projeto político pedagógico - ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA
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projeto político pedagógico - ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA
1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2014 2 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 06 2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 07 2.1 Identificação da Escola ....................................................................................... 07 2.2 Aspectos Históricos Importantes ......................................................................... 08 3. FILOSOFIA DA ESCOLA ..................................................................................... 10 4. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 11 5. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ................................................................................ 12 6. OBJETIVOS GERAIS ........................................................................................... 13 7. MARCO SITUACIONAL ........................................................................................ 14 7.1 Resultados Educacionais...................................................................................... 16 7.2 Quadro de Pessoal …........................................................................................... 16 7.3 Oferta de Cursos e Modalidades …...................................................................... 18 7.4 Organização Aspecto Físico …............................................................................. 18 7.5 Recursos Tecnológicos adequado a consecução da Proposta Pedagógica......... 19 8. MARCO CONCEITUAL ........................................................................................ 21 8.1 Sociedade ….......................................................................................................... 21 8.2 Mundo.................................................................................................................... 22 8.3 Homem ….............................................................................................................. 22 8.4 Infância e Adolescência …..................................................................................... 23 8.5 Educação/Escola …................................................................................................ 24 8.6 Conhecimento ….................................................................................................... 25 3 8.7 Letramento …......................................................................................................... 26 8.8 Aprendizagem ….................................................................................................... 27 8.9 Cidadania …........................................................................................................... 28 8.10 Cultura ….............................................................................................................. 29 8.11 Trabalho …........................................................................................................... 30 8.12 Ciências …........................................................................................................... 31 8.13 Tecnologia …........................................................................................................ 32 8.14 Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada …............................ 33 8.14.1 Formação Continuada de Professores ….......................................................... 34 8.15 Currículo …........................................................................................................... 35 8.16 Avaliação ….......................................................................................................... 36 8.17 Concepção de Inclusão ....................................................................................... 36 8.18 Concepção dos sujeitos com necessidades educacionais especiais…............... 37 8.19 Concepção de aluno e altas habilidades/superdotação …................................... 38 9. MARCO OPERACIONAL ….................................................................................... 40 9.1 Processo de Avaliação da Escola.......................................................................... 42 9.2 Verificação do Rendimento Escolar …................................................................... 43 9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico ….......................................................... 43 9.4 Hora Atividade......................................................................................................... 44 9.5 Papel das Instâncias Colegiadas …....................................................................... 44 9.5.1 Direção …........................................................................................................... 44 9.5.2 Conselho Escolar …............................................................................................. 45 9.5.3 Conselho de Classe …......................................................................................... 46 9.6 Regimento Escolar …............................................................................................. 47 9.6.1 Do Processo de Classificação …......................................................................... 47 4 9.6.2 Do Processo de Reclassificação…..................................................................... 47 9.6.3 Da Progressão Parcial ….................................................................................... 48 9.6.4 APMF …............................................................................................................... 49 9.6.5 Agentes Educacionais I e II …............................................................................. 49 9.7 Cursos/Programas/Projetos…................................................................................ 50 9.7.1 Ofertados pela escola …..................................................................................... 50 9.8 Diversidade …........................................................................................................ 50 9.8.1 Educação do Campo …...................................................................................... 51 9.8.2 Educação Indígena …......................................................................................... 52 9.8.3 Gênero e Diversidade Sexual …......................................................................... 53 9.8.4 Paraná Alfabetizado …....................................................................................... 54 9.8.5 Relações Étnicos-Raciais ….............................................................................. 54 9.9 Desenvolvimento Sócioeducacional.........…......................................................... 54 9.9.1 Enfrentamento à Violência …............................................................................. 54 9.9.2 Educação Ambiental …...................................................................................... 55 9.9.3 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas …......................................................... 56 9.9.4 Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável........................................ 57 9.10 Formação Continuada …................................................................................... 58 9.11 Equipe Multidisciplinar......................................................................................... 58 10. PLANO DE AÇÃO 2014 …................................................................................... 60 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …................................................................. 73 12. ANEXOS …............................................................................................................ 74 12.1 Matriz Curricular ….….......................................................................................... 74 12.1.1 Matutino.. …...................................................................................................... 63 12.1.2 Vespertino......................................................................................................... 75 5 12.2 Proposta Pedagógica Curricular das Disciplinas …............................................. 76 12.2.1 Arte ….............................................................................................................. 76 12.2.2 Ciências ............................................................................................................ 88 12.2.3 Educação Física ............................................................................................... 97 12.2.4 Ensino Religioso .............................................................................................. 108 12.2.5 Geografia .......................................................................................................... 114 12.2.6 História............................................................................................................... 124 12.2.7 Língua Portuguesa …........................................................................................ 142 12.2.8 Matemática ...................................................................................................... 159 12.2.9 L.E.M. Inglês..................................................................................................... 169 12.3 Projetos elaborados pela Escola ….................................................................... 200 12.3.1 Conhecendo Indústrias …................................................................................ 200 12.3.2 Educando para o Trânsito…............................................................................ 203 12.3.3 Eu Amanhã ................................................................................................... 205 12.3.4 “Óleo – a responsabilidade é sua”................................................................... 207 12.4 Preponentes do Projeto Político Pedagógico …................................................. 209 13. ADENDO................................................................................................................ 211 13.1 Bibliografia …........................................................................................................ 211 6 1. APRESENTAÇÃO “Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos violenta, mais humana, nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo não a qualquer de possibilidade em face dos fatos, defende capacidade de ser avaliar, de empreender, de escolher, de dividir e, finalmente de intervir no mundo.” (FREIRE. 1987) O presente projeto está alicerçado na Lei de Diretrizes e Bases Lei 9394/98, que em seu artigo 12, § I, prevê que “os Estabelecimentos de Ensino, respeitadas as normas comuns e as dos seus sistemas de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”; na Constituição Brasileira; no estatuto da Criança e do Adolescente; É uma proposta pedagógica, construída pela comunidade educativa da Escola Estadual Profª. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental, e está associada a finalidade da educação e a que tipo de alunos queremos formar. Identifica os problemas e as necessidades presentes em nosso atual contexto social, em consequência os seus reflexos sobre a prática educativa da escola. Nesse projeto foram traçadas metas e ações a serem alcançadas, com o intuito de transformar a prática pedagógica, promovendo a democratização do saber elaborado e o desenvolvimento integral do educando, oferecendo-lhe meios de inserir-se na sociedade de maneira crítica e participativa; capaz de transformar a sua realidade, construindo uma sociedade mais justa, democrática e solidária. É um processo de trabalho coletivo da escola, deve ser reconstruído e vivenciado constantemente por todos os envolvidos com o processo educativo escolar. Ele se constitui como um processo de permanente reflexão e discussão dos problemas, das propostas, da organicidade, da intencionalidade da escola. Desse modo, subsidiará a organização do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho educativo na sala de aula. Processo de mudança e de definição de um rumo, que estabelecerá princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Pressupõe uma construção participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares e a própria comunidade onde a escola está inserida. 7 2. INTRODUÇÃO Os propósitos desse projeto é o de sustentar as ações empreendedoras da escola, possibilitando alternativas, quando necessário, para o enfrentamento dos problemas surgidos no dia dia. Esse trabalho exige o comprometimento da comunidade educativa em geral, estabelecendo pela coletividade, as metas e ações consideradas essenciais para atender aos anseios da mesma na construção de uma nova realidade educacional. O planejamento da prática educativa contribuirá para estabelecer uma prática pedagógica que enfrente com sucesso esse desafio, fazendo da escola um espaço democrático, que não se limita a reproduzir a realidade do contexto social, político e econômico onde está inserida, mas viabilizando uma educação que eduque de fato, para o exercício pleno da cidadania, na qual o cidadão será necessário à sociedade pela sua capacidade de pensar, refletir e agir. A educação para a Escola Estadual “Profª Júlia Wanderley” é um processo em que a pessoa se descobre e se empenha para desenvolver seu potencial humano, convivendo, pesquisando e trabalhando. 2.1. Identificação da Escola FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 1- Denominação da Instituição Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental 2- Endereço: 3- Bairro: Rua Pombas, 1443 Centro 4- Município: Arapongas 8 5- Cep: 6- Caixa Postal não há 86701- 410 9- Fax 7- DDD 8- Telefone 43 3252-6229 10- E-mail: [email protected] 11- Site: www.apsjuliawanderley.seed.pr.gov.br 3252-6229 12- Entidade Mantenedora 13- CGC/MF Governo do Estado do Paraná Não há 14- Código da Escola: 15- Código do Município: 00155 16- Dependência Administrativa: Estadual 0150 17- Localização da Escola: 18- Organização Curricular: Urbana por disciplinas 2.2 Apéctos Históricos Importantes O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Profª Júlia Wanderley Ensino Fundamental, tem como finalidade atender os alunos de 6º à 9º ano. O Governo do Estado do Paraná pessoa jurídica de direito público é proprietário e mantenedor do Estabelecimento de acordo com o Registro de Imóveis, Fls 282, sob nº 1928 do livro 03, datado de 19/11/1965. Possui uma área de 5874m, dos quais 809m é área construída. O Estabelecimento de Ensino foi oficialmente criado pelo Decreto nº 14724 de 14/02/1958 publicado no Diário Oficial nº 01 de 01/03/1958 e foi instalado como Escola de Aplicação no novo Prédio da Escola Normal Colegial Estadual Fernando Amaro em 04/03/1966. Em 23/09/1976 realizou-se reunião presidida pela Diretora Liliana Longo de Araújo para escolher patronesse da Escola . A partir dessa data o Estabelecimento passou a 9 chamar-se Escola Estadual “Profª Júlia Wanderley” - Ensino de 1º grau. Com a aprovação do Plano de Implantação da Lei 5692/71, a Escola de Aplicação foi autorizada a funcionar nos termos da Legislação em vigor como Escola Estadual “Profª Júlia Wanderley” - Ensino de 1º grau, de conformidade com o Decreto 2435, de 26/10/1976 e reconhecimento conforme Resolução nº 2231/97, de 24/07/97. Em 25/09/1994 de acordo com a Resolução 3758/94 do Secretário da Educação, nos termos da legislação vigente, ficou autorizado o funcionamento do Curso Supletivo Fase II em caráter gradativo pelo prazo de 02 (dois) anos, denominando-se assim Escola Estadual “Profª Júlia Wanderley” - Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo. Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 – DOE, de 11/09/98, estabeleceu-se como nomenclatura correta Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental. Foi publicada no Diário Oficial nº 6050, em 15/08/2001, a Resolução nº 1779/2001 que autorizou o funcionamento da modalidade de Educação de Jovens e Adultos, de forma gradativa a partir do 2º semestre de 2001, e consequentemente cessação gradativa do Curso de Ensino Supletivo. A Resolução nº 179/04, publicada no D.O.E. de 19/02/2004, autorizou o funcionamento do Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série Regular a partir do ano de 2004, com implantação simultânea e alterou a denominação do Estabelecimento para escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental. Em 2006 a Escola foi autorizada a ampliar o turno para ofertar 5ª a 8ª séries – Ensino Fundamental, no período noturno, de forma simultânea. E também neste ano letivo, teve autorização para implantação do CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna), na modalidade de Espanhol, período vespertino, o qual manteve-se em fucionamento até o ano de 2013, sendo encerrado por falta de espaço físico. Na atual realidade, do ano letivo de 2014, a escola conta com 07 turmas de ensino fundamental (6º à 9º ano) no período matutino e 7 turmas (6º à 9º ano) no período vespertino. 10 3. FILOSOFIA DA ESCOLA É papel da escola propiciar aos alunos a capacidade de vivenciar as diferentes formas de inserção sócio-político e cultural. Apresenta-se para a escola, hoje mais do que nunca, a necessidade de assumir-se com espaço social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos a toda e qualquer ação de cidadania, considerando que na sociedade atual a escola tem tornado-se principal instância de realização do fenômeno educativo. Por isso todos, alunos, professores, funcionários, pais e direção, são responsáveis pela formação de uma verdadeira comunidade educativa, empenhada para que aconteça aprendizagem e formação de atitudes, pois considera-se que a escola deve formar para a cidadania ativa e para o desenvolvimento de uma sociedade caracterizada pela globalização da economia, das comunicações, da educação e cultura, pelo pluralismo político. Nessa sociedade, cresce a reivindicação pela participação e autonomia, contra toda forma de uniformização. A multiculturalidade é a marca significativa do nosso tempo por isso deve-se educar o ser humano para ser capaz de ouvir, de prestar atenção e intervir para respeitá-la. Portanto, torna-se necessário ter em conta uma dinâmica de ensino que favoreça não só o descobrimento do trabalho individual, mas também e, sobretudo, do trabalho coletivo. A escola, em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma resposta à sociedade na qual está inserida. Nesse sentido, ela nunca é neutra, mas sempre ideológica e politicamente comprometida. Nessa perspectiva, segundo Freire 1996, reconhecemos que a educação tem um valor inestimável como força motriz de mudanças e libertação, como instrumento de formação política e reflexão sobre os problemas do país e do mundo, e capaz de gerar uma nova postura diante dos problemas que nos afetam. Neste Estabelecimento de Ensino procura-se articular uma proposta pedagógica cujo ponto de referência e compromisso é a transformação da sociedade e não sua manutenção e perpetuação, que tem como horizonte a emancipação dos indivíduos, finalidade definidora da função social da escola. 11 4. JUSTIFICATIVA “Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuroProjetar significa quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores”. (MOACIR GADOTTI) Partindo do princípio de que os seres humanos são seres criativos e ativos, construtores de sua cultura e de sua história, urge empreender um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma educação que proporcione ao indivíduo, condições de tornar-se um ser completo, em dimensões sociais, afetivas e intelectuais. Com esse projeto, objetivamos enfrentar esse desafio. Sabemos que o caminhar tem que ser compromissado, ético, participativo e democrático. História é possibilidade e determinação. Trabalhamos na perspectiva de realização dos nossos ideais, possibilitando uma educação de conceitos socioculturais na busca de formar indivíduos capazes de enfrentar as diversidades, as mudanças constantes que abrangem várias concepções e setores distintos da sociedade, e que consequentemente estão presentes em todas as etapas do desenvolvimento humano. 12 5. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Profª fundamenta-se nos seguintes parâmetros legais: Constituição Brasileira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996 Lei 9475, de 22 de julho de 1997 CNE Lei 10172, de 09 de janeiro de 2001 Lei 10287, de setembro de 2001 Lei 10639, de 09 de janeiro de 2003 Lei Complementar 123 de 09 de setembro de 2008 Deliberação Nº 007/99 CEE Deliberação Nº 014/99 CEE Resolução Nº 3794/04 Resolução nº 07/2010 - CNE/CEB Deliberação Nº016/99 CEE Deliberação Nº 03/2006 - CEE/CEB Processo Nº560/99-Indicação Nº004/99 CEE Parecer Nº05/97 CBE/CNE Parecer Nº015/98 CBE/CNE Parecer nº 407/2011 - CEE/CEB Decreto Federal Nº3298 que regulamenta a Lei Nº7853 Júlia Wanderley, 13 6. OBJETIVOS GERAIS Em consonância com a LDB buscamos os seguintes objetivos: Promover a formação integral do educando, em função dos princípios éticos, políticos, articulando as áreas do conhecimento, preparando-o efetivamente para o cumprimento do seu papel sóciocultural. Intensificar a participação de todos os segmentos nas atividades realizadas pela escola para que haja a articulação e integração da comunidade escolar. Incentivar o aprimoramento dos profissionais da escola visando a melhoria da qualidade do trabalho pedagógico. Elaborar projetos tendo como ponto de partida a realidade escolar e dar continuidade aos que já existem. Incentivar a participação da comunidade escolar através de programas, eventos e campanhas. Estabelecer parcerias constantes com pais, comunidade e a sociedade. Melhorar os índices de frequência, permanência, aproveitamento escolar e aprovação articuladas pelos segmentos colegiado e participativo. Desenvolver estratégias para reduzir as desigualdades, levando em conta a diversidade, procurando garantir a equidade, a inclusão e a permanência de todos os educandos. Trabalhar para contribuir de forma efetiva e construtiva para melhorar a situação da prática educativa da escola. 14 7. MARCO SITUACIONAL A Escola Estadual Professora Júlia Wanderley – Ensino Fundamental está situada na região central da cidade onde a maioria dos habitantes não tem mais filhos em idade escolar, por isso o alunado atendido pela escola são oriundos dos diversos bairros que o município de Arapongas dispõe. A princípio as matrículas atendem ao georreferenciamento e o restante das vagas ofertadas seguem critérios encaminhados pela SEED e Secretaria Municipal de Educação. O nível socioeconômico da comunidade escolar é bem variado, onde a maioria pertence a classe média baixa com os pais exercendo diversas profissões: operários, comerciários, empresários e outros. Como consequência os níveis de escolaridade são melhores, muitos tem o segundo grau completo e ou o terceiro grau. A procura por matrícula é muito grande, em parte pelos bons resultados que a escola vem apresentando, sendo comparada a rede particular de ensino. Para atender os anseios desta comunidade, a escola tem realizado uma gestão democrática e participativa, dando voz a todos os sujeitos envolvidos no processo, incluindo os diferentes saberes e formas culturais, com isso contribuindo para a conquista de um índice do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) maior que o projetado para a escola no ano de 2009. Também neste mesmo ano a escola foi agraciada dentre os quatro classificados no município na OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) com os três primeiros lugares e em 2010 conquistando sete premiações dentre as quatorze escolas premiadas com seus alunos. Destacamos para estas conquistas a importância de um trabalho coletivo, envolvendo pais, professores, Conselho Escolar, APMF, funcionários e a comunidade, tanto na forma de organizar o processo de trabalho pedagógico, como na gestão que é exercida pelos interessados, dando margem para a construção da hegemonia da vontade comum. Nessa conjuntura, a escola define sua proposta pedagógica curricular de acordo com as orientações recebidas da Seed, adaptando os conteúdos às necessidades sócias e culturais da escola, sem perder de vista a qualidade que a educação deve oferecer. Procura assim, estar preparada para atender todos os alunos, com maior atenção, aos alunos do 6º ano, utilizando o lúdico e linguagem acessível ao conhecimento dos discentes, tanto que a nova edição dos livros que os alunos já estão utilizando estão adequados ao ensino de nove anos. Outras adequações realizadas são horário de recreio 15 diferenciado, materiais e equipamentos didáticos pedagógicos para trabalhar de forma concreta os conteúdos. Apesar dos méritos e êxitos alcançados, ainda há muito o que avançar. Uma das dificuldades que os professores enfrentam é na utilização das tecnologias disponíveis na escola. Essa dificuldade não se restringe apenas aos professores, mas na orientação aos alunos, uma vez que não há uma pessoa capacitada e exclusiva, na escola, para dar o suporte necessário. A falta de profissionais capacitados na área de novas tecnologias é maior entrave para o avanço nas práticas pedagógicas. Contar com pelo menos um centro de atendimento com fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos para o auxílio no atendimento dos alunos com dificuldades de aprendizagem, aumentam muito as probabilidades de sucesso dos alunos. Outras dificuldades detectadas: Falta de recursos financeiros e humanos. Pouco comprometimento dos pais ou responsáveis. Distribuição de aulas na semana pedagógica, impossibilitando a participação de todos. Infraestrutura que não atende as necessidades da escola, ( falta biblioteca, laboratório de Ciências, salas para Arte e Apoio à Aprendizagem). Falta de respeito de alguns alunos com todos os profissionais. Espaço físico inadequado da sala dos professores e atendimento aos pais na coordenação, visto que o número de alunos aumentou. Falta de depósito para armazenamento da merenda escolar. Espaço para reuniões com professores e ou pais, alunos, funcionários, uma vez que quando acontece reuniões com um número maior de pessoas é necessário se deslocar para um outro local distante das imediações da escola, o que ocasiona o não comparecimento dos pais. Não há espaço adequado para hora-atividade. Sobrecarga de função atribuída aos pedagogos, impossibilitando -os de acompanhar os docentes na hora-atividade. Quanto ao atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais, a escola não se encontra estruturalmente preparada para prestar atendimento a esses alunos pois não conta com a acessibilidade requerida principalmente para cadeirantes. 16 Esse e outros aspectos quanto as condições físicas da escola tem sido motivo de luta de toda comunidade escolar, inclusive com projeto arquitetônico feito pela SEOP, que há praticamente 04 anos espera aprovação da SEED. Com essas limitações restritas para desenvolver o trabalho pedagógico, a escola apresentou os seguintes resultados no ano de 2013: 7.1 Resultados Educacionais ENSINO FUNDAMENTAL Aprovados 418 alunos Reprovados 44 alunos Desistente 18 alunos Transferidos 11 alunos IDEB Observado em 2011 3,6 Observado em 2013 5,1 Projetado para 2015 5,4 7.2 Quadro de Pessoal NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO Adriana Denise Marquezin Professora Educação Física Adriana Paula Russo Lopes Pedagoga Pedag. e Orientação Educ. Alessandra Lourensato Professora Lietras Português/Inglês Aline Caroline de Lima da Silva Professora Geografia e História Ana Paula Perdigão Agente Educ. II Letras Angélica Marchini da Cruz Agente Educ. II Educação Física 17 Angélica Ricoldi Professora História Aparecida Martins Professora Ciências / Matemática Alyne Bueno Machado Gimenes Professora Ciências Biológicas Cátia Jacinto Duarte Professora Língua Inglesa Danielli Quirino Professora História Dejanira Antunes Belmont Agente Educ. I Ensino Médio Demétrio Volpato Professor Matemática Denilson dos Santos Senna Professor Educação Física Edilene Kolecha Professora Ciências/Matemática Elen Michelli Pereira Professora História Eloisa Elena Weiss Faria Professora Educ. Artíst. e Artes Plásticas Eusébio Monteiro Colares Professor Letras Português / Inglês Fernanda Paes de Camargo Anklam Professor Ciências Biológicas Hemily Mendonça Coati Professora Ciências Biológicas Henriqueta Maria Elias da Costa Professora Ciências Biológicas Jacira Pinzan Alves Agente Educ. I Ensino Médio Jane Francisco Rodrigues Professora Português/ Inglês/ Literatura João Leme Batista Neto Professor Educação Física Juliana Sieni de Oliveira Professora Geografia Leila Aparecida Perdigão Professora Matemática Luceli Aparecida da Silva Professora Literatura e L. Portuguesa Luci Grotti Pereira Pedagoga Pedag. e Orientação Educ. Maria Aparecida Costa de Freitas Professora Ensino Médio Maria de Fátima Lopes Zuliani Professora Letras Maria Helena Frota Galo Agente Educ. I Ensino Médio Maria de Lourdes Reinaldo Hirata Pedagoga Pedagogia e Gestão Educ. 18 Maria Helena Milan Professora Ciências e Biologia Marilsa Staub Vendrametto Diretora Educação Física Mercedes Branco Simões Professora Pedagogia/Teologia Michele Vitorino de Souza Professora Matemática Nilda Santos de Carvalho Agente Educ. I Ensino Médio Rita de Cássia Arduim Professora História Roseli Suzuki Professora Matemática Shirley Calsavara Diretora Auxiliar Português, Inglês e Literatura Shirley Calsavara Professora Português, Inglês e Literatura Silvia Cristina Betazza Professora Ciências Sociais Solange aparecida alves de Lima Secretária Administração Pública Simone Sueli Dimiciano Somões Agente Educ. II Administração de Empresas Sonia Maria Nonis Santos Professora História Susana Maria Merci Professora História Teresa Niero Professora Letras Viviane Aparecida Nunes Yokomizo Professora Letras Anglo Port. e Inglês 7.3. Oferta de Cursos e Modalidades A Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental, funciona no período diurno, com turmas de 6º a 9º ano. Período Matutino: Ano Número de turmas Número de Alunos 6º 1 35 7º 2 61 8º 2 66 9º 2 65 Período Vespertino: 19 Ano Número de turmas Número de Alunos 6º 2 70 7º 2 62 8º 2 51 9º 1 25 7.4 Organização do Espaço Físico 1- Número de ambientes pedagógicos 2- Área destinada a ambientes pedagógicos (m²) 376 m² 08 3- Número de ambientes Administrativos 04-Área destinada a ambientes Administrativos(m²) 52 m² 03 5- Relação dos ambientes Administrativos Ambiente Área (m²) Sala da Direção 13 m² Secretaria 17 m² Sala de Professor 19 m² Sala da Coordenação 16 m² 6- Área destinada à Biblioteca (m²) Não há 7- Complexo higiênico-sanitário Banheiro Sexo ao qual se Número de bebedouros: 02 Nº Pias Nº Mictórios destina Banheiro 01 Nº Vasos sanitários 02 - 03 02 - 4 01 - 01 Masculino Banheiro 01 Feminino Banheiro Professores e 01 Funcionários 8- Relação das salas de aula Ambiente Área (m²) 20 Sala de Aula 7 Sala de Informática 1 48 m² 48 m² 12 máquina 7.5 Recursos tecnológicos adequados à consecução da proposta pedagógica a) Equipamentos de laboratório 02 kits de laboratório; 01 Microscópio binocular 01 Microscópio biológico Tri 01 Microscópio estereoscopio 01 Camera CCD color 01 Esqueleto humano 01 Célula Eucarionte b) Recursos audio-visuais e tecnológicos 01 retroprojetor; 01 Vídeo Cassete; 02 DVDs; 02 Televisores 07 TV Pendrive. 01 Antena Analógica; 01 Aparelho de Som; 02 Rádios Microsistem 01 Caixa Amplificadora; 16 Computadores; 02 Impressoras 01 Impressora Jato de Tinta 01 Antena digital; 01 Máquina fotográfica digital 01 Notebook ACE 01 Tela tripé para data-show 01 projetor LG BS 254 (data-show) 21 02 Microfones auriculares sem fio 8. MARCO CONCEITUAL Esta instituição de ensino alicerça suas práticas educacionais embasadas nas pedagogias críticas e progressistas, salientando que é papel do educador articular os temas socioculturais através da multidisciplinariedade, buscando construir um saber não fragmentado oportunizando ao aluno seu desenvolvimento integral, nos seguintes paradigmas: 8.1 Sociedade O homem se humaniza na relação com outros homens, ou seja, pela convivência no meio social. Para se humanizar ele precisa aprender diversos costumes e atitudes que só a convivência pode lhe dar e herdará costumes e atos do grupo em que vive. Segundo Severino (1998), ao lado das relações técnicas de produção, os homens 22 vão implementar relações interindividuais, relações de troca e de intercâmbio entre si. Firmam assim, a sociedade, entendida não mais como apenas o somatório dos indivíduos, mas o seu agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. “A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra o que oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si.” (PINTO, 1994). Todas as diferenças existentes no comportamento moldado em sociedade, resultam da maneira pela qual o homem organiza as relações entre si, que possibilitam o estabelecimento de condutas e de saberes que nortearão a construção da vida social, econômica e política. A sua individualidade, o homem, também adquire em sociedade e a partir dela, esta o distingue dos demais. Portanto, cabe ao homem conscientizar-se de que é um ser social, mas também pessoa humana, capaz de agir e interagir em processos sociais que possibilitam maior equidade a todos. 8.2 Visão de mundo O mundo transformou-se aceleradamente no final do século passado, impulsionado por grandes avanços tecnológicos. Participar e conviver neste mundo exige uma postura crítica e consciente. A chegada da internet fez da tela do computador uma nova “janela para o mundo”, tornando-se uma importante ferramenta de contato social. Isso tem causado um grande impacto no comportamento humano, mudando progressivamente as rotinas de vida de milhares de pessoas, permitindo uma efetiva integração ao redor do globo. Essa nova sociedade que se estrutura para o século XXI, requer uma educação que ajude o indivíduo a interpretar a realidade com autonomia e objetividade, sem esquecer o “genuinamente humano”, ou seja, a cultura imprescindível para responder aos desafios de uma educação que promova uma formação de indivíduos capazes de localizarem-se nesta realidade, entendendo-a, sabendo explicá-la, para agirem de forma consciente sobre ela, buscando garantir uma vida digna e atuando na superação da exclusão social. 23 8.3 Homem O homem é um ser histórico, natural e social. Suas ações e pensamentos mudam de tempo, de acordo com sua realidade. Intervém no curso da história, transformando o mundo e a si mesmo de forma racional e intencional. O processo de produção da existência humana é um limite permanente para a ação, o que permite caracterizar o homem como um ser de práxis, diferente dos animais. No homem a ação é consciente, finalística, livre e responsável, atua na natureza por meio do trabalho, da ciência e tecnologia modificando a realidade que o cerca. Sua existência não se define a priori pela submissão à necessidade metafísica nem a causalidade de leis naturais. O homem é aquele vai sendo construído pela sua prática, que se efetiva no tempo histórico e no seu espaço social. O homem se faz pela sua prática real, prática que se desdobra no tempo histórico e no espaço social. Segundo Saviani (1992), o homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformadíssima segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ela envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados de diferentes formas. Assim o homem constrói sua história e transforma sua realidade. “O homem está no mundo e com o mundo. Se apenas estivesse no mundo não haveria transcendência nem objetivaria a si mesmo. Como o torna um ser capaz de relacionar-se; de sair de si, de projetar-se nos outros, de transcender. Pode distinguir órbitas existenciais distintas de si no mundo, com o mundo e pelo mundo”. (PAULO FREIRE). 