Prêmio da Literatura em Memória de Astrid Lindgren 2004
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Prêmio da Literatura em Memória de Astrid Lindgren 2004
Prêmio da Literatura em Memória de Astrid Lindgren 2004 Comunicado à Imprensa – 17-03-2004 LYGIA BOJUNGA - Prêmio de 2004 O Prêmio da Literatura em Memória de Astrid Lindgren de 2004 é atribuído à escritora brasileira Lygia Bojunga. A motivação do júri é a seguinte: ”Lygia Bojunga (Brasil) dissolve facilmente a fronteira entre a fantasia e a realidade de uma forma tão vertiginosa como uma criança brincando. Nas suas histórias dramáticas, cunhadas pelos contos narrados, tudo é possível. De uma forma profundamente original, reúne o riso, a beleza poética e um humor absurdo, realçando a liberdade, a crítica social e uma forte solidariedade pelas crianças desprotegidas. Com uma sensibilidade psicológica afinada, deixa os leitores entrarem diretamente nos sonhos e fantasias que seus personagens usam para sobreviver.” Consulte a página do Prêmio de Literatura www.alma.se para fotografias e informações sobre a premiada. O prêmio será entregue numa cerimônia a ter lugar no Parque Skansen em Estocolmo, Suécia, no dia 26 de Maio de 2004. O Prêmio de Literatura em Memória de Astrid Lindgren (ALMA – Astrid Lindgren Memorial Award) foi criado pelo Governo Sueco em 2002, sendo o maior prêmio de literatura infantojuvenil do mundo. O prêmio, de 5 Milhões de Coroas (aprox. USD 675.000 ou € 530 000) é atribuído anualmente a escritores, ilustradores e autores de obras que fomentem a leitura seguindo os princípios de vida de Astrid Lindgren. O objetivo do Prêmio é fortalecer e incrementar o interesse pela literatura infanto-juvenil a nível mundial, assim como promover os direitos da criança globalmente. O Prêmio de Literatura é administrado pelo Conselho Nacional de Cultura. Astrid Lindgren é uma das escritoras mais famosas da Suécia e do mundo. Faleceu aos 94 anos de idade em 2002, mas as suas histórias viverão para sempre. Em sua memória e para promover mundialmente a literatura infanto-juvenil foi instituído pelo Governo Sueco um prêmio de literatura com o seu nome. Astrid Lindgren e a sua obra literária estão profundamente enraizadas na Suécia ao longo de gerações. Os livros sobre Píppi Meialonga, Emílio de Lönneberga, Rónia a filha do ladrão e outras figuras amadas pelo público encontram-se na maioria das casas suecas. Os livros de Astrid Lindgren existem hoje traduzidos em 86 línguas, tendo sido vendidos em 80 milhões de exemplares em todo o mundo. O Prêmio do ano passado foi atribuído à escritora Christine Nöstlinger da Áustria e ao ilustrador e escritor Maurice Sendak dos Estados Unidos. Contactos Larry Lempert Relações Públicas do Júri do Prêmio de Literatura em Memória de Astrid Lindgren, Suécia Tel: +46 (0)70 463 12 20 E-mail: [email protected] Anna Cokorilo Diretora do Secretariado do Prêmio de Literatura em Memória de Astrid Lindgren, Suécia Tel: +46 (0)70 602 51 15, +46 (0)8 519 264 00/08 E-mail: [email protected] Per Svenson Diretor de Informação, Conselho Nacional de Cultura, Suécia Tel: +46 (0)70 397 76 80, +46 (0)8 519 264 00/49 E-mail: [email protected] LYGIA BOJUNGA Escritora brasileira, mais conhecida pelo nome de Lygia Bojunga Nunes. Nascida em Pelotas no dia 26 de agosto de 1932, Bojunga segue a tradição do realismo mágico e de contos fantásticos que brotaram no continente Latino-Americano, tradição que ela desenvolve e aperfeiçoa. Nos seus contos narrados, com uma presença cênica marcante, tudo pode acontecer. De uma forma profundamente original, reúne o riso, a beleza poética e um humor absurdo, realçando a liberdade, a crítica social e uma solidariedade forte pelas crianças desprotegidas. As fantasias servem muitas vezes como forma de ultrapassar experiências pessoais difíceis ou como fuga de uma realidade cruel. Bojunga convida os leitores a participarem dos sonhos dos seus personagens, e torna-os cúmplices das suas experiências. Atriz de raiz (escreveu também várias peças de teatro), publicou o seu primeiro livro infantil, Os colegas, em 1972. Neste livro, assim como em Angélica, 1975, os personagens são animais humanizados, o que reforça o efeito cômico. Aqui se notam características de trabalho psicológico – Angélica é a história de um porco que gostaria de ser andorinha, mas que com o tempo aceita-se a si mesmo como é. A Bolsa Amarela, 1976 é semelhante, mas desta vez uma moça é a personagem principal, ao passo que A Casa da Madrinha, 1978, conta a história dos sonhos utópicos e fantasias de uma criança de rua. Dois outros livros parecem ser uma cura para as tristezas: a obra-prima Corda Bamba, 1979, conta como uma menina, usando as suas fantasias, consegue entender a morte inesperada dos pais, O meu amigo Pintor, 1987, retrata os pensamentos de um menino acerca do inexplicável suicídio de um amigo adulto. Bojunga escreveu também livros de gênero mais realista, por exemplo, Seis Vezes Lucas, 1995. No seu mais recente livro, Retratos de Carolina, 2002, esta escritora, sempre em busca do experimento, enveredou por um novo caminho. Neste livro, o leitor segue o personagem principal desde a infância até à vida adulta, num romance que parcialmente tem metacaracterísticas. Bojunga rompe assim as fronteiras da literatura infanto-juvenil, numa tentativa descrita por si mesma de dar lugar a si própria entre os personagens que ela criou numa única casa “uma casa que eu própria inventei”. As obras de Bojunga estão traduzidas para várias línguas, entre as quais francês, alemão, espanhol, norueguês, sueco, hebraico, italiano, búlgaro, checo e islandês. Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti (1973), o prestigiado Prêmio Hans Christian Andersen (1982) e o Prêmio da Literatura Rattenfänger (1986).
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