser notado é a
migração da taça e do cimento nas radiografias
artrodese com osteotomias de ressecção.
As técnicas mais utilizadas em nosso meio
para revisão do acetábulo são a Técnica de Exeter,
o Aloenxerto de Banco estruturado, a fixação
acetabular sem cimento, as taças ditas gigantes
("Jumbo Cups"), as taças duplas ou oblongas e
seriadas, sempre fazendo a comparação com a
radiografia inicial do procedimento. Ainda
podemos ter na radiografia dados sobre a fadiga,
a quebra do material, a modificação da
inclinação da taça e, como sinal de certeza sobre
a soltura, temos a fratura do manto de cimento
os anéis de reforço ("Rings").
Para a realização da técnica de Exeter
devemos ter o enxerto ósseo Alógeno de Banco
que repõe a massa óssea perdida e repara o
defeito existente. Além da necessidade de telas
especiais de fundo e de borda do acetábulo que
que indica que há movimento naquele local.
Outros métodos radiográficos que podem
ser empregados seriam a Artrografia e a
Arteriografia, mas ainda com indicações
contraditórias, sendo esta última empregada nos
casos onde o componente acetabular está dentro
fixadas com parafusos contém e fixam o enxerto
utilizado impactado.
da pelve no intuito de estudar a relação da taça
com os vasos pélvicos, evitando-se eventuais
acidentes intra-operatórios com sangramentos
muitas vezes difíceis de serem estancados.
Nas próteses não cimentadas a
radiolucência é menos significativa do que nas
cimentadas, devendo-se levar em conta na
análise da soltura a migração dos componentes
também com a comparação seriada com a
radiografia inicial, a inclinação da taça e a fadiga
“Podemos ter na
radiografia dados sobre
a fadiga, a quebra do
material, a modificação
da inclinação da taça e,
como sinal de certeza
sobre a soltura, temos a
fratura do manto de
cimento que indica
que há movimento
naquele local”.
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
11
Grupo de Quadril
Posteriormente, a taça acetabular é
posicionada e fixada com cimento
ortopédico, devendo-se fazê-lo com a
maior pressurização para termos
uniformidade da manta de cimento.
Esta técnica pode ser empregada em
nosso Grupo nas falhas dos tipos I, II
e III (AAOS), principalmente em
pacientes que ainda necessitarão de
outros procedimentos nas futuras
revisões, pois incrementa naquele
local a massa óssea. Não deve, a
nosso ver, ser empregada nas falhas
do tipo IV ou dissociações pélvicas,
Figura 3 - Detalhe cirúrgico da fixação do aloenxerto
pois as telas não são dotadas de
e anel de reforço na descontinuidade pélvica.
resistência suficiente para a síntese da
descontinuidade.
O aloenxerto estruturado é empregado em
contato com o osso do paciente em 50% de sua
falhas cavitárias e segmentar, principalmente
área total).
supra acetabulares, onde um bloco de osso de
Banco é moldado e fixado com osteossíntese
convencional através de parafusos. Em seguida
é feita a fresagem do novo acetábulo como nas
artroplastias primárias e fixado o componente que
pode ser cimentado ou não. A nosso ver, nas não
A fixação do acetábulo sem cimento deve
ter como condições para a sua indicação e
realização um bom leito ósseo para que ocorra
a osteointegração, onde o componente tem que
possuir superfície porosa ou ser do tipo "Plasma
cup". O implante depois de colocado precisa estar
cimentadas a superfície do bloco em contato com
a prótese não deve exceder 40-50% (devendo o
componente acetabular sem cimento estar em
estável por si só e não confiar que isto possa ser
substituído pela fixação dos parafusos
simplesmente. Em nosso Grupo contra indicamos
nos casos de tumores, doenças osteometabólicas,
campo cirúrgico previamente irradiado, perdas
extensas mediais (normalmente recomendamos
“O aloenxerto
estruturado é
empregado em falhas
cavitárias e segmentar,
principalmente supra
acetabulares, onde um
bloco de osso de Banco
é moldado e fixado
com osteossíntese
convencional através
de parafusos”.
12
Maio - Agosto 2007
como limite a imagem da lágrima) ou perdas
ósseas tipo IV.