8.4 Infância e Adolescência Somente na Idade Moderna as crianças passam a ser vistas como um ser social, assumindo um papel nas relações familiares e na sociedade com características e necessidades próprias É durante o processo de aquisição do conhecimento que ela deve ser vista como um ser pleno, cabendo a ação pedagógica reconhecer suas diferenças e construir sua identidade pessoal. Para isso, as formas lúdicas e criativas ajudam a estimular a 24 criatividade e a imaginação das crianças. Por meio do lúdico a criança passa a conhecer a si mesma e o mundo do qual faz parte, as brincadeiras ajudam na assimilação de regras de convivência e comportamento. Também é necessário considerar os estágios de desenvolvimento da criança: sensório-motor: a criança não tem a capacidade de representar mentalme os pré-operacional: a criança não adquiriu ainda a capacidade de colocar-se no objetos; lugar do outro, não possuindo o pensamento da irreversibilidade; operatório concreto: é um nível mental em que o indivíduo estiver nos raciocínios privados e nas trocas cognitivas. A linguagem passa a ser fundamental nesse processo; operatório formal: nesse estágio a criança já pensa em soluções através de hipóteses e não apenas observando a realiadade. É nesse estágio que ela atinge o padrão intelectual que terá na idade adulta. O desenvolvimento e o processo de aprendizagem estão ligados ao meio social em que a criança vive e tem acesso aos materiais culturais e é na escola que ela vivenciará trocas de experiências e aprendizagem ricas em afetividade e descobertas. O período de desenvolvimento humano entre a infância e a idade adulta e que engloba a puberdade ao completo desenvolvimento do organismo recebe o nome de adolescência. A adolescência é uma fase de alterações físicas e mentais destacando-se o desenvolvimento do pensamento abstrato e formal, o estabelecimento da identidade sexual e a solidificação de amizades com provável experimentação em grupo de bebidas alcoólicas, tabaco e drogas. É um período onde os adolescentes lutam pela identificação do EU e pela estrutura de sua existência baseada nessa identidade. Trata-se de um processo de auto afirmação que costuma aparecer rodeado de conflitos e resistências, nos quais o sujeito procura conquistar a independência. Enfim, é um período da vida do ser humano onde se vai descobrindo a si mesma e aos outros, construindo sua personalidade e os seus projetos de vida pessoal. Por esse motivo é de fundamental importância a família, a escola e demais organismos sociais lançarem aos jovens um olhar diferenciado, ouvindo-os é dando-lhes oportunidade de atuarem como sujeitos nas diversas instâncias da sociedade. 25 8.5 Educação/Escola A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos e surgiu das relações de trabalho e dos saberes que o homem produziu ao longo do tempo. É portanto uma elaboração histórica dos homens e por isso tem um valor inestimável não só para a formação do indivíduo como para toda a sociedade. Segundo Vieira Pinto, a educação é um processo constitutivo do ser humano, refere-se ao modo como o homem se faz homem. É também o procedimento pelo qual a sociedade se reproduz a si mesma ao longo de sua atuação temporal. Esse processo de auto reprodução contém uma contradição: a incorporação dos indivíduos ao estado existente e progresso, isto é, a ruptura do equilíbrio presente para a criação do novo. Assim, é pela educação que são criadas as condições para que cada educando possa tornar-se um cidadão ativo e responsável na sociedade; pela educação, um país se insere na economia do conhecimento, além de aliança e competitividade e condições para seu desenvolvimento. Neste contexto, o fim da educação é a formação de um indivíduo autônomo, que pensa, fala e age com base no conhecimento adquirido ao longo de sua vida em sociedade, como sujeito de sua própria história. É essa autonomia, adquirida no convívio com outras pessoas e nas diferentes instituições sociais, como é o caso da escola, que promove o indivíduo a sua condição de cidadão. A escola, assim, torna-se uma instancia educativa necessária, não só ao conhecimento sistematizado, mas um lugar onde o aluno aprende coisas essenciais para sua vida. Constituir em um espaço de socialização do conhecimento produzido indispensável na formação e inserção dos indivíduos nas relações sociais. Há que considerar sua função social de formadora de sujeitos históricos, com resultados que influenciam a vida dos cidadãos nela inseridas. Nesse sentido, a escola deve incentivar uma prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação que permitam aos educandos concientizarem-se da necessidade de uma transformação emancipadora. Para Saviane (1992, p.7), o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e indiretamente em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Para nós, a escola com que sonhamos, é aquela que assegura a todos a formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã. Essa formação implica 26 articular os objetivos convencionais da escola-transmissão-assimilação ativa dos conteúdos escolares, desenvolvimento do pensamento autônomo, crítico e criativo, formação de qualidades morais, atitudes e convicções. É preciso também a escola contribuir para uma nova postura ético valorativa, de recolocar valores humanos fundamentais como justiça, solidariedade, honestidade, o reconhecimento da diversidade e da diferença, o respeito à vida e aos direitos humanos básicos, como suporte de convicções democráticas. 8.6 Conhecimento Das experiências e práticas mediadas pelo trabalho o homem constrói o conhecimento. Dessas relações e inter-relações, o conhecimento humano adquire diferentes formas; senso comum, científico, teológico e estético, com conceitos diversos e às vezes opostos de perceber a si mesmo e a realidade em que vive. “O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades de homem a cada momento, implicando necessariamente uma forma de ver a realidade, um modo de atuação para a obtenção de conhecimento, mudando, portanto, a forma de intervir na realidade. Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi apropriado pelo trabalho nas suas relações”. (Conforme VEIGA Lima Passos, Projeto Político da Escola uma instrução coletiva – 1995 p.27). A ação de construir o conhecimento na escola envolve o educando, o educador e o conhecimento formalmente organizado. Envolve também a emoção e por ser uma ação social, implica trocas afetivas. Assim, a experiência na escola, as situações de aprendizagem influenciam nas pessoas na personalidade e sua forma de colocação no meio. Considerando o conhecimento como algo vivo; não deve acontecer na escola apenas um repasse de conteúdos sem sentido e alheios a realidade e sim um saber “vivo” que ofereça ao estudante instrumentos para a reflexão, ação e autonomia, ou seja, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, 27 econômica e política do seu tempo. 8.7 Letramento A entrada no mundo da escrita exige não apenas o domínio do processo de representação do sistema alfabético e ortográfico e das técnicas para o seu uso, é necessário o desenvolvimento de competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que as envolvem. Do ponto de vista social, o letramento é um fenômeno cultural relativo as atividades que envolvem a língua escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no contexto social”. ( Soares, 2006). É portanto abrir as portas e janelas do mundo por meio da leitura, da oralidade e ser capaz de se relacionar bem nas diversas práticas sociais. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever, letrado é aquele que sabe ler e escrever mas responde adequadamente as demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. Não podemos separar os dois processos, pois a princípio o escudo do aluno no universo da escrita se dá concomitantemente pela alfabetização e pelo desenvolvimento de habilidades e capacidades para o uso competente da língua escrita nas situações em que esta é necessária. O letramento e a alfabetização devem ter tratamento metodológico diferenciados para alcançar o sucesso no ensino aprendizagem. É preciso conhecer a importância do letramento, ou seja, apropriação das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada e eficiente nas diversas situações, para diferentes objetivos, para informar ou se informar, para interagir, para ampliar conhecimentos. 8.8 Aprendizagem A aprendizagem é um processo interativo, ao mesmo tempo individualizado e socializador. Ao possibilitar aos indivíduos o domínio dos conhecimentos culturais e científicos a educação escolar socializa o saber sistematizado e desenvolve as capacidades cognitivas 28 e operativas para se atuar no trabalho, na sociedade, pelos direitos e conquistas da cidadania. Para os teóricos sócio-interacionistas, como Vygotsky e Piaget, a aprendizagem estimula e fomenta os processos de desenvolvimento, que uma vez realizados, criam novas possibilidades de aprendizagem. Defendem que aprendizagem e desenvolvimento não são processos separados, ao contrário, há entre eles relações dinâmicas e complexas , um provendo e dando sustentação ao outro. Para que ocorram é necessário que o indivíduo interaja com outras pessoas. É por meio dessa troca de informações, de experiências que o indivíduo reorganiza, reformula e amplia o próprio conhecimento. Nessa perspectiva, é por meio da própria história de vida, do cotidiano, resolvendo questões, descobrindo, fazendo interferências, pensando representando que o sujeito aprende, pois aprender é descobrir com seus próprios pensamentos, conhecimentos institucionalizados socialmente. P ortanto, todos são capazes de aprender e é função da escola garantir a aprendizagem de todos. Segundo Pedro Demo (2004, p.14), aprendizagem é, pois, dinâmica, reconstrutiva, de dentro para fora. Quer dizer que o aluno só aprende se reconstruir o conhecimento. Ao lado da face reconstrutiva, cabe assinalar a “face política”, ou a politicidade da aprendizagem, na concepção de Freire (1997). Por politicidade entende-se que são características humanas (não exclusiva do ser humano, entretanto) de não se subordinar ao destino biológico e social ou ao ambiente externo e principalmente aos dominadores e poder, sabendo reagir, fundar a capacidade de história própria, individual e coletiva.( Demo, 2002). A aprendizagem implica a forja de sujeitos capazes de história própria, seres independentes que são capazes de reconstruir sua independência relativa. (Demo, 2004, p.15) 8.9 Cidadania A democracia necessita da educação para cidadania, exigência que se torna ainda mais necessária nos tempos em que vivemos, de globalização neoliberal, guerra preventiva, fundamentalismos e terrorismos que a debilitam ( JARES, 2005 ). Por isso, a educação para a cidadania deveria ser considerada como uma questão de Estado, do mesmo modo que a educação em geral e o direito à educação em particular como 29 enfatizam as recomendações em matéria de educação para a cidadania e os direitos humanos propostos pelas Nações Unidas e por outros organismos internacionais. Quando falamos da pertinência de introduzir no currículo a educação para a cidadania, é preciso esclarecer sua definição e seus objetivos, tarefa que exige em primeiro lugar, abordar a própria ideia de cidadania. Podemos caracterizável como uma prática histórica e socialmente construída, fundamentada nos princípios de dignidade, igualdade e liberdade, assim como nos de justiça, participação, solidariedade, respeito, não-violência, direitos e obrigações. A cidadania pressupõe, além do estado de direitos, a capacidade de decisão de todas as pessoas nos assuntos públicos, em um contexto de democracia participativa, laica, multicultural e solidária. Para isso, é imprescindível que o conjunto da população tenha acesso a uma educação democrática e de qualidade, requisito que, infelizmente apesar dos enormes avanços nos últimos anos, ainda não é garantido no Brasil. A principal missão da educação para a cidadania consiste em formar pessoas politicamente e moralmente ativas, conscientes de seus direitos e obrigações, responsáveis e respeitosas, comprometidas com a defesa da democracia e dos direitos humanos, sensíveis e solidárias com as circunstâncias dos demais e com o meio em que vivemos (JARES, 2002). Assim sendo, a educação para a cidadania deve servir, antes de tudo, para refletir sobre a convivência e sobre o exercício da cidadania democrática na escola e no seu meio, o que além de sensibilizar para esse tema, constitui um procedimento metodológico fundamental. Portanto a análise das formas de convivência, o respeito, o enfrentamento não-violento dos conflitos, a aceitação da diversidade, a recusa de discriminação, etc.,devem estar presentes em todas as salas de aulas e em todos os cursos. ( revista Pátio, de. 36, 2006). Diante dos direitos humanos não respeitados, é preciso que nós educadores tomemos uma decisão. Esse é o papel do educador do futuro. Urge educar a criança e o jovem para vir a ser cidadão, desenvolvido integralmente, capaz de realizar juízos reflexivos, capaz de alcançar sua autorrealização e que saiba pensar por si mesmo para que possa enfrentar novos desafios, resolvendo problemas concretos, exercer uma cidadania responsável, com consciência de seus direitos e responsabilidades sociais e mostrar boa disposição para melhorar o espaço onde vive. 30 8.10 Cultura A cultura é a herança social que o indivíduo recebe do seu grupo visto que é transmitida de geração para outra através da educação. A aquisição e a perpetuação da cultura é um processo social, resultante da aprendizagem. Cada sociedade transmite às gerações mais novas o patrimônio cultural que recebem dos seus antepassados. Segundo Saviani, “para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (O mundo da cultura, 1992, p.19) SACRISTAN (2001, p. 105) por exemplo, afirma podermos considerar que “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou. O ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de torturas, a arte, as ciências, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. De acordo com Tomas Tadeu (1999), todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento vinculado com relação de poder. Toda organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar várias dimensões da ação humana, entre elas, a concepção de cultura. Na escola, em sua prática, há necessidade da consciência de tais necessidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares, de forma a levá-la à produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani “a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular a cultura erudita; assume um papel político fundamental”, (SAVIANI, apud, FRIGOTTO, 1994 p.189). A escola começa a justificar-se como instituição social na medida em que “for capaz de preparar o aluno” para viver no meio de culturas diferentes, compreendendo as variadas situações multiculturais, facilitando-lhe o domínio de outras culturas e formas de pensamentos diferentes dos próprios. 8.11 Trabalho A formação histórica da sociedade parece estar intimamente ligada com a relação na qual os seres humanos vão estabelecendo com o seu meio e com seus semelhantes. Ora, relacionar-se implica na prática concreta e material. No ser humano esta relação 31 parece não se dar de uma forma tão determinada como os animais. Podemos agir em vista de fins exteriores a nossos desejos e instintos imediatos e em colaboração consciente com nossos semelhantes. É nesta forma consciente de relação humana com o seu meio e seus semelhantes que se gesta o conceito de trabalho. É pois na forma de conceber e realizar o trabalho e os produtos deste, que as sociedades se alicerçam. Além disto, a forma de concebê-lo depende de pressupostos nos quais estão implicadas nossas visões de mundo, nossas utopias. Segundo Andery (1998), o trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana intencional que envolve forma de organização, objetivando a produção de bens necessários à vida”. Nessa perspectiva, entender o trabalho como ação intencional, o homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens. Porém, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando sobrecarregada pelas relações de poder. Felizmente chegamos ao ponto de não podermos omitir a situação da liberação do homem do trabalho mecânico, uma vez que cada vez mais este é substituído pelas máquinas. O desafio colocado atualmente é o de buscar formas de convivência social e de geração de princípios capazes de orientar uma nova ordem social onde o desenvolvimento tecnológico possa também significar desenvolvimento humano-social. Ou seja, que se superem as desigualdades entre os homens, a tal ponto, que todos possam social e individualmente desfrutar e potencializar ainda mais as conquistas da humanidade. 8.12 Ciências Neste século, ninguém duvida do poder que a ciência possui em nossa sociedade. No entanto, a ciência não é mais a redentora de todos os males, capaz de dar resposta definitiva a todos os problemas que afligem a humanidade,desde a fome às doenças, passando pelos problemas de transporte e habitação, bem como pela simples realização de nossos sonhos cotidianos. O comportamento dos seres humanos diante da natureza é característica. Eles não apenas se esforçam pela manutenção de suas vidas, mas também por entender a natureza, dominar a realidade e agir sobre ela com o objetivo de torná-la mais adequada 32 às suas necessidades. Esse processo permanente de acúmulo de conhecimentos sobre a natureza e de ações racionais de transformá-la compõe o universo das ideias que hoje denominamos de “ciências”. Ciência é, pois, o conhecimento racional, sistemático, preciso e verificável da realidade. Por meio da investigação científica o homem reconstitui artificialmente o universo real em sua própria mente. (GALLIANO, 1984). Portanto, a ciência, no decorrer da história está sempre presente para reproduzir ou transformar. Desta forma, os conhecimentos científicos são continuamente revistos, transformados e não se constituem verdades definitivas. É um desafio para a educação brasileira apresentar uma ampla visão do mundo científico, assim como prover o domínio das multas linguagens da ciência, desenvolvendo competências para que, com os conhecimentos científicos enfrentem problemas reais. Nereide Saviani afirma que “a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo que estimula o desenvolvimento cognitivo do aluno, proporciona-lhe o conhecimento da realidade, o que é fundamental para atuar e buscar a transformação dessa realidade. 8.13 Tecnologia Estamos na era da ciência e da tecnologia. A cada dia que passa somos literalmente invadidos por novas descobertas e invenções. Um dos campos mais desenvolvidos, sem dúvida é a informática. O acesso à informação e a abrangência das comunicações têm facilitado a reunião de dados sobre os assuntos desejados, agilizando as pesquisas. Entretanto, quantas crianças e jovens podem usufruir dessas condições? Sabemos que há um número imenso de crianças e adolescentes brasileiros que precisam da escola, que não dispõem dos aparatos informacionais. Em parte, a escola de hoje já necessita constitui-se nesse espaço de síntese. Em muitos lugares, mesmo considerando a pobreza do interior da escola, já se vê uma sociedade culturalizada pela informação das multimídias (no caso, basicamente a televisão). A escola brasileira, especialmente a escola pública, não poderá ainda desfazer-se de um papel provedor de informação. Entretanto, aos poucos, pode ir se tornando cada vez mais uma estrutura possibilitadora de atribuição de significados da informação, 33 possibilitando aos alunos meios de buscá-la, analisá-la, para dar a ela significado pessoal. Junto a essa função reestruturante e organizadora das informações e esportes culturais recebidos multivariadamente, fazendo a síntese entre cultura formal e a cultura experienciada, é necessário que a escola propicie não só o domínio de linguagem para busca de informações; ou seja, utilizando a linguagem comunicacional, à escola caberá não só sintetizar reordenando e restruturando as diversas mensagens, como terá que articular também suas capacidades receptivas, com suas possibilidades emissoras. Tais tarefas em função de uma nova funcionalidade da escola requerem uma nova atitude dos educadores perante as novas tecnologias da comunicação e informações. Assim sendo, os objetivos pedagógicos do uso das novas tecnologias e dos meios devem ser o de contribuir para a democratização dos saberes socialmente significativos e desenvolvimento da capacidade intelectual e afetiva, tendo em vista a formação de cidadãos contemporâneos. Mais precisamente, contribuir para o aprimoramento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos: favorecer domínio de estratégias de aprendizagem, capacidade de transferências e comunicação do aprendido, análise e solução de problemas, capacidade de pensar criticamente, etc. Outro objetivo importante é o de possibilitar a todos a oportunidade de aprender sobre mídias e multimídias e interagir com elas, desenvolvendo competências, habilidades e atitudes para viver num mundo cada vez mais informatizado. Experiências demonstram que o uso de tecnologias em sala de aula traz grande melhoria no rendimento escolar, diminuição da evasão, integração com comunidades, etc. Tecnologia não é só computadores. Podemos ter os mais diferentes tipos de tecnologia e elas dependerão do público a ser atingido e da metodologia a ser utilizada. Segundo Libâneo (2002), a escola continuará durante muito tempo dependendo da sala de aula, do quadro negro, dos cadernos. Mas mudanças tecnológicas terão um impacto cada vez maior na educação escolar e na vida cotidiana. Os professores não podem mais ignorar a televisão, o DVD, o cinema, o computador, o telefone celular, o fax, que são veículos de comunicação, de informação, de aprendizagem, de lazer, porque há tempos o professor e o livro didático deixou de ser as únicas fontes de conhecimento. (p. 38 e 40). 8.14 Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional dispõe no seu artigo 14, inciso II, 34 os seguintes princípios para gestão democrática: I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola. II- participação da comunidade escolar e local a conselhos escolares ou equivalentes. De acordo com a Constituição (Art.205) e a LDB (Art.2º) a escola deve promover o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho. Para isso é necessário uma educação de qualidade, vinculada a um projeto educativo de uma sociedade não excludente e segundo FREIRE (1995), defender uma pedagogia progressista fundamentada, em processos de decisão coletiva,na socialização do conhecimento, na construção da cidadania. É importante, então, que o processo de organização dessa escola seja de autonomia colegiada e participativa de todos os seus segmentos e também, que o trabalho entre os membros da comunidade escolar – professores, funcionários, equipe pedagógica, alunos, diretores, pais e comunidade escolar – desenvolva-se de forma colaborativa e articulada, dentro das funções específicas de cada segmento, tendo em vista atingir os objetivos propostos pelo Projeto Político Pedagógico da escola. Como destaca Libâneo (2001), a participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática da escola, pois possibilita envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A organização escolar democrática implica não só a participação na gestão, mas gestão da participação em função dos objetivos da escola (2001, p.81). Somente com os pais, alunos e professores participando nas tomadas, de decisões na escola é que aprenderão exercer a democracia e esta é um processo que requer tempo, atenção e trabalho. 8.14.1 Formação Continuada de Professores/funcionários A Formação Continuada é entendida com um processo constante de busca do aprimoramento das práticas educativas. Sendo o professor “elemento chave” do processo de ensino, é relevante que mantenha-se atualizado quanto aos recursos tecnológicos disponíveis na escola, fundamentação teórica que norteiam sua prática, recursos de ensino e metodologia 35 inovadoras, condizentes com as necessidades de seu contexto. Essa capacitação é fundamental para a melhorar de qualidade de ensino que a sociedade brasileira requer e superação do meio reprodutivismo do saber registrado em livros didáticos e manuais. A capacitação continuada do início de cada semestre letivo oportuniza uma reflexão e debates sobre assuntos relevantes para toda a comunidade escolar. A Formação Continuada dos Profissionais da Educação tornou-se uma meta de políticas educacionais nos últimos 20 anos. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9394/96, ao tratar dos “Profissionais da Educação”, estabelece no art. 67 que: I- Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos do estatuto e dos planos de carreira do magistério público: (...) II - Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para este fim; IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; V – período reservado a estudos, planejando e avaliação, incluído na carga de trabalho. A Formação Continuada dos Profissionais da Educação Pública deverá ser garantida pelas Secretarias Estaduais da Educação, cuja atuação incluirá a Coordenação, o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente. 8.15 Currículo O currículo está de acordo com as normas da LDB, as DCNs, a Base Nacional Comum. É o instrumento sistematizador e organizador do processo educativo escolar. Diz respeito às questões da escola, mas acha-se mediado por problemas institucionais e em consequência, reflete sempre as circunstâncias históricas e sociais sobre as quais foi pensado. Ele é um projeto cultural para as jovens gerações e ao mesmo tempo envolve práticas colocadas em ação para tornar realidade as intenções nela contidas e contribui para a construção de identidade do educando produzindo efeitos ampliados nos mais 36 diversos tipos: cognitivos, afetivos, social, moral, etc. Entendemos que o currículo deve ser dinâmico, abrangente, construído coletivamente a partir das experiências desenvolvidas pelo conjunto da escola, associadas às necessidades do trabalho pedagógico, com vistas ao desenvolvimento de conteúdos significativos para a formação dos cidadãos conscientes e especificidades dos alunos. É importante salientar que por conteúdos significativos, entendemos aqueles que contemplem e organizam os saberes acumulados e as diversas experiências dos diversos grupos sociais que compõem a comunidade escolar; principalmente, os povos do campo e os portadores de necessidades educativas especiais e com altas habilidades. Cabe à escola organizar esses saberes, fazendo uma interpretação da realidade e buscar a construção de conhecimentos que assegurem a identidade desses indivíduos. O Currículo, também, deve possibilitar ao aluno estabelecer relações com o meio ambiente; percebendo-se parte dele, entender as relações de trabalho estabelecidas entre os homens, bem como sentir-se integrante de uma cultura, valorizando suas próprias formas de pensar, de agir e de expressar, sem desconsiderar o intercâmbio entre as diferentes culturas e oportunizar a apropriação das linguagens do tempo. 8.16 Avaliação Avaliar é saber trabalhar os resultados obtidos de modo a construir instrumentos de análise que permitam intervir no processo ensino e aprendizagem no momento em que está ocorrendo. Para isso a avaliação deve-se fazer presente tanto como diagnóstico do processo ensino aprendizagem quanto instrumento de investigação da prática pedagógica. Para cumprir sua função, acompanhando todo o processo de ensino aprendizagem como um contínuo e dinâmico instrumento didático pedagógico, a avaliação deve estabelecer seu verdadeiro sentido: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas. Nesta perspectiva, a principal finalidade da avaliação é o de fornecer informações sobre o processo pedagógico, permitindo aos agentes escolares decidir sobre as intervenções e ajustes que se fizerem necessários, face a um projeto educativo comprometido com a aprendizagem do aluno. O ato de avaliar, portanto deve servir de parâmetro para o professor pensar sua 37 prática e retornar a ela, com novas alternativas de trabalho buscando garantir a aquisição de conhecimentos essenciais na formação do educando. Deve permitir ao professor reconhecer se houve adequação em termos de suas opções metodológicas, bem como evidenciar em que medida as relações pedagógicas estabelecidas contribuíram para identificar se os resultados alcançados estão próximos ou distantes dos objetivos propostos, permitindo que um novo planejamento a ser realizado propicie alternativas para resolução dos problemas, com mais precisão. Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, um esforço coletivo a serviço da ação pedagógica direcionada para a aprendizagem do aluno, para a qualificação do professor e da escola. Ao considerarmos a avaliação como parte do processo de ensino aprendizagem ela se torna mais abrangente, torna-se instrumento de acompanhamento da função social da escola, ganhando maior importância ao deixar de ser apenas avaliação do aluno e passando a ser avaliação de todos os envolvidos no processo educativo. 8.17 Concepção de Inclusão A escola constitui-se aos espaços fundamentais na produção de sujeitos, que se definem e redefinem a partir das suas posições de gênero, etnia e classe social. Neste sentido, como uma instituição histórica e cultural, a escola tem que investigar, para compreender e combater, como se manisfesta, na especificidade de seu espaço, a exclusão que se dá na globalidade da sociedade e vai se espalhando por todos os espaços sociais. Desvelar as causas da exclusão possibilita práticas inclusivas, tanto no que se refere ao conhecimento trabalhado, quanto nas formas de participação no espaço escolar. Práticas inclusivas não visam apenas o processo de inserção de alunos com necessidades educacionais especiais nas salas de aulas, mas contribuir para recuperar a voz silenciada e negada da mulher, do negro, do índio, do camponês, das classes excluídas, questionando o porquê do seu silêncio, da opressão e submissão vivenciadas. Para a construção de uma prática educativa inclusiva, a escola precisa estar comprometida com a transformação político-social, com a qualidade de ensino e de vida dos educandos, compreendidos como seres históricos concretos. Assumir uma proposta emancipadora de educação, democratizando as práticas e os saberes escolares, passa pela valorização das diferentes formas culturais construídas 38 socialmente, pela inclusão dos diferentes saberes e pela construção de um processo pedagógico participativo, construído a partir do diálogo, de troca de um mútuo ensinar e aprender, de modo que educadores e educandos sejam sujeitos do processo educativo. 8.18 Concepção dos sujeitos com necessidades educacionais especiais Considera-se hoje, sujeitos com necessidades especiais educacionais os indivíduos que pertencem a grupos que sofrem ou sofreram exclusão física ou simbólica, moradores do campo, regiões ribeirinhas, de pescadores e ilhéus, das populações indígenas, adultos que não tiveram acesso à escolarização em idade própria, dos afrodescendentes, aqueles que foram impedidos de frequentar a escola em virtude de tratamento médico-hospitalar, às crianças e jovens que evadem da escola e todos os que apresentam necessidades educacionais especiais ( nômades, circenses, com dificuldade de aprendizagem …) inclusive os superdotados. A Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9394/96 e Diretrizes Curriculares ( Resolução nº 02/01), institui as bases para elaboração de normas para a educação especial, a fim de reorganizar a proposta de educação escolar dos alunos com necessidades educacionais especiais, no contexto da educação inclusiva – Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica. Essa reorganização pressupõe a implementação de currículos abertos, flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não. O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar idênticas possibilidades e direitos, independentes das diferenças sociais, culturais e pessoais. A implementação de currículos mais flexíveis e abertos contraria a prática tradicional de que os alunos aprendam da mesma forma com as mesmas estratégias metodológicas, abolindo a ideia de um currículo adaptado para aqueles alunos que se diferenciam do grupo homogêneo que constitui as salas de aula. Deve-se colocar em prática o ponto mais sensível e problemático do currículo: o equilíbrio harmônico entre o que é comum e o que é individual. Para enfrentar esse desafio, o contexto escolar deve condicionar tanto a adoção de currículos abertos e flexíveis, quanto ao efetivo funcionamento dos recursos e serviços de apoio pedagógico especializado, necessários para o acesso ao currículo e a aprendizagem e participação dos alunos com necessidades educacionais especiais. 39 A inclusão vem sendo desenvolvida pelos profissionais da educação que buscam concretizar o sonho de uma escola plural, aberta e flexível que aceite a diferença e a diversidade. Trata-se da realização de um trabalho compartilhado, em função das necessidades individuais, cognitivas, emocionais e sociais de cada educando. 8.19 Concepções de aluno e / altas habilidades / Superdotação São considerados indivíduos com altas habilidades ou superdotação, aqueles que possuem elevada potencialidade ou apresentam um desempenho extraordinário, de forma combinada ou violada nos seguintes aspectos: capacidade intelectual geral, pensamento produtivo ou criador, capacidade de liderança, aptidão acadêmica específica, talento especial para as artes e capacidade psicomotora. Identificar esses indivíduos com altas habilidades ou superdotação, não é um processo fácil, dentro do contexto escolar. Um aluno nota dez, nem sempre tem altas habilidades ou superdotação. Seu desempenho em destaque pode ser resultado de maior dedicação aos estudos, responsabilidade, compromisso e incentivo da família. Outras vezes, um aluno irrequieto, desorganizado, com médias baixas na maioria das disciplinas, pode apresentar um desempenho surpreendente em uma área de sua vida, que o tornará notório. Esse aluno poderia ter esse potencial estimulado precocemente, se o mesmo tivesse sido detectado desde criança proporcionando um objetivo direcionando e a revelação do mesmo muito mais cedo. Como diz Renzulli, 1998 "... a inteligência não é um conceito unitário, mas há vários tipos de inteligência e, desta forma definições únicas não podem ser usadas para explicar este complicado conceito." A identificação de uma criança com altas habilidades ou superdotação requer a realização de testes psicométricos, escalas de características, questionários, observação de comportamento, análise de desempenho, entrevistas com a família, professores, entre outros, depoimentos, atividades políticas. Segundo Renzulli & Reis, 1985 "... As pessoas que marcaram a história por suas contribuições ao conhecimento e à cultura não são lembradas pelas notas que obtiveram na escola ou pela quantidade de informações que conseguiam memorizar, mas sim, pela quantidade de produções criativas, expressas em concertos, ensaios, filmes, descobertas científicas, etc." 40 9. MARCO OPERACIONAL “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão o de vivermos plenamente a nossa opção. Encarná-la, diminuindo a distância entre o que dizemos e fazemos...” (PAULO FREIRE). Propor atuações alicerçadas em educação é preciso considerar aspectos sociais, políticos e culturais, fazendo-se necessário o aperfeiçoamento dos professores, funcionários e oferta de melhorias nas condições físicas da escola, que concorrem para formação dos alunos, passando esse processo a colaborar para a construção de uma sociedade democrática. Partindo da Declaração Mundial sobre Educação para Todos na qual destaca em um dos seus artigos, que toda pessoa-criança, adolescente ou adulto, deve poder se 41 beneficiar de uma formação concebida para responder às suas necessidades educativas, é que buscamos atingir metas, nas quais o coletivo da escola se propõe visar, através do desenvolvimento das seguintes ações: Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor Melhorar os índices de frequência, permanência, e aproveitamento escolar; Realização de palestras com temas diversificados e de interesse dos alunos, tais como: sexualidade, combate ao uso indevido de drogas, educação para o trânsito, meio ambiente e cidadania; Participação em programas promovidos por entidades governamentais: Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas ( OBMEP); Programa Agrinho: Biodisel: O Combustível Ecológico; Horta: Saúde em Nossas Mãos; Jardins da Júlia; Participação em eventos culturais escolares e municipais visando a socialização; Promoção de gincanas, reuniões, jogos internos e externos, mostras científicas e culturais, comemorações cívicas e sociais, ao longo do ano letivo; Estimular a participação dos docentes em cursos de aperfeiçoamento e atualização promovidos pela SEED, NRE e outras entidades; Assessoria no desenvolvimento de propostas pedagógicas diferenciadas; Realização de palestras com temas diversificados e de interesse dos alunos; tais como: sexualidade, combate ao uso indevido de drogas; educação para o trânsito, meio ambiente e cidadania; Ampliação do acervo bibliográfico da escola; Pleitear junto a SEED, a construção de duas salas e uma biblioteca; Disponibilizar o Projeto Político Pedagógico, o Regimento Escolar e Atas de reuniões para toda a comunidade; Tomar decisões conjuntas ao menos com a participação de um representante de cada segmento da comunidade escolar; Dar continuidade a realização do Conselho de Classe com a participação de alunos representantes de turma e convite aberto aos pais; Combater no ambiente escolar todo e qualquer tratamento discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio cultural, entre outras. 42 Realização de reuniões pedagógicas e encontros de formação para os pais; Reuniões com Conselho Escolar e APMF, para tomada de decisões quanto aos recursos financeiros recebidos e arrecadados; Realização do planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações escolares de forma participativa, envolvendo órgãos, professores, funcionários, pais e alunos; Buscar parcerias com entidades, empresas, instituições diversas, visando a melhoria da gestão escolar, ao enriquecimento do currículo e à aprendizagem dos alunos; Prática avaliativa quanto ao cumprimento de objetivos e metas educacionais nas disciplinas curriculares envolvendo a comunidade escolar ; Identificação das dificuldades de aprendizagem dos alunos para desenvolvimento de ações pedagógicas, tendo por objetivo a recuperação do rendimento escolar e a sua melhoria contínua; Identificação de alunos com altas habilidades, superdotação para procedimentos específicos de enriquecimento da aprendizagem; Desenvolver as ações necessárias ao enfrentamento de problemas diagnosticados no Estabelecimento de Ensino; Utilização apropriada das instalações e equipamentos escolares existentes em benefício do projeto pedagógico e da criação de um ambiente de aprendizagem e cidadania; Solicitação juntos aos órgãos competentes a adaptação do prédio escolar para a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais; Apresentação dos recursos financeiros recebidos e arrecadados à comunidade escolar, para sugestões de aplicação, com prestação de contas fixadas em murais internos e externos do Estabelecimento de Ensino; Assegurar a permanência do aluno até o término do ano letivo inserindo-o ao projeto FICA, se ocorrer a evasão escolar; Respeitar a diversidade e a pluralidade cultural viabilizando a igualdade de condições para permanência do aluno na escola. 9.1 Processo de Avaliação da Escola A concepção de avaliação que fundamenta o nosso trabalho tem sua base no 43 materialismo histórico dialético, de modo que a concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua existência, transcendência da natureza, é portanto, livre no sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não naturais, optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse modo educa e educase, avalia e avalia-se também e assim transforma e se transforma, faz-se humano. Nesta perspectiva a escola está voltada para desenvolver todas as potencialidades nos alunos com saberes que lhes possibilitarão exercer com dignidade seu papel social. Para isso a avaliação exige rigor metodológico e compromisso social no trabalho pedagógico desenvolvido, havendo maior zelo com o processo de ensinar. No processo de avaliação, os docentes devem estabelecer parâmetros e utilizar instrumentos sintonizados com a realidade e o contexto escolar. Entendemos que uma formação de qualidade precisa interagir com as grandes questões sociais e comprometer-se com a transformação qualitativa das condições de vida das pessoas. A avaliação por sua vez, deve colocar-se ao serviço dessa meta. O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino é trimestral e composto pela somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0 (cinco vírgula zero) proveniente de provas escrita e/ou oral totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero). A avaliação do ensino de Educação Física e de Artes deverá adotar critérios próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno, conforme Art. 8º da Deliberação nº 07/99 – CEE. 9.2 Verificação do Rendimento Escolar A sistemática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será contínua, cumulativa e processual, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo Estabelecimento de Ensino e os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0 (zero a dez vírgula zero). Composto pela somatória da nota 5,0 referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0 proveniente de uma prova escrita e / ou oral. A nota do trimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na sequência e ordenação de conteúdos. 44 9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico O Projeto Político Pedagógico não delineia pontos de chegada absoluto, mas rumos para a continuidade do projeto educativo, exige, portanto, um constante acompanhamento para certificação das propostas e seu andamento, as dificuldades enfrentadas para colocá-las em ação, o que deverá ser feito para agilizá-las e que está dando certo. Nenhuma proposta deverá ser colocada de lado, mas sim, trabalhada, mesmo que se tenha que buscar ajuda para alcançar as metas traçadas. Portanto é de suma importância que esse projeto leve em conta a realidade e o contexto que o influenciaram e seja acompanhado na prática diária do professor, da equipe pedagógica e do Conselho Escolar, enfim, por todos que direta ou indiretamente estão inseridos em seu contexto de metas e ações a serem realizados. Portanto, este projeto será constantemente avaliado buscando alternativas ou redirecionamentos para as dificuldades encontradas na sua concretização. Anualmente ao nos reunirmos para uma reavaliação geral do Projeto Político Pedagógico estaremos também reavaliando a nossa sistemática de avaliação, assim como nosso planejamento, visando a melhoria e qualidade do processo ensino-aprendizagem; que direção tomar e, se os saldos forem positivos, dar continuidade com mais dinamismo, buscando sempre os objetivos finais. 9.4 Hora Atividade A Lei nº 13807, 30/09/2002, institui a hora atividade no Estado do Paraná como período em que o professor desempenha funções de docência, reservado a estudos, planejamento, reunião pedagógica, atendimento à comunidade escolar, preparação de aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida integralmente no local e período de exercício. Este Estabelecimento de Ensino procurará conforme preconiza o item 7 da Instrução nº 02/04-SEED/SEED distribuir a hora atividade visando fornecer o trabalho coletivo dos professores que atuam na mesma turma, série ou por área de conhecimento, ou ainda a formação de grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar, que reflete na possibilidade de mudar o cotidiano pedagógico, promovendo a aplicação da teoria à prática. Para o cumprimento da hora atividade, esta instituição oferece como espaço a sala 45 dos professores e o laboratório do Paraná Digital. Abrange um percentual de 3,3% da carga contratual docente e cabe à Direção e equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas, bem como acompanhar as atividades individuais a serem desenvolvidas na hora atividade. 9.5 Papel das Instâncias Colegiadas 9.5.1 Direção O Diretor da Escola é o profissional do magistério, eleito na forma da Lei vigente, que tem a função de dinamização, sistematização e avaliação do processo, tendo em vista a socialização do saber elaborado e democratização das relações no interior da escola, entendendo nesse processo a participação da comunidade vigente e as diretrizes da política educacional da SEED. Esta função tem uma natureza política, e como objeto de suas ações a gestão escolar democrática. Ao coordenar o trabalho geral da escola, lidar com os conflitos, encaminhando ou solucionando os problemas do cotidiano, objetivando sempre o melhor para o desenvolvimento da função pedagógica da escola, o diretor apresenta-se como o responsável máximo no âmbito da unidade escolar. 9.5.2 Conselho Escolar A Constituição Federal, em seu artigo 205, expressa que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Ainda na Constituição Federal, no artigo 206, fica expresso que o ensino será ministrado com base em alguns princípios, entre eles a gestão democrática do ensino público, na forma de lei. Um dos objetivos e prioridades expressos no Plano Nacional de Educação (PNE), lei aprovada em 2001, foi a democratização da gestão de ensino público nos estabelecimentos oficiais, sendo uma das metas a criação de Conselhos Escolares nas escolas de educação infantil, ensino fundamental e médio. 46 Aos Conselhos Escolares desempenham função consultiva, normativa e fiscalizadora em questões pedagógicas, administrativas e financeiras, cabendo ao mesmo reforçar o projeto político da escola, bem como de organização educativa da unidade escolar, que deverá orientar-se pelo princípio democrático de participação. Segundo Antunes (2002), é de fundamental importância a compreensão do papel político do Conselho como instância deliberativa e coletiva que, por um lado, não inclui ou nega as responsabilidades legais e inerentes aos cargos existentes na escola, por outro lado, conta com a contribuição daqueles que participam nas tomadas de decisões. Assim faz-se necessário o empenho de esforços para induzir a criação e o fortalecimento do Conselho Escolar, bem como capacitar os membros para que contribuam para a melhoria de qualidade de ensino ofertado e para garantir efetiva participação da comunidade escolar na gestão da escola. Como um ato democrático, a eleição do Conselho Escolar acontece através de carta-convite aos pais e membros da comunidade seguida de reunião para aprovação dos membros do conselho. 9.5.3 Conselho de Classe O Conselho de Classe é um dos vários mecanismos que possibilitam a gestão democrática na escola. O Conselho de classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva em assuntos pedagógicos, com atuação a cada turma ou classe da escola tendo como objetivo acompanhar o processo ensino-aprendizagem, nos seus diversos aspectos. Tem como foco principal, diagnosticar dificuldades dos alunos, determinando áreas de estudo e através da proposta pedagógica e o sistema de recuperação implantado pela escola, fazer um trabalho de mediação para sanar as dificuldades detectadas. Partindo desse pressuposto, o Conselho de Classe deve ser um momento de debate e discussões, que tenha como um dos objetivos o trabalho coletivo e democrático, no qual todos os agentes envolvidos possam opinar objetivando uma melhor prática pedagógica. Em uma escola onde a gestão democrática é realidade, o Conselho de Classe desempenha o papel de avaliação dos alunos e de autoavaliação das práticas escolares, 47 pois cabe ao mesmo verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógica educativa, estão sendo cumpridas de maneira coerente com o Projeto Político Pedagógico. Favorece a integração entre professores, a análise do currículo e a eficácia dos métodos utilizados; facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista. Nesse Estabelecimento de Ensino, o Conselho de Classe objetiva analisar coletivamente o processo ensino aprendizagem dos alunos de cada turma. Neste aspecto, haverá tantos Conselho de Classe quantas forem as turmas constituídas. É um momento de reflexão e análise sobre os resultados do trabalho pedagógico realizado e de elaboração conjunta aprendizagem dos alunos com de estratégias de ações visando a melhoria da dificuldades, buscando superar o caráter comportamentalista que, muitas vezes, norteia o seu direcionamento. É realizado trimestralmente e ordinariamente em datas previstas no Calendário Escolar e extraordinariamente quando se fizer necessário. A convocação para as reuniões é feita com antecedência de no mínimo 48 horas, por meio de editais, sendo obrigatória a participação de todos os professores em atividade pedagógica na escola, sendo estendido o convite aos pais e segmentos dos órgãos colegiados. 9.6 Regimento Escolar 9.6.1 Do Processo de Classificação A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada:por promoção para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem; independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais. 48 A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais: organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para efetivar o processo; proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica; comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para obter o respectivo consentimento; arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados; registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno. 9.6.2 Do Processo de Reclassificação A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. Os alunos quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não. A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o devido consentimento. A equipe pedagógica do Estabelecimento de Ensino, assessorada pela equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da reclassificação. Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam 49 arquivados na Pasta Individual do aluno. O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem. O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a Pasta Individual do aluno. O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo Estabelecimento de Ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED. A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada. 9.6.3 Da Progressão Parcial A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las subseqüente e concomitantemente às séries seguintes. O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matricula com Progressão Parcial. As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos. 9.6.4 APMF Sendo um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, não tem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos. O objetivo de todo o trabalho da APMF é a integração entre família, educadores e escola. A escola tem como preocupação maior buscar a participação de toda a Comunidade Escolar, num exercício de administração compartilhada, onde todas as vozes possam ser ouvidas e no qual todos desejam alcançar o mesmo objetivo: ensino de qualidade. A APMF deste Estabelecimento de Ensino contribuirá com a gestão discutindo e atuando na elaboração da proposta pedagógica, participando nas ações escolares com o envolvimento de todos os membros da comunidade educativa, conhecendo as reais necessidades da mesma e contribuindo para sua superação. Através de um gesto democrático, a eleição da APMF acontece por meio de carta- 50 convite aos pais e membros da comunidade seguida de reunião, com eleição para preenchimento dos cargos por pais, mestres e funcionários paritariamente que ocorrerão binualmente. 9.6.5 Agentes Educacionais I e II Partindo do ponto de que a educação vai além da sala de aula e de que todos os espaços da escola são importantes (espaços educativos),os agentes educacionais I e II são educadores. Consideramos, portanto, que do Projeto Político Pedagógico deve acontecer a partir da ação empreendida responsáveis, devem estar pelo coletivo escolar e que todos são comprometidos com a qualidade da educação. Como educadores, cabe também aos agentes educacionais um envolvimento nas unidades de ensino em que atuam, essa participação deve ser conjunta, atuante e de modo integrado. Os agentes educacionais devem ter participação coletiva nos processos decisórios da escola, para isso, devem compreender o contexto social em que estão inseridos. Essa participação está bem definida nos órgãos que fazem parte da escola: APMF, Conselho Escolar, etc. O trabalho pedagógico escolar exige a participação de todos os sujeitos do processo educativo: professores, funcionários, pais, alunos, direção, equipe pedagógica e comunidade em geral, assim a construção do Projeto Político Pedagógico deve ser compreendido numa perspectiva democrática, pautada no trabalho coletivo da comunidade escolar, com observância dos dispositivos constitucionais. 9.7 Cursos / Programas / Projetos 9.7.1 Ofertados pela escola (Projetos) a) Título: “CONHECENDO INDÚSTRIAS” b) Título: “EDUCANDO PARA O TRÂNSITO” c) Título: “EU AMANHÔ d) Título: “ÓLEO – A RESPONSABILIDADE É SUA” 51 9.8 Diversidade A Lei 10,639/03 de 09 de janeiro de 2003, estabelece que o currículo escolar, em todas as disciplinas, em especial Arte, Língua Portuguesa e História, devem resgatar por meio dos conteúdos a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica, e política. Com o objetivo de reconhecer e valorizar as raízes africanas na construção do nosso país, os conteúdos devem retratar por meio de abordagens positivas a importância da cultura africana na história do Brasil. A África é denominada como berço da humanidade, tendo sido o lugar de desenvolvimento de grande parte do conhecimento das populações humanas. As primeiras culturas agrícolas, pastoris tiveram desenvolvimento importante em solo africano. As culturas de manufaturas e das artes também foram intensamente procuradas pelos diversos povos africanos. No campo da filosofia, da matemática e da cultura letrada, a África precede outros continentes, realiza um significativo e inesgotável acervo. A realização de cidades, reinos, impérios e sistemas comerciais fazem parte do passado africano em todas as regiões do continente. Essa enumeração de parte do processo civilizatório da humanidade é necessária para ilustrar a bagagem que os cativos africanos trouxeram para o Brasil, em todos os campos da agricultura, da mineração, da manufatura, da pesca e do comércio, tornando nosso país, em grande escala, consequência do conhecimento e da experiência histórica dos africanos. Durante séculos, essa contribuição tem sido ignorada e cabe aos professores recuperá-la, fazendo abordagens positivas, garantindo uma educação pautada pelo respeito à diversidade étnica que compõe nosso alunado. Combater barreiras estabelecidas por preconceitos, estereótipos e discriminações, deve ser o propósito dos educadores visando proporcionar uma educação compatível com uma sociedade democrática, onde o aluno afro-descendente possa assumir-se como cidadão crítico, participativo, sentindo orgulho de suas origens e fortalecendo sua identidade. Fazem parte do Departamento da Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro descendência – Lei no 10.639/03 Educação Escolar Indígena – Lei no 11.645/08 Educação do Campo 52 NGDS (Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual) – Parecer CEE 01/09 Paraná Alfabetizado 9.8.1 Educação do Campo A Educação do Campo é uma política pública do Estado do Paraná e tem com meta difundir e fortalecer a identidade do campo, valorizando a história e a cultura dos que tiram da terra o seus sustento e possibilitando o acesso à educação, no próprio espaço social, cultural e econômico por meio de uma organização escolar de acordo com a realidade do campo. A escola, como centro de formação humana e espaço de construção e sistematização de conhecimentos deve contemplar a diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia. Precisa possibilitar que os sujeitos do campo compreendam a realidade em que estão inseridos no seu movimento histórico, nas suas contradições em relação a um contexto mais amplo, tanto no que se refere à articulação campo-cidade quanto ao processo de desenvolvimento, de globalização, de lutas sociais. A perspectiva de uma Educação do Campo articula-se a um projeto político e econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos em que nele vivem. Em síntese, o campo retrata uma diversidade sociocultural, que se dá a partir dos povos que nele habitam: assalariados rurais temporários, posseiros, meeiros, arrendatários, acampados, assentados, reassentados atingidos por barragens, pequenos proprietários, vileiros rurais, povos das florestas, etnias indígenas, comunidades negras rurais, quilombos, pescadores, ribeirinhos, e outros mais. Entre estes, há os que estão vinculados a alguma forma de organização popular, outros não. São diferentes gerações, etnias, crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo. Toda essa diversidade encontrada nas populações do campo paranaense sinaliza um fato que não pode ser deixado de lado; as escolas de campo terão presente no seu interior essa conflituosa, por isto rica, diversidade sociocultural e política. 9.8.2 Educação Indígena 53 A Constituição de 1988 colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais dos povos indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem. Para garantir esses direitos nosso sistema educacional deve se organizar para uma educação que reconheça e valorize a diversidade sóciocultural indígena, consolidando-a como patrimônio cultural da nação brasileira, em cumprimento à Lei nº11.645/08 que promove o reconhecimento das contribuições dos povos indígenas na formação do Brasil e valorizar a diversidade cultural brasileira formada a partir das heranças culturais indígenas. A inserção desta temática significa tornar a educação comprometida com as origens do povo brasileiro e permite compreender o papel da escola, dos profissionais da educação e da própria dinâmica escolar em relação aos saberes transmitidos, e o perfil de cada cidadão que se quer formar. Significa, ainda, estar predisposto a rever e a garatir os direitos humanos que permeiam o contexto escolar e a sociedade, assim como combater o racismo e os diferentes tipos de discriminações. Embora a Lei enfatize as áreas de Arte, Língua Portuguesa e História, é de suma importância que as práticas pedagógicas se estendam às demais áreas do contexto escolar, buscando um trabalho de forma significativa onde o planejar coletivo venha resgatar e reconhecer as contribuições na formação do Brasil, desmistificando conceitos equivocados dos povos indígenas. Por fim, deve-se ressaltar a importância da efetivação da educação nas relações étnicos-raciais nas práticas escolares, as quais proporcionam avanços nos processos de democratização do ensino, uma vez que evidenciam o reconhecimento do direito de igualdade entre os povos que constituem a nossa nação. 9.8.3 Gênero e Diversidade Sexual Nas sociedades ocidentais modernas, entre elas a brasileira, a sexualidade parece ter uma evidente centralidade. Na escola e no cotidiano escolar, a sexualidade está presente como em qualquer outro ambiente social. Discutir a sexualidade na escola, não é uma escolha neutra e sim fundamentada numa postura pedagógica que entende a sexualidade como uma construção histórica 54 social. O tratamento pedagógico dos temas relativos à sexualidade deve considerar as reproduções de padrões sociais feita na escola, que muitas vezes fundamenta-se apenas no senso comum e são influenciadas por fatores culturais relacionados a crenças e valores pessoais. A intenção é ampliar e sistematizar as discussões, incluindo elementos fundamentais para o entendimento da sexualidade como um processo histórico e priorizando uma abordagem pedagógica desprovida de preconceitos e discriminações. Com isso, podemos considerar que a sexualidade de constitui-se em uma categoria de análise mais ampla, que considera as relações de poder, os referenciais de classe, as relações entre gêneros, a diversidade sexual, os aspectos sociais, históricos, políticos, econômicos, éticos e religiosos. Durante séculos, essa contribuição tem sido ignorada, pontanto sendo a referida temática muito delicada cabe ao coletivo escolar subsidiado pela Equipe multidisciplinar compreender especificamente o papel de cada profissional, bem como o perfil do aluno que queremos formar, garantindo o desconstruir estereótipos e preconceitos presentes nos discursos que permeiam o contexto escolar e a sociedadeem geral. Assim busca-se combater o racismo e os diferentes tipos de discriminações, primando a equidade, o respeito e a valorização dos seres humanos. 9.8.4 Paraná Alfabetizado O programa Paraná Alfabetizado é uma ação do Governo do Paraná que busca garantir a alfabetização ao maior número possível de jovens, adultos e idosos residentes no Paraná, por entender a leitura e a escrita como direito elementar da cidadania. Considera, também, a tarefa alfabetizadora não apenas como ensinar a ler, escrever e interpretar o próprio nome, um texto simples e as operações matemáticas básicas, mas busca sensibilizar a população não alfabetizada a ingressar no universo da escolarização. 9.8.5 Relações Étnicos-Raciais A escola enquanto instituição social responsável por assegurar o direito da educação a todo e qualquer cidadão, deverá se posicionar politicamente, como já vimos, contra toda e qualquer forma de discriminação. A luta pela superação do racismo e da discriminação racial, é pois, tarefa de todo e qualquer educador, independentemente do 55 seu pertencimento étnico-racial, crença religiosa ou posição política. Trabalhar com diversidades culturais explorando as diferenças etnico-raciais na sala de aula e na sociedade possibilitando a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de suas experiências de vida, do seu cotidiano pode ser o caminho para a construção de relações raciais e sociais sadias em que todos cresçam e se realizem enquanto seres humanos e cidadãos. Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, impõe aprendizagem que ofereçam conhecimentos e posturas que visam a emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democráticos e igualitários. 9.9 Desenvolvimento Sócioeducacional 9.9.1 Enfrentamento à Violência A violência encontra facilitadores na sociedade contemporânea como a individualização, o consumo, a competição e a perda do sentido de solidariedade e alteridade. Pode ser definida como uso da força física, mas não se limita a isso, mas a ameaça ou possibilidade de uso constitui dimensão fundamental de sua natureza. (Gilberto Velho, 1996, p. 10). A relação da escola com a questão da violência decorre da compreensão que se tem da própria natureza, da violência em que se compreende que ela é um processo de desorganização do espaço social, que também se efetiva na escola, no cotidiano do trabalho docente e discente. O papel pedagógico da escola deve ter como objetivo desenvolver e promover um processo de humanização fundamentado no conhecimento científico, que é próprio do ser humano. A violência escolar deve ser pensada e enfrentada a partir do trabalho coletivo e o exercício efetivo da gestão democrática. 56 9.9.2 Educação Ambiental (Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999) O conceito de Educação Ambiental é bem amplo, mas poderia se acentuar através dos processos individuais e coletivos que constróem valores sociais, conhecimentos científicos, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sua qualidade de vida e sua sustentabilidade. É uma ação que hoje está presente em todas as nações que buscam o desenvolvimento tecológico sem exigir os recursos naturais do planeta. Os problemas ambientais, marcados pela degradação socioambiental é fruto da fragilidade de valores que orientam a relação ser humano e natureza. Hoje, a relação do homem com a natureza baseada na dominação, não tem mais sentido. É preciso desvencilhar desse modo de pensar e agir e buscar uma alternativa pautada num processo reflexivo e crítico e deflagar ação consciente e transformadora no modo de conceber o ambiente sustententável. Problemas com o aquecimento global, as mudanças climáticas, o esgotamento dos recursos hídricos, a racionalização do uso da energia vêm se tornando frequentes no mundo contemporâneo, este marcado pela globalização e disseminação da sociedade de consumo. Promover a educação ambiental de forma integrada e abrangente busca criar condições para transformar posturas e incentivar a participação individual e coletiva, permanente e responsável na preservação do meio ambiente, estendendo-se na defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável no exercício da cidadania. A educação ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que formam o ambiente, numa abordagem interdisciplinar e sistemática de modo a consolidar a formação de um cidadão consciente do ambiente total. Ressalta-se que o processo formativo estabelecido pela educação ambiental, deve contribuir para a formação de sujeitos políticos, capazes de pensar e agir criticamente na sociedade, buscando nas vias de sustentabilidade, emancipação e transformação social. De acordo com a Lei Estadual nº 17.505/13, a Educação Ambiental deve ser interdisciplinar, contínua, permanente e trabalhada no coletivo. Os conteúdos devem ser trabalhados dentro da escola para que possam ser reafirmados na prática criando o sentido de pertencimento, incutindo assim no aluno a consciência referente à problemática ambiental. 57 9.9.3 Prevenção ao uso indevido de Drogas Os adolescentes são mais suscetíveis ao uso indevido de drogas, em função da fase de desenvolvimento psíquico em que se encontram. A principal característica dessa faixa etária é estar mais suscetível a comportamento de risco, falando-se de maneira geral. No entanto, essa característica se expressa de diversas formas, conforme o contexto em que os jovens vivem, o que os coloca em diferentes graus de vulnerabilidade em relação às drogas. Neste sentido, a escola precisa tratar as questões referentes à prevenção ao uso indevido de drogas, conforme à sua realidade e a necessidade, desenvolvendo ações a partir do que está sendo vivido, pensado e realizado pela comunidade escolar. Para tanto, precisa-se considerar uma prática escolar fundamentada numa relação dialógica entre professores e alunos, onde ambos possam refletir sobre as implicações das drogas para o indivíduo e para a sociedade. Esse diálogo aproxima a discussão sobre a prevenção ao uso indevido de tais substâncias à realidade local, considerando as necessidades e dificuldades da própria escola. 9.9.4 Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável Este desfio socioeducacional abrange duas vertentes dentro desta temática: uma que atende a população idosa (respeito, valorização, cuidados) e a outra no que diz respeito a educação e formação dos nossos estudantes para o seu próprio envelhecimento natural com qualidade de vida. As leis a seguir designadas à Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável (Lei nº 11.863/1997), que institui a Política Estadual do Idoso e o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (DEDI) e Lei nº 10.741/2003, Estatuto do Idoso reafirmam e ratificam a tarefa educacional. Nesse sentido, deve-se ressaltar que o Estado do Paraná assume uma organização disciplinar do currículo, entendendo a escola como um espaço democrático de socialização do conhecimento, sob o qual os professores devem organizar os trabalhos pedagógicos e fazê-los a partir dos conteúdos estruturantes de sua disciplina. A cada ano que se passa observa-se a alteração da pirâmide demográfica do 58 IBGE apontando uma diminuição considerável de convívio da população adulta com crianças e adolescentes, num contexto de convivência desse público com 25% de pessoas idosas. E no processo desta tramitação, requererá atitudes diferenciadas, pois este crescente aumente da população da terceira idade fará que as crianças e jovens de hoje sejam os adultos e idosos que farão parte desta nova estrutura demográfica. A escola necessita rever sua concepção para consequentemente obter sucesso na formação dos alunos dentro de uma visão que dará enfoque científico num ciclo que inicia com o nascimento e termina com a morte. Aderir os alunos dentro deste atual contexto demográfico, é mostrar a eles que também serão personagens deste panorama de idosos, aprendendo assim a compreender, valorzar e evitar a violência em qualquer idade. Envelhecer com qualidade envolve mudanças em vários setores da sociedade, de modo abrangente em concepções generalizadas, sendo assim essa política deve ser apropriada pela escola numa visão curricular e não meramente através de projetos pontuais, no qual será propiciado aos alunos um olhar como sujeito deste momento histórico, oportunizando-lhes conhecimentos para realizar escolhas decisivas que lhe perpetuarão para toda a vida, com leitura de si mesmos podendo nossos adolescentes de hoje, aos poucos envelhecer ao seu tempo com dignidade e qualidade de vida. 9.10 Formação Continuada Cursos promovidos pela SEED/NRE, como: PDE, NRE Itinerante, Pró-Info, Grupos de Estudos, Seminários e outros. Reuniões Pedagógicas. Palestras promovidas pela escola com diferentes temas. Cursos de aperfeiçoamento pessoal em outros Estabelecimentos de Ensino, tomados por iniciativa do Profissional de Educação. 9.11 Equipe Multidisciplinar Em consonância com as políticas públicas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação, constituiu-se neste Estabelecimento de Ensino uma Equipe Multidisciplinar, coordenada pela equipe pedagógica e instituída por instrução da SUED/SEED, de acordo 59 com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo. Cabe a Equipe Multidisciplinar subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores na elaboração do Plano de Trabalho Docente, subsidiando ações que efetivem a ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED. Dar suporte ao Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento do preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando os professores, equipe pedagógica. Direção, funcionários, pais e alunos. Compete ainda promover ações voltadas aos grupos de estudos, reuniões, socialização de experiências realizadas pelos professores e incentivá-lo participar de formação continuada. Conforme a lei nº 11.645/08 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional a inclusão no currículo da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “ História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, é planejado anualmente neste Estabelecimento de Ensino, através de um trabalho coletivo entre a Equipe Multidisciplinar, professores e equipe pedagógica, ações e atividades com o propósito de combater as desigualdades sociais, preconceitos étnico-raciais e discriminações que ainda permeiam a nossa sociedade. Instituiu-se através da construção e organização de uma agenda no qual o tema referente à História e a Cultura Indígena será trabalhado no primeiro semestre nas diversas disciplinas do currículo e no segundo semestre referente à Cultura Afro- Brasileira e Africana por meio de pesquisas, visitas, filmes, teatro, danças e atividades diversas, firmando o compromisso com as datas definidas para a efetivação das atividades pedagógicas sobre as temáticas bem como das datas da culminância de todas as atividades desenvolvidas. 60 10. PLANO DE AÇÃO 2014 DIMENSÃO PROBLEMA DESAFIO CAUSA DO PROBLEMA AÇÕES (O que fazer) RECURSOS (Com o que) CRONOGRAMA (Quando) GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁ TICA 1- Falta de ADM local com conhecimento e habilidade na área de informática. 1- Grande dificuldade no atendimento aos professores, principalmente nas horas/atividades, ocasionada pela falta de recursos humanos (agente II). Dificuldades internas, ficando a equipe pedagógica sem suporte nos acessos para as semanas pedagógicas, Formação em Ação ou mesmo nos trabalhos diferenciados que requerem gráficos, 1Solicitação ao N.R.E de Apucarana via ofício de um ADM local que tenha total domínio sobre as ferramentas tecnológicas. 1- Com a 1aprovação Fevereiro do N.R.E, determinada pela SEED. ENVOLVIDOS Participantes da ação METAS PARA 2014 1- Direção e 1- Satisfazer a chefia do necessidade da N.R.E. comunidade escolar. 61 esquemas, tabelas, etc. por não ter a escola um ADM local e ninguém habilitado na área ou com entendimento acerca das novas tecnologias. Os alunos não utilizam os equipamentos por falta de recursos humanos para suporte. 