As taças gigantes são normalmente
denominadas para aquelas onde o diâmetro
exceda 60 milímetros e, para alguns casos,
possibilitam uma técnica mais rápida para ser
executada. Há que se ter em mente que o
planejamento pré-operatório é importante para
definir o tamanho possível da taça.
Não devemos esquecer de que a medida
do comprimento crânio-caudal do acetábulo
pode ser muito superior à medida do comprimento ântero-posterior, onde na fresagem
"Os anéis de reforço
acetabular ou
"Rings" são indicados
pelo Grupo nos
casos de dissociação
pélvica ou perdas
tipo IV da AAOS
em associação
com aloenxerto de
Banco, estruturado
e picado".
haveria perda da parede anterior, posterior ou
ambas, inviabilizando a técnica. Para este
planejamento utilizamos a projeção radiográfica
de falso perfil de Lequesne.
As taças duplas ou oblongas podem ser
utilizadas nos defeitos ósseos dos acetábulos
superiores, onde o defeito ósseo é substituído pelo
componente metálico que é aparafusado
superiormente após dupla fresagem, ou seja, do
acetábulo na sua posição, calculado o centro de
rotação da cabeça femoral e do defeito superior
com o mesmo diâmetro, só que em geral mais
30 graus do que a inclinação desejada (por
exemplo, se a inclinação desejada for 45 graus
o defeito é fresado em 75 graus).
Os anéis de reforço acetabular ou "Rings"
são indicados pelo Grupo nos casos de
dissociação pélvica ou perdas tipo IV da AAOS
em associação com aloenxerto de Banco,
estruturado e picado. O defeito maior e em geral
superior ou póstero-superior é preenchido com
um bloco de aloenxerto moldado de maneira a
prover suporte do anel de reforço e, em geral,
fixado com parafusos de grandes fragmentos.
Devemos lembrar que a maioria dos anéis
existentes tem lado direito e esquerdo e estes são
fixados no ísquio e ilíaco por parafusos também
de grandes fragmentos. A moldagem dos anéis
depende de cada caso e o cirurgião precisa ter
experiência e noção espacial, tanto da inclinação
como anteversão do acetábulo para a sua
colocação.
Posteriormente à fixação, todos os espaços
são preenchidos com aloenxerto picado e
impactado, uniformizando a perda óssea. Os
anéis em realidade fazem a síntese e fechamento
da descontinuidade pélvica. No final, uma taça
de polietileno é cimentada por dentro
do anel na posição de inclinação e
anteversão desejada.
Lembrar que a manta de
cimento deve ter no mínimo dois milímetros de espessura, de tal maneira
que a taça seja quatro números
menores do que o tamanho do anel
de reforço (por exemplo, um anel de
52 milímetros terá uma taça de
número 48).
Em tudo o que foi exposto, o
mais importante é evitar as perdas
ósseas catastróficas, fazendo
Figura 4 - Detalhe cirúrgico da taça de polietileno
cimentada no anel de reforço.
diagnóstico precoce da soltura, onde
técnicas mais simples de revisão
possam ser empregadas.
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
13
Teses Defendidas
Teses
e dissertações defendidas no
Departamento de Ortopedia e
Traumatologia da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
no primeiro semestre de 2007
SANDRA UMEDA SASAKI
Sasaki SU. Estudo biomecânico comparativo, em cadáveres, da reconstrução do ligamento
cruzado anterior do joelho com técnica convencional e com túneis duplos tibiais e femorais
[tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007.
Orientador: Roberto Freire da Mota e Albuquerque
OBJETIVO: comparar a técnica de reconstrução
convencional do LCA com enxerto patelar e feixe único
com a técnica com enxerto patelar bipartido e quatro
túneis ósseos, através de um estudo experimental
biomecânico em joelhos de cadáveres com testes
pareados, sem variação na quantidade de enxerto
utilizada em ambas as técnicas.
INTRODUÇÃO: As lesões do ligamento cruzado
anterior (LCA) do joelho são comuns principalmente
na prática esportiva, e o tratamento cirúrgico de
reconstrução com o uso de enxertos autólogos, pelos
bons resultados alcançados, um consenso na literatura
mundial. As controvérsias ficam por conta das
variações que podem apresentar a técnica deste
procedimento, na busca constante pelo aperfeiçoamento da mesma. Uma delas encontra-se na
troca da tradicional reconstrução de feixe único do LCA
pela reconstrução dos dois feixes, visando uma maior
semelhança com a anatomia do LCA original.