2- Demora 2- Falta de espaço na aprova- físico. ção das obras solicitadas à SEED. 2- Reenviar o pedido da construção de uma sal a condizente para os professores, biblioteca, sala de apoio à aprendizagem, laboratório de informática e ciências, passarela para alunos, aumento das dependências da cozinha e secretaria. 2- Recurso financeiro do governo estadual. 2- Abril. 3- Falta de recursos humanos. 3Solicitação ao N.R.E de Apucarana via ofício. 3- Com aprovação do N.R.E, determinada pela SEED. 4- Falta de 4- Falta de tempo momentos para troca de (horário) experiências, novas para discusações a serem sões de elaboradas e ações rotisituações do dia a neiras do dia, em se tratando dia a dia. do segmento dos professores e rotina da escola. 4- Café com ideias, fora do ambiente da escola, em padarias ou restaurantes. 4- Por adesão dos professores, direção e equipe pedagógica. 5- Encon5- Interação entre o tros descen- corpo docente, tralizados. agentes I e II. 5- Passeios 5- Parceria para encon- com empretros dessas. centralizados proporcio- 3- Rotatividade dos agentes educacionais I e II, pedagogos e a falta de estabilidade nos referidos segmentos, devido o porte da escola, desconsiderando a importância da continuidade do trabalho realizado. 2- Direção, Conselho Escolar, APMF e SEED. 2- Alcançar a realização das obras com aprovação pela SEED a curto prazo para que sejam sanadas as dificuldades enfrentadas pela falta de espaço e também que os diversos projetos pedagógicos possam ser realizados para o aprimoramento do ensino aprendizagem. 3Fevereiro 3- Direção e chefia do N.R.E. 3- Atendimento com qualidade à comunidade escolar. 4- Decorrer do ano letivo com planejamento coletivo envolvendo professores, equipe pedagógica e direção. 4- Direção, equipe pedagógica e professores. 4- Maior interação entre os professores através dos encontros, ocasionando uma prática unificada e engajada entre as disciplinas, superando as dificuldades do dia a dia. 5- Fevereiro, julho, outubro e dezembro. 5-Direção, equipe pedagógica, professores e funcioná- 5- Questionar, refletir e elaborar questões dos segmentos que compõe a 62 nando a interação entre os professores e funcionários, considerando a falta de tempo para este tipo de ativi-dade e oportunidade no decorrer do dia a dia. PRÁTICA PEDAGÓGICA 1- Incentivo à leitura. 2- Alunos com transtornos de aprendizagem. rios. 1- Dificuldade no 1- Leitura 1- Livros de contexto escolar, semanal de literatura ou envolvendo leitura, 15 minutos didático, reescrita e interpreatravés de vistas, jortação. Falta de inte- um crononais ou giresse pela leitura. grama nos bis. Disponibilidade de dias da 6ª funcionário para feira, respeiatendimento aos tando e alunos para entre- diversificanga/troca de livros do a sede literatura. quência da 1ª à 5ª aula. 1Decorrer do ano letivo de 2014. escola, fora do ambiente, demonstrando a valorização profissional de cada um, pontuando os pontos positivos e negativos alcançados. 1- Alunos, 1- Estimular professores, nos alunos e equipe ges- demais envoltora, peda- vidos o gosto e gógica, hábito de ler agentes I e continuam II. ente, mesmo que utilize como recurso o empréstimo de livros. 2- Incapacidade 2- Convocar 2- Recursos 2- Decor2- Equipe 2- Que através para acompanhar os pais para humanos e rer do ano pedagógica, do apoio dos os conteúdos das reunião com especialista letivo. diretiva, pais pais e do diadisciplinas nas a presença s da área e especia- gnóstico de um quais apresentam dos profesquando listas. profissional dificuldades, fazen- sores, equijulgar neespecializado, do com que os alu- pe pedagócessário. se for o caso, nos não realizem gica e direos alunos os trabalhos e tativa para o atinjam o derefas de casa de- repasse da vido aprendisignadas pelos situação do zado, resulprofessores. aluno, solicitando assim a tando apoio diminuição do quanto aos índice de reestudos em provação e casa e encaevasão. minhamento à um especialista se for o caso. 3- Aquisição 3- Enriquecimento 3- Campade livros de do acervo bibliográ- nha da latiliteratura. fico para atendimen- nha ( refrito à comunidade gerante, suescolar. co ou cerveja) para arrecadar fundos que serão revertidos para a aquisição de livros de literatura, aprimorando o acervo bibliográfico. 3- Latinhas 3- Mensal- 3- Profes3- Que haja de refrige- mente, to- sores, alu- colaboração por rante, suco do dia 20 nos, pais, parte de toda a ou cerveja e de cada equipe pecomu-nidade sacos plástimês. dagógica e escolar para cos para arfuncionários. angariar mazenamen recurso finanto até o moceiro,aumentan mento da do assim o núvenda. mero e opções do acervo bibliográfico. 63 4-Aprendizagem 4- Assimilação do conteúdo teórico com a prática. 4- Passeios pedagógicos para maior compreensão dos conteúdos ministrados em sala de aula, mas sujeitos a alterações. Locais previstos para visitas: Museu Histórico, Planetário, indústria da Cocacola, fazenda Bimini, Museu de Anatomia da UEL, Jardim Botânico, Sanepar e Exposição Agropecuária . 4- Ônibus ou van e câmera fotográfica. 4- Decorrer do ano letivo. 4-Professores, alunos, equipe pedagógica, pais e funcionários. 4- Para que além do aprendizado da teoria, com a prática, os alunos tornem-se multiplicadores do conhecimento registrado junto aos seus familiares. 5- Atendimento Personalizado. 5- O não rendimento nas tarefas propostas. 5- Estudo compartilhado na disciplina de Língua Portuguesa (Luceli): a professora explana o objetivo da aula daquele dia. Em seguida o conteúdo (assunto), detalhes e exemplos. Solicita, então, que os alunos reunam-se em grupos de três e juntos resolvam as atividades que foram expostas no quadro. Nesse momento a professora fica à disposição para sanar dúvidas, conforme vão surgindo e os alunos vão sendo atendidos. Os alunos 5- Quadro de giz, multimídia, caderno e livro didático. 5Decorrer do ano leti-vo. 5- Equipe pedagógica, professores e alunos. 5- Através do atendimento personalizado os alunos desenvolverão além da socialização, o despertar para o ato de compartilhar seu aprendizado para com aquele que ainda não conseguiu atingir o objetivo. 64 que vão terminando passam a integrar as equipes que precisam de apoio. É o estudo compartilhado e atendimento personalizado: professor/aluno; contato pessoal; correção mais detalhada do caderno e conquista de autonomia e auto-estima dos alunos que auxiliam. 6- Apoio 6- Revisão dos compartilha- exercícios da recudo. peração paralela. 6- Apoio compartilhado na disciplina de Língua Portuguesa (Profª Shirley): aluno em recuperação recebe apoio nos exercícios, do colega que não está em recuperação, auxiliando na análise para as respostas, troca de ideias, explicações e esclarecimen tos, como apoio para seu aprendizado. A professora desempenha o papel de mediadora nesse momento. 6- Quadro de giz, multimídia, caderno e livro didático. 6- A cada 6- Equipe 6- Levar o conteúdo pedagógica, aluno que ministrado professores atingiu a média e nas core alunos. através do seu reções de aprendizado a tarefas. auxiliar aquele que ainda encontra-se com dificuldades, tornando-se assim o amigo que apoia, o que vem valorizar ambas as partes, o que ofereceu e o que recebeu o auxílio nas dúvidas apresentadas. 7- Trabalho interdisciplinar. 7- Festival de Pipas: por meio de um trabalho interdisciplinar sobre a biografia de Paulo Leminski, os alunos, após 7- Multimídia, documentários, livros, papel, cola, tesoura e varetas de bambu. 7- Mês de 7- Equipe 7- Que além do agosto e pedagógica, aprendizado da setembro. professores biografia proe alunos. posta, o despertar para a criatividade na elaboração das pipas seja fator de relevância para os alunos 7- Falta de interação das disciplinas. 65 um estudo/ pesquisa envolvendo as diversas disciplinas, explorarão a temática para a confecção das pipas. O festival acontecerá no Parque Veneza, próximo à escola, local de pouco tráfego, onde os alunos soltarão suas pipas e participarão de um concurso. 8- Resgate 8- Conhecimento da 8- Pesquicultural e cultura paranaense. sas, exposirelacionações de carmento intertazes , trapessoal. balhos, apresentações de danças regionais e gincana cultural. 9-Análise 9- Fragilidades no 9- Pré-coninter e intrasegmento dos selho de pessoal professores, equipe classe realiatravés do gestora, pedagózado com os pré consegica, agente I e II, alunos por lho de clasavaliadas pelos meio de se. alunos. questionamentos encaminhados pela equipe pedagógica. As turmas avaliam os professores, equipe pedagógica e administrativa a fim de pontuar as fragilidades de cada segmento, para análise inter e intrapessoal, objetivando o crescimento para a participação do festival. 8-Data 8- A partir 8- Equipe 8- Despertar na show, caixa do mês de pedagógica, comunidade de som,penmaio. professores, escolar o intedrive, músialunos e resse em cocas, compupalestrantes. nhecer a cultador, livro tura do Estado (à escolher), em que resimídia e madem. teriais para confecção de cartazes e enfeites para o evento. 9- Papel sulfite e caneta. 9- Final de 9- Equipe cada tri- pedagógica mestre. e alunos 9-Verificar as fragilidades de cada segmento para uma análise inter e intra-pessoal ocasionando assim um ambiente harmonioso, com isso, melhorando o aprendizado de todos os envolvidos na comunidade escolar e o senso crítico enquanto cidadão. 66 da harmonia dentro do ambiente escolar e aperfeiçoamento no aprendizado de todos. 10- Descritores da Prova Brasil. 10- Aumento do IDEB da escola. 11-Valorização da vida de pessoas destaques. 11- Valorização e conhecimento. 10- Descrito- 10res: forma- Multimídia ção de grupo de estudo a fim de explorar melhor a metodologia de trabalho com os alunos, bem como as dificuldades destes em relação à análise dos índices apresentados na prova Brasil para que entendam melhor o processo, passando a se empenhar mais e desta maneira, contribuam para a melhora deste índice. 11- Gênero “biografias”: os alunos trazem diversos textos bibliográficos , observando as características dos mesmos. Após análise da estrutura textual do gênero em questão, estudam o gênero “entrevistas e suas características”. Munidos dos conhecimentos básicos dos gêneros estudados realizarão 10- Na reunião pedagógica do dia 11/04. 10- Equipe pedagógica e professores. 10- Aumentar os índices da escola, sabendo o professor como atuar e aprimorar sua metodologia diante das falhas/ erros obtidos pelos nossos alunos. 1111- Mês 11- Equipe 11- Que os Recursos de março. pedagógica, alunos espehumanos, professores, lhem-se nas imagens foalunos e mu- pessoas destatográficas, lheres desta- ques aprepapel sulques de Arasentadas fite, papel pongas. tomando-as paraná, carcomo referêntolina, amecia para traricana, câçarem objemera fototivos em suas gráfica. vidas. 67 um trabalho com mulheres que contribuíram para a construção da sociedade. Os alunos realizarão entrevista e após elaborarão as biografias de algumas mulheres que se destacaram no mundo, no país e no nosso município. Serão convidadas mulheres destaques para um bate papo com os alunos na sala. Esta atividade registrará o Dia Internacional da Mulher. 12. Prevenção às doenças crônicas e manutenção do bem estar físico e mental. 12- Obesidade e sedentarismo. 13- Terceira idade. 13- Valorização da terceira idade. 12- Ativida- 12-Multimídes físicas e dia, retrosaudáveis: projetor, projeção de cartolina, vídeos, his- sulfite, batórias em lança, altíquadrinhos metro, paproduzidas lestrante pelos alunos, (nutricionispirâmide ali- ta) e frutas. mentar, palestra com nutricionista, salada de frutas para o encerramento do projeto. Assunto: prevenção à doenças crônicas, degenerativas, manutenção do bem estar físico e mental, alimentação saudável. 13- Projeto “Eu, 13Materiais 12- Mês de outubro. 12- Equipe 12- Colaborar pedagógica, para a diretiva, diminuição e professores, prevenção de alunos, doenças agente I e II crônicas, e palestran- degenerativas e tes. manutenção do bem estar físico e mental, proporcionando assim, qualidade de vida. 13- Mês de 13- Equipe pedagógica, 13Valorização da 68 amanhã”: aproveitando o ensejo em comemoração ao Dia Internacional do Idoso será realizado o 10º ano do referido projeto com a participação de alunos, avós e especialistas de diversas áreas para comporem as oficinas que são ofertadas no evento, além das dinâmicas,apresentações artísticas e culturais, sorteios de brindes e café coletivo para o encerramento do mesmo. 14- Dia de 14- Dengue: alertar ação contra o risco de proliferaa Dengue. ção da Dengue. para confecção de enfeites para o evento, quadra poliesportiva, cadeiras, aparelho de som, bexigas, sulfite, pincel atômico. outubro. diretiva, terceira idade e professores, o entendimento alunos, de que todos avós, espenós seremos cialistas de como nossos diversas avós, amanhã. áreas e imprensa local. 14-Conside- 14- Recur- 14- Todo 14- Comuni- 14- Contribuir rando o alto sos huma- dia 09 de dade escolar para a dimirisco de pro- nos, multi- cada mês. e Patrulha nuição dos ínliferação da mídia, panEscolar dices e prolidengue em fletos eduComunitária feração da algumas re- cativos e liDengue por giões do Paxeiras. meio da consraná, a escientização da cola desencomunidade volverá um escolar, ocaprojeto volsionando o elo tado à limdas informapeza e conções entre os servação das familiares e áreas exterseus vizinhos. nas e internas da escola, uma vez por mês, com a escala de uma turma por período, além da conscientização teórica ministrada pelos professores e palestrantes com distribuição de panfletos aos alunos no entorno da 69 escola, bem como atividades educativas de acompanha mento domiciliar. 15Madrinhas do gênero. 16Mudança Cultural. 15- Unificação na metodologia de trabalho. 15- Os professores de Língua Portuguesa serão padrinhos das demais disciplinas referente às turmas que ministram aulas e dentro da temática de gêneros trabalharão resumo e seminário. 15- Multimí- 15- Decordia, livro di- rer do ano dático, jorletivo. nais, revistas, etc... 15- Alunos, professores e equipe pedagógica. 15- Maior compreensão de textos e dedicação aos estudos. 16- Sérias consequências para a população acarretadas pelas impensadas interferências no meio ambiente. 16- Promover a conscientização da comunidade escolar por meio de ações simuladoras de enfrentament o de situações emergenciais no interior da escola, promovidas pelos brigadistas e Corpo de Bombeiros. 16- Recursos humanos, multimídia, quadra poliesportiva, cadeira de rodas, registro de chamada, livro ata. 17Comunidade escolar, brigadistas e Corpo de Bombeiros. 16- Garantir a segurança da comunidade escolar, possibilitando o repasse das informações/ ações obtidas na escola aos familiares/ vizinhos, desempenhando assim, o papel de multiplicadores. 16- Simulação do plano de abandono nos dias 17/03 e 20/08 conforme previsto no calendário escolar. Outros momentos “surpresa” planejados somente com os brigadistas para certificação do real aprendizado e alerta para as possíveis situações que possam ocorrer. Reuniões trimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussões de 70 assunto referente à segurança do estabelecimento de ensino e identificação de riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunida de escolar. AVALIAÇÃO 1- Alunos que não realizam tarefas de casa e trabalhos. 2- Retomada de grupo. 3- Feedback de dúvidas. 1-Falta de compromisso de alunos e pais. 1- Envio de 1- Papel 1- Decor- 1- Equipe di- 1- Maior combilhete co- sulfite/comu rer do ano retiva, peda- prometimento municando -nicado. letivo de gógica, pro- dos alunos em os pais, so2014. fessores, relação às tarelicitando a pais e alufas de casa, presença na nos. trabalhos e escola. estudos para as avaliações, sob o monitoramento dos pais. 2- Não atingir a compreensão devida pelo aluno. 2- Aluno apoio: na retomada do conteúdo, a sala será dividida em grupos e serão designados alunos com maior domínio do assunto em estudo para prestar apoio quanto às dúvidas, aos colegas, sempre monitorados pelo professor. 2- Quadro de giz, livro didático e multimídia. 3- Dúvidas que não são sanadas. 3- Feedback 3- Quadro de tira dúvi- de giz, livro das: as dúdidático e vidas surgi- multimídia. das durante as explicações dos professores, serão lançadas primeiramente aos alunos que entenderam o conteúdo responderem , pois uma explanação 2- Decorrer do ano letivo de 2014. 2- Profes2- Que a ação sores, aludesenvolvida nos e equipe venha suprir pedagógica. para os alunos que necessitam, a falta da sala de apoio à apren-dizagem, que a escola não dis-põe. 3- Decor3- Profesrer do ano sores, aluletivo de nos e equipe 2014. pedagógica. 3- Que os alunos não retornem para casa ou prossigam para o próximo conteúdo com dúvidas ocasionadas pelo receio/timidez de perguntarem diversas vezes ao professor. 71 em linguagem simplificada, corriqueira, pode ser efetiva àqueles que ainda não compreenderam. O professor faz a realimentação após. ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO 1- Índices de aprovação, reprovação e evasão escolar. 1- Falta de compro1- Reunião misso por parte de com os resalguns responsáveis ponsáveis dos alunos, falta de sobre os eficiência no retorno temas pertidos alunos evadidos nentes a siquando encaminha tuação real dos pelo FICA e dos alunos, inexistência de sala postagem de apoio à aprendino site da zagem na escola escola das por falta de espaço datas e confísico. teúdos das avaliações e trabalhos. Ações de feedback de dúvidas e retomada de conteúdo através de aluno apoio já mencionadas na Dimensão da Prática Pedagógica. 1- Livro de registro de classe, Conselho Tutelar, quadro de giz e multimídia. 1- Decor1- Equipe 1- Superar os rer do ano diretiva, índices atuais e letivo de pedagógica, alcançar as 2014. professores metas propose pais. tas pela escola dentro dos índices de aprovação, reprovação e evasão escolar. 2- Maior 2- Não acompanhar 2- Convoca- 2- Envio de 2- Decorcomprometi os filhos nos ção indivi- bilhetes aos rer do ano mento dos estudos para as dual do resresponsáletivo de responsáavaliações, tarefas ponsável peveis com 2014. veis. de casa e trabalhos lo aluno para confirmação designados pelos esclarecimen de recebiprofessores. to da situamento via ção e constelefone cientização quando a da importân- equipe pecia do acomdagógica panhamento julgar neescolar do cessário. filho. 3- Triagem dos alunos com transtornos de aprendizagem. 3- A escola não dispor de nenhum profissional nesta área para realizar triagem nos alunos que necessitam. 3- Promoções para arrecadar fundos e custear a triagem dos alunos que mais necessitam, através de especialista da área. 2- Equipe diretiva, pedagógica e pais. 2- Pais mais compromissados com a vida escolar dos filhos tendo maior envolvimento com a escola. 3- Recurso 3- Mês de 3- Especia- 3- Diagnosticar financeiro agosto. lista da área, os transtornos arrecadado equipe dire- de aprendizaatravés de tiva, pedagó- gem procuranpromoções. gica, alunos do sanar ou e pais. amenizar os problemas apresentados pelos alunos. 72 4- Programa FICA. 4- Não ter praticamente retorno positivo, nem por parte da escola como também do Conselho Tutelar. 5- Indicado- 5- Superação das res metas. AMBIENTE 1- Melhora EDUCATIVO do relacio- namento entre alunos, professores e funcionários. 1- Indisciplina, falta de concentração e violência. 2- Valoriza- 2-Inversão dos vação dos lores. profissionais da educação. 4- Continuar realizando os contatos com os responsáveis e encaminhá-los para o Conselho Tutelar, caso a escola não obtenha êxito. 4- Livro de registro de classe e registro via oficio para o Conselho Tutelar com um breve relato real da situação do aluno encaminhado. 5- Projeção 5- Multimídos gráficos dia. para os alunos e professores apresentando os índices dos APCC, evasão escolar, reprovação e aprovação comparativo de todas as séries /ano do ano letivo de 2012 e 2013, seguidos pela proposição de ações direcionadas à melhoria destes índices. 1-Dinâmica diária através da meditação pela paz. 4Decorrer do ano letivo de 2014. 4- Equipe diretiva, pedagógica, pais e Conselho Tutelar. 4- Atingir o propósito de resgatar os alunos evadidos, junto ao Conselho Tutelar quando necessário. 5- Mês de fevereiro. 5- Equipe diretiva, pedagógica, professores e alunos. 5- Estimular os alunos a ter maior compromisso com os estudos, aprimorando sua aprendizagem e aumentando assim os índices da escola. 1- Comunidade escolar. 1- Que a paz venha proporcionar equilíbrio emocional, melhorando o rendimento escolar e a conduta de convivência. 1- Música 1- Todos clássica os dias leatravés do tivos. circuito de som nas dependências internas e externas da escola. 2- Palestras 2- Profissio- 2-Assinanais capaci- tura de tados. boletins. 2- Comuni2- Melhora de dade escolar relacionamento no ambiente escolar. 3- Resgate 3- Restituir a capa3- Ciranda 3-Pastas 3- Mensal 3- Comuni3- Maior da família cidade de educar da de textos, itinerantes dade. compromisso pela prática família. reportagens, com textos da família com social. impressos impressos. a educação dos com assunfilhos. tos relacionados à família. Obs.: Este plano ficará sujeito a alterações devido a situações do dia a dia e realidade da escola. 73 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Art Méd Editora S.A., p. 12 – 15, out. 2005. CASTELLANO, Melissa. Paulo Freire. Um Legado sem Fim. Revista aprende Brasil. Curitiba: Editora Positivo p.32-36, abr. 2005. DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre – RS: Mediação , 2004. ESTATUTO. DO IDOSO. Série E. Legislação de Saúde. 1.ª edição. 2.ª reimpressão. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Brasília – DF. 2003 GADOTTI, Moacir. O paradigma do Oprimido. Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre: GASPARIN, João Luiz, Uma Didática para a Pedagogia Histórico – Crítica: 5ª ed. rev. - 74 Campinas, SP: Autores Associados,2009. GIMENO SACRISTAN, J. Currículo e diversidade cultural. In: SILVA, Toma Tadeu da & MOREIRA, Antônio Flávio (orgs). Territórios Contestados: o currículo e os novos mapas culturais. Petrópolis, RJ: VOZES, 1995. JARES, Xesús R. A Cidadania no Currículo. Revista pátio, p 9,10, ano IX, nº 36, FNDE, Artmed, novembro de 2005. LIBÂNEO, José Carlos, Adeus professor, adeus professora: novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo, Editora Cortez, 2002. MIMI, Reiko. Pense em Estratégias para Reduzir as Desigualdades. Revista Gestão em Rede. Curitiba: reprocet Ind Gráfica, p. 5-8, dez. 2003. SAVIANI, Dermeval. A nova LDB ao novo plano nacional de educação: por uma política educacional. 5ª ed. Campinas – SP: Autores Associados, 2004. SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica. Campinas - SP: Autores Associados , 2003. STRECK, Danilo R. (org), Paulo Freire, Ética, Utopia e Educação. Petrópolis, RJ: Vozes Ltda, 1999. 12. ANEXOS 12.1 Matriz Curricular GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL - Matutino Município: ARAPONGAS Estabelecimento: ESCOLA ESTADUAL PROFª JÚLIA WANDERLEY Período: 2014-1 Curso: ENSINO FUNDAMENTAL de 6º / 9º ANO Turno: MATUTINO Código Matriz: 86923 75 MATRIZ CURRICULAR Nº Nome da Disciplina (Código SAE) ORGANIZAÇÃO DA MATRIZ VISUALIZAÇÃO DA MATRIZ Composiç Carga Horária ão Semanal das Curricular Seriações Grupo Disciplina O (*) 6º 7º 8º 9º 1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S 2 CIENCIAS (301) BCN 3 3 3 3 S 3 EDUCAÇÃO FISICA (601) BCN 2 2 2 2 S 4 ENSINO RELIGIOSO (7502) BCN 1 1 0 0 S 5 GEOGRAFIA (401) BCN 2 3 3 3 S 6 HISTORIA (501) BNC 3 2 3 3 S 7 LINGUA PORTUGUESA (106) BCN 5 5 5 5 S 8 MATEMATICA (201) BCN 5 5 5 5 S 9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S Total C.H. 25 25 25 25 Semanal (*) Indicativo de Obrigatoriedade GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL - Vespertino Município: ARAPONGAS Estabelecimento: ESCOLA ESTADUAL PROFª JÚLIA WANDERLEY Período: 2014-1 Curso: ENSINO FUNDAMENTAL DE 6º / 9º ANO Turno: VESPERTINO Código Matriz: 86924 MATRIZ CURRICULAR ORGANIZAÇÃO DA MATRIZ VISUALIZAÇÃO DA MATRIZ 76 Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composiçã Carga Horária o Curricular Semanal das Seriações Grupo Disciplina O (*) 6º 7º 8º 9º 1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S 2 CIENCIAS (301) BCN 3 3 3 3 S 3 EDUCAÇÃO FISICA (601) BCN 2 2 2 2 S 4 ENSINO RELIGIOSO (7502) BCN 1 1 0 0 S 5 GEOGRAFIA (401) BCN 2 3 3 3 S 6 HISTORIA (501) BNC 3 2 3 3 S 7 LINGUA PORTUGUESA (106) BCN 5 5 5 5 S 8 MATEMATICA (201) BCN 5 5 5 5 S 9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S Total C.H. 25 25 25 25 Semanal (*) Indicativo de Obrigatoriedade 12.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS 12.2.1 ARTE Proposta Pedagógica Curricular 77 Ensino Fundamental ARTE Série: 6º ao 9º ano Professora: Eloisa Elena Weiss Faria 2014 78 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Arte na Escola brasileira passa por inúmeras mudanças, desde a célebre Missão Artística Francesa em 1816, trazida por Dom João VI, onde o ponto forte dessa escola era o desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização dos modelos europeus. A partir dessa época temos uma história do ensino da arte com ênfase no desenho, centrada na valorização do produto. O desenho deveria servir à ciência e à produção industrial, utilitária. O ensino da música teve pouca projeção nas escolas até mais ou menos 1950, limitava-se a aulas de solfejo, canto orfeônico e memorização de hinos pátrios. Entre as décadas de 50 e 60, começou-se a notar nas escolas a influência de um movimento denominado Escola Nova. O papel do professor era dar oportunidades para que o aluno se expressasse de forma espontânea, pessoal, o que vinha a ser a valorização da criatividade como máxima no ensino da arte. Como todo processo artístico deveria “brotar” do aluno o conteúdo dessas aulas era quase exclusivamente um “deixar-fazer” que muito pouco acrescentava ao aluno em termos de aprendizagem de arte. Em 1971, com a Lei 5.692, foi criado o componente curricular Educação Artística. A lei, determinado que nessa disciplina fossem abordados conteúdos de música, teatro, dança e artes plásticas nos cursos de 1º e 2º graus, acabou criando a figura de um professor único que deveria dominar todas essas linguagens de forma competente. Porém, ARTE É CONHECIMENTO, surge então a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº9.394) aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece em seu artigo 26, parágrafo 2º: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber. Nesse sentido o conhecimento teórico- prático dos fundamentos do teatro, dança, música e artes visuais como elementos essenciais para a formação dos sentidos humanos na familiarização dos bens culturais produzidos na história da humanidade. Enfoque da arte como área de conhecimento nas suas dimensões de criação, apreciação e comunicação como instrumento para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. 79 6ºAno – ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Forma Cor Textura Luz Volume COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Bidimensional Tridimensional Figurativa Geométrica Técnicas: Pintura, Desenho Estudo dos (memória, criação Cultura Afro Brasileira elementos formais e observação) e Paranaense e sua articulação Escultura Arte Popular (folclore) com os elementos Harmonia Arte Indígena de composição e cromática: Pré-História movimentos e Primárias, períodos das artes Secundárias, visuais. Monocromia e Policromia Histórias em quadrinhos Origami EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou. 6º Ano – MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Ritmo Melodia Entorno Sonoro Popular (folclore) Afro brasileiro Indígena Clássica História da música Percepção dos elementos formais na paisagem Compreensão dos sonora e na elementos que música. Audição de estruturam e diferentes ritmos e organizam a música e escalas musicais. sua relação com o Teoria da música. movimento artístico no Produção e qual se originou. execução de instrumentos rítmicos. 6ºAno – TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM EXPECTATIVAS DE 80 ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS PEDAGÓGICA APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagens Expressões: corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação Espaço Técnicas: Improvisação, manipulação, fantoches. Espaço Cênico Estudo da personagem, ação Compreensão dos dramática e do elementos que espaço cênico e estruturam e Arte Popular (folclore) sua articulação com organizam o teatro e os elementos de sua relação com o composição, movimento artístico no movimentos e qual se originou. períodos do teatro. 6º Ano– DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Eixo Deslocamento Ponto de Apoio Formação Técnica: coreografia Movimento Corporal Tempo Espaço Popular Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou. 7º Ano – ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 81 Bidimensional Tridimensional Figurativa Abstrata Geométrica Simetria Arte Egípcia Harmonia Arte Grega e Romana Cromática: cores Cultura Afro Brasileira quentes e frias Indígena Técnicas: pintura, Paranaense desenho, escultura, Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta. Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Percepção dos Compreensão das modos de estruturar diferentes formas e compor as artes artísticas, suas origens visuais de acordo e práticas. com os movimentos Apropriação prática e artísticos. teórica de técnicas e Produção de modos de composição trabalhos com artes visual. visuais nas diversas técnicas. 7º Ano – MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Ritmo Duração Melodia Timbre Harmonia Intensidade Música Brasileira: Samba/Bossa Nova. Relação do conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de estruturar e fazer música nas diferentes formas musicais. Teoria da Música. Compreensão dos estilos musicais brasileiros, suas origens e práticas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical. 7º Ano –TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem Representação Expressões Enredo Teatro Grego Ação Cenografia Espaço Iluminação Relação do conhecimento com formas artísticas populares e o ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Compreensão as manifestações teatrais dramatizadas. Apropriação prática e 82 Direção Produção Gêneros: tragédia, comédia. Técnica: mímica, ensaio. cotidiano do aluno. teórica da técnica e Percepção da modo de composição diversidade de teatral. expressão gestual através da mímica. Teoria do Teatro Produção coletiva de trabalhos do Teatro de Pantomima. 7º Ano – DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Eixo Coreografia Dinâmicas Aceleração Ponto de Apoio Deslocamento Musicais Relação do conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer dança, como produto cultural e apreciação estética. Teoria da dança. Compreensão das diferentes formas de dança no cinema e nas mídias. Apropriação teórica e prática dos modos de composição da dança. 8º Ano – ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Bidimensional Tridimensional Geométrica Ponto Simetria e Linha assimetria Arte na Idade Média Forma Cores: tons e Cultura Afro Brasileira Textura matizes. Círculo Indígena Superfície cromático Industria Cultural Volume Técnicas: Op Art Cor pintura, Pop Art Luz desenho, escultura, colagem, fotografia. ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Compreensão da Enfoque do significado produção de obras em da arte na sociedade determinado contexto contemporânea e em histórico. outras épocas. Apropriação prática e Teoria das Artes teórica dos modos de Visuais. composição das artes Criação e construção visuais relacionadas à de formas plásticas produção, divulgação com técnicas, e consumo. materiais e espaços diversos. 83 Gêneros: paisagem, retrato. 8º Ano – MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO FORMAIS MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Relação do conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música de diferentes movimentos. Teoria da Música. Apreciação significativa da música, envolvimento e compreensão da linguagem musical. Compreensão da música em sua função social e ideológica, bem como produto cultural, histórico e de consumo. Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical. Nas mídias, relacionadas a produção e consumo. CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ritmo Altura Melodia Duração Música Brasileira. Harmonia Timbre Estilos musicais. Técnicas: vocal, Intensidade História do Rádio instrumental, mista. 8º Ano – TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Representação Enredo Cenografia Iluminação Personagem Direção Expressões Produção Ação Gêneros: Espaço tragédia, comédia. Técnica: Jogos teatrais, Teatro de varetas. Teatro Popular Enfoque do significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e Compreensão das os recursos diferentes formas tecnológicos na dramatizadas. arte.Percepção dos Apropriação prática e modos de fazer teatro teórica das como expressão e propriedades comunicação. comunicativas e Teoria do Teatro expressivas. Produção de trabalhos de representação nas diferentes manifestações do teatro. 84 8º Ano – DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Eixo Coreografia Dinâmicas Aceleração Ponto de Apoio Deslocamento Enfoque do significado da arte na sociedade Compreensão da contemporânea e em dimensão da dança outras épocas, como expressão e abordando a mídia e comunicação Dança Popular os recursos humana. Cultura Afro-Brasileira tecnológicos na arte. Apropriação teórica e Percepção dos modos prática dos modos de de fazer dança suas composição da dança. origens e práticas. Teoria da dança. 9º Ano– ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Bidimensional Tridimensional Figurativa Compreensão da Geométrica Percepção dos modos dimensão das artes Renascimento Linha Programação de fazer trabalhos com visuais enquanto fator Barroco Forma visual: artes visuais e sua de transformação Arte Contemporânea Textura Propaganda, função social. social. Arte Moderna Superfície Outdoor, Logotipo, Teorias das Artes Produção de Semana de arte Volume Cartaz, Ilustração, Visuais. trabalhos, visando moderna no Brasil Cor Layout e Design. Produção de trabalhos atuação do sujeito em Cultura Afro Luz Técnicas: Pintura, com os modos de sua realidade singular Arte Popular (Folclore) Desenho de organização e e social. Indústria Cultural perpectiva, composição. Escultura 9º Ano – MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 85 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ritmo Melodia Harmonia Música Popular Altura Estrutura Brasileira. Duração Técnicas: Vocal, Música engajada. Timbre instrumental, Jovem Guarda Intensidade Mista e Tropicália. Improvisação. História do Rádio Gêneros: Popular, étnico e folclórico. Compreensão da Percepção dos modos música como fator de de fazer música e sua transformação social. função social. Produção de Teorias da Música trabalhos musicais, Produção de trabalhos visando atuação do com os modos de sujeito em sua organização e realidade singular e composição musical. social. 9º Ano – TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Representação Personagem Roteiro Expressões: Enredo corporais, Cenografia faciais, Sonoplastia Teatro do Oprimido gestuais e Iluminação Teatro do Pobre vocais Figurinos Romantismo Ação Técnicas: Espaço Monólogo, Jogos Teatrais. Enfoque do caráter Compreensão da criativo da arte, a dimensão do teatro ênfase é na arte como enquanto fator de ideologia e fator de transformação social. transformação Produção de social. Percepção dos trabalhos teatrais, modos de fazer teatro visando atuação do e sua função social. sujeito em sua Teorias do Teatro realidade singular e Produção de trabalhos social. com os modos de organização teatral. 9º Ano – DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 86 Movimento Corporal Tempo Espaço Ponto de Apoio Rotação Deslocamento Coreografia Gêneros: Salão, Espetáculo, Moderna. Danças folclóricas. Contemporânea. Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. Teorias da Dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança. Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Observações: Além dos conteúdos básicos da disciplina serão trabalhados temas dos Desafios sócioeducacionais, através de discussões sobre os textos encontrados no livro didático adotado ou ainda em textos preparados especialmente para esse fim, pesquisa para coleta de dados e demonstração do assunto estudado através de trabalhos. Dentre os desafios destacam-se: • Educação das Relações Étnicos-Raciais e ensino de História e Cultura AfroBrasileira e Africana (Lei nº 10.639/03); Educação das Relações Étnicos-Raciais e ensino de História e Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08); Educação Ambiental (Lei Federal nº 17.505/2013), institui a Política Estadual de Educação Ambiental e o Sistema de Educação Ambiental); Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável (Lei nº 11.863/1997), que institui a Política Estadual do Idoso e o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (DEDI) e Lei nº 10.741/2003 – Estatuto do Idoso que reafirma e ratifica a tarefa educacional; Cidadania e Direitos Humanos (Programa Bolsa Família, Educação Fiscal, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Programa Escola Aberta, Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à violência (Programa de educação das Unidades Socioeducativas – PROEDUSE); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação do Campo ; Educação Escolar Indígena ( Lei n º 11645/08); Gênero e Diversidade Sexual; Os conteúdos serão trabalhados durante o decorrer do ano através de atividades diversificadas de acordo com cada disciplina e metodologia desenvolvida pelo professor. 87 2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A metodologia do Ensino de Arte não deve ser isolada em si própria, é educar, é ensinar a ver, ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar a possibilidade de relacionar e despertar o conhecimento estético, artístico e contextualizado. Do ponto de vista metodológico, o ensino da Arte priorizará a interação da leitura da produção de arte com a familiarização cultural e com o exercício artístico. Buscar formas originais e interdisciplinares de expressar ideias, promovendo experimentações, criações, discussões e análises para que possa entrar em contato com propostas de diferentes linguagens artísticas. O fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos de aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação com o mundo. 3. AVALIAÇÃO A avaliação será continua, somativa, formativa, diagnóstica tendo em vista os objetivos de cada assunto, considerando a participação e os conhecimentos adquiridos pelos alunos estabelecendo relações com o trabalho produzido pelo seu grupo e por outros sem discriminação artística. O aluno deve participar da avaliação, esta poderá ser feita através de provas, pesquisas, trabalhos individuais e em grupo, atividades práticas, atividade extraclasse, assiduidade e pontualidade, pois ao promover situações de auto-avaliação, o professor oportuniza a reflexão, e a um amadurecimento do individuo. Ocorrerá trimestralmente, tendo flexilidade em seus valores. Valorizar conhecimentos e desenvolvimento individual e em grupo tanto nas artes visuais, como na dança, música e teatro. A recuperação de estudos deverá ser paralela e concomitante. 4. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO Através de provas, pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, atividades práticas, atividades extraclasse,assiduidade e pontualidade, promovendo situações de auto avaliação, oportunizando a reflexão e o amadurecimento do indivíduo. 88 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, Ana Mae. História da Arte Educação – A Experiência de Brasília – l Simpósio Internacional de História da Arte Educação – ECA – USP, 1º ed., S.P. Editora Max Limonad, 1986; BOSSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte; PORCHER, Luis. Educação Artística: Luxo ou necessidade, 2º ed.s.p. Summus, 1982; MARCHESE, Isaias Júnior. Atividades de Educação Artística, Ed. Atica S.P.1991; Parâmetros Curriculares Nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC / SEF, 1998; Minidicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. 1º ed., Ed. Nova Fronteira R.J.1977; GRALHA AZUL, Rosi & Marlise. Atividades de Educação Artística, Companhia Editora Nacional; ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna, Companhia das Letras, S.P. 1992. FERRAZ, Maria Heloísa C. de Toledo. Metodologia do ensino da Arte / Maria Heloísa C. de T. Ferraz, Maria F, de Rezende e Fusari. – 2º ed., S.P. Cortez, 1999. CORAGEM, Amarílis Coelho. SILVA, Sidmar Estevan Maia. Arte Ensino Médio. Belo Horizonte: Ed. Universidade, 2004. PROENCA, Graça. Historia da Arte, Ed.Atica. São Paulo, 1995. DCE (Diretrizes Curriculares de Arte – Ensino Fundamental- 2007 CADERNOS TEMÁTICOS: Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba : SEED-Pr, 2007. PPP: Proposta Político Pedagógica / Escola Estadual Professora Júlia Wanderley, 2012. 89 12.2.2 CIÊNCIAS Proposta Pedagógica Curricular Ensino Fundamental CIÊNCIAS Série: 6º ao 9º ano Professores: Aparecida Martins Henriqueta Maria Elias da Costa Maria Helena Milan 90 2014 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Ciências, no Ensino Fundamental, se constitui historicamente pelo conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para compreender os fenômenos naturais. Para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo, a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. A disciplina possibilita a investigação da natureza e a articulação entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros, e o cotidiano, entendido aqui, como os problemas reais, socialmente importantes, enfim, a prática social. Diante do exposto, a retomada dos conteúdos que historicamente compõem o currículo da disciplina é imprescindível no processo de escolarização. Assim, as Diretrizes Curriculares para o ensino e a aprendizagem de Ciências, estão organizadas a partir da concepção de ciência como processo de construção humana, provisória, falível e intencional e, dos conteúdos estruturantes que se desdobram nos conteúdos básicos da disciplina. Esses conteúdos serão abordados de forma consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Por meio desta abordagem pedagógica, o currículo de Ciências poderá propiciar condições para que os sujeitos do processo educativo discutam, analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel frente às demandas sociais, uma vez que questões relacionadas à saúde, sexualidade e meio ambiente, dentre outras, são tradicionalmente incorporadas aos conteúdos específicos e, portanto, imprescindíveis à disciplina de Ciências. A leitura e análise crítica, dessa realidade social, possibilitam um novo encaminhamento pedagógico à medida que propõem partir desta realidade como um todo para a especificidade teórico-prática da sala de aula. Como um meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um método que não é único, nem permanece inalterado, pois reflete o momento histórico em que o conhecimento foi produzido, as necessidades materiais da humanidade, a movimentação 91 social para atendê-las, o grau de desenvolvimento da tecnologia, as idéias e os saberes previamente elaborados. Refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”. No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos científicos escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando-se a zona de desenvolvimento proximal do estudante (VYGOTSKY, 1991b), descrita anteriormente em um processo de interação social em que o professor de Ciências “é o participante que já internalizou significados socialmente compartilhados para os materiais educativos do currículo e procura fazer com que o aprendiz também venha a compartilhálos” (MOREIRA, 1999, p. 109). 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DE CIÊNCIAS Nas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles: Astronomia; Matéria; Sistemas Biológicos; Energia; Biodiversidade. A partir dos conteúdos estruturantes temos os conteúdos básicos de 6º ao 9º anos. 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes 92 Astros MATERIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização Celular ENERGIA Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos Ecossistema Evolução dos seres vivos 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA Formas de energia Transmissão de energia BIODIVERSIDADE ABORDAGEM Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo MATÉRIA Constituição da matéria 93 SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA Formas de energia BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS ASTRONOMIA Astros Gravitação universal MATÉRIA Propriedades da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética ENERGIA Formas de energia Conservação de energia BIODIVERSIDADE Interações ecológicas 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Os conteúdos específicos de Ciências passam a ser entendidos como uma expressão complexa da realidade, deixando de ser compreendidos como elementos fragmentados, neutros e históricos do currículo. A disciplina de ciência se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo. 94 Para que esta perspectiva do currículo de Ciências se efetive na escola é preciso que os partícipes do processo de ensino e de aprendizagem partilhem da concepção de Ciências como construção humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de alteração ao longo da história da humanidade e marcados pelas relações de poder. A partir dessa compreensão da Ciência o tratamento dos conteúdos na escola, exige conhecimento científico de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo. A Química, a Física, a Biologia, a Geociência, a Astronomia e outras áreas contribuem significativamente para o estudo. A explicação e a compreensão do conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza é o objeto de estudo da disciplina de Ciências. O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de: • recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, pendrive, DVDs, computador, retroprojetor, entre outros; • de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas , gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; • de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios, saídas a campo, exposições de ciência, seminários e debates. Diante de todas essas considerações propoem-se alguns elementos da prática pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros. O professor interage com seus alunos, à medida que reflete , sobre: as tecnologias utilizadas para o reaproveitamento da água, principalmente, em alguns países desenvolvidos; os motivos pelos quais eles investem cada vez mais em pesquisas científicas e tecnológicas com o objetivo de diminuir a exploração de recursos naturais não renováveis e consequentemente, recuperar o meio ambiente; as razões pelas quais esse país tem tanto interesse nos recursos naturais dos países em desenvolvimento. O tratamento dos conteúdos específicos, pode ser efetivado por meio de uma metodologia que problematize a prática social do sujeito. Depois do confronto entre as 95 informações que o aluno possuía e o conhecimento científico adquirido, ele demonstra interesse em apresentar soluções alternativas para o problema. Esse interesse é demonstrado por meio de propósitos e do comprometimento com a respectiva ação. Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda, por meio de atividades e aulas práticas, desde que se considere a coerência entre a teoria e a prática e, o conteúdo e a forma. A experimentação formal em laboratório didático, por si só, não resulta na apropriação dos conteúdos específicos e conhecimentos científicos pelos alunos. O laboratório não é único cenário para o desenvolvimento dessa ação pedagógica, pois, o processo de ensino e de aprendizagem em Ciências, não deve se limitar a uma única metodologia ou ficar restrito a um único espaço físico. Sendo assim, é importante lembrar que as aulas e atividades práticas podem acontecer em diversos ambientes, na escola e fora dela. A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para que, na exploração das ideias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria. Utilizando formas originais e interdisciplinares, serão trabalhados temas relacionados aos DESENVOLVIMENTO SOCIOEDUCACIONAL , através de conversa informal sobre os textos encontrados no livro didático ou ainda em textos preparados especialmente para esse fim, pesquisa para coleta de dados e demostração do assunto através de trabalhos. São eles: Cidadania e Direitos Humanos; Educação Ambiental ( Lei nº9795/99, Dec. Nº 4201/02); Enfrentamento à violência; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas. DIVERSIDADE : Educação do Campo;Gênero e Diversidade Sexual; História e Cultura Afro-Brasileira e Africana ( Lei 10639/03); História e cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08) 4. AVALIAÇÃO A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem possibilitando ao professor, pela interação diária com os alunos, contribuições importantes 96 para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados neste processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano. Entretanto, não serão estabelecidos critérios avaliativos específicos, pois isso depende de uma série de fatores, dentre os quais pode se destacar a série que será avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação de conteúdos específicos pelos dos alunos e, o planejamento das ações pedagógicas. Nesse contexto, para estabelecer estes critérios avaliativos o professor precisa considerar o seu planejamento, sua prática pedagógica e, as suas intenções ao tratar os conteúdos específicos por meio da abordagem articulada dessas diretrizes. Os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem, à medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista. A avaliação do desempenho do aluno e do seu rendimento escolar será de forma continuada e cumulativa, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo Estabelecimento de Ensino, sendo os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0. Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe, é preciso que conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados . A coerência entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos, é fundamental para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos. A nota do bimestre será da somatória dos valores atribuídos em cada recurso avaliativo, sendo eles:. Provas escritas ( 5,0) , sendo uma ou duas em cada bimestre e mais 5,0 pontos que poderão ser divididos em: verificação de exercícios, tarefas e trabalhos diversos individuais e/ou em grupos ( dramatização, jogos, músicas e produções coletivas), relatórios de pesquisas e experiências, participações em mini-feiras de ciências, leitura e interpretação de textos, produções de textos, painéis, murais, exposições, dinâmicas em grupo, desenhos, análises de trechos de filmes pertinentes ao conteúdo, visitas de campo, palestras e debates. A recuperação paralela será processual, ou seja, ocorrerá durante o processo de 97 aprendizagem, quando se fizer necessária, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito e/ou oral, demonstrações, trabalhos ou pesquisas. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Canto, Eduardo Leite do – CIÊNCIA NATURAIS: aprendendo com o cotidiano - 3ª ed. - São Paulo: Moderna, 2009. BRASIL, Lei nº 10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação. Cadernos Temáticos. História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação 2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005. Diretrizes Curriculares de Educação Especial. Diretrizes Curriculares de Educação do Campo. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências. Curitiba, 2008. Revista Ciência Hoje e Ciência Hoje das crianças 2008/2009. www.youtube.com.br www.diadiaeducacao.pr.gov.br 98 12.2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA Proposta Pedagógica Curricular Ensino Fundamental EDUCAÇÃO FÍSICA Série: 6º ao 9º ano Professores: Adriana Denise Marquezin Denilson dos Santos Senna João Leme Batista Neto 2014 99 1. CONTEÚDOS 1.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Ginásticas Lutas Danças 1.2 CONTEÚDOS BÁSICOS Manifestações esportivas Fundamentos técnicos; Regras; Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história; Esporte como fenômeno de massa; Jogo; Análise crítica das regras; O sentido da competição esportiva; Modelo da sociedade que os produziram; Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade; Possibilidades dos esportes como atividade corporal Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos. Táticas Para que e quem serve Incorporação pela sociedade brasileira O esporte na sociedade capitalista Profissionalização do esporte 1.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 100 6º ano Esporte: Origem/histórico dos esportes. Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas. Fundamentos básicos. Jogos e brincadeiras: Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras. Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos. Construção dos Brinquedos. Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro Dança: Origem e histórico das danças. Contextualização da dança. Atividades de criação e adaptadas Movimentos de experimentação corporal (sequencia de movimentos) Ginástica: Origem e histórico da ginástica artística. Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda) Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades Ginásticas. Cultura do Circo. Consciência Corporal. Lutas: Origem e histórico das lutas Atividades que utilizem materiais alternativos Jogos de oposição 101 Musicalização Ginga esquiva e golpes 7º ano Esporte: Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história. Noções das regras e elementos bás icos. Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. Sentido da competição esportiva. Jogos e brincadeiras: Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e Brincadeiras. Diferença entre brincadeira, jogo e esporte. A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos. Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais. Dança: Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas. Criação e adaptação de coreografias. Construção de instrumentos musicais Ginástica: Aspectos históricos e culturais da ginástica. Noções de posturas e elementos ginásticos. Cultura do Circo. Lutas: Origem das lutas, mudanças no decorre da história Jogos de oposição Ginga, esquiva e golpes 102 Rolamentos e quedas 8º ano Esporte: Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte. Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento Condicionamento físico. Esporte e mídia. Esporte: benefícios e malefícios à saúde Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas. Jogos e brincadeiras: Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos. Festivais Estratégias de jogo Danças: Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Elementos e técnicas de dança Esquetes (são pequenas sequências cômicas). Ginástica: Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica. Noções de postura e elementos ginásticos Origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, Pensando suas mudanças ao longo dos anos. Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica. Movimentos acrobáticos 103 Lutas: Roda de capoeira Projeção e imobilização Jogos de oposição 9º ano: Esporte: Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Organização de festivais esportivos Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. Regras oficiais e sistemas táticos. A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. (Súmulas, noções e preenchimento) Jogos e brincadeiras: Organização e criação de gincanas, compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios. Diferenciação dos jogos cooperativos e Competitivos Dança: Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança. Organização de festivais. Elementos e técnicas de dança Ginástica: Origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física. Construção de coreografias. Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias). Análise sobre o modismo. Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas. Recursos ergogênicos (doping). 104 Lutas: Origens e aspectos históricos 2 . JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina, conforme seu momento histórico, foram, HIGIENICISTA - (formação de homens saudáveis), MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj. Educativo), COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores passaram a influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a Educação Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos como capazes de promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém, significado as ações culturalmente produzidas ao longo da história. Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a cultura corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência, da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc. Diante destas considerações a Educação Física, possibilita ao educando “um pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios e valores inerentes ao ser humano. 2.1 OBJETIVO GERAL Fazer do educando um cidadão crítico, sujeito às ações e movimentos, consciente que o corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos, adoece, socializa-se; Intensificar a compreensão do aluno (a), sobre a diversidade, cultural em termos corporais, onde possa respeitar as diferenças; Vivenciar e explorar sua corporalidade por meio de atividades e experiências orientados pelo professor 105 Superar na Educação Física o caráter de mera atividade de “prática pela prática”; Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, refletindo sobre sua própria saúde e da comunidade; Conhecer e discutir o papel da “média”, na sua vida: saúde, beleza, consumismo, preconceitos etc. Organizar e interferir no espaço, bem como reivindicar locais adequados para atividades físicas e lazer, em busca de uma melhor qualidade de vida; Conhecer, valorizar e respeitar pluralidade cultural de um povo; Proporcionar atividades ao educando, de modo que ele possa dar continuidade a esta aprendizagem no seu dia a dia; 3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é um processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção prática do aluno para uma maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos próprios a partir dos temas apresentados. Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é importante, provocando no aluno (a), a reflexão, formulando sua opinião, interpretação e explicação sobre o que está acontecendo, com base nos objetivos pautados. A ação pedagógica da Educação Física, pode ser de variada, tornando os conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais diversos, onde o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento crítico-teórico e volta novamente para a prática social concreta. Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as estratégias, práticas sociais, problematização, instrumentalização, cartasee retorno à prática social. A Prática Social caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção do conhecimento escolar. A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é colocada em questão, analisada e interrogada. 106 A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao incorporá-lo, transformá-lo em instrumentos de construção pessoal e profissional (Gasparim, 2002 pg53). A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou. O RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico na perspectiva histórico-crítica. 4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO O processo de avaliação da disciplina da Educação Física, individual ou coletiva, será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo para o desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do conhecimento teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo programado pode ser reavaliado e alterado de acordo com as dificuldades encontradas nas avaliações que foram feitas, para melhor aproveitamento do educando. Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo e cumulativo que servirá para requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos e brinquedos, manifestações ginásticas, manifestações esportivas, danças e teatro. Critérios de avaliação: Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão); Espera-se que o aluno conheça a origem dos diferentes esportes; Vivenciar e conhecer o contexto históricos dos jogos, brinquedos e brincadeiras; Criação e adaptação de diferentes sequencias de movimentos; Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico através dos aspectos históricos dos conteúdos estruturantes; Observação: A avaliação dará da seguinte maneira, sendo assim distribuídos: 2,0(vinte pontos) 107 para os trabalhos individuais + 2,0(vinte pontos) para trabalhos em grupos + 3,0(trinta pontos) para avaliação teórica + 3,0(trinta pontos) para avaliação prática, totalizando 10,0. A recuperação é um direito do educando, caso este não atinja média trimestral mínima (6,0) sessenta, será elaborado uma outra avaliação no valor 7,0(setenta pontos), pois a nota da avaliação prática de valor 3,0(trinta pontos) permanecerá na qual será adicionada a nota que o educando tirar, lembrando que possui valor substitutivo, valendo sempre a maior nota. 5. RECURSOS DIDÁTICOS Utilização do laboratório de informática para trabalho de pesquisas; TV Multimídia para apresentação de filmes e vídeos sobre os esportes; Biblioteca para pesquisa e Leitura; Data-show para apresentação de trabalhos; Rádio para apresentação de trabalhos com dança Livro de apoio 6. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Essas avaliações aconteceram através dos seguintes instrumentos: Atividades com recursos Audiovisuais Trabalho em grupo Trabalho individual Debate Seminário Relatório Pesquisa de campo Avaliações teóricas Avaliações práticas Observação: Os temas contemporâneos: educação ambiental; Cidadania e Direitos Humanos; 108 Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência nas Escolas; Prevenção ao uso indevido de drogas; História e Cultura Afro Brasileira e Africana; História e Cultura dos povos indígenas, serão trabalhados durante o decorrer do ano em propostas diversificadas. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. -BRASIL. Lei- nº 10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.Cadernos temáticos. História da Cultura Afro- brasileira e Africana. Ministério da Educação- Ministério Nacional de Educação, 2004. -Educação Física - Secretaria de Estado da Educação-SEED. Curitiba-2006. BRACHT, Valter, A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física. Cadernos CEDES, vol.19 n.º 48. Campinas-1999. -Projeto Político Pedagógico Orientações Curriculares -Depart.de Ensino Médio julho. 2008 109 12.2.4 ENSINO RELIGIOSO Proposta Pedagógica Curricular Ensino Fundamental ENSINO RELIGIOSO Série: 6º ao 7º ano Professores: Danielli Quirino Rita de Cássia Arduim 2014 110 1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Ensino Religioso dentro do âmbito escolar tem um papel de suma importância, pois deve estar comprometida em disponibilizar aos educandos a oportunidade de conhecer as diversas manifestações religiosas existentes e também em combater todas e quaisquer formas de preconceito. O Ensino Religioso dentro da escola deve ser ministrado de maneira laica, não podendo privilegiar qualquer manifestação religiosa em particular. Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no Brasil e, em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais. Antes de iniciar as discussões teóricas e metodológicas a respeito da implementação desta disciplina no contexto educacional atual, serão apresentadas transcrições de documentos oficiais que explicitam os modos como o Ensino Religioso foi entendido e ministrado nos diversos momentos da história do Brasil. Com este breve histórico legal da disciplina, o documento que o leitor tem em mãos pretende apresentar, comparativamente, a extensão pedagógica da atual proposta de Ensino Cultural e Religioso no Estado do Paraná(DCE. Pág. 38). O Ensino Religioso tem como objeto de estudo o Sagrado, em toda sua plenitude o local e o sentido do Sagrado, sendo compreendido racionalmente, como resultado de representações construídas historicamente dentro de diversas culturas. Etimologicamente, o termo Sagrado se origina do termo latino sacrátus e do ato de sagrar. Como adjetivo, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. Portanto, algo ou alguém que foi consagrado está ligado invariavelmente ao campo religioso (DCE. Pág.47). O Ensino Religioso esteve presente há dentro da história Brasileira, apesar da abordagem utilizada hoje ser laica diferente de outros períodos históricos e importante conhecer o desenvolvimento da disciplina dentro da história. Período Jesuítico: No Brasil Colônia, visava a Evangelização dos Povos indígenas. Período Republicano: 1889 Ideal Positivista Separação da Igreja do Estado. 1. Laicidade X Confessionalidade. Era Vargas: 1934 – Estado Novo. 1. Caráter Obrigatório e Caráter Facultativo; 2. Confessional 111 Período Ditatorial: 1964; 1. Supressão do caráter confessional /perspectiva aconfessional de ensino Redemocratização: LDB – Lei 9.465 1996– art. 33. 1. Caráter Obrigatório e Caráter Facultativo; 2. Aconfessional. A Disciplina de Ensino Religioso da forma que é ministrada hoje (aconfessional1) é de suma importância pois, apresenta ao educando a diversidade religiosa e combate o preconceito e a intolerância religiosa dentro da sociedade. Contribuindo para a formação moral e ética do educando. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA 2.1 Conteúdos Estruturantes Teoricamente, o currículo da disciplina de Ensino Religioso está vinculado ao academicismo e ao cientificismo, bem como às subjetividades e experiências vividas pelo aluno, produzindo uma ampla discussão fundamentada nas teorias críticas. (...) [O] Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por consequência, o direito à liberdade individual e política. Desta forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania (DCE. Pág.46). Ao abranger a linguagem do Sagrado, os símbolos são a base da comunicação e constituem o veículo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente, do mundo extraordinário dos deuses e deusas. Os símbolos são elementos importantes porque estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e também no cotidiano das pessoas. No caso do Ensino religioso, o Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos estará sempre a ele relacionado. 1 Aconfessional: sinônimo de laico. Empregado de acordo com a terminologia adotada pela DCE 2008, pág.40. 112 Paisagem Religiosa - à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços Sagrados. Universo Simbólico Religioso - à apreensão conceitual através da razão, pela qual concebe o Sagrado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica simbólica. É entendido como sistema simbólico e projeção cultural. Texto Sagrado - à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos. 2.2 Conteúdos Básicos 6º ano Organizações Religiosas; Lugares Sagrados; Textos Sagrados orais ou escritos; Símbolos Religiosos. 7º ano Temporalidade Sagrada Festas Religiosas Ritos Vida e Morte 113 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA A metodologia utilizada será através de problematização, abordagem teórica do conteúdo e a sua contextualização dentro. Problematização – encaminhamento baseado na aula dialogada com o aluno. Abordagem Teórica do Conteúdo – Respeito ao educando na sua crença. Contextualização. Para a realização disso será utilizada recursos multimídia, com o intuito de aproximar o aluno com o objeto estudado, fazendo-o compreender o contexto históricosocial em que se inserem cada uma das manifestações religiosas estudadas. Além de aulas expositivas e a estimulação de debates promovendo uma participação ativa do aluno na produção do conhecimento. 114 4. AVALIAÇÃO A avaliação tem como finalidade diagnosticar a apropriação do conhecimento por parte dos alunos e diagnosticar os resultados das práticas pedagógicas propostas pelo professor, por isso deve ser continua e diagnostica. Os mecanismos de avaliação estão sempre em processo de aprimoramento, pois devem se adequar a realidade de cada educando, pois o tempo de aprendizado pode ser diferente para cada um e cabe ao professor encontrar o método avaliativo que consiga avaliar efetivamente cada educado. Ao fim do processo educativo, o aluno deve ter condições de: Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica; Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural; Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social. Os instrumentos avaliativos utilizados serão debates, discussões e seminários. 5. REFERÊNCIAS LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo. Cortez editora.2005. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná: Ensino Religioso. 2008. ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Editora Moderna .1992. MACEDO, Carmem Cinira. Imagem do eterno:religiões no Brasil. São Paulo:Editora Moderna Ltda, 1989. 115 12.2.5 GEOGRAFIA Proposta Pedagógica Curricular Ensino Fundamental GEOGRAFIA Série: 6º ao 9º ano Professores: Aline Caroline de Lima da Silva Juliana Sieni de Oliveira 2014 116 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O espaço em que vivemos resulta das inter-relações existentes entre a sociedade e a natureza. É, portanto, resultado de interesses, objetivos e necessidades dos diversos grupos sociais que o transformam e o reorganizam. Com o desenvolvimento das diversas sociedades houve, também, o desenvolvimento de outros conhecimentos como os relativos à elaboração de mapas; discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da distribuição de terras e águas; o cálculo do diâmetro do planeta; cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre outros. Assim, a Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo compreensível para os alunos e passível de transformações. A Geografia, como área de conhecimento, caracteriza-se por estudar a organização do espaço geográfico. A paisagem, sempre passível de mudanças, vem a ser referência concreta para chegar a explicação das relações estabelecidas “isto possibilita a compreensão da dinâmica do espaço, que não pode ser estudada desvinculada da sociedade”. Além disso, abrange as preocupações fundamentais apresentadas nos temas transversais, identificando-se, com aquele corpo de conhecimentos considerados como questões emergenciais para a conquista da cidadania. Ressalta-se que o objeto de estudo desta disciplina é o espaço geográfico, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996 apud PARANÁ, 2008. p.51). Então, a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial. O espaço é a materialização do tempo e da vida social. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, com os quais ele possa acompanhar as transformações, interpretar e entender esse o espaço, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem. A Geografia se propõe a compreender a realidade social para permitir uma reflexão a respeito de quem é sujeito agente de transformação dessa realidade, muito mais do que uma ciência que somente se propõe a pensar o espaço geográfico. Ela tem reunido instrumentos de análise e da prática social que colocam, no debate do exercício da cidadania, as várias questões sociais, políticas e econômicas contemporâneas, pois constrói a identidade enquanto ser social, sujeito de sua própria história. O papel da Geografia no sistema escolar atual é o de integrar o educando ao meio, 117 ou seja, ajudá-lo a conhecer o mundo em que vive. A integração supõe reflexão sobre a realidade e aspirações de mudanças, com o intuito de alcançar uma situação melhor e um enfoque crítico, que tem por objetivo auxiliar na formação de cidadãos conscientes, ativos e dotados de opinião própria. Trata-se do ensino voltado para o desenvolvimento da cidadania enfatizando o desenvolvimento de habilidades como a observação, descrição, localização, noções básicas de escala, de representação cartográfica, do espaço geográfico, constituindo os fundamentos necessários a análise critica dos processos utilizados pela sociedade na exploração da natureza, permitindo a identificação e a compreensão das sucessivas relações de interação entre a sociedade e a natureza. A análise do espaço geográfico deve focar as dinâmicas de suas transformações e não simplesmente a descrição e os estudos de um mundo aparentemente estático. Isto requer a compreensão da dinâmica entre os processos sociais, físicos e biológicos inseridos em contextos particulares ou gerais. A preocupação básica é abranger os modos de produzir, de existir e de perceber os diferentes lugares e territórios como os fenômenos que constituem essas paisagens e interagem com a vida que os habitam. É preciso buscar explicações para aquilo que, em determinado momento, permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente que neles convivem, assim, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica em que interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos. O estudo da Geografia proporciona aos alunos a possibilidade de compreender sua própria posição no conjunto de interações entre sociedade e natureza. Deverá estar voltado aos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino, movimentos sociais, organização da sociedade civil, nas manifestações culturais e no cuidado com o planeta e suas espécies. Portanto, o ensino de Geografia tem como preocupação fundamental oferecer subsídios ao desenvolvimento da cidadania, fazendo o aluno compreender criticamente o mundo em que vive desde a escala local até a global. Essa visão deverá fornecer condições de uma leitura analítica e reflexiva das relações entre a sociedade e a natureza . 