Recentemente, a tendência nesta técnica é pela
passagem dos enxertos por dois túneis femorais e dois
túneis tibiais.
MÉTODOS: Nosso estudo foi realizado em joelhos
de cadáveres (18 joelhos de 9 cadáveres), todos do
sexo masculino, com idade variando entre 44 e 63
anos. Estas peças foram divididas aleatóriamente,
14
Maio - Agosto 2007
sempre em pares, nos grupos A, de joelhos operados
com a técnica de reconstrução do LCA com único feixe,
e grupo B, de joelhos operados com a técnica de
reconstrução com duplo feixe e quatro túneis ósseos.
Cada espécime foi submetido a testes biomecânicos
nas condições LCA íntegro, lesado e operado, com
registro de dados de Deslocamento Anterior Máximo
(DTAM), Rigidez Média (R) e Rotação Tibial Interna
Passiva (RIT), sob força de 100N de deslocamento tibial
horizontal, a 30°, 60° e 90° de flexão dos joelhos.
RESULTADOS: Não houve diferenças significativas,
pelo método de Análise de Variância de grupos, entre
as duas técnicas tanto para medidas de DTAM em
30°(p=0,47), 60°(p=0,59), 90°(p=0,27); como para
R em 30° (p=0,93), 60° (p=0,97), 90° (p=0,45); e RIT
em 30° (p= 0,59), 60° (p=0,67) e 90° (p=0,74).
CONCLUSÕES: Em nosso estudo, a técnica de
reconstrução dos dois feixes do LCA com enxerto
patelar e quatro túneis têm comportamento
biomecânico semelhante ao da reconstrução do LCA
com enxerto patelar de feixe único, sob os aspectos de
deslocamento anterior tibial, rigidez e rotação tibial
passiva, durante o movimento de deslocamento
anterior tibial com força constante superiores em
reconstruções com dupla banda, duplo túnel tibial e
femoral em 24 meses de seguimento.
LUIZ AUGUSTO UBIRAJARA SANTOS
Santos LAU. Efeito da utilização de plasma rico em plaquetas na osteointegração dos
enxertos ósseos homólogos criopreservados: estudo histomorfométrico em coelhos
[dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007.
Orientador: Alberto Tesconi Croci
A
s perdas ósseas em alguns seguimentos do sistema
músculoesquelético têm sido motivo de grande
preocupação na área da Ortopedia e Traumatologia.
Propostas de tratamentos com uso de enxertos e fatores
de crescimento são descritas ao longo dos anos. Neste
estudo avaliamos o efeito do plasma rico em plaquetas
- PRP na fase inicial do processo de osteointegração
de enxertos ósseos homólogos criopreservados a - 80
°C, em forma de blocos, implantados no côndilo
femoral de coelhos. Operamos 19 animais (38
fêmures), onde ambas as técnicas foram aplicadas no
mesmo animal em lados alternados. De um lado
aplicamos o aloenxerto isolado (Lado 1) e no outro
associamos o aloenxerto ao PRP (Lado 2). Após 15
dias, os animais foram sacrificados e os côndilos
femorais com as áreas de enxertia analisados pela
histomorfometria com o método semiautomático.
Não observamos efeito do plasma rico em plaquetas
nas áreas de enxertias dos aloenxertos, pois a
comparação dos parâmetros histomorfométricos
estruturais, de formação e reabsorção não mostraram
diferenças significativas.
ROGÉRIO MEIRA BARROS
Barros, R.M. Avaliação biomecânica comparativa entre a reinserção de tendões por meio
de canaleta óssea e de âncora: estudo experimental em coelhos. [dissertação]. São Paulo:
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007.
Orientador: Arnaldo Amado Ferreira Neto
INTRODUÇÃO: A reinserção de tendão do manguito
rotador desperta muito interesse de pesquisadores na
busca da técnica menos agressiva e que possibilite
maior resistência ao reparo. Neste trabalho avaliamos
comparativamente através da cirurgia experimental a
reinserção de tendão feita por canaleta óssea e por
âncora em diferentes fases de cicatrização.
MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados 24 coelhos
da raça Nova Zelândia Albino, dois como piloto,
quatro como grupo controle e 18 como grupo
experimento. Os 18 animais foram submetidos à
secção e reinserção do tendão calcâneo bilateralmente
com as técnicas de canaleta óssea de um lado e âncora do outro. Todas as patas operadas ficaram
imobilizadas por três semanas. O grupo experi-
mento foi dividido em 3 grupos de animais em que a
eutanásia foi realizada com três, seis e outro com 12
semanas. O complexo tendão-osso foi submetido a
estudo biomecânico, sendo avaliado os parâmetros
da força máxima, rigidez e força no limite de
proporcionalidade.
RESULTADO: Não houve diferença estatistica-mente
significante em relação à força no limite de
proporcionalidade, rigidez e força máxima entre o
grupo da âncora com o grupo da canaleta óssea nos
períodos estudados.
CONCLUSÃO: a técnica da âncora se mostrou
semelhante à técnica da canaleta óssea nos parâmetros
estudados.
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
15
Teses Defendidas
JOSÉ LUIZ POZO RAYMUNDO
Raymundo JLP. Efeitos da radiofreqüência nas características mecânicas da cápsula
anterior do ombro de coelhos [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de
São Paulo; 2007.
Orientador: Olavo Pires de Camargo
INTRODUÇÃO: A literatura mostra a utilização da
radiofreqüência como alternativa em casos de
redundância ou frouxidão de tecido, podendo ser
empregada como solução em alguns casos de
instabilidade de ombro. O presente estudo avalia os
efeitos mecânicos da radiofreqüência em cápsulas
anteriores de ombros de coelhos vivos.
MÉTODOS: O estudo é comparativo e randomizado,
tendo sido realizado em trinta e sete ombros de coelhos,
machos, da raça Nova Zelândia, na faixa etária de 4
- 6 meses, com peso médio de 3kg 250mg, criados
para o projeto e mantidos no Biotério Central da
Universidade Federal de Pelotas - UFPEL - RS. O
trabalho consta de dezoito ombros do grupo controle
sendo estes abertos para gerar instabilidade e não
submetidos ao procedimento de radiofreqüência; e
dezenove ombros do grupo experimento
(radiofreqüência), abertos para gerar instabilidade e
submetidos à radiofreqüência com tempo fixado em
7segundos numa temperatura fixa de 650C, com tecido
embebido em solução salina. Após cinqüenta dias de
pós-operatório, os animais foram levados à eutanásia.
O material foi mantido em -21,40C por quinze dias e,
após transportado para o Laboratório de Investigação
Médica 21 da Universidade de São Paulo - USP - SP,
para avaliação de nove variáveis: altura, comprimento
inicial sem carga, área da cápsula, força máxima,
deformação máxima, tensão máxima, deformação
relativa, rigidez e módulo de elasticidade.
RESULTADOS: Foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes entre os grupos controle
e o grupo radiofreqüência, para as variáveis força
máxima e rigidez (p<0,05), sendo maiores em média,
no grupo controle.
CONCLUSÃO: Desse modo a força máxima e a
rigidez da cápsula anterior de ombros de coelhos vivos,
submetidas à radiofreqüência em um único ponto,
diminui após cinqüenta dias.
MARIA LUIZA LOTUMULO AMATUZZI
Amatuzzi MLL. Avaliação dos artigos publicados na área de Ortopedia e Traumatologia
nos anos de 2004 e 2005 [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de
São Paulo; 2007.
Orientador: Luiz Eugênio Garcez Leme
A
autora avaliou a qualidade dos artigos publicados
na literatura brasileira, na área de Ortopedia e
Traumatologia. Foi feita a revisão de todos os artigos
constantes dos sumários da Acta Ortopédica Brasileira e da Revista Brasileira de Ortopedia, em seus
fascículos publicados nos anos de 2004 e 2005.