118 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 6º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - Formação e transformação das paisagens Dimensão econômica do naturais e culturais. espaço geográfico. - Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. Dimensão socioambiental do - A formação, localização, exploração e utilização espaço geográfico. dos recursos naturais. - A distribuição espacial das atividades produtivas Dimensão política do espaço e a (re)organização do espaço geográfico. geográfico. - As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. Dimensão cultural e - A evolução demográfica, a distribuição espacial demográfica do espaço da população e os indicadores estatísticos. geográfico - A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. - As diversas regionalizações do espaço geográfico. 7º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. Dimensão econômica do - A dinâmica da natureza e sua alteração pelo espaço geográfico. emprego de tecnologias de exploração e produção. - As diversas regionalizações do espaço brasileiro. Dimensão socioambiental do - As manifestações socioespaciais da diversidade espaço geográfico. cultural. 119 - A transformação demográfica, a distribuição Dimensão política do espaço espacial e geográfico. população. os indicadores estatísticos da - Movimentos migratórios e suas motivações. Dimensão cultural e - O espaço rural e a modernização da agricultura. demográfica do espaço - A formação, o crescimento das cidades, a geográfico dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. - A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. - A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. 8º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - As diversas regionalizações do espaço geográfico. Dimensão econômica do - A formação, mobilidade das fronteiras e a espaço geográfico. reconfiguração dos territórios do continente americano. Dimensão socioambiental do - A nova ordem mundial, os espaço geográfico. supranacionais e o papel do Estado. territórios - O comércio em suas implicações socioespaciais. Dimensão política do espaço - A circulação da mão-de-obra, do capital, das geográfico. mercadorias e das informações. - A distribuição espacial das atividades produtivas, Dimensão cultural e a (re)organização do espaço geográfico. demográfica do espaço - As relações entre o campo e a cidade na geográfico sociedade capitalista. - O espaço rural e a modernização da agricultura. - A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da 120 população. - As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. - Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. 9º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - As diversas regionalizações do espaço geográfico. - A nova ordem mundial, os territórios Dimensão econômica do supranacionais e o papel do Estado. espaço geográfico. - A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. Dimensão socioambiental do - O comércio espaço geográfico. socioespaciais. mundial e as implicações - A formação, mobilidade das fronteiras e a Dimensão política do espaço reconfiguração dos territórios. geográfico. - A transformação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. Dimensão cultural e - As manifestações socioespaciais da diversidade demográfica do espaço cultural. geográfico - Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. - A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. - A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. - O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. 121 3. METODOLOGIA Para o trabalho com a Geografia, bem como, sua renovação e reconstrução do ensino, é fundamental a concepção de Geografia que entende o espaço geográfico como o espaço social construído através de lutas e conflitos sociais. Concebida como ciência social, a Geografia é colocada ao aluno como meio para se estudar a natureza enquanto recurso apropriado pelo homem em sua dimensão histórica e política. A preocupação do professor, no ensino da geografia, deve estar voltada para o desenvolvimento do senso crítico e não em apresentar fatos para que o aluno memorize. A prática pedagógica com a geografia inspirada na compreensão transformadora de uma realidade exige do professor criatividade e domínio de métodos, conceitos e sequência na apresentação. Como sujeito do conhecimento o professor não deve se preocupar somente em ensinar, mas também contribuir para o desenvolvimento das potencialidades do aluno, tornando-o co-autor do saber, através de estudos por meios participativos como: pesquisas, debates, textos e construção de conteúdos adequados à realidade social e educacional. O ensino de Geografia propõe que os conteúdos sejam trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos aqui propostos, utilizando o espaço geográfico como foco de aprendizagem e a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando, assim, transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa. O encaminhamento metodológico que atenda às necessidades do ensino da geografia objetiva estimular a construção e a reflexão do educando por meio das seguintes práticas: Aula dialogada expositiva com questionamento constante; Leitura, interpretação e discussão de textos diversos presentes em livro didático, jornais, revistas; confecção e interpretação de mapas; produção de textos e paródias; realização de pesquisas em diferentes fontes; interpretação de músicas, poemas e filmes que abordem assuntos referentes a temas propostos em sala, participação em projetos desenvolvidos pela escola dentre outros que contribuam para a aprendizagem. 122 Para tanto, diferentes recursos didáticos serão utilizados: textos, mapas atualizados, globo terrestre, vídeos, filmes, documentários, debates sobre temas diferenciados, matérias de jornais e revistas, aulas de campo, exposição oral, músicas, charges e outros que se fizerem necessárias de acordo com o decorrer das aulas. Contudo, alguns questionamentos devem orientar o trabalho do professor para que possa conseguir espacializar os fatos, dinâmicas e processos geográficos, bem como a explicação das localizações relacionais dos eventos em estudo, para que possa, também, levar o aluno à compreensão: Onde? Como é este lugar? Por que este lugar é assim? Por que aqui e não em outro lugar? Por que as coisas estão dispostas desta maneira no espaço geográfico? Qual o significado deste ordenamento espacial? Quais as consequências deste ordenamento espacial? Por que e como esses ordenamentos se distinguem de outros? De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais (2008, p.75) o ensino deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos. Além dos conteúdos básicos da disciplina serão trabalhados temas relacionados ao desenvolvimento sócio-educacional, através de discussões sobre os textos encontrados no livro didático adotado ou ainda em textos preparados especialmente para esse fim, pesquisa para coleta de dados e demonstração do assunto estudado através de trabalhos. Dentre os temas destacam-se: a Cidadania e Direitos Humanos (Programa Bolsa Família, Educação Fiscal, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Programa Escola Aberta, Programa Saúde na Escola); Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. nº 4201/02); Enfrentamento à violência (Programa de educação das Unidades Socioeducativas – PROEDUSE); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação do Campo; Gênero e Diversidade Sexual;História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº 10639/03) e a História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei nº 11645/08). 123 4. AVALIAÇÃO A avaliação, parte dos processos de ensino-aprendizagem, não é uma mera classificação de alunos, mas um processo de verificação das dificuldades que permite ao professor intervir de modo a fazer com que possam progredir, tendo como uma das funções, permitir que o professor verifique o alcance do seu próprio trabalho e, se necessário, reformulá-lo, mantendo um diálogo permanente entre professor e aluno. De acordo com a DCE (2008, p.31), No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Alguns critérios devem nortear as formas de avaliação: A formação dos conceitos geográficos e o entendimento das relações sócio- espaciais, relação de poder, de espaço/tempo e de sociedade natureza visando compreender o espaço nas diversas escalas geográficas. Fazer com que o aluno compreenda a realidade local em que vivem sob a perspectiva de transformá-la e atuar na mesmo de uma forma crítica e consciente. Desenvolvimento cognitivo (aquisição do conhecimento), desenvolvimento e suas habilidades de raciocínio, aplicação de conceitos, capacidade de observação e de crítica, etc. Deverá também desenvolver atitudes, inteligência emocional, social ausentes de preconceitos. Como os alunos possuem ritmos e características diferentes os instrumentos de avaliação devem ser diversificados, com acompanhamento diário dos alunos, permitindo verificar se os alunos investigam, elaboram hipóteses, se expõem e debatem diferentes opiniões, se comunicam oralmente ou por escrito os produtos dos trabalhos realizados e se conseguem enfrentar desafios. Para tanto, o professor pode fazer uso de seminários, produção de textos, charges, histórias em quadrinhos e paródias; leitura e interpretação imagens, gráficos, tabelas, mapas letras de músicas; pesquisas bibliográficas; relatórios de aulas de campo; exercícios de fixação; apresentação de seminários; construção e análise de maquetes, de tabelas e gráficos, além de provas objetivas, dissertativas e orais, confecção de cartazes e participação dos alunos nas aulas. De acordo com o currículo e objetivos propostos por este estabelecimento de 124 ensino, os resultados dos processos de avaliação, ao final de cada trimestre, serão expressos em notas compreendidas de 0,0 a 10,0. Esta nota será composta pela somatória dos valores atribuídos em cada recurso avaliativo, sendo 5,0 pontos destinados às provas objetivas (uma ou duas em cada trimestre, de acordo com o desencadear dos conteúdos trabalhados) e 5,0 pontos destinados aos diversos trabalhos citados anteriormente. Para os alunos que não atingires a média proposta (6,0) será proporcionada a recuperação, de forma paralela, havendo revisão de conteúdos abordados e aplicação de uma nova prova, prevalecendo a maior nota que deverá ser somada aos outros recursos avaliativos já aplicados. A avaliação diagnóstica e continuada, leva em consideração aspectos qualitativos e quantitativos, e que o objetivo do professor não é prejudicar o aluno e sim orientá-lo, ou seja, medir seu desenvolvimento e as suas deficiências para que se possa corrigi-las. Portanto, a avaliação não deve ser uma mera reprodução do que foi dito ou lido em classe, e sim o entendimento e a aplicação, a extrapolação, a crítica, a coordenação das idéias, o estabelecimento de relações dos conteúdos trabalhados com a realidade, por exemplo. 5. REFERÊNCIAS BORGES, Edson; MEDEIROS, Carlos; D’ ADESJ. Racismo, Preconceito e Intolerância. São Paulo: Atual, 2002. ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY. Ensino Fundamental. Projeto Político Pedagógico. 2011. OLIVEIRA, Davi Eduardo. Cosmovisão Africana do Brasil. 1972. PROJETO ARARIBÁ: Geografia/obra coletiva – 6º, 7º, 8º, 9º Ano – Ed. Moderna, 1 ed., São Paulo, 2006. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Geografia. Paraná. 2008. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília. Outubro: 2005. 125 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba. 2006. 12.2.6 HISTÓRIA Proposta Pedagógica Curricular Ensino Fundamental HISTÓRIA Série: 6º ao 9º ano 126 Professores: Angélica Ricoldi Sonia Maria Nonis Santos Susana Maria Merci 2014 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação de criar uma genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz curricular nitidamente eurocêntrica, partindo da Antiguidade Clássica como berço do cristianismo, da formação das nações europeias: desde as primeiras monarquias à história política e biográfica moderna e contemporânea. O ensino enfatizava a história política de Portugal e sua relação com o Brasil. Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República Velha tendeu a se voltar mais para o estudo da história política europeia e brasileira, desconsiderando os movimentos de resistência popular. Refletindo assim a política da República das Oligarquias, na qual a questão social foi tratada como caso de policia. Já nas décadas de 1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do Estado varguista em todos os setores da sociedade brasileira, difundiu-se a tese da “democracia racial” expressa principalmente em programas e livros didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta por alguns interpretes da obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na constituição sócio-genética do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de preconceitos raciais e étnicos. No pós-guerra e no contexto da democratização do país (1945-1960), com o fim da ditadura Vargas, a disciplina de história passou a ser novamente objeto de debates quanto as suas finalidades e relevância na formação política dos alunos. Vale lembrar que foi também um período muito rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40, de se pensar o Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos ciclos econômicos. Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também aos estudos históricos da economia brasileira, no entanto, transmitindo de forma reducionista e mecânica a análise dos ciclos econômicos do açúcar, mineração e do café. No entanto, a história factual, linear 127 e política herdada do século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas ficaram gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década de 1960. Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço, mesmo tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois o contexto era de grande mobilização e de organização social através do sindicalismo, das ligas camponesas, do movimento estudantil e das camadas médias urbanas, em torno das reformas sociais propostas. Mesmo assim, em linhas gerais o ensino ainda continuava tradicional, factual e linear. Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a partir de 1964, houve uma grande retração da organização social fruto da repressão e da censura. Neste momento, o povo foi retirado da cena política brasileira , e o ensino de história, que tímida e pontualmente, procurava contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar da ordem, do civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueísta da guerra fria. Em decorrência disto várias reformas educacionais foram implementadas com um caráter tecnicista, em conformidade com a inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho da década de 60 e 70 enquanto economia primário-exportadora. Nesse sentido, a partir da década de 1970, o ensino de história e de geografia foi preterido em nome da implementação da generalidade dos Estudos Sociais, bem como de uma formação profissional superficial, que acabou causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O ensino de Estudos Sociais e de Educação Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via círculos concêntricos (do local para o universal), a história patriótica, tradicional, excluindo o aprofundamento dos conflitos de classes sociais, ao longo da História Geral e do Brasil, principalmente mais recente. A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura militar e o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira, e ensino de Estudos Sociais, que já era radicalmente contestado na década anterior, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, passa lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de História. Esta procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da sala de aula. Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos 1990 crescem os debates em torno das reformas democráticas na área educacional, que acabam estimulando propostas de revisões no ensino de História, contrárias às tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas do tradicionalismo na área. Essa discussão 128 entre a academia de História e o ensino foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no país, levando à produção diferenciada tanto de materiais didáticos, para didáticos e principalmente de novas propostas curriculares na área. Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e particularmente de História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas claramente na pedagogia históricacrítica dos conteúdos desenvolvida por Demerval Saviani entre outros, a partir da sua interpretação do materialismo histórico e dialético. Nesse contexto, a proposta curricular de História para o Ensino Médio apontava para a organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil neste quadro, de forma integrada. A disposição mantinha, contudo, a linearidade e a cronologia através de um recorde histórico voltado ao aluno (a) que na sua grande maioria, entende-se, há estava incorporado ao mundo do trabalho. Objetivando o aluno (a) compreender a formação social do capitalismo ocidental e intervir na sua realidade, enfim tornando-se um sujeito histórico. Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), especificamente o de História, apesar de serem impostos ao sistema escolar nacional e paranaense, por uma política educativa baseada no ideário neoliberal, tiveram o mérito de incorporar na sua proposta curricular a abordagem referente à Nova História. E, mais especificamente à Nova História Cultural, valorizando, assim, problemáticas referentes ao cotidiano, à memória, à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e individuais. Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e habilidades na Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição, pois apontam para que a disciplina seja somente um instrumento de uma interdisciplinaridade sem uma história nem referenciais teóricos definidos, causando o esvaziamento de seus conceitos e conteúdos. Além disso, os conceitos históricos estão desarticulados entre si fazendo com que o ensino de História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu caráter de produção do conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e professores [as]). A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma busca da superação em relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele entende que o conhecimento histórico é selecionado e construído na relação entre as experiências sociais dos sujeitos (acontecimentos, comportamento, apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir da utilização rigorosa de conceitos historiográficos no processo de investigação que permitiam compreender os espaços de atuação social destes agentes históricos. Entenda- 129 se que este rigor deve estimular a criação de novas significações ou sentidos no universo da disciplina de História através da produção de narrativas históricas. Através da formação continuada oferecida pela SEED, e por meio das Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica para o Ensino de História que propõe essa nova visão do contexto histórico buscando uma reflexão das dimensões políticas, econômicas, culturais e sociais, bem como relações de trabalho, de poder e relações culturais. Essa reflexão nos levou a elaborar a presente proposta, incluindo as Leis 10.639/03, 13.381/01, 11.645/08 e 9.795/99, que tornam obrigatório o ensino de Cultura Afro, História do Paraná, Educação Escolar Indígena e a Educação Ambiental, respectivamente. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES São assim definidos os saberes ou conhecimentos de grande amplitude, que definem e organizam os diferentes campos de estudos da disciplina História, estipulados como: relações de trabalho, relações de poder e relações culturais. Relações de Trabalho: trata dos procedimentos, através do tempo, para a produção de meios de subsistência ou de lucratividade através do trabalho e de seu gerenciamento, de forma coletiva ou segmentada dentro de uma determinada sociedade, abordando as consequentes imposições e resistências entre os diferentes grupos relacionados por meio do trabalho. Relações de Poder: vinculada à dimensão política, leva em conta a relação do poder instituído com seus subordinados bem como as relações de micro poder, onde, em um contexto potencialmente menor, existem relações de superioridade hierárquica conflitantes. Relações Culturais: compreende o conjunto de significados conferidos pelo homem para dar explicações às questões referentes ao mundo que o cerca. Valoriza as diversidades entre as sociedades e valoriza cada elemento cultural de forma sistêmica, dentro de um conjunto de elementos se complementam gerando a já mencionada significação do mundo que nos cerca. 2.1 ENSINO FUNDAMENTAL 130 6º ANO Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas Histórias CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS A experiência humana Produção do Conhecimento no tempo. Histórico Fontes históricas Sujeito da História Os sujeitos e suas O historiador e a produção do relações com o outro conhecimento no tempo. O tempo na História Surgimento do homem Formação das cidades As culturas locais e a Centralização Política cultura comum. O homem na América e no Brasil A pré História no Paraná Mesopotâmia O Egito – o Faraó governa Império Chinês Civilização indiana Áreas do conhecimento histórico Colocando o tempo em ordem Os séculos Períodos da Pré-história Trabalho e organização As primeiras cidades O comércio Povos caçadores, coletores e agricultores A importância dos rios nas primeiras civilizações (Egito e Mesopotâmia) O trabalho servil e o trabalho escravo nas sociedades egípcia e mesopotâmica As revoltas escravas. Instrumentos de medição do tempo Calendários Evolução do homem e mudanças na vida social Surgimento da escrita A religião nas sociedades primitivas (Egito, Mesopotâmia, 131 China, Índia, Fenícios e Hebreus). Sítios arqueológicos, sambaquis no Paraná As antigas moradias A importância do faraó no Egito O cotidiano do povo egípcio Povos que formavam a Mesopotâmia. Povo Fenícios, Hebreus e as Civilizações Gregas e Romanas. Fenícios e Hebreus A vida política na Grécia A aristocracia e a democracia Esparta e Atenas Polis – cidades- estados Organização política e social de Roma República Romana Império Romano A crise no império romano A sociedade e a cultura da Grécia e Roma A vida cotidiana na Grécia e Roma A guerra do Peloponeso A ruralização da Europa A educação do campo no Paraná A divisão do Império Romano O império Romano do oriente Cultura Afro-brasileira Filosofia e Ciência grega Filosofia e Ciência Grega Mito e religião na Grécia A arte grega A sociedade e cultura romana Cristianismo e as perseguições religiosas A paz romana. O alfabeto Fenício O monoteísmo hebraico Conteúdos Sócio educacionais Cidadania e direitos humanos Educação Fiscal Programa de Saúde na Escola Enfrentamento à violência Prevenção ao uso indevido de drogas Educação ambiental 132 Gênero e diversidade Educação do campo História e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03) 7°ANO A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Relações de trabalho As relações de propriedade. Relações de poder A constituição histórica Germânicos no poder do mundo do campo e do A dinastia merovíngia mundo da cidade. Império Carolíngio Feudalismo, origem e As relações entre o organização campo e a cidade. Os árabes e a Arábia Alianças entre reis e Papas Reinos africanos Conflitos e resistências e Império chinês produção cultural Mudanças na Europa campo/cidade. A formação das monarquias nacionais O Poder da Igreja na Idade média A crise nas instituições feudais O Renascimento Reforma protestante e a Contrareforma Relações culturais Dos povos germânicos ao Feudalismo Enfraquecimento Carolíngio Economia agrária Surge o Islamismo A África das sociedades tribais A importância do comércio e da agricultura O crescimento do comercio e das cidades Peste Negra e as revoltas camponesas O crescimento comercial O Renascimento e suas 133 características A arte românica A escultura e a pintura As escolas monásticas e eclesiásticas A religião Meca O Nascimento do islamismo A arte e seus materiais Os avanços tecnológicos. A saúde pública O saber e as universidades. A literatura. Novos meios de divulgação. Diversidade cultural. Brasil exploração colonial. A exploração dos impérios coloniais. A colonização portuguesa no Brasil. Administração e principais órgãos administrativos. O controle da metrópole no Brasil. A colonização no Paraná. A união ibérica e a invasão holandesa no Brasil. Crises e rebeliões na colônia. A Europa se divide- surge as monarquias. A conquista do território na América Latina. As Cruzadas Civilizações, Asteca, Incas e Maias. A invasão holandesa no Brasil. As atividades econômicas na colônia. Exploração do trabalho indígena e escravidão africana. A vida nos engenhos. Holanda e Portugal: parceiros nos negócios açucareiros. Guerras de expulsão. A conquista do sertão. Europa: nobre e mercantil. A expansão marítima 134 portuguesa. As feitorias na América Portuguesa. A conquista espanhola das civilizações. Pré-colombiana. A economia açucareira. Escravidão: captura, resistência e luta. A convivência entre senhores e escravos. Cultura afro Africana e afro brasileira. Uma sociedade miscigenada Sincretismo religioso Os Jesuítas e as missões jesuíticas. A educação indígena. Crise e rebeliões na colônia. Encontro e desencontro entre culturas ibéricas e ameríndias Diversidade cultural. Conteúdos Sócio educacionais Cidadania e direitos humanos. Educação Fiscal. Programa de Saúde na Escola. Enfrentamento à violência. Prevenção ao uso indevido de drogas. Educação ambiental. Gênero e diversidade. Educação do campo. História e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08). História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03). 8ºANO O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Relações de trabalho Relações de poder CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS BÁSICOS História das relações A indústria moderna e o trabalho fabril da humanidade com Transição entre o sistema de o trabalho. manufaturas para o sistema industrial Enclosures (Lei dos Cercamentos) O trabalho e a vida Racionalização da produção 135 em sociedade. Relações culturais O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito. Formação das classes operárias na Europa Lutas trabalhistas (ludismo, cartismo, socialismos utópicos, Manifesto Comunista). A Internacional Socialista e a constituição das associações de trabalhadores. O movimento anarquista. O Imperialismo europeu. Processo de colonização européia da África e da Ásia. As relações econômicas no Brasil Imperial. O desenvolvimento da economia do café: industrialização, ferrovias, portos e bancos. A economia de subsistência e a ascensão da economia do mate na Província do Paraná. A transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado: migrações de escravizados e libertos e imigrações de europeus no Brasil. Produção familiar dos imigrantes. A construção do Estado nacional brasileiro. A estruturação do parlamentarismo às avessas e do poder moderador no Brasil Imperial. Lei de Terras de 1850. Movimentos abolicionistas e republicanos. Estrutura patriarcal de poder e os conflitos entre o poder local e poder central. O processo de emancipação da Província do Paraná. Imigração e colonização agrícola no Paraná. A formação dos Estados Nacionais no século XIX. A unificação de Itália e Alemanha Movimentos republicanos liberais no Brasil. 136 A guerra civil dos Estados Unidos da América. A Doutrina Monroe. A guerra do Paraguai. O conflito civilizacional no Brasil A legislação escravista. Resistência e negociação dos escravizados: quilombos, alforrias, paralisações. Movimento e discursos abolicionistas. A ideologia do branqueamento da sociedade brasileira. As transformações culturais na Europa Ocidental. A hegemonia da família nuclear (pai, mãe e filhos). Delimitação das fronteiras entre o público e o privado. Romantismo em oposição ao Iluminismo. O desenvolvimento da ciência experimental. Conteúdos Sócio educacionais Cidadania e direitos humanos Educação Fiscal. Programa de Saúde na Escola Enfrentamento à violência. Prevenção ao uso indevido de drogas Educação ambiental. Gênero e diversidade. Educação do campo. História e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08). História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03). 9º ANO Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Relações de trabalho CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS A constituição das A Era do Imperialismo e a República instituições sociais. no Brasil Relações de poder A formação do Estado. A era dos Impérios Proclamação da República: dos 137 Relações culturais Sujeitos, Guerras revoluções. militares às oligarquias Coronelismo: política de compadrio, e voto de cabresto A primeira guerra mundial. A Revolução Russa. A crise de 1929. Os regimes Totalitários. A II Guerra Mundia.l A Guerra Fria. Movimentos de contestação: revoltas militares, rurais messiânicas e urbanas. O Paraná e a Guerra do Contestado. Segunda Revolução Industrial. Novas tecnologias. Surgimento da Sociedade de massa. A questão escravista no Brasil imperial. Revoltas urbanas e rurais. Fatores da Primeira Guerra Mundial. O fim da servidão na Rússia Imperial. Violações de direitos humanos. A adoção do New Deal. Da cultura erudita para a cultura de massa. A arte da vanguarda. A arte e a cultura na Europa da década de 20. A Guerra mundial e as revoluções A Grande Guerra. A Revolução Mexicana: a questão agrária na América Latina. A Revolução Russa. O Mundo bipolar e a nova ordem Mundial. A Guerra Fria. Brasil : Período Getulista. O Estado Novo. Brasil: Período Democrático. Descolonização Afro-asiática e conflitos Árabe-israelenses. Guerra do Vietnã. Revoluções e crise do socialismo. O militarismo no Brasil. Fim do regime militar. 138 A globalização e suas conseqüências. Nova constituição de 1934, e eleições. Trabalhismo e populismo. Nacionalismo. Desenvolvimento econômico e democracia. Ricos e pobres na globalização. Blocos econômico macrorregionais. Influência mundial dos Estados Unidos. Avanço tecnológico e problemas. Revolução de 1930 Revolução Constitucionalista Intentona comunista O Brasil na nova ordem mundial. Anos Dourados. A caminho da democracia plena. Surto racista. A pressão popular pela democracia. Cultura afro- brasileira. Manifestações culturais no Brasil. A revitalização do cinema. A questão da fome e a responsabilidade social. Conteúdos Sócio educacionais Cidadania e direitos humanos Educação Fiscal. Programa de Saúde na Escola. Enfrentamento à violência. Prevenção ao uso indevido de drogas. Educação ambiental. Gênero e diversidade. Educação do campo. História e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08). História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03). 2.2 Conteúdos Sócio-educacionais Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02) Cidadania e Direitos Humanos; 139 Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência nas Escolas; Prevenção ao uso indevido de Drogas; História e Cultura Afro-Brasileira e africana (Lei nº 10.639/03); História e Cultura dos povos indígenas (Lei nº 11645/08) Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02. 3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Na disciplina de História propõe-se uma metodologia que contribua para que os alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para pensar historicamente. Para que o pensamento histórico seja investigado nas aulas de História. O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as ideias históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de comunicação. Estas ideias costumam ter um caráter de pertencimento, porque é por meio delas que os sujeitos estabelecem comunicação com o grupo ao qual pertence. Nas narrativas históricas produzidas pelos educandos estão necessariamente presentes as concepções históricas da comunidade em que eles pertencem, seja na forma de adesão e essas ideias, seja na sua crítica. As ideias históricas são conhecimentos que estão em processo de constante transformação. O professor, ao considerar estas ideias, pode definir os conteúdos específicos e temas a serem trabalhados em sala de aula, bem como problematizá-los. Ao lançar da problematização, aliada à historiografia e ao trabalho com documentos, permitese ao aluno a compreensão da construção do conhecimento histórico. O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico e sua apropriação, pelos alunos, é processual e, deste modo, é necessário que a construção do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado. As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes e músicas são documentos que podem ser transformados em materiais didáticos de grande valia na construção do conhecimento histórico; podem ser aproveitados de diferentes maneiras em aula. A proposta da seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares considerando que é na disciplina de História que ocorre a articulação dos conceitos e 140 metodologias entre as diversas áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens e sons, pertinentes também a outras disciplinas, devem ser tratados como documentos a ser abordados historiograficamente. A metodologia aplicada na disciplina de História é objeto de estudo acrescido de temáticas contemporâneas. Ela é destacada por um conjunto de princípios que precisam ser observados pelo professor no tratamento desses conteúdos. É necessário enfatizar e selecionar alguns temas gerais: Discussão da historicidade dos conteúdos, do contexto de sua criação, fontes e métodos utilizados; Pluralidade cultural e respeito a culturas distintas; Postura investigativa do professor e do aluno, preferindo a busca de informações, discussão e síntese à simples exposição dos conteúdos; explicação simples dos conceitos fundamentais, que devem explicar o objeto, sem pretensão de esgotar toda a discussão teórica sobre os assuntos tralhados, de modo que estes possam ser contemplados nas séries e estudos subsequentes; explicação do passado em função dos problemas postos pelo presente. É importante destacar a obrigatoriedade da cultura afro-brasileira e africana, conforme Lei 10.639/03; e da história e cultura dos povos indígenas, conforme Lei 11.645/08, nos currículos da Educação Básica, valorizando a história e cultura de seus povos, conforme estudo da herança de genes, cor da pele, tipos sanguíneos e uso de plantas, culinária, entre outros.Lei nº 11.274/06 do desenvolvimeto sócioeducacional ea Lei Caó 7.437/85 (lei da diversidade) A Lei 9.795/99 afirma que “a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente de forma articulada em todos os níveis e modalidade do processo educativo, em caráter formal e não formal”. A educação ambiental se manifesta na seleção dos conteúdos, na forma do tratamento dos conteúdos, na relação dos conteúdos com a prática social dos conteúdos, deve ser entendida como um processo histórico, que faz parte da caminhada dos homens, na construção de sua humanidade. Para o desenvolvimento do trabalho o professor deverá se valer da exposição dos temas, debates, pesquisas bibliográficas, relatórios, análises de textos, jornais, filmes, histórias em quadrinhos, músicas, paródias, charges, acrósticos e maquetes. 141 4. AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem deve ocorrer de forma coerente, dentro da concepção da Diretriz Curricular, para que a avaliação seja colocada a serviço da aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não constituí-la como um elemento externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de caráter classificatório, autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções pedagógicas, em que a mesma venha retratar e consolidar um modelo excludente de escola e de sociedade, que se quer superar. Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnóstico, seguiremos os seguintes critérios: Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a sociedade, a cultura e a natureza, no presente e no passado; Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre as relações de trabalho construídas no presente e no passado; Reconhecer a diversidade de documentos históricos. Segundo os critérios mencionados, a avaliação não só envolverá provas escritas e orais, mas também, pesquisas, atividades individuais ou em grupo, relatórios, sínteses, seminários, num processo contínuo e permanente, somativo, cumulativo e diagnóstico, para que possa retratar o desenvolvimento da aprendizagem do aluno. A avaliação deve ser realizada com sensibilidade e discernimento, sendo ela processual, reflexiva, formativa e cumulativa, acontecendo de forma contínua, interativa, participativa e diagnóstica, permitindo a construção da aprendizagem, sendo considerado o histórico de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola. A recuperação de estudos ocorrerá de forma paralela, com a retomada de conteúdos a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação, visando, também, a reavaliação do conteúdo já reexplicados em sala de aula. 142 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COTRIM, Gilberto. História Geral e do Brasil. Editora Saraiva, 1999. DCE – diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006. FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e Ensino de História. Belo Horizonte: Autentica, 2003. HAAG, Carlos. Nossa História. São Paulo, ano 3, n.29, mar/2006. BRASIL. Lei – nº 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004. LEI nº 13.381/2001. História do Paraná. PROJETO ARARIBÁ. História Obra Coletiva. Editora Moderna, 2006. 143 12.2.7 LÍNGUA PORTUGUESA Proposta Pedagógica Curricular Ensino Fundamental LÍNGUA PORTUGUESA Série: 6º ao 9º ano Professores: Jane Francisco Rodrigues Maria de Fátima Lopes Zuliani Shirley Calsavara Teresa Niero Viviane Aparecida NunesYokomizo 144 2014 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX,depois de já há muito organizado o sistema de ensino. Contudo,a preocupação com a formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX. Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao ensino do latim para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, retórica e Poética, abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português. A partir de 1967, iniciou-se, no Brasil, “um processo de 'democratização' do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores.” A Lei no 5692/71 ampliaria e aprofundaria a vinculação da educação com a industrialização, ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Com a Lei no 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão, passou a pautar, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. A partir de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. A partir da década de 1980, os estudos linguísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão a respeito do trabalho realizado nas salas de aula. A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem,delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao ensino tradicional. 145 No caso do Currículo do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos ênfase no conotação moralista. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990, também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. No entanto, até hoje, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a introdução de conceitos pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo, habilidades e competências, termos que desvalem a vinculação do currículo ao mercado de trabalho. Durante muito tempo, o ensino da Língua Portuguesa foi ministrado por meio de conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social influente e pela tradição acadêmica/escolar. As Diretrizes propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa esteja sob o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e social. Por Conteúdo Estruturante entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar, a partir deles,advém os conteúdos específicos, a serem trabalhados no cotidiano escolar. A língua, sistema de representação do mundo, está presente em todas as áreas de conhecimento. A tarefa de formar leitores e usuários competentes da escrita não se restringe, portanto, à área de Língua Portuguesa, já que todo professor depende da linguagem para desenvolver os aspectos conceituais de sua disciplina. O trabalho com a língua no Ensino Fundamental focaliza a necessidade de dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania. Considerando que as práticas da linguagem são uma totalidade e que o sujeito expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexo sobre ela em situações significativas de interlocução, as propostas didáticas de ensino da língua portuguesa devem organizar-se tomando o texto (oral ou escrito) como unidade básica de trabalho, considerando a diversidade de textos que circulam socialmente. A prática reflexiva constante a partir de leituras variadas, associada a atividade que permitam a compreensão e utilização de recursos da oralidade, libra e identificando aspectos relevantes e analisando- os criticamente. 146 O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa estar compreendido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo da enunciação e do discurso, e sua pratica deve estar relacionada a situação reais de comunicação. Não é possível esperar que todos os textos que subsidiam o trabalho nas diversas disciplinas sejam auto-explicativos. Sua compreensão depende necessariamente do conhecimento prévio que o leitor tiver sobre o tema e da familiaridade que tiver construído com a leitura de textos do gênero. É tarefa de todo professor, ensinar, também, os procedimentos de que o aluno precisa dispor para acessar os conteúdos da disciplina que estuda. Produzir esquemas, resumos que orientem o processo de compreensão dos textos, bem como apresentar roteiros que indiquem os objetivos e expectativas que cercam o texto que se espera ver analisado ou produzido não pode ser tarefa delegada a outro professor que não o da própria área. O trabalho desenvolvido demanda participação efetiva e responsável tanto na capacidade de análise crítica e reflexão sobre os valores e concepções veiculadas tanto na possibilidade de participação e da transformação das questões envolvidas. A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre sujeitos; as atividades de leitura e produção devem ser significativas, respondendo às questões: Para quê? Importa ensinar o aluno a usar a língua e não a gramática? A aprendizagem desses aspectos, está inserida em situações reais de intervenção no âmbito da escola. Assim, o objeto de estudo da disciplina á a Língua e o conteúdo estruturante é o discurso enquanto prática social concretizando-se na oralidade, leitura e escrita. O ensinoaprendizagem da língua portuguesa deve ter como objetivos: empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção; analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguistico – discursivos; aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de 147 pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriandose, também, da norma padrão. 2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE 2.1 Discurso como prática social 6º ano LEITURA Interpretação textual, observando:conteúdo temático e interlocutores fonte ideologia papéis sociais representados intertextualidade intencionalidade informatividade marcas linguísticas identificação do argumento principal e dos argumentos secundários às particularidades ( lexicais, sintáticas e textuais ) do texto em registro formal e informal texto verbal e não-verbal. ORALIDADE adequação ao gênero conteúdo temático elementos composicionais marcas linguísticas procedimentos e marcas linguísticas típicas da 148 conversação (entonação,repetições,pausas...) variedades linguísticas intencionalidade do texto papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação particularidades de pronúncia de algumas palavras ESCRITA adequação ao gênero conteúdo temático elementos composicionais marcas linguísticas linguagem formal/informal argumentação coerência e coesão textual organização das ideias/parágrafos finalidade do texto refacção textual ANÁLISE LINGUÍSTICA Perpassando as práticas de leitura,escrita e oralidade: discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto a pontuação e seus efeitos de sentido no texto recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen acentuação gráfica valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais a representação do sujeito no texto(expressivo/elíptico; indeterminado/ativo/passivo); figuras de pensamento (hipérbole,ironia, eufemismo, antítese ) alguns procedimentos de concordância verbal e nominal linguagem digital determinado/ 149 semântica particularidades de grafia de algumas palavras 2.2 GÊNEROS DISCURSIVOS: História em quadrinho, piadas, adivinhas,lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização exposição oral, comercial para tv, causos, carta pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbetes, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, regras de jogo, anedotas, horóscopo, entre outros. 7º Ano LEITURA Interpretação textual, observando o conteúdo temático conteúdo temático interlocutores fonte intertextualidade informatividade intencionalidade marcas linguísticas identificação do argumento principal e dos argumentos secundários inferências ORALIDADE adequação ao gênero conteúdo temático elementos composicionais marcas linguísticas variedades linguísticas intencionalidade do texto papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação 150 particularidades de pronúncia de algumas palavras elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... neologismo ESCRITA adequação ao gênero conteúdo temático elementos composicionais marcas linguísticas argumentação paragrafação clareza de ideias refacção textual ANÁLISE LINGUÍSTICA Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade: coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto a pontuação e seus efeitos de sentido no texto recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, acentuação gráfica processo de formação de palavras gírias algumas figuras de pensamento ( prosopopeia, ironia... ) alguns procedimentos de concordância verbal e nominal particularidades de grafia de algumas palavras 2.3 GÊNEROS DISCURSIVOS 151 Entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso,cartum, história em quadrinhos, placas,pinturas, provérbios, entre outros. 8º ano LEITURA interpretação textual, observando o conteúdo temático e interlocutores fonte ideologia intencionalidade informatividade marcas linguísticas identificação do argumento principal e dos argumentos secundários as diferentes vozes sociais representadas no texto; linguagem verbal, não-verbal,midiático, infográficos, etc. relações dialógicas entre textos ORALIDADE adequação ao gênero conteúdo temático elementos composicionais marcas linguísticas coerência global do discurso oral variedades linguísticas papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação turnos de fala particularidades dos textos orais elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... finalidade do texto oral 152 ESCRITA adequação ao gênero: conteúdo temático elementos composicionais marcas linguísticas argumentação coerência e coesão textual paráfrase de textos paragrafação refacção textual ANÁLISE LINGUÍSTICA Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade: semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral conotação e denotação a função das conjunções na conexão de sentido do texto progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos) função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto a pontuação e seus efeitos de sentido no texto recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; acentuação gráfica figuras de linguagem procedimentos de concordância verbal e nominal a elipse na sequência do texto estrangeirismos as irregularidades e regularidades da conjugação verbal a função do advérbio: modificador e circunstanciador complementação do verbo e de outras palavras 2.4 GÊNEROS DISCURSIVOS Regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, 153 paródia , resumo, anúncio publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, de ficção científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, defesa e acusação, mesa redonda, narrativa discurso de dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros. 9º ano LEITURA Interpretação textual, observando o conteúdo temático e interlocutores; fonte intencionalidade intertextualidade ideologia informatividade marcas linguísticas identificação do argumento principal informações implícitas em textos as vozes sociais presentes no texto estética do texto literário ORALIDADE adequação ao gênero conteúdo temático elementos composicionais marcas linguísticas variedades linguísticas intencionalidade do texto oral argumentação papel do locutor e do interlocutor: turnos de fala elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... 154 ESCRITA adequação ao gênero; conteúdo temático; elementos composicionais; marcas linguísticas; argumentação; resumo de textos; paragrafação; paráfrase; intertextualidade; refacção textual. ANÁLISE LINGÜÍSTICA Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade conotação e denotação; coesão e coerência textual; vícios de linguagem; operadores argumentativos e os efeitos de sentido; expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente,comovedoramente...) semântica expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto função do adjetivo, advérbio,pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto; apontuação e seus efeitos de sentido no texto; recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; acentuação gráfica; estrangeirismos, neologismos, gírias; procedimentos de concordância verbal e nominal; valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; 155 a função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto; coordenação e subordinação nas orações do texto 2.5 GÊNEROS DISCURSIVOS Artigo de opinião, debate, reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico,resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de humor,contos, música, charges, editorial, curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural, reality show, novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog,depoimento, imagens, instruções, entre outros. Obs.: O desenvolvimento sócio-educacional será observado nos diferentes gêneros textuais. Os conteúdos básicos desse tema são: Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02) Cidadania e Direitos Humanos; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência nas Escolas; Prevenção ao uso indevido de Drogas; História e Cultura Afro-Brasileira e africana (Lei nº 10.639/03); História e Cultura dos povos indígenas (Lei nº 11645/08) Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02. 3. METODOLOGIA As aulas serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o interesse dos alunos pelos assuntos abordados, garantindo a participação dos mesmos no processo de construção do conhecimento. O ensino da Língua Portuguesa hoje deve abordar a leitura, a produção de textos e a gramática em uma mesma perspectiva da língua como instrumento de comunicação e interação social, buscando atingir os seguintes objetivos: • desenvolver outras formas de expressão e ampliar de forma sistematizado e gradual suas práticas orais de leitura e escrita; 156 • aprender a ouvir a voz dos colegas, ouvir críticas e delas tirar o melhor proveito, a reconsiderar seus pontos de vista, a pensar da melhor maneira e obter sucesso no conjunto; • diferenciar diferentes tipos de texto; • ampliar seus referenciais e suas leituras de mundo; • inferir informações a partir do contexto e do conhecimento prévio; • observar e captar as informações das entrelinhas. As práticas discursivas subdividem-se em: Prática da oralidade Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho precisa pautar-se em situações reais de uso de fala, valorizando-se a produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do processo interativo. Compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os incentivem a falar, ainda do “seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de linguagem que eles empregam suas interações familiares, no cotidiano. Prática da leitura A leitura deve ser entendida como um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto/autor/ leitor, levando em consideração as experiências e os conhecimentos prévios do indivíduo. O trabalho com literatura/leitura será desenvolvido através do Método Recepcional, cuja proposta tem os seguintes objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; tornar-se receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola , da comunidade familiar e social. Serão observadas no processo ensino-aprendizagem as estruturas de apelo aliadas às marcas linguísticas, visando despertar no aluno a percepção quanto à interpretação que o texto exige. 157 Prática da escrita Em relação à escrita, resulta-se que as condições em que a produção acontece (quem escreve, o que, para quem, para quem, por que, quando, onde e como se escreve) é que determinam o texto. Cada gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo do texto variam conforme se produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou outro tipo de texto. O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para produção do texto; o da reflexão, reestruturação e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também, em um produtivo momento de reflexão. Nas atividades com textos serão explicitadas a forma e conteúdo dos mesmos em função das características do gênero e do autor, fazendo uma seleção de procedimentos de leitura de acordo com os diferentes objetivos. Far-se-á o levantamento e análise de indicadores discursivos presentes no texto para indicar as várias vozes do discurso e o ponto de vista que determinam o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de confrontá-lo com outros textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar criticamente diante dele. 4. AVALIAÇÃO É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa seja um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;”), vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório. As formas de avaliação são: somativa e formativa. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve usar a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo. 158 A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas. Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento. O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática,na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico. Portanto, a avaliação é diagnóstica, contínua, cumulativa e formativa. Através da avaliação formativa, o professor pode perceber que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajudando-os a refletir. Faz, ainda, com que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas. Todas as atividades podem e devem ser permanentemente avaliadas, considerando que o caráter da avaliação consiste em verificar se as atividades propostas atingem o objetivo proposto. O aluno é avaliado por meio de debates, apresentação oral, atividades diárias, apresentação de trabalhos individuais e em equipe, exposição de painéis, provas, produção e interpretação oral e escrita, leitura com fluência, entonação, postura e expressividade. A recuperação é feita da seguinte forma: são ministradas aulas de retomada de conteúdo para os alunos que não atingiram a média 6,0. Após , realizam um trabalho no valor 5,0 e uma avaliação no mesmo valor. A recuperação é oferecida a todos os alunos que tenham interesse em melhorar a nota. 159 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKHTIN, Mikhail. Gêneros do Discurso. In: Estética da Criação Verbal.São Paulo:Martins Fontes, 1997. BRASIL. Lei nº10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação. Cadernos Temáticos – História da Cultura Afro-Brasileira e Africana. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005. KOCH, Ingedore. A coesão textual. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1991. PARANÁ- SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba, 2008. SOLÉ,Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre:Artes Médicas,1998. TRAVAGLIA,Luiz Carlos.Gramática e Interação:Uma proposta para o ensino de gramática.São Paulo:Cortez,2005. 160 12.2.8 MATEMÁTICA Proposta Pedagógica Curricular Ensino Fundamental MATEMÁTICA Série: 6º ao 9º ano Professores: Aparecida Martins Demétrio Volpato Edilene Kolecha Leila Aparecida Perdigão Michele Vitorino de Souza 161 2014 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos antigos juntamente com os processos econômicos e culturais, buscando acompanhar as necessidades de cada época. Assim também a própria disciplina sofreu transformações para atender às exigências sociais. Hoje a Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna, apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc. Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida. O objetivo geral do ensino da Matemática no ensino fundamental deve levar o aluno a comunicar-se em várias linguagens; investigar, resolver e elaborar problemas; tomar decisões, fazer conjecturas, hipóteses e inferências; criar estratégias e procedimentos; adquirir e aperfeiçoar conhecimentos e valores; trabalhar solidária e cooperativamente. E estar sempre aprendendo. Ampliar e aprofundar conhecimentos, estudar outros temas, desenvolver ainda mais a capacidade de raciocinar, generalizar, abstrair e de analisar e interpretar a realidade que nos cerca, usando para isso o instrumento matemático. Auxiliar a estruturação do pensamento e do raciocínio lógico, quanto instrumental, utilitário, de aplicação no dia a dia, em outras áreas do conhecimento e nas atividades profissionais. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade. Como educadores devemos saber que o objeto de estudo da disciplina não é totalmente conhecido, encontra-se em processo de construção e aponta para uma prática 162 pedagógica que engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. 2. CONTEÚDOS 2.1 Conteúdos Estruturantes Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a Educação Básica da Rede Pública Estadual, são: Números e Álgebra Grandezas e Medidas Geometrias Funções Tratamento da informação Para o Ensino Fundamental, os conteúdos estruturantes se desdobram nos seguintes conteúdos: NÚMEROS E ÁLGEBRA: conjuntos numéricos e operações equações e inequações polinômios proporcionalidade GRANDEZAS E MEDIDAS: sistema monetário medidas de comprimento medidas de massa medidas de tempo medidas derivadas: áreas e volumes medidas de ângulos 163 medidas de temperatura medidas de velocidade trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas nos triângulos GEOMETRIAS: geometria plana geometria espacial geometria analítica noções básicas de geometrias não-euclidianas FUNÇÕES: função afim função quadrática TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: noções de probabilidade estatística matemática financeira noções de análise combinatória 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS CONTEÚDOS BÁSICOS • Sistemas de numeração; • Números Naturais; • Múltiplos e divisores; • Potenciação e radiciação; • Números fracionários; • Números decimais. • Medidas de comprimento; • Medidas de massa; • Medidas de área; • Medidas de volume; 164 GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Medidas de tempo; • Medidas de ângulos; • Sistema monetário. • Sistema monetário. • Geometria Plana; • Geometria Espacial. • Dados, tabelas e gráficos; • Porcentagem. 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO CONTEÚDOS BÁSICOS • Números Inteiros; • Números Racionais; • Equação e Inequação do 1º grau; • Razão e proporção; • Regra de três simples. • Medidas de temperatura; • Medidas de ângulos. • Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometrias não-euclidianas. • Pesquisa Estatística; • Média Aritmética; • Moda e mediana; • Juros simples. 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA CONTEÚDOS BÁSICOS • Números Racionais e Irracionais; • Sistemas de Equações do 1º grau; • Potências; • Monômios e Polinômios; • Produtos Notáveis. 165 GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Medidas de comprimento; • Medidas de área; • Medidas de volume; • Medidas de ângulos. • Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não-euclidianas. • Gráfico e Informação; • População e amostra. 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS FUNÇÕES GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO CONTEÚDOS BÁSICOS • Números Reais; • Propriedades dos radicais; • Equação do 2º grau; • Teorema de Pitágoras; • Equações Irracionais; • Equações Biquadradas; • Regra de Três Composta. • Relações Métricas no Triângulo Retângulo; • Trigonometria no Triângulo Retângulo. • Noção intuitiva de Função Afim. • Noção intuitiva de Função Quadrática. • Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não-euclidianas. • Noções de Análise Combinatória; • Noções de Probabilidade; • Estatística; • Juros Compostos. 166 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Para que o ensino da Matemática contribua na formação global do aluno, a qual tem como objetivo maior a conquista da cidadania, é fundamental explorar temas que de fato encontre na disciplina uma ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim, o aluno percebe a real necessidade dessa ciência para sua vida. Os conteúdos que serão explorados juntamente com as atividades propostas permitirão que o professor aborde aspectos da vida do aluno ligados a outras áreas de conhecimento, dando uma atenção especial aos alunos que ingressam no 6º ano, pois se deparam com várias novidades: aumento do número de disciplinas, maior número de professores, organização de horário através de hora aula,entre outros. Os temas serão abordados, sempre que possível, por meio de situações reais que valorizem o conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos problemas. O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc., são assuntos do dia-a-dia. A tecnologia da sociedade contemporânea deve ser utilizada na escola como recurso didático. A calculadora, por exemplo, utilizada no momento certo e com objetivos bem definidos, pode ser uma excelente ferramenta. É bom lembrar que tão importante quanto realizar cálculos corretamente é saber elaborar estratégias de resolução para os problemas propostos. As pesquisas liberam os alunos dos cálculos, conseguindo se concentrar melhor nos dados. Mesmo com o uso de tecnologias ainda faz-se necessário o uso do quadro de giz, da TV pendrive, do desenvolvimento de projetos disciplinares e interdisciplinares, de jogos, de textos, jornais e revistas para análise e o uso do livro didático. Os conteúdos propostos deverão ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente: Resolução de problemas (Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003); 167 Modelagem matemática (tem como pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida); Mídias tecnológicas (os ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas); Etnomatemática (O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático); História da Matemática (A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos); Investigações matemáticas (Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que está investigando). A construção do conhecimento matemático perpassa pelo estabelecimento de um processo dialógico entre professor e aluno, ou seja, ocorre a troca de diferentes situações de aprendizagem, possibilitando o surgimento de debates e produções coletivas que estimulam a troca de idéias, o respeito pelos colegas contato com a pluralidade de soluções e opiniões estimulando o espírito de equipe. A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria. Utlizando formas originais e interdisciplinares, serão trabalhados temas relacionados aos DESENVOLVIMENTO SOCIOEDUCACIONAL , através de conversa informal sobre os textos encontrados no livro didático ou ainda em textos preparados especialmente para esse fins, pesquisa para coleta de dados e demostração do assunto através de trabalhos. São eles: Cidadania e Direitos Humanos ( Programa Bolsa Família, Educação Fiscal, Programa de Erradicação do T Infantil- PETI, Programa Escola Aberta, Programa 168 saúde na Escola); Educação Ambiental ( Lei nº9795/99, Dec. Nº 4201/02) Enfrentamento à violência ( Programa de educação das Unidades Socioeducativas – PROEDUSE); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Diversidade : Educação do Campo;Gênero e Diversidade Sexual; História e Cultura AfroBrasileira e Africana ( Lei 10639/03); História e cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08) 04. AVALIAÇÃO A avaliação é um instrumento para fornecer informações sobre como está sendo realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor e a equipe pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho. A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico tornando-se um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, que realmente o aluno aprenda. Ela deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e compreensão dos avanços dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os objetivos das atividades propostas se os resultados não forem satisfatórios, é preciso buscar as causas e determinar os fatores do insucesso, visando o sucesso escolar. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno: comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004); compreende, por meio da leitura, o problema matemático; elabora um plano que possibilite a solução do problema; encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; realiza o retrospecto da solução de um problema. Portanto, é preciso avaliar o poder matemático, ou seja, sua capacidade de usar a informação para raciocinar, pensar criativamente e para formular problemas, resolvê-los e refletir corretamente sobre eles. 169 Sendo assim, a avaliação deve analisar até que ponto os alunos integraram e deram sentido à informação, se conseguem aplicá-los em situações que requeiram raciocínio e pensamento criativo e que são capazes de utilizar a Matemática para comunicar idéias em suas tomadas de decisões. A avaliação do desempenho do aluno e do seu rendimento escolar será de forma continuada e cumulativa, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo Estabelecimento de Ensino, sendo os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0. A nota do trimestre será da somatória dos valores atribuídos em cada recurso (instrumento) avaliativo, sendo eles: prova escrita ( 5,0 pontos) , sendo uma ou duas em cada trimestre. e mais 5,0 pontos divididos em: verificação de exercícios e tarefas diversas, jogos matemáticos, torneios de xadrez, dinâmicas em grupo, pesquisas e trabalhos individuais e/ou em grupo, desenhos, análises de tabelas e construção de gráficos, analisando as manifestações escritas, orais e de demonstração. A recuperação paralela será processual, ou seja, ocorrerá durante o processo de aprendizagem, quando se fizer necessária, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito e/ou oral, demonstrações, trabalhos ou pesquisas. 5. Referências Bibliográficas GIOVANI, José Ruy; Benedito Castrucci, Jose Rui Giovanni Júnior. A Conquista da Matemática: A mais nova; São Paulo: FTD,2002 ANDRINI, Álvaro; VASCONCELOS, Maria José. Novo Praticando Matemática– 1ª Edição – São Paulo: Editora do Brasil, 2006. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005. BRASIL, Lei nº 10639.09 de janeirode 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação. Cadernos Temáticos. História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação 2004. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. 170 Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. 12.2.9 Língua Estrangeira Moderna - INGLÊS Proposta Pedagógica Curricular Ensino Fundamental INGLÊS Série: 6º ao 9º ano Professores: Alessandra Lourensato 171 Eusébio Monteiro Colares Jane Francisco Rodrigues 2014 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA. O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil, apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Générale por Ferdinand Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de estudo para a Lingüística. Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido no lugar do alemão. Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior. Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado. Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394, determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos de uma Língua Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em relação ao Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da instituição. Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade. E levar em conta o objeto de estudo da 172 Língua estrangeira que segundo DCEs. O Objeto de estudo da Língua estrangeira contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja:ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido (DCE: 2008, p.55) Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de idéias, de dominação ou emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos. Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para que se está ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento para uma maior compreensão da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente transformador e democrático do seu ambiente de convívio. 2. JUSTIFICATIVA A disciplina de Língua Inglesa se justifica ao possibilitar que o aluno realize leitura compreensiva dos textos, identificando as ideias principais, as informações explícitas e implícitas, identificando as características de cada gênero. Sendo capaz, a partir desses estudos, de produzir textos escritos e orais articulando as informações acerca dos conhecimentos linguísticos presentes em cada texto, a fim de interagir com o mundo que o cerca, sendo capaz de entendê-lo e modificá-lo quando necessário. As diretrizes curriculares da disciplina de tradição curricular apresentam os fundamentos teórico-metodológico a partir dos quais definem-se os rumos da disciplina, 173 seja no que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos metodológicos e avaliativos. O ensino da Língua Estrangeira está embasado nos conteúdos estruturantes que são fundamentais para a compreensão do objeto do estudo da Língua, que estão divididos em Leitura, Oralidade, Escrita e Análise Linguística. Levando-se em conta a unidade teórico-metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira. Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-metodológica e a avaliação precisam ser contínuos e integrados. Assim como a diversidade de gêneros discursivos precisa estar presente ao longo de todas as séries do Ensino Fundamental, não se limitando apenas aos gêneros indicados aqui. Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem, tendo em vista a realidade do aluno e o seu processo de aprendizagem. 3. OBJETIVOS GERAIS. O Ensino Fundamental de Língua Inglesa deve ser voltado para a formação básica de cidadão, além de fornecer subsídios para se progredir no trabalho e estudos posteriores, possibilitando a apropriação de conhecimento da “Língua Estrangeira” com uma compreensão crítica da sociedade, tornando-os mais conscientes, críticos. Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e no mundo. A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras. O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma de diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como um instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e crescimento do cidadão. Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja capaz de: 174 Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita; Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e passíveis de transformação na prática social; Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o acesso à informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo; Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua para a transformação da sociedade. Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento do país. 4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS. O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso como prática social, a partir de diferentes gêneros discursivos manifestados nas práticas sociais de leitura, escrita e oralidade, permeado pela análise linguística. O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as relações sociais e as relações de poder. É preciso que os níveis de organização lingüística sirvam para a compreensão da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e não verbal. Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental, por série, serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais), considerando seus elementos lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade), pois esses serão consequentes e inerentes aos textos trabalhados. 6º ANO Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social. Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS. 175 Quadro de informações on-line Apresentações História em quadrinhos Charada Cartaz de sala de aula Sequência de fatos Cartaz Informações em murais Horário Escolar Organizações de arquivos em Tela de computador Painel de exposição Álbum de retrato Entrevista Conversa Informal Caça palavras Informações nutricionais em alimentos Pôster Informações sobre pessoas em revistas Reportagem de revistas de celebridades Panfleto de promoção turística Texto informativo Texto promocional E-mail Imagem Cartão Postal Letra de música LEITURA Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Léxico; 176 Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade lingüística; Acentuação gráfica; Ortografia; ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade lingüística; Ortografia; Acentuação gráfica; ORALIDADE Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...; 177 Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Pronúncia. ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA LEITURA É importante que o professor: Propicie práticas de leitura de textos e diferentes gêneros; Considere os conhecimentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; Relacione o tema com o contexto atual; Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; ESCRITA É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; Acompanhe a produção do texto; Encaminhe e acompanhe e a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero; Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE 178 É importante que o professor: Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, etc.. 7º ANO Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social. Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS. Páginas principais de Website História em quadrinhos Descrição pessoal Blog – Estratégias de leituras Conversa informal Pôster Newsletter eletrônico Diálogo. Diário sobre consumo de legumes Classificação de vídeos game Entrevista Cartaz com preferências pessoais Questionário de revistas Cartaz informativo sobre celebração Carta formal Games Desenho de moda Carta Informal (descritiva) Rotina diária Descrição de rotina 179 Recomendações de segurança Conversa informal Lista de estratégias de escritas Comentários de fotos Tabela Pôster informativo Questionários Quiz LEITURA Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade lingüística; Acentuação gráfica; Ortografia; ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições de produção; 180 Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade lingüística; Ortografia; Acentuação gráfica; ORALIDADE Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Pronúncia. ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA LEITURA É importante que o professor: Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; Considere os conhecimentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões sobre tema e intenções; Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; 181 Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos; Acompanhe a produção do texto; Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero; Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as Marcas linguísticas típicas da alunos; oralidade em seu uso formal e informal; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, etc. 8º ANO Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social. Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS. Notícia de jornal 182 Reportagens Textos informativos Blog Pôster MSN História descrevendo ações Planos Legendas de fatos Diálogo Diálogo com imagens Discrição de hábitos relativos a TV Material de referência online História em quadrinhos Mensagem em código Receitas Menu Narrativa com imagens Entrevista Texto de referência Censo Narrativa histórica Pôster informativo com resultado de pesquisa Jogo de computador Jogo projeto virtual Diário Narrativa de acontecimentos passados Linha do tempo Resenha Propaganda Cartas descrevendo problemas Entrevista de radio 183 LEITURA Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Vozes sociais presentes no texto; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos como: aspas, travessão, negrito; Variedade linguística; Acentuação gráfica; Ortografia. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Vozes sociais presentes no texto; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); 184 Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística; Ortografia; Acentuação gráfica. ORALIDADE Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto; Pronúncia. ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA LEITURA É importante que o professor: Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Considere os conhecimentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; Relacione o tema com o contexto atual; 185 Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor. ESCRITA É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; Acompanhe a produção do texto; Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.); Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; 186 Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto- juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. 9º ANO Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social. Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS. Entrevista online Apresentação – Palestra Blog Ficha Linha do tempo Filmes e fotos Diário Texto em Camiseta Fact File Texto informativo Discussão online Artigos de Jornal Entrevista Poema Cartum Textos informativos para referência Sites Quiz 187 Texto contendo diferentes pontos de vista. História em quadrinhos Diálogo Placa informativa Faixa – Banner Carta (e respostas) sobre problemas pessoais Cartão Roteiro de Teatro Peça de Teatro Resenha LEITURA Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Vozes sociais presentes no texto; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística. Acentuação gráfica; Ortografia. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; 188 Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Vozes sociais presentes no texto; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística; Ortografia; Acentuação gráfica. ORALIDADE Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto; Pronúncia. ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA 189 LEITURA É importante que o professor: Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Considere os conhecimentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; Relacione o tema com o contexto atual; Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros; Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos; Acompanhe a produção do texto; Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero; Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor. Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. 190 ORALIDADE É importante que o professor: Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros. 5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA . O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. Conforme DCEs. “Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de uma abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade. Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, 191 mas principalmente para que possam ser modificadas. Inspirando-se nas palavras de Simon”. (apud JORDÃO, 2004a, p. 164), (DCE: 2008, p.52). O estudo da Língua Estrangeira será realizado através da Abordagem Comunicativa “que favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua e concebida como uma sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.” (DCE 2008). A proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão sobre os fenômenos Lingüísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo. As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva. É nesta abordagem que leitura, escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura são indissociáveis. Referem-se às estratégias de compreensão, discussão, organização e produção de textos, bem como ao contexto social, aos papéis que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus propósitos. A proposta do Ensino de L.E.M. considera a leitura como interação entre os múltiplos textos e ocorrem na relação entre o leitor, texto, autor e outros leitores. A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos que contribuam para uma maior compreensão diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado na bagagem cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade. Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do grau de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir das necessidades de cada gênero textual. Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sóciointeracional, ou seja, significativa. 192 Os Gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem as formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. "Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível". (Bakhtin, 1998). Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los. O objetivo da língua será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna, é imprescindível. Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado contexto sóciocultural particular. O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados entre si. Serão promovidas reflexões, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural. A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações que propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da Língua Inglesa, culminando em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos negros, falantes da língua inglesa. A Lei nº 9795/99, que afirma “Que a educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.” Sendo assim serão trabalhas nas 193 Diferentes disciplinas através da interdisciplinaridade onde deverá ser uma prática integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Sendo assim serão adotadas metodologias diversificadas, para despertar em todos à consciência de que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas ambientais refletem com a consciência que atinge a todos nós. A Lei nº 11645/0o8, que trata da História e Cultura dos Povos Indígenas por fazer parte da nossa história e da cultura de outros países. Além desses temas serão trabalhados o Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e direitos Humanos; Enfrentamento à Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Gênero e Diversidade Sexual; Educação do campo e outros temas contemporâneos de acordo com a necessidade dos alunos, escola e comunidade. A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a “manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos” (DCE: 2008, p. 62). Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-discursivos dos elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins educativos, visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística. Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto que um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a construção de relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal experiência permite que os alunos compreendam os interesses do grupo e escolham conteúdos mais significativos promovendo a participação de todos os alunos. Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão monolítica e estereotipada de cultura” (DCE: 2008, p. 51). Assim, os conteúdos poderão dar ao aluno indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem baseados no planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano. É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das escolhas textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do texto é fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita e da oralidade. Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos 194 diagnosticados no início do ano de acordo com cada série. 6. RECURSOS DIDÁTICOS Os recursos didáticos apóiam-se no uso de livros didáticos escolhidos pelo corpo docente de Língua Inglesa tais como: Links, Let's Speak English, Steps, Read, Read Practical English, Take your time, Insights Into English e outros. Além desse material, serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet, TV pendrive, multimídia e outros materiais pedagógicos. 7. AVALIAÇÃO A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e, portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades. A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à aprendizagem da forma mais adequada para o aluno. A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural. Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem e, assim, buscar a superação das suas dificuldades. As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados. O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento, caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento com o saber científico, cultural e social. Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no processo de avaliação levando em conta que: 195 Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva; O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o acompanhamento metodológico e avaliativo; Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos; O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo professor de forma contínua e reflexiva; A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos; As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros para realimentação dos encaminhamentos adotados. Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento das intervenções pedagógicas. A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo. É preciso lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao mesmo tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o processo de crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por ele alcançado. A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira. Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a mesma deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como “recurso de autoridade e assuma papel de auxiliadora (grifo nosso) do crescimento”. O sistema de avaliação da Escola Estadual “Júlia Wanderley será contínua, cumulativa e formativa devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as 196 características individuais desse conjunto dos componentes curriculares, com preponderância em qualitativos sobre os quantitativos. Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991; p196) “a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho”. Para isto deve-se utilizar múltiplos instrumentos na avaliação escolar, que vão garantir maior confiança nos resultados. O uso de instrumentos variados auxiliará o professor a analisar facetas diferenciadas do desempenho do aluno, favorecerá orientações para a tomada de decisão. Provas orais e escritas; Pesquisa bibliografica; Pesquisa em grupo; Pesquisa em dupla; Produção de textos; Análise de textos, mapas e documentos; Seminários; Leitura e interpretação de texto; Dinâmicas em grupo; Leitura, escrita, desenho; Elaboração de painéis; Elaboração de murais; Debates; Discussão em grupo; Resolução de exercícios propostos; Produção de resenhas, relatórios, resumos; Teatro e outros. A avaliação será feita com 50% da nota em trabalhos e 50% da nota em prova,sendo que o professor terá que fazer no mínimo dois trabalho e uma prova através de diversos instrumentos como: seminários,produções de texto,trabalhos individual, em dupla ou em grupo, prova oral e escrita, entre outros. 197 A recuperação será de 50% de trabalhos e 50% da prova totalizando 100% de todo processo avaliativo. Antes de aplicar a recuperação o professor deve analisar a nota e verificar onde o aluno não obteve êxito e recuperá-lo, se no caso for o trabalho recuperar o trabalho e se for à prova recuperar a prova. 7.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO LEITURA Espera-se do aluno: Identifique o tema; Realize leitura compreensiva do texto; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Identifique a ideia principal do texto. Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. Localize informações explícitas e implícitas no texto; Posicione-se argumentativamente; Perceba o ambiente no qual circula o gênero; Analise as intenções do autor; Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo. ESCRITA Espera-se que o aluno: Expresse as ideias com clareza; Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); À continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; 198 Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc. Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto. Use de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna . Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.; Respeite os turnos de fala. Oralidade Espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); Apresente suas ideias com clareza; Compreenda os argumentos no discurso do outro; Respeite os turnos de fala; Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; Exponha seus argumentos; Organize a sequência da fala; Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em língua materna; Exposição objetiva de argumentos; Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto- juvenis, filmes, etc. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACKERT, Patrícia; LEE, Linda; BUSHBY, Bárbara. Thoughts and Notions. Boston: Heinle & Heinle, 199 2000. ACKERT, Patrícia; NAVARRO, Nicki Giroux de; BERNARD, Jean. Facts & figures. 3. ed. Boston: Heinle & Heinle, 1999. ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de (Org.). O Professor de Língua Estrangeira em Formação. 2ª Edição. Campinas: Pontes, 2005. Língua Estrangeira em Formação. 2. ed. Campinas: Pontes, 2005. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitiba: SEED – Paraná, 2006. BRASIL. Lei – n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004. DONATO, Hernani. Coleção Povos do Passado. São Paulo: Melhoramentos, 1998. LEFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Universidade Católica de Pelotas – 2004. ______. A Interação na Aprendizagem das Línguas. Pelotas: Educat, 2006. ______. Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat, 2006. MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua Estrangeira: estudos e reflexões. Porto Alegre: Editora Apirs, 2004. PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglês: reflexões e experiências. 3ª ed. Campinas: Pontes, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008. SANTOS, Denise MARQUES, Amadeu. Links – English for teens. 1 ed. São Paulo: Ática, 2009. SARMENTO, S. MULLER, V. (Orgs.) O Ensino de Inglês como Língua Estrangeira: Estudos 200 Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004. WIDDOWSON, H.G. O Ensino de Línguas para a Comunicação. 2. ed. Campinas: Pontes, 2005. 12.3 PROJETOS ELABORADOS PELA ESCOLA 12.3.1 Título: “CONHECENDO INDÚSTRIAS” 201 Justificativa Todo educando se mostra naturalmente interessado, formulando mil perguntas em relação ao mundo que o rodeia. Conforme mencionadas anteriormente, Arapongas é considerada a cidade onde está inserida o “Maior Pólo Moveleiro do sul do país”, e justamente por causa da realidade da nossa cidade é que desejo responder todas as perguntas formuladas pelos educandos em relação a este mundo. Para tanto, surgiu o tema do projeto “CONHECENDO INDÚSTRIAS”, para que este venha sanar as dúvidas dos educandos e ao mesmo tempo trazer-lhes a oportunidade de conhecer duas indústrias do nosso Parque Industrial, oferendo-lhes o conhecimento “in loco”. Ao estudar, conhecer e explorar o tema “Indústria” na qual contém nos conteúdos curriculares dos educandos, estes estarão construindo o suporte dos valores humanos, sociais e históricos dos quais fazem parte muitos dos pais dos alunos da nossa escola que tiram seu sustento através do trabalho nas indústrias e futuramente, estes o poderão estar no mesmo lugar. “O segredo da vida consiste em fazer com que o sonho se transforme em trabalho e dar ao trabalho o encantamento do sonho”. (Maria Emília Gomes Pereira, 1986). Objetivo Geral Conhecer a organização geral e funcionamento de indústrias de modo que compreendam toda hierarquia contida na mesma e a importância que as mesmas apresentam na sociedade. Objetivos Específicos Saber o verdadeiro conceito de indústria; Conhecer os diferentes tipos de indústrias; Classificar por categorias as indústrias existentes em nossa cidade; 202 Conhecer os tipos, conceito, e importância de matéria-prima; Ampliar o conhecimento sobre a Revolução Industrial e todo o processo de industrialização; Perceber o desenvolvimento tecnológico que passa numa indústria; Saber se as indústrias colaboram com o meio ambiente, despejando ou não lixo industrial em local apropriado; Colaborar com o andamento do projeto, fazendo as atividades solicitadas. Metodologia Tendo como pressuposto a ‘‘compreensão do desenvolvimento de indústrias’’, a metodologia empregada deverá privilegiar o conhecimento que os educandos já possuem sobre o tema proposto. Primeiro momento: Aula expositiva sobre o capítulo seis (6) do livro didático adotado: ‘‘O processo industrial e o trabalho’’. Conversa informal sobre as indústrias da nossa cidade: conceito, tipo e exemplos moveleira: (MADETEC, alimentícia, inseticida, metalúrgica, gráfica, de calçados, vestuários, têxtil, química, pedras e minérios). Falar da importância, fonte de renda (proprietário e funcionário), progresso para o município e relação indústria X meio ambiente. Selecionar juntamente com os alunos, algumas perguntas para fazerem ao encarregado das indústrias. Segundo momento: Visita nas indústria MADETEC. Desde já está conversado com pessoas encarregada pela indústria, o qual permitiram a visita e selecionaram um funcionário para nos receber e mostrar todo o processo de produção das mesmas. É necessário confirmar a data uma semana antes da visita para que se programarem. Será encaminhado para a Prefeitura do município um ofício solicitando um 203 ônibus para o passeio. Terceiro momento: Conversar sobre o passeio (se gostaram, o que aprenderam, pontos positivos ou negativos e o que mais os alunos indagarem). Atividades para os alunos: Confecção de painel: com fotos e figuras sobre os diferentes tipos de indústrias e exemplos existentes na nossa cidade (selecionados por categoria: alimentícia, moveleira, têxtil ...) , e um segundo painel com fotos do nosso passeio para expor aos demais alunos da escola e até os pais se desejarem. Exposição: expondo com cartazes, maquetes, slides para data-show e o que mais desejarem. Para melhor resultado da exposição, a turma será dividida em grupos e cada grupo terá alguns temas impostos para expor: localização da indústria, desenvolvimento, quadro físico e humano, exportação, preocupação com o meio ambiente, etc. As outras séries poderão visitar a sala de exposição. Relatório do passeio; (se necessário). Atividades escritas para fixar o conteúdo do livro didático. Avaliação A avaliação se dará durante todo o andamento do projeto, desde o estudo em sala, atuação e disciplina dos alunos durante o passeio, desempenho na realização das atividades propostas e socialização dos mesmos. Será atribuída nota no relatório que os alunos farão, nos painéis, e na exposição, o fechamento da nota será de uma avaliação escrita. 12.3.2 Título: “EDUCANDO PARA O TRÂNSITO” 204 Justificativa O comportamento humano solidifica-se na prática de valores, habilidades, autoestima e autocorreção. Historicamente vemos a preocupação com a educação para o trânsito baseado na trilogia: veículo, via e vida. Essa harmonia, contudo, mostrou-se incapaz, no decorrer do processo, de cumprir o seu papel na diminuição de acidentes. Condições excelentes das vias e dos veículos não impedirão que os acidentes de trânsito ocorram se o homem não estiver capacitado para uma prática social diferenciada, onde o respeito à vida seja o ápice de sua formação educacional. Pensando na abrangência da educação para o trânsito não somente como uma mera aprendizagem de normas, regras e sinalização, mas na constituição de uma aprendizagem de hábitos e atitudes capazes de modificar comportamentos e procedimentos diante da complexidade do trânsito, é que se faz necessário a criação do projeto “Educando para o Trânsito”, neste Estabelecimento de Ensino. Objetivo Geral: Propôr uma formação humana, que supera o conhecimento de normas e regras preestabelecidas, investindo na mudança de atitudes. Objetivos Específicos: Valorizar o conhecimento da realidade do trânsito em que o aluno está inserido; Considerar suas experiências, como o início para sistematização do conhecimento que ele necessita para refletir na sociedade e no sistema de trânsito as expectativas dos educadores na formação do homem e do cidadão. Capacitá-los para uma prática social diferenciada, onde o respeito à vida seja o ápice de sua formação educacional. Zelar pelo maior patrimônio, que é a vida. Metodologia 205 Na semana que antecede a Semana Nacional do Trânsito os alunos já começam receber informações com relação ao tema através de palestras com diversos segmentos da sociedade (Polícia Rodoviária, Patrulha Escolar, Bombeiros, instrutores da autoescolae Assessoria de Comunicação da Viapar), utilizando vídeos, demonstrações, folders, livrinhos com historinhas e atividade de trânsito. A escola realiza com os alunos pit stop com distribuição de canetas e panfletos educativos aos motoristas que trafegam próximo à escola, com o apoio da Patrulha Escolar que proporciona a segurança das crianças durante a respectiva atividade. No desfile cívico de 7 de setembro, os alunos participam com o pelotão exclusivo do Projeto Educando para o Trânsito, trajando camiseta (brinde) com a logomarca do mesmo, a qual também utilizam para o pit stop. Os professores também enfatizam o assunto dentro dos conteúdos disciplinares. 12.3.3 Título: “EU AMANHÔ 206 Justificativa Vivemos em uma sociedade onde as oportunidades, seja para o trabalho, o estudo ou o lazer, são apresentadas na maioria das vezes para a faixa etária economicamente produtiva (25 aos 50 anos), excluindo assim o idoso de toda a perspectiva de futuro, achando que o seu lugar é ficar de lado, à margem de tudo. Mas, podemos sentir que neste final de século a humanidade despertou para a realidade de que os idosos merecem uma atenção especial não somente por aquilo que realizaram. É diante deste despertar que a Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental realiza o Projeto “ Eu, amanhã”, o qual envolve alunos do Estabelecimento de Ensino e seus queridos avós, com o objetivo de despertar nas crianças a percepção que eles serão como seus avós amanhã, mas com uma grande diferença, com a oportunidade de adentrar na Terceira Idade com qualidade de vida diante do grande número de informações e prevenções que hoje são oferecidas, oportunidade esta que nossos avós não tiveram, além de conscientizar idosos participantes que eles têm papel muito importante em nossa sociedade, pois histórias e experiências de vida demonstram grandes gestos de luta e perseverança. Também no intuito de resgatar os valores e autoestima, num encontro de ambas as gerações, este Estabelecimento de Ensino propõe neste projeto o envolvimento de profissionais de diversas áreas, pautados no sentimento de “Amor” e “Respeito”, que vai além da capacidade de cada um, independente da sua faixa etária. Objetivo A satisfação de ver a alegria na face de cada pessoa idosa é gratificante, pois é um momento em que tudo é voltado a eles, onde a autoestima de cada um se exaltasse, onde crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos voltam a ser crianças novamente e ainda felizes e realizadas, afinal a importância da pessoa idosa realmente é resgatado. Metodologia 207 O projeto é desenvolvido por meio de oficinas com profissionais de diversas áreas. Nos intervalos das palestras são realizadas dinâmicas pela equipe organizadora que visa descontrair e oportunizar a interação dos grupos participantes. O início do projeto é sempre marcado com uma mensagem religiosa e o final com apresentação cultural, café coletivo e sorteio de muitos brindes, através do apoio do comércio da cidade. Há dez anos o projeto é realizado tendo tornado-se uma tradição em nossa comunidade escolar. Os patrocinadores ( padrinhos fiéis) colaboram com a doação para os participante ( médicos, equipe organizadora, alunos e avós) de camisetas com a logomarga do evento, no qual todos devem usar no dia do evento. O convite é estendido antecipadamente através de uma carta/convite a todos os alunos da E.E. Profª Júlia Wanderley, mas com um único critério, ele só pode realizar sua inscrição mediante à de uma pessoa da terceira idade. E os nossos motivadores, para estar repetindo a cada ano o evento, são os próprios avós, pois na despedida deixando antecipadamente sua presença confirmada para o próximo, afirmando muitos, que cada ano está sendo melhor. A TV local da cidade de Arapongas também é parceria neste projeto, pois registra o evento divulgando-o na mídia para a população da cidade e região. 12.3.4 Título: “ÓLEO – A RESPONSABILIDADE É SUA” 208 Justificativa O mundo todo tem sido alertado pelos cientistas sobre o assustador ritmo de aceleração do aquecimento global e torna-se cada vez mais urgente a adoção de ações que objetivem a preservação ambiental. Ações aparentemente simples, quando tomadas por grande número de pessoas, tornarão a sustentabilidade uma realidade palpável, capacitando o indivíduo a manter-se inserido no meio ambiente sem impactá-lo violentamente. O óleo vegetal e gordura animal quando lançados na natureza sem nenhum cuidado vem trazer malefícios para o meio ambiente: polui rios e solo, retarda o crescimento vegetal, interfere no fluxo da água, impede a transferência do oxigênio para a água, impermeabiliza o solo piorando o problema das enchentes, onera o tratamento do esgoto e de água potável que servem as cidades, entope a galeria de esgotos. Segundo trabalho realizado pela SABESP (Companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo) sabe-se que 1 litro de óleo polui aproximadamente 1 milhão de litros de água, quantidade de água que uma pessoa consumiria em 18 anos, se utilizasse 150 litros por dia. Um dos melhores caminhos diante de tais fatos é alicerçar nos educandos a consciência e a sensibilização quanto à realidade de que todos são responsáveis pelo meio ambiente e que isto é obrigação de cada um. A professora de Língua Portuguesa, Shirley Calsavara, considerou de grande importância, diante de tais fatos, o desenvolvimento de um projeto voltado ao meio ambiente a ser realizado como experiência pedagógica envolvendo toda a escola e a comunidade. Este óleo passou a ser recolhido por uma empresa que providencia a destinação adequada para os resíduos do conhecido “óleo de cozinha”. Objetivos Reforçar a educação ambiental nas salas de aula e transformar os alunos em multiplicadores da cultura da preservação do meio ambiente. Promover a conscientização e sensibilização das famílias e da comunidade, tornando-os aliados na construção de uma nova realidade ambiental. 209 Destinar adequadamente os resíduos do óleo de cozinha e estabelecer um novo ciclo de vida para esse produto. Difundir a importância da preservação da natureza para o futuro do planeta e instigar todos à promoção de atitudes ambientais afirmativas que devem começar dentro de casa. Metodologias Proferir palestras em sala de aula sobre as consequências para o meio ambiente, quando ocorre o descarte incorreto do óleo saturado; Desenvolver em campo, nas residências da comunidade, a concientização e a sensibilização da importãncia da eliminação correta do óleo. Promover reunião específica para repassar aos pais as inormações sobre os problemas trazidos e propor novas busca de soluções ; Participar de Programas de Radios e TV do município; Publicar no jornal O Povo, matéria sobre o projeto; Distribuir panfletos à população divulgando o projeto e os locais de coleta. A escola continua em campanha até o final deste ano e continuará no próximo, incluindo novas ações, já com vistas à visitação na empresa BF Ambiental, pleiteada junto aos seus representantes, objetivando ampliar o conhecimento de nossos educandos. 12.4 Preponentes do Projeto Político Pedagógico: 210 Adriana Denise Marquezin Professora Alessandra Lourensato Professora Aline Caroline de Lima da Silva Professora Angélica Ricoldi Professora Aparecida Martins Professora Alyne Bueno Machado Gimenes Professora Cátia Jacinto Duarte Professora Danielli Quirino Professora Demétrio Volpato Professor Denilson dos Santos Senna Professor Edilene Kolecha Professora Elen Michelli Pereira Professora Eloisa Elena Weiss Faria Professora Eusébio Monteiro Colares Professor Fernanda Paes de Camargo Anklam Professora Hemily Mendonça Coati Professora Henriqueta Maria Elias da Costa Professora Jane Francisco Rodrigues Professora João Leme Batista Neto Professor Juliana Sieni de Oliveira Professora Leila Aparecida Perdigão Professora Luceli Aparecida da Silva Professora Maria Aparecida Costa de Freitas Professora Maria de Fátima Lopes Zuliani Professora Maria Helena Milan Professora Mercedes Branco Simões Professora 211 Michele Vitorino de Souza Professora Rita de Cássia Arduim Professora Roseli Suzuki Professora Shirley Calsavara Professora Silvia Cristina Betazza Professora Sonia Maria Nonis Santos Professora Susana Maria Merci Professora Teresa Niero Professora Viviane Aparecida Nunes Yokomizo Professora Marilsa Staub Vendrametto Diretora Shirley Calsavara Diretora Auxiliar Solange aparecida alves de Lima Secretária Adriana Paula Russo Lopes Pedagoga Luci Grotti Pereira Pedagoga Maria de Lourdes Reinaldo Hirata Pedagoga Ana Paula Perdigão Agente Educ. II Angélica Marchini da Cruz Agente Educ. II Simone Sueli Dimiciano Somões Agente Educ. II Dejanira Antunes Belmont Agente Educ. I Jacira Pinzan Alves Agente Educ. I Maria Helena Frota Galo Agente Educ. I Nilda Santos de Carvalho Agente Educ. I 212 ARAPONGAS, 21 DE JULHO DE 2014. 13. ADENDO De acordo com as propostas socioeduacionais faz-se necessário emplementar nos PPCs (Planos de Trabalhos Curriculares) de todas as disciplinas o referente desafio abaixo citado, que será trabalhado no decorrer do semestre em andamento: Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável (Lei nº 11.863/1997), que institui a Política Estadual do Idoso e o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (DEDI) e Lei nº 10.741/2003 – Estatuto do Idoso que reafirma e ratifica a tarefa educacional; 13.1 Bibliogria ESTATUTO. DO IDOSO. Série E. Legislação de Saúde. 1.ª edição. 2.ª reimpressão. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Brasília – DF. 2003