Considerou que o conteúdo dessas duas revistas
retrata a produção científica nacional na área e que
sua análise pode responder ao objetivo do
trabalho. Após o levantamento da literatura,
foi escolhida a classificação de Cook adaptada por
Atallah para a classificação dos artigos por Nível de
16
Maio - Agosto 2007
Evidência. Foi utilizada a lista de Atallah para a
avaliação metodológica para trabalhos sobre
terapêutica, etiologia e diagnóstico. Os artigos
de ciência básica foram avaliados por suas
características metodológicas e classificados
por parâmetros representativos de seu nível
e utilizados formulários preenchidos por
dois avaliadores. Foram aplicados cálculos
de estatística descritiva. A autora conclui que a
qualidade metodológica dos artigos publicados
nas revistas analisadas é inadequada e tem baixo
Nível de Evidência.
CAIO GONÇAVES DE SOUZA
Souza CG. Análise histomorfométrica do colo femoral em pacientes com e sem
fratura do colo do fêmur [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de
São Paulo; 2007.
Orientador: Alberto Tesconi Croci
quadril. O exame de densitometria óssea não
mostrou diferença significativa. Na espessura média
das trabéculas não houve diferença significativa,
porém o número de trabéculas foi menor e a separação entre elas foi maior no grupo com fraturas.
Unidade na comunicação visual
Nova identidade
F
oi analisada a parte trabecular do colo do fêmur
de 13 pacientes do sexo feminino, com idade acima
dos 60 anos, com o método da histomorfometria óssea.
Sete destas pacientes tiveram fratura do colo do
fêmur. Todas foram submetidas a artroplastia do
O
Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo optou
por uma identidade visual padrão para as
aulas, banners e apresentações em cursos e
congressos nacionais e internacionais. Assim,
teremos uma única identidade quando se tratar
de algo relacionado a nossa instituição. Tal
iniciativa facilitará o reconhecimento de trabalhos relativos ao DOT. Os layouts estão
disponíveis na sala B327, 3º andar do IOT.
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
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Disciplinas
Disciplinas ministradas no curso de
Pós-Graduação de Ortopedia e Traumatologia
2º SEMESTRE DE 2007
Coordenador: Prof. Olavo Pires de Camargo
COD
DOCENTE
DISCIPLINA
MOT 5739
Prof. Roberto Guarniero
Dr. Antonio Egydio
de Carvalho Jr.
MOT 5727
Prof. Alberto Tesconi Croci
Prof. Arnaldo José Hernandez
Ensaios Clínicos das
Deformidades Congênitas
e do Desenvolvimento
Músculo-esquelético
Metodologia para
Ensaios Biomecânicos
MOT 5728
Prof. Roberto Guarniero
Prof Rames Mattar Junior
Estudo do trabalho
Científico em Medicina:
CRED/PERÍODO
Cursos 2007
Linguagens, Formatos e
Conteúdos da Pesquisa em
Ortopedia e Traumatologia
Cursos
programados
para
3 créditos
02/08 a 17/08
02, 03, 09, 10, 16 e 17/08
5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h
3 créditos
13/09 a 28/09
13, 14, 20, 21, 27 e 28/09
5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h
3 créditos
04/10 a 25/10
04, 05, 11, 18, 19 e 25/10
5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h
2007
PÚBLICO ALVO
Profissionais da Saúde
DATA
03 e 04/08
TEMA
10 e 11/08
Curso de Revisão em Artroplastia do Quadril
Dr. Antonio Carlos Bernabé
Médicos
17 e 18/08
Curso de Reciclagem e Atualização em Cirurgia da Mão
e Microcirurgia Reconstrutiva
Prof. Arnaldo Valdir Zumiotti
Médicos
24 e 25/08
Curso de Medicina do Esporte
Dr. Arnaldo José Hernandez
Profissionais da Saúde
31/08 e 01/09
Curso de Geriatria
Profª Clara de Rosa Carelli
Profissionais da Saúde
14 e 15/09
Navegação na Artroplastia do Joelho
Dr. José Ricardo Pécora
Médicos
19 e 20/10
Curso de Próteses
Dr. André Pedrinelli
Profissionais da Saúde
26 e 27/10
Curso do Joelho
Dr. Pécora / Fts. Cleidnéia e Aline
Profissionais da Saúde
Curso Avanços e Controvérsias em Cirurgia de Coluna
(Centro de Convenções Rebouças)
Dr. Alexandre Fogaça Cristante
Para Maiores informações: Centro de Estudos Godoy Moreira • CEGOM
Telefone: 11-3086-4106 • FAX: 11-3086-4105 • E-mail: [email protected]
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